CLIPPING AHPACEG 06/04/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
CFM pede ao Ministério da Educação criação de GT para disciplinar abertura de escolas médicas
Reforma tributária prevê alíquota diferenciada para a saúde, diz Reginaldo Lopes
Hugh Jackman relata que fez teste para descobrir possível novo câncer de pele
Regulação da IA na Saúde: que bicho é esse?
Doença de Parkinson: especialista ressalta importância do diagnóstico precoce
Referência em transexualização em Goiás, HGG possui 140 pacientes na fila de espera
Check-up cardiológico: cardiologista explica importância de fazer os exames
PF investiga desvio de cerca de R$ 1,6 milhão de dinheiro público em ações de combate à pandemia em Luziânia
Doença de Parkinson atinge cerca de 4 milhões de pessoas no mundo
Kelly Rodrigues lança livro focado em Experiência do Paciente
SAÚDE BUSINESS
CFM pede ao Ministério da Educação criação de GT para disciplinar abertura de escolas médicas
O Conselho Federal de Medicina (CFM) encaminhou, nesta terça-feira (4), ofício ao Ministério da Educação no qual pede a criação urgente de Grupo de Trabalho (GT) com o objetivo de definir critérios objetivos para autorização de funcionamento de novos cursos de medicina no País. A proposta de iniciar essa discussão, com o intuito de regulamentar esse processo, foi feita pelo próprio ministro Camilo Santana, em reunião com representantes do movimento médico.
Além da constituição do GT, o CFM solicitou ainda ao Ministério da Educação que suspenda de forma imediata a tramitação administrativa de pedidos de abertura de novos cursos ou de aumento de vagas em estabelecimentos já em funcionamento até que os novos critérios estejam definidos. “Acolher esses pedidos sinaliza positivamente no sentido de se buscar uma solução para esse tema que tem grandes implicações na formação dos futuros médicos e na qualidade da assistência em saúde oferecida à população”, disse o presidente do CFM, José Hiran Gallo.
O GT, que contaria com a participação nomes do Ministério da Educação, do CFM e de outras entidades médicas, teria a missão de estabelecer os parâmetros para regulamentação desse tema, contemplando o fluxo, os procedimentos e o padrão decisório dos atos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos superiores de medicina, bem como seus aditamentos, das instituições de educação superior do sistema federal de ensino.
Na visão dele, há pertinência de serem retomados parâmetros qualitativos e quantitativos para abertura de cursos ou aumento do número de vagas -- anteriores à legislação de 2013. Segundo lembrou, esses critérios ainda dão a possibilidade de sanções administrativas aos cursos que não os cumprirem, pois são necessários ao adequado processo ensino-aprendizagem em medicina.
Entre os critérios defendidos pelo CFM, estão: a oferta de cinco leitos públicos de internação hospitalar para cada aluno; o acompanhamento de cada equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) por no máximo três alunos de graduação; e a presença de hospital de ensino com mais de 100 leitos exclusivos. Todos eles valeriam para o município sede do curso.
José Hiran Gallo disse ainda que a suspensão de novos pedidos pelo MEC permitirá que sejam avaliados “à luz das orientações definidas com o objetivo de qualificar o processo de ensino e aprendizagem em medicina no País e oferecer à população profissionais bem formados e capacitados para o exercício dessa profissão em todas os seus níveis de complexidade, sempre com conhecimento técnico, segurança e ética”.
Atualmente, existem 389 escolas médicas em atividade no Brasil, distribuídas em quase 250 municípios, as quais, juntas, oferecem cerca de 40 mil vagas por ano. Desse total de cursos, 42,9% (167) foram criados nos últimos dez anos, sendo que 53,4% (208) estão no Sul e no Sudeste e 81,1% (315) em capitais e municípios de grande porte.
Levantamento do CFM aponta que mais de 90% dessas instituições de ensino estão em municípios com déficit em parâmetros considerados essenciais para o funcionamento dos cursos. Ou seja, são localidades que não contam com número suficiente de leitos de internação, de equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) ou hospitais de ensino, entre outros itens.
“Sem essas estruturas disponíveis, o processo de formação pode ser comprometido, pois a medicina, ao contrário de outras atividades, depende de campos de prática para que o ciclo de ensino-aprendizado seja completado com êxito”, ressaltou Gallo que destacou também a existência de um grande número de médicos em atividade.
“O Brasil conta com cerca de 550 mil médicos registrados, totalizando uma densidade de 2,56 médicos por mil habitantes no país. Inclusive, projeções mostram que em poucos anos o Brasil terá em torno de 1,5 milhão de médicos. Ou seja, não há necessidade de formação de mais profissionais para atender as demandas internas”, concluiu.
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FOLHA.COM
Reforma tributária prevê alíquota diferenciada para a saúde, diz Reginaldo Lopes
O setor de saúde deve ser submetido a uma alíquota diferenciada no novo modelo de tributação brasileiro, de acordo com o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), coordenador do grupo de trabalho da reforma tributária na Câmara dos Deputados.
"Setores como o da agroindústria, o de saúde, de educação, transporte de carga e as entidades de benefícios sociais caminham para ter um tratamento diferenciado, favorecido [com relação aos impostos]. No mundo inteiro é assim, e não vai ser diferente aqui no Brasil", afirmou.
O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) durante abertura do seminário Impactos da Reforma Tributária na Saúde, no auditório do Museu da Imagem e do Som (MIS), zona oeste da capital paulista, em 03 de abril - Jardiel Carvalho/Folhapress
A declaração foi feita durante a abertura do seminário Impactos da Reforma Tributária na Saúde, realizado pela Folha com patrocínio da Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde).
Para ele, serviços oferecidos por convênios médicos diminuem a sobrecarga do SUS (Sistema Único de Saúde) ao atenderem uma parcela da população e, por esse motivo, devem ser enquadrados em modelos especiais de tributação.
A Pesquisa Nacional de Saúde mais recente divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que 28,5% dos residentes no Brasil em 2019 tinham algum plano de saúde médico ou odontológico.
Também de acordo com o deputado, será necessário debater e calcular formas de manter a máquina pública sem o acúmulo de tributações sobre um mesmo setor ou pessoa. Lopes considera um avanço propostas como o cashback para impostos cobrados mais de uma vez na cadeia de produção e o entendimento de que se deve cobrar mais impostos de quem possui mais renda.
"A progressividade também se dá na capacidade do Estado de atender os mais pobres com políticas públicas, inclusive com a transparência de o cidadão saber o que de fato está pagando", disse.
Uma das propostas é a criação de uma alíquota estimada em 25% para bens e serviços. No caso da saúde, a porcentagem seria de 25% para baixo, variando de acordo com cada segmento que compõe o setor.
O entendimento é de que cada elo da saúde - como os setores de equipamentos, insumos, medicamentos e atendimento médico - tem características diferentes, devendo ser tributado sob uma lógica específica.
Para Lopes, o ambiente político atual está favorável à reforma, que se mostra importante para a criação de uma estrutura capaz de possibilitar um desenvolvimento econômico do país nos próximos anos, gerando mais empregos e aumentando a renda per capita.
O deputado contou que tanto a Câmara dos Deputados quanto o Ministério da Fazenda têm se reunido semanalmente para ouvir todos os setores e buscar uma convergência.
"Eu diria que, se a gente conseguir superar esses pontos de divergência entre nós, vamos aprovar essa reforma", afirmou.
"Parece difícil e complexo, mas mais difícil é o modelo que temos hoje, com 460 mil normas. O IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) é muito mais fácil de entender, é simples. Vão pagar um imposto, um produto final, e vamos creditar as etapas anteriores. Acho que esse é o sistema moderno."
O deputado reconheceu o cenário de descrédito em que se insere a reforma tributária, marcado por 40 anos de discussões sobre o tema sem que mudanças se concretizassem de fato.
Por outro lado, disse que tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado têm um objetivo em comum. "Ambos se somam nesse esforço pela aprovação [da reforma], seja o presidente [da Câmara] Arthur Lira, seja o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco."
Reginaldo Lopes também destacou o apoio do Poder Executivo. "Se a gente prestar atenção nos desafios que estão colocados para a nova âncora fiscal, o que de fato vai dar sustentabilidade a médio e longo prazo é a reforma tributária. Justamente por permitir uma incidência tributária ampla. Ou seja, quando todos pagam, todos podem pagar menos."
Nessa perspectiva, segundo o deputado, o governo federal apoia a iniciativa do Parlamento de votar a reforma tributária, mas respeita o protagonismo da Câmara e do Senado.
"Enviar uma Emenda Constitucional ajuda, porque dá uma característica a essa reforma - que não é do governo do presidente Lula, apesar de ele apoiar e ter criado uma secretaria extraordinária da reforma tributária, comandada pelo Bernardo Appy."
Segundo ele, para que o Brasil amplie sua presença no PIB (Produto Interno Bruto) mundial e tenha mais competitividade é preciso resolver o custo do país, majoritariamente baseado no sistema tributário.
"Dar competitividade ao Estado brasileiro é evitar que o país pague imposto de imposto e tenha cumulatividade, como a gente tem hoje no nosso sistema. Não só para permitir que o povo brasileiro tenha acesso a produtos e serviços, mas também permitir que o Brasil possa voltar a ser um país com mais valor agregado", disse.
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O HOJE
Hugh Jackman relata que fez teste para descobrir possível novo câncer de pele
Na ocasião, o ator explicou que fez duas biópsias e que o médico relatou um possível caso de carcinoma basocelular
Hugh Jackman, de 54 anos, utilizou suas redes sociais para revelar que recentemente realizou exames para saber se estava novamente com câncer de pele. Na ocasião, o ator explicou que fez duas biópsias e o médico relatou um possível caso de carcinoma basocelular.
Responsável por interpretar “Wolverine” nas telas de cinema, o astro de Hollywood aproveitou a oportunidade para alertar os seguidores sobre os riscos da doença, como combatê-la e a importância de realizar exames de rotina para que caso haja esse tipo de diagnóstico, o tratamento possa iniciar o mais rápido possível.
“Sei que já me ouviram falar sobre os meus carcinomas basocelulares antes. Vou continuar a falar sobre eles se for preciso. E se lembrar uma pessoa de colocar protetor solar com um alta SPF, então fico feliz. Só para lembrar, o carcinoma basocelular, no mundo dos cânceres de pele, é o menos perigoso de todos”, ressaltou. De acordo com Jackman, o diagnóstico pode ter sido causado pelo seu descuido em relação a exposição no sol durante 25 anos.
Entre 2017 e 2019, a celebridade norte-americana enfrentou seis remoções de câncer no rosto. Em 2021, a biopsia do ator resultou como “inconclusiva”.
O carcinoma basocelular é um tipo de câncer de pele que se desenvolve nas células basais, um tipo de célula da pele responsável pela produção novas células. Isso causa uma saliência branca perolada, da cor da pele ou rosa no corpo especialmente no rosto e orelhas.
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PORTAL TERRA
Regulação da IA na Saúde: que bicho é esse?
À medida que a IA evolui e assume um posicionamento de destaque dentro da sociedade é preciso olhar para ela com mais atenção
Aprender a usar a tecnologia sem ter muito medo dela e/ou de suas implicações parece ser mesmo o grande desafio quando assunto é inteligência artificial. É que muito se fala sobre os riscos e limitações da aplicação da IA na Saúde sem que ainda esteja claro para a maioria as formas possíveis de mitigar esses riscos, para além da regulação e da proteção dos dados.
E daí surge mais uma dúvida: será que a criação de leis e de uma agência reguladora que visa a punir os responsáveis por não cumprir os acordos formulados é a melhor saída para acelerar a transformação digital?
Paulo Schor, professor associado de oftalmologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) e coordenador adjunto de Pesquisa para Inovação da FAPESP, acredita que não: "Penso que em relação à IA temos sempre que buscar o mínimo de regulação com o máximo de celeridade e punição para todos que impedem a tecnologia de funcionar direito", enfatiza.
O que apavora o especialista nesse assunto é a regulação da IA surgir como um "atrapalhador" da modernidade e do avanço da ferramenta, algo que é muito mais frequente de acontecer do que o contrário - vide exemplo da própria telemedicina: "Não sou contra a regulação, mas acho que a própria tecnologia tem ferramentas úteis e seguras para se "autorregular". E, a partir disso, cabe a cada nação ter uma maior preocupação com a equidade, no sentido de justiça, levando em conta suas particularidades sociais, econômicas e tecnológicas ao invés de simplesmente importar leis universais."
Quem fará as leis por aqui?
O Brasil nesse quesito já começou a discutir sobre a melhor forma de regular a tecnologia, a partir da criação do Marco Legal da Inteligência Artificial (PL 21/2020), um projeto de lei que aguarda aprovação do legislativo. Rodrigo Guerra, especialista em finanças e inovação e fundador do Projeto Unbox, concorda que o foco das discussões precisa estar em como vamos chegar a um equilíbrio entre as proibições que a lei impõe e o livre incentivo à inovação, especialmente em um setor conservador e que precisa urgentemente de uma transformação de negócios, como é o caso da Saúde: "Se deixarmos tudo acontecer de forma livre, os riscos do uso da IA serão muitos e potencialmente catastróficos. Por outro lado leis duras demais desincentivam a inovação e o desenvolvimento tecnológico e científico."
Encontrar o equilíbrio também é a recomendação de Coriolano Almeida Camargo, coordenador LGPD da Escola Superior da Advocacia Nacional, especialmente ao lembrar que o legislador não consegue acompanhar o ritmo das mudanças tecnológicas atuais. Para o especialista, que também é presidente e fundador da Digital Law Academy, nem tudo deve ou pode ser objeto de controle para não se frustrar a inovação e a geração de empregos e oportunidades: "E, finalmente, a Lei que irá tratar da regulação da inteligência artificial no Brasil precisa conter a defesa da dignidade da pessoa humana como fundamento", defende.
"O homem e sua essência humana e direito à vida digna deve ser o pilar de sustentação da norma que regulamenta o uso da inteligência artificial", diz Coriolano Almeida Camargo, coordenador LGPD da Escola Superior da Advocacia Nacional e presidente e fundador da Digital Law Academy.
A ressalva é importante do ponto de vista legal, porque a IA é uma tecnologia com múltiplas aplicações e deve ser utilizada cada vez mais para auxílio na tomada de decisões importantes em diferentes setores. "É sabido que muito pode ser automatizado pela ferramenta, mas a experiência de um advogado ou do médico não pode ser descartada", deixa claro Camargo, que continua: "Para um futuro próximo, podemos esperar uma firme regulamentação da IA no Brasil, já que uma comissão de juristas tem sido responsável por orientar os projetos de Lei 5.051/2019, 21/2020 e 872/2021". Todos têm como objetivo estabelecer princípios, regras, diretrizes e fundamentos para regular o desenvolvimento e a aplicação da inteligência artificial no Brasil.
Foco na Saúde
Especificamente neste setor, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu seis princípios para direcionar o desenvolvimento da IA na Saúde. Em essência elas mostram que a tecnologia está a serviço dos profissionais da Saúde e não o contrário: "O médico e outros profissionais de Saúde continuarão a ser o principal elo entre o paciente e a inteligência artificial, trazendo empatia e humanização para essa relação", diz Aldir Rocha, sócio consultor da Lozinsky Consultoria.
Proteger a autonomia humana.
Promover o bem-estar, segurança humana e interesse público.
Garantia de transparência e inteligibilidade.
Promoção de responsabilidade e prestação de contas.
Garantia de inclusão e equidade.
Promoção de IA responsiva e sustentável.
E o desenvolvedor, como fica?
Para Aldir Rocha, sócio consultor da Lozinsky Consultoria, a regulamentação da IA na Saúde é um dilema existencial e sensível pelo seu significado, pois a tecnologia estará diretamente ligada à vida e à morte de um ser humano. "Mas é claro que tanto quem investe no desenvolvimento da tecnologia como quem a utiliza precisar ter algum tipo de proteção jurídica, ou seja, conhecer bem as regras do jogo para saber como cumpri-las e não acarretar em um dano futuro."
"A regulação é importante tanto para quem consome como para quem desenvolve a inteligência artificial. Assim, haverá proteção jurídica estabelecida por regras bem conhecidas para que amanhã ou depois as empresas de software não sejam penalizadas por situações não previstas", diz Aldir Rocha, sócio consultor da Lozinsky Consultoria.
A transparência nesse sentido é tão importante, que Aldir Rocha defende até mesmo a possibilidade de auditar os códigos usados no desenvolvimento da solução para evitar códigos maliciosos, restritivos e/ou preconceituosos. O PL 21/2020 avança justamente nesses pontos ao estabelecer como princípios o respeito à dignidade humana, transparência nos algoritmos e proteção dos dados pessoais: "Penso que esses três pilares norteadores são um bom ponto de partida, pois estão centrados na proteção do indivíduo", justifica Rocha.
Todas essas questões estão conectadas também à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), implantada em agosto de 2020 e cujas punições por descumprimento acabaram de começar, em 27 de fevereiro de 2023.
Olhe fora para se inspirar
A inteligência artificial embora seja bastante discutida ainda é uma tecnologia muito recente e sua popularização tem acontecido nos últimos meses. O ChatGPT, por exemplo, proporcionou um uso mais acessível da ferramenta, não sem antes provocar burburinhos sobre direitos autorais e manipulação de viés. Isso, claro, tem feito com que muitos países no mundo se apressem em criar leis próprias em paralelo com a rápida ascensão da tecnologia e como ela vai moldar o futuro das relações em diversos setores da sociedade - e da economia, claro.
O atual relatório de "Regulação da Inteligência Artificial - benchmarking de países selecionados", criado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) destaca o modelo de regulação de IA nos Estados Unidos, que hoje já é feito por agências reguladoras e pelos estados da federação: "Esse modelo está sendo debatido e poderia deixar as relações mais seguras e ágeis sem parar a inovação. É que por lá há ações específicas de coordenação por parte do governo para posicionar o país como liderança em pesquisa e desenvolvimento de IA, nos âmbitos público e privado. Portanto, há prioridade para o fortalecimento de pesquisa e desenvolvimento da competitividade do país em IA".
Já o Japão, segundo país a desenvolver estratégias nacionais de IA e a estabelecer metas e alocar orçamento para o tema, tem agências governamentais japonesas que adotam a abordagem de "soft-law" para lidar com possíveis vieses da tecnologia de IA. "O país busca criar uma governança ágil, com o objetivo de não prejudicar investimentos e não impedir a inovação", deixa claro o documento.
Para Coriolano Camargo parecem razoáveis estes modelos flexíveis, porque as demais autoridades e os Tribunais não são descartados do processo de fiscalização. Já Aldir Rocha lembra ainda que existem países nos quais as questões éticas e morais precisam estar em evidência nessa discussão, uma vez que a inteligência artificial pode segregar e discriminar indivíduos: "Por isso acredito que faça mesmo sentido subordinar a regulação da IA a um órgão como a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) que vai resguardar a privacidade dos indivíduos simultaneamente."
"Temos que ter claro que a inteligência artificial manipula dados e, se esses dados já estão protegidos pela LGPD, o enviesamento do resultado da sua transformação está sob sua devida responsabilidade legal. Na Holanda, por exemplo, o projeto de regulação está sendo desenvolvido nesse sentido", diz Aldir Rocha, sócio consultor da Lozinsky Consultoria.
Mas volte-se para si também
O físico teórico Stephen Hawking dizia que "a criação bem-sucedida de inteligência artificial seria o maior evento na história da humanidade". Coriolano Camargo contesta a profecia dizendo que, se não aprendermos desde já a mitigar e regular seus riscos, ela pode também ser a nossa última criação: "Nós precisamos de uma IA bem treinada e adaptada às necessidades dos profissionais da Saúde, mas que também nos ofereça segurança desde a sua criação."
E continua: "Se olharmos a história da humanidade, as máquinas sempre foram adaptadas para a guerra, para submeter outros povos. E em pleno século 21 assistimos a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, com a utilização de drones, supercomputadores, armas cibernéticas. O homem é capaz de grandes feitos, mas poucos líderes são capazes de incutir nas mentes de outros a ideia de que precisamos da tecnologia para o progresso por meio da paz e da união entre os povos."
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PORTAL SAGRES
Doença de Parkinson: especialista ressalta importância do diagnóstico precoce
Normalmente associada à terceira idade e mais comum em maiores de 65 anos, a Doença de Parkinson também pode afetar os jovens e até crianças. Pesquisas apontam que 20% dos diagnósticos da doença, que compromete os movimentos dos pacientes e causa tremores, ocorre entre jovens. Lentidão, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita, são alguns exemplos.
Buscando chamar a atenção para a patologia, no último dia 4 de abril, terça-feira, foi o Dia Nacional do Portador da Doença de Parkinson. Além disso, a data também ressalta a importância do diagnóstico precoce e os tratamentos fundamentais para prevenir sequelas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Sendo assim, o Sistema Sagres de Comunicação ouviu a médica neurocirurgiã, Ana Maria Moura. A especialista também é diretora de Relações Interinstitucionais da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
Entre os assuntos abordados, Ana Maria Moura destacou os principais sintomas, os efeitos da doença em homens e mulheres, prevenção, tratamento, cirurgia e cura.
Principais sintomas
A Doneça de Parkinson é uma condição neurodegenerativa causada por uma diminuição do neurotransmissor dopamina. Ela ajuda o indivíduo a realizar movimentos, atua no sistema de recompensa que dá aquela sensação de alegria, felicidade, movimento. Nesse sentido, falta exatamente a dopamina no parkinsoniano.
“O doente de Parkinson pode ter sintomas motores e não motores. Os primeiros são aqueles clássicos, que todas as pessoas pensam que todos com certeza vão ter, mas não necessariamente têm. É aquele tremor em repouso, ‘contando dinheiro’, geralmente assimétrico, porque o outro tremor, que é o essencial de diagnóstico diferencial, é bilateral, ou seja, nas duas mãos. O Parkinson tende a começar de um lado, para depois ir para o outro”, cita Ana Maria Moura.
Além disso, o parkinsoniano apresenta dificuldades na mobilidade, tanto em movimentos mais simples, quanto naqueles mais complexos. Por exemplo, o indivíduo com Doença de Parkinson enfrenta problema para guardar um objeto.
“Ele apresenta uma rigidez importante na musculatura, dificultando em fazer movimentos curtos e amplos. Até o simples gesto de colocar a mão dentro do bolso, ou para tirar carteira, ou para colocar. Também ao caminhar, então o paciente vai ter essa dificuldade nos passos, podendo cair, dar a meia volta para retornar. Esses são alguns dos sintomas motores e, juntamente com isso, uma postura com o tronco pra frente, que a gente chama de cifose”, explica a médica neurocirurgiã.
Sintomas não motores
Como disse Ana Maria Moura, os sintomas motores são aqueles clássicos, que incluem tremores, dificuldade em se mover, etc. Entretanto, o parkinsoniano também apresenta os sintomas não motores que, geralmente, começa com eles.
“Vai ser um sono agitado, então é comum os pacientes falarem no consultório que sonhou com guerra e acordam dando murro, chute. Uma dificuldade no olfato, às vezes a pessoa perde”, afirma.
“Também é comum constipação e sintomas relacionados a ansiedade e depressão são alguns não motores da Doença de Parkinson”, conclui a diretora de Relações Interinstitucionais da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
Efeitos em homens e mulheres
De acordo com Ana Maria Moura, o Parkinson acomete mais homens e mulheres. Apesar disso, a médica ressalta que não há estudos que comprovem essa prevalência maior na população masculina.
“Por exemplo, se a pessoa vai trabalhar arrumando casa, ela vai precisar muito do motor dela. Agora, se o indivíduo trabalha mais com cognição, também vai sentir, porque não falta só a dopamina. Tem uma proteína, a Corpúsculo de Lewy, que também está relacionada com Alzheimer. Por isso que vem a demência com o Parkinson e algumas outras inflamações em outras estruturas, como a mitocôndria”, pontua.
Na verdade, ainda conforme a especialista, o acometimento da doença está muito mais relacionado à atividade que a pessoa desempenha do que ao gênero do indivíduo.
“Então, depende da tarefa que essa pessoa está realizando. A mulher, em tempos de menstruação, ela fica mais frágil e isso pode acarretar em mais dores, com isso ela fica mais contraída, com rigidez maior. Agora, se for um homem com pressão arterial ou diabete associados, pode apresentar grandes repercussões”, ressalta.
Prevenção
Assim como outras doenças, o indivíduo também pode se prevenir do Parkinson com autocuidado. Sendo assim, uma dieta com a presença de ferro e magnésio pode ser importante para evitar o surgimento da patologia.
“Evitar alimentação inflamatória, ou seja, doces, muitos carboidratos. Preferir uma alimentação com produtos orgânicos, que não tenha pesticida, porque isso também pode ser um sinal. Não necessariamente a Doença de Parkinson em si, mas outras doenças que podem provocar os mesmo sintomas, que chamamos de parkinsonismo. Dormindo bem, tendo um padrão de sono, evitando traumas, esporte de grande impacto por muito tempo, porque os microimpactos também geram Parkinson”, exemplifica Ana Maria Moura.
O parkinsonismo apresenta os mesmos sintomas da Doença de Parkinson, como tremor e rigidez, mas não é de fato ela. Por exemplo, um tumor cerebral em um circuito do cérebro que controla os movimentos, o paciente apresentará essas condições, mas não terá o Parkinson.
Tratamento
A Doença de Parkinson não tem cura, mas possui tratamento que pode amenizar os sintomas no paciente. Para isso, uma equipe multidisciplinar precisa acompanhar esse parkinsoniano, deixando-o mais relaxado possível.
“Musicoterapia, meditação, esporte, caminhada, oração e também fisioterapia. Nas medicações, como o cérebro falta dopamina, então medicamentos que tenham a substância, ou que faça a transformação de elementos nessa dopamina, e relaxantes musculares”, destaca.
Além disso, há a possibilidade ainda de um tratamento cirúrgico, com uma estimulação cerebral profunda, da sigla em inglês DBS, que quer dizer Deep Brain Stimulation.
“O paciente vai ser bem avaliado, para saber se é um candidato cirúrgico. Nós fazemos dois furinhos na calota craniana, descemos o eletrodo intracerebral, passamos a conexão debaixo da pele e ligamos a um marcapasso no tórax. Ele vai jogar energia para a pontinha desse eletrodo no cérebro, que vai restabelecer o circuito do movimento normal”, finaliza Ana Maria Moura.
Existem outros tratamentos cirúrgicos, como a neuroablação, que consiste basicamente na mesma técnica do DBS, e a radiocirurgia.
*Esse conteúdo está alinhado com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 03 – Saúde e Bem Estar
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Referência em transexualização em Goiás, HGG possui 140 pacientes na fila de espera
Desde 2017, quando o procedimento começou no Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG), foram 68 cirurgias de redesignação sexual. Destas, no entanto, 18 foram para readequação genital, quando a intervenção cirúrgica é mais severa. Além disso, há ainda a retirada de útero ou das mamas, nos casos de homens trans.
Em entrevista à Sagres, o médico ginecologista e coordenador do Projeto Transexualizador do HGG, João Lino, explica que o primeiro passo para quem busca a redesignação sexual é procurar uma unidade básica de saúde.
“Lá o paciente vai expressar a incompatibilidade entre o gênero de nascimento e o de identidade, e então o paciente será encaminhado às unidades de referência”, afirma.
São os casos de incongruência de gênero, caracterizada pela desconformidade entre o gênero de um indivíduo e o sexo a ele atribuído.
“Há pacientes que precisarão do processo de hormonização com medicamentos. Isso vai ser o suficiente para ele ser ver em um corpo adequado como ele deseja. Há ainda os pacientes que irão precisar de procedimentos mais complexos. Por exemplo as cirurgias de transgenitalização, chamadas de readequação genital”, esclarece Lino.
Da primeira consulta à cirurgia
Uma normativa do Ministério da Saúde regulamenta a realização desse tipo de cirurgia. Segundo Lino, o tempo mínimo até que chegue o momento da realização do procedimento, desde a primeira consulta no HGG, entretanto, é de dois anos.
“Nesse período, o paciente fica em suporte psicológico e psiquiátrico, e com processo de uso de hormônio com a ginecologia, para que ele tenha certeza de sua identidade de gênero, tratar de doenças que possam estar associadas e estar apto a fazer o procedimento”, pontua.
Equipe
Como o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) não realiza mais o procedimento desde 2019, apenas o HGG em Goiás conta com o serviço.
De acordo com Lino, compõem a equipe da unidade três ginecologistas, um psiquiatra, dois psicólogos, um fonoaudiólogo e três profissionais de cirurgia plástica.
Durante a cirurgia são três cirurgiões, um anestesista e médicos residentes ou em formação, uma média de sete pessoas, além da equipe de enfermagem. O procedimento dura, em média, de três a cinco horas.
Segundo João Lino, a expectativa da equipe, no entanto, é realizar uma cirurgia a cada 15 dias.
Fila de espera
De acordo com o coordenador do projeto de transexualização, 140 pacientes aguardam na fila de regulação em Goiás para realizar a primeira consulta no HGG. O grande problema, segundo João Lino, é a demanda reprimida que existe dentro da unidade.
“Tenho 350 pacientes que já em atendimento no programa. Como esses pacientes estão frequentemente na unidade, eles fazem avaliação com psicólogo, psiquiatra e ginecologista. Porém, há uma fila interna de 450 atendimentos, é isso o que mais dificulta a entrada de novos pacientes”, afirma.
No entanto, segundo o coordenador, a ampliação da equipe médica pode reduzir a espera para quem procura por esse procedimento. “Estamos readequando, expandindo a equipe agora para atender mais rapidamente essas pessoas que aguardam na fila”, complementa.
Medicamentos
Na última semana, porém, a Defensoria Pública Estadual de Goiás (DPE-GO) encontrou problemas no processo de transgenitalização. Um deles é o acesso de remédios para tratamento hormonal. A receita médica para esses medicamentos é controlada. Por isso, o médico só a prescreve de forma presencial. Portanto, o paciente precisa viajar para a capital com frequência.
Entretanto, João Lino reforça a necessidade de controle sobre a prescrição das chamadas medicações androgêneas. “Essas medicações têm de ser prescritas em receituário especial do tipo B. Esse tipo de receituário só é possível emitir na consulta presencial. Isso dificulta? Sim, mas é um controle necessário. A telemedicina é um projeto que estamos começando dentro do programa transexualizador do HGG para a gente poder exatamente minimizar as vindas frequentes desse paciente, mas ela não está instalada ainda”, conclui.
Contato
Pacientes que buscam orientações sobre como proceder em relação à redesignação sexual podem enviar um e-mail para Programa TX do HGG. O endereço é o O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..">O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..
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Check-up cardiológico: cardiologista explica importância de fazer os exames
Realizar um check-up cardiológico pode ser fundamental para diagnosticar doenças cardiovasculares, principal causa de morte em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essas enfermidades matam cerca de 17,7 milhões de pessoas todos os anos.
No Brasil, não é diferente. Anualmente, mais de 300 mil brasileiros morrem vítimas dessas doenças, sendo que muitas delas poderiam ter sido evitadas ou tratadas.
“Quando o assunto é prevenção de doenças cardiovasculares, os fatores de risco merecem nossa atenção. Sedentarismo, colesterol, tabagismo, uso excessivo de álcool, dieta inadequada, obesidade, histórico familiar e estresse são exemplos”, cita a médica cardiologista Cibele Gontijo Lopes.
Além disso, algumas doenças cardiológicas não apresentam sintomas, como explica a especialista. De acordo com ela, os sinais de alerta podem surgir apenas nas fases críticas. Sendo assim, a realização periódica do check-up cardiológico surge como uma importante prevenção.
Prevenção
Por meio da avaliação da história clínica, exames laboratoriais, teste ergométrico ou de esforço e exames de imagem, o médico especialista pode orientar o paciente. Nesse sentido, o profissional esclarece sobre a prevenção das doenças e prescreve o melhor tratamento para cada pessoa.
“Dentro dos exames iniciais, temos exames laboratoriais para dosar o colesterol, açúcar do sangue, avaliar a função dos rins. O eletrocardiograma, capaz de avaliar ritmo, condução, sobrecarga das câmaras cardíacas. O teste ergométrico, que avalia ritmo, pressão arterial e capacidade física durante o esforço. Além disso, o escore de cálcio, uma tomografia de tórax simples, sem contraste, que detecta calcificação no território das artérias coronárias”, explica Cibele Gontijo Lopes.
O check-up cardiológico anual deve começar a ser feito por volta dos 40 anos de idade, aproximadamente, no caso de indivíduos saudáveis. Quando há histórico familiar de doença do coração, obesidade, hipertensão, colesterol alto, diabetes ou outro fator de risco, a primeira consulta deve ser adiantada.
Um exemplo de condição a se prevenir é a aterosclerose, que endurece e estreita as artérias de forma progressiva. Se a pessoa não fizer um check-up cardiológico para diagnosticar a doença, a patologia pode obstruir totalmente os vasos sanguíneos próximos ao coração, levando a um infarto do miocárdio. Pode ainda impedir a irrigação do cérebro, causando isquemia ou AVC.
Sintomas
Um aparelho cardiovascular saudável realiza funções vitais como bombear o sangue e nutrir as células de forma satisfatória. Nesse sentido, o coração precisa bater em ritmo normal, com impulsos elétricos que seguem uma trajetória e frequência padrão.
Sendo assim, uma batida deve durar, em média, 0,19 segundo, tempo para que o impulso elétrico percorra o nó sinusal, átrio direito, átrio esquerdo, nó atrioventricular e ventrículos. Vale ressaltar que nosso coração tem quatro partes, dois átrios na parte superior e dois ventrículos na inferior.
Além do coração, o corpo também necessita da boa condição dos vasos sanguíneos, principalmente os que transportam sangue rico em oxigênio. Isso quer dizer que as artérias precisam de espaço suficiente para a passagem do sangue, sem grandes obstruções, como por exemplo placas de gordura nas paredes ou coágulos.
Em caso de obstáculos, o corpo exige que o coração bata mais forte para que o sangue chegue às extremidades do carpo, o que pode gerar uma sobrecarga. Então, o indivíduo pode aumentar o risco de ter pressão alta, insuficiência cardíaca e até parada cardiorrespiratória.
Quando fazer o check-up cardiológico?
Essa é uma questão que pode apresentar três tipos de cenários diferentes. Primeiramente, o paciente deve realizar o check-up cardiológico quando houver indicação médica, principalmente se a pessoa apresentar os fatores de riscos citados. Além disso, o indivíduo pode estar em tratamento de uma doença cardíaca e os exames servem para observar e adaptar terapias que não estejam funcionando corretamente.
Um segundo cenário surge quando o paciente apresenta algum tipo de sintoma de doença cardiovascular. São eles: palpitações, dor no peito, falta de ar, desmaios e tontura, suor frio, cansaço crônico, enjoo, perda de apetite, dor no pescoço, ferimentos frequentes na gengiva, inchaço nas pernas e nos pés, ganho de peso sem motivo aparente, pés e mãos sempre frios, vontade de urinar à noite ou tosse constante também no período noturno.
Por fim, o check-up aparece como um importante aliado na prevenção de doenças cardíacas para pessoas saudáveis, sem fatores de risco. Como ressaltado pela cardiologista Cibele Gontijo Lopes, algumas das patologias cardiovasculares não apresentam sintomas. Sendo assim, o check-up cardiológico regular pode detectar alguma anomalia no indivíduo antes de uma fase mais crítica.
Qualidade de vida
Cibele Gontijo Lopes ressalta que o coração é peça chave para saúde e qualidade de vida. Além disso, a cardiologista destaca que algumas doenças cardíacas têm maior chance de cura quando detectadas precocemente.
“Detectar e controlar os fatores de risco, diagnosticar precocemente e fazer um tratamento adequado, não agravar as doenças pré-existentes. Entender os sinais de alerta em situações graves, como infarto e AVC, e adotar hábitos de vida saudáveis de maneira segura são alguns motivos para fazer o check-up cardiológico”, alerta.
“O check-up cardiológico auxilia na avaliação e controle desses fatores de risco. O cardiologista realiza os exames, por meio de histórico clínico, exame físico e outras análises complementares”, finaliza.
*Esse conteúdo está alinhado com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 03 – Saúde e Bem Estar
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PORTAL G1
PF investiga desvio de cerca de R$ 1,6 milhão de dinheiro público em ações de combate à pandemia em Luziânia
Contratos investigados indicaram superfaturamento na compra de testes de Covid-19 e produção de vídeos institucionais. Irregularidades teriam sido praticadas no fim do mandato da gestão de 2020.
Por Michel Gomes, g1 Goiás
A Polícia Federal divulgou que apura um possível desvio de dinheiro público que deveria ter sido aplicado em ações de combate à Covid-19 na pandemia em Luziânia. Segundo a polícia, somados, os prejuízos à saúde da cidade implicaram no desvio de cerca de R$ 1,6 milhão de recursos da União.
De acordo com a PF, foram cumpridos 9 mandados de busca e apreensão na cidade, que fica no Entorno do Distrito Federal, e em Goiânia. A operação foi deflagrada nesta quarta-feira (5), mas as irregularidades teriam sido praticadas nos últimos dias de mandato do ex-prefeito em 2020.
Segundo a PF, a corporação suspeita de fraudes no âmbito de dois contratos feitos pelo Fundo Municipal de Saúde. O primeiro, para a aquisição de 15 mil testes de Covid-19. O segundo, para a produção de vídeos institucionais relacionados às ações de combate a pandemia (veja abaixo o detalhamento).
O g1 entrou em contato com o ex-prefeito Cristóvão Tormin, prefeito da gestão investigada, por ligação e mensagem nesta quarta-feira (5), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Em nota, a Prefeitura de Luziânia informou que está colaborando com as investigações de possível desvio de recursos que foram destinados à Covid na gestão passada e ressaltou que nada recai sobre a atual gestão em relação ao caso.
Além disso, a prefeitura disse que se recebeu com perplexidade a possível desvio de recursos de uma área tão importante quanto a saúde e em especial, em um período tão difícil como o da pandemia da Covid-19. A nota finalizou que, se comprovados os crimes, que os responsáveis sejam responsabilizados de acordo com os rigores da lei.
Operação
A operação foi chamada de “Últimos Atos”, porque os crimes teriam sido praticados no fim da gestão municipal, em dezembro de de 2020. A polícia detalhou que foi constatado um aumento substancial no uso dos recursos mantidos pelo Fundo Municipal de Saúde, a maioria vinha de repasses do Fundo Nacional de Saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a PF, o aumento não tinha qualquer critério e ou poderia ter como objetivo atender interesses pessoais.
A investigação mostrou que, além do direcionamento das contratações e vícios relacionados aos procedimentos licitatórios, há indícios de que parte do dinheiro tenha sido usado no pagamento de vantagens indevidas em favor de agentes públicos ligados à Prefeitura de Luziânia na época.
Como o nome das empresas envolvidas não foi divulgado, o g1 não as localizou para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
Detalhes dos contratos
A PF divulgou que a apuração mostrou um superfaturamento de cerca de 64% em um contrato com uma empresa de Goiânia, responsável pelo fornecimento dos testes para Covid. Conforme relatado pela polícia, mesmo a cidade tenha feito o pagamento de R$ 1,95 milhão, foram entregues apenas 3.850 testes, o que custaria pouco mais de R$ 500 mil.
Já sobre o contrato para a produção de vídeos institucionais, também feito com uma empresa de Goiânia, não chegou a ser executado, segundo a PF. A investigação indicou que não houve retorno social em contrapartida aos R$ 450 mil pagos pela prefeitura.
Contestada, a empresa chegou a apresentar sete vídeos que teriam sido feitos para por causa do contrato, como pontuou a PF. No entanto, as peças publicitárias seriam apenas “montagens” ou plágios de campanhas de outros entes federativos, apenas com a alteração do slogan para o da Prefeitura de Luziânia.
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JORNAL OPÇÃO
Doença de Parkinson atinge cerca de 4 milhões de pessoas no mundo
Nesta terça-feira, 4, é lembrado como o Dia Nacional do Parkinsoniano. A doença é mais comum em idosos. No entanto, ela acomete também os jovens e até crianças. A patologia é uma condição crônica e progressiva que afeta o sistema nervoso central. Segundo a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 4 milhões de pessoas em todo o mundo têm a doença, número que pode dobrar até 2040 devido ao envelhecimento da população e aumento da expectativa de vida.
“Parkinsonismos são doenças outras que causam como sintomas a doença de Parkinson, que pode ser infecção do sistema nervoso central, um tumor, uma pessoa que tem uma má formação, que é a hidrocefalia. O uso de algumas medicações, como anticonvulsivante”, explica a médica neurocirurgiã Ana Maria Moura, diretora de Relações Interinstitucionais da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
De acordo com a ciência, a doença é causada pela diminuição intensa da produção do neurotransmissor dopamina. Essa substância é responsável por ajudar na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática.
Parkinsoniano e tratamento
Quando há falta de dopamina, especialmente na substância negra do cérebro, o controle motor do indivíduo é afetado, causando sintomas como lentidão motora, rigidez muscular, tremores de repouso predominantes em um lado do corpo e desequilíbrio. Além disso, a doença pode causar outros sintomas não-motores, como diminuição do olfato, alterações intestinais e do sono.
A Síndrome Parkinsoniana tem várias causas e, portanto, o tratamento deve ser personalizado de acordo com o diagnóstico da doença. O primeiro passo para iniciar o tratamento é identificar a causa subjacente da condição.
Se a síndrome for causada por um medicamento, por exemplo, é recomendado que o uso do medicamento seja interrompido para possibilitar uma possível cura ou redução dos sintomas. Em casos em que o medicamento é necessário continuamente, um medicamento anticolinérgico pode ser prescrito pelo médico para aliviar os sintomas do Parkinsonismo.
Buscar ajuda de terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas pode ajudar o paciente a tomar medidas para melhorar sua mobilidade e independência, como simplificar tarefas diárias, permanecer ativo, tomar medidas de segurança em casa, como a remoção de tapetes para evitar quedas, utilizar dispositivos de apoio, e manter uma boa nutrição.
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MEDICINA S/A
Kelly Rodrigues lança livro focado em Experiência do Paciente
A especialista em Experiência do Paciente, Kelly Rodrigues, lança o livro Experiência do Paciente – Como criar, implementar e gerir bem um Programa de Excelência. Com lançamento programado para o próximo dia 24, a obra mostra que o cuidado em saúde deve ser repensado para evitar falhas graves no atendimento às necessidades e preferências de pacientes e familiares, além de apresentar metodologia para mudar este cenário e a prática de 10 instituições nacionais e internacionais.
Kelly defende que somente trazendo o tema para uma discussão mais ampla é que se começa a fazer a transformação no dia a dia do atendimento, gerando impacto positivo em toda a cadeia de saúde. “Tenho a pretensão de provocar os diversos stakeholders a pensar diferente, no sentido de que precisamos envolver os pacientes não só pelos direitos deles – o que já é um grande argumento – mas para que entendam seu papel no próprio tratamento e participem de forma ativa das decisões importantes para o seu cuidado”, destaca.
A executiva também lidera a Patient Centricity Consulting, primeira empresa especializada em EP no Brasil. “A Experiência do Paciente também é estratégica para quem presta o serviço, para a continuidade da instituição enquanto negócio”, explica.
Metodologia e Cases
A primeira parte do livro traz toda a metodologia, ensinando como criar uma cultura de experiência; como capturar a voz do paciente; preparação das lideranças em EP; treinamento e desenvolvimento de equipes; comunicação em saúde; engajamento de colaboradores, governança em experiência; métricas para mensurar a experiência, entre outros assuntos. “Os pouquíssimos livros sobre o tema são traduzidos e vêm da realidade americana”, explica.
Na segunda parte, estão os cases de boas práticas de instituições que são referências mundiais, como Mayo Clinic (EUA), Hospital Sant Joan de Déu (Barcelona) e Instituto Experiencia Paciente (IEXP, Espanha), bem como de instituições brasileiras que estão fazendo a diferença nesse cenário, como a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e o Oncocentro Natal.
As vozes dos pacientes estão presentes nos cases das associações de pacientes do Brasil e de Portugal que, de acordo com a autora, “fazem um trabalho excepcional que serve de guia para que muitas outras boas histórias surjam”, como o Instituto Vencer o Câncer, a Casa Hunter (Associação de Pacientes de Doenças Raras), a Oncoguia e a Rare Disease Portugal (RD Portugal), “que conduz um trabalho revolucionário na Europa”, com a união de mais de 40 associações de pacientes.
“O usuário do sistema de saúde é um cliente e como cliente tem preferências e necessidades, além de um poder de voz que não tinha antes. As instituições e os profissionais de saúde que não se atentarem para essa nova era estarão fadados ao fracasso”, conclui a autora.
Lançamento
Experiência do Paciente – Como criar, implementar e gerir bem um Programa de Excelência em Experiência de Pacientes
Dia/hora: 24/4, segunda-feira, das 19h às 22h
Local: Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis – Av. Higienópolis, 618 – São Paulo
Autora: Kelly Rodrigues
Págs: 404
A partir de 17/04 emhttps://loja.patientcc.com/ e nos principais sites: Amazon, Magalu, Submarino, MercadoLivre e outros.
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Assessoria de Comunicação