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Dia D – Diga Não à Desnutrição no associado Hospital Evangélico Goiano
Escrito por AdministradorO associado Hospital Evangélico Goiano recebe hoje equipes da Danone Nutricia e Nestlé para a demonstração de suplementos e ações educativas voltadas ao combate da desnutrição hospitalar.
O trabalho, que vem sendo realizado em hospitais da Ahpaceg, faz parte da campanha Junho Verde, criada há cinco anos pela Braspen (Sociedade Brasileira de Nutrição Enteral e Parenteral) para dar mais visibilidade à desnutrição hospitalar e combater esse grave problema.
E no Hospital Evangélico Goiano, as atividades, que começaram ontem, acontecem em clima de festa junina. Sob a coordenação das nutricionistas Vilma Alves e Camila Godim, foi montado o Arraiá de Combate à Desnutrição.
Desde ontem, 5, o evento vem movimentando o hospital com aulas voltadas à terapia nutricional e à prevenção e tratamento da desnutrição hospitalar. Hoje, 6, Dia D – Diga Não à Desnutrição, as atividades continuam com muita informação, degustação de produtos e muito aprendizado, que vão se refletir na melhoria da assistência aos pacientes.
Essa ação já foi realizada no associado Hospital Santa Mônica e, até o fim do mês, chegará a outros associados da Ahpaceg, como o Hospital de Acidentados, Hospital do Coração Anis Rassi, Hospital Ortopédico de Goiânia e Hospital Santa Helena.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Operadoras atraem clientes para planos de saúde ‘armadilhas’
Marido de grávida de 17 anos que morreu em hospital disse à polícia que adolescente foi medicada com remédio que ela tinha alergia: 'Gritou que era alérgica'
Neilton Araújo: “O SUS segue sendo ameaçado desde que nasceu”
Telemedicina e internet das coisas conectam salas cirúrgicas para procedimentos cardíacos em crianças
Cerca de 80% dos empregos da cadeia produtiva da saúde são de vínculos formais do setor privado
Problemas do setor de planos de saúde não são de hoje
Piso da enfermagem deveria ser alerta para Parlamento
Artigo- Pisos para uma federação heterogênea
Cremego vai recorrer à Justiça contra nota técnica que autoriza a inserção de DIU por enfermeiros
JORNAL OPÇÃO
Operadoras atraem clientes para planos de saúde ‘armadilhas’
Com 268% mais cancelamentos, planos de saúde coletivos são menos regulados pela ANS
Operadoras de planos de saúde têm incentivado clientes a aderirem aos planos empresariais, em vez de optar pelos planos individuais. A razão é a Lei 3.656, de 1998, que regulamenta o serviço e permite mais reajustes e cancelamentos unilaterais no caso dos planos coletivos. Uma análise dos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) feita pelo Jornal Opção revela que, em Goiânia, planos empresariais foram cancelados 268% mais do que os individuais ou familiares.
Os cancelamentos unilaterais já são objeto de questionamento em todo o Brasil. Em 19 de maio, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu investigação contra a Unimed Nacional, após uma série de denúncias de cancelamentos unilaterais dos planos de pacientes com autismo, cujo tratamento é extenso e dispendioso. A Lei 3.656 permite que empresas cancelem os planos coletivos, caso haja previsão em contrato.
Segundo dados da ANS, o número de beneficiários dos diferentes tipos de contratações da Unimed Goiânia é semelhante: 161.778 beneficiários em planos empresariais e 158.112 em individuais. Entretanto, até 2 de junho de 2023, mas muito mais clientes dos planos empresariais foram cancelados: 4.190, contra apenas 1.561 nos planos individuais ou familiares. Isto é, 2,5% dos contratos de planos empresariais da Unimed Goiânia foram cancelados, enquanto apenas 0,98% dos contratos individuais foram cancelados.
Outro recorte significativo é o de crianças e idosos, dependentes ou aderidos aos diferentes tipos de contrato, que são cancelados. Desde o início dos registros, a Agência Nacional de Saúde Suplementar registrou que a Unimed Goiânia cancelou 942 contratos para crianças ou idosos nos planos empresariais e 590 nos planos familiares. Proporcionalmente, isso significa que, no universo das contratações empresariais, 2% dos cancelados têm menos de 18 ou mais de 61 anos. No grupo dos contratos individuais ou familiares, apenas 0,9% dos cancelados são crianças ou idosos.
A explicação
As razões para o fenômeno são explicadas por Roberto Augusto Pfeiffer, do Departamento de Direito Comercial da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). “A população está envelhecendo e o custo da medicina subiu”, afirma o professor. “Hoje, você tem novas alternativas de tratamentos e medicamentos, e o direito de acesso aos procedimentos caros frequentemente tem de ser garantido na Justiça.” Neste cenário, a oferta de planos coletivos e empresariais aumentou, justamente porque são menos regulados pela ANS.
O professor Roberto Pfeiffer afirma que, apesar de a mensalidade inicial dos planos coletivos ser menor, esse tipo de contratação sofre muito mais reajustes. Isso acontece porque a Lei 3.656 estabelece um limite de reajustes apenas para os planos familiares, mas não há teto para os coletivos empresariais. “É praticamente uma armadilha”, diz Roberto Pfeiffer.
O professor alerta ainda para o fenômeno dos “planos falsos coletivos”. Ele explica que os planos empresariais às vezes envolvem empresas com milhares de funcionários, mas às vezes são planos feitos para empresas pequenas. As operadoras perceberam que os beneficiários de pequenos planos coletivos têm muito menos poder de negociação. “Na prática, essas pessoas têm de se submeter aos reajustes impostos.” A Unimed Goiânia anunciou em maio um plano empresarial para CNPJs com dois funcionários.
Lei em reformulação
Há mais de dezessete anos, tramita no Congresso um Projeto de Lei (PL) para reformular o texto de 1998 que regula os planos de saúde no país. Mais de 260 propostas e adendos já foram apensados ao PL, que hoje tramita em regime de urgência para análise em plenário na Câmara dos Deputados.
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PORTAL G1
Marido de grávida de 17 anos que morreu em hospital disse à polícia que adolescente foi medicada com remédio que ela tinha alergia: 'Gritou que era alérgica'
Medicamento aplicado foi o Buscopan, de acordo com o registro policial. Francielly Guedes dos Santos Ferreira, de 17 anos, sofreu três paradas cardiorrespiratórias, sendo reanimada duas vezes e morrendo na terceira tentativa.
Por Pedro Moura, g1 Goiás
A adolescente Francielly Guedes dos Santos Ferreira, de 17 anos, que morreu após dar à luz no Hospital Municipal de Nova Crixás, no norte goiano, foi medicada com Buscopan momentos antes de morrer na unidade de saúde. Segundo o boletim de ocorrência, feito pelo marido da vítima, Junio Cesar Luiz, a mulher era alérgica ao medicamento e até “gritou” às enfermeiras para que não aplicassem o remédio nela devido a alergia, porém, foi ignorada.
O g1 entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) por e-mail para que se posicionasse, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Conforme o boletim feito nesta segunda-feira (5), depois de ser medicada com Buscopan, Francielly sofreu três paradas cardiorrespiratórias, sendo reanimada por duas vezes, vindo a óbito na terceira tentativa. Junio diz no documento que a morte foi provocada pelo medicamento aplicado de forma indevida pelos profissionais do hospital, após a vítima se queixar de dores pós-parto.
O viúvo afirma, de acordo com o documento, que depois da morte da esposa, os funcionários da unidade de saúde “estavam nervosos e falando demais”. O médico e as enfermeiras, inclusive, também apresentaram “informações desconexas quanto ao motivo do falecimento de Francielly”.
A família também foi pressionada pela equipe para que retirassem “logo” o corpo da vítima do hospital, devido ao tempo em que ela estava morta. Junio reforçou à Polícia Civil (PC) que a unidade de saúde, provavelmente, teria acionado a funerária para “forçar” a retirada do corpo de Francielly do local.
Morte
A jovem morreu no último dia 1º. Os parentes dela contaram que, desde o dia 27, Francielly estava com sangramentos e dando entrada ao hospital, mas só cinco dias depois aconteceu a internação.
“Minha filha entrou com as próprias pernas dela para ganhar um bebê e saiu em um caixão e não tem explicação do que ela morreu”, desabafa pai, Nilson Alves Ferreira dos Santos.
Na declaração de óbito, a causa da morte é informada como hipóxia cerebral (falta de oxigenação no cérebro) como consequência de causa desconhecida. Ela foi velada e sepultada na sexta-feira (2). O bebê da adolescente, por outro lado, sobreviveu e se encontra aos cuidados da família.
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JORNAL OPÇÃO
Neilton Araújo: “O SUS segue sendo ameaçado desde que nasceu”
Assessor do Ministério da Saúde aponta que a pandemia da Covid-19 trouxe visibilidade, mas não diminuiu os ataques ao sistema
Assessor do Ministério da Saúde, Neilton Araújo é um médico e líder político tocantinense que percebe, no momento atual, estar o Brasil resgatando a participação popular na elaboração de políticas públicas – processo que, segundo ele, sofreu um desmantelamento sistemático nos últimos tempos. “Em cinco, seis anos, as políticas públicas todas foram muito desmontadas, com retrocessos em arranjos institucionais, diminuição de financiamento, negação da ciência, um monte de coisas terríveis”, comenta o médico, observando que o campo da saúde foi o que mais resistiu ao desmonte institucional.
Neilton Araújo aponta que o descaso com a saúde causou profundos prejuízos. “No governo passado, perdemos mais de R$ 2 bilhões em vacinas que eles demoraram a comprar. Mesmo depois de comprar, não fizeram o trabalho de mobilização que sempre houve”, lamenta o assessor, que aponta a reorganização do Sistema Único de Saúde (SUS), no que diz respeito à recuperação dos índices de vacinação em massa que levaram o Brasil a ser referência mundial, como um dos grandes desafios da Saúde.
O assessor fez questão de destacar o comprometimento dos líderes tocantinenses que participaram de forma efetiva das conferências municipais de saúde. “Aqui no Tocantins isso foi um processo extremamente vitorioso. Fomos um dos Estados que conseguiram fazer 100% das conferências municipais. Agora, a etapa estadual vai tirar 56 delegados para ir à etapa nacional”, ressalta o médico, que esteve no Estado especialmente para acompanhar a realização da Conferência Estadual de Saúde.
Neilton Araújo de Oliveira é médico especialista em Saúde Pública e em Políticas e Estratégias Nacionais. Também tem mestrado em Saúde Coletiva e Doutor em Ciências (Ensino de Biociências e Saúde) e é professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), onde coordenou a criação do curso de Medicina, com uma proposta inovadora: criou e coordenou o Núcleo de Estudos da Saúde no Tocantins (Nest-UFT) e colaborou na criação de outros cursos de saúde da UFT e na articulação intersetorial Educação, Saúde e Desenvolvimento Regional. Araújo também tem passagem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); foi diretor substituto de Programa e secretário-executivo do Ministério da Saúde. É militante ativo do SUS e da promoção da cidadania. Em Palmas, foi secretário de Saúde, além de candidato a governador do Tocantins pelo PT em 1994.
Nesta entrevista exclusiva ao Jornal Opção, Neilton Araújo fala da importância da retomada da Conferência da Saúde, que deve inspirar conferências de outros segmentos e reanimar os movimentos sociais. Neilton fala ainda dos motivos que o levaram a abandonar a militância partidária e ideológica e focar na luta pela democracia por meio na militância social na área da saúde. A entrevista foi concedida durante um intervalo da Conferência Estadual da Saúde, realizada nos dias 31 de maio e 1º de junho no Parque Arnaud Rodrigues, em Palmas.
Como o sr. avalia a volta das Conferências da Saúde, depois de um período de desmobilização da participação popular nas políticas públicas?
A saúde é uma área muito estratégica. Historicamente sempre teve uma participação maior da sociedade. A 8ª Conferência, em 1986, foi num processo de reconstrução democrática. Era a oitava, mas foi a primeira que contou com a participação da sociedade. Ou seja, a população ocupou os espaços. Hoje, nós estamos vivendo um contexto semelhante. Nos últimos cinco, seis anos, as políticas públicas todas foram muito desmontadas, com retrocessos em arranjos institucionais, diminuição de financiamento, negação da ciência, um monte de coisas terríveis. E a saúde foi o campo, considero, que mais resistiu. Por exemplo, fizemos a 16ª Conferência da Saúde ainda em 2019, no começo desse período complicado. O Conselho Nacional de Saúde (CNS) foi o único a não ser desmantelado. Os demais conselhos – de Direitos Humanos, Pessoa Idosa, Consea [Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional], tudo foi desmantelado. Nós resistimos, defendendo sempre a participação da sociedade. Ouvir a população é direito, temos história, temos desafios.
A [17ª] Conferência Nacional da Saúde foi convocada ainda em 2020. Conferência é um processo. Muita gente acha que conferência é só aquele momento de reunião. Ali é um momento de síntese, mas há todo um processo: mobilização, debate… A saúde, as políticas públicas e o próprio governo, em minha avaliação, comunicam mal. Nós precisamos trabalhar melhor essa questão. Precisamos ver as coisas de maneira mais direta, mais inteligível, compreensível, de modo que a população se sinta parte do processo. Aqui no Tocantins tivemos um processo extremamente vitorioso. Fomos um dos Estados que conseguiram fazer 100% das conferências municipais e, agora, a etapa estadual. Vamos tirar 56 delegados para ir para a etapa nacional. No Conselho Nacional de Saúde, estou na mesa diretora há sete anos e sou da comissão organizadora da conferência, como fui da 9ª, da 11ª, da 15ª e da 16ª.
Não tem saúde se não tiver moradia decente, transporte adequado, esse é um debate político
Como está sendo a retomada do processo de ouvir a sociedade na definição das políticas públicas de saúde?
Combinamos de fazer o que estamos chamando de conferências livres. Cada segmento ou movimento ou instituição faz uma conferência de saúde livre, no tema que quiser, identificado com o temário da conferência nacional. Desde que tenha participantes de nove Estados brasileiros e de pelo menos três regiões, essa conferência livre pode tirar delegados diretamente para a etapa nacional, sem passar pela via ascendente. Então, esse processo capilarizou demais a participação da sociedade. Além de ser um campo de resistência, de formação, a saúde é o campo mais plural, onde se trabalha mais a articulação intersetorial, interdisciplinar, interpolítica, porque saúde é multideterminada pela moradia, transporte, condições de vida, saneamento básico, cultura. Não tenho como fazer saúde se não tiver moradia decente, transporte adequado, então esse é um debate político, não político-ideológico, mas político organizador da sociedade, promotor do desenvolvimento. Isso nós estamos travando com a sociedade, com a academia, com o Judiciário, com as mídias.
Fiz agora um seminário em Palmas com jornalistas de várias instituições para discutir comunicação, saúde e participação social. Porque a comunicação também não entende essa dimensão ampliada da saúde. Nós temos de ganhar esses profissionais da comunicação para nos ajudar nessa discussão mais popularizada. Aí os problemas são muitos. Situação simples, solução simples; situação complexa, solução complexa. Então nós temos de ter serenidade, temos de ter diálogo, e esta é uma coisa boa: o governo que se instalou agora em janeiro reabriu as portas do diálogo. Está ouvindo governadores, universidades, movimentos de trabalhadores. Está ouvindo a população, os indígenas, rediscutindo políticas públicas. Eu falo muito que o problema não é governo A ou B, partido A ou B, a questão é projeto. Qual é o projeto? Esse projeto está a favor de quem? Esse projeto está voltado para beneficiar quem? Em uma conferência, vamos discutir o que queremos, como faremos, com quem vamos estar juntos para construir isso e para quem. Essa é uma novidade que está ocorrendo este ano, com uma dinamização muito grande. E essa Conferência Nacional de Saúde vai servir inclusive de estímulo para conferências setoriais. Você vai ver o tanto de conferências que vão ocorrer agora a partir do sucesso da 17ª Conferência Nacional de Saúde.
Como o sr. avalia essa reorganização do sistema de saúde com a participação popular pós-pandemia, período que evidenciou a importância do SUS?
O SUS, desde que nasceu até hoje, continua ameaçado. A Covid-19 deu uma visibilidade enorme para o sistema. Ah, se não fosse o SUS! Mas isso não diminuiu os ataques ao SUS nem seus desafios. Então, a pandemia ao mesmo tempo impactou a vida de toda a população mundial, de todos os países, mas ela também está nos ensinando alguma coisa. Precisamos retomar a participação da sociedade não como um favor, não como uma ajuda, mas como um arranjo institucional para as políticas públicas. Vivemos num país em que 70% dos municípios têm menos de 20 mil habitantes; 51% dos municípios brasileiros têm menos de 10 mil habitantes. Aqui no Tocantins é mais ainda: 82% dos municípios têm menos de 10 mil e 54% tem menos de 5 mil habitantes. Não preciso pensar cada município desses com um grande centro revolucionário de alta complexidade em saúde, mas eu preciso organizar o sistema. A atenção básica e de média complexidade, uma cirurgia de urgência, um tratamento de alta complexidade, isso daí são 20% só das necessidades da saúde da população. O restante, 70%, 80% das necessidades, é atenção básica. Então, como eu arranjo isso numa parceria com o governo federal e o governo do Estado? Cada um tem uma competência, tem uma autonomia, mas as responsabilidades são solidárias. Não pode ser divergente, competidora, concorrente, tem de ser sinérgica. O Estado e o município não precisam disputar o mesmo espaço. Um vai apoiar o outro. Quanto mais funcionar bem na atenção básica, menos vai precisar da urgência e da emergência. Quanto mais o Estado apoiar os municípios, menos vai sobrecarregar a alta complexidade. Então, isso ainda estamos por construir. Muitos secretários municipais ou estaduais às vezes não fazem as coisas, não porque não queiram, mas porque não têm conhecimento disso. E a população também não, porque a população só olha o dedo machucado, o dente doendo, não vê o conjunto.
Nós vivemos, na pandemia, uma exacerbação do individualismo, do eu, do vale tudo, do ódio, no negacionismo da verdade, da ética, da ciência, tivemos graves problemas na vacinação. Então, nós temos não só de recompor os serviços organizacionais da saúde: temos de retomar todo um processo de comunicação, de educação, de mobilização, de acordo com as características de cada território. O nosso arranjo aqui no Tocantins vai ser diferente em relação ao de São Paulo, ao de Goiás, assim por diante. Os governos, tanto o federal quanto o estadual e os municipais, bem como os conselhos de saúde, precisam compreender melhor seu papel. Conselheiro não é só para cobrar coisas, não; é também para fazer o caminho de volta, a devolutiva. A conferência vai deliberar prioridades e desafios que vão ser encaminhados para o nível nacional, mas muitos são do âmbito estadual e municipal. Como é que eu devolvo isso para o território? Tenho de levar agora o resultado desse debate para o plano estadual de saúde, para o PPA [plano plurianual], tenho de discutir com a Assembleia Legislativa, tenho de discutir com as câmaras de vereadores, tenho de informar isso para a imprensa, tenho de debater isso nas universidades que estão formando profissionais de saúde, para eles entenderem.
O Tocantins é o Estado que tem mais vaga de Medicina por habitante no Brasil
A propósito da formação do profissional de medicina, como o sr. avalia essa particularidade do Tocantins em relação à grande concentração de faculdades médicas?
O Tocantins é o Estado que tem mais vaga de Medicina por habitante no Brasil. Eu até não questiono muito essa questão de números. Questiono a formação que nós estamos fazendo para estes médicos. Para onde eles estão indo depois de formados? Porque, se eles ficam aqui, se vão para os municípios onde não têm profissionais, vão para o sertão, vão para os territórios indígenas, tudo bem. Mas, se eles saem daqui para voltar especialistas, engrossar a fileira dos especialistas que não têm alcance para a população e que não estão no serviço público, então não tem nenhuma política associada. É preciso fazer essa articulação e integração, ter coragem de definir prioridades, discutir isso francamente com a população, com a comunidade, com os profissionais de saúde. Essa é uma compreensão que os conselhos de saúde precisam ter, mas principalmente os gestores, porque eles têm mais poder de interlocução, mais poder de mobilização e precisam fazer essa discussão intersetorial, interinstitucionalmente, para a gente poder avançar.
As campanhas de vacinação de massa eram um orgulho. O governo federal abdicou disso e alimentou o medo
A queda na cobertura vacinal do Brasil é o típico caso da necessidade de uma comunicação estratégica para devolver aos brasileiros a confiança na imunização?
É um exemplo estratégico. O PNI [Plano Nacional de Imunizações] está fazendo 50 anos. Em 1973, nós criamos o PNI. Até 2020 eu dizia que no PNI ninguém tinha a coragem de mexer, por ser uma política de Estado e não de governo. Partido nenhum, governo nenhum, tinha coragem de mexer. Pois mexeram. E mexeram por meio da negação da ciência, das fake news, ou seja, comunicação sendo usada como não deveria. A comunicação por meio das redes sociais, com as fake news, foi usada para botar medo nas pessoas usando a vacinação, que é um patrimônio da ciência brasileira. Nós temos o maior programa de vacinação do mundo. Estamos agora reconstruindo esse patrimônio. No governo passado, perdemos mais de R$ 2 bilhões em vacinas, que eles demoraram a comprar e, depois de comprar, não fizeram o trabalho de mobilização que sempre fazíamos. As campanhas de vacinação de massa eram um orgulho, uma propriedade do SUS brasileiro. O governo federal abdicou disso e, pior, colocou receio, alimentou o medo que as pessoas já têm. Estamos recuperando e tendo de recompor as altas coberturas de vacinação, porque têm muitas doenças que nós só conseguimos erradicar no Brasil com vacinação. O sarampo já voltou. O vírus da paralisia infantil [poliomielite] está reaparecendo em vários países novamente. Então nós temos de rapidamente elevar as taxas de coberturas. É possível fazer isso só com o governo? Só com o Ministério da Saúde, só com as secretarias de Saúde? Não. A gente faz isso com todo mundo, principalmente com a comunicação correta. Uma comunicação bem focada, estrategicamente colocada. Então, temos de fazer esse trabalho de novo, intersetorial. Esse trabalho de mobilização local, regional e federal. Tudo junto num processo de propriedade coletiva. Não podemos dar essa autoria dessas conquistas para governo A, B ou C. Isso é propriedade coletiva. Propriedade dos governos, propriedades dos trabalhadores da saúde, é propriedade da comunidade. Nós temos de construir essa identidade. Mais uma vez eu considero que a comunicação é um instrumento poderoso e principalmente estratégico e prioritário para a gente utilizar neste momento agora.
Foram cem dias do novo governo recompondo programas que já eram consolidados e que foram destroçados. Mas agora está na hora de fazer coisas novas. O Mais Médicos voltou, o Zé Gotinha voltou, vamos fazer o lançamento da nova Farmácia Popular com maior abrangência. Recuperamos o vínculo com a saúde indígena. O Brasil apresentou agora, na Assembleia Mundial da Saúde, semana passada, uma proposta. A Organização Mundial de Saúde (OMS) [organismo das Nações Unidas] aprovou uma política de saúde indígena mundial. Então, temos muitas novidades para fazer, neste momento de efervescência das conferências. É preciso também que cada pessoa que está na conferência, numa etapa dessas, leve de volta essas informações para sua comunidade.
Não posso discutir hospital de urgência se não discutir o programa todo
Como o sr. avalia a crise na saúde de Palmas, que o sr. conhece bem, com o anúncio da construção do Hospital de Urgência e Emergência, aliás, uma promessa antiga?
O SUS tem seus princípios fundamentais da integralidade, da universalidade, da equidade e do controle social. E tem as diretrizes organizacionais – regionalização, municipalização e hierarquização de funções – num processo crescente. Isso tudo está nas leis, precisamos alterar isso na prática. A gente avançou muito na municipalização, mas a gente avançou pouco na regionalização. E num País tão diverso, tão grande como o nosso, descentralizar não pode ser A ou B, tem de ser A e B. Eu tenho de fazer o acesso ao menor município ocorrer, mas eu tenho de fazer também a oferta de serviço em termos de escala. Eu não posso colocar um hospital de alta complexidade em município de 2 mil, 3 mil habitantes. Mas eu preciso pactuar isso com os gestores estaduais, municipais e governo federal. Preciso negociar isso com a sociedade como um todo e informar isso corretamente. O que eu vejo é que nós ainda estamos vendo predominar uma concorrência entre Estado e município. Tem de haver uma sinergia. O Ministério da Saúde também fez e ainda faz, em alguns momentos, concorrência. Até porque às vezes o governo estadual é de um partido, o federal é de outro, o município de outro. Nós temos de ir por cima dessas questões. O trabalho é sinérgico. Definir o que é competência de cada esfera. O Ministério da Saúde não tem de fazer ação local. O governo estadual, quanto mais apoiar a atenção básica, menor fica a carga dele na assistência de maior complexidade. Agora, serviços de saúde, representam somente 10,8% dos fatores que impactam a saúde de uma comunidade; 19% são fatores ambientais, 20% é a genética da pessoa e 51% é estilo de vida. Eu tenho de discutir com a comunidade, de novo, estilo de vida, relacionamento fraterno, exercícios físicos, redução de sal e açúcar. Isso se faz no dia a dia, na atenção básica, na universidade, nas escolas. É preciso ter uma articulação forte entre saúde e educação porque a gente vai informar as crianças, os jovens, as famílias. Então eu não posso discutir hospital de urgência em qualquer lugar do mundo, muito menos no Brasil, se não discutir o programa todo, o arranjo todo, o desenho todo. Eu tenho de discutir quem vai cuidar disso e daquilo e entendendo que, mesmo eu cuidando de um pedaço, aquele outro pedaço é tão importante quanto, que somos parceiros nessa construção. Isso eu acho que está faltando entre os diferentes gestores. Falta entre os políticos, falta entre os governantes, seja o prefeito, seja o governador, seja o governo federal. O Tocantins, comparado a outros Estados, é ainda pequeno. Temos um território grande, com potencialidade na agricultura, uma pecuária muito forte, mas somos uma população de 1,5 milhão de habitantes, não estamos nos últimos lugares de pobreza, temos uma economia, temos uma rede de estradas muito boa, temos duas bacias hidrográficas poderosas, o Araguaia e o Tocantins, temos sol, temos um monte de coisas que poderiam nos deixar mais bem colocados. E a saúde é um campo de maior articulação, de maior integração. É preciso integrar políticas com assistência, com desenvolvimento e com comunicação constante para todo mundo.
O Hospital de Urgência é necessário? É. Mas para fazer o quê? Junto com esse hospital, com quem vou organizar para não ter lá uma unha encravada que posso resolver na atenção básica? Uma diarreia que eu possa resolver sem remédio nenhum, só com orientação? Muitas vezes as pessoas fazem uma inversão de valores: 80% dos problemas de saúde de uma comunidade se resolvem no âmbito da atenção primária de saúde, com uma educação em saúde, com informações, com orientação, com limpeza de terrenos, com saneamento básico, com orientação alimentar, com escolas. Então, está faltando esse tipo de exercício em muitos dirigentes – e até não é por má vontade, é porque eles desconhecem isso. Então nós também estamos aproveitando as conferências para abrir este debate.
Estamos propondo aqui para o Tocantins, depois da etapa nacional, termos um grande seminário, promovido pelos governos, pelas universidades, principalmente as públicas, pela Superintendência do Ministério da Saúde, pelo Judiciário, pelo Ministério Público, pelos meios de comunicação. O tema: a saúde indígena no Tocantins. Vamos chamar todo mundo. Vamos chamar os distritos sanitários indígenas, os representantes das comunidades indígenas, não vamos fazer as coisas que achamos a partir de nossa cabeça. Vamos perguntar a eles o que estão sentindo. Vamos ver se o que está de acordo com nossa prioridade e trabalhar com eles as necessidades que às vezes têm, mas não estão sentindo ainda e que são tão importantes quanto as que eles estão manifestando. Então, essa discussão precisa ter boa vontade. Precisa haver abertura. Precisa eu falar, juntar todo mundo, e aí o papel das universidades é muito importante porque são instituições plurais. O Conselho Estadual de Saúde tem um papel importantíssimo, porque agrega usuários, trabalhadores, prestadores de serviços e gestores de saúde. A gente tem de fazer isso nos próximos meses.
O sr. é um militante ideológico histórico, um quadro respeitadíssimo no meio progressista. O que o fez desistir da militância partidária?
Eu fui, entre outros companheiros, um dos principais articuladores e construtores do PT no Tocantins. Eu era da direção nacional e saí do PT no auge do partido. Lula estava reeleito para o segundo mandato e eu saí porque a luta da saúde era muito mais ampla, e a luta partidária estava me tolhendo. Fiquei fora. A questão partidária é um instrumento, mas você tem outros instrumentos. Depois, achei que era uma boa oportunidade reconstruir o PSB aqui no Estado. E fizemos isso. O PSB tinha três prefeituras, na próxima eleição fomos para 16 prefeituras, 4 das maiores cidades. Com o quê? Com a visão da participação, principalmente da juventude. Agora, têm três anos que eu de novo vi que a atuação partidária limitava minha atuação sanitária plural. Então, priorizei minha estrada de sempre, a militância da saúde púbica, a saúde como espaço de debate, como espaço de articulação, de mobilização e de revolução. A saúde é a área mais plural, mais multideterminada, mais difícil de trabalhar, mas não tem nenhuma que produza tanto resultado do ponto de vista da cidadania, do ponto de vista da organização da comunidade, como a saúde. Eu acho que nós estamos precisando de mais e mais, principalmente de jovens. Quando eu comecei nesta luta, há 48 anos, ela já estava na estrada, muitos companheiros a iniciaram. Hoje, nós estamos precisando atrair mais jovens para continuar essa luta, que é permanente. A luta da democracia, a luta contra a desigualdade social e pela inclusão social. Isso é uma luta de todos e tem de ser permanente. A área da saúde está num momento extremamente visível, mas precisa se fortalecer mais, com melhor assistência, com melhor organização, com mais prevenção, com mais e melhor comunicação com a sociedade.
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SAÚDEBUSINESS
Telemedicina e internet das coisas conectam salas cirúrgicas para procedimentos cardíacos em crianças
Projeto lançado pelo Instituto do Coração com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Cisco desenvolveu sistema para telemonitoramento do ato cirúrgico
O InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – HCFMUSP) realizou o lançamento oficial de uma plataforma de telemedicina voltada para teleorientação de cirurgias de alta complexidade, uma iniciativa inédita no país, para integração de equipes cirúrgicas de hospitais públicos. O projeto é fruto de uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a empresa de tecnologia Cisco Brasil.
O Telemonitoramento do Ato Cirúrgico (TAC), desenvolvido pelo Núcleo de Inovação do InCor (InovaInCor), utiliza tecnologias de colaboração interativa, videoconferência, óculos inteligentes e Internet das Coisas (IoT). Essas ferramentas são utilizadas para conexão e comunicação de equipes cirúrgicas que estejam distantes, o que possibilita a troca de informações, experiência e orientação antes, durante e depois da cirurgia de casos complexos. A plataforma foi testada em cirurgias cardíacas pediátricas, entretanto, pode ser empregada por diferentes especialidades cirúrgicas.
“A colaboração do InCor, que é um centro de referência em cirurgias cardíacas, com apoio do MCTI e expertise da Cisco, que é referência em tecnologia, permitiu o desenvolvimento de uma solução para equipes médicas afastadas geograficamente e que podem se beneficiar da troca de informações e habilidades para cirurgias de casos complexos. Este é um projeto concebido, estruturado e executado sob a perspectiva da Saúde Digital e dos marcos regulatórios da Telessaúde e Telemedicina aplicada”, afirma Prof. Dr. Fabio Biscegli Jatene, Diretor da Divisão de Cirurgia Cardiovascular e Vice-Presidente do Conselho Diretor do InCor.
As cirurgias colaborativas foram realizadas pelo InCor e o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) que, desde o final de 2022, já realizou 15 procedimentos.
Parceria e acesso
Além da HU-UFMA, outras instituições estão previstas para aderir ao projeto nos próximos meses, e serão equipadas com soluções da Cisco, desde câmeras inteligentes de alta resolução, até o sistema de colaboração Webex, que possibilitam a troca de informações e colaboração entre as equipes, em tempo real, permitindo a rápida tomada de decisão durante o ato cirúrgico. Além disso, todas as cirurgias ficam gravadas e podem ser utilizadas posteriormente para análise e capacitação de médicos residentes e profissionais da saúde, colaborando com a formação e aperfeiçoamento de novos especialistas.
“Desde o primeiro procedimento observamos o impacto desta solução, quando uma extensão do problema cardíaco do paciente foi sugerida pela equipe que acompanhava de São Paulo o ato no Maranhão. Os cirurgiões puderam investigar e confirmaram a suspeita, realizando uma intervenção na mesma cirurgia e evitando a necessidade de uma reoperação”, ressalta Guilherme Rabello, Head de Inovação do InovaInCor.
Outro benefício do projeto é o impacto direto na jornada do paciente, que não precisa se mobilizar até um centro de referência longe de sua residência para receber tratamento cirúrgico de alta complexidade.
O InCor é uma das instituições parceiras da Cisco no escopo do programa Brasil Digital e Inclusivo (BDI), lançado pela empresa para inovação e digitalização de setores essenciais do país, como a saúde pública. “Estamos transformando em realidade a visão e o conceito de cirurgias híbridas colaborativas, e acreditamos que isso é só o começo da grande transformação que temos pela frente no setor de saúde”, afirma Rodrigo Uchoa, diretor de Digitalização da Cisco Brasil.
Neste momento, a plataforma TAC está implantada e validada, sendo um projeto pronto para expansão a outros hospitais que se beneficiarão desta solução. “Estamos satisfeitos em projetar uma solução que tem por objetivo contribuir para a qualificação de centros cirúrgicos pelo país, que poderão atender mais rapidamente às necessidades regionais de pacientes e fortalecer o sistema de saúde nacional a partir de tecnologias colaborativas”, destaca a Dra. Rosangela Monteiro, Gerente de Inovação e uma das idealizadoras do projeto.
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Cerca de 80% dos empregos da cadeia produtiva da saúde são de vínculos formais do setor privado
A cadeia produtiva da saúde contabilizou 4,7 milhões de empregos no País nos últimos três meses encerrados em fevereiro deste ano. Desses, 3,8 milhões, correspondente a 80% do total, são de oportunidades formais com carteira assinada do setor privado – o restante, 949,2 mil, estão vinculadas ao setor público. As informações são do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde nº 63, publicação do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
O estudo considera os setores público e privado, bem como empregos diretos e indiretos e mostra que na região Sudeste estão concentrados quase metade dos empregos do setor: 2,3 milhões de vínculos. Em seguida aparece o Nordeste (932,7 mil), Sul (695,4 mil), Centro-Oeste (493,6 mil) e Norte (272,8 mil).
O setor apresentou um comportamento adverso ao observado durante o ano de 2022, no qual houve períodos consecutivos de alta. Desta forma, com exceção do Nordeste e Sul, que ficaram estáveis, as demais regiões do País apresentaram taxa de variação negativa entre novembro de 2022 e fevereiro deste ano – Centro-Oeste (-0,9%), Norte (-0,6%) e Sudeste (-0,4%).
O superintendente executivo do IESS, José Cechin, explica que “na comparação trimestral, houve leve redução (-0,3%) no volume total de empregos gerados, puxado principalmente pelo setor público, que teve queda ainda maior (-2,1%) no trimestre”, observa.
Em relação ao fechamento mensal, registrado em fevereiro, houve saldo positivo de 18,1 mil oportunidades na cadeia da saúde, considerando a diferença entre admitidos e desligados. O setor privado teve saldo de 8,9 mil e o público de 9,1 mil empregos.
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ESTADÃO
Problemas do setor de planos de saúde não são de hoje
O setor de saúde suplementar está com problemas e não é de hoje. De um lado, empresas que oferecem planos aos seus colaboradores enfrentam enormes aumentos de preços. Paradoxalmente, as operadoras dos planos enfrentam déficits crescentes. Não foi por falta de aviso. A equação econômica do setor, que é essencial para o acesso das famílias a serviços médicos privados, não se equilibra. sobre economia ANS suspende comercialização de 32 planos de saúde após reclamação de clientes; veja quais
Amil aposta em plano de saúde individual mais enxuto para reverter perdas bilionárias
Antônio Penteado Mendonça: Planos de saúde privados, nem mocinhos nem bandidos Em 2015, realizamos um estudo sobre a saúde suplementar no Brasil e as conclusões se revelaram premonitórias. Uma das causas de seu desequilíbrio, que ocorre no mundo inteiro, é o custo crescente da saúde decorrente do envelhecimento da população e do uso de procedimentos mais sofisticados. O estudo apontava também que a atuação do poder público é uma das fontes de desequilíbrio. Em razão da importância desse mercado, o governo passou a regulá-lo de modo mais restritivo. Foram ampliadas as coberturas, resultando, por exemplo, na quase extinção da oferta de planos individuais. As incertezas ligadas à crescente "judicialização" da saúde também contribuíram.
Nossa proposta em 2015 era criar uma agenda de reformas em três frentes: (i) ampliação da transparência do mercado; (ii) alinhamento de incentivos dos diversos agentes do setor; e (iii) promoção da competição, facilitando troca de planos e entrada de novos ofertantes.
Passados oito anos, o que se vê é uma caminhada em direção oposta. Por exemplo, em 2022, a Lei 14.454 ampliou a cobertura obrigatória dos planos, exigindo procedimentos e tratamentos que não constam na lista de referência básica da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O cenário em 2023 é preocupante, com uma grande operadora anunciando sua saída do setor e outras com enormes perdas. Grandes grupos estão vendendo imóveis e renegociando dívidas. A sinistralidade tem subido. As operadoras encontram dificuldades crescentes para repassar aos segurados o aumento dos custos.
A insolvência de planos de saúde tem graves consequências. Instituições são diretamente afetadas, com risco de demissões e queda na geração de renda e arrecadação. Ainda mais grave, o encolhimento do setor reduziria o acesso da população a serviços privados de saúde, gerando maiores pressões sobre o sistema público.
Resta-nos repetir a conclusão de 2015: a complexidade do setor de planos de saúde e sua importância para a sociedade tornam imperativa a busca por um melhor funcionamento da cadeia. Políticas que não levem em conta problemas estruturais atuais tendem a agravar os desafios, propagar distorções e condenar o setor.
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GLOBO ONLINE
Piso da enfermagem deveria ser alerta para Parlamento
Não parece ter limite a desconexão da realidade que toma conta dos grupos organizados com capacidade de pressão política. Tramitam no Congresso, de acordo com levantamento do site Poder360, nada menos que 148 propostas para criar pisos salariais para 59 categorias profissionais, 133 na Câmara e 15 no Senado. A exemplo do piso nacional instituído para a enfermagem, proliferam propostas que tentam garantir remuneração mínima para toda sorte de ocupação.
Estão na lista psicólogos, médicos, dentistas, veterinários, biólogos, histotecnologistas, técnicos agrícolas e industriais, agentes comunitários, assistentes sociais, professores, educadores físicos, instrutores de artes marciais, operadores de telemarketing, costureiras, nutricionistas, fisioterapeutas, garçons, farmacêuticos, vigilantes, mecânicos e, naturalmente, os onipresentes bombeiros e policiais. Felizmente, até agora a única tentativa que deu certo foi a dos enfermeiros. Ela revela tudo o que há de absurdo nessas iniciativas.
A ideia de gravar o patamar mínimo de remuneração na lei ou na própria Constituição não tem o menor cabimento do ponto de vista econômico. Para começar, os custos das atividades são distintos num país continental como o Brasil. Nas palavras do ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo contra o piso da enfermagem no Supremo, "pisos nacionais num país com as diferenças e as desigualdades regionais do Brasil, como regra geral, não parecem ser boa ideia".
Além das diferenças regionais apontadas por Barroso, há um problema mais grave: numa economia de mercado, não cabe ao Estado legislar sobre o valor dos contratos negociados livremente entre empregadores e empregados. A consequência desse tipo de intervenção é a pior possível: engessamento do mercado, inviabilização de milhares de empresas, aumento do desemprego e da informalidade. É o que já se vislumbra no caso da enfermagem, cujo piso imediatamente pôs no horizonte a bancarrota de prefeituras e serviços privados de saúde.
O plenário do STF referendou a liminar de Barroso que suspendeu a aplicação do piso da enfermagem em setembro do ano passado. Mas o próprio Barroso autorizou o pagamento depois que o Congresso deu um jeito de aprovar o financiamento do Tesouro a estados e municípios que não tinham como arcar com o custo. Como em qualquer outra das benesses do funcionalismo, quem pagará a conta é o contribuinte, num momento em que o país enfrenta uma crise fiscal sem paralelo.
Quanto ao setor privado, não é muito difícil enxergar os efeitos nefastos da solução adotada por Barroso. Ele deu 45 dias de prazo para as empresas negociarem com os sindicatos remuneração menor, sob pena de terem de pagar o piso depois de esgotado o prazo, na primeira semana de julho. Parece evidente o que acontecerá com hospitais, clínicas e laboratórios que não tiverem condição de manter o nível de remuneração mais alto. Farão as contas e promoverão ondas de demissões. Sairá prejudicada a saúde da população, que precisa dos enfermeiros.
A mesma sucessão de eventos acontecerá com qualquer categoria para a qual o Congresso se meter a assegurar benefícios economicamente insustentáveis. Bastará os parlamentares cederem aos lobbies e grupos de pressão empenhados nesses 148 projetos para a realidade tratar de se impor.
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JOTA INFO
Artigo- Pisos para uma federação heterogênea
Os efeitos das políticas públicas podem, paradoxalmente, contrariar as boas intenções que as inspiraram. É crucial, portanto, que os formuladores dessas políticas, especialmente no campo social, tenham um cuidado meticuloso. Um exemplo que ilustra essa realidade pode ser a implementação do novo piso salarial da enfermagem.
Assim como já ocorreu com a fixação da taxa de juros na Carta Magna (Constituição Federal) original, de 1988, estabelecer um valor salarial único em todo o país pode ter consequências indesejadas. Entre elas, a deterioração das relações de trabalho, a piora nas condições de emprego e a desorganização das entidades que atuam na área da saúde, especialmente as de menor porte e aquelas presentes em locais mais remotos ou regiões distantes do país.
Ancorada na Emenda Constitucional 124/2022, a Lei 14.434, do mesmo ano, fixou o piso salarial nacional em R$ 4.750 para os enfermeiros do país. Para técnicos de enfermagem e para auxiliares, os pisos variam entre 70% e 50% desse valor.
Diversas análises e simulações dos economistas alertaram para os impactos, sobretudo sobre as finanças de estados e municípios, além de entidades filantrópicas e empresas privadas de saúde de menor porte. Acionado, o Supremo Tribunal Federal (STF), lucidamente, pediu aos interessados estudos mais aprofundados.
Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS 2021), as ocupações afetadas pela nova lei representam 1.408.584 profissionais enfermeiros apenas do setor privado, sendo que 55,2% (ou 778.233) se encontravam abaixo do novo piso da enfermagem. O destaque maior é dos profissionais técnicos de enfermagem, que estão 68,7% (ou 559.124) abaixo do piso estipulado. Esta fonte de dados indica que o custo da implantação do novo piso seria de cerca de R$ 12,5 bilhões anuais.
As entidades privadas seriam as mais impactadas, enfrentando um aumento anual de despesas da ordem de R$ 4,8 bilhões. Por sua vez, as entidades da administração pública teriam que desembolsar, adicionalmente, cerca de R$ 4 bilhões. As entidades sem fins lucrativos sofreriam um impacto financeiro de aproximadamente R$ 3,5 bilhões. Considerando que o Sistema Único de Saúde (SUS), além de fornecer serviços por meio da rede pública, também contrata serviços das redes privada e filantrópica, o valor total adicional necessário excederia os R$ 7,9 bilhões anuais.
Para financiar esses custos adicionais, foi promulgada a Emenda 127, em 22 de dezembro de 2022. Essa emenda autoriza o orçamento federal a realocar recursos de fundos originalmente destinados a outras finalidades, a fim de compensar as perdas financeiras dos governos regionais, das entidades filantrópicas e dos prestadores de serviços que atendem pelo menos 60% de seus pacientes pelo SUS.
Com a promulgação da Lei 14.581 em 11 de maio de 2023, o Fundo Social se comprometeu a transferir R$ 7,3 bilhões para sustentar os pagamentos aos profissionais do SUS. No entanto, três questões principais geram um clima de forte tensão:
Além disso, as estimativas indicam que os valores necessários excedem os R$ 7,9 bilhões, e outros cálculos sugerem montantes ainda maiores.
É importante chamar a atenção para o fato de que não se trata de um aumento de custos homogêneos porque a implementação do piso da enfermagem afeta de forma bastante desigual a rede de saúde como um todo. Na maioria dos estados brasileiros com renda per capita inferior, a distância dos salários atuais em relação ao piso é elevada, e vai requerer pesados aportes de recursos. Podemos dizer que há uma questão federativa subjacente.
Num quadro geral, as indicações eram de grandes riscos de geração de turbulências no setor privado, onde poucas garantias estão postas. Vale notar que há grande presença de clínicas e hospitais de pequeno porte dentre as entidades que registram grande massa de diferenças entre os salários pagos e o novo piso. Estados como Roraima, Piauí, Pernambuco e Sergipe, por exemplo, serão os mais afetados e poderão ser perdidos mais de 70% dos postos de trabalho, nas ocupações relativas ao piso.
Um pequeno ensaio com base na RAIS mostra que se todos os vínculos do setor privado, que superam 50% de aumento de custos na implantação do piso, fossem encerrados teríamos cerca de 245 mil postos de trabalho perdidos nada menos que 27,7% dos vínculos existentes atualmente.
A tabela a seguir ilustra o montante de novos recursos que cada unidade federativa precisará alocar para manter seus trabalhadores empregados e para cumprir os valores do piso salarial da enfermagem. Para exemplificar o caso mais crítico, a Paraíba, no setor privado e nas ocupações de interesse, terá que mobilizar um valor adicional de 59% além dos pagamentos de salários atuais.
Massa de diferenças sobre massa de salários das ocupações com o novo piso da enfermagem no setor privado
Fonte: Elaboração própria com base na RAIS 2021
Por fim, a disparidade regional entre o piso da enfermagem e os salários atuais é bastante acentuada. Este fenômeno não surpreende, pois é inerente a uma federação como a brasileira, estruturada para administrar diferenças notáveis em aspectos políticos, sociais e econômicos entre suas regiões e até localidades. Há tempos isso tem sido equacionado com soluções que dão respostas diferentes para problemas muito diferentes.
O exemplo do salário básico da economia é um caso histórico. Como é inegável e inevitável que empregadores tenham condições muito diferentes para pagar salários em distintos locais, foi estabelecida uma política de salário mínimo que faculta a cada estado fixar um valor superior ao nacional, para pagamento de tais valores.
Em face da vasta heterogeneidade regional do Brasil e das incertezas sobre os impactos nos custos, principalmente considerando as condições sustentáveis de financiamento do piso de enfermagem, uma alternativa viável seria adotar a mesma abordagem do salário mínimo nacional. Esta opção permitiria uma diferenciação regional e, talvez, até mesmo entre as entidades contratantes, facilitando assim o progresso rumo a uma remuneração mais justa, garantindo segurança para o trabalhador e responsabilidade para com o sistema público.
Promover uma modulação do processo de implantação do piso nacional é possível. Pode-se fixar um prazo de, por exemplo, 12 anos para que pisos estaduais realizem a convergência com o piso nacional. Desta forma, as diferenças regionais seriam reconhecidas, mas a dinâmica do setor de saúde estaria ganhando movimento no sentido da implantação de uma valorização ao profissional, que é pertinente.
Caso um estado, em uma avaliação individual, identifique que possui condições para acelerar o processo, será concedida a ele a opção de promover uma expansão mais acentuada do seu piso salarial através de legislação estadual.
Vale frisar que a política de regionalização do salário mínimo conseguiu acomodar a realidade de uma federação heterogênea. As decisões no sentido da modulação de políticas conseguiram colocar os objetivos no horizonte palpável, sem destruir os atores sociais e econômicos.
Por que então não se pode repetir soluções bem-sucedidas neste caso?
José Roberto Afonso
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GOIAS VIDA SAUDAVEL
Cremego vai recorrer à Justiça contra nota técnica que autoriza a inserção de DIU por enfermeiros
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudia e reivindica a imediata revogação da Nota Técnica (NT) nº 31/2023, editada pelo Ministério da Saúde, que recomenda/autoriza a inserção de Dispositivo Intrauterino (DIU) por enfermeiros.
De acordo com o Conselho, “ao fazer essa recomendação, o Ministério da Saúde descumpre a Lei do Ato Médico, que define ser a execução deste procedimento invasivo exclusiva de médicos ginecologistas”.
“Além de ilegal, a medida desrespeita a classe médica e toda a população, que pode ter seu atendimento feito por profissionais sem a habilitação necessária”, diz trecho da nota.
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Assessoria de Comunicação
Associado CRD: 3º CRDay aborda o tema cultura organizacional
Escrito por Administrador
Cultura Organizacional foi o tema, no dia 03 de junho, do 3º CRDay. Evento interno do Grupo CRD, composto por mais de 40 empresas pelo Brasil e com sede em Goiás, no associado CRD Medicina Diagnóstica.
Mais de 100 colaboradores estiveram imersos durante uma manhã de sábado, estudando a cultura da empresa, que é focada no atendimento humanizado, ética, compromisso, qualidade dos laudos e cuidado com os seus pacientes.
O CRDay 2023 contou com palestras da presidência do Grupo, tais como o CEO Dr. Renato Tavares Daher, o COO Dr. Ricardo Tavares Daher, o médico ortopedista e Conselheiro Sérgio Daher, a Relações Institucionais e Conselheira Idalina Tavares Daher, juntamente com os diretores Dr. Anderson Benine, Tiago Brito, Everton Macedo e Luiz Flávio Vaz.
Atualmente, o CRD Medicina Diagnóstica é a única clínica do Centro-Oeste a ter a certificação internacional ACSA. Em mais de 12 anos de atendimento, o CRD está presente em 12 Estados, possui 231 equipamentos e só em 2022, realizou 1,2 milhões de exames, atendendo mais de 1 milhão de pacientes. Isso tudo com um time profissional e altamente capacitado, composto por mais de 1.500 pessoas.
Ao final do evento, o time do Grupo CRD ainda pode curtir um almoço de confraternização, momento essencial para troca de experiências de um grupo que só cresce e se especializa cada vez mais. (Fonte: CRD)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Desinformação de médicos sobre vacinação terá punição, diz ministra da Saúde
Crianças têm alta de internações por vírus sincicial respiratório em 19 estados
Hospital de Barra do Garças diz que gestante e bebê de Aragarças já chegaram ao município sem vida
Grávida de 17 anos morre após dar à luz em hospital de Nova Crixás; família cobra explicações
Juízes acertam no combate à indústria dos pedidos de reembolso das clínicas em nome dos clientes
PORTAL ACESSA
Desinformação de médicos sobre vacinação terá punição, diz ministra da Saúde
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A ministra da Saúde, Nísia Trindade, diz que o governo federal está criando grupo de trabalho para analisar uma série de desinformações publicadas em redes sociais por médicos e outras pessoas sobre a vacinação.
Entre os integrantes do GT estão o Ministério da Saúde, Secom (Secretaria de Comunicação Social), AGU (Advocacia-Geral da União) e Ministério da Justiça e Segurança Pública. O grupo vai analisar qual é o tipo de desinformação e o grau de culpabilidade de quem publicou ou repassou. A partir desse material, vai avaliar se cabe punição e como será aplicada.
Segundo a ministra, o projeto-piloto se dará com a vacinação, mas a intenção é expandir também a outros temas. "Condutas criminosas de médicos e de outras pessoas terão de ser punidas, pessoas que vão às redes falar absurdos, que as pessoas vão morrer se tomar a vacina ou ter alguma sequela", disse.
Nísia reconhece que a vacinação continua devagar no país e diz que vai procurar líderes religiosos e outros atores para ajudar a melhorar o quadro.
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Folha - Quais são as metas principais da pasta nesta gestão?
Nísia Trindade - Há uma diretriz de considerar a saúde como um direito e como uma base para o desenvolvimento sustentável. A partir dessa visão, nós definimos metas. A primeira foi recuperar e atualizar programas bem-sucedidos das outras gestões [PT], como voltar ao patamar de vacinação de 2016, a retomada do Mais Médicos, programa para reduzir filas, vamos lançar o Farmácia Popular. Para os quatro anos, defino que a meta é contribuir para um programa de preparação do país frente a novas emergências sanitárias, além de fortalecer o complexo econômico-industrial da saúde e dar uma dimensão integral à saúde, articulando atenção primária com atenção especializada. Uma última meta é conseguir fazer com que a saúde participe fortemente da chamada transição digital. Dentro da pasta, a visão de equidade volta com força.
Folha - Como vai ser implementada essa equidade?
Nísia Trindade - A equidade significa tratar de forma diferente quem não foi atingido pelas políticas universais. Nós já estamos realizando ações com o Ministério da Igualdade Racial para atuar naqueles indicadores em que as pessoas classificadas como pretas e pardas apresentam os piores índices, como expectativa de vida, mortalidade materna. Em relação à saúde da população indígena, nós acabamos de aprovar uma resolução na Organização Mundial da Saúde para que haja um olhar específico para as doenças predominantes e sua especificidade cultural.
Folha - Vocês conseguiram mapear mais territórios indígenas em situação crítica como os yanomamis?
Nísia Trindade - Não com o quadro dramático que vimos, mas existem situações muito difíceis, muitas queixas de violência, ações de garimpo ilegal. A saúde indígena estava, de fato, muito abandonada.
Folha - Como a senhora avalia a vacinação no país?
Nísia Trindade - Está devagar, sem dúvida, com todo o esforço que está sendo feito. O Ministério da Saúde voltou a fazer campanha, voltou a dizer claramente que as pessoas têm que se vacinar. Nós estamos com microplanejamentos, tendo início na região Amazônica. Vamos atuar junto às prefeituras, com lideranças religiosas, outros formadores de opinião, Ministério da Educação. Estamos longe de conseguir reverter o mal dos últimos anos, vamos ter que fazer um trabalho muito intenso.
Folha - Vocês já começaram a procurar os líderes religiosos?
Nísia Trindade - Algumas lideranças religiosas já desde o início do governo se dispuseram a apoiar. De uma forma organizada, pretendo fazer agora.
Folha - Como estão lidando com o movimento antivacina? Vão propor legislações mais duras?
Nísia Trindade - Com certeza. Já está na pauta o chamado PL das fake news, que é mais amplo do que isso. Além disso, isso está em uma ação interministerial, a vacina foi tomada como modelo. Condutas criminosas de médicos e de outras pessoas terão de ser punidas, pessoas que vão às redes falar absurdos, que as pessoas vão morrer se tomar a vacina ou ter alguma sequela. Eu tive uma reunião com o Conselho Federal de Medicina, que se colocou à disposição para nos apoiar numa campanha pró-vacina. Existem práticas fora do contexto, mas também existem práticas criminosas.
Folha - A Folha mostrou medicamentos que foram encontrados vencidos e para vencer. O que fazer?
Nísia Trindade - Encontramos uma situação não só desorganizada, sobrou vacina porque também houve uma campanha contra a vacina. O que temos feito é uma política para que estados e municípios busquem a aplicação do que está para vencer, e, também, através da assessoria internacional, consultar países para doação.
Folha - Mais medicamentos devem vencer?
Nísia Trindade - Infelizmente vai haver, mesmo com esse esforço.
Folha - Há possíveis consequências para as políticas públicas na saúde em caso de descriminalização do porte de drogas proposto pelo STF?
Nísia Trindade - Na verdade, sim. Nosso enfoque é tratar esses temas como questão de saúde pública, de que maneira podemos contribuir para uma vida saudável, cuidar das pessoas.
Folha - Como impacta exatamente?
Nísia Trindade - O impacto não é direto para o Ministério da Saúde, é mais amplo até sobre a sociedade. Mas nós já temos na diretoria de doença mental toda uma preocupação de reduzir ao máximo os danos causados pelo uso de drogas, políticas de acolhimento, reforçar o centro de atenção psicossocial. Qualquer decisão do STF vai exigir reforço dessas medidas que retornamos no ministério.
Folha - Como o tema do aborto vai ser tratado na pasta?
Nísia Trindade - Uma abordagem como um tema de saúde pública, então há estudos sendo feitos para ocorrerem políticas. O que nós já definimos e está em curso é cumprir a legislação existente, como dar acolhimento à mulher no sistema de saúde para que ela tenha segurança no caso de ser necessária a prática [em casos permitidos].
Folha - O Ministério da Saúde pretende criar discussão?
Nísia Trindade - Não cabe ao Ministério da Saúde liderar um debate nesse sentido. Ele irá exatamente cumprir a lei e proteger mulheres e meninas porque isso é nosso compromisso. Nós vamos acompanhar qualquer debate na sociedade sobre o tema e buscar também as evidências científicas e estudos.
Folha - Especialistas têm dito que, mesmo com aporte do Ministério da Saúde, ainda não vai ser possível pagar o piso de enfermagem. Vocês têm recebido reclamações?
Nísia Trindade - Não há uma demografia da profissão que daria um retrato perfeito e exato. Isso é um trabalho que leva um tempo e vai ser feito, mas, enquanto não é feito, vamos nos aproximar o máximo dessa realidade. O trabalho se baseou em dados disponíveis, dados confiáveis para essa definição. Alguns prefeitos, secretários municipais estão dizendo que [o valor] não corresponde ao que deveria ser. Estamos colhendo e trabalhando essas informações para sinalizar ao governo se houver necessidade de recursos adicionais.
Folha - Com essa demografia pronta, pode mudar algo na distribuição?
Nísia Trindade - Seguramente.
Folha - Há reclamação de entidades médicas sobre atuação de médicos sem diploma no Mais Médicos. Quais parcerias devem ser feitas com o MEC sobre o Revalida, residência médica?
Nísia Trindade - Já ofertamos um número maior de vagas de residência médica, o Ministério da Saúde é responsável financeiramente por cerca de 40% da residência médica no Brasil. Em relação ao Revalida, a própria medida provisória do Mais Médicos já reconhece que tal como vinha sendo feito no Brasil não traz nenhum resultado positivo, impede muitos médicos de prestar o exame, um número excessivo de horas de exame num dia, a própria questão da prova prática é um problema. Há uma sugestão que o trabalho no Mais Médicos conte como um campo de prática para esses profissionais.
Folha - Vai facilitar o Revalida?
Nísia Trindade - Seguramente vai facilitar, vai dar mais qualidade.
Folha - Qual deve ser o tipo de regulamentação do setor privado?
Nísia Trindade - Na saúde sob Queiroga falava-se do Open Health. A regulação do setor privado tem que se dar a partir das necessidades do SUS. Hoje, 60% dos atendimentos de média e alta complexidade no SUS são realizados por hospitais filantrópicos. Há outro tipo de regulação que é feito pela ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar], esse modelo tem que ser aperfeiçoado para proteger o cidadão porque 25% da população usa planos de saúde. Há um outro nível de regulação que diz respeito à parte de desenvolvimento e produção fabril e de acesso aos insumos de saúde, medicamento, equipamentos. Temos um trabalho da Conitec [Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde] e lançamos o grupo do Complexo Industrial da Saúde.
Folha - Governos anteriores chegaram até a avaliar as propostas de coparticipação no SUS, cobrando por procedimento. Qual sua avaliação?
Nísia Trindade - Nossa visão é um SUS gratuito, universal e a participação do setor privado se dá mediante contratualização em bases adequadas. É nisso que queremos melhorar e avançar.
Folha - A judicialização de medicamentos de alto custo é algo que acontece frequentemente. Há estratégia para reverter isso?
Nísia Trindade - Com certeza. Nós já temos conversado com tribunais de justiça para que esses processos sejam aperfeiçoados até para que os juízes estejam adequadamente informados sobre os tratamentos que o SUS incorporou. A judicialização não é vista por nós como mal em termo geral, até porque a Constituição defende a saúde como um direito, então um cidadão busca esse direito. Mas, de fato, é um custo excessivo. Além dessas conversas, do nosso lado vamos melhorar o processo de tecnologia e de produção nacional.
Folha - Alguma forma nova de arrecadação pelo SUS?
Nísia Trindade - Há uma discussão importante da possibilidade de retorno do chamado selo do cigarro. Com a taxação, o valor seria revertido para reduzir os males. Existem outras propostas em pauta também, é importante que o orçamento da saúde seja sustentável.
Folha - Quando o programa da Farmácia Popular deve ser lançado?
Nísia Trindade - Está sendo montado. Vamos credenciar novas farmácias para atingir todo o Brasil. Para isso, tem que ter um bom sistema de gestão aqui no ministério, nós trabalhamos para esse aperfeiçoamento.
Folha - Gostaria de acrescentar algo mais?
Nísia Trindade - Nós vamos lançar na próxima semana um programa para eliminação da tuberculose e outras doenças com grande impacto na população mais pobre junto a outros ministérios. Fui convidada a participar da COP-28 porque o comitê geral da COP-21 considera que é fundamental tratar do tema sobre mudança climática e saúde. É uma pauta que estarei trabalhando com a ministra Marina Silva [Meio Ambiente].
Folha - Como vai ser esse trabalho de saúde e clima?
Nísia Trindade - A mudança climática tem impacto nas condições epidemiológicas e nos desastres naturais. Você tem uma mudança que, às vezes, muda o padrão geográfico das doenças. Hoje você tem dengue em lugares onde não havia. O Ministério da Saúde pode atuar tanto com estudos, que mostram essa relação, como também em planos de vigilância e de mitigação.
RAIO-X
Nísia Trindade, 65
Primeira mulher a ocupar o cargo em quase 70 anos de história do Ministério da Saúde. Graduada em ciências sociais, mestre em ciência política, doutora em sociologia, Nísia assumiu a presidência da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) por dois mandatos. Ela é servidora da fundação desde 1987.
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AGÊNCIA BRASIL
Crianças têm alta de internações por vírus sincicial respiratório em 19 estados
Boletim da Fiocruz aponta para aumento de casos de H1N1 em adultos
Enquanto os casos de covid-19 apresentam queda desde o mês de abril, o país registra aumento de testes positivos para influenza A entre adultos, principalmente do vírus H1N1, e do vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças. Os dados do Boletim Infogripe foram divulgados nesta quinta-feira,01, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), referentes à semana de 14 a 20 de maio.
De acordo com a Fiocruz, em maio foi consolidado o cenário iniciado em abril. Entre as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na população a partir dos 15 anos, os casos de H1N1 passaram de 9% em março para 31% entre o fim de abril e maio. Por outro lado, os casos de covid-19 caíram de 80% para 53% no mesmo período.
Houve aumento de casos de SRAG no Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
Há sinais de crescimento do VSR nas crianças do Acre, Amazonas, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe.
Na tendência de longo prazo, o cenário epidemiológico indicado pela Fiocruz é de crescimento moderado de SRAG, enquanto a tendência é de estabilidade de casos da doença causado pelos vírus no curto prazo.
A análise aponta que nas quatro últimas semanas epidemiológicas a influenza A foi responsável por 20,9% do total de óbitos de pacientes internados que tiveram teste laboratorial positivo, a influenza B respondeu por 12,3%, o VSR vitimou 10,4% e o Sars-CoV-2/covid-19 ainda é responsável por 51,7% dos óbitos provocados por vírus respiratórios
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MAIS GOIÁS
NEGLIGÊNCIA
Hospital de Barra do Garças diz que gestante e bebê de Aragarças já chegaram ao município sem vida
"Uma cesariana de emergência foi realizada, no sentido de salvar a criança, que também já estava em óbito", explica a diretora geral.
Eduardo Pinheiro
A direção do hospital que atendeu Saiury Pereira Sasa, de 19 anos, aponta que a gestante de oito meses chegou à unidade de saúde no meio da noite já com parada cardiorrespiratória, na última quinta-feira (1). A jovem estava internada desde a manhã daquele dia no Hospital Getúlio Vargas, de Aragarças, município onde morava, e foi transferida após seu quadro piorar. Ela e o bebê morreram.
A diretora geral do Hospital Milton Pessoa Morbeck, em Barra do Garças, diz que Saiury deu entrada na unidade por volta das 21h10 da última quinta-feira, já em parada cardiorrespiratória. Assim, foi preciso que a equipe médica realizasse manobras de reanimação, porém não obteve sucesso. Já que o estado era bastante grave.
“Uma cesariana de emergência foi realizada, no sentido de salvar a criança, que também já estava em óbito”, explica a diretora geral.
A distância entre o hospital de Aragarças, onde a jovem foi inicialmente atendida, e a unidade de Barra do Garça é de cerca de 8 minutos.
O caso
Saiury foi encaminhada para o hospital de Aragarças após passar mal na manhã de quinta-feira. Segundo o marido, Marcos Denyver, a jovem vomitou e apresentava dores abdominais.
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PORTAL G1
Grávida de 17 anos morre após dar à luz em hospital de Nova Crixás; família cobra explicações
Parentes contaram que Francielly Guedes dos Santos Ferreira estava com sangramentos e dando entrada ao hospital, mas só cinco dias depois aconteceu a internação. Bebê passa bem.
Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás
A família de uma grávida de 17 anos que morreu após dar à luz em um hospital de Nova Crixás, no norte goiano, cobra explicações sobre o que aconteceu com ela. Os parentes contaram que, desde o último sábado (27), Francielly Guedes dos Santos Ferreira estava com sangramentos e dando entrada ao hospital, mas só cinco dias depois aconteceu a internação.
“Minha filha entrou com as próprias pernas dela para ganhar um bebê e saiu em um caixão e não tem explicação do que ela morreu”, desabafa pai, Nilson Alves Ferreira dos Santos.
Francielly morreu na quinta-feira (1), mas o bebê passa bem. Na declaração de óbito, a causa da morte é informada como hipóxia cerebral (falta de oxigenação no cérebro) como consequência de causa desconhecida. Ela foi velada nesta sexta-feira (2) e deve ser sepultada ainda nesta tarde.
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Nova Crixás por e-mail em busca de um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. A reportagem tentou ligar para o hospital, mas não conseguiu contato com a unidade.
"É muito complicado. Eles não souberam explicar nada para a gente. Como uma menina saudável perde a vida daquele jeito?", questionou Silvonete Rosa Teixeira, esposa do tio da adolescente.
Atendimentos na emergência
A mulher explicou que tudo começou no sábado (27), quando Franciely iniciou a busca pelo atendimento. No entanto, tanto neste dia, quanto no domingo (28) e na segunda-feira (29), ela teria ido até o local, tomado soro e recebido alta. Somente na quarta-feira (31), depois de exames, é que ela teria sido internada.
Segundo a familiar, durante o atendimento na unidade, a adolescente foi acompanhada pela mãe, que com a morte da menina, está em estado de choque. De acordo com Silvonete, na quarta-feira, Francielly teria continuado sentindo dores e passado por exames de ultrassom.
“O médico que fez o ultrassom dela falou o bebê estava pronto, que ela poderia internar e ter o bebê, mas a médica que estava de plantão no dia não quis fazer o parto dela. Disse que não estava na hora”, complementou a mulher.
Com isso, de acordo com a família, Francielly foi internada e recebeu alta no dia seguinte.
“Ela ficou internada perdendo sangue e tendo contrações”, disse Silvonete.
A familiar ainda informou que, no dia seguinte, na troca de turno dos plantões, um outro médico também teria avaliado a adolescente e determinado que a menina já estava na hora de realizar o parto e a encaminhou para o centro cirúrgico. Ainda de acordo com a família, depois de sair do centro cirúrgico, a menina passou a sentir muitas dores e continuou perdendo muito sangue.
“Só que no parto a menina já deu hemorragia. A mãe comunicou depois do parto que ela continuou sangrando e disseram que era normal”, completou.
A família ainda conta que a menina começou a ficar com falta de ar e logo depois deu uma parada cardíaca.
“Na hora que a menina deu a primeira parada cardíaca, a mãe desmaiou”, narrou Silvonete.
Silvonete ainda afirmou que, quando a mãe de Francielly acordou, a equipe médica teria informado que a adolescente estaria tomando soro e dormindo e, depois, que a menina teria morrido.
A família também informou que antes de passar mal, Francielly também não estava fazendo os exames do pré-natal na frequência que era devida, mas não soube informar o motivo.
Ao g1, a família informou que, após a morte da menina, tentou registrar um boletim de ocorrência contra o hospital, mas disse que a Polícia Militar não fez a ocorrência. A reportagem entrou em contato com a instituição para um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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NOTÍCIAS DO DIA
Luto na medicina de SC: morre presidente da Federação Unimed, Alberto Gugelmin
A medicina catarinense está de luto a partir de hoje pelo falecimento do médico Alberto Gugelmin Neto, presidente da Federação da Unimed há oito anos. Ele faleceu vitima de câncer de pâncreas.
Líder da classe médica era um exemplo de profissional e ser humano Foto: Divulgação
Num evento solene da Federação fez um comovente pronunciamento sobre a importância da vida, o sofrimento que passava naquela período de tratamento e com manifestações de fé espiritual.
A Associação Catarinense de Medicina divulgou nota oficial nos seguintes termos:
"Faleceu nesta segunda-feira, dia 05/06/23 o médico Alberto Gugelmin Neto, presidente da Federação Unimed SC desde 2015, liderança da cooperativa médica que hoje é responsável pela assistência da saúde de pelo menos 1 milhão de catarinenses. O urologista enfrentava um câncer de pâncreas há mais de dois anos e na sua luta contra a doença ministrou palestras, deixou mensagens e vídeos que viralizaram nas redes sociais, com seguidores e compartilhamentos em vários estados brasileiros e outros países. Além disso, criou o programa "De Repente o Câncer", para promover a prevenção, ajudar os pacientes em tratamento e agilizar o atendimento, desde o diagnóstico até os cuidados paliativos.
Exemplar biografia
Alberto Gugelmin Neto nasceu em Rio Negro (PR), em 08/08/1966, mas era filho de Mafra (SC), cidade onde residiu e trabalhou por toda a sua vida. Formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Paraná, no ano de 1990, com especialização em Urologia. Era pós-graduado no Programa de Formação e Desenvolvimento de Lideranças Médicas Associativas de Santa Catarina, tinha formação em Cursos de Executivos de Planos de Saúde na Universidade de Oxford (Harris Manchester College) e em Harvard School of Public Health (Boston). Foi professor na disciplina de Patologia e Fisiopatologia, na Universidade do Contestado e presidente da Associação Médica Miguel Couto. Estava em seu terceiro mandato na presidência da Unimed SC e era Diretor de Mercado e Novos Negócios da Unimed Participações. Foi Presidente da Unimed Riomafra, vice-presidente da Unimed do Brasil, conselheiro, presidente e vice-presidente da Unimed Mercosul.
Deixa a esposa Cristina, os filhos Brenda e Lucas, a mãe Eloá, os irmãos Emerson, Ana Cláudia e Ana Lúcia. Foi respeitado e querido por todos que acompanharam a sua caminhada, deixando um exemplo de dedicação à Medicina e ao Sistema Unimed. "
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PORTAL GNC
Juízes acertam no combate à indústria dos pedidos de reembolso das clínicas em nome dos clientes
Especialista alerta para atendimentos feitos em nome das operadoras, mas sem autorização delas, para capturar senhas e usar em procedimentos ilegais
A recente notícia de que os juízes estão atuando para isentar o pagamento por parte das operadoras de saúde a pedidos de reembolso feitos por clínicas e laboratórios, em lugar dos pacientes, vem ao encontro de uma necessidade sentida pelo mercado que viu crescer assustadoramente o volume de golpes e abusos causados por essa prática após a pandemia.
O Vice-presidente de Inteligência para Saúde da Neurotech, Marco Antunes, explica que os casos que têm chegado à justiça se referem a situações nas quais as empresas (clínicas e laboratórios) criam formas de atendimento que, parecem ser feitos pelas próprias operadoras, mas na verdade não são. Desta forma, elas capturam as senhas e outras informações dos beneficiários nos ambientes dos aplicativos e passam a fazer contato direto com as operadoras como se fossem os próprios beneficiários pedindo reembolsos, sem que o usuário do serviço nem sequer saiba disso.
"No princípio era uma estrutura pequena, formada por uma ou duas pessoas com o pretexto de ajudar a clínica a auxiliar seus clientes neste processo. Mas, com o passar do tempo, elas foram crescendo e já ameaçam se tornar uma verdadeira indústria se a prática não for combatida", diz.
Antunes afirma ainda que alguns médicos estão permitindo que isso ocorra sem saberem que se trata de uma fraude ou , no mínimo, de um abuso. "O judiciário está corretíssimo em coibir, já que essa atitude transforma tanto a operadora quanto o beneficiário em vítimas. É um comportamento que causa grande prejuízo e, em última instância, acaba se revertendo em aumento de preços para o próprio consumidor porque a operadora é obrigada a repassar as perdas para os custos de seus produtos", afirma.
Marco Antunes acumula funções de diretoria em companhias como SulAmérica e Porto Seguro. Além disso, o executivo teve participações ativas em fóruns como Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Fenasaúde e Câmara de Saúde Suplementar. Ele também foi membro do Comitê Técnico do Instituto de Estudo de Saúde Suplementar (IESS).
Sobre a Neurotech
A Neurotech é uma empresa B3 especialista na criação de soluções avançadas de Inteligência Artificial, Machine Learning e Big Data que transformam um mundo de dados dispersos em informações relevantes para que as empresas obtenham resultados expressivos, prevendo novas oportunidades de negócios. Com uma bagagem de mais de 20 anos e expertise em Inteligência Artificial, Analytics e Ciência de Dados, a Neurotech já implantou mais de 1.000 soluções que ajudaram gestores e empresas a transformar dados em melhores decisões nos mercados de crédito, varejo, seguros, financeiro e telecom.
Robson Silva MoreiraHttps
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TV ANHANGUERA
Hospital de Aragoiânia é interditado depois de fiscalização da Vigilância em Saúde - hoje
globoplay.globo.com/v/11673650/
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUE
Médico que receitou sorvete para criança em UPA é readmitido
Casos de H1N1 crescem entre adultos; diagnósticos de covid-19 caem
OAB-GO e Casag lançam plano de saúde para advogados do Entorno do DF
Doença degenerativa: Entenda o que pode ter causado morte de maquiador de famosos
Grupo é preso suspeito de vender medicamentos falsos para hospitais; paciente foi parar na UTI ao tomar remédio
Startup Sami, de planos de saúde, capta R$ 90 milhões para crescer entre as grandes empresas
Mais Médicos tem 6 vezes mais inscritos do que n e de vagas
Programa para médico atrai 34 mil inscritos
Morre o médico pernambucano CARLOS VITAL, ex-presidente do Conselho Federal de Medicina
DIÁRIO DA MANHÃ
Médico que receitou sorvete para criança em UPA é readmitido
Mãe da criança denunciou o médico ao Cremesp, já a prefeitura de Oscasco entende que o atendimento foi 'humanizado'
O médico Marcos Wesley Silva, que havia sido demitido por prescrever "sorvete de chocolate e jogo Free Fire" para uma criança durante uma consulta em Osasco (SP), foi reintegrado à equipe da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em que trabalhava.
A prefeitura de Osasco informou nesta quinta-feira, 1, que o prefeito solicitou a readmissão do médico Marcos, após analisar o caso. De acordo com a nota emitida pelo órgão, a conduta do médico, denunciada pela mãe da criança, foi considerada "humanizada".
A receita prescrita pelo médico incluía não apenas o sorvete e o jogo, mas também os medicamentos necessários para o tratamento da criança.
Por meio de nota, o prefeito da cidade, Rogério Lins, afirmou que "na receita há a prescrição de toda a medicação necessária ao paciente. Quando ele coloca o sorvete e o jogo, ele quis humanizar o atendimento."
O médico Marcos Wesley Silva foi afastado de suas funções após a mãe da criança, que foi atendida em 18 de maio, denunciar a prescrição incomum na receita médica. Além do sorvete e do jogo, o médico também incluiu amoxicilina, ibuprofeno, dipirona, prednisolona e acetilcisteína no tratamento do menino de 9 anos, que apresentava sintomas gripais. O afastamento ocorreu em decorrência dessa conduta controversa.
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AGÊNCIA BRASIL
Casos de H1N1 crescem entre adultos; diagnósticos de covid-19 caem
Os casos estão associados à influenza A, sendo a maioria por H1N1, vírus que pode ser combatido pela vacina contra a gripe
Dados do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (1º), mostram aumento do número de casos de gripe em adultos. Os casos estão associados à influenza A, sendo a maioria por H1N1, vírus que pode ser combatido pela vacina contra a gripe. A análise considera registros até o dia 22 de maio.
O coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, avalia que é significativo o crescimento de diagnósticos de gripe e por outro lado a queda de casos de covid-19, na mesma faixa etária. "Nas últimas quatro semanas, essa atualização mais recente, 31% dos casos na população a partir de 15 anos estão associados ao influenza A", disse.
Crianças
Já em relação às crianças, Marcelo Gomes destaca o crescimento também importante de novos casos semanais e de internações por Vírus Sincicial Respiratório, que vem se mantendo desde o mês de abril. "Em diversos estados do país, a gente vem mantendo o ritmo de aumento no número de internações no público infantil até quatro anos de idade, especialmente nas crianças até dois anos", explicou.
Das 27 unidades federativas, 19 apresentam tendência de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Entre as capitais, o número chega a 14.
Campanha contra Gripe
Apenas 40% do público-alvo tomaram a vacina contra a gripe no país. Em função da baixa procura, a Campanha Nacional de Vacinação, que terminaria nessa quarta-feira, foi prorrogada em ao menos sete estados, entre eles Rio de Janeiro e São Paulo.
Todas as pessoas com mais de seis meses de idade podem ser imunizadas contra a influenza.
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A REDAÇÃO
OAB-GO e Casag lançam plano de saúde para advogados do Entorno do DF
Foi lançado nesta quinta-feira (1º/6) pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) e a Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag) o Salute, um plano de saúde da Unimed com valores mais acessíveis para a advocacia do Entorno do Distrito Federal.
O evento foi realizada na sede da subseção de Luziânia e contou com a presença dos presidentes Jacó Coelho (Casag) e Rafael Lara Martins (OAB-GO), também o diretor-adjunto (Casag), Haroldo Ferraz Araújo, além das autoridades representantes: de Luziânia (anfitriã), Thais Paiva; de Águas Lindas de Goiás, Manoel Silva; de Cristalina, Marllus dos Santos; de Formosa, Maria Helena Santos; de Planaltina de Goiás, José Carlos de Araújo; de Posse, Eduardo Pereira e de Valparaíso de Goiás, José Zito do Nascimento; juntamente com os conselheiros seccionais e demais competentes do sistema OAB. Estes municípios e outros serão diretamente contemplados com a ação.
O presidente da OAB-GO, Rafael Lara Martins, ressaltou a união que existe no sistema OAB e explicou que todo o grupo se auxilia para que exista crescimento e ganhos. “Então, hoje é só uma mudança de chave, por que ao lado de dizer, de prometer, de fazer, que vai acontecer”. “É um novo modelo que já nasce histórico. Uma demanda sensível e que sempre foi pauta para a advocacia do Entorno. Viva a advocacia do Entorno!”, referendou o dirigente.
Casag
O presidente da Casag, Jacó Coelho, iniciou seu discurso com a seguinte frase: “Se eu encerrasse meu mandato hoje, eu seria um presidente realizado”. Assim, ele agradeceu a oportunidade de realizar as criações de benefícios e afirmou que isso não tem preço.
“A diretoria da Casag nunca fechou e nunca fechará os olhos para algum problema que atinja a advocacia! Enfrentamos com peito aberto e com inteligência este pedido especial de todos vocês para chegarmos aqui em Luziânia, com realizações e entregas. Então, meus amigos e amigas, a CASAG está aqui para ser agente de transformação e proporcionar a cada um de vocês estas circunstâncias! Seguimos vigilantes e atentos! Contem com a CASAG e todo o Sistema OAB para o que precisarem!”, celebrou Jacó Coelho.
A presidente da subseção de Luziânia, Thais Paiva ressaltou que se sentia extremamente feliz e gratificada por ter todos nessa casa que para ela, é a casa da advocacia.
O presidente da subseção de Águas Lindas de Goiás, Manoel Silva agradeceu ao companheirismo e apoio nesta empreitada. “Esse dia de hoje para mim, é um dia histórico, há muito se clamava por um plano de saúde, que abre um leque de possibilidades para cobertura daqueles que precisam de um plano de saúde”.
O presidente da subseção de Cristalina, Marllus dos Santos, agradeceu ao presidente Jacó Coelho por esta oportunidade de participação em plano que tem um preço acessível mesmo com atendimento no entorno de Brasília.
“É um projeto muito importante para todos os advogados, pois iremos nos prevenir e nos mantermos saudáveis”, afirmou a secretária-geral adjunta de Formosa, Maria Helena Santos.
O presidente da subseção de Planaltina de Goiás, José Carlos de Araújo, declarou que as parcerias têm sido bem administradas. “Hoje, fico honrado em ter a ajuda do presidente Jacó e isso significa a união da advocacia, a união de todos”.
O presidente da subseção de Posse, Eduardo Pereira iniciou sua fala agradecendo a atual gestão quanto ao respaldo às subseções que estão próximas ou perto. “A Casag olhou com muito carinho por nossa subseção”.
O presidente da subseção de Valparaíso de Goiás, José Zito do Nascimento, relatou que agora não só se pede, mas se encaminha projetos. “Este é o melhor encaminhamento da história para a advocacia do Entorno. Esse plano de saúde é emblemático porque se pede para tratar a todos iguais e a Unimed percebeu a necessidade de criar um produto exclusivo para a advocacia”.
Durante o evento, o diretor de mercado da Unimed Goiânia, Pedro José de Santana, ressaltou a presença de seus gerentes e explicou como será a melhor cobertura de saúde para Goiás e o Entorno do DF.
Salute
A advocacia do Entorno conta agora com um plano em que a abrangência geográfica é do Estado de Goiás e Distrito Federal. Os advogados terão como tipo de contratação: o Coletivo Empresarial e Coletivo por Adesão. A segmentação será: ambulatorial e hospitalar com obstetrícia. A acomodação será apartamento ou enfermaria e quanto a urgência ou emergência, a abrangência nacional é através da Rede Intercâmbio Unimed.
“Nós não queremos atender vocês (advocacia) só em momentos de doença, muito pelo contrário nós oferecemos planos de saúde, nós pensamos em prevenção, nós pensamos em diagnóstico precoce, nós pensamos em levar cada vez mais anos de vida saudáveis a toda advocacia do entorno”.
A tabela de preço será diferenciada com valores iniciais de apenas R$ 224,03 e para esclarecer as possíveis dúvidas a Casag amparará na busca por informações.
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PORTAL G1
Doença degenerativa: Entenda o que pode ter causado morte de maquiador de famosos
Julier, de 32 anos, morreu após ser diagnosticado com uma doença degenerativa que afetava o cérebro, em Goiânia. Doenças deste tipo não têm cura e 'destroem os neurônios', segundo neurocirurgiã.
Por Pedro Moura, g1 Goiás
As doenças neurológicas degenerativas, apontadas como a possível causa da morte do maquiador Julier da Silva Rodrigues, de 32 anos, são distúrbios que afetam o cérebro e a medula. Segundo a médica neurocirurgiã Ana Maria Moura, elas podem provocar destruição gradual e irreversível dos neurônios e células do cérebro.
Consideradas raras, as doenças não têm cura, visto que são progressivas, ou seja, que avançam com o passar do tempo, provocando danos ainda maiores. A doença de Julier, por exemplo, afetava o cérebro e, consequentemente, todo o funcionamento do corpo, segundo uma nota divulgada no perfil do maquiador.
“Mesmo se tratando de doenças multifatoriais, sem cura, existem tratamentos para dar a melhor qualidade de vida. Quanto mais precoce o diagnóstico, mais rápido a pessoa pode ter acesso a medicação e aos tratamentos complementares de reabilitação motora e cognitiva”, explica.
As doenças neurodegenerativas mais comuns, de acordo com Ana, são: mal de Alzheimer, mal de Parkinson, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica e distrofias musculares. Ela afirma que, quando se trata de doenças de origem genética, quanto mais jovem a pessoa acometida pela doença for, maior será a tendência de desenvolver a forma agressiva.
A neurocirurgiã conta que essas doenças podem estar relacionadas à alimentação irregular, rica em carboidratos, termogênicos, glúten e lactose. O sedentarismo, aliado à falta de exercícios físicos, também podem estar relacionados ao diagnóstico.
“Os sintomas dessas doenças variam muito conforme a natureza da condição e a área afetada no cérebro, podendo incluir dores de variadas origens, transtornos do sono, alteração da consciência, prejuízo da memória, alterações comportamentais, distúrbios dos sentidos e mau funcionamento dos músculos”, contou.
Ela explica que uma das formas de prevenção é ter hábitos de vida saudáveis, evitando tudo que possa causar prejuízos ao corpo, como fumar e ingerir bebidas alcoólicas.
“É importante a regularidade de acompanhamento médico e na presença de sintomas diferentes, procurar um médico o mais rapidamente possível”, disse.
Morte maquiador
Julier, que já trabalhou com famosas como as cantoras Marília Mendonça e a dupla Maiara e Maraísa, morreu na quinta-feira (1), em Goiânia. A informação foi divulgada pelo perfil oficial da rede social do maquiador, onde a equipe dele já havia divulgado sobre ele ter sido diagnosticado com uma doença degenerativa.
Segundo o comunicado publicado há cinco dias, Julier estava com uma doença degenerativa que afetava o cérebro e, consequentemente, todo o funcionamento do corpo. Na ocasião, a equipe já havia informado que ele não estava mais conseguindo se movimentar, falar e que, para respirar, estava precisando receber oxigênio.
Antes da divulgação do diagnóstico da doença degenerativa, Julier já havia contado, por meio de um vídeo, que havia tido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico durante uma viagem a trabalho no início deste ano.
A neurocirurgiã explica que, quando o paciente sofre várias AVC’s, ele pode desenvolver neurodegeneração.
“Onde sangra ou falta sangue, acontece uma necrose, a destruição dos neurônios. Aquela parte não fica mais ativa e pode ser que seja degenerativa. No caso dele [maquiador], que teve apenas dois [AVC] é pouco. Como foi muito rápido, isso leva a crer que pode ter sido alguma dessas doenças”, afirmou.
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Grupo é preso suspeito de vender medicamentos falsos para hospitais; paciente foi parar na UTI ao tomar remédio
Grupo vendeu medicamentos para Goiás e outros 11 estados, além do Distrito Federal, segundo o delegado. O grupo movimentou R$ 6 milhões em seis meses.
Por Pedro Moura, g1 Goiás
Cinco pessoas foram presas suspeitas de vender medicamentos falsos em Goiás e outros 11 estados, além do Distrito Federal. A quadrilha usava a empresa de fachada Farma Med, que conta com uma filial em Abadia de Goiás, para “lavar” o dinheiro das vendas. Segundo o delegado Murillo Leal, em apenas seis meses, o grupo teria movimentado R$ 6 milhões.
A quadrilha era composta por Sidney Donizetti Pereira Júnior, apontado como o líder, o pai dele, Sidnei Donizetti Pereira, que atuava como um gerente, Jilmar Rodrigues Trindade e Rosimar Rodrigues dos Santos, no apoio logístico, enquanto Agmar Bruno da Silva era o “laranja”. Murillo afirmou que eles foram presos preventivamente em março deste ano. A divulgação, porém, ocorreu apenas nesta quinta-feira (1º).
O g1 tentou contato com as defesas dos suspeitos para que se posicionassem, mas não conseguiu localizá- las até a última atualização desta reportagem.
A investigação, conforme o delegado, começou em abril de 2022 após um paciente de um renomado hospital de Goiânia ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por ser medicado com uma falsa imunoglobulina. O remédio de alto custo é usado para tratamento de pacientes com deficiências imunológicas graves e que necessitam de respostas rápidas ao tratamento.
“Identificamos que a empresa que vendeu o remédio para esse hospital tem sede na Bahia, mas constatamos que ela não tem sede física e nem funcionários. Representamos pela quebra de sigilo e, então, verificamos que essa empresa vendia outros medicamentos, mas só a imunoglobulina teria vendido R$ 6 milhões para três estados na corporação, sendo hospitais, planos de saúde e distribuidoras de remedios”, contou.
Murillo disse que a corporação cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da empresa em Abadia de Goiás e nas casas dos administradores, tendo sido apreendidos alguns medicamentos de uso restrito e aparelhos eletrônicos. Por meio dos objetos, foi possível identificar áudios de conversas entre os investigados, que estavam combinando a remarcação da validade de frascos de outros tipos de medicamentos, além de fotos de caixas de imunoglobulinas que mantinham em depósito de forma inadequada e que possuíam as mesmas características das que foram vendidas ao hospital de Goiânia.
“Haviam vários frascos de remédios vazios na casa deles. Eles vão responder por organização criminosa, tentativa de homicídio qualificado, falsificação de medicamento e falsidade ideologica”, concluiu.
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EXAME
Startup Sami, de planos de saúde, capta R$ 90 milhões para crescer entre as grandes empresas
Série B foi liderada pelos fundos Redpoint eventures e Mundi Ventures; Agora, empresa pretende dobrar faturamento com novo canal de vendas e foco nas grandes empresas
Tem sido um longo e duro inverno para as startups de saúde. Com a estiagem dos investimentos de risco, healthtechs brasileiras como Alice e Memed têm lançado mão de estratégias para conter a queima excessiva de capital. A mais notável delas: as demissões em massa, famigerados "layoffs", adotados por boa parte das startups em busca de maior eficiência de caixa e redução de custos. A startup de saúde Sami também entra nessa conta, já que dispensou 15% do time há um ano. Mas agora há a chance da conta fechar.
Depois de uma longa temporada sem captar investimentos - a startup estava há três anos sem qualquer financiamento externo - a Sami anuncia uma rodada de R$ 90 milhões (cerca de US$ 18 milhões) em rodada série B liderada pela Redpoint eventures e Mundi Ventures.
Participaram também os fundos Alumni Ventures, Endeavor Catalyst, Digital Horizon, Tau Ventures, e investidores de longa data da empresa, como Monashees, Mancora Ventures e Valor Capital Group, e os executivos Kevin Efrus, da Accel; Ricardo Marino, do Itaú; Mauro Figueired, ex-diretor da Bradesco Saúde e Brad Otto, ex-executivo da área de Corporate Venture Capital (CVC) da americana UnitedHealth Group, dona da Amil.
O que faz a empresa
A Sami atua basicamente como uma operadora de planos de saúde focada em empresas de pequeno porte, microempreendedores e profissionais liberais. A ideia é atender a uma parcela desassistida pelos tradicionais planos de saúde empresariais, que usualmente têm preços elevados que dificilmente cabem na conta de companhias de menor porte. Sendo assim, a ideia da Sami é oferecer planos de cobertura de saúde a preços acessíveis.
A aposta está em uma rede credenciada mais enxuta, de olho nos menores custos para o empregador na ponta. A healthtech conta com cinco hospitais credenciados na rede de São Paulo, mas os carros-chefes são os serviços de telemedicina dedicada à triagem de forma digital por meio de um atendimento primário e o de digitalização de histórico médicos de pacientes. Atualmente, 95% dos atendimentos feitos pela startup acontecem online.
A essência da Sami está no atendimento primário à saúde, no qual usuários podem ser atendidos, via aplicativo, por um time de saúde multidisciplinar que inclui um médico de família, um coordenador e um enfermeiro. "Baseada em seu histórico de saúde e socioeconômico, e os cuidados preventivos e proativos são direcionados considerando tudo isso, para que a gente consiga olhar para a saúde dele de fato, de maneira integral, e não só tratar doenças", explica Vitor Asseituno, cofundador da Sami.
Entre os principais hospitais e parceiros incluídos nos planos da Sami, em São Paulo, estão:
Beneficência Portuguesa
Oswaldo Cruz
Pro Matre
Gympass (bem-estar físico)
Cíngulo (saúde mental)
Qual é a história do negócio
A Sami foi fundada em 2018 pelos empreendedores Vitor Asseituno e Guilherme Berardo com o propósito de reformular o sistema de saúde privado do país.
Com uma boa ideia, mas sem capital à disposição, o piloto da startup foi o de consultoria de inovação e dados para dois grandes planos nacionais. A experiência com as duas empresas permitiu o primeiro contato com uma ampla base de clientes e a testagem de uma tese de negócio baseada na oferta de planos próprios até 25% mais baratos que a média do mercado.
Em 2020, com o aporte de R$ 86 milhões em uma série A envolvendo fundos como Monashees e Valor Capital Group, a Sami pôde colocar à prova seu modelo baseado em conexão de pacientes, laboratórios, hospitais e profissionais de saúde por meio de planos de saúde empresariais para pequenas companhias e microempreendedores individuais (MEIs).
Em 2022, a healthtech também lançou um novo produto, o Sami Coral, voltado a grandes empresas, com o intuito de atender grandes executivos de empresas clientes em busca de atendimentos mais "premium".
Segundo com Javier Santiso, fundador da Mundi Ventures, o interesse na Sami se justifica pela experiência do time e sua capacidade de execução. "O Brasil é o terceiro maior mercado privado de saúde do mundo (apenas atrás de Estados Unidos e China) e entendemos que a Sami é a empresa com melhor tecnologia e produto para disruptar o setor, especialmente em um momento em que os incumbentes estão sofrendo bastante", diz.
O investimento na Sami é o primeiro da europeia Mundi Ventures no Brasil, e também parte de um esforço para investir até US $100 milhões na América Latina através de um fundo local focado em investimentos early stage. A iniciativa é liderada pela ex-Goldman Sachs e QuintoAnda Rafaela Andrade.
"Em um momento tão difícil de captação de investimento para as startups, essa captação reforça o destaque e a performance da Sami e a confiança dos investidores no potencial da empresa", diz Asseituno.
Quais são os planos
Com o aporte, a Sami pretende dar novo fôlego à sua estratégia voltada às empresas maiores. Também quer ampliar os investimentos em tecnologia para melhorar a experiência de seus 18.000 membros ativos.
A incursão de novos canais de venda também está nos planos. A partir de agora, a startup também passa a vender planos de saúde por meio de corretores especializados em saúde. Até então, a venda era feita exclusivamente online ou vendas diretas.
"Temos que estar onde o cliente quer comprar, seja no digital, seja no telefone, seja no corretor", diz Guilherme Berardo, CEO da companhia, que acredita que o novo canal representará até metade das vendas da healthtech até o final do ano.
Do lado dos resultados, a Sami espera mais um ano positivo. Em 2022, a empresa faturou R$ 60 milhões. Um ano antes, o faturamento havia sido de R$ 9 milhões. Até o final do ano, a Sami pretende ter 27.000 membros e um faturamento de R$ 120 milhões.
"Estamos mirando o breakeven e acreditamos que é provável que ele aconteça até o próximo ano, graças ao nosso modelo diferenciado. Fechamos 2022 muito bem, com um faturamento anualizado de R$ 60 milhões, e queremos chegar a R$120 milhões neste ano," conclui Berardo.
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O ESTADO DE S.PAULO
Mais Médicos tem 6 vezes mais inscritos do que n e de vagas
Mais Médicos tem 6 vezes mais inscritos do que nº de vagas
Programa teve 34.070 médicos cadastrados para ocupar 3.970 postos; brasileiros são a maioria dos profissionais inscritos
número de inscritos no programa Mais Médicos superou em quase seis vezes o de vagas disponíveis. Segundo o Ministério da Saúde, 34.070 médicos se cadastraram na chamada do programa para ocupar 5.970 postos em todo País. A estimativa da pasta é que a partir de 16 de junho as inscrições sejam confirmadas e os médicos comecem a trabalhar nos municípios escolhidos.
O maior número de inscrições foi de profissionais brasileiros (com registro médico no País e no exterior): 30.175. Além deles, 3.895 médicos estrangeiros com registros no exterior se candidataram. Brasileiros formados no País terão prioridade na seleção. Além disso, serão observados critérios como titulação, formação e experiência prévia. Caso haja empate entre os selecionados, terá prioridade quem morar mais próximo ao município escolhido, seja formado há mais tempo e tenha maior idade.
Criado para levar auxílio médico a áreas de difícil acesso, o Mais Médicos foi alvo de críticas e acabou reformulado a fim incentivar o preenchimento de vagas. Na quarta, uma comissão mista do Congresso N acionai aprovou Medida Provisória enviada pelo governo federal para relançar o programa. A MP ainda será apreciada pelo plenário da Câmara dos Deputados.
INCENTIVOS. A partir de agora, os inscritos selecionarão os municípios onde desejam atuar. Após essa etapa será possível identificar se os mecanismos de incentivo propostos para a ocupação de vagas em regiões remotas serão eficientes. Um deles prevê adicional de 10% a 20% do valor da bolsa caso atue em cidades mais vulneráveis. Médicos formados com apoio do Fundo de Financiamento Estadantil (Fies) poderão ter benefícios para pagar a dívida. Para o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, as mudanças surtiram efeito. "Estamos com um resultado em que 65% dos brasileiros inscritos são profissionais com registro médico no Brasil."
Entre as alterações do Congresso na MP está a redução no prazo para que médicos estrangeiros sem revalidação do diploma atendam no País. O governo havia sugerido período de oito anos, que foi reduzido a quatro pela comissão. Esses profissionais também deverão ser avaliados periodicamente e ter ao menos quatro anos de atuação. "Queremos transformar a atenção básica brasileira em um grande serviço de saúde-escola do SUS para que os profissionais ao longo de quatro anos façam na primeira metade uma especialização em Medicina da Família e comunidade, na segunda um mestrado profissional de modo que tenha condições de ao fim de quatro anos fazer prova de título de especialistas da Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade", observou Fernandes
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CORREIO BRAZILIENSE
Programa para médico atrai 34 mil inscritos
As inscrições para o primeiro edital do Programa Mais Médicos encerraram ontem com 34.070 candidaturas habilitadas para que inicie a segunda etapa do processo, de escolha de efetivação nos municípios de atuação. O resultado chega um dia após a aprovação da medida provisória (MP) do Senado Federal, em que a relatora, Zenaide Maia (PSD-RN), acatou 90 emendas no texto original do programa, enviado pelo governo. Ainda assim, o Ministério da Saúde comemorou o resultado. Os secretários responsáveis pela área consideraram as mudanças um "amadurecimento" no projeto inicial.
"Nós estamos com um desfecho do programa Mais Médicos em que 65% dos brasileiros inscritos são profissionais com registro médico no Brasil. Temos um cenário aonde as reformulações apresentadas pelo presidente Lula, na medida provisória do programa, estimularam uma ampla participação dos profissionais com registro no Brasil", comemorou o secretário do Departamento em Atenção Primária à Saúde (DAPS) do ministério, Nésio Fernandes. "Entendemos que os apensamentos adotados no Congresso Nacional amadureceram ainda mais a matéria e vão permitir que os novos editais também consolidem o programa Mais Médicos como política de estado", acrescentou.
Uma das principais transformações no texto foi em relação ao diploma dos médicos inscritos com formação no exterior. Há 10.523 inscritos nessa situação. Pelas novas regras, os médicos sem revalidação poderão atuar dentro do programa por quatro anos, mas deverão fazer provas periódicas que serão supervisionadas por médicos ? e não mais por profissionais da saúde, como estava na primeira versão enviada pelo governo.
Outra mudança ocorreu na periodicidade do exame do Revalida: passará a ser executado de três em três meses, e não mais semestralmente.
De acordo com o senador Humberto Costa (PT-PE), esses foram os principais pontos trazidos pelas associações médicas brasileiras e acatados pelos parlamentares. As audiências públicas na comissão serviram para os representantes das associações participarem com sugestões e observações no programa. "Foram atendidas as demandas de todos", informou o senador ao Correio. O texto ainda seguirá para aprovação na Câmara dos Deputados.
Para o secretário-adjunto da DAPS, Felipe Proenço, o reconhecimento do formato que inclui médicos formados no exterior é o caminho para o provimento da atenção primária brasileira. Ao todo, no início da gestão, eram 13 mil vagas ocupadas na atenção primária da saúde pública brasileira. Com o programa, passaram a ser 19.900 entre novas vagas e recontratações, segundo os representantes do ministério.
Junto ao bom resultado de adesão dos profissionais de saúde, o Ministério da Educação anunciou uma medida para incentivar a formação de mais médicos no país. O ministro Camilo Santana disse que, a partir do dia 14, o Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) subirá de R$ 52,8 mil para R$ 60 mil por semestre a estudantes de medicina no país.
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PORTAL UOL
Morre o médico pernambucano CARLOS VITAL, ex-presidente do Conselho Federal de Medicina
Com atuação destacada em áreas ligadas ao direito médico, ensino médico, urgências e emergência, Carlos Vital foi o único pernambucano à frente do CFM
O médico pernambucano Carlos Vital Tavares Côrrea Lima morreu, na manhã desta sexta-feira (2), aos 73 anos. Ele foi presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) no período de 2014 a 2019.
Carlos Vital estava internado no Hospital Unimed Recife III, na Ilha do Leite, área central do Recife.
Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório.
Antes de presidir o CFM, Carlos Vital foi 1º vice-presidente da entidade, de 2009 e 2014, quando coordenou o Departamento de Comissões e Câmaras Técnicas da entidade. Nesse período, ele teve atuação destacada em áreas ligadas ao direito médico, ensino médico, urgências e emergência, entre outras.
Ele também foi presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) entre os anos de 2005 e 2008.
Em março deste ano, Carlos Vital foi homenageado durante o 1º Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina 2023, realizado no Recife.
O presidente do Cremepe Maurício Matos lamentou a morte do médico e destacou a admiração por Carlos Vital.
"Todos nós, que tivemos o privilégio de conviver com ele enquanto conselheiro e presidente do Cremepe, aprendemos muito com sua inteligência, simplicidade e, antes de mais nada, de bom senso", diz Maurício Matos.
O médico André Longo, que foi secretário de Saúde de Pernambuco de 2015 a 2002, também expressa seus sentimentos.
"Fui vice-presidente de Carlos Vital no Cremepe, entre 2006 e 2008, antes de assumir a presidência da autarquia, em 2008. Carlos Vital foi uma grande figura humana, dos mais inteligentes médicos com quem convivi, com destaque para a sua atuação como estudioso da ética médica e da bioética", ressalta André Longo.
Em 2019, em Brasília, durante solenidade de conclusão do seu mandato à frente do CFM e posse de novos membros da autarquia naquela ocasião, Carlos Vital destacou que abraçou uma missão com 1.825 dias ininterruptos de trabalho e de dedicação, compartilhados com um plenário dinâmico e comprometido com a qualidade, a eficácia, a segurança e a ética no exercício medicina.
Entre outubro de 2014 e setembro de 2019, o CFM aprovou 254 pareceres e 195 resoluções, dentre as quais Vital destacou como “verdadeiros marcos para a medicina e a saúde no Brasil” as atualizações das regras de reprodução assistida; os critérios para definição de morte encefálica; e a fixação de parâmetros para recusa terapêutica pelo paciente e para objeção de consciência do médico.
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Assessoria de Comunicação
Ahpaceg apoia a campanha “Diga Não à Desnutrição”
Escrito por AdministradorA Ahpaceg apoia a campanha “Diga Não à Desnutrição”, uma cruzada contra a desnutrição hospitalar desenvolvida pela Braspen (Sociedade Brasileira Nutrição Parenteral Enteral) com o objetivo de combater esse problema que atinge entre 20% e 60% dos adultos hospitalizados e piora progressivamente durante a internação, principalmente entre idosos e pacientes críticos.
Apesar de ser uma doença comum nos hospitais, a desnutrição ainda é uma condição menos diagnosticada e tratada e tem um grande impacto entre os pacientes, podendo:
• Aumentar em 4 vezes o risco de lesão por pressão;
• Aumentar em 3 vezes o tempo de internação;
• Piorar a resposta imunológica;
• Atrasar o processo de cicatrização;
• Elevar o risco de complicações cirúrgicas e infecciosas;
• Aumentar consideravelmente os custos hospitalares.
A identificação precoce da desnutrição, bem como o manejo de qualidade, possibilita estabelecer condutas mais apropriadas e a melhora do desfecho dos pacientes.
Visando melhorar as ações nesta área, no dia 31 de maio, a equipe de nutrição do associado Hospital Santa Mônica, coordenada pela nutricionista Jubiene Fialho, promoveu em conjunto com a Danone Nutricia, empresa parceira da Ahpaceg, uma tarde de degustação de suplementos nutricionais com a participação das equipes multiprofissionais do hospital.
O objetivo do trabalho, que deve ser estendido a outros hospitais associados, foi mostrar à equipe as alternativas para evitar a desnutrição hospitalar, atendendo as necessidades nutricionais do paciente em suas diferentes situações clínicas, e cooresponsabilizar toda a equipe para um melhor prognóstico dos pacientes.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Mais Médicos tem cerca de 34 mil profissionais inscritos
Lygia Fazio, modelo e jornalista, morre aos 40 anos, após sofrer AVC
Kora Saúde (KRSA3) minimiza problemas com Unimed
Rede D'Or adia previsão de abertura de hospitais
Rede Mater Dei de Saúde comemora 43 anos
Ministério da Saúde pode ter de descartar 3,6 milhões de vacinas contra meningite perto do prazo de validade
Aumento de pacientes renais no Brasil requer atenção
Frio aumenta risco de AVC; entenda porque isso acontece
DIÁRIO DA MANHÃ
Mais Médicos tem cerca de 34 mil profissionais inscritos
Puderam se inscrever brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde
O Programa Mais Médicos registrou 34.070 profissionais inscritos para as 5.970 vagas ofertadas no ciclo atual. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (1º) pelo Ministério da Saúde. O total de inscritos, segundo a pasta, é o maior já alcançado desde a criação do programa, em 2013.
Puderam se inscrever brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde em vagas não ocupadas por médicos com registro no país.
Dos 34.070 inscritos, 30.175 são profissionais brasileiros. O recorte divulgado pelo ministério mostra ainda que 19.652 são médicos com registro profissional; 10.523 são brasileiros com registro no exterior; e 3.895 são estrangeiros com registro no exterior.
Cronograma
O edital com 5.970 vagas distribuídas em 1.994 municípios foi divulgado no último dia 22. A próxima etapa é a publicação das inscrições validadas, que deve acontecer ainda nesta quinta-feira. A expectativa é que, a partir de 16 de junho, seja divulgada a confirmação das vagas e dos locais escolhidos pelos candidatos.
A previsão, segundo a pasta, é que os profissionais comecem a atuar nos municípios no fim de junho. Na alocação dos profissionais, serão considerados critérios relacionados à titulação, formação e experiência prévia no projeto. Para desempate, terão prioridade candidatos que residem mais próximos do local de atuação, com maior tempo de formado e de maior idade.
Bolsa-formação
O valor previsto no edital da bolsa-formação é de R$ 12,3 mil por mês, pelo prazo de 48 meses, prorrogáveis por igual período. Todos os participantes poderão receber incentivos pela permanência no programa, sendo que os que forem alocados em regiões de extrema pobreza e vulnerabilidade, de acordo com a oferta do edital, recebem um percentual maior.
Balanço
Segundo o ministério, atualmente mais de 8 mil médicos atuam no programa. O edital mais recente deve recompor vagas ociosas dos últimos quatro anos, além de mil vagas inéditas para a Amazônia Legal.
Cerca de 45% das vagas estão em regiões de vulnerabilidade social e historicamente com dificuldade de provimento de profissionais. Em 2023, 117 médicos foram convocados para atuar em distritos sanitários indígenas, inclusive no território yanomami, em situação de emergência sanitária.
“A expectativa do governo federal é chegar até o fim do ano com 28 mil profissionais do Mais Médicos atendendo em todo o país, principalmente nas áreas de extrema pobreza. Com isso, mais de 96 milhões de brasileiros terão a garantia de atendimento médico na atenção primária, porta de entrada do SUS”, informa o ministério.
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PORTAL G1
Lygia Fazio, modelo e jornalista, morre aos 40 anos, após sofrer AVC
Morte foi anunciada por irmão, responsável por atualizar estado de saúde dela desde internação há um mês. Para amiga, 'bomba-relógio' foi uso de 'silicone industrial misturado com PMMA'.
A modelo e jornalista Lygia Fazio morreu aos 40 anos, nesta quarta-feira (31), cerca de um mês após sofrer um Acidente Vascular Cerebral. A morte foi comunicada pelo irmão de Lygia nas redes sociais da modelo.
"Infelizmente nossa guerreira fez a passagem. Agradecemos mais uma vez todo o apoio", escreveu George. O velório acontece nesta quinta-feira (1), em Taboão da Serra (SP).
George vinha usando a rede social da irmã para dar atualizações sobre o estado de saúde desde sua internação, na data do AVC. Procurado pelo g1, ele não confirmou a causa da morte da irmã.
Na ocasião, ele escreveu que Lygia estava "sob cuidados médicos intensivos. Está consciente e respondendo muito bem aos tratamentos. Assim que ela puder, responderá por todas as mensagens".
Ele também avisou aos amigos quando ela deixou a UTI e passou para os cuidados da unidade de terapia semi-intensiva. Na última semana, ele escreveu que a irmã estava autorizada a receber visitas de amigos próximos. Lygia deixa dois filhos, Thor e Davi.
Amigas da modelo usaram as redes sociais para lamentar e se manifestar sobre a morte de Lygia. "Até quando esses médicos assassinos vão colocar PPMA nas pessoas? Isso é crime. Tem que ser proibido. Descanse em paz, Lygia", escreveu a apresentadora Flávia Noronha. "Só quem acompanhou sua luta sabe o quanto você foi guerreira nesses últimos anos. Descanse em paz, minha queria", postou Ana Paula Minerato.
Em 2022, Lygia foi candidata a Deputada Estadual em São Paulo pelo PP (Partido Progressista) nas eleições e, atualmente, estava na lista de suplentes.
'Silicone industrial misturado com PMMA'
Segundo a jornalista Meiri Borges, amiga de Lygia Fazio, a "bomba-relógio da vida dela" foi o uso de "silicone industrial misturado com PMMA" através de procedimentos clandestinos.
Meiri fez uma série de postagens em sua rede social nos quais ela conta detalhes da luta de Lygia para tentar retirar o produto ao longo dos últimos três anos. O depoimento em vídeo foi repostado no Instagram oficial da modelo.
"Tudo começou porque ela colocou uma substância no corpo dela pra deixar o bumbum maior. Ela sempre queria a perfeição, sempre foi muito linda, aquela mulher que arrancava suspiro por onde passava. Uma mulher belíssima, e aqui não cabe nenhum julgamento. Ninguém tem o direito de julgar a vida de ninguém", disse Meiri.
"Ela queria sempre estar mais bonita, se sentir melhor com o corpo dela, e pra isso ela buscou ajuda de pessoas que não eram profissionais. Por um tempo acho que os profissionais médicos realmente aplicavam substâncias que eram legalizadas e tal mas, depois de um tempo, ela queria mais e os médicos não queriam fazer. E ela foi pra procedimentos clandestinos. E foi a bomba-relógio da vida dela."
"Esse produto, que era silicone industrial misturado com PMMA, começou a espalhar pelo corpo dela, deu infecção, uma bactéria. E por esses três anos ela tentou a cura, tentou tirar essa substância, mas não saiu por inteiro, e isso gerou muitas infecções, muitos problemas pra vida dela. Ela teve recentemente um AVC que a deixou hospitalizada", afirmou Meiri, dizendo ainda que Lygia havia ficado com sequelas na comunicação.
Ela conta, ainda, que visitou Lygia no hospital, pela última vez, no domingo (28). E que na terça (30), a modelo apresentou piora, sendo entubada e seguindo novamente para a UTI.
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CAPITALIST
Kora Saúde (KRSA3) minimiza problemas com Unimed
A Kora Saúde (KRSA3) informou na manhã desta quinta-feira (1) que problemas operacionais da Unimed não devem causar impacto na companhia.
Em comunicado encaminhado ao mercado, a Kora destacou que "em resposta à matéria veiculada na página do Jornal Valor Econômico, em 31 de maio de 2023, intitulada 'Fundo da Infinity causa perda milionária à Unimed Vitória', a companhia acredita que as afirmações presentes na notícia não têm a capacidade de causar impacto relevante no seu plano de negócios".
Também disse que "uma vez que é de conhecimento público e amplamente divulgado nas apresentações de resultado e demais materiais, a Companhia tem como foco atender planos de saúde de alta qualidade, Unimeds, grandes grupos de medicina, além de beneficiários não contabilizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)".
E acrescentou: "a companhia mantém um relacionamento bastante saudável e construtivo com as Unimeds e com as demais operadoras para as quais a companhia presta serviços. No caso específico da Unimed Vitória, esta se encontra adimplente com suas obrigações de acordo com as negociações realizadas e tem se comprometido reiteradamente a honrar todos os seus compromissos tempestivamente, tendo em vista a parceria de longa data com a Kora Saúde".
Por fim, ressaltou a natureza resiliente e pulverizada da composição de seu faturamento sendo que, apesar de um importante parceiro, a Unimed Vitória representa menos de 10% da receita da companhia.
Vale lembrar que no primeiro trimestre de 2023 a companhia obteve lucro de R$ 3,2 milhões de forma líquida, queda de 93% frente os R$ 47,1 milhões em igual etapa de 2022.
De acordo com o balanço, a queda do lucro se dá mesmo com a receita da companhia tendo avançado 16% na mesma comparação, chegando a R$ 553 milhões.
Em nota, disse que o crescimento da receita líquida foi positivamente impactado por:
crescimento orgânico na base de hospitais já existentes; aumento de 2 pontos percentuais na taxa de ocupação saindo de 75,7% para 77,7%; run rate dos hospitais adquiridos; ampliação de especialidades médicas; novos procedimentos de alta complexidade". Balanço
A companhia fechou março com 2.103 leitos, sendo 1.743 operacionais. Estes últimos cresceram 7% no ano, com aquisições e acréscimo de leitos em hospitais já existentes.
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PORTAL TERRA
Rede D'Or adia previsão de abertura de hospitais
A Rede D'Or São Luiz adiou a inauguração de hospitais que estavam previstos para serem concluídos de 2023 em diante, espaçando mais os projetos até um horizonte mais longo, conforme relatório de referência divulgado na noite de quarta-feira.
Analistas do Itaú BBA destacaram que a principal revisão se deu nos hospitais a serem abertos de 2023 a 2025.
No caso dos projetos greenfields (novos empreendimentos), o número de hospitais a serem abertos no período passou para 7, versus o plano original de 11 unidades, com 1.303 leitos, de 2.092 antes. Os investimentos por leito aumentaram em 13,5%, em média.
Para 2023 a 2027, estão previstos 9 novos hospitais, com capacidade de 1.585 leitos. O investimento por leito, nesse caso, subiu 10% ante previsão anterior. Há agora 4 projetos, com 694 leitos, sem data definida de conclusão.
Quanto aos projetos brownfields (expansão ou reformas de unidades já existentes), houve uma redução para 25 hospitais entre 2023 e 2025 (de 27), e 2.539 leitos (de 3.772), com aumento de 5,4% no investimento.
Para 2023 a 2027, projetos passaram para 40, com 4.078 leitos. A companhia também adicionou mais hospitais à coluna sem data definida - de 9 para 12, com o número de leitos passando de 1.079 para 1.152.
"Nós entendemos que a revisão traz algum alívio para o balanço da empresa, considerando uma preocupação mais alta visto o alto custo de capital", afirmaram os analistas do Itaú BBA, em relatório enviado a clientes no final da noite de quarta-feira.
Os analistas acrescentaram que outros grupos hospitalares desaceleraram o ritmo de crescimento, como Hapvida, e que a situação financeira dos planos de saúde não é a mais confortável para credenciamento de novas capacidades.
Mas Vinicius Figueiredo e a equipe do Itaú BBA também ressaltaram que a Rede D'Or reiterou consistentemente o plano de expansão nas últimas interações com o mercado - incluindo na teleconferência de resultados do primeiro trimestre de 2023.
E também apontaram que a direção da empresa se mostrou confiante de que a aquisição da SulAmerica ajudaria a reduzir o risco dessa expansão.
O Itaú BBA tem recomendação "market perform" para as ações, com preço-alvo de 28 reais.
"Nesse sentido, achamos que boa parte do mercado pode ver essa revisão...como um movimento negativo para a ação, principalmente devido ao fato do anúncio implicar um crescimento mais moderado em uma empresa vista por muitos como 'growth'."
Da mesma forma, analistas do Bradesco BBI afirmaram ver o adiamento de "misto a ligeiramente negativo devido ao aumento do risco de execução".
No entanto, os analistas do Bradesco BBI ressaltaram que os resultados de curto prazo são favorecidos devido ao menor investimento e alavancagem e que a expansão mais suave prevista pelo novo plano reduz preocupações sobre pressão de margem e ocupação dos novos leitos.
Marcio Osako e Caio Rocha, do Bradesco BBI, também elevaram o preço-alvo das ações da Rede D'Or de 34 para 36 reais e reiteraram recomendação "outperform" para os papéis.
Por volta de 10:15, as ações da Rede D'Or tinham variação negativa de 0,1%, a 28,97 reais, enquanto o Ibovespa subia 0,46%.
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BLOG DO PCO
Rede Mater Dei de Saúde comemora 43 anos
Nascido no interior de Minas - Santana de Pirapama - e criado numa fazenda, José Salvador Silva tinha um sonho desde a infância: ter seu próprio hospital. Estudou medicina, fez mais de 20 mil partos atendendo mulheres de gerações diferentes da mesma família e dedicou mais de 60 anos à profissão sem deixar de lado o antigo desejo de construir um novo modelo de cuidado e assistência médica no Brasil. Foi 1º de junho de 1980, que o "Doutor Salvador", como é conhecido, inaugurou a primeira unidade do Hospital Mater Dei. Passados 43 anos, a Rede Mater Dei de Saúde (RMDS) vem evoluindo cada vez mais e se consolidando como um dos principais grupos hospitalares do país. "Desde nossa fundação, nossa trajetória é marcada pela capacidade de nos reinventarmos. Enfrentamos as mais diversas crises e passamos por momentos de importantes adequações políticas, econômicas e sociais." conta o atual presidente da RMDS, Dr. Henrique Salvador.
Referência no setor
Henrique Salvador observa que "passamos a ocupar uma posição única no setor. Nos tornamos referência pelo atendimento humanizado e pela excelência assistencial, representada pelos elevados padrões de qualidade em diagnósticos, tratamentos, segurança do paciente e prevenção em saúde". Henrique Salvador acrescenta que a Rede Mater Dei de Saúde direciona as ações para "um modelo que integra prevenção, diagnóstico e tratamentos que promovam resultados excelentes, baseados em evidências científicas de alto padrão. Essa conduta, além de oferecer qualidade de serviço, contribui para a sustentabilidade da saúde suplementar. Importante ressaltar que a expertise em governança clínica aumenta as chances de cura e reduz as possibilidades de novas internações, assim como diminui o número de dias de internação hospitalar, as complicações e os efeitos adversos ao tratamento, o que onera os serviços de saúde."
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O GLOBO
Ministério da Saúde pode ter de descartar 3,6 milhões de vacinas contra meningite perto do prazo de validade
O Ministério da Saúde poderá ser obrigado a descartar 3.684.704 de doses da vacina meningocócica C, imunizante usado contra o tipo mais grave de meningite, que estão em seu estoque e perderão a validade até o dia 31 de agosto. As doses foram adquiridas pela pasta entre 2021 e 2022, mas não chegaram a ser distribuídas aos municípios por falta de procura. O valor estimado dos produtos é de aproximadamente R$ 173, 7 milhões. A pasta afirmou que busca uma solução com secretarias municipais e estaduais de saúde para evitar que os imunizantes vão para o lixo.
Segundo dados do próprio ministério, concedidos via Lei de Acesso à Informação, outras 442.320 vacinas compradas em 2020 já venceram em abril deste ano e deverão ser incineradas, conforme protocolo da pasta. De janeiro a maio deste ano, 1,8 milhão de doses da meningocócica C foram aplicadas no país. No mesmo período no último ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) havia aplicado 2,6 milhões de doses.
O imunizante faz parte do calendário nacional de vacinação infantil desde 2010. É indicado para crianças a partir de 2 meses, adolescentes e adultos como um reforço ou em dose única para a prevenção da doença invasiva causada pela bactéria meningococo do sorogrupo C, que pode causar infecções graves, e às vezes fatais, como a meningite avançada e a sepse.
A cobertura vacinal para a doença está em 51,48% no país, segundo os últimos dados da Saúde. A taxa está aquém da meta de 95% preconizada pelo Ministério da Saúde para tentar barrar o crescimento da meningite meningocócica pelo país.
Em 2022 e 2021, a cobertura vacinal também não atingiu a meta, ficando em 78,62% e 72,17% no Brasil, respectivamente.Também nos últimos dois anos, o Brasil registrou mais de 6 mil casos e 700 mortes pela doença.
Do total, mais de 33 milhões de imunizantes do PNI já foram incinerados. Nos próximos 90 dias, mais 5 milhões de doses vencem e outras 15 milhões terão seu prazo de validade expirado em 180 dias.
Em nota, o Ministério da Saúde afirma que "busca uma solução pactuada com o conselho de secretários estaduais e municipais de saúde - Conas e Conasems - para um esforço conjunto para evitar novos desperdícios". "Outras ações também estão sendo pactuadas dentro do Movimento Nacional pela Vacinação", argumenta a pasta.
A meningite é uma inflamação das meninges - as três membranas que envolvem o cérebro e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. A doença pode ser causada por bactérias ou vírus. Mais raramente, é provocada por fungos ou pelo bacilo de Koch, da tuberculose. Pessoas de todas as idades podem desenvolver o quadro, que no entanto costuma afetar mais crianças.
Entre as formas mais comuns, a meningite meningocócica tipo C é a mais grave, tem evolução rápida e pode ser letal em 24 horas. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maior será a chance de cura.
Como é a forma de transmissão?
A doença pode ser transmitida pelo portador através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe. O período de incubação varia de dois a dez dias.
Quais são os sintomas?
Entre os principais sintomas estão febre, dores, mal-estar, dificuldade para encostar o queixo no peito e, nos quadros mais graves, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. As manchas vermelhas indicam que a bactéria se alastrou pelo organismo, podendo desencadear uma infecção generalizada (sepse).
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ABC DO ABC
Aumento de pacientes renais no Brasil requer atenção
O crescente número de pacientes renais no Brasil tem gerado preocupação. Segundo o Censo Brasileiro de Diálise de 2021, a quantidade de pacientes em diálise crônica tem aumentado constantemente, e os reflexos da pandemia de COVID-19 ainda são observáveis.E esse cenário é um reflexo mundial. De acordo com o artigo CKD: The burden of disease invisible to research funders, em 2040, DRC poderá ser a 5º principal causa de mortes no mundo. Diversas causas estão relacionadas à doença renal crônica, como hipertensão arterial, obesidade, problemas circulatórios e doenças hereditárias, entre outras. A hemodiálise é um dos tratamentos dialíticos utilizados, sendo uma terapia de substituição renal que filtra e depura substâncias indesejáveis do sangue (creatinina e ureia) em pacientes com insuficiência renal aguda e crônica.
Apesar dos avanços nos tratamentos, muitos pacientes renais, especialmente aqueles em hemodiálise, apresentam disfunções musculares significativas, principalmente nos membros inferiores, dificultando as atividades diárias. Segundo o estudo 'Effectiveness of inspiratory muscle training on respiratory fitness and breathlessness in chronic renal failure: A randomized control trial', a realização de treinamento de fortalecimento muscular durante o tratamento de hemodiálise pode melhorar significativamente as funções respiratórias e reduzir a falta de ar dos pacientes.
Neste estudo, durante o programa de intervenção de 8 semanas, foi analisado o impacto do treinamento dos músculos inspiratórios em 50 pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise, observando os efeitos na aptidão respiratória, na qualidade de vida e na sensação de falta de ar.
Desenvolvimento de tecnologias para pacientes
Acompanhando esse cenário, há disponíveis no mercado equipamentos que visam avaliar o exercício da musculatura respiratória. Segundo Renata Oliveira, Fisioterapeuta da Hab Latin America, empresa importadora e exportadora de equipamentos, a utilização de soluções específicas para a respiração, podem ser aliados no treinamento muscular respiratório durante a hemodiálise, por exemplo. "Dessa forma, o treinamento muscular respiratório pode ser mais eficaz na redução de sintomas como falta de ar e fraqueza muscular, comuns nesses pacientes, melhorando assim sua qualidade de vida", explica Renata Oliveira.
No campo da nefrologia, a PlanoAr - Gestão e Reabilitação em Nefrologia é uma das empresas atuantes na área. Com ênfase na reabilitação de pacientes nefropatas, a organização utiliza equipamentos para avaliação e treinamento da musculatura respiratória, fornecidos pela HAB Latin America, tanto em atendimentos domiciliares quanto em clínicas parceiras. A abordagem adotada visa auxiliar pacientes que lidam com os desafios da doença renal crônica e da hemodiálise.
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PORTAL TERRA
Frio aumenta risco de AVC; entenda porque isso acontece
Doenças cardiovasculares como o AVC têm um risco aumentado durante as estações mais frias do ano. Neurocirurgião explica os riscos
A frente fria chegou e, dessa vez, parece que veio para ficar. O clima pede atenção redobrada com a saúde, pois as baixas temperaturas aumentam em até 20% o risco de se ter um AVC (acidente vascular cerebral), alerta o Instituto Nacional de Cardiologia.
Frio aumenta risco de AVC; entenda porque isso acontece - Foto: Shutterstock / Saúde em Dia
De acordo com o médico neurocirurgião especialista em AVC, Dr. Victor Hugo Espíndola, esse risco aumentado se deve a produção de determinados hormônios neurotransmissores que levam a uma vasoconstrição das artérias. Isto é, faz com que elas se contraiam, obstruindo o fluxo sanguíneo e provocando um acidente vascular.
Então, se o paciente tiver alguma condição que predisponha a ocorrência de um AVC, como uma placa de gordura, por exemplo, a artéria que já estaria comprometida se torna ainda mais suscetível durante o frio, aponta Victor Hugo.
"Além disso, essa vasoconstrição arterial ela leva a um aumento da pressão arterial, que também é um fator de risco tanto para AVC isquêmico quanto para hemorrágico. Mas existem outros hábitos de vida também que se intensificam no frio: as pessoas tendem a consumir mais bebida alcoólica, a fumar mais, beber menos líquido e, por isso, se desidratam. Tudo isso é fator de risco para o AVC", acrescenta o médico.
O neurocirurgião reforça que as temperaturas baixas não aumentam apenas o risco de um acidente vascular cerebral isquêmico, mas também de um episódio hemorrágico - seja por ruptura de aneurisma cerebral ou pico hipertensivo, o que também aumenta no clima frio. "Todas as doenças cardiovasculares, de modo geral, entre elas o infarto, que é um uma das principais causas de morte, também aumenta em estações mais frias", alerta.
Prevenção
Até 80% dos casos de AVC podem ser evitados com a adoção de bons hábitos de vida, aponta o Dr. Victor Hugo. O especialista indica algumas medidas:
Controle da hipertensão;
Controle do diabetes;
Controle do colesterol;
Evitar o sedentarismo;
Interromper o tabagismo;
Moderar o consumo de bebidas alcoólicas;
Manter boa hidratação principalmente no frio;
Se agasalhar bem para evitar o processo de vasoconstrição.
Na mínima suspeita de AVC é preciso encaminhar o paciente o mais rápido possível pro hospital para garantir um diagnóstico e tratamento rápido. "Com isso a gente consegue reverter muitos sintomas e deixar vários pacientes até mesmo sem sequelas", destaca o neurocirurgião.
Victor lembra que o AVC hoje é a doença que mais mata e que mais incapacita no Brasil e no mundo. "É uma doença que tem tratamento, mas esse tratamento está intimamente relacionado ao tempo. Quanto mais precoce for, melhores serão os resultados e maiores são as chances do paciente sair sem sequelas", afirma.
"Então, na mínima suspeita, o paciente tem que procurar o hospital mais próximo para esse diagnóstico ser concluído e o tratamento ser efetivado. É bom lembrar que a gente consegue evitar a grande maioria dos casos com medidas simples de bons hábitos de vida", reforça o médico.
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Assessoria de Comunicação
Alta Qualidade: UTIs de associados da Ahpaceg são certificadas pela Epimed Solutions
Escrito por Administrador
A Epimed Solutions entregou nesta quarta-feira, 31, os Certificados Top Performer, UTI Eficiente e Gestão de Indicadores de Qualidade e Desempenho 2022/2023 a 13 hospitais associados da Ahpaceg. A conquista atesta a qualidade, segurança e eficiência dos serviços de terapia intensiva oferecidos pelos hospitais.
A entrega aconteceu na sede da Ahpaceg, com as presenças de representantes dos hospitais certificados, do presidente da Associação, Haikal Helou, do diretor Comercial Epimed Solutions Varejo Brasil e América Latina, Tiago Reimberg, da gerente Comercial Centro-Oeste, Rose Pimenta, e da executiva de Vendas Centro-Oeste, Patrícia Maia.
Foram contemplados os associados:
Hospital de Acidentados
Hospital do Coração Anis Rassi
Hospital do Coração de Goiás
Hospital do Rim
Hospital Evangélico Goiano
Hospital Mater Dei Premium
Hospital Nasr Faiad
Hospital Ortopédico de Goiânia
Hospital Samaritano de Goiânia
Hospital Santa Bárbara
Hospital Santa Helena
Hospital Santa Mônica
Hospital Santa Terezinha
Hospital São Nicolau
As certificações Top Performer e UTI Eficiente são entregues anualmente a UTIs que obtiveram os melhores resultados clínicos com alocação mais eficiente dos recursos no cuidado com os pacientes críticos nela internados.
Também entregue anualmente, o Selo Gestão de Indicadores de Qualidade e Desempenho é conferido pela AMIB, com apoio da Epimed Solutions, às UTIs adulto e pediátricas que gerenciam seus indicadores de qualidade e desempenho em consonância com a RDC Nº 7 da Anvisa, por meio do sistema Epimed Monitor.
Recentemente, cinco são associados da Ahpaceg conquistaram também o selo “Top Performer” 2023 no projeto UTIs Brasileiras, da AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileia) e da Epimed Solutions.
Goiás inicia programa de cirurgias eletivas do Ministério da Saúde. Projeto tem a parceria da Ahpaceg
Escrito por AdministradorO presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, disse que os hospitais associados não terão lucro. “Estamos cumprindo a nossa função social e vamos ajudar a reduzir esse fila vergonhosa”, afirmou durante o lançamento do programa. A diretora da Qualidade da Ahpaceg, Jacqueline Lopes Rodovalho, também acompanhou o lançamento do projeto, que nesta primeira fase contará com o trabalho dos associados Hospital Evangélico Goiano, Hospital Ortopédico de Ceres, Hospital Ortopédico de Goiânia e Hospital Santa Mônica.
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) anunciou, no dia 30 de maio,o início da primeira fase do programa de cirurgias eletivas do Ministério da Saúde. Os 40 municípios goianos que vão realizar as cirurgias em Goiás já receberam do Governo Federal a primeira parcela das verbas destinadas ao programa, que ao todo deve repassar, nesta primeira fase, R$20 milhões para custeio de cerca de 10 mil cirurgias.
A expectativa é realizar, em média, 900 procedimentos por semana, em 68 hospitais da rede privada e municipal cadastrados. Para acelerar a fila de cirurgias, o Estado vai complementar os valores dos procedimentos, pagando o dobro da tabela SUS para que unidades particulares e de alguns municípios realizem os procedimentos. Dessa forma, o Governo de Goiás investirá também R$ 20 milhões no programa.
O anúncio do início da realização das cirurgias eletivas foi feito durante entrevista coletiva pelo secretário estadual da Saúde, Sérgio Vencio. Segundo o titular da pasta, um dos desafios do Sistema Único de Saúde (SUS) é o subfinanciamento, pois os recursos repassados pelo Ministério da Saúde (MS) não são suficientes para os custos. “Em Goiás, os gastos com a saúde são de R$ 2,3 bilhões e o MS paga somente 10% desse valor. O restante é o tesouro estadual, que arca com essa despesa”, exemplificou.
Segundo Vencio, com a reorganização do sistema, houve uma unificação nominal da fila, permitindo que cada município executante planejasse com os prestadores o cronograma de execução. O secretário disse ainda que há um trabalho com os parlamentares para que coloquem emendas específicas para que algumas cidades realizem as cirurgias. “O foco é zerar a fila em alguns municípios”, reforçou.
Fazem parte desta etapa as cirurgias gerais, ginecológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas. Os procedimentos ortopédicos também estão inseridos, mas cada município executante vai organizar com os prestadores o cronograma de execução a partir de fila única. A seleção obedece ao critério do tempo de espera, ou seja, quem aguarda há mais tempo terá prioridade. Em regra, o hospital executante vai entrar em contato com cada paciente para agendar a data da avaliação e do procedimento.
O gari Luís Ferreira de Andrade, 50 anos, de Senador Canedo, é um dos pacientes que serão beneficiados com um procedimento cirúrgico do programa. Ele aguarda por uma cirurgia de vesícula. “Devido à pandemia, tive que esperar. Tudo ficou parado. Contudo, fiquei muito feliz quando recebi o telefone autorizando minha cirurgia. Minha vida vai voltar ao normal”, afirmou.
Parceria
Presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou previu que a expectativa é que, em um ano, a fila chegue a padrões de países europeus e do Canadá, que têm uma espera de dois a três meses para a realização de cirurgias eletivas. “A decisão de unificar a fila foi um ato de coragem, pela exposição, mas somente dessa maneira foi possível planejar e organizar as ações. Temos que parabenizar o governo do Estado por essa iniciativa inédita”, comentou.
Patrícia Fleury, do Consellho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems), destaca a participação dos municípios no programa e que houve esforço para a pactuação de algumas cidades. “Todos estão envolvidos. Os municípios, inclusive, se organizaram para realizar o transporte desses pacientes”, disse. (Com informações: SES/GO)
NA MÍDIA
TV ANHANGUERA
10 mil cirurgias eletivas são liberadas na primeira fase em Goiás
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Governo de Goiás anuncia início do programa de cirurgias eletivas do Ministério da Saúde
Médico receita sorvete e jogo 'Free Fire' para criança doente em UPA
Impasse no STF: Ministério da Saúde suspende repasse de recursos para os municípios para pagamento do piso da enfermagem
Infecções bacterianas são a segunda principal causa de morte no mundo
Inteligência Artificial na saúde: conheça os benefícios e os cuidados que se deve ter
SES/GO
Governo de Goiás anuncia início do programa de cirurgias eletivas do Ministério da Saúde
União realizou repasse da primeira parcela de recursos para municípios que vão executar cirurgias. Estado vai complementar tabela SUS com mais R$ 20 milhões para realização de 10 mil procedimentos em 40 municípios
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) anunciou, nesta terça-feira (30/05), o início da primeira fase do programa de cirurgias eletivas do Ministério da Saúde. Os 40 municípios goianos que vão realizar as cirurgias em Goiás já receberam do Governo Federal a primeira parcela das verbas destinadas ao programa, que ao todo deve repassar, nesta primeira fase, R$20 milhões para custeio de cerca de 10 mil cirurgias.
A expectativa é realizar, em média, 900 procedimentos por semana, em 68 hospitais da rede privada e municipal cadastrados. Para acelerar a fila de cirurgias, o Estado vai complementar os valores dos procedimentos, pagando o dobro da tabela SUS para que unidades particulares e de alguns municípios realizem os procedimentos. Dessa forma, o Governo de Goiás investirá também R$ 20 milhões no programa.
O anúncio do início da realização das cirurgias eletivas foi feito durante entrevista coletiva pelo secretário estadual da Saúde, Sérgio Vencio. Segundo o titular da pasta, um dos desafios do Sistema Único de Saúde (SUS) é o subfinanciamento, pois os recursos repassados pelo Ministério da Saúde (MS) não são suficientes para os custos. “Em Goiás, os gastos com a saúde são de R$ 2,3 bilhões e o MS paga somente 10% desse valor. O restante é o tesouro estadual, que arca com essa despesa”, exemplificou.
Segundo Vencio, com a reorganização do sistema, houve uma unificação nominal da fila, permitindo que cada município executante planejasse com os prestadores o cronograma de execução. O secretário disse ainda que há um trabalho com os parlamentares para que coloquem emendas específicas para que algumas cidades realizem as cirurgias. “O foco é zerar a fila em alguns municípios”, reforçou.
Fazem parte desta etapa as cirurgias gerais, ginecológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas. Os procedimentos ortopédicos também estão inseridos, mas cada município executante vai organizar com os prestadores o cronograma de execução a partir de fila única. A seleção obedece ao critério do tempo de espera, ou seja, quem aguarda há mais tempo terá prioridade. Em regra, o hospital executante vai entrar em contato com cada paciente para agendar a data da avaliação e do procedimento.
O gari Luís Ferreira de Andrade, 50 anos, de Senador Canedo, é um dos pacientes que serão beneficiados com um procedimento cirúrgico do programa. Ele aguarda por uma cirurgia de vesícula. “Devido à pandemia, tive que esperar. Tudo ficou parado. Contudo, fiquei muito feliz quando recebi o telefone autorizando minha cirurgia. Minha vida vai voltar ao normal”, afirmou.
Parceria
Presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou previu que a expectativa é que, em um ano, a fila chegue a padrões de países europeus e do Canadá, que têm uma espera de dois a três meses para a realização de cirurgias eletivas. “A decisão de unificar a fila foi um ato de coragem, pela exposição, mas somente dessa maneira foi possível planejar e organizar as ações. Temos que parabenizar o governo do Estado por essa iniciativa inédita”, comentou.
Patrícia Fleury, do Consellho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems), destaca a participação dos municípios no programa e que houve esforço para a pactuação de algumas cidades. “Todos estão envolvidos. Os municípios, inclusive, se organizaram para realizar o transporte desses pacientes”, disse.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Médico receita sorvete e jogo 'Free Fire' para criança doente em UPA
Mãe da criança denunciou o médico e afirmou que ele sequer examinou a criança durante o atendimento
Uma mãe ficou revoltada na madrugada no dia 18 de maio, quando levou seu filho de 9 anos com sintomas gripais à uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e o médico lhe receitou sorvete de chocolate e o jogo eletrônico "Free Fire". O caso aconteceu em Osasco, na Grande São Paulo.
De acordo com Priscila da Silva Ramos, além dos sintomas de gripe, a criança estava vomitando, com a garganta muito inflamada e tontura.
Priscila conta que, durante o atendimento, o médico Marcos Wesley da Silva praticamente não examinou a criança, baseando-se apenas nos sintomas e o receitou amoxicilina, ibuprofeno, dipirona, prednisolona e acetilcisteina. Ele não teria explicado como seria o uso dos medicamentos.
O médico, sem se levantar da cadeira, questionou se o garoto gosta mais de sorvete de morango ou de chocolate. A criança logo respondeu "chocolate", foi então que Marcos o receitou "sorvete de chocolate duas vezes ao dia, mais Free Fire dirariamente".
Ao ver a receita, a irmã de Priscila recomendou denunciar o médico ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). Em nota, a Prefeitura de Osasco informou que a criança chegou na unidade com nasofaringite aguda e que, de acordo com o prontuário do médico, o menino estava com quadro inflamatório agudo, mas sem gravidade.
Ainda de acordo com a prefeitura, Marcos foi desligado do quadro dos prestadores de serviço da Organização Social do município. "Devido à conduta indevida com o paciente e seus familiares e o não esclarecimento das condutas tomadas, o médico foi desligado do quadro de prestadores de serviços", diz a nota.
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PARAÍBA ONLINE
Impasse no STF: Ministério da Saúde suspende repasse de recursos para os municípios para pagamento do piso da enfermagem
O Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, pediu vista no processo de julgamento sobre o pagamento do piso salarial da enfermagem. Com isso, o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, suspendeu o envio dos recursos aos municípios para suplementar o pagamento do piso nas cidades.
Esse impasse impossibilitou o Município de Campina Grande de efetuar o pagamento do piso de R$ 4.750,00 aos enfermeiros já neste mês de maio, uma vez que o Fundo Municipal de Saúde não recebeu os recursos do Governo Federal.
O Ministro do STF tem até 90 dias para avaliar o projeto e dar seu voto. O Supremo aguarda a decisão do magistrado para retomar a plenária virtual sobre o piso. Enquanto isso, o Ministério da Saúde não deve enviar verbas suplementares para os municípios.
"O pagamento do piso salarial da enfermagem já foi aprovado pelo Congresso Nacional, mas existe agora esse impasse, o que interrompeu o envio de recursos do Governo Federal. Isso inviabiliza o pagamento porque é por meio desse aporte que será possível pagar a diferença, pois o impacto é de mais de R$ 2 milhões na nossa folha salarial", disse o secretário de Saúde, Gilney Porto.
O secretário informou ainda que, tão logo a suplementação nacional seja realizada, a gestão municipal efetuará o pagamento. Campina Grande tem 440 profissionais na Rede Municipal de Saúde. Com a convocação do Concurso Público Municipal, mais de 30 enfermeiros foram chamados para a função e 22 assumiram, o que representa um aumento de 15% no número de profissionais efetivos.
A Prefeitura de Campina Grande também está atuando em negociação com o Sindicato dos Trabalhadores Urbanos do Agreste da Borborema (SINTAB) para viabilizar a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da categoria. Contudo, dezenas de progressões foram avaliadas e autorizadas pela gestão para os servidores.
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TUDO DO MS
Infecções bacterianas são a segunda principal causa de morte no mundo
As infecções bacterianas ocupam o segundo lugar no ranking das doenças que mais matam no mundo, de acordo com um estudo publicado no periódico científico The Lancet[ii] no ano passado, ficando atrás apenas das doenças do coração.
O levantamento mostra que a resistência aos antibióticos esteve associada a quase 5 milhões de mortes, e foi diretamente responsável por cerca de 1,27 milhão de óbitos em 2019 (período do levantamento)2.
"As infecções por bactérias resistentes , ou seja, aquelas que precisam de antibióticos mais potentes devido ao uso descontrolado e sem acompanhamento médico dos antibióticos, já são um problema de saúde pública e precisamos desenvolver ações que ajudem a reduzir o número de casos dentro e fora dos hospitais", explica Ricardo Kosop, coordenador do projeto Antimicrobial Stewardship no Hospital Angelina Caron (HAC) - referência em atendimentos de alta complexidade, localizado na Região Metropolitana de Curitiba.
De acordo com o médico, a higienização das mãos é considerada uma estratégia de prevenção de infecções com maior e mais robusta evidência de efetividade, além do baixíssimo custo e relativa simplicidade. Contudo, embora simples, e mesmo após tudo o que vivemos durante a pandemia, ainda costuma ser ignorada no dia a dia, tanto por pessoas comuns como por profissionais de saúde.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), lavar as mãos sempre que necessário ajuda a reduzir em aproximadamente 40% doenças como gripe, conjuntivite e viroses[iii].
Prevenção de infecções dentro dos hospitais
Neste cenário, a higienização correta das mãos é fundamental para prevenir quadros de resistência bacteriana em ambientes hospitalares. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), infecções adquiridas durante a prestação de serviços de saúde é um grande problema global, contudo, pacientes em países de baixa e média renda têm duas vezes mais probabilidade de infecção do que aqueles em países de alta renda (15% e 7% dos pacientes, respectivamente)[iv]. A higiene de mãos deve ser realizada com preparação alcoólica (álcool gel) pela sua rapidez e efetividade. No entanto, sempre que houver sujeira aparente ou matéria orgânica nas mãos, a lavagem de mãos com água e sabão é recomendada.
Dentre as iniciativas que vêm ganhando notoriedade dentro dos hospitais, o programa Antimicrobial Stewardship, desenvolvido com apoio da BD, uma das maiores empresas de tecnologia médica do mundo, visa promover o uso racional de antibióticos e reduzir infecções, casos de sepse e consequentemente, multirresistência microbiana em ambientes hospitalares.
"A resistência microbiana é uma das maiores ameaças no mundo hoje. Até 2050, poderemos voltar a ter infecções intratáveis e, um antibiótico mal-usado faz uma pressão seletiva (ou seja, quando um conjunto de fatores acabam selecionando os organismos mais resistentes) não apenas na bactéria, vírus ou fungo que causa determinada enfermidade, mas também nos demais microrganismos presentes no indivíduo e na comunidade", alerta Kosop.
O estudo publicado no The Lancet, apontou também que a resistência a medicamentos em infecções da corrente sanguínea, que pode levar à sepse, esteve relacionada a 1,5 milhão de mortes2. Para ajudar as instituições de saúde a implementarem protocolos seguros, capazes de garantir a segurança do paciente, foi lançado o Programa de Gerenciamento de Acesso Vascular, do inglês VAM - Programa Vascular Access Management.
"Em média, a adesão ao programa reduz em 32% as complicações e diminui em 40% a taxa de infecções. Além disso, nosso monitoramento mostra uma redução de 33% relacionada a custos associados à segurança do paciente", conclui Carlos Damasceno, especialista clínico da BD, responsável pelo programa no Brasil.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, bactérias multirresistentes poderão matar anualmente 10 milhões de pessoas no mundo[v], número maior que a mortalidade por câncer e doenças cardiovasculares. Ainda de acordo com a OMS, as bactérias resistentes fazem 700 mil vítimas anualmente no mundo.
Referências:
Instituto Butantan. No Dia Mundial da Lavagem das Mãos, médico relembra o passo a passo da higienização adequada, que pode reduzir em 40% a chance de pegar doenças. Acesso em 25/04/2023. Disponível em: Link
[ii] The Lancet - Global burden of bacterial antimicrobial resistance in 2019: a systematic analysis. Acesso em 26/04/2023. Disponível em: Link
[iii] Veja Saúde. Lavar as mãos reduz em 40% doenças como gripe, conjuntivite e viroses. Acesso em 26/04/2023. Disponível em: Link
[iv] Organização Mundial da Saúde. OMS pede melhor higienização das mãos e outras práticas de controle de infecções. Acesso em 26/04/2023. Disponível em: Link
[v] Mortalidade por infecção hospitalares - Acesso em 25/04/2023. Disponível em: OMS
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GAZETA DA SEMANA
Inteligência Artificial na saúde: conheça os benefícios e os cuidados que se deve ter
A relação de dependência das pessoas com a tecnologia vem, ao longo dos anos, crescendo em ritmo acelerado, principalmente após o início da pandemia da Covid-19, em 2020, quando foi necessário o isolamento social entre as medidas preventivas para se evitar a disseminação da doença. Com ela, também foram intensificados os múltiplos usos da telemedicina e o aperfeiçoamento da Inteligência Artificial (IA) na área da saúde.
De acordo com Kenneth Corrêa, especialista em negócios digitais e metaverso, a chamada IA Generativa está passando por uma fase de revolução com a criação da ferramenta Chat GPT, a mais nova inteligência artificial capaz de atuar com rapidez e agilidade na criação de novos conteúdos, inclusive na área da saúde.
"O que nos deixa mais fascinados pelas IA é a velocidade com que as coisas acontecem e a assertividade com que estão sendo obtidos os diagnósticos médicos. Inclusive, recentemente, foi desenvolvido um teste com pacientes atendidos por médicos humanos e pela ferramenta Chat GPT. Embora não soubessem que estavam conversando com uma IA, 80% das pessoas preferiram o atendimento feito pelo robô", conta o especialista, referindo-se ao estudo publicado em abril/23 pela JAMA Medicina Interna .
Recentemente, o Google anunciou a evolução de sua plataforma de inteligência artificial e seu próprio modelo de linguagem, o PaLM (para concorrer com o GPT da OpenAI e o LLaMA da Meta). A empresa global ressaltou que, dentre as várias áreas que estão usando, existe uma específica para o atendimento médico: o Med-PaLM-2, que passou com excelência no exame de proficiência americano. A ferramenta foi testada por médicos especialistas e é capaz de ler exames (inclusive de Raio X), resumir conceitos e elaborar relatórios médicos.
Na área da saúde, Kenneth também ressalta a utilização das técnicas Machine Learning e Redes Neurais, as quais possibilitam a leitura de exames de imagem, como raio-x e ressonância magnética, e a leitura de exames de padrões, como ecocardiograma.
Agilidade no atendimento
A inteligência artificial na saúde funciona como uma enciclopédia. "Ela tem uma base de dados com basicamente todos os diagnósticos que foram feitos num determinado hospital, por exemplo, e que estejam registrados em sistema, contando todo o histórico do paciente.
Essas informações são cruzadas com as de livros de Medicina, de todo o Catálogo Internacional de Doenças. Assim, a IA reconhece e identifica sinais, sintomas e exames e, a partir dali, recomenda o diagnóstico mais provável", explica Kenneth, lembrando que, por conta da regulamentação global, o laudo final quem assina é o médico humano, após analisar as respostas dadas pela IA.
Um dos principais ganhos na aplicação da IA na saúde refere-se à chamada personalização em escala, ou seja, a possibilidade de prestar um atendimento personalizado, com qualidade, para uma grande quantidade de pessoas.
"Eu não vejo, ainda, uma modificação no sistema de saúde em que o robô vai fazer um atendimento completo. Mas, se ele beneficia a operação de atendimento fazendo uma triagem, por exemplo, o médico ganha agilidade. Então é muito válido utilizar a IA como ferramenta de apoio, pela facilidade e praticidade".
É o caso do Sistema Laura, que, em 2020, começou a ser instalado em instituições brasileiras de saúde pública. A partir desta IA e da tecnologia cognitiva, os dados da rotina hospitalar são gerenciados e alertas são emitidos para a equipe assistencial, para que os pacientes mais críticos sejam atendidos com prioridade e recebam o tratamento adequado o quanto antes. Milhares de vidas já foram salvas por causa desta tecnologia, desenvolvida pela healthtech Laura.
Mas é seguro?
Com tantos avanços na IA na área da saúde, a pergunta que paira no ar é: os atendimentos feitos pelos robôs são seguros? A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta, no último dia 16, de que é preciso muita cautela ao usar a nova tecnologia em busca de diagnósticos e tratamentos.
Kenneth se posiciona a favor deste alerta, uma vez que, em sua opinião, "algo que a gente não está pronto para fazer como humanidade, como sociedade organizada do ano 2023, é o robô fazer o diagnóstico, tampouco ser responsabilizado pelo diagnóstico".
Segundo o especialista, é possível a IA confundir uma informação e seguir o atendimento de maneira errônea. "Por isso, a forma como eu recomendo que centros clínicos, hospitais, os próprios profissionais da saúde utilizem o que já tem disponível de IA é sempre como um apoio na produtividade, na realização do pré-diagnóstico, de forma que o robô ajude o profissional de saúde, o qual deve ser responsável e sempre checar todas as informações passadas pela máquina antes de realizar um atendimento".
Os desafios atuais
A questão da responsabilização é um dos desafios da Inteligência Artificial. "Quem será responsabilizado caso o atendimento apresente uma falha de sistema? É claro que, por trás de todo atendimento, tem que estar o médico humano e a sua responsabilidade por aquele paciente".
Outra dificuldade é a aceitação das pessoas em serem atendidas por um robô. "Tudo bem dizer que, no teste citado, a qualidade no atendimento do Chat GPT ganhou nota mais alta. Mas será que o paciente sabia que estava sendo atendido por um robô? As pessoas gostam de conversar com outra pessoa, sentem-se mais seguras em saber que estão sendo atendidos por alguém que dá a devida atenção ao caso delas".
E um terceiro desafio a ser pontuado é o custo. "Como a IA funciona como uma enciclopédia, só é possível gerar conhecimento de atendimento médico, de diagnóstico, em cima de um histórico, em cima da base de dados. E então, se você usa uma IA Proprietária, que foi desenvolvida, por exemplo, por uma universidade de Medicina, ela vai te liberar o uso e vai cobrar por isso. Ou então você terá que lidar com os investimentos de criar sua própria base de dados".
O futuro da IA na área da saúde
Para Kenneth, o futuro da aplicação da inteligência artificial na área da saúde é bastante promissor. "Com a revolução do Chat GPT, de outubro de 2022 para cá, as pessoas estão aceitando muito mais que existe IA, que ela já é usada no dia a dia em algumas áreas específicas. Essas mudanças ajudam a diminuir bloqueios e barreiras. As pessoas vão percebendo que o mundo está cada vez mais complexo e que é possível usar a IA ao nosso favor. Sem contar que o Chat GPT é acessível e qualquer pessoa pode desenvolver uma solução usando a ferramenta".
Além da aceitação, outro fator importante para o futuro da IA na saúde são os investimentos feitos pelos grandes players de tecnologia. "Multinacionais como Google, Meta, Amazon, IBM estão apostando alto em IA. Em geral, para onde vai o dinheiro, há um desenvolvimento acelerado, resultando em boas ideias e boas soluções", conclui.
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Assessoria de Comunicação