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Os hospitais associados da Ahpaceg estão prontos para ampliar os serviços prestados à população, principalmente em especialidades médicas que carecem de atendimentos cirúrgicos. A proposta de ampliação da prestação destes serviços por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs) foi apresentada ao secretário Estadual de Saúde, Leonardo Vilela, pelo presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, que ressaltou que os hospitais associados já são responsáveis por mais de 80% dos atendimentos especializados em algumas áreas e podem aumentar essa oferta.

A Ahpaceg está fazendo um levantamento sobre a capacidade de atendimento em cada hospital, mas o presidente já adiantou que os associados têm condições de ampliar a oferta e estão dispostos a contribuir para a redução das listas de espera por cirurgias em áreas, como ortopedia, neurocirurgia e pediatria. Leonardo Vilela, a exemplo do que já fez o governador Marconi Perillo, afirmou que o Estado tem todo interesse nesta parceria com os hospitais privados.

A assinatura de parcerias entre os hospitais da Ahpaceg e a Secretaria foi proposta, no dia 5 de fevereiro, durante uma visita do presidente da Associação; do tesoureiro Gustavo Suzin Clemente e de Joseval Brito, do Hospital Evangélico Goiano, ao secretário Leonardo Vilela. Foi um encontro de boas-vindas ao novo secretário, que assumiu o cargo em janeiro, mas também de reivindicações.

 

Financiamento

 

site VISITA SES 05 02 15 3A Ahpaceg reivindicou a abertura de uma linha de crédito para os hospitais. Haikal Helou ressaltou que a inflação no setor hospitalar é, no mínimo, três vezes maior do que a inflação oficial e os hospitais goianos já se encontram em um alto grau de endividamento, portanto, precisam de linhas especiais de crédito.

Leonardo Vilela comprometeu-se a ajudar a viabilizar esses financiamentos, inclusive por meio da Agência de Fomento de Goiás (GoiasFomento), da qual foi presidente, e do Ministério da Saúde, que dispõe de recursos para a compra de cirurgias de alta complexidade da rede conveniada.

 

UTIs

 

Outra reivindicação da Ahpaceg foi a atualização dos pagamentos do cofinanciamento das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), que têm o valor das diárias do Sistema Único de Saúde (SUS) complementado pelo Estado. Muitos hospitais estão com o pagamento deste complemento atrasado. O ex-secretário da Saúde e atual superintendente executivo da pasta, Halim Girade, que também participou da reunião, ressaltou que os atrasos acontecem porque as prefeituras não repassam ao Estado a produção das UTIs. Foi acertado que será feito um levantamento dos repasses e pagamentos efetuados para a identificação e correção do problema.

 

Assessoria de Comunicação Ahpaceg - 05/02/15

A Ahpaceg quer que o Ministério Público Estadual investigue o descumprimento de portaria do Ministério da Saúde e apure se está havendo improbidade administrativa e/ou apropriação indébita dos recursos do SUS

 

 patrocinio saúde

Na próxima segunda-feira, dia 9, às 14 horas, a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) vai protocolar no Ministério Público Estadual uma solicitação para que o promotor de Justiça, Érico de Pina Cabral, coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAO) da Saúde, apure as razões dos constantes atrasos nos pagamentos dos serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS) pela rede hospitalar credenciada.

 

Na solicitação, a Ahpaceg informa o descumprimento pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia da Portaria número 2.617/2013 do Ministério da Saúde, que determina que os serviços prestados pelos hospitais credenciados sejam pagos até o quinto dia útil após o repasse da verba federal às prefeituras. Apesar desta determinação, desde outubro de 2014, os hospitais da capital vêm sofrendo com os atrasos nos pagamentos.

 

Algumas faturas foram quitadas no final de janeiro, mais de 60 dias após o Ministério da Saúde comunicar o repasse dos recursos ao Fundo Municipal de Saúde. A retenção desta verba pelo município pode caracterizar improbidade administrativa e/ou apropriação indébita dos recursos do SUS, que são vinculados ao pagamento dos prestadores de serviços, não podendo ter outra destinação nem mesmo na área da saúde.

 

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia já atualizou o pagamento dos hospitais goianienses, mas a Ahpaceg quer que o Ministério Público Estadual investigue o descumprimento da portaria para que novos atrasos não aconteçam, pondo em risco a estabilidade financeira dos hospitais e a continuidade do atendimento aos usuários do SUS.

 

Saiba mais: A Ahpaceg representa 16 grandes hospitais goianos, 8 deles prestadores de serviços ao SUS:

 

 

  • Hospital da Criança, Hospital Infantil de Campinas, Hospital São Francisco de Assis, Hospital Monte Sinai – Goiânia
  • Hospital Santa Mônica e Hospital São Silvestre – Aparecida de Goiânia
  • Hospital Evangélico Goiano – Anápolis
  • Hospital São Nicolau – Catalão

 

RECORD

Confira a entrevista do presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, à Rede Record sobre os atrasos na liberação dos pagamentos dos serviços prestados ao SUS. A matéria foi veiculada no dia 24 de janeiro de 2015.

 

 

http://noticias.r7.com/fala-brasil/videos/hospitais-de-goiania-sofrem-com-a-falta-de-repasse-de-verba-do-ministerio-da-saude-24012015

Empresa que deixa de pagar vale-transporte a empregado não pode demiti-lo por justa causa devido a faltas. Com base nesse entendimento, a 10ª Vara do Trabalho de Brasília reverteu a dispensa motivada de um ex-funcionário e obrigou a empresa a pagar a ele as verbas rescisórias.

Na petição inicial, o empregado explicou que parou de comparecer ao trabalho porque a empresa deixou de dar o vale-transporte. Já a empresa se defendeu alegando que sempre pagou o benefício pontualmente.

O juiz Márcio Roberto Andrade Brito, na sentença, alegou que não foram apresentados, pela empresa, os recibos de concessão do vale-transporte, “contexto em que resta evidenciado descumprimento de obrigação contratual imprescindível à execução do labor do reclamante, justificando, portanto, a sua ausência ao trabalho”.

De acordo com o juiz, “é estrutural do direito do trabalho o princípio da continuidade das relações de emprego, sendo que a modalidade de ruptura por justo motivo (artigo 482 da Consolidação das Leis do Trabalho) deve ser robustamente provada, o que não é a hipótese dos autos, inclusive porque as comunicações enviadas pela reclamada não alcançaram o seu intento”.

Dessa forma, o Brito reverteu a justa causa e deferiu o pagamento de saldo salarial, aviso prévio indenizado, férias proporcionais com acréscimo de um terço, 13º salário proporcional, liberação do FGTS com a multa de 40%, além da multa de 40% prevista no artigo 477 da CLT e as devidas anotações na carteira de trabalho.

 

Fonte: Consultor Jurídico com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-10.

 

O funcionário que não volta ao trabalho, mesmo depois de ser convocado por um anúncio em um jornal, pode ser demitido por justa causa. Foi o que decidiu a 8ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade, ao não conhecer o recurso de um empregado de uma microempresa paulista que queria reverter a justa causa por abandono de emprego.

De acordo com as testemunhas, o empregado deixou de desempenhar as suas funções por iniciativa própria, mesmo depois de a empresa tê-lo convocado por publicações em jornal local de grande circulação.

No recurso para o TST, o trabalhador sustentou que a comunicação de abandono de emprego em jornal local não autoriza a justa causa, uma vez que o empregador poderia tê-lo convocado em sua residência, já que conhecia o seu endereço. Pediu que a dispensa justificada fosse convertida em rescisão indireta, alegando o descumprimento de obrigações contratuais pela empresa.

O ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, relator do caso, esclareceu, no entanto, que o recurso do empregado não conseguiu atender às exigências necessárias ao seu conhecimento (Súmula 296, item I, do TST) e que as decisões trazidas por ele para caracterizar a divergência jurisprudencial tratavam da tese de que a convocação por jornal não prova o abandono de emprego. "Ocorre que, no caso dos autos, ele deixou de desempenhar as suas funções em razão de suposto descumprimento de obrigações contratuais pela empresa, alegando rescisão indireta do contrato de trabalho, hipótese não contemplada nos precedentes apresentados para o confronto de teses", explicou o relator. Assim, ficou mantida a decisão do Tribunal Regional. RR-75900-92.2007.5.15.0133

Fonte: Consultor Jurídico com informações da Assessoria de Imprensa do TST.


EVENTO KPMG SP 29 01 15 2O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, e o tesoureiro Gustavo Clemente participaram ontem (29) do “I Fórum Internacional de Gestão e Tendências para o Setor de Saúde no Brasil”. Promovido pela KPMG no Brasil, o evento foi realizado na capital paulista e enfocou os desafios e tendências locais e globais para o setor de saúde.

A programação incluiu painéis e palestras e reuniu CEO’s, provedores, gestores, executivos do mercado e autoridades governamentais. Entre os palestrantes estavam Carlos Figueiredo, diretor executivo da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados); o presidente do Hospital Albert Einstein, Claudio Lottenberg; e David Nicholson, consultor independente e ex-CEO do Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra.

Durante os debates, os participantes afirmaram que o setor de saúde precisa de mudanças, como uma nova regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS), mais Parcerias Público-Privadas (PPP’s), melhor formação de médicos, novas políticas de atenção à terceira idade, entre outros.

 

Sem avanços - O diretor executivo da Anahp, Carlos Figueiredo, ressaltou que o setor privado precisa se desregulamentar e incentivar a autorregulação, como acontece no mercado financeiro. Segundo ele, a atitude aumenta a concorrência, eficiência e oferta de serviços. Carlos Figueiredo também criticou a morosidade na adoção das PPP's. “Não estão avançando na velocidade que deveriam. A gente tem uma barreira cultural para ultrapassar. As PPP's não servem para privatizar. São uma parceria para gerar o melhor serviço. Na minha própria relação com políticos, eu vejo uma total falta de conhecimento dos governantes sobre o assunto", disse.

EVENTO KPMG SP 29 01 15 3Cíntia Silva, gerente da KPMG Brasil e Marcos Boscolo, sócio-líder de Healthcare da KPMG Brasil, apresentam a pesquisa "Nossos hospitais relatam a realidade de 2014". Segundo o levantamento feito com instituições de saúde, o nível de profissionais qualificados precisa de atenção, pois os profissionais graduados totalizam 41%. "Profissionais podem estar atuando em áreas para qual não estão preparados", alertou Cíntia.

O encontro debateu ainda casos de sucesso em âmbito global no setor de saúde; oportunidades para o setor de saúde no Brasil – novas ferramentas e formas de gestão, baseadas em modelos internacionais, principalmente no mercado americano; modelos de gestão eficazes aplicados no Brasil e a projeção do perfil da população no que se refere à idade, renda, acesso a informações e como o setor de saúde precisa se preparar para atender esse novo paciente nos próximos anos.

Foto1:Yuri Pinheiro (esq), Christiano Quinan, Haikal Helou e Gustavo Clemente

 (Com informações: KPMG)

Matéria publicada no jornal Diário da Manhã (28/01/15)

Representantes de hospitais consultam MP sobre falta de repasse


Unidades hospitalares da Capital e do interior, que estão com repasses do Sistema Único de Saúde atrasados desde o mês de outubro do ano passado, se dirigiram ao Ministério Público em busca de providências
Marcelo Mendes,Da editoria de Cidades

Conforme antecipado no último sábado (24), na matéria intitulada “Oito hospitais podem suspender o atendimento pelo SUS”, os representantes dos hospitais prejudicados pela falta de repasse financeiro, por parte das prefeituras, estiveram no Ministério Público (MP) na tarde desta última segunda-feira. Os integrantes das unidades de saúde, juntamente com representante da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), fizeram uma consulta ao MP sobre quais medidas deverão ser tomadas.


A reportagem do Diário da Manhã entrou em contato com o MP para esclarecer sobre o que foi abordado na reunião. Porém obtivemos apenas a confirmação de que a reunião aconteceu com o Promotor Érico de Pina do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAO Saúde). Conforme apurado pela reportagem, o promotor apenas orientou os representantes a formalizarem a denúncia. Também foi constatado que as prefeituras efetuaram os pagamentos referentes aos meses de outubro e novembro, mas o mês de dezembro continua em aberto.

As unidades que estão envolvidas nesta situação são: Hospital da Criança, Hospital Infantil de Campinas, Hospital São Francisco, Hospital Monte Sinai, todos localizados na Capital. Em Aparecida de Goiânia: Hospital Santa Mônica e Hospital São Silvestre. Hospital Evangélico Goiano em Anápolis e Hospital São Nicolau em Catalão.

De acordo com o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) Haikal Helou, o dinheiro foi depositado nas contas das secretarias de saúde pelo Ministério da Saúde e não foi repassado. Haikal ainda afirmou que os valores giram em torno de R$ 8 milhões, se somados os montantes devidos pelas prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis e Catalão.

 

SAIBA MAIS

Hospitais afetados pela falta de repasse do SUS no Estado de Goiás

  • Hospital da Criança, Hospital Infantil de Campinas, Hospital São Francisco de Assis, Hospital Monte Sinai – Goiânia
  • Hospital Santa Mônica e Hospital São Silvestre – Aparecida de Goiânia
  • Hospital Evangélico Goiano – Anápolis
  • Hospital São Nicolau – Catalão

Fonte: Ahpaceg

Apresentação1

 

Reportagem do Diário da Manhã deste sábado, 24.01.15, mostra que a Associação de Hospitais de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) está se mobilizando energicamente, contundentemente, contra o não-pagamento da produção hospitalar do SUS feita pelos governos. Suspensão de atendimento, judicialização intensiva, denúncia ao Ministério Público, pelo que entendi, podem estar na sua pauta de atuação. É intrigante que associações com mais membros, ou mais poderosas, como, por exemplo, a Associação dos Hospitais do Estado de Goiás, ou mesmo a Federação Brasileira dos Hospitais, parecem optar por não confrontarem os governos assim tão de frente. A FBH soltou uma notinha de indignação (as entidades médicas brasileiras adoram notinhas) no final do ano, mas parece ter ficado só nisso. A Associação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos parecem nem existir, e daqui uns dias, com a falência de todos seus associados, não vão existir mesmo. Grande parte de seus membros está falindo ou desaparecendo e, muito estranhamente, não se nota atitudes enérgicas por parte delas. Se fosse diretor de um grande hospital, e não de um muito pequeno e pobre, até tentaria pular fora do barco enquanto é tempo, afiliando-me a uma associação que, de fato, lutasse por nossos direitos. O atraso do SUS já chega a quase quatro meses e compromete gravemente todas as nossas finanças, além de 20 anos que já se escoam sem reajuste real da tabela do SUS. A Santa Casa de SP, p.ex., está demitindo quase 2.000 funcionários, e tem uma dívida de quase 1 bilhão. Grande parte dos hospitais que atendem SUS estão quebrando pelo País. O Brasil perde uma média de 15 leitos do SUS por dia, por causa desta política “hospitalocida” do governo. São leitos para pacientes pobres, que não reclamam, “morrem em silêncio”; o governo, como manobra de camuflagem, joga a culpa em planos de saúde, nos “donos de hospitais”, ou simplesmente nos médicos. Nós, cidadãos comuns, não podemos atrasar nem um dia nossos pagamentos que somos duramente penalizados. Já o governo, aparentemente com o beneplácito e vistas-grossas das instituições (jurídicas, MP, Legislativo, etc), pode dar o calote em todo mundo, e para isso muda até a Constituição (vide a jogada de Dilma no Congresso, “comprando” deputados para acabar com a Lei de Responsabilidade Fiscal).


O jogo de empurra não tem fim: o Governo Federal diz que já depositou o dinheiro do pagamento do SUS, osgovernos municipais dizem que não. O Governo Federal diz que as prefeituras estão retendo pagamentos para quitar dívidas próprias (leia-se : “Cevar o curral de cabos eleitorais cabides de empregos”). A verdade é uma só : os sucessivos governos do PT afrouxaram as políticas de responsabilidade fiscal, de modo que, hoje em dia, toda prefeitura deste País, inclusive a de Goiânia, sente-se no direito de aplicar a “política esquerdista-petista”: inchar a máquina pública de apaniguados, funcionários, “concurseiros dependentes do governo”. Com uma base ideológica frágil, cujos líderes estão quase todos presos ou indiciados por roubo, o funcionário público é o “último curral eleitoral” que sobrou ao governo, daí sua “necessidade visceral” de mais contratações e mais “benefícios sociais”. As prefeituras, vendo que a União faz isdo, simplesmente “copia a chefe”. Aí não sobra dinheiro para mais nada, inclusive para a saúde; são governos que vivem apenas para alimentar-se a si mesmos, e não prestar serviços. Uma outra política do Governo Federal , hoje amplamente copiada por muitas prefeituras (tanto do PT quanto não-PT), é a do desprezo , e mesmo “ataque”, a toda instituição de saúde não-estatal. Para as estatais as benesses e as tolerâncias são totais. O claro objetivo petista é a estatização completa do sistema médico-hospitalar. Dentro desta filosofia, um “hospital não-estatal a mais, outro a menos”, não faz diferença – mesmo que tais hospitais prestem serviços ao SUS.


(Marcelo Caixeta, médico psiquiatra)

Fonte: Diário da Manhã, 27/01/15

O Hospital Evangélico Goiano está, desde setembro de 2014, sem receber os repasses do Sistema Único de Saúde. Os recursos dizem respeito a serviços de Média e Alta Complexidade Hospitalar prestados pelo HEG e que são importantes para a continuidade dos atendimentos aos pacientes do SUS. Outras sete instituições hospitalares goianas estão sem receber os aportes, de acordo com a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg). Os atrasos atingem entidades de Anápolis, Goiânia, Aparecida de Goiânia e Catalão. Os valores totais que já deveriam ter sido transferidos somam cerca de R$ 8 milhões.

O Fundo Nacional de Saúde, por meio do qual o Ministério da Saúde faz os repasses do SUS para os municípios, informou em seu site que 'a operacionalização do pagamento do Teto Financeiro da Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar (MAC) referente à parcela 1/2015 (janeiro) está regularizada'. No endereço eletrônico http://www.fns.saude.gov.br/, é possível visualizar os montantes repassados
às prefeituras em 2014. As transferências até o mês de Dezembro do ano passado já foram feitas aos municípios pelo Ministério.

O diretor administrativo do HEG, Joseval dos Reis Brito, informou que o Hospital Evangélico Goiano é um "prestador de serviços ao SUS, em
especialidades de alta complexidade, em especial na área de cardiologia, oncologia e neurocirurgia". Ele confirmou que a instituição "vem prestando os atendimentos diariamente e, nos últimos meses, o Ministério da Saúde repassou ao Fundo Municipal de Saúde, à Secretaria Municipal de Saúde (de Anápolis), os pagamentos das competências até dezembro de 2014. E nós recebemos, até o presente momento, o mês de setembro".

Conforme informou o diretor, há "notícias da secretaria de que o mês de outubro vai ser pago, já pediram a nota fiscal". "Mas hoje a situação em que (nos) encontramos é do município ter recebido da União, do Ministério da Saúde até Dezembro; e o prestador de serviços, Fundação James Fanstone/Hospital Evangélico Goiano, não ter recebido ainda as competências de outubro, novembro e dezembro", lamentou. Os atrasos têm "causado muitos problemas na gestão financeira" do Hospital Evangélico, que tem manifestado dificuldades para honrar "compromissos com fornecedores, prestadores de serviços, médicos".

Para continuar mantendo o mesmo padrão de atendimento aos pacientes do SUS, de acordo com Joseval dos Reis Brito, "o Hospital tem utilizado de todas as reservas, tem utilizado do respeito no mercado, de uma maneira geral, em relação a fornecedores, a prestadores de serviço, mas chega um momento em que não tem como suportar mais a situação". "Porque o fornecedor precisa receber, o médico precisa receber, o funcionário precisa receber. Em especial nesses períodos de final e de início de ano, em que a folha de pagamento de funcionários tem o décimo terceiro, que é uma folha extra que aperta todos os empresários nesse momento", continuou.

"Por mais que a gente trabalhe preventivamente o pagamento de 13º, mas são valores, são despesas extras de final de ano. E quando você tem despesa extra de final de ano com atraso de pagamento, aí que realmente a coisa complica", explicitou o diretor administrativo do HEG. Ele reforçou a iniciativa e o interesse do Hospital em atender a todos os pacientes do Sistema Único de Saúde: "nós estamos trabalhando para que não falte nada aos nossos pacientes que são atendidos pelo SUS aqui. Mas a situação não é fácil, porque nós dependemos de terceiros para continuarmos mantendo esse atendimento".

Ações

Um diálogo tem sido mantido constantemente entre o Hospital Evangélico Goiano e sua diretoria e a Secretaria Municipal de Saúde, "conversado, com frequência, com o gestor municipal. O gestor tem as suas dificuldades também. O Ministério Público começou a entrar nesse processo e os donos de hospitais, os prestadores de serviços que prestam serviços ao SUS vão estar agora fazendo gestões mais fortes junto ao Ministério Público para que o Ministério Público intermedeie esta situação, para que esses recursos possam vir o mais rápido possível para a conta do prestador (de serviços)".

Ele destacou ainda que "a posição do Hospital é uma posição da Associação dos Hospitais de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg). Em reunião no final da semana passada (sexta-feira, 23 de janeiro), ficou definido que serão feitas gestões junto aos gestores municipais, os secretários de saúde, serão feitas gestões junto aos promotores de Justiça das cidades que tem hospitais filiados à Associação. E, se porventura, dessas conversas, a situação não for resolvida, a Associação, todos os filiados vão tomar uma decisão em conjunto, de paralisar (os serviços do SUS) ou não".

"Na verdade, todos já estão bem sacrificados com este momento e não tem mais recursos para continuar prestando atendimento ao SUS, aos usuários do SUS sem os devidos repasses", alertou. Ainda de acordo com Joseval dos Reis Brito, diretor administrativo do Hospital Evangélico Goiano, "essa semana será uma semana de se fazer essas conversas, com os gestores e com o Ministério Público. E nós entendemos que, para o final dessa semana uma posição será tomada".

População

O Hospital Evangélico Goiano reforça seu compromisso com a comunidade Anapolina, principal interessada nos serviços prestados por meio do Sistema Único de Saúde. "O Hospital gostaria de dizer para a comunidade anapolina e também para o entorno, para os municípios do entorno, que a proposta nossa é de continuarmos esse atendimento aos usuários do SUS. Um Hospital que faz quase cem cateterismos (por) mês pelo SUS. Um hospital que tem mais de quinze leitos de UTIs e Semi-UTIs ofertadas ao Sistema Único de Saúde, um
hospital que se propõe a atender neurologia, oncologia e cardiologia e tem feito isso muito bem", reafirmou Joseval.

Ele acrescentou ainda que o Evangélico está, "inclusive, investindo. O Hospital inaugurou recentemente um segundo equipamento de hemodinâmica, que presta serviços aos usuários do SUS". "Então, nós gostaríamos de dizer para a população que a proposta nossa é de continuarmos atendendo da melhor forma possível, como a história nossa de quase nove décadas. Mas que esse atendimento se complica um pouco se nós não recebermos esses repasses, porque nós estamos em um processo", pontuou.

Pagamentos

Joseval dos Reis Brito relatou que "o histórico do SUS é um histórico de tabelas não tão favoráveis ao prestador de serviços, tabelas que não são reajustadas há anos e anos. Agora, na questão do pagamento, desde 2004 para cá, o Ministério da Saúde tem repassado os valores aos municípios em uma frequência boa". "Antes, repassava-se com, às vezes, sessenta (60) dias da prestação do serviço. E as secretarias municipais de saúde repassavam para os prestadores mais ou menos nesta condição", explicou.

"O que aconteceu em 2014, pelo que percebemos, é que o Ministério da Saúde antecipou competências. Por exemplo, ele pagou a competência de Dezembro dentro do mês de Dezembro. No passado, essa competência de Dezembro seria paga às secretarias municipais no início do mês de fevereiro. Então, como o Ministério antecipou, as secretarias não deram conta de fazer este repasse na mesma celeridade que o Ministério da Saúde fez com as secretarias. Ou seja, o recurso veio para o município e o município não repassou aos prestadores de serviços. Talvez essa, hoje, é a grande dificuldade de todos".

Número de procedimentos a pacientes do SUS por mês - Hospital Evangélico
Goiano

Oncologia, Neurocirurgia, Cardiologia: 300 internações

Hemodiálise: 760 sessões

Cateterismos cardíacos com angioplastia: 70 a 100 procedimentos

 

Fonte: 

Ascom - Hospital Evangélico Goiano
Felipe Homsi - Assessor de Comunicação

 

SITE Falta-de-pagamentos-aos-hospitais-conveniados-FOTO-Cristovão-Matos

A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) quer que o Ministério Público Estadual investigue o motivo do atraso no pagamento dos hospitais privados conveniados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Oito hospitais de Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia e Catalão, associados da Ahpaceg, estão sem receber desde outubro.

 

Em reunião realizada na sede da Associação, na última sexta-feira (23), o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, criticou a falta de compromisso e de responsabilidade de gestores municipais com o SUS. Ele ressaltou que esse descaso com o Sistema Único de Saúde vem gerando constantes atrasos nos pagamentos, impondo aos prestadores de serviços uma tabela de remuneração extremamente defasada e levando insegurança e instabilidade aos hospitais credenciados.

 

Leitos fechados
“Os hospitais não têm segurança para investir em mais leitos e os leitos fechados em momentos de crise, como os de atrasos de pagamento, não são reabertos”, disse. Um levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina revela que o SUS perdeu quase 15 mil leitos de internação entre 2010 e 2014. A cada dia, foram quase 10 leitos fechados em todo o Brasil.

 

Segundo o presidente, o Fundo Nacional de Saúde já anunciou o repasse aos municípios dos recursos destinados ao pagamento dos serviços prestados. “Mas, alguns hospitais não receberam setembro, a maioria não recebeu outubro”, afirmou, ressaltando que a Ahpaceg está solicitando que o Ministério Público apure a destinação destes recursos.

 

Haikal Helou explicou que os hospitais associados da Ahpaceg reivindicam a atualização do pagamento do SUS, mas cobram também maior compromisso dos gestores para uma solução definitiva para esse problema. “Os problemas precisam ser sanados, pois a estrutura do SUS vem encolhendo a cada ano”, alertou.

 

Incapacidade
Ele não descartou uma futura paralisação do atendimento em protesto contra esses atrasos, que totalizam cerca de R$ 8 milhões, mas afirmou que a maior preocupação é com a paralisação por incapacidade, que se torna inevitável. “Sem receber, o hospital não consegue pagar funcionários, fornecedores e não consegue manter o atendimento pelo SUS”, afirmou, ressaltando que os maiores prejudicados por essa situação são os usuários do SUS, que dependem da assistência prestada pela rede conveniada.

 

A paralisação dos maiores hospitais de alta complexidade do Estado afetaria o atendimento à população em pediatria, neurologia, cardiologia e outras especialidades médicas que dependem dos hospitais conveniados.

 

 


Débito com os hospitais associados soma quase R$ 8 milhões

 

O débito dos municípios com os hospitais conveniados associados da Ahpaceg soma cerca de R$ 8 milhões. Os atrasos nos pagamentos atingem associados na capital e no interior. Confira:

Hospital da Criança (Goiânia)
Hospital Infantil de Campinas (Goiânia)
Hospital São Francisco de Assis (Goiânia)
Hospital Monte Sinai (Goiânia)
Hospital Santa Mônica (Aparecida de Goiânia)
Hospital São Silvestre (Aparecida de Goiânia)
Hospital Evangélico Goiano (Anápolis)
Hospital São Nicolau (Catalão)

 

 

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Assessoria de Comunicação/Ahpaceg 23/01/15

Foto: Diário da Manhã/ Cristovão Matos