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CLIPPING AHPACEG 07/03/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Piso da enfermagem: categoria se prepara para greve nesta semana
Deputado apresenta projeto que proíbe mudanças de sexo em crianças e adolescentes na Alego
Bebê morre após tomar medicamento trocado em farmácia
UEG discute combate ao racismo como estratégia de saúde das mulheres negras
Baixa cobertura contra HPV favorece casos preveníveis de câncer
Campanha estadual de combate às doenças renais acontece neste mês de março
Mês da Mulher e a importância do parto humanizado
Einstein e empresa do Bradesco Seguros vão construir hospital
Advogada condenada em caso Prevent Senior critica juiz
Dia Internacional da Mulher: doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre mulheres no Brasil
JORNAL OPÇÃO
Piso da enfermagem: categoria se prepara para greve nesta semana
A paralisação nacional de enfermeiros e enfermeiras está marcada para sexta-feira, 10. A categoria pretende pressionar para que o governo Lula ajude a resolver o impasse em torno do piso da enfermagem.
O piso foi criado em lei no ano passado e suspenso por liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). Em dezembro, foi promulgada a Emenda Constitucional 127/22 garantindo o repasse de recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social para financiar o piso salarial nacional no setor público, nas entidades filantrópicas e de prestadores de serviços desde que atendessem ao menos 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
A medida precisa de regulamentação para definir como os recursos serão distribuídos e até hoje governo não fez esse documento. Na última semana, a Ministra da Saúde Nísia Trindade afirmou que a primeira versão da minuta que deve viabilizar essa medida está pronta.
O impacto fiscal do piso salarial enfermagem é o principal empecilho para que o reajuste seja aplicado o quanto antes no contracheque da categoria. Representantes da Confederação Nacional da Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços na Ação de Declaração de Inconstitucionalidade 7222, que questiona o piso da enfermagem, sustentam que a medida não atende o setor privado.
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O HOJE
Deputado apresenta projeto que proíbe mudanças de sexo em crianças e adolescentes na Alego
A proibição é imposta apenas para os casos de transição de gênero
Encontra-se sob análise da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) o projeto de lei que veda o bloqueio puberal e a hormonioterapia cruzada em crianças e/ou adolescentes menores de 18 anos, para transição de gênero, em toda a rede de saúde pública e privada do estado.
O projeto é assinado pelo deputado Fred Rodrigues (DC), e buscará o selo de constitucionalidade da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e, se passar, será analisada pela comissão temática e Plenário do Parlamento estadual. Na CCJ, os parlamentares aguardam o relatório do deputado Mauro Rubem (PT).
A proibição é imposta apenas para os casos de transição de gênero. A aplicação dos bloqueadores hormonais ou hormonioterapia cruzada para tratar doenças em crianças ou adolescentes menores de 18 anos é permitida. Já o bloqueio puberal ou a hormonioterapia cruzada, sob a responsabilidade de médico endocrinologista, ginecologista ou urologista, todos com conhecimento cientifico especifico, se darão na vigência de acompanhamento psiquiátrico, com anuência da equipe.
Ainda segundo o texto, caberá ao psiquiatra formular diagnóstico, identificar morbidades, realizar diagnósticos diferenciais, prescrever medicamentos e indicar e executar psicoterapia, se necessário.
E, após avaliação psiquiátrica, o bloqueio puberal e a hormonioterapia cruzada serão contraindicados nas seguintes condições: transtornos psicóticos graves; transtornos de personalidade graves; retardo mental; e transtornos globais do desenvolvimento graves.
Fred Rodrigues observa que a Portaria n° 2.803, de 19 de novembro de 2013, do Ministério da Saúde, regula o Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS) e estabelece como idade mínima 18 anos, para tratamentos de terapia medicamentosa hormonal, e 21 anos para os procedimentos cirúrgicos de redesignação sexual.
Contudo, segundo o deputado, a portaria é omissa quanto a idade mínima para início do procedimento de bloqueio puberal, convencionando apenas que a transição hormonal pode acontecer a partir dos 18 anos e a cirurgia a partir dos 21 anos.
“Por outro lado, destaco, o Conselho Federal de Medicina autoriza a hormonioterapia a partir dos 16 anos e o bloqueio hormonal já em crianças e adolescentes, anuindo com a cirurgia a partir dos 18 anos. Aqui, abro divergência com a resolução emitida pelo Conselho Federal de Medicina quanto a permissão de bloqueio hormonal em crianças e adolescentes, além de, inadmitirmos a autorização de hormonioterapia cruzada a partir dos 16 anos, visto que, a transição de gênero desde a fase inicial exige alto grau de maturidade e consciência adulta sobre os riscos e impactos sociais, emocionais e escolares, que como demonstrado pela história, por vezes, não encontramos em maiores de 18 anos, quem dirá em menores”, argumenta.
O parlamentar acrescenta que, além dos impactos complexos e intangíveis mencionados anteriormente, a falta de maturidade, típica e normal das crianças e adolescentes, deve ser levada em consideração, visto que as alterações no organismo humano são agressivas e por vezes irreversíveis, podendo agravar qualquer quadro psicológico na hipótese de o indivíduo desistir ou se arrepender da escolha que outrora optou, quando ainda não possuía maturidade suficiente para discernir sobre tema tão denso e complexo.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Bebê morre após tomar medicamento trocado em farmácia
Segundo a Polícia Civil, o remédio, que se chama "bromoprida" foi trocado por "tartarato de brimonidina" em uma farmácia , caso é investigado
Um bebê de apenas 2 meses morreu depois de supostamente ter ingerido um colírio que foi vendido no lugar de um medicamento para enjoo. O caso aconteceu em Formosa na madrugada de domingo, 5.
Segundo a Polícia Civil, o remédio, que se chama "bromoprida", foi corretamente receitado para tratar os sintomas do bebê. No entanto, foi vendido e consumido o "tartarato de brimonidina", um remédio para tratamento de glaucoma.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o bebê estava com quadro de náusea, vômito e febre, e foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) pela mãe. Lá, foram receitados alguns medicamentos, entre eles, a bromoprida.
De acordo com a delegada Fernanda Lima, o avô da criança foi à farmácia comprar os medicamentos. A mãe, então, deu o medicamento conforme a posologia prescrita na receita. A criança logo começou a chorar de dor e levada novamente para a UPA, onde foi intubada, mas não resistiu e morreu.
Investigações foram feitas na unidade de saúde e na farmácia onde o remédio foi vendido - o estabelecimento não teve o nome divulgado - para que a polícia tivesse acesso aos prontuários.
A Polícia Civil informou que um laudo preliminar revelou que a ingestão do medicamento pode ter causado a morte do bebê, porém, somente após a conclusão dos exames é que poderá ser confirmada esta afirmação.
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A REDAÇÃO
UEG discute combate ao racismo como estratégia de saúde das mulheres negras
Devido ao Dia Internacional da Mulher, o mês de março é marcado por ações de enfrentamento à violência, de fortalecimento da luta pela equidade de direitos e de valorização da presença delas em todos os espaços da sociedade. Na Universidade Estadual de Goiás (UEG), a data será celebrada com uma série de palestras cujo foco é o combate ao racismo como estratégia de saúde das mulheres negras. A iniciativa é do Núcleo de Estudos em Fisioterapia e Atividade Física em Obstetrícia da isntituição (NEFAFO/UEG/ESEFFEGO).
O evento, marcado para às 18 horas de segunda-feira (13/3), ocorre após a lacuna dos anos de pandemia, no auditório do Centro de Excelência do Esporte Arquiteto Eurico Godoi, sede da UEG.
Coordenado pela professora mestra Nayruz Jradi, a iniciativa o traz palestrantes que abordam os enfrentamentos das mulheres negras em vários âmbitos. A advogada Nayara de Lourdes Ferreira Barbosa, por exemplo, fala sobre esta questão junto à “universidade e a sociedade”; a também advogada Camila Mariana Ferreira Alves, destaca “a violência doméstica e familiar”; a presidenta do `PSOL / Goiânia (GO), Hemanuelle Di Lara Siqueira Jacob, traz a questão da “sexualidade da mulher negra”; a mestra em Educação Física Laryssa Lima Basílio, a “mulher negra no esporte”; e, a estudante de Medicina Hellen Oliveira, “os desafios das mulheres negras frente ao sistema de saúde”.
Serviço: Enfrentamento ao Racismo como Estratégia de Saúde das Mulheres Negras
Rodada de Palestras: Nayara de Lourdes Ferreira Barbosa (nayarafb.adv), Camila Mariana Ferreira Alves, Hemanuelle Di Lara Siqueira Jacob (manujacobpsol), Laryssa Lima Basílio (laryssa.lima.79) e Hellen Oliveira (kalu.blk)
Data: Segunda (13/3), às 18 horas
Local: Auditório do Centro de Excelência do Esporte Arquiteto Eurico Godoi
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AGÊNCIA BRASIL
Baixa cobertura contra HPV favorece casos preveníveis de câncer
Sete em cada dez casos de câncer de colo de útero são causados por um vírus contra o qual existe vacina disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde. Esse vírus é o papilomavírus humano (HPV), que também causa nove em cada dez casos de câncer de ânus e está relacionado a neoplasias malignas no pênis, vagina, vulva, boca e garganta.
Mesmo com tantas evidências do perigo que representa estar desprotegido contra essa infecção sexualmente transmissível (IST), o Programa Nacional de Imunizações (PNI) constatou queda na proteção do público-alvo dessa vacina no ano passado.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 21 de fevereiro, 87,08% das meninas brasileiras entre 9 e 14 anos de idade receberam a primeira dose da vacina em 2019, e em 2022, a cobertura caiu para 75,81%. Entre os meninos, a cobertura vacinal caiu de 61,55%, em 2019, para 52,16%, em 2022.
Procurado nesta segunda-feira (6/3) pela Agência Brasil para atualizar os dados, o ministério informou que, entre as meninas, a cobertura da vacina contra o HPV, em 2022, alcançou 77,37% na primeira dose, e 58,29%, na segunda dose. Entre os meninos, 56,76% receberam a primeira dose, e apenas 38,39%, a segunda.
Infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto I'Dor, José Cerbino Neto explica que poucos dos mais de 100 tipos de HPV são relacionados ao câncer, e os tipos 16 e 18 são os mais perigosos.
Indicada no Sistema Único de Saúde (SUS) para adolescentes de 11 a 14 anos e pessoas com situações específicas da saúde, a vacina contra o HPV protege contra esses dois tipos e também contra duas cepas responsáveis por verrugas genitais. Além do público-alvo do PNI, pessoas de até 45 anos podem obter a vacina em clínicas privadas de imunização, segundo autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Se entende que a vacinação nessa população de 11 a 14 anos vai ter um maior impacto, porque essas pessoas estarão vacinadas desde antes de iniciar sua vida sexual. Mas para qualquer pessoa não vacinada até 45 anos, há um benefício com a vacinação", destaca o pesquisador.
"A vacina tem a capacidade de proteger as pessoas da infecção sexualmente transmissível, e, em última análise, protegê-las de um câncer que elas poderiam vir a desenvolver".
Pessoas que vivem com HIV/aids, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos também podem ser vacinados gratuitamente no SUS, em algum centro de referência de imunobiológicos especiais, com o esquema de três doses.
As estimativas do Ministério da Saúde dão conta de que cerca de metade de todas as mulheres diagnosticadas com câncer do colo de útero têm entre 35 e 55 anos de idade e muitas, provavelmente, foram expostas ao HPV na adolescência ou na faixa dos 20 anos de idade.
Incidência
Apesar de ser associado a casos de câncer, a grande maioria dos casos de infecção pelo HPV não evolui dessa forma. Em grande parte dos casos, o próprio sistema imunológico se encarrega de combater o vírus antes do surgimento de sintomas.
Segundo o Ministério da Saúde, os primeiros sintomas podem aparecer de dois a oito meses após a infecção pelo HPV, mas continuam a existir chances mesmo duas décadas após o contato. As manifestações sintomáticas são mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa. O vírus pode causar lesões visíveis e invisíveis a olho nu, e a manifestação mais frequentes são verrugas na região genital ou anal. Essas verrugas, em geral, estão associadas aos tipos não cancerígenos de HPV.
Cerbino destaca que a maioria da população adulta vai ser infectada pelo HPV em algum momento da vida. Como os tipos do vírus associados ao câncer são os que provocam lesões mais graves, eles são os mais frequentemente diagnosticados e testados laboratorialmente, o que não significa que sejam os que mais circulam.
"Eles são os mais identificados por serem os que causam mais doenças", destaca. "Como existe mais de um subtipo, há benefícios em tomar a vacina para quem já teve o HPV, porque você estaria aumentando sua proteção contra uma eventual nova infecção, embora isso não seja comum".
O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) citam estudos internacionais que apontam que chega a 80% o percentual de mulheres sexualmente ativas que terão contato com um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas, e essa porcentagem pode ser ainda maior em homens. Pesquisadores que se debruçam sobre o tema estimam que entre 25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial esteja infectada por HPV.
Para o infectologista da Fiocruz, campanhas antivacina e boatos se somam à dificuldade de mobilizar a faixa etária alvo da vacinação como alguns dos obstáculos a uma cobertura maior para a imunização contra o HPV.
"O nosso calendário vacinal tem vacinas recomendadas para todas as faixas etárias, mas a nossa cultura é vacinar as crianças. Então, o fato de a vacina ser aplicada dos 11 aos 14 anos pode ter contribuído para a cobertura ter sido mais baixa", avalia ele, que destaca que a vacina é segura e eficaz, além de ser aplicada em mais de 100 países.
Vacina nova
O imunizante contra o HPV disponível no PNI e nas clínicas privadas até este ano é o quadrivalente, que protege contra quatro tipos do vírus, entre eles o 16 e 18, considerados mais perigosos. As clínicas privadas devem começar a aplicar nas próximas semanas uma nova versão da vacina, contra nove cepas, também incluindo o 16 e o 18 e mais cinco tipos de HPV de alto risco.
Responsável pelo setor de Imunização Humana do Richet Medicina & Diagnóstico, Patrícia Rosa Vanderborght explica que essa nova vacina vai aumentar a proteção contra o câncer de colo de útero e de outros tipos. A pesquisadora também destaca que a comunicação sobre a prevenção do HPV vem sendo muito restrita aos adolescentes, por causa das campanhas oficiais de vacinação, e às mulheres, por conta da prevenção do câncer de colo de útero.
"A incidência é muita alta, e homens não têm a cultura de ir ao médico e fazer exames como a mulher, que vai ao ginecologista. A gente observa muita falta de informação entre os homens, que acham que a vacina só é importante para mulheres", alerta. "Outra população importante é a população LGBT. A gente tem conversado com os infectologistas sobre a necessidade de essa população ter ciência da prevenção e da incidência de câncer".
Patrícia acrescenta que a vacinação contra o HPV na adolescência tem a vantagem de ser em esquema de apenas duas doses. Nas clínicas privadas, que vacinam o público adulto, a vacina passa a precisar de três doses.
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Campanha estadual de combate às doenças renais acontece neste mês de março
Estado também promoverá ações entre trabalhadores goianos, estudantes do ensino médio e universitários
A Secretaria de Estado de Goiás (SES-GO) iniciou nesta segunda-feira (6) a campanha estadual contra doença renal. Até o dia 17 de março acontecerão atividades relacionadas ao Dia Mundial do Rim, que este ano tem como tema “Cuidar dos vulneráveis e estar preparado para os desafios inesperados”. Com a iniciativa, o objetivo é divulgar informações sobre os problemas nos rins, com foco na prevenção, diagnóstico e tratamento precoces.
No dia 9 de março, das 7h30 às 15h30, ocorrerá o evento Circuito de Saúde, na Central de Abastecimentos de Goiás (Ceasa-GO). Durante a ação, será feita dosagem de creatinina sanguínea (exame essencial para avaliar a saúde renal), teste multiparâmetro de urina e teste rápido de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Além disso, terá aferição de pressão, glicemia, consultas orientativas com profissionais da área, rodas de conversas, entre outros serviços.
Ainda na programação, alunos do ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede estadual contarão com vídeo-aulas e, entre os dias 13 e 17 de março, receberão palestras da Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN). O site do Telessaúde GO trasmitirá ao vivo algumas ações sobre nefrologia voltadas para profissionais de saúde e universitários. Para mais informações, os interessados devem acessar a página do programa.
Dia D da Campanha
O Dia Mundial do Rim foi criado pela Sociedade Internacional de Nefrologia e Federação Internacional de Fundações do Rim e é comemorado na primeira quinzena de março. Em 2023, o Dia D da campanha ocorre na próxima quinta-feira (9), em todo o Brasil.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a Doença Renal Crônica (DRC) aparece, sobretudo, em pessoas acima de 64 anos e. no Brasil, cerca de 10 milhões de indivíduos têm a doença. No Estado de Goiás, mais de 4.500 pessoas receberam tratamento de hemodiálise somente até fevereiro deste ano.
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DIÁRIO DO ESTADO
Mês da Mulher e a importância do parto humanizado
Vendedora Blenda Lorrainy Batista chegou à maternidade com a convicção de um parto cesárea. Após receber acolhimento da equipe totalmente feminina, conseguiu dar à luz a filha através de parto natural, que era o mais indicado no momento
O mês de março traz a reflexão para o Dia Internacional da Mulher, sobre como a sociedade trata o público feminino em todos os aspectos, tanto no convívio afetivo, familiar, social quanto ao mercado de trabalho. É importante garantir os direitos das mulheres e, no momento da gestação, garantir que a mulher tenha uma gravidez e partos saudáveis. Para isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o parto natural, que é mais saudável para mãe e bebê, e sugere a taxa de 15% de partos cesarianas, que devem ocorrer apenas quando o parto normal oferecer risco, mas no Brasil, esse índice chega a mais 50%.
A vendedora Blenda Lorrainy Batista, 29 anos, chegou perto de entrar para as estatísticas das cesarianas no Brasil. Como já realizou uma cirurgia bariátrica, ouviu de muitas pessoas que não conseguiria dar à luz através de parto normal. “Eu cheguei à maternidade e o tempo inteiro eu estava me preparando para a cesárea. Mas as enfermeiras e a equipe médica me acolheram e explicaram a importância do parto natural, todas me deram apoio, me fizeram sentir como se eu fosse da família delas”, explica.
No mês da mulher, a história de Blenda chama a atenção também por ter sido acolhida por equipe composta 100% por mulheres. Tantos as enfermeiras quanto a médica do Hospital América, unidade do Sistema Hapvida, que acompanharam a vendedora durante o trabalho de parto, fizeram a diferença na hora do nascimento. “Eu acredito que a equipe ser toda feminina me passou mais segurança para aquele momento tão importante da minha vida. As enfermeiras falavam que estavam comigo, dando apoio e o acolhimento necessário para que eu me sentisse bem”.
De acordo com Catarina Nucci, diretora nacional do Programa Nascer Bem, do Sistema Hapvida, muitas vezes, a cesárea é realizada sem ter indicação clínica. Tanto a cesária quanto o parto normal precisam ter indicação médica para ser feito de forma segura. “Esse procedimento é utilizado para salvar vidas, quando a mãe ou o bebê estão em risco, e o nosso objetivo é oferecer o tratamento mais adequado para cada caso”.
Signatária do selo ONU Mulheres
Em Goiânia, as unidades do Sistema Hapvida contam com 78% do seu quadro de colaboradores composto pelo sexo feminino. A responsabilidade social, que inclui a valorização da mulher, é uma das diretrizes da operadora. Desta forma, a companhia se tornou signatária do selo ONU Mulheres, que atua principalmente em seis áreas: liderança e participação política das mulheres; empoderamento econômico; fim da violência contra mulheres e meninas; paz e segurança e emergências humanitárias; governança e planejamento e normas globais e regionais.
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O GLOBO
Einstein e empresa do Bradesco Seguros vão construir hospital
Unidade com 300 leitos em SP será uma parceria com a Atlântica Hospitais
LUCIANA CASEMIRO
braço hospitalar do Grupo Bradesco Seguros, a Atlântica Hospitais e Participações, vai se unir ao Einstein para construção e gestão de um hospital geral de 300 leitos na Vila Mariana, em São Paulo, um investimento de R$ 600 milhões. A previsão é que a unidade entre em funcionamento em 2027.
A parceria prevê que a gestão e operação do hospital, além da contratação e do treinamento de profissionais, terão o selo Einstein, sem ter o nome deste na fachada. O controle será da Atlântica.
Carlos Marinelli, diretor-geral da Atlântica, diz que o hospital prestará serviço a todas as operadoras. Somente na Bradesco Saúde, empresa do Grupo Bradesco Seguros, são quatro milhões de beneficiários.
- A estratégia que optamos no Bradesco, de investimento em equipamentos de saúde e hospitais, é com parcerias com as melhores expertises de mercado, mas de forma independente da nossa operadora de saúde - afirma Marinelli.
O terreno pertence à BSP Empreendimentos, empresa de propriedades comerciais da Bradesco Seguros. O que já está definido, além dos 300 leitos, dos quais 60 são de UTI adulto, é que o hospital oferecerá todas as especialidades médicas, maternidade, UTI neonatal, pediatria e UTI Infantil, 20 centros cirúrgicos, um moderno serviço de diagnóstico, centro de infusão para quimioterapia e imunobiológicos e pronto atendimento adulto e infantil.
Trata-se do segundo investimento anunciado pela Atlântica Hospitais, constituída em 2021 pelo Bradesco Seguros. O primeiro foi a ABPF Oncologia, que tem participações iguais do Grupo Fleury e da Beneficência Portuguesa. O investimento foi de R$ 678 milhões.
- Estamos olhando oportunidades no mercado do Rio, amadurecendo conversas - diz Marinelli.
O Einstein tem unidades no Morumbi, em São Paulo, e em Goiânia. E é responsável pela gestão de 29 unidades da rede pública. A organização oferece consultoria de gestão de saúde populacional e atendimentos de atenção primária, e exporta sua experiência em serviços de saúde para a América Latina.
- Temos um braço de consultoria para construção e operação de hospitais que já foi prestado para a Bolívia, serviço de treinamento para a Colômbia. Levamos a gestão hospitalar, protocolos baseados em evidência científica, tecnologia de vanguarda e atividade preventiva - explica Sidney Klajner, presidente do Einstein.
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O ESTADÃO
Artigo - Por que temos tantos e tão poucos médicos no Brasil?
A grave crise humanitária, alimentar e sanitária encontrada em território Yanomami reacendeu a discussão sobre a contratação de médicos para atendimento de pessoas em localidades remotas ou em situação de vulnerabilidade. Com isso, o Ministério da Saúde pretende dar celeridade ao Programa Mais Médicos para atender à região dos Distritos Sanitários Indígenas (Dsei) Yanomami.
A calamidade dos Yanomamis é a consequência mais desumana da série de irresponsabilidades, de descasos e de crimes que assola a Amazônia e suas comunidades há décadas. O problema precisa ser enfrentado com urgência e seriedade, a partir de um diálogo profundo e de um esforço conjunto que garantam assistência, direitos e dignidade aos povos indígenas.
No entanto, a contratação isolada de mais médicos não é a solução para essa e outras situações de desassistência à população. O número de profissionais no Brasil é mais do que suficiente para atender à demanda do território nacional. Não faltam médicos. Falta estrutura para prestar um atendimento de qualidade.
Segundo a plataforma Demografia Médica no Brasil 2023, lançada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em fevereiro, são mais de 564 mil profissionais em atuação no País, o que representa uma densidade de 2,65 médicos por mil habitantes. O índice está próximo ao de países como Canadá (2,7), Estados Unidos (2,6) e Japão (2,5).
O crescimento acelerado do número de escolas médicas e de vagas na última década levou ao aumento sem precedentes no número de médicos e de sua densidade. São 358 escolas no País, com oferta de 35.977 vagas a cada ano. De 2012 a 2022, foram criadas 163 escolas. Destas, 106 são privadas, o que não garante a excelência da formação médica.
Apesar de o Brasil contar com um dos maiores contingentes de médicos do mundo, ainda há um grave cenário de desigualdade na distribuição dos profissionais. Grande parte deles está concentrada nas Regiões Sul e Sudeste, bem como nas capitais e nos grandes municípios.
O estudo do CFM aponta que 62% dos médicos estão fixados nas 49 cidades com mais de 500 mil habitantes. Já nas 4.890 cidades com até 50 mil moradores estão pouco mais de 8% dos profissionais. As 27 capitais brasileiras, onde mora 24% da população, reúnem 54% dos médicos (6,21 por mil habitantes). O interior concentra 76% da população e 46% dos profissionais (1,72).
Essa distribuição desigual atinge principalmente áreas rurais e remotas, regiões onde as pessoas têm dificuldade de acesso à saúde. Mas, se existem profissionais em quantidade suficiente, por que ocorrem esses verdadeiros desertos médicos?
Em geral, os profissionais de saúde preferem instalar-se em locais com melhores condições de trabalho e estrutura para oferecer uma medicina de qualidade aos pacientes. De que adianta ter médico, se não há acesso a exames e medicamentos e os procedimentos precisam ser feitos a quilômetros de distância? De que adianta ter médico sem acesso a equipe multidisciplinar e a estrutura básica para suporte ao seu trabalho?
O paradoxo deste cenário de desigualdades é que as capitais e as regiões metropolitanas geralmente oferecem remunerações mais baixas que muitos municípios do interior. Além disso, o custo de vida costuma ser mais alto nas grandes cidades. Dessa forma, pode-se dizer que o fator financeiro não é decisivo para que o médico opte pelos grandes centros.
A prática profissional - com estrutura e condições de trabalho adequadas - é determinante para que o médico escolha atuar em áreas remotas. A estrutura precarizada torna-se um desestímulo para a atuação do profissional da saúde.
É preciso estabelecer políticas consistentes de atração e de fixação de médicos no interior. É fundamental investir em saúde pública de qualidade, garantindo o acesso a exames, medicamentos e procedimentos. Ainda é necessário pensar numa carreira de Estado para profissionais da saúde, assim como ocorre no Poder Judiciário, garantindo a interiorização da assistência médica.
As políticas de saúde precisam garantir cobertura universal e de qualidade para todos os cidadãos. Para isso, também é preciso ter em conta a excelência da formação médica, o acesso à informação e à tecnologia na área da saúde.
Nesse sentido, o fortalecimento do Revalida precisa ser discutido não apenas como um processo de legalização do diploma, mas como uma ferramenta adequada para padronização de conhecimentos e habilidades dos profissionais que prestam atendimento médico. Não se trata de barrar médicos formados no exterior, mas de garantir o atendimento de qualidade aos brasileiros.
Não se faz medicina apenas com boa vontade, receituário e estetoscópio. Para atender às comunidades carentes de assistência em saúde, como os povos indígenas, é indispensável valorizar o profissional por meio de uma carreira de Estado, dando estrutura para atendimento digno tanto ao médico quanto ao seu paciente.
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Eduardo Neubarth Trindade - doutor em medicina, professor universitário, foi presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers)
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PORTAL ITAMARAJU
Advogada condenada em caso Prevent Senior critica juiz
Quando compareceu a uma audiência na CPI da Covid-19, em 2021, para denunciar crimes supostamente cometidos pela operadora de saúde Prevent Senior, a advogada Bruna Morato não imaginava que um dia seria condenada a pagar por danos morais à empresa que ela delatou. Acontece que, dois anos depois, em 24 de fevereiro último, uma sentença do juiz Gustavo Coube de Carvalho, da 5ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou que ela pague R$ 300 mil à companhia.
A indenização foi motivada por uma entrevista que a advogada deu ao canal no YouTube Rede TVT, em 2 de outubro de 2021, justamente para explicar as acusações contra a Prevent Senior.
Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva da advogada representante dos médicos que trabalharam na Prevent Senior e elaboraram um dossiê entregue à comissão com diversas denúncias sobre o tratamento da empresa aos pacientes com covid-19, inclusive com a alteração de prontuários. Em pronunciamento, à mesa, advogada representante dos médicos que trabalharam na Prevent Senior, Bruna Morato. À esquerda, advogado da depoente, Roberto Ricomini Piccelli.
Bruna representa ex-médicos da empresa, que organizaram um dossiê em que expunham práticas que ferem o princípio de ética da medicina, como administrar medicamentos ineficazes sem o consentimento de pacientes e adulterar resultados de um estudo para demonstrar falsa eficácia do remédio - estamos falando da hidroxicloroquina.
Na entrevista ao canal no YouTube, a advogada compara a atuação da Prevent Senior com "máfias" e "milícias". Para o juiz, a advogada se excedeu nas afirmações e deveria "saber que investigações em curso, indiciamentos e relatórios de comissões parlamentares de inquérito não se confundem com culpa formada" e acrescenta que, apesar de celebrado, o preceito da presunção de inocência parece "ter perdido a natureza vinculante e peremptória que tinham outrora, ao menos para alguns tipos de crimes, e para alguns tipos de réus".
Coube de Carvalho diz ainda que, deixando de lado "opiniões individuais e o espectro político das partes", a advogada precisaria de uma decisão judicial transitada em julgado - ou seja, sem chance de recurso - que condenasse a Prevent Senior.
Sem a condenação definitiva, para o magistrado, a fala da advogada seria ilícita e poderia se caracterizar como "assassinato de reputação de empresa de grande porte", tipo penal que não existe na jurisprudência brasileira.
"Consideradas as circunstâncias subjetivas e objetivas do caso, e tendo em vista o duplo objetivo de atenuar o dano e desestimular a reiteração da conduta, sem dar ensejo ao enriquecimento sem causa, fixo a reparação por dano moral em trezentos mil reais (R$ 300 mil)", finaliza Coube de Carvalho. Ele ainda fixa os honorários advocatícios em 13% do valor da condenação.
Processo polêmicoNão demorou até que associações se pronunciassem em defesa da advogada. A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de São Paulo (OAB-SP) emitiu nota, classificando a sentença do juiz da 5ª Vara Cível do TJSP como um "ataque frontal ao livre exercício da advocacia" e um "absurdo jurídico".
A Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas de Covid-19 (Avico), entendeu que a condenação "viola frontalmente os princípios constitucionalmente assegurados do contraditório e da ampla defesa".
"O juiz se equivoca ao praticar falsos silogismos na busca de qualificar a atuação da advogada como uma tentativa de macular a reputação da empresa em questão. Ocorre que os apontamentos feitos pela advogada nada mais são do que relativos a dados amplamente divulgados nos meios de comunicação hegemônicos e que já vinham confirmando a atuação criminosa da empresa na medida em que as denúncias se acumulavam", destaca a entidade.
Parcial, misógino e perversoA advogada Bruna Morato classifica a atitude do juiz como parcial, misógina e perversa.
"O juiz foi parcial. Além de desconsiderar todas as provas que eu anexei, ele não me deu a oportunidade de ser ouvida. Ele fez o que fez sem marcar uma única audiência, impedindo que eu prestasse meu depoimento, sendo que sou ré, e sem ter a oportunidade de levar testemunhas. É muito perverso fazer isso num caso como esse", avaliou a advogada.
"Duvido se fosse o [Antônio Carlos de Almeida Castro] Kakay, se fosse o [Alberto] Toron, se fosse qualquer outro grande escritório, se ele teria esse tratamento. Não estou puxando militância desnecessária, não sou aquelas feministas, mas nesse caso, realmente, senti uma tentativa de me calar, não pela condenação, mas, pela forma como foi feito, foi misógino", apontou Bruna.
Além de não ouvir a ré do caso, a única prova documental usada pelo juiz foi o inquérito da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP) devolvido pelo Ministério Público. A polícia pediu pelo arquivamento do processo, mas os procuradores discordaram e pediram mais investigações.
Atualmente, a Prevent Senior é investigada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo nos âmbitos criminal e cível, pelo Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e Conselho Regional de Medicina. A empresa também assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que confirmou parte das acusações feitas pelo dossiê na CPI da Pandemia. A íntegra do termo pode ser lida no site pra própria empresa.
O outro ladoA reportagem procurou o Tribunal de Justiça de São Paulo para dar oportunidade de o magistrado Gustavo Coube de Carvalho comentar o teor da matéria, mas a Corte respondeu que o juiz só pode se manifestar nos autos. O advogado Alexandre Fidalgo, que representa a Prevent Senior na ação que condenou a advogada, afirmou que a sentença do juiz foi "certeira".
"O que eu posso dizer é que a sentença que condenou a advogada foi certeira. Tratam-se de acusações fortíssimas que ela fez e sem provas. Sempre que acontece essa situação de alguém acusar alguém sem provas, merece ser punido. O juiz agiu certíssimo", argumenta Fidalgo.
A empresa não se manifestou sobre as acusações feitas pela advogada e por outros médicos na CPI da pandemia.
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TIMES BRASÍLIA
Dia Internacional da Mulher: doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre mulheres no Brasil
Cardiologista alerta para os cuidados com a saúde do coração feminino já que, anualmente, 30% das mortes de mulheres acima dos 40 anos no país correspondem a doenças cardiovasculares
As doenças cardiovasculares em mulheres ultrapassam as estatísticas de câncer de mama e de útero e são responsáveis por um terço de todas as mortes no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares respondem por um terço das mortes no mundo, com 8,5 milhões de óbitos por ano, ou seja, mais de 23 mil mulheres por dia. No Brasil, principalmente em mulheres acima dos 40 anos, as cardiopatias chegam a representar 30% das causas de morte, o que corresponde à maior taxa da América Latina. No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a cirurgiã cardiovascular do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Maria Cristina Rezende, ressalta a importância dos cuidados para a saúde do coração.
A médica pontua que o alto índice de mortes serve de alerta para a necessidade de realização de exames e cuidados preventivos por parte da população feminina. De acordo com a profissional, caso a paciente não tenha histórico de doenças cardíacas na família, ainda que não sinta nada, é interessante realizar a primeira visita ao especialista por volta dos 30 anos. "Somente com a consulta o cardiologista poderá, além de aferir a pressão arterial, solicitar a realização de exames laboratoriais e de imagem que possam apontar qualquer alteração. É preciso cuidado e conscientização sobre a importância desse acompanhamento e da prevenção", acrescenta Maria Cristina.
Para a cirurgiã cardiovascular do ICTCor, os principais fatores que prejudicam o bom funcionamento do coração e, consequentemente, podem levar a alterações de suas funções já são bastante conhecidos da sociedade. "A má alimentação, o fumo e o sedentarismo são grandes vilões para a saúde do coração", alerta a cardiologista. "Além deles, as doenças crônicas, como, por exemplo, hipertensão e diabetes também podem agravar a situação", conforme explica a médica.
A cirurgiã ainda ressalta que as mulheres precisam ter atenção, também, com as alterações hormonais ao longo da vida, como, por exemplo, durante a gestação ou menopausa.
"Há combinações que podem ser extremamente perigosas para a saúde do coração. Entre elas podemos citar o cigarro e a pílula anticoncepcional, a falta de atividade física e a dieta inadequada, que levam ao sobrepeso e à obesidade ou, ainda, a ingestão excessiva de bebida alcoólica. Tudo isso, quando feito de forma descontrolada, gera riscos cardiovasculares. Com o envelhecimento, a pressão arterial e o nível de colesterol tendem a aumentar de forma natural. Portanto, quanto mais cedo for feito o controle, maior será a chance de prevenir, identificar e tratar as alterações cardíacas", defende Maria Cristina Resende.
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Assessoria de Comunicação
O Comitê de Recursos Humanos/Gestão de Pessoas da Ahpaceg tem nova coordenação
Adriana (esq.), Sanny, Lorena e Gissely
Formado por representantes das instituições associadas, o Comitê de Recursos Humanos/Gestão de Pessoas da Ahpaceg passa a ser coordenado por Gissely Soares (do associado CDI) e Sanny Alves Andrade (do associado Hospital do Rim).
Gissely, que já ocupava a secretaria do Comitê desde 2022, é gerente de Recursos Humanos no CDI - Centro de Diagnóstico por Imagem, instituição sob a direção do Dr. Luiz Rassi Jr e Dra. Colandy Nunes Dourado, com mais de 15 anos de experiência em Gestão de Pessoas na área da saúde. Ela é graduada em Recursos Humanos pelo Centro Universitário de Goiás, fonoaudiologia pela PUC-GO, pós-graduada em Gestão de Pessoas por Competência e Coaching pelo IPOG, em Docência do Ensino Superior, tem formação em Coaching e em HR Business Partner pelo IPOG, Lead Assessor ISO pelo IEL Goiás e no PDD- Programa de Desenvolvimento de Dirigentes pela Fundação Dom Cabral.
Sanny é graduada em Psicologia pela PUC-GO-, pós-graduada em Gestão Estratégica de RH e Qualidade em Serviços – Cambury-, tem MBA em Gestão Executiva em Saúde/IPOG, formação em Coaching pela SLAC- Sociedade Latino Americana de Coach, formação Green Belt Lean Six Sigma/IPOG e conta com mais de 15 anos de experiência em todos os subsistemas de Recursos Humanos, com uma carreira construída em organizações de médio e grande porte dos segmentos Indústria Alimentícia, Prestação de Serviços, Software em RH e Hospitalar.
O objetivo deste comitê, que tem reuniões periódicas, é debater temas de interesse dos RHs das instituições associadas e compartilhar informações que possam contribuir com a melhoria contínua da gestão de pessoas na rede Ahpaceg.
CLIPPING AHPACEG 04 A 06/03/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Crise nos planos de saúde irá se estender por 2023 e preços vão subir
Covid: Brasil ultrapassa marca de 1 milhão de doses da vacina bivalente aplicadas
Goiás confirma 54 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, diz SES
Senador Canedo fecha mutirão com mais de 140 exames
Gripe aviária: surto exige atenção, mas especialistas não acreditam no risco de nova pandemia
Março Amarelo e a conscientização sobre endometriose: diagnóstico precoce é o principal aliado da paciente
Novo diretor do Inca promete ampliar controle precoce do câncer
Piso da enfermagem completa seis meses suspenso e sem previsão de solução
Médico de família: especialista cuida de todas as fases da vida
Em Goiás, drive-thrus na área da saúde continuam em alta após pandemia
METRÓPOLES
Crise nos planos de saúde irá se estender por 2023 e preços vão subir
Com prejuízos operacionais bilionários acumulados em decorrência da pandemia de Covid-19, as operadoras de planos de saúde atravessam uma crise financeira sem perspectiva de ser estancada a curto prazo e que vai atingir em cheio o bolso dos consumidores neste ano.
Na última semana, por exemplo, a operadora Hapvida, uma das maiores do país, divulgou balanço com prejuízo líquido de R$ 316,7 milhões no quarto trimestre de 2022, revertendo o lucro de R$ 200 milhões alcançado no mesmo período, em 2021.
O resultado impactou diretamente as ações da companhia, que despencaram 37% em um único dia, o que corresponde a uma perda de R$ 12 bilhões do valor da empresa. Na avaliação de especialistas, o balanço da Hapvida não é um fato isolado e prenuncia números sofríveis que devem marcar o setor nos próximos meses.Para os consumidores, tanto individuais como coletivos, afirmam os mesmos analistas, a consequência desse aperto do setor parece inequívoca: "Aumentos médios de preços dos planos saúde de 10%", afirma Pedro Serra, chefe de pesquisas da consultoria Ativa Investimentos.
"É daí [10%] para cima e, mesmo assim, não é possível saber se as empresas vão realmente conseguir se recompor em 2023", completa o analista.Pressão sobre operadorasHoje, um dos principais fatores de pressão sobre o custo dessas operadoras é expresso pela taxa de sinistralidade do setor. Ela mostra, na prática, a relação entre quanto as pessoas usam os planos e quanto pagam pelo serviço.Números compilados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que esse índice era de 85,8% no terceiro trimestre de 2021. Quando mais próximo de 100%, pior é o resultado para as empresas.
De acordo com Vera Valente, diretora da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 13 grupos de planos e seguros privados, esse indicador chegou a 93,2%, em 2022."É como se, a cada a cada R$ 100 reais de custos das operadoras, R$ 93,20 fossem destinados ao pagamento de despesas assistenciais", diz. "Historicamente, esse número oscila em torno de 85%. Na pandemia, no segundo trimestre de 2020, chegou à mínima de 66%."Problema estruturalEm geral, o aumento do uso dos planos de saúde no último ano tem sido interpretado como uma consequência da demanda reprimida, durante a pandemia, de procedimentos como cirurgias eletivas, aquelas que não são consideradas urgentes. Ou seja, com o arrefecimento da Covid-19, as pessoas realizaram os tratamentos e intervenções cirúrgicas que haviam sido adiados no auge da propagação da doença, entre 2020 e 2021.Ocorre que, para complicar a situação, uma análise feita pela Ativa Investimentos indica que o crescimento do uso dos planos pode não ser conjuntural, mas, sim, estrutural. "Estamos observando uma maior frequência na utilização dos serviços assistenciais (de saúde) e ficamos cada vez mais convencidos de que se trata de uma mudança de hábito pós-pandêmico e não de serviços represados", diz o relatório.
Concentração em empresasHoje, 50,3 milhões de brasileiros têm planos de saúde. Desse total, 41,4 milhões (82%) estão ligados a empresas (35,2 milhões) ou a sistemas de adesão (6,2 milhões). Estes, normalmente, são vinculados a categorias profissionais como sindicatos de advogados, por exemplo. Assim, apenas, 8,9 milhões encaixam-se nas categorias "individual" ou "familiar". É por causa dessa distribuição, altamente concentrada no setor privado, que o total de beneficiários dos planos aumenta à medida que o mercado formal de trabalho melhora no país.Segundo a ANS, entre novembro de 2021 e o mesmo mês de 2022, os planos de saúde registraram um crescimento de 1.638.397 do número de usuários. O avanço equivale à população de uma capital como o Recife. Ainda assim, o acréscimo na clientela não tem sido suficiente para equilibrar as contas do setor.
Na verdade, como se viu, ele pode até piorar a situação, por causa do maior uso dos serviços. É o que parece estar acontecendo. "Só nos três primeiros trimestres de 2022, as operadoras acumularam prejuízos operacionais na casa dos R$ 11 bilhões", afirma Vera Valente, da FenaSaúde.Ela observa que, hoje, 262 empresas do setor possuem receitas que não cobrem as despesas assistenciais, ou seja, estão fechando as contas no vermelho."Elas atendem mais de 20,3 milhões de beneficiários", diz a executiva. "Assim, 40% da saúde suplementar brasileira lida com severos problemas. Antes da pandemia, 160 empresas, com 5 milhões de usuários, estavam nessa situação."
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AGÊNCIA ESTADO
Covid: Brasil ultrapassa marca de 1 milhão de doses da vacina bivalente aplicadas
O Brasil já aplicou mais de um milhão de doses da vacina bivalente contra a covid-19, conforme mostram dados do Vacinômetro do governo federal. As injeções atualizadas começaram a ser aplicadas na última segunda-feira (27/2). País vive momento de aumento de casos da doença. A última atualização do painel do Ministério da Saúde, ocorreu na madrugada deste sábado (4/3), e indica 1.019.082 doses bivalentes administradas.
A orientação da pasta é que, por enquanto, o imunizante atualizado seja aplicado em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença causada pelo coronavírus: idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
São Paulo é responsável por cerca de cinco de cada dez (48,33%) doses aplicadas no País, tendo administrado, no total, mais de 492 mil. Rio de Janeiro (12,65%) e Rio Grande do Sul (8,1%) aparecem logo em seguida no ranking dos Estados que mais aplicaram doses, responsáveis pela aplicação de 128.918 e 82.528 injeções, respectivamente. Acre, Amapá e Roraima, menos populosos, foram as unidades da federação que, por ora, administraram menos doses. Eles aplicaram, respectivamente, 246, 716 e 909 injeções.
Conforme mostrou o Estadão, a vacina bivalente é significativamente mais eficaz em evitar as internações e mortes por covid em relação aos imunizantes originais. A conclusão está em dois estudos preliminares feitos nos Estados Unidos e na Escandinávia e publicados recentemente.
A eficácia da vacina mais recente quando usada como segunda dose chega a 80% contra 65% da inicial. As vacinas chamadas de bivalente induzem a produção de anticorpos contra a cepa original do vírus SarsCov-2 e também das novas variantes que surgiram ao longo da pandemia e hoje são predominantes. Por isso, segundo especialistas, elas são as mais eficientes dentre as disponíveis atualmente.
A marca de um milhão de doses aplicadas é atingida em meio a um aumento de casos da covid no País após as comemorações do carnaval. Conforme mostrou o Estadão, testes apontam alta de 20% em positividade para a doença na semana do carnaval e casos de síndrome respiratória grave por covid aumentaram em 16 Estados.
Capital paulista amplia público elegível na segunda
Na capital paulista, todos os idosos acima de 60 anos poderão receber a dose atualizada a partir da próxima segunda-feira (6./3). No momento, a cidade vacina idosos acima de 70 anos, além de pessoas maiores de 12 que são imunocomprometidas, indígenas, residentes de instituições de longa permanência e trabalhadores destes locais.
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A REDAÇÃO
Goiás confirma 54 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, diz SES
O território goiano registrou 54 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Não há registro de mortes pela doneça no mesmo período. Os dados constam no boletim da Saúde de Goiás (SES-GO) publicado neste domingo (5/3).
Com as atualizações, o Estado já soma 1.899.561infecções pelo novo coronavírus e 28.041 óbitos pela doença. Além disso, Goiás investiga 899.798 casos e 60 mortes para saber se há alguma ligação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus é de 1,48%.
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JORNAL OPÇÃO
Senador Canedo fecha mutirão com mais de 140 exames
Na semana passada, a Prefeitura de Senador Canedo, em parceria com a clínica Boehringer Ingelheim Brasil, promoveu um mutirão de espirometria – exame não invasivo que mede a quantidade de ar nos pulmões ao inspirar e expirar, bem como a velocidade desse processo, sendo muito solicitado no diagnóstico de alergias e doenças respiratórias.
Mais de 140 exames foram realizados no Centro de Especialidades, com o objetivo de agilizar a fila da regulação municipal e prestar atendimento à população que aguardava ser chamada.
Essa ação é um dos projetos para 2023 que tem intenção de zerar as filas de espera. Segundo a secretária de Saúde, Verônica Savatin, outros projetos estão chegando para Senador Canedo. “Estamos trabalhando intensamente para garantir a saúde da população. O prefeito Fernando Pellozo (PSD) e eu estamos indo atrás de ações que ajudem a prestar atendimento de forma mais rápida, buscando convênios, idealizando mutirões de diversas especialidades, tudo para que a gente desafogue a regulação”, disse a secretária.
Robson Araújo, morador do bairro Boa Vista, relata que a iniciativa é fundamental para os moradores. “Isso aqui é muito importante, mostra o cuidado dos governantes e a preocupação em oferecer atendimento rápido. Esses mutirões são bons porque agilizam nosso atendimento, que muitas vezes é demorado em outros municípios, dá pra ver a saúde caminhando aqui em Senador Canedo”, afirmou o morador.
O mutirão de exames liquidou a fila de espera da regulação e, para continuar atendendo a cidade, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) fechou a parceria com a clínica para que o exame seja realizado uma vez por mês no município, proporcionando agilidade na realização do procedimento.
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GLOBO
Gripe aviária: surto exige atenção, mas especialistas não acreditam no risco de nova pandemia
A morte de uma menina de 11 anos no sul do Camboja causada pela influenza A H5N1 acendeu o alerta de possibilidade de uma nova crise sanitária A morte de uma menina de 11 anos no sul do Camboja, na última semana, após ser infectada com a gripe aviária A (H5N1), aumentou o alerta sobre uma nova pandemia. Cientistas estavam inicialmente preocupados que ela pudesse ter sido infectada com o vírus circulante que se espalha em algumas espécies de mamíferos e contaminou um punhado de pessoas desde 2020. Mas especialistas ouvidos pelo GLOBO indicam que o cenário é muito diferente do que antecedeu a pandemia de Covid, há três anos.
O Ministério da Saúde do Camboja pesquisou 12 de seus contatos próximos e apenas seu pai, de 49 anos, testou positivo. As infecções por H5N1 geralmente ocorrem em pessoas que estiveram em contato próximo com aves domésticas e, até o momento, não há evidências de que essa cepa tenha se espalhado entre as pessoas.
- O sequenciamento do genoma feito na semana em que a menina faleceu mostra o mesmo sequenciamento da endemia em animais do Camboja. E apesar da carga viral do pai ser igual à da filha, especialistas do país continuam acreditando na hipótese de ter sido transmitido por animais. O que se sabe é que a família criava cerca de 20 aves em casa - afirma Salmo Raskin, médico geneticista e diretor do Genetika.
A Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH na sigla em inglês), comunicou, em um relatório do último mês, que há número crescente de casos de gripe aviária em mamíferos, "causando morbidade e mortalidade" em espécies como lontras e focas. Relatos de infecções em visons de uma criação na Espanha aumentaram as preocupações, visto o grande número de animais mantidos próximos e a alta transmissibilidade, aumentando as chances de criação de uma mutação.
Os vírus, especialmente os de RNA, como o da influenza, se adaptam rapidamente a um novo hospedeiro. Um transbordamento indica que o vírus agora tem a chance de se adaptar a um novo hospedeiro. Essa adaptação pode resultar em uma nova cepa capaz de transmitir a doença de pessoa para pessoa.
Surtos em fazendas ameaçam a segurança alimentar e oferecem oportunidades para o vírus se espalhar para os trabalhadores agrícolas. Durante décadas, a doença foi controlada por meio do abate dos animais infectados. Mas agora, com muitos países enfrentando surtos em dezenas de fazendas todos os meses, isso está se tornando insustentável, impactando diretamente na economia.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 873 casos humanos de infecção por influenza A (H5N1) e 458 mortes foram relatados em 21 países nos últimos 20 anos.
"Quase todos os casos de infecção por Influenza A (H5N1) em pessoas foram associados a contato próximo com aves infectadas, vivas ou mortas, ou ambientes contaminados por Influenza A (H5N1). Com base nas evidências até agora, o vírus não infecta humanos facilmente e a propagação de pessoa para pessoa parece ser incomum", diz a OMS.
- Precisamos estar sempre vigilantes, apesar de não haver nenhum tipo de recombinação genética da H5N1 capaz de ser passada de humano para humano. E apesar do número de mais de 400 mortes, é preciso analisar contexto e tempo. Os óbitos foram contabilizados durante 20 anos, além disso, a maioria dos infectados tinha contato com aves - analisa o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo.
O relatório da WOAH ainda explica que "a gripe aviária é um problema recorrente" caracterizado por "surtos sazonais esporádicos". Mas o alerta permanece, especialmente às autoridades de saúde animal.
- Não há qualquer registro da doença em aves ou mamíferos brasileiros. No nosso país existe uma grande vigilância veterinária que monitora esses casos. É possível dormir tranquilo mesmo que você conviva com esses animais, basta sempre analisar qualquer indício - finaliza Chebabo.
Nova pandemia
Dados da revista Nature mostram que mais de 50 milhões de aves domésticas morreram da doença ou foram mortas para conter a doença nos Estados Unidos - número semelhante ao da Europa - desde o início de 2022. Mesmo que especialistas afirmem que as infecções em humanos não são alarmantes, a pergunta que resta é: a gripe aviária pode ser interrompida antes de virar uma nova pandemia? Como?
Antecipar-se a isso e bloquear qualquer potencial de transmissão, bem como entender o que o vírus faz em seu novo hospedeiro, é extremamente importante. O aprendizado com a Covid e a produção de vacinas também ajudam a diminuir o pânico de uma nova pandemia.
Filipe Piastrelli, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica não haver motivos para pânico.
- Devemos ficar vigilantes, afinal, é um vírus de contágio pandêmico, porém aprendemos muito com a Covid-19 em relação aos estudos e produção de vacinas e, por ora, não há evidências de contágio de humano para humano - diz Piastrelli, que acrescenta: - Três anos atrás poderia ser um grande problema, mas hoje existe um arsenal de enfrentamento muito maior, especialmente falando no campo de análises, como as tecnologias de biologia molecular e estudo de genomas.
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SALA DA NOTÍCIA
Março Amarelo e a conscientização sobre endometriose: diagnóstico precoce é o principal aliado da paciente
Março, o mês da mulher, também é marcado por uma campanha de conscientização para a saúde feminina, o Março Amarelo. A data busca alertar a população para os sintomas e cuidados com a endometriose, distúrbio que, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE, atinge mais de oito milhões de mulheres no Brasil. Comum entre mulheres em período fértil, a endometriose é uma modificação no funcionamento do organismo provocada por células do endométrio (tecido que reveste o útero), que, em vez de serem expulsas na menstruação, seguem no sentido oposto e ficam nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a se multiplicar e sangrar. "Os sintomas do distúrbio incluem dor em forma de cólica, dor durante relações sexuais, dor e sangramento ao urinar, fadiga, diarreia, dificuldade de engravidar e até mesmo infertilidade. Além disso, a endometriose pode provocar o aparecimento de um cisto no ovário (endometrioma) e causar complicações em órgãos na cavidade abdominal, na bacia, em parte do intestino grosso, na bexiga, no apêndice e na vagina", alerta a ginecologista e coordenadora médica do Grupo Sabin em São Caetano do Sul, Luciana de Paiva Nery Soares.
Fatores genéticos, imunológicos e hormonais, podem estar envolvidos no desenvolvimento da doença, que afeta negativamente a qualidade de vida de uma pessoa . "É muito importante estar atento aos sinais que possam indicar a endometriose. Como a doença é de difícil diagnóstico e não tem cura, é preciso atenção para que a paciente não sofra tanto com as consequências que podem até mesmo comprometer a sua fertilidade. É fundamental fazer acompanhamento periódico com exames de rotina, dessa forma qualquer alteração poderá rapidamente ser observada e o diagnóstico realizado precocemente, favorecendo o tratamento adequado, minimizando os impactos da doença no organismo", explica Luciana. O exame clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, que deve ser seguido de exames de ultrassom, de sangue e ressonância magnética, e em alguns casos, ela pode ainda ser confirmada com videolaparoscopia. "A ressonância magnética é um método não invasivo com alta acurácia para o diagnóstico e caracterização da endometriose nos diversos compartimentos pélvicos e nas demais localizações extra-pélvicas, auxiliando no adequado tratamento clínico ou cirúrgico", complementa a médica.
O tratamento para a doença inclui medicamentos para amenizar dores e inflamação, além de terapias hormonais e, em casos graves, cirurgia. "É fundamental que a mulher com endometriose seja acompanhada e tratada até o climatério, quando o quadro costuma se atenuar. O acompanhamento multidisciplinar com médico, psicólogo, educador físico e nutricionista, pode oferecer significativa melhora da qualidade de vida destas mulheres", explica a médica. O Grupo Sabin | Fundado em Brasília (DF), em 1984, pelas bioquímicas Janete Ribeiro Vaz e Sandra Soares Costa, o Grupo Sabin é reconhecido pela excelência científica e pela qualidade e precisão dos seus exames. A empresa está presente em 15 estados, além do Distrito Federal, e atende cerca de 7 milhões de clientes/ano. O Sabin tem um portfólio de mais de 7,4 mil exames disponíveis em seus serviços de Análises Clínicas, Diagnósticos por Imagem e Check-up Executivo, e oferece mais de 20 imunizantes no serviço de Imunização.
Em 2021, a empresa ampliou sua atuação por meio da plataforma integradora de serviços de saúde, Rita Saúde, e da Amparo Saúde, que oferece Atenção Primária à Saúde e gestão de saúde de grupos populacionais para empresas.
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MEDICINA S/A
Novo diretor do Inca promete ampliar controle precoce do câncer
O novo diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Roberto Almeida Gil, que tomou posse na última sexta-feira (3), prometeu aumentar controle precoce do câncer. Com atuação na área de oncologia desde 1977, com passagem pela chefia do Serviço de Oncologia Clínica e do Programa de Residência Medica de Oncologia Clínica, ambos do Inca, Gil destacou que o câncer caminha para ser a primeira causa de mortalidade no mundo. Mas que o trabalho na prevenção e no controle da doença pode salvar vidas.
"Segundo a estimativa de 2023 de incidência e controle do câncer, que o Inca lançou no ano passado, são esperados 704 mil novos casos de câncer no Brasil para cada ano no triênio 2023 a 2025. A Organização Mundial da Saúde estima que 6 milhões de mortes prematuras pela doença poderiam ser evitadas com conscientização, planejamento, prevenção e controle da doença. Queremos reforçar nosso papel de instituto nacional, trabalhando sinérgica e intensamente com o Ministério da Saúde, que adotou neste governo o [combate ao] câncer como uma de suas prioridades". Ele reforçou também a intenção de fortalecer as áreas e ensino e pesquisa da instituição, aprimorando o trabalho assistencial à população e de produtor de conhecimento do Inca.
"Queremos continuar formando estratégias de prevenção e detecção precoce, manter e aprofundar o nosso papel mundialmente reconhecido do controle do tabagismo, que tem os velhos atores com novas metodologias para manter a escravidão pela nicotina. É um trabalho muito sério."
Ministério da Saúde
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a afetividade e empatia no trabalho de Gil durante toda a sua carreira. De acordo com ela, o Inca tem papel fundamental dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) e vai colaborar no programa de redução de filas e no apoio à estratégia nacional na área de oncologia.
"Ao mesmo tempo que o Inca é um instituto sediado no Rio de Janeiro, com papel fundamental na assistência diretamente prestada, reforçaremos esse papel de referência, numa agenda de trabalho conjunta para todo o sistema de saúde e também para toda a nossa cooperação internacional."
A ministra ressaltou que o governo está trabalhando em conjunto, com ações interministeriais, para a vigilância relacionada ao câncer, tema que sempre esteve na pauta do Inca e será reforçado a partir de agora.
"Temos muitos desafios. O Brasil avançou de maneira incomparável no controle do tabagismo, tendo participação ativa na Convenção-Quadro [para o Controle] do Tabaco, com papel de destaque nacional e internacionalmente. Não podemos perder essa conquista. Neste momento, olhamos no Ministério com preocupação para a regulação do cigarro eletrônico, são pautas que nós não excitaremos em trabalhar, em contar com o Inca para a devida fundamentação técnica e científica".
Outas questões que serão tratadas pelo governo, segundo Nísia Trindade, é a questão do tabagismo na juventude, a alimentação saudável e os agrotóxicos, "pontos que seguramente o Ministério da Saúde, unido a outros ministérios, terá que avançar muito."
Carreira
Oncologista clínico, Roberto de Almeida Gil é graduado em medicina pela Escola Medica do Rio de Janeiro da Universidade Gama Filho, em 1977, e fez especialização em oncologia clínica pelo Inca, finalizada em 1981. Ainda no instituto, chefiou o Serviço de Oncologia Clínica e coordenou o Programa de Residência Medica de Oncologia Clínica.
Entre 2003 e 2005, foi presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e também é membro da American Society of Clinical Oncology (Asco) e membro titular da European Society of Clinical Oncology (Esmo).
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BLOG DO BG
Piso da enfermagem completa seis meses suspenso e sem previsão de solução
O piso salarial nacional da enfermagem completa seis meses de suspensão neste sábado (4) e ainda não há uma estimativa de quando o Supremo Tribunal Federal (STF) vai autorizar a retomada da medida. O principal impasse para a liberação do piso é a indicação por parte do governo federal de onde sairão os recursos para bancar os salários.
Enquanto nada é resolvido, os profissionais contemplados pelo piso prometem fazer uma paralisação de até 24 horas na próxima sexta-feira (10) em todos os estados do país para pressionar as autoridades a solucionar a questão - o grupo chegou a sinalizar com uma greve geral por tempo indeterminado, mas mudou de ideia. A classe tem demonstrado irritação com a demora e feito reuniões constantes com membros do governo para cobrar respostas.
O piso foi instituído em 2022 a partir da aprovação de um projeto de lei no Congresso Nacional, posteriormente sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a lei, enfermeiros passam a receber um salário mínimo inicial de R$ 4.750, a ser pago em todo o país por serviços de saúde públicos e privados.
Além disso, a remuneração mínima de técnicos de enfermagem será de 70% do piso nacional dos enfermeiros (R$ 3.325), enquanto o salário inicial de auxiliares de enfermagem e parteiras corresponderá a 50% desse piso (R$ 2.375).
A lei foi sancionada em 4 de agosto do ano passado, mas um mês depois o ministro Luís Roberto Barroso suspendeu a norma e posteriormente o plenário do STF confirmou a decisão. O piso foi congelado por pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que alegou que a norma poderia trazer uma série de prejuízos, como demissões em massa, fechamento de leitos por falta de pessoal e atrapalhar a organização financeira de estados e municípios.
Outro motivo que pesou para a suspensão do piso foi a falta de indicação do orçamento para viabilizar o pagamento dos salários. Só em dezembro o Congresso passou a discutir o assunto e foi promulgada uma emenda constitucional estabelecendo que recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social seriam usados para financiar o piso no setor público, nas entidades filantrópicas e de prestadores de serviços, com um mínimo de atendimento de 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
A alternativa encontrada pelo parlamento, no entanto, não foi suficiente para liberar o piso. Segundo Barroso, ainda falta uma lei para regulamentar as regras instituídas pela emenda constitucional.
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ESPAÇO LIVRE NOTÍCIAS
Médico de família: especialista cuida de todas as fases da vida
Diferente do médico generalista e dos demais especialistas, a Medicina de Família e Comunidade é hoje uma especialidade médica, que se insere na Atenção Primária à Saúde.
Também chamado de 'médico de confiança', médico da família é preparado para atender pessoas em todas as fases da vida. Sempre dentro do contexto e das complexidades dos pacientes, atua na promoção, prevenção, tratamento e recuperação da saúde.
"O médico que escolhe a Medicina de Família e Comunidade atua nas Unidades Básicas de Saúde-UBS/SUS. Até mesmo a medicina suplementar tem organizado equipes com modelagem semelhante para cuidado primário. Isso acontece porque a abordagem familiar e comunitária é uma estratégia eficiente e eficaz para o cuidado à saúde, o que é hoje amplamente evidenciado em diversos estudos no mundo", explica Dr. André Luiz Baião Campos, prof.do curso de Medicina/Unit e coordenador do Programa de Integração do Ensino à Saúde da Família- PIESF.
"Ademais, o cuidado é continuado gerando vínculo com o paciente. Além do cuidado a eventuais doenças, o médico de família trabalha com a gestão de riscos de adoecer, prevenção e promoção de saúde. Ao ampliar o olhar para a família e comunidade, faz ações também em âmbito coletivo, indo na raiz de problemas fundamentais para a saúde", completa.
De acordo com o médico, um dos grandes desafios da área é a formação, já que grande parte dos profissionais com atuação nas UBS não têm formação específica.
"Muitos atuam de forma temporária, não como carreira. Outro desafio é a cultura de fragmentação e mercantilização do cuidado à saúde, a ultra especialização e relação de consumo associada a procedimentos, medicamentos e recursos diagnósticos", pontua.
O profissional médico que se interessa pela carreira de médico de família e comunidade deve, de acordo com Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade - SBMFC, prestar a prova de título. Todas as informações em www.sbmfc.org.br .
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DIÁRIO DO ESTADO
Em Goiás, drive-thrus na área da saúde continuam em alta após pandemia
Modalidade é bastante aceita pelos pacientes porque diminui o tempo de espera relacionado à estacionamento
Há tempos, o modelo de atendimento drive-thru caiu no gosto popular quando o assunto é alimentação, principalmente a famosa fast food. E a pandemia de Covid-19 trouxe esse modelo também para a área da saúde.
A necessidade de um atendimento rápido e a proteção no interior dos carros, sem ter que se expor em ambientes mais abertos, levaram muitos pacientes a optarem por essa forma de assistência.
E dezenas de laboratórios implantaram postos drive-thru em Goiânia e no interior. Hoje, mais dois anos depois, muitos já fecharam as portas, mas há aqueles que resistem e seguem como uma alternativa para quem prefere a comodidade de ser atendido sem sair do carro.
A sócia-diretora de um laboratório de Goiânia, Maria Ordália, explicou ao Diário do Estado (DE) que a modalidade drive-thru é bastante aceita pelos pacientes porque diminui o tempo de espera relacionado à estacionamento.
“É prático, mais ágil porque o cadastro pode ser feito no interior do próprio carro, favorece os pacientes que têm mobilidade reduzida e acima de tudo, faz com que o paciente se sinta mais seguro e protegido no interior do próprio carro sem precisar estar em ambientes com aglomerações”, diz.
Ela complementa que desde o início da pandemia a empresa realizou cerca de 500 mil exames para Covid-19 e cerca de 25 % deles foi realizado em modalidade drive-thru. “Atualmente, metade dos pacientes que vai a uma de nossas unidades drive-thru colhe outros exames laboratoriais não necessariamente relacionados à Covid-19”, frisa.
O perfil de pacientes que optam pela modalidade drive thru é variado. Maria afirma que vai desde idosos com mobilidade reduzida a jovens temerosos com os riscos de aglomeração. “Mesmo com a diminuição de casos e óbitos por Covid-19, as pessoas gostaram dessa modalidade. Aqui vem idosos, adultos, pessoas com mobilidade reduzida e até jovens que não gostam de aglomerar. Além disso, preferem o drive thru devido a praticidade”, frisa.
Antes mesmo da pandemia da Covid-19 começar, estudos já apontavam que a demanda por exames cresceria, a exemplo das projeções do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Elas indicam que o número de exames deve mais que dobrar de 2015 até 2030, chegando a movimentar mais de R$ 25 bilhões por ano.
Com a pandemia, o setor conseguiu fornecer um atendimento mais personalizado e privado. “Nas coletas domiciliares, atendemos todo o protocolo de segurança, como a proteção de sapatos. Fazemos os agendamentos, com dia e hora marcada, deixando assim o paciente muito mais satisfeito em relação à comodidade, conforto e segurança. Houve também uma mudança no comportamento do paciente, que antes vinha buscar o resultado impresso, mas hoje já prefere acessar o site ou solicitar o envio por WhatsApp”, explica.
Nesse contexto, Ordália prevê que a população irá buscar mais a modalidade drive thru no futuro. “É uma modalidade de serviço prática e rápida. Hoje em dia as pessoas têm menos tempo e o drive-thru veio para contemplar essa geração pós-moderna. Apesar de a modalidade foi pensada para que a possibilidade de contaminação seja menor, visto que o paciente poderá permanecer dentro do veículo, hoje os pacientes a enxerguem pela comodidade e segurança”.
O cenário atual exige que os processos laboratoriais sejam muito bem administrados para que os atendimentos sejam realizados de forma eficiente e os efeitos da pandemia sejam mitigados. Os desafios a serem superados pelos laboratórios estão ligados à adaptação a essa nova realidade, mas sem se esquecer das outras doenças que necessitam da realização de exames e demandam procedimentos clínicos.
“Tivemos alteração da demanda e do fluxo para o atendimento de pacientes, mas é preciso lembrar que a população continua adoecendo, pois as demais doenças não desapareceram. Os pacientes precisam de atendimento, tratamento e acompanhamento adequado. Portanto, seguimos funcionando, mas com ajustes essenciais”, explica a gestora.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 03/03/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Piso da enfermagem lidera participação popular nos canais da Câmara dos Deputados em 2022
Como funciona a vacina universal contra gripe, que pode estar disponível em dois anos
Hapvida precisa reduzir sinistralidade, mas tem liquidez financeira, diz Fitch
Operação cumpre mandados em investigação de desvio de dinheiro em OS que administrava hospitais de Goiás durante a pandemia
Anvisa aprova 1ª vacina contra a dengue de uso amplo; eficácia é de 80%
Aumento da obesidade preocupa especialistas
Saúde prepara campanha de vacinação contra monkeypox após risco de perder doses
Inovação social farmacêutica para doenças raras
Do cinema aos hospitais
Artigo - Por que as mulheres ainda recebem menos que os homens na medicina?
AGÊNCIA TOCANTINS
Piso da enfermagem lidera participação popular nos canais da Câmara dos Deputados em 2022
O projeto de lei que institui o piso salarial nacional dos profissionais de enfermagem foi o que mais mobilizou os usuários dos veículos de comunicação e redes sociais da Câmara dos Deputados no ano passado. A proposta atingiu 3,6 milhões de interações, que se somam aos 2,2 milhões de interações da proposta de emenda constitucional que inclui esse piso na Constituição. Essa proposta está no terceiro lugar do ranking. Tanto o projeto como a emenda foram aprovados e estão em vigor.
O segundo lugar do ranking é a proposta de emenda constitucional da reforma administrativa, que foi apresentada pelo governo passado, em 2020. Ao contrário do piso da enfermagem, que registrou maioria de votos e comentários favoráveis, a reforma administrativa obteve maioria de votos de usuários contrários. Veja abaixo os dez primeiros lugares do ranking:
1) PL 2564/20 - Cria o piso salarial nacional da enfermagem
Interações: 3.650.856
Situação: virou lei
2) PEC 32/20 - Reforma administrativa
Interações: 2.642.083
Situação: pronta para votação no Plenário da Câmara
3) PEC 11/22 - Coloca o piso salarial da enfermagem na Constituição
Interações: 2.283.466
Situação: virou emenda constitucional
4) PEC 15/22 - PEC do Estado de Emergência
Interações: 2.065.856
Situação: virou emenda constitucional
5) MP 1076/21- Institui Benefício Extraordinário para famílias beneficiárias do Programa Auxílio Brasil
Interações: 1.710.250
Situação: virou lei
6) PEC 32/22 - PEC da Transição
Interações: 878.453
Situação: virou emenda constitucional
7) PL 1559/21 - Estabelece piso salarial para farmacêuticos
Interações: 861.884
Situação: está na Comissão de Trabalho
8) PL 442/91 - Exploração de jogos e apostas em todo o País
Interações: 615.415
Situação: aprovado na Câmara e enviado ao Senado
9) PL 2858/22 - Concede anistia para crimes políticos e eleitorais praticados a partir do dia 30 de outubro, término do segundo turno eleitoral
Interações: 594.727
Situação: está na Comissão de Constituição e Justiça
10) PL 718/22 - Determina a cobrança do Imposto de Importação em todas as compras eletrônicas
Interações: 543.491
Situação: Arquivado pelo autor
O relatório executivo de participação popular analisa as proposições com maior número de visualizações e interações nos diversos canais de comunicação e relacionamento da Câmara dos Deputados e apresenta um panorama do que está sendo dito pelas pessoas.
Por trabalhar com um universo bem definido (apenas canais da Casa), seus dados não representam a população brasileira, focando somente os pontos de vista dos cidadãos que entraram em contato direto com a Câmara.
O relatório é produzido pela Coordenação de Relacionamento, Inteligência e Participação da Diretoria Executiva de Comunicação e Mídias Digitais.
A maioria das interações se dá pelos chat do YouTube e pelas enquetes dos projetos no site da Câmara. Além desses canais, há as demais redes sociais institucionais, as notícias do portal da Câmara na internet e os contatos via Central de Comunicação Interativa (Disque-Câmara e Fale Conosco).
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ÉPOCA NEGÓCIOS
Como funciona a vacina universal contra gripe, que pode estar disponível em dois anos
O resultado de um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, animou a comunidade científica, que há anos conduz pesquisas para tentar desenhar uma vacina universal contra a gripe. Agora, ela pode estar mais próxima.
Em um artigo publicado na revista Science em novembro, o grupo de cientistas afirma que desenvolveu uma vacina de RNA mensageiro (mRNA) capaz de codificar antígenos de todos os 20 subtipos conhecidos de vírus influenza A e linhagens de vírus influenza B - causador da gripe. A previsão dos pesquisadores é que o imunizante esteja disponível para o público em dois anos.
"Esta vacina multivalente provocou altos níveis de anticorpos de reação cruzada", afirmaram os pesquisadores. A reação cruzada acontece quando uma vacina é desenhada para proteger contra um certo tipo de variante, mas também protege contra outras. "Os animais testados reagiram a todos os 20 antígenos codificados. Nossos estudos indicam que as vacinas de mRNA podem induzir simultaneamente anticorpos contra múltiplos antígenos", afirmaram os cientistas.
As vacinas atuais contra a gripe são sazonais, o que significa que oferecem proteção apenas contra cepas circulantes recentes, e não contra novas cepas que poderiam causar uma pandemia. A cada ano, as cepas circulantes variam devido à alta capacidade de mutação do vírus, o que torna necessária a produção de novas versões da vacina.
Anualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulga as linhagens que estão circulando no mundo. Elas são importadas de laboratórios-referência da OMS e, então, usadas para a produção do imunizante sazonal - aquele que a população toma todos os anos.
"O influenza é um vírus muito único em algumas características, e uma delas é essa variedade de subtipos, que são os nomes que conhecemos como H1N1, H3N2. Esses números se referem a estruturas que ele tem na parte de fora. Quando se tem uma variação muito grande nesse tipo de estrutura, fica muito difícil atacar todos de uma vez. A dificuldade molecular do vírus sempre foi um desafio", explica Laura Marise, farmacêutica bioquímica e doutora em Biocências e Biotecnologia.
A tecnologia de mRNA permite que se tenha uma plataforma "plug and play", isto é, o laboratório só tira ou acrescenta pedaços de proteína para criar a vacina desejada a fim de atacar determinado vírus. No caso do imunizante desenvolvido pelos pesquisadores da Pensilvânia, foram misturados 2,5 microgramas de cada um dos 20 subtipos de vírus influenza.
"A tecnologia de mRNA já era conhecida antes da pandemia, mas não factível. A covid-19 alavancou os estudos e tirou do papel os investimentos que faltavam para a gente construir uma vacina que fosse efetiva", observa Laura.
"Um dos grandes avanços do século 21 até agora foram as vacinas de mRNA, porque a gente consegue reduzir o tempo e o custo de produção de vacinas numa taxa altíssima. A velocidade com que a gente vai conseguir desenvolver novas vacinas a partir de agora, e para diversas doenças, é muito alta", acrescenta a biomédica.
Uma vacina universal no Brasil, por exemplo, teria potencial de reduzir custos com armazenamento, logística e com a divulgação das campanhas de vacinação. Ainda é cedo, no entanto, para dizer se a vacina universal contra a gripe vai proteger durante um longo período ou se ainda terá que ser reforçada ano a ano.
"Minha aposta é que ela pode ser semelhante a uma vacina contra o tétano, cujo reforço é feito a cada dez anos. Mas isso só será mostrado depois dos ensaios clínicos [testes em humanos], porque é preciso entender se os anticorpos que essa vacina vai produzir serão duradouros", observa Laura.
Butantan vai iniciar testes de vacina tetravalente
Atualmente, no Brasil, estão disponíveis a vacina contra a gripe trivalente e a tetravalente, mas esta última apenas na rede privada. O Instituto Butantan vem trabalhando no desenvolvimento de uma tetravalente para ser distribuída pelo SUS - nesta semana, a Anvisa autorizou o início da fase 3 do ensaio clínico dessa vacina tetravalente.
O imunizante quadrivalente do Butantan é composto por duas cepas de vírus influenza tipo A (H1N1 e H3N2) e outras duas cepas do vírus tipo B (linhagens Victoria e Yamagata). Segundo o instituto, diversos estudos da literatura médica mostram que a inclusão de mais uma cepa B aumenta a efetividade da vacina.
Por manter os mesmos processos fabris de produção da trivalente, atual vacina do Butantan, tendo apenas um acréscimo de monovalente da cepa B, a Influenza tetravalente entrou direto para a fase 3 de ensaios clínicos. Nessa etapa, os cientistas vão avaliar a capacidade do imunizante de induzir produção de anticorpos nos voluntários.
O protocolo da fase 3 já havia sido desenhado em 2019, mas a pandemia prejudicou o recrutamento de voluntários, e apenas o grupo de adultos de 18 a 59 anos atingiu o número necessário (5 mil participantes). Nesta reabertura da fase 3, o objetivo é incluir no estudo um total de 977 crianças entre 3 e 8 anos, 510 adolescentes de 9 a 17 anos e 749 idosos acima de 60 anos.
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MONITOR MERCANTIL
Hapvida precisa reduzir sinistralidade, mas tem liquidez financeira, diz Fitch
A Fitch Ratings atribuiu o Rating Nacional de Longo Prazo 'AAA (bra)' à proposta de quarta emissão de debêntures quirografárias da operadora de saúde Hapvida Participações e Investimentos S.A., com garantia financeira da sua subsidiária integral Ultra Som Serviços Médicos S.A. A emissão, no valor de até R$750 milhões, possui vencimento final em 2024. Os recursos deverão ser utilizados para reperfilamento de dívida e reforço de caixa. A Fitch classifica a Hapvida com o Rating Nacional de Longo Prazo 'AAA (bra)'/perspectiva estável.
O relatório da Agência de Classificação de Risco, divulgado nesta quinta-feira, destacou que o rating da Hapvida reflete o seu destacado posicionamento de mercado na fragmentada e competitiva indústria de saúde suplementar no Brasil. A classificação também incorpora a dinâmica do setor de saúde menos resiliente do que a inicialmente esperada, ainda que, a longo prazo, os fundamentos de demanda se mostrem fortes. "A liquidez e a flexibilidade financeira da Hapvida são fortes e representam importantes fatores de suporte ao rating".
A agência disse que a Hapvida precisa reduzir os índices de sinistralidade, fortalecer as margens operacionais e reduzir a alavancagem líquida para patamares abaixo de 2,5 vezes. A análise incorpora um aumento da alavancagem líquida em 2022, incompatível com o rating, e redução deste índice para cerca de 3,0 vezes em 2023 e para menos de 2,5 vezes em 2024. Frustações nas expectativas de redução da alavancagem devem resultar em ações de rating negativas. Um ambiente de negócios mais favorável, com índices de inflação menores e recomposição de preço nos contratos, combinado a um volume mais baixo de investimentos, serão fatores-chave para o sucesso da Hapvida na redução da alavancagem. A Fitch também não vê espaço, a curto prazo, para novas aquisições financiadas por dívida, sem que as classificações sejam fortemente pressionadas.
A perspectiva estável contempla a expectativa de redução da sinistralidade em 2023, resultando no fortalecimento da geração de caixa e das margens operacionais da Hapvida, bem como a retomada de fluxos de caixa livre (FCFs) positivos.
Espaço Publicitário
A combinação de negócios entre a Hapvida e a Notre Dame Intermédica Participações S.A. (NDI), concluída em fevereiro de 2022, resultou na liderança do grupo na pulverizada e competitiva indústria de saúde suplementar brasileira, com participação de mercado estimada em 17% em número de beneficiários. Este movimento levou à maior diversificação do portfólio de produtos do grupo, além da ampliação de sua cobertura geográfica. Ao final de dezembro de 2022, a companhia possuía 16,1 milhões de beneficiários, sendo 9,1 milhões vinculados a planos de saúde e 6,9 milhões, a planos odontológicos, além de uma rede assistencial própria, composta por 87 hospitais (com 5,3 mil leitos) e 328 clínicas, 271 laboratórios de diagnóstico por imagem e análises clínicas e 75 unidades de pronto-atendimento distribuídas por 19 dos 26 estados brasileiros, mais o Distrito Federal.
Fluxo de caixa
A Hapvida gerou fluxo de caixa das operações (CFFO) negativo em 2022, em torno de R$ 800 milhões, pressionado pelas maiores despesas com juros e pelo impacto no capital de giro decorrente da combinação de negócios com a NDI. Em 2023, o CFFO deve ficar em R$ 1,6 bilhão, refletindo o aumento esperado no Ebitda. O fortalecimento da geração de caixa e a flexibilidade da Hapvida em reduzir seus investimentos serão importantes para reverter o FCF para positivo em 2023, para R$ 1,3 bilhão, após geração negativa em R$ 2,6 bilhões em 2022. Para 2024, o CFFO deve ser de R$ 3,0 bilhões e o FCF, de R$ 2,7 bilhões. O cenário-base considera investimentos médios anuais de R$ 350 milhões e ausência de distribuição de dividendos no biênio 2023-2024. A Hapvida deve desembolsar aproximadamente R$ 770 milhões em 2023, referentes a aquisições já anunciadas.
Segundo a Fitch, o rating da Hapvida incorpora os fortes fundamentos de demanda do setor de saúde, apoiados no envelhecimento da população e no potencial de expansão da taxa de cobertura dos planos em relação à população, atualmente em 25%. Os avanços em diagnósticos e tratamentos de doenças e a carência de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) também sustentam a procura pelo setor privado. Os movimentos de consolidação e verticalização no setor devem aumentar a concorrência a médio prazo. Diante deste cenário, as operadoras de saúde precisam manter o controle de seus índices de sinistralidade, a fim de preservar sua rentabilidade, considerando, ainda, um ambiente de regulação de preços e coberturas de serviços pela Agência Nacional de Saúde (ANS).
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PORTAL G1
Operação cumpre mandados em investigação de desvio de dinheiro em OS que administrava hospitais de Goiás durante a pandemia
Sócios de empresas privadas contratadas pela OS repassavam parte dos valores recebidos para outras empresas, de fachada, comandadas pelos gestores organização. Seis mandados são cumpridos.
Por Thauany Melo, g1 Goiás
A Polícia Federal cumpre seis mandados de busca e apreesão em Goiânia. A operação tem o objetivo de investigar o desvio de recursos públicos na área da saúde por parte de uma organização social (OS), durante a pandemia de Covid-19, em 2020.
Conforme a investigação da PF, os sócios de empresas privadas contratadas para prestarem serviços para a OS que gere hospitais públicos repassavam parte dos valores recebidos de volta para outras empresas, de fachada, comandadas pelos gestores da OS. Foram apreendidos veículos e documentos.
O g1 questionou a Polícia Federal sobre os alvos e não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Como os nomes não foram divulgados, não foi possível localizar a defesa.
Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa, segundo a PF. As penas máximas, somadas, podem atingir 37 anos de reclusão.
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AGÊNCIA ESTADO
Anvisa aprova 1ª vacina contra a dengue de uso amplo; eficácia é de 80%
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta-feira (2/3), uma nova vacina contra a dengue, desenvolvida pela farmacêutica japonesa Takeda. O produto, batizado de Qdenga, teve eficácia de 80% nos estudos clínicos.
Ele é o segundo imunizante contra a doença a receber registro no Brasil, mas o primeiro que poderá realmente mudar o curso das epidemias da doença. Isso porque a primeira vacina, do laboratório Sanofi Pasteur e aprovada no País em 2015, foi descartada pela maioria dos países como estratégia de prevenção por ser recomendada apenas para quem já contraiu algum sorotipo da dengue, já que aumenta a ocorrência da forma grave da doença em pessoas nunca antes infectadas pelo vírus. Ela ainda tem pode ser aplicada somente para o público de 9 a 45 anos.
Já o imunizante da farmacêutica japonesa é indicado para pessoas de 4 a 60 anos, com ou sem histórico prévio de dengue. O produto protege contra os quatro sorotipos do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
De acordo com a Anvisa, a vacina será administrada via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. "A demonstração da eficácia da vacina Qdenga tem suporte principalmente nos resultados de um estudo de larga escala, de fase 3, randomizado e controlado por placebo, conduzido em países endêmicos para dengue com o objetivo de avaliar a eficácia, segurança e imunogenicidade da vacina", justificou ao órgão ao anunciar a aprovação.
Segundo a Takeda, os estudos clínicos da Qdenga tiveram 28 mil participantes, com acompanhamento de mais de quatro anos dos voluntários da última fase do estudo. Além da eficácia geral de 80,2%, o imunizante alcançou 90,4% de proteção contra hospitalizações pela doença 18 meses após a vacinação.
A Qdenga é feita com vírus vivo atenuado do sorotipo 2 do vírus da dengue. A Anvisa destacou que o imunizante recebeu recomendação positiva da agência sanitária europeia (EMA) e teve sua comercialização aprovada no continente em dezembro do ano passado. Ainda de acordo com a Anvisa, a análise técnica que embasou a aprovação da vacina contou com um painel de discussão com especialistas no tema, realizado em janeiro.
Registro
A Takeda entrou com pedido de registro na Anvisa em 2021. O processo, segundo a agência, foi demorado porque foram solicitados dados complementares. A vacina, diz a agência, "segue sujeita ao monitoramento de eventos adversos por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da empresa". Ainda não há previsão de quando a vacina estará disponível no mercado. Antes, ela precisará passar pelo processo de precificação junto à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que costuma durar meses.
Também não é possível dizer ainda se o produto será incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) para ser oferecido em campanhas nacionais de vacinação. Para isso, uma avaliação de custo-efetividade é feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), instância vinculada ao Ministério da Saúde.
Dessa forma, é improvável que o produto esteja disponível já para a atual temporada de alta de casos, que tradicionalmente vai de fevereiro a abril. De acordo com dados mais recentes do ministério, houve aumento de 46% no número de casos de dengue neste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
A vacina do Instituto Butantan, única a entrar na fase final de estudos além dos produtos da Sanofi e Takeda, registrou 79,6% de eficácia nos testes de fase 3, conforme dados preliminares, mas só deverá ter sua pesquisa concluída e resultados finais conhecidos em 2024.
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CORREIO BRAZILIENSE
Aumento da obesidade preocupa especialistas
A Federação Mundial da Obesidade (FMO) divulgou ontem (2) o Atlas 2023, um estudo com novos números da obesidade no mundo - e eles assustam. Segundo a entidade, mais da metade da população mundial (51%) estará com sobrepeso ou obesa até 2035, caso nenhuma medida mais efetiva seja tomada para conter esse quadro. Serão mais de 4 bilhões de pessoas fora do peso em um intervalo de 12 anos.
Atualmente, uma a cada sete pessoas tem obesidade no mundo. A projeção para 2035 é de um para quatro, ou seja, quase 2 bilhões de pessoas terão índice de massa corporal (IMC) superior a 30.
Ainda segundo o relatório, publicado dois dias antes do Dia Mundial da Obesidade (4), as crianças e os adolescentes são a maior preocupação das autoridades de saúde, especialmente em países com populações de baixa renda, em que as condições sanitárias e nutricionais não cumprem os parâmetros de segurança alimentar auditados pela Conferência Mundial da Alimentação (CMA). Em 2035, a previsão é de que 400 milhões de crianças tenham obesidade no planeta. No Brasil, o crescimento seria de 4,4% por ano, índice considerado muito alto pela FMO.
A obesidade é uma doença grave, com várias complicações associadas como hipertensão, diabetes, doença cardiovascular, além do risco de alguns tipos de tumores (câncer) e morte precoce.
Os dados também afetam a população adulta. Atualmente, mais de 40% dos adultos brasileiros estão obesos, o que já é um nível considerado alto. O crescimento projetado de 2020 a 2035 é de 2,8% por ano, com um impacto econômico no setor de saúde que deve ultrapassar os US$ 19 milhões de dólares em 2035.
Nos últimos anos, o Brasil também assistiu à queda do número de cirurgias bariátricas. Entre 2017 e 2022, o Brasil realizou 315.720 mil cirurgias bariátricas, sendo 252.929 cirurgias, segundo dados da Agência Nacional de Saúde (ANS, até 2021) , via planos de saúde; 16.000 feitas de forma particular; e 46.791 (incluindo
2022) procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Antônio Carlos Valezi, o número, no entanto, não representa 1% dos pacientes portadores de obesidade que possuem indicação cirúrgica para o tratamento da doença no país.
Paulo Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), reforça as estratégias individuais para conter esse quadro preocupante: hábitos de vida saudáveis, com alimentação balanceada e prática regular de atividade física. No entanto, ele atribui às autoridades públicas a propagação de ações que incentivem a prática diária de exercícios e o consumo saudável de alimentos, assim como a taxação de produtos associados ao maior risco de obesidade, como, por exemplo, os ultraprocessados, o que já ocorre em países desenvolvidos.
Caso contrário, se nada for feito, o que seria apenas uma projeção para a próxima década, se transformará em realidade.
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O GLOBO
Saúde prepara campanha de vacinação contra monkeypox após risco de perder doses
O Ministério da Saúde deve iniciar, no dia 13 de março, uma campanha de vacinação contra monkeypox (também chamada de mpox) em todo o país. A pasta corre contra o tempo para não perder cerca de 50 mil doses do imunizante Jynneos, com uso autorizado pela Anvisa até agosto deste ano. A ação foi acertada em reunião da Secretaria de Vigilância em Saúde durante a tarde dessa quinta-feira.
- O Ministério da Saúde iniciará a distribuição aos estados ao longo da próxima semana. A depender da organização de cada estado, acredita-se que a vacinação seja iniciada em 13 de março - afirmou a SVSA ao GLOBO.
Segundo a pasta, o esquema vacinal será de duas doses, com intervalo de quatro semanas entre elas, para o seguinte público: pessoas com HIV/AIDS; homens cisgêneros (que se identificam com o sexo biológico), travestis e mulheres transexuais com idade igual ou superior a 18 anos; e pessoas com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.
Além do grupo citado, a imunização também estará disponível para casos de pós-exposição ao vírus - quando a pessoa tem contato íntimo com um paciente infectado com mpox. Conforme o ministério, "serão enviadas doses suficientes para atender às cerca de 16 mil pessoas desse grupo, com duas doses cada".
As doses desembarcaram no país em outubro do ano passado, na gestão do ex-ministro Marcelo Queiroga, mas não chegaram a ser utilizadas. O prazo estipulado pela Anvisa para uso se encerraria em 26 de fevereiro, mas a agência reguladora o estendeu por mais seis meses após pedido do ministério. O imunizante também é usado para prevenção da doença nos Estados Unidos e na Europa.
São mais de 10 mil registros de monkeypox no Brasil e mais de 2 mil suspeitos, segundo o último informe do Ministério da Saúde. No ano passado, 15 brasileiros morreram pela doença, sendo 5 no Rio de Janeiro. O Brasil apresenta estabilidade no aparecimento de novos casos desde dezembro, com queda a partir de agosto de 2022. Ainda assim, ao prorrogar a autorização do imunizante, a diretora da Anvisa Meiruze Freitas lembrou que a OMS mantém o status de emergência de saúde internacional, de julho do ano passado.
Além disso, para a diretora, "aplicar a vacina pode beneficiar brasileiros, especialmente os que se encontram em situação de maior vulnerabilidade de saúde". Atualmente não existem medicamentos registrados no Brasil para o tratamento da doença.
Os sintomas aparecem, geralmente, de seis a 21 dias após a exposição ao vírus, explica o médico membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, Antônio Bandeira. Depois desse período, a pessoa infectada pode apresentar mal-estar e febre, e de dois a três dias, começam as erupções na pele. "As erupções vão se formar como vesículas semelhantes à catapora, que com o tempo formam pus, escurecem e descamam", afirma.
- Os riscos são relacionados ao local das erupções. Por exemplo, se ela está próxima ao olho, pode gerar uma lesão na córnea. Pacientes imunocomprometidos podem ter um quadro agravado. - esclarece.
Conforme o infectologista, a prevenção é evitar o contato com pessoas contaminadas. Como a mpox tem alta transmissão por via sexual, é importante que o/a parceiro/a não apresente lesões na pele.
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JOTA INFO
Inovação social farmacêutica para doenças raras
No dia 28 de fevereiro diversas atividades ao redor do mundo foram realizadas para lembrar o Dia Mundial das Doenças Raras. O conceito de doenças raras varia de país para país. No Brasil, são consideradas doenças raras aquelas definidas pelo número reduzido de pessoas afetadas com relação à totalidade da população. Para ser considerada rara, a doença deve ter a proporção de 65 indivíduos a cada 100 mil pessoas.Â
Atualmente, há em torno de 7.000 doenças raras descritas, sendo 80% de origem genética e 20% de causas infecciosas, virais ou degenerativas. Estima-se que em torno de 13 milhões de brasileiros vivam com essas enfermidades, e que para 95% das doenças raras descritas ainda não há tratamento, restando somente os cuidados paliativos e serviços de reabilitação.Â
As dificuldades que se apresentam para uma pessoa com doença rara são enormes. Para chegar ao diagnóstico, um paciente chega a consultar até dez médicos diferentes, e a maioria é diagnosticada tardiamente. Aproximadamente 75% das doenças raras ocorrem em crianças e jovens.Â
Uma vez diagnosticada a doença, para muitos pacientes em todo o mundo, medicamentos e tratamentos médicos não estão disponíveis ou são inacessíveis, seja porque os pacientes vêm de contextos econômicos pobres - e não são vistos como um mercado viável pela indústria farmacêutica -, seja porque os pacientes com doenças raras não representam uma base de consumidores grande o suficiente para justificar os significativos investimentos em pesquisa da indústria farmacêutica necessários para o desenvolvimento de novos tratamentos.Â
No domínio das doenças raras, têm sido implementadas políticas específicas em diferentes países que têm resultado em algum crescimento do número de medicamentos para estas doenças. No entanto, muitas condições ainda carecem de tratamentos e, quando estão disponíveis, geralmente são muito caros e, portanto, inacessíveis e insustentáveis. Nos últimos anos, surgiram formas de Inovação Social Farmacêutica (Social Pharmaceutical Innovation ou SPIN), que são novos modelos de pesquisa, desenvolvimento, produção e acesso que buscam abordar as desigualdades e vulnerabilidades em saúde relacionadas a doenças raras e outras necessidades médicas não atendidas.Â
As inovações sociais farmacêuticas não são direcionadas exclusivamente para fins lucrativos e são caracterizadas por colaborações entre empresas privadas, instituições públicas e diversos grupos interessados (incluindo organizações de pacientes). Pesquisa desenvolvida por equipes de pesquisadores de Canadá, Brasil, França e Holanda, que tenho a satisfação de coordenar no Brasil, vem mapeando e divulgando casos de inovação social farmacêutica nesses países.Â
No Brasil, a pesquisa conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e visa fornecer uma compreensão detalhada dos contextos médicos, sociais, econômicos, políticos e regulatórios que moldam essas iniciativas SPIN.Â
Considera-se inovação social as experiências que tem como objetivos oferecer uma nova abordagem para lidar com vulnerabilidades sociais ou ambientais, como pobreza, desigualdades na saúde, efeitos indesejáveis das mudanças climáticas etc., que afetam pessoas com doenças raras (pequenas populações de pacientes) e com doenças negligenciadas (doenças prevalentes em países de renda média e baixa).
Para ambas as categorias de doenças, o mercado está falhando: é incapaz de atender as populações de pacientes em questão. A inovação social não tem como objetivo principal o lucro; ao contrário, visa gerar impactos socioambientais positivos ou prevenir impactos negativos. Procura equilibrar os interesses públicos e privados e melhorar e equilibrar as responsabilidades dos diversos atores envolvidos (ou seja, inovação responsável).
A inovação social usualmente estabelece parcerias entre empresas privadas, instituições públicas e diversos grupos interessados (ou seja, inovação colaborativa), devendo necessariamente incluir os usuários no processo de inovação. Na área da saúde, a categoria de usuários é bastante ampla, pois inclui pacientes (que consomem o medicamento), médicos especialistas (que prescrevem e supervisionam o uso), farmacêuticos (que distribuem) e seguradoras de saúde (que pagam). Essas categorias de usuários podem estar envolvidas como indivíduos, mas também representadas por organizações (por exemplo, grupos de defesa de pacientes) ou até mesmo empreendedores sociais (por exemplo, um farmacêutico ou um grupo de profissionais que se reúnem para fabricar medicamentos a preços baixos).
Medicamentos são bens peculiares. Antes de chegarem ao mercado, os medicamentos são testados quanto à segurança para uso humano e passam por ensaios clínicos em larga escala e em vários locais para uma indicação, colocados sob jurisdição nacional - por exemplo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil ou a Health Canada no Canadá - ou supranacional de agências reguladoras - como a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).Â
Uma vez confirmada sua segurança e eficácia clínica, os medicamentos passam por avaliação econômica, associada à sua efetividade, sendo esta a base para as negociações de preços entre as empresas farmacêuticas e as autoridades relevantes no que diz respeito aos medicamentos que serão cobertos pelos sistemas públicos ou seguros privados de saúde. Este processo visa assegurar o custo-efetividade dos medicamentos, e estabelece um modelo linear sequencial de inovação farmacêutica: na primeira etapa, o valor clínico do medicamento é testado; na etapa seguinte, avalia-se seu valor econômico. Além disso, a base epistemológica da tomada de decisão é bastante convencional e exclusiva de determinados atores, nomeadamente empresas e agências reguladoras.
Esse enquadramento regulatório e institucional tem seus próprios limites quando se trata do desenvolvimento de medicamentos para doenças raras. Pequenas populações de pacientes em doenças raras impedem grandes ensaios clínicos, e estudos randomizados controlados por placebo não são adequados para medicamentos pediátricos ou medicamentos para a fase terminal de doenças como cânceres, HIV/Aids ou outras doenças degenerativas. Para outras condições, o tamanho ou o status socioeconômico das populações de pacientes não representam um retorno suficiente do investimento para a indústria farmacêutica e/ou biotecnológica.
Para enfrentar as limitações do modelo sequencial e linear de inovação farmacêutica e as falhas do mercado de medicamentos, políticas específicas foram desenhadas em diferentes regiões do mundo e para diferentes condições. No Brasil, esses esforços se iniciam apenas em meados da década de 2010, em momento politicamente instável do país, razão pela qual ainda não se fizeram sentir pelos doentes raros.
Dependendo das legislações nacionais ou supranacionais, essas políticas incluem flexibilização tecnológica, incentivos econômicos específicos e assistência científica a empresas que queiram desenvolver tais medicamentos. No entanto, componentes significativos do setor farmacêutico e de biotecnologia mudaram suas estratégias de negócios e inovação do desenvolvimento de medicamentos de grande sucesso para "busters de nicho" como parte de um movimento mais amplo em direção à medicina personalizada (Collier, 2011). Esta mudança resultou em medicamentos cujos preços são excessivamente elevados, muitas vezes na ordem das centenas de milhares ou até milhões de dólares/euros por doente por ano (Côté & Keating, 2012). Esses preços não são apenas inacessíveis para pacientes individuais, mas também são uma ameaça para a sustentabilidade dos sistemas públicos de saúde.Â
É aqui que entram em cena abordagens socialmente inovadoras para o desenvolvimento e cobertura de drogas. Essas abordagens, que podem ser denominadas de "inovação farmacêutica social", visam articular modelos socialmente robustos e economicamente viáveis de P&D de produtos farmacêuticos, caracterizados por novas parcerias nos setores público, sem fins lucrativos e privado. No Brasil, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria 199/2014, instituiu a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, aprovou as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e instituiu incentivos financeiros de custeio. No entanto, até o presente momento, esta norma ainda não surtiu os efeitos esperados.
Nos próximos dias 9 e 10 de março será realizada a Conferência Internacional sobre Inovação Social Farmacêutica para Doenças Raras, na Universidade de Utrecht (Holanda), onde os resultados com diversas experiências serão divulgados publicamente. O evento é gratuito e poderá ser acompanhado online. O Brasil, por meio da Universidade de São Paulo e da Fundação Oswaldo Cruz, estará presente como organizador do evento, colocando-se como um ator importante para que essa agenda se desenvolva e considere, sobretudo, as necessidades dos doentes raros que habitam o Sul Global. Estarão presentes para falar de experiências brasileiras representantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da sociedade civil e do governo.
Espera-se, com essa iniciativa, encontrar novos e inovadores caminhos para a atenção à saúde integral das pessoas com doenças raras, visando a plena realização do direito à saúde, da dignidade humana e da justiça social para os raros.
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ISTOÉ
Do cinema aos hospitais
Pesquisadores descobrem que os equipamentos tecnológicos empregados na produção dos filmes da franquia Avatar são úteis na saúde. Com eles, é possível reduzir o tempo e aumentar a precisão do diagnóstico
Fernando Lavieri
A ciência foi retratada no cinema em inúmeros filmes. Mas dessa vez acontece o inverso. Pesquisadores se valeram de equipamentos utilizados no set para aplicações em saúde. Um grupo de cientistas se juntou no Imperial College e na Universy College London (UCL), na Inglaterra, para descobrir formas de melhor detectar os movimentos de pessoas acometidas por graves e raras doenças. E a base utilizada para o trabalho foram dispositivos tecnológicos utilizados no filme Avatar, mas no primeiro, o de 2009. Para que os longas-metragens pudessem atingir os níveis impressionantes de realidade que alcançaram, já que se trata de fabulosa ficção científica, o diretor James Cameron usou trajes de captura de movimentos capazes de reconhecer minúsculos detalhes da movimentação em todas as partes dos corpos dos atores enquanto estivessem em cena. Tal sistema permitiu adequar, por meio de computação, a imagem humana à dos personagens extraterrestres. Os instrumentos cinematográficos se mostram também eficientes para perceber alterações motoras causadas por enfermidades.
O aproveitamento dos dispositivos de Avatar se transformou em duas pesquisas científicas de utilização de Inteligência Artificial publicadas recentemente na revista Nature. Os estudos vieram à tona justamente no momento em que o segundo filme da franquia, Avatar: O Caminho da Água, está batendo recordes de bilheteria. Quando o assunto é doenças raras, muitos casos se referem a algo que é degenerativo e que não tem cura. Ou seja, que compromete aos poucos as funções vitais do organismo. São patologias que, ao evoluírem, levam a pessoa a uma situação de incapacidade, de tal forma que ela não consegue desenvolver as tarefas cotidianas mais simples como, por exemplo, tomar um copo d'água. Desta vez, duas doenças foram observadas com profundidade: Ataxia Friedreich (FA) e Distrofia Muscular de Duchenne (DMD). A primeira enfermidade causa a perda de reflexos, diminuição da sensibilidade profunda e deforma a coluna vertebral. A outra, com o passar do tempo, faz a pessoa ter fraqueza muscular, dilata o coração e provoca dores nas articulações. "Estou completamente impressionada com os resultados", afirmou à imprensa inglesa a médica Valeria Ricotti. Ela refere-se ao impacto na antecipação de diagnósticos e na criação de novos medicamentos.
RESPOSTA RÁPIDA
Para que o médico consiga descobrir qual é a doença, em qual nível ela se encontra no organismo e o seu inevitável avanço, tudo isso com precisão, o especialista compara a movimentação do paciente com padrões clínicos de mobilidade, mas tal análise pode levar muito tempo, às vezes anos. E há mais um problema. Por mais experiente e dedicado que o médico possa ser, existe uma enorme diferença entre a visão humana e a da máquina. No estudo a respeito de Ataxia Friedreich, que atinge cerca de 50 mil pessoas em todo o mundo, percebeuse que, com a utilização do trajes e o auxílio da Inteligência Artifi cial, as perguntas essenciais sobre a condição do paciente poderiam ser descobertas dentro do prazo de 12 meses. Nos testes feitos em portadores de Distrofi a Muscular de Duchenne, que acomete 20 mil crianças por ano, o diagnóstico completo se deu em seis meses. Reduzir o tempo de investigação é fundamental, para propiciar melhor assistência às pessoas.
"Nossa abordagem detecta movimentos muito sutis. O equipamento vai modificar a forma como analisamos e monitoramos os pacientes", pontuou o pesquisador Aldo Faisal, do Imperial College. "Na verdade, todas as ações que se referem às doenças raras devem mudar", entende Primo Paganini, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria da USP. Ele explica que os remédios contra patologias incomuns são caríssimos, porque a indústria farmacêutica desenvolve tais medicações de acordo com a quantidade de casos, que não é exata. "A partir do momento em que tivermos, com precisão, o número de pessoas que precisam ser tratadas, a produção de drogas também será mais correta e menos custosa", diz ele.
A invenção do sistema de captação de movimento vai ainda mais longe. Segundo Paganini, tem ação em diversas patologias de ordem psiquiátrica, em problemas cardíacos, nos pulmões e outros. No caso das doenças raras, não há possibilidade de reversão, mas no tratamento de pessoas com Parkinson, por exemplo, a antecipação do diagnóstico pode garantir mais qualidade e tempo de vida. Quando o paciente tem arritmia cardíaca, se os médicos conseguirem descobrir com antecedência, o profissional pode corrigir os batimentos com medicação e evitar uma parada do coração ou um Acidente Vascular Cerebral (AVC). "Com o equipamento podemos melhorar a vida das pessoas e, em alguns casos, evitar que morram", conclui o psiquiatra.
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"A partir do momento em que tivermos precisão sobre a quantidade de pessoas que têm doenças raras, a produção de medicamentos será menos custosa"
Primo Paganini, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria da USP
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ESTADÃO.COM
Artigo - Por que as mulheres ainda recebem menos que os homens na medicina?
A recém-publicada pesquisa Demografia Médica no Brasil 2023, que é produzida pela cooperação entre a Associação Médica Brasileira e a Faculdade de Medicina da USP, revelou aspectos significativos do mercado de trabalho dos profissionais de medicina.
Primeiramente, foi identificada a crescente tendência da "feminização" da profissão médica. Apesar de serem a maioria de ingressantes nas faculdades de medicina, desde a primeira pesquisa desse tipo realizada, em 2009, as mulheres sempre foram minoria dentre os profissionais recém-formados.
Contudo, essa diferença entre os gêneros relativamente à quantidade de formados diminuiu a cada ano. Dentre os profissionais formados em 2023, 49,3% são mulheres. A projeção estatística é no sentido de que já no próximo ano as mulheres sejam maioria, representando 50,2% dos graduados em medicina.
Ocorre que o aumento na quantidade de mulheres formadas não eliminou uma outra tendência que é reiteradamente observada pelo estudo ao longo dos anos: a diferença de remuneração entre os gêneros.
Segundo o estudo, a renda média declarada pelos homens foi de R$ 36.421,00, enquanto a das mulheres foi de R$ 23.205,00, ou seja, cerca de 64% do rendimento de seus pares masculinos.
Essa diferença de remuneração está ligada a vários fatores, dentre estes a identificação de uma maioria de médicas trabalhando na condição de empregadas assalariadas, enquanto médicos são mais propensos a possuírem consultórios médicos.
Bem assim, no Brasil é comum a coexistência de múltiplos vínculos de trabalho, isto é, o mesmo profissional atendendo paralelamente no serviço público e privado, e em diferentes estabelecimentos, sendo maioria a quantidade de médicos com mais de uma fonte de renda, em comparação com as médicas.
Outro fator é uma maior concentração de mulheres em especialidades associadas à menores remunerações e maior necessidade de dedicação com proximidade contínua aos pacientes, como geriatria, ginecologia e obstetrícia, pediatria, medicina de família e comunidade. É interessante notar o quanto persiste no imaginário coletivo a ideia de que o cuidado familiar seja naturalmente feminino.
Por sua vez, os homens são a maioria em especialidades que ostentam maiores rendimentos, como cirurgia geral, cardiologia, ortopedia/traumatologia, medicina esportiva, chegando a alcançar a proporção de 88,8% dos profissionais especializados em cirurgia cardiovascular.
Há ainda uma diferença marcante de renda ao longo da carreira profissional. A maior renda entre homens se observa em médicos de todas as faixas etárias, entretanto, a proporção de rendimento das mulheres tende a cair ainda mais na faixa de idade por volta dos 30 até os 40 anos.
A pesquisa revelou que a diferença da renda das mulheres em relação aos homens somente começa a diminuir nas faixas etárias mais avançadas, a partir dos 50 anos de idade.
É possível inferir que a capacidade de ganhos das médicas seja impactada na faixa dos 30 até os 40 anos de idade por ser esta idade comumente associada à maternidade e atenção aos filhos na primeira infância.
Com efeito, é bastante usual que haja disparidade no tempo gasto com o cuidado familiar. Isto é, a dedicação à maternidade ocasiona o afastamento da mulher de suas atividades profissionais em maior grau do que os homens, em relação à paternidade e aos cuidados com filhos na primeira infância.
O que no caso das médicas pode significar deixar de atuar integralmente, ou ao menos para uma parte de seus vínculos de trabalho, ou ainda, em se tratando de profissionais autônomas, passar a adotar um menor expediente e menor quantidade de pacientes por dia.
Nesse contexto, é importante refletirmos a respeito da valorização justa do trabalho e, em especial, do trabalho de cuidar. Aqui estamos tratando do ato de cuidar da própria família, o que pode ensejar o afastamento das atividades de trabalho. Mas também consideramos o gesto de cuidar no sentido de dedicar-se à especialidades médicas que se voltam ao cuidado familiar e que são inferiormente remuneradas, apesar de tão cruciais quanto às demais especialidades mais bem pagas.
Talvez seja o momento de coletivamente ponderar que a desvalorização do trabalho de cuidar gera desigualdade entre os gêneros, e isso não é mais aceitável.
A desigualdade não é justa com os profissionais, com as famílias, e em especial com as gerações futuras que poderiam ser beneficiadas com a promoção da igualdade no mercado de trabalho e na dedicação de ambos os gêneros aos cuidados familiares.
A medicina é área tradicionalmente prestigiada e de notória necessidade de estudo e aprimoramento contínuos, e seus profissionais merecem serem valorizados independentemente do gênero. As diversas especialidades colaboram entre si e igualmente contribuem para o bem estar da sociedade, portanto, os profissionais devem ser remunerados de forma justa durante todas as etapas de sua carreira.
*Claudia Abdul Ahad Securato, sócia de Oliveira, Vale, Securato e Abdul Ahad Advogados
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 02/03/23
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DESTAQUES
Hapvida implode com resultado desastroso; CEO promete normalização
Família bilionária perde R$ 3,8 bi com tombo recorde de Hapvida (HAPV3)
Lucro da Odontoprev (ODPV3) cresce 18,4% no total de 2022, para R$ 451,4 milhões
Goiânia imuniza 8 mil pessoas com a Pfizer Bivalente, em dois dias
Covid-19: Anvisa derruba obrigatoriedade de máscara em aviões e aeroportos
Carlos Bouret é eleito o novo presidente da Unimed Cuiabá
PISO SALARIAL ENFERMAGEM: estado retira direitos da enfermagem e é pressionado por Coren
BRAZIL JOURNAL
Hapvida implode com resultado desastroso; CEO promete normalização
Mais um trimestre, mais uma decepção.
A ação da Hapvida cai pavorosos 36% hoje depois de um resultado desastroso que mostrou uma tendência ainda negativa para a sinistralidade — com os reajustes de preços não conseguindo compensar a alta nos custos por beneficiários.
A empresa — que até ontem era um dos grandes consensos do buyside dado sua natureza defensiva em meio a uma economia em desaceleração — agora vale apenas R$ 20 bilhões na Bolsa. Para efeito de comparação: antes da fusão entre Hapvida e a Notredame Intermédica, as empresas valiam cerca de R$ 55 bilhões — cada.
A sinistralidade caixa da Hapvida — um dos principais indicadores da companhia — ficou em 72,9% no quarto trimestre, uma piora de 1,8 ponto porcentual na comparação anual e uma melhora de apenas 0,1 ponto na comparação com o terceiro tri.
O mercado esperava uma melhora mais próxima de 1 ponto percentual, até pelas sinalizações da própria companhia.
O CEO Jorge Pinheiro disse que 2021 foi dominado pela pandemia e que 2022 foi o início de um ano de transição para a normalidade, mas ainda marcado por custos médicos muito altos.
“No quarto tri, vimos uma desaceleração no ritmo de aumentos de custos, mas ele continua alto, tanto por repasse ao consumidor na nossa rede própria quanto por um volume maior de terapias e procedimentos de altos custos na rede terceirizada, que é um objeto de muita atenção nossa,” Jorge disse na call com os analistas.
O CEO disse esperar que a sinistralidade caixa volte aos patamares históricos ao longo dos próximos trimestres. Para isso, a Hapvida pretende fazer reajustes de preços mais agressivos no próximo ciclo — de 2x a 3x a inflação — e aumentar a verticalização de regiões onde a participação das redes parceiras ainda é muito alta.
Segundo o CEO, o reajuste dos planos individuais no ano que vem deve girar em torno de 10% e o dos planos para PMEs de 12% a 15%. Já o dos planos corporativos vai variar, porque “há outras possibilidades de recompor margens como reduzir a rede credenciada e aumentar o nível de coparticipação.” Jorge disse que a Hapvida tem “centenas de iniciativas em curso para melhorar a sinistralidade, mas uma das mais importantes é a verticalização,” disse ele.
Segundo ele, uma dessas iniciativas foi a criação da regional 3, que inclui as operações de Minas, Rio e três estados do Sul do País. Essas operações — que somam 1,2 milhão de vidas — são recém adquiridas e operam com um nível de verticalização ainda baixo. “Aqui é onde tem mais mato alto por serem operações pequenas e médias e com um menor nível de maturação.
O primeiro remédio vai ser implementar um plano de verticalização e integrar as operações.” Em Belo Horizonte, por exemplo, a Hapvida vai abrir três novas unidades no segundo semestre focadas em serviços hospitalares. Para um analista do sellside, as sinalizações do CEO foram positivas.
“O caminho é esse mesmo. Porque o custo está acontecendo por vários fatores que fogem do controle, então para melhorar a sinistralidade a única forma é ajustar preço. E eles têm que ser mais agressivos, mesmo que isso impacte o crescimento orgânico,” disse ele.
O problema, segundo ele, é que “nos últimos sete ou oito trimestres a companhia tem falado uma coisa e os resultados têm mostrado outra.” “Desde maio eles já têm falado que o reajuste dos planos corporativos está acima de 10%, mas quando eu olho o crescimento do tíquete médio ano contra ano foi de só 3,5%.” A falha no discurso da companhia também explica, em partes, a queda de mais de 30% hoje.
Na visão do analista, parte dessa implosão é por perda de confiança, já que muitos hedge funds estavam posicionados esperando que o resultado do quarto tri já viesse melhor — o que era o guidance da companhia. “Se eu tivesse começado a olhar Hapvida hoje e escutasse o call eu acharia que esse quarto tri foi o vale. Mas olhando a empresa faz tempo é difícil saber, porque eles estão falando faz vários trimestres que vai melhorar e não melhora.”
A alta da sinistralidade levou o EBITDA ajustado a uma queda de 9,3% na comparação anual, para R$ 599 milhões. O resultado ficou bem abaixo das expectativas do sellside. A Goldman Sachs, por exemplo, esperava um EBITDA de R$ 680 milhões, enquanto o Bank of America projetava R$ 659 mi.
O bottom line também decepcionou. A operadora de saúde teve um prejuízo de R$ 317 milhões, em comparação a um lucro de R$ 195 milhões um ano antes. Outro tema que chamou a atenção (negativamente) foi a queima de caixa, que levou a um aumento significativo da dívida líquida.
A Hapvida queimou R$ 224 milhões no quarto tri, principalmente por uma piora do capital de giro e um aumento no capex. A dívida líquida saiu de R$ 6,5 bilhões para R$ 7,1 bilhões, com outros R$ 398 milhões de despesas financeiras pesando na conta. Mas para um analista, a queima de caixa não é o principal sinal vermelho. “90% da performance da ação hoje é relacionada à sinistralidade.
Se a sinistralidade tivesse melhorado 150 basis points e eles tivessem queimado R$ 240 milhões de caixa, o mercado ia aceitar, porque o MLR estaria na tendência certa,” disse ele. “Agora, a sinistralidade vem pior e eles ainda tem queima de caixa…” O único ponto positivo do resultado foi a adição líquida de vidas, que veio em linha com as projeções dos analistas. A Hapvida adicionou 103 mil novas vidas no trimestre, chegando a 9,4 milhões de beneficiários. A receita líquida subiu 10,9%, para R$ 6,5 bilhões.
Leia mais em https://braziljournal.com/hapvida-implode-com-resultado-desastroso-ceo-promete-normalizacao/ .
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MONEY TIMES
Família bilionária perde R$ 3,8 bi com tombo recorde de Hapvida (HAPV3)
A família bilionária por trás da operadora de saúde Hapvida (HAPV3) perdeu R$ 3,8 bilhões nesta quarta-feira em meio a uma queda recorde nas ações da companhia após um balanço decepcionante.
A família Koren de Lima, que criou a Hapvida há mais de quatro décadas e detém uma participação combinada de cerca de 36% por meio de um veículo de investimento e participações individuais, viu o valor de suas participações cair para R$ 7,8 bilhões, segundo cálculos com base em documentos regulatórios. No pico do ano passado, a participação chegou a valer R$ 32,8 bilhões.
As ações da Hapvida fecharam em queda de 33% a R$ 3,02 na quarta-feira, a maior queda em um único dia e o menor preço de fechamento já registrado, depois que a empresa cearense com sede em Fortaleza divulgou resultados mais fracos do que o esperado para o quarto trimestre.
A sinistralidade caixa, uma importante métrica de despesas médicas que é observada de perto pelos investidores, ficou acima do esperado, levando o Credit Suisse a abandonar sua recomendação equivalente à compra e destacar as crescentes incertezas.
A Hapvida não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A Hapvida foi fundada por Candido Pinheiro Koren de Lima em 1979, quando o oncologista brasileiro inaugurou uma clínica em Fortaleza, na região Nordeste do país.
A companhia cresceu no Brasil recentemente com seu modelo verticalizado, não apenas vendendo planos de saúde, mas também sendo dona de hospitais. Há dois anos, a empresa adquiriu a rival Intermédica.
Candido é presidente do conselho de administração da empresa, enquanto seu filho Jorge Fontoura Pinheiro Koren de Lima é diretor presidente e também faz parte do conselho junto com seu irmão Candido Jr.
Apoiadores de longa data, incluindo a gestora Dynamo, começaram a se desfazer de suas posições nas ações da empresa nos últimos trimestres em meio a uma concorrência mais acirrada e sinais de uma melhora mais lenta no front de custos.
"Os investidores não fecharão os olhos para os recentes resultados decepcionantes, o que significa que a falta de confiança na tese de investimento provavelmente persistirá nos próximos meses", escreveram, em nota, analistas do BTG Pactual liderados por Samuel Alves.
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Lucro da Odontoprev (ODPV3) cresce 18,4% no total de 2022, para R$ 451,4 milhões
A Odontoprev (ODPV3) apresentou lucro líquido consolidado de R$ 451,4 milhões no ano completo de 2022. A cifra é 18,4% maior que os R$ 381.3 milhões do ano retrasado. A receita líquida cresceu 3,3% na comparação e alcançou R$ 1,902 bilhão.
Já os custos de bens e produtos vendidos mantiveram-se praticamente estáveis, e encerraram dezembro com acumulado de R$ 732,4 milhões. A maior parte desta conta foi representada pela linha de sinistros conhecidos ou avisados, que somou R$ 675,3 milhões.
A Odontoprev reduziu ligeiramente as provisões para perdas sobre créditos, que passaram de R$ 48,9 milhões para R$ 47,9 milhões. Já o resultado financeiro líquido saltou de R$ 39,2 milhões para R$ 72,7 milhões.
No release de resultados enviado à imprensa, a companhia afirma que registrou receita recorde no quarto trimestre de R$ 514 milhões. A cifra é 9,5% maior que a do mesmo período do ano retrasado. A operadora de planos odontológicos informou, ainda, que encerrou 2022 com caixa líquido de R$ 795 milhões e “dívida zero”.
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A REDAÇÃO
Goiânia imuniza 8 mil pessoas com a Pfizer Bivalente, em dois dias
Até a tarde desta quarta-feira (1/3), 8 mil pessoas foram imunizadas, em Goiânia, em dois dias de vacinação contra a covid-19 com a Pfizer Bivalente através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os idosos foram os que mais compareceram às salas de vacina em busca da imunização, que teve início na capital goiana na última segunda-feira (27/2) para o público-alvo da primeira, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS).
Para o titular da SMS, Durval Pedroso, “os idosos têm dado exemplo no quesito vacinação, e sempre atendem aos nossos chamamentos em busca da imunização”. “Os dados destes dois dias ainda são parciais, mas podemos considerar um número como extremamente positivo”, disse o secretário, ao acrescentar a disponibilidade dos idosos. “Os idosos estão sempre dispostos a cuidar da saúde e são um exemplo para a população quando se fala em vacinação”, avalia Pedroso.
De acordo com o Plano Nacional de Vacinação (PNI) do MS, nesta primeira etapa, os grupos que recebem as doses são idosos com idade a partir de 70 anos, pessoas que vivem em instituições de longa permanência a partir de 12 anos de idade e trabalhadores desses locais, pacientes imunocomprometidos com idade acima de 12 anos, além de indígenas, ribeirinhos e quilombolas, todos a partir de 12 anos.
Nesta primeira fase, conforme levantamento da SMS, a população-alvo soma 108.086 pessoas. A vacina Bivalente protege contra a variante Ômicron e suas subvariantes. As doses estão disponíveis nas 72 salas de vacina do município. A lista com as unidades de saúde está disponível na página do ImunizaGyn, no link.
Confira o cronograma de vacinação com a Pfizer Bivalente
Primeira fase
27/2/2023 – idosos a partir de 70 anos, pessoas que vivem em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e trabalhadores desses locais, além de pacientes imunocomprometidos acima de 12 anos, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, todos também acima de 12 anos.
Segunda fase
06/03/2023 – pessoas com idade entre 60 a 69 anos
Terceira fase
20/03/2023 – gestantes e puérperas
Quarta fase
17/04/2023 – trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos, população privada de liberdade a partir de 18 anos, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas menores de 18 anos e funcionários do sistema prisional
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AGÊNCIA ESTADO
Covid-19: Anvisa derruba obrigatoriedade de máscara em aviões e aeroportos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) derrubou nesta quarta-feira (1/3), a exigência de máscaras em aeroportos e aeronaves no Brasil como forma de prevenção contra a covid-19. O órgão federal, porém, mantém a recomendação de uso. A suspensão havia sido pedida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Para fazer o pedido, o CFM se baseou em uma revisão de estudos internacionais publicada na "Cochrane Library", cuja principal conclusão é de que a proteção facial não teria impacto significativo. Cientistas, no entanto, apontam fragilidades do estudo e questionam resultados.
O diretor da Anvisa Alex Campos, terceiro a votar na reunião de hoje, reforçou que as máscaras continuam sendo importantes no combate à pandemia. Segundo ele, a proteção segue recomendada para pessoas com sintomas respiratórios. Publicado em 30 de janeiro, o estudo avaliou a eficácia da máscara na prevenção de doenças respiratórias - entre elas a covid-19. O trabalho revisa dados de outros 12 estudos e é assinado por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
A principal conclusão da revisão é que a máscara faz "pouca ou nenhuma diferença" como política de saúde pública destinada a evitar a disseminação de vírus respiratórios. O estudo reascendeu a polêmica que já havia provocado intensos debates no início da pandemia.
Um artigo de opinião assinado pelo jornalista conservador Bret Stephens e publicado no New York Times na semana passada jogou gasolina no já acalorado debate: "(...) Quando se trata dos benefícios do uso de máscara em nível populacional, o veredito é: o uso obrigatório foi um fracasso", escreveu Stephens. "Os céticos que foram furiosamente ridicularizados e ocasionalmente censurados como desinformantes estavam certos. Os principais especialistas que incentivaram as máscaras estavam errados. Em um mundo melhor, caberia a este último grupo reconhecer o erro, juntamente com seus consideráveis custos físicos, psicológicos, pedagógicos e políticos."
Antes mesmo de o artigo de Stephens ser publicado, o CFM já havia elencado o estudo de Oxford (entre outros trabalhos) no ofício enviado à Anvisa, datado de 13 de fevereiro: "Ao final, conclui-se que, diferentemente do que ocorre no contexto de profissionais de saúde em ambientes hospitalares usando equipamentos de alto nível, não há justificativa científica para a recomendação ou obrigatoriedade do uso de máscaras pela população em geral como política pública de combate à pandemia de covid-19."
Opinião brasileira
Pesquisadores brasileiros ouvidos pelo Estadão, no entanto, apontam falhas na revisão da Cochrane que podem ter enviesado os resultados e defendem a continuação da obrigatoriedade do uso de máscaras em aviões e aeroportos. Os cientistas dizem que os britânicos compararam situações e momentos diferentes (em muitos casos não havia circulação significativa do vírus, por exemplo) e que não houve um controle por exemplo sobre como as máscaras teriam sido usadas. "
Foi uma infelicidade da Cochrane misturar uma revisão sistemática com uma meta-análise; fica uma salada, analisaram situações e momentos diferentes", afirmou a pneumologista da Fiocruz Margareth Dalcolmo, uma das maiores especialistas do País em covid-19". "Tirar desse estudo a conclusão de que uma barreira mecânica não protege contra uma doença viral de transmissão respiratória é uma estupidez completa."
O infectologista Júlio Croda, também da Fiocruz, outro expoente do combate à covid-19 no País, concorda com a colega. Croda explicou que todos os estudos incluídos na revisão são ensaios clínicos individuais. "Muitos profissionais de saúde acreditam que os ensaios clínicos geram as evidências mais robustas para qualquer tipo de pergunta científica, o que não é necessariamente verdade", afirmou o especialista.
"E essa dificuldade de entendimento sobre a qualidade das evidências atrapalha a compreensão das limitações de cada estudo." Nos estudos analisados, o uso da máscara é uma recomendação. "Ou seja, não temos como checar se as pessoas realmente usaram a máscara, se usaram durante todo o tempo, se usaram da forma correta como recomendado", ponderou. "Por isso, os estudos clínicos de comunidade são os mais adequados para este tipo de avaliação. Nestes estudos, usamos comunidades semelhantes (nível econômico, educacional), como cidades, bairros ou aldeias. Em algumas fazemos campanhas educativas e distribuímos máscaras. Em outras, não. Como são comunidades semelhantes e a única coisa diferente foi a sua intervenção, é possível medir o efeito dessa intervenção."
OMS
De acordo com as orientações gerais da Organização Mundial de Saúde (OMS), revisadas no último mês, as máscaras são recomendadas para "qualquer pessoa em espaço lotado, fechado ou mal ventilado". "Vale lembrar que a OMS não declarou ainda o fim da pandemia. É pouco provável que tenha outra onda, mas não é impossível. O vírus continua circulando", afirmou Margareth Dalcolmo. "Ainda que os aviões tenham filtros de ar novos, eu defendo o uso de máscara. Se houver um portador de vírus de transmissão respiratória, a chance de contágio é muito grande."
Anvisa decide nesta quarta-feira (1/3) se mantém a obrigatoriedade em reunião da diretoria colegiada. Em nota enviada à imprensa por ocasião do recebimento do ofício do CFM, portanto antes do feriado do carnaval, a Anvisa informou que "pauta suas decisões nas melhores evidências científicas e está alinhada a organismos nacionais e internacionais de referência como o Ministério da Saúde, a OMS e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas)."
A agência reforçou ainda que "há circulação do coronavírus no País, o que pode levar ao aparecimento de novas variantes de preocupação." Também por nota, o CFM esclareceu que "não se posicionou contra as máscaras". "O CFM apenas compartilhou com a Anvisa, por meio de ofício, o resultado de levantamento feito por pesquisadores sobre estudos relacionados à eficácia do uso de máscaras em aeronaves.
O envio teve como objetivo contribuir com reflexão sobre o tema no âmbito daquela autarquia, em especial no que se refere ao trânsito de passageiros e tripulantes na aviação. No Brasil, chama a atenção o fato das máscaras serem obrigatórias apenas nos aeroportos e aviões, enquanto não são cobradas em outros ambientes, como shows e outras aglomerações. Diante disso, entende-se que cabe à agência avaliar os documentos e tomar medidas com base nas evidências arroladas, caso as considere pertinentes.
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PORTAL G1
Lei que dispensa aval do cônjuge para realização de laqueadura e vasectomia entra em vigor
Medida passa a valer 180 dias após sanção. Nova regra também diminui de 25 para 21 anos idade mínima para realização de laqueadura ou vasectomia no Brasil.
Por Ana Clara Alves, g1 DF
A lei que dispensa o aval do cônjuge para realização da laqueadura, para mulheres, e vasectomia para homens entra em vigor nesta quinta-feira (2). A nova regra também diminui de 25 para 21 anos a idade mínima para a realização de laqueadura ou vasectomia no Brasil.
No Distrito Federal, a Secretaria de Saúde diz que já cumpre a lei desde que foi sancionada. Segundo a pasta, entre 2016 e 2022 foram realizadas 4.888 laqueaduras e 7.288 vasectomias pelo SUS.
Conforme a Saúde, o primeiro atendimento referente à laqueadura ou vasectomia na rede pública é feito na unidade básica de saúde mais perto de onde mora a pessoa. A secretaria não informou a quantidade de pessoas que esperam na fila para os procedimentos.
Escolha
Para o advogado constitucionalista e especialista em direito na área da saúde Max Kolbe, a lei é um importante avanço para o planejamento familiar.
"Essa possibilidade trará mais conforto aos casais que não desejam ter mais filhos, visto que muitos que já os tiveram ou que não possuem esse desejo, poderão recorrer a este método para evitar uma gravidez indesejada. Importante ressaltar que há também a possibilidade de evitar abortos clandestinos, bem como as mortes decorrentes deste", diz o advogado.
Leandro Santos, ginecologista membro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal, explica que a laqueadura e a vasectomia são procedimentos simples, seguros e com taxa de eficácia alta. Para o médico, a lei mostra uma mudança de perfil e comportamento da população que, atualmente, opta por ter menos filhos.
"É importante que as mulheres e homens recebam a devida informação e tenham todas as suas dúvidas esclarecidas de forma isenta de opiniões, se restringindo para a parte técnica envolvida e nas possíveis implicações de cada procedimento", diz o médico.
Direito de decidir
Clara Maul, de 25 anos, conta que desde os 19 anos sempre soube que não queria ser mãe. Há três anos ela procurou a ginecologista para entender os procedimentos legais para realizar a laqueadura, mas o retorno da médica não foi o esperado.
"Ela acabou me dando uma bronca, disse que só um médico muito irresponsável faria um procedimento desses numa mulher tão nova. Tentei explicar a ela que eu não mudaria de opinião quanto à maternidade mas que, se fosse o caso, ainda teria a opção de adotar uma criança e constituir uma família mesmo assim", conta.
Depois da "bronca", a estudante desistiu de ir atrás dos procedimentos para realizar o procedimento. Agora, que completou 25 anos, pretende dar entrada no processo para realizar a laqueadura.
Para a moradora de Brasília a mudança na lei é importante para assegurar o direito de todas as mulheres.
"Acho que é importante desvincular a ideia de que é necessária a autorização de um homem sobre o que uma mulher faz com seu corpo e sua vida. Ter filhos é uma decisão enorme e muda completamente a estrutura da vida de alguém, não cabe a outrem decidir por nós o que podemos ou não fazer de nossos corpos e vidas", diz Clara.
O que acontece quando lei não for cumprida?
O não cumprimento da lei pode acarretar em uma pena de reclusão de dois a oito anos e multa. A depender do caso, a pena poderá ser aumentada em um terço se a esterilização for praticada:
Durante os períodos de parto ou aborto que não tenha autorização prévia de 60 dias;
Com manifestação da vontade do esterilizado expressa durante a ocorrência de alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporária ou permanente;
Através de cesárea indicada para fim exclusivo de esterilização
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O LIVRE|MT
Carlos Bouret é eleito o novo presidente da Unimed Cuiabá
O médico urologista Carlos Bouret foi eleito hoje o novo presidente da Unimed Cuiabá. A chapa de oposição encabeçada por Bouret, recebeu 603 votos, 113 a mais do que o atual presidente, Rubens de Oliveira, que tentava a reeleição.
A eleição que decidiu os novos rumos da cooperativa aconteceu das 8h às 20h, na sede da Unimed em Cuiabá. A apuração encerrou agora há pouco.
A chapa de Bouret é composta pelos médicos Victor Sano (diretor de mercado); Mohamed Kassen Omais (Diretor de Provimento à Saúde); Júnior Ratto (diretor administrativo-financeiro); Erleno Aquino (diretor de recursos próprios).
Já os eleitos ao Conselho de Administração são Katia Veloso, Fabiany Bertaglia, Lia Pelloso, Ernani Preuss, Igor Seror Cuiabano, Bruno Beltrão, Aguiar Farina, Renam Bumlai e Francis Galera.
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PORTAL UOL
PISO SALARIAL ENFERMAGEM: estado retira direitos da enfermagem e é pressionado por Coren
Coren se posiciona sobre corte em gratificações dos profissionais de saúde da Paraíba, após implementação do piso salarial enfermagem
O piso salarial enfermagem, implementado na Paraíba em 2023, já passou por polêmicas como o atraso no pagamento e agora lida com a retirada de gratificações sem aviso prévio.
Após a aplicação do piso salarial da enfermagem no estado, profissionais de enfermagem e servidores públicos da Paraíba se surpreenderam com o egresso de outros direitos recebidos há anos.
Em resposta, o Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB) emitiu um comunicado para cobrar a gestão estatual sobre os cortes.
O Governo do Estado da Paraíba teria cortado a gratificação adicional da representação dos profissionais de enfermagem e servidores públicos, paga há mais de 10 anos, e da produtividade.
Além disso, o pagamento do piso salarial da enfermagem foi direcionado apenas aos trabalhadores efetivos, excluindo milhares de profissionais prestadores de serviço.
Uma técnica de enfermagem, que preferiu não ser identificada, revelou ao Blog do Marcelo José que não foi dado nenhum aviso prévio sobre a retirada dos direitos pós aplicação do piso salarial da enfermagem.
“Ele simplesmente falou que a Paraíba ia sair na frente com o pagamento do piso salarial da enfermagem, primeiro ele só pagou aos efetivos, pagou em folha complementar no mês passado, mas também não falou que iria tirar nossos direitos", afirmou.
"Ou seja ele deu com uma mão e tirou com a outra. Ele tirou uma gratificação de adicional de representação, que existe há mais de 14 anos, e nossa produtividade, essas duas que já estão implementadas", explicou a técnica.
Isso é um desrespeito com a gente. A gente sabe que, quando o servidor passa muito tempo recebendo uma gratificação, ele tem todo o direito dessa gratificação não ser retirada, é um absurdo!
Técnica de enfermagem não identificada
Neste sábado (25), o Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB) divulgou uma nota endereçada ao público para se manifestar sobre a retirada das gratificações dos servidores.
"A implantação do Piso Nacional da Enfermagem não serve como justificativa legal ou moral para a retirada de gratificações e adicionais dos profissionais da enfermagem da Paraíba", declarou o Coren.
"As atividades desempenhadas pelos profissionais respaldam o pagamento das gratificações e adicionais, os quais não podem ser retirados de maneira abrupta, infundada e compensatória", disparou.
Por fim, o Conselho da região afirmou que aguarda esclarecimentos do governo estadual sobre as últimas decisões ligadas ao piso salarial enfermagem que desfavoreceram a categoria.
Citação
Isso é um desrespeito com a gente. A gente sabe que, quando o servidor passa muito tempo recebendo uma gratificação, ele tem todo o direito dessa gratificação não ser retirada, é um absurdo!
Técnica de enfermagem não identificada
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TV SERRA DOURADA
JMD - Drive thru da saúde opção para evitar aglomeração
https://www.youtube.com/watch?v=jQuiFvjuxtY
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 01/03/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Dia Mundial de Doenças Raras alerta sobre a importância de investimentos em pesquisas
Sob a ótica do cuidado, Unimed Goiânia faz 45 anos e anuncia modernização
Caiado toma vacina bivalente contra covid-19 e pede que goianos se imunizem
Dia Mundial das Doenças Raras: saúde pública de Goiás oferece tratamento
Hapvida tem queda de 56% no lucro líquido ajustado no 4° tri
Einstein tem a melhor avaliação em ASG na América Latina pela S&P
Profissionais do SUS vão checar atrasos em vacinação durante consultas, em nova ofensiva para aumentar imunização contra Covid
Novas regras para laqueadura: veja o que muda a partir do mês de março
RÁDIO CBN GOIÂNIA
Dia Mundial de Doenças Raras alerta sobre a importância de investimentos em pesquisas
Pessoas com doenças raras devem ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar. É o caso da médica Márcia Vieira, que já foi diagnosticada com quatro doenças classificadas como raras. O primeiro diagnóstico veio somente aos 50 anos, quando ela descobriu que nasceu com a síndrome de Ehlers-Danlos, que atinge as articulações e que deixa a pessoa com uma grande flexibilidade, o que gera muitas dores e desgastes nessas articulações e é causada por uma alteração na produção de colágeno.
Ela ainda tem trombofilia, diagnosticada depois da primeira trombose, síndrome de quebra-nozes, que é uma compressão da veia renal contra a aorta, a maior artéria do corpo humano, e a síndrome de ativação mastocitária, que afeta o sistema imunológico. De acordo com Márcia Vieira é muito importante que grupos de apoio dentro e fora da comunidade médica divulguem informações para que o tempo de diagnóstico seja reduzido.
A neurocirurgia Ana Maria Moura também enfatiza a importância da rede de apoio e diz que esse trabalho precisa ser mais efetivo com ampliação dos centros de referências, pois, em alguns casos, esses pacientes ficam muito debilitados e ela alerta para os sinais que devem ser observados com cuidado, como, por exemplo, sintomas que persistam por um mês ou mais.
As redes de apoio ainda são pequenas, mas muito importantes para esses pacientes. Em Goiânia, o Instituto dos Raros Christiane Toledo já atende pacientes de forma gratuita e deve ter sua sede própria inaugurada neste ano no Setor Jaó. No dia 28 de fevereiro, Dia Mundial das doenças raras, várias programações disponíveis têm a intenção de alertar sobre a importância em investir em mais pesquisa a respeito dessas enfermidades.
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A REDAÇÃO
Sob a ótica do cuidado, Unimed Goiânia faz 45 anos e anuncia modernização
Michelle Rabelo
Goiânia - Com quase três mil médicos, cerca de 400 prestadores de serviços e mais de 380 mil beneficiários, a Unimed Goiânia está completando 45 anos e a celebração, assim como a história da cooperativa, foi toda pensada sob a ótica do cuidado. É que além da realização de uma edição especial da tradicional corrida de rua, do lançamento do seu instituto e do anúncio da construção de um hospital próprio, a marca comemorou, em evento no Teatro Goiânia, na noite desta terça-feira (28/2), reforçando o compromisso com o bem-estar de quem escolheu a empresa ao longo dessas quatro décadas - seja como cooperado, colaborador ou cliente.
Na ocasião, o diretor presidente da regional Goiânia, Sérgio Baiocchi Carneiro, recebeu dezenas de médicos, anunciou novidades e fez questão de destacar a manutenção da essência da empresa: focar na saúde e não da doença. Em entrevista ao jornal A Redação, ele adiantou que o foco para os próximos meses é inserir a Unimed Goiânia no século XXI, principalmente no que diz respeito à tecnologia - o que já acontece hoje por meio, por exemplo, da telemedicina e do Super App, um aplicativo que, entre outras coisas, dá acesso ao pronto atendimento virtual, a 2ª via de boletos e ao extrato de utilização do plano.
"Hoje nós já temos um núcleo de inteligência artificial de avaliação de diagnósticos em funcionamento e estamos caminhando com outros dois. A ideia, porém, é modernizar sem desumanizar", alerta, admitindo que a sobrevivência das instituições hoje em dia depende de inovação. "Uma empresa chegar aos 45 anos hoje já é uma epopeia. Na área da saúde, mais ainda, devido, principalmente, a imprevisibilidade que paira no Brasil", comentou.
Por isso, o grupo liderado por Sérgio, é que é a 8ª maior cooperativa de saúde suplementar do Brasil, decidiu seguir pelo caminho da inovação, se colocando na vanguarda quando o assunto é saúde. "Vamos aproximar os dois elos: quem precisa do cuidado e quem trabalha com ele", pontua Baiocchi. Para isso, a atual diretoria já tem assegurados R$ 120 milhões, advindos da receita de R$ 1,99 bilhão do faturamento do ano passado.
Novidades estruturais
Parte do dinheiro irá para adequação de projetos já existentes, como a rede de assistência da qual a Unimed se orgulha tanto. Em 2023, os laboratórios clínicos, os pontos de atendimentos médicos infantil e adulto e os centros clínicos, de medicina preventiva e de diagnóstico, ganharam reforços. Destaque para o Espaço bem-te-vi, um centro de atendimento aos pacientes com diagnósticos de Transtorno de Espectro do Autista (TEA), e é voltado para tratamento infanto-juvenil com foco na Análise de Comportamento Aplicada (Applied Behavior Analysis – ABA).
Segundo a diretora de provimento da Unimed Goiânia, Lorena de Castro Diniz, a criação do Espaço bem-te-vi considerou o "jeito de cuidar" da cooperativa. "O mesmo aconteceu com a decisão de expandirmos a Unimed Vacinas, com a abertura de vários pontos de vacinação ao longo da cidade", contou, chamando atenção ainda para o investimento no cuidado com a saúde mental de cooperados, colaboradores e beneficiários no pós-pandemia de Covid-19.
Outra novidade (esta ainda em fase de articulação) é a construção do seu próprio hospital de média e alta complexidade e a chegada do robô Da Vinci, usado para a realização de cirurgias estritamente precisas e minimamente invasivas. No Brasil, existem apenas 55 aparelhos deste porte.
Desenvolvimento socioambiental
Fora da seara tecnológica, a noite também foi palco para o lançamento do Instituto Unimed Goiânia, que vai realizar ações e projetos que colaboram com o desenvolvimento socioambiental da população, atuando primordialmente em três eixos: educação, meio ambiente e assistência social.
À frente da iniciativa, o diretor de mercado da Unimed Goiânia, Pedro José de Santana Júnior, explica que o Instituto está apto a apoiar e estabelecer parcerias público-privadas em projetos voltados para o resgate da cidadania, em atividades socioeducativas, bem como valorização de espaços públicos, mobilidade urbana e o meio ambiente. "Estamos trazendo um braço social que vai coroar a nossa história. Isso é algo que faz muita diferença para a marca", garante.
Entre os exemplos de ações, haverá práticas como reaproveitamento de lonas de banners para a confecção de sacolas ecológicas (ecobags) e malotes e também a parceria com a Cooper Rama, cooperativa de materiais recicláveis. “O que antes era resíduo será transformado em produtos funcionais e que ajudam o planeta a ser mais sustentável. As lonas plásticas usadas em anúncios publicitários serão reaproveitadas e isso é sustentabilidade”, reforça.
No histórico da assistência social, o Instituto trará ainda ações de apoio à doação de sangue, à doação de leite e incentivo ao aleitamento materno. Já no eixo da educação, vai trabalhar, por exemplo, na entrega de computadores, acessórios, mesas e cadeiras para instituições como Ministério Filantrópico Terra Fértil e Escola Espírita Portal Da Luz.
Importância regional
Representando o governador Ronaldo Caiado, o presidente do Ipasgo, Vinicius Luz, aproveitou a oportunidade para declarar apoio aos projetos da Unimed. "À priori, há quem possa achar estranho o presidente do Ipasgo vir ao evento. Então eu aproveito para afirmar categoricamente: nós não somos concorrentes. Para o governador, o importante é cuidar de vidas. Não importa quem está à frente dessa missão. Minha escolha como representante dele simboliza o que Ronaldo Caiado mais defende: a união. E não há nada mais importante que a saúde. Nesse quesito, estamos do mesmo lado da trincheira."
Sobre a Unimed Goiânia
A Unimed Goiânia Cooperativa de Trabalho Médico foi fundada em 21 de fevereiro de 1978 por 49 médicos goianos. Integra o Sistema Nacional Unimed e representa a maior operadora de planos de saúde genuinamente brasileira. Atua com princípios cooperativistas no setor de Saúde Suplementar com uma rede credenciada da instituição, com mais de 450 estabelecimentos que compreendem hospitais, clínicas e laboratórios responsáveis pela assistência prestada a mais de 360 mil beneficiários, em Goiânia, na região metropolitana e em mais 69 municípios circunvizinhos.
A Unimed Goiânia oferece planos de saúde individuais ou familiares para pessoas físicas e planos empresariais e coletivos por adesão para pessoas jurídicas, com cobertura de acordo com a lista de Procedimentos e Eventos em Saúde, determinada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Também oferece produtos opcionais como SOS – UTI móvel, aéreo e terrestre – e Proteção no Trabalho.
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Caiado toma vacina bivalente contra covid-19 e pede que goianos se imunizem
O governador Ronaldo Caiado recebeu, na manhã desta terça-feira (28/02), a dose de reforço da vacina bivalente contra a covid-19, no Centro Municipal de Vacinação e Orientação ao Viajante (CMV) do Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. A primeira fase da campanha de vacinação contra a doença promovida pelo Ministério da Saúde começou nesta segunda-feira (27/02) em todo o país.
Antes de tomar a vacina, o governador concedeu entrevista e pediu para que a população se vacine. "Peço que, por favor, acreditem na ciência, acreditem que precisamos cuidar das pessoas e não há nada melhor que a prevenção", afirmou. “É um pedido que faço a todos os goianos: vamos dar o exemplo ao Brasil. Essa vacina bivalente tem o espectro muito mais amplo. É uma vacina extremamente confiável”, destacou o governador ao citar que o imunizante protege contra o vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, forma da variante Ômicron, e suas subvariantes (BA.1 ou BA.4 - 5).
“Não vimos nenhuma complicação grave de pacientes vacinados. Peço encarecidamente que todos se conscientizem, acreditem na medicina, na ciência”, ressaltou Caiado.
A campanha será realizada em cinco etapas. Na primeira, estão sendo vacinadas pessoas acima de 70 anos; a partir de 12 anos que vivem em instituições de longa permanência e trabalhadores desses locais; imunossuprimidos e pessoas com deficiência a partir de 12 anos; além de indígenas, quilombolas e população ribeirinha, também a partir de 12 anos. A intenção é contemplar 90% do público-alvo nesta etapa, em Goiás.
Campanha nacional
Inicialmente, o Estado recebeu do Ministério da Saúde 226,8 mil doses do imunizante bivalente. Dessas, 97 mil já foram distribuídas para os municípios. As demais começaram a ser enviadas nesta semana. A fase 2 começará na próxima segunda-feira (6/03), visando idosos a partir de 60 anos.
Em Goiás, um milhão de pessoas, a partir de seis meses de idade, ainda não tomaram nenhuma dose de imunizante contra a covid-19. O titular da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES), Sérgio Vencio, reforçou a importância da vacina como proteção às formas graves da doença e para evitar o risco de morte.
"Já não cabem mais teorias de conspiração em relação à vacina, que mudou o curso da Covid-19. Convoco a população para que se vacine. Hoje, a gente vive um cenário confortável, mas ninguém sabe o que pode acontecer daqui a uns dias", alertou o secretário.
Acompanharam o governador durante sua vacinação também o secretário municipal de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso; a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, e o deputado estadual Dr. George Morais.
Estão sendo imunizados com a vacina bivalente da Pfizer os grupos prioritários, formados por pessoas acima de 70 anos; pessoas a partir de 12 anos que vivem em instituições de longa permanência e trabalhadores desses locais; imunossuprimidos e pessoas com deficiência a partir de 12 anos; indígenas, quilombolas e população ribeirinha, também a partir de 12 anos.
Os 246 municípios goianos já estão abastecidos com o imunizante que protege também contra a variante Ômicron e suas subvariantes. Para ter acesso à vacina bivalente, a pessoa tem de ter tomado pelo menos duas doses do esquema primário, com a vacina monovalente, aplicada em todo o país desde 2021. Além disso, a última dose deve ter o intervalo de no mínimo quatro meses.
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O HOJE
Dia Mundial das Doenças Raras: saúde pública de Goiás oferece tratamento
Governo do Estado busca ampliar os Serviços de Referências em Doenças Raras pelo Ministério da Saúde
A Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) participa da celebração desta terça-feira (28/02): Dia Mundial das Doenças Raras. Esta data foi criada em 2008 pela Organização Europeia de Doenças Raras (Eurordis) e visa sensibilizar autoridades, profissionais de saúde e a população sobre o assunto. Em Goiás, a administração pública possui uma política de atendimento para as pessoas acometidas por alguma destas doenças.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), doença rara é a que atinge menos de 65 pacientes em cada grupo de 100 mil. Acredita-se que existam entre 6 mil e 8 mil doenças raras em todo o mundo, sendo 80% de origem genética. No Brasil, aproximadamente 13 milhões de indivíduos vivem com alguma dessas enfermidades e são assistidas pela Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
No Estado de Goiás, a SES oferece no Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG) o Serviço de Referência em Doenças Raras, credenciado no Ministério da Saúde (MS). Com esse serviço, a saúde pública da região consegue atender casos de média e alta complexidade de pacientes com xeroderma pigmentoso. As pessoas com essa doença possuem uma sensibilidade extrema à radiação ultravioleta e, por isso, também é conhecida como doença do sol.
Além do HGG, também existem serviços para doenças raras no Hospital Estadual de Doenças Tropicais (HDT), no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e na Rede Estadual de Hemocentros (Rede Hemo). Nas unidades de saúde do Crer e da Rede Hemo, está em processo a habilitação de um Serviço de Referência em Doenças Raras, para que passem a receber recursos do Ministério da Saúde para realização destes atendimentos especializados.
Já no HDT, a expectativa é de habilitar um Serviço de Atenção Especializada para o tratamento de epidermólise bolhosa, a qual provoca a formação de bolhas e lesões na pele. Enquanto isso, a Rede Hemo disponibiliza atendimentos para pacientes com doenças raras de sangue, como a anemia falciforme.
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PORTAL TERRA
Hapvida tem queda de 56% no lucro líquido ajustado no 4° tri
A Hapvida registrou queda de 56,1% no lucro líquido ajustado no quarto trimestre de 2022 ante mesmo período do ano anterior, em meio a maiores despesas e taxa de sinistralidade, informou a empresa de saúde nesta terça-feira.
A companhia teve lucro líquido ajustado de 161,4 milhões de reais. Sem ajustes por amortização de marcas e patentes e carteiras de clientes, bem como relacionados a incentivos de longo prazo a executivos, a empresa teve prejuízo de 316,7 milhões de reais, revertendo lucro de 200,2 milhões de reais um ano antes.
Analistas projetavam, em média, prejuízo de 235,5 milhões de reais. Não estava imediatamente claro se os dados eram comparáveis com as projeções.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 52% de outubro a dezembro contra igual período do ano anterior, para 598,7 milhões de reais. Analistas, em média, esperavam Ebitda de 627,3 milhões de reais.
A Hapvida, que vem acumulando aquisições nos últimos anos, comprou a grande rival Intermédica no início do ano passado e vem integrando suas operações desde então, com analistas de olho no impacto do negócio nas linhas de despesas. A ação acumula queda de 11,6% neste ano, após diversos bancos assumirem perspectivas mais negativas para a companhia.
A sinistralidade caixa do grupo foi de 72,9% no trimestre, uma melhora de 0,1 ponto percentual ante o trimestre imediatamente anterior e uma piora de 8,1 pontos na base anual. A Hapvida afirmou no relatório de resultados que o indicador segue impactado por "maiores frequências de utilização, sazonalidade desfavorável, além de patamares mais altos de sinistralidade nas empresas recém-adquiridas".
A receita líquida da Hapvida cresceu 150,2% em 12 meses, para 6,5 bilhões de reais, impactada em especial pela aquisição da Intermédica. "Individualmente, as receitas crescem mesmo com o impacto do reajuste negativo dos planos individuais, estimados em 18,0 milhões de reais para a Hapvida e em 11,7 milhões de reais para a NotreDame (Intermédica)", afirmou a empresa.
O grupo registrou saltos de 83,5% e 139,1%, respectivamente, nas despesas administrativas e de vendas, para 537,1 milhões de reais e 523,9 milhões de reais.
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FOLHA DE S.PAULO
Einstein tem a melhor avaliação em ASG na América Latina pela S&P
Organização está entre as três mais bem pontuadas do mundo na cadeia de saúde, segundo relatórios publicados pela S&P Global Ratings
A adoção de melhores práticas ambientais, sociais c de governança é um caminho irreversível para empresas e organizações em todo o mundo. No sistema de saúde, que precisa lidar diretamente com o eleito das mudanças climáticas sobre as populações, a necessidade de fomentar iniciativas ligadas à redução de emissões e à promoção da equidade em saúde se mostra ainda mais urgente.
Mas como saber se os esforços de hoje serão, de fato, suficientes? Para isso. um olhar externo sobre os compromissos adotados é uma ferramenta importante. Foi o que a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein buscou ao decidir submeter as suas práticas de ASO (ambiental, social e governança) à avaliação da SSP Global Rating, em 2022. Esse tipo de avaliação é comum entre empresas de capital aberto, mas não entre instituições sem fins lucrativos. O movimento do Einstein pode estimular a melhoria das práticas ASO 110 setor de saúde.
"A decisão de contratar uma consultoria para avaliar o nosso desempenho se baseou no desejo de entender como estamos e onde podemos melhorar, para planejarmos os próximos passos", explica o presidente do Einstein, Sidney Klajner. "A estratégia de ASG do Einstein tem como objetivo genuíno transformar a saúde 110 Brasil."
A pontuação alcançada, de 76/100, mostra o Einstein entre as três melhores organizações do mundo 11a cadeia de saúde (entre hospitais, empresas de equipamentos e insumos e farmacêuticas), 11a comparação com outras análises públicas feitas pela SSP. Também é a instituição mais bem posicionada 11a América Latina quando comparada a empresas de todos os setores.
IMPACTO SOCIAL Segundo o relatório, as atividades do Einstein são direcionadas pela missão de prover serviços por meio da alta qualidade, segurança e inovação em assistência, expandindo o acesso à saúde a populações e comunidades vulneráveis. Isso se traduz 11a promoção de maior equidade em saúde.
"Desenvolvemos ações e projetos voltados à melhoria da gestão, do diagnóstico e do tratamento 11a saúde pública e privada, temos um modelo de governança sólido, que é levado a todas as nossas unidades, e contribuímos significativamente para a melhoria dos resultados de saúde das comunidades em que atuamos", afirma Henrique Neves, diretor geral do Einstein. "Nosso compromisso é com a equidade ern saúde e estamos fazendo isso por meio de diversas iniciativas, como avaliou 0 relatório."
A consultoria internacional destaca que a organização 'redesenhou seu sistema de gestão de saúde para integrar os mesmos padrões em suas unidades públicas e privadas". O Einstein faz a gestão de três hospitais públicos 110 Brasil, além de outras 26 unidades de saúde públicas 11a capital paulista. Os números da atuação do Einstein 110 SUS superam hoje os do sistema privado em serviços como partos, consultas, pronto atendimentos e atendimentos domiciliares.
A promoção do acesso à saúde dc qualidade também se dá 110 desenvolvimento dc projetos voltados à melhoria da gestão, ao diagnóstico e ao tratamento em saúde pública por meio do PROADI-SUS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS). Desde 2009, mais de cem projetos foram executados pelo Einstein, com dispêndio de cerca de R$ 3 bilhões.
Quando o tema é diversidade. o relatório menciona que o Einstein revela "métricas que não são amplamente divulgadas 11a indústria", como as raciais, de pessoas com deficiência e de desigualdades salariais entre homens e mulheres.
Na área de gestão de segurança, a SST avalia que a atuação do Einstein é abrangente e "se espelha nas melhores práticas internacionais". A organização foi a primeira fora dos Estados Unidos a ser acreditada, em 1999, pela Join Commission International, que atesta processos de qualidade e de segurança em saúde.
PADRÃO INTERNACIONAL Em muitos aspectos, o que o Einstein faz hoje em ASG só encontra equivalência em padrões internacionais. O relatório que as metas de redução de gases de efeito estufa e o plano de mitigação estabelecidos pela organização são "mais avançados do que os de seus pares regionais". "Em 2021. o Einstein aderiu à campanha da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre mudanças climáticas 'Race to Zero', comprometendo-se a reduzir 50% de suas emissões totais de gases de efeito estufa até 2030 - o que é mais ambicioso do que os pares globais - , e a neutralizá-las totalmente até 2050", ressalta a SST.
O relatório observa que, por Criança é atendida em unidade do SUS sob gestão do Einstein em São Paulo; atuação social da organização foi destacada pela S&P
serem relativamente recentes, os esforços para neutralizar as emissões, contudo, são um desafio na jornada ASG da organização. Segundo o diretor de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Einstein, Guilherme Schetliuo. "há um esforço muito grande em expandir as boas práticas e um forte engajamento para atingir a meta de neutralização de emissões". "Entendemos que não há outro caminho". diz Scliel Uno.
A consultoria classifica que o Einstein tem uma gestão de descarte de resíduos mais forte que os padrões do setor de saúde: "Os resíduos da organização destinados a aterros sanitários têm caído consistentemente nos últimos anos, representando 25% do total de resíduos em 2021. o que é significativamente menor do que o de seus pares regionais".
No pilar dc governança, a SST classifica o código de conduta e os valores de Einstein como fortes e coerentes em toda a sua cadeia de valor. "A entidade tem um longo histórico de implementação efetiva de seu extenso código de conduta, que é aplicado a todos os funcionários e fornecedores", pontua a agência.
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GLOBO
Profissionais do SUS vão checar atrasos em vacinação durante consultas, em nova ofensiva para aumentar imunização contra Covid
O Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais prepara, uma nova ofensiva para aumentar os índices de cobertura vacinal contra Covid-19 no país. Nos próximos meses, os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) passarão a checar durante consultas e exames se a vacinação do paciente está em dia. Se não estiver, a pessoa será incentivada a completar o ciclo e receber informações de onde tomar a dose. Segundo dados da pasta, apenas metade da população tomou a dose de reforço do imunizante até hoje.
O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Cipriano Maia, afirmou que a iniciativa não se restringirá a atendimentos em hospitais e centros de saúde, se estendendo também a visitas de agentes comunitários de saúde nos domicílios.
- O que queremos é mobilizar todos os profissionais de saúde, principalmente na atenção primária, para acompanhar e mobilizar a cobertura vacinal. Incluindo até agentes comunitários que cheguem às famílias para verificar a condição vacinal e motivá-las a procurar os serviços de saúde - explica Maia.
A ação valerá também para as vacinas do Calendário Vacinal, não apenas para Covid. O acordado entre a União, estados e municípios é reunir esforços para aumentar os índices de imunização e afastar o risco de doenças já erradicadas, como a poliomielite.
A campanha integra o Movimento Nacional pela Vacinação do governo federal, lançado nessa segunda-feira, 27. A secretária nacional de Vigilância, Ethel Maciel, destaca ser importante que toda a rede pública esteja voltada à vacinação neste momento devido à baixa cobertura vacinal.
Lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação 1 de 5
Alckmin aplica vacina bivalente contra a covid no presidente Lula - Foto: Cristiano Mariz/ Agência O Globo 2 de 5
Presidente Lula é vacinado pelo vice, Alckmin, em lançamento de campanha de imunização - Foto: Arthur Stuckert/Divulgação X de 5 Publicidade 5 fotos 3 de 5
Lançamento da campanha foi em posto de saúde no Guará, em Brasília - Foto: Júlia Prado/MS/Divulgação 4 de 5
A vacina bivalente da Pfizer contra Covid é direcionada inicialmente para grupos de risco, como idosos e imunocomprometidos - Foto: Júlia Prado/MS/Divulgação X de 5 Publicidade 5 de 5
Idosa recebe vacina bivalente contra o coronavírus - Foto: Júlia Prado/MS/Divulgação Evento teve presença do presidente Lula, vice-presidente Alckmin e primeira-dama Janja Segundo o Ministério da Saúde, mais de 19 milhões de brasileiros estão em atraso com a segunda dose contra a Covid-19 do esquema vacinal primário. No esquema de reforço, 68 milhões estão em atraso com a primeira dose e pouco mais de 30 milhões com a segunda.
A baixa vacinação de crianças também preocupa a Saúde. A cobertura contra a Covid entre o público infantil chega a apenas 25% em alguns estados, e não passa de 50% em nenhum. A campanha de imunização começa a ser expandida para as escolas nesta quarta, 1° de março. Em maio, as ações se estendem para a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e poliomielite.
Crianças e adultos fora do grupo prioritário são imunizados com a dose monovalente, aplicada desde o esquema primário. As chamadas vacinas bivalentes - com proteção ao coronavírus e suas variantes - começaram a ser aplicadas em idosos a partir de 70 anos; pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILP) a partir de 12 anos (abrigados e os trabalhadores dessas instituições); imunossuprimidos a partir de 12 anos e comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.
Em março, as bivalentes também ficarão disponíveis para a faixa de 60 a 69 anos e gestantes e mulheres em puerpério, respectivamente a partir do dia 6 e do dia 20. Pessoas com deficiência e profissionais de saúde terão aplicação a partir de abril.
É recomendada a aplicação três doses para todos a partir de seis meses (crianças e adolescentes inclusas), quatro para os acima de 40 anos e uma dose adicional aos esquemas anteriores para quem tem deficiência imunológica.
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CORREIO BRAZILIENSE
Novas regras para laqueadura: veja o que muda a partir do mês de março
A partir do dia 5 de março entram em vigor as novas regras para a realização do procedimento de ligadura das trompas femininas, conhecido como laqueadura. As alterações representam um avanço nos direitos reprodutivos das mulheres, já que deixou de lado a obrigatoriedade da autorização conjugal para realizar a cirurgia.
As mudanças foram aprovadas em 2 de setembro de 2022, por meio de alterações na Lei nº 9.263, que trata sobre o oferecimento de métodos e técnicas contraceptivas. Com a nova Lei, a 14.443, que modificou a anterior, homens e mulheres com 21 anos de idade ou mais, ou então, independente da idade, que tenham pelo menos dois filhos vivos, podem solicitar a laqueadura ou vasectomia.
Além disso, a nova legislação revogou o artigo que, nos casos de "sociedade conjugal", ou seja, casamento ou união estável, exigia o "consentimento expresso de ambos os cônjuges". Isso significa que para realizar a laqueadura a mulher precisava também da autorização do marido, mas, a partir desta semana, basta a aprovação da própria paciente para que a cirurgia seja feita.
Outro avanço foi a autorização para realizar a laqueadura no momento do parto. Antes, a esterilização cirúrgica era vedada logo após o nascimento ou aborto espontâneo, "exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores". Assim, a nova lei estabelece que "a esterilização cirúrgica em mulher durante o período de parto será garantida à solicitante se observados o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o parto e as devidas condições médicas".
Tanto a cirurgia de laqueadura, quanto os métodos contraceptivos, que agora devem ser disponibilizado no prazo máximo de até 30 dias após a solicitação, devem estar à disposição das mulheres por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). "A mudança vai fazer a diferença na vida das mulheres e das famílias, quando ainda hoje existem meios diferentes de acesso ao método contraceptivo entre homens e mulheres", disse a deputada federal Soraya Santos (PL-RJ), relatora da proposta de lei, durante votação na Câmara dos Deputados em março de 2022.
Como era e o que muda com as novas regras para realização da laqueadura e disponibilização de métodos e procedimentos contraceptivos no Brasil
O que é a laqueadura
A laqueadura é uma cirurgia contraceptiva, ou seja, ela tem o objetivo de fazer com que a mulher não engravide. Essa intervenção também pode ser feita no homem e se chama vasectomia.
Na prática, a mulher é submetida a um procedimento cirúrgico em que as tubas uterinas são obstruídas, cortadas ou amarradas para impedir que o óvulo encontre o espermatozoide e gere o embrião. Esse método contraceptivo tem eficácia de mais de 99%. Em alguns casos, esse procedimento pode ser revertido e a mulher voltar a ter chances maiores de engravidar, mas não é algo tão simples.
"A laqueadura é um método contraceptivo feminino considerado definitivo, porém é um método reversível. O procedimento é feito de forma que acaba obstruindo as trompas de alguma forma: seja dando ponto, seja cortando um pedaço, seja só seccionando e colocando um grampo, um clipe metálico. Quando a gente vai fazer uma reversão, a gente precisa saber se o que ficou daquela trompa pode ser utilizado, então a gente precisa saber qual foi a técnica que foi utilizada, se não tiver como descobrir, como é a maioria dos casos, não tem como reverter", explica a ginecologista Tatianna Ribeiro, da clínica Rehgio.
A médica ressalta que se o método utilizado não deixar margem nas trompas para que elas sejam ligadas novamente, a reversão se torna impossível. "Além disso, muitos profissionais não querem fazer essa cirurgia de reversão. Isso vai aumentar o risco para paciente, aumentar risco de gravidez ectópica. Ao meu entender, com a reversão, eu estou piorando o futuro reprodutivo dessa paciente e a saúde dela, porque uma gravidez na trompa pode levar à óbvio, pode levar outro procedimento cirúrgico, ela pode ter muitas outras complicações", alerta a ginecologista.
Para as pacientes que se submeteram à laqueadura e querem engravidar novamente, a médica indica a fertilização in vitro, "porque eu não preciso de trompa para fazer uma fertilização, eu vou gerar o embrião no laboratório e vou transferir esse embriãozinho para dentro do útero dela, diretamente".
Apesar disso, o procedimento em si é de baixo risco. Ribeiro salientou que é uma cirurgia rápida, com duração média de uma hora, e pode ser feita por videolaparoscopia, um método minimamente invasivo. Nesse último caso, a cirurgia leva cerca de 10 a 15 minutos. "Não há contra indicação médica para fazer a laqueadura tubária", completou a ginecologista.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 28/02/23
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DESTAQUES
Tire suas dúvidas sobre a vacina bivalente contra a covid-19
Receita anuncia regras do Imposto de Renda de 2023
Saúde de Goiás encerra contrato com a organização social que administra o Hugo
Câncer de mama: pesquisadores nos EUA desenvolvem vacina personalizada contra o tumor
'30% das crianças com doenças raras morrem antes dos 5 anos'
Decisão do STJ garante reembolso de despesas médicas em hospital não credenciado pelo plano de saúde
"Vale o custo": a vida de pessoas que convivem com doenças raras
Saúde pública digital: como enfrentar as barreiras ainda existentes
AGÊNCIA ESTADO
Tire suas dúvidas sobre a vacina bivalente contra a covid-19
A vacinação contra a covid-19 com o imunizante bivalente da Pfizer começou nesta segunda-feira (27/2) em Goiás. Essa vacina protege também contra as subvariantes da cepa Ômicron do vírus. A Ômicron é considerada uma variante mais contagiosa do coronavírus.
A seguir, tire suas dúvidas sobre o imunizante e a vacinação:
O que é a vacina bivalente?
A vacina bivalente é capaz de imunizar contra mais de uma versão de um vírus de uma só vez. Para isso, é usada a tecnologia do mRNA com dois códigos genéticos. No caso da Pfizer, está sendo usado o código da cepa original do coronavírus e o da variante Ômicron, que é a predominante nas infecções recentes no mundo todo. Diferentemente das imunizações tradicionais, que usavam uma versão morta do vírus para que o corpo pudesse produzir anticorpos, as vacinas de mRNA são uma inovação na forma de fabricar imunizantes.
O mRNA tem a função de carregar as informações necessárias para a síntese proteica. Esses dados são captados pelos ribossomos (organelas que, entre outras funções, sintetiza, proteínas dentro das células). A partir disso, o corpo é capaz de produzir uma proteína específica, a proteína S, usada pelo vírus para invadir as células saudáveis. Assim, os anticorpos e linfócitos T, que fazem parte do sistema imunológico, podem aprender essa informação para combater a proteína de um vírus real. Portanto, é possível imunizar uma pessoa sem que o corpo tenha contato com o vírus, usando apenas um código genético.
Quem pode tomar a vacina?
Idosos acima de 70 anos, pessoas acima de 12 anos com imunossupressão, indígenas, residentes em Instituições de longa permanência e funcionários dessas instituições.
Quem são os imunocomprometidos?
Pessoas com transplante de órgão sólido ou medula óssea; pessoas vivendo com HIV; pessoas com doenças inflamatórias imunomediadas; pessoas que usam imunossupressores ou imunobiológicos; pessoas com doença renal crônica em hemodiálise; pacientes oncológicos que fizeram quimioterapia ou radioterapia nos últimos seis meses; pessoas com neoplasias hematológicas.
Quais grupos serão imunizados na sequência?
Após a conclusão da imunização do primeiro grupo prioritário, devem ser vacinados os idosos de 60 a 69 anos. No terceiro grupo estão as gestantes e puérperas (mulheres que acabaram de ter filho) e, em seguida, receberão a vacina bivalente os profissionais da saúde.
Idosos com menos de 70 anos podem receber a dose de reforço bivalente?
Caso existam doses remanescentes da vacina bivalente perto do horário final das atividades diárias nas unidades de saúde, idosos acima de 60 anos poderão tomar o imunizante, desde que sejam moradores da região da UBS. Para fazer a inscrição prévia, é necessário apresentar comprovante de endereço.
E os grupos que estão fora das listas de prioridade?
Ainda não há previsão de aplicação.
Onde ser vacinado na cidade de São Paulo?
A vacinação contra a covid-19 ocorre nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, nas AMAs/UBSs integradas, também das 7h às 19h.
Qual deve ser o intervalo em relação à última dose tomada?
O intervalo de quatro meses da dose mais recente deve ser respeitado para receber a dose bivalente.
Se não tomei todas as doses do ciclo vacinal, posso tomar a bivalente?
Se o indivíduo não recebeu dose alguma ou só uma dose da vacina monovalente, a recomendação é completar o esquema de duas doses de monovalente para, posteriormente, receber a dose de bivalente, segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerentologia. Aqueles que receberam duas ou três doses da monovalente estão aptos a receber a injeção de bivalente, desde que respeitado o intervalo mínimo de 4 meses entre as aplicações.
Por que é importante tomar a vacina bivalente?
A variante Ômicron do coronavírus é considerada mais contagiosa e já provocou ondas de infecções em várias partes do mundo.
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AGÊNCIA BRASIL
Receita anuncia regras do Imposto de Renda de 2023
A Receita Federal anunciou nesta segunda-feira (27) as regras para a entrega da declaração do Imposto de Renda (IR) de 2023, que tem como base o ano de 2022. O período de entrega será entre 15 de março e 31 de maio. Para facilitar a entrega do documento, a Receita fez, neste ano, algumas mudanças, como a disponibilização da declaração pré-preenchida desde o primeiro dia do prazo de entrega. A expectativa da Receita é receber até 39,5 milhões de declarações até o fim do prazo, das quais, 25% pré-preenchidas.
O pagamento das restituições começa em 31 de maio e foi dividido em cinco grupos mensais até 29 de setembro, de acordo com a data de entrega da declaração. Têm prioridade no recebimento da restituição idosos com idade igual ou superior a 80 anos, idosos a partir de 60 anos, deficientes e portadores de moléstia grave e contribuintes cuja maior fonte de renda é o magistério.
A novidade este ano é que também terão prioridade no recebimento da restituição os que usarem o modelo pré-preenchido ou optarem por receber o valor por meio da chave PIX, desde que a chave seja o CPF do cidadão. Segundo a Receita, as duas novas modalidades de prioridade têm o objetivo de reduzir os erros na declaração. Ao optar pelo PIX, por exemplo, não é necessário informar mais nenhum número de dados bancários, apenas o próprio CPF.
“São dados [em] que, historicamente, o cidadão comete erros, e acaba sendo um complicador”, disse o auditor-fiscal José Carlos da Fonseca, responsável pelo programa do Imposto de Renda 2023, em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
O preenchimento e a entrega podem ser feitos por meio do Programa Gerador da Declaração relativo ao exercício de 2023, que estará disponível para download no site da Receita Federal, ou por meio do Meu Imposto de Renda, que pode ser acessado pelo site da Receita, pelo Portal e-CAC, ou pelo aplicativo para tablets e celulares. O Meu Imposto de Renda agora tem nova identidade visual, no padrão gráfico dos demais sistemas do governo federal.
Para o cidadão que tiver imposto a pagar, a cota única vence em 31 de maio. Para as demais, o vencimento é o último dia de cada mês até a oitava cota em 28 de dezembro. Quem tiver interesse em optar pelo débito automático na primeira cota, ou na cota única, precisa entregar a declaração até 10 de maio.
Quem apresentar o documento fora do prazo paga multa de 1% ao mês do calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido. A multa mínima é de R$ 165,74 e valor máximo corresponde a 20% do imposto devido.
Quem deve declarar
Neste ano, estão obrigados a declarar os cidadãos que tiveram, em 2022, rendimentos tributáveis com valor acima de R$ 28.559,70. No caso de rendimentos considerados “isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte”, é obrigado a declarar quem recebeu valor superior a R$ 40 mil.
Continua obrigado a apresentar declaração quem teve ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto, bem como aqueles que, no dia 31 de dezembro de 2022, eram proprietários de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima de R$ 300 mil; e pessoas que, na atividade rural, receberam rendimentos tributáveis com valor acima de R$ 142.798,50.
Pessoas que tenham operado em bolsas de valores no ano passado também devem declarar o IR. Mas, neste ano, a Receita estabeleceu dois limites. Devem apresentação de rendimentos os que venderam ações em valores acima de R$ 40 mil, independentemente do volume de compras, e aqueles que fizeram operações e tiveram ganhos líquidos sujeitos à incidência do impostos, acima do limite de isenção de R$ 20 mil.
Fonseca lembrou que há outros critérios de obrigatoriedade e que instrução normativa da receita com todas as regras para declaração do IR deve ser publicada nesta terça-feira (28) no Diário Oficial da União.
Segundo Fonseca, os dados da B3, a bolsa de valores do Brasil, apontam para um aumento de pessoas aplicando dinheiro na bolsa. Em 2022, o número de investidores na B3 cresceu 17,5%, e 80% começaram com valores muito baixos, de até R$ 1 mil. “Acreditamos que, com esses limites, uma parte das pessoas que declarariam só por movimentação em bolsa seja dispensada”, disse.
Declaração pré-preenchida
A declaração pré-preenchida já é disponibilizada há algum tempo, mas, em 2023, diferentemente de anos anteriores, poderá ser feita desde o primeiro dia de entrega das declarações. O modelo é de uso exclusivo para contribuintes com contas no Poratl Gov.br nos níveis ouro ou prata.
Nesse modelo, o contribuinte inicia o preenchimento já com diversas informações à disposição. A Receita alerta, entretanto, que é responsabilidade de cada um conferir e corrigir, se necessário, as informações importadas, além de incluir dados que não constem no sistema.
As informações que aparecem no documento pré-preenchido baseiam-se em dados da declaração do ano anterior; de rendimento e pagamentos informados na Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), na Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob), na Declaração de Serviços Médicos (Dmed) e no Carnê-Leão Web; e em contribuições de previdência privada declaradas na e-Financeira.
Para 2023, outra novidade é que também estarão na declaração pré-preenchida informações sobre compra de imóveis da Declaração de Operações Imobiliárias (DOI), sobre doações efetuadas e informadas pelas instituições em Declaração de Benefícios Fiscais, sobre criptoativos declarados pelas Exchanges (entidades que comercializam criptomoedas) e sobre saldos bancários e de fundos de investimento.
A Receita ainda fará a inclusão de contas bancárias ou fundos de investimentos novos, ou que não foram informados na declaração de 2022. É obrigatório informar contas com saldos acima de R$ 140. Por fim, também estarão no modelo pré-preenchido os rendimentos de restituição do IR recebida no ano-calendário anterior.
Outra novidade para este ano é a autorização de acesso para que terceiros tenham acesso ao Meu Imposto de Renda e possam fazer a declaração do IR usando a declaração pré-preenchida e outros serviços da Receita. O recurso é diferente da procuração eletrônica dada a contadores e tem como alvo grupos familiares pequenos, em que uma pessoa faz as declarações de outros membros da família, por exemplo.
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PORTAL G1
Saúde de Goiás encerra contrato com a organização social que administra o Hugo
Pasta anuncia a contratação emergencial para a unidade com nova parceria privada. A previsão é que o contrato siga até a finalização do chamamento público da nova Organização Social.
Por Larissa Ximenes, O Popular
A Organização Social Centro Hospitalar de Atenção Emergências Médicas (Instituto Cem), deve deixar a gestão do Hospital Estadual de Urgências de Goiás – Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), em Goiânia. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) anunciou neste domingo (26), que será realizada uma contratação emergencial para a unidade, com nova parceria privada, prevista para ser concluída esta semana, até a finalização do chamamento público para a contratação da nova Organização Social (OS).
A SES criou uma Comissão Especial de Transição, Supervisão, Fiscalização e Acompanhamento do Hugo, que atuará nessa transição. “Esse contrato emergencial garantirá a continuidade das atividades da unidade de saúde, sem prejuízo para a população, até a conclusão do novo chamamento”, informou a secretaria em nota, acrescentando ainda que as medidas foram adotadas depois de determinação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e órgãos de controle.
Ao O Popular, a SES informou que essa comissão será instalada por meio de uma publicação oficial no Diário Oficial do Estado nos próximos dias. A comissão será composta por servidores públicos de carreira da SES e coordenada por técnicos especializados em gestão e planejamento, regulação, vigilância sanitária e políticas de atenção integral à saúde.
A SES ainda informou que "o Instituto CEM continua na gestão do hospital até o final da transição, visando a continuidade e prestação de serviços à população". Além disso, disse que a pasta tem contratos vigentes com a referida organização social para a gestão das Policlínicas e esclarece que não há chamamentos em curso para as unidades de Quirinópolis e Goianésia. Já em Jaraguá, o contrato é com o IBGC.
Irregularidades
Em 2022 o Ministério Público de Goiás (MPGO) recomendou que a Secretaria do Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) fizesse a rescisão de todos os contratos da OS Cem depois que irregularidades foram identificadas no processo de qualificação do Instituto. Questionada quanto a redução dos contratos de terceirizados, a SES afirmou que os "contratos entre a organização social e terceirizados não são celebrados com a SES e, portanto, a SES não pode se manifestar". Também disse que o contratual da SES com a organização permanece o mesmo.
Troca-troca
Nos últimos anos, a gestão do Hugo passou por cinco Organizações Sociais: Instituto Gerir (2018), Instituto Haver (2019), Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS) (2021) e Instituto Cem (2023).
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YAHOO
Câncer de mama: pesquisadores nos EUA desenvolvem vacina personalizada contra o tumor
Depois da água potável, as vacinas são o mecanismo mais seguro e eficiente para a saúde pública. Essa ferramenta da medicina protege as pessoas contra doenças que, até seu surgimento, causavam a morte de milhares de indivíduos. Agora, pesquisadores querem usar essa preciosa ferramenta no combate ao câncer.
Já existem vacinas disponíveis para alguns tumores específicos, que são causados por vírus. Por exemplo, a vacina contra HPV previne o câncer de colo do útero. Já o imunizante contra a hepatite B, pode prevenir câncer hepático. Mas um número crescente de cientistas se debruça no desenvolvimento de vacinas para ajudar a tratar e prevenir a recorrência de tumores. A equipe da Mayo Clinic, instituição de saúde de referência nos Estados Unidos, é uma das que trabalha nessa linha.
Pesquisadores liderados pelo médico Keith Knutson, colíder do Programa de Imunologia e Imunoterapia do Centro de Câncer da Mayo Clinic, na Flórida, e cocriador do Programa de Vacinas Personalizadas com Neoantígeno da Mayo Clinic, estão trabalhando no desenvolvimento de vacinas terapêuticas personalizadas contra o câncer. Ou seja, a ideia é que os imunizantes desenvolvidos por eles atuem sobre características específicas do tumor de cada pessoa, com o objetivo de prevenir o avanço do tumor.
A nova abordagem, fundamentada nos avanços da pesquisa genômica e na análise de dados, tem o potencial de aumentar a capacidade do sistema imunológico de identificar e combater as células cancerígenas.
- Para alguns pacientes com câncer, a vacina pode induzir o encolhimento dos tumores e proporcionar uma imunidade antitumoral duradoura de longo prazo - afirma Knutson.
Testes pré-clínicos com animais mostraram que a combinação de vacina e imunoterapia no tratamento do câncer de mama prolongou o tempo de sobrevivência sem causar toxicidade significativa. A expectativa é que esses resultados se repliquem em estudos em humanos para diversos tipos de câncer, assim como para a prevenção de doenças.
As vacinas individualizadas contra o câncer são desenvolvidas de forma semelhante às vacinas contra influenza ou Covid-19, por exemplo, nas quais o ingrediente principal é uma proteína relacionada com a doença.
A diferença é que enquanto os imunizantes contra essas doenças utilizam proteínas dos vírus, a vacina contra o câncer utiliza partes das mutações da proteína do tumor da pessoa, conhecidas como neoantígenos.
Como os neoantígenos são encontrados somente na superfície das células cancerígenas, e não fazem parte do corpo naturalmente, o sistema imunológico pode reconhecê-los como invasores patogênicos. Combinada com a imunoterapia, a vacina pode ser uma possível ajuda para gerar uma resposta defensiva robusta.
- Se pudermos identificar de 20 a 30 proteínas com mutação no câncer de uma pessoa, poderemos usá-las para elaborar a vacina. Então, poderemos imunizar a pessoa diversas vezes enquanto ela estiver sendo tratada com a imunoterapia de inibição dos pontos de controle imunológico - explica o médico.
Como é feita a vacina
O processo de desenvolvimento da vacina começa no Centro de Medicina Individualizada da Mayo Clinic com o sequenciamento das células tumorais do paciente e a análise do DNA e das cadeias de aminoácidos (os blocos que constituem as proteínas) para encontrar possíveis candidatos a neoantígenos. No fim, são escolhidos até 36 neoantígenos (entre centenas de milhares) que podem gerar uma resposta imune mais forte.
Após a seleção dos neoantígenos, são formulados os ingredientes da vacina, para ativar as possíveis respostas imunológicas mais fortes para a destruição completa do tumor.
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O GLOBO
'30% das crianças com doenças raras morrem antes dos 5 anos'
Daniel Wainstock/ pesquisador de direito à saúde
No Dia Internacional de Doenças Raras, coautor de estudo sobre o tema publicado na Lancet detalha o que o Brasil deve fazer para melhorar a qualidade de vida de 13 milhões que vivem com um diagnóstico raro
JANAÍNA FIGUEIREDO
Com apenas 22 anos, o carioca Daniel Wainstock, pesquisador de Direito à Saúde e Doenças Raras na Universidade de Georgetown e na PUC-Rio (onde está finalizando a carreira de Direito), publicou na revista The Lancet, em parceria com Amiel Katz, pesquisadora de Saúde Pública e Ciências Sociais em Harvard, um artigo sobre as falências de países latino americanos, entre eles o Brasil, em matéria de políticas públicas sobre doenças raras. Seu conhecimento e dedicação a patologias que afetam cerca de 13 milhões de brasileiros, e em torno de 42 milhões de latino-americanos, impacta por sua juventude. Sem ajuda financeira alguma, Daniel e Amiel fizeram uma abrangente pesquisa sobre pacientes com doenças raras no Brasil, para entender, principalmente, como lidam com este drama famílias de baixa renda. Como resultado, formularam propostas que pretendem apresentar no Brasil, Peru e Colômbia.
- Quando falamos em doenças raras não basta abordar apenas a questão do alto custo dos medicamentos. É preciso falar na demora em aprovar novas drogas no país, fazer mais pesquisas, dar diagnósticos em tempo, e nas dificuldades que famílias têm em acessar os poucos centros de atendimento especializado que temos no país - explica Daniel ao GLOBO.
Por que você se interessou em estudar doenças raras?
As pessoas se impressionam com minha idade, mas tudo aconteceu naturalmente. Tenho uma grande amiga que tem fibrose cística e isso me levou a conhecer o mundo das doenças raras, suas dificuldades e, finalmente, mergulhar nele para ajudar a salvar vidas. Tenho auxiliado o Rare Diseases Internacional (RDI, na sigla em inglês) em seus esforços por promover equidade em saúde para pessoas com doenças raras no mundo. Porque vidas raras importam, e é preciso criar alternativas para salvar todas as vidas, independentemente do tipo ou raridade da doença. Muitas vezes se fala apenas na questão do preço dos remédios. De fato, os remédios para doenças raras custam, em média, 25 vezes mais do que medicamentos comuns. Mas isso é simplificar o problema. Há muito que pode ser feito e nós apresentamos propostas em nosso artigo, que vamos entregar ao Ministério da Saúde, a deputados e ao Executivo.
Quais são essas propostas?
São várias, entre elas a criação de um auxílio mensal para famílias de baixa renda, que têm filhos com doenças raras; a ampliação de testes diagnósticos pré natais no SUS; a criação de um gabinete no Ministério da Saúde para doenças raras, e a alteração do critério usado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para avaliação de incorporação ao SÜS de medicamentos órfãos (como são chamados os remédios para doenças raras). Também propomos mais investimento em pesquisa, e que existam mais centros especializados em doenças raras ao redor do Brasil. Hoje os centros estão concentrados na região Sudeste e, por exemplo, no Norte não há nenhum. Todas essas carências impactam diretamente na vida das pessoas com doenças raras e seus familiares.
Hoje um dos principais problemas é a demora em dar os diagnósticos?
Sim, no Brasil e na América Latina. O Brasil inclusive está um pouco mais avançado, mas aqui as pessoas demoram entre cinco e sete anos para ter um diagnóstico de doença rara. Na pesquisa, conversamos com pacientes de todo o país, de todas as classes sociais. Algumas das políticas que temos hoje não refletem de forma eficaz as necessidades reais e os desafios diários das pessoas com doenças raras, pois estas políticas não abordam as questões socioeconômicas que atingem a comunidade rara.
Algum caso te tocou especialmente?
Sim, o de uma mãe solteira, com uma filha de quatro anos que ainda não tem um diagnóstico. Elas moram no interior do Rio. Para o aniversário de quatro anos da filha, a mãe pediu dinheiro para poder levá-la até São Paulo, onde existe um centro que as está ajudando. Muitas mães devem deixar seus empregos para ajudar filhos com doenças raras, e ficam sem dinheiro até para comprar coisas básicas como leite. Essas pessoas devem ser ouvidas.
Quais são os sintomas dessa criança?
Ela sente um permanente cansaço, tem muitos vômitos e diarréia. Ainda não sabe qual é a doença, é uma situação muito angustiante. A principal preocupação da mãe é alimentar sua filha.
Quantas pessoas são afetadas por doenças raras no Brasil? Os números são similares no resto da região?
No Brasil, são cerca de 13 milhões de pessoas. Propomos a uniformização do conceito de doença rara na América Latina, porque há divergências. Isso é importante para a cooperação entre os países.
Quantos tipos de doenças raras existem no mundo, e quais são as mais frequentes?
Estima-se que existem em torno de 7 mil tipos de doenças raras. Um dos lemas das associações que tratam estas patologias é justamente que os raros são muitos. Algumas das mais conhecidas são esclerose múltipla, nanismo e atrofia muscular espinhal. Muitas pessoas vivem com doenças raras sem ter um diagnóstico e, no mundo, calcula-se que 30% das crianças morrem antes dos 5 anos.
Que outros desafios o Brasil tem hoje em matéria de doenças raras?
Existe estigma e preconceito. As pessoas com doenças raras são capazes de trabalhar, são pessoas com sonhos, projetos, que podem fazer coisas incríveis. A sociedade brasileira, porém, as estigmatiza. Existe a ideia de que são pessoas que passam muito tempo em hospitais, mas isso não é real, não sempre. São, sim, pessoas que precisam de mais ajuda do Estado. Precisam que mais remédios sejam autorizados no Brasil, que mais pesquisa seja feita sobre o tema. O debate não é se vale a pena gastar R$ 100 mil reais num remédio para uma pessoa, ou em muitas pessoas que precisem de remédios mais baratos. Vidas raras importam, precisamos criar alternativas para salvá-las, para salvar todas as vidas.
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SALA DA NOTÍCIA
Decisão do STJ garante reembolso de despesas médicas em hospital não credenciado pelo plano de saúde
De acordo com a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, caso um plano de saúde não possua prestadores de serviço disponíveis na área do município abrangida pelo contrato, ele deve garantir ao beneficiário o atendimento na mesma cidade e, se necessário, reembolsar o tratamento pago em estabelecimento não credenciado. Em um caso específico, uma beneficiária de plano de saúde teve seu recurso especial aceito para receber o reembolso de um tratamento pago em um hospital não credenciado.
A paciente, que mora em Mogi das Cruzes, foi diagnosticada com câncer e descobriu que não havia hospitais na cidade habilitados pela operadora do plano de saúde a realizar exames, sessões de radioterapia e quimioterapia. A ação judicial buscava obrigar a empresa a custear o tratamento na cidade, mesmo que em local não credenciado. O plano de saúde argumentou que cabia à paciente se deslocar para São Paulo ou Santo André, municípios onde havia rede credenciada.
A 4ª Turma decidiu, por maioria de votos, que a operadora de plano de saúde deve garantir, preferencialmente, o atendimento por um prestador de serviço não credenciado, mas que esteja no mesmo município da paciente. Essa posição se baseia na Resolução Normativa 259/2011 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). De acordo com o parágrafo 1º do artigo 4º, o pagamento pelo serviço deve ser feito diretamente pela operadora ao prestador não credenciado, mediante acordo.
Caso não haja acordo, o parágrafo 2º acrescenta que a operadora deve garantir o transporte do beneficiário até o prestador credenciado para o atendimento, independentemente de sua localização, assim como seu retorno. "Em caso de indisponibilidade, o atendimento no mesmo município é preferencial, ainda que por prestador não integrante da rede assistencial da operadora do plano de saúde. Somente em caso de inexistência de prestador não integrante da rede assistencial no mesmo município é que será devido o atendimento em município limítrofe", explicou o ministro Marco Buzzi, que venceu o voto divergente.
A operadora de plano de saúde, no caso específico, deveria ter indicado um prestador não credenciado para exames e quimioterapia em Mogi das Cruzes. Como descumpriu essa obrigação, deve reembolsar integralmente as despesas no prazo de 30 dias. O ministro Luis Felipe Salomão, que ficou vencido na votação, considerou que o uso indevido de estabelecimento fora da rede credenciada pelo plano de saúde pode causar desequilíbrio atuarial, mesmo que o reembolso seja limitado à tabela prevista em contrato.
Planos em desequilibrio
O equilíbrio dos planos de saúde está em risco, uma vez que o ministro Luis Felipe Salomão, que se opunha ao reembolso, foi vencido. Ele acredita que o uso de estabelecimentos fora da rede credenciada pode prejudicar a estruturação financeira dos planos, causando desequilíbrio atuarial, mesmo que o reembolso esteja limitado à tabela contratada.
Esse desequilíbrio pode resultar no aumento de custos e no encarecimento das mensalidades, além de infringir a liberdade contratual das empresas, que são obrigadas a manter relação apenas com prestadores de serviços credenciados.
O ministro Salomão alega ainda que as operadoras ficam prejudicadas porque não têm como avaliar os procedimentos realizados e os materiais utilizados pelos estabelecimentos não credenciados. Além disso, essa prática fere o direito da empresa de submeter os procedimentos solicitados ao seu médico auditor.
Por fim, o voto do relator ressalta que a posição vencedora contraria o precedente estabelecido pela 2ª Seção, que exige a comprovação de urgência ou emergência para o reembolso dos custos de procedimentos médicos realizados por profissionais ou estabelecimentos não credenciados pelo plano de saúde.
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"Vale o custo": a vida de pessoas que convivem com doenças raras
Cerca de 13 milhões de brasileiros convivem com algum tipo de doença rara, segundo dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), repositório de informações do Ministério da Saúde. A dificuldade no diagnóstico é um dos principais obstáculos para a rotina dessas pessoas que chegam a consultar até 10 médicos diferentes para chegar a um "veredito". Nesta terça-feira (28) é celebrado o Dia Mundial das Doenças Raras e para alertar a sociedade sobre o assunto, a Radioagência Nacional conta histórias de pessoas que convivem com algumas dessas enfermidades incomuns.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças raras são definidas pelo número reduzido de pessoas afetadas: 65 indivíduos a cada 100 mil pessoas. Cerca de 8 mil doenças já foram identificadas como raras no mundo. As enfermidades são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas, que variam de conforme a doença, assim como de pessoa afetada pela mesma condição.
Para 95% das doenças não há tratamento, restando somente os cuidados paliativos e serviços de reabilitação. Apesar do conjunto de informações disponíveis no repositório do Ministério, a própria pasta sofre de um "apagão de dados". O setor foi reestruturado pela gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e há previsão de uma coordenação para cuidar do tema, mas ainda não há responsável nomeado. Questionada pela reportagem da Radioagência Nacional, a pasta não soube informar quantas pessoas com doenças raras são atendidas dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
Narcoplesia
Ana Braga tem narcolepsia, uma doença que a faz apagar do nada, no meio da rua, entre amigos, durante uma festa bem agitada ou até "no meio do bem bom", como ela faz questão de dizer. Segundo ela, ser narcoléptica significa também ser julgada por quem não entende a condição.
"Quando a gente tem um diagnóstico de alguma coisa que, de alguma doença que desacreditam a gente o tempo todo, é um misto de alívio, né? De alívio, uma alegria momentânea. Eu não estou inventando nunca, eu não estou inventando. Eu não sou preguiçosa, porque o sono tem isso, essa associação à preguiça, à malandragem, à pessoa que não quer nada com a vida, mas ao mesmo tempo vem: e agora?", disse a servidora pública aposentada.
Hipersonia idiopática é sono diurno excessivo com ou sem aumento das horas de sono noturno. Em geral, os pacientes com a doença têm dificuldade para acordar e, quando acordam, experimentam um período de inércia do sono caracterizado por sonolência, diminuição da cognição e comprometimento motor. Braga fundou a Associação Brasileira de Narcolepsia e Hipersônia Idiopática (ABRANHI) para ajudar pessoas que tiveram ou terão diagnósticos parecidos.
"Desde o dia que leram no meu laudo, narcolepsia, nunca mais eu coloquei o pé dentro do meu serviço, o serviço público federal. O tempo que eu era vista como uma pessoa, uma funcionária preguiçosa, que dormia, que faltava e tudo mais, eu poderia estar entre as pessoas, eu poderia estar incluída. Eu poderia parar e dormir no meio do serviço, eu só não poderia parar e dormir no meio do meu serviço com o diagnóstico de doença rara chamada narcolepsia", contou.
Ana foi aposentada compulsoriamente do serviço público e argumenta que poderia ter continuado a atividade se houvesse informação sobre sua condição.
"Um cochilo programado resolve isso quando a pessoa tá medicada, o sono controlado, você dorme e acorda zero bala", contou. "Sim, eu fui aposentada por conta da narcolepsia. Eu não tive chances, eu não tive a menor chance de eu ser vista. Então, eu já fui pra licença e aquela licença sem volta", acrescentou.
Doença de Addison
A bióloga Adriana Santiago tem uma filha que foi diagnosticada com insuficiência adrenal primária, conhecida como doença de Addison. A condição provoca alterações nos níveis de cortisol, um hormônio considerado medidor de estresse.
O aumento do cortisol no organismo pode indicar o nível de agitação de uma pessoa, mas quem tem a doença de Addison apresenta dificuldade de produção do cortisol e, em caso de um estresse mais forte, as consequências podem ser fatais. Entre os sintomas, está a perda excessiva de sódio e potássio, o que pode leva ao coma e à morte.
"Eu levava na pediatra que a acompanhava. Ela falava que era a manha da minha filha, que era a dor do crescimento. Chegaram até a pensar que era uma crise de apendicite, mas nada. Eu fui chamada de neurótica", lembra. "Foram três anos para descobrir o que realmente a minha filha tinha. A cada dia ela ia se definhando na minha frente, ia se desaparecendo. Todos os dias, vários episódios de vômito. Tinha que levar ela para o hospital para botar no soro. Ficava dois, três dias bem, depois voltava tudo novamente", completa.
Por ser uma doença que se manifesta, normalmente, após os 30 anos, os médicos descartavam prontamente a hipótese. Adriana conta que uma médica protagonizou uma das cenas mais sádicas que lembra ter vivido.
"[A médica] começou a rir e chamou a secretária. Falou: 'olha só o que essa mãe está falando" e começaram a rir aquelas gargalhadas. [Em seguida], abriu um livro na minha frente e começou a ler sobre doença de Addison. A doença de Addison, geralmente, é a partir dos 30 anos, mas tem casos fora da curva e a minha filha era um caso fora da curva", disse.
A medicação usada no tratamento da doença é fabricada no Brasil ao custo de aproximadamente R$ 31 centavos, por cápsula. No entanto, as pessoas com doença no sistema adrenal têm sofrido com a escassez do remédio no país.
"Aqui no Brasil, não tem a fabricação da hidrocortisona. O único lugar que está fabricando é o Hospital das Clínicas em São Paulo. Inicialmente era só para os pacientes deles. Depois eles abriram para mais gente, mas eles não têm condições de absorver o Brasil inteiro. E pasmem, essa medicação é muito barata", descreveu.
"Não vale o custo"
A filha de Adriana, Letícia Santiago, é aluna de medicina e se tornou uma voz ativa sobre o assunto na universidade após um episódio desagradável com os colegas de curso.
"Em um trabalho na disciplina de genética, disseram que foi uma doença rara e perguntaram se devia ser incluso ou não no teste do pezinho. Eu que estava escrevendo o que eles ditavam e chegou numa parte que eles falaram que 'não valia o custo' de aquela doença ser inclusa no teste do pezinho por ser uma doença rara. E eu tive que escrever aquilo, que ficou na minha mente: 'como assim não vale o custo? Porque é uma vida, né? São pessoas'", descreveu.
Segundo o Instituto Vidas Raras, aproximadamente 72% por cento das doenças raras são de origem genética. O teste do pezinho pode reduzir a dificuldade obtenção do diagnóstico correto - e, assim, melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Síndrome de Ehlers-Danlos (SED)
Kaliny Trevezani é médica pediatra e sua profissão não evitou que passasse por uma peregrinação até descobrir que tinha Síndrome de Ehlers-Danlos (SED), enfermidade com 14 tipos diagnosticados e todos associados a condições genéticas.
"Como paciente, foi uma trajetória difícil ( ) fazer o diagnóstico, a investigação, tudo isso foi um processo demorado. O fato de eu ser médica não teve interferências nesse processo, eu passei por 17 médicos até conseguir encontrar o meu diagnóstico", contou.
Um dos sintomas mais prevalentes na SED é a fadiga e um dos mais incapacitantes. A condição, no entanto, tem uma série de sintomas que tornam o diagnóstico um grande quebra-cabeça de mil peças. Entre eles, estão a hipermobilidade das articulações, formação anormal de cicatrizes, ferimentos cicatrizantes, vasculatura frágil e pele lisa hiperextensível. A pele pode ser esticada vários centímetros, mas volta ao normal quando liberada.
"Você primeiro tem essa dor, cansaço, fadiga, depressão, ansiedade, que é o que geralmente a gente acaba inicialmente pensando para os pacientes, quando a maioria deles acabam sendo acompanhados, tratados por psiquiatra. Mas a gente tem o sistema gastrointestinal acometido, tem problemas de pele, problemas oculares. Enfim, acabam indo à diversas especialidades que não se conversam", apontou.
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NOTÍCIAS DO ES
Saúde pública digital: como enfrentar as barreiras ainda existentes
Após a pandemia, a digitalização da saúde foi potencializada. Observamos um avanço quando começou-se a falar mais sobre esse tema, passamos a ter mais investimentos neste setor e uma maior procura por soluções específicas. Porém, em termos de saúde pública, a transformação digital ainda está engatinhando.
A necessidade de acelerar a digitalização fez com que o sistema de saúde pública se deparasse com mais barreiras culturais e tecnológicas. Em termos de tecnologia, a infraestrutura dos municípios brasileiros é um dos pontos de atenção: enquanto algumas cidades estão preparadas, grande parte necessita de investimento nessa área, como as localidades rurais, que, por muitas vezes, não têm acesso à internet e, consequentemente, não podem usufruir dos sistemas digitais em saúde.
Já a barreira cultural é, por muitas vezes, mais aparente que a tecnológica. Quando a transformação digital é colocada em prática, alguns processos anteriores também são modificados. Os sistemas de saúde passam a ter rastreio, registro e processos mais controlados. Com isso, não há brechas para o famoso "jeitinho brasileiro" em furar grandes filas ou ser beneficiado de alguma forma. Sabe-se que essa cultura se dá também pelo sistema de saúde pública no Brasil ser bastante concorrido, com indisponibilidade de vagas, protelação de exames, consultas adiadas ou postergadas e por ser o único acesso de milhares de pessoas a um sistema de saúde.
Busca por soluções
Para mudar esse cenário caótico, é essencial empoderar o cidadão e o estado com tecnologia. Existem aplicativos que possibilitam agendamento de consultas, exames ou procedimentos sem a necessidade de sair de casa, como o Personal Health. Tudo é feito pelo celular. A pessoa pode ter na palma da mão o seu histórico em instituições de saúde, os medicamentos ministrados, possíveis comorbidades, alergias, entre outros dados. Isso faz com que os processos fiquem menos custosos para os municípios. Um exame de raio-X, que costuma ter a validade de seis meses, pode ficar registrado no aplicativo e ser usado em uma nova consulta dentro deste período. Assim, não há necessidade de refazer o exame caso a pessoa vá a outra unidade de saúde, otimizando tempo e não gerando custos desnecessários ao município.
Em termos de tecnologia para o Estado, existe uma solução para coleta de todos esses tipos de dados: o Prontuário Eletrônico (PEP), que agrega as informações de atendimento, seja de exames citopatológicos, de diabetes, de primeira consulta para gestantes, entre outros, se tornando um documento completo a ser submetido ao Ministério da Saúde. É por meio desses dados (atendimentos, processos, exames, consultas) que a pasta define o montante dos recursos disponíveis para as unidades. Os gestores municipais, preocupados com as contas públicas, também estão começando a se profissionalizar nesse sentido. Tendo acesso aos dados integrados a um sistema, eles entendem que a saúde é cara e que demanda receita. Com isso, a tecnologia se torna uma aliada.
Por causa deste processo, quando uma solução de saúde pública é adotada em um município, ela vai completa, ou seja, não é possível contratá-la em partes o que considero ótimo para a compatibilidade perfeita e o bom funcionamento de todos os sistemas da instituição.
Apesar de ter muito o que se fazer, acredito que esse movimento em prol do digital vai crescer vertiginosamente. Em 2022, houve um aumento de mais de 100% nos pedidos e no lançamento de editais.
Nós, da MV, temos recebido um grande número de chamados e identificamos que municípios que antes não estavam preocupados com a digitalização começaram a solicitar informações e orçamentos depois da pandemia. Ou seja, perceberam a necessidade de algo a mais do que as ferramentas que o SUS oferece.
Vandre Dall Agnol, diretor da Unidade de Negócios Saúde Pública da MV, multinacional focada na Transformação Digital da Saúde no Brasil e América Latina
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Assessoria de Comunicação
ANPD publica regulamento de aplicação de sanções administrativas
Foi publicado, hoje (27/02), o Regulamento de Dosimetria e Aplicação de Sanções Administrativas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados. A chamada “norma de dosimetria” foi bastante esperada pela sociedade, por tratar da atuação sancionadora da ANPD, proporcionando, assim, o devido reforço à atuação fiscalizatória da Autoridade.
A aprovação aconteceu em deliberação eletrônica do Conselho Diretor da ANPD e trouxe, também, alteração da Resolução ANPD nº 1, que trata das regras para o processo de fiscalização e para o processo administrativo sancionador da Autoridade.
O relator da matéria, o Diretor Arthur Sabbat, teve seu posicionamento acatado por unanimidade do Conselho Diretor da ANPD. A decisão foi formalizada em Ata de Circuito Deliberativo do Diretor-Presidente da Autoridade, Waldemar Gonçalves.
Importante saber que a sanção administrativa é apenas uma das ferramentas que a Autoridade possui para reconduzir o agente de tratamento de dados pessoais à conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais - LGPD.
A norma de Dosimetria tem como objetivos:
a) Regulamentar os artigos 52 e 53 da LGPD e definir os critérios e parâmetros para as sanções pecuniárias e não pecuniárias pela ANPD, bem como as formas e dosimetrias para o cálculo do valor-base das multas;
b) Alterar os artigos32, 55 e 62 da Resolução nº 1º CD/ANPD, com vistas a aprimorar o processo administrativo sancionador e de fiscalização, permitindo-se que a ANPD evolua na atividade repressiva, respeitados o devido processo legal e o contraditório, de modo a proporcionar segurança jurídica e transparência para todos os envolvidos.
A elaboração do regulamentoé um requisito, orientado pelo art.53 da LGPD, para a aplicação de multas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados.
Entenda como ocorreu o processo de elaboração da norma
A elaboração da norma de dosimetria contou com ampla participação social. A minuta do regulamento recebeu 2.504 contribuições da sociedade em consulta pública realizada entre os dias 15 de agosto e 15 de setembro de 2022.
Além da consulta, foi realizada audiência pública, na qual foram recebidas 24 contribuições. A versão final da minuta de Resolução foi apresentada pela Coordenação-Geral de Normatização e distribuída entre os diretores, por sorteio, em 25 de janeiro de 2023, ficando a relatoria a cargo do Diretor Arthur Sabbat.
Após a finalização do voto pelo Diretor Relator, na sexta-feira (17/02/2023), o processo foi encaminhado para votação dos demais diretores. A votação foi realizada por meio de circuito deliberativo (procedimento decisório do Conselho Diretor, realizado por meio de votos eletrônicos, sem a necessidade da realização de Reunião Deliberativa), tornando, assim, o processo decisório mais célere.
Depois da votação dos Diretores, o encerramento do circuito deliberativo deu-se com a assinatura do Diretor-Presidente, Waldemar Gonçalves. Após a assinatura, o documento foi enviado para publicação no Diário Oficial da União, sendo publicado na data de hoje.
O que é dosimetria?
Dosimetria é o método que orienta a escolha da sanção mais apropriada para cada caso concreto em que houver violação à LGPD epermite calcular, quando cabível, o valor da multa aplicávelao infrator.
O Regulamento de Dosimetria e Aplicação de Sanções Administrativas é a norma que vai estabelecer as circunstâncias, as condições e os métodos de aplicação das sanções, considerando, dentre outros aspectos, o dano ou o prejuízo causado aos titulares de dados pelo descumprimento à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD.
Para que serve?
O regulamento de dosimetria busca garantir a proporcionalidade entre a sanção aplicada e a gravidade da conduta do agente, além de proporcionar segurança jurídica aos processos fiscalizatórios e garantir o direito ao devido processo legal e ao contraditório.
Dessa forma, as sanções aplicadas estabelecerão uma melhor correspondência entre o fim a ser alcançado e o meio empregado, que seja o maisacertado e justo possível.
A elaboração do regulamento de dosimetria foi prevista pelo art. 53 da LGPD e é um requisito para a aplicação de multas pela Autoridade.Sua aprovação é importante para que os processos de fiscalização que possam resultar em sanções administrativas sejam mais efetivos.
Quais são as sanções que poderão ser aplicadas?
Poderão ser aplicadas todas as sanções já previstas na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais - LGPD, que são:
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Advertência;
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Multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento da empresa, limitada, no total, a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), por infração;
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Multa diária, com limite total de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais);
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Publicização da infração;
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Bloqueio dos dados pessoais;
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Eliminação dos dados pessoais;
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Suspensão parcial do funcionamento do banco de dados por no máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período, até que se regularize a situação;
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Suspensão do exercício da atividade de tratamento dos dados pessoais por no máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período;
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Proibição parcial ou total do exercício de atividades relacionadas a tratamento de dados.
Com exceção das multas, todas as demais sanções poderão ser aplicadas ao Poder Público.
Além das multas, a Autoridade poderá aplicar também punições bastante severas aos infratores que não se adequarem às disposições da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, como a publicização da infração, em que a infração passa a ser pública podendo causar prejuízos incalculáveis à imagem do infrator, por exemplo.
O que acontece com o dinheiro arrecadado pelas multas?
A arrecadação das multas aplicadas pela ANPD será destinada ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos, quetem por finalidade a reparação dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico, paisagístico, por infração à ordem econômica e a outros interesses difusos e coletivos.
Como as sanções serão aplicadas?
As sanções serão aplicadas depois de uma análise feita em processo administrativo caso a caso. Esse processo deverá dar a oportunidade de ampla defesa, de acordo com as peculiaridades do caso concreto e conforme os seguintes critérios:
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Gravidade e natureza das infrações e dos direitos pessoais afetados;
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Boa-fé do infrator;
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Vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;
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Condição econômica do infrator;
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Reincidência;
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Grau do dano;
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Cooperação do infrator;
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Adoçãode mecanismos e procedimentos internos capazes de minimizar o dano;
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Adoção de política de boas práticas e governança;
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Pronta adoção de medidas corretivas; e
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Proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensidade da sanção.
O regulamento de dosimetria, ainda, busca garantir a proporcionalidade entre a sanção aplicada e a gravidade da conduta do agente, além de prover segurança jurídica aos processos fiscalizatórios e garantir o direito ao devido processo legal e ao contraditório.
Qual a utilidade das sanções?
As sanções são medidas usadas como complemento da abordagem repressiva, uma das abordagens fiscalizatórias utilizadas pela Autoridade, e para que o infrator se adeque às disposições da lei.
A ANPD adota, primariamente, um modelo de fiscalização responsivo, que permite que a fiscalização não aplique apenas sanções, mas adote medidas orientativas e preventivas para reconduzir os agentes de tratamento à conformidade com a LGPD.
O que muda a partir de agora?
A partir de agora a ANPD poderá aplicar as sanções administrativas com base em requisitos claros e estabelecidos, pois o regulamento entra em vigor imediatamente após a sua publicação.
Com isso, o cidadão passa a ter cada vez mais garantia da proteção de seu direito fundamental à proteção de dados pessoais, e o Brasil passa a estar muito mais alinhado às melhores práticas para melhoria de seu ambiente de negócios.
CLIPPING AHPACEG 25 A 27/02/23
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DESTAQUES
Goiás tem a maior taxa de variação de beneficiários com planos de saúde
Doenças raras não podem ser esquecidas
Gustavo Sebba luta para emplacar Jardel Sebba na Diretoria de Saúde da Assembleia
Audiências de improbidade administrativa do ex-secretário de Saúde Elias Rassi retornam na segunda-feira
Número de crianças hospitalizadas com desnutrição volta a crescer
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MEDICINA S/A
Goiás tem a maior taxa de variação de beneficiários com planos de saúde
Em dezembro de 2022, o Brasil atingiu a marca histórica de 50,5 milhões de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares. Goiás se sobressaiu em relação aos demais estados com crescimento de 5,9%, o maior do País em 12 meses, e encerrou o ano com 1,3 milhão de vínculos. O acréscimo foi de 74,7 mil contratos, número recorde desde o início da série histórica da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
As informações, da Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 78, desenvolvida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), mostram que em termos percentuais, o estado foi o que mais cresceu no período, bem acima do indicador nacional (3,3%). Com isso, ficou à frente do Piauí (5,6%), na região Nordeste; do Amazonas (5,4%), no Norte; de Minas Gerais (4,5%), no Sudeste, e de Santa Catarina (4,3%), no Sul
Assim como nas demais regiões do País, o tipo de plano coletivo-empresarial foi o que teve maior registro de alta. Em números absolutos, foram acrescentados 44,1 mil novos contratos em 12 meses, seguido por individual ou familiar (18,6 mil) e coletivo por adesão (12 mil). A faixa etária com maior aumento no volume de vínculos foi a de 0 a 18 anos (6,6%) com 21,9 mil beneficiários, a frente de 19 a 58 anos (5,4%) com 43,5 mil, e 59 anos ou mais (7,3%) com 9,2 mil.
De acordo com José Cechin, superintendente executivo do IESS, os planos coletivos empresariais têm crescido e representam 70% do número de vínculos totais do País. "Portanto, esse bom desempenho em adesões registrado em Goiás, é reflexo direto do emprego formal, que em 12 meses cresceu 6,7% no estado", afirma
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CORREIO BRAZILIENSE
Doenças raras não podem ser esquecidas
Dia 28 não é somente o último dia de fevereiro. É também o Dia Mundial das Doenças Raras, mas poucas pessoas sabem realmente quais são essas patologias e como é o tratamento da maioria delas. Pensando nessa falta de conhecimento, este ano, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) está lançando uma campanha de conscientização, reforçando a ideia de que, embora as doenças sejam raras, "o diagnóstico não pode ser raro", destaca Paulo Augusto Miranda, presidente da entidade.
Estima-se que em todo o mundo cerca de 300 milhões de pessoas vivam com alguma enfermidade rara; 13 milhões somente no Brasil, um contingente significativo, dado o total de brasileiros. Em torno de 30% dos pacientes acometidos por alguma delas morrem antes dos cinco anos, uma vez que 75% delas afetam crianças, o que não impede que adultos também possam adquiri-las ao longo da vida.
Somente na endocrinologia, ramo importante da medicina (todos são), são classificadas raras mais de 200 doenças, entre as quais destaca-se o hipotiroidismo congênito, que pode ser diagnosticado precocemente - entre 48 noras e o quinto dia após o nascimento - para reduzir as chances de o bebê desenvolver atraso mental, deficiência no crescimento, problemas neurológicos e perda auditiva. A boa notícia é que o Teste do Pezinho, que detecta a patologia, é oferecido gratuitamente pelo SUS.
Uma doença é caracterizada como rara quando afeta até 65 pessoas em cada grupo de 100 mil pessoas, ou, para facilitar, 1,3 pessoa para cada 2 mil indivíduos. Atendidos em centros de referência, devido à especificidade das patologias, esses pacientes geralmente precisam de cuidados especiais, sempre sob supervisão de profissionais qualificados. No entanto, o acesso aos tratamentos nem sempre é possível.
A maioria- 80% das doenças raras decorre de fatores genéticos. O restante refere-se a causas ambientais, imunológicas e infecciosas. E nos dois casos estamos falando de doenças com nomes complexos: doença de cushing, acromegalia, epidermólise bolhosa, hipopituitarismo, osteogênese imperfeita, adrenoleucodistrofia, e uma infinidade de outros termos.
Flávia Maia, presidente da Sbem em Minas Gerais, diz que as doenças raras são manifestações que podem simular doenças comuns, dificultando o seu diagnóstico. Além disso, causam grande sofrimento clínico e psicossocial aos afetados, bem como para suas famílias, exigindo também capacitação elevada dos profissionais de saúde.
Por isso, é fundamental trazer à luz debates, discussões, conscientização à sociedade, sobre as dificuldades e necessidades enfrentadas pelas pessoas que lidam com essas condições. É imperativa combinação entre diagnóstico precoce e tratamento adequado para que as sequelas sejam reduzidas, assim como a incidência dessas patologias.
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JORNAL OPÇÃO
Gustavo Sebba luta para emplacar Jardel Sebba na Diretoria de Saúde da Assembleia
O médico Jardel Sebba foi presidente da Assembleia Legislativa e é um dos críticos mais radicais do governo de Ronaldo Caiado
O deputado estadual Gustavo Sebba, do PSDB, opera, neste momento, para emplacar seu pai, o médico e ex-prefeito de Catalão Jardel Sebba na Diretoria de Saúde da Assembleia Legislativa de Goiás.
Jardel Sebba foi presidente da Assembleia Legislativa e é um dos críticos mais radicais do governo de Ronaldo Caiado. Aliado do ex-governador Marconi Perillo, ele luta para ter algum poder a partir da Assembleia Legislativa.
De acordo com duas fontes, o nome de Jardel Sebba chegou a enviado para publicação no Diário Oficial. Na última hora, a nomeação teria sido suspensa.
Jardel Sebba teria chegado a apresentar sua certidão narrativa (porque tem processos judiciais em tramitação).
A maioria dos deputados prefere o médico Marcos Nogueira, do quadro efetivo da Alego, para a Diretoria de Saúde.
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Audiências de improbidade administrativa do ex-secretário de Saúde Elias Rassi retornam na segunda-feira
Ex-titular da pasta é acusado de esquema de desvio de dinheiro envolvendo a Santa Casa de Misericórdia
As audiências a respeito do processo de improbidade administrativa de Elias Rassi Neto, ex-secretário de Saúde de Goiânia, continuam na segunda-feira, 27. O titular na pasta durante a gestão do prefeito Paulo Garcia (PT), entre 2011 e 2012, foi acusado de ter relação com o caso da Santa Casa de Misericórdia. O processo, que inclui o ex-diretor da instituição, Sérgio Antônio Machado, é sobre a relação entre um convênio da unidade de saúde e da prefeitura.
Segundo o Ministério Público de Goiàs (MPGO), os acusados teriam envolvimento no desvio de dinheiro durante os anos de 2011 e 2012. Por isso, a promotoria requereu a indisponibilidade de bens dos réus no valor de R$ 1.949.532,41.
Além do caso Santa Casa, Rassi também recebeu nos últimos dez anos mais de 1,2 mil processos e 70 multas no Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO). Sendo que as penalidades ultrapassam a casa dos R$ 80 milhões. Além de 70 inquéritos no MPGO e outros no Ministério Público Federal (MPF).
Até o momento, o ex-secretário venceu três julgamentos na Justiça Federal, 11 na Justiça Comum e 25 sindicâncias no Conselho Regional de Medicina (CREMEGO).
Segundo o advogado de defesa, Elias Menta Macedo, em resposta à revista Veja no ano passado, as contas da gestão do cliente foram aprovadas pelo Conselho Municipal de Saúde e pela Câmara Municipal.
“No entanto, o MPGO, se baseou em resoluções do TCM-GO, inclusive relativas a contratos de outras gestões, para abrir investigações contra Rassi, sem provas, como se ele fosse o único responsável por toda e qualquer ação da secretaria”, explicou o advogado.
Em 2020, a situação de Elias Rassi foi tema do livro “Lawfare em debate”, organizado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), junto à Ordem de Advogados do Brasil (OAB). A história foi considerada como uso indevido da máquina pública e procedimentos legais para perseguição política de um indivíduo.
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Número de crianças hospitalizadas com desnutrição volta a crescer
Mais de 43 mil menores de cinco anos foram internadas no SUS por desnutrição nos últimos 10 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria
O Brasil não avançou no combate à desnutrição infantil nos últimos 10 anos, aponta estudo da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Segundo o levantamento, deficiências nutricionais levaram à internação hospitalar de mais de 43 mil crianças menores de cinco anos.
De acordo com dados do Sistema de Informações Hospitalares, do Ministério da Saúde, somente na rede pública foram registradas quase 400 mil hospitalizações motivadas pela desnutrição. Cerca de 28,6 mil foram de crianças menores de 1 ano e outros 14,7 mil casos envolveram crianças entre 1 e 4 anos. A proporção de internações de menores de 5 anos cresceu, passando de 8%, em 2012, para 16%, em 2021, e 18%, em 2022.
Para a SBP, a crise econômica, a pandemia de Covid-19, a piora da renda das famílias, o aumento do preço dos alimentos, as condições de moradia e de saneamento básico e a queda das taxas de imunização são alguns fatores que podem ter contribuído para a piora do quadro de hospitalizações de crianças associadas à desnutrição.
O nutricionista Eduardo Lustosa aponta que as crianças mais acometidas com desnutrição são de locais com menores níveis de desenvolvimento socioeconômico e populações mais vulneráveis. “E isso é um problema gravíssimo, porque ele atinge principalmente os pretos e pardos. Então isso também mostra a questão do contraste social onde a população mais pobre é mais atingida pela falta de renda, pela falta de instrução, pela falta de oportunidade. Isso é a consequência de anos e anos de uma desigualdade social, de falta de emprego”, informa.
Segundo Lustosa, esse cenário gera crianças desnutridas que vão crescer doentes, e o ciclo deve se repetir por gerações. Por isso, é importante combatê-lo.
A nutrição infantil está associada também à materna, de acordo com Paloma Popov, professora de Nutrição do Centro Universitário de Brasília (CEUB). “Então se mãe tem um quadro de desnutrição, foi usuária de drogas, alcoólatra, ou que tenha alguma patologia associada, o HIV positivo por exemplo, existe uma propensão da criança a nascer desnutrida”, alerta.
Popov ainda afirma que a desnutrição infantil mais comum no Brasil é a proveniente da falta de calorias e que muitas vezes não apresenta muitos sinais da condição.
Já a nutricionista materno infantil, Dyandra Loureiro, informa que 15,5% da população brasileira sofrem com insegurança alimentar grave, que afeta de forma mais frequente e intensa as crianças.
O Departamento Científico de Nutrologia da SBP aponta problemas que essa condição pode causar. “Crianças que sofreram com desnutrição no início da vida também podem apresentar prejuízo do desenvolvimento neuropsicomotor e aumento do risco para desenvolvimento de doenças crônicas não-transmissíveis como diabetes, hipertensão e, inclusive, excesso de peso.”
Loureiro afirma que essas consequências da má nutrição no início da vida ainda podem ser transmitidas às próximas gerações.
Como evitar?
Para conter o avanço da desnutrição no Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a geração e ampliação de políticas públicas que levem mais investimento a ações de promoção à saúde e educação para primeira infância; e o fortalecimento do sistema de saúde na Atenção Básica, especializada e hospitalar com a presença do pediatra no atendimento e planejamento do cuidado integral da criança, vigilância do crescimento e desenvolvimento.
Segundo Rodrigo Lima, professor de pediatria clínica na Universidade de Brasília (UnB), a desnutrição é um problema multifatorial e, para evitar esse cenário, é necessário um conjunto de ações. “Ampliar medidas de educação em relação ao planejamento familiar, estimular o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida da criança, e se possível, que esse aleitamento seja estendido até os dois anos, permitir o acesso universal das crianças aos serviços de atenção básica à saúde”, aponta.
Lima também coloca o acesso à educação como um fator importante, já que muitas crianças fazem refeições na escola. “Geralmente um cardápio controlado por especialistas, garantindo uma dieta de qualidade. Então a criança que vai na escola é beneficiada em vários setores da sua vida, ela aprende, se desenvolve, a se relacionar com o outro, pratica atividade física e também se alimenta”, afirma.
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A REDAÇÃO
Vacinação bivalente contra covid-19 começa nesta segunda (27) em Goiânia
Goiânia - A vacinação bivalente contra a covid-19 começa nesta segunda-feira (27/2) em Goiãnia. O imunizante protege contra a ômicron e subvariantes. “A vacinação é extremamente importante para a proteção contra a forma mais grave da doença, por isso, mantemos uma grande estrutura, com 72 salas de vacinação para atender os moradores de nossa cidade”, afirma o prefeito Rogério Cruz.
Inicialmente, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) recebeu 22.200 doses da Pfizer Bivalente que serão aplicadas conforme as diretrizes do Plano Nacional de Vacinação (PNI) do Ministério da Saúde.
O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, acompanhará o início da campanha na segunda-feira, no Centro Municipal de Vacinação (CMV), às 8h. “Vamos seguir o cronograma traçado pelo Ministério da Saúde, que prevê reforço para os grupos mais vulneráveis,” destaca o titular da SMS.
Neste primeiro momento, os grupos estabelecidos para receberem a vacina são pessoas a partir de 70 anos; pessoas que vivem em instituições de longa permanência a partir de 12 anos de idade e trabalhadores desses locais; pacientes imunocomprometidos acima de 12 anos; além de indígenas; ribeirinhos e quilombolas, todos a partir de 12 anos.
No total, a população alvo da primeira fase é de 108.086 pessoas. A maioria, 92.093, idosos a partir de 70 anos. Em segundo lugar aparecem os imunocomprometidos, 11.903 pessoas. A meta é vacinar 90% daqueles que estão aptos a se vacinar.
O secretário chama a atenção para algumas particularidades da vacinação. “Somente poderão receber a vacina aqueles que estiverem com o esquema primário completo, ou seja, já tomaram pelo menos duas doses da vacina monovalente. Também é necessário ter um intervalo de quatro meses da última dose.
Cronograma vacinal
Primeira fase
27/02/2023 - pessoas a partir 70 anos; pessoas que vivem em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e trabalhadores desses locais; além de pacientes imunocomprometidos acima de 12 anos; indígenas; ribeirinhos e quilombolas, todos também acima de 12 anos.
Segunda fase
06/03/2023 – pessoas de 60 a 69 anos
Terceira fase
20/03/2023 – gestantes e puérperas
Quarta fase
17/04/2023 – trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos, população privada de liberdade a partir de 18 anos, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas menores de 18 anos e funcionários do sistema prisional.
Serviço
Assunto: Goiânia inicia imunização com vacina Bivalente contra covid-19
Data: segunda-feira (27/2)
Horário: 8h
Local: Centro Municipal de Vacinação, Avenida Edmundo Pinheiro de Abreu, s/n, Setor Pedro Ludovico
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FOLHA MAX
Veja como identificar lesões por esforços repetitivos
As lesões por esforços repetitivos (LER) e os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort) são as doenças que mais afetam os trabalhadores brasileiros, segundo estudo do Ministério da Saúde. As manifestações clínicas são muito variadas e dependem do tecido afetado, seguimento corporal envolvido e intensidade da agressão. Em geral, não há dificuldades em definir o diagnóstico e os exames complementares auxiliam na confirmação. Faz-se obrigatória a análise do ambiente de trabalho afim de identificar a presença de fatores de risco.
Como informa a médica reumatologista e professora do curso de Medicina da Unic Beira Rio, Maíra Sant Anna Genaro de Brito, a LER e o Dort são termos que albergam estados dolorosos acusados por sobrecarga biomecânica, incluindo a estática. "Estudos mostram a alta prevalência das doenças osteomusculares, particularmente na região cervical, ombros, cotovelos, mãos, punhos e região lombar. No cenário laboral, os distúrbios podem ser decorrentes da exposição a fatores ergonômicos, destacando-se os físicos e os organizacionais'', explica a especialista.
Ainda de acordo com o Ministério de Saúde, esses problemas podem prejudicar a produtividade laboral e são responsáveis pela maior parte dos afastamentos do trabalho e representam custos com pagamentos de indenizações, tratamentos e processos de reintegração à ocupação.
O tratamento depende do estágio da lesão, entretanto, especialistas indicam que, em qualquer fase, é essencial o acompanhamento interdisciplinar com médico reumatologista, fisioterapeuta, terapia ocupacional, acupuntura e com um psicólogo, quando há traços de depressão. Em alguns casos são utilizados remédios anti-inflamatórios prescritos por um especialista durante a fase aguda da doença.
Confira algumas dicas para evitar lesões:
- A cada 25 minutos de trabalho de digitação, a orientação é fazer uma parada de 5 minutos;
- É indicado beber água regularmente ao longo do dia;
- Manter postura adequada: ombros relaxados, pulsos retos, costas apoiadas no encosto da cadeira vão ajudar na postura;
- Os pés devem estar totalmente apoiados no chão;
- Outra recomendação é que o monitor do computador deverá estar a uma distância mínima de 50 e máxima de 70 centímetros ou de maneira prática a uma distância equivalente ao comprimento um braço. A regulagem da altura da tela deve ser tal que se situe entre 15 e 30 graus abaixo da linha reta de visão.
O prognóstico é favorável na maioria dos casos, mas pode depender de aspectos sociais, trabalhistas e previdenciários.
Em 28 de fevereiro, é celebrado o Dia Mundial de Combate às Lesões por Esforço Repetitivo ou Distúrbios Osteomusculares - LER/DORT. A data foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o intuito de alertar a população e chamar a atenção das autoridades a respeito da importância de adotar cuidados e medidas preventivas contra lesões associadas à repetição de movimentos.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 24/02/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
LGPD e a responsabilidade sobre dados dos antigos empregados
'Posso ser preso', diz prefeito que 'desobedeceu' Agevisa e tentou ocupar hospital particular, em RO
Hábitos saudáveis e exames são fundamentais para prevenção do câncer de intestino
Fadiga adrenal? Médico explica por que esse diagnóstico não existe
RH PRA VOCÊ
LGPD e a responsabilidade sobre dados dos antigos empregados
LGPD: O empregador tem responsabilidade sobre os dados de seus antigos empregados? Na sociedade atual, altamente globalizada, diversos desafios foram trazidos pelo excesso de conectividade e pela fácil disseminação de informações. Os pontos positivos da inserção da tecnologia no dia a dia são infinitos, contudo, um grande ponto que gera muita discussão é a segurança dos dados compartilhados.
Cada vez mais, os dados são processados e valorados economicamente, sendo considerados, inclusive, um dos principais insumos da sociedade contemporânea. Diante disso, a necessidade de regulamentação digital se tornou imperativa, uma vez que existem aproximadamente 50 bilhões de aparelhos conectados no mundo, e 71% da população brasileira está acessando a internet.
Nessa toada, com o surgimento de diversos litígios, criou-se a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), nº 13.709/2018, que protege dados pessoais sensíveis e, assim, os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade dos indivíduos.
Apesar de a LGPD não mencionar diretamente a figura do trabalhador, mas sim do consumidor, a relação de trabalho, assim como a consumerista, trata de grande volume de dados pessoais, sendo necessário que haja a implementação de devidos cuidados no tratamento e no armazenamento das informações.
Afinal, o empregador passa a armazenar dados desde a fase pré-contratual, passando pela vasta documentação de toda a vigência do contrato de trabalho e, também, mesmo após o encerramento do pacto laboral, e, em todos esses momentos, passa a ser responsável pelo armazenamento e pela guarda dos dados pessoais dos trabalhadores.
No rompimento da relação contratual de trabalho, caso o empregador acredite ser plausível, juntamente com o aval do empregado, que até então lhe prestava serviços, nada impede a eliminação dos dados coletados, observado o disposto no art. 15 da LGPD e seus incisos, que apontam as hipóteses do término do tratamento de dados pessoais.
Por outro lado, essa não parece ser a medida mais cautelosa no momento da rescisão do contrato de trabalho, tendo em vista que o empregador pode ser futuramente acionado na Justiça e passe pela necessidade de fazer uso dos dados armazenados.
Ora, a figura do empregador deve se atentar ao fato que, mesmo após o encerramento do contrato de trabalho, a empresa tem a possibilidade de permanecer com os dados dos colaboradores, visto que, segundo o art. 16, I, da Lei nº 13.709/2018 ("cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador"), caso o funcionário ingresse com uma reclamação trabalhista, há o direito constitucional de ampla defesa e contraditório.
Dessa forma, a LGPD legitima a permanência dos dados armazenados pelo empregador/controlador no prazo prescricional das pretensões que possam vir a ser reivindicadas, eis que, em eventual judicialização, a empresa se verá na necessidade de produzir prova documental para afastar as alegações do trabalhador.
Assim, poderá a empresa se utilizar de documentos como o contrato de trabalho, cartões de ponto, holerites, prontuários médicos, entrevistas de avaliação de desempenho e de desligamento, pesquisas internas, entre outros, que permanecerão armazenados de forma prolongada.
A medida serve justamente para que seja possível a defesa de pretensões sujeitas à típica prescrição dos últimos cinco anos, a contar do ajuizamento do processo ou, até mesmo, e em maior cautela, a demandas que possam ter o prazo prescricional suspenso ou impedido. É o caso de algumas discussões de vínculo de emprego e de doença ocupacional.
Ademais, existem decisões proferidas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) baseadas na LGPD apontando a importância da transparência entre empregado e empregador, no que tange o uso dos seus dados pessoais, inclusive na fase pós-contratual, de maneira que, caso haja eventual falha na proteção, seja cabível a responsabilização civil, resultando em sanções face o empregador.
Com isso, dentre as diversas penalidades no âmbito cível e penal, podem ser geradas desde advertências a multas de até R$ 50.000.000,00 por infração cometida, como alguns exemplos previstos no art. 52:
⪠Advertência, para que haja adoção de medidas corretivas, com indicação de prazo;
⪠Multa simples, de até 2% do faturamento líquido da pessoa jurídica, limitada, no total, a R$ 50.000.000,00 por infração;
⪠Multa diária, limitando-se ao valor de R$ 50.000.000,00;
⪠Publicização após devidamente apurada e confirmada a ocorrência da infração;
⪠Bloqueio dos dados pessoais envolvidos na infração até a sua regularização;
⪠Eliminação dos dados pessoais relacionados à infração.
Dessa forma, a empresa pode optar pela manutenção dos dados de seus ex-funcionários, e é até mesmo recomendável que o faça, a fim de mitigar riscos de um passivo trabalhista.
Contudo, caso esta seja essa a situação, o tratamento de dados deve seguir o disposto na LGPD, com o mesmo zelo da época em que o contrato de trabalho estava vigente, sob pena de infração e pagamentos de sanções em caso de inadimplemento.
Por Melina de Pieri Simão, advogada especialista e Matheus Bonifácio de Souza, estagiário, ambos da área trabalhista do escritório Finocchio & Ustra. Advogados.
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REVISTA CENARIUM ONLINE
'Posso ser preso', diz prefeito que 'desobedeceu' Agevisa e tentou ocupar hospital particular, em RO
VILHENA (RO) - O Prefeito de Vilhena, no interior de Rondônia, Delegado Flori Cordeiro (Podemos), afirmou nesta quinta-feira, 23, que está em desobediência com a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) por manter funcionando o único hospital público da cidade, mesmo depois que a lavanderia da unidade foi interditada, devido ao "risco iminente" à saúde de servidores e pacientes. Ele alega que não há onde realocar usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e funcionários, durante as reformas necessárias. Ao todo, são 22 notificações da Agevisa.
"Em tese, eu posso sair daqui e ser preso em flagrante por deixar o hospital funcionando. Gostaria desse mandado de prisão, para deixar eternamente na minha parede", ironizou o prefeito.
"Não há pra onde realocar, se pendente a questão da Agevisa. Eu vou fazer um cronograma e vou entregar pra eles. Se eles não aceitarem, não vai restar outra coisa senão colocar o meu couro no jogo e falar: 'tá desobedecido'!", declarou. "E os senhores não tenham nenhuma dúvida, eu terei coragem de fazer isso, de desobedecer, e incorrer, talvez, em crime de desobediência, porque não há outra maneira. Vou fechar o hospital?", indagou Flori Cordeiro.
As declarações foram feitas durante uma coletiva de imprensa, na Câmara Municipal de Vereadores. Durante a entrevista, ele anunciou que vai revogar, ainda nesta quinta, o decreto que pleiteava o uso de equipamentos e da estrutura de um hospital particular com obras ainda não concluídas.
'Medida desesperada'
A ideia do prefeito era transferir leitos de UTI, duas salas cirúrgicas e o setor de lavanderia do Hospital Regional Adamastor Teixeira de Oliveira (HRV) para o prédio que está em construção, desde 2019, por uma cooperativa. O documento foi suspenso pela Justiça, na última terça-feira, 21, mesmo dia em que entrou no Diário Oficial (DOV). O caso foi tratado como "abuso de poder".
"As circunstâncias me levaram a isso", justificou Flori Cordeiro, quando questionado se teria recuado. "Eu tentei colocar prazo maior, não deram. Eu tentei colocar em outro lugar, não deram. O que eu posso fazer?", questionou.
Sobre a tentativa de ocupar o Hospital Coopear, da Associação Cooperar, ligada ao Sicoob Credisul, o chefe do executivo reconheceu que agiu de maneira desesperada.
"Não era para tomar nada de ninguém, mas eu apelei para a solidariedade. Tudo bem que, na força da Constituição - não há ditadura nenhuma nisso -, nós fizemos dentro do que a Constituição prevê em tese: o prefeito toma a atitude de tentar fazer isso desesperadamente, que era a única saída", alegou.
Hospital particular requisitado pela prefeitura tem 9,5 mil metros quadrados de área, em um terreno de 27 mil metros quadrados; obras giram em torno de R$ 20 milhões, dinheiro arrecadado com doações de empresas associadas e clientes da cooperativa.
Mudança de tom
O embate é mais um dos problemas que se arrastam junto à decisão de Flori em terceirizar os serviços de saúde pública oferecidos pelo município, depois que ele decretou estado de emergência no setor.
A associação Cooperar divulgou, na terça passada, uma nota de repúdio contra a requisição de Flori para o uso do Hospital Cooperar. Conforme o decreto, a unidade passaria a ter o mesmo nome do Hospital Regional de Vilhena e seria administrado pela Santa Casa de Chavantes, empresa que gerencia o HRV, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da cidade, desde 24 de janeiro.
Em nota, a associação disse que foi pega de surpresa com uma decisão "na surdina, populista e autoritária", mas logo após a suspensão do decreto determinada pela Justiça, a cooperativa anunciou a doação de R$ 1 milhão para a prefeitura, sob a condição de revogar a norma. Flori confirmou a doação durante a coletiva desta quinta e disse que os recursos serão utilizados para reparar o cenário que ele classifica como uma "situação catastrófica".
"O Sicoob falou o seguinte: o senhor tira o decreto e nós lhe daremos 1 milhão de reais ( ) Foi por conta deste cenário que eu vou revogar esse decreto. Não é porque eu estou com 1 milhão de reais, que foi resolvido o problema. Um milhão de reais é parte do problema, porque pra onde que eu vou remanejar esse pessoal na hora que começar a fazer a reforma que precisa?", disse Cordeiro.
O dinheiro vai para as adequações apontadas pela Agevisa como necessárias para o Hospital Regional, apresentação de laudo elétrico e um projeto de proteção contra incêndios. Fora o valor, a prefeitura tem ainda, em caixa, um total de R$ 25 milhões que não estão comprometidos com dívidas.
Saúde foi terceirizada em Vilhena, no interior de Rondônia, no mesmo dia em que o prefeito decretou estado de emergência (Divulgação/Prefeitura de Vilhena)
Contradição
Questionado pela REVISTA CENARIUM, o prefeito afirmou que já havia sinalizado ao Sicoob que pretendia utilizar o prédio, mesmo com a alegação de terem sido pegos de surpresa.
"Inclusive, no dia que eu baixei o decreto, fiz uma reunião com a Unimed [sistema cooperativista responsável por equipar e gerenciar a unidade em Vilhena]", respondeu, Flori. "Desde o primeiro dia até ao último instante, eu estava numa mesa conversando com a Unimed", reforçou.
Problemas de gestão
Flori alega que os problemas encontrados na saúde são uma herança da gestão passada, visto que ele assumiu o cargo de prefeito em janeiro deste ano, depois que Vilhena teve eleições suplementares, em outubro do ano passado.
Ele diz que desde que assumiu a prefeitura, detectou uma situação de colapso na saúde, e cita mais de 200 mil atendimentos pendentes, além do surto de casos de dengue, mau funcionamento de postos de saúde e uma "desorganização total de contas".
Terceirização
O convênio celebra uma prestação de serviços complementares aos SUS, de forma integrada, para manutenção e ampliação da assistência à saúde. Para isso, a prefeitura paga mais de R$ 9 milhões por mês. E, com o contrato de seis meses, os serviços fecham em cerca de R$ 55,5 milhões. A contratação foi via dispensa de licitação.
De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero), a Santa Casa de Chavantes não tem registro junto à entidade. Nesta quinta, ao responder à CENARIUM, o prefeito disse que não vê problema nisso.
"Eu questionei a Santa Casa de Chavantes sobre esse assunto e eles me mostraram diversos e-mails e diversos vídeos, inclusive, de tentativa de contato com o CRM local que, até mesmo tirou do ar os canais para o registro deles, aqui. Eles têm registro em São Paulo, eles têm registro no Paraná, eles têm registro no Rio de Janeiro e, portanto, não tem nenhum problema documental ou de cunho técnico para não terem feito isso. Eu considerei justificado", disse Flori.
Sobre o modelo de gestão, o prefeito garante que pretende manter a terceirização por todo o mandato, a fim de garantir qualidade nos serviços e afirma que a alternativa só não dará certo, caso a entidade "for picareta". "A questão dos seis meses vai ser resolvida a partir do lançamento do edital da licitação definitiva, que está por vir, e que será com um prazo bem maior. E é assim que eu pretendo continuar, segurando a gestão dessa maneira", concluiu.
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DOIS TERÇOS
Hábitos saudáveis e exames são fundamentais para prevenção do câncer de intestino
De acordo com a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 45.630 novos casos de câncer colorretal devem ser registrados no Brasil neste ano. Apenas na Bahia, são estimados 1.940 novos casos da doença. O tumor está entre os de maior incidência entre homens e mulheres, representando 6,5% do total de neoplasias e ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma (31,3% do total de casos), mama feminina (10,5%) e próstata (10,2%).
O câncer colorretal, ou câncer de intestino, abrange os tumores que acometem a parte do intestino grosso, chamada cólon, e sua porção final, o reto. 90% dos casos da doença se originam a partir de pólipos (lesões benignas que se desenvolvem na parede interna do órgão, especialmente a partir dos 50 anos). Se diagnosticado precocemente, a chance de cura pode ser superior a 90%.
Alterações no hábito intestinal (diarreia ou constipação), sangue nas fezes, fraqueza, perda de peso sem causa aparente, desconforto ou dor abdominal são alguns dos sintomas que podem estar associados ao câncer de intestino. "Essas ocorrências devem ser investigadas para afastar a possibilidade de uma neoplasia", orienta o oncologista Eduardo Moraes, do NOB Oncoclínicas
"A forma mais eficaz de diagnosticar e prevenir os tumores colorretais é através da realização da colonoscopia", orienta o oncologista. É um exame endoscópico do intestino grosso - cólon e reto - onde é introduzido um tubo com uma câmera na extremidade, permitindo detectar e remover pólipos ou tumores malignos em diversos estágios. "O exame deve ser realizado a partir dos 50 anos e repetido a cada cinco ou dez anos, de acordo com indicação médica, para pessoas assintomáticas e sem fatores de risco, ou seja, sem histórico de câncer de intestino ou pólipos na família, e doença inflamatória intestinal", explica o médico Eduardo Moraes.
No entanto, na presença de fatores de risco para câncer de intestino, é importante que o rastreamento comece mais cedo, justamente para que o médico acompanhe o paciente e dê todas as informações necessárias. "Nesses casos, a data de início e a frequência do exame de colonoscopia deve ser discutido com o seu médico", afirma o especialista.
Hábitos de vida e câncer colorretal
De acordo com o INCA, o câncer de intestino tem forte associação com os hábitos de vida. "A obesidade, a alimentação pobre em fibras e rica em alimentos embutidos e industrializados, o sedentarismo e o tabagismo são fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer", esclarece o oncologista do NOB Oncoclínicas. Por isso, a mudança de hábitos de vida e a informação são as melhores armas para combater essa doença.
Segundo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo excessivo de carnes vermelhas, gorduras, embutidos, processados e refinados, como salsicha, linguiça, bacon e presunto, aumentam o risco de câncer do intestino.
Confira algumas medidas que podem reduzir o risco de desenvolvimento da doença:
Manter-se no peso adequado
Evitar o consumo de alimentos processados
Limitar o consumo de carne vermelha a 2-3 vezes por semana
Fazer atividade física regularmente, ao menos 4 a 5 vezes por semana
Ter uma alimentação saudável e rica em alimentos "in natura", como frutas, verduras, legumes e grãos.
Não fumar
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
Tratamentos
O estadiamento do tumor colorretal, ou seja, a sua extensão e grau de disseminação com relação à localização, envolve o uso de exames de imagem e diagnóstico avançado, sendo fundamentais para que a equipe médica possa definir o tratamento mais indicado. São muitas as possibilidades para a abordagem terapêutica da doença e esse leque de tratamento aumenta a cada dia com a incorporação de terapias mais eficazes, menos tóxicas e mutilantes.
Os tratamentos, preferencialmente, devem envolver uma equipe multidisciplinar dedicada a abordagem terapêutica desta patologia; composta por cirurgiões, radioncologistas, oncologistas clínicos, endoscopistas, radiologistas, além das equipes de apoio com psicólogos, nutricionistas, estomaterapeutas e enfermeiras.
Em geral os tratamentos se dividem em locais (cirurgia aberta laparoscópica ou robótica; radioterapia; embolização e ablação) ou sistêmicos (quimioterapia, imunoterapia e terapias-alvo). Entretanto, é o uso adequado dessas modalidades que traz o melhor resultado para os pacientes, tanto para aumentar a possibilidade de cura, como para preservar o reto e evitar a necessidade de colostomia definitiva.
Sobre o Grupo Oncoclínicas
Fundada em 2010, a Oncoclínicas (ONCO3) é a maior instituição privada em tratamento oncológico no Brasil. Contamos com 131 unidades, entre clínicas, laboratórios de genômica, anatomia patológica e centros integrados de tratamento do câncer, estrategicamente localizadas em 35 cidades brasileiras. Desde sua fundação, a Companhia passou por um processo de expansão com o propósito de se tornar referência em tratamentos oncológicos em todas as regiões em que atua.
O corpo clínico da Oncoclínicas é composto por mais de 2.000 médicos especialistas com ênfase em oncologia, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pela linha de cuidado integral no combate ao câncer. A Oncoclínicas tem parceria exclusiva no Brasil com o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo, afiliado à Harvard Medical School, em Boston, EUA.
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METROPOLES
Fadiga adrenal? Médico explica por que esse diagnóstico não existe
A reposição de corticoide prescrita para casos de fadiga adrenal pode causar sérios problemas de saúde
Lidar com o cansaço, desânimo, fadiga e dificuldade de concentração são alguns dos desafios diários de quem tem um estilo de vida muito estressante e intenso. Geralmente, essas pessoas não dormem o suficiente, têm uma jornada de trabalho longa e extenuante e pouco ou nenhum tempo para a prática de atividade física, além de problemas emocionais, como ansiedade e depressão.
Apesar de os sintomas estarem relacionados diretamente à fadiga e estresse, muitos pacientes estão sendo diagnosticados erroneamente com fadiga adrenal. Alguns até recebem a orientação para tomar corticoides no intuito de resolver o problema e aliviar os sinais da condição. No entanto, o endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional de São Paulo (SBEM-SP), Felipe Henning Gaia, alerta que a fadiga adrenal não existe.
Henning explica que nós temos duas glândulas adrenais (ou suprarrenais) localizadas no abdômen, acima dos rins. Elas são responsáveis pela produção de alguns hormônios, como adrenalina, noradrenalina, aldosterona, hormônios masculinizantes e o cortisol.
O cortisol é um hormônio que tem vários papéis no organismo, e um deles é ajudar a mobilizar energia para que o corpo possa dar conta de executar as suas tarefas diárias. Em momentos de urgência, como traumas, infecções e acidentes, as glândulas adrenais liberam uma quantidade maior do hormônio para que o corpo tenha mais energia para lidar com as ocorrências.
De acordo com o endocrinologista, existem situações contrárias, nas quais as glândulas adrenais não conseguem produzir cortisol adequadamente, como no caso de infecções por fungos, lesões da glândula hipófise e doenças congênitas. Essa produção defeituosa de cortisol é chamada de insuficiência adrenal, e é classificada como uma doença rara.
“Não existem sintomas clínicos isolados, como o estresse, que possam causar esse diagnóstico. Em caso de suspeita, é necessário dosar o cortisol no sangue, e esse ajuste deve ser sutil para que se possa pensar nas causas do problema. Quando entendemos o quadro, aí sim é necessário repor o cortisol usando medicamentos da família dos glicocorticoides”, afirma Henning.
O endocrinologista complementa dizendo que, caso a reposição de cortisol seja feita sem necessidade, pode desencadear o surgimento de problemas metabólicos, como diabetes, hipertensão, alteração de gordura no sangue (triglicerideos), perda de massa óssea e muscular, entre outros.
“Tenha muito cuidado quando alguém disser que você tem o diagnóstico de ‘fadiga adrenal’ e, especialmente, que somente melhora com o uso de um hormônio manipulado especial (bioidêntico). Você pode estar sendo enganado”, alerta o presidente da SBEM-SP.
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Assessoria de Comunicação