
Imprensa (2432)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Reabilitação: Homem morre ao ser levado à força para clínica de Caldas Novas
Jornada EESG das operadoras de saúde exige aprofundar o S sem abandonar o G
Parceria de hospital que atende SUS e laboratório acelera diagnóstico de câncer de sangue infantil
MV anuncia parceria com novo plano de saúde fundado por mulheres
Seguradora deve ressarcir empresa por reajuste abusivo em contrato coletivo de plano de saúde
Saída de um grande grupo do mercado de plano de saúde no Brasil pode abrir oportunidades para empresas de Saúde e Segurança no Trabalho
A REDAÇÃO
Reabilitação: Homem morre ao ser levado à força para clínica de Caldas Novas
Um homem de 26 anos morreu após ser levado à força para uma clínica de reabilitação de Caldas Novas. Segundo informações da Polícia Civil de Goiás (PCGO), a vítima estava em Urutaí quando foi sequestrado e transportado para o local, onde
realizaria um tratamento contra a própria vontade. O caso aconteceu na última quarta-feira (20/9).
De acordo com o Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Caldas Novas, responsável pelo caso, três pessoas foram presas em flagrante. Os suspeitos, de 34, 35 e 37 anos, teriam raptado a vítima com a intenção de interná-la compulsoriamente. Os responsáveis pela clínica, inclusive, teriam usado de força física para conter a reação do paciente, que faleceu logo após chegar à unidade de saúde.
Como a vítima apresentava algumas lesões pelo corpo, as investigações prosseguem para determinar se a morte foi provocada pelas agressões ou se houve uma causa diversa. Os investigados foram colocados em liberdade após o pagamento da fiança.
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YOBA
Jornada EESG das operadoras de saúde exige aprofundar o S sem abandonar o G
Roberto Gonzalez (*)
Como se não bastasse a dificuldade de atuar em um setor considerado sagrado usando as regras frias do mundo dos negócios, as operadoras de saúde ganharam mais recentemente um upgrade neste desafio que é o de reduzir os dilemas deste aparente antagonismo incorporando no dia a dia da operação os comportamentos de conformidade com o famoso padrão EESG. Na prática, isto se resume em ganhar o dinheiro suficiente para agradar às expectativas dos acionistas, mas ao mesmo tempo, oferecer atendimento médico a baixos custos e ainda respeitando elevados critérios de responsabilidade socioambiental e de gestão.
Fazendo uma analogia com os icebergs, é como se toda essa complexidade estivesse escondida nas profundezas do mar, deixando à vista apenas a ponta mais elevada resultante de todo este processo que é o alto custo das mensalidades.
Para falar apenas a respeito das questões relacionadas à jornada EESG deste setor, é inegável que após a pandemia e, até mesmo por causa dela, a dimensão Social (S) experimentou um inequívoco avanço nos últimos anos.
Só para ter uma ideia, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, entre os 2020 e 2021 foram realizados mais de 7,5 milhões de atendimentos remotos no Brasil, feitos por 52,2 mil médicos, psicólogos e terapeutas que alcançaram um índice de resolutividade de 91% dos casos.
Isto é resultado direto do uso intensivo da telemedicina e de outras tecnologias que conseguiram reduzir os custos e democratizar o acesso à saúde, permitindo que um número maior de brasileiros pudesse passar a usufruir dos benefícios oferecidos pelos chamados convênios médicos.
Por outro lado, esta possibilidade de expansão da cobertura ampliou as alternativas para a fuga de recursos dessas empresas pela prática mais constante de fraudes e abusos.
Não por acaso, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) trabalha com a estimativa de que em 2022 as operadoras de planos médico-hospitalares tiveram prejuízo operacional de R$ 10,7 bilhões, o que seria o recorde de prejuízo em 25 anos.
Neste sentido, claramente se observa uma dificuldade maior em avançar na dimensão da governança (G) e impacta também no outro componente do EESG que é a sustentabilidade. Esta expressão não deve ser confundida apenas com questões relacionadas aos cuidados com o planeta, mas também com a sustentação da própria empresa e do mercado como um todo.
Afinal, como disse recentemente a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente, a "inviabilização da saúde suplementar não vai afetar apenas as operadoras. Vai prejudicar seus 50,3 milhões de usuários, que podem se ver sem cobertura, em caso de insolvência".
Tal situação, segundo ela poderia levar ao colapso todo o sistema de saúde nacional, uma vez que os planos respondem por 83% das receitas dos hospitais privados e mais de 50% das receitas dos laboratórios.
A palavra sustentabilidade não é empregada à toa. Sustentar significa se manter. Uma empresa não sustentável tem vida curta. Quando uma companhia se preocupa em criar formas de produzir mais e melhor com menos desperdício de matéria prima, ela está garantindo a manutenção desse recurso para ela própria ao mesmo tempo que o dinheiro investido nas inovações necessárias, resultam em produtos mais competitivos. É um ciclo. Empresas aderentes a padrões EESG valem mais.
Portanto, para que um modelo de governança corporativa seja implantado com base no padrão EESG é preciso total engajamento dos acionistas e dos executivos que lideram esse processo.
Um caminho viável talvez seja o de aprofundar ainda mais o uso de tecnologia, não só para baratear custos, mas também e principalmente como forma de melhorar a governança. As chamadas healthtechs já demonstraram que podem contribuir decisivamente neste processo.
Elas têm desenvolvido soluções inovadoras em vários segmentos da saúde como a medicina preventiva, que evita ou minimiza efeitos das doenças e a medicina preditiva, cuja finalidade é identificar a predisposição a alguns males como câncer, hipertensão etc. Vale ressaltar também o bom trabalho de algumas dessas startups em medicina proativa, que estreita e prolonga a relação entre médico e paciente de forma suportada pela tecnologia e a medicina personalizada que, como o próprio nome diz, permite que tratamentos sejam aplicados conforme a característica de cada indivíduo.
Prevenir custa menos ao sistema de saúde e gera maior bem-estar ao paciente do que tratar uma doença em estágio avançado. Bem implantada, a tecnologia reduz a quantidade de consultas presenciais sem prejuízo para o tratamento e para a relação médico/paciente e ainda contribui para redução de filas em clínicas e hospitais e também do número de vezes que o paciente tem de se locomover de casa ao consultório apenas para mostrar um exame que poderia ter chegado ao médico por meios digitais.
Tudo isso é ganho de tempo, de eficiência, de qualidade de vida para quem precisa e, na outra ponta diminuição de custos, redução da emissão de carbono, já que exige menos locomoção, e do uso de papel por meio da digitalização.
Enfim, apesar de parecer um problema a mais para as operadoras de saúde, a busca por padrões EESG com apoio da tecnologia, pode ser uma luz no fim do túnel com potencial de derreter o iceberg para que a ponta que fica para fora da água seja cada vez menor e não assuste tanto aos navegantes.
Roberto Gonzalez é consultor de governança corporativa e EESG (*).
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FOLHA.COM
Parceria de hospital que atende SUS e laboratório acelera diagnóstico de câncer de sangue infantil
Uma parceria entre um hospital público referência infantil e um laboratório de diagnósticos especializado conseguiu acelerar a detecção de câncer de sangue em crianças e reduzir os custos por amostra em até 24%.
A técnica consiste em fazer os exames específicos após uma triagem inicial a partir de dados moleculares e de citologia (celular), reduzindo assim a necessidade de outros exames para os quais o diagnóstico da doença não seria indicado.
O emprego da tecnologia conhecida como teste reflexo oferece um retorno dos resultados dos exames em até 24 horas. A parceria, que já dura oito anos, também viu aumentar em 34% a realização de exames de triagem de leucemia e doença residual e reduziu em 5% os custos anuais recorrentes em relação aos testes realizados no hospital.
A pesquisa com os principais resultados foi realizada pelo laboratório especializado em diagnóstico onco-hematológico (cânceres do sangue) Flow Diagnósticos, em São Paulo, e o Hinsg (Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória), em Vitória (ES). O trabalho foi publicado nesta sexta-feira (22) na revista especializada American Association for Clinical Chemistry.
O Hinsg é o único hospital de referência em oncologia pediátrica no Espírito Santo, e atende todos os pacientes de câncer infantojuvenil pelo SUS (Sistema Único de Saúde) do estado.
De acordo com Rodrigo Proto-Siqueira, diretor de pesquisa e genômica da Flow Diagnósticos, com o protocolo para realização dos exames reflexo, há um ganho de tempo no início do tratamento. "Laboratórios clássicos fazem uma coleta de amostra, enviam para análise e, se der negativo para um determinado tipo de câncer, fazem novas coletas. Isso toma muito tempo. Já no nosso caso, o exame de triagem por exemplo, para leucemia aguda, ele já vai levar aos exames complementares que vão auxiliar no diagnóstico de acordo com aquele primeiro resultado na triagem."
Em linhas gerais, o exame reflexo é uma metodologia em que a definição dos próximos passos se baseia na determinação do passo anterior. "Ela já é muito utilizada nos Estado Unidos, onde eles não esperam o resultado negativo para uma investigação para recomeçar do zero, eles já fazem a detecção de triagem e, com aquele resultado, partem para um exame mais específico", explica o pesquisador.
Os gargalos em testes oncológicos no país representam um dos desafios no diagnóstico e tratamento de cânceres no país, especialmente infantil.
Para Gláucia Zouain-Figueiredo, oncologista pediátrica do Hinsg, a precisão do diagnóstico de câncer infantil é o que pode, muitas vezes, ajudar na sobrevida daquela criança. "Em geral, o câncer infantojuvenil tem uma taxa de sobrevida [sobrevivência após a doença] de 85%, 90%, mas isso é para países ricos; em países de baixa e média renda, essa taxa é muito menor. E isso tem como efeito diversos fatores, mas com certeza o diagnóstico precoce, a precisão do diagnóstico e, com isso, iniciar o tratamento adequado são fatores que contribuem para a sobrevida."
Como muitos pacientes oncológicos pediátricos chegam já em um estado grave no hospital, a agilidade na detecção do tipo de leucemia, por exemplo, pode significar uma melhora nos sintomas e até mesmo redução de efeitos colaterais - isto é, sem a necessidade de terapias que não sejam eficazes- nas primeiras 36 horas.
"A gente recebeu aqui recentemente um menino de cinco anos com uma contagem de leucócitos elevada [chamada hiperleucocitose], indicativa de leucemia, com fortes dores ósseas. Após a análise inicial, conseguimos uma resposta em 24 horas e já iniciamos o tratamento na noite seguinte, ganhando tempo para esse paciente. Ao final, a avó dele disse que ele passou a noite muito melhor", diz a médica.
De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), no triênio de 2023-2025, serão diagnosticados 7.930 novos casos de câncer infantojuvenis a cada ano. Atualmente, no Brasil, a chance média de cura do câncer em crianças e adolescentes está em torno de 64%.
"Pensando no impacto em saúde pública, os cânceres do tipo onco-hematológicos representam de 5% a 6% dos casos de neoplasias por ano, e essa estratégia de investigação diagnóstica de baixo custo e de alta acessibilidade traz um impacto enorme no diagnóstico de câncer infantil", afirma Proto-Siqueira.
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SALA DE NOTÍCIA
MV anuncia parceria com novo plano de saúde fundado por mulheres
MV anuncia parceria com novo plano de saúde fundado por mulheres Healthtech é líder no mercado de operadoras digitais A MV, multinacional brasileira líder da América Latina no desenvolvimento de softwares para a saúde, acaba de fechar parceria com a Aurora Saúde, nova operadora de planos de saúde lançada no mercado de Minas Gerais em agosto de 2023, a primeira do Brasil fundada somente por mulheres. A Aurora Saúde passa a contar com a plataforma SOUL MV Operadora, que organiza e controla os processos administrativos, financeiros e gerenciais dos planos de saúde, além de simplificar a gestão de contratos e beneficiários, processamento e auditoria de contas e autorização de procedimentos.
"Vimos na solução da MV a facilidade de integração com outros sistemas e uma ótima usabilidade das ferramentas, com possibilidade de acompanhar em tempo real a operação e de desenvolver inovações de acordo com o crescimento de nosso negócio", avalia Marcela Matos, cofundadora da Aurora Saúde. Criada por Marcela Matos e Liliane Freitas a Aurora Saúde está preparada para atender a região metropolitana de Belo Horizonte (MG) e deve chegar nos próximos meses às regiões do Sul de Minas e Triângulo Mineiro.
"Queremos oferecer uma nova experiência ao cuidar também do bem-estar dos clientes. Para isso, focamos em boas parcerias, com empresas de renome, que é o caso da MV", explica Marcela. Com a plataforma SOUL MV, a operadora Aurora Saúde ganha ferramentas inovadoras de controle de sinistralidade, gestão de pagamentos e sistemas ágeis de atendimento, entre outras funcionalidades de gestão e integração de sistemas. Essas soluções têm chamado a atenção do mercado: atualmente, a MV tem no Brasil o maior portfólio de operadoras digitais como clientes. "Hoje detemos 75% do market share entre as operadoras digitais no Brasil, pois temos uma solução única no mercado, que realmente favorece acessibilidade, interações e oferece APIs que se integram facilmente a outros sistemas", afirma Andreson Mota, diretor de produto de Operadora de Saúde MV.
A MV tem o objetivo de oferecer soluções que impactem positivamente os negócios em saúde e possam acompanhar o paciente em todas as etapas. "Todas as inovações da MV estão focadas na jornada completa do paciente e na experiência do beneficiário. A MV tem soluções que integram as operadoras a todo o ecossistema de saúde e esse é o nosso diferencial", complementa Patrícia Milke, diretora regional MV.
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Seguradora deve ressarcir empresa por reajuste abusivo em contrato coletivo de plano de saúde
A 10ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve, por votação unânime, decisão da 1ª Vara Cível do Foro Regional de Pinheiros, proferida pelo juiz Paulo Henrique Ribeiro Garcia, que declarou abusividade de reajuste anual de plano de saúde coletivo aplicado em 2017 e condenou a operadora requerida a pagar R$ 291.819,86 (referentes aos valores pagos a mais) à empresa contratante.
De acordo com os autos, a requerente é beneficiária de plano de saúde coletivo fornecido pela ré. Em 2017, pagava R$ 11.774,54 pela prestação de serviços e, com reajuste anual acima do tabulado pela ANS, o montante chegou a R$ 27.636,62. Após realização de laudo pericial, o valor da contraprestação mensal foi fixado em R$ 18.104,40.O relator do recurso, desembargador Jair de Souza, destacou em seu voto que mesmo que os planos coletivos não sigam os índices vinculantes autorizados pela ANS aos contratos individuais, os acréscimos devem ter justificativa concreta, sob pena de se converterem em prática abusiva.
"Constitui ônus das operadoras de plano de saúde comprovar o aumento da sinistralidade, dos custos médico-hospitalares, de administração, de comercialização ou outras despesas incidentes e que, eventualmente, tenham sido utilizadas para quantificar o aumento anual", pontuou. No caso em questão, de acordo com o magistrado, não houve demonstração por parte da operadora que justificasse o reajuste aplicado.
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GAZETA DA SEMANA
Saída de um grande grupo do mercado de plano de saúde no Brasil pode abrir oportunidades para empresas de Saúde e Segurança no Trabalho
Movimento pode criar oportunidades para empresas de SST, mas também apresentar desafios. A chave para o sucesso será a inovação, a conformidade regulatória e a capacidade de educar o mercado sobre os benefícios desses serviços
Dez anos depois de comprar a Amil com a promessa de reforçar o perfil inovador e acelerar o crescimento da empresa, a gigante UnitedHealth Group se prepara para deixar o País sem alcançar os resultados que esperava.
Uma combinação de fatores levou a americana a ficar para trás no Brasil, como a insistência em um modelo importado de gestão, erros na transição do comando e a centralização de decisões no exterior. Ao mesmo tempo, rivais nacionais ganharam espaço, em um mercado que movimentou R$ 15 bilhões em fusões e aquisições no ano passado e que soma 48,68 milhões de beneficiários, o maior patamar desde 2016.
Ricardo Pacheco , presidente da ABRESST ( Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho) e da Oncare Saúde , chama a atenção para o fato de que a saúde privada no Brasil é um grande negócio e com grande potencial de crescimento. "Apenas 48,68 milhões de brasileiros, o equivalente a 22,7% da população do País, contam com plano de saúde. No entanto, além de diferenças em relação a outros países, como a existência do SUS, e de aspectos locais, o Brasil representa desafios extras para empresas estrangeiras, como a capacitação da mão de obra e a legislação trabalhista. Isso explica a saída do País desse grande grupo de saúde".
Oportunidades para as empresas de Saúde e Segurança no Trabalho
A saída de um grande grupo do mercado de plano de saúde no Brasil pode abrir oportunidades para empresas de saúde e segurança no trabalho, como explica o presidente da ABRESST Dr. Ricardo Pacheco:
· Aumento da demanda por serviços de saúde ocupacional - " Com a saída de um grande grupo de plano de saúde, as empresas podem se voltar mais para a prevenção de problemas de saúde dos funcionários. Isso pode levar a um aumento na demanda por serviços de saúde e segurança no trabalho, como exames médicos ocupacionais, programas de bem-estar no local de trabalho e consultoria em saúde ocupacional".
· Parcerias com empresas de seguros - " As empresas de Saúde e Segurança no Trabalho podem explorar parcerias com empresas de seguros para oferecer soluções abrangentes de saúde e segurança para as empresas. Isso pode incluir pacotes que combinam serviços de seguro de saúde e programas de saúde ocupacional".
· Tecnologia e inovação - " A tecnologia desempenhará um papel importante na adaptação às mudanças no mercado. Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho podem desenvolver soluções tecnológicas, como aplicativos de saúde, monitoramento remoto de saúde dos funcionários e plataformas de gerenciamento de saúde ocupacional".
Potenciais desafios para as empresas de Saúde e Segurança no Trabalho
Dr. Ricardo Pacheco elenca os desafios para as empresas de SST :
· Concorrência - " A entrada de empresas de Saúde e Segurança no Trabalho pode levar a uma maior concorrência no setor. É importante que as empresas desenvolvam estratégias de diferenciação para se destacarem no mercado";
· Regulação - " O setor de Saúde e Segurança no Trabalho é altamente regulamentado no Brasil. As empresas devem estar cientes das regulamentações e padrões de segurança ocupacional e se conformar com eles para evitar problemas legais";
· Custos - " Os custos associados à prestação de serviços de Saúde e Segurança no Trabalho podem ser significativos. As empresas precisam considerar cuidadosamente suas estruturas de preços e eficiência operacional para serem competitivas";
· Educação do mercado - " A conscientização sobre a importância da saúde ocupacional e da segurança no trabalho pode variar entre as empresas e setores. As empresas de Saúde e Segurança no Trabalho podem enfrentar desafios na educação do mercado e na demonstração do valor de seus serviços", conclui Ricardo Pacheco , presidente da ABRESST ( Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho) e da Oncare Saúde.
Sobre a ABRESST
A Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho é uma entidade civil, de caráter profissional e sem fins lucrativos, com atuação em todo território nacional. É uma entidade que desde 1998 reúne e representa as empresas do setor, evidenciando para a sociedade os esforços que seus associados têm feito para melhorar a qualidade de vida do trabalhador brasileiro.
Reunindo empresas da área de saúde e segurança no trabalho e criando normas e métodos de qualificação dos serviços da categoria, a ABRESST defende legalmente os interesses de seus associados, representando todos com muito empenho e dedicação.
A ABRESST é presidida pelo médico Dr. Ricardo Pacheco, CRM-SP 87570 I RQE 22.683.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Nova variante da covid-19 gera preocupação global
Assembleia homenageia profissionais do HDT no mês de doação de órgãos
Prefeitura de Goiânia e Fundahc negociam para normalizar atendimento nas maternidades
Drauzio Varella condena assédio na medicina e diz que faculdades têm preparado 'bons técnicos, mas não bons médicos'
Artigo - Santa Casa: esvaziamento funcional com prejuízo incrível na assistência SUS
DIÁRIO DA MANHÃ
Nova variante da covid-19 gera preocupação global
Variantes com múltiplas mutações na proteína spike suscitam temores de ressurgimento da pandemia
Uma nova variante do vírus da covid-19, conhecida como pirola, recentemente identificada, está despertando preocupações em todo o mundo. A variante pirola, que os especialistas descrevem como "altamente mutada", foi encontrada na Austrália pela primeira vez. No entanto, há preocupações de que ela possa estar se espalhando rapidamente sem ser detectada, devido ao número limitado de infecções por Covid-19 submetidas a testes.
Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifique a Pirola como uma "variante sob monitorização" e não como uma "variante preocupante", o departamento de saúde da Austrália Ocidental expressou sua apreensão com a presença da variante no país. A Pirola, também conhecida como BA.2.86, é uma variante mutante do Ômicron e foi inicialmente identificada em Israel e na Dinamarca em agosto. Desde então, ela se espalhou para várias regiões, incluindo Reino Unido, EUA, África do Sul, Portugal, Suécia, França, Canadá, Tailândia, Suíça e agora Austrália.
O motivo de preocupação em relação à Pirola é o fato de ela possuir 35 mutações na proteína spike, a qual é a parte do vírus que as vacinas contra a covid-19 foram desenvolvidas para atacar. Algumas dessas mutações têm funções desconhecidas, mas acredita-se que outras possam auxiliar o vírus a escapar do sistema imunológico. O salto genético observado entre esta nova variante e a variante Delta anterior é de magnitude semelhante, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
No Reino Unido, devido à Pirola, o início das vacinações para residentes em lares de idosos e adultos vulneráveis foi antecipado. A vigilância constante e a pesquisa são essenciais para entender completamente o impacto e a propagação dessa variante, bem como sua possível ameaça à eficácia das vacinas existentes. O mundo continua a enfrentar desafios em sua luta contra a Covid-19, demonstrando a importância da monitorização e da rápida resposta a novas variantes.
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A REDAÇÃO
Assembleia homenageia profissionais do HDT no mês de doação de órgãos
A diretora técnica do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Karine Borges de Medeiros, e a enfermeira do Departamento de Ensino e Pesquisa do HDT, Magda Cristina Tolentino Chaves, receberam na última terça-feira (19/9), o Certificado de Mérito Legislativo pelos serviços prestados à sociedade goiana aos profissionais que atuam nos processos de doação e transplante de órgãos e tecidos em Goiás pela Assembleia Legislativa (Alego). O HDT é uma unidade do Governo de Goiás, gerida pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG) há mais de 11 anos.
A homenagem foi uma propositura do Deputado Wilde Cambão em parceria com a Central de Transplantes de Goiás. O mês de setembro é dedicado à conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. No dia 27 de setembro é comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. "Vocês transformam o trabalho em amor e em vidas. A doação de órgãos é um serviço de tamanha relevância e de importância fundamental para a sociedade", pontuou o parlamentar.
Captação
No final do mês de agosto, o HDT realizou a segunda captação de órgãos de sua história, de um rim. Para que a captação seja realizada, a comissão de transplantes da unidade sempre que percebe que um paciente é um possível doador de órgãos, isto é, está em morte cerebral, realiza o acionamento da família. Após a autorização familiar a Central Estadual de Transplantes (CET), é acionada, assim é verificado quais os órgãos que serão captados.
“O que é uma perda para uma família e uma perda de um paciente representa um recomeço para outros. É um trabalho feito em várias mãos, por profissionais do HDT, pela nossa comissão interna de transplantes de órgão e pela equipe da Central Transplantes. E receber essa homenagem é o reconhecimento de todos ”, pontua a diretora técnica, Karine Borges de Medeiros.
A enfermeira Magda Cristina participou de grande parte do processo de captação do rim no HDT. “Estava presente desde o “sim” da família, a entrada no centro cirúrgico para a captação até a retirada do órgão”. Ela também revela que nada é possível sem o trabalho em equipe.
A secretária adjunta de saúde, Anamaria Arruda, afirmou em seu discurso que o transplante exige uma série de atores de várias áreas multidisciplinares, que anonimamente fazem parte de uma cadeia. “Temos que pensar na ressignificação da morte, que o falecimento de um ente querido pode ser a continuidade de planos de uma outra pessoa e de uma nova família. Vamos doar, doar é vida”, pontua.
A gerente da Central Estadual de Transplantes (CET), Katiúscia Christiane Freitas, discursou em nome dos homenageados. “Já ouvi muitos ‘nãos’. Atrás do ‘sim’ existe uma rede de solidariedade. Hoje metade do país diz ‘não’ para doação, isso é devido a falta de informação e orientação”, explica.
Desde 2019, mais três mil órgãos e tecidos foram captados em Goiás . “Este ano está caminhando para se fechar o maior da nossa série histórica. Não sou eu, somos uma equipe. Obrigada pelos que lutam por aqueles que ainda lutam para receber um órgão”, afirma Freitas.
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JORNAL OPÇÃO
Prefeitura de Goiânia e Fundahc negociam para normalizar atendimento nas maternidades
Atendimentos eletivos nas unidades estão suspensos desde a última segunda-feira, 18, devido, conforme a Fundahc, à falta de repasses por parte da Prefeitura
A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc/UFG) informou, na tarde desta quarta-feira, 20, que está atuando em conjunto com a Prefeitura de Goiânia para “validar os valores em aberto” e normalizar o atendimento nas maternidades municipais da capital – o que ainda não tem data para acontecer. Os atendimentos eletivos nas unidades estão suspensos desde a última segunda-feira, 18, devido, conforme a Fundahc, à falta de repasses por parte da Prefeitura.
De acordo com a Fundahc, entidade responsável pela Maternidade Dona Iris, Maternidade Nascer Cidadão (MNC) e Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), um repasse no valor de R$ 43 milhões está em atraso e levou à “suspensão de serviços importantes para usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) que buscam as três maternidades de Goiânia, além de impactar negativamente a qualidade do atendimento”.
Em coletiva na última semana, a Fundahc informou que, se os repasses não fossem feitos, haveria restrição de atendimento nas unidades – o que se concretizou no início desta semana.
Em nota divulgada hoje, tanto a Prefeitura de Goiânia quanto a Fundahc disseram estar negociando para “retomar o atendimento pleno à população nas maternidades públicas da capital com a qualidade já reconhecida o mais breve possível”.
No entanto, não há informações de novos repasses por parte da Prefeitura, e nem de prazo para a retomada dos atendimentos nas maternidades.
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PORTAL G1
Drauzio Varella condena assédio na medicina e diz que faculdades têm preparado 'bons técnicos, mas não bons médicos'
Em entrevista a Natuza Nery, médico fala sobre cultura de violência e abuso que tem interferido na formação de futuros profissionais e defende treinamento ético para estudantes 'no instante em que colocarem os pés nas faculdades'.
Imagens de atos obscenos cometidos por estudantes de medicina que viralizaram nesta semana levantaram um alerta para a sociedade e a comunidade médica. Entre casos que vão da violência nos trotes das faculdades a crimes como o estupro em uma sala de parto, há uma cultura de abuso que tem interferido na formação de futuros profissionais da saúde.
"Se você tem uma profissão que dá acesso à intimidade dos outros, você tem que ter responsabilidade em relação a ela", condena o médico Drauzio Varella em entrevista a Natuza Nery. [Alunos de medicina] Deviam começar a receber aulas de comportamento ético desde o instante em que pusessem o pé na faculdade."
Drauzio: 'Se profissão te dá acesso à intimidade dos outros, precisa ter responsabilidade'
O Conselho Federal de Medicina lançou o Código de Ética Médica para estudantes somente em 2018. Com mais de 50 anos na medicina, Drauzio diz ainda que as instituições podem estar preparando bons técnicos, mas não bons médicos.
"A arte da medicina é justamente como você vai usar o seu preparo técnico para aliviar o sofrimento daquela pessoa...E, para isso, abrange um território muito mais amplo, que é o território da alma humana."
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JORNAL DE BARRETOS
Artigo - Santa Casa: esvaziamento funcional com prejuízo incrível na assistência SUS
Existe um fenômeno sócio comportamental, relativamente comum, sob o qual o indivíduo submetido a um processo ruim, acaba se acostumando com isso e, por fim, entendendo que se trata de uma condição ou fato normal.
Isso é típico de uma sociedade passiva, tolerante e inerte frente a condições que não merecem, não são dignas e ferem os seus direitos.
O que se vê hoje no serviço de saúde pública de Barretos é um verdadeiro descalabro, há 5 anos com várias denúncias publicas, sendo os prejuízos às pessoas abafados por quem pratica, escondidos até um limite e com vistas grossas das autoridades responsáveis totalmente inertes diante desse malefício.
Quem conhece a Santa Casa de Barretos, único hospital geral público da cidade e com compromissos regionais, fica espantado quando passa hoje no seu entorno (quarteirão) e observa o deserto de pessoas que entram ou que saem do mesmo, contrastando com o que é típico de grandes hospitais.
Contrastando com o que foi durante décadas prestando serviços médicos, cirúrgicos e de emergência à altura do que merece cada pessoa. Gerando um comércio ali próximo que hoje também sofre pelo claro desaquecimento.
Isso decorre do espantoso índice de encaminhamento para fora de pacientes ou da própria fuga dos mesmos diante da fama ruim e da baixa qualidade oferecida pela estrutura sucateada e um corpo clínico muito distante do que ali trabalhou por quase cem anos.
Está se tornado uma vergonha a manutenção de tapumes nas fachadas do hospital como a enganar providências na estrutura. Torna-se ridículo diante do recebimento de verdadeira fortuna no decorrer da pandemia, da sonegação de investimentos na Santa Casa, além de recursos que o Estado hoje vem mandando para a cidade.
O grupo gestor desse monopólio tem o descortino de construir um hospital no interior do Sergipe, em cidade (Lagarto) do tamanho de Barretos, gastando uma fábula e deixar nossa população desassistida da forma que está, como um hospital cheio de remendos incabíveis pela sua tradição.
Vale "espiar" na internet o nível do que foi lá construído, com requinte, e o proporcional desprezo pela Santa Casa de Barretos: Hospital do Amor de Lagarto (SE).
Prefeita deveria ter vergonha do que oferece ao povo e imediatamente retomar o hospital que ora serve à exploração de uma fundação particular, meramente como um órgão de apoio ao ensino, sem mestres gabaritados, a uma juventude de futuros médicos que não conseguem enxergar a realidade.
Numa última patacoada, o gestor tem a "cara de pau" de fechar as portas aos barretenses usuários do IAMSPE, recebe apoio de 50 milhões do governo Estadual e, segundo consta, fazendo "corpo mole" para retomar o atendimento.
Pior "caradurice" é jogar aos ventos a falácia de fazer um dos melhores atendimentos de saúde da América Latina. O ridículo passa a não ter limites
Enquanto isso vige, passa desapercebido às autoridades com obrigação de garantir a defesa do povo dormindo um sono profundo, sabe-se lá por quais razões, e não se manifestando.
A coisa já foi muito longe: vidas e dores não podem ser tratadas assim.
Dr. Fauze José Daher -
Médico e Cirurgião - Ex Diretor
Clínico da Santa Casa de Barretos
Ex Presidente da Assoc.
Paulista de Medicina
Ex Vereador Constituinte (1988-92)
Advogado
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Assessoria de Comunicação
Comitê de Recursos Humanos/Gestão de Pessoas da Ahpaceg debate o recrutamento e seleção de colaboradores
Escrito por Administrador
Como escolher o melhor candidato para ocupar aquela vaga aberta na empresa? Para debater essa tarefa, que embora rotineira ainda é um desafio para os profissionais de recursos humanos, o Comitê de Recursos Humanos/Gestão de Pessoas da Ahpaceg recebeu a psicóloga Jacqueline Pereira (do associado Hospital Santa Helena), que é pós-graduada em Gestão de Negócios e Professional Self Coach, para debater o Recrutamento e Seleção de Pessoas.
A reunião aconteceu no dia 14 de setembro e contou com as presenças das coordenadoras do comitê Gissely Soares (do associado CDI) e Sanny Alves Andrade (do associado Hospital do Rim) e de profissionais de RH das instituições associadas.
Jacqueline Pereira, que integra a equipe do associado Hospital Santa Helena, observou que o RH desempenha um papel importante ao encontrar candidatos que se encaixem na cultura e nos valores da empresa. Ela destacou que as ações do recrutador passam pelo gerenciamento do processo seletivo desde a publicação das vagas até a integração dos novos colaboradores.
Sanny (esq), Jacqueline e Gissely
“O RH deve definir as estratégias adequadas para a obtenção dos melhores resultados e garantir a diversidade e inclusão nos processos seletivos para que a empresa tenha uma cultura mais rica e representativa”, alertou.
A importância de medir e monitorar os resultados do processo, utilizando indicadores de desempenho e relatórios gerenciais, também foi citada por Jacqueline Pereira, que enfatizou ainda a necessidade da criação de práticas para manter os colaboradores engajados e motivados, reconhecendo o talento e o potencial de cada um dentro da empresa.
“É preciso criar práticas para a avaliação permanente dos colaboradores, visando sua melhoria contínua”, disse. Jacqueline Pereira também citou ferramentas de recrutamento interno e externo, como, os murais internos e anúncios no site da instituição. Falou ainda sobre recursos de seleção, como entrevista comportamental com o RH; dinâmicas de grupo; entrevista com o gestor; avaliações teóricas e práticas técnicas e comportamentais.
Na reunião, foi abordado também o uso da inteligência artificial no processo de seleção. A palestrante citou as vantagens deste uso desde a triagem até a análise dos perfis, enfatizando que a IA pode garantir a agilidade e otimização das etapas.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
STF decide que paciente com doença rara não precisa pagar por medicamento de alto custo
Crise nas maternidades: vereadora vai propor cronograma de pagamento das unidades, em Goiânia
Rogério Cruz anuncia reforma do secretariado com trocas em sete pastas
Aos 52 anos, atriz Letícia Sabatella revela ter sido diagnosticada com autismo
Polícia investiga morte de homem que caiu da maca, em frente a Hospital Municipal
Pais negligentes com a vacinação de crianças podem sofrer consequências
IA na saúde: de dados brutos a insights que salvam vidas
CNN BRASIL
STF decide que paciente com doença rara não precisa pagar por medicamento de alto custo
Uma mulher com amiotrofia espinhal progressiva (AME) terá medicamento e tratamento custeados por seu plano de saúde, conforme decisão por unanimidade da Segunda Turma do Supremo Tribuna Federal (STF) nesta terça-feira (19).
A Corte restabeleceu a sentença que havia reconhecido o direto à paciente, seguindo o entendimento de que não há dever legal de repor "verbas recebidas de boa-fé para custear direitos fundamentais de natureza essencial", segundo nota.
Com a decisão, o STF pontuou que foi constatada "natureza essencial e imprescindível do medicamento e dos tratamentos dispensados" para a saúde da paciente, "assim como o recebimento de boa-fé dos produtos e dos serviços de saúde".
Anteriormente, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) acolheu parcialmente uma apelação feita pelo plano de saúde para que fizesse o pagamento referente apenas a partir da data do registro do medicamento na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O relator da ação no Supremo, ministro Edson Fachin, afirmou na votação desta terça que pessoas beneficiárias de planos de saúde estão isentas de devolver produtos e serviços prestados por ordem judicial.
O entendimento de Fachin foi acompanhado pelos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Nunes Marques e André Mendonça.
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JORNAL OPÇÃO
Crise nas maternidades: vereadora vai propor cronograma de pagamento das unidades, em Goiânia
A vereadora Aava Santiago (PSDB) identificou uma crise de abastecimento por falta de repasses da prefeitura de Goiânia às maternidades municipais. Em busca de um acordo com o Paço Municipal, a parlamentar disse que vai cobrar a elaboração de um cronograma de pagamento. “Eu vou apresentar um pedido aqui na Câmara via requerimento pra que haja o cronograma de pagamento e vou encaminhar esse mesmo pedido para o Tribunal de Contas dos Municípios que em julho me atendeu despedindo uma medida cautelar e eu vou vou reenviar novas novas provas e documentos pro Tribunal que eu tenho certeza que irá agir diante disso
De acordo com a parlamentar, cerca de dois mil fornecedores estão sem receber. “Isso faz com que a maioria dos fornecedores não queiram fornecer para as maternidades porque não acreditam que a Prefeitura vai pagar, isso tem gerado uma crise de abastecimento muito grave que pode a qualquer momento, infelizmente, se tornar uma questão de vida ou morte”, lamentou.
Entenda a crise nas maternidades
O custo mensal de operação da Maternidade Célia Câmara, segundo o plano de trabalho vigente, é de R$ 10,3 milhões. Esse valor deve ser repassada pela Prefeitura de Goiânia para cumprimento do contrato. Entretanto, de acordo com a Fundação, parte do pagamento de junho ainda não foi feito, e as parcelas seguintes seguem em atraso.
A SMS da Prefeitura de Goiânia informou, em nota, que fará “novos repasses” à Fundahc/UFG por conta das crises nas maternidades do município. Ao Jornal Opção, a pasta confirmou que repassou R$ 5 milhões à instituição na quarta, 13, além de mais de R$ 138 milhões durante o ano de 2023.
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O HOJE
Rogério Cruz anuncia reforma do secretariado com trocas em sete pastas
As mudanças visam fortalecer o projeto de reeleição de Cruz no pleito de 2024
O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) anunciou uma reforma no secretariado com a troca em sete pastas. As mudanças visam fortalecer o projeto de reeleição de Cruz no pleito de 2024. A iniciativa partiu do Grupo de Apoio ao Prefeito (GAP), liderado pelo marqueteiro Jorcelino Braga.
Confira os novos titulares das pastas:
Valdery Junior – SEMAD
Danilo Alvino – AGETUL
Wilson Pollara – SMS
Katia Hyodo – SMPM (interinamente)
DR. Marcelo Marques Teixeira – IMAS
DR. José Carlos Issy – Procuradoria-geral do Município
Michel Magul – Escritório Prioridades Estratégicas
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Aos 52 anos, atriz Letícia Sabatella revela ter sido diagnosticada com autismo
O anúncio foi feito em meio a bate-papo no podcast Papagaio Falante, com repercussão no programa Fantástico do último domingo (17/9)
Conhecida por papéis de destaque nas novelas da Rede Globo, a atriz Letícia Sabatella revelou recentemente ter sido diagnosticada com Transtorno de Espectro Autista (TEA). O anúncio foi feito em meio a bate-papo no podcast Papagaio Falante, com repercussão no programa Fantástico do último domingo (17/9).
Diagnosticada com o TEA no nível 1, Sabatella relembrou situações da infância em foi discriminada por ter comportamento diferente das demais crianças. “Quando eu tinha 9 anos, todas as meninas do colégio pararam de falar comigo, por causa do meu jeito. Não entendia o porquê. Tinha um mundo imaginário muito rico. Eu catava tudo quanto era pedrinha e ficava apaixonada pelas coisas. Aquele prego tinha vida”.
Por ter características leves, o portador de TEA tipo muitas vezes geralmente tem o diagnóstico tardio, como foi o caso de Sabatella. A atriz avaliou a reação ao descobrir o autismo: “A sensação foi libertadora. Estou ainda nesse flerte de buscar a melhor compreensão, sem desespero algum em relação a isso”.
Entre outras situações desafiadoras, Letícia disse que apresenta hipersensibilidade sensorial “Principalmente auditiva. Tem horas que chego a passar mal. Parece uma agressão. Gosto muito do toque, mas se alguém fica fazendo assim [alisando], dá vontade de pedir para parar”, comentou.
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TV ANHANGUERA
Polícia investiga morte de homem que caiu da maca, em frente a Hospital Municipal
https://globoplay.globo.com/v/11960535/
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BOA INFORMAÇÃO
Pais negligentes com a vacinação de crianças podem sofrer consequências
O Programa Bolsa Família é uma iniciativa do Governo Federal que busca auxiliar as famílias em situação de vulnerabilidade social. No entanto, recentemente, foram implementadas novas diretrizes que colocam o benefício em risco para aqueles que não cumprirem as obrigações relacionadas à vacinação de crianças. Neste artigo, discutiremos as consequências para pais que negligenciam a vacinação de seus filhos e as medidas adotadas pelo governo para garantir a adesão a essas diretrizes.
A importância da vacinação infantil
A vacinação é uma das medidas mais eficazes para prevenir doenças e proteger a saúde das crianças. Ela é fundamental para evitar a disseminação de doenças contagiosas e garantir a imunidade coletiva. Além disso, a vacinação é um direito garantido por lei e faz parte das políticas públicas de saúde.
No entanto, mesmo com a ampla disponibilidade de vacinas, ainda existem pais que negligenciam a vacinação de seus filhos. Essa falta de cuidado coloca não apenas a saúde das crianças em risco, mas também a saúde de toda a comunidade.
O monitoramento da vacinação no Programa Bolsa Família
Com o intuito de garantir a vacinação adequada das crianças beneficiárias do Programa Bolsa Família, o governo implementou novas diretrizes em março de 2023. Essas diretrizes são voltadas para famílias com crianças de 0 a 7 anos e incluem o monitoramento da vacinação, frequência escolar, acompanhamento nutricional e pré-natal.
De acordo com dados do governo, até o momento, apenas 55,57% das quase 9 milhões de crianças vinculadas às famílias que recebem o Bolsa Família estão sendo monitoradas quanto à vacinação. Isso significa que aproximadamente 45% das crianças não estão recebendo a devida atenção em relação à imunização.
Consequências para pais que negligenciam a vacinação
Diante da baixa adesão à vacinação, o governo está adotando medidas para garantir o cumprimento das diretrizes do Programa Bolsa Família. As famílias que não atenderem às exigências de vacinação, frequência escolar, acompanhamento nutricional ou pré-natal podem enfrentar consequências em relação ao benefício.
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Nesse sentido, famílias que não cumprirem as obrigações receberão um aviso de advertência em seus extratos bancários. Esse aviso tem o objetivo de conscientizar sobre a importância do acesso aos direitos fundamentais de saúde e educação.
Além disso, as famílias que já foram notificadas anteriormente podem ter o benefício bloqueado por 30 dias, a partir de setembro. Essas medidas têm como objetivo garantir que as famílias beneficiárias estejam cumprindo suas obrigações e garantir a eficácia do Programa Bolsa Família.
A importância do Programa Bolsa Família
É fundamental destacar que o Programa Bolsa Família desempenha um papel crucial no combate à pobreza e na promoção da inclusão social. Ele busca proporcionar um suporte essencial às famílias em situação de vulnerabilidade, garantindo o acesso a direitos básicos, como saúde e educação.
A vacinação infantil e o acompanhamento nutricional são medidas que visam garantir o bem-estar das futuras gerações e contribuir para a redução das desigualdades sociais. Portanto, é de extrema importância que as famílias beneficiárias do Bolsa Família estejam em conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo governo.
A ampliação do monitoramento da vacinação
O Ministério responsável pela iniciativa está empenhado em ampliar o monitoramento da vacinação das crianças beneficiárias do Programa Bolsa Família. Atualmente, cerca de 5 milhões de crianças estão sendo acompanhadas, mas é necessário aumentar esse número para garantir a eficácia das políticas de saúde.
Para isso, o governo está investindo em campanhas de conscientização e na integração de diferentes setores da sociedade. É fundamental que os profissionais de saúde, as escolas e as famílias trabalhem juntos para garantir que todas as crianças estejam com a vacinação em dia.
A vacinação infantil é uma medida essencial para a proteção da saúde das crianças e da comunidade como um todo. No contexto do Programa Bolsa Família, o governo está adotando medidas para garantir que as famílias beneficiárias estejam cumprindo as obrigações relacionadas à vacinação, frequência escolar, acompanhamento nutricional e pré-natal.
É fundamental que os pais compreendam a importância da vacinação e cumpram suas obrigações para garantir a continuidade do benefício do Bolsa Família.
O Programa Bolsa Família desempenha um papel fundamental no combate à pobreza e na promoção da inclusão social. A adesão às diretrizes estabelecidas pelo governo é crucial para garantir que o programa cumpra seu propósito e contribua para a melhoria das condições de vida das famílias beneficiárias.
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MEDICINA S/A
IA na saúde: de dados brutos a insights que salvam vidas
O potencial transformador da Inteligência Artificial (IA) no setor da saúde tem atraído a atenção de especialistas, hospitais, clínicas e laboratórios ao redor do mundo. Nos últimos anos, a IA não apenas otimizou processos operacionais, mas também potencializou o atendimento ao paciente e a gestão dos dados clínicos.
Um dos desafios prementes na medicina moderna é a gestão e interpretação de dados em prontuários médicos. Muitas vezes, informações valiosas estão ocultas em textos não estruturados, anotações à mão ou registros dispersos. Este cenário, que parecia complexo e intrincado, está mudando com a ascensão da Inteligência Artificial (IA).
A novidade fascinante é que a IA tem proporcionado formas inovadoras de extrair e analisar esses dados escondidos em prontuários, convertendo-os em insights relevantes para a prática médica. Isto não só aprimora a compreensão sobre a condição dos pacientes mas também alimenta a pesquisa clínica, otimiza a gestão hospitalar e potencializa decisões financeiras.
O relatório “Artificial Intelligence Index Report 2022”, produzido pela renomada Universidade de Stanford, revelou um investimento surpreendente de US$ 11,3 bilhões em IA aplicada à saúde só em 2021. Um crescimento significativo de 40% em comparação ao ano anterior. Dentre as inovações, a visão computacional tem sido destaque, especialmente no diagnóstico por imagens, delineando órgãos, lesões e tumores com precisão inédita.
Neste cenário promissor, enquanto nos adaptamos e evoluímos, fica evidente que a IA não é apenas uma tendência, mas uma realidade que está moldando, de maneira positiva e transformadora, o futuro da medicina. E para os profissionais de saúde e entusiastas do tema, este é um momento empolgante de descoberta e inovação.
IA no diagnóstico do câncer
Pesquisadores ingleses fizeram um avanço notável no diagnóstico de câncer de pulmão usando inteligência artificial. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 18% das 10 milhões de mortes por câncer em 2020 foram devido ao câncer de pulmão. Detectar essa doença precocemente é crucial.
Usando tomografias de 500 pacientes com nódulos pulmonares, a equipe treinou um modelo de IA e obteve uma métrica de precisão (curva AUC) de 0,87, superando modelos tradicionais como o Brock score (AUC de 0,67) e o Herder score (AUC de 0,83).
O trabalho, fruto de colaboração entre importantes instituições, foi publicado na revista eBioMedicine.
Aplicações práticas da IA no setor da saúde
Aqui estão algumas formas incríveis de como a IA está revolucionando o mundo da saúde e aprimorando o dia a dia de médicos e pacientes:
No diagnóstico: Ferramentas baseadas em IA auxiliam médicos na identificação de doenças com mais precisão, como a análise de imagens médicas para detectar sinais de câncer ou outras condições.
Na gestão: A otimização do gerenciamento de hospitais e clínicas ocorre através do rastreamento de estoques de suprimentos, otimização dos horários médicos e identificação de pacientes em risco.
Na pesquisa: A IA acelera a pesquisa médica, analisando vastos conjuntos de dados de pacientes para detectar padrões que podem levar a novos tratamentos ou medicamentos.
À medida que a IA avança, espera-se que novas aplicações inovadoras surjam no setor de saúde, consolidando a tecnologia como essencial para aprimorar o atendimento ao paciente, a gestão e a pesquisa clínica.
*Leonardo Nunes é COO da iHealth Group.
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Assessoria de Comunicação
Nova lei determina que hospitais notifiquem a Polícia Civil sobre a internação de pacientes que não podem ser identificados
Escrito por Administrador
Em vigor desde 15 de setembro deste ano, a Lei Estadual número 22.263 obriga os hospitais públicos e privados goianos a notificarem a Polícia Civil sobre a internação de pacientes que não possam ser identificados, seja pela ausência de documentos oficiais ou em razão do estado clínico de confusão mental, desorientação, falta de lucidez ou memória, ou qualquer outra causa que lhes suprima, ainda que temporariamente, as faculdades mentais.
A comunicação deve ser feita ao órgão policial mais próximo, que ficará responsável pela coleta das digitais e fotografia do paciente, visando à adoção de medidas para a localização da família e/ou o cruzamento de dados com base nos registros de desaparecimento e foragidos.
Confira o texto completo da nova lei
LEI Nº 22.263, DE 15 DE SETEMBRO DE 2023
Altera a Lei nº 16.140, de 2 de outubro de 2007, para prever a notificação compulsória dos hospitais públicos e privados à Polícia Civil acerca da internação de paciente que não possua identificação civil, no âmbito do Estado de Goiás.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS, nos termos do art. 10 da Constituição Estadual, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
1º A Lei nº 16.140, de 02 de outubro de 2007, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 66-A. Os responsáveis por estabelecimentos prestadores de serviços de saúde e instituições médico-sociais de qualquer natureza ficam obrigados também à notificação compulsória à Polícia Civil acerca das internações de pacientes que não possam ser identificados, seja pela ausência de documentos oficiais ou em razão do estado clínico de confusão mental, desorientação, falta de lucidez ou memória, ou qualquer outra causa que
lhes suprima, ainda que temporariamente, as faculdades mentais.
Parágrafo único. O estabelecimento de saúde deve comunicar o órgão policial mais próximo para formalizar a descrição das características físicas e do estado mental do paciente, a coleta das respectivas digitais e fotografia, visando à realização de medidas que tenham como objetivo a identificação e localização de familiares, bem como o cruzamento de dados com base nos registros de desaparecimento e de foragidos.” (NR)
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Goiânia, 15 de setembro de 2023; 135º da República.
RONALDO CAIADO
Governador do Estado
WILDE CAMBÃO
Deputado Estadual
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
MP estuda entrar com ações judiciais em caso de crise nas maternidades de Goiânia
O império da dor: a mais recente (e forte) denúncia contra a indústria farmacêutica
Queda no uso de planos de saúde
Artigo - Erros comuns na gestão jurídica de clínicas - e como evitá-los
IA prevê trajetórias de peso em pacientes submetidos à bariátrica
Familiares que conhecem a realidade de paciente internado em UTI têm menor prevalência de ansiedade clínica
Como o Open Health pode gerar economia para o setor de saúde
Ahpaceg e MedHealth lançam plano de saúde exclusivo para empresas associadas da Acieg
Nova lei define regras para vacinação em estabelecimentos privados e devem ser licenciados por autoridade sanitária
Ozonioterapia: governo nega acesso a parecer que fundamentou sanção à lei criticada por especialistas
OMS lança nova carta sobre os direitos de segurança do paciente
JORNAL OPÇÃO
MP estuda entrar com ações judiciais em caso de crise nas maternidades de Goiânia
Órgão revelou que tem participado de diversas reuniões com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG) e a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), com o propósito de buscar uma resolução para a crise.
O Ministério Público de Goiás (MPGO) afirmou que estuda entrar com ações judiciais no caso da crise das maternidades em Goiânia.
O órgão revelou que tem participado de diversas reuniões com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG) e a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), com o propósito de buscar uma resolução para a crise.
A Fundahc/UFG adiantou na quarta-feira, 13, em entrevista coletiva, que haveria “restrição de serviços” nas maternidades de Goiânia a partir desta segunda, 18, por conta da dívida que a instituição cobra de R$ 43 milhões da Prefeitura de Goiânia. A suspensão de atendimentos eletivos já está em vigor nas unidades.
A Fundahc/UFG é responsável pela gestão do Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), da Maternidade Nascer Cidadão (MNC) e do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC). De acordo com a Fundahc/UFG, o valor devido é referente aos serviços prestados nas unidades nos últimos três meses.
A SMS da Prefeitura de Goiânia informou, em nota, que fará “novos repasses” à Fundahc/UFG por conta das crises nas maternidades do município. Ao Jornal Opção, a pasta confirmou que repassou R$ 5 milhões à instituição na quarta, 13, além de mais de R$ 138 milhões durante o ano de 2023.
Apesar da promessa de novos repasses, a SMS não informou os valores e nem determinou um prazo para os pagamentos. A Fundahc disse que aguardou até a última sexta, 15, o recebimento, o que não ocorreu. Sendo assim, a prestação de alguns serviços de saúde à população foi interrompida.
No caso de uma solução satisfatória não ser alcançada, o Ministério Público considera tomar outras medidas, inclusive aquelas que envolvem ações judiciais.
Cremego cobra pagamentos
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (CRM-GO) emitiu nota em que se coloca ao lado da Fundahc na cobrança dos repasses da SMS. O órgão disse que tem medidado as negociações e que os acordos não foram cumpridos, o que levou a suspensão dos serviços não urgentes nas unidaes. [Veja nota na íntegra no final do texto]
O Cremego também solicita o cumprimento de um cronograma de pagamentos para que as maternidades não suspendam seus atendimentos novamente.
Nota do Cremego na íntegra:
“O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (CRM-GO) vem a público reivindicar ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, e à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a imediata atualização dos pagamentos devidos à Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc), gestora do Hospital e Maternidade Dona Íris, Maternidade Nascer Cidadão e Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara.
Há tempos, o Cremego vem intermediando a negociação entre a Fundahc e a SMS, mas os acordos firmados pela gestão municipal não foram cumpridos, levando a Fundação a suspender os procedimentos e serviços não emergenciais nas maternidades.
A população não pode ser prejudicada pela falta de compromisso da gestão municipal com a saúde dos goianienses. As instituições afetadas pela suspensão prestam um serviço especializado a mulheres e crianças e seu bom funcionamento precisa ser garantido.
O Cremego espera que a gestão municipal quite os débitos em atraso, assegurando a normalização da assistência, e apresente e cumpra um cronograma de pagamentos para evitar a repetição deste problema que tanto prejudica a sociedade.
Seguimos vigilantes e atuantes na defesa da ética médica, da qualidade da assistência à saúde e dos direitos dos pacientes. Exigimos que a situação seja resolvida com a máxima urgência, priorizando sempre a vida e o bem-estar de nossa população.”
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CONGRESSO EM FOCO
O império da dor: a mais recente (e forte) denúncia contra a indústria farmacêutica
Saúde e bem-estar. Minhas anotações. Esse é o título do livro que lancei em 2022. Não é comum alguém com formação jurídica produzir uma obra nessa área. Obviamente, não tratei de procedimentos médicos ou medicamentos. As quase 280 páginas do livro, voltadas para destacar questões de alimentação, atividade física, hábitos diversos e equilíbrios espiritual, emocional e social, podem ser resumidas de maneira intuitiva. É possível afirmar que hábitos saudáveis produzem qualidade de vida (saúde e bem-estar) consistente e duradoura.
Na referida obra, dediquei capítulos específicos para: a) indústria alimentícia; b) agricultura moderna; c) pecuária moderna; d) indústria da pesca e e) indústria farmacêutica. No capítulo 12 do livro, afirmei que essas indústrias possuem um denominador comum. Registrei: "As atividades referidas são importantíssimos braços da atividade econômica no âmbito do sistema socioeconômico capitalista na sua atual etapa financeira e monopolista. A lógica fundamental do sistema, bem identificada nas práticas das indústrias destacadas, é a acumulação frenética, contra tudo e contra todos, dos maiores lucros possíveis. A saúde das pessoas, o cuidado com o meio ambiente e o tratamento decente para com os animais, em suma, os mais caros valores morais e civilizatórios, são aspectos claramente secundários. Tudo se transforma em mercadoria, a ser comprada e vendida no mercado para gerar um contínuo acúmulo de riquezas nas mãos de poucos, muito poucos".
No capítulo 11 do referido livro foi abordada especificamente a atuação da indústria farmacêutica. Foram destacados os seguintes problemas, de uma das atividades econômicas mais significativas e lucrativas dos tempos atuais: a) as enormes "fragilidades" observadas nas pesquisas de medicamentos; b) as relações "discutíveis" entre a indústria farmacêutica e boa parte da comunidade médica; c) a interação entre medicamentos, como questão praticamente desconsiderada; d) a atuação extremamente leniente das agências reguladoras; e) o financiamento empresarial explícito e implícito de estudos científicos para corroborar a eficiência de medicamentos e f) os gastos monumentais em marketing (nove das dez maiores farmacêuticas do mundo gastam mais em propaganda do que em pesquisas).
A indústria farmacêutica é o tema da série, com seis capítulos, "O Império da Dor", veiculada na plataforma de streaming Netflix. São dois os personagens principais da história de tráfico legal de drogas que marcou os Estados Unidos nos anos 90: Richard Sackler e o OxyContin.
Richard Sackler desenvolveu um medicamento com clara consciência dos malefícios envolvidos. O produto foi colocado no mercado a partir de uma "suspeita" autorização do FDA, a agência americana responsável pelo controle dos remédios. A agressiva campanha de marketing utilizada para disseminar o medicamento envolveu um exército de jovens promotoras, cupons para recebimento gratuito das primeiras remessas e associações questionáveis com médicos para indicar a nova droga aos pacientes.
OxyContin foi o remédio patrocinado por Sackler. O único ingrediente ativo era a oxidona, parte da família de substâncias químicas da heroína. O medicamento era duas vezes mais potente do que a morfina. O OxyContin livrava um indivíduo do último grau da escala das dores e gerava uma sensação de prazer intenso e de curta duração. A droga viciou milhares de pessoas, tanto aquelas com dor quanto as sem dor. Estima-se que mais de 453 mil norte-americanos morreram vítimas do uso da medicação.
A série da Netflix combina personagens criados com realidades dramáticas. Testemunhamos que as vítimas do OxyContin contrataram a eliminação da dor física e receberam, como "efeitos colaterais", enormes e crescentes dores emocionais, familiares e sociais. Observamos a luta desigual dos investigadores do Ministério Público para responsabilizar os poderosos e bilionários operadores da indústria farmacêutica. Ingressamos nas entranhas da máquina de venda de drogas da indústria farmacêutica com suas mentiras, chantagens, fraudes, formação de vendedores inescrupulosos e médicos "comprados" para prescreverem doses crescentes do medicamento "milagroso".
A "parte" reservada aos médicos nessa história é especialmente preocupante. Afinal, temos uma imagem social de infalibilidade dos "homens e mulheres de branco". Suas palavras são praticamente leis indiscutíveis. Se o médico diz para fazer, você faz! Essas "verdades" integram o imaginário coletivo, pelo menos na sociedade ocidental que sacralizou as ciências, começando pelas médicas. Entretanto, os vínculos escusos de boa parte dos médicos com a indústria farmacêutica recomenda cautela redobrada com as prescrições de medicamentos. Um estudo realizado nos Estados Unidos apontou que no ano de 2012 os médicos prescreveram mais de 282 milhões de receitas de analgésicos opioides, incluindo OxyContin, Vicodin e Percocet. Esse quantitativo representava quase um frasco para cada habitante dos Estados Unidos. Entre agosto de 2013 e dezembro de 2015, várias empresas farmacêuticas, entre elas a Purdue Pharma, fabricante do OxyContin, pagaram mais de 46 milhões de dólares a cerca de 68 mil médicos do país por meio de refeições, viagens e honorários. Infelizmente, esse modelo de negócio, baseado numa forte associação entre a indústria farmacêutica e uma parte significativa da comunidade médica, não está limitado aos Estados Unidos ou a venda de opioides.
A família Sackler protagonizou uma curiosa "lavagem de reputação". Os Sackler financiaram fundações médicas e até patrocinaram alas de museus renomados, como o Metropolitan Museum of Art e o Louvre. Existia uma clara estratégia de promoção da imagem nas iniciativas referidas. Atualmente, nenhuma das instituições anteriormente "ajudadas" ostenta o nome da família em placas, paredes ou espaços similares.
Em 2007, a Purdue Pharma reconheceu sua responsabilidade em processos penais promovidos pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. A empresa pagou mais de 600 milhões de dólares em multas e indenizações. Em 2019, a Purdue Pharma declarou falência. Os membros da família Sackler, para escapar da prisão, fizeram um acordo no montante de 4,5 bilhões de dólares.
É crucial destacar que o caso Sackler-OxyContin não é um evento isolado nem representa da degeneração moral extrema de um ou alguns indivíduos vinculados por laços familiares. A série da Netflix retrata o modus operandi, com maior ou menor intensidade, dependendo do caso, da poderosa indústria farmacêutica nos Estados Unidos da América e fora dele. Um exemplo recente, revelado pelo "People's Health Dispatch", destaca várias ações escusas da Big Pharma no âmbito da pandemia da covid-19. A Suprema Corte de Pretória, África do Sul, tornou públicos documentos que demonstraram o poder quase absoluto da indústria na negociação com os governos em relação à venda de vacinas. Os procedimentos envolveram: a) falta de compromisso com prazos para entrega dos imunizantes; b) preços diferenciados entre os países e c) distribuição marcada por preferências dependendo da região do mundo beneficiada.
O OxyContin saiu do cenário das vendas milionárias, mas os opioides continuam a protagonizar uma terrível história de lucros inescrupulosos e sofrimentos humanos indescritíveis. A fentanila, setenta vezes mais potente que a morfina, parece ter assumido o triste protagonismo nesse verdadeiro filme de terror. "No ano de 2021, a marca de 100 mil mortes por overdose foi ultrapassada nos Estados Unidos. Foram 30 mil a mais do que em 2019, e mais que o dobro de 2015. 70% delas estavam relacionadas a opioides sintéticos, especialmente a fentanila", afirma Sam Quinones, jornalista americano. Além da fentanila, que possui efeito depressor, a metanfetamina, uma droga estimulante, é produzida e distribuída em quantidade enorme nos Estados Unidos.
Sam Quinones destaca que o modelo de negócios das novas drogas repete os procedimentos da Purdue Pharma. "As pessoas em situação frágil começam com um comprimido por dia. Em duas semanas, já são cinco. Em três meses, são 30 ou 40. É sabido que assim que alguém começa a usar a fentanila, em três meses se tornará o melhor cliente do traficante - até morrer".
De forma emblemática, o personagem Richard Sackler afirma na série da Netflix, entre uma braçada e outra numa despretensiosa sessão de nado: "Eu quero ganhar dinheiro e vencer. Farei o que for preciso". Essa é a perversa lógica do capitalismo, seja ele selvagem ou não. Praticamente tudo se transforma em mercadoria, comprada e vendida para produzir os maiores lucros e acumulação de riqueza possíveis. As normas jurídicas, as questões éticas, a dignidade da pessoa humana e outros limitações civilizatórias são inconvenientes obstáculos a serem habilmente contornados ou afastados.
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CORREIO DA MANHÃ
Queda no uso de planos de saúde
O mercado financeiro está confiante na recuperação do setor de saúde na Bolsa. Depois de dois anos em alta, a sinistralidade (utilização dos planos) começou a ceder. No acumulado de 2023 até junho, o índice da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) caiu para 87,1%.
O número é apenas 0,9 ponto percentual menor do que o do mesmo período do ano anterior, mas já traz esperança para as companhias por ser o primeiro recuo na comparação anual desde 2020, quando o setor se voltou à Covid-19. O alívio pode ser visto no resultado operacional das empresas. No segundo trimestre, o prejuízo caiu de R$ 5,4 bilhões em 2022 para R$ 4,3 bilhões em 2023.
Outro fator que começa a fazer efeito é o aumento das mensalidades dos planos. No ano passado, eles subiram 15,5% para famílias, e entre 16% e 19% para empresas, de acordo com a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde). Mas, mesmo subindo os preços, o setor ainda apresenta dificuldade de fechar as contas. Analistas apontam que os reajustes dos planos vieram tarde demais e ainda não compensam a alta nos custos devido a uma maior utilização dos serviços, inflação e maior cobertura de procedimentos determinada pela ANS. Assim, hospitais e laboratórios aguardam pagamentos bilionários e a crise se estende cadeia adentro.
Na pandemia, muitas operadoras aproveitaram o momento de preocupação com a saúde para ofertar planos a preços promocionais, já que o gasto operacional estava menor. Mas quando os atendimentos eletivos foram voltando, ao fim de 2021, as operadoras seguraram o aumento dos planos para não perder clientes em um momento delicado.
Nesse intervalo, o brasileiro passou a cuidar mais da saúde, com mais consultas e exames preventivos, o que fez a sinistralidade disparar para o recorde de 90,3% no terceiro trimestre de 2022.
Com o fim da pandemia, os repasses represados se acumularam, resultando em perda de clientes. Agora, se a queda na sinistralidade se confirmar como uma tendência, algumas companhias estão melhores posicionadas para se beneficiar dessa recuperação do setor, aponta o mercado.
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MEDICINA S/A
IA prevê trajetórias de peso em pacientes submetidos à bariátrica
Estudo observacional multicêntrico, com mais de 10 mil pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em países como Brasil, Holanda, Itália, Suécia e México, desenvolveu modelo matemático baseado em machine learning para avaliar a trajetória do peso dessa população durante os cinco primeiros anos após o procedimento cirúrgico. A pesquisa é a primeira a adotar Inteligência Artificial para fazer previsões pré-operatórias de trajetórias de peso até cinco anos após os pacientes terem sido submetidos aos tipos mais comuns de cirurgia bariátrica (gastroplastia e gastrectomia vertical).
Publicado no importante periódico científico internacional The Lancet, o estudo tem entre os coautores, Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. No início do mês, o médico foi eleito presidente mundial da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade e Distúrbios Metabólicos (IFSO), na sigla em inglês, International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders.
O modelo matemático desenvolvido considerou a trajetórias de peso dos pacientes tendo como base sete variáveis pré-operatórias: idade, peso, altura, histórico de tabagismo, status e duração do diabetes tipo 2 e o tipo de intervenção.
"Este modelo pode ajudar a prática clínica a refinar a trajetória individual de perda de peso, auxiliando os profissionais que tratam a obesidade a usarem cada vez mais a medicina de precisão para previsão de resultados, antes da cirurgia. Desta forma será possível trabalhar com estratégias individualizadas cada vez mais eficazes e proporcionar os melhores desfechos a médio prazo aos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica" afirma o Dr. Ricardo Cohen.
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Familiares que conhecem a realidade de paciente internado em UTI têm menor prevalência de ansiedade clínica
A doença crítica de um amigo ou familiar acaba sendo um momento difícil na vida de pessoas próximas, desencadeando angústia e ansiedade. Com o intuito de levar informação para familiares sobre o ambiente de uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e as reais condições dos pacientes, um estudo liderado pelo Hospital Moinhos de Vento, em parceria com o Ministério da Saúde via Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), disponibilizou um portal educativo. Vigente entre 2017 e 2018, o portal abasteceu esses familiares de informações e dados sobre a realidade de uma UTI, resultando em maior satisfação com o tratamento em curso e, consequentemente, diminuição dos sentimentos negativos.
Os bons resultados da implementação do portal educativo integram as conclusões de estudo liderado pelo Chefe do Serviço de Medicina Interna do Hospital Moinhos de Vento, Regis Goulart Rosa. Recentemente, o trabalho foi publicado no Critical Care Science, tradicional publicação médica.
O website disponibiliza informações sobre o ambiente de uma UTI e maneiras para que o visitante possa contribuir para uma visita segura, sem riscos. "O estudo mostrou como esses familiares que consultaram a ferramenta e absorveram esse conhecimento ficaram mais satisfeitos com o cuidado do paciente e apresentaram redução de sintomas de ansiedade, sintomas muito prevalentes na fase aguda da doença crítica", relatou.
Para o especialista, a estratégia é simples, de fácil implementação e de baixo custo - e de extrema relevância. "Trouxe um importante impacto na redução dos sintomas de ansiedade - e esse impacto tem potencial, inclusive, de se associar com melhor qualidade de vida do familiar e na recuperação do paciente, que precisa do apoio do ente na recuperação", constatou.
O portal educativo integrava o projeto UTI Visitas, também em vigor entre os anos de 2017 e 2018, que avaliou a eficácia e a segurança da implementação de um modelo de visita familiar ampliada, com 12 horas de visitação por dia, indicada para pacientes de UTI. Ao todo, 1.685 internos, 1.060 familiares e 737 profissionais de 36 UTIs representativas das cinco regiões do Brasil foram avaliados no estudo do Moinhos com o Proadi-SUS.
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Artigo - Erros comuns na gestão jurídica de clínicas - e como evitá-los
A gestão jurídica em clínicas médicas e consultórios vai além do cumprimento das normas e regulamentações em saúde; ela é uma componente essencial da administração eficaz e representa um fator crítico para a resiliência organizacional.
Dada a complexidade crescente dos sistemas de saúde, a regulamentação em constante evolução e as diversas responsabilidades envolvidas, uma estratégia jurídica bem-elaborada torna-se crucial para evitar litígios, manter a conformidade e, finalmente, garantir a entrega de serviços de saúde de alta qualidade.
Entretanto, mesmo com a melhor das intenções, muitas clínicas encontram-se vulneráveis devido a erros comuns na gestão jurídica, que variam desde a inadequada formação de parcerias e acordos com fornecedores até falhas na manutenção do sigilo médico e da privacidade do paciente. Uma área que frequentemente é negligenciada é a adequada elaboração e gestão de documentação e contratos, cujo impacto pode ser significativo, tanto em termos de conformidade quanto de proteção contra riscos legais.
Contratos e documentação
No panorama da gestão jurídica de clínicas médicas e consultórios, a importância de contratos e documentação detalhada não pode ser subestimada - ainda que frequentemente seja. Muitas organizações focam em compliance regulatório e questões éticas, mas negligenciam a importância de documentos legais como termos de consentimento, contratos com fornecedores e acordos de parceria. O termo de consentimento, em particular, é vital não apenas para informar o paciente sobre os riscos e benefícios de um procedimento, mas também para proteger a clínica contra potenciais litígios.
A solução para essa falha comum em gestão jurídica é dupla: educação e implementação. Os gestores de clínicas médicas devem estar completamente conscientes das implicações legais dos documentos que geram e assinam. Além disso, sistemas de gestão documental podem auxiliar na organização e recuperação de documentos, tornando mais fácil manter um histórico completo e acessível, o que é indispensável para qualquer auditoria ou procedimento legal.
Gestão tributária
O aspecto tributário é frequentemente relegado a um segundo plano na gestão de clínicas médicas e consultórios, uma subestimação que pode comprometer gravemente a saúde financeira do negócio. Muitos gestores focam na conformidade clínica e nas operações diárias, negligenciando a eficiente administração de impostos, que pode ser um diferencial significativo na lucratividade da organização.
A falta de planejamento tributário estratégico aumenta a vulnerabilidade a penalidades e auditores fiscais ao mesmo tempo em que reduz a capacidade da clínica de reinvestir em tecnologia e pessoal. Portanto, uma gestão tributária eficiente é não apenas um requisito para conformidade legal, mas também um elemento fundamental para a lucratividade e a robustez financeira da organização.
Relações trabalhistas
Outro erro comum na gestão jurídica de clínicas médicas envolve as relações trabalhistas. Equívocos como contratos de trabalho mal elaborados, inadequada classificação de funcionários e falta de políticas claras sobre assédio e discriminação não só criam um ambiente de trabalho tóxico, mas também expõem a clínica a ações judiciais, multas e danos reputacionais. Adicionalmente, a falha em cumprir com as normas trabalhistas, como o pagamento adequado de horas extras e a concessão de benefícios, pode resultar em litígios onerosos e na desmotivação da equipe.
Para mitigar esses riscos, o primeiro passo é a revisão e eventual reestruturação dos contratos de trabalho existentes, assegurando que estes estejam em conformidade com as leis vigentes. A implementação de treinamentos regulares sobre normas e políticas trabalhistas também pode ajudar a manter a equipe informada e consciente de suas responsabilidades e direitos. Outra medida prudente é a instauração de canais de comunicação efetivos para questões trabalhistas, garantindo que eventuais conflitos sejam resolvidos internamente antes de escalarem para disputas legais.
Em suma, a gestão jurídica eficiente em clínicas médicas e consultórios transcende a mera conformidade com normativas e regulamentos; ela constitui uma espinha dorsal estratégica que sustenta a integridade operacional e a excelência clínica. De documentação e contratos a tributação e relações trabalhistas, cada aspecto requer uma abordagem bem-informada para mitigar riscos. Ignorar ou subestimar qualquer desses componentes eleva a vulnerabilidade a consequências legais adversas, comprometendo a saúde financeira e a reputação da instituição. Se um empreendimento médico apresenta falhas em qualquer dessas áreas, é um forte indicativo de que a gestão jurídica necessita de revisão e aprimoramento imediatos.
*Rogério Fachin é especialista em Direito Médico e Tributário no FNCA Advogados.
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Como o Open Health pode gerar economia para o setor de saúde
O setor de saúde já comprovou os benefícios da tecnologia como forma de melhorar o que já existe e de moldar negócios. E, entre as diversas iniciativas existentes para impulsionar a digitalização do segmento, o Open Health - que fornece assistência ao consumidor com foco em compartilhamento de dados em saúde - é uma opção que tem a sua implementação avaliada pelo Ministério da Saúde. A solução é beneficial para as operadoras de saúde e para a população, tendo como um dos principais pontos positivos a economia. Para explicar como a tecnologia pode ser aplicada, Roberto Boclin, arquiteto de dados e IA da Dedalus, empresa de serviços gerenciados na nuvem, detalha os pontos mais relevantes para entender esse modelo de inovação.
"Uma forma simples de se entender o conceito de Open Health é pensar no Open Finance. O PIX, por exemplo, é um produto Open Finance que uniu bancos, empresas e clientes. A ideia é trazer isso para a vertical da saúde de forma segura, que traga garantia de controle de autorização pelos pacientes e gere benefícios para todos", explica Boclin.
Segundo o especialista, o Open Health se aplica com dados de hospitais e clínicas médicas. "Por meio do compartilhamento de dados, autorizado pelo paciente, a solução permite entender a jornada completa de saúde, evitando falhas de julgamento na adoção de tratamentos e possibilitando a criação de um roteiro de melhores práticas de vida com dados de diversas etapas e focos. Com isso, é possível reduzir erros de prognóstico e solicitações de exames dispensáveis."
Dessa forma, o custo do paciente internado, tratado e orientado, será menor e mais inteligentemente aplicado.
Benefícios para o setor
Além da redução de custos com o investimento, nas empresas menores também será possível ter uma solução mais viável em termos de valor e sustentação. Por exemplo, no controle de glosas, quando as operadoras de planos de saúde não realizam o pagamento dos custos referentes ao atendimento dos pacientes. Com o conhecimento e compartilhamento de dados, é possível ajudar a todos que participam desse fluxo de dados a melhorar o entendimento, monitoramento e a qualidade das informações.
"Para as empresas que desejam iniciar uma estrutura de Open Health, devem implementar uma arquitetura de dados baseada em domínios de conhecimento, descentralizando a análise e visualização, mas centralizando a governança e a plataforma de dados", afirma o especialista.
As companhias que desejam aplicar essa tendência precisam ter no radar que os sistemas com dados sobre a saúde de pacientes seguem regras de conformidade muito acima das aplicadas à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) ou mesmo ao sistema financeiro. Sendo assim, de acordo com Boclin, para que as empresas compartilhem dados com outras organizações será necessário ter os seguintes requisitos: uma plataforma de dados que seja escalar, performática, segura e de baixo custo.
"As plataformas de dados das instituições de saúde não estão totalmente preparadas para este novo desafio. Para se ajustarem à nova realidade, serão necessários investimentos em estruturas mais modernas que consigam garantir as premissas já mencionadas. É diante desse contexto que um time de especialistas parceiro faz toda a diferença com soluções de dados capazes de oferecer serviços de implantação, sustentação e observabilidade em toda a jornada de armazenamento e transferência de dados para qualquer cenário do Open Health", conclui.
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ISSO É GOIÁS
Ahpaceg e MedHealth lançam plano de saúde exclusivo para empresas associadas da Acieg
A Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (ACIEG) está revolucionando o acesso à saúde para colaboradores e dependentes das empresas associadas com uma nova e inovadora parceria com a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) e a Operadora de Saúde Medhealth. Esse projeto traz à luz uma solução baseada em quatro pilares essenciais: qualidade, eficiência, inovação e sustentabilidade, oferecendo aos clientes preços diferenciados e um modelo de atendimento inteligente. O plano de saúde exclusivo Acieg destaca-se pelo seu modelo de cuidado centrado no paciente, inspirado em sistemas assistenciais europeus, e conectado com a melhor rede de prestadores de serviços de saúde em Goiás. Uma das características inovadoras é a implementação de unidades de Cuidados Integrados, incluindo uma exclusiva Acieg, planejada para a nova sede. Isso assegura aos clientes um cuidado de excelência, eliminando desperdícios e reduzindo o tempo de espera por atendimentos, garantindo que os pacientes não se sintam perdidos sem saber qual especialista procurar ou desassistidos quando necessário, como é comum nos sistemas de saúde tradicionais. O formato de atendimento do novo plano também é focado na prevenção de doenças e na promoção do bem-estar e qualidade de vida. O professor Christiano Quinan, uma referência nacional em Gestão de Saúde e idealizador desse novo arranjo produtivo local, destacou a importância deste projeto para Goiânia e o Brasil: "Estamos na vanguarda da transformação do sistema de saúde no Brasil, com um modelo que coloca o paciente em primeiro lugar, integra os melhores serviços de saúde de Goiás e introduz um modelo de remuneração inovador, chamado de 'captation', que incentiva o cuidado”. Ele também expressou seu orgulho por ser um goiano envolvido nessa parceria com a Ahpaceg e a MedHealth, uma operadora de Curitiba, trazendo algo verdadeiramente inovador e exclusivo para a Acieg. “O produto reflete a nossa missão de transformar o modelo de cuidado de saúde, enfocando a qualidade de vida, a prevenção de doenças e a promoção do bem-estar dos clientes, em vez de apenas o tratamento de enfermidades”. Haikal Helou, presidente da Ahpaceg, destacou que o plano inclui uma rede médico-hospitalar de alto padrão, certificada com o selo da Ahpaceg, e seu modelo elimina o intermediário. “O cliente do hospital é o usuário, o paciente e, não, o plano de saúde. Nós temos os melhores hospitais e estamos oferecendo aos clientes o acesso a eles por um preço justo”, disse. As empresas vinculadas à Acieg que se interessarem já podem contratar o plano exclusivo para seus trabalhadores e dependentes.
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AGÊNCIA BRASIL
Nova lei define regras para vacinação em estabelecimentos privados e devem ser licenciados por autoridade sanitária
Lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União define regras para vacinação humana em estabelecimentos privados. O texto prevê que os locais sejam licenciados para a atividade por autoridade sanitária competente e que tenham um responsável técnico obrigatoriamente com formação médica, farmacêutica ou de enfermagem.
"O serviço de vacinação contará com profissional legalmente habilitado para desenvolver as atividades de vacinação durante todo o período em que o serviço for oferecido", destacou a publicação. "Os profissionais envolvidos nos processos de vacinação serão periodicamente capacitados para o serviço, na forma do regulamento."
Ainda de acordo com o texto, compete obrigatoriamente aos serviços de vacinação gerenciar tecnologias, processos e procedimentos, conforme as normas sanitárias aplicáveis, para preservar a segurança e a saúde do usuário, e adotar procedimentos para manter a qualidade e a integridade das vacinas na rede de frio, inclusive durante o transporte;
Além disso, os locais em questão devem registrar as seguintes informações no comprovante de vacinação, de forma legível, e nos sistemas de informação definidos pelos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS): identificação do estabelecimento; identificação da pessoa vacinada e do vacinador; dados da vacina: nome, fabricante, número do lote e dose; data da vacinação; e data da próxima dose, quando aplicável.
Os serviços também devem manter prontuário individual com registro de todas as vacinas aplicadas acessível ao usuário e à autoridade sanitária, respeitadas as normas de confidencialidade; conservar à disposição da autoridade sanitária documentos que comprovem a origem das vacinas utilizadas; notificar a ocorrência de eventos adversos pós-vacinação, inclusive erros de vacinação.
A lei cita como direitos do usuário de serviços de vacinação acompanhar a retirada do material a ser aplicado do seu local de refrigeração ou armazenamento; conferir o nome e a validade do produto que será aplicado; receber informações relativas a contraindicações; receber orientações relativas à conduta no caso de eventos adversos pós-vacinação; ser esclarecido sobre todos os procedimentos realizados durante a vacinação.
"O descumprimento das disposições contidas nesta lei constitui infração sanitária nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis", diz a publicação. O texto entra em vigor em 90 dias.
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O GLOBO
Ozonioterapia: governo nega acesso a parecer que fundamentou sanção à lei criticada por especialistas
O governo federal mantém sob sigilo parecer da Advocacia Geral da União (AGU) que embasou a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à lei que permite a prática da ozonioterapia no país, assinada em 4 de agosto a contragosto do Ministério da Saúde e de entidades médicas.
O Instituto Questão de Ciência (IQC) solicitou os documentos com análise da constitucionalidade e juridicidade da lei à Casa Civil, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Ao negar, o órgão justificou à entidade que os pareceres são protegidos por um sigilo profissional que é assegurado aos advogados da União, responsáveis pelos documentos jurídicos que auxiliam a Presidência na sanção ou veto de projetos de lei.
Ainda segundo a Casa Civil, os documentos da AGU não podem ser divulgados pois, ao constituírem manifestações indicativas de "inconstitucionalidades" no texto, poderiam inviabilizar a atuação do órgão em eventual julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). No entendimento da Presidência da República, para garantir o princípio da "igualdade e da paridade de armas", a AGU estaria acobertada "pelo sigilo profissional do advogado".
- Se o parecer fosse pela constitucionalidade do Projeto de Lei, por qual razão negar o acesso a seu conteúdo? - questiona Paulo Almeida, diretor do IQC.
Na avaliação do instituto, a argumentação da negativa deixa claro que a recomendação da AGU foi pelo veto da legislação e que a sanção da ozonioterapia deve ter ido contramão da manifestação técnica do órgão.
- Temos certeza de que a AGU fez o papel dela, no sentido apontar a inconstitucionalidade, o que deve ter contrariado os interesses da Presidência da República. Isso reforça ainda mais nossa preocupação com o alcance do lobby da ozonioterapia, que nunca é demais lembrar, possui nenhuma comprovação científica de eficácia para uso na área médica - diz Almeida.
Procurada pelo GLOBO, a Casa Civil afirmou que "não se trata de imposição de sigilo, mas, sim, de uma posição do Estado brasileiro consagrada há anos, que tem por finalidade defender a liberdade do exercício profissional da advocacia. Não há, portanto, conflito com o interesse público", pontua nota.
Reações negativas No início do mês, a sanção da lei desencadeou uma série de reações negativas, sobretudo de especialistas em saúde. Entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB), se manifestaram alegando não haver comprovação científica sobre segurança e efetividade da ozonioterapia na medicina.
A ozonioterapia foi altamente criticada durante a pandemia de Covid-19 pela categoria médica. Em 2020, o CFM chegou a divulgar uma nota de esclarecimento reiterando que os efeitos do tratamento em humanos infectados pelo vírus são "desconhecidos", "não devendo ser recomendado na prática clínica ou fora dos contextos de estudos".
O projeto que deu origem à lei foi apresentado no Senado em 2017. O texto autoriza profissionais de saúde de nível superior e inscritos nos respectivos conselhos de classe a prescreverem e aplicarem a ozonioterapia como tratamento de saúde complementar no país, por equipamento de produção de ozônio medicinal regularizado pela Anvisa.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, havia recomendado Lula a vetar o projeto. Contudo, como O GLOBO informou, o petista decidiu seguir o conselho do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para evitar ruídos na relação com o Congresso. No Legislativo, o então projeto de lei foi aprovado após a formação de um amplo acordo.
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SAÚDE BUSINESS
OMS lança nova carta sobre os direitos de segurança do paciente
A conferência global organizada pela Organização Mundial de Saúde sobre segurança e engajamento do paciente foi concluída ontem com o acordo de uma ampla gama de partes interessadas sobre uma primeira carta de direitos de segurança do paciente.
A carta descreve os direitos fundamentais de todos os doentes no contexto da segurança dos cuidados de saúde e procura ajudar os governos e outras partes interessadas a garantir que as vozes dos doentes sejam ouvidas e que o seu direito a cuidados de saúde seguros seja protegido.
"A segurança do paciente é uma responsabilidade coletiva. Os sistemas de saúde devem trabalhar lado a lado com pacientes, famílias e comunidades, para que os pacientes possam ser informados em seus próprios cuidados e cada pessoa possa receber o cuidado seguro, digno e compassivo que merece", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. "Porque se não é seguro, não é cuidado."
A segurança do paciente é um imperativo ético e moral fundamentado no princípio de cuidados de saúde "Primeiro, não faça mal!", que está no centro dos esforços para garantir sistemas de saúde de alta qualidade e alcançar cobertura universal de saúde. No entanto, estima-se que um em cada 10 pacientes sofra danos em unidades de saúde e a cada ano há mais de três milhões de mortes em todo o mundo devido a cuidados de saúde inseguros.
A maioria dos danos ao paciente é evitável, e o engajamento de pacientes, familiares e cuidadores é uma das estratégias mais importantes para a redução de danos.
Dia Mundial da Segurança do Paciente
O Dia Mundial da Segurança do Paciente deste ano busca destacar a importância crítica de ouvir pacientes, familiares e cuidadores, aprendendo com suas experiências e envolvendo-os em todos os aspectos do cuidado, para evitar danos, diminuir o risco de erros e reduzir o impacto de danos quando eles ocorrem. Isso requer uma mudança de paradigma, de um cuidado projetado para o paciente para um cuidado projetado com o paciente, sua família e cuidadores.
"Nossos sistemas de saúde são mais fortes, nosso trabalho é capacitado e nosso atendimento é mais seguro quando pacientes e famílias estão ao nosso lado", disse Sir Liam Donaldson, enviado da OMS para a Segurança do Paciente.
"A jornada para eliminar danos evitáveis nos cuidados de saúde tem sido longa, e as histórias de coragem e compaixão de pacientes e famílias que sofreram danos são fundamentais para impulsionar a mudança e aprender a ser ainda mais seguro."
A conferência
A conferência global sobre engajamento do paciente para a segurança do paciente foi o principal evento para marcar o Dia Mundial da Segurança do Paciente (WPSD), que será observado em 17 de setembro sob o tema "Engajando os pacientes para a segurança do paciente".
O envolvimento significativo de pacientes, famílias e cuidadores na prestação de cuidados de saúde, e suas experiências e perspectivas, pode contribuir para melhorar a segurança e a qualidade dos cuidados de saúde, salvar vidas e reduzir custos, e o WPSD visa promover e acelerar um melhor envolvimento do paciente e da família na concepção e prestação de serviços de saúde seguros.
A conferência aconteceu nos dias 12 e 13 de setembro na sede da organização em Genebra e em linha, com a participação de mais de 2 300 pessoas de todas as seis regiões da OMS, incluindo defensores dos doentes e representantes de organizações de doentes.
Novas ações
Na conferência, a OMS revelou dois novos recursos para apoiar as principais partes interessadas na implementação do envolvimento de pacientes, famílias e cuidadores na prestação de cuidados de saúde.
Com base no poder das histórias dos pacientes, que é um dos mecanismos mais eficazes para impulsionar melhorias na segurança do paciente, um kit de ferramentas de narrativa guiará pacientes e familiares pelo processo de compartilhar suas experiências, especialmente aquelas relacionadas a eventos nocivos dentro dos cuidados de saúde.
A Plataforma Global de Compartilhamento de Conhecimento, criada como parte de uma parceria estratégica com o SingHealth Institute for Patient Safety and Quality Singapore, apoia o intercâmbio de recursos globais, melhores práticas, ferramentas e recursos relacionados à segurança do paciente, reconhecendo o papel fundamental do compartilhamento de conhecimento no avanço da segurança.
"O envolvimento e o empoderamento do paciente estão no centro do Plano de Ação Global de Segurança do Paciente 2021-2030. É uma das ferramentas mais poderosas para melhorar a segurança do paciente e a qualidade do cuidado, mas continua sendo um recurso inexplorado em muitos países e o elo mais fraco na implementação de medidas e estratégias de segurança do paciente. Com este Dia Mundial da Segurança do Paciente e o foco no engajamento do paciente, queremos mudar isso", disse o Dr. Neelam Dhingra, chefe do Carro-Chefe de Segurança do Paciente da OMS.
De acordo com os resultados intercalares do inquérito de 2023 aos Estados-membros da OMS sobre a implementação do plano de ação global para a segurança dos doentes, apenas 13% dos países que responderam têm um representante dos doentes no conselho de administração (ou um mecanismo equivalente) na maioria dos seus hospitais. A pesquisa também destacou a lacuna de implementação baseada na renda, com boas práticas amplamente concentradas em países de renda mais alta.
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Assessoria de Comunicação
Ahpaceg e MedHealth lançam plano de saúde exclusivo para empresas associadas da Acieg
Escrito por AdministradorA Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (ACIEG) está revolucionando o acesso à saúde para colaboradores e dependentes das empresas associadas com uma nova e inovadora parceria com a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) e a Operadora de Saúde Medhealth. Esse projeto traz à luz uma solução baseada em quatro pilares essenciais: qualidade, eficiência, inovação e sustentabilidade, oferecendo aos clientes preços diferenciados e um modelo de atendimento inteligente.
O plano de saúde exclusivo Acieg destaca-se pelo seu modelo de cuidado centrado no paciente, inspirado em sistemas assistenciais europeus, e conectado com a melhor rede de prestadores de serviços de saúde em Goiás. Uma das características inovadoras é a implementação de unidades de Cuidados Integrados, incluindo uma exclusiva Acieg, planejada para a nova sede.
Isso assegura aos clientes um cuidado de excelência, eliminando desperdícios e reduzindo o tempo de espera por atendimentos, garantindo que os pacientes não se sintam perdidos sem saber qual especialista procurar ou desassistidos quando necessário, como é comum nos sistemas de saúde tradicionais. O formato de atendimento do novo plano também é focado na prevenção de doenças e na promoção do bem-estar e qualidade de vida.
O professor Christiano Quinan, uma referência nacional em Gestão de Saúde e idealizador desse novo arranjo produtivo local, destacou a importância deste projeto para Goiânia e o Brasil: "Estamos na vanguarda da transformação do sistema de saúde no Brasil, com um modelo que coloca o paciente em primeiro lugar, integra os melhores serviços de saúde de Goiás e introduz um modelo de remuneração inovador, chamado de 'captation', que incentiva o cuidado”.
Ele também expressou seu orgulho por ser um goiano envolvido nessa parceria com a Ahpaceg e a MedHealth, uma operadora de Curitiba, trazendo algo verdadeiramente inovador e exclusivo para a Acieg. “O produto reflete a nossa missão de transformar o modelo de cuidado de saúde, enfocando a qualidade de vida, a prevenção de doenças e a promoção do bem-estar dos clientes, em vez de apenas o tratamento de enfermidades”.
Haikal Helou, presidente da Ahpaceg, destacou que o plano inclui uma rede médico-hospitalar de alto padrão, certificada com o selo da Ahpaceg, e seu modelo elimina o intermediário. “O cliente do hospital é o usuário, o paciente e, não, o plano de saúde. Nós temos os melhores hospitais e estamos oferecendo aos clientes o acesso a eles por um preço justo”, disse.
As empresas vinculadas à Acieg que se interessarem já podem contratar o plano exclusivo para seus trabalhadores e dependentes.
NA MÍDIA
https://www.foconacional.com.br/2023/09/ahpaceg-e-medhealth-lancam-plano-de.html
https://www.folhadoplanalto.com.br/2023/09/ahpaceg-e-medhealth-lancam-plano-de.html
https://www.issoegoias.com.br/2023/09/ahpaceg-e-medhealth-lancam-plano-de.html
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Fundahc confirma restrição de serviços nas maternidades de Goiânia a partir desta segunda-feira
Tiago Leifert e esposa encabeçam campanha que alerta para retinoblastoma
Jovem morta em cirurgia plástica teve parada cardíaca e equipe tentou reanimá-la por 3 horas, diz médico
Sistema Unimed investiu R$ 232 milhões em ações sociais na pandemia
Abramge debaterá os caminhos para a sustentabilidade na saúde
Câmara propõe reforma em planos de saúde, mas operadoras rebatem
JORNAL OPÇÃO
Fundahc confirma restrição de serviços nas maternidades de Goiânia a partir desta segunda-feira
Com isso, os atendimentos eletivos estarão suspensos, ficando mantidos somente atendimentos de urgência e emergência
A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG), entidade que gere as maternidades municipais em Goiânia, confirmou, em comunicado publicado nas redes sociais, que as unidades sob sua responsabilidade terão os atendimentos restritos a partir de segunda-feira, 18. Com isso, os atendimentos eletivos estarão suspensos, ficando mantidos somente atendimentos de urgência e emergência.
A restrição afeta o Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), a Maternidade Nascer Cidadão (MNC) e o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), e, segundo a Fundahc, é motivada pelo não repasse da Prefeitura de Goiânia dos valores devidos à entidade.
Na última quarta-feira, 13, a fundação declarou em coletiva de imprensa que, no dia em questão, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) fez o repasse de R$ 5 milhões, mas o montante foi suficiente apenas para pagar salário e outras despesas trabalhistas em atraso dos funcionários CLTs.
A Fundahc cobra da prefeitura notas em aberto de 2021 e 2022, além do repasse do convênio de julho e agosto deste ano, que somam R$ 40.590.443,80. A instituição ainda afirmou que faltam R$ 2.722,458,45 referente a maio, que deveria ser pago em junho de 2023. “A Fundahc/UFG ainda aguarda, até o momento, a validação dos valores das contas a pagar em aberto, bem como o ajuste dos termos aditivos vigentes, conforme acordado em reunião no dia 27/07, quando proposta a criação de uma comissão para deliberar sobre o tema”, afirma a Fundahc.
De acordo com a instituição, o custo mensal para funcionamento do HDMI, de acordo com planos de trabalho vigente, é de R$ 6.985.123,43, enquanto do HMMCC e da MNC são R$ 10.372.357,11 e R$ 2.937.741,38, respectivamente. A soma de todas as despesas é de R$ 20.295.221,92.
“Não é possível tratar, na situação em que se encontra, de um repasse de apenas um oitavo daquilo que é devido nos últimos dois meses, que são esses R$ 5 milhões. Então, é preciso que haja uma atitude de fato que busque ajudar a resolver o problema”, destacou o vice-reitor da UFG, Jesiel Freitas.
Veja o comunicado divulgado pela Fundahc, no qual confirma a restrição de serviços:
“Lamentamos informar que até sexta-feira, 15/9, não houve novo repasse pela Prefeitura de Goiânia, tampouco resposta aos ofícios encaminhados ou contato por parte da Secretaria Municipal de Saúde para resolver a questão financeira das maternidades públicas municipais.
Na tentativa de garantir assistência a urgências e emergências, os procedimentos eletivos estarão suspensos a partir de segunda-feira, 18. Agradecemos os profissionais que não medem esforços para manter este atendimento, os fornecedores pela parceria, e reforçamos que continuaremos buscando soluções definitivas.
A Fundahc é uma fundação sem fins lucrativos que depende dos repasses para realizar a gestão das unidades de saúde e temos como propósito oferecer assistência em saúde humanizada, respeitosa e de qualidade.
Esperamos retornar à normalidade os mais breve possível.
Atenciosamente, Direção-executiva da Fundahc/UFG”
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O HOJE
Tiago Leifert e esposa encabeçam campanha que alerta para retinoblastoma
O casal de jornalistas Daiana Garbin e Tiago Leifert encabeçam uma nova campanha que tem como objetivo conscientizar e também alertar sobre o retinoblastoma, um tipo de tumor ocular que acomete crianças entre 0 e 5 anos de idade. A iniciativa “De olhos nos olhinhos” já conta com diversas empresas apoiadoras e surgiu a partir do diagnóstico da doença que a filha do casal, Lua, recebeu aos 11 meses de vida. Hoje, ela está com quase 3 anos e ainda faz tratamento.
A falta de informação sobre a doença levou Tiago e Daiana a criarem a campanha com o intuito de promover o diagnóstico precoce e a saúde ocular na infância. “Muitas crianças vão ao oftalmologista pela primeira vez na idade de alfabetização, o que está longe do ideal e permite que doenças oculares, incluindo o retinoblastoma, fiquem silenciosamente colocando-as em perigo. Gostaríamos que as pessoas criassem o hábito de levar os pequenos ao oftalmologista uma vez por ano, desde o primeiro ano de vida e essa também é uma mensagem importante da campanha”, diz Daiana.
A segunda edição da ação acontecerá entre os dias 16 e 17 de setembro, neste fim de semana, em nove shoppings espalhados pelo país: Eldorado e Shopping Taboão, em São Paulo; Via Parque, no Rio de Janeiro; Boulevard BH, em Belo Horizonte; Shopping da Bahia, em Salvador; Shopping Passeio das Águas, em Goiânia; Shopping Curitiba, no Paraná; Manauara Shopping, em Manaus e Boulevard Belém, no Pará.
Além de apoiar a campanha, a “Eu Amo Papelão”, marca do Grupo Mazurky — indústria atuante no segmento de embalagem de papelão ondulado — e que produz brinquedos sustentáveis, desenvolvidos 100% com o material, está patrocinando a ação por meio de casinhas e bancos de papelão impressos com artes lúdicas com a identidade do evento. Os produtos estarão presentes pelos shoppings e serão os atrativos educativos para as crianças.
A marca traz a proposta de brinquedos nos quais adultos e crianças possam brincar juntos, aliando diversão e criatividade por meio do papelão, com, ainda, mais o propósito da sustentabilidade. Durante o evento, portanto, as crianças terão espaços para brincadeiras, pintura de rosto, acesso aos brinquedos, brindes e totem para fotos. As famílias receberão uma cartilha e terão informações sobre a doença com médicos voluntários e outros profissionais de saúde. A campanha também terá espaço de mídia eletrônica em 36 shoppings pelo Brasil. Neles serão mostrados vídeos de conscientização para um público estimado em mais de 45 milhões de pessoas. “Nossa parceria com a campanha ‘De olhos nos olhinhos’ incluirá a criação de materiais de conscientização em papelão reciclado, respeitando nosso compromisso com o meio ambiente. Mais do que a causa da sustentabilidade, a empresa está ativamente envolvida em ações que visam educar e sensibilizar as pessoas sobre outras importantes questões a serem disseminadas à sociedade”, diz Eduardo Mazurkyewistz,diretor do Grupo Mazurky.
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PORTAL G1
Jovem morta em cirurgia plástica teve parada cardíaca e equipe tentou reanimá-la por 3 horas, diz médico
Dayana Loy de Oliveira Freire saiu de Itaberaí para fazer o procedimento em Goiânia, mas teve complicações. Por enquanto, a Polícia Civil investiga o caso como morte acidental.
Por Michel Gomes, g1 Goiás
Em um documento enviado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO), o médico responsável pela cirurgia plástica de Dayana Loy de Oliveira Freire, de 25 anos, disse que a jovem morreu após ter uma parada cardíaca durante o procedimento, em Goiânia. Bruno Granieri detalhou que a equipe médica tentou reanimar Dayana por 3 horas, sem parar.
Ao g1, a defesa do cirurgião plástico lamentou a morte da paciente e afirmou que “foram adotados os protocolos prescritos para o caso por toda equipe médica presente, todavia não houve resposta e a paciente veio a óbito” (veja a nota completa ao final da reportagem).
O documento descreve que Dayana começou a passar mal quando o médico iniciou o fechamento dos orifícios da lipoaspiração. Com o médico, estavam dois anestesistas e um intensivista da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A equipe levantou a hipótese de um suposto tromboembolismo pulmonar, mas a causa da morte só será confirmada após o laudo oficial.
Dayana deu entrada no centro cirúrgico para fazer lipoaspiração e aumento de mamas. Em nota à TV Anhanguera, o hospital lamentou o que ocorreu com a jovem e disse que toda equipe está sensibilizada, porque todos trabalham para salvar vidas e realizar sonhos. Disse também que investiga as causas da morte e estão abertos para qualquer questionamento (veja a nota completa ao final da reportagem).
Jovem morta em cirurgia plástica teve parada cardíaca e equipe tentou reanimá-la por 3h
Quem foi Dayana
“Dedicada e independente” foram adjetivos usados pelo empresário Gilberto Martins, para descrever Dayana Loy de Oliveira Freire. Ao g1, Gilberto contou que a jovem era tabeliã substituta concursada e colecionava conquistas.
“Uma menina que enfrentou o mundo sozinha, trabalhando, crescendo... E com 25 anos acabou dessa forma. Ela tinha as coisas dela, conquistou sem ninguém”, relembrou.
Gilberto contou que Dayana ajudou a cuidar da avó acamada por cerca de 11 anos e, aos 16, começou a trabalhar. Formada em direito, a jovem foi aprovada para trabalhar no cartório, mas sonhava também em outros cargos.
“Ela estava preparada para concursos de promotor, juiz e polícia, ela enfrentava qualquer concurso, era uma menina muito dedicada”, disse.
Pressão estética
Ao g1, Gilberto desabafou que a jovem sempre lutou pelo que sonhava, juntou dinheiro e decidiu fazer a cirurgia.
“É uma pressão da sociedade: ‘Ah, tem que ter cintura mais fininha’, e aí a moçada vai. Comentaram em uma reportagem dela que a doença do momento é fazer procedimentos estéticos, quantos e quantos casos vemos de pessoas morrendo em procedimentos”, disse.
Cirurgia
Dayana saiu da cidade de Itaberaí para fazer uma lipoaspiração em Goiânia, mas teve complicações durante a cirurgia. A família explicações do cirurgião plástico, Bruno Granieri. Por enquanto, a Polícia Civil investiga o caso como morte acidental.
Dayana veio até a capital para realizar o sonho de fazer uma cirurgia plástica. De acordo com familiares, ela deu entrada no Hospital Jacob Facuri na terça-feira (12). Foi anestesiada, mas durante a cirurgia, teve uma parada cardiorrespiratória.
“O médico foi ao apartamento avisar a mãe que a Dayana tinha subido para a UTI. Isso não acontece com frequência. Eles tentaram reanimar ela por 3 horas”, afirmou Gilberto Martins.
Após a morte, a família registrou um boletim de ocorrência para que o caso fosse apurado. “Vamos aguardar o resultado dos exames para que tenhamos uma decisão jurídica, mas temos diversas informações de casos parecidos, que o mesmo médico fez o procedimento e o paciente veio a óbito”, lamenta Gilberto.
Quanto a isso, a defesa do médico disse que “todos os fatos estão sendo apurados pela justiça”, mas que tem certeza de que será comprovado que não houve falha ou negligência profissional em nenhum caso.
Enfatizou ainda que “a medicina não é uma ciência exata, e que complicações e intercorrências podem ocorrer em qualquer área, independente da maestria do profissional assistente”.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) disse somente que “todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico”.
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MEDICINA S/A
Sistema Unimed investiu R$ 232 milhões em ações sociais na pandemia
A Unimed do Brasil divulgou levantamento sobre iniciativas sociais desenvolvidas por 214 cooperativas médicas que formam o Sistema Unimed e atendem a 18,2 milhões de beneficiários, de um total de 19,5 milhões de todo o sistema. Em 2022, foram investidos R$ 75,7 milhões em ações voltadas para as comunidades nas quais as cooperativas atuam, em todas as regiões do país. De 2020 a 2022, período em que o país sofreu com os efeitos da pandemia de Covid-19, foram empregados R$ 232 milhões em projetos de saúde, educação, capacitação profissional, meio ambiente, ações de voluntariado e assistência social, incentivos a cultura, lazer e esporte.
No ano passado, as iniciativas beneficiaram 15 mil instituições, alcançando público de 19,3 milhões de participantes. O volume total destinado aos projetos externos cresceu 4,34% na comparação com o montante aplicado em 2021. Os maiores investimentos foram alocados em saúde (R$ 15,4 milhões), cultura e lazer (R$ 14,1 milhões), esportes (R$ 10,5 milhões), ações assistenciais, filantrópicas e de voluntariado (R$ 10,1 milhões), além de projetos e campanhas de conscientização ambiental (R$ 7,7 milhões).
"O interesse pela comunidade é um dos princípios do cooperativismo que, no Sistema Unimed, torna-se uma premissa de atuação comprovada na prática. Nossa visão de cuidado com a saúde vai além da medicina e do atendimento aos nossos beneficiários. O investimento social privado é mais uma forma de contribuirmos para o desenvolvimento dos municípios em que estamos presentes", afirma o presidente da Unimed do Brasil, Omar Abujamra Junior.
Emprego
Conforme o levantamento, em 2022, as Unimeds geraram 4.157 novos empregos diretos. Atualmente, o Sistema Unimed reúne 118 mil médicos cooperados e 143 mil colaboradores atuando em 9 de cada 10 municípios, em todas as regiões do país.
O Anuário 2023 do Sistema OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras comprova que a contribuição das cooperativas para a geração de empregos no país cresceu em 2022. O almanaque apontou que os municípios que contavam com a presença dessas organizações apresentaram, em média, incremento de 28,4 empregos por 10 mil habitantes. Conforme o anuário, as cooperativas de todos os setores econômicos totalizaram mais de 20,5 milhões de cooperados em 2022, o que representa aumento de 9% em relação ao número apurado em 2021, e empregaram mais de 524 mil colaboradores, com crescimento de 6,2% no comparativo entre os anos.
Educação e meio ambiente
O levantamento do Sistema Unimed detalha ainda investimentos em educação formal, capacitação profissional, gestão de cooperativas e cursos de desenvolvimento pessoal, destinados a médicos cooperados e colaboradores, que somaram R$ 61,5 milhões - valor que inclui aportes de instituições parceiras, como o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).
Na área de meio ambiente, foram R$ 23,2 milhões distribuídos entre gestão ambiental, adoção de tecnologias mais limpas, compras "verdes" e certificações. Outro indicador mostra que 51% das 214 cooperativas já monitoram suas emissões de gases de efeito estufa - foco do Programa Carbono Neutro, criado pela Unimed do Brasil para orientar as cooperativas do Sistema Unimed em práticas relacionadas à sustentabilidade do planeta.
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Abramge debaterá os caminhos para a sustentabilidade na saúde
A Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) realiza nos dias 21 e 22 de setembro de 2023, no Hotel Unique em São Paulo, o 27º Congresso Abramge. Sob a temática principal "Saúde 2030 - Caminhos para a Sustentabilidade", as inscrições para o evento podem ser realizadas no site da Abramge. O primeiro painel será apresentado por Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento. O tema de sua Conferência Magna será "Brasil: Como a Saúde Privada pode contribuir para o desenvolvimento do País", destacando as esferas econômica e social.
Em seguida, o tema "Saúde 2030 - Caminhos para a Sustentabilidade", com moderação de Jorge Oliveira, presidente do Sinamge, vai ser debatido por Jorge Antonio Aquino Lopes, diretor da DIOPE (Diretoria de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS), e Nelson Teich, ex-Ministro da Saúde e consultor sênior da Teich Health Care. O objetivo é compartilhar insights sobre as diretrizes e regulamentações que orientam o cenário da saúde suplementar.
Para explorar a temática "Saúde 2030 - O que esperar?", sob a moderação de Gustavo Ribeiro, vice-presidente de Relações Institucionais e Contratos Públicos do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica, teremos a participação de Adriano Londres, empreendedor do Arquitetos da Saúde, e de Claudia Cohn, diretora de Negócios Nacionais do DASA. Eles trarão à discussão suas perspectivas singulares sobre o cenário em constante evolução da saúde suplementar, abordando as expectativas, desafios e oportunidades que moldarão o futuro do setor.
O painel dedicado à "Comunicação e engajamento em Saúde" vai focar no papel vital da comunicação no cenário da saúde. Eliane Aparecida de Castro Medeiros, diretora da DIFIS (Diretoria de Fiscalização da ANS) vai moderar a troca de ideias entre Marcos Novais, superintendente executivo do Sistema Abramge/Sinamge/Sinog, Luis Fernando Correia, correspondente da rádio CBN, e Drauzio Varella, médico e oncologista. O foco é debater a importância de uma comunicação eficaz e constante no contexto dos cuidados em saúde.
Para encerrar o primeiro dia de evento, Edu Lyra, fundador e CEO da Gerando Falcões, assumirá o centro do palco para discutir a "Importância da Coletividade", destacando elementos transformadores na busca por avanços sociais.
O segundo dia de evento vai trazer para o debate o tema: "Desafios da Incorporação Tecnológica em Saúde", com moderação de Cássio Ide Alves, superintendente médico da Abramge. Neste painel, Alexandre Fioranelli, diretor da DIPRO (Diretoria de Normas e Habilitação de Produtos da ANS), e Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), irão abordar as complexidades que envolvem a implantação de tecnologias no setor de saúde.
Para encerrar o evento, a discussão se volta para a "Saúde 360º: Jornada do Paciente", a ser moderada por Maurício Nunes da Silva, diretor da DIDES (Diretoria de Desenvolvimento Setorial da ANS). Luiz Celso Dias Lopes, presidente do IESS, Luciana Holtz, fundadora e presidente do Instituto Oncoguia, e Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, vão explorar a trajetória completa do paciente, analisando as experiências, os desafios e as oportunidades para garantir uma abordagem abrangente e centrada em todas as etapas de cuidados médicos.
Os participantes do 27º Congresso Abramge também terão a oportunidade de explorar o Innovation Meeting, espaço onde startups apresentarão as últimas soluções que estão moldando a próxima geração de avanços na saúde, que proporcionam um olhar sobre a convergência entre inovação e assistência médica.
Serviço
27º Congresso Abramge
Dias 21 e 22 de setembro de 2023 (21/9, das 8h às 18h30, e 22/9, das 9h às 13h40)
Local: Hotel Unique
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4700 - Jardim Paulista - São Paulo - SP
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PORTAL IG
Câmara propõe reforma em planos de saúde, mas operadoras rebatem
Relatório sobre o tema foi apresentado na Câmara
A Câmara dos Deputados discute mudanças na Lei dos Planos de Saúde que vêm sendo criticadas pelas empresas do setor. Na última semana, o deputado Duarte Jr. (PSB-MA) apresentou relatório sobre o tema, que ainda deve passar por discussões antes de ir ao plenário da Casa.
O relator apresentou o texto que reúne cerca de 270 projetos de lei sobre o tema, que é pautada na Câmara há ao menos 17 anos. O objetivo é criar novas regras a serem seguidas pelos planos de saúde.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na última semana que tem recebido "muita reclamação" sobre a proposta, e que a Casa não tomará decisões sobre o tema de forma apressada. O assunto tende a enfrentar forte resistência no Congresso, onde existe lobby por parte dos planos de saúde.
Reforma dos planos de saúde
Em seu relatório, o deputado Duarte Jr. propõe que as operadoras de saúde sejam proibidas de rescindirem unilateralmente contratos firmados com os clientes, a menos que o atraso na mensalidade seja de mais de 60 dias. Essa é a principal mudança proposta, e também a mais criticada pelas operadoras.
"Esse projeto se tornou ainda mais importante diante da recusa de atendimento a consumidores em alta vulnerabilidade, como idosos, pessoas com doenças crônicas, pessoas com deficiência, que vêm sendo retirados dos planos de saúde pelo simples fato de gerarem um custo maior", disse o deputado em coletiva de imprensa na última semana.
Além disso, o relatório propõe que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), hoje responsável por definir o teto anual de reajuste sobre planos de saúde individuais , também regule planos de saúde coletivos.
Nesse caso, a ANS não seria responsável por definir um teto para os reajustes, mas caberia à agência avaliar os aumentos e agir em casos de reajustes "abusivos e desproporcionais".
De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), as mensalidades dos planos individuais, com reajuste limitado pela ANS, cresceram 35,41% nos últimos cinco anos. Enquanto isso, os aumentos chegaram a 74,33% no caso de planos coletivos por adesão e a 82,36% em planos coletivos empresariais.
Outra mudança proposta pelo relatório de Duarte Jr. é a criação de um prontuário digital por parte do poder público. A plataforma teria o objetivo de agregar o histório de saúde de pacientes atendidos em unidades de saúde públicas e privadas.
"A partir do momento em que tivermos um prontuário único, um consumidor que sofreu um acidente e precisou fazer exames em um hospital público, como uma tomografia, por exemplo, caso seja levado para uma clínica particular já vai ter seu prontuário atualizado com todas as informações, fazendo com que esse consumidor não tenha que repetir esse exame, reduzindo gastos, sofrimento e garantindo mais transparência", explicou o deputado.
O projeto também estabelece que as negativas de cobertura por parte das operadoras teriam que ser feitas por escrito, com explicação detalhada dos motivos. Além disso, o texto prevê que, em contratos de coparticipação, o percentual máximo a ser cobrado do beneficiário não ultrapasse 30% do valor do procedimento.
Operadoras de saúde se posicionam
O projeto apresentado na Câmara dos Deputados preocupou empresas do setor da saúde, que temem perdas financeiras com as possíveis mudanças.
Entidades que representam o setor publicaram uma nota alertando que a reforma poderia comprometer a sustentabilidade das operadoras e o atendimento prestado a 50,7 milhões de brasileiros que têm planos de saúde.
"O relatório desconsidera peculiaridades do setor de saúde suplementar e compromete pilares fundamentais de seu funcionamento, ao propor, por exemplo, a proibição do cancelamento de planos coletivos pelas operadoras, e instituir regras de reajuste de mensalidades que carecem de mais especificidade, aperfeiçoamento técnico e análise atuarial para conhecimento dos impactos", diz comunicado assinado por por Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) e Unimed do Brasil.
"Em grande medida, a situação dos planos de saúde vem se deteriorando nos últimos tempos justamente por causa de alterações de regras que não levaram em consideração seus impactos financeiros", completam as entidades.
Diante das reclamações, Lira declarou que o projeto deve ser amplamente discutido antes de ir ao plenário da Câmara. Anteriormente, Duarte Jr. havia afirmado que esperava que o texto fosse votado dentro das próximas semanas. Ainda não há data para a votação.
Em nota, a Unidas diz que entende que o relatório "é uma primeira versão" e que "o bom senso irá prevalecer nas discussões que serão realizadas pelos parlamentares". "Chegaremos em uma minuta que proteja o beneficiário e permita a democratização do acesso à saúde privada no Brasil", afirma a entidade.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Familía denuncia que jovem morreu após cirrugia estética
Após denuncia de falta de pagamento, maternidades estão em situação alarmante
Jovem morre durante cirurgia plástica em Goiânia, denuncia família
Família denuncia morte de jovem durante cirurgia plástica
Unimed deve pagar R$ 20 mil caso não avise cliente sobre rescisão de contrato
Unimed Goiânia abre processo seletivo para novos cooperados
MPT investiga 21 denúncias contra a Unimed Goiânia
Hospitais investem em plantas (reais ou não) para acelerar a recuperação de pacientes internados no Brasil; entenda
Planos de saúde lideram reclamações em nove dos últimos 10 anos
TV ANHANGUERA
Familía denuncia que jovem morreu após cirrugia estética
https://globoplay.globo.com/v/11947692/
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Após denuncia de falta de pagamento, maternidades estão em situação alarmante
https://globoplay.globo.com/v/11947690/
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PORTAL G1
Jovem morre durante cirurgia plástica em Goiânia, denuncia família
Dayana Loy de Oliveira Freire saiu da cidade de Itaberaí para fazer uma lipoaspiração em Goiânia, mas teve complicações durante a cirurgia. Por enquanto, a Polícia Civil investiga o caso como morte acidental.
Por Larissa Feitosa, g1 Goiás
A família da jovem Dayana Loy de Oliveira Freire, de 25 anos, denuncia que a jovem morreu durante uma lipoaspiração, em Goiânia. Eles cobram explicações do cirurgião plástico, Bruno Granieri. Por enquanto, a Polícia Civil investiga o caso como morte acidental.
Ao g1, a defesa do cirurgião plástico lamentou a morte da paciente e afirmou que “foram adotados os protocolos prescritos para o caso por toda equipe médica presente, todavia não houve resposta e a paciente veio a óbito”. Veja a nota completa ao final da reportagem.
Dayana morava em Itaberaí, na região noroeste do estado, com os pais. Mas, veio até a capital para realizar o sonho de fazer uma cirurgia plástica. De acordo com familiares, ela deu entrada no Hospital Jacob Facuri na terça-feira (12). Foi anestesiada, mas durante a cirurgia, teve uma parada cardiorrespiratória.
“O médico foi ao apartamento avisar a mãe que a Dayana tinha subido para a UTI. Isso não acontece com frequência. Eles tentaram reanimar ela por 3 horas”, afirma o tio da jovem, Gilberto Martins.
Em nota à TV Anhanguera, o hospital lamentou o que ocorreu com a jovem e disse que toda equipe está sensibilizada, porque todos trabalham para salvar vidas e realizar sonhos. Disse também que investiga as causas da morte e estão abertos para qualquer questionamento. Veja a nota completa ao final da reportagem.
Após a morte, a família registrou um boletim de ocorrência para que o caso fosse apurado. “Vamos aguardar o resultado dos exames para que tenhamos uma decisão jurídica, mas temos diversas informações de casos parecidos, que o mesmo médico fez o procedimento e o paciente veio a óbito”, lamenta Gilberto.
Dayana Loy, de 25 anos, era formada em direito e trabalhava como tabeliã substituta em Itaberaí — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Quanto a isso, a defesa do médico disse que “todos os fatos estão sendo apurados pela justiça”, mas que tem certeza de que será comprovado que não houve falha ou negligência profissional em nenhum caso.
Enfatizou ainda que “a medicina não é uma ciência exata, e que complicações e intercorrências podem ocorrer em qualquer área, independente da maestria do profissional assistente”.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) disse somente que “todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico”.
Investigação
O delegado responsável pelo caso, Paulo Ribeiro, informou que ainda não sabe detalhes de quais foram as complicações que a jovem teve durante a cirurgia. Isso porque, segundo ele, o registro de ocorrência foi ‘sucinto’.
“Só após o Laudo Cadavérico e análise dos exames pré operatórios e prontuário da vítima que podemos aferir se houve ou não erro médico. Os familiares também serão intimados para prestarem esclarecimentos sobre o fato”, informou.
A Polícia Técnico Científica disse que o corpo da jovem foi liberado para a retirada da família na manhã desta quinta-feira (14).
Família inconsolável
O tio de Dayana afirma que a família está muito abalada com a morte precoce da jovem. “A mãe falando em suicídio o tempo todo. Ainda não viu o corpo da filha”, resume.
Gilberto descreve a sobrinha como uma garota ‘cheia de vida’. “Era uma menina muito responsável. Formada, independente, pagou uns R$ 50 mil nessa cirurgia com dinheiro que ela juntou. Sempre cuidou da vó e da mãe”, lembra.
O familiar afirma que, além da morte, a maior revolta é com relação à falta de assistência do médico à família e, principalmente, a suspeita de que outras pacientes morreram da mesma forma e nada tenha sido feito.
“Eles não deram nem um copo de água para a mãe dela. Como pode o Conselho de Medicina saber que esse médico tem casos parecidos e não fazer nada”, lamenta.
O velório de Dayana está previsto para acontecer em Itaberaí, com sepultamento às 21h.
Íntegra nota da defesa Bruno Granieri
O médico, cirurgião plástico, vem através de sua advogada Luciana Castro, OAB/GO 20872, manifestar-se sobre o óbito de sua paciente Dayana Loy de Oliveira Freire, ocorrida ontem, 13/09/2023 bem como a acusações de erro médico cometido em outras pacientes.
Acima de tudo, o médico ora acusado lamenta profundamente a perda de sua paciente, e está à disposição da família para maiores esclarecimentos. Quanto aos fatos, informamos que, em razão do dever de sigilo, o médico não poderá fornecer detalhes técnicos sobre o caso, sob pena de infringir disposições do Código de Ética Médica bem como do Código Penal Brasileiro.
Temos o dever de esclarecer, todavia, que a paciente apresentou intercorrência durante o procedimento, sendo que imediatamente foram adotados os protocolos prescritos para o caso por toda equipe médica presente, todavia não houve resposta e a paciente veio a óbito.
Informamos que por decisão da família da paciente, esta foi encaminhada ao Instituto Médico Legal para apuração. Estaremos à disposição, acompanharemos e prestaremos todas as informações pertinentes ao caso, estamos a disposição.
O médico acusado tem plena convicção de seus atos, e que nada foi realizado fora da técnica médica indicada para o caso.
Reiteramos que lamentamos o ocorrido e nos consternamos com a dor enfrentada pela família da paciente Dayana Loy de Oliveira Freire, e esperamos a apuração dos fatos que levaram a seu óbito de forma tão prematura.
Quanto as acusações de "erro médico" (falando deste caso e de quaisquer outros) informamos que todos os fatos estão sendo apurados pela justiça, mas temos a certeza de que será comprovado que não houve falha ou negligência profissional a qualquer tempo.
Devemos aqui ressaltar que a medicina não é uma ciência exata, e que complicações e intercorrências podem ocorrer em qualquer área, independente da maestria do profissional assistente, e que as pacientes são devidamente esclarecidas sobre os riscos, assinam termo de consentimento e entendem todas as possibilidades do tratamento indicado.
Nota íntegra Hospital Jacob Facuri
O Hospital Jacob Facuri, em primeiro lugar e acima de tudo, presta sinceras condolências à família. Toda a equipe está extremamente sensibilizada, principalmente porque trabalhamos diariamente para salvar vidas e realizar sonhos.
Também deixamos claro que estamos investigando todas as possíveis causas e abertos para quaisquer questionamentos.
A direção do Hospital Jacob Facuri, lamenta o ocorrido e reitera a disponibilidade para quaisquer esclarecimentos.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Família denuncia morte de jovem durante cirurgia plástica
A defesa do médico assegurou que todos os fatos estão sendo apurados pela justiça e expressou confiança de que não houve falha ou negligência profissional
A família de Dayana Loy de Oliveira Freire, de 25 anos, denunciou a morte da jovem durante uma lipoaspiração em Goiânia. A cirurgia foi realizada pelo cirurgião plástico Bruno Granieri. Atualmente, a Polícia Civil está investigando o caso como uma morte acidental. As informações são do G1.
A defesa do cirurgião plástico lamentou a morte da paciente e afirmou que seguiram todos os protocolos médicos prescritos durante o procedimento, mas, infelizmente, não conseguiram reanimar a paciente.
Dayana, natural de Itaberaí, na região noroeste do estado, foi a Goiânia para realizar seu sonho de fazer uma cirurgia plástica. Ela deu entrada no Hospital Jacob Facuri e foi anestesiada, mas durante o procedimento cirúrgico, sofreu uma parada cardiorrespiratória.
O hospital expressou pesar pelo ocorrido e afirmou que está investigando as causas da morte. A família registrou um boletim de ocorrência para o caso ser apurado. Eles mencionaram informações sobre casos semelhantes envolvendo o mesmo médico e resultados fatais.
A defesa do médico assegurou que todos os fatos estão sendo apurados pela justiça e expressou confiança de que não houve falha ou negligência profissional. Eles ressaltaram que a medicina não é uma ciência exata, e complicações podem ocorrer independentemente da habilidade do profissional.
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JORNAL OPÇÃO
Unimed deve pagar R$ 20 mil caso não avise cliente sobre rescisão de contrato
O descumprimento da medida implicará em multa de R$ 20 mil por beneficiário
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) fechou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Central Nacional Unimed sobre rescisões unilaterais de contratos de pacientes em tratamento. Segundo o documento, a empresa deverá notificar, de todas as formas, a rescisão do plano de saúde.
Além disso, os tratamentos devem ser mantidos por um prazo de 60 dias. Caso seja descumprido, o acordo prevê a aplicação de uma multa de R$ 20 mil por beneficiário.
Somente esse ano, de acordo com o processo, a empresa encerrou 2,4 mil contratos empresariais que envolvem 7,6 mil beneficiários.
De acordo com o Ministério Público, a maioria dos contratos são formados por Microempreendedores Individuais (MEI) que incluem como dependentes a própria família.
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MPT investiga 21 denúncias contra a Unimed Goiânia
Denúncias vão desde assédio psicológico até piso salarial, passando por jornada de trabalho e interferência em negociações coletivas
Até a última quarta-feira, 13, o Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT GO) registrou 21 denúncias sobre supostas irregularidades cometidas pela Unimed Goiânia. Segundo o MPT, as denúncias vão desde assédio psicológico até piso salarial, passando por jornada de trabalho, interferência em negociações coletivas, entre outros.
Além da própria Unimed, as unidades vinculadas à cooperativa, mesmo que inscritas sob outro CNPJ, também foram alvos das denúncias. Dentre as unidades, estão o Centro de Diagnósticos, a Corretora de Seguros, o Espaço Sinta-se Bem e o Espaço Bem-Te-Vi. Como as denúncias foram feitas sob sigilo, a pedido dos denunciantes, o Jornal Opção não conseguiu contato com eles.
O Ministério Público do Trabalho de Goiás está investigando o caso. Recentemente, a gerente de gestão de pessoas da unidade, Elaine Campos, coagiu os funcionários e os ameaçou de demissão caso eles aceitassem o piso salarial nas negociações com o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (Sieg). O piso nacional de enfermagem, apesar de aprovado em 2022, ainda enfrenta dificuldade de pagamento por parte das unidades de saúde.
Em Goiás, o Sieg tem se reunido com representantes da rede privada de saúde para negociações, visto que a maioria não tem feito o pagamento correto aos enfermeiros. Em comunicado aos enfermeiros, o Sindicato reforçou o episódio: “Uma representante da Unimed agiu de forma grosseira, indelicada, agressiva e coercitiva, ameaçando, inclusive, que colocaria os enfermeiros da empresa contra o Sieg por dizer que o mesmo se recusa a realizar nova assembleia.”
“Se não houvesse acordo a partir do dia 12, teria que ser pago, né. Só que a gente só vai descobrir na próxima folha”, disse um funcionário à reportagem. O Sieg ainda não se manifestou sobre os acordos realizados e se foi feito uma negociação.
O Jornal Opção procurou novamente a Unimed Goiânia para esclarecimentos e aguarda retorno.
Enfermeiros e técnicos de enfermagem protestam
No final de agosto, a Enfermagem de Aparecida de Goiânia foi até a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) cobrar posicionamento em relação à atualização de dados dos servidores do Ministério da Saúde (MS), o que não foi feito até o momento. Como consequência da não alimentação da planilha do MS, o repasse retroativo da verba Federal para ajuda de custeio do piso nacional da Enfermagem não foi realizado e os trabalhadores estão sem piso salarial.
Funcionários da Fundação de Apoio ao Hospital das Clinicas (Fundahc) também relatam o não pagamento do piso e o atraso dos salários.
Demissões em massa
O Sieg, juntamente com a Comissão de Monitoramente e Avaliação da Gestão dos SUS, do Conselho Estadual de Saúde (CES), estiveram reunidos para tratar de assuntos referentes às demissões em massa que estão ocorrendo no Hugol e Crer – unidades geridas pela Agir. As demissões foram realizadas sem justa causa e atingiu profissionais que tinham mais tempo de trabalho nas unidades.
Segundo denúncias recebidas, as demissões em massa dificultam a manutenção da qualidade assistencial, tendo em vista que falta profissionais que já possuíam maior tempo de experiência. Outra consequência é sobrecarga aos profissionais que seguem trabalhando, resultando em assédio moral.
Prazo de negociações acabou
No último domingo, 10 de setembro, finalizou o prazo de 60 dias a contar da ata de julgamento do Piso Salarial, ocorrido no dia 12 de julho. Ou seja, para patrões e funcionários que não realizaram a negociação, passa a valer, a partir de hoje 11/9/23, o valor do Piso Salarial estabelecido na Lei 14.344.
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre piso salarial da enfermagem demonstrou regras diferentes para profissionais das redes pública e privada. Segundo entendimento, a implementação do piso salarial nacional na iniciativa privada deveria ter sido negociada entre patrões e funcionários entre o prazo de 60 dias corridos. Caso não houvesse acordo, valeria o Piso Salarial instituído.
A Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) acredita deste o princípio que a Lei deveria reger as mesmas regras para rede pública e privada. Agora, serão considerados o valor de R$ 4.750 para os profissionais de enfermagem, R$ 3.325 para os técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares e parteiras.
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A REDAÇÃO
Unimed Goiânia abre processo seletivo para novos cooperados
A Unimed Goiânia anunciou, nesta quinta-feira (14/9) a abertura do Processo Público de Seleção e Cadastro para Admissão de Novos Cooperados. É um convite para médicos que desejam fazer parte da cooperativa, que possui um legado de mais de 45 anos no ramo. As inscrições poderão ser feitas até o dia 26 de setembro. São oferecidas 250 vagas distribuídas pelas especialidades e áreas de atuação em Goiânia-GO.
O processo seletivo para novos cooperados incluirá prova de títulos, prova objetiva e de especialidades, bem como a participação em dois cursos on-line. A prova objetiva e de especialidades está marcada para o dia 24 de outubro de 2023. Para obter mais informações sobre o processo de seleção, os interessados podem consultar o edital nº 001/2023, disponível aqui.
De acordo com o diretor de Planejamento e Governança da Unimed Goiânia, Weimar Canguçu Barroso de Queiroz, essa é uma oportunidade para médicos de diferentes especialidades fazerem parte de uma Cooperativa que tem uma marca respeitada no setor de saúde. “Como cooperado, o profissional também terá muitos benefícios, como acesso a programas de desenvolvimento profissional e educação continuada que ajudam no aprimoramento das habilidades profissionais e na atualização sobre as mais recentes práticas médicas”, ressaltou o diretor.
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O GLOBO ONLINE
Hospitais investem em plantas (reais ou não) para acelerar a recuperação de pacientes internados no Brasil; entenda
A sensação boa que nos preenche ao sentir o cheiro da grama, olhar para as árvores ou ouvir o barulho da água é mais do que uma percepção. Um crescente número de estudos comprova que o contato com a natureza traz benefícios não apenas para a saúde mental, mas também para a saúde física, incluindo para a recuperação de pacientes internados. O impacto é tão forte que ter espaços que proporcionem esse contato entre paciente e natureza é cada vez mais uma preocupação dentro dos hospitais.
Por exemplo, a Clínica São Vicente da Rede D'Or, no Rio de Janeiro, inaugurou recentemente uma área externa com vista para a Mata Atlântica. O espaço é destinado à reabilitação clínica e fisioterápica de pacientes internados. O contato com a natureza melhora o ânimo do paciente e diminui o impacto do ambiente hospitalar.
- Proporcionar espaços em que o paciente possa contemplar a natureza e ter contato com ela ajuda a combater e prevenir o delirium por confinamento, que é um dos fatores que mais pioram a evolução de um paciente - diz o médico Bruno Celoria, diretor geral do Hospital Copa Star e da Clínica São Vicente, ambos da Rede D'Or.
Segundo Celoria, o delirium por confinamento é uma condição comum entre pacientes com internação prolongada. Os sintomas da condição incluem alucinação, perda da consciência, dificuldade de interagir com o meio e de saber onde está. Instalar janelas e relógios nos quartos também ajudam a prevenir o quadro, já que permite ao paciente ter noção de dia e noite e do passar do tempo.
Na Clínica São Vicente, o assunto é levado tão a sério que a visita a essas áreas externas não é apenas uma demanda dos pacientes e familiares, mas uma prescrição médica. Ela ocorre, em geral, com acompanhamento de fisioterapia e enfermagem. O local tem a vantagem de estar localizado na Gávea, praticamente no meio da Mata Atlântica. Tanto que, desde sua fundação, a clínica é considerada um local inspirador, apropriado para a recuperação. Foi lá que Baden Powell e Vinícius de Moraes compuseram o samba "Pra que chorar".
Entretanto, a maioria dos hospitais do Brasil e do mundo não tem o mesmo privilégio da Clínica São Vicente e não está localizada no meio da Mata Atlântica e sim, em selvas de pedra. Nestes casos, uma opção é a construção de espaços verdes, como jardins terapêuticos. No Copa Star, por exemplo, hospital da Rede D'Or que fica no meio da área urbana da cidade do Rio de Janeiro, foi construído um solarium, com plantas, para que o paciente possa ter contato com o sol, o céu e a natureza. Há ainda um jardim de inverno e ambas as áreas são usadas para reabilitação.
Espaços e iniciativas semelhantes são encontradas nos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, ambos em São Paulo. O Hospital Moinhos de Ventos, em Porto Alegre, oferece um passeio orientado com os pacientes no bosque que corresponde a 10% da área total do complexo hospitalar.
Um estudo publicado recentemente na revista científica International Journal of Environment Public Research mostra que observar imagens de natureza melhora não só o sentimento negativo dos pacientes, como tristeza e ansiedade, mas tem impacto positivo no desfecho clínico, como redução da dor, falta de ar e fadiga.
Esse poder curativo da natureza ocorre em especial por dois mecanismos. Um deles é alterar o foco perceptual. A partir do momento que a pessoa observa a imagem da natureza, ela altera seu foco de percepção da dor. É por isso que recursos como esse tem sido cada vez mais usados em sala de exames, por exemplo.
O segundo mecanismo é a liberação de neurotransmissores que aumentam o bem-estar a partir da contemplação da beleza da natureza.
Por outro lado, existe a preocupação com os pacientes que não podem deixar seus quartos, por exemplo. Mesmo que seja possível instalar janelas grandes, que possibilitem aos pacientes uma visão do exterior, muitos hospitais estão localizados em áreas com prédios em volta ou sem natureza perto. Como proporcionar-lhes os benefícios do contato com a natureza?
De forma virtual. Evidências científicas produzidas ao redor do mundo comprovam que a natureza virtual - por vídeos, fotos ou ferramentas de realidade virtual - pode proporcionar os mesmos benefícios psicológicos e fisiológicos da natureza "real".
- Nos grandes centros urbanos é difícil ter áreas verdes ou de natureza. Dentro dos hospitais, o que se encontra são imagens e vídeos de natureza e mais recentemente, dispositivos de realidade virtual. Esses têm sido recursos viáveis para poder levar de alguma forma aos pacientes que não podem sair de seus quartos - diz Eliseth Leão, pesquisadora sênior do Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein e líder do grupo de pesquisa e-Natureza (CNPq).
Esse tipo de recurso - mostrar imagens de natureza para os pacientes - já está presente Hospital Albert Einstein, tanto na realização de exames, para diminuir o desconforto, quanto para ajudar na recuperação dos pacientes internados. No Hospital Moinhos de Vento também houve a incorporação de elementos da natureza nos ambientes construídos. Alguns quartos são ambientados conforme os pássaros catalogados da região Sul e há um corredor que possui telas que reportam imagens, aroma e sons do bosque.
Outro ponto importante que antes ficava em segundo plano é o acesso do paciente à luz natural.
No Hospital Sírio-Libanês, os box de UTI têm janelas e entrada de luz natural. O hospital também conta um jardim que os pacientes podem frequentar e realizar exercícios de reabilitação. dificuldade de saber se é dia ou noite, por exemplo pode deflagrar uma série de problemas psicológicos nos pacientes, como depressão.
- A exposição à luz natural afeta o cérebro e é fundamental para a síntese de vitamina D. Além disso, favorece o sistema imunológico. Por isso, é primordial que o paciente tenha acesso a esse tipo de luminosidade - pontua Leão.
Engana-se quem acha que esse tipo de inciativa ocorre apenas no sistema privado. Unidades Básicas de Saúde (UBSs) começam a trabalhar com hortas terapêuticas e levam os pacientes para parques próximos às unidades com o intuito de melhorar a hipertensão, a diabetes, promover a prática de atividade física e a socialização dos pacientes.
No Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo, foi construída uma praça com árvores majestosas, bancos e plantas desidratadas naturais. A proposta do espaço é oferecer um ambiente mais humanizado a pacientes, doadores e profissionais ao transmitir uma sensação de bem-estar e esperança.
Hospitais públicos participantes do Projeto TeleUTI Brasil - parceria entre hospitais de excelência que compõem o PROADI-SUS, como o Hospital Sírio-Libanês - passaram a conduzir os pacientes de UTI ao ambiente externo em uma tentativa de humanizar o cuidado com o paciente e reconectá-lo à natureza viva que o cerca. Alguns hospitais públicos que já aderiram com frequência à pratica, com uma participação total da equipe multidisciplinar após as orientações e capacitações realizadas pelo projeto TeleUTI, são o Hospital Chagas Rodrigues, na cidade de Piripiri (PI); o Hospital Alarico Nunes, em Timon (MA) e o Hospital Juruá, em Cruzeiro do Sul (AC).
Embora o tema esteja ganhando mais importância nos últimos anos, a ideia de que estar em contato com a natureza ajuda na recuperação de enfermos não é nada nova na medicina. Um estudo publicado na revista Science em 1984 pelo psicólogo ambiental Roger Ulrich, foi o primeiro a usar os padrões da pesquisa médica moderna - controles experimentais rigorosos e resultados de saúde quantificados - para demonstrar que olhar para um jardim ajuda a acelerar a recuperação de cirurgias, infecções e outras doenças.
Ulrich e sua equipe revisaram os registros médicos de pessoas que se recuperavam de uma cirurgia de vesícula biliar em um hospital suburbano da Pensilvânia. Os resultados mostraram que os pacientes com janelas ao lado da cama voltadas para árvores frondosas curaram-se, em média, um dia mais rápido do que os pacientes que tinham como vista uma parede de tijolos. Aqueles com visão para a natureza também precisaram de significativamente menos analgésicos e tiveram menos complicações pós-cirúrgicas.
Outros trabalhos mostram que apenas três a cinco minutos olhando paisagens dominadas por árvores, flores ou água podem começar a reduzir a raiva, a ansiedade e a dor e a induzir o relaxamento.
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AGÊNCIA BRASIL
Planos de saúde lideram reclamações em nove dos últimos 10 anos
Agendar um exame no laboratório e descobrir que ele não está mais credenciado no plano de saúde. Marcar uma consulta, e só conseguir agendar para meses depois. Tomar um susto com o valor do reajuste do plano.
As operadoras de planos de saúde foram líderes de reclamações, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em nove dos últimos dez anos. Dúvidas sobre contratos, falta de informação e reajustes estão entre as principais reclamações. O país tem cerca de 50 milhões de beneficiários de planos de assistência médica.
"Aumenta muito rápido. De repente, dão dois aumentos ao mesmo tempo, tanto pela idade, quanto pelo aumento anual", reclama a comerciante Evani Aparecida da Rocha. Para a analista de sistemas Elisabete Alexandre, o problema é o preço. "Mesmo se faz plano individual ou familiar, ou coletivo, o preço é bem salgado. É difícil manter", aponta.
Apesar de as empresas serem obrigadas por lei a manter o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e ouvidoria, é comum os problemas não serem resolvidos no contato direto com as operadoras de plano de saúde.
"Mesmo deixando e-mail, eles nunca fazem uma devolutiva que seria importante para a gente entender também quais são os trâmites internos deles. Você liga para o SAC, morre e ninguém sabe o que aconteceu", acrescenta o técnico em segurança do trabalho Mateus Duarte.
O Idec orienta que, se o contato direto não resolver o problema, os consumidores devem procurar os órgãos de defesa e, em último caso, a Justiça.
"O que se espera do mercado em geral é que ele leve em consideração o que determina a lei para resolução dos problemas, e, para os contratos de planos de saúde, existem duas leis que se aplicam: a dos planos de saúde, que é de 98, e o Código de Defesa do Consumidor", explica Marina Paullelli, advogada do Programa de Saúde do Idec.
Regulação
Pelo lado dos hospitais privados, também há reclamação em relação às operadoras. Uma pesquisa da Associação Nacional de Hospitais Privados mostra que os planos de saúde devem aos 48 hospitais associados mais de R$ 2,3 bilhões. O número representa mais de 15% da receita bruta desses estabelecimentos. A associação de hospitais reclama que as operadoras dos planos vêm aumentando cada vez mais os prazos para pagar os procedimentos.
O setor é regulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que estipula o teto para reajustes anuais. Neste ano, o aumento não pode passar de 9,63%, mas o índice vale apenas para quem tem plano individual. Beneficiários de planos coletivos ficam sujeitos a reajustes que podem chegar a 20% ou 30% de aumento. Por isso, a necessidade de regulação também para quem tem plano coletivo.
Em nota, a ANS informou que estuda mudanças nas regras de reajuste de planos coletivos, mas que não pretende regular da mesma forma que os individuais. A agência também monitora a garantia de atendimento.
Sobre o valor devido aos hospitais, a Associação Brasileira dos Planos de Saúde informou que as operadoras vêm fazendo análises mais amplas dos serviços já prestados, devido ao grande número de fraudes. A associação afirma que só este ano as operadoras já tiveram prejuízo operacional superior a R$ 4 bilhões, em grande parte devido a essas fraudes. Segundo a entidade, todos os procedimentos realizados estão provisionados e vão ser pagos.
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Assessoria de Comunicação
Planos de saúde lideram reclamações em nove dos últimos 10 anos
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DESTAQUES
Em crise com Prefeitura, entidade que gere maternidades em Goiânia avalia “restrição de serviços” na próxima semana
Mãe de bebê que tem 'meio coração' pede ajuda para filho fazer cirurgia: 'Ele não consegue esperar'
Mortalidade por câncer em adultos abaixo dos 50 anos aumentou 27,7%
A pediatria em conflito de interesses
Farmacêuticas vão questionar regras da ANS para incluir cobertura de terapias avançadas em planos de saúde
População médica no Brasil cresce, mas distribuição concentra profissionais nos grandes centros
UFMG: calculadora é capaz de estimar probabilidade de óbito para pacientes com febre amarela
As perspectivas do mercado de oncologia no Brasil
Artigo - Custos dos planos de saúde e Unimed Cuiabá
JORNAL OPÇÃO
Em crise com Prefeitura, entidade que gere maternidades em Goiânia avalia “restrição de serviços” na próxima semana
Fundahc cobra da SMS uma dívida de R$ 43 milhões por serviços prestados nas unidades de saúde
A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG) revelou nesta quarta-feira, 13, em entrevista coletiva, que poderá haver “restrição de serviços” nas maternidades de Goiânia a partir da próxima semana pela apontada dívida de R$ 43 milhões da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de Goiânia.
A instituição é responsável pela gestão do Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), da Maternidade Nascer Cidadão (MNC) e do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC). De acordo com a Fundahc/UFG, o valor devido é referente aos serviços prestados nas unidades nos últimos três meses.
Pela manhã, colaboradores da Maternidade Dona Iris fizeram protesto em frente ao local para cobrar o pagamento de salários, benefícios e férias. Nesta quarta, a Fundahc informou que a SMS fez o repasse de R$ 5 milhões, mas o montante foi suficiente apenas para pagar salário e outras despesas trabalhistas em atraso dos funcionários CLTs.
“Precisamos comunicar os órgãos fiscalizadores para que eles também tomem medidas necessárias diante dessa situação. Então, a partir de segunda-feira, se não houver nenhum repasse pela prefeitura, há a necessidade de restrição da oferta de serviço”, disse a diretora da Fundahc, Lucilene de Sousa.
É importante destacar que a gestora garantiu que serviços de urgência e emergência não serão impactados. A restrição fica apenas para serviços eletivos, como a colocação de um DIU, por exemplo.
“A falta dos repasses devidos causa risco de suspensão de serviços importantes para usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) que buscam as três maternidades de Goiânia, além de impactar negativamente a qualidade do atendimento”, consta em nota da Fundahc.
O Jornal Opção entrou em contato com a SMS para buscar um posicionamento da pasta, mas até a publicação da reportagem não obteve retorno. O espaço segue aberto para explicações da secretaria.
Detalhe da dívida
A Fundahc cobra da prefeitura notas em aberto de 2021 e 2022, além do repasse do convênio de julho e agosto deste ano, que somam R$ 40.590.443,80.
A instituição ainda afirmou que faltam R$ 2.722,458,45 referente a maio, que deveria ser pago em junho de 2023. “A Fundahc/UFG ainda aguarda, até o momento, a validação dos valores das contas a pagar em aberto, bem como o ajuste dos termos aditivos vigentes, conforme acordado em reunião no dia 27/07, quando proposta a criação de uma comissão para deliberar sobre o tema”, afirma a Fundahc.
De acordo com a instituição, o custo mensal para funcionamento do HDMI, de acordo com planos de trabalho vigente, é de R$ 6.985.123,43, enquanto do HMMCC e da MNC são R$ 10.372.357,11 e R$ 2.937.741,38, respectivamente. A soma de todas as despesas é de R$ 20.295.221,92.
“Não é possível tratar, na situação em que se encontra, de um repasse de apenas um oitavo daquilo que é devido nos últimos dois meses, que são esses R$ 5 milhões. Então, é preciso que haja uma atitude de fato que busque ajudar a resolver o problema”, destacou o vice-reitor da UFG, Jesiel Freitas.
Um dos pontos principais da dívida, segundo o diretor técnico, Dr. Rogério Cândido, é com relação a Pessoas Jurídicas (PJ), que prestam serviço para a unidade.
“Principalmente do ramo de alimentos, como horti-frutti, carnes e a parte médica também, higienização. Todos estão com atraso no pagamento desses prestadores”, informou. De acordo com ele, o serviço de lavanderia notificou as três maternidades que não prestaria o serviço por conta da dívida.
Insumos
Na terça, colaboradores da Maternidade Dona Iris denunciaram também a falta de insumos na unidade de saúde, além da falta de pagamento. “Um dia em que eu estava de plantão, um menino teve uma parada cardiorrespiratória e não tinha luva para atender. Tivemos que improvisar para esterilizar”, contou uma técnica de enfermagem.
“O pessoal da higienização entrou de greve anteriormente, porque também não estava recebendo, e o local ficou insalubre para se trabalhar. Até mosca apareceu na unidade”, completa.
Uma outra técnica de enfermagem denunciou que falta até material como “toalhas de papel para enxugar as mãos” no banheiro.
Do mesmo modo, Lucilene de Sousa confirmou a falta de itens nas maternidades e também citou alguns produtos que as unidades necessitam.
“Desde seringa e EPIs básicos, como máscaras e luvas. Falta de alimentos para as refeições dos usuários, insumos para exames como mamografia, equipamentos sem condição de funcionamento, já que não há recurso para manutenção”, revelou.
No HMDI e HMMCC, o diretor técnico informou que faltam cateter, luva, soro e alguns medicamentos como anestésico, relaxante muscular e outros que utilizam em UTIs.
Relembre o caso
Em meados de julho, a vereadora Kátia Maria (PT) fez declarações no Plenário da Câmara Municipal ao denunciar a situação nas maternidades.
“Lá na Nascer Cidadão, eles estão com estoque para fazer esterilização para atender por apenas três dias, significa que a semana que vem também fechará o atendimento e é muito grave, nós precisamos ter um posicionamento”, cobrou a parlamentar. “Célia Câmara não tem soda. Se uma mulher precisar fazer uma cesariana, eles não têm condições de atender”.
Com isso, as unidades hospitalares estariam funcionando de maneira parcial. Após as denúncias e agravamento da situação financeira no HMDI, na MNC e no HMMCC, a Prefeitura de Goiânia criou uma força-tarefa, após reunião de emergência, para uma “transferência imediata” de R$ 10 milhões restantes de parcela em aberto à Fundach/UFG.
Além da transferência dos valores, a prefeitura também definiu o reagendamento dos procedimentos eletivos pelas maternidades e destacou que “em momento algum houve interrupção da realização de partos e atendimentos de urgência e emergência.”
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PORTAL G1
Mãe de bebê que tem 'meio coração' pede ajuda para filho fazer cirurgia: 'Ele não consegue esperar'
Vicente de Paula Pires foi diagnosticado com uma síndrome genética que faz com que o lado esquerdo o coração seja pouco desenvolvido. Ele passou por um procedimento aos 2 dias de vida, está na UTI e agora precisa fazer uma nova cirurgia.
Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás
A mãe de um bebê que tem "meio coração", Fabiane Silveira Pires, pede ajuda para tentar fazer uma cirurgia para o tratamento de uma doença raríssima: a Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico (SHCE) (entenda abaixo sobre a doença). Vicente de Paula Pires Rezende foi diagnosticado no pré-natal e fez um procedimento com 2 dias de vida. Agora, com quase 5 meses, a mãe explica que ele precisa passar por um segundo procedimento, mas o hospital afirmou que não faz esse tipo de cirurgia.
"A gente sabe das burocracias, dos entraves, mas ele não consegue esperar. Ele está dando sinais de que precisa fazer a cirurgia logo", explicou a mãe.
Fabiane explicou que, até esta quarta-feira (13), o filho está internado na Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) se recuperando de uma virose. Ela contou que, na terça-feira (12), teve a resposta de que a unidade hospitalar não realizaria a próxima cirurgia lá.
"Disseram que não é que foi negado, só não vai acontecer no hospital. Eu acho que o que o hospital vai querer é mandar a gente para São Paulo, isso pode demorar e a demora não pode acontecer", disse a mãe.
"Queremos que saia a cirurgia, independente de onde for", completou.
Com a resposta, Fabiane diz temer que o filho não consiga esperar o procedimento, uma vez que o menino completa cinco meses nesta quinta-feira (14) e que, geralmente, essa cirurgia precisa ser feita até os seis meses de vida. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) informou que Vicente foi regulado para transferência ao Hugol para procedimento em cardiopediatria pelo fluxo de regulação de urgência e que no dia 1º de setembro a equipe médica do hospital informou a necessidade de uma segunda cirurgia.
"Em atenção à solicitação, a SES está em busca da vaga, tanto na rede assistencial SUS em nosso território, como também estão sendo feitas buscas em outras unidades de referência em cardiopediatria nas demais unidades da federação", disse a Secretaria, em nota.
A SES ainda informou que, em consulta ao sistema, foi verificado que o procedimento que Vicente necessita, que é uma correção de hipoplasia de ventrículo esquerdo, é feito no Hospital da Criança, unidade privada vinculada à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Por isso, a secretaria fez um pedido de vaga para Vicente junto à regulação municipal para a transferência dele.
O g1 solicitou um posicionamento para a Prefeitura de Goiânia sobre a previsão de liberação de vaga e admissão de Vicente no sistema de regulação municipal e na unidade às 14h35 desta quarta-feira (13) e aguarda retorno.
Cirurgias
Vicente nasceu no dia 14 de abril, no Hospital Estadual da Mulher (Hemu), em Goiânia, com apenas 35 semanas e 5 dias. Devido ao baixo peso, tendo nascido com 2,8 kg, o menino precisou ser submetido ao chamado 'procedimento híbrido', com apenas 2 dias de vida. A cirurgia foi feita pelo Hugol com urgência em abril deste ano.
De acordo com o hospital, essa primeira cirurgia manteve a circulação do recém-nascido funcionando de forma semelhante ao que acontecia do útero da mãe. No procedimento híbrido foi realizada bandagem das artérias pulmonares, com objetivo de diminuir o fluxo de sangue para o pulmão.
Em seguida foi colocado um stent no canal arterial, que serve para manter o canal arterial aberto, fazendo com que o lado direito do coração leve o sangue, não só para o pulmão, mas para o resto do corpo.
Segundo a diretora do departamento de cardiologia pediatra da Sociedade Goiana de Pediatria (SGP), Mirna de Sousa, Vicente foi um dos primeiros bebês a passar pelo procedimento híbrido pelo pelo SUS em Goiás que ficou muito bem.
"Junto com o Vicente, mais quatro [passaram pelo procedimento], completou"
De acordo com a mãe de Vicente, assim como o diagnóstico da doença, todo o acompanhamento do menino foi feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde antes do nascimento.
“Fiz todo o acompanhamento pelo SUS. Descobrimos que tinha algo errado com o coraçãozinho dele quando estava com umas 20 semanas de gestação”, contou Fabiane.
Síndrome do 'meio coração'
Ao g1, o cirurgião cardiovascular Fernando Silverio explicou que a Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico (SHCE) é uma doença raríssima e que tem origem genética, ou seja, o bebê nasce com ela. A síndrome faz com que o lado esquerdo do coração, que é responsável por bombear sangue para o corpo inteiro, seja pouco desenvolvido. Apenas o lado direito, que "joga" sangue para o pulmão, funciona normalmente.
"Essa síndrome é incompatível com a vida se não for tratada. Se não for diagnosticada, pode morrer em 3 a 5 dias", disse Fernando.
"Essa doença é uma das mais graves que tem e é tratada em três estágios paliativos. Não existe uma possibilidade de cirurgia corretiva", completou Mirna.
"Se eu não estou jogando sangue no corpo, não vai sangue no cérebro e o cérebro morre, o corpo para, daí a gravidade da doença", acrescentou o médico.
Ele também explicou que essa síndrome não tem cura, mas que as cirurgias, de caráter paliativo, precisam ser feitas para que o bebê ou a criança possa sobreviver.
"As cirurgias criam uma via alternativa para [o coração] jogar sangue para o resto do corpo. As cirugias vão transformar o lado do direito [do coração] para jogar o sangue para o pulmão e para o corpo inteiro", detalhou.
O médico explicou que o procedimento híbrido, que foi feito em Vicente assim que ele nasceu, geralmente é realizado em pacientes que nascem com baixo peso - assim como no caso dele. Com a realização dessa cirurgia, as próximas precisariam ser feitas na faixa entre 5 e 6 meses e, depois, aos dois anos. Ainda há outra cirurgia que pode ser realizada a depender da necessidade, de acordo com exames.
Segundo Fernando, as cirurgias que são feitas depois do procedimento híbrido são de alta complexidade e demandam uma equipe altamente capacitada e treinada para fazer esse tipo de procedimento específico.
"Essa doença não ataca apenas o coração, ataca o coração e outras estruturas, como o cérebro. Tem que avaliar a criança como um todo. Necessita de acompanhamento multidisciplinar", completou.
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MEDICINA S/A
Mortalidade por câncer em adultos abaixo dos 50 anos aumentou 27,7%
O câncer continua sendo uma doença mais comum em idosos, mas é alarmante o aumento de número de casos em adultos abaixo dos 50 anos, em especial na faixa dos 40 aos 49 anos. Estudo publicado em 5 de setembro na revista científica BMJ Oncology evidencia que a incidência global de câncer de início precoce (diagnóstico de câncer em pessoas adultas abaixo de 50 anos) aumentou 79,1% entre 1990 e 2019, saltando de 1,82 milhão para 3,26 milhões. A mortalidade no mesmo período aumentou em 27,7%, ultrapassando a marca de 1 milhão de mortes anuais nesta faixa etária. Os autores também projetam que até 2030 aumente em mais 30% a incidência e haja uma carga extra de 20% de mortes por câncer.
Em 2019, os cânceres abaixo dos 50 anos com maior mortalidade e taxas de anos de vida perdidos por inatividade (DALYs) foram os de mama, pulmão, estômago e colorretal. Ainda nesta faixa etária, a mortalidade por câncer renal e câncer de ovário apresentaram as tendências de crescimento mais rápidas, enquanto câncer de fígado apresentou o declínio mais acentuado. Os principais fatores de risco são a dieta, consumo de álcool e tabagismo (cigarro, incluindo todos os derivados do tabaco e cigarro eletrônico).
"A obesidade, alto consumo de açúcar e de carne vermelha e a inatividade física, tudo isso está começando muito cedo, na infância. Então, aos 40 anos, a pessoa já tem, por exemplo, 35 anos de exposição a estes fatores de risco. E se prevê um aumento de mais 30% nos próximos sete anos, então é um problema que está acontecendo e precisamos agir", alerta o cirurgião oncológico Héber Salvador, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e titular do Núcleo de Abdômen do A.C. Camargo Cancer Center.
Diretriz de rastreamento
A SBCO acompanha a nova diretriz da American Cancer Society, que recomenda que pessoas com risco médio para câncer colorretal façam exames de triagem a partir dos 45 anos. "É uma mudança que, também adotada no Brasil, ajudaria a detectar precocemente este tipo de tumor, ainda mais que um pólipo, para evoluir para câncer, leva cerca de dez anos. A colonoscopia nesta faixa etária reduzia exponencialmente a incidência e mortalidade por este câncer", ressalta Héber Salvador.
No Brasil, o rastreamento populacional preconizado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), do Ministério da Saúde, indica a colonoscopia para pessoas que não têm histórico de câncer colorretal a partir dos 50 anos, com repetição a cada cinco anos. Para câncer de mama, o INCA recomenda também a partir dos 50 anos, com repetição bianual. Também seguindo as diretrizes internacionais, a SBCO, assim como outras sociedades médicas representativas no Brasil, entende ser importante a realização anual de mamografia a partir dos 40 anos para as mulheres sem histórico familiar ou pessoal. Nesses casos, a antecipação, assim como exames complementares, deve ser discutida individualmente com o médico. "Fundamental que os gestores de saúde pública avaliem, embasados nos estudos de custo-efetividade disponíveis, a possibilidade de antecipação do rastreamento de câncer de mama e colorretal, assim como introduza o rastreamento para câncer de pulmão com tomografia de baixa dose para a população tabagista. Além disso, que busque medidas para ampliar o acesso e adesão de exame de Papanicolau e vacina contra HPV, ações com potencial de eliminar o câncer de colo do útero", acrescenta Héber Salvador, presidente da SBCO.
O estudo publicado na BMJ Oncology analisou 29 tipos de câncer, com base de dados de 204 países, incluindo o Brasil. Os autores são de institutos de pesquisa da China, Estados Unidos, Suécia, Reino Unido e Grécia. Os autores concluem que os dados sugerem ser necessário realizar estudos prospectivos de coorte ao longo da vida para explorar as etiologias (causas) dos cânceres de início precoce e cabe a cada país ajustar as suas estratégias de prevenção com base nas características epidemiológicas internas. Além disso, deve ser encorajado um estilo de vida saudável para reduzir a carga de doenças cancerígenas nesta faixa etária.
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O GLOBO
A pediatria em conflito de interesses
É incompreensível e, para mim, inaceitável, que sociedades de pediatria sigam insistindo em permitir que a indústria alimentícia, um setor produtivo que se ocupa, na sua imensa maioria, em viciar o paladar infantil e provocar o adoecimento de crianças (e adultos), seja patrocinadora de eventos para pediatras. A última notícia é a Nestlé patrocinando uma live para pediatras sobre prevenção da obesidade. É espantoso. O conflitos de interesse é tão evidente quanto grave.
Quando a Nestlé e outras empresas patrocinam eventos de Pediatria, estão conquistando a simpatia desse profissional, que tem uma tremenda autoridade junto às famílias. Isso é ciência básica de marketing, e funciona bem. Investimentos como esse geram recomendações ou até prescrições de papinhas com Neston ou Mucilon, farinhas refinadas açucaradas que são veneno para bebês. Multiplica receitas médicas de compostos lácteos açucarados e até "biscoitos saudáveis" para bebês, que preparam o terreno para a chegada da montanha de veneno que vem em seguida, na forma de iogurtes adoçados, achocolatados com 60 ou 70% de açúcar, biscoitos recheados, salgadinhos e refrigerantes. Sem falar no dano terrível que faz à amamentação (tema de colunas anteriores), facilitando a prescrição de fórmulas "se você estiver cansada", "se você tiver pouco leite", "se ela não estiver ganhando peso" - em vez de orientar ou encaminhar a um banco de leite ou consultora de amamentação (veja detalhes na série de colunas sobre amamentação, aqui publicadas).
A linha de produtos dessa empresa mostra uma dedicação ferrenha a PRODUZIR obesidade infantil (e de adulto também), e não prevenir, inundando a vida de nossas crianças com quantidade industriais de açúcar. Além de escravizar seu paladar de modo que ela se desinteresse de alimentos naturais e fique cada vez mais dependente de ultraprocessados.
O slogan principal da companhia é "Nestlé Faz Bem". Está nos stands de todos os congressos de pediatria, em enormes letreiros. Mas há pouco vimos a notícia mostrando que, em documentos internos, a própria empresa admite que mais de 70% dos produtos alimentícios e 96% das bebidas (a exceção é do café puro) não são saudáveis.
Apesar disso, a a empresa se permite patrocinar um evento de PREVENÇÃO DA OBESIDADE. A razão é simples: dessa forma ela vai "limpando" sua imagem junto aos médicos e à sociedade. A gente esquece os documentos vazados, e com a ajuda das sociedades pediátricas (no caso a de São Paulo), simpatiza com a gigante suíça da alimentação (receitas de mais de US$ 100 bilhões anuais) e se rende aos seus venenos, oferecendo-os para nossas crianças, e aumentando seus lucros indecentes.
Sei que eventos precisam de patrocínio. Mas a verdade precisa ser dita: essa incoerência precisa ter fim. É possível encontrar formas mais éticas de conseguir recursos para eventos.
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Farmacêuticas vão questionar regras da ANS para incluir cobertura de terapias avançadas em planos de saúde
A indústria farmacêutica estuda um caminho - podendo chegar à Justiça - para questionar as regras divulgadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para avaliação de produtos de terapias avançadas a serem incluídos na lista (rol) de coberturas obrigatórias dos planos de saúde.
Essas terapias avançadas são produtos biológicos elaborados a partir de células de tecidos humanos e ácidos nucleicos recombinantes - aqueles que trazem moléculas de DNA ou RNA manipuladas em laboratório para combinar material genético de fontes diferentes.
São, em grande parte, medicamentos utilizados para tratar condições raras e também alguns tipos de câncer. É o caso do Zolgensma, o remédio mais caro do mundo, por exemplo, produzido pela Novartis, empregado no tratamento de bebês diagnosticados com atrofia muscular espinhal (AME) do tipo 1.
A doença degenerativa e hereditária impacta os neurônios motores, responsáveis por funções como respiração, deglutição e movimento.
- A ANS não está tratando como medicamento, o que de fato são. E isso não foi debatido com a indústria ou a sociedade. Outra coisa é que terapias medicamentosas injetáveis e de uso hospitalar não passam por essa avaliação da agência. É uma barreira - argumenta Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma, entidade que reúne as farmacêuticas.
Avaliação regular A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela aprovação de novos medicamentos no país, classificou esses produtos como de terapia avançada, sendo medicamentos especiais.
Com isso, por terem uma natureza "complexa e inovadora", a ANS avaliou ser "inadequado prescindir das etapas de avaliação técnica e de participação social" (com consulta ou audiência pública) utilizadas regularmente em processos de incorporação de novas tecnologias à cobertura dos planos de saúde.
- A avaliação técnica, que verifica fatores relativos a eficácia, segurança, disponibilidade na rede de atendimento e custo, é regra. A exceção é aquilo que é aprovado pela Conitec (que avalia a incorporação de tecnologias ao SUS), que é incorporado à saúde suplementar em 60 dias. Se recorrer, o Sindusfarma vai perder - explica Maria Stella Gregori, diretora do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (Brasilcon) e ex-diretora da ANS.
Ela reforça que esse custo não põe em xeque a saúde financeira das operadoras de saúde. Ainda que os gastos tenham subido e as margens dessas empresas estejam mais apertadas, Maria Stella frisa que é importante que os planos de saúde evoluam em questões administrativas e adotem programas de promoção de saúde e prevenção de doenças de forma eficiente para terem controle de sua operação e despesa.
Para Cassio Ide Alves, superintendente médico da Abramge, que reúne grandes operadoras de saúde no país, a medida da agência não constitui uma barreira aos medicamentos:
- Não é barreira. A ANS tomou uma medida correta, em linha com o que fez a Anvisa ao criar uma categoria diferenciada, de produto de terapia avançada - diz ele. - Não se está combatendo a tecnologia que é espetacular. Mas ela não pode entrar só pelo viés tecnológico e comercial. Tem de ter avaliação, rede disponível e acesso.
Embate sobre preços Maria Stella afirma que a ANS não tem o papel de vigiar os preços dos medicamentos, reconhecendo que muitos custam mais caro no Brasil do que em outros países:
- A agência tem de ver se as operadoras suportam o custo. Essas empresas visam o lucro, mas o importante é garantir que o consumidor tenha acesso a um serviço (em assistência médica) de qualidade.
O preço desses medicamentos e novas tecnologias, aponta Ana Carolina Navarrete, à frente do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), é central nesse debate.
- A indústria não justifica seus altos preços. Preço é diferente de custo. Existe a ilusão de que o mercado se autorregula. Mas a saúde privada acaba não sendo eficiente em acessar e distribuir saúde como se espera. E ela provoca a ANS por redução de preços. Nessa briga de gigantes, o consumidor sai perdendo - diz ela, destacando haver ainda riscos e custos relativos à judicialização.
No Brasil, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), vinculada à Anvisa, publica a tabela com o preço máximo dos medicamentos registrados no país.
A saúde suplementar questiona o preço com desconto oferecido ao SUS, enquanto os planos pagam o preço cheio.
- O Zolgensma (da Novartis) sai a cerca de R$ 4,5 milhões a dose inicial para o SUS, com pagamento parcelado anual e condicionado à resultado. Na saúde suplementar, sai a R$ 10 milhões, sem condicionantes - destaca Alves, da Abramge.
Possíveis soluções Mussolini, do Sindusfarma, explica tratar-se de uma questão de mercado:
- Os preços são diferentes porque o SUS compra um número muito maior, olhando para 160 milhões de brasileiros. É uma questão de mercado. E ainda há o preço para casos de judicialização. Mas as farmacêuticas negociam. Com escala, os preços podem cair.
Ana Carolina, do Idec, reforça que o setor precisa unir esforços e voltar as atenções para o debate sobre custos de medicamentos. Ela destaca que o projeto de lei 5.591/2020, que está em discussão, propõe a criação de critérios para definir o preço de entrada de novos medicamentos no mercado e a criação de um órgão na Cmed voltado para essa regulação.
- As soluções estão na mesa. As operadoras também poderiam fazer compras conjuntas. Mas é preciso debater, entender o custo, saber se o preço é justo. Ou a discussão será infrutífera, usando o consumidor, de um lado, para justificar o preço alto e, de outro, a negativa de cobertura - diz ela.
Procurada, a ANS não respondeu até a publicação desta reportagem.
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PORTAL BRASIL 61
População médica no Brasil cresce, mas distribuição concentra profissionais nos grandes centros
Somos 203 milhões de habitantes no Brasil, segundo dados do Censo 2022. Mais de meio milhão são médicos. 545.767 profissionais de saúde espalhados - de forma heterogênea - pelo país. Uma média de 2,69 médicos por 1000 habitantes, como mostra o estudo Nova Demografia Médica, publicado pela Faculdade de Medicina da USP e a Associação Médica Brasileira.
Em números absolutos, a pesquisa revela que alcançamos uma densidade médica semelhante à de países ricos, como Estados Unidos, Japão e Canadá. Mas quando olhamos a concentração desses profissionais, as discrepâncias são imensas. Segundo o estudo, enquanto a região Sudeste tem 3,62 médicos por 1000 habitantes, no Norte esse número é de 1,65 para cada 1000 pessoas.
A maior parte dos municípios do país - quase 70% - é de pequeno porte, ou seja, tem até 20 mil habitantes. Juntas, essas cidades somam 31,9 milhões de habitantes (15,8% da população brasileira), cidades onde trabalham só 16,7 mil médicos (2,8% do total de profissionais do país). Na outra ponta, 41 cidades com população maior de 500 mil habitantes são onde vivem 29% da população e 61,5% dos médicos estão nesses grandes centros.
Há 12 anos na presidência do sindicato dos médicos do DF Gutemberg Fialho acredita que faltam políticas públicas que sejam capazes de dispersar esses profissionais dos grandes centros.
"Os profissionais vão para o mercado de trabalho onde possam progredir, possam evoluir. Se a região é carente, não dá a mínima condição de trabalho, você tende a sair de lá ou tende a nem ir para lá. Então, nós precisamos criar condições para interiorizar os profissionais de todas as áreas. Temos que ter políticas públicas que os levem para os interiores, para os rincões. Enquanto não se fizer isso, os profissionais, naturalmente, vão procurar os grandes centros."
Na divisão por unidades da federação, o DF lidera o ranking oferecendo 6,13 médicos para cada 1000 habitantes. Por outro lado o Maranhão tem apenas 1,17 médico por 1000 habitantes.
Mas mesmo dentro da unidade da federação com mais médicos por habitante ainda há abismos. Segundo o médico Gutemberg Fialho, apesar da alta densidade médica da capital do país, pacientes atendidos pelo SUS e pela rede privada vivem realidades paradoxais.
"A deficiência de médicos aqui é no serviço público, não porque não tenham médicos na cidade, no DF, não tem médico no serviço público. Por várias razões, primeiro: o quantitativo de médicos se aposentando, o quantitativo de médicos pedindo retração de 40 para 20 horas - e não tem concurso público que atraia o médico para trabalhar na Secretaria de Saúde."
Para o coordenador do estudo e professor da Faculdade de Medicina da USP, Mário Scheffer, a falta de médicos no SUS pode estar relacionada à falta de especialização dos profissionais.
"No caso dos especialistas há uma maior concentração de especialidades médicas nos serviços privados. Portanto, hoje faltam especialistas para atender não só municípios historicamente desassistidos, mas também para atender a rede pública, mesmo nos grandes centros. A falta de especialistas é um dos motivos das filas em consultas, exames e cirurgias e do longo tempo de espera no SUS para a realização desses procedimentos."
12 anos e o dobro de médicos
Outro dado do estudo mostra que em 22 anos - de 2000 a 2022 - o número de médicos mais do que dobrou no Brasil: passou de 1,41 para 2,69 médicos por 1.000 habitantes. Enquanto isso, nos últimos 12 anos a população brasileira cresceu 6,5%, o que mostra uma desaceleração. Mas a população de médicos, nesse mesmo período, teve um aumento de 225.290 profissionais, um crescimento de 70,3% em pouco mais de uma década. O que pode ser atribuído, segundo o estudo, à oferta de vagas nas faculdades de medicina de todo o país.
" É a primeira vez que a região Nordeste tem mais de dois médicos por mil habitantes, isso é uma consequência direta da abertura de novos cursos e da ampliação de vagas de graduação de medicina. E o Brasil, com isso, contará com mais de um milhão de médicos em pouco mais de 10 anos. O grande desafio vai ser fazer com que esses profissionais sejam bem formados e que eles estejam, de fato, nos locais e nos serviços de saúde onde a população mais precisa."
Enquanto o número de médicos é de 2,69 por 1000 habitantes o de especialistas cai para 1,58 (médico especialista por 1.000 habitantes). E o estudo ainda mostra que todas as especialidades são distribuídas de forma desigual entre as unidades da Federação.
Das 55 especialidades médicas reconhecidas, algumas das maiores demandas são por anestesistas e cirurgiões.
O DF tem seis vezes mais cirurgiões que o Pará, por exemplo. Enquanto no primeiro são 60,84 por 1000 habitantes, no estado do Norte esse número cai para 10,46. Na Atenção Primária, a especialidade de Medicina de Família e Comunidade tem 5,54 médicos para 100 mil habitantes, o que já representa um número muito abaixo da demanda, sobretudo em regiões mais carentes. E 15 estados ainda estão abaixo dessa média.
Da graduação à residência
Enquanto de um lado aumentam as ofertas de vagas nas faculdades de medicina de todo o país, o estudo mostra que as oportunidades de residência médica não acompanham esse crescimento. Segundo o último Censo da Educação Superior, divulgado em 2021, são 365 escolas médicas ativas no Brasil onde estão matriculados mais de 220 mil alunos.
Na graduação o Brasil tem 1,05 estudante por 1.000 habitantes, na residência médica, os números são bem menores: 0,21 médico residente por 1.000 habitantes.
O que preocupa o coordenador da pesquisa é o fato de que o Brasil está envelhecendo. Com isso, doenças crônicas como diabetes, hipertensão e obesidade - que são as que mais matam no mundo - vão demandar um número cada vez maior de médicos especialistas.
"Precisamos garantir a qualidade da formação da graduação e, ao mesmo tempo, expandir a capacidade de formar médicos especialistas depois de graduados. Se nada for feito, possivelmente, além da má distribuição dos médicos especialistas hoje existentes, em curto prazo poderão faltar médicos especialistas no Brasil."
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HOJE EM DIA
UFMG: calculadora é capaz de estimar probabilidade de óbito para pacientes com febre amarela
Uma calculadora em desenvolvimento na Faculdade de Medicina da UFMG é capaz de estimar a probabilidade de óbito para pacientes com febre amarela. O aparelho utiliza um modelo matemático com as informações laboratoriais do doente. A tecnologia é essencial para definir os tratamentos mais adequados, aponta tese defendida no Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e Oftalmologia.
Autora do estudo, a pesquisadora Carolina Lins reforça que os cálculos auxiliam o médico na tomada de decisão. As informações do paciente, como idade e os exames ajudam a calculadora a gerar uma porcentagem, alertando o médico sobre o prognóstico. "Surgiu a necessidade de algo que determinasse a tomada de decisão, se for necessário o transplante de fígado, qual o paciente e quando será feito", acrescenta.
O trabalho foi feito por análise dos prontuários de 273 pacientes do Hospital Eduardo de Menezes em 2017, buscando entender quais eram os fatores compartilhados pelos doentes que evoluíram mal. Os resultados da pesquisa serão publicados nas próximas semanas e fazem parte do doutorado de Carolina Lins, orientado pela professora Wanessa Trindade Clemente.
O modelo matemático será testado em outras regiões para validação, uma vez que os dados utilizados são de casos exclusivamente de Minas.
Febre amarela
A febre amarela é uma doença viral aguda, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, atingindo principalmente o fígado e causando uma insuficiência hepática. O vírus circula no ambiente silvestre.
Há cinco anos, Minas ficou em alerta máximo contra a febre amarela. Foram mais de 80 mortes entre julho de 2017 e junho de 2018.
"A cobertura vacinal era muito baixa na época, e essa é a única forma de prevenir a doença, que a princípio não tem tratamento", aponta a pesquisadora.
Atualmente, a vacina é produzida no Brasil, indicada em todo território brasileiro para aqueles com mais de nove meses, de forma gratuita. Segundo a doutora, em vários casos as pessoas tomavam a vacina tardiamente, isto é, muitas vezes já estavam infectadas quando buscavam a primeira dose. "Ela tem um tempo de 10 dias para se tornar imunizada após a vacinação. Após o surto de 2017 a imunização aumentou e milhares de doses foram aplicadas", conta.
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SAÚDE BUSINESS
As perspectivas do mercado de oncologia no Brasil
Para cada ano do triênio 2023-2025, segundo a publicação Estimativa 2023 - Incidência de Câncer no Brasil, produzida pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados 704 mil casos novos da doença no país, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência de casos.
No triênio 2020-2022, eram esperados 625 mil novos casos de câncer por ano no Brasil, ou seja, com a nova estimativa, a cada ano serão registrados 79 mil casos a mais. As respostas para esse aumento, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, podem estar, além de no próprio envelhecimento natural da população, nos hábitos de vida pouco saudáveis, como o consumo de tabaco e de álcool, dieta desequilibrada e sedentarismo, que são fatores de risco para a doença em todo o mundo.
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Nas leis de mercado, a alta demanda por um serviço significa ampliação de oferta e, oportunidade de receita para as empresas. Um relatório do Itaú BBA, apontou que em 2021, o ticket médio de um paciente de um tratamento oncológico era de R$ 138 mil.
Daí os altos investimentos vistos nos últimos anos no segmento. Só em 2022, a Dasa investiu R$ 420 milhões, na área que soma hospitais e oncologia. No segundo trimestre de 2023, o resultado do segmento oncológico representou um crescimento de 36% em relação ao mesmo período do ano passado na empresa.
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Na Rede D'Or, no relatório divulgado, a receita acumulada no primeiro semestre na área é de R$ 1,3 bilhão, um incremento de 21,3% em relação ao mesmo período no ano passado. A Oncoclínicas comemorou, nesse período, a expansão de 31% do faturamento orgânico da companhia.
Impacto nos custos
Paralelamente a esse aumento no número de pessoas diagnosticadas, crescem também os investimentos em novas ferramentas diagnósticas e em novos tratamentos, cada vez mais eficientes e com menos efeitos colaterais, porém, com custos cada vez maiores para a saúde pública e privada.
O estudo "Quanto custa o câncer?", produzido em uma parceria entre o Observatório de Oncologia, o Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE) e o Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, apontou que, nos últimos quatro anos, aumentou em 400% o custo médio dos procedimentos de tratamento da doença, como a quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.
Para Nina Melo, coordenadora do estudo e também coordenadora sênior de pesquisa da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), esse aumento pode encontrar resposta em duas hipóteses. "A primeira é a incorporação de novas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS), com moléculas mais avançadas e, consequentemente, mais caras. E a segunda, a mais preocupante, é o aumento no número de diagnósticos avançados, o que eleva o custo do tratamento do câncer por exigir mais linhas de tratamento, mais intervenções e intercorrências como internação, por exemplo."
Só em 2022, os gastos com o tratamento do câncer no SUS foram de R$ 4 bilhões, o que representou 3% dos recursos totais destinados à saúde no Brasil. Neste valor estão incluídos procedimentos ambulatoriais, internações e cirurgias, e também as terapias inovadoras incorporadas ao SUS nos últimos anos.
"No entanto, há muitas outras coisas que ainda poderiam ser incorporadas, pois para alguns tipos de câncer, o tratamento no sistema público ainda é muito diferente do tratamento do sistema suplementar, como é o caso do mieloma múltiplo, por exemplo. Por outro lado, há que se pensar na sustentabilidade do sistema como um todo. Essa é uma discussão complexa que não pode ser pautada apenas por um estudo. Os gastos com câncer vão muito além de R$ 4 bilhões, pois envolvem promoção e prevenção, cuidados paliativos e reabilitação, por isso não podemos afirmar se este valor atende à demanda atual", explica Nina.
Segundo estimativas publicadas recentemente no Jama Oncology, a expectativa é que sejam gastos com tratamentos oncológicos mais de US$ 25 trilhões, até 2050, em 204 países. No Brasil, o Inca estima que, até 2040, o gasto do SUS com os vários tipos de câncer chegarão a quase R$ 8 bilhões. "A tendência de aumento nos gastos com a doença é global, já que a incidência por câncer vem aumentando em todo o mundo. Para que essas projeções e demanda futura não impactem o sistema, é possível que haja ações coordenadas e um plano de enfrentamento do câncer, levando em conta todas as especificidades regionais e financeiras que existem no Brasil", avalia Nina.
Como manter a sustentabilidade do sistema de saúde
O investimento em prevenção, principalmente na secundária, na opinião de Nina, pode ajudar a gerar economia ao sistema de saúde e mais qualidade de vida ao paciente. "Investindo em prevenção, por meio do rastreamento, temos a possibilidade de aumentar os diagnósticos precoces que vão não só trazer uma economia para o sistema, mas aumentar as chances de cura e qualidade de vida do paciente, fazendo com que ele continue ativo e contribuindo economicamente para a sociedade."
Além da prevenção, Nina aponta, de maneira direta, como manter o sistema de saúde sustentável: sendo custo-efetivo. "Se, ao se agregar o custo da incorporação de uma nova tecnologia isso leva a um desfecho clínico superior, acredito que essa opção deva ser avaliada. E quando me refiro a desfecho, estou falando de desfechos oncológicos ou não oncológicos. Se tenho à disposição uma tecnologia que reduza as taxas de complicações durante a jornada terapêutica de determinada neoplasia, e isso leva a uma menor taxa de reinternações ou necessidade de procedimentos adicionais posteriores, a estratégia pode se mostrar custo-efetiva. Acho que estamos preparados para uma discussão mais abrangente, inclusive avaliando o que já temos incorporado, para definir se, de fato, faz sentido uma nova tecnologia. Ainda existe muito desperdício na oncologia."
Importância da prevenção
Prevenção e promoção à saúde são alguns dos pilares da SulAmérica Saúde. "A prevenção inclui desde a incorporação de hábitos saudáveis até o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) para funções que tenham contato com substâncias carcinogênicas, como é o caso do agrotóxico, por exemplo", comenta Tereza. "Em relação a isso, a SulAmérica faz diversas campanhas para que os beneficiários procurem incluir práticas mais saudáveis no seu dia a dia. Essa também é uma recomendação médica em todas as consultas", explica Tereza Veloso, diretora técnica de Operações e Rede Credenciada.
No que se refere a diagnóstico precoce, a operadora atua em duas frentes: na conscientização dos beneficiários e na qualificação da rede sobre a importância de realizar os exames de rastreamento como mamografia, Papanicolau, PSA, entre outros.
Na opinião de Tereza, é preciso, além de investir em prevenção e promoção à saúde, também racionalizar o uso de medicamentos para pacientes em cuidados paliativos e ampliar as campanhas que alertam sobre o uso consciente do sistema de saúde suplementar, evitando fraudes e desperdícios.
A SulAmérica também tem feito uso de tecnologias, como inteligência artificial e big data, na jornada do paciente dentro do sistema para identificar casos em que é possível atuar precocemente por meio da análise dos diagnósticos. Essa iniciativa só é possível com o consentimento do beneficiário, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Investimentos em parcerias
Diante desse quadro de aumento no número de casos da doença e dos custos cada vez mais elevados de tratamento, grandes grupos de medicina e saúde têm se unido em parcerias focadas em serviços oncológicos.
No ano passado, A BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo -, o Grupo Bradesco Seguros e o Grupo Fleury anunciaram a criação de uma companhia dedicada a esse segmento. O objetivo é ser um serviço de referência em rastreamento, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação.
A nova empresa, que deverá contar com clínicas e câncer centers em diferentes cidades do Brasil, tem como meta atuar de maneira disruptiva e fazer toda a trilha de acompanhamento do paciente, visando, além de proporcionar a melhor assistência, entregar um modelo de excelência na coordenação de cuidado em toda a jornada do paciente. Isso, espera-se, contribuirá com a sustentabilidade do sistema de saúde em virtude da melhor utilização dos recursos disponíveis, viabilizando um modelo de custos adequados.
O papel da medicina diagnóstica no futuro do tratamento oncológico
Com terapias cada vez mais personalizadas e tecnológicas, bem como a necessidade de investimentos contínuos em pesquisa e tratamentos, um dos maiores desafios da oncologia está na democratização do acesso. Encontrar maneiras de prover a melhor jornada de cuidados para o paciente com câncer é uma das principais necessidades para o setor.
"O rastreamento preventivo orientado por critérios clínicos ainda é o que temos de melhor e mais acessível para o diagnóstico de alguns tumores de elevada incidência, como mama e próstata, em sua fase inicial. Os testes genéticos também são grandes aliados para a identificação precoce do câncer, pois analisam o DNA a partir de amostras de sangue ou saliva em busca de alterações genéticas hereditárias que aumentam o risco para determinados tipos de câncer. Além do diagnóstico preditivo, exames genéticos do DNA tumoral também ajudam na identificação do melhor tratamento, dado que as novas terapias, em geral, têm alvos moleculares específicos que são identificados por esses testes", explica Edgar Gil Rizzatti, presidente de Unidades de Negócios Médico, Técnico, de Hospitais e Novos Elos do Grupo Fleury.
Essas inovações diagnósticas podem auxiliar na estratificação de risco hereditário para determinados tipos de câncer em fases cada vez mais precoces, no estadiamento do tumor e na estratificação de risco do paciente, e no direcionamento do tratamento. Tudo isso de maneira cada vez menos invasiva.
"A biópsia líquida é um bom exemplo disso, pois se trata de um método com alta eficácia, realizado por meio uma amostra de sangue, sem necessidade de biópsia do tumor. Esse exame, totalmente não invasivo, permite a análise de diferentes genes e variantes em frações diminutas do DNA tumoral circulante, quase sempre presente."
Outra inovação apontada por Rizzatti é o Oncofoco, um exame direcionado a pacientes oncológicos que necessitam de uma alternativa terapêutica. Por meio de algoritmos de inteligência
artificial, o Oncofoco avalia as alterações existentes em 421 genes e regiões de fusões de 50 genes, gerando, em poucos segundos, um relatório com dados de ensaios clínicos presentes na literatura médica mundial e uma lista de medicamentos ou tratamentos que podem responder às alterações genômicas encontradas no tumor sob avaliação.
Rizzatti destaca ainda que um dos maiores desafios em relação aos métodos diagnósticos mais modernos está na incorporação das novas tecnologias que estão surgindo e, paralelamente a isso, buscar a democratização do acesso.
"Em alguns casos, os novos testes de vanguarda passam por etapas de análise fora do Brasil, o que torna mais elevado tanto o custo quanto o prazo de liberação dos resultados, um aspecto crítico em oncologia. Temos buscado maneiras de reduzir custos e prazos, seja pela internalização desses testes que inicialmente são feitos fora do país, seja por meio de parcerias com diferentes entes da cadeia de saúde, com o objetivo de ampliar o acesso e beneficiar mais pacientes."
Para o futuro, ele avalia que a medicina será cada vez mais personalizada e integrada, com foco no melhor desfecho clínico para o paciente. "A construção dessas soluções integradas passa por quatro etapas que personalizam a jornada do paciente e entregam uma experiência melhor e mais eficiente na utilização dos recursos de saúde: entender a necessidade, desenhar a solução, engajar o paciente e escalar e produtizar (elaborar soluções e facilitar a transição entre as etapas). No Grupo Fleury, olhamos para todo o processo, desde o rastreamento, passando pelo diagnóstico, estadiamento e acompanhamento", conclui Rizzatti.
Perspectivas para o futuro da oncologia
Nina acredita ser possível equilibrar o melhor resultado ao paciente, os custos com as novas tecnologias e os custos em saúde de maneira sustentável. "Tudo faz parte de uma cadeia, na qual se precisa caminhar de forma coordenada. É muito simples: se o recurso é um só e eu prevaleço uma área ou alguns, automaticamente a outra vai ficar deficiente. Os processos de incorporação no Brasil hoje já levam em conta a questão de custo-efetividade, mas, ainda assim, nem tudo o que é de fato incorporado chega até o paciente. Em um sistema universal como o nosso é difícil gerir esse financiamento versus a demanda, por isso, todos temos responsabilidade na gestão deste recurso, que é finito. Atualmente, temos tido custos exorbitantes com judicialização, por exemplo. Por isso, executivo, legislativo e judiciário precisam caminhar juntos em um plano que vise trazer esse equilíbrio."
O aumento progressivo e desenfreado dos custos na cadeia da assistência oncológica é um problema sério e sistêmico, na opinião do Dr. Walter Henriques da Costa, oncologista do A.C. Camargo Cancer Center. "A incorporação de novas tecnologias e medicamentos, associada à ineficácia da gestão na área da saúde, tornam o sistema injusto (já que premia os excessos e o desperdício) e insustentável do ponto de vista econômico. No A.C. Camargo Cancer Center, nos sentimos preparados para sermos protagonistas na transição de remuneração baseada em produtividade para remuneração baseada em valor. Estruturamos nosso Escritório de Valor com o intuito de, entre outros temas, gerar indicadores de custo-efetividade e de estruturação de jornadas e protocolos clínicos que possam ajudar na elaboração de bundles. Estamos seguros de que conseguimos entregar valor em oncologia associado a um custo bastante competitivo frente ao mercado."
O que norteias as opções terapêuticas da instituição são protocolos clínicos desenhados pelo corpo de especialistas e baseados em evidência presentes em literatura médica. Ele também pontua que o desejo do paciente e família deve ser levado em consideração no momento da decisão do tratamento, desde que esteja amparado em um claro benefício clínico presente em estudos científicos e cujo custo adicionado à jornada clínica seja razoável.
Tereza, da SulAmérica, também destaca a aplicação de protocolos clínicos com fortes evidências de efetividade como fundamental para uma boa gestão financeira. Ela cita como exemplo os investimentos em um dos hospitais credenciados da rede, da Rede D'Or, que investiu recentemente R$ 80 milhões em um laboratório de patologia molecular com alguns equipamentos únicos na América Latina, em que é possível analisar o código genético do tumor dos pacientes, orientando para um tratamento mais assertivo. "Com isso, conseguimos proporcionar tratamentos mais rápidos e personalizados. A otimização e a precisão da jornada do paciente contribuem para a sustentabilidade do sistema."
Dr. Costa, acredita que, para o futuro, o foco da terapia oncológica esteja voltado mais para a manutenção da qualidade de vida pós-tratamento e a redução das potenciais sequelas relacionadas ao tratamento. "Buscamos a resposta oncológica, sem dúvida, mas a que preço? Dentro da estrutura do nosso Escritório de Valor, temos nos dedicado a esse tema, com coletas periódicas e protocolares de questionários de qualidade de vida pós-tratamento oncológico. Estamos focando nos PROMs (do inglês, Patient Related Outcome Measures; em português, medidas de desfecho relatadas pelo paciente) para poder entender e contribuir com essa discussão de uma forma mais ampla."
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Artigo - Custos dos planos de saúde e Unimed Cuiabá
Os clientes da Unimed de Cuiabá e região foram surpreendidos, este ano, com a notícia de que a operadora está numa situação financeira grave. Esta informação deixou profissionais cooperados da entidade, usuários do plano e, todo Os clientes da Unimed de Cuiabá e região foram surpreendidos, este ano, com a notícia de que a operadora está numa situação financeira grave. Esta informação deixou profissionais cooperados da entidade, usuários do plano e, todo "time" da empresa preocupados. A situação está no holofote da Agência Nacional de Saúde (ANS), órgão regulamentador das operadoras de planos de saúde, que decretou Direção Fiscal para acompanhar as decisões da atual gestão, mas principalmente, garantir que os usuários não sejam prejudicados.
No entanto, o cenário da operadora em questão, não está muito diferente do restante do mercado de planos de saúde que vive seu pior momento. Em 2022 houve o maior prejuízo operacional já registrado desde que o mercado de saúde privada foi implantado no Brasil. E claro, quem sente os percalços dessa situação é o consumidor.
E quem utiliza os serviços são os mais impactados por vários fatores e, ainda pagam reajustes altos. Em alguns casos, o aumento chega a 23%. Tudo isso, mais a atualização da tarifa por idade. Para muitas famílias começou a ficar difícil manter um plano de saúde razoável no orçamento.
Mas, infelizmente, um dos impactos nesse cenário tão ruim, ainda são as fraudes. De acordo com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), elas representam em torno de 19%, ou seja, cerca de R$ 27 milhões do orçamento da saúde privada está se esvaindo em fraudes.
De acordo com os dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), apenas no 1º semestre de 2021, os valores de fraudes comprovadas chegam a R$ 349,3 milhões. Em 2022, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), por sua vez, denunciou um esquema que movimentou mais de R$ 40 milhões baseado em empresas de fachada, "beneficiários-laranjas" e até falsos prestadores de serviços médicos.
Aliado a isso, inclui-se ainda novos custos assistenciais nos planos de saúde advindos de tecnologias novas e tratamentos médicos cada vez mais avançados. Isto aumenta as solicitações de procedimentos obrigatórios ou deixam margem para que sejam cumpridos, sem que a operadora tenha muito como prever frequência e custos destes procedimentos, de forma antecipada.
Mas afinal, o que você consumidor e profissional tem a ver com isso? Você que não frauda, é atingido no bolso e na experiência: planos de saúde mais caros, processos de liberação de procedimentos burocráticos, pagamentos aos prestadores de serviço e reembolsos aos usuários que se tornam cada vez mais morosos. A demora de resposta em qualquer outra demanda está cada vez maior em função do enxugamento dos custos.
Uso consciente também abre espaço para descontos no seu plano, mesmo em cenários ruins como este. Nessa hora é importante ter profissionais que te auxiliem na dinâmica da regulamentação como um todo. É importante ter a orientação para que se tenha um plano de saúde que caiba no orçamento e, também, para auxiliar no trâmite junto às operadoras.
Lovani Goreti Zerwes Silva é head de Seguros e Saúde da Ouro Seguros e Investimentos
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Assessoria de Comunicação