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14 07 22 visita secretários site

A Ahpaceg recebeu hoje, 14, as visitas do secretário Municipal de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, e do secretário de Governo do município, Michel Magul. Eles foram recebidos pelo presidente da Associação, Haikal Helou.

A pauta do encontro girou em torno do cenário atual da saúde na capital, perspectivas do setor, o desenvolvimento econômico de Goiânia e futuras parcerias entre a Ahpaceg e o município.

Quinta, 14 Julho 2022 13:00

CLIPPING AHPACEG 14/07/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Piso salarial de enfermagem vai para promulgação

Saúde precisa de mais dinheiro público

OMS desaconselha uso de dois remédios para tratar Covid-19

Mulheres denunciaram ao menos 373 casos de abusos sexuais em hospitais brasileiros desde 2020 ao MDH

Saúde de Goiás capacita profissionais para detecção da varíola dos macacos

Presa suspeita de roubar medicamento de alto custo em São Luiz do Norte

Anvisa libera Coronavac para crianças de 3 a 5 anos

Einstein aposta em 5G, inteligência artificial e metaverso para aproximar médico e paciente

FOLHA DE S.PAULO

Piso salarial de enfermagem vai para promulgação

A Câmara concluiu nesta quarta (13) a votação da PEC (proposta de emenda à Constituição) que cria um piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiros.

O texto foi aprovado por 473 a 9. No primeiro turno, votado na terça (12), a PEC fora aprovada por 425 a 7. A proposta segue para promulgação.

O objetivo é dar segurança jurídica a um projeto de lei que prevê o piso salarial para esses profissionais. A proposta já foi aprovada no Congresso, mas a Câmara ainda não levou à sanção, pois havia receio de veto de Jair Bolsonaro ou ações judiciais.

Isso porque havia o risco de a proposta ser enquadrada em vício de iniciativa, quando um Poder avança sobre as prerrogativas de outro na apresentação de mudanças legislativas ou constitucionais.

Por isso, o texto determina que uma lei federal vai instituir os pisos salariais nacionais para os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiros. Ou seja, permite que o projeto de lei aprovado anteriormente tenha condições legais de ser aplicado.

O projeto cria um piso de R$4.750 para os enfermeiros. Técnicos em enfermagem receberíam 70% desse valor, e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50%. De acordo com a proposta, o valor será corrigido anualmente pelo INPC.

Deputados, que analisaram o impacto financeiro dessa mudança, preveem aumento de gasto com pessoal na ordem de R$ 16,31 bilhões ao ano, considerando instituições de saúde públicas e privadas.

Apesar da PEC, ainda não existe uma solução para financiar os custos do piso.

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O GLOBO

Saúde precisa de mais dinheiro público

Investimento público é tomado como centro do desenvolvimento e da geração de riqueza, o que exige um SUS forte e eficiente Volta e meia, ideólogos do neoliberalismo requentam a vilanização do gasto público em saúde. Entre argumentos que vão de uma mítica e inata eficiência empresarial a cenários de um crescimento exponencial dos gastos e que não questionam as causas das mudanças do perfil sócio-epidemiológico do Brasil, o objetivo é sempre o mesmo: repetir que o SUS, nosso Sistema Único de Saúde, é ineficiente e que o gasto público tem de ser domado e drenado pelo setor privado.

Num ano crucial para o país, nossa preocupação precisa ser o futuro do acesso do povo brasileiro à saúde. Fruto de um trabalho de articulação entre entidades, movimentos sociais e lideranças, trazemos ao debate diretrizes e propostas em que o investimento público é tomado como centro do desenvolvimento e da geração de riqueza, o que exige um SUS forte e eficiente.

A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e a Associação Brasileira de Economia da Saúde (Abres) criaram um grupo de trabalho para propor uma nova política de financiamento do SUS. Trata-se de uma iniciativa elaborada no contexto do processo de desfinanciamento federal em curso desde a vigência da Emenda Constitucional (EC) 95. Ao impor um teto de gastos e congelar o piso federal do SUS nos valores de 2017 por 20 anos, a EC não apenas retirou recursos, mas sabotou o setor no seu potencial gerador de emprego e renda e de alavanca do crescimento e desenvolvimento econômico.

Propomos que 60% do gasto total em saúde no Brasil seja realizado pelo setor público, como na maioria dos países desenvolvidos, bem como que se aumente a proporção do gasto público federal, revertendo a redução de 60% para um pouco mais de 40% no intervalo de 20 anos. Para isso, são necessárias uma nova regra de cálculo do piso federal do SUS e diretrizes para estabelecer novas fontes de financiamento da Seguridade Social. Não ofereceremos saúde digna à população sem romper com a EC 95 e, consequentemente, com toda uma política econômica baseada na austeridade fiscal.

A saúde deve estar no centro da política de desenvolvimento, elevando o investimento público nos próximos dez anos para assegurar o acesso universal, a equidade e a integralidade, gerando emprego e renda, tornando o SUS sustentável e soberano. O bem-estar social e a garantia do direito à saúde não apenas "cabem" no Orçamento, como aumentam o Produto Interno Bruto e a arrecadação, contribuindo para o financiamento das políticas públicas em geral.

Nessa perspectiva, pretendemos complementar o debate sobre a ampliação do financiamento federal do SUS apresentando algumas diretrizes para a destinação desses recursos:

? universalizar a atenção primária à saúde;

? assegurar o cuidado integral e reformular o funcionamento em rede, delegando poder às Regiões de Saúde;

? integrar os sistemas de regulação de acesso à média e à alta complexidade ao grupo gestor da Região de Saúde;

? estabelecer uma política e gestão nacional e integrada do pessoal de saúde;

? reduzir o clientelismo, a fragmentação e os compadrios;

? investir em ciência e tecnologia e melhorar os sistemas de vigilância e de informação em saúde pública;

? Priorizar e ampliar os investimentos na base produtiva e tecnológica da saúde e reduzir a vulnerabilidade externa do SUS como uma das formas de fortalecer a soberania nacional.

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OMS desaconselha uso de dois remédios para tratar Covid-19

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou, nesta quinta-feira (14), novas diretrizes desaconselhando o uso de dois remédios para tratar a Covid-19. As novas orientações foram publicadas no "British Medical Journal" ("BMJ").

A organização passou a desaconselhar o uso de colchicina e fluvoxamina para pacientes com Covid-19 leve ou moderada, porque não há evidências suficientes de que elas tragam melhoras para os pacientes. Além disso, ambas trazem riscos, apontou o Grupo de Desenvolvimento de Diretrizes da entidade.

A nova orientação é que a fluvoxamina - um antidepressivo - seja usada apenas em ensaios clínicos. Já a colchicina - um anti-inflamatório usado para tratar gota - tem uma "forte recomendação" de não ser usada em casos leves e moderados de Covid.

Em outubro do ano passado, um estudo na "The Lancet" havia apontado que a fluvoxamina poderia reduzir em até 32% as internações pela Covid-19.

A OMS não emitiu diretrizes sobre o uso dos medicamentos em pacientes graves ou críticos.

A entidade tem recomendações condicionais para o sotrovimabe, o remdesivir e o molnupiravir para pacientes com Covid não grave, mas que são considerados de alto risco.

Já nos casos graves, a organização recomenda fortemente o uso de corticosteroides, com adição de bloqueadores de receptores de uma citocina específica (IL-6) ou baricitinibe. Por outro lado, é desaconselhado o uso de plasma convalescente, ivermectina e hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19, independentemente da gravidade da doença.

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Mulheres denunciaram ao menos 373 casos de abusos sexuais em hospitais brasileiros desde 2020 ao MDH

O crime de estupro cometido esta semana dentro da sala de operação do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti (RJ), contra uma paciente que havia acabado de ser submetida a uma cesárea, apesar de estarrecedor, não é caso isolado no país. Dados levantados pelo GLOBO no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH), do governo federal, através de denúncias feitas pelos canais Disque 100 e Ligue 180, mostram que, de 2020 a maio deste ano, houve registro de queixas acerca de pelo menos 373 abusos sexuais, de vários tipos, cometidos contra mulheres dentro de estabelecimentos médicos públicos e privados ao menos um a cada três dias no período.

Números no RJ: IBGE:

São denúncias de estupros e assédios físicos e psicológicos onde, na grande maioria das vezes, os suspeitos são homens ou não tiveram o sexo especificado (95%) e, em 75% de todas elas, os próprios profissionais das unidades de saúde ou pessoas sem o cargo informado , são apontados como sendo os agressores. A quantidade de mulheres que se queixaram de ter sofrido algum tipo de assédio por iniciativa de outra mulher é desprezível.

Abusos sexuais físicos ou psicológicos em hospitais denunciados por mulheres Números contabilizam violações envolvendo estupros, assédios físicos e agressões psicológicas em unidades de saúde públicas e privadas do Brasil Fonte: Painel de dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos

Na pesquisa, a reportagem filtrou os dados por: estabelecimento de saúde como sendo o cenário de violação e selecionou apenas vítimas do sexo feminino. Na espécie de violação, o filtro escolhido foi relacionado a ameaças às liberdades física e psicológica sexuais. No recorte acerca das características dos denunciados, O GLOBO excluiu apenas supostas agressoras do sexo feminino e levou em consideração homens e não-definidos (N/D) - maioria que consta nos registros. Quanto ao reconhecimento da profissão dos suspeitos, foram levados em consideração todos os cargos que exercem função em hospitais; médicos veterinários, que constavam na pesquisa, foram desconsiderados.

Os números da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos dão conta de que, em menos de dois anos e meio, houve queixa de, especificamente, pelo menos 94 possíveis casos de estupro dentro de unidades de saúde pelo Brasil cometidos por homens ou pessoas de sexo indefinido no registro contra mulheres, ou 102 no total (uma média de uma queixa de estupro a cada 9 dias) . Além disso, são 105 queixas de mulheres que também disseram ter sido fisicamente abusadas de alguma forma por homens e, em grande maioria, por profissionais de saúde, enquanto estavam nas unidades. Os dados não permitem precisar quantas das vítimas são pacientes ou mesmo funcionárias das instituições.

O ano com maior registro de abusos sexuais contra mulheres em unidades de saúde, segundo as queixas, foi 2021, com denúncias sobre 165 violações justamente o ano em que o país enfrentou os grandes picos da pandemia. Em 2020, ano em que a Covid-19 começou a fazer pressão sobre os sistemas de saúde, houve denúncias sobre 132 abusos no total; até agora, em 2022, já são 76 em todo o país. A maioria dos casos de abusos sexuais físicos ou psicológicos denunciados por mulheres em hospitais teve origem em São Paulo (82 violações), Rio de Janeiro (63 violações) e Bahia (39 violações) no período. Apenas os três estados equivalem a mais da metade do total de violações denunciadas.

Tipos de violências sexuais denunciadas por mulheres em hospitais do país de 2020 a maio de 2022 Em quase todos os casos, supostos agressores são homens ou não tiveram o gênero discriminado (N/D); veja Fonte: Painel da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos

O perfil dos agressores varia, mas a grande maioria dos especificados nos registros são de fato profissionais dos hospitais: são 101 especificados, mas o número fica mais expressivo quando contabilizados os profissionais sem especificação no registro de queixa: 280. Os crimes, segundo as denúncias feitas pelas vítimas no canal do governo federal, foram praticados por atendentes de farmácia, enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos cardiologistas, dermatologistas, oftalmologistas, cirurgiões gerais, clínicos gerais, ginecologistas, psiquiatras, pediatras e até técnicos de radiologia, entre vários outros. E os números e a proporção tendem a ser ainda maiores, já que, em muitos dos registros, a quantidade de informações não preenchidas quanto às características dos supostos agressores ou mesmo quanto ao tipo de agressão sofrida são consideráveis. Nos dados referentes ao primeiro semestre de 2020, por exemplo, não há informações sobre a profissão do suspeito ou de relação entre paciente ou cliente e prestador de serviço.

Procurado, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos explicou que as denúncias são encaminhas aos órgãos de proteção, e que ações de proteção dentro do âmbito dos estabelecimentos de saúde são de responsabilidade do Ministério da Saúde.

A pasta também reforçou a importância de as vítimas denunciarem os abusos sofridos nos canais Disque 100, Ligue 180 e pelo aplicativo do ministério, e, em nota, disse esperar por uma punição exemplar ao anestesista preso no Rio, em todos os meios, administrativo e judicial, "para que nunca mais exerça a profissão e seja condenado, nos termos da lei".

"Estamos à disposição dessa mãe e dessa família para todo atendimento e apoio que precisem para superar o trauma e recuperarem-se da violência sofrida num momento que deveria ser somente de alegria. Parabenizamos as enfermeiras e técnicas do Hospital da Mulher pelo ato de denunciarem a conduta criminosa. A agilidade permitiu a prisão em flagrante do anestesista, que agora será levado à Justiça", concluiu o MDH.

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A REDAÇÃO

Saúde de Goiás capacita profissionais para detecção da varíola dos macacos

Programação será nesta sexta-feira (15/7) 

Goiânia - A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) promove nesta sexta-feira (15/7) o Seminário Monkeypox. Direcionado a profissionais de saúde, a programação começa às 7h30 e segue até às 12h na Escola de Saúde de Goiás. O foco, segundo a pasta, é capacitar os servidores para lidarem com os casos da doença conhecida popularmente como varíola dos macacos. 

O seminário tem como foco os profissionais do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE), Serviço de Infecção Hospitalar (SCIH), Equipe Médica do Pronto Atendimento (PA) e da Equipe de Enfermagem da Classificação de Risco. 

A programação vai abordar temas como processos de vigilância da doença, vigilância laboratorial e atenção assistencial.  

Serviço:
Saúde de Goiás capacita profissionais para detecção da varíola dos macacos
Quando: sexta-feira, dia 15 de julho
Horário: a partir das 7h30
Local: Escola de Saúde de Goiás (Rua 26, N° 521 - Vila Legionarios, Goiânia)

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Presa suspeita de roubar medicamento de alto custo em São Luiz do Norte

Mulher era funcionária de hospital 

Goiânia - A Polícia Civil prendeu em flagrante, na quarta-feira (13/7), uma técnica de enfermagem suspeita de roubar medicamentos de alto custo do Hospital Municipal de São Luiz do Norte, na região do Vale do São Patrício. 

De acordo com as investigações, representantes do hospital notaram que frascos dos medicamentos estavam sumindo e fizeram uma denúncia. Após apuração, os policiais constataram que a técnica de enfermagem havia subtraído o medicamento Fentanest. 

Segundo o delegado Peterson Amin, a mulher estava roubando o remédio para uso próprio. “Em depoimento, ela alegou que usava a medicação para causar o efeito de relaxamento e bem-estar”, revelou. 

A suspeita está detida no presídio municipal pela prática do crime de peculato-furto, e se encontra à disposição da Justiça.

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JORNAL OPÇÃO

Anvisa libera Coronavac para crianças de 3 a 5 anos

Diretora da agência disse que "vacinar crianças de 3 a 5 anos contra a Covid-19 pode ajudar a evitar que elas fiquem gravemente doentes se contraírem o novo coronavírus"

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta quarta-feira, 13, autorizar a aplicação emergencial da vacina CoronaVac em crianças de 3 a 5 anos de idade contra a Covid-19. O imunizante é produzido pelo Instituto Butantan.

Durante reunião da diretoria colegiada, em Brasília, por unanimidade, a agência seguiu recomendação das áreas técnicas e autorizou a imunização com duas doses da vacina, no intervalo de 28 dias. A aprovação vale somente para crianças que não são imunocomprometidas.

Não há prazo para o início da utilização do imunizante no plano nacional de vacinação. A decisão caberá ao Ministério da Saúde.

Para a diretora Meiruze Souza Freitas, da Anvisa, relatora do pedido, a CoronaVac está aprovada em 56 países pela Organização Mundial da Saúde (OMS), teve cerca de um bilhão de doses aplicadas e tem contribuído para reduzir mortes e hospitalizações.

“Vacinar crianças de 3 a 5 anos contra a covid-19 pode ajudar a evitar que elas fiquem gravemente doentes se contraírem o novo coronavírus”, explicou.

A faixa etária entre 5 e 11 anos começou a ser vacinada em janeiro. Nesse caso, são aplicados os imunizantes da Pfizer (versão pediátrica) e a CoronaVac.

Estudos

A decisão foi baseada em diversos estudos nacionais e internacionais sobre a eficácia da vacina em crianças.

As pesquisas foram realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto Butantan, além de entidades internacionais. Também foram levados em conta pareceres de sociedades médicas e das áreas de farmacovigilância e de avaliação de produtos biológicos da Anvisa.

Um dos estudos clínicos, feito no Chile, mostrou efetividade de 55% da CoronaVac contra a hospitalização de crianças que testam positivo para a covid-19. Além disso, as crianças que participaram dos estudos clínicos apresentaram maior número de anticorpos e menos reações à vacina em relação aos adultos.

No Brasil, outros dados revelaram que as reações graves após a imunização foram consideradas raras e raríssimas. A conclusão foi obtida após análise de 103 milhões de doses aplicadas no país.

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ÉPOCA

Einstein aposta em 5G, inteligência artificial e metaverso para aproximar médico e paciente

Para Sidney Klajner, inovações na área de saúde vão permitir que médicos possam dedicar seu tempo ao que mais importa: a relação com os pacientes Há oito anos com uma área dedicada a trabalhar com o ecossistema de inovação, a pandemia fez o Hospital Albert Einstein ampliar as parcerias com startups - e acelerar o uso de tecnologias, como inteligência artificial. No horizonte do hospital, estão também a aplicação do metaverso na medicina e o uso do 5G para procedimentos à distância, como conta Sidney Klajner, CEO do hospital em entrevista ao NegNews.

"Uma das possibilidades é trazer o ambiente cirúrgico para o metaverso, com um local que vai além do que é físico e do que é digital. Nós vemos aí uma grande oportunidade para a formação de profissionais de saúde, para a parte de procedimentos com imagem", conta Klajner.

O executivo conta que, dentro da diretoria de inovação, o hospital tem uma equipe dedicada a trabalhar com a quinta geração de internet. "Existem várias oportunidades para procedimentos médicos que se abrem com o 5G. Por exemplo, a gente poderia fazer uma tomografia em uma região onde não tem um radiologista e outro radiologista, de outro lugar, faz a análise e até a execução do exame."

Parcerias com startups

Um dos efeitos da pandemia para o Einstein foi a ampliação das parcerias com startups. Em 2020, a instituição contava com 39 projetos em andamento em sua incubadora, a Eretz.bio. Ao fim de 2021, esse número passou dos 100. "Várias ideias surgiram e foram criadas dentro de startups para enfrentar a própria Covid-19", diz Klajner.

A iniciativa mais recente foi lançada no início de julho: um programa de inovação para startups que trabalham com biotecnologia, voltadas para o desenvolvimento de medicamentos, vacinas e soluções para diagnóstico. Além de ajudar com mentorias que ajudam as startups a crescer, o hospital oferece ambientes de pesquisa científica para testar e validar protótipos. "Cada vez mais nós estamos voltados para Biotech", diz o executivo

Sobre como fica a relação entre médico e paciente em um setor cada vez mais conectado e mediado pela tecnologia, o CEO defende que o efeito, na realidade, é de aproximação. "A tecnologia não vai substituir o médico. Ela vai dar condições para que os procedimentos de saúde sejam mais eficazes, deixando mais tempo para os profissionais cultivarem a relação humana, que é o mais importante."

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Assessoria de Comunicação

CURSO FDC

Associados da Ahpaceg contam com 15% de desconto no curso de pós-graduação em Gestão de Negócios em Saúde, que será ministrado pela Fundação Dom Cabral a partir de 9 de setembro de 2022.

As inscrições já estão abertas e o curso é destinado a médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, demais profissionais de saúde, além de administradores e outros que atuam na gestão de empresas em hospitais, clínicas, laboratórios e, ainda, em operadoras de saúde.

O objetivo deste curso é preparar os alunos para a superação dos desafios desse novo cenário que se delimita na área da saúde.


Organizado em cinco módulos sequenciais, o programa foi construído pela Fundação Dom Cabral, sob a orientação técnica do Professor Guilherme Lycarião. Os módulos preveem um entendimento e fortalecimento lógico do raciocínio dos participantes em relação à gestão na área da saúde, desenvolvendo competências para que possam encaminhar suas instituições para outro nível de atenção aos pacientes.


Acesse e inscreva-se. As vagas são limitadas: https://bit.ly/whats-FDC


#Ahpaceg#fundacaodomcabral

Quarta, 13 Julho 2022 11:49

CLIPPING AHPACEG 13/07/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

PF investiga desvio de verbas federais da Saúde

Paciente deverá ser indenizado após ter queimaduras ao ser tratado com produto veterinário para tirar larvas no ouvido

Cremerj suspende médico preso em flagrante por estupro de grávida

Goiânia confirma dois casos de varíola dos macacos e investiga outros três

Juiz manda soltar homem preso suspeito de agredir médico e enfermeiros por não conseguir ver o parto do filho, em Rio Verde

Juiz determina afastamento e prisão de diretor da Unimed João Pessoa

Câmara aprova em 1º turno texto-base da PEC do piso salarial da enfermagem

DIÁRIO DA MANHÃ

PF investiga desvio de verbas federais da Saúde

A Polícia Federal (PF) realizou na manhã desta terça-feira, 12, a Operação Trabalho Árduo. Objetivo da ação é investigar indícios de desvios de valores repassados pela União destinados à construção de duas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) nos anos de 2013 e 2014 no município de Faina.

A totalidade dos valores teria sido desviada para um familiar do prefeito à época dos fatos. Um mandado de busca e apreensão, expedido pela 5ª Vara Criminal da Justiça Federal de Goiânia, está sendo cumprido nesta manhã pela Polícia Federal.

Segundo as investigações, da PF, o Ministério da Saúde teria destinado R$ 326.400,00 ao Fundo Municipal de Saúde de Faina para a construção de duas unidades básicas de saúde. Os valores representam quase um terço do repassado pela União ao município para investimentos nos anos de 2013 e 2014.

Entretanto, as investigações indicam que os serviços não foram prestados pela empresa de engenharia contratada e que os valores referentes teriam sido integralmente depositados diretamente na conta de um primo do prefeito, o qual não possuía relação com a prefeitura ou com a empresa contratada.

Os pagamentos foram realizados sem cumprimento das formalidades necessárias e mediante autorização do próprio prefeito. O Ministério da Saúde já identificou irregularidades e emitiu atos administrativos cancelando os convênios/propostas. Os crimes investigados são: peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas podem alcançar 22 anos de reclusão, além de multa.

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Paciente deverá ser indenizado após ter queimaduras ao ser tratado com produto veterinário para tirar larvas no ouvido

O médico assumiu no processo que fez uso do produto, mas que não houve lesão

A Justiça determinou que o pedreiro Mauro Ribeiro de Oliveira Filho, seja indenizado após ter queimaduras ao ser tratado com um produto veterinário, para tirar larvas no ouvido em Pires do Rio, no sudeste do estado. Ainda cabe recurso.

O caso aconteceu em 2015 após Mauro procurar o Hospital Municipal de Pires do Rio e ser informado que deveria aplicar creolina, um desinfetante de uso veterinário, no ouvido com dor. O médico José Antônio Duarte aplicou o produto e o líquido escorreu em parte do rosto, causando queimaduras de segundo grau, perfuração no tímpano, e perda de parte da audição.

O médico assumiu no processo que fez uso do produto, mas que não houve lesão. Em nota, o Conselho Regional de Medicina informou que não informa sobre a tramitação de denúncias, processos e sindicâncias.

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AGÊNCIA ESTADO

Cremerj suspende médico preso em flagrante por estupro de grávida

Outras cinco vítimas denunciaram profissional 

O Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) aprovou nesta terça-feira (12/7), a suspensão provisória do médico Giovanni Quintella Bezerra. Ele está preso desde a madrugada de segunda, após ser filmado estuprando uma parturiente durante uma cesariana. A suspensão provisória do registro médico foi aprovada pelos conselheiros do Cremerj após eles terem "acesso às imagens gravíssimas" do ocorrido, segundo nota emitida pelo conselho. O Cremerj informou ainda que a suspensão ocorre em paralelo a um processo que pode terminar com a cassação definitiva do registro médico do anestesista.

"Firmamos um compromisso com a sociedade de celeridade no que fosse possível e essa suspensão provisória é uma resposta. A situação é estarrecedora. Em mais de 40 anos de profissão, não vi nada parecido. E o nosso comprometimento não acaba aqui. Temos outras etapas pela frente e também vamos agir com a celeridade que o caso exige", disse Clovis Munhoz, presidente do Cremerj, em nota. Com a suspensão, Giovanni Quintella Bezerra fica impedido de exercer a medicina no Estado do Rio.

Mais cinco vítimas

Nesta terça, a Justiça do Rio manteve a prisão do anestesista, que está sendo investigado por mais cinco outro abusos, segundo a delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti (Grande Rio), que está à frente do caso. "São três casos do dia 10 de julho, mais três que nós ouvimos hoje (terça-feira), de pessoas que nos procuraram - uma até de outro hospital. Contando com o que resultou no flagrante, são seis que investigamos", disse a delegada.

Além do caso registrado em gravação feita por celular que levou a prisão do anestesista, Bárbara afirmou de que há indícios de que Bezerra tenha cometido abusos nas duas outras operações em que ele atuou no domingo (10/7). Os três casos ocorreram no Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense. "Os do dia 10, lá do hospital de São João (de Meriti) os indícios são mais fortes, porque há todo o relato da equipe de enfermagem, há o vídeo que foi gravado no mesmo dia, na terceira cirurgia. Então, em relação a esses dois fatos (adicionais), os indícios são mais fortes", sustentou a delegada. 

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A REDAÇÃO

Goiânia confirma dois casos de varíola dos macacos e investiga outros três

Capital não possui transmissão comunitária 

 Mônica Parreira

Goiânia - A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou, nesta quarta-feira (13/7), dois casos de Monkeypox, conhecida como varíola dos macacos, em Goiânia. São dois homens, de 26 e 41 anos, que foram orientados a manter isolamento domiciliar e estão em monitoramento pela pasta. 

Sobre os pacientes, a SMS informou que o "material para exames foi coletado por técnicos da Vigilância em Saúde da SMS no dia 5 de julho, e encaminhado para o Laboratório Estadual de Saúde Pública (Lacen-GO)". Ambos já haviam recebido atendimento em hospital particular. Um deles tem histórico de viagem para São Paulo, onde há circulação comunitária do vírus. 

Ainda em nota, a Saúde de Goiânia afirmou que há mais três casos suspeitos na capital. E que já descartou outros três. Entre eles, o de uma mulher que apresentou sinais e sintomas da doença, e estava sendo monitorada. "Ficou constatado que ela contraiu Parvovírus durante viagem a uma fazenda. Outras duas pessoas que vivem na mesma casa não desenvolveram a doença", diz. 


Apesar dos casos confirmados e em investigação, Goiânia ainda não possui transmissão comunitária do vírus. Na nota, a SMS também explica que a transmissão da doença "ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados". 

O Monkeypox pertence ao gênero Orthopoxvirus, o mesmo vírus da “Varíola humana”, erradicada no Brasil desde a década de 1980. Entretanto, a varíola dos macacos tem taxa de transmissão menor, e severidade mais branda. Embora seja conhecida como "varíola dos macacos", o surto da doença não tem nenhuma relação com os animais. 

Números em Goiás
Goiás já possui quatro casos confirmados da doença. Os dois primeiros foram registrados em Aparecida de Goiânia no sábado (9/7). A Secretaria de Estado da Saúde (SES) atualiza diariamente boletins sobre os casos em território goiano. O último, divulgado na terça-feira (12), apontava 12 notificações, sendo dois confirmados, quatro descartados e seis em investigação. Nova atualização deve sair às 15h de hoje, com a inclusão dos dados de Goiânia.

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PORTAL G1

Juiz manda soltar homem preso suspeito de agredir médico e enfermeiros por não conseguir ver o parto do filho, em Rio Verde

Funcionários da maternidade disseram que o pai não falou que queria assistir ao parto. Ao conceder liberdade, magistrado estipulou fiança de um salário mínimo e recolhimento domiciliar.

O juiz Eduardo Alvares de Oliveira mandou soltar o homem que foi preso suspeito de agredir um médico e dois enfermeiros por não ver parto do filho, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Na decisão, o magistrado estipulou fiança de um salário mínimo e recolhimento domiciliar. Uma câmera da maternidade filmou as agressões.

O g1 não localizou a defesa do pai para se manifestar. De acordo com o processo, o homem se encontrava preso até a última atualização desta reportagem.

A Polícia Civil indiciou o homem por lesão corporal e ameaça. O processo foi encaminhado ao Judiciário na terça-feira (12), um dia depois da prisão.

A liberdade provisória foi concedida junto com obrigações que o pai deve obedecer:

Comparecer perante a autoridade judicial todas as vezes que for intimado;

Proibição de mudar-se de residência, sem prévia permissão da autoridade judicial ou se ausentar por prazo superior a 30 dias, sem comunicar ao juízo o lugar em que será encontrado;

Recolhimento domiciliar em casa, das 20h às 6h, de segunda a sexta-feira, e aos sábados, domingos, feriados e dias de folga, por período integral, salvo prévia autorização do juiz alterando o horário de recolhimento.

A Maternidade Augusta Bastos afirmou que "o esposo da paciente foi avisado que o parto seria cesárea e que em nenhum momento manifestou desejo em assistir". Além disso, a diretoria do hospital disse que, "devido a pressão alta e possível eclampsia", o parto foi de emergência, e ressaltou que "nada justifica a agressão" aos profissionais.

Uma lei garante às gestantes um acompanhante na hora do parto. Os profissionais agredidos disseram à polícia que o homem não manifestou interesse em acompanhar o procedimento.

O presidente da comissão de direito médico da Ordem dos Advogados de Rio Verde (OAB), Antônio Heberte Lopes, diz que o motivo não justifica a violência, mas que nesse caso o homem também foi vítima por ter o direito de acompanhar o parto violado.

“Houve violação de direitos. A lei garante a gestante o direito a um acompanhante. É possível até reparação por dano moral", comenta o advogado.

Imagens de câmeras de segurança mostram o acompanhante empurrando e pressionando um enfermeiro contra a parede. Em outro momento, ele grita com funcionários.

Em depoimento, os profissionais de saúde disseram que a mulher foi encaminhada para a cirurgia após chegar à maternidade em trabalho de parto. Eles falaram que, nesse momento, nem o pai e nem a gestante falaram sobre o homem querer acompanhar o nascimento.

Momentos depois, o homem questionou se o filho tinha nascido, e uma funcionária disse que sim. Diante da resposta, ele teria se revoltado, questionando à pediatra porque não foi chamado para ver o parto do filho.

Uma enfermeira relatou à polícia que foi ameaçada pelo homem, além da pediatra que estava no pronto socorro.

"A culpa é de vocês. Vão ver o que eu vou fazer", teria dito o pai às funcionárias. Elas ligaram para a polícia, que fez a prisão em flagrante.

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PORTAL PARAÍBA

Juiz determina afastamento e prisão de diretor da Unimed João Pessoa

Unidade estaria descumprindo há mais de um mês a decisão liminar proferida pelo desembargador convocado Carlos Antônio Sarmento

Além disso, também foi estipulado uma multa de R$ 35 mil e a imediata suspensão do diretor de todas as atividades na unidade.

Entenda

A Unimed João Pessoa estaria descumprindo há mais de um mês a decisão liminar proferida pelo desembargador convocado Carlos Antônio Sarmento, que determinou que fossem restabelecidas as autorizações para as cinco unidades da Clínica do Otorrino, e do Hospital Dia, continuarem a atender, como pessoa jurídica, os usuários do sistema Unimed.

A batalha judicial teve início quando a Unimed João Pessoa tentou descredenciar algumas das unidades da Clínica do Otorrino, atuando em total desrespeito às próprias cláusulas contratuais, às regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e aos interesses dos cooperados e usuários.

A Clínica do Otorrino é responsável por mais de 70% de todos os atendimentos da área de otorrino da Unimed João Pessoa, o que tem culminado com a realização de consultas e procedimentos mensais para, no mínimo, 7 mil usuários, chegando a 10 mil usuários atendidos apenas no mês de maio.

Intimada mais uma vez a Unimed João Pessoa decidiu continuar descumprindo a decisão judicial, o que motivou um novo pedido de penhora nas contas correntes da cooperativa e, agora, o pedido de afastamento, multa e prisão do diretor executivo de Provimento de Saúde, Dr. Petrúcio Abrantes Sarmento.

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AGÊNCIA CÂMARA

Câmara aprova em 1º turno texto-base da PEC do piso salarial da enfermagem

Votação da proposta poderá ser retomada nesta quarta-feira

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (12), em 1º turno, a PEC do Piso da Enfermagem (PEC 11/22). Foram 425 votos a 7. O Plenário precisa analisar ainda um destaque do Novo apresentado à proposta. A votação poderá ser retomada nesta quarta-feira (13).

De autoria do Senado, a PEC do Piso da Enfermagem determina que uma lei federal instituirá pisos salariais profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira, a serem observados por pessoas jurídicas de direito público e de direito privado.

A relatora da PEC, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), afirmou que a aprovação da proposta vai impedir questionamentos judiciais do piso, previsto no Projeto de Lei 2564/20. “Para evitarmos qualquer risco de judicialização, qualquer risco de veto, por não estar na Constituição Federal que trabalhamos pela PEC 11 para dar mais segurança jurídica ao piso nacional dos profissionais da enfermagem”, disse.

Zanotto afirmou que a enfermagem precisa de reconhecimento e salário digno, destacando o papel das enfermeiras na prisão do anestesista Giovanni Bezerra, detido em flagrante após estuprar uma paciente durante um parto cesárea. “A enfermeira armou uma gravação. De outra forma, não seria possível provar o dano daquele profissional”, ressaltou.

A deputada afirmou ainda que o aumento salarial da categoria poderá ser custeado por medidas como desoneração da folha, legalização dos jogos, royalties do petróleo, lucro das estatais e saldo não utilizado dos recursos previstos na PEC do Estado de Emergência (PEC 15/22), que também deverá ser votada nesta quarta-feira.

“Eu peço ao governo que nos ajude, para que a gente possa garantir a assistência nos nossos hospitais filantrópicos, para que a gente possa manter este quadro de profissionais”, declarou.

Apenas o partido Novo orientou o voto contrário ao piso salarial dos enfermeiros. O líder do partido, deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), disse que a proposta vai gerar uma onda de demissões com os aumentos salariais. “Esta proposta trará efeitos nefastos para os profissionais de enfermagem, que foram enganados”, declarou.

O deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP) afirmou que a definição salarial não é tema constitucional. “Este tema tem de ser tratado do lado de fora da Constituição, como todas as outras profissões, para a gente ter equilíbrio, para a economia se mexer, porque senão corremos o risco de abraçar o populismo e ter mais e mais categorias pressionando.”

Todos os demais partidos declararam voto favorável. Para o deputado Helder Salomão (PT-ES), a proposta faz justiça aos profissionais de saúde. “Na pandemia, as pessoas viram mais concretamente o papel que esses profissionais exercem cotidianamente, mas em períodos de normalidade, os profissionais da saúde, os profissionais da enfermagem, outros profissionais são fundamentais para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde”, ressaltou.

Para o líder do MDB, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (AL), os profissionais de enfermagem são uma das categorias mais importantes do Brasil. “O MDB faz um reconhecimento histórico da enfermagem no País”, disse.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) afirmou que o Congresso cumpriu todas as etapas e negociou o piso salarial.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 12 Julho 2022 09:46

CLIPPING AHPACEG 12/07/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Startup de saúde Alice demite 63 pessoas 7 meses após aporte milionário

Jovem desenvolve projeto contra a violência obstétrica

Médico preso por estupro na sala de parto atuava como anestesista desde abril

Covid-19: Goiás confirma 2,4 mil novos casos e 8 mortes em um dia

ONU: pandemia reduz expectativa de vida em 3 anos na América Latina

CPI da Saúde na Assembleia Legislativa de Goiás é suspensa por liminar

Justiça condena Prefeitura por falta de infraestrutura em Centros de Saúde pela terceira vez em um mês

Planos de saúde terão consultas ilimitadas para psicologia e fono

Homem é preso suspeito de agredir médico e enfermeiros após não conseguir acompanhar nascimento do filho, em Rio Verde

O ESTADO DE S.PAULO

Startup de saúde Alice demite 63 pessoas 7 meses após aporte milionário

Empresa oferece planos de saúde corporativo e individual e recebeu em dezembro um investimento de US$ 127 milhões

Sete meses após receber um aporte de US$ 127 milhões, a startup de saúde Alice entrou para a lista de empresas nacionais de tecnologia a fazer cortes em massa. O Estadão apurou que 63 pessoas foram desligadas na última sexta-feira, 8. A empresa confirmou para a reportagem o número de demitidos e afirmou que os cortes fazem parte de um “redimensionamento” da equipe de vendas. Outros 20 profissionais foram realocados dentro da empresa.

Para alguns ex-funcionários, a Alice afirmou que a empresa estava com mais funcionários que o necessário e que precisaria cortar parte do quadro por conta da situação econômica atual. Para outros demitidos, porém, a justificativa não mencionava corte de gastos ou qualquer dificuldade financeira — apenas uma reestruturação.

“Disseram que o motivo foi redução de custo da empresa. Achavam que a empresa ia crescer muito e não aconteceu, além da crise afetar também”, explicou uma ex-funcionária ouvida pelo Estadão. “Individualmente não foram claros quanto ao critério dos que saíram e dos que ficaram. Infelizmente faltou transparência nisso”, disse outro ex-funcionário, ao Estadão. As fontes não quiseram ser identificadas.

Em nota, André Florence, CEO da healthtech, disse: "Ao longo do semestre, entendemos melhor as oportunidades de sermos mais eficientes e seguirmos sustentáveis no longo prazo". A startup informa que os vendedores desligados receberão um salário extra, plano de saúde estendido por 2 meses, além das verbas rescisórias obrigatórias.

Mudança de foco

A Alice recebeu um aporte de US$ 127 milhões em dezembro do ano passado, liderado pelo conglomerado japonês SoftBank. Na época, o investimento foi um dos maiores do setor de saúde em 2021.

Em junho deste ano, a Alice anunciou um plano de saúde corporativo com foco em negócios com até 250 funcionários. Segundo os ex-funcionários, a guinada veio após pressão de investidores para que o principal produto da empresa seja o plano voltado ao mercado corporativo.

A empresa, que nasceu focada na venda de planos de saúde diretamente para pacientes, já tinha anunciado a compra da startup Cuidas, que oferece consultas com médicos da família e enfermeiros para funcionários de empresas.

Os ex-funcionários dizem que a mudança de foco enfrentou algumas dificuldades importantes. Um deles é o fato de que a empresa se restringe apenas à cidade de São Paulo, o que deixa a oferta de produtos limitada. A segunda delas é a competição no mercado: além de outras startups do setor brigarem por espaço, operadoras tradicionais de saúde possuem boa parte dos contratos vigentes de planos corporativos. Questionada sobre o assunto, a startup não quis comentar.

Segundo os ex-funcionários ouvidos pelo Estadão, a empresa não conseguiu atingir a meta de clientes corporativos e individuais estimada para o ano. Questionada pela reportagem, a Alice preferiu não comentar.

Em maio deste ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regulamenta os planos de saúde no Brasil, autorizou o reajuste das assinaturas de saúde em até 15,5%, depois de congelar as altas durante a pandemia. Em seu site, a Alice afirma que seus planos sofreram reajuste de 12,13%, abaixo do estimado pela agência.

O reajuste abaixo do permitido seria uma forma de atrair clientes para a plataforma. Fontes informaram ao Estadão que o objetivo era alcançar 50 mil membros de planos individuais até o final de 2022, mas que, quando o plano corporativo ganhou a atenção da empresa, essa meta foi reduzida para 14 mil. A empresa não quis abrir seus números para o Estadão.

Inverno das startups

Conhecidas por contratar centenas de funcionários ao mês, as startups têm realizado centenas de demissões pelo mundo — o fenômeno não é exclusivo do Brasil. O período tem sido batizado de "inverno das startups", após a onda positiva causada pela digitalização da pandemia nos últimos dois anos.

Segundo especialistas consultados pelo Estadão nos últimos meses, as demissões ocorrem como reajuste de rota em meio à alta global nos preços e à guerra da Ucrânia, que desorganiza a cadeia produtiva mundial. Nesse cenário, investidores viram as costas para investimentos de risco, como startups. Com isso, levantar rodadas tem sido mais difícil do que durante a pandemia, quando a fonte do capital parecia infinita.

Fundos de investimento alertaram as startups sobre o cenário desafiador. O investidor Masayoshi Son, presidente do SoftBank, um dos maiores investidores de startups no Brasil e investidor da Alice, disse que o conglomerado japonês deve reduzir os investimentos em empresas de tecnologia neste ano devido aos maus resultados das empresas nas quais investe — as informações são do jornal Financial Times.

Além do SoftBank, a aceleradora Y Combinator, uma das mais conhecidas no Vale do Silício, recomendou que as startups reavaliassem suas finanças e que ficassem prontas para cortar gastos. A medida, de acordo com a aceleradora, é uma forma de prever até 24 meses sem investimentos. “Crises econômicas geralmente se tornam grandes oportunidades para os fundadores que mudam rapidamente sua mentalidade, planejam com antecedência e garantem que sua empresa sobreviva”, afirmou a gestora na carta.

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Jovem desenvolve projeto contra a violência obstétrica

Lettycia Vidal criou a plataforma Gestar motivada pelo sofrimento de sua mãe no parto de seu irmão mais novo

Em 2008, a publicitária Lettycia Vidal, então com 13 anos, aguardava a chegada do irmão mais novo. Mas a alegria deu lugar à indignação quando, após o nascimento, ela percebeu que a mãe, Fabiane, tinha sofrido atendimento violento no parto. Um procedimento equivocado ocasionou o corte de um órgão da paciente, que foi para casa com uma sonda. Lettycia ainda não sabia que havia presenciado um caso de violência obstétrica – abuso sofrido durante a gestação ou o parto.

“Tinha 13 anos, ainda não sabia o que poderia questionar naquele ambiente. Lembro do medo de que minha mãe nunca mais saísse dali. Não passava pela minha cabeça que existia risco no parto”, diz ela, que hoje tem 26 anos. Ao saber de casos semelhantes na família, chegou a ter medo de ser mãe. “Até eu entender que existia outro caminho, achei que viveria tudo o que a minha família viveu.”

A situação despertou Lettycia para o tema. Na graduação em Publicidade, ela se concentrou nos estudos sobre atendimento humanizado (com respeito e empatia) às gestantes. E, durante um curso no México, no último ano da faculdade, a convivência com as estudantes da turma reforçou essa ideia. “O que era natural para a gente não era para elas. Entendi que naturalizamos muito a violência como ‘ossos do ofício’ de parir.”

Ao retornar ao Brasil, ela se tornou doula (assistente de parto) e idealizou, em seu trabalho de conclusão de curso, um sistema de conexão entre mulheres e profissionais para atendimento às gestantes. Nascia, em 2017, a ideia da Gestar, plataforma que levou três anos para sair do papel e teve apoio dos programas de aceleração Shell Iniciativa Jovem e B2Mamy.

Mas o primeiro investimento na Gestar, de R$ 40 mil, veio da família de Lettycia e de seu próprio bolso. Negociar em um mercado predominantemente ocupado por homens tornava difícil a aposta em um negócio focado na gestação. “Eles não entendiam”, diz a empreendedora, que em 2021 foi contemplada com recursos do programa Google For Startups, o que impulsionou a plataforma.

Além de Lettycia, a Gestar tem duas sócias, Giovana Milani e Karla Fonseca, e uma equipe com sete pessoas. A plataforma reúne mais de 200 profissionais de saúde, bem-estar e cuidados materno-infantil – todas mulheres, que atendem gestantes, mães com crianças até a primeira infância e mulheres que tentam engravidar.

Mais de cinco mil famílias já foram impactadas pela Gestar, segundo a startup. Cada consulta, entre as 20 especialidades disponíveis, tem preços a partir de R$ 80. A startup também mantém um blog sobre maternidade e cursos e grupos de apoio no WhatsApp.

Agora, segundo Lettycia, o próximo passo são os serviços para instituições de saúde. “Estamos em negociação para um projeto B2B (de empresa para empresa) focado em hospitais e maternidades. A ideia é levar suporte para que consigam se adequar a um atendimento mais respeitoso.”

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Médico preso por estupro na sala de parto atuava como anestesista desde abril

Preso na madrugada desta segunda-feira (11/7) após ser filmado estuprando uma paciente em trabalho de parto, o médico Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, concluiu a especialização em anestesia recentemente e gostava de se fotografar em ambientes hospitalares. "Vocês vão ouvir falar muito de mim", escreveu em uma postagem.

O médico se formou no Centro Universitário de Volta Redonda (Unifoa), na região sul do Estado do Rio, em 2017. A especialização em anestesia foi concluída este ano, no mês de abril. Não há muitas informações sobre sua produção acadêmica, uma vez que seu currículo na plataforma lattes não é atualizado há dez anos.

Giovanni Bezerra gostava de publicar fotos com sua rotina médica no Instagram - o perfil, porém, foi fechado após sua prisão. Diversas fotos dele que foram divulgadas nesta segunda nas redes sociais mostram o médico com uniformes de hospitais, daqueles que se usam em salas cirúrgicas. Em uma delas, escreveu: "Em frente, vou ganhando meu espaço na profissão que escolhi fazer a diferença".

Ao receber voz de prisão, o anestesista declarou que não sabia o que estava acontecendo. Ao ser informado pela delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, que ele havia sido filmado praticando o abuso, Giovanni Quintella Bezerra se calou. As imagens mostram o anestesista ao lado da paciente, que está dopada. Enquanto a equipe cirúrgica se prepara para começar a cesariana, Quintella tira o pênis da calça e o coloca na boca da grávida.

O advogado Hugo Novais, que defende Quintella, disse em nota que a defesa ainda não obteve acesso à íntegra dos depoimentos e dos elementos de prova no auto de prisão em flagrante. "A defesa alega que ainda não obteve acesso na íntegra aos depoimentos e elementos de provas que foram produzidos durante a lavratura do auto de prisão em flagrante. A defesa informa também que após ter acesso a sua integralidade, se manifestará sobre a acusação realizada em desfavor do anestesista Giovanni Quintella." 

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás confirma 2,4 mil novos casos e 8 mortes em um dia


Ludymila Siqueira 

Goiânia - Goiás registrou 2.455 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta segunda-feira (11/7). No mesmo período, oito mortes em decorrência da doença foram confirmadas no Estado. Com as atualizações, o território goiano contabiliza 1.555.450 infecções e 27.017 óbitos ligados à covid-19 desde o início da pandemia. 

Além disso, há 844.627 casos e 224 mortes em investigação para apurar se há relação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus é de 1,74% no Estado. 

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AGÊNCIA BRASIL

ONU: pandemia reduz expectativa de vida em 3 anos na América Latina

A expectativa de vida global ao nascer caiu para 71 anos em 2021, abaixo dos 72,8 em 2019, interrompendo uma sequência de cinco de décadas de crescimento. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (11/6), data em que se celebra o Dia Mundial da População, em relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as perspectivas populacionais em 2022.
 
A redução foi causada pelo impacto da pandemia de covid-19. Segundo o relatório, o impacto variou entre regiões e países. No centro e sul da Ásia e na América Latina e Caribe, por exemplo, a expectativa de vida ao nascer caiu quase 3 anos entre 2019 e 2021. Para  Bolívia, Botsuana, Líbano, México, Omã e Rússia, as estimativas caíram mais de 4 anos entre 2019 e 2021. 
 
Por outro lado, a população combinada da Austrália e Nova Zelândia ganhou 1,2 anos, devido a menores riscos de mortalidade durante a pandemia para algumas outras causas de morte. A pandemia também "restringiu severamente" todas as formas de mobilidade humana, incluindo migração internacional. "A magnitude do impacto da pandemia nas tendências migratórias é difícil de determinar devido a limitações de dados", diz o relatório.
 
Neste ano, a população mundial também atingirá a marca de 8 bilhões de pessoas, projeção prevista para ocorrer em novembro. As últimas projeções das Nações Unidas também sugerem que a população global pode crescer para cerca de 8,5 bilhões em 2030, 9,7 bilhões em 2050 e 10,4 bilhões em 2100.
 
O crescimento populacional é possível, em parte, pelo declínio dos níveis de mortalidade, como refletido no aumento níveis de esperança de vida ao nascer. Segundo a ONU, globalmente, a expectativa de vida atingiu 72,8 anos em 2019, um aumento de quase 9 anos desde 1990. Prevê-se que novas reduções na mortalidade resultem em uma longevidade média mundial de cerca de 77,2 anos em 2050.
 
A expectativa de vida ao nascer para as mulheres excedeu a dos homens em 5,4 anos em todo o mundo, situando-se em 73,8 e 68,4, respectivamente. "Uma vantagem de sobrevivência feminina é observada em todas as regiões e países, variando de 7 anos na América Latina e no Caribe a 2,9 anos na Austrália e Nova Zelândia", diz o relatório da ONU.
 
Crescimento
Após queda na mortalidade, o crescimento populacional continuará ocorrendo enquanto a fecundidade permanecer em níveis altos níveis. Quando a fertilidade começar a cair, a taxa anual de crescimento populacional também cairá.
 
Em 2021, a fecundidade média da população mundial foi de 2,3 nascimentos por mulher ao longo de uma vida, tendo caído de cerca de 5 nascimentos por mulher em 1950. A fecundidade global é projetada para diminuir para 2,1 nascimentos por mulher até 2050.
 
Em 2020, a taxa de crescimento global caiu abaixo de 1% ao ano pela primeira vez desde 1950. A população mundial deverá atingir um pico de cerca de 10,4 bilhões de pessoas durante a década de 2080 e permanecer nesse nível até 2100. 

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JORNAL OPÇÃO

CPI da Saúde na Assembleia Legislativa de Goiás é suspensa por liminar

Por Nielton Soares dos Santos

Caso a decisão seja confirmada, os trabalhos da comissão devem ser recomeçada, com nova eleição 

Desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), suspendeu nesta segunda-feira, 11, liminarmente a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). A comissão foi proposta para investigar a regulação na área de Saúde.

“A CPI está com uma composição ilegal. O deputado Wilde (Cambão – PSD) não podia ser titular da CPI, porque ele já é titular da CPI do Leite. O voto dele foi decisivo, uma vez que nós empatamos dois a dois, para a escolha do presidente. Caso seja confirmada a liminar todos os atos serão anulados, ou seja, CPI irá recomeçar desde o início”, explicou o deputado Delegado Humberto Teófilo (Patriota), que ingressou na Justiça o pedido de mandado de segurança contra a comissão. 

A CPI da Saúde foi instalada na Casa no dia 28 de junho, quando foram eleitos os deputados Talles Barreto (UB), presidente, e Francisco Oliveira (MDB), para relatoria. Antes, o presidente da Assembleia Legislativo de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSD), revogou os nomes indicados na primeira reunião. Na ocasião, o líder do governo alegou que faltou consulta às principais bancadas da Alego, formadas pelos partidos que possuem mais deputados, dentre os quais o União Brasil e o MDB.

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O HOJE

Justiça condena Prefeitura por falta de infraestrutura em Centros de Saúde pela terceira vez em um mês

Ministério Público do Trabalho (MPT-GO) denunciou novamente a Prefeitura de Goiânia pela falta de infraestrutura nos Centros de Saúde da capital. Com a denúncia, esta se tornou a quarta condenação da Justiça do Trabalho em menos de um ano. A sentença foi dada na última quinta-feira (7/7).

Desta vez, o município deve melhorar o ambiente de trabalho do Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Vila Nova. Assim, Prefeitura é obrigada a regularizar a estrutura física da unidade com reforma de pisos, paredes, pintura interna e externa.

Além de consertar a cobertura, rachaduras, fissuras, vazamentos, infiltrações e providenciar a limpeza dos ambientes de trabalho, como também efetuar a manutenção da rede elétrica.

O paço municipal tem 180 dias para iniciar as obras. Dessa forma, caso a Prefeitura não conclua as obrigações, uma multa de R$ 20 mil está prevista para cada item não atendido.

Segundo a procuradora do Trabalho que está a frente do caso, Milena Costa, em menos de 12 meses a Justiça do Trabalho já condenou a Prefeitura de Goiânia à adequar três Cais, sendo eles: Bairro Goiá, Amendoeiras e Campinas.

Milena também afirma que outras ações, ajuizadas pelo MPT, estão sendo processadas na Justiça do Trabalho, além de investigações no âmbito do órgão. “Há grandes riscos de acidentes de trabalho devido à precariedade da estrutura física das unidades de Saúde administradas pela Prefeitura, explica.

“A falta de limpeza dos ambientes e dos banheiros, principalmente, é algo inadmissível, especialmente num local que deve prezar justamente pela saúde das pessoas. E não apenas os servidores e terceirizados estão expostos a riscos, como também toda a população que vai a esses lugares procurando atendimento”, ressalta.

Outra condenação

Após ter recebido uma denúncia do Ministério Público do Trabalho (MPT-GO) sobre a falta de infraestrutura no Centro de Saúde da Família (CSF) do Recanto do Bosque, a Justiça do Trabalho de Goiás condenou a Prefeitura de Goiânia à reformar o local.

A Justiça proferiu a sentença no dia 30 de junho e ela vale para todos os Centros de Saúde da Família do município. Tendo como prioridade o do Recanto do Bosque e do Alto do Vale. Com a queixa, a Controladoria-Geral do Município de Goiânia (CGM) deu início a uma vistoria que confirmou as más condições.

A CGM encontrou mofo, infiltrações nas paredes, falta de acessibilidade para pessoas com necessidades especiais, poucos servidores na unidade, entre outros. Contudo, o município alegou que houve uma mudança de endereço do centro de saúde, o que teria afastado os problemas levantados pelo MPT. 

Mas, durante a inspeção, o Corpo de Bombeiros Militar constatou a ausência de Certificado de Conformidade (Cercon). Bem como algumas questões relacionadas aos extintores de incêndio do local e recarga destes.

Caso o município não cumpra as determinações do Ministério, haverá uma multa de R$ 5 mil para cada dia de atraso na execução das normas. Além disso, a administração da cidade também foi condenada a pagar R$ 100 mil por danos morais coletivos. Leia a sentença na íntegra.

Relembre a sentença para a reforma no Cais de Campinas

No dia 13 de junho, a Justiça do Trabalho determinou que a Prefeitura de Goiânia providenciasse a reforma do Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) de Campinas. A estrutura do local estava em condições precárias.

Entre as dez obrigações a serem cumpridas estão: regularizar a estrutura física da unidade (pisos, pintura, rachaduras). Além de disponibilizar mobiliário adequado aos postos de trabalho; regularizar as condições ambientais na Central de Material Esterilizado e na lavanderia.

Desde o dia da sentença, a prefeitura tem 180 dias, contados do trânsito em julgado da decisão, para providenciar os serviços. Caso não cumpra as determinações, haverá multa de R$ 20 mil por cada item não atendido.

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Planos de saúde terão consultas ilimitadas para psicologia e fono

Por: Rodrigo Melo

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), aprovou nesta segunda feira (11/7), o fim da limitação ao número de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

Agora, os planos de saúde terão que oferecer cobertura ilimitada para pacientes com qualquer doença ou condição de saúde listada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo informações da ANS.

A decisão, tomada em reunião extraordinária da diretoria colegiada da agência, foi divulgada pela assessoria de imprensa da ANS. A nova resolução deve começar a valer a partir de 1º de agosto deste ano.

Médico do paciente

A partir da nova decisão, serão excluídas as diretrizes de utilização para consultas e sessões com esses tipos de profissionais. O atendimento passará a considerar a prescrição do médico do paciente.

A ideia foi “promover a igualdade de direitos aos usuários da saúde suplementar e padronizar o formato dos procedimentos atualmente assegurados, relativos a essas categorias profissionais”.

No dia 1º de julho, a ANS já havia tornado obrigatória, para pacientes com transtornos globais do desenvolvimento, a cobertura de qualquer método ou técnica indicada pelo médico. (Com informações da Agência Brasil)

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PORTAL G1

Homem é preso suspeito de agredir médico e enfermeiros após não conseguir acompanhar nascimento do filho, em Rio Verde

Funcionários disseram que pai não avisou que gostaria de ver o parto. Lei garante a toda gestante um acompanhante no procedimento.


Um homem de 31 anos foi preso na segunda-feira (11) suspeito de agredir um médico e três enfermeiros de uma maternidade após não conseguir acompanhar o nascimento do filho, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Uma lei garante às gestantes um acompanhante na hora do parto. Os profissionais agredidos disseram à polícia que o homem não manifestou interesse em acompanhar o procedimento.

O nome do homem não foi divulgado e, com isso, o g1 não conseguiu identificar a defesa dele até a última publicação dessa reportagem.

Imagens de câmeras de segurança mostram o acompanhante empurrando e pressionando um enfermeiro contra a parede. Em outro momento, ele grita com funcionários.

g1 tentou contato por telefone com a Maternidade Augusta Bastos, mas não teve retorno até a última atualização dessa reportagem.

Em depoimento, os profissionais de saúde disseram que a mulher chegou à maternidade em trabalho de parto e a encaminharam para a sala para dar à luz. Eles falaram que, nesse momento, nem o pai e nem a gestante falaram sobre o homem querer acompanhar o nascimento.

Momentos depois, o homem questionou se o filho tinha nascido, e uma funcionária disse que sim. Diante da resposta, ele teria se revoltado, questionando porque não foi chamado para ver o parto do filho.

Os quatro profissionais agredidos procuraram a Polícia Civil e fizeram um boletim de ocorrências. O caso foi registrado inicialmente como ameaça.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 11 Julho 2022 09:08

CLIPPING AHPACEG 09A 11/07/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saúde e Anvisa admitem risco de desabastecimento de medicamentos

'Órfãos' dos planos de saúde recorrem a healthtechs, que dobram no Brasil

Plataforma permite cirurgia pra quem não tem plano de saúde

Goiás confirma dois primeiros casos de varíola dos macacos

Veja como pesquisa e uso da cannabis avançaram no Brasil nos últimos 10 anos

Reconhecimento facial monitora o bem-estar de pacientes

Proposta de redução na carga horária de trabalho tramita há 20 anos

Terapia de prevenção ao HIV perde 39% dos pacientes em 4 anos

PORTAL IG

Saúde e Anvisa admitem risco de desabastecimento de medicamentos

O empresário Ismael Leão chegou à quarta farmácia que visitou na última quinta-feira, em Brasília, em busca de um antibiótico infantil para a sua filha. No balcão, ouviu a mesma resposta que já havia recebido nas outras três: o produto estava em falta.

"Vou continuar a busca. Tenho que procurar para a minha filha", desabafou.

Em pleno inverno, o desfalque nas prateleiras constatado por Leão evidencia uma espécie de apagão de remédios e insumos pelo país. Além de antibióticos, faltam itens indispensáveis ao Sistema Único de Saúde (SUS) e listados na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) 2022, como o antibiótico amoxicilina, e dipirona, aliada de primeira hora no combate a dores e febre. Tanto o Ministério da Saúde quanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já admitem risco de desabastecimento de medicamentos no mercado.

A escassez, que já dura ao menos dois meses, extrapola os limites das drogarias. Uma pesquisa da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), feita com 106 estabelecimentos como hospitais, clínicas especializadas e empresas que fornecem serviço de home care em 13 estados e no Distrito Federal, revela que o problema também atinge unidades de saúde.

O levantamento constatou a falta de soro em 87,6% das instituições pesquisadas; dipirona injetável (para dor e febre), em 62,9%; neostigmina (combate doença autoimune que causa fraqueza nos músculos), em 50,5%; atropina (tratamento de arritmias cardíacas e úlcera péptica), em 49,5%; contrastes (usado em exames radiológicos), em 43,8%; metronidazol bolsa (para infecções bacterianas), em 41,9%; aminofilina (contra asma, bronquite e enfisema), em 41%; e amicacina injetável (contra infecções bacterianas graves), em 40%.

A ausência de mercadorias causa efeitos colaterais sensíveis: 40% das entidades que participaram do levantamento informaram que adquiriram o soro num preço duas vezes maior do que o praticado no mercado. Com a neostigmina (de combate à doença autoimune que causa fraqueza nos músculos), 53% apontaram que o estoque atual não chega a 25% do necessário.

Segundo o presidente da CNSaúde, Breno Monteiro, o preço médio do soro para unidades de saúde ficava em torno de R$ 3,50 antes da crise:

"Com relação aos soros, a maioria das empresas produz no Brasil. O que se observou na pesquisa é um escalonamento no aumento do preço. Outra situação é a falta do insumo, em que (as empresas) não estão conseguindo entregar no volume que se comprava", afirma o médico, que explica que a pesquisa traça um cenário nacional por ter respostas de todas as regiões.

Cerca de 95% dos insumos para produzir medicamentos , incluindo o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), o chamado insumo fundamental, vêm da China e da Índia. Entre os principais motivos para a escassez, estão: a alta do dólar e do barril de petróleo, cujos derivados são usados para produzir embalagens, e o aumento pela demanda por medicamentos como antibióticos durante o inverno. Além disso, a inflação também eleva o custo da cadeia de transportes.

Segundo entidades do setor, esses fatores fazem com que o custo de venda para farmácias - com teto delimitado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) - não cubra os gastos com a produção. Fortalecer o complexo industrial e o parque fabril no Brasil ajudariam a arrefecer o cenário:

"Temos o desafio da química fina, em que ficamos para trás da Ásia. Hoje, estamos com dificuldade de IFA de dipirona, o que é inaceitável", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à Comissão de Fiscalização e Controle do Senado na quarta-feira. "Se, lá atrás, planejamos ter um acesso universal, integral, igualitário e gratuito para atender 200 milhões de brasileiros, isso não pode ser dissociado de ter, por exemplo, um complexo da saúde forte e profissionais de saúde para atender nesse sistema".

Tanto o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) quanto o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) vêm alertando o Ministério da Saúde sobre o risco de desabastecimento no Brasil.

Noutro levantamento obtido pelo GLOBO, o Conasems identificou que a dipirona e os antibióticos amoxicilina, clavulanato de potássio e azitromicina são os mais "faltosos" entre as 284 cidades pesquisadas na última sexta-feira.

"O desabastecimento de medicamentos é uma grande preocupação do Conasems, motivo pelo qual estamos com várias iniciativas de capacitação de farmacêuticos e gestores para um melhor monitoramento da ponta. Isso nos permite apontar aos órgãos reguladores nacionais o cenário de escassez e de dificuldade de insumos e produtos e pedir providências", diz o secretário-executivo do Conasems, Mauro Junqueira.

Ao GLOBO, o ministério confirmou que articula junto à Anvisa medidas para combater o problema. A pasta informou que "trabalha sem medir esforços para manter a rede de saúde abastecida com todos os medicamentos ofertados pelos SUS".

Uma das ações foi liberar que a CMED, a quem cabe regular o mercado de medicamentos, reajustasse preços de determinados produtos ameaçados de desabastecimento. Outra foi diminuir o imposto de importação de insumos para dipirona, neostigmina e bolsas para soro, por exemplo. A Anvisa também confirma a atuação. Diz que "está monitorando os relatos de desabastecimento de medicamentos de forma a identificar situações que possam estar relacionadas a sua área de atuação".

O secretário-geral do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Gustavo Pires, detalha outros problemas gerados pela falta de insumos.

"Os riscos (da escassez) são inúmeros. Quando você não tem a dipirona injetável no ambiente hospitalar, muitas vezes, tem que usar um medicamento muito mais potente e mais caro, aumentando o risco de efeitos adversos e complicações para o paciente", declara Pires.

Gestores ouvidos pelo GLOBO veem o tema com preocupação, mas afirmam não ser possível mensurar os impactos para a saúde pública: as carências, apesar de afetarem diferentes estados do país, não são uniformes. Ou seja, um determinado medicamento pode não ser encontrado numa unidade da federação e não apresentar escassez em outra.

O GLOBO percorreu a Rua das Farmácias, na região central de Brasília, e comprovou a falta de medicamentos na ponta. No local, que reúne cerca de 25 drogarias de grandes redes e farmácias de manipulação, além de comércio de produtos hospitalares, encontrou casos de falta de antibióticos como amoxicilina - sobretudo na versão infantil - e azitromicina e também de xaropes contra tosse, que apresentaram maior demanda diante do aumento de doenças respiratórias no inverno.

"Já procurei o Frontal (nome comercial do alprazolam) no Núcleo Bandeirante, no Gama, em Santa Maria (regiões administrativas do Distrito Federal) e, agora, na Rua das Farmácias. Não encontrei até agora", lamenta a administradora Carla Chaves, que conta passar pelo problema a cada dois meses em busca do antidepressivo para o pai.

O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), contudo, nega o risco de desabastecimento. Segundo a entidade, que reúne empresas com mais de 95% do mercado nacional de remédios, é preciso modernizar a regulação de preços dos medicamentos - definidos pela CMED - para adequar os custos, que foram influenciados pela pandemia. A pandemia intensificou o cenário "quando os preços internacionais de IFAs e logística explodiram, precipitando o problema atual".

"Por causa de um controle de preços que vigora há 19 anos, ultrapassado e desconectado da realidade, os preços de inúmeros medicamentos tradicionais e confiáveis, de uso disseminado em clínicas e hospitais no país, ficaram defasados, enquanto subiam gradativamente os preços de IFAs (insumos farmacêuticos ativos), embalagens (frascos, vidros etc.) e outras matérias-primas importadas e cotadas em moeda forte", diz a nota do Sindusfarma.

A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) informou que nenhuma rede associada notificou "escassez generalizada de medicamentos". Já a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) diz que não se pronuncia sobre o assunto.

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ISTOÉ

'Órfãos' dos planos de saúde recorrem a healthtechs, que dobram no Brasil

Após perder o plano de saúde por causa do desemprego ou das altas mensalidades, clientes encaram as healthtechs como alternativa ao Sistema Único de Saúde (SUS). O número de startups que oferecem o serviço no Brasil praticamente dobrou nos últimos quatro anos, segundo levantamento da plataforma de inovação Distrito.

Pacientes traumatizados por experiências ruins na relação com médicos e operadoras tradicionais vêm elogiando o acolhimento dos prestadores de serviço das healthtechs, o intenso uso de tecnologia e os preços mais baixos. Mas nem todos os clientes se adaptam ao novo modelo e há, entre especialistas, dúvidas sobre o futuro financeiro das empresas.

Até o fim de junho, havia 34 healthtechs desse tipo em operação no País. No fim de 2018, eram 18. Segundo algumas das principais empresas do setor (QSaúde, Sami, Alice e Kipp Saúde, do Grupo Omint), houve alta da procura e da efetivação dos contratos nos últimos dois anos. Muitos dos clientes dessas empresas estavam sem cobertura de saúde suplementar antes de contratá-las. De quase 9 mil clientes da Sami, mais de 75% não tinham plano. Quase metade (45%) dos cerca de 13 mil clientes da QSaúde estava na mesma situação.

"A procura dos consumidores por healthtechs tem aumentado, assim como a familiaridade e a satisfação com esse tipo de empresa digital", diz o médico Vitor Asseituno, presidente e co-fundador da Sami. Lá, 75% dos atendimentos feitos pelos times de saúde (formados por médico de família, enfermeiro e coordenador de cuidado) são na via digital.

Sob o conceito de atenção primária, cuja lógica é acompanhar clientes para prevenir e evitar o agravamento de doenças e, assim, reduzir custos, elas representam concorrência saudável a operadoras convencionais e causam mudança de práticas da saúde suplementar.

O total de clientes da operadora Alice cresceu dez vezes de dezembro de 2020 a dezembro de 2021, diz a empresa. De 674 membros para 6 mil. Hoje, tem cerca de 10 mil membros.

"Buscamos promover a saúde de maneira mais humana e eficiente para nossos membros", diz André Florence, CEO e co-fundador da empresa. O modelo da Alice tem quatro pilares: foco em atenção primária e coordenação de cuidado; acompanhamento próximo de todas as necessidades de saúde do cliente; intenso uso de tecnologia e remuneração dos prestadores conforme a satisfação do cliente e o desfecho clínico alcançado.

Acolhimento

Após pedir demissão da empresa onde trabalhou por 20 anos e abrir mão de plano, carro e outros benefícios, a empresária Charmene de Cara, de 38 anos, pesquisou as propostas das startups e escolheu a Alice. "Desconfio de convênios porque tenho doenças crônicas e sofri muito com a saúde suplementar", diz. "Acho que os médicos da Alice fazem 'intensivão' em empatia. Nunca me senti tão acolhida e vi minha saúde ser cuidada de forma global. O plano aceitou até incluir na mensalidade a assessoria de corrida que eu pagava à parte", afirma.

Segundo Vanessa Gordilho, diretora-geral da QSaúde, um desafio tem sido apresentar ao público o modelo. "Enquanto planos tradicionais pouco ou nada sabem sobre seus clientes, apenas pagam despesas e depois repassam gastos para o reajuste anual, acompanhamos o prontuárxio de cada cliente para cuidar efetivamente da sua saúde." Lançada em outubro de 2020, auge da pandemia, a QSaúde alcançou cerca de 13 mil clientes, em 2022, cerca de mil novas vidas por mês.

"Ter plano de saúde está no topo dos benefícios mais desejados pelos brasileiros. A Kipp Saúde foi planejada para pessoas que buscam atendimento efetivo, mais tecnológico e facilitado", diz Cícero Barreto, diretor comercial e de marketing do Grupo Omint.

Futuro

Para quem exige acesso direto a médicos especialistas e uma lista com muitos hospitais e laboratórios, startups podem não ser boa opção. Em geral, elas têm contratos com número limitado de prestadores de serviço e algumas dão remuneração atrativa a especialistas que aceitam atender clientes delas com exclusividade. Assim, garantem que o médico prescreva medicamentos conforme lista combinada previamente (em geral, remédio de bons resultados de saúde a preço aceitável) e não pedem exames em excesso e procedimentos desnecessários.

Para especialistas, é impossível exercer esse controle se um plano oferece dezenas de hospitais e centenas de médicos. "Healthtechs têm redes enxutas, mas não é necessariamente ruim. É o futuro", diz Gustavo Gusso, da Faculdade de Medicina da USP. "Em 10 anos, provavelmente as grandes operadoras também oferecerão poucos prestadores. Do contrário, os planos serão inviáveis. Precisamos nos acostumar com essa mudança."

Apesar da boa impressão inicial relatada por clientes, há dúvidas sobre o modelo de negócio. A Sami demitiu 75 funcionários (15% do quadro) em junho. A base da saúde suplementar é o mutualismo, assim como na seguridade social. Planos coletam dinheiro dos saudáveis e usam para pagar a conta dos doentes. É bem difícil ter mutualidade com menos de 30 mil clientes (marca que nenhuma healthtech atingiu).

Se um plano tem 300 pessoas e uma delas sofre acidente e fica longo tempo na UTI, o reajuste será elevadíssimo porque o custo do tratamento será rateado entre os membros desse pequeno grupo. Não se sabe também se a necessidade de passar pela equipe de atenção primária representará um filtro tão fechado a ponto de o paciente não chegar aos especialistas, caso adoeça e precise de recursos dispendiosos.

Cliente da Sami, a fisioterapeuta Alana Pereira Bastos, de 26 anos diz estar satisfeita com o atendimento, os agendamentos pelo celular e o acesso a bons hospitais, mas aconselha avaliar bem. "Como não tenho doença que exija tratamento longo e dispendioso, achei que valia a pena a mensalidade baixa e correr o risco de a empresa não dar certo e os clientes ficarem sem assistência", diz. "Para a pessoa com doença grave, é preciso refletir bem e avaliar prós e contras."

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PORTAL TERRA

Plataforma permite cirurgia pra quem não tem plano de saúde

Por meio da tecnologia, plataforma conecta clientes que sofrem com a espera na saúde pública

Quem sofre com o atendimento deficiente do SUS sabe a dificuldade que é em situações especiais, como a necessidade de uma cirurgia. Como 70% da população brasileira não tem plano de saúde, a tecnologia pode ser aliada para essas situações.

Presente inicialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, a plataforma Vidia promete conectar hospitais particulares a pessoas que necessitam de cirurgias eletivas, mas não têm plano de saúde ou cujos planos de saúde não cobrem.

O que chama atenção de imediato é que todos os custos estão inclusos na hora da contratação, incluindo exames pré-operatórios e estadia hospitalar. O objetivo aqui é usar os centros cirúrgicos que, segundo levantamento realizado pela Planisa, estão ociosos em aproximadamente 60% do tempo.

"Embora o SUS seja eficiente em muitas frentes, ele foi desenhado para atender apenas um terço do volume que recebe hoje. Com a pandemia, o problema se agravou", explica Thiago Bonini, CEO e cofundador da healthtech. "Somente entre 2020 e 2021, o sistema deixou de realizar quase 2 milhões de procedimentos, segundo dados do Ministério da Saúde. E a Vidia ajuda pessoas desassistidas a terem acesso a esses serviços."

O segredo está no uso da tecnologia

"Conectamos as pessoas aos pacotes cirúrgicos oferecidos pelos hospitais parceiros, desta forma conseguimos trazer agilidade e concluir todo o processo em poucas semanas, em alguns casos, em poucos dias", esclarece Eduardo Cerqueira, CIO e cofundador da Vidia.

Obviamente, a forma de pagamento também é uma preocupação onipresente quando se trata de uma cirurgia. A plataforma, porém, oferece até a possibilidade de fazer uma vaquinha virtual para levantar fundos para uma cirurgia além dos métodos convencionais, como cartão de crédito, débito, boleto, boleto parcelado, financiamento e crédito com garantia.

"Sabemos que o valor de uma cirurgia pode ser inviável para uma pessoa que está na fila do SUS, então além de oferecer diversas formas de pagamento, criamos a vaquinha virtual pela qual é possível arrecadar os valores de familiares e amigos que queiram ajudar, de forma rápida, simples e segura, sem precisar desembolsar nenhum valor", complementa Bonini.

Para finalizar, vale lembrar que a plataforma contempla cirurgias gerais como a de pedra na vesícula e hérnias abdominais, cirurgias ginecológicas como a histerectomia, urológicas como a reversão de vasectomia, oftalmológicas como catarata e refrativa de miopia.

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A REDAÇÃO

Goiás confirma dois primeiros casos de varíola dos macacos

Goiás tem dois casos confirmados de varíola dos macacos. Informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), divulgadas neste sábado (9/7), indicam que os pacientes moram em Aparecida de Goiânia. 

Os homens que contraíram a doença têm 33 e 34 anos. "Ambos estão em isolamento domiciliar, com boa evolução do quadro e sendo monitorados diariamente pela Vigilância em Saúde", informou a secretaria, em nota.

Até sexta-feira, eram seis casos suspeitos no Estado. Além dos dois em Aparecida, confirmados hoje, há três sob investigação em Goiânia e um em Mineiros. Pessoas com suspeita da doença e outras que tiveram contato com elas são rastreadas e monitoradas pela Vigilância Epidemiológica de cada município. 

A SES-GO reforça que os critérios para definição de caso suspeito estão ligados ao início súbito de erupção cutânea aguda, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia ou relato de febre.

A pasta ainda orienta para procurar unidades de saúde caso haja:
 

- Histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados de Monkeypox, nome técnico de varíola dos macacos, nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas, ou

-Ter vínculo epidemiológico com pessoas com histórico de viagem a país endêmico ou país com casos confirmados de Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas, ou

- Ter vínculo epidemiológico com casos confirmados da doença, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas, ou

- Histórico de contato íntimo com desconhecido/a (s) e/ou parceiro/a(s) causal(is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas.

O processo de investigação da doença inclui a coleta de amostras do paciente. Elas são encaminhadas para o Laboratório Estadual Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). Algumas amostras para diagnóstico diferencial são analisadas no próprio Lacen e outras, encaminhadas pelo Lacen ao laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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O HOJE

Veja como pesquisa e uso da cannabis avançaram no Brasil nos últimos 10 anos


Por: Rodrigo Melo

Nos últimos 10 anos, as pesquisas e o uso legal de cannabis medicinal aumentaram significamente no Brasil. Segundo o neurocientista Sidarta Ribeiro, que é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o avanço acompanha a tendência mundial de regulamentação de medicamentos feitos à base da planta, popularmente conhecida como maconha.

“Isso acontece muito pela ação de familiares de pacientes, de pacientes organizados em associações, isso está crescendo muito. São dezenas de milhares de pessoas que fazem tratamento medicinal com cannabis, isso não existia há 10 anos atrás. Tem um monte de gente que tem autorização para importar, que consegue comprar na farmácia, embora seja caríssimo”, apontou Sidarta.

O professor participou do seminário internacional Cannabis amanhã: um olhar para o futuro, que ocorreu neste sábado (9/7) e domingo (10). no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal (Apepi).

Tradição e proibição

Para o Ribeiro, a proibição da cannabis no Brasil não cumpriu o que prometeu – diminuir o uso recreativo da substância e a violência envolvida no mercado ilegal da planta – e isso está sendo percebido pela população.

“As pessoas estão se conscientizando de que foram enganadas, de que muita injustiça foi cometida em nome dessa guerra contra a maconha e que, na verdade, se elas precisam, ou se algum familiar, algum amigo precisa dessa substância para lidar com situações de vida ou morte, elas são capazes de romper as amarras desse difamação que a maconha sofreu por muitas décadas.”

Também palestrante no evento, o líder indigenista e ambientalista Ailton Krenak lembra que a cannabis foi introduzida no Brasil pelos povos africanos e, depois incorporada aos rituais de alguns povos indígenas há 300 anos.

“A gente não pode naturalizar a ideia de que a cannabis integra o repertório de conhecimento dos povos originários daqui da América do Sul. Ela não é nativa daqui, ela veio para cá com os povos que vieram da África, né? Tem gente que acha que ela entrou pelo Caribe, pela América Central, tem outros historiadores que dizem que os povos que vieram do Benim, da África, levaram ela para o Maranhão e daí ela entrou na Amazônia.”

Krenak destaca a importância das plantas medicinais no saber tradicional dos povos originários, muitas cantadas em rituais tradicionais e outras integrantes de mitos fundadores desses povos.

“O uso medicinal e o uso ritualístico, ele foi integrado a outras práticas, assim como a jurema. A jurema é daqui, é nativa, os povos indígenas do Nordeste têm os rituais da jurema e assimilaram essa planta que veio da África como uma planta que é parente da jurema”.

Associação

A advogada Margarete Brito, fundadora e diretora da Apepi, explica que a associação foi criada em 2014 para ajudar familiares e pacientes que viram na cannabis medicinal uma grande melhora na qualidade de vida de pessoas com doenças rara e neurológicas, como epilepsia. A família dela foi a primeira a conseguir autorização judicial para plantar a maconha e extrair o óleo medicinal em casa e, depois disso, criou a Apepi para ajudar outros pacientes. Atualmente, a associação fornece o óleo para quase 4 mil pacientes.

Este é o terceiro evento que a associação promove em parceria com a Fiocruz, sendo o primeiro em 2018. De acordo com Brito, os palestrantes apresentaram muitos avanços nas pesquisas, esclarecimento médico e no uso da cannabis medicinal no país.

“Até por relato de participantes, médicos, pesquisadores que estão nessa edição, dizendo o quanto o debate avançou. As associações já estão conseguindo plantar e abrir espaço para pesquisa. Hoje, a Apepi tem parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e com a Unicamp, que faz a dosagem de todos os óleos. No último seminário, em 2019, isso nem existia.”

Ela destaca a importância de se amadurecer o debate em torno da maconha medicinal, até para baratear o acesso aos medicamentos, ainda muito caros. Para a advogada, o preço pode baixar com a aprovação do Projeto de Lei (PL) 399/15, que regulamenta o plantio de Cannabis sativa para fins medicinais e a comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da planta. O PL foi aprovado na comissão especial da Câmara dos Deputados no mês passado, mas que teve o trâmite novamente interrompido.

“Ainda é muito caro. Além de melhorar o acesso, você gera riqueza para o país, né? Porque hoje existem inúmeras pessoas que ainda usam o produto que vem lá de fora, pagando em dólar. Como o Sidarta diz, é igual você importar mandioca para fazer farinha.”

Pesquisa

O médico sanitarista e assessor de relações institucionais da Fiocruz, Valcler Rangel, explica que a Fiocruz pretende implantar ações para induzir a pesquisa na área, com o objetivo de possibilitar o uso da cannabis medicinal como um recurso para a saúde pública.

“A gente está formulando uma proposta de indução de pesquisas e estudos amplos nessa área, estudos interdisciplinares, pegando no campo biológico, dos estudos clínicos e também das ciências sociais. A ideia é induzir estudos voltados para essa questão do uso medicinal da cannabis, com a constituição de plataformas de análise e a criação de um grupo de trabalho permanente com o pessoal das universidades e da sociedade civil, que trabalhe uma agenda combinada das instituições para esse enfrentamento das dificuldades do uso da cannabis”.

Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostrou que canabinoides são eficazes no tratamento de doenças neurológicas.

Estudos indicam parkinson, glaucoma, depressão, autismo e epilepsia. Além disso, há evidências da eficácia dos canabinoides contra dores crônicas, em efeitos antitumorais e também contra enjoos causados pela quimioterapia, além da aplicação no tratamento da espasticidade causada pela esclerose múltipla.

Os canabinoides também demonstraram evidências de que são efetivos para o tratamento da fibromialgia, distúrbios do sono, aumento do apetite e diminuição da perda de peso em pacientes com HIV; melhora nos sintomas de síndrome de Tourette, ansiedade e para a melhora nos sintomas de transtornos pós-traumáticos.

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PORTAL FUTURE HEALTH

Reconhecimento facial monitora o bem-estar de pacientes

A DOC24 acompanha o bem-estar de pacientes escaneando seus rostos e usando esses dados para alimentar uma promissora inteligência artificial. A mesma tecnologia usada para desbloquear celulares por meio de leitura facial está sendo aplicada para monitoramento do bem-estar de clientes do setor de saúde.

Chamada de WellnessTest, a tecnologia transdérmica escaneia o rosto de uma pessoa acessando a câmera de smartphones, tablets ou computadores por 30 segundos. Os dados são incorporados a uma inteligência artificial (IA) que consegue ler, medir, compreender e detectar padrões de respiração e de pigmentação da pele.

Antes do reconhecimento facial, contudo, o sistema pede algumas informações, como sexo, altura, peso, se é fumante, se tem hipertensão diagnosticada e alguma doença respiratória.

"A partir das respostas do paciente e do monitoramento por câmera, a tecnologia cruza as informações com a inteligência artificial para gerar uma série de indicadores como frequência cardíaca e respiratória, nível de oxigenação, índice de estresse, pressão arterial, riscos de doenças cardiovasculares e de AVC, entre outros", afirma Fernando Ferrari, diretor-geral no Brasil da DOC24, empresa de saúde digital, que oferece diversos serviços, entre eles, uma plataforma de telemedicina para o segmento corporativo.

Tecnologia sob medida

A aplicação do reconhecimento facial na saúde, neste caso, aconteceu porque a DOC24 queria desenvolver algo que agilizasse o trabalho dos médicos e o serviço da triagem nos hospitais e clínicas.

De acordo com Ferrari, o reconhecimento facial para monitorar a saúde de pacientes já é usado em países como o Canadá, Reino Unido e Israel. E foi com essa tecnologia vinda de fora que eles começaram a dar os primeiros passos da WellnessTest. Em seguida, foi preciso aprimorar as informações com base no biotipo do brasileiro

"Estudamos características da pele, da luminosidade, exposição ao sol e outros fatores. Em seguida, foram feitos testes com escaneamento da face de diversas pessoas. Reunimos todas essas informações para criarmos o banco de dados da inteligência artificial", explica o diretor-geral.

Ainda de acordo com Ferrari, o reconhecimento facial feito por um brasileiro no Reino Unido, por exemplo, não será tão preciso quanto o realizado por aqui, já que as características físicas catalogadas das pessoas nascidas no Brasil é que alimentam a IA.

Serviço multifuncional

As perguntas que precedem o escaneamento facial podem ser personalizadas de acordo com a necessidade de cada cliente. "Para uma seguradora de vida, por exemplo, que usa essa informação como base para aceitar ou não um novo cliente, a empresa pode pedir para acrescentarmos novos critérios e ajustarmos com os dados pedidos pelo sistema", acrescenta Ferrari.

O diretor-geral afirma que o WellnessTest tem sido visto como uma plataforma de bem-estar orientativa:

"Isso nos permite oferecer serviços para companhias de seguro, operadoras de saúde e outras empresas preocupadas com a qualidade de vida dos seus colaboradores", conta.

Qualidade de vida em tempo real

O uso da ferramenta para entender mais sobre a saúde do paciente ou do colaborador traz diversas benfeitorias às empresas que contratam o serviço. No caso do setor de saúde, por exemplo, essa nova tecnologia leva mais informações aos médicos.

"O sistema de triagem, já tradicionalmente implantado com sucesso na recepção da maioria dos hospitais, pode ser aperfeiçoado com a inclusão do WellnessTest", argumenta Ferrari.

No caso das seguradoras, o diretor-geral explica que o novo serviço contribuirá para melhorar a precificação e a aceitação de risco. E para as empresas, o WellnessTest torna mais fácil avaliar e acompanhar o bem estar dos seus colaboradores.

"Isso porque, de posse das informações geradas, será possível promover ações específicas para a melhoria da qualidade de vida de uma determinada população, o que ajuda no combate ao absenteísmo e, ao mesmo tempo, melhorar a produtividade", esclarece Ferrari.

Telemedicina raiz

Fundada na Argentina, em 2016, a DOC24 chegou ao Brasil em 2019 com a promessa de entregar aos clientes um sistema de telemedicina totalmente personalizado.

"Conectamos pacientes, médicos, provedores e parceiros através de uma plataforma capaz de se adaptar às demandas com agilidade e oferecer soluções desenhadas especialmente para atender projetos específicos", conta o diretor-geral.

E com quase 3 anos de sua fundação, atualmente a healthtech já conta com mais de 15 milhões de beneficiários na América Latina, com um volume superior a 200 mil consultas por mês.

Entre as empresas que adquiriram a plataforma de reconhecimento facial encontram-se a Prudential e a Unimed Grande Florianópolis.

Em relação ao sistema de telemedicina, o diretor-geral destaca algumas empresas do setor de saúde como a BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo (SP), o Hospital da Criança de Brasília, o Hospital Ernesto Dornelles, no Rio Grande do Sul (RS) e o Sistema Unimed, que atua como operadora de plano de saúde.

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CORREIO BRAZILIENSE

Proposta de redução na carga horária de trabalho tramita há 20 anos

A redução da jornada de trabalho semanal para quatro dias sem alteração salarial é realidade para milhares de trabalhadores de economias desenvolvidas, como em países da Europa -- Bélgica, Espanha, França, Islândia --, na Nova Zelândia, nos Emirados dos Árabes Unidos e no Japão. Apesar da mudança ter sido adotada em outras partes do mundo, no Brasil, as experiências do tipo ainda são limitadas às poucas empresas privadas que decidiram implementar a rotina.

Na Câmara há mais de 20 anos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 231/1995, que propõe alterar a carga horária máxima prevista na Constituição Federal, de 44 para 40 horas semanais, nunca chegou a ser votada. Aprovada com apoio de todas as centrais sindicais, a matéria teve autoria do então deputado do PCdoB do Ceará Inácio Arruda e enfrentou diversas análises desde 1995. Foi arquivada e desarquivada várias vezes até 2009, quando teve aprovação em comissão especial. Desde então, aguarda acordo para que seja iniciada a votação em primeiro turno.

Atualmente Secretário da Ciência e Tecnologia e Educação Superior do Estado do Ceará, Arruda recorda o surgimento da PEC. "Estive na Assembleia Constituinte. A proposta, na época, era de 40 horas. Foi uma das disputas mais acirradas na votação. No final, ficaram 44, que já considerávamos um exagero. O fato de ter uma escala grande de hora extra leva muitas pessoas a ter uma jornada superior a 50 horas de trabalho. Foi por isso que, em 1995, criei a PEC", conta o ex-deputado.

Além da redução de horas, o texto prevê que o extra seja 75% superior à hora normal. A Constituição brasileira, atualmente, determina um acréscimo de, no mínimo, 50%. A PEC precisa ser aprovada em dois turnos de votação, na Câmara e no Senado nacional.

Arruda admite que as chances de votação eram maiores logo após à época em que foi aprovada em comissão especial. Para ele, hoje, a Câmara se apresenta, em sua maioria, "quase que inimiga do mundo do trabalho". Apesar disso, ele continua considerando a redução da jornada de trabalho um debate fundamental, que deve emergir nos próximos anos, principalmente, "para garantir uma inclusão maior de trabalhadores no mercado de trabalho".

Cenário favorávelDe acordo com o advogado trabalhista Alexandre Fragoso, existe, no Brasil, um "ambiente legislativo propício" para a adoção da semana com quatro dias úteis. Isso porque o artigo 7º da Constituição determina apenas um limite máximo de horas e dias a serem trabalhados. A determinação é de que não se ultrapasse 10 horas diárias -- oito horas normais e duas suplementares -- e 56 horas semanais -- 44 normais e 12 suplementares. "Abaixo disso (das 44 horas semanais), posso fazer o que quiser. Então, não preciso fazer grandes mudanças, porque já existe um ambiente legislativo propício", explica. Mas a implementação da semana com quatro dias úteis como via de regra no mercado de trabalho brasileiro não parece estar próxima. Para Fragoso, é preciso ter cautela, porque um benefício na legislação trabalhista não pode simplesmente ser tirado ou reprimido.

Ari Aloraldo do Nascimento, secretário nacional das Relações de Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT), destaca que a redução da jornada de trabalho sem alteração salarial é uma pauta histórica da organização. "Associamos a redução da jornada à questão dos avanços tecnológicos que desempregam milhares de pessoas [...] É uma forma de amenizar a questão do desemprego, já que oportuniza mais pessoas a ter acesso ao mercado de trabalho. Também tem a ver com o recorte da saúde do trabalhador", afirma. Para o sindicalista, hoje, no Brasil, temos uma conjuntura que está muito próxima da selvageria das relações de trabalho. A solução seria a alteração na lei. "Nós achamos que uma nova legislação tem que garantir a liberdade de fazermos nossa negociação coletiva", declara.

De acordo com o diretor jurídico da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Wolnei Ferreira, a entidade não é a favor da redução e acredita que a questão deve passar por um amplo debate. "A nossa defesa é que deve ser uma decisão individual, empresa por empresa, aquelas que têm condição e possam adotar. Em termos gerais de regulamentação legal, não somos favoráveis. Isso colocaria em risco a competitividade do Brasil", ressalta. Ferreira afirma que a baixa produtividade brasileira, somada ao déficit de mão de obra qualificada no país, dificultaria a mudança nas horas semanais trabalhadas. "Se nós reduzirmos a jornada de trabalho, o que vai acontecer é que o trabalhador vai se comprometer em outros empregos e vai, inclusive, piorar sua saúde. O trabalhador com mais tempo livre, busca aumentar sua renda", argumenta. 

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GAZETA WEB

Terapia de prevenção ao HIV perde 39% dos pacientes em 4 anos

De 2018 para cá, 39% dos usuários da Prep (profilaxia pré-exposição) no Brasil interromperam essa forma de evitar infecções por HIV. Entre os usuários atuais, jovens e pessoas com baixa escolaridade representam número pequeno de pacientes atendidos.

A Prep consiste em tomar diariamente a combinação dos antirretrovirais tenofovir e entricitabina, medicamentos eficazes contra o HIV. Ao fazer isso, o usuário evita a infecção pelo vírus.

O método foi aprovado para incorporação no SUS (Sistema Único de Saúde) em maio de 2017. Segundo os dados do Painel Prep, vinculado ao Ministério da Saúde, em janeiro de 2018 o método contava com mais de 64 mil pacientes atendidos. Em abril deste ano, o número caiu para 39 mil.

O Ministério da Saúde diz, em nota à Folha, que a Prep deve ser utilizada enquanto a pessoa estiver em risco de infecção pelo HIV. Além disso, a pasta afirma que toma medidas para reduzir barreiras de acesso, como disponibilização de teleatendimento para os usuários do serviço.

Estudos indicam alta eficácia do método: um deles concluiu que a Prep reduziu 95% de incidência do HIV em participantes com níveis sanguíneos detectáveis do medicamento -ou seja, com adesão constante à prevenção.

Por isso, os dados que indicam a queda da profilaxia preocupa especialistas. "Não conseguimos ter uma cobertura boa do uso da Prep. Ela teria que ser maior e atingir os mais jovens", afirma Alexandre Grangeiro, ex-diretor do programa nacional de HIV/Aids e pesquisador científico da Faculdade de Medicina da USP.

Grangeiro coordena estudos sobre Prep em adolescentes e adultos. Ele diz que a profilaxia precisa ser utilizada largamente para diminuir a incidência do vírus. "Se uma pessoa usar Prep, ela está protegendo somente a si mesmo."

"Não basta que se inicie a Prep, é preciso permanecer ao longo do tempo. Essa alta taxa de interrupção vai diminuindo a efetividade da profilaxia do ponto de vista da redução de incidência", acrescenta.

Ele chama a atenção para a necessidade de haver uma maior disseminação do método especialmente entre os mais jovens. Segundo ele, o risco de infecção por HIV é maior nos anos iniciais da vida sexual e, por isso, os mais jovens são um grupo de grande risco.

Segundo o painel Prep, dos usuários atuais da profilaxia, somente 12% são pessoas entre 18 e 24 anos. Em adolescentes, a Prep para maiores de 15 anos foi indicada em uma recomendação de dezembro de 2021 da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS).

A disponibilidade para esse público ainda está em implementação, diz o Ministério da Saúde. "O protocolo clínico da Prep está em processo de atualização e vai contar com estratégias para contemplar o público mais jovem."

A pouca participação dos mais jovens no uso da Prep também é ressaltada por Maria Amélia Veras, professora do departamento de saúde coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Ela afirma que é importante um programa educacional que informe sobre a profilaxia para evitar a baixa adesão ao método. "Isso precisa ir às escolas."

Inclusive, a escolaridade é um ponto que chama atenção nos dados de usuários da Prep. Atualmente, 72% daqueles que utilizam o serviço têm 12 anos ou mais de educação. Em contrapartida, pessoas com 0 a 3 anos de estudo formal representam cerca de 1%.

Razões de abandono da Prep Em relação à queda de 39% dos usuários nos últimos quatro anos, Veras defende uma investigação aprofundada. "O dado gera um alerta. Vai caber [...] identificar quem são as pessoas que descontinuaram e quais são as razões."

A professora diz que a interrupção pode estar associada a uma mudança no comportamento dos usuários. Um exemplo é o início de uma relação monogâmica em que os parceiros tenham testes negativos para HIV.

No entanto, outros motivos podem ser materiais. Um caso é se a pessoa parou de utilizar o serviço por falta de dinheiro para se deslocar até os centros de saúde. Também há problemas relacionados à rotina de cada pessoa, já que é necessário fazer exames periódicos e ir aos locais de dispensação para receber o medicamento.

"É preciso pensar nas barreiras que podem ser materiais no sentido de as pessoas não conseguirem chegar às unidades de saúde", afirma Veras.

Essa foi a situação do atendente Gabriel de Paula, 19. Assim que completou 18 anos, ele iniciou uma vida sexual mais constante e viu na Prep uma forma de se proteger do HIV. Antes disso, o jovem sabia pouco sobre a profilaxia.

Ele conta que iniciar o uso do medicamento foi fácil. Manter a rotina de se dirigir ao centro de saúde que o atendia também não era difícil no começo -mesmo que o deslocamento levasse em torno de duas horas.

O cenário mudou quando ele trocou de horário no trabalho. O centro que o atendia só funcionava no período da tarde. De início, o jovem trabalhava somente pela manhã, mas, quando começou a trabalhar à tarde, ficou difícil.

"Eu fiquei um mês sem utilizar, eu não conseguia buscar por causa da rotina", afirma.

O que diz o Ministério da Saúde Em notas enviadas à Folha, o Ministério da Saúde diz que a Prep deve ser utilizada quando há risco de infecção pelo HIV e que tomou medidas para facilitar o acesso e continuidade. Uma das ações foi a ampliação do tempo de dispensa do medicamento de 1 para 4 meses. "A iniciativa reduz a frequência de ida dos usuários aos serviços de saúde, facilitando a manutenção do uso da profilaxia."

O ministério acrescenta que há o uso do teleatendimento para auxiliar no acesso e manutenção da Prep e que realiza oficinas nos estados para capacitar profissionais de saúde. Também afirma que a busca pela profilaxia subiu. "Entre março de 2021 e abril de 2022, o número de usuários de Prep dobrou."

Questionada sobre as razões que levaram à descontinuidade dos usuários da profilaxia entre 2018 e 2022, a pasta diz que a interrupção deve ser discutida pelo paciente com um profissional de saúde. Para aqueles que param de utilizar a profilaxia, o ministério da Saúde recomenda a realização de um teste de HIV em quatro semanas a partir da interrupção.

Como a Prep funciona?

A profilaxia consiste nos antirretrovirais tenofovir e entricitabina combinados em um comprimido. O usuário consome uma pílula por dia para evitar a replicação do HIV caso seja exposto ao vírus. No primeiro dia do uso da Prep, a pessoa utiliza dois comprimidos, conforme uma revisão da Conitec.

Para quem ela é recomendada?

Alguns grupos são prioritários para uso da Prep, como homens que fazem sexo com outros homens, trabalhadoras do sexo e mulheres trans. No entanto, em relatório de 2021, a Conitec explica que a profilaxia é considerada para qualquer adulto com vida sexual ativa, observando aspectos como práticas sexuais, número de parcerias, uso inconsistente de preservativo e desejo pessoal de aderir a Prep.

Como iniciar o uso da Prep?

A primeira etapa é se dirigir a um serviço de saúde público que oferte a profilaxia. O Ministério da Saúde disponibiliza uma página na internet com os endereços. Já no atendimento, os profissionais conversam com a pessoa para explicar sobre a Prep e entender das suas práticas sexuais. Também são feitos alguns exames -indivíduos soropositivos não estão aptos à profilaxia, por exemplo.

Depois que começar com a Prep, é possível abandonar outras formas de prevenção?

A Prep faz parte da prevenção combinada, um modelo baseado em diferentes métodos para evitar a transmissão do HIV. Outros mecanismos da prevenção combinada são o uso de camisinha e testagem constante para ISTs. Além disso, a Prep é eficiente somente na prevenção do HIV. Para outras ISTs, esse método não evita a transmissão.

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Assessoria de Comunicação

CURSO FATURAMENTO2

A Ahpaceg, em parceria com a empresa Java Treinamentos, traz a Goiânia o curso *Noções Básicas em Faturamento Hospitalar com Ênfase em Tabelas*, que será ministrado nos dias 13 e 20 de agosto próximo, das 8 às 17 horas, na sede da Associação - Rua 94, número 220, quadra f-13, lote 28, Setor Sul.

O curso é aberto a faturistas hospitalares, recepcionistas e demais profissionais interessados em ingressar na área de faturamento hospitalar e as inscrições já podem ser feitas pelos telefones 62 98406-8752 e 62 99399-2595.

Associados da Ahpaceg e seus colaboradores têm desconto. Confira, inscreva-se e aproveite essa oportunidade de atualizar e ampliar seus conhecimentos.

Valores

Até dia 31/07

- 350,00 (colaboradores/associados Ahpaceg)

- 450,00 (público em geral)

Após 01/08

- 400,00 (colaboradores/associados Ahpaceg)

- 450,00 (público em geral)

Sexta, 08 Julho 2022 11:31

CLIPPING AHPACEG 08/07/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Comissão especial aprova PEC do Piso da Enfermagem

Anvisa proíbe venda e comercialização de Lipotramina e Lipozepina

Antibióticos estão em falta nas farmácias de Goiânia

Anvisa mantém a proibição da venda de cigarros eletrônicos

Julho Amarelo conscientiza para combate de Hepatites Virais

Varíola dos Macacos: Ministério da Saúde confirma 142 casos no Brasil

Polícia começa a investigar denúncia de que esteticista perdeu parte do nariz após cirurgia estética com dentista

Hmap: Prefeitura de Aparecida de Goiânia deixou de repassar recursos, rebate IBGH  

Biópsia líquida: o exame de sangue que permite acompanhar evolução do câncer

LGPD trouxe segurança aos pacientes, mas seu cumprimento ainda é complexo

AGÊNCIA CÂMARA

Comissão especial aprova PEC do Piso da Enfermagem

A comissão especial que analisa a proposta de emenda à Constituição do Piso da Enfermagem (PEC 11/22), aprovou, nesta quinta-feira (7) o parecer favorável da deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC). Apenas o líder do Novo, deputado Tiago Mitraud (MG), foi contrário à proposta. A PEC ainda precisa ser aprovada pelo Plenário da Câmara dos Deputados, o que pode ocorrer ainda nesta quinta.

No relatório, que recomenda a aprovação da PEC, Carmen Zanotto destacou que a proposta vai dar "mais robustez e segurança jurídica" ao Projeto de Lei 2564/20, que fixa o piso salarial de enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem e parteira. O projeto, aprovado pelo Congresso, ainda aguarda a sanção presidencial.

"A enfermagem merece, sim, um vencimento um pouquinho mais justo. Estamos falando de profissionais de nível superior, que dedicaram quatro anos de sua vida na graduação, que têm jornada de trabalho, entre técnicos, auxiliares e parteiras, de 44 horas semanais, quer seja nos hospitais públicos ou privados", afirmou a relatora.

"Todos nós, com a pandemia, percebemos ainda mais a importância do conjunto de homens e mulheres que representam 70% dos trabalhadores da área da saúde", completou a deputada, que é enfermeira.

A PEC

Já aprovada pelo Senado, a PEC 11/22, da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), determina que lei federal instituirá pisos salariais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira. O objetivo da PEC é evitar que os novos pisos sejam questionados na Justiça com o argumento de "vício de iniciativa".

Segundo a Constituição Federal, projetos de lei sobre aumento da remuneração de servidores públicos só podem ser propostos pelo presidente da República, mas o Projeto de Lei 2564/20 é de autoria do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), o que abriria margem para veto ao novo piso para profissionais do setor público.

De acordo com o projeto, o piso salarial de enfermeiros passará a ser de R$ 4.750,00; o de técnicos de enfermagem, R$ 3.325,00; e o de auxiliares e de parteiras, R$ 2.375,00. Pela PEC, a União, os estados e os municípios terão até o final deste ano para adequar a remuneração dos cargos e os planos de carreira.

Apoio à proposta

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) foi uma das que defendeu mais garantias para a categoria. "O trabalho é de grande esforço físico e de alta responsabilidade. Porque os erros são imediatamente visualizados, tratados eticamente, mas ninguém observa a carga, a jornada, o peso do trabalho", disse.

A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) acrescentou que a categoria é majoritariamente feminina, e acumula ainda dupla jornada de trabalho, com as tarefas domésticas. Segundo ela, as mulheres, especialmente as negras, são a base da pirâmide salarial brasileira e precisa de reconhecimento.

Também favorável à PEC, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) destacou que o impacto anual do piso de enfermagem é de menos de 2,5% do orçamento geral do Sistema Único de Saúde (SUS) e de menos 2% do faturamento anual dos planos de saúde.

Voto contrário

Para o deputado Tiago Mitraud, no entanto, a categoria está sendo enganada, desde a votação do PL 2564/20. "Falaram que tinha fonte de financiamento, falaram que, assim que aprovado o PL, vocês teriam aumentado o salário. Pouco tempo depois, estamos aqui aprovando esta PEC, com voto contrário do Novo, porque o PL era claramente inconstitucional", afirmou.

"Pela primeira vez, um PL aprovado na Câmara e no Senado não foi para sanção presidencial, aguardando uma PEC para dar ares de constitucionalidade a isso, mas que na, nossa visão, não supera a inconstitucionalidade do PL e da própria PEC", completou.

Na avaliação de Mitraud, com a aprovação das propostas, alguns profissionais terão aumento, mas outros ficarão desempregados. Ele disse que está a favor da categoria, pois acredita que a proposta poderá provocar desemprego e piores condições de trabalho. Para o parlamentar, a enfermagem está sendo utilizada como massa de manobra eleitoral.

Ao final da votação, o presidente da comissão especial, deputado Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF), destacou o trabalho da categoria pela aprovação da medida.

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AGÊNCIA ESTADO

Anvisa proíbe venda e comercialização de Lipotramina e Lipozepina

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização, distribuição, fabricação e propaganda, além de determinar o recolhimento, dos suplementos alimentares Lipotramina e Lipozepina. Os produtos são produzidos pela Guki Nutracêutica e, conforme a Anvisa, "vendidos irregularmente como emagrecedores". 

A empresa diz não fazer "propaganda" ou "venda direta" de produtos. Em abril, a agência disse ter proibido a comercialização, distribuição e propaganda de todos os produtos da Guki, por não cumprimento das boas práticas de fabricação. No entanto, a manutenção de propagandas irregulares da Lipotramina e Lipozepina fez a agência publicar resolução específica para os suplementos e determinar o recolhimento deles. 

Conforme explica a Anvisa, alimentos não devem "veicular alegações terapêuticas", como emagrecimento. Caso haja esse tipo de indicação, o produto precisa ser registrado como medicamento. "A Anvisa não aprovou nenhuma alegação de emagrecimento para suplementos alimentares", alertou a agência, em nota. "Desconfie de produtos com promessas milagrosas." Em nota, a Guki disse ser uma "indústria de terceirização e produção sob demanda" que "não faz propaganda ou venda direta". 

Sobre a resolução de abril, que proibiu a fabricação dos produtos da empresa, alega que jamais "produziu qualquer suplemento alimentar fora dos padrões". A empresa destaca que a medida cautelar foi derrubada posteriormente por memorando da própria agência, mas que essa não publicizou a informação "em diário".

 "A Guki atendeu de imediato a suspensão de fabricação do produto, de forma que não produziu desde então, porém, inúmeros sites vendem de forma aberta, e com os mais diversos tipos de rótulos, além de plágio e cópia fiel", frisou, em nota. 

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O HOJE

Antibióticos estão em falta nas farmácias de Goiânia

Maria Paula Borges e Sabrina Vilela 

Os antibióticos são muito utilizados principalmente durante os períodos gripais para combater infecção causada por micro-organismos que causam infecções a outro organismo. No entanto, as pessoas têm sentido dificuldade de encontrar os medicamentos em farmácias da grande Goiânia, que pode estar associada tanto pela alta procura como pela ausência de insumos. 

Especialista em farmacologia, Álvaro Souza explica que as rupturas nos estoques de medicamentos começaram no final do ano passado por volta do mês de novembro. Então, xaropes em geral, pastilhas, antigripais começaram a ter inconsistências em farmácias, segundo o especialista. 

Com a busca os farmacêuticos tiveram que procurar mais em distribuidoras, contudo começaram a faltar nelas também. “Nesse tempo de outono começa a ter mais sazonalidade para resfriados. Agora a gente entra na parte do inverno também, então nesse período começou a faltar mais medicamentos principalmente para os pediátricos”.

Souza esclarece que na verdade não se trata de uma falta completa de remédios, mas de uma ruptura nos estoques, ou seja, existem semanas em que é possível comprar e outras não, já que as indústrias estão limitando as quantidades. “Às vezes queria comprar, por exemplo, 50 caixas, mas consegui comprar três ou seis”, relata. 

Álvaro conta que a falta de medicamentos desde novembro de 2021 é recorrente e que  até a compra pelo próprio estabelecimento é mais difícil. Ele elucida que procura informações nas próprias indústrias na qual alegam que é por falta de matéria-prima. 

A maior parte dos princípios ativos, o que representa cerca de 90% a 95% deles, vem de fora principalmente da China. A reportagem entrou em contato com algumas farmácias de Goiânia que afirmaram faltar “vários antibióticos” em suas unidades. Mas, não esclareceram mais detalhes sobre o assunto. 

Medicamentos com fabricação irregular

Outro problema presente é a medicação com fabricação irregular, que segundo o especialista, são predominantemente antigripais, xaropes, pastilhas, tudo que está relacionado a resfriado e gripe.  

“Todos esses medicamentos estão irregulares no mercado. Recentemente começou a faltar também algumas classes de antialérgicos também e a gente tem visto essa falta pode estar associada com a questão da sazonalidade mesmo porque assim sempre foi comum um outro medicamento ter essas rupturas. Às vezes a indústria não fabrica por um tempo por estar mudando algo na fabricação, deixando o medicamento ficar suspenso por algum período”.

Ele destaca ainda que estava conversando com um colega de trabalho que trabalha em farmácia há mais de 50 anos e este relatou que durante todo esse tempo é a primeira vez que ele viu ter tanta ruptura de estoque e fabricação irregular desses medicamentos. Para sanar o déficit dessas ausências de fármacos a solução é usar outras alternativas. 

“Existem algumas classes de medicamentos que a gente chama de medicamentos isentos de prescrição, esses medicamentos não são tarjados e eles são de indicação médica, de indicação e orientação farmacêutica. Então eles não precisam de prescrição para serem adquiridos”, comenta Souza. 

Nesse caso os farmacêuticos conseguem ter autonomia legal para fazer a indicação desses medicamentos de prescrição, ou seja, às vezes a pessoa chega com algum antigripal específico, mas caso ele esteja em falta “a gente consegue manejar orientar indicar um outro. Mas, em relação aos medicamentos antimicrobianos, esses antibióticos estão em falta legalmente a gente não pode fazer nenhuma intercambialidade e nem a substituição deles por outros. 

Por isso, a gente orienta a população que converse com o médico para que ele coloque duas, três ou mais opções de antibiótico”. Ele conta que muitos médicos por terem consciência dessa falta estão conseguindo driblar a situação. Esta é uma maneira de os pais, principalmente, não peregrinarem tanto em busca de medicações que podem estar em falta em muitas farmácias. 

Escassez em Goiás

O presidente do Sindicato da Indústria, Marçal Henrique Soares, a falta de medicamentos tem vários motivos, dentre eles a falta de insumos, além de problemas na logística internacional, citando “falta de navios, falta de porões nos aviões para trazer a carga e os lockdowns contínuos que estão acontecendo na China para as fábricas produtoras”. Entretanto, Soares alerta para o aumento do consumo de medicamentos. 

“Os medicamentos antigripais que as indústrias produzem para entregar em março e abril, porque o grande consumo começa em maio com o inverno, aconteceu em janeiro, quando já começamos a ter um surto muito forte de gripe”, explica.  

Aumenta consumo de medicamentos para gripe

Segundo Soares, além do aumento de consumo de medicamentos utilizados para gripe, houve aumento também no consumo de medicamento para tratamento de dengue e a pandemia. “Durante o último ano da pandemia, 2021, o consumo de medicamentos no geral também aumentou bastante e a gente não sabe se é consequência da pandemia. A pandemia ainda não acabou e o consumo de medicamentos continua muito acelerado”.

Então, paralelamente ao alto consumo de medicamentos antigripais e antibióticos, há falta de alguns insumos específicos que impede que os medicamentos sejam produzidos devido a falta do princípio ativo, que é importado. 

A alta do dólar também é um problema que dificulta a produção dos medicamentos. “Nós importamos até 95% dos nossos insumos farmacêuticos ativos, as matérias primas ativas, e isso é importado em dólar. Além do aumento do dólar, nós tivemos na Ásia, na Índia, na Europa e até nos Estados Unidos, um aumento em dólar de várias matérias primas, porque a pandemia provocou o lockdown, que provocou uma série de problemas nas fábricas lá fora, e a logística que eles enfrentam também fez aumentar o preço”, afirma Soares. 

Nas indústrias goianas, o presidente do Sindicato da Indústria diz que a produção segue 24 horas por dia. “As nossas indústrias estão trabalhando 24 horas por dia, sete dias por semana, de domingo a domingo, para aumentar a produção e já aumentar até o limite da capacidade. Não tem como colocar mais máquinas nem mais gente. Estamos trabalhando a todo vapor para tentar abastecer o mercado, mas não é suficiente”, diz.

De acordo com Soares, ampliar uma indústria exige tempo, devido as exigências legais e sanitárias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além da importação de máquinas, equipamentos, importação de matéria prima e licenciamento de local de alteração da fábrica. 

“A gente espera que a partir de agosto, setembro, esse consumo de medicamento volte aos patamares antigos, que é onde todas as indústrias estão dimensionadas para atender. Ninguém está trabalhando com essa possibilidade de alto consumo de medicamentos continuar”, ressalta.

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Anvisa mantém a proibição da venda de cigarros eletrônicos

Em reunião nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve a proibição de comercialização de cigarro eletrônico no país. Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), são também conhecidos como cigarros eletrônicos, vaper, pod, e cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar, heat not burn (tabaco aquecido), entre outros. Além de ser prejudicial para os usuários, os produtos também causam danos ao meio ambiente. 

No entanto, os DEFs podem ser adquiridos com facilidade no comércio de Goiânia ou pela internet. O farmacêutico Matheus Xavier comprou um vaper (recarregável), no último ano, em um shopping de Goiânia e também compra essências todo mês para utilizar o produto em locais específicos. Na Capital, conforme apurado pela reportagem, também é possível encontrar ambulantes vendendo os itens pelas ruas. O preço varia de R$ 50 a R$ 120. 

“Geralmente, eu uso após ingerir algum tipo de bebida alcoólica. Sobre a questão de fazer mal à saúde, existem tantas outras coisas que fazem mal também é ninguém falar nada sobre isso”, explica Matheus. Segundo ele, utilizar o vaper traz uma sensação de alívio. “Quando uso, sinto um relaxamento, já que as essências têm um cheiro e gosto muito bom”. Contudo, Matheus revela que pensa em parar futuramente devido às consequências negativas alertadas pelos órgãos de saúde. 

De acordo com a Anvisa, há a necessidade de manter a proibição e adotar medidas adicionais para coibir o comércio irregular, a exemplo do aumento das ações de fiscalização e a realização de campanhas educativas. A comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil, por meio de resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa. 

Em Goiânia, fumar algum tipo de cigarro eletrônico representa uma espécie de lazer para os jovens, que se reúnem para utilizar o produto com os amigos, como é o caso da vendedora Julyana Santos, 23 anos. Desde o início da pandemia, ela começou a comprar pods (descartáveis) para fumar no carro, em alguma festa ou em qualquer outro lugar. 

Após alguns meses usando, o costume se tornou um vício. Um pod, com cerca de 1.500 puffs (como se fosse uma expectativa de vida do dispositivo descartável), durava apenas dois dias para Julyana. Atualmente, ela já reduziu o número de vezes que utiliza por conta dos perigos à saúde. “É um investimento de paz e tranquilidade para meus dias perturbadores”, diz ela. 

Gatilhos 

O estudante Eduardo Domingos, 22 anos, usuário de cigarros eletrônicos e narguilé também aponta que sente gatilhos para fumar principalmente após ingerir álcool. “Tem várias opções de cores e sabores, reduz nosso estresse”, diz o estudante. 

Já o motorista entregador Wellington Mota, 24 anos, decidiu parar de utilizar. Ele sempre fumava em festas com amigos ou para relaxar depois de um dia de trabalho, mas agora tem investido em uma espécie de tabaco aquecido. Segundo ele, o dispositivo aquece o tabaco sem gerar combustão. “Além de não deixar cheiro, sinto que respiro melhor e meu fôlego também melhorou”, revela. 

Autoafirmação 

A médica pneumologista Roseliane de Souza Araújo explica que o cigarro eletrônico seduz principalmente os jovens pela utilização de saborizantes e pela moda. Segundo ela, existe uma necessidade de autoafirmação, além da falsa informação que é um dispositivo que não faz mal à saúde. 

“Os riscos identificados, até o momento, são aqueles inerentes ao mau funcionamento por ser dispositivo eletrônico, como queimaduras, bronquiolite e pneumonias de hipersensibilidade, passando por agravamento de doenças como asma, e a doença chamada Evali, que pode levar a lesões fibrosantes irreversíveis”, explica.

Danos ao meio ambiente 

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), o uso de cigarros eletrônicos com nicotina aumenta o risco de uma série de danos à saúde, como: envenenamento, convulsões, dependência, traumas, queimaduras (causadas por explosões) e doenças respiratórias. 

Outro fator relevante e ainda pouco estudado refere-se ao impacto gerado pelo descarte dos dispositivos eletrônicos que, por conter bactérias, substâncias químicas, embalagens metálicas e outras, requerem um descarte especial, já que não são biodegradáveis. 

Os cartuchos de cigarro eletrônico — como cápsulas de nicotina e/ou essências — em sua maioria são produtos de uso único que contêm resíduos plásticos, eletrônicos e químicos. “Muitos deles se tornam lixo. Os resíduos de cigarros e cigarros eletrônicos podem poluir o solo, as praias e os cursos de água, sendo prejudiciais inclusive à vida selvagem”, explica Selma Tavares, coordenadora estadual do Programa de Controle do Tabagismo da SES-GO.

Contra a comercialização 

Em nota, a Associação Médica Brasileira (AMB) comemora a decisão da Anvisa. A entidade relembra que, no último ano, cerca de 40 entidades lançaram um manifesto, posicionando-se veemente contra a liberação da comercialização, importação e propagandas de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar.

Multa pode chegar até R$ 10 milhões, alerta Procon

O Procon Goiânia não informou à reportagem quantos cigarros eletrônicos e produtos relacionados foram apreendidos na Capital neste ano. A última informação sobre o assunto foi em março, quando foi divulgado o balanço de apreensão do mês de fevereiro. Naquele mês, o Procon notificou 18 tabacarias. 

Durante a fiscalização, foram apreendidos 20 litros de frascos de líquido e 10 quilos de acessórios para cigarros eletrônicos. Além disso, também foram encontrados 40 quilos de essência de narguilé e 20 quilos de cigarros falsificados.

O chefe do Jurídico do Procon Goiânia, Nayron Toledo informou quais as medidas de punição para esses casos. “Nós recolhemos esses produtos e descartamos no aterro sanitário já que eles são proibidos de serem comercializados. Já nesses estabelecimentos que já tiveram o prejuízo de perder seus produtos, além disso eles vão ter um prazo de até 20 dias para apresentarem defesa para o Procon, porque será mensurado a aplicação de multa”, ressaltou. 

Segundo o Código de Defesa do Consumidor, ela pode ser de R$ 700 a R$ 10 milhões. Caso seja flagrado a comercialização do cigarro eletrônico, a população pode denunciar por meio dos telefones (62) 3524-2942 e 3524-2936, ou pelo aplicativo Prefeitura 24h.

Empresas fabricantes

Por meio de nota, a British American Tobacco, antiga Souza Cruz (BAT BRASIL) afirma que irá avaliar a análise de impacto regulatório quando for publicada. A empresa informa “que a diretoria colegiada da Anvisa externou grande preocupação com o mercado ilegal desses produtos e atenção a novas evidências, algo que se entende ser objeto de atenção da agência nas próximas etapas do processo regulatório”. 

Já a Japan Tobacco International (JTI) lamenta a decisão da Anvisa. “O uso dos dispositivos eletrônicos no país é corrente e abastecido exclusivamente pelo comércio ilícito. Empresas legalizadas não comercializam o produto e o crescimento do consumo que atinge a população vem da aquisição ilegal dos dispositivos”, afirma, em nota. 

A Philip Morris Brasil esclarece que irá manter  o diálogo sobre a regulamentação do tabaco aquecido, “produto este diferente dos chamados cigarros eletrônicos”.

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Julho Amarelo conscientiza para combate de Hepatites Virais

Por: Elysia Cardoso Ferreira

Com o objetivo de reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle, o Julho Amarelo é o mês de combate às hepatites virais, campanha criada pelo Ministério da Saúde em 2019. A doença, que é uma inflamação do fígado, pode ser causada por vírus classificado pelas letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.

No entanto, nos últimos meses o mundo todo vem se preocupando com mais uma variação da doença, chamada até então de hepatite misteriosa. De origem desconhecida, o novo vírus que atinge crianças e adolescentes não tem relação direta com os outros causadores conhecidos da hepatite. Segundo o Ministério da Saúde, há 88 casos e sete mortes em investigação no Brasil. No mundo, há mais de 920 casos e 18 mortes.

De acordo com o hepatologista Rafael Ximenes, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, sempre existiram casos de hepatite dos quais não é possível identificar a causa, mas o que chamou atenção nos últimos meses foi o aumento no número deles, especialmente em crianças e adolescentes.

“Mesmo com pesquisas realizadas, a situação não está completamente esclarecida, parece haver a participação do adenovírus em grande parte dos casos. Este é um vírus que tradicionalmente causa infecções gastrintestinais e respiratórias. O que não está claro é o motivo de crianças previamente saudáveis estarem apresentando lesão hepática grave associada ao adenovírus”, relata o médico.

O especialista ainda comenta que as hipóteses mais prováveis da hepatite misteriosa são: uma resposta inflamatória exacerbada secundária a infecção prévia pelo vírus da Covid-19, uma lesão combinada do adenovírus com algum outro agente (infeccioso ou medicamentoso, por exemplo) ou uma onda muito grande de infecções pelo adenovírus que culminou com uma maior incidência de uma lesão rara e não identificada previamente.

Sintomas

Rafael Ximenes explica que os sintomas da hepatite misteriosa são semelhantes a outras causas de hepatite, incluindo mal estar, falta de apetite, náuseas, vômitos, desconforto ou dor abdominal, icterícia (olho e peles amarelados) e, em casos mais graves, sonolência, confusão mental e até coma, podendo ser confundida com outra hepatite existente.

“Pelos sintomas serem muito semelhantes, bem como as alterações nos exames de sangue (aumento importante das enzimas que mostram lesão no fígado, em especial AST e ALT), a chamada hepatite misteriosa pode sim ser confundida com as outras de causa já conhecida. O principal fator de diferenciação é a ausência de identificação dos agentes tradicionais de hepatite na investigação da causa”, detalha o especialista.

O hepatologista relata que há alguns cuidados que devem ser tomados para evitar a contaminação do novo vírus e reduzir a chance de transmissão da doença, em especial a higienização das mãos após usar o banheiro e antes de se alimentar. “Devemos adotar algumas medidas como fazer o uso de água tratada e filtradas ou fervida, ter atenção na lavagem e preparação de alimentos (em especial crus) e continuar com as precauções respiratórias (uso de máscaras, cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar, limpeza das mãos com água e sabão ou álcool gel)”, comenta. 

Tratamento

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), dos 920 casos prováveis da doença, 45 precisaram realizar transplante de fígado. De acordo com Rafael Ximenes, esses casos de transplantes só reforçam a importância de ficar atento aos sintomas e de procurar um especialista experiente para se evitar transplantes desnecessários ou atraso do procedimento naqueles casos em que ele será essencial.

“O tratamento consiste em controle de sintomas, monitorização da função hepática e de outros órgãos, tratamento de infecções bacterianas que podem surgir e definir se o fígado irá se recuperar espontaneamente ou o transplante será necessário. Em casos graves é frequente que o paciente apresente mau funcionamento de outros órgãos e precise ficar em UTI. Devemos ficar atentos, pois conforme os dados da OMS e Ministério da Saúde, o risco de necessidade de transplante e/ou óbito é considerado alto”, finaliza o médico.

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Varíola dos Macacos: Ministério da Saúde confirma 142 casos no Brasil


Por: Ana Bárbara Quêtto

O Ministério da Saúde divulgou, nesta quinta-feira (7/7), um balanço de 142 casos confirmados da varíola dos macacos. Sete unidades da Federação do país reportaram casos da doença. O estado de Goiás permanece com a suspeita de cinco casos.

Em São Paulo, o número de vítimas chega a 98, o Rio de Janeiro aparece em segundo lugar com 28 casos e Minas Gerais tem oito. O Ceará, Paraná e Rio Grande do Sul encontram-se com dois cada, já o Distrito Federal e Rio Grande do Norte têm um.

Em nota divulgada à imprensa na manhã de hoje (7/7), a pasta reafirma que está em contato direto com as secretarias de Saúde estaduais, monitorando os casos e rastreando as pessoas com quem os pacientes tiveram contato.

Casos em Goiás

Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES) infirmou, hoje (7/7), que no estado há cinco casos suspeitos de varíola dos macacos. Os quadros clínicos seguem em investigação e seus contatos estão sendo monitorados pela Vigilância Epidemiológica Municipal. 

O primeiro caso suspeito em Goiás tratava-se de uma mulher de 43 anos, moradora de Goiânia, que teve contato com uma pessoa de outro município do interior de Goiás, que apresentava sinais semelhantes. 

Para a SES, a identificação da doença começa a partir de erupções cutâneas agudas na pele. Elas podem ser única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia ou relato de febre.

Transmissão

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), geralmente, a ‘monkeypox’ é transmitida por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de animais infectados. 

A transmissão secundária pode acontecer a partir de contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias, lesões na pele de uma pessoa infectada, ou com objetos contaminados recentemente com fluidos do paciente ou materiais da lesão.

Tratamento

Ainda não há um tratamento específico para a varíola dos macacos, mas os quadros clínicos costumam ser leves. O risco de agravamento ocorre em pessoas imunossuprimidas com HIV/aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes e crianças com menos de 8 anos.

Os primeiros sintomas podem ser: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. Cerca de três dias após o início dos sintomas, os infectados desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

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PORTAL G1

Polícia começa a investigar denúncia de que esteticista perdeu parte do nariz após cirurgia estética com dentista

Paciente já passou por 14 cirurgias após ter a infecção e necrose. O caso foi registrado como lesão corporal culposa e os envolvidos no caso foram intimados a comparecer à delegacia.

A Polícia Civil começou a investigar a denúncia realizada pela esteticista Elielma Carvalho Braga, que perdeu contou ter perdido parte do nariz após cirurgia estética realizada em Aparecida de Goiânia com um dentista. De acordo com os agentes, o caso foi registrado como lesão corporal culposa e tanto Elielma quanto o profissional foram intimados à comparecer à delegacia na sexta-feira (8).

A delegada responsável pelo caso, Luiza Veneranda, explicou que, apesar da cirurgia para afinar o nariz ter acontecido apenas em 2020, Elielma só registrou boletim de ocorrência nesta quinta-feira (7).

Após o registro, que foi realizado no 1º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia, ela foi encaminhada para a realização de exames no Instituto Médico Legal (IML). Segundo a delegada, os laudos serão encaminhados à ela assim que ficarem prontos e anexados no processo.

"É difícil lembrar do que aconteceu. Parece que estou vivendo tudo de novo", disse a esteticista.

O dentista Igor Leonardo disse ao g1 que o problema da paciente não foi decorrente da cirurgia, e sim uma síndrome desenvolvida após uso de medicamentos, o que causou a necrose. Ele afirmou ainda que deu todo atendimento à paciente.

No entanto, qualquer profissional que não seja médico é proibido de realizar cirurgias no nariz. Dentistas podem fazer algumas cirurgias na face, mas o Conselho Federal de Odontologia proibiu expressamente a realização de alectomias por dentistas (leia mais sobre isso ao fim da reportagem).

Processo

Após o procedimento estético denominado alectomia ter sido realizado em junho de 2020, em Aparecida de Goiânia, a mulher de 37 anos diz que precisou fazer mais de dez cirurgias e ficou com cicatrizes, abalando sua autoestima. Por isso, Elielma resolveu processar o dentista.

Na ação, ela pede danos morais, materiais e estéticos, totalizando R$ 42 mil. A defesa do dentista diz que não houve imperícia ou imprudência por parte do profissional durante a cirurgia, tendo sido tomados todos os cuidados, e que houve negligência da paciente após o procedimento estético.

Ao g1, o dentista Igor Leonardo disse que “não foi a alectomia que gerou o problema”. Igor disse ainda que a paciente desenvolveu a Síndrome de Nicolau, “uma rara complicação caracterizada por necrose tecidual que ocorre após a injeção de medicamentos”.

Igor disse que deu total suporte e apoio nos tratamentos seguintes feitos por Elielma depois da alectomia.

“Me sensibilizei bastante com o problema dela. Custeei os medicamentos e tratamentos posteriores com outros colegas. Nunca a deixei desamparada em termos financeiros e acompanhei de perto seu tratamento posterior ao ocorrido. Infelizmente, nós, profissionais da área, estamos sujeitos a intercorrências que não são da nossa vontade”, disse.

"Custeei os medicamentos e tratamentos posteriores com outros colegas. Nunca a deixei desamparada em termos financeiros e acompanhei de perto seu tratamento posterior ao ocorrido", completou o dentista.

Alectomia

A alectomia é feita para reduzir as asas nasais. A técnica é, teoricamente, simples: com uma anestesia local, o profissional corta um pedaço dessas estruturas que circundam as narinas e fecha com pontos.

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) disse que o procedimento é um ato médico e, portanto, “deve ser realizado apenas por médicos”. A entidade disse o combate ao exercício ilegal da medicina tem sido feito com rigor.

“O grupo tem proposto ações e medidas em diferentes âmbitos em defesa dos interesses dos médicos, da medicina e da população”, disse a nota enviada.

O Conselho Regional de Odontologia informou que “os cirurgiões-dentistas têm autorização para a realização de procedimentos estético-faciais, desde que não sejam cirúrgicos puramente estéticos” e que a alectomia nunca esteve entre os procedimentos listados como permitidos para cirurgiões-dentistas.

Já uma resolução de agosto de 2020 proibiu expressamente a realização de alectomia por dentistas.

O CRO informou que realiza fiscalização de rotina e também apuração de denúncias. Caso seja constatado algum crime, é encaminhada uma denúncia à Polícia Civil e ao Ministério Público, além de abrir um processo ético odontológico.

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JORNAL OPÇÃO

Hmap: Prefeitura de Aparecida de Goiânia deixou de repassar recursos, rebate IBGH  

Por Nielton Soares dos Santos

Médicos, fornecedores e prestadores de serviço do Hospital Municipal de Aparecida estão sem receber desde abril 

Antiga Organização Social (OS) que geria o Hospital Municipal de Aparecida (Hmap), o Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) rebateu as informações da Prefeitura de Aparecida de Goiânia. A gestão, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), havia destacado que havia repassado todos as verbas contratuais para a empresa que administrava a unidade de saúde até o dia 31 de maio. Nessa quarta-feira, 6, médicos denunciaram que estão sem receber salários desde abril. Atualmente, o Hmap está sob gestão da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, que assumiu a unidade em um processo conturbado, no qual até o contrato foi assinado pelo ex-prefeito Gustavo Mendanha (Patriota), 12 dias após deixar a prefeitura para concorrer ao Governo de Goiás.

A OS esclareceu que houve apenas um repasse parcial da pasta para pagamentos de salários referente ao mês de maio. “A SMS Aparecida de Goiânia repassou R$ 8.721.703,65 (Oito milhões, setecentos e vinte e um mil, setecentos e três reais e sessenta e cinco centavos), quantia esta, que é inferior à estimativa de passivo do contrato de gestão e esse montante se destinava ao pagamento de salários do mês de maio de 2022 e verbas rescisórias conforme pactuado”, informou o IHGH. 

Além disso, a contratada citou que estão faltando os repasses destinados ao pagamento de fornecedores e prestadores de serviço. Para tanto, o IBGH chegou a notificar a procuradoria da SMS, solicitando dados sobre contratos e valores a serem recebidos. “O IBGH reitera seu compromisso com a verdade e com a transparência dos fatos, bem como a probidade administrativa e com o respeito aos recursos públicos”, cita trecho da nota enviada ao Jornal Opção.

Íntegra da nota do IBGH

O IBGH (Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar), Organização Social gestora do HMAP até o dia 31 de maio de 2022, em resposta a questionamento sobre o repasse de recursos da Secretaria Municipal de Aparecida de Goiânia e o cumprimento de obrigações para com fornecedores e prestadores de serviço esclarece o seguinte:

– A SMS Aparecida de Goiânia repassou R$ 8.721.703,65 (Oito milhões, setecentos e vinte e um mil, setecentos e três reais e sessenta e cinco centavos), quantia esta, que é inferior à estimativa de passivo do Contrato de Gestão e esse montante se destinava ao pagamento de salários do mês de maio de 2022 e verbas rescisórias conforme pactuado;

– Não foram feitos outros repasses destinados a pagar fornecedores e prestadores de serviço, havendo, inclusive contato da procuradoria da SMS com esses solicitando dados sobre contratos e valores a serem recebidos;

– Não é verdade que a SMS de Aparecida de Goiânia tenha feito “todos os repasses da pasta pontualmente”. Falta ainda clareza, respeito à opinião pública e compromisso com a verdade ao não esclarecer o que são pagamentos de salários e verbas rescisórias de colaboradores celetistas que eram contratados pelo hospital e prestadores de serviço terceirizados;

– O IBGH reitera seu compromisso com a verdade e com a transparência dos fatos, bem como a probidade administrativa e com o respeito aos recursos públicos.

A DIREÇÃO

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CORREIO BRAZILIENSE

Biópsia líquida: o exame de sangue que permite acompanhar evolução do câncer

Atualmente, o teste é usado em alguns países, o Brasil entre eles, apesar de a técnica ainda ser pouco difundida aqui, principalmente para acompanhar pacientes que já são diagnosticados com câncer Giulia Granchi - Da BBC News Brasil em São Paulo postado em 08/07/2022 08:21

A biópsia líquida usa principalmente sangue (embora também possa utilizar urina ou outros fluidos do corpo), para analisar se há a presença de células de um tumor maligno ou de fragmentos do DNA das células tumorais.

"O exame recebe esse nome para se diferenciar da biópsia sólida, na qual você tira um fragmento do tumor e analisa no microscópio, uma técnica mais invasiva", explica Héber Salvador, cirurgião oncológico e presidente da SBCO (Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica).

Atualmente, o teste é usado em alguns países, o Brasil entre eles, apesar de a técnica ainda ser pouco difundida aqui, principalmente para acompanhar pacientes que já são diagnosticados com câncer.

É possível avaliar, por exemplo, a eficácia de um tratamento (como a quimioterapia), e a possibilidade de recidiva (volta do câncer) em um paciente já em remissão pela análise de presença de celular tumorais após o fim de um tratamento. Apesar de já ser utilizada para outros tipos de câncer, seu maior uso é em pacientes com câncer colorretal e câncer de pulmão, já que são essas as doenças com mais pesquisas que reforçam benefícios da técnica.

Mas de acordo com os especialistas entrevistados pela BBC News Brasil, a técnica pode oferecer muito mais no futuro.

Por meio da biópsia líquida, o mesmo sangue que tiramos para checar doses de glicemia e colesterol, de acordo com os médicos, deve nos indicar, nos próximos anos, se estamos com células cancerosas muito antes de um tumor aparecer -- além de oferecer informações bem específicas sobre o tipo do câncer.

Isso possibilitaria uma intervenção precoce, o que para muitos cânceres é o principal fator determinante no sucesso do tratamento.

Com a ajuda de especialistas no tema, listamos abaixo os principais pontos negativos da biópsia líquida, o que o exame já oferece em termos de vantagens para os pacientes e o que podemos esperar do futuro.

4 novidades que podem revolucionar tratamento do câncer Após 8 anos com feridas no pênis, ele descobriu câncer e precisou amputar parte do órgão Pontos negativos

- Falta de confiabilidade

Pelo exame ser relativamente novo e ainda não ter atingido todo o seu potencial tecnológico, ele acaba sendo usado como uma forma de rastreio complementar.

"Não há ainda uma segurança completa de que a interpretação da biópsia líquida corresponde exatamente ao que está acontecendo nos tumores e no organismo da pessoa", explica Héber Salvador.

"Já temos boas evidências e as pesquisas estão crescendo, mas eu diria que, no momento, a biópsia líquida não nos dá a palavra final de se um tumor existe ou não, ou que aquele paciente tem mais chance de metástase. Outros exames precisam ser solicitados."

- Preço e falta de acessibilidade

A depender da indicação do exame, o custo nos poucos laboratórios onde o exame está disponível no Brasil varia de seis a quinze mil reais, de acordo com a médica Gabriela Félix, geneticista molecular e gerente do Laboratório de Oncologia de Precisão da Igenomix Brasil. Os convênios não cobrem o teste.

"Comparado há dez ou até cinco anos atrás, o preço já diminuiu, embora ainda seja alto. É um impeditivo para muitos, mas com passar do tempo, a tendência é que a técnica se torne melhor e mais barata", completa Thiago Bueno de Oliveira, oncologista clínico, presidente do GBCP (Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço) e titular do A.C.Camargo Cancer Center.

Pontos positivos

- Simplificação do rastreamento

Em vez de precisar submeter um paciente oncológico -- que muitas vezes já apresenta imunidade prejudicada -- à biópsia sólida, um procedimento cirúrgico que retira uma amostra do tumor, o acompanhamento para avaliar se a doença está regredindo ou não pode ser feito por meio da biópsia líquida.

A técnica é muito menos invasiva e traz benefícios em situações como a pandemia da covid-19, já que o paciente não precisa ser exposto ao ambiente hospitalar.

- Tempo de resultado

A depender da região do paciente, dos serviços laboratoriais utilizados, assim como do tipo do tumor, o resultado de uma biópsia sólida, explica a geneticista Gabriela Félix, pode demorar até três meses. "Já a biópsia líquida fica pronta de dez dias, o que facilita o início do tratamento rápido, especialmente para tumores agressivos."

- Direcionamento de escolha para tratamento

"Quando queremos identificar uma mutação específica [que sabemos que responde melhor a determinados tratamentos], algumas delas aparecem na corrente sanguínea, e o exame permite essa identificação, evitando procedimentos cirúrgicos", aponta o oncologista clínico Thiago Bueno de Oliveira.

"As células malignas têm uma característica que é cair na corrente sanguínea, o que faz com que elas possam se instalar em outro lugar. E às vezes isso acontece muito precocemente, antes de o tumor dar sinais ou da massa aparecer em um exame de imagem. Então a possibilidade de detecção precoce está aberta", aponta o cirurgião oncológico Héber Salvador.

O diagnóstico precoce aumenta as chances de sobrevida para pacientes com diferentes tipos de cânceres. No caso do câncer de mama, por exemplo, estima-se que a descoberta quando a doença ainda está em fase inicial representa uma chance de 90% de remissão.

Nos Estados Unidos, dois testes com o objetivo de diagnóstico estão em fase de teste e podem chegar ao mercado nos próximos dois anos. Não há, no entanto, expectativa de que o exame seja coberto por planos de saúde tão cedo.

Além disso, espera-se que com o avanço do uso da técnica, surjam também aprimoramentos na leitura dos exames, que possibilitem uma leitura mais simples até para médicos que não são especialistas.

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MEDICINA S/A

LGPD trouxe segurança aos pacientes, mas seu cumprimento ainda é complexo

Em vigor desde setembro de 2020, a Lei n° 13.709/2018, amplamente conhecida por LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), ainda provoca dúvidas. Suas diretrizes atingem praticamente todos os setores da sociedade. Seus impactos na saúde digital são particularmente relevantes, na medida em que há tratamento de dados pessoais sensíveis de saúde, trazendo discussões polêmicas sobre a legitimidade e licitude dessas atividades à luz da LGPD.

Rubens Granja, sócio da área de Life Sciences & Healthcare do Lefosse, destaca que no âmbito da telemedicina, o Conselho Federal de Medicina (CFM) editou, em maio, a Resolução nº 2.314/2022, estabelecendo regras que se pretendem mais modernas e alinhadas com a experiência internacional. Além de reforçarem a importância da LGPD, dispõem sobre as normativas para exercício da telemedicina em diferentes jurisdições, sobre os cuidados para a preservação da relação médico-paciente, sobre os cuidados a serem adotados com a privacidade do paciente e a garantia do sigilo profissional, diz.

Paulo Lilla, sócio da área de Tecnologia e Proteção de Dados do Lefosse, ressalta que as novas normas anunciadas pelo CFM determinam que o Sistema de Registro Eletrônico de Saúde (SRES) do paciente deve atender a padrões de representação, terminologia e interoperabilidade técnicos específicos, garantindo integralmente o cumprimento dos requisitos do Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS2), que contempla obrigatoriamente o uso de certificação digital no padrão da infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) ou outro padrão legalmente aceito.

No caso de contratação de serviços terceirizados de armazenagem de dados, deverão ser implementadas cláusulas de proteção de dados para que a responsabilidade pela guarda de dados de pacientes seja compartilhada entre o médico e a fornecedora dos serviços de armazenagem o que confere maior segurança jurídica no caso de responsabilização por eventuais incidentes de segurança ou vazamento de dados, explica Lilla.

Sobre os impactos da LGPD na saúde digital em geral, Lilla esclarece que a legislação enquadrou os dados relacionados à saúde na categoria de dados pessoais sensíveis, conferindo a eles uma camada de proteção maior. Nesse sentido, o tratamento de dados de pacientes por meio de recursos de Tecnologia de Informação e Comunicação (o que se convencionou chamar de saúde digital) deve ser ainda mais cauteloso, visando sempre à observância de todos os requisitos legais da LGPD, de modo a preservar a segurança da informação, a privacidade do paciente e a finalidade e proporcionalidade do tratamento dos dados, sustenta.

Já Granja considera que, do ponto de vista prático, são vários os aspectos da LGPD que podem impactar o exercício da saúde digital. O mais crítico, ao que parece, é a necessidade de implementação de medidas rigorosas para proteção dos dados do paciente (investimento em ferramentas para armazenamento seguro dos dados, incluindo o uso de criptografia, controles de acesso, utilização de múltiplos fatores de autenticação, limitação do compartilhamento de dados de paciente etc). Mas há outros aspectos importantes, como a restrição para a coleta de dados desnecessários e o dever de dar transparência aos pacientes sobre as atividades de tratamento dos seus dados pessoais, bem como sobre seus direitos previstos na LGPD (por exemplo o direito de acesso, correção e eliminação de dados), analisa.

Responsabilidades

Os especialistas alertam para os cuidados que médicos e profissionais de saúde devem tomar para não infringir a LGPD.

Profissionais da saúde que desejem utilizar a telemedicina devem atentar para a escolha de sistemas que lhes proporcionem uma infraestrutura tecnológica adequada e segura para manuseio, transmissão e armazenagem dos dados de pacientes, a fim de preservar a integridade, a disponibilidade e o sigilo das informações. Além disso, é recomendável a busca por suporte jurídico para avaliar a adequação dos seus processos (por exemplo, a avaliação dos riscos das atividades de tratamento, a forma e o prazo para guarda do prontuário eletrônico dos pacientes, os termos de contratos celebrados com fornecedores e pacientes, etc). Como as exigências legais são diversas e complexas, é fundamental mitigar os riscos decorrentes da inobservância das regras e de eventuais incidentes de segurança da informação, os quais podem gerar danos patrimoniais e reputacionais para as empresas, observa Lilla.

Granja recomenda o estrito cumprimento dos regulamentos éticos editados pelos respectivos conselhos profissionais. Trata-se de regras complementares, cuja conciliação nem sempre é fácil ou automática. Esse cuidado deve ser adotado, por exemplo, nos casos de compartilhamento de dados de pacientes (para discussão de hipóteses diagnósticas ou busca de soluções terapêuticas), na decisão pela viabilidade de um tratamento ou de um exame à distância ou na escolha pelo período de guarda de um prontuário médico. Todas essas condutas são reguladas tanto pela LGPD quanto por outras leis e regulamentos dos diversos Conselhos Profissionais. Uma decisão segura depende da análise conjunta de todas essas regras, afirma.

Os advogados avaliam que a LGPD também trouxe benefícios para pacientes e para o ecossistema da saúde como um todo.

A LGPD confere maior transparência e segurança ao paciente, garantindo a ele o direito a serviços tecnicamente confiáveis e invioláveis, capazes de garantir a sua privacidade e a preservação de aspectos sensíveis de sua personalidade. O descumprimento aos requisitos da LGPD para o tratamento de dados pessoais pode sujeitar o infrator a sanções administrativas impostas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), bem como a penalidades previstas em outras leis, como no Código de Defesa do Consumidor, sem contar a possibilidade de indenizações por perdas e danos na esfera judicial, diz Paulo Lilla.

Rubens Granja defende que a LGPD contribuiu fortemente para a credibilidade dos serviços de telessaúde. Embora a saúde digital, enquanto modalidade de serviço de saúde, não seja algo novo, sua utilização sempre foi objeto de muitos questionamentos e desconfiança - fruto, em grande parte, do desconhecimento do público e da vulnerabilidade de algumas das plataformas e recursos que vinham sendo utilizados. No entanto, especialmente após a pandemia da Covid-19, não há dúvida de que a telessaúde já sedimentou raízes no ecossistema da saúde global: está presente em consultas, prontuários médicos, prescrições médicas, exames laboratoriais, pesquisas clínicas etc. A chegada da LGPD tem como benefício ampliar o debate acerca do tema, fortalecer a segurança das plataformas e, com isso, oferecer maior segurança aos profissionais da saúde e pacientes que utilizam a ferramenta, comenta.

Dificuldades

As dificuldades para o cumprimento da LGPD na saúde digital, no entanto, ainda são muitas, principalmente em relação ao volume de investimento para o estabelecimento das estruturas tecnológicas e jurídicas impostas pela legislação, bem como a definição e implementação das estruturas organizacionais necessárias à elaboração e execução das políticas de proteção de dados e segurança da informação.

Mais do que investimentos financeiros, a adequação à LGPD impõe a qualificação dos profissionais envolvidos no fluxo de tratamento de dados (desde a recepção, o atendimento médico, a realização dos exames, até o armazenamento dos dados após a consulta), afirma Rubens Granja.

O advogado destaca outros dois outros pontos que não podem ser esquecidos. O primeiro diz respeito às peculiaridades do território brasileiro: há locais em que a infraestrutura digital e a disponibilidade de internet são precárias, o que torna a saúde digital inacessível e inviabiliza o cumprimento de exigências técnicas impostas pela LGPD. O segundo diz respeito às características da própria área da saúde: como o tratamento de dados pessoais é algo que sempre foi inerente à área, as mudanças impostas pela LGPD podem ser não apenas procedimentais, mas culturais o que, necessariamente, implica maior complexidade e mais tempo, complementa.

Paulo Lilla recorda que empresas europeias também passaram por dificuldades em relação à adequação do setor da saúde à GDPR (General Data Protection Regulation), sendo que diversas autoridades de proteção de dados já impuseram multas e outras penalidades contra empresas do setor pelo descumprimento da legislação de proteção de dados. Por exemplo, no ano passado uma empresa que fornece soluções de software para análise laboratorial foi condenada pela autoridade de proteção de dados francesa a uma multa de 1,5 milhão de euros, em razão da violação massiva de dados de quase 500.000 pessoas. Informações como nome do paciente, dados de identificação, nome do médico, data do exame, além de informações sobre as condições de saúde, incluindo dados genéticos, foram divulgados publicamente na Internet. A ausência de medidas de segurança satisfatórias foi uma das causas apontadas para o vazamento de dados dos pacientes, conclui.

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Assessoria de Comunicação

Confira o artigo do presidente da Ahpaceg e também do Conselho Setorial de Saúde da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Haikal Helou, publicado no jornal A Redação:

 

Artigo - Plano de saúde x plano de doença

 

Nunca ouviu falar em Plano de Doença? Não conhece isso? Afirmo que conhece, mas com outro nome.
 

O País inteiro foi envolvido em uma discussão nas últimas semanas e opinou sobre algo que pouco ou nada conhece e o fez porque sentiu na carne as consequências de um sistema que está doente e precisa ser tratado, o sistema de saúde suplementar e o reajuste dos planos de saúde muito acima da inflação e dos reajustes salariais.
 

Bastava entrar na área de opinião do leitor de qualquer veículo sério de comunicação para ler coisas do tipo: “Meu salário não aumentou nessa proporção e por ganância das operadoras ficarei sem assistência médica”, mas sem se aprofundar no assunto. Por quê aumentou? Para onde vai o dinheiro que eu pago? Se o negócio é tão bom, por que as operadoras estão no vermelho e fechando?

 

A explicação é simples, o sistema perdeu sustentabilidade. Como? Alto custo da tecnologia médica (novos exames e medicamentos), envelhecimento da população, judicialização de usuários que querem receber o que não contrataram e principalmente um grande desperdício dos recursos instalados, é aí que entra o plano de doença!
 

Algumas doenças que tratamos hoje poderiam ser prevenidas, com exercícios diários, exames regulares, sem tabagismo e uma boa dieta, o que convenhamos todo mundo sabe e poucos seguem. O que normalmente acontece é: pago um plano de assistência médica e não o utilizo até que tenha um problema (trauma, infecção, desmaio, dor de cabeça...) aí procurarei um especialista ou um pronto-socorro e começará a via crúcis que tornou o sistema impagável. Vou citar um exemplo muito comum.

 

O paciente acorda com uma dor de cabeça muito forte. Com dor e medo, procura um neurologista (afinal de contas a dor é na cabeça). O colega examinará e pedirá os exames complementares pertinentes. Descobrirá que o paciente tem cefaleia como consequência de uma hipertensão arterial que provavelmente já tem há muito tempo, mas estava silenciosa. O encaminhará para o cardiologista, que, após uma boa consulta e mais exames, o mandará para um fisiatra e um nutrólogo, poque o paciente está obeso e sedentário... Mais consultas, mais exames... Some o tempo, o número de consultas e os exames complementares feitos e verá o porquê o sistema está colapsando.
 

 

Qual a saída? Primeiro o que todos sabemos, tenha hábitos saudáveis, faça exercícios, se alimente bem e não fume. Diga à sua operadora que quer um médico para chamar de seu, um médico de família, aqueles que saberão toda a sua história, que cuidarão de você sempre, independentemente de estar sentindo algo ou não e que só te encaminhará para um especialista se realmente precisar.



Isso chamamos de Atendimento Integral à Saúde e não é feito para gerar economia, mas para melhorar a assistência, evitando desperdícios de tempo e dinheiro e por tabela gerando economia.
 

Quando todos entenderem que o resultado é uma somatória de esforços em que o paciente, os profissionais da saúde, prestadores, as operadoras e quem paga por tudo isso, seja pessoa física, seja a empresa que quer o bem-estar do seu funcionário, teremos um Plano de Saúde e ele será sustentável e pagável.

Quinta, 07 Julho 2022 15:20

CLIPPING AHPACEG 07/07/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

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Sobe para 142 o número de casos de varíola dos macacos no Brasil

Maioria foi registrada em São Paulo 

Os órgãos sanitários brasileiros confirmaram 36 novos casos de varíola dos macacos (Monkeypox) nas últimas horas. No total, já foram registrados 142 casos da doença viral causada pelo vírus hMPXV (sigla para Human Monkeypox Vírus).

Segundo o Ministério da Saúde, a maioria (98) dos casos foi confirmada no estado de São Paulo. Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 28 ocorrências da doença, Minas Gerais (8), Ceará (2), Paraná (2), Rio Grande do Sul (2), Distrito Federal (1) e Rio Grande do Norte (1).

Em nota divulgada à imprensa na manhã de hoje (8), a pasta reafirma que está em contato direto com as secretarias de saúde estaduais, monitorando os casos e rastreando as pessoas com quem os pacientes tiveram contato.

Segundo a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), tradicionalmente, a varíola dos macacos é transmitida principalmente por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de animais infectados. A transmissão secundária ou de pessoa a pessoa pode acontecer por contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias ou lesões na pele de uma pessoa infectada, ou com objetos contaminados recentemente com fluidos do paciente ou materiais da lesão. A transmissão ocorre principalmente por gotículas respiratórias. Não há evidência de que o vírus seja transmitido por via sexual.

Tratamento

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões, de acordo com a Opas. O maior risco de agravamento ocorre, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.

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A REDAÇÃO

Artigo - Plano de saúde x plano de doença

Nunca ouviu falar em Plano de Doença? Não conhece isso? Afirmo que conhece, mas com outro nome.
 

O País inteiro foi envolvido em uma discussão nas últimas semanas e opinou sobre algo que pouco ou nada conhece e o fez porque sentiu na carne as consequências de um sistema que está doente e precisa ser tratado, o sistema de saúde suplementar e o reajuste dos planos de saúde muito acima da inflação e dos reajustes salariais.
 

Bastava entrar na área de opinião do leitor de qualquer veículo sério de comunicação para ler coisas do tipo: “Meu salário não aumentou nessa proporção e por ganância das operadoras ficarei sem assistência médica”, mas sem se aprofundar no assunto. Por quê aumentou? Para onde vai o dinheiro que eu pago? Se o negócio é tão bom, por que as operadoras estão no vermelho e fechando?

A explicação é simples, o sistema perdeu sustentabilidade. Como? Alto custo da tecnologia médica (novos exames e medicamentos), envelhecimento da população, judicialização de usuários que querem receber o que não contrataram e principalmente um grande desperdício dos recursos instalados, é aí que entra o plano de doença!
 

Algumas doenças que tratamos hoje poderiam ser prevenidas, com exercícios diários, exames regulares, sem tabagismo e uma boa dieta, o que convenhamos todo mundo sabe e poucos seguem. O que normalmente acontece é: pago um plano de assistência médica e não o utilizo até que tenha um problema (trauma, infecção, desmaio, dor de cabeça...) aí procurarei um especialista ou um pronto socorro e começará a via-crúcis que tornou o sistema impagável. Vou citar um exemplo muito comum.

O paciente acorda com uma dor de cabeça muito forte. Com dor e medo, procura um neurologista (afinal de contas a dor é na cabeça). O colega examinará e pedirá os exames complementares pertinentes. Descobrirá que o paciente tem cefaleia como consequência de uma hipertensão arterial que provavelmente já tem há muito tempo, mas estava silenciosa. O encaminhará para o cardiologista, que, após uma boa consulta e mais exames, o mandará para um fisiatra e um nutrólogo, poque o paciente está obeso e sedentário... Mais consultas, mais exames... Some o tempo, o número de consultas e os exames complementares feitos e verá o porquê o sistema está colapsando.
 

 Qual a saída? Primeiro o que todos sabemos, tenha hábitos saudáveis, faça exercícios, se alimente bem e não fume. Diga à sua operadora que quer um médico para chamar de seu, um médico de família, aqueles que saberão toda a sua história, que cuidarão de você sempre, independentemente de estar sentindo algo ou não e que só te encaminhará para um especialista se realmente precisar.

Isso chamamos de Atendimento Integral à Saúde e não é feito para gerar economia, mas para melhorar a assistência, evitando desperdícios de tempo e dinheiro e por tabela gerando economia.
 

Quando todos entenderem que o resultado é uma somatória de esforços em que o paciente, os profissionais da saúde, prestadores, as operadoras e quem paga por tudo isso, seja pessoa física, seja a empresa que quer o bem estar do seu funcionário, teremos um Plano de Saúde e ele será sustentável e pagável.

*Haikal Helou é médico, empresário, presidente do Conselho Setorial de Saúde da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg)

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Covid-19: Goiás registra 6,1 mil novos casos e 29 mortes em um dia

Taxa de letalidade do vírus é de 1,76%

Goiás registrou 6.162 novos casos de covid-19 e 29 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta quarta-feira (6/7). Com as atualizações, o Estado contabiliza 1.531.520 infecções e 26.990 óbitos ligados à covid desde o início da pandemia. 

No território goiano, há 840.427 casos e 226 mortes em investigação para apurar se há relação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus é de 1,76% no Estado. 
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JORNAL OPÇÃO

Mesmo com troca de OSs, médicos do Hmap seguem sem salários

Por Nielton Soares dos Santos

Prefeitura de Aparecida de Goiânia informou que todos os recursos foram repassados ao IBGH; o Albert Einstein informou que o assunto se refere a gestão anterior 

Os médicos que prestam serviços no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (Hmap) estão sem receber os salários desde o mês de abril. A unidade era gerida até 2 de junho pelo Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH). Recentemente, o processo de trocas de Organização Social (OS) da unidade passou por turbulências. Para se ter ideia, até o contrato com a nova gestora, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, foi assinado após o ex-prefeito Gustavo Mendanha (Patriota), deixar o cargo.

Procurada pelo Jornal Opção, a Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) esclarece que o contrato com a antiga Organização Social (OS) vigorou até 31 de maio e que todos os repasses foram realizados pontualmente. Por sua vez, o IBGH teria empenhado os recursos para as empresas terceirizadas, entre elas a Carvalho Serviços Médicos (CSMed) e a HMB Gestão em Saúde, para repasse aos servidores. “Para os profissionais, é revoltante e desanimador essa atitude que demonstra a total desvalorização do trabalho e desrespeito a todo o empenho que tiveram durante a exaustivas jornadas no HMAP”, denuncia um médico. 

A SMS complementa que “fez o repasse para quitação dos passivos trabalhistas e aguarda a prestação de contas por parte do IBGH”. Procurada pela reportagem, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein destacou que as denúncias são referentes gestão anterior. 

Não é de hoje que há atrasos no pagamento de salários para profissionais da unidade de saúde. Em outubro do ano passado, médicos denunciaram à imprensa que estavam a cerca de 3 meses sem serem remunerados. O IBGH não se manifestou sobre as denúncias. A gestão do IBGH foi marcada por inúmeras denúncias de corrupção, a mais recente é a acusação de desvio de quase R$ 6 milhões de recursos que seriam para o combate à pandemia da Covid. O processo está em tramitação no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).

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Hospital Araújo Jorge – 55 anos de luta contra a dor

Por Bento Fleury

Com seus 50 anos de existência, o hospital do câncer vivenciou fases de desenvolvimento e, também, de percalços

Há exatamente 55 anos, no dia 02 de fevereiro de 1967, às 10 horas de uma manhã chuvosa em Goiânia, era inaugurado pelo então Presidente da República, Humberto de Alencar Castelo Branco, o “Hospital do Câncer de Goiânia”, depois de mais de uma década de lutas do médico Dr. Alberto Augusto de Araújo Jorge, com a sua Associação de Combate ao Câncer em Goiás. 

Esta entidade fora fundada em 1956 e contara, na sua gênese, com a ajuda da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, que a essa associação destinara o seu “Pavilhão Dom Emmanuel” por vários anos; assim como o Rotary Club da capital.

 Era, naquele ano de 1967, diretor administrativo do hospital o advogado Sabry Falluh. Estiveram presentes ao evento, o então prefeito eleito de Goiânia,do MDB, Iris Rezende Machado, o governador eleito do Estado, da UDN, Otávio Lage de Siqueira e o então Presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Dr. Olympio Jayme; além de outras autoridades. 

Uma curiosa coincidência é que, 50 anos depois, novamente é prefeito de Goiânia, Iris Rezende Machado, prova de sua longevidade na política.

Com seus 50 anos de existência, esse hospital vivenciou fases de desenvolvimento e, também, de percalços. Mas ele foi a luz de esperança ou estrada final para milhares de pessoas. Ele, com sua linda história de trabalho e humanidade, por meio de todos os que ali doaram suas vidas, médicos, enfermeiros e funcionários, o nosso mais caloroso reconhecimento.

O grande e admirável médico alagoano, Dr. Alberto Augusto Araújo Jorge foi, em terras goianas, um lutador e pioneiro. Amava o ideal de servir e deixou gravado de forma indelével em nossa terra o seu legado de persistência em favor de um ideal; daí, vale o significado da música cantada por Francisco Petrônio; “pois quem ama não descansa, até morrer”.

Alberto Augusto Araújo Jorge nasceu em Maceió no dia 27 de outubro de 1913, filho do também médico Dr. Afrânio Augusto Araújo Jorge, que nascera em Maceió em 1880 e estudara na Faculdade de Medicina da Bahia e colara grau em 1903. Ele fora casado com Lídia Nuno de Barros Pereira. Desse cadinho, no exemplo do pai, que fizera Medicina por sacerdócio Dr. Alberto acompanhou os sofrimentos do mesmo pelas perseguições políticas vivenciadas no período da República Velha. Também seu irmão mais velho, Ascânio Augusto formou-se em Medicina em Maceió, onde fez carreira, assim como no Rio de Janeiro.

Pelas perseguições políticas sofridas pelo pai, a família de Dr. Alberto Augusto viveu vários anos em Recife e depois Rio de Janeiro, pois em Maceió ele sofreu uma tentativa de assassinato por sua posição contra a política opressora da época e, também, teve a casa invadida e depredada, dada a truculência política alagoana naqueles velhos tempos.

Na verdade, a ilustre família Araújo Jorge teve por pioneiro Silvério Fernandes, que vivera na antiga cidade de Alagoas, hoje Marechal Deodoro e ali nasceu em 20 de julho de 1817, há duzentos anos!

Ele estudou na Academia de Ciências Jurídicas de Olinda e terminou o curso de Ciências Jurídicas em São Paulo, no ano de 1840, escolhendo a área de magistratura para sobreviver. Casado com Maria Vitória Nascimento Pontes, teve onze filhos. Foi ele o ascendente de Dr. Alberto Augusto de Araújo Jorge.

O primeiro filho do casal foi Manoel Fernandes de Araújo Jorge (1841-1905), que formou em Direito e chegou a Desembargador. O segundo foi Adriano Augusto de Araújo Jorge (1842-1901), que foi catedrático em Língua Inglesa e lecionou no Lyceu alagoano. Seu filho Adriano Augusto se formou em Medicina na Bahia. O terceiro filho foi Dr. Afrânio Augusto, pai do admirável médico que, em Goiânia, deixou as marcas de sua bondade e dignidade registradas na história de nossa capital.

As irmãs Maria Tereza, Paulina e Tereza Maria, solteiras, naquele século XIX, eram moças prendadas em Alagoas, com suas leituras e prendas admiráveis. Silvério Filho (1853-1911) iniciou o curso de Direito e depois seguiu carreira militar. Seu filho Agostinho foi médico e foi assassinado em 1910. Antonio Augusto (1855-1923) formou em Direito. Eduardo Araújo Jorge também se formou em Medicina. Rodrigo Adolfo (1858-1931) formou-se em Direito. Ele foi avô do grande poeta brasileiro J.G. de Araújo Jorge, reconhecido escritor e político brasileiro. Florentino de Barros, o décimo filho, formou-se em Direito e chegou a Desembargador.

Com os genes do amor à Medicina e ao trabalho, em longas raízes nobres e esclarecidas, Dr. Alberto Augusto Araújo Jorge elevou-se espiritualmente no entendimento dos caminhos do mundo. Era um homem de nobre coração.

Dr. Alberto Augusto de Araújo Jorge formou em Medicina em 1938 na Faculdade de Medicina da Bahia. Dedicou-se desde cedo às áreas de técnica operatória, e oncologia. Formado, ele voltou a sua terra com todo idealismo e boa vontade e foi um dos fundadores da Escola de Medicina de Maceió. 

Como visionário e sonhador, exerceu a medicina em São Paulo, Belo horizonte, Nova Ponte, Uberlândia e mais tarde Goiânia, cidade nova e instigante, em que ele deu o brilho de sua invulgar inteligência.

Em Uberlândia ele fez residência na Casa de Saúde São Luiz, de propriedade de Diógenes Magalhães da Silveira, que era especialista em Cancerologia e Eletro-cirurgia pela famosa Universidade de Berlim.

Também, de volta a Alagoas, foi cirurgião do serviço de Tisiologia do Departamento Estadual de Saúde e regente da Cátedra de Técnica Operatória da Faculdade de Medicina de Alagoas. No ano de 1953 ele se tornou membro do Colégio Internacional de Cirurgia. 

No ano de 1955 estava ele em Goiânia, a capital caçula do Brasil, para realizar um notável trabalho no campo da Medicina e da luta contra a dor. Quis a espiritualidade que aqui fosse o seu campo de atuação.

E ele cumpriu com honra o seu sagrado dever.

Há 66 anos, em 1956, ele criou a Associação de Combate ao Câncer em Goiás e dirigiu o núcleo de oncologia da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, travando a luta contra a terrível doença, em consonância também com o louvável trabalho da grande brasileira que foi Carmen Anne Dias Prudente (1912-2001).

Na criação da ACCG estavam os mais ilustres profissionais da área médica em Goiás como Luiz Rassi, Francisco Ludovico de Almeida, Jofre Marcondes de Rezende, Wilson Mendonça e Osvaldo Vilela, como bem destacou o ilustre pesquisador IúriRincon Godinho em seu livro “Médicos e Medicina em Goiás – do século XVIII aos dias de hoje”.

A ACCG funcionava em um pavilhão cedido pela Santa Casa de Misericórdia onde realizava precariamente o atendimento oncológico. Neste ano de 1965 foi iniciada a construção da primeira unidade da ACCG, o Hospital do Câncer de Goiânia, no Setor Universitário.

Em 1960 o Dr. Araújo Jorge recebeu a visita do ex-presidente da República, Juscelino Kubitschek, na ACCG. Na época, além do atendimento a pacientes com câncer a Instituição se dedicava a desenvolver ações de prevenção e esclarecimentos sobre a doença, fato que deu grande notoriedade ao trabalho desenvolvido pelo ilustre médico.

Também, a ACCG inaugurou a Fundação Hospital do Câncer de Goiânia em fevereiro de 1967. Foi um notável evento para a área da saúde em Goiás. Após uma década de trabalho intenso, o presidente da ACCG, Dr. Araújo Jorge realizou mais um sonho, que foi o funcionamento de uma unidade hospitalar especializada no tratamento oncológico, e que seria acessível à população carente. São marcas de seu generoso coração, no pensamento de que a doença atinge o ser humano, independente de sua situação social e econômica.

Naquele ano nascia a primeira e mais antiga unidade da ACCG e que ao longo de sua história tornou-se referência nacional no combate ao câncer, com propósitos salutares e atendimento ao povo de Goiânia e também do interior.

Mais tarde, a ACCG criou sua segunda unidade operacional, o Centro de Estudos do Hospital do Câncer, unidade voltada para estudos e pesquisas na área oncológica. Foi um avanço significativo na ampliação do atendimento e de estudos acerca da doença.

Agora, a unidade tem o nome de Instituto de Ensino e Pesquisa, sendo responsável pelo aprimoramento técnico-científico dos seus profissionais e dos profissionais da área de saúde, na promoção de cursos como Residência Médica em Cancerologia e Residência em Enfermagem Oncológica, ampliando as possibilidades de melhorias significativas.

Em 1977, há 45 anos, a ACCG prestou uma homenagem ao criador da Instituição, o médico alagoano Dr. Alberto Augusto de Araújo Jorge, transferindo o nome da unidade de Hospital do Câncer de Goiânia para Hospital Araújo Jorge. Esse nome hoje é marca. Todos dizem: “Trata-se no Araújo Jorge”. “Foi no Araújo Jorge” e houve profunda assimilação por todos.

Também, o Setor de Radioterapia do Hospital Araújo Jorge adquiriu no ano de 1987 o primeiro acelerador linear. O equipamento foi responsável por realizar as sessões de radioterapia e funciona até os dias de hoje, com eficiência no tratamento das pessoas.

Em 1990 foi o ano da primeira turma de Residência Médica em Oncologia, coordenada pelo então Centro de Estudos que, no ano seguinte, recebeu a denominação de Instituto de Ensino e Pesquisa, unidade operacional da ACCG, em constante aprimoramento.

Logo mais tarde, houve a inauguração do Núcleo de Assistência Social, unidade responsável pelo desenvolvimento de projetos sociais que objetivaram beneficiar pacientes e familiares carentes atendidos pela instituição, na melhoria significativa da qualidade de vida de pacientes e acompanhantes.

Também houve a inauguração do Setor de Prevenção, unidade criada pela ACCG, cujo objetivo era desenvolver atividades de prevenção primária e secundária tendo como público alvo a população goiana, ao promover o acesso das pessoas às informações básicas sobre a doença.

Numa sequência de melhorias, a ACCG criou o Grupo de Apoio Paliativo ao Paciente Oncológico (GAPPO) que passou a oferecer atendimento domiciliar aos pacientes do Hospital Araújo Jorge fora das possibilidades terapêuticas. Atualmente, o GAPPO possui uma equipe multidisciplinar formada por médico, psicóloga, enfermeira, motorista, orientadora espiritual e voluntários que prestam atendimento e levam conforto às residências de pacientes e suas famílias. Houve uma maior humanização no tratamento e ampliação dos domínios terapêuticos.

Também houve a inauguração da unidade Oncológica de Anápolis, que foi criada para tratamento de pacientes de Anápolis e região Norte de Goiás. Também em 1997 a Instituição criou o Setor de Captação de Recursos que teve como objetivo captar doações financeiras da comunidade e que colaboram com o custeio dos projetos sociais desenvolvidos pela Instituição, como, por exemplo, o GAPPO – Grupo de Apoio Paliativo ao Paciente Oncológico.

No ano de 1998 houve a ampliação do Hospital Araújo Jorge. O novo prédio de quatro andares possibilitou um aumento da capacidade de atendimento da unidade de aproximadamente 60%, em seis mil metros quadrados de área construída. Tal fato possibilitou mais ainda a ampliação dos serviços e o atendimento ao povo.

Também foi adquirido para o Setor de Radioterapia do Hospital Araújo Jorge um Acelerador Linear ALX CLINAC/600, equipamento responsável pelo tratamento radioterápico. O Ministério da Saúde, com o apoio da então Deputada Federal Lídia Quinan, liberou verbas que viabilizaram a aquisição do novo equipamento.

Ainda, o Setor de Transplante de Medula Óssea do Hospital Araújo Jorge foi inaugurado em 2000 e nesse mesmo ano realizou o primeiro transplante de medula óssea na região Centro-Oeste. Ainda no ano de 2000 o Setor de Radioterapia do HAJ adquiriu o equipamento de braquiterapia de alta dose e ainda foi responsável pela realização da 1ª Radiocirurgia da região, se tornando a segunda unidade hospitalar na América Latina a realizar o procedimento, conforme salienta o aspecto histórico da instituição no site institucional.

No ano de 2002, o Setor de Terapia Intensiva do HAJ passou por uma ampla reforma e foi reinaugurado em novo espaço físico tendo ampliada a sua capacidade de atendimento com o aumento do número de leitos. Nesse mesmo ano o IEP criou o Curso de Especialização em Física Médica; o que foi uma grande melhoria.

Também a Casa de Apoio Governador Marconi Perillo foi inaugurada no ano de 2003 e obteve o patrocínio do Governo do Estado de Goiás. O prédio de quatro andares passou a abrigar o Núcleo de Assistência Social e a casa de apoio que hospedava pacientes do Hospital Araújo Jorge vindos de outras cidades em busca de tratamento; uma ação social de grande alcance aos mais carentes.

No ano de 2004 o IEP – Instituto de Ensino e Pesquisa da ACCG realizou a I Bienal de Cancerologia do Hospital Araújo Jorge, evento que reuniu renomados profissionais para discutirem assuntos relacionados à oncologia e tendo como público-alvo os profissionais da área médica, enfermagem e fisioterapia. Nesse mesmo ano, iniciou um grande investimento: a construção de uma nova unidade Centro Médico Ambulatorial, prédio de oito pavimentos, onde serão realizados atendimentos ambulatoriais incluindo Banco de Sangue, Setor de Quimioterapia, consultórios, salas de exames, salas de curativos, e centro cirúrgico para pequenas cirurgias.

A ACCG iniciou a comemoração do seu cinquentenário em uma homenagem prestada pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás pela relevância do trabalho realizado ao longo de meio século de luta contra o câncer.

No cinquentenário, a Unidade Oncológica de Anápolis também recebeu novos equipamentos para o seu Setor de Imagem. A aquisição de um novo raio-x, um mamógrafo, um aparelho de ultrassonografia, dois carros de emergência e dois cardioversores foi viabilizada por meio de uma doação feita pelo Deputado Federal Ronaldo Caiado, através de uma emenda individual.

Também, o novo Setor de Quimioterapia da Unidade Oncológica de Anápolis foi inaugurado no ano de 2007, quando teve sua capacidade de atendimento ampliada em ambiente físico mais apropriado e com novos equipamentos. Já em 2008 foi iniciado o projeto de Reforma e Adequação do Setor de Oncologia Pediátrica do Hospital Araújo Jorge. 

Ainda, a Instituição obteve a aprovação da criação do Estatuto do Portador de Câncer em 2009. O projeto foi idealizado pela médica radioterapeuta, Dra. Juliana Castro Dourado Pinezi, e apresentado à  Fundação de Amparo à Pesquisa (FAPEG), e obteve ainda o apoio dos deputados Hélio de Sousa e Wagner Guimarães que fizeramcom que a Lei fosse criada. O projeto foi aprovado no mês de dezembro em sessão ordinária da Assembleia Legislativa.

Também, a III Bienal de Cancerologia do Hospital Araújo Jorge, realizada em agosto de 2009, reuniu eventos de várias especialidades relacionadas à oncologia, reciclando os profissionais das áreas de enfermagem, nutrição, fonoaudiologia, serviço social e psicologia. Nesse mesmo ano o Banco de Sangue do Hospital Araújo Jorge passou a funcionar em novas instalações no Centro Médico Ambulatorial da ACCG

A ACCG criou o Centro Integrado de Oncologia, setor do Hospital Araújo Jorge responsável pelo tratamento quimioterápico de pacientes do SUS – Sistema Único de Saúde. A mudança de unidade de assistência social para unidade de tratamento foi necessária devido à existência de grande demanda que era reprimida quando o setor funcionava em local menor resultando numa capacidade de atendimento menor.

Assim, a ACCG teve e continua tendo uma história de grande valor na área da Medicina em nosso Estado.

Dessa forma, o Dr. Alberto Augusto de Araújo Jorge foi presidente da Associação de Combate ao Câncer até 1977, há 45 anos, quando sofreu um acidente e se retirou do cenário das luas cotidianas. Ele faleceu em 1986.É Patrono da Cadeira 004, da Academia Goiana de Medicina, pelo seu exemplo, trabalho e dedicação.

Grande ser humano, ele se casou-se com Martha Borges Magalhães, natural de Uberlândia, onde nasceu em 31 de maio de 1925, comerciante em Goiânia. O casal teve quatro filhos.

O mais velho, Carlos Alberto, nasceu em Uberlândia em 22 de abril de 1945. Fez o curso de Direito e trabalhou no Rio de Janeiro. Casado com Maria Madalena Soreano, alagoana, funcionária administrativa do Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro. Desse consórcio teve um filho, Pedro, nascido em 1979.

O segundo filho foi Ivan, que nasceu em Uberlândia em 11 de julho de 1946, formado em Engenharia, funcionário da Real Construtora, depois funcionário da Saneago em Goiás. Casado em primeiras núpcias com Iracy Ferreira, com quem teve dois filhos;ambos médicos, e em segundas núpcias com Alice Vieira.

O terceiro filho, Estanislau, nascido em Maceió em 24 de abril de 1948, seguiu os passos do pai. Formou-se em medicina pela UFG e fez residência médica no Hospital do Câncer no Rio de Janeiro. Continuou a obra do pai. Desde há muito luta pela obra do Hospital Araújo Jorge, no Hospital São Domingos e no CEBROM. Na luta médica, fez mais de dez mil cirurgias, a maioria considerada de grande porte. Casado com Eva Silva Montello, bancária, com quem teve três filhos.

A última filha de Alberto Augusto de Araújo Jorge é Lídia, que nasceu em Maceió em 06 de janeiro de 1953, formada em Economia, com atuação no Governo Federal em Brasília. Casou-se em primeiras núpcias com Cesar Canedo e em segundas núpcias com Paulo Fogaça e tem o filho Leonardo, nascido em 1982.

Na história de Dr. Alberto Augusto de Araújo Jorge, um pouco da história da Medicina goiana, assim como a história da Associação de Combate ao Câncer em Goiás e do Hospital do Câncer. Páginas de solidariedade e amor se misturam nesse caminho orlado por exemplo, dignidade e retidão.

Que na morada celeste ele continue a ser um espírito de luz na condução digna e honrada da sagrada missão de ensinar, de auxiliar, de curar e de conduzir todos os que sofrem.

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O HOJE

Estudo mostra resultados em gestações feitas através de transplantes de úteros

Um novo estudo divulgado nesta quarta-feira (6/7), mostrou a eficácia em gestações concedidas através do transplante de útero. A pesquisa foi realizada com mais da metade das mulheres estadunidenses, entre 2016 e 2021. Os pesquisadores ao observarem e estudarem os dados profundamente, perceberam que de 33 mulheres submetidas a ação clínica, 19 delas deram a luz à um total de 21 bebês, ou seja, 58% passaram por uma gestação bem sucedida e tiveram filhos saudáveis.

“O transplante de útero deve ser uma realidade clínica nos Estados Unidos“, explicaram os cientistas no Jama Surgery.

O objetivo dessa pesquisa é gerar uma possiblidade que permita mulheres inférteis ou caso tiveram alguma doença, poderem engravidar. O estudo alega que todas as mulheres observadas sofriam a infertilidade absoluta do fator uterino (quando uma mulher nasce sem útero ou precisa removê-lo). Entretanto, essa técnica ainda é um estudo e necessita ser colocado em prática para ter certeza nos avanços dos resultados.

Resultados promissores

A pesquisa ressalta que 74% das mulheres receberam o útero por transplante, conseguiram permanecer com o funcionamento após um ano da cirurgia. Com isso, 83% deram à luz por meio da cesárea, em 14 meses depois do transplante. Outra metade dos recém nascidos, tiveram o parto realizado após 36 semanas de gravidez.

Ao fazer o processo e ter o bebê, a mulher precisa retirar o útero novamente, pois é necessário evitar a necessidade do uso de drogas imunossupressoras pelo resto da vida.

Liza Johannesson, líder do estudo, contou que aproximadamente mais de um milhão e meio de mulheres puderam beneficiar desse experimento. “A cobertura de seguro para transplante de útero faz parte de uma discussão mais ampla que envolve cobertura de cuidados de infertilidade em geral”, explicou a pesquisadora.

As cirurgias são realizadas na Universidade Baylor, no Texas, localizada na Clínica Cleveland e o Hospital da Universidade de Pensilvânia. Até o momento, eles foram responsáveis por produzirem em todo o mundo mais de cem transplantes de útero.

Um em cada quatro pacientes sofreram complicações no procedimento, que é feito a partir da doação de útero. Apesar dos resultados promissores, a solução está longe para algumas pessoas, afinal, o custo é altamente caro por se tratar de um tratamento de fertilidade.

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No Brasil, mortes associadas a gravidez são 4 mil a mais que o registrado, diz estudo


Por: Luan Monteiro

No Brasil, o número de mortes de mulheres grávidas e puérperas foram quase 4 mil a mais que o registrado pelo Ministério da Saúde. As informações são de um levantamento realizado pelo Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBR). O número representa 34% a mais que os dados oficiais de mortalidade associada a gestação.

O levantamento levou em conta informações entre 2016 e 2021. Segundo dados oficiais do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), foram notificadas, no período, 11.436 mortes relacionadas a gravidas ou puérperas de até 42 dias após o parto no país.

Os novos dados estarão disponíveis em um banco de dados da organização. “O objetivo do OOBR é pegar bancos de dados que já são disponíveis e transformar isso em painéis de [mais fácil acesso]”, afirma Rossana Vieira Francisco, professora associada de obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e coordenadora do observatório.

Oficialmente, a morte materna ocorre durante a gestação ou até 42 dias após o nascimento do bebê. Também é preciso que a causa do óbito seja relacionada com a gravidez ou tenha sido agravada por ela.

Outra forma é a morte tardia, que ocorre após 43 dias do parto. “Por exemplo, uma mulher que engravidou e pegou Covid. O parto foi feito e ela foi internada na UTI. Ela veio a falecer 43 dias após o parto. Ela é considerada uma morte materna tardia”, afirma a coordenadora.

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Goiás tem 7 casos notificados de varíola dos macacos; veja quando é considerado suspeito


Por: Rodrigo Melo

Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) informou nesta quinta-feira (7/7) que no Estado há 7 casos suspeitos de varíola dos macacos (Monkeypox). Dois casos foram descartados por critério laboratorial. De acordo com a pasta, cinco casos suspeitos seguem em investigação e seus contatos próximos estão sendo rastreados e monitorados pela Vigilância Epidemiológica Municipal. Até o momento, o Estado não tem casos confirmados de Monkeypox. 

primeiro caso suspeito em Goiás tratavasse de uma mulher de 43 anos, moradora de Goiânia, que teve contato com uma pessoa de outro município do interior de Goiás, que apresentava sinais semelhantes. 

 A SES explicou os critérios para definição de caso suspeito da varíola dos macacos sendo indivíduo de qualquer idade que, a partir de 15 de março de 2022, apresente início súbito de erupção cutânea (lesões na pele) aguda sugestiva de Monkeypox. Elas podem ser única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia ou relato de febre.

Os primeiros sintomas também podem ser dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Histórico de casos suspeitos

Também são critérios para definição histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados de Monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas.

É investigado se pessoa teve vínculo epidemiológico com:

Pessoas com histórico de viagem a país endêmico ou país com casos confirmados de Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas OU

Casos confirmados de Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas ou histórico de contato íntimo com desconhecido/a (s) e/ou parceiro/a(s) casual (is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas.

Transmissão da varíola dos macacos

A varíola dos macacos é uma doença viral rara causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês). Ela é transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.

Exames

O processo de investigação da Monkeypox em Goiás inclui a coleta de amostras do paciente e o encaminhamento das mesmas para o Laboratório Estadual Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). Algumas amostras para diagnóstico diferencial são analisadas no próprio Lacen e outras, encaminhadas pelo Lacen ao laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O processo de investigação também contempla a busca ativa de contatos e o isolamento do paciente.

Preparo para a contenção do vírus

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

A SES informou que tem realizado capacitações rotineiras com os profissionais da saúde (médicos, enfermeiros e outros) voltados à identificação de casos suspeitos, diagnóstico, manejo clínico, coleta e envio de amostras e tratamento e outros protocolos.

Uma dessas capacitações foi realizada no dia 29 de junho, com participação de especialistas da área médica, de epidemiologia e vigilância laboratorial. 

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Assessoria de Comunicação