Quarta, 30 Agosto 2023 07:40

CLIPPING AHPACEG 30/08/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Cremego quer a regulamentação da lei que garante às mulheres o direito à presença de acompanhante em instituições de saúde

SBCP-GO repudia a Lei Nº 22.236 e defende mudanças no texto

Lei garante a mulheres direito a acompanhante em exames médicos

Goiás tem aumento no número de casos de Covid-19

Poliomielite terá vacina injetável a partir de 2024

José Orlando Ribeiro Cardoso assume presidência do Ipasgo Saúde

Homem faz procedimento para alterar cor dos olhos de forma permanente e viraliza; prática não é recomendada e traz riscos ao paciente

Médico que se envolveu em briga com avós de adolescente após perguntas durante consulta é afastado pelo Ministério da Saúde

Adolescente é apreendida por esfaquear enfermeira após se irritar ao não ser atendida com prioridade, diz polícia

"Tudo transcorreu dentro da regra do jogo", diz Tarcísio sobre transplante de Faustão

Doenças Raras são tema de fórum nacional em Brasília

ISSO É GOIÁS

Cremego quer a regulamentação da lei que garante às mulheres o direito à presença de acompanhante em instituições de saúde

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) enviou uma representação à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) enfatizando a necessidade de regulamentação da Lei Nº 22.236, de 24/08/23, sancionada pelo governador Ronaldo Caiado e em vigor desde 25/08/23.

Para o Cremego, a lei, que dispõe sobre o direito das mulheres à presença de acompanhante nos estabelecimentos públicos e privados de saúde goianos, carece de regulamentação para sanar pontos omissos e que dificultam o seu cumprimento.

Dentre os pontos relevantes que necessitam de regulamentação, o Cremego destaca:

1. A Lei não estabelece as ressalvas e/ou exceções para os casos em que o contexto físico e/ou de recursos humanos da unidade de saúde contraindicarem a presença do acompanhante a fim de garantir a eficácia do tratamento do paciente;

2– Não dispõe quem deverá arcar com os custos da paramentação e assepsia do acompanhante;

3 – Não estabelece a idade mínima e máxima do acompanhante;

4 – Não especifica se em casos de “procedimentos cirúrgicos ou qualquer outro que exija a sedação” deverá ser garantida a presença do acompanhante no transoperatório, que exige necessário preparo e conhecimento acerca do ambiente cirúrgico, suas normas e rotinas, e ainda, dos impactos visuais inerentes à vários procedimentos cirúrgicos, que exigem estabilidade emocional do acompanhante a fim de garantir a integridade do próprio paciente.

O Cremego aguarda o posicionamento da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás e espera que as medidas necessárias sejam adotadas para que a nova lei não comprometa a assistência aos pacientes nem o funcionamento das instituições de saúde.

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SBCP-GO repudia a Lei Nº 22.236 e defende mudanças no texto

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Goiás (SBCP-GO) repudia a aprovação e sanção da Lei Nº 22.236, de 24/08/23, que dispõe sobre o direito das mulheres à presença de acompanhante nos estabelecimentos públicos e privados de saúde goianos.

A SBCP-GO reconhece e respeita os direitos das pacientes, entende que a motivação de tal lei foi decorrente de estupro de vulnerável e ressalta ser a lei louvável e até necessária, mas enfatiza que ao permitir a presença indiscriminada de acompanhantes nos centros cirúrgicos, ao invés de proteger as pacientes, as coloca paradoxalmente em seríssimos riscos à sua saúde e segurança, uma vez que a presença de um acompanhante leigo em ambiente cirúrgico pode ser referida como uma completa ameaça ao bom andamento do procedimento, trazendo sério risco à segurança, à saúde e à vida destas mulheres.

Basta observar que o texto não define a idade nem a formação técnica deste acompanhante. Assim, seu cumprimento, permitiria o acesso de leigos na área cirúrgica - que é a de maior impacto numa instituição hospitalar -, além de menores e idosos.

A vulnerabilidade deste acompanhante diante de ocorrências corriqueiras nos centros cirúrgicos poderia comprometer a atuação da equipe médica e a assistência ao paciente. Citando apenas um exemplo, a SBCP-GO questiona: imagine o desfalecimento de um acompanhante durante a cirurgia?

A Sociedade cita ainda o enorme agravamento do risco de contaminação e infecção em cirurgia, uma vez que leigos desconhecem os zelosos cuidados que os cirurgiões e suas equipes têm com a esterilização desse ambiente e acabariam dispersando seu foco principal da paciente que está sendo operada para outras situações avessas, como o acompanhante leigo, fatos altamente prejudicais ao bom andamento da cirurgia.

“Entendemos que a segurança das pacientes, almejada pela lei, começa com uma boa relação entre elas e a equipe médica, a escolha do profissional e do local de atendimento. A simples liberação da presença de um acompanhante no centro cirúrgico pode ser mais danosa do que benéfica, comprometendo o trabalho dos médicos e profissionais de saúde, a assepsia do local e a segurança da assistência”, diz a diretoria da SBCP-GO.

A SBCP-GO ressalta que a lei sancionada e já em vigor exige adequada e imediata normatização para ser efetiva e não prejudicial às pacientes, propõe que ela seja imediatamente suspensa até a sua completa regulamentação e sugere que o acompanhante deve ser um profissional da área da saúde habituado ao funcionamento do centro cirúrgico.

“Continuaremos atuando junto a várias frentes no intuito da pronta normatização adequada dessa lei” dizem os diretores dra. Raquel Eckert Montandon/presidente, dra. Gheisa Moura Leão/secretária e dr. Fabiano Calixto Fortes Arruda/tesoureiro, que solicitaram providências urgentes à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás e ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás no sentido de evitar problemas decorrentes da vigência do texto atual da lei.

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O HOJE

Lei garante a mulheres direito a acompanhante em exames médicos

Hospitais e clínicas das redes pública e privada terão de informar de forma visível, o direito de as mulheres escolherem acompanhantes pessoais

A partir de agora as mulheres goianas poderão escolher e ter acompanhantes em consultas e exames que exigem sedação nas unidades de saúde públicas ou privadas. O projeto de lei proposto pela deputada estadual Bia de Lima (PT), foi sancionado pelo governador Ronaldo Caiado e publicado no Diário Oficial da última sexta-feira, Lei nº 22.236, de 25 de agosto de 2023. 

Atualmente, as mulheres já tinham o direito a escolher e contar com um acompanhante durante todo o trabalho de parto, parto e pós-parto. Essa garantia foi incluída na Lei Orgânica da Saúde em 2005 e ficou conhecida como Lei do Acompanhante. No caso de a mulher estar desacompanhada, o estabelecimento de saúde deverá disponibilizar uma profissional para acompanhar a paciente.

Com a nova lei, os hospitais e clínicas das redes pública e privada do estado de Goiás terão de informar de forma visível, o direito de as mulheres escolherem livremente acompanhantes pessoais. Caso haja o descumprimento da lei, a unidade de saúde fica sujeita a aplicação de advertências e multas, que podem variar entre R$ 1 mil e R$ 10 mil, com possibilidade de aplicação em dobro nos casos de reincidência. 

Proteção à mulher

Segundo a deputada Bia de Lima, o PL foi proposto por ser tratar de prevenção e proteção da saúde da mulher. Segundo a deputada, desde 2005, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a violência de gênero como problema de saúde pública e violação de direitos humanos.  “A escolha de acompanhante proporciona a sensação de amparo, coragem, tranquilidade e conforto, com consequente redução do medo e da ansiedade”, afirma ela. 

É preciso ressaltar ainda que, contra a vítima, pesam: a dúvida imediata sobre o ocorrido (dado que o contexto de exame clínico pode não lhe ser familiar; a ausência de outras provas, já que usualmente a consulta médica ocorre sem testemunhas em lugar fechado; a desqualificação do relato da vítima, tão frequente com mulheres em situação de violência, mas especificamente nesse caso contra um profissional de prestígio na sociedade; o medo das repercussões da denúncia, que pode incluir a violência institucional referida acima, bem como a frequente culpabilização da vítima e humilhação pública. 

“O fato de encararmos que também profissionais da saúde podem compor esse problema, nos permite criar estratégias de identificar o fenômeno, de acolher as vítimas, de abordar de forma integral as repercussões na saúde dessas mulheres e de combater a violência de gênero dentro das instituições de saúde. Seguimos na luta”, completa a deputada.

Violação sexual 

Em julho deste ano, um ginecologista foi preso após diversas denúncias de crimes sexuais, na capital goiana. O médico chegou a dizer que as mulheres precisavam ficar excitadas para que os exames fossem realizados da maneira correta. Pacientes denunciaram o médico pelo crime de “violação sexual mediante fraude”. O suspeito estava lotado no Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte desde 2014.

Só em outubro de 2021, Goiás registrou três casos de grande repercussão envolvendo médicos suspeitos de crimes sexuais. Um deles chegou a ser preso, após ser denunciado por mais de 40 mulheres, já os outros dois foram demitidos e investigados. “Em muitos casos, o médico tem a função social de mitigar o sofrimento de uma pessoa, mas usa desse acesso à intimidade para praticar atos de violência, inclusive, sexual, o que torna a situação ainda mais perversa”, afirma a deputada.

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Poliomielite terá vacina injetável a partir de 2024

A mudança ocorrerá de forma gradual e substituirá a tradicional gotinha

O Ministério da Saúde informou que a vacina contra a poliomielite será injetável a partir de 2024. Isso significa que a aplicação com agulha substituirá a tradicional gotinha. Contudo, a mudança para a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) ocorrerá gradualmente. 

Atualmente, a aplicação da forma injetável já ocorre aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. A partir do ano que vem, a VIP também será usada na dose de reforço, aos 15 meses de vida. Além disso, não será mais necessário aplicar a segunda dose de reforço, aos 4 anos de idade.

Poliomielite

De acordo com a médica neurocirurgiã Ana Maria Moura, a poliomielite é uma doença infectocontagiosa, altamente transmissível. Também conhecida como paralisia infantil, é provocada pelo poliovírus selvagem. “Ela pode atingir potencialmente o sistema nervoso. As manifestações clínicas variam de acordo com a área acometida do sistema nervoso, desde casos assintomáticos até paralisia grave e morte”, explica.

Segundo a médica, também há casos de Síndrome Pós-Poliomielite (SSP). “Uma desordem do sistema nervoso que se manifesta em pessoas que tiveram a doença. Os sintomas aparecem, em média, após 15 anos ou mais e o paciente apresenta fraqueza muscular e progressiva, fadiga, dores musculares e nas articulações, resultando em uma diminuição da capacidade funcional e/ou no surgimento de novas incapacidades”, informa Ana Maria Moura.

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Goiás tem aumento no número de casos de Covid-19

Em Avelinópolis, o aumento foi de 150%, saindo de 20 casos, em uma semana, para 50, na semana seguinte.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), relatou um aumento na positividade para Covivid-19 nas amostras de coletadas no estado. Esse crescimento foi verificado pelo Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). A taxa de positividade era de 9% em julho esse numero passou a ser 15% neste mês de agosto.

Cerca de nove municípios já registraram aumento no número de casos e estão em situação de alerta. Em Avelinópolis, o aumento foi de 150%, saindo de 20 casos, em uma semana, para 50, na semana seguinte. A cidade de Goiás, que tinha 24 confirmações, saltou para 75 – crescimento de, 212%. Os municípios de São João da Paraúna, Santa Rosa, Araçu, Campo Limpo de Goiás, Barro Alto, Heitoraí e Anicuns também estão em alerta.

“Esse cenário mostra a importância de que os municípios nos ajudem com as notificações de casos”, destaca a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim.

A superintendente também reforça que os protocolos sanitários permanecem os mesmos, e o principal é a vacinação. Além das vacinas, outras medidas continuam sendo recomendadas, como higienização das mãos com álcool 70% ou água e sabão, e o uso de máscaras por pessoas com sintomas gripais que tenham diagnóstico positivo da doença.

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A REDAÇÃO

José Orlando Ribeiro Cardoso assume presidência do Ipasgo Saúde

O Ipasgo Saúde, plano que assiste os servidores públicos do Estado de Goiás, será presidido por José Orlando Ribeiro Cardoso, que liderou por três anos a Caixa de Assistência e Saúde dos Empregados dos Correios (Postal Saúde). Ele assume a gestão da instituição por designação do governador Ronaldo Caiado no lugar de Vinicius Luz, que passa a integrar o quadro da Secretaria-Geral de Governo (SGG). A nomeação no novo presidente do Ipasgo foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (29/8), por meio do Decreto N.º 10.309.

José Orlando tem a missão de fazer com que a receita do Ipasgo Saúde seja superior à despesa, de proporcionar um serviço de qualidade para os quase 600 mil beneficiários e de reestruturar a instituição, que em abril deste ano teve alterada a personalidade jurídica de autarquia para Serviço Social Autônomo (SSA) e que está em processo de adequação para ingresso na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Entre os primeiros compromissos da nova gestão da operadora de saúde suplementar estão a formulação de novo regimento interno e estrutura organizacional.

“Por três anos, fui diretor-presidente da Postal Saúde, uma autogestão que proporciona serviços médicos e odontológicos para os 90 mil empregados dos Correios, espalhados por todo território nacional. Conheço bem a complexidade de gerir um plano de saúde extenso. Aceitei o convite do governador Ronaldo Caiado e, junto com ele, o desafio de aperfeiçoar o Ipasgo Saúde. Faremos isso da melhor maneira possível”, pondera José Orlando.  

Carreira

Integrante da reserva das Forças Armadas, José Orlando tem formação acadêmica em Administração de Empresas e Ciências Militares, é especialista em Auditoria Governamental, Docência do Ensino Superior e Gerência Executiva de Transporte e Mobilização; mestre em Segurança e Defesa Hemisférica; mestre e doutor em Ciências Militares. Ele também tem formação em Altos Estudos de Política e Estratégia; Política, Estratégia e Alta Administração do Exército; Gerenciamento de Projetos; Governança Corporativa, Compliance e Gestão de Riscos.

Além de comandar a operadora de saúde dos funcionários dos Correios, José Orlando foi presidente substituto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), órgão onde foi diretor de Orçamento, Finanças e Logística; diretor de Administração e de Relações com Investidores da Telecomunicações Brasileiras (Telebrás); e ocupou cargos de liderança no Ministério da Defesa, onde foi vice-chefe de Logística e subchefe de Apoio a Sistemas de Cartografia, de Logística e Mobilização.

Em 46 anos de carreira no Exército brasileiro, José Orlando foi diretor de Gestão Orçamentária e de Contabilidade; chefe do Centro de Pagamentos; assessor de Ensino do Colégio Interamericano de Defesa, nos Estados Unidos; assistente do comando e diretor do curso de Altos Estudos de Política e Estratégia da Escola Superior de Guerra (ESG); comandante do 11º Depósito de Suprimento; oficial da Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola; instrutor da Escola de Comando e Estado Maior do Exército e da Academia Militar das Agulhas Negras. 

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PORTAL G1

Homem faz procedimento para alterar cor dos olhos de forma permanente e viraliza; prática não é recomendada e traz riscos ao paciente

Post tem mais de 5 milhões de visualizações nas redes sociais. Procedimento pode causar restrição do campo visual do paciente, segundo médicos.

O vídeo de um homem sendo submetido a um procedimento para trocar a cor dos olhos viralizou na internet (veja acima). No entanto, especialistas ouvidos pelo g1 condenam a prática e alertam para riscos aos pacientes.

“O que este médico está fazendo é um procedimento chamado queratopigmentaçao, que começou a se desenvolver para casos em que a pessoa tinha um olho totalmente cego. É um procedimento usado quando a córnea está comprometida e, para não ficar um olho muito diferente esteticamente do outro, se desenvolveu essa técnica para tatuar a córnea. Basicamente, se coloca pigmentos no tecido da córnea para ficar parecido com o olho normal”, afirmou o médico oftalmologista Renan Ferreira Oliveira.

A página que divulgou o vídeo é do médico Alexander Movshovich, especialista de Nova York, nos Estados Unidos, que garante que o procedimento é seguro e permanente. Em menos de 10 dias, a gravação já acumula mais de 5 milhões de visualizações nas redes sociais.

“Esse procedimento pode reduzir o campo visual do paciente, a visão periférica pode ficar comprometida. Quando você colore toda a periferia da córnea, você pode restringir o campo visual da pessoa. Os pacientes podem desenvolver fotofobia. A luz bate nos micropigmentos e estouram. Além disso, a queratopigmentação é totalmente irreversível. Para mim, isso é uma aberração. Esse não é um procedimento aprovado pelo Conselho Federal de Medicina”, disse o médico Renan Ferreira Oliveira.

O oftalmologista César Motta é diretor da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) e afirmou que todas as técnicas usadas para alterar a cor do olho não são recomendadas para fins estéticos.

“Existem algumas maneiras de você mudar artificialmente a cor do olho. Você não consegue isso de uma maneira natural. As principais maneiras que existem são: implante de íris artificial, laser para despigmentar a íris e pigmentação de córnea”, afirmou César Motta.

“Para fins estéticos, nenhuma prática é indiciada. Todas oferecem risco para a saúde ocular do paciente. O principal risco quando é realizado a laser é o desenvolvimento de glaucoma. O principal problema do implante de íris artificial é danificar as células da córnea. A pigmentação da córnea, por outro lado, pode causar infecções”, completou.

Além de não ser recomendado, o procedimento é irreversível. Ambos os especialistas ouvidos pelo g1 recomendam que pacientes usem lentes de contato ao tentar alterar a cor de seus olhos.

“Vale muito mais a pena adaptar uma lente colorida ao paciente do que expor ele a uma situação de risco. Eu não recomendo e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia também não recomenda esses métodos de práticas para fins estéticos. A relação risco/benefício não vale”, disse Motta.

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Médico que se envolveu em briga com avós de adolescente após perguntas durante consulta é afastado pelo Ministério da Saúde

Médico foi afastado, de forma cautelar, até a conclusão de um processo administrativo feito pelo órgão federal. Caso também é investigado pela Polícia Civil como lesão corporal.

Por Larissa Feitosa, g1 Goiás

O Ministério da Saúde afastou o médico Flávio Ferreira Nogueira, que se envolveu em uma briga com os avós de uma adolescente de 14 anos durante uma consulta, em São Luís de Montes Belos, no oeste de Goiás. À Polícia Civil, os avós da menina disseram que o médico ficou exaltado após a adolescente reclamar que já havia respondido todas as perguntas dele e ele continuar insistindo. Os avós da garota e o profissional trocaram socos.

O médico disse ao g1 que não irá se pronunciar sobre o caso neste momento, pois não está em condições psicológicas. Segundo o delegado Luiz Fernando, responsável pelo caso, o profissional disse em depoimento que a avó e a adolescente o trataram com falta de respeito e que, por esse motivo, ele pediu para que elas se retirassem do consultório.

O Ministério da Saúde informou que "instalou um processo administrativo para apurar o ocorrido" e que o profissional foi afastado, de forma cautelar, até a conclusão do processo. Ressaltou também que "não pactua com esse tipo de conduta, uma vez que a humanização e o atendimento de qualidade são diretrizes do programa Mais Médicos", do qual o médico integrava.

Já a Prefeitura de São Luís de Montes Belos informou que o município não tem mais interesse na permanência do médico, pois a atitude dele contradiz o "princípio defendido pela gestão, da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, da integralidade, da humanização e da equidade".

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudiou as agressões de ambas as partes e declarou que: “A violência nunca será a solução para qualquer problema ou descontentamento” - veja nota na íntegra no final do texto.

Entenda o caso

A confusão aconteceu na sexta-feira (25), na Unidade Básica de Saúde Dona Luzia. À polícia, a avó relatou que estava com a neta dentro do consultório quando o médico perguntou por três vezes se a menina tinha namorado e se já havia menstruado.

Segundo a avó, a adolescente reclamou que o médico estava sendo insistente e que já havia respondido às perguntas. Com isso, o profissional teria ficado exaltado e mandado as duas saírem do consultório.

Poucos minutos depois, o avô da menina pediu para falar com médico, que foi até a recepção para encontrá-lo. Neste momento, os dois começaram a brigar e entraram em luta corporal. Em meio à confusão, a avó foi atingida no rosto com um soco. Ela denuncia o médico por lesão corporal.

Nota do Cremego sobre agressão ao médico

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudia a agressão a um médico, durante o exercício de sua profissão, ocorrida na Unidade Básica de Saúde Dona Luzia, em São Luís de Montes Belos. O Cremego condena veementemente a violência contra médicos e contra qualquer cidadão.

Suspeitas de falhas na assistência médica devem ser denunciadas ao Conselho e a demais órgãos competentes para a investigação em outras esferas.

Todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Cremego ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.

A violência nunca será a solução para qualquer problema ou descontentamento.

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Adolescente é apreendida por esfaquear enfermeira após se irritar ao não ser atendida com prioridade, diz polícia

Caso aconteceu na última segunda-feira (28), na Unidade de Saúde do Setor Maria de Lourdes, em Silvânia.

Por Maiara Dal Bosco, g1 Goiás

Uma adolescente de 16 anos foi apreendida após tentar matar uma enfermeira a facadas, em Silvânia, no Sudeste goiano. O caso aconteceu na última segunda-feira (28), na Unidade de Saúde do Setor Maria de Lourdes. De acordo com a Polícia Militar, a adolescente entrou na unidade de saúde querendo ser atendida na hora e como não o foi, esfaqueou a enfermeira, uma mulher de 40 anos.

Segundo a Polícia Militar (PM), assim que a corporação chegou ao local, a vítima já estava sendo socorrida e adolescente já havia fugido. Testemunhas já tinham a identificação de quem seria a menor, o que auxiliou a PM a procurá-la.

Conforme o relato policial, a adolescente foi vista correndo na rua e entrando em sua casa. Quando a polícia chegou na casa, o portão já estava trancado pelo lado de dentro. Com isso, a equipe pulou o muro e conseguiu localizar a menor, que assumiu a autoria da tentativa de homicídio e seria dependente química. Ela ficou detida e foi transferida para o Centro de Atendimento Sócio-Educativo, em Anápolis.

Vítima

A vítima, que foi golpeada no braço, no ombro e no pescoço, está bem e fora do perigo de morte, segundo informou a PM.

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RÁDIO ITATIAIA ONLINE

"Tudo transcorreu dentro da regra do jogo", diz Tarcísio sobre transplante de Faustão


O transplante de coração do apresentador Fausto Silva, o Faustão, "transcorreu dentro da regra do jogo", afirmou nesta terça-feira (29) o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

"A fila foi respeitada. O Estado, no final das contas, participou na questão do transporte. O procedimento foi bem-sucedido. A gente fica muito feliz com isso, porque é uma pessoa muito importante para todos nós", disse Tarcísio.

"É bom saber que o sistema de transplantes está funcionando. Uma pessoa que estava precisando de um órgão recebeu e hoje passa bem. Vai ter uma nova perspectiva e vai ganhar esse sopro de esperança. E é o que a gente quer, estávamos torcendo por ele. Tudo transcorreu dentro da regra do jogo", prosseguiu.

A declaração vem na esteira das insinuações de que Faustão teria furado a fila de espera de órgãos.

Lula exalta SUS por transplante de Faustão e brinca: "Talvez esse coração seja corintiano"Coração retirado de Faustão pode ser sepultado ou ir para faculdade, explicam médicosFaustão é extubado e conversa normalmente

No Brasil, todos os transplantes de órgãos respeitam o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde, sejam eles custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por planos de saúde ou pagos pelo paciente.

Cada estado ou região organiza a sua própria lista e todas são monitoradas pelo sistema e outros órgãos de controle federais. A fiscalização é feita para que nenhuma pessoa conste em duas listas diferentes e que nenhuma norma legal seja desrespeitada.

A fila funciona por ordem cronológica de inscrição, mas é balizada por outros fatores, como gravidade e compatibilidade sanguínea e genética entre doador e receptor.

Porém, no caso de transplantes cardíacos, têm prioridade os casos em que o paciente necessita de assistência circulatória, ou seja, precisa de equipamentos que cumpram a função do coração ou de suas partes para sobreviver.

De acordo com o presidente do InCor e apresentador do Sinais Vitais da CNN, Roberto Kalil, "quando se coloca o paciente na lista, não se tem identificação, a caracterização do paciente".

Boletim médicoFaustão foi extubado na manhã desta terça-feira. Agora, ele respira sem o auxílio de aparelhos, segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Israelita Albert Einstein.

O apresentador está consciente, conversa normalmente e "apresenta boa função do coração". Ele permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

TransplanteNo último domingo (27), o apresentador recebeu um novo coração. O órgão, que era de um homem de 35 anos, veio de Santos, no litoral paulista, de helicóptero.

De acordo com a Secretária de Saúde de São Paulo, a partir do momento em que houve a disponibilidade do órgão, o sistema selecionou 12 pacientes que atendiam aos requisitos para o transplante.

Destes, quatro tinham prioridade. Faustão ocupava a segunda posição nesta lista e recebeu o órgão depois de a equipe do paciente que estava em primeiro lugar na lista de prioridade recusar o órgão.

Após a cirurgia, sua mulher, Luciana Cardoso, compartilhou uma carta de agradecimento aos amigos, equipe médica e à família de quem doou os órgãos, entre eles o coração recebido pelo apresentador.

Ela disse que, "em um momento de dor e sofrimento", a família do doador "disse sim e permitiu que não só o Fausto pudesse ter mais tempo ao lado dos filhos, como tantos outros receptores que hoje estão comemorando essa recuperação". "Fiquei muito feliz em saber que aqui, nesse mesmo hospital, uma pessoa por meio do SUS também recebeu desse mesmo receptor outro órgão e sua segunda chance de vida", encerrou.

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SOMOS NOTÍCIA

Doenças Raras são tema de fórum nacional em Brasília


A Portaria nº 199/2014, que estabeleceu a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, foi um marco significativo na atenção aos brasileiros afetados por essas condições - com diretrizes e orientações fundamentais para a organização e melhoria do cuidado a esses pacientes, além de garantir o acesso a tratamentos e medicamentos específicos. Para aprofundar o debate sobre o assunto e promover a implementação de ações públicas efetivas que ofereçam assistência integral às pessoas com doenças raras, o Programa Ação Responsável realiza, no dia 14 de setembro, o "XIV Fórum Nacional de Políticas de Saúde no Brasil - Doenças Raras". O evento movimenta o auditório Senador Antônio Carlos Magalhães, no Interlegis, localizado no Senado Federal, em Brasília, das 9h às 14h. O evento é aberto ao público e as inscrições são gratuitas com vagas limitadas.

Atualmente, são conhecidas quase 8 mil doenças raras, sendo que quase 80% delas são de origem genética, crônica, progressiva, degenerativa e com risco de morte em muitos casos. Estima-se que uma parcela de 6 a 8% da população mundial possa ser afetada por alguma doença rara, o que representa aproximadamente 420 a 560 milhões de pessoas. No Brasil, estima-se que existam cerca de 13 milhões de pessoas com doenças raras, com uma prevalência de até 65 casos por cada 100.000 habitantes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Para Clementina Moreira Alves, presidente do Instituto Brasileiro de Ação Responsável, esse tema é de extrema importância, pois traz à luz as Doenças Raras. "Entendemos que o assunto faz parte da agenda do Governo Federal, e é necessário aumentar a conscientização do poder público e da população sobre as Doenças Raras, que muitas vezes são subdiagnosticadas, assim como seus sinais e sintomas. Dessa forma, poderemos avançar e agilizar o diagnóstico e as melhores práticas de cuidado", conclui.

Para participar do evento, os interessados podem se inscrever gratuitamente por meio do link https://acaoresponsavel.org.br/index/xiv-forum-nacional-de-politicas-de-saude-no-brasil-doencas-raras/

Serviço: XIV Fórum Nacional de Políticas de Saúde - Doenças Raras

Data: 14 de setembro, quinta-feira - das 9h às 14

Local: Senado Federal - Interlegis - Auditório Senador Antônio Carlos Magalhães, Via N2 Asa Norte - Brasília/DF

Inscrições gratuitas: www.acaoresponsavel.org.br

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Assessoria de Comunicação

Terça, 29 Agosto 2023 07:12

CLIPPING AHPACEG 29/08/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Governo de SP anuncia nova Tabela SUS Paulista para reduzir filas da saúde

Acreditação na saúde: de que forma os processos hospitalares impactam na segurança dos pacientes

Espera por transplante de coração foi menor que um mês para quase 30% da fila

Hospfar fortalece sua dedicação à excelência através de seus seis pilares fundamentais

Por que médicos também devem entender sobre contabilidade e gestão tributária?

Medicamentos impactam mais o bolso dos brasileiros

Sancionada lei que aumenta o salário mínimo e amplia a isenção do IR

Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda nova vacina da dengue

Prefeitura pede afastamento de médico que se envolveu em briga com avós de adolescente após perguntas durante consulta

Alopécia: saiba mais sobre a condição que afeta Maiara

GOVERNO DE SÃO PAULO

Governo de SP anuncia nova Tabela SUS Paulista para reduzir filas da saúde

Modelo inovador de remuneração vai beneficiar Santas Casas e hospitais filantrópicos e autárquicos em todas as regiões do estado

O governador Tarcísio de Freitas anunciou nesta segunda-feira (28) a nova Tabela SUS Paulista, com o objetivo de aumentar o atendimento na rede pública de saúde e reduzir as filas. O Governo de São Paulo vai complementar o valor que os hospitais recebem atualmente do Ministério da Saúde pelos procedimentos hospitalares, e as unidades vão receber até cinco vezes a tabela nacional do SUS.

“Tenho certeza que vamos fazer a maior revolução de saúde de São Paulo dos últimos anos. Nós vamos fazer a diferença e salvar vidas de quem está na ponta, de quem está esperando uma cirurgia eletiva, um tratamento ortopédico ou operações que, muitas vezes, não são feitas por causa dos valores de remuneração. Nós vamos equacionar este problema”, afirmou Tarcísio.

“Com a Tabela SUS Paulista, São Paulo vai remunerar os procedimentos de uma forma mais conveniente, correta e justa para que a gente mantenha as Santas Casas em operação, reabra leitos e aumente a quantidade de procedimentos. Nós vamos caminhar juntos para transformar a saúde do estado. Parabéns às entidades filantrópicas e Santas Casas, patrimônio do Brasil e de São Paulo, nós vamos juntos fazer a diferença pela saúde”, concluiu o governador.

A iniciativa, liderada pela Secretaria de Estado da Saúde, foi anunciada durante evento de comemoração de 60 anos da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB). A cerimônia no Palácio dos Bandeirantes reuniu a primeira-dama e presidente do Fundo Social de São Paulo, Cristiane Freitas, secretários de Estado, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, André do Prado, o prefeito da capital, Ricardo Nunes, parlamentares, autoridades municipais e gestores de saúde.

Este modelo inovador de remuneração vai beneficiar 354 hospitais em todas as regiões do estado, entre eles Santas Casas, entidades filantrópicas e autárquicas. Estes equipamentos representam hoje 50% do atendimento hospitalar no sistema único de saúde paulista.

Entre os procedimentos que serão reajustados com a Tabela SUS Paulista, estão as cirurgias de apêndice, que passará de R$ 414,62 para R$ 1.865,79, e de vesícula (colecistectomia), que sairá de R$ 996,34 para R$ 4.483,53.

Para incentivar a ampliação de partos normais no SUS, o valor pago pelo Governo de São Paulo vai aumentar de R$ 443,40 para R$ 2.217,00 por procedimento – a remuneração será superior à das cesáreas, que também subirá de R$ 545,73 para R$ 2.182,92. Já as internações de UTI terão o valor duplicado. Os reajustes valem para cerca de 5 mil procedimentos hospitalares.

Os recursos serão 100% do Tesouro Estadual e vão corrigir uma defasagem histórica provocada pela ausência de correção da tabela nacional do SUS. Há cerca de 20 anos, esses valores não são reajustados pelo governo federal, impactando diretamente na saúde financeira dessas unidades. O investimento anual adicional do Governo de São Paulo é de cerca de R$ 2,8 bilhões.

“Vamos alocar recursos novos do Tesouro do Estado para aumentar o teto financeiro dos hospitais e, assim, possibilitar um maior volume de atendimento para diminuir as filas que causam tanto sofrimento a nossos pacientes. O governador Tarcísio, com a atitude que toma hoje, muda a vida de cada cidadão paulista e o curso da história da saúde pública em São Paulo”, disse o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva.

Além de contribuir para a sustentabilidade financeira das instituições, o programa terá impacto direto na qualidade dos serviços prestados à população, estabelecendo uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde e os hospitais baseada na produtividade e eficiência na assistência à saúde.

A partir da vigência da nova Tabela SUS Paulista, haverá aumento na oferta de serviços, acesso facilitado, redução da necessidade de grandes deslocamentos e agilidade no tempo de espera para realização dos procedimentos.

Nos próximos meses, a equipe técnica da Secretaria de Estado da Saúde irá se reunir com todos os serviços de saúde para discutir metas de atendimento, permitindo que os recursos sejam pagos até o começo do próximo ano.

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PORTALRBN

Acreditação na saúde: de que forma os processos hospitalares impactam na segurança dos pacientes


Diretora Técnica da maior Acreditadora da América Latina, Quality Global Alliance (QGA), responde perguntas sobre a metodologia e os procedimentos aplicados nas instituições de saúde

Você confia no hospital ou na instituição de saúde que você frequenta?

Você sabe quais são os padrões de qualidade que a organização segue? Se essas perguntas o deixam mais preocupado em relação à sua segurança, saiba que existem metodologias que os hospitais podem implementar, melhorando a qualidade dos processos, além de garantir mais segurança aos pacientes.

Realizamos uma entrevista com a Dra. Melissa Morais, Diretora Técnica da Quality Global Alliance (QGA), maior Acreditadora da América Latina, sobre o processo de Acreditação, a metodologia aplicada nas instituições de saúde e o impacto que isso causa na vida dos pacientes, nas organizações e no sistema de saúde do país. Confira a entrevista na íntegra.

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De maneira simples, o que é Acreditação?

A Acreditação é um processo isento e voluntário em que uma empresa terceira avalia um serviço de saúde e reconhece os seus processos. É importante que esta avaliação seja isenta, porque, dessa forma, é possível entender quais procedimentos precisam de auxílio e melhora, a partir de uma visão externa da instituição. A metodologia Qmentum vai além de apenas uma avaliação e a concessão de um selo de reconhecimento. O nosso método ajuda as instituições de saúde a caminharem para a maturidade dos processos. Nós temos equipes específicas que ajudam a instituição na construção da maturidade e qualidade de segurança.

De quais maneiras a Acreditação interfere na vida do paciente?

A Acreditação, quando olha para os processos de segurança, faz com que os serviços de saúde desenvolvam protocolos assistenciais específicos, olhem para barreiras de segurança, identifiquem prospectivamente os riscos e isso faz com que o paciente receba um cuidado mais seguro.

A gente estimula que a organização olhe para os riscos, antecipe os problemas e, a partir disso, implemente barreiras de segurança que realizem protocolos baseados nas melhores evidências internacionais para o atendimento dos pacientes. Além disso, promovemos o envolvimento dos diversos membros da equipe multiprofissional, fazendo com que todos contribuam para o planejamento de um cuidado integrado. O resultado disso é uma entrega de cuidados específicos voltados às necessidades de cada indivíduo, entendendo o paciente como uma pessoa, não uma doença. O paciente está doente, ele não é a doença.

Quais são os riscos que uma instituição de saúde pode ter, caso não seja Acreditada?

Quando a instituição não é acreditada, ela está muito mais sujeita à variabilidade dos processos. Ela não tem processos bem definidos e desenhados e, com isso, a atuação da equipe assistencial e administrativa não é organizada, não trabalha a diminuição de desperdício e otimização dos recursos, desencadeando problemas relacionados com sustentabilidade. Também, a imagem da instituição pode ser prejudicada por conta de casos com desfechos indesejados que podem ser expostos na mídia.

Quais instituições podem ser acreditadas?

Todas. Seja pública ou particular. Desde grandes instituições que já têm maturidade, até serviços pequenos, clínicas, serviços de diagnóstico; unidades de atenção primária, serviços de remoção, entre outros. A metodologia Qmentum utiliza padrões internacionais definidos por comitês técnicos altamente especializados e, com base nisso, desenvolve um método que pode ser aplicado a qualquer tipo de instituição de saúde.

Hoje, a QGA também aplica o Qmentum 360º, possibilitando que redes de atenção à saúde com os mais diferentes tipos de serviços: hospitais, serviços de atenção primária, home care, laboratórios, serviços de imagem, entre outros - e que podem ter níveis diferentes de maturidade dentro da mesma rede - consigam estar juntos, falando uma mesma linguagem em termos de qualidade e segurança. Cada serviço recebe o reconhecimento, de acordo com o próprio nível, seja ele Gold, Platinum ou Diamond. O objetivo é que todos trabalhem para um dia alcançar o nível máximo de excelência, o Diamond.

Qual a vantagem que as organizações de saúde acreditadas possuem em relação às que não são?

Isso está muito ligado com o risco. Durante a implementação de uma metodologia de segurança, o serviço de saúde trabalha processos mais bem desenhados, desenvolve equipes assistenciais que sabem o seu papel dentro da cadeia de cuidado e que se sentem mais reconhecidas dentro do processo. Também há a otimização de recursos, seja ela financeiro, pessoas, tempo ou insumos. Além disso, a diminuição do desperdício faz com que as instituições acreditadas alcancem melhores resultados, em termos de entrega e financeiros.

Um exemplo foi a pandemia de COVID-19. Durante esse período, todas as organizações de saúde foram afetadas. Mas os serviços acreditados pela metodologia Qmentum tiveram uma recuperação e um retorno à "normalidade" mais rápido que os demais, isto porque a Qmentum é a única metodologia que possui uma estrutura robusta, focada em Preparação para desastres e emergência, como o que ocorreu na pandemia.

Qual seria o impacto na saúde brasileira, caso as instituições olhassem com mais atenção para a Acreditação?

A nossa metodologia foi criada no Canadá. Lá, 100% das organizações de saúde são acreditadas. No Brasil, menos de 7% das instituições são acreditadas, ou seja, ainda temos um campo enorme para trabalhar. Trabalhando o processo de Acreditação com um volume maior de instituições, seria possível desenvolver um olhar mais colaborativo entre os serviços de saúde e menos competitivo, promovendo o aprendizado coletivo, pensando no sistema de saúde como um todo, refletindo de forma utópica.

Com um olhar voltado para a Acreditação, as instituições deixam de ter o pensamento de que ter problemas é ruim. Ruim é não saber que os problemas existem e não saber como resolvê-los.

Sobre a QGA

A Quality Global Alliance (QGA) é cocriadora da única e mais inovadora Aliança Global para o desenvolvimento e a implementação de padrões mundiais de excelência em saúde com foco no paciente, a Health Standards Organization (HSO), que acumula mais de 16 mil serviços acreditados no mundo, distribuídos em 37 países. Esta aliança está estruturada para trazer ainda mais valor para as organizações de saúde, sistemas de saúde e pacientes. Ela é composta pelas organizações Accreditation Canada, Institute for Quality Management in Healthcare, Health Assessment Europe, Qualicor Europe/Holanda e QGA. A QGA é acreditada internacionalmente pela ISQua - International Society for Quality in Healthcare.

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AGÊNCIA BRASIL

Espera por transplante de coração foi menor que um mês para quase 30% da fila


Pouco mais de um quarto dos transplantes de coração realizados no Brasil desde o início do ano ocorreu com menos de um mês de espera após entrada de paciente na fila. A contagem não inclui caso do apresentador Faustão, que neste domingo (27) passou por cirurgia para receber novo órgão, após quadro de insuficiência cardíaca.De acordo com o Ministério da Saúde, 72 pacientes transplantados neste ano aguardaram menos de 30 dias antes de receber um novo coração. O número corresponde a 28% dos 261 transplantes cardíacos realizados pelo SUS em 2023. Em apenas 38 casos o tempo de espera foi maior que um ano.A agilidade no transplante de coração do apresentador Fausto Silva é explicada pelo quadro clínico do paciente, que enfrentava insuficiência cardíaca grave. O grau de urgência é um dos critérios que definem prioridades na lista de espera por um órgão e se sobrepõe à ordem de cadastro.Faustão foi internado no início do mês no hospital Albert Einstein, em São Paulo, e estava fazendo diálise devido a um choque cardiogênico -quando o coração perde a capacidade bombear sangue para os órgãos e o paciente depende de medicamentos para isso.Segundo o cardiologista João Vicente, do hospital Sírio-Libanês, casos como o do apresentador inspiram urgência pois a demora pode tornar o quadro ainda mais complexo e até irreversível. "Ele já estava em choque cardiogênico. Se essa condição persiste, talvez tivesse que ser intubado. Isso aumenta a chance de pneumonia, infecção que poderia inviabilizar o transplante", disse o médico.De acordo com os critérios de priorização, Faustão era o segundo na fila para receber um coração em São Paulo, mas a equipe médica do paciente que ocupava a primeira posição decidiu recusar o órgão neste domingo. O motivo não foi divulgado.A esposa do apresentador, Luciana Cardoso, divulgou nesta segunda que ele foi incluído na lista de espera pela doação do órgão no dia 8 de agosto. "Desde o primeiro dia de internação de emergência já sabíamos da necessidade do transplante. Depois dos exames do painel de anticorpos e outros detalhes médicos, Fausto foi incluído na lista no dia 08/08/2023 , disse Cardoso em uma rede social.Atualmente, 379 pacientes aguardam na fila para transplante de coração no Brasil. Em todo o país, o órgão com maior demanda para transplante é o rim, com 37.101 pessoas na fila de espera. A córnea está em segundo lugar, com 25.938, e o fígado na sequência, com 2.237.A fila é única em todo o país, e se baseia em critérios técnicos, como tipo sanguíneo, compatibilidade genética e de peso e altura, além da gravidade de cada caso. Não há distinção entre pacientes da rede pública ou particular de saúde, e a ordem de cadastro funciona como critério de desempate quando demais parâmetros são semelhantes.TEMPO DE ESPERA POR TRANSPLANTE DE CORAÇÃOMenos de 30 dias: 72 pessoas (27,5%)De 30 a 90 dias: 65 pessoas 24,8%)De 3 a 6 meses: 39 pessoas (14,8%)De 6 meses a 1 ano: 48 pessoas (18,3%)Mais de 1 ano: 38 pessoas (4,5%)"Quem está cadastrado e com quadro clínico estável, em casa, vai para o fim da fila", explica Vicente. Segundo o médico, a lista de espera por outros órgãos, como rim e córnea, pode ser mais mais demorada, já que o risco de complicação ao paciente frequentemente é menor. "Com o coração é diferente, porque o paciente fica sob instabilidade muito grande. É sempre uma condição grave", acrescentou.O Brasil, segundo o Ministério da Saúde, tem o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do SUS, responsável pelo financiamento de cerca de 88% dos transplantes no país.Até esta segunda-feira, 11.908 transplantes de órgãos foram realizados no país, sendo 6.269 de córnea, 3.760 de rim e 1.497 de fígado.A rede pública de saúde fornece aos pacientes assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.De apenas uma pessoa podem ser doados rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos e tecidos provenientes de um mesmo doador.

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O HOJE

Hospfar fortalece sua dedicação à excelência através de seus seis pilares fundamentais

Alicerçada em seis pilares essenciais, a política reflete a abordagem integral da Hospfar para atender às necessidades da comunidade e do setor médico

A Hospfar, empresa líder no setor de saúde, reafirma seu compromisso inabalável com a excelência por meio de sua distinta Política de Qualidade, que é a base sólida de suas operações de sucesso. Alicerçada em seis pilares essenciais, a política reflete a abordagem integral da Hospfar para atender às necessidades da comunidade e do setor médico:

● A empresa mantém um padrão impecável ao cumprir todas as normas da legislação sanitária referente a medicamentos e produtos médico-hospitalares, garantindo que a segurança e a eficácia estejam
sempre em primeiro plano;

● O armazenamento e o transporte de produtos são tratados com a mais alta qualidade, garantindo que a integridade dos itens seja preservada durante cada etapa do processo;

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● Com uma distribuição estratégica, a Hospfar garante o abastecimento pontual e eficaz de produtos essenciais, confiante para a saúde pública de maneira consistente;

● Os colaboradores são valorizados e incentivados, fomentando um ambiente de trabalho estimulante e animado à inovação;

● A satisfação do cliente é uma prioridade indiscutível, refletida no compromisso da Hospfar em fornecer um atendimento excepcional e estabelecer relações duradouras;

● Através da busca incessante pela melhoria contínua, a empresa impulsiona a inovação, garantindo que suas operações estejam sempre subordinadas às melhores práticas do setor;

A Hospfar, por meio de seus seis pilares, reafirma seu papel vital no cenário de saúde, dedicando-se a superar expectativas e elevar continuamente os padrões do setor.

Sobre a Hospfar

A Hospfar é uma empresa líder no fornecimento de produtos médico-hospitalares, dedicada a fornecer soluções de saúde de alta qualidade. Com uma Política de Qualidade fundamentada em seis pilares essenciais, está comprometida em superar as expectativas e contribuir para um sistema de saúde mais eficiente e seguro.

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PORTAL AB NOTICIAS NEWS

Por que médicos também devem entender sobre contabilidade e gestão tributária?


Afirmar que médicos devem entender de contabilidade e gestão tributária parece, em um primeiro momento, absurdo. Afinal, os profissionais dessa área se dedicam muito e estudam a vida toda para aprimorar suas técnicas e conhecimentos para promover a saúde de toda a população. Porém, esses profissionais também devem priorizar a saúde financeira de suas clínicas e instituições de atendimento ao paciente, visto que se houver problemas de ordem financeira ou mesmo fiscal, isso impactará diretamente a rotina da clínica e, consequentemente, afastará os pacientes. Para começar, é preciso entender quais são os impostos médicos a serem pagos, e como funciona a carga tributária de uma clínica. A tributação da clínica é primordial para manter um negócio sustentável e trata-se da cobrança governamental sobre os impostos que a empresa sofre. Vale lembrar que o valor muda de acordo com o tipo, faturamento e tamanho de cada clínica, podendo ser Microempreendedor Individual (MEI), Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido.
Independente do modelo adotado, o importante é emitir todas as notas fiscais de forma organizada e entender que a diferença entre eles está na forma como os impostos são calculados, a maneira como eles são recolhidos e as obrigações fiscais de cada um. Já sobre o Imposto de Renda, trata-se de uma contribuição que deve ser feita ao longo do ano, seguindo um calendário oficial, e tem uma cobrança anual. Nesse caso, o IR pode ser aplicado tanto para Pessoa Física quanto Jurídica. Nesse sentido, é necessário ficar atento à documentação necessária, como Plantões médicos, CPF dos pacientes, Encargos com funcionários, Despesas fixas, Material de consumo da clínica, CRM e sindicatos, Marketing e Bens e Patrimônios. Como em diversos segmentos, existem formas de reduzir um pouco os impostos. Para isso, é preciso atenção ao enquadramento do serviço oferecido. Para se ter uma ideia, a tributação de hospitais é de 20%, já o de clínicas chega a 32%.
Nesse sentido, fica o alerta de que não adianta escolher qual tipo de enquadramento aplicar ao negócio levando em consideração apenas o faturamento. É preciso fazer uma análise do todo para encontrar o modelo que mais se adequa ao momento do hospital ou clínica. Por fim, é preciso se manter atento às mudanças que podem vir sobre impostos e eventuais mudanças em leis de contabilidade. Somente dessa forma, será possível manter uma previsibilidade financeira, ter um negócio sustentável e, claro, oferecer o melhor atendimento possível aos pacientes. Fazer uso de recursos tecnológicos, como plataformas e softwares de gestão são imprescindíveis para automatizar processos burocráticos e mitigar eventuais erros humanos. É importante também manter um olhar atento e atualizado ao fluxo de caixa, para que nada saia do controle e não surjam surpresas ruins na jornada médica. Sobre a Doctoralia A Doctoralia, empresa do Grupo Docplanner, é a maior plataforma de saúde do mundo.
Presente em 13 países, o grupo é responsável por atender 55 milhões de pacientes e processar mais de 15 milhões de agendamentos de consultas por mês, atualmente, possui mais de 2 milhões de profissionais de saúde em sua base, com um total de 10 milhões de avaliações de pacientes. Com a missão global de tornar a experiência em saúde mais humana, a Doctoralia atende a diferentes públicos ao oferecer uma gama diversificada de serviços: marketplace, que permite agendamento e avaliação de consultas, sistema SaaS (Software as a Service) voltado para otimização da gestão do consultório, fluxo de pacientes e realização de teleconsultas. Em julho de 2022 a empresa anunciou a aquisição da Feegow, software líder de gestão para clínicas. Para ampliar o alcance do serviço, a Doctoralia disponibiliza também o aplicativo móvel para pacientes.

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BIZNEWS

Medicamentos impactam mais o bolso dos brasileiros


Os gastos dos brasileiros com medicamentos representam uma parcela significativa das despesas, sendo uma prioridade para as famílias. Mesmo em meio a possíveis restrições financeiras, a aquisição desses produtos, quando prescritos ou em situações de necessidade, é quase inevitável.

Entretanto, os custos desses itens têm suscitado preocupações consideráveis entre a população. Esse cenário tornou-se ainda mais acentuado recentemente, quando houve um ajuste máximo permitido de preços, estipulado em 5,60%, para todos os tipos de medicamentos. Tal regulamentação foi determinada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) em 30 de março.

Esse aumento terá um impacto abrangente, afetando mais de 13 mil apresentações de medicamentos disponíveis nas farmácias. Vale ressaltar que os preços dos medicamentos possuem uma dinâmica singular em comparação a outros produtos no mercado, com apenas um reajuste anual que estabelece o valor máximo para sua comercialização nas farmácias.

Essa mudança certamente influenciará o comportamento dos consumidores. Conforme revelado pela 6ª Edição da Pesquisa sobre o Comportamento do Consumidor em Farmácias no Brasil, finalizada em 2023 e conduzida pelo IFEPEC em parceria com a Unicamp, os frequentadores de farmácias estão mais atentos à busca por economia em suas compras.

Para essa pesquisa, foram entrevistados 4.000 consumidores em todo o país. Dentre as conclusões, destaca-se uma alteração no padrão de comportamento em relação a anos anteriores: mais consumidores apontam o preço como o fator preponderante na escolha da farmácia, alcançando 82,13% dos entrevistados, em contraste com os 79,9% do ano anterior.

Além disso, o hábito de comparar preços aumentou consideravelmente. Cerca de 31,2% dos consumidores afirmaram ter realizado alguma pesquisa de preços em diferentes farmácias antes de efetuar a compra, um aumento substancial em relação aos 15,3% registrados em 2022.

Na busca por economia, mais de 92,5% dos entrevistados relataram participar de algum programa de fidelidade, evidenciando a continuidade e popularidade dessas iniciativas.

O propósito central dessa pesquisa sempre foi analisar o perfil de consumo nas farmácias. Edison Tamascia, presidente da Febrafar, enfatiza a importância de obter dados atuais para embasar estratégias internas, tornando as ações mais assertivas.

Diante desse contexto, surge a pergunta: como economizar diante da situação atual na compra de medicamentos? Apesar de os preços serem tabelados, ainda é possível economizar nesses gastos. Poucos sabem que a tabela estabelece apenas o valor máximo dos medicamentos, enquanto as farmácias podem definir um preço mínimo de acordo com suas estratégias comerciais, como destaca Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN).

Para auxiliar os consumidores, Reinaldo Domingos oferece orientações sobre como economizar na compra desses produtos:

Realize comparações de preços: Pesquise os valores em diferentes farmácias, pois os preços variam consideravelmente. Além disso, cadastre-se em programas de fidelidade para garantir descontos futuros. Defina suas necessidades: Tenha clareza sobre o que precisa adquirir na farmácia e siga uma lista pré-estabelecida para evitar compras impulsivas. Considere genéricos e similares: Muitas vezes, os medicamentos genéricos ou similares são mais econômicos. Peça ao médico para prescrever o princípio ativo em vez da marca e pesquise preços entre diferentes laboratórios. Aproveite o programa Farmácia Popular: Verifique se a farmácia possui o programa governamental Farmácia Popular, que oferece medicamentos gratuitos ou com descontos expressivos para determinadas condições. Utilize programas de fidelidade: A maioria das farmácias e laboratórios oferece programas de fidelidade, gerando economias significativas. Confira se sua empresa, plano de saúde ou associação possui parcerias com redes farmacêuticas.

Com essas dicas, os consumidores podem tomar medidas concretas para economizar nas despesas com medicamentos, mesmo diante das oscilações de preços e do cenário econômico.

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A REDAÇÃO

Sancionada lei que aumenta o salário mínimo e amplia a isenção do IR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira (28/8), em evento no Palácio do Planalto, o texto da Medida Provisória 1.172/2023, que reajusta o salário mínimo para R$ 1.320 e amplia a faixa de isenção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). O valor atual do piso nacional está em vigor desde o dia 1º de maio, quando a MP entrou em vigor.

O texto sancionado hoje também estabelece a política de valorização do salário mínimo, que prevê aumento real equivalente à variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores ao de vigência do novo valor. A política entrará em vigor a partir de 2024, quando o salário mínimo deve chegar a R$ 1.461.

Para o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a retomada da política de ganho real do salário mínimo terá forte impacto positivo na economia. Ele citou que mais de 25 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) recebem o piso. O ministro também lembrou que a política, que vigorou ao longo dos governos anteriores de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff, ao lado dos programas sociais, foi essencial para que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) retirasse o Brasil do Mapa da Fome no mundo, lista de países com estatísticas graves de insegurança alimentar. Quase dez anos depois, no entanto, a fome voltou a atingir mais de 33 milhões de brasileiros, segundo estudo publicado em 2022 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan).

"De novo, eu tenho certeza que essa decisão vai nos conduzir para que possamos, mais uma vez, tirar o Brasil do Mapa da Fome", disse Marinho. Já para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o aumento real do salário mínimo, apesar de ser “pouco", representa, segundo ele, "uma sinalização clara que o trabalhador voltou a ter atenção do governo".

Isenção do IRPF

Durante a tramitação da Medida Provisória no Congresso Nacional, foi incluída a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda. Quem ganha até R$ 2.640 ao mês não terá de pagar imposto de renda. Até então, a isenção era para quem recebe até R$ 1.903,98 mensais. Segundo o Palácio do Planalto, a sanção será publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Negociação no serviço público

Durante a cerimônia, o presidente Lula assinou um decreto que cria um grupo de trabalho interministerial para estabelecer proposta de regulamentação das negociações coletivas de trabalho no âmbito da administração pública federal. A medida visa cumprir a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê, entre outros pontos, liberdade sindical para servidores públicos e direito à negociação de condições de trabalho e reajustes salariais em níveis federal, estadual e municipal. Essa medida também será publicada em edição extra do DOU.

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AGÊNCIA ESTADO

Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda nova vacina da dengue

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou um documento científico recomendando a vacina contra a dengue produzida pelo laboratório japonês Takeda como escolha preferencial para imunizar crianças e adolescentes. A Anvisa deu o aval para o registro da Qdenga em território brasileiro em março. Esse imunizante está liberado para ser aplicado em crianças com mais de 4 anos, adolescentes e adultos até 60 anos de idade - são duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

Em estudos clínicos, ele demonstrou 80% de eficácia contra a dengue. A SBP lembra que a Qdenga é uma vacina composta por vírus vivos atenuados que ajuda na prevenção da dengue causada por qualquer um dos quatro sorotipos existentes (1, 2, 3 e 4). Ela pode ser administrada independente de exposição anterior do paciente à doença e sem necessidade de teste pré-vacinação.

Há outra vacina contra a dengue licenciada no Brasil: é a Dengvaxia, da farmacêutica Sanofi. Ela é recomendada no esquema de três doses para crianças, adolescentes e adultos, contemplando a faixa etária dos 6 aos 45 anos. Só que deve ser usada somente em que já teve a confirmação de uma infecção prévia por dengue. Daí porque a entidade médica aconselha a escolha pela Qdenga. "A SBP sugere o uso preferencial da vacina Qdenga pelo esquema posológico mais conveniente (menor número de doses e término do esquema vacinal em menor tempo) e pela não necessidade de comprovação de infecção prévia pela dengue para sua administração", resume, em documento.

A SBP recomenda a vacinação para todas as crianças e os adolescentes a partir dos 4 anos, independente de já ter enfrentado a doença. Diante da escassez de dados sobre segurança e imunogenicidade, no momento, "não é recomendado realizar intercâmbio de doses entre as diferentes vacinas", acrescenta o documento.

Quem não deve se vacinar
A SBP reforça que ambas as vacinas são contraindicadas para gestantes, mulheres que amamentam e imunocomprometidos e para indivíduos com hipersensibilidade a substâncias contidas no imunizante. "A vacinação com Qdenga deve ser adiada em pacientes que apresentem doença febril aguda. A presença de uma infecção leve, como um resfriado, não deve resultar no adiamento da vacinação", aponta o documento.

Onde encontrar
A vacina contra a dengue da Takeda é oferecida em clínicas particulares. Segundo levantamento feito em julho pelo Estadão com quatro estabelecimentos da capital paulista, o valor da dose varia entre R$ 425 e R$ 478 - o esquema completo de vacinação é feito com duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. O valor pode variar de acordo com o Estado por causa das diferentes cargas tributárias. 

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PORTAL G1/GOIÁS

Prefeitura pede afastamento de médico que se envolveu em briga com avós de adolescente após perguntas durante consulta

Avó denunciou que médico a atingiu com um soco na boca durante briga. Segundo a mulher, profissional se exaltou e expulsou ela e a neta de colsultório 'aos gritos'.

Por Thauany Melo, g1 Goiás

A Secretaria de Saúde de São Luís de Montes Belos, na região central de Goiás, pediu o afastamento do médico Flávio Ferreira Nogueira, que se envolveu em uma briga com os avós de uma adolescente de 14 anos. O delegado Luiz Fernando afirmou que a avó da adolescente o acusou de lesão corporal após ser atingida no rosto com um soco durante a briga em uma unidade de saúde.

O médico não quis se posicionar sobre o caso de agressão até a última atualização da reportagem. Ao g1, o delegado Luiz Fernando afirmou que o profissional disse que a avó e a adolescente o trataram com falta de respeito e então ele pediu para que elas se retirassem do consultório.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudiou a agressão - veja nota na íntegra no final do texto.

O caso ocorreu na sexta-feira (25), na Unidade Básica de Saúde Dona Luzia. Conforme a prefeitura, o município não tem mais interesse na permanência do profissional do Programa Mais Médicos Para o Brasil, pois a atitude contradiz o "princípio defendido pela gestão, da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, da integralidade, da humanização e da equidade". O pedido foi encaminhado ao Ministérios da Saúde.

Segundo a Polícia Militar, a avó de 50 anos relatou que estava com a neta dentro do consultório quando o médico, de 50, perguntou se a menina tinha namorado e se já havia menstruado. Segundo ela, o profissional teria ficado exaltado após a adolescente responder que já havia passado as informações para ele.

Ao g1, a avó da adolescente contou que o médico expulsou as duas "aos gritos" do consultório ao se ofender com a resposta da adolescente. Quando a família voltou para conversar com a direção do hospital, segundo a mulher, o médico iniciou as agressões, que foram revidadas.

A avó e a neta saíram do consultório e, poucos minutos depois, o avô, de 52 anos, pediu para falar com médico, que foi até a recepção para encontrá-lo. Neste momento, os dois começaram a brigar e entraram em luta corporal. Em meio à confusão, a avó denunciou que o médico a atingiu com um soco na boca.

O delegado Luiz Fernando afirmou que o caso é investigado como lesão corporal. “O avô tomou conhecimento da situação e foi no posto conversar. Chegando lá, eles entraram em vias de fato. A avó entrou no meio do conflito, ocasião em que o médico teria desferido um soco contra ela.”, explicou o delegado.

Nota do Cremego sobre agressão ao médico:

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudia a agressão a um médico, durante o exercício de sua profissão, ocorrida na Unidade Básica de Saúde Dona Luzia, em São Luiz de Montes Belos. O Cremego condena veementemente a violência contra médicos e contra qualquer cidadão.

Suspeitas de falhas na assistência médica devem ser denunciadas ao Conselho e a demais órgãos competentes para a investigação em outras esferas.

Todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Cremego ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.

A violência nunca será a solução para qualquer problema ou descontentamento.

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JORNAL OPÇÃO

Alopécia: saiba mais sobre a condição que afeta Maiara

De acordo com a especialista, as causas da alopecia são variadas e incluem o estresse, traumas, o uso de medicamentos, reação hormonal pós-parto, doenças no couro cabeludo, hipotireoidismo e hipertireoidismo, o uso de produtos químicos inadequados e outras situações

Na última semana, a cantora Maiara, dupla de Maraisa, usou as redes sociais para revelar que, assim como a irmã, também está em tratamento para a alopecia. Para saber mais sobre o assunto, a dermatologista Lorena Dourado explicou as condições da doença para o Jornal Opção. A calvície feminina é mais comum do que parece. Dados da Academia Americana de Dermatologia (AAD) apontam que o problema pode atingir mais de 2 bilhões de pessoas no mundo, sendo mais de 100 milhões de mulheres afetadas.

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Alopecia é o nome dado a um grupo de doenças que provoca a queda de cabelo. Existem várias formas de alopecia, cada uma com suas próprias características e causas, e a perda dos fios pode ocorrer em áreas específicas do couro cabeludo ou em todo o corpo. A mais comum é a alopecia androgenética, também conhecida como calvície de padrão masculino ou feminino. Outras formas incluem a alopecia areata (queda de cabelo em áreas arredondadas) e a alopecia universal (perda completa de cabelo no corpo). Há também o eflúvio telógeno (uma queda difusa de cabelos sem formação de placas de falha ou afinamento dos fios).

As causas da alopecia e do eflúvio telógeno são variadas e incluem o estresse, traumas, o uso de medicamentos, reação hormonal pós-parto, doenças no couro cabeludo, hipotireoidismo e hipertireoidismo, o uso de produtos químicos inadequados e outras situações. Recentemente, muitos pacientes têm relatado a queda acentuada de cabelos pós-covid.

Sintomas

Os sintomas variam dependendo do tipo e da gravidade da condição e podem ter um impacto significativo na autoestima e na qualidade de vida de homens e mulheres. Lorena Dourado explica que, muitas vezes, a alopecia começa com uma queda gradual do cabelo ou a formação de manchas calvas. “Em casos mais avançados da alopecia areata, por exemplo, pode ocorrer uma perda completa de cabelo no couro cabeludo e/ou em outras partes do corpo. O impacto psicológico da alopecia não deve ser subestimado, já que pode levar a constrangimento, baixa autoestima e ansiedade social”, alerta a médica especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e com formação em Tricologia (ciência que estuda o cabelo) pela Faculdade de Medicina do ABC e pela USP.

Diagnóstico

Para o diagnóstico da alopecia, os dermatologistas contam com recursos, como o exame físico; exames como o tricograma, que avalia as raízes dos cabelos e determina a porcentagem de fios em processo de queda e de fios afinados; e a dermatoscopia manual e digital, essa última faz uma contagem computadorizada dos tipos de fios presentes em determinada área do couro cabeludo. Exames laboratoriais que excluem ou evidenciam deficiências vitamínicas, anemias e outras doenças que podem causar a queda de cabelo, e até biópsias também podem ser indicados.

“O mais importante é procurar o seu dermatologista ao perceber que seus cabelos estão caindo ou passando por alterações de volume ou afinamento, para que ele faça sua avaliação e inicie, se necessário, seu tratamento de maneira precoce. Dessa forma poderemos, na maioria dos casos, evitar a progressão da calvície, mantendo seus cabelos saudáveis por mais tempo”, orienta a médica.

Tratamento

Embora não haja uma cura definitiva para a alopecia, existem diversas opções de tratamento disponíveis para ajudar a minimizar a queda de cabelo e estimular o crescimento capilar. O médico dermatologista é o profissional indicado para identificar as condições clínicas do paciente e prescrever o melhor tratamento para cada caso.

Esses tratamentos podem incluir o uso de medicamentos, como o conhecido Minoxidil; terapias a laser; cirurgia de transplante capilar para casos mais avançados e quando a pessoa possui uma área doadora satisfatória (cabelos da região posterior da cabeça); tratamentos tópicos com produtos que podem promover o crescimento capilar ou retardar a queda, e outros. Muitos pacientes também podem precisar de acompanhamento psicológico para lidar com o impacto emocional da condição.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 28 Agosto 2023 10:05

CLIPPING AHPACEG 26 A 28/08/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Apresentador Fausto Silva passa por transplante cardíaco bem-sucedido

Polícia investiga falsa esteticista após 16 mulheres denunciarem terem sido vítimas

Na fila de transplantes por doença rara no coração, adolescente goiano sonha com doador: ‘Vivo com esperança’

Avós de adolescente brigam com médico após se irritarem com perguntas à neta durante consulta, diz PM

Esclerose Múltipla: diagnóstico precoce pode melhorar qualidade de vida de pessoas com a doença

Fraudes: uma doença crônica (e dolorosa) do nosso sistema de saúde

Maioria dos brasileiros não tem acesso a planos de saúde; empresas articulam alternativas para população

DIÁRIO DA MANHÃ

Apresentador Fausto Silva passa por transplante cardíaco bem-sucedido

Faustão recebe novo coração após cirurgia de 2h30 no Hospital Albert Einstein

O apresentador Fausto Silva, de 72 anos, passou por um transplante de coração com sucesso neste domingo (27) no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 5 de agosto.

De acordo com boletim médico divulgado pelo hospital, a cirurgia durou cerca de 2h30 e foi realizada sem intercorrências. O procedimento foi realizado após a equipe médica encontrar um doador compatível para Fausto Silva.

O presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, Gustavo Ferreira, explicou que após a captação do órgão do doador, este é transportado rapidamente para o receptor, devido ao curto tempo de isquemia - período em que o órgão fica fora do corpo. No caso do coração, esse tempo é de apenas 4 a 6 horas.

O Ministério da Saúde informou que na última semana foram realizados 11 transplantes cardíacos no Brasil, sendo 7 em São Paulo. Fausto Silva foi priorizado na fila de espera em razão do seu grave estado de saúde.

No dia 18 de agosto, o apresentador havia gravado um vídeo no hospital pedindo orações e comentando que precisaria passar por cirurgia. Agora, após o transplante bem-sucedido, Fausto Silva permanece na UTI para acompanhamento do novo órgão.

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TV ANHANGUERA

Polícia investiga falsa esteticista após 16 mulheres denunciarem terem sido vítimas

https://globoplay.globo.com/v/11893595/

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PORTAL G1

Na fila de transplantes por doença rara no coração, adolescente goiano sonha com doador: ‘Vivo com esperança’

Matheus Xavier, de 14 anos, está na fila de transplantes desde março deste ano. Ele foi diagnosticado com Miocardiopatia Restritiva e conta nas redes sociais sua rotina

Por Maiara Dal Bosco, g1 Goiás

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Diagnosticado há 1 ano e meio com Miocardiopatia Restritiva, uma doença rara, o adolescente Mateus Xavier, de 14 anos, aguarda por um transplante de coração. Mateus, que se define como muito alegre e cheio de amor pela vida, entrou na lista de transplantes em março deste ano. De lá para cá, muitos hábitos mudaram na rotina do adolescente, mas há algo que continua intacto para Mateus e sua família: a fé de que a cirurgia será realizada em breve.

A vivência de Mateus, que rendeu à família um convite feito por uma editora de São Paulo para que a história dele seja contada, é compartilhada nas redes sociais. O principal objetivo, segundo Kely Batista, mãe de Mateus, é conscientizar sobre a importância da doação de órgãos, já que informações sobre o assunto podem salvar não só a vida de Mateus, mas de várias pessoas que aguardam por um transplante.

Descoberta

Kely Batista conta que o diagnóstico aconteceu após alguns exames solicitados em uma consulta médica, que foi motivada por uma inquietação de Mateus, à época com 11 anos. “Ele questionava porque ele era o menor entre os colegas da idade dele, mesmo tomando alguns suplementos”, afirmou.

Com 12 anos, o questionamento aumentou em Mateus e ele foi levado pelos pais a uma consulta com uma endocrinologista. “Em um primeiro momento, a médica já suspeitou que houvesse algum problema cardíaco, e o encaminhou para um cardiologista, que investigou o caso e chegou ao diagnóstico da doença, em março de 2022”.

Depois da confirmação do diagnóstico, Mateus começou a fazer um tratamento em Brasília, onde faz acompanhamento a cada 30 ou 45 dias. “Além do acompanhamento médico em Brasília, Mateus também tem uma médica que cuida do caso dele em Goiânia, o que pode ajudar bastante em caso de necessidade”, afirma a mãe do adolescente.

Doença

De acordo com a pediatra especialista em cardiologia pediátrica, Ana Carla Dantonio, que acompanha o tratamento de Mateus, a miocardiopatia restritiva é uma cardiopatia grave, de evolução rápida e silenciosa. Em laudo, ela explica que não há tratamento medicamentoso para a mesma, ou seja, o tratamento curativo preconizado é o transplante cardíaco.

Atualmente, segundo a mãe de Mateus, o adolescente ocupa o 14º lugar da fila não prioritária de transplantes do Distrito Federal, local em que faz tratamento. De acordo com a médica de Mateus, as filas de transplante são divididas em prioritária, quando o paciente está internado, em estado mais grave,e não prioritária, quando o paciente não está internado.

Rotina

A mãe de Mateus destaca algumas das mudanças que aconteceram na rotina de Mateus após o diagnóstico e a entrada dele na lista de transplantes. “Hoje ele tem uma restrição hídrica e só pode beber 1,2 litro por dia de líquido, por exemplo. Ele toma remédios todos os dias e também não pode comer muitas folhas verdes porque estas cortam o efeito dos remédios que ele toma”, detalhou.

Além disso, segundo a mãe, o adolescente não pode brincar de determinadas brincadeiras como por exemplo correr, jogar bola, nadar, e precisa ter cuidado para não se machucar. “Por conta de um remédio que ele toma, se ele se machucar, pode sangrar muito. Ele também precisa, quando estiver brincando e cansar, parar de brincar e descansar um pouco”, contou Batista.

Esperança

Mateus conta que vive com esperança e sonha que apareça logo um doador para que ele continue a jornada dele. “Embora eu tenha minhas limitações, sou um menino feliz, e hoje desejo ajudar a conscientizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos”, destacou.

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Avós de adolescente brigam com médico após se irritarem com perguntas à neta durante consulta, diz PM

À polícia, a avó contou que o médico perguntou três vezes se a neta dela tinha namorado e se já havia menstruado. Em meio a confusão, a mulher levou um soco na boca.

Por Kariny Bianca, g1 Goiás

Os avós de uma adolescente de 14 anos agrediram um médico após se irritarem com perguntas feitas pelo profissional durante uma consulta médica na manhã desta sexta-feira (25), na Unidade Básica de Saúde Dona Luzia, em São Luís de Montes Belos, na região central de Goiás. Na confusão, a avó também acabou sendo atingida com um soco.

À polícia, a avó de 50 anos relatou que estava com a neta dentro do consultório quando o médico, de 50, perguntou por três vezes se a menina tinha namorado e se já havia menstruado. Segundo ela, o profissional teria ficado exaltado após a adolescente reclamar que ele estava sendo insistente e mandou que elas saíssem do consultório.

g1 entrou em contato por telefone com a Secretaria Municipal de Saúde de São Luiz de Montes Belos por volta das 15h para saber um posicionamento mas não conseguiu contato. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos envolvidos para posicionamento até a publicação desta matéria.

De acordo com a Polícia Militar de Goiás (PM-GO), a avó e a neta saíram do consultório e, poucos minutos depois, o avô, de 52 anos, pediu para falar com médico, que foi até a recepção para encontrá-lo. Neste momento, os dois começaram a brigar e entraram em luta corporal. Em meio à confusão envolvendo dois avós e o médico, a mulher denunciou que o médico deu um soco na boca dela (veja foto acima).

g1 também entrou em contato por e-mail com o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), mas não teve retorno até a última atualização dessa reportagem.

A Polícia Militar informou que os avós e o médico receberam atendimento médico e depois foram encaminhados para a delegacia. O delegado Luiz Fernando, responsável pelo caso, disse que a equipe procura possíveis imagens de câmeras de segurança para entender o que realmente aconteceu. A princípio, a polícia trata o ocorrido como lesão corporal envolvendo todas as partes, já que os três tiveram lesões consideradas leves.

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PORTAL BRASIL 61

Esclerose Múltipla: diagnóstico precoce pode melhorar qualidade de vida de pessoas com a doença



Cerca de 35 mil pessoas vivem com a doença no país. Ao portal, Juliana Papeira afirmou que levou 15 anos, desde os primeiros sintomas, para receber o diagnóstico e contou as principais dificuldades enfrentadas por quem convive com a esclerose múltipla

Dificuldade para enxergar, perda de memória e fadiga diária são alguns dos principais sintomas que afetam Juliana Papeira, diagnosticada aos 28 anos com esclerose múltipla (EM). Hoje, com 35, ela lembra que, ao descobrir a doença, desenvolveu ansiedade e depressão pelas incertezas que acompanham o diagnóstico já que existem tratamentos para a EM, mas ainda não há cura. A moradora do Distrito Federal conta que os principais sintomas apareceram aos 13 anos, mas levou 15 anos para os médicos identificarem a doença. Por isso, defende que a conscientização sobre a EM é fundamental. No dia 30 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Conscientização Sobre a Esclerose Múltipla.

Se tivesse uma conscientização maior, nós, pessoas com esclerose, não sofreríamos tanto, passando por todos esses problemas. Se eles tivessem descoberto, desde o início, essa minha doença, eu não teria perdido a minha visão, eu não teria múltiplas sequelas igual eu tenho, tanto no cérebro, quanto na coluna. Conheço outras pessoas que passaram pelo mesmo problema, afirma.

Juliana Papeira perdeu a visão do olho esquerdo em decorrência da esclerose múltipla. Ela elogia a atuação dos profissionais de saúde, mas avalia que o tratamento da doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é ruim, devido à dificuldade de acesso aos medicamentos, que são de alto custo. Agora, na sexta medicação as outras apresentaram falha terapêutica Juliana explica como é conviver com a EM.

Então, são cinco dias de tratamento, fora isso eu tenho que fazer reposição de vitamina D, alimentação também tem que ser controlada, não posso tomar nada que venha a inflamar o meu sistema nervoso, tenho que cortar muita coisa de alimentação, fazer atividade física, pilates, que também ajuda bastante; yoga, e tudo o que me deixa sempre mais calma, para não ter nenhum tipo de surto, ressalta.

De acordo com o neurologista Felipe Toscano, a melhor forma de possibilitar qualidade de vida às pessoas com a doença é através de um diagnóstico precoce. Segundo Toscano, quanto antes iniciar o tratamento melhor para reduzir as chances de evolução da esclerose múltipla, que pode levar o indivíduo a ter tonturas frequentes e dificuldades para andar e enxergar, entre outros sintomas. O médico afirma não existir uma forma de prevenção da doença porque depende da carga genética.

A doença acontece, principalmente, em pessoas jovens que têm uma predisposição genética para ter essa doença. Isso é, principalmente, em pessoas brancas, caucasianas, e tem alguns fatores de risco que ajudam a que essa doença se desenvolva. Então, deficiência de vitamina D, pouca exposição ao sol, obesidade na infância, sedentarismo, infecção pelo vírus da mononucleose, que é conhecida como doença do beijo, tudo isso isolado ou em conjunto pode contribuir para que a doença se desenvolva, explica.

Esclerose Múltipla

De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem), a EM é uma doença neurológica crônica e autoimune as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. A doença não tem cura. No entanto, existem tratamentos que consistem em atenuar os sintomas e desacelerar a progressão.

Estima-se que aproximadamente 35 mil pessoas convivem com a doença no Brasil. Deste total, 15 mil estão em tratamento pelo SUS. No mundo, cerca de 2,3 milhões de pessoas vivem com esclerose múltipla. A doença afeta, normalmente, adultos entre 18 e 55 anos de idade. Além disso, é duas a três vezes mais frequente em mulheres. Entretanto, crianças e pessoas idosas também podem ser atingidas. As informações são do Ministério da Saúde. O órgão recomenda buscar atendimento com especialistas ao identificar os seguintes sintomas:

Alterações cognitivas;Alterações emocionais;Alterações sensoriais;Desequilíbrio;Dificuldade para articular a fala;Dificuldade para engolir;Disfunção da bexiga e/ou do intestino;Disfunção sexual;Distúrbios visuais;Dor;Fadiga;Fraqueza muscular;Rigidez.

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GAZETA DA SEMANA

Fraudes: uma doença crônica (e dolorosa) do nosso sistema de saúde


Keko Pascuzzi

Alguns planos de saúde estabelecem a modalidade de reembolso. Esta modalidade permite que o beneficiário utilize o serviço de sua confiança/conveniência, ainda que este serviço não figure dentre aqueles com os quais a operadora tem contrato. Ou seja, é um mecanismo que confere "liberdade" ao usuário.

Nesta esteira, são definidos valores limite para reembolsos destes serviços. O beneficiário tem a escolha de usar um serviço cujo custo seja maior, contudo, seu reembolso será limitado ao valor contratado entre as partes. Vale salientar que os planos oferecem serviços similares, sem custo para o beneficiário (ou com coparticipação, dependendo da modalidade).

Porém, como diria Victor Hugo: "tudo que aumenta a liberdade, aumenta a responsabilidade". Seja por falta de consciência ou puro oportunismo, na prática, infelizmente, o que vemos pelas recentes denúncias é um abuso irresponsável desta liberdade. Vejamos:

- O prestador pergunta o valor do reembolso para determinar o preço do serviço;

- O prestador divide o valor do serviço (principalmente consultas) em dois ou mais recibos (datados com meses diferentes), de forma que o beneficiário possa receber "reembolso integral";

E existem outras tantas fraudes neste segmento:

- Uso indevido do cartão de usuário - empréstimo ou venda da carteirinha, de modo que pessoas oficialmente não cadastradas acessem os serviços médicos;

- Super indicação de tratamentos - profissionais de saúde realizam procedimentos desnecessários, ou aumentam a quantidade de produtos a serem usados, visando ganhos financeiros;

- Beneficiários fictícios - prestadores de serviços forjam contas médicas por serviços que não foram realizados;

- Beneficiários temporários - empresas de material médico captam pacientes com necessidades de alta complexidade e com dificuldades financeiras, pagam por seus contratos até que a carência esteja findada, e eles possam passar por procedimentos de alto custo, cancelando os contratos assim que os procedimentos são realizados;

- Informações falsas - usuários falsificam receitas médicas, ou notas fiscais de profissionais de saúde, de modo a receberem reembolsos indevidos, em procedimentos não cobertos pelas operadoras.

Eu questiono:

- Será que isso é feito somente por pessoas de má índole, fraudadores convictos?

- Será que as pessoas têm "consciência" que isso é, ao cabo, uma fraude?

- Será que enxergam que esta prática invariavelmente implicará no futuro: a) redução desta liberdade. b) maior burocracia. c) aumento no custo dos planos para as famílias/empresas?

- Será que o caminho é investigar e prender todos que em algum momento fizeram algo assim?

- Será que a conscientização e sensibilização não seria um caminho mais promissor?

Segundo levantamento da Associação Brasileira de Planos de Saúde, entre 2019 e 2022, o volume de reembolsos de procedimentos médicos saltou 90%, para R$ 11,4 bilhões. Como este aumento é muito superior ao dos procedimentos cobertos pelas operadoras nos mesmos três anos (alta de 19,5%), eles consideram a diferença de R$ 7,4 bi em ressarcimentos fruto de fraudes.

Volto a lembrar: além de ilícitas, tais atitudes são irresponsáveis, deterioram a qualidade e encarecem o acesso a saúde para milhões de brasileiros. Em outras palavras, os envolvidos não estão "levando vantagem sobre as operadoras" - o que já seria reprovável -, mas prejudicando todos os demais beneficiários de planos de saúde com sua "estúpida malandragem".

É importante que tenhamos a consciência que o Brasil será aquilo que dele fizermos. Vivemos em sociedade, temos direitos, mas também deveres. Não podemos mais nos calar diante de situações fraudulentas. O Instituto Ética Saúde mantém um Canal para receber relatos de más práticas do setor. Sabemos que muitas vezes não há como provar os fatos, mas o simples ato de relatar já nos ajuda a mapear as diversas situações e envolver os setores representados e as autoridades para tentar combater tais prática.

Garantimos seu anonimato.

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GAZETA MT

Maioria dos brasileiros não tem acesso a planos de saúde; empresas articulam alternativas para população


Não chega a 51 milhões o número de brasileiros que têm acesso a planos de saúde. Os dados são da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para junho de 2023, demonstrando o alto índice de pessoas que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para ter acesso a cuidados. Para amparar essa parte da população, algumas empresas elaboram estratégias que proporcionam saúde de qualidade acessível.

Uma das alternativas apontadas pelo setor, para atender e acolher essa parcela significativa de pacientes, são os chamados cartões de descontos. Pagando uma taxa por mês, o usuário que contrata um cartão-desconto tem acesso a tabelas especiais, que podem chegar a oferecer até 70% de desconto em consultas eletivas ou de urgência, também cobrindo custos de exames e internação.

Referência no mercado da saúde mato-grossense há quase 40 anos, o Hospital São Judas lançou neste mês de julho o 'Cartão Tadeu'. Para o sócio-diretor do Hospital, Arnaldo Sérgio Patrício, o novo produto oportuniza o acesso à saúde para todas as faixas de renda, mantendo a responsabilidade social da empresa de levar saúde ao alcance de todos.

"É o cartão de descontos com mais benefícios do mercado, oferece aos associados um programa de longevidade e emagrecimento, assistência funerária e seguro de vida por acidente e de invalidez também por acidente, além de termos uma tabela com valores super especiais nos serviços de saúde. É um produto ideal, também, para as empresas", explicou o diretor Arnaldo Sérgio Patrício.

Para quem deseja saber mais sobre o Cartão Tadeu, basta seguir até a unidade de saúde e solicitar a uma atendente os esclarecimentos. Outras informações também podem ser acessadas no site:https://cartaotadeu.com.br/

MERCADO EM EXPANSÃO

Ainda não se tem dados concretos sobre quantas pessoas possuem cartão de desconto para procedimentos médicos em Mato Grosso, mas de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o estado registrou um aumento de 5,3% no número de usuários de planos de saúde de assistência médica entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023.

De lá para cá, o número de usuários passou de 623.169 para 656.509. A pandemia da Covid-19 pode ter influenciado na procura por este tipo de cobertura. Para Arnaldo Sérgio Patrício é importante que as pessoas mantenham seus check-ups em dia, principalmente tendo como foco a prevenção e cuidados com o bem-estar em geral.

"Temos um corpo clínico completo aqui no hospital, para dar suporte e tirar dúvidas relacionadas à saúde. Trabalhamos 24h por dia para garantir que a sua família esteja segura", pontuou.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 25 Agosto 2023 06:44

CLIPPING AHPACEG 25/08/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

STF tem cinco votos para descriminalizar porte de maconha para consumo

Nova contribuição sindical não será obrigatória, diz Marinho

Anvisa proíbe suplemento alimentar de melatonina para crianças

Pandemia da covid-19 promoveu crise de saúde mental

Maiara é diagnosticada com doença autoimune

Laudo contraria alegação de hospital de que jovem tentou suicídio

AGÊNCIA BRASIL

STF tem cinco votos para descriminalizar porte de maconha para consumo

Pedido de vista de André Mendonça suspendeu o

O Supremo Tribunal Federal (STF) contabilizou nesta quinta-feira (24) cinco votos pela descriminalização do porte de maconha para consumo pessoal.

Apesar dos votos proferidos, um pedido de vista (mais tempo para analisar o caso) feito pelo ministro André Mendonça suspendeu o julgamento, Não há data para retomada. 

O placar do julgamento é de 5 votos a 1 para a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. O plenário é formado por 11 ministros.

Conforme os votos proferidos até o momento, há maioria de seis votos para fixar uma quantidade da maconha para caracterizar uso pessoal, e não tráfico de drogas, deve ficar entre 25 e 60 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas de cannabis. A quantidade será definida quando o julgamento for finalizado. 

Os cinco votos pela descriminalização foram proferidos pelos ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e a presidente, Rosa Weber

O ministro Cristiano Zanin votou contra a descriminalização, mas defendeu a fixação de uma quantidade máxima de maconha para separar criminalmente usuários e traficantes.

Votos

Os votos de Rosa Weber e Cristiano Zanin foram os destaques da sessão de hoje. 

A ministra decidiu adiantar o voto sobre a questão após Mendonça pedir a suspensão do julgamento. Em setembro, Rosa vai se aposentar ao completar 75 anos e não deve participar da retomada do julgamento.

A presidente disse que a manutenção da criminalização do porte é desproporcional e atinge a vida privada dos usuários. Além disso, a ministra citou que a criminalização provoca o encarceramento de pessoas vulneráveis. Os argumentos também foram citados pelos demais ministros.

"As nossas prisões estão cheias de meninos e meninas, geralmente negros, pardos e, na imensa maioria, está lá em função do tráfico", afirmou.

A presidente também ressaltou que a decisão da Corte não está estimulando o consumo de drogas.

"Penso que o STF pode ajudar nessa solução, sem prejuízo na atuação do Congresso. Quem despenalizou para o usuário foi o Congresso, em 2006. Se mantém apenas a criminalização. O Supremo daria um passo no sentindo de descriminalizar quando se trata de uso próprio", completou. 

O único voto divergente foi proferido pelo ministro Cristiano Zanin. Apesar de reconhecer que o atual sistema penal é falho e não aplica a despenalização para pessoas pobres, negras e de baixa escolarização, Zanin disse que a descriminalização apresenta "problemas jurídicos" e pode agravar o combate às drogas.

Contudo, o ministro votou para fixar a quantidade de 25 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas de cannabis para configurar a situação de uso pessoal em apreensões policiais.

Entenda

O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.

A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvos de inquérito policial e processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas.

No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime.  O acusado foi detido com três gramas de maconha.

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Nova contribuição sindical não será obrigatória, diz Marinho

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quinta-feira (28) que um grupo de trabalho envolvendo centrais sindicais, representantes de organizações patronais e do governo estão construindo uma proposta para criar uma contribuição financeira para as entidades sindicais.

"Um país democrático pressupõe ter sindicatos representativos e fortes. Para isso, é preciso ter condições", disse o ministro em entrevista ao programa A Voz do Brasil, transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A ideia é que a contribuição esteja vinculada às negociações de acordos e convenções coletivas de trabalho, negociada entre sindicatos de empregadores e de trabalhadores. A medida valeria para as entidades patronais e para as de trabalhadores, e só entraria em vigor se aprovada em assembleias pelas respectivas categorias.  

"Tanto o sindicato de empregadores, como o sindicato de empregadores podem sugerir, reivindicar junto à sua categoria, a aprovação de uma contribuição negocial, por conta da prestação de serviço do acordo coletivo de trabalho. Agora, as assembleias podem não aprovar. Portanto, não é compulsório, ele é um processo de construção coletiva e ambiente coletivo se decide coletivamente e não individualmente. Se a assembleia rejeitar, nada se cobra", explicou Marinho.

Segundo o ministro, a proposta em discussão nada tem a ver com o antigo imposto sindical, extinto pela reforma trabalhista aprovada em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer. O modelo anterior era no formato de imposto e recolhido anualmente a partir do desconto de um dia de trabalho dos empregados com carteira assinada. O formato da nova contribuição prevê um teto máximo de até 1% da renda anual do trabalhador. "Esse é o teto, mas assembleia pode decidir que é 0,5%, é 0,25%, pode decidir que é nada", acrescentou.

Além da aprovação de uma nova contribuição negocial para entidades sindicais, o grupo de trabalho tripartite, criado pelo governo federal, vai propor regras de transparência para as organizações sindicais, que devem incluir limite de mandatos e regras de prestação de contas. A expectativa do ministro Luiz Marinho é que uma proposta seja apresentada em cerca de 15 dias, para ser levada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"O que o governo faz é estabelecer um diálogo tripartite, com trabalhadores e empregadores, provocar o debate entre eles, em especial, que eles ofereçam ao governo, para ser submetida à apreciação do presidente Lula. E, posteriormente, colocar à disposição do Congresso Nacional, que é quem dá sempre a palavra final em qualquer política pública", afirmou.

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Anvisa proíbe suplemento alimentar de melatonina para crianças

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, a comercialização, a distribuição, a propaganda e o uso do suplemento alimentar Soninho Perfeito Melatonina Kids, fabricado pela empresa Mr Oemed Indústria Farmaceutica Ltda. O órgão regulador determinou ainda o recolhimento do produto do mercado.

Em nota, a Anvisa informou que a melatonina - hormônio produzido pelo organismo - não é autorizada para uso em suplementos alimentares destinados a crianças e adolescentes e que não há segurança de uso comprovada perante a agência para essas faixas etárias.

“A melatonina também não possui autorização para gestantes e mulheres que amamentam (lactantes) e só é aprovada em suplementos destinados para adultos acima de 19 anos, na concentração de 0,21 miligramas por dia e sem alegações de uso”, alerta.

Propaganda irregular

De acordo com a agência, também foi verificada a divulgação irregular, na internet, do produto, com alegações terapêuticas relacionadas a sono, ansiedade, compulsão alimentar, irritabilidade noturna, inflamação, suplementação para transtorno do espectro autista e câncer.

“Nenhuma dessas alegações é aprovada pela Anvisa, tratando-se, portanto, de propaganda irregular”, diz a Anvisa.

No comunicado, o órgão regulador alerta que não há aprovação de suplementos alimentares à base de melatonina para sono, humor e concentração. “Qualquer propaganda ou rótulo que traga esse tipo de alegação está irregular de acordo com a legislação sanitária brasileira”.

Informações

Informações sobre substâncias aprovadas para suplementos alimentares podem ser consultadas no painel Constituintes Autorizados para Uso em Suplementos Alimentares, disponível no site da Anvisa.

Nesse painel, é possível obter informações como o tipo de nutriente, substância bioativa ou enzima aprovada para uso em suplementos alimentares; a quantidade mínima e máxima autorizada; o grupo populacional e a faixa etária para a qual o produto pode ser indicado; as alegações aprovadas relacionadas ao papel da substância no organismo; e as advertências com informações de condições e restrições de uso.

“Todos os suplementos alimentares devem ter essa identificação no rótulo (suplemento alimentar), próximo à marca do produto”, destacou a Anvisa. “Não compre produtos que não estejam devidamente identificados ou que sejam de procedência duvidosa”, adverte.

Para consultar os produtos irregulares que foram objeto de medidas preventivas de fiscalização adotadas pela Anvisa, acesse o site da agência. 

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DIÁRIO DA MANHÃ

Pandemia da covid-19 promoveu crise de saúde mental

O pós-pandemia da covid-19 deixou rastros profundos na saúde mental

A pandemia da covid-19 varreu o mundo, deixando em seu rastro não apenas consequências físicas, mas também profundas marcas na saúde mental da população global. Com base em diversos estudos e relatos, fica claro que os desafios emocionais e psicológicos associados a esse período de incerteza e isolamento estão afetando pessoas de todas as idades e profissões. Para entender melhor a dimensão dessa crise e descobrir estratégias para enfrentá-la, o Diário da Manhã conversou com a psicóloga Lauren Rosa Lima, formada pela UFMG.

Impacto global na saúde mental

A pandemia da covid-19 trouxe consigo uma crise de saúde mental global. "A crise de saúde mental é considerada a 4ª onda de consequências da pandemia. A primeira é a sobrecarga imediata dos serviços de saúde, a segunda é a redução dos recursos para o cuidado de outros quadros agudos e a terceira é a interrupção dos cuidados aos quadros crônicos", diz Lauren Lima".

Um grupo que enfrenta desafios únicos são os profissionais da imprensa. Eles têm a árdua tarefa de lidar com notícias frequentemente desanimadoras e trabalhar em um ambiente hostil. Lauren Lima destaca que "seja por conta da drástica redução da socialização, impacto dos inúmeros lutos, incertezas no trabalho ou dúvidas quanto ao futuro, observamos um aumento significativo dos casos principalmente de ansiedade e depressão".

Jovens: Vulnerabilidade acentuada

Os jovens são outra população que está particularmente vulnerável. A psicóloga ressalta que "os jovens constituem a parcela mais afetada pela crise de saúde mental decorrente da pandemia." Isso se deve à sensibilidade específica desse período da vida em relação ao estresse. A interrupção abrupta da socialização e a incerteza em relação ao futuro contribuíram para um aumento preocupante de comportamentos suicidas e automutilação nesse grupo.

“A pandemia impactou enormemente a forma de interação social dos jovens e sua perspectiva de futuro. No momento de vida em que os jovens estariam criando maior autonomia em relação ao núcleo familiar, vivenciaram a experiência de confinamento. Com a redução das possibilidades de vazão às frustrações e angústias existenciais, os jovens voltaram seus movimentos ao próprio corpo, seja nos formatos nocivos como autoagressão e aumento do uso de álcool e outras drogas, seja com mudanças corporais saudáveis como cortes e cores de cabelo diferenciados, piercings ou tatuagens”Lauren Rosa Lima

A disponibilidade de serviços de saúde mental tem sido afetada pela realocação de recursos para o combate à pandemia. No entanto, Lauren observa que "muitos países estão reconhecendo a importância crucial da saúde mental e incluindo planos de apoio psicossocial em suas estratégias de resposta à covid-19."

Diante desse cenário desafiador, a psicóloga enfatiza a importância de buscar ajuda profissional. Além disso, ela destaca algumas estratégias que os indivíduos podem adotar para cuidar de sua saúde mental, como a tríade fundamental de alimentação saudável, atividade física ao ar livre e sono adequado. Ela também incentiva a busca por atividades que proporcionem alegria e conexão social.

Em tempos difíceis, é fundamental lembrar que a situação atual é temporária. "É importante aceitar o momento presente, reconhecer o esforço dos profissionais de saúde e outros serviços essenciais e lembrar que a situação vai passar", enfatiza Lauren.

No entanto, a preocupação com a saúde mental leva muitos países a incluir saúde mental e apoio psicossocial em seus planos de resposta a pandemia. A situação tem sido tão preocupante que a Comissão Nacional do Ministério Público (CNMP) realizou um evento para discutir os desafios pós-pandemia da COVID-19 para a saúde menta.

A profissional ainda destaca sobre a rede pública para psicossocial ainda é insuficiente. "A rede pública de atenção psicossocial já era insuficiente para atendimento da demanda antes mesmo do aumento da demanda pós-pandemia. No mês de maio desse ano, o Ministério da Saúde retoma o incentivo a equipes multidisciplinares, possibilitando que os municípios ofereçam atendimento psicológico, dentre outras especialidades, na Atenção Primária à Saúde".

O pós-pandemia desencadeou uma crise global de saúde mental, afetando pessoas de todas as esferas da vida. Profissionais da imprensa e jovens estão enfrentando desafios únicos, mas estratégias de autocuidado e a busca por ajuda profissional podem ser caminhos cruciais para superar essa crise.

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Maiara é diagnosticada com doença autoimune

A cantora decidiu falar sobre o diagnóstico para ajudar outras pessoas que sofrem da condição.

Maiara, que faz dupla com Maraisa, revelou que foi diagnostica com alopecia, uma doença autoimune caracterizada pela perda de cabelo em uma parte do corpo, mais comum no couro cabeludo.

A artista de 35 anos está sendo acompanhada pelo médico Domingos Sávio Coelho, especialista em tricologia e restauração capilar, e Eliana Martins, criadora da técnica de alongamento microemborrachado.

Nas redes sociais, a Maiara que decidiu falar sobre o diagnóstico para ajudar outras pessoas que sofrem da condição. “Não adianta só ter um cabelo bonito por fora, ele tem que estar saudável por dentro também".

"A Eliana e o doutor Domingos fazem isso por mim. Eles cuidam do meu cabelo de forma integral, desde a escolha do mega, a troca, até o método da microemborrachada. E não esqueçam da importância da vitamina e da aplicação correta, com os exames em dia. Cuidar do cabelo é cuidar da autoestima”, disse a artista.

A irmã gêmea da cantora, Maraísa, também faz tratamento e revelou o diagnóstico em 2021. A sertaneja aderiu ao mega hair e a um método exclusivo criado por uma especialista. Além da dupla, Eliana Martins já foi responsável pelo cabelo de Marília Mendonça e cuida das madeixas de Virgínia Fonseca.

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TV SERRA DOURADA

Laudo contraria alegação de hospital de que jovem tentou suicídio

https://www.youtube.com/watch?v=xQVbtVUC2mY

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 24 Agosto 2023 07:29

CLIPPING AHPACEG 24/08/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Ministério da Saúde faz repasse para pagamento do piso da enfermagem

Mães de crianças cardiopatas reivindicam especialistas no Hapvida; representantes do plano de saúde prometem contratação de profissionais

Após voto da relatora contra seguradoras, STJ suspende julgamento sobre rol taxativo da ANS

Servidoras da Saúde são presas suspeitas de ‘rachadinha’ ao receberem horas extras de plantões que nunca foram feitos

Sem curso superior, falsa esteticista investigada por lesionar pacientes disse que 'aprendeu' procedimentos na prática e ‘vendo conteúdos’, diz delegado

Farmácias das unidades que atendem pacientes com HIV estarão fechadas no dia 31

Bolsonaro, o Einstein e o Vila Nova Star: mistério e refúgio desde o caso Adélio

Transplante de órgãos: Faustão furou a fila?

JORNAL DE BRASÍLIA

Ministério da Saúde faz repasse para pagamento do piso da enfermagem


O Ministério da Saúde informou que foram repassados nesta quarta-feira (23), a estados e municípios, os recursos para o pagamento do piso nacional da enfermagem.

"Os recursos previstos na portaria nº 1.135/2023 foram creditados pelo Ministério da Saúde nas contas dos estados e municípios nesta quarta-feira (23). Mais de 97% das prefeituras foram contempladas a partir do cadastro realizado na plataforma InvestSUS. Dos 5.570 municípios do país, apenas 117 não informaram profissionais que necessitam de auxílio federal para complementação do piso", informa o ministério.

O governo federal alocou R$ 7,3 bilhões, em crédito especial, para os repasses aos estados e municípios em 2023. "Foram pagas quatro parcelas do auxílio federal para implementação do piso retroativamente a maio. As outras cinco parcelas deste ano, incluindo o 13º, serão pagas até dezembro", informa o ministério.

Entenda

Em maio, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou o pagamento do piso nacional da enfermagem após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sancionado a abertura de crédito especial de R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso.

Até então, o novo piso nacional, definido pela Lei nº 14.434, estava suspenso, desde setembro de 2022, por decisão do próprio Barroso, até que os entes públicos e privados da área da saúde esclarecessem o impacto financeiro. Segundo os estados, o impacto nas contas locais é de R$ 10,5 bilhões e não há recursos para suplementar o pagamento.

Na nova decisão, Barroso determinou que estados, Distrito Federal e municípios, bem como às entidades privadas que atendam, no mínimo, 60% de seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a obrigatoriedade de implementação do piso nacional só existe no limite dos recursos recebidos por meio da assistência financeira prestada pela União para essa finalidade. As informações são da Agência Brasil.

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ISTOÉ

Após voto da relatora contra seguradoras, STJ suspende julgamento sobre rol taxativo da ANS


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu, nesta quarta-feira, 23, o julgamento de três processos que podem definir quais tratamentos as seguradoras de plano de saúde devem cobrir para pacientes. O pedido de vista foi feito pelo ministro Ricardo Villas Bôas Cueva. Antes da suspensão, a relatora, a ministra Nancy Andrighi, votou contra as operadoras de planos para determinar que mesmo os tratamentos fora das diretrizes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) devem ser pagos pelas empresas.

Segundo Nancy Andrighi, mesmo com a mudança na lei sobre o rol taxativo da ANS, em 2022, já havia jurisprudência no STJ para "impor à seguradora a cobertura do tratamento fora das diretrizes de uso da ANS".

"A prescrição de medicamento para uso fora da bula não encontra vedação legal, assim como a indicação fora das diretrizes de utilização não é vedada por lei", afirmou a ministra, durante a sessão.

Para ela, cabe à seguradora demonstrar que o tratamento ou exame está fora das diretrizes de uso da ANS ou da bula do medicamento e fundamentar "a recusa de custeio do tratamento sob pena de incorrer em negativa indevida de cobertura".

Nos recursos, usuários de planos de saúde pleiteiam a cobertura do exame Pet Scan para câncer colorretal, fornecimento de medicamento experimental contra lúpus e tratamento ocular quimioterápico. As ações são contra a Hapvida e São Francisco Sistemas de Saúde Sociedade Empresária Limitada.

Os advogados das seguradoras, durante sustentação oral, argumentaram que a alteração do rol taxativo da ANS, feita em 2022, não se aplicava ao caso, pelos eventos serem anteriores à entrada em vigor da legislação. Eles também defenderam que seria necessária uma regulamentação pelo presidente da República, o que não foi feito.

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PORTAL G1

Sem curso superior, falsa esteticista investigada por lesionar pacientes disse que 'aprendeu' procedimentos na prática e ‘vendo conteúdos’, diz delegado

Investigação indicou que Karina Jéssica usava um documento falso que a habilitava como graduada e pós-graduada em estética. Suspeita falou à polícia que ela mesma produziu o diploma.

Por Michel Gomes, g1 Goiás

À Polícia Civil, Karina Jéssica Gomes Souza, de 34 anos, suspeita de se passar por esteticista e lesionar pacientes, disse que aprendeu a fazer os procedimentos estéticos na prática e “vendo conteúdos”. O delegado Wellington Lemos disse que a mulher não tem formação superior, apenas o ensino médio completo.

g1 não localizou a defesa de Karina até a última atualização desta reportagem.

Segundo o delegado, Karina não especificou onde via os conteúdos, mas acredita que ela quis dizer que assistia à vídeos. Informalmente, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, a mulher falou à polícia que ela mesmo produziu o diploma.

“Ela adulterou, falsificou, e usava um documento falso que a habilitava como graduada em estética e também pós-graduada nessa área”, explicou o delegado.

Vítimas

O delegado explicou que pacientes denunciaram que tiveram o rosto deformado e Karina chegava até a receitar remédios controlados após as complicações. A investigação apontou que as pessoas eram atraídas pelo preço abaixo da média do mercado.

A polícia apurou, inclusive, que Karina teve complicações após fazer um procedimento no próprio rosto. Ao delegado, a mulher disse que teve edema após fazer um preenchimento no queixo.

Mandados

Na última terça-feira (22), a polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na casa e em quatro clínicas em que a mulher atendia os pacientes. Segundo o delegado, pelo menos 7 vítimas relataram terem sofrido inchaços, edemas, perdas da sensibilidade, deformação temporária e dor.

“Após ser contatada por essas vítimas que ficaram lesionadas, ela receitava por escrito ou verbalmente, via mensagens, para essas vítimas tomarem medicações até de uso controlado”, descreveu o delegado.

Clínicas interditadas

Durante a operação, duas das clínicas foram interditadas, segundo o delegado. Wellington explicou que a polícia cumpriu os mandados de busca e apreensão “para reprimir esse tipo de atividade” e verificar se os estabelecimentos possuíam as documentações legais e alvarás de funcionamento. Além de verificar se os profissionais das unidades possuíam as devidas habilitações.

“Ela sublocava essas salas para atuar. Ela não era a profissional responsável por essas clínicas e apenas sublocava esse horário”, explicou.

O nome das clínicas não foi divulgado, por isso, o g1 não as localizou para obter um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

Investigação

De acordo com o delegado, a investigação começou após a denúncia de uma vítima há cerca de um mês. À polícia, a vítima disse que sofreu lesões após fazer um procedimento com Karina em 2022, em uma clínica no Setor Bueno.

Os atendimentos

Conforme apurou a polícia, até o momento, sete vítimas da falsa esteticista foram identificadas. O delegado explicou que todos os procedimentos eram feitos no rosto dos pacientes, como preenchimentos labiais, de bigode chinês e olheiras, por exemplo.

Prisão

Karina está sendo investigada por exercício ilegal da medicina, exercício ilegal de profissão, lesão corporal e uso de documento falso. Segundo o delegado, a imagem da investigada foi divulgada para encontrar novas vítimas.

Conforme detalhou o delegado, a suspeita não foi presa, por se tratar de uma fase inicial da investigação.

“A sua liberdade não demonstra um risco contra a segurança pública, os requisitos da prisão preventiva não estão ainda configurados e o objetivo dessa operação foi para arrecadar material probatório dos fatos relatados pelas vítimas”, finalizou.

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Servidoras da Saúde são presas suspeitas de ‘rachadinha’ ao receberem horas extras de plantões que nunca foram feitos

Investigação indicou que mais de 10 pessoas estão envolvidas no esquema e cada funcionário devolvia em média R$ 500 para a dupla. Caso aconteceu em São Simão.

Por Michel Gomes e Guilherme de Andrade, g1 Goiás

As servidoras da Saúde Adriana Batista e Waldirene Soares foram presas suspeitas de fraudar folhas de ponto para receber horas extras de plantões que nunca foram feitos em São Simão, na região sudoeste de Goiás. De acordo com o delegado Márcio Marques, para a espécie de "rachadinha", a dupla lançava os plantões extras na fatura de diversos servidores e exigia os valores de volta.

“No esquema todo são mais de 10 pessoas. Nós temos recibos e transferências bancárias que elas receberam. Cada servidor devolvia em média R$ 500 para elas”, detalhou o delegado.

A dupla foi presa na última terça-feira (22). Segundo o delegado, não há uma estimativa do total que as duas lucraram, mas a polícia apura que o crime acontecia há cerca de um ano.

“Além de adicionar nas horas de plantões delas, colocavam em horas de outras enfermeiras e elas utilizavam um tipo de coação para fazer isso”, completou.

Em nota, Maria Paula Lino, advogada de Adriana, informou que tomou conhecimento do teor do procedimento policial nesta quarta-feira e vai tomar as medidas judiciais cabíveis para "restabelecer a liberdade de Adriana e identificar os equívocos que levaram à decisão que acolheu a representação cautelar formulada pela autoridade policial” (leia nota completa no fim da reportagem).

Ao g1, o advogado Gabriel Queiroz Bernardes, da defesa de Waldirene, informou que está apurando o caso e fazendo uma "investigação defensiva para elucidar melhor os fatos". Além disso, o advogado informou que as medidas cabíveis já estão sendo tomadas (leia nota completa no fim da reportagem).

Conforme mostrou a TV Anhanguera, Adriana é técnica de enfermagem efetiva na prefeitura. Já Waldirene, enfermeira contratada. Segundo o delegado, quem denunciou as funcionárias foi a secretária de Saúde da gestão anterior.

g1 pediu um posicionamento à Prefeitura de São Simão, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Responsabilidade dos envolvidos

Segundo o delegado, a polícia está apurando o envolvimento dos servidores que repassavam o dinheiro às servidoras. Márcio explicou que vai concluir o inquérito para analisar como os pedidos eram feitos e se os funcionários poderiam ou não recusar os pedidos.

“Vamos apurar se era uma coação resistível ou irresistível. Se a coação for irresistível, elas não respondem pelo crime. Se a coação for resistível, elas vão responder pelo crime”, explicou.

Nota da defesa de Adriana

A defesa de Adriana tomou conhecimento do teor do procedimento policial em questão hoje. Nas próximas horas, estaremos tomando as medidas judiciais cabíveis para restabelecer a liberdade de Adriana e identificar os equívocos que levaram à decisão que acolheu a representação cautelar formulada pela autoridade policial.

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GAZETA DO ESTADO

Farmácias das unidades que atendem pacientes com HIV estarão fechadas no dia 31

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informa que as farmácias das unidades que realizam a dispensação de medicamentos antirretrovirais a pacientes com HIV/ Aids estarão fechadas no dia 31 de agosto.

A data é reservada para a realização do Inventário Nacional de Medicamentos Antirretrovirais, em todo o país, de acordo com determinação do Ministério da Saúde. O objetivo da avaliação dos estoques é prevenir a falta ou o desperdício dos medicamentos distribuídos a pacientes com HIV.

O fechamento das farmácias por um dia vai atingir 19 unidades em Goiás, incluindo o Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), que atende cerca de 20 mil usuários. 

A orientação da Gerência de  Assistência Farmacêutica da SES-GO é que os pacientes que dependem dos antirretrovirais se programem para buscar os medicamentos antes ou após o dia 31 de agosto. A retomada da dispensação será na sexta-feira (1).

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GOIÁS 24 HORAS

Mães de crianças cardiopatas reivindicam especialistas no Hapvida; representantes do plano de saúde prometem contratação de profissionais

Integrantes da Associação Amigos do Coração Goiás se reuniram na última sexta-feira com representantes do plano de saúde Hapvida, unidade hospitalar materno-infantil, no Setor Marista, em Goiânia. O motivo da reunião foi a reclamação da falta de especialistas na área de cardiopediatria, um problema que afeta diretamente crianças e suas famílias.

A Associação Amigos do Coração Goiás é composta por mães de crianças e adolencentes com cardiopatia congênita. O grupo atua como um espaço de compartilhamento de dicas, dúvidas e reivindicações.

Segundo Geyza Machado, uma das representantes da associação, durante a reunião a direção do hospital se comprometeu a tomar medidas para solucionar a falta de especialistas na área. “Nós precisamos de uma equipe completa que inclua tanto cirurgiões quanto profissionais para o pós-operatório, para garantir um cuidado adequado às crianças que necessitam de tratamento cardíaco”, afirmou.*

Essa situação de escassez de especialistas em cardiopediatria tem gerado preocupações por parte das famílias. Há diversos casos de crianças que precisam de cirurgias urgentes, como é o caso de Emanuelle, filha de Márcia Messias. A cirurgia estava marcada para este mês de agosto, entretanto, devido à falta de cirurgião disponível no plano de saúde, a operação teve que ser adiada.

Marcia ressaltou a importância do tratamento pontual: “As cirurgias cardíacas não podem ser adiadas, pois o atraso pode agravar a condição das crianças. É essencial termos profissionais prontos para atender essas necessidades urgentes”, disse.

O Goias24Horas seguirá acompanhando.

Em nota a Hapvida se posicionou sobra a reunião:

“O compromisso da empresa é sempre prestar a melhor assistência aos clientes. Nos últimos dias, a unidade hospitalar materno infantil de Goiânia recebeu representantes da Associação Amigos do Coração Goiás e pais de crianças com cardiopatias congênitas.

No encontro, foram ouvidas iniciativas, sugestões e feedbacks apresentados pelos membros da associação, que vão contribuir para garantir ainda mais eficiência nos serviços já prestados pela operadora.

A companhia reforça que está à disposição para esclarecer as dúvidas e acolher pacientes e familiares, sempre que necessário.”

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BRASIL 247

Bolsonaro, o Einstein e o Vila Nova Star: mistério e refúgio desde o caso Adélio


Colunista do 247, foi subeditor de Veja e repórter do Jornal Nacional, entre outros veículos. Ganhou os prêmios Esso (equipe, 1992), Vladimir Herzog e Jornalismo Social (revista Imprensa). E-mail: [email protected]

Ao falar sobre o evento de Juiz de Fora, na live do canal de Abraham Weintraub, o advogado e ex-bolsonarista Victor Metta (sim, existe ex-bolsonarista) disse que, após a internação de Jair Bolsonaro, em setembro de 2018, foi proibido de entrar no Einstein.

"Deu uma confusão, teve a parte suja do processo, depois eu fui proibido de entrar no Einstein, me colocaram lá como militante de esquerda, teve um bando de , a campanha foi assim, do começo ao fim", disse ele em abril do ano passado, ao recordar os fatos de 2018.

A confusão está associada à ida do oncologista e gastrocirurgião Antônio Macedo para Juiz de Fora, horas depois do evento que envolveu Bolsonaro e Adélio Bispo de Oliveira.

Foi Victor Metta quem levou Macedo para a cidade mineira em seu avião particular, depois de se articular com Meyer Nigri, o empresário agora investigado por disseminar fake news e discurso de ódio a partir do comando de Bolsonaro.

O Einstein não se manifesta sobre os fatos mencionados por Victor Metta, nem comenta a saída de Antônio Macedo dos quadros do hospital alguns meses depois das primeiras internações de Bolsonaro, ainda em 2019.

O hospital foi procurado pela Polícia Federal no início do inquérito sobre o evento de Juiz de Fora, que queria o prontuário de Bolsonaro. O hospital se limitou a fornecer um relatório, que descreve os procedimentos ali realizados.

É este o documento que está no processo e a que tive acesso quando realizei a apuração em Juiz de Fora, para o documentário "Bolsonaro e Adélio - Uma fakeada no coração do Brasil", que acabaria censurado pelo YouTube. Mas está disponível na ClaroTV.

Uma cópia do documento foi fornecida pelo juiz Bruno Sabino, da 3a. Vara Federal de Juiz de Fora. Ele não permitiu que eu olhasse o processo, mas disse que forneceria cópia de tudo aquilo que eu pedisse.

Pedi o prontuário, entre outros documentos. Pedi no escuro, já que não é possível saber exatamente o que o processo contém. As indicações das peças foram feitas a partir da sentença do juiz.

Era o que tinha à disposição.

Antônio Macedo passou a atender no Vila Nova Star - onde Bolsonaro se internou nesta quarta-feira -, depois de mais de 40 anos de atuação no Einstein e de se firmar no hospital da comunidade judaica como um dos médicos mais prestigiados.

Macedo não foi o único médico de peso contratado pelo Vila Nova Star, inaugurado em 2019, coincidentemente depois do evento de Juiz de Fora (e é coincidência mesmo, já que a construção do hospital tinha começado bem antes).

Seria coincidência também a ascensão da Rede D'or durante o governo Bolsonaro? O grupo já era grande, com a rede de hospitais pelo Brasil, mas o grupo fundado pelo médico e milionário Jorge Moll deu um salto maior de 2019 para cá.

Adquiriu a empresa de planos de saúde SulAmérica e parte expressiva do controle acionário do grupo Qualicorp, a maior administradora de planos de saúde do Brasil. Tudo com autorização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

Bolsonaro acompanhou Macedo na sua transferência para o Vila Nova Star e parece ter uma ligação muito forte com ele, a ponto de, em janeiro de 2022, estar no centro de uma operação aérea para ser atendido por esse médico

Bolsonaro estava no litoral de Santa Catarina quando, segundo boletim médico, sofreu uma obstrução intestinal por conta de um camarão mal mastigado. Ele veio a São Paulo no avião presidencial e Macedo foi trazido de jatinho da Bahamas, onde passava as festas de fim de ano com a família.

Até hoje, não se sabe quem pagou a conta dessa operação aérea. Mas o fato é que, após três dias de internação, não houve cirurgia, Macedo e Bolsonaro falaram à imprensa e o então presidente foi publicamente orientado a mastigar mais vezes a comida.

Na época, Bolsonaro sofria um desgaste por conta das enchentes no sul da Bahia, que deixaram mortos e desabrigados, enquanto Bolsonaro aparecia na TV e nas redes sociais se divertindo na praia.

"Espero não ter que voltar antes", disse ao ser perguntado sobre a tragédia na Bahia. Foi muito criticado. Um dia depois da declaração, a notícia era que, em razão do ataque de Adélio Bispo de Oliveira três anos e quatro meses antes, tinha tido complicação intestinal.

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THE INTERCEPT BRASIL

Transplante de órgãos: Faustão furou a fila?

A notícia de que o apresentador Fausto Silva, o Faustão, terá prioridade na fila de transplante cardíaco vem provocando mentiras e ressuscitando velhos mitos sobre o sistema de doação de órgãos no Brasil. Como médico, trabalho há mais de 10 anos diretamente nessa área e vou te explicar como esse processo funciona.

1) Faustão está furando a fila de transplante?

Não. Para começar, fila é um termo inadequado, justamente por gerar esse tipo de confusão. Lista é mais adequado, porque há uma série de critérios para se fazer um transplante de órgãos, e a gravidade do paciente é o maior deles. Alguém que morrerá eminentemente sem o transplante receberá a doação antes de uma pessoa que está há mais tempo na lista, mas em estado menos grave.

Além disso, há outros fatores para alguém "passar na frente": o tipo sanguíneo ou o painel de anticorpos do doador pode não ser compatível com quem está esperando há mais tempo, por exemplo. A lista, então, vai ser analisada até um receptor compatível ser encontrado.

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As condições clínicas do receptor também interferem na possibilidade de doação. O estado de uma pessoa pode ser tão grave que ela não tem condições para suportar a cirurgia. Para pacientes com as mesmas condições, contudo, o tempo de espera é um fator decisivo.

O processo por trás de um transplante é extremamente delicado, e os profissionais envolvidos sofrem um grande desgaste físico e mental para uma única doação acontecer - imaginem como é trabalhar só com isso. Então, por favor, não façam acusações irresponsáveis sobre fura-filas ou atendimento de outros interesses escusos no Sistema Nacional de Transplantes.

2) Faustão vai saber quem doou seu coração para ele?

A princípio, não. A doação é anônima para a proteção do receptor, do doador, de sua família e da equipe envolvida. Ou seja, a família que opta por permitir o transplante de órgãos de um parente falecido não sabe para quem eles serão doados, e o receptor não sabe quem doou. É crime divulgar o nome de quem recebe um transplante.

Existem casos de famílias que conseguiram essa informação, mas isso ocorreu ou por esforço próprio ou por meio de reportagens, por exemplo. Pelo Sistema Nacional de Transplantes, não.

3) Como acontece a doação de órgãos para transplante?

A única doação que pode ocorrer em vida é a de rins, por ser possível viver com apenas um deles, e a de fígado, já que pode-se tirar uma parte do órgão, que irá se regenerar depois. Esse tipo de transplante pode ser feito por maiores de idade, mediante autorização expressa, para parentes até o quarto grau. Se você quiser doar um órgão para alguém de fora da família, é exigida ainda uma autorização judicial.

Os demais órgãos só podem ser retirados em caso de morte cerebral do doador. Apenas após a confirmação do diagnóstico - feita por meio de um processo rigoroso, que envolve exames especificados por lei - os profissionais de saúde podem fazer a entrevista familiar sobre doação.

A conversa é um passo necessário porque, no Brasil, o modelo de autorização de doação é o consentido, em que a decisão é dos familiares. Cabe ao cônjuge a palavra final. Quando não há companheiro a ser consultado, a linha decisória segue em linha reta ou colateral pelos parentes maiores de idade, juridicamente capazes, até o segundo grau.

Mesmo que você diga em vida que quer doar, sua família pode se recusar. O contrário também pode acontecer. O mais comum, contudo, é que a família respeite a decisão de quem faleceu. A nova carteira de identidade que entrou em vigor em março de 2022 permite colocar a opção de doador ou doadora. Essa é uma forma de expressar seu desejo, mas não anula o consentimento familiar.

Das 1.844 entrevistas familiares realizadas no primeiro trimestre desse ano, 45% resultaram em negativas de doação, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes. Por isso, é muito importante que você converse a fundo sobre sua vontade com seus parentes mais próximos, levando-os a entendê-la melhor e respeitá-la.

Pessoas sem familiares ou não identificadas - em situação de rua, por exemplo - não podem doar. Em hipótese alguma. (Contradição: os corpos delas podem ser doados para universidades para pesquisa.)

Se você quer ser doador, converse bastante com sua família a respeito. No final, a decisão é deles - e 45% das entrevistas familiares acabam em recusa de doação no Brasil. Foto: Governo do Estado do Rio de Janeiro.

4) E se meus órgãos forem postos à venda?

Existem muitas lendas urbanas sobre doação de órgãos para transplante. Já ouviu falar em pessoas encontradas mutiladas com órgãos retirados para doação? Eu também. Mas isso não passa de um mito. A doação só tem condições de ocorrer em ambiente hospitalar, porque é necessário manter o suporte hemodinâmico, cardíaco e respiratório do doador até o momento da cirurgia de captação. Só assim os órgãos podem manter-se funcionais após a morte cerebral.

Antes de dizer que se recusa a doar porque soube de um caso de venda de órgãos ou porque não confia no sistema, saiba que a documentação do processo é extremamente rígida. Há cópias das equipes que conversam com familiares e das centrais estaduais e nacionais de transplante. Há testemunhas, cópias de documentos pessoais, etc. A família é colocada a par de tudo.

O Brasil tem o maior sistema de transplante de órgãos do mundo e tudo é feito pelo SUS. Apesar disso, essas acusações infundadas interferem muito no processo de doação, e o número de doadores é muito aquém do necessário. No primeiro trimestre deste ano, 55.386 brasileiros esperavam por um órgão, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes, e a taxa de doadores era de 17,5 a cada um milhão de pessoas.

Ponha-se no lugar do outro: se fosse você quem precisasse de um transplante de órgão para ficar vivo, tenho certeza absoluta de que esperaria muito o "sim" de alguém à doação.

Vale o registro de que a venda de órgãos é sempre ilegal. Você não pode escolher vender um rim, por exemplo. Sugerir a legalização desse tipo de transplante é simplesmente abjeto. Imagine uma pessoa em situação de fome, vendo seus filhos padecerem, que pensa em vender um rim. Uma decisão tomada nessas circunstâncias não envolve consentimento real.

Também por ser necessário consentimento, não se pode tornar obrigatória a doação de órgãos. A Holanda tornou esse tipo de transplante obrigatório a partir de 2020. Pessoas foram em massa a órgãos do governo para assinar documentos de recusa. A justificativa era justamente que não podiam ser obrigados.

5) Como podemos ajudar quem precisa de um transplante?

Evidências mostram que o treinamento das equipes de saúde sobre o tema e campanhas de estímulo à doação são as formas mais eficazes de aumentar os índices de doações. Quem precisa agir, principalmente, é o estado brasileiro.

Mas você pode e deve falar com sua família e seu círculo social sobre seu desejo de doar, além de ajudar a combater desinformações e mentiras sobre o Sistema Nacional de Transplantes. Se sua família autorizar o transplante, ele só será descartado em caso de contraindicações clínicas, como infecção por HIV, tuberculose ativa, câncer ou doenças virais em atividade (dengue, zika, covid-19, etc.), Alzheimer ou mal funcionamento dos órgãos, por exemplo.

Em tese, não existe idade máxima para doar. N
a prática, existe uma média. Para transplantes de coração, doadores homens costumam ter até 50 anos, e as mulheres, até 55 - isso porque eles têm mais chance de sofrer de doenças cardíacas do que elas. Para fígado e rins, a média é de 70 a 75 anos. Mas a idade nunca é avaliada de forma isolada, e sim em conjunto com as comorbidades de possíveis doadores. Uma pessoa pode ter 20 anos, por exemplo, mas ser portadora de um doença cardíaca que impeça a doação.

Para tornar-se doador, você não precisa assinar nenhum documento. Fale com as pessoas com quem você convive e deixe expressa a sua vontade. A vida pode continuar.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 23 Agosto 2023 07:31

CLIPPING AHPACEG 23/08/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Falsa esteticista é investigada por lesionar pacientes no rosto e até ‘receitar’ remédios controlados, diz polícia

O que é a insuficiência cardíaca, problema que atinge o apresentador Fausto Silva?

Unimed Federação Centro Brasileira promove workshop sobre gestão de senhas

Ministério do Trabalho se manifesta após suposta recriação de imposto sindical obrigatório

Criminosos usam foto de médico morto por Covid para dar golpe em Goiás, alerta SES

Goiás pode ficar sem recursos para investimentos prioritários, diz Caiado

Duas clínicas são fechadas em operação contra exercício ilegal da medicina

Consumo de produtos médicos tem saldo negativo de 1,7%

Processamento de linguagem natural na saúde: o que já está em prática no setor?

PORTAL G1

Falsa esteticista é investigada por lesionar pacientes no rosto e até ‘receitar’ remédios controlados, diz polícia

Investigação mostrou que Karina Jéssica tem apenas o ensino médio completo e não possui curso superior. Vítimas relataram inchaços, perdas da sensibilidade, deformação temporária e dor.

Por Michel Gomes e Samantha Souza, g1 Goiás

A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) investiga Karina Jéssica Souza, de 34 anos, por se passar por esteticista para fazer procedimentos estéticos em Goiânia. De acordo com o delegado Wellington Lemos, pacientes denunciaram que tiveram o rosto deformado e Karina chegava até a receitar remédios controlados após as complicações.

“Ela só tem a formação do ensino médio, não possui nenhuma formação de ensino superior. Ela adulterou, falsificou, e usava um documento falso que a habilitava como graduada em estética e também pós-graduada nessa área”, explicou o delegado.

g1 não localizou a defesa de Karina até a última atualização desta reportagem.

Nesta terça-feira (22), a polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na casa e em quatro clínicas em que a mulher atendia os pacientes. Segundo o delegado, pelo menos 7 vítimas relataram terem sofrido inchaços, edemas, perdas da sensibilidade, deformação temporária e dor.

“Após ser contatada por essas vítimas que ficaram lesionadas, ela receitava por escrito ou verbalmente, via mensagens, para essas vítimas tomarem medicações até de uso controlado”, descreveu o delegado.

Clínicas interditadas

Durante a operação, duas das clínicas foram interditadas, segundo o delegado. Wellington explicou que a polícia cumpriu os mandados de busca e apreensão “para reprimir esse tipo de atividade” e verificar se os estabelecimentos possuíam as documentações legais e alvarás de funcionamento. Além de verificar se os profissionais das unidades possuíam as devidas habilitações.

“Ela sublocava essas salas para atuar. Ela não era a profissional responsável por essas clínicas e apenas sublocava esse horário”, explicou.

O nome das clínicas não foi divulgado, por isso, o g1 não as localizou para obter um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

Investigação

De acordo com o delegado, a investigação começou após a denúncia de uma vítima há cerca de um mês. À polícia, a vítima disse que sofreu lesões após fazer um procedimento com Karina em 2022, em uma clínica no Setor Bueno.

Os atendimentos

Conforme apurou a polícia, até o momento, sete vítimas da falsa esteticista foram identificadas. O delegado explicou que todos os procedimentos eram feitos no rosto dos pacientes, como preenchimentos labiais, de bigode chinês e olheiras, por exemplo.

Informalmente, durante a busca e apreensão, Karina falou à polícia que ela mesmo produziu o diploma.

Prisão

Karina está sendo investigada por exercício ilegal da medicina, exercício ilegal de profissão, lesão corporal e uso de documento falso. Segundo o delegado, a imagem da investigada foi divulgada para encontrar novas vítimas.

Conforme detalhou o delegado, a suspeita não foi presa, por se tratar de uma fase inicial da investigação.

“A sua liberdade não demonstra um risco contra a segurança pública, os requisitos da prisão preventiva não estão ainda configurados e o objetivo dessa operação foi para arrecadar material probatório dos fatos relatados pelas vítimas”, finalizou.

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ISSO É GOIÁS

O que é a insuficiência cardíaca, problema que atinge o apresentador Fausto Silva?

A insuficiência cardíaca é uma síndrome grave, que ocorre quando o coração não consegue bombear sangue em quantidade suficiente para atender às necessidades do corpo.


O problema, diagnosticado no apresentador Fausto Silva, causa o acúmulo de líquido nas pernas, pulmões e em outros tecidos do corpo e, quando não diagnosticado e tratado, tem alta taxa de mortalidade, superior aos óbitos por câncer.


De acordo com o médico cardiologista Leonardo Sara (foto), da equipe CDI PREMIUM, a doença instala-se de forma silenciosa, mas, normalmente, o paciente apresenta fadiga, falta de ar, tosse, ganho de peso não intencional e inchaço nas pernas.

Para prevenir o problema, além de consultas médicas e exames periódicos para a avaliação da saúde do coração, Leonardo Sara destaca a importância de mudanças de hábitos. 


“A prevenção da insuficiência cardíaca passa também por mudanças, como evitar a obesidade, o sedentarismo, o colesterol alto, a hipertensão e controlar a diabetes”, alerta.

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FOLHA DO PLANALTO

Unimed Federação Centro Brasileira promove workshop sobre gestão de senhas

Especialistas esclarecerem dúvidas de colaboradores sobre segurança cibernética e gestão de senhas

Quem nunca usou sua data de aniversário, o nome do pet ou o apelido do filho como senha do banco, de um site de compras ou de acesso ao computador da empresa? Provavelmente, poucas pessoas conseguem responder essa pergunta de forma negativa.

Se você já caiu nesta tentação e abandonou esse hábito, parabéns! Mas, se continua insistindo nesta prática, atenção: você pode estar facilitando, e muito, a vida de hackers. O alerta foi reforçado hoje, 22, pelos palestrantes do Workshop Gestão de Senhas, promovido pela Unimed Federação Centro Brasileira.

Realizado no formato 100% virtual, o evento reuniu colaboradores da Federação e de Unimeds federadas para mais uma abordagem sobre a segurança das senhas e a importância dessa medida para a proteção de toda a cooperativa.

Roberto Duarte, da Unimed Federação Centro Brasileira; Thais Amorim e Lerrander Batista, respectivamente, das federadas Unimed Anápolis e Unimed Morrinhos, e Régis Madureira, da empresa Tripla, abordaram o assunto, apresentando práticas recomendadas para garantir a proteção dos dados mais sensíveis.

Segundo eles, a cibersegurança exige cuidado e atenção por parte dos usuários de computadores, pois os hackers contam, por exemplo, com um arsenal de truques, técnicas de adivinhação, acuidade na observação do uso do teclado e softwares que os ajudam a decifrar aquela senha que você jurou que estava bem protegida.

Dentre as dicas apresentadas por eles para aumentar a segurança das senhas estão a atualização periódica destes dados, o uso de padrões mais complexos misturando fontes maiúsculas, minúsculas e caracteres especiais, nunca universalizar as senhas, ou seja, não usar no banco a mesma das redes sociais, e, jamais, deixar essas senhas expostas, anotadas em papeis, no celular ou computador em locais que possam ser acessados por outras pessoas.

Armazenar as senhas no navegador Web para facilitar o acesso também não é uma boa dica. Pelo contrário: é um risco e não é recomendado. “Essa não é uma ferramenta própria para armazenamento”, alertou Thaís Amorim. Também evite o uso das opções “Lembre-se de mim” ou “Continuar conectado”.

Os cuidados com a proteção das senhas vão além. As suas postagens nas redes sociais, como comemorações de aniversários, o uso de apelidos carinhosos, a citação de hobbies ou locais favoritos para férias também podem contribuir para o sucesso da ação de hackers caso você utilize algum desses dados em suas senhas. “Hoje, nos expomos muito e facilitamos a vida dos hackers”, disse Roberto Duarte.

Então, como criar uma senha segura? Os especialistas deram algumas dicas:

Use números, letras e caracteres aleatórios.

Use, no mínimo, dez caracteres.

Use frases fáceis de lembrar a senha e troque letras por caracteres e números.

Utilize dois fatores de autenticação.

Porém, nenhuma senha é segura se você dispensar outras formas de proteção, por exemplo, deixando a senha anotada no monitor. Portanto, para se proteger, siga as dicas dos especialistas, redobre a segurança com suas senhas e faça trocas, no mínimo, a cada 90 dias.

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JORNAL OPÇÃO

Ministério do Trabalho se manifesta após suposta recriação de imposto sindical obrigatório

MTE garantiu que o ministro tem debatido ideias para valorizar a negociação coletiva e atualizar o sistema sindical

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) se manifestou sobre uma suposta recriação de imposto sindical obrigatório. Em nota enviada ao Jornal Opção em resposta a um questionamento da reportagem, a pasta disse que “não existe discussão” nesse sentido.

Veículos como a CNN e O Globo noticiaram que o Ministério do Trabalho está considerando uma proposta para criar uma contribuição sindical obrigatória. A contribuição seria retirada diretamente dos salários e fixada em até 1% da renda anual do trabalhador. O documento também seria submetido ao Congresso Nacional por meio de um Projeto de Lei (PL).

Apesar disso, o MTE garantiu que o ministro tem debatido ideias para valorizar a negociação coletiva e atualizar o sistema sindical. Em nota, a pasta também negou que exista discussão sobre valor de alguma contribuição. [Veja posicionamento na íntegra no final do texto]

Antigo imposto sindical obrigatório

O imposto sindical obrigatório foi abolido em 2017, quando entrou em vigor a Reforma Trabalhista, implementada durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB-SP).

Essa taxa era calculada com base no valor de um dia de trabalho, sendo descontada anualmente. Com a mudança, a contribuição passou a ser facultativa.

As conversas acerca da possibilidade de retomar um financiamento obrigatório dos sindicatos foram parte das discussões durante o período de transição governamental.

Como um gesto aos sindicalistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou apoio à revisão de certos pontos da reforma trabalhista.

Nota do MTE

“O Ministério do Trabalho e Emprego não tem feito nenhuma discussão a respeito da volta do imposto sindical. O que o ministro tem reafirmado e defendido é a necessidade de uma política de valorização da negociação coletiva e atualização do sistema sindical para tratar das transformações que estão em curso no mundo do trabalho. Nesse sentido, o grupo tripartite formado por entidades representantes de empregado, empregadores e governo vem discutindo uma forma de financiamento vinculada ao processo negocial, fortalecendo sindicatos representativos com ampla cobertura sindical e com segurança jurídica na contratação coletiva. Também não existe nenhuma discussão no ministério sobre percentual dessa eventual contribuição negocial, que terá um teto na lei.”

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Criminosos usam foto de médico morto por Covid para dar golpe em Goiás, alerta SES

Eles pedem valores para cobrir exames, materiais ou medicamentos

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) comunicou, pelas redes sociais, a população e trabalhadores da área sobre um golpe que voltou a ser aplicado.

Os criminosos se passam por médicos ou funcionários de hospitais e pedem valores para cobrir exames, materiais ou medicamentos.

Para dar mais credibilidade no golpe, os autores utilizam foto de um médico que morreu de Covid-19 há dois anos. Sendo assim, a SES alerta para não repassar informações de pacientes, a não ser nos canais oficiais da pasta.

Além disso, a SES ressalta que o atendimento na rede estadual é “totalmente gratuito” e não solicita o repasse de valores.

Veja o comunicado da SES na íntegra:

“A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) alerta a população e os trabalhadores da saúde para um golpe que está sendo aplicado novamente. O golpe da regulação funciona em duas etapas. Na primeira, criminosos entram em contato com as unidades de saúde passando-se por servidores da Central de Regulação e têm acesso a dados de pacientes que aguardam procedimentos nas unidades de saúde.

Na segunda etapa, de posse dos dados, eles chegam até os familiares e mudam o discurso. Passando-se por médicos ou funcionários dos hospitais, solicitam valores para cobrir exames, materiais ou medicamentos. Os familiares, então acreditando falarem com funcionários dos hospitais, repassam valores para os criminosos.

É importante que a população esteja atenta, pois, visando dar credibilidade ao contato, os criminosos utilizam a foto de um médico que morreu há dois anos, vítima de Covid-19.

O alerta, que já foi repassado a todas as unidades de saúde da rede estadual, é direcionado tanto aos familiares com pacientes internados ou aguardando por exames e também aos trabalhadores da saúde, que não devem repassar informações de pacientes, a não ser nos canais oficiais da secretaria.

A SES-GO reforça que o atendimento na rede estadual é totalmente gratuito, viabilizado via Sistema Único de Saúde (SUS) e que não solicita valores de familiares.”

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A REDAÇÃO

Goiás pode ficar sem recursos para investimentos prioritários, diz Caiado

Goiás pode ficar sem recursos para investimentos prioritários como saúde, educação e segurança pública, setores que se destacam a nível nacional por conta de índices positivos, conquistados desde 2019. O alerta foi feito pelo governador Ronaldo Caiado durante passagem, nesta terça-feira (22/8), pela região Nordeste do país no encontro do Lide – Grupo de Líderes Empresariais de Pernambuco, em Recife, em que ressaltou as consequências negativas caso o atual texto da Reforma Tributária seja aprovado no Senado Federal. 

“Não consigo entender como esse projeto, da forma que está, é levado para frente sem que haja uma planilha ou simulação dos prejuízos que a população terá. A pergunta que faço é: como você trata de um assunto que atinge a vida de todos sem ter um estudo concreto?”, questionou Caiado. O governador apresentou uma visão objetiva destacando ameaças iminentes ao mercado de trabalho, educação, programas sociais, melhoria do ambiente de negócios, segurança pública e infraestrutura.

O chefe do Executivo goiano ainda apontou que a proposta atual pode comprometer mecanismos essenciais para o desenvolvimento regional e desequilibrar o pacto federativo, centralizando decisões tributárias que tradicionalmente pertencem a estados e municípios. Da forma como está, restaria a um conselho federal, a ser criado, definir recursos para compensar essas perdas. 

É que com a aprovação do atual modelo que está em discussão no Senado Federal, a cobrança de impostos passa a ser concentrada em estados que são grandes consumidores e não produtores, como é o caso de Goiás, além de provocar a transferência de grandes indústrias de estados em desenvolvimento justamente para os grandes centros. O que pode ocasionar perda de empregos nessas regiões. 

Estados do Nordeste e Centro-Oeste do país poderão ter uma redução drástica de arrecadação, o que provocará a perda de recursos importantes para investimentos em infraestrutura (construção de rodovias e hospitais), saúde (verbas para custear unidades regionais e cirurgias), educação (repasse do programa Bolsa Estudo), segurança pública (aquisição de viaturas e aumento de efetivo) e políticas de desenvolvimento social (programa de distribuição de renda, como o Mães de Goiás). 

“Se estamos avançando nestes setores, com o nosso PIB registrando mais que o dobro do índice nacional [Goiás cresceu 6,6% em 2022, enquanto o país avançou 2,9%], foi por termos autonomia de gestão, saber direcionar as áreas que devemos investir para conseguir um melhor desenvolvimento. Isso é política de Estado. O povo, por meio do voto, nos deu esse poder de gestão. Então, não se pode retirar de governadores e prefeitos essas prerrogativas constitucionais que lhes são dadas”, explicou Caiado. 

O governador de Goiás disse que sua atuação é em defesa de todos os goianos. “Nós temos de ter uma política regional, que não está sendo analisada com esse projeto de reforma tributária”, reforça. E pontua os prejuízos. “Os 102 municípios mais produtivos de Goiás, grandes produtores em agropecuária, indústria, mineração, com presença de montadoras, vão perder quase R$ 1,5 bilhão ao ano”, projetou.

Lide

Em Pernambuco, Caiado ainda discutiu os desafios econômicos atuais do país e abordou diversos tópicos cruciais para o desenvolvimento e progresso, em palestra intitulada ‘Desafios para o Brasil sob a ótica de um Estado Que Dá Certo’. Ele proporcionou uma visão abrangente dos desafios, conquistas e visão estratégica do estado de Goiás junto a empresários, líderes e membros da imprensa, promovendo um diálogo sobre os rumos econômicos e sociais do Brasil.  

A programação seguiu com um almoço-debate, focado no mesmo tema. O economista Caio Megale, presidente do Lide Economia, juntou-se ao governador para uma análise detalhada das questões econômicas em pauta. 

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Duas clínicas são fechadas em operação contra exercício ilegal da medicina

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumpriu mandados de busca e apreensão em quatro clínicas de Goiânia nesta terça-feira (22/8) por meio da Operação Fake Face. Duas delas foram interditadas pela Vigilância Sanitária. Além disso, uma mulher de 34 anos é investigada pela polícia  por exercício ilegal da medicina, lesão corporal dolosa e uso de documento falso.

A polícia informou que foram apreendidos medicamentos, insumos e documentos, inclusive certificado e diploma falsificados. Segundo a polícia a investigada dizia ser esteticista, mas não possui formação na área.

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MEDICINA S/A

Consumo de produtos médicos tem saldo negativo de 1,7%


Entre janeiro e junho, foram consumidos 1,7% menos produtos médico-hospitalares do que no mesmo período de 2022. Os dados são do Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS). O segmento de "próteses e implantes - OPME" foi o único positivo, com 5,4% a mais de vendas. O segmento de "materiais e equipamentos para a saúde" caiu 1,2% e o de "reagentes e analisadores para diagnóstico in vitro" recuou 1,6%.

Apesar do saldo negativo, o mês de junho registrou alta de 10,3% na utilização de dispositivos médicos, o que pode indicar uma recuperação no segundo semestre. "O cenário geral exposto de sustentação do emprego formal, mesmo que em ritmo moderado de expansão, e de aumento no número de beneficiários de planos de saúde, contribuiu para a reação no mercado do setor de dispositivos médicos em junho", analisa o diretor executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.

No período, foram abertos 3.487 postos de trabalho, 2,2% de alta na comparação com os seis primeiros meses do ano passado. Agora são 164.929 trabalhadores neste mercado.

Já as importações de dispositivos médicos totalizaram US$ 3,4 bilhões, com crescimento de 1,5%. As exportações somaram US$ 365 milhões, um recuo de 7,1% no período em questão. A balança comercial, no primeiro semestre, ficou deficitária em US$ 3 bilhões (2,6% de aumento).

Segundo o Boletim Econômico ABIIS, entre janeiro e junho, foram realizadas, no SUS, 5,6 milhões de internações, 7,4% abaixo do verificado no mesmo período de 2022. "As hospitalizações para tratamentos clínicos tiveram queda de 12,3%, não foram registradas internações para o tratamento da Covid-19, e houve queda de 15,5% nas hospitalizações para 'parto e nascimentos', no semestre", detalha Gomes.

Também caíram 1,4% as internações para cirurgias no SUS. No total, foram realizadas 2,4 milhões, no primeiro semestre. Já a realização de exames na atenção ambulatorial na rede pública cresceu 6,8%, na comparação com os seis primeiros meses do ano passado. No total, foram realizados cerca de 577 milhões de exames. Aumentaram em 18,6% os "diagnósticos por ressonância magnética' e 8% a realização de testes clínicos.

O Boletim Econômico ABIIS é desenvolvido pela Websetorial Consultoria Econômica.

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SAÚDE BUSINESS

Processamento de linguagem natural na saúde: o que já está em prática no setor?

Nos últimos meses, acompanhamos o surgimento e a popularização da ferramenta ChatGPT, uma plataforma de inteligência artificial capaz de produzir e entregar conteúdos bem similares aos desenvolvidos por seres humanos. Visto como revolucionário pelos mais empolgados e como uma ameaça pelos mais céticos, o recurso nada mais é do que um exemplo prático do processamento de linguagem natural (NPL, na sigla inglesa), tornando-se na grande tendência tecnológica de 2023 – e é evidente que o setor de saúde virou um campo fértil para explorar suas possibilidades.

Trata-se de uma mudança significativa na forma como a inteligência artificial trabalha com os dados. De forma resumida, o NPL é uma espécie de algoritmo que utiliza técnicas de machine learning e deep learning para coletar, processar e cruzar diferentes dados não estruturados dos mais diferentes textos, como este por exemplo. A partir daí, desenvolve modelos preditivos e consegue entregar o conteúdo com todas as informações solicitadas na mesma linguagem (escrita ou oral) que nós dominamos.

É bem diferente, portanto, dos complexos relatórios que as ferramentas de IA conseguem extrair a partir de um banco de dados tabulado. Para decifrá-los, apenas com conhecimento prévio sobre o assunto. Não à toa, é bem mais fácil e eficiente “conversar” com a Siri e com a Alexa ou até mesmo digitar algo para o ChatGPT. Nesses casos, basta saber se comunicar!

Olhando especificamente para o setor de saúde, quais são os principais desafios em relação à transformação digital? Primeiro, a capacidade de extrair informação de bancos de dados não estruturados, como históricos médicos – cerca de 80% de todas as informações médicas são provenientes de textos e imagens não estruturados, segundo pesquisa publicada em 2019 na Healthcare Informatics Research.

Além disso, há também a necessidade de encontrar meios para facilitar a interação entre médico e paciente e, por fim, a própria dificuldade dos profissionais em trabalharem com as novidades de tecnologia. Ou seja, são problemas facilmente resolvidos com o processamento de linguagem natural.

Isso explica as previsões otimistas para o conceito na área de saúde. Levantamento da MarketsandMarkets indica que as soluções de NPL em hospitais, clínicas e consultórios movimentaram US$ 2,2 bilhões em 2022, número que deve saltar para mais de US$ 7,2 bilhões em 2027, com um crescimento médio anual de 27,1% nos próximos cinco anos. Entre os motivos elencados estão a maior compreensão do tema e o surgimento de ferramentas mais robustas e eficientes. Portanto, vale se questionar o que ainda é expectativa e o que já é realidade no processamento de linguagem natural na saúde.

NPL pode auxiliar a tomada de decisão em diagnósticos

Como qualquer novidade que aparece na área de saúde, no início há mais expectativas do que pode entregar do que benefícios já existentes. Com o NPL essa realidade não é diferente. A maioria das pesquisas, ensaios e conteúdos aborda mais as possibilidades futuras que o conceito pode trazer a médicos e demais profissionais do setor – e as possibilidades são as melhores possíveis.

Ao conseguir lidar com dados não estruturados de textos e imagens, o que incluiria históricos médicos e os mais variados exames, o NPL pode se tornar o assistente virtual dos médicos ao realizar as tarefas burocráticas e entregar informações importantes que auxiliam na tomada de decisão do diagnóstico. Por exemplo, em uma consulta, o médico pode dedicar mais atenção ao paciente, conversando sobre diversas situações enquanto a ferramenta cataloga histórico médico e exames para “avisá-lo” de eventuais sintomas e tratamentos.

É como ter uma Alexa especializada em conhecimento de saúde. Em vez de perguntar sobre o tempo ou saber as principais notícias do dia, é possível conversar sobre tratamentos já realizados em casos semelhantes e até varrer fontes de pesquisas médicas em busca de novos cenários e alternativas. Dessa forma, o médico consegue se dedicar àquilo que ele se preparou e o NPL faz as tarefas burocráticas que tanto tomam tempo do expediente nos consultórios.

Hoje, NPL já otimiza documentação clínica e melhora atendimento digital

Ter uma Alexa especialista em conteúdo médico como braço direito ainda é algo para o futuro, mas o processamento de linguagem natural já começa a ocupar espaços dentro de clínicas e hospitais com outras funções. A mais importante delas está relacionada à gestão dos documentos. Hoje já existem sistemas que trabalham justamente com os dados não estruturados do dia a dia de médicos, permitindo categorizar, catalogar e extrair inteligência a partir desse enorme banco de dados.

Dessa forma, em vez de pesquisar manualmente por informações de um determinado paciente, com o risco de extrair/perder documentos com o tempo, é possível solicitar ao NPL para trazer os dados mais relevantes. Além do ganho de tempo, o profissional consegue ter uma visão clara sobre tudo o que já foi feito e até mesmo solicitar ao sistema que faça correções em caso de erros ou mudanças.

Para isso, é evidente que o NPL precisa estar integrado ao prontuário eletrônico utilizado pelo consultório. Este equipamento segue como principal recurso da transformação digital na área de saúde, uma vez que ele, sozinho, concentra todas as informações dos pacientes, documentos administrativos, entre outros dados essenciais para a boa gestão da saúde. Com um processamento de linguagem natural, ele dá mais um passo adiante para se tornar no assistente virtual tão desejado por muitos profissionais.

É melhor se preparar para NPL na saúde

Se o conceito de processamento de linguagem natural ainda dá seus primeiros passos no setor de saúde, não significa que esta tendência vai demorar a pegar no país. Pelo contrário, é questão de tempo para que mais tecnologias do tipo sejam desenvolvidas e lançadas a consultórios, clínicas e hospitais. Quanto mais cedo os médicos e demais profissionais se especializarem sobre o assunto, mais rápido irão se acostumar com os desafios e, claro, benefícios.

* Tiago Delgado é sócio-fundador da Medicina Direta, empresa especializada em tecnologia na área de saúde

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Assessoria de Comunicação

Terça, 22 Agosto 2023 07:15

CLIPPING AHPACEG 22/08/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Consumo de produtos médico-hospitalares cresce 10% em junho, mas primeiro semestre acumula saldo negativo

Secretaria da Saúde reforça que não há necessidade de novos protocolos sanitários para Covid-19 em Goiás

Meeting de nutrição oncológica reúne especialistas e discute como a alimentação pode melhorar a qualidade de vida do paciente

Enfermagem busca reverter carga horária de 44h imposta pelo STF

Ozonioterapia: 'Não haverá flexibilização', garante Anvisa

Médica é indiciada por negligência após bebê morrer depois de a profissional afirmar para mãe que ele 'só precisava de colo'

SAÚDEBUSINESS

Consumo de produtos médico-hospitalares cresce 10% em junho, mas primeiro semestre acumula saldo negativo

Entre janeiro e junho, foram consumidos 1,7% menos produtos médico-hospitalares do que no mesmo período de 2022. Os dados são do Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS). O segmento de “próteses e implantes – OPME” foi o único positivo, com 5,4% a mais de vendas. “Materiais e equipamentos para a saúde “caiu 1,2% e “reagentes e analisadores para diagnóstico in vitro” recuou 1,6%.

Apesar do saldo negativo, o mês de junho registrou alta de 10,3% na utilização de dispositivos médicos, o que pode indicar uma recuperação no segundo semestre. “O cenário geral exposto de sustentação do emprego formal, mesmo que em ritmo moderado de expansão, e de aumento no número de beneficiários de planos de saúde, contribuiu para a reação no mercado do setor de dispositivos médicos em junho”, analisa o diretor executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.

No período, foram abertos 3.487 postos de trabalho, 2,2% de alta na comparação com os seis primeiros meses do ano passado. Agora são 164.929 trabalhadores neste mercado.

Já as importações de dispositivos médicos totalizaram US$ 3,4 bilhões, com crescimento de 1,5%. As exportações somaram US$ 365 milhões, um recuo de 7,1% no período em questão. A balança comercial, no primeiro semestre, ficou deficitária em US$ 3 bilhões (2,6% de aumento).

 Segundo o Boletim Econômico ABIIS, entre janeiro e junho, foram realizadas, no SUS, 5,6 milhões de internações, 7,4% abaixo do verificado no mesmo período de 2022. “As hospitalizações para tratamentos clínicos tiveram queda de 12,3%, não foram registradas internações para o tratamento da Covid-19, e houve queda de 15,5% nas hospitalizações para ‘parto e nascimentos’, no semestre”, detalha Gomes.

Também caíram 1,4% as internações para cirurgias no SUS. No total, foram realizadas 2,4 milhões, no primeiro semestre. Já a realização de exames na atenção ambulatorial na rede pública cresceu 6,8%, na comparação com os seis primeiros meses do ano passado. No total, foram realizados cerca de 577 milhões de exames. Aumentaram em 18,6% os “diagnósticos por ressonância magnética’ e 8% a realização de testes clínicos.

O Boletim Econômico ABIIS é desenvolvido pela Websetorial Consultoria Econômica.

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GAZETA DO ESTADO

Secretaria da Saúde reforça que não há necessidade de novos protocolos sanitários para Covid-19 em Goiás

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), esclarece que não há nos painéis e sistemas oficiais da pasta registros de aumento significativo de casos de Covid-19 no estado. Atualmente, são 1.055 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) por Covid-19, com 268 óbitos pela doença. Nesta sexta-feira (18/08), foi noticiado que o município de Avelinópolis, na região central, registrou maior número de casos, o que motivou a suspensão das aulas em uma escola da cidade.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, explica, contudo, que há hoje uma estabilização da doença em Goiás e que, por isso, não existe a necessidade de adoção de novos protocolos sanitários. “Não temos uma situação de emergência em saúde pública decretada, nem mesmo cenário epidemiológico hoje que justifique adoção de recomendações diferentes das que já são feitas. Pode haver o aumento de casos pontuais, ocorrências de surtos, mas temos medidas que podem ser adotadas para fazer o controle dessas situações de acordo com a situação encontrada”, diz.

Ainda segundo a superintendente, “a pandemia nos deixou alguns aprendizados, um deles é que mesmo em situação de emergência por doenças infecciosas as escolas deverão ser as últimas a serem fechadas e a primeiras a serem reabertas, pois temos outros locais e situações de maior risco de transmissão do que escola e a depender da situação, estar na escola pode ser até protetor”.

Subnotificação
O município não registra nos sistemas oficiais da pasta e do Ministério da Saúde aumento de casos da doença. Segundo a superintendente da SES, entretanto, o que pode ter acontecido é uma subnotificação dos casos pela administração municipal. “Numa situação como essa, a primeira orientação é: registre todos os casos e, a partir desse registro, a gente avalia a situação epidemiológica para ver qual providência deve ser tomada. Hoje não há motivo, a nível de coletividade, de termos medidas como o fechamento de escolas. Existem outras formas de trabalhar o controle”, pontuou.

A notificação de casos da Covid-19 nos sistemas oficiais é obrigatória e, por isso, é importante que os municípios façam o devido registro junto à pasta. A medida subsidia, por exemplo, a tomada de decisões e adoção de novos protocolos sanitários, se necessário. “É um apelo que a gente faz aos profissionais de saúde, aos gestores municipais, para que na ocorrência de casos seja feita a notificação no sistema de informação, para que a gente tenha conhecimento e possa apoiar esses municípios em suas necessidades”, enfatizou.

A SES-GO volta a destacar a importância de manter altas coberturas vacinais, para evitar formas graves da doença. Hoje, a cobertura vacinal da bivalente está em 12% no estado. No município de Avelinópolis o percentual é de apenas 20%. “Por enquanto são casos leves, mas a gente sabe que se tivermos muitas pessoas desprotegidas, os casos graves podem aumentar”, ressalta Flúvia Amorim.

Nova subvariante
A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre uma nova subvariante da Ômicron, denominada EG.5. Até o momento ela foi identificada em 51 países. O primeiro registro no Brasil foi feito há alguns dias no estado de São Paulo. Não há ainda casos confirmados da subvariante em Goiás. Apesar destas características, a OMS classificou a EG.5 como de baixo risco para a saúde pública em nível global, uma vez que não apresentou mudanças no padrão de gravidade de doença (hospitalização e óbitos).

“Essa subvariante aumentou a transmissibilidade, mas não tem confirmação de que ela aumentou a gravidade desses casos. Por isso a gente chama a atenção mais uma vez da população que ainda não tomou a sua dose de vacina bivalente. Quem tem 18 anos ou mais, que já tomou duas doses da vacina anterior, procure uma sala de vacinação. A vacina bivalente  foi atualizada com a Ômicron. Ela protege e é segura”, afirmou. Hoje, a prioridade dos serviços de saúde e das vigilâncias é o reforço do monitoramento de casos e a vacinação.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES lembrou as situações em que o uso de máscaras continua sendo recomendo em Goiás. “Pessoas que estão sintomáticas, locais com muitas aglomerações, pessoas imunodeprimidas e idosos, principalmente os inadequadamente   ou não vacinados. Essa é a orientação geral”, finaliza.

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DIÁRIO DO ESTADO

Meeting de nutrição oncológica reúne especialistas e discute como a alimentação pode melhorar a qualidade de vida do paciente

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que no triênio 2023 -2025 o Brasil terá 704 mil casos novos de câncer em cada ano

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que no triênio 2023 -2025 o Brasil terá 704 mil casos novos de câncer em cada ano.

Para as mulheres, a maior incidência para 2023 ainda é o câncer de mama com projeção de 73.610 casos, seguido de cólon e reto com 23.660 e colo de útero com 17.010 casos.

Entre os homens a próstata é velha conhecida. São 71.730 casos projetados da doença para 2023, seguido de cólon e reto com 21.970 e traqueia, brônquio e pulmão com 18.020.

Mas o que todos essas pessoas que virão a ter o diagnóstico têm em comum? Elas precisam de atendimento nutricional adequado.

A nutricionista especialista em nutrição  oncológica e CEO do Meeting de Nutrição Oncológica, Marcela de Paula, destaca que o estado nutricional de um paciente oncológico faz toda diferença no resultado final do tratamento. “Por isso é indispensável o acompanhamento. As terapias tradicionais são agressivas e essa assistência ao paciente faz com que os impactos da quimio e radioterapia sejam reduzidos. Dessa forma conseguimos melhorar a qualidade de vida e evitar a interrupção do tratamento.”

Em qualquer parte do corpo os cânceres afetam a rotina alimentar do paciente, mas os cânceres de cabeça e pescoço exigem atenção especial dos profissionais que estão em atuação.

Marcela lembra que neste ano estão previstos 2 mil novos casos para Goiás nesta região do corpo e que a mucosite (inflamação da mucosa) prejudica a deglutição. “Às vezes a pessoa até se alimenta bem, tem apetite, mas continua comendo alimentos que naquele momento são prejudiciais, porque vão irritar ainda mais a muscosa e isso vai levá-la a sentir dor. É preciso evitar café, chocolate, frutas cítricas, pimenta, alimentos condimentados e temperos industrializados, por exemplo. E nem sempre se sabe disso.”

Ao contrário de um paciente que quer perder ou manter o peso, a nutrição aplicada à oncologia é quase obrigatória para quem vai iniciar ou já está em tratamento. A nutricionista e CEO do Meeting de Nutrição Oncológica, Marcela de Paula, reforça que o ideal é fazer uma avaliação antes do tratamento. “Estudos mostram que a incidência de desnutrição nos pacientes oncológicos varia de 22% até 80%, e por essa razão o suporte nutricional é extremamente importante”.

Além de auxiliar em uma resposta mais rápida e positiva aos vários tratamentos e intervenções, ter um nutricionista por perto durante esse momento da vida evita o desenvolvimento da Síndrome Multifatorial. “Essa síndrome, também conhecida como caqueixa, é a perda de peso e de massa muscular e atinge 80% dos pacientes com câncer avançado. A única forma de reverter esse quadro é elaborar uma dieta com as quantidades de nutrientes, vitaminas e calorias e isso só vai acontecer se essa pessoa estiver acompanhada por um nutricionista especializado no assunto.

Comunicação e qualificação profissional

A comunicação também é fator preponderante durante este período. E para que isso aconteça é importante que profissionais estejam aptos a lidar com esses cenários. Diante dos desafios impostos, um evento exclusivo para tratar do tema será realizado nos dias 02 e 03 de setembro em Goiânia.

O 2º Meeting de Nutrição Oncológica que reunirá nutricionistas como Roberta Carbonari, Thiago Fofo, Thiago Barros, Aline Davi e médicos oncologistas, endócrinos e equipe multidisciplinar. Serão mais de 15h de evento durante 2 dias em Goiânia.

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PORTAL CAUSA OPERÁRIA

Enfermagem busca reverter carga horária de 44h imposta pelo STF


O Supremo Tribunal Federal tem atacado constantemente os profissionais de enfermagem. Primeiro foi a questão do piso salarial vetado e agora foi o aumento da carga horária de trabalho. O problema do salário persistiu, uma vez que a carga horária passou de 30 para 44 horas semanas. Ao invés de aumento de salário, ganharam aumento de trabalho, um drible da vaca do SFT sobre os trabalhadores.

Os trabalhadores tentam reverter a determinação do STF que favoreceu somente os capitalistas da saúde. "Conversamos com os advogados da Casa, e eles nos disseram que estão finalizando os documentos, que seriam apresentados até o fim da próxima semana", afirmou ao JOTA Solange Caetano, presidente do Fórum Nacional da Enfermagem (FNE).

Na prática, os profissionais da enfermagem terão redução salarial, pois, com o aumento da carga horária, se o profissional trabalhar menos, o empregador vai acabar diminuindo o salário. "Além da mudança da jornada, os enfermeiros também criticam um parecer da Advocacia Geral da União (AGU) feito após uma solicitação do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGISP), que vincula gratificações ao piso. Não faz sentido incluir esses ganhos extras como se fossem o salário, a lei aprovada não diz isso", disse Solange.

Durante a pandemia, havia bastante demagogia em torno dos profissionais de saúde que eram chamados de heróis, porém, com o fim do período mais crítico da COVID-19, onde muitos pagaram com a própria vida trabalhando na linha de frente, o STF mostrou a verdadeira face do poder, atuando contra os interesses dos trabalhadores e em favor dos patrões.

Há muito tempo, estamos denunciando neste Diário que os ministros do STF são verdadeiros ditadores, os quais frequentemente passam por cima do poder legislativo, que, apesar de profundamente reacionária, ao menos foram eleitos. Por mais obscuras que sejam as eleições brasileiras, difícil ter menos votos que um Alexandre de Moraes, que foi "votado" ao cargo somente pelo golpista Michel Temer. Vejamos como se posicionarão os covardes oportunistas da esquerda pequeno-burguesa acerca da questão, talvez tenham menos medo por não se tratar do lustroso Xandão.

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O GLOBO

Ozonioterapia: 'Não haverá flexibilização', garante Anvisa


Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a lei que permite a prática da ozonioterapia no país não deve ampliar, na prática, a forma como o tratamento é aplicado hoje, avalia a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ao GLOBO, o gerente de Tecnologia em Equipamentos, Anderson Pereira, afirma que o órgão não irá flexibilizar as decisões tomadas sobre o procedimento no Brasil.



De acordo com a legislação - aprovada com oposição do Ministério da Saúde e de entidades médicas - , a ozonioterapia está condicionada a ser aplicada "por meio de equipamento de produção de ozônio medicinal devidamente regularizado pela Anvisa ou órgão que a substitua".

Até o momento, os equipamentos aprovados são exclusivamente para fins odontológicos e estéticos. E o cenário será o mesmo enquanto a agência não reconhecer a eficácia do procedimento para fins medicinais.

- Não haverá nenhuma flexibilização (na autorização da ozonioterapia). A Anvisa está aberta para novos protocolos e pedidos de análise, mas não é um processo rápido - disse Anderson Pereira ao GLOBO.



Para ter aprovação da Anvisa, o pedido de uma empresa deve conter todos os resultados mecânicos do equipamento, como testes de desempenho, além da comprovação de segurança da técnica. Estudos clínicos comprovando a eficácia para a indicação de uso também são necessários.

- Não existe nenhum equipamento de ozonioterapia para fim médico aprovado na Anvisa, visto que todos os equipamentos demonstraram ineficácia clínica. A aprovação hoje é para uso restrito em odontologia, como tratamento da cárie dental e prevenção e tratamento dos quadros inflamatórios, e limpeza de pele. Somente isso - pontua Pereira.

A ozonioterapia envolve o uso dos gases ozônio e oxigênio, combinação com potencial de provocar efeitos oxidante e bactericida. A aplicação, segundo adeptos, pode ser feita direta com uma seringa, por via retal ou por outros orifícios. Defensores da técnica argumentam que o ozônio tem propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e melhora a oxigenação do corpo, sendo indicado para doenças autoimunes, problemas respiratórios, câncer, HIV e outras enfermidades. O uso do gás nesses casos, contudo, não é regulamentado.

Em tese, a prática poderia levar a um fortalecimento do sistema imunológico. As alegações, contudo, não são comprovadas. A técnica também é considerada insegura, segundo especialistas. Isso porque, em muitos casos, as doenças podem ser agravadas por terapias inadequadas.



No início do mês, a sanção da lei desencadeou uma série de reações negativas, sobretudo de profissionais da saúde. Entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB), também se manifestaram e alegaram não haver comprovação científica sobre segurança e efetividade da ozonioterapia na medicina.

- Na prática, a lei não muda a forma como o procedimento é feito no Brasil. Apesar disso, empresas internacionais ou nacionais podem protocolar novos pedidos. Temos uma alta demanda com relação ao tema e nossa expectativa é que, agora, o número aumente - relatou Pereira.

Em nota, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) fez um alerta ao listar as "vias de aplicação" testadas por defensores da prática. São técnicas de "auto-hemotransfusão, injeção de ozônio por via intravenosa, por via intramuscular ou até mesmo entre os discos vertebrais". Também há registro de "aplicação cutânea, insuflação retal através de um cateter introduzido no intestino, método que também pode ser realizado por outros orifícios como boca, nariz ou vagina". Ainda "banho de gás, com uso de uma câmara cheia de gás ozônio para que haja inalação".

"A simples leitura desta relação demonstra que alguns dos procedimentos são invasivos", afirma a entidade.

A ozonioterapia foi altamente criticada durante a pandemia da Covid por especialistas em saúde, incluindo entidades médicas. Em 2020, o Conselho Federal de Medicina (CFM) chegou a divulgar uma nota de esclarecimento reiterando que os efeitos do tratamento em humanos infectados pelo vírus são "desconhecidos", "não devendo ser recomendado na prática clínica ou fora dos contextos de estudos".

O projeto que deu origem à lei foi apresentado no Senado em 2017. O texto autoriza profissionais de saúde de nível superior e inscritos nos respectivos conselhos de classe a prescreverem e aplicarem a ozonioterapia como tratamento de saúde complementar no país, por equipamento de produção de ozônio medicinal regularizado pela Anvisa.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, havia recomendado Lula a vetar o projeto. Contudo, como O GLOBO informou, o petista decidiu seguir o conselho do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para evitar ruídos na relação com o Congresso. No Legislativo, o então projeto de lei foi aprovado após a formação de um amplo acordo.

Segundo o Ministério da Saúde, a utilização da técnica no Sistema Único de Saúde (SUS), incluída de forma controversa na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em 2018, é restrita à área da odontologia, feita com aparelhos registrados pela reguladora do país.

Em nota técnica no ano passado, a Anvisa destacou que o uso da ozonioterapia fora dessas indicações "configura infração sanitária". Disse ainda que "há riscos à saúde oriundos da utilização indevida e indiscriminada desta tecnologia" e que não foram apresentados estudos que comprovem segurança e eficácia "para fins de aplicação médica ou de indicações de uso diversas daquelas descritas anteriormente".

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PORTAL G1

Médica é indiciada por negligência após bebê morrer depois de a profissional afirmar para mãe que ele 'só precisava de colo'

Segundo o delegado, o bebê indígena morreu com pneumonia ocasionada por uma infecção não tratada. Defesa da pediatra diz que ela 'agiu como manda o protocolo' e que 'não pediu exames por não ver necessidade'.

Uma médica foi indiciada por negligência médica após um bebê indígena morrer, depois de a profissional afirmar para a mãe que ele 'só precisava de colo' e não solicitar exames quando a mulher relatou que a criança chorava em excesso e não conseguia mamar, em Aragarças, no oeste de Goiás. Segundo o delegado Fábio Marques, a pediatra foi indiciada por homicídio culposo.

"Não só a mãe confirmou isso, mas pessoas ouviram ela [a médica] dizendo para a mãe que a criança estava chorando desse jeito porque "criança chora" e porque ela só precisava de colo", explicou o delegado.

De acordo com a polícia, o bebê viveu certa de 72 horas, tendo nascido no dia 14 de novembro de 2021, recebido alta médica no dia 16 e morrido no dia 17, dentro do hospital, após a mãe retornar à unidade. Ao g1, a defesa da médica, que foi indiciada na última sexta-feira (18), afirmou que a pediatra foi "diligente e agiu como manda o protocolo" e que "não pediu exames pois não verificou a necessidade" (veja nota completa ao final da reportagem).

À TV Anhanguera, a assessoria jurídica de Aragarças disse que a criança foi liberada sem intercorrências, mas que quando tiver acesso ao laudo da polícia, a prefeitura vai colaborar com as investigações. Disse também que a médica indiciada já foi demitida, não por causa da morte do bebê, mas por questões administrativas.

A Polícia Civil divulgou que a causa da morte foi pneumonia. Segundo o delegado, a perícia determinou que a "pneumonia foi ocasionada por uma infecção não tratada", que poderia ter sido tratada com o uso de antibióticos.

O g1 solicitou ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goias (Cremego) um posicionamento sobre o caso, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.

Morte em hospital

De acordo com a polícia, o caso aconteceu no hospital municipal da cidade. O delegado explicou que nem a mãe nem o bebê não tiveram nenhuma intercorrência durante o pré-natal ou o nascimento da criança. No entanto, logo que o bebê nasceu, a mãe percebeu que o filho não conseguia se alimentar e chorava muito, e então procurou a equipe médica do hospital solicitando uma "fórmula de leite", para tentar ajudá-lo.

Apesar da explicação da polícia de que a mulher e o bebê ficaram internados por dois dias antes de receberem alta, a defesa da médica alegou que, após o nascimento, "a criança ficou dois dias sem que nenhum médico a examinasse". Segundo o delegado, na verdade, durante esses dois dias em que os dois permaneceram na unidade, eles foram atendidos apenas por enfermeiros, sem nenhum atendimento feito por médicos.

"Esses enfermeiros informaram que ela estaria já em alta e ela insistiu que só sairia de lá se a pediatra autorizasse ela a ir embora. Foi quando ela falou com essa pediatra, disse que o bebê não estava bem e não estava se alimentando, que estava com uma coloração levemente amarelada", explicou o delegado.

"Ela liberou a criança com a mãe para ir para casa e pediu para voltar depois de 15 dias", complementou.

Segundo a polícia, após ir para casa com o filho, a mãe percebeu que o bebê não melhorou e, no dia seguinte, estava em um quadro aparentemente mais grave. Nisso, retornou ao hospital. Na ocasião, o bebê foi atendido por outro médico, mas não resistiu.

"[A criança] foi atendida por um outro médico que observou que a criança realmente não estava bem, só que já era tarde. Quando ele pediu os exames, a criança já tinha falecido", disse o delegado.

Nota da defesa da médica

"Há um pré julgamento do que aconteceu. Não há nada concluído ainda. Importante mencionar que após o nascimento da criança, esta ficou dois dias sem que nenhum médico a examinasse. A criança ficou fora do hospital e não se sabe o que aconteceu com essa criança nesse período... É uma criança indígena. Foi realizada a autópsia e exame histopalógico e nada foi encontrado. Existem mais dois outros laudos e que não apontaram nada disso do que a acusação trouxe.

A pediatra foi diligente e agiu como manda o protocolo. Não pediu exames pois não verificou a necessidade destes. Caso enxergasse, o teria feito. Ressalta-se, ainda , que a autópsia não atestou nada de errado no pulmão do bebê.

Fora que a investigação demorou mais de dois anos para ser concluída e que se limitou a ouvir poucas pessoas. A profissional de saúde já tomou as medidas cabíveis em sua defesa".

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 21 Agosto 2023 13:51

CLIPPING AHPACEG 19 A 21/08/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

ANS atualiza regras para alteração de hospitais nos planos de saúde

A importância do médico gestor

Implementação de tecnologias no sistema público enfrenta desafios

Os desafios para a integração da telemedicina a outros serviços

Como epidemia de opioides deu novo fôlego à 'guerra às drogas' nos EUA

Plano de Saúde é condenado a pagar R$ 1 milhão por descumprir decisão judicial

Planos de saúde sem reembolso ganham espaço no mercado

Do pobre ao rico, fila de transplante de órgãos não faz distinção de paciente

Deputado Fred Rodrigues quer instituir campanha de conscientização contra o aborto

As doenças desconhecidas que afetam 350 milhões ao redor do mundo

AGÊNCIA BRASIL

ANS atualiza regras para alteração de hospitais nos planos de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou novas regras para a alteração de rede hospitalar das operadoras de planos de saúde. As mudanças estão relacionadas com a Consulta Pública nº 82/2021, que recebeu contribuições sobre quais deveriam ser os critérios para alteração da rede assistencial das operadoras.  

As novas regras entram em vigor 180 dias após publicação no Diário Oficial da União.

As mudanças valem tanto para a retirada de um hospital da rede, como para a troca de um hospital por outro. O objetivo é dar maior transparência e segurança aos beneficiários.

Portabilidade

Nos casos em que os beneficiários ficarem insatisfeitos com a exclusão de um hospital ou serviço de urgência e emergência do prestador hospitalar da rede de sua operadora, ocorrida no município de residência do beneficiário ou no município de contratação do plano, o beneficiário passa a ter direito de portabilidade sem prazo de permanência no plano. Com isso, não precisará cumprir os prazos mínimos de permanência no plano (1 a 3 anos).

Também não será exigido que o plano de origem e o de destino sejam da mesma faixa de preço, como acontece atualmente nos outros casos de portabilidade de carências.

Comunicação

Pelas novas regras, as operadoras também serão obrigadas a comunicar os consumidores, individualmente, sobre exclusões ou mudanças de hospitais e serviços de urgência e emergência na rede credenciada no município de residência do beneficiário. A comunicação individualizada deve ser feita com 30 dias de antecedência, contados do término da prestação de serviço.

O diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, ressalta as vantagens ao consumidor do plano de saúde. “Além de ser informado oficialmente sobre qualquer mudança na rede hospitalar da sua operadora, o consumidor terá maior mobilidade, pois ficará mais fácil fazer a portabilidade de carências caso o hospital de sua preferência saia da rede da sua operadora”.

Redução da rede

Em relação à redução de rede hospitalar, uma das principais mudanças está relacionada à análise do impacto da retirada do hospital sobre os consumidores atendidos pela operadora.

Desta forma, caso a unidade a ser excluída seja responsável por até 80% das internações em sua região de atendimento, a ANS determina que a operadora não poderá apenas retirar o hospital da rede, mas deverá substituí-lo por um novo.

Substituição de hospitais

A avaliação de equivalência de hospitais para substituição também deverá ser realizada a partir do uso de serviços hospitalares e do atendimento de urgência e emergência, nos últimos 12 meses. Assim, se, no período analisado, os serviços tiverem sido utilizados no prestador excluído, eles precisarão ser oferecidos no prestador substituto.

E se o hospital a ser retirado pertencer ao grupo de hospitais que concentram até 80% das internações do plano, não será permitida a exclusão parcial de serviços hospitalares.

A norma aprovada também obriga o hospital substituto a estar localizado no mesmo município do excluído, exceto quando não houver prestador disponível. Neste caso, poderá ser indicado hospital em outro município próximo.

O diretor de Normas e Operações de Produtos da ANS, Alexandre Fioranelli, destacou que o foco da ANS, com a adoção dos novos critérios, está na segurança do consumidor com plano de saúde contratado. “A proposta é que o beneficiário seja menos afetado em razão da relação desfeita entre a operadora e o prestador. Esta proposta de normativo é fruto de cuidadoso trabalho de elaboração, que contou com intensa participação social e amplo debate”, afirmou o diretor.

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MEDICINA S/A

A importância do médico gestor

Luiz Paulo Tostes Coimbra, Presidente da Unimed Nacional, explica que além de todo o conhecimento técnico, profissionais que migram para a área administrativa têm muito a contribuir com a saúde suplementar.

Luiz Paulo Tostes Coimbra

A figura do médico gestor nunca foi tão importante diante do cenário desafiador que a saúde suplementar vem enfrentando nos últimos anos no Brasil. O setor registra, após seis semestres consecutivos, prejuízos operacionais na ordem de R$ 11 bilhões. Outro grave problema é a alta sinistralidade dos planos de saúde, com patamar de 93,2%. É um percentual inédito em mais de duas décadas, segundo dados da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).

Como presidente da Unimed Nacional, que cuida de mais de 2 milhões de beneficiários e preza pela valorização dos médicos, faço um alerta sobre a sustentabilidade do setor.

O nosso futuro vai depender de fatores relevantes como empregabilidade, variação do custo em saúde e, principalmente, de uma gestão eficiente das operações. Temos de utilizar a formação técnica-especializada e as ferramentas de tecnologia como aliadas para o admirável futuro novo na saúde.

Tendo como foco o bem-estar e a saúde das pessoas, a chamada Saúde 5.0 precisa da tríade: gestão, tecnologia e inovação — e nada mais plausível do que ter o médico como protagonista dessa realidade. Precisamos formar cada vez mais gestores com elevada capacidade analítica para administrar uma clínica, um hospital ou centros médicos — cada vez mais digitais e automatizados.

O mercado ganhará e muito com a capacitação crescente do médico administrador, que poderá tornar os sistemas menos custosos e mais eficientes, com a melhora expressiva da qualidade assistencial. E, o mais importante de tudo, sem nunca perder de vista a importância e a valorização do ser humano, pois as pessoas devem estar no centro de qualquer tomada de decisões.

Maior número de médicos do que residentes

Outro ponto relevante é o número de novos registros médicos emitidos no Brasil. De acordo com dados recentes da Demografia Médica de 2023, divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o número de profissionais mais do que dobrou no país em 12 anos e atingiu um recorde no ano passado. Em 2022, cerca de 39 mil profissionais entraram no mercado de trabalho, contrapondo o ano de 2010, que formou quase 19 mil. O Conselho ainda projeta que, se for mantido o mesmo ritmo de crescimento da população e de escolas médicas, dentro de cinco anos, o Brasil contará com 3,63 médicos por mil habitantes, índice que supera a densidade médica registrada, por exemplo, na média dos 38 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), que reúne algumas das nações mais ricas do planeta.

A chegada de médicos é sempre bem-vinda. As faculdades de medicina aumentam a cada ano, mas o mercado não tem acompanhado esse ritmo. O número de novos formados tem sido acima do que o mercado disponibiliza para residência médica, por exemplo. Existe uma projeção da escola Sanar, de residência médica, de que há 44% mais profissionais da medicina saindo da faculdade do que vagas para especialização. Em 2021, enquanto cerca de 25 mil médicos se formaram, existiam apenas 17 mil vagas de residência médica.

Por fim, ressalto a importância de o médico se abrir para novas possibilidades na carreira, incorporar as novas tecnologias e o valor que agregam à área da saúde. Uma gestão criativa, ao mesmo tempo eficiente e responsável, faz com que todos saiam ganhando.

Luiz Paulo Tostes Coimbra é Presidente da Unimed Nacional.

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Implementação de tecnologias no sistema público enfrenta desafios


A adoção de tecnologias no sistema público de saúde brasileiro enfrenta desafios inerentes de um país continental. Embora existam esforços para modernizar a gestão e o atendimento dos pacientes, diversos fatores impedem uma transição suave e completa para um sistema de saúde mais tecnológico. Atualmente, 97% dos estabelecimentos públicos de saúde no Brasil possuem computadores instalados, mas 85% possuem sistema eletrônico para registro de pacientes e só 42% mantêm informações clínicas e cadastrais no prontuário eletrônico, de acordo com o TIC Saúde 2022. É uma jornada complexa que envolve uma combinação de investimentos em infraestrutura, capacitação de profissionais, superação de resistências culturais e regulamentações adequadas. Superar esses desafios é fundamental para melhorar a eficiência, a qualidade e a acessibilidade dos serviços de saúde oferecidos à população.

Para Vandré Dall Agnol, Diretor de Unidade de Saúde Pública da MV, disseminar a tecnologia na saúde pública é indispensável. "É preciso saber todos os detalhes, como está a vacinação, até quando há medicamentos na farmácia, como anda a fila para cirurgias. Todos esses dados são facilmente acessíveis quando estão interligados num sistema de informações funcional", explica.

Alguns desafios e obstáculos que acontecem em muitas instituições de saúde já são identificados e podem ser solucionados. A MV, multinacional brasileira líder na América Latina no desenvolvimento de softwares para a saúde, mapeou alguns desafios constatados em diversos hospitais públicos do Brasil.

Infraestrutura de tecnologia e acesso à internet

Um dos principais desafios é garantir uma infraestrutura adequada e acesso à internet em todas as áreas, especialmente em regiões remotas ou menos desenvolvidas. A disponibilidade de recursos tecnológicos, como computadores, dispositivos móveis e conexões estáveis à internet, é essencial para o uso efetivo da tecnologia na saúde pública. Dados da primeira edição do relatório MoVing The Future da MV mostram que apenas 6% dos hospitais da região Norte utilizam a internet para armazenamentos de informações, incluindo o Prontuário do Paciente Eletrônico.

Privacidade e segurança de dados

A implementação da tecnologia na saúde pública requer medidas robustas de privacidade e segurança de dados. É necessário garantir que as informações de saúde dos indivíduos sejam protegidas contra acesso não autorizado, vazamentos ou uso indevido. As políticas de privacidade devem estar alinhadas com as regulamentações de proteção de dados. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desempenha um papel fundamental na área da saúde, garantindo a privacidade e a proteção dos dados pessoais dos pacientes. Com a crescente digitalização e o uso de tecnologias na saúde, é essencial que as instituições estejam em conformidade com a LGPD para evitar o acesso não autorizado, o compartilhamento indevido e o uso inadequado das informações de saúde. Além disso, a LGPD incentiva a adoção de boas práticas de governança e segurança de dados, contribuindo para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde e para a prevenção de incidentes de segurança cibernética que possam comprometer a integridade dos dados e a confiança dos pacientes.

Capacitação e treinamento dos profissionais de saúde

Novas tecnologias requerem capacitação e treinamento. Isso inclui conhecimentos sobre como coletar, gerenciar e interpretar dados, além de habilidades na utilização de sistemas eletrônicos de saúde, telemedicina, entre outras. A falta de treinamento adequado pode ser um obstáculo para a adoção e o uso eficaz das soluções.

Integração com sistemas de saúde existentes

A implementação da tecnologia na saúde pública deve ser integrada aos sistemas de saúde existentes para garantir a interoperabilidade e a troca eficiente de informações. A integração com registros eletrônicos de saúde, sistemas de gestão hospitalar e outras plataformas de saúde é fundamental para facilitar o compartilhamento de dados e melhorar a coordenação do cuidado.

Aceitação e adesão dos usuários

A aceitação e adesão dos usuários, sejam eles profissionais de saúde, sejam pacientes, são fatores críticos para o sucesso da implementação da tecnologia na saúde pública. É necessário fornecer uma interface amigável, educar os usuários sobre os benefícios da tecnologia e envolvê-los no processo de implementação para garantir sua participação ativa e engajamento. Enfrentar esses desafios e considerações na implementação da tecnologia na saúde pública é fundamental para colher os benefícios da digitalização, como o acesso a informações em tempo real, melhorias na eficiência e qualidade do atendimento, tomada de decisões baseada em evidências e promoção da saúde da população de forma abrangente.

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Os desafios para a integração da telemedicina a outros serviços


Por Renato Casarotti

A telemedicina, sem dúvida, oferece uma série de benefícios para o sistema de saúde. É uma evolução mundial, adotada em larga escala por diversos países, e traz um grande avanço e uma maior segurança para a prática médica, além de ter enorme potencial na promoção à saúde da população, agilizando o acesso a orientação adequada e reduzindo riscos de exposição a doenças tanto para o profissional de saúde quanto ao paciente quando precisa de atendimento.

Com a possibilidade da realização de consultas médicas remotas, é possível promover um relacionamento seguro entre profissional de saúde e paciente de forma digital, por meio da telemedicina responsável, resolvendo uma necessidade - muitas vezes - momentânea do paciente.

Além disso, a telemedicina amplia o acesso a especialistas, principalmente em áreas mais distantes de grandes centros econômicos ou com carência de profissionais qualificados. Essa maior acessibilidade é um ponto fundamental na garantia do cuidado adequado a todas as pessoas.

No entanto, devemos reconhecer que a telemedicina traz alguns desafios que precisamos enfrentar, como a garantia da segurança dos serviços prestados e a qualidade do atendimento. Estabelecer e seguir protocolos claros para as teleconsultas é necessário para assegurar que médicos e beneficiários tenham uma experiência segura e eficaz.

A proteção de dados pessoais dos pacientes também é uma preocupação crucial. A obrigação do profissional de saúde é de que a teleconsulta seja num ambiente seguro, utilizando uma plataforma apropriada que acompanhe as regras que estão sendo abarcadas pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), realizando o devido registro em prontuário médico. Toda essa segurança é importante caso seja necessário apresentar evidências em auditorias que venham a ser realizadas, por exemplo.

É preciso haver validações eletrônicas nos mais variados graus de complexidade, que vão desde as mais básicas (identificação de documentos) até as mais avançadas (biometria digital e facial), e que também atendam a LGPD. Para o profissional de saúde é importante que tenha ao menos um cadastro com foto, para que saiba que é realmente o paciente indicado que irá atender.

Nos planos de saúde, integrar a telemedicina com os demais serviços oferecidos é fundamental para proporcionar uma experiência completa aos seus beneficiários. Afinal, a modalidade é uma opção a mais e deve ser vista como parte de um ecossistema de cuidados abrangentes, e não um serviço avulso.

Destaco também a importância da colaboração de entidades, como a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o próprio Conselho Federal de Medicina (CFM), para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades trazidas pela telemedicina. É fundamental estabelecer um diálogo transparente com as autoridades de saúde para garantir a adequação das práticas e regulamentações relacionadas à telemedicina.

A telemedicina tem o potencial de revolucionar cada vez mais a prática da medicina seja no Brasil ou no mundo, beneficiando todos os atores do ecossistema da saúde. Ressalto que a adoção de uma abordagem estratégica e colaborativa é crucial para que desfrutemos dos reais benefícios da modalidade, com garantia de qualidade, segurança e eficiência dos serviços prestados.

*Renato Casarotti é presidente da Abramge.

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PORTAL G1

Como epidemia de opioides deu novo fôlego à 'guerra às drogas' nos EUA

Muitos Estados americanos vêm endurecendo penas para porte, distribuição e fabricação de fentanil, opioide sintético 50 vezes mais potente que a heroína e responsável por 75 mil mortes somente no ano passado.

Mais de meio século depois de o então presidente Richard Nixon ter lançado uma "guerra às drogas" nos Estados Unidos, e após décadas de políticas que muitos consideram um fracasso, uma nova onda de leis no país vem endurecendo penas relacionadas a essas substâncias.

As leis recentemente aprovadas em diversos Estados são motivadas pelo fentanil, um opioide sintético extremamente letal que está no centro da epidemia de overdoses fatais que vem devastando o país.

O CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças, agência de pesquisa em saúde pública ligada ao Departamento de Saúde) estima que mais de 110 mil pessoas morreram por overdose de drogas no ano passado. Entre essas mortes, cerca de 75 mil foram provocadas por fentanil.

Diante dessa crise, projetos de lei aumentando as penas mínimas para crimes relacionados ao fentanil já foram introduzidos em pelo menos 46 dos 50 Estados americanos somente neste ano.

Muitas dessas propostas impõem vários anos de prisão mesmo para pequenas quantias, e algumas preveem pena de morte para traficantes.

Também vem crescendo o número de Estados com as chamadas "leis de homicídio induzido por drogas", nas quais uma pessoa responsável pela distribuição de fentanil resultante em morte por overdose é processada por homicídio, mesmo que seja um usuário compartilhando a droga com amigos.

No nível federal, uma proposta apresentada ao Senado em fevereiro, e ainda em tramitação, enquadra como crime de homicídio "a distribuição de fentanil que resultar em óbito", sujeitando os responsáveis à pena de morte ou prisão perpétua.

Em 2022, procuradores-gerais de 18 Estados enviaram carta ao presidente Joe Biden pedindo que o fentanil fosse declarado "arma de destruição em massa".

"(Somente) no ano passado, foi apreendida uma quantidade suficiente de fentanil para matar todos os homens, mulheres e crianças nos Estados Unidos várias vezes", diz o texto.

Em um país historicamente dividido, muitas dessas propostas chamam a atenção por atrair apoio tanto de políticos republicanos quanto de democratas, e apesar de nem todas terem sido aprovadas, várias passaram com unanimidade.

As leis também costumam ter o apoio de famílias que perderam filhos por overdoses de fentanil e se mobilizam por justiça e por medidas mais duras.

Mas críticos consideram essas leis um retorno às táticas de décadas anteriores, especialmente na epidemia de crack, quando usuários e traficantes de pequeno porte foram punidos com longas sentenças, sem que o problema fosse solucionado.

Efeitos daquela era persistem até hoje, na enorme população carcerária, de cerca de 1,9 milhão de presos, e em disparidades raciais, com a punição desproporcional de pessoas negras.

"A emergência do fentanil é, de muitas maneiras, um sintoma do fracasso da guerra às drogas. Mas, ironicamente, seu surgimento começou a estimular tipos semelhantes de abordagens, devido a uma espécie de pânico em relação ao fentanil", diz à BBC News Brasil o especialista em drogas e saúde pública Leo Beletsky, professor de direito e ciências da saúde na Northeastern University.

"No mercado de drogas ilícitas, quanto mais pressão (polícia e sistema legal) aplicam, mais compactas e poderosas ficam as drogas", afirma Beletsky.

"O incentivo econômico natural é passar para drogas com menor volume e maior impacto. Se você vai transportar (ilegalmente) 1 kg de algum produto pela fronteira, é muito mais lucrativo transportar 1 kg de fentanil do que de heroína."

'Ameaça emergente'

O fentanil pode ser 50 vezes mais potente que a heroína, e poucos miligramas são suficientes para uma dose letal, dependendo da tolerância do usuário.

Calcula-se que, nos Estados Unidos, a cada sete minutos uma pessoa morra por overdose ligada ao opioide, e casos se espalham pelo país, desde grandes cidades até zonas rurais.

A versão farmacêutica e legal pode ser prescrita para tratar de dor, em doses controladas, mas é a substância fabricada e distribuída ilegalmente que têm agravado a epidemia de overdoses nos últimos cinco anos.

Muitas vezes, o fentanil é misturado a outras drogas, como cocaína e heroína, e também é usado para fabricar pílulas falsas de remédios conhecidos para dor ou ansiedade.

Com isso, e a relativa facilidade de comprar o produto pela internet ou em redes sociais, alguns usuários nem sabem que estão consumindo fentanil. Outros buscam a droga exatamente por sua maior potência.

A fabricação do fentanil é mais fácil, rápida e barata do que a de outras drogas, que dependem do cultivo de lavouras.

Segundo autoridades americanas, o fentanil costuma ser fabricado por cartéis no México, em laboratórios clandestinos e com produtos químicos importados da China, e depois é contrabandeado pela fronteira.

Novas versões continuam surgindo, e recentemente a Casa Branca anunciou um plano para reduzir as mortes causadas pela combinação de fentanil com xilazina, um sedativo usado em animais.

Essa combinação, tornando o produto ainda mais letal, responde por um percentual crescente das overdoses fatais e foi designada pelo governo como "ameaça emergente" ao país.

É nesse contexto, pressionados pela abundância de fentanil no mercado ilícito americano e pelo grande número de mortes, que cada vez mais Estados estão endurecendo suas leis para tentar combater a crise. Alguns, como a Virgínia, chegam a classificar o opioide como "arma de terrorismo".

Muitas propostas estabelecem ou aumentam as chamadas "penas mínimas obrigatórias" para porte, distribuição ou manufatura de fentanil.

Nesse tipo de pena, que era comum na época da "guerra ao crack", o juiz é obrigado a sentenciar o réu a pelo menos o tempo mínimo de prisão previsto na lei, mesmo que considere a punição excessiva.

Várias Estados também vêm reduzindo as quantidades de fentanil que desencadeiam essas penas mínimas obrigatórias.

Em Iowa, uma pessoa acusada de vender ou fabricar menos de cinco gramas pode ser condenada a 10 anos de prisão, e no Alabama, apenas um grama de fentanil puro é suficiente para uma pena mínima de três anos.

As "leis de homicídio induzido por drogas", que existem há anos, também vêm se espalhando com o avanço do fentanil, e já estão presentes em mais de 30 Estados.

Nesses casos, os promotores não precisam nem provar que a pessoa que forneceu a dose letal à vítima de overdose tinha a intenção de matar.

"Quando essas leis são aprovadas, os políticos costumam falar que irão punir os chefões, as grandes organizações de tráfico. Mas, da maneira como estão sendo implementadas, não são essas pessoas que acabam processadas", afirma Beletsky.

"Muitas vezes envolvem pessoas que são simplesmente amigos ou familiares, pessoas que usam drogas juntas."

No ano passado, um homem em Illinois foi condenado a seis anos de prisão após fornecer heroína adulterada com fentanil à irmã, que morreu de overdose.

Em outro caso que gerou atenção na imprensa, uma jovem de 17 anos no Tennessee, que sobreviveu a uma overdose ao lado de duas colegas depois de ingerir cocaína adulterada com fentanil, foi processada por homicídio após a morte das amigas.

A evolução da crise

Calcula-se que os Estados Unidos já gastaram mais de 1 trilhão de dólares em meio século de "guerra às drogas".

O termo costuma se referir a políticas iniciadas durante o governo do presidente Nixon, que em 1971 declarou o aumento no abuso de drogas "inimigo público número 1" e disse que era necessária uma ofensiva contra a crise.

Na época, o principal problema era a heroína em grandes cidades, como Nova York, e entre soldados que voltavam da guerra do Vietnã, e inicialmente o foco principal era reabilitação.

Mas nos anos posteriores, principalmente a partir do governo de Ronald Reagan (1981 a 1989), o país passou a adotar penas cada vez mais duras como resposta à crise de cocaína e crack, tendência que continuou com George H. W. Bush (1989 a 1993) e Bill Clinton (1993 a 2001).

A atual epidemia de overdoses tem sua origem na década de 1990, com uma explosão de analgésicos opiáceos obtidos com receita médica.

Quando ficou claro que esses remédios contra a dor estavam provocando dependência em milhões de pessoas e uma crise de saúde pública, os médicos pararam de fornecer prescrição, e muitos usuários passaram a recorrer à heroína vendida ilegalmente.

Por volta de 2016, opioides sintéticos, especialmente o fentanil fabricado de maneira ilícita, começaram a invadir o mercado, substituindo a heroína como uma alternativa mais barata e potente.

Isso ocorreu ao mesmo tempo em que havia no país a percepção de que as táticas de tolerância zero de eras anteriores haviam fracassado.

"Acho que houve uma percepção gradual de que as duras leis dos anos 1980 e 1990 alimentaram o encarceramento em massa, não acabaram com o uso de drogas e tiveram um impacto desproporcional em pessoas negras e pardas", afirma Beletsky.

Em 2014, uma pesquisa do Pew Research Center mostrava que 63% dos americanos considerava positivo o fim das sentenças mínimas obrigatórias para crimes não violentos relacionados a drogas.

O próprio presidente Joe Biden, que como legislador havia apoiado as medidas duras da "guerra às drogas", durante sua campanha reconheceu os problemas e se desculpou pelo papel que desempenhou.

O governo federal e Estados passaram a dar menos ênfase à punição e mais atenção a redução de danos, educação, prevenção e tratamento de usuários.

Beletsky ressalta que essa mudança de postura era vista tanto em políticos democratas quanto republicanos, mas considera o progresso dessa época modesto.

"Quando você olhava os detalhes reais do que as leis diziam, a tendência (de afrouxar penas excessivas) estava lá, mas não era uma grande mudança", diz.

"E, com a chegada do fentanil, houve retrocesso desse modesto progresso que havia sido conquistado."

Em vários Estados, como Nevada, onde Senado e Câmara são controlados por democratas, as propostas apresentadas agora revertem uma tendência de relaxar penas para crimes não violentos relacionados a drogas.

Outros, como Califórnia, Colorado, Idaho e Virgínia Ocidental, vêm restringindo financiamento para medidas de redução de danos.

Famílias

Várias vezes as propostas de lei mais rígidas são fruto do esforço de famílias que perderam entes queridos em overdoses provocadas por fentanil.

Grupos de pais e mães de vítimas se espalham pelo país e, enquanto algumas famílias lutam por prevenção, mas são contra medidas punitivas, outras apoiam penas mais duras.

"É compreensível que, dada a tragédia, as pessoas estejam ansiosas por respostas e tentando encontrar maneiras de evitar que isso aconteça com outros", salienta Beletsky, lembrando que há uma variedade de respostas diferentes entre as famílias afetadas, e algumas se manifestam contra abordagens punitivas.

"A culpa é de líderes políticos e de pessoas no sistema penal, como promotores, que em vez de ajudar a canalizar esse luto para soluções significativas, capitalizam para avançar sua agenda política", destaca.

Em Oklahoma, um outdoor encomendado no início do ano por famílias de vítimas de overdose trazia fotos dos mortos e a pergunta: "Por que traficantes de drogas estão se livrando de assassinato?".

No Texas, onde se espalharam notícias de adolescentes que morreram ao ingerir pílulas adulteradas sem saber que eram fentanil, famílias das vítimas colocaram outdoors pelo Estado para alertar sobre os riscos.

Essas famílias estavam ao lado do governador Greg Abbott, do Partido Republicano, quando ele sancionou em junho uma lei que classifica esse tipo de overdose como envenenamento e aumenta as penas.

"A epidemia de fentanil já roubou muitas vidas inocentes, mas graças ao trabalho de pais e mães corajosos, como os que estão aqui hoje, alertamos os texanos sobre esta crise", disse Abbott.

Defensores de penas mais rígidas afirmam que são importantes para punir os responsáveis por mortes.

"Se você está distribuindo esse veneno, nosso objetivo é acusá-lo de homicídio quando houver uma overdose", resumiu o xerife do Condado de Los Angeles, Robert Luna, em uma entrevista coletiva sobre casos contra traficantes.

Mas críticos dizem que penas mais duras, especialmente as que têm como alvo pequenas quantias, não reduzem a oferta nem a demanda - e não afetam as grandes redes internacionais por trás do tráfico.

Essas medidas também não resolvem a crise de dependência de drogas ou a epidemia de overdoses.

"Nenhum estudo jamais mostrou que o aumento das penas para o uso de drogas reduziu o uso em pessoas dependentes de drogas", disse o deputado estadual democrata Gene Wu durante debate sobre a lei do Texas.

Entre os temores também está um impacto negativo, inclusive nas chamadas "leis do bom samaritano", adotadas em diversos Estados, que protegem de prisão ou processo quem chamar os serviços de emergência ao presenciar uma overdose.

Com a possibilidade de serem enquadrados por homicídio, muitos deixariam de chamar ajuda, possivelmente aumentando o número de mortes.

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GLOBO ONLINE

Plano de Saúde é condenado a pagar R$ 1 milhão por descumprir decisão judicial


O Bradesco Saúde foi condenado a pagar R$ 1 milhão pelo descumprimento de uma liminar que a obrigava a fornecer um marca-passo a um paciente e a cobrir as despesas decorrentes da cirurgia e do tratamento. A decisão, por unanimidade, é da 19ª Câmara de Direito Privado do Rio.

O desembargador Luciano Saboia Rinaldi de Carvalho, relator do processo., determinou ainda que caso o Bradesco Saúde não efetue o depósito judicial no valor de R$ 1 milhão em até dez dias corridos após a publicação do acórdão, será restabelecida a multa em sua integralidade de R$ 2, 1 milhões. Cabe recurso.

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CQCS - CENTRO DE QUALIFICAÇÃO DO CORRETOR DE SEGUROS

Planos de saúde sem reembolso ganham espaço no mercado


Para diminuir sinistralidade, empresas como SulAmérica e Porto Saúde lançam produtos em que ressarcimento do cliente é limitado ou até proibido

Ainda sofrendo com a sinistralidade em patamares elevados, as operadoras de saúde estão atacando um dos custos que explodiram desde o início da pandemia: o reembolso. Grandes empresas como SulAmérica e Porto passaram a oferecer planos sem esse benefício ou com limite no que pode ser ressarcido, para tentar frear a disparada dos custos.

Executivos do setor dizem que o uso do reembolso, que historicamente era solicitado para gastos com consultas com médicos fora da rede credenciada e com procedimentos hospitalares, passou a ser solicitado também para exames e terapias. Uma parte desta mudança tem a ver com o comportamento dos segurados no pós-pandemia, mas há também um aumento importante das fraudes. Por isso, as operadoras estão ampliando o combate ao uso indevido dos planos.

Dados da FenaSaúde, entidade que representa as operadoras de planos e seguros de saúde, mostram que os gastos com pedidos de reembolso cresceram quase 100% entre 2019 e 2022, de R$ 6 bilhões para R$ 11,4 bilhões. Para se ter uma ideia, as despesas assistenciais totais de planos tiveram expansão de 18,5% no período, de R$ 171,8 bilhões para R$ 203,6 bilhões. A estimativa da federação é que o ressarcimento irregular tenha representado cerca de R$ 4 bilhões só no ano passado.

Raquel Reis, CEO da SulAmérica Saúde & Odonto, diz ao IM Business que antes da pandemia o reembolso representava entre 10% e 11% de todas as despesas de sinistro da empresa, mas no final de 2022 esse patamar subiu para 14%. "Se você olhar o que é a margem de uma seguradora hoje, a diferença entre 11% e 14% define se você vai ter lucro ou prejuízo. Pode ser a insolvência".

A executiva afirmou que o uso do reembolso aumentou em todas as faixas de planos, mas o maior crescimento se deu nas categorias mais básicas, os chamados de "planos de entrada". Nesses produtos, o custo com reembolso subiu de 0,5% para 7%. Entre as categorias mais caras, esse percentual chega a 40%. Os gastos com exames, por exemplo, dispararam. "Se temos tantos laboratórios na rede credenciada, qual é a justificativa?".

A resposta da SulAmérica foi lançar planos com reembolso modular, em que o segurado reavê gastos com consultas de urgência e emergência, mas não com consultas eletivas e terapias, por exemplo. Esse novo modelo praticamente já substituiu as vendas dos planos antigos, com reembolso para tudo, e com isso o custo médio da SulAmérica caiu dos 14% no fim do ano para uma faixa entre 11% e 12% atualmente. "O que a gente fez nesses produtos de reembolso modular foi reduzir ou zerar o que não faria sentido, como exames e terapias", afirma a CEO.

A Porto Saúde, vertical de planos de saúde da Porto (antiga Porto Seguro) que tem 461 mil vidas, lançou em fevereiro a linha Pró, voltada a Pequenas e Médias Empresas (PMEs) e sem reembolso, que é de 20% a 30% mais barata para o consumidor.

A empresa não tem planos individuais nem coletivos por adesão, só empresariais - que representam mais de 70% do mercado. A atuação da Porto Saúde se restringe a São Paulo, Rio de Janeiro e, recentemente, ao Distrito Federal. Já a linha "Pró" está disponível na Grande SP e na Baixada Santista.

O CEO da Porto Saúde, Sami Foguel, diz que a linha sem reembolso busca oferecer "excelente medicina a um preço vantajoso", em uma rede fechada e com parceiros de confiança da empresa, como a Oncoclínicas e os hospitais Oswaldo Cruz e Sírio Libanês. "É um produto menos suscetível a fraudes. Nós queremos que as pessoas usem [o plano]. É para isso que a gente existe. O que não queremos é abuso e fraude".

Sinistralidade ainda alta

Mesmo com esses novos planos de saúde, os níveis de sinistralidade continuam elevados. No caso da SulAmérica, o indicador atingiu 87,2% no segundo trimestre, segundo balanço da Rede D'Or. Houve uma queda de 2,5 pontos percentuais, tanto na comparação trimestral (1T23) quanto anual (2T22), mas a taxa ainda está muito acima dos 79% de 2019. "Está muito melhor do que a média do mercado, mas ainda muito acima do razoável", afirma CEO.

A sinistralidade é a relação entre as receitas das operadoras e os desembolsos com as despesas assistenciais, e os níveis elevados afetam todo o setor. Ela é uma fonte de pressão para as companhias, que enfrentam dificuldade em repassar esse aumento de custo para seus preços, sob risco de perder clientes. No caso da SulAmérica/Rede D'Or, o Credit Suisse vê como positivo o fato de a empresa ter conseguido elevar os tickets em 4% contra o primeiro trimestre deste ano e em 15% em relação a igual período de 2022, sem diminuir sua base de beneficiários.

Na Porto, a sinistralidade atingiu 84,2% no segundo trimestre, uma alta de 5,5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior - variação considerada "o principal ponto negativo" do resultado trimestral pelo Credit Suisse. Foguel diz que ajustou processos de precificação no terceiro e quarto trimestre, mas pondera que a sinistralidade da empresa é maior porque tem menos escala do que as concorrentes.

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ISTOÉ

Do pobre ao rico, fila de transplante de órgãos não faz distinção de paciente


O apresentador Fausto Silva, internado desde o dia 5 de agosto, precisará de um transplante cardíaco e aguarda por um doador na fila administrada pelo sistema público de saúde, informou neste domingo (20) o Hospital Albert Einstein.

A decisão foi tomada após o agravamento do quadro clínico do apresentador de 73 anos. Apesar de ser uma pessoa pública e com recursos financeiros disponíveis, Faustão não terá qualquer tratamento especial, já que a fila é gerida por uma equipe técnica.

+ Faustão tem agravamento do quadro e necessita de transplante de coração, informa hospital



"Fausto Silva já foi incluído na fila única de transplantes, regida pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que leva em consideração, para definição da priorização, o tempo de espera, a tipagem sanguínea e a gravidade do caso", diz a nota do hospital. Outro critério é a distância entre doador e paciente.



A de fila de espera para quem precisa receber uma doação funciona de acordo com o grau de gravidade. Mas não faz nenhuma diferenciação entre região ou classe social do paciente que precisa do órgão. A cirurgia do transplante e o tratamento podem ser feitos por meios particulares. No entanto, todos estão sujeitos à fila pública de órgãos.

A fila de transplante é pública, independentemente de qualquer característica social do paciente. Seja pelo sistema público ou não. Além disso, os dados inseridos na fila não identificam quem são os pacientes de meio particular ou da rede pública, e mais de 90% dos procedimentos são feitos pelo SUS.

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Em casos de pacientes que residem em um Estado onde não há a especialidade de transplante de que necessite, a rede pública oferece o custeio completo em outra cidade e estado por meio do TFD (Tratamento Fora do Domicílio).



A fila é atualizada de acordo com a evolução do quadro clínico. No caso do coração, como a necessidade de Fausto Silva, a preferência é sempre para pacientes em estado grave. Em São Paulo, a espera por um coração pode chegar até a 18 meses.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, mas o grande volume de procedimentos faz com que a quantidade de pessoas ainda precise passar por uma lista de espera.

Pela primeira vez desde 1998, a fila de transplante de órgãos no Brasil passa de 50 mil pessoas. O dado é da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.

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JORNAL DO BRASIL

Deputado Fred Rodrigues quer instituir campanha de conscientização contra o aborto


O deputado Fred Rodrigues (DC) apresentou projeto de lei nº 1536/23 que pretende instituir a Campanha de conscientização contra o aborto para mulheres que residem no Estado de Goiás. O objetivo é realizar palestras, audiências públicas, em conjunto com a Secretaria de Educação do estado, sobre a problemática do aborto, conscientizando crianças e adolescentes sobre esta problemática do abordo.

Pensando nas dificuldades que a gravidez traz na vida da mãe, a campanha tem como uma de suas diretrizes o atendimento médico e acolhimento psicológico, visto que, o momento exige apta inteligência emocional e responsabilidade sobre um terceiro. O intuito é amadurecer o autoconhecimento, a autoestima e construir a certeza de que uma nova vida é sempre algo benéfico.

O aborto é o quinto maior causador de mortes maternas no Brasil, segundo um estudo publicado em 2013, uma a cada cinco mulheres com mais de 40 anos já fizeram, pelo menos, um aborto na vida. Hoje existem 37 milhões de mulheres nessa faixa etária, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dessa forma, estima-se que 7,4 milhões de brasileiras já fizeram pelo menos um aborto.

Segundo o Código Penal em seus artigos 124, 125 e 126 o aborto no Brasil é considerado crime contra a vida, permitido apenas em determinados casos. Além disso, no Código Civil é assegurado direitos do Nascituro, em outras palavras, o próprio ordenamento jurídico brasileiro reconhece a vida intrauterina desde sua concepção, mesmo que só garantida personalidade jurídica pós-nascimento.

O parlamentar ressalta que a conscientização também tratará, por meio da participação dos hospitais e seus representantes, informações a respeito dos métodos contraceptivos que são oferecidos pelo SUS, dos testes rápidos para infecções (mesmo menores desacompanhados), do acompanhamento ginecológico e do pré-natal, a fim de, evitar a gravidez não planejada, que é a principal situação que leva a gestante a idealizar o aborto.

A propositura foi encaminhada a Comissão de Constituição, Justiça e Redação, onde está sendo relatada pelo deputado Major Araújo(PL).

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GAZETA ONLINE

As doenças desconhecidas que afetam 350 milhões ao redor do mundo


"É tudo coisa da sua cabeça."

Helene Cederroth perdeu a conta de quantas vezes ouviu esta frase dos médicos. Mas ela sabia, desde o nascimento do seu segundo filho, Wilhelm, que algo não estava certo com ele.

"Ele parecia um bebê perfeito, com bochechas vermelhas", relembra ela. "Todos no hospital achavam que ele estava em perfeita saúde."

Wilhelm nasceu em 1983. Quando completou um ano de idade, ele já havia desenvolvido epilepsia e problemas crônicos no estômago. E, com três anos, ele teve uma inflamação das vias aéreas superiores, conhecida como falso-crupe, e os médicos informaram à família que ele sofria de asma.

Cederroth não ficou nada satisfeita. Ela queria saber mais. Quais eram especificamente as causas de todas essas condições médicas? Elas tinham relação entre si? Havia uma cura para ele?

Ela procurava o que se chama, no mundo da medicina, de diagnóstico de causas - um diagnóstico unificado que pudesse explicar todos os problemas de saúde de Wilhelm. Para Cederroth, esta seria a única forma de compreender melhor o curso da doença do seu filho e suas chances de recuperação.

Mas, infelizmente, a experiência de Wilhelm foi apenas o começo de uma árdua jornada pelo mundo das doenças não diagnosticadas.

Condições misteriosas

Doenças não diagnosticadas são condições médicas que não têm causa conhecida, mesmo depois de extensas avaliações.

Elas são relativamente raras, mas seu conjunto afeta milhões de pessoas. Em todo o mundo, existem até 350 milhões de portadores de condições "raras" ou "não diagnosticadas".

Uma condição é definida como "rara" quando afeta menos de uma a cada 2 mil pessoas na União Europeia ou menos de 200 mil pessoas nos Estados Unidos.

E essas doenças afetam desproporcionalmente as crianças com menos de cinco anos de idade. Elas compõem 50% dos casos - e um relatório indica que 30% delas morrem antes de completarem cinco anos.

Somente no Reino Unido, 6 mil crianças nascem todos os anos com "síndromes sem nome" (SWAN, na sigla em inglês).

Lidar com os problemas médicos de uma criança, por si só, já é muito difícil. Mas a ausência de um diagnóstico gera uma infinidade de outros obstáculos para os médicos e as famílias.

A enfermeira clínica Anna Jewitt, especialista em crianças SWAN do Hospital Great Ormond Street, em Londres, conhece bem este problema. Sem conseguir explicações sobre a saúde dos seus filhos, os pais se sentem sozinhos e perdidos.

Às vezes, apesar das preocupações, os pais ouvem dos médicos que a criança é "normal". Mas esta "costuma ser a pior palavra para o pai ou a mãe de uma criança com uma condição não diagnosticada", segundo Jewitt.

Uma dificuldade é que a maioria das crianças que apresentam um sintoma não tem uma doença séria. Geralmente, é mais provável que seja algo menor ou temporário.

Por isso, o que a maioria dos pais precisa é ser tranquilizada de que seu filho está bem - e não de dezenas de exames de laboratório e semanas de estudos médicas.

"Se você procurar 100 pais que apresentam queixas, a maioria deles precisa ser tranquilizada de que nada está acontecendo", afirma o pesquisador William Gahl, do Instituto Nacional do Genoma Humano em Bethesda, no Estado norte-americano de Maryland.

Mas, em alguns casos, este tiro pode sair pela culatra - e foi o que aconteceu com Wilhelm.

Os médicos tranquilizaram Helene Cederroth e seu marido Mikk de que nada de assustador estava acontecendo com a saúde da criança, exceto pela má sorte de sofrer de epilepsia, asma e falso-crupe ao mesmo tempo.

Não convencido, o casal pressionou para que fossem realizadas pesquisas médicas. E, enquanto isso, a vida prosseguia.

"Wilhelm se saía muito bem na escola e tinha muitos amigos. Ele era um menino gentil. Os professores da escola diziam que ele seria Secretário-Geral das Nações Unidas", relembra Helene Cederroth. "Ele era divertido. Parecia um menino normal."

E, como a maioria das crianças normais, Wilhelm e sua irmã mais velha costumavam chegar da escola com infecções e insetos irritantes. Mas, para Wilhelm, a recuperação começou a levar mais tempo do que o normal.

Sua mãe ouvia sempre a mesma resposta dos médicos: "para algumas crianças, é assim que funciona".

Certa tarde, Wilhelm saiu para colher framboesas. Ele tinha cinco anos de idade. Quando entrou em casa, ele teve uma tosse tão forte que seus olhos ficaram ensanguentados. Seu rosto inchou e ele teve febre alta.

Os médicos nunca haviam visto um quadro de sintomas como aquele, mas também não conseguiam encontrar nada de errado.

Eles tranquilizaram Cederroth, afirmando que o que quer que estivesse causando os diversos sintomas de Wilhelm não era genético, nem hereditário. E, quando Wilhelm tinha oito anos de idade, Helene e Mikk tiveram seu terceiro filho, Hugo.

Na verdade, até 80% das condições raras e não diagnosticadas são genéticas. Mas Gahl relembra que os médicos, em sua maioria, não são geneticistas.

"Parte do problema é que os médicos querem tranquilizar os pais de que eles podem ter o segundo filho", afirma ele, mas, "se eles não souberem qual é a causa genética, não podem definir uma estimativa sobre o percentual de recorrência."

"Às vezes, o padrão será dizer 'não achamos que seja genético' - e a base desta afirmação é que não há causa genética conhecida." Gahl ressalta que esta "não é a melhor resposta padrão" para oferecer aos pais.

Viver na incerteza

No terceiro trimestre de gravidez de Hugo, Helene Cederroth sentiu um movimento estranho - um chute errático que a fez relembrar crianças jovens que sofrem de epilepsia.

Ela nunca havia sentido aquilo antes, nem com Wilhelm, nem com a irmã mais velha. Os médicos disseram a ela que o bebê estava com soluços.

Hugo nasceu em 27 de dezembro de 1991. Com seis horas de vida, ele teve sua primeira convulsão.

Sua mãe estava certa - Hugo tinha epilepsia.

O bebê passou seus primeiros seis meses no hospital. E, para piorar o trauma da família, a equipe médica suspeitou que seu pai, Mikk, estivesse sacudindo Hugo.

"Isso está na cabeça do meu marido até hoje", afirma Helene. "De certa forma, você tem medo de ir ao hospital."

Cederroth lembra-se de que a equipe monitorava a forma como ela cuidava do bebê. "Foi a situação mais terrível que eu já passei", ela conta.

O medo do julgamento é algo que Jewitt ouve em suas conversas com as muitas famílias que ela tenta tranquilizar.

Alguns pais e mães "sentem que as pessoas não acreditam neles e as mães são chamadas de superansiosas", ela conta. "Outros que não vêm de famílias privilegiadas podem ter a impressão de que estão sendo julgados."

A família teve momentos de esperança. Quando Hugo tinha 18 meses de idade, os médicos avisaram sua mãe que ele nunca andaria, nem se sentaria sozinho. Mas, no mesmo dia em que eles saíram do hospital e foram para casa, o bebê, determinado, apoiou-se no sofá de canto.

"Ele se virou e andou oito passos, comprovando que os médicos estavam errados", ela conta. E, ao longo do tempo, Hugo continuou progredindo e não só andou, como chegou a correr.

Helene Cederroth então ficou grávida pela quarta vez. Era uma menina e, com ela, vinha uma nova esperança. Afinal, sua menina mais velha tinha boa saúde e os médicos informaram à mãe que os sintomas apresentados por Wilhelm e Hugo (como a epilepsia) só afetavam meninos.

A bebê Emma nasceu em 24 de janeiro de 1994. Mas, já com 30 minutos de vida, ela teve sua primeira convulsão.

'A cruel loteria da natureza'

Nos anos que se seguiram, Emma cresceu e se tornou uma menina travessa, que adorava fazer seus pais rirem. E, como Hugo, ela adorava os animais.

Apesar das dificuldades das crianças - que incluíam autismo e apneia do sono, além da epilepsia -, a vida da família continuou da melhor forma possível, como costuma acontecer com muitas famílias com crianças que sofrem de doenças crônicas não diagnosticadas.

A busca de respostas também continuou. Mikk e Helene Cederroth se perguntavam qual seria a causa relacionada a todos os sintomas que afetavam Wilhelm, Hugo e Emma.

A família visitou especialistas do Hospital Great Ormond Street em Londres e da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore (Maryland, Estados Unidos). Os médicos não conseguiam desvendar o que estava acontecendo e descreviam a condição das crianças como a "cruel loteria da natureza".

Mas, quando Wilhelm chegou aos 12 anos de idade, sua condição começou a piorar. Surgiu então uma nova causa de preocupação: demência infantil.

Ele esqueceu como andar de bicicleta. Ele corria sobre urtiga sem perceber o risco que corria. As lições de casa passaram a ser uma batalha.

Antes, Wilhelm brincava com Hugo e Emma como irmão mais velho, mas começou a brincar como se eles fossem colegas. E, um dia, ele não reconheceu sua avó. Helene Cederroth então percebeu que ele estava regredindo.

Wilhelm recebeu tratamento especializado na Áustria, com a permissão do comitê de ética médica do país. Este tratamento foi seguido, em 1997-98, por uma equipe de pesquisa franco-suíça que analisou se os três irmãos poderiam ter uma doença mitocondrial. Mãe e filhos realizaram sequenciamento de DNA, sem que surgissem respostas.

O resultado poderia ser diferente se a família passasse por este processo hoje. O Projeto Genoma Humano, destinado a identificar a ordem de todas as bases de DNA para obter o "modelo genético" dos seres humanos, foi lançado em 1990. Completado em 2003, o projeto ampliou radicalmente nossa compreensão sobre como são formadas as novas doenças.

O teste de exoma, que examina especificamente as regiões de codificação de proteínas do genoma (que compõem até cerca de 2% de todo o genoma), passou a ser particularmente útil, segundo Gahl. Mas, na década de 1990, o sequenciamento genômico era algo muito primitivo para ajudar Wilhelm.

Quando completou 15 anos de idade, ficou claro que ele não iria se recuperar. Ele foi levado para casa para receber cuidados paliativos, com a ajuda de uma equipe de enfermagem.

Wilhelm morreu no dia 2 de setembro de 1999, com apenas 16 anos de idade. Sua autópsia não encontrou nenhuma causa clara da sua morte.

Depois de perderem Wilhelm, seus pais Helene e Mikk enfrentaram uma série de novas dificuldades.

Sua filha mais nova, Emma, entrou em coma pela primeira vez, três semanas após o funeral de Wilhelm. Eles acreditam que ela tenha contraído um vírus na ocasião.

Emma se recuperou, mas continuou a sofrer comas intermitentes nos meses que se seguiram, até que os médicos concluíram que não havia nada que eles pudessem fazer.

Emma morreu em casa no dia 20 de dezembro de 2000, rodeada pelos seus entes queridos. Ela tinha seis anos de idade.

E, pouco menos de dois anos depois, em 8 de dezembro de 2002, a família perdeu Hugo, perto de completar 11 anos. Ele desenvolveu problemas pulmonares e complicações da sua epilepsia.

Quando a saúde de Hugo começou a falhar, seu pai pediu um favor para uma construtora local. Eles concordaram em estacionar sua escavadeira perto da janela do menino. Carregando a mochila com solução intravenosa, Mikk e Hugo saíram para dirigir a escavadeira e cavar juntos.

Da mesma forma que Emma e Wilhelm antes dele, as últimas palavras de Hugo para Helene foram "obrigado, mamãe".

O avanço das pesquisas

Nenhuma das três crianças chegou a receber um diagnóstico de causa explicando suas condições ou identificando a relação entre elas. Se eles tivessem nascido alguns anos depois, talvez fosse possível descobrir mais a respeito.

Em 2023, milhares de crianças com sérios transtornos de desenvolvimento no Reino Unido receberam finalmente o seu diagnóstico, com um estudo que descobriu 60 novas doenças.

Nos Estados Unidos, a Rede de Doenças Não Diagnosticadas - um consórcio de 12 equipes de pesquisa e centros clínicos de todo o país - também está trabalhando para resolver esses mistérios da medicina.

Em 2018, apenas dois anos depois da sua formação, o consórcio já havia identificado 31 novas síndromes e diagnosticado 132 pacientes. Atualmente, ele já avaliou mais de 2.220 pacientes e diagnosticou com sucesso 676 deles. Ao todo, o consórcio já descreveu 53 novas condições médicas.

Mas o financiamento para este tipo de trabalho ainda é um problema. O apoio do Fundo Comum dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos para a Rede de Doenças Não Diagnosticadas está previsto para terminar este ano.

Helene Cederroth reconhece que o diagnóstico completo talvez não mantivesse a vida dos seus filhos. Mas ela acredita que teria, pelo menos, fornecido uma explicação para o que estava acontecendo.

Além disso, o diagnóstico pode "abrir portas", mesmo que só para "coisas simples, como inscrever-se em uma organização para obter apoio", afirma Jewitt.

Após a morte de seus filhos, Helene e Mikk Cederroth concentraram-se em levantar fundos e criaram sua própria organização, a Fundação Wilhelm. Eles estavam frustrados com a falta de trabalho conjunto entre os médicos de todo o mundo que trataram dos seus filhos.

Reconhecendo este problema e as dificuldades ainda maiores enfrentadas por famílias em países de renda média e baixa (como o acesso aos recursos), eles reuniram importantes especialistas em 2014 para um congresso mundial sobre doenças não diagnosticadas. Sua reunião anual permanece sendo realizada até hoje.

Wilhelm, Hugo e Emma morreram na época que antecede o Natal, que é um período difícil para Helene e Mikk até hoje.

Emma, particularmente, adorava as festas de final de ano. Ela sempre dizia que queria pintar a barba do Papai Noel de azul, sua cor favorita.

Nos seus últimos dias em coma, Emma recebeu a visita de um Papai Noel com barba azul. Sua mãe está certa de ter ouvido a menina fazer um som de contentamento quando sentiu sua entrada no quarto. "Ou, talvez, aquilo estivesse na nossa mente", ela conta.

Dois anos depois, Helene e Mikk Cederroth receberam um importante geneticista que acredita que seus filhos provavelmente tivessem uma doença nova. O casal então forneceu amostras genéticas para sequenciamento completo do seu genoma.

Infelizmente, é tarde demais para ajudar Wilhelm, Hugo ou Emma. Mas ainda há tempo, segundo eles, para usar o que eles aprenderam com sua família para salvar a vida de outra criança.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 18 Agosto 2023 08:39

CLIPPING AHPACEG 18/08/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Contrato suspenso: Presidente da OAB-GO diz que teve prerrogativas violadas

Como identificar os primeiros sinais de trombose e se proteger da doença

Máscara e vacina: o que pode mudar na rotina com a nova variante da Covid

Saúde Digital Brasil cria grupo de trabalho para discutir regulações do setor

A REDAÇÃO

Contrato suspenso: Presidente da OAB-GO diz que teve prerrogativas violadas

O caso da contratação do escritório Lara Martins Advogados pelo Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) jogou luz sobre um tema que já vinha sendo bastante discutido entre os juristas: as prerrogativas profissionais. Na opinião da classe, e do próprio Rafael Lara Martins, em meio à suspensão do acordo o advogado foi vítima de violação de seus direitos profissionais - o que é previsto na Lei 8.906/1994 - e alvo de ataques reiterados ligados à sua atuação.

Rafael tem recebido críticas após o Ipasgo firmar contrato com seu escritório para realizar a defesa em mais de 2,5 mil processos, no valor de R$ 100,00 por pasta. O advogado pontua que, hoje, o Ipasgo Saúde é um Serviço Social Autônomo (SSA) e não há ilegalidade em realizar a contratação de escritório privado para realizar as defesas em processos judiciais em aberto. A contratação acontece em um cenário emergencial, em que não se pode deixar uma lacuna de assistência jurídica.

Nesta quinta-feira (17/8), o advogado usou sua conta no Instagram para agradecer o apoio e esclarecer que o Ipasgo não é um órgão público, por isso, não está sujeito à Lei de Licitação. "Ele tem autonomia privada de contratação. Além disso, tanto a Lei de Licitação quanto o Estatuto da OAB garantem inexigibilidade de licitação em decorrência da singularidade."




Quanto às cifras, um montante de R$ 9 milhões, ele fez questão de destacar que trata-se de um valor de mercado. "Cobramos R$ 100 por pasta, o que significa que se trabalhássemos um ano junto ao Juizado Especial, ganharíamos R$1,2 mil por processo."

Por fim, Lara registrou repúdio ao "ataque que vem sendo feito à advocacia, sua liberdade contratual e sua pactuação de honorários." O advogado se refere às inúmeras manifestações que, segundo ele, atingem diretamente sua reputação - construída com base em mais de 20 anos no mercado e à frente de um escritório com unidades em Goiânia, Rio Verde e São Paulo, atuando em todas as unidades da federação.

Apoio

Também nas redes sociais, Rafael Lara Martins tem recebido apoio. Advogados de renome em suas áreas de atuação e profissionais de outras áreas saíram em defesa do jurista. Entre as manifestações, frases como “Ninguém atira pedras em árvores que não dão bons frutos”; “Nada resiste ao trabalho” e palavras como integridade, respeito e liderança são atreladas à personalidade do bacharel. 

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CONEXÃO TOCANTINS

Como identificar os primeiros sinais de trombose e se proteger da doença


Médico hematologista e professor da Unicamp explica causas da trombose e principais sintomas para ficar atento; complicações advindas da doença podem levar até a morte súbita

A trombose é uma condição que ocorre quando um coágulo se forma no sistema circulatório, impedindo o fluxo sanguíneo. O coágulo pode ser formar nas artérias, que levam o sangue oxigenado para todas as partes do corpo, ou nas veias, que trazem o sangue de volta, fazendo com que receba uma nova "carga" de oxigênio e volte a circular pelas artérias. Os sintomas de trombose variam conforme o local onde ela ocorre e, para se proteger da doença e de suas complicações, é importante entender suas causas e estar atento aos primeiros sinais.

Segundo o Dr. Erich Vinícius de Paula, médico hematologista e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o tipo mais comum de trombose venosa é a chamada trombose venosa profunda (TVP), que ocorre quando um coágulo se forma em uma veia profunda localizada nas pernas. "Os coágulos acabam impedindo a circulação total ou parcial do sangue, causando dor e inchaço no local afetado", afirma.

O médico explica que, além destes sintomas, uma parte ou a totalidade do coágulo pode se soltar e "viajar" até os pulmões por meio da circulação, causando uma condição denominada embolia pulmonar. "Esta é uma complicação ainda mais grave, pois dependendo do tamanho deste coágulo, pode levar até a morte súbita do paciente", alerta. Devido ao risco de embolia pulmonar, o tromboembolismo venoso (TEV) - termo utilizado para definir as tromboses que ocorrem nas veias - é a terceira principal causa de morte cardiovascular em países como o Brasil.

Entre as principais causas de morte cardiovascular no mundo, Dr. Erich destaca que o TEV fica atrás apenas das tromboses arteriais, que causam os infartos (quando acontecem nas artérias do coração) e os AVC (acidentes vasculares cerebrais, popularmente conhecidos como "derrames", que são tromboses em artérias do cérebro). "De fato, o infarto e o AVC são as duas principais causas de morte no mundo, de modo que, em conjunto, doenças relacionadas a algum tipo de trombose respondem hoje por cerca de um quarto de todas as mortes que ocorrem diariamente", afirma.

Segundo o médico e professor, os principais sintomas da TVP são: inchaço da perna, tornozelo ou pé, normalmente de um lado só, e dor e pele mais quentes no local afetado do que nas áreas circundantes. Já a embolia pulmonar (EP) tem como sintomas principais a falta de ar e dor no peito, em geral súbitas, mas que podem ocorrer de forma progressiva. Dr. Erich comenta que por estes sintomas serem comuns em outros quadros, é importante identificá-los quando fugirem do usual e procurar atendimento médico.

No caso das tromboses arteriais, os sintomas costumam ser mais dramáticos, incluindo dor súbita e mal localizada na região do peito, que muitas vezes se espalha para o pescoço e braços no caso do infarto, e sintomas neurológicos variados no caso do AVC, incluindo alterações na consciência e na capacidade motora súbitas. "Há, no entanto, uma grande diversidade de sintomas que podem variar de acordo com o paciente", pondera.

"Outro ponto essencial é conhecer os fatores de risco para o TVP e EP e informá-los aos profissionais da saúde sobre sua presença em caso de suspeita de trombose. Isso pode ajudar no diagnóstico preciso e rápido, que é essencial para minimizar o risco de sequelas e até mesmo o risco de morte", diz o especialista. No caso das tromboses venosas, os fatores de risco incluem períodos longos de imobilização, como internações ou viagens prolongadas, uso de determinados hormônios, gestação, câncer, obesidade, tabagismo, além de tendência familiar. Já as tromboses arteriais estão associadas a fatores como diabetes, hipertensão, alterações do colesterol, obesidade, sedentarismo, entre outros.

Prevenção e tratamento - De acordo com Dr. Erich, a prevenção de ambos os tipos de trombose passa sobretudo pela adoção de um estilo de vida saudável, com controle de peso e prática de exercícios. No caso específico das tromboses venosas e da embolia pulmonar, os pacientes devem discutir com seus profissionais de saúde a necessidade de medidas preventivas adicionais em situações especiais. "Embora não sejam indicadas para todas as pessoas, aqueles que apresentam fatores de risco adicionais e pacientes que já apresentaram tromboses, podem se beneficiar do uso de meias elásticas ou até mesmo de anticoagulantes profiláticos em situações de maior risco", orienta ele.

Nos casos em que a prevenção não impede a ocorrência das tromboses venosas, o tratamento é baseado no uso de anticoagulantes e deve ser iniciado o quanto antes para evitar complicações graves, como a embolia pulmonar. Este tratamento costuma durar seis meses, e após este período cada paciente deve passar por uma avaliação médica para analisar risco de novas tromboses e definir a melhor estratégia preventiva, que pode incluir a adoção das medidas mencionadas acima durante momentos de maior risco, até o uso continuado de anticoagulantes em casos em que os fatores de risco forem muito relevantes.

Especialista ligado ao Dia Mundial da Trombose, data lembrada anualmente em 13 de outubro para justamente alertar e informar sobre a doença, Dr. Erich destaca que cada vez mais a medicina trabalha com a participação mais ativa de pacientes no cuidado com a saúde, motivo pelo qual estas iniciativas educativas estão ficando mais comuns. "Pacientes e profissionais devem ser aliados no cuidado com a saúde de cada um. Por isso, informação e diálogo são essenciais", conclui.

Sobre o Dia Mundial da Trombose - No dia 13 de outubro é lembrado o Dia Mundial da Trombose, que tem como objetivo aumentar a consciência sobre a trombose entre profissionais da saúde, pacientes e entidades do governo e do terceiro setor. No entanto, devemos estar em alerta para essa afecção todos os dias. Em âmbito global, a campanha desta efeméride é liderada pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH, na sigla em inglês) e, no Brasil, por entidades médicas, entre as quais se destaca a Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH). Para saber mais, acesse o site do Dia Mundial da Trombose e também o site da SBTH.

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GLOBO ONLINE

Máscara e vacina: o que pode mudar na rotina com a nova variante da Covid


O último monitoramento da Covid-19 emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que, de 10 de julho a 6 de agosto, o número de casos da doença cresceu 80% em relação aos 28 dias anteriores no mundo - embora as mortes tenham caído 57%. Relatos de aumento das infecções têm se tornado comuns entre países do Hemisfério Norte em meio ao avanço de uma nova subvariante do coronavírus, a EG.5, apelidada de "Eris".

Especialistas ouvidos pelo GLOBO afirmam que, assim como ocorreu com as outras versões da Ômicron, que sucessivamente se tornaram prevalentes desde o início do ano passado, a tendência é que a EG.5 se espalhe no Brasil e leve a um aumento dos casos. Porém, acreditam que a tendência é não ter grandes impactos nas internações e óbitos.

- A expectativa é que tenhamos um aumento do número de infecções por essa nova variante, uma vez que ela tem maior capacidade de transmissão. Podemos chegar a ter um aumento nas hospitalizações entre aqueles de maior risco, mas não esperamos que ocorra um aumento da mortalidade - diz a infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Raquel Stucchi.

Sobre o uso de máscaras, eles afirmam que, no contexto de maior circulação do vírus e potencial aumento de casos, elas devem ser consideradas pelos grupos mais vulneráveis durante situações de maior risco, como no transporte público. Já para os demais, não há recomendação no momento.

- Pessoas mais idosas, imunossuprimidas e gestantes devem evitar locais com aglomeração e mal ventilados. Se frequentarem esses locais, o uso da máscara é indicado. Mas para a população como um todo, não há necessidade. A adoção do item tem que ser uma medida indicada quando realmente vai trazer algum efeito benéfico, o que não é o caso para a maioria - afirma a infectologista Rosana Richtmann, coordenadora do comitê de imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Além disso, os médicos destacam que o mais importante agora é ampliar a cobertura vacinal com a dose bivalente no país, adaptada para oferecer uma maior proteção contra as versões da Ômicron, caso da EG.5. Segundo o Vacinômetro do Ministério da Saúde, apenas 15,5% da população elegível recebeu a aplicação.

- O foco não é o uso de máscara, são as vacinas. Minha preocupação maior é que a cobertura no país de modo geral está baixíssima para a dose bivalente, que é a principal forma de proteção que temos hoje. Muitos dos grupos vulneráveis não estão com a vacinação adequada e fizeram a última dose há mais de um ano, quando sabemos que a proteção cai com o tempo - alerta o infectologista Alberto Chebabo, presidente da SBI.

O pediatra Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), destaca ainda a importância de os pais levarem os filhos para serem vacinados. No Brasil, as doses contra a Covid-19 estão disponíveis para todos a partir de seis meses de idade.

- A Covid-19 ainda é a doença infecciosa que mais mata. E onde nós vemos maiores taxas de incidência de hospitalização é na população pediátrica. Justamente porque é uma população que foi pouco vacinada e nem teve contato com o vírus, então é o grupo mais vulnerável. Não vacinar as crianças é o maior equívoco em termos de saúde pública hoje - diz.

Recentemente, um levantamento do Observa Infância, projeto da Fiocruz em parceria com o Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), mostrou que somente 11,4% das crianças com idades entre 6 meses e 4 anos foram completamente vacinadas.

Quando analisados apenas aqueles de 6 meses a 2 anos, que são os responsáveis pela maior parcela dos casos infantis graves da Covid-19, a cobertura é ainda menor: apenas 2,9% receberam as três doses orientadas.

Em nota divulgada nesta quinta-feira sobre a nova subvariante do coronavírus, além de reforçar as informações sobre as vacinas e o uso da proteção facial, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) também pede que as pessoas se testem em caso de sintomas gripais, algo que tem sido cada vez menos comum.

- É preciso aumentar a oferta de testes para detecção precoce de mudança no cenário epidemiológico e isolamento dos casos positivos. Os sintomas pela nova variante envolvem dor de garganta, coriza, nariz entupido, espirros, tosse sem e com catarro, dor de cabeça, voz rouca, dor muscular e olfato alterado. Já falta de ar, perda de olfato e febre não são mais os principais sinais da Covid-19 - explica o infectologista do Instituto Emílio Ribas Leonardo Weissmann.



O que é a nova variante da Covid? Desde que a primeira versão da Ômicron (a BA.1) foi descoberta na África do Sul, no final de 2021, a linhagem tem se desdobrado em uma série de versões que, por serem mais transmissíveis e com maior potencial de causar reinfecção, substituem umas às outras sucessivamente.

Foi o caso ainda no início do ano passado com a BA.2, e depois, no meio de 2022, com a BA.4 e BA.5. Mais recentemente, no final do ano passado e início deste ano, predominaram as diversas versões da XBB, como a XBB.1.5 e a XBB.1.1.6. Agora, a EG.5 é a mais recente.

No último dia 9, a OMS emitiu uma avaliação de risco sobre sublinhagem, destacando que ela é uma descendente da XBB e que, baseado na evidência disponível, o risco é baixo, semelhante ao das cepas anteriores. "Não houve nenhuma alteração relatada na gravidade da doença até o momento", disse.

- Existe uma imunidade de memória, celular, que tem se mantido com as vacinas, minimizando o impacto dessas novas variantes em termos de hospitalização e óbito - destaca Ritchmann.

Desde que foi detectada pela primeira vez, ainda em fevereiro, a EG.5 chegou em 51 países de acordo com a OMS. Não há casos oficiais no Brasil, mas grande parte do monitoramento genético necessário para identificar uma nova cepa deixou de ser feito com o fim do cenário de emergência. Por isso, a SBI diz, em nota, que ela pode já estar circulando "de forma silenciosa".

Nos Estados Unidos, onde a vigilância genômica é mais ativa, dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) mostram que a EG.5 cresceu nas últimas semanas e se tornou a mais prevalente.

Porém, as hospitalizações e óbitos variaram apenas 14,5% e 10%, respectivamente, na última semana, o que indica cenário de estabilidade. As mortes, por exemplo, seguem abaixo de 400 a cada sete dias no país - menor patamar de toda a pandemia e bem distante das 26 mil que os EUA chegaram a registrar na primeira semana de 2021.



Casos no Brasil estão aumentando? Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, na semana que terminou no último dia 12 foram 11.332 novos casos de Covid-19 no Brasil. Em comparação com o total de duas semanas antes, o número variou 6,5% para cima, o que indica cenário de estabilidade. Nos últimos dois meses não houve grandes variações, com os registros oscilando de 10 a 15 mil novos casos a cada sete dias.

Nessa época no ano passado, eram mais de 150 mil novos diagnósticos semanalmente no país. Para comparação, no pior momento de contágio da pandemia, quando a variante Ômicron começou a se espalhar pelo mundo, no início de 2022, o país chegou a registrar mais de 1,3 milhão de novos casos em uma semana.

Em relação às mortes, do dia 6 ao dia 12 de agosto foram 157 vidas perdidas para o novo coronavírus. O número indica uma alta de 16,3% em comparação com duas semanas antes. Ao se analisar os últimos dois meses, porém, é possível observar que o total de óbitos a cada sete dias no Brasil variou de 103 a até 245.

Já no ano passado, a segunda semana de agosto contabilizou sozinha 1.461 mortes. No período mais letal da crise sanitária, em abril de 2021, houve uma semana em que o Brasil registrou 21,1 mil óbitos pela Covid-19.

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SAÚDE BUSINESS

Saúde Digital Brasil cria grupo de trabalho para discutir regulações do setor

Como parte do seu objetivo de liderar o processo de transformação digital do setor da saúde, com ética, acompanhando a evolução regulatória e as discussões pertinentes à prática, a Saúde Digital Brasil (Associação Brasileira das Empresas de Telessaúde, Telemedicina e dos Desenvolvedores de Tecnologias para a Saúde) acaba de criar mais um grupo de trabalho. Coordenado por Caroline Ranzani, gerente executiva de Relações Governamentais & ESG da DASA; e Analuza Lopes Nascimento, advogada da TopMed, o GT Jurídico atuará com foco em debater e acompanhar os temas relacionados à regulação do setor de saúde digital. 

A aprovação da Lei 14.510, em dezembro de 2022, que autoriza e disciplina a prática da telessaúde, de forma ampla, em todo território nacional, foi o primeiro marco da saúde digital pós-pandemia de covid-19 e contou com a liderança da Saúde Digital Brasil, através de sua assessoria parlamentar. 

Esse foi, no entanto, apenas o primeiro passo para a adequação da legislação brasileira à digitalização da saúde. Ainda há muito o que fazer pelo setor e para a adequação das regulamentações, seja da própria legislação ou das normas das agências reguladoras, às necessidades do setor. A criação do grupo é resultado dos esforços da Saúde Digital Brasil para suprir as demandas de seus associados e como mecanismo de fomento das discussões regulatórias para difusão de informações entre os associados e para uma melhor atuação da entidade em prol de seus associados, nos âmbitos legislativo, executivo e até mesmo judicial, destaca Michele Alves, gerente executiva da Saúde Digital Brasil.  

De acordo com Caroline, considerando o atual cenário, é mandatório que uma entidade representativa de um setor disponha de um grupo para analisar e subsidiar o posicionamento e as tomadas de decisão que envolvem os aspectos regulatórios.

“É preciso que todos os stakeholders sejam amparados. Além de segurança, o GT Jurídico traz legitimidade na defesa de interesse, por permitir que a SDB fale em nome de todas as empresas que fazem parte do setor”, enfatiza.

Uma agenda preliminar já foi montada, envolvendo os diversos temas que precisam ser analisados, acompanhados e debatidos junto aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como junto às agências reguladoras. Entre eles estão: prontuário eletrônico do paciente; prescrição eletrônica; inteligência artificial; reforma tributária e seus impactos para os provedores de serviços e de tecnologia para saúde; e LGPD, que tem um capítulo exclusivo para tratamento de dados em saúde, cujas sanções já estão sendo aplicadas pela ANPD. 

“Esse grupo visa apoiar as demandas dos associados. Temos conhecimento de que a tecnologia avança muito mais rápido do que a lei. Por exemplo, a Agência Nacional de Proteção e Dados (ANPD) regulou o uso de dados e, logo depois, veio a inteligência artificial, e agora será necessário criar um novo projeto que contemple seu uso. Por isso, é essencial que os associados tenham acesso a todas essas informações para ampliar e desenvolver o seu negócio. O GT Jurídico analisará todos esses projetos, leis, inovações e regulamentações necessárias”, ressalta Analuza. 

Saiba mais sobre as coordenadoras

Caroline Ranzani

Com mais de 20 anos de experiência em Relações Institucionais no setor de saúde, Caroline já trabalhou em consultorias renomadas (Patri, Prospectiva, Speyside), em entidades de classe (FIESP, CNI) e no governo federal (Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República). Atualmente, é Gerente Executiva de Relações Governamentais e ESG da Dasa. Formada em Direito (USP), Relações Internacionais (PUC/SP), com mestrado em Adm. Pública (FGV/SP) e formação em Medicina Integrativa (HIAE).

Analuza Lopes Nascimento

Advogada, com atuação em Advocacia Corporativa Empresarial e Contencioso Cível em favor da TopMed Assistência à Saúde Ltda. Graduada em Direito pela UNIP – Universidade Paulista e pós-graduada em Direito Penal pela Uniasselvi – Sociedade Educacional Leonardo da Vinci de Indaial/SC e em Direito Empresarial pela PUCMINAS. Além disso, Analuza possui certificação EXIN Privacy & Data Protection Essentials (PDPE) e cursos em Compliance pela Fundação Getúlio Vargas; LGPD – Essencial e Direitos dos Titulares e Deveres dos Agentes de Tratamento pela Data Privacy Brasil; e Lei Geral de Proteção de Dados na Prática pela Escola Superior da Advocacia de Santa Catarina – ESA/SC. Atualmente está estudando para obter a Certificação Profissional em Proteção de Dados (CPPD).

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Assessoria de Comunicação

 

AGOSTO REUNIÃ RH 17 08 23

 

O Comitê de Gestão de Pessoas da Ahpaceg deu sequência ao debate sobre a remuneração de colaboradores nas instituições de saúde com uma palestra ministrada nesta quinta-feira, 17, pela psicóloga e gestora de RH do associado Hospital Santa Bárbara, Keurea Urzêda.

No encontro, realizado na sede da Ahpaceg e que reuniu gestores de RH de hospitais associados, ela abordou o tema Plano de Cargos e Salários. Na última reunião, o tema em pauta foi pesquisas salariais. O Comitê de Gestão de Pessoas tem reuniões periódicas para a abordagem de assuntos atuais e de interesse dos gestores de pessoas.

 

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