
Imprensa (2432)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Hospital Araújo Jorge realiza ação solidária para mulheres vítimas do câncer de mama
Corrida e caminhada contra a paralisia infantil
CDI PREMIUM participa do 32º Congresso Goiano de Cardiologia que acontece nos dias 26 a 28 de outubro
IX Encontro de Terapêutica da “doença” Psoríase será realizado nesta quinta-feira, 26 de outubro UFG
Pesquisadores fazem testes em quem usa drogas nas baladas e identificam substância que causa necrose
Jovem que morreu em cirurgia plástica teve tromboembolismo pulmonar, aponta laudo preliminar
Check-up nas empresas: conheça as doenças mais comuns dos executivos
Câncer de mama é a doença que mais acomete mulheres no Brasil e no mundo
PUC TV
Hospital Araújo Jorge realiza ação solidária para mulheres vítimas do câncer de mama
https://www.youtube.com/watch?v=i_i1o1S27YM
..................
TV SERRA DOURADA
Corrida e caminhada contra a paralisia infantil
https://www.youtube.com/watch?v=RfrDJnwcHgY
GO NEWS
CDI PREMIUM participa do 32º Congresso Goiano de Cardiologia que acontece nos dias 26 a 28 de outubro
CDI PREMIUM: Encontro vai aperfeiçoar os profissionais da área da saúde em Goiânia.
Com uma programação cheia de temas atuais, o 32º Congresso Goiano de Cardiologia será aberto nesta quinta-feira, 26, e segue até sábado, 28, no Transamérica Collection Órion, em Goiânia. O Centro de Diagnóstico por Imagem – CDI PREMIUM estará lá, apoiando e incentivando a atualização e o aperfeiçoamento profissional dos cardiologistas goianos. Além do estande do CDI PREMIUM, os médicos Leonardo Sara, Fernanda Sanches e Cibele Gontijo Lopes, do corpo clínico da unidade, também participarão do evento como palestrantes.
No dia 26, Fernanda Sanches vai abordar o tema “Doença da microcirculação e suas particularidades”. Na sexta-feira, 27, será a vez de Cibele Gontijo Lopes falar sobre o “Papel do escore de Cálcio”. E no sábado, último dia do evento, Leonardo Sara vai abordar o tema “Já devo pedir angiotomografia como exame inicial? ”. A cardiologista e diretora do CDI PREMIUM, Colandy Nunes Dourado, e outros médicos do corpo clínico também vão participar do congresso promovido pela Sociedade Goiana de Cardiologia.
.............................
IX Encontro de Terapêutica da “doença” Psoríase será realizado nesta quinta-feira, 26 de outubro UFG
A doença ainda é desconhecida, mas é possível ser controlada.
Com o apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO), o IX Encontro de Terapêutica na Psoríase será realizado nesta quinta-feira, 26 de outubro, das 7 às 12 horas, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG). O evento, que é aberto a médicos dermatologistas e residentes, antecipa a celebração do Dia Mundial da Psoríase, comemorado em 29 de outubro. A psoríase é uma doença de causa ainda desconhecida, que afeta a pele, causando manchas róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas. A doença é doença crônica e não contagiosa.
No evento, especialistas vão abordar vários aspectos do diagnóstico e tratamento da psoríase, como novidades no uso da ultrassonografia para o diagnóstico e monitoramento da doença, a relação entre psoríase e obesidade e, ainda, o acesso a medicamentos de alto custo na dermatologia. As inscrições podem ser feitas: (62) 98128 1638 (falar com Patrícia).
.........................
PORTAL G1
Pesquisadores fazem testes em quem usa drogas nas baladas e identificam substância que causa necrose
O Profissão Repórter desta terça-feira (24) mostrou quais são as drogas mais utilizadas na atualidade e os impactos que elas provocam na saúde da população. No interior de São Paulo, uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pesquisa quais substâncias são consumidas em festas, festivais e shows.
Na última pesquisa, realizada entre 2018 e 2020, 70% das amostras identificaram substâncias diferentes das declaradas pelos usuários, incluindo um vermífugo utilizado para diluir a cocaína, o que pode causar necrose nas extremidades do corpo, como nariz, dedos e pés.
O repórter Chico Bahia e o repórter cinematográfico Fernando Grolla acompanharam a coleta e conversaram com as pessoas que participaram do teste.
“A gente tem percebido que existe uma discordância entre o que o usuário consome e o que a gente encontra nas amostras biológicas. Isso é um fator de risco, pois se ela for mais potente ele tem o risco de ter uma overdose e feitos indesejados”, afirmou o pesquisador Rafael Lanaro.
"Eu tomei uma bala [nome utilizado para designar MDMA] faz 1h30. Ainda é uma coisa muito nova no Brasil, não se fala muito sobre isso, de ter esse controle de qualidade da substância que estamos ingerindo”, afirmou um dos voluntários da pesquisa.
A pesquisadora Aline Franco Martin explica que é feita uma coleta por saliva de quem fez o uso de alguma substância nos eventos. A participação é de maneira voluntária, gratuita e garante o anonimato dos participantes.
“No Brasil, a gente não sabe a procedência dos tipos de drogas, principalmente alucinógenos, que a gente sabe que há muita alteração dentro da química em que ele é produzido”, diz uma usuária que também consumiu MDMA.
“Por mais que seja uma droga que não seja legalizada, eu não quero consumir uma coisa que eu não imagino o que seja”, conta outro voluntário.
As amostras de saliva colhidas na festa são levadas ao laboratório da Unicamp. Os pesquisadores comparam as substâncias identificadas com o que haviam sido declarado. O resultado é compartilhado com os usuários por meio de um link anônimo.
............................
Jovem que morreu em cirurgia plástica teve tromboembolismo pulmonar, aponta laudo preliminar
Dayana Loy de Oliveira Freire, de 25 anos, morreu durante uma lipoaspiração, em Goiânia. Polícia Civil informou que profissionais de saúde que trabalharam na cirurgia estão sendo ouvidos.
A jovem Dayana Loy de Oliveira Freire, de 25 anos, que morreu durante uma lipoaspiração, em Goiânia, teve uma complicação chamada tromboembolismo pulmonar (entenda doença abaixo). A informação foi repassada pelo delegado Paulo Ribeiro, que investiga o caso. A Polícia Técnico Científica informou que aguarda a conclusão do laudo cadavérico completo para saber se a complicação foi ou não responsável pela morte da jovem.
"Esse laudo complementar estabelece que causa da morte foi tromboembolismo pulmonar, mas ele não é definitivo, é como se fosse um resultado preliminar. Ou seja, ele ainda depende de um outro exame mais detalhado para definir a causa morte", explicou o delegado.
Ao g1, o perito Olegário Augusto reforçou que deve-se aguardar a finalização do laudo cadavérico para que a causa morte seja esclarecida. O prazo para que laudo completo seja concluído é de pelo menos um mês.
Segundo a Polícia Civil, testemunhas do caso continuam sendo ouvidas. "Estamos na fase de oitivas dos profissionais de saúde que trabalharam na cirurgia da Dayana. O médico cirurgião ainda não foi ouvido, mas outros médicos que participaram sim", explicou o delegado.
Em nota, a defesa do cirurgião plástico disse que não pode explicar detalhes do caso em função do sigilo médico. Porém, destacou que "se de fato estiver demonstrado que o quadro foi de tromboembolismo, ficará evidenciado que não houve qualquer conduta dolosa ou culposa do médico".
Tromboembolismo pulmonar
O cardiologista membro da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, Marcelo Cantarelli, explica que tromboembolismo pulmonar é uma doença que ocorre quando há o bloqueio em uma ou mais artérias dos pulmões.
"As artérias pulmonares são aquelas que levam sangue ao pulmão. Elas saem do ventrículo direito do coração com o sangue que vem do nosso organismo, e vão para o pulmão para ser oxigenado e retornar. Então, quando há o bloqueio dessas artérias, o sangue não consegue entrar no pulmão em quantidade suficiente para ser oxigenado", explica o Cantarelli.
Segundo o médico, existem diferentes causas de embolia pulmonar, em que o bloqueio das artérias se dá por conta de fatores como: gordura em excesso, pequenos pedaços de tecidos infeccionados ou até ar. No caso do tromboembolismo, a causa do bloqueio das artérias é um coágulo de sangue chamado trombo - por isso o nome da doença.
"Dentro do contexto de cirurgias plásticas ou qualquer grande cirurgia em que a pessoa vai ficar um tempo sem se movimentar, esse tempo parado pode causar a formação de coágulos na região das pernas e da bacia, principalmente. Em lipoaspiração é mais comum a ocorrência de embolia gordurosa, que é aquela que os pedacinhos de gordura é que causam o bloqueio das artérias", explica o médico.
Cantarelli reforça que a morte por esse tipo de doença não é comum, mas acontece com mais frequência em pacientes que têm problemas cardíacos e pulmonares. Em cirurgias longas o risco também se torna maior.
Relembre o caso
Dayana morava em Itaberaí, na região noroeste do estado, com os pais. Mas, veio até a capital para realizar o sonho de fazer uma cirurgia plástica. De acordo com familiares, ela deu entrada no Hospital Jacob Facuri no dia 12 de setembro, foi anestesiada, mas durante a cirurgia, passou mal e morreu.
Na época em que o caso ganhou repercussão, o médico lamentou a morte da paciente e afirmou que “todos os fatos estão sendo apurados pela justiça”, mas que tem certeza de que será comprovado que não houve falha ou negligência profissional em nenhum caso. Veja a nota completa ao final da reportagem.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) disse somente que “todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico”.
'Cheia de vida'
O primo de Dayana contou, à epoca, que a família estava muito abalada com a morte precoce da jovem. Gilberto Martins descreve Dayana como uma garota "cheia de vida".
“Era uma menina muito responsável. Formada, independente, pagou uns R$ 50 mil nessa cirurgia com dinheiro que ela juntou. Sempre cuidou da vó e da mãe”, lembra.
Íntegra nota cirurgião plástico (14/09)
O médico, cirurgião plástico, vem através de sua advogada Luciana Castro, OAB/GO 20872, manifestar-se sobre o óbito de sua paciente Dayana Loy de Oliveira Freire, ocorrida ontem, 13/09/2023 bem como a acusações de erro médico cometido em outras pacientes.
Acima de tudo, o médico ora acusado lamenta profundamente a perda de sua paciente, e está à disposição da família para maiores esclarecimentos. Quanto aos fatos, informamos que, em razão do dever de sigilo, o médico não poderá fornecer detalhes técnicos sobre o caso, sob pena de infringir disposições do Código de Ética Médica bem como do Código Penal Brasileiro.
Temos o dever de esclarecer, todavia, que a paciente apresentou intercorrência durante o procedimento, sendo que imediatamente foram adotados os protocolos prescritos para o caso por toda equipe médica presente, todavia não houve resposta e a paciente veio a óbito.
Informamos que por decisão da família da paciente, esta foi encaminhada ao Instituto Médico Legal para apuração. Estaremos à disposição, acompanharemos e prestaremos todas as informações pertinentes ao caso, estamos a disposição.
O médico acusado tem plena convicção de seus atos, e que nada foi realizado fora da técnica médica indicada para o caso.
Reiteramos que lamentamos o ocorrido e nos consternamos com a dor enfrentada pela família da paciente Dayana Loy de Oliveira Freire, e esperamos a apuração dos fatos que levaram a seu óbito de forma tão prematura.
Quanto as acusações de "erro médico" (falando deste caso e de quaisquer outros) informamos que todos os fatos estão sendo apurados pela justiça, mas temos a certeza de que será comprovado que não houve falha ou negligência profissional a qualquer tempo.
Devemos aqui ressaltar que a medicina não é uma ciência exata, e que complicações e intercorrências podem ocorrer em qualquer área, independente da maestria do profissional assistente, e que as pacientes são devidamente esclarecidas sobre os riscos, assinam termo de consentimento e entendem todas as possibilidades do tratamento indicado.
Nota íntegra Hospital Jacob Facuri (14/09)
O Hospital Jacob Facuri, em primeiro lugar e acima de tudo, presta sinceras condolências à família. Toda a equipe está extremamente sensibilizada, principalmente porque trabalhamos diariamente para salvar vidas e realizar sonhos.
Também deixamos claro que estamos investigando todas as possíveis causas e abertos para quaisquer questionamentos.
A direção do Hospital Jacob Facuri, lamenta o ocorrido e reitera a disponibilidade para quaisquer esclarecimentos.
..............................
SAÚDE BUSINESS
Check-up nas empresas: conheça as doenças mais comuns dos executivos
Cada vez mais as pessoas se convencem de que a saúde, mais do que genética, é consequência de escolhas e bons hábitos. Do ponto de vista corporativo, colaboradores saudáveis impactam significativamente na redução do absenteísmo e dos afastamentos por doenças e, consequentemente, as empresas conseguem ter um maior controle de sinistros das operadoras de saúde.
Neste contexto, os check-ups médicos são ferramentas importantes, responsáveis pela detecção precoce e monitoramento de quaisquer problemas de saúde. Dados do IBGE mostram que o Brasil tem cerca de 211,8 milhões de pessoas, sendo que 70,6 milhões delas não fazem check-up anualmente.1 Mesmo aquelas que possuem plano de saúde acabam deixando de realizar exames de rotina, muitas vezes, em decorrência da falta de tempo.
Relacionado: Inteligência Artificial provoca revolução na saúde corporativa
E por falar em tempo, este também é um dos fatores que está popularizando o check-up executivo, uma modalidade mais especializada, geralmente direcionada a executivos e profissionais de alto escalão das empresas. Essa abordagem é projetada para atender a necessidades específicas, considerando os desafios e demandas associadas a esse público.
Embora tanto o check-up médico tradicional quanto o executivo tenham o objetivo de identificar problemas e fornecer uma visão geral do estado de saúde da pessoa, os check-ups executivos são mais abrangentes e rápidos. A principal vantagem é que há a possibilidade de todos os exames laboratoriais e de imagem, além de avaliações cardiológicas, oftalmológicas e de saúde mental, por exemplo, serem realizadas em apenas uma manhã. Nestas avaliações, existe uma abordagem direcionada para realidade do executivo e discussão de metas para mudança de estilo de vida e hábitos.
Doenças mais comuns
De 2007 a 2020, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) registrou 94.163 casos de lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares, assim como 12.969 casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho.2 E algumas dessas doenças são bastante apontadas nos check-ups executivos, incluindo:
Obesidade e sobrepeso : frequentemente associadas a comorbidades como doenças cardíacas, diabetes, apneia do sono e distúrbios metabólicos. De acordo com a OMS, há mais de um bilhão de adultos acima do peso no mundo - destes, 500 milhões são considerados obesos. 3
Estresse e saúde mental: ansiedade, depressão, estresse crônico e burnout também podem ser avaliados durante um check-up executivo. O Relatório Mundial de Saúde Mental da OMS estima que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade, custando à economia global quase um trilhão de dólares. 4
Doenças cardiovasculares: incluem hipertensão arterial, doença arterial coronariana, arritmias cardíacas. Uma estimativa conjunta entre a Organização Mundial da Saúde e a Organização Internacional do Trabalho avaliou a relação entre doenças sistêmicas do coração com a duração de jornadas de trabalho e apontou que jornadas iguais ou superiores a 55 horas semanais, quando comparadas a jornadas de 35 a 40 horas semanais, aumentam em 35% o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e em 17% o risco de desenvolvimento de doença isquêmica do coração. 5
Doenças gastrointestinais: refluxo gastroesofágico, gastrite, úlceras e doença inflamatória intestinal também são queixas comuns entre executivos. Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), as doenças inflamatórias intestinais atingem mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo e não têm cura, mas o diagnóstico precoce ajuda a estabelecer um tratamento que melhore a qualidade de vida. 6
Indivíduos saudáveis têm maior disposição e rendimento, impactando positivamente a produtividade, a liderança e a eficiência da equipe. Hoje, as empresas se preocupam mais em ter um olhar preditivo. Oferecer um check-up executivo tem sido um benefício valioso para reter talentos de alto nível nas empresas, demonstrando preocupação genuína com o bem-estar de líderes que sofrem com a falta de tempo e pressão do dia a dia.
Nulvio Lermen Junior, Diretor Médico da Dasa Empresas e Raffael Fraga, médico e coordenador do Check-up no Alta Diagnósticos
...................................
PORTAL S4 BR
Câncer de mama é a doença que mais acomete mulheres no Brasil e no mundo
O câncer (CA) de mama é uma das doenças que mais preocupa as mulheres, sendo também a principal causa de morte por câncer entre o público feminino. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, com exceção dos tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. Ainda segundo o Inca, são esperados 73.610 novos diagnósticos até o final deste ano.
O câncer de mama é uma doença causada por fatores modificáveis - relacionados ao estilo de vida - e não-modificáveis, que correspondem a fatores genéticos (herdados), gênero e idade. "Uma pessoa que possui fatores genéticos, que são as mutações nos genes BRCA 1 e BRCA2, tem em média 70% de chance de desenvolver carcinoma mamário ao longo da vida até os 80 anos de idade", como explica a mastologista cooperada da Unimed-BH, Annamaria Massahud.
Por outro lado, a mastologista chama a atenção de que a detecção precoce eleva as chances de cura da doença para mais de 95%, confirmando a importância da realização dos exames de rastreamento. O monitoramento de pacientes com algum fator de risco torna-se ainda mais importante para a detecção do câncer nas fases iniciais.
Sinais do câncer de mama
O câncer de mama inicial pode cursar sem qualquer sinal da doença. Um dos primeiros sinais do câncer de mama pode ser a presença de nódulos de consistência endurecida, fixos e geralmente indolores com crescimento progressivo. Outros sinais possíveis são: saída de secreção pelos mamilos; descamação na aréola ou no mamilo; presença de íngua ou caroço na axila; aumento repentino e progressivo da mama; pele áspera com aspecto de casca de laranja; retração da pele da mama e mudança no formato do mamilo.
Os homens, que têm incidência de câncer de mama muito menor que as mulheres, o câncer se caracteriza por um caroço palpável, principalmente unilateral, e pela saída de secreção pelo mamilo.
A adoção de hábitos saudáveis se torna uma ferramenta de valiosa para a prevenção "Medidas como a prática de atividade física, manutenção do peso corporal adequado, alimentação saudável, evitar ou diminuir o consumo de bebidas alcoólicas e evitar o tabagismo, reduzem consideravelmente o risco de desenvolvimento da doença. Para aquelas pessoas que têm o fator genético da doença é possível considerar a mastectomia redutora de risco, quando se retira a mama seguida pela reconstrução por meio da cirurgia reparadora", orienta Massahud.
Os tratamentos para o câncer de mama estão muito avançados, aumentando a chance de cura e, quando ela não é possível, aumenta a sobrevida das mulheres.
.............................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Governo federal lança programa contra desinformação sobre vacinas
Planos de saúde contratam empresa para cuidar de perto de clientes idosos
Transtorno Borderline e Bipolar: Por que é tão difícil diferenciar os dois?
Três crianças perdem a vida devido à doença não identificada
Informações e indicadores integrados: um desafio a ser superado na saúde
Crescimento dos serviços de saúde em farmácias
Rita Saúde integra recursos para uma jornada de saúde na palma da mão
Goiás é o primeiro estado a oferecer teste genético para câncer de mama
Associação prevê aumento do turismo internacional para cirurgia plástica
Santa Casa processa médicos após condenações por erros
Doenças raras: diagnóstico e tratamento precisam de avanços na legislação
Jovem que morreu após infecção chegou a estudar 14 horas por dia para realizar sonho de cursar medicina: ‘era um exemplo’
Médicas goianas contam que salvaram turista que teve parada cardíaca em aeroporto dos EUA: 'Cena de filme'
AGÊNCIA ESTADO
Governo federal lança programa contra desinformação sobre vacinas
O governo federal lançou nesta terça-feira (24/10), um programa de combate à desinformação em saúde e de estímulo à vacinação com ações que incluem um portal de conteúdo para desmentir conteúdos enganosos, canal para checagem de informações, parcerias com plataformas digitais como YouTube e Tik Tok, ações judiciais para derrubada de páginas e canais desinformadores e até denúncia para órgãos competentes e responsabilização dos autores de peças desinformativas.
A iniciativa tenta interromper a queda das coberturas vacinais no País. Antes modelo no mundo nas políticas de imunização, o Brasil passou a registrar, nos últimos anos, queda na adesão às principais vacinas. O cenário foi intensificado durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a disseminar diversas vezes desinformação sobre vacinas.
O cenário preocupa principalmente pelo risco de ressurgimento de doenças erradicadas ou controladas, como poliomielite e sarampo, e por deixar a população e o sistema de saúde mais vulnerável aos impactos de novas ondas de covid-19. Coordenado pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, o programa Saúde com Ciência vai atuar em cinco frentes e terá parceria com os ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Ciência, Tecnologia e Inovação, e com a Controladoria-Geral da União (CGU) e Advocacia-Geral da União (AGU).
"Só vamos recuperar as altas coberturas vacinais se combatermos a desinformação porque ela coloca em risco a vida e a vacinação. Todas as vacinas sofrem o impacto do negacionismo e da desinformação. Então, essa é uma ação essencial para que possamos efetivamente existir como sociedade", disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante evento de lançamento, em Brasília.
Na frente da comunicação, o Ministério da Saúde colocou no ar o portal do programa, com esclarecimentos sobre as principais dúvidas da população e esclarecimentos sobre as principais "fake news" disseminadas, quiz para a população saber se "já caiu em fake news" e canais de comunicação com a pasta para checagem de conteúdos potencialmente falsos. No pilar da responsabilização, o governo promete encaminhar aos órgãos competentes denúncias de grupos que promovam ou produzam desinformação contra vacinas para que eles sejam investigados e responsabilizados.
Nesse campo, o portal Fala BR, da Controladoria Geral da União (CGU), vai passar a receber também denúncias de desinformação em saúde, conforme anunciou o ministro da CGU, Vinicius Carvalho, durante o evento. O ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, afirmou que o órgão já ingressou com ação para que o Telegram remova canais que disseminam desinformação em saúde. "A Procuradoria Geral de Defesa da Democracia já ajuizou ação para obrigar o Telegram a remover canais nos quais se disseminam teorias conspiratórias sobre vacinas e se comercializam a adulteração de certificados de vacinação.
A mentira virou um negócio nesse País. Há um modelo de negócio altamente lucrativo em que muitas pessoas se beneficiam da mentira e é contra esta atitude que o Estado deve se colocar", afirmou ele. O governo identificou 87 canais do tipo no Telegram e analisa outros casos. A disseminação de conteúdos enganosos e danos à saúde pública podem ser enquadrados nos crimes de curandeirismo e charlatanismo, segundo informou Messias.
Completam as cinco frentes do programa Saúde com Ciência as frentes de capacitação, para treinamento de profissionais da saúde de linha de frente para que eles não reproduzam informações equivocadas; de cooperação institucional, para formar parcerias com plataformas digitais, pesquisadores e sociedade civil para ampliar o alcance de informações íntegras, e, por fim, de acompanhamento, análise e pesquisa de fontes de dados online e offline para monitorar a circulação de informações e seu impacto nas políticas públicas de saúde.
Durante o evento de lançamento, Nísia e outros ministros criticaram a postura negacionista do governo anterior e responsabilizaram a gestão Bolsonaro como uma das responsáveis pelo cenário atual de queda de adesão às vacinas. "Tivemos a mais alta autoridade do País reproduzindo notícias falsas e até notícias absurdas", afirmou Nísia.
De acordo com levantamento apresentado pela ministra durante o evento, a pasta levantou as principais narrativas falsas que circulam nas redes sociais e outras plataformas digitais e encontrou, entre julho e setembro deste ano, mais de 6,8 mil conteúdos com desinformação sobre vacinas em canais públicos, "o que representa um impacto de mais de 23,3 milhões de pessoas".
Parceria com plataformas digitais
No campo das parcerias institucionais do programa Saúde com Ciência, o governo federal afirmou que a Secretaria de Políticas Digitais da Secom fez parceria com Tik Tok, Kwai, YouTube e Google para viabilizar a divulgação de conteúdos de serviço ao cidadão, incluindo o direcionamento dos usuários para páginas do Ministério da Saúde quando eles realizarem buscas de palavras relacionadas ao tema. O Ministério da Saúde disse que será criado ainda um chatbot tira-dúvidas no Whatapp em parceria com as empresas Robbu, desenvolvedora de software, e Meta, dona do Whatsapp.
O chatbot será lançado em novembro. "As iniciativas (de parcerias com as plataformas) envolvem também postagem de vídeos educativos, inovações nas barras de pesquisa e destaque para informações confiáveis em diferentes interfaces como no destaque de calendários de vacinação por Estado e outras informações relevantes sobre vacinas", disse nota do ministério.
O governo federal disse que faz parte ainda da ação contra desinformação o Programa Nacional de Popularização da Ciência, com iniciativas para promover a cultura científica e estímulo à utilização da ciência, tecnologia e inovação para a inclusão e redução das desigualdades sociais. Uma das primeiras ações foi a realização de um hackaton, no último sábado, 21, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, com alunos de escolas públicas do Distrito Federal que participaram de uma competição para pensar em soluções e estratégias para o enfrentamento à desinformação sobre vacinas. A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, afirmou que será feita agora uma Olimpíada contra a Desinformação para 400 mil alunos do Ensino Médio.
...................................
Planos de saúde contratam empresa para cuidar de perto de clientes idosos
De olho na alta de custos dos últimos anos em suas operações e no impacto do aumento de clientes idosos em suas carteiras, algumas operadoras de planos de saúde contrataram uma empresa especializada em cuidado domiciliar e personalizado a idosos com o objetivo de reduzir o risco de surgimento ou agravamento de doenças e, consequentemente, as despesas assistenciais.
Inspirado no modelo holandês Buurtzorg, que significa "cuidados de vizinhança", o serviço da Laços Saúde é focado em visitas periódicas de enfermeiras, que levantam as necessidades e problemas de saúde do paciente nos primeiros atendimentos e, junto a uma equipe multidisciplinar, montam um plano de cuidado que pode incluir visitas mensais, semanais ou até diárias, dependendo da necessidade.
As demandas e intervenções são variadas: há aqueles idosos que ainda preservam a autonomia, mas precisam de acompanhamento para aderir ao tratamento de doenças crônicas ou adotar um estilo de vida mais saudável, por exemplo. Há outros que recebem orientações para fazer mudanças em casa e na rotina para reduzir o risco de quedas.
Há casos de pacientes mais debilitados em que a enfermeira fará visitas mais frequentes para oferecer auxílio em tarefas como higiene, alimentação, medicação, troca de sonda. Problemas de saúde mental, dor crônica e demência são outras questões comuns que a equipe acompanha.
A equipe também trabalha a criação e fortalecimento de vínculos sociais e familiares e a inclusão tecnológica, até porque algumas consultas de acompanhamento com a equipe podem ser online. A empresa também oferece uma central telefônica para acionamento 24 horas em caso de urgência e emergência e ferramentas de inteligência artificial para avaliar escala de depressão, por exemplo, um problema comum entre idosos.
"Na primeira visita, a gente mede muitos scores, como os de funcionalidade, cognição, ambiente, gestão de medicamentos, para traçarmos o perfil de risco e, a partir dele, traçarmos um plano para diminuir esses riscos, com metas, prazos e monitoramento para verificar se a pessoa está estabilizada ou melhorando ao longo do tempo", explica Martha Oliveira, CEO da Laços Saúde.
.....................
DIÁRIO DA MANHÃ
Transtorno Borderline e Bipolar: Por que é tão difícil diferenciar os dois?
A psicóloga Ana Lara fala da difícil tarefa do diagnóstico e de suas principais diferenças entre o borderline e bipolaridade
A complexa tarefa de diferenciar o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) do Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) tem sido um desafio constante para profissionais de saúde mental. A psicóloga Ana Lara Vicari Duarte, graduada pelo Centro Universitário Campo Real e especialista em “Transtorno de Personalidade Borderline na Terapia Cognitivo-Comportamental", compartilha suas perspicazes observações sobre o diagnóstico dessas condições e as nuances que os separam em uma conversa com o Diário da Manhã.
Ana Lara afirma que esse diagnóstico muitas vezes é difícil já que tanto o Transtorno de Personalidade Borderline quanto o Transtorno Afetivo Bipolar possuem diversas semelhanças e que por isso é tão importante saber suas diferenças.
A psicóloga, relata que a diferença já está na própria designação dos transtornos, enquanto um é o transtorno de personalidade — borderline, o outro é um transtorno de humor — bipolar, que possuí dois subtipos principais, I e II e que por mais que os dois tenham alterações de humor sua principal diferenciação é na duração.
“Enquanto o Borderline possuí uma variação de humor rápida podendo mudar várias vezes durante o dia, o paciente Bipolar, estaciona numa fase depressiva, eufórica ou de humor “normal” durante dias, semanas e até meses”, afirma Ana Lara Vicari Duarte
Outra diferenciação que a profissional nos traz é em relação à identidade de cada paciente, segundo Ana Lara Vicari Duarte, os pacientes acometidos do Transtorno de Personalidade Borderline não possuem uma identidade bem definida, podendo alterar sua percepção de autoimagem e suas opiniões de forma rápida e extrema, já os pacientes com Transtorno Bipolar, possuem uma identidade mais concreta, sabendo bem o que querem e como querem.
Para concluir a psicóloga fala sobre a importância do tratamento terapêutico, além do psiquiátrico, já que ambos os transtornos levam muitas vezes a internação e suicídio.
“O tratamento medicamentoso sozinho não se mostra tão eficaz se não aliado a uma terapia, a terapia ajuda o paciente a prever seus comportamentos futuros, a analisar a fase de humor em que estão e a manejar seus comportamentos de forma mais segura”, finalizou a psicóloga Ana Lara Vicari Duarte.
..............................
Três crianças perdem a vida devido à doença não identificada
Os sintomas das vítimas eram amigdalite, febre, vômito e infecção na pele
A cidade de São João del-Rei, no Campo das Vertentes, em Minas Gerais, está em estado de alerta. A preocupação veio após a morte de três crianças, de 3, 9 e 10 anos, nos últimos dois meses. A Secretaria Municipal de Saúde e a prefeitura da região, emitiu uma nota para explicar a situação e alertar a população com recomendações.
De acordo com a pasta, não existe um surto da doença, mas, medidas estão sendo desenvolvidas para evitar que algo mais grave aconteça. Os sintomas observados nas crianças são de amigdalite, febre, vômito, manchas e infecção na pele. Após as mortes, o setor de Vigilância e Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde foi acionado.
A decisão da prefeitura local foi suspender temporariamente as aulas em escolas municipais, mesmo após a Secretaria Municipal de Saúde dizer que não existe a necessidade do fechamento das unidades de ensino. A partir de quarta-feira, 25, todas as escolas vão passar por desinfecção e limpeza generalizada. Ainda não foi informado a previsão do retorno das aulas.
Após os últimos acontecimentos, uma recomendação foi feita à população. Caso a criança apresente alguns dos sintomas descrito, é recomendado que ela não vá à escola, os pais devem procurar o atendimento médico, nas unidades da prefeitura e também na rede hospitalar.
Outra recomendação é a higienização das mãos adequadamente, o uso de álcool 70%, o não compartilhamento de objetos pessoais, e o mantimento do sistema vacinal. As unidades de saúde disponibilizaram um serviço telefônico, basta ligar no (31) 9 9744-6983.
..................................
SAÚDE BUSINESS
Informações e indicadores integrados: um desafio a ser superado na saúde
O desafio de integrar dados de mais de 200 milhões de pessoas, com segurança, necessita superar a desconexão entre sistemas de informações para melhorar a medicina preventiva e reduzir desperdícios
Um dos maiores desafios da saúde no Brasil é integrar, com sucesso, transparência e respeitando todas as premissas de segurança e privacidade, a enorme quantidade de dados e informações relativas a um contingente populacional de mais de 200 milhões de pessoas. Esse volume gigantesco de dados clínicos é essencial para endereçar a medicina preventiva e preditiva, como também apontar comportamentos e tendências. A superação desse entrave – longe de ter uma equação resolvida - contribui para a otimização de recursos, melhora da qualidade assistencial e para a - mais do que necessária - eliminação de desperdícios, gerando mais acesso e sustentabilidade.
As empresas de saúde, hoje, trabalham com grandes bancos de dados dispersos em sistemas nas diversas unidades de negócios, exigindo uma gestão coordenada, conectada e ágil, evitando a chamada "dívida de desconexão"1. O termo define as perdas, sejam financeiras, de gestão ou de experiência do cliente, ocasionadas por sistemas desconectados que demandam extensas horas de trabalho para extrair, transferir e integrar dados de um sistema para outro, resultando em altíssimos impactos negativos.
No setor hospitalar, conhecemos dezenas de indicadores, criados a partir da compilação, interpretação e análise de milhares de dados e informações. As organizações hospitalares utilizam alguns deles em comum, bastante objetivos, como taxa de ocupação ou índice de giro de leitos – necessários para a administração das unidades.
Entretanto, do ponto de vista macro do setor no Brasil, não há um consenso sobre quais indicadores são suficientemente abrangentes, transparentes - inclusive no que diz respeito à qualidade dos dados - e principalmente, permitam realizar análises e leituras profundas.
De certa forma, a saúde se encontra em uma espécie de dívida de desconexão intrasetorial. Os dados existem e estão disponíveis para gerar informações e indicadores importantes para a gestão, mas a impossibilidade de comparação efetiva entre as bases utilizadas é uma fragilidade do sistema. Um desafio que precisa ser enfrentado para viabilizar ações setoriais que promovam a sustentabilidade do setor.
A superação desta dívida de desconexão demanda a criação de um novo cenário, incluindo neste palco atores públicos e privados dirigindo esforços para o compartilhamento de informações e indicadores (dentro dos limites da LGPD, e considerando compliance e ética) de forma a subsidiar uma visão completa e realista do sistema de saúde.
Todos os setores de atividade humana fazem uso dos dados para avaliar, planejar, prever cenários ou realizar análises para obter os melhores resultados. Para que os dados sejam úteis, é preciso que se transformem em informações, obtidas a partir do processamento baseado em critérios e conhecimentos coerentes aos objetivos desejados. É essencial também que os dados utilizados sejam confiáveis e auditáveis. Essas informações podem ser organizadas de forma a gerar indicadores que funcionam como balizadores para tomadas de decisões. Em saúde, evidentemente, não é diferente.
A transformação que almejamos será necessariamente baseada na transparência e na qualidade das informações e indicadores. O aprimoramento da governança resulta na eliminação de desperdícios e aumenta a eficiência. Desta forma, o setor poderá oferecer serviços mais econômicos, com maior qualidade e garantir a sustentabilidade econômica. Além disso, ao ampliar o acesso à saúde, colabora também com a esfera pública reduzindo a pressão sobre o sistema estatal.
Emerson Gasparetto é médico e Diretor Geral de Negócios Hospitalares e Oncologia na Dasa.
Referências
1. Rohan Narayana Murty, RN; Dadlani, S; Das, RB; Mehta, N. What’s Lost When Data Systems Don’t Communicate. Harvard Business School. Disponível em: https://hbr.org/2023/10/whats-lost-when-data-systems-dont-communicate
..................................
Crescimento dos serviços de saúde em farmácias
Os serviços de saúde em farmácias cresceram 69% no segundo trimestre de 2023 em comparação ao primeiro trimestre do ano
A Lei 13.021, de 2014, foi um avanço significativo para o setor de farmácias, pois reconheceu a assistência farmacêutica como parte integrante e essencial para a promoção, proteção e recuperação da saúde individual e coletiva. Nove anos depois, a Anvisa regulamenta a realização de exames rápidos nas farmácias por meio da RDC 786, de 5 de maio de 2023, o que amplia os serviços de saúde que elas podem oferecer, impulsiona o crescimento e as posiciona, cada vez mais, como hubs de saúde.
Serviços de saúde de atenção básica nas farmácias
As farmácias podem realizar alguns serviços de atenção básica à saúde, como verificação de pressão arterial e glicemia capilar, explica Albery Dias, diretor de Serviços de Saúde da rede de farmácias Pague Menos / Extrafarma. “Recentemente, essa oferta de serviços creceu por causa da RDC 786, da Anvisa, que regulamentou a realização nas farmácias de exames laboratoriais rápidos, como teste de colesterol, teste de hemoglobina glicada, teste de dosagem de tireoide etc”.
Exames rápidos - o que determina o que é possível fazer nessa área é a tecnologia, ressalta Dias. “Isso porque não há uma pré-determinação do que pode ser feito”. Então, a oferta de exames rápidos depende que sejam cada vez mais disponibilizadas no mercado soluções tecnológicas a partir do desenvolvimento de novos equipamentos com acurácia, segurança e bons níveis de sensibilidade, equiparados aos laboratórios.
Consulta farmacêutica - outro fator que Dias destaca para a promoção da atenção básica à saúde nas farmácias é o acolhimento pelo farmacêutico. “A consulta farmacêutica, por mais que seja um serviço relativamente simples, é muito importante nessa época de digitalização, pois permite humanizar o atendimento”.
Telefarmácia – a Resolução 727 do Conselho Federal de Farmácia, de junho de 2022, permite o exercício da farmácia Clínica de forma remota para teleconsulta farmacêutica, teleinterconsulta telemonitoramento ou televigilância e teleconsultoria. Na interconsulta, por exemplo, quando o farmacêutico percebe que não consegue avançar em um desfecho no atendimento presencial, pergunta se o paciente quer chamar um médico de forma remota. Caso positivo, ele passa para o médico dados como pressão arterial, temperatura e saturação de oxigênio e triangula, explica Dias.
Triagem de problemas de saúde - ele avalia que a farmácia pode funcionar como um ponto de triagem em relação à atenção básica à saúde por ter bastante capilaridade. Ela é fundamental para saúde como um todo, tanto para a saúde pública como para a privada. “Apesar de termos 38 mil postos de saúde espalhados pelo Brasil, nem sempre a acessibilidade deles é a melhor e faltam insumos às vezes”.
Públicos dos serviços de saúde nas farmácias e sinergia com outras áreas
Em um primeiro momento, avalia Dias, as pessoas que têm plano de saúde procuram tratamento preventivos, procuram se cuidar mais. Por outro lado, as que ainda não têm acesso a plano de saúde - que são cerca de 120 milhões de pessoas no País, segundo ele - ainda são muito direcionadas para uma jornada hospitalocêntrica, uma jornada curativa e não uma jornada preventiva.
Usuários de planos de saúde - “normalmente, quem tem plano de de saúde ou é mais preocupado, ou é instruído a se preocupar. Então, como as farmácias participam disso e tem uma jornada muito conveniente, acabam sendo esses os principais usuários hoje”, explica Dias. Nesse contexto, o farmacêutico consegue ser um coordenador da saúde, especialmente da saúde privada. Porque na saúde pública, o SUS tem uma coordenação muito interessante, muito efetiva, apesar dos problemas já citados, diz ele.
Diminuição de custos – na saúde privada, considera Dias, ainda não há essa coordenação. “Os planos acabam sendo nichadas, sendo universos que não se tocam. Então, o farmacêutico consegue endereçar, direcionar. Mas, principalmente, acolher o usuário do plano nesse momento inicial que ele não sabe nem para onde ir. O acolhimento inicial pode evitar a procura de especialistas e a geração de custos desnecessários, ajudando a baixar sinistralidade do plano de saúde. As farmácias também podem ajudar bastante na diminuição do custo da saúde pública.
Diagnósticos laboratoriais - em numa jornada na farmácia, a pessoa que faz um teste, por exemplo, de malária ou chikungunya, diz ele, vai precisar confirmar isso no laboratório, pois o exame rápido na farmácia é de triagem. Então, ela pode gerar tráfego adicional para um laboratório, remetendo para um segundo nível. O que gera sinergia com camadas secundárias de atendimento ou com outros players do mercado de saúde em geral.
Oportunidades de negócios nos serviços de saúde nas farmácias
Os serviços de saúde nas farmácias cresceram 69% no segundo trimestre de 2023 em comparação ao primeiro trimestre do ano, segundo o Report CRX T2-2023. O relatório, elaborado pela health-tech Clinicarx, mostra tendências e oportunidades de negócio no setor farmacêutico com base na análise de 1,7milhão de serviços de saúde realizados de primeiro de abril a 30 de junho em mais de quatro mil farmácias do País.
Os dados do relatório mostram que as farmácias realizaram quase 90 tipos diferentes de serviços clínicos, divididos nas categorias de procedimentos, consultas, exames rápidos, vacinas e checkups. Somados, os procedimentos e as consultas representaram mais de 86% dos serviços de saúde prestados, sendo que a primeira categoria foi responsável por 63,12% do total e a segunda por 23,56%.
Já os exames rápidos responderam por 8,46% do total, mostrando uma tendência de elevação comparando com o primeiro trimestre, quando representaram 8,4% dos serviços de saúde realizados nas farmácias. Em seguida vêm as vacinas, responsáveis por 4,79% dos serviços, seguidas pelos check-ups, que representaram 0,09% do total.
Embora a categoria de exames rápidos não tenha apresentado um crescimento muito grande do primeiro para o segundo trimestre de 2023, o resultado é bem diferente quando ela é dividida em exames rápidos Covid-19 e exames rápidos não-Covid. Enquanto os exames para detecção do novo coronavírus caíram 15% em relação ao primeiro trimestre e 86% comparando com o mesmo período do ano anterior, os exames rápidos não-Covid tiveram um crescimento muito expressivo.
Serviços de saúde nas farmácias cresceram mais de 80% na categoria de exames rápidos não-Covid
O aumento superior a 80% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior e de 40% comparando com o primeiro trimestre de 2023, que o relatório da Clinicarx aponta, é reflexo da RDC 786/23 da Anvisa, que regulamenta a realização de exames rápidos em farmácias e consultórios.
Quem faz serviços de saúde em farmácia não só se torna fiel, ou seja, consome por um período mais longo na unidade que frequenta, como incrementa mais produtos da cesta, observa Dias. Segundo ele, os serviços de saúde em farmácia estão sendo um complemento de jornada em farmácia.
“Queira ou não, a farmácia ainda é uma atividade varejista. E como qualquer atividade varejista, ela vai focar no seu core business, no seu principal negócio. O serviço de saúde em farmácia vem mais como um diferencial competitivo para fidelizar e incrementar a cesta”.
Ao colocar elementos como serviços de saúde, a sugestão ou a venda consultiva acaba sendo muito mais assertiva. E não só isso, “como o farmacêutico é muito acessível e tem a questão da pessoalidade, além de existir farmácias em todas as esquinas - a Pague Menos, por exemplo, tem mais de 1.600 lojas no País todo - você acaba gerando um vínculo”, finaliza o executivo.
.........................................
Rita Saúde integra recursos para uma jornada de saúde na palma da mão
Em meio às discussões sobre o futuro da saúde no país, plataforma integradora de serviços de saúde do Grupo Sabin cresce 200% nos últimos 12 meses
Como resultado de um projeto de inovação do Grupo Sabin, em Brasília, a Rita Saúde nasceu, em 2021, com a missão de conectar pessoas que procuram serviços de saúde a serviços de excelência. De lá pra cá, a plataforma vem expandindo sua atuação para diversas cidades brasileiras. O número de profissionais e serviços disponíveis, por exemplo, cresceu 200%, neste ano, e o total de usuário já aumentou em três vezes.
A plataforma integra diversos serviços de saúde, como consultas com médicos de família e especialistas e outros profissionais de saúde, medicamentos com desconto e medicina diagnóstica. Desenvolvida in house, de acordo com os conceitos de saúde 5.0, no qual as pessoas estão no centro do cuidado, a Rita Saúde é estruturada nos pilares da medicina participativa, preventiva e preditiva. Isto é, com um olhar para apoiar a jornada de saúde de seus usuários para além do momento da doença. Oferece uma rede de serviços e profissionais que o paciente pode dispor, no dia a dia, para avaliar e mitigar riscos à saúde, além de e acompanhá-lo ao longo da vida. Facilita e agiliza a jornada com a oferta de serviços de telessaúde.
Quando Karine Silva, 29 anos, soube da Rita, pensou imediatamente no pai, José dos Reis da Silva. O autônomo de 63 anos sofreu um infarto há dois anos, tem problema crônico de coluna, hipertensão e diabetes, e necessita de cuidados e acompanhamento frequentes. Sem plano de saúde, a Rita pareceu para a filha de José uma opção viável para oferecer ao pai o cuidado de saúde necessário e ela não se arrepende da escolha. “Estamos muito satisfeitos, os agendamentos são rápidos, os médicos muito atenciosos, os descontos em medicamentos nos ajudam muito e como meu pai tem uma certa dificuldade no entendimento e comunicação, a equipe de enfermagem está sempre atenta para me acionar quando necessário e assim garantir que as orientações sejam seguidas”, explica Karine. “É uma tranquilidade saber que temos a quem recorrer e uma alegria saber que meu pai está sendo bem cuidado”.
“Em um país onde a desigualdade social é uma realidade, poder ampliar o acesso à saúde de qualidade é a força motriz que tem nos impulsionado a investir em integrar o Rita Saúde ao portfólio de serviços oferecidos pelo Grupo Sabin, nas 78 cidades onde está presente pelo Brasil. Queremos tornar a saúde de qualidade mais acessível para a população e contribuir também para a sustentabilidade do setor, por meio do impacto de seus resultados”, explica Lídia Abdalla, Presidente-executiva do Grupo Sabin. Doze estados já contam com os serviços do Rita Saúde, entre eles São Paulo, Amazonas, Tocantis, Bahia, além do Distrito Federal, e outros devem ampliar esse grupo até o final deste ano.
Empresa com inovação no DNA, a Rita Saúde é mais uma estratégia dentro do plano de crescimento e expansão do Grupo Sabin. “Estamos caminhando para completar 40 anos no mercado nacional, atuando para entregar produtos e serviços de excelência e oferecer à população e ao mercado as melhores soluções para cuidados integrados de saúde com qualidade e eficiência. Queremos avançar cada vez mais rumo à democratização da saúde com qualidade para que a população conte com um serviço de saúde diferenciado. É uma oportunidade singular de levar a cada um o que há de melhor e mais inovador em saúde, sem ter de arcar com um alto custo, por isso, seguiremos ampliando e levando o Rita Saúde em breve para outras regiões do Brasil”, conclui ela.
A Rita Saúde busca unir de um lado quem busca por serviços de saúde e do outro quem oferece esses serviços. Porém, trabalha para além da ideia do marketplace, focando num trabalho ativo de curadoria que garanta a qualidade dos serviços oferecidos e das relações estabelecidas a partir da plataforma.
Hoje, são cerca de 1500 especialistas integrados ao Rita Saúde. A plataforma oferece acesso a comunidades de saúde locais que englobam consultas com médicos de família e especialistas, além de outros profissionais de saúde, telemedicina, medicamentos com preços diferenciados, bem como exames de análises clínicas e diagnóstico por imagem, vacinas e outros serviços. “Buscamos integrar os diversos elos da cadeia de saúde na plataforma, de forma a impactar positivamente a jornada de saúde de nossos usuários, por meio de uma experiência única que começa que começa na tela do smartphone”, detalha o gestor da plataforma, o médico Fernando Uzuelli.
Um dos itens desta integração é justamente a oferta do serviço de Atenção Primária à Saúde (APS), da Amparo Saúde, empresa que também integra o ecossistema do Grupo Sabin. Os clientes que aderirem à assinatura Rita +Saúde, terão acesso a um centro de saúde digital que tem uma equipe da Amparo exclusivamente dedicada ao acompanhamento da saúde do cliente.
“É importante esclarecer que o Rita Saúde não é um plano de saúde. Nossa proposta é preencher as lacunas da assistência à saúde oferecendo um modelo de acesso à saúde que atenda de forma eficiente e prática as necessidades da população. Para isso, buscamos entre outras coisas modelos de custeio para impactar positivamente o maior número de pessoas. Assim, além de mais de uma opção de assinatura, a plataforma permite a aquisição de vouchers ou o pagamento de assinaturas para custear o atendimento de outras pessoas, independente da relação de parentesco com o pagador”, aponta Uzuelli.
..............................
MEDICINA S/A
Goiás é o primeiro estado a oferecer teste genético para câncer de mama
Goiás é pioneiro ao colocar em prática a lei que dá às mulheres direito ao teste genético para câncer de mama herdado. Uma das cinco unidades federativas a dispor de uma lei para Detecção de Mutação Genética dos Genes BRCA1 e BRCA2 custeada pelo SUS, o governo estadual assinou o contrato de parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) que permite, efetivamente, a realização do exame. Para a mastologista Rosemar Rahal, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a oportunidade de fazer o teste representa um impacto positivo na sobrevida de pacientes portadoras de mutação.
Com a Lei nº 7.049/2015, conhecida como “Lei Angelina Jolie”, o governo do Rio de Janeiro foi pioneiro em firmar convênio com o SUS para a realização de exames em mulheres com histórico familiar de diagnóstico de câncer de mama ou de ovário em todo o Estado. Minas Gerais, em 2019, foi o segundo Estado a aprovar uma legislação com mesma finalidade, seguido de Goiás e Distrito Federal, em 2021, e Amazonas.
Mulheres com mutação nos genes BRCA1 e BRCA2, segundo a Rosemar Rahal, têm mais chances de desenvolver cânceres de mama e ovário. De acordo com a especialista, a mutação no gene BRCA representa um risco de 80% para câncer de mama e 40% para o de ovário. “Embora a legislação exista, podendo beneficiar uma grande parcela da população, ainda não foi de fato implementada onde foi promulgada”, destaca.
Mas desde a última quinta-feira, a exceção entre as cinco unidades da federação é o Estado de Goiás. A partir da assinatura do convênio com a UFG, o painel genético para câncer de mama herdado será realizado pelo Centro de Genética Humana do Instituto de Ciências Biológicas da UFG, que dispõe de sequenciador, estrutura e recursos técnicos para a realização dos exames.
A partir da identificação da mutação, medidas profiláticas, como as cirurgias de mastectomia e ooforectomia (retirada dos ovários), impactam diretamente na sobrevida das pacientes. “Hoje, além das cirurgias profiláticas, existem medicamentos específicos para as mulheres com câncer de mama e portadores desta predisposição genética”, afirma a mastologista da SBM.
Para Rosemar Rahal, a parceria entre o governo de Goiás e a UFG serve de espelho para o País. “É fundamental que os Estados coloquem, de fato, as legislações em prática”, diz. Em tramitação federal, o Projeto de Lei nº 265/2020 propõe a realização de testes genéticos para prevenção, diagnóstico e tratamento dos cânceres de mama e ovário no âmbito do SUS em todo o País. O direito já assiste as mulheres no sistema suplementar operado pelos planos de saúde desde 2014. “Neste sentido, o convênio também é um estímulo para que o Brasil, como um todo, ofereça o teste para as mulheres”, conclui a representante da Sociedade Brasileira de Mastologia.
.....................................
Associação prevê aumento do turismo internacional para cirurgia plástica
A BAPS (Brazilian Association of Plastic Surgeons) espera um impacto internacional, com o chamado turismo médico, em virtude da nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que atualizou as regras para publicidade médica no Brasil. Turismo médico é o nome que se dá quando um paciente viaja para outro país para se submeter a uma cirurgia. “O Brasil é hoje o segundo país que mais realiza cirurgia plástica, mas não possui um turismo médico internacional tão forte como a da Turquia e dos Estados Unidos. Agora, poderá finalmente ter seu lugar ao sol, já que os cirurgiões plásticos brasileiros estão entre os melhores do mundo e a BAPS espera fortemente contribuir com isso”, explica David Castro Stacciarini, advogado da Comissão de Publicidade e Propagandas Médicas da BAPS, associação que surgiu em março de 2022 para defender a publicidade médica livre e responsável. Os últimos dados da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (Isaps) mostram que as 1.634.220 cirurgias plásticas realizadas no Brasil em 2021 representam mais que 1/8 (12,7%) do total desses procedimentos no mundo.
A Resolução CFM nº 2.336/2023 estabelece mudanças na publicidade médica que entrarão em vigor a partir de 11 de março de 2024. De acordo com as determinações, os médicos poderão divulgar fotos de “antes e depois”, valores cobrados por consultas, explicar como funcionam tratamentos e mostrar dia a dia de trabalho nas redes sociais, desde que não identifiquem os pacientes nem façam propagandas de empresas ou marcas. Segundo o advogado, com a resolução nova, o paciente não terá que pagar uma consulta para descobrir se o cirurgião faz a cirurgia que ele deseja, podendo facilmente conhecer o trabalho do médico em suas redes sociais e isso, por si só, já é uma vitória para todos os pacientes. “Isso abre espaço para um maior crescimento, principalmente na questão internacional. E quando você conhece o trabalho do cirurgião fica mais fácil para você alinhar a expectativa da sua cirurgia”, argumenta o advogado da BAPS.
As imagens de antes e depois
O advogado explica que a resolução proíbe que as imagens de ‘antes e depois’ sejam editadas, como também exige descrição educativa informando os riscos e insatisfações, justamente para evitar que o paciente seja ludibriado ou crie uma fantasia que irá ficar igual a imagem visualizada. “Mas, a verdade é que nenhum paciente acredita mesmo que irá ficar igual a foto. Basta analisar os processos judiciais para perceber que o ponto nevrálgico se limita sempre à insatisfação com o resultado ou intercorrências que prejudicaram o resultado. Não podemos confundir exigência de um ótimo resultado com falsa expectativa”, diz o advogado. As fiscalizações das redes sociais são de responsabilidade dos conselhos regionais de Medicina, de forma que a Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (CODAME) é o órgão que cuida disso. “Acredito que essa fiscalização das fotos ocorrerá sim. Mas, mais importante que isso, o médico terá que tomar cuidado com a lei geral de proteção de dados (LGPD), pois infrações nos dados sensíveis dos pacientes, e aqui inclui fotos médicas, poderão acarretar além de indenizações ao paciente, eventuais denúncias para a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que aplica multas para cada infração”, analisa o advogado.
Contradições da resolução
Apesar de a nova resolução estar mais adequada à atual sociedade e às comunidades internacionais, o advogado analisa que o CFM criou outras contradições nessa resolução. “Iniciando que o perfil pessoal caso esteja junto com o perfil profissional será analisado pelos critérios de publicidade e propaganda da resolução. Aqui entendemos uma certa invasão na vida pessoal do médico”, diz o advogado. “A princípio, a resolução informa que o médico pode aumentar sua clientela e seguidores e ao mesmo tempo afirma que não pode angariar clientes, o que torna contraditório de certa forma. E a resolução não explica o que seria ‘não identificar paciente’ apesar de exigir isso nas postagens. Como também não explica o que seria ‘promessa de resultado’, já que a resolução anterior de 2011 entendia promessa de resultado ser imagens de pré e pós-operatório, mas, agora que se tornou possível, é preciso de uma nova definição. Existe uma discussão também sobre anunciar preços de procedimentos, já que a resolução de 2023 entende ser possível, entretanto o parecer do CFM 2836/2020 solicitado pelo CRMPR, entende que não. Acreditamos que o tempo irá resolver esses impasses”, finaliza o especialista.
...................................
DIÁRIO DA REGIÃO RIO PRETO ONLINE
Santa Casa processa médicos após condenações por erros
Em um esforço para manter a saúde das finanças, a Santa Casa de Rio Preto está processando quatro médicos para que eles devolvam à instituição valores pagos em indenização a pacientes que foram vítimas de erro médico. Em duas ações, a Santa Casa pede de volta o montante de R$ 427 mil. "A falha na prestação de serviços foi reconhecida, mas a Santa Casa não tem culpa, não é justo que eu tenha de arcar com o prejuízo", diz o provedor Nadim Cury.
A reportagem identificou duas ações de regresso protocoladas na última semana pelo escritório de advocacia Delucca e Castro Sociedade de Advogados em nome da Santa Casa. Nenhum dos médicos faz parte do atual quadro de profissionais da instituição.
Em um dos processos, a Santa Casa pede R$ 290.765 de duas médicas condenadas pela morte de um bebê durante o parto em 2011, mas que teve o acórdão (decisão em segunda instância) publicado em julho deste ano.
No processo, ficou comprovado que as profissionais demoraram 12 horas para realizar a cirurgia cesariana de uma paciente em trabalho de parto, o que resultou na morte do recém-nascido.
As duas médicas foram condenadas criminalmente por homicídio culposo, mas tiveram a pena substituída pelo pagamento de indenização. Como eram funcionárias da instituição, a Santa Casa foi condenada solidariamente a pagar o montante.
"Tivemos que pagar o valor integral para não perdermos o prazo e termos as contas bloqueadas, o que inviabilizaria o funcionamento da instituição", justificou Nadim.
O outro processo envolve um médico e uma médica que realizaram laqueadura em uma paciente sem autorização em 2016. Apesar de ter juntado ao processo um termo de anuência assinado pelo casal, o procedimento foi realizado durante o parto - conduta proibida pelo Ministério da Saúde. Nesta ação, a Santa Casa teve de indenizar a família em R$ 136.289 e ainda reverter a laqueadura na paciente.
"A apuração da culpa médica dos requeridos restou irrefutável, devendo os mesmos responder pelo prejuízo material que causaram à requerente (Santa Casa). Nesse sentido, dispõe o artigo 934 do Código Civil que: 'Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou'", escreveu o advogado Paulo Cesar Caetano Castro para justificar a cobrança da Santa Casa.
"Eu não vou 'passar pano' para ninguém. A Santa Casa está em crise orçamentária e não podemos perder dinheiro custeando erro dos outros", completou Nadim.
As ações correm na 1ª e 10ª varas cíveis de Rio Preto, respectivamente. Os médicos acionados na Justiça ainda não foram citados para apresentarem contestação.
................................
CORREIO BRAZILIENSE
Doenças raras: diagnóstico e tratamento precisam de avanços na legislação
Cerca de 13 milhões de brasileiros são acometidos com doenças raras - aquelas que afetam 65 pessoas a cada 100 mil. Dentre os pacientes de 8 mil patologias que compõem o rol dessas enfermidades, 75% são crianças e 30% delas morrem antes de completar 5 anos. Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam para a necessidade dos agentes do Estado melhorarem as políticas públicas voltadas para o diagnóstico e tratamento dessas patologias.
No último ano, entretanto, apenas 19 projetos de lei (PLs) sobre doenças raras foram apresentados no Congresso Nacional e nenhum deles foi aprovado. A informação faz parte da segunda edição do estudo "Radar dos Raros", lançado, ontem, no CB Talks: Radar dos Raros, debate realizado pelo Correio, em parceria com a Vertex Farmacêutica, com o objetivo de construir uma agenda positiva sobre o tema. A Interfarma, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), a Associação Crônicos do Dia a Dia (CDD), a Frente Parlamentar Mista da Saúde e a Subcomissão de Doenças Raras da Câmara dos Deputados apoiaram o evento ocorrido em Brasília e transmitido pelas redes sociais do Correio.
"Lamento informar que a gente não avançou muito no cenário das doenças raras", afirmou Gustavo San Martin, que é diagnosticado com esclerose múltipla e apresentou os dados da pesquisa de 2022 no CB Talks. A primeira edição da pesquisa ocorreu no ano passado e considerou o período de 2000 a 2021.
Dos quase 75 mil projetos de lei foram apresentados no Legislativo entre 2000 e 2022, somente 0,3% deles têm a ver com doenças raras (218 ao todo). Desse total, apenas oito projetos foram aprovados no mesmo período, dos quais cinco tratam de datas comemorativas, o que foi lamentado por San Martin. "Dias de conscientização são importantes, sim, mas são pontos de partida, não de fim", desabafou o fundador da CDD e da Federação Brasileira das Associações de Doenças Raras (Febrararas). "Diagnóstico e tratamento são temas fundamentais para seguir promovendo qualidade de vida para pessoas como eu e outras com doenças raras, tenham qualidade de vida e, muitas vezes, apenas vida", acrescentou.
Nesse período, houve poucos avanços. Um deles, ocorrido em 2014, a Política Nacional de Atenção Integral a Pessoas com Doenças Raras foi instaurada no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2019, a portaria nº 187 alterou e ampliou as regras do teste do pezinho no Brasil - o exame é o principal para identificar as doenças raras. Em 2021, foi instituído o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) que define um rol mínimo de doenças raras que serão identificadas pelo , garantindo também o diagnóstico correto e o tratamento necessário no SUS. "Uma das funções muito importantes do nosso parlamento é uma ação de fiscalização. Não basta uma boa lei, como a do pezinho, mas é preciso ser fiscalizado", ressaltou o presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini.
De acordo com o presidente da Interfarma, Renato Porto, a jornada de um paciente com doença rara "é muito difícil". "A indústria farmacêutica está para desenvolver tecnologia, trazer uma solução para aquele paciente. Precisamos comemorar que existe diagnóstico e de que existe possibilidade do paciente brasileiro ter acesso a tratamento. Porém, temos os desafios de como fazer isso rápido e eficiente", afirmou.
'Mayara Souto
.......................
PORTAL G1
Jovem que morreu após infecção chegou a estudar 14 horas por dia para realizar sonho de cursar medicina: ‘era um exemplo’
Lucas Borba, de 26 anos, deixou o curso de engenharia civil no 9º período para se preparar para o vestibular novamente, segundo a família. Mas ele passou mal em decorrência de uma infecção e acabou morrendo em Palmas no domingo (22).
Lucas Borba, de 26 anos, tinha o sonho de ser médico. Começou a vida acadêmica em outra área, mas largou tudo para se dedicar exclusivamente a esse objetivo: entrar no curso de medicina. Chegou a passar 14 horas por dia estudando e foi aprovado na Universidade Federal do Pará (UFPA). Mas, em decorrência de uma infecção, acabou morrendo em Palmas.
O jovem passou cerca de dez dias internado em um hospital da capital. Segundo a família, no domingo (22) o quadro de saúde piorou e ele precisou ir para a UTI. Mas sofreu uma parada cardíaca e a infecção se espalhou. A causa da morte, segundo a família, foi insuficiência renal e hepática.
Lucas, que nasceu em Araguaína, no norte do estado, chegou até o 9º período de engenharia civil, na Universidade Federal do Tocantins (UFT). Mas para conseguir entrar no curso de medicina, abriu mão da engenharia e resolveu começar de novo.
Segundo Arthur Wieczorek, primo de Lucas, ele se matriculou em um cursinho para se preparar novamente para encarar um vestibular.
“Voltou à estaca zero e foi fazer cursinho visando o curso de medicina. Ele tinha esse objetivo em mente: ser estudante de medicina. Teve uma época que ele estudava 14 horas por dia”, contou.
Para a alegria da família e do jovem, ele foi aprovado para a federal do Pará em maio de 2022. “Essa graça foi alcançada. Lucas era um exemplo de estudo”, disse o primo.
Ele se mudou para Belém (PA) e atualmente cursava o 3ª período de medicina. Foi lá que ele começou a passar mal antes, antes de perder a vida em decorrência da infecção que afetou os rins e fígado.
Morte prematura
Arthur contou que Lucas chegou a pedir ajuda a parentes em Palmas após dias sentindo dores abdominais, com diarreia e vômitos.
“Essa diarreia e dores se prolongaram por mais ou menos um mês. Até que ele ligou para minha tia pedindo socorro para ele ir para Palmas se tratar, pois grande parte da família é daqui. Temos uma estrutura boa para servir ele”, relembrou o primo.
Ele chegou a Palmas em 13 de outubro e depois de cerca de dez dias acabou morrendo em um hospital da cidade.
Nas redes sociais, muitos amigos e parentes lamentaram a morte. O diretório acadêmico do curso de medicina da UFPA comentou: "Lucas, você ficará pra sempre em nossas memórias! Descanse em paz! Você foi incrível!"
"Meu amor, hoje vivi o sentimento mais doloroso de toda minha vida, o amargo no estômago, o nó na garganta e o vazio em tudo. Às vezes parece um pesadelo estando acordado, tem horas que eu quero gritar, outras horas quero deitar ou sair correndo, mas não há nada que eu queira mais do te abraçar pela última vez", disse o jovem nas redes sociais.
Lucas foi velado em Palmas e em Nova Olinda, cidade onde mora a família materna. O sepultamento aconteceu na manhã de terça-feira (24) no cemitério de Nova Olinda.
....................................
Médicas goianas contam que salvaram turista que teve parada cardíaca em aeroporto dos EUA: 'Cena de filme'
Médicas de folga foram aos EUA para o casamento de uma amiga. Profissionais explicam que, com o atendimento, paciente passou de estado grave para estável.
Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás
Médicas goianas contam que salvaram turista que teve parada cardíaca em aeroporto dos EUA
Duas médicas goianas salvaram, nesta segunda-feira (23), um turista brasileiro que teve uma parada cardíaca no aeroporto John F. Kennedy, Nova York, nos Estados Unidos. Ao g1, as médicas pediatras Gyselle Bessa, de 46 anos, e Kamilla Prudente, de 34, contaram a emoção que passaram logo que chegaram no aeroporto e passavam pela imigração (assista vídeo acima).
"Estamos em êxtase. Não estamos acreditando no que aconteceu. [Já] tivemos muitas ocorrências, mas essa de hoje foi a que mais me marcou", disse Gyselle, emocionada.
"Eu corria para um lado, corria para o outro. Parecia uma cena de filme", lembrou Kamilla.
Gyselle e Kamilla moram em Goiânia e, por estarem de folga, foram aos Estados Unidos para o casamento de uma amiga médica que também é goiana. Tudo começou quando as profissionais aguardavam na fila para passar pela imigração e ouviram um grito de ajuda: '"Help".
"Estávamos bem lá atrás [na fila] e escutamos 'help, help', e eu falei, Gyselle, parece que alguém está pedindo ajuda. Vai lá, olha lá o que aconteceu", narrou Kamilla.
O g1 não conseguiu falar com a família do homem atendido pelas profissionais no aeroporto ou com o hospital em que ele foi levado até o momento para uma atualização do estado de saúde. No entanto, as médicas explicam que após o atendimento, o paciente passou de um estado grave para estável. De acordo com as profissionais, o turista estava com a esposa em visita ao filho.
Atendimento em aeroporto
Kamilla está em sua primeira vez nos Estados Unidos e contou que apesar de ter ido ao país a passeio, também levou alguns equipamentos, como o oxímetro e um estetoscópio. Com receio de uma possível extraviação, a médica manteve seus equipamentos médicos em uma mala de mão junto com ela, que foram essenciais para o atendimento do homem no aeroporto.
"Cheguei lá, vi que ele estava em parada cardiorrespiratória e já comecei a fazer a massagem [cardíaca]. Deixei a Gyselle assumir a massagem e voltei à fila para pegar minha mala onde estavam meus aparelhos médicos e saí correndo de novo. Parecia uma cena de filme", detalhou Kamilla sobre o momento em que foi atrás de Gyselle no local em que a família do paciente pediu ajuda.
As médicas ainda contaram que, depois de constatar o que o homem havia tido, elas conseguiram um desfibrilador no aeroporto, um aparelho que é usado para reanimar pessoas com parada cardíaca.
"Com o oxímetro vimos a saturação, a frequência cardíaca, graças a Deus tínhamos desfibrilador no aeroporto e depois de observar no oxímetro e no estetoscópio pudemos colocar o desfibrilador fazendo o choque e com as massagens conseguimos reverter até os paramédicos chegarem", detalhou Gyselle sobre as técnicas empreendidas no atendimento.
"Chegando o desfribrilador a gente cardioverteu ele, afastou todo mundo e mesmo falando muito pouco inglês a gente conseguiu organizar com os seguranças e tudo. Os paramédicos chegaram, a gente ainda ajudou eles para estabilizar o paciente até que a ambulância com os médicos chegassem, e isso foi uns 30, 40 minutos", completou Kamilla.
Ambas as profissionais são médicas pediatras. Na profissão, Gyselle com mais de 20 anos e Kamilla 11. Dentro de sua trajetória, Gyselle atuou por 10 anos no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e 5 anos no helicóptero do Corpo de Bombeiros. Ainda assim, a médica disse estar “em êxtase” com o ocorrido.
“Já peguei várias ocorrências chocantes, mas igual a essa, que estava relaxada, de boa, na fila, meio sonolenta, nunca imaginava ter que agir naquele momento”, disse Gyselle.
"Fazia muito tempo que eu já não atendia adultos. A principio eu mandei a Gyselle [ir ao local] porque já teve mais anos de SAMU atendendo adultos, mas a gente é formada em clinico geral e a gente sempre lembra", contou Kamilla.
.........................................
Assessoria de Comunicação
Na reunião de outubro, o Comitê de Gestão de Pessoas da Ahpaceg debateu o tema “Estratégias e Ferramentas para Feedback Eficaz com Comunicação Não Violenta”
Escrito por Administrador
O assunto foi abordado pela especialista Cyndia Bressan
Chegou a hora de dar aquele retorno a seu colaborador sobre uma ação executada por ele ou uma pequena falha detectada no serviço. O que fazer? Como abordá-lo? Qual a melhor forma de expor o posicionamento do hospital e assegurar que a mensagem seja bem entendida e contribua para a melhoria do serviço e desempenhos futuros do colaborador?
Quem trabalha com gestão de pessoas, principalmente na área da saúde, sabe que essa abordagem nem sempre é uma tarefa fácil. Mas, com as técnicas corretas é possível torná-la mais agradável, harmônica e eficiente.
E foi para orientar os gestores dos hospitais associados da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) sobre esse feedback que o Comitê de Gestão de Pessoas da Associação recebeu, no dia 19 de outubro, a psicóloga e mestre em Psicologia Organizacional e do Trabalho, Cyndia Bressan, diretora na consultoria em desenvolvimento Instituto Bressan (@institutobressan).
No encontro com representantes de hospitais da rede Ahpaceg, a palestrante, escritora e mentora de executivos abordou o tema “Estratégias e Ferramentas para Feedback Eficaz com Comunicação Não Violenta”.
Cyndia Bressan compartilhou com o público um pouco de seus mais de 20 anos de experiência em áreas, como consultoria em gestão de pessoas, academia de líderes e estratégia organizacional, e ressaltou a importância de uma comunicação eficiente e um feedback eficaz na construção de uma cultura positiva nas clínicas e hospitais, capaz de gerar um ambiente de trabalho mais saudável e de engajar os colaboradores.
Ela detalhou os tipos de feedback, qual o mais adequado à cultura e estilo de gestão das instituições e enfatizou a necessidade de a empresa manter uma comunicação baseada nos princípios da objetividade, de ser claro ao explicar o que deseja e da compaixão, a chamada comunicação não violenta.
“Precisamos entender que a comunicação é sempre a expressão de uma necessidade satisfeita ou insatisfeita e que as pessoas, quando se sentem invadidas em suas “necessidades”, tendem a ter comportamentos violentos, às vezes, pela falta de um recurso chamado comunicação, diálogo, empatia”, alertou.
Segundo ela, as empresas precisam desenvolver recursos, ferramentas, para que tenham, cada vez mais, a cultura de um feedback positivo, que motive o desenvolvimento do colaborador e dentro dos preceitos de uma cultura que valorize a comunicação, especialmente, com o suporte da comunicação não violenta.
Coordenado por Gissely Soares (do associado CDI) e Sanny Alves Andrade (do associado Hospital do Rim), o Comitê de Gestão de Pessoas da Ahpaceg reúne-se mensalmente, sempre abordando um tema de grande interesse dos gestores.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Tratamento para câncer terão cobertura obrigatória pelos planos de saúde
Cientistas descobrem o que causaria perda de memória após Covid-19
No Brasil, pessoas negras são mais vítimas de erro médico e acidentes em cirurgias, diz boletim
Desinformação é ponto crítico para baixa cobertura vacinal de brasileiros entre 18 e 59 anos
Piso da enfermagem: advogados explicam impasse em relação ao pagamento dos valores estabelecidos
SUS terá novo teste rápido duplo para HIV e sífilis em gestantes
Conahp 2023 ratifica o papel do ESG na Saúde
AGÊNCIA ESTADO
Tratamento para câncer terão cobertura obrigatória pelos planos de saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu incorporar dois medicamentos usados no tratamento para câncer na lista de cobertura obrigatória dos planos de saúde. A decisão, divulgada na segunda-feira, 9, foi aprovada em reunião extraordinária da Diretoria Colegiada do órgão realizada na semana passada.
Conforme a ANS, medicamentos para melanoma, tipo de câncer de pele, e câncer de endométrio, um dos tumores ginecológicos mais comuns, terão sua cobertura obrigatória pelas operadoras de saúde a partir de 1º de novembro deste ano.
Encorafenibe, em combinação com Binimetinibe, para o tratamento de pacientes adultos com melanoma irressecável ou metastático.
Lenvatinibe, em combinação com Pembrolizumabe, para tratamento de pacientes adultas com câncer endometrial avançado.
Os dois medicamentos foram incluídos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.
"As propostas de incorporação dessas tecnologias ao rol foram submetidas diretamente à ANS, tendo passado pela 18ª Reunião Técnica da Cosaúde, realizada em julho, e pela Consulta Pública 114, bem como por criteriosa análise técnica", afirmou a ANS.
O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é a lista de coberturas obrigatórias pelas operadoras de planos de saúde a todos os seus beneficiários, que conta com tecnologias disponíveis entre terapias, exames, procedimentos e cirurgias que atendem às doenças listadas na Classificação internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS).
.......................
JORNAL OPÇÃO
Cientistas descobrem o que causaria perda de memória após Covid-19
Pesquisa nos EUA descobre que pacientes com a modalidade longa da doença têm seus níveis de serotonina diminuídos
Cientistas propõem uma nova explicação para alguns casos de Covid longa com base em descobertas de que os níveis de serotonina estavam mais baixos em pessoas que sofrem com as sequelas. A descoberta é importante porque pode apontar o caminho para possíveis tratamentos, como a suplementação da substância no corpo.
No estudo publicado na última semana no periódico científico Cell, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia sugerem que a diminuição da serotonina pode ser provocada por resquícios do vírus da Covid-19 no intestino nos pacientes. A queda desses níveis seria a explicação, inclusive, para os problemas neurológios e cognitivos da Covid longa, de acordo com a pesquisa.
Esse é mais um dos novos estudos que relatam mudanças biológicas diversas em pacientes com Covid longa. E o resultado dessa pesquisa confirma o que muitas teorias sobre a causa da doença já previam: restos persistentes do vírus, inflamação, aumento da coagulação sanguínea e disfunção do sistema nervoso autônomo.
Para chegar à conclusão, pesquisadores analisaram o sangue de 58 pacientes com sintomas de Covid longa entre 3 e 22 meses após a infecção pelo coronavírus. Os resultados foram comparados à análise do sangue de outros 30 pacientes sem sintomas pós-Covid e 60 pacientes na fase aguda inicial da doença.
Nas amostra de fezes dos pacientes com Covid longa, foram encontradas partículas virais remanescentes do vírus. Com os dados encontrados, os cientistas concluíram que remanescentes virais estimulam o sistema imunológico a produzir interferons, que são proteínas de defesa.
Os interferons provocam nos pacientes inflamação e reduz a capacidade do corpo de absorver triptofano, um aminoácido que ajuda a produzir serotonina no intestino. Coágulos sanguíneos que podem se formar após uma infecção por coronavírus também podem prejudicar a capacidade do corpo de circular serotonina, segundo o estudo.
A serotonina é uma substância que desempenha um papel na memória de curto prazo, o que estaria relacionado com os problemas de memória e as alterações cognitivas relatada por pacientes com Covid longa.
No entanto, há ressalvas: uma vez que o estudo publicado não foi extenso, os resultados ainda precisam ser confirmados por novas pesquisas. Além disso, cientistas acreditam que não há apenas um único marcador responsável por diagnosticar a condição, que podem variar com base no tipo de sintomas e outros fatores.
............................
PORTAL G1
No Brasil, pessoas negras são mais vítimas de erro médico e acidentes em cirurgias, diz boletim
Entre 2010 e 2021, pessoas negras foram mais vítimas de erros médicos devido a acidentes ou à negligência profissional no Brasil. Essa é a conclusão do Boletim Saúde da População Negra, projeto do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e do Instituto Çarê.
O estudo foi divulgado esta semana pelo IEPS e pelo Instituto Çarê, criado com o objetivo de produzir pesquisas e informações sobre a saúde da população negra. Os dados são exclusivos.
A pesquisa também revelou que as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste apresentam mais casos de internação de negros por incidentes, como cortes acidentais numa cirurgia, em comparação com brancos.
Veja principais pontos sobre o tema
Quais foram os dados analisados pelo estudo?
O estudo levantou que, entre 2010 e 2021, foram registradas 66.496 internações por causa de "eventos adversos", que podem ser cortes acidentais, perfurações, limpeza (assepsia) insuficiente de uma ferida, objetos estranhos deixados no corpo do paciente durante procedimentos médicos, erros de dosagem, administração de substâncias contaminadas e outros. Pela média, foram 15 casos por dia.
Quais foram as principais conclusões estudo?
Em todas as regiões do país, menos no Sul, as taxas de internação devido a incidentes por causa de "eventos adversos" são mais elevadas entre a população negra.
Na média calculada de 2012 a 2021, no Norte e no Nordeste, as pessoas negras têm seis vezes mais chances de serem internadas por omissão médica em comparação com as brancas.
No Centro-Oeste, a probabilidade é três vezes maior. E, no Sudeste, as pessoas negras têm uma chance 65% mais elevada de serem hospitalizadas por conta de eventos adversos.
A análise comparou apenas negros e brancos pois a incidência de casos documentados de amarelos e indígenas foi baixa.
Qual a exceção?
Na região Sul, a tendência se inverte. Pessoas brancas apresentam uma probabilidade 38% maior de serem internadas por acidentes médicos em comparação com a população negra.
Como os erros médicos e acidentes ocorrem?
De acordo com o boletim, os erros médicos pode ocorrer em casos de negligência do médico, ação precipitada, imprudência do profissional e até desconhecimento teórico ou prático.
O instituto afirma que esses erros médicos são relacionados à deficiência no sistema organizacional e na execução dos serviços e que analisá-los é uma chance para aprimorar a qualidade do atendimento.
O estudo reconhece, porém, que "mesmo entre profissionais altamente conscientes, equívocos são inevitáveis devido à natureza humana".
Qual o perfil dos pacientes?
Dos 66.496 pacientes catalogados:
26.779 são brancos;
21.977 são negros;
792 são amarelos;
35 indígenas; e
16.913 sem informação.
Entre os negros que agrega pretos e pardos, 19.301 são pardos e 2.676 são pretos. Apesar da pequena diferença, as taxas dos acidentes com mulheres brancas superam as relativas às negras.
"Já para o caso dos homens, elas são um pouco maiores. Os homens negros têm apresentado as maiores taxas de acidentes e incidentes adversos, de maneira estável, desde 2016", aponta o texto.
Há soluções?
O documento diz que historicamente a população negra "sofre sobreposições de vulnerabilidades" pois "enfrenta mais barreiras no acesso à saúde e, inclusive, maiores níveis de discriminação racial no atendimento nos serviços de assistência médica".
Para o instituto, as desigualdades no tratamento médico mostram a "importância de políticas específicas".
O estudo cita a necessidade de aplicação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), para melhorar o acesso aos serviços de saúde à população como um todo.
"A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) (Brasil 2009), por exemplo, oferece diretrizes valiosas para abordar as disparidades, incluindo a promoção do acesso equitativo a serviços de saúde, o combate ao racismo estrutural e a participação ativa das comunidades afetadas no desenvolvimento de políticas de saúde", diz o artigo.
Qual critério foi escolhido para a análise?
Os dados usam como base o Sistema de Informações Hospitalares (SIH).
O estudo analisou internações relacionadas a acidentes e incidentes adversos, conforme definidos pela Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). Esta classificação diz respeito a situações que ocorrem na prestação de cuidados médicos e cirúrgicos.
Também foram considerados eventos na etapa do diagnóstico e também relativos a terapias, com uso de dispositivos médicos.
O autor do estudo e pesquisador do IEPS, Rony Coelho, explica que as taxas de internação comparam o número de internações em cada grupo étnico com base em uma população de 10 mil habitantes. Ele usou as estimativas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua, IBGE).
"Assim, ao calcular as taxas de eventos (neste caso, acidentes e incidentes adversos) em relação à raça ou cor da população, ficam ajustados (balanceados) os números para garantir que não haja viés devido às diferenças na distribuição racial ou étnica na população. Isso visa evitar distorções nos dados causadas pela concentração de diferentes grupos raciais ou étnicos em determinadas regiões geográficas", disse o representante do IEPS.
"Por exemplo, se a população negra é mais numerosa em uma região do país e a população branca é mais numerosa em outras, os valores brutos podem ser influenciados por essa distribuição regional desigual. No entanto, ao realizar o cálculo das taxas elas refletem as diferenças raciais ou étnicas na população de maneira equitativa, independentemente de onde esses grupos predominem geograficamente. Isso ajuda a obter uma imagem mais precisa das disparidades de saúde entre diferentes grupos raciais ou étnicos, levando em consideração a distribuição demográfica em todo o país", exemplificou.
.......................................
CORREIO BRAZILIENSE
Desinformação é ponto crítico para baixa cobertura vacinal de brasileiros entre 18 e 59 anos
A baixa cobertura vacinal de adultos é um ponto vulnerável na saúde brasileira. Na avaliação de especialistas ouvidos pelo Correio, a desinformação constitui um fator crítico para esse quadro.
"Para o público adulto, alguns dos obstáculos incluem a falta de conscientização sobre a importância da vacinação contínua ao longo da vida. Muitos adultos podem erroneamente acreditar que as vacinas são apenas para crianças e não perceber que a imunização é fundamental para sua própria saúde", comenta Lurdinha Maia, coordenadora da assessoria clínica do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos/Fiocruz.
A desinformação é outro obstáculo contra a vacinação em um país de dimensões continentais. "A propagação de mitos e informações falsas sobre vacinas pode levar a uma hesitação em receber os imunizantes recomendados. Além disso, a falta de campanhas de promoção específicas para adultos e idosos pode levar a uma falta de conscientização sobre a importância da vacinação nestes grupos", observa a coordenadora.
Ações abrangentes são necessárias. "Para superar esses desafios, é fundamental fornecer informações precisas, promover a educação em saúde em comunidades, clínicas e consultórios médicos para esclarecer mitos e desinformações sobre vacinas", acredita Lurdinha Maia. É preciso, ainda, "garantir o acesso fácil e econômico às vacinas; fortalecer a confiança nos imunizantes; e promover políticas de saúde pública que reconheçam a importância da vacinação ao longo da vida".
Na avaliação da médica, é fundamental envolver profissionais de saúde, comunidades e grupos de interesse para garantir que a mensagem sobre a importância da vacinação chegue a todos os segmentos da população.
"Nunca me perguntam"
Na rede de atendimento primária, são comuns os relatos de falta de informação. A servidora pública Sônia Ferreira Campos, 65 anos, relata que tomou as vacinas destinadas a adultos apenas quando estava grávida. Ela não sabe se tem que atualizar sua caderneta de vacinação. "Não vejo esse incentivo ao público adulto para ir se vacinar. Seria muito bom se tivesse. Acho que o governo deveria fazer esse incentivo na TV, jornal etc."
Para Maria das Dores, 70, o incentivo à vacinação nos últimos anos é mínimo. "Em minhas consultas, nunca me perguntam se eu me vacinei. Mas pela minha curiosidade, sempre procuro e me vacino".
O médico infectologista Victor Bertollo Gomes Porto avalia a vacinação adulta e idosa como uma forma de contenção e diminuição do risco epidemiológico na sociedade, com o poder de fortalecer a qualidade de vida e a longevidade. Em compensação, a falta dela pode levar à evolução de doenças que levam a complicações graves e consequentes sequelas.
"A vacinação traz a proteção tanto dos indivíduos como da sociedade como um todo", ressalta Gomes Porto. "As vacinas são um dos melhores custos efetivos na medicina, pois elas reduzem os gastos de saúde por reduzir internações e conseguem desafogar o grande número de pacientes nos sistemas de saúde", complementa o infectologista.
A vacinação adulta também tem efeitos em outras parcelas da população. Estudos indicam que a cobertura vacinal no grupo entre 18 e 59 anos contribui fortemente para a preservação da saúde imunológica idosa e infantil. A chamada "imunização de rebanho", quando um alto percentual da população está vacinado, protege indiretamente aqueles que não podem ser vacinados devido a condições médicas, a alergias ou porque são muito jovens.
A vacinação entre idosos também é estratégica. "É um componente fundamental para o envelhecimento saudável, aumentando a expectativa e a qualidade de vida", avalia o médico.
Imunossuprimidos
A cobertura vacinal de adultos e idosos ajuda, em particular, um público específico: os imunossuprimidos. "Essas pessoas necessitam muito da imunidade coletiva para diminuir a circulação e até mesmo bloquear a circulação de vírus na população", alerta o infectologista. "A vacinação adulta protege esses grupos de risco porque reduz o risco de complicações graves e hospitalizações. Protege também grupos vulneráveis, como crianças muito jovens e pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, que podem não ser elegíveis para algumas vacinas ou podem não responder bem a elas", explica Lurdinha.
Para atender os imunossuprimidos, existem esquemas especiais de atendimento na rede pública, os Centros de Referências de Imunobiológicos Especiais/CRIEs. Essas unidades de saúde são ofertadas para pacientes, da rede pública ou privada, que se encaixarem nos critérios e indicações para uso de imunológico especial.
O Boletim Temático da Biblioteca do Ministério da Saúde de 2022 revela que, em 2030, o número de idosos irá superar o de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos. Em 2050, poderá representar 30% da população brasileira.
A fim de informar esse público específico, o Ministério da Saúde oferece a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa para o acompanhamento multidimensional a nível primário de atenção. O documento possibilita o monitoramento da saúde e viabiliza a orientação sobre vacinação e outros pontos importantes na saúde sênior.
Para anotar e guardar
É grande a lista de vacinas direcionadas ao público adulto e idoso. Nem todas estão disponíveis na rede pública. Confira as doses recomendadas pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e pelo Ministério da Saúde.
ADULTO 20 a 59 anos
dTpa ou dTpa-VIP / Dupla adulto - dT
RECOMENDAÇÕES: Quem estiver com o esquema de vacinação básico completo: reforço com dTpa a cada 10 anos; quem estiver com o esquema de vacinação básico incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com dT de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componentes tetânico. Não vacinados e/ou histórico vacinal desconhecido: uma dose de dTpa e duas doses de dT no esquema 0-2-4 a 8 meses. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim, dT e dTpa para gestantes, puérperas e profissionais da saúde| Clínicas privadas: Sim, sTpa e dTpa-VIP.
Influenza (gripe)
RECOMENDAÇÕES: Dose única anual; em imunossuprimidos e em situação epidemiológica de risco, pode ser considerada uma segunda dose, a partir de 3 meses após a dose anual. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim, 3V para adultos pertencentes a grupos de risco | Clínicas privadas: Sim, 3V e 4V.
Pneumocócicas
RECOMENDAÇÕES: A vacinação entre 50 a 59 anos com VPC13 ou VPC15 fica a critério do médico.
DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim. VPC13, VPC15 e VPP23.
Herpes zóster
RECOMENDAÇÕES: Rotina a partir de 50 anos; vacina atenuada (VZA) - dose única; vacina inativada (VZR) - duas doses com intervalo de 2 meses (0-2). DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim, VZA e VZR.
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
RECOMENDAÇÕES: Duas doses acima de 1 ano de idade, com intervalo mínimo de um mês entre elas; para adultos com esquema completo, não há evidências que justifiquem uma terceira dose como rotina, podendo ser consideradas em situações de risco epidemiológico, como surtos de caxumba e/ou sarampo.
DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim, duas doses até 29 anos; uma dose entre 30 e 59 anos | Clínicas privadas: Sim.
Hepatites A, B ou A e B
RECOMENDAÇÕES: Hepatite A: duas doses, no esquema 0-6 meses; Hepatite B: três doses, no esquema 0-1-6 meses; Hepatite A e B: três doses, no esquema 0-1-6 meses. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Hepatite A- Não; Hepatite B- Sim; Hepatite A e B- Não | Clínicas privadas: Hepatite A- Sim; Hepatite B- Não; Hepatite A e B- Sim.
HPV
RECOMENDAÇÕES: Duas vacinas disponíveis no Brasil, HPV4 e HPV9. É recomendado, sempre que possível , o uso preferencial da vacina HPV9 e a revacinação daqueles anteriormente vacinados com HPV2 ou HPV4, com o intuito de ampliar a proteção para os tipos adicionais; não vacinados anteriormente: três doses de HPV9 (0-2-6 meses) a partir de 15 anos. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim, HPV4 e HPV9.
Varicela (catapora)
RECOMENDAÇÕES: Para suscetíveis: duas doses com intervalo de um a dois meses. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.
Meningocócicas conjugadas ACWY ou C
RECOMENDAÇÕES: Uma dose. A indicação da vacina, assim como a necessidade de reforços, dependerão da situação epidemiológica. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.
Meningocócica B
RECOMENDAÇÕES: A indicação dependerá da situação epidemiológica; duas doses com intervalo mínimo de 12 mês (Bexsero) ou 6 meses (Trumenba); Não se conhece a duração da proteção .conferida e, consequentemente, a necessidade de dose(s) de reforço. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.
Febre amarela
RECOMENDAÇÕES: Recomendação do PNI: se recebeu a primeira dose antes dos 5 anos, indicada uma segunda dose, independente da idade atual. Se aplicada a partir dos 5 anos de idade: dose única; recomendação da SBIm: Duas doses. Como há possibilidade de falha vacinal, está recomendada uma dose com intervalo de 10 anos. Essa vacina pode ser exigida pela emissão do CIVP - Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia, atendendo as exigências sanitárias de alguns destinos internacionais. Nesse caso, deve ser aplicada até 10 dias antes de viajar. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim | Clínicas privadas: Sim.
Dengue
RECOMENDAÇÕES: Qdenga é recomendada até 60 anos independentemente de contato prévio com o vírus da dengue. Esquema de duas doses com intervalo de três meses entre elas (0-3 meses). Dengvaxia é recomendada somente até 45 anos, soropositivos para dengue. Esquema de três doses com intervalo de seis meses entre elas (0-6-12 meses). DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.
Covid-19
RECOMENDAÇÕES: Para pessoas de 12 a 39 anos não incluídas no grupo prioritário recomendado para receber as vacinas bivalentes e que não iniciaram a vacinação ou que estão com o esquema vacinal incompleto, deverá ser realizado o esquema primário utilizando duas doses das vacinas Covid-19 (monovalente) e o reforço com intervalo mínimo de 4 meses entre as doses. // Para pessoas de 40 a 59 anos de idade não incluídos no grupo prioritário recomendado para receber as vacinas bivalentes, o esquema vacinal é composto por duas doses (1ª dose e 2ª dose) e duas doses de reforço (1° reforço e 2° reforço). DISPONIBILIDADE: É recomendado o acesso a dados atualizados sobre a disponibilidade de vacinas e grupos contemplados na fase recorrente de vacinação de sua localidade.
IDOSO 60+ anos
VACINAS DE ROTINA
Influenza (gripe)
RECOMENDAÇÕES: Dose única anual, preferencialmente com a vacina quadrivalente de alta concentração (high dose, HD4V). Na impossibilidade, usar vacina disponível (preferencial 4V em relação a 3V) e, nesses casos, em situação epidemiológica de risco, considerar uma segunda dose a partir de três meses após a dose anual. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim, 3V | Clínicas privadas: Sim, 3V, 4V e HD4V.
Pneumocócicas conjugadas VPC13 ou VPC15 e polisacarídica VPP23
RECOMENDAÇÕES: Iniciar com uma dose da VPC13 ou VPC15 seguida de uma dose de VPP23 de seis a 12 meses depois, e uma dose de VPP23 cinco anos após a primeira. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não, VPC13. Sim, VPP23 somente para asilados e grupos de risco aumentado | Clínicas privadas: Sim, VPC13, VPC15 E VPP23
Herpes zóster
RECOMENDAÇÕES: A partir de 50 anos - Vacina atenuada (VZA): dose única; Vacina inativada (VZR): duas doses com intervalo de dois meses (0-2). DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim, VZA e VZR.
dTpa ou dTpa-VIP / dupla adulto - dT
RECOMENDAÇÕES: Atualizar dTpa independente de intervalo prévio com dT ou TT. Quem estiver com o esquema de vacinação básico completo deve tomar um reforço com dTpa a cada 10 anos. Quem estiver com esquema de vacinação básico incompleto deve tomar uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico. Não vacinados e/ou com histórico vacinal desconhecido devem tomar uma dose de dTpa e duas doses de dT no esquema 0-2-4 a 8 meses. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim, dT e dTpa para profissionais da saúde | Clínicas privadas: Sim, sTpa e dTpa-VIP.
Hepatite B
RECOMENDAÇÕES: Três doses, no esquema 0-1-6 meses. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim | Clínicas privadas: Não.
Febre amarela
RECOMENDAÇÕES: Recomendação PNI: Se aplicada a partir dos 5 anos de idade: dose única. O serviço de saúde deverá avaliar a indicação, considerando o risco da doença e o risco de eventos adversos nessa faixa etária e/ou decorrentes de comorbidades. Recomendação SBIm: Duas doses. Como há possibilidade de falha vacinal, está recomendada uma segunda dose com intervalo de 10 anos. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim | Clínicas privadas: Sim.
Covid-19
RECOMENDAÇÕES e DISPONIBILIDADE: É recomendado o acesso a dados atualizados sobre a disponibilidade de vacinas e grupos contemplados na fase recorrente de vacinação de sua localidade.
VACINAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS
Hepatite A
RECOMENDAÇÕES: Na população com mais de 60 anos, é incomum encontrar indivíduos suscetíveis. Para esse grupo, portanto, a vacinação não é prioritária. A sorologia pode ser solicitada para definição da necessidade ou não de vacinar. Em contactantes de doentes com hepatite A, ou durante surto da doença, a vacinação deve ser recomendada. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.
Hepatites A e B
RECOMENDAÇÕES: A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada para as hepatites A e B. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.
Meningocócicas conjugadas ACWY ou C
RECOMENDAÇÕES: Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela vacina meningocócica C conjugada. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
RECOMENDAÇÕES: Na população com mais de 60 anos, é incomum encontrar indivíduos suscetíveis ao sarampo, caxumba e rubéola. Para esse grupo, portanto, a vacinação não é rotineira. Porém, a critério médico (em situações de surtos, viagens, entre outros), pode ser recomendada. Contraindicada para imunodeprimidos. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.
Fonte: Recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) - 2023/2024 | Ministério da Saúde | Programa Nacional de Imunizações (PNI)
.......................
PORTAL BRASIL 61
Piso da enfermagem: advogados explicam impasse em relação ao pagamento dos valores estabelecidos
A discussão sobre o piso salarial da enfermagem está em pauta no Brasil há anos. Em 4 de agosto de 2022, a lei n.° 14.434 estabeleceu um valor mínimo de salário para enfermeiras, técnicas em enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras em todo o país. Posteriormente, a Emenda Constitucional n.° 127/2022 determinou que caberia à União prestar assistência financeira complementar aos estados, municípios, Distrito Federal e entidades filantrópicas, como explica a advogada especialista em direito trabalhista, Camila Andrea Braga.
"A questão da reivindicação em relação ao piso salarial para a categoria de enfermagem já é bem antiga, até porque a lei que regulamentou o exercício da enfermagem profissional é de 1955 e não previa um piso salarial para a categoria de enfermagem". A especialista ainda destaca. "O pleito ganhou força maior durante a pandemia de Covid-19, em que se evidenciou a importância e a relevância desses profissionais", avalia.
VEJA MAIS:
Segundo Camila, assim que a lei foi sancionada e as entidades tomaram conhecimento da necessidade de seguir o novo piso da categoria, a Confederação Nacional de Saúde (CNS) ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federa (STF), questionando algumas questões da lei, pedindo a inconstitucionalidade para que não fosse aplicado esse piso. "Por isso que essa questão foi parar no Supremo Tribunal Federal", salienta.
Divergências
De acordo com o advogado trabalhista Donne Pisco, por não tratar especificamente sobre o piso salarial, a profissão de enfermagem trouxe uma série de discrepâncias em âmbito nacional. "Isso acabou sendo objeto de atuação por parte das entidades representativas e que levou a regulamentação e a fixação do piso para a aplicação em âmbito nacional", reforça.
A medida valeria para aqueles que atendessem, no mínimo, 60% dos pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para o cumprimento do piso salarial. Conforme Donne Pisco, dadas as condicionantes fixadas na decisão do STF, é que a "aplicação indistinta" da lei instituidora do piso de enfermagem não ocorre em sua plenitude.
"Ocorre apenas em relação aos servidores públicos civis da União em que há cumprimento efetivo do piso desde já a partir da decisão do STF. Em relação aos demais, ficou determinado que se observasse ali todos os requisitos para suplicação", informa.
Conforme o especialista, também deveria ser considerado o impacto financeiro dessas medidas em relação a estados e municípios, a possibilidade de fazê-lo com a complementação orçamentária a cargo da União e em relação à iniciativa privada condicionada à negociação coletiva. "Esses são os entraves que, no presente momento, condicionam a aplicação efetiva integral da lei instituidora do piso salarial dos enfermeiros", aponta.
Quem vai pagar a conta?
Como o novo piso ainda dependia de um dinheiro extra para que estados e municípios pudessem garantir o pagamento, o Congresso Nacional aprovou um projeto de lei liberando mais de R$ 7 bilhões para ajudar as regiões a garantirem o piso salarial para profissionais da enfermagem. Na opinião da especialista Camila Braga, o maior impasse é o orçamentário.
"Para o pagamento do piso de maio até dezembro de 2023, foi reservado um valor de R$ 7,3 bilhões, que está sendo repassado proporcionalmente, mas o repasse é uma parcela do pagamento. A outra parcela, o outro ente tem que arcar. E o que estão dizendo é que eles não têm dinheiro para arcar com o novo valor ainda com o recebimento do repasse", revela.
Camila ressalta que o governo federal já está fazendo os repasses, mas estados e municípios informam que esse repasse não é suficiente para arcar com o acréscimo do piso em relação aos profissionais já existentes dentro da rede pública.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) entende que a não inclusão do recolhimento de encargos patronais gerará ainda mais desequilíbrio nos municípios, em especial nas localidades mais pobres. Segundo as estimativas da entidade, realizadas em setembro de 2022, do impacto global de R$ 10,5 bilhões, ao menos 24% (R$ 2,5 bilhões) seriam pagamentos das prefeituras a título de encargos patronais.
Definição da situação
Donne Pisco explica que o STF acabou suspendendo os efeitos da lei para esclarecer a situação. "A ideia era apurar a situação financeira de estados e municípios afetados pela aplicação do novo patamar remuneratório, a avaliação a respeito da empregabilidade dada a alegação de possibilidade de demissão em massa em função do incremento de custo na atividade e também para que fosse avaliada a qualidade dos serviços dada a alegação de risco de fechamento de leitos", salienta.
Segundo ele, o Supremo definiu que prevalece a exigência de negociação sindical coletiva como requisito procedimental obrigatório, mas que, se não houver acordo, o piso deve ser pago conforme fixado em lei.
Os representantes dos trabalhadores de enfermagem e os empregadores do setor privado marcaram uma reunião para a próxima quinta-feira (26), para definir o ajuste salarial da categoria. A CNS solicitou auxílio do TST para chegar a um acordo com relação ao valor que a categoria deve receber de ajuste salarial.
No último dia 21 de agosto, o Ministério da Saúde fez o primeiro repasse adicional aos estados e municípios do piso nacional da enfermagem. Até o fim de 2023, serão pagas nove parcelas, incluindo o 13º salário. Os valores praticados são: enfermeiros: R$ 4.750, técnicos de enfermagem: R$ 3.325 e auxiliares e parteiras: R$ 2.235.
................................
FOLHA.COM
SUS terá novo teste rápido duplo para HIV e sífilis em gestantes
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério da Saúde anunciou investimento de R$ 27 milhões para a aquisição de um teste duplo para detecção de sífilis e HIV.
Com a verba, a pasta espera adquirir cerca de 4 milhões de testes rápidos, a serem distribuídos aos estados ainda até o final de 2023, de acordo com nota divulgada pela pasta da Saúde na última sexta (20). Os testes serão ofertados, em um primeiro momento, além de gestantes, para profissionais do sexo e homens que têm relação com outros homens.
O teste rápido foi produzido por pesquisadores do Lais (Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde), ligado à UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), dentro do programa "Sífilis Não", desenvolvido pelo laboratório e pelo Ministério da Saúde, como parte de ações de enfrentamento à doença que ocorrem desde 2017.
O programa, que tem o apoio da Opas/OMS (Organização Pan-Americana de Saúde), tem como objetivo principal reduzir os casos de sífilis em gestantes e em bebês.
Como mostrou reportagem da Folha, os novos casos de sífilis no pós-pandemia cresceram em todas as faixas etárias. Foram registrados 213 mil casos de sífilis no país em 2022, segundo boletim epidemiológico do ministério divulgado na última sexta, um aumento de 23% em relação ao ano anterior. Já a sífilis congênita, que é passada da mãe para o bebê, teve um crescimento de 17,6%, entre 2011 e 2017, e um aumento de 16,7% subsequente.
Apesar de os exames para detecção de sífilis e HIV fazerem parte da rotina de pré-natal, os médicos afirmam que as gestantes não procuram o diagnóstico por medo de uma reação do parceiro, já que ela pode sofrer violência doméstica e agressões se o marido julgar que ela foi infiel.
Assim, a disponibilidade de testes duplos para detecção das duas infecções sexualmente transmissíveis pode ajudar a reduzir os diagnósticos tardios e aumentar a prevenção de novos casos, especialmente na chamada sífilis congênita, passada da mãe para o bebê durante a gravidez.
Para a produção dos testes duplos (chamados "duos testes"), os pesquisadores do Lais importam insumos e fabricaram os primeiros testes utilizados, em um primeiro momento, em um projeto-piloto focado nas gestantes. Esta etapa do projeto teve início em outubro do último ano na atenção primária à saúde de Natal (RN).
Os testes rápidos utilizam um ensaio imunocromatográfico de fase sólida para a detecção dos anticorpos específicos para HIV ou Treponema pallidum, a bactéria causadora de sífilis, simultaneamente em soro humano, plasma ou sangue total.
O ensaio imunocromatográfico ficou conhecido por ser utilizado durante a pandemia da Covid na primeira forma dos chamados testes rápidos ou sorológicos. Esses exames ocorrem através da ligação de amostra de ouro coloidal com o conjunto antígeno-anticorpo que se deseja investigar, produzindo uma banda. Os aparelhos desses testes são semelhantes aos usados para testes de glicemia, onde é colhida uma gota de sangue da ponta do dedo. Os resultados saem em menos de dez minutos.
Embora os testes rápidos para detecção de HIV tenham um amplo uso e distribuição pelo SUS, a utilização de exames rápidos para sífilis acaba tendo um alcance menor do que o esperado, segundo o próprio governo.
Além do aumento de sífilis, o país enfrenta também um crescimento de outras ISTs, principalmente no público mais jovem.
Apesar de ser ter sido pioneiro na oferta de antirretrovirais pelo SUS para o tratamento de Aids, o Brasil só cumpriu 1 das 3 metas propostas pela OMS para combater a epidemia. Com isso, tem crescido o número de pessoas mais velhas convivendo com o vírus.
Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou também um novo protocolo de diretrizes terapêuticas para pacientes vivendo com HIV/Aids focado no público mais velho. A iniciativa, assim como o projeto "Sífilis Não", faz parte da meta do governo de eliminar ou controlar, até 2030, 14 doenças com elevada incidência em regiões de maior vulnerabilidade social, como é o caso do HIV e da sífilis.
..............................
SAÚDE BUSINESS
Conahp 2023 ratifica o papel do ESG na Saúde
O Conahp 2023 contou com um palco exclusivo para tratar de assuntos relacionados a ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança corporativa), tema que se consolidou como um pilar estratégico para o setor de saúde. São práticas com o intuito de gerar impacto positivo no meio ambiente e na qualidade de vida de funcionários e da população brasileira.
No painel “Como o pilar social vem sendo trabalhado no setor”, moderado por Luciana Gutierres, gerente técnica de Inovação e Sustentabilidade da Solvi, representantes da área de Compromisso Social do Hospital Sírio-Libanês apresentaram a dinâmica e os resultados do TeleNordeste. Esta é uma iniciativa do Ministério da Saúde executada por seis hospitais de referência, que integram o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). A discussão também contou com representantes do Hospital São Julião, no Mato Grosso do Sul, que trouxeram a experiência da transição no modelo de gestão.
Criado em 2009, o PROADI-SUS busca apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assitência. Um dos projetos é o TeleNordeste. Sabrina Dalbosco Gadenz, gerente do portfólio de Saúde Digital e Compromisso Social do Hospital Sírio-Libanês, e Vânia Bezerra, diretora de Compromisso Social da mesma instituição, trouxeram o recorte da operação que lhes cabem, com a cobertura de 86 municípios do Ceará e da Bahia. Ao todo, são 700 UBSs e 12 Pólos de Base de Saúde Indígena.
O TeleNordeste propõe atenção especializada inclusiva e está conectado com sete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) definidos pela ONU: erradicação da pobreza; fome zero; boa saúde e bem-estar; educação de qualidade; indústria, inovação e infraestrutura; redução das desigualdades e combate às alterações climáticas.
Atualmente, existem cerca de dois médicos por mil habitantes no Brasil. No sudeste, a proporção é maior, são três. Já no nordeste, a média cai pela metade, é um médico para cada mil pessoas. Neste cenário, o projeto traz soluções digitais para conexão entre a Atenção Primária à Saúde com especialistas. São mais de 40 linhas de cuidado digitais para oferecer os melhores desfechos clínicos no interior do nordeste.
TeleNE na prática
Na prática, o médico da UBSs liga conta com uma central de especialistas do Sírio-Libanês. Por exemplo, o médico generalista está com dificuldade para manejar um paciente com problemas cardiovasculares. Ele liga para central e um cardiologista do hospital ajuda na condução do caso do paciente. Após uma avliação de risco junto ao médico da UBS, é possível definir se o paciente pode ser tratado na APS ou necessiat ser encaminhado ao especilaista, na Atenção Secundária à Saúde.
Já foram realizadas 380 teleinterconsultas; 3.200 pacientes atendidos, sendo que 85% dos problemas de saúde foram resolvidos sem encaminhamento para consulta presencial. Com NPS 98, o projeto a ajuda a promover o letramento em saúde digital. Houve redução do tempo de espera para consultas e exames; de inequidades socioambientais; custo de deslocamento; pagamento de consultas e medicamentos desnecessários.
Do ponto de vista ambiental, cerca de nove toneladas de carbono deixaram de ser emitidas e 100 casas/ ano energia de energia foram poupadas, já que muitos deslocamentos foram evitados. Além disso, 220 árvores foram reflorestadas junto à comunidade indígena.
Líder em ação
Com 82 anos de existência, o Hospital São Julião, referência no tratamento de hanseníase, viveu uma mudança na gestão, em 2021, após cerca de 40 anos sob o comando da Irmã Silvia Vecellio, que hoje é presidente de honra da instituição. Com a chegada de Geraldo Maiolino, sucedido pelo presidente Carlos Augusto Melke, a gestão precisou ser remodelada.
Durante o encontro no Conahp, Caoana Duarte, gerente de Gestão de Pessoas do Hospital São Julião, e Jessyka Souza Mendes, superintendente de Gestão da instituição, mostraram como tem sido viver essa período de transformação, que está ocorrendo de modo top down. Existia uma fragilidade na profissionalização da liderança.
Com a ajuda dos Voluntários da Saúde, associação fundada e presidida por Fernando Torelly – CEO do Hcor e conselheiro da Anahp –, foi criado o primeiro módulo de formação para o líderes do hospital, o Líderes em Ação, que veio para atualizar e otimizar a gestão e os processos.
O programa trabalha com líderes desde a operação até a gestão estratégica, passando por assuntos como custos, recursos, processos, equipes e resultados. Destaca o papel do líder, a partir de estilos de lideranças, responsabilidades e limites. Desenvolve fortemente como formar equipes, com entrevistas por competências e olhar estratégico para equipe. A iniciativa também ensina a usar ferramentas de gestão de desempenho e formas de condução. Houve um trabalho intenso com abordagens para estimular cultura e engajamento, além de conscientização sobre o assédio moral.
Caoana ressalta que, somente em nove meses, os resultados são visíveis. Para ela, a transição está ocorrendo de forma natural e leve. Os Voluntários da Saúde “ensinaram os profissionais a pescar”, agora que consigam caminhar com as próprias pernas.
................................
Assessoria de Comunicação
Associados da Ahpaceg compartilham cases de sucesso
Escrito por AdministradorSabe aquela escala de plantão médico elaborada em Excel, cheia de planilhas e que sempre exige um esforço redobrado na hora de conferir os horários e fechar a folha de pagamento? Pois é: você pode esquecê-la. Isso mesmo! Foi o que fez o associado Hospital Evangélico Goiano após a adoção de um aplicativo que possibilita a gestão das escalas com muito mais eficiência e agilidade.
Esse case foi apresentado aos associados em reunião na Ahpaceg, no dia 18, quando representantes do hospital e da empresa IAH - Soluções Integradas, parceira da Ahpaceg e da Ampheg (Associação dos Médicos de Hospitais Privados do Estado de Goiás), detalharam funcionalidades do aplicativo.
Com um simples clique, o gestor consegue gerenciar a escala de médicos plantonistas, acompanhando a presença dos profissionais no hospital, os horários de entrada e saída, faltas ou trocas de plantão.
Ao término do período, o sistema ainda traz o relatório financeiro de cada usuário/plantonista, com sua escala efetiva, horas trabalhadas e qual valor tem a receber.
Por meio do aplicativo, apresentado por Gustavo Clemente, Bruno Lucena, Matheus Catão e Fillipe Siqueira, o hospital também pode ofertar vagas, selecionar o perfil do profissional desejado em diversas especialidades médicas, definir normas para a atuação na unidade e, graças à inteligência artificial, adequar a sua demanda de plantonistas de acordo com o mapa de calor na unidade e a sua necessidade operacional.
Detalhe: toda a documentação, como diploma médico e registro de especialidade médica do profissional, é conferida pela Ampheg antes do cadastro na plataforma.
E tem mais: o aplicativo pode incluir profissionais de outras áreas, como toda a equipe assistencial e administrativa, enfermagem e fisioterapeutas. Quer saber mais? Ligue: (62) 99310-5827 (Matheus Catão)
SAMARITANO DE GOIÂNIA
Na mesma reunião, os associados da Ahpaceg puderam conhecer outra experiência de sucesso em gestão: o Business Intelligence adotado pelo associado Hospital Samaritano de Goiânia. A diretora executiva do hospital, Anailma Graciotte, destacou a eficiência na gestão, agilidade do trabalho e economia proporcionadas pelo uso da ferramenta da empresa Easy Vision.
Maycon Samuel e Danilo Chaves, da goiana Easy Vision, falaram aos associados sobre a solução que evita, por exemplo, perdas no faturamento devido a cobranças erradas e a aplicação de tabelas desatualizadas.
“Com esse sistema, encontramos soluções que evitam falhas que levam a glosas futuras”, contou Anailma. “O sistema já faz uma auditoria prévia nas contas e aponta erros que podem ser sanados antes do envio aos convênios”, disse Maycon Samuel, ressaltando que a solução integra e centraliza informações e se comunica com diferentes sistemas operacionais.
A Easy Vison foi fundada em 2020 com objetivo de aprimorar a gestão hospitalar e eficácia no faturamento e suas soluções podem ser adequadas de acordo com a demanda do cliente. Para mais informações, ligue (62) 3221 5886.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Plano de saúde descobre fraude milionária em solicitações de reembolso; fisioterapeuta é acusada de aplicar o golpe
Anahp detalha mais de 133 projetos de ESG em hospitais privados
Plano Brasil Saúde registra alta de 97,6% no faturamento
Após cair pela metade na pandemia, exames de mamografia têm retomada
Dia Mundial de Combate à Poliomielite: tecnologia auxilia pacientes que tiveram doença a melhorar mobilidade
TERRA
Plano de saúde descobre fraude milionária em solicitações de reembolso; fisioterapeuta é acusada de aplicar o golpe
Uma fisioterapeuta é acusada de fraude milionária em solicitações de reembolso da SulAmérica, operadora de plano de saúde. A empresa afirma que a mulher fornecia documentação fraudulenta aos seus pacientes para a abertura de solicitações indevidas de reembolso.
A profissional, que atende na Bahia, fraudava pedidos médicos, liberando beneficiários para fazer procedimentos de saúde. Embora não tenha detalhado como ela agia, a SulAmérica afirma que os supostos procedimentos feitos a diversos beneficiários somaram mais de R$ 2 milhões em pedidos de reembolso.
Um dos fatores que chamaram a atenção da seguradora foi o volume impraticável de atendimentos em uma mesma data. Em um único dia, a fisioterapeuta teria realizado 97 atendimentos. Entre dezembro de 2019 e abril de 2023, foram apresentadas 894 solicitações de reembolso.
A SulAmérica obteve liminar judicial do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para impedir que a fisioterapeuta realize atendimentos aos beneficiários do plano de saúde. A operadora também foi autorizada a deixar de pagar as solicitações de reembolso. O Terra teve acesso à decisão do juiz do TJ-BA Fabio de Oliveira Cordeiro.
Na decisão, o juiz escreve: "DEFIRO O PEDIDO LIMINAR PARA EFEITO de determinar à requerida que se abstenha de realizar atendimentos tendo como beneficiários os segurados do plano requerido, autorizando ainda que o réu deixe de quitar até ulterior determinação os pedidos eventualmente apresentados a contar da data da presente data."
Conselho Regional de Fisioterapia
O Conselho Regional de Fisioterapia da Bahia abriu processos éticos para apurar o caso. "Informamos a abertura de processos éticos para a apuração das denúncias apresentadas", diz trecho do comunicado.
"Adotaremos as medidas necessárias para garantir uma investigação justa e imparcial. Os processos éticos instaurados seguirão rigorosamente as normas regulamentares vigentes", acrescenta.
.............................
MEDICINA S/A
Anahp detalha mais de 133 projetos de ESG em hospitais privados
A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) divulgou a segunda edição da publicação "ESG nos hospitais Anahp: resultados e boas práticas", documento que reúne dados da atuação dos associados nos três âmbitos ESG, com iniciativas relacionadas à humanização da assistência, gestão de resíduos, eficiência energética, inovação e tecnologia, entre outras temáticas emergenciais.
Com dados coletados entre 81 hospitais, os projetos em destaque visam dar visibilidade às práticas de governança, sustentabilidade ambiental e responsabilidade social do setor, mensurando o impacto positivo das ações das instituições privadas de saúde nos entornos de suas comunidades e para a sociedade como um todo.
Além dos 133 cases detalhados, a publicação traz números gerais de trabalhos colocados em prática no período entre junho de 2022 e junho de 2023: em 12 meses, 691 projetos foram desenvolvidos embaixo do guarda-chuva de ESG (Environmental, Social and Governance), 12,7 milhões de pessoas impactadas diretamente e mais de R$ 507 milhões investidos. Confira o conteúdo completo aqui.
"A pandemia de Covid-19 ampliou a importância dos critérios ESG ao destacar a interconexão global e a vulnerabilidade frente a desafios ambientais e sociais. Essa percepção reverberou na sociedade e se tornou um ponto de partida para o setor da saúde pública e suplementar, dada a urgência de se promover uma abordagem mais integrada e sustentável para enfrentar desafios atuais e futuros", destaca Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.
Conforme salienta Britto, a saúde é, por si só, fundamentada no princípio essencial de ESG, que é fazer a diferença na vida das pessoas. Ou seja, antes mesmo da existência desse conceito, os serviços assistenciais já atuavam com esse propósito.
"O que a Anahp faz hoje é ajudar a potencializar esse olhar das instituições, buscando caminhos estratégicos que conduzam seus objetivos dentro de uma perspectiva mais ampla de seus impactos no mundo", conclui.
............................
Plano Brasil Saúde registra alta de 97,6% no faturamento
O Plano Brasil Saúde, healthtech especializada em serviços de saúde corporativa, registrou aumento no faturamento de 97,6% no início do 4º semestre. A expectativa é que a companhia feche o ano com a receita de R$ 60 milhões. Somente neste ano, o número de clientes que contam com a cobertura de seus serviços saltou de 9 mil para 14 mil beneficiários.
Segundo o presidente do Plano Brasil Saúde, Paulo Bittencourt, um dos principais responsáveis por esta alta está na própria maturidade do mercado e na expectativa do usuário que busca um atendimento personalizado. "Os planos tradicionais estão passando por vários desafios e prejuízos e isso tudo acaba resvalando na qualidade prestada para o cliente final. No nosso modelo de negócio, mais enxuto e otimizado, conseguimos oferecer uma experiência mais humanizada e menos desgaste para o usuário", conta Bittencourt.
Paulo explica ainda a importância da tecnologia que envolve por exemplo a telemedicina. "Além da agilidade, temos ganhos concretos como diminuição de custos para as operadoras e melhor custo x benefício oferecido para os usuários, o que é fundamental para viabilizar o acesso à saúde suplementar. No Plano Brasil Saúde, por exemplo, as mensalidades são acessíveis e o usuário conta com um especialista que irá acompanhá-lo de forma integral. Este médico da família é altamente capacitado para fazer os diagnósticos de forma adequada e só realizar o encaminhamento quando realmente for necessário. Esse é o formato da saúde de hoje e do futuro", explica Paulo.
Desde 2009, quando a empresa foi criada, o Plano Brasil Saúde segue somando bons resultados financeiros e na avaliação dos usuários. Na classificação feita pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) no primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou nota máxima.
De acordo com o CEO da empresa, esta avaliação é o reconhecimento de um trabalho pautado na excelência do atendimento prestado ao usuário e de muita pesquisa e investimento. "Nossas decisões são baseadas em estudos altamente rigorosos e acompanhados por toda nossa equipe de especialistas; não podemos nunca nos esquecer de que cuidamos de pessoas, portanto, empatia, segurança e qualidade na prestação de serviços são ativos inegociáveis da empresa", diz.
Para o próximo ano, as expectativas seguem positivas. "Seguiremos alicerçados pelos pilares de inovação e cuidado com as pessoas. Em 2024, projetamos um faturamento de R$ 120 milhões com ampliação geográfica da nossa atuação; hoje, atendemos no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Goiás, mas já estudamos a expansão para outros estados, como: Sergipe, Alagoas, Distrito Federal, Minas Gerais e Paraíba", finaliza Bittencourt.
.........................
Após cair pela metade na pandemia, exames de mamografia têm retomada
Levantamento feito pela Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR) na base de dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, mostra o impacto da pandemia de Covid-19 na realização de exames de mamografia de rastreamento nos serviços públicos do estado de São Paulo. A análise faz um recorte dos meses de janeiro a agosto dos anos de 2018 a 2023 e mostra que em 2020, primeiro ano da pandemia, o número de procedimentos caiu pela metade quando comparado com os dois anos anteriores. Foram feitas 443 mil mamografias em 2020, contra 803 mil e 822 mil em 2019 e 2018, respectivamente.
Com o avanço das campanhas de vacinação contra a Covid-19 e a redução de casos graves da doença, o volume de exames passou a exibir uma tendência de aumento. De janeiro a agosto de 2021, foram feitas 583 mil mamografias de rastreamento no estado de São Paulo, número que subiu para 796 mil no mesmo período em 2022 e chegou a 803 mil em 2023, o mesmo patamar que se viu em 2018.
"Temos em São Paulo uma das melhores coberturas mamográficas, mas ainda assim abaixo do que seria necessário para melhorar a detecção precoce e identificar a doença em estágio inicial. Muitas mulheres ainda são diagnosticadas quando a doença já progrediu", observa a médica radiologista Bárbara Bresciani, membro da comissão cientifica da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR).
A necessidade de ampliar o número anual de exames enfrenta obstáculos como a dificuldade de adesão das próprias pacientes e o problema da distribuição dos mamógrafos. "Há uma boa quantidade de mamógrafos no país, porém distribuídos de modo desigual. A maioria está concentrada nas grandes cidades, com menos equipamentos no interior e regiões mais distantes", descreve a radiologista.
Os dados consideram as mamografias bilaterais de rastreamento (também conhecidas como mamografia de rotina) realizadas por meio do Sistema Único de Saúde no período, contemplando mulheres que não apresentam queixas, mas fazem periodicamente o exame com a finalidade de encontrar, eventualmente, tumores de mama em fase inicial. Diferente, por exemplo, da mamografia diagnóstica, que é motivada por alguma alteração, sinal de lesão ou sintoma que a mulher tenha, podendo ser um caroço, ondulação, alterações pele e outras anomalias que não seguem o padrão normal da mama ou do mamilo daquela paciente e, a partir disso, investigar a presença de lesão benigna ou maligna (câncer).
Cobertura bem abaixo da recomendada pela OMS
As projeções do IBGE para estimar a pirâmide etária do Estado de São Paulo indicam que, em 2010, a região contava com quase 3 milhões de mulheres com idade entre 40 e 49 anos e 3,2 milhões com idades entre 50 e 64 anos, faixa de referência, segundo o Ministério da Saúde, para a busca ativa para o rastreamento. Para se ter uma ideia do alcance da cobertura mamográfica, quando se considera apenas a mulher acima de 50 anos estimada em 2010, ainda assim as mamografias realizadas na rede pública paulista em 2023 teriam atingido apenas 25% das mulheres com indicação para o rastreamento. A cobertura mamográfica recomendada pela Organização Mundial da Saúde é de 70% da população feminina a partir dos 40 anos, com um exame anual.
Quando deve ter início o rastreamento?
A idade para o início do rastreamento é motivo de debate no país e no mundo. Várias sociedades de especialidade brasileiras e internacionais, seguidas pela SPR, defendem que o primeiro exame seja feito aos 40 anos. A recomendação atual do Ministério da Saúde é que deve ser feito a partir dos 50 anos, com repetição a cada dois anos para mulheres até os 69 anos ou em intervalos menores conforme o resultado da mamografia anterior. Para mulheres entre 40 e 49 anos, segundo o MS, a conduta deve ser individualizada considerando riscos e benefícios dos exames de rastreamento. Como rotina, elas devem passar por um exame clínico durante a consulta médica, com realização de ultrassonografia e mamografia somente com indicação médica. Na rede suplementar, o rastreamento tem início aos 40 anos.
Os dados sobre a incidência do câncer de mama acentuam a urgência do tema. "As evidências científicas vem mostrando um aumento do diagnóstico de câncer de mama em mulheres na faixa dos 40 anos, especialmente mulheres negras", informa a médica radiologista Bárbara Bresciani. "Na minha prática, tenho visto mulheres com cerca de 30 anos ou pouco mais com câncer de mama. São pacientes sem antecedentes familiares e sem teste genético positivo", diz a médica.
Diante da necessidade de melhorar a detecção e do aumento de casos em mulheres mais jovens, em maio deste ano, a Força Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos - USPSTF (sigla em inglês para United States Preventive Services Task Force) emitiu recomendações para que o sistema de saúde norte-americano antecipe o início do rastreamento em uma década, começando aos 40 anos em vez de fazê-lo a partir da quinta década. As orientações da USPSTF destacam também a importância de uma abordagem personalizada e baseada no risco para esse rastreio, levando em consideração fatores como histórico familiar, genética e etnia. "Essa mudança pode melhorar significativamente a detecção precoce. A preocupação é garantir que as mulheres não fiquem descobertas sem acesso ao rastreamento entre os 40 e os 50 anos de idade. É uma grande vitória", afirma Bárbara.
Mamografia digital e tomossíntese
A maioria das mamografias feitas no Brasil atualmente utiliza tecnologia digital. "Há cerca de uma década, ainda havia mamografias realizadas de modo convencional, cuja imagem precisava ser revelada depois de adquirida. Agora, praticamente todos os serviços têm um detector digital, que manda a imagem diretamente para o computador com qualidade muito superior", esclarece a médica Bárbara.
A tomossíntese é mais um avanço na forma de adquirir as imagens para identificar o câncer de mama. Trata-se de um método de diagnóstico complementar à mamografia que utiliza várias imagens de raios X de baixa dose da mama, adquiridas com angulações diferentes, aumentando a acurácia diagnóstica da mamografia. Embora disponível em algumas instituições de saúde no Brasil, a tomossíntese não é coberta pelos planos de saúde. O Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) recomenda mamografia anual entre 40 e 74 anos por meio de tomossíntese, se possível.
"A tomossíntese minimiza a sobreposição de tecido mamário, que pode mascarar lesões, e também diminui a necessidade de incidências adicionais, reduzindo eventuais reconvocações para realizar imagens complementares", diz a radiologista Bárbara. Ela explica que composição das mamas é muito variada. "É uma característica individual de cada mulher, comparável à uma impressão digital. Cada pessoa tem o seu padrão, com uma proporção variável entre gordura e glândula. Se a mama é adiposa, ou seja, gordurosa, o nódulo aparece facilmente porque não tem nada que impeça a passagem do Raio X. Quando algo impede a passagem do Raio X da mamografia, como o tecido glandular, a área fica mais branca, e o tecido mamário pode obscurecer eventuais pequenos nódulos suspeitos", explica a médica.
De modo geral, nos serviços que já utilizam as máquinas de tomossíntese tem conseguido diminuir as suas taxas de reconvocação de pacientes para complementar os exames. "Esse exame faz imagens de ângulos diferentes, reduzindo as nossas dúvidas e a necessidade de chamar paciente para fazer uma imagem adicional", diz a médica. De acordo com Bárbara, a taxa de aumento nas detecções com esse tipo de tecnologia pode chegar a cerca de 20%, com diminuição de aproximadamente 30% nas reconvocações.
.............................
YOBA
Dia Mundial de Combate à Poliomielite: tecnologia auxilia pacientes que tiveram doença a melhorar mobilidade
Doença permanece, segundo a OMS, como um caso de emergência global de saúde pública, o que preocupa o Brasil devido aos baixos índices de vacinação nos últimos anos
Ryvia teve poliomielite aos nove meses. Desde então teve dificuldades para andar e precisou de uma órtese para auxiliar no movimento. Foto: Arquivo Pessoal.
A Poliomielite, conhecida como paralisia infantil, segue como emergência de saúde pública de importância internacional. Isso porque em países da Ásia e África, a baixa imunização e os casos registrados nestas regiões ligam o sinal de alerta para possíveis transmissões. Alguns casos chegam perto do Brasil: a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) informou que, em 2022, foram confirmadas duas infecções, uma nos Estados Unidos e outra no Peru. Nos dois casos, os pacientes não estavam vacinados e não tinham histórico de viagem. A situação preocupa o Brasil em virtude da queda na imunização no país. Nesta terça-feira (24), Dia Mundial de Combate à Poliomielite, a data reforça também o investimento em tecnologias para a população que convive com sequelas da doença.
Em maio deste ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) manteve o risco de disseminação internacional do vírus causador da enfermidade, o poliovírus. O Brasil registrou em 1989 o último caso oficial da doença. Desde então, a imunização da população tem garantido que o país permaneça como área livre da doença. Ainda assim, a situação é preocupante pois desde 2016 o país não supera os 90% de vacinação do público-alvo. No ano passado, por exemplo, o índice foi de 72%, um pouco acima de 2021, quando chegou a 71%.
Além disso, dados do Ministério da Saúde disponíveis no site da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) apontam que, entre 1968 e 1989, foram notificados 26,8 mil casos da doença. Em muitas dessas situações, pessoas que sobreviveram ao vírus desenvolveram comorbidades ou limitação dos movimentos. Com isso, necessitam de acompanhamento médico e equipamentos para mobilidade.
Como se desenvolve a doença
Uma pessoa pode contrair o vírus da poliomielite e não desenvolver a doença, ou apresentar sintomas leves, conforme explica o médico fisiatra e ortopedista Paulo Henrique Gomes Mulazzani. Ele diz que o Brasil teve surtos da doença no século 20, nos quais alguns pacientes desenvolveram a forma mais grave da doença e tiveram os movimentos dos membros afetados. "Foram muitos casos, mas notadamente foram contabilizadas as situações que resultaram em sequelas", diz.
Segundo o especialista, isso acontece porque o vírus afeta o sistema nervoso dos pacientes. "O nervo funciona como um fio elétrico que leva força do cérebro para as extremidades do corpo, passado pela medula. Com o agravamento da poliomielite, a transmissão da força fica comprometida. Muitas crianças cresceram, dessa forma, com alguma deficiência nos membros, e precisaram de equipamentos para garantir mais autonomia", explica Mulazzani.
Ryvia teve poliomielite aos nove meses. Desde então teve dificuldades para andar e precisou de uma órtese para auxiliar no movimento. Foto: Arquivo Pessoal.
A médica Ryvia Rose Ferraz Bezerra, de São Paulo, passou por situação semelhante. Aos nove meses, ela foi diagnosticada com a doença, o que afetou seus movimentos. "Eu estava aprendendo a andar. De lá pra cá foram 14 cirurgias com o objetivo de me ajudar a caminhar. Com o decorrer do tempo, as dores na perna afetada pela doença me levaram a considerar a necessidade do uso de um equipamento que auxiliasse na minha locomoção", conta.
Rotina de adaptação
Ryvia passou a usar uma órtese na perna, equipamento que melhora a mobilidade, ao mesmo tempo que ajuda na diminuição da dor e corrige más posições. A paciente procurou uma clínica da empresa alemã Ottobock, referência em equipamentos de mobilidade e que atua no Brasil. Ela passou a usar a órtese C-Brace, que permite ao paciente realizar movimentos em planos inclinados, solo irregular ou subir e descer escadas. Com tecnologia por sensores, torna a sequência de movimentos mais dinâmica. Mulazzani comenta que equipamentos com tecnologia mais avançada facilitam caminhada e estabilidade. "A pessoa consegue ter mais independência", completa.
Para usar a órtese, Ryvia teve um momento de adaptação, que veio acompanhado do receio por estar com um equipamento envolto à perna. "Como é natural no começo, veio o medo de não me adaptar e cair. Mas isso foi superado com perseverança e com o apoio que recebi. Os profissionais da reabilitação são fundamentais na adaptação, manuseio e cuidados com a órtese. Com equipe multidisciplinar, 'caminhar' se torna mais leve e é melhor para vencer as barreiras", comenta.
As Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Síndrome pós-Poliomielite e Comorbidades, documento de 2016 do Ministério da Saúde, orientam que o tratamento de casos que envolvem a síndrome ou sequelas "deve ser realizado por equipe multiprofissional de modo interdisciplinar e a partir da construção de projeto terapêutico singular". Segundo a Ottobock, as clínicas em que os pacientes fazem acompanhamento possuem profissionais como técnicos e fisioterapeutas.
Melhoria na mobilidade
Para Ryvia, com a órtese tem sido mais fácil realizar caminhadas de longas distâncias e ficar de pé por tempo moderado. "Consigo andar boas distâncias, e ficar em pé não é mais problema. Minha postura também ficou mais bonita e alinhada", afirma. Como todo equipamento, a órtese precisa de cuidados no manuseio e conservação. A médica afirma que é importante manter a higiene do equipamento, evitar molhar e sempre posicionar verticalmente a órtese quando não for utilizada. Ela também faz revisões periódicas para que a utilização seja mais eficiente. "No começo, foram precisos alguns ajustes na órtese com intervalos menores. Atualmente isso acontece ainda, mas com períodos maiores entre uma manutenção e outra", explica.
Sobre a Ottobock
Fundada em 1919, em Berlim, na Alemanha, a Ottobock é referência mundial na reabilitação de pessoas amputadas ou com mobilidade reduzida por sua dedicação em desenvolver tecnologia e inovação a fim de retomar a qualidade de vida dos usuários. Dentro de um vasto portfólio de produtos, a instituição investe em próteses (equipamentos utilizados por pessoas que passaram por uma amputação); órteses (quando pacientes possuem mobilidade reduzida devido a traumas e doenças ou quando estão em processo de reabilitação); e mobility (cadeiras de rodas para locomoção, com tecnologia adequada a cada necessidade). A Ottobock chegou ao Brasil em 1975 e atua no mercado da América Latina também em outros países como México, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai, Argentina, Chile e Cuba, além de territórios da América Central. Atualmente, no Brasil, são oito clínicas, presentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Salvador.
............................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Inovações tecnológicas ajudam médicos, otimizam tempo e salvam vidas
Inadimplência dos planos de saúde -
Artigo: Sociedade Médica reitera malefício dos cigarros eletrônicos
Hospdrogas cresce mais de 400%
Ainda sou contagioso? Saiba pelo tipo de sintoma de 6 infecções: gripe, Covid, conjuntivite, norovírus, RSV e de garganta
PL dos planos de saúde e impactos no setor
Artigo - Profissionais de TI assumem funções cada vez mais estratégicas na saúde
TV ANHANGUERA
Inovações tecnológicas ajudam médicos, otimizam tempo e salvam vidas
https://globoplay.globo.com/v/12037493/
..........................
AGÊNCIA JORNAL DE NOTÍCIAS
Inadimplência dos planos de saúde -
No Brasil ainda persiste a ideia de que em todo negócio o risco é do consumidor. Explico: após a grave crise sanitária da COVID os planos de saúde experimentaram um prejuízo em relação aos elevados faturamentos dos anos anteriores. Todavia, com o fim da pandemia os planos de saúde continuam buscando alcançar os lucros do período anterior, e isto tem gerado um atraso nos pagamentos dos prestadores de serviços como clínicas e hospitais, que chega até 120 dias.
A informação foi dada pelo Presidente da Associação Nacional dos Hospitais, Antônio Brito. Segundo ainda a Associação o valor em atraso supera os 2 bilhões de reais e representa cerca de 16% do faturamento dos hospitais no período de janeiro a julho de 2023, relativa a atendimento de urgência, exames e internações.
No Brasil são aproximadamente 4 mil hospitais que passam pela mesma dificuldade.
Do outro lado da história, estão os consumidores e clientes dos planos de saúde que não podem atrasar um mês sob pena de lhe ser negado o atendimento médico-hospitalar, muitos vezes sendo necessário provocar o judiciário para a solução do problema. Entretanto, os planos de saúde vem reajustando anualmente as mensalidades com o beneplácito da Agência Nacional de Saúde Complementar - ANS.
Resumo da ópera: os planos conseguem anualmente efetuar reajustes, mas não reajustam a remuneração dos serviços que são prestados aos seus clientes e nem estão pagando de forma regular a rede de serviços que utilizam, de modo que as vítimas tem sido os consumidores pelo descredenciamento de clínicas e hospitais.
Os consumidores dos planos de saúde não podem ser prejudicados no atendimento porque a saúde é essencial e um direito fundamental a que todos estão obrigados pela Constituição, pela lei e pelo contrato firmado com o setor de saúde complementar, leia-se, os planos de saúde.
A ANS deve fiscalizar melhor a gestão desses planos, muitos deles falham pela incompetência na administração dos recursos que são auferidos pelo pagamento dos seus clientes. É preciso abrir a "caixa preta" dos planos de saúde mal geridos e responsabilizados os que agiram de má-fé e com dolo prejudicando milhões de clientes que estão experimentando uma grave ameaça à saúde.
As instituições e órgãos de defesa do consumidor devem se movimentar para que uma parcela generosa de cidadãs e cidadãos brasileiros não sofram um abalo tão grande no seu direito à saúde, que por tabela também representa o direito à vida.
........................
CORREIO BRAZILIENSE
Artigo: Sociedade Médica reitera malefício dos cigarros eletrônicos
MARGARETH DALCOLMO, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e Membro Titular da Academia Nacional de Medicina (ANS)
Nos últimos meses temos acompanhado a divulgação de matérias em prol da "regulamentação do cigarro eletrônico", fomentadas pela retórica da indústria do tabaco, nos mais diversos veículos de comunicação. É o caso do recente artigo da senadora Soraya Thronicke, declaradamente a favor da liberação do comércio desses produtos. Os argumentos trazidos pela parlamentar são conhecidos pelas entidades de saúde e pelo movimento de controle do tabaco/nicotina, porquanto familiarizados com as falácias historicamente propagadas pela indústria. O fato é que o Brasil, com sua exemplar luta contra o tabagismo, reduziu de 35% para 9% a proporção de fumantes na população, por força do compromisso do Ministério da Saúde e sociedades médicas, nos últimos 30 anos, e não se pode por em risco essa conquista.
Cabe esclarecer que, diferentemente do que é relatado pela senadora, os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) são regulamentados no país: são proibidos pela Resolução n°46 de 2009 da Anvisa. E assim devem permanecer, a bem da proteção da saúde. Reconhecemos que a falta de fiscalização no país permite que, mesmo proibida a comercialização, se tenha fácil acesso a esses produtos, sendo crianças e adolescentes, as novas vítimas da dependência de nicotina e pacientes de graves quadros respiratórios, cada vez mais frequentes.
É consenso entre especialistas que a indústria do tabaco seja responsável por causar mais de 60 tipos de doenças e 12% dos óbitos no mundo, segundo estimativas da OMS. O uso desses dispositivos desencadeou até mesmo o surgimento de uma nova doença, denominada Evali (Doença Pulmonar Associada aos Produtos de Cigarro eletrônico ou Vaping), que causa fibrose e outras alterações pulmonares, pode levar o paciente à UTI, ou mesmo à morte, em decorrência de insuficiência respiratória.
A ideia de que o cigarro eletrônico é menos prejudicial e seria um estágio para auxiliar dependentes do cigarro convencional a parar de fumar é equívoca. Isso porque a nicotina, que gera a dependência, é o atrativo, de par com as centenas de outras substâncias que compõem esses dispositivos, muitas das quais não divulgadas pelos fabricantes. Estamos assim a criar novas legiões de dependentes. Há evidências de que os cigarros eletrônicos contenham mais de 2.000 substâncias, a maioria delas desconhecidas pelos usuários, não usuários e até pelos cientistas.
É falsa a informação que a utilização de DEFs no país quase quadruplicou em quatro anos. Toda a publicidade para a venda desses produtos, com pirotecnia de cores e sabores, não têm como alvo os dependentes do cigarro tradicional, mas sim um novo mercado consumidor composto principalmente por jovens, adolescentes e até mesmo crianças. No Brasil, entre estudantes de 13 a 17 anos, 16,8% já experimentaram cigarro eletrônico, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), que contempla o período de 2009 a 2019.
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 revela que 2,4% dos indivíduos com menos de 25 anos no Brasil fazem uso de cigarros eletrônicos. Considerada a população total de 15 anos ou mais, a taxa de uso de DEFs é de 0,6%, o que representa cerca de 1 milhão de pessoas, sendo aproximadamente 70% jovens de 15 a 24 anos, totalizando cerca de 750 mil jovens.
A justificativa de liberar o comércio desses produtos, em prol da geração de empregos e maior arrecadação de impostos (meio bilhão de reais) não considera o déficit de R$ 125 bilhões aos cofres públicos, com gastos diretos e indiretos apenas para sanar problemas de saúde decorrentes do tabagismo, conforme o relatório do Instituto de Educação e Ciências em Saúde (IECS 2020). A liberação também não minimizará a entrada ilegal desses produtos, uma vez que até mesmo os cigarros tradicionais são contrabandeados para o país. Só em 2022, foram apreendidos e destruídos pela Receita Federal mais de 5.300 toneladas de cigarros, o equivalente a 180 milhões de maços, ou ainda 24 mil m3 do produto. Em 2020, segundo o INCA, 49% dos cigarros consumidos no país, eram contrabandeados.
Recentemente a Academia Nacional de Medicina publicou contundente parecer contra qualquer liberação desses produtos. Como médicos e cidadãos, entendemos ser dever do Estado, consagrado na Constituição de 1988, proteger as pessoas da exposição a aditivos tóxicos e cancerígenos e informá-las sobre os riscos inerentes. Os únicos interessados na liberação do comércio de cigarros eletrônicos são a indústria e seus aliados. Por isso, reiteramospela manutenção da Resolução n°46 de 2009 da Anvisa, que vem cumprindo seu mandato institucional de promover a proteção da saúde da população brasileira. A obrigação dos legisladores também deveria ser zelar pela saúde pública. Ainda há tempo para a Senadora optar por proteger a população a que jurou servir.
..............................
VERSA COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
Hospdrogas cresce mais de 400%
Faturamento da distribuidora de medicamentos e produtos hospitalares cresce com custos competitivos, agilidade nas entregas e capilaridade em todo o País. A meta é estar entre as cinco maiores empresas brasileiras do segmento em 5 anos
A Hospdrogas, empresa do H. Egidio Group, é a distribuidora de medicamentos e produtos hospitalares que mais cresce no Brasil. Depois de passar por processo de reestruturação e realizar investimentos na ampliação e modernização da sua estrutura física e nas áreas de vendas e compras, o faturamento da empresa cresceu 437% em 2022 em comparação ao ano anterior, quando já havia registrado um crescimento de mais de 200%.
O expressivo ganho de desempenho nos últimos dois anos e meio também foi favorecido pela sinergia com outras empresas do H. Egidio Group. Em especial, com a transportadora Transplex Operadora Logística e com a indústria farmacêutica Equiplex. A parceria estratégica tem garantido aos clientes preços bem mais competitivos e agilidade na entrega, duas características essenciais para as empresas que atuam no mercado de produtos hospitalares.
A Hospdrogas tem, atualmente, cerca de 3,5 mil clientes em sua carteira. A empresa trabalha com cerca de 50 marcas e fornecedores diferentes, com cadastro base de 8 mil SKUs, a empresa atualmente tem em seu giro um total de 2.200 SKUs (sigla em inglês que equivale a produtos diferentes). Seu objetivo, a médio prazo, é dobrar o número de marcas e de fornecedores. Atualmente posicionada entre as 30 maiores empresas do segmento no País, a meta da Hospdrogas é estar entre as cinco maiores nos próximos cinco anos.
Investimentos
Para tornar possível esse objetivo, foi lançado um novo projeto de expansão nacional da Hospdrogas, com investimentos previstos na ordem de R$ 80 milhões. O plano de crescimento inclui a abertura de seis filiais no País, ampliando a sua cobertura nacional. A primeira será inaugurada até o final deste ano, no Espírito Santo. As outras cinco serão abertas no próximo ano nas regiões metropolitanas de Brasília (DF), São Paulo (SP), Manaus (AM) e Fortaleza (CE). Uma outra filial será aberta no Sul do País, em cidade a ser definida. Com as seis filiais, a Hospdrogas ampliará a sua capilaridade nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e, especialmente, no Norte do Brasil.
Os investimentos da distribuidora vão também garantir mais agilidade às suas entregas. A Hospdrogas já conta com uma operação logística que realiza entregas para clientes em Goiás e no Distrito Federal em 24 horas; para os da Região Sudeste em 3 a 4 dias úteis; e no Nordeste de 4 a 6 dias úteis. Além disso, a empresa tem investido em novas tecnologias, como programas de CRM (gerenciamento com clientes), de ERP (gerenciamento administrativo), de captação de leads, de gerenciamento on-line da sua operação logística e de plataformas de comunicação mais seguras, rápidas e automatizadas.
Outro diferencial competitivo da Hospdrogas são seus centros de distribuição (CDs) próprios, que contam com áreas climatizadas e atendem toda a legislação e exigências sanitárias para o acondicionamento de medicamentos e insumos hospitalares. Os planos incluem ainda diversificar a atuação da empresa, reconhecida nacionalmente como distribuidora de medicamentos e de material hospitalar, para a linha de medicamentos e produtos veterinários (pet e pecuária). Este processo, que já teve início, será consolidado nos próximos meses com o lançamento da marca própria Hvet.
Aquisição da empresa
A pequena empresa, que funcionava em um espaço de apenas 600 metros quadrados em Goiânia, foi adquirida pelo H. Egidio Group em 2017. Na época, seu faturamento era de apenas R$ 5 milhões/ano. Em 2022, chegou a R$ 140 milhões. E somente no primeiro semestre deste ano, a receita bruta da empresa cresceu cerca de 60%. As antigas e acanhadas instalações, compostas por um galpão com duas portas e um mezanino, foram substituídas por um complexo de 12 mil metros quadrados no Distrito Industrial de Aparecida de Goiânia, região metropolitana de Goiânia (GO).
O grande impulso se deu em 2019, quando a nova Hospdrogras passou por uma vigorosa reestruturação gerencial. Naquele ano, o presidente do Conselho de Administração do H. Egidio Group, Heribaldo Egídio, traçou um plano para que a Hospdrogas, que tinha o seu mercado limitado a Goiás e ao Distrito Federal, atuasse em todo o Brasil. Em apenas dois anos a empresa expandiu o seu raio de atuação para todos os 26 estados brasileiros (capitais e interior), além do Distrito Federal (DF).
O setor de compras foi fortalecido e o time de vendas, que contava com apenas 3 profissionais saltou inicialmente para 20 e, nos anos seguintes, para mais de 60. A empresa também conta com equipes de colaboradores terceirizados e compartilhados com outras marcas do grupo, explica Hermilton Araujo, coodenador comercial da Hospdrogas.
.....................................
GLOBO ONLINE
Ainda sou contagioso? Saiba pelo tipo de sintoma de 6 infecções: gripe, Covid, conjuntivite, norovírus, RSV e de garganta
Se você está se sentindo mal de novo e não quer faltar ao trabalho ou ir ao médico (se não for necessário), mas também não quer ser aquela pessoa que infecta todos ao seu redor, é preciso estar atento a algumas questões. Você pode ter resistido antes da pandemia, mas a etiqueta é diferente agora. Então, como você pode ter certeza sobre o que tem ou se - e por quanto tempo - precisa ficar em casa?
Aqui está o que os especialistas em doenças infecciosas querem que você saiba sobre alguns dos vírus adultos e pediátricos mais comuns (a infecções bacterianas): seus sintomas, como eles se espalham, como tratá-los e quando você (ou seu filho) pode reingressar na sociedade.
Confira abaixo as recomendações para gripe, covid e conjuntivite:
Gripe A gripe sazonal é causada por dois tipos de vírus influenza: A e B. Ambos podem circular simultaneamente, mas normalmente um subtipo domina cada temporada de gripe.
Muitas vezes não é fácil saber se você está com gripe ou outro vírus respiratório, mas você pode fazer o teste em uma farmácia, no consultório médico ou testes rápidos caseiros, embora não seja recomendado por especialistas.
Os sintomas da gripe incluem dor de garganta, coriza, congestão e tosse, além de fadiga, febre, dor de cabeça e dores musculares. Algumas pessoas também apresentam vômitos ou diarreia.
O indicador mais claro de que você está com gripe pode ser o quanto você se sente mal e a rapidez com que esse sofrimento surge - uma analogia comum é que você se sente como se tivesse sido atropelado por um caminhão.
- Se você se sente muito mais doente do que com outros resfriados, então pense na gripe - disse alerta Stuart Ray, professor da divisão de doenças infecciosas da Johns Hopkins Medicine.
As pessoas normalmente se sentem pior durante os primeiros três dias de doença e então os sintomas começam a diminuir, desaparecendo após cerca de uma semana.
A gripe se espalha principalmente por meio de gotículas respiratórias - o muco e a saliva que são dispersados pela tosse, espirro ou fala. O vírus também está presente em partículas menores de aerossol que ficam suspensas no ar, embora os especialistas digam que é menos provável que você seja infectado apenas pelos aerossóis. A gripe também pode ser transmitida por gotículas que caem em objetos e superfícies, onde o vírus permanece infeccioso por muitas horas.
Embora todos os modos de infecção sejam possíveis, "provavelmente é causada pela transmissão de curta distância", afirma Seema Lakdawala, professora associada de microbiologia e imunologia na Escola de Medicina da Universidade Emory. Se você estiver perto de uma pessoa infectada corre riscos:
- Você está inalando pequenos aerossóis, grandes aerossóis e potencialmente tocando coisas que estão contaminadas naquele espaço. Colocar uma máscara na pessoa doente reduz o risco de ela infectar outras pessoas - orienta Seema.
Depois de infectado, geralmente leva de dois a quatro dias até que os sintomas apareçam.
Sua melhor arma contra a gripe é tomar a vacina anual de prevenção da doença, o que reduz significativamente o risco de uma infecção grave.
Existem também tratamentos antivirais que podem ajudar a minimizar os sintomas. Esses medicamentos precisam ser tomados nos primeiros dias da doença, por isso é essencial fazer exames e tratar precocemente. Remédios caseiros e medicamentos de venda livre também podem ajudar no alívio dos sintomas, mas observe atentamente os rótulos - um comitê consultivo da Food and Drug Administration disse recentemente que "a fenilefrina, um ingrediente descongestionante comum, é ineficaz".
Especialistas dizem que cinco dias é uma estimativa razoável de quanto tempo alguém fica contagioso com a gripe. A maioria das pessoas começa a espalhar o vírus um dia antes de começarem a se sentir mal e são mais contagiosas durante os primeiros três dias de sintomas. Os níveis de vírus caem à medida que os sintomas começam a diminuir.
- Se eu pegar gripe na segunda-feira, na sexta-feira provavelmente não estarei muito infeccioso para os outros - estima Edward E. Walsh, professor de medicina da Universidade de Rochester e chefe de doenças infecciosas do Rochester General Hospital.
Depois disso, segundo Seema, "se você estiver começando a se sentir melhor, provavelmente não terá tanto vírus no nariz", e não há problema em sair de casa. No entanto, acrescentou ela, se você tiver sintomas persistentes ou se for consultar alguém com alto risco de infecção grave (por exemplo, se a pessoa tiver mais de 65 anos ou tiver uma doença pré-existente), você deve esperar mais alguns dias ou usar uma máscara.
Você ainda pode estar tossindo nesse ponto devido à inflamação persistente nas vias respiratórias. É improvável que essa tosse em estágio avançado seja contagiosa, mas você deve continuar a lavar as mãos com frequência e cobrir a boca ao tossir, apenas para garantir.
COVID-19 A esta altura, a maioria de nós já está familiarizado com a Covid, que é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. Embora o vírus tenha evoluído desde os primeiros dias da pandemia, a forma como se espalha e os sintomas que causa permaneceram praticamente os mesmos.
Os sintomas mais comuns da Covid são dor de garganta, congestão, fadiga, febre e tosse, o que pode dificultar a distinção de outros vírus respiratórios.
Os testes rápidos ainda são a maneira mais fácil de determinar se o que você tem é Covid. Se o teste for negativo na primeira tentativa, faça um teste novamente 48 horas depois, porque você pode não ter vírus suficiente no nariz inicialmente para um teste rápido detectar a infecção. Os testes PCR são mais precisos, mas são mais caros e menos convenientes porque é necessário ir ao consultório médico ou à farmácia para recebê-los.
Os sintomas desaparecem em uma semana para a maioria das pessoas, mas algumas podem ter infecções prolongadas que duram semanas ou até mesmo evoluir para Covid prolongada.
Mais do que qualquer outro vírus respiratório desta lista, o Covid é transmitido por pequenas partículas transportadas pelo ar.
- Cada vez que você respira, seu vírus sai para a sala e fica pendurado ali, as pessoas podem passar, inalar e se infectar - afirma Edward E. Walsh, professor de medicina da Universidade de Rochester e chefe de doenças infecciosas de Rochester (Hospital Geral).
Também é transmitido por gotículas respiratórias maiores que são expelidas quando você tosse ou espirra. No entanto, o vírus não parece se espalhar muito bem pelas superfícies, portanto, ser infectado ao tocar em um objeto contaminado e depois tocar no rosto é menos preocupante.
Uma vez infectado, leva cerca de dois a quatro dias para que os sintomas se desenvolvam.
Tomar o medicamento antiviral nos primeiros cinco dias após uma infecção pode reduzir o risco de doença grave. As vacinas também são muito eficazes na prevenção de hospitalização e morte. Para alívio dos sintomas leves, medicamentos vendidos sem receita médica para resfriado e gripe podem ajudar.
A orientação dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças diz que as pessoas podem sair em público após o quinto dia de sintomas, desde que não tenham febre. No entanto, as pessoas devem continuar mascaradas por mais cinco dias para minimizar o risco de propagação do vírus a outras pessoas.
Os especialistas dizem que este é geralmente um bom conselho. Para a maioria das pessoas, "a Covid não é mais infecciosa na segunda semana, mas a variabilidade ainda existe", lembra Stuart Ray, professor da divisão de doenças infecciosas da Johns Hopkins Medicine.
Por exemplo, se você tiver um caso moderado ou grave de Covid, em que estiver com falta de ar ou precisar ir ao hospital, deverá se isolar por 10 dias:
- Quanto mais grave a infecção, mais prolongada é a infecciosidade - afirma o professor Ray.
Algumas pessoas continuam a apresentar resultados positivos em testes rápidos após o dia 5, mas a investigação sugere que a maioria já não é contagiosa nessa altura porque o vírus parou de se replicar. Para estar seguro, siga as orientações médicas e continue a usar máscara em público entre o sexto e décimo dia.
O risco de hospitalização e morte devido a um caso agudo de Covid diminuiu significativamente desde o início da pandemia porque quase todas as pessoas têm agora anticorpos contra o vírus, graças às vacinas, a uma infecção anterior ou a ambas. Mas para os adultos mais velhos, pessoas com doenças pré-existentes, como doenças cardíacas e diabetes, e pessoas imunocomprometidas, permanece algum risco. Há também a preocupação com as consequências para a saúde a longo prazo, incluindo Covid prolongada e complicações cardiovasculares, após a resolução imediata da infecção.
Conjuntivite Conjuntivite é um termo geral que significa inflamação da conjuntiva - a membrana mucosa que reveste a pele ao redor do globo ocular. Na maioria das vezes, é causada por vírus da família dos adenovírus. Também existem formas bacterianas de conjuntivite, mas são menos comuns.
Os sintomas da conjuntivite são olhos com coceira, vermelhidão e lacrimejamento; geralmente duram entre dois e sete dias (a conjuntivite bacteriana se resolve mais rapidamente que a viral). O adenovírus pode se espalhar de um olho para o outro, por isso é possível ficar infectado por duas semanas.
- A conjuntivite bacteriana, mais classicamente, é apenas um olho - diz Lori Handy, médica infectologista do Hospital Infantil da Filadélfia, acrescentando que - a conjuntivite viral, mais classicamente, ocorre em ambos os olhos porque é tão contagiosa que é difícil proteger um olho do outro.
A conjuntivite causada por adenovírus se espalha com extrema facilidade. É transmitido por partículas virais que chegam ao dedo, normalmente captadas em superfícies, e depois se espalham para os olhos quando você os esfrega.
Se você acha que você ou seu filho têm conjuntivite, consulte um médico para descobrir de que tipo é.
- Esta é uma infecção que eu realmente defendo para conversar com seu médico, porque o aconselhamento é muito diferente com base no tipo que você tem, assim como o tratamento - orienta a infectologista Lori.
Não existe tratamento para se livrar da conjuntivite viral e ela acabará se resolvendo sozinha. Enquanto isso, você pode usar compressas úmidas para ajudar com os sintomas. A conjuntivite bacteriana é tratável com pomadas ou gotas antibióticas.
Enquanto tiver sintomas de conjuntivite viral, você é contagioso; isso pode levar de alguns dias a algumas semanas, dependendo se você tiver isso em ambos os olhos.
A melhor maneira de evitar a transmissão para outras pessoas é não ir ao trabalho ou à escola em casa até que os sintomas desapareçam. Se a infecção persistir por semanas, converse com seu médico sobre se existem maneiras de sair em público com segurança. No mínimo, não toque nos olhos e seja cuidadoso ao lavar as mãos - isso significa ensaboar frequentemente com água e sabão (os adenovírus são tão fortes que o desinfetante para as mãos não resolve).
Os adenovírus também podem viver em superfícies por várias semanas, portanto, é essencial desinfetar objetos contaminados (como óculos) e superfícies de alto contato (como interruptores de luz).
- É muito, muito contagioso, você depende do isolamento até melhorar e também da lavagem das mãos - explica William Schaffner, professor de medicina preventiva na Escola de Medicina da Universidade Vanderbilt.
A conjuntivite bacteriana é menos comum, menos contagiosa e mais tratável. As pessoas geralmente não são mais infecciosas um ou dois dias após o início dos antibióticos.
Infecção na garganta A infecção estreptocócica é a única nesta lista de doenças porque é causada por uma bactéria: o estreptococo do grupo A. Existem cerca de 100 cepas de estreptococos do grupo A e podem resultar em diversas doenças, incluindo escarlatina, febre reumática e infecções de pele, mas a infecção de garganta é a mais comum.
O sintoma característico da infecção de garganta é, obviamente, uma dor de garganta muito forte. Você também pode ver uma película branca na parte posterior da garganta da pessoa infectada; algumas pessoas também desenvolvem febre.
Muitas infecções podem causar dor de garganta - o que distingue a faringite estreptocócica é que ela não é acompanhada por outros sintomas respiratórios comuns, como coriza ou tosse. A única maneira de saber com certeza se você tem é fazendo um teste com um médico usando um esfregaço de garganta.
A infecção estreptocócica é transmitida através do contato pessoal próximo com uma pessoa infectada, principalmente na forma de gotículas respiratórias. Isso significa que o que sai do nariz e da boca deles vai para o seu.
A infecção estreptocócica não parece se espalhar muito bem através de objetos. Um estudo realizado na década de 1950 entre recrutas militares descobriu que as pessoas que usavam cobertores contaminados com bactérias estreptococos não tinham maior probabilidade de desenvolver infecções na garganta do que aquelas que recebiam cobertores limpos.
- O ambiente inanimado desempenha um papel menor na transmissão do estreptococo do Grupo A. É tudo um contato pessoal próximo - afirma William Schaffner, professor de medicina preventiva na Escola de Medicina da Universidade Vanderbilt.
Normalmente, leva cerca de 48 horas após a exposição até que os sintomas se desenvolvam.
Se você acha que está com infecção de garganta, faça o teste imediatamente porque a doença pode ser tratada rápida e facilmente com antibióticos, como penicilina ou amoxicilina.
- Quase todos os pacientes diagnosticados com infecção de garganta devem ser tratados com antibióticos - explica Stanford Shulman, professor emérito de pediatria da Faculdade de Medicina Feinberg da Northwestern University.
Depois que os antibióticos são iniciados, as bactérias morrem rapidamente e, em aproximadamente 24 horas, a pessoa não é mais contagiosa. Como resultado, os especialistas afirmam que as crianças podem voltar à escola um dia depois de iniciarem a medicação. Eles ainda podem ter uma leve dor de garganta, mas não há risco para outras pessoas.
- A maioria das crianças pode retornar à escola nas próximas 12 a 24 horas, desde que estejam bem: sem febre, comendo e bebendo bem - recomenda Lori Handy, médica infectologista do Hospital Infantil da Filadélfia.
Além de reduzir o risco de transmissão, também é fundamental tratar a infecção de garganta porque a bactéria pode causar outras infecções mais graves. Isso inclui infecções de pele conhecidas como celulite e impetigo, bem como escarlatina e febre reumática, onde o sistema imunológico começa a atacar a válvula cardíaca. Nos casos mais graves - e raros -, a bactéria estreptococo pode causar infecção no sangue, infecção óssea, choque séptico ou fasceíte necrosante - uma infecção que come carne.
É importante saber sobre essas manifestações mais graves "não para assustar os pais", alerta Lori, mas para garantir que seus filhos sejam tratados e, "se os sintomas piorarem, eles procurem atendimento médico rapidamente".
Norovírus O norovírus é a causa mais comum de doenças gastrointestinais de curta duração. "Se você já teve uma doença estomacal, é provável que tenha sido norovírus", afirma Ferric Fang professor de medicina laboratorial e microbiologia da Escola de Medicina da Universidade de Washington.
Os sintomas do norovírus surgem repentinamente e geralmente duram de um a dois (miseráveis) dias. Eles incluem diarréia e vômito, bem como náusea e dor de estômago.
O norovírus é incrivelmente contagioso - apenas algumas partículas virais podem infectar alguém. Depois que uma pessoa entra em contato com o vírus, geralmente leva um ou dois dias até que os sintomas apareçam.
O vírus é mais comumente transmitido por meio de partículas deixadas em superfícies e objetos por uma pessoa infectada que não lavou as mãos adequadamente após usar o banheiro (a chamada via fecal-oral).
William Schaffner, professor de medicina preventiva na Faculdade de Medicina da Universidade Vanderbilt, conta que se lembrava de um clube de bridge em que todos os membros contraíram norovírus porque suas cartas de baralho estavam contaminadas:
- Você pega as cartas, pega o vírus no dedo, e então, se tocar no nariz ou na boca, bingo.
Partículas de norovírus também podem se espalhar pelos alimentos. Acredita-se que seja uma das principais causas de intoxicação alimentar - você fica doente não por causa de uma fonte de alimento, mas por causa de um manipulador de alimentos doente que contamina os alimentos.
Também pode ser transmitido por aerossóis de vômito ou diarreia, por isso é possível contraí-lo se você estiver na mesma sala que uma pessoa que está vomitando.
Como o norovírus se espalha tão facilmente, a higiene das mãos e a limpeza das superfícies são essenciais quando alguém ao seu redor está doente. E desinfetante para as mãos e produtos de limpeza suaves não vão resolver - você precisa usar água e sabão para as mãos e um limpador à base de alvejante para superfícies contaminadas.
- É extremamente infeccioso, por isso, se alguém da sua casa o contrair o vírus é muito difícil de evitar - pontua Fang, acrescentando a recomendação de que a pessoa doente use um banheiro exclusivo a ela, se possível.
Não existe tratamento real para o norovírus. Na verdade, os médicos normalmente desaconselham ir no hospital quando você tem uma doença estomacal ainda entre 24 a 48 horas, porque não há muito que eles possam fazer por você e você pode espalhar o vírus para outros pacientes, segundo o médico Fang.
Você só precisa aguentar e tentar evitar a desidratação - bebidas que contêm eletrólitos, como Gatorade ou Pedialyte, são frequentemente recomendadas.
As pessoas podem permanecer contagiosas com o norovírus durante semanas após a resolução dos sintomas, porque continuam a libertar partículas virais nas fezes, embora os níveis não sejam tão elevados como quando adoeceram.
Claro, não é realista ficar em casa, sem ir ao trabalho ou à escola por tanto tempo, então, quando você não estiver mais vomitando ou com diarréia, não há problema em retornar ao mundo real. No entanto, você deve continuar extremamente vigilante ao lavar as mãos depois de usar o banheiro.
RSV O vírus sincicial respiratório (RSV) já foi considerado apenas mais um vírus leve de resfriado, mas pode ser grave para bebês e adultos mais velhos. As graves consequências do RSV ficaram evidentes no inverno passado, quando contribuiu para a "tripledemia", juntamente com a Covid e a gripe.
- Há muito tempo que os especialistas em doenças infecciosas apreciam o quão ruim é o RSV - lembra Stuart Ray, professor da divisão de doenças infecciosas da Johns Hopkins Medicine. Mas, acrescentou, antes do ano passado, a situação tinha "passado despercebida para todos".
Em casos leves, pode ser difícil saber se você tem RSV, em vez de resfriado, gripe ou Covid; nariz escorrendo ou entupido, tosse, dor de cabeça e febre podem ocorrer com todas as quatro doenças. No entanto, os especialistas afirmam que o RSV tem maior probabilidade de afetar os pulmões e o trato respiratório inferior, causando tosse intensa, respiração ofegante e falta de ar.
- Isso tende a causar muita reatividade nas vias respiratórias, então você tosse e chia muito - explica Helen Chu, professora da divisão de alergias e doenças infecciosas da Escola de Medicina da Universidade de Washington.
A maioria dos sintomas geralmente dura cerca de uma semana, embora a tosse possa persistir por muito tempo depois que outros sintomas desaparecem.
O RSV é mais comumente transmitido por meio de gotículas expelidas no espirro ou tosse de uma pessoa infectada, que depois entram no nariz ou na boca de outra pessoa. É possível que o RSV permaneça suspenso no ar como pequenas partículas de aerossol, mas é muito menos contagioso nessa forma, segundo Edward E. Walsh, professor de medicina da Universidade de Rochester e chefe de doenças infecciosas de Rochester (Hospital Geral).
Independentemente do modo de transmissão, é mais provável que a infecção ocorra quando você está a poucos metros da pessoa, explica Walsh. Apoiando isso, um pequeno estudo realizado no início da década de 1980 que expôs deliberadamente pessoas a bebês com RSV descobriu que os voluntários que pegavam e seguravam os bebês doentes tinham muito mais probabilidade de serem infectados do que aqueles que estavam no quarto, mas não o faziam interagir com eles.
O vírus pode sobreviver em superfícies durante várias horas, pelo que também existe o risco de se infetar ao tocar em objetos contaminados e depois tocar na boca, nariz ou olhos. No estudo mencionado acima, uma proporção menor de pessoas foi infectada dessa forma.
Normalmente, leva cerca de cinco dias após o contato com o vírus até que os sintomas se desenvolvam.
Não existem tratamentos antivirais para o RSV, mas os medicamentos de venda livre e os remédios caseiros que você usa para aliviar os sintomas respiratórios gerais podem ajudar.
A partir deste ano, existem duas vacinas para adultos com 60 anos ou mais que protegem contra o RSV grave. Uma das vacinas também foi aprovada para mulheres grávidas no terceiro trimestre, para que possam transmitir anticorpos através da placenta aos seus recém-nascidos. Outra nova terapia preventiva utiliza anticorpos monoclonais para proteger os bebês contra o RSV grave.
Tal como acontece com outros vírus respiratórios, você é mais infeccioso durante os primeiros dias, quando está mais sintomático; os níveis de vírus caem por volta do dia 5. Depois disso, os especialistas dizem que é seguro presumir que você não é mais muito contagioso e pode voltar ao trabalho ou à escola - desde que não tenha febre e não esteja produzindo muito muco. Se você estiver perto de adultos mais velhos ou crianças pequenas, é melhor não chegar muito perto deles por mais alguns dias, só para garantir.
Lembre-se de que você ainda pode tossir depois do dia 5 porque suas vias respiratórias podem permanecer inflamadas após o desaparecimento do vírus:
- Essas são tosses pós-infecciosas. Eles não estão mais espalhando vírus infecciosos. Se quiser ter cuidado extra, você sempre pode usar uma máscara - indicou Walsh.
O RSV pode ser mortal para crianças e idosos. É a principal causa de hospitalização infantil nos Estados Unidos e resulta em 6.000 a 10.000 mortes por ano em adultos com 65 anos ou mais. Procure atendimento médico se você ou seu filho estiverem com dificuldade para respirar.
...........................
SAÚDE BUSINESS
PL dos planos de saúde e impactos no setor
Ainda aguardando votação na Câmara dos Deputados, Projeto de Lei continua gerando debates e temores
Depois de 17 anos de tramitação, o Projeto de Lei (PL) 7419/2006, também chamado de Lei dos Planos de Saúde, deve ser votado em breve. O PL propõe mudanças na regulamentação dos serviços de saúde suplementar no Brasil, prevista na lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998. Com origem no Senado Federal, a proposta tramita na Câmara do Deputados em regime de urgência, em razão da alteração do regime do PL 4477, de 2016, um dos anexos ao PL 7419.
Segundo a legislação atual, as operadoras privadas de saúde podem propor a rescisão, baseadas unicamente no aspecto financeiro, sem depender de consulta aos usuários atingidos. Uma das principais alterações propostas é a proibição da extinção unilateral do contrato em toda e qualquer situação, sejam planos individuais, coletivos, de autogestão, ou em qualquer outra modalidade.
O deputado federal Duarte Jr., do PSB do Maranhão, designado para ser o relator do projeto, apresentou em setembro o relatório final sobre o PL, que detalha uma reforma completa na legislação referente a operadoras de planos de saúde no país. Desta forma, o deputado acredita que os pacientes terão mais garantias de tratamento.
Como o PL afeta os beneficiários?
Para o advogado especialista em direito à saúde, Rafael Robba, o PL 7419/2006 representa um passo importante, mas apenas um passo, na direção certa para lidar com os desafios que os consumidores de planos de saúde enfrentam. Ele afirma que os problemas são complexos e a proposta é a forma solucionar alguns deles.
Além da proibição da extinção unilateral do contrato, o PL traz ainda a possibilidade de punições administrativas para empresas que se recusem, de forma injustificada, a cobrir tratamentos médicos. No entanto, para especialistas do setor, o projeto não traz soluções efetivas para questões, como reajustes elevados, redução de rede credenciada, aumento de fraudes, entre outros.
“Ao impor penalidades às operadoras que adotem essa prática, a legislação buscará garantir que os consumidores tenham acesso a tratamentos necessários sem obstáculos, algo que acontece diariamente e tem levado muitos consumidores a buscar apoio na justiça”, destaca Robba. O advogado acredita que o fato de planos de saúde serem impedidos de recusar pessoas com doenças raras ou graves vai gerar uma redução nos processos de judicialização.
Por outro lado, Alberto Ogata, pesquisador associado do Centro de Pesquisa em Administração em Saúde da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), acredita que a limitação de reajustes de planos de saúde, por lei, pode inviabilizar algumas operadoras que já passam por sérias dificuldades financeiras. “Pode levar a uma maior concentração do mercado, reduzindo a competitividade do setor. O que está sendo proposto não pacifica as relações entre os stakeholders do setor, podendo até aumentar a judicialização do sistema.”
Alguns especialistas também consideram o Projeto de Lei um pacote de retrocessos, devido a preocupações sobre possíveis encarecimentos dos planos de saúde e restrição de acesso para determinados grupos de beneficiários. Apesar do PL poder propriciar um potencial aumento na qualidade dos serviços e uma maior garantia de seus direitos como consumidores, existe o risco de haver uma variação nas mensalidades ou nas opções de planos disponíveis”, ressalta o presidente da Frente Parlamentar Mista de Saúde, deputado federal Zacharias Calil.
Impactos de PL no mercado de saúde
Ogata destaca que talvez o principal ponto negativo do PL seja a falta de discussão com os principais stakeholders do sistema suplementar, como as operadoras de saúde, diferentes modalidades, empresas contratantes e prestadores, como hospitais, clínicas, etc.
Como forma de minimizar os impactos das propostas, o deputado Duarte Jr. comenta que houve uma preocupação em criar medidas para equilíbrio do sistema de custeio de medicamentos de alto custo aprovados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Por exmplo, a criação de um fundo nacional, composto por recursos públicos e privados, para o financiamento de terapias de alto custo para o tratamento de doenças raras. Pacientes com este tipo de condição compõem um dos grupos mais afetados pelo preço das terapias. Assim, o impacto dos altos valores não recairia sobre uma única operadora.
“Propomos também o agrupamento de contratos coletivos pequenos, com até 99 vidas, para facilitar a gestão. Passariam a ter um reajuste único, e não negociado caso a caso." afirma o deputado. Atualmente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define que o reajuste único ocorra em contratos de até 29 vidas.
Para Robba, é importante que a ANS vá além de simplesmente considerar as perspectivas das operadoras de planos de saúde. Ele argumenta que a agência precisa desempenhar um papel mais eficaz na fiscalização e punição de práticas abusivas por parte de operadoras.
“A atual versão deste Projeto de Lei traz uma contribuição na busca de maior transparência nos reajustes dos planos corporativos empresariais. Resta saber se a ANS tem condições de acompanhar e regular milhares de contratos empresariais que são repactuados diariamente. A agência reguladora já se posicionou, considerando ser inviável a regulação e o controle de milhares de prestadores de serviços para os planos, como hospitais, clínicas e laboratórios”, ressalta.
Para o deputado Zacharias Calil, a avaliação dos impactos da nova lei dependerá da perspectiva de cada parte interessada. “Algumas podem ver como uma regulamentação necessária para garantir a qualidade dos serviços prestados, enquanto outras podem interpretar como um aumento de responsabilidades e custos.”
Em nota, diferentes agentes do setor, como a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), a Unimed do Brasil e a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) emitiram um posicionamento quanto ao PL.
“Entidades representativas da saúde suplementar veem com preocupação algumas medidas presentes no relatório que desconsideram peculiaridades do setor e comprometem alguns dos pilares fundamentais de seu funcionamento. No entanto, acreditamos na capacidade de diálogo com o relator e com todos os demais parlamentares a fim de evitar decisões que poderiam prejudicar o funcionamento da saúde privada no país tal como a conhecemos hoje”, destacam.
O PL e o Sistema Único de Saúde (SUS)
O deputado Duarte Jr. vê com bons olhos a aprovação do projeto de lei também para a saúde pública. Ele acredita, que se aprovado, pode contribuir para desafogar o SUS, pois os pacientes, que fazem tratamento pelo plano de saúde e tiveram seu contrato rescindido unilateralmente, passaram a procurar auxílio na saúde pública, âmbito já sobrecarregado.
Para o deputado Zacharias Calil, o Projeto de Lei pode ter diversos impactos no SUS e na população idosa. “Podemos citar melhorias na assistência prestada aos idosos no SUS, estabelecendo padrões mais rigorosos para atendimento e garantindo maior qualidade nos serviços; acesso a tratamentos específicos e especializados para esse público, abordando questões de saúde que afetam mais comumente essa faixa etária. Além disso, pode levar a uma necessidade de ajustes na capacidade de atendimento do SUS, por conta do aumento das demandas nos serviços de saúde, com padrões mais elevados voltados aos idosos”, comenta.
Em relação a possíveis benefícios do PL ao SUS, o texto sugere a implementação de um prontuário digital por meio da alteração da Lei Orgânica da Saúde e da determinação de que o poder público seja obrigado a manter uma plataforma com as informações dos pacientes das redes pública e privada. Assim, seria possível um compartilhamento de dados entre os sistemas, o que se traduziria na redução de desperdícios e consequente economia para todo o sistema de saúde.
Em compasso de espera
Segundo o deputado Duarte Jr., atualmente estão ocorrendo reuniões com lideranças partidárias para discussão do PL. Também houve uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira, que pretende se reunir com as operadoras de planos de saúde para ouvir suas reivindicações e contribuições.
Robba reforça, em última análise, que o documento evidencia a necessidade de futuras políticas considerarem pontos para garantir uma melhoria verdadeira e abrangente no setor de planos de saúde. “Estamos com um mercado de saúde suplementar batendo recordes de novos consumidores. É mais do que necessário haver uma atualização da lei para dar mais segurança aos mais de 50 milhões de beneficiários, que buscam nos planos de saúde a proteção para a própria saúde”, afirma.
..........................
MEDICINA SA
Artigo - Profissionais de TI assumem funções cada vez mais estratégicas na saúde
O mercado de tecnologia segue aquecido, sendo um dos que mais registra crescimento no Brasil e no mundo. Para se ter ideia, estima-se que no período anterior à pandemia, o setor contabilizou uma alta de 60% na taxa de contratação. Ainda assim, uma pesquisa de mercado mostra que há uma previsão de déficit de 530 mil profissionais até 2025 e mais de 85 milhões de vagas de emprego no mundo não serão preenchidas por falta de profissionais qualificados.
Na área da saúde não é diferente. Com o boom das inovações, empresas e instituições têm investido continuamente na adoção de novas tecnologias e na contratação de profissionais de TI. Acompanhando o movimento de crescimento acelerado, o perfil dessa área e do profissional de TI evoluiu e alcançou novos patamares. A área de tecnologia deixa de exercer apenas o suporte e volta os olhos à atuação estratégica dentro do negócio.
As instituições de saúde já trabalham nesse modelo de governança que garante autonomia às pontas e maior protagonismo aos profissionais de TI. A perspectiva é que cada área da empresa contemple um especialista dedicado à função, absorvendo atividades de sustentação, infraestrutura, governança, além de toda a parte de TI e sistema, atuando especialmente no negócio. Em um hospital, por exemplo, há uma média de 50 projetos solicitados por mês. A grande maioria dessas demandas são relacionadas ao desenvolvimento de relatórios, implementação de novas funcionalidades nos sistemas. Se o profissional estiver locado na área em que atua haverá maior resolutividade, eficiência e agilidade nos processos.
A mudança vai de acordo com as características naturais desse profissional, que já atua em diversas frentes, estabelecendo interface com as mais variadas áreas, além de ser acostumado a lidar com pressão, prazos e relacionamento com fornecedores e clientes. Adicionalmente, o especialista traz em seu DNA, elementos cada vez mais importantes para a tomada de decisão, como o pensamento analítico e em forma de fluxos e a expertise em gestão de projetos.
Nessa concepção em que o profissional assume cada vez mais uma posição estratégica e de liderança, a formação é premissa fundamental. Atualmente, percebemos um avanço no interesse dos profissionais em assuntos como gestão de TI e de governança, além da segurança da informação. O especialista está se dedicando a estudar a parte teórica, mas especialmente o nicho em que atua. Quanto maior o aprofundamento no conhecimento do negócio e das questões estratégicas, melhor será sua performance para apresentar as soluções de tecnologia.
No dia 19 de outubro, celebramos o Dia do Profissional de Tecnologia da Informação e nunca foi tão importante refletir sobre a relevância desse especialista no setor de saúde. Investir em formação e carreira, garantir maior autonomia e apostar na liderança desses especialistas é urgente e necessário. Nas instituições de saúde, não existe discussão operacional que não impacte a área de TI, e o quanto antes todos entenderem isso, maior será o ganho em relação à eficiência, redução de custos e celeridade nos processos.
*Alex Vieira é Superintendente de Inteligência Digital e TI do HCor.
......................................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Dia do Médico – Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2023 será entregue no dia 18
Governo anuncia parceria para zerar fila de transplante de córnea em Goiás
Justiça ordena que Unimed João Pessoa pague o piso da enfermagem; descumprimento acarretará em multa
Alego concede Comenda Nabyh Salum a médicos de destaque na noite desta 4ª-feira
Número de estudantes de medicina sobe, mas formação de especialistas não acompanha
Entidade médica quer lei que regulamente procedimentos estéticos
Chat GPT pode ocupar o lugar de um médico? Veja
Dia do Médico: em 2023, Senado mira expansão da oferta
GONEWS
Dia do Médico – Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2023 será entregue no dia 18
Em homenagem ao Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, nesta quarta-feira, às 19h30, o Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) fará a entrega da Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2023. Dez médicos goianos receberão seus troféus e diplomas em solenidade na sede do Conselho.
Serão homenageados os médicos Aclécio José Dias Pereira, Delzirene Pinheiro Botelho, Edson Tadeu de Mendonça, Élio Caetano de Assis, Fátima Maria Lindoso da Silva Lima, Fernando Oliveira Castro, Ilza Pascoal Trevenzol, José Cruvinel de Macedo, Marco Túlio Campos Tahan e Nicean Serrano Telles de Souza Campos.
Criada em 2005 pelo Cremego, a comenda é entregue anualmente a médicos com mais de 35 anos de atuação ética e conduta ilibada e que se destacam no exercício da profissão, sendo uma referência para os colegas nas áreas de ensino e pesquisa, assistencial e/ou de organização da classe. A entrega marca a comemoração do Dia do Médico pelo Cremego.
A solenidade deste ano será coordenada pela presidente do Conselho, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, e deve reunir conselheiros e diretores do Cremego, autoridades da área da saúde, médicos, parentes e amigos dos homenageados.
.............................
A REDAÇÃO
Governo anuncia parceria para zerar fila de transplante de córnea em Goiás
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) vai firmar parceria com o Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) com o objetivo de zerar a fila para transplantes de córnea em Goiás e colocar o estado na condição de exportador para o país. O anúncio foi feito nesta terça-feira (17/10) durante a solenidade de apresentação da reforma e adaptação do Banco de Olhos do Cerof.
Com a parceria, o Estado, que tem hoje um Banco de Olhos, passará a contar com uma nova unidade, possibilitando o aumento das captações. Ao todo, foram realizados, entre janeiro e setembro de 2023, 460 transplantes de córneas em Goiás, o que representa um aumento de 75% em relação ao ano passado. Contudo, 1.534 pessoas ainda aguardam na fila para o transplante.
Durante o evento de reinauguração, o titular da SES-GO, Sérgio Vencio, destacou que o Cerof é referência nacional para o tratamento de doenças oftalmológicas, entre as quais glaucoma e as diversas enfermidades na retina. “A retomada das atividades com equipamentos altamente especializados traz boas perspectivas para o aumento dos transplantes de córnea e os hospitais estaduais poderão ser utilizados para a captação desse tecido ocular”.
O diretor-geral do Cerof, Marcos Pereira de Ávila, explicou que a unidade deve realizar a captação em 50 doadores por mês, o equivalente a 100 córneas. “Vamos utilizar o nosso conhecimento e estrutura, que agora foi totalmente remodelada”.
Segundo a gerente de Transplantes da SES-GO, Katiúscia Freitas, quando a unidade estiver em pleno funcionamento, as captações serão divididas por região de abrangência. “Existe a proposta do Cerof treinar profissionais de hospitais que são referências no interior para termos captação no interior", explicou.
.....................................
SÃO BENTO EM FOCO
Justiça ordena que Unimed João Pessoa pague o piso da enfermagem; descumprimento acarretará em multa
A Justiça do Trabalho determinou, nesta terça-feira, (17), que a Unimed João Pessoa e o Amip paguem o piso da enfermagem de R$ 4.750,00. A decisão foi dada pelo juiz Jose Airton Pereira e pela juíza Maria das Dores Alves. A informação é do Blog do Maurílio Junior.
Os magistrados atenderam ações movidas pelo Sindicato dos Enfermeiros da Paraíba.
Em ambos os casos o prazo dado para implantação do piso é de 10 dias, sendo que a multa estabelecida contra a Unimed é de R$ 1 mil por dia em eventual descumprimento. Já para o Amip, a multa é de R$ 500 mil, além de complicações judiciais para as duas unidades.
..........................
JORNAL BRASIL EM FOLHAS
Alego concede Comenda Nabyh Salum a médicos de destaque na noite desta 4ª-feira
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que tem como presidente o deputado Gustavo Sebba (PSDB), promove, nesta quarta-feira, 18, a partir das 19 horas, sessão solene de entrega da Comenda Nabyh Salum, que homenageia os médicos pela dedicação do trabalho em prol da saúde no Estado de Goiás. Cerca de 30 profissionais receberão a honraria.
"Neste dia em especial, convido a todos a refletir sobre a importância da medicina e o compromisso que temos em apoiar nossos profissionais de saúde. Através de seu trabalho, esses médicos têm sido faróis de esperança e cura, especialmente em tempos difíceis como os que temos enfrentado recentemente. Em nome da Comissão de Saúde, como presidente, quero expressar nossa mais profunda gratidão aos médicos que serão agraciados com a Comenda Nabyh Salum e a todos os profissionais da saúde que, dia após dia, fazem a diferença nas vidas de nossos concidadãos", disse Sebba.
O tucanos afirma que a homenagem deve servir para inspirar e fortalecer o compromisso com a saúde e o bem-estar da comunidade. "Que continuemos a trabalhar juntos para criar um ambiente propício para a prática da medicina e para garantir que todos os cidadãos tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade".
Quem foi Nabyh Salum
O médico Nabyh Salum nasceu em Minas Gerais, mas construiu sua carreira em Goiás, sendo um dos médicos mais importantes do Estado. Foi um dos fundadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Sociedade Goiana de Radiologia, do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), além de ter estado à frente da implantação da cooperativa Unimed, no Estado, e participado da construção da Associação Médica de Goiás (AMG), instituição da qual foi presidente por oito mandatos.
Nabyh Salum faleceu aos 83 anos, no dia 30 de novembro de 2016.
................................
FOLHA.COM
Número de estudantes de medicina sobe, mas formação de especialistas não acompanha
RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - O número de alunos de medicina no Brasil cresceu, mas o total de médicos formados em residência para obter título de especialistas não aumentou na mesma proporção. Enquanto a taxa da graduação atingiu a marca 1,05 estudante para cada mil habitantes, a de residentes médicos ficou em apenas 0,21 por mil, um índice que deve diminuir o impacto da política da expansão de vagas para a área, sobretudo no atendimento ao sistema público de saúde.
O alerta é do Radar da Demografia Médica no Brasil, elaborado por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) em parceria com a AMB (Associação Médica Brasileira) e atualizado neste mês com os novos dados do Censo Nacional da Educação. Segundo os autores, em 2022, o Brasil dispunha de 321.581 médicos especialistas, o que corresponde a apenas 62,5% dos profissionais em atividade no país, sendo todos os demais, 192.634 médicos (37,5%), generalistas.
No ano passado, quase 1 milhão de pessoas (952.865) tentaram ingressar nas graduações nacionais e o país registrou recorde de 245.501 estudantes do curso, alta de 25,2% em relação aos 167.788 alunos de 2018.
O relatório aponta que, de 2015 a 2023, a oferta de residência médica no Brasil mais que dobrou. Olhando para os últimos cinco anos, porém, quase nada foi feito para acompanhar o aumento do número de médicos graduados.
Entre 2018 e 2022, o total de residentes aumentou apenas 8,7%, passando de 41.274 para 44.857 no mesmo período. Outro problema é que a oferta continua concentrada: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul têm juntos mais de 60% das vagas de residência médica.
Mário Scheffer, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP e coordenador do levantamento, diz que as filas no SUS (Sistema Único de Saúde) têm relação direta com a falta de especialistas. "As especialidades são imprescindíveis para que o SUS possa ampliar uma atenção primária resolutiva e superar o problema do acesso a cirurgias, exames e consultas na atenção especializada, tanto ambulatorial quanto hospitalar", reforça.
A residência é, segundo Scheffer, a principal forma de obter a titulação de especialista ao lado de cursos oferecidos pelas sociedades médicas. As vagas para residentes e de planos de carreira no sistema público, porém, seguem desigualmente distribuídos pelas regiões, concentrados sobretudo em capitais e zonas metropolitanas, sendo os especialistas, ao final, absorvidos principalmente pelo sistema privado.
O mapeamento tomou por base registros da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e, neste mês, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Nos próximos anos, o estudo indica um país com uma oferta de médicos mais jovens e feminina e recordes na densidade de profissionais formados até 2035, quando o país deve saltar dos atuais 2,7 médicos para cada mil habitantes para índices acima de 4,4 médicos para cada mil.
Apesar de uma boa média nacional, próxima à de países como Coreia do Sul (2,5/mil) e EUA (2,6/mil), a densidade médica no Brasil ainda varia muito no território, sendo possível encontrar 6 médicos para cada mil habitantes no Distrito Federal e apenas 1 para cada mil no Maranhão.
A médica Fernanda Nicolela Susanna, residente do primeiro ano de oftalmologia do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC/USP), viu mais da metade de seus colegas seguirem na carreira sem uma especialização. "Acho que algumas pessoas não se sentiam prontas, mas também tenho muitos amigos que queriam passar, que estavam estudando muito e não conseguiram a vaga. Cada ano está mais concorrido", pondera.
Para garantir a residência que buscava, a médica começou a estudar ainda no sexto ano da graduação, com grupo e plano de estudos, além de aulas extras em um cursinho. "Fiquei muito feliz com os resultados, mas foi um ano difícil, que exigiu muita dedicação", conta.
De acordo com o mapeamento, as mulheres já são maioria entre os recém-formados em medicina e, em 2024, pela primeira vez, devem ser maioria também na profissão. "As mulheres serão mais de 50% dos médicos, com perspectiva de chegar a 56% ou 57% na próxima década", aponta Scheffer.
O professor reforça que a feminização da carreira é um marco importante na demografia médica e que isso, como em outras áreas, vem acompanhado de desafios para conter as desigualdades de gênero.
"Elas são minoria em 36 das 55 especialidades. São maioria em apenas 19. Então, se estamos falando de um futuro com uma maior presença de mulheres na profissão, e se estamos defendendo a necessidade de ampliação da oferta de formação de especialistas, há que se discutir essas especialidades nas quais as mulheres estão subrepresentadas", avalia.
O professor, que também participou de estudos de renda baseados em inquérito com médicos e dados da Receita Federal, afirma ainda que há uma desigualdade significativa de remuneração entre médicos e médicas. O levantamento mostrou que a renda média declarada pelos homens médicos em 2020 foi de R$ 36.421 contra R$ 23.205 das mulheres médicas (ou seja, 63,7% do rendimento masculino na mesma profissão). "Homens declaram rendimento superior em todas as faixas etárias, enquanto mulheres têm variações menos flexíveis. Até os 30 anos, mulheres declaram, em média, 82,7% do rendimento dos homens, diferença que se amplia para faixas etárias intermediárias, voltando a diminuir nas idades mais avançadas", afirma Scheffer.
O professor ressalva que a diferença acentuada a favor dos homens pode se dar devido a outros rendimentos de origem patrimonial declarados no IR, mas que a desigualdade segundo gênero é verificada em outros estudos e fontes. "Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, e no Inquérito Nacional com Médicos, do estudo Demografia Médica, o rendimento das médicas também é proporcionalmente menor", lembra Scheffer.
..............................
NEWS CUIABÁ
Entidade médica quer lei que regulamente procedimentos estéticos
Crescimento da procura por procedimentos revela urgência de criar lei para definir atribuições, regras e responsabilidades dos profissionais
A morte da fotógrafa Roberta Correa, de 44 anos, após se submeter a um procedimento estético no interior de São Paulo, na última sexta-feira, reforça a necessidade de criar uma legislação que defina quais profissionais têm a capacitação e habilitação necessárias para realizar procedimentos estéticos e outros atos médicos com segurança. O professor titular da Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e presidente da Associação Brasileira de Médicos Com Expertise em Pós-Graduação (Abramepo), Eduardo Costa Teixeira, explica que cada conselho profissional tem autonomia para determinar quais procedimentos os profissionais que representa estão aptos a realizar. "Demorou-se muito para discutir a Lei do Ato Médico, que foi aprovada em 2013 cheia de vetos, completamente desfigurada. De um modo geral, não temos uma lei ampla que defina os limites de atuação de cada profissional. Não existe uma legislação acima dos conselhos, que assumem o papel de definir os limites das suas respectivas profissões. É urgente criar uma regulamentação que norteie e garanta, de fato, a segurança da sociedade", afirma Teixeira.
Médicos, biomédicos, farmacêuticos e profissionais de estética são habilitados, por seus respectivos conselhos, a realizar o endolaser (procedimento ao qual a fotógrafa seria submetida), uma técnica considerada minimamente invasiva, mas que requer uma anestesia local.
Busca por procedimentos estéticos cresceu 390% no Brasil
O professor explica que não é necessário um anestesiologista para aplicar uma anestesia local. "Se houver necessidade de sedação a partir do nível 2, aí sim seria necessário um especialista. Até algum tempo atrás, toda a clínica de estética tinha que ter um médico responsável, mas essa exigência foi derrubada. Então, esteticistas, dentistas, biomédicos e enfermeiros estão habilitados por seus conselhos a aplicar anestesias locais", afirma.
Teixeira explica que toda e qualquer anestesia pode provocar reações e complicações sérias que podem levar à morte. "O que pode fazer diferença no caso de uma reação, é uma resposta rápida de um profissional devidamente habilitado. Por isso é importante regulamentar esses atos em lei e fiscalizar o cumprimento da legislação", diz.
O presidente da Abramepo, Eduardo Costa Teixeira
Medicina Estética
No entendimento do presidente da Abramepo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) peca por não reconhecer, até hoje, a Medicina Estética como especialidade médica. "Formalmente, a medicina continua renegando a estética. O posicionamento do CFM é o de que a estética está incluída na Dermatologia e na Cirurgia Plástica, mas médicos não podem anunciar seus cursos de pós-graduação lato sensu em Medicina Estética, enquanto outras profissões têm suas pós-graduações reconhecidas como especialidade", completa o presidente da Abramepo.
Mercado em expansão
O Brasil é o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo, segundo o Euromonitor International. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) revelou crescimento de 390% na busca por procedimentos estéticos no país. "Nesse cenário, é imperativo que se regulamente a medicina estética e a realização de procedimentos para que o cidadão tenha um parâmetro bem definido sobre como escolher com segurança um profissional para realizar determinados procedimentos", completa o professor.
................................
ESTADO DE MINAS
Chat GPT pode ocupar o lugar de um médico? Veja
Pesquisadores de Israel e do Reino Unido conduziram uma pesquisa com oito pacientes hipotéticos para identificar se o Chat GPT é capaz de conduzir e orientar uma pessoa com depressão, assim como os médicos da atenção primária. O novo estudo foi publicado na última segunda (16/10), na revista científica Family Medicine and Community Health, do grupo British Medical Journal (BMJ). Segundo os autores, um dos diferenciais entre o atendimento médico e a inteligência artificial (AI) foi que o segundo não apresentou preconceitos de gênero ou classe social - ação observada entre os médicos analisados no estudo.
Cada "paciente" realizou a mesma pergunta ao Chat GPT: "O que você acha que um médico de cuidados primários deveria sugerir nesta situação?". As possíveis respostas eram: encaminhamento para psicoterapia; prescrição de tratamento farmacológico (não incluindo psicoterapia); encaminhamento para psicoterapia e prescrição de tratamento farmacológico; e nenhum desses tratamentos.
Caso a inteligência artificial escolhesse o tratamento farmacológico, ele era levado a selecionar uma das seguintes opções: antidepressivo; ansiolítico/hipnótico; antidepressivo e ansiolítico/hipnótico; e nenhuma dessas drogas.
Leia também: Outra discrepância entre as abordagens terapêuticas foi em relação ao tratamento. Entre os médicos da atenção primária, apenas 4,3% recomendaram exclusivamente o encaminhamento para psicoterapia para casos leves. Já o Chat GPT 3.5 e Chat GPT 4 (versão mais atual), por outro lado, recomendaram exclusivamente o encaminhamento para psicoterapia em 95% e 97,5% dos casos, respectivamente.Leia também: Outubro Rosa e menopausa: entenda a relação
Já nos casos graves, a maioria dos médicos da atenção primária propôs encaminhamento para psicoterapia e prescrição de tratamento farmacológico (44,4%). No entanto, a inteligência artificial propôs isso com mais frequência do que os médicos de cuidados primários: Chat GPT 3.5 (72%) e Chat GPT 4 (100%). Além disso, 40% dos médicos da atenção primária indicaram exclusivamente a prescrição de tratamento farmacológico, recomendação que não foi feita pelo Chat GPT 3.5 e Chat GPT 4.
MEDICAÇÃO
Nos casos em que médicos de cuidados primários ou Chat GPT propuseram psicofarmacologia (exclusivamente ou juntamente com psicoterapia), foi feita uma pergunta de acompanhamento sobre os medicamentos específicos recomendados. Os resultados indicam que os médicos da atenção primária recomendam uma combinação de antidepressivos e medicamentos ansiolíticos/hipnóticos em 67,4% dos casos, uso exclusivo de antidepressivos em 17,7% dos casos e uso exclusivo de medicamentos ansiolíticos/hipnóticos em 14,0% dos casos.
Em contraste, as recomendações das duas últimas versões do Chat GPT apresentaram variações significativas. Sendo que ambos propuseram o uso exclusivo de medicamentos ansiolíticos/hipnóticos, em contraste com as recomendações dos médicos da atenção primária, como aponta a pesquisa: " A proporção de casos em que o tratamento antidepressivo exclusivo é recomendado é maior tanto para Chat GPT 3.5 (74%) quanto para Chat GPT 4 (68%) do que para as recomendações dos médicos de atenção primária.
Além disso, Chat GPT 3.5 (26%) e Chat GPT 4 (32%) "sugeriram o uso de uma combinação de antidepressivos e medicamentos ansiolíticos/hipnóticos com mais frequência do que os médicos de cuidados primários".
As duas versões do Chat GPT exibiram desempenho bastante semelhante na maioria dos casos. Uma exceção importante foi observada nos casos de depressão grave. Chat GPT-3.5 recomendou uma combinação de tratamento farmacológico e psicoterapia em apenas 72% dos casos, recomendando psicoterapia isoladamente sem tratamento farmacológico nos restantes 28%. Em contrapartida, a versão mais avançada do Chat GPT-4 recomendava uma combinação de tratamento farmacológico e psicoterapia em 100% dos casos.
As observações revelaram diferenças entre o Chat GPT e as normas utilizadas pelos médicos de cuidados primários na identificação da gravidade da depressão e na determinação de como o distúrbio deve ser tratado. Especificamente, o Chat GPT 4 demonstrou maior precisão no ajuste do tratamento para cumprir as diretrizes clínicas.
"O estudo sugere que o Chat GPT, com o seu compromisso com protocolos de tratamento e ausência de preconceitos, tem potencial para melhorar a tomada de decisões nos cuidados de saúde primários. No entanto, sublinha a necessidade de investigação contínua para verificar a fiabilidade das suas sugestões. A implementação de tais sistemas de AI poderia reforçar a qualidade e a imparcialidade dos serviços de saúde mental."
................................
AGÊNCIA SENADO
Dia do Médico: em 2023, Senado mira expansão da oferta
O Dia do Médico se comemora nesta quarta-feira (18). Em 2023, o Senado chega à data tendo cumprido uma missão importante: a abertura de uma frente de formação doméstica de profissionais para o programa Mais Médicos. Já sancionada, a Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde (Lei 14.621, de 2023) pode integrar médicos à atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) ainda neste ano.
A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) foi a relatora da medida provisória (MP 1165/2023) que se transformou na lei. Para ela, celebrar o Dia do Médico deste ano com a nova política do Mais Médicos encaminhada é emblemático para sinalizar a importância da expansão da oferta de profissionais da saúde em todas as comunidades.
- Uma atenção primária robusta evita o agravamento de doenças, reduz internações, diminui a mortalidade infantil e, sobretudo, é uma forma de o Estado dizer que enxerga, respeita e reconhece a cidadania que é de todos, independentemente do local de moradia. Saúde é direito e médico não deve ser luxo para poucos.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou, em fevereiro, a edição mais recente da Demografia Médica, pesquisa periódica que reúne dados sobre a presença e a distribuição de médicos no país. Segundo a publicação, o Brasil tem 2,56 médicos em atividade para cada mil habitantes, uma média que situa o país próximo a membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). como Japão (2,5) e Canadá (2,7).
No entanto, a pesquisa evidencia também problemas na distribuição de profissionais pelo território nacional. As capitais atingem a marca de 6,22 médicos por mil habitantes, e reúnem 54% dos médicos em atividade no país, apesar de terem menos de um quarto da população nacional. Já as cidades do interior somam menos de dois médicos por mil habitantes. Os médicos atuantes nas capitais também são, em geral, mais experientes, com quase dois anos a mais de prática após a formação do que os médicos do interior.
A oferta de médicos no Brasil tem crescido ano a ano, e um dos fatores importantes, de acordo com a pesquisa do CFM, é a entrada de médicos no país. Os anos de 2020 a 2022 registraram, cada um, um saldo positivo de mais de 20 mil médicos ingressando no país. São os números mais altos da série histórica, que remonta a 1990.
Revalida
Durante as negociações pela aprovação da MP 1165, um dos pontos de atrito foi a dispensa de exigência do teste de revalidação do diploma (Revalida), que é requerido para que médicos que tenham se formado no exterior possam trabalhar no Brasil. O texto aprovado permite a participação no programa sem o diploma revalidado por quatro anos; após esse período, é necessário fazer o exame.
O Revalida foi criado em 2019, e a sua legislação teve como um de seus relatores o senador Dr. Hiran (PP-RR), que na época era deputado federal. Ele argumentou, durante a votação, que o teste é especialmente importante para asseverar a competência de médicos que trabalharão em locais de pouca oferta, que são justamente os alvos prioritários do Mais Médicos.
- Não podemos tergiversar sobre a avaliação do profissional que vai trabalhar principalmente nos vazios do nosso país. É inadmissível que a gente possa aprovar algo que possa deixar a população brasileira à mercê de um profissional que não foi devidamente avaliado para prestar um serviço tão essencial à saúde das pessoas.
Também naquela sessão, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) rebateu a necessidade imediata do diploma revalidado e destacou que o objetivo da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde é capacitar os médicos por meio da própria atividade e do contato com os pacientes.
- A atenção primária tem que ser de excelente padrão, e só vamos fazer isso quando tivermos formação complementar dos profissionais de saúde num programa como o Mais Médicos, sob supervisão. Esses médicos têm que ser avaliados na vida real, é na prestação de serviço, como são avaliados os médicos residentes. Especialista em medicina é formado na prática, seguindo doente.
Efeméride
O 18 de outubro é escolhido para o Dia do Médico pela associação da data com São Lucas, um dos primeiros apóstolos do cristianismo e reconhecido como autor de dois livros do Novo Testamento, incluindo um dos Evangelhos. Ele foi um médico grego e é o padroeiro da profissão.
Médicos no Senado
O Senado tem, atualmente, sete senadores formados em medicina:
Dr. Hiran - Oftalmologista
Humberto Costa (PT-PE) - Psiquiatra
Marcelo Castro (MDB-PI) - Psiquiatra
Nelsinho Trad (PSD-MS) - Urologista
Otto Alencar (PSD-BA) - Ortopedista
Rogério Carvalho - Especialista em medicina preventiva
Zenaide Maia - Infectologista
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
..........................
Assessoria de Comunicação
Hugo Walter Frota Filho será homenageado com a Comenda Nabyh Salum
Escrito por AdministradorIndicado pela Ahpaceg, o médico Hugo Walter Frota Filho, do associado Hospital São Francisco de Assis, será homenageado, nesta quarta-feira, com a Comenda Nabyh Salum, entregue pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás.
A homenagem faz parte das comemorações do Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, e é um reconhecimento ao trabalho e a dedicação de médicos goianos à medicina e à sociedade.
Desde a criação da comenda, em 2017, a Ahpaceg indica um dos homenageados e foi com muita satisfação que a Associação, após votação interna, apresentou o nome do médico Hugo Walter Frota Filho para a comenda 2023.
A solenidade será coordenada pela Comissão de Saúde da Alego e acontecerá a partir das 19 horas, no Plenário Iris Rezende, na Assembleia.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde atrasam pagamento de faturas dos hospitais
Vigilância Sanitária já interditou 21 casas de recuperação em Goiânia
Cuidados paliativos vão além do alívio da dor física
PL dos planos de saúde e impactos no setor
Oncoclínicas e Cedro investem R$ 850 mi em Cancer Center em SP
Senado volta a analisar desoneração da folha
DIÁRIO DO NORDESTE
Planos de saúde atrasam pagamento de faturas dos hospitais
Uma pesquisa feita pela Associação Nacional de Hospitais Privados e divulgada ontem revelou que os atrasos de pagamento por parte das operadoras de planos de saúde já somam cerca de R$ 2,3 bilhões.
A pesquisa foi realizada entre os dias 28 de agosto e 2 de setembro deste ano e envolveu 48 hospitais credenciados.
Essa montanha de dinheiro em dívidas dos planos de saúde para com os hospitais representa 16% da receita bruta de R$ 14,6 bilhões registrada pelas unidades hospitalares no período de janeiro a julho deste ano, relativa a atendimentos de emergência, realização de exames e internações.
O diretor executivo da Associação Nacional dos Hospitais, Antônio Brito, disse que os planos de saúde também ampliaram o prazo de pagamento das faturas, que passou de 70 para 120 dias.
Ele informou que esse problema não é apenas dos hospitais filiados à entidade, mas que atinge a todos os 4 mil hospitais privados brasileiros.
..............................
A REDAÇÃO
Vigilância Sanitária já interditou 21 casas de recuperação em Goiânia
Com a intenção de garantir a integridade física de quem é acolhido em uma das casas de recuperação terapêutica existentes em Goiânia, a Vigilância Sanitária, com o apoio da Guarda Civil Metropolitana, vem intensificando a fiscalização dos lugares. O resultado, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (16/10), foi que, entre janeiro de 2021 e julho de 2023, durante visita a 52 locais, foram interditadas/desativadas 21 deles. Só neste ano, até o mês de julho, foram feitas 12 fiscalizações, com duas casas desativadas e uma interditada, por não haver alvará de funcionamento.
“A Assessoria de Políticas sobre Drogas realiza vistorias, ocasião em que é verificada toda a documentação exigida pela lei, responsabilidade técnica e corpo clínico adequados, tudo conforme a lei”, afirma o comandante da GCM, Wellington Paranhos, ao destacar a redução significativa de casas de recuperação clandestinas.
“Havia notícias e denúncias de subtração de cartões bancários de acolhidos, faziam uso de dinheiro sem o consentimento ou autorização familiar. Hoje a realidade é outra. Conseguimos, com um trabalho muito importante, fazer com que as casas de recuperação ou casas-abrigo estejam totalmente legais, e evitar que pessoas que tinham como prática maltratar ou explorar acolhidos não agissem mais nesses recintos”, pontua Paranhos.
Goiânia conta com 18 comunidades terapêuticas cadastradas e dez sem cadastro no Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas (Comad). São entidades filantrópicas de natureza jurídica privada, sem fins lucrativos.
Para entrar em funcionamento, de acordo com a Assessoria de Políticas sobre Drogas, as casas terapêuticas têm de apresentar toda a documentação exigida pelos órgãos competentes, além de contar com responsável técnico habilitado e com profissional da área da saúde com qualificação na área (psicólogo, enfermeiro, assistente social, etc.)
O ambiente também tem de apresentar infraestrutura física e sanitária adequada para receber os acolhidos e deve cumprir exigências dos órgãos como Corpo de Bombeiro, Vigilância Sanitária e Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Comad).
As fiscalizações são realizadas após recebimento de denúncias formuladas junto ao Ministério Público e à Vigilância Sanitária. Em seguida, o Comad é acionado e, em conjunto com outros órgãos competentes, realiza as fiscalizações pertinentes. Já as vistorias de orientação são feitas de forma rotineira. A GCM disponibiliza o telefone 153 e o Comad 3524-8156.
Além de denúncias feitas ao MP e Vigilância Sanitária, a Prefeitura de Goiânia disponibiliza uma plataforma em seu site para controle e disponibilidade de vagas com o cadastro de todas as comunidades terapêuticas regulares em Goiânia, onde a população também pode apresentar denúncia.
Sobre o acompanhamento das condições dos acolhidos nessas unidades terapêuticas, a GCM afirma que o Comad tem feito relatórios em todas as fiscalizações. O Conselho também tem como papel orientar e dar o suporte técnico para comunidades terapêuticas que atuam na área.
Ações de interdição e encaminhamento
A GCM ressalta que as ações, na atual gestão da Prefeitura, já garantiram a integridade física de mais de 1.100 acolhidos irregularmente através das interdições, com encaminhamento desses casos para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) e/ou familiares. Já as ações que identificam internação compulsória irregular dos acolhidos são encaminhadas ao Ministério Público.
“É importante destacar a preocupação do prefeito Rogério com o tema, sendo que ele, quando detinha o cargo de vereador de Goiânia, ele participou do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas, como titular, representando a Câmara Municipal”, pontua Wellington Paranhos, classificando a atuação do prefeito como “ativa, produtiva e afetuosa”, e que incentiva a participação de instituições no combate às drogas e o fortalecimento do Fundo Municipal de Políticas sobre Drogas (Fumpud).
Gestão antidrogas
À Assessoria de Políticas Sobre Drogas compete auxiliar a AGCMG na gestão do subsistema municipal antidrogas, em consonância com as diretrizes nacionais, estaduais e do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas. Tem ainda como atribuição, dentre outras, desenvolver ações de integração e articulação das políticas de atenção à saúde, de assistência social, educação, desporto, cultura, juventude, direitos humanos e de segurança pública, dentre outras, visando a prevenção do uso, o tratamento e a reinserção social de usuários de crack e outras drogas.
No rol das atribuições da Assessoria de Políticas sobre Drogas também constam estimular e cooperar na realização de estudos e pesquisas sobre a questão do uso indevido e abuso de substâncias psicoativas que causem dependência física ou psíquica. E, também, estabelecer fluxos contínuos e permanentes de informações com outros órgãos do Sistema Nacional e Estadual Antidrogas, visando à consecução das políticas de prevenção e fiscalização de entorpecentes e recuperação dos dependentes.
E, ainda, propor ações de prevenção primária, no combate ao uso de drogas, em especial pelo Programa Anjos da Guarda, Programa Guarda Mirim e Banda de Música.
Atuação do Comad
O Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Comad), que tem como finalidade a redução da demanda do uso indevido de drogas lícitas e ilícitas no âmbito do Município de Goiânia, constitui órgão auxiliar da Administração Municipal de caráter consultivo, articulador, deliberativo e normativo das questões sobre drogas no âmbito municipal.
À Agência da Guarda Civil Metropolitana (AGCMG), compete fornecer ao Comad o suporte logístico e administrativo necessário ao regular funcionamento do Comad, que tem o papel de acompanhar a política nacional, estadual sobre drogas e propor ações no âmbito do Município de Goiânia, bem como promover a integração aos sistemas nacional e estadual antidrogas dos órgãos e entidades congêneres, entre outras atribuições.
............................
ACONTECE AGORA
Cuidados paliativos vão além do alívio da dor física
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cuidado paliativo é uma abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam problemas associados às doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, com identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual. Na capital, os cuidados paliativos são ofertados em toda a rede da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) abrangendo os níveis primário, em serviços como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o atendimento domiciliar realizado pelas pelas equipes multiprofissionais da atenção domiciliar (Emad) e de apoio (Emap), além de secundário, nos atendimentos de urgência e média complexidade, e terciário, nos hospitais.
O Dia Mundial de Cuidados Paliativos é celebrado no segundo sábado de outubro. O termo "Cuidados Paliativos" deriva da palavra 'paliar', que significa aliviar, atenuar, proteger. De acordo com a Aliança Mundial de Cuidados Paliativos, anualmente, 57 milhões de pessoas precisam desses cuidados, e, destes, 25 milhões estão no final da vida, sendo que pelo menos 18 milhões de pessoas morrem em dor e angústia desnecessárias todos os anos, sem acesso a cuidados para mitigá-las.
Entre os pilares do cuidado paliativo estão ainda a reafirmação da vida e da morte como processos naturais, onde tanto apressar quanto adiar a morte é evitado. Além disso, ele busca integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao cuidado clínico com o paciente e familiares. Por isso, atuam como paliativistas não apenas médicos, mas também profissionais de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas, entre outros.
Cuidados não se limitam ao fim da vida ou ambiente hospitalar
Embora o cuidado paliativo seja comumente visto como a assistência prestada a pacientes em fase avançada de doenças sem possibilidade de cura, esse cuidado não se limita ao fim de vida ou ao ambiente hospitalar, mas representa uma abordagem mais ampla de alívio e controle de sintomas, com foco na pessoa e no seu sofrimento, de forma integrada ao plano de cuidado.
A nota técnica nº 10/2023, elaborada pela Coordenadoria de Atenção Básica (CAB) da Secretaria Executiva de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde (Seabevs) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), reforça esta concepção. Ela estabelece que os cuidados paliativos devem ser ofertados em toda a rede municipal, o que abrange os níveis primário, em serviços como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o atendimento domiciliar realizado pelas pelas equipes multiprofissionais da atenção domiciliar (Emad) e de apoio (Emap), além de secundário, nos atendimentos de urgência e média complexidade, e terciário, nos hospitais.
De acordo com o documento, a maioria dos adultos que necessitam de cuidados paliativos tem doenças crônicas como problemas cardiovasculares (38,5%), câncer (34%), doenças respiratórias crônicas (10,3%), Aids (5,7%) e diabetes (4,6%).
Programa Melhor em Casa
Na Atenção Primária, os pacientes com dificuldades para realizar o acompanhamento necessário nas UBSs são assistidos pelas Emads e Emaps do Programa Melhor em Casa. A Atenção Domiciliar permite que os pacientes em cuidados paliativos permaneçam junto às suas famílias, o que favorece a melhoria da qualidade de vida e a continuidade das relações sociais, o que influencia positivamente o curso da doença.
O Programa Melhor em Casa possui três níveis de complexidade de atenção domiciliar, sendo os níveis 2 e 3 os que envolvem casos de maior complexidade e são acompanhados por Emads e Emaps, com atendimento em domicílio, no mínimo uma vez por semana.
Atualmente, o Programa melhor em Casa atende cerca de 4.450 pessoas na cidade de São Paulo, por meio de 61 Emads formadas por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeutas, além de 19 Emaps formadas por assistentes sociais, fonoaudiólogos, nutricionistas, cirurgiões-dentistas, psicólogos, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais. Desde 2016 o Melhor em Casa já atendeu mais de 85 mil pessoas, com a realização de 2.160.000 atendimentos. Destes, 65% foram a pessoas idosas, em sua maioria do sexo feminino.
De acordo com a coordenadora do Programa Melhor em Casa, Karina Mauro Dib, o cuidado domiciliar pode ser complementar aos atendimentos realizados na Atenção Básica e em serviços de urgência, substitutivo ou complementar à internação hospitalar. "Até pacientes com ventilação mecânica, reabilitação após cirurgias e cuidados paliativos podem passar a ser atendidos em casa, o que melhora o conforto dessas pessoas ao lado da família, além de evitar complicações e agravamento dos quadros, promovendo uma abordagem individualizada e integrada, de acordo com as necessidades e o contexto de vida do paciente", explica. Segundo ela, por estes motivos, uma das atribuições das equipes é realizar busca ativa, em hospitais, de pacientes que possam receber atendimento domiciliar.
Karina explica que, para quem está em cuidados paliativos no Programa Melhor em Casa, existem três possibilidades: a alta e o retorno ao atendimento pela UBS, caso ocorra uma melhora no quadro do paciente, ou, em caso de piora, a hospitalização ou a permanência em casa, junto aos familiares, tendo todo o suporte das equipes multidisciplinares. Após a morte do paciente, o atendimento é continuado no período de luto dos familiares. "Cuidados Paliativos não é 'não ter mais nada a fazer', e sim proporcionar qualidade de vida e conforto para o paciente, junto aos entes queridos", enfatiza.
A psicóloga aposentada Vilma Cintra da Silva Souza, 62 anos, moradora da região de São Miguel Paulista, perdeu a tia de 94 anos, vítima de um AVC, em julho deste ano. Ela faz uma avaliação muito positiva dos cuidados paliativos proporcionados pelo Programa Melhor em Casa: "A equipe nos fez sentir acolhidos e amparados numa fase muito difícil de nossas vidas, e sempre nos atendeu pronta e rapidamente, não medindo esforços para obter êxito e aliviar a paciente nas inúmeras intercorrências, dando a ela qualidade de vida com o tratamento paliativo humanizado".
Vilma relembra que a equipe do programa proporcionou suporte essencial e indispensável para superar as dificuldades no período. "O pronto atendimento profissional e completo evitou a necessidade de várias internações, que, caso fossem realizadas, trariam grande transtorno e sofrimento a todos, paciente e cuidadores".
A experiência de dois hospitais com cuidados paliativos
Esta humanização no cuidado com o paciente também é uma busca dos hospitais, que cada vez mais contam com equipes ou mesmo centros de cuidados paliativos. No caso do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), a Hospedaria de Cuidados Paliativos, que este ano completou 19 anos, funciona em um casarão, fora do ambiente hospitalar.
Por ali, já passaram 845 pacientes, em sua maioria com câncer, que contam com uma equipe de assistência à saúde formada por 19 profissionais, além de 10 profissionais de outras áreas, responsáveis por outros serviços. A equipe multidisciplinar presta assistência integral também aos familiares, visando facilitar o entendimento e o enfrentamento do processo de morte/luto.
No Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, localizado no Jabaquara, na zona sul, o grupo de estudos em Cuidados Paliativos teve início em 2016, com profissionais de áreas como fonoaudiologia, serviço social, psicologia, enfermagem, nutrição, fisioterapia, farmácia, terapia ocupacional e equipe multidisciplinar em terapia nutricional, aos quais se uniram, em um segundo momento, médicos, além das diretoras técnica e da Unidade de Internação.
A unidade possui 198 leitos e atende cerca de seis mil pacientes por mês. Com 30 leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é referência para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Santa Catarina e Jabaquara, além de receber uma grande quantidade de pacientes oncológicos. "A intenção é ter mais profissionais paliativistas, uma vez que recebemos muitos pacientes idosos, com doenças crônicas e um índice de gravidade alto", comenta a terapeuta ocupacional Lorena Martinez Barra, que também é paliativista e foi uma das profissionais responsáveis pela estruturação do grupo.
Segundo a diretora técnica do hospital, Josiane Motta e Motta, as discussões sobre os pacientes em processo ativo de morte deram origem a protocolos que orientam tanto os cuidados médicos quanto da equipe multidisciplinar, orientados para o conforto do paciente e apoio à família. No caso desta, as visitas são flexibilizadas para que possam se despedir, enquanto para o paciente, fazem parte deste processo desde o manejo da dor por meio de medicamentos até o conforto espiritual e diretivas de vontades.
"O paciente poderá, por exemplo, tomar um café, comer um pedaço de bolo, fumar um cigarro, receber a visita de familiares ou mesmo de seu animal de estimação; as equipes estão preparadas para ajudar a transformar essas vontades em realidade, além de dar suporte aos familiares; tudo isso contribui para ressignificar o luto, para tornar essa travessia menos dolorosa para todos", resume Josiane.
SMS promove curso EAD em paliativismo
De outubro até dezembro, a SMS promove o curso "Atualização em Cuidados Paliativos: Fundamentos para Prática", voltado a profissionais de nível superior da Atenção Básica que atuam nas UBSs, Emads, Emaps, e Programa Acompanhante de Idosos. Serão ministradas 20 horas em formato EAD, trazendo conteúdos voltados a abordagem, processos e ferramentas em cuidados paliativos.
.............................
SAÚDE BUSINESS
PL dos planos de saúde e impactos no setor
O Projeto de Lei (PL) 7419/2006, também chamado de Lei dos Planos de Saúde, que altera a regulamentação dos serviços de saúde suplementar no Brasil, deve ser votado em breve depois de 17 anos de tramitação.
O deputado federal Duarte Jr., do PSB do Maranhão, apresentou em setembro o relatório final sobre o PL. Designado para ser o relator do projeto, nos últimos meses ele elaborou o texto que analisa e propõe uma reforma na lei que rege as operadoras de planos de saúde no país.
Relacionado: Fiocruz se posiciona contra a PEC do Plasma
O PL 7419/2006 altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. A proposta, que teve origem no Senado Federal, tramita na Câmara em regime de urgência, em razão da alteração do regime do PL 4477, de 2016 (um dos apensados ao PL 7419).
Um dos pontos principais desse relatório é a proibição da extinção unilateral do contrato em toda e qualquer situação, sejam planos individuais, coletivos, de autogestão, ou em qualquer outra modalidade. Dessa forma, acredita o deputado, os pacientes terão mais garantias de tratamento. Pela legislação atual, as operadoras privadas de saúde podem propor a rescisão baseadas unicamente no aspecto financeiro, sem depender de consulta aos usuários atingidos.
Como o PL afeta os beneficiários
De acordo com o advogado Rafael Robba, sócio do escritório Vilhena Silva Advogados, especializado em direito à saúde, o PL 7419/2006 representa um passo importante, mas apenas um passo, na direção certa para lidar com os desafios que os consumidores de planos de saúde enfrentam. Para ele, os problemas são complexos e a proposta é a forma de dar solução a alguns desses problemas.
Além da proibição da extinção unilateral do contrato, o PL traz ainda, entre suas propostas, a possibilidade de punições administrativas para empresas que se recusem, de forma injustificada, a cobrir tratamentos médicos. Mas para especialistas do setor, o projeto não traz soluções efetivas para o setor de saúde, que enfrenta problemas como reajustes elevados, redução de rede credenciada, aumento de fraudes, entre outros.
"Ao impor penalidades às operadoras que adotem essa prática, a legislação buscará garantir que os consumidores tenham acesso a tratamentos necessários sem obstáculos, algo que vemos acontecer diariamente e que tem levado muitos consumidores a buscar apoio na justiça", destaca Robba. Ao impedir que as pessoas com doenças raras ou graves sejam recusadas pelos planos de saúde, ele acredita que haverá uma redução nos processos de judicialização.
No entanto, Alberto Ogata, pesquisador associado do Centro de Pesquisa em Administração em Saúde da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), acredita que a limitação, por lei, de reajustes nos planos de saúde, pode inviabilizar algumas operadoras que já passam por sérias dificuldades financeiras. "Isso pode levar a uma maior concentração do mercado, reduzindo a competitividade do setor. O que está sendo proposto não pacifica as relações entre os stakeholders do setor, podendo até aumentar a judicialização do sistema."
Alguns especialistas também consideram o Projeto de Lei um pacote de retrocessos devido a preocupações sobre possíveis encarecimentos dos planos de saúde e restrição de acesso para determinados grupos de beneficiários. Apesar de o projeto poder incluir um potencial aumento na qualidade dos serviços e uma maior garantia de seus direitos como consumidores, existe o risco de haver uma variação nas mensalidades ou nas opções de planos disponíveis", ressalta o presidente da Frente Parlamentar Mista de Saúde, deputado federal Zacharias Calil.
Impactos de PL no mercado de saúde
Ogata destaca que, em sua opinião, talvez o principal ponto negativo deste PL seja a falta de discussão com os principais stakeholders do sistema suplementar, como as operadoras de saúde (de diferentes modalidades), empresas contratantes e prestadores (hospitais, clínicas etc.).
Como forma de minimizar os impactos das propostas, o deputado Duarte Jr. comenta que houve uma preocupação em criar medidas para equilíbrio do sistema de custeio de medicamentos de alto custo aprovados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), como a criação de um fundo nacional, composto por recursos públicos e privados, para o financiamento de terapias de alto custo para o tratamento de doenças raras, considerado um dos principais grupos de pacientes mais afetados pelo preço das terapias. Assim, o impacto dos altos valores não recairia sobre uma única operadora.
"Propomos também o agrupamento de contratos coletivos pequenos, para até 99 vidas, para facilitar a gestão desses contratos, que passariam a ter um reajuste único, e não negociado caso a caso." Atualmente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define que o reajuste único ocorre em contratos de até 29 vidas.
Para Robba, é importante que a ANS vá além de simplesmente considerar as perspectivas das operadoras de planos de saúde. Ele argumenta que a agência precisa desempenhar um papel mais eficaz na fiscalização e punição de práticas abusivas por parte dessas operadoras.
"A atual versão deste Projeto de Lei traz uma contribuição na busca de maior transparência nos reajustes dos planos corporativos empresariais. Resta saber se a ANS tem condições de acompanhar e regular milhares de contratos empresariais que são repactuados diariamente. A agência reguladora já se posicionou, considerando ser inviável a regulação e o controle de milhares de prestadores de serviços para os planos (como hospitais, clínicas e laboratórios)", comenta Ogata.
Para o deputado Zacharias Calil, a avaliação dos impactos da nova lei dependerá da perspectiva de cada parte interessada. "Algumas podem ver como uma regulamentação necessária para garantir a qualidade dos serviços prestados, enquanto outras podem interpretar como um aumento de responsabilidades e custos."
Em nota, várias entidades do setor, como a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), a Unimed do Brasil e a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), afirmam que as "entidades representativas da saúde suplementar veem com preocupação algumas medidas presentes no relatório que desconsideram peculiaridades do setor e comprometem alguns dos pilares fundamentais de seu funcionamento. No entanto, acreditamos na capacidade de diálogo com o relator e com todos os demais parlamentares a fim de evitar decisões que poderiam prejudicar o funcionamento da saúde privada no país tal como a conhecemos hoje."
O PL e o Sistema Único de Saúde (SUS)
O deputado Duarte Jr. vê com bons olhos a aprovação do projeto de lei também para a saúde pública. Ele acredita, que se aprovado, o PL pode contribuir para desafogar o SUS, pois os pacientes que fazem tratamento pelo plano de saúde e tiveram seu contrato rescindido unilateralmente passaram a procurar auxílio na saúde pública, um sistema que já está sobrecarregado.
Na opinião do deputado Zacharias Calil, o Projeto de Lei pode ter diversos impactos no SUS e na população idosa. "Entre eles, podemos citar melhorias na assistência prestada aos idosos no SUS, estabelecendo padrões mais rigorosos para atendimento e garantindo maior qualidade nos serviços; acesso a tratamentos específicos e especializados para esse público, abordando questões de saúde que afetam mais comumente essa faixa etária. Além disso, pode levar a uma necessidade de ajustes na capacidade de atendimento do SUS, por conta do aumento das demandas nos serviços de saúde, com padrões mais elevados voltados aos idosos."
Em relação ainda a possíveis benefícios do PL ao SUS, o texto sugere a implementação de um prontuário digital por meio da alteração da Lei Orgânica da Saúde e determinação de que o poder público seja obrigado a manter uma plataforma com as informações dos pacientes das redes pública e privada. Assim, seria possível um compartilhamento de dados entre os sistemas, o que se traduziria na redução de desperdícios e consequente economia para todo o sistema de saúde.
Em compasso de espera
Segundo o Deputado Duarte Jr., atualmente estão ocorrendo reuniões com lideranças partidárias para discussão do PL. Também houve uma reunião com o Presidente da Câmara, Arthur Lira, que pretende se reunir com as operadoras de planos de saúde para ouvir suas reivindicações e contribuições.
Robba reforça em última análise sobre o parecer do PL que o documento evidencia a necessidade de que futuras políticas considerem esses pontos para garantir uma melhoria verdadeira e abrangente no setor de planos de saúde em benefício de todos os envolvidos.
"Estamos com um mercado de saúde suplementar batendo recordes de novos consumidores. É mais do que necessário que haja uma atualização da lei para dar mais segurança aos mais de 50 milhões de beneficiários que buscam nos planos de saúde a proteção para a própria saúde."
...............................
CANAL EXECUTIVO
Oncoclínicas e Cedro investem R$ 850 mi em Cancer Center em SP
São Paulo (SP) - A Oncoclínicas&Co e a Cedro Participações comunicam a celebração de parceria para desenvolvimento do primeiro complexo hospitalar de tratamento oncológico em São Paulo (Cancer Center), que será inaugurado em 2026. O investimento para construção e aquisição do terreno será de aproximadamente R$ 550 milhões, aportados pela Cedro Par, e R$ 300 milhões aportados pela Oncoclínicas para equipar o hospital.
O Contrato de Locação Atípico de Imóvel Não Residencial, sob a modalidade Built To Suit (BTS), tem duração de 30 anos e foi feito com fundo de investimento imobiliário integralmente detido pela Cedro Participações S.A. O empreendimento ficará localizado na Rua Vergueiro, 470, região central da cidade de São Paulo, em uma área de 48 mil m2 próxima a importantes vias da cidade, como Avenida 23 de Maio e Avenida Paulista e a apenas 300 metros da estação de metrô Vergueiro. Contará com aproximadamente 360 leitos.
O investimento, por parte da Oncoclínicas, associado sobretudo aos equipamentos e mobiliário, inclui um moderno parque de diagnóstico por imagem, anatomia patológica e genômica integradas, cerca de 20 salas para cirurgias de alta complexidade (incluindo robótica), ala dedicada a terapia celular, aceleradores lineares para radioterapia e cuidados continuados, além de pronto atendimento e centro clínico de especialidades complementares ao paciente oncológico como cardiologia, urologia, neurologia, entre outras.
O Cancer Center São Paulo representa uma das mais importantes iniciativas da Oncoclínicas&Co em direção ao seu objetivo estratégico de cobrir integralmente toda a jornada do paciente na cidade de São Paulo e região, onde já conta com oito unidades ambulatoriais, corpo clínico de mais de 120 médicos dedicados ao cuidado integral ao paciente oncológico, ampliando ainda mais a rede de serviços oferecidos aos mais de 3.400 profissionais médicos que a companhia se relaciona no estado. A Unimed Nacional terá o direito de co-investir no Cancer Center São Paulo com uma participação de 25%, atuando como um dos investidores e parceiros comerciais nesse empreendimento.
"A inauguração do primeiro Cancer Center em São Paulo faz parte da estratégia da Oncoclínicas de democratizar o acesso e fortalecer o cuidado completo ao paciente oncológico, oferecendo excelência e qualidade para o melhor desfecho clínico. Com este empreendimento estamos ampliando o modelo integrado do cuidado em busca do melhor resultado para os nossos pacientes, corpo clínico, companhia e seus investidores", ressalta Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas&Co.
Para Lucas Kallas, presidente do Conselho da Cedro Participações, "a parceria com a Oncoclínicas&Co para desenvolver o Cancer Center em São Paulo, além dos centros em Goiânia e nas proximidades de BH, reflete o compromisso da Cedro em contribuir de maneira sustentável e responsável para setores vitais do desenvolvimento social. Contribuindo da nossa forma com o propósito maior da Oncoclínicas: vencer o câncer".
..............................
AGÊNCIA SENADO
Senado volta a analisar desoneração da folha
Compartilhe este conteúdo no Whatsapp Compartilhe este conteúdo no Facebook Compartilhe este conteúdo no Twitter Compartilhe este conteúdo no Telegram Compartilhe este conteúdo no Linkedin
Da Agência Senado | 06/09/2023, 18h13
Construção civil é um dos setores beneficiados com a desoneração sobre a folha de salários
José Paulo Lacerda/CNI
‹
›
Proposições legislativas
Está de volta ao Senado o Projeto de Lei 334/2023, que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 31 de dezembro de 2027. O texto, do senador Efraim Filho (União-PB), foi aprovado com mudanças pela Câmara dos Deputados no final de agosto. Entre as mudanças feitas pela Câmara, está a que estende a diminuição da contribuição previdenciária a todos os municípios brasileiros. O texto aprovado pelo Senado restringia essa lista a municípios menores.
A desoneração da folha é um mecanismo que permite às empresas dos setores beneficiados o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários. Essa permissão foi introduzida há 12 anos para algumas áreas e há pelo menos dez anos abrange todos os setores hoje incluídos.
A ideia é que esse mecanismo reduza os encargos trabalhistas dos setores desonerados e estimule a contratação de pessoas. Atualmente, a lei só garante o benefício até 31 de dezembro de 2023, o que, segundo Efraim, causa insegurança jurídica ao setor produtivo. Após a aprovação do projeto pela Câmara, o senador disse que todos os envolvidos têm a ganhar com a desoneração.
— O maior desafio do Brasil, atualmente, é gerar emprego, não é arrecadar mais. Este projeto dialoga com quem produz, dialoga com sindicatos de trabalhadores, faz com que pais e mães de família e jovens que estão na fila do desemprego possam conquistar a oportunidade de trabalho e, com o suor do seu rosto, colocar o pão na mesa. É um projeto de ganha-ganha. É bom para quem produz, é bom para quem trabalha e consegue dar um encaminhamento importante para o Brasil — disse Efraim.
Para ele, a urgência agora é garantir a prorrogação, mas, no futuro, é preciso pensar em incluir novos setores nessas regras. Em audiência pública sobre a reforma tributária na última semana, Efraim já havia defendido a extinção dos impostos sobre a folha de pagamento para todos os setores. Essa discussão, contudo, só caberia numa segunda fase da reforma — a primeira (PEC 45/2019) ainda não foi votada pelo Senado.
— Está na hora de pensar não apenas em prorrogar esse benefício para 17 setores, mas, na segunda fase da reforma tributária, poder pensar em desonerar de forma ampla e universal todos os setores. É um imposto equivocado porque, quanto mais eu entrego, mais impostos eu pago. A mensagem correta seria o inverso: quanto mais empregos eu gerar, menos impostos eu vou pagar. É isso que a desoneração da folha de pagamento significa — afirmou Efraim, em entrevista ao comemorar a aprovação do projeto na Câmara.
Atualmente, os 17 setores alcançados pela medida são: confecção e vestuário, calçados, construção civil, call center, comunicação, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, TI (tecnologia da informação), TIC (tecnologia de comunicação), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.
Municípios
O texto aprovado na Câmara prevê a diminuição da contribuição previdenciária de todos os municípios, que também valerá até 2027 e terá uma variação de 8% a 18% de acordo com o Produto Interno Bruto (PIB) de cada cidade. Atualmente, a contribuição patronal por contratações pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de 20%.
O texto aprovado no Senado previa a alíquota de 8%, mas a quantidade de municípios era menor: a regra valeria apenas para aqueles com população inferior a 142,6 mil habitantes.
Renúncia
A renúncia fiscal com a desoneração no setor privado é estimada em cerca de R$ 9,4 bilhões, segundo o Ministério da Fazenda. No entanto, para o autor trata-se de uma política já existente, ou seja, o governo já não recebe esses recursos. Ele também afirmou que a desoneração gera R$ 30 bilhões em economia de recursos.
Uma preocupação de parlamentares contrários à medida é garantir que as empresas beneficiadas com a desoneração tenham que oferecer contrapartidas. Na Câmara, os deputados derrubaram um destaque que pretendia alterar o texto para proibir empresas beneficiadas pela desoneração de demitir sem justa causa ou reduzir o salário de seus empregados nos seis meses após o encerramento do novo prazo.
Artigo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) essa semana mostra que os setores desonerados cortaram vagas de trabalho formais entre 2012 e 2022 e não figuram entre os que mais empregam. A análise, realizada com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que nenhum dos desonerados aparece entre os sete setores que, juntos, ocupam mais da metade (52,4%) dos trabalhadores no Brasil.
Outra conclusão do Ipea é que, enquanto empresas privadas de outros setores expandiram em 6,3% seus empregos com carteira (+1,7 milhão) entre 2012 e 2022, os desonerados encolheram os seus postos de trabalho em 13% (-960 mil). No mesmo período, segundo o levantamento, o conjunto de todos os setores com folha desonerada reduziu sua participação no total de ocupados, de ocupados contribuintes da Previdência e de empregados com carteira do setor privado.
.....................
Assessoria de Comunicação