Imprensa (2315)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Reclamações contra planos de saúde atingem maior índice dos últimos 5 anos
HIMSS 2024: avanços em Inteligência Artificial e segurança de dados
Nova Lei de Publicidade Médica entra em vigor, promovendo mudanças significativas no setor da saúde
Cirurgia robótica revoluciona tratamento do câncer de rim
Inovação no acompanhamento do paciente com diabetes
MEDICINA S/A
Reclamações contra planos de saúde atingem maior índice dos últimos 5 anos
O Idec (Instituto de Defesa de Consumidores) divulgou durante a semana do consumidor, o seu tradicional levantamento com números de queixas e reclamações registrados no ano passado. E, para manter uma triste tradição, o setor de planos de saúde segue na ponta do ranking de 2023, atingindo o maior percentual em relação aos outros temas deste 2018.
As reclamações contra as empresas de planos de saúde tiveram a maior porcentagem entre os associados da Instituição, com 29,3% do total. Serviços financeiros (19,4%), demais serviços (13,7%), problemas com produtos (9,5%), e telecomunicações (8,2%) completam o topo do levantamento.
Esses cinco primeiros temas somam mais de 80% das demandas de consumo do ano. As demais reclamações concentram 19,9%, divididas entre água, energia e gás, transportes, turismo/viagens, alimentos, educação, entre outros.
No tema líder do ranking, as principais queixas apontadas pelos associados da instituição são dúvidas e reclamações a respeito de contratos (envolvendo, principalmente, descredenciamentos e problemas com reembolsos), e reajustes de planos de saúde, ambos com 29,7%, seguido por negativa de cobertura com 8,74%. Essas três questões estão entre os principais pontos de atuação da entidade de defesa de consumidores, como por exemplo a campanha pela regulamentação dos planos coletivos, a pesquisa sobre as diferenças entre os reajustes do setor, a cobrança por regras mais justas de descredenciamento, e a defesa pelo entendimento mais amplo do rol de procedimentos da ANS.
No segundo lugar do ranking, a categoria de Serviços Financeiros foi responsável por 19,4% dos registros. Dentro desse segmento, o maior número de reclamações se deve novamente a problemas relacionados à segurança das transações bancárias e golpes, que ficaram disparados em primeiro lugar (21,6%), seguido de cobranças indevidas (14,7%) e renegociação de dívidas (14,2%). Só esses três primeiros grupos de problemas representam mais de 50% das demandas de serviços financeiros no ano e também estiveram no radar do Idec, que cobrou mais segurança dos bancos contra golpes, entrou na Justiça contra o bloqueio de celulares em contratos de pessoas endividadas e cobrou a efetiva implementação da lei do superendividamento no país.
Subindo uma colocação em relação ao ano passado, o setor de serviços em geral ficou com 13,7% dos atendimentos, sendo que na primeira posição do tema ficaram as reclamações sobre vício de qualidade (18,7%), seguido de perto por problemas com contrato (17,2%), e com prática abusivas (11,9%) na terceira colocação. Na quarta colocação, ficaram as dúvidas e queixas relacionadas a problemas com produtos em geral. As reclamações mais apontadas foram descumprimento de oferta, com 33,3%, seguido vício de qualidade (23,7%), que tinha ficado em primeiro lugar no ano passado. Em terceiro lugar apareceram as queixas sobre cláusulas contratuais (10,7%). Na área de Dicas e Direitos do site do Idec, há diversos conteúdos que ajudam os consumidores a se protegerem contra essas reclamações.
Na quinta posição, a mesma do ano passado, ficaram as dúvidas e queixas sobre o setor de telecomunicações, com 8,2%. Dentro deste segmento, foi registrada a manutenção dos problemas de cobrança indevida (23,7%) na liderança, mas, diferentemente de outros anos, em que vício de qualidade aparecia em segundo, agora temos problemas com cláusulas contratuais (20%) na segunda posição e prática abusiva (13,7%) aparecendo em terceiro. Como integrante do Conselho Consultivo da Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel), esses são temas que o Idec leva às autoridades para que medidas de proteção aos consumidores sejam tomadas.
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HIMSS 2024: avanços em Inteligência Artificial e segurança de dados
Por Rafael Barbosa
Quando falamos de tecnologia e, principalmente de tecnologia digital em saúde, apesar de ser um assunto já conhecido, muitas vezes pode parecer tema secundário perante os gigantescos desafios do setor. Mas, acredite, é bem maior e mais impactante do que pode parecer em um primeiro olhar. Seja pela sua atuação hoje, mas pelo potencial de transformação futuro, notadamente a partir da incorporação de tecnologia artificial. Sob esta luz, gostaria de compartilhar aqui um pouco do que está se passando na HIMSS, conferência de saúde digital do mundo.
Antes de entrar em conteúdos específicos vale compartilhar um pouco de contexto do que é este evento e porque é tão relevante. A HIMSS – Healthcare Information and Management Systems Society – é uma organização americana sem fins lucrativos dedicada a aprimorar os cuidados de saúde em qualidade, segurança, custo-benefício e acesso pelo melhor uso da tecnologia da informação e sistemas de gestão. Seu evento anual, que este ano vai até o dia 15 de março, em Orlando, nos Estados Unidos, reúne mais de 35 mil pessoas.
Neste evento, stands, palestras e demais interações estão focadas em um tema: saúde digital. Tema tão relevante, quanto é grande o setor da saúde e tecnologia nos Estados Unidos. Como referência, se considerarmos apenas a soma do valor de mercado dos cinco maiores provedores de saúde dos EUA é de US$ 740 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 3,8 trilhões. Fazendo um recorte somente para empresas de tecnologia digital para a saúde, o valor de mercado somado equivale a R$ 700 bilhões.
E o que os agentes responsáveis por estas somas estratosféricas estão falando a respeito disso na HIMSS?
O evento começou com dois palestrantes-chave que deram o tom das discussões que se desenrolaram ao longo do dia: Robert Garret, CEO do Hackensack Meridian Health, e Matt Renner, presidente global de startups no Google Cloud.
Robert é responsável por uma frente de discussão sobre saúde no Fórum Econômico Mundial e destacou as prioridades para os sistemas de saúde global:
Acesso à Saúde: Melhorar o acesso ao atendimento médico é uma prioridade, principalmente em regiões com recursos limitados.
Resultados e Acessibilidade: Melhorar os resultados clínicos e a eficiência geral do setor com mais produtividade e assertividade por meio da tecnologia.
Equidade em Saúde: Garantir que os recursos sejam distribuídos de acordo com as necessidades das populações.
Impacto das Mudanças Climáticas na Saúde: Reconhecer e abordar como as mudanças climáticas afetam a saúde é essencial e o sistema de saúde.
De maneira transversal, ficou claro que o grande tema é como a Inteligência Artificial pode contribuir para a resolução desses grandes problemas, com soluções que hoje estão sendo aplicadas em estágios iniciais por diversos agentes, apesar de ainda não ter visto um hospital apresentar uma solução já implementada em grande escala. As iniciativas em andamento podem ser segmentadas em três grandes blocos:
AI aplicadas a dispositivos, sejam médicos ou voltados ao consumidor geral que poderão rastrear e monitorar condições e dados em saúde.
Aplicações gerenciais que tem como resultado maior eficiência do sistema e produtividade.
Aplicações de IA para apoio à decisão clínica.
Destes três blocos, nota-se claramente um avanço maior no segundo. Aplicações que aumentam a produtividade do corpo clínico como soluções de voz para prontuário eletrônico têm gerado benefícios notáveis na redução do trabalho burocrático desses profissionais, ampliando o tempo dedicado ao paciente. A ideia é que não deveríamos ter uma tela entre o paciente e o médico, o olhar deve estar no paciente, a IA pode capturar a consulta, organizar e registrar o essencial.
Outro ângulo de aplicação está no uso de Inteligência Artificial para a automação do processamento e envio de contas médicas, bem como na governança de trocas e contratos entre prestadores e pagadores, conhecido como ciclo da receita.
Apesar de serem aplicações muito promissoras, uma preocupação fica destacada em todas as falas: a segurança de dados e do paciente. A questão da segurança e privacidade dos dados toma grande proporção no debate, pois ainda é incipiente o conhecimento sobre como novas tecnologias poderão disponibilizar informação de maneira mais organizada e ampla, ao mesmo tempo em que preserva a natureza confidencial destas informações.
Nesta linha Matt Renner, do Google, indica o caminho em três passos simples para hospitais e outros provedores de saúde levarem em consideração:
Tenha uma estratégia e governança clara para segurança de dados.
Mantenha seus sistemas de informação sempre atualizados.
Exija dos seus fornecedores de soluções digitais o máximo nível de conformidade com suas políticas de segurança da informação.
Terminamos o dia então reconhecendo os grandes desafios globais para o setor da saúde, conhecendo possíveis casos de uso, ainda que incipientes, de inteligência artificial e o quanto a questão da segurança é chave na equação da adoção de tecnologia.
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SAÚDE BUSINESS
Nova Lei de Publicidade Médica entra em vigor, promovendo mudanças significativas no setor da saúde
Uma nova regulamentação sobre publicidade médica passou a vigorar no Brasil, trazendo consigo definições precisas e limitações específicas para a divulgação de serviços de saúde. De acordo com a legislação, em vigor desde 11 de março, tanto a publicidade quanto a propaganda médica serão consideradas como "comunicação ao público", independentemente do meio de divulgação ou da atividade profissional, seja nos segmentos público, privado ou filantrópico.
Na publicidade médica, será permitida a promoção de estruturas físicas, serviços e qualificações dos profissionais de saúde, enquanto na propaganda médica serão divulgados assuntos e ações de interesse da medicina. No entanto, a propaganda de medicamentos não será permitida sob as novas regras.
Essa medida visa trazer maior transparência e ética na divulgação de serviços de saúde, além de fortalecer a relação entre médicos e pacientes, proporcionando uma prática médica mais alinhada com as expectativas da sociedade moderna.
Em um cenário onde clínicas e hospitais têm aumentado seus investimentos em marketing, conforme indicado pelo estudo "Panorama das Clínicas e Hospitais" divulgado pela Doctoralia, 74% das instituições pesquisadas estão dedicando recursos nessa área. Segundo Cadu Lopes, CEO da Doctoralia no Brasil, Peru e Chile, esse investimento reflete uma conscientização do setor sobre o impacto do marketing nos resultados.
"Os profissionais de saúde estão se tornando cada vez mais multidisciplinares e colaborativos, adotando abordagens integradas para tratar dos pacientes. O investimento em marketing gera um aumento significativo em ações direcionadas à prevenção de doenças e no acompanhamento de cuidados básicos com a saúde e bem-estar geral", afirma Lopes.
Além disso, o marketing médico pode contribuir para fortalecer a relação médico-paciente e promover uma prática médica ética, segundo Cadu Lopes. "A inserção de temas médicos em mídias sociais aproxima a população do universo de cuidados com a saúde e gera aproximação entre médico e paciente, contribuindo diretamente para a adoção de hábitos mais saudáveis da audiência e a consolidação da reputação do médico ou clínica responsáveis pela divulgação das informações."
Com a crescente adoção de tecnologias como telemedicina e agendamento online, a Doctoralia está contribuindo para tornar a experiência em saúde mais acessível e conveniente para os pacientes. A combinação entre o mundo físico e digital na prestação de cuidados médicos é fundamental para oferecer uma experiência cada vez mais satisfatória, ágil e cativante.
"A Doctoralia carrega o compromisso de tornar a experiência em saúde mais humana e orientada para resultados. Nós acreditamos que o uso de tecnologias digitais pode aprimorar a eficiência dos processos, passando pelo agendamento de consultas até o gerenciamento de prontuários eletrônicos", ressalta Lopes.
Com a implementação dessa nova legislação e o investimento crescente em marketing no setor da saúde, espera-se uma melhoria na qualidade dos serviços prestados, fortalecendo a relação entre médicos e pacientes e contribuindo para uma prática médica mais ética e alinhada com as demandas da sociedade contemporânea.
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Cirurgia robótica revoluciona tratamento do câncer de rim
Especialista explica vantagens da cirurgia robótica para o tratamento do câncer renal, oferecendo precisão, recuperação mais rápida e melhores resultados para os pacientes.
Utilizada há mais de 20 anos no Brasil, a cirurgia robótica tem sido usada em diversos tratamentos, principalmente em casos de câncer urológico, oferecendo aos pacientes uma abordagem minimamente invasiva e promissora.
“A cirurgia robótica é um procedimento minimamente invasivo, e ela é indicada para diversos tipos de tratamento no âmbito da Urologia. No caso do tumor no rim, principalmente para nefrectomia parcial, que é quando pretendemos retirar apenas o tumor e preservar o rim, é uma opção a se trabalhar”, explica o Dr. André Berger, Uro-Oncologista e Cirurgião Robótico. Ele enfatiza ainda que a técnica também é eficaz na nefrectomia radical, indicada para tumores maiores ou rins disfuncionais que comprometem a saúde do paciente.
O especialista explica que entre as principais vantagens da cirurgia robótica estão a precisão aprimorada em áreas de difícil acesso, a ergonomia otimizada para o cirurgião, movimentos intuitivos e uma visão tridimensional durante o procedimento. "Além disso, a cirurgia robótica resulta em um sangramento significativamente menor e uma probabilidade extremamente baixa de transfusão sanguínea". Ele ressalta também a importância da preservação de uma maior quantidade de tecido renal funcional, o que contribui para uma recuperação mais rápida e uma menor incidência de dor pós-operatória, permitindo que os pacientes retomem suas atividades diárias com mais rapidez.
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Inovação no acompanhamento do paciente com diabetes
Avanços tecnológicos prometem transformar o controle do diabetes, como dispositivos inteligentes para administração de insulina e sensores de glicose de última geração.
Avanços na medicina e tecnologia estão revolucionando o tratamento do diabetes, oferecendo novas perspectivas para milhões de pacientes. Com dispositivos inteligentes para administração de insulina e sensores de glicose de última geração, juntamente com medicamentos inovadores como o Ozempic 1 mg, pacientes diabéticos agora têm acesso a opções terapêuticas mais eficazes e um monitoramento mais preciso.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), mais de 16 milhões de brasileiros vivem com diabetes, uma doença crônica que afeta todas as faixas etárias. A pesquisa Vigitel Brasil 2023 destacou que a prevalência do diagnóstico aumenta com a idade, atingindo 30,3% entre indivíduos com mais de 65 anos. O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial de incidência de diabetes.
Hábitos saudáveis, monitoramento contínuo e autocuidado para o controle eficaz da doença são essenciais. Para os pacientes, seguir uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas e aderir ao plano de tratamento prescrito pelo médico são fundamentais. No entanto, a tecnologia também desempenha um papel vital na melhoria da qualidade de vida dos pacientes diabéticos.
Inovações para o controle do diabetes
Novas ferramentas e medicamentos estão surgindo para facilitar o controle da doença. O sensor de glicose na pele, como o Libre 2 da Abbott, elimina a necessidade de picadas nos dedos para medir a glicose, enviando dados diretamente para o smartphone do paciente. Além disso, dispositivos como o Simplera da Medtronic oferecem monitoramento contínuo e precisão, enquanto a smartpen da mesma fabricante simplifica a administração de insulina.
A expectativa é alta para tratamentos inovadores, como a injeção semanal de tirzepatida da Eli Lilly, que promete uma redução significativa nos níveis de glicose. Além disso, versões genéricas de medicamentos essenciais, como a insulina basal Glargina da Biomm e a linagliptina dos laboratórios Libbs e EMS, estão se tornando disponíveis, tornando o tratamento mais acessível.
No entanto, acesso adequado a cuidados especializados e medicamentos ainda é um desafio para muitos pacientes diabéticos. A JDRF International destacou em uma pesquisa que, dependendo do estado onde vivem, os brasileiros com diabetes tipo 1 podem perder até 48 anos de vida saudável. Melhorar o acesso a tratamentos e intervenções públicas em saúde é crucial para reduzir essas disparidades e garantir uma vida saudável para todos os pacientes.
O diabetes é uma condição séria que requer acompanhamento contínuo ao longo da vida. Complicações podem surgir se a doença não for controlada, incluindo problemas renais, oculares, acidente vascular cerebral (AVC) e problemas de circulação nos membros. Por isso, é crucial que os pacientes realizem exames preventivos regularmente e sigam as recomendações de seus médicos para garantir uma vida saudável e plena.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Fórum em Goiânia vai debater a segurança do médico no exercício da profissão
Moradores de Goiás participarão de avaliação das sequelas da covid-19
Em três meses, dengue matou mesmo número de goianos que todo ano de 2023 e baixo índice de vacinação preocupa
Transtornos neurológicos disparam nas últimas décadas e viram fardo global
Médicos e engenheiros unidos pela IA na saúde
Hospital público de São Paulo reduz em 70% índice de infecções em UTI com projeto de gestão
Prefeitura publica novas regras para pagamentos no Imas
A REDAÇÃO
Fórum em Goiânia vai debater a segurança do médico no exercício da profissão
A segurança dos médicos no exercício da profissão será tema central de um fórum promovido pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) neste sábado (16/3), das 8h às 12h. O I Fórum sobre Segurança do Médico no Exercício do Ato Médico será realizado na sede do Cremego, no Setor Bueno. A programação será aberta a todos os médicos interessados. Também foram convidados representantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Ministério Público do Estado de Goiás e Guarda Civil Metropolitana da capital.
O Fórum foi elaborado após episódios envolvendo agressões a médicos no exercício da profissão em Goiás. Em um dos casos, um médico foi conduzido coercitivamente por agentes da Polícia Civil do Estado de Goiás enquanto trabalhava no Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), após se recusar a entregar o prontuário de um paciente sem sua autorização ou a devida ordem judicial, conforme destacou o Cremego.
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Moradores de Goiás participarão de avaliação das sequelas da covid-19
Moradores de Goiânia, Itumbiara, Rio Verde, São Luís de Montes Belos, Iporá, Porangatu, Iruaçu, Luziânia e Águas Lindas de Goiás vão participar de uma pesquisa para avaliar as sequelas da covid-19. Para levantar dados e subsidiar a criação de políticas públicas para o tratamento das sequelas, o Ministério da Saúde iniciou a segunda fase da coleta de dados do 'Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de covid-19 no Brasil'. Ao todo, ao longo do mês de março, serão realizadas visitas domiciliares a 33.250 pessoas que tiveram a doença em 133 municípios brasileiros.
“A Epicovid 2.0 faz parte do trabalho de fortalecimento do monitoramento da covid-19, que o Ministério da Saúde vem realizando desde maio de 2023”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel. De acordo com a secretária, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-covid. Neste sentido, segundo ela, é preciso apurar os dados relativos ao Brasil para ampliar serviços, como atendimento neurológico, fisioterapia e assistência em saúde mental.
De acordo com o epidemiologista Pedro Hallal, que irá coordenar o estudo, a expectativa é que o período de coleta dos dados dure entre 15 e 20 dias. “O Epicovid 2.0 é uma nova fase do estudo iniciado em 2020. Embora agora não estejamos mais sob uma pandemia grave como tivemos, o vírus continua na sociedade e seus efeitos na vida das pessoas também. Esse agora é o nosso alvo, entender o impacto da doença na vida das pessoas e das famílias brasileiras”, explica.
Dinâmica da Epicovid 2.0
A pesquisa usará informações de 250 cidadãos de cada um dos municípios que já fizeram parte das quatro rodadas anteriores do trabalho científico, em 2020 e 2021. Para isso, equipes de entrevistadores visitarão as residências para ouvir os moradores sobre questões centradas em pontos como: vacinação, histórico de infecção pelo coronavírus, sintomas de longa duração e os efeitos da doença sobre o cotidiano.
Todos os participantes serão selecionados de forma aleatória, por sorteio. Somente uma pessoa por residência responderá ao questionário. Hallal esclarece que, diferente das primeiras etapas da pesquisa, na atual não haverá qualquer tipo de coleta de sangue ou outro teste de covid.
Além do Ministério da Saúde e da UFPel, estão diretamente envolvidas no estudo a Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Entrevistadores identificados
Todas as entrevistas serão realizadas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada pelo Ministério da Saúde para a tarefa após apresentar a melhor proposta em pregão eletrônico. Os profissionais que farão o contato direto com os moradores para a coleta dos dados receberam treinamento e estarão devidamente identificados com crachás da empresa e coletes brancos com as marcas da UFPel, da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) e da LGA.
Para auxiliar com o processo de divulgação e esclarecimento da população, as prefeituras das 133 cidades envolvidas no estudo foram comunicadas do trabalho – por meio de suas secretarias municipais de Saúde – e participaram de reunião online com Pedro Hallal e integrantes do Ministério da Saúde. A orientação é que, em caso de dúvidas, os moradores entrem em contato com as prefeituras.
A empresa LGA também pode ser acionada através dos telefones (31) 3335-1777 e (31) 99351-2430. Informações sobre o Epicovid 2.0 também estão disponíveis nos sites do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Pelotas.
Primeiras fases do estudo
Entre 2020 e 2021, o Epicovid-19 serviu para traçar um retrato da pandemia que auxiliou cientistas e autoridades em saúde pública a compreender melhor os efeitos e a disseminação do coronavírus no país. Entre as principais conclusões, o estudo apontou que a quantidade de pessoas infectadas naquele momento era três vezes maior que os dados oficiais, com os 20% mais pobres tendo o dobro de risco de infecção em relação aos 20% dos brasileiros mais ricos.
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JORNAL OPÇÃO
Em três meses, dengue matou mesmo número de goianos que todo ano de 2023 e baixo índice de vacinação preocupa
A Superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) Flúvia Amorim alertou que o índice de vacinação contra a Dengue ainda está abaixo do esperado. “A gente gostaria de ter pelo menos 50% da população vacinada, até porque na privada todas as doses já tinham acabado e a população estava ansiosa aguardando a vacina”, relata.
De acordo com o painel de indicadores da SES-GO, em 2024 foram confirmados 54 óbitos, além de 64 que estão sob investigação. O número já iguala ao número total de óbitos registrados no ano passado.
De acordo com a SES-GO, Goiás vacinou 35,4% do público até os 14 anos. No Brasil, o índice é de 43,2%. Amorim reforçou o convite para a vacinação das crianças. “Ela é segura sim, ela é eficaz sim e para as próximas epidemias que poderão surgir”, disse.
Além da vacinação, a superintendente alertou para os cuidados necessários para a prevenção dos focos de dengue nas residências. “É importantíssimo que cada cidadão entenda seu papel, tirar 10 minutos por semana para verificar sem tem criadouro no quintal”.
2024 é o o pior ano da história
De acordo com Flúvia Amorim, o ano de 2024 é o pior ano para a epidemia de dengue em Goiás desde o início dos registros. Ela aponta o avanço da doença a cada semana e levanta as preocupações com o aumento.
“Estamos com mais de 116 mil casos notificados. À medida que eu tenho mais casos, a chance de ter mais óbitos é real. A gente precisa fazer com que o avanço dos óbitos não aconteça na mesma velocidade que o avanço dos casos”, Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde
Flúvia conta que o Estado tem lidado com o aumento dos casos em duas frentes: prevenção e destruição dos criadores para reduzir a infestação do mosquito e o Gabinete de Combate a Dengue, que orienta as ações estratégicas em conjunto com municípios.
A previsão climática para este ano pode influenciar diretamente no aumento de casos de Dengue em Goiás. Isso porque, o fenômeno El Niño deve se prolongar, aumentando os índices de infestação e da transmissão.
Chikungunya
Já os casos de Chikungunya em Goiás, foram notificados 3.831 e apenas um óbito confirmado. O município de Jataí tem uma das maiores taxas de infecção pela doença, com 2.109 casos confirmados. A maior parte dos casos foi registradas no Sul do Estado.
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CORREIO BRAZILIENSE
Transtornos neurológicos disparam nas últimas décadas e viram fardo global
Doenças e transtornos como AVC, enxaqueca e demência aumentaram significativamente em três décadas e ultrapassam as enfermidades cardiovasculares no impacto causado na vida dos pacientes e nos sistemas de saúde
Duas em cada cinco pessoas sofrem de alguma condição que afeta o sistema nervoso, o que faz de acidente vascular cerebral, enxaqueca, demência e confusão mental pós-covid, entre outros, os principais problemas de saúde no mundo. Com 43% da população encaixando-se em algum desses transtornos (veja quadro acima), eles também são os que mais causam incapacidade, segundo o maior estudo sobre o tema, publicado na revista The Lancet.
Com dados de 190 países, os pesquisadores chegaram a um número significativo: 443 milhões de pessoas sofrem de condições neurológicas, um aumento de 18% em três décadas. Juntas, perderam, em 2021, 443 milhões de anos de vida saudável, mostra o estudo. A explosão de casos tira, pela primeira vez, os episódios cardiovasculares do primeiro lugar no ranking da carga global de doenças, uma medição que considera o impacto, no mundo, de diversas enfermidades.
Segundo o estudo, o acidente vascular cerebral é o maior responsável pela perda de anos de vida saudável, mas a condição neurológica mais comum é a enxaqueca. Mais de 80% das mortes e incapacitações resultantes das doenças do sistema nervoso central aconteceram em países de baixo e médio rendimento, no ano de referência do relatório, 2021.
Depois de AVC, os principais contribuintes para a perda da saúde neurológica em 2021 foram encefalopatia neonatal, enxaqueca, doença de Alzheimer e outras demências, neuropatia diabética, meningite, epilepsia, complicações neurológicas de nascimento prematuro, transtorno do espectro do autismo e cânceres do sistema nervoso. As consequências da covid no sistema nervoso central - comprometimento cognitivo e síndrome de Guillain-Barré - ficaram em 20º lugar, representando 2,48 milhões de anos de vida saudável perdidos em 2021.
O estudo indica que, em termos de prevalência, dores de cabeça tensionais (2 bilhões de casos) e enxaquecas (1,1 bilhão) foram os mais comuns. A neuropatia diabética é a que mais cresce de todas as condições neurológicas. "O número de pessoas com neuropatia diabética mais do que triplicou globalmente desde 1990, aumentando para 206 milhões em 2021", disse a coautora Liane Ong, do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME), da Universidade de Washington, nos Estados Unidos. "Isso está alinhado com o aumento na prevalência global de diabetes."
O número absoluto de DALYs - anos de vida saudável perdidos devido a uma doença - está aumentando especialmente devido ao envelhecimento e ao crescimento da população mundial, afirmam os autores. Quando se considera a padronização etária, ou seja, caracterizar os casos por faixa de idade, há um decréscimo de um terço tanto em DALYs quanto em mortes (27% e 32%, respectivamente) por condições neurológicas desde 1990. Os autores destacam que, em grande parte, isso se deve a uma melhor sensibilização, vacinação e esforços globais de prevenção de algumas enfermidades como o tétano, a meningite e o acidente vascular cerebral. As regiões com a maior carga sobre o sistema nervoso em 2021 foram a África Subsariana Central e Ocidental, enquanto a Ásia-Pacífico e a Australásia, de rendimento elevado, tiveram os menores impactos. Os autores alertam que o enorme peso na saúde pública dessas causas de perda de saúde, muitas vezes evitáveis, "sublinha a urgência de que a saúde neurológica se torne uma prioridade global de saúde pública".
No Brasil, em 2021, o número de pacientes neurológicos em 2021 era de 47.536 em cada 100 mil habitantes, com uma mortalidade associada de 96 em 100 mil. O estudo apoiará o Plano de Ação Global Intersetorial da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre epilepsia e outros distúrbios neurológicos 2022-2031.
Fatores evitáveis
O estudo publicado na revista The Lancet também quantificou a carga das doenças potencialmente evitáveis com a eliminação de fatores de risco conhecidos e modificáveis para acidente vascular cerebral (AVC), demência, esclerose múltipla, doença de Parkinson, encefalite, meningite e deficiência intelectual. "Como muitas doenças neurológicas não têm cura e o acesso a cuidados médicos é, muitas vezes, limitado, compreender os fatores de risco modificáveis e a carga potencialmente evitável das condições neurológicas é essencial para ajudar a conter essa crise de saúde global", justificou, em nota, a coautora principal, Katrin Seeher, especialista da Unidade de Saúde Cerebral da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A análise sugere que a modificação de 18 fatores de risco poderia prevenir o AVC em 84% dos anos de vida saudáveis perdidos para doenças neurológicas, globalmente. O mais importante deles é o controle da pressão arterial sistólica, observa o estudo. As estimativas sugerem que o controle da exposição ao chumbo poderia reduzir o peso da deficiência intelectual em 63%, enquanto a redução da glicemia plasmática em jejum para níveis normais poderia reduzir ao peso da demência em cerca de 15%.
"A carga neurológica mundial está crescendo muito rapidamente e colocará ainda mais pressão sobre os sistemas de saúde nas próximas décadas", acredita o coautor Valery Feigin, diretor do Instituto Nacional de Derrame e Neurociência Aplicada da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia. "No entanto, muitas estratégias atuais para reduzir as doenças neurológicas têm baixa eficácia ou não são suficientemente implementadas, como é o caso de algumas das doenças de crescimento mais rápido, mas em grande parte evitáveis, como a neuropatia diabética e as doenças neonatais. Para muitas outras condições, não há cura, sublinhando a importância de um maior investimento e investigação em novas intervenções e fatores de risco potencialmente modificáveis."
Jaimie Steinmetz, diretor do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington, lembra que condições do sistema nervoso central incluem doenças e lesões infecciosas transmitidas por vetores (como Zika) e outras não-transmissíveis, o que exige diferentes estratégias de prevenção e tratamento. Ele ressaltou a importância de os legisladores prestarem atenção no tema.
Desafio
"Esse importante novo relatório destaca que a carga das condições neurológicas é maior do que se pensava anteriormente. No próximo levantamento, mais atenção deverá ser dado às doenças neuromusculares, aos efeitos do câncer no sistema nervoso e à dor neuropática. Comparar a incapacidade causada por condições com ocorrência episódica versus aquelas que causam doenças permanentes e progressivas continuará a ser um desafio, porque os efeitos sobre os indivíduos variam substancialmente."
Wolfgang Grisold, presidente da Federação Mundial de Neurologia
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O GLOBO
Médicos e engenheiros unidos pela IA na saúde
Em um cenário global cada vez mais conectado pela tecnologia, duas profissões aparentemente distintas encontram-se no epicentro de uma revolução na saúde: médicos e engenheiros. A união desses profissionais, trabalhando lado a lado, tem impulsionado o desenvolvimento de soluções inovadoras por meio da inteligência artificial (IA), prometendo transformações profundas e positivas na maneira como cuidamos de nossa saúde. Eu diria que a equipe multidisciplinar (médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, fisioterapeuta, psicólogo, dentista, farmacêutico e assistente social) que cuida do paciente ganha um novo elemento: o engenheiro de computação e de sistemas digitais.
Um dos exemplos mais promissores dessa colaboração é o desenvolvimento de sistemas de diagnóstico assistido por IA, que podem identificar padrões em imagens de exames, como ressonâncias magnéticas e tomografias, com uma precisão surpreendentemente alta. Essas ferramentas não só apoiam os médicos em suas decisões clínicas como também aumentam a eficiência do diagnóstico, liberando mais tempo para o cuidado direto dos pacientes.
Além disso, a aplicação de algoritmos de IA na análise de dados de saúde em larga escala promete revolucionar a medicina preventiva. Ao identificar fatores de risco e padrões que podem não ser evidentes para os médicos, a IA pode antecipar problemas de saúde, permitindo intervenções mais cedo e mais eficazes.
Dispositivos vestíveis e aplicativos de saúde, desenvolvidos conjuntamente por profissionais de saúde e engenheiros, permitem o monitoramento contínuo de sinais vitais e outras métricas de saúde em tempo real. Isso não só facilita a detecção precoce de potenciais problemas, mas também oferece aos pacientes uma maneira conveniente de gerenciar suas condições crônicas, reduzindo a necessidade de visitas frequentes ao médico. Além disso, tais tecnologias habilitam uma resposta rápida em emergências, salvando vidas.
A integração da IA na saúde também abre novas frentes de pesquisa e desenvolvimento. Projetos colaborativos entre médicos e engenheiros estão explorando desde a aplicação de IA na descoberta de novos medicamentos até o desenvolvimento de próteses inteligentes.
A IA está revolucionando a abordagem da medicina personalizada, permitindo a criação de terapias sob medida para as características genéticas e biomarcadores de cada paciente. Por meio da análise de vastas quantidades de dados genômicos e clínicos, médicos e engenheiros estão desenvolvendo tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais. A medicina de precisão, apoiada pela IA, não se limita apenas ao tratamento de doenças existentes, mas também à prevenção de condições para as quais os pacientes possam estar geneticamente predispostos.
A integração da inteligência artificial na saúde, embora promissora, traz consigo uma série de desafios éticos e regulatórios que precisam ser cuidadosamente abordados. A proteção dos dados dos pacientes é uma preocupação primária, exigindo que médicos, engenheiros e legisladores trabalhem juntos para garantir a confidencialidade e a segurança das informações de saúde. Além disso, há questões sobre a responsabilidade em casos de erros de diagnóstico ou tratamento baseados em IA, o que requer uma reflexão profunda sobre como as decisões médicas são tomadas e sobre o papel da tecnologia nesse processo. Defendo desde já a inclusão da IA no currículo médico.
Apesar desses desafios, o futuro da saúde parece promissor, graças à colaboração entre médicos e engenheiros na fronteira da inteligência artificial. Este é um momento de transição, em que a tecnologia amplia as possibilidades de cura e cuidado. À medida que avançamos, essa sinergia promete não apenas transformar a saúde como a conhecemos, mas também pode resultar em recompensas imensuráveis para a humanidade.
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GAZETA DA SEMANA
Hospital público de São Paulo reduz em 70% índice de infecções em UTI com projeto de gestão
São Paulo, março de 2023 - O projeto "Saúde em Nossas Mãos" tem mostrado resultados surpreendentes na redução do índice de infecções hospitalares em unidades de terapia intensiva (UTIs) de hospitais do interior paulista. O Hospital Escola Emílio Carlos, localizado em Catanduva (SP), foi um dos beneficiados, apresentando uma redução significativa de aproximadamente 70% nas três principais infecções monitoradas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI): pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), infecção de corrente sanguínea laboratorialmente comprovada (IPCSL) e infecção do trato urinário associada ao uso de cateter vesical (ITU-AC). A iniciativa é do Ministério da Saúde, realizada no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) pelos hospitais Alemão Oswaldo Cruz, BP - a Beneficência Portuguesa de São Paulo, Hcor, Einstein, Moinhos de Vento e Sírio-Libanês.
Ademilson Ronzani, enfermeiro coordenador da UTI e líder do projeto no Hospital Escola Emílio Carlos, expressou que "foi muito gratificante para nós participarmos deste projeto e das ações implementadas. Com isso, agregamos valor para o atendimento do paciente e para a população com a redução do tempo de permanência na UTI".
José Luís de Morais, enfermeiro da mesma instituição, destacou a transformação ocorrida na UTI, antes considerada paliativa. "O projeto "Saúde em Nossas Mãos", do PROADI-SUS, chegou e a gente foi colocando tudo em prática, convencendo os funcionários das melhorias, pois eles também não acreditavam mais. Hoje, o resultado está aí: graças a Deus, muitas vidas salvas. A gente tem muito que agradecer à equipe do HUB Hcor, que nos forneceu assistência, e ao projeto e ao Ministério da Saúde também, por proporcionarem um projeto tão bom para a população e para os hospitais".
Cristiana Prandini, do Hospital do Coração (HCor), responsável pela gestão do projeto no Hospital Escola Emílio Carlos, ressaltou que, durante a jornada de implementação, ocorreu uma transformação notável, não apenas em melhorias tangíveis na eficiência dos serviços prestados, mas também uma evolução significativa na cultura das equipes. "Essa parceria exemplifica o poder da colaboração e da troca de conhecimento, mostrando que, juntos, podemos alcançar resultados extraordinários na entrega de cuidados de saúde de qualidade", completou.
Outro hospital beneficiado pelo projeto é o Hospital Estadual Américo Brasiliense, situado na cidade de Américo Brasiliense (SP), que atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Marília Costa Frangioti, farmacêutica da instituição, enfatizou as mudanças positivas implementadas, "zeramos nosso índice de infecção do trato urinário por mais de 12 meses e conseguimos também ter uma redução de 30% na PAV e na IPCS", afirmou.
"Participar do projeto não foi algo que só beneficiou a nossa UTI, mas também proporcionou benefícios para os outros pacientes por conta da alteração de processos, melhorias e otimização de recursos. É muito gratificante poder participar e semear uma iniciativa que salva vidas", contou Marília.
Renata Gonsalez, do Hospital Sírio Libanês (HSL), responsável pela gestão do projeto no Hospital Estadual Américo Brasiliense, diz que "os resultados alcançados por meio deste projeto são mais do que meras estatísticas. Eles representam o nosso compromisso inabalável em oferecer um ambiente de cuidados de saúde seguro e de alta qualidade. para cada paciente que entra pelas portas de um hospital. Cada melhoria implementada reflete a eficácia das práticas adotadas e nossa dedicação em proporcionar o melhor tratamento possível".
Projeto "Saúde em Nossas Mãos"
O projeto "Saúde em Nossas Mãos" adota uma metodologia de referência mundial, abordando práticas relacionadas às principais infecções hospitalares e promovendo o uso de ferramentas para a melhoria da qualidade e segurança do paciente. Essa iniciativa, promovida pelo Ministério da Saúde no âmbito do PROADI-SUS, tem impactado positivamente diversos hospitais públicos, resultando na economia de R$ 718 milhões entre os anos de 2018 e 2023, atendendo cerca de 439 mil pacientes e salvando mais de 5 mil vidas ao evitar 13,6 mil infecções em UTIs do SUS.
"O engajamento das equipes e a implementação eficaz das práticas propostas pelo projeto têm contribuído não apenas para a redução das infecções, mas também para a melhoria geral dos processos e da qualidade da assistência prestada nas unidades de saúde participantes. Com resultados tão expressivos, o "Saúde em Nossas Mãos" se consolida como uma importante iniciativa na busca pela excelência no cuidado ao paciente e na promoção da segurança nos hospitais brasileiros", finalizou Cláudia Garcia, coordenadora geral do projeto.
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TV ANHANGUERA
Prefeitura publica novas regras para pagamentos no Imas
https://globoplay.globo.com/v/12437303/
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Assessoria de Comunicação
Valney Luiz da Rocha deixa a diretoria da Ahpaceg e é homenageado
Escrito por AdministradorValney (esq.) e Haikal
Hoje, 14 de março, após duas décadas de atuação na Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), o médico Valney Luiz da Rocha, do associado Hospital de Acidentados, despediu-se oficialmente da instituição, onde, nos últimos anos, ocupou o cargo de Diretor de Contratos e Convênios.
Valney Luiz da Rocha, que já havia deixado o cargo em 26 de fevereiro, ressaltou a alegria de ter participado da Ahpaceg desde a sua fundação em 2003 e demonstrou imensa satisfação em ver que a Associação cresceu, se consolidou e, hoje, é uma referência na representatividade do setor hospitalar privado goiano.
E muito da consolidação deste trabalho tem a participação ativa do médico, que é definido pelos associados e diretores como um conciliador, com vasto conhecimento técnico e grande representante do setor.
Na despedida oficial, Valney Luiz da Rocha foi aplaudido pelo presidente Haikal Helou e pelos associados e agradeceu a todos da Ahpaceg pelos anos de convivência. “Somos gratos por tudo o que você fez pela Ahpaceg”, disse o presidente. O homenageado recebeu uma placa da Associação com os seguintes dizeres:
Dr. Valney Luiz da Rocha,
Receba a homenagem e a gratidão da Ahpaceg por seu grande trabalho em defesa do setor hospitalar goiano.
Sua diplomacia, conhecimento e dedicação fizeram a diferença na história da Ahpaceg.
Goiânia, março de 2024.
Haikal Helou
Presidente
Valney (esq.), Haikal e Renato
A diretoria de Contratos e Convênios da Ahpaceg passa a ser ocupada por Renato Daher, do associado CRD.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Procura por atendimentos em clínicas populares aumenta, em Goiânia
Os efeitos da falta de tempo para cuidar da saúde nas mulheres brasileiras
Exclusão de dependentes maiores de 25 anos de planos de saúde é considerada abusiva
Os pilares essenciais para a redução de custos em clínicas de pequeno e médio porte
TV ANHANGUERA
Procura por atendimentos em clínicas populares aumenta, em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/12432553/
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MEDICINA S/A
Os efeitos da falta de tempo para cuidar da saúde nas mulheres brasileiras
Visando reforçar a necessidade de cuidados integrais entre as mulheres, o projeto Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil) apresentou os principais resultados de 15 anos de estudos sobre diferentes condições de saúde femininas. As pesquisas mostram que as mulheres têm hábitos mais saudáveis, fumam menos, não se excedem no álcool e consomem mais frutas e legumes. No entanto, foi constatado que 40% das mulheres, de todas as faixas etárias e grupos socioeconômicos, não conseguem cumprir a recomendação mínima de atividade física no lazer, que é de duas horas e meia por semana. De acordo com os estudos, isso se deve à dificuldade de conciliar o trabalho com as rotinas familiares, principalmente entre mulheres mais jovens, com menos escolaridade e filhos pequenos, aumentando o estresse e o risco de enxaqueca.
O Elsa-Brasil, que inclui várias universidades brasileiras além da USP, é um estudo epidemiológico dedicado a pesquisar os fatores associados a doenças crônicas não transmissíveis, como câncer e distúrbios cardiovasculares. Uma pesquisa realizada com mulheres que se submeteram a mamografia para identificar câncer de mama em Salvador (BA) mostra que as disparidades socioeconômicas e reprodutivas entre mulheres pretas e brancas foram responsáveis por diferenças na densidade mamográfica, o que pode dificultar o diagnóstico da doença. Outro trabalho identificou uma ocorrência de 8,5% de síndrome de ovários policísticos (SOP), que causa irregularidade na ovulação e aumento dos níveis de hormônios masculinos, propondo critérios para identificar a doença no pós-menopausa e sua associação com diabete e problemas cardiovasculares, além de um questionário para avaliar o excesso de pelos corporais, um dos sintomas da SOP.
Estilo de vida e saúde
As pesquisas do Elsa-Brasil apontam que a dificuldade no equilíbrio entre vida pessoal e trabalho é fonte de estresse e pode influenciar as prioridades pessoais e também reduzir o tempo disponível para o próprio cuidado e o lazer, afetando a saúde e o bem-estar, especialmente entre as mulheres. Elas se referem com mais frequência à existência de conflito entre trabalho e família, quando esforços para atender às demandas no emprego interferem na habilidade de responder ao que é demandado pela vida familiar. Essas mulheres em geral tiveram mais chances de mencionar uma pior autoavaliação de saúde, estilo de vida menos saudável, enxaqueca, tiveram maior ganho de peso e queixas de sono mais frequentes.
A relação entre a enxaqueca e indicadores de conflito na relação entre trabalho e família foi investigada em 6.183 mulheres e 5.664 homens participantes do projeto. Os resultados apontam maior carga da doença na população feminina relacionada a vários fatores de estresse, tais como a interferência na tensão do trabalho com a família, assim como a interferência dos familiares no trabalho e falta de tempo para cuidados pessoais e lazer.
Altas demandas psicológicas de trabalho e baixo apoio social interagiram com a falta de tempo para os cuidados pessoais em associação com enxaqueca definitiva. Entre os homens, a enxaqueca foi associada apenas à falta de tempo para os cuidados pessoais.
Equilibrar as exigências das esferas profissional, familiar e doméstica pode ser altamente relevante para a gestão não só das cefaleias, mas para a saúde integral das mulheres.
As mulheres pesquisadas pelo Elsa-Brasil são mais comprometidas com estilos de vida mais saudáveis que os homens, na medida em que fumam menos, bebem menos excessivamente álcool e consomem mais frutas e legumes, no entanto é menor o engajamento na prática da atividade física no lazer, o que pode estar relacionado com o menor tempo disponível. A partir da recomendação de 150 minutos por semana de atividade moderada ou vigorosa, essa prática foi avaliada por meio de um acelerômetro usado na cintura abdominal por sete dias, constatando o não cumprimento dessa meta em 40% das mulheres, de todas as faixas etárias e grupos socioeconômicos.
O grupo mais inclinado a essas práticas tem idade igual ou superior a 60 anos, de ascendência asiática e com maior escolaridade, indicando que, para a maioria das participantes do estudo, é mais provável que elas se engajem a partir de uma idade em que os filhos estão adultos e a carreira atinge estabilidade.
O trabalho doméstico é desigual entre os sexos e compete com as atividades de lazer das mulheres mais que os homens, um desafio adicional especialmente para aquelas que têm filhos pequenos, facilitando seu regresso exclusivo aos seus papéis de donas de casa tradicionais e com reduzidas chances de prática de atividade física, especialmente as de menor escolaridade, reflexo da posição social.
Em termos de orientação sexual, as mulheres heterossexuais são as que apresentam comportamentos de saúde mais saudáveis em termos de tabagismo, consumo de álcool, alimentação e sono, continuando mais prejudicadas quanto à atividade física, em comparação com as mulheres em relações homoafetivas (e os homens). Adicionalmente, foi encontrada uma associação entre tabagismo e discriminação percebida ao longo da vida nas mulheres, principalmente, entre aquelas com mais de 60 anos, pardas e de classe social mais elevada. Considerando a importância da atividade física regular para a saúde, é necessário que políticas públicas estimulem e facilitem a prática regular de atividade física em mulheres.
De acordo com as pesquisas do Elsa-Brasil, o perfil entre as mulheres que têm distorção para mais peso, ou seja, que se percebem mais pesadas, é de pessoas mais jovens, pardas, com maior escolaridade e que não costumam fazer dieta, sentindo-se inseguras para praticar atividade física. Já entre as que distorcem para menos peso, estão as mulheres mais velhas, pretas, com menor escolaridade e que costumam fazer dieta. O peso das mulheres foi maior à medida que a posição social diminuiu, enquanto nos homens ele diminuiu à medida que a posição social também sofreu. Com a pandemia de covid-19 houve maior adesão pelo sexo feminino às medidas de prevenção recomendadas e foi possível perceber que as mulheres que mais aderiram ao “ficar em casa” foram as que também tinham um estilo de vida mais saudável, além de serem mais velhas e com mais escolaridade. Os resultados de todos estes estudos contribuem para uma melhor compreensão da influência do estilo de vida e dos comportamentos de saúde na saúde e no bem-estar das mulheres brasileiras, podendo levar à implementação de políticas de promoção da saúde mais eficazes e realistas.
Doenças crônicas
A hipertensão arterial é uma das doenças mais comuns em adultos, sendo responsável direta por um grande número de mortes por derrame, infarto e outros eventos, atingindo cerca de 25% dos adultos brasileiros (Pesquisa Nacional de Saúde, Ministério da Saúde, 2013), e sendo mais frequente entre as mulheres a partir da menopausa. Uma dieta de qualidade ruim (alta em sódio e baixa em potássio) facilita o desenvolvimento de hipertensão e dificulta o seu tratamento. A análise da urina de 6.749 mulheres e 5.870 homens mostrou que os homens consomem mais sal do que as mulheres (12,9 gramas por dia e 9,3 gramas por dia, respectivamente). Quando esse consumo é corrigido para o peso corporal, a diferença fica menor, 160 e 140 miligramas por quilo (mg/kg). Outro dado importante é que a pressão na mulher é mais sensível ao sal, ou seja, uma dieta de alto consumo, 5 gramas (g) ou mais por dia, causa maiores prejuízos para mulheres. A qualidade da dieta, dada pela relação entre sódio e potássio na urina, é ruim em ambos os sexos.
Entre as participantes do Elsa-Brasil, cerca de 1,6% das mulheres com idade entre 35 e 74 anos referiram ter tido diagnóstico de câncer de mama. Diferente do que recomenda o Ministério da Saúde, de que mulheres entre 50 e 69 anos realizem mamografia a cada dois anos, a grande maioria das mulheres estudadas pelo projeto na Bahia realizou o último exame menos de dois anos depois do anterior, proporção que aumenta com a escolaridade, de 60,2% entre as que têm ensino fundamental a 82,4% entre aquelas com nível superior. A idade mediana da primeira mamografia ficou entre 40 e 49 anos, faixa em que 44,1% das mulheres fez o exame pela primeira vez. Esta distribuição não variou com a escolaridade, a situação conjugal e a cor da pele. Um estilo de vida saudável se associou a uma periodicidade de rastreio mamográfico dentro do recomendado. Nota-se um padrão de intenso uso de serviços médicos, com história de cirurgia plástica mamária em 7,1% do total, proporção que aumenta com a escolaridade (de 1,2% a 11,6%) e foi maior entre aquelas com união conjugal atual ou prévia.
Pesquisas com integrantes do Elsa-Brasil e mulheres assistidas pelo SUS mostram que, em comparação às brancas, mulheres autorreferidas como pretas apresentaram mamas mais densas na mamografia, o que é um fator de risco reconhecido para o câncer de mama. As disparidades socioeconômicas e reprodutivas entre mulheres pretas e brancas foram responsáveis por essas diferenças raciais na densidade mamográfica. Nesta mesma população de estudo, verificou-se maior densidade mamária à mamografia em mulheres entre 50 e 59 anos, quando comparadas a mulheres entre 60 e 69 anos, assim como mulheres mais magras, as que tiveram menos de dois filhos ou nenhum, amamentaram menos meses, faziam uso atual de terapia hormonal na menopausa e consumiam bebidas alcoólicas. Mais informações sobre o tema podem ser obtidas no documentário Para enfrentar o câncer de mama: MULHERES pesquisam desigualdades entre MULHERES, que pode ser acessado neste link.
Entre todas as mulheres estudadas com menopausa natural, 30,8% usaram terapia hormonal da menopausa (THM) no passado, a maioria com idade atual igual ou superior a 60 anos, sobretudo brancas, mas também pardas, com plano de saúde privado e não obesas, e 11,1% estavam em uso da THM, a maior parte delas com 60 anos ou mais, casadas, separadas ou divorciadas, nível de escolaridade superior ou pós-graduadas, plano de saúde privado, não obesas e sem contraindicação para a terapia. Entre as mulheres acima de 60 anos que fazem THM, 73,6% tinham mais de dez anos de menopausa e mais de cinco de terapia, e 15,2% apresentavam pelo menos uma contraindicação formal para a THM. Do total de 2.138 mulheres normotensas ou com hipertensão após a menopausa, 1.492 (69,8%) nunca tinham usado a THM, 457 (21,4%) usaram no passado e 189 (8,8%) estavam em uso atual. O uso de THM foi mais comum em mulheres fisicamente menos inativas, não fumantes e não diabéticas. Mulheres que fazem THM apresentaram menores chances de ter hipertensão, em comparação com as que nunca a usaram. Na maioria dos casos, a THM foi iniciada com idade até 59 anos, com menos de dez anos de menopausa e o uso durou até cinco anos. Outros dados podem ser consultados no boletim Saúde e Câncer de Mama, com resultados de um estudo suplementar que fez a caracterização do perfil e trajetórias das mulheres que realizaram mamografias de rastreamento na Bahia, registradas no Sistema de Informação do Câncer (Siscan).
A síndrome de ovários policísticos (SOP) é uma doença comum em mulheres em idade reprodutiva, que costumam apresentar irregularidade na ovulação, aumento dos níveis de hormônios masculinos e ovários com aspecto de vários cistos. No Brasil, a única avaliação disponível em nível nacional da frequência da SOP foi calculada pelo Elsa-Brasil em 8,5% das mulheres assistidas pela rede de atenção primária em Salvador. O projeto também validou o primeiro questionário curto e autoadministrado para identificar o hirsutismo, que é o excesso de pelos corporais em mulheres, decorrente do aumento dos níveis de hormônio masculino, um dos aspectos a serem avaliados no diagnóstico da SOP. O questionário validado foi usado num estudo que propôs um conjunto de critérios para identificar mulheres com SOP no pós-menopausa, momento em que se torna importante esse diagnóstico na identificação de grupo de risco para diabete e doenças cardiovasculares. As mulheres selecionadas de acordo com esses critérios apresentavam características da SOP, não apenas dentro do esperado, mas também amplamente associadas a esse transtorno. (Com informações do Jornal da USP)
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PORTAL AB NOTÍCIAS NEWS
Exclusão de dependentes maiores de 25 anos de planos de saúde é considerada abusiva
O Judiciário vem reconhecendo esse movimento como abusivo
José Santana Júnior* Nos últimos anos, temos testemunhado uma crescente controvérsia no setor de saúde brasileiro: a exclusão de dependentes maiores de 25 anos de forma tardia por parte das operadoras de plano de saúde. O Judiciário vem reconhecendo esse movimento como abusivo.
Observa-se um crescente entendimento favorável por parte dos tribunais em relação aos casos envolvendo dependentes em planos de saúde maiores de 25 anos que são excluídos tardiamente dos planos como dependentes. Este movimento jurisprudencial baseia-se no argumento de que a inércia das operadoras de saúde, ao permitirem que dependentes maiores permaneçam no plano sem contestação por longos períodos, gera uma expectativa legítima de direito ao consumidor.
É notório que muitas operadoras de planos de saúde permanecem inertes diante da permanência de dependentes maiores, não tomando medidas para excluí-los do plano mesmo quando há clara violação das regras contratuais.
Essa postura negligente cria uma falsa sensação de segurança para o consumidor, que confia na continuidade de sua cobertura de saúde, mesmo após atingirem a maioridade ou outros marcos que poderiam implicar em exclusão do plano. Entretanto, após anos de inatividade, as operadoras frequentemente notificam os beneficiários sobre a necessidade de exclusão do dependente maior, o que representa não apenas uma surpresa desagradável, mas também uma quebra da boa-fé contratual.
Essa prática, segundo o entendimento consolidado em diversos tribunais, caracteriza-se como uma afronta aos princípios de lealdade e transparência nas relações de consumo. Nesse contexto, os magistrados têm reconhecido a existência de uma expectativa de direito por parte dos consumidores, fundamentada na inação das operadoras de saúde.
Tal expectativa é respaldada pela confiança depositada pelos consumidores na continuidade de sua cobertura, em virtude da omissão das operadoras em exercer seu direito de exclusão no momento oportuno. Diante disso, é evidente a necessidade de uma revisão por parte das operadoras de saúde de suas práticas de gestão de contratos, a fim de evitar situações que configurem uma violação à boa-fé contratual e que gerem danos aos consumidores.
Enquanto isso, o Poder Judiciários continua a firmar jurisprudência em favor dos dependentes, protegendo os direitos dos consumidores diante da inércia das empresas prestadoras de serviços de saúde.
*José Santana Júnior é advogado especialista em Direito Empresarial e da Saúde e sócio do escritório Mariano Santana Sociedade de Advogados
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GAZETA DA SEMANA
Os pilares essenciais para a redução de custos em clínicas de pequeno e médio porte
67% dos estabelecimentos são formados por hospitais privados ou filantrópicos de pequeno porte (com até 50 leitos), desafiando a gestão hospitalar por uma maior eficiência financeira
O controle de custos é um obstáculo para diversas clínicas médicas, com uma gestão organizada é possível evitar desperdícios, identificar áreas de investimento, equilibrar margens de lucro e detectar oportunidades de melhorias na infraestrutura da instituição. De acordo com uma pesquisa elaborada pelas autoras Luciana Reis Carpanez e Ana Maria Malik, a saúde soma cerca de 6,8 mil hospitais espalhados pelos 5.568 municípios brasileiros. Com números assim, dá até para imaginar que cada cidade brasileira tenha hoje seu próprio hospital para atender seus residentes - o que, em parte, é verdade. Mas tamanha pulverização, somada ao fato de mais de 67% desses estabelecimentos serem formados por hospitais privados ou filantrópicos de pequeno porte (com até 50 leitos), desafia a gestão hospitalar por uma maior eficiência financeira.
"O hospital de pequeno porte que implanta o sistema de gestão hospitalar costuma reduzir em 20% o custo de aquisição de medicamentos, por exemplo. Já na área assistencial o ganho é uma redução de mais de 40% no tempo dos procedimentos. Portanto, a solução de gestão hospitalar traz vantagens econômicas importantes", afirma Valmir Júnior, diretor da Unidade de Negócios Hospitalar da MV. Um dos exemplos de sucesso é a Santa Casa da cidade de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, que apostou na automatização por meio de software de gestão de saúde e teve alguns de seus principais problemas resolvidos com rapidez, com isso, o índice de compras efetuadas diminuiu 21% e o custo do estoque caiu 40%, somente no primeiro mês de implementação. Os principais pontos envolvidos na redução de custos em clínicas médicas e o papel da automatização neste processo, contendo seis pilares essenciais para reduzir custos em uma clínica médica de pequeno e médio porte, são: Integração de áreas Com áreas integradas, o trabalho de toda a equipe é otimizado, evitando ou erradicando retrabalho.
Isso ajuda a melhorar a produtividade das áreas através da padronização de processos. Controle de materiais É essencial realizar práticas como gestão de estoque e negociação com fornecedores para evitar desperdícios e reduzir custo, comprando a quantidade correta, na hora devida, com o melhor preço e condição de pagamento. Isso colabora para evitar custos de estocagem. Adoção de um Prontuário Eletrônico do Paciente Adotar um Prontuário Eletrônico do Paciente contribui para o registro da história clínica do paciente, possibilitando o médico ser mais assertivo quanto ao diagnóstico e o tratamento proposto, garantindo desta forma a melhor assistência com o custo mais adequado. Fluxos estruturados Otimizar equipes ajuda na redução de custos de clínicas médicas. Quando possível, terceirizar atividades de apoio não relacionadas a sua atividade, como serviços de limpeza e manutenção; Controle de atendimento e assistencial Adoção de tecnologias onde o próprio paciente pode agendar suas consultas, exames ou tratamentos (agendamento por aplicativos ou site).
Isso permite que o próprio paciente faça o seu autoatendimento ao chegar à instituição (QR codes ou tokens). Além disso, reduz o tempo de permanência do paciente na recepção. Para o lado assistencial, a definição de protocolos clínicos assistenciais ajuda a padronizar processos e evitar desperdícios, por meio da adoção de protocolos clínicos padronizados e avaliação dos serviços prestados pela clínica médica. Obter controle de faturamento Já na área administrativa, o sistema de gestão propicia o controle avançado nos processos de faturamento que contribuem para aumentar a eficiência das atividades relacionadas ao setor. A automatização melhora a eficiência das contas médicas e diminui o número de glosas. Contatos para a imprensa In Press Porter Novelli Jéssie Costa Bárbara Bitencourt [email protected] Sobre a MV A MV é uma multinacional brasileira especializada na transformação digital da saúde, que conecta, há 36 anos, as demandas do presente sem deixar de olhar para o futuro.
Com foco em tecnologias que facilitam a rotina de todo o ecossistema da saúde e contribuem para salvar vidas, a MV desenvolve soluções de gestão integradas para hospitais, clínicas, operadoras, centros de medicina diagnóstica, rede de atendimento pública e pacientes. Mais de 3 mil instituições espalhadas pela América Latina, Central e na África utilizam as tecnologias da MV para garantir eficiência, agilidade, precisão e segurança na prestação de serviços da saúde.
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Assessoria de Comunicação
Dengue, zika e chikungunya podem impactar em R$ 20 bilhões a economia nacional
Escrito por AdministradorO grande número de casos de dengue e de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em 2024, além de afetar a saúde de milhões de brasileiros, pode ter impacto expressivo na economia nacional. Estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) mostra que esse impacto pode chegar a R$ 20 bilhões.
De acordo com o estudo, o Brasil enfrenta o risco de uma queda de até R$ 7 bilhões em seu Produto Interno Bruto (PIB) devido à redução da produtividade causada pelos efeitos dessas doenças. Além disso, os custos relacionados ao tratamento podem atingir a marca de R$ 5,2 bilhões. Esse impacto econômico tem o potencial de resultar na perda de mais de 129 mil postos de trabalho, comprometendo a geração de cerca de R$ 2,1 bilhões em massa salarial.
O estudo considera três arboviroses – dengue, zika e chikungunya –, em um cenário esperado com 4,2 milhões de infectados no país. A estimativa de infectados foi baseada na divulgação do Ministério da Saúde para o ano de 2024. Esses números alarmantes decorrem dos impactos causados por alterações climáticas, como El Niño, que provoca ondas de calor e chuva. O documento evidencia ainda a importância de medidas preventivas e de controle.
Segundo João Gabriel Pio, economista-chefe da FIEMG, “o estudo evidencia os impactos econômicos e sociais das arboviroses na sociedade”. Ele explica ainda que os gastos com tratamento podem chegar a R$ 5,2 bilhões ao ano, valor suficiente para subsidiar o programa Bolsa Família para mais de 716 mil famílias. “Os custos com a saúde não são o único obstáculo”, explica Pio. Segundo ele, “o absenteísmo, decorrente do afastamento do trabalho acarreta prejuízos significativos para a atividade econômica”.
Juliana Gagliardi, que integra o time de economistas da FIEMG, diz que “é urgente a necessidade de políticas públicas eficazes no combate às arboviroses, não apenas para proteger as pessoas, mas também para reduzir os impactos econômicos atrelados a essas doenças”.
Números
O número de casos de dengue no Brasil já ultrapassa 1 milhão em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde, a estimativa do órgão para o ano chega a 4,2 milhões. A rápida expansão da doença já se transformou em epidemia em seis estados e obrigou 17 municípios a declarar emergência de saúde.
Confira o estudo completo aqui: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://app.i-maxpr.com/x/12094/2fa/2fa97eeaf0e7dd4543bb65c763b94cdd.pdf
(Fonte: Medicina S/A)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Saúde passa a recomendar testes rápidos para diagnóstico de dengue
Prefeitura decreta situação de emergência de dengue em Goiânia
Prescrição indiscriminada de implantes hormonais está na mira do Cremego
Goiânia entra em situação de emergência devido ao aumento de casos de dengue
Médicos irão paralisar serviços por 24 horas
MEDICINA S/A
Dengue, zika e chikungunya podem impactar em R$ 20 bilhões a economia nacional
O grande número de casos de dengue e de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em 2024, além de afetar a saúde de milhões de brasileiros, pode ter impacto expressivo na economia nacional. Estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) mostra que esse impacto pode chegar a R$ 20 bilhões.
De acordo com o estudo, o Brasil enfrenta o risco de uma queda de até R$ 7 bilhões em seu Produto Interno Bruto (PIB) devido à redução da produtividade causada pelos efeitos dessas doenças. Além disso, os custos relacionados ao tratamento podem atingir a marca de R$ 5,2 bilhões. Esse impacto econômico tem o potencial de resultar na perda de mais de 129 mil postos de trabalho, comprometendo a geração de cerca de R$ 2,1 bilhões em massa salarial.
O estudo considera três arboviroses – dengue, zika e chikungunya –, em um cenário esperado com 4,2 milhões de infectados no país. A estimativa de infectados foi baseada na divulgação do Ministério da Saúde para o ano de 2024. Esses números alarmantes decorrem dos impactos causados por alterações climáticas, como El Niño, que provoca ondas de calor e chuva. O documento evidencia ainda a importância de medidas preventivas e de controle.
Segundo João Gabriel Pio, economista-chefe da FIEMG, “o estudo evidencia os impactos econômicos e sociais das arboviroses na sociedade”. Ele explica ainda que os gastos com tratamento podem chegar a R$ 5,2 bilhões ao ano, valor suficiente para subsidiar o programa Bolsa Família para mais de 716 mil famílias. “Os custos com a saúde não são o único obstáculo”, explica Pio. Segundo ele, “o absenteísmo, decorrente do afastamento do trabalho acarreta prejuízos significativos para a atividade econômica”.
Juliana Gagliardi, que integra o time de economistas da FIEMG, diz que “é urgente a necessidade de políticas públicas eficazes no combate às arboviroses, não apenas para proteger as pessoas, mas também para reduzir os impactos econômicos atrelados a essas doenças”.
Números
O número de casos de dengue no Brasil já ultrapassa 1 milhão em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde, a estimativa do órgão para o ano chega a 4,2 milhões. A rápida expansão da doença já se transformou em epidemia em seis estados e obrigou 17 municípios a declarar emergência de saúde.
Confira o estudo completo aqui: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://app.i-maxpr.com/x/12094/2fa/2fa97eeaf0e7dd4543bb65c763b94cdd.pdf
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AGÊNCIA BRASIL
Saúde passa a recomendar testes rápidos para diagnóstico de dengue
O Ministério da Saúde passou a recomendar o uso de testes rápidos para diagnóstico e fechamento de casos de dengue. De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, foi elaborada uma nota técnica para orientar estados e municípios sobre o uso de testes rápidos para dengue.
"Já iniciamos a compra para distribuição", disse Ethel, em entrevista coletiva. A secretária lembrou que outros testes para diagnóstico de dengue, como o RT-PCR, amplamente utilizado durante a pandemia de covid-19, são mais sensíveis na detecção do vírus. Entretanto, em meio à explosão de casos de dengue no país, o Ministério da Saúde decidiu recomendar teste rápido para o diagnóstico de dengue com a devida orientação aos profissionais de saúde das redes estaduais e municipais.
A secretária de Vigilância Sanitária em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, fala sobre uso de testes rápidos para diagnóstico da dengue - Wilson Dias/Agência Brasil
De acordo com a coordenadora-geral de Laboratórios de Saúde Pública, Marília Santini, o teste rápido recomendado pelo ministério deve ser realizado entre o primeiro e o quinto dia de sintomas, período em que a maioria dos pacientes busca um serviço de saúde. Mesmo em casos de resultado negativo, o paciente deve ser monitorado e ações estratégicas, como a hiper-hidratação, devem ser adotadas, reforçou.
Ainda segundo Marília, para casos graves e mortes suspeitas por dengue, a orientação da pasta permanece sendo a realização de exame laboratorial, e não do teste rápido, uma vez que este tem limitações, como a incapacidade de rastrear o sorotipo de dengue que causou o agravamento do quadro ou o óbito do paciente.
Autoteste
Marília confirmou também tratativas com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercialização de autotestes para dengue no Brasil. A informação foi antecipada pelo diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
"Tivemos duas reuniões com a Anvisa", disse Marília, ao detalhar que o teste rápido e o autoteste são essencialmente o mesmo dispositivo, sendo o primeiro é conduzido por um profissional de saúde e o segundo, pelo próprio paciente.
Marília lembrou que, diferentemente do cenário de covid-19, em que o autoteste contribui para interromper a transmissão do vírus por meio do isolamento, o autoteste de dengue não contribui nesse aspecto, já que a doença só pode ser transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. "A gente ainda está iniciando uma discussão técnica."
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JORNAL OPÇÃO
Prefeitura decreta situação de emergência de dengue em Goiânia
Período é favorável para recebimento de recursos federais e para a flexibilização de gastos do município sem necessidade de licitação, por exemplo
A Prefeitura de Goiânia decidiu decretar situação de emergência de dengue, nesta terça-feira, 12. O titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Wilson Pollara, em entrevista coletiva, disse que a medida é em decorrência do aumento de casos e óbitos da doença. Até o momento, foram registrados um óbito e 10 casos estão sendo investigados, segundo o boletim epidemia.
O decreto assinado pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) está previsto para sair em edição do Diário Oficial do Município (DOM) ainda nesta segunda. “Nós atingimos os níveis necessários para que isso [emergência] seja feito. Nós temos duas situações. A primeira situação, do Ministério da Saúde, que é a manutenção durante quatro meses crescente de casos, e segundo, também do Ministério da Saúde, quando o número de casos por mês ultrapassa a média dos últimos cinco anos. Então, isso caracteriza a emergência”, explicou.
Pollara pontuou que a Capital está com cinco mil casos, o que permite a decretação de emergência. Com isso, segundo o secretário, o Paço deve receber recursos emergências do Ministério da Saúde (a estimativa inicial é de R$ 5 milhões), para realizar contratações de agentes e adquirir insumos com a dispensa de licitação.
Questionado sobre a utilização das oito novas armadilhas para os mosquitos, o secretário lembrou que os equipamentos chegaram ao município na sexta-feira, 8, e que ainda não foram colocados em uso.
Embora tenham sido chamados 200 agentes de endemias no ano passado, o que totaliza mais de 250 efetivos, o superintendente de Vigilância em Saúde, Pedro Moraes, salienta que com a situação de emergência outros profissionais devem ser contratados. “Com este decreto vai facilitar a gente contratar mais efetivo, fazer aquisição de produtos e insumos e serviços ao combate ao mosquito”.
Paralisação de médicos
Ao mesmo tempo, nesta segunda, o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) anunciou a paralisação de advertência de 24 horas para esta quarta-feira, 13, a partir das 7 horas da manhã. As principais reclamações dos médicos são atrasos de pagamentos e desvalorização profissional pela chamada pejotização (contrato por CNPJ).
Ao Jornal Opção, Pollara rebateu os atrasos de pagamentos aos médicos e ressaltou que os contratos via pessoa jurídica são uma opção para o profissional e para o setor público. De acordo com ele, esses profissionais têm ganhos maiores com esta modalidade. “Sobre o concurso público, para você ter uma ideia, tínhamos 17 vagas do processo anterior, fizemos o chamamento, sabe quantos vieram? Apenas oito. Sabe quantos foram efetivados? Apenas quatro”, frisou.
O secretário destacou que pelo contrato com CNPJ o profissional paga menos impostos, do que o servidor público, que tem os descontos no contracheque.
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GOIÁS VIDA SAUDÁVEL
Prescrição indiscriminada de implantes hormonais está na mira do Cremego
Há anos, o Cremego vem se posicionando publicamente contra esse tipo de prescrição e alertando a população sobre os riscos que uso indiscriminado hormônios representa para a saúde.
O caso também foi tema de uma carta divulgada no fim de 2023, na qual várias Sociedades de Especialidades Médicas alertavam que “não existe dose, tampouco acompanhamento médico que garanta segurança para o uso de hormônios para fins estéticos ou de performance”.
Médicos goianos reiteraram que a terapia hormonal para rejuvenescimento, emagrecimento, ganho de massa ou qualquer outro fim estético atende unicamente a interesses da indústria e de médicos que atropelam a ética médica e insistem na prescrição de procedimentos sem comprovação.
A presidente do Cremego voltou a alertar a população que não se submeta a esses tratamentos. “A terapia hormonal tem indicações específicas e a busca da beleza e da juventude eterna não é uma delas”, afirmou.
Sheila Soares Ferro Lustosa Victor explicou que o Cremego tem feito uma busca ativa nas redes sociais, onde os anúncios destes supostos tratamentos têm ganhado espaço, e punido os responsáveis por infração à ética médica.
“Mas, não conseguimos fiscalizar todos”, observou a presidente, que pediu ajuda à classe médica e à sociedade para que denunciem os profissionais que oferecem essas terapias. As denúncias podem ser encaminhadas à Ouvidoria do Cremego pelo telefone (62) 3250 4930 ou pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..">O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..
Os médicos fiscalizados podem responder a processo ético-profissional. Se confirmada a infração, eles podem ser punidos com penas que incluem a advertência confidencial, censura confidencial, censura pública, suspensão e cassação do direito de exercício da medicina.
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A REDAÇÃO
Goiânia entra em situação de emergência devido ao aumento de casos de dengue
A Prefeitura de Goiânia declarou, nesta terça-feira (12/3), situação de emergência nível 3 pelo aumento significativo do número de casos de dengue. Conforme explica o titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Wilson Pollara, a medida foi tomada devido ao fato de o município ter ultrapassado, no último mês, a média dos últimos cinco anos, registrando mais de cinco mil infecções.
Conforme dados da nona edição do Boletim Epidemiológico Arboviroses da SMS, foram confirmados 5.724 casos de dengue no município, representando aumento de 52,7% em relação à edição anterior do boletim, que havia registrado 3.744 casos desde o início do ano. Além disso, Goiânia registrou um óbito confirmado e outros 10 em investigação. Wilson Pollara explica que o crescimento da doença por quatro semanas seguidas caracteriza a epidemia. “Além desse crescimento de registros confirmados, temos o óbito que confirma a situação de emergência”.
Questionado sobre a gravidade da situação, Wilson Pollara destacou que esse é um momento que requer maior empenho por parte de toda a população. "Da parte administrativa, os processos referentes à epidemia da dengue serão tratados em regime de urgência e prioridade em todos os órgãos e entidades da administração municipal", afirmou o secretário. Ele acrescentou que contratações temporárias poderão ser realizadas para evitar que o déficit atual do quadro de pessoal permanente afete a prestação dos serviços à população de Goiânia.
Em termos operacionais, Pollara confirmou a ampliação de ações preventivas e de combate ao vetor transmissor, o Aedes aegypti, destacando a aquisição pública de insumos e materiais, bem como a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação anormal, respeitando a legislação vigente. "Recebemos recentemente outras oito mil armadilhas In Care, que já serão instaladas em regiões estratégicas", informou.
A tecnologia das armadilhas consiste em um dispositivo feito de plástico durável, aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que atrai as fêmeas do mosquito para depositar os ovos em um recipiente contendo larvicida e um fungo para contaminar os mosquitos durante a postura dos ovos. Ao voarem para fora da armadilha, os insetos espalham as substâncias em outros criadouros, resultando na eliminação dos mosquitos contaminados.
Pollara ressaltou também que a SMS realiza visitas domiciliares constantes por parte dos Agentes de Combate a Endemias (ACEs) para orientar a população sobre as medidas para a prevenção das arboviroses urbanas, enfatizando que 75% dos focos do mosquito estão dentro do ambiente domiciliar, conforme dados do Ministério da Saúde (MS). "O combate à dengue deve ser um pacto social em que toda a sociedade se envolva, cada cidadão fazendo a sua parte para evitar a proliferação do Aedes aegypti", frisou.
Outra medida destacada pelo secretário de Saúde foi a vacinação contra a dengue. Desde o dia 15 de fevereiro, foram aplicadas 9.896 doses de Qdenga em crianças de 10 a 14 anos na Capital. Distribuído pela farmacêutica japonesa Takeda, o imunizante teve o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Trata-se de uma vacina viva atenuada, composta pelos quatro sorotipos vivos do vírus da dengue (DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4), que não protege contra chikungunya, zika e febre amarela.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Médicos irão paralisar serviços por 24 horas
Decisão se deve ao impasse entre a categoria e a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia
O Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), informou nsta terça-feira, 12, que a classe médica irá paralisar os serviços. A paralisação tem início às 7h da manhã de quarta-feira, 13, e se estende por 24 horas.
A greve foi estabelecida no dia 6 de março, durante uma Assembleia Geral Extraordinária Permanente, na qual a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia não teria atendido às reivinidcações dos profissionais.
As principais reivindicações dos médicos são reajuste salarial, melhores condições de trabalho, revisão nas escalas de plantões e investimentos nas infraestruturas de unidades de saúde públicas.
Procedimentos classifcados como não urgentes e de emergência sofrerão impactos devido à greve. No entanto, atendimentos essenciais deverão ser mantidos, conforme é estabelecido pela legislação.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Pesquisa avalia sequelas da covid-19 na população brasileira
Médica é denunciada por morte de paciente após procedimento estético
Decisão da Justiça muda regras para o uso de anestesia em consultórios de dentistas
Há 4 anos era declarada a pandemia de Covid-19; relembre o enfrentamento e a situação atual em GO
Nova maternidade de Aparecida de Goiânia terá 101 leitos e UTI
Artigo - Setor médico tem quebrado paradigmas, mas e a questão jurídica?
AGÊNCIA BRASIL
Pesquisa avalia sequelas da covid-19 na população brasileira
O Ministério da Saúde iniciou nesta segunda-feira (11) a segunda fase da coleta de dados de um estudo de base populacional sobre a covid-19 no Brasil. Durante o mês de março, serão realizadas visitas domiciliares a 33.250 pessoas que tiveram a doença e que residem em 133 municípios brasileiros. O objetivo, segundo a pasta, é levantar dados para subsidiar a criação de políticas públicas direcionadas ao tratamento das chamadas condições pós-covid ou covid longa, classificadas como sequelas da doença.
O estudo, denominado Epicovid 2.0: inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil, é coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente e encomendado à Universidade Federal de Pelotas. Em nota, o ministério destacou que, até o momento, não existem estimativas nacionais sobre o impacto da doença a longo prazo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 20% das pessoas infectadas, independentemente da gravidade do quadro, desenvolvem condições pós-covid.
A expectativa do ministério é que o período de coleta dos dados dure entre 15 e 20 dias. A pesquisa usará informações de 250 cidadãos de cada um dos municípios selecionados que já fizeram parte das quatro rodadas anteriores do trabalho científico, em 2020 e 2021. Para isso, equipes de entrevistadores visitarão as residências para ouvir os moradores sobre questões centradas em pontos como vacinação, histórico de infecção, sintomas de longa duração e efeitos da doença sobre o cotidiano.
"Todos os participantes serão selecionados de forma aleatória, por sorteio. Somente uma pessoa por residência responderá ao questionário", destacou a pasta, ao citar que, diferentemente das primeiras etapas do estudo, na fase atual, não haverá qualquer tipo de coleta de sangue ou outro teste de covid. Também participam da pesquisa a Universidade Católica de Pelotas, a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Entrevistadores identificados
Todas as entrevistas serão realizadas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada pelo ministério. "Os profissionais que farão o contato direto com os moradores para a coleta dos dados receberam treinamento e estarão devidamente identificados com crachás da empresa e coletes brancos com as marcas da UFPel, da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) e da LGA", destacou a pasta.
Para auxiliar com o processo de divulgação e esclarecimento da população, as prefeituras das 133 cidades envolvidas no estudo foram comunicadas do trabalho - por meio de suas secretarias municipais de Saúde - e participaram de reunião online com o epidemiologista Pedro Halla, coordenador da pesquisa, e integrantes do ministério. A orientação é que, em caso de dúvidas, os moradores entrem em contato com as prefeituras.
A empresa LGA também pode ser acionada através dos telefones (31) 3335-1777 e (31) 99351-2430. Informações sobre o Epicovid 2.0 também estão disponíveis nos sites do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Pelotas.
Primeiras fases
Entre 2020 e 2021, o Epicovid-19 serviu para traçar um retrato da pandemia que auxiliou cientistas e autoridades em saúde pública a compreender melhor os efeitos e a disseminação do vírus no Brasil. Entre as principais conclusões, o estudo apontou que a quantidade de pessoas infectadas naquele momento era três vezes maior que os dados oficiais, com os 20% mais pobres tendo o dobro de risco de infecção em relação aos 20% mais ricos.
Memorial
Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificava o cenário de covid-19 no mundo como uma pandemia. Quatro anos depois, também nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde anunciou a criação de um memorial às vítimas da doença que matou 710 mil brasileiros. O local escolhido, segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, é o Centro Cultural do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro.
"Ao falarmos de um memorial e de uma política de memória, porque é isso que estamos propondo, não circunscrevemos a pandemia de covid-19 ao passado. Como todas as reflexões sobre memória, sabemos do componente presente, político, das ações de memória. E, ao mesmo tempo, lembramos que, a despeito de termos superado a emergência sanitária, nós não superamos a covid-19 como problema de saúde pública".
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TV ANHANGUERA
Médica é denunciada por morte de paciente após procedimento estético
https://globoplay.globo.com/v/12427907/
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JORNAL NACIONAL
Decisão da Justiça muda regras para o uso de anestesia em consultórios dos dentistas
A decisão da Justiça Federal se refere à sedação com remédio controlado, em que o paciente pode ficar inconsciente durante a consulta, geralmente em cirurgias e implantes odontológicos.
Uma decisão da Justiça mudou as regras para o uso de anestesia em consultórios dos dentistas.
As práticas de anestesia mais comuns nos consultórios odontológicos são a anestesia local, aquela injeção na gengiva, e o uso do óxido nitroso, um gás que o paciente respira junto com o oxigênio.
“A sedação consciente por inalação de oxigênio e óxido nitroso é uma forma de se tirar a ansiedade e o pânico do paciente no consultório de odontologia. Sejam eles crianças ou adultos, e essa é a finalidade", diz o cirurgião dentista Silvio Teixeira.
Em procedimentos em que a anestesia é menos complexa, como uma obturação, nada vai mudar. A decisão da Justiça Federal se refere à sedação com remédio controlado, em que o paciente pode ficar inconsciente durante a consulta, geralmente em cirurgias e implantes odontológicos.
A Sociedade Brasileira de Anestesiologia tinha recorrido à Justiça alegando que dentistas não são preparados para fazer o trabalho de sedação. A sociedade médica pediu à Justiça que fosse proibida de realização de procedimentos em pacientes com uso de fármacos de uso controlados, como opioides e sedativos, em consultórios dos dentistas. Segundo o Conselho de Odontologia, o Brasil tem 409 mil cirurgiões-dentistas.
O advogado que representa os médicos afirma que não há regras para o dentista nem fiscalização nos consultórios e o risco para os pacientes é grande.
“O profissional que está realizando esse procedimento que é um procedimento considerado como de risco, ele não tem conhecimento técnico para agir diante de uma intercorrência. Um médico, não anestesista, qualquer médico que quiser fazer uma sedação, um procedimento anestésico, ele primeiro precisa ter um curso avançado de suporte de vida. Esse curso traz para o profissional conhecimentos de intubação, circulação de oxigênio, manter o paciente estável em caso de uma intercorrência anestésica”, afirma Celso Papaleo, advogado da Sociedade Brasileira de Anestesiologista.
A Justiça Federal acolheu em parte o pedido dos médicos anestesistas. A decisão da Justiça Federal não proíbe os dentistas de fazerem o procedimento, mas determina que agora eles têm que seguir as regras do Conselho Federal de Medicina. Entre elas, uma sala de recuperação pós-anestésica ao lado do consultório e o dentista não pode mais atender o paciente e fazer a sedação ao mesmo tempo. É preciso um profissional responsável, exclusivamente, pela anestesia.
A juíza Rachel Soares Chiatelli afirma que não se pode deixar de reconhecer que assim como médicos não anestesistas podem administrar anestésicos, ao profissional dentista também deve ser assegurada a possibilidade de sua utilização, em razão da própria natureza da sua atividade.
O Conselho Federal de Odontologia enviou uma nota na qual informa que só vai se manifestar nos autos do processo; que fará uma análise técnica para garantir os direitos dos cirurgiões dentistas, e ao mesmo tempo, cumprir a decisão da Justiça. O conselho afirmou ainda que está empenhando em atualizar e aprimorar as diretrizes éticas e técnicas para garantir a segurança dos pacientes.
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JORNAL OPÇÃO
Há 4 anos era declarada a pandemia de Covid-19; relembre o enfrentamento e a situação atual em GO
Coronavírus teve sua origem em 31 de janeiro de 2019, na cidade de Wuhan, na província de Hubei, na China
Há exatos quatro anos, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) oficializava o reconhecimento da Covid-19 como uma pandemia. Desde então, o tempo transcorreu, e agora, em 2024, a OMS registra oficialmente mais de 7 milhões de óbitos em todo o mundo, ciente de que os números reais podem ser consideravelmente superiores.
O coronavírus teve sua origem em 31 de janeiro de 2019, na cidade de Wuhan, na província de Hubei, na China. Esse novo vírus disseminou-se globalmente, desencadeando a mais severa pandemia em um século. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado no final de fevereiro de 2020, e a primeira morte ocorreu em 12 de março do mesmo ano.
Em Goiás, os primeiros diagnósticos da doença ocorreram em 12 de março de 2020, nas cidades de Rio Verde e Goiânia. Em 15 de março, o Governo decretava o fechamento das atividades não essenciais, uma medida que entrou em vigor no dia seguinte.
Ao todo, Goiás já distribuiu 17.998.143 milhões de doses da vacina contra Covid-19, aplicou 6.000.586 em primeira dose (85,51%), 5.432.397 em segunda ou dose única (77,41%), 3.662.838 dose de reforço, 1.107.271 reforço 2 e 208.123 de dose adicional.
Sendo assim, o Estado aplicou 16.411.215 doses, o que representa 91,18% da demanda recebida e distribuída. Segunda dose em atraso são 691.632, reforço em atraso 2.332.571 e reforço dois não há atraso.
No total, 28.528 pessoas morreram por Covid-19 em Goiás (16.220 homens e 12.308 mulheres). Há ainda 10 casos suspeitos e 460 foram descartados. Outras 5.327 foram diagnosticadas com alguma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) não especificada.
Atualmente, foram 2.027.323 casos confirmados de Covid-19 [882.048 homens (43,51%) e 1.145.275 mulheres (56,49%)], 901.025 suspeitos, 423.547 descartados e 30.027 SRAG não especificada. Recuperados foram 1.989.319, com uma incidência de casos em 28.889 por 100 mil habitantes. Nas últimas quatro semanas, foram confirmados 8.184 casos em Goiás e quatro mortes.
Relembre os acontecimentos cruciais ao longo da trajetória do vírus em todo o mundo, no Brasil e em Goiás:
31 de dezembro de 2019: OMS recebe a notificação sobre casos de pneumonia sem causa clara em Wuhan, na China.
10 de janeiro de 2020: OMS publica guia de orientações para países detectarem, testarem e gerenciarem potenciais casos da doença.
11 de janeiro de 2020: China informa sua primeira morte pela doença.
12 de janeiro de 2020: OMS compartilha o sequenciamento genético do novo coronavírus.
13 de janeiro de 2020: primeiro caso de Covid-19 — ainda sem esse nome — fora da China é detectado, na Tailândia.
30 de janeiro de 2020: OMS declara emergência global de saúde.
7 de fevereiro de 2020: morre o médico chinês Li Wenliang, que ficou conhecido por tentar alertar sobre o grande perigo da Covid nos primeiros dias da crise. Ele próprio foi infectado.
11 de fevereiro de 2020: doença causada pelo novo coronavírus é batizada como Covid-19, para designar algo como “doença do coronavírus 2019”.
23 de fevereiro de 2020: Europa vive sua primeira grande onda de infecções, na Itália.
26 de fevereiro de 2020: Brasil confirma seu primeiro caso, em São Paulo. Foi o primeiro caso conhecido na América Latina.
11 de março de 2020: a Covid-19 é caracterizada pela OMS como uma pandemia.
12 de março de 2020: primeira morte por Covid é registrada no Brasil, em São Paulo.
12 de março de 2020: primeiros casos de Covid registrados em Goiás.
26 de março de 2020: primeira morte confirmada por Covid-19 em Goiás. Uma mulher de 66 anos de Luziânia.
25 de maio de 2020: OMS suspende uso e testes com a cloroquina.
23 de agosto de 2020: EUA aprovam o uso da vacina da Pfizer, primeiro imunizante aprovado no país.
28 de setembro de 2020: total de mortes no mundo chega a 1 milhão.
8 de dezembro de 2020: primeira pessoa é vacinada no mundo, no Reino Unido, com o imunizante da Pfizer.
12 de janeiro de 2021: Fiocruz anuncia o sequenciamento da variante Gamma, que circulava em Manaus.
17 de janeiro de 2021: Brasil vacina primeira pessoa contra a Covid-19, com a vacina Coronavac em parceria com o Instituto Butantan.
18 de janeiro de 2021: Goiás recebe as primeiras doses e inicia a vacinação. O governador Ronaldo Caiado (UB), em um ato simbólico, aplicou a primeira dose em uma pessoa em Anápolis.
22 de janeiro de 2021: primeiro lote de vacinas da AstraZeneca chega ao Brasil.
29 de abril de 2021: primeiro lote de vacinas da Pfizer chega ao Brasil.
31 de maio de 2021: OMS batiza como Delta a variante encontrada primeiro na Índia em outubro de 2020.
26 de novembro de 2021: descoberta da variante ômicron é anunciada pela OMS.
3 de fevereiro de 2022: Brasil bate recorde de número diário de infecções, com 298.408 casos confirmados em 24 horas.
7 de dezembro de 2022: governo chinês abandona parte das regras de sua política de “Covid zero”, com rígidas medidas de restrição de circulação de pessoas, após protestos populares. Casos no país escalam em um ritmo inédito e pesquisadores ao redor do mundo temem o surgimento de novas variantes do coronavírus.
30 de janeiro de 2023: a OMS decide manter o nível máximo de alerta para a pandemia de Covid-19, exatamente três anos depois de declarar a doença como uma emergência de saúde pública internacional.
23 de fevereiro de 2023: O Brasil começa a vacinar públicos prioritários com a vacina bivalente, que confere maior proteção contra o vírus da cepa original e também contra a variante Ômicron.
1º de maio de 2023: São Paulo detecta o primeiro caso da variante Arcturus, caracterizada por quadros de conjuntivite e de febre alta.
05 de maio de 2023: OMS declara o fim da emergência de saúde pública da pandemia do coronavírus no planeta.
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A REDAÇÃO
Nova maternidade de Aparecida de Goiânia terá 101 leitos e UTI
Goiânia - A nova maternidade municipal de Aparecida de Goiânia será inaugurada no dia 22 de março. A unidade será instalada no antigo Hospital Garavelo, no Setor Garavelo, no município. O evento oficial de abertura contará com a presença do governador Ronaldo Caiado e também do vice Daniel Vilela. O nome presta homenagem a Maria da Cruz, uma das moradoras mais antigas do bairro. Ela morreu vítima da covid-19.
Em visita ao jornal A Redação, o prefeito Vilmar Mariano destacou que a Maternidade Maria da Cruz terá 101 leitos e duas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), sendo uma neonatal e outra geral, para pacientes que darão à luz no local. Apesar da quantidade de leitos, apenas 60 estarão disponíveis inicialmente.
A unidade no Garavelo substitui a Maternidade Marlene Teixeira, que será transformada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no Setor Vila Brasília. Os investimentos foram de R$ 35 milhões para desapropriação do Hospital Garavelo. Do total, R$ 20 milhões foram recursos repassados pelo Governo Federal, conforme pontua Vilmar Mariano à reportagem do A Redação.
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GAZETA DA SEMANA
Artigo - Setor médico tem quebrado paradigmas, mas e a questão jurídica?
Sendo crucial para o cumprimento de leis e regulamentos, promover a segurança jurídica na saúde é uma questão cara à sociedade e à própria conformidade de instituições do segmento
É de comum acordo que entidades hospitalares e de saúde desempenham um papel vital na prestação de cuidados de saúde, com serviços médicos e de apoio para pacientes de todas as idades e com as mais diversas condições. Esta missão de zelar pela saúde, por um lado, requer atenção sob uma ótica que não é tão explorada, mas devidamente necessária e atemporal: questões legais e regulatórias, que moldam as operações e as práticas hospitalares.
De longe, à primeira vista, o espectro jurídico pode até parecer focado apenas em contratos e autorização de equipamentos, mas, olhando de perto, esse espectro abrange outras tonalidades, confirmando a importância do Direito Médico para adversidades jurídicas hospitalares, desde a responsabilidade civil até a conformidade com leis de privacidade de dados. Em tempos digitais, principalmente, grande parte da defesa contra esses riscos concentra-se em processos jurídicos, que, assim como a área médica, movimenta-se em prol de melhorias no país.
Administração hospitalar exige infraestrutura jurídica
A responsabilidade civil é, com certeza, o destaque do trabalho jurídico em hospitais, lidando com processos judiciais que surgem devido a alegações de negligência médica, erro no diagnóstico, má conduta profissional ou lesões ocasionadas durante o tratamento. Ao seu lado, o tratamento de informações de pacientes, prezando pela privacidade e segurança de dados, hoje respaldada com a robustez e rigorosidade da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), também oferece muitos efeitos para assuntos médicos, altamente delicados e que necessitam de olhares empenhados a tratarem as situações com seriedade, justiça e isonomia.
Além da responsabilidade civil e o gerenciamento de dados, a falta de cumprimento de regulamentos, as disputas contratuais com fornecedores e as questões éticas em decisões médicas são outros desafios que envolvem o jurídico dentro das esferas de saúde. A experiência e dedicação de profissionais do Direito são primordiais para que as operações hospitalares não desviem o curso para chegarem ao destino de cuidar de seus pacientes.
Dessa forma, subestimar o papel de uma equipe jurídica em ambientes de saúde é um erro que afeta o core business das clínicas e impacta na qualidade dos cuidados de saúde prestados pelo hospital, caracterizando erros médicos, práticas inseguras e falta de acesso a serviços. Por isso, o departamento jurídico atua diretamente nas responsabilidades e preocupações legais, agregando com boas estratégias e com orientações que previnem riscos aos pacientes e às entidades hospitalares. As duas partes são beneficiadas.
Os hospitais, a tecnologia e as orientações jurídicas
A área médica também tem se destacado por aderir inovações tecnológicas em seus equipamentos e métodos de tratamento, além, vale mencionar, de serem ótimas aliadas para a constatação de diagnósticos e de pesquisas de saúde. Com isso, entendemos que a precisão é primordial para a área da saúde, que se move no caminho de promover bem-estar e cura. Ao lado da precisão, o setor jurídico, orientando os profissionais sobre as questões legais relacionadas, torna-se um fator que possibilita e tem influência direta nas decisões médicas em tempos tecnológicos.
Conectividade é uma palavra que está se familiarizando cada vez mais com a área da saúde e, somada ao que já abordamos sobre a privacidade de dados, com a LGPD, outras questões também permeiam a tecnologia integrada com a saúde. Uma delas é manter o Compliance com normas de Saúde Digital, interpretando e aplicando as normas de forma ética e legalmente válida nos sistemas e padrões hospitalares. Assim como as novas tecnologias ajudam na Medicina, a equipe jurídica toma a proporção de orientar a implementação, o uso e os impactos de tais ferramentas dentro dos hospitais.
Entendo, para concluir, que o setor jurídico é de extrema importância para a área médica, auxiliando os hospitais e centros de saúde a navegarem e se adaptarem com segurança a inovações e novidades regulatórias. Isso porque a presença de uma experiência jurídica, com conhecimento das leis e regulamentos aplicáveis, é essencial para a estabilidade de clínicas e hospitais, no intuito de assegurar que o avanço da saúde no país contemple as expectativas dos profissionais, alinhando o interesse dos pacientes com políticas efetivas de conformidade e segurança jurídica.
*Rogério Fachin é especialista em Direito Médico e Tributário no FNCA Advogados. Formado em Direito, possui mais de 17 anos de atuação como Advogado, com sólida experiência em consultoria.
*Ludwig Lopes é Sócio e responsável pela área Cível e Empresarial no FNCA Advogados. LLM e especialista em Direito Empresarial, possui mais de 11 anos de atuação no mercado, com grande atuação na área, em questões consultivas e de contencioso.
Sobre o FNCA Advogados
Consolidado no mercado desde 2007, o FNCA - Fernando, Nagao, Cardone, Alvarez Jr. & Advogados, exerce a advocacia empresarial e se destaca pelo atendimento personalizado, de acordo com as demandas de cada cliente. Atualmente, é referência no segmento, pela atuação diferenciada e objetiva, apoiando empresas de forma preventiva, além de fornecer o suporte ideal para tomadas de decisão. Presente no cotidiano operacional do cliente, leva o jurídico por meio de linguagem simples e transparente. O FNCA Advogados se destaca, principalmente, pela atuação pessoal dos sócios na definição das estratégias e planejamentos. Veja mais: https://fnca.com.br/
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Assessoria de Comunicação
Médicos, clínicas e hospitais devem seguir novas regras de publicidade
Escrito por Administrador
Entram em vigor nesta segunda-feira (11) as novas regras da publicidade médica estabelecidas na Resolução 2.336/2023 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que foram aprovadas depois de três anos de estudos. O presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), o advogado Raul Canal, alerta que, ao mesmo tempo que garante segurança jurídica aos médicos, o novo texto cria também pontos de atenção para suas condutas publicitárias nas esferas cível e criminal.
Em entrevista à Agência Brasil, ele disse que a principal inovação foi a autorização para os médicos e, sobretudo, aqueles que trabalham na área estética, como cirurgia plástica e dermatologia, exibirem imagens e fotografias com os resultados antes e depois. “Isso até agora era proibido. O médico, mesmo com consentimento do paciente, não poderia fazer isso. Agora, ele pode fazer”.
Canal advertiu que, nesse caso, o médico não pode “tratar ou maquiar” a fotografia, nem fazer um ‘photoshop’ (edição) na imagem. “Tem que ser a fotografia natural; mas, com consentimento do paciente, ele pode publicar isso na sua propaganda, nas suas mídias sociais. Esse foi o maior avanço”, indicou. Outro avanço foi a divulgação de preços de cirurgias, procedimentos e tratamentos. Antes, o médico não podia divulgar isso porque era considerado mercantilização da medicina. “A partir de agora, isso está autorizado a ser feito”.
Cuidado
Para evitar processos na Justiça, o presidente da Anadem destacou que o profissional da saúde deve prestar atenção para não tratar uma fotografia e prometer um resultado fantástico que poderá não ser alcançado. O profissional deve deixar claro na propaganda e nas mídias sociais que nem todo paciente vai atingir o mesmo resultado porque isso depende de predisposições orgânicas e até de questões comportamentais do paciente e de reações inflamatórias.
“Cada organismo reage de uma forma diferente. Se não, ele estaria prometendo um resultado e, se o paciente não atingir aquele resultado, poderá processá-lo por ter sido enganado. Ou seja, induziu o consumidor, e não mais o paciente, a um erro. Tem que deixar claro que aquele é um resultado específico e que nem todas as cirurgias atingirão o mesmo resultado. Esse é o principal cuidado que o médico deve ter. E sempre ele deve obter por escrito a autorização do uso da imagem do paciente. Porque não se trata apenas do Código de Ética Médica. Ele tem a Lei Geral de Proteção de Dados”, explica Canal.
Por isso, para divulgar um dado do paciente, inclusive um dado biométrico ou uma imagem, deve haver o consentimento, ou autorização, por escrito. “Esse é um cuidado fundamental”, sustentou.
Clínicas e hospitais
As mesmas regras valem para clínicas ou hospitais. As novas normas permitem que um médico ou clínica divulgue a aquisição de um aparelho importado que não tem similar no Brasil. Antes, isso não era permitido porque gerava concorrência desleal em relação aos demais. “Hoje pode -se divulgar uma técnica, um equipamento, que só o médico possui, que é de última geração”.
O médico, em sua propaganda, deve preservar o caráter informativo e educativo da informação. Na publicidade feita, os médicos deverão incluir o nome; o número do Conselho Regional de Medicina (CRM); e, se for especialista, informar também o Registro de Qualificação de Especialista (RQE). Caso o profissional seja pós-graduado, poderá indicar o aperfeiçoamento profissional, desde que inclua a inscrição “não especialista”.
Já para clínicas e hospitais, serão exigidos o nome do diretor técnico médico, responsável pelo estabelecimento, com o respectivo CRM e do diretor técnico com o RQE, caso haja oferta de especialidades médicas. “Mesmo que seja uma pessoa jurídica, tem que ter uma pessoa física com CRM que responda tecnicamente por aquele Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), concluiu Raul Canal. (Fonte: Agência Brasil)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Saiba como foi feita a primeira impressão 3D de coração de bebê para ajudar em cirurgia em Goiás
Médicos, clínicas e hospitais devem seguir novas regras de publicidade
PEC propõe proteção à privacidade mental na era das neurotecnologias
AGÊNCIA BRASIL
Médicos, clínicas e hospitais devem seguir novas regras de publicidade
Entram em vigor nesta segunda-feira (11) as novas regras da publicidade médica estabelecidas na Resolução 2.336/2023 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que foram aprovadas depois de três anos de estudos. O presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), o advogado Raul Canal, alerta que, ao mesmo tempo que garante segurança jurídica aos médicos, o novo texto cria também pontos de atenção para suas condutas publicitárias nas esferas cível e criminal.
Em entrevista à Agência Brasil, ele disse que a principal inovação foi a autorização para os médicos e, sobretudo, aqueles que trabalham na área estética, como cirurgia plástica e dermatologia, exibirem imagens e fotografias com os resultados antes e depois. “Isso até agora era proibido. O médico, mesmo com consentimento do paciente, não poderia fazer isso. Agora, ele pode fazer”.
Canal advertiu que, nesse caso, o médico não pode “tratar ou maquiar” a fotografia, nem fazer um ‘photoshop’ (edição) na imagem. “Tem que ser a fotografia natural; mas, com consentimento do paciente, ele pode publicar isso na sua propaganda, nas suas mídias sociais. Esse foi o maior avanço”, indicou. Outro avanço foi a divulgação de preços de cirurgias, procedimentos e tratamentos. Antes, o médico não podia divulgar isso porque era considerado mercantilização da medicina. “A partir de agora, isso está autorizado a ser feito”.
Cuidado
Para evitar processos na Justiça, o presidente da Anadem destacou que o profissional da saúde deve prestar atenção para não tratar uma fotografia e prometer um resultado fantástico que poderá não ser alcançado. O profissional deve deixar claro na propaganda e nas mídias sociais que nem todo paciente vai atingir o mesmo resultado porque isso depende de predisposições orgânicas e até de questões comportamentais do paciente e de reações inflamatórias.
“Cada organismo reage de uma forma diferente. Se não, ele estaria prometendo um resultado e, se o paciente não atingir aquele resultado, poderá processá-lo por ter sido enganado. Ou seja, induziu o consumidor, e não mais o paciente, a um erro. Tem que deixar claro que aquele é um resultado específico e que nem todas as cirurgias atingirão o mesmo resultado. Esse é o principal cuidado que o médico deve ter. E sempre ele deve obter por escrito a autorização do uso da imagem do paciente. Porque não se trata apenas do Código de Ética Médica. Ele tem a Lei Geral de Proteção de Dados”, explica Canal.
Por isso, para divulgar um dado do paciente, inclusive um dado biométrico ou uma imagem, deve haver o consentimento, ou autorização, por escrito. “Esse é um cuidado fundamental”, sustentou.
Clínicas e hospitais
As mesmas regras valem para clínicas ou hospitais. As novas normas permitem que um médico ou clínica divulgue a aquisição de um aparelho importado que não tem similar no Brasil. Antes, isso não era permitido porque gerava concorrência desleal em relação aos demais. “Hoje pode -se divulgar uma técnica, um equipamento, que só o médico possui, que é de última geração”.
O médico, em sua propaganda, deve preservar o caráter informativo e educativo da informação. Na publicidade feita, os médicos deverão incluir o nome; o número do Conselho Regional de Medicina (CRM); e, se for especialista, informar também o Registro de Qualificação de Especialista (RQE). Caso o profissional seja pós-graduado, poderá indicar o aperfeiçoamento profissional, desde que inclua a inscrição “não especialista”.
Já para clínicas e hospitais, serão exigidos o nome do diretor técnico médico, responsável pelo estabelecimento, com o respectivo CRM e do diretor técnico com o RQE, caso haja oferta de especialidades médicas. “Mesmo que seja uma pessoa jurídica, tem que ter uma pessoa física com CRM que responda tecnicamente por aquele Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), concluiu Raul Canal.
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PEC propõe proteção à privacidade mental na era das neurotecnologias
Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada por senadores de diferentes partidos busca proteger a integridade e a privacidade dos dados mentais de usuários de equipamentos neurotecnológicos – métodos ou dispositivos utilizados para registrar ou modificar a atividade cerebral.
Protocolada em junho de 2023, a PEC nº 29 é inspirada na proposição da fundação norte-americana Neurorights, cujo principal porta-voz é o neurobiólogo espanhol Rafael Yuste (Leia aqui a entrevista dele à Agência Brasil) e em uma proposta já aprovada pelo Congresso do Chile. O país é o primeiro a incluir em sua Constituição a proteção à atividade e aos dados cerebrais.
Entre as justificativas apresentadas na PEC nº 29, os parlamentares destacam que o desenvolvimento das neurotecnologias gera “esperança e grande expectativa”, principalmente em áreas como a medicina, mas também cria uma “fundada e real preocupação sobre os limites éticos e normativos” do uso desses métodos e aparelhos em seres humanos.
Quase nove meses após ser apresentada, a PEC 29 ainda aguarda a indicação do relator da matéria pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Davi Alcolumbre (União-AP). O relator ficará encarregado de apresentar um parecer aos demais membros do colegiado responsável por opinar sobre a constitucionalidade das propostas em análise no Senado.
A iniciativa chama a atenção não só pelo número de signatários, 27 senadores, mas também por unir representantes de diferentes correntes ideológicas, como os líderes do governo federal no Congresso Nacional e no Senado, respectivamente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Jaques Wagner (PT-BA), e o ex-vice-presidente da República Hamilton Mourão (Republicanos-RS), além de Angelo Coronel (PSD-BA); professora Dorinha Seabra (União-TO) e Mara Gabrilli (PSD-SP), entre outros.
Os autores da PEC argumentam que a regulamentação dos neurodireitos é essencial para proteger a privacidade, a autonomia e a liberdade individual em um mundo cada vez mais digitalizado. A proposta também busca garantir que os benefícios das tecnologias neurocientíficas sejam distribuídos de forma justa e equitativa entre a sociedade.
A defesa parlamentar à regulamentação dos chamados neurodireitos no Brasil ecoa a proposta internacional de especialistas em neurociências, direito e bioética que pregam a necessidade de os países incorporarem a proteção aos neurodados em suas leis e a possibilidade de a Organização das Nações Unidas (ONU) ampliar o rol de direitos fundamentais estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos a fim de proteger as pessoas e sociedades dos eventuais efeitos nocivos do uso da neurotecnologia.
A procuradora do estado de São Paulo Camila Pintarelli participou da elaboração da PEC 29. A exemplo do espanhol Rafael Yuste, ela considera que as perspectivas quanto ao que está por vir no campo das neurociências se assemelham a um “novo Renascimento”.
“Venho estudando e lendo sobre a evolução das neurotecnologias e sobre os impactos que elas podem causar há ao menos cinco anos. Noto que não só o interesse pelo tema vem aumentando, como também que o cérebro, a atividade cerebral, assumiu um valor jurídico que não tinha até há pouquíssimo tempo”, comentou a procuradora ao destacar que, embora soem “abstratas e complexas”, as neurotecnologias estão cada vez mais presentes no cotidiano, exigindo um debate sobre os direitos essenciais dos usuários.
“Precisamos começar a prestar atenção neste tema. A velocidade com que as tecnologias avançam é muito superior à velocidade de regulação [dos legisladores]. Os tempos mudam, e os direitos fundamentais precisam ser frequentemente relidos à luz das novas tecnologias", disse.
"Considerando os avanços recentes e as perspectivas de avanços nas neurociências, penso que já está na hora de incorporarmos a proteção à mente humana e aos neurodados em nossa Constituição, a exemplo do que fez o Chile, com a aprovação da Lei 21.383, em 2021”, acrescentou a procuradora, destacando que já existem grupos de defesa da regulamentação dos neurodireitos em vários países.
“Já há, no México, uma proposta de reformar a Constituição para incluir a proteção dos neurodireitos. Estamos vendo movimentos semelhantes no Uruguai, na Colômbia, no Peru e em outros países”, citou Camila.
“O importante é distinguirmos duas vertentes. Há a neurotecnologia usada no campo da saúde, no tratamento de doenças, e que é uma promessa de cura para doenças até hoje incuráveis. E há o emprego das neurotecnologias para outros fins mais, digamos, comerciais. Isto é o que preocupa. Quando a neurotecnologia, o acesso a dados neurais, deixa de ser usado sob o rígido controle que rege o campo da saúde e passa a ser oferecido em prateleiras, pela internet, para outros fins e sem nenhum controle”, distinguiu Camila, frisando que já existem, à disposição de qualquer interessado, produtos como tiaras e capacetes capazes de monitorar e armazenar informações do cérebro dos usuários.
“Hoje, os exemplos de produtos e de uso prático não terapêutico são pontuais, mas, considerando a velocidade com que esse mercado evolui, se não nos anteciparmos e estabelecermos algumas regras e algumas proteções à integridade mental das pessoas, perderemos o timing. O número de patentes em neurotecnologia simplesmente duplicou nos últimos cinco anos, e cada vez mais empresas, incluindo as big techs, têm se interessado pelo potencial da interação direta entre cérebro e máquinas – interação que abre uma gama infinita de possibilidades de desenvolvimento de novos produtos”, concluiu ela.
As considerações da procuradora estão respaldadas por dados de um relatório que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência, e a Cultura (Unesco) divulgou em 2023. No documento, a Unesco afirma que o mundo está “no limiar de uma nova revolução tecnológica”. E aponta que, de 2013 a 2023, os investimentos governamentais globais em pesquisas relacionadas às neurociências superaram US$ 6 bilhões, ou cerca de R$ 29,8 bilhões, enquanto os investimentos privados alcançaram, de 2010 a 2020, os US$ 7,3 bilhões, ou mais de R$ 36,2 bilhões.
No relatório, a organização alerta que “a promessa de que as neurotecnologias melhorem a vida das pessoas que vivem com deficiências desencadeadas por problemas relacionados ao cérebro pode ter um custo elevado em termos de direitos humanos e liberdades, se abusadas”. Daí a importância de “políticas bem-elaboradas, eficazes, baseadas em evidências e numa clara definição e descrição do problema, para que as escolhas feitas não corram o risco de serem distorcidas”.
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PORTAL G1
Saiba como foi feita a primeira impressão 3D de coração de bebê para ajudar em cirurgia em Goiás
Modelo tem tamanho igual ao do paciente, que tinha malformação no coração. Custo da mão de obra para esse tipo de trabalho pode chegar a R$ 15 mil.
Por Gilmara Roberto, g1 Goiás
Vídeo mostra imagem virtual de coração para impressão 3D
Goiás realizou a primeira cirurgia cardíaca pediátrica na rede pública que pôde ser planejada com base em um modelo 3D em tamanho real. À base de resina e polímero flexível, o protótipo permitiu que a equipe médica do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, pudesse planejar o procedimento de maneira mais eficiente e assertiva.
Responsável pela cirurgia, a cardiologista Mayra Barreto explica que buscava parceiros para esse tipo de projeto há mais de dois anos, mas que só agora encontrou tecnologia e especialistas capazes de executar em Goiás.
“Neste caso, eu precisava de um material filamentoso, e não rígido. Eu consegui abrir a peça com o bisturi e simular a cirurgia”, relata.
A impressão foi realizada pelo Laboratório de Ideias, Prototipagem e Empreendedorismo da Universidade Federal de Goiás (IPElab/UFG). Pedro Henrique Gonçalves, que é coordenador do laboratório e foi o responsável pela impressão, comenta que o trabalho de extração da geometria do coração é a etapa que exige mais critério e qualificação.
“A partir de um exame de imagem, como uma tomografia, utilizamos um software específico da área da saúde para a reconstrução da geometria do coração”, explica.
De acordo com Gonçalves, algumas partes são reconstruídas e outras remodeladas, e esse tipo de mão de obra é difícil de encontrar.
O protótipo passa ainda por validação da equipe médica antes que seja feita a impressão final.
Cirurgia pioneira
A impressão do coração do bebê leva cerca de sete horas e custa em torno de R$ 150. O custo da mão de obra para esse tipo de trabalho pode chegar a R$ 15 mil.
A cirurgia foi realizada no último dia 26 de fevereiro, Hugol. O bebê possuía duas malformações cardíacas complexas. O procedimento durou apenas duas horas graças ao planejamento feito a partir impressão 3D, enquanto que sem o protótipo poderia durar cerca de seis horas.
"Reduzimos o tempo, mas não conseguimos saber se a criança irá se adaptar à cirurgia ou não. Quanto mais tempo a criança fica com o coraçãozinho aberto, pior é", explica.
Outros procedimentos
Mayra Barreto explica que, para além de cirurgias cardíacas, a impressão 3D pode ser utilizada na construção de próteses de estruturas de mãos, pés, mandíbulas e crânio, além de auxiliar no tratamento de feridas em diabéticos.
“Já temos tecnologia que imprime próteses de pele que cicatriza, em poucos dias, ferimentos que levavam meses para cicatrizar no método tradicional”, comenta a cardiologista.
Construção e mecânica
Para além da medicina, a impressão 3D também tem conquistado espaço na engenharia civil e na arquitetura. Se há alguns anos a criação de um projeto exigia uma elaboração manual, que demandava muito tempo e esforço, “atualmente, com a digitalização, automações e simulações via auxílio de um computador é possível desenvolver um produto ou serviço com mais agilidade, compatibilidade e assertividade”, explica a arquiteta Ana Paula Nishimoto Ito.
Responsável pela área de manufatura aditiva (conceito que reúne a impressão 3D e outras técnicas de impressão) de uma empresa de transporte coletivo de Goiânia, Nishimoto esclarece ainda que em Goiás já é feita a produção de peças e ferramentas para ônibus por meio da técnica. Na área da engenharia mecânica, a impressão em 3D tem sido utilizada na prototipagem de peças e componentes além da fabricação de peças e ferramentas para reparação de máquinas.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
A transformação digital na saúde é impulsionada pela telemedicina
Ministério da Saúde recomenda ampliação da faixa etária para vacinação contra a dengue
MANEZINHO NEWS
A transformação digital na saúde é impulsionada pela telemedicina
A Doutor Ao Vivo, healthtech pioneira e líder no ecossistema de saúde digital e telemedicina, conecta médicos, organizações e pacientes de forma inovadora e humanizada em mais de 20 especialidades. Nos seus cinco anos de atividade, a empresa já realizou mais de 1,5 milhão de consultas virtuais em mais de 3 mil cidades brasileiras e em 90 países diferentes. Com mais de 200 clientes, a Doutor Ao Vivo utiliza a tecnologia HaaS + SaaS, inclusive White-label, para garantir eficiência no ecossistema de saúde digital.
A telemedicina é hoje uma das áreas mais importantes em todo o ecossistema de saúde digital, segundo a pesquisa Distrito Healthtechs Report, lançada em 2023. De acordo com o relatório, o mercado global prevê projeções que chegam a cifras de US$ 857,2 bilhões até 2030, com uma taxa de crescimento anual de 18,8%.
"Estabelecemos laços de confiança, integrando, facilitando e analisando dados que expandem possibilidades. Nosso objetivo é proporcionar mais liberdade e autonomia a todos, garantindo que o atendimento médico seja seguro, confiável e disponível a qualquer hora e em qualquer lugar", explica Mauren Ginaldo Souza, CEO e cofundador da Doutor Ao Vivo.
O relatório Healthtechs Report ainda mostra que a telemedicina vem sendo amplamente adotada tanto por pacientes, quanto pelas organizações de saúde, chegando a 87% de adesão nas primeiras consultas virtuais. Além disso, 93% dos pacientes indicaram que utilizam a telemedicina para gerenciar suas prescrições, uma vez que a tecnologia facilita o acesso à saúde, simplificando rotinas, reduzindo tempo e custos, e consequentemente, melhorando o bem-estar e a saúde das pessoas.
"Os dados destacam o papel vital da telemedicina na reformulação do setor de saúde, ao oferecer um atendimento ao paciente mais acessível e eficiente. À medida que mais indivíduos e organizações percebem seus benefícios, a expectativa é que a utilização da telemedicina continue em ascensão. O novo segmento na saúde digital tem sido fundamental para melhorar o acesso, a eficiência do atendimento e a qualidade de vida das pessoas. Essa é uma tendência que seguirá em expansão no futuro", detalha Souza.
Telemedicina No Brasil, a implementação da telemedicina teve início - de maneira extremamente restrita - em 2002, por meio de uma resolução do Conselho Federal de Medicina. Posteriormente, essa prática foi estendida para todo o território nacional com a portaria do Ministério da Saúde. A consolidação desse modelo de atendimento à distância ocorreu com a promulgação da Lei 13.989, de abril de 2020, que regulamentou oficialmente a telemedicina no país.
Fundada em 2019 por Mauren Ginaldo Souza (CEO), Gian Piero Gazzillo Pestana (COO) e Luciano Lima (CTO), a Doutor ao Vivo surgiu com a missão de expandir e democratizar o acesso à saúde no país. "Nesse contexto, a Doutor Ao Vivo desempenha um papel crucial na expansão do acesso democrático à saúde em todo o Brasil e também no mundo", reforça Souza
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a telemedicina é definida como a oferta de serviços de bem-estar e saúde onde a distância é um fator crucial. Ao integrar tecnologia e cuidados, essa estratégia permite que médicos e pacientes interajam remotamente, superando obstáculos físicos e ampliando diagnósticos e propondo tratamentos. Isso revoluciona as rotinas de acesso ao médico, substituindo filas e senhas por conexões na palma da mão, e vence os desafios de tempo, distância e acesso.
Em cinco anos de atividade, a Doutor Ao Vivo estabeleceu parcerias significativas que reforçam sua presença no setor de saúde. Entre seus clientes estão algumas das organizações mais respeitadas do Brasil, incluindo o Grupo Fleury, Bradesco Saúde, Medicar, HB Saúde, Hospital Oswaldo Cruz e as Unimeds de São José do Rio Preto e Londrina.
"Essas parcerias não apenas validam a qualidade dos serviços da Doutor Ao Vivo, mas também nos permitem alcançar um público mais amplo e diversificado, auxiliando em nossa missão de democratizar o acesso à saúde. Valorizamos uma relação de parceria e confiança com nossos clientes, mantendo a transparência sobre nossos produtos e serviços e atuando com responsabilidade para oferecer suporte em diversas áreas e etapas da jornada das organizações, médicos e pacientes", reforça o CEO.
Vazio Assistencial
A Doutor Ao Vivo transforma todo o ecossistema de saúde ao desenvolver soluções para as necessidades do mercado, facilitando o acesso a profissionais, como médicos, psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e muitos outros. Isso possibilita uma jornada de saúde completa, integrada, simplificada e eficiente. "Nossos produtos e serviços são destinados a organizações de saúde e empresas que buscam, além de uma ferramenta facilitadora e segura, um suporte parceiro e humanizado para a saúde", detalha Souza.
Os executivos concordam que a telemedicina vai além da mera combinação de medicina e tecnologia. Este modelo de atendimento integra os procedimentos convencionais de uma consulta com os benefícios da conexão remota, preenchendo lacunas na assistência à saúde e permitindo que os médicos e outros profissionais de saúde cheguem em regiões distantes onde o atendimento presencial é desafiador.
"Apostamos e desenvolvemos tecnologias que facilitam a comunicação entre médicos e pacientes. Nossa solução permite o acesso remoto à saúde, alcançando áreas onde o atendimento médico presencial enfrenta, há décadas, muitos obstáculos. Dessa forma, a Doutor Ao Vivo vem contribuindo para o bem-estar de pacientes e organizações, impactando toda a sociedade de forma segura, eficiente e humanizada", reforça Mauren.
Visibilidade
A posição de destaque da healthtech no mercado foi reforçada pela sua inclusão na lista do primeiro Growth Startups Ranking, em dezembro de 2023. Publicada pela AEVO, plataforma de inovação para empresas, em parceria com a Fundação Dom Cabral, a lista destaca as 20 startups que mais cresceram no país nos últimos cinco anos. Na primeira versão do ranking, foram avaliadas as healthtechs e scitechs, sendo a Doutor Ao Vivo uma das destacadas pelo ranking.
"Nós fomentamos uma experiência completa em saúde digital para que as organizações, médicos e pacientes tenham mais liberdade e autonomia, além de assegurar uma assistência médica segura, confiável e disponível a qualquer momento e em qualquer lugar. Acreditamos que a empatia e o afeto abrem caminhos, e que a medicina e a tecnologia caminham juntas", finaliza Souza.
Sobre a Doutor Ao Vivo
A Doutor Ao Vivo tem como missão ampliar e democratizar o acesso à saúde. Combinando tecnologia e sua expertise em saúde digital, ela cria soluções que promovem o bem-estar de pessoas e organizações, impactando significativamente a sociedade de maneira segura, ágil e humanizada.
Fundada por Mauren Ginaldo, Gian Pestana e Luciano Lima, que trabalhavam juntos quando decidiram sair para empreender, a healthtech, por meio da telemedicina, estabelece uma conexão inovadora e humanizada entre médicos, organizações e pacientes, resultando uma transformação nas rotinas, reduzindo tempo e custos.
Atualmente, a startup - que já recebeu mais de R$ 1,7 milhão em aporte e figura na lista das 20 startups mais promissoras da AEVO e Fundação Dom Cabral - conta com mais de 200 clientes, entre eles o Grupo Fleury, Bradesco Saúde, Medicar, HB Saúde, Hospital Oswaldo Cruz e as Unimeds de São José do Rio Preto (SP) e Londrina (PR).
Mauren Ginaldo Souza, CEO e cofundador da Doutor Ao Vivo - Crédito: Divulgação. Para mais informações, acesse www.doutoraovivo.com.br
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DIÁRIO PB
Ministério da Saúde recomenda ampliação da faixa etária para vacinação contra a dengue
O Ministério da Saúde orienta que os estados e municípios ampliem a faixa etária para vacinação contra a dengue para pessoas de 10 a 14 anos. A recomendação foi apresentada em Nota Técnica publicada pela pasta nesta quarta-feira (6).
Antes, diante do quantitativo de doses, que é restrito, baseado na capacidade de produção e entrega do laboratório produtor, a pasta distribuiu as duas primeiras remessas aos 521 municípios inicialmente elencados para receber a vacina, e havia recomendado que a estratégia fosse iniciada em pessoas de 10 a 11 anos de idade. A ampliação, portanto, busca alavancar a proteção entre o público-alvo.
Os municípios contemplados continuam sendo aqueles previamente definidos antes da recomendação de ampliação da faixa etária. As vacinas são destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses.
A decisão de expandir a idade do público contemplado foi tomada em conjunto com a representação dos conselhos municipais e estaduais de saúde, respeitando as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Comitê Técnico Assessor em Imunização (CTAI).
Até o momento, o Ministério da Saúde destinou R$ 44 milhões para apoiar gestores locais que declararam emergência em saúde pública para o enfrentamento da dengue. Os recursos são parte do R$ 1,5 bilhão reservados pela pasta para este fim.
Do total destinado até agora, R$ 6,7 milhões foram para os estados, R$ 5,5 milhões para o Distrito Federal e R$ 31,7 milhões para os municípios. O apoio financeiro será destinado para medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública. Essas ações estão no foco do Ministério da Saúde, uma vez que as doses de vacinas ainda são insuficientes para cobrir a maior parte da população.
Os recursos enviados para as unidades federativas foram viabilizados com o objetivo de otimizar a liberação de recursos para os gestores e gestoras que decretarem emergência, seja por dengue, outras arboviroses ou situações que acometam a saúde pública. Para receber a assistência financeira, o estado ou município deve enviar ao governo federal um ofício com a declaração de emergência em saúde. Os repasses serão mensais durante a vigência do decreto de emergência.
Também será necessário apresentar um plano de ação, que deve conter a apresentação da condição de saúde local, considerando a situação epidemiológica, necessidade de atendimento à população e a sobrecarga da rede assistencial. Também deve detalhar as ações de saúde a serem realizadas e os respectivos valores estimados. É possível que a solicitação de apoio ao Ministério da Saúde seja feita por mais de um ente federativo em conjunto.
Desde 2023, o Ministério da Saúde está em constante monitoramento e alerta quanto ao cenário epidemiológico da dengue no Brasil, coordenando uma série de ações para o enfrentamento das arboviroses em todo o território nacional.
A pasta adquiriu todo o estoque disponível de vacinas da dengue do laboratório fabricante - 5,2 milhões de doses que serão entregues entre fevereiro e novembro de 2024. Além dessas, também serão distribuídas 1,32 milhão de doses fornecidas sem custo ao governo federal. Para 2025, 9 milhões de doses que estavam disponíveis também foram compradas. É importante reforçar que outras aquisições podem ser feitas se houver nova disponibilidade de doses à pasta.
Foi instalado ainda o Centro de Operações de Emergência contra a dengue (COE Dengue). A iniciativa, coordenada pelo Ministério da Saúde, em conjunto com estados e municípios, visa acelerar a organização de estratégias de vigilância frente ao aumento de casos no Brasil, permitindo mais agilidade no monitoramento e análise do cenário para definição de ações adequadas e oportunas para o enfrentamento da doença no país.
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Assessoria de Comunicação