Administrador

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Segunda, 13 Fevereiro 2023 07:32

CLIPPING AHPACEG 11 A 13/02/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Goiânia tem seis vezes mais médicos que o interior

Salário mínimo deve ter novo reajuste no dia 1º maio

Leucemia deve ser diagnosticada em 11 mil brasileiros de 2023 a 2025

Processo seletivo: Ipasgo abre 75 vagas com salários de R$4,8 mil

Caiado lança obras do Complexo Oncológico de Goiás nesta segunda-feira (13)

Vídeo de médico fumando vape durante procedimento cirúrgico viraliza; veja

Impacto do piso de enfermagem pode representar até 16% do orçamento previsto para saúde em 2023

Vacinação contra Covid-19 em crianças com até 4 anos enfrenta obstáculos

Publicação de deputado Cairo Salim gera polêmica dizer que obesidade mata mais que feminicídio

A saúde do governo Caiado ganhou as páginas policiais

DAQUI

Goiânia tem seis vezes mais médicos que o interior

Presidente do Cosems, Verônica Savatim acredita que implantação de estruturas regionais favorece médicos 

Deivid Souza

Goiânia tem, proporcionalmente, seis vezes mais médicos que o interior de Goiás. Enquanto aqui há 6,78 médicos por mil habitantes, os demais municípios têm apenas 1,1 profissional para cada mil habitantes. A realidade faz com que 62,9% dos médicos estejam na capital, onde residem pouco mais de 20% da população estadual.

Do total de 16.782 médicos em Goiás, 10.553 estão em Goiânia. O interior soma 6.229. Os dados são da plataforma Demografia Médica no Brasil 2023, lançada nesta semana.

A disparidade na distribuição faz com que os moradores de municípios menores tenham o acesso à saúde dificultado. Os trabalhadores, por outro lado, atribuem a situação às condições desfavoráveis de estrutura para trabalho e de renda.

O principal ponto é realmente a má distribuição. Goiás tem ao todo 16.782 médicos. O número total faz com que o estado tenha 2,32 médicos por mil habitantes, a décima unidade da federação neste quesito. O Brasil tem média de 2,64 médicos por mil habitantes.

Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Fernando Pacéli Neves de Siqueira atribui a alta concentração dos profissionais na capital às condições estruturais de trabalho e de remuneração piores no interior, na comparação com a capital.

"Os contratos que existem hoje dos médicos com o governo, seja municipal ou estadual, são, em sua maioria de pessoa jurídica (PJ), são precários, sem direito a férias, 13º e todos os benefícios que a carteira assinada traz. O médico busca, de alguma forma, ficar em um lugar melhor", explica o presidente. Pacéli pontua que as condições de trabalho oferecidas na maioria dos municípios do interior não são atrativas para os médicos. "É toda uma questão estrutural, desde alvenaria à falta de recursos muito simples como ultrassom ou cardiotocografia, um exame que a mulher precisa fazer no fim da gestação para ver a vitalidade fetal. Você não vai encontrar isto nas maternidades do interior", pontua.

As finanças são uma barreira. Mas a presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems-GO), e ex secretária municipal de Saúde de Chapadão do Céu, Verônica Savatim, entende que mesmo oferecendo uma boa remuneração ao profissional, outras questões desestimulam a interiorização, como a ausência de possibilidade de segunda renda, por em algumas localidades não haver rede privada. "A distância de um grande centro onde haja uma escola de línguas, uma faculdade para ele continuar os estudos, local de lazer, shopping, emprego para o companheiro. Isto acaba desestimulando", elenca.

A presidente do Cosems acredita que o fato de implantar estruturas regionais ajuda a reverter o cenário de concentração de médicos na capital. "De Chapadão do Céu para Goiânia são pelo menos seis horas de viagem. No interior, há ausência de outros profissionais de referência, como na pediatria, por exemplo. Ele pode precisar estabilizar um paciente, para isto são necessários equipamentos específicos e profissionais de referência para operá-los. Quando tem uma estrutura regional próxima, ele já se sente mais seguro", explica.

Verônica acrescenta também que quando leva-se uma estrutura de média e alta complexidade para uma região, abre-se a possibilidade de o médico atuar no município menor e na unidade regional, ou seja, é a chance de segunda renda. Desta forma, acredita ela, diretamente e indiretamente o estado contribui com a fixação dos profissionais longe dos grandes centros.

Condições contratuais prejudicam interesse

A presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás, (Simego), Franscine Leão, afirma que a questão remuneratória é um fator negativo e muito importante como contribuição para que os profissionais prefiram a capital. Ela pontua também que contratação como pessoa jurídica, algo comum, desestimula e ainda há atrasos na remuneração e até o não pagamento de salários é uma realidade. "No interior o ganho é menor. Como o profissional, em alguns casos tem uma demanda menor, há um entendimento do município que ele poderia ter um salário menor."

A presidente diz ainda que os médicos que atuam no interior, não raro, se defrontam com situações em que são coagidos. "Às vezes há solicitações por parte de vereadores e do próprio prefeito para emissão de receitas e atestados", exemplifica.

Franscine considera que por causa destes fatores recorrentes, as prefeituras têm, de maneira geral, menos credibilidade perante os médicos.

A falta de estrutura nos municípios é outro ponto citado por Franscine que afasta os médicos do interior de Goiás. A falta de um suporte para casos graves e equipamentos para exames incorporam esta lista.

Como muitas vezes os municípios do interior de Goiás são pequenos, são poucos profissionais de saúde, o que dificulta que eles possam se mobilizar em prol de melhores condições de trabalho e remuneração. "Logo o profissional é trocado."

A rotatividade impacta diretamente na qualidade do serviço para o cidadão. "Neste mês a pessoa é atendida por um médico, no outro por outro e depois por um terceiro."

A proximidade com os "bolsões" de saúde são uma questão que na visão da presidente do Simego ameniza as dificuldades nos municípios menores. Ela cita que estas localidades são, por exemplo, Catalão, Ceres, Santa Helena, Rio Verde e Itumbiara.

Regionalização O governo estadual tem 5.980 médicos que estão sob a gestão dele. No entanto, apenas a minoria em exercício é concursada: 672. Uma quantidade importante dos médicos está em funções administrativas. São 134, ou seja, um em cada cinco dos servidores efetivos.

Superintendente de Atenção Integral à Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Paula dos Santos Pereira reconhece que também há a concentração por parte do estado, mas enfatiza que o maior volume está na atenção básica, de competência dos municípios. "No caso do estado, ele administra diretamente média e alta complexidade. Então, quando você trabalha com média e alta complexidade, você traz questões que são de grandes hospitais, e na capital nós temos os maiores, onde se encontra parte desses profissionais que são mais especializados", explica.

Paula considera que o grande desafio para a saúde estadual é a descentralização. "Nós temos diferentes regiões com diferentes quantidades de profissionais, não só médicos. Dependendo da especialidade médica, é ainda mais complicado".

A superintendente acrescenta que a regionalização da saúde é uma questão que "melhorou muito nos últimos anos". Ela afirma que a implantação pela SES-GO de unidades regionais em Uruaçu, Formosa, Luziânia e São Luis de Montes Belos, por exemplo, caminha no rumo da necessidade estadual de contribuir para reduzir a concentração existente.

Média de idade dos profissionais de Goiás é inferior à nacional

A demografia em Goiás revela um profissional de média idade, com equilíbrio entre os sexos masculino e feminino e formado há menos tempo que a média nacional (veja quadro). A pirâmide etária ilustra que entre os médicos mais jovens, as mulheres predominam. À medida que a idade avança, esta diferença se equilibra, na casa dos 35-39 anos. A partir daí, os homens predominam, chegando a ser 5,9 vezes mais numerosos que elas entre os com 70 anos ou mais de vida.

O presidente do Cremego, Fernando Pacéli Neves de Siqueira, atribui a maior proporção de mulheres entre os médicos mais jovens ao fato das conquistas delas ao longo das últimas décadas. "Em qualquer profissão, se você fizer um histórico, sempre houve mais acadêmicos do sexo masculino, mas com a força da mulher, ela vem mostrando seu potencial. Ela conseguiu suplantar tudo isto", considera.

Sobre o fato de os profissionais de Goiás serem mais jovens, Pacéli considera que isto é porque surgiram muitas faculdades de Medicina nos últimos anos. Entre os cursos presenciais, esta formação é a quarta na rede federal, com 41,3 mil matrículas, conforme o Censo do Ensino Superior. Nas instituições privadas, esta graduação ocupa a quinta posição com 158 mil alunos.

A taxa de médicos por mil habitantes aumentou com mais profissionais. O indicador de Goiás que hoje é de 2,32 já foi de 1,65 em 2011. Àquela época, o estado era o nono neste quesito, posição praticamente estável hoje.

Mas não foi só o estado que aumentou esta razão. O País, por exemplo, passou de 1,95 para 2,64. O Brasil somava em 2011, 371,8 mil médicos para uma população estimada de 190,7 milhões.

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AGÊNCIA BRASIL

Salário mínimo deve ter novo reajuste no dia 1º maio

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o salário mínimo, atualmente no valor de R$ 1.302, deve passar por aumento ainda este ano. O último reajuste do piso nacional passou a valer no dia 1º de janeiro. “Nós estamos discutindo a busca de espaço fiscal para mudar o valor do salário mínimo ainda este ano. Se houver espaço fiscal, nós haveremos de anunciar uma mudança para 1º de maio”, afirmou o ministro em entrevista ao programa Brasil em Pauta, que vai ao ar neste domingo (12/2), na TV Brasil.

Além do novo reajuste, a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo também é uma das prioridades da pasta. De acordo com o ministro, a política mostrou bons resultados nos governos anteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando Marinho foi ministro do Trabalho, entre 2005 e 2007.

“Nós conseguimos mostrar que era possível controlar a inflação, gerar empregos e crescer a renda, crescer a massa salarial dos trabalhadores do Brasil inteiro, impulsionado pela Política de Valorização do Salário Mínimo, que consistia em, além da inflação, garantir o crescimento real da economia para dar sustentabilidade, para dar previsibilidade, para dar credibilidade acima de tudo para todos os agentes. É importante que os agentes econômicos, o empresariado, os prefeitos, os governadores, saibam qual é a previsibilidade da base salarial do Brasil, e o salário mínimo é a grande base salarial do Brasil”, explicou.

“Veja, se esta política não tivesse sido interrompida a partir do golpe contra a presidenta Dilma e o governo tenebroso do Temer e do Bolsonaro, o salário mínimo hoje estaria valendo R$1.396. Veja só: de R$1.302 para R$1.396 é o que estaria valendo o salário mínimo hoje. Portanto, foi uma política que deu muito certo”, destacou Marinho.

“Emprego na veia”

Durante a entrevista, o ministro do Trabalho falou das expectativas da pasta para esta nova gestão e destacou a reparação das relações trabalhistas como uma das prioridades. “Passamos por um governo que trabalhou um processo de desmonte das relações de trabalho. Então o contrato coletivo, negociações trabalhistas, tudo isso foi atacado de forma feroz, a legislação trabalhista, a proteção ao trabalho, tudo isso foi atacado. Nós precisamos enfrentar esse dilema, rever o que foi prejudicado nesse processo de relações de trabalho, para que nós possamos de novo retomar o processo de negociação, de valorizar o valor do trabalho em si, a massa salarial, geração de emprego e renda. Nossa expectativa é de trabalhar esse processo”, afirmou.

Ainda sobre as expectativas da nova gestão, Marinho destacou a retomada das obras públicas como um impulso para o crescimento da economia e das oportunidades de emprego. “Nós temos a ordem de 14 mil obras paradas no Brasil, isso cria uma nova expectativa, expectativa de gerar emprego. Obra é emprego na veia”, destacou. “Essas obras são retomadas praticamente de forma simultânea no Brasil, eu tenho certeza que isso vai dar um grande impacto na retomada do crescimento da economia”, completou.

Novas formas de trabalho

O Brasil vive mudanças aceleradas no mercado de trabalho ocasionadas pelos avanços tecnológicos. Na entrevista, o ministro do Trabalho falou, ainda, sobre essas novas modalidades de serviço, como o trabalho por aplicativos. “Seguramente é uma tendência que vem com muita força. É preciso que seja introduzido nas negociações coletivas, se não nós podemos ter muita gente desprotegida no mercado de trabalho”, afirmou.

“E tem neste [cenário] a história dos trabalhadores por aplicativos, que muita gente pensa que é só entregador de pizza, ou que é só o motorista do Uber, das várias plataformas de transporte de pessoas, mas não é, está presente na saúde, na educação, na intermediação até do trabalho doméstico. Portanto, é preciso que a gente compreenda totalmente esse novo momento”, explicou Luiz Marinho.

Ainda sobre o assunto, o ministro abordou a precariedade do mercado de trabalho observada nos últimos anos. “Ocorreu em escala gigantesca e é exatamente o ponto que nós estamos [nos] referindo. É um amadurecimento que nós vamos ter que passar. A minha preocupação é com os trabalhadores e trabalhadoras, são eles que nós queremos proteger, porque as empresas estão é explorando demais essa mão de obra”, concluiu o ministro.  “O que não é possível é a desproteção. Hoje existem milhares e milhões de trabalhadores, no mundo inteiro, não só na realidade do Brasil, trabalhando absolutamente sem nenhuma proteção social”, acrescentou. 

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A REDAÇÃO

Leucemia deve ser diagnosticada em 11 mil brasileiros de 2023 a 2025

A Leucemia é uma neoplasia ou câncer que atinge os glóbulos brancos do sangue. De acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) no período entre 2023 e 2025 mais de 11 mil casos da doença serão diagnosticados no Brasil. Ainda conforme o Inca, só no ano de 2020, foram registrados 6,7 mil óbitos no país em decorrência do problema.

O mês de fevereiro, ou Fevereiro Laranja, é designado pelas autoridades de saúde para realização de ações de conscientização sobre o combate a esse tipo de câncer  que aumenta sua incidência com a idade, sendo mais frequentes em idosos. Mas até os vinte anos de idade é o câncer mais comum. 

A doença é classificada em 12 tipos, mas os mais conhecidos e com maior incidência são quatro: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL). Dependendo do tempo de evolução, a leucemia pode ser classificada como crônica ou aguda. “As agudas  são as que  mais assustam,  e consequentemente,  necessitam  de um tratamento rápido. Há também um risco maior no tratamento  quimioterápico, que é mais agressivo nesses casos, porém com mais chances de cura”, explica a hematologista e oncogeneticista, Maria Cunha Ribeiro Amorelli, que atende no Órion Complex em Goiânia. 

Sintomas e causas

Segundo especialistas, ainda se sabe pouco sobre as reais causas dessa neoplasia que atinge as células do sangue, mas estudos já demonstram alguns importantes fatores de risco para seu desenvolvimento, como exposição a alguns tipos de radiação, elementos químicos e anomalias genéticas, como a Síndrome de Down, e o histórico da doença na família.

Assim como suas causas, os sintomas indicativos da leucemia também nem sempre são claros. Mas alguns sinais como sangramento nas gengivas e no nariz, inchaço no pescoço, cansaço, dores nos ossos e nas articulações, febres que podem vir acompanhadas de suores noturnos, perda de peso, aparecimento de manchas roxas são sinais de alerta que precisam ser investigados.

Segundo a médica Maria Cunha Amorelli, a leucemia tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, onde a doença tem origem, que substituem as células sanguíneas normais. “Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma numa célula cancerosa. As células leucêmicas, da medula, substituem as células normais, circulam pelo sangue e podem   infiltrar  órgãos como  gânglios linfáticos, o baço, o fígado, o sistema nervoso central, os testículos e outros órgãos.” 

De acordo com a hematologista e oncogeneticista, à medida que o número de células leucêmicas aumenta, aparecem inchaços ou infecções e quanto maior a idade maior os riscos para o paciente.  “Exceto a leucemia linfoide aguda, que é mais comum em crianças com sintomas de cansaço, palidez e pontos vermelhos no corpo, que não somem, quando pressionadas”. Esclarece a hematologista.

Diagnóstico e tratamento

Diante da suspeita de um quadro de leucemia, um dos principais exames para diagnosticar a doença é a realização de um hemograma completo, exame de sangue que traz várias informações importantes sobre o comportamento das células sanguíneas. “É um exame muito simples que pode ser feito a qualquer momento. Com isso,  se consegue uma pista sobre a presença de uma leucemia e posteriormente serão feitos exames de alta complexidade, sendo  possível definir se um paciente é portador de uma leucemia e seu tipo específico”.

O tratamento das leucemias agudas é feito com altas doses de quimioterapia, o que acarreta em efeitos colaterais bastante agressivos. “Nesse momento o paciente fica bastante fragilizado e precisa receber diversas transfusões de sangue. Outro tratamento bastante usado nos últimos anos é o transplante de medula óssea, que pode ser feito após a quimioterapia”, esclarece a especialista.

Já as  leucemias crônicas, como têm um desenvolvimento mais lento, podem ser  tratadas até mesmo com fármacos, ou por meio da associação com outros tratamentos como a quimioterapia e a radioterapia, o que irá depender do tipo da leucemia e seu estágio de evolução.

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Processo seletivo: Ipasgo abre 75 vagas com salários de R$4,8 mil

O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) abriu neste sábado (11/2) as inscrições para processo seletivo simplificado que visa a contratação de 75 auditores, sendo 61 médicos e 14 enfermeiros. A remuneração é de R$ 4.814,24 e a jornada de trabalho, de 30 e 40 horas semanais respectivamente. Os interessados devem se inscrever no site do Ipasgo, por meio de preenchimento de formulário, até o dia 20. Não há cobrança de taxas. 

Para participar da seleção é necessário ter graduação em Medicina/Enfermagem e especialização na área de interesse, além de registro no órgão fiscalizador. Também é preciso ter experiência profissional e cumprir os requisitos legais previstos no edital. O processo de classificação dos inscritos envolverá análise curricular e entrevista. Ambas etapas têm caráter classificatório e eliminatório. O resultado final do certame será divulgado no dia 4 de abril.

Especialidades
O quadro de vagas prevê o ingresso de cardiologistas, psiquiatras, geriatras, ginecologistas e obstetras, neurologistas, reumatologista, hematologistas, oncologistas, clínico geral, ortopedistas, neurocirurgiões, oftalmologistas, intensivistas, cirurgiões geral, plásticos, oncológicos e vasculares; nefrologistas, urologistas, mastologistas, dermatologistas, endocrinologistas, pneumologistas e infectologistas na equipe do Ipasgo. Ao todo, são 71 vagas em ampla concorrência e quatro para pessoas com deficiência. Em todos os casos os contratos terão validade de até três anos, podendo ser prorrogados por mais dois anos. 

O edital completo está disponível no site do Ipasgo. No endereço eletrônico também é possível ter acesso ao cronograma completo do processo seletivos, lista de documentos e declarações a serem preenchidas.

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Caiado lança obras do Complexo Oncológico de Goiás nesta segunda-feira (13)

O governador Ronaldo Caiado lança, nesta segunda-feira (13/2), as obras do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (CORA). Com investimento de R$ 427,7 milhões de recursos do Tesouro Estadual, o novo hospital terá área total construída 44,7 mil metros quadrados e será erguido próximo à Central de Abastecimento de Goiás (Ceasa) e à BR-153, em Goiânia.

A unidade terá 148 leitos destinados à internação de pacientes adultos e pediátricos. O CORA possuirá recepção, ambulatório, laboratório, setor de exames por imagem, centro de infusão quimioterápico, enfermaria, UTI adulto e pediátrico, centro cirúrgico, centro de material e esterilização, enfermaria, gerador de energia, farmácia, almoxarifado e serviços de apoio. 

Na primeira etapa de funcionamento, o Governo de Goiás ofertará tratamento oncológico especializado às crianças e adolescentes. Na segunda fase, ampliará o tratamento especializado a adultos, além de oferecer serviços e exames de prevenção para identificar, monitorar e tratar precocemente a ocorrência da doença.

O nome do hospital, em homenagem à sensibilidade e humanismo da poetisa goiana Cora Coralina se soma à proposta de oferecer tratamento humanizado, moderno e de ponta aos pacientes.

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JORNAL OPÇÃO

Vídeo de médico fumando vape durante procedimento cirúrgico viraliza; veja

O dono da clínica afirma que o vídeo é de dois anos há atrás e que na época as medidas foram tomadas

Um vídeo viralizou nos últimos dias na redes sociais mostram imagens de um médico fumando vape, o popular cigarro eletrônico, durante um procedimento de transplante capilar. A publicação já tem mais de 5 milhões de visualizações na plataforma.

No vídeo é possível ver o médico com a máscara abaixada e conversando com outros profissionais enquanto fumava. Uma outra funcionária continua a realizar o procedimento no paciente.

A conta responsável pela publicação alega que o caso aconetceu na clínica Dr. Marcio Ravagnani, do médico de mesmo nome, localizada em Alphaville, bairro nobre da cidade de Santana de Parnaíba, em São Paulo.

Em nota, os advogados do médico responsável pela clínica afirmam que o vídeo foi gravado há dois anos e que, na época, as publicações “tiveram as medidas jurídicas necessárias tomadas”.

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NO MERCADO

Impacto do piso de enfermagem pode representar até 16% do orçamento previsto para saúde em 2023

A Federação Brasileira de Hospitais alerta que o piso salarial nacional de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem vai tornar insustentável a operação de centenas de estabelecimentos de pequeno e médio porte privados. São mais de 1,2 milhões de profissionais de enfermagem no país, sendo que 887,5 mil deles recebem abaixo do piso aprovado. Estudo solicitado pela FBH aponta que o impacto do piso no setor de saúde pode variar de R$ 16,3 bilhões a R$ 23,8 bilhões por ano, o que representa uma fatia de 11% até 16% do orçamento do Ministério da Saúde (R$ 146,4 bilhões) previsto para 2023.

O presidente da FBH, Adelvânio Francisco Morato, explica que a variação apontada pelo estudo ocorre por ainda não haver um entendimento sobre como o piso será aplicado em relação às horas trabalhadas em comparação com jornada tradicional da CLT de 44 horas. Não há uma definição, por exemplo, se o piso para um enfermeiro com carga de 36 horas semanais é de 82% do valor de R$ 4.750 por mês ou se receberia o valor integral, independentemente da quantidade de horas.

Seja qual for o entendimento, Morato afirma que uma coisa é certa: muitos hospitais vão fechar as portas, pois as unidades de menor porte não tem recursos para cobrir esse reajuste. Ainda segundo o estudo solicitado pela FBH, 62% dos profissionais de enfermagem estão no setor privado, com 27% deles nos estabelecimentos com fins lucrativos. "Há muito debate na Câmara sobre fontes de custeio para os hospitais públicos e filantrópicos, mas quase não se fala sobre a situação da rede privada", ressalta.

Apesar de São Paulo, Minas e Rio responderem por 48% do total de vínculos em profissionais de enfermagem, será o Nordeste que mais será impactado. A região com mais estados no país terá que lidar com um aumento de 40% de custos, pois 84% dos profissionais da categoria recebem abaixo do piso estipulado. Estados como Maranhão e Pernambuco chegam a ter 90% dos vínculos abaixo do piso estipulado. O peso menor será no Sudeste, onde 37% dos profissionais recebem de acordo com os valores determinados pelo PL 2564/20. "O piso de enfermagem aprovado não considerou as discrepâncias regionais que há no Brasil. E o estudo mostra justamente que os estados com menor PIB per capita são os mais afetados pelo reajuste", observa Morato.

O presidente da FBH ainda relata que a redução do quadro de funcionários é a alternativa para que os hospitais não fechem as portas. A estimativa é de que haja redução de 30% do quadro de enfermagem nos hospitais com até 100 leitos. "É preciso que o novo Governo apresente soluções para minimizar o impacto do piso, com sério risco de colocar em risco o acesso da população brasileira aos serviços de saúde, bem como a qualidade do atendimento", ressalta Morato.

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O GLOBO

Vacinação contra Covid-19 em crianças com até 4 anos enfrenta obstáculos

Levantamento feito pelo GLOBO com secretarias municipais da Saúde mostra que a maioria das capitais brasileiras relata ter recebido novas remessas de imunizantes após desabastecimento, mas seguem em ritmo lento da vacinação Depois da falta de vacinas pediátricas contra a Covid em vários postos de saúde país afora, o envio de novas doses pelo Ministério da Saúde nas últimas semanas pode permitir o avanço da imunização de crianças de 6 meses a 4 anos. Mas ainda há outros obstáculos a vencer. A hesitação que levou à baixa adesão da vacinação em maiores de 5 anos também afeta os mais novos, que só foram incluídos na campanha vacinal no segundo semestre do ano passado.

Levantamento feito pelo GLOBO com secretarias municipais da Saúde mostra que a maioria das capitais brasileiras relata ter recebido novas remessas, mas o ritmo da vacinação ainda é lento. E isso preocupa porque, apesar dos indicadores nacionais de Covid em queda, crianças pequenas são suscetíveis a desenvolver casos graves, e a proximidade da temporada de outros vírus respiratórios reforça o alerta.

- Menores de 4 anos, sobretudo os com menos de 1 ano, têm mais risco de internação e morte por Covid. Essa faixa foi justamente a que não registrou a mesma queda de casos vista em outros grupos desde o fim de 2022. Vacinar é essencial - afirma a pediatra e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai.

Como de praxe ao longo da pandemia, algumas secretarias de Saúde não informaram dados completos e atualizados sobre a imunização. Mas afirmaram que a falta no estoque impactou o avanço da vacinação.

Teresina, por exemplo, começou a imunizar os pequenos contra a Covid em agosto do ano passado. A faixa etária com mais vacinados é a de 3 e 4 anos, mas apenas 8% receberam duas aplicações, índice que cai para 2% na faixa entre 6 meses e 2 anos. A capital piauiense relata problemas de estoque.

O mesmo ocorreu em Recife, que suspendeu a vacinação de crianças diversas vezes desde novembro. A cobertura com duas doses é de 2,4% dos bebês de até 2 anos, 8,9% das crianças de 3 anos e 14% das de 4 anos. São Paulo, por sua vez, diz que mais de 110 mil crianças de até 4 anos receberam duas doses. A maioria (89%) é de crianças de 3 e 4 anos. No caso dos bebês, ainda foi preciso enfrentar escassez de doses em janeiro, agora debelada.

Em Manaus, outro problema: somente um terço das 15 mil crianças de 3 e 4 anos com a primeira dose foram tomar a segunda. No Rio de Janeiro, a cobertura vacinal com duas doses atinge somente 8% das crianças até 4 anos com comorbidades. Segundo a secretaria Municipal da Saúde, "novos calendários de vacinação serão divulgados oportunamente", no caso dos pequenos sem comorbidades.

Em Curitiba, a prefeitura informa que só 3% das crianças com até 3 anos de idade receberam alguma dose de vacina. Outras capitais, como Goiânia, São Luís e Vitória, dizem que os problemas de estoque foram resolvidos, mas a cobertura vacinal também é baixa.

- Não dá para contar apenas com a imunidade de quem teve a doença. Hoje sabemos que a melhor resposta imune é a chamada proteção híbrida: doença natural mais vacina. E as crianças praticamente não foram vacinadas - afirma a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo.

Hesitação e segurança

O esquema de vacinação de crianças de 6 meses a 4 anos, lembra ela, é diferente do de adultos, com uma quantidade bem menor de antígeno, responsável por reagir com os anticorpos e ajudar na resposta do nosso sistema imune.

- O imunizante da Pfizer para adultos tem 30 microgramas de antígeno por dose. A Pfizer baby tem 3. É uma vacina segura, aplicada em três doses - explica a infectologista.

Em entrevista recente ao GLOBO, o novo diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde, o infectologista Éder Gatti, garantiu que há doses suficientes, e que agora é preciso estimular a população a se vacinar. Atual gestor do Programa Nacional de Imunização (PNI), ele não soube dizer qual o quantitativo de doses necessário para encerrar de vez o gargalo na vacinação dos pequenos. Isso depende, explica, do ritmo de vacinação de cada lugar, para evitar desperdício de aplicações.

Para além do entrave logístico, há que se vencer a hesitação dos pais, ressalta Marco Aurélio Sáfadi, professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo:

- Houve um prejuízo, nos últimos anos, em relação à credibilidade das vacinas. Será algo difícil de recuperar. Tudo isso baseado em notícias mentirosas ou mal interpretadas. As pessoas replicaram dados sem o refinamento necessário para entendê-los. Agora, os pais estão hesitantes, mesmo que não sejam apoiadores políticos de quem descredibilizava a vacina. No consultório eles trazem dúvidas, inseguranças.

O desafio não é exclusividade brasileira. Nos Estados Unidos - onde proliferam grupos antivacina - a imunização também caminha a passos lentos, e não por falta de doses. Um levantamento da The Henry J. Kaiser Family Foundation mostrou que 43% dos pais definitivamente não vão vacinar seus filhos com menos de 5 anos. A total aceitação da vacina atingia 17% dos respondentes. Outros 27% diziam que devem esperar para ver se iriam vacinar ou não, e 13% só ofereceriam as injeções se fossem demandados pela escola ou creche. O dado foi colhido em junho de 2022, mas dá o tom da imunização claudicante do país até aqui.

Números como esses expõem a perigosa combinação entre baixa percepção de risco da doença e medo de eventos adversos da vacina. Mas a Covid não deve ser menosprezada, reforça a infectologista Rosana Richtmann:

- Pode somar meningite, pneumonia, diarreia. Nenhuma doença matou mais crianças no Brasil nos últimos dois anos do que a Covid.

A circulação de outros vírus respiratórios, como influenza e sincicial, amplia o alarme.

- Quanto mais vírus respiratórios circulando, maior é a dificuldade para o diagnóstico e o risco de gravidade para essas crianças - diz a pediatra Isabella Ballalai.

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CBN GOIÂNIA

Publicação de deputado Cairo Salim gera polêmica dizer que obesidade mata mais que feminicídio

O deputado estadual Cairo Salim (PSD) fez uma publicação em rede social dizendo que "a chance de que uma mulher no Brasil morrer de doenças relacionadas à obesidade é centena de vezes maior do que a chance de morrer assassinada (por ser mulher)". Ele argumenta que a obesidade mata em média 107 mil mulheres por ano. Enquanto o número de feminicídio, em 2021, foi de 1.310 no país. O parlamentar ainda diz que "o maior inimigo das mulheres brasileiras não é a violência de gênero ou o sexismo, mas a obesidade, que hoje tem sido glamourizada por influencers e artistas e tratada como um mero estilo de vida".

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GOIÁS 24 HORAS

A saúde do governo Caiado ganhou as páginas policiais

Saúde em Goiás virou sinônimo de corrupção no governo Caiado. Escândalos recentes foram manchetes nas páginas policiais.

Há duas semanas a Policia Civil deflagrou uma operação para combater fraudes na saúde. Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, três de prisão temporária, bloqueios e sequestros de bens. Entre os presos, estava o irmão do ex-secretário de saúde de Caiado, Ismael Alexandrino, o médico Daniel Alexandrino. Segundo a denúncia, uma empresa ligada a Daniel tinha contratos irregulares de R$ 9 milhões com uma organização social (OS) para prestar serviço em duas policlínicas e hospitais públicos estaduais.

O último escândalo revelou um esquema de venda de vaga na fila de cirurgias na rede pública de Goiás. O ex-prefeito de Teresina, Odete Teixeira Magalhães, e o vereador de São Miguel do Araguaia, Joubert Tolentino Meira estão entre os cinco presos, que por R$ 5 mil reais furavam a fila. Procedimentos que demorariam até dois anos para serem feitos eram autorizados em poucos meses. A quadrilha conseguiu realizar mais de 1900 furos nos últimos 6 meses, tendo inclusive contratos com prefeituras do interior de Goiás. O esquema funcionava em parceira com servidores do governo. Pergunta: Onde estava o secretário de saúde, Sérgio Vencio?

Sergio Vencio também foi denunciado por improbidade nas páginas policias do Goiás24hoas. A reportagem investigativa revelou que o secretário ?fantasma? de Caiado passa o dia trabalhando em seu consultório particular. A consulta custa R$ 600 reais por pessoa. Enquanto isso, a esposa dele, Adriana Caiado, sobrinha do governador, ?toca o terror?, conforme servidores da SES, nos corredores da Secretaria. Essa denúncia deve ser analisada com cuidado e profundidade pelo Ministério Público, pois os problemas de corrupção na Saúde começam pela prevaricação de seu gestor ausente. Este é o governo Caiado.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 10 Fevereiro 2023 07:46

CLIPPING AHPACEG 10/02/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Unimed Federação Centro Brasileira realiza o primeiro módulo do Programa Nacional de Desenvolvimento de Mercado

Unimed Nacional investe em inovação e prepara seu CVC

Políticos são presos em operação que investiga fraudes em filas de cirurgias e exames

PF faz operação contra falsificação de diplomas de medicina

“Não admitimos utilização indevida da estrutura de governo”, diz Caiado ao citar operação contra corrupção na saúde

Piso salarial da enfermagem 2023: município de São Paulo anuncia o pagamento do reajuste da categoria

AGÊNCIA UNIMED

Unimed Federação Centro Brasileira realiza o primeiro módulo do Programa Nacional de Desenvolvimento de Mercado

Com a participação expressiva de representantes das Unimeds federadas, a Unimed Federação Centro Brasileira realizou, nos dias 3 e 4 de fevereiro, o primeiro módulo do Programa Nacional de Desenvolvimento de Mercado (PNDM). Trata-se de um programa de educação continuada formatado pela Federação Paraná, disseminado nacionalmente pela Unimed do Brasil e oferecido às Singulares pela Federação.

Ministrado pelos instrutores Evandro Lucas de Barros e Paulo Henrique Lima de Carvalho, da Federação Paraná, o programa terá quatro módulos, com aulas presenciais em fevereiro, março, abril e maio, sempre na sede da Federação, em Goiânia. Em pauta, a gestão de vendas, gestão de mercado, relacionamento de mercado e reajuste de contratos e inteligência de mercado.

Evandro Lucas explicou que o objetivo é reunir pessoas para o debate e a busca de soluções para melhor orientar as cooperativas sobre o mercado. “A proposta é já sairmos do primeiro módulo com ideais para serem aplicadas nas cooperativas”, disse. Marli Valentim, analista de Experiência da Unimed do Brasil, também acompanhou a aula inaugural.

Vice-presidente da Unimed Federação Centro Brasileira, Sérgio Baiocchi Carneiro, destacou a importância do programa. “A Federação, como líder institucional das 20 cooperativas Singulares de Goiás e do Tocantins, tem o papel de oferecer ferramentas em todas as áreas para o desenvolvimento destas cooperativas, independentemente se têm 5 mil beneficiários ou 380 mil beneficiários”, afirmou.

Segundo ele, com esse curso de desenvolvimento de mercado, a Federação busca colocar todas as Singulares na mesma página. “Queremos mostrar a todas as Unimeds federadas que temos ferramentas e um produto fantástico e só nós o temos, então devemos trabalhar as peculiaridades deste produto e oferecê-lo à população”, declarou.

Emmanuelly do Nascimento Tavares, gerente de Mercado da federada Unimed Rio Verde, uma das participantes do programa, observou que o curso deve acrescentar muito à Unimed, pois o alinhamento com as melhores práticas de gestão é fundamental para que o desempenho da área de mercado impacte cada vez mais positivamente para o sucesso dos clientes, da cooperativa e dos cooperados.

Diretor de Mercado da federada Unimed Araguaína, Leonardo Medeiros Cintra, também tem grandes expectativas em relação ao programa. “Já tive a oportunidade de participação em um módulo online, que foi de grande valia para a minha iniciação na área de mercado e, agora, presencial, poderemos compartilhar experiências e a expectativa é grande de aprendizado para que possamos dar andamento ao projeto de crescimento e amadurecimento do nosso mercado na Unimed Araguaína”, afirmou.

Desafios

Sobre os atuais desafios do mercado de planos de saúde, Sérgio Baiocchi apontou que o maior deles é a imprevisibilidade que impera na regulação. “Num dia, temos um rol de procedimentos taxativo. No outro, um rol exemplificativo. Hoje, temos uma cobertura X, amanhã temos uma Y. Hoje, pode isso. Amanhã, não pode. Isso nos tira o poder de previsibilidade que é o básico para que se possa oferecer algo ligado à saúde. Enfim, o que mais nos impacta é a imprevisibilidade”, afirmou.

Para Emmanuelly Tavares, o cenário da área passa por vários desafios. “Os impactos do mercado, as exigências da ANS e a satisfação da experiência dos clientes exigem produtos atrativos e que sejam sustentáveis, o que depende muito de um mercado alinhado e com todas as estratégias bem definidas”, disse.

Leonardo Cintra observou que, de maneira geral, o setor suplementar tem enfrentado uma certa insegurança econômica. “Na Unimed Araguaína, temos buscado desenvolver projetos para aumentarmos a nossa carteira e fidelizarmos, principalmente, a parte pessoa jurídica, que já é uma carteira madura, e o desenvolvimento de projetos pessoas físicas, pois ainda temos uma grande parte da população da região pouco coberta”, declarou, enfatizando que ainda há um grande mercado a ser trabalhado, pois a taxa de cobertura regional está bem abaixo da nacional. “Temos um belo desafio e um belo substrato para podermos crescer”.

O Programa Nacional de Desenvolvimento de Mercado visa melhor preparar as Unimeds federadas para enfrentar e superar esses desafios.

Confira o calendário das próximas aulas:

Gestão de Vendas: 24 e 25/02

Gestão de Contratos: 17 e 18/03 – 31/03 e 01/04

Relacionamento de Mercado e Reajuste de Contratos: 05 e 06/05

Inteligência de Mercado: 26 e 27/05

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PORTAL TERRA

Unimed Nacional investe em inovação e prepara seu CVC

Operadora está dobrando sua aposta para se aproximar (e competir) com healthtechs O mercado de healthtechs se firmou nos últimos anos como um dos mais badalados no país, fomentando a discussão sobre como as startups poderiam ameaçar a posição das grandes operadoras de saúde nacionais. No caso da Unimed Nacional, essa "ameaça" colocou a empresa para se movimentar, intensificando seus esforços de inovação aberta e inclusive preparando seus primeiros investimentos com um fundo próprio de Corporate Venture Capital (CVC).

Atualmente uma das maiores operadoras de saúde do país, a Unimed "virou a chave" na sua estratégia de inovação há cerca de 2 anos, com a criação de uma área dedicada ao assunto de inovação. Nessa mudança, a empresa trouxe Dante Lopes para ocupar a cadeira de Head de Inovação.

"Esse plano se intensificou ainda mais a partir de 2021 com a nova gestão, e hoje a área de inovação responde diretamente ao presidente da companhia, Luiz Paulo Tostes Coimbra", explica Dante, em entrevista ao Startups. A mudança também se refletiu em um trabalho cultural dentro da empresa, que completa 25 anos em 2023, colocando o C-Level para se familiarizar com a nova postura, através de benchmarkings e visitas a empresas inovadoras do segmento de saúde.

Antes uma empresa que tocava seus projetos de inovação praticamente dentro de casa, a Unimed começou a olhar para o mercado para endereçar seus desafios de negócio. "Passamos a analisar os processos de cada área, identificando e priorizando dores que precisam de resolução. Depois disso, passamos a ir para o mercado e fazer hunting de startups mesmo", afirma Dante.

Em pouco mais de 2 anos da nova estratégia, a operadora já se conectou com cerca de 180 startups (de soluções de saúde e outras áreas), realizando projetos internos, POCs e desafios de inovação aberta para resolver demandas internas de gestão e inovações em saúde 5.0.

"Também abrimos nossas portas para a cocriação com players conhecidos de tecnologia para saúde. Estamos inclusive fechando uma parceria nova para a área de cuidados personalizados para usuários", revela o executivo.

Mais do que uma operadora

Em sua jornada para se tornar mais inovadora, a Unimed Nacional aposta no conceito de plataforma de saúde e bem-estar, algo além de seu core business como uma operadora de plano de saúde. Na visão de Dante, o plano é desenvolver um ecossistema para democratizar o acesso da população a serviços de saúde, mesmo para quem não tem as condições de se associar a um plano.

Estamos falando de um pitch que diversas outras startups vendem - o de acessar os mais de 170 milhões de brasileiros que não são beneficiários de nenhum serviço de saúde suplementar. "Existem várias possibilidades a serem exploradas, como serviços preventivos, envelhecimento saudável, serviços financeiros, academia, etc", avalia Dante.

O executivo não chegou a dar detalhes sobre em qual destas direções a empresa pretende atirar, pelo menos a curto prazo. Entretanto, ele diz que a empresa está com todas as cartas na mesa, e está colocando as engrenagens em rotação para fazer seus primeiros movimentos.

CVC e M&As

Por falar em movimentações em meio ao ecossistema de inovação e startups, a Unimed Nacional está engatilhando as suas. A empresa pretende anunciar nas próximas semanas o seu primeiro M&A com uma healthtech. "E o primeiro M&A que fazemos com uma startup de base tecnológica", dispara.

No ano passado a empresa anunciou uma joint-venture com a Oncoclínicas para estender sua cobertura para pacientes oncológicos no país. Entretanto, segundo Dante, foi uma união mais voltada à cobertura no país do um investimento tecnológica.

Além dos esforços em M&As, a Unimed Nacional está fazendo os ajustes finais para colocar seu fundo de CVC na rua. "Foi um projeto viabilizado já no ano passado, que está em fase final de estruturação e será inicialmente feito com recursos próprios", afirma Dante.

O executivo não revelou detalhes sobre o montante que a operadora pretende colocar no fundo, mas segundo ele, deve chegar na casa dos três dígitos de milhões. "Pensamos em rodadas seed e série A, com cheques de R$ 2 milhões a R$ 6 milhões, com possibilidades de follow-ons. Inicialmente, o fundo será exclusivo da Unimed Nacional, mas pensamos em convidar as Unimeds regionais para entrar posteriormente como cotistas", explica Dante.

Que venha a concorrência

Indagado sobre a concorrência trazida pela efervescente cena "healthtecher" no país, Dante reconhece a ameaça, mas acredita nos pontos fortes que uma gigante como a Unimed Nacional tem a seu favor. Atualmente uma rede com mais de 2 milhões de benefíciários (cerca de 11% do market share no país), a empresa confia na sua presença e capilaridade para manter a posição, sem esquecer de se atualizar frente às entrantes e suas inovações.

"Essa concorrência provoca um movimento positivo. Quanto mais nos incomodam, mais a gente corre e tem a oportunidade de evoluir", pontua Dante.

Diferentemente das incumbentes do setor, as healthechs não tiveram um grande 2022 em termos de crescimento. Mesmo em um ano em que o segmento de saúde suplementar bateu recorde de aumento, startups como Alice e Sami tiveram dificuldades em bater suas metas agressivas de crescimento.

Por exemplo, a Alice não conseguiu dobrar sua base de segurados, pulando de 7 mil vidas para 11 mil. Aliás, a startup chegou a fazer duas ondas de demissões, mesmo tendo recebido uma rodada série C no final de 2021, em que captou US$ 127 milhões. Por sua vez, a Sami conseguiu saltar de 7 mil vidas para 15 mil, mas ficou abaixo do plano, que era o de triplicar a base.

Ao analisar este mercado, o executivo da Unimed Nacional pontua que as operadoras ainda usufruem de uma posição privilegiada, tanto em estrutura quanto em confiança dos usuários. "Muitas startups não vão ter o folego pra escalar, e ter uma presença estabelecida e capilaridade pesa bastante", afirma.

Nessa todada toda, Dante acredita que, à medida que mais gigantes começarem as suas guinadas no caminho da inovação, é possível que comece um movimento de consolidação, e a Unimed Nacional não pretende assistir à tudo isso da arquibancada. "O importante para nós é fazer parte deste momento de transformação. Eventualmente vamos comprar alguém ou criar algo para competir em algo novo que elas (healthtechs) possam trazer", finaliza.

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O HOJE

Políticos são presos em operação que investiga fraudes em filas de cirurgias e exames

Ainda há um mandado de prisão aberto

Um ex-prefeito de Teresina de Goiás e um vereador de São Miguel do Araguaia estão entre os presos na Operação Hipócrates, deflagrada pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), que investiga fraudes em filas de cirurgias eletivas, consultas e exames pagos pelo serviço de saúde pública, mediante pagamento. Ainda há um mandado de prisão em aberto.

Segundo a investigação, pessoas pagavam a operadores do sistema de regulação até R$ 5 mil para que fossem incluídas indevidamente na fila de regulação médica e “pulassem” posições de prioridade. As fraudes causaram a sobrecarga nas vagas das unidades hospitalares, em prejuízo daqueles que de fato necessitam realizar os procedimentos médicos. A maioria dos casos se refere a procedimentos cirúrgicos para fins meramente estéticos.

Informações apontam que tanto o ex-prefeito quanto o vereador atuavam como intermediários entre pacientes e operadores de sistema de regulação médica.

As autoridades suspeitam que, só nos últimos 6 meses, um único operador tenha feito mais de 1.900 inserções fraudulentas no sistema de regulação médica de Goiás, considerando que alguns operadores sequer são vinculados a Unidades de Saúde do Estado ou dos municípios.

Os mandados foram cumpridos em Goiânia, Goianira, Anápolis, Damolândia, São Miguel do Araguaia e Teresina de Goiás. São investigados crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistema de informação e associação criminosa.

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AGÊNCIA BRASIL

PF faz operação contra falsificação de diplomas de medicina

Os crimes investigados são de falsificação de documento público e uso de documento falso

Policiais federais cumpriram na manhã de hoje (9) 11 mandados de busca e apreensão para desarticular um esquema de falsificação de diplomas do curso de medicina. Na ação, realizada nas cidades do Rio de Janeiro, de Belford Roxo e Teresópolis, no estado do Rio, além de Montes Claros, em Minas Gerais, foram apreendidos aparelhos celulares, jalecos, carimbos, documentos de identificação e documentos com indícios de falsificação.

Cerca de 60 policiais participaram da Operação Catarse, iniciada depois de denúncia feita pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). Segundo informações repassadas pelo representante da classe médica à Polícia Federal (PF), foram constatados requerimentos de registro profissional a partir de documentos falsificados de graduação em medicina.

Em abril de 2022, duas pessoas já tinham sido presas na sede do próprio Cremerj, quando tentavam obter os registros. As investigações chegaram a outros suspeitos e a empresas envolvidas, entre elas duas clínicas médicas.

Os crimes investigados são de falsificação de documento público e uso de documento falso.

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GAZETA DO ESTADO

“Não admitimos utilização indevida da estrutura de governo”, diz Caiado ao citar operação contra corrupção na saúde

Investigação desmontou, nesta quinta-feira (09/02), esquema que burlava fila de espera para atendimentos na saúde estadual. Governador determinou rigor dos órgãos de investigação para combater corrupção em todas as instâncias

“Estamos numa operação forte para moralizar e não admitimos utilização indevida da estrutura de governo”, afirmou o governador Ronaldo Caiado. A declaração foi dada no início da manhã desta quinta-feira e se refere à Operação Hipócrates, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás também na manhã de hoje.

Categórico na defesa da moralidade e legalidade no serviço público, Caiado vê a repreensão de crimes dentro da administração estadual como uma meta de governo. “Nós não admitimos que nada venha, amanhã, alterar aquilo que é a forma honesta e transparente de se governar”, reforçou. Dessa vez, a Delegacia Estadual de Combate à Corrupção cumpriu 22 mandados de prisão temporária, de busca e apreensão e de afastamento cautelar das funções públicas, em decorrência da suspeita de fraudes e corrupção no sistema de regulação médica estadual.

Segundo os órgãos de investigação, o suposto esquema desmontado favorecia pessoas que pagavam para que fossem indevidamente incluídas na fila da regulação médica, burlando as prioridades. De acordo com os investigadores, operadores do sistema de regulação recebiam até R$ 5.000,00 para realizarem essas inserções fraudulentas na fila de espera por cirurgias eletivas, consultas médica, exames e até internações, gerando prejuízo aos usuários do sistema de saúde e sistema médico-hospitalar. “Onde se tem sinais da corrupção ou da criminalidade, podem saber que nós estaremos presentes para sanear aquilo e dar confiança à população de Goiás”, declarou Caiado.

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JORNAL DO COMMERCIO

Piso salarial da enfermagem 2023: município de São Paulo anuncia o pagamento do reajuste da categoria

Prefeitura da cidade informou que vai honrar a medida com seus próprios recursos Piso salarial nacional da Enfermagem será creditado na Paraíba, primeiro Estado a cumprir determinação

Apesar de estar suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF), algumas localidades do Brasil já anunciaram o pagamento do piso salarial da enfermagem.

A cidade de Flora Rica, no estado de São Paulo, vai começar a pagar o novo reajuste a categoria. De acordo com a publicação nas redes sociais, a prefeitura informou que vai honrar a medida com seus próprios recursos.

"No primeiro momento, os recursos para pagamento serão obtidos com fundos próprios da Prefeitura, enquanto se busca uma fonte definitiva de custeio. O projeto será enviado para a Câmara Municipal para votação dos vereadores".

Além disso,o anúncio reforça que o pagamento do piso salarial enfermagem "é uma forma de reconhecer o esforço e dedicação da equipe de enfermagem."

Municípios como Fortaleza, no Ceará, e Alto Taquari, no Mato Grosso do Sul, devem iniciar o pagamento do novo piso salarial enfermagem já no começo deste ano.

Em outras cidades como São Miguel do Iguaçu, no estado do Paraná, o piso salarial da categoria está sendo pago desde novembro de 2022.

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Assessoria de Comunicação

08 02 23 lançamento app cremego
 
 
O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, participou na noite da quarta-feira, 8, do lançamento do aplicativo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). Disponível gratuitamente para iOS e Android, o app chega para estreitar a comunicação entre o Cremego e a classe médica e a sociedade.
 
O diretor do associado CDI Medicina Diagnóstica, Luiz Rassi Júnior, também prestigiou o evento realizado na sede do Cremego.
 
Acessando o aplicativo, é possível conferir as últimas notícias do Cremego, consultar publicações antigas, conferir pareceres, ler a Revista Bioética Cremego e a outras publicações, assistir a lives e entrar em contato com a autarquia, entre outras funções.
 
Segundo o presidente do Cremego, Fernando Pacéli Neves de Siqueira, o Conselho reconhece a importância de manter uma boa comunicação com os médicos. “Estamos dando um passo a mais na relação entre Cremego, médicos e sociedade. Preparamos um aplicativo fácil de usar e interativo”, relatou. 
 
O aplicativo do Cremego se junta a duas grandes tendências: a medicina do futuro e a tecnologia em saúde, como descreveu o 1º Secretário do Conselho, Waldemar Naves do Amaral. “Nós nos unimos às três linhas da medicina do futuro, que são a digitalização do conhecimento, a disruptura e a democratização das informações”.
 
Para o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, o app contribui para melhorar a melhor relação entre os médicos e o Conselho. “Eles poderão ver que o Cremego não é só um órgão para fiscalizar, mas que é a casa do médico, que eles podem frequentar e se envolverem com as atividades”.
Quinta, 09 Fevereiro 2023 07:36

CLIPPING AHPACEG 09/02/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Remédio mais caro do mundo contra AME passa a fazer parte da cobertura dos planos de saúde

Mais Médicos: Gestão Lula vai privilegiar brasileiros, mas manterá profissional sem diploma validado

Número de médicos passa de 500 mil no país, mas má distribuição é desafio

Número de médicos especialistas no país cresce 84% em 10 anos

A arte e o fascínio da medicina no Papo Xadrez

Saúde nega que estudantes de Cmei, em Goiânia, estejam com rubéola

Caiado anuncia recursos extra para diminuir fila de cirurgias eletivas

Cantor de rap morre aos 29 anos após infecção bacteriana em Goiás

Baixa adesão à vacina contra o HPV preocupa especialistas

Anahp mostra aumento de glosas e no prazo médio de recebimento

O ESTADO ONLINE

Remédio mais caro do mundo contra AME passa a fazer parte da cobertura dos planos de saúde

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, na segunda-feira (6), a incorporação do medicamento Onasemnogeno abeparvoveque, na lista de coberturas obrigatórias dos planos de saúde. Com o nome comercial Zolgensma (Novartis), o medicamento é usado para tratamento de pacientes com Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo I, com até seis meses de idade.

Outra condição colocada pela ANS para receber o tratamento é a de que a criança não esteja em ventilação mecânica invasiva acima de 16 horas por dia. A terapia com Zolgensma tem previsão de ser incluída no Rol de Procedimentos da Saúde Suplementar em até 60 dias.

Durante a reunião da ANS, ao votar pela inclusão do medicamento na lista de cobertura , o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Antonio Aquino Lopes, disse que "é extremamente importante no nosso arsenal terapêutico contar com essas novas tecnologias, principalmente, no que diz respeito à pediatria."

Já o diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da Agência, Alexandre Fioranelli, reconhece que todas as propostas de incorporação feitas diretamente à ANS contam com ampla participação social e criteriosa análise técnica, utilizando a metodologia de avaliação de tecnologias em saúde.

A notícia de que o tratamento será pago pelos planos de saúde foi bem recebida por organizações da sociedade que representam os pacientes com AME e familiares. A fisioterapeuta e vice-presidente da Associação Brasileira dos Portadores da Doença de Hunter e Outras Doenças Raras, no Rio de Janeiro, Fernanda Batista, acredita que a decisão vai evitar novos processos na Justiça para o acesso à medicação. "Até hoje, as crianças que têm plano de saúde precisavam de judicialização, porque o medicamento é considerado o mais caro do mundo. Custa em torno de R$ 12 milhões", comemorou Fernanda.

Ainda de acordo com a vice-presidente, em todo o país, 194 crianças já conquistaram o direito de receber a dose única da medicação por meio do Judiciário. Para a fisioterapeuta, a inclusão do remédio na cobertura dos planos de saúde vai economizar o tempo precioso dos pacientes. "A gente perde o tempo do uso da medicação, que deve ser ministrada até os dois anos de vida da criança. [Com a decisão], a gente encurta esse acesso, uma vez que ele é regulamentado pela ANS e faz com que tenha cumprimento via plano de saúde."

A técnica em enfermagem, Renata Mendonça Lago de Santana, conheceu de perto os efeitos positivos do Zolgensma no tratamento da filha. Maria Sofia, hoje com dois anos e cinco meses, foi diagnosticada com AME, aos seis meses de vida, após a família perceber tremores nos membros superiores e na cabeça. Em setembro de 2022, após determinação da Justiça, a criança conquistou o direito de tomar a medicação em Curitiba.

Segundo a mãe, a vida da Sosô, como é chamada, mudou. A menina voltou a se desenvolver. "Até tomar o Zolgensma, Sosô já tinha sido internada em um leito de UTI, porque piorou. E estava dependente do BiPAP [aparelho que funciona como um respirador mecânico no tratamento de doenças pulmonares]".

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PORTAL TERRA

Mais Médicos: Gestão Lula vai privilegiar brasileiros, mas manterá profissional sem diploma validado

Médicos formados no exterior sem exame de revalidação ainda representam quase 40% dos mais de 8 mil profissionais que atuam no programa; ministério estuda ofertar pós-graduação para atrair novos participantes

O Ministério da Saúde ampliará o programa Mais Médicos privilegiando graduados em território nacional, mas mantendo os profissionais formados no exterior sem diploma revalidado, que correspondem hoje a mais de 3 mil médicos, quase 40% do total. Está descartado no momento um novo acordo de cooperação com o governo de Cuba para trazer profissionais cubanos, principal controvérsia da versão original do programa.

A nova gestão federal estuda ainda oferecer cursos de pós-graduação e especialização aos participantes como forma de atrair mais brasileiros a partir dos próximos editais do programa.

Os planos para a retomada e fortalecimento do Mais Médicos foram detalhados ao por Felipe Proenço, secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde do ministério. Médico da família e comunidade e doutor em saúde coletiva, Proenço coordenou o programa Mais Médicos entre 2013 e 2016, durante a gestão de Dilma Rousseff (PT).

Ele afirma que, com o aumento de vagas nas faculdades de Medicina nos últimos anos (o número dobrou em 12 anos), a nova gestão federal espera atrair mais brasileiros, mas explica que a própria Lei do Mais Médicos, aprovada em 2013, prevê a possibilidade de chamada de médicos formados no exterior sem diploma revalidado (intercambistas) quando não há preenchimento de todas as vagas pelos médicos com registro no Brasil. A permissão excepcional é alvo de críticas de entidades médicas desde sua criação.

"A gente conta muito com os médicos formados no Brasil, inclusive pelo fato de que aumentou o número de vagas (de Medicina) e, portanto, de egressos. Mas, durante todos esses anos, se mantiveram intercambistas no programa, com o exercício profissional através do registro do Ministério da Saúde, seguindo as prerrogativas (da Lei) do Mais Médicos", diz Proenço, que defende a combinação de formatos para atrair mais profissionais.

"É evidente que a gente precisa lidar com estratégias diversificadas para o provimento de médicos e, nesse sentido, a gente poder contar, em algumas situações, com médicos que têm seu exercício profissional reconhecido em outros países e passam por um módulo de acolhimento e avaliação aqui. Isso é uma estratégia de vários países para garantir o provimento em áreas de mais difícil inserção", afirmou o secretário.

O Mais Médicos foi criado com a proposta de levar de forma emergencial médicos para locais de difícil provimento, como cidades distantes dos grandes centros, distritos indígenas e periferias das capitais.

Ele chegou a ter 18,2 mil profissionais, dos quais 11 mil eram cubanos trazidos por meio de um acordo de cooperação do governo brasileiro com Cuba intermediado pela Organização Panamericana da Saúde (Opas). A maioria dos cubanos deixou o Brasil ainda no final de 2018, logo após a eleição de Jair Bolsonaro (PL), contrário ao acordo e crítico do governo do país caribenho.

Apesar das críticas ao Mais Médicos e da promessa de criar um programa para substituí-lo - o que fez Bolsonaro conquistar apoio de expressiva parcela da classe médica -, o ex-presidente acabou mantendo as principais características do programa criado pela petista e não conseguiu fazer decolar o Médicos pelo Brasil, criado para substituir o projeto da gestão petista.

A iniciativa foi anunciada em 2019, mas teve seu primeiro edital lançado somente em 2021. Hoje, os dois programas coexistem, mas o Mais Médicos tem mais profissionais do que o Médicos pelo Brasil.

De acordo com Proenço, são 8.321 profissionais atuando pelo Mais Médicos e 5.515 pelo Médicos pelo Brasil, que só aceita quem tem registro profissional no País. Do total de doutores atuando hoje no Mais Médicos, 39% (ou seja, mais de 3,2 mil) são formados no exterior sem diploma revalidado, os chamados intercambistas.

Proenço afirmou que a nova gestão "não vislumbra" a necessidade de um novo acordo de cooperação como o que foi feito com Cuba. "A gente tem vários outros passos antes: a gente oferece a vaga para médicos com registro no Brasil, depois para brasileiros formados no exterior, depois para estrangeiros, e a cooperação seria somente um quarto passo. A gente não vislumbra algo nesse sentido exatamente porque a gente conta com os profissionais brasileiros formados nesses cursos mais recentes", diz.

Duas pesquisas lançadas nesta semana pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB) mostram que o número de novos médicos formados no País dobrou em 12 anos e bateu recorde. O aumento das vagas de Medicina foi estimulado pelo programa Mais Médicos para que, com o passar dos anos, os intercambistas fossem gradativamente substituídos por profissionais graduados no Brasil.

Apesar disso, os profissionais continuam concentrados nas regiões e cidades mais ricas e o programa ainda depende dos intercambistas, que permanecem no programa porque, por não terem o diploma revalidado, só conseguem exercer a Medicina em território nacional dessa forma.

Questionado sobre por que o aumento de vagas ainda não se traduziu em melhor distribuição de médicos, Proenço afirmou que as normais do Mais Médicos que promoviam a formação médica "foram descaracterizadas" nos governos de Michel Temer e de Bolsonaro.

"Por exemplo, o Mais Médicos previa uma proposta de caminho de formação através da residência, da formação de médicos de família e comunidade. Houve uma expansão bem importante das vagas de residência nessa especialidade desde 2013 até 2015 e depois deixou de ter essa expansão. Isso fixava esses profissionais nessas áreas. Quem faz graduação e residência numa mesma localidade tem uma chance muito alta de de permanecer naquela localidade."

Ministério estuda ofertar pós-graduação para atrair mais brasileiros

Proenço afirma que o ministério estuda formas de oferecer formação médica para os participantes como forma de fixá-los no programa. "Nossa diretriz é trabalhar com a perspectiva de que, ao longo da inserção do médico no programa, ele possa alcançar a formação como especialista, possa ter acesso a modalidades de pós-graduação porque um dos motivos que a gente vê de desistência do programa é os médicos brasileiros procurarem outros formatos de educação médica. O que a gente está estudando é exatamente qual é a viabilidade de ter isso ofertado pelo próprio programa", afirma.

De acordo com Proenço, o tempo médio de permanência dos médicos formados no Brasil é de um ano e oito meses enquanto o dos intercambistas chega a três anos.

O secretário disse que, antes da abertura de novos editais do Mais Médicos, o governo está retomando dois editais lançados no ano passado, ainda na gestão Bolsonaro, e que foram paralisados por restrições orçamentárias. Juntas, as duas chamadas ofereciam 1.174 vagas, das quais 152 eram voltadas para distritos indígenas.

"Chegou a haver a alocação dos profissionais, a publicação dos municípios em que eles atuariam, mas não tinha recurso para dar andamento nesses editais. A gente retomou esses editais e os médicos que confirmarem participação começam já em março", declarou.

O secretário-adjunto disse que o ministério ainda avalia qual será o número de novas vagas ofertadas nos próximos editais do Mais Médicos. Em reunião com representantes do Conselho Nacional de Secretários Municipais da Saúde (Conasems) no mês passado, o secretário titular de Atenção Primária, Nesio Fernandes, indicou que esse número pode chegar a 5 mil.

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FOLHA DE S.PAULO

Número de médicos passa de 500 mil no país, mas má distribuição é desafio

Na proporção, Sudeste tem duas vezes o número de médicos da região Norte

São Paulo

Levantamento feito pela AMB (Associação Médica Brasileira) e pela USP (Universidade de São Paulo) aponta que o Brasil alcançou a marca de 562.229 médicos inscritos nos 27 CRMs (Conselhos Regionais de Medicina). A taxa nacional é de 2,6 profissionais por 1.000 habitantes, mas há grande desigualdade na distribuição dos médicos pelos estados.

O dado, de janeiro de 2023, consta no estudo Demografia Médica Brasileira, lançado nesta quarta-feira (8). A coordenação é do professor doutor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, Mário Scheffer.

Em comparação com 2000, quando havia 219.896 médicos no país, o número de profissionais mais do que dobrou. No mesmo período, a população brasileira cresceu cerca de 27%.

Entre 2010 -quando o país tinha 1,63 médicos por grupo de 1.000 habitantes- e 2023, 251.362 novos profissionais passaram a atuar no Brasil, graças à abertura de cursos e de vagas de graduação em medicina, segundo o levantamento.

Equipe médica do Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, durante cirurgia de broncotomia - Eduardo Anizelli - 9.dez.2020/Folhapress

"Mesmo com o aumento expressivo no número de médicos nos últimos anos, está mantida uma concentração de médicos nas capitais, nos grandes centros. Essa desigualdade se sobrepõe a outra desigualdade. A força de trabalho médico está cada vez mais concentrada em serviços privados que atendem a menor parcela da população. É a soma da desigualdade geográfica com a crítica entre o público privado num sistema de saúde, que faz com que mesmo num país onde teremos um milhão de médicos em curto prazo, continuarão os vazios existenciais em razão da estrutura do sistema de saúde", diz o pesquisador.

Onde estão os médicos

Apesar do crescimento, a desigualdade segue a tendência dos últimos anos. Com taxa por mil habitantes de 3,39, o Sudeste concentra a maior parte dos médicos, seguido pelas regiões Centro-Oeste (3,10) e Sul (2,95).

O Norte e o Nordeste possuem densidade de médicos por 1.000 habitantes abaixo da média nacional - 1,45 e 1,93 respectivamente. Com exceção da Paraíba (2,81), os estados das duas regiões possuem taxas abaixo de 2,4.

Das 27 unidades da federação, 11 têm densidade de médicos por 1.000 habitantes acima da taxa nacional (2,41) e, 16 estão abaixo.

Acre (1,41), Amazonas (1,36), Maranhão (1,22) e Pará (1,18) possuem as menores taxas.

A maior parte da população médica está nas capitais, onde a densidade por 1.000 habitantes é de 6,13 -1,14 nas regiões metropolitanas e 1,84 nos interiores. As capitais dos 26 estados e o Distrito Federal concentram 50.916.038 pessoas.

Nas demografias médicas publicadas em 2018 e 2020, o Sudeste também foi a região com mais médicos por grupo de mil habitantes - taxa de 2,81 e 3,15 respectivamente - e o Norte com menos profissionais -densidade de 1,16 e 1,30 respectivamente.

"Quando falamos em vazios existenciais, imaginamos que isso só acontece na região Norte, no Amazonas, nas populações ribeirinhas. Não! Isso acontece em São Paulo também. A nossa pesquisa tem aspectos qualitativos, muito mais do que quantitativos, o que nos remete a um grande equívoco. Nós podemos imaginar que nosso problema é só de quantidade de médicos, de distribuição de médicos. Mas temos um problema qualitativo, que é a má qualidade da formação dos médicos, afirma César Eduardo Fernandes, presidente da AMB.

"Nós abrimos muitas escolas de medicina, de qualidade duvidosa e não vemos nenhum controle. A responsabilidade é do Ministério da Educação. Se autoriza a formação médica numa cidade que não tem condição de formar médico, deve ser responsável pela qualificação desse médico. Ela deve ser atestada e comprovada. Nós na AMB defendemos que o médico que vem de fora para trabalhar aqui precisa do revalida. Por que não fazemos o mesmo com o nosso egresso de medicina? Nosso problema não é só de mais profissionais, mas de médicos qualificados e resolutivos", conclui Fernandes.

Comparação com outros países

O índice brasileiro de médicos por 1.000 habitantes é menor do que a média dos países avaliados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (3,73).

Os indicadores são altos na Grécia (6,16), Áustria (5,45), Noruega (5,18), Espanha (4,58), Itália (4,13) e Austrália (3,83), entre outros.

O percentual brasileiro é maior do que o registrado na China (2,24), Índia (0,90), África do Sul (0,79) e Indonésia (0,63), e compatível com Coreia do Sul (2,51), Estados Unidos (2,64) e Canadá (2,77), por exemplo.

Projeções

Em dois anos, o Brasil deverá ter uma taxa de 2,91 médicos por 1.000 habitantes, quase três vezes a registrada em 1980 (0,94).

Em 2035, mais de um milhão de médicos estarão em atividade no Brasil - com densidade de 4,43 por 1.000 habitantes. Segundo o levantamento, mulheres mais jovens deverão prevalecer. A desigualdade também.

Entre 2009 e 2022, o número de mulheres evoluiu de cerca de 133.000 para aproximadamente 260.000, ou seja, quase dobrou.

Entre os homens, o crescimento foi de 43%, em média.

Médicos especialistas

Em junho de 2022, 321.581 médicos brasileiros tinham pelo menos um título de especialista, o que correspondia a 62,5% do total de 514.215 profissionais (dados de junho) em atividade no país. Os demais 192.634 (37,5%) eram generalistas.

Os dados mostram que, no mesmo período, o país tinha 438.239 títulos em especialidades e 495.716 registros de médicos titulados.

Para Mário Scheffer, apesar do aumento de 85% no número de especialistas, a desigualdade na distribuição torna-se um problema.

"Eles não estão mal distribuídos em relação ao território, mas também concentrados em serviços privados que atendem a menor parte da população. É urgente a adoção de políticas de maior atração e fixação de especialistas no SUS. Também há um crescimento importante dos médicos sem especialização. É um dado que precisa ser discutido, uma vez que não haverá, pelo menos no cenário atual, uma oferta de capacidade de formar especialistas. O número de vagas em residência médica é insuficiente. Há uma defasagem em relação ao grande número de recém-formado de egressos das escolas médicas e dos cursos de medicina", afirma.

Clínica médica, pediatria, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, anestesiologia, ortopedia e traumatologia, medicina do trabalho e cardiologia representam, juntas, mais da metade (55,6%) do total de registros de especialistas.

O sexo masculino é maioria em 36 das 55 especialidades médicas, e o feminino está em 19 delas.

Em urologia, neurocirurgia e ortopedia e traumatologia os homens são mais de 90%.

As mulheres são minoria em todas as especialidades cirúrgicas, mas dominam a dermatologia - 8.236 médicas, que correspondem a 77,9% dessa área.

Elas também ocupam mais espaço na pediatria (75,6%), alergia e imunologia e endocrinologia e metabologia (ambas com 72,1%).

A presença de homens e mulheres é equilibrada nas especialidades de nutrologia, medicina física e reabilitação, e gastroenterologia.

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MEDICINA S/A

Número de médicos especialistas no país cresce 84% em 10 anos

O número de registros de médicos com título em alguma especialidade cresceu 84% nos últimos 10 anos no Brasil. As mulheres passarão a ser maioria na profissão já a partir do próximo ano. Com a expansão da abertura de cursos e vagas de medicina, em 2035 haverá no país mais de um milhão de médicos no país.

As informações constam da mais nova edição da Demografia Médica no Brasil (DMB) a primeira produzida em parceria entre a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), no mais completo estudo já realizado sobre a realidade dos médicos em todo o país.

A DMB 2023, coordenada pelo pesquisador Mário Scheffer, professor livre-docente do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP, foi formulada a partir de três eixos principais: estudos demográficos da população médica, estudos sobre formação e profissão médica e inquéritos sobre Residência Médica e trabalho médico no Brasil.

César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira, destaca o suporte institucional oferecido para a nova edição da DMB, por meio da disponibilização dos dados anonimizados dos associados da entidade, dentre outras informações. Temos orgulho de participar ativamente desta edição da Demografia Médica, que oferece dados de relevância nacional e importantes subsídios a todos os gestores públicos e privados comprometidos com a valorização da medicina e a saúde da população, enfatiza.

Para a professora Eloisa Bonfá, diretora da Faculdade de Medicina da USP, a Demografia Médica tem se revelado importante fonte de informações dirigida a pesquisadores, veículos de comunicação, entidades e órgãos governamentais. É fundamental para o planejamento do sistema de saúde tomar conhecimento do número, do perfil e da distribuição dos médicos e médicas no Brasil, das mudanças na graduação de Medicina, na Residência Médica e na oferta de especialistas, assim como acompanhar as transformações no mercado de trabalho médico, afirma.

Além da AMB, a produção da Demografia Médica no Brasil 2023 também contou com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), FFM (Fundação Faculdade de Medicina), Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e Ministério da Saúde.

Médicos especialistas e especialidades médicas

Em 2022 o Brasil possuía 321.581 médicos com ou mais títulos de especialistas, o que representa 62,5% dos profissionais em atividade no país. Os demais 37,5% eram médicos generalistas, ou seja, sem titulação em nenhuma especialidade.

O número total de registros de médicos titulados no país chega a 495.716, o que representa 84% a mais em relação aos 268,2 mil registros existentes em 2012. Trata-se de um dado inédito e relevante da Demografia Médica, resultado da expansão da Residência Médica no Brasil e da atuação da AMB e de suas filiadas sociedades de especialidade que concedem títulos de especialistas.

Um mesmo médico pode ter título ou ter concluído Residência Médica em mais de uma especialidade e, por isso, o número de títulos em especialidades é maior que o número de indivíduos especialistas.

O estudo considerou as 55 especialidades médicas reconhecidas pela Comissão Mista de Especialidades, composta por representantes da Comissão Nacional de Residência Médica, Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira.

A defasagem entre os egressos de cursos de medicina e vagas de Residência Médica de acesso direto aumentou no período analisado pela Demografia Médica. Essa diferença, que era de 3.866 vagas em 2018, passou para 11.770 vagas em 2021. Considerando que a oferta de vagas de graduação em medicina vem aumentando no país, em curto prazo o número de médicos sem formação especializada deverá aumentar ainda mais, caso não haja ampliação de vagas de Residência Médica.

As especialidades com maior número de registros de especialistas são Clínica Médica, com 56.979 médicos, Pediatria (48.654), Cirurgia Geral (41.547), Ginecologia e Obstetrícia (37.327), Anestesiologia (29.358), Ortopedia e Traumatologia (20.972), Medicina do Trabalho (20.804) e Cardiologia (20.324). Juntas, essas oito especialidades representam mais da metade (55,6%) do total de registro de especialistas.

Um segundo grupo, de cinco especialidades - Oftalmologia, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Psiquiatria, Dermatologia e Medicina de Família e Comunidade, soma 14,4% do total de especialistas. Assim, 13 das 55 especialidades médicas existentes no Brasil reúnem 70% dos registros de especialistas.

No período entre 2012 e 2022, algumas especialidades como Clínica Médica, Medicina de Família e Comunidade, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Medicina Legal e Perícia Médica, Cirurgia de Mão, Medicina de Tráfego, Angiologia, Geriatria, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Neurologia, Genética Médica e Mastologia pelo menos dobraram o número de especialistas.

Outras 15 especialidades se destacaram, com crescimento entre 80% e 100%. São elas, Ortopedia e Traumatologia, Cirurgia Vascular, Endocrinologia e Metabologia, Cirurgia do Aparelho Digestivo, Dermatologia, Reumatologia, Patologia, Nefrologia, Medicina Intensiva, Medicina Esportiva, Cirurgia Geral, Endoscopia, Psiquiatria, Infectologia e Oftalmologia.

Os homens são maioria em 36 das 55 especialidades médicas e as mulheres predominam em 19 delas. As especialidades mais femininas são Dermatologia, Pediatria, Alergia e Imunologia, Endocrinologia e Metabologia e Genética Médica. As especialidades mais masculinas são Urologia, Ortopedia e Traumatologia, Neurocirurgia, Cirurgia Cardiovascular e Cirurgia do Aparelho Digestivo.

A especialidade com maior número de mulheres é a Dermatologia: são 8.236 médicas, o que representa 77,9% dos dermatologistas do país. Outras especialidades com grande proporção de mulheres são Pediatria (75,6%), Alergia e Imunologia e Endocrinologia e Metabologia, ambas com 72,1%.

Em nove das 55 especialidades, os homens são mais de 80%. As mulheres são minoria em todas as especialidades cirúrgicas, caso da Cirurgia Geral, em que representam menos de 25% do total de especialistas.

Em 34 das 55 especialidades médicas existentes no Brasil, a média de idade dos médicos especialistas é inferior a 50 anos.

No Sul do país, 68% dos médicos possuem alguma especialidade. Já no Centro-Oeste 63,4% dos profissionais são médicos especializados, enquanto no Sudeste são 63,3%, no Norte, 57,2% e no Nordeste, 52,3%.

O Distrito Federal possui a maior proporção de médicos especialistas em relação ao total de profissionais (72,7%), enquanto o Amapá registra a menor (40,4%).

Em relação à Força de Trabalho Cirúrgica - que inclui cirurgiões, anestesiologistas e obstetras, a Demografia Médica aponta que, no Brasil, há uma densidade de 66 especialistas por 100.000 habitantes, mais do que o triplo do recomendado pela Lancet Commission On Global Surgery, que é de 20 por 100 mil.

Contudo, também nesse quesito há disparidade na distribuição territorial. Enquanto no Distrito Federal e no Estado de São Paulo, a FTC tem razões, respectivamente, de 151,5 e 85,4 por 100.000 habitantes, no Maranhão e no Acre os índices são de 26,7 e 28,6.

Aumento de médicos no Brasil

Nos últimos 13 anos, de 2010 a 2023, mais de 250 mil novos médicos (251.362) entraram no mercado de trabalho no Brasil, resultado direto da abertura de cursos e de vagas de graduação em medicina.

Em janeiro de 2023 o país contava com 562.229 médicos inscritos nos 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), o que corresponde a uma taxa nacional de 2,6 médicos por 1.000 habitantes. Na mesma data, o total de registros médicos chegava a 618.593.

Essa diferença entre o quantitativo de indivíduos médicos e o de registros se refere aos profissionais que possuem inscrições em mais de um CRM, seja porque trabalham em cidades de diferentes estados ou porque se deslocam temporariamente a outro estado.

No ano 2000 o Brasil contava com 239.110 médicos. Enquanto o número de profissionais mais do que dobrou até 2023, a população geral do país cresceu em torno de 27%.

Duas regiões do país possuem número de médicos em relação à população inferior à média nacional. No Norte há 1,45 médico por 1.000 habitantes e, no Nordeste, 1,93.

Já as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil possuem razões de 3,39, 3,10 e 2,95 médicos por 1.000 habitantes, respectivamente.

Os estados brasileiros que possuem maior densidade de médicos por 1.000 habitantes são o Distrito Federal (5,53), Rio de Janeiro (3,77), São Paulo (3,50) e Santa Catarina (3,05). As menores densidades são encontradas no Pará (1,18 médico por 1.000 habitantes), Maranhão (1,22) e Amazonas (1,36).

Os dados da Demografia Médica ainda mostram que os médicos se concentram nas capitais brasileiras que, somadas, reúnem 312.246 médicos de todo o país, o que representa uma razão de 6,13 profissionais por 1.000 habitantes.

Já o grupo de regiões metropolitanas do Brasil (excluindo capitais) possui 44.824 médicos, o que significa 1,14 médico por 1.000 habitantes. Na somatória das cidades que compõem o interior do Brasil, são 225.996 médicos ou 1,84 profissional por 1.000 habitantes.

Ainda é pouco significativa a dispersão territorial ou interiorização de médicos, o que vinha sendo aguardado depois que inúmeros cursos de medicina foram abertos no interior. Pela projeção feita, o Brasil como um todo terá 4,4 mil médicos por mil habitantes em 2035, mas a desigualdade pode até mesmo se intensificar, com mais profissionais se dirigindo para locais onde a concentração já é alta, destaca o documento da Demografia Médica em suas considerações finais.

Projeção da oferta de médicos no Brasil nos próximos anos

Uma das projeções inéditas feitas pela nova edição da Demografia Médica no Brasil 2023 é referente à oferta de médicos em atividade no país nos próximos anos.

Em dois cenários analisados - de eventual congelamento na abertura de cursos de graduação e vagas de medicina entre 2023 e 2029 ou de manutenção dos efeitos da legislação vigente em 2022 em que a abertura de cursos e vagas é regulada e não seria interrompida nos anos seguintes -, a projeção é de que em 2035 haverá entre 1.016.121 e 1.032.753 médicos no Brasil.

Em ambos os cenários o Brasil chegará a 2035 com densidade superior a 4,4 médicos por 1.000 habitantes. E, em qualquer circunstância, a população de médicos no país será, além de mais numerosa, mais feminina, mais jovem e, provavelmente, mais desigualmente distribuída.

Haverá acirramento das disparidades de concentração de médicos. Das 27 unidades da Federação, 18 delas irão apresentar densidade de profissionais por mil habitantes abaixo da média nacional, estimada em 4,4 em 2035. Ou seja, se medidas excepcionais não forem adotadas, estará mantida ou será agravada a desigualdade da distribuição geográfica, o que fará persistir a escassez localizada de profissionais, mesmo em cenário de maior e crescente oferta de médicos, alerta o documento da pesquisa.

Mais mulheres na profissão

O fenômeno da feminização da profissão médica já vinha sendo observado desde 2009 entre os recém-graduados, mas ainda havia, no total da profissão, 59,5% de homens e 40,5% de mulheres. Em 2022 a proporção foi de 51,4% de médicos e 48,6% de médicas. Para 2024 a projeção é de que 50,2% do total de médicos no país sejam mulheres.

Entre 2010 e 2022 o número de mulheres médicas quase dobrou, passando de 133 mil para 260 mil. Entre os homens o crescimento foi mais lento, com acréscimo de 43%.

O estudo também demonstrou desigualdade de renda entre os gêneros. Conforme dados obtidos por meio de declarações junto à Receita Federal referente ao ano-base de 2020, as médicas brasileiras declaram rendimento médio anual 36,3% inferior que os profissionais do sexo masculino.

Ainda de acordo com a projeção do estudo da Demografia Médica, a idade média do médico brasileiro vai cair e, em 2035, mais de 85% dos profissionais terão entre 22 e 45 anos. Também em 2035 haverá 56% de profissionais de medicina do sexo feminino contra 44% do sexo masculino.

Consultas médicas no Brasil

Segundo dados inéditos da Demografia Médica, mais de 600 milhões de consultas médicas são realizadas por ano no Brasil, o que corresponde a pouco mais de 3,13 consultas por habitante/ano (dados relativos a 2019, ano pré-pandemia). O número é menor do que a média dos países que integram a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) - 6,8 consultas por habitante/ano.

Considerando o número de médicos no país, cada profissional realiza, em média, 1.260 consultas anualmente ou 4,5 consultas por dia, em um calendário de 280 dias úteis (excluindo finais de semana e feriados). O número também é menor do que a média dos países que integram a OCDE - 2.122 consultas por médico/ano.

As disparidades relativas a consultas nas diferentes regiões do país e nos setores público e privado de saúde, contudo, são significativas. Em 2019 foram 2,3 consultas por habitante entre usuários do SUS e 3,3 entre clientes da saúde suplementar.

As regiões Sudeste e Sul apresentaram maior proporção de consultas por habitante, chegando a 3,93 e 3,19, respectivamente. As regiões Centro-Oeste (2,86 consultas por habitante), Nordeste (2,38) e Norte (1,86) estão abaixo da média nacional.

Com relação aos estados, São Paulo (4,64 consultas por habitante) e Rio de Janeiro (3,80) se destacam como os estados com maior número de consultas por habitante, seguidos pelo Mato Grosso do Sul (3,62). Tocantins (1,60), Amapá (1,60), Pará (1,76) e Amazonas (1,77) possuem os indicadores mais baixos.

O número de consultas médicas realizadas no SUS em 2019, segundo dados do Datasus , foi de 482,6 milhões, correspondente a 2,12 consultas por habitante.

O indicador varia bastante no território brasileiro. As regiões Norte e Nordeste apresentam razão de consultas SUS por habitante inferior a 2: 1,49 e 1,76, respectivamente.

Em relação aos estados, Amapá (1,20), Piauí (1,25) e Distrito Federal (1,27) apresentaram menor número de consultas médicas por habitante na rede pública. No outro extremo, São Paulo registrou 2,96 consultas SUS por habitante, o que contribui para manter a região Sudeste à frente, com 2,48 consultas por habitante.

Já as regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram indicadores de consultas SUS por habitante de 2,22 e 2,01, respectivamente.

A proporção de consultas médicas por habitante entre os clientes de planos e seguros de saúde, em comparação com as consultas de usuários do SUS, se mostra superior em todas as grandes regiões do país.

A região Sudeste apresenta o maior número de consultas por usuários de plano privado, com 3,62 atendimentos por habitante, chegando a 4,59 no Espírito Santo e a 3,91 em São Paulo. O Nordeste foi a segunda região com maior número de consultas por usuários de planos de saúde (3,25 por habitante), seguida das regiões centro-oeste (2,67) e Sul (2,61).

Já a região Norte, assim como ocorreu nas consultas SUS, foi a que apresentou a menor razão de consultas por habitante entre usuários de planos privados de saúde (2,02).

A expansão dos cursos de medicina no Brasil e o perfil dos estudantes

Segundo a Demografia Médica, de 2013 a 2022 foi registrada a maior expansão do ensino médico da história do Brasil.

Em 2022 o Brasil contava com 389 escolas médicas que, juntas, ofereciam 41.805 vagas de graduação. Desse total, 23.287 novas vagas foram abertas de 2013 em diante. O aumento foi quase quatro vezes maior do que o registrado entre 2003 e 2012, quando foram autorizadas 5.990 vagas.

Uma das principais características da expansão da oferta de graduação médica nos últimos 20 anos no Brasil foi a abertura de vagas predominantemente no setor privado de educação.

Nesse período, enquanto as novas vagas de medicina em universidades públicas passaram de 5.917 em 2003 para 9.725 em 2022 (aumento de 64%), as vagas em escolas médicas do setor privado subiram de 7.001 para 32.080 (crescimento de 358%).

Proporcionalmente, a participação das instituições públicas no ensino médico atingiu seu menor patamar histórico em 2022, quando menos de um quarto das vagas foram ofertadas em 121 escolas públicas, enquanto as vagas nos 268 cursos privados representaram 77% do total. No Sudeste brasileiro, que concentra quase metade de todos os postos de graduação em medicina no Brasil, apenas 16,6% das vagas estão em instituições públicas.

Entre 2010 e 2020 o número de alunos cursando o primeiro ano de escolas médicas passou de 16.818 para 40.881, o que representa crescimento de 143% no período, resultado da ampla abertura de novos cursos de graduação no país.

As mulheres foram maioria entre os alunos do primeiro ano de medicina no período analisado pela Demografia Médica, representando 54,9% do total de estudantes em 2010 e 61,4% em 2019.

A Demografia identificou um aumento da população negra - soma de alunos que se declararam pretos e pardos -, de 1.483 estudantes de medicina em 2010 para 9.326 em 2019.

Além disso, cresceu a participação de estudantes de medicina entre aqueles que cursaram o ensino médio em escolas públicas, de 25,9% do total em 2010 para 29,8% em 2019.

Oferta e distribuição de Residência Médica

Em 2021, 4.950 programas de RM estavam credenciados no Brasil. Naquele ano, os 41.853 médicos que cursavam Residência Médica representavam cerca de 8% do total de médicos em atividade no país.

O estado de São Paulo concentra 33,3% de todos os residentes, seguido por Minas Gerais (11,1%), Rio de Janeiro (10%) e Rio Grande do Sul (7,1%). Das 27 unidades da Federação, 11 possuem menos de 1% do total de residentes do país. Desses, à exceção do Mato Grosso, todos se localizam nas regiões Norte e Nordeste.

Cerca de 46% das instituições que oferecem RM se concentram na região Sudeste, onde está metade dos programas credenciados.

O Distrito Federal é a unidade federativa com maior densidade de médicos residentes por 100.000 habitantes (44,92), seguido por São Paulo (29,86), Rio Grande do Sul (25,84) e Rio de Janeiro (24,06). No outro extremo, o estado do Maranhão apresenta a densidade mais baixa (4,57), seguido por Amapá (5,13) e Pará (7,10).

Em 2021, cerca de 43% dos médicos residentes cursavam programas em quatro especialidades: Clínica Médica (14,2%), Pediatria (10,87%), Ginecologia e Obstetrícia (9,15%) e Cirurgia Geral (9,08%).

Entre 2018 e 2021 o número de médicos que cursavam Residência Médica no Brasil passou de 38.681 para 41.853.

Ao comparar a oferta nacional de vagas de primeiro ano de Residência Médica com o número de profissionais que concluíram medicina no ano anterior percebe-se um descompasso entre a formação especializada e o ensino de graduação. Em razão da intensa abertura de cursos de medicina, as vagas de R1 disponíveis no Brasil não têm sido suficientes para formar especialistas em quantidade equivalente aos novos registros de médicos formados no ano anterior.

Ainda conforme a nova Demografia Médica no Brasil, apenas 24,6% dos médicos residentes entrevistados afirmaram ter intenção de trabalhar majoritariamente ou exclusivamente no SUS (Sistema Único de Saúde) no prazo de um ano após a conclusão da residência. No cenário de após cinco anos da conclusão da RM, a intenção de trabalhar majoritariamente ou exclusivamente no SUS cai para cai para 12,1% dos entrevistados.

A maioria dos residentes (55,7%) pretende, um ano após a formação, manter exercício profissional de dupla prática, dividindo a atuação profissional entre os serviços público e privado. Porcentagem semelhante (49%) pretende manter essa inserção público-privada após cinco anos de formado.

Cerca de 20% dos residentes entrevistados revelaram a intenção de trabalhar majoritariamente ou integralmente no sistema privado após um ano da conclusão do curso. Essa proporção sobe para 40% quando questionados sobre a intenção de local de trabalho cinco anos após a conclusão da RM.

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O HOJE

A arte e o fascínio da medicina no Papo Xadrez

O cirurgião e deputado federal conta detalhes sobre a vida política e a carreira médica

Por: Everton Antunes

No 50º episódio do Papo Xadrez, realizado na segunda-feira (6/2), os apresentadores Ananda Leonel e Felipe Cardoso contaram com a presença de Zacharias Calil Hamu – médico pediatra, cirurgião e deputado federal pelo partido União. Reeleito com quase 88 mil votos, o parlamentar e, sobretudo, doutor traz ao programa boas doses de informação e detalhes da carreira. 

O Médico, que é mundialmente conhecido por intervenções cirúrgicas em gêmeos xifópagos – ou siameses –, consagrou-se pela separação das irmãs Larissa e Lorrayne, no Hospital Materno-Infantil, em Goiânia. Ao papo, o pediatra conta que operou cerca de 22 gêmeos siameses e, até mesmo, avaliou casos internacionais no México, por exemplo.  

De origem humilde, o deputado nasceu em Goiânia, no ano de 1953, embora sua família seja de Ribeirão Preto – município localizado no interior do estado de São Paulo. Ainda na infância, Zacharias mudou-se para o município paulista, porém, entre idas e vindas a Goiânia, foi aprovado no vestibular de medicina da UFG.

“Eu sonhava com medicina, principalmente com cirurgia”, relembra o doutor. Para ele, os processos cirúrgicos são como um diligente processo artístico, que pode ser classificado como “fascinante”. 

No ano de 1979, o então estudante de medicina do 4º período conheceu o atual Governador, Ronaldo Caiado. Ao lado do político, o doutor Zacharias atuou em plantões médicos e revela que desenvolveu uma relação profissional que, mais tarde, gerou o forte compromisso da gestão com a saúde goiana. 

O médico também realizou operações em caráter de urgência durante o período como residente e descobriu na cirurgia a sua vocação. “É uma especialidade muito bonita, te dá uma realização muito grande operar uma criança com uma hora de vida e, de repente, você a encontra na rua com 30 anos de idade”, afirma.

É em 1986, após atender em hospitais de Brasília, que Zacharias retorna a Goiânia e se estabelece no Hospital Materno-Infantil. A partir daí, o cirurgião explica que decidiu seguir o caminho da Saúde Pública e, durante alguns meses, chegou a realizar algo em torno de 120 cirurgias pelo SUS. 

Durante a conversa, o doutor recorda casos que o projetaram a nível internacional e traz detalhes das operações, além de recordar momentos que o comoveram – a exemplo da morte de Arthur, após a separação do irmão, Heitor. O doutor comemora os avanços que as tecnologias possibilitaram aos procedimentos cirúrgicos: “você opera com mais segurança”, diz. 

Em caso mais recente, Zacharias Calil comenta sobre a cirurgia das gêmeas Heloá e Valentina, que comoveram o estado no início deste ano. “A Valentina teve um problema sério, porque começou a apresentar um quadro neurológico severo, o que a gente chama de um mal epiléptico”, esclarece. 

No entanto, o pediatra declara que a criança respira por catéter nasal e que, apesar das complicações, a recuperação de Valentina é positiva e acompanhada de maneira extensiva por toda a equipe de enfermagem. O doutor ainda comenta sobre a importância do contato de Heloá com Valentina, após a sua recuperação.

Sobre o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (HECAD), o deputado elogia as conquistas na promoção de saúde acessível à população goiana. “Hoje, no Brasil, não há um hospital como o HECAD, e tudo pelo SUS”, comemora. 

Antes sob ameaça de inundação e abandono, o Hospital Materno-Infantil encontrava-se debilitado, porém o doutor observa que destinou emendas para criar pólos de saúde infantil em Goiás, como o HECAD. “Tive grandes oportunidades, aprovei projetos” e, ainda, “eu sou médico e, como segunda opção, político”, ressalta o doutor sobre o seu compromisso com a saúde. 

Além disso, o médico estabelece que é preciso “valorizar e fortalecer o SUS, é muito importante para a saúde da população”. Ele também aponta que uma melhor remuneração dos profissionais da rede pública e a abertura de concursos na área são alguns dos caminhos para o fortalecimento da medicina goiana.

Ao podcast, o doutor Zacharias contou sobre sua trajetória na pediatria e reafirmou o seu compromisso com a população goiana e o acesso à saúde de qualidade. É possível conferir alguns trechos da entrevista no instagram do Papo Xadrez, ouvir o podcast pelo Spotify e, ainda assistir à entrevista completa no canal do YouTube, ‘Papo Xadrez’.

Nos últimos episódios

Zacharias Calil Hamu, médico e cirurgião pediatra, está na 50ª transmissão ao vivo do podcast ‘Papo Xadrez’. Zacharias se junta aos outros 57 convidados que estiveram nos estúdios do jornal ‘O Hoje’ de frente com os apresentadores Ananda Leonel e Felipe Cardoso. Dos encontros dedicados ao mundo da música e seus bastidores, aos episódios sobre a indústria da moda: nenhuma pauta fica de fora do ‘Papo Xadrez’.

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A REDAÇÃO

Saúde nega que estudantes de Cmei, em Goiânia, estejam com rubéola

"O diagnóstico das quatro crianças foi negativo para rubéola, sarampo e dengue", esclareceu a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta quarta-feira (8/2), acerca da suspeita de que estudantes de um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei), localizado na região Sudoeste de Goiânia, estivessem com a doença infect-contagiosa. A pasta disse ainda que os alunos continuarão sendo acompanhados.

"A  SMS recebeu, do Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO), os resultado dos exames das quatro crianças em questão e todos deram negativo para a doença", traz o documento. De acordo com a pasta, foi averiguada ainda a possibilidade dos alunos estarem com sarampo ou dengue - o que também foi descartado.

Na terça-feira (7/2), a SMS já havia dito que “seguiu os protocolos sanitários previstos para casos suspeitos, que inclui o afastamento dos estudantes até a confirmação ou não do caso e segue acompanhando o caso e orientando as instituições sobre a importância do cumprimento dos protocolos de biossegurança.”

Com o resultado negativo dos exames, a SME informou que a unidade de ensino receberá uma pulverização contra o mosquito aedes aegypt. “A ação ocorrerá na sexta-feira (10/2). As crianças, segundo o atestado médico, já podem retornar à unidade de ensino”, explicou. Além disso, destacou que o Brasil é considerada área livre da circulação do vírus.

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JORNAL OPÇÃO

Caiado anuncia recursos extra para diminuir fila de cirurgias eletivas

Conselho de Secretarias Municipais se reunirá para traçar planejamento que visa atender cirurgias eletivas, exames complementares e consultas especializadas em todo o Estado

O governador Ronaldo Caiado anunciou ontem, 7, durante lançamento da segunda etapa da ampliação do Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hetrin), a destinação de R$ 20 milhões em recursos estaduais, já previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para redução das filas de espera por cirurgias eletivas em Goiás. “Vamos trabalhar dobrado para que a população tenha certeza de que o dinheiro existe e, quando é bem aplicado, os resultados são esses”, afirmou.

Na última segunda, 6, o Governo Federal publicou portaria que institui a Política foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Com essa ação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Nísia Trindade (Saúde) lançaram o Programa Nacional de Redução das Filas, que destinará R$ 600 milhões em apoio aos estados e municípios que aderirem à iniciativa. Deste montante o MS irá destinar cerca de R$ 20,2 milhões para o Estado de Goiás.

Ao Jornal Opção a secretária-executiva do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (COSEMS-GO), Jaqueline Oliveira, explicou que desde o anúncio do Ministério da Saúde a entidade, que congrega secretários e técnicos da Saúde dos 246 municípios goianos e também da Secretaria de Estado de Saúde dialogam para fazer o diagnóstico das demandas que irá culminar em um plano de ação a ser apresentado ao órgão federal.

De acordo com Jaqueline Oliveira, uma reunião do colegiado para deliberar sobre os pontos da proposta, entre outras questões técnicas e administrativas, está prevista para o próximo dia 28 ou dia 1º de março e terá como pauta o levantamento das principais necessidade de atendimento de cada município e região (para formar uma espécie de fila unificada), bem como capacidade instalada para atendimento ao cidadão o mais próximo de sua residência.

“Com a pandemia muita coisa ficou represada. Precisa fazer uma atualização do cadastro das filas e rever os casos que aguardam há muito tempo com novos exames e consultas pré-operatórias, se necessárias. Com o plano anunciado para redução de filas teremos maior equidade para que todas as regiões do estado possam ser atendidas em suas necessidades de cirurgias em detrimentos de grandes centros, como acontecia com a Região Metropolitana”, explicou.

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PORTAL G1

Cantor de rap morre aos 29 anos após infecção bacteriana em Goiás

Segundo a família, Otavio Tavares ficou seis dias internado e teve uma parada cardíaca. Ele era conhecido como "T Jotta".

O cantor de rap Otavio Tavares, conhecido como "T Jotta", morreu após ter uma infecção bacteriana. A morte do jovem de 29 anos, que morava em Anápolis, foi confirmada ao g1 pela família.

De acordo com os familiares, o cantor tinha uma doença autoimune e, quando teve a infecção bacteriana, ficou sem resistência.

Ainda segundo a família, a infecção teria evoluído para uma "sepse", uma reação do organismo à infecção que, em último caso, pode causar falência dos órgãos.

Os familiares contaram que o jovem chegou a ser internado e ficou em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por seis dias. Ele morreu após ter uma parada cardíaca na terça-feira (7).

Cantor e compositor, T Jotta utilizava as redes sociais para divulgar seus shows, músicas e clipes que eram lançados.

Ainda nas redes sociais, diversos amigos e familiares lamentaram a partida e expressaram carinho pelo jovem.

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NOTÍCIAS DO ES

Baixa adesão à vacina contra o HPV preocupa especialistas

Muito menor do que o esperado. Esse foi o resultado registrado pelo Programa Nacional de Imunização sobre a campanha de vacinação contra o HPV, uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode evoluir para cânceres bastante agressivos, como o de colo de útero. A baixa adesão à vacina leva o Ministério da Saúde a prever, para 2023, mais de 17 mil novos casos. Ainda de acordo com o Governo Federal, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres, ocupando o terceiro lugar nas causas de morte, quando comparados aos outros tipos. Em breve pesquisa na plataforma DataSUS, em 2022, 28% das meninas entre 9 e 14 anos receberam a vacina, enquanto que somente 20% dos meninos, entre 11 e 14 anos, foram imunizados. Os especialistas alertam para essa baixa adesão e acreditam que a falta de informação sobre o imunizante é um dos fatores.

Pesquisadores da Escola de Enfermagem da UFMG entrevistaram cerca de 159 mil estudantes brasileiros entre 13 e 17 anos, sobre o motivo para não terem recebido a vacina. "Não sabiam que tinha que tomar" foi a resposta de mais de 45% dos entrevistados. A ginecologista e cooperada da Unimed-BH, Cristiana Fonseca Beaumord, alerta ainda para outro motivo para a baixa adesão: "Muitas famílias acreditam que, dando a vacina para os seus filhos adolescentes, estariam estimulando a um início precoce da vida sexual", explica a médica. Na visão dela, esse motivo é uma inverdade e recheada de falsas informações. Ela reforça que, quando tomada no momento certo, a vacina tem uma resposta muito mais eficaz para a prevenção de ISTs e de cânceres adquiridos por esses vírus invasores. "a chance de evoluir para um câncer invasor é próxima de zero, se a vacina contra o HPV for tomada na faixa etária indicada", afirma Cristina.

Ela afirma que, quando a campanha era feita com o apoio das escolas públicas, o resultado era mais favorável e que ainda é tímida a campanha nos veículos de grande circulação, levando a chancela do Ministério da Saúde. "Quando não damos visibilidade às informações verdadeiras sobre assuntos sérios, esse hiato é tomado pela desinformação", conclui. Sobre o HPV e o seu imunizante De acordo com a ginecologista, o HPV (papiloma vírus humano) pode ser fator de risco para o aparecimento de tumores tanto em mulheres, quando em homens. É o vírus responsável pelo câncer de colo de útero e, também, pelos cânceres de vulva, vagina, alguns tipos que acometem o ânus, o reto, o pênis e a orofaringe. O Programa Nacional de Imunização (PNI) inclui a vacina contra o HPV para meninos e meninas de 9 a 14 anos, de acordo com última atualização do Ministério da Saúde, em setembro de 2022. Além desses, pessoas até 45 anos que convivam com HIV/Aids, sejam transplantadas ou pacientes oncológicos podem tomar três doses do imunizante nos postos de saúde.

Para aqueles que não se encaixam nesses quesitos, o imunizante é encontrado em clínicas e laboratório particulares. A vacina é indicada para pessoas de até 45 anos, mesmo aquelas que já tiveram HPV.

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SAÚDE BUSINESS

Anahp mostra aumento de glosas e no prazo médio de recebimento

A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) divulgou, no último dia 6, que a glosa saiu de um percentual de 3,63 da receita líquida dos hospitais associados à Anahp para 4,51 no último ano. Já o prazo médio de recebimento saiu de 68,26 para 75,80 dias. A publicação Indicadores Hospitalares Anahp apresenta os resultados computados entre janeiro e novembro de 2022, comparando com o mesmo período do ano anterior.

Para o diretor-executivo da Anahp, Antônio Britto, os números confirmam o que tem sido uma reclamação diária dos hospitais associados, que é o crescimento no volume de glosas apresentadas pelas operadoras.

“Reconhecemos a importância de as contas hospitalares passarem pela análise das operadoras, até para encontrar eventuais inconsistências e solicitar ao hospital esclarecimentos. Na prática, porém, o que vem acontecendo é a dinâmica de um sistema em que são glosadas, em muitos casos, contas em um volume tão grande que desequilibram a relação entre as operadoras e hospitais, impactando no fluxo de caixa dos prestadores”, explica Britto.

Já sobre a importância de um prazo de recebimento adequado, o executivo citou a dificuldade encontrada pelos hospitais ao fazerem gastos em um determinado momento e essa conta levar meses para ser paga pela operadora.

“O setor hospitalar conhece as dificuldades que estão sendo vividas pelas operadoras com aumento de sinistralidade e a redução dos resultados operacionais. Mais do que isso, temos procurado ser parceiros na busca por soluções estruturais. Porém, as dificuldades que estão sendo vividas neste momento não podem servir para uma política deliberada de imposição de glosas”, afirma.

De acordo com Britto, cada operadora tem o seu sistema e as suas práticas, o que torna o processo de apresentar as contas hospitalares altamente complexo. “Basta saber que 60% das glosas são questões administrativas. Às vezes, um equívoco sobre um detalhe, troca de algarismo”, reitera.

Seção exclusiva na Anahp

Como parte das novidades previstas para 2023, a Anahp lançou, em seu novo site, uma seção exclusiva com um conjunto de Indicadores Hospitalares. A área possui funções interativas e permite que o usuário selecione o tema de interesse, informe quais indicadores gostaria de visualizar e possibilita também comparações de séries históricas.

A mudança faz parte de um conjunto de iniciativas para dar mais transparência e acesso às informações qualificadas por meio da transformação digital. Há mais de 15 anos, a Anahp compartilha anualmente com o mercado os indicadores de desempenho de suas instituições associadas por meio do Observatório Anahp.

Para ampliar a capacidade de análise e identificação das tendências do setor, a entidade também divulga um grupo selecionado de indicadores mensalmente, com o objetivo de disponibilizar informações relevantes sobre qualidade hospitalar, assistência operacional, gestão de pessoas e índices econômico-financeiros. 

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Assessoria de Comunicação

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça determina que não é obrigatória a presença de farmacêutico em dispensário de medicamentos de hospital ou de clínica.

 

Por isso, o juízo da 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) manteve a sentença que anulou o auto de infração expedido pelo Conselho de Regional de Farmácia do estado de Rondônia (CRF/RO) contra o município de Jaru/RO em razão de a Farmácia Básica Municipal, localizada nas dependências do hospital da cidade, não possuir responsável técnico farmacêutico.

Em seu recurso ao Tribunal, o CRF/RO sustentou que após a vigência da Lei nº 13.021/2014 drogarias, farmácias de qualquer natureza — públicas ou privadas — voltadas ou não ao comércio — estão igualadas em obrigações, devendo todas manterem profissional farmacêutico durante o funcionamento do estabelecimento.

O relator, desembargador federal Hercules Fajoses, ao analisar o caso, destacou que o Superior Tribunal de Justiça, em julgamento submetido ao regime do art. 543-C do Código de Processo Civil de 1973 (recursos repetitivos), reconheceu que: "não é obrigatória a presença de farmacêutico em dispensário de medicamentos de hospital ou de clínica, prestigiando — inclusive — a aplicação da Súmula nº 140 do extinto Tribunal Federal de Recursos".

Segundo o magistrado, conforme demostrado nos autos, a Farmácia Básica Municipal, localizada nas dependências do Hospital Municipal de Jaru, unidade hospitalar com menos de 50 leitos, funciona como mero dispensário de medicamentos.

Com isso, o Colegiado, por unanimidade, negou provimento ao recurso do CRF/RO nos termos do voto do relator. *Com informações da assessoria de comunicação do TRF-1. 

Processo: 1001872-23.2019.4.01.4100

Fonte: Conjur

Até 2050, cerca de 10 milhões de mortes ao ano podem ser registradas no mundo em razão do surgimento e da propagação de supermicróbios – cepas de bactérias que se tornam resistentes a antibióticos conhecidos.

O alerta é do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que defende reduzir a poluição gerada pelos setores farmacêutico, agrícola e de saúde como estratégia essencial para combater a chamada resistência antimicrobiana.

De acordo com o relatório Preparando-se para os supermicróbios: fortalecendo a ação ambiental na resposta à resistência antimicrobiana pela abordagem de saúde única, divulgado hoje (7) pela entidade, o custo econômico da resistência antimicrobiana poderia resultar em uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) global de pelo menos US$ 3,4 trilhões de dólares até 2030, empurrando 24 milhões de pessoas para a extrema pobreza.

O documento destaca que os supermicróbios já causam sério impacto na saúde humana, de animais e de plantas e defende uma resposta multisetorial de saúde. “Devemos permanecer focados em reverter a maré nesta crise, aumentando a conscientização e colocando este assunto de importância global na agenda das nações”, destacou a presidente do Grupo de Lideranças Globais sobre Resistência Antimicrobiana, Mia Amor Mottley.
Entenda

De acordo com o Pnuma, o desenvolvimento e a propagação dos supermicróbios acontece quando medicamentos antimicrobianos usados para prevenir e tratar infecções em humanos, animais e plantas perdem sua eficácia e a medicina moderna, consequentemente, perde sua capacidade de tratar até mesmo infecções leves.

A resistência antimicrobiana aparece na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das dez principais ameaças globais à saúde. Em 2019, 1,27 milhões de mortes foram atribuídas diretamente a infecções resistentes a medicamentos em todo o mundo, enquanto 4,95 milhões foram associadas à resistência antimicrobiana.

“A tripla crise planetária implica em temperaturas mais altas e padrões climáticos extremos, mudanças no uso do solo que alteram sua diversidade microbiana, assim como poluição biológica e química. Tudo isso contribui para o desenvolvimento e a disseminação da resistência antimicrobiana”, destacou o Pnuma.

“A poluição do ar, do solo e dos cursos d’água mina o direito humano a um ambiente limpo e saudável. Os mesmos fatores que causam a degradação do meio ambiente estão agravando o problema da resistência antimicrobiana. E os impactos da resistência antimicrobiana podem destruir nossa saúde e nossos sistemas alimentares”, avaliou a diretora-executiva da entidade, Inger Andersen.
Ações

Dentre o conjunto de medidas sugeridas pelo relatório para o enfrentamento dos supermicróbios estão:

Multiplicar os esforços globais para melhorar a gestão integrada dos recursos hídricos, como promover o abastecimento de água, o saneamento e a higiene;

estimular que países integrem um enfoque ambiental aos planos de ação em nível nacional relacionados com o meio ambiente, como programas nacionais de gestão de resíduos e poluição por químicos e planos de ação em matéria de biodiversidade nacional e planejamento frente à mudança climática;

estabelecer padrões internacionais relativos a indicadores microbiológicos adequados de resistência antimicrobiana a partir de amostras ambientais;

explorar opções para redirecionar investimentos, estabelecer incentivos e esquemas financeiros inovadores, bem como justificar o investimento no sentido de garantir financiamento sustentável, incluindo a alocação de recursos internos suficientes para enfrentar os supermicróbios;

reforçar o monitoramento e a vigilância ambiental, bem como priorizar a pesquisa para fornecer mais dados e evidências que fundamentem melhores intervenções.

“A resistência antimicrobiana requer uma resposta de saúde única que reconheça que a saúde das pessoas, dos animais, das plantas e do meio ambiente estão intimamente ligados e são interdependentes. A prevenção está no centro da ação necessária para deter o surgimento da resistência antimicrobiana e o meio ambiente é uma parte fundamental da solução”, concluiu o relatório.

 

Fonte: Agência Brasil

 

 

Quarta, 08 Fevereiro 2023 07:50

CLIPPING AHPACEG 08/02/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Inconstitucionalidades e custeio do piso da enfermagem

Bolsa Família exigirá atestado de vacinação de crianças, afirma Lula

Segunda etapa da ampliação do Hetrin é entregue em Trindade

Covid-19: Goiás registra 1.125 casos e 9 mortes nas últimas 24 horas

ONU: supermicróbios podem causar 10 milhões de mortes ao ano até 2050

Gatilhos emocionais podem desencadear diabetes, como no filho de Marília Mendonça

Saúde convoca população para vacinar contra Covid-19 antes do Carnaval

Secretário anuncia reforço do Mais Médicos na crise Ianomâmi e afirma: 'Muita gente vai ser presa'

Estudo apresenta descobertas inesperadas sobre a ligação entre álcool e demência

Filas de cirurgias precisam ser monitoradas pelo SUS

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Inconstitucionalidades e custeio do piso da enfermagem

É necessário que haja garantias efetivas de custeio não só para o setor público, mas também para o privado

A questão do piso nacional da enfermagem, que aflige o setor de saúde como uma bomba-relógio, continua sem solução razoável. As medidas legislativas adotadas para retirar os entraves constitucionais à aplicação da Lei 14.434/2022 não sanaram os seus principais problemas.

E a prestidigitação orçamentária que se seguiu, visando superar os problemas de custeio que deram causa à suspensão liminar da lei pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), não afastou o temor de que faltarão recursos para cobrir um aumento de custos com salários estimados em R$ 16 bilhões anuais.

O receio – compartilhado por estados, municípios, Santas Casas e
instituições privadas da saúde, com ou sem fins lucrativos – é de que a adoção do piso leve a uma explosão dos orçamentos públicos, a dispensas em massa e ao fechamento de estabelecimentos de saúde.

A recém-promulgada Emenda Constitucional 127/22 não desatou o nó do custeio ao direcionar para tal fim recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social do Pré-Sal. Conforme expressou em nota pública a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), os superávits dos fundos são incertos, enquanto o pagamento do piso deverá ser feito com ou sem superávit.

Além disso, como nenhum recurso novo foi efetivamente criado pela emenda,
qualquer eventual uso de saldos desses fundos amplia automaticamente os gastos públicos em um orçamento que sabidamente não tem espaço para gastos adicionais nem previsão de pagamentos de aumentos salariais nos valores exigidos pela lei do piso.

A existência desses saldos é meramente contábil e seu uso precisa estar
autorizado por um orçamento super apertado. Não à toa os recursos de muitos desses fundos vêm se acumulando e foram recentemente usados apenas como forma de abater dívida pública.

O governo recentemente criou um grupo de trabalho para pensar em uma possível regulamentação, mas os milhares de prestadores de serviços que hoje atendem o SUS, como hospitais filantrópicos e clínicas privadas de diálise, e que eventualmente se beneficiariam desses recursos, ainda não foram chamados para a discussão.

Entre as instituições privadas, os temores em relação ao impacto financeiro do piso também não foram dissipados. Em que pese haver na PEC a previsão de repasse de parte desses recursos para entidades privadas filantrópicas, não há hoje mecanismos que assegurem esse repasse de forma institucional. Sua efetivação dependerá da ação discricionária de gestores públicos que precisam desses recursos para atender a outras demandas prementes da saúde.

Além disso, a solução proposta pela EC 127/22 alcança apenas o SUS e os estabelecimentos que direcionam, no mínimo, 60% de sua atividade
ao SUS.

Não há, até agora, a indicação de fontes de recursos ou compensações para os
mais de 250 mil estabelecimentos de saúde privada com fins lucrativos, em sua maioria de pequeno ou médio porte, que arcarão com um aumento nos custos anuais de, pelo menos, R$ 5,2 bilhões. Vale lembrar que boa parte desse custo será pago pelos mais de 50 milhões de beneficiários de planos de saúde através do aumento de suas mensalidades, com alguns tendo que voltar ao sistema público, onerando o SUS.

Diante desse quadro, entidades representativas do setor privado de saúde reivindicam que, caso a lei prevaleça, apesar de suas inconstitucionalidades, é necessário que haja garantias efetivas de custeio não só para o setor público, mas também para o privado, de forma que se possa viabilizar o pagamento do piso nacional da enfermagem sem mergulhar o setor em uma aguda crise financeira e operacional.

Seria ilusão acreditar que, com as medidas adotadas até aqui, será possível ao setor de saúde fazer frente ao aumento bilionário de custos do piso nacional da enfermagem, sem ajuste dramático no quadro de pessoas empregadas e na qualidade dos serviços.

É fundamental, portanto, que se avance na busca de alternativas realistas que
viabilizem a merecida valorização da categoria dos enfermeiros, sem atropelar a
Constituição e sem colocar em risco a saúde dos estabelecimentos e a sustentabilidade dos sistemas público e privado.

MARCOS VINICIUS OTTONI – Diretor jurídico da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde)

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AGÊNCIA ESTADO

Bolsa Família exigirá atestado de vacinação de crianças, afirma Lula

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, na segunda-feira (6/2), que para receber o Bolsa Família, as famílias beneficiárias deverão demonstrar o atestado de vacinação das crianças em dia. Em evento no Rio de Janeiro na segunda-feira, Lula criticou o antecessor, Jair Bolsonaro, por ter promovido desinformação sobre as vacinas e pediu que os responsáveis levem as crianças para serem imunizadas.

Segundo Lula, o programa passará a contar com três pré-requisitos: as crianças estarem matriculadas na escola, a carteira de vacinação delas em dia e o acompanhamento pré-natal completo das mães que estiverem grávidas. O Bolsa Família passará a ter o valor permanente de R$ 600, com um adicional de R$ 150 por criança abaixo dos seis anos de idade.

O Ministério da Saúde anunciou o lançamento de uma campanha nacional de vacinação. Segundo a ministra Nísia Trindade, ainda não foi possível estimar o impacto da campanha negacionista contra os imunizantes promovido pelo governo Bolsonaro nos índices. Lula cobrou os pais para que levem as crianças e criticou a postura do ex-presidente. "Nós tivemos nos últimos tempos a maior campanha que já vi alguém fazer do negacionismo de uma vacina. Nunca imaginei um presidente mentindo tão descaradamente sobre os benefícios de uma vacina", afirmou Lula, ao falar sobre a vacinação contra a covid-19.

"Pelo amor de Deus, a gente não pode ser ignorante ao ponto de achar que não tem que tomar vacina. Uma mãe que não leva um filho para tomar a vacina contra a paralisia infantil, eu fico me perguntando que amor é esse. Hoje, além da propaganda, é preciso convencer as pessoas. É preciso convencer o pai e a mãe que uma criança tem que tomar vacina para o bem da criança e para o bem da família", disse o presidente.

No evento da segunda-feira, Lula esteve ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) e do governador fluminense, Cláudio Castro (PL) para a inauguração do Super Centro Carioca de Saúde. Com o equipamento, a Prefeitura do Rio promete zerar até julho a fila de pacientes da oftalmologia, hoje de 136 mil pessoas.

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A REDAÇÃO

Segunda etapa da ampliação do Hetrin é entregue em Trindade

O governador Ronaldo Caiado inaugurou, nesta terça-feira (7/2), a segunda etapa da ampliação do Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hetrin), na região Metropolitana de Goiânia. Com a entrega da nova recepção, pacientes passam a ser recebidos em um espaço amplo, confortável e humanizado, com capacidade para 100 pessoas sentadas, fraldário e banheiros com acessibilidade. Já o novo Serviço de Apoio Diagnóstico (SADT) possibilita mais conforto e agilidade na realização de exames. 

Ao lado do secretário da Saúde, Sérgio Vêncio, Caiado conheceu a estrutura e conversou com a população, que continua sendo atendida durante a fase de obras. Ele destacou que a unidade está renovada, bonita e, principalmente, bem equipada. “Nós já trouxemos o tomógrafo, o raio-x digital e agora uma nova recepção. Já podemos atender as pessoas em condição de dignidade, ninguém vai ficar amontoado”, afirmou o chefe do Executivo.

A primeira etapa da obra foi entregue em maio do ano passado com cinco consultórios para atendimento ambulatorial. O tomógrafo, em funcionamento desde junho, representa um aporte de R$ 1,6 milhão. “Isso mostra a condição que nós teremos para absorver o atendimento de saúde com padrão de excelência”, ressaltou o governador. Durante o evento foram entregues 40 autorizações de exames.

A próxima fase da ampliação será o pronto-socorro, que deve ficar pronto em três meses, e a maternidade, cuja previsão de conclusão é para agosto. Ao final dos serviços, o Hetrin terá 149 leitos, entre eles 20 de enfermaria para clínica cirúrgica e 20 de UTI; quatro salas cirúrgicas; cinco quartos de isolamento e três para parto normal. “Uma obra que vai triplicar a capacidade do hospital”, assinalou o secretário Sérgio Vêncio. “Serão quase 800 cirurgias por mês, fazendo com que Trindade possa atender todos os seus pacientes e, eventualmente, até de cidades vizinhas”, acrescentou.

O projeto de ampliação da estrutura física e tecnológica, orçado em R$ 50 milhões, foi integrado com a humanização do ambiente para favorecer o processo terapêutico. “Foi feito um estudo para criar uma ambiência terapêutica no Hetrin. Temos um ambiente muito humanizado”, ressaltou a diretora do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), Maria Caroline Lazarini Dias. A organização social é responsável pela gestão do hospital desde 2019.

O investimento foi comemorado por autoridades locais, como o prefeito Marden Júnior, que destacou a preocupação do Estado com os serviços de saúde no interior. “Regionalização da saúde é respeito ao usuário, é respeito às pessoas”, disse. Também acompanharam a solenidade de inauguração os deputados estaduais George Morais e Cristiano Galnido e a deputada federal Flávia Morais, que destinaram emendas parlamentares para a construção e compra de equipamentos para o Hetrin.

Na ocasião, o governador confirmou a destinação de R$ 60 milhões em recursos estaduais, já previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), para redução das filas de espera por cirurgias eletivas em Goiás e mais R$ 20 milhões advindos de recursos federais. “Vamos trabalhar dobrado para que a população tenha certeza de que o dinheiro existe e, quando é bem aplicado, os resultados são esses”, completou o governador.

OVG Perto de Você

Do lado de fora do hospital, o programa OVG Perto de Você destinou à população 150 enxovais de bebê e 149 unidades do Mix do Bem, alimento de alto valor nutricional desenvolvido pelo Governo de Goiás para distribuição a famílias em situação de vulnerabilidade social. 

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Covid-19: Goiás registra 1.125 casos e 9 mortes nas últimas 24 horas

O território goiano registrou 1.125 novos casos de covid-19 e 9 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Os dados constam no boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) desta terça-feira (7/2). Com as atualizações, o Estado já soma 1.880.302  infecções pelo novo coronavírus e 27.978 óbitos confirmados. 

Além disso, a pasta investiga outros 902.749 casos e 60 mortes para saber se há alguma ligação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus é de 1,49%. 

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AGÊNCIA BRASIL

ONU: supermicróbios podem causar 10 milhões de mortes ao ano até 2050


Até 2050, cerca de 10 milhões de mortes ao ano podem ser registradas no mundo em razão do surgimento e da propagação de supermicróbios – cepas de bactérias que se tornam resistentes a antibióticos conhecidos.

O alerta é do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que defende reduzir a poluição gerada pelos setores farmacêutico, agrícola e de saúde como estratégia essencial para combater a chamada resistência antimicrobiana.

De acordo com o relatório Preparando-se para os supermicróbios: fortalecendo a ação ambiental na resposta à resistência antimicrobiana pela abordagem de saúde única, divulgado hoje (7) pela entidade, o custo econômico da resistência antimicrobiana poderia resultar em uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) global de pelo menos US$ 3,4 trilhões de dólares até 2030, empurrando 24 milhões de pessoas para a extrema pobreza.

O documento destaca que os supermicróbios já causam sério impacto na saúde humana, de animais e de plantas e defende uma resposta multisetorial de saúde. “Devemos permanecer focados em reverter a maré nesta crise, aumentando a conscientização e colocando este assunto de importância global na agenda das nações”, destacou a presidente do Grupo de Lideranças Globais sobre Resistência Antimicrobiana, Mia Amor Mottley.
Entenda

De acordo com o Pnuma, o desenvolvimento e a propagação dos supermicróbios acontece quando medicamentos antimicrobianos usados para prevenir e tratar infecções em humanos, animais e plantas perdem sua eficácia e a medicina moderna, consequentemente, perde sua capacidade de tratar até mesmo infecções leves.

A resistência antimicrobiana aparece na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das dez principais ameaças globais à saúde. Em 2019, 1,27 milhões de mortes foram atribuídas diretamente a infecções resistentes a medicamentos em todo o mundo, enquanto 4,95 milhões foram associadas à resistência antimicrobiana.

“A tripla crise planetária implica em temperaturas mais altas e padrões climáticos extremos, mudanças no uso do solo que alteram sua diversidade microbiana, assim como poluição biológica e química. Tudo isso contribui para o desenvolvimento e a disseminação da resistência antimicrobiana”, destacou o Pnuma.

“A poluição do ar, do solo e dos cursos d’água mina o direito humano a um ambiente limpo e saudável. Os mesmos fatores que causam a degradação do meio ambiente estão agravando o problema da resistência antimicrobiana. E os impactos da resistência antimicrobiana podem destruir nossa saúde e nossos sistemas alimentares”, avaliou a diretora-executiva da entidade, Inger Andersen.
Ações

Dentre o conjunto de medidas sugeridas pelo relatório para o enfrentamento dos supermicróbios estão:

Multiplicar os esforços globais para melhorar a gestão integrada dos recursos hídricos, como promover o abastecimento de água, o saneamento e a higiene;

estimular que países integrem um enfoque ambiental aos planos de ação em nível nacional relacionados com o meio ambiente, como programas nacionais de gestão de resíduos e poluição por químicos e planos de ação em matéria de biodiversidade nacional e planejamento frente à mudança climática;

estabelecer padrões internacionais relativos a indicadores microbiológicos adequados de resistência antimicrobiana a partir de amostras ambientais;

explorar opções para redirecionar investimentos, estabelecer incentivos e esquemas financeiros inovadores, bem como justificar o investimento no sentido de garantir financiamento sustentável, incluindo a alocação de recursos internos suficientes para enfrentar os supermicróbios;

reforçar o monitoramento e a vigilância ambiental, bem como priorizar a pesquisa para fornecer mais dados e evidências que fundamentem melhores intervenções.

“A resistência antimicrobiana requer uma resposta de saúde única que reconheça que a saúde das pessoas, dos animais, das plantas e do meio ambiente estão intimamente ligados e são interdependentes. A prevenção está no centro da ação necessária para deter o surgimento da resistência antimicrobiana e o meio ambiente é uma parte fundamental da solução”, concluiu o relatório.

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Gatilhos emocionais podem desencadear diabetes, como no filho de Marília Mendonça

Leo, filho de Marília Mendonça, desenvolveu diabetes tipo 1 após morte da mãe Reprodução/Instagram

A mãe da cantora Marília Mendonça, Ruth Dias, revelou recentemente que seu neto, Leo, desenvolveu diabetes tipo 1 após a morte da mãe. De acordo com ela, a causa do quadro teria sido de origem emocional, devido à saudade sentida pela criança.

Segundo o endocrinologista Luiz Turatti, do Hospital Moriah, embora o emocional possa estar associado ao surgimento do quadro, a questão não seria a verdadeira causa do diabetes.

"Diabetes emocional é um termo errôneo. O diabetes tipo 1, como o do filho da Marília Mendonça, é uma doença autoimune, que tem seu surgimento associado a condições genéticas. Mas, assim como com infecções, episódios emocionais podem acelerar o processo de desencadeamento da doença e de seu diagnóstico", afirma.

Porém, o endocrinologista explica que o fator emocional pode, sim, influenciar no controle de glicemias. Isso porque episódios de situações que demandam emoções extremas ativam a excreção de hormônios como o cortisol e a adrenalina, que podem aumentar ou diminuir a glicemia do paciente.

O endocrinologista Marcelo Miranda, do Vera Cruz Hospital, explica ainda que o diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que ocorre um erro de programação do sistema imunológico, atacando e destruindo as células produtoras de insulina no pâncreas, incapacitando a fabricação do hormônio.

Entre os fatores que predeterminam o surgimento da doença estão a genética e a hereditariedade, embora o segundo seja menos comum quando comparado ao tipo 2.

O diabetes tipo 1 é comumente desenvolvido entre a infância e a adolescência. A endocrinologista Livia Guedes explica que, entre os sintomas que podem ser identificados no quadro, estão o grande volume de urina; aumento do apetite, podendo ser definido como "fome insaciável"; excesso de sede; perda de peso, podendo ou não acompanhar um quadro de cetoacidose; demora na cicatrização; formigamento em mãos e pés; e boca seca. Nesse tipo, o controle é feito mediante ao uso de insulinas.

No diabetes tipo 2, diferente do tipo 1, ainda existe a produção de insulina, mas seu funcionamento no organismo é prejudicado, necessitando de remédios via oral para ajudar no controle glicêmico.

Embora esteja associado à idades acima dos 45 anos, cada vez mais crianças e adolescentes estão sendo diagnosticados com a doença devido a hábitos alimentares, sobrepeso e ao sedentarismo, conforme afirma Miranda.

O diabetes gestacional se caracteriza pelo desenvolvimento na gravidez devido a uma produção limitada de insulina, combinada à resistencia da substância por parte hormônios produzidos pela placenta. Esse quadro costuma cessar após o parto.

Turatti afirma que, muitas vezes, a descoberta do quadro na infância acaba chocando mais os familiares do que a própria criança.

"Diante dessa nova realidade, existe todo um processo educativo e de aceitação de todos. É preciso adequar a realidade na alimentação, monitorização glicêmica e de insulina e atividades físicas, assim como a escola tem papel fundamental nesse momento em auxiliar. É importante que todos entendam que o diabetes não é um quadro limitador e que apenas exige cuidados adicionais", afirma o endocrinologista do Hospital Moriah.

O acompanhamento deve ser multidisciplinar, contando, além do endocrinologista, com nutricionistas, educadores físicos e psicólogos, auxiliando o quadro de maneira global.

O psicólogo André Carneiro, formado pelo Centro Universitário Farias Brito - FB UNI, completa que o impacto dessa nova rotina pode trazer crises de ansiedade, sensação de frustação, tendência a redução da interação social.

Assim, é esperado que algumas crianças fiquem mais reclusas ou até mesmo resistentes ao tratamento - seja médico ou psicológico.

Ele ressalta que o acompanhamento psicológico se faz fundamental para que a criança possa lidar da melhor forma possível com o novo estilo de vida, que demandará de ajustes alimentares, principalmente.

Dia Mundial do Diabetes: como reduzir o risco de Covid grave

Quem tem diabetes vai desenvolver covid-19 na forma grave, necessariamente? Não necessariamente, segundo o endocrinologista Pedro Saddi, diretor da ADJ Diabetes Brasil. Ela afirma que a maior parte das pessoas com diabetes terão a forma leve da doença. 'No entanto, é impossível prever quem terá uma forma grave da doença, por isso, é fundamental prevenir a exposição ao vírus', ressalta

Por que o risco de agravamento da covid-19 é maior em quem tem diabetes? O risco é o mesmo no diabetes tipo 1 e 2? A endocrinologista Tarissa Petry, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, explica que diabéticos têm a imunidade comprometida. Se a doença está descompensada, além da imunidade comprometida, há um aumento de substâncias inflamatórias, levando a um aumento da replicação viral. 'Teoricamente o risco é igual nos dois tipos de diabetes se a doença não estiver sob controle. Porém, o diabetes tipo 2 tem duas agravantes: geralmente ocorre em pessoas com idade mais avançada e está associado ao aumento da gordura abdominal, o que também está associado a maior chance da forma grave', afirma

Quem tem diabetes deve ter algum cuidado a mais em relação à prevenção da covid-19, por exemplo, ter a doença controlada? Pedro Saddi ressalta que o diabético deve ter os mesmos cuidados que a população geral. 'Além disso, é possível que um melhor controle da glicemia minimize o risco de covid-19 grave, então esse é mais um motivo para atingir um controle adequado da glicemia', afirma. Caso contraia a doença, a recomendação, segundo ele, é fazer refeições menores e mais frequentes e manter a hidratação. 'Pode ser necessário monitorar a glicemia com mais frequência e ajustar a dose das medicações. Nunca interrompa as medicações por conta própria', frisa

Ao longo da pandemia, qual foi a maior descoberta na relação entre diabetes e covid-19? Para Tarissa, foi a relação entre o diabetes e suas complicações. 'Além disso, a covid-19 também está relacionada à piora do controle glicêmico. Portanto parece ter uma relação bidirecional', afirma. Já para Saddi chamou a atenção o impacto da pandemia na saúde mental das pessoas com diabetes. 'Elas estão mais propensas a aumentar os níveis de ansiedade e de depressão neste momento e, assim, elevar a glicemia. Outra questão relevante foi a dificuldade de se manter o fornecimento adequado de medicamentos e insumos para pessoas com diabetes. Existe também a hipótese de que o SARS-CoV-2 possa desencadear diabetes em pessoas previamente sãs, mas isso ainda carece de mais estudos', diz

Quais são os principais cuidados que o diabético deve ter para ter qualidade de vida na pandemia? Ter uma saúde mental equilibrada, fazer o controle da glicemia corretamente e atividade física de forma segura, além de manter uma alimentação adequada, segundo as palavras do endocrinologista. Tarissa destaca ainda a importância de não ter abusos alimentares, principalmente em quantidades, e evitar bebidas alcoólicas

O diabetes tipo 2 é reversível? Como prevenir esse tipo de diabetes? Não é reversível, conforme explica a endocrinologista Mariana Carvalho. 'A diabetes tipo 2 ainda não tem cura, mas é possível obter controle das glicemias para níveis considerados normais por meio de tratamento adequado, que envolve uso correto e regular de medicamentos e melhora no estilo de vida, com alimentação balanceada, exercícios físicos regulares, controle do peso e de fatores emocionais', afirma. Para prevenir, ela indica o controle de peso, alimentação balanceada e prática de atividades físicas

Quais são os principais sinais do diabetes e como é feito o diagnóstico? O diabetes é uma doença assintomática, por isso metade das pessoas que têm a doença não sabe, aponta Tarissa. Ela explica que os sintomas só vão aparecer quando as glicemias estiverem muito altas, que são aumento de sede, fome, aumento da frequência de urinar e emagrecimento. Outros sintomas, de acordo com Saddi, são boca seca, falta de energia, cansaço físico e mental, cicatrização lenta dos machucados, visão embaçada, sonolência, câimbras, formigamentos e infecções recorrentes. Tarissa orienta que, caso tenha fatores de risco, como histórico familiar, aumento de peso, principalmente de gordura abdominal, procure um médico para fazer exames de glicemia.

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O HOJE

Saúde convoca população para vacinar contra Covid-19 antes do Carnaval

Doses em atraso podem comprometer o esquema vacinal e contribuir para o aumento de casos graves no período de festa

Doses em atraso podem comprometer o esquema vacinal e contribuir para o aumento de casos graves no período de festa. | Foto: Reprodução

Após dois anos sem Carnaval de rua devido à pandemia de Covid-19, o Governo de Goiás reforça a importância da atualização das vacinas no prazo adequado para que os imunizantes façam efeito antes do feriado prolongado, a fim de prevenir os casos graves da doença e garantir a segurança dos foliões. Em geral, a proteção começa duas semanas após a segunda dose.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) destaca que todos devem procurar uma unidade de saúde para conferir quais imunizantes estão em atraso para que seja feita a atualização do cartão de vacinas, principalmente em relação às vacinas contra a Covid-19.

De acordo com a Superintendência de Vigilância Sanitária, mais de 2 milhões de goianos que estão aptos a receber a dose de reforço (terceira dose) ainda não o fizeram.

“O imunizante que protege contra a Covid-19 tem prazos muito específicos devido à mutação do vírus. É muito importante seguir as recomendações dos intervalos entre as doses para garantir a eficácia da proteção”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim.

Quem pode vacinar

Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda a aplicação de até cinco doses da vacina contra a Covid-19 a depender da idade e condições de saúde de cada pessoa. Em Goiás, as doses estão liberadas para uma ampla faixa etária que vai desde os seis meses de idade até acima de 80 anos.

A primeira dose é recomendada para todos a partir dos seis meses. As crianças contam com doses infantis específicas. Na semana passada, o Estado recebeu 250 mil doses da Pfizer Baby e Pediátrica. Esses imunizantes são destinados para crianças de até 11 anos de idade. Pessoas acima de 12 anos já podem receber a vacina destinada aos adultos.

A segunda dose da vacina está disponível nas unidades de saúde para todos que tomaram a primeira dose há, pelo menos, um mês.

“Quem recebeu a CoronaVac como primeira dose tem de esperar um mês, quem foi vacinado com a Pfizer ou AstraZeneca tem de esperar dois meses para receber a segunda dose”, explica Flúvia. Quem tomou a dose da Janssen precisa do reforço após dois meses.

Para quem precisa tomar a terceira dose, a dica é procurar o cartão de vacinas para conferir a data da última aplicação já que o intervalo aumenta. O tempo de espera entre a segunda e terceira dose é de quatro meses para quem recebeu a CoronaVac, Pfizer ou AstraZeneca.

Mais uma dose

Em Goiás, a quarta dose está liberada apenas para pessoas acima de 30 anos, trabalhadores da saúde e imunossuprimidos acima de 12 anos que tomaram a terceira dose, de qualquer fabricante, há quatro meses.

“A decisão de vacinar pessoas acima de 30 anos foi tomada após ampla discussão entre os gestores de saúde em Goiás. Essa faixa etária já está abaixo do proposto pelo Ministério da Saúde que é de vacinar com a quarta dose apenas a população acima de 40 anos” reforça Flúvia.

A quinta dose da vacina para a Covid-19 está liberada apenas para os imunossuprimidos com mais de 30 anos. Esse público diz respeito às pessoas com baixa imunidade que apresentam enfraquecimento do sistema imunológico, seja por algumas doenças, por uso de medicamentos ou pela realização de procedimentos médicos.

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O GLOBO

Secretário anuncia reforço do Mais Médicos na crise Ianomâmi e afirma: 'Muita gente vai ser presa'

As unidades de saúde dentro da terra indígena Yanomami e de Boa Vista, em Roraima, deverão receber novos profissionais do programa Mais Médicos nas próximas semanas, anunciou o secretário de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tapeba, nesta terça-feira. Segundo o titular, as inscrições da seleção foram encerradas na última semana.

Criticado por má gestão e falta de assistência nos últimos anos, o Distrito Sanitário Yanomami (Dsei-Y) também terá novos rostos. E não só ele: os coordenadores de todos os 34 distritos indígenas, indicados por Jair Bolsonaro, serão substituídos. Questionado sobre intervenção política na gestão de saúde da terra Yanomami, Tapeba limitou-se a dizer que já há investigação da Polícia Federal em curso.

- Tenho certeza que muita gente vai ser presa - afirmou.

Ainda nesta terça, o Ministério da Saúde divulgou um relatório com todos os dados coletados durante a missão de emergência em Roraima até o momento, o plano de ação, fragilidades e diagnóstico de cenário. Com pouco mais de 100 páginas, o panorama aponta três medidas imediatas: restaurar a Casa de Apoio ao Indígena (Casai), na capital roraimense, desde a estrutura até o estoque de medicamentos; garantir a segurança alimentar dos Yanomamis; e regularizar os contratos de transporte aéreo.

As ações devem ser viabilizadas com o auxílio de recursos extras garantidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a crise na região, citou o secretário. "Realizaremos as melhorias para além do orçamento que a Sesai tem. Há uma decisão da presidência de conseguir recursos orçamentários para resolver a situação."

Reformar as unidades básicas em todos os territórios indígenas também está nos planos da pasta. São 68, e três estão fechadas. Uma delas foi tomada por garimpeiros ilegais e é usada como depósito.

Relatório Yanomami

Um documento elaborado após vistoria entre 15 e 25 de janeiro no Dsei Yanomami registra a precariedade dos serviços de saúde prestados ao povo da etnia. Redes sujas, portas quebradas e fezes no chão são algumas das cenas na Casai narradas pelo relatório. Segundo o relatório, costuma faltar remédios básicos, como dipirona, e a ala de isolamento não é utilizada.

Já a unidade básica do polo de Surucucu tem capacidade para receber 60 indígenas e atende 23 comunidades, incluindo três ao redor de Surucucu sem equipe médica nas próprias unidades. Faltam profissionais, medicamentos e equipamentos básicos no local. A seringa para medicamentos orais são lavadas apenas com água e reutilizadas. O texto também denuncia roubo de frutas e verduras, em falta na UBS de Surucucu desde julho de 2022. Foi relatada escassez de copos, pratos, panelas e falta de botijão de gás.

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ISTOÉ

Estudo apresenta descobertas inesperadas sobre a ligação entre álcool e demência

Manter o consumo de álcool em um ou dois drinques por dia diminuiu as chances de desenvolver demência, de acordo com um estudo de quase 4 milhões de sul-coreanos. No entanto, beber mais de dois drinques por dia aumenta esse risco, de acordo com o estudo publicado na segunda-feira na revista JAMA Network Open.

Descobrimos que manter o consumo de álcool leve a moderado, bem como reduzir o consumo de álcool de um nível pesado para moderado, estava associado a uma diminuição do risco de demência, disse o primeiro autor, Dr. Keun Hye Jeon, professor assistente do CHA Gumi Medical Center, CHA University em Gumi, Coréia do Sul.

Mas não corra para a loja de bebidas, dizem os especialistas. Este estudo foi bem feito e é extremamente robusto com 4 milhões de indivíduos, mas devemos ser cautelosos para não interpretar demais os resultados, disse o pesquisador de Alzheimer, Dr. Richard Isaacson, neurologista preventivo do Instituto de Doenças Neurodegenerativas da Flórida. Ele não estava envolvido no novo estudo.

O uso de álcool pode ser um fator de risco para câncer de mama e outros, e consumir muito pode contribuir para problemas digestivos, doenças cardíacas e hepáticas, hipertensão, derrame e um sistema imunológico fraco ao longo do tempo, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. .

Existem bandeiras vermelhas para a doença de Alzheimer também. Por exemplo, se uma pessoa tem uma ou duas cópias da variante do gene APOE4, que aumenta o risco de desenvolver a doença mental, beber não é uma boa escolha, disse Isaacson.

O álcool demonstrou ser prejudicial para os resultados cerebrais em pessoas com esse gene de risco e cerca de 25% da população dos EUA carrega uma cópia do APOE4, disse ele.

Dimensionar o consumo de álcool

O novo estudo examinou os registros médicos de pessoas cobertas pelo Serviço Nacional de Seguro de Saúde da Coreia (NHIS), que oferece um exame de saúde gratuito duas vezes por ano para segurados sul-coreanos com 40 anos ou mais. Além de fazer vários testes, os examinadores perguntaram sobre os hábitos de beber, fumar e praticar exercícios de cada pessoa.

O estudo analisou os dados coletados em 2009 e 2011 e categorizou as pessoas por seus níveis de consumo relatados. Se uma pessoa disse que bebeu menos de 15 gramas (aproximadamente 0,5 onças) de álcool por dia, ela foi considerada bebedora leve.

Nos Estados Unidos, uma bebida padrão contém 14 gramas de álcool, que é aproximadamente o mesmo que 12 onças de cerveja normal, 5 onças de vinho ou 1,5 onças de destilados.

Se os participantes do estudo dissessem aos médicos que bebiam de 15 a 29,9 gramas por dia o equivalente a duas bebidas padrão nos EUA os pesquisadores os categorizavam como bebedores moderados. E se as pessoas dissessem que bebiam mais de 30 gramas, ou três ou mais drinques por dia, os pesquisadores os consideravam bebedores pesados.

Os pesquisadores também analisaram se as pessoas mantiveram ou mudaram a quantidade que bebiam entre 2009 e 2011, disse Jeon.

Ao medir o consumo de álcool em dois momentos, pudemos estudar a relação entre reduzir, cessar, manter e aumentar o consumo de álcool e a incidência de demência, disse ele.

A equipe então comparou esses dados com registros médicos em 2018 sete ou oito anos depois para ver se alguém estudado havia sido diagnosticado com demência.

Depois de ajustar para idade, sexo, tabagismo, nível de exercício e outros fatores demográficos, os pesquisadores descobriram que as pessoas que disseram beber em um nível leve ao longo do tempo cerca de uma bebida por dia tinham 21% menos probabilidade de desenvolver demência do que as pessoas que nunca beberam.

As pessoas que disseram que continuaram a beber em nível moderado, ou cerca de dois drinques por dia, tiveram 17% menos chances de desenvolver demência, segundo o estudo.

É preciso ser cauteloso ao interpretar estudos usando registros médicos. Eles podem estar repletos de desafios em como as doenças são codificadas e estudadas, disse Isaacson. Sempre que você pede às pessoas que recordem seus comportamentos, como beber, isso deixa espaço para erros de memória.

Perigos de aumentar o consumo ao longo do tempo

O padrão positivo não continuou à medida que o consumo aumentava. As pessoas que bebiam muito três ou mais drinques por dia tinham 8% mais chances de serem diagnosticadas com demência, segundo o estudo.

Se os bebedores pesados ​​reduziram o consumo de álcool ao longo do tempo para um nível moderado, o risco de serem diagnosticados com Alzheimer caiu 12% e o risco de demência por todas as causas caiu 8%.

No entanto, as pessoas não são muito boas em julgar quanto álcool estão bebendo, disse Isaacson.

As pessoas realmente não monitoram suas doses de vinho, por exemplo, disse Isaacson. Eles podem pensar que estão bebendo uma taça de vinho de tamanho padrão, mas na verdade é uma taça e meia de cada vez. Beba duas dessas doses e eles terão três taças de vinho. Isso não é mais um consumo leve ou moderado.

Além disso, muitas pessoas que pensam que bebem moderadamente bebem apenas nos fins de semana. O consumo excessivo de álcool está aumentando em todo o mundo, mesmo entre adultos , mostram estudos .

Se alguém bebe cinco drinques no sábado e no domingo, são 10 drinques por semana, o que se qualificaria como uma ingestão moderada de álcool, disse Isaacson. Para mim, isso não é o mesmo que tomar uma taça de vinho cinco dias por semana com uma refeição, o que retarda o consumo.

O novo estudo também descobriu que começar a beber em um nível leve foi associado a uma diminuição do risco de demência e Alzheimer, que, até onde sabemos, nunca foi relatado em estudos anteriores, escreveram os autores.

No entanto, nenhuma das diretrizes de saúde existentes recomenda começar a beber álcool, disse Jeon, acrescentando que, como o estudo foi observacional, nenhuma causa e efeito pode ser determinado.

Nossas descobertas sobre o início do consumo moderado de álcool não podem ser traduzidas diretamente em recomendações clínicas, garantindo assim estudos adicionais para confirmar essas associações, disse Jeon.

Um estudo publicado em março de 2022 descobriu que apenas um litro de cerveja ou uma taça de vinho por dia pode diminuir o volume geral do cérebro, com o dano aumentando à medida que aumenta o número de bebidas diárias.

Em média, as pessoas entre 40 e 69 anos que bebiam um litro de cerveja ou um copo de 6 onças de vinho por dia durante um mês tinham cérebros que pareciam dois anos mais velhos do que aqueles que bebiam apenas metade de uma cerveja, de acordo com o estudo anterior.

Eu nunca sugeri pessoalmente a alguém que começasse a beber quantidades moderadas de álcool se fosse abstinente, disse Isaacson. Mas realmente não existe uma abordagem única para aconselhar um paciente sobre o consumo de álcool.

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MEDICINA S/A

Filas de cirurgias precisam ser monitoradas pelo SUS

Uma informação importante sobre a situação atual das filas de cirurgias eletivas no Sistema Único de Saúde (SUS) é, na verdade, a ausência de um dado: não se sabe quantas pessoas esperam hoje pelos procedimentos em cada canto do país. A vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Marília Louvison, descreve que o diagnóstico, quando existe, encontra-se apenas em nível municipal, e precisa ser consolidado em nível estadual e federal. Professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), ela defende que o trabalho que o SUS terá pela frente para vencer o represamento de cirurgias passa, primeiro, por dimensioná-lo.

O maior problema hoje para o novo ministério é a falta de informação. Você não sabe exatamente quantas pessoas estão na fila da cirurgia de vesícula, por exemplo. Quais têm riscos e precisam operar logo, quais são menos graves e podem esperar. As esperas e as filas precisam ser melhor monitoradas pelo SUS como um todo, afirma.

Reduzir a espera de pacientes do SUS está entre as prioridades do Ministério da Saúde, que lançou o Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas, em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Um montante de R$ 600 milhões em recursos foi garantido para a iniciativa pela PEC da Transição, e a primeira remessa, cerca de R$ 200 milhões, será destinada a cirurgias eletivas.

O secretário de Atenção Especializada à Saúde (SAES), Helvécio Magalhães, reconheceu que, para produzir mudanças estruturantes, será preciso conhecer a fila. Esse levantamento permitirá criar uma lista nacional dos pacientes que aguardam por procedimentos médicos, consolidar um banco de informações, regular a oferta de serviços com apoio de ferramentas, como o telessaúde, e os protocolos de acesso à atenção especializada. A promessa é dar um tratamento diferenciado à Região Norte, em razão da difícil fixação de profissionais de saúde, principalmente especialistas.

Caberá aos estados, em um primeiro momento, encaminhar ao Ministério da Saúde os planos de trabalho para homologação e transferência do dinheiro. Marília Louvison explica que, nesses planos, os estados poderão reunir as informações de seus municípios e passá-las adiante.

Aí, a gente teria uma possibilidade de monitorá-los, porque os estados vão dizer qual é a necessidade, qual é a sua possibilidade de oferta, quantas pessoas têm que contratar para fazer isso. Assim será possível saber em qual território e em qual procedimento a cirurgia está demorando muito, e poder apoiar, enviar recursos, remanejar profissionais e serviços, para reduzir as desigualdades.

Ao mesmo tempo em que o Estado precisa conhecer a real situação das filas para reduzi-las, os pacientes também precisam ter acesso transparente ao tempo que vão esperar, sua posição na fila e como está a espera em outras partes do país. Marília argumenta que esse ponto é importante inclusive para tranquilizar aqueles que aguardam atendimento.

"Sempre serão filas, mas devem ser filas somente para organizar quem vai primeiro e todos ficarem tranquilos que daqui a pouco chega a sua vez. E não com a sensação de que, ao entrar na fila, nunca mais você vai resolver o problema. O sistema precisa ter transparência para criar confiança nas pessoas", defende. A fila não é um lugar de cuidado. Você saiu de um lugar e ainda não chegou no outro, e tem que gerenciar sozinho a sua angústia em saber se você pode continuar esperando ou não. O SUS precisa garantir a gestão dessa fila".

Represamento

Apesar de não haver a informação exata de quantas pessoas esperam cirurgias, a vice-presidente da Abrasco explica que o represamento desses procedimentos é uma realidade conhecida, e está relacionado a fatores como falta de recursos, escassez de especialistas em algumas partes do país e dificuldades de regulação dos atendimentos. Isso faz com que as pessoas nas filas sejam apenas uma parte das afetadas pelo problema, porque há ainda as que aguardam por um diagnóstico para entrar nas filas.

A situação se agravou com a pandemia de covid-19, lembra ela, quando procedimentos precisaram ser suspensos e recursos hospitalares foram concentrados no tratamento do grande número de pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Na maioria do país, os hospitais estão com muita dificuldade de recursos e equipes para retomar os processos, reorganizar seus serviços cirúrgicos e recompor as possibilidades de avaliação das filas, para poder realizar os procedimentos e resolver a vida de muitas pessoas que estão aguardando.

A demora na realização de cirurgias contribui, em alguns casos, para o agravamento do quadro clínico dos pacientes, fazendo com que, em algum momento, precisem ser operados com urgência. No caso de pacientes oncológicos, a demora pode reduzir as possibilidades de cura. Já para pacientes ortopédicos, ou que aguardam com casos de hérnia ou catarata, há perda considerável na qualidade de vida e até na autonomia, exemplifica.

"Acaba havendo uma urgencialização dos eletivos. Aquilo que podia esperar, chega em uma hora em que não pode mais, e você tem uma complicação, uma infecção e, de repente, tem que fazer uma cirurgia de urgência com muito mais risco. Você acaba indo frequentemente no pronto-socorro, convive com dor.

Municípios

O presidente do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde, Wilames Freire, considera importante que o programa tenha um funcionamento desburocratizado para atender às necessidades de cada região. Ele lembra que nem todas as cidades possuem estrutura para a realização de cirurgias eletivas, e que será preciso reforçar as unidades de referência de cada região de saúde com recursos, equipes maiores e horas extras, de modo a ter mais espaço nas agendas.

"O que estamos provocando é que também sejam mobilizadas unidades privadas, que possam ser contratadas por secretarias municipais e estaduais e entrem como complemento da rede pública. Com isso, vamos agilizar a realização de cirurgias e aumentar o quantitativo de profissionais disponíveis", complementou.

Freire explica que as grande filas não significam que o sistema parou de realizar cirurgias. O que tem acontecido, na avaliação dele, é uma natural priorização das cirurgias de urgência e um represamento crescente dos procedimentos eletivos desde a pandemia de covid-19. "Não é que os serviços não estão operando, eles estão operando em um ritmo normal, mas a carga de pacientes e procedimentos tem aumentado significativamente. Então, é preciso ampliar o acesso a esses serviços".

Para o gestor, é impossível prever em quanto tempo a situação poderá ser normalizada. Ele pede, entretanto, que haja recursos garantidos para manter um sistema organizado para a realização de cirurgias eletivas no longo prazo.

"O que estamos solicitando ao governo federal é que, durante os quatro anos, sejam disponibilizados R$ 3,5 bilhões. Assim, teríamos condição de não só zerar a fila, mas dar sequência ao projeto. Queremos uma política perene, permanente, para fixar o profissional no serviço, e para que a unidade gestora tenha tranquilidade para manter um funcionamento. Tudo isso vai ser estudado, mas o importante é nós iniciarmos." (Com informações da Agência Brasil)

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Assessoria de Comunicação

Residência Medica 3

 

O processo seletivo para o Programa de Residência Médica do Hospital Santa Helena foi prorrogado até o dia 09/02/23.


As especialidades escolhidas para 2023 foram cardiologia e cirurgia vascular.

As inscrições são realizadas exclusivamente no site www.ceremgoias.org.br:

Acesse e saiba mais: https://www.ceremgoias.org.br/dados/editais/edt0000161.pdf?cache=432d314f6f61fa9eb5a40a5465eddac3

Terça, 07 Fevereiro 2023 07:54

CLIPPING AHPACEG 07/02/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Polícia investiga morte de vendedora em hospital de Goiás

Covid-19: subvariante XBB.1.5 da ômicron é identificada pela 1ª vez em Goiás

Governo quer levantamento de fila do SUS nos estados

Maternidade Aristina Cândida ganha cartório para registro de recém-nascidos

Pacientes denunciam dificuldades para fazer cirurgias, em Goiás - ontem

Fila de espera por cirurgias eletivas em Goiás conta com 15 mil pacientes 

Centro de saúde pede socorro após descaso da prefeitura de Goiânia

Jovem de 21 anos morre em Hospital Estadual de Trindade

ANS determina que planos de saúde devem fornecer remédio de R$ 6,4 milhões

Ministra revela plano para aumentar a vacinação no Brasil

 

PORTAL G1

Polícia investiga morte de vendedora em hospital de Goiás

Eychila Daniely, de 21 anos, fez cirurgia para retirar pedras no canal da bile. Segundo a família, ela recebeu alta e, dias depois, surgiram manchas na pele similares à queimaduras, quando ela precisou ser internada e ficou dias à espera de UTI especializada.

A Polícia Civil investiga a morte da vendedora Eychila Daniely Araujo Nunes, de 21 anos. Segundo a família, Eychila passou por uma cirurgia para retirar pedras no canal da bile e recebeu alta do hospital em Goiânia, mas, dias depois, surgiram manchas na pele similares a queimaduras, e ela precisou ser internada em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, onde ficou cinco dias à espera de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) especializada para queimados.

Eychila morreu no último dia 31 de janeiro deste ano, no Hospital Estadual de Trindade (Hetrin), onde foi internada na enfermaria em 20 de janeiro. Um dia depois, ela foi para a UTI da unidade. Como piorou, o hospital pediu a transferência para uma UTI especializada em queimaduras, o que não ocorreu.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que prestou toda a assistência médica à paciente e solicitou a vaga na UTI para queimados. A SES-GO pontuou que não divulga mais informações sobre o quadro clínico da paciente por causa do sigilo médico (leia nota completa no fim da reportagem).

Já a cirurgia para retirar as pedras foi realizada no dia 14 de janeiro, no Hospital Gastro Salustiano, de onde ela recebeu alta antes de surgirem as manchas. Ao g1, o diretor técnico da unidade disse que não houve nada anormal na evolução do caso e que não tiveram intercorrências no procedimento (veja detalhes do posicionamento abaixo).

A família registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, que informou que instaurou um inquérito na 1ª Delegacia Distrital (DP) de Goiânia para apuração dos fatos.

Manchas na pele

Responsável pela cirurgia para retirar pedras no canal da bile e diretor técnico do hospital em que a vendedora foi operada, Salustiano Gabriel Neto disse que Eychila chegou à unidade com hepatite, cálculo na via biliar e insuficiência hepática a esclarecer. De acordo com o profissional, reações em cirurgias para retirada de pedras são raras e, se a jovem tivesse tido uma reação ao procedimento, seria imediata.

Após a cirurgia, a jovem recebeu alta e foi encaminhada para acompanhamento ambulatorial com médicos hepatologistas e dermatologistas.

Segundo a família, a jovem entrou em contato com o médico que fez a cirurgia e questionou se era normal estar inchada e, por mensagem, ele disse que sim. A família acredita que algum remédio pode ter causado a reação no corpo de Eychila.

“Você toma um medicamento para melhorar e piora, é normal?”, questionou Maria Aparecida, tia da jovem.

Sobre a formação de crostas na pele da vendedora, o médico explicou que a pele da vendedora já estava inchada, amarela e descamando antes de ela chegar ao hospital. Por isso, ele afirmou que ela não teve reação alérgica do procedimento.

“Ela já estava assim [com manchas na pele], e a evolução do quadro de insuficiência hepática que começou muito antes de ela chegar para submeter ao procedimento. A pele dela na chegada estava bastante ictérica (amarelada), descascando a pele no rosto e por todo corpo”, explicou o médico.

Pedido de transferência e morte

Com o aumento das manchas, a jovem procurou o Hutrin. A família contou que ela precisava ser transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de queimados com isolamento.

A vaga foi solicitada no dia 26 de janeiro para o Complexo Regulador Estadual. Contudo, a família disse que a transferência não foi feita a tempo.

No atestado de óbito de Eychila constam as seguintes causas da morte:

Septicemia: infecção generalizada no sangue;

Síndrome Steven Johnson: doença de pele com as lesões de pele;

Necrólise epidérmica tóxica: tipo mais específico da lesão de pele causada pela Síndrome de Steven Jonhson;

Colecistite: inflamação na vesícula biliar.

Desabafo

Wender Nunes, pai de Eychila, disse ao g1 que saiu de Manaus (AM) e chegou a Trindade no dia 30 de janeiro. Abalado, ele conta que falou com a filha no leito do hospital.

“Conversei com ela, disse: ‘O papai chegou’, ‘o papai tá aqui’. Só que necrosou o corpo dela todo, parecia queimado”, lamentou.

Eychila deixa dois filhos, um de 1 ano e dois meses e outro de dois meses.

Nota SES-GO

A Secretaria de Estado da Saúde informa que a paciente foi recebida via Pronto Socorro do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin) no dia 20/01/2023 e no dia seguinte (21/01) foi internada em leito de UTI da unidade. Em 26/01 o Hetrin realizou solicitação de UTI para queimados para a paciente.

O Complexo Regulador Estadual realizou busca qualificada da vaga, tanto na rede estadual, quanto na rede especializada da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Ressalta-se que a paciente encontrava-se assistida em cuidados intensivos em leito de UTI durante todo processo. Em 31/01 o Hetrin informou o cancelamento da solicitação, por óbito da paciente.

A SES-GO reforça que durante todo o período de internação da paciente no Hetrin foi prestada assistência médica e multidisciplinar. Em Goiás, o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) é referência na rede estadual para atendimentos de queimados aos 246 municípios goianos.

Em relação a essas informações não é possível responder por questão de sigilo médico. Dados de pacientes não são repassados e maiores informações devem ser colhidas com a família, a qual recebeu todas as orientações da unidade hospitalar.

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Covid-19: subvariante XBB.1.5 da ômicron é identificada pela 1ª vez em Goiás

Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia informou que a identificação foi em uma jovem de 18 anos. A pasta ainda informou que essa é a sétima variante identificada no Brasil.

Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás

Goiás confirmou o primeiro caso da subvariante XBB.1.5 da ômicron, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia. A pasta informou que a subvariante foi identificada em uma jovem de 18 anos, que é moradora do município e foi diagnosticada com a Covid-19 na metade de janeiro. Ainda de acordo com a pasta, a jovem já está bem e não precisou ser hospitalizada.

A identificação da subvariante aconteceu na quinta-feira (2), por meio do Programa de Sequenciamento Genômico da Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Ainda segundo a pasta, a paciente apresentou sintomas de gripe, como dor de cabeça, tosse e dor de garganta.

A secretaria ainda disse que a jovem negou ter feito viagens ou que tenha tido contato direto com pessoas de outros estados. Com a identificação, a secretaria acendeu um alerta devido a alta transmissibilidade da subvariante.

Além da jovem, familiares dela, como esposo, filho, sogro e sogra, foram diagnosticados com a doença no mesmo período. De acordo com a prefeitura, nenhum precisou de hospitalização.

A pasta também informou que, segundo a plataforma internacional de banco de dados genéticos Gisaid, o caso identificado em Aparecida de Goiânia é o sétimo da subvariante detectado no Brasil.

O que é a XBB.1.5?

subvariante XBB.1.5 é mais uma ramificação da variante ômicron, que é a dominante hoje no mundo. Ela superou as variantes anteriores de coronavírus — Alfa, Beta, Gamma e Delta — desde que surgiu no final de 2021.

A ômicron também deu origem a muitas outras subvariantes contagiosas. Acredita-se que os sintomas de XBB.1.5 sejam semelhantes aos das cepas anteriores. A maioria das pessoas apresenta sintomas semelhantes aos do resfriado. No entanto, a XBB tinha uma mutação que a ajudava a vencer as defesas imunológicas do corpo, mas essa mesma qualidade também reduzia sua capacidade de infectar células humanas.

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JORNAL OPÇÃO

Governo quer levantamento de fila do SUS nos estados

Stéfany Fonseca

A Política Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas no SUS deve receber R$ 600 milhões

Durante a inauguração do Super Centro Carioca de Saúde, no Rio de Janeiro, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi anunciado um repasse de R$ 200 milhões a estados e municípios para que seja apresentado à União um diagnóstico das filas do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo país.

Os recursos são de um pacote federal de R$ 600 milhões para reduzir as filas do sistema Único de Saúde (SUS) pelo Brasil. Os outros R$ 400 milhões serão repassados à medida que forem realizadas as cirurgias, principalmente abdominais, ortopédicas e oftalmológicas.

O intuito é que o levantamento esteja pronto até junho deste ano. Os detalhes para os repasses desses valores devem ser divulgados ainda está semana.

A orientação é que as secretarias de saúde devem mandar ao Ministério da Saúde a demanda local por cirurgias, além de um planejamento para executar o programa de redução das filas, para que seja estipulada a liberação dos recursos.

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A REDAÇÃO

Maternidade Aristina Cândida ganha cartório para registro de recém-nascidos

Erradicar a subnotificação de registros de recém-nascidos em Senador Canedo. Com esse objetivo, a Secretaria de Saúde (SMS) da cidade inaugurou nesta segunda-feira (6/2) um cartório dentro da Maternidade Municipal Aristina Cândida, retomando as emissões de certidões de nascimento que eram feitas com mais frequência antes da pandemia de covid-19. Assim, quem chega ao mundo na unidade de saúde passa a receber, gratuitamente e sem tanta burocracia, o registro logo após o parto.

Segundo a SMS, a iniciativa visa garantir a cidadania dos pequenos canedenses, já que todos os direitos de um cidadão dependem do registro civil de nascimento, o que concede o acesso à educação, saúde, trabalho, lazer, previdência, entre outros. 

“O nosso compromisso é com bem-estar de toda a população e isso começa desde o nascimento. Os responsáveis passam a contar com um aporte maior para registrar seus filhos e garantir o acesso do pequeno em todos os graus de direitos. Mais uma ação que comprova a nossa preocupação em fazer a cidade se desenvolver no caminho certo”, afirma o prefeito Fernando Pellozo.

Ela destaca que a criação do cartório segue as orientações do Ministério da Saúde de garantir o registro de todos os nascidos vivos no Brasil.  "O objetivo da ação é erradicar a subnotificação de registros no município, além de oferecer comodidade maior para os pais." 

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TV ANHANGUERA

Pacientes denunciam dificuldades para fazer cirurgias, em Goiás - ontem

https://globoplay.globo.com/v/11345326/

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Fila de espera por cirurgias eletivas em Goiás conta com 15 mil pacientes 

https://globoplay.globo.com/v/11345295/

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Centro de saúde pede socorro após descaso da prefeitura de Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/11344865/

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Jovem de 21 anos morre em Hospital Estadual de Trindade

https://globoplay.globo.com/v/11344829/

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FOLHAPRESS

ANS determina que planos de saúde devem fornecer remédio de R$ 6,4 milhões

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) aprovou nesta segunda-feira (6) a incorporação de quatro tecnologias ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que deve ser seguido pelas operadoras de planos de saúde.

A principal novidade é a presença do medicamento Zolgensma (onasemnogeno abeparvoveque), da Novartis Biociências S. A., para o tratamento de crianças com até seis meses diagnosticadas com AME (Atrofia Muscular Espinhal) tipo 1, considerado o mais grave.

O remédio, uma infusão de dose única que está entre os primeiros de uma nova classe de terapias genéticas de ponta -é uma grande promessa para pessoas com condições fatais ou debilitantes-, já havia sido incorporado ao SUS (Sistema Único de Saúde) no início de dezembro passado, após avaliação da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS) e passar por consulta pública.

A recomendação é que seja utilizado em paciente que esteja fora de ventilação não invasiva acima de 16 horas por dia.

A AME afeta o neurônio motor espinhal e é causada por uma alteração do gene responsável por codificar a proteína necessária para o desenvolvimento adequado dos músculos. Rara e incurável, a doença provoca fraqueza, hipotonia, atrofia e paralisia muscular progressiva afetando a respiração, a deglutição, a fala e a capacidade de andar. O tipo 1 acomete de 45% a 60% do total de doentes com AME e pode levar à morte.

O Zolgensma neutraliza os efeitos da AME nos bebês. A terapia reduz a necessidade de ventilação artificial para respirar e melhora os movimentos e a força muscular -na prática, a criança consegue sentar, sustentar a cabeça e engatinhar, por exemplo.

O preço máximo estipulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, órgão interministerial responsável pela definição dos preços máximos de comercialização de remédios no país, é de R$ 6,4 milhões pelo tratamento. O governo, porém, concordou em pagar o equivalente a cerca de US$ 1 milhão (R$ 5,14 milhões) por tratamento -muito menos do que alguns outros governos estão pagando.

O acordo com a Novartis prevê que o Brasil divida o pagamento de cada tratamento em cinco parcelas iguais ao longo de quatro anos. Se um paciente morrer, precisar ser ventilado permanentemente ou for incapaz de manter certas funções motoras dois anos após receber o tratamento, o governo não será obrigado a fazer os pagamentos subsequentes.

Após a incorporação ao SUS, o Zolgensma já havia se tornado de cobertura obrigatória pelos planos de saúde quando prescrito pelo médico assistente para administração em internação hospitalar, nos planos de segmentação hospitalar (com ou sem obstetrícia) e planos-referência. Agora no rol da ANS, ele também deve ser oferecido pelos planos para as prescrições realizadas em âmbito ambulatorial.

A tecnologia passa a ser oferecida aos usuários dos planos de saúde a partir da publicação no Diário Oficial da União, o que deve ocorrer nesta semana.

Procurada, a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) afirma que "as operadoras seguem as normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar, assim como suas diretrizes".

Os outros três remédios incluídos no rol da ANS são: Dupilumabe, para o tratamento de pacientes adultos com dermatite atópica grave com indicação de tratamento sistêmico e que apresentem falha, intolerância ou contraindicação à ciclosporina; Zanubrutinibe, para tratamento de pacientes adultos com linfoma de células do manto (LCM) que receberam pelo menos uma terapia anterior; e Romosozumabe, para o tratamento de mulheres com osteoporose na pós-menopausa, a partir dos 70 anos, e que falharam ao tratamento medicamentoso.

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PORTAL IG

Ministra revela plano para aumentar a vacinação no Brasil

A ministra da Saúde Nísia Trindade revelou nesta segunda-feira (6) quais são os planos da sua pasta para aumentar o número de pessoas vacinadas no Brasil . Ela relatou que o governo Lula trabalhará para que diminua o discurso negaconista no país e mais pessoas aceitem ser imunizados.

"Nós temos uma tradição de 50 anos do programa de imunização. Já tivemos uma imunização do sarampo e da poliomielite de 90%, que é o que queremos chegar, e hoje não chegamos em 70%. Eu, junto com a minha equipe e com o presidente Lula, a ideia de um movimento nacional em favor da vacinação ", comentou em entrevista ao Roda Viva , da TV Cultura.

"Também fizemos reunião junto com o Conselho de Secretários Estaduais para chegarmos a meta. O Ministério da Saúde é pouco para fazer tudo isso sem os governos estaduais e municipais. É preciso que tenha uma adesão de todos, inclusive dos meios da comunicação e da população", acrescentou.

Ela explicou que o seu principal foco no mês de fevereiro é a vacinação de reforço da Covid-19. A ministra dará prioridade para quem tem comobidade para depois focar nos outros públicos.

"Primeiro o reforço a rotina. Transformamos o programa nacional de vacinação em um departamento para ter mais força nessa atividade. Em fevereiro, vamos começar com a vacinação de reforço da Covid-19 com as pessoas mais vulneráveis, como idosos, indígenas, trabalhadores da saúde, quem tem comobidade, enfim, pessoas com maiores riscos", comentou.

Credibilidade da vacina

Nísia detalhou que as crianças e adolescentes serão prioridade na vacinação, e que usará os meios de comunicação para conscientizar a sociedade para solucionar o problema da vacinação.

"A informação, a conscientização, a explicação e a sensibilidade ajudarão. Por isso vamos trazer de volta o Zé Gotinha", completou.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 06 Fevereiro 2023 07:15

CLIPPING AHPACEG 04 A 06/02/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Artigo: Piso da enfermagem: risco de colapso para os municípios - por Paulo Ziulkoski

Hospital Estadual de Formosa realiza 1ª captação de órgãos para transplantes

Goiás registra 111 casos por covid-19 nas últimas 24 horas

Saiba como a Cannabis pode ajudar contra câncer, convulsão, depressão e até animais

Mãe e filha se emocionam ao contar que se curaram do câncer juntas

Remédio para emagrecer: o que funciona e o que não funciona?

Após 15 anos, a Associação Americana de Pediatria atualiza recomendações para tratamento de crianças e adolescentes com obesidade

PORTAL HOJE

Artigo: Piso da enfermagem: risco de colapso para os municípios - por Paulo Ziulkoski

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) lamenta que o Ministério da Saúde não inclua os Entes locais nos debates sobre o financiamento do piso salarial da enfermagem, tendo em vista que esses são os mais impactados pela medida. Estimativas da entidade apontam que os Municípios, que são responsáveis pela vinculação de 42% desses profissionais, teriam impacto de R 10,5 bilhões somente no primeiro ano da implementação da medida e correriam o grave risco de enfrentar o colapso da saúde e a desassistência da população de forma permanente.

A entidade alerta novamente que as soluções apontadas pelo grupo de trabalho criado pelo MS com o objetivo de viabilizar o pagamento, conforme informações já divulgadas pelo Conselho Federal da Enfermagem (Cofen), não são resolutivas para esse problema.

O movimento municipalista teme que o texto da Medida Provisória em debate pelo grupo seja utilizado como justificativa para derrubar a liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu os efeitos da Lei 14.434/2022 pela falta de indicação da fonte de financiamento e pelos riscos à solvabilidade das finanças de Estados e Municípios.

Em última decisão, o ministro Roberto Barroso solicitou à Câmara e ao Senado informações a respeito do projeto de lei para regulamentar a Emenda 127, uma vez que, na previsão constitucional, a efetivação do piso necessita de lei que defina as fontes de financiamento, os critérios de destinação dos recursos e a metodologia de rateio para repasse aos Entes e prestadores de serviços. O vazio legal não permite a operacionalização da Emenda 127.

A utilização de recursos de fundos públicos para o financiamento do piso, como vem sendo noticiado como a solução para o custeio, é um equívoco, uma vez que a medida é temporária e incerta.

A previsão de recursos vai até 2027, sujeita a superávit dos fundos, e não há fonte de financiamento a partir de 2028. Os fundos públicos são criados e regulados por leis específicas, que devem ser observadas para evitar conflitos e entraves legais. Um exemplo é o Fundo Social do pré-sal (Lei 12.351/2010), que define seu objetivo e aplicação dos seus recursos financeiros. Parte do Fundo já tem destinação fixa e o superávit no exercício de 2021 foi de R 17 bilhões. Esses não são suficientes para cobrir as despesas decorrentes do piso, tendo em vista que o impacto para os Entes e prestadores de serviços supera R 24,3 bilhões.

Para a CNM, uma medida complementar que viabiliza o pagamento, no âmbito dos Municípios, é a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 25/2022, que adiciona ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) mais 1,5%.

A medida é permanente e aporta recursos financeiros que poderão ser aplicados de forma adicional ao auxílio da União para o cumprimento do piso. Outra solução é o custeio permanente do piso pela União, como já ocorre com o piso dos Agentes Comunitários de Saúde e Endemia.

Diante disso, a CNM reitera a necessidade de que seja mantida a liminar do STF até que haja uma solução sustentável e definitiva para viabilizar o pagamento sem comprometer a prestação de serviços e a solvência dos Entes.

Paulo Ziulkoski é presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM)

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A REDAÇÃO

Hospital Estadual de Formosa realiza 1ª captação de órgãos para transplantes

O Hospital Estadual de Formosa Dr. César Saad Fayad (HEF), na Região de Saúde do Entorno Norte, relaizou, neste sábado (4/2), a primeira captação de órgãos. Com o apoio de transporte aéreo da Casa Militar do Governo de Goiás, a equipe da Gerência de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), composta por dois médicos e duas enfermeiras, foi até o hospital para conduzir o processo de captação. 

A gerente de Transplantes da SES-GO, Katiúscia Freitas, pontuou que foram captados rins e córneas após a constatação de morte encefálica da doadora de 74 anos. “A família autorizou a doação dos órgãos após o diagnóstico da morte encefálica devido a um traumatismo craniano. É um momento difícil para a família, mas tiveram a sensibilidade para autorizar a doação”.

“Todos os órgãos doados beneficiarão pacientes que estão na fila de espera no estado”, garantiu a gerente. As córneas foram captadas pela Fundação Banco de Olhos e os rins foram para o Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), unidade da rede estadual referência em realização deste tipo de transplante.

Katiúscia Freitas lembra que esse trabalho foi possível graças ao empenho das equipes do hospital, em conjunto com a Gerência de Transplantes e a Casa Militar, que colaboraram na estrutura logística da captação e transporte dos órgãos. “Tivemos apoio do serviço aéreo para deslocamento de Goiânia até Brasília, e de lá a equipe terrestre do hospital colaborou para o trajeto”. 

Momento histórico para o HEF

A paciente deu entrada no pronto socorro do HEF após sofrer queda da própria altura. A equipe médica do hospital prestou toda assistência, realizando exames clínicos e de imagem, chegando à conclusão da morte encefálica da paciente, explicou a coordenadora de enfermagem da UTI do hospital, Bruna Soares. “Após todo esse processo fizemos contato com a família sobre o óbito, e os próprios familiares já levantaram a hipótese para a doação de órgãos. Fizemos a entrevista e a doação foi autorizada”.

Estadualizado em 2020, o HEF funcionou como Hospital de Campanha durante o período crítico da pandemia de Covid-19, prestando atendimento aos moradores da Região de Saúde do Entorno Norte, composta por oito municípios e mais de 260 mil habitantes. Atualmente a unidade conta com 80 leitos, sendo 20 de UTI e um pronto-socorro para atendimentos de urgência e emergência. 

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Goiás registra 111 casos por covid-19 nas últimas 24 horas

Goiás registrou 111 novos casos e nenhuma morte por covid-19 nas últimas 24 horas. Os números são do boletim publicado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) neste domingo (5/2). Com as atualizações, o Estado acumula 1.878.410 infecções e 27.964 óbitos pela doença.
 
Segundo o boletim, existem 58 mortes sob investigação para saber se há alguma ligação com a doença. A taxa de letalidade do vírus é de 1.49%, em Goiás.

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O HOJE

Saiba como a Cannabis pode ajudar contra câncer, convulsão, depressão e até animais

Cada vez mais presente no dia a dia das pessoas, médio explica importância de esclarecer sobre o uso correto do produto orgânico que também dá origem à maconha

Não é surpresa pra ninguém que um tipo de planta da mesma família que dá origem à maconha esteja salvando muitas vidas. O responsável por isso é a cannabis, que gera muitas formas medicinais, de acordo com a combinação de substâncias e que tem sido usado para tratamentos contra câncer, convulsão, depressão e até para ajudar animais de estimação. Mas a falta de conhecimento sobre como isso acontece e o preconceito contra o tema ainda é uma barreira.

Por isso, o médico nutrólogo e intensivista, Dr José Israel Sanchez Robles, explica a importância da informação correta sobre o assunto chegar até o máximo de pessoas. “Este é um ano chave para a indústria da cannabis e a expectativa é de que a pauta finalmente receba a atenção que merece, tanto por parte das pessoas quanto por parte das empresas e dos políticos”, introduz o especialista. 

“É muito importante que os benefícios que essa planta pode trazer cheguem ao máximo número de pessoas. Pesquisas já provaram que o câncer, por exemplo, uma das doenças que mais causa mortes e que atingirá cerca da metade de homens e um terço de mulheres nos próximos anos, pode ter o cannabis no seu arsenal terapêutico, que atua de forma benéfica no alívio sintomas da quimioterapia, além de tratar a ansiedade que pode estar associada”, afirmou o médico.

De acordo com José Israel, estudos mostram que o cannabis diminui o amplo espectro de células tumorais por meio de vários mecanismos. “Há, ainda, pesquisas que apontam os canabinóides como supressores dos tumores, outros apontam ação anti-inflamatória que bloqueia o sistema de resposta do corpo ao câncer. Com isso, pode haver, até mesmo, a redução do crescimento tumoral de certos tipos da doença”, completa. 

Além de ajudar contra o câncer na doença ou prevenção, o especialista lembra que o THC, como é conhecida a molécula mais psicoativa da cannabis, atua como relaxante muscular e anti-inflamatório. “Daí a produção de óleos com efeitos anticonvulsivos, anti-inflamatórios, antidepressivos e até anti-hipertensivos. Esses produtos também são usados como analgésico e estímulo para aumentar o apetite”, pontuou José Israel.

Até em animais a cannabis já provou ser eficiente. Desde 2020, por exemplo, a associação INDICA (Inclusão, Diversidade e Cannabis) de São Paulo decidiu focar seu atendimento nos bichos de estimação. O órgão já conseguiu ajudar mais de 2 mil animais, de todas as regiões do Brasil, a aliviar a dor, diminuir a ansiedade, reduzir problemas gastrointestinais e convulsões em cães e gatos. 

A Cannabis Medicinal, que foi reclassificada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e incluída na lista das drogas que têm propriedades medicinais reconhecidas, está liberada pela ANVISA desde o ano de 2015. Ainda no Brasil, São Paulo é o estado brasileiro com mais autorizações para importar o medicamento. Além disso, um projeto do estado, pode até mesmo disponibilizá-lo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

O Projeto de Lei Nº 1180, de 2019, foi aprovado em votação realizada  no final do ano de 2022 instituindo  a política estadual de fornecimento gratuito pelo Estado de medicamentos de derivado vegetal à base de canabidiol, em associação com outras substâncias canabinóides, incluindo o tetrahidrocanabinol (THC). Basta, agora, a sanção do governador Tarcísio de Freitas.

Já em Goiás, a Universidade Evangélica do estado (UniEVANGÉLICA) iniciará, em fevereiro de 2023, estudos com dois extratos da cannabis, o canabidiol e o tetrahidrocanabinol em parceria com a Associação Goiana de Apoio e Pesquisa à Cannabis Medicinal (AGAPE).

“Apesar destas evidências in vitro e in vivo, e das expectativas positivas que vemos sobre a expansão deste composto no mundo e no Brasil, sabemos que somente após a legalização e flexibilização do uso derivados da cannabis na medicina é que serão abertas inúmeras e verdadeiras possibilidades para pesquisas e tratamentos cada vez mais eficientes com estes fármacos”, reforçou Dr José Israel.

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PORTAL G1

Mãe e filha se emocionam ao contar que se curaram do câncer juntas

Ludmila Cruvinel e Maria Alice Cruvinel tiveram câncer de mama. Apoio de pessoas próximas foi um fator importante durante a batalha.

A funcionária pública Ludmila Cruvinel e a mãe dela, Maria Alice Cruvinel, são dois exemplos de superação. As duas enfrentaram a batalha contra o câncer juntas com muita luta, força, bom humor e pensamentos positivos.

Ludmila, de 50 anos, mora em Goiânia e descobriu em junho de 2022 o câncer de mama. Em seguida, também soube que estava com Covid-19. No início, a funcionária pública ficou abalada, mas depois escolheu lutar e vencer a guerra, e venceu.

“A gente deve chorar, mas depois tem que escolher. Eu vou continuar chorando e me vitimizando ou eu vou lutar e vencer essa guerra?”, disse Ludmila à TV Anhanguera.

Foram mais de 10 sessões de quimioterapia. Para distrair e tornar o processo mais tranquilo, Ludmila começou a praticar esportes e agir de forma positiva, sempre confiante na cura.

O apoio de pessoas próximas também foi um fator importante durante a batalha. Inclusive, o aniversário de Ludmila foi bem em uma dia de quimioterapia e, para comemorar, os amigos e familiares dela foram ao hospital e fizeram uma festa.

A batalha da Ludmila contra o câncer de mama acabou no fim de 2022, mas durante o processo, ela descobriu que a mãe, de 80 anos, também estava com câncer de mama. Segundo familiares, as duas foram guerreiras e deram força uma para outra durante a doença.

O estado emocional pode fazer a diferença em tratamentos de pacientes com câncer. Para Maria Alice, mãe da Ludmila, a positividade da filha ajudou durante todo processo.

Maria Alice também encontrou maneiras de acalmar o coração em momentos de angústia. Ela contou à TV Anhanguera que quando estava chateada ou emotiva tocava teclado para distrair.

Câncer

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estiva 704 casos de câncer por ano no Brasil. Segundo o Inca, os cânceres de próstata, de mama feminina e do colorretal são os mais comuns na região centro-oeste.

Entretanto, a medicina avança ano após ano e novos estudos são desenvolvidos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e trazer a cura mais rápida.

O médico oncologista Dr. Luis Onofre contou à TV Anhanguera que nos últimos 10 anos o tratamento contra o câncer sofreu uma grande evolução. Segundo ele, os cientistas aprenderam a estudar o DNA do tumor e a partir disso, descobrir drogas específicas para o tratamento.

3 pilares

Ludmila explicou à TV Anhanguera que seguiu três pilares que a ajudaram durante o tratamento. Para ela, ter fé, ter um apoio familiar e agradecer a cada dia pelo dom da vida fizeram ela ter mais força e esperança.

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PORTAL UOL

Remédio para emagrecer: o que funciona e o que não funciona?

O desejo por emagrecer leva muitas pessoas a buscarem remédios que aceleram o emagrecimento. Em meio a isso, estão tanto pessoas que querem ter um corpo mais enxuto quanto quem sofre de obesidade.

Nos últimos anos, a indústria farmacêutica desenvolveu medicamentos cada vez mais eficazes para atuar no tratamento da obesidade. Alguns deles vêm apresentando bons resultados quando são usados com prescrição e orientação de médicos capacitados.

Dicas de saúde, alimentação e bem-estar em um único aplicativo. Baixe aqui VivaBem UOL Esses remédios são indicados aos pacientes com o IMC acima de 30 (considerados obesos) e aqueles com IMC a partir de 27 (sobrepeso) que apresentam doenças associadas. (calcule seu IMC).

Atenção: não pratique a automedicação, ela pode provocar mais problemas.

Remédios para emagrecer: o que tomar?No Brasil, existem algumas opções de medicamentos para a obesidade, sendo que alguns têm maior potencial de perda de peso do que outros.

Como cada paciente responde de uma maneira, nenhum deve ser descartado, sendo que o acompanhamento médico é essencial.

Liraglutida (Saxenda®)Desenvolvida para tratar o diabetes, a substância passou a ter indicação para a obesidade depois que estudos mostraram sua ação em diminuir uma média de 6% do peso dos pacientes, trazendo benefícios para a saúde cardiovascular, como a redução da pressão arterial e da gordura visceral.

A liraglutida age de maneira similar a um hormônio produzido no intestino, conhecido como GLP-1, que regula a produção de insulina pelo pâncreas, além de controlar o apetite e a saciedade ao enviar sinais para uma região específica do cérebro que faz esse controle, e retardar o esvaziamento do estômago.

A liraglutida é vendida como uma espécie de caneta com uma agulha fina na ponta para ser aplicada diariamente na região do abdome na quantidade orientada pelo médico. Pode ser usada em pacientes a partir de 12 anos, sendo as náuseas o principal efeito colateral em cerca de 20% dos pacientes no início do tratamento.

Semaglutida (Wegovy)Também criada para o tratamento do diabetes, a semaglutida ("parente" da liraglutida) foi recentemente aprovada pela Anvisa para o tratamento da obesidade por apresentar resultados como uma redução de 15% no peso. conforme estudos realizados com a dose de 2,4 mg, como o divulgado no The New England Journal of Medicine.

A substância funciona de maneira similar à liraglutida: é análoga ao hormônio GLP-1, portanto, age no centro da fome e da saciedade, além de promover um esvaziamento gástrico mais lento e melhorar a produção de insulina.

A diferença entre as duas fica por conta da aplicação semanal da semaglutida e de sua maior potência, uma vez que a substância age por um tempo mais prolongado no organismo.

A substância injetável já é comercializada para o tratamento da obesidade nos Estados Unidos e, em breve, deve estar à venda no Brasil.

TirzepatidaA substância demonstrou resultados muito promissores em 90% dos pacientes que usaram o medicamento, chegando a reduzir o peso em mais de 20% em um ano e meio de tratamento - nível semelhante ao de uma bariátrica. Esses dados estão no estudo Surmont-1 e o remédio deve revolucionar o tratamento para obesidade.

Além de oferecer a mesma ação da semaglutina e da liraglutina sobre o GLP-1, o novo fármaco também atua simulando outro hormônio secretado pelo intestino, o GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose).

Em conjunto, eles atuam na saciedade, no controle da glicose e em alguns outros mecanismos que ajudam a manter baixos os níveis de açúcar no sangue após a ingestão dos alimentos por atuarem nas células beta no pâncreas. O medicamento ainda se mostrou seguro, podendo ser usado por tempo indeterminado.

Orlistate ou orlistat (Orlistat STADA®, Lystate® e Lipiblock®)Trata-se de uma substância que atua em uma enzima que faz parte da digestão, diminuindo a absorção da gordura ingerida pela alimentação em cerca de 30%. Dessa maneira, gera um aporte calórico mais baixo, levando ao emagrecimento e contribuindo para reduzir os níveis de colesterol.

A desvantagem é que, como parte da gordura ingerida é eliminada pelas fezes, o paciente pode sofrer com gases e diarreia, além de ter interferência nos níveis de vitaminas que precisam de gorduras para serem absorvidas, como a vitaminas A, B, E e K.

Associação de bupropiona com naltrexonaEssa combinação de fármacos, até então usados separadamente para pacientes com quadros depressivos (bupropiona) ou em tratamento do alcoolismo ou de substâncias opioides (naltrexona), já foi aprovada pela Anvisa e deve ser lançada em breve no mercado brasileiro com o nome de Contrave.

Sua principal indicação será o tratamento de obesidade daqueles pacientes que apresentam episódios de compulsão alimentar, algo que atinge cerca de 30% dos pacientes que apresentam algum grau de obesidade.

A naltrexona potencializa a ação da bupropiona, atuando nos níveis de dois neurotransmissores do cérebro: dopamina e noradrenalina. Isso possibilita que o paciente controle seu impulso por comer um alimento calórico pela busca da sensação de satisfação, além de reduzir a fome.

SibutraminaTrata-se de um fármaco de venda controlada que atua nos níveis de serotonina e noradrenalina, controlando a fome e a saciedade, para ajudar o paciente a seguir uma dieta com restrição calórica e evitar que ele coma por impulso.

O medicamento apresenta bons resultados na perda de peso com a vantagem de ter um custo bem mais baixo do que a liraglutida e a semaglutida. No entanto, é contraindicado para pacientes com risco cardiovascular, e aqueles com diabetes e hipertensão não controladas.

Por isso, o fármaco só é vendido com a Receita B2 acompanhada do Termo de Responsabilidade do Prescritor, que deve ser devidamente emitido, preenchido e assinado pelo médico e também assinado pelo paciente.

TopiramatoUsado no tratamento da enxaqueca e da epilepsia, esse medicamento anticonvulsivante é uma opção de tratamento para os pacientes obesos que têm um padrão compulsivo na alimentação, já que atua no centro da fome e da compulsão no cérebro, contribuindo para a perda de peso.

Dimesilato de lisdexanfetamina (Venvanse® ou Juneve®)Lançada com o objetivo de tratar pacientes com TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), em 2018 a substância foi liberada pela Anvisa para o tratamento da compulsão alimentar a fim de contribuir para a redução do peso.

Ela atua sobre a dopamina e a liberação de outros neurotransmissores no cérebro fazendo com que o paciente deixe de ter o impulso por comer. Mas é contraindicado para hipertensos ou pessoas que tenham outras doenças cardiovasculares, além daquelas com hipertireoidismo e glaucoma.

Remédios que NÃO funcionam para a perda de pesoFluoxetinaApesar de inicialmente a substância apresentar resultados nos pacientes a fim de controlar a fome e a sensação de saciedade por atuar em neurotransmissores do cérebro, seu efeito não dura muito tempo.

LaxantesMedicamentos com efeito laxante (como Lacto-Purga® e Dulcolax®, por exemplo) não têm nenhum efeito sobre a redução de gordura corporal, e ainda há o risco de provocar uma inflamação intestinal, alterações na microbiota responsável pela absorção de nutrientes e até uma dependência de laxativos para evacuar.

DiuréticosOs fármacos com essa ação como a furosemida (Lasix®), espironolactona e a hidroclorotiazida têm um problema: esse tipo de substância não é capaz de eliminar gordura e seu uso indiscriminado e sem a devida orientação pode levar à desidratação, problemas renais e até a morte.

LevotiroxinaIndicado para quem tem baixa produção de hormônio tireoidiano, esse medicamento é usado por algumas pessoas sem indicação médica na tentativa de "acelerar o metabolismo" para gerar o emagrecimento. Seu efeito, no entanto, costuma causar a perda de massa magra.

FitoterápicosExtratos de plantas (Citrus aurantium, Rhodia gordoni, Cáscara Sagrada, Pholia negra, entre outros) apresentam um resultado muito discreto na perda de peso, portanto são pouco eficientes no tratamento da obesidade.

ChásInfusões preparadas com hibiscus, carqueja, gengibre e outras ervas possuem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e algumas vezes diuréticas, mas que não possuem evidência científica de trazer um emagrecimento potencial para os quadros de obesidade.

ProbióticosApesar de existirem estudos que relacionam a alteração da microbiota do intestino com diabetes, obesidade e problemas cardíacos, ainda não foi possível demonstrar que um grupo específico de bactérias seja capaz de proporcionar uma perda de peso significativa.

Dicas que funcionam para a perda de pesoApesar dos fármacos indicados para tratar a obesidade contribuírem muito para o processo de perda de peso, é preciso combiná-los com mudanças no estilo de vida como:

Dieta saudável com restrição calórica, mas com acompanhamento de profissional de saúdeAumentar o consumo de proteínasGarantir a ingestão de mais fibrasPraticar exercícios físicosBeber mais águaDormir mais e ter um sono de qualidadeGerenciar o estresseFontes: Lúcia Cordeiro, médica endocrinologista, professora da disciplina de endocrinologia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco); Marcelo Miranda, médico endocrinologista, pesquisador do Laboratório de Investigação em Metabolismo e Diabetes da Unicamp; e Fábio Trujilho. endocrinologista, vice-presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica) e diretor do departamento de obesidade da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).

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O SUL

Após 15 anos, a Associação Americana de Pediatria atualiza recomendações para tratamento de crianças e adolescentes com obesidade

No Brasil, o problema afeta 3,1 milhões de menores de 10 anos.

Após 15 anos, a Associação Americana de Pediatria (AAP) atualizou recomendações para o tratamento de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade. Embora reforce que a terapia focada em mudança de estilo de vida seja a mais eficaz, pela primeira vez admite a possibilidade de intervenção combinada a medicamentos emagrecedores (a partir dos 8 anos) ou então cirurgia metabólica e bariátrica (em casos de obesidade grave e para pacientes acima de 13 anos).

O documento é divulgado no momento em que a obesidade, doença crônica, é considerada uma "epidemia", agravada com o isolamento social imposto pela covid. Além disso, diz a associação, os Estados Unidos têm ambiente "cada vez mais obesogênico", que promove o comportamento sedentário e escolhas alimentares pouco saudáveis.

No Brasil, conforme a Pesquisa Nacional de Saúde 2019, a proporção de pessoas com obesidade na população adulta, entre 2003 e 2019, mais que dobrou, passando de 12,2% para 26,8%. No ano passado, o Ministério da Saúde informou que a obesidade infantil afeta 3,1 milhões de crianças menores de 10 anos no País; e o excesso de peso - 6,4 milhões.

"O Brasil curiosamente saltou da desnutrição para a obesidade. Não tivemos um intermediário", destaca Durval Damiani, chefe de Endocrinologia Pediátrica do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Aprovação

Há especialistas que consideram positivas as novas recomendações. Destacam que o plano valida opções já feitas pelos médicos, mas que sofriam resistência, na visão deles, por causa de estigmas. Outro ponto elogiado é o documento reconhecer a obesidade como doença multifatorial, não uma escolha, e sobretudo um desafio não de médicos especialistas, mas de todos os que atendem o público jovem.

"O que chama a atenção é a Sociedade de Pediatria, como um todo, discutindo algo antes visto como assunto de alguns médicos especialistas em obesidade, que eram até meio marginalizados por outros", observa o endocrinologista Bruno Halpern, presidente da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso).

Ele aponta que isso é um passo preventivo importante. "Ninguém desenvolve a obesidade de um dia para o outro. A gente tem batalhado muito para que o pediatra chame a atenção da criança ou do adolescente para a obesidade, mesmo que esta não tenha sido a causa primária da consulta."

Endocrinologista pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba (PR), Julienne Carvalho frisa que o tratamento de crianças depende muito dos pais e responsáveis: "O pediatra é o médico de confiança da família desde sempre. Ele tem de estar a par dessas informações novas, para que a família se sinta realmente segura em fazer um tratamento que, até então, não imaginava possível".

Conforme Damiani, remédios e cirurgia são cogitados apenas quando mudar o comportamento, sozinho, não apresenta resultados. Ele conta que sua equipe foi pioneira em cirurgia bariátrica em adolescentes no País. Em 2007, operaram uma paciente de 15 anos:

"A adolescente precisava andar com o apoio dos pais do lado, como se fossem muleta. Não ia à escola. Você não imagina o quanto caíram em cima da gente, dizendo que éramos loucos de operar alguém de 15 anos".

"Chocou o mundo a indicação de remédio ou cirurgia porque as pessoas têm preconceito com obesidade. Existe ainda a visão antiquada e preconceituosa de que a obesidade é uma escolha e é somente relacionada a maus hábitos de vida", lamenta Halpern.

No documento, a AAP destaca que a farmacoterapia pode ser prescrita para crianças a partir dos 8 anos em "condições específicas", após avaliação de risco e benefício, embora frise que não haja amplo escopo de evidências para o uso desses medicamentos em pacientes menores de 12 anos.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece assistência integral às pessoas com sobrepeso e obesidade, com atividades preventivas de vigilância alimentar, acompanhamento nutricional. "além de assistência clínica e cirúrgica, como cirurgia bariátrica e reparadora para corrigir excesso de pele".

Prevenção global

Para Durval Damiani, a prevenção é arma fundamental no combate à "epidemia". "Onde essa prevenção tem de ser fortemente estimulada? Evidentemente, na família e na chamada família estendida, onde a escola exerce papel fundamental", defende, acrescentando que: "As pessoas precisam prestar atenção no peso dos filhos. Ir ao pediatra e cobrar: 'Doutor, como está o meu filho? Está crescendo bem'?".

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Assessoria de Comunicação