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CLIPPING AHPACEG 27/09/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Lula planeja nova versão do Mais Médicos sem participação de cubanos
ANS suspende comercialização de 70 planos de saúde
Goiás chega a 457 casos da varíola dos macacos
Clínicas ameaçam reduzir serviços de diálise no SUS
Cuidados odontológicos na UTI reduzem risco de morte durante internação
O GLOBO
Lula planeja nova versão do Mais Médicos sem participação de cubanos
Programa original, no governo Dilma, foi marcado pela vinda de profissionais estrangeiros. Petista diz que Ciro 'colhe o que planta'
Em caso de vitória, o PT pretende retomar o Mais Médicos, programa desenhado para suprir a carência de profissionais da saúde em cidades periféricas e no interior do país. Desta vez, porém, a política pública irá priorizar médicos brasileiros, segundo integrantes da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva.
Na primeira versão, em 2013, a ação ficou marcada pela contratação de médicos cubanos. Intermediada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a chegada deles virou alvo de críticas de profissionais que atuavam no país, mas foi fundamental para a existência da política chegaram a responder por 80% da participação.
A avaliação de petistas é de que agora o Brasil possui maior quantidade de médico por habitantes do que em 2013: era 1,9 médico por mil habitantes e, hoje, a média é 2,5.0 entendimento é de que com novos médicos, o país conseguiu assegurar a capacidade de renovar o setor, mas ainda há o desafio de fixar médicos em áreas remotas. Números da campanha mostram maior déficit no Norte e Nordeste.
- O desafio é como fazer com que os médicos brasileiros, que são formados no Brasil, possam ir atender exatamente o povo que mais precisa - diz o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), ministro da Saúde à época do programa e aliado de Lula.
- (Temos que) pagar bons salários, garantir que o médico tenha condição razoável e não passe muito tempo no lugar onde as condições de vida não são fáceis. (Vamos analisar) moradia, algum tipo de bônus adicional. Mas isso vamos desdobrar quando for montada equipe de transição - diz o senador Humberto Costa (PT-PE), responsável por organizar os dados da saúde para a campanha.
Onde não for possível preencher com médicos formados no Brasil, o PT pretende procurar profissionais de fora. Segundo o médico Flávio Barreto, da Associação de Médicos Brasileiros Formados no Exterior, cerca de 16 mil profissionais que estudaram fora do país estão dispostos a exercer a profissão no Brasil. Desse total, a maior parte é de médicos brasileiros formados escolas estrangeiras. Outra parcela, menor, é de outros países que estão dispostos a trabalhar no Brasil. Barreto critica o formato do Revalida, aplicado para liberar a prática de quem não é formado no país.
- O objetivo desse exame não é cumprido. É utilizado como excludente. A taxa de aprovação é baixíssima.
Neste sentido, o PT também prevê uma readequação:
- Temos que fazer cumprir um Revalida justo, correto. Seguir o que está na lei que aprovamos no Congresso Nacional, que aconteça pelo menos duas vezes por ano um Revalida justo - diz Padilha.
Em abril, o governo Bolsonaro trocou o programa de nome e lançou o "Médico pelo país", com alocação de 529 médicos em 24 estados. Na campanha, a equipe de Lula passou a criticar que Bolsonaro "destruiu o Mais Médicos".
DIÁLOGO COMO PDT
Antes de encontro com artistas e intelectuais, ontem, em São Paulo, Lula abriu possibilidade para diálogo com o PDT e Ciro Gomes em eventual segundo turno. O petista foi questionado sobre o pronunciamento de Ciro, em que reafirmou que não desistirá.
- Sinceramente não sei o conteúdo do pronunciamento do Ciro, mas acho que ele tem surtado ultimamente. Ele é muito mais importante do que o que ele está fazendo - afirmou. - Talvez o Ciro esteja colhendo o que plantou. Quem planta vento, colhe tempestade.
Lula reafirmou ainda o desejo de liquidar a disputa no primeiro turno:
- O PDT sabe o que faz. O Ciro sabe o que faz. Essa campanha está prestes a terminar no primeiro turno. Se acontecer o segundo turno, vamos tentar conversar com outras forças políticas. Agora, a gente só conversa com quem quiser conversar. Se o Ciro quiser conversar, nós conversaremos. Mas a conversa não é pessoal, é entre partidos.
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AGÊNCIA BRASIL
ANS suspende comercialização de 70 planos de saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a comercialização de 70 planos de saúde devido a reclamações relacionadas à cobertura assistencial. A punição divulgada pela agência regulatória tem como base os resultados do Monitoramento da Garantia de Atendimento do segundo trimestre de 2022.
A suspensão começa a valer a partir do dia 30 de setembro e só será revertida se as operadoras apresentarem melhora no resultado do monitoramento do próximo trimestre. Segundo a agência, os planos somam 1,6 milhão de usuários, que permanecem cobertos.
A lista dos planos com comercialização suspensa pode ser consultada no site da agência, assim como a lista dos 40 que tiveram sua comercialização liberada por terem apresentado melhora de desempenho após um período de suspensão.
No relatório, a ANS considerou 37.936 reclamações realizadas no período de 1º de abril a 30 de junho. As queixas se referem ao descumprimento dos prazos máximos para realização de consultas, exames e cirurgias ou negativa de cobertura assistencial.
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A REDAÇÃO
Goiás chega a 457 casos da varíola dos macacos
Goiás registrou 4 novos casos da varíola dos macacos em um dia, conforme consta no boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta segunda-feira (26/9). Com as atualizações, o território goiano chega a 457 infecções pela doença.
De acordo com a Saúde estadual, os pacientes têm entre 11 meses e 64 anos de idade. Além disso, 403 casos são investigados para saber se há alguma relação com a doença. De acordo com a SES-GO, não há registro de mortes pela varíola dos macacos em cidades goianas.
Goiás é o quarto Estado brasileiro com maior número de infecções pela monkeypox, atrás apenas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Na região Centro-Oeste do país, Goiás lidera com a maior incidência de casos da varíola dos macacos.
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O ESTADO DE S.PAULO
Clínicas ameaçam reduzir serviços de diálise no SUS
Atenção básica
_ Gestores de unidades particulares reclamam de defasagem de valores pagos pelo governo; ministério destaca que a gestão é compartilhada
PEDRO NAKAMURA
Três vezes por semana, a pensionista Leda Kani, de 8i anos, vai até Perdizes, na zona oeste da capital paulista, para fazer sessões de diálise em uma clínica privada à custa do Sistema Único de Saúde (SUS). "É uma rotina desgastante", conta. Ela começou o tratamento em 2020, após oito anos com problemas nos rins. "Todo o malestar que eu sentia não sinto mais", diz.
O valor pago pelo SUS, porém, é insuficiente para custear a hemodiálise de 112 mil pacientes da rede pública que, como Leda, são atendidos em clínicas privadas. Hoje, unidades particulares já falam em fechar ou reduzir vagas, se não houver reajuste neste repasse.
O setor pressiona o poder público por adicional de até 47% aos R$ 218 remunerados hoje pela sessão do tratamento, valor que é integralmente custeado pelo Ministério da Saúde na maioria das unidades da federação. Pelo menos três Estados - Rio, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul - ainda complementam o valor.
No Distrito Federal, unidades médicas têm solicitado redução de até 25% na quantidade de atendimentos à rede pública. Já a Sociedade Gaúcha de Nefrologia enviou carta ao governo estadual relatando que as clínicas não terão "condições básicas" de atender novos pacientes ou fazer consultas a partir de outubro.
A maior rede de diálise do Brasil, a DaVita, com 91 unidades em 15 Estados, também ameaça abandonar o SUS e exige do poder público a sinalização de reajuste até o mês que
vem - a multinacional atende cerca de 14 mil pacientes do SUS, cerca de 10% dos pacientes em diálise no País. O administrador Bruno Haddad, CEO da DaVita, nega lobby. "Estamos, de forma responsável, avisando da situação há mais de seis meses, de forma antecipada e pedindo ajuda."
Diferença por EstadosEnquanto o setor pede recomposição de R$ 103 em São Paulo, 0 incremento seria de R$ 74 na Paraíba
CRISE. São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul enfrentam a maior defasagem em relação à tabela paga pelo Leda Kani começou tratamento em 2020, após 8 anos. 'Todo o mal-estar que eu sentia não sinto mais'
Ministério da Saúde, entre 44% e 47%, conforme a Associação Brasileira de Clínicas de Diálise e Transplantes (ABCDT). "Como as clínicas estão com menor saúde financeira, têm menos recursos até para manter a qualidade de vida dos pacientes. Há mais pessoas sendo internadas por infecções de acesso vascular e outros problemas que antes eram melhor resolvidos", alerta o médico Dirceu Reis, que preside a Sociedade Gaúcha de Nefrologia.
As diálises são terapias que substituem as funções de um rim deficitário e cerca de 112 mil pacientes do SUS com doenças renais crônicas dependem de clínicas particulares para o tratamento, diz a ABCDT, que culpa a inflação, o dólar e o alto preço dos insumos, em sua maioria importados, pela asfixia do setor. A iniciativa privada gere dois terços dos 1.325 estabelecimentos que prestam o serviço à rede pública do País, conforme dados coletados pela reportagem no DataSus, do Ministério da Saúde. "As clínicas, nessa situação, não investem na manutenção da qualidade dos serviços, como a troca periódica de equipamentos, que vão desde ar-condicionado até a própria máquina de diálise, além do reaproveitamento de insumos. Tem um círculo vicioso porque a manutenção de uma máquina mais velha custa mais", explica o nefrologista Yussif Ali Mere, presidente da ABCDT, que teme ver unidades irem à falência pela verba insuficiente. De 2016 até agora, foram 40, estima a associação.
No fim de 2021 e após cinco anos sem reajustes, o ministério chegou a incrementar o valor pago pela hemodiálise em o tamanho do problema
Cerca de 112 mil pessoas com doença renal crônica dependem de clínicas particulares para se tratar 12,5%, de R$ 194 para R$ 218, mas o repasse foi incapaz de cobrir os custos que cresceram no período e continuam a aumentar, diz Ali Mere.
Isso tem intensificado casos de internação hospitalar para a realização de diálise de pacientes com doenças renais que não encontram vagas em clínicas, segundo Dirceu Reis. "Na última semana, havia dez internados só no hospital de referência em que trabalho", diz o médico, de Porto Alegre. Ao Estadão, a Secretaria da Saúde gaúcha admitiu o problema, mas afirmou que há vagas. "Se não for possível em seu serviço de referência, (o paciente) é encaminhado para outro."
PRESSÃO. O aumento insuficiente do ministério fez com que o setor mirasse as secretarias estaduais. Apesar de o déficit estar na casa dos 39% na média nacional, o custo real da hemodiálise varia entre R$ 293 e R$ 321, a depender do Estado, estima a ABCT. Enquanto o setor pede recomposição de R$ 103 por sessão em São Paulo, o incremento reivindicado é de R$ 74 na Paraíba. "Ou o setor abre uma mesa nacional com o Ministério da Saúde e solucionamos nacionalmente, ou vamos fragmentar discussões", critica o médico sanitarista Nésio Fernandes, secretário de Saúde do Espírito Santo e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde.
Em nota, o Ministério da Saúde disse repassar mensalmente recursos financeiros a todos os Estados e municípios. "Em 2022, até agosto, foram mais de R$ 36,3 bilhões", argumenta. "Vale lembrar que o financiamento do SUS é tripartite, cabendo participação de Estados e municípios."
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AGÊNCIA EINSTEIN
Cuidados odontológicos na UTI reduzem risco de morte durante internação
Cada vez mais os estudos comprovam a relação entre a saúde bucal e a saúde geral dos pacientes; presença do dentista nos hospitais é essencial
Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein
Pode parecer desnecessário ao senso comum, mas cuidar da saúde bucal de um paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) melhora o quadro sistêmico do doente, tem impacto direto na sua recuperação e também reduz o risco de mortalidade durante a internação. Um estudo realizado em duas UTIs do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, reforçou que a higiene bucal adequada associada ao tratamento odontológico desses pacientes reduziu em 21,4% o risco de mortalidade. Os resultados foram publicados no American Journal of Infection Control.
Apesar de ainda ser algo relativamente novo, a odontologia hospitalar é reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia como área de atuação desde 2015 e está se consolidando cada vez mais como uma medida fundamental no tratamento dos pacientes internados, especialmente os entubados. "É cada vez mais frequente a publicação de estudos que comprovam e reforçam a relação da saúde bucal com a saúde geral. As evidências são cada vez mais fortes", diz a cirurgiã-dentista Letícia Mello Bezinelli, coordenadora do Serviço de Odontologia Hospitalar do Hospital Israelita Albert Einstein.
O estudo da USP Ribeirão foi realizado em duas UTIs: uma delas UTI geral clínico-cirúrgica, que recebe pacientes com doenças crônicas descompensadas ou em pós-operatório, e outra especializada em emergências, que atende pacientes que sofreram algum politraumatismo, por exemplo. A intervenção foi realizada em 2019 e a análise comparativa dos dados foi de 2016, 2017 e 2018 nas mesmas unidades para avaliar se a implementação da intervenção odontológica teria algum impacto.
De acordo com a pesquisa, na UTI clínico-cirúrgica, a mortalidade caiu de 36,28% para 28,52% após a intervenção, o que significa uma redução de 21,4%. Na UTI de emergência a redução da mortalidade não foi estatisticamente significativa e, segundo os pesquisadores, uma possível explicação seria a diferença do perfil dos pacientes atendidos.
Porta de entrada de vírus e bactérias
A nossa boca é uma das principais portas de entrada de vírus, bactérias e outros microrganismos no corpo humano. Nos pacientes internados em UTI sob ventilação mecânica, a sedação e a presença do tubo orotraqueal propiciam a ocorrência de aspiração do conteúdo da cavidade oral para a árvore pulmonar, o que aumenta o risco de pneumonia associada à entubação.
Segundo Letícia, após um período no ambiente hospitalar a flora bucal muda e as bactérias se tornam mais patogênicas (com mais poder de causar doenças). No paciente de UTI, o risco de algum problema é maior porque as bactérias se adaptam muito bem à supercífie do tubo.
"Se a higiene bucal desse paciente não for feita de maneira adequada, o risco dele desenvolver uma pneumonia é altíssimo", ressalta a cirurgiã dentista, destacando que existem critérios de elegibilidade para atendimento dos pacientes internados, mas todo paciente entubado no Einstein é acompanhado diariamente pela equipe de odontologia hospitalar.
O que é avaliado?
Engana-se quem pensa que o atendimento odontológico hospitalar se resume à limpeza da boca ou dos dentes do paciente. Os dentistas avaliam, por exemplo, se o paciente tem alguma doença periodontal, se tem algum dente fraturado que possa ser aspirado, se tem algum sangramento, avaliam a presença de fissuras que possam evoluir para alguma lesão nos lábios, se o paciente usa alguma prótese, se existe alguma cárie, entre outros fatores.
"Nem sempre as condições odontológicas do paciente são boas. E o nosso olhar tem o objetivo de identificar fatores que possam agravar a doença do paciente ou dificultar a recuperação dele. Por isso é fundamental que o cirurgião-dentista esteja devidamente capacitado, corroborando também para que a equipe de enfermagem receba treinamento adequado sobre como fazer a higienização oral e a importância disso para o paciente", finalizou.
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Assessoria de Comunicação
Auditoria Fiscal do Trabalho da SRTb-GO promove capacitação virtual para gestores e trabalhadores da saúde do estado de Goiás
Data:
29 de setembro (quinta-feira) - 19 horas
Realização:
Auditoria Fiscal do Trabalho da SRTb-GO
Público:
Instituições de Saúde Públicas e Privada
Acesso pelo link do Zoom
https://us02web.zoom.us/j/81767720547?pwd=UlZRUnhHdlpOVTZPNHY0WEx2RWVWUT09
ID: 817 6772 0547
Senha: 537421
Temas e palestrantes:
TEMA 01: Norma Regulamentadora N. 01 – Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) com ênfase no Programa de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSS)
Exposição: Daniel Régis de Oliveira Ribeiro, Engenheiro Ambiental e Sanitarista, Pós-graduado em Perícia Ambiental, Especialista em Regulamentação Ambiental, Mestrando em Engenharia Tecnologia Ambiental, membro da Comissão de Estudo Especial de Resíduos de Serviços de Saúde da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/CEE-129), atua em regulamentação de serviços de saúde desde 2011.
TEMA 02: SETEMBRO AMARELO - Programas de Saúde Mental
Exposição: Auditoria Fiscal do Trabalho da SRTb-GO
Secretaria de Estado da Saúde do Governo do Estado de Goiás
Participe!
Vamos cuidar da saúde e segurança dos trabalhadores da saúde!
CLIPPING AHPACEG 24 A 26/09/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Artigo - O desafiador equilíbrio dos custos médicos nas empresas
Busca por Legislativo para piso tenta driblar acordos coletivos
Em votação sobre piso da enfermagem, senadores querem tirar ônus da União
Goiás registra 230 novos casos de covid-19 em 24 horas, indica boletim
Passeio Ciclístico incentiva doação de órgãos e tecidos em Goiânia
MEDICINA S/A
Artigo - O desafiador equilíbrio dos custos médicos nas empresas
Por Sérgio Arjona
Administrar qualquer tipo de negócio, grande ou pequeno, pode ser incrivelmente desafiador em tempos de altas taxas inflacionárias. Os planos de saúde sempre são um ponto de atenção para as empresas pelo peso que representam nas folhas de pagamento (podem variar entre 12% a 15%) e, por isso, a negociação de taxas e reajustes de forma técnica e estruturada se faz fundamental para que se gere um maior equilíbrio de custos, contribuindo para elaboração de orçamento e consequente manutenção do benefício.
Vivemos um cenário bastante árduo com relação aos reajustes e a tendência é que isso seja intensificado. Nosso mercado passa por um momento muito particular, com grandes questões ocorrendo de forma quase que simultânea. Operadoras em processo de fusão e aquisição, algumas delas revisando criteriosamente rede referenciada; a discussão recente em relação ao rol taxativo; suspensão do limite de sessões de coberturas às terapias e inclusão de novas coberturas; além da sanção do projeto de lei 2033/22 pela Presidência da República que redefine critérios de avaliação de coberturas para assistência médica, extrapolando o rol de coberturas atual. A soma dessas questões aumenta o grau de incerteza relacionado aos impactos econômicos no segmento.
No início do ano, a pesquisa global de Tendências de Custos Médicos de 2022, realizada pela WTW, já indicava uma variação considerável nos aumentos de custos de saúde em todo o mundo devido à trajetória desigual da pandemia, criando uma considerável volatilidade na utilização e nos custos de saúde. Atualmente, a mediana da Variação do Custo Médico Hospitalar (VCMH) das 10 maiores operadoras de planos de saúde no Brasil em 2022 é de 14,55%, o que significa 5,4 pontos percentuais maior que a mediana em 2021.
O índice de reajustes de contratos corporativos é composto pelo VCMH e pelo índice técnico, que se baseia na sinistralidade, visando à recomposição do valor de prêmio em relação ao sinistro ocorrido no período de avaliação. Este segundo índice também foi agravado em grande parte dos contratos corporativos. A normalização da utilização de cobertura em eventos eletivos após a pandemia, tratamento relacionado à COVID-19 prolongada e aumento na frequência de utilização de coberturas relacionadas à saúde mental são alguns fatores importantes nessa composição.
Inevitavelmente, todas estas questões impactam diretamente nas negociações de reajuste direcionando as tomadoras de risco a serem menos flexíveis nas discussões de renovação. Diante disso, a transparência nas relações, acuracidade de dados e suas análises derivadas, experiência, poder de síntese e argumentação são pontos de extrema relevância para definição da estratégica de negociação.
O processo precisa ser realizado com prazo bastante antecipado. Em muitos casos, é recomendado um estudo de mercado contemplando comparativos detalhados para a abertura de novas alternativas por meio da revisão de desenho do benefício, de operadora e modelo de viabilidade por exemplo, gerando com isso uma avaliação individual sobre o contrato atual, gerando outras possibilidades à tomada de decisão.
Enfim, é uma análise minuciosa que deve ser realizada de forma estratégica por profissionais especializados e experientes. Uma boa gestão de renovação deve garantir aplicação de uma metodologia lógica, objetiva e segura em termos formais, gerando a segurança com relação à aceitação e aplicação dos tópicos discutidos, apoiando as empresas para que alcancem os melhores resultados.
*Sérgio Arjona é diretor de Placement & Renewal da WTW Brasil.
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O ESTADO DE S.PAULO
Busca por Legislativo para piso tenta driblar acordos coletivos
Congresso Além da enfermagem
Congresso vira alvo de entidades com fraca representação sindical e que têm dificuldade de avançar em negociações
ANDRÉ BORGES
BRASÍLIA
O aumento no número de projetos de lei que tentam impor a criação de pisos salariais embute a tentativa de driblar a busca por acordos coletivos entre trabalhadores e empregadores, avaliam especialistas. O Congresso tem se tomado em "atalho" para definir esses valores, seja porque uma categoria não tem forte representação sindical ou porque os acordos coletivos se arrastam por muito tempo.
"O piso salarial definido no Congresso é, na prática, uma interferência do Estado na livre negociação entre empregador e empregado. Isso poderia ser feito por meio de convenções coletivas", diz Washington Barbosa, professor de Direito Trabalhista do Meu Curso Educacional.
O advogado trabalhista e professor de Direito da FAAP, Carlos Eduardo Ambiel, afirma que a criação dos pisos salariais é uma prática antiga e que, quando feita de forma negociada, pode ter efeito benéfico para determinada categoria. O problema começa quando essa decisão deixa de ser resultado de negociações setoriais e passa a ser objeto de interesses políticos.
"A própria expressão 'piso salarial' nasce dos acordos e das convenções coletivas em que a categoria negocia e estabelece esse valor. Acontece que, hoje, isso entrou na esfera
legislativa e passou a ser resultado de forças políticas, de parlamentares que querem agradar a determinado setor, ignorando os impactos financeiros do que será decidido", diz Ambiel.
Um exemplo é o PL 1.365, apresentado neste ano, para aumentar o piso salarial de médicos e cirurgiões dentistas. O texto que tramita no Senado determina que o salário mínimo desses profissionais seja fixado em R$ 10.991,19 para uma jornada de 20 horas semanais. Os médicos já possuem piso salarial estabelecido por lei há mais de 50 anos, desde 1961. "Esse critério pode até fazer sentido em uma cidade como São Paulo, mas será que é viável numa pequena cidade no interior de Goiás, nos rincões do País, ignorando tudo que envolve a realidade local?", questiona Ambiel. "O resultado disso, muitas vezes, é a precarização do trabalho e demissões."
FONTE DE RECURSOS. O impasse sobre o piso salarial da enfermagem, que estabelece o valor base de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras, envolve não apenas os efeitos da definição nacional do salário sobre categoria. Como apontou o Supremo Tribunal Federal ao decidir pela suspensão da medida, falta esclarecer quem vai, afinal, pagar a conta extra - já estimada em mais de R$ 16 bilhões por ano.
"É legítimo buscar melhoria de remuneração, sempre, mas será que o Congresso é o melhor caminho? O que vemos, em determinadas situações, é que há falta de consistência econômica e que, em ano eleitoral, o populismo de apoio a essas medidas aumenta", diz o advogado trabalhista Rafael Lara Martins.
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"A expressão 'piso salarial nasce dos acordos e das convenções coletivas em que a categoria negocia e estabelece esse valor. Acontece que hoje, isso entrou na esfera legislativa e passou a ser resultado de forças políticas , de parlamentares que querem agradar a determinado setor. " Carlos Eduardo Ambiel Advogado trabalhista
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Em votação sobre piso da enfermagem, senadores querem tirar ônus da União
Previsto para ir à votação nesta quarta (28) no Senado, o projeto que promete destravar o piso da enfermagem, paralisado pelo STF, é tratado nos bastidores como um divisor de águas. O texto deverá delimitar se a União deve bancar ou não gastos extras com pisos salariais de categorias que trabalham para Estados e municípios. Como mostrou o Estadão, há 156 profissões que pleiteiam o mesmo tratamento. Com a votação desta semana, senadores desejam passar a mensagem que, ao destravar cerca de R$ 27 bi em recursos de prefeitos e governadores, a União não vai assumir o pagamento dos trabalhadores, mas só ajudar na transição - a fonte serão os orçamentos de cada ente. Ou seja, pelo menos em Brasília já se sabe quem pagará a conta.
LIBERA. A ajuda é formada por recursos da União transferidos para o combate à Covid mas represados. Senadores esperam que Luís Roberto Barroso, do STF, libere o piso prometido pelos políticos com vistas à eleição.
BABEL. O piso da enfermagem produziu uma confusão de números. O Ministério da Saúde vê impacto de R$ 22,5 bilhões para o setor público e privado; os comitês dos secretários estaduais e municipais de saúde (Conass e Conassems) calcularam R$ 26,5 bi apenas para o setor público. Já a Confederação Nacional dos Municípios tem previsão de R$ 10,5 bi para as prefeituras.
Sóstenes Cavalcanti, deputado federal (PL-RJ)
"Acredito que os institutos de pesquisa estão subestimando a vantagem de Jair Bolsonaro no eleitorado do segmento evangélico. Vão se surpreender".
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A REDAÇÃO
Goiás registra 230 novos casos de covid-19 em 24 horas, indica boletim
Mônica Parreira
Goiânia - Goiás registrou, nas últimas 24 horas, 230 novos casos de covid-19. É o que indica o boletim divulgado na tarde deste domingo (25/9) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).
Desde o primeiro registro no Estado, em março de 2020, já são 1.700.087 casos confirmados de covid-19 em território goiano. Há outros 877.027 suspeitos em investigação.
Ainda segundo o boletim, 27.526 pessoas já perderam a vida por causa da doença em Goiás, o que significa uma taxa de letalidade de 1,62%. Há 79 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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Passeio Ciclístico incentiva doação de órgãos e tecidos em Goiânia
O 1º Passeio Ciclístico pela Doação de Órgãos e Tecidos reuniu, neste domingo (25/9), cerca de 340 pessoas no Parque Areião, em Goiânia. Promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Central Estadual de Transplantes (CET), a mobilização teve como um dos objetivos ressaltar a necessidade de se conversar com os familiares sobre o tema.
Depois da concentração, idosos, adultos, jovens e crianças partiram em direção aos parques Vaca Brava e Flamboyant, voltando ao Areião, totalizando um percurso de 12 quilômetros. A segurança foi reforçada e todos estavam devidamente equipados com luvas, capacete, câmara de ar, kit remendo, bomba de ar e ferramentas compatíveis com sua bicicleta.
O pedal foi organizado em celebração ao Dia Nacional de Doação de Órgãos, comemorado na próxima terça-feira (27/9). Para a gerente de transplantes da SES, Katiúscia Freitas, o diálogo sobre o assunto é fundamental. A gerente esclarece ainda, que Goiás tem, atualmente, 1.600 pessoas esperando uma doação.
“É preciso chamar a atenção da sociedade sobre esse tema tão importante que vai fazer a diferença na vida dos pacientes que aguardam na fila por um transplante. Hoje, 44% das famílias recusam a doação de órgãos no Brasil por desconhecimento, por não terem discutido o assunto em casa. O nosso recado é: converse com sua família sobre o seu desejo de ser um doador”, pontuou Katiúscia.
A gerente ressalta que Goiás é referência nos transplantes de rins no país e que mudanças têm tornado o processo menos burocrático. "Não é mais necessário que o documento de identidade contenha a informação de que uma pessoa deseja se tornar um doador. Basta apenas comunicar esse desejo à família”, reforça.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 23/09/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde: o que muda com lei que obriga cobertura fora da lista da ANS
Um terço dos usuários está em planos de saúde que operam 'no vermelho'
FenaSaúde: queda do rol deve elevar preços e expulsar beneficiários de planos
Prefeitos do interior apontam melhorias na área de Saúde com o governo Caiado
Número de casos da varíola dos macacos sobe para 446 em Goiás
Saúde de Goiás faz alerta para combate ao Aedes aegypti no período chuvoso
Aprenda como manter a imunidade sempre alta
Paralisação em apoio ao Piso Salarial reúne profissionais em todo Brasil
ISTOÉ
Planos de saúde: o que muda com lei que obriga cobertura fora da lista da ANS
O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira, 21, o projeto de lei que acaba com o rol taxativo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), agora Lei 14.454/2022. Aprovado pelo Senado no fim de agosto, o PL obriga planos de saúde a cobrir tratamentos que estão fora da lista obrigatória de procedimentos estabelecida pela agência, o chamado rol taxativo.
Entende-se como rol taxativo uma lista que determina os itens sem dar margem a outras interpretações; é válido apenas o que está descrito nela. No caso do rol exemplificativo, ele estabelece apenas alguns itens de uma lista, que pode também contemplar outras opções não descritas. O tema foi colocado em discussão na Câmara dos Deputados e no Senado depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, em junho deste ano, tornar o rol taxativo e assim restringir os procedimentos oferecidos pelas operadoras de planos de saúde no País.
O entendimento pressupunha que os itens descritos no rol seriam os únicos que poderiam ser exigidos aos planos. Com isso, o pedido para tratamentos equivalentes poderia ser negado, sem chance de reconhecimento pela via judicial. A avaliação do STJ causou reação contrária entre entidades de defesa de pacientes e grupos de pais de crianças com deficiência, que temiam interrupção nos tratamentos após o novo entendimento da Justiça e pressionaram por mudanças no Congresso.
Relator do projeto do rol taxativo no Senado e candidato à reeleição, o senador Romário (PL-RJ) comemorou a sanção. É uma vitória em prol da vida, afirmou o parlamentar carioca.
O que é o rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)?
O rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é uma lista de procedimentos considerados indispensáveis ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento de doenças e eventos em saúde que os planos de assistência médica do País são obrigados a oferecer. A obrigatoriedade de procedimentos, porém, varia de acordo com o tipo de plano assinado: ambulatorial, hospitalar com ou sem obstetrícia -, referência ou odontológico. Essa lista possui mais de 3 mil itens.
O que diz o texto da lei sancionada?
O texto da lei sancionada diz que o dispositivo altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos privados de assistência à saúde, para estabelecer critérios que permitam a cobertura de exames ou tratamentos de saúde que não estão incluídos no rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar.
Na prática, o texto obriga planos de saúde a cobrir tratamentos que estão fora do rol da ANS, voltando a considerar esse rol exemplificativo.
As alterações preveem que em caso de tratamento ou procedimento prescrito por médico ou odontólogo que não esteja previsto no rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar da ANS, a operadora de plano de saúde deve autorizar a cobertura observando pelo menos um dos seguintes critérios:
Que exista comprovação da eficácia do tratamento ou procedimento baseada em evidências científicas e plano terapêutico;
Que ele seja recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) ou por pelo menos um órgão de avaliação de tecnologias em saúde que tenha renome internacional, desde que sejam aprovados também para seus nacionais.
A partir de quando a nova lei é válida?
Segundo publicação do Diário Oficial da União, a nova lei entra em vigor na data de sua publicação, que ocorreu nesta quinta-feira, 22.
Qual a consequência para quem tem plano de saúde?
Parte dos advogados ouvidos pelo Estadão avalia que o projeto apenas retoma a interpretação vigente antes da decisão do STJ, de que o rol é exemplificativo, e dá mais segurança aos beneficiários de planos, que podem ter acesso a procedimentos não descritos no rol sem ter de recorrer à Justiça.
Há, por outro lado, avaliação, por parte das operadoras, de que o projeto abre o acesso a terapias sem comprovação de segurança o que colocaria em risco os beneficiários. Operadoras também argumentam que a mudança pode levar a um aumento no valor das mensalidades e migração de beneficiários de planos para o SUS.
Qual a reação das entidades de saúde suplementar?
Em nota, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) diz lamentar a sanção e afirma que avalia recorrer à Justiça. Conforme a entidade, que representa as empresas, a lei põe o Brasil na contramão das melhores práticas mundiais de avaliação de incorporação de medicamentos e procedimentos em saúde, dificulta a adequada precificação dos planos e compromete a previsibilidade de despesas assistenciais, podendo ocasionar alta nos preços das mensalidades e expulsão em massa dos beneficiários da saúde suplementar.
A FenaSaúde acrescenta ainda que, desde abril de 2021, as despesas assistenciais das operadoras de planos e seguros de assistência à saúde privadas já superam as receitas obtidas com contraprestações. Com isso, afirma, há prejuízo operacional de R$ 9,2 bilhões no acumulado dos últimos cinco trimestres.
Em nota, a ANS afirmou que reitera sua preocupação com a segurança dos usuários da saúde suplementar, pois, segundo o órgão regulador, a cobertura de procedimentos e eventos em saúde que não tiverem passado pela ampla e criteriosa análise da reguladora constitui risco aos pacientes, pois deixa de levar em consideração diversos critérios avaliados durante o processo de incorporação de tecnologias em saúde, tais como: segurança, eficácia, acurácia, efetividade, custo-efetividade e impacto orçamentário, além da disponibilidade de rede prestadora e da aprovação pelos conselhos profissionais quanto ao seu uso.
Procurado pela reportagem após a sanção da lei, o Ministério da Saúde não se manifestou.
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FOLHA DE S.PAULO
Um terço dos usuários está em planos de saúde que operam 'no vermelho'
Cláudia Collucci
Um terço dos beneficiários de planos de saúde está vinculado a operadoras cujas receitas não estão cobrindo as despesas assistenciais, comerciais e administrativas, de acordo com análise feita a partir de dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Para o setor, a situação é dramática para as empresas menores e deve piorar após a sanção na quarta-feira (21) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) do projeto de lei que obriga os planos de saúde a arcar com tratamentos que não estejam na lista de referência básica da ANS.
Dados levantados pela Fenasaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) mostram que nos últimos 12 meses (encerrados no segundo trimestre deste ano), 267 operadoras de planos médico-hospitalares apresentaram índice combinado superiora 100%. Isso significa que estão no vermelho.
Essas empresas cobrem 16,3 milhões de beneficiários, 33% do número total de beneficiários em planos médico-hospitalares.
Quase 50% das operadoras de pequeno porte se encontram nessa situação, enquanto 35% das de médio e 27% das de grande porte.
Na comparação com 2021, houve um aumento de 40% no número de operadoras nessa condição financeira no primeiro semestre de 2022. O aumento continuou progressivo em 2021, e permanece ao longo de 2022.
Segundo Vera Valente, diretora-executiva da Fenasaúde, a nova lei vai provocar um efeito dominó nas empresas que já estavam com a saúde financeira comprometida. "É uma situação dramática. Existem novas medicações, produtos, na casa dos milhões [de dólares] que muitas vezes são valores que as operadoras menores [nem] sequer faturam no ano todo" afirma.
Para ela, se o entendimento com a nova lei for que a prescrição médica é soberana na prescrição de produtos de saúde cada vez mais caros, muitas operadoras menores vão entrar em colapso.
"E as maiores que conseguirem passar por essa situação, vão precificar, isso vai voltar para as mensalidades. Essa situação vai elitizar ainda mais o sistema privado, as pessoas não vão conseguir pagar e vai haver expulsão desses beneficiários."
De acordo com Valente, a decisão não teve racionalidade do ponto de vista de avaliação do seu impacto na vida real do setor suplementar. "Os recursos são finitos e hoje, com as novas tecnologias, há um enorme leque de possibilidades de alocação desses recursos."
A forma mais responsável e correta dessa alocação, segundo ela, é seria avaliar o que cada tecnologia traz de benefício real e o impacto para o sistema, aliás, como é feito no SUS, por meio da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) e em outros países. "Infelizmente, esse tema foi colocado como uma bandeira política, muito próximo às eleições", afirma.
Alessandro Acayaba de Toledo, presidente da Anab (Associação Nacional das Administradoras de Benefícios), também diz acreditar que a sanção acarretará aumento de preços para os novos planos de saúde e desequilíbrio econômico-financeiro nos contratos vigentes, com aumento nos próximos reajustes.
Ele lembra que a sinistralidade (a relação entre despesas assistenciais e as receitas) atingiu o patamar de 87,18% no segundo trimestre deste ano, cinco pontos percentuais acima da sinistralidade no mesmo período de 2019.
"Além disso, a sanção traz sérios riscos à saúde da população visto que banaliza a autorização de novas coberturas e medicamentos sem a devida autorização dos órgão competentes."
Para o advogado Rafael Robba, especialista em direito à saúde do escritório Vilhena Silva Advogados, a alegação das operadoras de que a sanção do rol exemplicativo poderá levar o setor a um colapso não passa de um argumento retórico.
"Não tem base concreta. O entendimento de que o rol é exemplificativo sempre existiu tanto por parte da ANS quanto do Judiciário. Esse projeto de lei, agora sancionado, não altera esse entendimento."
Segundo ele, esse risco é já precificado pelas operadoras, ou seja, é um risco já incorporado nas suas atividades. "O projeto de lei não traz obrigação para o plano cobrir qualquer tratamento. As terapias experimentais, as com finalidade puramente estéticas, são excluídas da cobertura", afirma o advogado.
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A CRÍTICA
FenaSaúde: queda do rol deve elevar preços e expulsar beneficiários de planos
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) informa que lamenta a sanção do PL 2.033/2022, que estabelece hipóteses de cobertura de exames ou tratamentos de saúde fora do rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS. Segundo a instituição, a mudança coloca o Brasil na contramão das melhores práticas mundiais de avaliação de incorporação de medicamentos e procedimentos em saúde, dificulta a adequada precificação dos planos e compromete a previsibilidade de despesas assistenciais, podendo ocasionar alta nos preços das mensalidades e expulsão em massa dos beneficiários da saúde suplementar.
A entidade alerta também que tal medida pode impactar ainda mais a situação financeira do setor. Desde abril de 2021, as despesas assistenciais do conjunto das operadoras de planos e seguros de assistência à saúde privadas já superam as receitas obtidas com contraprestações, levando a um prejuízo operacional de R$ 9,2 bilhões, considerando o acumulado dos últimos cinco trimestres.
Por esses fatores, a FenaSaúde diz que avalia recorrer ao Judiciário, em defesa dos cerca de 50 milhões de beneficiários que hoje dependem dos planos de saúde no País.
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JORNAL OPÇÃO
Prefeitos do interior apontam melhorias na área de Saúde com o governo Caiado
Entre os investimentos foram destacados a ampliação de leitos de UTIs, repasses de recursos atrasados pela gestão anterior, regionalização dos serviços ambulatórios e construção de maternidades
O Governo Estadual pontuou que apenas neste ano, até o mês de agosto, já foram investidos R$ 3,14 milhões para a Saúde em Goiás. O recorde de recursos do Estado para todo essa aérea importante para a população goiana ocorreu de março de 2020 até fevereiro deste ano, quando, de acordo com dados do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), houve o empenho de R$ 2,9 bilhões e, até aquele período, havia sido pagos R$ 1,9 bilhão pelo Estado, apenas para o setor, que engloba construção e reformas de hospitais e clínicas; e contratação de profissionais.
Com esses recursos, o governo informou que foi possível ampliar o número de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), que passaram de 244, em 2018, para 499 leitos, distribuídos em 23 municípios goianos. Além de 125 leitos de UTIs cofinanciados em Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Nerópolis, Goiás, Ceres, Jataí e Mineiros. Isso resultou na chamada regionalização da saúde, pontuada rotineiramente pelo governador Ronaldo Caiado (UB).
“O governo Caiado revolucionou Luziânia e todo o estado com a regionalização da Saúde. Somos exemplo disso com a estadualização do nosso antigo Hospital Regional, que estava fechado há 4 anos”, ressaltou o prefeito Diego Sorgatto (UB). Ele cita que esse projeto foi de autoria dele, quando era deputado estadual. “Tive o prazer de relatar e de aprovar na Assembleia Legislativa de Goiás”, recorda. Durante a pandemia de Covid-19, a unidade de saúde se tornou hospital de Campanha, funcionando 50 leitos de UTIs. “Não fosse a estadualização, milhares de vidas teriam se perdido na pior crise sanitária de nossa história recente. Saliento que nos 275 anos de Luziânia, a rede pública de Saúde nunca havia contado com uma só Unidade de Terapia Intensiva”, enfatiza.
Além do hospital, no município foi inaugurada, neste mês, a Maternidade Pública, que funcionada dentro do HEL, o que garante as mães goianas a terem partos no Estado, sem precisarem se descolarem para o Distrito Federal. “E já antecipo que na segunda quinzena de outubro será inaugurado o Centro Cirúrgico da unidade, onde pretendemos, com o apoio do governador Caiado, zerar a fila de cirurgias que ficaram suspensas por causa da pandemia”, anuncia Sorgatto.
Já no município da mesma região, em Águas Lindas de Goiás, o Hospital Estadual passa por reforma. Apenas para a estrutura física da unidade, que são de 15.914,37 metros quadrados, está sendo investidos R$ 87 milhões. A previsão é ampliar de 107 para 164 leitos, com 8 salas de cirurgia, 3 salas obstétricas, 1 hemodinâmica e 1 de ressonância. A previsão é que lá funcione banco de leite humano, banco de sangue e agência transfusional, UTIs Neo/Pediatrica e Adulto. “Será referência para entorno do Distrito Federal, beneficiando 31 municípios da macrorregião nordeste”, informa a Secretária Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO).
Para o secretário de Saúde de Rio Verde, no Sudoeste goiano, Djan Barbosa Freitas, o atual governo conseguiu destravar para os municípios os repasses de custeio estaduais que estavam atrasados pela gestão anterior. Ele confirmou que no município foi feito o cofinanciamento de sete leitos de UTIs adulto. “Entrega do novo Hemocentro, que permitiu maior agilidade e qualidade nos processos pré-analíticos e analíticos, ambulatório de hematologia, maior comodidade aos usuários,” enumera.
“O governo Caiado revolucionou Luziânia e todo o estado com a regionalização da Saúde. Somos exemplo disso com a estadualização do nosso antigo Hospital Regional, que estava fechado há 4 anos”,
Prefeito Diego Sorgatto
Na região metropolitana de Goiânia, o Governo Estadual finalizou a primeira etapa de reforma e ampliação do Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hetrin). Ao todo, foram criados cinco consultórios para atendimento ambulatorial, sala de tomografia, sala de recuperação pós-anestésica (RPA), sala de comando da tomografia. “Em fevereiro desse ano o governador Ronaldo Caiado veio e inaugurou a pedra fundamental para a reforma, assinando as ordens de serviço no Hospital Estadual de Trindade, Walda Ferreira dos Santos (Hetrin). Na ocasião do lançamento da pedra fundamental das obras de ampliação do hospital, foi anunciado uma maternidade de alto risco”, informou a assessoria de imprensa da prefeitura.
Para a Capital, o governo conseguiu autorização da Câmara Municipal para desmembramento de uma área cedida ao Estado pela União. O terreno fica na BR-153 e construção, que é um dos principais projetos de Caiado para o setor, tem como referência o Hospital do Câncer de Barretos, conhecido como Hospital do Amor. Está previsto no projeto que a unidade terá alas de internação, ambulatório, recuperação, quimioterapia, radioterapia, cirurgia, tecnologia em robótica e leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
Ao concluir essa obra, o Governo Estadual prevê que serão ampliados a quantidade de leitos de 56 para 149, sendo seis de observação, duas de emergência, 14 de alojamento conjunto, 20 de enfermaria para clínica cirúrgica, 90 de clínica médica, 20 de UTIs, quatro salas cirúrgicas, cinco leitos de recuperação pós-anestésicos (RPA), cinco quartos de isolamento e três quartos para parto normal (PPP). A partir de janeiro do ano que vem, a previsão é que seja entregue o Centro de Parto Normal, Centro Cirúrgico, Central de Material Esterilizado (CME) e 10 leitos de UTIs. Para abril de 2023, o planejamento é disponibilizar novas enfermarias, laboratório e mais 10 leitos de UTIs. Depois dessa fase, em julho, a expectativa é que as obras sejam concluídas, sendo entregue o bloco administrativo, vestiário geral e reformas das antigas enfermarias.
No Hospital do Centro-Norte Goiano, em Uruaçu, no Norte de Goiás, o governo criou o serviço de oncologia. Em junho deste ano, começou a funcionar o centro de diagnóstico, com 21 leitos cirúrgicos com atendimento de oncologia clínica, cirurgia oncológica, colo proctologia, ginecologia, urologia e mastologia. O prefeito municipal, Valmir Pedro (PSDB), elencou a importância desse investimento para a cidade e para toda aquela região, que era desassistida. “Temos gratidão a duas grandes lideranças que ajudaram a melhorar a saúde no Norte de Goiás. Ao Marconi [ex-governador Marconi Perillo] que idealizou e construiu o hospital regional do Norte e ao governador Ronaldo Caiado que colocou para funcionar. O serviço de oncologia é de extrema importância não só para Uruaçu mas também para toda a região,” afirmou ao Jornal Opção.
Servidores e estrutura geral
A partir do Programa Estadual de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica APS), o governo informou que foram incluídas outras categorias profissionais nas equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF). Com o novo plano, foi permitido que os municípios incluíssem profissionais das áreas de psicologia, nutrição, farmácia, fisioterapia e da educação física. “Até agosto deste ano, 152 municípios solicitaram adesão ao programa, totalizando 155 equipes que englobam os profissionais nas Equipes de Saúde em Família”, detalhou a SES-GO.
O governo Estadual faz um balanço de que desde 2019 foram colocadas em funcionamento várias unidades de saúde no interior do estado. Dentre as quais, estão seis Policlínicas em Posse, Quirinópolis, Goiás, São Luís de Montes Belos, Formosa e Goianésia. Em relação aos hospitais, são listadas oito unidades concluídas ou estadualizadas, após reformas e outras adequações. São eles: Hospital Regional do Centro Norte (HCN) de Uruaçu, Hospital Estadual de Itumbiara (HEI), Hospital Estadual de Formosa (HEF), Hospital de São Luís de Montes Belos (HESLMB), Hospital Estadual de Luziânia (HEL), Hospital de Jataí (HEJ), Hospital Estadual de Trindade (Hetron) e na Capital, o Hospital da Criança e do Adolescente (Hecad), unidade nova, que inovou na agilidade cirúrgica sem a necessidade de internação.
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A REDAÇÃO
Número de casos da varíola dos macacos sobe para 446 em Goiás
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás registrou 17 novos casos da varíola dos macacos em um dia, conforme consta no boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta quinta-feira (22/9). Com as atualizações, o território goiano chega a 446 infecções pela doença.
De acordo com a Saúde estadual, os pacientes têm entre 3 e 64 anos. Os homens são maioria (96,4%), com idade mediana de 31 anos. Já as mulheres representam apenas 3,6% das confirmações no Estado da monkeypox, termo científico da varíola dos macacos.
Além disso, 416 casos são investigados para saber se há alguma relação com a doença. De acordo com a SES-GO, não há registro de mortes pela varíola dos macacos em cidades goianas.
Goiás é o quarto Estado brasileiro com maior número de infecções pela monkeypox, atrás apenas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Na região Centro-Oeste do país, Goiás lidera com a maior incidência de casos da varíola dos macacos.
Clique aqui e confira os municípios goianos que registram casos da varíola dos macacos.
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Saúde de Goiás faz alerta para combate ao Aedes aegypti no período chuvoso
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) publicou uma nota de recomendação aos municípios goianos de combate ao Aedes aegypti durante o período chuvoso. De acordo com a pasta, as chuvas aumentam as condições ambientais que favorecem a proliferação de focos e criadouros do mosquito, que é transmissor da dengue, zika vírus e da chikungunya.
Goiás registrou aumento de 311% nos casos de dengue. Além disso, o Estado registrou 357% infecções de chikungunya e 228,75% de zika vírus. No alerta emitido pela SES, a indicação para que os municípios reforcem as equipes de vigilância em saúde das Secretarias Municipais de Saúde, em especial as equipes de endemias, para efetiva ações de mobilização e de manejo ambiental. A limpeza urbana também deve ser priorizada, com a coleta regular de lixo e limpeza de logradouros, praças e imóveis públicos.
Medidas
A SES informa ainda que equipamentos, tais como bomba costal motorizada, são cedidos aos municípios para apoiar as ações de controle químico, para os quais a recomendação é observar com rigor as medidas de conservação, guarda, higienização e limpeza, contidas no “Termo de Cessão de Uso”, de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde, em cada cidade.
Na ocorrência de danos nos equipamentos, deve-se comunicar à Regional de Saúde, para adoção de providências de apoio à manutenção corretiva necessária. Com relação aos equipamentos de UBV Veicular (fumacê), encontram-se instalados nos veículos oficiais das Regionais de Saúde, especificamente para a finalidade de pulverização espacial-UBV. Para esta atividade, as Regionais de Saúde atenderão as demandas, mediante solicitação do gestor e de acordo com os critérios para sua utilização, conforme descritos na Nota Técnica nº 02/2021 - CVCAV - Critérios para execução do controle vetorial do complexo Aedes em Goiás.
"Estamos abastecidos de inseticidas e insumos no Estado de Goiás, e permanecem na programação a capacitação para os agentes de controle de endemias, que realizamos com regularidade para atualizar os agentes sobre os inseticidas, abordagens de manejo e controle do vetor", explica o coordenador estadual de dengue e arboviroses da SES-GO, Murilo do Carmo.
O município interessado deve solicitar agendamento, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, para a Regional de Saúde à qual está jurisdicionado. As Regionais de Saúde também poderão organizar e agendar a capacitação de seus municípios.
Limpeza
Outra ação importante é a vistoria e limpeza sistemática de prédios públicos para remoção de possíveis depósitos de água, a limpeza de calhas e cobertura de caixas de água, isolamento de vasos sanitários sem uso ou piscinas e tanques vazios. As visitas domiciliares devem ocorrer com a orientação dos agentes aos moradores. A mobilização da sociedade para prevenção de focos e criadouros do Aedes aegypti, considera que a grande maioria dos focos identificados está nos domicílios, devendo a população ser estimulada a realizar ações no âmbito de sua responsabilidade.
Uma orientação importante a ser divulgada aos cidadãos é a rotina de uma vez na semana, durante dez minutos, realizarem a verificação e eliminação de possíveis criadouros em sua residência tais como ralos, calhas, pneus, latas, vasilhas de água dos pets, piscinas sem manutenção e caixas d'água descobertas.
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O HOJE
Aprenda como manter a imunidade sempre alta
Para fortalecer o sistema imune, não existe fórmulas mágicas, apenas resultados através da construção de bons hábitos.
É importante estar sempre com a imunidade alta, principalmente em épocas de gripes sazonais. Para fortalecer o sistema imune, não existe fórmulas mágicas, apenas resultados através da construção de bons hábitos. O nosso organismo é uma engrenagem que precisa ser cuidado. Assim, teremos uma melhor qualidade de vida, mais energia e saúde. Para isso, elaboramos uma lista para que você aprenda como manter a imunidade sempre alta e viver com bem-estar.
Aprenda a manter a imunidade sempre alta de uma vez por todas com as nossas dicas:
Ingerir vitaminas e minerais essenciais
Essenciais para o bom funcionamento do seu organismo, vitaminas e minerais são importantes para o sistema imunológico, para o metabolismo e para o crescimento de unhas, pele e cabelo. A ingestão de vitaminas e minerais está associada à prevenção de doenças. Dicas: consuma, quando possível, frutas e legumes com a casca; beba suco da fruta logo após o preparo.
Praticar atividades físicas
A prática de atividade física promove uma alteração na homeostase, acarretando na reorganização da resposta imune. Desta forma, quando o exercício é moderado, há aumento nas células do sistema imune. Por isso, pessoas que praticam atividade física são menos propensas a ficarem doentes.
Dormir bem
Passar a noite em claro ou não dormir a quantidade recomendada, implica no aumento da produção de cortisol, que causa estresse. O cortisol em excesso diminui a reação de defesa. Por isso, é importante que um adulto durma entre 7 a 7 horas e meia por dia.
Combate ao estresse
Como foi dito no tópico anterior, dormir mal aumenta a produção de cortisol, hormônio ligado ao estresse. Este fenômeno diminui a reação de defesa. Outra questão, é o estresse em situações cotidianas, que pode se tornar crônico. Este mecanismo aumenta a produção de adrenalina e noradrenalina, que inibe a resposta imune.
Hidratação
O consumo de água é fundamental para o bom funcionamento do organismo. A desidratação interfere no transporte de nutrientes e oxigênio pelas pelas células. Consequentemente, atrapalha na resposta imunológica.
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COFEN
Paralisação em apoio ao Piso Salarial reúne profissionais em todo Brasil
O Fórum Nacional da Enfermagem, composto pelas entidades representativas da profissão (Aben, Cofen, CNTS, CNTSS, FNE, Anaten e Eneenf), realizou, nesta quarta-feira (21/9), mobilização em defesa do Piso Salarial. O movimento uniu profissionais em paralisação durante 24 horas por todo o país, em defesa da aplicação imediata do Piso Salarial, instituído pela Lei 14.434/2022 [1]. Liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em ação movida pelas entidades patronais, suspendeu por 60 dias a aplicabilidade da lei, até que sejam melhor esclarecido o impacto financeiro e fontes de custeio.
A paralisação é uma iniciativa das entidades sindicais que compõe o Fórum. "O Conselho de Enfermagem está atuando na esfera política e também junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a a aplicação do Piso Salarial", afirma o vice-presidente do Cofen, Antônio Marcos Freire.
A mobilização foi decida em reunião realizada pelo Fórum no dia 12 de setembro. Os sindicatos organizaram escalas mínimas de 30% do quadro de profissionais trabalhando, o que mantém 100% dos atendimentos de urgência e emergência em funcionamento, para que a população não ficasse desassistida pela Enfermagem.
"Estivemos juntos na manifestação em Brasília, porque entendemos que é uma luta legítima e que a Enfermagem precisa continuar mobilizada na rua, nas redes sociais e na política", afirma o conselheiro federal Gilney Guerra. "É preciso combater as falácias dos empresários de que a Enfermagem vai quebrar o Brasil, sendo que o segmento privado da saúde foram os que mais enriqueceram durante a pandemia", avalia.
As lideranças do Senado debateram, nesta segunda-feira (19/9), fontes de financiamento [2] do Piso Salarial. Ontem (20/9), o relator do orçamento sugeriu que o Piso seja deixado fora do teto da gastos [3], com uso de recursos de emendas parlamentares. Há expectativa de encaminhamentos ainda nesta semana.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 22/09/22
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DESTAQUES
Senado propõe auxílio de R$ 2 bilhões a instituições filantrópicas para viabilizar piso da enfermagem
Profissionais da enfermagem protestam em Goiás contra a suspensão da lei que criava piso salarial
Enfermeiros protestam em Goiás contra a suspensão da lei que criava piso salarial
Sem vetos, Bolsonaro sanciona obrigatoriedade de cobertura de tratamentos fora do rol da ANS
Estatísticas sobre exames toxicológicos revelam risco no transporte de passageiros
Após sanção de Bolsonaro ao fim do rol, ANS critica medida
Goiás registra 1,4 mil casos de covid-19 nas últimas 24 horas
90% dos abortos no SUS são tratados com cirurgia não recomendada pela OMS
O HOJE
Senado propõe auxílio de R$ 2 bilhões a instituições filantrópicas para viabilizar piso da enfermagem
O PL atualmente aguarda votação no Plenário da Câmara dos Deputados, onde tramita em regime de urgência.
O projeto de lei que prevê auxílio financeiro de até R$ 2 bilhões para hospitais filantrópicos e santas casas sem fins lucrativos, que atuem de forma complementar junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) é uma das propostas a ser analisada pelo Senado em busca de recursos para viabilizar o pagamento do piso nacional da enfermagem.
O PL 1.417/2021 – que atualmente aguarda votação no Plenário da Câmara dos Deputados, onde tramita em regime de urgência – foi aprovado no Senado em outubro de 2021. De autoria do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), o texto original previa que a ajuda financeira poderia ser de até R$ 3,3 bilhões. A proposta, porém, foi aprovada na forma de texto substitutivo apresentado pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que reduziu o valor para até R$ 2 bilhões, em razão das restrições fiscais do país.
O auxilio tem o objetivo de contribuir para a sustentabilidade econômico-financeira das instituições hospitalares e para a manutenção dos atendimentos, sobretudo diante da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da covid-19.
O relator incluiu ainda no projeto a determinação de que o Ministério da Saúde deve coordenar a distribuição do dinheiro, e acrescentou a previsão de que os recursos podem ser usados no pagamento dos profissionais de saúde e em pesquisa.
De acordo com o texto que seguiu para a Câmara, a União terá de entregar às santas casas e hospitais filantrópicos, sem fins lucrativos, que participam de forma complementar do SUS, auxílio financeiro emergencial no montante de até R$ 2 bilhões, “com o objetivo de contribuir para a sustentabilidade econômico e financeira dessas instituições na manutenção dos atendimentos, sem solução de continuidade, sobretudo, diante da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da covid-19”. O repasse dos recursos será feito por meio dos fundos de saúde estaduais, distrital ou municipais com os quais as instituições filantrópicas estejam contratualizadas.
O texto estabelece que o total do valor recebido pela entidade beneficente deverá ser aplicado no pagamento dos profissionais de saúde, mesmo aqueles contratados após o recebimento do auxílio financeiro; na aquisição de medicamentos, suprimentos, insumos, produtos hospitalares e equipamentos; na execução de pesquisas relacionadas às demandas de saúde; e na realização de reformas físicas para aumento ou adequação de estruturas para oferta de leitos, se for o caso, para a manutenção dos atendimentos relacionados ou não com a covid-19.
O Ministério da Saúde fará a distribuição do valor de maneira proporcional aos pagamentos feitos no exercício de 2020 às santas casas e hospitais sem fins lucrativos pela prestação de serviços ambulatoriais e hospitalares, independentemente de terem ou estarem realizando atendimentos específicos de covid-19. Os créditos serão liberados em até 15 dias após a publicação da futura lei.
Após a distribuição do dinheiro, o Ministério da Saúde terá que publicar portaria identificando cada entidade que recebeu recursos, em quais municípios e quais valores foram recebidos. As entidades beneficiadas deverão prestar contas da aplicação dos recursos aos respectivos fundos de saúde estaduais, distrital ou municipais.
https://ohoje.com/noticia/politica/n/1438315/t/senado-propoe-auxilio-de-r-2-bi-para-viabilizar-piso-da-enfermagem/
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TV ANHANGUERA
Enfermeiros protestam em Goiás contra a suspensão da lei que criava piso salarial
globoplay.globo.com/v/10955129/
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PORTAL G1
Profissionais da enfermagem protestam em Goiás contra a suspensão da lei que criava piso salarial
Lei foi suspensa pelo STF no início de setembro. Presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás ressaltou que categoria não defende greve.
Por Michel Gomes, g1 Goiás
Nesta quarta-feira (21), profissionais da enfermagem protestaram em Goiânia, Anápolis e Santa Terezinha de Goiás contra a suspensão da lei que criava o piso salarial da categoria. Segundo Edna de Souza, presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO), a categoria reinvidica que a lei seja cumprida.
“Não queremos aumento de salário, queremos o cumprimento do piso salarial urgente. É uma categoria que está na linha de frente da sociedade em todo o momento, do nascimento ao óbito. Lutamos para que o nosso piso seja efetivado há cerca de 4 décadas”, explicou.
Na manhã desta quarta-feira, em Goiânia, os profissionais se reuniram na frente do Hospital Estadual Governador Otávio Lage (Hugol). Em Santa Terezinha de Goiás, os profissionais percorreram a principal avenida da cidade. Já em Anápolis, a concentração partiu de unidades de saúde até a Praça Dom Emanuel, como explicou a técnica de enfermagem Glaucia Oliveira.
"Queremos reivindicar o piso salarial, que não é compatível com o mercado pelo tanto que trabalhamos. Temos esse direito. Estamos aqui para reinvidicar, não só a classe da enfermagem, mas contamos com o apoio da população", falou.
No dia 15 deste mês, O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a suspensão da lei que criou o piso salarial dos profissionais. O julgamento seguiu a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, no início de setembro, atendendo a uma ação apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde).
Ao g1, a presidente do Coren Goiás explicou que a paralisação é uma “luta de paz”, feita de forma respeitosa. Edna completou ainda que o Conselho não defende uma possível greve.
“Essa paralisação é nacional para mostrar a importância desses profissionais. Orientamos todos que não deixem de atender as demandas de urgência e emergência e garantimos os 30% dentro do servindo nas UTI’s”, completou.
Entenda
A lei que fixava pisos salariais para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras foi aprovada em julho pelo Congresso e sancionada em agosto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
No entanto, a suspensão permanece até que sejam analisados os impactos da medida na qualidade dos serviços de saúde e no orçamento de municípios e estados.
Os pisos estabelecidos pela lei são:
enfermeiros: R$ 4.750
técnicos de enfermagem: 70% do piso, chegando a R$ 3.325
auxiliares e parteiras: 50% do valor, R$ 2.375
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JORNAL OPÇÃO
Sem vetos, Bolsonaro sanciona obrigatoriedade de cobertura de tratamentos fora do rol da ANS
O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou, nesta quarta-feira, 21, a proposta que obriga os planos de saúde a cobrirem tratamentos e exames não previstos na lista da Agência Nacional da Saúde Suplementar (ANS). O projeto era chamado: “rol taxativo”. O texto não recebeu vetos.
A mudança tinha sido aprovada pelo Senado, por unanimidade em 29 de agosto. Pelo texto, os planos de saúde poderão ser obrigados a financiar tratamentos de saúde que não estiverem na lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Quando aprovado na Câmara, os parlamentares reverteram uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, tinha desobrigado as planos de saúde de pagarem por procedimentos não listados no rol.
De acordo com o texto, o tratamento fora da lista deverá ser aceito desde que cumpra uma das seguintes condições: tenha eficácia comprovada cientificamente; seja recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), ou seja, recomendado por pelo menos um órgão de avaliação de tecnologias em saúde com renome internacional.
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Estatísticas sobre exames toxicológicos revelam risco no transporte de passageiros
Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox) revelou um dado surpreendente: de cada dez laudos positivos para drogas do exame toxicológico de larga janela que são exigidos dos motoristas profissionais, seis são para condutores de ônibus e van e quatro para motoristas de caminhão e carreta.
Do total de positivos registrados no Painel Toxicológico do Sistema Serpro, a ABTox identificou que 111.475 eram motoristas habilitados nas categorias D (van e ônibus). Enquanto isso, 81.789 dos positivos eram motoristas das categorias C e E (caminhão e carreta). “Um dado alarmante que comprova que o uso de drogas no transporte coletivo é muito maior do que as pessoas imaginam, contrariando a tese de que somente os que trafegam pelas estradas são usuários de drogas”, esclarece Renato Borges Dias, presidente da ABTox.
O exame toxicológico de larga janela é obrigatório desde março de 2016 para condutores das categorias C, D e E e suas variantes, em conjunto com a categoria A (motocicletas). É realizado através da coleta de cabelos, pelos ou unhas (queratina) e identifica o uso regular de drogas nos últimos 90 dias. Os laudos
positivos são aqueles que registram consumo de drogas regularmente acima de determinado corte estabelecido pela legislação.
O coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, responsável pelo estudo “As Drogas e os Motoristas Profissionais”, explica que existem ainda os casos considerados positivos/negativos, em que o exame detecta que o indivíduo utilizou drogas, mas não com tanta frequência para ser considerado positivo. “Segundo dados que apuramos com os principais laboratórios, o número de pessoas que fizeram uso de drogas nos últimos 90 dias é pelo menos três vezes maior do que os laudos oficiais revelam”, observa.
Em outro levantamento realizado pelo SOS Estradas, comparando o número de condutores habilitados nas categorias C, D e E, em dezembro de 2015, último ano em que o exame não era obrigatório, e dezembro de 2021, revelou queda no número de motoristas habilitados nessas categorias de mais de quatro milhões, considerando a projeção de crescimento do período. “É a chamada positividade escondida, quando o motorista decide não fazer o exame e perde a habilitação porque sabe que não passaria no exame”, explica Rizzotto.
Outra questão observada foi o comportamento regional da positividade do exame toxicológico. Os cinco estados que mais tiveram seus motoristas flagrados no exame toxicológico, no período de março de 2016 até agosto de 2022, foram: São Paulo, com 64.197; Minas Gerais, com 32.189; Paraná, com 24.458; Rio Grande do Sul, com 23.004; e Santa Catarina, com 18.827. “Estamos falando de números muito maiores do que a Operação Lei Seca pega de condutores dirigindo sob efeito de álcool das categorias C, D e E. Isso ocorre exatamente porque não tem fiscalização como a da Lei Seca para ônibus e caminhão”, afirma Rizzotto.
Mais de 40 mil usuários de drogas das categorias A e B tentaram conseguir a CNH para dirigir caminhões e ônibus e foram barrados no exame toxicológico
Renato Borges destaca, ainda, que o exame toxicológico de larga janela deve fazer parte dos debates da sociedade em torno do tema prevenção e conscientização para uso de substâncias psicoativas. “Estamos diante de um problema muito maior do que se pensa. Nossos dados mostram que 42.622 de motoristas das categorias A (motocicleta), AB e B (automóvel) não conseguiram a habilitação para dirigir caminhão ou ônibus por causa do exame toxicológico. Se não fossem flagrados, estariam habilitados e colocando vidas em risco. Estamos falando de um trabalho de prevenção que nem a Operação Lei Seca tem condições de fazer quando a substância psicoativa é o álcool. É preciso que todos saibam da importância do exame toxicológico de larga janela, inclusive para testar dependência química de álcool, e não apenas drogas”, finaliza.
Sobre o exame toxicológico de larga janela de detecção
O exame toxicológico de larga janela de detecção identifica a presença de substâncias psicoativas que se depositam nos fios de cabelo ou pelos por um período mínimo de 90 dias até seis meses, permitindo a avaliação de hábitos de consumo dessas substâncias pelo doador. Desde o dia 11 de novembro de 2021,
passou a valer uma nova determinação para a multa exame toxicológico. Todos os motoristas de caminhão, ônibus ou van que não tiverem atualizado o seu exame receberão uma multa de R$ 1.467,35. Além disso, o condutor poderá ter seu direito de dirigir suspenso por 90 dias, condicionado à apresentação do exame toxicológico com resultado negativo.
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FOLHA.COM
Após sanção de Bolsonaro ao fim do rol, ANS critica medida
Depois da sanção de Bolsonaro ao projeto de lei que obriga os planos de saúde a arcarem com tratamentos que não estejam no rol de referência básica da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o órgão regulador divulgou um comunicado criticando a medida.
A agência, que vinha pedindo veto ao presidente, voltou a afirmar que o caso gera preocupação com a segurança dos usuários. Segundo a ANS, a cobertura de procedimentos que não tenham passado por sua análise pode levar risco aos pacientes.
"Constitui risco aos pacientes, pois deixa de levar em consideração diversos critérios avaliados durante o processo de incorporação de tecnologias em saúde, tais como: segurança, eficácia, acurácia, efetividade, custo-efetividade e impacto orçamentário", diz a ANS em nota.
A empresas de saúde suplementar também divulgaram suas críticas após a sanção de Bolsonaro. A mudança cai como uma bomba no setor, que diz prever um colapso nos negócios e a elevação dos custos para o consumidor final.
Em nota, a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) diz que a medida "dificulta a adequada precificação dos planos e compromete a previsibilidade de despesas assistenciais, podendo ocasionar alta nos preços das mensalidades e expulsão em massa dos beneficiários da saúde suplementar".
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A REDAÇÃO
Goiás registra 1,4 mil casos de covid-19 nas últimas 24 horas
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás registrou 1.459 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (21/9) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Não foram registradas mortes pela doença em território goiano no período.
Com as atualizações, o Estado soma 1.696.631 casos pelo novo coronavírus e 27.522 óbitos decorrentes da doença desde o início da pandemia. Além disso, outras 877.542 infecções e 81 mortes são investigadas para saber se há alguma relação com o vírus. A taxa de letalidade é de 1,62% no Estado.
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UOL
90% dos abortos no SUS são tratados com cirurgia não recomendada pela OMS
Todos os anos, mais de 100 mil pessoas no Brasil, em situação de abortamento, passam por cirurgia que não é recomendada pela OMS há uma década
Em 2021, 151 mil mulheres foram internadas no Brasil por situações de aborto (espontâneo, induzido, incompleto ou legal) e levadas a fazer uma curetagem, procedimento que já é considerado defasado há pelo menos 10 anos no mundo e fortemente desaconselhado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 2012. "Um método obsoleto de abortamento cirúrgico", diz a OMS, indicando que a curetagem deveria ser exceção e usada somente em abortos acima de 14 semanas de gestação. É que ela traz mais riscos como perfuração uterina, hemorragia, infecção e morte.
Manoela Fontenelle, 34 anos, teve um aborto espontâneo com 12 semanas de gestação e, ao procurar um médico, foi informada de que deveria fazer a curetagem. O procedimento foi tranquilo, assim como os primeiros dias de recuperação. Mas ela desenvolveu, em seguida, algumas aderências, que bloquearam a passagem da trompa direita, e também uma adenomiose (crescimento do tecido endometrial no músculo do útero, que provoca dor). "Fui em médicas que deixaram bem claro que a manipulação uterina favorece o aparecimento de problemas", contou Manoela.
Como ela, na última década, dois milhões de brasileiras foram submetidas a curetagem no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo dados do Ministério da Saúde - DataSus. Quase 500 mulheres morreram nos últimos dez anos nessa cirurgia.
No Brasil, o aborto é permitido somente em casos de estupro, risco à vida da mulher e anencefalia do feto. Além desses, chegam aos hospitais mulheres que sofrem abortos espontâneos e as que tentam interromper a gravidez clandestinamente e precisam de atendimento médico por aborto retido ou incompleto.
Em todos esses casos, o recomendado pela OMS e por especialistas como mais seguro é substituir a curetagem pela aspiração manual intrauterina (AMIU) ou mesmo por métodos farmacológicos, como o uso combinado de mifepristone e misoprostol. Esse último tem eficácia de 98% - dado apontado pelo próprio documento da OMS -, principalmente se a interrupção ocorrer até 14 semanas de gestação. "Cerca de 85% dos abortos são nesse período e 67% ocorrem antes de oito semanas", destaca o ginecologista obstetra Cristião Rosas, referência no assunto.
A reportagem procurou o Ministério da Saúde para ouvir o órgão sobre o uso de curetagem mesmo com a prática desaconselhada pela OMS. A entidade também foi questionada sobre o fornecimento de AMIU e medicações. Não houve resposta até a publicação deste texto.
A mifepristone não está disponível no Brasil, apesar de constar na lista de medicamentos essenciais da OMS. O misoprostol é o único que se tem acesso aqui, no entanto, ele é classificado como de "uso hospitalar". A questão é que o aborto medicamentoso pode levar horas ou até dias para ser concluído, o que significaria manter a paciente internada todo esse tempo na unidade hospitalar. O ideal seria a mulher poder levar os comprimidos para finalizar o procedimento em casa, como é feito em outros países.
Já o Aspirador Intrauterino (AMIU) está em falta em maternidades de referência em saúde da mulher, conforme apurou a reportagem. Em 2021, foram somente 16 mil abortos tratados por aspiração - 10% do total, de acordo com informações obtidas no DataSus. As 151 mil internações por curetagem pós-abortamento representou 90% dos casos que chegaram às unidades hospitalares, e resultaram em 50 mortes.
O custo ao SUS pelas curetagens uterinas foi de R$ 34 milhões, e nessa conta não estariam incluídos os gastos com leitos e outras complicações do procedimento. As outras opções para os casos de abortamento, consideradas mais seguras, são também menos onerosas.
"O que se faz aqui é um crime sanitário"
É difícil identificar quantas dessas curetagens foram realizadas em pacientes que tomaram o misoprostol sozinhas em casa, por causa do contexto de ilegalidade. Com medo e sem informação segura, muitas mulheres procuram o hospital quando começam a sangrar, depois de tentar interromper a gravidez clandestinamente.
O tabu e o preconceito geral em torno do tema no Brasil impedem que se escolham e se usem métodos seguros. Isso faz com que toda pessoa que sofra um aborto no início de uma gravidez - espontâneo ou provocado - acabe tendo o direito à saúde violado. São milhares de mulheres todos os anos, já que a chance de uma gravidez não progredir é de até 20% - um evento possível na vida reprodutiva, assim como o são a gestação, o parto e o nascimento.
"É como se não existisse o aborto entre as mulheres brasileiras. Isso que se faz aqui é um crime sanitário, mas eu não consigo convencer as autoridades". A fala é de Cristião Rosas, que há mais de 20 anos tenta explicar o óbvio no Brasil sobre abortamento seguro, direitos sexuais e reprodutivos. Ele lidera aqui o grupo Global Doctors For Choice (Rede Médica pelo Direito de Decidir). Já visitou outros países, viu como são tratadas as mulheres e o que centenas de estudos comprovam.
A maioria dos abortos, sobretudo no primeiro trimestre gestacional, poderia ser resolvida com remédios e em ambiente domiciliar. É o que mostram evidências científicas, falas dos principais pesquisadores e médicos do mundo e organizações de saúde. "Essas mulheres sequer deveriam estar internadas pra tratar um aborto incompleto. É um gasto público desnecessário e fora das melhores práticas", afirmou Cristião.
Em março (2022), a OMS publicou uma diretriz atualizada sobre cuidados no aborto. Voltou a não aconselhar a curetagem, recomendando, pela primeira vez, o abortamento por telemedicina, com misoprostol e mifepristone. Indicou ainda que o procedimento pode ser feito por outros profissionais de saúde, não só médico, demonstrando a segurança e eficácia do método medicamentoso.
A meta da OMS com esse documento é ajudar a prevenir cerca de 25 milhões de intervenções inseguras em todo o mundo. Conforme a organização, anualmente, 39 mil mulheres morrem por causa de complicações em abortos inseguros.
Material para procedimento está em falta
A Rede Médica pelo Direito de Decidir obteve informações de que há ausência do material usado para fazer a aspiração manual intrauterina (AMIU) em hospitais de várias partes do Brasil, e, em alguns, falta também o misoprostol. Os relatos são de que a escassez em certas unidades já ultrapassa um ano e vem se intensificando.
"Nós estamos diante de uma situação que é muito grave do ponto de vista dos Direitos Humanos porque o misoprostol é um medicamento obrigatório nas maternidades, porém indisponível", afirmou Cristião. O Ministério da Saúde (MS) compra e repassa aos estados.
A reportagem apurou, via pedidos de Lei de Acesso à Informação (entre abril e julho deste ano), que o Ministério dobrou a compra de comprimidos de misoprostol em 2021 - foram cerca de 2 milhões, sendo que nos dez anos anteriores a compra nunca passou de 1 milhão de comprimidos anuais. A pasta, porém, não informou sobre a distribuição dessas medicações às secretarias estaduais no ano passado, afirmando que o dado estaria sob sigilo.
Ligamos e enviamos e-mails para dezenas de hospitais que fazem interrupção legal e secretarias de saúde para obter respostas sobre o acesso ao misoprostol fornecido pelo Ministério. Formalmente, por meio de assessorias de imprensa, nenhum comunicou dificuldades com as realizações de aborto, o que vai na contramão do que foi dito à reportagem por profissionais que atuam em alguns desses hospitais.
"Recebíamos AMIU do Ministério da Saúde, mas já tem mais de um ano que não temos e estamos com problemas com fornecedores", afirmou um profissional de saúde que pediu para não ser identificado. Cristião Rosas ressalta que vivemos um momento no país em que os profissionais estão sendo ameaçados, processados e com medo de falar.
Sem interesse nem treinamento
Diante da escassez de misoprostol e AMIU, resta aos médicos brasileiros fazer a curetagem. Mas o problema não é só a ausência do material, falta também treinamento para usar a técnica de aspiração manual, que é simples, mas requer aprendizado.
"Ainda estamos no processo de falar mais sobre o método, mas muitas maternidades nem tem o AMIU, ou é fornecido muito pouco", relatou o obstetra pernambucano Olímpio Moraes, referência em aborto legal no estado. O seu colega Cristião Rosas acrescenta que não houve movimentos para reduzir de fato o número de curetagens no Brasil. "Nada que é referente à saúde da mulher é prioridade aqui."
A médica Esther Vilela, que foi coordenadora-geral de Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde, avalia que o quadro piorou com a Covid-19, tornando-se assunto ainda menos relevante. "Fez curetagem? A mulher tá viva, qual o problema?", fala ela sobre como pensam muitas autoridades.
Mesmo dentro da área da mulher, seja em nível federal e estadual, não há abertura para falar sobre o assunto, como afirma a coordenadora de enfrentamento à violência doméstica no estado do Piauí, Mariana Carvalho. "É algo visto como problema de saúde íntima, não de saúde pública."
A opinião de Esther é que "se você não ensina novas práticas, os novos profissionais vão reproduzir práticas antigas." Ela cita o exemplo do Distrito Federal, que é um dos que mais fazem AMIU porque havia um médico que propagava e ensinava a prática na residência. "A gente tem que ensinar uma nova obstetrícia baseada em evidências e respeito", considera.
O serviço especializado
Nos serviços de aborto legal, cerca de 40% das unidades usam mais a curetagem como método cirúrgico para gestações de primeiro trimestre. Outros 40%, o AMIU. A informação vem de profissionais que atendem nos hospitais de referência no Brasil, que criaram um grupo em um aplicativo de mensagens durante a pandemia para trocar informações, e traçaram o perfil dos serviços brasileiros ali representados. Muitos, então, seguem mantendo um procedimento desaconselhado pela OMS e mais perigoso para as mulheres.
Entre as 167 mil mulheres que trataram aborto no SUS no ano passado (2021), cerca de 1.600 (menos de 1%) eram casos de interrupção legal (prevista em três casos: estupro, risco de morte da mulher e anencefalia). Não dá pra saber quais dos milhares restantes foram espontâneos ou provocados. Todo ele é relegado ao obscuro, à exceção, e não é entendido como questão de saúde pública.
Julgadas em qualquer caso
Além de ficarem mais tempo em alas junto com outras gestantes e bebês, pacientes brasileiras são julgadas pela equipe médica hospitalar quando internam para fazer a curetagem, tendo sofrido ou induzido um aborto. A discriminação se intensifica dependendo de como elas chegam e se portam, sendo pior se estiverem desacompanhadas - de um homem.
Luciene Ozarias teve um aborto espontâneo na sétima semana de uma gestação planejada, e foi sozinha para um hospital em Belo Horizonte receber atendimento, porque seu marido estava trabalhando. Triste com a perda, ela ainda foi maltratada pela equipe de atendimento que especulou que Luciene teria provocado a interrupção.
Amália*, da mesma cidade, adquiriu de maneira clandestina o medicamento para interromper uma gravidez indesejada, com 9 semanas. Após tomar os comprimidos, sem ter orientações seguras, Amália foi ao hospital com medo de não ter dado certo. Ela não falou nada sobre ter provocado o aborto, mas também sentiu os olhares de preconceito. E soube depois que a médica explicou aos residentes, diante dela anestesiada na maca, que aquele seria um caso "típico" de aborto autônomo.
Luciene e Amália estavam apreensivas e sofrendo, mas ambas não se sentiram acolhidas na unidade de saúde, e foram submetidas à curetagem, precisando aguardar junto com mães recém-paridas.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 21/09/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Anvisa aprova registro de teste para varíola dos macacos
Varíola dos macacos: ANS determina que planos de saúde cubram teste para doença
UniRV terá implantação da faculdade de medicina em Luziânia
Hecad realiza mutirão de cirurgias eletivas
Paciente é preso suspeito de xingar de 'preta nojenta' médica que foi socorrê-lo e dizer que sentia vontade de 'dar tiro na cara' dela
Goiás tem 1,5 mil pacientes na fila da espera por doações de órgãos
Conselho federal muda regras e facilita cessão temporária de útero
AGÊNCIA BRASIL
Anvisa aprova registro de teste para varíola dos macacos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta terça-feira (20) o primeiro registro, no Brasil, de teste para diagnóstico de varíola dos macacos. O kit molecular, fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), detecta regiões genômicas dos vírus Orthopox, Monkeypox e Varicella Zoster.
Segundo a Anvisa, o produto baseia-se em tecnologia de PCR em Tempo Real e é indicado para o processamento de amostras clínicas. Para conceder o registro, a agência analisou requisitos técnicos que incluem o desempenho clínico e o gerenciamento de risco, que servem para garantir adequabilidade do teste ao uso proposto.
“A avaliação do pedido de registro pela Anvisa levou 39 dias, incluindo 17 dias utilizados pela empresa solicitante para atender as exigências técnicas feitas pela agência. A avaliação dos testes para monkeypox ocorre em regime de prioridade na agência, conforme decisão da diretoria colegiada”, informou o órgão.
A publicação do registro consta na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União. A disponibilidade do produto no mercado, de acordo com a Anvisa, depende da empresa detentora do registro.
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Varíola dos macacos: ANS determina que planos de saúde cubram teste para doença
O teste para diagnóstico da varíola dos macacos foi incluído pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no rol de procedimentos que devem ter cobertura garantida por planos de saúde privados. A medida consta em uma nova resolução normativa aprovada nessa segunda-feira, 19.
Conhecida internacionalmente como monkeypox, a varíola dos macacos é endêmica em regiões da África e se tornou uma preocupação sanitária por causa da sua disseminação por diversos países desde maio. No Brasil, já são 7.019 casos e duas mortes, segundo dados divulgados na manhã desta terça, 20, pelo Ministério da Saúde.
Conforme a resolução normativa, os planos deverão cobrir os testes dos beneficiários que apresentarem indicação médica. O exame é realizado a partir de amostras de fluidos coletados diretamente de lesões que se manifestam na pele, usando um swab [cotonete estéril] seco. As análises permitem detectar a presença do vírus que causa a doença.
Segundo nota divulgada pela ANS, a incorporação do teste faz parte do processo dinâmico de revisão do rol, que já foi modificado 12 vezes em 2022, garantindo a cobertura obrigatória de 11 procedimentos e 20 medicamentos. No ano passado, foram aprovadas alterações no processo de atualização. Até então, a lista era renovada a cada 2 anos.
Com a mudança, as propostas passaram a ser analisadas de forma contínua pela área técnica da ANS, que avalia critérios variados como os benefícios clínicos comprovados, o alinhamento às políticas nacionais de saúde e a relação entre custo e efetividade.
"A inclusão do exame complementar na lista de coberturas obrigatórias foi feita de forma extraordinária, diante do cenário da doença que, atualmente, põe o Brasil entre os seis países com o maior número de casos confirmados em todo o mundo", registra a nota divulgada pela ANS.
Transmissão
Há duas cepas conhecidas da varíola dos macacos. Uma delas, considerada mais perigosa por ter taxa de letalidade de até 10%, é endêmica na região da Bacia do Congo. A outra, que tem taxa de letalidade de 1% a 3%, é endêmica na África Ocidental e é a que tem sido detectada em outros países nesse surto atual.
Ela produz geralmente quadros clínicos leves e é causada por um poxvírus do subgrupo orthopoxvírus, assim como ocorre por outras doenças como a cowpox e a varíola humana, erradicada no Brasil em 1980 após campanhas massivas de vacinação.
A varíola dos macacos foi descrita pela primeira vez em humanos em 1958. Na época, também se observava o acometimento de macacos, que morriam. Vem daí o nome da doença. No entanto, no ciclo de transmissão, eles são vítimas como os humanos. Na natureza, roedores silvestres provavelmente representam o reservatório animal do vírus.
Entre pessoas, a transmissão ocorre por contato direto, como beijo ou abraço, ou por feridas infecciosas, crostas ou fluidos corporais, além de secreções respiratórias. O tempo de incubação do vírus varia de 5 a 21 dias. O sintoma mais característico é a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele. Também podem ocorrer febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza.
Sintomas
Após a contaminação, os primeiros sintomas aparecem entre 6 e 16 dias. As lesões progridem para o estágio de crosta, secando e caindo após um período que varia entre 2 e 4 semanas. O maior risco de agravamento envolve pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes, crianças com menos de 8 anos e pacientes com leucemia, linfoma ou metástase.
As primeiras ocorrências desse surto internacional teve início em maio na Europa e nos Estados Unidos. Segundo o último boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em 7 de setembro, já foram notificados 52.996 em 102 países. Foram relatadas 18 mortes. Em julho, a OMS declarou a varíola dos macacos como emergência de saúde pública de interesse internacional.
Não existe um tratamento específico para a doença. Como prevenção, a pessoa acometida deve ficar isolada até que todas as feridas tenham cicatrizado. Também é recomendado evitar contato com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Outra medida indicada pelas autoridades sanitárias é a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.
Embora as vacinas para a varíola humana sejam eficazes para combater o surto da varíola dos macacos, não há, por enquanto, previsão quanto a uma campanha para imunização em massa, tendo em vista a necessidade de produção de doses em escala mundial. Conforme recomenda a OMS, devem ter prioridade profissionais de saúde e pesquisadores laboratoriais. Em agosto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu aval para que o Brasil importe o imunizante.
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JORNAL OPÇÃO
UniRV terá implantação da faculdade de medicina em Luziânia
As provas já estão marcadas para o próximo dia 26 de novembro
O prefeito de Luziânia Diego Sorgatto assinou na manhã desta terça-feira, 20, o convênio para a implementação do curso de medicina no município.
A instituição escolhida pelo gestor municipal foi a Universidade de Rio Verde (UniRV), que obteve a autorização do Conselho Regional de Medicina para a implantação do curso por unanimidade.
Na cerimônia — que aconteceu no Centro de Convenções da cidade — o reitor prof. Alberto Barella Netto anunciou, inclusive, o horário do vestibular: “Dia 26 de novembro, as 13h, em Luziânia. Esta vai ser a data do nosso primeiro vestibular no novo campus”, afirmou. Barella ainda explicou que os estudantes devem fazer cerca de 10 mil atendimentos mensais na rede pública e que um Centro de Especialidades Médicas será implantado em Luziânia.
Sorgatto ressaltou a importância desta realização para a ampliação de atendimentos em saúde no município. “Com a implantação do curso de medicina aqui, teremos médicos colaborando com nosso sistema público de saúde em seus estágios e internatos. Teremos uma verdadeira revolução em nossa cidade com esta grandiosa conquista” disse.
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Hecad realiza mutirão de cirurgias eletivas
Ao todo, 21 crianças realizaram procedimentos cirúrgicos durante o dia de campanha
O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) realizou neste sábado,17, o 1º Mutirão de Cirurgias Eletivas para atender 21 crianças de Goiânia e do interior de Goiás. Além de internações e operações, ainda foram realizados exames e consultas pré-operatórias. O principal objetivo foi agilizar o atendimento de pacientes que já aguardavam na retomada dos procedimentos cirúrgicos eletivos na rede estadual de saúde.
“Esse mutirão foi pensado como forma de otimizar a fila de cirurgias eletivas e acabar com a espera de muitas crianças que aguardavam desde a pandemia e a migração do antigo Materno Infantil para o Hecad. A equipe toda se mobilizou para o planejamento e execução do mutirão. Conseguimos operar 21 crianças com sucesso até o início da tarde e quase todas tiveram alta no mesmo dia”, afirmou a coordenadora médica do Leito Dia, Maysa Carvalho.
“Planejamos, estruturamos, deixamos tudo certo para cumprirmos as cirurgias em um único dia realizadas com sucesso e excelência, e o resultado final foi a alegria dos nossos pacientes, junto ao nosso propósito de cuidar de vidas”, disse Cynara Porto, diretora técnica do Hecad.
Um dos casos atendidos durante a campanha foi o de Heitor Costa, de apenas nove meses, que sofria com dores por causa de uma hérnia. A mãe do bebê disse que mora em Goiatuba e que aguardava o procedimento cirúrgico há cinco meses, quando descobriu o problema. “Na semana passada, recebemos a ligação de que a cirurgia seria hoje, e foi um grande alívio”, comemorou a mãe..
Durante o dia, cerca de 50 colaboradores estiveram envolvidos nas ações e nos atendimentos. Incluindo membros de equipes de cirurgiões pediátricos, equipe multidisciplinar do centro cirúrgico, enfermagem, hotelaria, acolhimento e outros setores de apoio.
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PORTAL G1
Paciente é preso suspeito de xingar de 'preta nojenta' médica que foi socorrê-lo e dizer que sentia vontade de 'dar tiro na cara' dela
Ele vai responder, em liberdade, por injúria racial e desacato. Funcionária do Samu, Kássia Barcelos prestava atendimento ao suspeito.
Por Thauany Melo, g1 Goiás
Um homem de 43 anos foi preso em flagrante suspeito de cometer injúria racial contra uma médica que prestava atendimento a ele, em Iporá, na região oeste de Goiás. A funcionária do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Kássia Barcelos, de 27 anos, contou que ele a chamou de “preta, nojenta e feia” e disse que tinha vontade de “dar um tiro na cara” dela.
“Chorei muito, a gente passa por isso a vida inteira, as pessoas falam do cabelo, da pele. Me senti na obrigação de denunciar, por outras pessoas e pelos meus filhos que terei, que serão negros e podem passar por isso”, contou a medica.
Ao g1, a defesa de Jean Cleber Fernandes Costa afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto para não interferir no processo. O delegado responsável pelo caso, Eric de Meneses, afirmou que o homem negou ter ofendido a médica.
Em vídeo, a médica explicou que decidiu denunciar após ser orientada pelo namorado e por colegas. "Às vezes passa despercebido, as pessoas acostumam", disse.
O caso aconteceu na segunda-feira (19). O suspeito passou por audiência de custódia e foi liberado nesta terça-feira (20). O delegado explicou que ele vai responder, em liberdade, por injúria racial e desacato.
"Apesar de ter dito que tinha bebido, ele não apresentava sinais de orientação. Como a médica é uma servidora pública, as ofensas se enquadram como desacato. Se ele for condenado, pode pegar até 3 anos de reclusão por crime de injúria racial 2 anos de detenção por desacato”, explicou.
Atendimento
Kássia Barcelos contou que a equipe do Samu foi acionada, por volta das 6h, para prestar atendimento ao homem no terminal rodoviário da cidade. “Disseram que ele estava inconsciente e fomos ajudá-lo. Quando chegamos lá, ele estava sentado e conversando. Perguntei o que ele estava sentindo, e, desde o início, ele foi ríspido, respondeu ‘vontade de dar um tiro na sua cara’. Continuei o atendimento e ele continuou com essas respostas, como 'não estou sentindo nada preta feia'. Disse também que eu tenho cabelo ruim”, relembrou.
A médica explicou que, mesmo após as ofensas, ela continuou o atendimento. “Pedi para checar os sinais vitais dele e estava tudo normal. Eu orientei a mulher do guichê, que chamou o Samu, que se ele precisasse de atendimento novamente ela poderia nos chamar que retornaríamos" contou.
Segundo Kássia, ela só se deu conta do ocorrido quando chegou em casa. “Eu me senti ofendida, triste. Fiquei sem chão. Socorremos muitas vítimas em surto, tem certas coisas que a gente ouve e a gente sabe que as pessoas não estão conscientes. Mas ele estava consciente. Eu sou médica, estava prestando atendimento. Imagina o que ele não faz com pessoas que não estão prestando ajuda”, desabafou.
“Na hora foi tão conturbado. Atendi como deveria atendê-lo. Em casa, conversando com o meu namorado, percebi que não era só falta de educação. Então fui até a delegacia e denunciei”, explicou.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) se pronunciou sobre o assunto e afirmou que espera que o caso seja apurado “com rigor" e que "a lei seja cumprida, com a punição do responsável”. O conselho orientou ainda que os médicos vítimas de violência entrem em contato com o conselho e também denunciem o caso à Polícia Civil.
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O HOJE
Goiás tem 1,5 mil pacientes na fila da espera por doações de órgãos
Até o momento, foram realizados 329 transplantes de órgãos no Estado
Dados da Secretaria de Saúde do Estado (SES-GO) apontam que há 1.356 pacientes na lista de espera por doações de córnea, 242 aguardando por um rim e 5 na espera por um fígado. Outros 16 pacientes pacientes estão à espera de um transplante de medula óssea, segundo a Rede Estadual de Hemocentros (Rede Hemo) de Goiás. No Registro Nacional de Doadores Voluntários há 232 mil goianos cadastrados.
De janeiro a agosto deste ano, Goiás realizou 329 transplantes de órgãos e tecidos, conforme dados da SES. Neste Setembro Verde, mês que visa à conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, o quantitativo deve aumentar devido às campanhas promovidas pelas entidades e órgãos públicos.
No Estado, foram realizados transplantes de 55 rins, 4 de fígado, 246 de córneas, 11 de medula óssea e 13 músculo esquelético. São 39 doadores, dos quais foram captados 101 órgãos (74 rins, 19 fígados, 5 corações, 1 pâncreas e 2 pulmões), beneficiando, ainda, receptores que aguardavam na fila de transplantes em Goiás, São Paulo, Pará, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.
A gerente da Central Estadual de Transplantes (CET), Katiúscia Freitas, pontua o grande desafio para o aumento dos transplantes continua sendo a recusa familiar, já que 69% das famílias de Goiás ainda dizem não para a doação de órgãos, muito possivelmente por desconhecimento, mitos e tabus em torno desse tema. “Por esse motivo a importância de sensibilizar a população sobre o assunto, tendo em vista que quem decide pela doação é a família”, explica.
Fila de espera
O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do SUS, responsável pelo financiamento de cerca de 95% dos transplantes no país, aponta o Ministério da Saúde. “Apesar do grande volume de cirurgias realizadas, a quantidade de pessoas em lista de espera para receber um órgão ainda é grande”.
Desse modo, para vencer a desproporção entre número de pacientes na lista e o número de transplantes realizados, é importante conscientizar a população sobre todas as etapas do procedimento, que começa com o diagnóstico de morte encefálica de um potencial doador e termina na recuperação do paciente que recebeu um novo órgão.
Ato que salva vidas
Conforme o Ministério da Saúde (MS), a doação de órgãos é um ato por meio do qual podem ser doados partes do corpo, sejam órgãos ou tecidos de uma pessoa (doador), para serem utilizados no tratamento de outra pessoa (receptor), com a finalidade de reestabelecer as funções de um órgão ou tecido doente. A doação é um ato muito importante, pois pode salvar vidas.
“De um doador é possível obter vários órgãos e tecidos para realização do transplante. Podem ser doados rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos e tecidos provenientes de um mesmo doador”, aponta.
Passeio para incentivar doações
No próximo domingo (25), a CET realiza o 1º Passeio Ciclístico pela Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes. O evento, que será realizado com apoio da Gociclo, faz parte do Setembro Verde e será realizado no Parque Areião, no Setor Marista. A concentração dos atletas está prevista para às 7h, com a saída às 8h15, do Parque Areião, seguindo até os parques Vaca Brava e Flamboyant, voltando ao Areião, totalizando um percurso de 12 quilômetros.
As inscrições, gratuitas, podem ser feitas por ciclistas profissionais e amadores, mas que estejam pedalando até 5 quilômetros com certa frequência. Os primeiros 300 inscritos vão receber kits com mochila, camisetas e squeeze. Os participantes deverão, obrigatoriamente, estar equipados de luvas, capacete, câmara de ar, kit remendo, bomba de ar e ferramentas compatíveis com sua bicicleta. A organização orienta ainda a fazer um check-in na bike, caso ela tenha sido revisada recentemente.
Uma empresa de táxi aeromédico em Goiânia realizou voo solidário ao Instituto do Coração (InCor), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, para o transporte de um coração e pulmão, que foram transplantados em pacientes assistidos pelo médico cirurgião cardíaco Ronaldo Honorato. A operação ocorreu na madrugada do dia 7 de setembro.
Após a notificação de morte encefálica de um homem, de 34 anos, no município de Presidente Prudente (SP), uma equipe com quatro médicos embarcou em um jato da Brasil Vida Táxi Aéreo, a partir do Aeroporto de Congonhas, às 0h40, para a captação dos órgãos a serem doados. Cada voo teve duração de cerca de uma hora.
“Foi uma operação muito especial e concluída com sucesso. Terminamos a cirurgia por volta das 6h da manhã e três horas depois o coração captado já batia no peito do paciente receptor”, explica Ronaldo Honorato. “Fruto de um esforço coletivo e uma logística aérea eficiente que salvou a vida de outras pessoas”, acrescenta o médico.
Depois de receber o novo coração, o receptor passa por protocolos, monitoramento e avaliação médica para que tenha 100% de sucesso em seu transplante. O receptor do pulmão também passará pelos mesmos protocolos durante o pós-operatório.
Tempo curto
O prazo entre a captação de um órgão e o transporte ao receptor potencial é um dos desafios para salvar a vida de quem espera por um transplante no Brasil. Segundo a empresa, foram mobilizadas previamente ambulâncias terrestres para que o deslocamento entre terminais e hospitais ocorresse com agilidade e segurança.
A Brasil Vida Táxi Aéreo, que já realizou outras operações para o transporte de órgãos, tecidos e equipes médicas, explica que um sistema nacional dedicado à logística destes procedimentos resulta em mais vidas salvas.
“Tivemos um avanço importante nos últimos anos, o Brasil é campeão em transplante público de órgãos, mas uma estrutura aérea eficiente e dedicada pode fazer com que mais brasileiros e até mesmo pacientes de outros países sejam salvos por meio da generosidade de nossa gente”, enfatiza o diretor comercial da Brasil Vida Táxi Aéreo Daniel Henrique.
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AGÊNCIA ESTADO
Conselho federal muda regras e facilita cessão temporária de útero
Novas diretrizes do Conselho Federal de Medicina (CFM) para a reprodução assistida põem fim à limitação no número de embriões gerados em laboratório. Outra novidade é a possibilidade de a gestação ocorrer no útero de uma pessoa fora do círculo familiar da paciente ? desde que não seja mediante dinheiro (a chamada barriga de aluguel).
As novas diretrizes foram publicadas ontem no Diário Oficial da União. Devem ser seguidas por médicos e pacientes no uso das tecnologias disponíveis para a reprodução assistida. Embora diversos projetos tramitem no Congresso Nacional, o Brasil não dispõe de lei para regulamentar o procedimento. Por isso, as resoluções do conselho federal são as referências para os médicos e pacientes.
O CFM prevê a "cessão temporária de útero" quando a paciente tiver contraindicação para a gestação. A mulher que cede o útero deve ter pelo menos um filho e ser parente consanguíneo de até quarto grau de um dos parceiros. Entretanto, a nova resolução agora prevê que, "na impossibilidade de atender a relação de parentesco, uma autorização de excepcionalidade pode ser solicitada".
A gestação de substituição permanece sendo uma possibilidade para mulheres com problemas de saúde que impeçam ou contraindiquem a gravidez, para pessoas solteiras ou em uniões homoafetivas. Os pacientes contratantes dos serviços de reprodução assistida também continuam tendo a responsabilidade de garantir, até o puerpério, tratamento e acompanhamento médico e/ou multidisciplinar à mãe cedente do útero.
A cessão temporária de útero, no entanto, não pode "ter caráter lucrativo ou comercial". Ou seja, a "barriga de aluguel" continua proibida no País.
De acordo com a nova resolução, o número total de embriões gerados em laboratório não é mais limitado. Anteriormente, podiam ser gerados, no máximo, oito. Segundo o texto, cabe aos médicos e pacientes decidirem quantos embriões serão usados na tentativa de engravidar.
Mulheres de até 37 anos podem implantar até dois embriões. Acima dessa idade, podem ser transferidos até três. Em caso de gravidez múltipla, é proibida a utilização de procedimentos para reduzir o número de embriões em gestação. A idade máxima das candidatas à gestação é de 50 anos. Mas são permitidas exceções com base em "critérios apontados pelo médico".
Novas tecnologias não podem ser usadas para selecionar o sexo ou determinadas características biológicas da criança. Os embriões excedentes que sejam viáveis devem permanecer congelados e preservados, e os pacientes devem deixar registrado o destino dos embriões em caso de divórcio e morte. A doação é uma possibilidade.
CONDIÇÕES. Na resolução anterior, os embriões poderiam ser descartados mediante autorização judicial depois de três anos. Só podem doar óvulos ou espermatozoides pessoas acima dos 18 anos. O limite de idade para ser um doador é de 37 anos para mulheres e 45 anos para os homens. A mulher que cede o útero para gestação não pode ser a doadora de óvulos ou embriões. E a doação também não pode ter caráter comercial.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 20/09/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Cremego repudia agressão contra médico em hospital de Aragoiânia
Goiás ultrapassa marca de 400 casos de varíola dos macacos
Suspeitos de desviar mais de R$ 3 milhões destinados ao tratamento de Covid-19 são alvos de operação
A importância da valorização do SUS
Médico denuncia que foi agredido com capacete por pai de paciente ao negar atestado de 3 dias: ‘Fiquei atordoado’
Pacheco anuncia entrega de projetos para custeio do piso da enfermagem ao ministro da Economia
A REDAÇÃO
Cremego repudia agressão contra médico em hospital de Aragoiânia
Ludymila Siqueira
Goiânia - O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) divulgou nota em repúdio à agressão sofrida pelo médico Diego Ferreira Santana, de 30 anos, no Hospital Materno Infantil de Aragoiânia. O caso foi registrado na tarde de domingo (18/9). Na ocasião, o profissional foi agredido com um capacete após se negar a oferecer atestado de três dias a um adolescente. Diego teve fraturas no rosto e também em um dente, além de diversos hematomas pelo corpo.
O adolescente chegou ao local com uma luxação crônica no joelho esquerdo. Ele foi medicado e recebeu atestado de um dia. O pai do garoto teria questionado a conduta do médico por não conceder o atestado com três dias ao menino. Contrariado, começou a agredir o médico com um capacete.
"Cobramos dos gestores mais segurança na unidade de saúde, pois a falta dela coloca em risco a integridade dos profissionais médicos e ameaça a assistência à população", declarou o Conselho.
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Goiás ultrapassa marca de 400 casos de varíola dos macacos
Caroline Louise
Goiânia - Goiás chega à marca de 405 casos confirmados de varíola dos macacos. A informação consta no boletim divulgado nesta segunda-feira (19/9) pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). Os pacientes têm entre 3 e 64 anos.
O Estado contabiliza 391 homens e 14 mulheres infectados com a doença. Há ainda 484 casos suspeitos de varíola dos macacos em investigação. Ao todo, 26 cidades goianas confirmaram a doença.
Confira:
Águas Lindas de Goiás 3
Anápolis 18
Anicuns 1
Aparecida de Goiânia 39
Aragoiânia 1
Bom Jesus de Goiás 1
Caldas Novas 2
Campos Belos 1
Catalão 1
Cidade Ocidental 2
Cristalina 1
Goianápolis 1
Goiânia 295
Inhumas 5
Itaberaí 1
Jaraguá 1
Jataí 7
Luziânia 2
Novo Gama 1
Planaltina 2
Rio Verde 2
Santa Helena de Goiás 1
Senador Canedo 2
Uruaçu 2
Uruana 1
Valparaíso de Goiás 12
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DIÁRIO DA MANHÃ
Suspeitos de desviar mais de R$ 3 milhões destinados ao tratamento de Covid-19 são alvos de operação
De acordo com a PF, os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, por montagem nas dispensas de licitação, corrupção ativa ou passiva, além de lavagem de dinheiro
A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Controladoria Geral da União, deflagrou nesta segunda-feira, 19, uma operação para apurar o desvio, de mais de R$ 3 milhões, de recursos públicos federais destinados ao tratamento de Covid-19, no Município de São Gonçalo do Amarante (RN).
Segundo a PF, estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de São Gonçalo do Amarante, Natal e Ouro Branco.
“A ação de hoje visa apurar mesmo grupo empresarial investigado na Operação Lectus, que no caso ora sob investigação teria celebrado irregularmente contratos com a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, para prestação de serviços de locação de equipamentos médicos e fornecimento de acessórios e insumos para implantar leitos clínicos, além de locação de mão de obra e equipamentos, instalação de rede de oxigênio e fornecimento de oxigênio, destinados ao Hospital de Campanha de São Gonçalo do Amarante no Município”, afirma a PF.
De acordo com a PF, os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, por montagem nas dispensas de licitação, corrupção ativa ou passiva, além de lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão cumprir penas superiores a 10 anos de reclusão.
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A importância da valorização do SUS
O maior sistema de saúde pública do mundo é o maior patrimônio dos brasileiros e foi o principal aliado da sociedade no enfrentamento à Covid-19 e a tantas emergências em saúde pública
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela constituição de 1988 e ele garante aos cidadãos brasileiros, desde o simples atendimento para avaliação de pressão arterial, até o transplante de órgãos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), mais de 150 milhões de brasileiros, são dependentes desse sistema.
O maior sistema de saúde pública do mundo é o maior patrimônio dos brasileiros e foi o principal aliado da sociedade no enfrentamento à Covid-19 e a tantas emergências em saúde pública. Se faz presente em praticamente tudo na rotina da população sendo responsável pelas campanhas de vacinação, tratamento de doenças, na vigilância sanitária que fiscaliza açougues e supermercados, nas cirurgias de transplantes, tratamentos oncológicos, nos cuidados de reabilitação, distribuição de remédios e muito mais.
‘’O SUS é para todos, independentemente de ser rico ou pobre, todos nós temos o direito do atendimento pelo SUS. Se você sofre um acidente de carro, quem vai te buscar é o SAMU que é do SUS e vai te levar para onde? Para um Hospital Público de Urgência. Os primeiros atendimentos quem faz é o SUS’’, é o que afirma a Técnica de enfermagem, Kênia Carmo, que atualmente trabalha no Centro Estadual De Reabilitação e Readaptação em Goiânia (CRER)
Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, do IBGE apontam que 8,9 milhões de pessoas permaneceram por 24 horas ou mais em hospitais públicos em 2019, o que equivale a 64,9% das internações do país e os motivos mais citados, cerca de 48,2%, são doenças ou algum tratamento.
Maria Cristina de Oliveira Menezes, de 82 anos, faz tratamento no SUS para tratar sua diabete, hipertensão e hipotireoidismo a cada seis meses e alguns de seus remédios são fornecidos pela farmácia popular e sua filha, Eliane Oliveira, de 42, afirma:
‘’O SUS é bom, tem postos de saúde aqui perto da minha casa, onde consigo marcar todos os exames rápido para a minha mãe e tenho retorno rápido. Semana passada marquei uma consulta para ela, essa semana já consegui consultar. Para nós o SUS não tem sido ruim, tem sido bom e sempre que precisamos conseguimos fazer logo os exames’’, diz ela.
Para se ter uma ideia da importância desse sistema, um estudo feito nos Estados Unidos, pela American Journal of Preventive Medicine (AJPM), aponta que uma pessoa com diabetes tipo 2 pode gastar a partir de 290 mil reais ao longo da vida, no controle da doença. Esse valor muda de acordo com sexo da pessoa. Vale considerar que estes valores foram calculados tendo como base a expectativa de vida média da população dos EUA – que é bem similar àquela dos estados mais desenvolvidos do Brasil.
Destaca-se que o Sistema único de Saúde fornece também tratamentos para outras doenças e o câncer é uma delas. Heloisa Pantoja, de 24 anos, que é paciente oncológica, destaca a importância desse sistema em seu tratamento:
”O SUS é primordial, já que estou desde o diagnostico até agora, (o transplante que irei fazer), tudo sendo através do SUS. Vai fazer um ano do diagnostico, não tem uma data pro fim, já que o tratamento é oncológico e imprevisível. Só sei que mesmo curada, precisarei fazer acompanhamento sempre. E está sendo e provavelmente será tudo pelo SUS.”
Para se ter uma ideia, um estudo do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que considerou gastos com cirurgias oncológicas, radioterapia, quimioterapia e iodoterapia do CD, indicou que o país gastou R$ 3.280,25 bi em 2015. Por esse e outros motivos, é importante valorizar o nosso sistema de Saúde, que apesar de falho, tem sido extremamente necessário na vida dos brasileiros.
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PORTAL G1
Médico denuncia que foi agredido com capacete por pai de paciente ao negar atestado de 3 dias: ‘Fiquei atordoado’
Ele disse que adolescente chegou com lesão no joelho, mas saiu sem dor e caminhando, não sendo necessário um afastamento maior. Profissional teme continuar atendimentos na unidade, em Aragoiânia.
Por Vitor Santana, g1 Goiás
Médico denuncia que foi agredido por pai de paciente ao negar atestado de 3 dias
Um médico afirmou que foi agredido pelo pai de um paciente depois de ter negado dar um atestado de três dias em Aragoiânia, na Região Metropolitana de Goiânia. O caso aconteceu na tarde de domingo (18). O profissional recebeu golpes de capacete, teve um osso do rosto quebrado e sofreu um corte.
O médico que foi agredido, Diego Ferreira Santana, de 30 anos, disse que estava atendendo um paciente de 17 anos, que teve uma lesão no joelho e chegou à unidade com dor.
O rapaz foi medicado, e o profissional deu um atestado de um dia. O pai dele pediu um atestado de três dias, mas o médico negou.
“O paciente saiu sem dor, andando, estava apto para trabalhar no dia seguinte. O pai começou a xingar a todos e eu fui conversar com ele”, contou.
Ainda segundo o médico, depois disso, o homem partiu para cima dele e o agrediu com um capacete.
“Ele me deu um golpe com o capacete, e eu caí no chão. Eu tive um lapso de consciência, e ele veio para cima dando outros golpes. Eu me defendi, mas fiquei atordoado no momento”, disse
As agressões só pararam quando outros pacientes e funcionários seguraram o homem, que foi embora. Porém, momentos depois, ele voltou em uma moto, usando uma blusa de frio. “Acredito que ele pudesse estar armado e ficou rondando o hospital”, disse Diego, que resolveu registrar o caso na delegacia.
O médico trabalha na unidade há dois anos. Foi a primeira vez em sua carreira que sofreu alguma agressão. Agora, ele tem receio de continuar os atendimentos no hospital.
“Meu próximo plantão lá é em duas semanas, mas estou pensando em passar esse plantão”, afirmou.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudiou a agressão ao médico e se solidarizou com o profissional. Em nota, a entidade “cobra dos gestores mais segurança na unidade de saúde, pois a falta dela coloca em risco a integridade dos profissionais médicos e ameaça a assistência à população”.
O g1 não conseguiu localizar o suspeito da agressão. A reportagem também entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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AGÊNCIA SENADO
Pacheco anuncia entrega de projetos para custeio do piso da enfermagem ao ministro da Economia
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O presidente do senado, Rodrigo Pacheco, informou ter conversado nesta segunda-feira (19) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre os projetos que podem de viabilizar o pagamento do piso salarial dos enfermeiros, suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O tema foi debatido durante reunião de líderes virtual nesta segunda-feira, antes do encontro entre Pacheco e Guedes.
— O ministro da Economia não emitiu juízo de valor algum em relação a esses projetos. Ele pediu pra recolher cada uma dessas ideias para levar para a equipe econômica fazer uma avaliação, mas não se comprometeu com nenhum deles. Eu considero muito importante, antes do momento da votação, é nós termos o entendimento com o Supremo Tribunal Federal do que se entende como suficiente para poder resolver o problema e implementar o piso nacional da enfermagem — disse Pacheco, que exerce interinamente o cargo de presidente da República, devido à viagem do presidente Jair Bolsonaro à Inglaterra para acompanhar o funeral da rainha Elizabeth II.
O piso de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras está previsto na Lei 14.434, sancionada em agosto. Neste mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a aplicação da norma por 60 dias. O prazo deve ser usado para que entes públicos e privados da área da saúde esclareçam o impacto financeiro, os riscos para a empregabilidade no setor e eventual redução na qualidade dos serviços.
Os quatro projetos levados ao ministro Paulo Guedes buscam resolver o impacto sobre estados e municípios, que precisam de recursos para custear o pagamento do piso, e também sobre as santas casas e hospitais filantrópicos sem fins lucrativos. Além deles, Pacheco afirmou que o Congresso pode contribuir por meio de emendas parlamentares, inclusive as emendas do relator-geral do Orçamento.
— Outra que foi coisa que foi ventilada também, por mim inclusive, é nós temos a contribuição do Executivo e também do Legislativo por meio do orçamento, considerando que é um problema nacional, é um problema de uma categoria inteira e naturalmente isso gera reflexos para municípios, pra estados e para hospitais filantrópicos que tem papel fundamental para a saúde do Brasil — afirmou.
Pacheco informou que ainda não há data para a reunião com o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, relator da ação que suspendeu o piso. Ele disse esperar que os projetos apresentados sejam suficientes para resolver a questão do custeio.
Para os hospitais privados, Pacheco defendeu a fixação do piso e um período de avaliação do impacto financeiro, para que então o Congresso possa aprovar iniciativas como a desoneração da folha de pagamento, mas apenas na proporção necessária para absorver esse impacto.
Impasses
Para o presidente do Senado, o piso da enfermagem é mais um impasse que se apresenta ao Congresso, como o corte da farmácia popular, o corte nas universidades federais e os vetos a incentivos ao setor cultural previstos nas leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc. Ele também citou a possibilidade de contingenciamento de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), prevista na MP 1.136/2022, editada em agosto, após o Congresso derrubar um veto presidencial que permitiria o corte nesses recursos.
— São soluções orçamentárias e nós esperamos muita boa vontade do Poder Executivo para podermos dar solução a todos esses problemas — afirmou.
Ele também disse que ainda não há data para as sabatinas de autoridades pendentes no Senado, entre elas as de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O cronograma deve ser estabelecido após as eleições.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 17 A 19/09/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Países com renda menor podem ter alta em casos de Alzheimer
Calendário para vacinar faixa de 6 meses a 4 anos é prioridade, dizem especialistas
Piso salarial da enfermagem: Senado busca fontes de financiamento, após decisão do STF
Pai de paciente agride médico em hospital de Aragoiânia
Covid-19: Goiás registra 279 novos casos nas últimas 24 horas
Sustentabilidade do sistema de saúde suplementar brasileiro é tema de debate
O ESTADO DE S.PAULO
Países com renda menor podem ter alta em casos de Alzheimer
_ No Brasil, estimativa é de que números quase tripliquem até 2050 ; ritmo acelerado de envelhecimento da população amplia desafios no País
JÚLIA MARQUES
As projeções para o avanço da doença de Alzheimer colocam o Brasil em um situação desafiadora: o número de casos de demência pode aumentar muito nas próximas três décadas. E não só aqui. A alta da doença deve ser maior em países de média e baixa renda, como os demais da América Latina, na comparação com as nações mais ricas.
Essa tendência acende o alerta para a necessidade de que o Brasil prepare seu sistema de saúde para atender ao grande contingente de pessoas que precisará de ajuda médica - e seus familiares, que assumem o cuidado. Também ressalta a importância de estratégias de prevenção para reduzir o volume de pessoas com demência.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e progressiva. Pessoas diagnosticadas com Alzheimer ou outras demências passam a ter dificuldades para realizar tarefas cotidianas e deixam de trabalhar. Com custo global de US$ 1,3 trilhão, as demências são hoje uma das principais causas de incapacidade e dependência em todo o mundo.
No Brasil, ainda não há clareza sobre o total de pessoas com a doença, mas estima-se que cerca de 2 milhões vivam com demências - o Alzheimer corresponde à maior parcela. Para 2050, a projeção é de que esse número chegue a cerca de 6 milhões de pessoas - um aumento de 200%.
O envelhecimento acelerado da população brasileira amplia os desafios. Em países europeus, como na França, foram cem anos para que a taxa
de idosos dobrasse. "No Brasil, está levando só algumas décadas", explica Cleusa Ferri, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Por isso, a importância de ter ações muito rápidas para cuidar das pessoas nessa faixa da vida."
Em todo o mundo, a previsão é de que os casos de demência passem de 57,4 milhões para 152,8 milhões - uma alta de 166% - em 2050. A tendência de crescimento é menor do que a média global em países como Alemanha, Itália e Japão. E maior em outros, como Brasil, Bolívia, Equador, Peru e países africanos. Os dados fazem parte de uma pesquisa global publicada neste ano na revista Lancet Public Health.
O aumento e o envelhecimento populacionais são as principais razões para a projeção de crescimento maior do Alzheimer em países da África e da América Latina. Problemas de baixa escolaridade e hábitos de vida pouco saudáveis também concorrem para que a incidência de pessoas com demência não caia nessas regiões.
Em países da América do Norte e da Europa, por exemplo, os dados já sugerem uma tendência de redução na incidência de demência - o que cientistas atribuem ao aumento nos níveis de escolaridade e à maior oferta de tratamentos para problemas cardiovasculares, uma das principais formas de se prevenir contra o Alzheimer.
Países de alta renda já têm serviços de cuidados para pessoas com demência, como atenção primária e reabilitação, mais estruturados, segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde
"A prevalência de demência na América Latina é a maior do mundo. E não só é muita gente com demência , mas ela começa dez anos antes aqui."
Claudia Suemoto, Médica e professora
Por isso (acelerado envelhecimento ), a importância de ter ações muito rápidas para pessoas nessa faixa." Cleusa Ferri Professora da Unifesp
(OMS), do ano passado. Já as nações de baixa e média renda, como o Brasil, são mais dependentes dos cuidados informais desempenhados pelos familiares, que muitas vezes têm de deixar suas atividades profissionais, com impactos à economia.
INÍCIO PRECOCE. Em países latino-americanos, a presença associada de demências vasculares e Alzheimer preocupa. "A prevalência de demência na América Latina é a maior do mundo. E não só é muita gente (com demência ), mas ela começa dez anos antes aqui", alerta Claudia Suemoto, professora de Geriatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Entre outros temas, Claudia pesquisa de que modo reduzir os fatores de risco na população brasileira, como controlar doenças como hipertensão, obesidade e diabete, pode ajudar a evitar casos de Alzheimer e outras doenças. Uma pesquisa nesse sentido, publicada há dois anos na Lancet , mostrou que 12 fatores de risco estão ligados a 40% dos casos de demência, incluindo o Alzheimer, em todo o mundo. No Brasil, a estimativa é de que o potencial de prevenção seja ainda maior.
Um dos focos, segundo os cientistas, deve ser a escolarização da população. Claudia explica que estudar no início da vida ajuda a formar o que se chama de "reserva cognitiva". É como se fosse uma poupança no cérebro - quanto maior, menor o risco de que os danos ligados ao envelhecimento comprometam as funções cerebrais.
"Há uma janela de oportunidade incrível para prevenir não só demência como outras doenças mentais", diz a pesquisadora. Além da educação formal, explica a especialista, atividades intelectuais como aprender um novo idioma ou a tocar instrumentos ajudam a formar essa "poupança" de conexões.
POLÍTICA. Apesar do cenário preocupante para as demências no Brasil, ainda faltam políticas específicas sobre o tema, na avaliação de especialistas. O Brasil se comprometeu a elaborar um plano sobre o assunto, que ainda não existe. Um projeto de lei que cria a Política Nacional de Enfrentamento à Doença de Alzheimer está em debate no Congresso Nacional. Alguns municípios, como São Paulo, já têm planos locais.
"Há países em que isso já está mais avançado, como Costa Rica, Chile. No Brasil e em vários outros países, isso está no radar, mas não foram tomadas medidas efetivas", diz Paulo Caramelli, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membro do conselho consultivo da Sociedade Internacional para o Avanço da Pesquisa e Tratamento da Doença de Alzheimer.
FALTA DE DADOS. Um dos pontos de partida para isso é reconhecer a complexidade da situação brasileira: ainda não se sabe a exata incidência da doença nem a mortalidade. Há ainda alta subnotificação: pesquisadores estimam que mais de 1 milhão (dos 2 milhões de casos) não tenham sido diagnosticados. Essa situação coloca pacientes e parentes em um limbo de proteção e cuidados.
Para Cleusa, é preciso educar a população brasileira para o Alzheimer. A falta de conhecimento sobre demências faz com que, muitas vezes, as perdas de memória sejam vistas como um sinal normal de envelhecimento - o que não é verdade. A pesquisadora coordena o primeiro mapeamento do Brasil sobre Alzheimer, financiado pelo Ministério da Saúde, e que deve ser publicado no ano que vem. "É necessário apoiar a família e oferecer serviços de cuidado a curto e longo prazo."
O Ministério da Saúde aponta que as demências devem ser entendidas "como uma prioridade em saúde pública" e destaca iniciativas como um curso para os cuidadores e a elaboração de guias com orientações para rastreio de demências e transtornos cognitivos leves.
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Calendário para vacinar faixa de 6 meses a 4 anos é prioridade, dizem especialistas
Imunizante da Pfizer para esse grupo foi aprovado na sexta pela Anvisa; vacina depende agora do Ministério da Saúde
Elaborar um calendário de vacinação contra a covid-19 para as crianças de 6 meses a 4 anos com a Comirnaty, da Pfizer, deve ser uma prioridade para o Ministério de Saúde, na opinião de especialistas ouvidos pelo Estadão. O imunizante para essa faixa etária foi aprovado na última sexta-feira, dia 16, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). E agora precisa ser incorporado pelo ministério, que é responsável pela compra e pelo calendário, para poder começar a ser aplicado.
Antes, a vacina da Pfizer só estava autorizada para crianças de 5 anos ou mais (leia mais abai ). A Coronavac, do Instituto Butantan, já tem sido aplicada em pequenos de 3 a 4 anos.
"As nossas salas de vacinas estão acostumadas a administrar vacinas nessa faixa etária. Temos capacidade técnica para fazer essa vacinação", afirma Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). O planejamento da campanha de vacinação para as crianças pequenas, segundo ela, tem de ser estratégico, eficiente e ágil. "Precisamos é garantir que teremos a quantidade suficiente de doses para vacinar nossas crianças." Procurado pelo Estadão, o ministério afirmou, em nota, que "tem contrato com a Pfizer para fornecimento de todas as vacinas aprovadas pela Anvisa e incluídas no Plano
Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 (PNO). Havendo aprovação da recomendação pela área técnica da pasta, as vacinas serão disponibilizadas para todo Brasil, como já ocorre com as demais faixas etárias." Já a Pfizer, também em nota, apontou que a vacinação de bebês e crianças pequenas será um "marco no combate da doença no País".
O pediatra e infectologista Renato Kfouri avalia que os casos de internações e mortes de crianças e bebês ao longo da pandemia demonstram a importância da vacinação. Em junho, um estudo da Fiocruz identificou que duas crianças de até 5 anos eram vítimas da doença por dia no País.
"São óbitos que poderiam ser evitados a partir da vacinação. Os estudos foram feitos e mostraram que a vacina é segura. Então, é importante que esse público agora seja contemplado", explicou Kfouri.
O médico avalia que o processo de aprovação pela Anvisa ocorreu seguindo o protocolo padrão, que segue uma triagem de estudos clínicos e avaliação de dados para constatação da eficácia. Na avaliação, a agência considerou a análise de estudos clínicos e dados de entidades médicas como a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Em relação aos bebês de menos de 6 meses, a vacinação continua incerta. Para Kfouri, o caminho provavelmente será ampliar a vacinação de mulheres no fim da gestação. "Estudos têm indicado que é mais eficiente vacinar essas mães como forma de evitar risco aos bebês."
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AGÊNCIA SENADO
Piso salarial da enfermagem: Senado busca fontes de financiamento, após decisão do STF
De onde virá o dinheiro para garantir o pagamento do piso salarial dos profissionais de enfermagem? Essa é a questão central que o Senado vai tentar resolver nos próximos dias. O Congresso aprovou e o governo sancionou o piso, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a medida que garantiria o pagamento de ao menos R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras. Os ministros alegam que deputados e senadores não apontaram a fonte de recursos.
O impacto anual da medida seria de R$ 5,5 bilhões para o setor público e R$ 11,9 bilhões para o setor privado, segundo cálculos da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado. A estimativa está no Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de setembro, publicado nesta quinta-feira (15). Municípios, estados e o setor privado dizem que não há dinheiro.
Equalizar a valorização dos profissionais da enfermagem e os impactos financeiros para instituições de saúde, governo federal, estados e municípios é o principal desafio. Desonerar a folha de pagamento de hospitais, atualizar a tabela do SUS, abater dívidas dos estados estão entre as possibilidades levantadas. E a construção da solução para o imbróglio começa a ser construída. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pretende apontar um caminho a partir de segunda-feira (19). Ele convocou uma reunião de líderes para as 9h.
"Até segunda-feira, apresentaremos as soluções possíveis. Se preciso for, faremos sessão deliberativa específica para tratar do tema mesmo em período eleitoral. O assunto continua a ser prioritário, e o compromisso do Congresso com os profissionais da enfermagem se mantém firme. Espero solução para breve", disse Pacheco em nota à imprensa na quinta-feira (15).
Parlamentares governistas e de oposição estão unidos nessa luta. Autor do projeto (PL 2.564/2020) que originou a lei do piso da enfermagem (Lei 14.434, de agosto de 2022), o senador Fabiano Contarato (PT-ES) já estuda fontes de financiamento para o "salário mínimo específico de enfermeiros, técnicos e auxiliares". Sem apontar a origem dos recursos, o senador afirma estar confiante em uma rápida solução.
- A luta continua! O piso salarial da enfermagem é uma conquista constitucional criada no Legislativo e sancionada pelo Executivo, e será efetivada. Junto ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, com quem estou em permanente contato, estamos trabalhando no entendimento relativo às fontes de custeio do pagamento do piso. E vamos chegar em breve a uma solução - disse o senador à Agência Senado.
Em uma rede social, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) manifestou solidariedade aos trabalhadores do setor após a decisão do STF que confirmou a suspensão do piso.
"Minha solidariedade a toda enfermagem do Brasil neste dia triste. Quando a maioria do STF obrigou Bolsonaro a pagar R$ 90 bi de precatórios de uma só vez, não se preocuparam de onde viria o dinheiro", apontou o parlamentar.
Histórico do piso
Em 14 de julho deste ano, o Congresso promulgou a Emenda Constitucional (EC) 124, para possibilitar que uma lei federal instituísse os pisos salariais nacionais para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras
Após aprovação do Congresso, o governo sancionou a respectiva norma em 4 de agosto, com a Lei 14.434.
Um mês depois, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, suspendeu o piso e deu prazo de 60 dias para esclarecimentos sobre o impacto da medida nos gastos públicos e o risco de demissões. Decisão se deu no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.222, proposta pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde).
No dia 15 de setembro, o Pleno do STF confirmou a decisão liminar de Barroso, mantendo a suspensão do piso.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Pai de paciente agride médico em hospital de Aragoiânia
De acordo com um enfermeiro que estava de plantão, a agressão ocorreu após o homem pedir três dias de atestado e o médico só dar um
O pai de um paciente agrediu o médico Diego Santana, na tarde deste domingo, 17, no Hospital Materno Infantil de Aragoiânia. De acordo com um enfermeiro que estava de plantão, a agressão ocorreu após o homem pedir três dias de atestado e o médico só dar um.
” O médico ficou com hematomas no rosto e corte abaixo do olho direito. Pacientes que estavam aguardando o atendimento puxou o agressor e nós da equipe levamos ele para as dependências da unidade”, afirma o enfermeiro que preferiu não ter o nome divulgado.
No momento da agressão, o hospital estava sem segurança. Conforme o Secretário de Saúde de Aragoiânia Adalberto Alves de Oliveira, o hospital conta com segurança durante o período da noite, mas estão estudando colocar durante o dia e nos finais de semana. Também estão organizando para colocar videomonitoramento nas unidades de saúde.
“A Secretaria de Saúde de Aragoiânia repudia qualquer tipo de violência e já está tomando as devidas providências para garantir a segurança dos usuários e colaboradores“, afirma Adalberto.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 279 novos casos nas últimas 24 horas
Goiás notificou 279 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas segundo o boletim divulgado neste domingo (18/9) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). O Estado acumula 1.693.669 casos da doença e 27.520 óbitos confirmados até o momento.
Segundo a SES-GO, em Goiás ainda existem 877.995 casos e 83 óbitos suspeitos que estão em investigação para saber se há relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 1,62%.
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REVISTA HOSPITAIS BRASIL
Sustentabilidade do sistema de saúde suplementar brasileiro é tema de debate
"Os desafios do sistema de saúde suplementar brasileiro" foi o tema da palestra proferida pelo médico Bruno Ganem, diretor de relacionamento do Grupo Sabin, na cidade de São José dos Campos, em São Paulo. O evento reuniu lideranças e autoridades de saúde da região e colocou em evidência os desafios dos sistemas de saúde, hoje altamente fragmentados, e trouxe ao centro das discussões as oportunidades de melhorias da jornadas de saúde e como proporcionar melhor acesso à saúde aos quase 50 milhões de brasileiros que dependem do sistema suplementar no país.
Além disso, foi discutido o papel dos diversos stakeholders (empresas, operadoras e seguradoras de saúde, prestadores de serviço ambulatoriais e hospitalares, órgão regulador) na construção de um ecossistema de saúde mais eficiente, com melhor experiência do usuário e melhor utilização dos recursos tecnológicos e avanços da ciência. "É importante ampliarmos a relação de confiança e investirmos esforços em ações que possibilitem a integração dos diversos elos da cadeia de saúde, buscando maior sustentabilidade do sistema e melhor gestão de saúde da população com melhores desfechos clínicos, longevidade e qualidade de vida ", observou Ganem.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 16/09/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
BRASIL. Maioria do Supremo vota para manter suspenso o piso dos profissionais de enfermagem
Bolsonaro sobre piso da enfermagem: 'Mais uma interferência do STF'
Enfermagem: discussão sobre o piso mistura interesses eleitorais, judicialização e falta de dinheiro
Goiás é o 3º Estado do País com maior número de casos de varíola dos macacos
Goiás registra 958 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas
Estudo chama atenção para uma epidemia global de câncer em pessoas abaixo de 50 anos
Bolsonaro promete recompor Farmácia Popular
O LIBERAL ONLINE
BRASIL. Maioria do Supremo vota para manter suspenso o piso dos profissionais de enfermagem
Maioria do Supremo vota para manter suspenso o piso dos profissionais de enfermagem
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para manter a suspensão da lei que criou o piso salarial dos profissionais de enfermagem até que sejam analisados os impactos da medida na qualidade dos serviços de saúde e no orçamento de municípios e estados.
Até a tarde desta quinta-feira (15), o placar era de 7 a 3 pela suspensão da medida. Ainda falta o voto da presidente do STF, Rosa Weber.
A lei que fixa pisos salariais para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras foi aprovada em julho pelo Congresso e sancionada em agosto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os ministros julgam no plenário virtual a decisão individual do relator, ministro Luís Roberto Barroso. O entendimento de Barroso foi seguido pelos ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luiz Fux.
O ministro André Mendonça, Nunes Marques, Edson Fachin divergiram e votaram para derrubar a suspensão.
Apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde), a ação analisada pelo STF questiona a validade da medida por entender que a fixação de um salário-base para a categoria terá impactos nas contas de unidades de saúde particulares pelo país e nas contas públicas de estados e municípios.
No voto em que foi alcançada a maioria, o decano da Corte, ministro Gilmar Mendes, afirmou que "não se pode perder de vista os eventuais efeitos perversos que a lei, cheia de boas intenções, pode produzir na prática".
"É evidente o estado de penúria pelo qual atravessam alguns estados e municípios brasileiros e a dependência significativa desses entes em relação aos Fundos de Participação dos Estados e Municípios, para o atendimento de suas despesas básicas. Nesse contexto, é preocupante o resultado que medidas normativas como essas podem vir a gerar", argumentou.
Em relação ao setor privado, Mendes defendeu que é preciso discutir as divergências locais para a fixação do piso.
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ISTOÉ DINHEIRO
Bolsonaro sobre piso da enfermagem: 'Mais uma interferência do STF'
O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta quinta-feira, 15, a suspensão do piso nacional da enfermagem determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). O plenário da Corte atingiu hoje a maioria para referendar a decisão do magistrado, que deu 60 dias para entidades públicas e privadas de saúde se manifestarem sobre o impacto da medida na situação financeira de Estados e municípios.
"Lamento a decisão do Supremo Tribunal Federal. O placar está 7 a 3, já acabou, está suspenso, então, se não me engano, por 60 dias, o piso dos enfermeiros pelo Brasil. O Congresso aprovou por quase unanimidade, nós sancionamos. No meu entender, é mais uma interferência do Supremo Tribunal Federal no dia a dia. Mais uma vez o Supremo interfere, prejudicando mais de 2 milhões de profissionais de saúde", disse o presidente durante transmissão ao vivo nas redes sociais.
Em 5 de setembro, quando Barroso divulgou a decisão, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que o Palácio do Planalto defenderia o piso da enfermagem no STF por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), apesar de o próprio deputado ter orientado a base governista a votar contra a proposta durante a tramitação no Congresso. Filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também foi contra a medida.
A suspensão do piso é criticada também por políticos da oposição. Principal adversário de Bolsonaro na eleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na ocasião, que sempre defendeu a medida. O petista ressaltou que o chefe do Executivo vetou o reajuste dos salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Bolsonaro sancionou o piso da enfermagem em 4 de agosto, em cerimônia no Planalto transformada em ato político, após intensas discussões nos bastidores do governo. A lei estabelece piso salarial que varia de R$ 2.375,00 a R$ 4.750,00 para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras.
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Enfermagem: discussão sobre o piso mistura interesses eleitorais, judicialização e falta de dinheiro
Na tentativa de oxigenar sua campanha à reeleição e cicatrizar os danos da trágica gestão da saúde no início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro torce para virar o jogo no Supremo Tribunal Federal (STF) e emplacar o piso salarial para profissionais de enfermagem. O governo quer definir em R$ 4.750 a remuneração base da categoria, sendo 70% desse valor para técnicos de enfermagem e 50% para auxiliares e parteiras. Assim, pode ampliar sua base de eleitores e buscará o simbólico perdão à classe que esteve na linha de frente do combate à Covid-19 enquanto o presidente chamava a doença de gripezinha, negava a gravidade da pandemia, boicotava vacinas e ironizava as mortes. Os enfermeiros se tornam, de certa forma, o terceiro grupo de trabalhadores depois de caminhoneiros e motoristas de táxi a receber a graça presidencial às vésperas do primeiro turno das eleições.
Nos bastidores de Brasília há a expectativa de que os ministros do STF definam o parecer sobre o tema nos próximos dias. Até o fechamento desta edição, na tarde da quinta-feira (15), o placar estava em 5 a 3 pela suspensão do piso faltavam três votos. Pelas regras de julgamento no plenário virtual, os ministros devem publicar seus votos até o horário final do último dia, prazo que venceu na sexta (16), mas eles também podem alterar o voto ou solicitar a interrupção do julgamento.
Na Corte, o tema se tornou quase uma disputa pessoal entre a dupla Nunes Marques e André Mendonça, o amigo terrivelmente evangélico da família Bolsonaro, e o terrivelmente antiJair, Luis Roberto Barroso. A demanda de um piso é muito justa, mas seria muito difícil tirar do papel sem fonte de custeio, disse Barroso. Estou empenhado em viabilizar a concretização desse piso. Para Mendonça, há indícios de contaminação política na decisão. É preciso que se verifique a conveniência política da suspensão [do piso].
DECISÃO SUPREMA Oito ministros haviam votado até quinta-feira: Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Cármen Lúcia seguiram o posicionamento do relator, o ministro Barroso, e são contra a implantação do piso para enfermeiros até que seja esclarecido o impacto da lei nas contas de estados, municípios e hospitais privados. A divergência contra o voto de Barroso foi aberta por André Mendonça, seguido por Nunes Marques e Edson Fachin. Ainda faltavam votar os ministros Rosa Weber, Gilmar Mendes e Luiz Fux.
É preciso que se verifique a conveniência política da suspensão do piso André Mendonça Ministro do STF.
Nas redes sociais, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou a decisão de Barroso e disse que os trabalhadores da saúde têm direito ao piso e que podem considerar o apoio dele pela manutenção da medida. O mesmo fez Bolsonaro. O chefe do executivo chegou a fazer críticas públicas à decisão. Eu sancionei e o Congresso aprovou o novo piso para os enfermeiros. Lamentavelmente, há suspeita na decisão monocrática do ministro Barroso, disse o presidente, em entrevista ao apresentador bolsonarista Ratinho, no SBT.
Pesquisa divulgada em 27 de agosto, realizada pelas cinco maiores organizações do setor hospitalar brasileiro, apontou que instituições de saúde e Santas Casas poderiam fechar cerca de 20 mil leitos e gerar 83 mil demissões em decorrência do piso sancionado por Bolsonaro.
A demanda de um piso é muito justa, mas seria difícil tirar do papel sem uma fonte de custeio Luis Roberto Barroso Ministro do STF.
Em paralelo à disputa de egos há uma guerra de números. Segundo especialistas, o novo piso salarial geraria um impacto de R$ 10,5 bilhões para as prefeituras, além do prejuízo na rede privada. A Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNsaúde) chegou a protocolar um pedido de suspensão liminar ao ministro Barroso. A entidade diz que a imposição do piso pode gerar uma quebradeira no setor, já que 57,4% dos hospitais privados do País são de pequeno porte, com até 50 leitos, e 40,9% estão em cidades de até 100 mil habitantes. Os hospitais de pequeno porte já estão em grande dificuldade financeira e o peso da folha de pagamento de enfermagem é grande, afirmou o secretário-executivo da CNSaúde, Bruno Sobral.
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A REDAÇÃO
Goiás é o 3º Estado do País com maior número de casos de varíola dos macacos
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás é o terceiro Estado brasileiro com maior número de casos confirmados de Monkeypox, termo científico da doença popularmente conhecida como varíola dos macacos. Com mais de 370 infecções pelo vírus, o território goiano fica atrás apenas do Rio de Janeiro e São Paulo. Os dados constam no último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde (MS).
Até o penúltima atualização da Saúde, Goiás era o 4º Estado do Brasil com mais registros da varíola dos macacos, atrás também de Minas Gerais.
Cidades goianas
Em Goiás, o maior número de casos da Monkeypox se concentra em Goiânia. A capital soma 281 registros confirmados. Outros 25 municípios goianos já notificaram casos da varíola dos macacos.
Segundo informações da Saúde estadual, os pacientes têm entre 3 e 64 anos. Os homens são maioria entre os infectados.
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Goiás registra 958 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás registrou 958 novos casos da covid-19 nas últimas 24 horas. Não houve registros de mortes pela doença no mesmo período, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta quinta-feira (15/9). Com as atualizações, o Estado chega a 1.691.522 casos e 27.510 óbitos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia.
Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás soma 877.565 casos suspeitos em investigação para saber se há relação com o novo coronavírus.
Além dos 27.510 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 1,63%, há 88 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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PORTAL R7
Estudo chama atenção para uma epidemia global de câncer em pessoas abaixo de 50 anos
Incidência precoce contempla tipos de câncer, como mama, endométrio, fígado e pâncreas
Nos últimos anos, mais especificamente desde 1990, o número de casos de câncer em adultos com menos de 50 anos têm aumentado drasticamente. A estimativa é de um estudo publicado recentemente na Nature Reviews Clinical Oncology.
Os pesquisadores do Brigham and Women's Hospital indicam que a incidência precoce foi encontrada no câncer de mama, colorretal, endométrio, esôfago, ducto biliar extra-hepático, vesícula biliar, cabeça e pescoço, rim, fígado, medula óssea, pâncreas, próstata, estômago e tireóide.
"Descobrimos que esse risco está aumentando a cada geração. Por exemplo, as pessoas nascidas em 1960 experimentaram maior risco de câncer antes de completar 50 anos do que as pessoas nascidas em 1950, e prevemos que esse nível de risco continuará a subir em gerações sucessivas", explicou o professor e médico-cientista do Departamento de Patologia do Brigham, Shuji Ogino.
O método do estudo partiu da análise detalhada e extensa dos dados disponíveis sobre o aumento dos casos e as características clínicas e biológicas dos 14 tipos de câncer - na literatura e de forma online -, comparando o início precoce ao tardio (em pessoas após os 50 anos) da doença.
Os pesquisadores também examinaram quais seriam os possíveis fatores de risco que mudaram o "antigo padrão" de ocorrência do câncer.
Após a revisão, eles descobriram que as influências ambientais e respostas biológicas do início da vida, como a dieta, o estilo de vida, peso, exposições ambientais e microbioma (todos microorganismos que residem nos tecidos e fluidos humanos), mudaram substancialmente nas últimas décadas.
Sendo assim, a hipótese provável é que a dieta e o estilo de vida ocidentalizados podem estar ligados à epidemia de câncer precoce.
Os fatores de risco já conhecidos e comprovados para o câncer são o consumo de álcool, privação de sono, tabagismo, obesidade e consumo de ultraprocessados, por exemplo.
Mais um dado encontrado pelos pesquisadores que pode reforçar a hipótese é que não há diferença expressiva na duração do sono dos adultos de 1990 e os de hoje, mas as crianças estão dormindo muito menos do que décadas atrás.
O aprimoramento das medidas de localização e detecção da doença, por meio de programas de rastreamento do câncer, também pode ter sido responsável pelo aumento, mas os cientistas acham improvável que esta seja a única causa.
O estudo notou ainda que a escolha de alimentos ultraprocessados, como bebidas açucaradas, a obesidade, diabetes tipo dois, estilo de vida sedentário e consumo de álcool tiveram um aumento significativo nos últimos anos, o que sugere que estes fatores estão ligados à alteração do microbioma.
"Entre os 14 tipos de câncer em ascensão que estudamos, oito estavam relacionados ao sistema digestivo. A comida que comemos alimenta os microorganismos em nosso intestino. A dieta afeta diretamente a composição do microbioma e, eventualmente, essas mudanças podem influenciar o risco e os resultados da doença", disse o autor principal do estudo, Tomotaka Ugai.
A única limitação da pesquisa foi o fato de os cientistas não terem acesso a uma quantidade considerável de dados de países de renda média e baixa.
No futuro, os pesquisadores pretendem coletar mais informações e trabalhar junto com os institutos de pesquisa internacionais, para monitorar as tendências globais da doença. Além disso, ressaltam a importância de incluir crianças pequenas em estudos a longo prazo sobre o assunto, para que elas sejam acompanhadas por várias décadas.
"Sem esses estudos [com crianças], é difícil identificar o que alguém com câncer fez décadas atrás ou quando era criança", informa Ugai.
E acrescenta: "por causa desse desafio, pretendemos realizar mais estudos no futuro, onde seguimos o mesmo número de participantes ao longo de suas vidas, coletando dados de saúde, potencialmente de registros eletrônicos de saúde, e bio espécimes em pontos de tempo definidos. Isso não é apenas mais econômico, considerando os muitos tipos de câncer que precisam ser estudados, mas acredito que nos dará insights mais precisos sobre o risco de câncer para as próximas gerações."
Na maioria das vezes, o câncer de próstata é diagnosticado nos estágios iniciais, quando há uma boa chance de cura. No entanto, em alguns pacientes, a doença é detectada já em estágios avançados. Novas terapias de diferentes tipos têm mostrado bons resultados nos casos mais difíceis
A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz que faz parte do sistema reprodutor masculino. Ela está localizada sob a bexiga e na frente do reto. A uretra, que é o tubo que transporta a urina e o sêmen para fora do corpo, passa pela próstata, que produz um fluido que faz parte do sêmen. 'O câncer de próstata começa quando as células da próstata começam a crescer descontroladamente', descreve a Sociedade Americana contra o Câncer
Esta doença se desenvolve principalmente em homens idosos. Segundo dados da SEOM (Sociedade Espanhola de Oncologia Médica), 90% dos casos são diagnosticados em pessoas com mais de 65 anos e a idade média do diagnóstico é de 75 anos
"Não se deve esperar ter dificuldade para urinar ou apresentar qualquer problema na esfera sexual para consultar o urologista. É imprescindível fazer um check-up a partir dos 45 anos ", explica o urologista José Manuel Cózar
No congresso da Sociedade Americana de Oncologia Médica, realizado no início do mês, foram apresentados os resultados do estudo Vision, que demonstrou a eficácia de um novo radiofarmaco capaz de melhorar a sobrevida de pacientes com câncer de próstata avançado
Os especialistas da Sociedade Espanhola de Oncologia Médica destacam que todos os novos medicamentos só se concretizaram graças à realização de ensaios clínicos em múltiplos centros ao redor do mundo e à participação de pacientes nessas pesquisas
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TRIBUNA DO NORTE ONLINE
Bolsonaro promete recompor Farmácia Popular
O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) prometeu recompor verbas da Farmácia Popular em 2023. Nesta quarta-feira, 14, os ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e Paulo Guedes (Economia) foram a público defender o chefe do Executivo das críticas pela redução de 60% nos recursos do programa, que distribui remédios de forma gratuita para a população mais pobre.
Parte do dinheiro que iria para o Farmácia Popular foi transferido para o orçamento secreto, método por meio do qual o governo destina emendas parlamentares para sustentar sua base de apoio no Congresso. O corte atinge de fraldas geriátricas a remédios usados no tratamento de diabetes, asma e hipertensão.
"Ninguém será prejudicado em nosso governo. Temos recursos porque não roubamos. Tem dinheiro sobrando para atender a tudo isso. Isso será refeito agora pelo parlamento brasileiro", disse Bolsonaro à CNN Brasil, em entrevista exibida nesta quinta-feira 15. "E, se não for possível, nós acertaremos essa questão ano que vem. Ninguém precisa ficar preocupado porque jamais abandonaríamos os mais humildes na busca de um remédio na Farmácia Popular", emendou o presidente.
O total de recursos para os medicamentos caiu de R$ 2,04 bilhões no Orçamento de 2022 para R$ 804 milhões no projeto de 2023 enviado ao Congresso em 31 de agosto. Um corte de R$ 1,2 bilhão. Para o orçamento secreto, foram reservados R$ 19,4 bilhões.
Após a repercussão negativa do corte, a campanha de Bolsonaro acendeu o alerta e passou a agir para reduzir os danos à tentativa de reeleição do chefe do Executivo. "É um processo político, ainda não houve encaixe", disse Guedes a empresários, ontem, durante almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
Em São Paulo, Queiroga disse que o Congresso vai ter "sensibilidade" para reverter o corte e até ampliar o Farmácia Popular. O ministro da Saúde culpou o orçamento secreto pela tesourada na verba para os medicamentos gratuitos e afirmou que Bolsonaro vetou o esquema. O presidente, contudo, voltou atrás no veto ao orçamento secreto.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 15/09/22
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DESTAQUES
Piso salarial da enfermagem: equívocos na decisão
Suspeitos de fraude na contratação de organização social são alvos de operação
Policia investiga suspeita de fraude e corrupção na contratação de OS em Goiás, afasta servidores e apreende veículos de luxo
Goiás confirma 30 novos casos de varíola dos macacos em um dia
Ex-paciente do Araújo Jorge vira médica para tratar pessoas com câncer
Câncer de mama: SUS incorpora medicamento que reduz chance de metástase
Flexibilização para covid-19 é precipitada, diz especialista
Cenário atual indica que o fim da pandemia da Covid-19 pode estar próximo, afirma OMS
Economia foi alertada pela Saúde sobre o efeito de cortes em programas
Anvisa fará consulta sobre norma para medicamentos de doenças raras
O TEMPO
Piso salarial da enfermagem: equívocos na decisão
Impacto orçamentário é tarefa administrativa dos gestores
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso suspendeu por 60 dias o piso salarial da enfermagem aprovado pelo Congresso. A decisão pegou a todos de surpresa, uma vez que a categoria dos enfermeiros merece respeito e salário digno, notadamente pela grandeza humanitária dos serviços prestados à coletividade.
A decisão liminar do ministro Barroso é temporária, obviamente, e depende da manifestação dos demais ministros da Corte na análise pontual da Lei 14.434/2022. Mas causa estranheza o fato de ele cobrar do Legislativo e do Executivo explicações para o impacto financeiro da medida e as fontes de dinheiro para cobrir as despesas. Ora, data venia, isso não é prerrogativa de ministro do STF.
Piso nacional da enfermagem não fere norma constitucional
Cabe lembrar ao eminente ministro, que se trata de uma lei destinada a uma categoria nacional, que abarca profissionais públicos e privados, sem vício ou inconstitucionalidade, com artigos bem definidos de faixas salariais e com o respaldo democrático do Parlamento e posterior sanção do Presidente da República.
A rigor, a lei e o piso nacional da enfermagem não ferem normas constitucionais. Ao contrário, conciliam a vontade e a autonomia dos entes da Federação em prol do interesse comum da categoria. Ademais, a Emenda Constitucional 124/2022 institui o piso salarial nacional do enfermeiro, do técnico de enfermagem, do auxiliar de enfermagem e da parteira.
De sorte que o equívoco do ministro Barroso não pode prosperar e muito menos ser acatado pelo colegiado do Supremo. Justapor uma decisão judicial à decisão do Congresso, no caso concreto, mesmo a título de cuidados orçamentários, é retirar a fórceps a autoridade legislativa, que por certo envidará esforços na adequação da medida, essencialmente junto aos diversos setores diretamente obrigados.
Custeio do gasto com novo salário depende de interação com Legislativo
Com renovada venia, cumpre lembrar que o impacto orçamentário também é tarefa administrativa dos secretários municipais e estaduais de saúde, na esfera pública, e dos gestores da iniciativa privada, na esfera particular. A solução há de vir pelo trabalho e esforço dos empregadores, dos contratantes, dos serviços públicos de saúde, do Legislativo e do Executivo, sem a necessidade de intervenção do STF numa causa absolutamente legal e constitucional.
A fonte de custeio, pomo da discórdia, depende da interação dos representantes dos segmentos da saúde com deputados e senadores, de forma que enfermeiros nacionais não sejam prejudicados pela falta de diálogo ou de busca por orçamentos que acudam profissionais e sociedade, tempestivamente. A saúde é direito de todos e dever do Estado, independentemente dos rigores da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Por fim, faz-se necessária a igualdade de tratamento por parte dos Três Poderes, com especial atenção quando tratar de propostas de reajustes de salários, adotando-se a mais absoluta isonomia. Se os ministros do STF aprovaram orçamento de R$ 850 milhões da Corte para 2023 e a proposta de reajuste de 18% no salário de todos os servidores, incluindo juízes e ministros do Judiciário, sujeitos ao incontrolável efeito cascata, o mesmo desvelo deve ser dado a outras categorias e a outros profissionais
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DIÁRIO DA MANHÃ
Suspeitos de fraude na contratação de organização social são alvos de operação
Segundo a polícia, a operação teve início em 2020 e investiga servidores públicos, particulares e empresários
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou uma operação para apurar crimes na contratação de uma organização social em 2018 com o governo estadual.
A operação teve início em 2020 e investiga servidores públicos, particulares e empresários, suspeitos de crimes contra a administração pública, dentre eles, crimes licitatórios e contra as finanças públicas, peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, além de Constituição e Integração de Organização Criminosa. No total, 52 mandados estão sendo cumpridos nesta quarta-feira, 14. Sendo:
19 mandados de busca e apreensão;
17 mandados de indisponibilidade e sequestro de bens e valores;
07 mandados de afastamento das funções públicas;
07 mandados de suspensão da atividade econômica e de proibição de contratar com o poder público;
02 mandados de proibição de acesso ou frequência a determinados lugares.
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PORTAL G1
Policia investiga suspeita de fraude e corrupção na contratação de OS em Goiás, afasta servidores e apreende veículos de luxo
Ao todo, mais de 50 mandados judiciais são cumpridos. Empresa foi contratada em 2018 pelo governo estadual.
Por Vitor Santana, g1 Goiás
A Polícia Civil cumpre nesta quarta-feira (14) 52 mandatos durante uma operação que investiga crimes na contratação de uma organização social em 2018 com o governo estadual. Entre os investigados estão servidores públicos, funcionários da empresa e empresários. Foram apreendidos veículos de luxo durante a ação.
Entre os mandatos estão sete de afastamento das funções públicas, suspensão e proibição de contratação com o poder público, busca e apreensão, restrição de acesso a determinados lugares e sequestro de bens e valores.
Os nomes da organização social e dos investigados não foram divulgados. Com isso, o g1 não consegui contato com as defesas até a última atualização dessa reportagem.
O g1 entrou em contato com o Governo de Goiás às 8h25, mas não teve retorno até a última atualização.
As investigações da Operação Eclesiastes começaram ainda em 2020. De acordo com a Delegacia de Combate à Corrupção, foram cometidos crimes como fraude em licitação, peculato, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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A REDAÇÃO
Goiás confirma 30 novos casos de varíola dos macacos em um dia
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás confirmou 30 novos casos da varíola dos macacos em um dia. Com as atualizações, o território goiano chega a 375 infecções registradas pela doença. Os dados constam no boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) nesta quarta-feira (14/9).
Segundo a Saúde estadual, os pacientes infectados pela Monkeypox, termo científico da varíola dos macacos, têm entre 3 e 64 anos de idade. Do total, 365 infectados são homens e apenas 10 casos foram registrados em mulheres, até o momento
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Ex-paciente do Araújo Jorge vira médica para tratar pessoas com câncer
Mais de mil pessoas aguardam na fila para transplante de medula óssea, todos os anos. Marina Aguiar sabe bem como é essa espera. Em 2006, recém aprovada no vestibular de odontologia, ela começou a sentir cansaço e fortes dores nas pernas, além da anemia. Eram os primeiros sintomas de uma doença que mudaria sua história e lhe faria ver a vida de outra forma.
Após meses de investigação, o diagnóstico: Leucemia Mieloide Aguda (LMA). Assustada, logo a família procurou o Hospital de Câncer Araújo Jorge para iniciar o tratamento. Foram várias seções de quimioterapia e dias de internação, mas nenhuma angústia foi tão grande quanto a espera por um doador de medula óssea.
Hoje, o Brasil possui cerca de cinco milhões de doadores cadastrados no Registro de Doadores de Medula Óssea no Brasil (Redome) e é o 3º país do mundo em número de doadores. Mas, mesmo assim, as cirurgias costumam demorar para serem realizadas. Isso porque a chance de o paciente encontrar uma pessoa compatível é de uma em 100 mil.
Durante todo esse processo, Marina refletiu sobre o que estava passando e, mesmo tão fragilizada, tomou maior decisão de sua vida. “Vou ser médica e cuidar de pacientes com a mesma enfermidade que eu.” Com tamanha vontade de viver, a jovem passou por todo o processo até chegar à cura. Após anos de tratamento, e com diagnóstico positivo, ela se viu na oportunidade de iniciar os planos traçados ainda no hospital.
Persistente, Marina Aguiar foi à luta, mas, dessa vez, pela vida do próximo. Ela ingressou na universidade de medicina, se formou e depois se especializou em transplante de medula óssea. A médica foi a primeira residente na área no Estado de Goiás. Ela fez todo processo no Araújo Jorge, principal unidade operacional da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG) e único Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) no Estado.
A instituição conta com um Setor de Transplante de Medula Óssea (TMO) e é referência em tratamento oncológico no Centro-Oeste. Com mais de 65 anos de experiência, e buscando sempre o melhor para os goianos, a ACCG lança, este ano, a campanha Tempo é Vida. A iniciativa, que contará com o apoio do poder público, privado e da população, terá como objetivo arrecadar fundos para ampliar o TMO. Assim, os serviços poderão ser ampliados para atender um número maior de pacientes.
E sobre o TMO, hoje, realizada com tudo que viveu e conquistou, Marina Aguiar é representante técnica do Transplante de Medula Óssea e coordenadora do Serviço de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Araújo Jorge. Em contato direto com os pacientes, ela exerce – com dedicação e eficiência – o papel de salvar vidas diariamente.
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ISTOÉ
Câncer de mama: SUS incorpora medicamento que reduz chance de metástase
Foi publicada no começo da semana, no Diário Oficial da União, uma portaria que incorpora o medicamento trastuzumabe entansina, ou TDMI-1, ao Sistema Único de Saúde (SUS). A substância é usada para o tratamento do câncer de mama no Brasil desde 2014, quando recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O remédio não causa alguns efeitos colaterais associados ao tratamento de câncer, como queda de cabelo, mas requer cuidados. Ainda não há informações sobre quando o item chegará à rede pública de saúde.
O TDMI-1 é indicado para os casos avançados de um tipo de câncer chamado HER2-positivo, em que as células cancerígenas apresentam níveis elevados da proteína HER2 e tendem a se disseminar de forma mais rápida. Segundo o Ministério da Saúde, a medicação passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que assessora a pasta no que tange à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS.
Os casos em que há a amplificação da proteína correspondem a entre 20% e 30% dos tumores de mama invasivos, e o diferencial do medicamento trastuzumabe entansina é a sua ação direta sobre a proteína HER2. De acordo com a médica oncologista Laura Testa, que integra o comitê de Tumores Mamários da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), trata-se de um composto chamado de conjugado droga-anticorpo.
"É um anticorpo anti-HER2, que vai se ligar especificamente a essa proteína e tem conjugado um quimioterápico. Essa substância aplicada diretamente na veia é muito tóxica, mas junto com o anticorpo ela é entregue diretamente na célula que está expressando a HER2", explica. Uma vez na célula cancerígena, ela inibe a produção de uma proteína necessária para que essa célula continue se replicando.
Quando o medicamento é utilizado?
Existem dois cenários em que as pacientes podem se beneficiar do uso do TDMI-1. O primeiro ocorre quando outros tipos de medicação não foram capazes de conter o avanço da doença, que se espalhou no processo chamado de metástase. O outro compreende os casos em que, após quimioterapia e cirurgia, ainda existe doença residual e riscos de uma eventual metástase.
Segundo a oncologista, o tratamento costuma ter bons níveis de tolerância. "As pacientes habitualmente têm um bom controle da doença e acabam tendo menos efeitos colaterais do que numa quimioterapia, por exemplo. E para as pacientes com doença residual pós-neoadjuvância, ele realmente diminui o risco de metástase no futuro", esclarece.
Para Michelle Samora, médica oncologista do HCor, "é muito importante que a gente tenha no SUS um medicamento que, quando é comprovado que o que foi feito de quimioterapia no cenário inicial não conseguiu eliminar o tumor, tenha uma droga mais potente para que a gente aumente a chance de melhora dessa paciente". Estudos mostram que as chances de recorrência da doença em pessoas que não foram medicadas com TDMI-1 são até 50% maiores do que em pessoas que foram tratadas com outros inibidores de HER2.
O trastuzumabe entansina foi o primeiro com seu mecanismo de funcionamento aprovado no Brasil. Desde o seu registro, outros conjugados droga-anticorpo lançados no mercado demonstraram níveis de resposta até maiores, mas todos permaneciam restritos à saúde suplementar. "A incorporação tardia ao SUS equipara o tratamento das pacientes do SUS com o que as pacientes da saúde suplementar têm acesso hoje. Era algo que faltava", afirma Laura.
A tecnologia não causa alguns efeitos colaterais associados ao tratamento de câncer, como queda de cabelo, mas requer cuidados de monitoramento pela equipe médica. Entre os riscos, estão a diminuição das plaquetas, anemia e distúrbios no funcionamento do fígado. "Em alguns casos, também é preciso controlar a pressão, além de ter a neuropatia (danos aos nervos) que a gente sabe que está associada com o uso da medicação", lista Michelle.
Atualmente, pessoas com câncer de mama HER2-positivo que recebem tratamento pelo SUS são medicadas com agentes quimioterápicos e trastuzumabe, um anti-HER2 composto por parte da molécula do trastuzumabe entansina e indicado para quadros iniciais da doença.
Câncer de mama em números
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o câncer de mama um problema mundial de saúde pública e estima que, em 2018, 627 mil mulheres em todo o mundo morreram em decorrência da doença, cuja incidência tende a aumentar com o envelhecimento da população.
No Brasil, segundo informações do Ministério da Saúde, o número total de novos diagnósticos ao ano chega a 60 mil - uma taxa de incidência de 60 casos a cada 100 mil habitantes. Em 2018, o País foi o quarto em número de casos e o quinto em mortalidade.
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CORREIO BRAZILIENSE
Flexibilização para covid-19 é precipitada, diz especialista
Desde a última terça-feira, viajantes não vacinados contra a covid-19 estão autorizados a ingressar no Brasil por transporte aéreo, aquaviário e terrestre. Muitas entidades, como grande parte da diretoria da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), apoiam a flexibilização determinada pelo governo. Mas não há consenso. O presidente da entidade no DF, José David Urbaéz, alerta que essas decisões deveríam
ser tomadas com mais cautela.
"Esse comportamento é uma tendência do mundo Ocidental, mas não é condizente com a condução de que se deveria tomar com uma pandemia que ainda não acabou. Após um evento como esse, seria preciso rever os padrões sanitários. Ficou evidente a incoerência com as avaliações feitas e as medidas que deveríam ser tomadas. É uma perda de oportunidade na saúde pública", avalia.
Os desembarques autorizados pelo governo só podem ser feitos mediante apresentação de teste PCR negativo, realizado um dia antes da viagem, para o caso de viagens aéreas. Para quem cruzar a fronteira terrestre, valem as mesmas regras. As pessoas que tiveram a doença 90 dias antes da viagem devem apresentar dois teste PCR negativo, com intervalo de 14 dias entre um e outro, sendo o último datado um dia antes do deslocamento. O cartão de vacinação, impresso ou eletrônico, também continua sendo uma medida de comprovação de imunização para qualquer um dos modais de transporte.
Ainda assim, José David Urbaéz lembra que o tratamento da covid-19 no mundo ainda ocorre de forma heterogênea. Milhares de pessoas ainda morrem de covid-19 no mundo, por isso as condições sanitárias deveríam ser observadas com mais rigor. "É importante manter por um longo tempo a observação das condições sanitárias, porque podemos ter outra pandemia nos próximos anos. O primeiro inimigo da proteção é quando se quer dar a solução em curto prazo. A mudança é precipitada para o bem comum do globo", argumenta. (TA)
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AGÊNCIA ESTADO
Cenário atual indica que o fim da pandemia da Covid-19 pode estar próximo, afirma OMS
Samuel Fernandes
são paulo A pandemia de Covid 19 ainda não acabou, mas o cenário atual é um indicativo de que o fim pode estar próximo. Isso foi o que afirmou o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom.
"Na semana passada, o número de mortes semanais relatadas por Covid 19 foi o menor desde março de '20:20. Nunca estivemos em posição melhor para o fim da pandemia. Ainda não chegamos lá, mas o fim está à vista", disse o diretor.
Adhanom chamou atenção que o cenário é uma oportunidade para terminar com a pandemia. Por isso, seria um momento ideal para manter medidas contra o Sars-CoV-2 (vírus que causa a Covid-19).
"Se nós não aproveitarmos a oportunidade agora, corremos o risco de mais variantes, mais mortes, mais surtos e mais incertezas", disse.
O cenário fez com que a OMS lançasse hoje seis relatórios sobre as medidas que devem ser tomadas por governos nacionais e locais para concretizar o fim da pandemia. As medidas são baseadas em evidências científicas já relatadas anteriormente.
Entre as recomendações, estão aumento de testagem, incremento das taxas de vacinação e criação de sistemas de comunicação e monitoramento de riscos da doença.
Além delas, a OMS recomenda a melhor definição de formas de tratamento para casos positivos da doença. A organização indica que é necessário medidas de prevenção e controle de casos especificamente em profissionais da saúde.
Por nm, a entidade ainda recomenda medidas necessárias para evitar disseminação de informações falsas sobre a doença. Um exemplo é oferecer treinamento para profissionais de saúde identificarem informações incorretas e esclarecê-las a população.
Na semana passada, o número de mortes semanais relatadas por Covid 19 foi o menor desde março de 2020
Mesmo que o cenário seja positivo para o fim da pandemia, isso não é um indício que o vírus deixará de existir. "Esperamos que haja ondas de infecções no futuro", afirmou Maria Van Kerkhove, líder técnica do programa de emergência da Covid-19 da OMS.
Segundo ela, as novas ondas de casos devem ser causadas principalmente por conta da ômicron e de suas respectivas subvariantes. Essas cepas do Sars-CoV-2 são reconhecidas por serem mais transmissíveis em comparação a outras variantes do vírus.
Além disso, o conjunto de mutações representa certa capacidade dessas variantes de escapar da proteção conferida pelas vacinas. O caso fez com que os imunizantes fossem atualizados, além de aumentar a importância das doses de reforço.
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AGÊNCIA ESTADO
Economia foi alertada pela Saúde sobre o efeito de cortes em programas
BRASÍLIA - A área técnica do Ministério da Saúde alertou a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o corte de 60% no orçamento em programas como o Farmácia Popular tornaria ?inviável? a manutenção das políticas públicas no ano que vem.
Em comunicados para o Ministério da Economia, a equipe falava em negociar para reverter ou reduzir os impactos da redução antes do envio do projeto de Orçamento do ano que vem ao Congresso.
Pesquisadores lançam propostas para retomada do desenvolvimento com inclusão social
Segundo apurou o Estadão, a preferência da área técnica do Ministério da Saúde era de que a redução fosse feita em ações de atenção primária e de média e alta complexidades. O Ministério da Economia, no entanto, optou por corte linear de 60% nas despesas que não são obrigatórias da pasta, chamadas tecnicamente de discricionárias.
A decisão levou a uma tesourada no programa Farmácia Popular, que o obriga a restringir o acesso gratuito de medicamentos contra hipertensão, asma e diabetes e à fralda geriátrica.
Para colocar mais recursos no orçamento secreto, esquema montado pelo governo para compra de voto no Congresso, o governo Bolsonaro preferiu cortar no programa elogiado pelos especialistas como importante política pública para desafogar o Sistema Único de Saúde (SUS).
Com a decisão, a verba para os medicamentos gratuitos caiu de R$ 2,04 bilhões no Orçamento de 2022 para R$ 804 milhões no projeto de 2023 enviado ao Congresso no final de agosto. Um corte de R$ 1,2 bilhão. Para o orçamento secreto, porém, foram reservados R$ 19,4 bilhões.
Conselho de saúde
Ao Estadão, Francisco Funcia, vice-presidente da Associação Brasileira de Economia da Saúde, disse que a secretaria executiva do Conselho Nacional de Saúde recebeu ofício encaminhado pelo Ministério da Saúde que dizia que houve uma indicação para que houvesse um corte linear das despesas da pasta de forma a acomodar as emendas parlamentares (do orçamento secreto) de quase R$ 20 bilhões. Segundo Funcia, consultor da comissão de orçamento e financiamento do Conselho Nacional de Saúde, essas emendas entraram no orçamento do Ministério da Saúde como reserva de contingência. O ofício foi enviado a todas as áreas do ministério que tiveram cortes. Como o conselho é uma das áreas que recebem recursos, também recebeu o ofício.
?O ofício menciona que o Ministério da Saúde, os técnicos, tentaram reverter que o corte não fosse linear porque sabiam que haveria problemas?, contou. ?Esse corte é evidência que o SUS já está passando por um processo de desfinanciamento?, afirmou.
Como mostrou o Estadão na semana passada, o corte para garantir os recursos para o orçamento secreto também atinge outros programas da pasta, como os voltados para saúde indígena, educação e formação em saúde e formação de profissionais para atenção primária. São aqueles médicos e profissionais dos programas Mais Médicos e Médicos pelo Brasil, que atendem nas unidades de saúde.
Manifestação de Queiroga
Em um evento em São Paulo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro para tentar explicar os cortes e atribuiu a tesourada à obrigatoriedade de pagar o orçamento secreto, que segundo ele foi um esquema vetado pelo presidente, que teve o veto derrubado por deputados e senadores. A fala do ministro tem três imprecisões: 1) o orçamento secreto não é impositivo; 2) Bolsonaro não vetou o orçamento secreto, ele recuou do veto e recriou o esquema de toma lá, dá cá com o Congresso; 3) foi o próprio governo do presidente Bolsonaro que escolheu cortar os recursos justamente do programa que distribui remédios de graça.
Queiroga disse que o Congresso vai ter ?sensibilidade? para rever o corte e até ampliar a Farmácia Popular. A votação do projeto de Orçamento de 2023, porém, só vai ser feita após as eleições. ?O Congresso Nacional, dentro da proposta de Orçamento do ano de 2023, vai discutir este assunto. Temos parlamentares que vão trabalhar juntos para que nenhuma política pública seja interrompida, inclusive a Farmácia Popular?, afirmou o ministro Queiroga.
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GAZETA WEB
Anvisa fará consulta sobre norma para medicamentos de doenças raras
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai submeter à consulta pública a proposta de suspender a atual obrigatoriedade dos fabricantes de medicamentos e produtos destinados a pacientes com doenças raras de participarem da chamada reunião de pré-submissão com técnicos da agência. Os detalhes sobre o processo de consulta aos interessados ainda serão definidos e posteriormente divulgados.
Prevista na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 205, de dezembro de 2017, a reunião de pré-submissão é uma das etapas que as empresas farmacêuticas têm que cumprir a fim de obter a autorização necessária para realizar ensaios clínicos com medicamentos para doenças raras. No entendimento de técnicos da Anvisa, o procedimento, estabelecido em conjunto com outras medidas para agilizar o processo de disponibilização de medicamentos para doenças raras, acabou se tornado uma mera etapa burocrática.
"Desde que a referida resolução entrou em vigor, a área técnica relata ter observado grande número de reuniões [de pré-submissão] realizadas em caráter meramente protocolar devido à obrigatoriedade prevista. Adicionalmente, constatou-se que a realização dessas reuniões impactam de forma significativa as atividades da área [técnica responsável] sem agregar valor às atividades realizadas", comentou a diretora Meiruze Sousa Freitas, relatora do processo, ao ler seu voto.
Ainda segundo Meiruze, a proposta da Anvisa é suspender a obrigatoriedade da realização das reuniões de pré-submissão apenas para os pedidos de anuência de ensaios clínicos -- previstos nos artigos 10 e 11 da RDC -- mantendo a obrigatoriedade em processos de registro de novos medicamentos que, segundo a diretora, são mais "complexos".
"Quando a gente traz qualquer modificação nesta matéria, o primeiro questionamento é uma preocupação. Então, quero deixar bem claro: manteremos as diretrizes de vias aceleradas para avaliação tanto da pesquisa clínica quanto do registro e do pós-registro de medicamentos e produtos biológicos para doenças raras. Neste momento, trata-se de uma mudança pontual, em um procedimento de trabalho que visa a dar celeridade e favorecer que outros produtos possam ser avaliados no âmbito da pesquisa clínica pela via da RDC 205", comentou a diretora, revelando que a área técnica se manifestou favorável à mudança sem a necessidade de que esta fosse submetida à consulta pública, mas que, como relatora do processo, preferiu recomendar que os interessados fossem ouvidos.
Caracterizadas por ampla diversidade de sinais e sintomas que variam não só de caso para caso, mas também de pessoa para pessoa, as chamadas doenças raras são aquelas que afetam até 65 pessoas a cada grupo de cem mil pessoas.
Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que existam entre 6 mil e 8 mil diferentes tipos de doenças raras em todo o mundo. De acordo com a Anvisa, elas são geralmente crônicas, progressivas e incapacitantes, podendo ser degenerativas e levar à morte.
Em seu voto, a diretora Meiruze Sousa Freitas apontou que, só no Brasil, há cerca de 13 milhões de pessoas acometidas por manifestações de algum tipo de doença rara, que, em 75% dos casos, afetam crianças.
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Assessoria de Comunicação