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alerta

A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) alerta para o risco iminente de falta de medicamentos essenciais e indispensáveis para o tratamento de pacientes com Covid-19, principalmente aqueles internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e que dependem de sedação e intubação.

Há algumas semanas, os hospitais já convivem com a escassez de produtos, como anestésicos, relaxantes musculares e anticoagulantes, mas vinham conseguindo suprir a falta em algumas unidades por meio do empréstimo de doses entre elas ou a substituição dos medicamentos.

Na última semana, a situação agravou-se e o cenário tende a piorar diante da impossibilidade das indústrias farmacêuticas de atenderem os novos pedidos de compras dos hospitais.

Dentre os medicamentos que podem faltar estão:

Rocurônio
Midazolam
Cisatracúrio
Tracrium
Heparina
Atracúrio
Propofol
Fenatanila

ahpaceg gabinete de crise 26 08 20

 

METROPOLE

Pandemia provoca alta de até 1.000% em preços de insumos para UTIs

Relaxantes musculares e anestésicos utilizados para intubar pacientes estão no grupo dos que apresentam maior alta no custo de compra

Goiânia – Com demanda crescente e cada vez mais elevada, em decorrência do avanço da pandemia da Covid-19 no Brasil, insumos hospitalares, como medicamentos e itens básicos de proteção (luvas e máscaras), tiveram altas de preços no mercado farmacêutico que ultrapassam 1.000% em alguns casos.

O reajuste atinge, principalmente, anestésicos e relaxantes musculares que são utilizados para sedar e intubar pacientes nas unidades de terapia intensiva (UTIs) – essenciais nos protocolos e planos de contingência do tratamento de casos graves da Covid-19.

Em um ano de pandemia, com a grande quantidade de pacientes e necessidade cada vez maior de UTIs, indústrias e laboratórios viram a procura por esses insumos crescer exponencialmente, numa escala acima do que era comumente ofertado no mercado brasileiro.

O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), desenvolvido mensalmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a plataforma Bionexo, atesta aumento médio dos grupos de relaxantes e anestésicos, durante 2020, de 38,36% e 48,88%, respectivamente.

Numa análise mais específica, surgem exemplos com reajustes mais acentuados. O rocurônio, que é usado para facilitar a intubação, custava em torno de R$ 16 antes da pandemia, de acordo com o setor de compras da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás (Ahpaceg). Hoje, o preço gira em torno de R$ 160. Ou seja, 900% a mais.

Esse valor de R$ 160, no entanto, só é praticado em relações comerciais já estabelecidas e com contratos antigos, explica Ana Valéria Miranda, farmacêutica da Ahpaceg. Se quiser adquirir hoje o rocurônio, iniciando do zero uma relação comercial, o preço, segundo ela, chega a ser até 3.000% além do que era cobrado um ano atrás.

Midazolan

Outro medicamento sensível e que integra os protocolos de atendimento nas UTIs é o midazolam. Também relaxante muscular, sofreu aumento significativo do valor, durante a pandemia.

Em análise de planilhas de custos de hospitais, o Metrópoles encontrou variação do preço unitário que chega a ser de 764%, entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021. Uma unidade de 10 ml subiu de R$ 2,02 para R$ 17,45.

Em média, no decorrer do ano, segundo a Ahpaceg, o aumento do valor do midazolan foi de 500% na indústria, chegando a 900% na aquisição feita diretamente com laboratórios.

O midazolam e o rocurônio aparecem em lista da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), divulgada na última quinta-feira (18/3), que relaciona medicamentos já em falta no Brasil e com reservas próximas de acabar.

Em Goiás, hospitais têm estoque só para esta semana

Os dois relaxantes musculares estão no centro de uma questão que mobilizou associações e entidades hospitalares, na última semana, em alerta feito à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A iminente falta desses itens nos estoques dos hospitais preocupa a categoria.

Em Goiânia, a Ahpaceg informa que algumas unidades hospitalares têm rocurônio suficiente apenas para o início desta semana. “Sem ele, tem que se regredir ao método do plano de contingência que era praticado 20 anos atrás. Vai ter de fazer uso de outros medicamentos para induzir pacientes ao estado de relaxamento”, explica Ana Valéria.

A farmacêutica conta que existia a previsão de entrega de uma carga de importação do rocurônio no Brasil, há duas semanas, o que não ocorreu. Hoje, diante do contexto, não se sabe quando chegará, tampouco se a quantidade será suficiente para distribuir entre todos que necessitam e estão no aguardo.

Com as UTIs abarrotadas de pacientes em vários estados do país e a transmissão da Covid-19 que segue em curva crescente, a situação torna-se ainda mais preocupante pelo que virá daqui para frente.

Além do rocurônio e do midazolan, estão em falta, ainda, o cisatracúrio, que teve variação de preço verificada pelo Metrópoles de 300% em um ano; o tracrium; a heparina, que é anticoagulante; o atracúrio; propofol, também com variação de preço de 300%; e a fentanila.

Luvas para procedimento registraram aumento de 1.400%

Entre os equipamentos de proteção, as luvas utilizadas em procedimentos são as que registram maior variação de preço. Uma caixa com 50 unidades que custava R$ 6 nos meses anteriores à pandemia é vendida hoje aos hospitais por um preço que chega a até R$ 90, ou seja, aumento de 1.400%.

Na busca feita pelo Metrópoles nas planilhas de custo de alguns hospitais públicos de Goiás, foram encontrados exemplos de elevação do valor unitário acima de 440%. Uma caixa com 100 unidades que custava R$ 13,80, em fevereiro de 2020, foi vendida em fevereiro deste ano por R$ 75.

Variação semelhante atingiu as máscaras de proteção. No início deste mês, a Anahp divulgou nota com informações de pesquisa feita em hospitais de todo o Brasil. O aumento médio do valor da máscara N95 foi de 581%, e o da máscara cirúrgica, de 569%.

Outro insumo em falta e que teve variação sensível do preço, segundo o setor de compras da Ahpaceg, foi o cateter de alto fluxo. Ele é utilizado em circuito com outros equipamentos para retardar ou evitar a intubação do paciente. O aumento do valor, conforme pontuou a farmacêutica Ana Valéria Miranda, oscila de 500% a 1.000%, de acordo com a marca.

Situação assusta pela imprevisibilidade da pandemia

Acostumados a trabalhar com dados e demanda média ao longo dos meses, os hospitais estão diante de um cenário que varia conforme a imprevisibilidade da pandemia da Covid-19. E isso torna impossível fazer previsões sobre a quantidade de insumos que serão necessários em futuro próximo.

“Nós tínhamos antes uma noção de quantidade de procedimentos e de cirurgias. A gente tinha uma programação. Hoje, não conseguimos prever. Agora, temos X pacientes. Amanhã podemos ter X+20, X+30”, explica a farmacêutica da Ahpaceg.

Outro fator agravante é a mudança do comportamento do vírus e, ao mesmo tempo, da gravidade dos pacientes. Além do acometimento de pessoas mais jovens, o tempo médio de internação em UTIs subiu nos hospitais particulares de Goiás.

Na primeira onda, vivenciada em 2020, a internação durava, em média, de cinco a sete dias. Neste ano, a ocupação de um leito de UTI por um paciente grave com Covid-19 tem sido de 14 a 15 dias, em média. Alguns chegam a ficar até 45 dias. Tudo isso eleva a necessidade de insumos.

 

Portal: Metrópoles 22/03/21

JORNAL OPÇÃO

Rede privada de saúde entra em colapso e pede socorro ao Estado

Por Gabriela Macedo

Ao pedir socorro à rede pública quanto a superlotação da rede privada, presidente da Ahpaceg sugere unificação

Com superlotação em hospitais, setor privado pede socorro ao Estado para alívio de demanda de pacientes. Preocupado, presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, ainda explica a impossibilidade de compra de suprimentos, que segundo ele, não são encontrados para compra em lugar algum.

“Nós chegamos na capacidade, às vezes estamos indo além da capacidade, e isso é extremamente perigoso. Então nós conversamos ontem com os sócios e com a parte jurídica e, se extrapolada a capacidade de atendimento dos hospitais, vamos botar pacientes na regulação, seja do estado ou do município, dependendo da localidade dos hospitais”, explica Haikal. O presidente da Ahpaceg, ao apelar para ajuda do estado, justifica essa necessidade ao dizer que a saúde é um direito do cidadão.  

Em conversa com o Jornal Opção, Haikal retoma solicitação já realizada anteriormente ao Centro de Operações de Emergências (COE) em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus no início de março, que é pela unificação estadual – em lugar da autonomia municipal – para contensão da crise causada pela Covid-19.

“A unificação faria com que o estado visse todos os doentes e vagas ao mesmo tempo. É preciso a criação de uma mesa que tenha todos os elos da cadeia, os pacientes, as operadoras, as cidades e o estado. Que nós pudéssemos conversar sobre isso. Esse pedido ainda está em pauta. O que não pode é cada um ficar no seu canto brigando, é preciso uma centralização. Não dá para cada um tentar resolver isoladamente”, opina o presidente.

 

JORNAL OPÇÃO 18/03/21

A REDAÇÃO

"Tem paciente internado no centro cirúrgico", diz presidente da Ahpaceg

Goiânia - Com ocupação recorde de leitos para tratamento da covid-19 em Goiás, os hospitais já se encontram no limite tanto na rede pública quanto na privada. A lotação é uma preocupação diária para o sistema e, conforme afirmou ao jornal A Redação o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, é possível dizer estado já vive uma situação de colapso.
 
"Temos hoje cerca de 300 pessoas na fila, esperando por um leito. Vimos um ex-governador morrer porque não conseguiu vaga de UTI. Não tem vaga pra ninguém. Para se ter uma ideia da situação em que estamos, tem hospital internando paciente no centro cirúrgico, na tentativa de socorrer e dar o tratamento mais próximo do adequado. Se isso não é colapso, eu não sei o que é", diz, preocupado.
 
Helou afirma que a situação em todo o Estado é muito difícil, já que o número de casos está além da capacidade de atendimento. Para tentar socorrer a todos, hospitais e profissionais estão recorrendo, muitas vezes, ao improviso. "Pacientes que deveriam estar em UTI são colocados em outras alas, como pronto-socorro e enfermaria, onde também já não temos vagas", ressalta.
 
O presidente da Ahpaceg informa ainda que, por conta disso, os hospitais estão com uma sobrecarga de leitos, tanto de enfermaria quanto de terapia intensiva e que, a partir de agora, as unidades associadas passarão a notificar ao Centro de Operações de Emergências (COE) em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus sobre o número de pacientes que estão internados em condições análogas à CTI.
 
"Aí sim teremos uma visão clara de como está a ocupação. Vamos ver que estamos com 115% a 130% de ocupação real", diz. Até o fechamento dessa matéria, a taxa de ocupação para UTI Covid era de 99,8% e de enfermaria era de 77%, nas redes pública e privada, segundo dados do Boletim Integrado de Leitos da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.
 
Para atender os pacientes, a rede particular vai passar a pedir leitos de UTI para a rede pública. Ele explica que, com a lotação e a incapacidade de atendimento, os hospitais entrarão em contato com a rede regulatória para tentar fazer a transferência. "É um direito constitucional do cidadão. Se o hospital não consegue atender ou transferir, lançamos o paciente na rede estadual e ele passa a ser regulado pela rede pública, na tentativa de conseguir um leito de internação."
 
Outro ponto levantado pelo presidente da entidade é a escassez de material humano para atender os casos complexos. Helou destaca que os profissionais estão estafados por conta das longas jornadas e número crescente de pacientes. "Além do cansaço por conta do trabalho exaustivo, muitos morreram, outros estão afastados, alguns doentes, outros até mudaram de ramo porque não suportaram a carga tão pesada. De outro lado, ainda teve a grande quantidade de leitos abertos para atender a população, mas não é só isso que resolve. É preciso ter profissionais qualificados para atuar nessa situação e eles não são formados do dia para a noite", diz.
 
Se faltam profissionais, a situação não é diferente quando se olha para medicamentos e insumos. As medicações usadas para realizar a intubação de pacientes, como sedativos e relaxantes musculares, já estão no fim dos estoques, o que preocupa a associação. "Nos hospitais em que esses medicamentos já não acabaram, estão acabando. Estamos cancelando cirurgias que podem ser canceladas, mudando protocolos, porque a situação é extremamente preocupante. Recebi ligação de unidades de saúde de Brasília, solicitando esse tipo de medicamento, mas não temos nem para emprestar, é uma situação que está acontecendo em todo o país", afirma Helou.
 
O presidente da Ahpaceg reforça que, sem esses medicamentos, não há como dar o tratamento adequado em muitos casos. Ele explica que em situações extremas, mudam-se os protocolos, mas que o resultado pode não ser o mesmo. "Não tem como preservar o paciente da maneira correta. Podemos usar outras drogas, mas não terão o mesmo resultado, com isso o tratamento é realizado com dificuldade e a recuperação não vai ser adequada", diz.
 
Por fim, Helou fez um apelo para que a população siga os decretos municipais e estadual que determinam o fechamento de atividades não-essenciais para se preservar e evitar a contaminação e disseminação da doença. "Todo mundo quer trabalhar e sustentar sua família, ninguém quer fechar comércio e serviços por maldade. Essa dicotomia entre economia e saúde só existe até uma pessoa próxima a quem tem essa ideia ficar gravemente doente, e, aí, vai pedir vaga em hospital. A covid matou mais que qualquer doença esse ano e atingimos hoje a triste marca de 10 mil mortos em Goiás. Estamos em um momento que precisamos de empatia coletiva, que cada um faça sua parte."

A REDAÇÃO 19/03/21

RÁDIO CBN

Em colapso, hospitais privados tentam transferir pacientes para a rede pública de saúde em Goiás

Duas semanas. Este é o tempo que a rede privada de saúde de Goiás vive em situação de colapso total. Pra piorar não param de chegar, em grande quantidade, pacientes infectados pela Covid-19 nos hospitais particulares, extrapolando a capacidade das unidades. O presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado, Haikal Helou, explica que em situações como essa cabe ao Estado receber e prestar e auxilio ao excedente.

https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/em-colapso-hospitais-privados-tentam-transferir-pacientes-para-a-rede-p%C3%BAblica-de-sa%C3%BAde-em-goi%C3%A1s-1.2215450

 

18/03/21

A Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) lançou a Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, que aborda os principais temas e procedimentos relacionados ao manejo ambientalmente adequado dos resíduos gerados nas atividades operacionais e administrativas dos estabelecimentos de saúde.

Desenvolvida pelo Comitê de Sustentabilidade da Anahp, a Cartilha de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde orienta sobre manejo, armazenamento, tratamento e destinação final de materiais gerados em hospitais e afins. A publicação, que pode ser baixada gratuitamente em https://bit.ly/3tnCkYw, também trata de licenças ambientais e documentação.

(Fonte: Anahp)

Terça, 16 Março 2021 07:14

CLIPPING AHPACEG 16/03/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Hospitais abrem leitos de UTI em Goiás

Número de mortes por Covid-19 em março já é maior do que em fevereiro, em Goiás

Covid-19: veja a ocupação dos leitos de UTI e enfermaria em Goiânia

Médicas denunciam que constam três doses de vacinas contra Covid-19 no registro delas

Santa Casa de Goiânia abre 20 novos leitos para pacientes com covid-19

Caiado anunciará pacote de combate aos efeitos da pandemia em Goiás

Marcelo Queiroga aceita convite para o Ministério da Saúde

Covid-19: Goiás registra 3,5 mil casos e 15 mortes nas últimas 24 horas

Países europeus suspendem uso da vacina AstraZeneca devido a coágulos

HMAP abre 30 leitos para pacientes com covid-19 em Aparecida de Goiânia

Marcelo Baiocchi declara: “empregos e empresas também morrem todos os dias”

Covid-19 deixa bebês órfãos e viúvos em luto

Médica Ludhmila Hajjar confirma ter recusado convite para assumir Ministério da Saúde

ANS suspende venda de nove planos de saúde

Aparecida tem maior incidência da Covid-19 entre os municípios goianos

Hospital de Campanha de Trindade abre dez novos leitos semi-intensivos para tratamento da Covid-19

Internauta flagra fila de carros funerários em Goiânia

TV ANHANGUERA

Hospitais abrem leitos de UTI em Goiás

https://globoplay.globo.com/v/9351899/?s=0s

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Número de mortes por Covid-19 em março já é maior do que em fevereiro, em Goiás

https://globoplay.globo.com/v/9351893/?s=0s

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PORTAL G1

Covid-19: veja a ocupação dos leitos de UTI e enfermaria em Goiânia

https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2021/03/01/covid-leitos-uti-ocupacao-goiania-goias.ghtml

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Médicas denunciam que constam três doses de vacinas contra Covid-19 no registro delas

Profissionais confirmam ter recebido duas doses da Coronavac, porém, desconhecem uma primeira dose da Astrazeneca lançada no sistema com o CPF delas. Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia disse que houve erro na digitação dos dados.

Por Rafael Oliveira, G1 GO

Médicas denunciam que consta no registro que elas receberam três doses de vacinas da Covid

Duas médicas de Goiânia denunciam que consta em seus cartões virtuais de vacinas, em um aplicativo do SU, três doses das vacinas contra a Covid-19. Enquanto reconhecem as imunizações nas duas etapas com a Coronavac, elas desconhecem uma primeira dose da Astrazeneca lançada no sistema com o CPF delas. Uma profissional suspeita que outra pessoa pode ter sido prejudicada com um suposto erro de aplicação.

Uma das médicas, que preferiu não se identificar, afirma ter recebido duas doses da Coronavac no hospital onde trabalha, em janeiro e fevereiro, num intervalo de quatro semanas. O aplicativo do SUS, no entanto, relacionou o CPF dela a uma dose da Astrazeneca que a médica disse não ter tomado.

"Na verdade, esse erro existe não só comigo, mas com outros colegas também e acho que é passível de ser averiguado", disse a médica.

A profissional disse ter registrado denúncia no Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). A entidade disse em nota que o caso é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, assim também informou a Secretaria Estadual de Saúde.

O G1 solicitou na segunda-feira (15) um posicionamento do Ministério Público de Goiás para saber se o órgão recebeu denúncia e se vai abrir inquérito civil público para investigar e aguarda retorno.

Quem cuida da imunização na capital e da inserção das informações dos vacinados é a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS). Sobre a denúncia das médicas, a pasta informou que houve erro na digitação dos dados no Sistema do Programa Nacional de Imunizações da Covid-19 (SI-PNI-Covid-19) do Ministério da Saúde (MS). Esse erro, inclusive, foi avisado ao MS, que é o responsável pela exclusão do registro da dose da vacina Covishield/Fiocruz não recebida.

A secretaria reforçou que a falha na inserção dos dados "não vai prejudicar a profissional, nem a quantidade de doses disponíveis na secretaria, pois esta nunca foi aplicada".

Uma outra médica mostrou o cartão físico de vacinação, onde constam duas doses da Coronavac: uma em 27 de janeiro e outra em 24 de fevereiro.

Quando ela olhou no aplicativo do SUS, as doses estavam confirmadas, mas apareceu a confirmação da primeira dose da Astrazeneca, que teria sido aplicada em 4 de fevereiro, e ela disse não ter tomado.

"Na hora que eu vacinei, chequei tudo direito. Na ampola era Coronavac, estava tudo ok. Então acho que aconteceu um erro grave que não pode acontecer. É um prejuízo para outra pessoa que poderia estar recebendo se ela estiver esperando", disse a médica.

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A REDAÇÃO

Santa Casa de Goiânia abre 20 novos leitos para pacientes com covid-19

Hospital passou a ter 50 leitos exclusivos | 15.03.21 - 20:33

Goiânia – A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia inaugurou nesta segunda-feira (15/3) mais 20 leitos exclusivos para pacientes com covid-19. São 10 para a UTI e 10 de enfermaria. Com a ampliação, a Santa Casa passa a contar com 50 leitos dedicados ao tratamento de covid-19, sendo ao todo 20 UTIs e 30 enfermarias.
 
O secretário Municipal de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, esteve na Santa Casa na tarde desta segunda-feira e conheceu a nova ala destinada a pacientes com covid-19. Ele visitou o espaço - que antes abrigava apartamentos para internações particulares e por convênios - acompanhado da superintendente-geral da Santa Casa, Irani Ribeiro de Moura, do superintendente Técnico, Pedro Ivandosvick, e do superintendente Administrativo, Irondes José de Morais. O vereador Dr. Gian também participou da inauguração dos leitos, que já começam a receber pacientes.
 
Graças a uma parceria com a Secretaria Estadual de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde da capital, os leitos foram equipados com cinco ventiladores pulmonares, além de dez bombas de infusão. Na UTI, também foram instaladas câmeras que vão facilitar o monitoramento dos pacientes.
 
A equipe também foi reforçada com a entrada de cinquenta profissionais, dentre eles 14 médicos, que vão atuar no atendimento. Nos próximos dias, segundo a superintendente-geral do hospital, serão abertos mais 10 leitos de enfermaria, totalizando 60 leitos exclusivos para o tratamento de Covid-19 na Santa Casa.
 
O secretário Durval Pedroso ressaltou que é uma parceria muito importante que vem ampliar o atendimento a pacientes nesta segunda onda da pandemia. Irani Ribeiro de Moura destacou que para a Santa Casa é muito importante participar dessa assistência aos pacientes junto às redes estadual, municipal e complementar. “Para a Santa Casa, foi muito importante fazer essas contratações e abrir esses leitos e logo teremos 60 leitos exclusivos para Covid-19. Nós éramos um hospital 96% SUS e, agora, com esses leitos, passamos a ser 100% SUS”, disse.

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HMAP abre 30 leitos para pacientes com covid-19 em Aparecida de Goiânia

O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) abriu, nesta segunda-feira (15/3), mais 30 leitos de enfermaria exclusivos para o tratamento de pacientes de covid-19, no Centro de Diagnósticos e Especialidades de Aparecida de Goiânia que passará a funcionar, assim, como extensão do atendimento a pacientes com covid-19 pelo HMAP – a gestão das duas unidades de saúde é do Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH). A implantação começou na última quarta-feira (10/3), com 18 leitos.

No decorrer da semana passada, foram implantados mais 20 novos leitos de terapia intensiva (UTI) no hospital. Com a expansão, a unidade tem agora 129 leitos de UTI e 86 de enfermaria dedicados ao tratamento dos pacientes infectados pelo novo coronavírus.

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Caiado anunciará pacote de combate aos efeitos da pandemia em Goiás

O governador Ronaldo Caiado anuncia, nesta terça-feira (16/3), pacote de medidas para combater os efeitos da pandemia de covid-19 no Estado devido às restrições ao funcionamento de atividades econômicas. As ações devem prestar auxílio aos setores mais afetados pela pandemia.
 
O anúncio está marcado para 9h, no Salão Dona Gercina, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia.
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Marcelo Queiroga aceita convite para o Ministério da Saúde

O médico cardiologista Marcelo Queiroga teria aceitado o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Saúde. A informação é da CNN Brasil. Queiroga passou o final da tarde desta segunda-feira (15/3) em reunião com o presidente, saindo por volta das 18h30 após aceitar ocupar o novo cargo.
 
A expectativa é que a sua nomeação seja publicada no Diário Oficial desta terça-feira (16/3).
 
Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o nome de Queiroga passou a ser cotado após a recusa da médica goiana Ludhmila Hajjar por motivos “técnicos”.
 
Queiroga é natural de João Pessoa (PB), formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e foi indicado em dezembro do ano passado por Bolsonaro para a diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A indicação ainda precisa ser votada pelo Senado Federal.

O próprio presidente confirmou Queiroga no cargo em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada no início da noite.

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Covid-19: Goiás registra 3,5 mil casos e 15 mortes nas últimas 24 horas

Goiás registrou mais 3.527 casos e 15 mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) divulgou os dados nesta segunda-feira (15/3). Segundo a pasta, o estado confirmou 437.233 infecções e 9.587 óbitos pelo vírus até o momento. Do total de contaminados, 414 mil estão recuperados.

De acordo com o boletim, foram aplicadas 287.850 doses de vacina em Goiás. Ao todo, 81.601 pessoas já receberam a segunda dose de seus respectivos imunizantes.

A SES-GO ainda investiga as causas de 249 mortes para saber se há relação com a covid-19 e considera outros 366 mil pacientes como casos suspeitos do vírus. A taxa de letalidade do coronavírus no estado é de 2,19%.
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Países europeus suspendem uso da vacina AstraZeneca devido a coágulos

A Alemanha, a Dinamarca, a Noruega, a França e a Itália suspenderam, pelo menos temporariamente, o uso da vacina Oxford/AstraZeneca no combate à covid-19. Segundo reportagem do The Guardian, a decisão foi tomada após alguns pacientes imunizados relataram o aparecimento de coágulos sanguíneos.
 
A suspensão é, inicialmente, de duas semanas, enquanto a Agência Europeia de Medicamentos (AEM) reavalia a seguridade do imunizante. Ainda não há indícios sólidos de que os coágulos relatados tenham sido de fato causados pela vacina.
 
Outra teoria é de que, caso haja uma relação, ela pode ter sido causada por um lote específico defeituoso. Anteriormente, outros países já haviam suspendido a AstraZeneca, como a Áustria. Ao todo, a vacina está temporariamente suspensa em oito países europeus.

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Marcelo Baiocchi declara: “empregos e empresas também morrem todos os dias”

Goiânia – Em pronunciamento em vídeo publicado nesta segunda-feira (15/3), o presidente da Fecomércio Goiás, Marcelo Baiocchi, defendeu a retomada das atividades econômicas e cobrou uma articulação em todas as esferas do poder público para a vacinação da população adulta no menor tempo possível.
 
“Somente o bom-senso aos cuidados sanitários e à vacinação vão nos tirar dessa crise sanitária econômica”, afirmou. Ele defendeu a retomada imediata das atividades econômicas, pois “empregos e empresas também morrem todos os dias”.
 
Baiocchi defendeu que os empresários são “cumpridores de regras” e que “cada dia que passa é um dia a mais de miséria e desastre”, que a paralisação das atividades está criando “uma pandemia de depressão, de suicídios e de pobreza”.
 
Cobrou que os governos em todas as esferas trabalhem de forma articulada para uma campanha de vacinação “sete dias por semana” e relembrou a participação da Fecomércio no Unidos Pela Vacina, movimento social de empresários pró-vacinação liderado por Luiza Trajano, da Magazine Luiza, e na disposição dos empresários de ajudar na aquisição de vacinas para garantir a imunização como prioridade.

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AGÊNCIA ESTADO

Médica Ludhmila Hajjar confirma ter recusado convite para assumir Ministério da Saúde

Por Mateus Vargas e Camila Turtelli

Brasília, 15/03/2021 - A cardiologista Ludhmila Hajjar rejeitou ser a quarta chefe do Ministério da Saúde em plena pandemia. A médica alegou motivações "técnicas" e disse que tem "divergências" com o presidente Jair Bolsonaro em temas como uso de medicamentos do "kit covid", como a cloroquina, e adoção de medidas mais restritivas e até um lockdown para reduzir a circulação do vírus. Ela se reuniu ontem com Bolsonaro e comunicou hoje a sua decisão, em novo encontro no Palácio do Planalto.

"Assuntos como cloroquina, como se acredito em lockdown, são secundários, não deveriam estar sendo discutidos. Lockdown é demonstrado cientificamente que salva vidas", disse Hajjar à CNN. "Até o momento, o Brasil errou no combate à pandemia. Precisa de uma virada de entendimento, de ações", emendou.

Segundo ela, o País hoje "paga o preço, correndo atrás de uma maneira tardia, com muita gente morrendo. Faltou um discurso único de alinhamento. Faltaram de fatos medidas eficientes e agora precisa mudar", afirmou a médica. Para ela, o perfil ideal para o novo ministro é alguém que compreenda de saúde pública, tenha vivência na área e que ao mesmo tempo seja uma pessoa hábil para unir o Brasil.

Como mostrou o Estadão/Broadcast mais cedo, ela já havia comunicado a autoridades que defendiam seu nome que não aceitaria o posto hoje ocupado atualmente pelo general Eduardo Pazuello. Hajjar recebeu apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU). Auxiliares do presidente viram a nomeação da cardiologista como uma chance de mudar a narrativa sobre a pandemia. O governo está sob pressão pela alta de mortes, explosão de internações e atrasos na campanha de vacinação.

Na reunião com Bolsonaro, segundo interlocutores, ficou claro a médica e o presidente têm visões opostas sobre a resposta à covid-19. O presidente é um defensor de medicamentos sem eficácia, como a cloroquina, tratamento que a médica critica abertamente. Para aceitar o cargo, ela também tinha a intenção de montar uma equipe própria na pasta, mas o presidente mantém controle sobre as ações da saúde na pandemia.

As conversas sobre a substituição de Pazuello ganharam força no fim de semana. Ainda são cotados para o cargo o deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), aliado de Lira, e o médico Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). A leitura de uma autoridade que acompanha as discussões é que ambos devem receber apoio do Congresso e de auxiliares do presidente, mas podem parar no filtro de Bolsonaro ao cargo, pois também têm opiniões distintas às do mandatário sobre o combate à pandemia.

A saída de Pazuello da Saúde foi um dos pontos tratados em reunião de Bolsonaro com o próprio general, além dos ministros Braga Neto, da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, e Fernando Azevedo, da Defesa, no sábado, 13.

Para além da pressão do Congresso, a inviabilidade de Pazuello no cargo passa, ainda, pelas investigações do Supremo Tribunal Federal, que apura seus atos e eventuais responsabilidades pela crise generalizada no sistema de saúde. Ao deixar de ser ministro, Pazuello perde, inclusive, o foro privilegiado e o caso deverá ser encaminhado para a primeira instância da Justiça Federal.

Oficialmente, o governo deve alegar que Pazuello está cansado e que pediu para ser substituído. Em nota no fim da tarde de ontem, porém, o general disse que segue ministro e que não está doente: "Não estou doente, não entreguei o meu cargo e o presidente não o pediu, mas o entregarei assim que o presidente solicitar. Sigo como ministro da Saúde no combate ao coronavírus e salvando mais vidas".

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Covid-19 deixa bebês órfãos e viúvos em luto

Bryan, de 8 meses, tem os olhos grandes da mãe. Já Helena herdou o tom de pele, clarinho. Do berço, Arthur sorri para o pai, viúvo, que responde com choro. Bryan, Helena e Arthur nasceram ao mesmo tempo em que as mães partiam, vítimas da covid-19. Desde março, a doença faz milhares de órfãos no País. Para essas crianças não houve sequer a chance de conhecer quem as trouxe ao mundo. O Brasil registrou mortes de 506 gestantes ou puérperas, mulheres que acabaram de ter bebês. Os óbitos atingiram o pico em junho, caíram a partir de setembro e voltaram a subir em dezembro.

Segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-Gripe), compilados pelo jornal O Estado de S. Paulo, só em janeiro deste ano foram 17 mortes de gestantes ou puérperas. Com o descontrole da doença, a previsão é de que as taxas aumentem. O País tem o maior número absoluto de mortes de grávidas pela covid-19 das Américas e taxa de mortalidade nove vezes maior do que a média dos países da região, segundo relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Cinco em cada cem grávidas brasileiras infectadas não resistiram. As mortes ocorreram durante cesarianas antecipadas, em ambulâncias, a caminho de hospitais.

Parte das gestantes nem chegou a receber cuidados em UTI. Outras conseguiram dar à luz, mas não conheceram o filho. Agora, os viúvos olham para suas crianças, nascidas na pandemia, e enxergam nelas os traços das mulheres que se foram. Revisitam na memória os corredores do hospital - reveladores, de uma só vez, da vida e da morte. E, nas primeiras palavras e sorrisos dos bebês, veem também um pouco de esperança e um motivo para continuar.

Assistência
Os números de morte materna causada pela covid-19 revelam falhas na assistência às gestantes e pressionam as discussões sobre a vacinação prioritária desse público. Das 250 grávidas e 256 mulheres após o parto que morreram após contrair a doença, um quarto não recebeu atendimento em UTI, segundo o Sivep-Gripe. "Elas morreram em condição de extremo sofrimento e a maioria dessas mortes poderia ter sido evitada", afirma Melania Amorim, professora de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Campina Grande (PB).

Interrupções nos serviços de assistência ao pré-natal também podem ter concorrido para a alta de mortes e, segundo Melania, os óbitos são só a ponta do iceberg. "Para cada morte materna há 30 mulheres com complicações." Silvana Maria Quintana, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), diz que, mesmo sem comorbidades, grávidas têm risco maior de complicações e mortes pela covid-19 pelas alterações no corpo causadas pela gestação, como a redução da capacidade de respiração. Já as puérperas continuam com alterações fisiológicas e o corpo leva um tempo até se reorganizar. 

Em Anápolis

Para conquistar Camilla, Wesmair fez curso de escrita, colocou carta na caixinha do correio, virou poeta. De uma amizade apaixonada, achou uma brecha para pedir a moça em namoro. Meses depois, o namoro virou casamento. Demorou sete anos até que Camilla, enfim, engravidasse. O resultado do teste de farmácia veio em 17 de março de 2020 - dia do aniversário de 31 anos de Camilla Graciano.

A pandemia estava apenas começando no Brasil e o casal vivia um "lapso de felicidade". Tinham casa reformada, em Anápolis (GO), tinham carro. A sogra havia melhorado de um câncer grave, Camilla ganhava novos trabalhos e Helena estava por vir. "Essa felicidade intensa se transformou em uma calamidade", conta Wesmair Graciano, de 36 anos.

Em agosto, aos 7 meses de gravidez, Camilla, professora de Língua Portuguesa, foi chamada para uma reunião presencial de planejamento. "Aproveitaram para fazer um chá de fraldas e ficou aquela situação. Se não fosse, ficava ruim." Na reunião, diz Wesmair, havia alguém que não sabia que estava contaminado. Dias depois, Camilla apresentou sintomas: dor no peito, febre.

No hospital, o quadro piorou, o parto foi antecipado e Camilla, entubada. "Meu mundo despencou. Meu coração foi rasgado e ouvir que iam sedar e entubar a Camilla foi complicadíssimo." Helena nasceu bem. Wesmair lembra de ver a bebê deixando o bloco cirúrgico, linda, chorando forte. Camilla reagiu nos primeiros dias de entubação, mas, na manhã de 22 de agosto, um sábado, não resistiu. "Foi muito agressiva a forma como tudo aconteceu."

Wesmair e Helena, recém-nascida, se mudaram para a casa dos sogros. No mês passado, a sogra - mãe de Camilla e quem ajudava a cuidar de Helena - morreu de câncer. A sequência de dores, "até os ossos", só ganha alívio com o sorriso da filha. Há dias em que ele sente que parece que a menina se mexe de propósito no berço para forçá-lo a se levantar da cama.

Com apoio de terapia, quer transformar a história da mulher em um livro para Helena e reunir poesias e crônicas que Camilla escrevia em uma antologia. Das notícias da covid-19, prefere se afastar para não atualizar o luto. Pastor evangélico, diz que vive um dia de cada vez e acredita no reencontro com a mulher, em algum momento. "Espero conversar com ela e poder falar: 'Você deixou uma menina incrível lá. E eu cuidei com muito carinho. Ela se transformou em uma moça de bem e linda. Mais linda até do que você'."


No Paraná

Bryan, de 8 meses, já ganhou um andador, que ele empurra com as perninhas para passear de um lado para o outro em casa. Quando crescer mais um pouco, a aventura vai ser com os patins que pertenciam à mãe e foram guardados pelo pai, Rafael. De Carla Chaikoski, de 30 anos, o menino também herdou os olhos grandes, os cílios definidos, o formato das mãos e tantos outros detalhes que Rafael descobre à medida que o bebê cresce.

Ver o menino se desenvolver é revisitar, dia a dia, a mulher, vítima da covid-19. "O que me mantém é chegar em casa e ver aquele toquinho de gente, aquele pedacinho dela", conta Rafael Grassi, de 35 anos, morador de Cascavel, no interior do Paraná. "Às vezes é difícil olhar para ele e não ter ela, mas o amor que sinto por ele é gigante." Em datas como o Natal, o luto pesa mais. "Era o que ela queria. Sei que queria estar aqui, correndo atrás dele, vendo as coisinhas que ele aprende."

Carla já tinha tudo planejado para comemorar com o primeiro filho, mas a maternidade, sonhada, durou poucos dias. Infectada no hospital onde deu à luz, a técnica de enfermagem chegou a ir para casa, amamentou o bebê, mas voltou a ser internada e não resistiu. Os sintomas em casa, após o nascimento de Bryan, começaram com tosse e febre - Rafael também adoeceu, ao mesmo tempo. De volta ao hospital, os médicos não pediram exame para covid-19 e a dispensaram.

Em poucos dias, o quadro piorou e o casal procurou novamente atendimento. "Ela não conseguia respirar, já estava saturando 40% (a oxigenação ideal deve estar acima de 95%), chegou quase morta." Antes de ser entubada, fez uma chamada de vídeo pelo celular. "Se eu morrer, dê muito amor para nosso menino e para a Amorinha (a cachorrinha do casal)", disse a Rafael. Carla teve uma parada cardiorrespiratória poucas horas depois.

Há quatro meses, ele tenta se afastar das notícias sobre a pandemia, que voltou com ainda mais força à cidade no fim do ano. "Não assisto mais TV, não pego jornal, quando estou lendo alguma coisa falando de covid, eu passo." Ver aglomerações nas ruas e gente sem máscara revolta. Sem experiência com crianças, Rafael cria Bryan com a ajuda da mãe, com quem vive agora. Quer manter os planos que tinha feito com Carla: levá-lo à beira do mar, viajar, brincar com o videogame que a mulher gostava. "Vou guardar os exames de pré-natal, vídeos, fotos e áudios para mostrar para ele, contar o quanto ela o queria." 

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AGÊNCIA BRASIL

ANS suspende venda de nove planos de saúde

Os 47 mil beneficiários desses planos não serão afetados, já que a medida da ANS impede apenas a venda para novos clientes

Vitor Abdala, da Agência Brasil

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou hoje (15) a suspensão da comercialização de nove planos de saúde, pertencentes a cinco operadoras. A decisão da ANS tem como base reclamações de consumidores em relação à cobertura assistencial ocorrida no último trimestre do ano passado.

Os 47 mil beneficiários desses planos não serão afetados, já que a medida da ANS impede apenas a venda para novos clientes e garante a cobertura assistencial aos atuais usuários.

A comercialização está proibida a partir de 19 de março e só poderá ser retomada caso as operadoras apresentem melhora no atendimento.

A ANS também informou que autorizou a retomada da venda de oito planos de três operadoras que haviam sido suspensas anteriormente.

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JORNAL OPÇÃO

Aparecida tem maior incidência da Covid-19 entre os municípios goianos

Por Marcos Aurélio Silva

Mesmo com alta na transmissão da doença, o Município optou por colocar em prática o  isolamento social intermitente por escalonamento, destoando das medidas adotadas em Goiânia

Aparecida de Goiânia tornou-se a cidade goiana com maior incidência da Covid-19 entre as cidades com mais de 100 mil habitantes (8.658,7 por 100.000 habitantes). Os dados estão disponíveis no painel Covid de Goiás desta segunda-feira, 15. Embora o número revele um alerta em relação ao avanço da doença, a gestão do Município iniciou um cronograma de isolamento intermitente – permitindo a reabertura do comércio considerado não essencial, em dias determinados de acordo com a macrozona que esteja localizado. 

Há duas semanas, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB), e o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), encabeçaram um movimento que acabou envolvendo todos os prefeitos da região metropolitana. Frente ao crescimento dos casos da Covid-19, que já deixava a ocupação de leitos acima de 90%, medidas de restrições foram decididas e implementadas de forma conjunta.

Após duas semanas, a Prefeitura de Goiânia mantém as restrições, mesmo enfrentando forte pressão da classe empresarial, que tem organizado movimentos e protestos. Já a Prefeitura de Aparecida de Goiânia, permitiu uma flexibilização para o setor comercial, e decidiu pelo modelo de isolamento social intermitente por escalonamento regional. Na prática as duas cidades deixam de estar em consonância em relação às medidas de restrições e de enfrentamento a Covid-19, mesmo sendo cidades cujos os limites territoriais se confundem. 

A abertura do comércio num momento ainda considerado crítico e com demanda de UTI acima da capacidade disponibilizada pelos municípios e Estado é preocupante. Segundo dados do complexo Regulador Estadual de Goiás, na tarde desta segunda-feira, havia 306 pedidos para internação em UTI e 233 de enfermaria.

Relacionados

Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Aparecida de Goiânia apontou que “o isolamento social intermitente se soma aos esforços da Secretaria de Saúde de Aparecida para conter a doença.”

Veja nota na íntegra

O Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 em Aparecida de Goiânia esclarece que o modelo de isolamento social intermitente por escalonamento regional é semelhante ao modelo 14 por 14 dias. Considerando um ciclo de 28 dias, cada macrozona vai fechar 14 dias também. Além disso, várias atividades econômicas não essenciais estão com as atividades suspensas, independente do escalonamento regional.

O escalonamento regional praticamente suspende tudo entre segunda e sexta-feira na macrozona fechada – até supermercados.

As exceções ao escalonamento são mínimas e todos devem seguir o rigoroso protocolo de segurança sanitária.

O nível de restrições são ditadas pela Matriz de Risco. São quatro estágios de risco: estável (verde), moderado (amarelo), alto (laranja) e altíssimo (vermelho). Atualmente, Aparecida encontra-se no estágio de risco alto – laranja. 

Fiscalização, previsibilidade e adesão da população são indicadores da aprovação do isolamento social intermitente por escalonamento regional.

O Comitê Prevenção e Enfrentamento à pandemia em Aparecida ressalta ainda que o isolamento social intermitente se soma aos esforços da Secretaria de Saúde de Aparecida para conter a doença.

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia, por meio da Secretaria de Saúde, com a sua estratégia de enfrentamento à pandemia, desde março de 2020, baseada nas orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), tem cumprindo os esforços para combater a doença e preservar vidas. 

A Prefeitura testa, monitora e cuida. Com testagem em massa – já fez mais de 220 mil testes RT-PCR – e segue testando acima de 1000 pessoas por dia, monitorando os casos ativos para evitar internação e ampliando leitos hospitalares e ampliou pra mais de 320 leitos hospitalares sendo 140 UTIs. 

Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 de Aparecida é formado por membros das pelas secretarias da Prefeitura de Aparecida, Ministério Público, Defensoria Pública, Câmara de Vereadores, Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag), Associação dos Feirantes (Afag), Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida (Acirlag) e Sebrae Goiás – Regional Aparecida. Todas as decisões são tomadas com base em análise técnica do cenário epidemiológico.

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Hospital de Campanha de Trindade abre dez novos leitos semi-intensivos para tratamento da Covid-19

Por Mayara Carvalho

A partir desta segunda-feira, 15, Trindade passará a ter em funcionamento 22 leitos semi-intensivos, 10 no HCamp e 12 na UPA Dilson Alberto de Souza, e 41 enfermarias.

O Hospital de Campanha de Trindade abre nesta segunda-feira, 15, dez novos leitos semi-intensivos destinados a pacientes do município para tratamento da Covid-19.

O encaminhamento é feito a partir da UPA Dilson Alberto de Souza e Ambulatório Sentinela. Caso o profissional médico oriente a internação em um leito semi-intensivo, o encaminhamento é para o Hospital de Campanha São Camilo. “Esse é mais um investimento em vidas na nossa cidade”, afirma o prefeito Marden Júnior.

A partir desta segunda-feira Trindade passará a ter em funcionamento 22 leitos semi-intensivos, 10 no HCamp e 12 na UPA Dilson Alberto de Souza e 41 enfermarias. A rede de assistência é exclusiva para moradores do município que estão com Covid-19.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Internauta flagra fila de carros funerários em Goiânia

Filas se formam principalmente nos Hospitais de Campanha e em Cemitérios na capital segundo o presidente do Sefecc

O Brasil tem sofrido com a pandemia provocada pela Covid-19, e em Goiás a situação não é diferente haja visto que nos aproximamos das 10 mil mortes pela doença no estado. Mesmo com os decretos de fechamento do comércio não essencial, as pessoas não o tem respeitado, e um fator que pode ligar o alerta veio através de um dos nosso internautas, o qual flagrou pela câmera do celular uma filha de carros funerários em um dos hospitais de campanha de Goiânia.

Caso este que não é constante conforme o presidente do Sindicato das Empresas Funerárias, Cemitérios e Crematórios de Goiânia e Região Metropolitana (Sefecc) Wanderely Rodrigues. Segundo ele esse fato ocorre principalmente nos hospitais de campanha e nos cemitérios.

“Nos hospitais de campanhas, há uma ocorrência maior dos óbitos. E houve caso que a funerária teve que esperar por cerca de duas horas para a liberação dos corpos. Isso tem ocorrido às vezes, pois tem um acúmulo e por isso os atrasos. Não é algo constante, mas existem situações pontuais, onde isso tem acontecido, assim como nos cemitérios”, declara Wanderley.

O presidente do Sefecc afirma que um dos locais que podem ser vistas essas filas de carros funerários é no Cemitério Jardim da Saudade, por volta das 15h ou 16h.

Outra preocupação ressaltada pelo presidente do sindicato é possibilidade da falta de matéria-prima para a produção das urnas funerárias, caixões. “O estoque que era para 90 dias, com possibilidade de até 120 dias em algumas empresas, caiu para 30 dias, então existe a possibilidade de um colapso, pois pode faltar matéria-prima para produzir as urnas”.

Inclusive quando questionado sobre Goiás, Wanderley afirma que a quantidade de matéria-prima em estoque no estado é para os próximos 30 dias, e se a demanda continuar grande, podemos ter um colapso no sistema. Além do fato das empresas recorrerem também ao varejo, mas com o preço elevado o que pode aumentar o preço do caixão.

Outro ponto mencionado pelo presidente do Sefecc é que por lhe dar com pessoas contaminadas, os agentes funerários estão inseridos no grupo prioritário de vacinação, mas até o momento não foram vacinados contra a Covid-19. E caso eles sejam contaminados pela doença, por estar em constante contado com pessoas que morreram devido ao vírus, podemos ter um outro colapso com a falta de profissionais do segmento e por essa razão ele cobra das autoridades que os integrantes sistema funerário sejam vacinados contra a doença.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação  

 

Os associados da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) continuam enfrentando uma sobrecarga devido à grande velocidade de propagação dos casos de Covid-19 em todo o Estado.

Em alguns momentos, hospitais estão sendo obrigados a suspender temporariamente o atendimento no pronto-socorro por total incapacidade de receber novos pacientes, por falta de profissionais, equipamentos e insumos para garantir a assistência a essas pessoas.

Esse fato foi comunicado às autoridades competentes.

A Ahpaceg e seus associados seguem atentos e preocupados com o avanço da pandemia. A rede hospitalar está fazendo o possível, mas a população precisa continuar se cuidando para evitar novos casos.

 

13 03 21 alerta aumento casos

12 03 21 REUNIÃO INDICADORES UTI NEONATAL

Dando continuidade à avaliação de indicadores assistenciais de instituições associadas da Ahpaceg, a coordenadora de Educação Continuada, professora doutora Madalena Del Duqui, encontrou-se hoje, 12, com um pequeno grupo de representantes de hospitais da capital que têm Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.

O objetivo do encontro foi estratificar por peso os indicadores de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Iras). As fichas técnicas desses indicadores estarão disponibilizadas na plataforma utilizada pela Ahpaceg até o final da semana que vem.

TV GLOBO

Goiás passa pela pior semana desde o início da pandemia

A ocupação dos leitos de UTI, para Covid, está perto de 100%

globoplay.globo.com/v/9340911/

 

11/03/21