Administrador

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Com imenso pesar, a Ahpaceg comunica o falecimento do médico oftalmologista Augusto Paranhos, pioneiro da Oftalmologia em Goiás e sócio-fundador do nosso associado Hospital da Visão.

Nossos sentimentos e solidariedade à família, amigos e a toda a equipe do Hospital da Visão.

Ao Dr. Augusto, nossa gratidão por tudo o que fez pela medicina e a saúde em nosso Estado.

Descanse em paz!

O velório será no cemitério Jardim das Palmeiras, a partir das 8 horas, de 3 de fevereiro de 2023.

Sexta, 03 Fevereiro 2023 07:46

CLIPPING AHPACEG 03/02/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

As estratégias e o compromisso para um setor de saúde mais sustentável

Mental Health Summit destaca a importância da segurança psicológica no trabalho

MP quer proibir blocos carnavalescos de passarem pelo Vaca Brava, em Goiânia

Goiânia retoma vacinação de crianças contra Covid-19 nesta sexta

Justiça autoriza empresário de Goiânia a plantar e usar maconha para tratamento de saúde

UFMG precisa de voluntários para testes em humanos de vacina brasileira contra Covid; veja quem pode participar

Instituto Vencer o Câncer lança cartilha sobre a nova lei dos planos de saúde

Ministério da Saúde discute medida provisória para pagamento do Piso

SAÚDEBUSINESS

As estratégias e o compromisso para um setor de saúde mais sustentável

Nova líder de ESG da Dasa, Nelcina Tropardi, fala sobre os projetos, desafios, e a satisfação de trabalhar com esse tema na saúde

Sustentabilidade sempre foi um pilar direcionador para as ações da Dasa. A sustentabilidade no sentido mais amplo possível: a sustentabilidade econômico-financeira, o impacto no meio ambiente e, pela natureza de seus negócios, contribuir para o desenvolvimento de um modelo de saúde mais sustentável.  

Como reconhecimento desse compromisso, a empresa passou a integrar o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3. Com vigência até dezembro de 2023, o índice funciona como uma carteira teórica de ativos, ou seja, é indicador do desempenho médio das cotações das ações das empresas selecionadas pelo seu reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial. 

É esse o cenário que a executiva Nelcina Tropardi ingressa como nova diretora Jurídica, de ESG, Relações Governamentais e Auditoria Interna da Dasa.  

Com mais de 25 anos de experiência em assuntos jurídicos e corporativos em multinacionais no Brasil e na América Latina, como Unilever, Pirelli, Diageo e Heineken e larga experiência em Direito, Assuntos Corporativos, Sustentabilidade, Ética e Compliance, Nelcina vê sua atuação na saúde um caminho de realização e bons desafios.  

A Dasa passou a integrar o Índice de Sustentabilidade da B3, qual é a importância e o impacto disso dentro da organização?  

Essa conquista é muito importante. Já temos esse modelo de negócios para mitigar nossos impactos e isso vai permitir que os benefícios sejam maiores. A gente tem ESG muito dentro da organização, comparando com outros setores que já passei, este olhar está muito mais disseminado nas decisões de negócios. O ISE é como se fosse um reconhecimento do que a gente pratica.  

Com a experiência de mercado que tem é a primeira vez que atua no setor de saúde. Como é essa experiência para você? Qual é a sua visão sobre o ESG nessa área?  

É como eu se tivesse me preparado a vida inteira para atuar nessa área. Tem muitos desafios no setor, a pandemia deixou muito claro que o modelo precisa ser repensado, revisto. O principal ponto é tratar só o doente, a prevenção é a chave. Estou muito feliz de ter chegado nesse sentido. Fiz um ano sabático, e como meta de vida, um dos setores que gostaria de trabalhar era o de saúde. É bom ter chegado.  

No relatório de sustentabilidade da DASA, muitas ações já são destacadas assim como projetos futuros. E há um amadurecimento dentro da organização sobre o tema. Quais são os próximos passos nessa área, e quais os grandes desafios?  

Pretendemos continuar com a estratégia de ESG e com os projetos em desenvolvimento. Temos uma tradição maior em medicina diagnóstica e estamos nos posicionando cada vez na área de hospitais, segmento que tem grandes desafios. Somos uma das únicas redes que mede o desfecho clínico nos hospitais. Não estamos só preocupados com a segurança e qualidade do paciente, mas se deu certo o tratamento e com isso ele não vai voltar seis meses depois, porque o cuidado que ele recebeu não foi satisfatório. É a sustentabilidade a longo prazo, que se conecta com ESG. E isso está muito integrado à estratégia da empresa. Vamos continuar com todos os projetos e manter essa toada, nos aperfeiçoando para entregar cada vez mais saúde baseada em valor.   

Quando falamos de ESG na saúde, o S tem um peso maior por haver maior pressão da sociedade, pela natureza do negócio, e pelos desafios que o setor tem, como altos custos e pouco acesso. Como você avalia isso? A Dasa tem projetos nesse sentido?  

A Dasa tem uma série de projetos nessa área. Atuar em prevenção, e em saúde baseada em valor, com os desfechos e o monitoramento. Outro projeto bem interessante é o Genov, que foi criado em 2021 para gerar o maior banco genômico privado do Brasil. Acompanhamos e conhecemos a evolução genética do Sars-CoV-2 em tempo real no País por meio do sequenciamento de 30 mil genomas completos em um ano. Informação e dados são itens relevantes na gestão do segmento de saúde. São alguns exemplos de atuação para transformar a saúde.  

Para você que tem mais de 25 anos de experiência na área, em outros segmentos, como você avalia a evolução do tema no mercado e para onde precisamos evoluir nesse segmento?  

Acredito como profissional que a agenda de ESG veio para ficar,  é uma questão das empresas entenderem e pensarem as ações com essa conexão ambiental e de governança. Era uma tendência que a gente já via fora do Brasil, agora já está indiscutivelmente no país, a bolsa com essa carteira ratifica isso. Vi uma entrevista do presidente do CVM em que ele falava sobre monitorar o não só o greenwashing, mas o greenwishing, monitorar as empresas que falam que vão fazer. Nossos reguladores no Brasil estão preocupados com essa agenda. Não é uma tendência, é uma necessidade. Faz parte da evolução do sistema capitalista de stakeholders e tem que medir.  

Projetos sustentáveis da Dasa  

Energia renovável: além de aderir ao Pacto Global da ONU e ter muitos projetos em andamento, um dos que chamam a atenção é a construção de 17 usinas solares no modelo autoconsumo remoto para atender 385 unidades próprias da Dasa Diagnósticos. Essas usinas visam atender as unidades de baixa tensão, que não se enquadram no projeto de migração para adquirir energia renovável em Ambiente de Contratação Livre (ACL), conhecido como Mercado Livre.​ Desde 2019, a Dasa Diagnósticos totalizou 63 unidades migradas, o que corresponde ao consumo aproximado mensal de 7,304 MWm. 

Hospital sustentável: em 2017, o Hospital Nove de Julho conquistou a certificação de Leed da United States Green Building Council, porque o prédio foi feito de forma sustentável. Apenas 3% dos hospitais, no Brasil, têm a certificação.​ Ainda no Nove de Julho, em 2020, começaram a ser utilizados aventais reutilizáveis, de tecido de hidrorepelência e com um chip, que permite rastreamento: foram 1,7 milhão de aventais economizados em 2 anos de pandemia.​ 

Compromissos: em junho de 2022, a Dasa aderiu ao programa Compromisso com o Clima, em parceria com o Instituto Ekos, para fomentar a economia de baixo carbono no Brasil. Em dezembro, a Dasa também firmou compromissos públicos junto ao Pacto Global da ONU com o objetivo de fortalecer ainda mais a sua agenda ESG.  No primeiro deles, alinhado ao Movimento Elas Lideram 2030, a Dasa se compromete a incrementar o número de mulheres em cargos de liderança em 50% até 2030. No segundo, que faz parte do Movimento Raça é Prioridade, a companhia se compromete a impulsionar a equidade racial, garantindo que 50% dos cargos de liderança sejam exercidos por pessoas negras. 

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Mental Health Summit destaca a importância da segurança psicológica no trabalho

Evento reuniu profissionais de RH, saúde, gestão, psicólogos, empreendedores e CEOs para discutir como desenvolver times mais produtivos, inovadores e felizes

Nos dias 26 e 27 de janeiro, ocorreu o Mental Health Summit - Saúde Mental e o Futuro do Trabalho, em São Paulo, realizado pela Vittude. Na quarta edição, o evento reuniu equipes de RH, saúde, gestão, psicólogos, empreendedores e CEOs que se preocupam em desenvolver times mais produtivos, inovadores e felizes.

Durante o encontro, falou-se sobre como a segurança psicológica nas empresas se tornou ainda mais evidente e necessária após a pandemia da Covid-19. A psicóloga Juliana Riscala explicou que a sociedade já vinha em um processo de adoecimento e, com a eclosão da pandemia, as pessoas “se permitiram” sofrer, já que ninguém estava bem emocionalmente.

Executivos de diferentes segmentos e psicólogos discutiram, sob diversos aspectos, o estado atual da saúde mental de colaboradores, as principais dificuldades a serem vencidas, como as empresas podem enxergar valor neste cuidado, além de prevenir problemas e também ajudar no processo de cura.

Pontos de atenção que contrariam a segurança psicológica

Cofundador e Head de People Success da Pulses, Renato Navas, diz que normalizou-se estar “mais ou menos bem”.  Ele trouxe informações importantes sobre problemas que a maior parte dos colaboradores enfrenta. Veja as principais dores relatadas:

Sono irregular – acorda no meio da noite e tem dificuldade para dormir;

Preocupação – não consegue controlar as prórprias preocupações;

“Branco” – esquece o que vai falar;

Perspectiva sobre o futuro – pensa no futuro de forma negativa.

Navas também mostrou os sentimentos/ problemas mais comuns relacionados à exaustão emocional entre colaboradores. Veja quais são:

Esgotamento – se sente esgotado no fim do dia;

Valor – sente que precisa provar seu valor constantemente no trabalho;

Disposição – acorda sem disposição para trabalhar;

Trabalho – trabalha mais do que pode;

Frustração – está frustrado com o trabalho.

São aspectos sintomáticos que não significam, necessariamente, doença mental, mas são um alerta. Como as empresas estão lidando ou se preparando para lidar com estes assuntos, visto que geram impacto nas pessoas?

Segurança psicológica e alta performance

Consultor de psicologia da Vittude Luckas Reis apontou, em sua sessão sobre segurança psicológica nas organizações, alguns caminhos, inclusive mostrou como este fator está relacionado à alta performance dos times. “É necessário lidar com os nossos medos. Se a pessoa não consegue ou tem receio de falar, ela não consegue trabalhar e acaba adoecendo”, afirma.

Em ambientes psicologicamente seguros, há uma redução de 27% em turn-over, 40% em incidentes de segurança e um aumento de 12% na produtividade de acordo com pesquisas da Gallup. Mas o que, de fato, é segurança psicológica? Trata-se de uma característica relacional, e não uma competência individual, que envolve cultura aberta ao risco  – não ter medo de errar, considerando as devidas proporções – e viabializa a resolução de conflitos, além de prevenir sofrimento psíquico.

Como desenvolver segurança psicológica? Luckas aponta que é necessário trabalhar os pilares de pertencimento, suporte, equidade, autonomia e saúde mental dentro das relações institucionais, com a liderança e entre os colaboradores. Para que isto ocorra, exige um esforço conjunto a partir de ações de sensibilização, desenvolvimento de habilidades interpessoais e intervenções psicodinâmicas. 

Segundo Luckas, quase nunca habitamos ambientes psicologicamente seguros e o assunto ainda é visto de forma superficial na maioria das empresas. Vale ressaltar que estabelecer esta condição não é um desafio exclusivo do mundo corporativo. Pode ser aplicado ao núcleo familiar, por exemplo.

Segurança psicológica depende de saúde mental corporativa

O Grupo Boticário é uma das  grandes empresas brasileiras que está inovando em saúde mental corporativa. Com presença em 16 países, mais de 12 mil colaboradores e 298 mil empregos indiretos, o grupo tem o seguinte propósito: “criar oportunidade para a beleza transformar a vida de cada um e assim transformar o mundo ao redor.”

Transformar também significa mudar o desfecho de saúde das pessoas e influenciar a construção de relações sustentáveis no contexto do trabalho. Suelen Morais, gerente de saúde integral, mostrou que a saúde mental é trabalhada, internamente, em três pilares:

Indíviduo –  experiência de vida, relacionamento, carreira, rede de apoio e contexto familiar: zelando pelo cuidado com a pessoa;

Relações – rituais de área, diversidade, relacionamento com a liderança e segurança psicológica: atuação conjunta com business partners e líderes nos temas relacionados à saúde mental, co-construindo soluções;

Sistema – performance, módeulo de trabalho, meritocracia e ferramentas: provocando reflexões nos modelos de gestão da organização e ampliando a consciência do impacto da saúde mental nos resultados do negócio.

A atuação não é somente reativa, agem preventivamente para evitar problemas de saúde mental. “É preciso expandir a visão de Employee Experience também para a jornada do cuidado”, afirma.

A empresa também conta com health partners para ter proximidade e olhar atento para possíveis causas que possam impactar as pessoas. Existem indicadores e metrificações para avaliar como está sendo esta jornada. Suelen explica algo que a maioria dos gestores ainda não entendeu. “Não vamos ter os melhores resultados no negócio se não olharmos para a saúde dos indivíduos.”

Durante o evento, também foi discutido como enxergar valor neste tipo de abordagem. Para quem está nesta trilha de convencimento junto aos tomadores de decisão, saiba que existem três assuntos cruciais a serem analisados: pesquisa de clima, número de sinistralidade de plano de saúde e processos trabalhistas. Dados podem mudar a realidade das organizações. Ao considerar estes fatores, há quem diga que fica difícil não assinar o cheque.

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A REDAÇÃO

MP quer proibir blocos carnavalescos de passarem pelo Vaca Brava, em Goiânia

Entre quem não viaja no Carnaval já é lei comemorar a festa em um dos bloquinhos que costumam passar pelo Parque Vaca Brava, no setor Bueno, em Goiânia. No que depender do Ministério Público de Goiás (MPGO), porém, essa tradição está com os dias contatos. É que o órgão expediu recomendação na quarta-feira (1/2) com o objetivo de impedir a realização de eventos de grande porte no local. Motivação é tentar evitar danos ambientais. 
 

A recomendação, expedida pela 7ª Promotoria de Justiça de Goiânia e com foco principalmente no Carnaval dos Amigos 2023, foi encaminhada ao chefe do Estado-Maior Estratégico da Polícia Militar, coronel Clives Pereira Sanches; ao comandante da Guarda Civil Metropolitana, Wellington Paranhos Ribeiro; ao presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), Luan Deodato Machado Alves; ao presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Alisson Silva Borges, e ao secretário municipal de Mobilidade, Horácio Mello e Cunha Santos.


A resposta deve chegar nos próximos dias, visto que o evento pré-carnavalesco Carnaval dos Amigos 2023, conforme a divulgação, está marcado para acontecer no dia 11 de fevereiro, das 12 horas às 23h59, com a previsão de participação de mais de 150 mil pessoas. 

Promotora lembra proibição judicial a grandes eventos na área
 

No documento, a promotora de Justiça Alice de Almeida Freire cita a proibição de realização de eventos de grande porte no parque, determinada judicialmente nos autos do Processo nº 13.364-8/195 (200602562044), e observa que o entorno do parque é área predominantemente residencial, onde também se situam clínicas médicas e hospital.
 

Ela destaca ainda que foram constatados transtornos e degradação ambiental em decorrência de eventos carnavalescos nos parques de Goiânia em 2019 e que foi exitosa a autorização e realização do evento Carnaval dos Amigos no formato de 2020, na Avenida 85, entre as Avenidas T-11 e T-63.
 

Alice Freire observa que, diante da confirmação do evento pré-carnavalesco neste ano, foi instaurado procedimento administrativo na promotoria para apurar possíveis impactos ambientais. Durante a investigação, conforme observado na recomendação, foi levantada a informação de que, a exemplo de 2020, o Carnaval dos Amigos será realizado na Avenida 85. Contudo, alguns blocos participantes da festividade pretendem se instalar ou passar no Parque Vaca Brava ou no seu entorno para, somente então, se deslocarem até a avenida.

Recomendação reforça necessidade de fiscalização

Diante disso, a recomendação aponta algumas medidas a serem tomadas pela Polícia Militar e pelos órgãos municipais. Confira quais são:
 

-  Polícia Militar: que intensifique o policiamento na região do parque, não permitindo a celebração de festa pré-carnavalesca na área e em seu entorno, bem como preste suporte operacional à Amma no exercício de sua fiscalização;
 

- Amma:  que intensifique a fiscalização na região a fim de evitar práticas lesivas ao meio ambiente naquela unidade de conservação, notadamente no evento Carnaval dos Amigos, bem como fiscalize as empresas que o promovem verificando a existência de licenciamento ambiental;
 

- Guarda Civil Metropolitana: que intensifique a guarda do parque e preste apoio operacional à Amma no exercício de sua fiscalização;
 

- Comurg: que efetue, ao final do evento, pronta limpeza dos logradouros públicos utilizados no trajeto do Carnaval dos Amigos 2023;
 

- Secretaria de Mobilidade Urbana: que intensifique a fiscalização da região do Parque Vaca Brava e nas imediações da Avenida 85, orientando eventual alteração de trânsito e não permitindo o tráfego de carros de som em áreas próximas a hospital e clínicas médicas. 

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JORNAL OPÇÃO

Goiânia retoma vacinação de crianças contra Covid-19 nesta sexta

Município recebeu 21.830 doses em nova remessa enviada pelo governo federal

Depois de receber uma nova remessa de doses do governo federal Goiânia retoma a partir desta sexta-feira, 3, a vacinação de crianças contra a Covid-19. No total, o município recebeu 21.830 doses, sendo 11.810 da Pfizer Baby, destinada às crianças de seis meses a menores de cinco anos, e 10.020 da Pfizer pediátrica, para crianças de cinco anos a 11 anos de idade.

A nova remessa da Pfizer Baby vai ser usada para primeira, segunda e terceira doses de crianças de 06 meses a menores de 5 anos (4 anos 11 meses 29 dias). Já a Pfizer Pediátrica é destinada à primeira e segunda doses, além do reforço de crianças de 5 anos a 11 anos (11 anos 11 meses 29 dias).

A vacinação das crianças com a Pfizer Baby é concentrada em quatro unidades da capital: Ciams Urias Magalhães, Cais Goiá, Unidade de Saúde da Família (USF) São Carlos e Centro Municipal de Vacinação (CMV). De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), essa logística foi definida para melhor aproveitamento das doses, já que a demanda desta faixa etária é menor e não se pode inutilizar as doses.

Já a aplicação da Pfizer Pediátrica estará disponibilizada nas 72 salas de vacina da SMS, em todas as regiões de Goiânia. O estoque de vacina para as faixas etárias acima de 12 anos está normalizado.

A Secretaria Municipal de Saúde ressalta que a vacinação de crianças é importante para aumentar a barreira imunológica, pois diminui a circulação e a replicação descontrolada do vírus, o que impede o surgimento de novas variantes.

Confira os locais de vacinação:

Pfizer Baby

Ciams Urias Magalhães, Cais Goiá, Unidade de Saúde da Família (USF) São Carlos e Centro Municipal de Vacinação (CMV). Horário: das 8h às 17h

Pfizer Pediátrica

72 Salas de vacinação do município

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PORTAL G1

Justiça autoriza empresário de Goiânia a plantar e usar maconha para tratamento de saúde

Matheus Nascente tem problemas de saúde desde criança e chegou a usar 15 remédios por dia. O uso da cannabis medicinal, segundo ele, melhorou o estado geral, além de não sofrer com efeitos colaterais.

Por Rafael Oliveira, g1 Goiás

O empresário Matheus Nascente, de 29 anos, ganhou autorização da Justiça Federal para plantar e usar cannabis para tratamento de saúde. A decisão saiu na semana passada e libera o uso dentro do apartamento onde ele mora, em Goiânia.

A decisão é um salvo conduto para Matheus não ser preso nem ter suas plantas apreendidas pela polícia, seja militar, civil ou federal.

O juiz que concedeu a liberação na sexta-feira (27), Alderico Rocha Santos, ressaltou que o empresário não pode vender ou ceder a planta cannabis, sementes ou derivados para consumo ou comercialização por terceiros.

Os advogados do empresário explicaram no processo que ele tem problemas de saúde desde criança, entre eles gastrite, refluxo, dores crônicas na coluna, ansiedade e TDHA.

"Eu já cheguei a utilizar 15 medicamentos por dia por causas dos meus problemas. Substitui todos eles pela cannabis e tive resultados infinitas vezes melhores em relação aos medicamentos. Transformei minha qualidade de vida, melhorei em todos os aspectos, na saúde, no trabalho, nos relacionamentos, na disposição. Melhorei da dor na coluna e voltei a praticar exercícios", explicou o empresário.

Matheus disse que usa cannabis medicinal há 3 anos. Antes, ele importava o medicamento do exterior e gastava cerca de R$ 3 mil por mês. Com o cultivo da planta e a extração artesanal do óleo, ele deve gastar 30% desse valor.

O preconceito com o cultivo e uso da cannabis medicinal é inevitável, segundo o empresário. "Minha família lida com muito preconceito, mas é o preço que tenho que pagar para ter saúde. Eles reprovaram o mecanismo de tratamento. Mas isso faz parte do preconceito que a sociedade", lamentou.

Tratamento

No decorrer de sua vida, Matheus disse que buscou tratamento médico com diversos profissionais diferentes na tentativa de uma vida saudável, pois foi desenvolvendo complicações em seu quadro de saúde.

Porém, tendo em vista a gravidade dos efeitos colaterais trazidos pela utilização de um dos medicamentos que ele usava, a família decidiu, entre os anos de 2000 e 2007, pela utilização de remédios homeopáticos como florais, fitoterápicos, tinturas, entre outros.

De 2021 até 2022, devido ao elevado custo de importação, Matheus realizou diversos cursos de cultivo de cannabis medicinal e decidiu plantar e produzir o próprio medicamento.

Cultivo

O empresário explica que, primeiramente, o cultivo é realizado através de genéticas selecionadas e importadas, ricas em canabidiol, para garantir a eficácia.

Para garantir segurança e privacidade em seu tratamento, o paciente tem recorrido ao método de cultivo indoor (dentro de um banheiro em seu apartamento), com iluminação artificial e vedação de todas as arestas para que não haja poluição olfativa, visual e sonora.

O ciclo de uma planta, da sua germinação até o ponto de colheita, dura cerca de 04 - 05 meses, podendo ocorrer perdas e mortes de plantas, ataque por insetos e pragas, desregulação e desbalanceamento do pH do solo.

Após a colheita, é realizada a secagem do material utilizado para a extração do óleo medicinal, que dura cerca de 15 dias, perdendo cerca de 90% de seu peso “úmido”.

Cada planta costuma render em média 40 gramas (após o processo de secagem), das quais são extraídos aproximadamente 4 gramas do óleo concentrado de Cannabis Medicinal.

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UFMG precisa de voluntários para testes em humanos de vacina brasileira contra Covid; veja quem pode participar

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão recrutando voluntários para os testes clínicos da SpiN-TEC, primeira vacina 100% brasileira contra a Covid-19.

Os testes começaram em novembro de 2022. A fase 1 precisa de um total de 36 voluntários. Faltam 10.

Os participantes precisam atender aos seguintes requisitos:

"Esse grupo que está faltando é importante porque é o grupo em que nós vamos comparar as três doses da vacina. Além de ele dizer para a gente da segurança da vacina na dose mais alta, ele vai ajudar também a verificar se essa dose é a mais adequada para seguir no teste clínico. Esse grupo é muito importante para a gente tomar essa decisão de forma bastante esclarecida", afirmou o professor Helton Santiago, coordenador da fase de testes clínicos.

Até o momento, 24 voluntários receberam o imunizante. A vacina já foi testada em doses baixas e intermediárias. Nenhum efeito adverso grave foi registrado.

Após a conclusão da primeira fase, outras 360 pessoas serão convidadas para participar da fase 2. Por fim, os pesquisadores vão solicitar autorização para a terceira etapa, com testes em 4 a 5 mil pessoas. A expectativa é que a vacina comece a ser aplicada, de fato, em 2025.

Quem se encaixa no perfil indicado pela UFMG pode se cadastrar aqui, pelo WhatsApp (31) 99972-0292 ou por meio do telefone (31) 3401-1152. Todos os voluntários serão acompanhados pela equipe da UFMG e do Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas) por um ano.

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PORTAL AB NOTÍCIAS

Instituto Vencer o Câncer lança cartilha sobre a nova lei dos planos de saúde

O Instituto Vencer o Câncer desenvolveu um material educativo para informar a população sobre a nova lei dos planos de saúde, estabelecida em 2022. A cartilha traz o passo a passo do processo e as principais alterações para a Saúde Suplementar. A nova legislação é o resultado de uma grande mobilização social que durou alguns anos. Em 2018, o Instituto Vencer o Câncer iniciou o movimento #simparaquimiooral.

Organizações não-governamentais, entidades científicas e profissionais, parlamentares e, principalmente, pacientes se uniram para debater os prazos e trâmites para a análise de novos medicamentos e tecnologias pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que decide quais remédios e procedimentos os planos devem cobrir. Foi um longo período de trabalho que culminou na redução do prazo para análise de medicamentos orais para o câncer e também para todas as tecnologias de saúde para todas as doenças.

No canal do YouTube do Instituto, também é possível ver a animação que mostra, de forma simples e direta, como nasceu a lei e a mobilização que levou às mudanças no processo de inclusão de medicamentos orais contra o câncer e das demais tecnologias de saúde no rol dos planos de saúde. 

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COFEN

Ministério da Saúde discute medida provisória para pagamento do Piso

O Grupo de Trabalho (GT) instituído pela nova ministra da Saúde, Nísia Trindade, concluiu hoje (2/2) proposta de Medida Provisória para o pagamento imediato do Piso Salarial da Enfermagem brasileira.

"Estamos acompanhando os trabalhos e a expectativa é grande. É hora de cumprir o compromisso com a Enfermagem brasileira", ressalta a presidente do Cofen, Betânia Santos. O documento preliminar será avaliado pela secretaria executiva e a ministra, antes de ser submetido oficialmente à Presidência da República.

Conquista histórica categoria, a Lei do Piso Salarial da Enfermagem [1], de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-MG), foi aprovada por unanimidade no Senado e ampla maioria da Câmara, refletindo a mobilização da Enfermagem e o consenso sobre a importância da valorização profissional. O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu liminarmente a aplicação do piso, em ação movida pelas entidades patronais.

Amparada pelas emendas constitucionais 124 e 127, a lei 14.434, a lei fixa o piso salarial em R$ 4.750 para enfermeiros, 70% desse valor (R$ 3.325) para técnicos e 50% (R$ 2.375), para os auxiliares de Enfermagem e parteiras. "O valor estabelecido é fruto de amplo diálogo e já leva em consideração a realidade brasileira. O que está em discussão não é a viabilidade do piso, mas a redução do impacto orçamentário nos municípios e setor privado", ressalta o conselheiro federal Daniel Menezes, representante do Cofen no Fórum Nacional da Enfermagem, entidade que integra o GT.

Levantamento do Cofen junto ao Tesouro Nacional constatou que os fundos públicos federais acumulam superávit de aproximadamente R$ 28 bilhões, que podem ser destinados para o pagamento imediato do piso. Além disso, outras medidas já aprovadas ou em andamento, como a destinação de verbas específicas para as Santas Casas e a desoneração da folha de pagamento do setor privado, mitigam o impacto no setor privado.

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Assessoria de Comunicação

medicina 2

 

O Ministério da Saúde divulgou esta semana o cronograma para 2023 do Programa Nacional de Vacinação. As ações começam em 27 de fevereiro, com a aplicação de doses de reforço bivalentes contra a covid-19 na população com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência.

Também está previsto para abril intensificar a campanha de vacinação contra a influenza, antes da chegada do inverno, quando as temperaturas mais baixas levam ao aumento nos casos de doenças respiratórias. Já em maio, deve ocorrer uma ação de multivacinação contra a poliomielite e o sarampo nas escolas.

As etapas, de acordo com o ministério, foram organizadas de acordo com os estoques de doses existentes, as novas encomendas realizadas pela pasta e os compromissos de entregas assumidos pelos fabricantes de vacinas.

O cronograma foi pactuado com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e pode ser alterado caso o cenário de entregas seja modificado ou tão logo novos laboratórios tenham suas solicitações aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

Confira as cinco etapas do cronograma:

 

Etapa 1 - fevereiro

Vacinação contra covid-19 (reforço com a vacina bivalente)
Público-alvo:

Pessoas com maior risco de formas graves de covid-19;

pessoas com mais de 60 anos;

gestantes e puérperas;

pacientes imunocomprometidos;

pessoas com deficiência;

pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);

povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;

trabalhadores da saúde.

 

Etapa 2 - março

Intensificação da vacinação contra covid-19
Público-alvo:

Toda a população com mais de 12 anos.

 

Etapa 3 – março

Intensificação da vacinação contra covid-19 entre crianças e adolescentes
Público alvo:

Crianças de 6 meses a adolescentes de 17 anos.

 

Etapa 4 – abril

Vacinação contra Influenza
Público-alvo:

Pessoas com mais de 60 anos;

adolescentes em medidas socioeducativas;

caminhoneiros;

crianças de 6 meses a 4 anos;

Forças Armadas;

forças de segurança e salvamento;

gestantes e puérperas;

pessoas com deficiência;

pessoas com comorbidades;

população privada de liberdade;

povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;

professores;

profissionais de transporte coletivo;

profissionais portuários;

profissionais do Sistema de Privação de Liberdade;

trabalhadores da saúde.

 

Etapa 5 - maio

Multivacinação contra poliomielite e sarampo nas escolas

 

Baixa cobertura

O ministério destacou que o Brasil, apesar de ser considerado um país pioneiro em campanhas de vacinação, vem apresentando retrocessos nesse campo desde 2016. Praticamente todas as coberturas vacinais, segundo a pasta, estão abaixo da meta.

“Diante do cenário de baixas coberturas vacinais, desabastecimento, risco de epidemias de poliomielite e sarampo, além da queda de confiança nas vacinas, o Ministério da Saúde realizou, ao longo do mês de janeiro, uma série de reuniões envolvendo outros ministérios.”

“É importante ressaltar que, para todas as estratégias de vacinação propostas, as ações de comunicação e de comprometimento da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham efeito. A população precisa ser esclarecida sobre a importância da vacinação e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas".

 

Fonte: Agência Brasil

 

Quinta, 02 Fevereiro 2023 07:33

CLIPPING AHPACEG 02/02/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Desvendando o primeiro revogaço de Nísia na Saúde

Saúde divulga cronograma do Programa Nacional de Vacinação 2023

Paraíba será o primeiro estado a pagar o piso nacional da enfermagem

Zika provoca anormalidade em quase um terço dos filhos de mulheres infectadas na gravidez

Pizza e refrigerante podem aumentar risco de câncer de ovário e de cérebro, diz estudo

Empresa que descumpriu medidas de prevenção à Covid-19 é condenada a pagar quase R$ 1 milhão à família de funcionário que morreu pela doença, decide Justiça

Em Goiás mais de 15 mil pessoas esperam por uma cirurgia eletiva

OUTRAS PALAVRAS

Desvendando o primeiro revogaço de Nísia na Saúde

Aborto, câncer, atenção materna, participação social. O governo Bolsonaro trabalhou até seus últimos dias para destruir políticas públicas de proteção social. Quais foram as primeiras portarias revogadas e por que foi importante encerrá-las

Começou. Foi publicada, no dia 13 de janeiro, a Portaria 13 do ministério da Saúde, que revoga algumas portarias assinadas pela administração de Jair Bolsonaro, mais especificamente dos seus ministros Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga. Foi assinada pela nova ministra, Nísia Trindade. Em linhas gerais, ela reverte políticas que, apesar de terem nomes que sugeriam alguma nobreza, serviam para esvaziar outras já existentes.

"Quando trabalhei com Marcelo Castro no ministério [no governo Dilma, entre 2015 e 2016], tivemos um projeto de consolidação de todas as portarias", contou Lenir Santos, advogada sanitarista e doutora em saúde pública, ao Outra Saúde. "Algumas delas agora são repristinadas, isto é, voltam a valer, é uma revogação da revogação. As políticas da gestão anterior minavam ou esvaziavam outras políticas semelhantes que já estavam constituídas. Políticas muito criticadas pelos especialistas da área à época de sua publicação. Não era um governo pró-SUS", sintetizou.

Sem dúvidas, a revogação da portaria 2561/2020 é a de maior repercussão. Se refere à exigência de investigação policial para a liberação de abortos em casos previstos em lei e cobertos pelo SUS, em especial estupros.

"Sempre mantivemos oposição a essas portarias que foram objeto de nossa indignação. Essa revogação era muito esperada e veio logo na primeira quinzena de governo, muito adequado diante da situação humilhante que a portaria impunha. Uma humilhação à cidadania das mulheres. Por isso, estamos felizes com a atitude da ministra", afirmou Ana Costa, médica e pesquisadora de gênero e saúde da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva).

"Era uma excrescência, indecente. Ainda bem que foi revogada. Exigia-se que se fosse à delegacia para provar que havia estupro e se pudesse fazer aborto. Era uma portaria totalmente ilegal e foi importantíssimo ser removida", atacou Lenir.

Como explicam ambas especialistas em saúde pública, as medidas do governo Bolsonaro tinham um inequívoco viés de desmonte, tanto da estrutura administrativa como da própria participação social prevista no SUS.

É o caso também da portaria 1079 de 2022, que "formaliza e institui programas nacionais de prevenção e detecção precoce de câncer, no âmbito da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer". No entanto, a realidade é que a verba para este objetivo do Estado era reduzida pela metade, como revelou a mídia em diversas matérias na ocasião. Desta e outras fontes saía o dinheiro com o qual o ex-presidente financiava o orçamento secreto e o equivocadamente chamado "pacote de bondades" que tirou da cartola às vésperas das eleições, na tentativa de ganhar mais votos.

"A rede de atenção materna infantil tinha alteração em sua forma de financiamento, de forma desvantajosa. Como dito, eram políticas que minavam ou esvaziavam outras anteriormente constituídas", acrescentou Lenir Santos.

Outra portaria revogada que chama atenção é a 4809, curiosamente instituída no penúltimo dia de mandato do presidente que embarcava para a Flórida, de onde até hoje não voltou. Visava instituir o Fórum Permanente de Articulação com a Sociedade Civil.

Segundo Lenir Santos, um golpe, feito sob medida para fortalecer o setor privado. "A portaria do Fórum Permanente da Sociedade feria toda a legislação do SUS e do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Criava-se outra instância paralela e a participação da sociedade no SUS se dá pelo Conselho. Este fórum visava minar a participação social. Apesar de seus elogios, que eram da boca pra fora, Queiroga era totalmente ligado ao setor privado, extremo defensor de planos de saúde, como exemplifica a questão da abertura de dados dos usuários do SUS para o setor privado".

De acordo com Ana Costa, o desmonte na saúde castigava especialmente as mulheres. E não apenas por conta da legislação antiaborto que agora Nísia derruba. "Todas as portarias tinham equívocos e retrocessos muito graves à saúde da população, em particular das mulheres, que de forma geral podem celebrar, já que os retrocessos impostos no último governo visavam, todos, a restrição de nossos direitos".

Em suma, as posições de Ana Costa e Lenir Santos dão a entender que para de fato começar um novo governo é necessário remover o entulho encontrado no prédio do ministério da Saúde. "De forma geral, a ministra marca uma posição firme e uma mudança muito positiva para os avanços necessários, que não devem ser poucos. Para além das portarias que barravam direitos, havia retrocessos na concepção de políticas, fratura de mecanismos que garantem integralidade da mulher, um flerte franco com o setor privado e desmobilização geral do ministério, fragilizado enquanto instituição coordenadora da saúde no país", sintetizou Ana Costa.

De saída, Nísia cumpre a promessa de sua entrevista da semana anterior, quando declarou que acabaria com medidas administrativas que ferissem o respeito aos direitos humanos e a própria função social do SUS. Já no dia 26/1, a ministra tem reunião com os secretários estaduais para alinhar futuras iniciativas. Se considerarmos que o grupo de transição da saúde declarou-se estarrecido com a falta de informações básicas e dados administrativos, outros revogaços devem estar por vir.

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AGÊNCIA BRASIL

Saúde divulga cronograma do Programa Nacional de Vacinação 2023

 

O Ministério da Saúde divulgou esta semana o cronograma para 2023 do Programa Nacional de Vacinação. As ações começam em 27 de fevereiro, com a aplicação de doses de reforço bivalentes contra a covid-19 na população com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência.

Também está previsto para abril intensificar a campanha de vacinação contra a influenza, antes da chegada do inverno, quando as temperaturas mais baixas levam ao aumento nos casos de doenças respiratórias. Já em maio, deve ocorrer uma ação de multivacinação contra a poliomielite e o sarampo nas escolas.

As etapas, de acordo com o ministério, foram organizadas de acordo com os estoques de doses existentes, as novas encomendas realizadas pela pasta e os compromissos de entregas assumidos pelos fabricantes de vacinas.

O cronograma foi pactuado com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e pode ser alterado caso o cenário de entregas seja modificado ou tão logo novos laboratórios tenham suas solicitações aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Confira as cinco etapas do cronograma:

Etapa 1 - fevereiro

Vacinação contra covid-19 (reforço com a vacina bivalente)
Público-alvo:

Pessoas com maior risco de formas graves de covid-19;

pessoas com mais de 60 anos;

gestantes e puérperas;

pacientes imunocomprometidos;

pessoas com deficiência;

pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);

povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;

trabalhadores da saúde.

Etapa 2 - março

Intensificação da vacinação contra covid-19
Público alvo:

Toda a população com mais de 12 anos.

Etapa 3 – março

Intensificação da vacinação contra covid-19 entre crianças e adolescentes
Público alvo:

Crianças de 6 meses a adolescentes de 17 anos.

Etapa 4 – abril

Vacinação contra Influenza
Público-alvo:

Pessoas com mais de 60 anos;

adolescentes em medidas socioeducativas;

caminhoneiros;

crianças de 6 meses a 4 anos;

Forças Armadas;

forças de segurança e salvamento;

gestantes e puérperas;

pessoas com deficiência;

pessoas com comorbidades;

população privada de liberdade;

povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;

professores;

profissionais de transporte coletivo;

profissionais portuários;

profissionais do Sistema de Privação de Liberdade;

trabalhadores da saúde.

Etapa 5 - maio

Multivacinação contra poliomielite e sarampo nas escolas

Baixa cobertura

O ministério destacou que o Brasil, apesar de ser considerado um país pioneiro em campanhas de vacinação, vem apresentando retrocessos nesse campo desde 2016. Praticamente todas as coberturas vacinais, segundo a pasta, estão abaixo da meta.

“Diante do cenário de baixas coberturas vacinais, desabastecimento, risco de epidemias de poliomielite e sarampo, além da queda de confiança nas vacinas, o Ministério da Saúde realizou, ao longo do mês de janeiro, uma série de reuniões envolvendo outros ministérios.”

“É importante ressaltar que, para todas as estratégias de vacinação propostas, as ações de comunicação e de comprometimento da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham efeito. A população precisa ser esclarecida sobre a importância da vacinação e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas.”

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Paraíba será o primeiro estado a pagar o piso nacional da enfermagem

A Paraíba vai ser o primeiro estado do país a pagar o piso salarial nacional da enfermagem. Os valores serão creditados nesta quinta-feira (2), referentes à folha de pagamento do mês de janeiro. O governador da Paraíba, João Azevêdo, destacou que o piso será garantido a toda a categoria.

"Todos os servidores efetivos do estado, deste grupo de trabalhadores, os aposentados, os pensionistas, os enfermeiros da PBSÁUDE, eles possam receber na quinta-feira os valores já com o piso devidamente atualizado. Estamos fazendo o cadastramento dos prestadores de serviço para que na segunda etapa possamos implantar o pagamento também do piso para estes profissionais", disse.

O Piso Nacional da Enfermagem foi aprovado em 2022 e estabelece o salário de R$ 4.750 por 40 horas trabalhadas para os enfermeiros; 70% desse valor: R$ 3.325 para os técnicos em enfermagem, e 50% para os auxiliares de enfermagem e parteiras, o que equivale a um salário de R$ 2.375.

O pagamento do piso em todo o Brasil ainda está sendo discutido pelo Ministério da Saúde para definir a fonte dos recursos. Em setembro do ano passado, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu a lei que criou o piso salarial nacional da enfermagem. Ele deu prazo de 60 dias para os entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro da norma e os riscos de demissões no setor e redução na qualidade dos serviços.

Nesta semana, o Ministério da Saúde acelerou as reuniões do grupo de trabalho criado pela pasta para apresentar os termos da minuta da medida provisória que ordena os pagamentos dos novos valores do piso da enfermagem. Várias entidades trabalhistas ligadas ao tema do piso da enfermagem, representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, estão contribuindo com o texto da minuta.

A presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros, Solange Castro, está otimista com o resultado das reuniões do grupo de trabalho.

"Foram debatidos quais seriam os pontos prioritários para serem incluídos na medida provisória, e ficou de amanhã, quinta-feira, o ministério apresentar já a minuta preparada com os pontos debatidos, escrita, para ver se tem acordo com os deputados e com as entidades sindicais. E se tiver algum ajuste, já fazer, e imediatamente já encaminhar pra Casa Civil."

Também já está pronto para ser votado na Câmara dos Deputados um projeto de lei com objetivo de garantir a desoneração da folha de pagamento da rede privada, para viabilizar o piso salarial da enfermagem.

Bruno Sobral, secretário executivo da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços, entidade que representa o setor privado e filantrópico, informou que outras propostas estão sendo preparadas para serem apresentadas aos deputados.

"A gente tem feito propostas para pegar, além da desoneração da folha para pequenos e médios hospitais e clínicas, alguma coisa de desonerar também o imposto de renda, e também alguma desoneração do Simples. Porque muitas clínicas são pequenas e estão no regime do Simples. E temos aí pela frente a reforma tributária também, que muito nos impacta".

Esta semana, o Fórum Nacional da Enfermagem, por meio das redes sociais, convocou uma paralisação nacional da categoria para o próximo dia 14 de fevereiro. A entidade também marcou greve geral para o dia 10 de março, caso a questão da fonte pagadora do piso não seja resolvida até esta data.

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FOLHA.COM

Zika provoca anormalidade em quase um terço dos filhos de mulheres infectadas na gravidez

Foi publicada na revista The Lancet Regional Health - Americas a maior e mais abrangente meta-análise já feita até o momento sobre os efeitos do vírus zika em filhos de mulheres infectadas durante a gestação. A partir de 13 estudos nacionais que reúnem dados de 1.548 gestantes, o artigo chega a conclusões robustas, como a de que quase um terço das crianças apresenta alguma anormalidade em decorrência da infecção e 4% manifestam microcefalia propriamente. Com isso, estabelece as bases para políticas públicas assertivas, melhores cuidados e para priorizações do ponto de vista de novas pesquisas.

Em 2015, quando a explosão de casos de microcefalia em crianças foi associada ao zika e o Ministério da Saúde declarou estado de emergência nacional, pesquisadores brasileiros foram obrigados a apertar o passo para trazer respostas sobre a epidemia o mais rapidamente possível.

Ação de combate ao mosquito Aedes aegyptius, que transmite o vírus da zika e da dengue, no Jaçanã, zona norte de São Paulo - Zanone Fraissat - 17.nov.21/Folhapress

"Diante disso, não houve tempo para uma grande articulação nacional e diferentes grupos conduziram estudos independentes", lembra o epidemiologista Ricardo Arraes de Alencar Ximenes, um dos autores da pesquisa e professor da Pós-Graduação em Medicina Tropical da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Essa pulverização resultou em amostras menores de pacientes, protocolos com critérios díspares e variabilidade de resultados, que aumentavam as incertezas sobre as descobertas.

"Mas já em 2016 começamos a conversar com esses grupos para harmonizar os protocolos e, a partir daí, consolidar os dados dos diferentes estudos. A ciência brasileira mostrou sua maturidade e capacidade nessa epidemia", ressalta Ximenes, que também é professor da pós-graduação de Ciências da Saúde da Universidade de Pernambuco.

Dessas interações surgiu o Consórcio Brasileiro de Coortes do Zika, que hoje conta com cientistas de 26 instituições e que possibilitou a meta-análise recentemente divulgada. "O grande valor do artigo, o primeiro do consórcio, é a união de forças, que permite chegar a resultados mais confiáveis", destaca o especialista.

O trabalho contou com o apoio da Fapesp por meio de seis projetos: (16/08578-0, 17/21688-1, 13/21719-3, 16/15021-1, 15/12295-0 e 16/05115-9).

Sistematização do conhecimento

Para serem incluídos na meta-análise, os estudos deveriam ter confirmado o diagnóstico de infecção por zika em mulheres grávidas por meio de exames de RT-PCR, considerados os mais confiáveis, antes de qualquer anormalidade ser detectada no feto. Eles também precisavam ter sido conduzidos no Brasil e acompanhar as mulheres e seus filhos até pelo menos o fim da gestação.

Os estudos incorporados na revisão contemplaram as quatro regiões mais afetadas pela epidemia de zika - Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sudeste.

Os dados de cada participante foram analisados de forma individualizada e organizados em uma série de possíveis desfechos provocados pelo vírus nas crianças. Eles iam de baixo peso ao nascer até microcefalia, passando por questões oftalmológicas e neurológicas, como convulsões.

Ximenes destaca que, como a epidemia de zika foi detectada pelo aumento de casos de microcefalia, parte da população ainda acredita que essa é a única anormalidade mais preocupante ligada à infecção. Porém, ele reitera que a síndrome congênita ligada ao vírus pode se manifestar de variadas formas, que incluem dificuldades de visão e déficits motores, entre outras.

Considerando os episódios de microcefalia e as anormalidades neurológicas, oftalmológicas e de neuroimagem (alterações nos exames que miram o cérebro), foram encontradas alterações em 31,5% das crianças - quase um terço da amostra. "Não é uma surpresa encontrar um número tão alto, mas agora temos maior confiança nele", diz Ximenes.

O virologista Maurício Lacerda Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e membro do Consórcio Brasileiro de Coortes do Zika, pondera que as gestantes e as crianças foram superavaliadas justamente por participarem das pesquisas: "Isso gera uma detecção acima da média de alterações menores, que talvez passassem despercebidas".

É possível, por exemplo, que uma anormalidade no cérebro encontrada na meta-análise fosse assintomática, ou provocasse apenas sintomas leves. "Independentemente disso, um terço de crianças afetadas é um dado muito impactante, que mostra o potencial do zika", complementa.

Além disso, Ximenes argumenta que mesmo manifestações menores podem, com o passar dos anos, desencadear problemas.

A microcefalia

Segundo a meta-análise, 2,6% dos filhos de mães infectadas apresentaram microcefalia logo na primeira avaliação médica. No entanto, outras crianças receberam o mesmo diagnóstico com o passar do tempo - no total, 4% manifestaram o quadro ao longo dos primeiros anos de vida.

"Nossos resultados indicam que, entre crianças com microcefalia, a fração diagnosticada de maneira tardia não é negligenciável", dizem os autores no artigo. "O risco de microcefalia pós-natal associada ao zika não havia sido documentado antes. Isso demonstra a relevância de monitorar o crescimento da cabeça de todas as crianças expostas ao vírus antes do nascimento, mesmo se elas tiverem uma circunferência normal de crânio ao nascimento", arrematam.

Aliás, crianças com microcefalia associadas ao zika tendem a apresentar diferentes disfunções simultaneamente. "Isso levou pessoas a acreditarem que a síndrome congênita ligada ao zika é caracterizada, via de regra, por uma série de problemas", diz Ximenes. "Mas isso, na verdade, não ocorre na maioria dos casos."

Segundo a meta-análise, menos de 1% das crianças afetadas pela infecção da mãe exibiam mais de uma anormalidade. "Ou seja, verificamos que as manifestações costumam surgir de forma isolada", reitera o epidemiologista.

A descoberta serve como alerta inclusive para profissionais, que às vezes podem não relacionar um quadro ao zika - ou mesmo deixá-lo passar- por se tratar de um sintoma isolado. "E o diagnóstico precoce da síndrome possibilita intervenções precoces, que beneficiam os pacientes", afirma Ximenes.

Fatores associados?

Com o avançar da epidemia de zika, passou-se a avaliar se alguns fatores modulariam o risco de microcefalia causada pela infecção durante a gestação. Dengue, uso de larvicidas e mesmo questões socioeconômicas foram levantadas como possíveis catalisadoras dessas complicações.

"Isso aconteceu porque muitos casos de microcefalia foram detectados no Nordeste, mas nem tantos em outras regiões. Então se postulou que algum fator ligado à pobreza influenciaria na associação entre zika e essas anormalidades", esclarece Ximenes.

Entretanto, essa hipótese perdeu força com a publicação da meta-análise em questão. "O risco [de microcefalia após infecção por zika na gestação] foi similar em todos os locais estudados e em diferentes condições socioeconômicas. Isso indica que provavelmente não há outros fatores modificando essa associação", aponta o artigo.

Ou seja, a concentração de casos de microcefalia no Nordeste resulta simplesmente do maior número de infecções. "Onde há pobreza, há mais mosquito", destaca Ximenes. "Em muitos municípios do Nordeste, o fornecimento de água não é diário. Então a população precisa estocar água, o que aumenta os criadouros de mosquito", complementa.

Nogueira acrescenta que, como o Nordeste foi a primeira região a ser afetada pelo zika no Brasil, a população local foi a que mais sofreu com a falta de informações. "Quando o vírus chegou ao interior de São Paulo, por exemplo, já havia mais notícias e até recomendações como a de evitar gestações, que obviamente evitaram casos de microcefalia."

Ele, aliás, orientou um trabalho que descartou a hipótese de que uma infecção prévia por dengue aumentaria o risco de microcefalia após o zika ( aqui).

Próximos passos

"Talvez a maior limitação do nosso trabalho seja a falta de um grupo-controle", afirma Ximenes. Essa ausência é justificável, na medida em que os estudos incluídos na meta-análise foram aqueles conduzidos durante a epidemia de zika e que, portanto, precisavam trazer respostas rápidas. De qualquer forma, futuros levantamentos podem fazer comparações com crianças cujas mães não foram infectadas com o vírus durante a gestação para sedimentar ou aprimorar os achados.

Os autores da meta-análise sugerem pelo menos dois caminhos no artigo que futuras pesquisas podem trilhar: uma investigação aprofundada, com métodos de diagnóstico avançados, para identificar complicações que podem aparecer ou se tornar mais evidentes em crianças com microcefalia, para além de mortes e hospitalizações; e, em crianças sem microcefalia, seria possível estudar o risco de manifestações relacionadas ao desenvolvimento comportamental e neuropsicomotor que seriam diagnosticadas com o avançar da idade, a partir de ferramentas específicas.

Para além disso, Ximenes e Nogueira concordam que os dados desse trabalho reforçam a necessidade de um monitoramento constante do zika. E, para isso, os centros de pesquisa e as autoridades devem priorizar o desenvolvimento de testes precisos e baratos para diagnosticar o vírus.

"Seu uso ajudaria a minimizar o risco de novas infecções se disseminarem e causarem ondas de doença e complicações", raciocina Ximenes.

Seria possível, por exemplo, empregar esses testes para fazer uma vigilância ativa em locais estratégicos ou grupos populacionais específicos. A partir daí, as autoridades públicas adotariam medidas de controle para evitar surtos e epidemias.

É importante lembrar também que, além dessas estratégias, intervenções públicas para melhorar as condições de vida da população, o saneamento e o controle de mosquitos podem ser mais eficazes e ter um efeito duradouro para reduzir o risco de transmissão.

Esforços também deveriam ser concentrados na criação de uma vacina contra o zika. "Há trabalhos nacionais e internacionais em andamento que podem contribuir para definir uma composição ideal desse imunizante. Mas deve demorar anos antes que se chegue a essa candidata a vacina, para então começarmos a avaliar sua segurança e eficácia", estima Nogueira.

Em paralelo, Ximenes dá o recado de que os filhos de mães infectadas durante a gravidez deveriam ser avaliados pelo menos uma vez por especialistas e acompanhados de perto mesmo se não tiverem exibido sintomas. "No mais, a epidemia vai, mas as crianças ficam. Precisamos cuidar bem delas e fazer de tudo para amenizar seus problemas", completa.

Vai vir de novo?

A atenção dada ao zika arrefeceu, em especial durante a pandemia de Covid-19. Tanto Nogueira quanto Ximenes concordam que isso é compreensível, até porque os laboratórios tiveram de se dedicar ao SARS-CoV-2 e ao tremendo impacto que ele provocou na sociedade.

Mas a verdade é que os novos episódios de síndrome congênita associada ao zika também diminuíram. Se em 2015 e 2016 foram notificados 12.716 casos suspeitos, em 2022 o número ficou em 419, segundo Boletim Epidemiológico de setembro, do Ministério da Saúde.

Dos casos identificados no ano passado, 76% seguem em investigação, mas apenas um foi confirmado - e a criança nasceu em 2016.

"Isso é da dinâmica natural de doenças transmitidas por vetores como os mosquitos. Elas vêm, causam uma epidemia e aí desaparecem por um período", analisa Nogueira. "Agora, podemos não estar vendo mais o zika porque também não estamos fazendo testes. Só gestantes ou pacientes com sintomas neurológicos costumam ser avaliados atualmente", pondera.

O virologista da Famerp explica que o sobe e desce de casos de arboviroses é multifatorial. Os números podem cair porque parte da população desenvolveu imunidade por um curto período de tempo ao ser exposta, por alguma reação cruzada com outro vírus (como a dengue), pela adaptação aos mosquitos que funcionam como vetores etc.

"É um fenômeno complexo, que inclusive estudamos no nosso grupo. Mas acredito que daqui a alguns anos poderemos ter um aumento de casos de zika e, com isso, de suas complicações", alerta.

Diante dessa previsão, ele reforça a necessidade de uma vacina e de novos exames, além de incentivar medidas de conscientização da população sobre o zika e outras arboviroses.

O estudo Risk of adverse outcomes in offspring with RT-PCR confirmed prenatal Zika virus exposure: an individual participant data meta-analysis of 13 cohorts in the Zika Brazilian Cohorts Consortium pode ser acessado aqui.

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PORTAL TERRA

Pizza e refrigerante podem aumentar risco de câncer de ovário e de cérebro, diz estudo

Alimentos ultraprocessados, como cereais matinais, pizza congelada, refeições prontas e refrigerantes, podem aumentar o risco de desenvolver câncer, particularmente de ovário e de cérebro, dizem pesquisadores da Escola de Saúde Pública do Imperial College de Londres.

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Muitos alimentos passam por uma quantidade moderada de processamento - como queijo, manteiga de amendoim salgado, molho de macarrão -, mas alimentos ultraprocessados têm mais aditivos, sabores artificiais, cores, adoçantes e conservantes. Normalmente, eles são submetidos a métodos de processamento para transformar seu sabor, textura e aparência e podem incluir cachorros-quentes, rosquinhas e iogurtes com sabor.

Os pesquisadores avaliaram as dietas de quase 200 mil adultos de meia-idade por um período de dez anos no Reino Unido e descobriram que "um maior consumo de alimentos ultraprocessados está associado a um maior risco de câncer geral, especificamente de ovário e de cérebro." Eles também encontraram uma associação com um risco aumentado de morrer de câncer.

O estudo revisado por pares, publicado na revista eClinicalMedicine, do Lancet, na terça-feira, 31, foi uma colaboração com pesquisadores da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade NOVA de Lisboa.

Dos 197.426 indivíduos, 15.921 pessoas desenvolveram câncer e ocorreram 4.009 mortes relacionadas ao câncer.

"Para cada aumento de 10% nos alimentos ultraprocessados na dieta de uma pessoa, houve um aumento de 2% na incidência de câncer em geral e um aumento de 19% no câncer de ovário especificamente", disse o Imperial College de Londres, em um comunicado. Essas ligações permaneceram após o ajuste de fatores socioeconômicos, como tabagismo, atividade física e índice de massa corporal (IMC).

Não está claro por que houve um aumento particularmente alto na incidência de câncer de ovário. No entanto, pesquisas separadas encontraram uma associação entre a doença e a acrilamida, um produto químico industrial formado durante procedimentos de cozimento em alta temperatura.

"Alguns agentes potencialmente causadores de câncer, como alguns controversos aditivos alimentares e agentes químicos gerados durante o processamento, podem interferir nos efeitos hormonais e, assim, afetar os cânceres relacionados a hormônios, como o câncer de ovário", disse Eszter Vamos, autora sênior do estudo, por e-mail.

Mais estudos são necessários para determinar o impacto em mulheres e crianças, disse ela, já que essas últimas tendem a ser as "principais consumidoras de alimentos ultraprocessados".

De acordo com a American Cancer Society, o câncer de ovário ocupa o quinto lugar em mortes por câncer entre as mulheres nos Estados Unidos - representando mais mortes do que qualquer outro câncer do sistema reprodutivo feminino. O câncer se desenvolve principalmente em mulheres mais velhas e é mais comum em mulheres brancas do que em mulheres negras.

Quase 60% das calorias ingeridas pelos adultos nos Estados Unidos são de alimentos ultraprocessados, que muitas vezes têm baixo valor nutricional. Eles respondem por 25% até 50% das calorias consumidas em muitos outros países também, incluindo Inglaterra, Canadá, França, Líbano e Japão.

Segundo Eszter, o estudo observacional "não pode provar causa e efeito" definitivamente, mostrando apenas uma associação entre os alimentos e o aumento do risco de câncer. No entanto, argumenta o estudo, as descobertas indicam a importância de considerar o processamento de alimentos nas dietas.

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"Alimentos ultraprocessados estão em toda parte e são altamente comercializados com preço barato e embalagens atraentes", disse outra autora do estudo, Kiara Chang, em comunicado. "Isso mostra que nosso ambiente alimentar precisa de uma reforma urgente para proteger a população."

Chang pediu uma melhor rotulagem e embalagem de alimentos para deixar claro aos consumidores os riscos de suas escolhas, bem como subsídios para alimentos preparados na hora, para garantir que eles permaneçam acessíveis.

Outros estudos mostraram uma ligação entre alimentos ultraprocessados e taxas mais altas de obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2 e câncer de cólon. Um estudo recente com mais de 22 mil pessoas descobriu que a aqueles que comiam muitos alimentos ultraprocessados tinham uma probabilidade 19% maior de morte precoce e um risco 32% maior de morrer de doença cardíaca.

"Houve um avanço global dos alimentos ultraprocessados e esses produtos substituem cada vez mais os alimentos tradicionais em nossa dieta", disse Eszter. "Geralmente, os países de alta renda têm os níveis mais altos de consumo, EUA e Reino Unido são os principais consumidores".

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PORTAL G1

Empresa que descumpriu medidas de prevenção à Covid-19 é condenada a pagar quase R$ 1 milhão à família de funcionário que morreu pela doença, decide Justiça

Sentença descreve que Graciano Evangelista, de 42 anos, mesmo com a doença, foi obrigado a trabalhar presencialmente. Decisão é de segunda instância e empresa pode recorrer à terceira.

A Justiça condenou uma empresa de contabilidade a indenizar com quase R$ 1 milhão à família do técnico em contabilidade Graciano Evangelista, de 42 anos, que morreu vítima da Covid-19. A sentença descreveu que a empresa descumpriu os decretos municipais que obrigavam o fechamento do comércio e, mesmo contaminados, os funcionários eram obrigados a trabalhar presencialmente, em Goiânia.

“Lá dentro, a empresa mantinha o ar condicionado ligado no ambiente fechado e começou a propagar a contaminação dos trabalhadores. Mesmo com Covid e com atestado, ele [o técnico] trabalhou presencial. Eles não tinham a opção de trabalhar de casa. Ele se contaminou e continuou trabalhando até não suportar mais, trabalhou um dia remoto, foi para o hospital, ficou internado e faleceu”, explicou Luis Gustavo Nicoli, advogado da família da vítima.

g1 entrou em contato com a empresa por e-mail nesta quarta-feira (1º), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

A juíza Viviane Silva Borges, da 10ª Vara do Trabalho de Goiânia, declarou que as condições de trabalho oferecidas e conduta da chefia configuraram acidente de trabalho. Luis Gustavo Nicoli informou que 10 funcionários da empresa foram contaminados pela Covid, incluindo a vítima. Segundo o profissional, a empresa recorreu, perdeu em segunda instância neste mês, mas pode recorrer à terceira instância.

Ao g1, Gardênia Silva, esposa de Graciano, comentou a sentença.

"Senti muitas emoções no dia da sentença, porque vem na memória tudo que passei e os dias que ele ficou doente. Me senti um pouco amparada pela lei", desabafou.

Um trecho da sentença descreveu que os controles de ponto comprovaram que os trabalhadores contaminados estavam trabalhando mesmo com a proibição do exercício das atividades, incluindo o técnico que morreu. Segundo o advogado, a empresa mantinha as janelas e portas fechadas para que a fiscalização não notasse a movimentação.

“A empresa foi contra os decretos e assumiu o risco de colocar todos os colaboradores em contaminação. Ela fazia de modo que camuflasse e a fiscalização não identificasse, as pessoas chegavam sem uniforme e tinha um escalonamento para não dar movimento na entrada”, pontuou o advogado.

A morte

Conforme divulgado pelo advogado da família, o técnico testou positivo para a Covid-19 em março de 2021 e precisou ser internado no dia 8 do mesmo mês, após o aumento dos sintomas. O homem ficou hospitalizado e morreu no dia 1 de abril do mesmo ano.

A condenação

A condenação de 1 milhão se refere ao valor de R$ 60 mil em danos morais para esposa e filho da vítima. Além do pagamento do equivalente a 34,6 anos de salário, considerando a expectativa de prevista pelo IBGE, de 76,7 anos. Conforme divulgado pelo advogado, com a atualização monetária, o valor beira a R$ 1 milhão.

O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, além de confirmar a sentença, ainda aumentou o valor da condenação.

Decretos em vigência na época

Os autos do processo descrevem que em 27 de fevereiro de 2021 foi publicado o Decreto Municipal nº 1.646, que previa o fechamento das atividades não essenciais a partir de 1º de março. Leia abaixo o trecho:

“Art. 1º O Decreto nº 1.601, de 22 de fevereiro de 2021 passa a vigorar com as seguintes alterações: 'Art. 10-A. Fica estabelecido que as atividades não essenciais, econômicas e não econômicas, terão seu funcionamento suspenso por 7 (sete) dias a partir do dia 1º de março de 2021 no âmbito do Município de Goiânia, como medida obrigatória de enfrentamento de emergência de saúde pública decorrente da pandemia da Covid-19, provocada pelo SARS-CoV-2 e suas variantes”.

Em seguida, a prefeitura publicou o Decreto nº 1.757, de 07/03/2021, que manteve as restrições a partir de 08 de março, por mais 7 dias. No dia 13 de março, o Decreto nº 1.897, suspendeu o funcionamento das atividades não essenciais por mais 14 dias a partir de 15 de março de 2021.

Já em 27 de março de 2021, a prefeitura publicou o Decreto nº2.095/2021, que incluiu a atividade dos escritórios de contabilidade nas exceções às restrições, e permitiu o retorno do funcionamento.

À Justiça, uma testemunha confirmou que, após o decreto de fevereiro de 2021, a empresa foi fechada para atendimento ao público e continuou com atendimento interno.

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TV SERRA DOURADA

Em Goiás mais de 15 mil pessoas esperam por uma cirurgia eletiva

https://www.youtube.com/watch?v=ugXnJZpxDJI

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Assessoria de Comunicação

ALERTA! Remédios vão ficar mais caros a partir de fevereiro

Aumento nos preços dos medicamentos ocorrerão devido a alteração nas alíquotas de ICMS em São Paulo e outros 12 Estados

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Recentes mudanças no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), vão elevar o preço dos remédios a partir de fevereiro. Além da mudança na base de cálculo do imposto no estado de São Paulo, outros 12 estados aumentaram as alíquotas sobre medicamentos de 19% 22%.

Diante do iminente aumento no preço dos medicamentos, as associações da indústria e dos laboratórios estão se mobilizando para enviar ofícios aos estados, de modo a tentar reverter ou até mesmo suspender essas medidas.

Como se não bastasse este novo aumento, os remédios caminham para ter duplo aumento de preço em 2023, isso porque, além do impacto causado pelo ICMS, no mês de abril está previsto um reajuste no valor de cerca de 10 mil medicamentos regulamentados uma vez ao ano.

Reajuste em São Paulo

Para o estado de São Paulo, foi fixado uma base de cálculo para a cobrança do ICMS dos remédios com uma nova lista de Preço Médio Ponderado a Consumidor Final (PMPFs), conforme portaria publicada no dia 31 de dezembro de 2022.

Para o setor de medicamentos, o estado acaba superestimando valores dos insumos e dos medicamentos para realizar a base de cálculo do tributo estadual, que deverá trazer uma alta nos preços a partir desta quarta-feira (1º de fevereiro).

A entidade sem fins lucrativos (Grupo FarmaBrasil), composta por gigantes como Aché, Althaia, Apsen, Biolab, Eurofarma, Libbs dentre outras, solicitou o adiamento da portaria que entrará em vigor em fevereiro, sob alegação de distorções que precisam ser esclarecidas.

Mudança na alíquota do ICMS sobre medicamentos nos outros estados

Veja a seguir a mudança na alíquota do ICMS para os outros Estados, qual será o percentual de reajuste e quando entrará em vigor, elevando então o preço dos medicamentos.

Estados Reajuste na alíquota A partir de
Acre de 17% para 19% 1º de abril
Alagoas de 18% para 19% 1º de abril
Amazonas de 18% para 20% 29 de março
Bahia de 18% para 19% 22 de março
Maranhão de 18% para 20% 1º de abril
Pará de 18% para 19% 16 de março
Paraná de 18% para 19% 13 de março
Piauí de 18% para 21% 8 de março
Rio Grande do Norte de 18% para 20% 1º de abril
Roraima de 17% para 20% 30 de março
Sergipe de 18% para 22% 20 de março
Tocantins de 18% para 20% 1º de abril
Quarta, 01 Fevereiro 2023 07:29

CLIPPING AHPACEG 01/02/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de saúde têm maior número de contratações desde 2014, aponta ANS

Teste rápido de hanseníase desenvolvido na UFG será disponibilizado pelo SUS

Oncoclínicas (ONCO3) irá investir R$ 145 milhões em novo ‘Cancer Center’ e deverá surpreender o mercado no 4T22

Checagem beira leito aumenta a segurança dos pacientes do HMAP em Aparecida

Maturidade digital: hospitais brasileiros precisam investir em capacitação e estratégia

Proteção de dados nas redes hospitalares do Brasil

Para STJ, empresa inativa enseja rescisão de plano de saúde coletiva

Ministério da Saúde investiga desvio de medicamentos para garimpeiros

Consumir ultraprocessados eleva risco de 34 tipos de câncer (alguns raros)

Cremerj entra na Justiça para impedir recontratação de médicos cubanos

Artigo - Danos graves evitáveis: a agenda da Segurança do Paciente no Brasil

Preso em operação contra fraude em OS, irmão do ex-secretário Ismael Alexandrino deixa prisão, diz polícia

GAZETA DA SEMANA

Planos de saúde têm maior número de contratações desde 2014, aponta ANS

No final do ano de 2022, o Brasil atingiu uma marca importante no que diz respeito ao número de usuários de planos de saúde, chegando a um total de 50.493.061 pessoas. Este é o número mais alto desde dezembro de 2014. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), houve um aumento significativo de 1.590.912 usuários em comparação com dezembro do ano anterior. Além disso, houve um crescimento de 239.466 clientes em relação a novembro/dezembro de 2022.

A pesquisa da ANS também mostrou que o crescimento foi notável em todos os estados brasileiros, mas os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro foram os que obtiveram o maior número absoluto de novos usuários. A faixa etária que teve o maior crescimento foi a dos 40 aos 44 anos, seguida pela faixa dos 45 aos 49 anos.

Os planos de saúde odontológicos também tiveram resultados expressivos, com 30.950.314 usuários em todo o país. De acordo com a ANS, este número representa a 11ª vez que o recorde histórico é superado no ano, considerando o período de fevereiro a dezembro. Além disso, houve um aumento de 2.057.899 usuários em 12 meses e de 151.721 clientes em comparação a novembro/dezembro de 2022.

Todos os estados brasileiros apresentaram um acréscimo nas contratações, com destaque para os estados mais populosos do país, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A faixa etária com maior crescimento em planos odontológicos foi dos 30 aos 34 anos, seguida por bebês com até um ano de idade.

Em resumo, o Brasil vem apresentando um aumento significativo no número de usuários de planos de saúde, e esse crescimento tem sido observado tanto nos planos padrão quanto nos odontológicos.

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A REDAÇÃO

Teste rápido de hanseníase desenvolvido na UFG será disponibilizado pelo SUS

O Ministério da Saúde (MS), por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), distribuirá 150 mil testes rápidos para o enfrentamento à hanseníase, a partir de fevereiro. O teste rápido foi desenvolvido pela professora e pesquisadora do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), da Universidade Federal de Goiás (UFG), Samira Bührer. Na missão ela teve o auxílio de colaboradores do Laboratório de Desenvolvimento e Produção de Testes Rápidos (LDPTR), que fica no Centro Multiusuário de Pesquisa de Bioinsumos e Tecnologias em Saúde (CMBiotecs) do IPTSP. 


A ação foi possível devido à transferência da tecnologia dos testes rápidos de hanseníase para a indústria brasileira Bioclin, que contou com o apoio da multinacional alemã Merck S.A. e potencializou a conexão entre a Universidade e a indústria. 


Durante evento do MS sobre hanseníase, que aconteceu juntamente com a campanha Janeiro Roxo, para conscientização e combate à doença, a ministra da Saúde, Nísia Trindade destacou a importância da ação. “O Ministério da Saúde anuncia a entrega dos testes que são fruto de pesquisas realizadas por instituições brasileiras. O teste rápido pela Universidade Federal de Goiás e o PCR pela Fiocruz e Institutos de Biologia Molecular do Paraná”, explicou a titular da pasta. 


A ministra reforçou a importância de combater a desinformação e o preconceito, de batalhar pela transversalidade da atuação do Ministério e enfatizou que a hanseníase é uma doença curável. "Não é apenas a doença que é negligenciada, mas também as pessoas”, comentou.


A diretora do IPTSP, Flávia Aparecida de Oliveira, ressalta que a transferência de tecnologia de uma pesquisa é um recurso de muita importância para a academia, além de grande impacto social. “Ver o trabalho da professora Samira sendo disponibilizado para o SUS e o mercado externo é motivo de muito orgulho, pois é a geração e difusão do conhecimento a serviço da vida. E a prova também de que a Universidade com parcerias público-privadas pode ir muito mais além. Haja vista que o nosso sonho é de que todas as pesquisas científicas que possuem esse potencial inovador possam atender às grandes demandas da sociedade”, finaliza. 


Como o teste rápido funciona?

O nome comercial do teste sorológico para a hanseníase é Bioclin Fast ML Flow e ele funciona da seguinte maneira: com um pequeno volume de amostra de sangue ou soro do paciente - baseado na reação antígeno/anticorpo - ele captura os anticorpos produzidos no organismo contra o antígeno (corpo estranho) que são identificados por imunocromatografia, formando assim, uma linha vermelha - nos casos suspeitos e pode significar o diagnóstico da doença.

Já nos contatos de pacientes com hanseníase com resultado positivo outros exames são realizados, e os que apresentarem resultados negativos deverão receber mais informações sobre o diagnóstico da doença para ficarem mais atentos às alterações na pele.

A pesquisadora, Samira Bührer, conta que a realização do teste é muito importante para o diagnóstico precoce, o que possibilita o início do tratamento, que interrompe a transmissão e previne as sequelas.

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Checagem beira leito aumenta a segurança dos pacientes do HMAP em Aparecida

Checagem beira leito ou tripla checagem, a metodologia conta com o uso de sistema de prontuário eletrônico, notebooks, carrinhos móveis e equipamentos para leitura de código de barras, agilizando o trabalho da equipe do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia na administração dos medicamentos

Cada vez mais informatizado, o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia — Iris Rezende Machado (HMAP), o maior do Estado construído por uma prefeitura e gerido pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, implantou, em outubro do ano passado, a checagem beira leito. A estratégia tecnológica tem apresentado resultados positivos para pacientes e colaboradores, aumentando a segurança e a transparência na prescrição, dispensação e administração de medicamentos. 

“Essa iniciativa hoje é realizada em todos os 235 leitos do Hospital, inclusive nas UTIs, e atende ao nosso propósito de consolidar um Sistema Único de Saúde (SUS) em Aparecida com excelência e foco no cuidado com as pessoas. Todos ganham com isso, desde os profissionais da assistência até os pacientes, porque é uma ferramenta organizacional que fortalece a cultura de segurança nos atendimentos, algo que já é marca registrada do HMAP”, destaca o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.

Sistema inteligente

Gerente assistencial do HMAP, a enfermeira Camila de Carvalho Gambin explica o procedimento: “O médico faz a prescrição de forma eletrônica, automatizada, conferindo todas as medicações a serem realizadas. No momento de administração do medicamento, com um notebook na beira do leito e com o leitor de código de barras, verificamos os dados na pulseira de identificação do paciente: nome, data de nascimento, informações do prontuário, dentre outras. Dessa forma, evitamos trocas, checamos a medicação e a dosagem. Se não houver um ok do sistema inteligente, o profissional recebe um alerta para não executar a medicação”.

Segundo Camila, há várias barreiras de segurança na prescrição e na checagem, inclusive com conferência realizada por farmacêuticos. “Trata-se de um processo simples, didático e inovador. Ajuda muito a evitar erros e complicações relacionados à medicação dos pacientes e aprimora a integração entre os setores do hospital na atenção prestada às pessoas.

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MONEY TIME

Oncoclínicas (ONCO3) irá investir R$ 145 milhões em novo ‘Cancer Center’ e deverá surpreender o mercado no 4T22

Oncoclínicas (ONCO3) anunciou nesta terça-feira (31) que assinou documentos definitivos para o desenvolvimento de um novo complexo hospitalar de excelência e centro integrado de tratamento ao câncer, o “Cancer Center“, na cidade de Goiânia.

Em comunicado, a empresa destaca que o Cancer Center Goiânia compreenderá uma área total próxima de 34 mil m², com investimentos previstos em aproximadamente R$ 145 milhões.

A Oncoclínicas destaca que o desembolso do investimento mencionado será feito apenas após a conclusão das obras civis, uma vez que o empreendimento será realizado em modalidade build-to-suit, otimizando assim, a alocação de capital da empresa.

Entre os serviços, o novo complexo hospitalar da companhia contará com 320 leitos para internações, um parque de diagnóstico por imagem, anatomia patológica e genômica integradas. Além de 18 salas para cirurgias de alta complexidade.

Oncoclínicas: Crescimento natural

Atualmente, cerca de 10% da receita da Oncoclínicas vem de procedimentos “in patient”, onde o regime é de internação via os Cancer Centers.

Contudo, no seu mercado de atuação, para cada um real gasto para procedimento ambulatorial, tem mais um real gasto em procedimento hospitalar, segundo a Empiricus Investimentos.

“Dessa forma, enxergamos que existe um crescimento natural muito grande ao aumentar a cobertura da jornada do paciente, via abertura de mais Cancer Centers pelo país”, avalia, em relatório.

A corretora lembra que, no fim do no passado, Oncoclínicas anunciou, juntamente com a Unimed Nacional, um novo complexo hospitalar e Cancer Center na cidade de São Paulo. Neste caso, os investimentos previstos serão de aproximadamente R$ 300 milhões. A previsão de conclusão da obra é estimada em cerca de 36 meses, tal qual o novo complexo de Goiânia.

4T22 surpreendente

Apesar do cenário macroeconômico, a Empiricus acredita que Oncoclínicas deverá surpreender novamente o mercado na temporada de resultados do quarto trimestre de 2022.

“Além de atuar em um segmento resiliente, a companhia possui uma série de oportunidades de captura de sinergia com as operações recentemente adquiridas”, completa.

A corretora ressaltou a estratégia de Oncoclínicas em expandir a operação via novas parcerias, como a anunciada com a Porto (PSSA3) recentemente.

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SAUDEBUSINESS

Maturidade digital: hospitais brasileiros precisam investir em capacitação e estratégia

A maturidade na transformação digital pode levar o setor de saúde a outro patamar de eficiência e inovação. Ainda que muitas instituições estejam investindo nesse processo, o caminho para alcançar essa maturidade é longo, sobretudo entre os hospitais brasileiros. Desenvolvido pela Folks, consultoria especializada no tema, o Índice de Maturidade Digital para Saúde (em inglês Digital Maturity Index for Healthcare - DMI-H) analisa duas grandes dimensões: adoção de tecnologia e preparação para a jornada digital.

O recorte feito no final de 2022 aponta que o nível de maturidade  digital das instituições é de 44% (numa escala de 0 a 100). 

O Mapa da Transformação Digital nos Hospitais Brasileiros 2022 é uma pesquisa viva, que está sempre acontecendo, na qual  hospitais participam voluntariamente respondendo a um questionário on-line. A pesquisa ajuda  empresas se localizarem em suas jornadas. O resultado é uma amostra de 175 hospitais que participaram da pesquisa, mas que não reflete um estudo nacional.

O nível de 44% representa o segundo estágio dos quatro níveis de maturidade, o de evolução. Esta etapa é caracterizada pelo uso de algumas soluções básicas e pela compreensão da importância da transformação digital por parte da liderança.

Ainda há uma percepção equivocada de que a transformação digital se restringe ao investimento em equipamentos, quando na verdade ela envolve muitos outros aspectos”, explica o CEO da Folks, Cláudio Giulliano.

A análise da Folks avalia duas dimensões: adoção de tecnologia e preparação para a jornada digital, e cinco domínios: serviços e aplicações, infraestrutura e arquitetura, dados e informações, estratégia e governança, e estrutura e cultura.

Na análise que abrange o período de 2019 a setembro de 2022, Dados e Informações (com índice 32%) é o domínio com maior espaço para avanço, seguido por Estratégia e Governança (35%), Estrutura e Cultura (40%), Infraestrutura e Arquitetura (43%) e Serviços e Aplicações (50%).

Mindset de inovação e capacitação para maturidade digital

Embora o índice apresente um avanço, olhar mais de perto para alguns aspectos da pesquisa ajuda a compreender que, muito mais do que tecnologia, a transformação digital demanda uma mudança de mindset.

Os líderes reconhecerem a transformação digital como relevante para a instituição é um dos critérios avaliados pelo índice. Muitos admitem essa importância, no entanto, apenas 13% das instituições participantes conta com um plano estruturado para promover essa transformação. “Existe uma grande diferença entre dizer que a diretoria conhece o assunto e está afim de fazer, e a que tem um plano”, ressalta Giuliano.

A cultura de inovação também é determinante no avanço da maturidade digital das organizações. Empresas que estão focadas em modelos mais modernos de gestão e que cultivam essa cultura tiveram mais avanços. “O que faz a transformação acontecer são as pessoas, os líderes. É necessário um mindset digital”, avalia.

Dentro desse aspecto, o investimento em capacitação digital das equipes também é necessário. “70% dos hospitais avaliados não têm um programa de capacitação digital dos colaboradores”, destaca. Com os treinamentos sobre tecnologias e os impactos que podem trazer dentro das organizações, as equipes podem contribuir mais com o avanço na transformação digital.

Ainda envolvendo o pilar de pessoas dentro da transformação digital, a integração e colaboração interna entre os profissionais e ediferentes áreas aceleram o amadurecimento digital dentro das empresas. “Tem que promover colaboração interna. Geralmente nos hospitais,  tem ‘o pessoal da TI’ e  os gestores/profissionais de saúde, precisa estabelecer diálogos mais comuns entre eles”, reforça Giuliano.

Neste contexto, o papel do profissional de saúde digital é muito bem-vindo.Médicos e enfermeiros que estão se especializando em saúde digital são estratégicos dentro das instituições para estabelecer o diálogo. “Essa necessidade não é tão percebida pelos hospitais. Só 7% das instituições participantes têm profissionais com esse perfil e são parte dos grandes grupos. Profissionais de saúde que conhecem arquitetura de sistemas, padrões, e processos, e trabalham orientando como a tecnologia vai ser adotada”, analisa.

Por outro lado, também falta profissionais com essa formação no mercado. “A boa notícia é que médicos e enfermeiros descobriram essa área. Éuma evolução na carreira, muitos profissionais buscam pós-graduação em saúde digital fora do Brasil. Faltam cursos especializados nessa área. Nos Estados Unidos, há a especialização em Informática Clínica, no Brasil ainda não há. Isso está sendo trabalhado com Conselho Federal de Medicina por meio da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS)”, relata.

Evolução da tecnologia na maturidade digital

O levantamento da Folks aponta ainda que Dados e Informação é o domínio que mais tem espaço para crescer dentro das organizações participantes. O índice alcançado é caracterizado pelo uso de algumas tecnologias básicas por parte dos hospitais.  

“O básico ainda é a adoção de um sistema de gestão hospitalar que acompanha a operação. Muitas estão trocando os sistemas, a base ainda é estruturante. Quem já tem este tipo de sistemadetém uma base mais sólida, já estão trabalhando em estruturar informações clínicas e adotar tecnologias de apoio à decisão clínica, com ou sem inteligência artificial”, aponta o CEO da FOLKS.

A evolução acontece com a integração da Internet das Coisas Médicas,  do uso de AI e das tecnologias voltadas para o uso de dados. O próximo passo para o amadurecimento digital é as tecnologias para o digital front door, no qual todas as interações com o paciente estão integradas, como ponto de agendamento on-line, aplicativo, CRM e telemedicina.

“Tudo isso é fonte de investimentos. Os hospitais estão investindo e aumentando a sua maturidade digital. Mas vale lembrar que a reparação para a jornada digital inclui tecnologia e pessoas. O hospital compra a tecnologia, mas se ele não treinar o médico em telepropedêutica, por exemplo, não adianta. Como faço um exame, se eu não treinar o médico? É uma mudança de cultura. E para mudar cultura, precisa mudar resultados.e Ao verem novos resultados, as pessoas passam a enxergar outras possibilidade”, finaliza.

O questionário sobre o maturidade digital segue aberto na página da Folks. Para participar, acesse: DMI-H | FOLKS.

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Proteção de dados nas redes hospitalares do Brasil

Acelerado pela pandemia, o futuro da medicina chegou antes do previsto e hoje a telemedicina, Internet das Coisas Médicas (IoMT) e computação em nuvem são realidades das redes hospitalares em todo o mundo. Porém, junto com as inovações, vem as reponsabilidades, em especial, a de tratar os dados coletados e armazenados, tanto para a proteção dos pacientes, médicos e empresas, quanto para o cumprimento das legislações vigentes.

O Dia Internacional da Proteção de Dados, celebrado no dia 28 de janeiro, evidencia as tecnologias aplicadas aos mais variados setores, incluindo o hospitalar, e a importância da proteção dos direitos fundamentais de liberdade e de privacidade, por meio da proteção de dados pessoais.
Tanto na tomada de decisão, como para o ganho de velocidade nos diagnósticos, o uso da Inteligência Artificial se tornou essencial. “Com o uso da IA o foco do corpo clínico pode passar a ser ao tratamento de casos mais graves, bem como auxiliar no acompanhamento da jornada dos pacientes no dia a dia. Mas não podemos nunca deixar de lado que, além de um sistema para comunicação entre médico e médico e médico e paciente, é preciso garantir a segurança dos dados repassados, além do armazenamento seguro destas informações”, conta Alex Julian, CIO da Kora Saúde.  

Em 2022, houve uma evolução de 35% no valor investido, na Kora, para deixar os processos ainda mais seguros. São mecanismos que permitem atendimento integrado entre as unidades, teleatendimento, compartilhamento de resultados de exames, dentre outras facilidades, com o cuidado com os dados pessoais dos pacientes em primeiro lugar. De acordo com estudo “DATA PRIVACY DAY – Indicadores Globais 2022”, realizado pelo L.O. Baptista, a área da saúde figura entre as que mais sofreram sanções, internacionalmente, ao longo de 2022. Em todo o mundo, nunca foi tão relevante – e obrigatório – o cuidado com a privacidade.


A pesquisa traz um pouco da visão comparada sobre a atuação das autoridades nacionais de proteção de dados pelo mundo, tipos de sanções e valores de multas aplicadas. O estudo apurou que nos Estados Unidos, por exemplo, as autoridades multaram uma série de empresas por não cuidarem corretamente das informações de saúde eletrônicas. Fabrício Polido, advogado e sócio do escritório, comandou o levantamento destaca que os principais pontos autuados foram:

Falhas de segurança;

Violação das obrigações legais de proteção de dados;

Acesso não autorizado a dados de titulares e informações de saúde.

As multas, nestes casos, variaram de US$ 2,5 mi a US$5,5 mi. Avaliamos as experiências e práticas envolvendo os processos fiscalizatórios e sancionatórios em perspectiva comparada. Ao longo do estudo, observamos o comportamento das autoridades na apuração de violações às leis de privacidade, as autuações promovidas e os maiores e menores valores das multas aplicadas. Assim como a saúde, as áreas de tecnologia, telecom, varejo, finanças, serviços e mídias digitais estão sob forte vigilância das autoridades. Porque são áreas que lidam com tratamento intensivo de dados pessoais”, explica o advogado.


No caso de agentes da indústria de saúde, existem outras preocupações setoriais em relação a procedimentos fiscalizatórios e sancionatórios pelas autoridades, que têm se concentrado em revisar a conformidade às regras de privacidade e proteção de dados e as salvaguardas de segurança de informações protegidas de saúde de titulares de dados. A análise se soma às expectativas da publicação da regulamentação de dosimetria e aplicação de sanções pela ANPD, programada para fevereiro. “Será um dos maiores produtos regulatórios da autoridade brasileira. Sem dúvida se juntando às melhores práticas em proteção de dados ao redor do globo”, finaliza Polido.

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O HOJE

Para STJ, empresa inativa enseja rescisão de plano de saúde coletiva

            Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, decidiu que a inatividade da empresa contratante de plano de saúde coletivo autoriza a rescisão unilateral do contrato pela operadora. Segundo o colegiado, os beneficiários do plano coletivo são vinculados a uma pessoa jurídica, cuja inatividade rompe o vínculo e impede a manutenção do plano contratado. Com esse entendimento, a turma deu parcial provimento ao recurso especial de uma operadora de plano de saúde que buscava confirmar a rescisão do contrato com uma empresa inativa desde 2008. Apesar da inatividade, o colegiado considerou que a notificação da rescisão foi feita de forma inadequada e determinou que os beneficiários sejam devidamente comunicados do fim do vínculo contratual. A relatora do recurso, ministra Nancy Andrighi, destacou que o vínculo entre o grupo beneficiário do plano e a pessoa jurídica contratante é condição para que o contrato coletivo seja válido. Logo, a inatividade da empresa autoriza a exclusão ou a suspensão da assistência à saúde dos beneficiários do plano coletivo, afirmou. “Se a inatividade da empresa implica o rompimento do vínculo havido entre o titular e a pessoa jurídica contratante, é, consequentemente, circunstância que impede o cumprimento dos requisitos de elegibilidade previstos nos artigos 5º e 9º da Resolução Normativa 195/2009 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), indispensáveis à celebração e à manutenção do contrato de plano de saúde coletivo”, apontou a magistrada.

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O ESTADO DE S.PAULO

Ministério da Saúde investiga desvio de medicamentos para garimpeiros

Ofício da Fiocruz alerta para venda de remédio de malária por mineradores em reserva indígena; grupos ligados à extração ilegal dominam unidade de saúde

RAPHAEL ALVES/EFE

Até no transporte de lotes de remédios para a reserva há problemas

O Ministério da Saúde investiga denúncias de desvio de remédios destinados aos Yanomamis para garimpeiros. Em ofício do último dia 18, a Fiocruz relata ter recebido a informação de que medicamentos para malária estão sendo vendidos por mineradores irregulares na reserva indígena, em Roraima.

"Tendo Farmanguinhos entregue toda a produção ao Ministério da Saúde", diz a Fiocruz no documento, em referência ao remédio artesunato + mefloquina, "vimos a necessidade de informar-lhes a fim de que medidas possam ser tomadas para que o rastreio da distribuição desse medicamento possa ser feito e apurado o fato relatado". Profissionais de saúde que atuaram no atendimento a indígenas nos últimos anos também fizeram relatos semelhantes ao Estadão.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já mandou investigar a gestão Jair Bolsonaro por suspeita de genocídio dos povos indígenas e omissões, além do descumprimento de decisões judiciais que determinavam o reforço nas políticas de atenção a essas comunidades.

Os garimpeiros saem da capital Boa Vista com os medicamentos para vender para os que ficaram em campo, segundo disse ao Estadão um enfermeiro que trabalhou por oito anos na terra indígena Yanomami. A estimativa é de que há 20 mil garimpeiros na reserva.

Segundo esse enfermeiro, que prefere não se identificar, os desvios do produto ocorriam na área de Logística da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde. No transporte dos lotes até a reserva, também são relatados problemas. "Durante o translado na aeronave, o medicamento some", disse outro técnico com passagem pela Sesai.

Na reserva, os profissionais da saúde, por medo, acabam também atendendo garimpeiros. Isso agrava a falta de remdios. Grupos ligados à mineração ilegal dominam áreas dentro da reserva, incluindo até uma unidade de saúde. "Ocorre a troca de remédio por ouro", afirma Junior Hekurari, do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi).

O desvio, bem como acusações de servidores que negociam com garimpeiros, já haviam sido levantadas em audiência da Câmara dos Deputados em junho de 2022. Após questionamentos da deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), Paulo Teixeira de Souza Oliveira, delegado da Polícia Federal, que representou o Ministério da Justiça e Segurança Pública, disse que "esse crime de comércio de ouro, cometido supostamente por servidores, em troca de comida e vacina" está sendo investigado.

"A informação da nossa Superintendência de Roraima é de que existe um inquérito aberto. Esse fato foi noticiado pela mídia e esse inquérito está em andamento. É claro que vamos preservar o sigilo até mesmo em interesse do resultado útil da investigação. Mas, sim, os fatos estão sendo apurados", disse o delegado à época. Questionada pela reportagem, a PF não respondeu até as 2ih de ontem. O Estadão também não conseguiu contato com Joenia, presidente da Fundação Nacional dos Povos Originários (Funai).

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PORTAL UOL

Consumir ultraprocessados eleva risco de 34 tipos de câncer (alguns raros)

O consumo de alimentos ultraprocessados contribui, e muito, para aumentar o risco de incidência e morte por diversos tipos de câncer --inclusive alguns tipos mais raros, como o de ovário. A conclusão é de um estudo obtido com exclusividade pelo O Joio e o Trigo, que acaba de sair na revista eClinicalMedicine, e adiciona mais evidências ao que pesquisadores de diferentes áreas vêm falando há anos.Liderado por Kiara Chang, pesquisadora de políticas de saúde pública no Imperial College de Londres, o estudo avaliou o aumento de incidência e mortes causadas por 34 tipos de câncer em pessoas com idade entre 40 e 69 anos.

Para isso, a equipe de pesquisadores recolheu dados alimentares entre 2009 e 2012 de 197.426 pessoas registradas no UK Biobank - uma base de dados biomédicos que abrange meio milhão de britânicos - e as acompanhou até janeiro de 2021.

Dicas de saúde, alimentação e bem-estar em um único aplicativo. Baixe aqui VivaBem UOL Um dos cuidados que a equipe teve, conta Chang, foi não incluir pessoas que tivessem princípio de câncer. Todos os participantes não tinham a doença quando entraram no estudo. "Ao final do período, quase 16 mil destas pessoas desenvolveram algum tipo de câncer e outras quatro mil morreram pela doença," conta a pesquisadora.

Cada aumento de 10% no consumo de ultraprocessados aumentou o risco de câncer em geral em 2%, e o risco de mulheres desenvolverem câncer de ovário aumentou em 19%.

Este pequeno incremento no consumo também aumentou o risco de morte pela doença de forma geral (6%), por câncer de mama (16%), e por câncer de ovário (30%).

Segundo Renata Levy, coautora e pesquisadora das escolas de Saúde Pública e de Medicina da USP, os resultados não são exatamente surpreendentes.

"É um resultado denso, mas esperado. Isso, em função das condições associadas ao câncer que esses alimentos provocam - como diabetes, hipertensão e obesidade- , ou pelo desbalanço nutricional que produtos ricos em gordura e pobres em proteínas trazem Renata Levy, pesquisadora das escolas de Saúde Pública e de Medicina da USP

Também há o efeito de outros componentes como aditivos, corantes artificiais e emulsificantes. "Eles têm sido associados a alterações na microbiota intestinal e podem ser um dos mecanismos que, por via do acúmulo prolongado e crônico, podem desencadear a doença."

Apesar de o resultado estar dentro do esperado, tanto Levy quanto Chang se disseram surpresas com o aumento no risco de desenvolvimento de câncer de cérebro e de ovário, que são tipos relativamente mais raros da doença. "Conseguimos observar isso por causa do grande número de pessoas envolvidas no estudo," diz Chang. "Agora, precisamos esperar para ver se estudos posteriores confirmam essa tendência que detectamos," afirma, por sua vez, Levy.

A pesquisa é a primeira a fazer uma ligação direta entre diversos tipos específicos de câncer e o consumo de ultraprocessados. Apenas duas pesquisas anteriores - uma na França e outra nos Estados Unidos- analisaram a relação entre má alimentação e incidência de cânceres mais comuns, como de mama, próstata e colorretal, com resultados que vão ao encontro dos achados no estudo realizado no Reino Unido.

Imagem: Arte o Joio e o Trigo Consumo vem aumentando no BrasilSegundo especialistas ouvidos pelo Joio, a pesquisa é importante porque o consumo de ultraprocessados vem aumentando no Brasil.De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, entre 2002 e 2003 a presença de ultraprocessados na mesa do brasileiro era de 12,6% --no entanto, entre 2017 e 2018, o consumo saltou para 19,7%.

A distribuição desse consumo, ainda de acordo com o IBGE, varia conforme a idade:

entre adolescentes até 18 anos, os ultraprocessados ocupam 26,7% da dieta;entre adultos até 59 anos, o consumo é de 19,5%;entre maiores de 60 anos, é 15,1%.Salgadinhos, biscoitos, macarrão instantâneo, comidas congeladas, salsichas, refrigerantes e iogurtes são alguns exemplos de alimentos ultraprocessados.

O Brasil perde 57 mil vidas ao ano por conta do consumo de ultraprocessados - número maior do que o de homicídios, que mataram 45,5 mil brasileiros em 2019.

Imagem: Denise Matsumoto/ O Joio e O Trigo Para Larissa Brussa, doutora em genética e analista de pesquisa e desenvolvimento do Grupo Fleury, o estudo traz evidências bastante robustas sobre a relação entre câncer e consumo de ultraprocessados graças ao grande número de envolvidos e "por conta do nível de detalhe com que olham para os diferentes tipos de câncer, algo difícil de fazer neste tipo de análise."

Brussa diz que, apesar de as condições ambientais e fatores genéticos serem diferentes no Reino Unido e no Brasil, é muito provável que os resultados se apliquem por aqui e em outros países.

Renata Levy explica que, assim como nas pesquisas que relacionam o fumo ao câncer de pulmão, os resultados que encontraram são válidos para múltiplos cenários e países. "Isso porque ajustamos as condições para diversos fatores, dentre eles o consumo de álcool, histórico de câncer na família, índice de massa corporal, obesidade - para termos certeza de que estávamos olhando para as causas diretas do câncer. Fizemos estes ajustes para ter certeza de que não estávamos sendo confundidas por outras condições ou doenças."

Quase metade das calorias (48,6%) consumidas pelos participantes do estudo vinha de alimentos ultraprocessados."A porcentagem é alta, mas ainda assim é um pouco menor que a média do consumo do britânico, de 54%" diz Chang.

A título de comparação, segundo o IBGE, mais da metade das calorias consumidas pelos brasileiros (53,4%) vem de alimentos in natura ou minimamente processados. Mas isso não é motivo para relaxar, diz Ana Paula Natividade, médica e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Com o avanço da fome, que atinge 33 milhões de brasileiros, e da insegurança alimentar, que atinge outros 92 milhões, o contingente de pessoas vulneráveis ao consumo de ultraprocessados é imenso. "O desafio é acabar com a fome e ao mesmo tempo garantir que as pessoas tenham uma alimentação minimamente saudável," avalia ela.

Uma doença cara, mas evitávelDados da OMS mostram que o câncer é uma das principais causas de mortalidade no mundo.

Em 2020, praticamente uma em cada seis mortes foi causada pela doença, que ceifou quase 10 milhões de vidas naquele ano.No Brasil, mais de 230 mil pessoas morrem de câncer e cerca de 450 mil novos casos são diagnosticados anualmente, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). Entre os brasileiros, a doença é a segunda maior causa de mortalidade.

Se, por um lado, o câncer traz um grande custo emocional e financeiro para pacientes e suas famílias, por outro, traz também um grande custo para a saúde pública.

De acordo com o Inca, os gastos com pacientes com mais de 30 anos com algum tipo de câncer atribuído à alimentação, nutrição e atividade física vai aumentar muito nos próximos anos. Em 2018, o SUS despendeu R$ 338 milhões para estes casos. Em 2030, a estimativa é que sejam gastos R$ 828 milhões - 145% a mais.

A maior previsão de aumento nos gastos deve ser com cânceres provocados pelo consumo de carne processada (bacon, salame, presunto e linguiça), principalmente o colorretal. Em 2018, foram gastos R$ 28 milhões com casos atribuídos a esse consumo, e em 2030 isso pode aumentar para R$176 milhões - um salto de 529%.

O aumento tem motivo: segundo dados do IBGE, o consumo desse tipo de alimento praticamente dobrou entre 2008-09 e 2017-18, passando da casa dos 30% para cerca de 60% entre homens e mulheres maiores de 20 anos no Brasil.

Se cada brasileiro consumir menos de 50 gramas por dia de carnes ultraprocessadas, a economia para o sistema de saúde pode chegar a quase R$170 milhões até 2040.

Para a coautora Fernanda Rauber, também pesquisadora das escolas de Saúde Pública e de Medicina da USP, uma política pública para controle do consumo de ultraprocessados é fundamental. No Reino Unido, a regulação é muito deficitária, mas por aqui ela acredita que as políticas alimentares são avançadas. "O Guia Alimentar para a População Brasileira, de 2014, norteou várias ações e políticas públicas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar e as novas regras de rotulagem nutricional. Precisamos avançar em outras medidas, mas temos esta grande diferença em relação ao Reino Unido."

Consumir menos ultraprocessados alivia a saúde pública e poupa vidas. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, 40% dos casos de câncer poderiam ser evitados pela redução dos principais fatores de risco - dentre eles o consumo de ultraprocessados. O tratamento nos primeiros estágios da doença também é bastante importante: 30% dos casos podem ser curados se detectados e tratados adequadamente no início da doença.

Para Ana Paula Natividade, da Fiocruz, uma grande barreira para que o consumo de ultraprocessados diminua - e com ele os cânceres e as outras doenças que provoca - é a força da indústria alimentícia, cujo lobby é transnacional.

"Assim como temos uma Convenção-Quadro que estabelece diretrizes para o controle do consumo de tabaco, deveríamos ter um tratado parecido para limitar o poder das indústrias de ultraprocessados e o consumo desses produtos", defende.

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O POVO

Cremerj entra na Justiça para impedir recontratação de médicos cubanos

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro () ingressou com uma ação civil pública para impedir a recontratação de médicos formados no exterior, sem revalidação do diploma, para atuar no programa Mais Médicos. O objetivo é evitar, em caráter liminar, o retorno de profissionais sem o registro no CRM para participar de um novo processo de chamamento para atuarem no estado do Rio de Janeiro.

O tomou a iniciativa após uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que autorizou o governo federal a recontratar médicos cubanos que integravam o programa. Para o a decisão é arbitrária, desafia a lei, compromete a separação de Poderes e coloca em risco a saúde pública da população.

Na petição, o conselho explica que, sem o CRM, não pode aplicar sanções em caso de infração ao Código de Ética Médica nem fiscalizar o exercício da prática médica no estado. Ambas as situações expõem diretamente à população e podem acarretar prejuízos na qualidade da assistência dos pacientes.

No texto, a autarquia afirma que "é notório que a recontratação dos profissionais por apenas mais um ano não é medida hábil a sanar o déficit de profissionais nas regiões mais desfavorecidas do país". Outro trecho do documento aponta que "a medida só mascara um problema existente, deixando a população desamparada quanto a eventuais falhas técnicas e de conduta praticada por esses profissionais, que, por não obterem registro à luz da legislação pátria, não são médicos".

A revalidação do diploma de medicina no Brasil é feita por meio do Revalida, exame de responsabilidade do Ministério da Educação. Todos os profissionais, inclusive brasileiros, formados em medicina por faculdades estrangeiras devem passar pela revalidação do diploma. O reconhece a importância desse processo e só emite CRM para médicos formados no exterior mediante toda a documentação necessária.

"Não podemos concordar com uma decisão arbitrária, que coloca em risco a saúde da população. Esperamos que o Judiciário entenda a nossa preocupação e estamos à disposição para oferecer todos os esclarecimentos", disse o presidente do , Clovis Munhoz.

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MEDICINA S/A

Artigo - Danos graves evitáveis: a agenda da Segurança do Paciente no Brasil

Por Victor Grabois e Aline Albuquerque

Em 1º de abril de 2023 completam-se 10 anos da criação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). A criação do PNSP foi uma resposta à ocorrência sistemática de erros associados aos cuidados de saúde, chamados erroneamente, até hoje, de "erros médicos". De 2013 a 2018, o Comitê de Implementação do PNSP exerceu suas atividades, que envolviam iniciativas significativas e um importante papel consultivo no âmbito do Ministério da Saúde. O Comitê foi desarticulado no contexto da política do governo passado, de enfraquecimento da participação social.

Impulsionado pela criação do PSNP, verificou-se um movimento pulsante em prol da segurança do paciente no Brasil país. Assim, foram feitos inúmeros progressos na organização das unidades de saúde, principalmente hospitais, na provisão de uma assistência mais segura. Foram implantados núcleos de segurança do paciente em todo o país, com a tarefa de elaborar planos de ações, implementar práticas de cuidado mais seguras, educar os profissionais de saúde e notificar a ocorrência de danos no cuidado. Também foram realizadas mudanças nos currículos da formação universitária em saúde.

Todas essas ações nos âmbitos institucional, político e educacional impactaram positivamente centenas de unidades de saúde e o tema Segurança do Paciente começou a fazer parte da agenda da gestão da saúde nos municípios, nos estados e na União. Mas, apesar desses progressos, ainda não se pode constatar uma diminuição expressiva nos danos aos pacientes hospitalizados ou atendidos em clínicas de família, centros de saúde, UPAs e maternidades, ao longo dos últimos 10 anos, os quais se mantiveram como parte do cotidiano dos serviços de saúde em todo o país.

A pandemia da Covid-19 também contribuiu para certo grau de desorganização de práticas mais seguras, considerando que as prioridades passaram a ser claramente a disponibilidade de leitos, de respiradores, de profissionais e mesmo de oxigênio medicinal. A despeito da pandemia, as notícias das últimas semanas talvez pelo acúmulo num período curto de tempo, da ocorrência de danos gravíssimos aos pacientes, como óbito ou lesões graves são chocantes para todos nós e chamam atenção para questões estruturais dos serviços de saúde do país.

Uma gestante saudável tem sua mão e punho amputados no pós-parto, em decorrência de um procedimento de rotina para administração de medicamentos na veia. Outra gestante morre numa ambulância após a queda de um equipamento médico em seu corpo. Também temos acompanhado notícias de estupro de vulneráveis em hospitais e UPAs. Ainda que não estejam disponíveis ou não tenham sido realizadas análises profundas das causas que levaram a esses eventos, podemos afirmar que eram evitáveis, considerando a disponibilidade de evidências científicas e do conhecimento acumulado para a sua prevenção.

Diferente de tragédias na aviação (voo AF 477 Rio-Paris), de catástrofes ambientais (Mariana, Brumadinho, Golfo do México) e em usinas nucleares (Chernobyl e Fukushima) que envolveram elevado número de vítimas num único evento, os danos associados ao cuidado de saúde gravíssimos e evitáveis distribuem-se por todo o mundo e em nosso território nacional, especialmente, ocorrendo em qualquer serviço de saúde, seja público ou privado. Ao se contabilizar os casos individuais de óbitos e de lesões graves associados aos cuidados em saúde, temos a sensação de que estamos falhando, como sociedade, e de que precisamos urgentemente rever nossos valores coletivos.

É importante nos indagarmos: é possível retomar o rumo da Segurança do Paciente e desenvolver um caminho onde o direito ao cuidado de saúde seguro seja uma realidade? O Brasil dispõe de conhecimento, organizações, pesquisas e profissionais qualificados para reverter esse quadro. Mas, antes de tudo, a decisão que precisa ser tomada é no nível ético. A sociedade brasileira deve se comprometer com o respeito aos pacientes e ser intransigente com a eliminação dos danos graves e evitáveis associados ao cuidado em saúde. O acesso a esses cuidados é essencial e um direito, mas acesso sem segurança não é efetivação de direito, mas sim sua violação. Não podemos mais ouvir uma mãe dizer que não consegue amamentar ou dar banho em seu bebê por ter a mão e o punho amputados no pós-parto. Nunca mais!

*Victor Grabois é presidente da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP), médico sanitarista, mestre e doutor em saúde pública e coordenador executivo do Proqualis/Icict/Fiocruz.

*Aline Albuquerque é diretora SOBRASP, advogada da União, doutora em Ciências da Saúde e professora de Pós-Graduação em Bioética da UNB.

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PORTAL G1

Preso em operação contra fraude em OS, irmão do ex-secretário Ismael Alexandrino deixa prisão, diz polícia

Daniel Alexandrino ficou 4 dias preso na Delegacia de Capturas, em Goiânia. Ismael foi alvo de busca e apreensão da polícia.

Preso em operação que investiga fraude em Organizações Sociais, Daniel Alexandrino, irmão do ex-secretário estadual de Saúde Ismael Alexandrino, deixou a prisão na segunda-feira (30). Daniel ficou 4 dias preso na Delegacia de Capturas, em Goiânia. Ismael foi alvo de busca e apreensão da Polícia Civil.

Daniel foi preso em casa, em São Luís de Montes Belos, em 26 de janeiro. Ele é suspeito de envolvimento na contratação irregular de uma empresa por uma organização social que administra hospitais em cidades de Goiás.

Além dele, duas pessoas apontadas como laranjas no esquema também foram presas: Andréia Lopo de Oliveira Silva e Fernando Borges de Oliveira. Eles também saíram da prisão. Andréia e Fernando constam como sócios na empresa Amme Saúde, investigada na operação, e que seria, na realidade, de propriedade de Daniel Alexandrino.

g1 não conseguiu contato com a defesa de Daniel Alexandrino e dos demais suspeitos até a última atualização dessa reportagem.

A defesa de Ismael Alexandrino, agora deputado federal de Goiás, eleito pelo PSD, informou que ele colabora com a investigação e que, durante a gestão à frente da SES, Ismael sempre garantiu total transparência em todos os processos da pasta.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás informou, na sexta-feira (27), que a ação é reflexo do trabalho de uma força-tarefa instalada na SES por determinação do governador Ronaldo Caiado, com participação da Controladoria-Geral do Estado, antes da atual gestão da secretaria.

Segundo as investigações, o dinheiro saía da Secretaria de Estado da Saúde e era repassado para a organização social Instituto Brasileiro de Gestão Compartilhada (IBGC). A OS, por sua vez, subcontratava a Amme para prestar serviços médicos em três hospitais do estado.

Investigação

As investigações começaram após a polícia receber informações sobre irregularidades nos contratos de gestão da OS Instituto Brasileiro de Gestão Compartilhada (IBGC), que teria terceirizado o serviço para a empresa Amme Saúde. Ela seria registrada em nomes de laranjas, mas pertenceria, na realidade, a Daniel Alexandrino.

A OS é responsável por administrar cinco hospitais no estado. Nos contratos com o Hospital Estadual de Itumbiara e as Policlínicas das Regionais de São Luís dos Montes Belos e da cidade de Goiás, a suspeita é que houve um direcionamento à empresa terceirizada por meio de processos de contratações simulados.

Em nota divulgada em 26 de janeiro, a IBGC disse que ainda não tem conhecimento oficial de todos os dados contidos nos mandados, mas está colaborando com as investigações. "O IBGC reafirma que será mantida a regularidade do atendimento à saúde e gestão nas Policlínicas e unidades de saúde administradas por essa Organização Social", informou.

“A organização social pode subcontratar esse serviço concedido a ela. A OS não é obrigada a fazer um processo de licitação, eles adotam um procedimento de concorrência simplificado. E esse processo é que há indícios de que foi direcionado a essa empresa vencedora por meio de simulação de concorrência”, disse o delegado Francisco Lipari.

Quem é quem

Daniel Alexandrino

Daniel é médico e tem especialização em cirurgia vascular e angiologia. Nas redes sociais, Daniel se apresenta como tenente da Marinha, gestor em saúde e trader.

Segundo as investigações, é o verdadeiro dono da empresa Amme Saúde, que foi contratada pela organização social Instituto Brasileiro de Gestão Compartilhada (IBGC) para prestar serviços a hospitais.

A Polícia Civil informou que o IBGC teria contratado de forma irregular a empresa terceirizada, já que havia o parentesco entre o verdadeiro dono e o então secretário de saúde, Ismael Alexandrino.

Andréia Lopo de Oliveira Silva

Andréia é registrada como parte do quadro de sócios da empresa Amme Saúde, investigada na operação. No site da Amme, ela é listada como responsável legal. No entanto, a Polícia Civil disse que ela é usada como laranja no esquema de fraude na contratação.

Fernando Borges de Oliveira

Fernando é administrador operacional e já trabalhou em várias instituições financeiras, segundo a defesa. O nome dele consta no site da Amme como um dos responsáveis pela empresa.

O advogado Valdemir Pereira da Silva informou que a defesa vai comprovar a inocência de Fernando no processo judicial.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 31 Janeiro 2023 07:32

CLIPPING AHPACEG 31/01/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Fiocruz denuncia desvio de remédios contra malária para garimpeiros

Irmão de Ismael Alexandrino deve sair da prisão nesta terça-feira

MV registra crescimento de aproximadamente 50% em vendas em 2022, impulsionada pela transformação digital da saúde

Fundos federais têm R$ 28 BILHÕES disponíveis para piso da enfermagem, diz Cofen

Pressão para garantir piso

Menina que teria sido estuprada por padrasto em UTI tinha passado por cirurgia para desobstruir artéria do coração, diz hospital

DIÁRIO DA MANHÃ

Fiocruz denuncia desvio de remédios contra malária para garimpeiros

A denúncia foi feita ao Ministério da Saúde (MS) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e confirmada nesta segunda-feira (30) à imprensa

Remédios contra a malária que deveriam estar sendo usados no povo yanomami estariam sendo desviados para garimpeiros que atuam ilegalmente no território indígena. A denúncia foi feita ao Ministério da Saúde (MS) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e confirmada nesta segunda-feira (30) à imprensa.

“No dia 18 de janeiro, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) enviou um ofício à Coordenação Geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos, da Secretaria de Ciências, Tecnologias e Insumos Estratégicos (MS), para notificar o órgão a respeito de informações sobre a comercialização ilegal de um lote de medicamento (artesunato + mefloquina) produzido pelo instituto para o tratamento de malária. O medicamento em questão estaria sendo vendido por garimpeiro em localidade próxima ao território indígena yanomami”, informou a Fiocruz em nota.

Segundo a fundação, o lote foi integralmente entregue ao Centro de Distribuição e Logística do MS, e a notificação por meio de ofício ocorreu como parte do protocolo interno, a fim de que o órgão esteja ciente e possa tomar as medidas que julgar cabíveis frente às informações compartilhadas.

As informações foram obtidas pela Fiocruz a partir denúncia. Questionado, o Ministério da Saúde informou que irá investigar junto aos órgãos competentes.

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JORNAL OPÇÃO

Irmão de Ismael Alexandrino deve sair da prisão nesta terça-feira

A Justiça determinou a soltura do médico Daniel Alexandrino, irmão do deputado federal eleito e ex-secretário de Saúde, Ismael Alexandrino. Ele foi um dos três presos na última quinta-feira, 26, pela Operação Sinusal, que apura desvio de dinheiro em organização social na área da saúde em Goiás. Os detidos devem sair da prisão nesta terça-feira, 31.

Quem assinou a ordem de soltura foi o juiz da 2ª Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, Alessandro Pereira Pacheco. Daniel Alexandrino é suspeito de corrupção e desvio de dinheiro. Ele é médico cirurgião vascular e angiologista. Segundo a investigação, ele seria dono de uma empresa registrada no nome de laranjas e que prestaria serviços a uma organização social que atua no Estado.

A polícia recebeu denúncias de irregularidades nos contratos de gestão da OS Instituto Brasileiro de Gestão Compartilhada (IBGC), que teria terceirizado o serviço para a empresa Amme Saúde. Ela seria registrada em nomes de laranjas, mas pertenceria a Daniel Alexandrino, segundo as investigações.

Na época das prisões, o IBGC divulgou uma nota que estava colaborando com as investigações e reafirmou que materia a regularidade do atendimento à saúde e gestão nas unidades de saúde que administra.

A defesa de Ismael, assinada pelo advogado Demóstenes Torres, esclarece que o ex-secretário estadual de Saúde Ismael Alexandrino está colaborando com as autoridades na investigação, inclusive ao fornecer a senha de seu aparelho de telefone celular.

Além das prisões temporárias de Daniel, Andreia Lopo e Fernando Borges, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio e sequestro de bens; A prisão temporária tinha duração de cinco dias e terminaria nesta terça-feira, 31. A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Decarp) tinha pedido a prorrogação das prisões com o argumento de que cinco dias não seriam suficientes para analisar o material apreendido pela operação.

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ABC DA COMUNICAÇÃO

MV registra crescimento de aproximadamente 50% em vendas em 2022, impulsionada pela transformação digital da saúde

A única healthtech brasileira a ultrapassar 4 bi de valor de mercado aponta tendências da saúde para 2023

Focada em reforçar a importância do cuidado com as pessoas e o futuro da saúde, a MV registrou em 2022 o melhor resultado de vendas da sua história. O recorde é reflexo do crescimento da adoção de tecnologias por parte das organizações e a grandeza do ecossistema de saúde construído pela companhia que dispõe de soluções para todo o setor. De janeiro a dezembro, a MV atingiu o montante de R$ 190 milhões em vendas, aumento de quase 50%, considerando o mesmo período de 2021. Os bons indicadores já vêm sendo atingidos ano a ano e a meta da healthtech é chegar a R$ 1 bilhão em receitas até os próximos anos.

De acordo com o MoVing The Future - "Panorama do uso do Prontuário Eletrônico do Paciente no Brasil", estudo realizado pela MV sobre tecnologias e tendências que estão impactando a transformação do cenário da saúde, a companhia é responsável pelos sistemas de gestão hospitalar em quase 1/5 dos hospitais do País. Os dados do relatório apontam que dos 1.429 hospitais brasileiros - entre privados, públicos, filantrópicos e Santas Casas de Misericórdia - que usam o HIS (Hospital Information System) da empresa, 89% utilizam o Prontuário Eletrônico do Paciente - PEP MV para oferecer mais qualidade, segurança e assertividade em suas rotinas assistenciais.

Nas tendências da evolução digital da saúde, a MV vem crescendo exponencialmente desde sua criação. São 35 anos de trajetória, mais 3 mil clientes, 125 mil leitos administrados por suas soluções, mais de R$ 60 milhões de vidas impactadas pelas tecnologias, além de 214 mil médicos que fazem parte dos 600 mil profissionais que utilizam as soluções MV. Nesse mercado a healthtech atua em 33% do market share de hospitais brasileiros de grande porte e mais 30% do setor de operadoras de planos de saúde do País, sendo que no meio Unimed fornece soluções para 2/3 das operadoras Unimed.

Com o compromisso de fornecer uma base sólida para um atendimento de saúde de qualidade no Brasil, a MV ultrapassa as fronteiras e vem se consolidando no mercado da América Latina, com a expectativa de atingir todos os países até 2025. Atualmente, está presente na República Dominicana, Panamá, Peru, Equador, Guatemala, Uruguai e Argentina.

Para fortalecer seu ecossistema de soluções para a saúde, a MV já realizou mais de uma dezena de aquisições na última década e continua reforçando a presença no segmento da saúde 360. "Procuramos sempre buscar boas oportunidades que possam ajudar a alavancar a transformação digital da saúde. Estamos de olho nesse movimento. Cada vez mais opções estão surgindo e, para o crescimento do polo tecnológico da saúde do Brasil e na América Latina, isso é muito importante", afirma o CEO da MV, Paulo Magnus.

Na opinião do executivo, a agenda para 2023 deve ser pautada ainda mais por inovações que tragam segurança e qualidade aos serviços assistenciais. Entre elas, a integração de sistemas,

automatização de processos, ampliação da telemedicina, além de ferramentas apoiadas por Inteligência artificial, 5G, Big Data e Analytics, robótica e monitoramento de dados. "A MV oferece ao mercado diversas tecnologias para facilitar a rotina na saúde e a evolução é guiada pela transformação desse setor. Seguimos atentos nessas tendências".

O futuro aponta para adoção de soluções que auxiliem o cuidado com a saúde e não da doença. Um exemplo é o uso de dispositivos que monitoram os parâmetros de saúde, com administração terapêutica de forma autônoma, ao mesmo tempo que integram o paciente com os cuidadores e a comunidade onde se insere. "Essa conexão atinge proporções ainda maiores para a gestão da saúde, principalmente na hora de facilitar a troca de informações entre médicos e todo o ecossistema do setor, para analisar tudo em tempo real. A integração de dados tem sido um dos grandes desafios do segmento. E isso, invariavelmente, nos leva às discussões sobre a importância da interoperabilidade entre sistemas.", comenta Paulo Magnus.

Considera-se que 2022 foi um ano desafiador para a saúde, mas, de um modo geral, favorável à tecnologia. "Para a sociedade pós-pandemia, a adoção de tecnologia da saúde se tornou indispensável. No entanto, apesar dos avanços, o caminho a ser traçado ainda é longo se considerarmos as evoluções que precisam ser aplicadas pelas instituições. É preciso adotar soluções inovadoras e inteligentes para facilitar o acesso das pessoas a direitos fundamentais".

Antenada nesse cenário, a MV investe anualmente R$ 60 milhões em pesquisa e desenvolvimento. "Fazemos um esforço diário de criar e oferecer ao mercado os melhores softwares para apoiar a gestão e a assistência da saúde brasileira, contribuindo com instituições ainda mais tecnológicas e uma sociedade mais saudável", afirma o CEO.

Destaques de 2022

A MV expandiu a área de atuação, lançando a Fintech MV Bank, criada para descomplicar e facilitar as transações financeiras entre os hospitais fornecedores e profissionais de saúde;

Lançou a Prescrição Digital, plataforma que acompanha toda a jornada, desde o atendimento médico até a compra do medicamento, agregando na mesma plataforma o prontuário do paciente, a prescrição médica, a possibilidade de busca pelo remédio, o pagamento e o delivery da medicação;

Comemorou os resultados da área Global Health, que traz soluções que integram todos os atores da saúde, entre eles hospitais, serviços de saúde, profissionais do setor, qualificando a jornada do paciente e colocando a pessoa no centro do cuidado. Uma das soluções da área é o aplicativo Personal Health, que reúne dados relevantes ao histórico de saúde, como as características físicas do paciente, suas comorbidades, uma lista de medicamentos que estão em uso, bem como alergias e sinais vitais. O hospital Mãe de Deus, Hospital Moinho de Ventos e a cidade de Votuporanga são os principais destaques que aperfeiçoaram seus sistemas de saúde com o app;

Promoveu o MV Experience Forum que, durante dois dias, trouxe uma programação intensa sobre saúde digital, reunindo mais de mil pessoas entre os principais líderes da saúde do Brasil e foi um importante reconhecimento da liderança da MV como empresa inovadora do mercado. Contou com diversos especialistas renomados, entre eles, os médicos Drauzio Varella e Margareth Dalcolmo;

A companhia é a primeira do setor a ser avaliada em R$ 4 bilhões, de acordo com o Santander.

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JORNAL DO COMMERCIO

Fundos federais têm R$ 28 BILHÕES disponíveis para piso da enfermagem, diz Cofen

Levantamento do Cofen, feito junto ao Tesouro Nacional, revela superávit mais que suficiente para bancar piso salarial da categoria -->

Nesta segunda-feira (30), o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) divulgou que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem elementos para afastar a medida liminar que suspendeu o piso nacional da enfermagem.

De acordo com levantamento feito junto ao Tesouro Nacional, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) constatou que os fundos públicos federais acumulam superávit de aproximadamente R$ 28 bilhões, que podem ser destinados para o pagamento do piso salarial da categoria imediatamente.

Além disso, segundo o Cofen, ainda existem recursos oriundos de royalties da exploração do pré-sal, que podem ser destinados à área da saúde e nunca foram utilizados.

PISO SALARIAL ENFERMAGEM COFEN

"Os recursos disponíveis são mais que suficientes para bancar o investimento no piso, que foi estimado em aproximadamente R$ 16 bilhões por ano. A distribuição desses valores vai ser regulamentada pelo governo federal dentro dos próximos dias, conforme indicou o Ministério da Saúde", considera a presidente do Cofen, Betânia Santos.

"Além disso, existem outras medidas já aprovadas e outras em andamento, como a destinação de verbas específicas para santas casas e a desoneração da folha de pagamentos do setor privado. Enfim, estamos muito próximas de um desfecho para essa luta que já leva mais de 30 anos."

PISO ENFERMAGEM 2023

Para o Cofen, a destinação desses recursos para o piso da enfermagem é a resposta definitiva para entes federativos que alegavam dificuldades para arcar com a medida.

"Esses recursos servirão justamente para atender estados e municípios que precisam de subsídios financeiros para valorizar a enfermagem", diz o conselheiro federal Daniel Menezes, que representa o Cofen no Fórum Nacional da Enfermagem.

"Estamos construindo uma solução plausível, sustentável e consensualizada com prefeitos, governadores, com o presidente da república e com todos os setores do mercado, para liquidar de vez todos os impasses", acrescenta.

A Lei nº 14.434, de 4 de agosto de 2022, fixou piso salarial em R$ 4.750 para enfermeiras e enfermeiros; 70% desse valor (R$ 3.325) para técnicas e técnicos em enfermagem; 50% (R$ 2.375) para os auxiliares de enfermagem e parteiras.

A medida é amparada pelas Emendas Constitucionais 124 e 127.

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CORREIO BRAZILIENSE

Pressão para garantir piso

O Fórum Nacional da Enfermagem convocou paralisação nacional de 24 horas para 14 de fevereiro em defesa do piso salarial nacional da categoria. Por meio das redes sociais, a entidade também convocou greve geral para 10 de março, caso a questão da fonte de recursos para pagamento do piso não seja resolvida até lá.

"Se o piso não chegar ao contracheque dos trabalhadores, a enfermagem vai entrar em greve a partir de 10 de março. Chega de enrolação. Chega de espera! A enfermagem não aguenta mais e merece ser valorizada!", afirma comunicado publicado pelo Fórum nas redes sociais.

A declaração foi divulgada após reunião do grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde para tentar resolver o problema, cujo prazo para debate terminou na última sexta-feira. Participam do colegiado representantes do Fórum Nacional de Enfermagem, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). O grupo deverá apresentar um relatório sobre o assunto. O Ministério da Saúde não se pronunciou.

De acordo com o deputado federal Bruno Farias (Avante-MG), o movimento de paralisação é necessário para pressionar o governo a editar medida provisória que garantirá o repasse, para a área de saúde, dos fundos necessários para garantir o pagamento do piso, estabelecido em R$ 4.750 para enfermeiros pela Lei 14.434, de agosto do ano passado. Pela lei, técnicos de enfermagem têm direito a 75% desse valor, e auxiliares e parteiras, a 50%.

O cumprimento do piso exigiria um montante de R$ 16 bilhões, segundo estudos da LCA Consultoria.

Por essa razão, a Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), alegando não haver fonte definida de recursos para o pagamento, entrou com ação direta de inconstitucionalidade contra a lei, no Supremo Tribunal Federal (STF). Em setembro, o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, atendeu ao pedido e suspendeu a aplicação da lei.

A suspensão se manteve mesmo após o Congresso ter aprovado, em dezembro, proposta de emenda à Constituição (PEC) que direciona recursos para o setor público e para as entidades filantrópicas e prestadores de serviços, desde que atendam a, pelo menos, 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Contudo, a proposta não vingou, uma vez que Barroso atendeu a novas alegações da CNSaúde e outras entidades para o não cumprimento do piso por empresas de saúde privadas, por falta de esclarecimento sobre a fonte de recursos.

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PORTAL G1

Menina que teria sido estuprada por padrasto em UTI tinha passado por cirurgia para desobstruir artéria do coração, diz hospital

Enfermeira percebeu o crime e chamou a Polícia Militar. O homem negou o crime e disse para a polícia que estava 'brincando'.

Por Rafael Oliveira, g1 Goiás

A menina de apenas 5 anos que teria sido estuprada por padrasto dentro de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tinha passado por cirurgia para desobstruir a artéria aorta do coração, segundo a assessoria do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).

O nome do suspeito não foi divulgado e, com isso, o g1 não conseguiu identificar a defesa dele até a última atualização da reportagem.

A criança está com bom estado de saúde, acordada e respirando normalmente, segundo o boletim médico desta segunda-feira (30). Ela está internada há um mês fazendo tratamento cardíaco.

O crime aconteceu no sábado (28). O hospital informou que uma enfermeira da UTI viu o homem passando o pé nas partes íntimas da menina e chamou a Polícia Militar. Na delegacia, o padastro, de 40 anos, negou qualquer abuso e disse que estava "brincando".

A Polícia Civil disse que o homem passou por audiência de custódia no dominho (29) e ganhou liberdade provisória para responder o processo em liberdade. O processo está em segredo de justiça.

Prisão

De acordo com a polícia, o padrasto foi preso em flagrante por estupro de vulnerável. O caso foi registrado inicialmente pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, mas será encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente para ser concluído.

"Ele não possui antecedentes. No momento da prisão, ele negou o abuso, disse aos militares que estava brincando. No interrogatório ficou em silêncio", disse o delegado Bruno Costa e Silva.

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Assessoria de Comunicação

 

Iniciativa visa apoiar a prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde, combater a disseminação da resistência aos antimicrobianos e promover a segurança do paciente em serviços de saúde do Brasil.

Com o objetivo de favorecer a implementação mais efetiva dos programas de prevenção e controle de infecção nos serviços de saúde do país, a Anvisa divulga diversas publicações baseadas nos componentes essenciais dos programas de prevenção e controle de infecções (PCIs) da Organização Mundial da Saúde (OMS), traduzidas para a língua portuguesa:


•             Orientações sobre os componentes essenciais dos programas de prevenção e controle de infecção em nível nacional e de serviços de saúde (Guidelines on Core Components of Infection Prevention and Control Programmes at the National and Acute Health Care Facility Level): o guia visa prevenir epidemias e pandemias causadas por doenças infecciosas, fortalecer a resiliência dos serviços de saúde e ajudar a combater a disseminação da resistência microbiana (RM) aos antimicrobianos. Ademais, a publicação pode apoiar os países no desenvolvimento de seus próprios protocolos (planos de ação de PCI e RM). O documento substitui a versão publicada pela OMS em 2009 (https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/copy3_of_CorecomponentsOMStraduoparaportugusFINAL.pdf).

•             Requisitos mínimos para programas de prevenção e controle de infecção (Minimum requirements for infection prevention and control programmes): o documento apresenta os requisitos mínimos dos programas de PCI em nível nacional e de serviços de saúde, identificados pelo consenso de especialistas de acordo com as evidências disponíveis e no contexto dos componentes essenciais da OMS. Disponível em https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/TraduoREQUISITOSMNIMOSPROGRAMASDEPCIOMSFINAL.pdf


 •             Aprimorar a prevenção e o controle de infecção nos serviços de saúde (Improving Infection Prevention and Control at the Health Facility): a publicação objetiva apoiar os serviços de saúde na implementação efetiva de seus programas de PCI, a fim de melhorar a qualidade e a segurança em serviços de saúde (https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/WHOHISSDS2018traducaoparaportuguesFINAL.pdf).

Além disso, foi realizada a tradução livre e a adaptação de documento da OMS, com o propósito de reforçar a aquisição de conhecimento e competências específicas dos profissionais que atuam na prevenção e no controle de infecção em serviços de saúde.

•             Competências essenciais para profissionais de prevenção e controle de infecção (Core Competencies for Infection Prevention and Control Professionals). Disponível em https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/resolveuid/501b588456674b70ab023b8f25d4c54e

A Anvisa espera que a disponibilização das publicações da OMS traduzidas para a língua portuguesa, realizada com recursos advindos da cooperação técnica existente entre a Agência e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), possa apoiar a prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde (Iras), combater a disseminação da resistência aos antimicrobianos e promover a segurança do paciente em serviços de saúde do Brasil. (Fonte: Anvisa)

Segunda, 30 Janeiro 2023 11:53

CLIPPING AHPACEG 30/01/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Reajuste anual de planos de saúde pessoa física

Planos de saúde fecharam 2022 com 50,5 milhões de beneficiários

OMS decide manter nível máximo de alerta para pandemia de Covid-19

Repetir erros é o maior risco para a nova versão do Mais Médicos

Justiça autoriza recontratação de cubanos do Mais Médicos

Governo goiano quer ampliar assistência à saúde das pessoas trans

Padrasto é preso suspeito de estuprar enteada internada na UTI do Hugol

Enfermeiro que sonha cursar medicina cria o próprio boneco de anatomia para ajudar treinamento de colegas

OMS pede investimento para combater doenças tropicais negligenciadas

BLOG BRASIL AGORA

Reajuste anual de planos de saúde pessoa física

Reajuste anual de planos de saúde pessoa física será válido até o mês de abril. Esta é a maior taxa registrada na história!

Após uma redução inédita de preços no ano de 2022, os planos de saúde individuais e familiares foram reajustados para até 15,5% este ano.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabeleceu o limite de reajuste das mensalidades, que foi divulgado posteriormente no Diário Oficial da União na penúltima semana de maio/2022.

O órgão estabeleceu o maior percentual de reajuste até o momento, que é de 15,5%. Essa taxa ultrapassa o recorde anteriormente registrado em 2016, quando o reajuste chegou aos 13,57%, como indicado pela série histórica da ANS, que se iniciou em 2000.

O reajuste anual de planos de saúde pessoa física será aplicado aos planos médico-hospitalares que tenham aniversário entre maio de 2022 e abril de 2023. Isto é, para os planos contratados a partir de janeiro de 1999 ou aqueles que foram adaptados de acordo com a Lei nº 9.656/98.

A fim de obter mais informações a respeito do assunto, destacamos as diferenças entre os reajustes dos planos individuais e coletivos. Também vamos abordar os aumentos aplicáveis aos planos não-regulamentados.

Fique atento às mudanças: saiba o que esperar para os seus planos de saúde individuais e familiares em 2023

Justificando o reajuste anual de 15,5% nos planos de saúde para pessoa física deste ano, existem inúmeros fatores que influenciaram esta medida.

Essa alteração nos preços deve-se, principalmente, a dois importantes fatores:

À elevação dos gastos com saúde na pandemia; E também à variação cambial ocorrida nos últimos dois anos. O que influenciou diretamente o custo dos insumos importados de saúde e a despesa assistencial no ano passado.

A elevação de 2022 (a saber, -8,19%) com tendência de decréscimo e de 2023 com tendência de crescimento se deve principalmente ao impacto da mudança nos gastos médicos imposta durante o período de quarentena para conter o avanço da pandemia.

Após o anúncio do teto máximo de reajuste anual de planos de saúde pessoa física, os titulares de planos individuais e familiares devem estar vigilantes em relação aos seus boletos de pagamento.

É preciso verificar se o valor cobrado não excede o percentual máximo permitido pela ANS (15,5%). Assim garantindo que a cobrança se inicie no mês de vigência do contrato, momento em que marca a data de sua assinatura.

Qual é o limite de tempo estabelecido para o ajuste anual dos planos individuais em 2023?

Anualmente, após o cálculo e a determinação do índice pela ANS, o reajuste anual de planos de saúde pessoa física entra em vigor nas operadoras a partir da data de aniversário do contrato.

A princípio, esta porcentagem é uma referência válida até abril de 2023, quando a ANS realiza um novo balanço.

Após esse período, a ANS fará uma nova análise do mercado e definirá uma nova porcentagem que será válida até abril do ano seguinte.

Em maio do ano passado, o Deputado Ivan Valente (Psol-SP) apresentou o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 173/22, o qual prevê a suspensão da deliberação da Diretoria da ANS, que aprovou o reajuste anual de planos de saúde pessoa física para 15,5%, no período entre maio (2022) e abril (2023).

Segundo o parlamentar, tal medida contraria o interesse público e os direitos fundamentais da população.

Ao que se sabe, cerca de oito milhões de pessoas foram afetadas com o reajuste de seus planos de saúde. Isso equivale a 16,3% do total dos consumidores no Brasil, segundo dados da ANS.

O que diz a lei a respeito do reajuste em planos não regulamentados?

Em casos de ausência de disposição específica sobre quais índices de preços devem ser usados para o reajuste de planos não regulamentados e quando há lacunas na metodologia para avaliar as alterações para cálculo de reajuste, a ANS estabelece limites máximos para tal finalidade.

Em relação a esses planos, eles devem obedecer aos limites definidos para os contratos individuais ou familiares celebrados a partir de 01/01/1999, conforme estabelecido na Lei nº 9.656/98.

Adicionalmente, esses acordos são regidos pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) e por legislações especificamente desenvolvidas para oferecer defesa a determinados grupos (tais como o Estatuto do Idoso).

De acordo com o estabelecido, você deve ficar de olho em três tipos principais de reajustes não regulamentados nos planos de saúde:

Os reajustes relacionados à evolução da idade; Os reajustes anuais; Os reajustes relacionados à sinistralidade.

A princípio, quando se trata de reajustes anuais em contratos antigos, é preciso ter em mente o entendimento judicial de que o limite anual estabelecido pela ANS não se aplica.

No entanto, isso não implica que os ajustes nesses acordos sejam ilimitados. Quando se trata dos antigos contratos individuais/familiares, existem dois fatores limitantes que devem ser obrigatoriamente considerados pelas operadoras de planos de saúde.

Como tal, no que diz respeito ao reajuste anual de planos de saúde pessoa física antigos, individuais e familiares (contratados antes de 01/1999), as operadoras de planos de saúde devem necessariamente atender a dois limites:

Índice estipulado em contrato E os termos de compromisso firmado com a ANS para os reajustes dos contratos antigos que não possuem índice estipulado em contrato .

Sobretudo, no que se refere aos reajustes nos planos de saúde em função da idade, deve-se destacar as diretrizes estabelecidas pelo Superior Tribunal de Justiça, que se assemelham às já citadas.

Pessoa Jurídica: forma de reajuste para os planos coletivos

Com o recente reajuste anual de planos de saúde pessoa física, muitos brasileiros têm questionado a respeito dos planos coletivos. Afinal, como eles funcionam?

Para esta categoria, deve-se notar que o reajuste vem ocorrendo, sem necessidade de autorização da ANS. Pois nestes casos o índice de reajuste é de livre negociação entre a contratante e a operadora.

O levantamento realizado pela ANS até maio do ano passado, por exemplo, aponta que os contratos com 30 vidas ou mais sofreram reajuste médio de 5,55%, enquanto os contratos com até 29 vidas tiveram um aumento de 9,84%.

Todavia, planos coletivos são geralmente vendidos a um custo mensal mais baixo em comparação com outras categorias. Porém, o IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e outras entidades emitem alertas a respeito da transição de um plano individual para um coletivo.

Isso ocorre, pois muitos planos coletivos apresentam menos proteção do que os individuais, como por exemplo, reajustes mais reduzidos e maior risco de cancelamento imotivado.

Conclusão

O processo de reajuste anual de planos de saúde pessoa física é extremamente complexo e isso leva muitas pessoas a buscar respostas sobre o assunto.

Se você precisa de ajuda, o escritório Mozer Advocacia pode lhe oferecer orientação. Com uma equipe versada em procedimentos legais e extrajudiciais no âmbito de Planos de Saúde, eles estão prontos para oferecer serviços excepcionais.

Entre em contato para agendar uma consulta e tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto.

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MONITOR MERCANTIL

Planos de saúde fecharam 2022 com 50,5 milhões de beneficiários

Em 2022, o setor de planos de saúde manteve o crescimento em suas duas segmentações, como no ano anterior, e alcançou resultados significativos em números de beneficiários. De acordo com o levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no mês de dezembro, o setor totalizou 50.493.061 usuários em planos de assistência médica, maior número desde dezembro de 2014. Já os planos exclusivamente odontológicos registraram 30.950.314 beneficiários, o que representa a superação, pela 11ª vez no ano, do recorde histórico neste segmento (de fevereiro a dezembro).

Em um ano, os planos médico-hospitalares apresentaram crescimento de 1.590.912 beneficiários em relação a dezembro de 2021. No comparativo de dezembro de 2022 com novembro de 2022, o crescimento foi de 239.466 usuários. No caso dos planos exclusivamente odontológicos, somaram-se 2.057.899 beneficiários nos 12 meses; e 152.721, na comparação de dezembro de 2022 com novembro de 2022.

Em relação aos dados por estado, no comparativo com dezembro de 2021, o setor registrou aumento de beneficiários em planos de assistência médica em 25 unidades federativas, sendo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro os que tiveram o maior ganho de beneficiários em números absolutos. Entre os odontológicos, todas as 27 unidades federativas registraram aumento no comparativo anual, sendo também São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os estados com maior crescimento em números absolutos.

Quanto aos dados por faixa etária, observa-se que a faixa de 40 a 44 anos foi a que apresentou o crescimento mais expressivo na assistência médica (307.686 novos beneficiários), seguido pela faixa etária de 45 a 49 anos (220.093 novos beneficiários). Já as faixas etárias tiveram maior crescimento nos planos odontológicos foram 30 a 34 anos (4.130 novos beneficiários) e até um ano (4.657 novos beneficiários).

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PORTAL R7

OMS decide manter nível máximo de alerta para pandemia de Covid-19

A OMS (Organização Mundial da Saúde) decidiu, nesta segunda-feira (30), manter o nível máximo de alerta para a pandemia da Covid-19, exatamente três anos depois de ter declarado a doença como urgência de saúde pública internacional.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, seguiu as recomendações do comitê de urgência sobre a Covid-19, composto por diversos especialista, que se reuniram na última sexta-feira, de acordo com comunicado divulgado hoje.

"O diretor-geral da OMS concorda com o conselho oferecido pelo comitê em relação à pandemia de Covid-19 em andamento e determina que o evento continua a constituir uma emergência de saúde pública de interesse internacional. O diretor-geral reconhece as opiniões do comitê de que a pandemia de Covid-19 provavelmente está em um ponto de transição e agradece ao conselho do Comitê de navegar cuidadosamente por essa transição e mitigar as possíveis consequências negativas", diz a nota oficial.

Tedros Adhanom também destacou o avanço no combate à doença. "Enquanto entramos no quarto ano da pandemia, não há dúvidas de que estamos numa situação muito melhor do que há um ano, quando a onda da Ômicron atingiu o pico", disse.

"Mas, desde o começo de dezembro, os reportes semanais de mortes mostraram aumento. Nas últimas oito semanas, mais de 170 mil pessoas perderam suas vidas para a Covid-19. E isso se refere apenas às mortes registradas; sabemos que o número real de óbitos é muito maior", completou.

Emergência de saúde pública internacional

A OMS declarou a Covid-19 uma emergência de saúde pública internacional exatamente no dia 30 de janeiro de 2020 e, a cada três meses, se reúne para reavaliar a situação.

No fim do ano passado, a agência sanitária afirmou ter a expectativa de que pudesse encerrar as emergências de Covid-19 e mpox neste ano.

Até agora, conforme os números oficiais da organização, houve 669 milhões de casos da doença em todos os países que disponibilizam dados, sendo que mais de 67,8 milhões de pessoas não resistiram às consequências da Covid-19.

No Brasil, são mais de 36 milhões de casos e quase 700 mil mortes desde o início da pandemia. Os dados mais recentes, divulgados pelo Ministério da Saúde, mostram que a doença matou 3.938 pessoas em dezembro, com média de 131 a cada dia.

A doença ainda está longe de ser um problema solucionado no país e no mundo, o que é motivo de preocupação da OMS. A avaliação do comitê não depende de critérios fixos e preestabelecidos, mas de uma interpretação dos especialistas de acordo com os dados mais recentes de números de casos, mortes, vacinas e novas variantes.

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O GLOBO

Repetir erros é o maior risco para a nova versão do Mais Médicos

Classe médica vê com ceticismo reedição do programa criado no governo Dilma por motivação política O governo federal pretende retomar o Mais Médicos, o programa criado na gestão Dilma Rousseff para levar profissionais de saúde às regiões remotas onde são escassos ou inexistem, depois redesenhado na administração Jair Bolsonaro e rebatizado como Médicos pelo Brasil. Evidentemente, ninguém pode ser contra a iniciativa de suprir carências na saúde, ainda mais diante de emergências sanitárias como a que aflige a reserva ianomâmi entre Roraima e Amazonas. Na nova versão, porém, é fundamental evitar os erros do passado.

Na primeira versão do programa, lançada em 2013, o caráter político ficou evidente desde o início. O governo petista trouxe cubanos para preencher as vagas (eram 80% do total). Cerca de 70% de seus salários eram confiscados para ser remetidos à ditadura amiga de Cuba. A eles restava aceitar a situação, sob pena de retaliações a parentes. Os estrangeiros não eram obrigados a se submeter ao exame que revalida os diplomas à luz das exigências brasileiras.

O norte ideológico do programa era tão óbvio que, logo depois da eleição de Bolsonaro, o governo cubano rompeu abruptamente o convênio com o Brasil, prejudicando a assistência na atenção básica aos moradores de pelo menos 611 municípios dos 3.228 atendidos. Ainda que Bolsonaro tenha feito fortes críticas ao Mais Médicos (na essência, com razão), Cuba não poderia tomar a decisão unilateralmente, sem dar ao Brasil tempo para se adaptar.

Agora o governo promete priorizar os brasileiros e oferecer incentivos aos profissionais formados no país. Os estrangeiros não estão descartados, mas deverão passar pelo exame Revalida para que seus diplomas sejam reconhecidos aqui. Já é um avanço. Mesmo assim, as primeiras medidas anunciadas pelo sanitarista Nésio Fernandes, secretário de Atenção Primária à Saúde, não agradaram à classe médica. "Incentivos monetários não são suficientes, precisamos de projetos estruturados e fortes, como uma carreira de Estado", afirmou o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB ), César Fernandes. Ele se referiu às mudanças como um "remendo".

Não há dúvida sobre a importância de levar assistência médica a regiões onde ela falta. O programa atende 63 milhões de brasileiros em 4.058 municípios. Em muitos lugares, é a única opção. Mas o desafio não é tão simples. É verdade que hoje o Brasil dispõe de mais profissionais (2,5 médicos por mil habitantes, ante 1,9 em 2013). Só que não estão distribuídos de modo homogêneo. Certos locais, mesmo com salários mais atraentes, não despertam interesse dos médicos brasileiros.

A tragédia humanitária dos ianomâmis revela a urgência de priorizar regiões desassistidas, como os distritos indígenas. São conhecidas as carências em todo o país. O essencial é o atual governo não repetir os erros da primeira versão. Será fundamental deixar a política de fora. A saúde, apontada em pesquisas de opinião como o problema número um do país, não pode ser contaminada pela ideologia do governante no poder. O PT criticou Bolsonaro por isso. Espera-se que não faça igual.

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O HOJE

Justiça autoriza recontratação de cubanos do Mais Médicos

A decisão deve beneficiar 1,7 mil intercambistas cubanos que chegaram ao país para trabalhar no programa criado em 2013

A Justiça Federal decidiu autorizar a recontratação de médicos cubanos que atuaram no programa Mais Médicos.  A decisão foi assinada na sexta-feira (27) pelo desembargador Carlos Augusto Pires Brandão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), sediado em Brasília, e atendeu ao pedido de reintegração dos profissionais feito pela associação que representa 1,7 mil intercambistas cubanos que ficaram no Brasil.

A entidade argumentou que médicos que chegaram ao país para trabalhar no programa Mais Médicos, criado em 2013 pela então presidenta Dilma Rousseff, não tiveram o vínculo renovado durante o programa Médicos pelo Brasil, criado no governo Jair Bolsonaro.

Segundo a Associação Nacional dos Profissionais Médicos Formados em Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Aspromed), os profissionais cubanos selecionados no 20º ciclo do programa tinham contrato de dois anos de forma improrrogável, enquanto o edital para os demais intercambistas previa três anos de trabalho, que poderiam ser renováveis.

Ao analisar os argumentos, o desembargador destacou a importância do programa para o atendimento da população que vive em municípios carentes e para auxiliar na crise humanitária envolvendo os indígenas yanomami.

“O programa permite implementar ações de saúde pública de combate à crise sanitária que se firmou na região do povo indígena yanomami. Há estado de emergência de saúde pública declarado, decretado por intermédio do Ministério da Saúde”, afirmou o magistrado.

Segundo o desembargador, a decisão também envolve questões humanitárias dos médicos cubanos que ficaram no Brasil.

“Mostra-se evidente a quebra de legítima expectativa desses médicos, que, em sua ampla maioria, já constituíram famílias em solo brasileiro. Após contratações juridicamente perfeitas de seus serviços por parte da União, que se prolongaram no tempo, afigura-se verossímil imaginar que os médicos cubanos aqui representados reprogramaram as suas vidas, segundo as expectativas formadas a partir dessas contratações, e parece justo reconhecer que agora pretendem permanecer no Brasil”, concluiu.

No fim de 2018, o governo cubano determinou o retorno dos profissionais após desacordo com declarações do então presidente eleito Jair Bolsonaro em relação a mudanças sobre as regras para que os médicos permanecessem no programa, como realização das provas do Revalida, exame para avaliar os conhecimentos sobre medicina, receber salário-integral e opção de trazer familiares para o Brasil.

No atual governo, o Ministério da Saúde estuda o retorno do programa antigo.

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Governo goiano quer ampliar assistência à saúde das pessoas trans

Serviços especializados no processo de afirmação de gênero são realizados no HGG e nos Ambulatórios Regionais de Itumbiara e de Senador Canedo

No último domingo, dia 29 de janeiro, foi celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Neste ano, o Governo de Goiás anunciou que planeja ampliar o atendimento especializado às pessoas que já passaram ou ainda estão no processo de afirmação de gênero para unidades estaduais no Sudoeste Goiano e no Entorno Norte do Distrito Federal. 

Por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a rede estadual já oferece serviços específicos às pessoas trans no Hospital Alberto Rassi (HGG), em Goiânia, e nos Ambulatórios Regionais de Itumbiara e de Senador Canedo.

A Subcoordenação de Atenção à Saúde da População LGBT, que integra a Superintendência de Saúde Mental e Populações Específicas, planeja, executa e acompanha o desenvolvimento das ações para o atendimento integral e específico aos transgêneros. 

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A subcoordenadora Bianca Lopes Rosa informa que a SES-GO tem atuado de forma incisiva para garantir que as pessoas trans sejam inseridas, na Rede de Atenção à Saúde, no processo de afirmação de gênero para acompanhamento clínico adequado.

“Apesar dos desafios ainda existentes para ampliação do acesso, a disponibilização de todas essas ações, além de assegurar o direito à saúde dos transgêneros também possibilitam melhores condições de saúde mental e dignidade para essas pessoas”. 

Cirurgias

Atualmente, estão em funcionamento o Serviço Especializado do Processo Transexualizador do Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG), totalmente financiado pela SES-GO; o Ambulatório do Processo Transexualizador Regionalizado de Itumbiara, cofinanciado pela SES-GO; e o Ambulatório Regionalizado do Processo de Afirmação de Gênero de Senador Canedo, que está em processo de credenciamento para receber os recursos do Estado.

No HGG, é realizado o acompanhamento psicossocial e clínico, pré e pós-cirúrgico, e cirurgias por equipe multiprofissional e interdisciplinar, composta por médicos ginecologista, urologista, cirurgião plástico e psiquiatra, além de psicólogo.

O personal trainer Caleb Costa Novais, de 35 anos, paciente do HGG, conta que está satisfeito com o atendimento médico e psicossocial que recebe na unidade hospitalar. “As pessoas que não têm conhecimento sobre os serviços para afirmação de gênero devem procurar se informar sobre a questão. É importante fazer um tratamento seguro, com um processo de transição bem acompanhado”, sugeriu.

Os ambulatórios de Itumbiara e Senador Canedo, responsáveis pelo atendimento nas Regiões Sul e Centro-Sul do Estado, desenvolvem assistência na modalidade ambulatorial de acompanhamento psicossocial, realizado por equipe multiprofissional e interdisciplinar, com ênfase na saúde mental e, ainda, clínico para hormonização.

Ampliação

A SES, conforme relata Bianca Lopes Rosa, tem procurado ampliar a capacidade ambulatorial respaldada em resoluções firmadas pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) que prevêem o cofinanciamento das ações. “Temos a intenção de possibilitar o atendimento ambulatorial a todas as pessoas transexuais do Estado de Goiás, o mais próximo possível de seus domicílios”, pontua a subcoordenadora.

Ela adianta que estão em processo de adesão e estruturação os Ambulatórios do Processo Transexualizador nas Regiões Sudoeste e Entorno Norte, em municípios a serem definidos e com o cofinanciamento da SES, pactuados na CIB. “Essa ampliação visa garantir o acesso pleno à saúde e à cidadania como direito constituído”, destaca a subcoordenadora.

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PORTAL G1

Padrasto é preso suspeito de estuprar enteada internada na UTI do Hugol

Equipe da unidade percebeu o crime e chamou a Polícia Militar. Criança está internada para tratar problema cardíaco.

Um homem foi preso no sábado (28) suspeito de estuprar a enteada de 5 anos internada na UTI do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). A assessoria de imprensa da unidade informou que o crime foi percebido pela equipe hospitalar, que chamou a Polícia Militar. Na delegacia, ele negou qualquer abuso. A criança está internada para tratar um problema cardíaco.

Segundo a assessoria, o homem estava como acompanhante da enteada na UTI pediátrica. Em um determinado momento, ele começou a passar o pé na região genital da criança. Uma enfermeira viu a cena e denunciou o crime.

O nome do suspeito não foi divulgado e, com isso, o g1 não conseguiu identificar a defesa dele até a última atualização da reportagem.

A Polícia Militar informou que foi chamada pelo hospital e que uma enfermeira confirmou que viu o crime. O homem foi preso e levado para a delegacia. As testemunhas também foram levadas para prestar depoimento.

A Polícia Civil disse que o padrasto foi autuado em flagrante por estupro de vulnerável. O caso foi registrado inicialmente pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, mas será encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente para ser concluído.

"Ele não possui antecedentes. No momento da prisão, ele negou o abuso, disse aos militares que estava brincando. No interrogatório ficou em silêncio", disse o delegado Bruno Costa e Silva.

O Hugol informou que equipes multiprofissionais ficam na UTI 24 horas por dia e está verificando se o homem ficou no local apenas no sábado ou também esteve na unidade em outros dias.

A criança está com bom estado de saúde, acordada e respirando normalmente.

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Enfermeiro que sonha cursar medicina cria o próprio boneco de anatomia para ajudar treinamento de colegas

Projeto é mais barato que os vendidos no mercado, mas tem a mesma eficiência. Ele começou a desenvolver o boneco após consertar alguns que estragavam onde trabalhava.

Enfermeiro cria o próprio boneco de anatomia para ajudar treinamento de colegas

Um enfermeiro montou um boneco de anatomia para ajudar no treinamento de alunos, colegas de profissão e médicos no resgate de pessoas, em Goiânia. O projeto desenvolvido é mais barato do que os vendidos no mercado, mas tem a mesma eficiência. Além de colaborar com outras pessoas, Edimar Moreira Cabral tem o sonho de se tornar médico.

Edimar é enfermeiro, trabalha como condutor socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) há 15 anos, além de atuar em uma empresa de resgate por UTI aérea.

O item simula as vias aéreas de um paciente e é pode ser usado para treinar a intubação de pacientes e uso da máscara laríngea. Um boneco de anatomia custa cerca de R$ 6. Porém, o enfermeiro conseguiu construir um usando látex e que custa R$ 1 mil.

Edimar contou que, algumas vezes, bonecos como esse estragavam onde trabalhava e ele começou a consertar. Foi quando surgiu a ideia de montar o próprio.

“O foco é trabalhar em treinamentos e buscar patrocínios, quem sabe alguma faculdade no qual eu possa fazer uma parceria. Eu tenho o desejo de ministrar aulas para enfermeiros, quando fui ver o preço para comprar um, não conseguia. Como o desejo é grande, é uma forma de eu estudar também, eu resolvi fazer e copiar o meu próprio rosto”, contou.

O projeto demorou um ano para ficar pronto. Foram vários testes e aprimoramentos até o resultado final. Todo processo foi feito em um espaço do quintal da casa dele. Edimar já tem a ideia até mesmo de montar o corpo inteiro do boneco de anatomia.

O empenho de Edimar chamou a atenção dos colegas, que torcem pelo sucesso dele. Uma dessas pessoas é o médico Felipe Zibetti, que trabalha com o enfermeiro na empresa de resgate onde os dois trabalham.

“Eu vi o sonho que ele tem de cursar medicina. Mesmo com as limitações que ele tem de trabalho, financeiro, ele corre atrás, o boneco é prova disso, buscando meios para isso”, contou.

Apensar do grande sonho de se tornar médico, Edimar conta que ainda não conseguiu entrar em uma faculdade, principalmente pelo custo alto do curso.

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ISTOÉ

OMS pede investimento para combater doenças tropicais negligenciadas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu, nesta segunda-feira (30), um maior investimento no combate às doenças tropicais negligenciadas, que afetam mais de 1,6 bilhão de pessoas, principalmente, em países menos desenvolvidos.

Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) - como dengue, chikungunya e hanseníase - são frequentes em áreas onde há escassez de tratamento de água e no acesso a cuidados de saúde.

"Essas doenças são 'negligenciadas', porque estão quase totalmente ausentes dos planos de ações globais de saúde", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no Dia Mundial das DTNs.

Em 2021, cerca de 1,65 bilhão de pessoas precisaram de tratamento para algumas dessas DTNs, ou seja, 80 milhões a menos do que em 2020.

O número de pessoas que precisam de tratamento caiu na última década. Apesar das dificuldades, 47 países eliminaram pelo menos uma dessas doenças até o final de 2022. Esse tipo de doença inclui cerca de 20 condições que ocorrem, principalmente, em áreas tropicais, ou que afetam as comunidades mais pobres.

Essas patologias, como a doença de Chagas, a dengue e a hanseníase, decorrem de diferentes patógenos, como vírus, bactérias, mas também parasitas, fungos e toxinas. Esses quadros epidemiológicos são complexos e, muitas vezes, estão relacionados com as condições ambientais.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 20 Janeiro 2023 12:01

CLIPPING AHPACEG 20/01/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

6 em cada 10 que tiveram Covid continuam com sintomas 3 meses após infecção, diz estudo

Política sobre aborto reativa 'guerra de costumes'

Artigo - Tratando a doença do Ministério da Saúde

Morte de menina de 12 anos abre debate sobre desafio do apagão no TikTok

Ipasgo inaugura reforma de unidade em Jataí, no Sudoeste goiano

Sem correção de tabela, quem ganha um salário e meio terá que pagar IR 2023

Qualicorp firma parceria com Ativia Saúde

Artigo - Telessaúde: resposta para gargalos históricos

Piso Enfermagem: governo Lula dá prazo para resolver piso salarial enfermagem

FOLHA DE S.PAULO

6 em cada 10 que tiveram Covid continuam com sintomas 3 meses após infecção, diz estudo

São Paulo

Uma pesquisa brasileira apontou que 58,5% dos pacientes com Covid continuam a apresentar sintomas três meses após o quadro de infecção aguda, dos quais 69% afirmam que ainda não estão recuperados da Covid longa.

A taxa vai para 72% considerando os indivíduos que não estavam vacinados no momento em que contraíram o vírus.

Os dados são da Rede de Pesquisa Solidária, que inclui cientistas de diversas instituições brasileiras, incluindo USP, UnB (Universidade de Brasília) e a Fiocruz Brasília.

De acordo com o estudo, os sintomas de Covid longa podem aparecer tanto naqueles que tiveram quadro grave quanto em quem teve infecção leve ou assintomática: enquanto 94% dos respondentes com Covid longa buscaram atendimento hospitalar durante a fase aguda da doença, os outros 6% reportaram quadro leve.

Fisioterapeuta de centro de reabilitação em São Paulo trata paciente com sequelas pós-Covid - Rubens Cavallari - 13.mai.21/Folhapress

As sequelas registradas da doença foram múltiplas e afetaram diversos órgãos e sistemas no corpo. Entre os sintomas mais frequentes estão ansiedade (80%), perda de memória (78%), dor (77%), falta de atenção (75%), fadiga (73%), queda de cabelo (71%), alterações de sono (70%), alterações de humor (62%) e dor nas articulações (59%).

A nota alerta, ainda, para 81% dos respondentes terem procurado algum serviço de saúde já para tratar os sintomas persistentes, mas a falta de orientação dos profissionais de saúde sobre sequelas da Covid dificultam o diagnóstico e tratamento adequados.

A pesquisa foi feita por meio eletrônico entre 14 de março e 14 de abril de 2022. Ao final, 1.728 adultos com 18 anos ou mais responderam à pesquisa, dos quais 1.230 tiveram diagnóstico positivo para Covid confirmado por exame do tipo RT-PCR. Das pessoas com testes positivos, 720 (58,5%) afirmaram ter sintomas persistentes e, entre esses, 496 (69%) ainda não se recuperaram das sequelas. A maioria dos respondentes (84%) era do sexo feminino e apresentava 25 a 40 anos (40%).

Segundo a pesquisadora da Fiocruz Brasília Erica Tatiane da Silva, a maior incidência de sintomas relacionados aos problemas mentais e físicos em uma população economicamente ativa demonstra como as sequelas pós-Covid podem afetar as atividades do dia a dia.

"A grande questão é que não temos com muita clareza as causas e fatores associados à Covid longa, e pela nossa pesquisa observamos um impacto grande nas atividades de trabalho e estudo sem a orientação adequada aos pacientes", diz.

Silva lembra ainda que os efeitos da Covid longa são diversos e não podem ficar apenas em uma especialidade médica, sendo necessária uma avaliação para cada queixa de sintoma, sejam eles neurológicos, pneumológicos ou cardiológicos.

"Mas é importante ressaltar que os sintomas podem aparecer em ambos os sexos, em qualquer grupo etário e independentemente da gravidade da doença, porque mesmo casos leves têm reportado sintomas de pós-Covid", afirma Silva.

A nota ressalta que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), de 10% a 20% das pessoas com Covid podem desenvolver quadro de Covid longa, o que no Brasil pode representar de 2,8 milhões a 5,6 milhões. No entanto, não há diretrizes ou orientações mais específicas do Ministério da Saúde sobre tal quadro.

Para Michelle Fernandez, pesquisadora e professora do Instituto de Ciência Política da UnB, faltou "empenho energético" por parte do governo brasileiro no que diz respeito às orientações sobre Covid longa. "Percebemos que houve pouca preocupação por parte do governo para pensar na Covid longa, houve apenas uma diretriz de novembro de 2021 olhando para a condução da doença do ponto de vista clínico."

A nota reflete que, assim como em outras áreas, houve falhas na condução federal para as orientações sobre Covid longa. "O ministério poderia ter agido para orientar os profissionais de saúde nos postos sobre o atendimento de pessoas com sintomas de Covid longa, e isso poderia ser feito no âmbito da atenção primária à saúde", diz.

VACINAÇÃO

Segundo a nota, a incidência era maior naqueles não vacinados, reforçando o que já foi encontrado em outros estudos, incluindo um brasileiro que apontou que a quarta dose protege contra sintomas pós-Covid.

Outras pesquisas apontam para maior incidência de sequelas da Covid em mulheres, em pessoas que tiveram necessidade de ventilação mecânica e naqueles com quadro mais agravado durante a fase aguda.

"Sem dúvidas é importante conscientizar neste momento uma campanha forte e massiva em relação à vacinação, pois, apesar de não ter estudos conclusivos ainda, já há indícios de que a vacina ajuda não só na proteção de quadro grave e morte mas no pós-Covid", diz Fernandez.

Com estudos apontando queda na aceitação vacinal no país, os cientistas dizem que o novo governo, alinhado a uma campanha de incentivo à imunização, deveria focar também as orientações sobre Covid longa. "Campanhas de conscientização são importantes para de fato conduzirem as pessoas a se vacinar, estimular a vacinação", completa.

A pesquisa analisou publicações do Ministério da Saúde sobre Covid longa até o final de dezembro de 2022, ainda sob a gestão do governo Bolsonaro (PL).

A pasta da saúde, já na nova gestão de Lula (PT), disse que trabalha com estimativas de prevalência dos sintomas mais frequentes de Covid longa por meio do acompanhamento de pesquisas clínicas. Disse, também, que o acompanhamento das pessoas nessa condição é realizado nos serviços de Atenção Primária, e os registros nos sistemas são realizados por meio de classificações específicas (CID U09.9 e U10.9).

O ministério reforça a importância da vacinação, incluindo todas as doses de reforço indicadas, para garantir a máxima proteção contra casos graves e Covid longa.

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O GLOBO

Política sobre aborto reativa 'guerra de costumes'

As primeiras decisões do governo Lula referentes ao aborto geraram reações entre evangélicos, católicos e de parlamentares bolsonaristas, reavivando a agenda de costumes da qual o presidente tentou se esquivar durante a campanha eleitoral. Nesta semana, o país se desligou do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família, aliança antiaborto que tinha no Brasil seu maior entusiasta desde que Donald Trump deixou a Casa Branca, há dois anos. Além disso, o Ministério da Saúde revogou seis portarias da gestão Bolsonaro, entre elas uma que citava a necessidade de o médico comunicar o aborto à autoridade policial.

Após o anúncio da saída do grupo ultraconservador, o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou no Instagram um vídeo com críticas a Lula: "Mais uma vez, mostra que é só mais um estelionatário eleitoral de dizer que é contra o aborto só para ganhar voto".

Já o pastor Silas Malafaia relembrou a carta aos evangélicos que Lula apresentou no período eleitoral. A época, o gesto do então candidato petista buscava acenar ao grupo, que majoritariamente apoiava a candidatura de Bolsonaro - Malafaia segue sendo um dos principais aliados do ex presidente no segmento.

"Lembra na campanha eleitoral do Lula dizendo que apoia o aborto? Mas ele viu que falou bobagem que não rende voto, aí o mentiroso, cínico e manipulador escreve uma carta aos evangélicos", disse o pastor.

Em abril do ano passado, ao afirmar que o aborto é uma questão de saúde pública, Lula afirmou que "todo mundo deveria ter direito", o que gerou desgastes. Já na campanha, Lula hesitou a fazer um gesto direcionado a evangélicos, mas acabou lançando a carta em que afirma que "a vida é sagrada, obradas mãos do Criador" e reforça o "compromisso com sua proteção". Na sequência, o petista acrescenta que é "pessoalmente contra o aborto e lembro" e ressalta que eventuais mudanças sobre o tema cabem ao Congresso, não ao Executivo.

Assim como Malafaia, o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) também lembrou da carta e afirmou que o aborto representa um "assassinato de inocentes". Já o senador Flávio Bolsonaro (PLRJ) disse que a organização da qual o Brasil se retirou representa "uma linha de defesa importante pró-vida".

Ao se desligar da aliança antiaborto promovida por Bolsonaro e Trump, o Ministério das Relações Exteriores disse que "o Brasil considera que o documento contém entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família".

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também se posicionou por meio de uma nota com o título "Vida em primeiro lugar", com críticas a medidas do governo Lula. O texto, assinado por quatro líderes da Igreja Católica, repudia qualquer iniciativa que sinalize para a "flexibilização do aborto" e relembra as promessas feitas por Lula na corrida presidencial. "A revogação da portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais precisa ser esclarecida pelo governo federal, considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha", diz a nota. "A hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz, É preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado democrático de Direito".

NOVO MINISTÉRIO DA SAÚDE

O texto se refere às mudanças promovidas dentro do Ministério da Saúde, sob o comando de Nísia Trindade. Na segunda-feira, ela revogou seis portarias da gestão Bolsonaro, sob o argumento de que contrariavam diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), além de não terem a participação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) nas suas concepções.

Entre elas, está a que trata do "procedimento de justificação e autorização da interrupção da gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do SUS". Essa portaria falava, por exemplo, sobre a necessidade de o médico comunicar o aborto à autoridade policial responsável, O texto também destacava que era preciso preservar possíveis evidências materiais do crime de estupro, como fragmentos do embrião ou feto.

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O ESTADO DE S.PAULO

Artigo - Tratando a doença do Ministério da Saúde

Os brasileiros saíram de um processo eleitoral vazio, com agressões mútuas, valorização de ideologias e quase nenhum debate sobre propostas que efetivamente possam melhorar a vida das pessoas e colocar o País nos trilhos do desenvolvimento socioeconômico e cultural. A saúde foi apontada em 2022, por alguns institutos de pesquisa, como uma das principais preocupações dos eleitores, fato que se arrasta pelo menos desde as eleições de 2014. Apesar disso, dos problemas que enfrentamos com a pandemia e de termos registrado um dos maiores índices de mortalidade por covid-19 em todo o mundo, com quase 700 mil óbitos, praticamente nada foi proposto no último pleito para melhorar a saúde dos cidadãos.

Em 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) completa 35 anos. Trata-se de uma conquista inquestionável para a sociedade o Artigo 196 da Constituição: "A saúde é direito de todos e dever do Estado". O momento de comemoração e expectativa pela chegada da nova gestão federal exige uma avaliação profunda sobre o que efetivamente está e o que não está funcionando no nosso sistema de saúde. O SUS, como assistimos nos últimos dois anos, foi o pilar da cidadania em nosso país em uma das maiores crises sanitárias da História. É, portanto, um verdadeiro patrimônio civilizatório e motivo de orgulho para todos os brasileiros. Lamentavelmente, como não temos conseguido encontrar meios para fazer escolhas racionais em questões de saúde, usando critérios de efetividade e racionalidade, elas ocorrem aleatoriamente, através de pressões políticas, lobbies ou decisões jurídicas individuais. Claro que, assim, os resultados não podem ser bons.

As insistentes filas para atendimento nos hospitais - que são peças fundamentais para o sistema - são retrato de um modelo assistencial retalhado. Cabe à atenção primária, através dos agentes comunitários de saúde, Programa Estratégia Saúde da Família, médicos e equipe multiprofissional orientar os cidadãos em suas jornadas de saúde para que elas sejam efetivas e eficazes. Mas esse "caminho" precisa estar traçado.

Publicações técnicas apontam que 85% das questões de saúde podem ser resolvidas na atenção primária, portanto, é aqui que se produzem os melhores resultados para a saúde da população. Além de porta de entrada do sistema, uma atenção primária organizada e bem-feita desafoga os serviços de urgência e emergência e encaminha as pessoas para serviços de maior complexidade, quando necessário, diminuindo as filas nos hospitais e os custos assistenciais para os cofres públicos. Infelizmente, nosso modelo ainda não foi capaz de se organizar de forma adequada para proporcionar uma integração assistencial efetiva entre os serviços de diferentes complexidades.

No setor de saúde suplementar também verificamos uma fragilidade organizacional de modelo. Mesmo com mais recursos, encontramos filas nos prontos-socorros e o crescente número de consultas, exames e procedimentos não têm, necessariamente, garantido saúde melhor para os usuários desse sistema.

O financiamento é outro problema que precisa ser enfrentado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a saúde movimenta por ano 9,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Tomando como base o PIB nacional de 2021, de R$ 8,7 trilhões, chegamos a um montante de R$ 835,2 bilhões, incluindo investimentos públicos das três esferas de governo (União, Estados e municípios) e do setor privado (compreendido pela saúde suplementar e investimentos diretos feitos pelas famílias).

Quando analisadas as despesas dos setores público e privado isoladamente, o público fica com a menor fatia de investimento: 4,2% do PIB (R$ 365,5 bilhões), contra 5,4% do setor privado (R$ 469,7 bilhões). Na comparação com países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), observa-se que as despesas brasileiras como proporção do PIB são semelhantes, mas a participação dos gastos públicos é menor do que a média desses países. É inadmissível que em um sistema como o SUS, que está fundamentado nos pilares da universalidade, equidade e integralidade, os investimentos públicos sejam menores que os investimentos privados.

Essas distorções têm origem, principalmente, em uma visão desestruturada do sistema de saúde, de autoridades públicas e privadas, que privilegiam, muitas vezes, ações mais imediatistas, e não conseguem planejar e implantar políticas estruturantes capazes de gerar resultados em médio ou longo prazo. Por isso, nossos esforços, demandas e anseios são concentrados na doença, e não na saúde. Já passou da hora de inverter o foco.

Tentar, por exemplo, resolver "apenas" a fila nos hospitais é como se, num navio que teve o casco perfurado por um iceberg, colocássemos atenção no tamanho do balde para drenar a água, ou na técnica utilizada pelo marinheiro para retirá-la. O balde pode ser pequeno e o marinheiro despreparado, mas nada disso significa que o problema verdadeiro não seja a enorme abertura no casco. Com a experiência de 35 anos de SUS e um novo governo, a expectativa é de que possamos aprender, prioritariamente, que melhor do que cuidar do cidadão doente é cuidar para que ele não adoeça.

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Francisco Balestrin - médico, é presidente do Sindhosp

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AGÊNCIA ESTADO

Morte de menina de 12 anos abre debate sobre desafio do apagão no TikTok

A polícia da Argentina investiga se a morte de uma menina de 12 anos ocorreu após a adolescente participar, na última sexta-feira (13/1), do chamado Blackout Challenge, o "desafio do apagão", no TikTok. A "trend", como se chamam os conteúdos virais que circulam de forma natural na rede social, estimulava jovens a provocarem o auto sufocamento até o ponto de desmaio. O TikTok desativou a busca pelo desafio e emitiu comunicados de prevenção. "Alguns desafios online podem ser perigosos, perturbadores ou até encenados. Saiba como reconhecer desafios perigosos para poder proteger sua saúde e bem-estar", afirma o comunicado publicado pela rede chinesa assim que se busca pela palavra-chave Blackout Challenge.

Segundo apuração do jornal argentino Clarín, que noticiou a morte da adolescente Milagros, esta teria sido a terceira tentativa de auto sufocamento da menina. Ainda conforme a imprensa argentina, a família diz que há vídeos no celular da garota em que ela aparece tentando a asfixia outras vezes. A morte não teria sido a primeira ligada a esta "brincadeira".

Apesar de a reportagem não ter encontrado vídeos sobre o desafio no TikTok, há postagens relatando outros casos e alertando os usuários da rede social sobre o perigo. A morte do britânico Leon Brown, de 14 anos, que foi encontrado asfixiado pelos pais em seu quarto em agosto de 2022, é uma das mais mencionadas nos vídeos que circulam na rede social. Na época, a mãe dele, Lauryn Keating, afirmou ao jornal escocês Daily Record que colegas do filho relataram que ele participou do desafio.

Em dezembro de 2021, a mãe da jovem Nylah Anderson, da Filadélfia, nos EUA, processou o TikTok pela morte da filha, que teria participado do mesmo desafio. Mas, em outubro de 2022, o juiz rejeitou o pedido com base a Lei Federal de Decência nas Comunicações, dos EUA, que protege editores do trabalho de terceiros - a postagem é considerada de responsabilidade do seu autor, e não da rede. As famílias de mais duas meninas americanas, de 8 e 9 anos, mortas em 2021, também entraram com ação contra o TikTok pela mesma razão.

"A curiosidade é um motor importante para a vida. Leva a desafios, experiências e ao crescimento do repertório da pessoa", diz Wimer Bottura, psiquiatra do comitê de adolescência da Associação Paulista de Medicina. Por outro lado, "como o repertório de informações da criança ainda é baixo, a intensidade da curiosidade dela tende a ser maior que a de um adulto", o que as tornam mais vulneráveis a manipulações e riscos.

Resposta
O TikTok afirma que desafios envolvendo asfixia são anteriores à rede social, lançada em 2016, citando documento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano de 2008 que já relatava mortes por um jogo similar, o Choking Game. "Sentimos muito pela trágica perda desta família (em relação ao caso ocorrido na Argentina). A segurança da nossa comunidade é prioridade e levamos muito a sério qualquer ocorrência sobre um desafio perigoso. Conteúdos dessa natureza são proibidos em nossa plataforma e serão removidos caso sejam encontrados", disse a empresa ao Estadão.

Desenvolvimento do senso crítico
O psiquiatra Wimer Bottura, presidente do comitê de adolescência da Associação Paulista de Medicina, diz que um dos motivadores que podem estar levando as crianças a repetir o desafio que incita o sufocamento é o prazer. "A hipóxia, como chamamos a falta de oxigenação no cérebro, leva a uma euforia, uma sensação de prazer muito grande na pessoa", afirma.

O especialista alerta, porém, que é comum que crianças se interessem por desafios de maneira geral. "A curiosidade é um motor importante para a vida. Ela leva a desafios, experiências e ao crescimento do repertório da pessoa", diz o psiquiatra. Por outro lado, "como repertório de informações da criança ainda é muito baixo, a intensidade da curiosidade dela tende a ser maior que a de um adulto", o que as tornam mais vulneráveis a manipulações e riscos. Para Bottura, o caminho para evitar esse tipo de acidente é desenvolvendo o senso crítico da criança para que ela mesma se proteja desse tipo de armadilha.

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A REDAÇÃO

Ipasgo inaugura reforma de unidade em Jataí, no Sudoeste goiano

O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) inaugura nesta sexta-feira (20/1), sua nova regional, em Jataí, no Sudoeste goiano. A unidade, uma das 126 voltadas ao relacionamento presencial com os usuários, estava em obras desde o dia 16 de novembro. Ao todo, o instituto investiu R$ 180 mil na requalificação da estrutura física do local, que também responde pelos postos da cidade de Mineiros. 

“A entrega da regional Jataí marca não apenas a primeira obra concluída este ano, mas também simboliza o começo dos investimentos que serão feitos em 2023 dentro do nosso plano de melhoria da estrutura física do Ipasgo. Já estão no nosso calendário de obras, por exemplo, reformas das regionais Ceres, São Luís de Montes Belos, Morrinhos, Itumbiara e Catalão”, antecipa o presidente do Ipasgo, Vinícius Luz, ex-prefeito de Jataí. Além das cinco Regionais, o planejamento do instituto para este ano inclui a requalificação física dos postos de atendimento de Quirinópolis, Vianópolis e Santa Helena de Goiás.

Nesses dois meses de obras, a regional Jataí passou por troca completa e modernização do sistema de iluminação, das redes elétrica, de dados e de climatização; ganhou piso tátil, impermeabilização, nova pintura, bancadas em granito, caixa d’água, fachada e jardim; melhoria dos mobiliários, da rede hidrossanitária, dos pisos, telhado, pastilhas e outros revestimentos. Também houve correção de trincas, fissuras e infiltrações. O prédio, agora completamente revitalizado, foi inaugurado em 1998. 

“As regionais são um elo extremamente importante entre os usuários e o instituto. Elas mediam nosso relacionamento e ao mesmo tempo nos aproximam dos usuários, nos oferecendo subsídios importantes para traçar planos e metas que nos levem à evolução contínua do Ipasgo, nossa principal meta”, avalia Vinicius Luz.

Em média, a Regional Jataí recebe todos os meses cerca de 1.590 usuários em busca de serviços administrativos, como emissão de boletos de pagamentos, abertura de processos de adesão, realização de acordos financeiros, entre outros procedimentos. Além de 17 Regionais, o Ipasgo tem 35 postos e está presente em 73 Vapt Vupts localizados em todas as regiões de Goiás. 

Outros investimentos

À localizada em Jataí, somam-se reformas já realizadas nas regionais Rio Verde, Iporá, Anápolis e Goiás; no Ipasgo Clínicas Campinas, em Goiânia, e outras manutenções corretivas e preventivas nos 43 prédios do instituto. Desde 2019, o Ipasgo destinou quase R$ 1,3 milhão para reformas e manutenções das unidades existentes. 

Paralelamente, também investiu na ampliação da rede própria voltada ao atendimento à saúde dos usuários. Nos últimos quatro anos, a autarquia do Governo de Goiás passou a contar com mais três unidades: uma focada em atendimento pediátrico, localizada no Setor Serra Dourada, em Aparecida de Goiânia; outra, direcionada à saúde mental, em Campinas; e a terceira em Anápolis. Um investimento que possibilitou a prestação de mais de 263,8 mil serviços, a exemplo de pediatria, endocrinologia, reumatologia, pneumopediatria e clínica geral, de 2019 a 2022, nas cinco unidades do Ipasgo Clínicas.

Referência nacional na área de assistência à saúde, o Ipasgo assiste a quase 600 mil cidadãos e está conveniado a entidades de 145 municípios de Goiás, aos quais oferece uma ampla rede credenciada composta por 1.136 clínicas, laboratórios e hospitais e por 3.776 médicos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, odontólogos, entre outros profissionais.

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Sem correção de tabela, quem ganha um salário e meio terá que pagar IR 2023

Os trabalhadores que ganham um salário mínimo e meio terão que pagar Imposto de Renda, a partir de 2024, quando é recolhido o tributo do ano base anterior, caso a tabela atual não seja corrigida este ano. Atualmente, a isenção para a contribuição é aplicada para pessoas com uma renda de até R$ 1.903,98. Com o reajuste salarial de 2023, o salário mínimo ficou em R$ 1.302,00. 

A Receita Federal ainda irá divulgar a tabela deste ano. Durante a campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi prometido que a tabela do Imposto de Renda seria corrigida acima da inflação, subindo dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 5 mil. Caso isso ocorra, quem ganha até R$ 5 mil estará isento.

QUEM É OBRIGADO A DECLARAR IMPOSTO DE RENDA?


É obrigado a realizar a declaração do IRPF quem teve:


- Rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70; rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 40 mil; 

- Ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto;  

- Isenção de imposto sobre ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; 

- Operações em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; 

- Posse ou propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima de R$ 300 mil (31 de dezembro de 2021); 

- Receita bruta na atividade rural de tributáveis acima de R$ 142.798,50; 

- Quer compensar, em 2021 ou anos seguintes, prejuízos da atividade rural de 2021 ou anos anteriores; 

- Passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro 

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FATOR BRASIL

Qualicorp firma parceria com Ativia Saúde

Convênios da Ativia Saúde serão disponibilizados por valores a partir de R$ 141,55.

A Qualicorp, maior plataforma de escolha de planos de saúde do Brasil, acaba de assinar uma parceria com a Ativia Saúde para oferecer planos aos moradores de cidades do Vale do Paraíba e do Litoral Norte de São Paulo. Os planos custam a partir de R$ 141,55 (a depender da faixa etária e categoria do plano contratado).

Serão ofertadas seis categorias de convênios. As opções no modelo adesão (com e sem coparticipação) são Essencial, Ativia Vale Enfermaria e Ativia Vale Apartamento que abrangem cuidados ambulatoriais e hospitalares com obstetrícia.

Os planos da categoria Essencial Adesão serão comercializados nas cidades de Caraguatatuba, Jacareí e São José dos Campos. Já os planos Ativia Vale Adesão incluem também os municípios de Caçapava, Guaratinguetá, Lorena, São Sebastião e Taubaté.

Esta parceria apresenta soluções para oferecer saúde de qualidade à região do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Além da excelência no cuidado com os clientes, as opções também contam com excelente custo-benefício afirma Bruno Leite, supervisor comercial da Quali em São Paulo. A rede de atendimento é muito boa com o Hospital Alvorada em Jacareí, Hospital Antoninho da Rocha Marmo em São José dos Campos, Hospital São Lucas em Taubaté e muito mais completa.

Os convênios médicos da Ativia Saúde são válidos para diversas profissões por meio das entidades de classe parceiras como: Asprofoli para profissionais liberais, SAESP para administradores, Crefito para Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacional, UNE para os estudantes dentre muitas outras.

Campanha para corretores 3 A Qualicorp ofertará um cyber bônus para os corretores parceiros na venda dos planos. A bonificação será paga à vista e varia de R$ 150 a R$ 400, a depender da idade do contratante. 

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HOJE EM DIA

Artigo - Telessaúde: resposta para gargalos históricos

Jihan Zoghbi*

A evolução do atendimento está em potencializar os hospitais como verdadeiros hubs de cuidado. Mais do que buscar um tratamento, o ideal é que os pacientes tenham acesso a ferramentas que os ajudem a prevenir doenças. Esse é o verdadeiro sentido de quem atua no setor de tecnologia para a saúde: proporcionar condições para uma vida com mais qualidade.

A recente sanção da Lei 14.510/22, que regulamenta a Telessaúde no Brasil, é um passo essencial para democratizar o acesso a recursos médicos de alto padrão. Por questões geográficas, econômicas, políticas e sociais, a grande maioria dos especialistas está concentrada nas regiões Sudeste e Sul do país. Para grande parte da população, é inviável o deslocamento até esses centros.

No caso do câncer infantil, por exemplo, essa realidade se torna ainda mais cruel. Dados do Inca apontam que crianças do Norte e do Nordeste têm menos chances de sobreviver - algo entre 50% e 60% - porque a estrutura regional de saúde não permite diagnósticos e intervenções precoces. O que se espera, com a telemedicina finalmente validada, é reduzir essas diferenças. É promover a vida.

Todos sabemos que a pandemia da Covid-19 intensificou demandas críticas, especialmente na saúde pública. Há pelo menos 11,6 milhões de cirurgias eletivas represadas e 1,3 milhão de exames diagnósticos que não foram feitos em um intervalo de dois anos, conforme números levantados pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass).

Zerar essa fila será muito difícil, mas não é impossível. O primeiro passo é ampliar o atendimento, alcançar quem deixou de fazer consultas e exames e identificar os pacientes com maior gravidade, em todas as regiões. A telemedicina e a telerradiologia podem ser grandes aliadas nessa missão.

Outro ponto essencial é a segurança. Pela nova legislação, os serviços de telessaúde precisam respeitar o Marco Civil da Internet, a Lei do Ato Médico, a Lei Geral de Proteção de Dados, a Lei do Prontuário Eletrônico e o Código de Defesa do Consumidor. Hospitais e clínicas devem estar atentos, assim como as empresas que fornecem tecnologia, a todas essas exigências. A qualidade do atendimento está diretamente ligada à confiança, com transparência na relação entre todas as partes envolvidas.

Vale reiterar que apesar de todos os desafios, os dois últimos anos também permitiram avanços extraordinários na Medicina. O uso da tecnologia já é uma realidade para milhares de pessoas e profissionais. Intensificou-se o debate sobre o uso de inteligência artificial, da realidade virtual e, até mesmo, do metaverso para promover a saúde. A inovação é uma porta aberta, que revoluciona todos os dias a forma de prevenir, diagnosticar e tratar doenças.

Portanto, não se pode temer os benefícios desse movimento em prol da vida no Brasil. E para que a telessaúde realmente alcance o seu propósito, é preciso investir cada vez mais em modernização, informação e formação. Quanto mais qualificados forem os serviços, mais bem aproveitados serão os recursos humanos e financeiros. É prioridade sanar gargalos históricos, dentro da heterogeneidade da saúde brasileira, sem perder de vista os avanços já conquistados até aqui.

*CEO da startup Dr. TIS

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JORNAL DO COMMERCIO

Piso Enfermagem: governo Lula dá prazo para resolver piso salarial enfermagem

O piso da enfermagem tem mais uma atualização no Governo Lula (PT). Após reunião com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta quinta-feira (19) foi estipulado importante prazo sobre a definição do piso salarial dos enfermeiros. Veja o que acontece e qual será a data definida.

Segundo o portal Jota, a definição na reunião com a ministra de Lula definiu uma data para apresentação de um relatório sobre o piso da enfermagem.

A ideia é que o grupo de trabalho criado para desenvolver critérios nas distribuições de recursos do piso salarial da enfermagem entregue um relatório até 30/01 para garantir a viabilidade do piso salarial da enfermagem. O documento buscará encontrar fontes de financiamento para o piso dos enfermeiros.

O objetivo é que se consiga desenvolver uma forma de viabilizar o piso da enfermagem para que a suspensão do Supremo Tribunal Federal (STF) acabe.

A reunião com lideranças dos enfermeiros também indicou que o relatório sobre o piso da enfermagem só será transformado em Medida Provisória após avaliação pelas associações de enfermeiros, no caso o Conass e o Conasems.

Ainda não há certeza que a medida vai conseguir garantir a aprovação do piso salarial da enfermagem dentro do STF. Não será o Grupo de Trabalho (GT) o responsável por implementar o piso da enfermagem, o GT só é responsável por analisar a situação e encontrar uma forma de viabilizar o piso dos enfermeiros.

VALOR do PISO da ENFERMAGEMÂ

A PEC que aprovou o piso salarial da enfermagem estipulava um piso nacional para os enfermeiros. A definição apontava que no piso da enfermagem seria:

R$ 4.750,00 para enfermeiros

R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem

R$ 2.375,00 para auxiliares de enfermagem e parteiras

LULA prometeu Piso Salarial Enfermagem para 2023

A viabilidade do piso da enfermagem foi uma das promessas do presidente Lula durante seu período de campanha.Â

Em setembro de 2022 Lula declarou que "Se a gente ganhar, a gente vai ter que dar um jeito no Centrão, vai ter que mexer no orçamento secreto, vai ter que cumprir o piso da enfermagem".

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 20 Janeiro 2023 12:01

CLIPPING AHPACEG 20/01/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

6 em cada 10 que tiveram Covid continuam com sintomas 3 meses após infecção, diz estudo

Política sobre aborto reativa 'guerra de costumes'

Artigo - Tratando a doença do Ministério da Saúde

Morte de menina de 12 anos abre debate sobre desafio do apagão no TikTok

Ipasgo inaugura reforma de unidade em Jataí, no Sudoeste goiano

Sem correção de tabela, quem ganha um salário e meio terá que pagar IR 2023

Qualicorp firma parceria com Ativia Saúde

Artigo - Telessaúde: resposta para gargalos históricos

Piso Enfermagem: governo Lula dá prazo para resolver piso salarial enfermagem

FOLHA DE S.PAULO

6 em cada 10 que tiveram Covid continuam com sintomas 3 meses após infecção, diz estudo

São Paulo

Uma pesquisa brasileira apontou que 58,5% dos pacientes com Covid continuam a apresentar sintomas três meses após o quadro de infecção aguda, dos quais 69% afirmam que ainda não estão recuperados da Covid longa.

A taxa vai para 72% considerando os indivíduos que não estavam vacinados no momento em que contraíram o vírus.

Os dados são da Rede de Pesquisa Solidária, que inclui cientistas de diversas instituições brasileiras, incluindo USP, UnB (Universidade de Brasília) e a Fiocruz Brasília.

De acordo com o estudo, os sintomas de Covid longa podem aparecer tanto naqueles que tiveram quadro grave quanto em quem teve infecção leve ou assintomática: enquanto 94% dos respondentes com Covid longa buscaram atendimento hospitalar durante a fase aguda da doença, os outros 6% reportaram quadro leve.

Fisioterapeuta de centro de reabilitação em São Paulo trata paciente com sequelas pós-Covid - Rubens Cavallari - 13.mai.21/Folhapress

As sequelas registradas da doença foram múltiplas e afetaram diversos órgãos e sistemas no corpo. Entre os sintomas mais frequentes estão ansiedade (80%), perda de memória (78%), dor (77%), falta de atenção (75%), fadiga (73%), queda de cabelo (71%), alterações de sono (70%), alterações de humor (62%) e dor nas articulações (59%).

A nota alerta, ainda, para 81% dos respondentes terem procurado algum serviço de saúde já para tratar os sintomas persistentes, mas a falta de orientação dos profissionais de saúde sobre sequelas da Covid dificultam o diagnóstico e tratamento adequados.

A pesquisa foi feita por meio eletrônico entre 14 de março e 14 de abril de 2022. Ao final, 1.728 adultos com 18 anos ou mais responderam à pesquisa, dos quais 1.230 tiveram diagnóstico positivo para Covid confirmado por exame do tipo RT-PCR. Das pessoas com testes positivos, 720 (58,5%) afirmaram ter sintomas persistentes e, entre esses, 496 (69%) ainda não se recuperaram das sequelas. A maioria dos respondentes (84%) era do sexo feminino e apresentava 25 a 40 anos (40%).

Segundo a pesquisadora da Fiocruz Brasília Erica Tatiane da Silva, a maior incidência de sintomas relacionados aos problemas mentais e físicos em uma população economicamente ativa demonstra como as sequelas pós-Covid podem afetar as atividades do dia a dia.

"A grande questão é que não temos com muita clareza as causas e fatores associados à Covid longa, e pela nossa pesquisa observamos um impacto grande nas atividades de trabalho e estudo sem a orientação adequada aos pacientes", diz.

Silva lembra ainda que os efeitos da Covid longa são diversos e não podem ficar apenas em uma especialidade médica, sendo necessária uma avaliação para cada queixa de sintoma, sejam eles neurológicos, pneumológicos ou cardiológicos.

"Mas é importante ressaltar que os sintomas podem aparecer em ambos os sexos, em qualquer grupo etário e independentemente da gravidade da doença, porque mesmo casos leves têm reportado sintomas de pós-Covid", afirma Silva.

A nota ressalta que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), de 10% a 20% das pessoas com Covid podem desenvolver quadro de Covid longa, o que no Brasil pode representar de 2,8 milhões a 5,6 milhões. No entanto, não há diretrizes ou orientações mais específicas do Ministério da Saúde sobre tal quadro.

Para Michelle Fernandez, pesquisadora e professora do Instituto de Ciência Política da UnB, faltou "empenho energético" por parte do governo brasileiro no que diz respeito às orientações sobre Covid longa. "Percebemos que houve pouca preocupação por parte do governo para pensar na Covid longa, houve apenas uma diretriz de novembro de 2021 olhando para a condução da doença do ponto de vista clínico."

A nota reflete que, assim como em outras áreas, houve falhas na condução federal para as orientações sobre Covid longa. "O ministério poderia ter agido para orientar os profissionais de saúde nos postos sobre o atendimento de pessoas com sintomas de Covid longa, e isso poderia ser feito no âmbito da atenção primária à saúde", diz.

VACINAÇÃO

Segundo a nota, a incidência era maior naqueles não vacinados, reforçando o que já foi encontrado em outros estudos, incluindo um brasileiro que apontou que a quarta dose protege contra sintomas pós-Covid.

Outras pesquisas apontam para maior incidência de sequelas da Covid em mulheres, em pessoas que tiveram necessidade de ventilação mecânica e naqueles com quadro mais agravado durante a fase aguda.

"Sem dúvidas é importante conscientizar neste momento uma campanha forte e massiva em relação à vacinação, pois, apesar de não ter estudos conclusivos ainda, já há indícios de que a vacina ajuda não só na proteção de quadro grave e morte mas no pós-Covid", diz Fernandez.

Com estudos apontando queda na aceitação vacinal no país, os cientistas dizem que o novo governo, alinhado a uma campanha de incentivo à imunização, deveria focar também as orientações sobre Covid longa. "Campanhas de conscientização são importantes para de fato conduzirem as pessoas a se vacinar, estimular a vacinação", completa.

A pesquisa analisou publicações do Ministério da Saúde sobre Covid longa até o final de dezembro de 2022, ainda sob a gestão do governo Bolsonaro (PL).

A pasta da saúde, já na nova gestão de Lula (PT), disse que trabalha com estimativas de prevalência dos sintomas mais frequentes de Covid longa por meio do acompanhamento de pesquisas clínicas. Disse, também, que o acompanhamento das pessoas nessa condição é realizado nos serviços de Atenção Primária, e os registros nos sistemas são realizados por meio de classificações específicas (CID U09.9 e U10.9).

O ministério reforça a importância da vacinação, incluindo todas as doses de reforço indicadas, para garantir a máxima proteção contra casos graves e Covid longa.

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O GLOBO

Política sobre aborto reativa 'guerra de costumes'

As primeiras decisões do governo Lula referentes ao aborto geraram reações entre evangélicos, católicos e de parlamentares bolsonaristas, reavivando a agenda de costumes da qual o presidente tentou se esquivar durante a campanha eleitoral. Nesta semana, o país se desligou do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família, aliança antiaborto que tinha no Brasil seu maior entusiasta desde que Donald Trump deixou a Casa Branca, há dois anos. Além disso, o Ministério da Saúde revogou seis portarias da gestão Bolsonaro, entre elas uma que citava a necessidade de o médico comunicar o aborto à autoridade policial.

Após o anúncio da saída do grupo ultraconservador, o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou no Instagram um vídeo com críticas a Lula: "Mais uma vez, mostra que é só mais um estelionatário eleitoral de dizer que é contra o aborto só para ganhar voto".

Já o pastor Silas Malafaia relembrou a carta aos evangélicos que Lula apresentou no período eleitoral. A época, o gesto do então candidato petista buscava acenar ao grupo, que majoritariamente apoiava a candidatura de Bolsonaro - Malafaia segue sendo um dos principais aliados do ex presidente no segmento.

"Lembra na campanha eleitoral do Lula dizendo que apoia o aborto? Mas ele viu que falou bobagem que não rende voto, aí o mentiroso, cínico e manipulador escreve uma carta aos evangélicos", disse o pastor.

Em abril do ano passado, ao afirmar que o aborto é uma questão de saúde pública, Lula afirmou que "todo mundo deveria ter direito", o que gerou desgastes. Já na campanha, Lula hesitou a fazer um gesto direcionado a evangélicos, mas acabou lançando a carta em que afirma que "a vida é sagrada, obradas mãos do Criador" e reforça o "compromisso com sua proteção". Na sequência, o petista acrescenta que é "pessoalmente contra o aborto e lembro" e ressalta que eventuais mudanças sobre o tema cabem ao Congresso, não ao Executivo.

Assim como Malafaia, o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) também lembrou da carta e afirmou que o aborto representa um "assassinato de inocentes". Já o senador Flávio Bolsonaro (PLRJ) disse que a organização da qual o Brasil se retirou representa "uma linha de defesa importante pró-vida".

Ao se desligar da aliança antiaborto promovida por Bolsonaro e Trump, o Ministério das Relações Exteriores disse que "o Brasil considera que o documento contém entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família".

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também se posicionou por meio de uma nota com o título "Vida em primeiro lugar", com críticas a medidas do governo Lula. O texto, assinado por quatro líderes da Igreja Católica, repudia qualquer iniciativa que sinalize para a "flexibilização do aborto" e relembra as promessas feitas por Lula na corrida presidencial. "A revogação da portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais precisa ser esclarecida pelo governo federal, considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha", diz a nota. "A hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz, É preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado democrático de Direito".

NOVO MINISTÉRIO DA SAÚDE

O texto se refere às mudanças promovidas dentro do Ministério da Saúde, sob o comando de Nísia Trindade. Na segunda-feira, ela revogou seis portarias da gestão Bolsonaro, sob o argumento de que contrariavam diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), além de não terem a participação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) nas suas concepções.

Entre elas, está a que trata do "procedimento de justificação e autorização da interrupção da gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do SUS". Essa portaria falava, por exemplo, sobre a necessidade de o médico comunicar o aborto à autoridade policial responsável, O texto também destacava que era preciso preservar possíveis evidências materiais do crime de estupro, como fragmentos do embrião ou feto.

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O ESTADO DE S.PAULO

Artigo - Tratando a doença do Ministério da Saúde

Os brasileiros saíram de um processo eleitoral vazio, com agressões mútuas, valorização de ideologias e quase nenhum debate sobre propostas que efetivamente possam melhorar a vida das pessoas e colocar o País nos trilhos do desenvolvimento socioeconômico e cultural. A saúde foi apontada em 2022, por alguns institutos de pesquisa, como uma das principais preocupações dos eleitores, fato que se arrasta pelo menos desde as eleições de 2014. Apesar disso, dos problemas que enfrentamos com a pandemia e de termos registrado um dos maiores índices de mortalidade por covid-19 em todo o mundo, com quase 700 mil óbitos, praticamente nada foi proposto no último pleito para melhorar a saúde dos cidadãos.

Em 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) completa 35 anos. Trata-se de uma conquista inquestionável para a sociedade o Artigo 196 da Constituição: "A saúde é direito de todos e dever do Estado". O momento de comemoração e expectativa pela chegada da nova gestão federal exige uma avaliação profunda sobre o que efetivamente está e o que não está funcionando no nosso sistema de saúde. O SUS, como assistimos nos últimos dois anos, foi o pilar da cidadania em nosso país em uma das maiores crises sanitárias da História. É, portanto, um verdadeiro patrimônio civilizatório e motivo de orgulho para todos os brasileiros. Lamentavelmente, como não temos conseguido encontrar meios para fazer escolhas racionais em questões de saúde, usando critérios de efetividade e racionalidade, elas ocorrem aleatoriamente, através de pressões políticas, lobbies ou decisões jurídicas individuais. Claro que, assim, os resultados não podem ser bons.

As insistentes filas para atendimento nos hospitais - que são peças fundamentais para o sistema - são retrato de um modelo assistencial retalhado. Cabe à atenção primária, através dos agentes comunitários de saúde, Programa Estratégia Saúde da Família, médicos e equipe multiprofissional orientar os cidadãos em suas jornadas de saúde para que elas sejam efetivas e eficazes. Mas esse "caminho" precisa estar traçado.

Publicações técnicas apontam que 85% das questões de saúde podem ser resolvidas na atenção primária, portanto, é aqui que se produzem os melhores resultados para a saúde da população. Além de porta de entrada do sistema, uma atenção primária organizada e bem-feita desafoga os serviços de urgência e emergência e encaminha as pessoas para serviços de maior complexidade, quando necessário, diminuindo as filas nos hospitais e os custos assistenciais para os cofres públicos. Infelizmente, nosso modelo ainda não foi capaz de se organizar de forma adequada para proporcionar uma integração assistencial efetiva entre os serviços de diferentes complexidades.

No setor de saúde suplementar também verificamos uma fragilidade organizacional de modelo. Mesmo com mais recursos, encontramos filas nos prontos-socorros e o crescente número de consultas, exames e procedimentos não têm, necessariamente, garantido saúde melhor para os usuários desse sistema.

O financiamento é outro problema que precisa ser enfrentado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a saúde movimenta por ano 9,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Tomando como base o PIB nacional de 2021, de R$ 8,7 trilhões, chegamos a um montante de R$ 835,2 bilhões, incluindo investimentos públicos das três esferas de governo (União, Estados e municípios) e do setor privado (compreendido pela saúde suplementar e investimentos diretos feitos pelas famílias).

Quando analisadas as despesas dos setores público e privado isoladamente, o público fica com a menor fatia de investimento: 4,2% do PIB (R$ 365,5 bilhões), contra 5,4% do setor privado (R$ 469,7 bilhões). Na comparação com países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), observa-se que as despesas brasileiras como proporção do PIB são semelhantes, mas a participação dos gastos públicos é menor do que a média desses países. É inadmissível que em um sistema como o SUS, que está fundamentado nos pilares da universalidade, equidade e integralidade, os investimentos públicos sejam menores que os investimentos privados.

Essas distorções têm origem, principalmente, em uma visão desestruturada do sistema de saúde, de autoridades públicas e privadas, que privilegiam, muitas vezes, ações mais imediatistas, e não conseguem planejar e implantar políticas estruturantes capazes de gerar resultados em médio ou longo prazo. Por isso, nossos esforços, demandas e anseios são concentrados na doença, e não na saúde. Já passou da hora de inverter o foco.

Tentar, por exemplo, resolver "apenas" a fila nos hospitais é como se, num navio que teve o casco perfurado por um iceberg, colocássemos atenção no tamanho do balde para drenar a água, ou na técnica utilizada pelo marinheiro para retirá-la. O balde pode ser pequeno e o marinheiro despreparado, mas nada disso significa que o problema verdadeiro não seja a enorme abertura no casco. Com a experiência de 35 anos de SUS e um novo governo, a expectativa é de que possamos aprender, prioritariamente, que melhor do que cuidar do cidadão doente é cuidar para que ele não adoeça.

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Francisco Balestrin - médico, é presidente do Sindhosp

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AGÊNCIA ESTADO

Morte de menina de 12 anos abre debate sobre desafio do apagão no TikTok

A polícia da Argentina investiga se a morte de uma menina de 12 anos ocorreu após a adolescente participar, na última sexta-feira (13/1), do chamado Blackout Challenge, o "desafio do apagão", no TikTok. A "trend", como se chamam os conteúdos virais que circulam de forma natural na rede social, estimulava jovens a provocarem o auto sufocamento até o ponto de desmaio. O TikTok desativou a busca pelo desafio e emitiu comunicados de prevenção. "Alguns desafios online podem ser perigosos, perturbadores ou até encenados. Saiba como reconhecer desafios perigosos para poder proteger sua saúde e bem-estar", afirma o comunicado publicado pela rede chinesa assim que se busca pela palavra-chave Blackout Challenge.

Segundo apuração do jornal argentino Clarín, que noticiou a morte da adolescente Milagros, esta teria sido a terceira tentativa de auto sufocamento da menina. Ainda conforme a imprensa argentina, a família diz que há vídeos no celular da garota em que ela aparece tentando a asfixia outras vezes. A morte não teria sido a primeira ligada a esta "brincadeira".

Apesar de a reportagem não ter encontrado vídeos sobre o desafio no TikTok, há postagens relatando outros casos e alertando os usuários da rede social sobre o perigo. A morte do britânico Leon Brown, de 14 anos, que foi encontrado asfixiado pelos pais em seu quarto em agosto de 2022, é uma das mais mencionadas nos vídeos que circulam na rede social. Na época, a mãe dele, Lauryn Keating, afirmou ao jornal escocês Daily Record que colegas do filho relataram que ele participou do desafio.

Em dezembro de 2021, a mãe da jovem Nylah Anderson, da Filadélfia, nos EUA, processou o TikTok pela morte da filha, que teria participado do mesmo desafio. Mas, em outubro de 2022, o juiz rejeitou o pedido com base a Lei Federal de Decência nas Comunicações, dos EUA, que protege editores do trabalho de terceiros - a postagem é considerada de responsabilidade do seu autor, e não da rede. As famílias de mais duas meninas americanas, de 8 e 9 anos, mortas em 2021, também entraram com ação contra o TikTok pela mesma razão.

"A curiosidade é um motor importante para a vida. Leva a desafios, experiências e ao crescimento do repertório da pessoa", diz Wimer Bottura, psiquiatra do comitê de adolescência da Associação Paulista de Medicina. Por outro lado, "como o repertório de informações da criança ainda é baixo, a intensidade da curiosidade dela tende a ser maior que a de um adulto", o que as tornam mais vulneráveis a manipulações e riscos.

Resposta
O TikTok afirma que desafios envolvendo asfixia são anteriores à rede social, lançada em 2016, citando documento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano de 2008 que já relatava mortes por um jogo similar, o Choking Game. "Sentimos muito pela trágica perda desta família (em relação ao caso ocorrido na Argentina). A segurança da nossa comunidade é prioridade e levamos muito a sério qualquer ocorrência sobre um desafio perigoso. Conteúdos dessa natureza são proibidos em nossa plataforma e serão removidos caso sejam encontrados", disse a empresa ao Estadão.

Desenvolvimento do senso crítico
O psiquiatra Wimer Bottura, presidente do comitê de adolescência da Associação Paulista de Medicina, diz que um dos motivadores que podem estar levando as crianças a repetir o desafio que incita o sufocamento é o prazer. "A hipóxia, como chamamos a falta de oxigenação no cérebro, leva a uma euforia, uma sensação de prazer muito grande na pessoa", afirma.

O especialista alerta, porém, que é comum que crianças se interessem por desafios de maneira geral. "A curiosidade é um motor importante para a vida. Ela leva a desafios, experiências e ao crescimento do repertório da pessoa", diz o psiquiatra. Por outro lado, "como repertório de informações da criança ainda é muito baixo, a intensidade da curiosidade dela tende a ser maior que a de um adulto", o que as tornam mais vulneráveis a manipulações e riscos. Para Bottura, o caminho para evitar esse tipo de acidente é desenvolvendo o senso crítico da criança para que ela mesma se proteja desse tipo de armadilha.

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A REDAÇÃO

Ipasgo inaugura reforma de unidade em Jataí, no Sudoeste goiano

O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) inaugura nesta sexta-feira (20/1), sua nova regional, em Jataí, no Sudoeste goiano. A unidade, uma das 126 voltadas ao relacionamento presencial com os usuários, estava em obras desde o dia 16 de novembro. Ao todo, o instituto investiu R$ 180 mil na requalificação da estrutura física do local, que também responde pelos postos da cidade de Mineiros. 

“A entrega da regional Jataí marca não apenas a primeira obra concluída este ano, mas também simboliza o começo dos investimentos que serão feitos em 2023 dentro do nosso plano de melhoria da estrutura física do Ipasgo. Já estão no nosso calendário de obras, por exemplo, reformas das regionais Ceres, São Luís de Montes Belos, Morrinhos, Itumbiara e Catalão”, antecipa o presidente do Ipasgo, Vinícius Luz, ex-prefeito de Jataí. Além das cinco Regionais, o planejamento do instituto para este ano inclui a requalificação física dos postos de atendimento de Quirinópolis, Vianópolis e Santa Helena de Goiás.

Nesses dois meses de obras, a regional Jataí passou por troca completa e modernização do sistema de iluminação, das redes elétrica, de dados e de climatização; ganhou piso tátil, impermeabilização, nova pintura, bancadas em granito, caixa d’água, fachada e jardim; melhoria dos mobiliários, da rede hidrossanitária, dos pisos, telhado, pastilhas e outros revestimentos. Também houve correção de trincas, fissuras e infiltrações. O prédio, agora completamente revitalizado, foi inaugurado em 1998. 

“As regionais são um elo extremamente importante entre os usuários e o instituto. Elas mediam nosso relacionamento e ao mesmo tempo nos aproximam dos usuários, nos oferecendo subsídios importantes para traçar planos e metas que nos levem à evolução contínua do Ipasgo, nossa principal meta”, avalia Vinicius Luz.

Em média, a Regional Jataí recebe todos os meses cerca de 1.590 usuários em busca de serviços administrativos, como emissão de boletos de pagamentos, abertura de processos de adesão, realização de acordos financeiros, entre outros procedimentos. Além de 17 Regionais, o Ipasgo tem 35 postos e está presente em 73 Vapt Vupts localizados em todas as regiões de Goiás. 

Outros investimentos

À localizada em Jataí, somam-se reformas já realizadas nas regionais Rio Verde, Iporá, Anápolis e Goiás; no Ipasgo Clínicas Campinas, em Goiânia, e outras manutenções corretivas e preventivas nos 43 prédios do instituto. Desde 2019, o Ipasgo destinou quase R$ 1,3 milhão para reformas e manutenções das unidades existentes. 

Paralelamente, também investiu na ampliação da rede própria voltada ao atendimento à saúde dos usuários. Nos últimos quatro anos, a autarquia do Governo de Goiás passou a contar com mais três unidades: uma focada em atendimento pediátrico, localizada no Setor Serra Dourada, em Aparecida de Goiânia; outra, direcionada à saúde mental, em Campinas; e a terceira em Anápolis. Um investimento que possibilitou a prestação de mais de 263,8 mil serviços, a exemplo de pediatria, endocrinologia, reumatologia, pneumopediatria e clínica geral, de 2019 a 2022, nas cinco unidades do Ipasgo Clínicas.

Referência nacional na área de assistência à saúde, o Ipasgo assiste a quase 600 mil cidadãos e está conveniado a entidades de 145 municípios de Goiás, aos quais oferece uma ampla rede credenciada composta por 1.136 clínicas, laboratórios e hospitais e por 3.776 médicos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, odontólogos, entre outros profissionais.

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Sem correção de tabela, quem ganha um salário e meio terá que pagar IR 2023

Os trabalhadores que ganham um salário mínimo e meio terão que pagar Imposto de Renda, a partir de 2024, quando é recolhido o tributo do ano base anterior, caso a tabela atual não seja corrigida este ano. Atualmente, a isenção para a contribuição é aplicada para pessoas com uma renda de até R$ 1.903,98. Com o reajuste salarial de 2023, o salário mínimo ficou em R$ 1.302,00. 

A Receita Federal ainda irá divulgar a tabela deste ano. Durante a campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi prometido que a tabela do Imposto de Renda seria corrigida acima da inflação, subindo dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 5 mil. Caso isso ocorra, quem ganha até R$ 5 mil estará isento.

QUEM É OBRIGADO A DECLARAR IMPOSTO DE RENDA?


É obrigado a realizar a declaração do IRPF quem teve:


- Rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70; rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 40 mil; 

- Ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto;  

- Isenção de imposto sobre ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; 

- Operações em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; 

- Posse ou propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima de R$ 300 mil (31 de dezembro de 2021); 

- Receita bruta na atividade rural de tributáveis acima de R$ 142.798,50; 

- Quer compensar, em 2021 ou anos seguintes, prejuízos da atividade rural de 2021 ou anos anteriores; 

- Passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro 

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FATOR BRASIL

Qualicorp firma parceria com Ativia Saúde

Convênios da Ativia Saúde serão disponibilizados por valores a partir de R$ 141,55.

A Qualicorp, maior plataforma de escolha de planos de saúde do Brasil, acaba de assinar uma parceria com a Ativia Saúde para oferecer planos aos moradores de cidades do Vale do Paraíba e do Litoral Norte de São Paulo. Os planos custam a partir de R$ 141,55 (a depender da faixa etária e categoria do plano contratado).

Serão ofertadas seis categorias de convênios. As opções no modelo adesão (com e sem coparticipação) são Essencial, Ativia Vale Enfermaria e Ativia Vale Apartamento que abrangem cuidados ambulatoriais e hospitalares com obstetrícia.

Os planos da categoria Essencial Adesão serão comercializados nas cidades de Caraguatatuba, Jacareí e São José dos Campos. Já os planos Ativia Vale Adesão incluem também os municípios de Caçapava, Guaratinguetá, Lorena, São Sebastião e Taubaté.

Esta parceria apresenta soluções para oferecer saúde de qualidade à região do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Além da excelência no cuidado com os clientes, as opções também contam com excelente custo-benefício afirma Bruno Leite, supervisor comercial da Quali em São Paulo. A rede de atendimento é muito boa com o Hospital Alvorada em Jacareí, Hospital Antoninho da Rocha Marmo em São José dos Campos, Hospital São Lucas em Taubaté e muito mais completa.

Os convênios médicos da Ativia Saúde são válidos para diversas profissões por meio das entidades de classe parceiras como: Asprofoli para profissionais liberais, SAESP para administradores, Crefito para Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacional, UNE para os estudantes dentre muitas outras.

Campanha para corretores 3 A Qualicorp ofertará um cyber bônus para os corretores parceiros na venda dos planos. A bonificação será paga à vista e varia de R$ 150 a R$ 400, a depender da idade do contratante. 

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HOJE EM DIA

Artigo - Telessaúde: resposta para gargalos históricos

Jihan Zoghbi*

A evolução do atendimento está em potencializar os hospitais como verdadeiros hubs de cuidado. Mais do que buscar um tratamento, o ideal é que os pacientes tenham acesso a ferramentas que os ajudem a prevenir doenças. Esse é o verdadeiro sentido de quem atua no setor de tecnologia para a saúde: proporcionar condições para uma vida com mais qualidade.

A recente sanção da Lei 14.510/22, que regulamenta a Telessaúde no Brasil, é um passo essencial para democratizar o acesso a recursos médicos de alto padrão. Por questões geográficas, econômicas, políticas e sociais, a grande maioria dos especialistas está concentrada nas regiões Sudeste e Sul do país. Para grande parte da população, é inviável o deslocamento até esses centros.

No caso do câncer infantil, por exemplo, essa realidade se torna ainda mais cruel. Dados do Inca apontam que crianças do Norte e do Nordeste têm menos chances de sobreviver - algo entre 50% e 60% - porque a estrutura regional de saúde não permite diagnósticos e intervenções precoces. O que se espera, com a telemedicina finalmente validada, é reduzir essas diferenças. É promover a vida.

Todos sabemos que a pandemia da Covid-19 intensificou demandas críticas, especialmente na saúde pública. Há pelo menos 11,6 milhões de cirurgias eletivas represadas e 1,3 milhão de exames diagnósticos que não foram feitos em um intervalo de dois anos, conforme números levantados pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass).

Zerar essa fila será muito difícil, mas não é impossível. O primeiro passo é ampliar o atendimento, alcançar quem deixou de fazer consultas e exames e identificar os pacientes com maior gravidade, em todas as regiões. A telemedicina e a telerradiologia podem ser grandes aliadas nessa missão.

Outro ponto essencial é a segurança. Pela nova legislação, os serviços de telessaúde precisam respeitar o Marco Civil da Internet, a Lei do Ato Médico, a Lei Geral de Proteção de Dados, a Lei do Prontuário Eletrônico e o Código de Defesa do Consumidor. Hospitais e clínicas devem estar atentos, assim como as empresas que fornecem tecnologia, a todas essas exigências. A qualidade do atendimento está diretamente ligada à confiança, com transparência na relação entre todas as partes envolvidas.

Vale reiterar que apesar de todos os desafios, os dois últimos anos também permitiram avanços extraordinários na Medicina. O uso da tecnologia já é uma realidade para milhares de pessoas e profissionais. Intensificou-se o debate sobre o uso de inteligência artificial, da realidade virtual e, até mesmo, do metaverso para promover a saúde. A inovação é uma porta aberta, que revoluciona todos os dias a forma de prevenir, diagnosticar e tratar doenças.

Portanto, não se pode temer os benefícios desse movimento em prol da vida no Brasil. E para que a telessaúde realmente alcance o seu propósito, é preciso investir cada vez mais em modernização, informação e formação. Quanto mais qualificados forem os serviços, mais bem aproveitados serão os recursos humanos e financeiros. É prioridade sanar gargalos históricos, dentro da heterogeneidade da saúde brasileira, sem perder de vista os avanços já conquistados até aqui.

*CEO da startup Dr. TIS

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JORNAL DO COMMERCIO

Piso Enfermagem: governo Lula dá prazo para resolver piso salarial enfermagem

O piso da enfermagem tem mais uma atualização no Governo Lula (PT). Após reunião com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta quinta-feira (19) foi estipulado importante prazo sobre a definição do piso salarial dos enfermeiros. Veja o que acontece e qual será a data definida.

Segundo o portal Jota, a definição na reunião com a ministra de Lula definiu uma data para apresentação de um relatório sobre o piso da enfermagem.

A ideia é que o grupo de trabalho criado para desenvolver critérios nas distribuições de recursos do piso salarial da enfermagem entregue um relatório até 30/01 para garantir a viabilidade do piso salarial da enfermagem. O documento buscará encontrar fontes de financiamento para o piso dos enfermeiros.

O objetivo é que se consiga desenvolver uma forma de viabilizar o piso da enfermagem para que a suspensão do Supremo Tribunal Federal (STF) acabe.

A reunião com lideranças dos enfermeiros também indicou que o relatório sobre o piso da enfermagem só será transformado em Medida Provisória após avaliação pelas associações de enfermeiros, no caso o Conass e o Conasems.

Ainda não há certeza que a medida vai conseguir garantir a aprovação do piso salarial da enfermagem dentro do STF. Não será o Grupo de Trabalho (GT) o responsável por implementar o piso da enfermagem, o GT só é responsável por analisar a situação e encontrar uma forma de viabilizar o piso dos enfermeiros.

VALOR do PISO da ENFERMAGEMÂ

A PEC que aprovou o piso salarial da enfermagem estipulava um piso nacional para os enfermeiros. A definição apontava que no piso da enfermagem seria:

R$ 4.750,00 para enfermeiros

R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem

R$ 2.375,00 para auxiliares de enfermagem e parteiras

LULA prometeu Piso Salarial Enfermagem para 2023

A viabilidade do piso da enfermagem foi uma das promessas do presidente Lula durante seu período de campanha.Â

Em setembro de 2022 Lula declarou que "Se a gente ganhar, a gente vai ter que dar um jeito no Centrão, vai ter que mexer no orçamento secreto, vai ter que cumprir o piso da enfermagem".

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Assessoria de Comunicação