Quinta, 14 Dezembro 2023 07:01

CLIPPING AHPACEG 14/12/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Deputados apresentam emendas para manter prazo de 3 anos de experiência para OSs em Goiás

Defesa de marido que agrediu médico após esposa morrer em UPA diz que profissional a mandou calar a boca quando ela reclamou de dor: 'Falou que estava exagerando'

Conheça o primeiro homem trans que deverá receber pelo SUS tratamento com testosterona em Goiás

Piso da enfermagem: profissionais da saúde podem não receber valor da portaria que garante empregos

Empresas e planos de saúde adotam linhas de cuidado por eficiência e menor custo

JORNAL OPÇÃO

Deputados apresentam emendas para manter prazo de 3 anos de experiência para OSs em Goiás

Texto foi apreciado na Comissão de Constituição Justiça e Redação (CCJ) desta quarta-feira, 13; governadoria justifica melhoria para a prestação de serviços

Tramita na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) a proposta de alteração do regime jurídico das Organizações Sociais (OSs) para atuação na área de saúde. O texto foi apreciado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Casa e recebeu emendas dos deputados Issy Quinan (MDB) e Antônio Gomide (PT).

A relatoria do projeto na Alego é do deputado estadual Tales Barreto (UB), que acatou parte dos argumentos dos dois deputados. Devido à alteração na redação, o líder do governo, Wilde Cambão (PSD), pediu vista. Agora, ao devolver, a proposta passará por nova análise do colegiado para ser votada em Plenário.

De autoria da governadoria, o PL justifica a redução do prazo de três anos para instituições que atendam “demais requisitos de qualificação dispostos na Lei”. Outras mudanças são o chamamento público preferencialmente pela internet e, nos casos de calamidade pública, o Estado poderá contratar emergencialmente OSs por até um ano.

Segundo o Executivo, a iniciativa visa ampliar a participação de novas entidades nos chamamentos públicos, o que deve garantir, ao mesmo tempo, a continuidade de serviços essenciais. A possibilidade de redução do prazo de experiência mínimo de três anos para as organizações seria por meio de um ato específico do governador, previamente à publicação do edital de chamamento público, caso não haja entidades aptas para participar dos processos seletivos.

Outra mudança é a introdução de novos mecanismos de controle e transparência na fiscalização de contratos. Por exemplo, é estabelecido parâmetros para a desqualificação de entidades em casos de infrações e aplicação de sanções que consideram a natureza e gravidade das irregularidades cometidas.

Contrário

O deputado Antônio Gomide defendeu a manutenção do período de experiência de no mínimo três anos na prestação de serviços de assistência à saúde.

“A retirada do período de experiência mínimo no texto original da propositura pode gerar diversos prejuízos na qualidade e estabilidade do serviço”, acentuou. Ele rebateu ainda a ampliação dos contratos emergenciais de seis meses para um ano.

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PORTAL G1

Defesa de marido que agrediu médico após esposa morrer em UPA diz que profissional a mandou calar a boca quando ela reclamou de dor: 'Falou que estava exagerando'

Médico foi agredido dentro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Águas Lindas de Goiás. Suspeito diz que estava fora de si e que agiu pela emoção da perda da esposa.

Por Augusto Sobrinho, g1 Goiás

A defesa do marido suspeito de agredir um médico após a esposa dele morrer em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) diz que o profissional a mandou calar a boca quando ela reclamou de dor. Pablo Henrique de Araújo Leal foi agredido na UPA de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal (DF).

“A esposa começou a debater na sala, espernear e gritar de dor. Nesse momento, o médico disse: é melhor você calar a boca, essa dor toda não é para isso”, contou o advogado Fábio Cavalcanti.

Ao g1, o advogado disse que Jhader de Melo Montalvão, de 35 anos, lamenta ter agredido e médico, disse que ele não estava em si no momento e que agiu pela emoção da perda da esposa. O g1 tentou localizar o contato do médico para ouví-lo, mas não obteve sucesso até a última atualização desta matéria.

“O Jhader lamenta muito ter feito isso, mas diz que não estava em si. Ele diz que perdeu a pessoa que mais amava no mundo e se descontrolou”, afirma.

Cavalcanti conta que a esposa de Jhader, Nathali Haydee Cunha, estava com suspeita de dengue e sentindo muitas dores. Segundo ele, Pablo teria receitou duas bolsas de soro e, após ela tomar, a paciente voltou ao consultório. “Ela falava que estava sentindo morrer, arrancou a sonda e começou a sangrar”, detalha.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudiou a agressão contra Pablo e lamentou dizendo que situações como essa estão se tornando comuns. O g1 também solicitou um posicionamento da Secretaria de Saúde de Águas Lindas de Goiás, mas não obteve retorno.

Relembre

O médico Pablo Henrique de Araújo Leal foi agredido com socos pelo marido de uma paciente que morreu na UPA onde ele trabalha, em Águas Lindas de Goiás. Segundo a Polícia Militar (PM), o suspeito acredita que o profissional foi negligente ao atender a esposa dele e, consequentemente, permitiu que ela morresse.

A agressão aconteceu na segunda-feira (12), no Setor Mansões Odisséia. Jhader confessou aos policiais que ficou nervoso com a morte da esposa e, por isso, invadiu a sala do médico para agredi-lo. Um exame de corpo delito constatou que o médico teve um ferimento de três centímetros em uma das pálpebras causada pelos socos.

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Conheça o primeiro homem trans que deverá receber pelo SUS tratamento com testosterona em Goiás

Eduardo Araújo de Jesus falou ao g1 sobre a emoção e a importância do tratamento. ‘Conquista’ foi alcançada somente após uma decisão da Justiça.

Por Augusto Sobrinho, g1 Goiás

Eduardo Araújo de Jesus será o primeiro homem trans a receber a hormonioterapia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Goiás, afirma a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO). Uma ‘conquista’ alcançada somente após uma decisão da Justiça. Ao g1, ele falou sobre a emoção e a importância do tratamento com testosterona para ele e para a comunidade trans.

“Isso é um direito e eu torço para que todos os homens trans consigam ter acesso ao tratamento”, disse.

A decisão da juíza Liliam Margareth da Silva Ferreira, da 6ª Vara de Fazenda Pública Estadual, obriga o Estado de Goiás e o Município de Goiânia a disponibilizar o tratamento de graça para Eduardo. O g1 pediu um posicionamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e aguarda retorno. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que não há pendência com o paciente no município.

Quem é o Eduardo?

Eduardo tem 35 anos, nasceu e mora em Goiânia, é casado e, ao g1, contou um pouco da história dele e sobre quando ele se entendeu como um homem trans. “Eu me entendo como homem trans desde de criança. Vivi com meus primos e sempre gostei de jogar bola, vestir roupas mais largas, usar tênis e fazer coisas do universo masculino. Era desligado das coisas ‘de menina’”, revela.

Ele conta que a família foi o principal incentivo nesse processo de identidade de gênero e brinca: “minha mãe diz que meu pai sempre pediu um menino, mas eles tiveram três filhas primeiro. Então, na quarta veio eu, um homem trans”. Com o incentivo da família, principalmente da irmã mais velha, ele decidiu procurar um médico, iniciar a transição e o tratamento com testosterona.

Transição e início do tratamento

Eduardo afirma que vivenciou a transição 'tarde' e que começou o tratamento aos em 2018, aos 30 anos. “O tratamento em Goiás sempre foi algo muito distante e, por isso, meu acompanhamento começou tardio”, lembrou. Após pesquisar sobre o tratamento, ele solicitou um encaminhamento com um clínico geral para o Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), em Goiânia.

Por causa da pandemia, Eduardo conseguiu iniciar o acompanhamento no Ambulatório TX, o Serviço Especializado do Processo Transexualizador do HGG, três anos depois, em 2021. “No HGG, eu faço um acompanhamento com ginecologista, psicólogo e com psiquiatra pelo Sus. Porém, a medicação hormonal não era oferecida e eu tinha que arcar sozinho”, lamenta.

Hormonioterapia

Segundo ele, o gasto com o medicamento é de no mínimo R$ 200 a cada três meses. “Nós já sofremos tantas dificuldades por causa do preconceito no trabalho e, muitas vezes, não temos condições de custear esse valor do tratamento com hormônio, que é bastante caro”, alerta. A decisão da Justiça saiu no domingo (10) e foi comemorada por Eduardo e pela DPE, que o ajudou.

“Eu fiquei muito feliz. É uma vitória e uma conquista muito grande”, comemora.

Para Eduardo, essa decisão é apenas o começo, pois abre portas para que outros homens trans também consigam ter acesso a esse direito. “Isso é só o começo e nossa luta não para”, afirma. Questionado sobre quais etapas do processo ele ainda quer alcançar, ele conta que está na fila aguardando para fazer a mamoplastia, isto é, a cirurgia para retirada da mama.

“A nossa luta é silenciada, poucas pessoas conhecem a nossa história e nós vivemos muito resguardados. Mas nós existimos e queremos ser vistos”, destaca.

Por fim, Eduardo não deixou de agradecer às pessoas envolvidas nesse processo. Para ele, o incentivo e o acolhimento dá forças para continuar na luta pelos direitos. “Queremos que falem de nós com amor e quero agradecer a todos que nos acolhem. Tenho uma gratidão imensa pela equipe do HGG e todos os outros homens trans que estão nessa luta”, finaliza.

Íntegra da nota da SMS

A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que não há nenhuma pendencia em aberto em nome do paciente em Goiânia, ele é atendido pelo HGG.

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PORTAL BRASIL 61

Piso da enfermagem: profissionais da saúde podem não receber valor da portaria que garante empregos


Após sucessivas negociações, os enfermeiros, técnicos em enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras de todo o país podem não receber os valores estabelecidos pela portaria MS 597/2023, que definiu o salário base da categoria e especificou como deve ser feito o repasse de recurssos para o pagamento do piso nacional da enfermagem.

De acordo com a advogada especialista em direito do trabalho, Camila Andrea Braga, no julgamento de recursos contra decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que acontece na Corte até 18 de dezembro - e que estabeleceu parâmetros sobre o piso da categoria - os ministros têm seguido uma tendência de votos que sugerem um acordo para fazer o cálculo do salário com base na remuneração e não no valor estabelecido pelo piso.

"Quando você considera o piso da categoria no valor previsto na lei, significa que todos os valores devem ser considerados com base naquele valor. Quando você considera o valor global, significa que o profissional de enfermagem, dentro dos diferentes níveis, não pode receber menos do que aquilo, considerando a remuneração como um todo. Então aí poderia ser pago um salário base menor, desde que ele tivesse outros elementos de remuneração", explica.

Caso o STF mantenha a tendência de votos, Braga reconhece que existe a possibilidade de o cenário não ser o esperado - e esteja mais distante do ideal no exercício da profissão. "Para ganhar mais você tem que ter o emprego, que é o que as empresas estão dizendo que não conseguem manter com o que está sendo garantido no piso. A saída que tem sido encontrada pelos ministros seria não considerar o salário base, mas sim a remuneração", observa.

Já o Conselho Federal da Enfermagem (Cofen) espera que o julgamento estabeleça os termos que foram dispostos na lei aprovada pelo Congresso Nacional. Segundo o conselheiro, Daniel Menezes, a expectativa é que o STF reconheça que o piso salarial deve ser entendido como aquele valor referente ao salário base que o profissional recebe quando contratado.

"A grande questão do financiamento, do custeio, ela já foi resolvida, está sendo implementada e a gente tem uma expectativa e clama pela sensibilidade dos 'jogadores' para que, de fato, façam justiça social para essa profissão tão importante para o nosso país", ressalta.

Representante de mais de 5,2 mil municípios, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) demonstra preocupação com a não-inclusão do recolhimento de encargos patronais. Segundo a entidade, isso poderia trazer mais desequilíbrio nos municípios, em especial nas localidades mais pobres. Conforme estimativas da CNM realizadas em setembro de 2022, do impacto global de R$ 10,5 bilhões, ao menos 24% (R$ 2,5 bilhões) seriam pagamentos das prefeituras a título de encargos patronais.

Decisão final pode ficar para 2024

O STF segue com a analise dos recursos de revisão apresentados contra a decisão do piso da enfermagem. Dentre os autores do pedido de revisão estão o Senado Federal, a Advocacia Geral da União (AGU) e confederações de classe que questionam alguns posicionamentos da Corte. O julgamento está sendo feito via plenário virtual - plenário em que os votos são apresentados eletronicamente, sem a discussão física dos ministros - e pode ser prolongado até 18 de dezembro.

Segundo a advogada trabalhista Camila Andrea Braga, o judiciário encerra as atividades no dia 20. Ela espera que todos os votos sejam apresentados dentro do prazo para resolver esse problema que já se arrasta há um tempo. Caso não aconteça, ela diz que, provavelmente, os profissionais vão ter que aguardar o ano que vem para ter uma solução.

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FUTURO DA SAÚDE

Empresas e planos de saúde adotam linhas de cuidado por eficiência e menor custo


Eficiência assistencial e redução de custos estão no centro das novas linhas de cuidado

Eficiência assistencial e redução de custos estão no centro das novas linhas de cuidado

Os passos da saúde suplementar em busca de eficiência na assistência e redução de custos têm sido através de mudanças graduais na forma como o setor provê serviços. Tendência nos últimos anos e ganhando ainda mais força em 2023, as linhas de cuidado têm sido vistas como parte essencial desse processo de busca pela sustentabilidade econômica.

Em meio à discussão sobre desperdícios e fraudes, a adoção de linhas de cuidado pode contribuir com uma melhor coordenação do paciente dentro do plano de saúde, sem deixá-lo solto dentro da rede credenciada. Para isso, é preciso que as operadoras de planos de saúde tenham um diálogo com prestadores, como hospitais, clínicas e laboratórios, para que haja um alinhamento sobre o trabalho que será desenvolvido, utilizando dados e tecnologia como parte essencial do processo.

A ideia é que antes que o beneficiário tenha um evento de saúde que leve-o ao pronto-socorro, internação ou procedimentos de média e alta complexidade, que geram os maiores custos em saúde, o serviço acompanhe de forma próxima e ativa o paciente, verificando como está a eficácia de um tratamento, a qualidade de vida ou o avanço de uma gestação.

O tema ganhou mais espaço na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que criou um programa para receber e disseminar projetos-pilotos que utilizam linhas de cuidado em modelos de remuneração baseado em valor. Ainda, o órgão abriu uma tomada pública para receber iniciativas que servirão de embasamento para que incentivem o setor a adotar tais modelos.

As linhas de cuidado também têm ganhado espaço dentro das empresas, que contratam diretamente serviços de linhas de cuidado para cuidar dos colaboradores e reduzir a sinistralidade com os planos de saúde. Assim, há um menor risco de haver um reajuste anual de contrato expressivo, aumentando os custos da empresa com o benefício.

Muito voltadas para doenças crônicas, como diabetes e pressão alta, gestantes e saúde mental, as linhas de cuidado avançam ainda em outras áreas, principalmente quando estão alinhadas a modelos de remuneração baseado em valor. Oncologia, procedimentos cirúrgicos e internações são algumas delas.

"Dado o momento em que as operadoras vivem, elas também começam a buscar novas alternativas para fazer com que a jornada do cuidado seja, por um lado, mais efetiva e, por consequência, com custo menor, sem que se perca a qualidade", analisa Leonardo Vedolin, diretor geral médico, assistencial e de cuidados integrados da Dasa.

Linhas de cuidado na prática

"A linha de cuidado funciona no sentido de uma coordenação. Por exemplo, a linha para pessoas com diabetes começa com a estratificação dessa população, pesquisando, fazendo entrevistas e coletando informações para conhecer o público. Verifica a realização de exames e identifica em qual estágio do diabetes está. A partir daí, cria linhas que determinam que passos do cuidado a operadora vai ter com a pessoa, de acordo com a condição", explica Anderson Mendes, presidente da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (UNIDAS).

Por isso, traz maior previsibilidade sobre os custos com a assistência para aquele paciente incluído na linha de cuidado, além de reduzir os riscos de complicações. Dados da Caixa de assistência dos funcionários do Banco do Brasil (Cassi), operadora de autogestão com mais de 590 mil beneficiários, mostram que a partir do terceiro ano como beneficiário, aqueles que estão em linhas de cuidado consomem 30% menos recursos que os usuários soltos na rede. Segundo Anderson, a empresa já trabalha com linhas de cuidado há 20 anos.

No entanto, é comum ouvir no mercado que a média de permanência de um beneficiário em um plano de saúde é de dois anos, e por isso trabalhar a coordenação do cuidado não é vantajoso do ponto de vista da operadora, já que há um investimento na saúde do beneficiário que não será colhido. Por isso, o setor cobra que haja incentivos para que as operadoras adotem tais modelos.

Entretanto, Mendes levanta a discussão sobre o custo assistencial de um usuário que não foi tratado de forma preventiva. "Se tem um paciente que está indo muito ao serviço, se internando e descompensado demais, se você já entra com a linha de cuidado já reduz o custo. Agora, se é um paciente que não está fazendo exame e não está acompanhando sua saúde, você tem um gasto maior nesse primeiro momento, para fazer todos os exames que ele precisa", analisa o presidente da entidade.

Da mesma forma que se discute a importância da atenção primária como porta de entrada do paciente, a adoção de linhas de cuidado é importante para a saúde da população que conta com plano de saúde. Isso porque há uma melhor coordenação sobre as necessidades, assim como um acompanhamento do quadro geral.

"O paciente solto na rede muitas vezes não tem o atendimento que precisa ou tem atendimentos em excesso. Além de que, a fragmentação do cuidado com frequência tem até tratamentos que são concorrentes, até conflitantes. Pode haver uma medicação passada por um cardiologista que não é ideal tomar junto com uma passada pelo endócrino. Essas questões trazem muito risco para o paciente", defende Mendes.

A UNIDAS tem incentivado a adoção do modelo e já possui 14 clínicas compartilhadas entre as operadoras de autogestão para as linhas de cuidado. Assim, elas conseguem dividir o investimento feito para que tenha equipes dedicadas, acompanhando as informações dos pacientes e controlando quem sai ou entra nas linhas. Por ter uma média de idade dos beneficiários acima do mercado, podem sofrer com os custos assistenciais decorrentes de doenças crônicas descompensadas - e atuam para reduzir esse impacto.

Passo a passo

Outro exemplo é a Bradesco Saúde, que tem trabalhado o desenvolvimento de linhas de cuidado em 10 especialidades para os seus cerca de 4 milhões de beneficiários. "A partir do momento em que temos uma população mais saudável e menos exposta ao desenvolvimento de doenças ou o agravamento de quadros, há também o potencial de benefícios sistêmicos. A qualidade da saúde dessa população impacta na sustentabilidade do setor", explica Thais Jorge, diretora da operadora.

O grupo conta com uma rede de clínicas, a Meu Doutor Novamed, que atua através do modelo de atenção primária, importante ferramenta para a coordenação do cuidado. Mais de 30 unidades estão distribuídas pelo país e contam com consultas, exames laboratoriais e de imagem, além de realizar procedimentos ambulatoriais. De acordo com a operadora, os beneficiários que usam a rede tem uma redução da frequência em pronto-socorro de 30% a 40%.

"Manter uma gestão próxima e individualizada de cuidados com a saúde permite um diagnóstico precoce, especialmente nas doenças silenciosas que se manifestam tardiamente. Nos casos de doença, quanto antes detectada, melhores as chances de êxito no tratamento, com desfechos mais favoráveis". analisa a diretora da Bradesco Saúde.

De forma mais estrutural, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou, no início de dezembro, 16 projetos que foram selecionados para o Programa de Modelos de Remuneração Baseados em Valor, que tem por objetivo induzir uma mudança de forma estrutural no setor, incentivando que operadoras adotem novas formas de pagamento entre os diferentes elos da cadeia, tendo como base linhas de cuidado. O programa, que está em 2ª edição, já contemplou 13 projetos em 2021.

No mesmo mês, a ANS também anunciou uma tomada pública de subsídios sobre linhas de cuidado em saúde, com o objetivo de receber propostas que contenham fluxos, protocolos clínicos, diretrizes terapêuticas e indicadores de saúde. Elas servirão de base para que a agência incentive a adoção de linhas que coloquem o paciente como foco do cuidado, reduzindo custos e melhorando o desfecho.

"Desde 2010 está acontecendo nos Estados Unidos essa discussão da evolução do modelo de pagamento do serviço prestado, indo de um extremo para outro. No Brasil também está acontecendo, mas é uma jornada. Existe uma evolução de modelo ao longo do tempo e, dada a dificuldade de dados, interoperabilidade e o alinhamento de incentivos, a evolução é contínua, gradual e mais lenta do que a gente gostaria", explica Vedolin, da Dasa.

Ele defende que é preciso haver uma maior e melhor relação entre prestadores de serviços, indústria e operadoras de planos de saúde, para que possam chegar a acordos que sejam interessantes para todos. Isso porque discutir linhas de cuidado e modelos de pagamento baseados em valor muda a dinâmica de funcionamento da saúde suplementar e requer alinhamento e bons parceiros.

Hospitais e empresas

"A estratégia da Dasa é bem clara, temos diversos ativos que estão presentes em vários pontos da jornada de cuidado dos pacientes. Com isso, nós temos a possibilidade de começar a fazer a integração do cuidado de uma forma mais verdadeira dentro de uma rede de presença nacional. Isso por si só não acontece com a integração dos ativos físicos, precisa ter dados para que o cuidado seja melhor executado", afirma Vedolin.

O grupo atua com linhas de cuidado para empresas e operadoras, dentro de seus 15 hospitais, laboratórios e centros médicos. O executivo explica que para a construção de uma linha de cuidado, seja para beneficiários de planos de saúde ou colaboradores, é preciso ter dados disponíveis e atualizados, adequando a cultura, profissionais de saúde certos, um bom desenho da linha a ser seguida e uma execução efetiva.

"Não existem linhas de cuidado erradas, existem dificuldades operacionais e de execução de uma linha de cuidado ao longo do tempo. É muito difícil criar uma linha de cuidado sem que haja parceiros. Por mais que a Dasa seja grande, tenha presença nacional, nós também temos consciência de que a gente precisa de parceiros, como operadoras e startups", afirma.

Entre as principais linhas de cuidado do grupo estão doenças crônicas, saúde mental, procedimentos cirúrgicos, neurologia, cardiologia e acompanhamento de gestantes, onde são definidos os caminhos que um paciente seguirá ao entrar nas linhas. Uma mesma pessoa pode fazer parte de mais de uma linha e transitar por elas ao longo da vida. Dados da Dasa mostram que 49% dos pacientes com diabetes descompensada ficaram com a condição sob controle quando passaram a ser acompanhados por linhas de cuidado.

O próximo passo é fazer com que o setor entenda a sua importância e, juntos, diferentes elos participem da mudança. "Para evoluir o modelo existe uma camada de evolução do alinhamento de incentivos no setor, entre os principais pagadores, prestadores, indústria e as empresas que empregam os colaboradores que vão ter os planos de saúde. Existe uma necessidade de evolução da capacidade de compartilhar dados que gerem informações que sejam úteis. Ainda, avanço na regulação e cultura", defende Vedolin.

Healthtech

A tendência de empresas buscarem construir ambulatórios próprios com coordenação do cuidado fez com que a healthtech 3778 mudasse sua estratégia de negócio, partindo da saúde ocupacional para a saúde integrada, levando diferentes serviços para as instituições e até mesmo operadoras. Com o auxílio de inteligência artificial, a startup consegue automatizar parte do processo de alertar sobre pacientes que precisam ser incluídos em linhas de cuidado ou que estejam em situação de alerta em suas condições, como o diabetes descompassado por um período que merece atenção.

"Conseguimos fazer algumas análises preditivas, que nos dá a inferência de possíveis pacientes que poderão evoluir com alguma doença crônica. O grande desafio é mudar a cultura das pessoas, porque elas engajam principalmente quando já estão adoecidas", afirma Thamyris Lima, gerente de operações de saúde na 3778.

Dos 190 ambulatórios que a healthtech possui em empresas, cerca de 40 deles contam com o serviço de linhas de cuidado, sendo parte expressiva do modelo de negócio, com saúde mental, gestantes, hipertensão e diabetes entre as principais, mas também conta com linhas para internação e reinternação de pacientes.

A possibilidade de integrar com a saúde ocupacional é outro diferencial da empresa. A partir do exame admissional o médico já encaminha novos colaboradores para as linhas de cuidado, de acordo com os as informações de saúde obtidas através da consulta. De acordo com Thamyris, novos funcionários tendem a se engajar mais por querer participar de todas as ações da companhia, mas é preciso atuar para que cada vez mais as pessoas entendam o modelo, a sua importância e engajem nas linhas.

"São empresas que estão preocupadas com a saúde e muito nessa tendência de entregar valor agregado para o colaborador. Agora, o mercado da saúde corporativa está caminhando para isso, em oferecer algo que seja diferenciado como forma de retenção de pessoas, para eles entenderem a preocupação da empresa. Tanto que na linha de cuidado de saúde mental temos mais de 10 mil inscritos", afirma a gerente.

Em um programa de saúde mental desenvolvido junto a um cliente, a 3778 conseguiu identificar através do cruzamento e análise de dados que 16% dos colaboradores participantes tinham ideação suicida. Dessa forma, foi possível que o time de saúde atuasse na prevenção e tratamento, mantendo o sigilo das informações e anonimato.

"Não dá para fazer linhas de cuidado sem observar os dados. Até porque a gente não conseguiria estratificar a população-alvo e mensurar se a densidade de cuidado que estabelecemos faz sentido naquele momento, avaliando se o número de consultas, por exemplo, está adequado ao paciente", defende Thamyris, que afirma que o uso de wearbles e aplicativos irá contribuir ainda mais com insumos para análise.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 13 Dezembro 2023 07:10

CLIPPING AHPACEG 13/12/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saúde em Goiás registra marca histórica de doadores de órgãos em 2023

Rombo nessa Unimed, venda da Amil e gigantes falindo: 3 terrores dos planos de saúde desmascarados em 2023

Aumenta a insatisfação com planos privados de saúde e em 5 anos as reclamações dobram

Pré-natal na rede pública: gestantes são mais propensas à depressão pós-parto

A REDAÇÃO

Saúde em Goiás registra marca histórica de doadores de órgãos em 2023

A rede de saúde do Governo de Goiás obteve em 2023 mais um número histórico, chegando a 100 doadores de órgãos. Até então, o maior número era de 2018, quando foram registrados 89 doadores. A centésima captação foi feita no último sábado (9/12), no Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hetrin), de um doador de 57 anos que teve morte encefálica, após sofrer acidente vascular cerebral isquêmico. As equipes captaram córneas e rins, que vão beneficiar pessoas que aguardam na fila do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). 

“Esse desempenho de 2023 é resultado do trabalho realizado pelos profissionais de saúde e das campanhas de sensibilização que têm impactado a cultura da doação de órgãos no Estado”, avalia a gerente de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Katiuscia Freitas.

Um dos principais motivadores desses números positivos, segundo a gerente, é a redução da recusa familiar, que atualmente está em 62%. O número ainda é considerado alto, mas já é melhor que o registrado em 2022, quando a rejeição chegou a 66,4%. "A nossa avaliação é que o trabalho que vem sendo desenvolvido está apresentando resultados até acima do que a gente esperava", avalia.

Outro indicador em Goiás e no Brasil se refere ao fato de que o país já alcançou a meta estipulada da taxa de doadores para 2023, conforme o último registro brasileiro de transplantes. O índice projetado para o Brasil, de 19,4 doadores por milhão de população (pmp), foi superada ainda em setembro, com 19,6 doadores pmp. Já o estado de Goiás registrou, em 2023, a maior taxa de doações da série histórica, com 14,9 pmp. 

Para a gerente de transplantes da SES, é preciso continuar avançando. E a principal barreira está no ambiente doméstico. "O maior desafio é a gente fazer o assunto da doação de órgãos estar dentro de casa, para as pessoas conversarem e deixarem avisado aos familiares o desejo de ser doador”, orienta.

“Só por meio da conscientização das famílias e do engajamento da sociedade como um todo será possível aumentar esses números, proporcionando esperança para aqueles que aguardam na fila por um órgão compatível”, deseja.

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TV O FOCO

Rombo nessa Unimed, venda da Amil e gigantes falindo: 3 terrores dos planos de saúde desmascarados em 2023


Empresas como Unimed e Amil entram em crise e ficam a beira da falência

A crise financeira em nosso país tem feito centenas de empresas decretarem falência, assim como aconteceu com uma unidade da Unimed, venda da Amil e inúmeras marcas, que vem enfrentando dificuldades financeiras.

Uma das empresas que mais tiveram prejuízos financeiros e ficaram realmente a beira da falência foram o setor de planos de saúde, que chegou a registrar um prejuízo operacional de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre deste ano, aprofundando a perda de R$ 1 bilhão de igual período de 2022, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O problema está tão grave que a venda da Amil e das da rede de hospitais da United Health Group - UHG (UNHH34) estão próximas de serem concluídas, de acordo com o colunista do O Globo, .

Segundo o colunista, existem quatro propostas confirmadas, prontas para serem entregues ao BTG Pactual, contratado pela UHG para coordenar o processo de venda.

Falência decretada - Foto: Reprodução

A venda corrobora com a fase difícil que a Amil vem passando, aliás os maiores prejuízos, dentre as operadoras de saúde listadas pela ANS, foram os da Amil e Unimed-Rio.

A Amil teve resultado negativo de R$ 415,7 milhões, enquanto o prejuízo operacional alcançou R$ 650,5 milhões. Já a Unimed-Rio teve prejuízo de R$ 387 milhões, com perda operacional de R$ 334,2 milhões. Pedido de falência: O abismo de plano de saúde e situação hoje - Foto: Reprodução Qual o plano de saúde recorde em reclamações? Pedido de falência: O abismo de plano de saúde e situação hoje - Foto: Reprodução

De acordo com o levantamento, o plano de saúde líder em reclamações é Unimed-Rio. Depois dele, aparecem São Cristóvão Saúde, Notre Dame Intermédica e Alvorecer, também apontando diversas queixas a cerca de problemas e demandas reprimidas pelos usuários.

Vale mencionar que neste cenário pós-pandemia, muitos planos têm recebido inúmeras reclamações a cerca de demandas que não foram sanadas, gerando queixas e reclamações a cerca da demora na conclusão de exames e consultas.

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PORTAL GRAFITTI NEWS

Aumenta a insatisfação com planos privados de saúde e em 5 anos as reclamações dobram


No ranking da ANS onde estão as operadoras brasileiras com maior volume de reclamação, a Unimed Vitória ocupa o 13º lugar, mesmo tendo apenas 402.137 clientes, comparado com a Notre Dame Intermédica Saúde, a campeã nacional de reclamações e tem 6,53 milhões de clientes

A insatisfação dos clientes contra planos privados de saúde vem ampliando a cada ano no Brasil e os últimos dados de reclamações registradas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que nos últimos cinco anos mais do que dobrou as denúncias de mau atendimento. A ANS criou em 2018 o Índice Geral de Reclamação (INR), que vem apresentando crescimento ano a ano. O forte interesse pelo lucro rápido e fácil dessas instituições privadas, ocasiona a insatisfação.

No computo geral, o IGR iniciou-se em 2018 com a marca de 15,5 e dali em diante vem enfrentando um crescimento significativo. Em 2022 já era mais do que o dobro do primeiro ano, com o registro do IGR ficando em 37. Do ano passado para este ano, até novembro último, já está em 44,8.

No quadro referente a este ano, entre janeiro e novembro, entre as operadoras de maior porte, a Notre Dame Intermédica Saúde S/A é a lider absoluta em reclamações, com 45.539, seguido do Bradesco Saúde (34.529 reclamações), Hapvida Assistência Médica S/A (25.791), Sul América Companhia de Seguro Saúde (23.517), Unimed Rio (20.555), Amil Assistência Médica Internacional S/A (18.794). A Unimed Viória, que tem apenas 6,15% do total de clientes da Notre Dame Intermédica, ocupa o 13º lugar no ranking nacional da insatisfação da ANS. Nesta última terça-feira (12), a Unimed anunciou através da empesa de cobrança Benevix um aumento acima de 22%, enquanto o assalariado não tem o reajuste salarial aumento nem na metade desse índice.

Descaso com autista

Entre as reclamações contra as operadoras, está o descaso com crianças autistas, onde o cuidado necessário implica em redução do lucro. É o caso de uma reclamante da Baixada Fluminense, mãe de uma criança de dois anos identificada com autismo. Ela registrou reclamação contra a Unimed Rio, porque pela falta de pagamento dessa cooperativa as clínicas da Baixada Fluminense interromperam atendimento aos clientes da Unimed.

Com isso, reclamou que a sua filha necessita de terapia ocupacional, psicóloga e fonoaudiologa, por ter dificuldade de comunicação e de fazer as tarefas básicas dfa vida humana, como escovar dentes e de se limpar no banheiro. Mas, a Unimed Rio não se preocupa com os problemas de saúde de seus clientes, mesmo tendo reajustado há dois meses o plano em 80% e agora estar cobrando R$ 539,00 por mês, reclamou a cliente da Unimed Rio.

Sempre preocupados em não reduzir o lucro, as empresas privadas que exploram o serviço de saúde complementar, vem provocando de forma deliberada a redução na qualidade dos serviços prestados. Nas reclamações registradas pela ANS há demonstração de insatisfação com as barreiras no atendimento, na liberação de exames, de procedimentos médicos e, principalmente, de cirurgias de maior valor.

Outra questão grave registrada na ANS é o descaso das operadoras privadas com os atendimentos médicos, onde o profissional da saúde é forçado a fazer um atendimento ambulatorial bem rápido, sem se preocupar com detalhes da saúde do paciente, para poder ter no final do mês uma remuneração maior. A imposição nesse sentido vem do uso do sistema fee for service (taxa de serviço), adotado para a remuneração do profissional, dos hospitais e e delaboratórios .

Essa modalidade de pagamento se importa apenas em registrar quantas vezes o serviço foi utilizado pelo cliente, sem levar em consideração a qualidade do serviço prestado. Nesse caso, o médico que realizou quatro atendimentos em consultas de 15 minutos, em uma hora, vai ter menos dinheiro no bolso no final do mês. Já aquele que opta em consultar 12 pessoas em atendimentos de 5 minutos, vai ter mais lucratividade e ganhar mais dinheiro.

ANS se une aos Procons para defender os clientes de planos de saúde

Na primeira quinzena de novembro último, a Agência realizou o projeto ANS com Você, que reuniu uma série de eventos para disseminar informações de planos de saúde e aproximar a reguladora da sociedade. A edição de 2023 foi realizada em Procons municipais e estaduais em 12 cidades nas cinco regiões do país.

A diretora de Fiscalização da ANS, Eliane Medeiros, que participou do evento, fez a seguinte observação: "Este ano, optamos por realizar eventos em cidades onde não temos Núcleos da ANS, justamente para podermos chegar mais perto dos beneficiários que moram nesses locais. A parceria com os Procons foi fundamental para essa ampliação do nosso alcance e para o fortalecimento desse trabalho tão importante de atendimento aos consumidores."

Nessa mesma ocasião, o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES), com os Procons municipais de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Anchieta, Guaçuí e Câmara municipal da Serra também participaram desse encontro, que foi realizado na sede do Procon-ES no Centro Histórico de Vitória (ES). Nessa oportunidade foram abordados diversos aspectos relevantes sobre a saúde suplementar, como cobertura, portabilidade, reajustes, suspensão e rescisão de contratos, além do intercâmbio entre as operadoras, entre outros temas pertinentes.

Segundo a diretora-presidente do Procon-ES, Letícia Coelho Nogueira, foi uma grande oportunidade para troca de experiências, debates enriquecedores e aprofundamento do conhecimento sobre as questões que envolvem a proteção e defesa do consumidor no âmbito da saúde suplementar. "O objetivo foi proporcionar esclarecimentos, orientações e um ambiente propício para o diálogo e aprendizado dos Procons", ressaltou.

ANS quer sugestões da sociedade para mudar regras com operadoras

A ANS encerra no dia 25 de janeiro de 2024 a Consulta Pública 121, que tem como objetivo a obtenção der contribuições de toda a sociedade para a proposta de revisão da Resolução Normativa 395/2016 e, dessa forma, promover melhorias nos serviços de atendimento aos clientes a serem empregadas pelas operadoras de planos de saúde e administradoras de benefícios. A realização da consulta pública foi iniciada no último dia 12 de dezembro.

"A proposta é uma das ações previstas na Agenda Regulatória 2023-2025 e tem o objetivo de estimular as operadoras a desempenharem, da melhor forma, suas funções no relacionamento com os usuários da saúde suplementar. Aperfeiçoando os atendimentos e os serviços e seguindo as regras do setor, elas estarão reduzindo o registro de reclamações, entregando eficiência e transformando o ambiente de negócios", afirma a diretora de Fiscalização da ANS, Eliane Medeiros.

A revisão da RN 395/2016 é fruto de estudos sobre a identificação do problema regulatório referente ao relacionamento entre operadoras e beneficiários no âmbito dos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SACs) e das centrais de atendimento, com a consequente Análise de Impacto Regulatório (AIR).

A proposta traz várias linhas de ação compatíveis com a visão moderna de fomentar medidas indutoras, sem perder de vista o olhar mais atento para os entes regulados que não estejam atingindo metas definidas pelo órgão regulador em indicador específico ou, ainda que distantes da meta, não apresentam movimento de melhoria:

Expansão do escopo da norma de forma a contemplar todas as espécies de demandas de beneficiários com suas operadoras e administradoras de benefícios com alinhamento à estratégia da legislação federal sobre SAC, bem como excepcionalizando as regras específicas, customizadas ao setor de saúde suplementar.

Aproveitamento melhor a estrutura das ouvidorias internas das operadoras (Resolução Normativa 323/13), uma vez que são áreas com a vocação de resolutividade de conflitos no atendimento aos consumidores, bem como possuem atribuição de propor melhorias e recomendações no aperfeiçoamento dos processos de trabalho da operadora.

Ajustes para maior informação e qualificação de informação ao beneficiário no ciclo de tratamento da demanda no SAC/central de atendimentos. Ausência de resposta à solicitação dos beneficiários sobre cobertura, respostas genéricas no curso da jornada do usuário após a solicitação de cobertura, além de falta de clareza na comunicação com os clientes foram alguns problemas identificados que podem ser melhorados no fluxo dos SAC/central de atendimento das operadoras.

Previsão de incentivo(s) indutor(es) pelo desempenho e performance da operadora quanto ao número de reclamações recepcionadas pela Agência, hoje retratado pelo Índice Geral de Reclamações (IGR). Aliado a esses parâmetros, ajustes também sob a ótica punitiva-pedagógica, de forma que as sanções por descumprimento possam considerar o desempenho no indicador.

Como dar a sua contribuição

Os interessados podem enviar suas contribuições até 25/01/2024 no próprio site da ANS, onde também estão disponíveis os documentos relacionados à proposta: www.gov.br/ans, em "Acesso à informação", no item "Participação Social", no subitem "Consultas Públicas".

Serviço:

Como registrar uma reclamação contra a sua operadora de saúde privada na ANS:

O interessado pode acessar clicando este link do portal da ANS

Dúvidas sobre a formulação da deúncia podem ser tiradas através deste número: Disque ANS: 0800 701 9656

Canal de atendimento a deficientes auditivos: 0800 021 2105

A ANS não se exige apresentação de documentação

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O HOJE

Pré-natal na rede pública: gestantes são mais propensas à depressão pós-parto

Estudo revela que mães atendidas pelo SUS apresentam 40% a mais de chances de desenvolver a condição comparadas à rede privada

O puerpério vai muito além das mudanças físicas e hormonais enfrentadas pelas mulheres. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 25% das mães no Brasil enfrentam a depressão no início da maternidade. Estudo realizado por estudante de Psicologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB) aponta disparidades na prevalência e gravidade da depressão pós-parto entre gestantes que receberam cuidados pré-natais na rede pública e privada de saúde. Além de colocar em risco a saúde mental das mães, o quadro reflete de forma profunda no desenvolvimento infantil e na dinâmica familiar. 

Os resultados da pesquisa destacaram diferenças significativas nos escores médios da Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS). O grupo de 32 mulheres atendidas pelo Serviço Único de Saúde (SUS) exibiu uma média de 12,16, enquanto o grupo da rede privada registrou 8,63. Outro ponto de alerta é que 31,25% das participantes do SUS indicaram já terem tido algum tipo de ideação suicida, sendo no grupo privado o percentual de 9,38%. “Estes dados nos mostraram que as participantes do Grupo SUS tinham um adoecimento mais grave que as do Grupo Privado”, aponta a pesquisadora Rebecca Ribeiro.

Segundo ela, é possível perceber, a partir da caracterização do estudo, que as participantes do grupo SUS carregam mais fatores de risco e de vulnerabilidade em todos os aspectos: econômicos, sociais, obstétricos, além de terem mais experiências negativas com os serviços de saúde durante o acompanhamento da gestação, parto e pós-parto. “Quem sofre é a mulher, mas esse sofrimento está relacionado a uma história de vida e a um contexto social”, destaca a aluna do CEUB.

Ela também aponta a necessidade do desenvolvimento de uma escala brasileira de rastreio da depressão pós-parto, que contemple estes fatores sociais e econômicos. “O Brasil é um país com grandes desigualdades e a Escala de Edimburgo, apesar de mundialmente utilizada, não reflete todos os fatores de vulnerabilidade aos quais as mães brasileiras estão expostas”.

O orientador da pesquisa e professor de Psicologia do CEUB, Sérgio Henrique Alves, afirma que os resultados alertam para a necessidade de melhorias na política de saúde pública voltada à assistência pré-natal no Brasil. De acordo com o professor, já existem políticas em funcionamento no país, mas os achados revelaram uma maior propensão para depressão no SUS, especialmente por essas mulheres terem um histórico de vida de vulnerabilidade social e econômica. “Esses aspectos já interferem significativamente nos efeitos do pré-natal”, considera.

Pré-Natal Integrado

O orientador da pesquisa afirma que, na rede pública de saúde, os cuidados durante a gravidez tendem a ser mais generalizados, com esforços para integrar serviços de saúde mental. Já na rede particular, há uma abordagem personalizada e acesso a uma gama de recursos e especialidades, embora com custos elevados. “A rede pública busca atender uma população mais ampla, enquanto a particular oferece maior comodidade e opções individualizadas, refletindo diferenças estruturais, financeiras e de acesso aos serviços de saúde”, explica.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 12 Dezembro 2023 06:53

CLIPPING AHPACEG 12/12/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

A importância dos cães-guia no auxílio de pessoas com deficiência

Médicos vinculados à Secretaria de Saúde de Goiânia anunciam paralisação

Ministra da Saúde destaca ética como parte da formação médica de qualidade

Hospital é atingido por incêndio e mais de 50 pacientes são removidos em Porto Alegre

Bebê morre dentro da barriga após mãe entrar em trabalho de parto, ir à maternidade três vezes e ser mandada de volta para casa, denuncia família

Trindade recebe selo federal de reconhecimento a eliminação da transmissão vertical de HIV

TV SERRA DOURADA

A importância dos cães-guia no auxílio de pessoas com deficiência

https://www.youtube.com/watch?v=KmpVVsSqgJk

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A REDAÇÃO

Médicos vinculados à Secretaria de Saúde de Goiânia anunciam paralisação

Uma paralisação de advertência foi a saída que médicos vinculados à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia encontraram para pressionar a Prefeitura a oferecer à categoria melhores condições de trabalho. A suspensão dos atendimentos, segundo o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) terá início às 7h desta terça-feira (12/12) e vai durar 24 horas. 

O anúncio foi feito pelo após decisão tomada durante Assembleia Geral Extraordinária Permanente (AGEP) realizada no último dia 4 de dezembro e mantida durante novo encontro neste domingo (11/12). As reuniões foram comandada pela presidente do Simego, Franscine Leão, que informou que serviços de urgência e emergência serão mantidos, em razão de determinação legal.

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AGÊNCIA BRASIL

Ministra da Saúde destaca ética como parte da formação médica de qualidade

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse, nesta segunda-feira (11/12), que os Ministérios da Saúde e da Educação se preocupam e contribuem para uma formação médica permanente e de qualidade, que vai além da parte técnico-científica."Formação médica de qualidade implica também a questão da ética médica, dos valores, do compromisso social. Não há dissociação, a meu ver, entre qualidade técnico-científica e compromisso ético contribuir para uma formação médica de qualidade", frisou a ministra.

A ministra participou, em Brasília, da abertura do Projeto Formação Médica para o Brasil. Um olhar comprometido com a Responsabilidades Social no Século XXI, iniciativa da Associação Brasileira de Educação Médica.

Cursos

Para uma plateia formada, sobretudo, por médicos, a ministra Nisia disse que a recente expansão de novos cursos de medicina, da forma como foi realizada em instituições de ensino superior pelo país, descumpre parâmetros previstos desde 2014, por não atender regiões do país carentes destes profissionais de saúde e por ter baixa qualidade de ensino. "Esse é um grave problema porque não seguiu aqueles parâmetros que diziam respeito, não só aos vazios assistenciais tão importantes, mas a questão da qualidade."

A ministra reconhece que há divergências entre a classe médica e o poder público no que diz respeito ao Programa Mais Médicos, retomado em 2023, mas, Nísia diz ter convicção de que, em conjunto, os dois lados poderão avançar em ações estruturantes para formação médica que conjugue a parte técnica de qualidade, com formação ética, dos profissionais que atuarão no Sistema Único de Saúde e na saúde suplementar (planos de saúde) e privada.

Neste ponto, o representante do Conselho Federal de Medicina, Julio Vieira Braga, discordou. O conselheiro entende que há limitações para interiorizar os cursos de medicina, no país. "Por mais que se queira levar cursos de medicina para locais remotos, temos a dificuldade nos locais com baixa população, com baixa qualidade de serviços de saúde, com baixa quantidade de médicos. Então, é muito difícil, quando não impossível, levar o curso de medicina. Precisamos garantir o mínimo de qualidade para que esses cursos possam formar os médicos que vão atender a população pobre e carente, que acaba sendo atendida muitas vezes por profissionais de qualidade, no mínimo duvidosa, já que não existe uma forma de avaliação."

Avaliação externa

O médico Julio Braga defende ainda que o Brasil adote um sistema de avaliação externa e independente, com reconhecimento internacional, dos formados em medicina. "Boa parte dos países do mundo fazem, todos os seus cursos são acreditados. No Brasil, não é obrigatória essa avaliação externa, porque o Ministério da Educação tem sua responsabilidade, o INEP [Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa Anisio Teixeira/MEC] faz sua forma de avaliação, mas entendemos que não é o mais correto".

Estágio 

Os presentes no encontro também apontaram a fase do estágio do estudante de medicina como importante para melhorar a formação dos futuros profissionais. No entanto,  o diretor científico da Associação Médica Brasileira, José Eduardo Lutaif Dolci, alertou para a falta de vagas de estágio e de professores com capacitação para tal. "Quando falamos em qualificar os médicos que vão se formar, os egressos, precisamos colocar isso nas nossas diretrizes curriculares como obrigatoriedade. É importante sempre discutir a qualidade do nosso egresso, porque sem dúvida, vai repercutir na qualidade do atendimento à nossa população, na qualidade do médico do SUS".

A representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Francisca Valda da Silva, afirmou que o ensino superior na área da saúde não está atendendo às diretrizes, anteriormente propostas. Ela ainda lamentou a falta atualizações de cursos de formação para outras profissões de saúde dentro do Ministério da Educação (MEC). "Nossos desafios são muito grandes e nós temos que entender que a luta da qualidade nos reúne."

Atenção Primária

Ainda nesta segunda-feira (11/12), Nísia trindade participou do início da 2ª Conferência Nacional de Planificação da Atenção à Saúde (APS). O evento foi promovido pelo Conass.

Na sede da entidade, Nísia tratou dos desafios enfrentados pela sociedade brasileira. "Desafios demográficos, com o envelhecimento da população; climáticos; do mundo do trabalho, que se diversificou e que perdeu muito dos vínculos de proteção social; Desafios da ciência e tecnologia, como um grande fator de desigualdade entre os países e dentro do nosso próprio país, essa que é uma das nossas marcas mais persistentes, mas também [desafios] da luta por equidade, que envolve não só a questão de classe social, mas questões de gênero, de etnia, ou seja, raça/cor. Lidamos com diversidades e desigualdades históricas."

Na abertura do evento, o secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso, disse que é preciso fortalecer a atenção primária na saúde pública. “Precisamos colocar recursos e, com persistência, fazer com que as ideias saiam do papel para que a APS se firme como uma política prioritária, no Brasil”, pontuou.

 A 2a Conferência Nacional da Planificação da Atenção à Saúde ocorre em Brasília até quarta-feira (13/12) e reúne profissionais de saúde todo o país. 

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PORTAL G1

Hospital é atingido por incêndio e mais de 50 pacientes são removidos em Porto Alegre

Pacientes foram enviados a outros hospitais, ou a áreas não atingidas e seguras do local. Bombeiros controlaram as chamas e causa do incêndio será investigada.

O Hospital Independência, que fica no bairro Agronomia, em Porto Alegre, foi atingido por um incêndio na noite desta segunda-feira (11). O fogo começou no prédio que fica anexo ao principal, que abriga as unidades de internação 4 e 5. Não há feridos.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, 58 pessoas, entre pacientes e funcionários, deixaram o local. Alguns dos pacientes, que estavam em macas, foram colocados ainda nas camas em via pública até que fosse possível retornar com segurança às áreas não atingidas do hospital.

Dentro do prédio principal ficaram cinco pacientes que estavam intubados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O local não correu risco de incêndio e a retirada dos pacientes poderia colocá-los em risco.

Os pacientes foram acompanhados por equipes médicas. A Secretaria Municipal de Saúde divulgou que a central de regulação do município foi mobilizada para providenciar as vagas.

Pacientes foram encaminhados aos hospitais Vila Nova, Conceição, Presidente Vargas, São Lucas, Divina Providência e UPA Moacyr Scliar. Casos mais críticos foram realocados para o Cristo Redentor, Santa Casa e HPS.

O Corpo de Bombeiros controlou o fogo em cerca de 1 hora. As causas do incêndio ainda não estão claras. Relatos de pessoas no local apontam que o fogo teria começado no teto.

Segundo o diretor do hospital, Angelo Chaves, o Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) do Hospital Independência está em dia. O atendimento do bloco cirúrgico não deve ser afetado.

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PORTAL G1/GOIÁS

Bebê morre dentro da barriga após mãe entrar em trabalho de parto, ir à maternidade três vezes e ser mandada de volta para casa, denuncia família

Tia afirma que mãe teve uma gravidez saudável e que fez o pré-natal. Secretaria de Saúde diz que acompanha o caso e que a equipe médica seguiu os protocolos.

Por Augusto Sobrinho, g1 Goiás

Família denuncia morte de beber após mãe procurar maternidade três vezes

Um bebê morreu dentro da barriga da mãe após ela ir à maternidade três vezes e ser mandada de volta para casa, em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, denuncia a tia, Vanessa Martins. O pai afirma que estava pronto para receber a filha em casa, mas, por 'incompetência', não conseguiu. Polícia investiga o caso.

“Nós viemos com tudo para voltar com a nossa filha nos braços e por incompetência deles não conseguimos”, lamentou o pai à TV Anhanguera.

O caso aconteceu neste domingo (10), na Maternidade Municipal Aristina Cândida. A Secretaria de Saúde afirma que acompanha o caso e que médicos seguiram os protocolos. À TV Anhanguera, a direção da unidade disse que seguiu a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Temos que esperar o laudo do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) para saber a causa da morte do bebê”, afirma o diretor clínico da maternidade, Rogério Cândido.

Vanessa é irmã do Rafael Martins, de 30 anos, e cunhada da Ana Beatriz Nunes, de 23. “A gravidez foi tranquila, ela fez tudo certinho, veio em todas as consultas do pré-natal e era uma gravidez saudável para a bebê e para a mãe”, detalha. Foto mostra que o quarto da bebê estava todo pronto para recebê-la em casa.

Na madrugada de domingo, a mãe entrou em trabalho de parto e, por volta das 7h, ela e o esposo foram até a maternidade, disse Vanessa. “Ela foi atendida às 8h, quando fizeram o exame de toque que constatou que a Ana Beatriz estava com 3 cm de dilatação e um sangramento, que disseram ser normal”, conta.

Apesar de estar em trabalho de parto e com sangramento, a mãe foi orientada a voltar para casa, ficar andando e voltar às 12h. “Eles só iriam internar ela quando a dilatação chegasse a 5 cm”, detalha. Ao voltar, a dilatação continuava em 3 cm e a mãe foi orientada a voltar para casa, almoçar e voltar às 14h para exames para ver os batimentos do bebê.

“Eles fizeram um exame para ver os batimentos do bebê e deram um remédio para cortar a dor e a Ana Beatriz ficar mais confortável”, disse.

Segundo Vanessa, às 14h, Ana Beatriz voltou e, no exame, as médicas viram que os batimentos do bebê estavam acelerados, mas disseram ser normal e pediram para ela voltar às 17h. “Nisso, a Ana Beatriz já estava sangrando desde a primeira ida à maternidade de manhã e eles disseram que era normal por causa do trabalho de parto e do exame de toque”, disse.

Sem dores e contrações, a mãe voltou por volta das 17h. “Chegou na maternidade, ela passou pela triagem de novo e, na médica, ela não ouviu os batimentos e mandou um ultrassom de emergência”, revela. Neste momento, as equipes informaram a morte da bebê e fizeram uma cesariana.

“Se tivesse feito a cesariana antes, isso não teria acontecido. Tem mulher que dilata só um pouco e não dilata mais. Se ela estava sangrando, deviam ter colocado ela em observação. Não tinham que mandar ela para casa. A gente confiou, pois eles são os médicos e deviam saber”, denúncia.

Ao g1, Vanessa revela que as equipes do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) suspeitam que a mãe teve descolamento de placenta e infecção de urina e que o cordão umbilical enrolou no pescoço da bebê. Além disso, afirma que a família registrou um Boletim de Ocorrência (BO).

“Eles estão muito muito tristes. A mãe só chora e fica quietinha. O pai está com ela e só o desespero a todo momento”, finaliza.

Informações da Secretaria de Saúde

A mãe recebeu atendimento, o último deles às 12:40 no domingo. Ainda não havia dilatação de cinco centímetros da mãe para fazer a internação e os sinais vitais do bebê eram normais. A orientação foi ir para casa e retornar à um negócio unidade entre duas e três horas depois. Quando buscou novo atendimento, já por volta das 18:30, foi constatada a ausência de batimentos.

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JORNAL OPÇÃO

Trindade recebe selo federal de reconhecimento a eliminação da transmissão vertical de HIV

Transmissão vertical ocorre durante a gravidez, parto ou amamentação

O município de Trindade foi a única cidade goiana a receber um selo de reconhecimento pela eliminação da transmissão vertical do HIV. A solenidade de entrega do Selo Prata em HIV foi feita na última sexta-feira, 8, em Brasília. De acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão vertical ocorre quando a criança é infectada por alguma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) durante a gravidez, parto ou durante o período de amamentação.

“A certificação é um marco para a atuação da Coordenação de Vigilância de IST, que funciona no âmbito da Superintendência de Vigilância em Saúde, e demonstra que o trabalho realizado em diferentes esferas, quando articulado e com foco na população-alvo, traz resultados revertidos em ganhos para a população”, diz a coordenadora de vigilância das ISTs da SES, Luciene Siqueira.

Luciene afirma que o trabalho da SES, junto aos municípios goianos, continuará para que, nas próximas edições, outros municípios alcancem a certificação de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou Sífilis. A Coordenação de Vigilância da IST funciona junto a Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis (GVEDT), da Suvisa.

Durante a cerimônia, a ministra da Saúde, Nísia Trindade ressaltou que todas as regiões brasileiras estão representadas pelas localidades certificadas; e que o trabalho dos profissionais de vigilância em saúde é decisivo para a eliminação da transmissão vertical tanto de HIV e sífilis, quanto das doenças determinadas socialmente.

“Esse ato representa o gesto das equipes de cada estado, de cada município. Assim vemos o quanto a saúde só se faz com trabalho coletivo. A união e a reconstrução de políticas públicas são a marca do governo federal e, com a entrega desses selos, damos um passo fundamental para a eliminação da transmissão vertical dessas doenças em todo o país” afirmou a ministra.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 11 Dezembro 2023 07:02

CLIPPING AHPACEG 09 A 11/12/23

Escrito por

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DESTAQUES

Saúde abre consulta pública sobre inclusão de vacina da dengue no SUS

Siamesas Lara e Larissa estão na UTI em estado grave e não há previsão para cirurgia de separação, diz hospital

Cirurgião da coluna vertebral alerta sobre os perigos do uso descontrolado de opióides

Qual país latino-americano possui o melhor sistema de saúde?

O HOJE

Saúde abre consulta pública sobre inclusão de vacina da dengue no SUS

O imunizante Qdenga está em avaliação pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde

Uma consulta pública foi aberta pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (7), sobre a proposta de incorporação da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante Qdenga está em avaliação pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

Durante uma reunião feita na última quarta-feira (6), a Comissão recomendou inicialmente a incorporação do imunizante para localidades e públicos prioritários que serão definidos pelo Programa Nacional de Imunizações, considerando as regiões de maior incidência e transmissão e nas faixas etárias de maior risco de agravamento da doença. A recomendação considera o cenário epidemiológico e a necessidade de incluir mais uma alternativa para o enfrentamento à doença.

A restrição de público considera a capacidade de fornecimento de doses por parte da fabricante. Além disso, a sugestão da Conitec também está condicionada a uma proposta de redução de preço pela fabricante, que seja compatível com a sustentabilidade do PNI. No entanto, se considerados os demais imunizantes já ofertados, apesar do desconto inicialmente oferecido, o valor por dose, de 170 reais, ainda é alto, sendo duas vezes maior que as vacinas mais caras incluídas no programa.

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Nos dados avaliados pela comissão da empresa japonesa Takeda Pharma, por quem a demanda para avaliação da tecnologia foi submetida, foi verificada uma eficácia geral de redução da hospitalização em 84% dos casos de dengue.  Após questionar o quantitativo de doses que poderia ser fornecido ao SUS, a fim de propor uma estratégia nacional, o Ministério da Saúde obteve a informação dada pelo laboratório de que poderão ser entregues 8,5 milhões no primeiro ano e um total acumulado de 50 milhões em cinco anos, o que impõe restrições no público a ser atendido.

Todas as recomendações feitas pela Conitec são submetidas à consulta pública por um período de 20 dias. A consulta deve ficar aberta pelo prazo de 10 dias. Depois desse período, as contribuições e sugestões serão organizadas e avaliadas pela Comissão, que emitirá uma recomendação final.

De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o processo de incorporação da vacina contra a dengue está seguindo todos os critérios necessários.  A vacina deve ser administrada em um esquema de duas doses, com intervalo de 3 meses. 

“Este processo de incorporação poderá se constituir em uma alternativa importante para auxiliar no enfrentamento da doença, alinhada às demais estratégias já implementadas atualmente”, destaca Nísia Trindade.

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PORTAL G1

Siamesas Lara e Larissa estão na UTI em estado grave e não há previsão para cirurgia de separação, diz hospital

Irmãs nasceram unidas pelo tórax, abdômen e bacia. Gêmeas pesam juntas 3,6 kg, estão sedadas, entubadas e se alimentam por sonda.

Por Michel Gomes, g1 Goiás

Conheça as siamesas Lara e Larissa, que estão na UTI em Goiânia após nasceram unidas pelo

As siamesas Lara e Larissa, unidas pelo tórax, abdômen e bacia, continuam internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia. Ao g1, a unidade informou que o quadro é grave, mas estável.

As meninas nasceram no dia 11 de outubro, em Goiânia. Segundo o Hecad, as meninas não têm condições de passar por procedimento cirúrgico, por isso não há previsão para a cirurgia de separação.

As irmãs estão sedadas, entubadas e se alimentam por sonda. Segundo o hospital, elas contam com todo o suporte de equipamentos e profissionais necessário.

Parto

O parto das siamesas aconteceu no Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) e por lá ficaram 59 dias em estado gravíssimo. Elas foram estabilizadas e transferidas para o Hecad.

A transferência das gêmeas Lara e Larissa aconteceu no dia 5 de dezembro. Juntas, elas pesam 3,6 kg, segundo o cirurgião pediátrico Zacharias Calil, que fez o acompanhamento pré-natal da mãe, Kátia Márcia Cardoso, de 36 anos, das crianças desde o mês de setembro.

O parto das meninas durou cerca de 1h30 minutos, sendo assistido por uma equipe multidisciplinar do Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu). Kátia é casada e tem uma filha, de 6 anos.

O médico Zacharias Calil é especialista em casos de gêmeos siameses e pioneiro no procedimento de separação de siameses em Goiás. Ele contou que o quadro clínico das recém-nascidas mudava a cada minuto e, por detalhes, piorava, tornando o período um desafio para os profissionais.

“Não foi tarefa fácil, mas a equipe nunca desistiu. Sempre acreditando na vida, mesmo diante das mínimas chances de sobrevivência. Parabéns aos guerreiros e heróis do Hospital Estadual da Mulher”, diz Zacharias Calil.

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O ANÁPOLIS

Cirurgião da coluna vertebral alerta sobre os perigos do uso descontrolado de opióides


Os Estados Unidos enfrentam uma situação sem precedentes, referente ao uso descontrolado de opióides, chegando a contabilizar, de acordo com dados do Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos EUA, 80,4 mil mortes em 2021, o equivalente a mais de 200 mortes por dia causadas por overdose dessas substâncias.

A sazonalidade e a distribuição geográfica das mortes apontam para os meses mais frios nos estados mais pobres, menos industrializados do norte por exemplo, com piores indicadores de saúde, menor capacidade resolutiva de problemas complexos, desemprego e a ausência de políticas públicos de saúde.

Basta dizer que tais cenários são superponíveis à parte significativa do território nacional incluindo a periferia de grandes cidades brasileiras.

O uso dessas substâncias, especialmente do fentanil, uma das versões mais potentes, tem levado milhares de americanos a overdoses.

Os opióides são uma classe de substâncias que incluem medicamentos prescritos para aliviar a dor, bem como drogas ilícitas, como a heroína. Eles agem no sistema nervoso central, interagindo com receptores específicos chamados receptores opióides.

Embora sejam eficazes no alívio da dor, o uso indevido e o abuso de opióides tornaram-se uma preocupação significativa de saúde pública em muitas partes do mundo.

Laboratórios farmacêuticos em todo mundo investem somas vultosas em marketing para que os médicos aprendam a utilizar opióides em suas práticas diárias. A estratégia, que em circunstâncias específicas extrapola a esfera ética e é proibida no mundo todo inclusive no Brasil, carece de regulamentação.

Há quem afirme que os estrategistas de marketing de produtos se valem de brechas na lei e na inviolabilidade, por assim dizer da relação médico paciente, validam ou pelo menos oficializam práticas consideradas criminosas.

A própria capilaridade da rede criminosa do tráfico, de forma independente se incumbe de pulverizar o restante da droga produzida oficialmente dentro do próprio país.

Alvo de denúncia, no entanto pelo ministério público em várias cidades americanas, grandes laboratórios têm pago indenizações vultosas, porém o tráfico de entorpecentes opióides vêm crescendo em todo mundo, fruto da ausência de políticas de resolução de problemas estruturais de saúde, como por exemplo o financiamento público e privado de cirurgias para hérnias de disco, estreitamento do canal medular, e demais procedimentos para tratamento de doenças degenerativas da coluna vertebral como a espôndilo-artrose.

Tipos de opióides/opiáceos:

Analgésicos Opióides: Incluem medicamentos prescritos, como a codeína, o tramadol que são opióides considerados fracos. A metadona, a oxicodona e a hidrocodona, são considerados opióides fortes e são utilizados para tratar a dor moderada a grave.

A nomenclatura pode mudar de acordo com a droga: opióides são termos que designam drogas sintéticas e opiáceos são drogas presentes na natureza como a morfina que é extraída da papoula.

Dr Maurício MartellettoDivulgação

Maurício Martelletto, médico formado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo há mais de 30 anos especialista em dor e problemas da coluna explica que os opióides ligam-se aos receptores opióides no cérebro e na medula espinhal, modificando a percepção da dor.

"Além do alívio da dor, eles podem causar uma sensação de euforia, levando ao potencial de abuso e dependência. Quando utilizados corretamente, os opióides são ferramentas valiosas no controle da dor pós-operatória, ou associada a condições médicas graves, porém se utilizados indevidamente, causam dependência química, física e psicogênica, contaminação crescente da matriz extracelular, além de complicações mais graves, como overdoses e mortes relacionadas ao abuso dessas substâncias por depressão respiratória. Os opióides são um grupo de drogas que funciona bem para um amplo espectro de sintomas dolorosos. Porém em muitos casos, a dose terapêutica é muito próxima da dose letal, além do risco de depressão respiratória ela apresenta uma série de efeitos colaterais dentre os quais uma série de fenômenos farmacológicos que nos acostumamos a chamar de vício ou dependência. O tratamento da dor envolve o conhecimento muito mais amplo da condição da doença e do paciente do que se suspeitava em décadas passadas. Para dor, o ideal é oferecer acesso a uma equipe multidisciplinar, que trate os pacientes por completo incluindo as causas da doença", explica.

A auto medicação deve ser evitada a todo custo.O especialista diz que o tema deve servir de alerta para a saúde pública e que órgãos regulamentadores devem estabelecer programas de monitoramento para evitar prescrições excessivas, além de investir em pesquisa e desenvolvimento de alternativas não opioides no tratamento da dor.

"O Brasil precisa agir rapidamente e ficar atento para evitar que uma crise de abuso de opioides, semelhante à que vive os americanos hoje, aconteça por aqui. Precisamos de políticas públicas e principalmente foco em impedir que o uso da droga se popularize. Estamos distantes da realidade americana, mas é crucial que as autoridades monitorem esses dados para avaliar a evolução da situação", finaliza Martelletto.

Dr Maurício Martelletto - Ortopedia e Traumatologia CRM:72348/SP SBC:7166 Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - Instagram: @clinicapromovimento

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O POVO

Qual país latino-americano possui o melhor sistema de saúde?


Quais os critérios que posicionam as nações nos rankings sanitários? É mesmo justo compará-los? Especialistas consultados pela DW esclarecem estas e outras questões.Nos últimos anos, estudos internacionais com enfoques e variáveis diferentes expuseram a situação em que se encontram os sistemas de saúde dos países latino-americanos em comparação a nações mais ricas ou mais pobres. Em 2019, a revista médica The Lancet publicou uma pesquisa sobre a qualidade dos serviços de saúde de 204 países entre 1990 e 2019. Os países latino-americanos com melhores resultados foram Costa Rica, Chile, Colômbia e Brasil. Entre os piores estavam Venezuela, Paraguai, Nicarágua e Bolívia. Outro estudo realizado pela Associação Colombiana de Hospitais e Clínicas (ACHC) em novembro de 2022 apresentou resultados semelhantes com base no Índice Composto de Resultados de Saúde (ICRS), que avalia 12 variáveis como a taxa de mortalidade materna, índices de doenças não transmissíveis, financiamento, expectativa de vida, entre outros. No estudo colombiano, que avalia 93 países com notas de 0 a 100, o Brasil recebeu 70,0. Costa Rica (90,0), Chile (87,6), Panamá (85,0) e Colômbia (81,5) obtiveram os melhores resultados entre os países da América Latina, sendo que nas piores posições ficaram Paraguai (68,8), República Dominicana (67,7) e Guatemala (67,4). Modelos regionais Em abril deste ano, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicou seu informe mais recente sobre o panorama dos sistemas de saúde da região, intitulado Health at a Glance: Latin America and the Caribbean 2023. Em conversa com a DW, Octavio Gómez Dantés, pesquisador do Centro de Estudos de Sistemas de Saúde do Instituto Nacional de Saúde Pública do México, disse que o relatório "possui quatro ou cinco indicadores que nos dizem muito bem quem é quem na região". O especialista assegura que "não existe um sistema de saúde na ALC - América Latina e Caribe - que possa ser considerado como o melhor exemplo a seguir. Alguns têm desempenhos muito bons em algumas áreas, e não tão bons em outras". Modelos sanitários em destaque O especialista mexicano afirma que, no entanto, há três países que "mostram valores bons em indicadores-chave: investimentos em saúde, cobertura, condições de saúde sensíveis ao desempenho do sistema e proteção financeira". São estes: Chile, Costa Rica e Uruguai. Juan García-Ubaque, médico especialista em saúde pública e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional da Colômbia (Unal), afirmou à DW que "Costa Rica, República Dominicana e Colômbia talvez estejam à frente". "A primeira, por ter um sistema consolidado; a segunda, pelos baixos gastos com saúde e o avanço da conceitualização do direito; e a terceira, pelos avanços conquistados nos últimos anos. Esses sistemas de saúde, porém, não têm garantias, por isso as crises tendem a ser recorrentes", observou. É justo comparar os sistemas? Vários países da região carecem de recursos suficientes para desenvolver seus sistemas. As comparações e rankings de qualidade, portanto, podem acabar sendo injustas. "É importante comparar o desempenho dos sistemas de saúde. É uma das formas de melhorá-los, identificando as boas práticas e evitando as más. As comparações, no entanto, devem também ser justas e, dessa forma, devem levar em conta os recursos disponíveis", sublinhou Gómez Dantés. "As comparações mais justas são aquelas feitas entre os países com mesmo nível de desenvolvimento", acrescentou. Jorge Alarcón Villaverde, professor do Departamento de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Universidade Nacional Mayor de San Marcos (UNMSM), do Peru, disse à DW que antes de comparar "deve-se estar de acordo em relação ao conceito de sistema de saúde e a forma de medir seus resultados, e não apenas os processos" que não consideram a diversidade geográfica, econômica, política e cultural. O peruano explica que, na maioria dos casos, quando se fala de sistema de saúde "somente se faz referência ao sistema setorial de desempenho". Com essa perspectiva, "comparam os países segundo indicadores que ocultam as diferenças existentes, as inequidades e desigualdades que são enormes em muitos dos países de nossa região", acrescentou. Como melhorar um sistema de saúde Os especialistas oferecem suas recomendações para melhorar os sistemas de saúde latino-americanos. García-Ubaque, da Unal, diz que "indubitavelmente, os sistemas baseados na segurança social demostraram resultados muito importantes", e a opção de um sistema nacional de saúde seria "recomendável". O médico destaca ainda que a grande dificuldade da América Latina está na questão dos empregos formais, uma vez que quem trabalha em empregos informais não paga impostos e não colabora com o sistema de saúde. Financiar a saúde com impostos não é apenas difícil, mas também obriga a divergir outros investimentos que podem ser importantes para esses países, conclui o especialista. Para Gómez Dantés, um bom sistema de saúde deve ter quatro características: investimentos de uma quantidade razoável de recursos (entre 8% e 9% do Produto Interno Bruto); ser financiado com recursos predominantemente, mas não exclusivamente, públicos; garantir acesso universal a serviços integrais de saúde de alta qualidade - o que se traduz em melhores condições da saúde - e garantir proteção financeira, ou seja, evitar que os usuários dos sistemas de saúde se empobreçam ao atender suas necessidades sanitárias. 

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 08 Dezembro 2023 09:11

CLIPPING AHPACEG 08/12/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de saúde tiveram lucro líquido de R$ 3,1 bi no 3º trimestre

Nova lei torna setembro o Mês de Conscientização sobre Doenças Cardiovasculares

Plano de saúde: Justiça proíbe clínica de solicitar login e senha para pacientes

Artigo - Desafios e oportunidades da Saúde no Brasil: um diálogo sobre presente e o futuro da Saúde Pública e Suplementar

NOTÍCIAS DO BRASIL

Planos de saúde tiveram lucro líquido de R$ 3,1 bi no 3º trimestre

Levantamento da ANS mostrou que esse foi o melhor resultado do período nos últimos 2 anos

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) divulgou nesta 5ª feira (7.dez.2023) os dados econômico-financeiros relativos ao 3º trimestre de 2023 em seu portal eletrônico. O setor de saúde suplementar registrou lucro líquido de R$ 3,1 bilhões no acumulado dos 3 primeiros trimestres de 2023, o que equivale a 1,3% da receita total no período (R$ 233,4 bilhões). Foi o melhor resultado para o período em 2 anos.

Nos números agregados por segmentos, os resultados líquidos foram positivos para todos os segmentos. Eis abaixo:

administradoras de benefícios: R$ 388,4 milhões;

R$ 388,4 milhões; operadoras exclusivamente odontológicas: R$ 471,6 milhões;

R$ 471,6 milhões; médico-hospitalares: R$ 2,27 bilhões.

As operadoras médico-hospitalares, principal segmento do setor, fecharam o 3º trimestre de 2023 com resultado operacional negativo acumulado no ano de R$ 6,3 bilhões.

Segundo a agência, o principal aspecto que explica o desempenho do setor continua sendo a sinistralidade -que fechou o trimestre em 88,2% (cerca de 2,1 pontos percentuais abaixo do apurado no mesmo período do ano anterior). Isso indica que em torno de 88% das receitas advindas das mensalidades são utilizadas com as despesas assistenciais. "Tal resultado, ainda superior ao observado nos anos pré-pandemia, foi fortemente impulsionado por algumas das maiores operadoras do país", informou.

Agência Nacional de Saúde Suplementar afirmou ainda que o resultado pode ser explicado pela recomposição das receitas dos planos, em razão do crescimento das mensalidades médias e das despesas assistenciais por beneficiário, ambas ajustadas pela inflação. Segundo a ANS, o contexto de aumento do número de beneficiários e da queda dos juros básicos da economia brasileira tendem a reduzir o resultado financeiro em relação aos períodos anteriores.

"A recuperação do desempenho econômico-financeiro do setor pode ser observada em diversos indicadores desde o 4º trimestre de 2022, especialmente nas séries de 12 meses do Painel Econômico-Financeiro, com o aumento dos resultados líquido e operacional, e a redução da sinistralidade. Além disso, o agregado da margem de lucro líquido das operadoras médico-hospitalares ficou positivo, apresentando o melhor resultado desde o segundo trimestre de 2021", afirmou o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino.

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MEDICINA S/A

Nova lei torna setembro o Mês de Conscientização sobre Doenças Cardiovasculares


Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a Lei 14.747/23, que torna setembro o Mês de Conscientização sobre Doenças Cardiovasculares. A norma teve origem em projeto da Câmara dos Deputados aprovado em abril, com parecer da deputada Erika Kokay (PT-DF). No Senado, o texto foi aprovado no mês passado.

De acordo com a nova lei, uma campanha dividida por semanas deverá alertar a população sobre a cardiopatia isquêmica, a cardiopatia congênita, as doenças da aorta e as doenças das válvulas cardíacas.

O objetivo é disseminar, com alertas nos meios de comunicação, a importância da prevenção e do diagnóstico precoce das doenças cardíacas.

A norma prevê ainda que, durante a mobilização, o governo federal deverá iluminar locais públicos de vermelho.

Estatísticas

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença cardiovascular e, pelo menos, 400 mil morrem por ano, em decorrência dessas enfermidades. Isso representa 30% de todos os óbitos no País.

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EXTRA ONLINE

Plano de saúde: Justiça proíbe clínica de solicitar login e senha para pacientes


Na tentativa de reduzir fraudes contra operadoras de planos de saúde, a Seguros Unimed obteve uma liminar proibindo que uma clínica solicite logins e senhas de seus pacientes. O juiz Christopher Alexander Roisin, da 14ª Vara Cível Central do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), entendeu que a solicitação dos logins e senhas é uma prática abusiva, pois viola o direito à privacidade dos segurados.

Na ação, a empresa de seguros alega que "a prática do estabelecimento é abusiva para realizar o reembolso de despesas médicas". A empresa argumentou que a solicitação dos logins e senhas viola a privacidade dos segurados e representa um risco à segurança de suas informações pessoais.

Além disso, a empresa também obteve autorização para recusar os pedidos de reembolsos em que não houver a prova do desembolso. O juiz fixou aplicação de multa de R$ 500,00 por solicitação dessas informações aos pacientes da clínica.

As fraudes envolvendo reembolsos de planos de saúde se multiplicaram, se sofisticaram no pós-pandemia e viraram caso de polícia. São práticas variadas, que usam recibos superfaturados ou que declaram tratamentos estéticos como procedimentos médicos e clínicas de fachada criadas apenas para atestar serviços inexistentes.

A mais comum é o chamado "reembolso assistido", na qual a clínica se oferece para agilizar a liberação de ressarcimentos se o cliente informar seu login e senha do plano de saúde e acaba cobrando por procedimentos não realizados ou inflacionando os valores.

A FenaSaúde, que reúne as seguradoras do setor, já ingressou com três notícias-crimes no Ministério Público de São Paulo pedindo a apuração de indícios de fraudes que somam R$ 51 milhões contra nove operadoras.

No esquema denunciado, há não só clínicas e laboratórios de fachada, mas também empresas fictícias que contratam planos para supostos funcionários, tudo criado com o único objetivo de pedir ressarcimento por procedimentos nunca realizados.

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GAZETA DA SEMANA

Artigo - Desafios e oportunidades da Saúde no Brasil: um diálogo sobre presente e o futuro da Saúde Pública e Suplementar


Como CEO da Tuinda Care, tive o privilégio de mediar uma conversa fascinante e esclarecedora com três renomados especialistas em gestão médica no Brasil. Rafael Cremonese, Joé Sestello, Fernando Pinto e eu nos reunimos para discutir os desafios e perspectivas do sistema de saúde no país. O diálogo, embora diverso em enfoques, revelou uma profunda compreensão das questões prementes em nosso sistema de saúde e apontou para valiosas direções para o futuro.

"O avanço da telemedicina é inegável, trazendo inúmeras vantagens, como o aumento do acesso à saúde. No entanto, devemos lembrar que, acima de tudo, precisamos manter o toque humano na prestação de cuidados de saúde", enfatizou o Dr. Rafael Cremonese, médico intensivista e diretor geral do Hospital Mãe de Deus.

Cremonese dirige um hospital referência em atendimento de alta complexidade em Porto Alegre (RS) e reconhece que embora haja esforços para melhorar a eficiência no atendimento médico, há espaço para melhorias. Eu concordo com a visão do Dr. Rafael quando ele destaca a necessidade de envolver os médicos na discussão sobre a eficiência em saúde. É um desafio implementar uma linha de valor em saúde sem a participação ativa dos médicos na discussão.

Joé Sestello, médico angiologista e diretor presidente da Unimed Nova Iguaçu (RJ), direcionou nossa atenção para a gestão de custos no sistema de saúde, salientando: "Em um cenário de recursos limitados, é fundamental buscar eficiência e otimização desses recursos, sem comprometer a qualidade dos cuidados".

Para Sestello, a obesidade e o envelhecimento, por exemplo, são desafios significativos, com 20,5% de gastos em envelhecimento na carteira da Unimed Nova Iguaçu, o que levanta uma necessidade de programas específicos para lidar com essa questão. A falta de formação médica em gestão e de definição de limites para os poderes da caneta dos médicos dificultam o bom uso dos recursos que estão disponíveis. Veja por exemplo as disparidades de custos entre o SUS e a saúde suplementar, onde em média se gasta R$ 1400 por usuário no SUS e R$ 4000 na saúde suplementar. Sem um equilíbrio e uma eficiência operacional os custos aumentarão sem refletir a qualidade no atendimento.

Em meu diálogo com esses especialistas, fato que chamou muita atenção foi levantado pelo doutor Fernando Pinto, médico cirurgião de cabeça e pescoço e presidente da Unimed Natal. Ele realçou a importância da colaboração entre as instituições de saúde: "A união de esforços e a partilha de melhores práticas entre os hospitais são fundamentais para garantir que todos os pacientes recebam cuidados de alta qualidade". A troca de experiência pode ser espontânea.

Ao abordar a educação e pesquisa médica, ficou claro que "o investimento contínuo em educação médica e na promoção da inovação é um investimento no futuro da nossa saúde", como explicou o Dr. Fernando Pinto. Porém, ele nos fez um alerta importante sobre a judicialização dessa educação, ao citar que faculdades de medicina estão sendo abertas por força de liminar e não por aprovação por parte do Ministério da Educação, que é quem deveria liderar o assunto. Isso gera uma deformação na quantidade e qualidade dos profissionais que estarão disponíveis no mercado em alguns anos.

Uma das mensagens mais prementes que emergiu de nossa conversa diz respeito à necessidade de políticas públicas eficazes. A pandemia de COVID-19 expôs vulnerabilidades em nosso sistema de saúde e sublinhou a importância de aprender com as dificuldades que enfrentamos. Como resumiu Joé Sestello, "o Brasil deve focar na criação de políticas públicas que promovam um sistema de saúde mais inclusivo e sustentável. A saúde é um direito fundamental, e é nosso dever assegurar que todos tenham acesso a cuidados de qualidade". E eu, como um homem de tecnologia, reforço que o futuro da medicina pública e suplementar no Brasil se tornará mais democrático com a inclusão maciça da tecnologia, especialmente da telessaúde e da integração de sistemas, com reforço na segurança dos dados dos pacientes.

Em resumo, nossos especialistas ofereceram uma visão abrangente das complexidades que cercam a saúde no Brasil. Eles concordam que várias mudanças são necessárias, desde a formação médica até a regulação, a aproximação do Judiciário e o envolvimento do Legislativo Federal (com líderes de bancada para promover mudanças significativas no sistema de saúde). A colaboração entre instituições, especialmente as universidades, investimentos em tecnologia e educação, e a manutenção da qualidade dos cuidados são elementos cruciais para o futuro de nossa assistência médica.

O Brasil tem a oportunidade de transformar seus desafios em oportunidades e construir um sistema de saúde mais resiliente e eficiente, sempre mantendo o bem-estar da população no centro de suas preocupações.

*Fabio Mattoso é CEO da Tuinda Care, Healthtech que tem como objetivo promover acesso médico especializado remotamente

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Assessoria de Comunicação

DEZEMBRO ENCERRAMENTO COMITÊ RH

Após a realização de seis encontros que abordaram temas de grande relevância para o setor de recursos humanos das instituições associadas, o Comitê de Recursos Humanos/Gestão de Pessoas da Ahpaceg promoveu hoje, 7, a reunião de encerramento de seu calendário de 2023 e de preparação das ações para o próximo ano.

O encontro foi realizado na sede da Ahpaceg com a participação de representantes da área de gestão de pessoas das instituições associadas e das coordenadoras do comitê, Gissely Soares (do associado CDI) e Sanny Alves Andrade (do associado Hospital do Rim).

Em pauta, uma retrospectiva do que ficou de aprendizado das reuniões de 2023,que abordaram os temas Programa de Treinamento e Desenvolvimento, Pesquisa de Clima e Avaliação de Desempenho, Pesquisa Salarial, Plano de Cargos e Salários, Recrutamento e Seleção e Feedback e Comunicação Não Violenta.

Os participantes também avaliaram o que fará sentido para o grupo em 2024, após todo a experiência do ano que termina. Novas pautas foram sugeridas para o calendário que terá início em fevereiro de 2024, quando o grupo voltará a se reunir, cheio de energia para fortalecer as ações de gestão de pessoas entre os associados.

Quinta, 07 Dezembro 2023 07:04

CLIPPING AHPACEG 07/12/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

PROTEÇÃO: Ministério da Saúde monitora cenário de novas variantes da Covid-19 e orienta nova dose para públicos prioritários

Cirurgias eletivas podem ser suspensas por falta de pagamento e contrato com médicos anestesistas

Cães-guia são usados no suporte de crianças com deficiência visual

Congresso quer até dinheiro da Saúde para bancar fundão

Artigo - Inteligência Artificial na saúde: eficiência e redução de custo

JORNAL OPÇÃO

Cirurgias eletivas podem ser suspensas por falta de pagamento e contrato com médicos anestesistas

De acordo com entidade, dívida chega a R$ 25,6 milhões

A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás (Coopanest-GO) emitiu um comunicado informando a suspensão dos atendimentos em procedimentos eletivos em Goiânia a partir de 15 de dezembro, e emergenciais a partir de 5 de janeiro. A suspensão, segundo a entidade, se deve à inexistência de contrato entre a Prefeitura de Goiânia e instituição, além de reincidentes atrasos nos pagamentos dos serviços.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou a existência de uma dívida de “R$ 2,733 milhões do contrato encerrado em janeiro de 2023 será quitado nos próximos dias” [veja na íntegra ao final da matéria].

De acordo com o comunicado, a Prefeitura tem uma dívida de R$ 25,6 milhões, referente a dezembro de 2021, além de todo o exercício de 2022. No ano de 2023, os pagamentos dos meses de junho a outubro não teriam sido feitos.

A entidade aponta que chegou a negociar a dívida dos anos anteriores com o ex-secretário de Saúde Durval Pedroso, mas as parcelas não foram pagas corretamente e “ignoradas na gestão de Wilson Pollara”.

Segundo a SMS “as parcelas SUS, dos meses de outubro e novembro que totalizam R$ 880 mil, também serão depositadas nos próximos dias”. A nota diz ainda que um total de R$ 3,613 milhões serão pagos à Cooperativa.

Contrato perde validade

De acordo com a Coopanest, o contrato de prestação de serviços foi firmado em janeiro de 2016 para atendimentos eletivos e emergenciais em exames e cirurgias teve seu prazo encerrado em 29 de janeiro de 2021. O contrato chegou a receber um aditivo de prorrogação até janeiro de 2022.

“Mesmo com o fim do contrato, entendendo a natureza imprescindível dos serviços prestados para o bem-estar da população, e em respeito à população goianiense, a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás continuou o atendimento para exames com necessidade de sedação, como por exemplo endoscopia e colonoscopia, assim como cirurgias eletivas e emergenciais”, diz a nota da entidade.

“Diante de tal cenário, é insustentável a continuidade da prestação de serviços e os atendimentos eletivos serão suspensos a partir do próximo dia 15 de dezembro e, os atendimentos emergenciais, a partir do dia 04 de janeiro de 2024”, completa.

Leia a nota da SMS na íntegra

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece que há um saldo de R$ 2,733 milhões do contrato anterior, encerrado em janeiro de 2023, com a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goias (Coopanest-GO) que será quitado nos próximos dias.

As parcelas SUS, dos meses de outubro e novembro que totalizam R$ 880 mil, também serão depositadas nos próximos dias. Ou seja, um total de R$ 3,613 milhões serão pagos à Cooperativa.

O restante do saldo será avaliado e a secretaria trabalha para encontrar uma forma, juridicamente perfeita, para efetuar o pagamento.

Nesta sexta-feira, já há uma reunião agendada entre representantes da SMS e da Coopanest-Go, para discussão do assunto.

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Cães-guia são usados no suporte de crianças com deficiência visual

Amigos peludos são fundamentais para o desenvolvimento de crianças e adolescentes

Você certamente já ouviu falar em cães-guia, não é mesmo? E conhece a importância deste animal para orientar e conduzir pessoas com baixa ou sem visão. Mas, você sabia que esses amigos peludos também podem ser fundamentais para o tratamento e desenvolvimento de crianças com deficiência visual?

Além de guiá-las, os cães adestrados podem se tornar grandes companheiros dos pequenos pacientes, lhes proporcionando mais segurança, melhorando a autoestima e contribuindo para a integração social e o fortalecimento emocional de meninos e meninas.

Os benefícios das Atividades Assistidas por Animais (AAAs) e da Terapia Assistida por Animais (TAA) já são reconhecidos por médicos e muitos pacientes. Porém, quando se trata de crianças com comprometimento da visão, essas práticas complementarem, que incluem o uso de animais em tratamentos, ainda enfrentam alguma resistência.

Encontro

Para desmistificar ideias que impedem a implantação da AAA e TAA e mostrar a importância dos cães-guias para o desenvolvimento, apoio emocional e promoção da autonomia de crianças com deficiência visual, o Instituto Panamericano da Visão e o grupo Retina Pediátrica vão realizar uma grande confraternização entre pequenos pacientes, suas famílias, médicos, a equipe do Centro Universal de Referência em Assistência Animal (Curaa) e, claro, cães-guia.

A psicóloga Marianna Santiago também participará do encontro, conversando e orientando os pais sobre a importância do convívio entre os cães e as crianças. O evento será no sábado, 9 de dezembro, às 9 horas, no Instituto Panamericano da Visão, e aberto a convidados.

Segurança

A médica oftalmologista Alessandra Rassi observa que os cães-guia proporcionam segurança às crianças, possibilitando que eles circulem por ambientes diversos de maneira mais independente, superando de forma segura barreiras que poderiam parecer intransponíveis.

“No caso específico de crianças com deficiência visual, os cães-guia oferecem um tipo único de apoio emocional e terapêutico. Além de fornecer assistência prática na locomoção, esses animais se tornam amigos leais, promovendo um ambiente emocionalmente estável e afetuoso e o vínculo entre a criança e o cão-guia vai além da funcionalidade prática, contribuindo para o desenvolvimento emocional e social da criança”, diz.

Saiba mais

Um cão-guia é um tipo de cão de assistência, adestrado para guiar pessoas cegas ou com deficiência visual grave ou auxiliá-las em tarefas caseiras. Apesar dos inegáveis benefícios proporcionados pelos cães-guia, ainda existem desafios a serem superados, dentre eles, a falta de conscientização sobre a importância desses animais, a necessidade de políticas que garantam o acesso irrestrito deles a locais públicos e o acesso de pacientes, principalmente de baixa renda, aos cães treinados.

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GAZETA DO ESTADO

PROTEÇÃO: Ministério da Saúde monitora cenário de novas variantes da Covid-19 e orienta nova dose para públicos prioritários

Pasta reitera que vacinação é a principal forma de proteção. Doses disponíveis atualmente são eficazes contra variantes

Após a identificação de duas novas sublinhagens de uma variante da Covid-19 no Brasil – a JN.1 e a JG.3, o Ministério da Saúde reitera que a vacinação é o principal meio de proteção contra a doença. A pasta recomenda nova dose da vacina bivalente para pessoas com 60 anos ou mais e imunocomprometidos acima de 12 anos de idade que tenham recebido a última dose do imunizante há mais de 6 meses. É importante que todos os brasileiros atualizem o esquema vacinal com as doses recomendadas para cada faixa etária. O Ministério da Saúde ressalta que todas as vacinas disponíveis atualmente no Sistema Único de Saúde (SUS) são eficazes contra variantes que circulam no país, prevenindo sintomas graves e mortes.

Além disso, também está disponível no SUS, gratuitamente, o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para o tratamento da infecção pelo vírus em idosos com 65 anos ou mais e imunossuprimidos com 18 anos ou mais, logo que os sintomas aparecerem e houver a confirmação de teste positivo.

A JN.1, inicialmente detectada em exames realizados no Ceará, vem ganhando proporção global, correspondendo a 3.2% das detecções no mundo. Já a sublinhagem JG.3, também verificada recentemente no estado nordestino, vem sendo monitorada pelo ministério nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás nos últimos meses. As subvariantes já foram encontradas em 47 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Ministério da Saúde segue alinhado com todas as evidências científicas, com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) mais atualizadas para o enfrentamento da Covid-19, incluindo o planejamento para vacinação em 2024, que já está em andamento. A Pasta garante que o SUS sempre terá disponível as vacinas mais atualizadas, seguras e eficazes aprovadas pela Anvisa.

Vacinação em 2024

Em outubro, o Ministério da Saúde anunciou, para a partir 2024, a inclusão da vacina Covid-19 pediátrica no calendário nacional de vacinação e a vacinação da população de alto risco para agravamento da doença. A pasta adiantou o planejamento e já está em andamento a aquisição de vacinas para o calendário do próximo ano. O novo contrato prevê o fornecimento das versões mais atualizadas dos imunizantes, desde que aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Além disso, o Ministério da Saúde tem estoque de vacina o suficiente para começar a vacinação de 2024, garantindo a vacinação para crianças e grupos prioritários.

Os dados no Brasil e no mundo apontam que as medidas de prevenção e controle para Covid-19 devem ser reforçadas em crianças para protegê-las das formas graves da doença e amenizar a propagação do vírus SARS-CoV-2 na população em geral.

Por isso, a partir de 2024, a vacinação contra a Covid-19 terá como foco as crianças de 6 meses e menores de 5 anos. Nessa faixa etária, o esquema vacinal completo contará com 3 doses, que deverão ser aplicadas seguindo os intervalos recomendados: 1ª para a 2ª dose: intervalo de 4 semanas; e 2ª para a 3ª dose: intervalo de 8 semanas. A criança que tiver tomado as três doses em 2023, não vai precisar repeti-las no ano que vem.

Após os 5 anos de idade, crianças e adultos que integram os grupos prioritários receberão uma dose de reforço em 2024. São eles: idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, pessoas com deficiência permanente, pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação de liberdade e pessoas em situação de rua.

Esses grupos são os que possuem maior risco de desenvolver as formas graves da doença. A inclusão desse público já passou por avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI) e do Programa Nacional de Imunização (PNI).

Enfrentamento da Covid-19 no Ceará

Desde o fim de novembro, o Ministério da Saúde está em contato permanente com as autoridades de saúde do Ceará para prestar apoio ao estado. Uma equipe de resposta rápida e da área técnica de vigilância epidemiológica da Covid-19 da pasta está de prontidão para seguir para o local, assim que for solicitada.

O Ministério já enviou ao Ceará um reforço de 900 tratamentos antivirais para casos leves de Covid-19 para idosos com 65 anos ou mais e imunossuprimidos com 18 anos ou mais, além de autorizar o envio de mais 820 tratamentos. Cerca de 35 mil reações para diagnóstico molecular do vírus e 30 mil testes rápidos de antígeno também foram encaminhadas ao estado.

Desde o fim da emergência, decretado pela OMS em maio deste ano, se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle, como o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou com aglomerações; além do isolamento de pacientes infectados com o vírus. A recomendação também vale para pessoas com sintomas gripais.

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O ESTADO ONLINE

Congresso quer até dinheiro da Saúde para bancar fundão

Deputados, senadores e presidentes de partidos não chegaram a um acordo sobre o fundo de financiamento da campanha eleitoral de 2024. A disputa está em torno do valor do fundão e como conseguir o dinheiro para bancar as atividades dos candidatos. A maioria da Câmara pressiona por R$ 4,9 bilhões, o que representaria o dobro da verba da última eleição municipal, em 2020. Os dirigentes partidários também defendem essa quantia. Já o Senado e deputados de estados menores querem que seja de, aproximadamente, R$ 2,5 bilhões, equivalente ao gasto em 2020, corrigido pela inflação. Além dos valores para as despesas da campanha eleitoral do próximo ano, o Congresso Nacional é palco de embate sobre a engenharia que será feita para irrigar o fundo com dinheiro público. Uma ala tem sugerido que, na votação do Orçamento de 2024, seja reduzida a verba de alguns ministérios para transferir a quantia ao fundão.

Até as áreas da Saúde, Educação e Defesa entraram na lista de possíveis perdedores, mas isso ainda está em avaliação. A proposta foi feita por deputados e senadores de estados de menor porte porque esses parlamentares são contrários à solução anteriormente desenhada e que reduz o valor das emendas de bancadas estaduais (os congressistas de cada unidade da federação se reúnem e decidem qual obra receberá dinheiro patrocinado por eles). Diante do impasse, a votação dos projetos que definem o Orçamento de 2024 está atrasada. O deputado Danilo Forte (União/CE), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que dá bases para o Orçamento, disse a aliados que não deverá se envolver na disputa do fundo eleitoral e que apresentará a nova versão do projeto nesta quinta-feira (7). O texto, porém, somente deverá ser votado na próxima semana.

A discussão sobre o fundão, portanto, será jogada para a votação da proposta do Orçamento, cujo relator é o deputado Luiz Carlos Motta (PL/SP), que é próximo do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O partido tem defendido que o fundo eleitoral seja de R$ 4,9 bilhões. Esse é o mesmo patamar do fundo das eleições nacionais do ano passado, quando a disputa era para presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais. Agora estarão na corrida os cargos de prefeito e vereador. Apesar da falta de acordo, líderes do Congresso dizem que a expectativa é a de que o Orçamento seja aprovado até o fim do mês. O objetivo é deixar o terreno preparado para que as emendas parlamentares sejam liberadas já nos primeiros meses de 2024, ano eleitoral. A eleição desperta mais o interesse de deputados do que de senadores. Se um deputado consegue eleger aliado para a prefeitura, já larga com vantagem para 2026, quando ocorrerá a próxima eleição geral. Por isso, líderes da Câmara veem a resistência do Senado como mais um capítulo da disputa por protagonismo entre as duas Casas.

O presidente Lula (PT) colocou no projeto do Orçamento de 2024 previsão de R$ 900 milhões para financiar as campanhas eleitorais. Essa proposta partiu do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad (PT), que é contra valor muito elevado para o fundo. Até 2015, as grandes empresas, como bancos e empreiteiras, eram as principais responsáveis pelo financiamento dos candidatos. Naquele ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a doação empresarial sob o argumento de que o poder econômico desequilibrava o jogo democrático. Para as eleições de 2018 foi então criado o fundo eleitoral, que se soma aos recursos já existentes do fundo partidário, atualmente em torno de R$ 1,2 bilhão ao ano. Em 2020, o valor subiu para R$ 2 bilhões, o que equivale a cerca de R$ 2,5 bilhões corrigidos pela inflação.

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MEDICINA S/A

Artigo - Inteligência Artificial na saúde: eficiência e redução de custo

É inegável a importância do setor de saúde para a sociedade. Todos, afinal, precisamos de cuidados médicos em algum momento. O que também é nítido, porém, é o uso inadequado do sistema de saúde pelos brasileiros, não apenas encarecendo os planos para os consumidores, mas gerando prejuízos consideráveis para as seguradoras. Para se ter ideia, no primeiro trimestre de 2023, o setor de planos de saúde registrou prejuízo operacional de R$ 1,7 bilhão, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Tomemos como exemplo alguém que vai ao pronto-socorro com uma dor no braço, que pode ter sido causada simplesmente por dormir de “mau jeito”. Protocolos podem levar a uma série de exames caros que impactam diretamente o custo dos planos de saúde. Além disso, o retorno financeiro para os médicos que atendem por planos muitas vezes não é compensador.

Então, como solucionar esse cenário? Primeiramente, reduzir as idas ao hospital e deixar que o médico exerça mais a parte clínica, aquela que começou a aprender na faculdade e foi lapidando com suas experiências de atendimentos. Uma abordagem mais clínica e menos protocolar, reduzindo visitas hospitalares e exames algumas vezes desnecessários. Isso pode, até mesmo, ocorrer por meio de um atendimento online com a complementação de procedimentos que podem ser realizados em farmácia, como aferição da pressão.

O custo é reduzido porque as idas ao hospital também são reduzidas, exames supérfluos são eliminados e os médicos podem praticar mais a parte clínica, num atendimento mais humano. E sem parecer controverso, nesse processo todo a Inteligência Artificial (IA) poderá se tornar uma grande aliada, não para diagnosticar doenças, mas para dar suporte aos médicos em suas análises e aumentar a qualidade dos atendimentos.

Antes da consulta, o paciente preencheria um formulário, uma espécie de anamnese, indicando informações como sintomas, histórico médico, eventuais doenças crônicas, entre outras. Ao iniciar a consulta, o médico já estaria munido desses dados, podendo se dedicar integralmente à prática clínica, apoiado por insights fornecidos pela IA. Em visitas futuras do paciente, as informações também já estariam atualizadas e à disposição do profissional antecipadamente.

A proposta, assim, não é, de forma alguma, substituir o atendimento médico por máquinas, mas dar mais recursos aos médicos para que eles possam atender os pacientes de forma mais efetiva, com mais qualidade, gastando menos tempo e, de fato, fortalecendo o papel do profissional de saúde com ferramentas tecnológicas avançadas.

Os hospitais só deveriam ser usados para casos graves, assim como toda a estrutura de exames teria que ser demandada apenas se houvesse uma real necessidade. O foco seria direcionar hospitais e exames para aqueles que realmente precisam, promovendo uma abordagem mais proativa do que reativa. O hospital seria voltado a quem de fato precisa dele. O foco é tratar a saúde, não a doença.

É vital, portanto, que repensemos o nosso sistema de saúde. Se ele for integrado à IA, poderemos alavancar a eficiência, reduzir custos e, o mais importante, garantir um atendimento de qualidade para todos.


*Frederico God é CEO da Efetiva Saúde e Conselheiro Consultivo da EBM Engenharia.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 06 Dezembro 2023 07:34

CLIPPING AHPACEG 06/12/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Evento vai mostrar a importância dos cães-guia para crianças com deficiência visual

Especialista alerta sobre riscos de trombose em viagens prolongadas

"Envelhecimento não é sinal de adoecimento", diz geriatra

Mortalidade por cânceres ligados ao HPV é alta e pode ser evitada com prevenção primária

STJ: plano de saúde tem que cobrir cirurgia de redesignação sexual

FOCO NACIONAL

Evento vai mostrar a importância dos cães-guia para crianças com deficiência visual

Você certamente já ouviu falar em cão-guia, não é mesmo? E conhece a importância deste animal para orientar e conduzir pessoas com baixa ou sem visão.

Mas, você sabia que esses amigos peludos também podem ser fundamentais para o tratamento e desenvolvimento de crianças com deficiência visual?

Além de guiá-las, os cães adestrados podem se tornar grandes companheiros dos pequenos pacientes, lhes proporcionando mais segurança, melhorando a autoestima e contribuindo para a integração social e o fortalecimento emocional de meninos e meninas.

Os benefícios das Atividades Assistidas por Animais (AAAs) e da Terapia Assistida por Animais (TAA) já são reconhecidos por médicos e muitos pacientes. Porém, quando se trata de crianças com comprometimento da visão, essas práticas complementarem, que incluem o uso de animais em tratamentos, ainda enfrentam alguma resistência.

Encontro

Para desmistificar ideias que impedem a implantação da AAA e TAA e mostrar a importância dos cães-guias para o desenvolvimento, apoio emocional e promoção da autonomia de crianças com deficiência visual, o Instituto Panamericano da Visão e o grupo Retina Pediátrica vão realizar uma grande confraternização entre pequenos pacientes, suas famílias, médicos, a equipe do Centro Universal de Referência em Assistência Animal (Curaa) e, claro, cães-guia.

A psicóloga Marianna Santiago também participará do encontro, conversando e orientando os pais sobre a importância do convívio entre os cães e as crianças. O evento será no sábado, 9 de dezembro, às 9 horas, no Instituto Panamericano da Visão, e aberto a convidados.

Segurança

A médica oftalmologista Alessandra Rassi observa que os cães-guia proporcionam segurança aos pacientes, possibilitando que eles circulem por ambientes diversos de maneira mais independente, superando de forma segura barreiras que poderiam parecer intransponíveis.

“No caso específico de crianças com deficiência visual, os cães-guia oferecem um tipo único de apoio emocional e terapêutico. Além de fornecer assistência prática na locomoção, esses animais se tornam amigos leais, promovendo um ambiente emocionalmente estável e afetuoso e o vínculo entre a criança e o cão-guia vai além da funcionalidade prática, contribuindo para o desenvolvimento emocional e social da criança”, diz.

Saiba mais

Um cão-guia é um tipo de cão de assistência, adestrado para guiar pessoas cegas ou com deficiência visual grave ou auxiliá-las em tarefas caseiras. Apesar dos inegáveis benefícios proporcionados pelos cães-guia, ainda existem desafios a serem superados, dentre eles, a falta de conscientização sobre a importância desses animais, a necessidade de políticas que garantam o acesso irrestrito deles a locais públicos e o acesso de pacientes, principalmente de baixa renda, aos cães treinados.

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Especialista alerta sobre riscos de trombose em viagens prolongadas

Com as férias chegando, viajar se torna sinônimo de descanso para muitas pessoas. Nesse período, os destinos geralmente são mais distantes, e ficar sentado por horas, seja em carros, ônibus ou aviões, pode ser um convite para problemas vasculares, elevando consideravelmente o risco de trombose venosa profunda.



A trombose venosa profunda é uma condição em que se formam coágulos sanguíneos nas veias profundas do corpo, geralmente nas pernas, e seu surgimento é mais comum nas primeiras duas semanas após a viagem. De acordo com a Dra. Camila Oliveira, angiologista e cirurgiã vascular da clínica Venous, as causas ainda não são muito claras, mas o risco pode aumentar devido a longos períodos de imobilidade e ativação dos fatores de coagulação.



Os primeiros sinais de problemas vasculares nas pernas podem incluir inchaço, dor, sensação de peso, formigamento ou mudanças na coloração da pele. Diante desses sintomas persistentes, deve-se consultar um profissional de saúde para avaliação e diagnóstico.



“Durante viagens de carro é recomendado fazer pausas a cada duas horas para alongar as pernas, caminhar um pouco e estimular a circulação. Em voos longos, levantar e se movimentar pelo avião sempre que possível”, recomenda a Dra. Camila. “Além disso, manter-se hidratado, usar roupas confortáveis e realizar exercícios simples, como flexionar e estender os pés e fazer movimentos circulares com os tornozelos, são outras medidas que auxiliam na circulação sanguínea e reduzem o risco de trombose.”

Indivíduos com histórico de trombose ou outros fatores de risco, como cirurgia recente, câncer, gravidez, idade avançada, varizes, uso de estrogênio contido nos contraceptivos orais ou na terapia de reposição hormonal devem redobrar os cuidados. “Se você possui algum desses fatores de risco e planeja realizar uma viagem longa neste final de ano, é importante procurar um cirurgião vascular. Em alguns casos, o médico pode recomendar o uso de anticoagulantes e meias compressivas para reduzir o risco de trombose venosa. 

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DIÁRIO DA MANHÃ

"Envelhecimento não é sinal de adoecimento", diz geriatra

Dados do Censo de 2022 apontam que a população com 65 anos ou mais saltou de 2,8 para 9,2 em Goiás

A população goiana tem avançado progressivamente no fator longevidade. Dados do Censo de 2022 chamam atenção para o aumento no número de idosos em Goiás.

Em quatro décadas, a população com 65 anos ou mais saltou de 2,8 para 9,2 no estado. Segundo os dados mais recentes, Goiânia possui, aproximadamente, 147.728 idosos.

Estudos do Instituto Mauro Borges (2020) apontam que o envelhecimento da população em Goiás é justificado por um conjunto de aspectos, como: saúde, educação, segurança, renda, condições de trabalho, desigualdade, pobreza, acesso a determinados serviços e fatores demográficos. Dessa forma, quanto mais o estado avança com o objetivo de levar cidadania mais alta é a qualidade e a expectativa de vida da população.

A respeito do envelhecimento da população no estado, a médica Patricia Mendonça De Melo Azzi, geriatra do Instituto de Neurologia de Goiânia, comentou sobre a importância de hábitos mais saudáveis. "Hoje a gente tem visto uma busca maior na realização de exames, maior cobertura das vacinas, prática de atividade física. E isso tudo acaba contribuindo para que essa população goiana esteja envelhecendo bem", comentou.

Conforme o Censo, o município que apresentou maior índice de envelhecimento no estado é Amorinópolis e com o menor índice de envelhecimento foi Chapadão do Céu. A capital, Goiânia, apresentou um índice superior ao estadual e nacional, 57%.

Questionada se as pessoas estão se cuidando mais por medo de envelhecer ou de adquirir doenças, a nutricionista Marinna Reis, pontuou que é um pouco das duas alternativas, mas que o medo maior é de perder a autonomia. "Eu acredito que as pessoas estão com medo de envelhecer debilitadas ou precisando da ajuda de alguém, então tá todo mundo querendo viver melhor e também isso engloba a prevenção de doenças, principalmente essas crônicas não transmissíveis que faz com que a gente tenha que tomar remédio a vida toda", explicou.

O fato de estarmos inseridos na era das redes sociais implica uma pressão estética que influencia as decisões de diversas pessoas, seja para escolhas mais saudáveis, como iniciar uma atividade física ou as menos sútis, que envolvem procedimentos cirúrgicos, por exemplo.

"O ideal seria a gente achar o elixir da juventude. Só que, infelizmente, essa fórmula mágica, ela ainda não foi descrita. Mas um bom suporte social, familiar, isso tudo contribui para que esse processo de envelhecimento não seja tão sofrido. Envelhecimento não é sinal de adoecimento", pontua Patricia Mendonça.

Marinna reforça ainda que a busca por novos hábitos deve incluir uma alimentação balanceada, gerando assim um maior bem-estar social e consequentemente a prevenção de doenças como pressão alta e diabates. "As pessoas estão procurando fazer mais exercícios, cuidar da mente, que é muito importante, e também, além de tudo, ter uma alimentação mais saudável, mais equilibrada e mais orgânica, com menos produtos industrializados, esse movimento ele tem acontecido mesmo que ainda precise aumentar cada vez mais".

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MEDICINA S/A

Mortalidade por cânceres ligados ao HPV é alta e pode ser evitada com prevenção primária


Estudo da Fundação do Câncer revela que cerca de 6 mil casos de câncer relacionados ao HPV (Human Papilomavirus) poderiam ser evitados por meio da prevenção primária a cada ano, isso sem contar os 17 mil casos estimados anualmente de câncer do colo do útero, tipo mais frequente associado pelo HPV. A quarta edição da publicação info.oncollect, intitulada 'O impacto do HPV em diferentes tipos de câncer no Brasil', analisou cinco tipos de câncer: orofaringe, ânus e canal anal, vagina, vulva e pênis. A publicação traz informações que mostram que a maioria dos pacientes já chega às unidades de saúde em estágios avançados da doença. Os dados destacam ainda que o não adoecimento por esses tipos de cânceres preveníveis em grande parte por meio da vacinação, poderia impactar os custos da Saúde no Brasil: "além de evitar 4,5 mil mortes/ano, o que equivale a um expressivo número de 75% de mortalidade, a prevenção iria reduzir os gastos com diagnóstico, tratamento e internações, inclusive abrindo espaço para pacientes com outros tipos de câncer no sistema de saúde", analisa Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da Fundação do Câncer.

A análise do perfil dos pacientes com algum desses cinco tipos de cânceres revela que a maioria, considerando homens e mulheres, tem mais de 50 anos de idade (78%), possui baixa escolaridade (64%) e é negra (56% e 53%, respectivamente).

Estágios da doença e tempo de tratamento

Em relação ao estadiamento, os pacientes com câncer de orofaringe, tumor que se desenvolve em parte da garganta, são diagnosticados em estágios avançados da doença em todas as regiões do Brasil (homens 88% e mulheres 84%). Em relação ao tempo entre o diagnóstico e o tratamento, o que se observa é que a maioria dos homens acometidos pela enfermidade (65%) inicia o tratamento em até 60 dias, quando encaminhados sem diagnóstico prévio.

"As regiões com maiores tempos de espera entre o diagnóstico e o tratamento são Nordeste (44%) e Sudeste (36%). Já entre aqueles encaminhados com algum diagnóstico, somente 39% têm o tratamento iniciado em até 60 dias. Já as mulheres que chegam com o diagnóstico da doença enfrentam maior tempo de espera (62%), sendo que no Centro-Oeste (70%), Sudeste (65%) e Norte (64%), o tempo de espera delas é maior que o tempo-médio do país", destaca a bióloga Rejane reis, uma das pesquisadoras do boletim.

O estadiamento do câncer de ânus e canal anal chama atenção, com um significativo percentual de pacientes chegando à unidade de saúde em estágios avançados da doença (55% para homens e 54% para mulheres). A maioria dos homens (66%) encaminhados às unidades de saúde sem diagnóstico prévio inicia o tratamento em até 60 dias. "Por outro lado, aqueles encaminhados com o diagnóstico em mãos têm o maior tempo até o tratamento: somente 40% inicia o tratamento dentro dos 60 dias. Com relação às mulheres, das que chegam ao hospital sem o diagnóstico, 64% conseguem iniciar o tratamento em até 60 dias. Porém, daquelas que chegam com o diagnóstico em mão, apenas 37% conseguem começar o tratamento dentro do mesmo tempo", ressalta Yammê Portella, estatística e pesquisadora da Fundação.

Em relação ao câncer de pênis, 43% dos casos são diagnosticados já em estágios avançados. As regiões Norte e Centro-Oeste enfrentam os maiores percentuais de câncer em estadiamento avançado (55%), enquanto o Sudeste tem o menor percentual (34%). Com relação ao tempo entre o diagnóstico e o tratamento, é possível perceber uma diferença enorme com 82% dos homens sem diagnóstico prévio iniciando o tratamento em até 60 dias, enquanto apenas 37% daqueles com diagnóstico iniciam tratamento no mesmo período.

No caso do câncer de vulva, mais de 50% dos tumores chegam na fase inicial da doença. A região Sudeste apresenta o maior percentual de mulheres com neoplasia que chegam com estadiamento inicial da doença (60%). Já com relação ao tempo de espera entre o diagnóstico e o tratamento, pode ser observado maior período de espera para tratamento das mulheres que chegam ao hospital já com o diagnóstico em mãos, se comparado às que chegam sem o diagnóstico (apenas 26% são atendidas em até 60 dias, em todo o país). A região Norte apresenta o menor percentual brasileiro (16%) de mulheres que chegam ao hospital com diagnóstico e iniciam o tratamento em até 60 dias.

O câncer de vagina apresenta uma distribuição semelhante relativa ao estadiamento clínico da doença. A região Centro-Oeste é a que tem o maior percentual de mulheres chegando às unidades de saúde em estágios iniciais da doença (63%). Entre o diagnóstico e o tratamento das mulheres que chegam à unidade hospitalar sem diagnóstico e sem tratamento, 64% recebem o tratamento em até 60 dias após o diagnóstico. Comparado com as outras regiões, o Sudeste possui o maior percentual de mulheres que receberam tratamento após 60 dias do diagnóstico (42%). Os dados mostram que o percentual de mulheres com a doença que chegam com diagnóstico na unidade hospitalar e recebem o tratamento após 60 dias é alto (66%).

"Os dados apontam que as pessoas que chegam ao hospital com o diagnóstico em mãos, em sua maioria, são tratadas com mais de 60 dias, o que fere a lei 12.732/12 que garante ao cidadão iniciar o tratamento dentro desse prazo após o diagnóstico da doença. Isso evidencia que há um fluxo falho no sistema de saúde, sugerindo demora na investigação na atenção secundária e no encaminhamento para a terapêutica", atenta o diretor executivo da Fundação.

Prevenção, detecção e controle

Segundo Alfredo Scaff, epidemiologista e consultor médico da Fundação do Câncer, essa edição do info.oncollect pode auxiliar no direcionamento das políticas públicas específicas. "Esses dados reforçam a importância de estratégias eficazes de detecção precoce, tratamento rápido e acesso igualitário aos cuidados de saúde. As informações sobre o tempo entre o diagnóstico e o tratamento apontados na publicação mostram que há um problema no fluxo da rede de saúde. Compreender as disparidades regionais é essencial para desenvolver intervenções direcionadas e garantir melhores resultados para todos os pacientes."

Flávia Miranda, consultora médica da Fundação do Câncer, enfatiza a necessidade crucial de medidas preventivas, especialmente no contexto dos cânceres relacionados ao HPV. "A vacinação é uma medida fundamental para a prevenção desses tipos de câncer, sendo um recurso disponível no SUS, para meninos e meninas, entre 9 e 14 anos, além das mulheres e dos homens de 15 a 45 anos de idade vivendo com HIV/AIDS, transplantados e pacientes oncológicos. Mas o que se observa é que apesar da imunização ser disponibilizada gratuitamente no SUS, ainda há uma dificuldade para atingir a cobertura vacinal adequada. E essa dificuldade se mostra maior quando se trata do esquema vacinal completo, ou seja, contemplando as duas doses." Ela completa ainda que é preciso olhar para a prevenção ao HPV para além do câncer do colo do útero, o mais prevalente entre as doenças causadas pelo Papilomavirus. "O avanço do controle dos tipos de câncer relacionados a esse vírus depende muito da conscientização no aumento da cobertura vacinal, aliada à redução das barreiras de acesso, garantindo e melhorando a condição da chegada dos pacientes às unidades de saúde, desde seu diagnóstico até o tratamento".

A médica alerta que 8 a cada 10 pessoas serão infectadas pelo HPV em algum momento da vida. "Portanto, vacinar significa diminuir riscos", salienta.

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AGÊNCIA BRASIL

STJ: plano de saúde tem que cobrir cirurgia de redesignação sexual


A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, que as operadoras de plano de saúde são obrigadas a cobrir as cirurgias de redesignação sexual.

Os cinco ministros que compõem a turma, especializada em Direito Privado, deram ganho de causa a Ana Paula Santos, de Uberaba, confirmando decisões judiciais anteriores.

Todos os ministros entenderam que as cirurgias de transgenitalização e de plástica mamária para colocação de próteses não podem ser consideradas experimentais ou estéticas, como alegado pela Unimed de Uberaba.

Prevaleceu o voto da relatora, ministra Nancy Andrighi, que frisou que o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconhece tais cirurgias como recomendadas para casos de mudança de sexo. Os procedimentos já são também cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), não havendo assim razão para não serem cobertos por planos de saúde.

A ministra destacou que a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a chamada disforia de gênero - quando uma pessoa se identifica com gênero não compatível com o sexo de nascimento.

"A OMS ressalta que essa condição, muitas vezes, leva a um desejo de "transição" para viver e ser aceito como uma pessoa do gênero experienciado, seja por meio de tratamento hormonal, intervenção cirúrgica ou outros serviços de saúde, para que o corpo possa se alinhar, tanto quanto desejar e na medida do possível, com o gênero vivenciado", lembrou a relatora.

A ministra também citou a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, que desde 2011 vem ampliando o acesso ao processo transsexualizador no SUS.

A relatora escreveu em seu voto que "por qualquer ângulo que se analise a questão" as cirurgias de redesignação sexual são de cobertura obrigatória pelos planos de saúde. Além da realização dos procedimentos, Andrighi também manteve indenização de R$ 20 mil a ser paga pela Unimed de Uberaba à mulher que recorreu ao STJ.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 05 Dezembro 2023 06:54

CLIPPING AHPACEG 05/12/23

Escrito por

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DESTAQUES

Piso da enfermagem: impasse sobre o salário da categoria pode chegar ao fim

Médico de família pode resolver 85% das queixas mais comuns dos pacientes

45% das mulheres sofrem algum tipo de transtorno mental

Inteligência artificial na saúde: tecnologia traz soluções para a gestão de processos farmacêuticos

Brasil perde R$1 bi em produtividade com câncer de pulmão

Com aumento de atendimentos no Pronto-Socorro, Hetrin reforça seu perfil de média complexidade

Diretora do CDI PREMIUM é homenageada pela Alego por trabalho durante a pandemia

PORTAL BRASIL 61

Piso da enfermagem: impasse sobre o salário da categoria pode chegar ao fim


Os enfermeiros, técnicos em enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras de todo o país podem dar um fim às negociações que tratam do pagamento dos salários. O Supremo Tribunal Federal (STF) incluiu na pauta do julgamento que acontece em plenário virtual os embargos de declaração - recurso para questionar alguma contradição em decisões do tribunal - contra deliberação da própria Corte na ação em que se discute o piso da enfermagem. A votação deve acontecer de 8 a 18 deste mês. Essa é a última fase do processo que pretende analisar, entre outros pontos, a desindexação da jornada de 44h para o cálculo do piso, assim como esclarecer a definição entre piso e remuneração.

Último levantamento da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho, mostra uma estimativa de percentuais dos profissionais de enfermagem que recebem remuneração mensal abaixo dos pisos salariais. De acordo os dados, 54% dos enfermeiros recebiam abaixo do piso de R$ 4.750,00; 82% dos técnicos de enfermagem recebiam abaixo do piso de R$ 3.325,00 e 49% dos auxiliares de enfermagem recebiam abaixo do piso de R$ 2.375,00.

Com a inclusão dos embargos de declaração no plenário virtual da STF, o conselheiro do Conselho Nacional da Enfermagem Daniel Menezes espera que os questionamentos levantados pelas entidades que representam a categoria, sejam definidos.

"A gente defende que a carga horária seja aquela contratada pelo empregador por conta do vínculo e o piso se aplique sobre essa cargo horária contratada. Então a expectativa é que a gente possa, através de todos os elementos e as demais entidades que também questionam nesses embargos, assim como a AGU e o próprio Congresso Nacional através do Senado", observa.

Impactos na economia

Enquanto a situação não se resolve, especialistas avaliam que os trabalhadores, a população e a própria economia ficam prejudicadas. Na opinião do economista Newton Marques, todos os setores vão ter que se adequar para suportar esses gastos. Ele também acredita que a falta de definição pode impactar outras categorias ligadas à área de saúde como técnicos, médicos, anestesistas, e operadores de instrumentos e aparelhos.

"Agora as demais categorias também querem seguir os passos da enfermagem. Só que aí o piso nacional da enfermagem tem um problema. As prefeituras e estados têm impactos diferenciados no orçamento e isso tem gerado também problema no setor privado, que não consegue pagar o piso nacional de enfermagem", destaca.

Na opinião do consultor de orçamento Luigi Mauri, um problema clássico da economia porque de um lado se comemora aprovação de uma legislação como essa que protegeria trabalhadores dessa área, mas por outro se lamenta pelo que ocorre na prática.

"Na prática, os salários continuam sendo menores do que se prevê na legislação. Ou seja, o mercado não trabalha com o que está previsto em lei ou quando trabalha rigorosamente com o que está previsto em lei, assim acontecem muitas demissões em vista dos empregadores não terem interesse em cumprir um piso legal para a profissão", avalia.

Entenda o impasse

Em 2022, a CNSaúde entrou com uma ação no STF para questionar o Projeto de Lei (PL) 2564/2020, que deu origem à lei que estabeleceu o piso para os enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras e que já tinha sido aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

Em julho, deste ano, o STF definiu que o piso nacional da enfermagem fosse pago aos trabalhadores do setor público pelos estados e municípios na medida dos repasses federais. O Tribunal definiu ainda que prevaleceria a exigência de negociação sindical coletiva como requisito procedimental obrigatório, mas que, se não houvesse acordo, o piso deveria ser pago conforme fixado em lei. Além disso, a aplicação da lei só poderia ocorrer depois de 60 dias a contar da publicação da ata do julgamento.

Em 11 de maio de 2023, o governo federal sancionou a Lei n.°14.581/2023 que garantiria um crédito especial de R$ 7,3 bilhões, para a Assistência Financeira Complementar aos estados, municípios e Distrito Federal referente ao pagamento do piso salarial dos profissionais de enfermagem. As diferenças entre as regras para o setor público em relação ao setor privado dependeriam das negociações coletivas, como determinado pelo STF.

Os gestores estaduais, municipais e do Distrito Federal seriam responsáveis por efetuar o pagamento dos colaboradores diretos, sejam servidores e ou empregados, bem como a transferência dos recursos às entidades privadas contratualizadas ou conveniadas, que atendam, pelo menos, 60% de seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 21 de agosto, o Ministério da Saúde fez o primeiro repasse adicional aos estados e municípios do piso nacional da enfermagem. Até o fim de 2023, foi definido o pagamento de nove parcelas, incluindo o 13º salário. Os valores praticados são: enfermeiros: R$ 4.750, técnicos de enfermagem: R$ 3.325 e auxiliares e parteiras: R$ 2.235.

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JORNAL ONLINE

Médico de família pode resolver 85% das queixas mais comuns dos pacientes


Especialista cuida das pessoas ao longo da vida, em vez de apenas tratar doenças; Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade é celebrado em 05 de dezembro

Cerca de 85% das queixas dos pacientes que chegam às Unidades Básicas de Saúde e aos hospitais públicos brasileiros podem ser resolvidas pelo médico de família e comunidade, que costuma ter uma relação mais próxima e vínculo de confiança com os moradores locais. A informação é da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, órgão ligado ao Ministério da Saúde.

Dados semelhantes também são compartilhados pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Segundo a entidade, a atenção primária cuida das pessoas e pode atender de 80% a 90% das necessidades de saúde de um indivíduo ao longo de sua vida.

Para lembrar a importância e o trabalho desses profissionais, existe o Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade, celebrado em 05 de dezembro. A data valoriza quem atua na atenção primária nos sistemas de saúde em todo Brasil.

O que faz o médico de família?

"Ainda tem uma confusão entre médico de família e clínico geral, mas são funções diferentes. Enquanto o segundo trata especificamente da doença, o primeiro tem o foco na pessoa e na raiz do que pode estar causando o problema", explica a coordenadora adjunta do curso de medicina do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR), Taísa Navasconi Berbert.

Além dos sintomas, o estilo de vida, os hábitos, as emoções, as condições de trabalho e a moradia são levados em conta para que o médico de família e comunidade aponte um diagnóstico.

"O indivíduo é analisado de forma integral, em uma abordagem biopsicossocial, justamente porque todos esses fatores podem estar relacionados à saúde e nem sempre as pessoas estão conscientes disso", destaca Taísa.

Onde atua?

Segundo a OPAS, o médico de família e comunidade pode atuar em unidades de atenção primária à saúde, consultórios privados, serviços de emergência, hospitais, serviços de medicina paliativa e atender equipes de população de rua.

Os atendimentos mais comuns estão relacionados às consultas de rotina, check-ups, queixas ginecológicas, doenças crônicas, questões de saúde mental, uso de substâncias químicas, dores crônicas, falta de ar e taquicardia. Quando o problema exige cirurgia, tratamento oncológico ou se revela uma doença rara, é preciso encaminhar para outros especialistas.

O que precisa para ser médico de família?

Para atuar como médico de família e comunidade é preciso concluir os seis anos de estudos em medicina e ainda fazer uma residência de dois anos na área. Durante esse período, o profissional vai aprofundar seus conhecimentos em temas como saúde coletiva, medicina preventiva e epidemiologia.

"Escolhi essa área por ver o paciente de forma integral e ficar próximo da realidade onde ele vive. Assim, criamos um vínculo para que seja tomado decisões centradas no paciente e não na doença", explica Alan Eduardo Tavares Martin, que atua como médico de família e comunidade na Prefeitura Municipal de Campo Mourão, no curso de medicina do Integrado e numa empresa de plano de saúde.

"Nesta profissão, vínculo significa confiança. Assim, compreendemos a dimensão dos problemas individuais e coletivos e buscamos as melhores estratégias de intervenção", destaca Camila Gomes Braga, que é responsável pela Estratégia de Saúde da Família da Prefeitura de Campo Mourão, supervisora do Programa de Residência Médica da Santa Casa de Misericórdia do mesmo município e docente no Integrado.

Prática desde cedo

Para que os estudantes de medicina do Centro Universitário Integrado se familiarizem com essa prática de trabalho, eles realizam diferentes atendimentos - sob monitoria dos professores - ao longo da graduação. Só no ambulatório da instituição de ensino, foram 21.635 atendimentos desde 2020.

Dos 53 acadêmicos que fizeram a Colação de Grau em medicina, no dia 1º de dezembro, todos já realizaram esses atendimentos à população durante o período de internato.

Outra atividade como essa é feita para os moradores do Lar de Idosos São Joaquim e Sant'Ana de Campo Mourão. Toda semana, um médico geriatra e os acadêmicos visitam os idosos e fazem atendimentos gratuitos no próprio local.

A instituição de ensino patrocina a mão de obra do profissional geriatra, custeia os insumos utilizados nos atendimentos, proporciona acesso à saúde de qualidade e promove o bem-estar aos residentes do local.

"Outro bom motivo para atuar como médico de família e comunidade é a expansão do mercado de trabalho, que tem boas oportunidades de emprego", complementa Taísa Navasconi Berbert.

Sobre o Centro Universitário Integrado

Localizado em Campo Mourão (PR), o Centro Universitário Integrado oferece, há mais de 25 anos, ensino superior de excelência reconhecido pelo MEC com nota máxima (5) no Conceito Institucional. Preocupado com o que o mercado necessita, busca ofertar um ensino de qualidade voltado às competências que precisam ser desenvolvidas por todos os profissionais.

Para isso, conta com infraestrutura moderna, laboratórios com tecnologia de ponta, metodologias de ensino inovadoras e corpo docente com forte experiência acadêmica e vivência prática.

Atualmente, o Integrado oferece mais de 55 cursos de graduação presencial, semipresencial e a distância, incluindo Direito, Medicina e Odontologia e mais de 100 cursos de pós-graduação em diversas áreas do conhecimento.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

45% das mulheres sofrem algum tipo de transtorno mental

A pandemia de Covid-19 foi uma das piores crises já enfrentadas no século e suas consequências ainda ressoam no cotidiano, mesmo após o fim da emergência sanitária. Para as mulheres, entretanto, que já chegaram em 2020 adoecidas, o problema se apresentou ainda mais profundo. É o que mostra o relatório "Esgotadas: o empobrecimento, a sobrecarga de cuidado e o sofrimento psíquico das mulheres", desenvolvido pela ONG Think Olga, que indica que 45% das mulheres brasileiras possuem hoje um diagnóstico de ansiedade, depressão ou outros tipos de transtornos.

A pesquisa inédita foi realizada com 1.078 mulheres, entre 18 e 65 anos, em todos os estados do País, entre 12 e 26 de maio de 2023. "A saúde mental não deve ser uma discussão limitada por fatores biológicos. Claro que existe influência deles, mas o que o relatório nos mostra é que a perspectiva de gênero e suas interseccionalidades afetam diretamente as relações sociais e, portanto, impactam diretamente no psicológico das mulheres", explica a diretora da Think Olga, Maíra Liguori.

Com a proposta de entender as estruturas que impõem o sofrimento das brasileiras na atualidade, o relatório reúne dados que demonstram desde a sobrecarga de trabalho e insegurança financeira até o esgotamento mental e físico causado pela economia do cuidado, que enquadra todas as atividades relacionadas aos cuidados com a casa e com produção e manutenção da vida. Entre as principais conclusões do relatório:

Esgotadas, portanto, adoecidas - 45% das entrevistadas foram diagnosticadas com algum transtorno mental. A ansiedade, o estresse e a irritabilidade fazem parte do cotidiano de pelo menos 4 em cada 10 mulheres. As pressões estéticas e as violências de gênero também cobram seu preço: entre as entrevistadas mais jovens, 26% declararam que os padrões de beleza impostos impactam negativamente na saúde mental. Já o medo de sofrer violência é citado por 16% das respondentes;

Maior vulnerabilidade e maior responsabilidade - As mulheres são as únicas ou principais provedoras em 38% dos lares. Essas mulheres são, em sua maior parte, negras, da classe D e E e com mais de 55 anos de idade. Somente 11% das entrevistadas dizem não contribuir financeiramente para a manutenção de suas famílias;

Mulheres dedicam o dobro de tempo nas tarefas de cuidado - Segundo dados da Pesquisa Nacional por amostra de domicílio realizada em 2022, as mulheres gastam 21,4 horas da semana em tarefas domésticas e do cuidado, os homens usam 11 horas. Já o relatório Esgotadas mostrou que a sobrecarga de trabalho doméstico e a jornada excessiva de trabalho foi a segunda causa de descontentamento mais apontada - atrás apenas de preocupações financeiras. O trabalho de cuidado sobrecarrega principalmente as mulheres de 36 a 55 anos (57% cuidam de alguém) e pretas e pardas (50% cuidam de alguém);

Responsabilidade demais adoece - 86% das mulheres consideram ter muita carga de responsabilidades. A insatisfação entre mães solo e cuidadoras é muito superior em relação àquelas que não possuem esse tipo de responsabilidade. As cuidadoras e mães-solo também são as mais sobrecarregadas com as tarefas domésticas e de cuidado, com 51% das mães e 49% das cuidadoras apontando a situação financeira restrita como o maior impacto na saúde mental. Isso quer dizer que a sobrecarga de cuidado também é um fator de empobrecimento das mulheres ou "feminização da pobreza".

Diante da realidade, a Think Olga também traz pontos de partida para que a sociedade civil, o setor privado e o poder público possam começar a enxergar e a atuar sobre esses problemas. Para a codiretora da Think Olga, Nana Lima, "é necessário que comecemos a entender o impacto do trabalho de cuidado e suas consequências, além de partirmos de discussões que desestigmatizem tabus sobre a saúde mental. É essencial incentivar ações do setor privado, da sociedade civil e, principalmente, do setor público para um futuro viável para as mulheres", avalia.

Minoria das empresas tem políticas eficazes

Embora 99% dos profissionais de Recursos Humanos (RH) ou gestão de pessoas acreditem que as companhias devem adotar estratégias voltadas para saúde mental dos colaboradores, apenas 34% das empresas desenvolvem ações efetivas com este objetivo, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Infojobs, HR Tech que desenvolve soluções para RH. O estudo apresenta os impactos negativos e comprova que 61% das pessoas não se sentem satisfeitas ou felizes no trabalho, sendo que 86% mudariam de emprego em busca de mais saúde mental.

"A atração e a retenção de talentos estão entre os maiores desafios enfrentados atualmente. E mesmo que a pesquisa indique que em 41% das organizações a felicidade corporativa e bem-estar dos funcionários tenham destaque para o time de gestão de pessoas, as ações não são implementadas como deveriam", avalia a CEO do Infojobs, Ana Paula Prado.

A grande maioria dos profissionais de RH (91%) entende que benefícios voltados para saúde mental impactam a atração e retenção de talentos. De encontro com isso, 75% dos profissionais participantes da pesquisa afirmam que na empresa onde trabalham ou trabalharam recentemente não têm ações e suporte para temas relacionados.

Nas organizações que existem medidas para promover a saúde mental, os destaques ficam para campanha de bem-estar e saúde mental (43%), suporte com psicólogos (41%), canal de escuta ativa (37%) e treinamento para lideranças empáticas (35%) - para essa questão, foram consideradas múltiplas respostas. Além disso, 96% dos profissionais de RH ou gestão de pessoas acreditam que o recrutamento humanizado pode ser considerado uma prática voltada para a saúde mental. Na pesquisa de 2022, 93% dos profissionais da área de RH acreditavam nessa afirmativa.

Insegurança no ambiente corporativo

Pouco mais da metade (55%) dos respondentes diz que não se sente psicologicamente seguro na empresa em que trabalha ou já trabalhou. Entre os aspectos mais prejudiciais citam ambiente ou liderança tóxica e abusiva (64%), cobranças excessivas de resultados (40%) e pressão constante (37%).

"A pesquisa também revelou que 86% dos participantes acreditam que as empresas não estão preparadas para lidar com a saúde mental dos colaboradores. Algumas razões podem explicar a afirmação, como a falta de diálogo aberto durante todo o ano e olhar individual para cada colaborador, com a intenção de entender as necessidades únicas e particulares. Mas, além de encontrar justificativas, devemos encontrar soluções", afirma.

Neste sentido, para a executiva, as lideranças e RH devem se comprometer em conscientizar e educar sobre assuntos envolvendo a saúde mental e criar uma cultura que promova o bem-estar para cada colaborador.

"Fomos acostumados com um mercado de trabalho competitivo e com grande pressão para resultados, mas ano após ano percebemos que é possível equilibrar vidas pessoal e profissional. Além de garantir satisfação, ainda impacta diretamente na produtividade e qualidade", conclui.

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O ESTADO

Inteligência artificial na saúde: tecnologia traz soluções para a gestão de processos farmacêuticos


A inteligência artificial (IA), um caminho sem volta no mundo moderno, ganha cada vez mais espaço e diversos segmentos estão se utilizando dessa tecnologia para auxiliar nos processos. A saúde é um desses nichos que tem feito a diferença na vida dos pacientes e na abordagem diária com o uso de tecnologias que ajudam na resolução das tarefas que envolvem a segurança, o cuidado e a agilidade nas gestões. Recentemente o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), concluiu um projeto piloto que usa inteligência artificial (IA) preditiva, para facilitar a gestão dos processos de análise da farmacêutica. O ISGH é responsável por administrar unidades de saúde nas cinco macrorregiões do Estado do Ceará.

Baseado em evidências, o novo sistema irá apoiar as análises de prescrições médicas, gerando indicadores para a priorização de atendimento, assim como gerar alertas que precisam de uma análise mais profunda. Na prática, o sistema se vincula aos dados dos hospitais e indica onde estão os potenciais erros de prescrições, aumentando a qualidade assistencial e a eficiência hospitalar. O programa de inteligência artificial é 100% gratuito quando utilizado em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é seguir um planejamento contínuo em busca de soluções que apoiem na resolução de diagnósticos, diminuição de impacto na redução de custos e ganhos de eficiência.

O gerente sênior do Núcleo de Tecnologia da Informação (TI), do ISGH, Luidgi Machado, explica a importância da utilização da IA nos sistemas. Ele destaca que tudo é feito com base legal e seguindo as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). "É importante destacar que, ao implementar soluções de IA na área da saúde, é necessário considerar questões éticas, de privacidade e segurança dos dados, além de garantir a validação clínica adequada para garantir a precisão e confiabilidade dos resultados", pontua.

A gerente da Farmácia, do Núcleo de Assistência Farmacêutica (NUASF) do ISGH, Rosemeire Sousa, adianta que as expectativas para o uso da tecnologia na rotina do setor são das melhores. Entre os diferenciais, ela espera maior agilidade e segurança na análise técnica pelos farmacêuticos das prescrições médicas diárias, otimizando o gerenciamento dessas intervenções e ampliando a visão do profissional para potenciais riscos na farmacoterapia do paciente.

"O sistema também dispõe de relatórios didáticos em tempo real e está interligado ao nosso Sistema Vitae paciente. Nossa expectativa é que até o final do 1º semestre de 2024, todos os farmacêuticos das Centrais de Análises de Prescrição (CAP) e Farmácia Clínica em nossas unidades, estejam utilizando esse sistema, garantindo assim uma análise mais ampla, segura; potencializando as barreiras de segurança na cadeia medicamentosa e colaborando no cuidado multiprofissional ao paciente, junto às nossas equipes", destaca.

Ars vitae

Ainda na gestão do cuidado, outro importante software, também criado pelo ISGH, é o ARS VITAE. Com o objetivo de facilitar o acesso aos prontuário dos pacientes em todas as unidades hospitalares, auxiliando ainda no monitoramento da assistência destinada aos pacientes, com acesso ao cadastro e evolução do paciente no hospital. Além disso, o plano terapêutico e o prontuário também são todos digitalizados, com chaves e fluxos seguros para que o profissional de saúde tenha acesso.

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PORTAL TERRA

Brasil perde R$1 bi em produtividade com câncer de pulmão


O câncer de pulmão no Brasil gerou custos econômicos de mais de R$1 bilhão em 2019. O cálculo faz parte de pesquisa do Insper divulgada durante evento sobre prevenção e tratamento desse tipo de câncer, promovido no dia 24 de novembro pelo Fórum Intersetorial para Combate às Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil (FórumDCNTs). O valor refere-se aos custos indiretos, ou seja, relacionados à redução da produtividade em decorrência do óbito de pessoas com idade inferior à de sua aposentadoria (grupo que corresponde a 1/3 das quase 30 mil mortes anuais por câncer de pulmão), ao absenteísmo no trabalho e à aposentadoria precoce.

Apesar de ser o quarto tipo mais incidente no Brasil (atrás dos cânceres de próstata, mama e cólon e reto), o câncer de pulmão é o que mais mata. Em 2019, a doença causou 29,3 mil mortes no país, enquanto os tumores de próstata e mama não chegaram a 20 mil cada. Por conta disso, de acordo com o Insper, os custos indiretos do câncer de pulmão se aproximam da perda de R$1 bilhão e 380 milhões provocada pelo câncer de mama, o qual apresenta quase o dobro de casos por ano em relação ao primeiro.

A alta morbimortalidade do câncer de pulmão está relacionada ao diagnóstico tardio, realizado, na maioria das vezes, nos estágios III e IV do desenvolvimento do tumor, nos quais as chances de cura são mínimas ou nulas. "Preocupa-nos que a população esteja bem informada sobre quando suspeitar de uma alteração pulmonar e a atenção primária apta a agir em tempo oportuno para rastreio e diagnóstico precoce, o que melhorará drasticamente o cenário atual", enfatiza o coordenador geral do FórumDCNTs, Mark Barone.

A pesquisa do Insper também mapeou e classificou as principais barreiras para a implementação de uma política nacional de rastreamento de câncer de pulmão, assim como sistematizou propostas de soluções. "Dentre as sugestões, encontram-se melhorias em centros de excelência; aproveitamento da alta capilaridade da atenção primária do SUS, com o engajamento de seus profissionais na triagem, convencimento da população de risco e navegação do usuário no sistema; e criação de protocolos que considerem prevenção, rastreamento, diagnóstico, tratamento e reabilitação", expõe Carolina Melo, professora de Políticas Públicas e Economia no Insper.

A importância do suporte para cessação de fumar também é sublinhada por especialistas. "Estudos mostram que as pessoas que param de fumar aos 50 anos reduzem em, aproximadamente, 90% o risco de câncer de pulmão aos 75 anos. Pessoas que ficaram abstinentes durante sete anos apresentaram uma redução de 20% no risco de mortalidade", afirma Paulo Correa, coordenador da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Além de insistir na relevância da prevenção e combate a todas as formas de consumo de tabaco, inclusive o vape (cigarro eletrônico), Gustavo Prado, gerente de inovação e educação médica no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, sugere ações para efetivar o diagnóstico precoce no país. "Devemos melhorar a jornada da pessoa com sintomas sugestivos de câncer de pulmão dentro do sistema de saúde, que hoje é muito lenta e fragmentada", comenta. Ele reforça também a necessidade em agilizar o encaminhamento para o diagnóstico daquelas pessoas cujos exames de imagem (realizados por outros motivos, como gripes) revelam achados anormais. "E sobretudo, é imprescindível uma política de rastreamento, ou seja, a busca ativa de pessoas assintomáticas por meio de tomografia, à semelhança do que já ocorre com a mamografia para detecção de câncer de mama", elenca.

Experiências locais de rastreamento e melhor gestão do sistema de saúde mostram resultados positivos e podem ser replicadas. Médicos do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Porto Alegre (RS), por exemplo, tiveram a iniciativa de fazer o rastreamento por tomografia computadorizada de baixa dose nas pessoas atendidas pelo Serviço de Pneumologia. A atividade envolveu a discussão e padronização de condutas, investigação e manejo de pessoas com anormalidades observadas. Segundo Fábio Svartman, pneumologista do HNSC, foram encontrados nódulos suspeitos em 14% das 712 pessoas rastreadas, sendo que 1,5% foram confirmados como câncer de pulmão. Destes casos, â estavam nos estágios I e II, o que permitiu a realização de tratamentos com intenção curativa .

O hospital também instituiu o projeto Relógio do Câncer, com o intuito de diminuir o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento a partir da integração e monitoramento de informações dos prontuários eletrônicos. "Com isso, identificamos gargalos, priorizamos exames e consultas, e fizemos busca ativa de quem faltava. Entre junho de 2021 e fevereiro de 2023, reduzimos a média de dias entre diagnóstico e tratamento de 63 para 43", informou Svartman.

Chama a atenção a falta de visibilidade dessa doença silenciosa. "Temos a campanha Novembro Branco, de conscientização sobre o câncer de pulmão, mas ela é pouco difundida em relação ao Novembro Azul, que trata do câncer de próstata. Precisamos de ações mais robustas e constantes nesse sentido", defende Helena Esteves, coordenadora de advocacy no Instituto Oncoguia. "Para melhorar o atual cenário, não devemos esquecer da educação dos profissionais de saúde, pois muitos deles não possuem informações suficientes sobre os sinais e sintomas do câncer de pulmão", acrescenta.

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ISSO É GOIÁS

Com aumento de atendimentos no Pronto-Socorro, Hetrin reforça seu perfil de média complexidade

Desde o início das obras de reforma e ampliação, o Hospital Estadual de Trindade - Walda Ferreira dos Santos (Hetrin) registrou aumento no número de pacientes no pronto-socorro, atraídos pela infraestrutura e atendimento da unidade. Enquanto, em novembro, o hospital recebeu cerca de 5.700 pacientes, em janeiro deste ano o número saltou para 6.400, sendo que a maioria desses atendimentos foram de caráter pouco urgente ou não urgente (60%). O aumento é tão significativo que só na primeira quinzena de fevereiro o hospital registrou uma média de 237 atendimentos diários, 46 a mais que a média do mês de novembro de 2022.

Esse aumento tem exigido ainda mais dos profissionais atuantes no pronto-socorro, que funciona 24 horas por dia. A equipe conta com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, maqueiros, biomédicos e demais profissionais para levar o melhor atendimento à população. Para os atendimentos de porta aberta, que recebe todos os pacientes, a unidade conta com o quadro de médicos completo atendendo simultaneamente. Antes de entrar para a consulta, todos os pacientes passam por triagem e são classificados de acordo com o Protocolo de Manchester para identificar a gravidade de cada caso.

Além do atendimento de urgência e emergência, o Hetrin é uma unidade com perfil hospitalar de assistência de baixa e média complexidade com perfil cirúrgico eletivo, ou seja, que realiza cirurgias programadas, sem teor de urgência. A unidade dispõe hoje de serviços de cirurgia geral, obstetrícia, urologia e vascular, como por exemplo colecistectomia, hernioplastia, histerectomia, laqueadura, cistotomia, prostectomia, vasectomia, tratamento cirúrgico de varizes bilateral sem retirada de safena entre outras.

Mesmo com todo o processo de reforma em pleno andamento, nenhum serviço oferecido pelo Hetrin foi interrompido. A inauguração do novo Pronto-Socorro para atendimento de urgências e emergências está prevista para o meio deste ano.

Para a diretora da unidade, Vânia Fernandes, o atendimento prestado continua com a mesma qualidade, mesmo durante essa fase de reforma e ampliação. “Registramos um aumento no número de atendimentos no pronto-socorro e estamos em pleno funcionamento para atender a todos”, afirma ela, lembrando que, considerando o perfil de média complexidade do Hetrin, também é possível buscar atendimento para casos mais simples na rede básica de saúde do município.

Com a entrega das próximas fases das obras, o Hetrin conseguirá ampliar ainda mais seu atendimento, bem como elevar o número de leitos. Ao todo, a unidade contará com 149 leitos. No geral, serão seis de observação; dois de emergência; 14 de alojamento conjunto; 20 de enfermaria para clínica cirúrgica e 20 de UTI; 90 de clínica médica; quatro salas cirúrgicas; cinco leitos de Recuperação Pós-Anestésicos (RPA); cinco quartos de isolamento e três quartos para parto normal (PPP). Ou seja, o triplo de leitos que o hospital possui atualmente.

Classificação de risco

Sempre que um paciente chega para atendimento de urgência e emergência no Hetrin, é protocolo passar pela triagem a fim de fazer sua classificação de acordo com a gravidade de seu quadro clínico. Assim, as pessoas que apresentam risco de vida são atendidas primeiro.

As classificações são divididas por cinco cores. O método do Protocolo de Manchester é um dos mais utilizados no mundo. O vermelho significa emergência e o paciente deve ser atendido imediatamente, pois apresenta risco de morte; o laranja é muito urgente, considerando que o paciente pode esperar, no máximo, 10 minutos para ser atendido, pois apesar de apresentar risco de morte, ele está um pouco mais estável que o anterior. Na cor amarela estão os casos urgentes, nos quais a gravidade é moderada e o tempo de espera pode ser de 50 minutos. A cor verde representa casos pouco urgentes e é indicado para situações menos graves, sendo que paciente pode esperar até duas horas. Por último, o indicador azul, são para casos não urgentes, classificação mais baixa que envolve problemas simples. Assim, o paciente pode esperar até quatro horas.

Os casos que envolvem serviços básicos, com a classificação de azul ou verde podem ser atendidos pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do município de Trindade e dos municípios próximos. Esses centros são os responsáveis pela avaliação primária e inserção de pacientes graves que necessitam de atendimento especializado no sistema de regulação.

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Diretora do CDI PREMIUM é homenageada pela Alego por trabalho durante a pandemia

Durante a cerimônia, Colandy Nunes Dourado enfatizou que apoio da sociedade e o trabalho em equipe dos profissionais de saúde foram essenciais para o enfrentamento da crise

A diretora e sócia-fundadora do CDI PREMIUM, médica cardiologista Colandy Nunes Dourado, foi homenageada pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) no último sábado, 2. A cerimônia, realizada por iniciativa do deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB), teve como objetivo reconhecer o trabalho dos profissionais da saúde durante a pandemia de Covid-19.

 "Principalmente durante e após a pandemia, ficou evidente a necessidade de contarmos com profissionais comprometidos e apaixonados pelo cuidado com o ser humano”, ressaltou o parlamentar, mostrando a importância de a Alego valorizar o empenho destes profissionais na luta por salvar vidas e promover saúde.

Representando todos os homenageados, Colandy Nunes Dourado falou na abertura da sessão, que reuniu parlamentares, familiares e amigos dos homenageados. Ela agradeceu a honra de representar o grupo CDI PREMIUM – médicos e colaboradores -, profissionais de saúde e todos que direta ou indiretamente contribuíram para o enfrentamento desta fase desafiadora.

A diretora relembrou os desafios vivenciados durante a crise sanitária e enfatizou a importância do apoio dos profissionais e da sociedade para a superação dos momentos difíceis, que mudaram de uma hora para a outra todo o modelo de atendimento, impondo novos prazos, processos e medidas de proteção dos pacientes e trabalhadores.

Segundo ela, foram momentos sombrios. “Mas, cada um de nós, profissionais de saúde, tivemos uma força que nos colocou no mesmo barco. De mãos dadas, seguimos para tentar achar alguma saída. Se estamos aqui hoje, é graças a cada um de vocês, do apoio dos políticos e da população. Eu falo que, em dois anos, conseguimos evoluir 10 anos na parte de tecnologia e cuidados médicos para diminuir a mortalidade”, relatou ela, agradecendo ainda o reconhecimento da Alego.

Parabenizamos nossa diretora Colandy Nunes Dourado pela merecida homenagem e a gestão cuidadosa durante a pandemia e nos anos seguintes, sempre trabalhando para oferecer o melhor aos pacientes e cuidar da família CDI PREMIUM.

Confira a cerimônia na íntegra em: https://www.youtube.com/watch?v=uIocpgwdsj0

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Assessoria de Comunicação

 

COLANDY NUNES DOURADO

 

Durante a cerimônia, Colandy Nunes Dourado enfatizou que apoio da sociedade e o trabalho em equipe dos profissionais de saúde foram essenciais para o enfrentamento da crise

 

A diretora e sócia-fundadora do associado CDI PREMIUM, médica cardiologista Colandy Nunes Dourado, foi homenageada pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) no último sábado, 2. A cerimônia, realizada por iniciativa do deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB), teve como objetivo reconhecer o trabalho dos profissionais da saúde durante a pandemia de Covid-19.

 

"Principalmente durante e após a pandemia, ficou evidente a necessidade de contarmos com profissionais comprometidos e apaixonados pelo cuidado com o ser humano”, ressaltou o parlamentar, mostrando a importância de a Alego valorizar o empenho destes profissionais na luta por salvar vidas e promover saúde.

 

Representando todos os homenageados, Colandy Nunes Dourado falou na abertura da sessão, que reuniu parlamentares, familiares e amigos dos homenageados. Ela agradeceu a honra de representar o grupo CDI PREMIUM – médicos e colaboradores -, profissionais de saúde e todos que direta ou indiretamente contribuíram para o enfrentamento desta fase desafiadora.

 

A diretora relembrou os desafios vivenciados durante a crise sanitária e enfatizou a importância do apoio dos profissionais e da sociedade para a superação dos momentos difíceis, que mudaram de uma hora para a outra todo o modelo de atendimento, impondo novos prazos, processos e medidas de proteção dos pacientes e trabalhadores.

 

Segundo ela, foram momentos sombrios. “Mas, cada um de nós, profissionais de saúde, tivemos uma força que nos colocou no mesmo barco. De mãos dadas, seguimos para tentar achar alguma saída. Se estamos aqui hoje, é graças a cada um de vocês, do apoio dos políticos e da população. Eu falo que, em dois anos, conseguimos evoluir 10 anos na parte de tecnologia e cuidados médicos para diminuir a mortalidade”, relatou ela, agradecendo ainda o reconhecimento da Alego.

 

 

Confira a cerimônia na íntegra em: https://www.youtube.com/watch?v=uIocpgwdsj0