Postado em: 12/01/2022

CLIPPING AHPACEG 12/01/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Laboratórios enxergam risco de desabastecimento de testes de covid

Brasil tem 22,62 milhões de casos de covid-19

Ao menos sete Estados já adotaram medidas restritivas

Anvisa deveria autorizar o uso de autotestes para a Covid no Brasil

Reduzir isolamento de assintomático a 5 dias não tem base científica

Ministro da Saúde diz que variante ômicron já é prevalente no Brasil

Ômicron e o 'fim' da pandemia

Reajuste de plano de saúde individual vai ser recorde em 2022, prevê BTG Pactual

Regra para afastamento do trabalho por Covid será revista

Opinião - JOSÉ AUGUSTO GARCIA DE SOUSA - Ser antivacina é indefensável

Goiás registra 2.183 casos conhecidos de Covid em 24 horas e tem 73% dos leitos de UTIs ocupados, diz Saúde

Goiás receberá cerca de 42 mil doses de vacinas pediátricas contra covid-19

Ocupação dos leitos de UTI destinadas ao tratamento de Covid-19 dispara e chega a 73% no Estado

VALOR ECONÔMICO

Laboratórios enxergam risco de desabastecimento de testes de covid

Nas companhias de medicina diagnóstica, a orientação é administrar os estoques

A forte demanda por exames para diagnóstico de covid-19 pode provocar um desabastecimento de testes caso a procura se mantenha no patamar registrado nesses primeiros dias de janeiro. A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) começou a recomendar a seus associados, que representam 65% do setor, a fazer gestão de seus estoques de exames nos próximos 15 dias, período considerado crítico, dando preferência a casos graves e pacientes hospitalizados como ocorreu no começo da pandemia.

“Há uma demanda global pelos exames. Os reagentes dos testes são importados, principalmente, dos Estados Unidos e Europa e uma outra parte vem da China e Coreia do Sul. Quando há uma procura tão forte é comum que os fabricantes atendam primeiro seus países, o que pode levar ao risco de falta de exames”, disse Wilson Scholnik, presidente da Abramed. A entidade também pediu à Anvisa maior agilidade na liberação dos insumos importados.

Na prática, o brasileiro, há dias, enfrenta grande dificuldade para conseguir realizar os exames de covid, tanto em laboratórios quanto nas farmácias (ver abaixo). No Fleury, o tempo de espera chega a uma semana. O Delboni Auriemo cancelou alguns agendamentos marcados entre ontem e hoje. Nas redes Cura e CDB e no laboratório do hospital Albert Einstein também há filas de espera, apurou a reportagem do Valor.

O Fleury - que registrou uma alta de 1,5 vez no volume de exames e viu a positividade dos testes saltar de 12,3% para 42,8% entre os dias 20 de dezembro e 8 de janeiro - já está administrando seu estoque de insumos. “Ciente de que há intensa circulação viral neste momento e de que o expressivo aumento de demanda por testes diagnósticos tem potencial para impactar o mercado de insumos, o Grupo Fleury segue atendendo seus clientes com rigorosa gestão de suprimentos e da sua capacidade de processamento, a fim de evitar desabastecimento e ruptura no oferecimento dos exames”, informou a companhia.

Alessandro Ferreira, geneticista e vice-presidente do Hermes Pardini , concorda que se a demanda continuar crescendo na atual velocidade há risco de desabastecimento no setor. “Hoje, não temos no Pardini problemas de estoque. Mas o que chama atenção com a ômicron é a rápida inclinação da subida de casos e positividade, o que desestrutura o setor”, disse Ferreira. “Mas quando há casos de forte subida, também a queda [no número de casos] é forte, porque muitas pessoas vão estar contaminadas e tende a haver menos casos após essa fase”, explicou o médico do Pardini. A rede de medicina diagnóstica viu o volume de exames RT- PCR saltar 41% para 24 mil testes, entre os dias 7 e 10 de janeiro. Deste total, 40% deram positivo para o novo coronavírus.

Segundo a Abramed, entre os dias 3 e 8 de janeiro, os laboratórios associados à entidade processaram 240 mil testes de covid, o que representa um salto de 98% quando comparado à semana de 20 a 26 de dezembro. A incidência de casos positivos aumentou de 7,6% para 40%, o que demonstra que essa alta está relacionada às festas de Ano Novo.

Levantamento do Pardini com 2 mil amostras de todos os Estados do país revela ainda um aumento nos casos de infecção concomitante. Os registros de influenza e covid dobraram; de influenza combinada com covid e vírus sincicial (doença respiratória em bebê) aumentaram 10% e os casos de covid associada ao vírus sincicial subiram 12%.

Nas empresas, o número de casos de covid é recorde. A Mercer Marsh, que faz gestão de saúde para grandes grupos empresariais, registrou na primeira semana de janeiro, 721 funcionários com covid ou fortes sintomas da doença, que já levam ao isolamento e afastamento do trabalho. “Esse volume é 38% maior do que o pico que havíamos registrado em toda a pandemia”, disse Helder Valério, superintendente de gestão de saúde e qualidade de vida da Mercer Marsh. A consultoria acompanha os casos por meio de um aplicativo e telemedicina. Aos primeiros sinais de que se trata de covid, os médicos da Mercer recomendam isolamento e afastamento do funcionário. O app é usado por cerca de 300 mil empregados.

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AGÊNCIA BRASIL

Brasil tem 22,62 milhões de casos de covid-19

O número de pessoas que pegaram covid-19 no Brasil chegou a 22.629.460. Em 24 horas, foram registrados no país mais 70.765 casos da doença. Ontem (10), o sistema de informações da pandemia do Ministério da Saúde contabilizava 22.558.695 casos acumulados.

Ainda há 342.075 casos em acompanhamento, de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado. Ontem, o número estava em 302.471.

Os infectados com a variante Ômicron agora são 425. Até o momento, um óbito por esta variante foi confirmado em Goiás. Ainda há 838 potenciais casos em investigação, a maioria no Rio de Janeiro (441), Rio Grande do Sul (235) e Minas Gerais (114).

As vidas perdidas no Brasil desde o início da pandemia de covid-19 chegaram a 620.238. De ontem para hoje (11), foram registradas 147 mortes. Ontem, o painel de informações da pandemia marcava 620.091 óbitos.

Ainda há 2.988 falecimentos em investigação, dados que não vêm sendo atualizados nos últimos dias. As mortes em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que a definição da causa do óbito ainda demanda exames.

Até esta terça-feira, o número de pacientes recuperados de covid-19, estava em 21.667.147, conforme dados divulgados no balanço diário do Ministério da Saúde. A atualização reúne informações sobre casos e mortes enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, o estado com mais mortes por covid-19 é São Paulo (155.420). Em seguida, aparecem o Rio de Janeiro (69.546), Minas Gerais (56.744), Paraná (40.922) e Rio Grande do Sul (36.497).

Os estados com menos óbitos resultantes da doença são Acre (1.854), Amapá (2.028), Roraima (2.078), Tocantins (3.955) e Sergipe (6.062). De ontem para hoje, não se registraram mortes por covid-19 nos estados de Roraima e Sergipe.

Vacinação

Até agora, foram aplicados no país 334,1 milhões de doses de vacinas contra covid-19: 161,7 milhões com a primeira dose; 144,6 milhões com a segunda, ou dose única, e 15,5 milhões com a dose de reforço.

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O ESTADO DE S.PAULO

Ao menos sete Estados já adotaram medidas restritivas

Ao menos sete Estados brasileiros anunciaram nos últimos dias medidas mais restritivas para conter a alta dos casos de covid-19, atribuída à variante Ômicron. Os decretos, em geral, diminuem a permissão máxima de público em eventos e expandem a obrigatoriedade do passaporte de vacina.

O primeiro Estado a anunciar medidas para conter a disseminação da covid-19 foi o Piauí, no dia 30. O governador Wellington Dias (PT) limitou o público de eventos esportivos, culturais e sociais em 50% da capacidade máxima dos estabelecimentos - com, no máximo, 500 pessoas em espaços abertos e 200 em espaços fechados.

Na semana passada, os Estados do Ceará, Amazonas, Maranhão e Paraíba também instituíram medidas no mesmo sentido. As decisões ocorreram em meio a um crescimento perceptível de infecções, apesar do apagão de dados do Ministério da Saúde. O aumento se refletiu na pressão sobre a rede de saúde e na procura de testes e medicamentos. No Amazonas, o governador Wilson Lima suspendeu a realização de grandes festas. Os eventos só podem acontecer com limitação de público máximo a 50% da capacidade do local ou 200 pessoas.

PASSAPORTE. Além da limitação de público, os gestores também expandiram o passaporte vacinal para outros estabelecimentos. A Bahia, por exemplo, instituiu ontem a obrigatoriedade da vacina contra a covid para clientes que entrarem em bares e restaurantes e para frequentadores de parques públicos. Em eventos, o decreto também exige a vacinação da equipe de produção, além do público.

Nesta semana, foi a vez de Pernambuco e Bahia anunciarem novas medidas. O governador da Bahia, Rui Costa (PT), vai editar um decreto que reduz de 5 mil para 3 mil o número máximo de pessoas em eventos do Estado, incluindo estádios de futebol.

A medida já estava sendo estudada pelo governo diante do crescimento de casos de gripe e covid-19. De acordo com Costa, a piora no cenário epidemiológico levou a uma situação de pré-colapso nas emergências municipais e estaduais. 'Esperamos que essa medida sirva de alerta também para quem organiza eventos, que passem a exigir o atestado de vacinação com maior rigor', disse.

Outros Estados também admitem discutir o assunto esta semana. O Paraná, por exemplo, afirmou que monitora a situação epidemiológica localmente e novas medidas restritivas dependem da evolução do cenário.

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FOLHA DE S.PAULO

Anvisa deveria autorizar o uso de autotestes para a Covid no Brasil

Diante da emergência sanitária, medida aliviaria filas em postos e permitiria isolamento de infectados

Não se pode dizer que a explosão de casos de Covid-19 no país seja inesperada. Até o início do mês passado, a redução no número de infectados e mortos sugeria uma tranquilidade enganadora. O que ocorria no mundo, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos, com o avanço da variante Ômicron, deveria ter chamado a atenção das autoridades sanitárias. Mas o país não se preparou para o básico: testar a população. Tão logo passaram as festas de fim de ano, aconteceu o óbvio: uma corrida às unidades básicas de saúde. Faltaram - ainda faltam - testes para atender à demanda. Uma solução para aliviar as filas que se formam em postos de testagem seria o autoteste, mais simples, rápido e barato que o realizado nos laboratórios (RT-PCR).

O paciente só precisaria entrar nas filas para confirmar um resultado positivo em casa. Embora sejam largamente usados na Europa e nos Estados Unidos, os testes caseiros são proibidos no Brasil por uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 2015. Ela diz que não podem ser fornecidos para leigos produtos que tenham a finalidade de diagnóstico de presença ou exposição a agente transmissível, incluindo os que causam doenças infecciosas passíveis de notificação compulsória. Mas afirma que 'a proibição poderá ser afastada por resolução da diretoria colegiada, tendo em vista políticas públicas e ações estratégicas formalmente instituídas pelo Ministério da Saúde'.

Na segunda-feira, o governo informou que pediria à Anvisa a liberação dos autotestes. Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a agência já emitiu sinal positivo, mas pediu um parecer sobre o assunto. Queiroga diz que o ministério não deverá adotar uma política pública de distribuição de testes caseiros, mas permitirá que eles sejam vendidos em farmácias.

O gargalo na testagem afeta instituições públicas e privadas. Como mostrou reportagem do GLOBO, no SUS, a espera para fazer um teste para vírus respiratórios pode levar horas. Laboratórios particulares também estão sobrecarregados, e há farmácias com estoques zerados. Desde o início da pandemia, o governo nunca se preocupou com a testagem em massa. De acordo com números da plataforma Our World in Data em 10 de janeiro, os testes realizados no Brasil (309 por mil habitantes) são inferiores a países como França (3. 048) e Itália (2464) ou mesmo vizinhos como Chile (1. 443) e Argentina (643).

Diante da explosão de casos provocada pela Ômicron e da ocorrência concomitante de uma epidemia de gripe (influenza), a Anvisa precisa rever sua posição. Como não se testa ou se testa pouco, não é improvável que cidadãos contaminados estejam circulando por aí, transmitindo a doença. O certo seria testá-los e, confirmada a infecção, isolá-los e rastrear seus contatos. O autoteste ajudaria a aumentar o isolamento dos infectados. O desleixo com a testagem se mostrou um erro ao longo da pandemia. A diferença é que hoje lidamos com uma variante que se espalha numa velocidade sem precedentes.

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Reduzir isolamento de assintomático a 5 dias não tem base científica

Para infectologistas, medida que foi adotada pelo governo não faz sentido do ponto de vista sanitário

Diante da decisão do Ministério da Saúde de reduzir de dez para cinco dias o período mínimo de isolamento de pacientes assintomáticos com Covid-19, especialistas alertam que não há evidências suficientes de a nova regra seja segura.

Discussão semelhante ocorre nos Estados Unidos desde que o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) também encurtou o prazo para cinco dias, com a condição do uso de "máscara bem ajustada" por dez dias, além da necessidade de vacinação em dia.

Um estudo japonês publicado na semana passada sugere que uma quarentena de dez dias seria mais adequada para evitar transmissões de ômicron. Na pesquisa, uma das poucas feitas com a nova variante, metade das pessoas avaliadas tinha vírus ativo entre três e seis dias depois da da infecção. Entre sete e nove dias, 19% ainda podia transmiti-lo.

O infectologista Carlos Fortaleza, presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, não vê sentido algum na redução do tempo do ponto de vista sanitário.

"Os estudos anteriores apontavam o pico de transmissibilidade no 5º dia e queda gradual até o 10º dia. O estudo japonês mostra que a provavelmente a ômicron se comporte como as outras variantes. A decisão do CDC e do Ministério da Saúde só é justificada pelas pressões econômicas."

Ele acha curioso o fato de o ministro Marcelo Queiroga seguir a recomendação do CDC na redução do tempo de isolamento e, ao mesmo tempo, não levar em conta quando o centro americano mostra que 18 milhões de crianças já foram vacinadas contra a Covid, sem nenhum efeito colateral grave. "É uma coisa bem seletiva, acreditar no que interessa."

Para o infectologista, reduzir o isolamento para cinco dias é "precipitar o caos". "O argumento pragmático dos especialistas que defendem a redução é que os hospitais ficarão sem gente para atender. Mas eu acredito que se mandarmos médicos, enfermeiros para atenderem pessoas enquanto estão transmitindo, vamos precipitar um problema que ainda não existe."

Na sua avaliação, apesar da alta taxa de pessoas de licença médica em muitos serviços de saúde, o país ainda não está no caos. "É claro que se chegarmos a um momento de colapso absoluto, vamos precisar mandar pessoas com Covid trabalharem para salvar vidas. Mas ainda não estamos nesse momento."

Evaldo Stanislau de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, também afirma que não existe consenso e nem uma base científica sólida que amparem a decisão de reduzir o isolamento para cinco dias.

"A percepção que nós temos é que essa é uma decisão de cunho econômico e financeiro. É até compreensível, a sociedade tem áreas essenciais que precisam funcionar, mas é uma decisão tomada de forma intempestiva e temerária, no caso do Brasil", diz ele.

Temerária dada às dificuldades de acesso a testes para a detecção da Covid. Muitas pessoas estão encontrando muitas dificuldades para realizá-los e há uma pressão para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) libere os autotestes, amplamente usados no exterior.

"Temos um apagão de dados e, agora, um apagão de testes. É desumana uma recomendação como essa. A decisão é cômoda para quem escreve a norma, mas absolutamente insensível para quem está na ponta do sistema, tanto os profissionais quanto os pacientes."

Segundo ele, a maior pressão recaiu sobre o lado mais fraco, os trabalhadores. "O empregador não se responsabiliza, o laboratório não tem como fazer, as pessoas são jogadas num serviço de saúde que está caótico, a qualidade de muitos testes é sofrível."

Araújo explica que nos serviços de saúde, especialmente os privados, há muito retrabalho -ou seja, pessoas que receberam diagnóstico de Covid, voltaram a trabalhar, apresentaram sintomas novamente e retornam às unidades de saúde para retestagem.

"Seria mais prudente do ponto de vista sanitário, pelas dúvidas científicas que existem, que a gente preservasse os dez dias e que organizasse setor por setor, criasse um espaço na saúde suplementar para poder financiar e custear os testes e onde as pessoas podem fazê-los."

O infectologista Alexandre Zavascki, professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, também tem a mesma opinião. Para ele, dez dias seria mais prudente já que, conforme mostra o estudo japonês, perto de 20% dos pacientes podem ter vírus capaz de transmitir até o nono dia.

"Após os cinco dias, tem muita gente voltando sintomático para trabalhar e podendo transmitir, ainda mais com a ômicron", diz.

Ele defende, porém, o isolamento de cinco dias poderia ser uma opção válida nas áreas essenciais, mas com todas as precauções. Por exemplo, estarem assintomáticas, com teste negativo e com medidas de proteção, como máscara do tipo PFF2.

"As áreas não essenciais poderiam continuar os dez dias porque aí você evita essas transmissões. Até porque não tem como avaliar todo mundo, testar todo mundo, tem que usar uma receita de bolo mesmo."

Com estudos em andamento para validar o isolamento por sete dias a partir do início dos sintomas, há especialistas que defendem esse período como o mais viável. É o caso da infectologista Rosana Richtman, médica do Instituto de Infectologia Emilio Ribas.

"No d6 [sexto dia de sintomas] ou d7 [sétimo dia] faz o teste de antígeno e, dando negativo, libera do isolamento, mas ainda assim usando máscara", diz ela, que já adota essa regra com seu grupo de trabalho na maternidade onde também atua.

Já se a pessoa não fez teste algum, ela defende dez dias de isolamento.

"É uma decisão de cunho econômico e financeiro. É até compreensível, a sociedade tem áreas essenciais que precisam funcionar, mas é uma decisão tomada de forma intempestiva e temerária, no caso do Brasil"

Evaldo Stanislau de Araújo

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Ministro da Saúde diz que variante ômicron já é prevalente no Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse quetem observado aumento de casos de Covid-19 num cenário em que a variante ômicron já é prevalente no Brasil.

'Infelizmente, ela [ômicron] já é prevalente aquino Brasil, estamos assistindo ao aumento de casos. E como em outros países que tem uma campanha forte como a nossa [de vacinação], anossa expectativa é que não tenha um impacto em hospitalização e em óbitos', disse a jor na listas nestaterça-feira (11).

No Brasil, o primeiro caso foi anunciado em 30 de novembro. A ômicronjá representa 92, 6% dos testes positivos para detecção de Covid no Brasil, indica levantamento feito por laboratórios.

A primeira morte causada pela ômicron no Brasil foi confirmada no dia 6 de janeiro pela Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia, região metropolitana de Goiás.

O paciente, de 68 anos, era e tinha doença pulmonar obstrutiva crônica. Segundo a pasta, ele havia recebido três doses de vaina contra a Covid-19.

Queiroga disse ainda %ue todas as vacinas aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) podem ser avaliadas para o programa de vacinação, inclusive a Coronavac para crianças caso tenha o aval da agência reguladora.

'O presidente [Jair Bolsonaro] disse que todas as vacinas aprovadas pela Anvisa podem ser consideradas para o Plano Nacional de Operacionalização. Se a Anvisa aprovar, o Ministério da Saúde vai analisar as condições dessa aprovação e, como de costume, liberar esse imunizante para a população brasileira', informou.

Como a Folha mostrou, a pasta avalia usar a Coronavac em crianças caso o imunizante seja aprovado pela Anvisa.

Como a vacina é a mesma usada em adultos, estados já planejam aplicar doses no público infantil. Hoje, há estoques, e o imunizante é apontado por especialistas como boa opção para crianças.

O Instituto Butantan entrou com novo pedido de aprovação do uso da Coronavac em crianças e adolescentes, de 3 a 17 anos, em 15 de dezembro. O prazo de avaliação ainda não terminou.

No Brasil, só a vacina da Pfizer é aprovada pela Anvisa para crianças de 5 a 11 anos. O Ministério vai receber 20 milhões de doses da Pfizer no primeiro trimestre deste ano.

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Ômicron e o 'fim' da pandemia

Como variante consegue circular entre vacinados, sua transmissão é implacável

Até 2022, não registramos mais de 1 milhão de casos de Covid-19 no mundo em um dia. Com a ômicron, passamos de 2 milhões de casos por dia nos últimos 7 dias. Bolívia e Argentina registram recordes. Paraguai e Uruguai estão quase lá. Já o Brasil não registra nada. Completamos mais de um mês com o sistema do Ministério da Saúde fora do ar, no escuro até sobre o avanço da vacinação. As evidências indiretas, como os testes positivos na rede particular de saúde, já indicam que grandes cidades como São Paulo devem bater recordes também.

Ainda é difícil saber o que nos espera. Experimentos mostram uma preferência da ômicron pelas vias aéreas superiores (como as cavidades nasais e a faringe) e uma diminuição do estrago no pulmão. Mas precisamos dessa confirmação em pacientes. E isso só explicaria parte das diferenças.

Felizmente, os vacinados ainda sofrem bem menos. Nos EUA, onde muitos insistem em viver no inferno dos não vacinados, voltaram a registrar mais de 2.000 mortes por dia. A maioria entre quem não se vacinou.

Como a ômicron consegue circular entre vacinados e muitos só contavam com vacinas para se proteger, sua transmissão é implacável. Uma pessoa doente pode transmitir o vírus do sarampo, um dos mais transmissíveis, para até 13 outras. Mas isso leva por volta de duas semanas. Já ômicron é transmitida para seis pessoas em média, a cada cinco dias. Em duas semanas ela já passou por mais de dois ciclos de contágio e as seis pessoas já transmitiram para outras 36. Pelos próximos meses ela deve circular como nenhuma outra doença que vimos até hoje.

Em vacinados, os sintomas são mais parecidos com os de uma gripe, com nariz escorrendo, congestão nasal e a garganta raspando. Você provavelmente tem conhecidos que estão com esses sintomas, se não estiver também.

O que não quer dizer que a ômicron vai imunizar todo mundo e acabar com a Covid. Mesmo se ela causar menos mortes a cada caso, ainda serão muitos casos. E o vírus já se mostrou bem capaz de mudar. O que nos espera depois da ômicron são outras variantes com mais escape imune. Como o vírus influenza que causa a gripe faz, todo ano.

Essa proteção das vacinas pode indicar a saída. Depois da pandemia de gripe de 1918, continuamos registrando muitas mortes pelos próximos anos, mas elas foram diminuindo. O vírus não parece ter ficado mais fraco. O influenza de 1918 já foi recuperado de corpos da época e não é muito diferente do H1N1 que circula até hoje. Talvez nós é que tenhamos ficado mais fortes.

Em 1918, as pessoas não tinham imunidade prévia contra o influenza e ele causou sintomas que não vemos agora, como problemas neurológicos, de olfato e visão. Provavelmente porque, sem barreira imune, o vírus conseguia infectar o corpo todo. Conforme vieram outras ondas de gripe, quem sobreviveu desenvolveu imunidade. Daí em diante, por mais que o vírus conseguisse escapar o suficiente da imunidade para ser transmitido, muitos continuavam protegidos contra casos mais graves. Hoje, o influenza não encontra quase ninguém sem um mínimo de imunidade, a não ser as crianças, que não são tão afetadas pela doença -e mesmo assim se beneficiam muito de vacinas. Talvez, um adulto hoje que nunca teve contato com o influenza ou vacinas poderia ter uma infecção tão grave quanto em 1918.

Se o coronavírus se comportar assim, gerando variantes diferentes a ponto se espalhar, mas não tão diferentes que invadem o corpo todo de imunizados, os casos graves do Sars-CoV-2 poderão ser cada vez mais raros conforme nos vacinamos e quem insiste em não se vacinar contrai Covid repetidamente.

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O GLOBO

Reajuste de plano de saúde individual vai ser recorde em 2022, prevê BTG Pactual

Depois da anunciado no ano passado, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve permitir uma alta recorde no preço de planos individuais este ano, prevê o BTG Pactual em relatório.

Pelas contas dos analistas do banco, o regulador vai estipular em 15% o próximo reajuste máximo permitido. (O número oficial deve ser anunciado no meio do ano.) Para prever o percentual, o relatório levou em consideração os dados da ANS já divulgados (até o terceiro trimestre) e outros fatores levados em conta na metodologia de cálculo, como o aumento das despesas médicas, a inflação e os ganhos de eficiência do setor.

“O reajuste negativo de 2021 refletiu um utilização anormalmente baixa (dos planos) em 2020, quando muitos procedimentos eletivos foram adiados na primeira onda de Covid-19 no Brasil. Por outro lado, como as despesas médicas dispararam em 2021, enquanto a base de vidas nos planos de saúdes individuais encolheu, esperamos um forte aumento de preço para o ciclo de 2022”, concluíram os analistas do BTG.

Diferentemente dos planos coletivos, os planos individuais — um terço do mercado — têm seus preços regulados pela ANS. O próximo reajuste anunciado pela agência deve ser aplicado entre maio de 2022 e abril de 2023, sempre no mês de aniversário da contratação do plano.

Segundo o relatório, as despesas médicas geradas por beneficiários de planos de saúde individuais — ajustadas pela variação no número de segurados — saltaram 21% nos nove primeiros meses de 2021, na comparação com igual período de 2020.

Se confirmado, o reajuste de 15% será o maior já autorizado pela ANS. Até então, o recorde havia sido de 13,57%, registrado em 2016. No ano passado, o reajuste autorizado foi negativo, de -8,19%.

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Regra para afastamento do trabalho por Covid será revista

Depois que o Ministério da Saúde anunciou a redução no período de isolamento das pessoas que testaram positivo para o coronavírus, o governo trabalha na revisão de regras para o afastamento do trabalho. Duas portarias preveem hoje que o funcionário com Covid-19 deve ficar fora por 14 dias. Equipes técnicas dos ministérios do Trabalho, Saúde e Agricultura trabalham na revisão de diversos trechos destas portarias, que abrangem medidas de controle e mitigação para a transmissão em ambiente de trabalho. A mudança inclui o período de isolamento.

Segundo a pasta da Economia, esse e outros pontos 'estão sendo avaliados tecnicamente para garantir ambientes de trabalho seguros e saudáveis'.

Especialistas avaliam que estes documentos, ainda que não tenham força de lei, devem servir para balizar as decisões das empresas em casos de afastamento de funcionários, junto com o atestado médico emitido para cada um.

IMPACTO NO DIA A DIA

O Ministério da Saúde reduziu o período de isolamento para pacientes com Covid-19. Para pessoas assintomáticas, o afastamento mínimo será de cinco dias, caso apresentem um novo teste negativo, ou de sete dias, sem necessidade de fazer novo exame. Já aqueles pacientes que tiverem qualquer tipo de sintoma deverão manter o isolamento de dez dias.

Todos as pessoas, no entanto, devem seguir as recomendações sanitárias -como evitar aglomerações e viagens, usar máscara e higienizar as mãos - até o décimo dia.

O avanço da variante Ômicron e da influenza começa a afetar setores intensivos em mão de obra, como a construção civil e o setor bancário.

Alguns canteiros de obras já registram afastamento de até 30% dos funcionários pelas doenças, de acordo com balanço preliminar feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).

Nas estimativas do presidente da Cbic, José Carlos Martins, as empresas do setor devem ter cerca de 15% de trabalhadores contaminados. Apesar do alto número, ele destaca que ainda não há efeitos significativos para o setor: - Neste momento, não justificaria remontar uma equipe, treinar, preparar e contratar, para logo em seguida (os funcionários afastados) retornarem. Não seria justo nem prático -explica o presidente da Cbic.

Entre os petroleiros, o avanço dos casos de Covid-19 saltou de sete para 15 confirmados nas plataformas em operação na costa, entre 29 de dezembro e 5 de janeiro.

O levantamento é da Federação Única dos Petroleiros (FUP), com base nos últimos dados obtidos junto à Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Acompanhamento da FUP junto a sindicatos associados até ontem registrou 17 casos positivos de petroleiros que desembarcaram para fazer o isolamento, e 30 casos suspeitos, apenas em plataformas na Bacia de Campos, no Norte do Estado do Rio de Janeiro.

Agências bancárias também tiveram que ser fechadas por surtos de Covid-19 entre os profissionais.

Levantamento do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que contempla São Paulo, Osasco e outras 18 cidades da Região Metropolitana, mostra que, desde a última sexta, 150 agências foram fechadas por falta de pessoal suficiente, devido a casos confirmados entre os funcionários.

30% de funcionários afastados por Covid-19 É o índice já registrado em alguns canteiros de obras, segundo levantamento do setor da construção

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Opinião - JOSÉ AUGUSTO GARCIA DE SOUSA - Ser antivacina é indefensável

Feliz Ano-Novo? Começamos 2022 da mesma forma que 2021: com a pandemia em alta. Mas agora há a vacina, que salvou milhões de vidas no ano que passou. Apesar disso, nem todos simpatizam com ela. E o caso do tenista sérvio Novak Djokovic, cuja resistência ao imunizante ensejou o primeiro grande imbróglio internacional do ano.

No Brasil, uma minoria pensa como Djokovic, entre eles o presidente da República e seus seguidores, o que não é novidade. Surpresa mesmo foi ver um ofício firmado na última sexta-feira por cinco defensores públicos federais (meus colegas de profissão, portanto) recomendando ao ministro da Saúde que pais e responsáveis sejam profusamente advertidos sobre os supostos riscos da vacina infantil.

O ofício inicia-se de modo inusitado para um documento público, declarando os subscritores que se filiam 'àqueles que parabenizam Vossa Excelência pela condução deste [sic] Ministério. . . '. Mais à frente, os intrépidos colegas chegam a sugerir uma reunião pessoal com o ministro, 'com o fito de tecer maiores esclarecimentos', o que seria realmente glorioso para admiradores declarados do formidável Queiroga, a quem desejam, ao final, que 'seja bendito em seus misteres'.

No que toca ao conteúdo da recomendação, não há uma palavra sequer quanto aos benefícios da vacinação infantil, que, segundo o conhecimento científico atual, superam largamente eventuais riscos. A manifestação é patética na forma e tendenciosa no conteúdo. Ainda assim, trata-se de manifestação oficial da Defensoria Pública da União, razão por que não pode ser ignorada.

Acima de tudo, é preciso deixar claro que os objetivos institucionais da Defensoria Pública e o ideário bolsonarista se mostram visceralmente inconciliáveis. A Defensoria está destinada constitucionalmente à defesa intransigente dos direitos humanos, o que implica exaltar a dignidade inerente a qualquer pessoa, bater-se contra toda forma de discriminação e abraçar a luta antirracista, bem como repudiar o endurecimento penal, o culto às armas e a intolerância religiosa. Tudo aquilo que a Defensoria endossa, em suma, o bolsonarismo abomina. E a recíproca, felizmente, é verdadeira. Água e óleo.

O assunto deste artigo comprova, na prática, o que acabei de falar. Ao longo da pandemia, as Defensorias estaduais e a própria Defensoria Pública da União vêm atuando, de forma geral, em prol da ciência e da vida. Darei rápidos exemplos. Começo justamente pela Defensoria da União, que ajuizou ação civil pública em face do Conselho Federal de Medicina (CFM), em outubro de 2021, pedindo vultosa indenização por danos morais coletivos e individuais, em virtude de a entidade ter avalizado, obstinadamente, a prescrição de medicamentos sem nenhum respaldo científico, pondo em risco os pacientes de Covid-19.

A Defensoria fluminense fez recomendações para aplicação do distanciamento social, intentou ações civis públicas para que o enfrentamento à pandemia fosse pautado exclusivamente por critérios científicos e, mais recentemente, emitiu nota técnica a favor do passaporte vacinal, entre várias outras iniciativas afins. O Grupo de Atuação Estratégica das Defensorias Públicas Estaduais e Distrital nos Tribunais Superiores (Gaets) interveio em processo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (ARE 1. 267. 879), em dezembro de 2020, para defender a obrigatoriedade da imunização por meio de vacina, tese que acabou prevalecendo.

Fica certo, assim, que a insólita recomendação enviada por defensores federais ao ministro da Saúde contraria os valores encampados pela instituição a que pertencem, representando uso distorcido da autonomia funcional. A Defensoria Pública tem prestado bons serviços à cidadania brasileira e não merece, em absoluto, ser associada ao retrógrado e ruinoso movimento antivacina.

José Augusto Garcia de Sousa é defensor público no Estado do Rio de Janeiro e professor adjunto de Direito Processual Civil na Faculdade de Direito da Uerj

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PORTAL G1

Goiás registra 2.183 casos conhecidos de Covid em 24 horas e tem 73% dos leitos de UTIs ocupados, diz Saúde

São 956.642 infectados e 24.738 mortes pela doença desde o início da pandemia. Em relação a ômicron, o estado é o segundo com mais registros no Brasil.

Goiás registrou 2.183 casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas e tem 73% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ocupados, nesta terça-feira (11), conforme boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde. A taxa de ocupação nas enfermarias é de 46%.

Ao todo, o estado já registrou 956.642 casos e 24.738 mortes pela a doença desde o início da pandemia. Em 24 horas, foram registradas duas mortes.

Só na capital, até esta tarde, havia o registro total de 235.577 infectados e 7.028 vidas perdidas para o coronavírus. Em 24 horas, foram 100 novos casos e não houve registro de óbitos.

No entanto, a capital tem 94% das UTIs para o tratamento da doença lotados. Na enfermaria, a taxa é de 76%.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que já ampliou a rede credenciada em 30 novos leitos, sendo que 13 serão disponibilizados nas próximas horas. 'Com isso, não há insegurança nem risco de faltar leitos para quem necessitar'.

Ômicron em Goiás

Goiás é o segundo estado com mais registros de ômicron no país após ter 70 casos e a 1ª morte pela variante, conforme dados do Ministério da Saúde desta terça-feira.

O estado está atrás de São Paulo, que lidera com 121 casos da variante e Rio de Janeiro, com 58 infectados pela ômicron.

Até esta terça-feira, o Brasil havia registrado apenas uma morte pela variante, que aconteceu em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

A vítima foi um idoso de 68 anos portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. O caso foi registrado no último dia 6 de janeiro. Ele vivia em um abrigo de idosos e já estava vacinado com as três doses.

Especialistas explicam que a vacinação contra a Covid-19 reduz o risco de morte pela doença e suas variantes. Eles afirmam ainda que os imunizantes disponíveis contra o coronavírus são para evitar o agravamento dos casos, mas que não há garantia de que possam impedir a reinfecção.

Ômicron não é leve, diz OMS

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou no início do mês que a variante ômicron pode ser menos grave, mas não deve ser classificada como "leve".

Durante uma entrevista coletiva, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também repetiu seu apelo por uma maior equidade global na distribuição e acesso às vacinas contra o coronavírus.

Ele alertou que, com base na taxa atual de distribuição de vacinas, 109 países não cumprirão a meta da OMS de que 70% da população mundial seja totalmente vacinada até julho. Esse objetivo é visto como uma ajuda fundamental para encerrar a fase aguda da pandemia.

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A REDAÇÃO

Goiás receberá cerca de 42 mil doses de vacinas pediátricas contra covid-19

Théo Mariano

Goiânia - Goiás receberá cerca de 42,6 mil doses de vacinas pediátricas contra a covid-19 na remessa inicial, que deve ser enviada pelo governo federal, a partir do dia 14 de janeiro, aos Estados. O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (11/1) que os goianos vão receber 3,55% do lote de 1,2 milhão de doses, proveniente do primeiro carregamento dos imunizantes da Pfizer. A carga deve desembarcar no País nesta quinta (13).

Em entrevista na última semana ao jornal A Redação, o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, estimou que a imunização de crianças dos 5 aos 11 anos será iniciada entre os dias 15 e 17 de janeiro no território goiano. "Iniciaremos a vacinação o mais rápido possível e da maneira mais facilitada e acessível, por idade decrescente", disse o titular da pasta estadual no último dia 6.

A fabricante foi a única farmacêutica com imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em crianças. A ideia é de que, no primeiro trimestre deste ano, o Brasil receba 20 milhões de doses pediátricas da vacina. O esquema vacinal será feito com duas doses, em um intervalo de oito semanas entre as aplicações.

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O HOJE

Ocupação dos leitos de UTI destinadas ao tratamento de Covid-19 dispara e chega a 73% no Estado

As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) destinadas ao tratamento de Covid-19 Goiás voltaram a registrar um aumento significativo de pacientes graves internados em decorrência da doença. Para se ter uma ideia, o número de pacientes hospitalizados na rede pública estadual para o tratamento da doença praticamente dobrou da véspera de Natal até ontem (11).

Na rede pública estadual, a taxa de ocupação chegou a 73,1% ontem (11), ou seja, dos 148 leitos implantados, 106 encontravam-se ocupados, outros três bloqueados e apenas 39 disponíveis. A situação é ainda mais alarmante na rede municipal, onde a taxa de ocupação chegou a 94,1%. Dos 69 leitos implantados, 64 encontravam-se ocupados, outro bloqueado e apenas quatro disponíveis para internação.

Os leitos de Enfermaria destinados ao tratamento da doença também registraram aumento. No Estado, a ocupação é de 46,34%, o que representa que há apenas 66 dos 142 leitos disponíveis para internação. Já no município, a taxa de ocupação é de 76%, com apenas 11 dos 59 leitos disponíveis.

Providências

Diante do cenário do aumento dos casos e de internações, algumas cidades em Goiás começam a tomar providências na tentativa de barrar, mais uma vez, a disseminação da Covid-19. É o caso de Senador Canedo, primeira cidade a divulgar novo decreto contendo novas recomendações para o funcionamento dos estabelecimentos no município, além de reforçar a necessidade do uso de máscara facial, da higienização das mãos e da manutenção do distanciamento social.

Entre as normas do decreto publicado na última segunda-feira (10), está a autorização do funcionamento de eventos sociais com até 100 pessoas e 50% da capacidade do ambiente, que deverão ser realizados apenas em estabelecimentos destinados a este fim e regulares junto ao município. Já no caso dos bares e restaurantes, as mesas deverão resguardar entre si distância mínima de 1,5 metros e somente será permitido o consumo de alimentos e bebidas por pessoas que estejam devidamente sentadas.

Além disso, a apresentação de música ao vivo está autorizada se limitada a quatro integrantes, desde que o espaço de apresentação permita o distanciamento de um metro entre eles. De acordo com o prefeito de Senador Canedo, Fernando Pellozo, a intenção não é proibir que as pessoas frequentem estabelecimentos como bares, restaurantes e farmácias, e sim, evitar que elas sejam contaminadas.

Pirenópolis

Pirenópolis é outra cidade goiana que registra aumento nos casos ativos de Covid-19. O número chegou a 417, segundo o último boletim divulgado na última segunda-feira (10). O número é mais de oito mil vezes o registrado no dia 01 de janeiro, quando os casos confirmados no município eram cinco. O aumento de casos foi registrado mesmo com a medida adotada pela prefeitura de não realizar festas públicas em atenção à situação de pandemia, e de restringir a circulação de veículos das 10 horas do dia 31 de dezembro de 2021 até às 10 horas do dia 1º de janeiro de 2022, nas ruas do Centro Histórico, com o objetivo de deixa-las livres para que as pessoas pudessem trafegar com distanciamento e segurança.

Goiás

Ao todo, segundo último boletim divulgado pela SES-GO, há 954.459 casos de doença pelo corona vírus 2019 (Covid-19) em Goiás. Destes, há o registro de 24.736 óbitos confirmados. No Estado, há 620.732 casos suspeitos e 386 óbitos em investigação. A pasta ressalta que as últimas atualizações de casos e óbitos no Painel Covid-19 foram retomadas às 14h30 horas do dia 24 de dezembro de 2021, após uma interrupção de 15 dias dos sistemas de dados oficiais do Ministério da Saúde, que estiveram fora do ar neste período.

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Assessoria de Comunicação