Imprensa (2315)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Plano de saúde descobre fraude milionária em solicitações de reembolso; fisioterapeuta é acusada de aplicar o golpe
Anahp detalha mais de 133 projetos de ESG em hospitais privados
Plano Brasil Saúde registra alta de 97,6% no faturamento
Após cair pela metade na pandemia, exames de mamografia têm retomada
Dia Mundial de Combate à Poliomielite: tecnologia auxilia pacientes que tiveram doença a melhorar mobilidade
TERRA
Plano de saúde descobre fraude milionária em solicitações de reembolso; fisioterapeuta é acusada de aplicar o golpe
Uma fisioterapeuta é acusada de fraude milionária em solicitações de reembolso da SulAmérica, operadora de plano de saúde. A empresa afirma que a mulher fornecia documentação fraudulenta aos seus pacientes para a abertura de solicitações indevidas de reembolso.
A profissional, que atende na Bahia, fraudava pedidos médicos, liberando beneficiários para fazer procedimentos de saúde. Embora não tenha detalhado como ela agia, a SulAmérica afirma que os supostos procedimentos feitos a diversos beneficiários somaram mais de R$ 2 milhões em pedidos de reembolso.
Um dos fatores que chamaram a atenção da seguradora foi o volume impraticável de atendimentos em uma mesma data. Em um único dia, a fisioterapeuta teria realizado 97 atendimentos. Entre dezembro de 2019 e abril de 2023, foram apresentadas 894 solicitações de reembolso.
A SulAmérica obteve liminar judicial do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para impedir que a fisioterapeuta realize atendimentos aos beneficiários do plano de saúde. A operadora também foi autorizada a deixar de pagar as solicitações de reembolso. O Terra teve acesso à decisão do juiz do TJ-BA Fabio de Oliveira Cordeiro.
Na decisão, o juiz escreve: "DEFIRO O PEDIDO LIMINAR PARA EFEITO de determinar à requerida que se abstenha de realizar atendimentos tendo como beneficiários os segurados do plano requerido, autorizando ainda que o réu deixe de quitar até ulterior determinação os pedidos eventualmente apresentados a contar da data da presente data."
Conselho Regional de Fisioterapia
O Conselho Regional de Fisioterapia da Bahia abriu processos éticos para apurar o caso. "Informamos a abertura de processos éticos para a apuração das denúncias apresentadas", diz trecho do comunicado.
"Adotaremos as medidas necessárias para garantir uma investigação justa e imparcial. Os processos éticos instaurados seguirão rigorosamente as normas regulamentares vigentes", acrescenta.
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MEDICINA S/A
Anahp detalha mais de 133 projetos de ESG em hospitais privados
A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) divulgou a segunda edição da publicação "ESG nos hospitais Anahp: resultados e boas práticas", documento que reúne dados da atuação dos associados nos três âmbitos ESG, com iniciativas relacionadas à humanização da assistência, gestão de resíduos, eficiência energética, inovação e tecnologia, entre outras temáticas emergenciais.
Com dados coletados entre 81 hospitais, os projetos em destaque visam dar visibilidade às práticas de governança, sustentabilidade ambiental e responsabilidade social do setor, mensurando o impacto positivo das ações das instituições privadas de saúde nos entornos de suas comunidades e para a sociedade como um todo.
Além dos 133 cases detalhados, a publicação traz números gerais de trabalhos colocados em prática no período entre junho de 2022 e junho de 2023: em 12 meses, 691 projetos foram desenvolvidos embaixo do guarda-chuva de ESG (Environmental, Social and Governance), 12,7 milhões de pessoas impactadas diretamente e mais de R$ 507 milhões investidos. Confira o conteúdo completo aqui.
"A pandemia de Covid-19 ampliou a importância dos critérios ESG ao destacar a interconexão global e a vulnerabilidade frente a desafios ambientais e sociais. Essa percepção reverberou na sociedade e se tornou um ponto de partida para o setor da saúde pública e suplementar, dada a urgência de se promover uma abordagem mais integrada e sustentável para enfrentar desafios atuais e futuros", destaca Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.
Conforme salienta Britto, a saúde é, por si só, fundamentada no princípio essencial de ESG, que é fazer a diferença na vida das pessoas. Ou seja, antes mesmo da existência desse conceito, os serviços assistenciais já atuavam com esse propósito.
"O que a Anahp faz hoje é ajudar a potencializar esse olhar das instituições, buscando caminhos estratégicos que conduzam seus objetivos dentro de uma perspectiva mais ampla de seus impactos no mundo", conclui.
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Plano Brasil Saúde registra alta de 97,6% no faturamento
O Plano Brasil Saúde, healthtech especializada em serviços de saúde corporativa, registrou aumento no faturamento de 97,6% no início do 4º semestre. A expectativa é que a companhia feche o ano com a receita de R$ 60 milhões. Somente neste ano, o número de clientes que contam com a cobertura de seus serviços saltou de 9 mil para 14 mil beneficiários.
Segundo o presidente do Plano Brasil Saúde, Paulo Bittencourt, um dos principais responsáveis por esta alta está na própria maturidade do mercado e na expectativa do usuário que busca um atendimento personalizado. "Os planos tradicionais estão passando por vários desafios e prejuízos e isso tudo acaba resvalando na qualidade prestada para o cliente final. No nosso modelo de negócio, mais enxuto e otimizado, conseguimos oferecer uma experiência mais humanizada e menos desgaste para o usuário", conta Bittencourt.
Paulo explica ainda a importância da tecnologia que envolve por exemplo a telemedicina. "Além da agilidade, temos ganhos concretos como diminuição de custos para as operadoras e melhor custo x benefício oferecido para os usuários, o que é fundamental para viabilizar o acesso à saúde suplementar. No Plano Brasil Saúde, por exemplo, as mensalidades são acessíveis e o usuário conta com um especialista que irá acompanhá-lo de forma integral. Este médico da família é altamente capacitado para fazer os diagnósticos de forma adequada e só realizar o encaminhamento quando realmente for necessário. Esse é o formato da saúde de hoje e do futuro", explica Paulo.
Desde 2009, quando a empresa foi criada, o Plano Brasil Saúde segue somando bons resultados financeiros e na avaliação dos usuários. Na classificação feita pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) no primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou nota máxima.
De acordo com o CEO da empresa, esta avaliação é o reconhecimento de um trabalho pautado na excelência do atendimento prestado ao usuário e de muita pesquisa e investimento. "Nossas decisões são baseadas em estudos altamente rigorosos e acompanhados por toda nossa equipe de especialistas; não podemos nunca nos esquecer de que cuidamos de pessoas, portanto, empatia, segurança e qualidade na prestação de serviços são ativos inegociáveis da empresa", diz.
Para o próximo ano, as expectativas seguem positivas. "Seguiremos alicerçados pelos pilares de inovação e cuidado com as pessoas. Em 2024, projetamos um faturamento de R$ 120 milhões com ampliação geográfica da nossa atuação; hoje, atendemos no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Goiás, mas já estudamos a expansão para outros estados, como: Sergipe, Alagoas, Distrito Federal, Minas Gerais e Paraíba", finaliza Bittencourt.
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Após cair pela metade na pandemia, exames de mamografia têm retomada
Levantamento feito pela Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR) na base de dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, mostra o impacto da pandemia de Covid-19 na realização de exames de mamografia de rastreamento nos serviços públicos do estado de São Paulo. A análise faz um recorte dos meses de janeiro a agosto dos anos de 2018 a 2023 e mostra que em 2020, primeiro ano da pandemia, o número de procedimentos caiu pela metade quando comparado com os dois anos anteriores. Foram feitas 443 mil mamografias em 2020, contra 803 mil e 822 mil em 2019 e 2018, respectivamente.
Com o avanço das campanhas de vacinação contra a Covid-19 e a redução de casos graves da doença, o volume de exames passou a exibir uma tendência de aumento. De janeiro a agosto de 2021, foram feitas 583 mil mamografias de rastreamento no estado de São Paulo, número que subiu para 796 mil no mesmo período em 2022 e chegou a 803 mil em 2023, o mesmo patamar que se viu em 2018.
"Temos em São Paulo uma das melhores coberturas mamográficas, mas ainda assim abaixo do que seria necessário para melhorar a detecção precoce e identificar a doença em estágio inicial. Muitas mulheres ainda são diagnosticadas quando a doença já progrediu", observa a médica radiologista Bárbara Bresciani, membro da comissão cientifica da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR).
A necessidade de ampliar o número anual de exames enfrenta obstáculos como a dificuldade de adesão das próprias pacientes e o problema da distribuição dos mamógrafos. "Há uma boa quantidade de mamógrafos no país, porém distribuídos de modo desigual. A maioria está concentrada nas grandes cidades, com menos equipamentos no interior e regiões mais distantes", descreve a radiologista.
Os dados consideram as mamografias bilaterais de rastreamento (também conhecidas como mamografia de rotina) realizadas por meio do Sistema Único de Saúde no período, contemplando mulheres que não apresentam queixas, mas fazem periodicamente o exame com a finalidade de encontrar, eventualmente, tumores de mama em fase inicial. Diferente, por exemplo, da mamografia diagnóstica, que é motivada por alguma alteração, sinal de lesão ou sintoma que a mulher tenha, podendo ser um caroço, ondulação, alterações pele e outras anomalias que não seguem o padrão normal da mama ou do mamilo daquela paciente e, a partir disso, investigar a presença de lesão benigna ou maligna (câncer).
Cobertura bem abaixo da recomendada pela OMS
As projeções do IBGE para estimar a pirâmide etária do Estado de São Paulo indicam que, em 2010, a região contava com quase 3 milhões de mulheres com idade entre 40 e 49 anos e 3,2 milhões com idades entre 50 e 64 anos, faixa de referência, segundo o Ministério da Saúde, para a busca ativa para o rastreamento. Para se ter uma ideia do alcance da cobertura mamográfica, quando se considera apenas a mulher acima de 50 anos estimada em 2010, ainda assim as mamografias realizadas na rede pública paulista em 2023 teriam atingido apenas 25% das mulheres com indicação para o rastreamento. A cobertura mamográfica recomendada pela Organização Mundial da Saúde é de 70% da população feminina a partir dos 40 anos, com um exame anual.
Quando deve ter início o rastreamento?
A idade para o início do rastreamento é motivo de debate no país e no mundo. Várias sociedades de especialidade brasileiras e internacionais, seguidas pela SPR, defendem que o primeiro exame seja feito aos 40 anos. A recomendação atual do Ministério da Saúde é que deve ser feito a partir dos 50 anos, com repetição a cada dois anos para mulheres até os 69 anos ou em intervalos menores conforme o resultado da mamografia anterior. Para mulheres entre 40 e 49 anos, segundo o MS, a conduta deve ser individualizada considerando riscos e benefícios dos exames de rastreamento. Como rotina, elas devem passar por um exame clínico durante a consulta médica, com realização de ultrassonografia e mamografia somente com indicação médica. Na rede suplementar, o rastreamento tem início aos 40 anos.
Os dados sobre a incidência do câncer de mama acentuam a urgência do tema. "As evidências científicas vem mostrando um aumento do diagnóstico de câncer de mama em mulheres na faixa dos 40 anos, especialmente mulheres negras", informa a médica radiologista Bárbara Bresciani. "Na minha prática, tenho visto mulheres com cerca de 30 anos ou pouco mais com câncer de mama. São pacientes sem antecedentes familiares e sem teste genético positivo", diz a médica.
Diante da necessidade de melhorar a detecção e do aumento de casos em mulheres mais jovens, em maio deste ano, a Força Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos - USPSTF (sigla em inglês para United States Preventive Services Task Force) emitiu recomendações para que o sistema de saúde norte-americano antecipe o início do rastreamento em uma década, começando aos 40 anos em vez de fazê-lo a partir da quinta década. As orientações da USPSTF destacam também a importância de uma abordagem personalizada e baseada no risco para esse rastreio, levando em consideração fatores como histórico familiar, genética e etnia. "Essa mudança pode melhorar significativamente a detecção precoce. A preocupação é garantir que as mulheres não fiquem descobertas sem acesso ao rastreamento entre os 40 e os 50 anos de idade. É uma grande vitória", afirma Bárbara.
Mamografia digital e tomossíntese
A maioria das mamografias feitas no Brasil atualmente utiliza tecnologia digital. "Há cerca de uma década, ainda havia mamografias realizadas de modo convencional, cuja imagem precisava ser revelada depois de adquirida. Agora, praticamente todos os serviços têm um detector digital, que manda a imagem diretamente para o computador com qualidade muito superior", esclarece a médica Bárbara.
A tomossíntese é mais um avanço na forma de adquirir as imagens para identificar o câncer de mama. Trata-se de um método de diagnóstico complementar à mamografia que utiliza várias imagens de raios X de baixa dose da mama, adquiridas com angulações diferentes, aumentando a acurácia diagnóstica da mamografia. Embora disponível em algumas instituições de saúde no Brasil, a tomossíntese não é coberta pelos planos de saúde. O Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) recomenda mamografia anual entre 40 e 74 anos por meio de tomossíntese, se possível.
"A tomossíntese minimiza a sobreposição de tecido mamário, que pode mascarar lesões, e também diminui a necessidade de incidências adicionais, reduzindo eventuais reconvocações para realizar imagens complementares", diz a radiologista Bárbara. Ela explica que composição das mamas é muito variada. "É uma característica individual de cada mulher, comparável à uma impressão digital. Cada pessoa tem o seu padrão, com uma proporção variável entre gordura e glândula. Se a mama é adiposa, ou seja, gordurosa, o nódulo aparece facilmente porque não tem nada que impeça a passagem do Raio X. Quando algo impede a passagem do Raio X da mamografia, como o tecido glandular, a área fica mais branca, e o tecido mamário pode obscurecer eventuais pequenos nódulos suspeitos", explica a médica.
De modo geral, nos serviços que já utilizam as máquinas de tomossíntese tem conseguido diminuir as suas taxas de reconvocação de pacientes para complementar os exames. "Esse exame faz imagens de ângulos diferentes, reduzindo as nossas dúvidas e a necessidade de chamar paciente para fazer uma imagem adicional", diz a médica. De acordo com Bárbara, a taxa de aumento nas detecções com esse tipo de tecnologia pode chegar a cerca de 20%, com diminuição de aproximadamente 30% nas reconvocações.
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YOBA
Dia Mundial de Combate à Poliomielite: tecnologia auxilia pacientes que tiveram doença a melhorar mobilidade
Doença permanece, segundo a OMS, como um caso de emergência global de saúde pública, o que preocupa o Brasil devido aos baixos índices de vacinação nos últimos anos
Ryvia teve poliomielite aos nove meses. Desde então teve dificuldades para andar e precisou de uma órtese para auxiliar no movimento. Foto: Arquivo Pessoal.
A Poliomielite, conhecida como paralisia infantil, segue como emergência de saúde pública de importância internacional. Isso porque em países da Ásia e África, a baixa imunização e os casos registrados nestas regiões ligam o sinal de alerta para possíveis transmissões. Alguns casos chegam perto do Brasil: a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) informou que, em 2022, foram confirmadas duas infecções, uma nos Estados Unidos e outra no Peru. Nos dois casos, os pacientes não estavam vacinados e não tinham histórico de viagem. A situação preocupa o Brasil em virtude da queda na imunização no país. Nesta terça-feira (24), Dia Mundial de Combate à Poliomielite, a data reforça também o investimento em tecnologias para a população que convive com sequelas da doença.
Em maio deste ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) manteve o risco de disseminação internacional do vírus causador da enfermidade, o poliovírus. O Brasil registrou em 1989 o último caso oficial da doença. Desde então, a imunização da população tem garantido que o país permaneça como área livre da doença. Ainda assim, a situação é preocupante pois desde 2016 o país não supera os 90% de vacinação do público-alvo. No ano passado, por exemplo, o índice foi de 72%, um pouco acima de 2021, quando chegou a 71%.
Além disso, dados do Ministério da Saúde disponíveis no site da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) apontam que, entre 1968 e 1989, foram notificados 26,8 mil casos da doença. Em muitas dessas situações, pessoas que sobreviveram ao vírus desenvolveram comorbidades ou limitação dos movimentos. Com isso, necessitam de acompanhamento médico e equipamentos para mobilidade.
Como se desenvolve a doença
Uma pessoa pode contrair o vírus da poliomielite e não desenvolver a doença, ou apresentar sintomas leves, conforme explica o médico fisiatra e ortopedista Paulo Henrique Gomes Mulazzani. Ele diz que o Brasil teve surtos da doença no século 20, nos quais alguns pacientes desenvolveram a forma mais grave da doença e tiveram os movimentos dos membros afetados. "Foram muitos casos, mas notadamente foram contabilizadas as situações que resultaram em sequelas", diz.
Segundo o especialista, isso acontece porque o vírus afeta o sistema nervoso dos pacientes. "O nervo funciona como um fio elétrico que leva força do cérebro para as extremidades do corpo, passado pela medula. Com o agravamento da poliomielite, a transmissão da força fica comprometida. Muitas crianças cresceram, dessa forma, com alguma deficiência nos membros, e precisaram de equipamentos para garantir mais autonomia", explica Mulazzani.
Ryvia teve poliomielite aos nove meses. Desde então teve dificuldades para andar e precisou de uma órtese para auxiliar no movimento. Foto: Arquivo Pessoal.
A médica Ryvia Rose Ferraz Bezerra, de São Paulo, passou por situação semelhante. Aos nove meses, ela foi diagnosticada com a doença, o que afetou seus movimentos. "Eu estava aprendendo a andar. De lá pra cá foram 14 cirurgias com o objetivo de me ajudar a caminhar. Com o decorrer do tempo, as dores na perna afetada pela doença me levaram a considerar a necessidade do uso de um equipamento que auxiliasse na minha locomoção", conta.
Rotina de adaptação
Ryvia passou a usar uma órtese na perna, equipamento que melhora a mobilidade, ao mesmo tempo que ajuda na diminuição da dor e corrige más posições. A paciente procurou uma clínica da empresa alemã Ottobock, referência em equipamentos de mobilidade e que atua no Brasil. Ela passou a usar a órtese C-Brace, que permite ao paciente realizar movimentos em planos inclinados, solo irregular ou subir e descer escadas. Com tecnologia por sensores, torna a sequência de movimentos mais dinâmica. Mulazzani comenta que equipamentos com tecnologia mais avançada facilitam caminhada e estabilidade. "A pessoa consegue ter mais independência", completa.
Para usar a órtese, Ryvia teve um momento de adaptação, que veio acompanhado do receio por estar com um equipamento envolto à perna. "Como é natural no começo, veio o medo de não me adaptar e cair. Mas isso foi superado com perseverança e com o apoio que recebi. Os profissionais da reabilitação são fundamentais na adaptação, manuseio e cuidados com a órtese. Com equipe multidisciplinar, 'caminhar' se torna mais leve e é melhor para vencer as barreiras", comenta.
As Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Síndrome pós-Poliomielite e Comorbidades, documento de 2016 do Ministério da Saúde, orientam que o tratamento de casos que envolvem a síndrome ou sequelas "deve ser realizado por equipe multiprofissional de modo interdisciplinar e a partir da construção de projeto terapêutico singular". Segundo a Ottobock, as clínicas em que os pacientes fazem acompanhamento possuem profissionais como técnicos e fisioterapeutas.
Melhoria na mobilidade
Para Ryvia, com a órtese tem sido mais fácil realizar caminhadas de longas distâncias e ficar de pé por tempo moderado. "Consigo andar boas distâncias, e ficar em pé não é mais problema. Minha postura também ficou mais bonita e alinhada", afirma. Como todo equipamento, a órtese precisa de cuidados no manuseio e conservação. A médica afirma que é importante manter a higiene do equipamento, evitar molhar e sempre posicionar verticalmente a órtese quando não for utilizada. Ela também faz revisões periódicas para que a utilização seja mais eficiente. "No começo, foram precisos alguns ajustes na órtese com intervalos menores. Atualmente isso acontece ainda, mas com períodos maiores entre uma manutenção e outra", explica.
Sobre a Ottobock
Fundada em 1919, em Berlim, na Alemanha, a Ottobock é referência mundial na reabilitação de pessoas amputadas ou com mobilidade reduzida por sua dedicação em desenvolver tecnologia e inovação a fim de retomar a qualidade de vida dos usuários. Dentro de um vasto portfólio de produtos, a instituição investe em próteses (equipamentos utilizados por pessoas que passaram por uma amputação); órteses (quando pacientes possuem mobilidade reduzida devido a traumas e doenças ou quando estão em processo de reabilitação); e mobility (cadeiras de rodas para locomoção, com tecnologia adequada a cada necessidade). A Ottobock chegou ao Brasil em 1975 e atua no mercado da América Latina também em outros países como México, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai, Argentina, Chile e Cuba, além de territórios da América Central. Atualmente, no Brasil, são oito clínicas, presentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Salvador.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Inovações tecnológicas ajudam médicos, otimizam tempo e salvam vidas
Inadimplência dos planos de saúde -
Artigo: Sociedade Médica reitera malefício dos cigarros eletrônicos
Hospdrogas cresce mais de 400%
Ainda sou contagioso? Saiba pelo tipo de sintoma de 6 infecções: gripe, Covid, conjuntivite, norovírus, RSV e de garganta
PL dos planos de saúde e impactos no setor
Artigo - Profissionais de TI assumem funções cada vez mais estratégicas na saúde
TV ANHANGUERA
Inovações tecnológicas ajudam médicos, otimizam tempo e salvam vidas
https://globoplay.globo.com/v/12037493/
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AGÊNCIA JORNAL DE NOTÍCIAS
Inadimplência dos planos de saúde -
No Brasil ainda persiste a ideia de que em todo negócio o risco é do consumidor. Explico: após a grave crise sanitária da COVID os planos de saúde experimentaram um prejuízo em relação aos elevados faturamentos dos anos anteriores. Todavia, com o fim da pandemia os planos de saúde continuam buscando alcançar os lucros do período anterior, e isto tem gerado um atraso nos pagamentos dos prestadores de serviços como clínicas e hospitais, que chega até 120 dias.
A informação foi dada pelo Presidente da Associação Nacional dos Hospitais, Antônio Brito. Segundo ainda a Associação o valor em atraso supera os 2 bilhões de reais e representa cerca de 16% do faturamento dos hospitais no período de janeiro a julho de 2023, relativa a atendimento de urgência, exames e internações.
No Brasil são aproximadamente 4 mil hospitais que passam pela mesma dificuldade.
Do outro lado da história, estão os consumidores e clientes dos planos de saúde que não podem atrasar um mês sob pena de lhe ser negado o atendimento médico-hospitalar, muitos vezes sendo necessário provocar o judiciário para a solução do problema. Entretanto, os planos de saúde vem reajustando anualmente as mensalidades com o beneplácito da Agência Nacional de Saúde Complementar - ANS.
Resumo da ópera: os planos conseguem anualmente efetuar reajustes, mas não reajustam a remuneração dos serviços que são prestados aos seus clientes e nem estão pagando de forma regular a rede de serviços que utilizam, de modo que as vítimas tem sido os consumidores pelo descredenciamento de clínicas e hospitais.
Os consumidores dos planos de saúde não podem ser prejudicados no atendimento porque a saúde é essencial e um direito fundamental a que todos estão obrigados pela Constituição, pela lei e pelo contrato firmado com o setor de saúde complementar, leia-se, os planos de saúde.
A ANS deve fiscalizar melhor a gestão desses planos, muitos deles falham pela incompetência na administração dos recursos que são auferidos pelo pagamento dos seus clientes. É preciso abrir a "caixa preta" dos planos de saúde mal geridos e responsabilizados os que agiram de má-fé e com dolo prejudicando milhões de clientes que estão experimentando uma grave ameaça à saúde.
As instituições e órgãos de defesa do consumidor devem se movimentar para que uma parcela generosa de cidadãs e cidadãos brasileiros não sofram um abalo tão grande no seu direito à saúde, que por tabela também representa o direito à vida.
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CORREIO BRAZILIENSE
Artigo: Sociedade Médica reitera malefício dos cigarros eletrônicos
MARGARETH DALCOLMO, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e Membro Titular da Academia Nacional de Medicina (ANS)
Nos últimos meses temos acompanhado a divulgação de matérias em prol da "regulamentação do cigarro eletrônico", fomentadas pela retórica da indústria do tabaco, nos mais diversos veículos de comunicação. É o caso do recente artigo da senadora Soraya Thronicke, declaradamente a favor da liberação do comércio desses produtos. Os argumentos trazidos pela parlamentar são conhecidos pelas entidades de saúde e pelo movimento de controle do tabaco/nicotina, porquanto familiarizados com as falácias historicamente propagadas pela indústria. O fato é que o Brasil, com sua exemplar luta contra o tabagismo, reduziu de 35% para 9% a proporção de fumantes na população, por força do compromisso do Ministério da Saúde e sociedades médicas, nos últimos 30 anos, e não se pode por em risco essa conquista.
Cabe esclarecer que, diferentemente do que é relatado pela senadora, os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) são regulamentados no país: são proibidos pela Resolução n°46 de 2009 da Anvisa. E assim devem permanecer, a bem da proteção da saúde. Reconhecemos que a falta de fiscalização no país permite que, mesmo proibida a comercialização, se tenha fácil acesso a esses produtos, sendo crianças e adolescentes, as novas vítimas da dependência de nicotina e pacientes de graves quadros respiratórios, cada vez mais frequentes.
É consenso entre especialistas que a indústria do tabaco seja responsável por causar mais de 60 tipos de doenças e 12% dos óbitos no mundo, segundo estimativas da OMS. O uso desses dispositivos desencadeou até mesmo o surgimento de uma nova doença, denominada Evali (Doença Pulmonar Associada aos Produtos de Cigarro eletrônico ou Vaping), que causa fibrose e outras alterações pulmonares, pode levar o paciente à UTI, ou mesmo à morte, em decorrência de insuficiência respiratória.
A ideia de que o cigarro eletrônico é menos prejudicial e seria um estágio para auxiliar dependentes do cigarro convencional a parar de fumar é equívoca. Isso porque a nicotina, que gera a dependência, é o atrativo, de par com as centenas de outras substâncias que compõem esses dispositivos, muitas das quais não divulgadas pelos fabricantes. Estamos assim a criar novas legiões de dependentes. Há evidências de que os cigarros eletrônicos contenham mais de 2.000 substâncias, a maioria delas desconhecidas pelos usuários, não usuários e até pelos cientistas.
É falsa a informação que a utilização de DEFs no país quase quadruplicou em quatro anos. Toda a publicidade para a venda desses produtos, com pirotecnia de cores e sabores, não têm como alvo os dependentes do cigarro tradicional, mas sim um novo mercado consumidor composto principalmente por jovens, adolescentes e até mesmo crianças. No Brasil, entre estudantes de 13 a 17 anos, 16,8% já experimentaram cigarro eletrônico, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), que contempla o período de 2009 a 2019.
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 revela que 2,4% dos indivíduos com menos de 25 anos no Brasil fazem uso de cigarros eletrônicos. Considerada a população total de 15 anos ou mais, a taxa de uso de DEFs é de 0,6%, o que representa cerca de 1 milhão de pessoas, sendo aproximadamente 70% jovens de 15 a 24 anos, totalizando cerca de 750 mil jovens.
A justificativa de liberar o comércio desses produtos, em prol da geração de empregos e maior arrecadação de impostos (meio bilhão de reais) não considera o déficit de R$ 125 bilhões aos cofres públicos, com gastos diretos e indiretos apenas para sanar problemas de saúde decorrentes do tabagismo, conforme o relatório do Instituto de Educação e Ciências em Saúde (IECS 2020). A liberação também não minimizará a entrada ilegal desses produtos, uma vez que até mesmo os cigarros tradicionais são contrabandeados para o país. Só em 2022, foram apreendidos e destruídos pela Receita Federal mais de 5.300 toneladas de cigarros, o equivalente a 180 milhões de maços, ou ainda 24 mil m3 do produto. Em 2020, segundo o INCA, 49% dos cigarros consumidos no país, eram contrabandeados.
Recentemente a Academia Nacional de Medicina publicou contundente parecer contra qualquer liberação desses produtos. Como médicos e cidadãos, entendemos ser dever do Estado, consagrado na Constituição de 1988, proteger as pessoas da exposição a aditivos tóxicos e cancerígenos e informá-las sobre os riscos inerentes. Os únicos interessados na liberação do comércio de cigarros eletrônicos são a indústria e seus aliados. Por isso, reiteramospela manutenção da Resolução n°46 de 2009 da Anvisa, que vem cumprindo seu mandato institucional de promover a proteção da saúde da população brasileira. A obrigação dos legisladores também deveria ser zelar pela saúde pública. Ainda há tempo para a Senadora optar por proteger a população a que jurou servir.
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VERSA COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
Hospdrogas cresce mais de 400%
Faturamento da distribuidora de medicamentos e produtos hospitalares cresce com custos competitivos, agilidade nas entregas e capilaridade em todo o País. A meta é estar entre as cinco maiores empresas brasileiras do segmento em 5 anos
A Hospdrogas, empresa do H. Egidio Group, é a distribuidora de medicamentos e produtos hospitalares que mais cresce no Brasil. Depois de passar por processo de reestruturação e realizar investimentos na ampliação e modernização da sua estrutura física e nas áreas de vendas e compras, o faturamento da empresa cresceu 437% em 2022 em comparação ao ano anterior, quando já havia registrado um crescimento de mais de 200%.
O expressivo ganho de desempenho nos últimos dois anos e meio também foi favorecido pela sinergia com outras empresas do H. Egidio Group. Em especial, com a transportadora Transplex Operadora Logística e com a indústria farmacêutica Equiplex. A parceria estratégica tem garantido aos clientes preços bem mais competitivos e agilidade na entrega, duas características essenciais para as empresas que atuam no mercado de produtos hospitalares.
A Hospdrogas tem, atualmente, cerca de 3,5 mil clientes em sua carteira. A empresa trabalha com cerca de 50 marcas e fornecedores diferentes, com cadastro base de 8 mil SKUs, a empresa atualmente tem em seu giro um total de 2.200 SKUs (sigla em inglês que equivale a produtos diferentes). Seu objetivo, a médio prazo, é dobrar o número de marcas e de fornecedores. Atualmente posicionada entre as 30 maiores empresas do segmento no País, a meta da Hospdrogas é estar entre as cinco maiores nos próximos cinco anos.
Investimentos
Para tornar possível esse objetivo, foi lançado um novo projeto de expansão nacional da Hospdrogas, com investimentos previstos na ordem de R$ 80 milhões. O plano de crescimento inclui a abertura de seis filiais no País, ampliando a sua cobertura nacional. A primeira será inaugurada até o final deste ano, no Espírito Santo. As outras cinco serão abertas no próximo ano nas regiões metropolitanas de Brasília (DF), São Paulo (SP), Manaus (AM) e Fortaleza (CE). Uma outra filial será aberta no Sul do País, em cidade a ser definida. Com as seis filiais, a Hospdrogas ampliará a sua capilaridade nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e, especialmente, no Norte do Brasil.
Os investimentos da distribuidora vão também garantir mais agilidade às suas entregas. A Hospdrogas já conta com uma operação logística que realiza entregas para clientes em Goiás e no Distrito Federal em 24 horas; para os da Região Sudeste em 3 a 4 dias úteis; e no Nordeste de 4 a 6 dias úteis. Além disso, a empresa tem investido em novas tecnologias, como programas de CRM (gerenciamento com clientes), de ERP (gerenciamento administrativo), de captação de leads, de gerenciamento on-line da sua operação logística e de plataformas de comunicação mais seguras, rápidas e automatizadas.
Outro diferencial competitivo da Hospdrogas são seus centros de distribuição (CDs) próprios, que contam com áreas climatizadas e atendem toda a legislação e exigências sanitárias para o acondicionamento de medicamentos e insumos hospitalares. Os planos incluem ainda diversificar a atuação da empresa, reconhecida nacionalmente como distribuidora de medicamentos e de material hospitalar, para a linha de medicamentos e produtos veterinários (pet e pecuária). Este processo, que já teve início, será consolidado nos próximos meses com o lançamento da marca própria Hvet.
Aquisição da empresa
A pequena empresa, que funcionava em um espaço de apenas 600 metros quadrados em Goiânia, foi adquirida pelo H. Egidio Group em 2017. Na época, seu faturamento era de apenas R$ 5 milhões/ano. Em 2022, chegou a R$ 140 milhões. E somente no primeiro semestre deste ano, a receita bruta da empresa cresceu cerca de 60%. As antigas e acanhadas instalações, compostas por um galpão com duas portas e um mezanino, foram substituídas por um complexo de 12 mil metros quadrados no Distrito Industrial de Aparecida de Goiânia, região metropolitana de Goiânia (GO).
O grande impulso se deu em 2019, quando a nova Hospdrogras passou por uma vigorosa reestruturação gerencial. Naquele ano, o presidente do Conselho de Administração do H. Egidio Group, Heribaldo Egídio, traçou um plano para que a Hospdrogas, que tinha o seu mercado limitado a Goiás e ao Distrito Federal, atuasse em todo o Brasil. Em apenas dois anos a empresa expandiu o seu raio de atuação para todos os 26 estados brasileiros (capitais e interior), além do Distrito Federal (DF).
O setor de compras foi fortalecido e o time de vendas, que contava com apenas 3 profissionais saltou inicialmente para 20 e, nos anos seguintes, para mais de 60. A empresa também conta com equipes de colaboradores terceirizados e compartilhados com outras marcas do grupo, explica Hermilton Araujo, coodenador comercial da Hospdrogas.
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GLOBO ONLINE
Ainda sou contagioso? Saiba pelo tipo de sintoma de 6 infecções: gripe, Covid, conjuntivite, norovírus, RSV e de garganta
Se você está se sentindo mal de novo e não quer faltar ao trabalho ou ir ao médico (se não for necessário), mas também não quer ser aquela pessoa que infecta todos ao seu redor, é preciso estar atento a algumas questões. Você pode ter resistido antes da pandemia, mas a etiqueta é diferente agora. Então, como você pode ter certeza sobre o que tem ou se - e por quanto tempo - precisa ficar em casa?
Aqui está o que os especialistas em doenças infecciosas querem que você saiba sobre alguns dos vírus adultos e pediátricos mais comuns (a infecções bacterianas): seus sintomas, como eles se espalham, como tratá-los e quando você (ou seu filho) pode reingressar na sociedade.
Confira abaixo as recomendações para gripe, covid e conjuntivite:
Gripe A gripe sazonal é causada por dois tipos de vírus influenza: A e B. Ambos podem circular simultaneamente, mas normalmente um subtipo domina cada temporada de gripe.
Muitas vezes não é fácil saber se você está com gripe ou outro vírus respiratório, mas você pode fazer o teste em uma farmácia, no consultório médico ou testes rápidos caseiros, embora não seja recomendado por especialistas.
Os sintomas da gripe incluem dor de garganta, coriza, congestão e tosse, além de fadiga, febre, dor de cabeça e dores musculares. Algumas pessoas também apresentam vômitos ou diarreia.
O indicador mais claro de que você está com gripe pode ser o quanto você se sente mal e a rapidez com que esse sofrimento surge - uma analogia comum é que você se sente como se tivesse sido atropelado por um caminhão.
- Se você se sente muito mais doente do que com outros resfriados, então pense na gripe - disse alerta Stuart Ray, professor da divisão de doenças infecciosas da Johns Hopkins Medicine.
As pessoas normalmente se sentem pior durante os primeiros três dias de doença e então os sintomas começam a diminuir, desaparecendo após cerca de uma semana.
A gripe se espalha principalmente por meio de gotículas respiratórias - o muco e a saliva que são dispersados pela tosse, espirro ou fala. O vírus também está presente em partículas menores de aerossol que ficam suspensas no ar, embora os especialistas digam que é menos provável que você seja infectado apenas pelos aerossóis. A gripe também pode ser transmitida por gotículas que caem em objetos e superfícies, onde o vírus permanece infeccioso por muitas horas.
Embora todos os modos de infecção sejam possíveis, "provavelmente é causada pela transmissão de curta distância", afirma Seema Lakdawala, professora associada de microbiologia e imunologia na Escola de Medicina da Universidade Emory. Se você estiver perto de uma pessoa infectada corre riscos:
- Você está inalando pequenos aerossóis, grandes aerossóis e potencialmente tocando coisas que estão contaminadas naquele espaço. Colocar uma máscara na pessoa doente reduz o risco de ela infectar outras pessoas - orienta Seema.
Depois de infectado, geralmente leva de dois a quatro dias até que os sintomas apareçam.
Sua melhor arma contra a gripe é tomar a vacina anual de prevenção da doença, o que reduz significativamente o risco de uma infecção grave.
Existem também tratamentos antivirais que podem ajudar a minimizar os sintomas. Esses medicamentos precisam ser tomados nos primeiros dias da doença, por isso é essencial fazer exames e tratar precocemente. Remédios caseiros e medicamentos de venda livre também podem ajudar no alívio dos sintomas, mas observe atentamente os rótulos - um comitê consultivo da Food and Drug Administration disse recentemente que "a fenilefrina, um ingrediente descongestionante comum, é ineficaz".
Especialistas dizem que cinco dias é uma estimativa razoável de quanto tempo alguém fica contagioso com a gripe. A maioria das pessoas começa a espalhar o vírus um dia antes de começarem a se sentir mal e são mais contagiosas durante os primeiros três dias de sintomas. Os níveis de vírus caem à medida que os sintomas começam a diminuir.
- Se eu pegar gripe na segunda-feira, na sexta-feira provavelmente não estarei muito infeccioso para os outros - estima Edward E. Walsh, professor de medicina da Universidade de Rochester e chefe de doenças infecciosas do Rochester General Hospital.
Depois disso, segundo Seema, "se você estiver começando a se sentir melhor, provavelmente não terá tanto vírus no nariz", e não há problema em sair de casa. No entanto, acrescentou ela, se você tiver sintomas persistentes ou se for consultar alguém com alto risco de infecção grave (por exemplo, se a pessoa tiver mais de 65 anos ou tiver uma doença pré-existente), você deve esperar mais alguns dias ou usar uma máscara.
Você ainda pode estar tossindo nesse ponto devido à inflamação persistente nas vias respiratórias. É improvável que essa tosse em estágio avançado seja contagiosa, mas você deve continuar a lavar as mãos com frequência e cobrir a boca ao tossir, apenas para garantir.
COVID-19 A esta altura, a maioria de nós já está familiarizado com a Covid, que é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. Embora o vírus tenha evoluído desde os primeiros dias da pandemia, a forma como se espalha e os sintomas que causa permaneceram praticamente os mesmos.
Os sintomas mais comuns da Covid são dor de garganta, congestão, fadiga, febre e tosse, o que pode dificultar a distinção de outros vírus respiratórios.
Os testes rápidos ainda são a maneira mais fácil de determinar se o que você tem é Covid. Se o teste for negativo na primeira tentativa, faça um teste novamente 48 horas depois, porque você pode não ter vírus suficiente no nariz inicialmente para um teste rápido detectar a infecção. Os testes PCR são mais precisos, mas são mais caros e menos convenientes porque é necessário ir ao consultório médico ou à farmácia para recebê-los.
Os sintomas desaparecem em uma semana para a maioria das pessoas, mas algumas podem ter infecções prolongadas que duram semanas ou até mesmo evoluir para Covid prolongada.
Mais do que qualquer outro vírus respiratório desta lista, o Covid é transmitido por pequenas partículas transportadas pelo ar.
- Cada vez que você respira, seu vírus sai para a sala e fica pendurado ali, as pessoas podem passar, inalar e se infectar - afirma Edward E. Walsh, professor de medicina da Universidade de Rochester e chefe de doenças infecciosas de Rochester (Hospital Geral).
Também é transmitido por gotículas respiratórias maiores que são expelidas quando você tosse ou espirra. No entanto, o vírus não parece se espalhar muito bem pelas superfícies, portanto, ser infectado ao tocar em um objeto contaminado e depois tocar no rosto é menos preocupante.
Uma vez infectado, leva cerca de dois a quatro dias para que os sintomas se desenvolvam.
Tomar o medicamento antiviral nos primeiros cinco dias após uma infecção pode reduzir o risco de doença grave. As vacinas também são muito eficazes na prevenção de hospitalização e morte. Para alívio dos sintomas leves, medicamentos vendidos sem receita médica para resfriado e gripe podem ajudar.
A orientação dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças diz que as pessoas podem sair em público após o quinto dia de sintomas, desde que não tenham febre. No entanto, as pessoas devem continuar mascaradas por mais cinco dias para minimizar o risco de propagação do vírus a outras pessoas.
Os especialistas dizem que este é geralmente um bom conselho. Para a maioria das pessoas, "a Covid não é mais infecciosa na segunda semana, mas a variabilidade ainda existe", lembra Stuart Ray, professor da divisão de doenças infecciosas da Johns Hopkins Medicine.
Por exemplo, se você tiver um caso moderado ou grave de Covid, em que estiver com falta de ar ou precisar ir ao hospital, deverá se isolar por 10 dias:
- Quanto mais grave a infecção, mais prolongada é a infecciosidade - afirma o professor Ray.
Algumas pessoas continuam a apresentar resultados positivos em testes rápidos após o dia 5, mas a investigação sugere que a maioria já não é contagiosa nessa altura porque o vírus parou de se replicar. Para estar seguro, siga as orientações médicas e continue a usar máscara em público entre o sexto e décimo dia.
O risco de hospitalização e morte devido a um caso agudo de Covid diminuiu significativamente desde o início da pandemia porque quase todas as pessoas têm agora anticorpos contra o vírus, graças às vacinas, a uma infecção anterior ou a ambas. Mas para os adultos mais velhos, pessoas com doenças pré-existentes, como doenças cardíacas e diabetes, e pessoas imunocomprometidas, permanece algum risco. Há também a preocupação com as consequências para a saúde a longo prazo, incluindo Covid prolongada e complicações cardiovasculares, após a resolução imediata da infecção.
Conjuntivite Conjuntivite é um termo geral que significa inflamação da conjuntiva - a membrana mucosa que reveste a pele ao redor do globo ocular. Na maioria das vezes, é causada por vírus da família dos adenovírus. Também existem formas bacterianas de conjuntivite, mas são menos comuns.
Os sintomas da conjuntivite são olhos com coceira, vermelhidão e lacrimejamento; geralmente duram entre dois e sete dias (a conjuntivite bacteriana se resolve mais rapidamente que a viral). O adenovírus pode se espalhar de um olho para o outro, por isso é possível ficar infectado por duas semanas.
- A conjuntivite bacteriana, mais classicamente, é apenas um olho - diz Lori Handy, médica infectologista do Hospital Infantil da Filadélfia, acrescentando que - a conjuntivite viral, mais classicamente, ocorre em ambos os olhos porque é tão contagiosa que é difícil proteger um olho do outro.
A conjuntivite causada por adenovírus se espalha com extrema facilidade. É transmitido por partículas virais que chegam ao dedo, normalmente captadas em superfícies, e depois se espalham para os olhos quando você os esfrega.
Se você acha que você ou seu filho têm conjuntivite, consulte um médico para descobrir de que tipo é.
- Esta é uma infecção que eu realmente defendo para conversar com seu médico, porque o aconselhamento é muito diferente com base no tipo que você tem, assim como o tratamento - orienta a infectologista Lori.
Não existe tratamento para se livrar da conjuntivite viral e ela acabará se resolvendo sozinha. Enquanto isso, você pode usar compressas úmidas para ajudar com os sintomas. A conjuntivite bacteriana é tratável com pomadas ou gotas antibióticas.
Enquanto tiver sintomas de conjuntivite viral, você é contagioso; isso pode levar de alguns dias a algumas semanas, dependendo se você tiver isso em ambos os olhos.
A melhor maneira de evitar a transmissão para outras pessoas é não ir ao trabalho ou à escola em casa até que os sintomas desapareçam. Se a infecção persistir por semanas, converse com seu médico sobre se existem maneiras de sair em público com segurança. No mínimo, não toque nos olhos e seja cuidadoso ao lavar as mãos - isso significa ensaboar frequentemente com água e sabão (os adenovírus são tão fortes que o desinfetante para as mãos não resolve).
Os adenovírus também podem viver em superfícies por várias semanas, portanto, é essencial desinfetar objetos contaminados (como óculos) e superfícies de alto contato (como interruptores de luz).
- É muito, muito contagioso, você depende do isolamento até melhorar e também da lavagem das mãos - explica William Schaffner, professor de medicina preventiva na Escola de Medicina da Universidade Vanderbilt.
A conjuntivite bacteriana é menos comum, menos contagiosa e mais tratável. As pessoas geralmente não são mais infecciosas um ou dois dias após o início dos antibióticos.
Infecção na garganta A infecção estreptocócica é a única nesta lista de doenças porque é causada por uma bactéria: o estreptococo do grupo A. Existem cerca de 100 cepas de estreptococos do grupo A e podem resultar em diversas doenças, incluindo escarlatina, febre reumática e infecções de pele, mas a infecção de garganta é a mais comum.
O sintoma característico da infecção de garganta é, obviamente, uma dor de garganta muito forte. Você também pode ver uma película branca na parte posterior da garganta da pessoa infectada; algumas pessoas também desenvolvem febre.
Muitas infecções podem causar dor de garganta - o que distingue a faringite estreptocócica é que ela não é acompanhada por outros sintomas respiratórios comuns, como coriza ou tosse. A única maneira de saber com certeza se você tem é fazendo um teste com um médico usando um esfregaço de garganta.
A infecção estreptocócica é transmitida através do contato pessoal próximo com uma pessoa infectada, principalmente na forma de gotículas respiratórias. Isso significa que o que sai do nariz e da boca deles vai para o seu.
A infecção estreptocócica não parece se espalhar muito bem através de objetos. Um estudo realizado na década de 1950 entre recrutas militares descobriu que as pessoas que usavam cobertores contaminados com bactérias estreptococos não tinham maior probabilidade de desenvolver infecções na garganta do que aquelas que recebiam cobertores limpos.
- O ambiente inanimado desempenha um papel menor na transmissão do estreptococo do Grupo A. É tudo um contato pessoal próximo - afirma William Schaffner, professor de medicina preventiva na Escola de Medicina da Universidade Vanderbilt.
Normalmente, leva cerca de 48 horas após a exposição até que os sintomas se desenvolvam.
Se você acha que está com infecção de garganta, faça o teste imediatamente porque a doença pode ser tratada rápida e facilmente com antibióticos, como penicilina ou amoxicilina.
- Quase todos os pacientes diagnosticados com infecção de garganta devem ser tratados com antibióticos - explica Stanford Shulman, professor emérito de pediatria da Faculdade de Medicina Feinberg da Northwestern University.
Depois que os antibióticos são iniciados, as bactérias morrem rapidamente e, em aproximadamente 24 horas, a pessoa não é mais contagiosa. Como resultado, os especialistas afirmam que as crianças podem voltar à escola um dia depois de iniciarem a medicação. Eles ainda podem ter uma leve dor de garganta, mas não há risco para outras pessoas.
- A maioria das crianças pode retornar à escola nas próximas 12 a 24 horas, desde que estejam bem: sem febre, comendo e bebendo bem - recomenda Lori Handy, médica infectologista do Hospital Infantil da Filadélfia.
Além de reduzir o risco de transmissão, também é fundamental tratar a infecção de garganta porque a bactéria pode causar outras infecções mais graves. Isso inclui infecções de pele conhecidas como celulite e impetigo, bem como escarlatina e febre reumática, onde o sistema imunológico começa a atacar a válvula cardíaca. Nos casos mais graves - e raros -, a bactéria estreptococo pode causar infecção no sangue, infecção óssea, choque séptico ou fasceíte necrosante - uma infecção que come carne.
É importante saber sobre essas manifestações mais graves "não para assustar os pais", alerta Lori, mas para garantir que seus filhos sejam tratados e, "se os sintomas piorarem, eles procurem atendimento médico rapidamente".
Norovírus O norovírus é a causa mais comum de doenças gastrointestinais de curta duração. "Se você já teve uma doença estomacal, é provável que tenha sido norovírus", afirma Ferric Fang professor de medicina laboratorial e microbiologia da Escola de Medicina da Universidade de Washington.
Os sintomas do norovírus surgem repentinamente e geralmente duram de um a dois (miseráveis) dias. Eles incluem diarréia e vômito, bem como náusea e dor de estômago.
O norovírus é incrivelmente contagioso - apenas algumas partículas virais podem infectar alguém. Depois que uma pessoa entra em contato com o vírus, geralmente leva um ou dois dias até que os sintomas apareçam.
O vírus é mais comumente transmitido por meio de partículas deixadas em superfícies e objetos por uma pessoa infectada que não lavou as mãos adequadamente após usar o banheiro (a chamada via fecal-oral).
William Schaffner, professor de medicina preventiva na Faculdade de Medicina da Universidade Vanderbilt, conta que se lembrava de um clube de bridge em que todos os membros contraíram norovírus porque suas cartas de baralho estavam contaminadas:
- Você pega as cartas, pega o vírus no dedo, e então, se tocar no nariz ou na boca, bingo.
Partículas de norovírus também podem se espalhar pelos alimentos. Acredita-se que seja uma das principais causas de intoxicação alimentar - você fica doente não por causa de uma fonte de alimento, mas por causa de um manipulador de alimentos doente que contamina os alimentos.
Também pode ser transmitido por aerossóis de vômito ou diarreia, por isso é possível contraí-lo se você estiver na mesma sala que uma pessoa que está vomitando.
Como o norovírus se espalha tão facilmente, a higiene das mãos e a limpeza das superfícies são essenciais quando alguém ao seu redor está doente. E desinfetante para as mãos e produtos de limpeza suaves não vão resolver - você precisa usar água e sabão para as mãos e um limpador à base de alvejante para superfícies contaminadas.
- É extremamente infeccioso, por isso, se alguém da sua casa o contrair o vírus é muito difícil de evitar - pontua Fang, acrescentando a recomendação de que a pessoa doente use um banheiro exclusivo a ela, se possível.
Não existe tratamento real para o norovírus. Na verdade, os médicos normalmente desaconselham ir no hospital quando você tem uma doença estomacal ainda entre 24 a 48 horas, porque não há muito que eles possam fazer por você e você pode espalhar o vírus para outros pacientes, segundo o médico Fang.
Você só precisa aguentar e tentar evitar a desidratação - bebidas que contêm eletrólitos, como Gatorade ou Pedialyte, são frequentemente recomendadas.
As pessoas podem permanecer contagiosas com o norovírus durante semanas após a resolução dos sintomas, porque continuam a libertar partículas virais nas fezes, embora os níveis não sejam tão elevados como quando adoeceram.
Claro, não é realista ficar em casa, sem ir ao trabalho ou à escola por tanto tempo, então, quando você não estiver mais vomitando ou com diarréia, não há problema em retornar ao mundo real. No entanto, você deve continuar extremamente vigilante ao lavar as mãos depois de usar o banheiro.
RSV O vírus sincicial respiratório (RSV) já foi considerado apenas mais um vírus leve de resfriado, mas pode ser grave para bebês e adultos mais velhos. As graves consequências do RSV ficaram evidentes no inverno passado, quando contribuiu para a "tripledemia", juntamente com a Covid e a gripe.
- Há muito tempo que os especialistas em doenças infecciosas apreciam o quão ruim é o RSV - lembra Stuart Ray, professor da divisão de doenças infecciosas da Johns Hopkins Medicine. Mas, acrescentou, antes do ano passado, a situação tinha "passado despercebida para todos".
Em casos leves, pode ser difícil saber se você tem RSV, em vez de resfriado, gripe ou Covid; nariz escorrendo ou entupido, tosse, dor de cabeça e febre podem ocorrer com todas as quatro doenças. No entanto, os especialistas afirmam que o RSV tem maior probabilidade de afetar os pulmões e o trato respiratório inferior, causando tosse intensa, respiração ofegante e falta de ar.
- Isso tende a causar muita reatividade nas vias respiratórias, então você tosse e chia muito - explica Helen Chu, professora da divisão de alergias e doenças infecciosas da Escola de Medicina da Universidade de Washington.
A maioria dos sintomas geralmente dura cerca de uma semana, embora a tosse possa persistir por muito tempo depois que outros sintomas desaparecem.
O RSV é mais comumente transmitido por meio de gotículas expelidas no espirro ou tosse de uma pessoa infectada, que depois entram no nariz ou na boca de outra pessoa. É possível que o RSV permaneça suspenso no ar como pequenas partículas de aerossol, mas é muito menos contagioso nessa forma, segundo Edward E. Walsh, professor de medicina da Universidade de Rochester e chefe de doenças infecciosas de Rochester (Hospital Geral).
Independentemente do modo de transmissão, é mais provável que a infecção ocorra quando você está a poucos metros da pessoa, explica Walsh. Apoiando isso, um pequeno estudo realizado no início da década de 1980 que expôs deliberadamente pessoas a bebês com RSV descobriu que os voluntários que pegavam e seguravam os bebês doentes tinham muito mais probabilidade de serem infectados do que aqueles que estavam no quarto, mas não o faziam interagir com eles.
O vírus pode sobreviver em superfícies durante várias horas, pelo que também existe o risco de se infetar ao tocar em objetos contaminados e depois tocar na boca, nariz ou olhos. No estudo mencionado acima, uma proporção menor de pessoas foi infectada dessa forma.
Normalmente, leva cerca de cinco dias após o contato com o vírus até que os sintomas se desenvolvam.
Não existem tratamentos antivirais para o RSV, mas os medicamentos de venda livre e os remédios caseiros que você usa para aliviar os sintomas respiratórios gerais podem ajudar.
A partir deste ano, existem duas vacinas para adultos com 60 anos ou mais que protegem contra o RSV grave. Uma das vacinas também foi aprovada para mulheres grávidas no terceiro trimestre, para que possam transmitir anticorpos através da placenta aos seus recém-nascidos. Outra nova terapia preventiva utiliza anticorpos monoclonais para proteger os bebês contra o RSV grave.
Tal como acontece com outros vírus respiratórios, você é mais infeccioso durante os primeiros dias, quando está mais sintomático; os níveis de vírus caem por volta do dia 5. Depois disso, os especialistas dizem que é seguro presumir que você não é mais muito contagioso e pode voltar ao trabalho ou à escola - desde que não tenha febre e não esteja produzindo muito muco. Se você estiver perto de adultos mais velhos ou crianças pequenas, é melhor não chegar muito perto deles por mais alguns dias, só para garantir.
Lembre-se de que você ainda pode tossir depois do dia 5 porque suas vias respiratórias podem permanecer inflamadas após o desaparecimento do vírus:
- Essas são tosses pós-infecciosas. Eles não estão mais espalhando vírus infecciosos. Se quiser ter cuidado extra, você sempre pode usar uma máscara - indicou Walsh.
O RSV pode ser mortal para crianças e idosos. É a principal causa de hospitalização infantil nos Estados Unidos e resulta em 6.000 a 10.000 mortes por ano em adultos com 65 anos ou mais. Procure atendimento médico se você ou seu filho estiverem com dificuldade para respirar.
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SAÚDE BUSINESS
PL dos planos de saúde e impactos no setor
Ainda aguardando votação na Câmara dos Deputados, Projeto de Lei continua gerando debates e temores
Depois de 17 anos de tramitação, o Projeto de Lei (PL) 7419/2006, também chamado de Lei dos Planos de Saúde, deve ser votado em breve. O PL propõe mudanças na regulamentação dos serviços de saúde suplementar no Brasil, prevista na lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998. Com origem no Senado Federal, a proposta tramita na Câmara do Deputados em regime de urgência, em razão da alteração do regime do PL 4477, de 2016, um dos anexos ao PL 7419.
Segundo a legislação atual, as operadoras privadas de saúde podem propor a rescisão, baseadas unicamente no aspecto financeiro, sem depender de consulta aos usuários atingidos. Uma das principais alterações propostas é a proibição da extinção unilateral do contrato em toda e qualquer situação, sejam planos individuais, coletivos, de autogestão, ou em qualquer outra modalidade.
O deputado federal Duarte Jr., do PSB do Maranhão, designado para ser o relator do projeto, apresentou em setembro o relatório final sobre o PL, que detalha uma reforma completa na legislação referente a operadoras de planos de saúde no país. Desta forma, o deputado acredita que os pacientes terão mais garantias de tratamento.
Como o PL afeta os beneficiários?
Para o advogado especialista em direito à saúde, Rafael Robba, o PL 7419/2006 representa um passo importante, mas apenas um passo, na direção certa para lidar com os desafios que os consumidores de planos de saúde enfrentam. Ele afirma que os problemas são complexos e a proposta é a forma solucionar alguns deles.
Além da proibição da extinção unilateral do contrato, o PL traz ainda a possibilidade de punições administrativas para empresas que se recusem, de forma injustificada, a cobrir tratamentos médicos. No entanto, para especialistas do setor, o projeto não traz soluções efetivas para questões, como reajustes elevados, redução de rede credenciada, aumento de fraudes, entre outros.
“Ao impor penalidades às operadoras que adotem essa prática, a legislação buscará garantir que os consumidores tenham acesso a tratamentos necessários sem obstáculos, algo que acontece diariamente e tem levado muitos consumidores a buscar apoio na justiça”, destaca Robba. O advogado acredita que o fato de planos de saúde serem impedidos de recusar pessoas com doenças raras ou graves vai gerar uma redução nos processos de judicialização.
Por outro lado, Alberto Ogata, pesquisador associado do Centro de Pesquisa em Administração em Saúde da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), acredita que a limitação de reajustes de planos de saúde, por lei, pode inviabilizar algumas operadoras que já passam por sérias dificuldades financeiras. “Pode levar a uma maior concentração do mercado, reduzindo a competitividade do setor. O que está sendo proposto não pacifica as relações entre os stakeholders do setor, podendo até aumentar a judicialização do sistema.”
Alguns especialistas também consideram o Projeto de Lei um pacote de retrocessos, devido a preocupações sobre possíveis encarecimentos dos planos de saúde e restrição de acesso para determinados grupos de beneficiários. Apesar do PL poder propriciar um potencial aumento na qualidade dos serviços e uma maior garantia de seus direitos como consumidores, existe o risco de haver uma variação nas mensalidades ou nas opções de planos disponíveis”, ressalta o presidente da Frente Parlamentar Mista de Saúde, deputado federal Zacharias Calil.
Impactos de PL no mercado de saúde
Ogata destaca que talvez o principal ponto negativo do PL seja a falta de discussão com os principais stakeholders do sistema suplementar, como as operadoras de saúde, diferentes modalidades, empresas contratantes e prestadores, como hospitais, clínicas, etc.
Como forma de minimizar os impactos das propostas, o deputado Duarte Jr. comenta que houve uma preocupação em criar medidas para equilíbrio do sistema de custeio de medicamentos de alto custo aprovados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Por exmplo, a criação de um fundo nacional, composto por recursos públicos e privados, para o financiamento de terapias de alto custo para o tratamento de doenças raras. Pacientes com este tipo de condição compõem um dos grupos mais afetados pelo preço das terapias. Assim, o impacto dos altos valores não recairia sobre uma única operadora.
“Propomos também o agrupamento de contratos coletivos pequenos, com até 99 vidas, para facilitar a gestão. Passariam a ter um reajuste único, e não negociado caso a caso." afirma o deputado. Atualmente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define que o reajuste único ocorra em contratos de até 29 vidas.
Para Robba, é importante que a ANS vá além de simplesmente considerar as perspectivas das operadoras de planos de saúde. Ele argumenta que a agência precisa desempenhar um papel mais eficaz na fiscalização e punição de práticas abusivas por parte de operadoras.
“A atual versão deste Projeto de Lei traz uma contribuição na busca de maior transparência nos reajustes dos planos corporativos empresariais. Resta saber se a ANS tem condições de acompanhar e regular milhares de contratos empresariais que são repactuados diariamente. A agência reguladora já se posicionou, considerando ser inviável a regulação e o controle de milhares de prestadores de serviços para os planos, como hospitais, clínicas e laboratórios”, ressalta.
Para o deputado Zacharias Calil, a avaliação dos impactos da nova lei dependerá da perspectiva de cada parte interessada. “Algumas podem ver como uma regulamentação necessária para garantir a qualidade dos serviços prestados, enquanto outras podem interpretar como um aumento de responsabilidades e custos.”
Em nota, diferentes agentes do setor, como a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), a Unimed do Brasil e a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) emitiram um posicionamento quanto ao PL.
“Entidades representativas da saúde suplementar veem com preocupação algumas medidas presentes no relatório que desconsideram peculiaridades do setor e comprometem alguns dos pilares fundamentais de seu funcionamento. No entanto, acreditamos na capacidade de diálogo com o relator e com todos os demais parlamentares a fim de evitar decisões que poderiam prejudicar o funcionamento da saúde privada no país tal como a conhecemos hoje”, destacam.
O PL e o Sistema Único de Saúde (SUS)
O deputado Duarte Jr. vê com bons olhos a aprovação do projeto de lei também para a saúde pública. Ele acredita, que se aprovado, pode contribuir para desafogar o SUS, pois os pacientes, que fazem tratamento pelo plano de saúde e tiveram seu contrato rescindido unilateralmente, passaram a procurar auxílio na saúde pública, âmbito já sobrecarregado.
Para o deputado Zacharias Calil, o Projeto de Lei pode ter diversos impactos no SUS e na população idosa. “Podemos citar melhorias na assistência prestada aos idosos no SUS, estabelecendo padrões mais rigorosos para atendimento e garantindo maior qualidade nos serviços; acesso a tratamentos específicos e especializados para esse público, abordando questões de saúde que afetam mais comumente essa faixa etária. Além disso, pode levar a uma necessidade de ajustes na capacidade de atendimento do SUS, por conta do aumento das demandas nos serviços de saúde, com padrões mais elevados voltados aos idosos”, comenta.
Em relação a possíveis benefícios do PL ao SUS, o texto sugere a implementação de um prontuário digital por meio da alteração da Lei Orgânica da Saúde e da determinação de que o poder público seja obrigado a manter uma plataforma com as informações dos pacientes das redes pública e privada. Assim, seria possível um compartilhamento de dados entre os sistemas, o que se traduziria na redução de desperdícios e consequente economia para todo o sistema de saúde.
Em compasso de espera
Segundo o deputado Duarte Jr., atualmente estão ocorrendo reuniões com lideranças partidárias para discussão do PL. Também houve uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira, que pretende se reunir com as operadoras de planos de saúde para ouvir suas reivindicações e contribuições.
Robba reforça, em última análise, que o documento evidencia a necessidade de futuras políticas considerarem pontos para garantir uma melhoria verdadeira e abrangente no setor de planos de saúde. “Estamos com um mercado de saúde suplementar batendo recordes de novos consumidores. É mais do que necessário haver uma atualização da lei para dar mais segurança aos mais de 50 milhões de beneficiários, que buscam nos planos de saúde a proteção para a própria saúde”, afirma.
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MEDICINA SA
Artigo - Profissionais de TI assumem funções cada vez mais estratégicas na saúde
O mercado de tecnologia segue aquecido, sendo um dos que mais registra crescimento no Brasil e no mundo. Para se ter ideia, estima-se que no período anterior à pandemia, o setor contabilizou uma alta de 60% na taxa de contratação. Ainda assim, uma pesquisa de mercado mostra que há uma previsão de déficit de 530 mil profissionais até 2025 e mais de 85 milhões de vagas de emprego no mundo não serão preenchidas por falta de profissionais qualificados.
Na área da saúde não é diferente. Com o boom das inovações, empresas e instituições têm investido continuamente na adoção de novas tecnologias e na contratação de profissionais de TI. Acompanhando o movimento de crescimento acelerado, o perfil dessa área e do profissional de TI evoluiu e alcançou novos patamares. A área de tecnologia deixa de exercer apenas o suporte e volta os olhos à atuação estratégica dentro do negócio.
As instituições de saúde já trabalham nesse modelo de governança que garante autonomia às pontas e maior protagonismo aos profissionais de TI. A perspectiva é que cada área da empresa contemple um especialista dedicado à função, absorvendo atividades de sustentação, infraestrutura, governança, além de toda a parte de TI e sistema, atuando especialmente no negócio. Em um hospital, por exemplo, há uma média de 50 projetos solicitados por mês. A grande maioria dessas demandas são relacionadas ao desenvolvimento de relatórios, implementação de novas funcionalidades nos sistemas. Se o profissional estiver locado na área em que atua haverá maior resolutividade, eficiência e agilidade nos processos.
A mudança vai de acordo com as características naturais desse profissional, que já atua em diversas frentes, estabelecendo interface com as mais variadas áreas, além de ser acostumado a lidar com pressão, prazos e relacionamento com fornecedores e clientes. Adicionalmente, o especialista traz em seu DNA, elementos cada vez mais importantes para a tomada de decisão, como o pensamento analítico e em forma de fluxos e a expertise em gestão de projetos.
Nessa concepção em que o profissional assume cada vez mais uma posição estratégica e de liderança, a formação é premissa fundamental. Atualmente, percebemos um avanço no interesse dos profissionais em assuntos como gestão de TI e de governança, além da segurança da informação. O especialista está se dedicando a estudar a parte teórica, mas especialmente o nicho em que atua. Quanto maior o aprofundamento no conhecimento do negócio e das questões estratégicas, melhor será sua performance para apresentar as soluções de tecnologia.
No dia 19 de outubro, celebramos o Dia do Profissional de Tecnologia da Informação e nunca foi tão importante refletir sobre a relevância desse especialista no setor de saúde. Investir em formação e carreira, garantir maior autonomia e apostar na liderança desses especialistas é urgente e necessário. Nas instituições de saúde, não existe discussão operacional que não impacte a área de TI, e o quanto antes todos entenderem isso, maior será o ganho em relação à eficiência, redução de custos e celeridade nos processos.
*Alex Vieira é Superintendente de Inteligência Digital e TI do HCor.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Dia do Médico – Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2023 será entregue no dia 18
Governo anuncia parceria para zerar fila de transplante de córnea em Goiás
Justiça ordena que Unimed João Pessoa pague o piso da enfermagem; descumprimento acarretará em multa
Alego concede Comenda Nabyh Salum a médicos de destaque na noite desta 4ª-feira
Número de estudantes de medicina sobe, mas formação de especialistas não acompanha
Entidade médica quer lei que regulamente procedimentos estéticos
Chat GPT pode ocupar o lugar de um médico? Veja
Dia do Médico: em 2023, Senado mira expansão da oferta
GONEWS
Dia do Médico – Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2023 será entregue no dia 18
Em homenagem ao Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, nesta quarta-feira, às 19h30, o Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) fará a entrega da Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2023. Dez médicos goianos receberão seus troféus e diplomas em solenidade na sede do Conselho.
Serão homenageados os médicos Aclécio José Dias Pereira, Delzirene Pinheiro Botelho, Edson Tadeu de Mendonça, Élio Caetano de Assis, Fátima Maria Lindoso da Silva Lima, Fernando Oliveira Castro, Ilza Pascoal Trevenzol, José Cruvinel de Macedo, Marco Túlio Campos Tahan e Nicean Serrano Telles de Souza Campos.
Criada em 2005 pelo Cremego, a comenda é entregue anualmente a médicos com mais de 35 anos de atuação ética e conduta ilibada e que se destacam no exercício da profissão, sendo uma referência para os colegas nas áreas de ensino e pesquisa, assistencial e/ou de organização da classe. A entrega marca a comemoração do Dia do Médico pelo Cremego.
A solenidade deste ano será coordenada pela presidente do Conselho, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, e deve reunir conselheiros e diretores do Cremego, autoridades da área da saúde, médicos, parentes e amigos dos homenageados.
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A REDAÇÃO
Governo anuncia parceria para zerar fila de transplante de córnea em Goiás
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) vai firmar parceria com o Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) com o objetivo de zerar a fila para transplantes de córnea em Goiás e colocar o estado na condição de exportador para o país. O anúncio foi feito nesta terça-feira (17/10) durante a solenidade de apresentação da reforma e adaptação do Banco de Olhos do Cerof.
Com a parceria, o Estado, que tem hoje um Banco de Olhos, passará a contar com uma nova unidade, possibilitando o aumento das captações. Ao todo, foram realizados, entre janeiro e setembro de 2023, 460 transplantes de córneas em Goiás, o que representa um aumento de 75% em relação ao ano passado. Contudo, 1.534 pessoas ainda aguardam na fila para o transplante.
Durante o evento de reinauguração, o titular da SES-GO, Sérgio Vencio, destacou que o Cerof é referência nacional para o tratamento de doenças oftalmológicas, entre as quais glaucoma e as diversas enfermidades na retina. “A retomada das atividades com equipamentos altamente especializados traz boas perspectivas para o aumento dos transplantes de córnea e os hospitais estaduais poderão ser utilizados para a captação desse tecido ocular”.
O diretor-geral do Cerof, Marcos Pereira de Ávila, explicou que a unidade deve realizar a captação em 50 doadores por mês, o equivalente a 100 córneas. “Vamos utilizar o nosso conhecimento e estrutura, que agora foi totalmente remodelada”.
Segundo a gerente de Transplantes da SES-GO, Katiúscia Freitas, quando a unidade estiver em pleno funcionamento, as captações serão divididas por região de abrangência. “Existe a proposta do Cerof treinar profissionais de hospitais que são referências no interior para termos captação no interior", explicou.
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SÃO BENTO EM FOCO
Justiça ordena que Unimed João Pessoa pague o piso da enfermagem; descumprimento acarretará em multa
A Justiça do Trabalho determinou, nesta terça-feira, (17), que a Unimed João Pessoa e o Amip paguem o piso da enfermagem de R$ 4.750,00. A decisão foi dada pelo juiz Jose Airton Pereira e pela juíza Maria das Dores Alves. A informação é do Blog do Maurílio Junior.
Os magistrados atenderam ações movidas pelo Sindicato dos Enfermeiros da Paraíba.
Em ambos os casos o prazo dado para implantação do piso é de 10 dias, sendo que a multa estabelecida contra a Unimed é de R$ 1 mil por dia em eventual descumprimento. Já para o Amip, a multa é de R$ 500 mil, além de complicações judiciais para as duas unidades.
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JORNAL BRASIL EM FOLHAS
Alego concede Comenda Nabyh Salum a médicos de destaque na noite desta 4ª-feira
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que tem como presidente o deputado Gustavo Sebba (PSDB), promove, nesta quarta-feira, 18, a partir das 19 horas, sessão solene de entrega da Comenda Nabyh Salum, que homenageia os médicos pela dedicação do trabalho em prol da saúde no Estado de Goiás. Cerca de 30 profissionais receberão a honraria.
"Neste dia em especial, convido a todos a refletir sobre a importância da medicina e o compromisso que temos em apoiar nossos profissionais de saúde. Através de seu trabalho, esses médicos têm sido faróis de esperança e cura, especialmente em tempos difíceis como os que temos enfrentado recentemente. Em nome da Comissão de Saúde, como presidente, quero expressar nossa mais profunda gratidão aos médicos que serão agraciados com a Comenda Nabyh Salum e a todos os profissionais da saúde que, dia após dia, fazem a diferença nas vidas de nossos concidadãos", disse Sebba.
O tucanos afirma que a homenagem deve servir para inspirar e fortalecer o compromisso com a saúde e o bem-estar da comunidade. "Que continuemos a trabalhar juntos para criar um ambiente propício para a prática da medicina e para garantir que todos os cidadãos tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade".
Quem foi Nabyh Salum
O médico Nabyh Salum nasceu em Minas Gerais, mas construiu sua carreira em Goiás, sendo um dos médicos mais importantes do Estado. Foi um dos fundadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Sociedade Goiana de Radiologia, do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), além de ter estado à frente da implantação da cooperativa Unimed, no Estado, e participado da construção da Associação Médica de Goiás (AMG), instituição da qual foi presidente por oito mandatos.
Nabyh Salum faleceu aos 83 anos, no dia 30 de novembro de 2016.
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FOLHA.COM
Número de estudantes de medicina sobe, mas formação de especialistas não acompanha
RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - O número de alunos de medicina no Brasil cresceu, mas o total de médicos formados em residência para obter título de especialistas não aumentou na mesma proporção. Enquanto a taxa da graduação atingiu a marca 1,05 estudante para cada mil habitantes, a de residentes médicos ficou em apenas 0,21 por mil, um índice que deve diminuir o impacto da política da expansão de vagas para a área, sobretudo no atendimento ao sistema público de saúde.
O alerta é do Radar da Demografia Médica no Brasil, elaborado por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) em parceria com a AMB (Associação Médica Brasileira) e atualizado neste mês com os novos dados do Censo Nacional da Educação. Segundo os autores, em 2022, o Brasil dispunha de 321.581 médicos especialistas, o que corresponde a apenas 62,5% dos profissionais em atividade no país, sendo todos os demais, 192.634 médicos (37,5%), generalistas.
No ano passado, quase 1 milhão de pessoas (952.865) tentaram ingressar nas graduações nacionais e o país registrou recorde de 245.501 estudantes do curso, alta de 25,2% em relação aos 167.788 alunos de 2018.
O relatório aponta que, de 2015 a 2023, a oferta de residência médica no Brasil mais que dobrou. Olhando para os últimos cinco anos, porém, quase nada foi feito para acompanhar o aumento do número de médicos graduados.
Entre 2018 e 2022, o total de residentes aumentou apenas 8,7%, passando de 41.274 para 44.857 no mesmo período. Outro problema é que a oferta continua concentrada: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul têm juntos mais de 60% das vagas de residência médica.
Mário Scheffer, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP e coordenador do levantamento, diz que as filas no SUS (Sistema Único de Saúde) têm relação direta com a falta de especialistas. "As especialidades são imprescindíveis para que o SUS possa ampliar uma atenção primária resolutiva e superar o problema do acesso a cirurgias, exames e consultas na atenção especializada, tanto ambulatorial quanto hospitalar", reforça.
A residência é, segundo Scheffer, a principal forma de obter a titulação de especialista ao lado de cursos oferecidos pelas sociedades médicas. As vagas para residentes e de planos de carreira no sistema público, porém, seguem desigualmente distribuídos pelas regiões, concentrados sobretudo em capitais e zonas metropolitanas, sendo os especialistas, ao final, absorvidos principalmente pelo sistema privado.
O mapeamento tomou por base registros da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e, neste mês, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Nos próximos anos, o estudo indica um país com uma oferta de médicos mais jovens e feminina e recordes na densidade de profissionais formados até 2035, quando o país deve saltar dos atuais 2,7 médicos para cada mil habitantes para índices acima de 4,4 médicos para cada mil.
Apesar de uma boa média nacional, próxima à de países como Coreia do Sul (2,5/mil) e EUA (2,6/mil), a densidade médica no Brasil ainda varia muito no território, sendo possível encontrar 6 médicos para cada mil habitantes no Distrito Federal e apenas 1 para cada mil no Maranhão.
A médica Fernanda Nicolela Susanna, residente do primeiro ano de oftalmologia do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC/USP), viu mais da metade de seus colegas seguirem na carreira sem uma especialização. "Acho que algumas pessoas não se sentiam prontas, mas também tenho muitos amigos que queriam passar, que estavam estudando muito e não conseguiram a vaga. Cada ano está mais concorrido", pondera.
Para garantir a residência que buscava, a médica começou a estudar ainda no sexto ano da graduação, com grupo e plano de estudos, além de aulas extras em um cursinho. "Fiquei muito feliz com os resultados, mas foi um ano difícil, que exigiu muita dedicação", conta.
De acordo com o mapeamento, as mulheres já são maioria entre os recém-formados em medicina e, em 2024, pela primeira vez, devem ser maioria também na profissão. "As mulheres serão mais de 50% dos médicos, com perspectiva de chegar a 56% ou 57% na próxima década", aponta Scheffer.
O professor reforça que a feminização da carreira é um marco importante na demografia médica e que isso, como em outras áreas, vem acompanhado de desafios para conter as desigualdades de gênero.
"Elas são minoria em 36 das 55 especialidades. São maioria em apenas 19. Então, se estamos falando de um futuro com uma maior presença de mulheres na profissão, e se estamos defendendo a necessidade de ampliação da oferta de formação de especialistas, há que se discutir essas especialidades nas quais as mulheres estão subrepresentadas", avalia.
O professor, que também participou de estudos de renda baseados em inquérito com médicos e dados da Receita Federal, afirma ainda que há uma desigualdade significativa de remuneração entre médicos e médicas. O levantamento mostrou que a renda média declarada pelos homens médicos em 2020 foi de R$ 36.421 contra R$ 23.205 das mulheres médicas (ou seja, 63,7% do rendimento masculino na mesma profissão). "Homens declaram rendimento superior em todas as faixas etárias, enquanto mulheres têm variações menos flexíveis. Até os 30 anos, mulheres declaram, em média, 82,7% do rendimento dos homens, diferença que se amplia para faixas etárias intermediárias, voltando a diminuir nas idades mais avançadas", afirma Scheffer.
O professor ressalva que a diferença acentuada a favor dos homens pode se dar devido a outros rendimentos de origem patrimonial declarados no IR, mas que a desigualdade segundo gênero é verificada em outros estudos e fontes. "Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, e no Inquérito Nacional com Médicos, do estudo Demografia Médica, o rendimento das médicas também é proporcionalmente menor", lembra Scheffer.
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NEWS CUIABÁ
Entidade médica quer lei que regulamente procedimentos estéticos
Crescimento da procura por procedimentos revela urgência de criar lei para definir atribuições, regras e responsabilidades dos profissionais
A morte da fotógrafa Roberta Correa, de 44 anos, após se submeter a um procedimento estético no interior de São Paulo, na última sexta-feira, reforça a necessidade de criar uma legislação que defina quais profissionais têm a capacitação e habilitação necessárias para realizar procedimentos estéticos e outros atos médicos com segurança. O professor titular da Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e presidente da Associação Brasileira de Médicos Com Expertise em Pós-Graduação (Abramepo), Eduardo Costa Teixeira, explica que cada conselho profissional tem autonomia para determinar quais procedimentos os profissionais que representa estão aptos a realizar. "Demorou-se muito para discutir a Lei do Ato Médico, que foi aprovada em 2013 cheia de vetos, completamente desfigurada. De um modo geral, não temos uma lei ampla que defina os limites de atuação de cada profissional. Não existe uma legislação acima dos conselhos, que assumem o papel de definir os limites das suas respectivas profissões. É urgente criar uma regulamentação que norteie e garanta, de fato, a segurança da sociedade", afirma Teixeira.
Médicos, biomédicos, farmacêuticos e profissionais de estética são habilitados, por seus respectivos conselhos, a realizar o endolaser (procedimento ao qual a fotógrafa seria submetida), uma técnica considerada minimamente invasiva, mas que requer uma anestesia local.
Busca por procedimentos estéticos cresceu 390% no Brasil
O professor explica que não é necessário um anestesiologista para aplicar uma anestesia local. "Se houver necessidade de sedação a partir do nível 2, aí sim seria necessário um especialista. Até algum tempo atrás, toda a clínica de estética tinha que ter um médico responsável, mas essa exigência foi derrubada. Então, esteticistas, dentistas, biomédicos e enfermeiros estão habilitados por seus conselhos a aplicar anestesias locais", afirma.
Teixeira explica que toda e qualquer anestesia pode provocar reações e complicações sérias que podem levar à morte. "O que pode fazer diferença no caso de uma reação, é uma resposta rápida de um profissional devidamente habilitado. Por isso é importante regulamentar esses atos em lei e fiscalizar o cumprimento da legislação", diz.
O presidente da Abramepo, Eduardo Costa Teixeira
Medicina Estética
No entendimento do presidente da Abramepo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) peca por não reconhecer, até hoje, a Medicina Estética como especialidade médica. "Formalmente, a medicina continua renegando a estética. O posicionamento do CFM é o de que a estética está incluída na Dermatologia e na Cirurgia Plástica, mas médicos não podem anunciar seus cursos de pós-graduação lato sensu em Medicina Estética, enquanto outras profissões têm suas pós-graduações reconhecidas como especialidade", completa o presidente da Abramepo.
Mercado em expansão
O Brasil é o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo, segundo o Euromonitor International. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) revelou crescimento de 390% na busca por procedimentos estéticos no país. "Nesse cenário, é imperativo que se regulamente a medicina estética e a realização de procedimentos para que o cidadão tenha um parâmetro bem definido sobre como escolher com segurança um profissional para realizar determinados procedimentos", completa o professor.
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ESTADO DE MINAS
Chat GPT pode ocupar o lugar de um médico? Veja
Pesquisadores de Israel e do Reino Unido conduziram uma pesquisa com oito pacientes hipotéticos para identificar se o Chat GPT é capaz de conduzir e orientar uma pessoa com depressão, assim como os médicos da atenção primária. O novo estudo foi publicado na última segunda (16/10), na revista científica Family Medicine and Community Health, do grupo British Medical Journal (BMJ). Segundo os autores, um dos diferenciais entre o atendimento médico e a inteligência artificial (AI) foi que o segundo não apresentou preconceitos de gênero ou classe social - ação observada entre os médicos analisados no estudo.
Cada "paciente" realizou a mesma pergunta ao Chat GPT: "O que você acha que um médico de cuidados primários deveria sugerir nesta situação?". As possíveis respostas eram: encaminhamento para psicoterapia; prescrição de tratamento farmacológico (não incluindo psicoterapia); encaminhamento para psicoterapia e prescrição de tratamento farmacológico; e nenhum desses tratamentos.
Caso a inteligência artificial escolhesse o tratamento farmacológico, ele era levado a selecionar uma das seguintes opções: antidepressivo; ansiolítico/hipnótico; antidepressivo e ansiolítico/hipnótico; e nenhuma dessas drogas.
Leia também: Outra discrepância entre as abordagens terapêuticas foi em relação ao tratamento. Entre os médicos da atenção primária, apenas 4,3% recomendaram exclusivamente o encaminhamento para psicoterapia para casos leves. Já o Chat GPT 3.5 e Chat GPT 4 (versão mais atual), por outro lado, recomendaram exclusivamente o encaminhamento para psicoterapia em 95% e 97,5% dos casos, respectivamente.Leia também: Outubro Rosa e menopausa: entenda a relação
Já nos casos graves, a maioria dos médicos da atenção primária propôs encaminhamento para psicoterapia e prescrição de tratamento farmacológico (44,4%). No entanto, a inteligência artificial propôs isso com mais frequência do que os médicos de cuidados primários: Chat GPT 3.5 (72%) e Chat GPT 4 (100%). Além disso, 40% dos médicos da atenção primária indicaram exclusivamente a prescrição de tratamento farmacológico, recomendação que não foi feita pelo Chat GPT 3.5 e Chat GPT 4.
MEDICAÇÃO
Nos casos em que médicos de cuidados primários ou Chat GPT propuseram psicofarmacologia (exclusivamente ou juntamente com psicoterapia), foi feita uma pergunta de acompanhamento sobre os medicamentos específicos recomendados. Os resultados indicam que os médicos da atenção primária recomendam uma combinação de antidepressivos e medicamentos ansiolíticos/hipnóticos em 67,4% dos casos, uso exclusivo de antidepressivos em 17,7% dos casos e uso exclusivo de medicamentos ansiolíticos/hipnóticos em 14,0% dos casos.
Em contraste, as recomendações das duas últimas versões do Chat GPT apresentaram variações significativas. Sendo que ambos propuseram o uso exclusivo de medicamentos ansiolíticos/hipnóticos, em contraste com as recomendações dos médicos da atenção primária, como aponta a pesquisa: " A proporção de casos em que o tratamento antidepressivo exclusivo é recomendado é maior tanto para Chat GPT 3.5 (74%) quanto para Chat GPT 4 (68%) do que para as recomendações dos médicos de atenção primária.
Além disso, Chat GPT 3.5 (26%) e Chat GPT 4 (32%) "sugeriram o uso de uma combinação de antidepressivos e medicamentos ansiolíticos/hipnóticos com mais frequência do que os médicos de cuidados primários".
As duas versões do Chat GPT exibiram desempenho bastante semelhante na maioria dos casos. Uma exceção importante foi observada nos casos de depressão grave. Chat GPT-3.5 recomendou uma combinação de tratamento farmacológico e psicoterapia em apenas 72% dos casos, recomendando psicoterapia isoladamente sem tratamento farmacológico nos restantes 28%. Em contrapartida, a versão mais avançada do Chat GPT-4 recomendava uma combinação de tratamento farmacológico e psicoterapia em 100% dos casos.
As observações revelaram diferenças entre o Chat GPT e as normas utilizadas pelos médicos de cuidados primários na identificação da gravidade da depressão e na determinação de como o distúrbio deve ser tratado. Especificamente, o Chat GPT 4 demonstrou maior precisão no ajuste do tratamento para cumprir as diretrizes clínicas.
"O estudo sugere que o Chat GPT, com o seu compromisso com protocolos de tratamento e ausência de preconceitos, tem potencial para melhorar a tomada de decisões nos cuidados de saúde primários. No entanto, sublinha a necessidade de investigação contínua para verificar a fiabilidade das suas sugestões. A implementação de tais sistemas de AI poderia reforçar a qualidade e a imparcialidade dos serviços de saúde mental."
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AGÊNCIA SENADO
Dia do Médico: em 2023, Senado mira expansão da oferta
O Dia do Médico se comemora nesta quarta-feira (18). Em 2023, o Senado chega à data tendo cumprido uma missão importante: a abertura de uma frente de formação doméstica de profissionais para o programa Mais Médicos. Já sancionada, a Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde (Lei 14.621, de 2023) pode integrar médicos à atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) ainda neste ano.
A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) foi a relatora da medida provisória (MP 1165/2023) que se transformou na lei. Para ela, celebrar o Dia do Médico deste ano com a nova política do Mais Médicos encaminhada é emblemático para sinalizar a importância da expansão da oferta de profissionais da saúde em todas as comunidades.
- Uma atenção primária robusta evita o agravamento de doenças, reduz internações, diminui a mortalidade infantil e, sobretudo, é uma forma de o Estado dizer que enxerga, respeita e reconhece a cidadania que é de todos, independentemente do local de moradia. Saúde é direito e médico não deve ser luxo para poucos.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou, em fevereiro, a edição mais recente da Demografia Médica, pesquisa periódica que reúne dados sobre a presença e a distribuição de médicos no país. Segundo a publicação, o Brasil tem 2,56 médicos em atividade para cada mil habitantes, uma média que situa o país próximo a membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). como Japão (2,5) e Canadá (2,7).
No entanto, a pesquisa evidencia também problemas na distribuição de profissionais pelo território nacional. As capitais atingem a marca de 6,22 médicos por mil habitantes, e reúnem 54% dos médicos em atividade no país, apesar de terem menos de um quarto da população nacional. Já as cidades do interior somam menos de dois médicos por mil habitantes. Os médicos atuantes nas capitais também são, em geral, mais experientes, com quase dois anos a mais de prática após a formação do que os médicos do interior.
A oferta de médicos no Brasil tem crescido ano a ano, e um dos fatores importantes, de acordo com a pesquisa do CFM, é a entrada de médicos no país. Os anos de 2020 a 2022 registraram, cada um, um saldo positivo de mais de 20 mil médicos ingressando no país. São os números mais altos da série histórica, que remonta a 1990.
Revalida
Durante as negociações pela aprovação da MP 1165, um dos pontos de atrito foi a dispensa de exigência do teste de revalidação do diploma (Revalida), que é requerido para que médicos que tenham se formado no exterior possam trabalhar no Brasil. O texto aprovado permite a participação no programa sem o diploma revalidado por quatro anos; após esse período, é necessário fazer o exame.
O Revalida foi criado em 2019, e a sua legislação teve como um de seus relatores o senador Dr. Hiran (PP-RR), que na época era deputado federal. Ele argumentou, durante a votação, que o teste é especialmente importante para asseverar a competência de médicos que trabalharão em locais de pouca oferta, que são justamente os alvos prioritários do Mais Médicos.
- Não podemos tergiversar sobre a avaliação do profissional que vai trabalhar principalmente nos vazios do nosso país. É inadmissível que a gente possa aprovar algo que possa deixar a população brasileira à mercê de um profissional que não foi devidamente avaliado para prestar um serviço tão essencial à saúde das pessoas.
Também naquela sessão, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) rebateu a necessidade imediata do diploma revalidado e destacou que o objetivo da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde é capacitar os médicos por meio da própria atividade e do contato com os pacientes.
- A atenção primária tem que ser de excelente padrão, e só vamos fazer isso quando tivermos formação complementar dos profissionais de saúde num programa como o Mais Médicos, sob supervisão. Esses médicos têm que ser avaliados na vida real, é na prestação de serviço, como são avaliados os médicos residentes. Especialista em medicina é formado na prática, seguindo doente.
Efeméride
O 18 de outubro é escolhido para o Dia do Médico pela associação da data com São Lucas, um dos primeiros apóstolos do cristianismo e reconhecido como autor de dois livros do Novo Testamento, incluindo um dos Evangelhos. Ele foi um médico grego e é o padroeiro da profissão.
Médicos no Senado
O Senado tem, atualmente, sete senadores formados em medicina:
Dr. Hiran - Oftalmologista
Humberto Costa (PT-PE) - Psiquiatra
Marcelo Castro (MDB-PI) - Psiquiatra
Nelsinho Trad (PSD-MS) - Urologista
Otto Alencar (PSD-BA) - Ortopedista
Rogério Carvalho - Especialista em medicina preventiva
Zenaide Maia - Infectologista
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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Assessoria de Comunicação
Hugo Walter Frota Filho será homenageado com a Comenda Nabyh Salum
Escrito por AdministradorIndicado pela Ahpaceg, o médico Hugo Walter Frota Filho, do associado Hospital São Francisco de Assis, será homenageado, nesta quarta-feira, com a Comenda Nabyh Salum, entregue pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás.
A homenagem faz parte das comemorações do Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, e é um reconhecimento ao trabalho e a dedicação de médicos goianos à medicina e à sociedade.
Desde a criação da comenda, em 2017, a Ahpaceg indica um dos homenageados e foi com muita satisfação que a Associação, após votação interna, apresentou o nome do médico Hugo Walter Frota Filho para a comenda 2023.
A solenidade será coordenada pela Comissão de Saúde da Alego e acontecerá a partir das 19 horas, no Plenário Iris Rezende, na Assembleia.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde atrasam pagamento de faturas dos hospitais
Vigilância Sanitária já interditou 21 casas de recuperação em Goiânia
Cuidados paliativos vão além do alívio da dor física
PL dos planos de saúde e impactos no setor
Oncoclínicas e Cedro investem R$ 850 mi em Cancer Center em SP
Senado volta a analisar desoneração da folha
DIÁRIO DO NORDESTE
Planos de saúde atrasam pagamento de faturas dos hospitais
Uma pesquisa feita pela Associação Nacional de Hospitais Privados e divulgada ontem revelou que os atrasos de pagamento por parte das operadoras de planos de saúde já somam cerca de R$ 2,3 bilhões.
A pesquisa foi realizada entre os dias 28 de agosto e 2 de setembro deste ano e envolveu 48 hospitais credenciados.
Essa montanha de dinheiro em dívidas dos planos de saúde para com os hospitais representa 16% da receita bruta de R$ 14,6 bilhões registrada pelas unidades hospitalares no período de janeiro a julho deste ano, relativa a atendimentos de emergência, realização de exames e internações.
O diretor executivo da Associação Nacional dos Hospitais, Antônio Brito, disse que os planos de saúde também ampliaram o prazo de pagamento das faturas, que passou de 70 para 120 dias.
Ele informou que esse problema não é apenas dos hospitais filiados à entidade, mas que atinge a todos os 4 mil hospitais privados brasileiros.
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A REDAÇÃO
Vigilância Sanitária já interditou 21 casas de recuperação em Goiânia
Com a intenção de garantir a integridade física de quem é acolhido em uma das casas de recuperação terapêutica existentes em Goiânia, a Vigilância Sanitária, com o apoio da Guarda Civil Metropolitana, vem intensificando a fiscalização dos lugares. O resultado, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (16/10), foi que, entre janeiro de 2021 e julho de 2023, durante visita a 52 locais, foram interditadas/desativadas 21 deles. Só neste ano, até o mês de julho, foram feitas 12 fiscalizações, com duas casas desativadas e uma interditada, por não haver alvará de funcionamento.
“A Assessoria de Políticas sobre Drogas realiza vistorias, ocasião em que é verificada toda a documentação exigida pela lei, responsabilidade técnica e corpo clínico adequados, tudo conforme a lei”, afirma o comandante da GCM, Wellington Paranhos, ao destacar a redução significativa de casas de recuperação clandestinas.
“Havia notícias e denúncias de subtração de cartões bancários de acolhidos, faziam uso de dinheiro sem o consentimento ou autorização familiar. Hoje a realidade é outra. Conseguimos, com um trabalho muito importante, fazer com que as casas de recuperação ou casas-abrigo estejam totalmente legais, e evitar que pessoas que tinham como prática maltratar ou explorar acolhidos não agissem mais nesses recintos”, pontua Paranhos.
Goiânia conta com 18 comunidades terapêuticas cadastradas e dez sem cadastro no Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas (Comad). São entidades filantrópicas de natureza jurídica privada, sem fins lucrativos.
Para entrar em funcionamento, de acordo com a Assessoria de Políticas sobre Drogas, as casas terapêuticas têm de apresentar toda a documentação exigida pelos órgãos competentes, além de contar com responsável técnico habilitado e com profissional da área da saúde com qualificação na área (psicólogo, enfermeiro, assistente social, etc.)
O ambiente também tem de apresentar infraestrutura física e sanitária adequada para receber os acolhidos e deve cumprir exigências dos órgãos como Corpo de Bombeiro, Vigilância Sanitária e Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Comad).
As fiscalizações são realizadas após recebimento de denúncias formuladas junto ao Ministério Público e à Vigilância Sanitária. Em seguida, o Comad é acionado e, em conjunto com outros órgãos competentes, realiza as fiscalizações pertinentes. Já as vistorias de orientação são feitas de forma rotineira. A GCM disponibiliza o telefone 153 e o Comad 3524-8156.
Além de denúncias feitas ao MP e Vigilância Sanitária, a Prefeitura de Goiânia disponibiliza uma plataforma em seu site para controle e disponibilidade de vagas com o cadastro de todas as comunidades terapêuticas regulares em Goiânia, onde a população também pode apresentar denúncia.
Sobre o acompanhamento das condições dos acolhidos nessas unidades terapêuticas, a GCM afirma que o Comad tem feito relatórios em todas as fiscalizações. O Conselho também tem como papel orientar e dar o suporte técnico para comunidades terapêuticas que atuam na área.
Ações de interdição e encaminhamento
A GCM ressalta que as ações, na atual gestão da Prefeitura, já garantiram a integridade física de mais de 1.100 acolhidos irregularmente através das interdições, com encaminhamento desses casos para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) e/ou familiares. Já as ações que identificam internação compulsória irregular dos acolhidos são encaminhadas ao Ministério Público.
“É importante destacar a preocupação do prefeito Rogério com o tema, sendo que ele, quando detinha o cargo de vereador de Goiânia, ele participou do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas, como titular, representando a Câmara Municipal”, pontua Wellington Paranhos, classificando a atuação do prefeito como “ativa, produtiva e afetuosa”, e que incentiva a participação de instituições no combate às drogas e o fortalecimento do Fundo Municipal de Políticas sobre Drogas (Fumpud).
Gestão antidrogas
À Assessoria de Políticas Sobre Drogas compete auxiliar a AGCMG na gestão do subsistema municipal antidrogas, em consonância com as diretrizes nacionais, estaduais e do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas. Tem ainda como atribuição, dentre outras, desenvolver ações de integração e articulação das políticas de atenção à saúde, de assistência social, educação, desporto, cultura, juventude, direitos humanos e de segurança pública, dentre outras, visando a prevenção do uso, o tratamento e a reinserção social de usuários de crack e outras drogas.
No rol das atribuições da Assessoria de Políticas sobre Drogas também constam estimular e cooperar na realização de estudos e pesquisas sobre a questão do uso indevido e abuso de substâncias psicoativas que causem dependência física ou psíquica. E, também, estabelecer fluxos contínuos e permanentes de informações com outros órgãos do Sistema Nacional e Estadual Antidrogas, visando à consecução das políticas de prevenção e fiscalização de entorpecentes e recuperação dos dependentes.
E, ainda, propor ações de prevenção primária, no combate ao uso de drogas, em especial pelo Programa Anjos da Guarda, Programa Guarda Mirim e Banda de Música.
Atuação do Comad
O Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Comad), que tem como finalidade a redução da demanda do uso indevido de drogas lícitas e ilícitas no âmbito do Município de Goiânia, constitui órgão auxiliar da Administração Municipal de caráter consultivo, articulador, deliberativo e normativo das questões sobre drogas no âmbito municipal.
À Agência da Guarda Civil Metropolitana (AGCMG), compete fornecer ao Comad o suporte logístico e administrativo necessário ao regular funcionamento do Comad, que tem o papel de acompanhar a política nacional, estadual sobre drogas e propor ações no âmbito do Município de Goiânia, bem como promover a integração aos sistemas nacional e estadual antidrogas dos órgãos e entidades congêneres, entre outras atribuições.
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ACONTECE AGORA
Cuidados paliativos vão além do alívio da dor física
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cuidado paliativo é uma abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam problemas associados às doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, com identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual. Na capital, os cuidados paliativos são ofertados em toda a rede da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) abrangendo os níveis primário, em serviços como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o atendimento domiciliar realizado pelas pelas equipes multiprofissionais da atenção domiciliar (Emad) e de apoio (Emap), além de secundário, nos atendimentos de urgência e média complexidade, e terciário, nos hospitais.
O Dia Mundial de Cuidados Paliativos é celebrado no segundo sábado de outubro. O termo "Cuidados Paliativos" deriva da palavra 'paliar', que significa aliviar, atenuar, proteger. De acordo com a Aliança Mundial de Cuidados Paliativos, anualmente, 57 milhões de pessoas precisam desses cuidados, e, destes, 25 milhões estão no final da vida, sendo que pelo menos 18 milhões de pessoas morrem em dor e angústia desnecessárias todos os anos, sem acesso a cuidados para mitigá-las.
Entre os pilares do cuidado paliativo estão ainda a reafirmação da vida e da morte como processos naturais, onde tanto apressar quanto adiar a morte é evitado. Além disso, ele busca integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao cuidado clínico com o paciente e familiares. Por isso, atuam como paliativistas não apenas médicos, mas também profissionais de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas, entre outros.
Cuidados não se limitam ao fim da vida ou ambiente hospitalar
Embora o cuidado paliativo seja comumente visto como a assistência prestada a pacientes em fase avançada de doenças sem possibilidade de cura, esse cuidado não se limita ao fim de vida ou ao ambiente hospitalar, mas representa uma abordagem mais ampla de alívio e controle de sintomas, com foco na pessoa e no seu sofrimento, de forma integrada ao plano de cuidado.
A nota técnica nº 10/2023, elaborada pela Coordenadoria de Atenção Básica (CAB) da Secretaria Executiva de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde (Seabevs) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), reforça esta concepção. Ela estabelece que os cuidados paliativos devem ser ofertados em toda a rede municipal, o que abrange os níveis primário, em serviços como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o atendimento domiciliar realizado pelas pelas equipes multiprofissionais da atenção domiciliar (Emad) e de apoio (Emap), além de secundário, nos atendimentos de urgência e média complexidade, e terciário, nos hospitais.
De acordo com o documento, a maioria dos adultos que necessitam de cuidados paliativos tem doenças crônicas como problemas cardiovasculares (38,5%), câncer (34%), doenças respiratórias crônicas (10,3%), Aids (5,7%) e diabetes (4,6%).
Programa Melhor em Casa
Na Atenção Primária, os pacientes com dificuldades para realizar o acompanhamento necessário nas UBSs são assistidos pelas Emads e Emaps do Programa Melhor em Casa. A Atenção Domiciliar permite que os pacientes em cuidados paliativos permaneçam junto às suas famílias, o que favorece a melhoria da qualidade de vida e a continuidade das relações sociais, o que influencia positivamente o curso da doença.
O Programa Melhor em Casa possui três níveis de complexidade de atenção domiciliar, sendo os níveis 2 e 3 os que envolvem casos de maior complexidade e são acompanhados por Emads e Emaps, com atendimento em domicílio, no mínimo uma vez por semana.
Atualmente, o Programa melhor em Casa atende cerca de 4.450 pessoas na cidade de São Paulo, por meio de 61 Emads formadas por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeutas, além de 19 Emaps formadas por assistentes sociais, fonoaudiólogos, nutricionistas, cirurgiões-dentistas, psicólogos, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais. Desde 2016 o Melhor em Casa já atendeu mais de 85 mil pessoas, com a realização de 2.160.000 atendimentos. Destes, 65% foram a pessoas idosas, em sua maioria do sexo feminino.
De acordo com a coordenadora do Programa Melhor em Casa, Karina Mauro Dib, o cuidado domiciliar pode ser complementar aos atendimentos realizados na Atenção Básica e em serviços de urgência, substitutivo ou complementar à internação hospitalar. "Até pacientes com ventilação mecânica, reabilitação após cirurgias e cuidados paliativos podem passar a ser atendidos em casa, o que melhora o conforto dessas pessoas ao lado da família, além de evitar complicações e agravamento dos quadros, promovendo uma abordagem individualizada e integrada, de acordo com as necessidades e o contexto de vida do paciente", explica. Segundo ela, por estes motivos, uma das atribuições das equipes é realizar busca ativa, em hospitais, de pacientes que possam receber atendimento domiciliar.
Karina explica que, para quem está em cuidados paliativos no Programa Melhor em Casa, existem três possibilidades: a alta e o retorno ao atendimento pela UBS, caso ocorra uma melhora no quadro do paciente, ou, em caso de piora, a hospitalização ou a permanência em casa, junto aos familiares, tendo todo o suporte das equipes multidisciplinares. Após a morte do paciente, o atendimento é continuado no período de luto dos familiares. "Cuidados Paliativos não é 'não ter mais nada a fazer', e sim proporcionar qualidade de vida e conforto para o paciente, junto aos entes queridos", enfatiza.
A psicóloga aposentada Vilma Cintra da Silva Souza, 62 anos, moradora da região de São Miguel Paulista, perdeu a tia de 94 anos, vítima de um AVC, em julho deste ano. Ela faz uma avaliação muito positiva dos cuidados paliativos proporcionados pelo Programa Melhor em Casa: "A equipe nos fez sentir acolhidos e amparados numa fase muito difícil de nossas vidas, e sempre nos atendeu pronta e rapidamente, não medindo esforços para obter êxito e aliviar a paciente nas inúmeras intercorrências, dando a ela qualidade de vida com o tratamento paliativo humanizado".
Vilma relembra que a equipe do programa proporcionou suporte essencial e indispensável para superar as dificuldades no período. "O pronto atendimento profissional e completo evitou a necessidade de várias internações, que, caso fossem realizadas, trariam grande transtorno e sofrimento a todos, paciente e cuidadores".
A experiência de dois hospitais com cuidados paliativos
Esta humanização no cuidado com o paciente também é uma busca dos hospitais, que cada vez mais contam com equipes ou mesmo centros de cuidados paliativos. No caso do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), a Hospedaria de Cuidados Paliativos, que este ano completou 19 anos, funciona em um casarão, fora do ambiente hospitalar.
Por ali, já passaram 845 pacientes, em sua maioria com câncer, que contam com uma equipe de assistência à saúde formada por 19 profissionais, além de 10 profissionais de outras áreas, responsáveis por outros serviços. A equipe multidisciplinar presta assistência integral também aos familiares, visando facilitar o entendimento e o enfrentamento do processo de morte/luto.
No Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, localizado no Jabaquara, na zona sul, o grupo de estudos em Cuidados Paliativos teve início em 2016, com profissionais de áreas como fonoaudiologia, serviço social, psicologia, enfermagem, nutrição, fisioterapia, farmácia, terapia ocupacional e equipe multidisciplinar em terapia nutricional, aos quais se uniram, em um segundo momento, médicos, além das diretoras técnica e da Unidade de Internação.
A unidade possui 198 leitos e atende cerca de seis mil pacientes por mês. Com 30 leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é referência para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Santa Catarina e Jabaquara, além de receber uma grande quantidade de pacientes oncológicos. "A intenção é ter mais profissionais paliativistas, uma vez que recebemos muitos pacientes idosos, com doenças crônicas e um índice de gravidade alto", comenta a terapeuta ocupacional Lorena Martinez Barra, que também é paliativista e foi uma das profissionais responsáveis pela estruturação do grupo.
Segundo a diretora técnica do hospital, Josiane Motta e Motta, as discussões sobre os pacientes em processo ativo de morte deram origem a protocolos que orientam tanto os cuidados médicos quanto da equipe multidisciplinar, orientados para o conforto do paciente e apoio à família. No caso desta, as visitas são flexibilizadas para que possam se despedir, enquanto para o paciente, fazem parte deste processo desde o manejo da dor por meio de medicamentos até o conforto espiritual e diretivas de vontades.
"O paciente poderá, por exemplo, tomar um café, comer um pedaço de bolo, fumar um cigarro, receber a visita de familiares ou mesmo de seu animal de estimação; as equipes estão preparadas para ajudar a transformar essas vontades em realidade, além de dar suporte aos familiares; tudo isso contribui para ressignificar o luto, para tornar essa travessia menos dolorosa para todos", resume Josiane.
SMS promove curso EAD em paliativismo
De outubro até dezembro, a SMS promove o curso "Atualização em Cuidados Paliativos: Fundamentos para Prática", voltado a profissionais de nível superior da Atenção Básica que atuam nas UBSs, Emads, Emaps, e Programa Acompanhante de Idosos. Serão ministradas 20 horas em formato EAD, trazendo conteúdos voltados a abordagem, processos e ferramentas em cuidados paliativos.
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SAÚDE BUSINESS
PL dos planos de saúde e impactos no setor
O Projeto de Lei (PL) 7419/2006, também chamado de Lei dos Planos de Saúde, que altera a regulamentação dos serviços de saúde suplementar no Brasil, deve ser votado em breve depois de 17 anos de tramitação.
O deputado federal Duarte Jr., do PSB do Maranhão, apresentou em setembro o relatório final sobre o PL. Designado para ser o relator do projeto, nos últimos meses ele elaborou o texto que analisa e propõe uma reforma na lei que rege as operadoras de planos de saúde no país.
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O PL 7419/2006 altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. A proposta, que teve origem no Senado Federal, tramita na Câmara em regime de urgência, em razão da alteração do regime do PL 4477, de 2016 (um dos apensados ao PL 7419).
Um dos pontos principais desse relatório é a proibição da extinção unilateral do contrato em toda e qualquer situação, sejam planos individuais, coletivos, de autogestão, ou em qualquer outra modalidade. Dessa forma, acredita o deputado, os pacientes terão mais garantias de tratamento. Pela legislação atual, as operadoras privadas de saúde podem propor a rescisão baseadas unicamente no aspecto financeiro, sem depender de consulta aos usuários atingidos.
Como o PL afeta os beneficiários
De acordo com o advogado Rafael Robba, sócio do escritório Vilhena Silva Advogados, especializado em direito à saúde, o PL 7419/2006 representa um passo importante, mas apenas um passo, na direção certa para lidar com os desafios que os consumidores de planos de saúde enfrentam. Para ele, os problemas são complexos e a proposta é a forma de dar solução a alguns desses problemas.
Além da proibição da extinção unilateral do contrato, o PL traz ainda, entre suas propostas, a possibilidade de punições administrativas para empresas que se recusem, de forma injustificada, a cobrir tratamentos médicos. Mas para especialistas do setor, o projeto não traz soluções efetivas para o setor de saúde, que enfrenta problemas como reajustes elevados, redução de rede credenciada, aumento de fraudes, entre outros.
"Ao impor penalidades às operadoras que adotem essa prática, a legislação buscará garantir que os consumidores tenham acesso a tratamentos necessários sem obstáculos, algo que vemos acontecer diariamente e que tem levado muitos consumidores a buscar apoio na justiça", destaca Robba. Ao impedir que as pessoas com doenças raras ou graves sejam recusadas pelos planos de saúde, ele acredita que haverá uma redução nos processos de judicialização.
No entanto, Alberto Ogata, pesquisador associado do Centro de Pesquisa em Administração em Saúde da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), acredita que a limitação, por lei, de reajustes nos planos de saúde, pode inviabilizar algumas operadoras que já passam por sérias dificuldades financeiras. "Isso pode levar a uma maior concentração do mercado, reduzindo a competitividade do setor. O que está sendo proposto não pacifica as relações entre os stakeholders do setor, podendo até aumentar a judicialização do sistema."
Alguns especialistas também consideram o Projeto de Lei um pacote de retrocessos devido a preocupações sobre possíveis encarecimentos dos planos de saúde e restrição de acesso para determinados grupos de beneficiários. Apesar de o projeto poder incluir um potencial aumento na qualidade dos serviços e uma maior garantia de seus direitos como consumidores, existe o risco de haver uma variação nas mensalidades ou nas opções de planos disponíveis", ressalta o presidente da Frente Parlamentar Mista de Saúde, deputado federal Zacharias Calil.
Impactos de PL no mercado de saúde
Ogata destaca que, em sua opinião, talvez o principal ponto negativo deste PL seja a falta de discussão com os principais stakeholders do sistema suplementar, como as operadoras de saúde (de diferentes modalidades), empresas contratantes e prestadores (hospitais, clínicas etc.).
Como forma de minimizar os impactos das propostas, o deputado Duarte Jr. comenta que houve uma preocupação em criar medidas para equilíbrio do sistema de custeio de medicamentos de alto custo aprovados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), como a criação de um fundo nacional, composto por recursos públicos e privados, para o financiamento de terapias de alto custo para o tratamento de doenças raras, considerado um dos principais grupos de pacientes mais afetados pelo preço das terapias. Assim, o impacto dos altos valores não recairia sobre uma única operadora.
"Propomos também o agrupamento de contratos coletivos pequenos, para até 99 vidas, para facilitar a gestão desses contratos, que passariam a ter um reajuste único, e não negociado caso a caso." Atualmente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define que o reajuste único ocorre em contratos de até 29 vidas.
Para Robba, é importante que a ANS vá além de simplesmente considerar as perspectivas das operadoras de planos de saúde. Ele argumenta que a agência precisa desempenhar um papel mais eficaz na fiscalização e punição de práticas abusivas por parte dessas operadoras.
"A atual versão deste Projeto de Lei traz uma contribuição na busca de maior transparência nos reajustes dos planos corporativos empresariais. Resta saber se a ANS tem condições de acompanhar e regular milhares de contratos empresariais que são repactuados diariamente. A agência reguladora já se posicionou, considerando ser inviável a regulação e o controle de milhares de prestadores de serviços para os planos (como hospitais, clínicas e laboratórios)", comenta Ogata.
Para o deputado Zacharias Calil, a avaliação dos impactos da nova lei dependerá da perspectiva de cada parte interessada. "Algumas podem ver como uma regulamentação necessária para garantir a qualidade dos serviços prestados, enquanto outras podem interpretar como um aumento de responsabilidades e custos."
Em nota, várias entidades do setor, como a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), a Unimed do Brasil e a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), afirmam que as "entidades representativas da saúde suplementar veem com preocupação algumas medidas presentes no relatório que desconsideram peculiaridades do setor e comprometem alguns dos pilares fundamentais de seu funcionamento. No entanto, acreditamos na capacidade de diálogo com o relator e com todos os demais parlamentares a fim de evitar decisões que poderiam prejudicar o funcionamento da saúde privada no país tal como a conhecemos hoje."
O PL e o Sistema Único de Saúde (SUS)
O deputado Duarte Jr. vê com bons olhos a aprovação do projeto de lei também para a saúde pública. Ele acredita, que se aprovado, o PL pode contribuir para desafogar o SUS, pois os pacientes que fazem tratamento pelo plano de saúde e tiveram seu contrato rescindido unilateralmente passaram a procurar auxílio na saúde pública, um sistema que já está sobrecarregado.
Na opinião do deputado Zacharias Calil, o Projeto de Lei pode ter diversos impactos no SUS e na população idosa. "Entre eles, podemos citar melhorias na assistência prestada aos idosos no SUS, estabelecendo padrões mais rigorosos para atendimento e garantindo maior qualidade nos serviços; acesso a tratamentos específicos e especializados para esse público, abordando questões de saúde que afetam mais comumente essa faixa etária. Além disso, pode levar a uma necessidade de ajustes na capacidade de atendimento do SUS, por conta do aumento das demandas nos serviços de saúde, com padrões mais elevados voltados aos idosos."
Em relação ainda a possíveis benefícios do PL ao SUS, o texto sugere a implementação de um prontuário digital por meio da alteração da Lei Orgânica da Saúde e determinação de que o poder público seja obrigado a manter uma plataforma com as informações dos pacientes das redes pública e privada. Assim, seria possível um compartilhamento de dados entre os sistemas, o que se traduziria na redução de desperdícios e consequente economia para todo o sistema de saúde.
Em compasso de espera
Segundo o Deputado Duarte Jr., atualmente estão ocorrendo reuniões com lideranças partidárias para discussão do PL. Também houve uma reunião com o Presidente da Câmara, Arthur Lira, que pretende se reunir com as operadoras de planos de saúde para ouvir suas reivindicações e contribuições.
Robba reforça em última análise sobre o parecer do PL que o documento evidencia a necessidade de que futuras políticas considerem esses pontos para garantir uma melhoria verdadeira e abrangente no setor de planos de saúde em benefício de todos os envolvidos.
"Estamos com um mercado de saúde suplementar batendo recordes de novos consumidores. É mais do que necessário que haja uma atualização da lei para dar mais segurança aos mais de 50 milhões de beneficiários que buscam nos planos de saúde a proteção para a própria saúde."
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CANAL EXECUTIVO
Oncoclínicas e Cedro investem R$ 850 mi em Cancer Center em SP
São Paulo (SP) - A Oncoclínicas&Co e a Cedro Participações comunicam a celebração de parceria para desenvolvimento do primeiro complexo hospitalar de tratamento oncológico em São Paulo (Cancer Center), que será inaugurado em 2026. O investimento para construção e aquisição do terreno será de aproximadamente R$ 550 milhões, aportados pela Cedro Par, e R$ 300 milhões aportados pela Oncoclínicas para equipar o hospital.
O Contrato de Locação Atípico de Imóvel Não Residencial, sob a modalidade Built To Suit (BTS), tem duração de 30 anos e foi feito com fundo de investimento imobiliário integralmente detido pela Cedro Participações S.A. O empreendimento ficará localizado na Rua Vergueiro, 470, região central da cidade de São Paulo, em uma área de 48 mil m2 próxima a importantes vias da cidade, como Avenida 23 de Maio e Avenida Paulista e a apenas 300 metros da estação de metrô Vergueiro. Contará com aproximadamente 360 leitos.
O investimento, por parte da Oncoclínicas, associado sobretudo aos equipamentos e mobiliário, inclui um moderno parque de diagnóstico por imagem, anatomia patológica e genômica integradas, cerca de 20 salas para cirurgias de alta complexidade (incluindo robótica), ala dedicada a terapia celular, aceleradores lineares para radioterapia e cuidados continuados, além de pronto atendimento e centro clínico de especialidades complementares ao paciente oncológico como cardiologia, urologia, neurologia, entre outras.
O Cancer Center São Paulo representa uma das mais importantes iniciativas da Oncoclínicas&Co em direção ao seu objetivo estratégico de cobrir integralmente toda a jornada do paciente na cidade de São Paulo e região, onde já conta com oito unidades ambulatoriais, corpo clínico de mais de 120 médicos dedicados ao cuidado integral ao paciente oncológico, ampliando ainda mais a rede de serviços oferecidos aos mais de 3.400 profissionais médicos que a companhia se relaciona no estado. A Unimed Nacional terá o direito de co-investir no Cancer Center São Paulo com uma participação de 25%, atuando como um dos investidores e parceiros comerciais nesse empreendimento.
"A inauguração do primeiro Cancer Center em São Paulo faz parte da estratégia da Oncoclínicas de democratizar o acesso e fortalecer o cuidado completo ao paciente oncológico, oferecendo excelência e qualidade para o melhor desfecho clínico. Com este empreendimento estamos ampliando o modelo integrado do cuidado em busca do melhor resultado para os nossos pacientes, corpo clínico, companhia e seus investidores", ressalta Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas&Co.
Para Lucas Kallas, presidente do Conselho da Cedro Participações, "a parceria com a Oncoclínicas&Co para desenvolver o Cancer Center em São Paulo, além dos centros em Goiânia e nas proximidades de BH, reflete o compromisso da Cedro em contribuir de maneira sustentável e responsável para setores vitais do desenvolvimento social. Contribuindo da nossa forma com o propósito maior da Oncoclínicas: vencer o câncer".
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AGÊNCIA SENADO
Senado volta a analisar desoneração da folha
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Da Agência Senado | 06/09/2023, 18h13
Construção civil é um dos setores beneficiados com a desoneração sobre a folha de salários
José Paulo Lacerda/CNI
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Proposições legislativas
Está de volta ao Senado o Projeto de Lei 334/2023, que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 31 de dezembro de 2027. O texto, do senador Efraim Filho (União-PB), foi aprovado com mudanças pela Câmara dos Deputados no final de agosto. Entre as mudanças feitas pela Câmara, está a que estende a diminuição da contribuição previdenciária a todos os municípios brasileiros. O texto aprovado pelo Senado restringia essa lista a municípios menores.
A desoneração da folha é um mecanismo que permite às empresas dos setores beneficiados o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários. Essa permissão foi introduzida há 12 anos para algumas áreas e há pelo menos dez anos abrange todos os setores hoje incluídos.
A ideia é que esse mecanismo reduza os encargos trabalhistas dos setores desonerados e estimule a contratação de pessoas. Atualmente, a lei só garante o benefício até 31 de dezembro de 2023, o que, segundo Efraim, causa insegurança jurídica ao setor produtivo. Após a aprovação do projeto pela Câmara, o senador disse que todos os envolvidos têm a ganhar com a desoneração.
— O maior desafio do Brasil, atualmente, é gerar emprego, não é arrecadar mais. Este projeto dialoga com quem produz, dialoga com sindicatos de trabalhadores, faz com que pais e mães de família e jovens que estão na fila do desemprego possam conquistar a oportunidade de trabalho e, com o suor do seu rosto, colocar o pão na mesa. É um projeto de ganha-ganha. É bom para quem produz, é bom para quem trabalha e consegue dar um encaminhamento importante para o Brasil — disse Efraim.
Para ele, a urgência agora é garantir a prorrogação, mas, no futuro, é preciso pensar em incluir novos setores nessas regras. Em audiência pública sobre a reforma tributária na última semana, Efraim já havia defendido a extinção dos impostos sobre a folha de pagamento para todos os setores. Essa discussão, contudo, só caberia numa segunda fase da reforma — a primeira (PEC 45/2019) ainda não foi votada pelo Senado.
— Está na hora de pensar não apenas em prorrogar esse benefício para 17 setores, mas, na segunda fase da reforma tributária, poder pensar em desonerar de forma ampla e universal todos os setores. É um imposto equivocado porque, quanto mais eu entrego, mais impostos eu pago. A mensagem correta seria o inverso: quanto mais empregos eu gerar, menos impostos eu vou pagar. É isso que a desoneração da folha de pagamento significa — afirmou Efraim, em entrevista ao comemorar a aprovação do projeto na Câmara.
Atualmente, os 17 setores alcançados pela medida são: confecção e vestuário, calçados, construção civil, call center, comunicação, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, TI (tecnologia da informação), TIC (tecnologia de comunicação), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.
Municípios
O texto aprovado na Câmara prevê a diminuição da contribuição previdenciária de todos os municípios, que também valerá até 2027 e terá uma variação de 8% a 18% de acordo com o Produto Interno Bruto (PIB) de cada cidade. Atualmente, a contribuição patronal por contratações pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de 20%.
O texto aprovado no Senado previa a alíquota de 8%, mas a quantidade de municípios era menor: a regra valeria apenas para aqueles com população inferior a 142,6 mil habitantes.
Renúncia
A renúncia fiscal com a desoneração no setor privado é estimada em cerca de R$ 9,4 bilhões, segundo o Ministério da Fazenda. No entanto, para o autor trata-se de uma política já existente, ou seja, o governo já não recebe esses recursos. Ele também afirmou que a desoneração gera R$ 30 bilhões em economia de recursos.
Uma preocupação de parlamentares contrários à medida é garantir que as empresas beneficiadas com a desoneração tenham que oferecer contrapartidas. Na Câmara, os deputados derrubaram um destaque que pretendia alterar o texto para proibir empresas beneficiadas pela desoneração de demitir sem justa causa ou reduzir o salário de seus empregados nos seis meses após o encerramento do novo prazo.
Artigo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) essa semana mostra que os setores desonerados cortaram vagas de trabalho formais entre 2012 e 2022 e não figuram entre os que mais empregam. A análise, realizada com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que nenhum dos desonerados aparece entre os sete setores que, juntos, ocupam mais da metade (52,4%) dos trabalhadores no Brasil.
Outra conclusão do Ipea é que, enquanto empresas privadas de outros setores expandiram em 6,3% seus empregos com carteira (+1,7 milhão) entre 2012 e 2022, os desonerados encolheram os seus postos de trabalho em 13% (-960 mil). No mesmo período, segundo o levantamento, o conjunto de todos os setores com folha desonerada reduziu sua participação no total de ocupados, de ocupados contribuintes da Previdência e de empregados com carteira do setor privado.
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Assessoria de Comunicação
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Cremego homenageia médicos com a comenda Honra ao Mérito Profissional 2023
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A REDAÇÃO
Cremego homenageia médicos com a comenda Honra ao Mérito Profissional 2023
Evento será na sede do Conselho, em Goiânia
Dez médicos serão homenageados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), em Goiânia, no Dia do Médico, data comemorada nesta quarta-feira (18/10), na sede do Conselho, às 19h30. A comenda Honra ao Mérito Profissional 2023 será uma grande solenidade, e contará com as presenças de diretores, conselheiros, autoridades da área da saúde, médicos, demais convidados e os grandes homenageados da noite.
Criada em 2005 pelo Cremego, a comenda é entregue anualmente a médicos com mais de 35 anos de atuação ética e conduta ilibada e que se destacam no exercício da profissão, sendo uma referência para os colegas nas áreas de ensino e pesquisa, assistencial e/ou de organização da classe.
Neste ano, os homenageados serão os médicos Aclécio José Dias Pereira, Delzirene Pinheiro Botelho, Edson Tadeu de Mendonça, Élio Caetano de Assis, Fátima Maria Lindoso da Silva Lima, Fernando Oliveira Castro, Ilza Pascoal Trevenzol, Jose Cruvinel de Macedo, Marco Túlio Campos Tahan e Nicean Serrano Telles de Souza Campos.
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Telemedicina ganha cada vez mais força no Brasil e agiliza atendimentos
Caroline Louise
São Paulo - Regulamentada recentemente, em 2022, a teleconsulta ou consulta médica não presencial tem ganhado cada vez mais força no Brasil. A modalidade foi adotada por 33% dos médicos e 26% dos enfermeiros em todo o País no ano passado, segundo informações divulgadas pelo Centro de Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic). "Durante a pandemia da covid-19, a telemedicina foi uma saída para evitar grandes aglomerações nos hospitais e unidades básicas de saúde. O formato atualmente tem grande colaboração para a rapidez dos atendimentos. Hoje eu atendo pessoas de todos os lugares do Brasil e em minutos já consigo passar a receita médica, por exemplo. O paciente não precisa ficar horas em uma fila aguardando ser atendido", comenta o médico generalista Lucas Martins Morais, que atende telemedicina por meio de convênio com um plano de saúde. Ele destaca, no entanto, que há casos em que o atendimento presencial ainda é o mais recomendado.
A pesquisa TIC Saúde, feita pelo Cetic, revela um crescimento do uso de tecnologias por profissionais do setor médico quando comparado ao período anterior à pandemia, o que, para os pesquisadores, pode impactar positivamente a assistência à saúde. A Unimed Goiânia, por exemplo, diante da necessidade de isolamento social provocado pela pandemia da covid-19, estruturou com grande agilidade, ainda em 2020, o serviço on-line para consultas, diagnósticos e monitoramento de saúde dos beneficiários com sintomas da doença. Atualmente, o atendimento on-line, que inicialmente só atendia casos suspeitos de covid-19 e pós-covid, é destinado a pacientes com sintomas diversos. Há também atendimento virtual pediátrico. De acordo com dados da Unimed Goiânia, de 2020 até agosto de 2023, a telemedicina da unidade realizou mais de 160 mil atendimentos.
A telemedicina ajuda, inclusive, pessoas que moram no interior do Estado e que muitas vezes precisam buscar atendimento na capital. Além de poupar o tempo de deslocamento, o paciente não precisa gastar minutos e até horas na sala de espera de consultórios e outras unidades de saúde.
Exemplo na prática
Morador de Iturama, no Triângulo Mineiro, Adilson Cândido de Lima levava cerca de 2 horas para se deslocar até uma unidade de saúde para conseguir uma receita de colírio para lubrificar os olhos. Com a possibilidade de ser atendido de forma remota, ele economizou tempo e dinheiro. "Eu recebi minha receita médica por SMS, nem dá para acreditar que hoje em dia é tão fácil assim", comemora.
O médico generalista Lucas Martins Morais atende cerca de 20 pacientes por dia, de urgência e emergência, e garante que a qualidade do atendimento remoto não deixa a desejar. "A telemedicina pode contribuir muito para melhorar os índices em saúde, isso porque o médico pode chegar a lugares que antes eram difíceis, que não tinham estrutura. Claro que é preciso ter internet. Mesmo com todas as possíveis dificuldades, a teleconsulta tem cumprido o seu papel em atender quem precisa no menor tempo de espera possível. O paciente é atendido no conforto da sua casa, geralmente sentado no sofá, com qualidade ímpar. Não temos como pensar no futuro da medicina sem incluir as consultas on-line. E o presente é esse, a telemedicina se consolidou no que consideramos pós-pandemia", finaliza o especialista.
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O HOJE
Após vomitar sangue, mulher morre repentinamente em Goiânia
Antes de falecer, a mulher chegou a ser atendida no Cais da região
Na madrugada deste domingo (15/10), uma mulher de 43 anos, identificada como Hilda Maria Pinto da Silva, faleceu após sentir dores na garganta, fraqueza e vomitar sangue. O caso aconteceu no Setor Campinas, em Goiânia. Antes de falecer, a mulher chegou a ser atendida no Cais da região.
Hipertensa e com prescrição médica para tomar medicamentos para a doença a cada 6 horas, Hilda veio a óbito por volta das 2 horas. Segundo o relato do marido, o mal-estar começou em casa.
Quando começou a se sentir mal, Hilda estava deitada em uma rede, queixando-se de dor na garganta, quase sem energia para se levantar. A situação piorou e ela começou a vomitar sangue. Seu esposo a levou ao Cais de Campinas, onde recebeu atendimento médico.
Durante a consulta, ela também apresentou sangramento pelo nariz e boca. Apesar dos cuidados, não resistiu e faleceu na unidade. O registro do óbito classificou-o como morte acidental, e o exame cadavérico futuro deverá esclarecer as causas do falecimento de Hilda.
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TV ANHANGUERA
HGG realiza cirurgia inédita para tratamento de aneurisma cerebral
https://globoplay.globo.com/v/12031490/
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FOLHA DE S.PAULO
Teste permite detectar coinfecção por nova espécie de parasita em casos graves de leishmaniose visceral
Nos últimos anos, médicos e cientistas de regiões do Brasil onde a leishmaniose visceral (LV) é endêmica têm se deparado com cada vez mais casos de coinfecção por diferentes protozoários: Leishmania infantum e Crithidia. O diagnóstico preciso, no entanto, é dificultado pela ausência de testes simples e específicos.
Com o objetivo de acelerar e facilitar essa distinção e, consequentemente, a definição do tratamento, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram um teste do tipo PCR (que analisa o material genético contido na amostra) que leva menos de duas horas para ser concluído. Os resultados do estudo foram publicados no periódico Tropical Medicine and Infectious Disease.
O novo método representa um avanço no diagnóstico da LV - forma mais severa de leishmaniose que afeta órgãos como baço, medula óssea, fígado e gânglios linfáticos.
Negligenciada, a doença é considerada um problema de saúde pública, com mais de 3,5 mil casos todos os anos no país, de acordo com o Ministério da Saúde. Esse número representa 93% de todos os casos da América Latina. Somente em 2020, foram 165 mortes em território nacional.
O estudo - financiado pela Fapesp por meio de nove projetos - mostrou que o método foi altamente preciso na identificação e quantificação de L. infantum e Crithidia em amostras obtidas in vitro e in vivo ou coletadas de hospedeiros (humanos, cães, gatos e vetores), por exemplo, por meio de biópsias de pele ou aspirados de medula óssea.
"Apesar de já existirem outros métodos moleculares de identificação de espécies, eles costumam envolver o sequenciamento do DNA da amostra, processo mais trabalhoso, lento e custoso", explica Sandra Regina Costa Maruyama, professora do Programa de Pós-Graduação em Genética Evolutiva e Biologia Molecular (PPGGEv) da UFSCar e coordenadora do estudo.
"Nosso teste avalia o material genético dos parasitas diretamente dos vetores e nos tecidos de pessoas e animais [gatos e cachorros]."
Ao contrário dos testes rápidos utilizados no sistema de saúde, que não detectam diretamente o parasita e sim os anticorpos produzidos contra ele, o novo ensaio quantitativo de PCR baseado em corante (qPCR) foi projetado e padronizado com sequências-alvo específicas para as espécies Leishmania infantum e Crithidia em amostras experimentais e clínicas.
Os novos alvos se mostraram específicos, entretanto é necessário realizar inicialmente um ensaio para detectar o primeiro parasita e, na sequência, um segundo para identificar Crithidia.
"Selecionamos esses novos alvos por meio de análises dos genomas das duas espécies. Agora que mostramos que apresentam especificidade em diferentes tipos de amostras, é necessário otimizar o ensaio para que em uma única reação de qPCR saibamos se a espécie infectante em questão é Leishmania infantum, Crithidia ou ambas", diz Maruyama.
Atualmente, o grupo de pesquisa tem testado as amostras para deteção de L. infantum e, num segundo teste, faz a detecção de Crithidia.
Segundo a pesquisadora, qualquer laboratório de diagnóstico capacitado com equipamento de qPCR -que se tornou mais acessível durante a pandemia de Covid-19 -poderia realizar esse teste. A técnica pode ser útil para estudos epidemiológicos, monitoramento de carga parasitária e acompanhamento terapêutico.
Casos de coinfecção
Durante o trabalho, foram realizados testes com 62 parasitas isolados dos tecidos de pacientes com leishmaniose visceral. Desses, 51 testaram positivo para Crithidia. Além disso, a coinfecção de Leishmania infantum e Crithidia em medula óssea foi identificada em dois novos casos de LV no Brasil. Em maio deste ano, o grupo publicou um relato de caso grave de LV no qual as duas espécies de parasitas foram detectadas.
De acordo com Maruyama, além da eficácia do teste, os resultados indicam que a infecção por Crithidia é mais frequente do que se imaginava e a coinfecção pelos dois protozoários parece acontecer principalmente nos casos mais graves.
"Ainda não sabemos quais as implicações clínicas da presença de Crithidia nos casos de LV, mas suspeitamos que a coinfecção possa exacerbar a doença ou até mesmo atrapalhar a resposta ao tratamento recomendado para Leishmania infantum", diz a pesquisadora.
"Identificar a espécie de parasita corretamente permite que sejam tomadas providências rapidamente para evitar a piora e a progressão do quadro clínico, reduzindo a mortalidade. Além disso, abre espaço para que, no futuro, se descubram medicamentos e tratamentos mais específicos."
O artigo Parasite Detection in Visceral Leishmaniasis Samples by Dye-Based qPCR Using New Gene Targets of Leishmania infantum and Crithidia pode ser lido em www.mdpi.com/2414-6366/8/8/405.
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CONSUMIDOR MODERNO
Do reajuste à judicialização dos planos de saúde: a conta não fecha
Superlotação, falta de recursos e longas filas de espera na saúde pública colaboraram para que a busca por planos de saúde na rede privada tivesse um crescimento exponencial nas últimas décadas. Para se ter uma ideia, de acordo com a Agência Nacional de Saúde (ANS) há aproximadamente 50 milhões de pessoas com cobertura de algum plano de saúde no Brasil, sendo que 35 milhões possuem contratos empresariais e seis milhões têm planos coletivos por adesão.
Essa corrida pela busca da assistência médica é uma decisão crucial para a maioria das pessoas e famílias. Não à toa, ter um plano de saúde é o terceiro maior desejo do consumidor, segundo levantamento da IESS/Ibope. No entanto, a escolha entre planos individuais ou familiares e planos empresariais pode parecer uma questão trivial, mas há aspectos importantes a serem considerados ao tomar essa decisão, uma vez que a regulação desses planos de saúde está em jogo e que grande parte dos beneficiários estão suscetíveis a reajustes nos planos de saúde que podem ir além de sua capacidade de mantê-lo.
A criação de CNPJs como o Microempreendedor Individual (MEI) tem se tornado uma estratégia para acesso a planos de saúde e uma prática cada vez mais comum, especialmente entre aqueles que buscam uma opção de assistência médica a preços mais acessíveis. Porém, essa abordagem pode ter suas complicações, principalmente pelo aumento dos custos de contratação e manutenção.
Índices dos reajustes nos planos de saúde: Quem paga a conta?
Para Elton Fernandes, advogado especialista em direito da saúde e professor de pós-graduação de Direito Médico e Hospitalar da USP, sempre que possível o consumidor deve contratar planos individuais ou familiares. De acordo com o professor, o rol de cobertura é o mesmo em qualquer plano de saúde e, depois, o reajuste do plano empresarial mesmo para pequenas empresas costuma ser muito superior aos índices da ANS para planos individuais e familiares.
"Atualmente as operadoras de saúde devem aplicar um índice de reajuste para todos os seus contratos PME (até 29 vidas). Ou seja, não importa o quanto aquela pequena empresa utilizou de plano de saúde, seu índice será igual ao de todas as demais empresas que possuem contrato com aquela operadora", destaca Elton Fernandes.
No entanto, a falta de fiscalização e regulamentação dos índices de reajuste para contratos empresarial levantam uma reflexão importante: quem está auditando esses números, ou melhor, como o consumidor pode conferir se o índice aplicado está certo ou errado? De acordo com o professor, a ANS precisaria realizar uma fiscalização mais assídua, especialmente para que esse índice de reajuste dos contratos PMEs tivessem maior confiabilidade
"A ANS não estabelece esse índice atualmente, embora haja a previsão de que ela pode solicitar à operadora os dados sobre a metodologia de como chegou a esse percentual", critica. "As operadoras por sua vez dizem que esses índices foram auditados pelas grandes empresas de auditoria, mas acontece que no relatório dessas empresas elas dizem que checaram o índice utilizando apenas uma amostragem de contratos fornecido pela operadora, o que significa dizer que na prática não houve aferição de toda base de dados e que pode ter sido manipulado pela operadora" destaca.
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Plano de saúde: "Não faz sentido limitar reajuste aos 59 anos"
O último reajuste por faixa etária atualmente é limitado aos 59 anos de idade. A regra foi estabelecida pelo Estatuto do Idoso e a ANS. "Não faz sentido em se cobrar aos 59 anos todo o incremento de risco futuro desse consumidor. Isso onera em demasia quem completa 59 anos e os expulsa do contrato, beneficiando o plano de saúde que passa a receber muito antes todo o risco futuro que esse consumidor pode dar. Seria necessário rever a regra, sobretudo agora que a Justiça pacificou que o Estatuto do Idoso, por si, não impede que haja algum reajuste por faixa etária, vedando apenas o reajuste diferenciado, o abusivo" pontua Elton.
"O correto seria diluir esse reajuste ao longo da vida do consumidor, em novas faixas. Mas isso soa para a população como se o idoso estivesse sendo onerado, quando na verdade essa oneração já ocorre de forma antecipada, mas ocorre justamente antes da pessoa ser considerada legalmente idosa. É um contrassenso" reflete.
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Judicialização do setor da saúde
Essa falta de clareza tem feito com que consumidores entrassem na justiça pedindo revisão dos custos e índices de reajustes. Nesse contexto, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) destacou que os reajuste dos planos de saúde, incluindo o índice de 9,6% estipulado pela ANS, extrapolaram o limite razoável, uma vez que as operadoras conseguem compensar os prejuízos de outras formas, por exemplo, com a rentabilidade de suas aplicações financeiras.
Ana Carolina Navarrete, coordenadora do Programa de Saúde do Idec afirmou em nota que vê o cenário se repetir "Após o maior aumento da história aplicado no ano passado, mais uma vez registramos reajustes elevados autorizados pela ANS, em um momento de inflação bem menor, sem que os rendimentos dos consumidores tenham crescido no mesmo ritmo. Na prática, o consumidor, que no ano passado pagou mais de R$238 bilhões às operadoras de planos em mensalidades, acaba custeando tanto os serviços contratados quanto os prejuízos gerados por problemas de gestão", reflete.
A aprovação desse índice é quase 67% maior do que o valor da inflação acumulada em 2022, e quem sofre com isso é o consumidor que além de gastar mais, enfrenta problemas de gestão das operadoras do setor. As empresas alegam enfrentar uma crise como nunca antes vista no mercado de planos de saúde.
"O consumidor se sente lesado porque vê a inflação oficial a 5% e não entende como pode o plano de saúde subir 15%, 20% ou até 30%, como ocorre nos casos de contratos coletivos por adesão. Então esse consumidor de um plano coletivo entra com ação judicial exigindo que a operadora de saúde prove que a sinistralidade fora de fato tão elevada ao ponto de justificar esse percentual de reajuste e, na prática, raras vezes um plano de saúde consegue provar que houve base idônea para aplicar esse percentual", explica Ana Carolina Navarrete.
"Isso então leva à consequência de que a Justiça poderá nesse caso determinar a nulidade do reajuste aplicado e sua substituição por outro índice, bem como o ressarcimento daquilo que fora indevidamente pago ao longo dos 03 anos anteriores ao ajuizamento da ação. Se o reajuste do plano coletivo tem base idônea, como as grandes operadoras não conseguem provar isso dentro dos processos?", avalia Elton Fernandes.
O PL que ganhou novo foco na saúde
Após 17 anos, o Projeto de Lei 7.419, que trata da atualização dos planos de saúde voltou a ser o centro de discussão no setor da saúde. De autoria do deputado Duarte Jr. (PSB-MA), o projeto pretende proibir as operadoras de planos privados de assistência à saúde de rescindirem unilateralmente os contratos firmados com beneficiários, a menos que o atraso na mensalidade supere 60 dias consecutivos.
O tema ganhou novos debates, após a recusa de atendimento a consumidores em alta vulnerabilidade, como idosos, pessoas com doenças crônicas, pessoas com deficiência, que de acordo com o deputado em nota à agência Câmara "vem sendo retirados dos planos de saúde por gerarem um custo maior".
No contraponto, o professor e advogado Elton Fernandes acredita ser muito difícil a aprovação do PL "Penso que a chance disso passar nesse Congresso de viés mais liberal é muito difícil. A reforma já parou na Câmara após pressão das operadoras de saúde. Se aprovado na forma como proposto, os planos empresariais para pequenas e médias empresas teriam limite de reajuste seguindo um índice da ANS que hoje só existe para planos individuais e familiares".
"É benéfico ao consumidor, pois os planos individuais e familiares são raros no mercado justamente em razão de que os reajustes dos planos empresariais são significativamente maiores e, agora, colocam-se famílias nos contratos de plano de saúde através de um CNPJ, o que implica numa falsa coletivização do setor" finaliza Fernandes.
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O GLOBO
Vias tortas do debate sobre plasma
Manter um suprimento adequado de sangue e plasma para pacientes que necessitam de transfusão ou hemoderivados - garantindo o uso adequado e a segurança dos produtos, bem como a prevenção da transmissão de doenças infecciosas - está entre as principais preocupações das autoridades nacionais de saúde e instituições internacionais.
Todo ano, milhões de pacientes recebem transfusões de sangue, componentes sanguíneos ou derivados do plasma para melhorar sua qualidade de vida e sobrevivência. O Brasil tem uma legislação adequada e conta com hemocentros responsáveis pela doação de sangue e medula óssea.
Valores solidários e o modelo de organização do sistema de sangue nacional são compatíveis com países desenvolvidos e recomendações da OMS. Decisões de superar um passado quando se comercializava sangue foram tomadas devido à contaminação de milhares de pessoas e acúmulo de evidências sobre a correlação entre venda, pobreza e infecções que poderiam ser evitadas. O pagamento da doação conforma um ciclo que desestimula atos voluntários e solidários, essenciais para assegurar estoques, inclusive de tipos sanguíneos mais raros.
Mais sobre OMS RNA mensageiro: Entenda como funciona a tecnologia que deu Prêmio Nobel de Medicina a cientistas Testemunhas de Jeová pedem que Supremo acione OMS para decidir sobre religião e saúde No passado, a venda de sangue foi polêmica. Houve gente que enriqueceu e quem tenha se dedicado a teorizar sobre sua natureza mercantil. Numerosos escândalos de contaminação deram fim às filas de miseráveis anêmicos, de quem se extraía sangue praticamente em troca de comida. Durante a pandemia de Covid-19, as preocupações sobre sangue e emergências sanitárias retornaram aos fóruns especializados. A redução das doações em função do isolamento social estimulou iniciativas para articular ferramentas de saúde digital para a convocação de jovens. Ações endereçadas a renovar constantemente o estoque.
Preocupações com o aproveitamento integral das doações e preços, especialmente de produtos do fracionamento do plasma, sempre estiveram nos bastidores. Hemácias e plasma têm requerimentos de uso e possibilidades de armazenamento diferenciados. Providências para exportação em troca de redução de preços de hemoderivados e, posteriormente, a criação de instalações para a produção no país foram adotadas. Mas as dificuldades para a aquisição e acesso a imunoglobulinas continuaram a desafiar o acesso de pacientes e os orçamentos da saúde. Estamos longe de ter uma saída fácil, mas tínhamos acertado uma rota.
As expectativas de ampliação da oferta de hemoderivados minguaram na gestão de Ricardo Barros no Ministério da Saúde. Alterações nas atribuições de órgãos do sistema de sangue foram sucedidas por impasses no armazenamento do plasma e discussões sobre o desperdício e, a seguir, privatização. Uma sequência de relações causa-efeito leviana e simplificadora. Mas suficiente para trazer para dentro do Congresso Nacional um projeto de alteração da Constituição de 1988, sem fundamento científico e técnico, baseado em arranjos empresariais-políticos improvisados e bizarros.
Contas sobre desperdício do plasma - como se a transfusão de hemácias fosse um adendo dispensável no dia a dia dos serviços de saúde - e a desconsideração de plataformas tecnológicas e capacidade de inovação para o processamento do sangue lembram experiências recentes. A tentativa de compra de vacinas inexistentes de empresas sem experiência na produção de imunizantes passou muito longe das propostas de complementação virtuosa entre público e privado na saúde.
No mesmo momento em que se anunciam investimentos do PAC na Hemobrás, senadores de oposição tentam obstruir a longa trajetória da política de sangue pública de um país que tem SUS. Sangue bom é uma expressão que sinaliza a direção correta: acesso sustentável para quem precisar de um bem valioso, cujo valor é incomensurável.
*Ligia Bahia é professora da UFRJ
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O POPULAR
Telemedicina continua a crescer em Goiás
Passado o isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19, o atendimento médico por telemedicina continua sendo adotado por usuários. A facilidade de acesso em qualquer localidade é um fator que leva à escolha dos pacientes pelas consultas online. Planos de saúde se estruturam para expandir o acesso na modalidade, seja pela porta de entrada dos prontos-socorros ou consultas eletivas.O atendimento via telemedicina foi autorizado em caráter excepcional no início da pandemia no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), e aprovado pelo Congresso Nacional. Depois, em maio de 2022, uma resolução do conselho regulamentou a prática. Uma lei sancionada em dezembro reforçou a autorização em todo o território nacional, abrangendo todas as profissões da área da saúde.A discussão do uso da telemedicina que tomou força em 2018, mas foi impulsionada pela Covid-19, se mantém nos dias atuais, com a rede privada buscando novos formatos de se desenvolver.
A exemplo, a Unimed Goiânia, uma das maiores operadoras de plano de saúde da capital, atendeu de março de 2020 a setembro de 2023, um total de 161,8 mil usuários na modalidade online, mas apenas para pronto-atendimento.No primeiro ano, a operadora teve uma média mensal de 3,4 mil consultas, quando eram atendidos apenas suspeitos ou infectados com o novo coronavírus. Em 2021, subiu para a média mensal de 5 mil. No ano seguinte, com o fim do isolamento social, caiu para 3,7 mil por mês. No mesmo período, ampliou o quadro de especialistas para a consulta virtual. No entanto, ainda não faz consulta eletiva na modalidade, ou seja, aquelas feitas por agendamento.A maior procura em todos os anos foi para clínico geral, mas também para pneumologia, infectologia e pediatria. Coordenadora da telemedicina da Unimed Goiânia, a pneumologista Daniela Campos Mattos explica que a telemedicina é "um caminho sem volta" e cada vez mais está se modernizando para ampliar o atendimento.
Isso porque, diz, há aparelhos "sofisticados" e com possibilidade de fazer os exames físicos à distância.Conforme a médica, a principal dificuldade é poder examinar os pacientes via telemedicina. No entanto, pontua que, para casos leves, a modalidade tem contribuído para desafogar a fila do pronto-socorro. "A resolutividade é alta. O índice de encaminhar para o presencial é de 2% (nos casos moderados a graves). Na tela consigo resolver muita coisa, agiliza os exames, receita médica. Economiza-se muito, transporte, trânsito, e sem contar o risco de chegar no pronto-socorro lotado e pegar uma infecção que não tinha", diz.O membro da Câmara Técnica de Telemedicina do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) e do CFM, Leonardo Emílio da Silva destaca que a telemedicina tem um "papel fundamental e vai assumir cada vez mais em situações de dificuldade de acesso ao paciente". Ele cita, a exemplo, o acompanhamento médico para idosos, pacientes crônicos e no pós-operatório, além de moradores do interior."Facilitou muito a forma de prestar assistência a pessoas de outros estados e do interior.
(E se torna) um acompanhamento mais próximo, pois o paciente não precisa ficar se deslocando", pontua. Além disso, acrescenta que a teleconsulta segue todos os critérios da consulta presencial, tais como prontuário e sigilo médico, o que garantiu com que tenha "aceitação tanto por parte dos médicos como dos pacientes". "Vem sendo implementado, devagar, pois é óbvio que tem um tempo para ser implementada", finaliza.Outra grande operadora de plano de saúde no estado, a Hapvida NotreDame Intermédica deu início ao atendimento via telemedicina em 2021. Naquele ano, foram 904 consultas virtuais por agendamento. Em 2022, chegou a 6.984 em todo o ano, com um aumento de 501% para este ano, quando totalizou 42.014, contabilizados até o mês de setembro. Ao menos 17 especialidades possuem teleconsulta, incluindo outras três voltadas à pediatria.Dentre as especialidades médicas, a operadora lista ao menos 13 como as mais atendidas, como clínico geral, alergologia, cardiologia, dermatologia, gastroenterologia, infectologia, nefrologia, neurologia, nutrição, pneumologia e psiquiatria, além de urologia.No Sistema Único de Saúde (SUS), a implementação da telemedicina em Goiás tem ocorrido lentamente.
Em Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estava fazendo o uso da telemedicina para acompanhar casos suspeitos e confirmados da Covid-19, conforme o POPULAR mostrou em abril de 2020. Hoje, no entanto, a pasta não tem trabalhado mais com a modalidade.A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) começou a implantar a modalidade no segundo semestre deste ano. A pasta diz em nota que, de julho a setembro, realizou 676 atendimentos via telemedicina. As consultas são para as especialidades de cardiologia, endocrinologia, neurologia, pneumologia, psiquiatria e reumatologia, em 52 municípios do interior do estado.Conforme a secretaria, a implantação faz parte do Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), desenvolvido pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein. Em Goiás, para os requisitos de seleção dos municípios, "foram priorizadas as cidades mais distantes da capital".
A pasta, no entanto, não disse quais são esses.Empresa explora mercado de saúde digitalA Zapymed, uma plataforma goiana focada em consultas por telemedicina, que funciona como um plano de saúde, tem explorado o mercado deixado pela modalidade. Em 2021, no auge da pandemia da Covid-19, a empresa deu início ao seu funcionamento. No período, ao menos 150 mil atendimentos médicos virtuais já foram realizados. É o que diz um dos fundadores do plano de saúde digital, Mayco Dias."Na pandemia que vi a possibilidade de montar um negócio nesse segmento", explica. O cofundador destaca ainda que o objetivo da Zapymed é "democratizar o acesso à saúde" e facilitar o acesso às pessoas que têm menos condições a ter saúde de qualidade". "Queremos alinhar tecnologia para solucionar a saúde", destaca.Ainda conforme ele, mesmo tendo sido criada no estado, o plano tem atendido pacientes de todo o Brasil, com médicos parceiros espalhados pelo País.
Mesmo com foco na telemedicina, a plataforma também dispõe de atendimento presencial. "A receptividade no começo foi grande, depois veio uma estabilidade. Agora está numa boa tendência", diz. Isso pois, relata, ainda "falta informação" e "resistência" por parte de alguns usuários e médicos."Mas vem numa crescente boa, o comportamento vai mudando."A gerente comercial Tatianna Laura Borges, de 38 anos, começou a utilizar a Zapymed há um ano. "Uso sempre que preciso, não faço mais automedicação por sempre ter acesso rápido à consulta médica", pontua.Ela avalia ainda que há vários benefícios: "rápido, prático e de fácil uso, bom atendimento e não preciso me locomover e esperar horas em uma recepção pra ter atendimento."
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METRÓPOLES
Entenda como as fraudes podem prejudicar o seu plano de saúde
O cenário da Saúde Suplementar no Brasil vive um paradoxo. O setor fechou 2022 com mais de 50,5 milhões de beneficiários, sendo um ápice nos últimos nove anos. No entanto, em paralelo, o mesmo período registrou um prejuízo operacional acumulado de R$ 11,5 bilhões, o maior em mais de duas décadas, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). E um dos principais motivos desse desequilíbrio são as ações fraudulentas.
Tanto que as fraudes - como simulação de falsos grupos/coletivos e pedidos alterados de reembolso de consultas e procedimentos, por exemplo - consomem 2,3% do investimento das empresas de saúde suplementar, pontua Fabiano Catran, diretor Institucional e de Gestão do Cliente da Seguros Unimed, que oferece serviços de saúde, seguros de vida, residencial, planos odontológicos e previdência privada. Inclusive, essa diversificação de produtos é um dos destaques da marca Unimed, que hoje é um ecossistema completo presente em mais de 80% do solo nacional.
Assim, as consequências das fraudes, ao contrário do que muitos podem pensar, não impactam apenas as empresas, elas afetam todos os envolvidos no sistema, desde administradores e funcionários até beneficiários honestos.
Isso é por conta dos princípios que os seguros - seja na área da saúde ou outra - têm para assegurar o equilíbrio financeiro. E, caso as regras sejam quebradas, toda a engrenagem do sistema para. Como é o caso do mutualismo, conceito fundamental para os seguros de saúde, em que os membros de um grupo contribuem para o benefício geral, que é utilizado para cobrir as despesas médicas quando necessário.
Consequências das fraudes
Além de ameaçar a solidariedade entre os beneficiários, as fraudes desestabilizam todo o sistema de saúde suplementar, com consequências na sociedade em geral. Isso porque os seguros particulares aliviam a pressão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Visto que os planos de saúde fornecem cuidados médicos e hospitalares a cerca de 25% da população.
Nesse sentido, o uso indevido do seguro ainda coloca em risco a qualidade do atendimento, já que os recursos desviados poderiam ser utilizados para melhorar os serviços.
"A sustentabilidade do sistema mutualista do seguro de saúde depende da correta utilização dentro das coberturas contratadas. É assim que a Seguros Unimed garante uma oferta diferenciada de serviços, combatendo as fraudes que poderiam prejudicar seus clientes", completa o diretor-executivo de Provimento da , que destaca ainda o compromisso da empresa com a qualidade do atendimento.
Inclusive, quem comete as fraudes pode ter consequências jurídicas, porque são crimes passíveis de punição. Sem contar que empresas já demitiram profissionais por conta do uso indevido do plano de saúde.
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Combate às fraudes
Com todas essas consequências negativas para a sociedade, as empresas de seguro e planos de saúde vêm conscientizando os beneficiários para entrar na luta contra as fraudes. Esse é o princípio da campanha Saúde Sem Fraude. Além de dicas de como usar o plano corretamente, no site oficial há um canal exclusivo para denúncias, com a opção de identificar o denunciante, ou não.
A campanha foi lançada pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que une 13 grupos de operadoras de planos e seguros privados de assistência. A Seguros Unimed participa desse movimento e tem investido em tecnologias avançadas, como o reconhecimento facial e modelos de detecção de padrões, para proteger os consumidores e garantir a integridade do sistema.
Outro destaque é a parceria da Seguros Unimed com empresas que utilizam a inteligência artificial para, por exemplo, prevenir pagamentos de reembolsos abusivos e também ajudar na precificação e previsão de custos. O resultado é uma economia estimada de R$ 7 milhões por ano, que serão retornados para os beneficiários por meio de melhorias nos atendimentos e tratamentos.
"Sabemos que as fraudes são um dos principais desafios da Saúde Suplementar no Brasil. Em outubro de 2022, a FenaSaúde denunciou um esquema que custava R$ 40 milhões em reembolsos solicitados por empresas de fachada. Estamos sempre combatendo essas ações para poder investir recursos no melhor atendimento ao segurado", explica Catran.
Aliás, para além do combate às fraudes, a Seguros Unimed investiu mais de R$ 350 milhões em tecnologia, desde 2021, em vários âmbitos da empresa. Por exemplo, neste ano, a seguradora foi pioneira dentro do Sistema Unimed ao migrar informações para a nuvem, efetivando assim a digitalização completa de 100% das operações e aprimorando a gestão de recursos.
Dessa forma, a seguradora passou a base de dados para uma única plataforma, que possui um sistema mais avançado e automatizado para o armazenamento de informações. Tudo isso seguindo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, já que a integridade ética é um pilar fundamental para a empresa.
As mudanças são para melhor atender os beneficiários da Seguros Unimed, evidenciando o compromisso da empresa com a saúde e as vidas dos brasileiros. E, como explica Fabiano Catran, a empresa cultiva um relacionamento com os clientes pautado pela empatia e sensibilidade humanas.
Faça o certo!
Há várias formas de fraudar o sistema, mais ou menos elaboradas, como emprestar a carteirinha ou compartilhar o login e senha do plano de saúde com terceiros para fazer solicitações de consultas e, em seguida, reembolsos. Por isso:
Evite compartilhar as informações de acesso ao plano de saúde com outras pessoas e não empreste a identificação do plano.
Recuse a divisão de recibos e faturas.
Decline ofertas para procedimentos estéticos cobertos pelo plano de saúde.
Utilize o pronto-socorro somente para situações de urgência ou emergência.
Faça uso da telemedicina para questões de menor complexidade.
Opte por prestadores de serviços da rede credenciada ou locais de saúde de confiança.
Informe ao médico sobre exames recentes para evitar repetições desnecessárias.
Recuse propostas de reembolso que exijam pagamento antecipado pelo atendimento.
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Assessoria de Comunicação
Eu Líder - Desenvolvimento de Líderes será realizado nos dias 17 e 18 de novembro
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A mediação como um recurso na gestão de conflitos, inteligência emocional, mapeamento de processos, tecnologia e inovação e a realidade na gestão e comunicação e feedback são alguns dos temas a serem debatidos no Eu Líder - Desenvolvimento de Líderes, evento que acontecerá em Goiânia nos dias 17 e 18 de novembro.
Promovido pelo Instituto RG, o evento terá como palestrantes um time de especialistas e as inscrições já podem ser feitas pelo site https://www.even3.com.br/eu-lider-395314/.
Acesse, confira a programação e faça a sua inscrição para os dois dias, aproveitando os valores especiais para associados da Ahpaceg:
CÓDIGO DESCONTO DATA LIMITE DE USO
01AHPACEG1510 R$618,00 15 de out de 2023
02AHPACEG3110 R$800,00 31 de out de 2023
03AHPACEG1611 R$900,00 16 de nov de 2023
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Quem são as pacientes do médico acusado de morte e sequelas de mulheres após cirurgias plásticas em Goiás
Um em cada cinco beneficiários de plano de saúde tem obesidade, aponta estudo
Outubro Rosa: Mamografia pode reduzir em até 40% a mortalidade por câncer de mama
Artigo - Sem as Santas Casas, não haveria saúde pública no Brasil
Câncer de pulmão custa R$ 1,3 bilhão ao País
Câmara aprova projeto que cria certificado para empresa que promover saúde mental e bem-estar de funcionários; acompanhe
PORTAL G1
Quem são as pacientes do médico acusado de morte e sequelas de mulheres após cirurgias plásticas em Goiás
Cirurgião plástico responde a sete ações em Goiás e outras quatro no Maranhão. Apesar dos processos, o médico está com situação regular e exercendo a profissão.
Por Augusto Sobrinho, g1 Goiás
Quatro mulheres teriam sido vítimas de erro médico após procedimentos estéticos realizados pelo cirurgião plástico Dagmar João Maester, de 61 anos. Em Goiás são sete ações contra o profissional e no Maranhão existem outros quatro processos. Três pacientes morreram e uma teve sequelas.
Dagmar tem registro como médico em Goiás, Distrito Federal, Maranhão e São Paulo. Ele tem especialização em cirurgia geral e cirurgia plástica e, atualmente, está com situação regular no Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). A defesa do cirurgião disse que não vai comentar os casos.
Em nota, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) informou que acompanha o caso e se solidariza com a família da paciente goiana que morreu. Porém, disse que não cabe à entidade julgar a conduta do profissional a respeito dos fatos, pois esse papel é dos conselhos regionais.
O Cremego afirmou que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são apuradas, mas tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico. Também informou que Dagmar ficou 30 dias proibido de exercer a profissão, em 2017, após ter causado dano a paciente.
Processos
Existem sete processos contra o médico no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), sendo que dois deles estão sob segredo de justiça. Já no Tribunal de Justiça do Maranhão há outros quatro processos. São duas ações por erro médico, uma por homicídio simples e um processo por direito de imagem.
Em Goiás, há duas ações pela morte da paciente Marisa Rodrigues da Cunha, de 62 anos. Uma de indenização por dano moral causada por erro médico para a paciente Keila Patricia Dias da Silva. Além desses, há uma ação sobre direitos morais e uma de indenização por dano material causado.
Em julho do ano passado, o g1 publicou uma reportagem informando que o médico estava sendo investigado pela Polícia Civil pela morte das pacientes Robenha Pereira e Patriciana Nunes Barros, após procedimentos estéticos realizados por ele na cidade de Imperatriz, a 629 km de São Luís.
Caso Marisa
A idosa realizou uma cirurgia estética para redução de mama, abdominoplastia e lipoaspiração no dia 14 de abril deste ano, no Hospital Goiânia Leste. Dois dias depois ela morreu em casa por complicações do procedimento. O g1 tentou contato com o hospital, mas não teve sucesso.
Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), a idosa realizou os exames pré-operatórios pedidos pelo médico, que constataram que ela era pré-diabética, hipertensa e usava de hormônio tiroidiano. Segundo o órgão, Marisa não tinha condições para fazer a cirurgia.
O documento diz também que um dia após o procedimento, o médico deu alta para a vítima. Em casa, ela começou a vomitar com frequência e, por isso, a filha passou a questionar o médico. Inicialmente ele disse que os sintomas eram normais e depois pediu para ela parar de tomar todos os remédios.
A filha de Marisa chegou a pedir ajuda para o enfermeiro do médico, que conversou com o profissional. Mas conforme a denúncia, em nenhum momento Dagmar orientou que a vítima voltasse para o hospital. A filha da idosa chamou o socorro, mas Marisa não resistiu e morreu ainda em casa.
De acordo com o laudo de exame cadavérico, a idosa morreu por alterações relacionadas à cirurgia, que resultaram em um tromboembolismo pulmonar. O MPGO denunciou o médico alegando que ele deixou de prestar socorro e, com isso, agiu com imperícia e negligência.
Caso Keila
Em janeiro de 2022, Dagmar também operou a paciente Keila Patricia Dias da Silva, no Hospital Goiânia Leste, na capital. Ela também fez três tipos de procedimentos estéticos de uma só vez por um valor de R$ 19 mil. Porém, a cirurgia não ficou como a mulher queria.
À TV Anhanguera, a paciente disse que o médico tirou a pele da mama errada e, com isso, os seios ficaram com tamanhos diferentes. Após a cirurgia, a paciente procurou o médico para pedir o dinheiro de volta. O médico respondeu que não concordava com isso e que eles deveriam resolver judicialmente.
“Era pra ele ter operado o peito esquerdo, mas ele fez no peito direito. Ele tirou a pele no peito direito que não podia tirar, então eu fiquei com a mama direita bem pequenininha e a esquerda com displasia. Não consigo me olhar no espelho”, desabafou a paciente, que quer o dinheiro para reparar o erro.
Robenha morreu no dia 15 de fevereiro de 2022 depois de ter feito uma abdominoplastia, lipoescultura e mastopexia nos seios em um hospital particular do município. O atestado de óbito apontou insuficiência respiratória aguda, edema agudo de pulmão e tromboembolismo pulmonar pós-operatório.
“Eu não tenho dúvidas da negligência que houve, porque assim que ele terminou a cirurgia, ele saiu do box cirúrgico e foi logo para o hotel. Ela foi para a enfermaria e até então estava tudo bem, mas logo depois ela começou a sentir dor nas costas”, disse a filha da paciente, Tâmara Regina Pereira.
A reportagem do g1, publicada em julho do ano passado, revela ainda que um mês depois da morte de Robenha, a assessora parlamentar Patriciana Nunes também morreu após passar por uma abdominoplastia e uma cirurgia de prótese nas mamas realizada por Dagmar.
O marido de Patriciana chegou a enviar vídeos para o médico mostrando a esposa passando mal. Em resposta às mensagens, Dagmar teria dito que poderia ser uma crise de ansiedade e recomendou um psiquiatra. Cinco dias depois, Patriciana faleceu.
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CNN BRASIL
Um em cada cinco beneficiários de plano de saúde tem obesidade, aponta estudo
Atualmente, um em cada cinco beneficiários de planos de saúde enfrenta um quadro de obesidade, segundo um estudo exclusivo realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Há 15 anos, em 2008, primeiro ano analisado pela pesquisa, a proporção de pessoas com esse problema era de uma a cada oito.
O levantamento, que usou como base de dados o Inquérito Telefônico para Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel) de 2008 a 2021.
Ele mostra que a prevalência desse problema de saúde entre beneficiários cresceu 7,2 pontos percentuais nesse período, saltando de 12,9% para 20,1%.
Entre os anos analisados, observa-se um pico no percentual de pessoas obesas no Brasil em 2020, quando a taxa atingiu 21,1%.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a obesidade uma epidemia global, que está associada ao desenvolvimento de diversas outras doenças como hipertensão, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
A estimativa da organização é que a obesidade afete ao menos 650 milhões de pessoas em todo o mundo
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JORNAL FLORIPA ONLINE
Outubro Rosa: Mamografia pode reduzir em até 40% a mortalidade por câncer de mama
Quando detectada em fase inicial, as chances de cura podem ultrapassar os 95%; Especialistas comentam importância do exame ser realizado anualmente pelas mulheres a partir dos 40 anos
Com o objetivo de alertar sobre um exame indispensável, o mês de outubro recebe simbolicamente um laço rosa como forma de trazer um olhar mais apurado para a conscientização sobre o câncer de mama, atualmente o tipo que mais atinge a população global feminina. De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença afeta 2,3 milhões de pessoas por ano.
No Brasil, projeções do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que devem ser registrados 73.610 novos casos em 2023, número que corresponde a 10,5% de todos os diagnósticos de câncer registrados no país - o que faz dos tumores de mama os mais incidentes entre as mulheres no país, ficando atrás apenas do câncer de pele-não melanoma. Por aqui são ainda estimados 11,84 óbitos pela doença a cada 100 mil mulheres, ainda conforme indica o INCA, fazendo dela uma das líderes no ranking das que mais matam a população feminina.
Diante dessa realidade, a detecção em fase inicial continua sendo a principal arma no combate ao câncer de mama, tendo como aliada essencial a mamografia - que deve ser realizada anualmente em mulheres a partir dos 40 anos e, à nível populacional, é a melhor forma de detectar o tumor no começo do seu desenvolvimento aumentando as chances de cura. Vale lembrar que o diagnóstico do câncer de mama, quando feito no início, faz com que ele seja altamente curável, superando a taxa de 95%.
"O primeiro e principal passo para vencermos o câncer de mama é o conhecimento. Temos que maximizar a exposição das informações para que cada vez mais mulheres e população em geral estejam conscientes da necessidade de realização da mamografia", afirma Max Senna Mano, líder nacional da especialidade de tumores de mama da Oncoclínicas.
O oncologista enfatiza que a mamografia é um exame que tem o objetivo de avaliar o tecido mamário. Contudo, ela não deve ser realizada apenas quando existe suspeita de câncer de mama. A partir do rastreamento mamográfico - desde que realizado periodicamente - diversos estudos mostram que a redução da mortalidade por câncer de mama pode ter um impacto de 25% a 40%, principalmente por seu potencial de identificar lesões ainda não palpáveis e num estágio muito inicial, com tamanho menor do que 1 cm.
Mamografia é pilar essencial para salvar vidas
Apesar dos dados mostrarem a importância da realização da mamografia, é justamente na adesão a este exame primordial para o diagnóstico do câncer de mama que está um dos entraves para vencer a doença. O Panorama da Atenção ao Câncer de Mama no Sistema Único de Saúde (SUS), que avaliou procedimentos de detecção e tratamento da doença de 2015 a 2021 no Brasil, revelou que o país registrou apenas 17% de alcance na cobertura mamográfica entre mulheres de 50 a 69 anos. O número ainda é muito inferior ao recomendado pela OMS, que preconiza que esse índice seja de ao menos 70% de cobertura.
"Para se ter uma ideia mais precisa, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), uma em cada 8 mulheres receberão o diagnóstico de um tumor nas mamas em alguma fase da vida. Quando a doença é descoberta cedo, os tratamentos podem ser menos agressivos, além de terem uma maior chance de sucesso. A boa notícia é que mais de 95% dos diagnósticos precoces têm chances de cura", comenta o mastologista da Oncoclínicas, Guilherme Novita
De acordo com ele, a incidência de câncer de mama ocorre, principalmente, em mulheres na perimenopausa, ou seja, no fim da vida reprodutiva da paciente. As diretrizes do Ministério da Saúde preconizam a realização da mamografia de rastreamento para mulheres de 50 a 69 anos, com um intervalo de até dois anos entre um exame e outro. Mas o constante aumento da incidência em mulheres mais jovens tem estimulado debates para que o rastreio seja iniciado com mais antecedência .
"Importantes entidades de todo o mundo, entre elas a SBM e a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF), defendem a orientação de realização do exame como parte da rotina de monitoramento da saúde a partir dos 40 anos. Esta recomendação foi recentemente ratificada em um trabalho conjunto de sociedades médicas brasileiras - composto por Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e também pela própria Sociedade Brasileira de Mastologia - no qual as recomendações de rastreio da doença também foram atualizadas, prevendo o rastreamento mamográfico anual para as mulheres brasileiras de risco habitual entre 40 e 74 anos", detalha Guilherme Novita.
"Tal recomendação é baseada em estudos que mostram que 25% das mulheres com câncer de mama estão na faixa etária entre 40 e 49 anos de idade e, portanto, essa medida simples de redução da idade base para início da triagem pode salvar muitas vidas", completa.
Caso haja histórico familiar da doença, vale lembrar, as indicações podem mudar - por exemplo, com o rastreamento mamográfico começando ainda mais cedo e/ou envolvendo outros tipos de exames - conforme análise e recomendação médica de acordo com cada caso.
Como o exame é feito?
O mastologista comenta que, geralmente, o procedimento pode durar cerca de 20 minutos. "Através de duas placas, as mamas são pressionadas na horizontal e vertical para a avaliação adequada. O exame pode causar um pouco de desconforto, mas a compressão é rápida e a dor passageira. Para um maior conforto da paciente, é recomendado que o agendamento seja realizado para alguns dias após a menstruação, período em que as mamas estão menos sensíveis e o exame possui maior precisão", descreve Guilherme Novita.
Incentivo a mudanças simples nos hábitos de vida
Além de realizar exames preventivos com frequência, cultivar uma rotina saudável, de acordo com os especialistas, é a chave para reduzir as taxas de câncer de mama. Controlar o excesso de peso, buscar uma alimentação saudável e manter uma rotina de exercícios físicos exercem também papel fundamental para redução dos riscos de incidência da doença.
E a importância de um olhar para tipo de atitude não fica apenas na prevenção. "A prática regular de exercícios físicos e adoção de uma dieta alimentar balanceada são relevantes tanto para reduzir as chances de desenvolver câncer de mama quanto para reduzir os riscos de recidiva da doença", diz Max Mano.
Uma série de pesquisas científicas sugerem que indivíduos que praticam atividade física e seguem uma dieta equilibrada têm melhores respostas ao tratamento e, portanto, apresentam taxa de sobrevivência maior ao câncer cinco anos após o diagnóstico. A exemplo disso, um estudo publicado em 2023 pela revista JAMA, intitulado "Adherence to Cancer Prevention Lifestyle Recommendations Before, During, and 2 Years After Treatment for High-risk Breast Cancer", ouviu um total de 1.340 mulheres, com idades e tipos de tumores semelhantes, através de um questionário. As pacientes com pontuações altas no índice de estilo de vida tiveram 37% de redução na recorrência do câncer de mama e queda de 58% na mortalidade, em comparação com quem obteve números menores no índice.
A pesquisa reforça aquilo que já vem sendo preconizado pelos principais órgãos de saúde no mundo: a adoção de hábitos saudáveis é fundamental na luta contra o câncer. "Sabemos que uma rotina saudável pode prevenir em até 40% dos casos e agora estamos mostrando que essas práticas têm influência em que é diagnosticado, com aumento da sobrevida, queda na recorrência e diminuição de mortalidade. Adicionalmente, é importante frisar, uma vida saudável também melhora, em muito, as chances e a qualidade de vida de quem está passando pelo tratamento. É algo que precisa ser olhado com atenção na hora de pensarmos em saúde como um todo", resume o líder nacional da especialidade de tumores de mama da Oncoclínicas.
#CuidarSemLimites
Reforçando a proposta da campanha do Outubro Rosa, a Oncoclínicas realiza uma série de ativações para apoiar o conhecimento sobre o câncer de mama. Dando início às ações, que tem como mote o slogan "Se o amor não tem limites, o cuidado também não", ao longo da primeira semana do mês (de 1 a 8/10) o maior grupo especializado no tratamento oncológico da América Latina iluminará cinco dos principais monumentos da cidade de São Paulo com a cor rosa: Viaduto do Chá, Pateo do Collegio, Biblioteca Mário de Andrade, Edifício Matarazzo e Monumento às Bandeiras.
Já nas unidades Oncoclínicas em todo o Brasil e nos canais oficiais nas redes sociais, uma série de conteúdos promoverá a disseminação e discussão sobre os benefícios de uma rotina de atividades físicas, alimentação equilibrada e o olhar global para a saúde a partir da realização de exames periódicos para monitoramento de possíveis alterações no organismo, com respaldo de especialistas, de forma a esclarecer as principais dúvidas da população em geral e dos pacientes oncológicos. As iniciativas em ambiente digitado podem ser acompanhadas pela hashtag #CuidarSemLimites.
"A informação de qualidade é essencial para frear as estatísticas da doença no Brasil, que tem um crescimento significativo de casos a cada ano. Cada vez mais devemos falar sobre o diagnóstico precoce e prevenção, contribuindo assim para o aumento das chances de cura e um cuidado personalizado", finaliza Max Mano.
Sobre a Oncoclínicas&Co
A Oncoclínicas - maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina - tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 135 unidades em 36 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 600 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional.
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CORREIO BRAZILIENSE
Artigo - Sem as Santas Casas, não haveria saúde pública no Brasil
PAULO MAGNUS
CEO da MV Sistema para a Saúde
Em setembro, comemoramos os 35 anos do Sistema Único de Saúde, nosso SUS, que é referência para diversos países. Antes dele, porém, já havia no Brasil um pilar de assistência gratuita à população, com quase 500 anos de história. As Santas Casas de Misericórdia, estabelecidas por aqui desde o século 16, são uma das bases de funcionamento do SUS e estão espalhadas por todo o país: de acordo com a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), existem hoje 1.819 Santas Casas e hospitais filantrópicos no Brasil, ofertando 170 mil leitos, dos quais 24 mil são Unidades de Terapia Intensiva.
O setor filantrópico é responsável respectivamente por mais de 50% das internações realizadas pelo SUS e cerca de 70% dos procedimentos de média e alta complexidade. Para cerca de mil municípios brasileiros, a Santa Casa é a única porta de entrada de atendimento. Por tudo isso, posso dizer com toda certeza que, sem as Santas Casas, não existiria saúde pública no Brasil.
Apesar de todo o seu protagonismo em nossa saúde, as Santas Casas vivem desafios enormes em seu financiamento, com repasses defasados e grande endividamento que sempre ganham as páginas de jornais. Durante o 31- Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, um dos eventos mais importantes do setor de saúde no país que ocorreu em agosto, pudemos debater o momento dessas instituições, em busca de caminhos e soluções para que possam seguir cumprindo tão importante papel para nossa população.
Durante o congresso, ficou muito claro que o setor filantrópico ganhou uma magnitude importante nos últimos anos- em especial pela importância e imprescindibilidade que tem para a saúde dos brasileiros. Para continuar sendo importante e representativo no setor, necessita construir bases sólidas de governança corporativa e aproveitar a esteira da tecnologia com uso de inteligência artificial para formar redes de assistência integrada em cada um dos estados.
Como conselheiro da CMB há mais de 20 anos, acredito muito na criação de hubs regionais de tecnologia, por meio dos quais possamos ter centros de serviços compartilhados para dividir custos de tecnologia, de gestão, de materiais e financeiros. Com o trabalho em conjunto, os custos de manutenção dessas instituições cairiam, o que levaria ao uso de melhores práticas de gestão e à evolução das instituições.
Esses hubs são redes de assistência integradas que melhoram a performance, reduzem custos e aumentam a produtividade das instituições. Eles permitem que todas as unidades estejam instaladas numa mesma base de dados, com cadastro e prontuários únicos, com a estruturação de um centro de serviços compartilhados, por meio do qual se pode compartilhar custos e sinergias.
Isso porque eu vejo que a transformação digital das Santas Casas é um importante ponto de evolução. Já temos cases bem-sucedidos na mudança da gestão de algumas instituições. Lembro a trajetória da Santa Casa da Bahia, que fez um projeto de transformação digital que ficou conhecido nacionalmente e teve o apoio da MV A instituição deu início às mudanças em 2009 e conquistou o estágio 7 da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS), a mais importante certificação de digitalização de processos em instituições de saúde.
Temos outros exemplos de Santas Casas que têm investido na transformação digital, como as de Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Santos (SP), São Paulo (SP) e São José dos Campos (SP). Naturalmente, ainda existem limitações consideráveis, especialmente em comparação aos hospitais privados, pois é preciso obter recursos para que essas mudanças aconteçam.
A transformação digital desempenha um papel fundamental na otimização de recursos, permitindo a automação de tarefas, aprimoramento da qualidade do atendimento, redução de custos operacionais e uma melhor gestão do orçamento disponível. Mas se ajuda na economia por um lado, por outro, depende de investimentos para que aconteça.
Por isso, é importante ressaltar que a implementação de tais estratégias requer um compromisso de longo prazo por parte dos estados e governos, bem como parcerias eficazes com o setor público e privado para garantir o sucesso das iniciativas. A pandemia de covid-19 certamente melhorou a percepção das Santas Casas junto aos gestores públicos do Brasil, tanto que aprovamos dois projetos de liberação de recursos, em 2021 e em 2023. Mas acredito que possamos evoluir mais em alocação de recursos e projetos para essas instituições. Porque, sem a devida atenção às Santas Casas, o setor da saúde não irá para lugar nenhum.
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PORTAL TERRA
Câncer de pulmão custa R$ 1,3 bilhão ao País
Pela primeira vez, a sociedade brasileira conhece as dimensões da conta anual gerada pelos tumores de pulmão, entre custos diretos e indiretos. De acordo com o relatório O Custo Econômico do Câncer de Pulmão e a Importância do Rastreamento e Diagnóstico Precoce , liderado pelo Insper, com o apoio da biofarmacêutica AstraZeneca, a maior parcela do gasto, equivalente a 78%, é resultado do impacto indireto da doença.
A mortalidade precoce provocada pelos tumores de pulmão atinge muitas pessoas que ainda estão em plena produtividade. O levantamento feito com base em números válidos para 2019 mostra que dentro do Sistema Único de Saúde, entre internações em UTI, com vários tipos de terapias e cirurgia, um total de R$ 127,5 milhões foi consumido diretamente do orçamento público.
Enquanto as estimativas dos custos indiretos, decorrentes principalmente da perda de produtividade dos pacientes, são da ordem de R$ 1 bilhão. "Os dados mostram que a doença de câncer de pulmão é muito cara para o País, não apenas do ponto de vista essencialmente econômico, mas também social", afirma a economista Vanessa Boarati, professora do Insper e uma das autoras da pesquisa. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), por volta de 32,5 mil casos de tumor de pulmão deverão ser diagnosticados em 2023 no País.
Anualmente, a doença mata cerca de 28 mil brasileiros e é o tipo de câncer com o maior número de vítimas entre as neoplasias. "Hoje, dados comprovam que, se você diagnostica o paciente no estágio 1 (aquele inicial, em que o tumor está localizado), existe a possibilidade de cura com apenas um tratamento - cirurgia ou radioterapia - de 80% a 90%; já em casos avançados, as possibilidades são muito menores", salienta Clarissa Baldotto, presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica.
As informações econômicas e sociais sobre a doença ganham ainda maior peso ao serem combinadas com as da área de saúde. O consenso científico formado a favor do rastreamento preventivo dos cânceres de pulmão está explicitado em um documento elaborado pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT) e pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR).
O projeto fruto desse consenso, segundo Gustavo Prado, médico pneumologista do Instituto do Coração (InCor) e professor da Faculdade de Medicina da USP, engloba vários aspectos fundamentais para o enfrentamento do câncer de pulmão. "A ideia inclui não apenas a síntese das evidências em favor da estratégia do diagnóstico precoce, mas também um plano estruturado que inclui a prevenção, com o tratamento de cessação do tabagismo, o delineamento da população elegível para o rastreamento, requisitos mínimos de estrutura, equipamentos e especificações técnicas da tomografia com baixa dose de radiação e, por fim, como interpretar os resultados e referenciar pacientes com achados relevantes nos exames de imagem a uma linha de cuidado de diagnóstico, estadiamento e tratamento em centros especializados", afirma o cientista da USP.
Os esforços para baixar as mortes decorrentes do câncer de pulmão também se espalham pelo setor privado, afirma Karina Fontão, diretora médica executiva da multinacional AstraZeneca. "Nós estamos liderando ações cujo objetivo é aumentar a sustentabilidade do sistema de saúde, seja por meio da criação de protocolos de screening, ou da implementação de ferramentas fundamentais para permitir o diagnóstico cada vez mais precoce."
De acordo com Boarati, professora do Insper, experiências internacionais também ajudam a dar lastro à ideia de o Brasil implementar um programa de rastreamento preventivo do câncer de mama. "Não é uma tarefa simples. Existem desafios, mas isso não significa que eles não devem ser enfrentados."
Devido aos vários gargalos que a saúde pública brasileira apresenta, o relatório do Insper também deixa claro como cada passo deve ser dado, para que uma implementação paulatina e segura do programa de rastreamento possa ocorrer. "No curto prazo, o ideal seria começar em centros de excelência para a doença que são mais bem preparados e equipados para atender as pessoas. Outro ponto importante, ainda mais com a penetração dos cigarros eletrônicos na sociedade, é a intensificação das campanhas antitabagismo", defende Boarati.
Como melhorar o prognóstico dos pacientes brasileiros?
O câncer de pulmão foi discutido no Summit Saúde 2023 em painel realizado pelo Blue Studio com o patrocínio de AstraZeneca. Intitulado Câncer de Pulmão: como melhorar o prognóstico dos pacientes brasileiros, o debate discutiu estratégias para rastrear antecipadamente a silenciosa doença. Mediada pela jornalista Rita Lisauskas, a conversa contou com a participação de Gustavo Prado, membro da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, e Clarissa Baldotto, presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT)
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AGÊNCIA CÂMARA
Câmara aprova projeto que cria certificado para empresa que promover saúde mental e bem-estar de funcionários; acompanhe
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (10) projeto de lei que cria um certificado federal para empresas por seguirem critérios de promoção da saúde mental e do bem-estar de seus funcionários.
O Projeto de Lei 458/23, da deputada Maria Arraes (Solidariedade-PE), será enviado ao Senado com texto da relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ).
Segundo o projeto, o certificado terá validade de dois anos, período após o qual a empresa deverá passar por nova avaliação para renovação. Enquanto válido, as empresas poderão utilizá-lo em sua comunicação e materiais promocionais.
Para obter o certificado, os interessados deverão cumprir diretrizes para desenvolver ações e políticas que efetivamente promovam esse bem-estar e a saúde mental dos trabalhadores. Caso descumprir as diretrizes, a empresa poderá ter o certificado revogado.
Paralelamente, o governo federal poderá promover ações publicitárias de incentivo à adoção do Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental.
A deputada Maria Arraes comemorou a aprovação do projeto. "Hoje é o Dia Mundial da Saúde Mental e é importante colocá-la no centro das atenções corporativas", afirmou.
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados Maria Arraes, autora do projeto de lei Comissão aprova projeto que isenta pessoa com deficiência de IPI na compra de trator
Segundo Laura Carneiro, "se considerarmos que os indivíduos passam a maior parte de seu tempo, quando em vigília, no ambiente de trabalho, pode-se imaginar o nível da influência que ele exerce na saúde mental e no bem-estar dos trabalhadores".
Diretrizes
As diretrizes fixadas pelo texto estão divididas em três áreas. Na promoção da saúde mental, constam:
implementação de programas de promoção da saúde mental no ambiente de trabalho;
oferta de acesso a recursos de apoio psicológico e psiquiátrico;
promoção da conscientização sobre a importância da saúde mental com a realização de campanhas e treinamentos;
promoção da conscientização sobre a saúde mental da mulher;
capacitação de lideranças;
realização de treinamentos específicos de saúde mental de maior interesse dos funcionários;
combate à discriminação e ao assédio em todas as suas formas.
Quanto ao bem-estar, o texto lista seis diretrizes:
promoção de ambiente de trabalho seguro e saudável;
incentivo ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
incentivo à prática de atividades físicas e de lazer;
incentivo à alimentação saudável;
incentivo à interação saudável no ambiente de trabalho;
incentivo à comunicação integrativa.
Transparência
Para subsidiar a concessão e a manutenção do certificado, a empresa deverá fazer uma espécie de prestação de contas e atuar com transparência. Assim, terá de divulgar regularmente as ações e políticas relacionadas à promoção da saúde mental e do bem-estar de seus funcionários nos meios de comunicação utilizados pela empresa.
Terão ainda de manter um canal para recebimento de sugestões e avaliações; além de fixar metas e realizar análises periódicas dos resultados.
Comissão certificadora
A concessão do certificado será realizada por comissão certificadora nomeada pelo Ministério da Saúde, que terá a atribuição de aferir se as práticas desenvolvidas pela empresa estão alinhadas com as diretrizes.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Ministra da Saúde exonera responsável por evento com dança erótica
Pediatra é atropelado na Avenida Presidente Kennedy, em Anápolis
Médico que virou réu por morte de mulher após cirurgia plástica responde a outros processos por mortes de pacientes e erros
Governo divulga balanço parcial do Dia D de Multivacinação
Prestadores de saúde mostram melhora nos resultados do 2º trimestre, mas nem tudo que reluz é ouro
Anahp divulga dados sobre o uso de IA em hospitais privados
PORTAL G1
Médico que virou réu por morte de mulher após cirurgia plástica responde a outros processos por mortes de pacientes e erros
Em Goiás são sete ações contra o médico, já no Maranhão, existem outros quatro processos. A maioria é por erro médico e morte de pacientes após procedimentos estéticos.
Por Larissa Feitosa, g1 Goiás
O cirurgião plástico Dagmar João Maester, acusado pela morte de uma paciente de 62 anos, em Goiânia, responde a outros processos na Justiça. No estado de Goiás são sete ações contra o profissional, já no Maranhão, existem outros quatro processos. A maioria é por erro médico e morte de pacientes após procedimentos estéticos - entenda os casos abaixo.
O g1 entrou em contato com médico por e-mail, telefone e mensagem de texto, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O advogado de defesa Wendell do Carmo Sant’ana disse por telefone que não vai comentar nenhum dos casos, mas destacou que a situação profissional do cliente é regular. Disse também que alguns casos contra Dagmar já foram arquivados.
Em nota, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica informou que acompanha o caso e se solidariza com a família da paciente que morreu. Porém, disse que não cabe à entidade julgar a conduta do profissional a respeito dos fatos, pois esse papel é dos conselhos regionais.
Já o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que, durante o ano de 2017, o médico ficou 30 dias proibido de exercer a profissão após ter causado dano a paciente, por agir de forma imprudente ou negligência ou omissa, além de também ter deixado de informar a paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento.
Atualmente Dagmar encontra-se em situação regular. O Cremego enfatizou que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são apuradas, mas tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.
Processos em Goiás
Existem sete processos contra o médico no Tribunal de Justiça de Goiás. Dois deles estão sob segredo de Justiça e, por isso, a reportagem não conseguiu maiores informações. Entenda os outros casos:
13 de outubro de 2004: Ação sobre direitos morais por erro médico. Aguarda retorno da Controladoria para incidir nos cálculos a multa e os honorários referente a execução;
15 de agosto de 2007: Processo em segredo de justiça;
20 de setembro de 2011: Processo de indenização por dano material causado por erro médico. Está em recurso sendo analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ);
4 de maio de 2023: Ação de indenização por dano moral causada por erro médico, da paciente Keila Patricia Dias da Silva. Está aguardando pagamento das custas iniciais, após a juíza deferir o pagamento do parcelamento. Entenda detalhes sobre o caso abaixo;
11 de maio de 2023: Processo em segredo de justiça;
Abril e maio de 2023: Processo por direitos morais causados por erro médico e processo criminal por omissão de socorro, da paciente Marisa Rodrigues da Cunha. Entenda detalhes sobre o caso abaixo;
Processos no Maranhão
Existem quatro processos contra Dagmar João Maester no Tribunal de Justiça do Maranhão. São duas ações por erro médico, uma por homicídio simples e um processo por direito de imagem.
O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Maranhão, por mensagem de texto, para solicitar mais informações sobre a situação atual de cada um dos processos, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Em julho do ano passado, o g1 publicou uma reportagem informando que o médico estava sendo investigado pela Polícia Civil pela morte das pacientes Robenha Pereira e Patriciana Nunes Barros, após procedimentos estéticos realizados por ele na cidade de Imperatriz, a 629 km de São Luís.
Robenha morreu no dia 15 de fevereiro de 2022 depois de ter feito uma abdominoplastia, lipoescultura e mastopexia nos seios em um hospital particular do município.
“Eu não tenho dúvidas da negligência que houve, porque assim que ele terminou a cirurgia, que demorou mais de quatro horas, ele saiu do box cirúrgico e foi logo para o hotel. Ela foi para a enfermaria e até então estava tudo bem, mas logo depois ela começou a sentir dor nas costas”, disse Tâmara Regina Pereira, filha de Robenha, na época à reportagem.
O atestado de óbito apontou insuficiência respiratória aguda, edema agudo de pulmão e tromboembolismo pulmonar pós-operatório.
A reportagem afirma também que, um mês depois da morte de Robenha, a assessora parlamentar Patriciana Nunes também morreu após passar por uma abdominoplastia e uma cirurgia de prótese nas mamas realizada por Dagmar.
O marido de Patriciana chegou a enviar vídeos para o médico mostrando a esposa passando mal. Em resposta às mensagens, Dagmar teria dito que poderia ser uma crise de ansiedade e recomendou um psiquiatra. Cinco dias depois, Patriciana faleceu.
O caso de Marisa
Em Goiás, os dois processos mais recentes contra o médico são de abril e setembro deste ano. Ambos envolvem o caso da paciente Marisa Rodrigues da Cunha, de 62 anos.
A idosa realizou uma cirurgia estética para redução de mama, abdominoplastia e lipoaspiração no dia 14 de abril deste ano, no Hospital Goiânia Leste. Porém, dois dias depois, morreu em casa por complicações do procedimento.
O g1 ligou duas vezes na unidade médica, mas não conseguiu contato com a administração para um posicionamento.
Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), a idosa realizou os exames pré-operatórios pedidos pelo médico, que constataram que ela era pré-diabética, hipertensa e usava de hormônio tiroidiano. Segundo o órgão, Marisa não tinha condições para fazer a cirurgia.
O documento diz também que um dia após o procedimento, o médico deu alta para a vítima. Em casa, ela começou a vomitar com frequência e, por isso, a filha passou a questionar o médico. Inicialmente ele disse que os sintomas eram normais e depois pediu para ela parar de tomar todos os remédios.
A filha de Marisa chegou a pedir ajuda para o enfermeiro do médico, que conversou com o profissional. Mas conforme a denúncia, em nenhum momento Dagmar orientou que a vítima voltasse para o hospital. A filha da idosa chamou o socorro, mas Marisa não resistiu e morreu ainda em casa.
De acordo com o laudo de exame cadavérico, a idosa morreu por alterações relacionadas à cirurgia, que resultaram em um tromboembolismo pulmonar. O MPGO denunciou o médico alegando que ele deixou de prestar socorro e, com isso, agiu com imperícia e negligência.
O juiz deu um prazo de dez dias para o médico apresentar uma resposta à acusação.
O caso de Keila
Em janeiro de 2022, Dagmar também operou a paciente Keila Patricia Dias da Silva, no Hospital Goiânia Leste, na capital. Ela também fez três tipos de procedimentos estéticos de uma só vez por um valor de R$ 19 mil. Porém, a cirurgia não ficou como a mulher queria.
À TV Anhanguera, a paciente disse que o médico tirou pele da mama errada e, com isso, os seios ficaram com tamanhos diferentes.
“Era pra ele ter operado o peito esquerdo, mas ele fez no peito direito. Ele tirou pele no peito direito que não podia tirar, então eu fiquei com a mama direita bem pequenininha e a esquerda com displasia”, lamentou Keila.
Após a cirurgia, a paciente procurou o médico para pedir o dinheiro de volta. O médico respondeu que não concordava com isso e que eles deveriam resolver judicialmente.
“[ O dinheiro de volta ] É pra eu procurar um especialista e consertar o erro dele. Do jeito que está eu não consigo me olhar no espelho”, desabafou.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Ministra da Saúde exonera responsável por evento com dança erótica
Diretor de Prevenção e Promoção da Saúde foi deixou o cargo na última sexta-feira
A Ministra da Saúde Nísia Trindade, anunciou a exoneração do Diretor de Prevenção e Promoção da Saúde responsável pela organização do “1º Encontro de Mobilização da Promoção da Saúde” evento em que ocorreu a dança erótica na última quinta-feira, 5. Andrey Roosewelt Chagas Lemos deixou o cargo alguns dias após a forte repercussão negativa do vídeo que registrou a apresentação.
Não apenas grupos ligados a partidos de direita, oposição ao atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas também aliados, se manifestaram com críticas por meio das redes sociais. O deputado federal por Minas Gerais, André Janones (Avante), declarou por meio de seu perfil no X que a maioria não tem noção do “estrago” que o episódio em tela causa.
“A maioria não tem a noção do estrago que um episódio como esse da dança na abertura do evento do ministério da saúde causa. A extrema direita saberá capitalizar muito bem, e a cada eleição, esse vídeo virá à tona. Enquanto isso, a gente que lute pra explicar que fucinho de porco não é tomada.A velha guarda vai fazendo cagada e a gente vai atrás limpando!”André Janones Deputado Federal
A Ministra da Saúde, salientou em vídeo publicado também nas redes sociais, que foi pega de surpresa com toda a repercussão que o caso tomou. Ela pontuou que estaria em uma agenda fora de Brasília, nas cidades de Diadema e Mauá no estado de São Paulo. Segundo Nísia, o Diretor teria assumido toda responsabilidade pelo fato.
Divulgação Ministério da Saúde
"Infelizmente eu fui surpreendida pelo episódio de ontem e venho por meio desse vídeo me desculpar sinceramente pelo ocorrido”Nísia Trindade Ministra da Saúde
A apresentação foi classificado pelo Ministério da Saúde como “Inadmissível”.
"O Ministério da Saúde reitera o compromisso com a saúde da população e o fortalecimento do SUS, com visão inclusiva e o respeito à diversidade e à democracia”Comunicado do Ministério da Saúde
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A REDAÇÃO
Pediatra é atropelado na Avenida Presidente Kennedy, em Anápolis
O médico pediatra Marcos Antônio de Paiva sofreu atropelamento grave na última quinta-feira (05/10), ao deixar o trabalho, em frente à clínica SOS Criança, por volta das 14h30, na Avenida Presidente Kennedy, em Anápolis. O motociclista que atropelou o médico também caiu e sofreu escoriações com o acidente. Os dois foram socorridos e receberam auxílio médico.
O médico Marcos Antônio de Paiva foi socorrido pelo irmão, Márcio Paiva, até a chegada do SAMU e foi encaminhado para o Hospital de Urgências de Anápolis (HUANA) e submetido a uma craniotomia, neste momento está na UTI do hospital Ânima, em Anápolis, ainda sedado, entubado e com quadro estável.
O relato de acidentes na avenida Presidente Kennedy é quase diário. Falta de sinalização e trânsito intenso com alta velocidade são as maiores queixas. Pedidos já foram feitos às autoridades municipais e à Secretaria Municipal de Trânsito para uma solução permanente, visto que a clínica recebe muitos pacientes, a maioria mães com crianças.
Uma secretária da clinica também já sofreu acidente no local, onde existe uma faixa de pedestres. A Clínica SOS Criança existe há 27 anos, com atendimento de várias especialidades e oferecidos por uma equipe de seis médicos da mesma família.
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DIÁRIO DO ESTADO
Governo divulga balanço parcial do Dia D de Multivacinação
Os dados preliminares vão ser apresentados pela superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, durante visita do diretor do Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), divulga, nesta segunda-feira, 9, o balanço parcial do Dia D da Campanha Estadual de Multivacinação 2023, realizado no sábado (07/10), em todos os 246 municípios goianos.
Os dados preliminares vão ser apresentados pela superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, durante visita do diretor do Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde (PNI/MS), Éder Gatti. À tarde, a comitiva visita a Central da Rede de Frio da SES-GO e o Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais no Hospital Estadual da Mulher (Hemu).
DIA D DA CAMPANHA DE MULTIVACINAÇÃO
O Dia D da campanha de Multivacinação foi realizado no sábado, 7, com a presença da superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim e a gerente de Imunização, Joice Dorneles, e equipe da SES-GO, no Centro Municipal de Vacinação de Goiânia, no Setor Pedro Ludovico.
“O que a gente espera com esse Dia D é ter um grande número de crianças e adolescentes com cartão atualizado, porque é proteção e o não retorno de doenças que foram erradicadas ou já controladas, como a paralisia infantil, sarampo, difteria e outras mais”, afirmou Flúvia, ao destacar as 970 salas abertas em todos os 246 municípios, das 8 às 17 horas, durante toda a campanha que vai até dia 14.
Um total de 17 imunizantes estão sendo disponibilizados nas salas de vacina de todo estado. “Então, se você é pai ou responsável de uma criança, leve-a até um posto de vacinação, para verificar a caderneta”, orientou a superintendente. “Como são muitas vacinas, com doses diferentes, em períodos diferentes, lá (no posto de vacinação) vai ser verificado se tem alguma vacina atrasada, para poder atualizar”. Os imunizantes protegem contra mais de 30 tipos de doenças.
Pai consciente e preocupado com a saúde do filho, Isaías Nascimento, levou o pequeno David, de 9 meses, no Dia D. O menino recebeu a dose contra febre amarela, mantendo a carteira de vacinação em dia, segundo o pai. “Agora, é deixar ele preparado para a vida, crescendo bem e com saúde”, comemorou o pai, após levar o bebê à sala de vacinação.
ZÉ GOTINHA E VACINA MAIS, GOIÁS
O Dia D da Vacinação é uma das diversas ações do Governo de Goiás para reverter as baixas coberturas vacinais no Estado. No domingo, 8, de manhã foi realizada uma ação no Parque Flamboyant, no Jardim Goiás.
O evento, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, também contou com a presença do Zé Gotinha e, ainda, da van da vacinação, que dá a oportunidade de imunização a crianças que não puderam ser levadas pelos pais ou responsáveis durante a semana ou no sábado.
Todas essas estratégias fazem parte do Plano Estadual de Recuperação das Altas Coberturas Vacinais, o Vacina Mais, Goiás, lançado em setembro pelo governador Ronaldo Caiado. A iniciativa está em sintonia com o Pacto Nacional pela Consciência Vacinal, projeto iniciado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) ao qual o Governo de Goiás também aderiu.
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SAÚDE BUSINESS
Prestadores de saúde mostram melhora nos resultados do 2º trimestre, mas nem tudo que reluz é ouro
As receitas dos sete principais players cresceram em média 9%, apesar das despesas se manterem elevadas, fator que continua a pressionar todo o mercado de saúde
Os balanços financeiros dos maiores prestadores de serviços de saúde no Brasil, incluindo hospitais e laboratórios, no 2º trimestre de 2023, mostraram um cenário mais animador em comparação ao que vimos no final de 2022. As receitas dos sete principais players cresceram em média 9% (Dasa, Rede D´Or, Mater Dei, Kora, Oncoclínicas, Hapvida e Fleury), apesar das despesas se manterem elevadas, fator que continua a pressionar todo o mercado de saúde. Além disso, esses prestadores também apresentaram melhora nos principais indicadores de eficiência.
Ano passado foi um período desafiador para os hospitais, com uma forte pressão sobre as margens e um panorama preocupante do futuro, com perspectivas de uma ainda maior deterioração, diante da implementação do piso salarial da enfermagem e a pressão nas negociações por parte das operadoras. Esse cenário levou os prestadores a implementarem iniciativas de eficiência, que começaram a render frutos no primeiro semestre de 2023, com um claro impacto nas linhas de SG&A e custos de pessoal. Os principais players do mercado também apresentaram uma evolução significativa no resultado financeiro em relação ao último mês do ano anterior.
Ainda assim, os esforços não foram suficientes para compensar a perda de eficiência dos últimos 12 meses, deteriorando as margens na comparação interanual. O SG&A apresenta aumentos de até 20% ano a ano, enquanto os custos com pessoal acompanharam a receita, não capturando sinergias de escala. O resultado financeiro também é um ofensor frente ao 2º trimestre de 2022.
Os custos com materiais e medicamentos, que apresentaram aumentos acima do crescimento da receita tanto na base anual como na comparação com o fim de 2022, merecem um parágrafo à parte. A gestão dos insumos ainda é um desafio para os prestadores de serviço, que costumam focar os esforços nos preços de compra, enquanto a principal ineficiência está no consumo. Nossa experiência nesse tipo de iniciativa demonstra que atacar o consumo é mais trabalhoso, porém tem um impacto muito maior, conseguindo eficiências de até 20%.
A A&M Healthcare, área da Alvarez & Marsal especializada no mercado de saúde, acredita que essa melhora dos resultados está mais associada ao aumento da receita via ocupação, ticket e expansão de leitos do que a projetos de eficiência, e que as iniciativas dos prestadores têm sido só o início de um ciclo de crescimento constante que será crucial para a sustentabilidade do negócio.
Agora, mais do que nunca, eficiência é um requisito para sobreviver ao cenário turbulento do mercado hospitalar no Brasil. As organizações que não implementaram iniciativas de aperfeiçoamento operacional têm visto um detrimento nos seus caixas, comprometendo o negócio no médio e longo prazo.
O time da A&M Healthcare tem trabalhado fortemente nos últimos meses com grandes grupos hospitalares no Brasil e outros países da América Latina para apoiar essas companhias a se manterem rentáveis e sustentáveis. Em um dos projetos, inclusive, apoiamos um grupo de hospitais a se adaptar ao aumento de prazo de recebimento e glosas, prática que vem crescendo no país e que prevemos que ficará cada vez mais intensa.
Os analistas do mercado preveem que o segundo semestre deste ano também apresentará resultados positivos no mercado hospitalar brasileiro, beneficiando-se da sazonalidade geralmente observada no período. Mas isso não deve tirar o foco das iniciativas de produtividade, o que impactaria a rentabilidade dos trimestres seguintes.
*Marcelo Compte é sócio-diretor da A&M (Alvarez & Marsal) Healthcare na América Latina. Possui mais de 15 anos de experiência em Consultoria Estratégica e de Gestão em diversos países, executando projetos de estratégia corporativa, processos comerciais, melhoria da produtividade, além de redução de custos e valuation em várias indústrias, especialmente saúde e bens de consumo.
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Anahp divulga dados sobre o uso de IA em hospitais privados
Aprimorada para a melhoria da gestão hospitalar e assistência à saúde, a IA (Inteligência Artificial) surge como ferramenta imprescindível para o setor na atualidade. É o que mostra um levantamento inédito realizado pela Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) junto aos seus associados, trazendo dados sobre o uso da IA em hospitais brasileiros. O mapeamento foi realizado durante os meses de julho, agosto e setembro de 2023, em parceria com a ABSS (Associação Brasileira de Startups de Saúde) e patrocínio da Bionexo.
De acordo com Felipe Cabral, coordenador do GT Tecnologia e Inovação em Saúde da Anahp e gerente médico de Saúde Digital do Hospital Moinhos de Vento, o material tem como objetivo compreender o grau de maturidade dos hospitais para o uso da tecnologia, bem como balizar a criação e aperfeiçoamento de soluções com IA para o segmento hospitalar.
Dos 45 hospitais respondentes, 55,1% dos entrevistados afirmam ter investido, nos últimos dois anos, em soluções que têm a IA como base para a entrega de valor de resolução dos problemas e 62,5% declaram que já utilizam a tecnologia de alguma forma em seus processos, entre eles a criação de chatbots de atendimento, ampliação da segurança da informação e apoio à decisão clínica, além de aperfeiçoamento nas análises de imagens médicas. A pesquisa revela ainda que 51% dos hospitais que investiram em IA obtiveram resultados práticos (confira o estudo na íntegra aqui).
“Esse dado, certamente, é um indicativo de que a IA está sendo vista como importante ferramenta para melhorar a eficiência, a precisão e a qualidade dos serviços de saúde. Contudo, a forma como vem sendo utilizada ainda foca mais nas situações administrativas, tendo um campo bastante amplo para expansão nas atividades clínicas”, detalha.
No entanto, conforme explica Cabral, as instituições ainda encontram algumas barreiras para avançar na área. Entre os principais desafios citados na pesquisa estão a falta de interoperabilidade sistêmica e o custo elevado de implantação. “A dificuldade para engajar o corpo clínico e segurança dos dados também foram elencados pelos participantes como pontos que precisam ser superados para que a implantação da IA seja bem-sucedida”, destaca o especialista.
Para garantir maior segurança e suporte aos hospitais que buscam inovar, segundo Cabral, o crescimento da IA nos hospitais deve ser acompanhado de perto por reguladores e profissionais de saúde, para garantir que seja feito de forma ética e responsável.
“Com o avanço da tecnologia de IA de forma segura e consistente, é provável que surjam novas aplicações e melhorias nas soluções existentes, tornando a IA ainda mais atraente para os hospitais. Com isso, na medida em que mais hospitais implementam soluções de IA e demonstram melhorias tangíveis na qualidade dos cuidados de saúde e na eficiência operacional, outros hospitais serão incentivados a seguir o exemplo”, completa.
Conahp 2023
Com a perspectiva de ampliação nos investimentos em IA no setor hospitalar, o estudo aponta também que 38% dos entrevistados acreditam que startups possam trazer novas abordagens para os desafios da implementação da tecnologia. Esta será uma das temáticas principais do Conahp 2023 (Congresso Nacional de Hospitais Privados), o encontro mais importante do setor no país, que acontecerá em São Paulo nos dias 18 e 19 de outubro.
Com um palco estratégico, especialistas do setor debaterão os desafios e aplicabilidade da IA nos hospitais, trazendo cases nacionais e internacionais a fim de compartilharem experiências positivas sobre o uso da tecnologia nas diversas áreas da saúde.
Além disso, todos os anos, o Conahp, promovido pela Anahp, realiza o Desafio de Inovação, um projeto com foco em startups, cujo objetivo é mapear empresas que estejam desenvolvendo soluções inovadoras que possam ser de interesse para os hospitais e participantes do evento. Para a edição de 2023, o desafio receberá projetos de startups que apresentem soluções de IA dentro dos pilares: Modelo Assistencial, Modelo de Gestão e Processos e Atendimento e Experiência do Paciente.
Com inscrições abertas pelo site do Conahp, o programa irá contribuir para capacitar e acelerar o processo de inovação e transformação digital nos hospitais. Para Rafael Barbosa, CEO da Bionexo, a parceria com a Associação é um caminho para fomentar a inovação, que é pautada em conexões.
“Nós acreditamos que, como empresa de tecnologia que há muitos anos investe em inovação, temos responsabilidade em fomentar o avanço do setor na criação e adoção de tecnologia. Acreditamos também que inovação se faz juntos, de portas abertas, e criando conexões como as que estamos propondo aqui. Portanto, é uma honra para nós poder puxar esta frente de startups de IA na saúde junto com a Anahp”, destaca.
Já de acordo com Helen Mazarakis, diretora Operacional da ABSS, também parceira da Anahp nesse projeto, a oportunidade abre caminhos para estimular uma grande mudança no cenário da saúde no Brasil.
“Temos, hoje, uma ampla gama de possibilidades e recursos que podem ser utilizados em prol do desenvolvimento do setor, e os principais ganhos são a melhoria da assistência à saúde e a ampliação do acesso a serviços de qualidade. Para nós, o Desafio de Inovação do Conahp 2023 é uma oportunidade de aproximar startups das instituições, gerando soluções efetivas e alinhadas às principais dores do mercado de saúde”, finaliza.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Investimentos na Saúde atingem 23,5% de recursos próprios em Goiânia
Cremego alerta sobre riscos da abertura de escolas médicas sem qualidade
Novos conselheiros e diretores tomam posse oficial em sessão solene
Plano de saúde deve cobrir terapias multidisciplinares para criança autista
Projeto TeleUTI atende mais de 30 mil pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva do SUS
Não endeuse as drogas para emagrecer: as 10 dicas da médica Claudia Cozer para manter o peso e a energia
Alta no consumo de medicamentos como o Ozempic pode ser um problema para a indústria alimentar
Hapvida NotreDame Intermédica ultrapassa marca de 8 milhões de teleconsultas
A REDAÇÃO
Investimentos na Saúde atingem 23,5% de recursos próprios em Goiânia
Goiânia - A prefeitura de Goiânia investiu 23,5% de seus recursos próprios na Saúde em 2023, um índice notável que ultrapassa significativamente os 15% previstos na legislação. "Nunca se investiu tanto na área da saúde como agora. Temos avançado tanto na qualidade da assistência à população quanto na melhoria da estrutura física das unidades de saúde. No momento, há 21 obras em andamento no município, outras 18 já foram concluídas", afirma o prefeito Rogério Cruz.
O destaque deste ano é o índice de investimento de mais de 20% de recursos próprios no primeiro quadrimestre. "É comum fecharmos o ano com índices acima dos 20%, mas já nos quatro primeiros meses, é um grande feito", enfatiza Rogério Cruz, ao mencionar as reformas em andamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Guanabara, do Centro de Especialidades Médicas, no Setor Pedro Ludovico, e da Unidade de Vigilância em Zoonoses, com obras a todo vapor.
Além disso, três das 12 novas unidades de saúde tiveram ordens de serviço expedidas para o início das obras, que vão beneficiar as comunidades do Residencial Lorena Park, Vale dos Sonhos e Santa Fé. Outras ordens de serviço serão lançadas para mais unidades de saúde e ampliações.
No âmbito da qualificação da rede física, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) revitalizou completamente 14 unidades de saúde este ano. Além disso, foram realizadas 760 ordens de serviço para ações de manutenção corretiva e preventiva.
Ampliação
A Saúde em Goiânia também se beneficiou com a habilitação de 33 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, sete leitos de UTI coronariana e um repasse de R$ 10,3 milhões do Ministério da Saúde para incrementar as cirurgias eletivas. Foram realizadas 6.168 cirurgias de cataratas e 178 auditorias.
No combate à dengue, os agentes de endemias do município já realizaram visitas a 2,9 mil imóveis, identificaram 25,9 mil focos do mosquito Aedes aegypti, fizeram mais de 3 mil notificações e 4,8 mil autuações. O trabalho é realizado constantemente pelas equipes de Agentes de Combate às Endemias (ACEs).
Na área de Vigilância em Saúde, destacam-se as 24 mil ações de prevenção e 6,3 mil com finalidade diagnóstica. O pacto da vacina resultou na regularização de salas de vacinas, com três delas abertas aos finais de semana, além de vacinações em espaços públicos e privados e parcerias com instituições como Rotary Club e Sistema Sest/Senat.
Atendimentos
Neste período, as unidades de urgência realizaram 3,2 milhões de procedimentos, enquanto na Atenção Primária foram realizados 2,6 milhões de atendimentos. Na área psicossocial, 22,7 mil atendimentos e acompanhamentos foram efetuados, e um total de 27,7 mil internações foram reguladas pelo município.
Em 2023, o programa Saúde Mais Perto de Você proporcionou mais de 17,1 mil atendimentos, incluindo consultas oftalmológicas, ultrassonografias, consultas médicas e dentre outros serviços
Além dessas realizações notáveis, o programa "Goiânia Sempre Rosa" e o "Intensifica Saúde Goiânia" são iniciativas que têm beneficiado a população. O primeiro visa melhorar o acesso das mulheres à saúde mamária, com foco na diminuição da mortalidade pelo câncer de mama e já teve como resultado a fila zerada para realização de biópsias por agulha, além de reduzir em menos de 30 dias o tempo de liberação de mamografias. O segundo tem fortalecido os serviços de Atenção Primária em Saúde, já atendendo quase 30 mil pessoas em 79 unidades de saúde.
O prefeito Rogério destaca que os avanços são resultado de um trabalho realizado com muita responsabilidade. “Com esses investimentos significativos e a dedicação incansável à saúde da população, propomos em deixar um legado positivo e duradouro para Goiânia, demonstrando que a saúde dos cidadãos é uma prioridade inegociável”, avalia o prefeito, ao acrescentar que o compromisso com a qualidade da assistência médica e o fortalecimento da infraestrutura de saúde estão pavimentando o caminho para um futuro mais saudável e próspero para todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
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FOLHA DO PLANALTO
Cremego alerta sobre riscos da abertura de escolas médicas sem qualidade
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) tem atuado intensamente em defesa da qualidade do ensino médico, pois entende que a formação de médicos deve ser pautada por princípios que garantam aos futuros profissionais uma base técnica robusta, uma sólida ética profissional e uma visão humanística dos cuidados com o paciente.
Por isso, o Cremego manifesta-se contra a retomada da abertura indiscriminada de escolas médicas patrocinada pelo Governo Federal com o lançamento de um edital que prevê até 95 novos cursos, com 5.700 vagas em todo o País.
Não basta, simplesmente, abrir novas escolas de medicina e ampliar o número de graduados. É preciso garantir a esses médicos a formação que lhes proporcione oferecer à população um trabalho qualificado e ético.
A abertura indiscriminada de novos cursos, registrada no passado, nos trouxe a um cenário com faculdades de qualidade técnica e ética duvidosa, que sequer contam com um hospital-escola ou professores qualificados.
Precisamos reparar essa falha e não a ampliar, pois estaríamos aumentando o número de médicos no mercado, mas comprometendo o futuro da medicina e da assistência à população. O Brasil não merece isso.
Esperamos que o Governo reveja essa decisão em nome da saúde, da segurança assistencial e do bem-estar da população brasileira.
Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego)
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Novos conselheiros e diretores tomam posse oficial em sessão solene
Os novos conselheiros eleitos para a gestão 2023-2028 e a nova diretoria do Cremego foram oficialmente empossados no dia 5, em uma grande cerimônia com a presença de representantes de órgãos governamentais, de entidades médicas, da classe médica e de amigos e familiares.
Entre todos que prestigiaram o evento, realizado na sede do Cremego, estavam a secretária-adjunta de Estado da Saúde, Ana Maria Arruda; o deputado estadual e médico Jamil Calife; o diretor de Saúde da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Fernando Curado; o conselheiro por Goiás no Conselho Federal de Medicina (CFM), Salomão Rodrigues Filho; o secretário Municipal de Saúde de Goiânia, Wilson Pollaro; o presidente da Associação Médica de Goiás (AMG), Washington Ferreira Rios; o presidente da Academia Goiana de Medicina, José Reinaldo do Amaral; o presidente da Unimed Goiânia, Sérgio Baiocchi; o diretor de administração do Sicoob Unicentro BR, Rodrigo Ximenes; a presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Franscine Leão; o presidente da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (AHEG), Adelvânio Francisco Morato; e o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás, Haikal Helou.
Na abertura da celebração, os participantes puderam acompanhar a apresentação do Hino Nacional e de duas músicas na voz cantora goiana Maria Eugênia, em companhia do músico Luiz Chaffin.
Em seguida, os conselheiros eleitos assinaram o termo de posse, com destaque para a presidente Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, que estará à frente da presidência do Cremego pelo período de 2023 a 2025.
A diretoria é composta ainda por:
1º Vice: Rafael Cardoso Martinez;
2º Vice: Vagner Ruiz Gil;
1º Secretário: Fernando Henrique Abrão Alves da Costa;
2º Secretário: Robson Paixão de Azevedo;
1º Tesoureiro: Marcelo Fortunato Macioca;
2º Tesoureiro: Adriano Jaime Consorte Loyola.
“Estamos felizes em ter uma médica pediatra dedicada à defesa da nossa classe. O nosso compromisso, tanto do Simego, quanto do Cremego, é trabalhar constantemente em prol dos direitos dos médicos”, ressaltou a presidente do Simego, Franscine Leão.
O presidente da Unimed Goiânia, Sérgio Baiocchi, mencionou ainda que todo o novo grupo de conselheiros promove a esperança do fortalecimento da casa do médico goiano, o Cremego.
“Esses cargos que vocês estão assumindo são de extrema responsabilidade, mas também gratificante. Desejo que vocês tenham o discernimento para entender o que a classe médica precisa”, afirmou o presidente da AMG, Washington Luiz Ferreira Rios.
Representando o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, o secretário municipal de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, descreveu o quanto a medicina goiana é uma referência em todo o Brasil. “É uma noite de alegria, mérito e missão. É um trabalho de defender a nossa classe e todas as ameaças que pairam sobre ela”.
A secretária-adjunta de Estado da Saúde, Ana Maria Arruda, que já trabalhou como médica fiscal no Conselho, relatou o trabalho sério da autarquia, principalmente investindo nos médicos. “O Cremego é nosso aliado (do Estado) para buscar uma medicina de qualidade, que não apenas trata a doença, mas vai além, sendo ética, humana, sem barreiras e que defende aquele que precisa, que é o paciente”.
O conselheiro federal Salomão Rodrigues Filho falou sobre os desafios enfrentados pela medicina no Brasil e desejou sucesso aos novos conselheiros.
Por fim, a nova presidente do Cremego, Sheila Soares Victor, antes de iniciar o seu pronunciamento de posse, pediu para que todos fizessem um minuto de silêncio em homenagem aos médicos assassinados no dia anterior em um ataque a tiros no Rio de Janeiro.
Em seguida, ela, que é natural de Três Rios (RJ) e reside em Goiânia há cerca de 30 anos, contou um pouco de sua trajetória e de como nasceu o seu interesse pela medicina.
Sheila ressaltou a importância de Deus e da família em sua vida e agradeceu aos amigos e aos médicos goianos pela confiança ao elegerem o grupo que estará à frente do Cremego nos próximos cinco anos.
Ela também agradeceu aos novos conselheiros, que aceitaram o desafio de trabalhar pela classe médica e população, e aos colegas de diretoria.
“Essa solenidade marca o início oficial de um trabalho que já estamos exercendo em prol do bom exercício da medicina e da assistência à população, com ética e defesa da autonomia do médico. Saibam que estaremos atentos às demandas da sociedade na área da saúde, com as portas abertas para ouvir os médicos e lutar para que seus direitos sejam respeitados. Conto com o apoio de todos vocês para construir uma medicina melhor, sempre pautada pelo respeito. Sigamos juntos, firmes e comprometidos em prol da medicina, da ética e da saúde de todos”.
O evento contou com o apoio da AMG, Simego, Sicoob Unicentro BR e Unimed Goiânia.
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CONSULTOR JURÍDICO
Plano de saúde deve cobrir terapias multidisciplinares para criança autista
Conforme a Súmula 102 do Tribunal de Justiça de São Paulo, quando há expressa indicação médica, é abusiva a negativa de cobertura de custeio de tratamento sob o argumento de sua natureza experimental ou por não estar previsto no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Médica prescreveu terapias multidisciplinares, mas operadora negou
Assim, a 4ª Vara Cível de Limeira (SP) determinou, em liminar, que um plano de saúde forneça terapias multidisciplinares a uma criança autista, sem limite de sessões ou de duração.
Caso a operadora não tenha a modalidade específica de tratamento em suas clínicas conveniadas, deverá custear o pagamento em outras clínicas particulares na região de residência do beneficiário.
A médica prescreveu psicoterapia, treino parental, fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia. Segundo ela, o atendimento precoce é determinante e imprescindível para o pleno desenvolvimento, a autonomia e a qualidade de vida da criança.
Mesmo assim, a operadora negou o atendimento, com a alegação de que sua abrangência territorial não compete ao domicílio atual do beneficiário.
O juiz Marcelo Ielo Amaro considerou que a criança ficou exposta a uma "qualidade de vida sub-humana" e foi "tolhida de seu direito ao desenvolvimento necessário e à sua reabilitação". Segundo o magistrado, a liminar evita "danos maiores que a pessoa humana possa suportar".
Atua no caso o advogado Kaio César Pedroso.
para ler a decisão
Processo 1012201-17.2023.8.26.0320
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MEDICINA S/A
Projeto TeleUTI atende mais de 30 mil pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva do SUS
Lançado em 2018, o projeto TeleUTI do Ministério da Saúde, uma parceria com o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, via Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), já atendeu, nas três linhas de cuidado, mais de 32.660 pacientes-dia, além de ter realizado 6.634 telerrounds e 5.025 atendimentos de médicos especialistas.
O projeto iniciou as atividades em UTIs pediátricas e em seguida expandiu para UTIs neonatais e adulto. Os indicadores preliminares das pesquisas serão apresentados ao público na primeira semana de outubro, em evento realizado no Hospital Moinhos de Vento.
"O encontro tem o propósito de apresentar o impacto da telemedicina em UTIs do SUS. A ideia é proporcionar conhecimento de como implementar e manter um modelo de telemedicina e sua aplicabilidade no sistema público", explica Hilda Maria Rodrigues Moleda Constant, líder operacional do projeto TeleUTI.
No evento, será apresentado o histórico do projeto. Na sequência, os resultados nas UTIs neonatais e adulto e dados preliminares do ensaio clínico randomizado da pediatria. Além dos times do Hospital Moinhos de Vento, o encontro prevê uma mesa redonda com os centros participantes das três linhas de cuidado do projeto. O evento acontece em formato híbrido e tem inscrições gratuitas.
O TeleUTI
Estabelecido em 2018, o projeto, além de prestar assistência, oferece atividades de educação para as equipes dos centros participantes e propõe o desenvolvimento de pesquisas. Na época, relembra Hilda Maria, foi desenvolvido um estudo do tipo antes e depois, que apontou impacto em alguns indicadores clínicos. Sendo assim, tornou-se um projeto de continuidade e atualmente desenvolve um ensaio clínico randomizado para avaliação do impacto deste modelo de atendimento. O estudo conta com a participação de 16 UTIs pediátricas de diferentes regiões do país, especialmente do Nordeste.
Desde o início, além das atividades propostas, o MS pode contar com o projeto com ações específicas e emergenciais. Foi o caso da ação Covid, em 2020, onde foram atendidas oito UTIs adulto. Em julho e agosto deste ano, o projeto se uniu à força-tarefa nacional para apoiar o sistema de saúde do Amapá, que teve decretada situação de emergência em saúde pública no estado em razão do aumento nos casos de doenças respiratórias em crianças.
Na linha pediátrica, o projeto já atendeu 21.838 pacientes-dia, realizou 4.048 telerrounds e 3.796 atendimentos de médicos especialistas. Na linha neonatal, o projeto já atendeu 5.677 pacientes-dia, realizou 1.408 telerrounds e 1.057 atendimentos de médicos especialistas. Na linha adulto, o projeto já atendeu 5.145 pacientes-dia, realizou 1.178 telerrounds e 172 atendimentos de médicos especialistas.
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O GLOBO ONLINE
Não endeuse as drogas para emagrecer: as 10 dicas da médica Claudia Cozer para manter o peso e a energia
Apesar dos esforços mundiais de conscientização, e do desenvolvimento de novas estratégias de combate, doenças metabólicas como obesidade e diabetes apenas aumentam. Segundo projeções mais recentes, mais da metade da população global estará com sobrepeso ou obesidade até 2035, e um bilhão de indivíduos estarão com diabetes tipo 2, que é associada a hábitos de vida, até 2050. As patologias preocupam pois elevam o risco de comorbidades associadas, como hipertensão, infartos, derrames, tromboses, problemas ortopédicos, entre outros.
A convite do GLOBO, a endocrinologista Claudia Cozer Kalil, coordenadora do Núcleo de Obesidade e Transtorno Alimentar do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e membro do conselho da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), lista os 10 principais hábitos para evitar o desenvolvimento das doenças e ter uma vida melhor.
A seguir, duas dicas da endocrinologista para evitar doenças metabólicas. Assinante O GLOBO tem acesso a todas as dicas em ambiente especial, e confira.
Menos sal e açúcar Comer envolve necessidades fisiológicas e nutricionais, então as escolhas alimentares devem respeitar esses objetivos básicos. O comer por prazer, para camuflar emoções negativas ou com preferências apenas por alimentos muito palatáveis e pouco nutritivos, deve ser reservado para ocasiões especiais, e não algo rotineiro.
O organismo precisa de nutrientes que ajudem o sistema imunológico, o bom funcionamento metabólico, a construção de massa óssea e muscular. Além disso, que permitam um bom funcionamento intestinal, minimizem sintomas alérgicos e forneçam a energia necessária para as atividades diárias. Por isso, deve-se preferir alimentos in natura, grupos alimentares equilibrados, pobres em gordura, sal e açúcares adicionados.
Mais movimento A atividade física é importante em vários aspectos. Dentre eles, o aceleramento do metabolismo, que ajuda o controle do ganho de peso, a liberação de endorfinas para reduzir ansiedade e compulsões alimentares, a melhora da qualidade do sono, a manutenção da massa óssea e muscular, a manutenção do equilíbrio e coordenação, o controle da pressão arterial e a redução dos níveis glicêmicos e do colesterol.
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NOTÍCIAS DO BRASIL
Alta no consumo de medicamentos como o Ozempic pode ser um problema para a indústria alimentar
Com o aumento das prescrições de medicamentos como o Wegovy e Ozempic, os vendedores de alimentos estão cada vez mais se questionando sobre a possibilidade de uma mudança significativa na forma como - ou quanto - as pessoas comem.
Os medicamentos cada vez mais populares geralmente funcionam reduzindo o apetite dos pacientes. Com 1,7% da população norte-americana recebendo prescrição de um medicamento semaglutida em 2023 - um aumento de 40 vezes nos últimos cinco anos - isso poderá significar sérios problemas para a indústria alimentar.
Por enquanto, essa indústria parece estar pensando nestes medicamentos da mesma forma que pensam nas tendências alimentares: mantendo um olhar atento ao comportamento do consumidor e pensando em formas de capitalizar as tendências.
No entanto, eles poderão ter de levar a ascensão desta classe de medicamentos mais a sério do que as dietas da moda, dizem alguns analistas da indústria.
Ajustes
Durante uma ligação na quinta-feira com analistas de Wall Street, o CEO da Conagra, Sean Connolly, disse que a empresa fará ajustes conforme necessário se os clientes comerem menos ou quiserem tipos diferentes de alimentos.
"Digamos que caso eles forem em busca de porções menores de comida, então nós vamos desenvolver as inovações e projetar porções menores", disse Connolly.
"Se eles mudarem para diferentes tipos de nutrientes nós mudaremos para diferentes tipos de nutrientes", afirmou.
"Se eles mudarem o tamanho da embalagem que utilizam, nós mudaremos isso." A Conagra possui marcas de alimentos como Healthy Choice, Duncan Hines e Marie Callender's.
Este tipo de abordagem não é novidade. As grandes empresas alimentares estão constantemente evoluindo os seus produtos para se adaptarem às tendências de consumo.
E tendo o bem-estar como prioridade para muitos - não apenas para as pessoas que tomam medicamentos semaglutida - as empresas já ajustaram os seus produtos num esforço para atrair consumidores preocupados com a saúde.
A PepsiCo e a Coca-Cola oferecem seus produtos em tamanhos menores para clientes que desejam ajuda no controle das porções (ou que desejam gastar menos).
As empresas de refrigerantes têm eliminado gradualmente a palavra "dieta" em favor de "zero açúcar" para marcas mais relevantes. E grandes marcas como a Mondelez adquirem marcas pequenas e modernas para ajudá-las a se adaptar às rápidas mudanças de gostos.
Mas as modas da dieta vêm e vão. Essa tendência dos medicamentos, porém, pode ser diferente.
Remédios como o Ozempic "têm o potencial de ter um impacto maior no consumo de alimentos do que, possivelmente, qualquer coisa que tenhamos visto antes", disse Alexia Howard, analista da Bernstein. A mudança não acontecerá da noite para o dia, observou ela, mas poderá ser duradoura.
"Com esta classe de medicamento, acho que a questão é: quantas pessoas estão preparadas para experimentá-las?" Howard disse. "E, então, qual é a taxa de rotatividade?" Para se adaptarem a uma possível mudança, as empresas deveriam "planejar diferentes cenários", disse ela.
O CEO do Walmart nos EUA, John Furner, disse recentemente à Bloomberg que os dados internos da empresa sugerem que os clientes que tomam Ozempic compram um pouco menos alimentos do que a população total, embora ele tenha alertado que era muito cedo para tirar quaisquer conclusões dos dados anônimos dos clientes.
Em resposta a um pedido de comentário da CNN, o Walmart disse que não tinha nada a acrescentar.
"A adoção de [medicamentos anti-obesidade] poderia conduzir a uma mudança comportamental ampla e duradoura entre um grupo demográfico considerável que representa uma parcela desproporcional do consumo de alimentos", alertaram os analistas do Morgan Stanley num relatório de pesquisa de agosto.
As empresas provavelmente mudarão as suas ofertas em resposta à adoção destes tipos de medicamentos, escreveram Pamela Kaufman, analista da Morgan Stanley, e outros, numa nota adicional em setembro.
Para alguns, isso será um impulso maior do que para outros.
Salgadinhos e doces
"Vemos as empresas com alta exposição a alimentos menos saudáveis, como salgadinhos, confeitos e produtos de panificação doces, como as mais impactadas", segundo o despacho de setembro. Marcas como Hostess, que fabrica Twinkies, Ding Dongs e HoHos, podem sofrer um golpe.
A Smucker, que anunciou recentemente que está adquirindo a Hostess, não parece muito preocupada.
"Existem várias maneiras pelas quais os consumidores continuarão a beliscar", disse o CEO Mark Smucker durante uma teleconferência com analistas em setembro, discutindo a aquisição.
"Os doces continuarão no radar", acrescentou. "Vemos que nossas projeções aqui são sólidas."
Muitas circunstâncias poderiam reduzir o impacto de medicamentos como o Ozempic na indústria alimentar: o interesse por estes medicamentos pode desaparecer ou a procura pode superar a oferta. Ou as pessoas que tomam os medicamentos podem não mudar as suas dietas de uma forma que tenha um impacto significativo nos vendedores de alimentos.
Ainda poderia beneficiar certas partes da indústria, incluindo vendedores de alimentos mais nutritivos.
"As pessoas que tomam esses medicamentos definitivamente apresentam supressão do apetite [e] comem quantidades menores", observou Jody Dushay, professora assistente de medicina na Harvard Medical School.
"Os nutricionistas e médicos que o prescrevem dizem às pessoas que, se a sua ingestão for reduzida, você deve se concentrar em comer alimentos altamente nutritivos, em vez de alimentos de baixa qualidade".
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PAINEL DE NOTÍCIAS
Hapvida NotreDame Intermédica ultrapassa marca de 8 milhões de teleconsultas
A Hapvida NotreDame Intermédica ultrapassou a marca de oito milhões de teleconsultas no terceiro trimestre de 2023. O serviço obteve um crescimento superior a 110% nos últimos dois anos. Os números correspondem a todas as soluções oferecidas, como consultas agendadas e de urgência.
Em Maceió, 16.793 atendimentos eletivos foram registrados no período de janeiro a setembro deste ano. A operadora passou de 190 mil atendimentos remotos mensais, em 2021, para mais de 400 mil em 2023, em nível nacional.
Segundo Marcelo Moreira, diretor médico de Padronização e Protocolos Médicos, o isolamento vivenciado durante a pandemia acelerou a adoção da tecnologia e a mudança de comportamento do cliente, que passou a demandar um bom serviço de telemedicina.
"Outros fatores responsáveis pelo crescimento no uso da teleconsulta são benefícios como a comodidade, a segurança para o cliente e a velocidade para atuar no começo dos sintomas", afirma.
Com mais de 20 especialidades médicas disponíveis para agendamento em seus canais de atendimento, a Hapvida NotreDame Intermédica também superou os indicadores de qualidade como satisfação e resolutividade. De acordo com Ádria Cândido, diretora de Saúde Digital, Centros Clínicos e Medicina Preventiva, esse resultado é fruto de um trabalho minucioso e educativo, desenvolvido para engajar os beneficiários, facilitar a jornada do paciente e prover o cuidado de forma cômoda e resolutiva.
Dentre os diferenciais do atendimento digital, estão as tecnologias desenvolvidas pela própria empresa, como as plataformas de interação médico-paciente, que busca oferecer uma experiência fluida aos clientes, e de prescrição digital, que envia os documentos de forma rápida e segura. Além disso, os beneficiários também têm acesso a sessões de psicoterapias, acompanhamento nutricional e a renovação digital de receita. Essas facilidades reforçam a preocupação da empresa em sempre inovar e oferecer o melhor serviço para os seus pacientes.
"Embora o crescimento no número de consultas tenha sido expressivo, mantivemos a taxa de resolutividade acima de 90% nas teleconsultas eletivas, ou seja, sem a necessidade de uma nova consulta presencial na mesma especialidade em até 60 dias após o atendimento virtual", conta Ádria Cândido.
A conveniência de realizar uma teleconsulta em qualquer lugar é um fator decisivo para o sucesso no uso da modalidade na instituição. "Temos o cuidado de sempre atender as necessidades dos nossos clientes, que hoje buscam menos filas de espera, evitar deslocamentos e mais qualidade nos serviços", finaliza.
Para saber mais acesse: https://www.hapvida.com.br/marcar-teleconsulta/ e https://www.gndi.com.br/beneficiario/telemedicina
Sobre a Hapvida NotreDame Intermédica
A fusão entre a Hapvida e a NotreDame Intermédica, em fevereiro de 2022, levou à criação da maior empresa de saúde e odontologia da América Latina. Com 78 anos de experiência a partir das aquisições durante sua história no país, a companhia possui mais de 68 mil colaboradores, atende cerca de 16,1 milhões de beneficiários de saúde e odontologia e têm à disposição a maior rede própria de atendimento com um sistema integrado que conecta as unidades das cinco regiões do país. Todo o aparato foi construído a partir de uma visão abrangente e integrada, voltada ao cuidado da saúde por meio de 85 hospitais, 77 prontos atendimentos, 331 clínicas médicas e 271 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Desta combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.
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Assessoria de Comunicação