Ahpaceg na Mídia – 11/04/22

 

Sagres TV

 

Após aumento, medicamentos somem das farmácias e dos hospitais

https://www.youtube.com/watch?v=5AtHUKsSDJg

 

SINDHOESG ROL ANS 09 12 20

 

O presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, observa que são muitos os motivos para a falta de medicamentos enfrentada atualmente e com poucas perspectivas de solução imediata. Dentre os motivos, ele destaca falhas no fornecimento de insumos primários pela China – o principal fornecedor mundial - e o aumento dos custos de produção nem sempre acompanhado do reajuste do preço de venda, o que desestimula a indústria a produzir.

Ele ressaltou que a Ahpaceg conta com uma central de compras conjunta, que adquie medicamentos para os associados diretamente da indústria, com estoque para um ano. Isso garante ao grupo uma proteção para o que está escasso no mercado. Já no caso de produtos que deixam de ser produzidos, como pode vir a ser o caso da dipirona, não há o que fazer.

“A escassez, o aumento significativo do custo ou a falta de medicamentos traz um trabalho imenso para médicos e farmacêuticos que precisam adequar a prescrição para que os pacientes não sofram as consequências da falta de medicamentos”. afirma.

Segundo o presidente, a dipirona, já em falta, chama mais atenção, mas o problema atinge outros itens, como antibióticos, relaxantes musculares, analgésicos e anestésicos, por exemplo. “Às vezes, não conseguimos identificar o que é uma falta temporária e o que é mais grave, mas já percebemos o problema e não sabemos quanto tempo irá durar”, diz.

 

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AHPACEG ALERTA SOBRE FALTA DE MEDICAMENTOS NO MERCADO

 

AHPACEG NA MÍDIA - APÓS AUMENTO, MEDICAMENTOS SOMEM DAS FARMÁCIAS E DOS HOSPITAIS

 

PRESIDENTE HAIKAL HELOU FALA À RÁDIO CBN GOIÂNIA SOBRE A FALTA DE MEDICAMENTOS NO MERCADO

 

AHPACEG NA MÍDIA - HOSPITAIS RELATAM DIFICULDADE EM ACHAR MEDICAMENTOS BÁSICOS PARA ATENDIMENTO

Ahpaceg na Mídia - Presidente Haikal Helou falou à Rádio CBN Goiânia, no dia 9 de abril de 2022, sobre a falta de medicamentos no mercado. Confira:

Após reajuste de mais de 10%, começa a faltar alguns medicamentos nas farmácias

https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/ap%C3%B3s-reajuste-de-mais-de-10-come%C3%A7a-a-faltar-alguns-medicamentos-nas-farm%C3%A1cias-1.2436221

Segunda, 11 Abril 2022 07:08

CLIPPING AHPACEG 09 A 11/04/22

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil tem 38 mortes por Covid em 24h; média móvel é de 158 óbitos/dia

Sem direito à licença-maternidade, prefeita de Palmas improvisa quarto para o filho na prefeitura

'É preciso despolemizar o tema do fim da pandemia', diz novo presidente do Conass

Paralisação das Santas Casas do Brasil está marcada para o próximo dia19

Artigo - Atenção Primária em Saúde: financiamento é prioridade global e urgência nacional

Piso salarial para enfermagem ainda não é o ideal, segundo entidade goiana

Rogério Cruz decreta ponto facultativo na véspera do feriado

Antes do teste de farmácia, mulheres colocavam urina em sapos e rãs para saber se estavam grávidas

Metanfetamina: substância apresenta aumento de usuários e internações em clínicas particulares no Brasil

Famosas por defender cloroquina, médicas miram o Congresso

Covid-19: Goiás registra 34 novos casos e nenhuma morte nas últimas 24 horas

PORTAL IG

Brasil tem 38 mortes por Covid em 24h; média móvel é de 158 óbitos/dia

Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste domingo (10) indicam 38 mortes em decorrência da Covid-19 nas últimas 24h. Com isso, o Brasil registra a menor média móvel desde 17 de janeiro - hoje em 158,7 - e seu 45º dia com quedas percentuais superiores a 15% no comparativo do índice com as duas semanas anteriores - padrão determinado por infectologistas, que fixam a variação de 15% como ponto de inflexão para que se mude a tendência da pandemia para alta ou queda. Esse número também representa uma queda de 33% em relação ao verificado há 14 dias.

Ainda neste domingo, a curva de contágio completa 20 dias em queda. Depois de um longo período com frequentes altas no primeiro trimestre do ano - com picos de 189 mil casos diários na média móvel -, o índice apresentado hoje - 21.852,1 - é 27,8% menor do que há 14 dias.

O cálculo de médias móveis consiste em somar todos os registros dos últimos sete dias e dividir o total por sete. Assim, é possível ter uma visão ampla do atual momento da pandemia.

Nas últimas 24h, o Brasil registrou 7.210 novos diagnósticos positivos e 38 novos óbitos por Covid-19. Os dados são do mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Não foram levantados números de Acre, Mato Grosso, Amapá, Rio de Janeiro, Roraima, Tocantins e do Distrito Federal, pois as plataformas de informações dos estados apresentaram problemas e algumas unidades da federação não computam óbitos durante o final de semana.

No total, o Brasil já perdeu 661.258 vidas para a doença e computou 30.152.402 casos de contaminação.

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PORTAL G1

Sem direito à licença-maternidade, prefeita de Palmas improvisa quarto para o filho na prefeitura

Cinthia Ribeiro (PSDB) foi a única mulher eleita como prefeita em uma capital brasileira na última eleição municipal. A cidade do Tocantins, no entanto, não prevê a licença para a função de chefe do Executivo.

Uma situação inusitada tem chamado a atenção na capital do Tocantins. Um bebê tem passado os dias na prefeitura de Palmas, com a mãe. É que a prefeita, Cinthia Ribeiro (PSDB), engravidou durante o mandato e, quando o filho nasceu, descobriu que não teria direito à licença-maternidade. Veja a reportagem completa no vídeo acima.

Cinthia tem um filho mais velho, de 14 anos. Ela foi a única mulher eleita como prefeita em uma capital brasileira na última eleição municipal, em 2020. Em todo o Brasil, apenas 12% das cidades são administradas por mulheres.

A prefeita de Palmas trabalhou até o dia do parto, 15 de novembro. O seu resguardo durou menos de duas semanas.

“Dez dias depois, de eu ter dado à luz o Vittorio, eu estava numa solenidade. É claro que o corpo da gente precisa desse descanso”, conta a prefeita.

O município de Palmas não prevê licença-maternidade para a função de chefe do Executivo. Então, para continuar administrando a cidade e cuidando do filho, a solução encontrada foi improvisar um quarto na prefeitura.

Apesar de a Constituição Federal assegurar o direito a licença-maternidade para todas as mulheres brasileiras, no caso de quem exerce cargo eletivo no país, falta clareza.

“No nosso entendimento, e na jurisprudência, já existe esse direito, seria garantido à prefeita. Só que, quando o município não coloca este direito líquido e certo na sua lei orgânica, fica esse temor de sair e um suplente assumir o mandato”, explica a deputada Celina Leão (PP), coordenadora da bancada feminina na Câmara dos Deputados.

Já existe uma proposta de emenda constitucional para mudar essa realidade. Quando era vereadora em Rio Branco, a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva passou por um drama 16 dias depois de dar à luz sua terceira filha, Moara. Ela foi chamada às pressas à Câmara porque poderia ter o mandato cassado por faltas injustificadas.

Marina saiu correndo de casa, para se defender. O caso, em 1990, gerou comoção, e a Câmara de Rio Branco regulamentou o direito de licença-maternidade para cargos eletivos. Três décadas depois, o país ainda tem muito a avançar.

Em Palmas, após o nascimento de Vittorio, a Câmara de Vereadores decidiu revisar a legislação municipal. No entanto, ainda não há data para votação dessa revisão.

https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2022/04/10/sem-direito-a-licenca-maternidade-prefeita-de-palmas-improvisa-quarto-para-o-filho-na-prefeitura.ghtml

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O GLOBO

'É preciso despolemizar o tema do fim da pandemia', diz novo presidente do Conass

BRASÍLIA Recém-empossado como presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes de Medeiros Junior assumiu o cargo há pouco mais de duas semanas com a missão de negociar o fim do estado de emergência em saúde no país, tratado como "fim da pandemia" pelo presidente Jair Bolsonaro. Na avaliação de Fernandes, é possível chegar a um acordo nos próximos meses se os indicadores de casos, de internações e de mortes pela doença permanecerem em queda, além de se criar uma estratégia permanente de vacinação.

Melhora no cenário epidemiológico:

É preciso despolemizar o tema. O fim da pandemia, do ponto de vista administrativo, segundo regulamento sanitário internacional, é uma definição que deve ser adotada pelo diretor-geral da OMS (Tedros Adhanom), subsidiado pelo comitê de crise, que vai dizer quando a pandemia acabou . No entanto, precisamos trabalhar com o tratamento do estado de emergência, que, de fato, pode ser levantado ao longo deste ano, porque já não serão mais necessárias as prerrogativas de autoridade pública ampliadas.

Em entrevista exclusiva ao GLOBO, o secretário de Saúde do Espírito Santo analisa que após um período marcado por discordâncias em relação à condução da pandemia, o Ministério da Saúde, estados e municípios hoje têm uma relação de harmonia.

A grande parte das medidas necessárias adotadas por governadores e prefeitos foram combatidas por forças políticas em todos os estados e grande parte delas mobilizadas por importantes autoridades públicas nacionais do país. Então, nós não vivemos ao longo da pandemia um contexto onde o ambiente institucional, político, ideológico, espiritual da nação estava coeso em torno de medidas eficazes contra o vírus afirmou.

Tristeza boa:

A seguir, leia os principais trechos da entrevista:

Qual a tendência da pandemia para os próximos meses no Brasil?

Se não surgir uma nova variante de preocupação e nós conseguirmos manter o ritmo de vacinação num patamar melhor do que temos hoje, nós caminhamos para ter um ano com controle do comportamento da pandemia em termos de novas internações por semana, novos óbitos e novos casos. Nós sabemos que, após cinco, seis meses da última vacina, a proteção das vacinas cai de maneira muito significativa, principalmente para casos leves, ainda mais no contexto da circulação da Ômicron. Precisamos que as estratégias de vacinação sejam permanentes, anuais e que esse dilema de quem vai se vacinar todo ano ou não deve ser definido neste ano. Existe uma programação com a indústria para as aquisições das vacinas para poder garantir que a principal estratégia de prevenção contra uma doença infectocontagiosa não tenha um esquema que torne a população brasileira vulnerável à circulação do vírus. A gente precisa entender que a ampla cobertura vacinal permite, sim, uma agenda de retomada plena das atividades econômicas e sociais.

É possível falar em fim da pandemia?

É preciso despolemizar o tema, porque o fim da pandemia, do ponto de vista administrativo, segundo regulamento sanitário internacional, é uma definição que deve ser adotada pelo diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom), subsidiado pelo comitê de crise, que vai dizer quando acabou ou não. No entanto, nós precisamos trabalhar com o tratamento do estado de emergência, que, de fato, pode ser levantado ao longo deste ano. Nós temos tratado com o Ministério da Saúde que é necessário preparar o país para o fim do estado de emergência, porque, sem dúvida, será alcançado caso não ocorra o surgimento de novas variantes de preocupação com escape vacinal.

Alerta:

Como o fim do estado de emergêncua pode impactar os estados?

Nós temos um conjunto de prerrogativas ampliadas no contexto do estado de emergência. Elas são fundamentais para a gente conseguir fazer uma gestão adequada da pandemia tanto no que diz respeito àquilo que a gente pode recomendar, como o uso de máscara obrigatório, fazer compras emergenciais, contratações excepcionais... Quando surge uma nova onda, nós temos que decidir rapidamente, por exemplo, a mudança do perfil de hospitais do dia para noite. Nós temos que, sem o tempo necessário para poder fazer uma devida motivação administrativa, o recálculo do preço do contrato com uma organização social, com hospitais filantrópicos, privados... A gente precisa, num contexto fora da emergência, fazer diversos tipos de cotações. Uma instrução processual e uma fundamentação administrativa que exigem um tempo que nós não temos na resposta à emergência. De fato, o estado de emergência garante que a gente consiga fazer com que o sistema de saúde responda de maneira mais rápida e oportuna dentro desse contexto.

Como os estados têm se preparado para esse cenário?

Nós temos uma proposta de aguardar pelo menos 60, 90 dias de plena estabilidade, sem surgimento de novas variantes, avançando na vacinação enquanto todos os estados e municípios, a Anvisa, os órgãos da medicina do trabalho, o Ministério Público do Trabalho, as instituições que se prepararam para este contexto de emergência se organizem para o levantamento dele. Então, isso é possível desde que tenha uma condução clara e uma comunicação por parte do ministério a sociedade.

A maioria dos estados já flexibilizou o uso de máscaras e o Ministério da Saúde lançou diretriz no ambiente de trabalho. O Conass planeja alguma orientação unificada nesse sentido?

Não foi possível a coesão e a homogeneidade das medidas sanitárias, principalmente as não farmacológicas, em todos os estados. Então, não será agora que isso será possível. A carência de uma coordenação nacional e as vicissitudes que existem no contexto das disputas políticas em cada estado são muito complexas para que uma pactuação interfederativa dê conta de responder todas as questões que se vinculam às particularidades de cada estado. Nós não temos expectativa de que, neste momento, a gente teria uma pactuação nacional que homogeneizasse a desobrigação do uso de máscaras em todos os estados. Esse tipo de medida só consegue ser tomada quando existe uma coordenação nacional que dê coesão a todos os atores e que pacifique todos os campos políticos. A grande parte das medidas necessárias adotadas por governadores e prefeitos foram combatidas por forças políticas em todos os estados e grande parte delas mobilizadas por importantes autoridades públicas nacionais do país.

A que o senhor se refere quando fala em falta de coesão nacional e diretriz unificada aos estados?

Houve, por parte do presidente da República, uma decisão de não coordenar a pandemia. O STF nunca retirou do governo federal as prerrogativas de ser o articulador da federação, o coordenador das políticas nacionais. A Presidência deslegitimou as medidas necessárias adotadas por prefeitos e governadores, combateu e mobilizou bases políticas e sociais para poder politizar e polarizar essas medidas de modo que a gente não conseguiu ter a coesão de toda a população naquilo que poderia preservá-la dos riscos de infecção, de internação e de óbito. Não era possível você pegar e colocar num estádio as pessoas que seguiam o presidente e, em outro, que seguiam. Elas estão vivas na sociedade e grande parte dela se organizam em polos de poder político. O país não teve essa coordenação nacional. Quando você tem como presidente da República que insiste em questionar a eficácia das vacinas e criar teses conspiratórias sobre a origem do vírus, sobre os interesses de governadores e prefeitos em torno da pandemia... Nós, de fato, temos um cenário extremamente complexo para a gestão dela.

Nesse cenário de arrefecimento da pandemia, o que a população deve entender sobre a Covid-19?

Deve entender que o vírus continua sendo transmitido da mesma maneira, pelas vias respiratórias, que o vírus ainda implica em risco de vida para pessoas, principalmente não vacinadas. No entanto, a gente precisa que a população celebre junto com todos nós o fato de que estamos conquistando a principal medida esperada com a vacinação, que é a redução dos óbitos, das internações e das sequelas. Sem dúvida, foi uma grande conquista do Sistema Único de Saúde.

Como os estados devem lidar com a demanda represada na pandemia por outras doenças?

Os estados estão se programando para uma retomada ampla, geral de procedimentos eletivos. No entanto, existe uma complexidade que são os tetos fiscais e a capacidade de financiamento desta retomada. Nós não temos, dentro de um plano de retomada dessas atividades, uma proposta concreta do Ministério da Saúde para o financiamento pleno tanto das linhas de cuidado do pós-Covid como também das outras condições (como cirurgias e procedimentos oncológicos) que se tornaram represadas ao longo desses dois últimos anos.

Quais seriam as possíveis soluções para isso?

O financiamento mais ousado e robusto da estrutura hospitalar que não foi habilitada. Nós temos, ainda, muitos leitos que não conseguiram ser habilitados e que correm risco de serem fechados compondo uma redução da capacidade de resposta dos estados. Nós temos um financiamento da média complexidade ambulatorial, especialmente vinculados à reabilitação física e fonoaudiológica. Se os estados e municípios quiserem garantir acesso a essas especialidades, vão precisar fazer, basicamente, com recursos próprios, porque não está colocada uma agenda para a organização desse serviço de saúde dentro do estado.

O senhor tomou posse no Conass em 23 de março. Quais os planos para a gestão?

Nós temos um ano que tem três momentos muito bem definidos: o da gestão da pandemia, com a etapa de reabilitação, quando vamos precisar superar o estado de emergência. Temos a convicção no Conass de que a gente precisa construir uma carta de compromisso a todos os presidenciáveis de todos os campos políticos em que nós pretendemos apresentar uma série de diretrizes e compromissos, inclusive com uma agenda para a primeira CIT (Comissão Intergestores Tripartite) de 2023. O ano precisa começar em janeiro com uma agenda clara para a saúde pública do país e que ela consiga ter o apoio não somente do campo político do presidente eleito, mas de qualquer espectro entre a direita e a esquerda de que essa agenda possa ter o apoio de todos os campos políticos.

Como está o diálogo dos estados com o ministério?

Nós temos um diálogo muito republicano e uma unidade administrativa que sempre é tratada com muito zelo. Nós tratamos de evitar polêmicas e desgastes na condução administrativa do sistema de saúde. De fato, fazer com que Conass e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) se manifestem numa posição de polarização, de beligerância, de conflito com o ministério, é necessário muito esforço político por parte do Ministério da Saúde para que esses momentos aconteçam. Infelizmente, aconteceram ao longo da pandemia. Nós entendemos que, neste momento, há um ambiente de retomada das pontes de diálogo, dos canais de comunicação com o ministério.

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Paralisação das Santas Casas do Brasil está marcada para o próximo dia19


No dia 19 de abril, as Santas Casas e hospitais filantrópicos de todo o Brasil vão fazer uma paralisação simbólica, em protesto ao subfinanciamento do SUS que culminou, nos últimos seis anos, no fechamento de 315 hospitais. Os estabelecimentos vão reagendar procedimentos eletivos que estiverem agendados na data, atendimentos de urgência não serão prejudicados.

O presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Mirocles Véras, explica que a mobilização é necessária, "pois há descaso do governo federal com um cenário que se agravou com a pandemia". Ele garante que houve uma promessa de aporte de R$ 2 bilhões emergenciais, em maio de 2021, que nunca saiu do papel. O setor também aguarda que o governo apresente os recursos para que hospitais filantrópicos possam absorver o piso nacional da enfermagem que está para ser votado na Câmara e deve impor um custo de R$ 6,3 bilhões ao setor.

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PORTAL JOTA

Artigo - Atenção Primária em Saúde: financiamento é prioridade global e urgência nacional

Na semana que celebra o Dia Mundial da Saúde, em 7 de abril, a revista Lancet Global Health publicou uma pesquisa que analisou modelos de financiamento da Atenção Primária em Saúde (APS) em sistemas de saúde no mundo.

Realizado em meio à pandemia da Covid-19, o estudo reuniu 22 especialistas de 15 países para investigar como arranjos de financiamento podem fortalecer a APS em países de baixa e média renda. A exitosa experiência brasileira de financiamento da Estratégia Saúde da Família (ESF), que atualmente encontra-se numa encruzilhada, fez parte do estudo.

Em 1978, a Assembleia Mundial de Saúde realizada na cidade de Alma-Ata, no Cazaquistão, definiu a Atenção Primária em Saúde como a melhor estratégia para levar “Saúde para Todos” no mundo até o ano 2000. A partir de uma abordagem centrada na comunidade, as equipes que atuam na APS buscam atender ao conjunto das necessidades de saúde apresentadas pelas pessoas ao longo de sua vida, incluindo o bem-estar físico, mental e social.

Diversos estudos demostram que países com sistemas de saúde organizados com base na Atenção Primária em Saúde têm populações com melhor situação de saúde, há mais equidade nos resultados em saúde e estão em melhor posição para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável traçados pela ONU.

Porém, na maioria dos países de baixa e média renda, a APS ainda é subdesenvolvida, sub-financiada e encontra dificuldade para dispor de força de trabalho qualificada. Como resultado, metade da população mundial não tem acesso a serviços essenciais de saúde e encontra-se em situação de maior vulnerabilidade frente a emergências sanitárias.

Para reverter esse quadro, estudo da Lancet afirma que é crucial aportar maior volume de recursos públicos para Atenção Primária e aprimorar os mecanismos de financiamento da APS nos sistemas de saúde para trazer as pessoas para o centro da atenção.

Apesar das desigualdades socioeconômicas e dos problemas estruturais do SUS – entre os quais o baixo financiamento público, a frágil governança regional e a ineficiência na alocação de recursos disponíveis –, construímos no Brasil um modelo de APS que é reconhecido internacionalmente pelo caráter inovador e pelos resultados alcançados.

A APS brasileira foi desenvolvida para ser a base do Sistema Único de Saúde, o SUS, alicerçada nos princípios da universalidade, integralidade, descentralização e participação da comunidade. Em contraste com a maioria dos países de baixa e média renda, que tem programas focais e seletivos de APS – dirigidos para um grupo específico de doenças nas populações mais pobres – e de países de alta renda, que tem modelos centrados no trabalho médico, a Estratégia Saúde da Família inovou ao estabelecer equipes multiprofissionais que oferecem uma ampla gama de ações clínicas e de saúde coletiva para a população residente em área geográfica definida.

Diversos estudos mostraram que a presença das equipes de ESF nas comunidades está associada a melhorias nos resultados e na equidade em saúde. Implementado a partir de 1998, o Piso de Atenção Básica (PAB) foi o pilar de sustentação da expansão dessa estratégia.

O PAB foi primeira fonte de financiamento federal a contemplar todos os municípios com recursos específicos para Atenção Primária. Composto por dois componentes – um fixo, de base populacional, canalizado mensalmente para as prefeituras com a finalidade exclusiva de subsidiar a prestação de serviços de APS, e outro variável, destinado a estimular os municípios a adotarem programas prioritários para APS –, o Piso de Atenção Básica possibilitou a manutenção do gasto regular pelos municípios na APS. Isso garantiu a resiliência da Atenção Primária mesmo diante de oscilações nas políticas locais.

Ao contemplar cidades menores e nas regiões mais pobres, que antes não tinham infraestrutura de saúde para prestar serviços e receber financiamento federal, o PAB fixo contribuiu para redução das inequidades em saúde no país. O componente variável, por sua vez, teve papel decisivo para induzir a adoção da ESF com financiamento atrelado ao número de equipes implantadas.

Entretanto, apesar dos resultados positivos alcançados pela Estratégia Saúde da Família, a APS brasileira apresenta importantes desafios que derivam de problemas estruturais do SUS, que vêm se agravando diante da crise política e econômica vivida no Brasil.

Embora as transferências federais tenham sido decisivas para expansão da ESF, foram os municípios que assumiram a maior carga do financiamento da APS. Como o financiamento municipal está associado às suas próprias receitas, as prefeituras passaram a arcar com despesas para manter os serviços de APS em condições bastante desiguais – como na contratação de profissionais médicos –, perpetuando inequidades na alocação de recursos.

Em resposta à recessão econômica, em 2016 o Congresso Nacional aprovou o congelamento de gastos federais – reajustado apenas pela inflação – por 20 anos. Estudos projetaram que essas medidas iriam enfraquecer o SUS e a APS, com maior deterioração dos resultados em saúde sobre municípios menores e mais dependentes de transferências federais, exacerbando as desigualdades em saúde no país.

As evidências de enfraquecimento da Atenção Primária em Saúde no Brasil são preocupantes. Apesar da cobertura de ESF seguir estável (63,3% em 2021), a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019) mostrou uma queda abrupta no percentual da população que refere ter o posto ou centro de saúde como serviço de uso regular: de 53,7% para 35,9% entre 2013 e 2019.

Essa tendência é confirmada pela redução do número de procedimentos realizados em Unidades Básicas de Saúde, que tem início no ano de 2016, se acentua a partir de 2018 e piora ainda mais durante a pandemia. A perigosa redução da cobertura vacinal é resultado direto disso.

No contexto de austeridade fiscal, em 2019 o governo federal lançou uma nova política de financiamento para a Atenção Primária no SUS. Chamada de Previne Brasil, a política substituiu o mecanismo do Piso de Atenção Básica por uma combinação de captação ponderada, pagamento por desempenho e incentivos a ações prioritárias como base cálculo de recursos federais para municípios. Devido à Covid-19, sua implementação foi iniciada apenas em 2022.

O estudo da Lancet afirma que a captação deve ser a pedra angular da remuneração de equipes de APS por vincular as pessoas às equipes e que o pagamento por desempenho deve ser utilizado para incentivar as equipes melhorar os resultados na saúde da população sob sua responsabilidade. No Previne Brasil, entretanto, esses instrumentos não estão sendo utilizados para remunerar equipes, mas para calcular o volume de transferências que o governo federal repassa para os municípios.

Desse modo, esses instrumentos podem exacerbar desigualdades ao penalizar municípios com menor capacidade gerencial, infraestrutura, recursos humanos e tecnológicos. Ao considerar apenas pessoas cadastradas e não população total – num país com 25% da população com planos privados –, o instrumento limita a universalidade e aumenta a fragmentação da APS. Ao considerar um grupo limitado de indicadores, o pagamento por desempenho estabelecido pelo Previne Brasil induz a seletividade da Atenção Primária. Efeitos opostos aos produzidos pelo PAB.

O aumento do financiamento federal para APS é decisivo para fortalecer a Estratégia Saúde da Família no país. Os instrumentos estabelecidos pelo Previne Brasil poderiam ser valiosos para aprimorar a eficiência do gasto na Atenção Primária se fossem adicionados ao esquema bem-sucedido do PAB e dirigidos diretamente ao aumento da remuneração das equipes prestadoras de serviços de APS, a exemplo de como é feito em países da OCDE.

O complexo cenário sanitário sob impacto da Covid-19 requer esforços coordenados entre as três esferas de governo para fortalecer a APS no SUS. O primeiro passo deve ser resgatar a concepção de uma Atenção Primária em Saúde universal, integral e base estruturante do SUS. Os arranjos de financiamento devem ser aprimorados para tornar os serviços de APS cada vez mais acessíveis, resolutivos e integrados aos demais níveis de um sistema de saúde resiliente.

ADRIANO MASSUDA – Professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV) e membro do FGV Saúde. Graduado em medicina pela UFPR, na Unicamp fez residências em Medicina Preventiva e Social e em Administração em Saúde, mestrado e doutorado em Saúde Coletiva na área de Política, Planejamento e Gestão em Saúde. Foi médico em Unidade Básica de Saúde em Campinas e no Hospital de Clínicas da Unicamp. Foi secretário municipal de Saúde (2013-2015) em Curitiba. No Ministério da Saúde, foi secretário-executivo substituto (2011-2012) e secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (2015)

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JORNAL OPÇÃO

Piso salarial para enfermagem ainda não é o ideal, segundo entidade goiana

Por Nielton Soares dos Santos

Enfermeiros deverão receber mensalmente R$ 4.750,00, técnicos de enfermagem R$ 3.325,00 e auxiliares de enfermagem e parteiras R$ 2.375,00, em todo o país

Em tramitação avançada no Congresso Nacional, projeto do Governo Federal para um piso nacional para profissionais da enfermagem, como ocorreu com professores, já foi aprovado no Senado Federal. Agora, a proposta será apreciada pela Câmara dos Deputados. Caso seja aprovada, os enfermeiros deverão receber mensalmente R$ 4.750,00, técnicos de enfermagem R$ 3.325,00 e auxiliares de enfermagem e parteiras R$ 2.375,00, em todo o país.

A expectativa no Congresso é do projeto de lei (nº 2.564/2020) seja pautado na Câmara dos Deputados ainda neste mês, uma vez que a Casa aprovou por 458 votos a 10, o requerimento de urgência para a apreciação do texto. Porém, os deputados envolvidos na articulação do projeto defendem que seja debatido junto a governadores e prefeitos o impacto orçamentário, previsão é de R$ 24,9 bilhões em 2024, ao se pagar um teto de piso para a categoria. O intuito é evitar desgastes políticos como ocorrido para o pagamento do piso de profissionais da área de Educação.

A presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Goiás (Cofen-GO), Edna de Souza Batista, denunciou ao Jornal Opção que há profissionais que recebem R$ 800,00 por mês. Ela lembra que durante a pandemia, os profissionais foram um dos poucos que não tiveram como trabalhar remotamente, mas seguirem na linha de frente tratando de pacientes com Covid-19. “Esse piso não é o ideal, é o início. Esse piso salarial é um piso ético, que provavelmente, vai ser melhorado, ajustado com valor digno da nossa categoria de enfermagem”, cobra.

“Esse projeto é um sonho que a enfermagem de Goiás e a enfermagem brasileira que precisam viver esse sonho. Nós aqui do Conselho Regional de Enfermagem, juntamente com todos os regionais do nosso país, juntamente com a nossa presidente Maria Betânia, estamos lutando de forma árdua, pedindo apoio para todos os senadores e deputados, que de fato aprovem o piso salarial da enfermagem”, pontou.

Além do Confen-GO, Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (SIEG), Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) e outros instituições classistas defendem e lutam pela aprovação imediata do projeto. Ao Jornal Opção, a presidente do Sieg e diretora da FNE, Roberta Rios, afirmou que atualmente são mais de 60 mil profissionais de enfermagem no Estado de Goiás, desses a maioria precisa complementar o salário com jornadas múltiplas de trabalho.

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Rogério Cruz decreta ponto facultativo na véspera do feriado

Apenas serviços essenciais, como saúde e limpeza pública, funcionarão em regime de plantão

O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) assinou nessa sexta-feira, 8, decreto determinando ponto facultativo para a próxima quinta-feira, 14, em órgãos públicos municipal da administração direto e indireta. A data é véspera do feriado religioso de Sexta-feira da Paixão, comemorado no dia 15.

De acordo com o documento, apenas os serviços essenciais, dentre os quais saúde e limpeza pública, funcionarão em regime de plantão.  “Será um momento para reflexão ou descanso, dependendo da religião de cada servidor, mas seguiremos com os serviços essenciais. Inclusive os goianienses que quiserem podem aproveitar para se vacinar contra gripe ou com as doses de reforço contra Covid-19”, pontou Cruz. Os locais de vacinações podem ser pesquisados no Aplicativo Prefeitura 24h, site ou redes sociais.

O decreto foi publicado como suplemento do Diário Oficial do Município (DOM) dessa sexta-feira e estabelece que seja enviada ao gabinete do prefeito pelos titulares de órgãos e entidades da prefeitura relação com os nomes dos servidores plantonistas.

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O HOJE

Antes do teste de farmácia, mulheres colocavam urina em sapos e rãs para saber se estavam grávidas

Você imagina como as mulheres descobriam – ou o que faziam para saber – quando estavam grávidas antes da chegada ao mercado dos testes rápidos de gravidez? O Museu de Ciências de Londres, na Inglaterra, que se dedica ao tratamentos e novidades que ajudaram a combater e a evitar doenças, tem espaço dedicado à gestação humana.

E é de lá que saem histórias como a do sapo ou da rã. Antes de 1970, quando a mulher passou a poder comprar o teste de gravidez na farmácia e ver se está mesmo grávida em casa, o método mais utilizado era pegar a urina da mulher e colocar dentro de um sapo ou uma rã. E o resultado vinha da seguinte maneira: se o anfíbio soltasse ovos depois de injetado o líquido, a pessoa sabia que teria um filho.

Parece estranho, conto da carochinha, conversa para boi dormir ou sem efeito, mas colocar urina em um sapo ou uma rã para saber se a mulher estava grávida foi o método mais usado por muito tempo no século XX. Mas nada de compara ao mecanismo utilizado no Egito Antigo, por volta de 1.350 antes de Cristo (a.C.).

Grãos de trigo e cevada

Um endocrinologista chamado Glenn Braunstein, do Centro Médico Cedars-Sinai, dos Estados Unidos, revelou em um artigo de 2014 que o exame de gravidez mais comum, podemos chamar assim, usado no Egito Antigo era pegar a urina da mulher e misturar a grãos de trigo e cevada. A resposta estava se eles brotariam ou não por algum tempo. Se germinasse, a resposta para a gravidez era positiva.

E tem mais. Se só a cevada desse algum broto, o bebê seria do sexo masculino. No caso de apenas o trigo brotar, aí era uma menina, na crença dos antigos egípcios. Se para saber sobre a gravidez pode não passar de uma antiga tradição sem efeito, a urina da grávida pode sim fazer com que a planta comece a se desenvolver.

Método testado

O método do Egito Antigo foi testado por um grupo de cientistas em 1963 nos Estados Unidos. O experimento verificou que 70% das tentativas observadas constataram um crescimento das sementes se desenvolvia em contato com a urina da grávida. Já o líquido de mulheres que não esperavam filho não surtiu o mesmo efeito sobre o grão do trigo ou da cevada.

Na Idade Média surgiram os “profetas do xixi”. Eles eram assim chamados porque acreditavam que os fluídos do corpo humano deveriam ser usados para avaliar a saúde de uma pessoa. E a urina era analisada pela cor, cheiro, textura e outros aspectos, já que não existia nada parecido, por exemplo, com um microscópio.

De acordo com relatos de 1552, a urina de uma mulher é descrita como “cor clara de limão pálido, inclinada para o esbranquiçado, com aspecto nebuloso na superfície”.

Vinho na urina

Parte dos tais “profetas do xixi” jogavam vinho na urina para saber se uma mulher estava grávida. Estudos mais recentes mostra que o contato do álcool com a urina pode causar a reação com proteínas, o que daria condições de acertar mesmo, mesmo que com taxa moderada de sucesso, se a gestação havia começado.

A forma mais confiável para se saber se a mulher estava grávida era mesmo observar as mudanças no corpo, como vômitos, enjoos e o crescimento da barriga. Só a partir do século XVIII que o funcionamento do corpo humano começou a avançar nos conhecimentos científicos. Foi o fisiologista Ernest Starling, da Inglaterra, que passou a usar a palavras “hormônio” para definir “mensageiros químicos” do corpo.

Primeiros testes de gravidez

Em 1927, os cientistas alemães Selmar Aschheim e Bernhard Zondek começaram a observar os resultados de colocar a urina da mulher grávida em uma rata ou camundonga sem chegar à maturidade sexual. Os dois perceberam que a técnica estimulava que o ovário se desenvolvesse e começasse a liberar óvulos nas fêmeas roedoras. Assim como no trigo ou na cevada, o xixi de uma mulher não grávida não tinha o mesmo efeito nesses animais.

A suspeita dos cientistas estava na presença do hormônio hCG, que só aparece quando a mulher chega a nove meses de gravidez. Foi quando surgiu o teste A-Z, que leva as inicias dos sobrenomes dos alemães. Só que demorava para sair o resultado, já que era preciso injetar a urina da mulher em cinco ratas e esperar uma semana para saber se tratava-se ou não de uma gravidez.

Coelha

Depois o animal usado foi uma coelha. Mas tinha um problema: era preciso matar o animal no teste para ter o resultado. Foi aqui que começaram a usar os sapos e rãs, porque a liberação dos ovos ao entrar em contato com a urina da mulher não exigia sacrificar o bicho para disseca-lo. E é justamente o hormônio hCG que estimulava que ovos saíssem ao entrar em contato com o xixi de alguém em gestação.

De 1940 a 1960, o comércio internacional de anfíbios para realização de testes de gravidez causou impactos ao meio ambiente. A espécie Xenopus laevis começou a ser importada da África para os Estados Unidos, o que levou junto um fungo que causa doenças graves e colocou em risco de extinção outros anfíbios nativos da América do Norte.

Sapos machos no Brasil

A técnica com sapos e rãs foi utilizada no Brasil. Mas era diferente. O modelo do argentino Carlos Galli Mainini usava machos. O que se observara era se, ao injetar a urina da mulher, o sapo colocaria para fora espermatozoides em um intervalo de três horas. Os animais usados eram capturados em Guarapiranga, em São Paulo, e era transportado no bonde até o laboratório. (Com informações da BBC)

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Metanfetamina: substância apresenta aumento de usuários e internações em clínicas particulares no Brasil

A metanfetamina é uma das drogas mais conhecidas da cultura pop. Na série premiada série de televisão Breaking Bad, a criação de metanfetamina é um dos principais tópicos abordados na trama, ressaltando em diversos episódios a complicada condição que os usuários da droga sofrem no decorrer da série.

Apesar de não ser uma das drogas mais populares do Brasil, o número de internações relacionadas ao uso de metanfetamina sofreu um aumento de internações em clínicas particulares recentemente. Conhecida como Tina, a droga sintética começou a fazer sucesso no Brasil após se mostrar uma substância que libera a produção de dopamina, noradrenalina e serotonina, deixando o usuário em um estado de energia e euforia.

A metanfetamina também é bastante utilizada durante relações sexuais, o chamado chemsex, sexo com substâncias qúmicas. Usuários da droga relatam que após utilizar o químico durante as relações, não conseguiam mais se relacionar sem o uso da droga, gerando uma dependência.

A substância no Brasil é bastante consumida em grandes centros urbanos, principalmente entre pessoas com maior poder aquisitivo, já que uma grama de metanfetamina pode custar entre R $400 a R $550. Em entrevista ao jornal Extra, o psiquiatra Jorge Jaber comenta que o aumento do consumo da substância química está relacionado a diminuição da concentração da cocaína.

Os prejuízos causados pelo consumo de metanfetamina são um dos maiores na vida do usuário, causando grandes chances de dependência, explica o psiquiatra Bruno Branquinho em entrevista ao jornal Extra.

Dentre os diversos efeitos colaterais do uso de metanfetamina, estão: danos em vasos cerebrais, que podem levar o usuário a ter um acidente vascular cerebral, aumento da pressão arterial e frequência cardíaca, alta na temperatura corporal, convulsão, desidratação e comportamento agressivo, com episódios de paranoia e ansiedade.

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CARTA CAPITAL

Famosas por defender cloroquina, médicas miram o Congresso

Mayra, Nise, Raissa, Roberta e Maria Emília. Cinco médicas conhecidas pela defesa de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19 são pré-candidatas a vagas no Senado e na Câmara dos Deputados. Elas têm em comum o fato de terem ficado conhecidas durante a pandemia por conta da predileção pela cloroquina. Os anúncios das pré-candidaturas foram divulgadas pelas médicas por meio de redes sociais.

Mayra Pinheiro (PL-CE) ficou conhecida como Capitã Cloroquina, após participar do desenvolvimento de aplicativo do governo federal que recomendava o medicamento. A CPI da Covid pediu o indiciamento de Mayra por crime de epidemia com resultado de morte, prevaricação e crime contra a humanidade. Nas eleições deste ano, a cearense disputará vaga na Câmara. Ao anunciar a pré-candidatura em seu perfil oficial no Instagram, ela afirmou:

"Que em 2022 o Brasil possa ter no Congresso Nacional a mais corajosa representação feminina da sua história". Em janeiro, a médica se manifestou a favor da decisão de Roraima de instituir os medicamentos hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina e ivermectina como protocolo.

Também com pedido de indiciamento pela CPI, na qual alegou que o "tratamento precoce" reduziu hospitalizações e mortes da doença, Nise Yamaguchi (PROS-SP) anunciou, ainda em dezembro, sua pré-candidatura ao Senado por São Paulo. Na ocasião, disse que se tratava de uma "batalha entre o bem e o mal" e que estava "disposta a enfrentar os desafios pós-Covid com ética, conhecimento científico e com a intenção verdadeira de salvar vidas". A oncologista e imunologista tem 158 mil seguidores nas redes.

Pré-candidata ao Senado, Raíssa Soares (PL-BA) foi secretaria de Saúde de Porto Seguro (BA). Ela ganhou visibilidade após gravar vídeo em que pedia ao governo federal que enviasse o kit Covid a Salvador. Hoje, ela soma 160 mil seguidores no Instagram. Nas redes sociais, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) postou vídeo de apoio à candidatura.

"Ela que começou a ganhar notoriedade durante a pandemia e provou ser uma pessoa corajosa e destemida e agora tem aflorado também nas pautas conservadoras", disse.

A infectologista Roberta Lacerda (PL-RN) ficou conhecida ao se posicionar contra a vacinação. Ela, que mira no Senado, chegou a citar supostos casos de câncer provocados pelo imunizante da Covid e teve a conta suspensa nas redes sociais. Já Maria Emília Gadelha (PRTB-SP) também criticou a vacinação, agradando a bolsonaristas. Em seu perfil nas redes sociais, promoveu lives com temas como "Vacina para Covid-19 e os riscos para a saúde" e divulgou ações contra o passaporte sanitário. Ela quer ser deputada federal.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 34 novos casos e nenhuma morte nas últimas 24 horas


Ludymila Siqueira

Goiânia - Goiás notificou 34 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. O Estado não registrou mortes provocadas pela doença no mesmo período. É o que afirma o boletim divulgado neste domingo (10/4) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. Com as atualizações, o território goiano já acumula 1.305.672infecções e 26.348 óbitos pelo novo coronavírus. 

Segundo a Saúde de Goiás, ainda são investigados 769.931 casos e 321 mortes para saber se há alguma relação com a doença. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 2,02%.

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Assessoria de Comunicação

Exclusiva para associados da Ahpaceg, a palestra “Mercado de Saúde: A Relação entre Hospitais e Operadoras (Fusões e Aquisições no Brasil)” foi promovida pelo Ipog no dia 30 de março. Realizado no formato virtual, o evento teve como palestrantes a professora Gilvane Lolato e o enfermeiro e gestor de qualidade Erik Mikael Lemes.

Com um vasto currículo na área da saúde, incluindo mais de dez anos de atuação em Gestão da Qualidade em Saúde, Gilvane Lolato apresentou um panorama da saúde no Brasil em relação à quantidade de hospitais públicos e privados desde 2017 e mostrou que há uma tendência à redução do número de estabelecimentos e de leitos por mil habitantes. Ela observou ainda que a variação da quantidade de leitos é bem desigual de região para região.

Erik Lemes, enfermeiro e gestor de Qualidade, atualmente no Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente da Seguros Unimed, falou sobre a relação entre hospitais e os planos de saúde e movimentações no mercado, como as recentes aquisições de operadoras, o volume de recursos movimentados e a expansão de carteiras.

Ele também observou que os custos na saúde suplementar têm aumentado devido a fatores, como a incorporação de novas tecnologias sem tanta superioridade em eficiência e a remuneração baseada em fee for service. A otimização de oportunidades foi outro ponto abordado por Érik Lemes, que afirmou que o setor sempre vai procurar se adequar ao mercado.

Segurança do paciente

Mas, além do cenário do mercado de saúde, os palestrantes abordaram um dos principais pilares do trabalho da Ahpaceg: a segurança do paciente. Segundo Gilvane Lolato, as instituições precisam focar na melhoria contínua dos processos e aperfeiçoamento da qualidade e segurança da assistência.

A implementação desta cultura da segurança, de acordo com os palestrantes, passa pelo conhecimento e aplicação da legislação e regulamentação dos serviços de saúde e pelo envolvimento de profissionais e gestores de todos os setores da instituição.

Todos devem estar cientes e comprometidos com a segurança, participando de forma ativa deste processo. “Os profissionais precisam entender, compreender e se comprometer com a qualidade e segurança do trabalho dele e do colega”, afirmaram. As operadoras e os pacientes também precisam estar envolvidos neste processo.

A divulgação de dados em saúde, citou Erik Lemes, ainda é um tabu para todos, mas faz parte da cultura de segurança que consigam compartilhá-los buscando a melhoria contínua. “A operadora fideliza o hospital se ele mostrar que é mais resolutivo, mesmo que seja mais caro”, afirmou.

Para conferir a apresentação completa, clique aqui.

JANEIRO FARMACEUTICO IMD 20 01 21

 

Uma semana após o reajuste de até 10,89% nos preços dos medicamentos, medida que entrou em vigor em 1º de abril, os consumidores enfrentam um problema: a falta de vários itens nas farmácias.

 

Médicos de hospitais associados da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) têm recebido queixas de pacientes que não conseguem aviar as receitas.

 

São oferecidas opções de medicação, mas, mesmo assim, os pacientes precisam pesquisar no mercado, pois nem sempre o remédio receitado é encontrado.

 

O problema, iniciado em 2021, se agravou de fevereiro para cá e atinge medicamentos, como os indicados para tratamento de febre e dor, antibióticos, anti-inflamatório e anti-histamínicos.

 

Esse problema de abastecimento atinge também a rede hospitalar. A dipirona injetável – usada no tratamento contra dor e febre -, por exemplo, está em falta e os hospitais trabalham com estoques que já estão acabando.

 

 

A Ahpaceg vem atuando juntos aos fornecedores para tentar sanar o problema entre os associados, mas a escassez de alguns medicamentos e falta de outros é mundial.

 

Confira também

Ahpaceg na Mídia - Presidente Haikal Helou falou à Rádio CBN Goiânia, no dia 9 de abril de 2022, sobre a falta de medicamentos no mercado. Confira:

Após reajuste de mais de 10%, começa a faltar alguns medicamentos nas farmácias

https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/ap%C3%B3s-reajuste-de-mais-de-10-come%C3%A7a-a-faltar-alguns-medicamentos-nas-farm%C3%A1cias-1.2436221

 

Sexta, 08 Abril 2022 14:11

CLIPPING AHPACEG 08/04/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Confirmado primeiro caso de subvariante da Ômicron no Brasil

Prefeitura oferecerá 20 serviços de saúde na 'Caravana do Bem' em Goiânia

Em evento de cooperativismo, presidente do CFM defende qualificação da assistência e valorização dos médicos

Paciente de 75 anos é assassinada no Hospital de Urgências de Goiânia

AGÊNCIA BRASIL

Confirmado primeiro caso de subvariante da Ômicron no Brasil

Foi identificado o caso de mais uma variante do novo coronavírus no Brasil. O Instituto Butantan informou que encontrou uma pessoa infectada com a subvariante denominada XE, que mistura duas modalidades da Ômicron.

O caso foi confirmado pelo Ministério da Saúde, que divulgou nota anunciando que recebeu a notificação do Instituto Butantan. A pasta acrescentou que “mantém o constante monitoramento do cenário epidemiológico da covid-19”.

A variante XE é uma combinação de duas cepas diferentes da Ômicron: BA.1 e BA.2. O primeiro caso foi mapeado na cidade de Londres, em janeiro deste ano. Segundo o Instituto Butantan, a taxa de crescimento da XE é 10% superior à da cepa BA.2.

Contudo, o Instituto informa que ainda não há evidências suficientes acerca de mudanças, vantagens e desvantagens da circulação a nova variante em aspectos como gravidade, transmissão e eficácia de vacinas já existentes.

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A REDAÇÃO

Prefeitura oferecerá 20 serviços de saúde na 'Caravana do Bem' em Goiânia

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, levará ao 4º Mutirão do Governo de Goiás mais uma edição da Caravana do Bem, com mais de 20 serviços na área da saúde. Ação ocorrerá na Região Leste da capital, entre sexta-feira (8/4) a domingo (10/04). No primeiro dia da ação, o atendimento será das 12h às 16h, no sábado, das 07h às 16h, e no domingo, das 07h às 12h.

O prefeito Rogério Cruz destaca importância de mais uma parceria com o governo estadual. “Quem ganha com essa união entre estado e município, é a população. Unidos, podemos reforçar os serviços de qualidade já prestados aos moradores, principalmente na área da saúde. Portanto, convido todos os moradores da região para que compareçam ao Mutirão”, conclama.

Atendimento na tenda

O atendimento na tenda montada na Praça Tarsila do Amaral, na Avenida Firenze, no Jardim Abaporu, é destinado à população em geral. No local, serão ofertados serviços como rastreamento de câncer de boca, distribuição de kit de higiene bucal; realização de exames de pessoas que aguardam na fila da regulação, como ultrassonografia e eletrocardiograma, todos já contactados; solicitação de mamografia; auriculoterapia, vacinas contra Influenza e covid-19, além de testagem de antígeno para o novo coronavírus e atividades educativas. Também será ofertada vacina antirrábica.

Atendimento na USF Recanto das Minas Gerais

O atendimento na Unidade de Saúde da Família (USF) do Recanto das Minas Gerais será voltado para os pacientes da própria unidade, que poderão fazer exame de prevenção ao câncer de útero (Papanicolau), eletrocardiograma, e ainda passar por consulta médica com clínico geral.

Outras ações

Estão em reforma as Unidades de Saúde da Família (USF) Recanto das Minas Gerais e Dom Fernando, e os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes Comunitários de Endemias (ACE) já intensificaram as visitas domiciliares na região. Os ACS visitam as residências para verificação e orientações quanto às condições de saúde das famílias. Já os ACE verificam os imóveis quanto à possível existência de focos do mosquito Aedes aegypti.

“A Caravana do Bem, criada na administração do prefeito Rogério Cruz, é um complemento ao serviço já prestado pelo município. A caravana nos possibilita avançar no atendimento à população”, diz o secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso.

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RÁDIO WEB COOPNEWS

Em evento de cooperativismo, presidente do CFM defende qualificação da assistência e valorização dos médicos

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, defendeu no Fórum Unimed em Brasília uma série de propostas para fortalecer o cooperativismo médico no País. Ele foi um dos palestrantes da mesa redonda "Agenda Estratégica para o Trabalho Médico e o Cooperativismo de Saúde", que debateu os desafios para o setor.

Entre as propostas defendidas para o fortalecimento desse sistema, ele defendeu a alternância das lideranças nos cargos de comando, a construção de um marco regulatório que traga mais equilíbrio ao setor, a valorização dos honorários médicos e a revisão dos custos assistenciais.

Durante sua participação, o presidente do CFM também afirmou que as cooperativas médicas devem buscar a adequada regulação entre os profissionais, o fortalecimento dos códigos de conduta e a sensibilização do Poder Judiciário às demandas de cobertura. "O cooperado tem que se sentir valorizado para que todo o sistema cresça", defendeu.

Comissão - José Hiran Gallo também aproveitou o encontro com as lideranças para anunciar que a conselheira Yaskara Lages (PI) como a nova coordenadora da Comissão de Cooperativismo do CFM. Segundo ele, o grupo será reativado na perspectiva de incrementar debates e subsidiar proposições sobre o tema.

Cooperado da Unimed Rondônia, Gallo já foi coordenador por muitos anos da Comissão de Cooperativismo Médico do CFM. "Tenho muito orgulho de fazer parte da família Unimed", afirmou. O encontro aconteceu em 5 de abril (terça-feira).

A mesa redonda foi coordenada pelo presidente da Central Nacional Unimed, Luiz Paulo Tostes. Também fizeram exposições: o diretor de Assuntos Parlamentares da AMB, Luciano Gonçalves, e o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Freitas.

Todos defenderam o fortalecimento da bancada parlamentar em defesa da causa médica e do cooperativismo. Após a realização do Fórum, foi inaugurado o Espaço Unimed, em Brasília, que será um ambiente dedicado ao diálogo com os poderes constituídos, as entidades setoriais e a sociedade.

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PORTAL G1

Paciente de 75 anos é assassinada no Hospital de Urgências de Goiânia

Suspeito foi preso e teria contado a testemunha que teve a intenção de ajudar a vítima limpando a boca e região de traqueostomia dela, segundo registro policial. Polícia Civil investiga o caso.

Uma paciente de 75 anos foi morta dentro do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Segundo informações da Polícia Civil, um suspeito do crime, que tem 47 anos, foi preso em flagrante no local e o caso deve ser investigado pela corporação.

g1 entrou em contato com a unidade de saúde, por mensagem, às 9h26 desta sexta-feira (8), e a assessoria do hospital informou que deve divulgar uma nota sobre o caso em breve.

De acordo com informações da Polícia Civil, o crime aconteceu por volta de 17h30 de quinta-feira (7).

O registro do caso descreve que a paciente estava respirando por meio de tubo na traquéia. Segundo relato da Polícia Militar, relato de uma testemunha indica que o autor entrou na enfermaria e teria ido limpar a boca e a região da traqueostomia da vítima, mas fechou a entrada de ar e a matou asfixiada.

Também segundo o relato policial, o autor disse à testemunha que a intenção era ajudar a paciente.

O delegado Rhaniel Almeida Pires deve assumir a investigação para apurar o que aconteceu e o que motivou o crime.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 07 Abril 2022 10:27

CLIPPING AHPACEG 07/04/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil tem menor percentual de síndrome respiratória por covid-19 desde 2020

Santa Casa de Goiânia precisa de doadores de sangue

Artigo - A degeneração do cooperativismo

Célio Studart cobra inclusão do piso da enfermagem na pauta da Câmara Federal

Profissionais de saúde negros usam carreira para cuidar da população negra

Ginecologista é condenado a 35 anos de prisão por estuprar pacientes em Abadiânia

A poluição do ar é um dos maiores inimigos da humanidade

Chá de ervas emagrecedor pode oferecer riscos à saúde; entenda

Artigo - Hospital é responsável por golpe aplicado em familiares de pacientes

A transformação digital na saúde vai muito além da adoção de novas tecnologias

Há várias vacinas que adultos devem tomar; veja quais e a importância delas

Artigo - Dia mundial da saúde e o acompanhamento do paciente

AGÊNCIA BRASIL

Brasil tem menor percentual de síndrome respiratória por covid-19 desde 2020

O percentual de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pela covid-19 chegou ao menor patamar desde o início da pandemia, divulgou nesta quarta-feira (6) a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Boletim InfoGripe. Nos momentos mais críticos da emergência sanitária, em 2021, 96% dos casos virais de SRAG eram causados pela covid-19, enquanto, nas últimas quatro semanas, esse percentual caiu para 50,7%. A queda da participação da covid-19 nos casos de SRAG cede espaço ao vírus sincicial respiratório (VSR), que atingiu 29,7% do total de casos nesse período.

Apesar da redução da participação da covid-19 entre os casos de SRAG viral, a doença ainda responde por 91,3% dos óbitos quando são contabilizados os casos da síndrome com testes laboratoriais positivos para vírus respiratórios nas últimas quatro semanas.

Se for considerado todo o ano de 2022, 56,7% dos 107 mil casos de SRAG registrados tiveram resultado laboratorial que confirmava a presença de algum vírus respiratório. Entre esses casos, 5,5% foram por Influenza A, 0,1% por Influenza B, 3,9% por VSR e 86,7% pelo Sars-CoV-2 (vírus causador da covid-19) .

A incidência da SRAG em crianças manteve a tendência de alta, com sinal de ascensão significativa em diversos estados desde o mês de fevereiro. O boletim explica que dados laboratoriais relacionam a alta ao VSR na faixa etária de até 4 anos. Já na população de 5 a 11 anos, houve interrupção de queda nos casos associados ao Sars-CoV-2 e aumento de casos associados a outros vírus respiratórios.

A Fiocruz mostra o aumento da incidência da SRAG infantil é a razão para que 11 das 27 unidades federativas apresentem sinal de crescimento da incidência da síndrome nas últimas seis semanas: Acre, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Paraiba, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins. Já Rio Grande do Sul e São Paulo apresentam essa tendência apenas na análise das últimas três semanas.

Para a curva nacional de casos de SRAG, a avaliação é de que ela mantém sinal de queda na análise das últimas seis semanas, mas apresenta sinal de estabilidade nas últimas três, o que indica uma estabilização no patamar de 2,2 casos semanais por 100 mil habitantes. 

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A REDAÇÃO

Santa Casa de Goiânia precisa de doadores de sangue

A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia precisa com urgência de todos os tipos de sangue, principalmente O+ e O-,  para abastecer os bancos da unidade. Para doar, é preciso agendar das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira. 

As doações podem ser feitas de segunda a quinta-feira, das 7h às 12h e das 13h às 16h. Na sexta-feira, das 7h às 12h e das 13h às 15h.


Confira alguns requisitos para a doação:

Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam de autorização dos responsáveis);

Estar em boas condições de saúde;

Pesar mais de 50 kg;

Não estar grávida ou amamentando;

Não ter feito tatuagem ou pigmentação na pele nos últimos 12 meses;

Não ter sido infectado (a) por hepatite, HIV, doença de Chagas e malária;

Ter dormido bem na noite anterior;

Não ter ingerido bebida alcoólica nas 12 horas anteriores à doação;

Para agendar a doação, ligue (62) 3254-4283, das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira.

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Artigo - A degeneração do cooperativismo

A evolução cooperativa gera um grande desafio: evitar a perda da participação dos associados e a fragilização da democracia institucional. Degeneração, não tem um caráter pejorativo mas estritamente técnico, significa perda ou alteração dos princípios cooperativistas, mudança para um estado pior ou seu declínio. Esse processo pode acarretar o desaparecimento da cooperativa, sua absorção por outro grupo ou sua transformação jurídica. A tese da degeneração basicamente estabelece que as cooperativas tenderão inevitavelmente a adotar o mesmo modelo organizacional das empresas tradicionais para sobreviver, desenvolvendo gradualmente uma elite dirigente que desestimula a democracia. Devido à necessidade de incrementar a eficiência e em função disso o crescimento, as cooperativas precisam desenvolver novas estruturas e divisão do trabalho. Os trabalhadores não associados podem se tornar numerosos e os objetivos muito semelhantes aos das empresas tradicionais. Essa tese tem origem no marxismo e na crítica socialista de que operando em um sistema capitalista as cooperativas são experiências limitadas e acabam refletindo esse sistema. 
 

Existem duas críticas principais à tese da degeneração: primeiro, a de que é extremamente determinística, negando a possibilidade de que os que cooperam têm alguma autonomia em relação à sua forma de organização; segundo, desenvolve uma visão idealizada da democracia que seria inviável, exceto em organizações pequenas. Além disso, cada cooperativa tem um contexto econômico, tecnológico, social e político específico que não pode ser ignorado. O processo de degeneração cooperativista tem suas incongruências ao assumir a democracia direta como um modelo padrão e julgando qualquer forma de representação ou delegação um sinal de oligarquia.

Inequivocadamente a partir de determinado tamanho qualquer organização necessita de algum tipo de delegação ou forma de representação. Na degeneração das cooperativas, afirma-se que os cooperados gestores, devido à posição que ocupam, passam necessariamente a pertencer a um mundo diferente dos outros associados “comuns” ou “liderados”, perdendo contato com os membros e seus interesses coletivos. Essa realidade, poderia aproximar perigosamente, mas não obrigatoriamente, as cooperativas do modus operandi dos sindicatos e partidos políticos.
 

Com base em argumentos como esses, desenvolveu-se uma linha que contrapõe a tese da inevitável degeneração, defendendo que processos de regeneração também ocorrem em diferentes fases do ciclo de vida cooperativo, devido a um reconhecimento de que houve um afastamento entre a realidade e a retórica democrática. Em sua evolução as cooperativas defrontam-se com um desafio talvez mais difícil do que as empresas tradicionais, o equilíbrio entre crescimento quantitativo e desenvolvimento qualitativo, que envolve a conservação de sua identidade. Numa adaptação do ciclo de vida organizacional à realidade das cooperativas e o que temos são três fases.

A fase do “ser cooperativa”, que se caracteriza pelo pequeno número de associados e volume reduzido de operações, o que permite que os sistemas sejam mais informais e que haja uma aversão às práticas empresariais; desde o início são determinados os mecanismos de participação. Essa fase talvez seja a mais difícil de se superar, pela falta de experiência e recursos. A fase do “fazer a cooperativa” onde verifica-se o aumento do número de associados e necessidade de contratação de gestores remunerados, bem como fomentar o equilíbrio entre a racionalização das atividades e a identidade cooperativa. São fundamentais nessa fase da vida da cooperativa: a vigilância do funcionamento interno frente aos desafios do crescimento, a consolidação das formas de participação, a preocupação com a qualificação e perfil dos empregados, os mecanismos de inserção de novos associados e a formação de gestores. E, finalmente a fase da “empresa cooperativa” onde a participação é ameaçada pelo crescimento da burocracia e tecnocracia. Nessa fase, o grupo de associados fundadores normalmente já foi ou está sendo completamente substituído. É preciso desenvolver ferramentas que estimulem a renovação da confiança, participação e descentralização. O crescimento interno por vias de participação chega ao seu limite, o desenvolvimento passa a ocorrer por relações externas. Experimenta-se maior risco de degeneração mas se verificam também processos de regeneração.
 

A autogestão é permeada por contradições por isso deve ser vista como um processo dinâmico e em constante evolução. Mudanças estratégicas, ou mesmo gerenciais, devem ser precedidas de um exame das possíveis falhas e êxitos, pois a diferença fundamental entre as cooperativas e as empresas tradicionais são os tipos de problemas encontrados e as soluções para enfrentá-los. Os princípios cooperativistas oferecem uma orientação sistêmica proporcionando um redesenho constante do projeto organizacional, para lidar com os desafios das mudanças e da estabilidade organizacional, baseando-se primordialmente nos cooperados e nas interações geradas por eles.

Através dessas interações, os associados constroem a organização compartilhando visões e ações. Ao longo do tempo, a maneira pela qual a cooperativa responde as interações determinará a composição dos associados, o que influencia o tipo de indivíduo que ela irá atrair e reter. A partir daí muitos caminhos podem ser tomados e a degeneração é apenas um deles. Além das influências ambientais às quais as cooperativas também estão suscetíveis, sua degeneração pode ser o resultado combinado da má administração dessas interações, que em determinadas circunstâncias teriam efeito corretivo, e a deterioração da população cooperada restante, bem como de novos membros.

A regeneração do cooperativismo

Para não degenerar, cooperativas deveriam atuar em duas grandes frentes. A primeira se dá na perspectiva da reprodução de membros ativos, através de sua seleção e socialização adequada. Isso pode parecer estranho, pois em si é uma adaptação do princípio de livre adesão dos membros a um contexto em que um elemento importante para o cooperativismo é mais difícil de ser encontrado e realizado: a afinidade entre membros e interesse em participar. Práticas que estimulam o desenvolvimento de significados comuns e comprometimento, como processos formativos, discussão construtiva e rotatividade de tarefas, mostraram-se cruciais em casos de cooperativas que conseguiram manter a democracia interna. Isso é particularmente importante com o crescimento, quando o contato entre os membros se torna mais difícil ou formal, e na medida em que a motivação para participar é maior quando membros são capazes de desenvolver atividades variadas e importantes.
 

A segunda frente de atuação está relacionada à divisão do trabalho e gestão da estrutura. Esses dois aspectos estão relacionados à necessidade de incrementar a eficiência e a divisão horizontal do trabalho. Porém, uma maior especialização e diferenciação interna não necessariamente geram o desenvolvimento de uma elite ou enfraquecem a democracia. A experiência mostra casos em que se observou justamente o contrário: membros mais atentos ao que estava acontecendo, exercitando a participação e controle de informações por meio de políticas fortemente comprometidas com a rotatividade de tarefas e compartilhamento de conhecimentos, informações e tecnologias adequadas; ou, em alguns casos, por meio de equipes de apoio rotativas responsáveis por manter essa dinâmica. Porém, essas medidas apenas não garantem que se evite a formação de elites dentro do grupo, é importante que haja uma predisposição por parte daqueles que ocupam posições-chave. A partir de determinado tamanho o envolvimento democrático pode ser garantido através do desenvolvimento de uma estrutura democrática mais complexa que combina formas representativas e de participação direta, que reforçam uma à outra.
 

Desde uma perspectiva ambiental, desenvolveu um estudo do processo de isomorfismo adaptado à realidade cooperativa, concluindo que esta sofre um isomorfismo congruente e um não congruente. O primeiro exerce uma força no sentido de homogeneização em relação ao próprio modelo cooperativo por meio de legislações cooperativistas, de um quadro institucional cooperativo (instituições promotoras nacionais, federações regionais e nacionais) e da intercooperação ou organizações de mesma base social. O segundo exerce uma força no sentido de homogeneização em relação a outras formas organizacionais por meio da legislação das empresas e do mercado, do campo organizacional do setor em que há atuação de empresas tradicionais capitalistas de fins lucrativos, da competição com outros tipos de organizações, da cooperação com outros tipos de organizações e de empregados ou gerentes que não têm perfil cooperativo e organizações profissionais.
 

Portanto, estimar um equilíbrio entre essas duas formas de isomorfismo seria uma questão fundamental para o estudo do processo de transformação. O predomínio de isomorfismo não congruente estimula o processo de transformação, sendo o seu extremo a degeneração. Contudo, essa estimativa é desafiadora e exige uma análise histórica do processo de mudança. Os contextos são muitos, o que ajuda a compor processos isomórficos variados. Além disso, assim como nos outros tipos de organizações, não só o isomorfismo influencia o processo de mudança, mas também as ações gerenciais e, no caso das cooperativas, a perspectiva de reprodução interna dos associados. 
 

Portanto, cooperativas precisam rever a sua performance econômica e social permanentemente para evitar a degeneração, em um ciclo de constante vigilância e aperfeiçoamento, reinventando-se a cada dia. Assim como as circunstâncias mudam, novos procedimentos e estruturas precisam ser revistos pelos próprios associados, o que demanda uma capacidade de intercâmbio interno contínuo. A cooperativa é uma organização dual, semiaberta, que combina ao mesmo tempo dois tipos de trocas: trocas internas desenvolvidas pelo grupamento de pessoas que constituem a organização e trocas com o mercado. A existência das trocas internas é o primeiro fator que deve ser considerado e conservado na dinâmica cooperativa, já que constitui uma vantagem indiscutível com relação à empresa tradicional.

As trocas internas são o cerne da empresa democrática, estão intrinsecamente ligadas a ela e se desenvolvem sem quaisquer custos diretos implicados, pois sua base se encontra na cooperação, principal vantagem comparativa desse tipo de organização e, ao mesmo tempo, o que torna sua sobrevivência mais difícil numa lógica concorrencial. Paradoxalmente, é essa característica que a empresa tradicional nos dias de hoje vem tentando reproduzir, diante da necessidade de produção e a oferta de serviços cada vez mais personalizados e criativos. A empresa tradicional busca desenvolver essa característica de maneira extremamente custosa, normalmente através da contratação de pessoal altamente qualificado, salários diferenciados e programas constantes de formação e incentivos, de forma a conseguir informações e competências diferenciáveis no mercado competitivo.

*Paulo Adriano é médico

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AGÊNCIA ESTADO

Célio Studart cobra inclusão do piso da enfermagem na pauta da Câmara Federal

O deputado federal cearense Célio Studart (PSD) protocolou, na pauta do plenário da Câmara dos Deputados, um requerimento para a inclusão do projeto de lei que cria o piso salarial para os profissionais de Enfermagem (PL 2564/2020). "Falta aprovação do mérito, sem emendas, para que siga diretamente à sanção presidencial", destaca o parlamentar.

A Câmara aprovou urgência para o piso da enfermagem no último mês e a expectativa é que o mérito da proposta seja apreciado ainda em abril. "Urgente é dar dignidade à maior categoria de saúde do País. Urgente é dizer que o Brasil e que esta casa respeita o direito da Enfermagem e de todos que compõem essa importante classe", disse, ainda.

A casa legislativa vem atuando, nesse tema, por meio da Frente Parlamentar em Defesa da Enfermagem, a qual o cearense integra. O colegiado se reuniu para avaliar o impacto da proposta do piso nas contas públicas - o relatório final foi aprovado no final de fevereiro e estimou um custo anual de R$ 16,3 bilhões.

O grupo também identificou a existência de 1,3 milhão de profissionais de enfermagem ativos em todo o país. O número é consideravelmente inferior aos 2,6 milhões cadastrados pelos conselhos regionais.

O texto original apresentado no Senado Federal trazia para os enfermeiros um piso salarial de R$ 7.315,00, 70% para os técnicos de enfermagem e 50% para os auxiliares de enfermagem e para as parteiras, além de uma jornada de trabalho de 30 horas semanais. Após extensas negociações, o substitutivo aprovado em novembro fixou o teto em R$ 4.750, mantendo a proporcionalidade para os demais profissionais.

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Profissionais de saúde negros usam carreira para cuidar da população negra

Minoria nas faculdades, médicos, dentistas e psicólogos negros se voltam a resolver problemas que emergem da questão racial; distribuição de profissionais nos setores privado e público é desigual

Segundo um levantamento do site Quero Bolsa feito a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas negras no ensino superior cresceu 400% entre 2010 e 2019. Apesar de terem passado a representar 38,15% do total de matriculados, porém, os negros não atingem mais de 30% das vagas em alguns cursos, como psicologia e medicina.

Nesse contexto, as políticas de ação afirmativa têm um papel importante, como a Lei de Cotas, que completa 10 anos neste ano. No caso da medicina, por exemplo, 37,8% dos alunos negros ingressaram por meio de políticas de inclusão ou cotas, de acordo com o estudo ProvMed30, feito em parceria entre o Ministério da Saúde, a USP e a Organização Pan-Americana da Saúde.

Um outro recorte do estudo ligado à população negra, maioria entre os brasileiros (56%), mostra que, ao mesmo tempo em que nunca foram registrados tantos médicos no Brasil - a previsão é chegar a mais de 815 mil até 2030 -, a população não se beneficia igualmente desse crescimento porque a distribuição dos profissionais entre a saúde pública e a privada é desproporcional. Em 2019, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do IBGE revelou que 71,5% dos brasileiros usam exclusivamente o SUS, mas somente 21,5% dos médicos atuam integralmente no sistema. Trocando em miúdos, há muito mais médicos concentrados no setor privado, que atende a menor parte da população.

Ciente do problema, a médica Rayssa Okoro, formada pela Universidade Federal do Maranhão e atual moradora de São Paulo, não escolheu a profissão para se especializar em cirurgias complexas ou áreas muito específicas. Nascida em uma família negra de classe média, ela atua no SUS como médica generalista, focada na atenção básica da população em situação de vulnerabilidade.

“Desde que entrei na faculdade, só via sentido em cuidar da população brasileira, que é majoritariamente negra, pobre e usuária do SUS”, diz. “Quero estar nos espaços em que essa população está para garantir que os meus iguais sejam bem cuidados, por uma igual. E quero que as pessoas me vejam de jaleco e turbante e entendam que é possível uma mulher negra ser médica no Brasil.”

Casos como o de Rayssa estão começando a se multiplicar no País: pessoas negras que miram diplomas da área de saúde e direcionam a carreira às necessidades da população negra. Os desafios para que elas se formem e consigam atuar no mercado, no entanto, são maiores. Segundo a médica, faltam políticas públicas que facilitem a permanência dos estudantes negros e de classe baixa no curso de medicina, por exemplo.

“São seis anos de uma faculdade extremamente extenuante e adoecedora, nos sentidos físico e psicológico. Se já é difícil para quem tem todos os privilégios, imagine para quem enfrentou tantas dificuldades para entrar”, defende.

Ela fala que o racismo estrutural é outro fator que dificulta a jornada. “O fato de ser uma pessoa negra tornou a minha experiência na faculdade muito traumática e fez com que eu quisesse desistir em vários momentos, mesmo sendo de classe média. Eu não tinha dificuldades financeiras, mas o ambiente era extremamente nocivo e saí com prejuízos psicológicos marcantes”, revela. “Não adianta ter política de cotas se a gente não está garantindo e incentivando que as pessoas tenham condições financeiras e emocionais de permanecer na universidade.”

Rayssa afirma ainda que a formação em medicina no Brasil é deficitária no cuidado humanizado e que há uma certa mercantilização da profissão. A médica também sublinha a importância de haver profissionais que olhem especialmente para a saúde das pessoas negras, cujo adoecimento muitas vezes pode ser consequência do racismo estrutural - condições precárias de moradia, pouco ou nenhum acesso a alimentação adequada e a acompanhamento médico de qualidade, entre outros fatores.

“Não dá para ignorar que não se cuida bem de qualquer pessoa em qualquer condição só com os conhecimentos da medicina ocidental tradicional”, fala. “Uma pessoa é um sujeito complexo, que tem todas as nuances raciais, políticas e contextuais que vão interferir no processo de vida e de adoecimento dela.”

Representatividade no divã

Especializada na teoria cognitivo-comportamental, a psicóloga Amanda Bachiega conta que era a única aluna negra da sala quando cursou a faculdade, de 2013 a 2017. “De lá para cá, vejo que há um aumento no ingresso de pessoas negras no ambiente acadêmico, aumento de profissionais e também construções de redes de apoio, mas ainda falta muito para chegarmos em patamares igualitários”, afirma.

Ela destaca a importância de a população negra ter acesso ao acompanhamento psicológico com profissionais também negros. “Faz total diferença para a população preta. Por vivermos num mundo tão cheio de preconceito e violência, as lacunas no emocional das pessoas que estão fora do padrão imposto são muito grandes e é difícil para um profissional que não conhece essas particularidades lidar com essas múltiplas questões.”

Como exemplo, ela menciona a transição capilar, que consiste em deixar o cabelo crescer naturalmente depois de um período de alisamento contínuo. A questão, que afeta a psique e a autoestima da mulher negra, é uma vivência que psicólogas brancas não têm. “É um ponto chave no empoderamento e no autoconhecimento”, observa. “Alisar o cabelo é a primeira coisa que fazemos quando queremos entrar no padrão eurocêntrico. E assumir o cacho é a primeira coisa que fazemos quando dizemos não a esse padrão.”

Segundo a psicóloga, porém, somente a formação acadêmica não dá conta de acolher a tantas demandas e camadas que aparecem, principalmente nas questões raciais. Para seus processos terapêuticos, ela passou a ler mais autores negros, aprofundar-se em saúde mental da população negra, entrar em grupos de discussão sobre questões raciais e construir uma rede de apoio com outras profissionais negras. “Representatividade importa muito e é fundamental para a saúde mental”, conclui.

Empoderamento das crianças e adolescentes

O carioca Victor Hugo de Paula conta que quis ser dentista desde criança, quando entrou pela primeira vez em um consultório odontológico do SUS e achou tudo mágico. Aluno de escola pública, ele mergulhou nos estudos e conseguiu se formar em odontologia em 2014. Desde então trabalhou em clínicas de terceiros e relata que o racismo era uma constante.

A gota d’água foi uma situação grave de racismo da qual foi vítima no ano passado. Após um atendimento, ele acompanhou a paciente até a recepção para agendar o retorno. Uma mulher que estava no local olhou para ele e disse: “Se um negão (sic) desses me chama, saio correndo. Nem parece dentista, achei que fosse um funcionário lá de trás”.

Victor Hugo fala que, naquele momento, viu-se dividido entre a ética profissional e sua ancestralidade. “E não consegui falar nada. Me senti desumanizado”, diz. “De fato, somos muito poucos na faculdade e no mercado. Eu tive mais de 50 professores, nenhum deles negro”, aponta o dentista. E foi aí que ele teve a ideia de criar a Ayo Saúde, um espaço para profissionais como ele e que atende às necessidades da população negra.

Segundo o dentista, tanto na medicina quanto na odontologia os estudos são eurocêntricos, pensados para brancos. Isso faz com que questões que acometem mais a população negra não sejam olhadas. “A dermatologia não estuda a pele negra; a cardiologia não olha para a estatística de que, infelizmente, os negros têm mais problemas de coração por causa das piores condições de vida”, observa.

Desacreditado das políticas públicas, ele fala da importância do empoderamento para que haja mais profissionais negros na saúde. “Porque uma pessoa preta com roupa branca pode ser o que quiser e não necessariamente manicure, babá ou cabeleireiro. Temos que acreditar nos nossos sonhos e focar nos estudos, para que isso venha também em forma de profissionalismo.”

Conscientização nas redes sociais

No caso da baiana Daiane Bispo, o grande motivador para se tornar técnica de enfermagem foi o fato de ela mesma ser portadora da anemia falciforme - doença hereditária predominante em pessoas negras em que a estrutura dos glóbulos vermelhos é alterada, fazendo com que o organismo tenha dificuldade no transporte de oxigênio entre as células. A condição, que atinge 8% dos negros brasileiros, segundo o Ministério da Saúde, provoca obstrução nos vasos sanguíneos, anemia e sintomas que vão de crises de dor agudas nos ossos e nas articulações a infecções e até atraso no desenvolvimento.

Apesar de hoje o problema ser diagnosticado no nascimento da criança com o teste do pezinho ou através de exames em outras fases da vida, a técnica fala que há pessoas que convivem por anos com a doença sem saber que são portadoras.

“Foi o caso da minha avó, diagnosticada muito tarde. Ela passou a vida toda com anemia falciforme e os médicos diziam que era todo tipo de doença, menos essa”, relata. “Ela só teve o diagnóstico aos 50 anos e veio a óbito aos 55. Por que essa demora toda e a dificuldade de investigar? A gente se pergunta se é porque é uma doença predominante na raça negra.”

Quando fez o curso técnico de enfermagem, ela e outra colega, também portadora da doença, começaram a dar palestras na escola sobre o tema. Surgiu então a ideia de criar um perfil no Instagram, o “Meia lua com muito amor”, em referência ao formato de meia lua das hemoglobinas falciformes. “Vieram centenas de pessoas pedindo ajuda e orientação e foi aí que eu vi que a maioria não tem nem noção de que possui inclusive direitos por ter anemia falciforme”, conta. “Algumas mães que tiveram seus filhos diagnosticados me procuram desesperadas porque os próprios médicos não sabem orientá-las sobre o tratamento.”

Apesar de não poder exercer a profissão no dia a dia, justamente por sua condição de saúde, Daiane segue conscientizando o público nas redes sociais e até hoje dá palestras sobre anemia falciforme em escolas e cursos da área de saúde.

“Porque é na área de saúde que a gente sofre o maior preconceito e passa os maiores perrengues, tanto pela falta de conhecimento quanto pelo racismo mesmo”, enfatiza. “Muitas pessoas estudam diabetes, hipertensão e outras doenças, mas ninguém sabe sobre a falciforme.”

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PORTAL G1

Ginecologista é condenado a 35 anos de prisão por estuprar pacientes em Abadiânia

Decisão é referente a quatro abusos de três mulheres, mas Nicodemos Júnior também foi denunciado por crimes sexuais contra outras 37. Defesa sempre negou os crimes; cabe recurso.

Por Vanessa Martins, g1 Goiás

O médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais foi condenado a 35 anos de prisão por abusar sexualmente de pacientes. A decisão foi emitida em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal, e assinada pelo juiz Marcos Boechat nesta quarta-feira (6). O documento se refere a quatro casos de estupro de vulnerável cometidos contra três mulheres.

Segundo informações do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), Nicodemos está preso. Na decisão, o magistrado negou ao médico a possibilidade de responder ao processo em liberdade. Cabe recurso da decisão.

g1 entrou em contato com o advogado do ginecologisa, por mensagem às 16h32 desta quarta-feira, e aguarda retorno com uma posição sobre a condenação.

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) denunciou o ginecologista pelo crime de estupro contra 39 mulheres e por violação sexual contra outras três. Segundo as investigações, as vítimas são de Abadiânia e Anápolis, a 55 km de Goiânia, onde o médico atuava.

Segundo o TJ-GO, como o caso corre em segredo de Justiça, não é possível informar quais são os casos que levaram a essa condenação do ginecologista.

Investigação

Nicodemos se tornou alvo de investigação depois que mulheres procuraram a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Anápolis para denunciar que foram vítimas de crimes sexuais dentro do consultório. No início foram três, mas o caso ganhou repercussão e outras vítimas se sentiram seguras para registrar os crimes.

O médico foi preso pela primeira vez prisão dele foi em 29 de setembro de 2021, após as três priemeiras pacientes relatarem os abusos à Polícia Civil.

Apesar do número de denúncias, o médico foi solto em 4 de outubro por decisão da Justiça, passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. No entanto, mais vítimas de Abadiânia registraram ocorrências e ele foi preso novamente em 8 de outubro do mesmo ano.

Relatos de pacientes

As vítimas relatam diversos tipos de comportamento e comentários com conotações sexuais por parte do ginecologista.

Uma das mulheres disse que, durante uma consulta, o médico elogiou os olhos e o órgão genital dela. Em seguida, perguntou sobre sua relação sexual com o marido.

"Eu fiquei congelada e ele fazendo manipulações, isso tudo com os dois dedos introduzidos na minha vagina. Eu não consegui nem respirar no momento. É uma situação que a gente nunca espera que vai acontecer", contou.

Outra paciente disse que foi abusada pelo ginecologista durante o atendimento. Ela decidiu falar sobre o caso após a prisão do médico.

"Ele teve conversas inadequadas, me mostrou sites obscenos, brinquedos eróticos e tocou em mim não da forma que um ginecologista deveria tocar. Quando ele colocou minha mão na parte íntima dele, sabe?”, descreveu.

Entre as denúncias, também está a da aromaterapeuta Kethlen Carneiro, de 20 anos, que procurou a Polícia Civil para relatar que foi abusada por ele quando tinha 12 anos. Durante o atendimento, segunda ela, o médico sugeriu a leitura de material pornográfico.

"Ele veio me falar que eu podia começar a me masturbar. Me mostrou histórias em quadrinho pornô e vídeos. Me mandando os links e quais eu podia assistir. Depois levantou, pegou minha mão e colocou nele, na parte íntima dele", disse.

Em conversa por uma rede social, outra paciente pede informações ao ginecologista sobre o uso do anel vaginal, um método contraceptivo. Em um momento, ela pergunta se ele não atrapalha a relação sexual e se o parceiro não o sentiria. O médico, então, responde:

“Bom, minha namorada já usou e eu não percebi diferença alguma. Posso testar kkk. Brincadeira”.

Defesa

Nicodemos Júnior negou todos os assédios. Ele disse que comentários em aplicativos de mensagens eram "brincadeira" e admitiu que isso foi um erro.

"É muito complexo. Eu brinco com algumas coisas. Às vezes, nisso, eu pequei, realmente. [...] Mas, nunca, em nenhum momento, eu toquei em uma paciente com objetivo de ter prazer sexual ou de fazê-la ter um prazer sexual, porque o objetivo ali é o exame físico", disse.

Nos relatos das pacientes consta que o médico fazia muitas insinuações de cunho sexual, entre elas: "transar fortalece amizade" ou "faz o bronzeamento e me mostra".

"Muitas vezes, elas falam, 'olha, doutor, eu fiz alguma coisa assim, será que vai acontecer alguma coisa?'. Um erro meu, concordo, brinco no WhatsApp, comento alguma coisa de uma forma inadequada. Concordo que eu fiz isso, nisso eu estou errado", admitiu.

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O GLOBO

A poluição do ar é um dos maiores inimigos da humanidade

SÃO PAULO - A poluição do ar é responsável por 7 milhões de mortes prematuras anuais, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Alguns estudos, estimam um número maior ainda de vítimas fatais como resultado da má qualidade do ar. No Brasil, quase 51.000 mortes por ano são causadas pela poluição do ar. Até algumas décadas atrás, o principal male associado à baixa qualidade do ar eram as doenças respiratórias. Entretanto, ao longo dos últimos anos, um crescente corpo de evidências mostrou que os danos da poluição vão muito além dos pulmões e do trato respiratório. Ela afeta o sistema cardiovascular, reprodutor, neurológico, endócrino, renal, entre outros. Durante a pandemia, por exemplo, ficou constatado que pessoas que cidades mais poluídas apresentavam maior índice de mortes pela Covid-19.

- Uma série de estudos epidemiológicos mostrou que a poluição do ar não afeta só o pulmão. Ela contribui para infarto, AVC, baixo peso ao nascer, câncer etc - diz o patologista Paulo Saldiva, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e um dos maiores especialistas sobre o assunto no país.

Estudo realizado por Saldiva mostrou que o dano pulmonar causado pela poluição equivale a fumar de dois a três cigarros por dia. Outro trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade Yale, nos Estados Unidos, e da Universidade Normal de Pequim, na China, concluiu que três anos de exposição aos poluentes atmosféricos equivalem à perda de cerca de um ano de escolaridade.

A péssima qualidade do ar também é responsável pelo aumento no risco de demência em quatro a cada dez pessoas com vulnerabilidade genética à doença. A exposição de longo prazo a uma atmosfera poluída ainda está associada ao desenvolvimento de doença renal crônica, aumento do risco de obesidade, diabetes, doenças neurodegenerativas e câncer de bexiga.

A poluição atravessa a placenta e está associada com baixo peso ao nascer, prematuridade e mortes fetais. Crianças que respiram ar poluído crescem menos, correm maior risco de comprometimento das funções pulmonares, aumento de infecções respiratórias e agravamento da asma.

O ar atmosférico é composto de nitrogênio, oxigênio, hidrogênio, gás carbônico e vapor de água. Ele é considerado poluído quando passa a conter substâncias químicas. Há centenas de compostos provenientes das mais diversas fontes, incluindo da queima de carvão em usinas de energia, de combustíveis fósseis em veículos, da indústria e de incêndios florestais.

Entre eles, o material particulado é considerado o mais prejudicial à saúde. Elas se referem às partículas com menos de 2,5 micrômetros de diâmetro (PM 2,5) e às partículas de menos de 10 micrômetros (PM 10). Quanto menor o tamanho, maior o dano. As partículas com até 2,5 micrômetros, por exemplo, são 1/30 vezes mais finas que um fio de cabelo. Além de penetrar nos pulmões, elas conseguem entrar na corrente sanguínea e afetar praticamente todos os sistemas do corpo. Elas seriam capazes até mesmo de penetrar a barreira hematoencefálica, que protege o cérebro. Para efeito de comparação, nove em cada dez medicamentos em desenvolvimento pela medicina não conseguem ultrapassá-la.

- A poluição do ar, o material particulado, causa o que a gente chama de stress oxidativo e altera a função das células - diz a endocrinologista Elaine Frade, presidente da Comissão de Endocrinologia Ambiental da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Frade participou do primeiro estudo no mundo que comprovou o efeito deletério da poluição na fertilidade masculina. A equipe comparou a produção de espermatozoides em roedores expostos ao ar poluído e ao ar limpo. Os resultados mostraram uma desorganização na formação do espermatozoide nos camundongos machos que respiraram ar extremamente poluído. Isso, segundo Frade, pode levar à infertilidade.

Em 2019, 99% da população mundial estava vivendo em lugares com ar insalubre. O problema continua até hoje, na mesma dimensão, de acordo com estudo publicado pela OMS no início da semana. A poluição ainda tem efeitos indiretos, à medida que é responsável pelo efeito estufa e pelo aquecimento global, o que, por sua vez, também afetam negativamente a saúde humana.

Para reduzir o risco de doenças e morte associadas à poluição atmosférica, não tem segredo, nem milagre. É preciso buscar soluções para o aumento da eficiência dos motores, encontrar novas alternativas de mobilidade e combustível e mudar a matriz energética.

Em setembro do ano passado, a OMS lançou novas diretrizes de qualidade do ar. Foi a primeira atualização das recomendações em 15 anos. De forma geral, houve redução das referências para todos os poluentes clássicos: PM 2,5, PM 10, ozônio, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono.

Para o material particulado de até 2,5 micrômetros, o índice tolerado caiu pela metade, saindo de até 10 microgramas por metro cúbico, para 5. Para as partículas maiores, de até 10 micrômetros, o limite anual passa de 20 para 15 microgramas por metro cúbico. A entidade espera que o novo padrão possa evitar cerca de 80% das mortes atribuídas à exposição às PM 2,5.

Entretanto, Saldiva, que participou da elaboração dos documentos da OMS em 2005 e em 2021, acredita que a mudança virá a partir do mercado e de novos hábitos culturais e não de políticas públicas governamentais.

- É um movimento lento, mas que já está acontecendo. As novas gerações estão mais propensas a abandonar o carro. Empresas que adotam tecnologias menos poluentes começam a ser valorizadas no mercado - afirma o pesquisador.

A nível individual, existem formas de diminuir os efeitos prejudiciais do ar poluído no organismo, mesmo que você more em uma grande cidade, como São Paulo. As ações incluem: usar máscara n95, optar por trabalhar de casa alguns dias da semana - ficar no trânsito aumenta consideravelmente o nível de poluentes inalados -, evitar se exercitar no horário de pico, realizar atividades físicas em parques ou locais mais arborizados e manter uma dieta rica em antioxidantes, como verduras e frutas.

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Chá de ervas emagrecedor pode oferecer riscos à saúde; entenda

RIO - O caso da enfermeira Mara Abreu, de São Paulo, que morreu em fevereiro após consumir por vários dias um "chá emagrecedor" proibido no Brasil acendeu um alerta para os riscos de ingerir produtos ditos naturais sem orientação médica. A ingestão das cápsulas - que continham uma mistura de 50 ervas diferentes - provocou na profissional de saúde uma hepatite fulminante. Ela necessitou de um transplante de fígado, mas não reagiu bem à operação e morreu por complicações da cirurgia.

Histórias como a da enfermeira paulista se tornam cada vez mais comuns no Brasil. Na busca por soluções "mágicas" para problemas complexos, como a perda de peso e o tratamento de doenças crônicas, muitas pessoas se arriscam consumindo produtos que se passam por fitoterápicos e prometem resultados satisfatórios em pouco tempo. A facilidade de compra via internet e os depoimentos de quem "provou e aprovou" incentivam aqueles que já estão suscetíveis.

- As pessoas têm uma percepção errada de que tudo que é natural não traz nenhum prejuízo. Pensam que se bem não fizer, mal não faz. Também acreditam que esses chás vão trazer algum resultado para o emagrecimento. No entanto, não há nenhum estudo científico comprovando a eficácia de chás naturais para emagrecer - afirma Maria Edna Melo, presidente do departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

O consumo de plantas medicinais de forma exagerada ou sem prescrição médica pode causar a chamada lesão hepática induzida por ervas, responsável por 34% dos casos de insuficiência aguda do fígado diagnosticados no país, segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia. O efeito colateral de plantas no órgão é chamado de hepatotoxicidade.

Responsável por filtrar o sangue para captar as toxinas e eliminá-las do corpo, o fígado é um dos órgãos que mais sofrem com o uso indiscriminado de ervas. Diante de várias substâncias tóxicas, ele fica sobrecarregado e acaba lesionado.

Lesões variadas

Produtos ditos naturais podem causar os mesmos problemas que remédios tradicionais. Dentre os mais comuns estão as alterações das enzimas hepáticas, hepatites (agudas e crônicas), falência do fígado e até cirrose. As lesões podem surgir tanto pelo uso prolongado das substâncias como logo após a ingestão. Os sintomas mais comuns desse tipo de intoxicação são dores de cabeça frequentes sem causa definida, cor amarelada nos olhos e na pele, enjoos e tonturas e dor na região superior direita do abdômen. Cólicas e diarreias também podem ser um sinal de que há algo de errado.

Algumas plantas, como crotalária, erva cavalinha, kava-kava, cáscara sagrada e chaparral são potencialmente prejudiciais ao fígado. No entanto, o chá verde merece atenção especial, pois possui uma substância chamada catequina que, em grandes concentrações, causa a morte de células do fígado. Em forma de chá, a erva dificilmente fará mal para o órgão. O perigo está quando a erva aparece como ingrediente de cápsulas, já que não há como saber a quantidade da substância tóxica nem a forma como ela foi manipulada.

- Qualquer substância, seja natural ou sintética, pode trazer problemas para a saúde caso seja usada sem orientação profissional . Quando se fala de chás, além de conhecer a substância de que eles são feitos, é preciso ter certeza que se trata da espécie correta, porque infelizmente pode haver adulterações - alerta Maria Angélica Fiut, nutricionista e presidente da Associação Brasileira de Fitoterapia (ABFIT).

A melhor maneira de não correr o risco de se intoxicar com esses produtos é não fazendo uso sem orientação de um profissional de saúde especializado. Chás naturais - como de camomila - podem ser comprados em mercados. Já os produtos fitoterápicos devem ser adquiridos em farmácias. Se for pela internet, apenas em sites de redes de drogarias conhecidas, orienta Hortência Tierling, conselheira federal de Farmácia pelo estado de Santa Catarina. A especialista explica que estes estabelecimentos contam com farmacêuticos responsáveis pelos produtos que são disponibilizados ali, o que garante que têm boa procedência.

- Mesmo que um produto seja adquirido como um alimento, como é o caso dos chás naturais, ele não está isento de contraindicações, reações adversas e até interações com medicamentos. Por isso, é importante ter a orientação de um profissional de saúde especializado - orienta Tierling.

Segundo a Anvisa, são considerados remédios fitoterápicos aqueles "obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e eficácia sejam baseadas em evidências clínicas e que sejam caracterizados pela constância de sua qualidade". Os produtos devem ser registrados no órgão e seguir regras de rotulagem como os medicamentos, como ter bula, nome do farmacêutico responsável, número de inscrição no Conselho Regional de Farmácia (CRF), além do registro no Ministério da Saúde com treze números, que deve estar ao lado da sigla "MS".

Regras para chás

Já os chás, que são enquadrados na categoria alimentos e não na de medicamentos, não podem ser vendidos em cápsulas. Em seus rótulos não podem aparecer informações que indiquem prevenção, tratamento e/ou cura de nenhuma doença.

- Alguns rótulos de chás, mesmo sendo enquadrados como alimentos, precisam ter algumas informações específicas. Na embalagem do boldo, por exemplo, a norma da Anvisa exige que venham advertências para portadores de enfermidades hepáticas ou renais - alerta a farmacêutica.

A Anvisa regulamenta também os "produtos tradicionais fitoterápicos", que são aqueles "obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais", mas que a segurança e a eficácia "sejam baseadas em dados de uso seguro e efetivo publicados na literatura técnico-científica". Outra categoria existente é a dos "chás medicinais" que também precisam ser aprovados pela Anvisa.

- É preciso estar atento ao produto que se está comprando. Observe se a embalagem está de acordo com as exigências da Anvisa. Se tiver dúvidas, busque no próprio site da agência para ver se o produto está ou não liberado para consumo no Brasil - finaliza Tierling.

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PORTAL SEGS

artigo - Hospital é responsável por golpe aplicado em familiares de pacientes

Fraudadores normalmente aproveitam momento de fraquezas de suas vítimas e a situação vem chegando ao extremo de tirarem proveito da dor das famílias de pessoas hospitalizadas para aplicar golpes financeiros. Por isso, mesmo nesses momentos é preciso ficar atento e, caso caia em uma situação relacionada, que se busque o ressarcimento.

Atualmente, alguns hospitais estão sendo condenados a ressarcir os pacientes vítimas de fraudes praticados por terceiros utilizando o nome da instituição. Um exemplo recente foi o que ocorreu recentemente com o Hospital Brasília, que foi condenado a pagar uma indenização a família de um paciente vítima de golpe, já que ficou evidente a responsabilidade do hospital, uma vez que é o detentor de informações privilegiadas dos pacientes e falhou na guarda dos dados inseridos no prontuário do paciente.

Esse caso é um exemplo de como podem ocorrer esses golpes, sendo que o filho do paciente recebeu um telefonema de um suposto médico dizendo que o pai, internado na UTI e recém-operado, precisava se submeter a uma tomografia de urgência. Para isso, informou o número da conta na qual deveria ser creditado o valor do exame. Ainda foi solicitada outra quantia a título de pagamento de anestesista, no que foi novamente atendido.

Ao procurar mais informações na secretaria do hospital, sobre o exame solicitado, o filho paciente internado descobriu que era golpe. Nesse caso a vítima foi atrás de seus direitos, lembrando que as responsabilidades dos hospitais são amplas, precisando informar sobre possíveis golpe que possam ser aplicados, mas, também tratar de forma responsável as informações.

Hoje temos uma Lei Geral de Proteção de dados, que obriga a que todas as pessoas jurídicas que tenham dados de terceiros, a que mantenha sigilo, que sejam arquivados pelo período necessário com segurança e com acesso restrito a poucos funcionários, para evitar vazamento de dados, principalmente em hospitais, ondem são fornecidos dados sensíveis, como diagnostico e outros.

Infelizmente, esses golpes aumentaram muito com a pandemia, quando parentes de internados com Covid-19 são procurados por fraudadores solicitando dinheiro para procedimentos, remédios ou tratamentos urgentes, além disso, muitos inquéritos estão sendo abertos para investigar os casos de fraudes de falsos médicos.

Veja algumas dicas para evitar os golpes por telefone nos parentes de pacientes internados em hospitais.

1 -- Suspeite de qualquer contato que solicite dinheiro ou benefício similar, mesmo em momentos de dificuldade é importante manter a cabeça fria.

2 - Não efetue transações financeiras sem estar presencialmente com o seu médico e confirmar a necessidade e o valor do procedimento.

3 - Nunca forneça contatos pessoais para pessoas que não sejam de confiança, mesmo que trabalhem no hospital.

4- Desconfiem de mensagens por SMS, WhatsApp. Confie em telefones oficiais e ou confirme pessoalmente na secretaria do hospital sobre as autorizações de procedimentos e a parte financeira, somente esse departamento é que informa e cobrar valores de procedimentos.

5- Em ocorrendo alguma situação suspeita que envolva solicitações de pagamentos por telefone, WhatsApp, procure a central de segurança, normalmente todos os hospitais têm essa unidade.

6 -- Caso caia em golpes, procure por seus direitos por meio da justiça, o quanto antes tomar uma ação, maior a chance de reverter.

*Afonso Morais - Advogado sócio diretor da Morais Advogados, especializada em direito bancário e recuperação de crédito, com atuação na área de Recuperação de Crédito Amigável e Judicial para Instituições Financeiras, Companhias Seguradoras, Consórcios e Empresas de todos os portes.*

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A transformação digital na saúde vai muito além da adoção de novas tecnologias

Reconhecidamente mais tradicional do que setores como indústria e comércio, a saúde experimentou mudanças importantes de 2020 para cá: adoção da telemedicina, discussões sobre a regulamentação definitiva da telessaúde no Brasil e, mais recentemente, os impactos do 5G no dia a dia de hospitais, clínicas e operadoras. Porém, com grandes possibilidades de mudanças, as instituições precisam se organizar para definir o que deve ser feito primeiro e, assim, definir estratégias, criar iniciativas e promover uma cultura digital.

Nesse sentido, a simples adoção de tecnologias não é suficiente. Isso não quer dizer que elas não sejam importantes, mas, para que sejam implementadas adequadamente, outros fatores precisam ser levados em consideração. Essa análise se torna ainda mais necessária se considerarmos que, apesar dos avanços dos últimos anos, gestores ainda têm dúvidas em relação a elementos básicos da transformação digital - de acordo com o relatório Philips Future Health Index 2021, 44% das lideranças da área citaram dificuldades com a gestão de dados - primordial para o início da digitalização de qualquer organização.

Um dos aspectos que a transformação digital na saúde reforça é a melhoria da eficiência operacional para simplificar tarefas, mudando a mentalidade das empresas com o objetivo de acompanhar não só as novidades tecnológicas, mas também as novas demandas e necessidades dos pacientes.

Por exemplo: talvez, em algum momento da vida, você tenha usado os serviços de alguma clínica ou hospital e não tenha percebido que a transformação digital já estava presente ali. Isso porque seu atendimento foi tão prático, eficiente, e tudo ocorreu tão bem que você nem notou os diversos processos que estavam envolvidos na ocasião. Focar apenas em um compilado de tecnologias sem ter um objetivo traçado ou levar em conta aspectos essenciais para a segurança do paciente é um dos principais erros cometidos por instituições de saúde.

Pilares da transformação digital na saúde

Gestores precisam estar atentos a diferentes aspectos da transformação digital para conseguir promover um pensamento voltado a esse conceito. Primeiramente, é preciso compreender como as equipes serão impactadas pelas mudanças - e quais benefícios elas trarão para o dia a dia. Afinal, do time assistencial ao jurídico, todos serão afetados.

Outro ponto é a adoção de uma abordagem menos conservadora em relação às inovações, prezando por uma equipe que reconheça a melhoria de processos como algo essencial no cuidado ao paciente. Pensando nisso, avançamos para o pilar seguinte: a experiência desses pacientes deve ser colocada em primeiro lugar. Antes de aplicar qualquer solução, é essencial refletir sobre como isso irá impactá-los e se estarão satisfeitos com os serviços oferecidos.

Há também o pilar interoperabilidade - ou seja, operações feitas de forma conjunta que permitem a conexão entre diferentes tecnologias, implementando regras padronizadas para que o processo seja seguido. Na saúde, a interoperabilidade permite a troca de dados entre ferramentas utilizadas para melhorar o cuidado ao paciente.

Finalmente, outra máxima adotada deve ser: se um processo pode ser automatizado, então ele deve ser automatizado. Tudo que pode ser feito mecanicamente não depende de uma ação humana estratégica, o que significa que o tempo dos profissionais pode ser revertido em outra demanda. Além disso, os indicadores gerados nos processos automatizados podem melhorar o trabalho da gestão e do atendimento nessas instituições.

O uso inteligente de tecnologia aplicada à saúde é capaz de resolver inúmeros problemas enfrentados no cotidiano, desde aqueles relacionados à gestão, até os que envolvem o atendimento ao público. Porém, sem a compreensão de como essas tecnologias devem ser utilizadas e quais impactos elas trarão para a instituição, gestores correm o risco de adotar soluções ineficazes para suas demandas - e, com isso, julgar que elas não se aplicam ao ambiente de saúde. Por isso, o olhar estratégico para mudanças é essencial. Mais do que abraçar a transformação digital, chegou a hora de encará-la de forma mais especializada.

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portal uol

Há várias vacinas que adultos devem tomar; veja quais e a importância delas

Antes da pandemia, muitas pessoas costumavam associar a vacinação a algo importante somente para a saúde das crianças - afinal, eram os pequenos que tinham que fazer visitas rotineiras ao posto para receber imunizações.

Mas engana-se quem pensa que a rotina de vacinação faz parte da vida só de bebês ou de crianças. Na verdade, há doses que devem ser reaplicadas durante a vida adulta e em situações específicas, como durante a gestação. Outras ainda são indicadas para determinados públicos, como pessoas com comorbidades e transplantadas, justamente para reduzir o risco de desenvolverem formas graves de doenças infecciosas.

"Os imunizantes são boas ferramentas de promoção de saúde e esses públicos têm calendários específicos para reforçar sua proteção, embora, infelizmente, ainda seja uma informação pouco conhecida no geral", afirma Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações).

Segundo ele, a combinação de falta de informação e iniciativas públicas tímidas para estimular a continuidade da imunização ao longo da vida acaba prejudicando a cobertura vacinal do país. "É uma subutilização dessa ferramenta de prevenção que temos e que é tão eficiente", lamenta.

Nos calendários estão vacinas que previnem desde doenças relativamente simples, como a gripe (causada pelo vírus influenza), até algumas mais sérias que podem evoluir para um câncer, como é o caso da que protege contra o vírus HPV.

E, embora algumas patologias não estejam circulando com tanta intensidade ou os surtos sejam menos frequentes, elas ainda podem dar o ar da graça se encontrarem algum organismo desprotegido. "São doenças que podem ser evitadas. Por que, então, não evitar?", questiona Kfouri.

Carteirinha em dia: por que é importante?Logo de cara, é importante avisar: todas as vacinas disponíveis hoje no SUS e na rede particular são eficazes e protegem contra as doenças para as quais foram desenvolvidas. Ou seja, a razão pela qual é importante manter as doses em dia ao longo da vida não tem relação com a eficácia ou não delas, mas sim com a forma como foram desenvolvidas, as doenças que previnem ou até mesmo por característica do nosso sistema imune..

"As vacinas contra vírus, por exemplo, costumam ter uma proteção menor por conta da mutação desses micro-organismos", afirma a técnica de enfermagem Veruska Ramos Torres, do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN/Ebserh) e coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde de Natal (RN).

Em outras, a resposta imunológica induzida não é suficiente para durar o resto da vida, o que requer reforços constantes para garantir que o corpo esteja sempre a postos em um eventual embate contra o patógeno.

"É o caso da vacina contra difteria e tétano, que deve ser reaplicada ao longo da vida a cada dez anos, em média", explica Eduardo Jorge da Fonseca Lima, representante da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) em Pernambuco.

Mas, de acordo com ele, as razões para tornar a vacinação um hábito de vida não são apenas essas. Há ainda a questão do envelhecimento natural do corpo, que vai, aos poucos, tornando as nossas defesas mais lentas e suscetíveis a infecções.

Chamado de imunossenescência, essa queda natural das células do sistema imune começa a se acelerar após a puberdade, por volta dos 20 anos, e vai progressivamente seguir assim até a velhice.

Não é à toa, por exemplo, que é justamente o público acima de 60 anos um dos grupos que tem um calendário próprio de vacinas, para reduzir o risco de infecções que podem gerar complicações graves após essa idade, como pneumonias e herpes-zóster.

Doenças associadasAlém do calendário adulto e idoso, indivíduos com doenças associadas, como diabetes e hipertensão, devem estar atentos ao calendário de vacinação e pedir orientação médica sobre quais imunizantes devem ser aplicados.

Isso porque essas doenças, na maioria consideradas crônicas, estão associadas a um aumento no risco de desenvolver complicações e de mortalidade uma vez que o indivíduo desenvolva a infecção.

É o caso, por exemplo, dos pacientes com asma e que convivem com DPOC (Doença pulmonar obstrutiva crônica), que têm a recomendação de se vacinar contra doenças respiratórias como gripe e coqueluche.

"Esses pacientes têm uma resistência menor e, no caso da DPOC, cada crise provocada por uma infecção respiratória compromete a capacidade dos pulmões, que não volta aos 100% mesmo após a recuperação", afirma Elie Fiss, professor de pneumologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e médico do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Por isso, o especialista diz que indica a vacinação para todos os indivíduos. "O calendário precisa estar atualizado para que a saúde global desse paciente esteja mais protegida", avalia.

Como saber qual vacina tomar?Dentro do PNI (Programa Nacional de Imunização) do Ministério da Saúde, existem vacinas que são indicadas para adultos, idosos, gestantes e públicos específicos, como portadores de HIV e imunossuprimidos, entre outros públicos específicos.

No caso dos adultos saudáveis, a recomendação do ministério da Saúde é que os indivíduos recebam as seguintes vacinas:

Hepatite BDupla bacteriana adulto (dT, contra difteria e tétano) Febre amarelaTríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)Influenza (gripe) e pneumocócicas (pneumonia bacteriana).Já a SBIm recomenda, além dessas, a aplicação da hepatite A, as meningocócicas ACWY/C (contra meningites bacterianas) e a dose contra herpes-zóster; no caso da dupla bacteriana, a recomendação é trocar para a tríplice bacteriana do tipo adulto acelular (a dTPa, que previne difteria, tétano e coqueluche).

A maioria das vacinas está disponível no SUS, com exceção das meningocócicas [indicada em dose única e para condições de risco] e da herpes-zóster [recomendada em uma dose após os 60 anos].

Mas qualquer adulto pode procurar um posto de saúde com a carteirinha de vacinação (se possuir) e checar se existe alguma vacina não aplicada ou dose em atraso. "Mesmo quem eventualmente não tomou quando criança pode se imunizar agora, na vida adulta", afirma Veruska Ramos Torres.

Segundo ela, as coberturas mais baixas em adultos atualmente são a da hepatite B e da febre amarela - esta última foi incluída há pouco tempo no calendário infantil e, por isso, ainda associada com a necessidade de tomar apenas para viagens a locais onde a doença é endêmica, o que não é mais o caso.

"São vacinas de qualidade, eficazes e gratuitas, importantes para evitar doenças que, mesmo sem grandes complicações na maioria dos adultos saudáveis, podem ser evitadas. Ninguém precisa ficar doente", afirma a coordenadora.

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medicina s/a

artigo - Dia mundial da saúde e o acompanhamento do paciente

Por Rafael De Simone Matioli

Celebramos, desde 1950, o Dia Mundial da Saúde, que homenageia a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e reforça a importância do tema para toda a sociedade.

Claro que existiram grandes transformações e evoluções, a respeito das vacinas, por exemplo, sendo uma das principais formas de prevenir diversas doenças e suas complicações, além de ampliar o cuidado e a saúde de nossos familiares, amigos e entes queridos. Mas ainda há diversos desafios que precisamos superar, e as inovações fazem parte deste novo trajeto.

O acompanhamento do paciente (Direct to Patient) é um grande exemplo e se torna, portanto, um ponto essencial quando pensamos em ampliar e transformar o acesso à saúde. Segundo a OMS, é estimado que mais de 42 bilhões de dólares anuais sejam associados a erros de medicação. Em contraponto, um estudo do Hospital and Community Pharmacists, aponta que um acompanhamento correto reduz em 36% os casos de reinternação.

O erro na administração de medicamentos contínuos é muito comum, que pode ocasionar uma brutal ruptura do tratamento, levando a uma nova onda de hospitalização e outros problemas que poderiam ser tratados. Seguir uma recomendação médica exige mais do que atenção, é preciso disciplina e, muitas vezes, a pessoa por si só não consegue realizar sozinha. Quando há esse acompanhamento direto com o paciente durante e após o tratamento, as chances de finalizá-lo aumentam consideravelmente. Dados da Far.me demonstram que houve um aumento de mais de 20% no padrão de não esquecimento da medicação e mais de 14% de adesão ao tratamento quando há um acompanhamento adequado. Outro impacto positivo é no próprio sistema de saúde como um todo. Um programa eficiente de suporte ao paciente, pode contribuir na redução dos custos assistenciais, evita erros em processos de liberação, logística e consumo desses medicamentos e amplia a resolução de dúvidas e questionamentos, que muitas vezes, acarretam mais custos para o sistema, planos de saúde e o próprio usuário.

Com a pandemia, ficou mais claro o quanto é preciso desburocratizar o acesso à saúde, a exemplo da telemedicina, que permitiu que consultas fossem realizadas dos mais diversos lugares, resultando positivamente que hospitais e prontos-socorros se dedicassem aos pacientes com casos mais graves. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, mais de 75 mil vidas foram salvas a partir de mais de 7,5 milhões de atendimentos. Com isso, foram evitadas mais de 6,5 milhões de idas desnecessárias ao pronto-socorro, com um índice de resolutividade de 91% por atendimento.

E a sociedade quer fazer parte deste novo momento de evolução e soluções na saúde. Uma pesquisa realizada em março de 2021, pela Ipsos em parceria com o Global Institute for Womens Leadership, aponta que mais de 57% dos brasileiros cogitam realizar ações para melhorar a saúde e o bem-estar, acima da média global de 48%.

Saúde, no seu mais singelo significado, é um estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e seu ambiente. E como um todo, precisamos refletir práticas que contribuam para um desenvolvimento mais ágil do setor da saúde e reforçar o mais importante, o cuidado com cada vida.

*Rafael De Simone Matioli é Head da unidade Conexão com Paciente da Viveo.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 06 Abril 2022 13:53

CLIPPING AHPACEG 06/04/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Fevereiro registra 78,2 milhões de usuários de planos de saúde

Plano de saúde em alta

Amil não poderá vender usuários individuais

Plano individual pode ter novo modelo de reajuste em 2023

Pessoas de 60 anos ou mais já podem tomar 4ª dose contra covid-19 em Goiânia

Uso de máscaras divide instituições privadas de ensino em Goiânia

Médica denuncia que foi agredida a chutes por filha de paciente em hospital de Monte Alegre de Goiás

Criança e adolescente: projeto obriga unidades de saúde a comunicarem casos de embriaguez, consumo de drogas e tentativa de suicídio

PRIMEIRA HORA

Fevereiro registra 78,2 milhões de usuários de planos de saúde

Os planos de saúde registraram a adesão de 78,2 milhões de beneficiários em fevereiro, sendo 49,04 milhões em planos de assistência médica e 29,2 milhões em planos exclusivamente odontológicos. A informação foi divulgada hoje (5) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Em relação a fevereiro do ano passado, o número de beneficiários nos planos médico-hospitalares evoluiu 3,06%, ou o correspondente a mais 1,4 milhão de beneficiários. Na comparação com janeiro de 2022, o crescimento foi de 71,9 mil usuários, com 19.587 planos ativos. Já nos planos exclusivamente odontológicos, houve expansão em um ano de 2,3 milhões de beneficiários, o que representa aumento de 8,60% no período. Comparativamente ao mês anterior, o total de usuários foi acrescido de 104.065 novos beneficiários, com 4.598 planos ativos.

Por tipo de contratação, os planos coletivos superaram os planos individual ou familiar nas duas modalidades de usuários, com 40,094 milhões de beneficiários de assistência médica e 24,1 milhões de usuários de planos exclusivamente odontológicos.

Estados

Nos estados, no comparativo com fevereiro de 2021, o setor registrou evolução de beneficiários em planos de assistência médica em 26 unidades federativas, sendo São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina os que tiveram o maior ganho em números absolutos. Entre os odontológicos, 25 estados registraram crescimento no comparativo anual, com São Paulo, Minas Gerais e Paraná mostrando maior aumento.

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O GLOBO

Plano de saúde em alta

MAIS PRESSÃO NO ORÇAMENTO

Analistas e setor preveem aumento entre 15% e 18,2%, o maior da história

POLLYANNA BRÊTAS E LETÍCIA LOPES

Depois do reajuste de até 10,89% no preço dos medicamentos, os consumidores devem se preparar para o aumento do plano de saúde, que deverá ser anunciado este mês. De acordo com especialistas e estudos que medem os custos do setor, a correção deste ano deve ficar entre 15% e 18,2%, superando o recorde de 13,57% de 2016. Se confirmado, será o maior reajuste já determinado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), desde que passou a regular o setor em 2000.

No ano passado, os planos individuais tiveram uma redução de 8,19%, devido à diminuição no uso dos serviços médicos em 2020, como efeito da pandemia. O aumento começa a valer em maio e é aplicado no aniversário de contrato do cliente.

Em relatório, o banco BTG Pactuai estimou em 15% a correção. Já o Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS), que considera a variação dos custos médico-hospitalares para um conjunto de 704,9 mil beneficiários de planos individuais, calcula a alta em 18,2%. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) estima um reajuste de 16,3%.

- O setor registra um aumento de custos no período. Observamos um novo padrão de utilização dos serviços após a pandemia. A alta nos preços dos medicamentos, em dois anos, chega a quase 24%, o que é signifícativo para as operadoras - afirma Marcos Novais, superintendente executivo da Abramge, acrescentando que os custos de material descartável e equipamentos importados também têm impacto significativo para os planos de saúde.

PROCEDIMENTOS ELETIVOS

Segundo o IESS, até fevereiro de 2021, a variação de custos estava negativa em 1,7%, "refletindo a opção dos beneficiários em adiarem procedimentos e consultas devido à pandemia". No segundo trimestre de 2021, houve aumento da despesa per capita para serviços ambulatoriais (23,3%), exames (20,8%) e internação (20,0%).

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) diz que, além da alta da inflação, aumento das ocorrências e forte retomada dos procedimentos eletivos, são esperados ainda os impactos de tratamentos da Covid longa, que, segundo a OMS, atinge 10% a 20% dos que contraíram a doença, o que corresponde até seis milhões de pessoas no Brasil.

Para a coordenadora do programa de Saúde do Instituto de Defesa do Consumidor (Idee), Ana Carolina Navarrete, as projeções do mercado não refletem dados de utilização dos planos de saúde pelos usuários, a chamada sinistralidade (percentual que representa o custo de prestação de assistência sobre o total arrecadado), medida pela própria ANS. Em junho de 2021, a agência publicou um estudo que mostrou que a sinistralidade do primeiro trimestre de 2021 permaneceu inferior ao observado no mesmo período de 2019, de 75% a 77%. O índice aumentou no segundo trimestre, chegando a 82%, mas ainda em patamar similar ao período pré-pandemia, também de 82%.

- Os percentuais projetados não fazem sentido, não condizem com a realidade e contradizem as informações divulgadas pela própria ANS. A variação de despesas médicas aumentou, mas não atingiu patamares anteriores à pandemia. O reajuste deste ano não pode servir para recuperar a redução que houve no ano passado. É preciso analisar o comportamento dos custos e fazer a projeção afirma Ana Carolina, do Idee.

A ANS informou que o percentual máximo de reajuste se baseia principalmente na variação das despesas assistenciais nos dois anos anteriores à divulgação do índice. Os dados são enviados à ANS pelas próprias operadoras. Segundo a agência, "não há uma data definida para divulgação do índice".

MAIS CLIENTES

Em um ano, houve crescimento de 1,459 milhão no número de beneficiários dos planos de saúde - 3,06% maior que em fevereiro de 2021. Hoje, são 49 milhões de usuários. Mas somente 8,9 milhões são de planos individuais, menos de 20%; o restante são empresariais, os mais numerosos (40 milhões), ou por adesão.

Nos empresariais e coletivos por adesão, o reajuste é negociado livremente, sem obedecer o teto fixado pela ANS. Novais, da Abramge, diz que o reajuste desses contratos deve ser maior este ano:

- Os reajustes de planos coletivos foram, em média, entre 4% e 5% no ano passado. Agora, a média dos planos coletivos, com base em dados de novembro de 2021, está em 7%, segundo cálculo feito pela Abramge.

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De volta à Amil.mas inseguros

> A ANS determinou que a Amil reassuma a carteira de quase 340 mil planos individuais e familiares, transferida para a operadora APS em janeiro deste ano. Usuários comemoram, mas reclamam que a rede credenciada foi reduzida antes mesmo da transferência de carteira e estão receosos de que permaneça assim.

> A psicóloga Maria Cristina Carmona, de 67 anos. diz que perdeu a confiança no plano, após a transferência:

> - Dessa vez. eu perdi toda a minha segurança. É uma operadora que ninguém conhece.

> Segundo Rafael Robba, especializado em Direito à Saúde no escritório Vilhena Silva, a Amil precisa retomara rede credenciada. Se o consumidor tiver o atendimento negado, deve reclamar na ANS e nos órgãos de defesa do consumidor.

> A dificuldade está em provar o prejuízo, diz o administrador Victor Shirazi:

> -O encolhimento da rede credenciada é algo difícil de provar. Mas no site da Amil há poucas opções agora. Eu sinto que foi uma correría para se livrar da gente. Mas não colou, ainda bem.

> Procurada, a Amil negou qualquer "ajuste atípico da rede credenciada por causa da transferência da carteira". Sobre reassumir os contratos, a empresa disse que espera ser comunicada pela agência oficialmente para se pronunciar.

> Para advogados especialistas no tema. é difícil que a ANS mude a decisão tomada na segunda-feira.

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Plano individual pode ter novo modelo de reajuste em 2023

Objetivo é atrair operadoras, que deixaram segmento de lado. Para analistas, risco é aumentar ainda mais valor de contratos

LUCIANACASEMIRO

Os planos de saúde individuais estão prestes a sofrer um reajuste de dois dígitos em maio. Mas a partir de 2023, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pode rever o modelo de cálculo destes contratos. A ideia é tornar o segmento novamente atraente para as operadoras. Ele representa cerca de 20% do mercado, mas foi deixado de lado pelas empresas nos últimos anos. Entre fevereiro do ano passado e fevereiro deste ano, o número de usuários em planos coletivos aumentou em 1,54 milhão. No mesmo período, os individuais tiveram queda de 117 mil pessoas.

As operadoras afirmam que rever a metodologia de cálculo do reajuste é fundamental para voltar a oferecer o produto. A reclamação das empresas é que o percentual autorizado pela ANS não reflete a variação real de custos do segmento. Para especialistas em defesa do consumidor, o risco é que os reajustes fiquem ainda mais altos, encarecendo o valor da mensalidade. De outro lado, quem deixa de contar com um plano coletivo praticamente não encontra ofertas de contratos individuais no mercado hoje.

O presidente da ANS, Paulo Roberto Rebello Filho, pretende colocar o tema como prioritário na agenda regulatória da agência para o próximo ano. Mas o debate de fato já começou. A FenaSaúde, que representa as maiores operadoras do setor, já disse que está preparando um material para apresentar à agência para subsidiar a discussão.

- Se flexibilizar o reajuste, a agência promoverá maior competitividade e premiará quem faz uma boa gestão avalia Vera Valente, diretora executiva da federação.

As discussões ainda estão no estágio inicial, mas, segundo fontes, até agora já surgiram três propostas. Uma delas é a revisão técnica do contrato - algo que já está previsto na legislação. Neste caso, de tempos em tempos, a operadora faria reajustes adicionais, caso fique comprovado que o percentual aplicado não foi suficiente para garantir o equilíbrio econômico-financeiro da carteira e colocaria em risco a qualidade da assistência prestada.

REGIONALIZAÇÃO É OPÇÃO

Outra hipótese em debate seria adotar aumentos regionais, de acordo com as características de cada localidade. E se discute ainda a possibilidade de definir uma banda de reajuste, que funcionaria como uma margem, qualquer reajuste acima do percentual exigiría prestação de contas à AN S.

Renato Casarotti, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), diz que a fórmula do reajuste podería continuar sendo determinada pela ANS, mas que nesse novo formato cada empresa deveria apresentar o resultado da sua conta à agência.

- Hoje, a oferta de planos individuais se concentra basicamente em operadoras que têm rede verticalizada (própria). Uma operadora que oferece ao consumidor livre escolha em sua rede credenciada pode ter necessidade de um reajuste mais alto. E o consumidor precisa entender essa mecânica. Se a regra abre essa possibilidade, volta a oferta e isso terá um efeito na concorrência, pois o consumidor terá de fato para onde fazer a sua portabilidade de contrato pondera Casarotti.

O presidente da ANS se apressa em dizer que não se trata de uma desregulamentação do reajuste dos planos individuais:

- Não estou dizendo que o aumento será livre. Mas se esse é um ponto que trava a oferta no mercado, a ANS tem que estar aberta à discussão - ressalta Rebello.

Ele aguarda a recomposição da diretoria da agência para formalizar o tema na agenda regulatório do triênio 2023-2025.

Para Ana Carolina Navarrete, coordenadora do programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idee ), a mudança segue uma lógica equivocada:

- O plano individual se mostrou o melhor na proteção do consumidor e em refletir as variações de uso e de custo. Se a ideia é criar condições similares para que o mercado volte a vender esses contratos, o ideal era criar regras para os coletivos e não mudar aquilo que funciona bem.

MAIS TRANSPARÊNCIA

Mario Scheffer, coordenador do Observatório da Judicialização da Saúde Suplementar da Faculdade de Medicina da USP, concorda:

- Defendemos a regulamentação de reajuste dos 80% restantes do mercado, que são desregulados. Entre eles, há parte extremamente vulnerável: os falsos coletivos com aumentos abusivos anuais.

Regular reajustes dos coletivos, de fato, não está na agenda da ANS. Mas Rebello diz que está nas suas prioridades a implementação de um sistema que garanta maior transparência em relação aos aumentos dos contratos coletivos:

- Esse é um processo que tem que acontecer em conjunto. É preciso sistematizar as informações sobre os reajustes dos planos coletivos, dando maior transparência a esses dados. É importante que o consumidor saiba qual foi reajuste aplicado por uma operadora a um plano similar ao seu. Isso empodera o consumidor e aumenta a competição.

Na avaliação de Casarotti, da Abramge, a proposta de aumento de transparência é desafiadora, mas bastante positiva para as empresas:

- O grande desafio é que cada empresa adota uma metodologia diferente de cálculo. Mas o consumidor precisa saber qual a variação do custo médico naquela carteira, que indicador econômico entra naquele cálculo. Esse é um debate muito saudável.

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"Hoje, a oferta de planos individuais se concentra basicamente em operadoras que têm rede verticalizada (própria). Uma operadora que oferece ao consumidor livre escolha em sua rede credenciada pode ter necessidade de um reajuste mais alto "

Renato Casarotti, presidente da Abramge

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OUTRAS PALAVRAS

Amil não poderá vender usuários individuais

ANS interrompe transação em que a operadora venderia 338 mil carteiras a uma nanica do ramo. Percebeu que nova detentora não teria capacidade financeira para poder manter novos clientes, além de falta de transparência e cooperação com a agência

A operação em que a Amil pretendia se desfazer de seus clientes com plano de saúde individual não deve mais ir à frente. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou, na segunda-feira (4/1), que a empresa reassuma os planos que estavam sendo transferidos à pequena operadora Assistência Personalizada à Saúde (APS). As autoridades reguladoras constataram que a nova empresa não terá capacidade financeira de manter as 338 mil carteiras que estava assumindo.

A crise teve início quando usuários da Amil começaram a relatar dificuldades em agendar exames, descredenciamento de hospitais sem aviso prévio e falta de orientação da empresa. As reclamações à ANS deram um salto a partir do momento em que a Amil decidiu "vender" 337 mil clientes de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná às empresas APS (Assistência Personalizada à Saúde) e Fiord Capital, em dezembro de 2021.

A ideia parece ser a de não atender mais os usuários de planos individuais, que são mais bem regulados que os corporativos. A gana de livrar-se deles é grande, pois a Amil pagaria R$ 3 bilhões pelo negócio. Pesquisadores veem a venda também como um sinal da retirada da norte-americana United Health, detentora da Amil, do Brasil.

A transferência de usuários foi interrompida pela ANS, em 8 de fevereiro. Pedia-se explicações sobre a tramitação, e alertava-se que a Amil estava sendo pouco transparente numa suposta "junção" com a APS - primeiro passo da empreitada. Foi exigido um plano de ação detalhado sobre como ficaria o atendimento aos usuários se a operação de venda for autorizada - mas a operadora não estava facilitando e omitiu fatos da agência.

Foi divulgada, então, a decisão da ANS em que exige que a Amil traga de volta os usuários inicialmente transferidos. Segundo notícia da Agência Brasil, a empresa "informou que garantiria qualquer necessidade de aporte financeiro necessária para manter o equilíbrio econômico-financeiro da APS 'enquanto Amil e APS integrarem o mesmo grupo econômico'". Mas e depois disso? Para não colocar os usuários em risco de ficarem desassistidos, a transferência foi bloqueada. As empresas têm dez dias para manifestar-se.

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A REDAÇÃO

Pessoas de 60 anos ou mais já podem tomar 4ª dose contra covid-19 em Goiânia

Pessoas a partir de 60 anos já podem tomar a quarta dose da vacina contra a covid-19 em Goiânia. A aplicação começa nesta quarta-feira (6/4), nos 73 locais de vacinação da capital.

O Ministério da Saúde orienta que essa dose deve ser administrada após quatro meses de aplicação da primeira dose de reforço, e pode ser administrada com as vacinas Comirnaty/Pfizer, Janssen ou AstraZeneca.

Goiânia já aplicou 2.829.911 doses contra Covid-19, sendo que 84,4% da população acima de 5 anos já recebeu a primeira dose, e 77,8% da população acima de 05 anos a segunda ou dose única . “Já aplicamos também 510.103 doses de reforço e, até o momento, aplicamos 4.764 doses referentes à segunda dose de reforço”, afirma o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso.

Influenza

Outra novidade no calendário de vacinação na capital é que gestantes e puérperas estão liberadas para tomar a vacina contra a Influenza. “Lembramos que as vacinas estão disponíveis em 73 pontos de vacinação na capital, sendo 71 unidades de saúde, o Clube da Caixa, localizado no setor Bueno, e o drive-thru, no estacionamento do Estádio Serra Dourada, no Jardim Goiás”, pontua Durval.

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Uso de máscaras divide instituições privadas de ensino em Goiânia

As instituições privadas de ensino em Goiânia estão divididas quanto ao uso de máscara facial, mesmo com o decreto da Prefeitura de Goiânia que desobriga o uso da proteção em ambientes abertos e fechados. Algumas unidades resolveram desobrigar o uso do acessório após a publicação do decreto, como é o caso do Colégio Agostiniano. Outras, a exemplo da PUC Goiás, preferiram manter a obrigatoriedade por mais um tempo.

O decreto municipal, publicado na última sexta-feira (1º/04), torna o uso da máscara facultativo, mas recomenda que a proteção seja utilizada “em locais que possuam maior risco de transmissão, como espaços com aglomerações” e “por pessoas com sintomas gripais ou que tiveram contato com pessoas sintomáticas”, bem como “pessoas de grupo de risco, como imunossuprimidos, com comorbidades, idosos – principalmente acima de 70 (setenta) anos – e gestantes”.

É neste ponto de recomendações que cada instituição diverge. Devido à grande circulação de pessoas, a PUC Goiás, através de nota, “recomenda a toda a comunidade acadêmica (estudantes, professores, funcionários) e aos prestadores de serviços e visitantes, que continuem utilizando regularmente a máscara de proteção facial em todos os ambientes da Universidade”.

Já o Colégio Agostiniano, por exemplo, enviou circular às famílias aderindo ao uso facultativo da máscara. “Seguiremos respeitando a decisão das famílias que optarem pela continuidade do uso da máscara em todo e qualquer lugar da escola”, diz o texto.

Segundo o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (Sepe-Goiânia), Flávio Castro, apesar destas divergências, as instituições podem apenas encaminhar recomendações. Como o decreto municipal efetivamente tornou o uso da máscara facultativo, uma instituição pode recomendar que o uso continue, mas não pode obrigar que um estudante use a proteção e nem o barrar.

“O que as escolas estão fazendo, seguindo um diálogo que houve com o sindicato, é encaminhar comunicado fazendo esclarecimentos. Recomenda-se que se use a máscara conforme os casos apontados pela nota técnica da prefeitura, como no de apresentar sintomas de gripe. Mas não temos o poder de proibir a entrada de um estudante que está sem máscara”, explica Castro. “Seguimos à risca a nota técnica da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) e o decreto municipal”.

Castro ressalta que, embora a escola não tenha autonomia para obrigar o uso da máscara, caso seja verificada uma questão de risco sanitário, ela pode fazer a mediação. “Mas isso é um caso específico. No caso geral, para todos os segmentos, foi posto que não há obrigatoriedade do uso de máscara, mas que se recomenda em caso de aglomeração. Pra escola, não é diferente”, completa Castro.

Já o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro), em circular assinada pelo presidente da entidade, Railton Nascimento, recomenda que o uso das máscaras continue obrigatório nas escolas. “Para que não se corra o risco de se abrir largos para a transformação do ambiente escolar, em sentido lato e estrito, em local propício à transmissão e à disseminação do vírus da covid-19, com danos incalculáveis, faz-se imperioso que se mantenha, de forma intransigente, o uso do destacado instrumento de proteção: máscara facial até que a covid-19 deixe de ser considerada como pandemia ou mesmo endemia”, diz o texto.

Em nota técnica divulgada nesta segunda (04/04), a Secretaria Municipal de Ensino (SME) informou que as instituições de ensino devem incentivar o uso do item de proteção para estudantes e servidores diagnosticados com doenças respiratórias, como asma e bronquite, e que apresentem sintomas gripais.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Médica denuncia que foi agredida a chutes por filha de paciente em hospital de Monte Alegre de Goiás

Eny Godinho contou que está com a perna cheia de hematomas e feridas

A médica Eny Cristina da Cunha Godinho Aires, de 51 anos, disse que foi agredida com chutes pela filha de um paciente durante o plantão de domingo, 3, no Hospital Municipal de Monte Alegre de Goiás. A profissional contou que vai representar criminalmente contra a suspeita por lesão corporal.

“Fui pedir para ela [acompanhante] parar de gritar para que eu pudesse examinar o pai dela, e ela já partiu pra cima. Ela ainda me chutou quando estava algemada pela polícia”, relatou a médica.

A Polícia Civil informou nesta terça-feira, 5, que foi registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por lesão corporal dolosa. O Secretario Municipal de Saúde, Walmir Júnior, relatou que a suspeita também agrediu uma enfermeira durante o mesmo plantão.

A médica Eny Godinho explicou que a enfermeira de plantão estava na mesma sala de emergência retirando pontos de uma cirurgia. “Ela foi me defender, pedir para ela sair da sala, para que nós pudéssemos atender o pai da agressora, foi onde ela levou a mão no rosto da enfermeira. Todo o meu tempo de formada, sempre trabalhei em emergência e nunca me ocorreu tamanha crueldade”, detalhou Eny Godinho.

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CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA

Criança e adolescente: projeto obriga unidades de saúde a comunicarem casos de embriaguez, consumo de drogas e tentativa de suicídio

O vereador Leandro Sena (Republicanos) demonstra preocupação com o consumo excessivo de álcool, de forma precoce. Por meio do projeto de lei nº 119/22, apresentado nesta terça-feira (5), na Câmara, ele quer que hospitais, postos de saúde e clínicas que integram as redes pública e privada do município sejam obrigados a comunicar, imediatamente, ao Conselho Tutelar, aos pais ou responsáveis legais, o atendimento, em suas dependências, de crianças ou adolescentes recebidos em casos envolvendo embriaguez, consumo de drogas ou tentativa de suicídio.

“O consumo excessivo de álcool é causa de preocupações, angústia e sofrimento para muitas famílias. Quando um de seus membros bebe em excesso, isso pode atrapalhar o convívio e a harmonia familiar. É natural ter muitos sentimentos contraditórios nesses casos, sobretudo em se tratando de adolescentes”, afirma o parlamentar, ao justificar a proposta. De acordo com o texto da matéria apresentada, ao Conselho Tutelar caberá, após ser comunicado por unidades de saúde acerca das ocorrências mencionadas, tomar a providência cabível, em cada caso, nos termos previstos na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA).

Estudo

Na justificativa do projeto, Leandro Sena destaca estudo realizado com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa Regular, e que teve participação de 5.226 alunos do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e dos três anos do Ensino Médio, em 37 escolas. O levantamento concluiu que, de todas as drogas pesquisadas, o álcool se mostrou, de longe, a mais usada: 40% dos estudantes tinham bebido no mês anterior à pesquisa, enquanto 10% relataram uso de tabaco – a segunda droga mais prevalente. Conforme o estudo, o álcool também é a droga que começa a ser consumida mais cedo, com média de idade de 12,5 anos. A primeira vez ocorreu em casa, para a maioria dos entrevistados.

“O estudo revelou ainda padrões de consumo que merecem atenção entre os estudantes da rede particular, em especial com relação ao álcool: um terço dos alunos do Ensino Médio relatou prática de binge drinking** no mês anterior à pesquisa, o que é uma porcentagem extremamente elevada”, argumenta o vereador. “Esse comportamento traz alto risco, pois o adolescente embriagado fica em situação de vulnerabilidade em vários aspectos da vida, favorecendo brigas, acidentes de trânsito e sexo desprotegido”, acrescenta.

O projeto de lei segue para apreciação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, antes de ir à votação, em Plenário.

** Em inglês, a palavra binge está informalmente associada à definição de algo que é feito em excesso. Sendo assim, binge drinking pode ser definido como o ato de beber grande quantidade de álcool de uma só vez. Segundo especialistas, esse padrão se caracteriza pelo consumo de, pelo menos, quatro doses em uma única ocasião para mulheres; e de cinco doses, para homens, o que leva a uma concentração de etanol no sangue de 0,08% ou mais.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 05 Abril 2022 09:40

CLIPPING AHPACEG 05/04/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Amil terá de ficar com planos de saúde que pretendia repassar a outra empresa, diz ANS

Pacientes reclamam de demora em atendimento no Hugol, em Goiânia

Hugol cheio: pacientes aguardam em macas no corredor

Receita prorroga prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda 2022

Goiás registra 2.156 novos casos de covid-19 e 13 mortes em 24 horas

Mães de autistas relatam dificuldades de inclusão e custo alto do tratamento

Ministério da Saúde espera vacinar 100 mi de pessoas contra gripe e sarampo

AGÊNCIA ESTADO

Amil terá de ficar com planos de saúde que pretendia repassar a outra empresa, diz ANS

Carteira de 337 mil planos individuais era deficitária; clientes seriam assumidos por empresa recém-formada, liderada pelo fundo de investimentos Fiord; partes envolvidas têm dez dias para se manifestar junto ao órgão regulador A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu nesta segunda-feira, 4, que a operadora Amil terá de reassumir a carteira de 337 mil planos individuais que seria repassada a um grupo liderado pelo fundo Fiord. A autarquia também determinou que está suspenso qualquer movimento de venda das participações do capital social da Assistência Personalizada à Saúde (APS), operadora de planos de saúde da própria Amil que abrigou os milhares de consumidores. O objetivo era repassar o negócio ao grupo após eventual aval da ANS.

Segundo o comunicado da ANS, a transferência dos planos individuais para a APS foi aprovada no fim do ano passado porque a Amil garantiu que faria os aportes necessários para manter o equilíbrio econômico-financeiro da APS. No entanto, a autarquia afirmou que, após análise dos documentos, ?a Amil já tinha definido a venda das quotas da APS, o que faria com que a Amil e APS deixassem de fazer parte do mesmo grupo econômico ? esvaziando, assim, a garantia oferecida pela Amil em favor da APS.?

As empresas envolvidas terão prazo de dez dias para apresentar manifestações à ANS, data em que a autarquia tomará a sua decisão final a respeito da transferência de carteira.

Entenda o caso Após meses de negociação e com grande dificuldade de encontrar interessados no negócio, apesar de se dispor a fazer um aporte bilionário para isso, a Amil decidiu repassar a deficitária carteira a um grupo recém-formado por três sócios: a Fiord, que se autodenomina uma empresa de investimentos, com fatia de 45%; o grupo Seferin & Coelho, de gestão de hospitais, com 45%; e o executivo Henning von Koss, ex-Hapvida, Amil e Medial Saúde, com os 5% restantes.

Antes disso, a Amil já havia feito aporte de R$ 2,3 bilhões na APS para que o negócio parasse de pé. Porém, o dinheiro só seria acessado pelos compradores após o aval da ANS.

Em fevereiro, o grupo de investidores havia afirmado que o negócio tinha viabilidade financeira e condições de se sustentar no longo prazo. Na época, em nota, a empresa garantiu que a transferência não traria prejuízos aos beneficiários.

Procurada nesta segunda-feira, a Amil afirmou que irá se manifestar ?tão logo seja comunicada oficialmente pela ANS e tenha acesso à avaliação realizada pelo órgão?. A Fiord não respondeu até o momento.

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TV ANHANGUERA

Pacientes reclamam de demora em atendimento no Hugol, em Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/10450304/

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TV RECORD

Hugol cheio: pacientes aguardam em macas no corredor

https://www.youtube.com/watch?v=71R9T3RcedA

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A REDAÇÃO

Receita prorroga prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda 2022

Especialista explica mudanças do ano vigente 

Brasília - A Receita Federal prorrogou o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda 2022 para 31 de maio. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (5/4). Antes, a data final para transmissão do documento era 29 de abril.

Além disso, o limite de entrega para quem pretende quitar imposto a pagar por meio de débito automático a partir da primeira parcela também foi adiado, para 10 de maio - anteriormente, o estabelecido era 10 de abril. 

A opção de pagamento agendado ficará disponível a partir da segunda parcela para quem apresentar a prestação de contas ao Fisco a partir de 11 de maio - e até 31 de maio. 

Este é o terceiro ano consecutivo que a Receita adia a data limite para entrega da declaração de IR. Em 2022 há uma série de mudanças nas regras. O jornal A Redação entrevistou o especialista Marley Pedroso para explicar as novidades. Clique aqui e confira. 

Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda?
 - O primeiro item a ser observado é: indivíduos que tenham obtido rendimentos tributáveis cuja soma foi superior a R$ 28.559,70. Neste caso, podem ser utilizados como exemplo salário, pró-labore, rendimento de MEI - desde que não seja lucro -, pensão, entre outros.
- Pessoas que receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, com soma foi superior a R$ 40 mil. Como exemplo, podem entrar aqui lucros e dividendos, lucro imobiliário, FGTS, poupança, doações e heranças.
- Se obteve, em qualquer mês do ano-calendário, ganho de capital na venda de bens ou direitos. Neste caso, haverá incidência de imposto. Se obteve ganho de capital em venda de imóvel residencial, mas comprou outro de mesmo valor ou superior, em um prazo de 180 dias após a venda, haverá isenção do pagamento do Imposto, mas não da declaração.
- Pessoas que tiveram, em 31 de dezembro do ano-base, patrimônio com valor acima de R$ 300 mil.
- Se passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês do ano-calendário e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro; Aqui, podem entrar um estrangeiro que veio morar no País ou um brasileiro que havia feito saída definitiva, mas que voltou em 2021.
- Relativos à atividade rural: Se obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 ou caso pretenda compensar, no ano-calendário de 2021 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2021.

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Goiás registra 2.156 novos casos de covid-19 e 13 mortes em 24 horas

Goiás registrou 2.156 novos casos da covid-19 e 13 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta segunda-feira (4/4). Com as atualizações, o Estado chega a 1.286.311 casos e 26.294 óbitos relacionados à covid-19 desde o início da pandemia.

Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás soma 771.094 casos suspeitos em investigação para saber se há ligação com o novo coronavírus. Outros 318.324 casos já foram descartados.

Além dos 26.294 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,05%, há 326 óbitos suspeitos que estão em investigação.

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O HOJE

Mães de autistas relatam dificuldades de inclusão e custo alto do tratamento

Falta de políticas públicas e custo elevado para o tratamento prejudicam a inclusão de pessoa autistas

No mês de conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA), pais e mães de autistas relatam dificuldades no que diz respeito à inclusão e diagnóstico precoce das crianças. Embora o transtorno seja um problema de saúde pública, ainda não existem políticas públicas que olhem com atenção para esta parcela da sociedade, além de profissionais suficientes para atender toda a demanda. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil, há cerca de 2 milhões de pessoas com TEA.

O Ministério da Saúde (MS) define o transtorno como um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

A professora Sandra Paro, mãe de Valentina Paro, que é autista, relata que a principal dificuldade quando fala de inclusão é encontrada na sociedade, de um modo geral, por falta de informações e treinamento para atender. "As escolas que se atualizam em formação e estão abertas para receber são poucas. Os estabelecimentos, como supermercados e aeroportos, também deveriam treinar seu pessoal para entender as necessidades desse público e prevenir constrangimentos para eles mesmos", afirma.

Valentina foi diagnosticada com o TEA aos dois anos, já que a fala dela não era adequada para a idade. Após a avaliação da fonoaudióloga, ela foi encaminhada ao neuropediatra, que deu o diagnóstico clínico já na consulta. A partir daí, a criança começou a ter atendimento no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER) durante dois anos.

Atualmente, tem acompanhamento em clínicas especializadas de Goiânia. "O tratamento é oneroso, mas vale pelos resultados. Seria um sonho se esse tipo de tratamento fosse popularizado e acessível para todos. Sobre o diagnóstico dizemos o mesmo: muitas famílias deveriam ter esse tipo de atendimento no SUS, mas esse seria o mundo perfeito, não é?", questiona Sandra.

Condição

O pequeno João Lucas Lacerda, 9 anos, também teve o diagnóstico mais cedo, aos dois anos. A mãe dele, a jornalista Carla Lacerda, lembra que, à época, a pediatra estava atenta aos sinais do desenvolvimento da criança. "Ele ainda não falava e quando eu chamava o nome não se atentava, era como se fosse uma audição seletiva. Se eu chamasse não respondia, não batia palma", pontua. A pediatra, então, fez o encaminhamento para um neurologista infantil e foi dado o diagnóstico que ele estava dentro do transtorno.

Carla explica que o diagnóstico precisa ser feito por um médico e não existem exames de imagens ou laboratório que consigam comprovar o TEA. "É uma condição neurológica que afeta a comunicação social e comportamento. O autismo é um problema de saúde pública muito sério. O Sistema Único de Saúde (SUS) não dá conta da demanda e não consegue oferecer as terapias na quantidade que são preconizadas para que a criança tenha qualidade de vida e mude o quadro", alerta.

Falta de investimento

Mesmo que todas as famílias consigam arcar com os custos privados, que são elevados, não existiriam profissionais no país suficientes para atender a demanda, informa a mãe do João Lucas. "É um problema que requer investimento e planejamento. Os autistas aprendem muito com horas intensivas de terapia, o método mais utilizado é a Análise do Comportamento Aplicada (ABA). O recomendado seriam 40 horas por semana e normalmente uma sessão custa cerca de R$ 200", aponta Carla Lacerda.

João Lucas só conseguiu as terapias após a mãe entrar na Justiça exigindo que o plano de saúde arcasse com o atendimento. "De forma geral, o diagnóstico e atendimento são insuficientes quando se compara com outros países. O atendimento em Goiânia é ótimo, mas não é ideal para o desenvolvimento", alerta.

Ela também aponta que os principais problemas estão relacionados à falta de informação, o que gera preconceito. "A inclusão ainda é algo de discurso teórico do que prático, principalmente no ambiente escolar. "Muitos professores não sabem lidar com os comportamentos das crianças autistas, não têm cursos, não passaram por capacitações".

Além do ambiente escolar, as pessoas autistas encontram dificuldades para serem inseridas em espaços de lazer, locais turísticos e aeroportos. "Não estão completamente preparados. Conheço mães que tiveram problemas em hotéis por falta de preparo dos profissionais", enumera. Hoje, o pequeno João tem terapia de segunda a sexta. São 11 horas de sessão de ABA, além de três sessões de fonoaudiologia e duas de terapia ocupacional.

Origem genética

A presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil seção Goiás (OAB-GO), a professora Tatiana Takeda, ressalta que o transtorno sempre existiu e é importante que a sociedade saiba que a pessoa já nasce com ele.

"Cerca de 97% das causas são de origem genética. O exame para detectar é clínico. Não existe um autista igual ao outro. Antes, tínhamos dificuldade de fazer o diagnóstico, o que hoje não acontece. Já é possível fazer com bebê de seis meses", explica. Por isso, quanto mais cedo os pais descobrirem, é melhor para começar a intervenção precoce.

A professora também alerta para a dificuldade que o próprio poder público tem para entender o papel de um profissional especializado nas escolas. "Ele tem que apoiar na alimentação, higiene, locomoção, mas não apenas. Estamos falando de questões pedagógicas, então esse profissional tem que ter qualificações mínimas", ressalta.

Centro de referência

O coordenador do Movimento Orgulho Autista Brasil (MOAB), em Valparaíso de Goiás, Marcelo Sorriso, afirma que falta conscientização, políticas públicas e atenção do poder público para a causa. "O que eu vejo é que falta exemplo dos órgãos públicos porque até entrar na minha casa eu não conhecia. Não culpo as pessoas por não terem o discernimento", pontua.

Marcelo Sorriso, que também tem um filho autista, aponta que os governantes precisam estar preparados, tanto no âmbito escolar como na rede de saúde. Marcelo sugere a criação de um Centro de Referência para receber os autistas e responsáveis. "É muito comum os pais abandonarem os lares porque não conseguem conviver com os filhos. Seria necessário primeiro acolher e orientar os pais através de terapia para verem a importância deles diante da sociedade", finaliza.

Planos de saúde que não atendem autistas serão penalizados

O superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael Cornélio, recebeu no último mês, as advogadas Letícia Amaral e Maíra Tomo, que representam um grupo de mães e pais de crianças com TEA, o "Mães em Movimento pelo Autismo". Elas relatam dificuldades para receber o tratamento terapêutico adequado para os seus filhos, por parte dos planos de saúde Unimed e Hapvida.

Conforme relatos das mães, há mais de 600 crianças em todo o Estado na lista de espera pela autorização do início do tratamento e essa mesma espera já se arrasta por mais de cinco meses, em alguns casos.

"Um dos principais problemas é a falta de acesso ao atendimento prescrito pelo médico assistente de uma criança autista. Então, os pais ao receberem o diagnóstico, são direcionados pelos planos de saúde às clínicas da rede credenciada, acreditando que vão receber o tratamento adequado de forma intensiva nas horas prescritas de terapias que constam no laudo médico e chegando ali têm uma negativa", comenta Letícia.

Segundo a advogada Maíra Tomo, o Procon Goiás é um órgão que pode constatar a violação dos direitos das crianças autistas, visto que elas estão sendo negligenciadas. "A criança tem direito à intervenção precoce e intensiva. Não pode ficar em uma fila de espera aguardando o dia em que o plano vai prestar esse serviço. Precisamos de uma fiscalização da entrega imediata, do efetivo serviço que está sendo prestado, que deve ser uma terapia especializada aplicada a essas crianças com evidências científicas", diz.

Diante disso, o superintendente assumiu o compromisso com as mães de tomar uma medida efetiva no que diz respeito à fiscalização do cumprimento da Resolução Normativa nº 469 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que impede o limite de cobertura dos planos de saúde (limitação do número de sessões) para o tratamento com uma equipe multidisciplinar, e penalizar os planos de saúde que vêm desrespeitando a legislação. O não atendimento às crianças configura má prestação de serviço.

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CORREIO BRAZILIENSE

Ministério da Saúde espera vacinar 100 mi de pessoas contra gripe e sarampo

O governo federal lançou, na segunda-feira (4/4), a campanha de vacinação simultânea contra a gripe e o sarampo. O Ministério da Saúde pretende atingir um público de quase 100 milhões de pessoas, a partir do próximo dia 30.

Pelos cálculos do ministério, a vacinação contra a gripe deve alcançar aproximadamente 78 milhões de pessoas, enquanto a distribuição de doses contra o sarampo tem como alvo cerca de 19 milhões de cidadãos. Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o país tem os três princípios fundamentais para o sucesso de qualquer campanha de imunização em massa.

"Temos vacinas e capacidade sem precedentes de aplicar essas vacinas. Outro ponto é a conscientização da nossa população, que busca as salas de imunização porque nós já pagamos um preço muito alto no passado. Pessoas morreram por doenças que eram absolutamente evitáveis se fossem feitas campanhas de vacinação eficientes", disse.

Esta é a 24ª campanha de imunização contra a gripe e a 8ª contra o sarampo. Mas, pelo tom dado por Queiroga no lançamento da campanha simultânea, a imunização contra as duas doenças servirá também para alavancar a campanha de Jair Bolsonaro à reeleição.

"O governo do presidente é um dos que mais investiram na saúde pública. A campanha de vacinação é um dever do Estado e direito de cada um dos brasileiros, que podem acessar essa política pública livremente", afirmou.

Queiroga indicou, ainda, que acredita que a cobertura vacinal das doenças pode ser maior este ano do que no ano passado, diante da melhora do cenário da pandemia de covid-19. Em 2021, o país vivia números crescentes de infecção pela covid e, por causa disso, se vivia o receio de abandonar o necessário isolamento social, além do temor de incompatibilidade entre as vacinas.

"Há uma queda da cobertura vacinal no mundo todo. Isso não é um fenômeno só do Brasil. É até uma questão paradoxal; quando se consegue controlar com mais eficiência uma doença, a população se esquece dela e deixa de buscar as vacinas que estão aí disponíveis", explicou Queiroga, justificando a queda das coberturas vacinais no mundo inteiro.

Pandemia

O ministro reforçou que o esforço para a vacinação de brasileiros não deve vir só do ministério, mas, também, de estados e dos municípios. "O Brasil mostrou a sua capacidade de vacinação. Basta ter que nós conseguimos distribuir e aplicar", enfatizou.

Sobre as pressões para que suspenda o status de pandemia e declare que o país vive, atualmente, uma endemia -- tal como pretende Bolsonaro --, Queiroga observou que "o fim da emergência sanitária de importância nacional não quer dizer que a covid acabou".

E acrescentou: "Queremos que (a pandemia) acabe, vamos trabalhar para isso. Mas é uma doença, causada por um vírus. Não vai acabar de uma hora para outra, mas a emergência sanitária, sim. O presidente Bolsonaro me pediu prudência nessas ações", salientou.

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Assessoria de Comunicação