Profissionais das áreas de limpeza, higienização e controle de infecção em serviços de saúde do Hospital Santa Mônica vão participar do Seminário de Atualização em Limpeza e Processamento de Superfícies, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia em parceria com o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da unidade. O curso terá duas turmas: nos dias 14 e 15 de junho.

Um dos temas em pauta é a correta lavagem das mãos, considerada por especialistas a medida individual mais simples, barata e eficaz para prevenir a propagação de infecções relacionadas à assistência à saúde (leia mais). O curso será ministrado pela chefe de Prevenção e Controle de Infecção dos Serviços de Saúde da SMS, Núria Neres do Vale, no Hospital Santa Mônica, associado da Ahpaceg.

Os investidores estrangeiros estão em busca de ativos com mil leitos, mas, na falta de hospitais de grande porte, o movimento mais comum seria de aquisições de ativos menores para formar grupos, como já ocorreu em outros setores da saúde como laboratórios de medicina diagnóstica e operadoras de convênios médico e dental

 

cirurgia freepikNas semanas seguintes à aprovação de uma lei permitindo a entrada de capital estrangeiro em hospitais brasileiros, em janeiro de 2015, uma revoada de investidores desembarcou no país.

O americano Carlyle e o Fundo Soberano de Cingapura (GIC) fizeram aportes de quase R$ 5 bilhões na Rede D’Or e a UnitedHealth comprou o Hospital Samaritano, de São Paulo, por R$ 1,3 bilhão. As cifras generosas davam indícios de que a consolidação no setor seria intensa.

No entanto, esse movimento não ocorreu até o momento. Além da crise econômica e política que se instaurou no país, os investidores estrangeiros estão se deparando com entraves estruturais no setor hospitalar que têm barrado a conclusão de novas transações.

Entre esses empecilhos estão: carência de hospitais de grande porte, dependência das Unimeds como fonte pagadora, principalmente fora de São Paulo, atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS), gestão pouco profissionalizada e indisposição dos fundadores para abrir mão do controle do hospital.

O maior entrave é o tamanho dos hospitais brasileiros, que têm em média 70 leitos. São considerados rentáveis aqueles com pelo menos 150 leitos, uma vez que os custos fixos de um hospital são elevados, segundo dados da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp).

Os investidores estrangeiros estão em busca de ativos com mil leitos, mas há pouquíssimas opções e, ainda assim, são hospitais que já têm sócios investidores como a Rede D’Or ou pertencem a operadoras de planos de saúde que usam seus hospitais para atender basicamente seus clientes.

Esse é o caso da Amil, dona de 32 hospitais, e da NotreDame Intermédica, que tem 854 leitos e foi vendida há dois anos ao fundo americano Bain Capital. A operadora Hapvida, que ainda não tem investidor, deve chegar ao fim deste ano com 3 mil leitos, mas são voltados aos próprios clientes.

“A Rede D’Or e o Edson Bueno começaram a consolidação antes e compraram os melhores ativos”, diz Roberto Schahin, sócio da MTS Health Partners, banco de investimento americano especializado em saúde. Bueno é controlador de uma rede com seis hospitais, que juntos têm 1,5 mil leitos, com marcas reconhecidas na comunidade médica como Santa Paula e Nove de Julho, ambos em São Paulo. Já a Rede D’Or é a maior do setor no Brasil, com faturamento de R$ 6,5 bilhões e mais de 30 hospitais, como o paulista São Luiz, o Santa Luzia, em Brasília, e as unidades D’Or, no Rio.

Segundo Camila Crispim Bastos, “head” do setor de saúde do Banco Modal, entre os investidores estrangeiros que analisaram ativos brasileiros neste último ano, entre 45% a 50% não fecharam negócio por causa do tamanho do hospital. Nos Estados Unidos, o número de leitos por hospital é em média três vezes maior em relação ao Brasil, segundo Anahp e BTG.

Na falta de hospitais de grande porte, o movimento mais comum seria de aquisições de ativos menores para formar grupos, como já ocorreu em outros setores da saúde como laboratórios de medicina diagnóstica e operadoras de convênios médico e dental. “Mas a lógica não é tão simples no caso dos hospitais devido à complexidade e risco iminentes ao negócio”, diz a sócia do banco Modal, complementando que o valor do cheque não tem sido o maior problema para os investidores estrangeiros.

Há no mercado, 3,8 mil hospitais privados com ou sem fins lucrativos que juntos têm um faturamento de cerca de R$ 50 bilhões, de acordo com levamento realizado pela MTS Health Partners. Deste total, quase R$ 23 bilhões são provenientes dos 72 maiores grupos hospitalares do país.

O setor afirma que sua rentabilidade está sob pressão. “Nos últimos três anos, a variação dos custos médicos cresceu mais do que a receita”, disse Francisco Balestrin, presidente da Anahp.

Outro ponto que vem causando insatisfação entre os estrangeiros é a dependência das Unimeds que, em muitas regiões do país, são a única fonte pagadora para os hospitais, principalmente, fora da cidade de São Paulo e nos Estados do Sul. Alguns investidores têm se mostrado receosos inclusive para construir um novo hospital nessas praças.

Mas, em meio às dificuldades de fechar grandes transações, os hospitais filantrópicos privados estão se destacando. No período de um ano, o Samaritano, de São Paulo, foi comprado pela UnitedHealth (dona da Amil), e o Bandeirantes mudou sua razão social para fins lucrativos.

Havia uma expectativa de que os filantrópicos começassem o processo da consolidação mais tarde, após aqueles com fins lucrativos. “Os filantrópicos estão nos procurando para ver os modelos viáveis. Há interesse deles em expandir com capital estrangeiro. Mas tenho dito que há outros formatos e não só mudar a razão jurídica”, destaca Elysangela de Oliveira Rabelo, advogada e sócia da Tozzini Freire, escritório de advocacia que tem uma área específica para atender o setor. Elysangela exemplifica como opções aos filantrópicos a criação de subsidiárias, licença de marcas ou gestão de hospitais.

O sócio da MTS Health levanta outro empecilho ainda pouco discutido: a grande parcela de atendimentos a pacientes da rede pública (SUS) por alguns hospitais filantrópicos particulares. É o caso da Beneficência Portuguesa, de São Paulo. “Há uma carência enorme de leitos SUS no país.

Como eu vou chegar numa prefeitura e informar que o hospital foi comprado e aqueles leitos passarão a ser privados? Não dá para fazer isso”, explica Schahin.

Os sócios do Modal, da MTS Health e da Tozzini Freire dizem que a falta de governança corporativa no setor é outro grande problema. É comum o fundador do hospital acumular as funções de presidente, médico responsável e ainda ter consultório dentro do próprio hospital. Outra característica é que muitos hospitais de menor porte têm vários sócios médicos que estão em busca de aportes financeiros, mas não querem abrir do controle. “Para o investidor levar adiante a consolidação ele quer comprar 100%”, diz Camila.

Fonte: Valor Econômico – 01.06.2016

 

Publicada no Diário Oficial do Município em 25 de maio passado, já está em vigor em Goiânia a Lei Municipal número 9.830, que impede médicos, instrumentadores, enfermeiros, técnicos de enfermagem, tanatopraxistas e demais auxiliares desses profissionais e terceiros de entrar nas salas de autópsia, cirurgia, exames, preparação de corpos, portando aparelhos particulares de gravação de imagens e ou sons. A lei impede os profissionais de registrarem fotos ou vídeos não autorizados pelo paciente ou por seu responsável legal e responsabiliza o estabelecimento no caso de qualquer registro indevido.

De autoria do vereador Zander Fábio (PEN/Bloco), a nova lei foi aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Paulo Garcia (PT) e é válida para institutos de medicina legal, hospitais, clínicas de cirurgia plástica e estética, clínicas médicas, clínicas de exames, laboratórios, crematórios, funerárias e quaisquer estabelecimentos da rede pública ou particular, que realizam intervenções clínicas que exponham o corpo e a intimidade das pessoas.

De acordo com a lei, o registro audiovisual de procedimentos nestes estabelecimentos só poderá ser feito para fins científicos oficiais, com a autorização do paciente ou responsável legal e com pleno acesso ao material produzido. Os equipamentos utilizados nestes casos deverão ser de propriedade da instituição onde foi feito o procedimento e os pareceres e documentos citarem a identificação deste equipamento. Entre os equipamentos de uso restrito estão máquinas fotográficas, filmadoras, tablets e celulares.

A responsabilidade pelo uso indevido de registros recairá sobre os órgãos ou estabelecimentos onde foram realizados os procedimentos, assim como sobre seu autor ou autores. Ao propor a lei, o vereador Zander Fábio visou evitar a exposição indevida de pacientes e principalmente, o crime de vilipêndio, como aconteceu no ano passado quando da morte do cantor Cristiano Araújo e sua noiva, que tiveram imagens gravadas por funcionários da funerária encarregada da tanatopraxia divulgadas na internet.

Divulgação é vetada pelo Código de Ética Médica

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) explica que a divulgação de imagens de pacientes, mesmo depois de mortos, já é vetada pelo Código de Ética Médica, que proíbe essa divulgação fora de ambientes científicos, independentemente da autorização ou não do paciente. O presidente do Cremego, Aldair Novato Silva, reforça a proibição destes registros e ressalta que a divulgação de procedimentos pode configurar infração ético-profissional em razão do que dispõe os seguintes artigos do Código de Ética Médica:

Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente.

Parágrafo único. Permanece essa proibição: a) mesmo que o fato seja de conhecimento público ou o paciente tenha falecido;

Art. 75. Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos, em meios de comunicação em geral, mesmo com autorização do paciente.

O Cremego ressalta ainda que, de acordo com o Artigo 78 do Código de Ética Médica, os responsáveis técnicos pelos serviços de saúde cometem infração ético-profissional ao “deixar de orientar seus auxiliares e alunos a respeitar o sigilo profissional e zelar para que seja por eles mantido”.

Confira o texto completo da lei

 

LEI Nº 9.830, DE 25 DE MAIO DE 2016

Impede médicos legistas, peritos, cirurgiões plásticos, anestesistas, médicos em geral, instrumentadores, enfermeiros, técnicos de enfermagem, tanatopraxistas, e demais auxiliares desses profissionais e terceiros, de entrar nas salas de autópsia, cirurgia, exames, preparação de corpos, portando aparelhos particulares de gravação de imagens e ou sons, sendo o estabelecimento responsabilizado no caso de qualquer registro indevido e dá outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA, Estado de Goiás, aprova e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Ficam os institutos de medicina legal, hospitais, clínicas de cirurgia plástica e estética, clínicas médicas, clínicas de exames, laboratórios, crematórios, funerárias e quaisquer estabelecimentos da rede pública ou particular, que realizam intervenções clínicas que exponham o corpo físico e a intimidade das pessoas, impedidos de registrar fotos ou vídeos, com imagem e ou sons, não autorizados pelo paciente ou por seu responsável legal.

§ 1º Ficam excepcionalmente permitidos os registros técnicos, para fins científicos oficiais, em relação aos quais o paciente e ou seu responsável legal deverão ter pleno acesso, por prazo limitado.

§ 2º Os registros referidos no caput deste artigo somente poderão ser realizados com aparelhagem de propriedade do órgão ou instituição correspondente, devendo os seus respectivos pareceres ou documentos correspondentes contar com a identificação do instrumento utilizado para tal procedimento.

Art. 2º Ficam os médicos legistas, peritos, cirurgiões plásticos, anestesistas, médicos em geral, enfermeiros, instrumentadores, tanatopraxistas e demais auxiliares desses profissionais impedidos de entrar nas salas de autópsia, cirurgia, exames, preparação de corpos no Município de Goiânia, pertencentes à rede pública municipal, portando máquina fotográfica, ipad, celular ou qualquer outro aparelho que possibilite a exploração de fotos, vídeos, com imagem e ou sons, sob pena de instauração de procedimento disciplinar a aplicação das sanções cabíveis, nos termos da Lei Complementar n. 011/2012 ( Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Goiânia).

Art. 3º É de responsabilidade dos órgãos e estabelecimentos, descritos no caput do artigo primeiro desta Lei, o registro indevido de imagens e sons dos atos clínicos realizados, os quais deverão ser fiscalizados pela Administração Pública Municipal.

Art. 4º A exposição de fotos e vídeos, com imagens e ou sons, de qualquer ato clínico, com imagens do corpo físico de pacientes, em eventos públicos ou privados, ainda de cunho científico, bem como através de sites de publicidades, facebook, snap chat, whatts app, deverão contar com a autorização expressa do paciente.

Art. 5º A exposição e ou veiculação indevida de fotos e vídeos, com imagens e ou sons dos atos clínicos indicados nesta Lei, por instituições privadas, implicarão nas seguintes sanções:

I – notificação ao Conselho e ou órgão regulamentar da categoria profissional correspondente;

II - multa;

III – interdição das atividades;

IV – cassação da licença de funcionamento;

V – proibição de contratar com o poder público.

Art. 6º Caberá ao Poder Executivo emitir Resolução própria, para garantir a efetiva aplicação da presente norma, no prazo de 60 (sessenta) dias, contando da data da publicação desta.

Art. 7º As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessárias, podendo a Administração Municipal também celebrar convênios e parcerias para atender o disposto nesta norma.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO DE GOIÂNIA, aos 25 dias do mês de maio de 2016.

PAULO GARCIA

Prefeito de Goiânia

(Fonte: Cremego)

LEITOS UTINesta sexta-feira, 3 de junho, a lista de pacientes de Goiânia a espera de leitos de Unidade de Terapia Intensiva conta com mais de 30 nomes. São sete recém-nascidos a espera de UTI neonatal, dez crianças e 16 adultos aguardando por internação. As informações constam no site da prefeitura da capital (clique aqui) que, desde o final de março deste ano, vem divulgando regularmente a relação de pacientes na lista de espera por UTI e a quantidade de leitos liberados.

A divulgação cumpre o que determina a Lei Municipal número 9.756, de 10 de março de 2016, sancionada pela Câmara Municipal e que dispõe sobre a obrigatoriedade de divulgação da quantidade de pacientes que aguardam por UTI, em tempo real, no site da Secretaria Municipal de Saúde.  A lei, publicada em 30 de março, é fruto de um projeto apresentado pelo vereador Eudes Vigor (PSDB), que, ao exigir essa divulgação, buscou dar maior transparência à regulação das vagas de UTI na capital.

A lista divulgada traz a identificação da quantidade de pacientes na fila de espera, a especialidade de cada caso e o município e estado de origem destes pacientes. Aprovado pela Câmara em setembro de 2015, o projeto tinha sido vetado pelo prefeito Paulo Garcia (PT), mas, em sessão realizada em 1º de março, o veto foi derrubado por pelos vereados por 19 votos a zero (leia mais).

 

Confira o que diz a lei e para acompanhar a publicação da lista, acesse www.goiania.go.gov.br

LEI N° 9.756, DE 10 DE MARÇO DE 2016.

Dispõe sobre a obrigatoriedade de divulgação da quantidade de pacientes que aguardam por UTI – Unidade de terapia Intensiva, em tempo real, no site da Secretaria Municipal de Saúde, e dá outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA APROVA E EU PROMULGO A SEGUINTE LEI:

Art. 1º Fica estabelecida a obrigatoriedade da Secretaria Municipal de Saúde informar no site, em tempo real, a quantidade de pacientes que aguardam por leito de UTI – Unidade de Terapia Intensiva.

Parágrafo Único – A divulgação referida no caput deste artigo deverá conter a quantidade de pacientes em espera, a especialidade demandada, bem como o Município e Estado de origem do paciente.

Art. 2º Esta Lei será regulamentada no prazo de 60 (sessenta) dias, contados a partir da data de sua publicação.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA, aos 10 dias do mês de março de 2016.

Ver. Anselmo Pereira

PRESIDENTE

SANTA MONICA 5

A artista plástica Érika Najar presentou o Hospital Santa Mônica com um quadro da santa que dá nome à unidade. A obra, que ficará exposta na capela do hospital, foi entregue hoje (2) pela manhã ao diretor técnico do Santa Mônica, médico Haikal Helou.

A entrega aconteceu durante uma celebração do padre Rafael Magul, pároco da Igreja Ortodoxa São Nicolau de Goiânia, que foi acompanhada por médicos, colaboradores e pacientes. Na imagem, Santa Mônica exibe um pergaminho com uma frase de seu filho, Santo Agostinho: “A medida do amor é amar sem medida”.

Localizado em Aparecida de Goiânia, o Hospital Santa Mônica é um dos associados da Ahpaceg.

SANTA MONICA  Erika PeRafael Haikal Helou

Na próxima sexta-feira, 3 de junho, o Hospital Santa Genoveva (HSG), associado da Ahpaceg e uma das referências em Goiás nas áreas de cardiologia/cirurgia cardíaca, transplante e cirurgia geral, vai reinaugurar sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI) 2. A unidade, que conta com nove dos 19 leitos de UTI do hospital, passou por intervenções que atenderam normas técnicas vigentes para modernizar e adequar a infraestrutura e ambiência do serviço.

Durante a reinauguração, os diretores Francisco Ludovico de Almeida Filho e Maíra Ludovico vão apresentar as mudanças implantadas no hospital com base no Plano de Reestruturação coordenado pela consultoria internacional especializada Baker Tylli Brasil a partir de levantamento financeiro, econômico e operacional da unidade. 

PLENARIA CREMEGO 31 05 16 ANESTESIAO presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, participou, no dia 31 de maio, da plenária temática promovida pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) sobre a prática da anestesiologia no Estado. A sessão reuniu diretores e conselheiros do Cremego, médicos anestesiologistas e o presidente da Cooperativa de Anestesiologistas do Estado de Goiás (Coopanest-GO), Wagner Ricardo Soares de Sá.

A plenária debateu a relação entre médicos e hospitais e o mercado de trabalho dos médicos anestesiologistas. Haikal Helou ressaltou que na prática da anestesiologia e em todos os atos médicos, os profissionais devem estar atentos à segurança do atendimento ao paciente. “Precisamos lutar por uma medicina segura e exigir estruturas seguras”, afirmou.

 

AHPACEG NA MÍDIA

Goiás perdeu 1.461 vagas de internação de 2010 a 2015. Situação piora com jogo de empurra

 

Cleomar Almeida O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

O dia se divide entre a cadeira de rodas e a cama. "Grito de dor." A doméstica Ivani Gonçalves tem 59 anos. "Não consigo vaga para cirurgia." Vive presa dentro do barracão onde mora, no Jardim Liberdade, Região Noroeste de Goiânia. É uma das castigadas pela redução de 1.461 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), em Goiás, entre 2010 e 2015, como aponta levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgado na última semana. A queda no Estado (11,5%) é a sexta maior do País.

Enquanto cai o número de vagas, a dor e o desespero de pacientes só aumentam. Entre janeiro e maio deste ano, Goiás já perdeu mais 83 vagas de internação do SUS, em relação a 2015, caindo para 11.123 leitos no total. A quantidade conseguiria atender a menos de 2% dos goianos se todos procurassem o sistema gratuito para tratamento de saúde. Em Goiânia, o número de leitos do SUS passou de 3.581, em 2010, para 3.206, em 2016, uma redução equivalente a 10,5%.

Ivani precisa de cirurgia para trocar a prótese do quadril, importada, colocada desde que sofreu acidente de trânsito, e transplante com enxerto ósseo na região da bacia, como mostra o relatório assinado pelo médico Flávio Dorcílio Rabelo, em julho de 2015. Ela só conseguiu fazer a primeira cirurgia em um hospital privado que era conveniado com o SUS. A rede conveniada tem diminuído os atendimentos, alegando falta de pagamento adequado.

Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES) revela dois contrapontos. Desde 2010, subiu o número de vagas do SUS em UTI em Goiás, chegando a 698 leitos, em maio de 2016. Por outro lado, caiu a quantidade em enfermaria, despencando para 10.425, no mesmo período. No entanto, autoridades do setor público protagonizam um jogo de empurra para apontar o principal responsável pelo problema.

Subfinanciamento

O secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela, diz que o número de leitos em UTI aumentou porque o Estado complementa a diária até o valor de R$ 1,1 mil. Segundo ele, o Ministério da Saúde só repassa cerca de 40% do total. "Cada vez mais há um subfinanciamento do SUS peloMinistério da Saúde. Os Estados e municípios estão aumentando o aporte de recursos", reclama.

Em nota, o Ministério da Saúde confirma que, desde 2010, há 23,8 mil leitos a menos em hospitais privados no País. A pasta não se pronunciou sobre repasses, mas diz que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, pretende melhorar a gestão da área para reativar leitos. Até lá, pacientes como Ivani devem continuar sofrendo. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que não há como precisar a data de realização da cirurgia da paciente, pois cada caso depende de disponibilidade de vagas.

 

Seis cidades goianas perderam 285 leitos conveniados ao SUS

 

Presidente da Associação dos Hospitais no Estado de Goiás (Aheg), o médico Fernando Antônio Honorato da Silva e Souza confirma que hospitais privados desativaram 285 leitos do SUS no Estado. As principais quedas foram registradas, segundo ele, em Goiânia (85), Anápolis (48), Goianésia (47), Inhumas (41), Niquelândia (38) e Porangatu (26). Unidades de saúde filantrópicas e municipais também fecharam as portas para o SUS.

Representante de 305 hospitais privados no Estado, a Aheg informa que repasses de R$ 10 milhões por mês eram feitos à rede conveniada. "Hoje não estão gastando nem R$ 5 milhões", afirma Souza. "É uma briga que a gente não sabe entender. Não sabe direito quem deixa de fazer o repasse, se é o Estado ou a União. Isso tudo inviabiliza qualquer esforço porque os hospitais têm de pagar água, luz, telefone e imposto. A vida do hospital deve continuar de qualquer jeito", acrescenta ele.

A queda de atendimentos a pacientes também foi verificada pelo presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), o médico Haikal Helou. Ele diz que, por mês, oito unidades realizavam 270 internações em leitos do SUS, em média, no ano passado. Este ano caiu para 90 internações. "O corte de repasses foi muito alto, por isso a redução dos leitos se acentuou. Todos sofrem, mas o sofrimento da população é muito maior", afirma.

Em um dos casos mais emblemáticos, um hospital de alta complexidade que internava até 15 pacientes por dia, passou a realizar apenas três internações.

 

Médicos cobram melhoria na gestão da saúde pública

 

Representantes do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) cobram a melhoria da gestão de recursos para o sistema Único de Saúde (SUS), para garantia de atendimento adequado à população.

Presidente do Simego, o médico Rafael Cardoso Martinez defende o fortalecimento do sistema. "A prioridade dos gestores deve ser resolver o problema e não empurrar o problema", assevera ele, pontuando que, em vez de aumentar a sua abrangência, o SUS tem diminuído a sua cobertura, em afronta à Constituição.

A situação começou a se agravar desde o ano passado, como observa o presidente do Cremego, o médico Aldair Novato. "Houve um desinteresse da rede privada em continuar a assistência à saúde por causa da falta de recursos", lamenta. "O elo mais frágil de toda essa situação é o cidadão carente, que não pode pagar", aponta. (O Popular - 23/05/16)

“Os projetos implantados pelo Setor de Qualidade do Hospital do Coração Anis Rassi visam disseminar informações sobre qualidade e segurança dos pacientes e fortalecer a integração entre os colaboradores”

 

anis rassi cinemaO Setor de Qualidade do Hospital do Coração Anis Rassi (HCAR) está usando a magia do cinema e dos documentários para levar informações, disseminar o conhecimento e estimular o debate entre seus colaboradores sobre temas relacionados à qualidade e à segurança do paciente. Com exibições de filmes no auditório do hospital, o projeto Cine Qualidade HCAR já debateu os temas Segurança do Paciente, Erro de Administração de Medicamento e Valores Institucionais.

 

As sessões são mensais e abertas a todos os colaboradores. Os filmes são selecionados de acordo com o tema do mês e, durante as exibições, não faltam balas, guaraná nem a tradicional pipoca. Após a apresentação do filme ou documentário, é realizada uma mesa-redonda com convidados especiais para a discussão dos temas abordados. Em março, o projeto chegou a sua terceira edição e já é um sucesso entre a equipe.

 

Outra estratégia usada pelo Setor de Qualidade do hospital para aproximar os colaboradores das ações rotineiras desempenhadas pela equipe foi baseada no popular programa televisivo Big Brother Brasil (BBB) e batizada de “Operação Big Fone Hcar”. A operação funciona da seguinte forma: o Setor de Qualidade liga para todos os setores do hospital e o profissional que atende à ligação ouve a mensagem: “Atenção, preste muita atenção! Você está na operação Big Fone da Qualidade! Você aceita participar, respondendo uma questão?”.

 

Caso não saiba a resposta, o colaborador tem a oportunidade de estudar sobre o tema e retornar a ligação ao Setor de Qualidade para receber o brinde. “Nossa intenção é despertar o olhar dos colaboradores para algumas questões, como a consciência de que qualidade é coisa séria e diz respeito à segurança do paciente e se estamos realmente comprometidos com a qualidade em nossa instituição'', explica Cristina Bernardes, gerente de Qualidade do HCAR. (Com informações: Marketing/HCAR)

 

cruzAlém de estarem com os valores pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) congelados há sete anos, hospitais associados da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) que ainda atendem SUS enfrentam atrasos nos pagamentos. Até hoje, os hospitais da capital, que prestam serviços ao SUS, não receberam parte dos atendimentos realizados em novembro de 2015. A prefeitura deve 25% da fatura e não há previsão de pagamento.

A defasagem da tabela e os constantes atrasos obrigaram os hospitais a reduzirem o atendimento pelo SUS no final do ano passado. As internações tiveram uma redução de cerca de 70%. Em 2015, os hospitais da capital e do interior realizavam, em média, 270 internações por mês. Em 2016, esse número caiu para cerca de 90 internações mensais.

A redução e a crise enfrentada pela rede hospitalar credenciada pelo SUS em Goiás revelam um problema nacional e que exige solução rápida, conforme mostrou um levantamento divulgado nesta semana pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). De acordo com o CFM, o Brasil perdeu mais de 24 mil leitos de internação pelo SUS entre 2010 e 2015. Em Goiás, foram reduzidos 1.461 leitos e em Goiânia, 437. 

 

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