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 02 03 21 CARTA SINDHOESG redes

Em carta aos hospitais goianos, o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, destaca o apoio da Associação ao Sindhoesg e a importância do sindicato para o fortalecimento da categoria. Ele conclama todos os hospitais a se filiarem e a participarem do dia a dia do Sindhoesg. Confira.

 

 

Goiânia, 2 de março de 2021

Prezado (a),

O Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg) completa 40 anos em 2021 e está vivendo uma nova fase, agora sob a presidência do nosso colega, médico ortopedista e traumatologista Valney Luiz da Rocha.

Como legítimo representante do setor hospitalar privado goiano diante dos sindicatos laborais, o Sindhoesg é responsável pelas negociações coletivas de trabalho dos profissionais que atuam em nossas instituições.

Por isso, a participação de todos nós no dia a dia do sindicato e nessas rodadas de negociações é fundamental para a sustentabilidade de nossas empresas e a boa relação com os empregados.

Mas, para termos um sindicato ativo, precisamos de um sindicato forte. E para termos um sindicato forte, precisamos da participação de todos os representados.

A Ahpaceg acredita no novo projeto e apoia essa nova fase do Sindhoesg.

Conclamamos todos os hospitais a também virem para o sindicato: filiem-se e participem do Sindhoesg, tanto contribuindo com as taxas essenciais para seu funcionamento quanto colaborando com sugestões, apresentação de demandas, participação em cursos promovidos, enfim, ajudando a fortalecer o nosso sindicato e a nossa categoria.

Neste momento de grandes desafios, mais do que nunca, precisamos de entidades fortes e parceiras. A Ahpaceg e o Sindhoesg estão juntos nesta caminhada em defesa da saúde e do setor hospitalar privado e contamos com você ao nosso lado.

Para se filiar ao sindicato, entre em contato com o Sindhoesg pelo telefone (62) 3921 0851 ou pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

Atenciosamente,

Haikal Helou

Presidente

Fabiany Ferreira Martins, do associado Hospital Evangélico Goiano, e Marília Silva, do associado Hemolabor, foram as ganhadoras do sorteio das bolsas de estudo de 50% para o curso Gestão da Qualidade, Segurança do Paciente e Acreditação em Saúde.

O curso é ministrado pelo Ipog e a oferta das bolsas é um benefício oferecido em parceria com a Ahpaceg.

Parabéns às ganhadoras! Agora, basta que se inscrevam e acompanhem as aulas que começam no dia 16/04, sexta-feira.

O curso terá 56 horas de duração. As aulas serão ministradas por Gilvane Lolato.

Para mais informações:

Hospital da Criança cirurgia 3

Hospital da Criança cirurgia 2

 

Hospital da Criança cirurgia 1 

Associado da Ahpaceg, o Hospital da Criança realizou um procedimento inédito em Goiás e com sucesso total para o tratamento da Síndrome de Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE), uma cardiopatia congênita complexa que corresponde a aproximadamente 8% de todas as anomalias cardíacas no feto.

O novo tratamento, agora disponível no Estado, fará toda a diferença para bebês que dependem dessa cirurgia para sobreviver.


Trata-se de um procedimento híbrido, com a participação de equipes médicas cirúrgica e de hemodinâmica.


Em síntese: enquanto a equipe cirúrgica cuida da bandagem seletiva das artérias pulmonares, a equipe de hemodinâmica cuida do implante de stent no canal arterial com o tórax aberto.


Esse tratamento é fundamental para a sobrevivência de bebês que nascem com essa malformação e que, até então, eram obrigados a buscar atendimento em outros Estados, com a cirurgia convencional e a custos que variavam entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão.


O procedimento híbrido, feito pelo cirurgião e o cardiologista hemodinamicista juntos,
além de eficiente ainda tem um custo até 10 vezes menor.


O médico Paulo Correia Calamita, que participou da primeira cirurgia no Hospital da Criança, explica que a SHCE é uma das cardiopatias mais vilãs entre as cardiopatias congênitas, com uma taxa de mortalidade de 100%, caso o paciente não seja operado nas duas primeiras semanas de vida.


Indicado também para outros tratamentos, o procedimento híbrido, segundo ele, ganhou muita força nos últimos 20 anos no mundo e há cerca de 15 anos no Brasil. É um tratamento mais simples do que a cirurgia convencional, com menor custo e resultados positivos para o paciente.

Saiba mais sobre a hipoplasia do coração esquerdo

Esta malformação é caracterizada pelo mau desenvolvimento das estruturas do lado esquerdo do coração, que é responsável pela distribuição do oxigênio para todos os órgãos e tecidos do corpo, enquanto o lado direito é responsável por receber o sangue pobre em oxigênio e levá-lo aos pulmões para ser oxigenado.


Durante a vida fetal, há uma comunicação entre os dois lados do coração, o que não altera o desenvolvimento do bebê na gestação.

Mas, ao nascimento, a principal estrutura de comunicação entre as circulações direita e esquerda, denominada canal arterial, tende a se fechar espontaneamente, interrompendo o fornecimento de sangue para o coração, sistema nervoso central e órgãos localizados no abdome e resultando na morte da criança.

Visando garantir o atendimento a seus 83 mil usuários, o Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas) celebrou um protocolo de intenções com a Ahpaceg.

O documento, que foi assinado pelos presidentes Haikal Helou (Ahpaceg) e Adriano Franco Valotto (Imas) após reunião para debater a situação dos associados que prestam serviços ao Instituto, prevê:

• Garantia de vitalidade das guias dos serviços já prestados até a data da assinatura do protocolo, postergando seus vencimentos pelo tempo necessário à apresentação das faturas.

• Abertura de possibilidade de apresentação das respectivas faturas represadas em caráter imediato ou de forma escalonada com plausibilidade acordada, em regime extra cota, no período máximo para pagamento de seis meses, objetivando evitar suspensão temporária dos atendimentos como plano de esvaziamento da respectiva represa.

• Ao se manter o modelo de cota financeira, caberá ao IMAS a regulação interna sistêmica, estabelecendo e monitorando o patamar de liberação de guias pontualmente, assumindo o ônus de justificativa perante os seus beneficiários.

• Fazer uma gestão profissional baseada em valor do serviço prestado em colaborativa com a Ahpaceg.

• Produzir cronograma e previsibilidade de data dos futuros pagamentos, assim como realizado por outras operadoras e cooperativas de saúde, como Ipasgo e Unimed.

AHPACEG NA MIDIA

JORNAL NACIONAL

Goiás enfrenta as taxas mais altas de lotação de UTIs desde o início da pandemia

As cem vagas de UTI Covid no maior hospital de Goiás estavam ocupadas nesta segunda (22). Prefeituras de Goiás decretaram mais restrições para tentar conter o avanço da doença.

Goiás enfrenta as taxas mais altas de lotação das UTIs. As 100 vagas de UTI Covid no maior hospital de Goiás estavam ocupadas nesta segunda (22).

“Não tem vaga. Se você adoecer hoje e quiser uma vaga, a gente não tem. Leitos de UTI estão lotados. Se houver um óbito, aquele leito surge”, disse Christiane Kobal, presidente da Sociedade Goiana de Infectologia.

Nos últimos 28 dias, o governo estadual abriu mais 127 novos leitos de UTI. Quando o narrador esportivo Cleiber Júnior, de 42 anos, conseguiu uma vaga, era tarde demais.

“Ele chegou no estado muito grave aqui. Ele já deu entrada muito ruim e o desfecho foi o que a gente está vendo agora”, contou a médica Luciana dos Anjos, prima de Cleiber.

"O que a gente tem percebido nos dez últimos dias é que a gente abre dez leitos e, em poucas horas, esses leitos são preenchidos. Mas o nível de disseminação está muito alto, sobretudo no interior", alertou o secretário estadual de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino.

Algumas prefeituras de Goiás, que estão numa situação muito crítica, têm apertado o cerco diminuindo o horário de funcionamento do comércio e aumentando os valores das multas para quem não usa máscara e para quem faz aglomerações e festas clandestinas.

Em Jaraguá, a 120 quilômetros de Goiânia, a prefeitura lançou um apelo nas redes sociais e usou imagens da abertura de covas no cemitério da cidade.

“Nossa rede de saúde está sufocando e precisa da sua conscientização”, diz o vídeo.

“O vídeo vem a dizer que: ‘Olha, se você não fizer sua parte, a prefeitura está fazendo a dela, que é abrir a cova’. Essa outra parte de responsabilidade é sua, de querer estar aqui ou não”, disse o prefeito de Jaraguá, Paulo Avelar (DEM).

“As pessoas precisam se precaver, as pessoas precisam se cuidar e este momento não é hora de botar máscara e ir para a balada”, disse Haikl Helou, presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade.

globoplay.globo.com/v/9291815/

JORNAL OPÇÃO

 

Presidente da associação dos hospitais privados cobra participação das operadoras de planos de saúde no combate à Covid-19

Por Isabel Oliveira

De acordo com o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, a rede privada não consegue manter os custos sem uma contrapartida das operadoras e que a questão pode ser levada para o âmbito da Justiça

A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) divulgou na última sexta-feira, 19, uma carta aberta, cobrando empenho conjunto da sociedade e gestores públicos sobre a pandemia da Covid-19. O presidente da Ahpaceg, Haikal Yaspers Helou, disse ao Jornal Opção da dificuldade em abrir novos leitos, principalmente, pela falta de repasses dos planos de saúde e que os hospitais não pode bancar sozinhos os custos.

Haikal destacou que as pessoas não podem pensar que abrir mais leitos seja a solução para se evitar esse colapso no sistema público e privado de saúde. “As pessoas ignoraram tanto a velocidade de propagação, como a capacidade de multiplicação, como a gravidade da doença, metade desses pacientes que vão para o CTI morrem, essa é a estatística. As pessoas personificaram demais em que só aumentar leitos que vai resolver e não é assim que funciona”, pontua.

Sobre a atual situação de leitos para Covid-19 na rede privada de saúde, o presidente explica que o balanço de segunda-feira, 22, segue o mesmo caso da última sexta.  “Temos no pronto socorro uma demanda superior a oferta e não havia até ontem uma melhora do quadro que tínhamos  na sexta-feira e não temos uma perspectiva de quando isso vai acontecer”, disse.

Novos leitos

Questionado se há possibilidade de abertura de novos leitos, Haikal afirma que sim, mas é preciso verificar duas situações. “Isso gera uma sensação de segurança que nós já conversamos, que é as pessoas acharem que basta ter leitos que resolve,  você pega por exemplo o estado, a quantidade de leitos, o secretário estadual inclusive falou isso ontem, que a medida que você cria é ocupado. Nós observamos países muito ricos como Holanda e Alemanha que criaram leitos e tiveram índices altos de óbitos, porque as pessoas continuaram a ficar doentes em uma proporção maior”, explicou.

A segunda situação a qual se refere o presidente da Ahpaceg, é referente ao alto custo que tem ficando na conta dos hospitais. “Nós estamos comprando o que gastamos de uma forma muito mais intensa e cara e não tivemos a contrapartida. O serviço de saúde, o sistema público é um só, a gente tem o governo federal e governo estadual entrando com o dinheiro e a gestão é municipal. No sistema suplementar do qual nós fazemos parte as regras não são claras, as operadoras simplesmente ignoraram o fato de que há uma pandemia”, destaca.

Haikal, cita que essa situação pode ser analisada ao observar a sala de situações da Agência Nacional de Saúde (ANS).  “Verá o patrimônio que essas operadoras tem acumulado, e nós não estamos tirando uma parte para nós, esse patrimônio acumulado é simplesmente, porque todo custo da pandemia ficou com os hospitais. Nós somos hospitais de especialidade de alta complexidade, estamos preparados para lidar com esses pacientes”, pontua.

Ainda de acordo com o  presidente da Ahpaceg , após um ano de diálogo para tentar sanar isso, a questão será levada a Justiça. “Simplesmente ignoraram o fato e nós temos isso documentado e vamos entrar na Justiça, como é que eu crio leitos sendo que isso não é a prioridade das operadoras, como sustento esses leitos. Isso ficou inviável sem a participação das operadoras”, enfatiza.

“Na justiça nós vamos mostrar o desequilíbrio econômico e financeiro, houve um ano de diálogo, mas chegou em um momento que não se vê interesse em acertar essa conta”, completa Haikal.

Glosa médica

O termo médico Glosa, é citado pelo presidente  da Ahpaceg, e se refere ao não pagamento, por parte dos planos de saúde, de valores referentes a atendimentos, medicamentos, materiais ou taxas cobradas pelas empresas prestadoras (hospitais, clínicas, laboratórios, entre outros) e profissional liberal da área de saúde.

“Se o hospital apresenta a conta ela se recusa a pagar, alegando que isso foi usado fora do protocolo. Durante um ano de pandemia uma operadora conseguiu negar 94% de pagamentos que foram utilizados em segurança dos funcionários, médicos e equipes técnicas”, relatou.

Segundo Haikal, é preciso que as operadoras participem da discussão, já que existe uma pressão social querendo mais leitos e os hospitais tentando explicar que mais leitos não resolve. “O que nós estamos dizendo é que mais leitos não resolvem, pode aliviar temporariamente, pode, mas não conseguimos mais bancar essa equação”, conclui.

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Operadoras de Planos de Saúde dizem abertas ao diálogo com hospitais

Por Eduardo Pinheiro

Presidente da Ahpaceg fez duras críticas aos planos e diz que cobrará na Justiça repasse dos custos da pandemia

As operadoras de planos de saúde que operam em Goiás dizem abertas ao diálogo com hospitais particulares na gestão da pandemia de Covid-19. O presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade, Haikal Helou, em entrevista ao Jornal Opção apontou que as instiuições arcam com toda a despesa de atendimento a pacientes e que as operadoras “simplesmente ignoram o fato que de que há uma pandemia”.

Diante da situação, que Helou aponta como “inviável”, a Associação deverá levar a questão à Justiça. “Verá o patrimônio que essas operadoras tem acumulado, e nós não estamos tirando uma parte para nós, esse patrimônio acumulado é simplesmente porque todo o custo da pandemia ficou com os hospitais”, afirma Helou.

O presidente da Unimed Goiânia, Sergio Baiocchi Carneiro, diz que a Unimed realiza regularmente Auditoria Operativa em UTIs de hospitais conveniados para acompanhar a oferta e utilização de leitos para beneficiários incluindo para tratamento de Covid-19.

No entanto, aponta que gestão da ocupação de leitos na rede conveniada não é feita pelo plano de saúde, mas a diretoria da cooperativa entende a importância do diálogo com diretores dos hospitais conveniados para a melhor gestão do atendimento a pacientes de planos de saúde.

“Além disso, a Unimed Goiânia paga para a rede conveniada, atualmente, um valor 40% maior para diária de UTIs do que antes da pandemia, entendendo as características diferenciadas do serviço,” afirma o presidente da Unimed Goiânia.

Por meio de nota Ipasgo aponta que dialoga com a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) desde o início da pandemia de Covid-19 “a fim de evitar qualquer tipo de prejuízo à rede credenciada”.

O próprio Haikal Helou isenta o Ipasgo da crítica e diz que o Instituto é um dos maiores compradores de serviços de saúde do Estado. “Desde o início da pandemia tem sido parceiro da Ahpaceg na busca de soluções que assegurem o atendimento médico-hospitalar aos usuários”, avalia.

A HapVida informou que tem rede hospitalar própria que não depende de outras instituições. Assim, os usuários consultam nas instituições da própria rede. Além disso, o plano não é associado à Ahpaceg, por isso a situação narrada pelo presidente da associação.

O Jornal Opção entrou em contato com a Associação Brasileira de Planos de Saúde, mas não obteve resposta sobre as indações até o fechamento da matéria. O espaço continua aberto para livre manifestação.

 

Reunião Ipasgo 19 02 21

Assim como aconteceu em 2020, no início da pandemia, a Ahpaceg e o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) seguem buscando soluções conjuntas para ampliar o atendimento aos usuários do Instituto em casos de Covid-19.

No fim de semana passada, o assunto foi abordado pelo presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, e o presidente do Ipasgo, Hélio José Lopes. A diretora de Assistência ao Servidor do órgão, Eliane Pereira dos Santos, também participou da reunião.

As soluções em estudo passam pela ampliação do número de leitos ofertados, pela melhoria da regulação dos pacientes e pela reavaliação de um ano de parceria entre a Associação e o Instituto, que tem se mostrado parceiro dos hospitais associados para assegurar a melhor assistência a seus 600 mil usuários.

Carolina Pessoni
 
Goiânia
 - "Estamos caminhamento para um momento de grande dificuldade. Nada indica que o futuro em Goiás seja diferente de Manaus ou Salvador, por exemplo". É o que afirma o presidente da  Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou. Em entrevista exclusiva ao jornal A Redação, Helou afirmou que a situação dos hospitais na segunda onda de contaminação pela covid-19 é mais crítica do que na primeira, o que pode levar o sistema ao colapso.

Na manhã desta sexta-feira (19/2), segundo a Ahpaceg, não havia disponibilidade de leitos de UTI para pacientes com covid-19 nos hospitais associados. Todos os leitos já estão ocupados ou bloqueados para pacientes graves, já em atendimento nos hospitais. "No auge da primeira onda, chegamos a esperar de seis a oito horas para conseguir leitos de UTI covid. Atualmente a situação está muito mais complicada, chegamos a ficar com um paciente na espera por dois dias. Os hospitais estão cheios, alguns não têm mais leitos, estamos com muitas dificuldades", relata.

O presidente da Ahpaceg explica que essa situação se deve ao fato de que, ao contrário da primeira onda, as pessoas não estão deixando de procurar os hospitais para tratamentos diversos da covid. "Naquele primeiro momento vimos estados de saúde se agravarem e pessoas morrerem de coisas que nem matam mais, como apendicite, porque havia o receio de ir ao hospital e se contaminar pelo novo coronavírus. Agora temos hospitais cheios de pacientes para esses tratamentos que ficaram parados. A população coloca a máscara e vai, perdeu o medo", diz.
 
Dificuldade financeira

Haikal Helou destacou ainda o momento crítico financeiro vivido pelas unidades de saúde particulares. Ele explica que não há estabilidade e que desde o início da pandemia os hospitais oscilam entre períodos de melhora e piora, além da diminuição de cerca de 30% a 40% do faturamento.

"Tivemos um aumento exponencial da demanda e uma queda muito significativa do faturamento. Esperávamos que essa situação se resolvesse em um período de três a oito meses, o que infelizmente não aconteceu. Estamos financeiramente arrasados, o momento é muito ruim", lamenta.

O presidente da Associação ressaltou ainda que a suspensão de cirurgias eletivas sugerida na nota técnica da Secretária de Estado da Saúde (SES), divulgada na última terça-feira (16/2), terá um impacto muito negativo para os hospitais particulares. "Uma sugestão da secretaria é uma ordem, mas dessa forma sofreremos implicações preocupantes, porque são os procedimentos eletivos que nos sustentam financeiramente, enquanto tratamos o que não nos mantém", diz. A nota técnica sugere essa suspensão como uma alternativa para a criação de mais leitos para atender o crescente número de casos de covid-19 no Estado.


Presidente da Ahpaceg, Haikal Helou: "Vivemos um momento crítico em nossa história" (Foto: Divulgação)


Helou afirmou ainda que a perspectiva é a possibilidade de diminuição de leitos para que os hospitais consigam se manter. "Vivemos um cenário desalentador. Alguns hospitais estão considerando uma espécie de 'hibernação'- dar férias coletivas aos funcionários, fechar, tentar pagar as dívidas e pensar na possibilidade de reabrir quando tudo passar, porque a conta não fecha. Vivemos, sem dúvida, o pior momento de nossa história", pontua.

Em contrapartida, destaca o presidente da Ahpaceg, "as operadoras de planos de saúde comemoram lucros históricos". Dados da Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) constatam que as operadoras tiveram um lucro líquido acumulado de R$ 15 bilhões nos três primeiros trimestres de 2020, resultado 66% maior que no mesmo período de 2019. "Como as pessoas ficaram mais em casa, deixaram de fazer consultas, exames e procedimentos. Isso gerou uma queda nos gastos e um aumento no lucro [dos planos]", explica.

Os hospitais particulares também vivem a mesma dificuldade da rede pública na aquisição de insumos. "Uma caixa de luvas, que pagávamos cerca de R$ 17, por exemplo, hoje não encontramos por menos de R$ 70. Medicamentos, como alguns antibióticos, sumiram do mercado. Estamos com extrema dificuldade para manter os insumos", destaca.

Haikal Helou ressalta ainda que todas essas dificuldades são enfrentadas em um momento em que a pandemia volta a ter números crescentes. "As pessoas não entendem a gravidade da situação que estamos enfrentando, o brasileiro não entende a relação entre causa e consequência, de como esse comportamento de viver normalmente, como se uma pandemia não estivesse acontecendo, traz os péssimos resultados que estamos vendo. É preciso que as autoridades sejam firmes, fiscalizem e tomem medidas para que esse vírus não se espalhe ainda mais, ou viveremos uma situação caótica", encerra.

A Redação 19/02/21 https://www.aredacao.com.br/noticias/146730/-goias-caminha-para-situacao-como-a-de-manaus-diz-presidente-da-ahpaceg

Os hospitais privados de Goiás atingiram nesta sexta-feira (19) lotação máxima nos leitos de UTI, segundo informou nota divulgada pela Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).

A entidade afirma que também não há possibilidade de abertura de novos leitos. “Esse problema vem se repetindo nas últimas semanas e hoje chegamos ao limite. Antes, assim como na primeira onda, ainda conseguíamos transferir pacientes entre os hospitais associados, garantindo as internações necessárias. Mas, agora, o momento é crítico e não há vagas”, esclarece a nota.

Segundo a Ahpaceg, além de pacientes com Covid-19, a rede também trata pacientes com outros problemas de saúde, diferente do que aconteceu em 2020.

Os hospitais ainda relatam problemas financeiros. A nota diz que há descapitalização, o que inviabiliza novos investimentos. “Essa situação decorre de problemas, como o aumento dos custos assistenciais em 2020, quando nossos gastos com medicamentos, pessoal e Equipamentos de Proteção Individual, por exemplo, aumentaram expressivamente e não tivemos apoio dos Governos ou contrapartida das operadoras de planos de saúde”, destaca. “Estamos lotados e com nossa saúde financeira comprometida”, completa a nota.

A Ahpaceg ainda refuta a ideia de se vetar cirurgias eletivas para abrir leitos para pacientes contaminados pelo coronavírus. “A sugerida suspensão de cirurgias eletivas com o intuito de abrir novas vagas para internação vai apenas agravar a situação da rede hospitalar e deixar pacientes sem atendimento, o que pode comprometer a saúde dessas pessoas”, reforça.

A nota da entidade ressalta que abrir leitos não é a saída. “A taxa de contaminação está aumentando em uma proporção superior à capacidade de atendimento”. A Ahpaceg pede esforços conjuntos e medidas sérias para evitar a proliferação da doença.

“A rede privada, representada pela Ahpaceg, chegou ao limite. Estamos fazendo tudo o que podemos, mas precisamos do apoio da sociedade, dos gestores, dos planos de saúde, do Ministério Público, enfim, de todos que querem o fim desta pandemia”, finaliza.

A Ahpaceg tem hospitais filiados em Aparecida de Goiânia, Catalão, Goiânia, Rio Verde e Anápolis.

Diário de Goiás? 19/02/21 - https://diariodegoias.com.br/hospitais-privados-de-goias-estao-lotados-informa-ahpaceg/.

 

 

FEVEREIRO CARTA ABERTA 19 02 21

 

Desde o início da pandemia de Covid-19, os associados da  Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) vêm atuando, sem medir esforços, para garantir o atendimento à população, tanto na assistência nos hospitais e demais instituições associadas quanto no apoio ao setor público com a doação e a oferta de equipamentos.

 

Toda a sociedade pôde acompanhar o trabalho da Ahpaceg nesta assistência aos goianos, inclusive por meio da divulgação diária, ao longo de sete meses, de nossa taxa de ocupação de leitos. Divulgação que continua sendo feita com o envio de informações às Secretarias de Saúde.

 

Nas últimas semanas, com a intensificação da chamada segunda onda da pandemia, temos enfrentado um cenário assustador e queremos compartilhar com a população e com os gestores públicos as dificuldades que nos rondam, pois entendemos e sempre defendemos que o combate à pandemia depende de esforços de todos.

 

Informamos que nesta sexta-feira, 19 de fevereiro, não há disponibilidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos hospitais associados da Ahpaceg. Esses leitos encontram-se ocupados ou bloqueados para pacientes graves já em atendimento nos hospitais, por isso, não podem ser abertos para novas internações.

Esse problema vem se repetindo nas últimas semanas e hoje chegamos ao limite. Antes, assim como na primeira onda, ainda conseguíamos transferir pacientes entre os hospitais associados, garantindo as internações necessárias. Mas, agora, o momento é crítico e não há vagas.

 

O aumento da oferta de vagas neste atual cenário é inviável.

 

Hoje, além da demanda dos pacientes com Covid-19, que aumentou significativamente nas últimas semanas, ainda recebemos outros pacientes, com outras enfermidades e que necessitam de assistência, o que não aconteceu em 2020, quando muitas pessoas deixaram de procurar os hospitais temendo a contaminação pelo coronavírus, negligenciando doenças e mesmo suspendendo tratamentos que dependiam deste atendimento hospitalar.

 

Os hospitais também encontram-se descapitalizados e sem condições financeiras para novos investimentos. Essa situação decorre de problemas, como o aumento dos custos assistenciais em 2020, quando nossos gastos com medicamentos, pessoal e Equipamentos de Proteção Individual, por exemplo, aumentaram expressivamente e não tivemos apoio dos Governos ou contrapartida das operadoras de planos de saúde.

 

Estamos lotados e com nossa saúde financeira comprometida.

 

A sugerida suspensão de cirurgias eletivas com o intuito de abrir novas vagas para internação vai apenas agravar a situação da rede hospitalar e deixar pacientes sem atendimento, o que pode comprometer a saúde dessas pessoas.

 

A simples abertura de novos leitos não é a saída.

 

Precisamos de esforços conjuntos.

 

A população e as autoridades precisam adotar medidas sérias para evitar a proliferação da doença.

 

A taxa de contaminação está aumentando em uma proporção superior à capacidade de atendimento.

 

A rede privada, representada pela Ahpaceg, chegou ao limite. Estamos fazendo tudo o que podemos, mas precisamos do apoio da sociedade, dos gestores, dos planos de saúde, do Ministério Público, enfim, de todos que querem o fim desta pandemia.

 

 

Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg)

www.ahpaceg.com.br