AHPACEG (2400)
Sub-categorias
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Mais Médicos será retomado com incentivo a profissionais do Brasil, diz ministra
Imunização contra covid entrará no calendário regular de vacinação, diz ministra
Governo prepara plano emergencial para realizar exames e cirurgias
Golpistas aplicam golpes em pacientes de hospital em Jataí
Bradesco Saúde alcança a nota máxima no IDSS 2022, da ANS
Saúde precisa regularizar logo estoque de vacinas contra Covid para crianças
Doentes com Covid na China agora também têm de lidar com gastos hospitalares abusivos
Covid-19: Brasil registra 28 mil casos e 211 mortes em 24 horas
Exame pode acusar Alzheimer 10 anos antes
AGÊNCIA ESTADO
Mais Médicos será retomado com incentivo a profissionais do Brasil, diz ministra
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou, nesta terça-feira (10/1), que é "prioridade" dos primeiros cem dias do novo governo retomar o programa Mais Médicos. A gestão, no entanto, pretende oferecer incentivos para participação maior de profissionais brasileiros. "Vamos seguir legislação já definida em relação a prioridade para médicos brasileiros", disse.
A ministra afirmou ainda que o programa continuará contratando médicos de outros países, caso seja preciso preencher vagas faltantes. Lançado no governo Dilma Rousseff (PT), o programa causou polêmica em parte da comunidade médica brasileira pela alta contratação de profissionais cubanos.
A iniciativa, no entanto, foi desmontada pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que acusava o PT de dar dinheiro a Cuba, classificada por ele de ditadura comunista. Na gestão anterior, o programa deu lugar ao Médicos pelo Brasil.
.............................
Imunização contra covid entrará no calendário regular de vacinação, diz ministra
Medida integra campanha de reforço vacinal
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta terça-feira (10/1), que a imunização contra covid-19 vai entrar no calendário regular de vacinações do Brasil, algo que não ocorre atualmente. A medida faz parte de um plano do governo federal que pretende iniciar, em fevereiro, uma campanha nacional de reforço da imunização contra diversas doenças, principalmente de crianças.
"Já adquirimos vacinas do Instituto Butantan, estamos trabalhando com a Pfizer, garantindo que haja vacina. Além da vacina, tem que ter toda estratégia da vacinação, como a comunicação. Estamos falando não só de vacinação contra covid. Temos tarefa de recuperar altas coberturas vacinais no Brasil", disse a ministra em entrevista coletiva.
Ainda segundo Nísia, o governo fará um plano emergencial para reduzir filas de cirurgias e consultas em todo o País, além de trabalhar na recuperação do programa Farmácia Popular.
..................................
EBC
Governo prepara plano emergencial para realizar exames e cirurgias
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (10), em Brasília, para discutir as ações prioritárias da pasta nos primeiros 100 dias de governo. Após o encontro, ela conversou com jornalistas, no Palácio do Planalto, e informou sobre algumas das medidas em andamento, como a definição de um plano para realização de cirurgias e exames.
"Estamos trabalhando na elaboração de um plano emergencial para a realização de diagnósticos, para cirurgias, como um dos pontos centrais de atuação. O Ministério da Saúde trabalha em uma lógica interfederativa, então vamos discutir com o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde [Conass] e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde [Conasems] agora, no dia 26 de janeiro, para a definição conjunta desse plano", explicou. Nísia disse que uma das prioridades é justamente recuperar a "boa relação interfederativa" com estados e municípios na formulação das políticas de saúde.
Farmácia Popular
A ministra também falou sobre a retomada do Farmácia Popular. No ano passado, o governo Bolsonaro anunciou corte de 59% da verba do programa para o Orçamento de 2023. A retomada do programa virou uma das principais promessas de campanha de Lula, durante a campanha eleitoral.
Ela disse ainda que o rol de medicamentos ofertados pelo Farmácia Popular deverá ser ampliado, mas não deu detalhes sobre essa ampliação.
Nísia Trindade voltou a dizer que, nas próximas semanas, deverá revogar medidas da pasta tomadas "sem base científica, que não tenham amparo legal ou que contrariam princípios do Sistema Único de Saúde", mas sem entrar em detalhes sobre quais atos normativos serão revistos. Além disso, por ordem da nova gestão, a pasta está revisando todos os contrato em vigor.
Vacinas
A ministra da Saúde também afirmou que está normalizando o abastecimento de vacinas pediátricas contra a covid-19, que estão em falta no país. Segundo Nísia Trindade, foi negociado um adiantamento das entregas com o Instituto Butantan com a chegada, nos próximos dias, de 715 mil doses e, mais adiante, outras 2 milhões de doses. Também estão em curso tratativas para a entrega adiantada de doses de vacina da fabricante Pfizer.
"Teremos o abastecimento dessas vacinas e aí nos restará trabalhar para que a sociedade vacine suas crianças", afirmou.
Mais Médicos
Perguntada sobre a retomada do programa Mais Médicos, que visa levar profissionais para as localidades mais remotas e periféricas do país, Nísia Trindade disse que a fragilização do programa, nos últimos anos, deixou um vazio de assistência de saúde, e que agora pretende criar melhores incentivos para os médicos participarem da política.
"O que nós estamos trabalhando é uma visão de incentivo para que os médicos brasileiros possam ter uma participação maior nesse programa", disse. Ela falou que não pretende fazer alterações legais nas atuais regras do Mais Médicos, que foram estabelecidas no governo anterior, que chegou a rebatizar a iniciativa de Médicos pelo Brasil.
Na entrevista, Nísia Trindade também criticou a "desestruturação de muitos programas" da pasta, como o Rede Cegonha, voltado para a saúde da mulher grávida. "O Brasil aumentou seus índices de mortalidade materna, e eu considero isso inaceitável", comentou. Ela se comprometeu a recuperar essa e outras iniciativas, especialmente na área de saúde sexual e reprodutiva, que foram afetadas por visões ideológicas no governo anterior, segundo a ministra.
....................................
PORTAL G1
Mulher denuncia que teve parte da perna e dedos amputados após fazer lipoaspiração e ter infecção generalizada
Servidora púbica disse que foi internada três dias depois da lipo, já em parada cardíaca e entrou em coma. Médico responsável pela cirurgia nega que tenha existido falhas durante o procedimento.
Por Rafael Oliveira, g1 Goiás
A servidora pública Indialma Antunes de Oliveira, de 43 anos, denunciou à Polícia Civil que teve parte da perna e dedos da mão e do pé amputados causada de uma lipoaspiração feita nas costas e no abdome, que teria desencadeado uma infecção generalizada.
"Fiquei com marcas e cicatrizes pelo meu corpo inteiro, além de furos no bumbum. Hoje, não posso mais fazer coisas que eu gostava, como trilhas, atividades físicas, viajar de moto, até dirigir um carro, que agora só se for adaptado", desabafou Indialma.
Nesta terça-feira (10), Indialma prestou depoimento contra o médico à Polícia Civil para dar andamento na investigação por lesão corporal.
A advogada que defende o cirurgião plástico responsável pelo procedimento disse que não houve erro durante a cirurgia nem intercorrências. A amputação dos membros, segundo a defesa, se deu por causa de uma trombose que Indialma teve na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular onde ficou internada após a lipoaspiração (leia a nota na íntegra ao final).
O g1 tentou contatar o hospital por telefone na noite desta terça-feira (10) para um posicionamento, mas não obteve retorno.
O advogado Fabrício Póvoa, que defende Indialma no processo judicial e na investigação policial, explicou que a servidora também está com um processo em andamento na Justiça do Tocantis, onde pede reparação de danos morais.
O procedimento foi realizado em julho de 2021, em Goiânia, e mais de um ano depois, a servidora diz que não voltou a trabalhar por causa da recuperação e teve que reaprender a viver com as novas limitações.
Cirurgia
A servidora pública é natural do Tocantins, mas decidiu fazer a lipoescultura em Goiânia. Ela entrou no centro cirúrgico em 10 de julho de 2021. No dia seguinte, ela começou a passar mal e precisou de atendimento médico.
Após ser atendida e medicada, Indialma voltou para casa de familiares, onde se recuperava do pós-operatório. No entanto, dois dias depois o quadro se agravou e ela contou que precisou voltar ao hospital.
Desta vez, ela disse que chegou ao hospital com o corpo infecionado e teve uma parada cardíaca. Foi transferida direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde entrou em coma. No hospital, ela ficou cerca de 40 dias internada.
"Quando acordei do coma, só movimentava a cabeça e estava com três amputações e sem saber quando voltaria a ter movimentos e se voltaria, pois os médicos me diziam que não poderiam me dar essa certeza", relatou Indialma.
Logo após deixar o hospital e voltar para casa, a servidora precisou se recuperar das cicatrizações das amputações para começar o processo de protetização da perna e poder reaprender a andar. Hoje, Indialma usa uma prótese na perna que foi amputada.
"Devido a isso tudo, entrei em um processo de revolta e depressão muito grande. Não tinha condições alguma de pensar em processo judicial ou policial naquele momento", detalhou.
Nota de defesa do médico
Em relação a informação sobre a cirurgia de lipoaspiração, informamos que a cirurgia foi bem sucedida, não ocorrendo nenhuma intercorrência durante o ato cirúrgico pela cirurgia plástica. Os exames pré operatório da paciente foram solicitados e estavam normais!
A paciente recebeu alta hospitalar e no dia seguinte, queixou de dor no peito, em casa, sendo encaminhada pelo cirurgião, e então atendida em hospital de referência de Goiânia onde não foi detectado nenhum alteração grave recebendo alta para casa no mesmo atendimento.
Mesmo com a orientação do Hospital de referência em Goiânia, com o acompanhamento clínico da equipe e do Cirurgiao Plástico, orientou-se a reinternação para melhor investigação clínica do quadro.
Paciente foi atendida por médico intensivista que iniciou os cuidados no hospital para prosseguir com toda investigação clínica, acompanhada do Cirurgião plástico.
Durante a evolução da paciente na UTI, paciente evoluiu com trombose arterial, relacionada a procedimento relacionado a passagem de cateter no membro inferior, que evoluiu com complicações que levaram a amputação do membro inferior, fato este não relacionado a cirurgia e sim ao procedimento específico realizado na passagem do cateter pela equipe da UTI.
O quadro de trombose arterial e de infecção relatados foram desenvolvidos durante a internação na unidade de cuidados intensivos e não tem relação com a cirurgia de lipoaspiração.
As intercorrências médicas ocorridas com a paciente são inerentes ao exercícios da profissão, não é sinônimo de “ erro médico” e sim de consequência inevitável da evolução clinica, mesmo com a adoção de todos os protocolos adotados e acompanhamento integral do cirurgião.
.............................................
TV ANHANGUERA
Golpistas aplicam golpes em pacientes de hospital em Jataí
https://globoplay.globo.com/v/11266465/
........................
MEDICINA S/A
Bradesco Saúde alcança a nota máxima no IDSS 2022, da ANS
A Bradesco Saúde alcançou, mais uma vez, a pontuação máxima (1,0) no Índice de Desempenho de Saúde Suplementar (IDSS) 2022 (ano-base 2021), levantamento sobre a performance das operadoras e a satisfação dos usuários. Há cinco anos consecutivos entre as seguradoras classificadas na melhor faixa avaliativa do índice, a empresa obteve pontuação máxima em três edições no período (2019, 2021 e 2022). O índice conta com uma pesquisa de satisfação dos beneficiários que confere pontuação bônus. Na avaliação dos beneficiários sobre o plano Bradesco Saúde na edição mais recente do IDSS, 85% classificaram como muito bom e bom e mais de 90% dos beneficiários recomendariam a seguradora.
Instrumento de análise do setor monitorado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o IDSS tem como objetivo garantir a qualidade dos serviços prestados pelos planos de saúde e prestadores de serviço da área.
Este reconhecimento chancelado pela ANS é um importante referencial para a atuação da Bradesco Saúde e fortalece o nosso compromisso com a excelência no atendimento e qualidade dos produtos que levamos ao mercado. Temos uma grande responsabilidade em manter um processo contínuo de melhoria dos serviços prestados em todo o país, afirma Flávio Bitter, diretor-gerente da Bradesco Saúde.
A nota média do setor, que considera a média do desempenho das operadoras ponderada pelo número de beneficiários, foi de 0,8128, a melhor marca desde 2013, tanto no segmento médico-hospitalar quanto no odontológico. Houve, ainda, aumento do número de operadoras classificadas na melhor faixa avaliativa (notas acima de 0,8) e a manutenção da trajetória de crescimento do número de beneficiários em operadoras com notas entre 0,6 e 1,0.
Das 902 operadoras ativas e avaliadas em 2021, 844 atenderam aos requisitos para divulgação dos resultados. A metodologia do programa leva em consideração as seguintes dimensões: qualidade em atenção à saúde, garantia de acesso, sustentabilidade no mercado, além de gestão de processos e regulação.
..................................
O GLOBO
Saúde precisa regularizar logo estoque de vacinas contra Covid para crianças
Compreende-se que a nova equipe do Ministério da Saúde acabou de assumir, mas é fundamental que regularize logo os estoques de vacina contra a Covid-19 para crianças de até 12 anos. Desde o início do mês, pais que levam seus filhos aos postos de saúde de grandes cidades como Rio, São Paulo e Belo Horizonte têm relatado falta do imunizante para as crianças menores, que demandam doses específicas. Para maiores de 12 anos, a não ser por problemas pontuais de logística, os estoques estão em dia.
A situação se torna mais incompreensível porque na semana passada o Ministério da Saúde autorizou a aplicação de uma dose de reforço contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro do ano passado, ela aumenta em até seis vezes o nível de anticorpos. Até então, o reforço era recomendado para maiores de 12 anos. A decisão é bem-vinda para aumentar a proteção do público infantil, mas de nada adianta se não houver doses suficientes nos postos.
Covid-19:
A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, admitiu a falta do imunizante pediátrico e disse que o governo está negociando com a Pfizer a antecipação da entrega de 3,2 milhões de doses para crianças de 6 meses a 4 anos e de 4,5 milhões para as de 5 a 11. No último sábado, o Ministério da Saúde afirmou ter comprado do Instituto Butantan 750 mil doses da CoronaVac para crianças de 3 a 11 anos. Um novo aditivo no contrato deverá garantir um total de 2,6 milhões de doses. São decisões acertadas, mas o vírus não espera.
Novo coronavírus:
Embora não integrem o grupo mais vulnerável para o novo coronavírus, as crianças acima de 6 meses precisam ser vacinadas, porque também estão expostas às formas graves da doença. Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que, nos dois primeiros anos da pandemia, a Covid-19 matou 1.539 crianças de até 5 anos no Brasil, sendo 599 em 2020 e 840 em 2021. Isso significa duas por dia, uma tragédia. Em 2022, com o avanço da vacinação e o declínio da pandemia, essa média caiu para uma por dia (314 vidas perdidas entre 1º de janeiro e 11 de outubro). Continua sendo um número alarmante, considerando que a vacina protege contra hospitalizações e mortes.
A regularização dos estoques e a solução dos problemas de logística são apenas algumas das muitas ações que o Ministério da Saúde precisa fazer para aumentar os níveis de cobertura. Ainda que haja doses suficientes, o governo terá de realizar campanhas para convencer pais e responsáveis a levarem seus filhos aos postos, o que não é tarefa fácil. Por questões ideológicas, o governo anterior não incentivou a imunização infantil. Sabe-se que ela é mais sensível às campanhas de desinformação que contaminam as redes sociais. Mesmo pais vacinados por vezes relutam em fazer o mesmo com seus filhos. Mas é preciso persistência. Com vacinas eficazes e seguras, já aprovadas pela Anvisa, é inaceitável que crianças morram em consequência da Covid-19.
..........................
FOLHA DE S.PAULO
Doentes com Covid na China agora também têm de lidar com gastos hospitalares abusivos
Xangai e Pequim | Financial Times
Pacientes chineses com Covid-19 enfrentam contas médicas crescentes desde que os convênios médicos pagos pelo Estado reduziram ou eliminaram a cobertura da doença de seus planos, em resposta a uma onda sem precedentes de casos que se alastra pelo país.
Segundo informações de governos locais, desde o mês passado - quando Pequim reverteu abruptamente sua política de zero Covid- , pelo menos 14 cidades e províncias chinesas deixaram de oferecer tratamento gratuito para o coronavírus. Durante três anos os pacientes chineses tiveram tratamento subsidiado contra o vírus.
Hospitais em Xangai e Guangzhou estão cobrando de pacientes com casos graves de Covid até 20 mil yuans (R$ 15 mil) por dia de tratamento intensivo. O valor equivale a cinco meses de renda de um morador urbano médio.
Médica atende paciente na emergência de um hospital em Xangai em meio à alta de casos no país - 5.jan.2023/Reuters
O medo de acumular uma dívida de saúde soma-se ao risco de infecção, já que indústria de seguros procura evitar arcar com os custos de reembolsos. Antes, esse mercado vendeu dezenas de milhões de planos médicos de baixo custo, mas agora as seguradoras relutam em aprovar pedidos de reembolso de despesas ligadas à doença.
A política de saúde chinesa dificulta aos pacientes apresentar provas de infecção pelo vírus. As autoridades de saúde restringiram a definição de mortes e casos de Covid e, na semana passada, foram criticadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) por subnotificar a gravidade da pandemia.
Um funcionário da seguradora Taikang, em Pequim, que recebeu dezenas de queixas depois de negar cobertura, disse que sua empresa é "muito rigorosa" quando se trata de aprovar pedidos. "É preciso apresentar comprovante da doença emitido por hospitais, que raramente emitem o documento", disse.
Lá fora Receba no seu email uma seleção semanal com o que de mais importante aconteceu no mundo; aberta para não assinantes. Carregando...
O cenário cria dificuldades consideráveis para pacientes de baixa renda e expõe desigualdades no sistema de saúde chinês, que não conta com verbas suficientes, segundo analistas. Hospitais e clínicas recebem uma enxurrada de pacientes idosos.
"A China nunca deixou seu sistema de saúde acessível a todos", diz Yanzhong Huang, membro do think tank Council on Foreign Relations. "O surto mais recente de Covid está agravando o problema."
Até mudar de postura repentinamente, no mês passado, Pequim havia alardeado o tratamento gratuito da Covid como símbolo de seu sucesso no combate à pandemia.
Na semana passada a província do leste do país Anhui, que tem 64 milhões de habitantes, começou a exigir que as pessoas paguem 30% de suas despesas médicas ligadas à pandemia. A cidade de Sanhe, próxima a Pequim, foi mais longe e anunciou no mês passado que pacientes com Covid teriam que arcar com até metade de seus custos hospitalares.
Isso vem gerando uma carga financeira elevada para muitos pacientes. O agricultor de 53 anos Gao Shengli, da província central de Henan, sofreu um AVC na semana passada após receber o diagnóstico de Covid. Dois dias depois de ser internado num hospital local, recebeu uma conta de 150 mil yuans (R$ 115 mil), mais que o dobro de sua renda familiar anual.
Contas adicionais que variam entre 5.000 e 10 mil yuans continuam a chegar diariamente, levando sua família ao desespero.
"Meu pai não tem convênio médico", conta o filho de Gao, que se negou a dar seu nome. "O hospital está nos perseguindo diariamente para cobrar a dívida e nós não temos como pagar."
A situação da classe média urbana chinesa não é muito melhor: os pacientes têm dificuldade em pedir reembolso aos seus seguros médicos. Muitos hospitais se recusam a dar provas de infecção a pacientes que receberam diagnósticos a não ser que eles também informem estar com uma infecção pulmonar e passem por uma revisão das autoridades de saúde locais.
Um médico no Hospital Nº 10 de Xangai afirmou, sob condição de anonimato, que a comissão de saúde da cidade instruiu a instituição a restringir os diagnósticos de Covid. Segundo o profissional, a equipe foi orientada a classificar a maioria dos casos como infecção respiratória.
Um assessor da Comissão Nacional de Saúde, em Pequim, disse que o surto aconteceu tão rapidamente que as autoridades não tiveram tempo de traçar um plano de ação. O regime não tem meios de oferecer tratamento gratuito a todos, segundo a pasta.
A Administração Nacional de Segurança da Saúde disse no sábado que vai cobrir plenamente as hospitalizações de pacientes com Covid, mas continuou a excluir as complicações. E os hospitais estão sob pressão para reduzir os custos médicos desde que o fundo nacional de seguro se viu sobrecarregado pelos custos crescentes do programa Covid zero.
Na cidade oriental de Hangzhou, o gerente de marketing Frank Wang, que adquiriu um plano de seguro contra Covid no início do ano passado, desenvolveu infecções dos pulmões e rins depois de ser infectado com o vírus e não conseguiu receber um comprovante de ter tido Covid.
"O hospital deixou claro que não é fácil obter um comprovante, já que o diagnóstico foi politizado", diz Wang, que pagou mais de 20 mil yuans (R$ 15 mil) pelo tratamento. "Pacientes como eu viraram vítimas."
........................
ISTOÉ
Covid-19: Brasil registra 28 mil casos e 211 mortes em 24 horas
O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 694.192 mortes por covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (3) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 36.390.423.
Em 24 horas, foram registrados 28.057 novos casos. No mesmo período, foram confirmadas 211 mortes de vítimas do vírus.
Ainda segundo o boletim, 35.145.500 pessoas se recuperaram da doença e 694.192 casos estão em acompanhamento. O boletim de hoje não traz os dados atualizados de Tocantins.
Estados
De acordo com os dados disponíveis, São Paulo lidera o número de casos de covid-19, com 6,32 milhões, seguido por Minas Gerais (4 milhões) e Rio Grande do Sul (2,9 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (158,9 mil). Em seguida, aparece Roraima (181,3 mil) e Amapá (182,6 mil).
Em relação às mortes, de acordo com os dados mais recentes disponíveis, São Paulo apresenta o maior número (177.487), seguido de Rio de Janeiro (76.526) e Minas Gerais (64.487). O menor número de mortes está no Acre (2.040), Amapá (2.166) e Roraima (2.180).
Vacinação
Até hoje, foram aplicadas 498,2 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 181,4 milhões como primeira dose e 163,9 milhões como segunda dose. A dose única foi aplicada em 5 milhões de pessoas. Outras 102,5 milhões já receberam a primeira dose de reforço e 40,2 milhões já foram vacinadas com a segunda dose de reforço.
..........................
CORREIO BRAZILIENSE
Exame pode acusar Alzheimer 10 anos antes
Equipe sueca identifica que mudanças na proteína GFAP indicam maior vulnerabilidade para a doença neurodegenerativa uma década depois. A descoberta poderá ajudar no desenvolvimento de abordagens de diagnóstico precoce
Gabriela Chabalgoity
A ocorrência de sintomas característicos do Alzheimer, como falta de memória e agressividade, geralmente indica que o paciente não está mais em uma fase inicial da doença. Criar abordagens que ajudem a descobrir precocemente esse processo neurodegenerativo é, na avaliação de cientistas e de outros profissionais da área, essencial para desenvolver mecanismos capazes de freá-lo. Pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, apostam que um exame de sangue poderá fornecer essa informação estratégica.
Em um artigo publicado na revista Brain, eles mostram como biomarcadores no sangue indicam a ocorrência de alterações patológicas precoces em uma forma hereditária da doença. Os pesquisadores perceberam mudanças na proteína glial fibrilar ácida (GFAP) aproximadamente 10 anos antes do surgimento dos primeiros sintomas de Alzheimer.
"Elas foram seguidas por concentrações aumentadas de P-tau181 (proteína tau) e, posteriormente, NfL (proteína leve de neurofilamento), que, já sabemos, estão diretamente associadas à extensão do dano neuronal no cérebro de Alzheimer", detalha Caroline Graff, uma das autoras do estudo e professora do Departamento de Neurobiologia, Ciências e Sociedade do Cuidado do instituto sueco.
Para chegar ao resultado, o grupo analisou 164 amostras de plasma sanguíneo de 33 pessoas com uma mutação que aumenta a vulnerabilidade ao Alzheimer e 42 parentes sem a predisposição patogênica herdada. Os dados foram coletados entre 1994 e 2018, e a análise indicou "mudanças claras" de várias concentrações de proteínas sanguíneas nos portadores da mutação uma década antes do surgimento dos sintomas.
Na avaliação da equipe, os resultados são promissores para o desenvolvimento de novas abordagens contra a doença. "No futuro, os resultados do estudo poderão ser usados como um biomarcador não invasivo para a ativação precoce de células imunes, como astrócitos no sistema nervoso central, o que poderá ser valioso para o desenvolvimento de novos medicamentos e para o diagnóstico de doenças cognitivas", indica Charlotte Johansson, integrante do grupo de pesquisadores.
Silencioso
O Alzheimer é o tipo mais comum de demência -- dados da Fundação Sueca do Cérebro mostram que corresponde de 60% a 70% dos casos -- e começa se desenvolvendo de forma silenciosa. De acordo com os autores do artigo, as mudanças biológicas no cérebro começam de 20 a 25 anos antes que a perda de memória e outros sintomas cognitivos se tornem evidentes.
As células nervosas da região degeneram como resultado do acúmulo anormal das proteínas beta-amiloide e tau. À medida que mais neurônios cerebrais são danificados, isso se manifesta na disfunção das funções cognitivas, como memória e fala, explicam os cientistas. Quanto mais cedo a complicação for descoberta, maiores a chances de enfrentá-la. "Essa é uma das muitas razões pelas quais são necessárias mais pesquisas sobre métodos precisos e fáceis de diagnóstico precoce", ressaltam, em nota.
Cura
Especialista em neurologia cognitiva e do comportamento, Carlos Enrique Uribe afirma que a estratégia de procurar marcadores e sinais que antecipam os riscos de uma pessoa ter Alzheimer mobiliza cientistas há muitos anos. No caso do trabalho sueco divulgado na última edição da Brain, o ineditismo está em a investigação ter "afetado" diretamente a doença.
Para Uribe, esse pode ser um caminho para estratégias que curem a doença. "Ao tentar encontrar a origem do problema, é possível mudar a história natural dele. Essa estratégia funciona para se chegar a um procedimento que seja de cura, mudando o mecanismo fisiopatológico da doença. Na medicina, chamamos isso de tratamentos modificadores da doença, e isso ainda não existia no Alzheimer", diz.
Uribe faz ressalvas. Ele lembra que o estudo analisou pacientes com Alzheimer ligado a fatores genéticos. "Como não é o caso mais comum, esses resultados têm que ser avaliados com cuidado, porque a doença geneticamente determinada está sendo um modelo para o estudo da doença esporádica (sem fatores hereditários). Às vezes, as coisas não funcionam com essa relação direta", explica.
Análise ampliada
O especialista em neurologia cognitiva e síndromes demenciais Arthur Jatobá conta que alguns biomarcadores para o diagnóstico precoce do Alzheimer estão disponíveis, mas não para a população geral. "O diagnóstico hoje, para a maioria dos pacientes, é feito por avaliação clínica, neuropsicológica e realização de exames de imagem cerebral (ressonância magnética de crânio)", diz.
A expectativa do médico é de que, no futuro, esse tipo de análise seja mais acessível e abranja diversos indicadores biológicos de risco aumentado. "Acredito que, nos próximos anos, poderemos ter um exame de sangue com um painel de vários biomarcadores para a doença de Alzheimer, como a proteína beta amiloide, a tau, a GFAP e a NfL. Isso vai nos ajudar no diagnóstico precoce da doença", diz.
.................................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Impacto da pandemia na oncologia persistirá por mais dois ou três anos
Edgar Lopez fala sobre papel da música nas salas de cirurgia
Especialista destaca a importância de cuidar da saúde mental
Governo de Goiás assume regulação de vagas em 30 unidades de saúde
Deputado diz ser difícil aprovação de projeto que prevê o fim de diplomas profissionais
Artigo - Inovação: como a inteligência de dados impacta na saúde
Metaverso já é uma realidade no ensino em saúde
MEDICINA S/A
Impacto da pandemia na oncologia persistirá por mais dois ou três anos
De acordo com o levantamento "Impactos da Pandemia de Covid-19 na Atenção Oncológica", realizado pelo movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC), a pandemia sobrecarregou tanto o Sistema Único de Saúde (SUS) quanto a saúde suplementar, e as doenças crônicas não transmissíveis, em especial o câncer, também impactaram os sistemas de saúde. Segundo o estudo, os pacientes oncológicos apresentaram os piores resultados de evolução clínica da Covid-19 durante os anos de 2020 e 2021, e análises relatam formas viáveis adotadas para reduzir os danos causados pela pandemia nessa população.
Entre elas, foram adotadas mudanças de terapias intravenosas para orais, aplicação de quimioterapia domiciliar e, quando possível, a troca do tratamento por ciclos mais curtos e espaçados de quimioterapia e radioterapia. Além disso, a realização de consultas de acompanhamento por meio de telemedicina se mostrou um caminho eficiente para auxiliar no atendimento desses pacientes durante os últimos dois anos.
Entre os resultados de uma pesquisa virtual realizada com profissionais da saúde suplementar de cinco regiões brasileiras pelo TJCC:
75% dos profissionais relataram que o centro de tratamento onde trabalhavam no período da pandemia adotou protocolo de vias livres de Covid-19; 92% relataram que a pandemia provocou impacto no tratamento oncológico; 78% afirmaram que os pacientes deixaram de frequentar a clínica por medo de contaminação pela covid-19.
Ainda segundo os dados levantados:
73% dos centros ofereceram atendimento por telemedicina; 92% dos profissionais notaram o aumento de pacientes diagnosticados em estadiamentos mais avançados da doença; 100% dos médicos ouvidos acreditam que a pandemia contribuiu para o aumento de diagnósticos tardios.
Segundo Vivian Coski, médica oncologista do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) e da Oncocenter, em São Paulo, "embora tenhamos essa percepção de normalidade, os casos que chegam ao consultório estão em estágios mais avançados da doença, uma vez que os pacientes abandonaram ou espaçaram seus tratamentos durante a pandemia", explica.
A especialista também aponta que os pacientes deixaram de fazer exames como colonoscopia e endoscopia pelo medo da contaminação pela Covid-19 nos hospitais e, mesmo com sintomas, não procuraram atendimento médico nos últimos dois anos. Já neste ano, aqueles que retornaram às consultas médicas estão com um atraso real no diagnóstico e com cânceres avançados, em decorrência desse medo. "Cabe destacar que a vacina trouxe mais segurança para todos e, em especial, para os pacientes com câncer e para os profissionais da saúde. Adotamos protocolos nos hospitais e nos consultórios, e pacientes com sintomas gripais ou qualquer outro sintoma são testados para entrar nos centros de infusão de medicamentos quimioterápicos."
A pesquisa realizada pelo TJCC também apontou que 71% dos profissionais da saúde consideram que a pandemia ainda produzirá um impacto significativo na população e 27% ainda assinalam mais algum tipo de impacto nos brasileiros. Em relação aos profissionais da saúde, 88% se sentiram sobrecarregados durante a pandemia, 95% expressaram exaustão, principalmente aqueles que trabalharam nos centros de infusão, e 11% relataram exaustão física e emocional.
............................
PORTAL TERRA
Edgar Lopez fala sobre papel da música nas salas de cirurgia
O papel da música durante a cirurgia plástica tem sido cada vez mais importante, tanto por seu efeito durante a operação quanto na recuperação de um paciente. Pelo procedimento, a pessoa pode até não reconhecer com clareza o que está tocando, mas já é um fato comprovado de que suas mentes conseguem descansar muito mais com uma melodia ao fundo durante o tratamento estético. O Dr. Edgar Lopez, especialista em lipo HD e mamoplastia, comenta mais sobre o assunto.
"Tendemos a pensar na sala de cirurgia como um ambiente tranquilo, mas ela é tudo menos silenciosa. O ambiente é cheio de ruído ocupacional: a equipe falando, máquinas zumbindo, instrumentos de metal tinindo, monitores e alarmes apitando e o som da música", comenta o médico, que possui 1,3 milhões de seguidores no Instagram.Segundo Edgar Lopez, a música e as artes de cura já andaram de mãos dadas. "Na Grécia antiga, a música era usada para aliviar o estresse, promover o sono e aliviar a dor. Nativos americanos e africanos usam cânticos e cânticos como parte de seus rituais de cura", diz.
Além disso, o profissional garante os efeitos calmantes em pacientes cirúrgicos. "A música na sala de cirurgia tem efeitos imensuráveis. Ela pode evitar a distração, minimizar o aborrecimento, aumento da tolerância, ajuda na precisão do cirurgião operacional reduzir o estresse e diminuir a ansiedade dos pacientes e da equipe", acrescenta profissional, que já transformou corpos de famosas, como a influenciadora Vivi Wanderley.
Desse modo, é possível dizer que a magia do som, quando aplicada cientificamente, tem demonstrado contribuir em maior medida para o alívio do sofrimento humano: "A música pode ser empregada como auxiliar na obtenção do bem-estar físico, emocional e espiritual do ser humano, tornando a sala de cirurgia um ambiente de trabalho mais agradável", finaliza Edgar Lopez.
.....................
GAZETA DA SEMANA
Especialista destaca a importância de cuidar da saúde mental
As pessoas adoecidas dão sinais de que não estão bem e ouvi-las, sem julgamento, pode ser uma das alternativas para ajudar a salvar sua vida
Em janeiro é celebrado o mês de prevenção à saúde mental e chama a atenção para os transtornos mentais. Em 2019, de acordo com a Organização Pan-americana de Saúde (PAHO), quase um bilhão de pessoas viviam com um transtorno mental. Já o suicídio foi responsável por mais de uma em cada 100 mortes e 58% das pessoas que tiraram a própria vida tinham menos de 50 anos de idade.
Esses dados foram divulgados em relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), em junho de 2022, que ainda traz detalhes alarmantes sobre a piora dos transtornos mentais em todo o mundo, com aumento superior a 25% dos novos casos de depressão e ansiedade. Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que, entre 2010 e 2019 foram registradas mais de 112 mil mortes por autoextermínio, o que significa aumento de 43% no número anual de óbitos se compararmos 2019 com 2010.
De acordo com o psiquiatra e cooperado da Unimed-BH, Alexandre Araújo Pereira, falar sobre suicídio é muito importante pois é necessário conscientizar a população sobre como lidar com as emoções e, ao mesmo tempo, acolher, sem julgamento, os amigos ou entes queridos que estão com transtornos mentais. Ele acredita que o tema deve ser revalorizado e há a necessidade de pensar a saúde mental quanto uma estratégia de prevenção.
"É importante desmistificar os transtornos mentais ou psiquiátricos para que todos nós possamos ajudar de forma preventiva quem necessita. As pessoas adoecidas dão sinais diretos e indiretos de que não estão bem. Para saber se ela tem intenção de acabar com a própria vida, temos que nos aproximar, conversar, sem julgamento", destaca o especialista, que argumenta ainda que a escuta é, portanto, uma grande aliada nesse processo.
Ele acredita que ao falar, a pessoa pode entender o que a faz se sentir acuada ou impossibilitada de resolver algum desafio na vida. "Geralmente, quando ela fala, não executa a ação. Isso porque, durante a sua fala, tem a perspectiva de pensar, refletir, rever as suas ideias e, quem sabe, estar disponível a uma ajuda", salienta.
Mas como identificar quem está com algum transtorno?
Há uma relação grande entre o transtorno mental e o suicídio. A maioria das pessoas que se matam tem algum transtorno mental que, muitas vezes não é identificado antecipadamente. Dr. Alexandre orienta que a observação em relação ao outro também seja predominante. Ele destaca alguns fatores que podem levar ao suicido: depressão; transtorno bipolar; problemas relacionados ao álcool e drogas; doenças mentais mais severas como a esquizofrenia. "Os indivíduos com personalidades e características de impulsividade e aquelas com limiar mais baixo de tolerância à frustração também podem estar mais propensos a se matar", exemplifica.
Há a necessidade também de se fazer uma avaliação mais detalhada de cada caso. Como exemplo, o médico destaca a ansiedade, que tem sido um dos transtornos mais comuns nos dias de hoje. Ele conta que o sentimento é considerado normal ao ser humano já que nos deixa mais alertas e mais focados perante os desafios. Porém, quando fica muito intenso e gera sofrimento de longo prazo, a ansiedade deve ser abordada e tratada. A mesma coisa ocorre com a tristeza, falta de energia e sensação de desprazer com a vida. Quando a tristeza é fugaz, principalmente motivada por algum evento externo, ela pode ser passageira, algo normal na vida de todos. Mas quando passa a gerar sofrimento contínuo, levando a um prejuízo importante do nosso dia a dia, provavelmente trata-se de depressão, que deve ser identificada e também tratada.
Pereira ressalta que existem várias condutas a serem tomadas em pacientes ansiosos e depressivos, partindo desde a tentativa em equilibrar o ritmo de vida entre trabalho, lazer, vida social e relação interpessoal; que pode ser buscada pela psicoterapia, atividade física e algumas práticas como meditação, Yoga por exemplo. Em casos mais graves, o paciente pode se beneficiar muito da utilização de medicamentos, que devem ser prescritos apenas por médicos.
Saúde mental x pandemia
Apenas no primeiro ano da pandemia da Covid-19, 53 milhões de pessoas desenvolveram depressão, outros 76 milhões tiveram ansiedade - totalizando 129 milhões e altas de 28% e 26% da incidência, respectivamente. O isolamento social trouxe uma mudança drástica na rotina. Excesso de notícias ruins, home-office, aulas on-line e outros fatores fizeram com que a população adoecesse. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já reconheceu esse fenômeno generalizado de cansaço decorrente da pandemia e apelidou o sintoma de "fadiga pandêmica".
Para o especialista que manteve o atendimento clínico durante a pandemia, foram observados no período alguns problemas relacionados à ansiedade, conciliação do sono, aumento de consumo do álcool e fumo e, ainda, um certo cansaço, fadiga e a dificuldade das pessoas se manterem em estado de isolamento e perderem contatos pessoais.
Segundo ele, os idosos e crianças tiveram muita dificuldade de adaptação. Os idosos necessitam de momentos de socialização e manter hábitos importantes como a atividade física. As crianças, por sua vez, além da socialização tiveram que se adaptar ao ensino à distância, o que gerou estresse, cansaço, dificuldade de adaptação e problemas psicológicos. Vale destacar que os jogos e as telas também foram fatores que influenciaram na saúde mental de crianças e adolescentes.
As mulheres também foram as que mais sofreram já que tiveram sobrecarga de trabalho entre os afazeres da casa e do home-office.
Hora de quebrar barreiras
É importante tentar acabar com a resistência por parte das pessoas sobre a saúde mental para que o sofrimento psíquico possa ser abordado como qualquer outra doença. "Muitas pessoas acham que só gente que perde totalmente a razão, pessoas que comumente chamamos de loucas procuram o psiquiatra, mas há muito tempo isso já tem mudado. Hoje a psiquiatria tem que lidar com muitas outras demandas. Além dos transtornos mentais mais graves, somos procurados por pessoas que querem se conhecer melhor, se aprimorar na relação consigo próprias e com o mundo, que está em rápida transformação. Importante lembrar que sem saúde mental fica difícil construir uma vida saudável. Cada um de nós está nessa busca, de correr atrás da nossa saúde mental possível, já que um ideal de perfeição e total falta de sofrimento é algo que a nossa humanidade não permite".
..........................
A REDAÇÃO
Governo de Goiás assume regulação de vagas em 30 unidades de saúde
Regular vagas de média e alta complexidade em 30 unidades de saúde do Estado, entre hospitais e policlínicas, diminuindo o tempo de espera por atendimento. Com esse objetivo, o Governo de Goiás assumiu, nesta segunda-feira (9/1) a gestão do Complexo Regulador de forma integral e direta.
A medida foi anunciada durante solenidade com o titular da Secretaria de Estado da Saúde (pasta responsável, na prática, pela distribuição de vagas) Sérgio Vencio, e o superintendente da Regulação, Luciano de Moura. A mudança na gestão da regulação se dá no âmbito estadual da média e alta complexidade. Os municípios seguem independentes e lidando com a regulação das atenções primárias e secundárias de saúde.
De acordo com Vencio, neste primeiro momento o que muda são aspectos administrativos, uma vez que os servidores do complexo Regulação passam a ser contratados da SES e não mais de uma Organização Social em Saúde. O próximo passo é colocar em prática todas as etapas do planejamento estratégico criado para a administração direta da regulação em saúde.
“Desde que assumimos a gestão, conversamos com os envolvidos nesse processo crucial do acesso do paciente aos serviços de saúde, para entender o melhor caminho a ser tomado. E tivemos o aval do governador Ronaldo Caiado para a secretaria assumir todo o processo regulatório estadual, o que foi feito em tempo recorde”, disse Vencio.
Com a mudança, o sistema de gestão da regulação será reavaliado, a fim de dar agilidade no processo de admissão de pacientes tanto para consultas como para cirurgias. O trabalho da regulação consiste, além da transferência de pacientes, em cruzar informações estratégicas para entregar qualidade no serviço.
O superintendente da Regulação, Luciano de Moura, completou: “Evoluímos com essa meta prioritária e hoje estamos gerenciando 100% dos serviços da rede estadual. Esse é um dos preceitos do SUS e estamos cumprindo o nosso papel”.
Mais agilidade
Para otimizar a regulação dos atendimentos em saúde, Sérgio Vencio pontua que existe um serviço de inteligência necessário e o desdobramento de etapas, como investir num software resolutivo e que integre os municípios. “Queremos o paciente correto, no local certo e no momento adequado. Isso significa entender quem é o paciente e suas necessidades, além de ter uma boa radiografia dos leitos existentes, a fim de munir a secretaria de saúde com informações devidamente relevantes”, detalhou o secretário.
A longo prazo, a partir dos dados que serão levantados, o Complexo Regulador vai identificar e sanar possíveis problemas. A avaliação feita pela própria secretaria vai permitir que lacunas sejam preenchidas, por exemplo, com a realocação de médicos e abertura de leitos conforme necessidade. Também para o longo prazo, a SES terá condições de caminhar para uma integração de sistema com os municípios, permitindo uma regulação macroregionalizada.
.........................
JORNAL OPÇÃO
Deputado diz ser difícil aprovação de projeto que prevê o fim de diplomas profissionais
Proposta lista cerca de 105 profissões que poderiam ser desregulamentadas no Brasil; confira a lista prévia completa
O Projeto de Lei (PL 3081/22) que desregulamente mais de 105 profissões no Brasil pode ter dificuldade de aprovação na Câmara dos Deputados. O deputado federal professor Alcides (PL) acredita ser impossível que a proposta passe pelo plenário. “As pessoas precisam ser respeitadas em todos os sentidos, principalmente em relação as suas profissões e categorias”, afirma.
O projeto foi apresentado ‘no apagar das luzes do final de 2022’ e é de autoria do deputado federal Tiago Mitraud (Novo-MG). Ele quer que seja revogada todas as leis e decretos permitindo a atuação, por exemplo, de conselhos de classes.
Para especialistas, isso seria o fim da exigência de diplomas e, automaticamente, da formação acadêmica. Embora o texto cita atividades que “não oferece risco à segurança, à saúde, à ordem púbica, à incolumidade individual e patrimonial”, profissões como biologia, engenharia, nutrição, medicina veterinária, psicologia, fisioterapeuta, química, arquitetura, técnico em radiologia e fonoaudiologias estariam em risco.
O advogado trabalhista Eduardo Costa disse haver inúmeros equívocos e contrações na proposta, o que deve dificultar a própria tramitação no Congresso Nacional. “Todo projeto de lei ainda tem que ter uma justificativa plausível para nos convencer sua existência, e a justificativa do PL 3081/22 é apenas que, em tese, a regulamentação pelo Estado impõe ‘inúmeras barreiras de entrada’ de novos profissionais, o que não é verdade, pois senão não existiria ninguém atuando nas cerca de 35 profissões abrangidas”, pontua.
Costa analisa a contradição da fundamentação do projeto sob a ótica liberal do economista francês Frédéric Bastiat. O intelectual pontuava que o protecionismo e o intervencionismo estatal são forças de perversão da lei. “Mas, no caso em questão, a própria desregulação das profissões em si atacam a propriedade intelectual do povo, que é importante tanto quanto à liberdade ao trabalho, de expressão ou da propriedade privada em si!”, ressaltar.
Ele acrescenta que o grau de técnica e seriedade com que todos estes profissionais necessitam para desenvolver suas profissões é mediante a habilitação comprovada. “Neste sentido, a desregulação me parece mais uma intervenção estatal que promove a desordem e risco à saúde e vida, do que meramente a inteligência de um diploma de faculdade ou curso técnico”, afirma.
Veja a prévia de profissões que podem ser atingidas pela proposta:
Leiloeiro
Aeronauta
Engenheiro
Arquiteto
Agrimensor
Atuário
Contador
Guarda-livros
Fisioterapeuta
Terapeuta ocupacional
Jornalista
Economista
Químico
Vendedores
Viajantes ou Pracistas
Músico
Massagista
Leiloeiro Rural
Geólogo
Bibliotecário
Psicólogo
Corretor de seguros
Diretor de teatro
Cenógrafo
Professor de Arte Dramática
Ator
Contra-regra
Cenotécnico
Sonoplasta
Engenheiro florestal
Publicitário
Agenciador de Propaganda
Estatístico
Técnico de Administração
Representantes comerciais autônomos
Engenheiro-Agrônomo
Profissional de Relações Públicas
Veterinário
Técnico Industrial de nível médio
Orientador educacional
Propagandista
Vendedor de Produtos Farmacêuticos
Guardador e lavador autônomo de veículos automotores
Corretor de imóveis
Artista
Técnico em Espectáculo de Diversões
Arquivista
Técnico de Arquivo
Radialista
Geógrafo
Técnico em Prótese Dentária
Meteorologista
Sociólogo
Fonoaudiólogo
Museólogo
Secretário
Economista Doméstico
Técnico em Radiologia
Especialização de engenheiros e Arquitetos em Engenharia de segurança do trabalho
Profissão de técnico de Segurança do trabalho
Mãe social
Conselho regional de Economistas Domésticos
Nutricionista
Guia de Turismo
Treinador de Futebol
Assistente Social
Profissional de Educação Física
Peão de Rodeio
Enólogo e técnico em Enologia
Garimpeiro
Oceanógrafo
Técnico em Saúde bucal
Bombeiro Civil
Atividades pesqueiras
Mototaxista
Motoboy
Repentista
Instrutor de trânsito
Tradutor e intérprete da língua Brasileiras de Sinais
Sommelier
Taxistas
Turismólogo
Cabeleileiro
Barbeiro
Esteticista
Manicure
Pedicure
Depilador
Maquiador
Motorista
Comerciário
Árbitro de futebol
Vaqueiro
Artesão
Designer de interiores e ambientes
Detetive particular
Aeronauta
Técnico em Bibioteconomia
Esteticista
Cosmetólogo
Arqueólogo
Físico
Corretor de moda
Psicomotorista
Biólogo
Desobriga que seja um vigilante o contratado para os serviços de vigilância e de transporte de valores
Desobriga aprovação no exame da ordem para ser Advogado
..................................
SAUDE BUSINESS
Artigo - Inovação: como a inteligência de dados impacta na saúde
A velocidade de experimentação e adoção de novas tecnologias por parte dos indivíduos cria grandes dificuldades para empresas e governos, uma vez que a referência dos usuários está a frente daquilo que lhes é oferecido por ambos. Do ponto de vista do negócio, é fundamental termos em mente que parte da sociedade é sempre a primeira a ter contato - em escala - com novas tecnologias. Quando se trata da área da saúde (que é um dos mais sensíveis segmentos), a utilização de soluções tecnológicas aliadas à transformação digital são essenciais para facilitar a gestão, impulsionar a inovação e trazer agilidade e segurança para o paciente, tanto do ponto de vista da burocracia, como na necessidade de uma intervenção cirúrgica mais atual.
Diferente da máxima em inovação que buscamos solucionar o problema de alguém, na saúde a prevenção é a palavra de ordem. Mas, segundo pesquisa da Anahp/PoderData “O que pensam os brasileiros sobre a saúde no Brasil?”, os cidadãos atendidos pelo SUS consideram a saúde como umas de suas prioridades, porém 71% não fazem atividades voltadas à prevenção e promoção de cuidados. E entre os usuários de plano de saúde o índice é ainda mais alto: 82% não participam das iniciativas de prevenção oferecidas pelas operadoras. Os dados demonstram que não há uma cultura de prevenção no Brasil, mesmo sabendo que um diagnóstico precoce pode poupar a saúde física e econômica dos pacientes, além de promover redução de custos para os hospitais e planos de saúde.
Na saúde o futuro passa pelo big data
O big data é um processo que consiste na extração de informações relevantes a partir de um volume elevado de dados, ajudando muitas empresas em suas tomadas de decisão nos negócios. Para a saúde, os dados podem ajudar os pacientes a terem um papel ativo em sua própria condição física, não apenas tratando e gerenciando seu estado atual, mas também prevenindo futuras complicações. As pessoas podem ser capacitadas por meio de escolhas de estilo de vida – como dieta, exercícios e adesão à medicação – para assumir o controle de sua saúde.
A integração adequada e a aplicação de ferramentas de big data podem promover cuidados baseados em evidências que são personalizados para cada paciente. Idealmente, todos os prestadores de cuidados podem ter as mesmas informações sobre um determinado paciente e estarão trabalhando em direção a um objetivo semelhante. Os dados podem melhorar os resultados, reduzindo os erros médicos.
O big data será usado para garantir a relação custo-benefício dos cuidados de saúde por meio de diferentes métodos, como reembolso do resultado do paciente e eliminação de fraudes, desperdícios e abusos no sistema. Os dados podem nos ajudar a combinar melhor o conjunto de habilidades do provedor com as necessidades do paciente e permitir a avaliação de provedores específicos e seus resultados comprovados para que os pacientes recebam os melhores cuidados médicos.
Também serão usados para melhorar a inovação não apenas por meio de terapias e cuidados específicos, mas também aumentando a eficiência e a eficácia dos próprios “motores de inovação”. Utilizando dados de ensaios anteriores, bem como analisando tendências de informações atuais, os inovadores poderão abordar todos os aspectos da inovação terapêutica – descoberta, desenvolvimento e segurança.
Mas, ainda precisamos fazer o básico no Brasil
Segundo a Agência Senado, o orçamento previsto para a área da saúde em 2023 é o mais baixo desde 2014. As despesas primárias no setor, que alcançaram R$ 203,8 bilhões no auge da pandemia de coronavírus em 2021, devem cair para R$ 146,4 bilhões em valores reais corrigidos pela inflação.
O Conselho Nacional de Saúde (CNS), encaminhou em outubro de 2022, uma carta para a Relatoria da Saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) denunciando a retirada de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) para 2023. O valor do orçamento do Ministério da Saúde está fixado em R$ 149,9 bilhões, o que representa uma redução de R$ 22,7 bilhões, quando comparado a 2022. As perdas podem chegar a R$ 60 bilhões se considerarmos o Teto de Gastos, que tem congelado recursos desde 2018.
Como ser agente de transformação dessa realidade?
Tudo começa na mentalidade! Inovação é cultura e não ferramenta. Estruturas rígidas e isoladas não sobreviverão a esse mundo. A inovação deve fazer parte da cultura organizacional para que uma empresa se mantenha sempre à frente, por isso é necessário entender o que os clientes - internos e externos - realmente precisam. A pandemia da Covid 19, por exemplo, trouxe desafios e aprendizados para todos que estão envolvidos na área da saúde de modo geral. E o que ficou é que práticas inovadoras, podem ampliar o acesso, além de dar mais eficiência aos processos.
Precisamos aprender que a inovação não está restrita a uma área da empresa ou limitada a poucos profissionais específicos. Cada pessoa que compõe o time de uma companhia pode trazer ideias inovadoras para os negócios, afinal inovar não é um projeto pontual, mas sim uma prática contínua que precisa fazer parte da cultura organizacional das empresas. Busque inspirações com outras pessoas, com outras áreas. Não tenha medo de errar e principalmente, escute seu cliente, saiba qual sua verdadeira dor e, assim, coloque suas ideias em prática.
Divulgação |
Camilla Gurgel é diretora executiva & partner na 16 01, consultoria de inovação responsável por projetos entregues para Bayer, SICREDI, Unilever, Ambev, Nestlé, Google, Cubo Itaú, Uber e Gerando Falcões.
......................
Metaverso já é uma realidade no ensino em saúde
De acordo com um estudo do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE), uma das principais organizações técnico-profissionais do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, o metaverso foi apontado como uma das principais tendências para 2023. E diferente de muitos setores que ainda buscam os caminhos para aplicar a novidade, a área de educação em saúde avança para a etapa de aperfeiçoamento e evolução de soluções que já são uma realidade para os estudantes nos primeiros anos de universidade.
Para Vinícius Gusmão, CEO da MedRoom - edtech pioneira na criação de soluções com ambientes virtuais para o ensino em saúde - a tecnologia permite ao aluno chegar o mais perto possível da realidade vivenciada na profissão. Ele lembra que, de acordo com dados da PwC, pessoas treinadas com a utilização da Realidade Virtual (VR) podem ficar até 275% mais confiantes para agir com o que aprenderam a partir do uso da ferramenta, que pode trazer uma melhora de 40% no aprendizado.
“Os estudantes hoje têm a oportunidade de serem colocados frente a frente a casos clínicos virtuais customizados ambientados no metaverso. Isto é, por meio de simulações reais para ações do dia a dia de docentes e discentes de Medicina, a nova tecnologia oferece situações que permitem a prática e a experiência mais próxima da realidade para potencializar o conhecimento dos professores e um melhor aprendizado dos alunos”, explica Gusmão.
Mas, afinal, como funciona esse Metaverso no ensino em saúde?
Entre as principais funcionalidades do metaverso, que já é uma realidade nas salas de aulas das escolas de medicina de todo o Brasil, estão o laboratório de anatomia humana em realidade virtual e a simulação de consultas virtuais. A MedRoom possui um dos mais completos modelos do corpo humano em 3D do mundo e usa a realidade virtual para possibilitar uma experiência mais profunda e interativa do aprendizado.
O ambiente metaverso da edtech permite a simulação de experiências destinadas a treinamentos na área da saúde, como diagnóstico em pacientes virtuais gerenciados por meio da Inteligência Artificial (IA). Com isso, os alunos já aprendem a fazer diagnósticos logo nos primeiros anos de estudo.
Para viabilizar este tipo de imersão no metaverso, a edtech traça um perfil socioeconômico do paciente virtual, em que consta informações como profissão, estado civil, características físicas e de saúde. O atendimento virtual no consultório ocorre por meio da narração de uma ocorrência de mal-estar vivenciada pelo personagem, o que o leva a buscar por atendimento médico. Na consulta, que é realizada pelo aluno imerso no ambiente com óculos de realidade virtual, é feita a anamnese. Ou seja, uma entrevista é realizada pelo profissional de saúde para entender os sintomas narrados pelo paciente, bem como a realização de exames para chegar a um diagnóstico assertivo.
A ferramenta não só ajuda a diminuir a curva de aprendizado em diversas Instituições de Ensino em Saúde, como permite que os estudantes treinem e apliquem na prática seus conhecimentos. E com isso, desenvolvem atributos que são essenciais para os profissionais de saúde, como a análise, o conhecimento e a empatia com a pessoa que está à sua frente.
“As vantagens que eu vejo hoje com relação ao modelo em 3D é que, nas aulas, por mais que tenhamos o corpo real, não conseguimos, às vezes, fazer com que o aluno entenda essa tridimensionalidade das peças. isso é uma grande vantagem da ferramenta”, aponta o professor e médico anatomista, Paulo Gonzales.
Além disso, no laboratório de anatomia humana em realidade virtual, o Atrium, os alunos podem estudar livremente o corpo humano, explorar cada estrutura, isolar órgãos e sistemas de uma maneira nunca antes vista. Desse modo, o metaverso permite aos acadêmicos chegarem o mais perto possível da realidade vivenciada na profissão e, consequentemente, reduzir possíveis erros médicos no futuro.
“Nós fomos nos adaptando às mudanças tecnológicas e inovações impostas no cenário que estamos vivendo. Com todas as novidades, o caminho para o metaverso começou a ficar mais claro e tangível. Agora não trabalhamos só com VR, mas também com a web e o aplicativo de celular. Como todo esse universo que criamos é interligado e funciona para momentos diferentes do aprendizado”, aponta Vinícius Gusmão, CEO da MedRoom.
...............................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Casos de vírus sincicial respiratório pressionam hospitais de MG, PR e SP
Covid-19: Goiás confirma 1,5 mil casos em 24 horas
Técnica em enfermagem que teve bumbum necrosado após lipoescultura não consegue dormir por causa de dores
Pesquisador da UFG ganha prêmio internacional de R$ 60 mil ao desenvolver chip que simula órgãos humanos
USP Ribeirão Preto, SP, busca voluntários para pesquisa sobre saúde cardiovascular pós-Covid
Casos de herpes crescem 35% no Brasil
FOLHA DE S.PAULO
Casos de vírus sincicial respiratório pressionam hospitais de MG, PR e SP
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A alta fora de época de casos de VSR (vírus sincicial respiratório) tem provocado aumento na procura por atendimento e até mesmo a lotação de hospitais pediátricos.
O vírus está associado a até 75% dos casos de bronquiolite, inflamação que dificulta a chegada do oxigênio aos pulmões, e a até 40% dos registros de pneumonia em crianças menores de dois anos, segundo a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria). Os quadros mais graves acontecem principalmente em bebês menores de seis meses e alguns pacientes não resistem e morrem.
Tradicionalmente, o período de maior circulação do VSR coincide com o outono e o inverno. Ele vai de fevereiro a junho na região Norte; março a julho no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sudeste; e abril a agosto no Sul. Mas não foi o que ocorreu em 2022 e não é o que se observa em 2023.
De acordo com a Fiocruz, houve aumento da prevalência do VSR entre os dias 25 e 31 de dezembro, com predomínio de casos em crianças de até quatro anos em São Paulo, Distrito Federal e nos três estados da região Sul, além de maior presença do vírus no Espírito Santo, Minas Gerais e Roraima.
"Os vírus não estão respeitando as sazonalidades. Após a pandemia, estamos tendo picos de influenza, adenovírus e VSR fora da época", afirma Victor Horácio, vice-diretor técnico do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba.
Na unidade, foram registrados dez casos em setembro, 21 em outubro e 38 em novembro. Em dezembro, o número saltou para 53 e, em 2023, já há 11 confirmados.
Em São Paulo, os hospitais Darcy Vargas e Cândido Fontoura, referências estaduais para atendimento pediátrico, registraram aumento de cerca de 20% nos casos de VSR, afirma a Secretaria de Estado da Saúde.
No Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, na região central da capital paulista, o número de casos de bronquiolite das últimas quatro semanas de 2022 foi cerca de 30% maior em relação à média histórica. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, em dezembro, foram atendidos 56 pacientes com a inflamação, dos quais 37 acabaram internados. No mesmo período de 2021, foram 102 atendimentos e 61 internações; em 2020, dez e quatro e, em 2019, 58 e 12.
No Hospital Infantil Sabará, também na capital paulista, quem procurava o pronto-socorro na última quinta-feira (5) era orientado a assinar um termo autorizando a transferência de unidade caso houvesse necessidade de internação. "Estamos com 100% de ocupação", diz Francisco de Oliveira Júnior, gerente médico da unidade.
Os casos de VSR começaram a crescer no Sabará em outubro. Oliveira afirma que, no fim de dezembro e início de janeiro, com a cidade mais vazia, os atendimentos costumam diminuir. Desta vez, porém, o hospital está recebendo casos mais graves, que requerem internação e elevam a ocupação.
O médico explica que não é realizado o painel viral (exame para identificar a presença de diferentes vírus respiratórios) de todos os pacientes, então não é possível estabelecer a quantidade de casos provocados pelo VSR, mas dá pistas: na última semana, aproximadamente metade dos exames realizados indicava a presença do vírus. Nesta, cerca de um terço.
Em Belo Horizonte, o Hospital Mater Dei Contorno decidiu ampliar a quantidade de leitos na UTI pediátrica. Eram 16 em novembro, quando os casos de bronquiolite começaram a subir. Agora são 22 e, como a expectativa é de piora do cenário, a previsão é chegar a 30 até março.
"Na última semana de dezembro, estávamos com metade dos leitos da UTI com pacientes com bronquiolite, algo que só acontece quando chega março, abril", afirma o coordenador da UTI pediátrica, Luís Fernando Andrade de Carvalho.
O médico diz que é muito comum irmãos que frequentam a escola passarem a doença para os caçulas que estão em casa, por isso a expectativa era de redução de casos com o início das férias. Os números, porém, continuam aumentando.
Cuidados Não há uma vacina para VSR. O que existe é uma forma de prevenção com o anticorpo monoclonal polivizumabe, mas essa opção é restrita a crianças altamente vulneráveis, como bebês prematuros e cardiopatas. Além disso, a aplicação é realizada seguindo a sazonalidade típica da doença.
Entre as medidas de prevenção, além de manter a carteirinha de vacinação atualizada, a SBP destaca a higiene frequente das mãos, uso de máscaras, limpeza das superfícies expostas à secreção e o isolamento de pacientes com diagnóstico confirmado.
Em relação aos sinais e sintomas, os especialistas citam tosse, febre, congestão nasal, dor de ouvido e dor de garganta.
Oliveira menciona também o desconforto respiratório, que pode ser identificado pela maior abertura das narinas ao inspirar, mostrando que a criança está tentando puxar mais ar; aumento na frequência da respiração e retração da musculatura ao lado do pescoço e entre as costelas, indicando esforço para respirar.
O Ministério da Saúde lista ainda dor de cabeça, chiado no peito e lábios e unhas arroxeados como indicativos de alerta.
...................
A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás confirma 1,5 mil casos em 24 horas
Caroline Louise
Goiânia - Goiás confirmou 1.502 casos de covid-19 em 24 horas. Nenhuma morte pela doença foi registrada no período. As informações constam no boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) nesta segunda-feira (9/1).
De acordo com a SES-GO, o Estado soma 1.843.749 casos e 27.831 mortes pelo coronavírus desde o início da pandemia. 62 óbitos ainda estão em investigação para saber se há relação com a doença. A taxa de letalidade da covid-19 no Estado é de 1,51%.
........................
PORTAL G1
Técnica em enfermagem que teve bumbum necrosado após lipoescultura não consegue dormir por causa de dores
Fase de se recuperar da infecção que abriu buracos nas nádegas deve durar 4 meses. Médica que fez a operação teve o CRM interditado, mas o registro foi reativado depois.
Por Rafael Oliveira, g1 Goiás
A técnica em enfermagem que teve parte do bumbum necrosado após uma cirurgia plástica feita em Goiânia contou nesta segunda-feira (9) que não consegue dormir por causa de fortes dores que sente no corpo, principalmente nas pernas e costas.
"Eu não consigo dormir de tanta dor. Acordo a noite inteira chorando porque o corpo dói. Se eu me viro de lado, minhas pernas doem e preciso voltar a ficar de bruços. Tomo antibióticos, antiinflamatórios e analgésicos fortes. Consigo cochilar por alguns minutos, desabafou a técnica.
Joana Montel, de 30 anos, explicou que fez uma lipoescultura no bumbum com a médica Lorena Duarte Rosique, que evoluiu para uma infecção. Ela registrou boletim de ocorrência na polícia pedindo investigação por lesão corporal.
A cirurgiã teve o registro de médica (CRM) interditado pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), em fevereiro do ano passado, após denúncias de pacientes que também tiveram cirurgias malsucedidas, mas o registro foi reativado um mês depois pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e ela voltou a operar (leia íntegra da nota do Cremego ao final da reportagem).
A técnica está sem poder andar até por médias distâncias por causa das dores. Ela fica o dia inteiro deitada de bruços na cama e só levanta para tomar banho. Essa fase faz parte do tratamento para curar a infecção que abriu buracos no bumbum dela e deve perdurar por 4 meses.
"Eu não me imaginava assim. Dói, incomoda. Tenho uma filha de 3 anos, que me pede colo e não posso dar. Destruiu meus sonhos", desabafou a técnica.
A defesa da médica Lorena Rosique disse em nota que Joana estava sujeita a intercorrências ao fazer o procedimento, como em qualquer caso de intervenção cirúrgica. "Os riscos são devidamente aceitos pela paciente em assinatura de contrato", diz trecho da nota (leia a íntegra ao final).
No site do Tribunal de Justiça de Goiás há pelo menos 18 processos tramitando contra a médica, a maioria sob sigilo.
Dias antes de o CRM da médica ser interditado, o g1 mostrou a denúncia da vendedora Kelly Cristina Gomes da Costa, de 29 anos. Ela também registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil contra Lorena Rosique após fazer procedimento para levantar os seios, eliminar gordura e aumentar o bumbum, mas teve queimaduras na pele e diversas complicações.
Outras pacientes da médica que operou a mulher relataram ter ficado com deformidades pelo corpo após plásticas.
Cirurgia
A Joana Montel fez uma lipoescultura no dia 13 de dezembro do ano passado. A cirurgiã plástica Lorena Duarte Rosique retirou uma parte da gordura das pernas e colocou no bumbum.
Em seguida ao procedimento, Joana disse que sentiu muitas dores e febre alta. Assim, foi parar no hospital, onde ficou internada entre os dias 25 e 30 de dezembro. Na unidade médica, ela passou por uma drenagem de emergência para retirar o pus que estava no bumbum.
Além da Joana, mais três pacientes submetidas a cirurgias estéticas pela mesma médica relataram intercorrências durante o pós-operatório e que ficaram com deformidades pelo corpo.
As cirurgias plásticas da técnica em enfermagem começaram, no entanto, em 2021. Ela colocou próteses nos seios e fez lipoaspiração na barriga com Lorena Rosique. Na época, ela teve complicações e procurou a médica por diversas vezes para reparar os procedimentos.
As cirurgias reparadoras, chamadas de refinamento, foram feitas, mas não corrigiram as deformidades, segundo Joana. Ela perdeu parte das aréolas dos seios e ficou cicatrizes grandes na barriga.
Vendedora teve para cardíaca
Outra paciente de Lorena Rosique, a vendedora Karita Rabelo de Andrade, de 34 anos, fez lipoaspiração e colocou próteses nos seios em 4 de dezembro de 2021. Um dia depois da cirurgia, ela relata que passou mal e precisou se internar. No hospital, ela descobriu que teve o intestino perfurado. Durante a internação, Karita teve paradas cardíacas, ficou em coma e foi até intubada.
"No início, ela [médica] me disse que era anemia. Minha barriga ficou toda vermelha e ela dizendo que era alergia aos medicamentos. A infecção da barriga desceu para as pernas e eu já não andava mais. Fiz várias cirurgias", contou Karita.
De 2021 para hoje, a vendedora lamenta ter que viver entre consultas médicas e exames em hospitais.
"Minha vida não voltou ao normal. Busco formas de amenizar o que aconteceu, porque não é só o físico, o emocional também fica abalado", desabafou.
Nota do Cremego
Em 17 de fevereiro de 2022, Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) interditou cautelarmente a cirurgiã geral e cirurgiã plástica Lorena Duarte Rosique (CRM/GO 15.293), após tomar conhecimento de denúncias de pacientes contra a médica.
A interdição cautelar é um procedimento administrativo adotado pelos Conselhos Regionais de Medicina para restringir o exercício da profissão por médicos cuja ação ou omissão, decorrentes de sua profissão, esteja prejudicando gravemente a população, ou na iminência de fazê-lo.
No mesmo período, o Cremego iniciou os procedimentos para a apuração da conduta profissional da especialista. O processo está em tramitação e, cumprindo o artigo 1º do Código de Processo Ético-Profissional Médico, essa apuração tramita em sigilo.
A interdição cautelar tinha validade de seis meses e poderia ter sido prorrogada por mais seis ou revogada a qualquer momento pelo Cremego. Mas, em 25 de março de 2022, o Conselho Federal de Medicina (CFM) revogou a interdição feita pelo Cremego e a médica pôde voltar a atuar.
Nota da defesa da médica Lorena Rosique
Com relação à paciente Joana Darque Montel, fazemos os seguintes esclarecimentos:
A paciente fez procedimento e está sujeita a intercorrências como em qualquer caso de intervenção cirúrgica. Os riscos são devidamente aceitos pela paciente em assinatura de contrato. A paciente obteve a devida prescrição de antibiótico pela equipe médica e procurou serviço público de emergência no feriado de natal, onde foi atendida. A equipe manteve contato com a paciente, mesmo fora do horário comercial, e, ao ser oferecida transferência para o hospital que a Dra. Lorena é conveniada, não aceitou e quis continuar no HUGO.
A médica possui mensagens da paciente que comprovam a satisfação, agradecimento dela pela cirurgia, além de imediata e integral assistência médica. Serão avaliadas eventuais acusações e divulgações inverídicas para posterior responsabilização.
...........................
Pesquisador da UFG ganha prêmio internacional de R$ 60 mil ao desenvolver chip que simula órgãos humanos
Estudante trouxe tecnologias dos EUA e da Alemanha, mas aproveitou a estrutura da universidade. O trabalho é público e está disponível para empresas do mundo inteiro.
Por Rafael Oliveira e Adriano Reges, g1 Goiás e TV Anhanguera
O pesquisador Artur Christian Garcia, da Universidade Federal de Goiás (UFG), ganhou um prêmio internacional por desenvolver um chip que simula o funcionamento de órgãos do corpo humano. Além de contribuir com tratamentos de doenças, o dispositivo pode substituir o uso de animais em pesquisas. O prêmio é de 10 mil libras, que chega a R$ 60 mil, e foi concedido no fim de dezembro passado.
O goiano, que é de Trindade, desenvolveu o dispositivo que cabe na palma da mão. Os pequenos círculos são chips que podem funcionar como diferentes órgãos do corpo, como coração, pulmão, entre outros.
A partir desses chips, o pesquisador atingiu dois grandes feitos: primeiro, está poupando animais que seriam usados em testes de produtos cosméticos.
“Com este sistema, a gente consegue responder muitas perguntas complexas que muitas vezes não temos a tecnologia adequada e o modelo animal também não é mais adequado. Então, temos um mini-organismo no laboratório que a gente pode testar", comentou o pesquisador.
Segundo, ao simular o funcionamento de um pulmão humano, o Artur descobriu que trabalhadores de determinadas áreas da indústria podem desenvolver asma alérgica caso não usem a proteção necessária.
“Simular condições do funcionamento do organismo humano, como pressão arterial, batimentos cardíacos. A ideia é usar essa plataforma para poder colocar um mini pulmão e simular os aspectos da asma induzida por substâncias químicas”, explicou Artur Garcia.
Pesquisa
Na pesquisa de doutorado, que começou há 5 anos, o pesquisador trouxe tecnologias dos Estados Unidos e da Alemanha, mas aproveitou toda a estrutura do laboratório da UFG.
Desde 2004, o laboratório foi indicado 5 vezes para receber prêmio de uma fundação europeia que recompensa trabalhos para acabar ou substituir testes em animais. Ao todo, o laboratório ganhou três prêmios.
O trabalho vem sendo colocado em prática. Segundo o Artur, os resultados são positivos. A tecnologia é pública e está disponível para empresas do mundo inteiro e em momento oportuno, no ano passado, o congresso aprovou lei que proíbe o uso de animais em pesquisas e testes.
.............................
USP Ribeirão Preto, SP, busca voluntários para pesquisa sobre saúde cardiovascular pós-Covid
Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP) da USP buscam voluntários para uma pesquisa inédita sobre sequelas da Covid-19 na saúde cardiovascular.
Segundo a coordenadora do projeto, Ana Catarine Veiga, o objetivo do estudo é mostrar se existem consequências tardias da doença no coração de homens saudáveis e hipertensos.
"Nós precisamos entender que quem teve Covid, leve ou moderada, se existem efeitos a longo prazo na saúde cardiovascular que nós precisamos ficar atentos. E pegar logo no início e abordar da melhor maneira possível", explica a pesquisadora.
Para ser voluntário é preciso ser homem saudável ou hipertenso de 35 a 55 anos, ter se recuperado da Covid entre seis a 24 meses atrás, ser sedentário, não fumar, não ter doenças crônicas, como diabetes ou pressão alta.
"São três dias de avaliação. É uma avaliação bem completa que vai envolver teste de esteira, teste de equilíbrio, teste de força muscular e também exames laboratoriais", conta Ana Catarine.
Como se inscrever?
Os interessados devem fazer uma pré-inscrição pelos contatos de telefone (16) 3315-0742, de Whatsapp (16) 98139-2868 ou dos e-mails O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..">O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.. Depois, uma avaliação será marcada.
.....................
A TRIBUNA ONLINE
Casos de herpes crescem 35% no Brasil
Infecção viral que atinge principalmente pessoas com alterações emocionais e imunidade baixa, a herpes-zóster vem fazendo novas vítimas no País.
Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) apontou um aumento de 35% nos casos da doença durante os dois primeiros anos da pandemia de covid-19. E ainda hoje, após a fase crítica, o número de casos continua chamando atenção tanto na rede pública quanto particular.
Professor e infectologista do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Paulo Peçanha revela que qualquer doença que altere o equilíbrio do sistema imune pode reativar ou levar às pessoas a desenvolverem herpes-zóster.
"Percebi um aumento de pacientes com herpes-zóster em meu consultório durante a pandemia. O isolamento pelo qual as pessoas passaram durante a pandemia também podem ter interferido no sistema imune e reativado a doença", ressalta.
Peçanha lembra que todas as pessoas que tiveram catapora na infância são candidatas a ter herpes-zóster no futuro.
A dermatologista Hannah Cade afirma que o principal sintoma da doença é o aparecimento de bolhas vermelhas acompanhadas de ardência no local. "As bolhas estouram formando uma casquinha que lesiona a pele".
Ao notar os sintomas, o paciente deve comparecer a uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico da doença, que é contagiosa.
A dermatologista Karina Mazzini acrescenta que o vírus pode ser transmitido através da secreção que sai das pequenas bolhas. "Em alguns casos raros, ela ocorre através das secreções respiratórias. É importante ter cuidado para não contaminar outras pessoas".
Porém, a melhor forma de evitar a doença é através da vacina que é aplicada em dose única e só está disponível na rede particular. Ela é indicada para pessoas com mais de 50 anos mesmo que já tenham tido a doença.
A orientação é aguardar um ano após ter tido o quadro agudo. A vacina evita o retorno da doença por até três anos. Pessoas com alergia grave a algum componente da vacina, imunodeprimidas, gestantes, ou com tuberculose não tratada, não devem tomar a vacina.
Maioria tem mais de 50 anos
O que é
Herpes, ou cobreiro, é uma doença causada pelo Vírus Varicela-Zóster (VVZ), o mesmo que causa também a catapora. Esse vírus permanece em latência durante toda a vida da pessoa. A reativação ocorre na idade adulta ou em pessoas com comprometimento imunológico, como os portadores de doenças crônicas (hipertensão, diabetes), câncer, Aids, transplantados e outras.
Sintomas
Na maior parte dos casos, antecedem às lesões cutâneas (na pele) os seguintes sintomas: dores nevrálgicas (nos nervos), parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão, etc), ardor e coceira locais, febre, dor de cabeça e mal-estar.
Prevenção
As principais medidas de prevenção e controle contra a disseminação do Vírus Varicela-Zóster são:
Vacinação;
Lavar as mãos após tocar nas lesões;
Isolamento: crianças com varicela não complicada só devem retornar à escola após todas as lesões terem evoluído para crostas. Crianças imunodeprimidas ou que apresentam curso clínico prolongado só deverão retornar às atividades após o término da erupção vesicular;
Pacientes internados: isolamento de contato e respiratório até a fase de crosta;
(*) A doença pode atingir pacientes de todas as idades, como aconteceu com o cantor Justin Bieber, mas afeta principalmente quem tem mais de 50 anos.
............................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Planos de saúde têm 1,6 milhão novos de usuários em um ano
Cais Vila Nova volta a funcionar
Conselho proíbe médicos de atenderem no Cais Vila Nova devido à falta de estrutura, em Goiânia
Injeção para obesidade pode não beneficiar à todos
Carta aberta a Nísia Trindade, ministra da Saúde
METRÓPOLES
Planos de saúde têm 1,6 milhão novos de usuários em um ano
Os planos de saúde registraram um crescimento de 1.638.397 de usuários em um ano, na comparação entre novembro de 2022 e o mesmo mês de 2021. O número equivale à população de uma capital brasileira como o Recife.
Em relação a outubro de 2022, o acréscimo foi 126.604 pessoas. No caso dos planos odontológicos, o salto anual foi de 2.239.090 (ou uma Manaus) e 259.739 entre novembro e outubro de 2022.Com isso, os planos médico-hospitalares totalizaram 50.285.627 de usuários em novembro, quase um quarto da população brasileira. Já os serviços exclusivamente odontológicos têm 30.869.354 de beneficiários. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (5/1), pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
No contraste entre novembro de 2022 com o mesmo mês de 2021, o setor registrou aumento de usuários de planos de assistência médica em 24 estados. São Paulo, Minas Gerais e Paraná tiveram a maior evolução em números absolutos. Entre os odontológicos, as 27 unidades federativas registraram crescimento. O maior avanço ocorreu em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Para a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que reúne as empresas do segmento, o resultado reflete, em grande medida, a redução das taxas de desemprego nos últimos meses no país. No terceiro trimestre de 2022, o indicador caiu de 12,1% para 8,3% na comparação com o mesmo trimestre de 2021. Foi a menor taxa para o período desde 2014 (6,7%). Isso segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada em novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).A FenaSaúde acrescenta que a crescente adesão aos planos "foi um movimento catalisado pela pandemia" e se manteve posteriormente. Uma pesquisa encomendada pela entidade, no fim de 2021, ao Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), aponta que o plano de saúde está entre os três principais principais itens de desejo do brasileiro. Só fica atrás da compra da casa própria e da realização de investimentos financeiros.Mesmo com 25% da população brasileira coberta por serviços médico-hospitalares, a FenaSaúde acredita que há espaço para o setor crescer no Brasil. Ainda assim, nos últimos meses, o segmento registrou déficits constantes. O prejuízo anotado no terceiro trimestre de 2022 foi de R$ 5,5 bilhões.
.....................
JORNAL OPÇÃO
Cais Vila Nova volta a funcionar
05 janeiro 2023 às 20h31
Os médicos estavam proibidos de atender devido falta de infraestrutura na unidade
Em reunião realizada no início da noite desta quinta-feira, 5, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) suspendeu a interdição ética do Cais Deputado João Natal, Cais Vila Nova.
A unidade tinha sido interditada, à zero hora desta quinta-feira, por falhas no funcionamento que comprometiam a qualidade e a segurança do exercício da medicina no local, e a liberação do trabalho dos médicos no Cais deu-se após a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pelo secretário Municipal de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso.
No TAC, o secretário, que também participou da reunião, compromete-se a sanar as deficiências apontadas pela fiscalização do Cremego. As correções acontecerão de forma escalonada, sendo algumas imediatas, ao longo dos próximos 15 dias, e outras em até 30 dias.
......................
TV ANHANGUERA
Cais Vila Nova é interditado em Goiânia
globoplay.globo.com/v/11255730/
....................
PORTAL G1
Conselho proíbe médicos de atenderem no Cais Vila Nova devido à falta de estrutura, em Goiânia
Interdição ética determinada pelo Cremego tem validade de 60 dias. Pacientes são orientados a procurar os Cais Novo Mundo ou Campinas, que são os mais próximos.
Por Ton Paulo e Rafael Oliveira, O Popular e g1 Goiás
05/01/2023 14h45 Atualizado há 13 horas
Cais Vila Nova é interditado em Goiânia
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) determinou, nesta quinta-feira (5), a interdição ética do Centro de Atenção Integral em Saúde Deputado João Natal, o Cais Vila Nova, em Goiânia. Com a interdição, que começou às 0h desta quinta-feira (5) e vale por 60 dias, os médicos ficam proibidos de trabalhar na unidade até que os problemas na estrutura, informados à Prefeitura de Goiânia, sejam resolvidos (veja a lista abaixo).
De acordo com o Cremego, a liberação do trabalho médico no Cais Vila Nova depende, agora, da correção das deficiências encontradas pelo órgão durante uma fiscalização. A vistoria na unidade foi feita em setembro do ano passado e a decisão foi tomada em 15 de dezembro.
No entanto, o órgão ressalta que o prazo de 60 dias pode ser prorrogado “caso as deficiências encontradas pelo Conselho não sejam sanadas neste prazo.”
Pacientes que chegam à unidade são orientados a procurar os Cais Novo Mundo ou Campinas, que são os mais próximos.
O Conselho destacou que “há tempos vinha alertando” a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) sobre os problemas. “O Ministério Público Estadual e a Vigilância Sanitária também já tinham sido alertados sobre as falhas que comprometem a segurança e a qualidade do exercício da medicina na unidade”, disse.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
O POPULAR também entrou em contato com o Ministério Público de Goiás sobre o caso, que declarou que "recebeu ofício do Cremego (via e-mail), na manhã desta quinta-feira (5/1), relatando os fatos citados. O documento foi encaminhado à Área de Saúde, que providenciará a distribuição do procedimento a uma das Promotorias de Justiça da capital com atribuição na área."
Veja abaixo os problemas detectados pelo Cremego:
Falta de cadastro da unidade no Cremego;
Falta de diretor-técnico;
Escala de médicos incompleta;
Inadequação da estrutura física;
Falta de medicamentos e materiais básicos;
Ausência de diversos equipamentos indispensáveis à prestação de serviços médicos;
Falta de Comissão de Controle de Infecção em Serviços de Saúde;
Não possui Núcleo de Segurança do Paciente;
Na área de repouso médico, faltam roupas de cama, chuveiro, pia e sanitário;
Em consultórios, faltam cadeiras para médicos e pacientes;
Faltam lençóis nas macas.
............................
DIÁRIO DA MANHÃ
Injeção para obesidade pode não beneficiar à todos
Doutora cobra também políticas públicas para que pacientes obesos tenham melhor assistência médica
HÉLIO LEMES
Uma das principais doenças observadas na atualidade é a obesidade e Isso não é uma característica apenas do Brasil, mas sim do mundo inteiro. Mas se trouxermos para nossa realidade, a perspectiva para a doença não é muito animadora. Afinal os dados da Federação Mundial de Obesidade mostram que cerca de 30% da população brasileira, estará obesa no ano de 2030. Embora a previsão para o Brasil não seja das melhores, a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso da semaglutida 2,4 mg, conhecida também pelo nome Wegovy, é um alento para quem está acima do peso ou em tratamento da obesidade. Embora a medicação chegue no Brasil, o que deve ocorrer apenas no segundo semestre deste ano, as questões que precisamos responder são: como fica o cenário no Brasil a partir de agora? O número de cirurgias bariátricas vai cair? E a principal delas, todos terão acesso ao medicamento?
A Doutora, Pesquisadora e Investigadora da Universidade Federal de Goiás (UFG) em Endocrinologia, Daniela Espíndola Antunes lembra que a obesidade é hoje um problema de saúde pública, e que o número de pessoas diagnosticadas com a doença cresceu. Daniela comenta que os dados do Vigetel, mostra que houve um aumento de 72% de pessoas com obesidade nos últimos 13 anos, e que os números registrados em 2019 mostra que o número de pessoas obesas em nosso país, teve um aumento de 20%
Em relação ao medicamento aprovado pela Anvisa, a investigadora afirma que os resultados divulgados são animadores, não apenas pela questão da redução que pode chegar a 17%, mas também pela melhora de comorbidades associadas à doença. No entanto, Daniela pontua que a injeção não será acessível para toda população pelo seu auto custo.
Os resultados dessa pesquisa são animadores, com a média de perda de peso de 17%, e melhora de comorbidades associadas, melhora da glicose, da glicemia, a diminuição da circunferência abdominal, da pressão arterial, dos triglicerídeos, que são fatores de risco para doença cardiovascular. Contudo é uma medicação de alto custo, eu acredito que uma pequena parcela da população vá ter acesso. Dessa forma não deve haver uma grande mudança no panorama da obesidade no Brasil, porquê possivelmente uma pequena parcela da população terá acesso a medicação.Daniela Espíndola, Doutora, pesquisadora e Investigadora
De acordo com a pesquisadora, o remédio aprovado pela Anvisa será o mais potente disponível no Brasil para o tratamento da doença. Entretanto, ela cita que já existem medicamentos mais potentes aprovados em outros países para o tratamento da obesidade, e que os resultados podem chegar a uma perda de 20% do peso. Daniela cita a Tizerpartida vendido com o nome Mounjaro, é vendido nos Estados Unidos. Para a doutora nós caminhamos neste momento para uma redução de cirurgias bariátricas, mas que não acredita que esse seja o cenário para os próximos anos nos país.
Outro ponto que Daniela ressalta é que a obesidade está relacionada aos fatores econômicos, e que se for observado os dados, a maioria da população obesa é quem possuí uma escolaridade e um poder aquisitivo menor. O que de acordo com a profissional, fará com que esses pacientes não tenham acesso a um medicamento como esse.
Então os pacientes com menor poder aquisitivo não terão acesso aos medicamentos mais modernos que promovem uma grande perda de peso. É necessário uma mudança nas políticas pública do país, para que esses pacientes tenham acesso a tratamentos de ponta. É necessário que haja equipes interdisciplinares, para atender esses pacientes, e que esses profissionais também sejam capacitados. Há muita desinformação nessa área e tratamentos equivocados da obesidade.Daniela Espíndola, Doutora, pesquisadora e Investigadora
Sem mudança de estilo de vida, medicação não permitirá alcançar os 17%
A pesquisadora pontua que a obesidade é provocada por multifatores como ambiente, genéticos e a questão de responder bem ou mau ao tratamento indicado ou receitado pelos médicos.
Os resultados obtidos pelo Wegovy, ocorreram a partir de uma mudança de estilo de vida dos pacientes. De acordo com Daniela, caso o paciente não mude o seu estilo de vida, passe a praticar atividades físicas, tenha uma alimentação readequada, não será possível chegar nesse topo dos 17% da perda de peso.
Outro ponto que a profissional lembra é que existem aqueles que respondem bem ao tratamento e aqueles em que a resposta não é a adequada. O paciente que não tem uma boa resposta é perceptivo com apenas três meses em que não haja uma perda de 5% do peso. Daniela salienta que os resultados vistos em quem respondeu bem ao tratamento, possibilitou que um a cada três pacientes, perdesse pelo menos 20%
Medicação contém altas doses
A maioria dos brasileiros, para não dizer todos, tem uma mania de se automedicar, o que é desaconselhado. Após a matéria ser publicada pelo DM, sobre a medicação, foi notório em nossas redes sociais, o número de pessoas que já procuraram saber onde adquirir o mesmo. A investigadora pontua que o Wegovy tem doses muita elevadas, e que é improvável que o paciente consiga progredir nas doses sem o auxílio de um médico, principalmente no caso de ocorrer efeitos adversos.
Outro ponto importante que precisa ser lembrado é que por se tratar de uma doença crônica, é necessário uma equipe interdisciplinar, formada geralmente por um Endocrinologista, um Nutricionista e um Psicólogo, pois assim é possível obter melhores resultados no tratamento até mesmo em doenças associadas a obesidade. A pesquisadora frisa também que para conseguir isso, é preciso que se tenha uma mudança de políticas públicas, uma vez que nem sempre temos essa equipe multidisciplinar ou ambulatórios para o atendimento deste paciente.
A obesidade é uma doença crônica, o tratamento deve ser a longo prazo, e isso requer uma equipe interdisciplinar. Além do Endocrinologista, é essencial um nutricionista, psicólogo. Se tivermos uma equipe interdisciplinar, os resultados de perda de peso, de tratamento das doenças associadas a obesidade são muito melhores. Precisamos ter políticas públicas com ambulatórios para tratamento dessa população, tem poucos locais em Goiânia que oferece esse tipo de tratamento. Quando esse tipo de tratamento é oferecido, ele contempla uma pequena parcela da população. E quando o mesmo é inexistente uma grande parte dela fica desassistida por não ter acesso, e não ter vagas para esses pacientes".Daniela Espíndola, Doutora, pesquisadora e Investigadora
.........................
PORTAL UOL
Carta aberta a Nísia Trindade, ministra da Saúde
Cara Ministra Nísia Trindade,
Depois de quatro anos desastrosos de um governo que deixou a saúde dos brasileiros à deriva em meio a uma pandemia, a sua posse como a primeira mulher a assumir comando do Ministério da Saúde é um grande alívio. Ainda mais ao ouvir a declaração de que sua gestão "será pautada pela ciência e pelo diálogo com a comunidade científica".
Também comemoro que em seu primeiro discurso, você tenha deixado explícito que atuará em defesa dos direitos sexuais e reprodutivo. Como uma mulher de 64 anos, entendo que você também tenha, até por experiência pessoal, o entendimento sobre a importância de atuar frente a uma outra fase em que as brasileiras são totalmente abandonadas: o climatério.
Estamos falando de uma parcela gigante da população. De acordo com estimativas publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, calcula-se que o Brasil tem hoje aproximadamente 29 milhões de mulheres entre climatério e menopausa, o que totaliza quase 30% da população feminina brasileira. Considerando que a expectativa de vida da mulher no Brasil é de 80 anos, segundo o IBGE, é esperado que essa etapa corresponda a um terço da vida.
Como mulher branca, privilegiada, moradora de um grande centro do País e que possui plano de saúde, posso dizer que enfrentar esse período da vida tem sido um dos maiores desafios que já encarei. Com acesso a tratamento médico com reposição hormonal, orientação sobre alimentação, atividade física e suporte psicológico, tenho conseguido recolocar minha vida nos trilhos. Mas imensa maioria das mulheres entre 45 e 55 anos, período em que a menopausa costuma acontecer, não tem a mesma sorte. Não recebem informação, atenção e muito menos tratamento para enfrentar sintomas na rede pública de saúde.
De cada quatro mulheres, pelo menos três experimentam sintomas da menopausa que podem durar vários anos. A queda da produção hormonal dessa fase pode trazer quadros depressivos, insônia, ondas de calor, confusão mental, atrofia vaginal, incontinência urinária, ansiedade, dores articulares, palpitação. Esses sintomas podem passar de 30 e afetar as mulheres em diferentes intensidades, de maneira devastadora em muitos casos.
Há um projeto de Lei (5602/19), que visa garantir atendimento público especializado para mulheres durante a menopausa no Sistema Único de Saúde (SUS) em análise na Câmara dos Deputados desde 2019. Isso não basta, precisamos de ação.
As mulheres brasileiras na menopausa precisam de informações, inclusive com campanhas de conscientização sobre o tema para entenderem o que estão passando. Precisam de incentivo para procurar por auxílio e tratamento para os sintomas. Precisam de ambulatório de ginecologia especializado em climatério e menopausa nas Unidades Básicas de Saúde. Precisam de atenção de especialistas e prescrição do tratamento adequado para seus sintomas, como terapia de reposição hormonal quando necessário, bem como recomendações de mudanças no estilo de vida e fitoterápicos ou tratamentos não-hormonais que possam ajuda-las.
Como mulher madura, acredito que você terá a sensibilidade para entender essa causa urgente, entre tantas outras que sabemos que você terá que endereçar. Contamos com você.
Obrigada, muita saúde e saudações
Silvia Ruiz
.....................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Retomar o Mais Médicos com estrangeiros e elevar coberturas vacinais são prioridades, diz novo secretário da Saúde
Covid-19: quase 69 milhões estão com a dose de reforço atrasada
Prefeitura de Goiânia irá instalar armadilhas para mosquito Aedes aegypti
Técnica de enfermagem tem bumbum necrosado após cirurgia plástica
Técnica em enfermagem denuncia que teve parte do bumbum necrosado e cicatrizes no corpo após cirurgias em Goiânia
PORTAL G1
Retomar o Mais Médicos com estrangeiros e elevar coberturas vacinais são prioridades, diz novo secretário da Saúde
Aumentar a confiança nas vacinas e os índices de vacinação, garantir a presença de médicos - brasileiros ou estrangeiros - em todas as cidades e ampliar os cuidados em saúde bucal são consideradas prioridades máximas dentro da Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde, agora sob o comando do médico sanitarista Nésio Fernandes.
"O grau de hesitação vacinal que está presente hoje na população não tem paralelo na história recente do país. Grupos antivacina foram acolhidos pelo governo federal. Grande parte da população acabou seguindo essas teses legitimadas pela instituição, pelo Ministério da Saúde", disse Fernandes em entrevista ao g1, ao relembrar a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Ele também saiu em defesa do aborto legal no Sistema Único de Saúde (SUS) e disse que irá revogar todos os documentos que tragam posições que, segundo ele, forem "retrógradas" e "ultrapassadas". ( abaixo nesta reportagem.)
Ex-secretário de saúde de Palmas (TO) e do Espírito Santo, Nésio renunciou ao cargo de presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) para fazer parte da equipe da nova ministra da Saúde, Nísia Trindade, composta por oito secretarias.
Para Fernandes, coube a missão de cuidar da "porta de entrada" do (SUS). No guarda-chuva da Atenção Primária, estão:
A atual gestão do Ministério da Saúde prepara o que está sendo chamado de "Pacto Nacional pela Vacinação", que deve ser colocado em prática nos primeiros 100 dias de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O objetivo é recuperar as baixas coberturas vacinais, em queda há mais de cinco anos, e que afetam principalmente crianças e adolescentes que não tomaram as vacinas do calendário básico, colocando o Brasil na rota do retorno de doenças já eliminadas, como a poliomielite.
Segundo o novo secretário, entre as medidas que devem ser tomadas estão:
"Precisamos vencer a hesitação vacinal. Precisamos ter painéis de transparência mostrando os indicadores de cobertura vacinal por escola, por bairro, por unidade de saúde, colocando claramente para a população o risco que é ter um filho em uma escola com apenas 40% das crianças vacinadas", defende Fernandes. "Isso precisa estar desenhado".
O Brasil voltará a abrir vagas para médicos estrangeiros atuarem no Brasil dentro do Mais Médicos, criado na gestão de Dilma Rousseff (PT) em 2013. A iniciativa sofreu resistências de Bolsonaro, que decidiu criar um novo programa em 2019, o Médicos pelo Brasil, para substituir o programa petista.
Na prática, isso não aconteceu. Até então, os dois programas estavam existindo de forma concomitante. E, segundo o secretário do Ministério da Saúde, não foram suficientes para preencher as vagas no interior e em periferias, áreas que mais sofrem com a falta de médicos na atenção básica.
"É possível adotar uma estratégia única de provimento de médicos unificando o Médicos pelo Brasil e o programa Mais Médicos. Vamos retomar um grande movimento para garantir médicos em todos os municípios brasileiros", disse Nésio Fernandes.
Entre os estrangeiros, podem ser cubanos que ficaram no Brasil ou médicos de qualquer país do mundo que entrem nos critérios da legislação que permitem a participação no Mais Médicos - Nésio Fernandes, secretário de Atenção Primária Médicos formados no exterior, brasileiros ou estrangeiros, que forem selecionados pelo programa terão um registro médico temporário emitido pelo Ministério da Saúde para atuação exclusiva na atenção básica durante o período de trabalho.
Mesmo sendo evangélico, Nésio Fernandes saiu em defesa do aborto legal no SUS. Ele argumentou que é preciso tratar o tema como questão de saúde pública e disse que irá revogar todos os documentos com visões consideradas antiquadas.
"Eu sou uma pessoa evangélica. No entanto, sei diferenciar o que é uma agenda de saúde pública e uma agenda da fé de cada um. Negar o acesso ao aborto nas condições previstas em lei é submeter essas vítimas de violência a outras violências", disse o novo secretário.
A última gestão da secretaria de Atenção Primária foi acusada de tentar dificultar o acesso ao aborto legal pelas vítimas de violência sexual. O posicionamento apareceu em documentos feitos para orientar profissionais de saúde no atendimento desses casos no SUS.
"Toda e qualquer produção de nota técnica, portaria ou instrumento normativo que existir no Ministério da Saúde legitimando posições retrógradas e que não garantem direitos serão revogadas, sem dúvida alguma", garantiu Fernandes.
Na Atenção Primária, Nésio Fernandes também coloca como prioridade o fortalecimento da saúde bucal. Promete fazer um mutirão para fornecer atendimento odontológico de graça e lançar estratégias para aumentar a presença de dentistas nos postos de saúde.
"Estamos diariamente amputando dentes de milhares de cidadãos brasileiros, quando esses dentes deveriam estar sendo protegidos, submetidos a uma política de acesso à prevenção da extração dos dentes", afirma.
O novo secretário de Atenção Primária defende que haja o mesmo número de consultórios de saúde bucal e de consultórios para enfermeiros e médicos.
............................
AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: quase 69 milhões estão com a dose de reforço atrasada
Cerca de 69 milhões de brasileiros ainda não receberam a dose de reforço da vacina contra a covid-19. A Rede Nacional de Dados em Saúde mostra ainda que mais de 30 milhões de pessoas não receberam a segunda dose do reforço, enquanto 19 milhões de pessoas não buscaram sequer a segunda dose do esquema vacinal primário.
Esta semana, a recém-empossada ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que a pandemia não acabou e reforçou a importância de se completar o esquema vacinal contra a doença.
“A pandemia mostrou a nossa vulnerabilidade. O rei está nu. Precisamos afirmar, sem nenhuma tergiversação, e superar essa condição”, disse, ao destacar que o país responde por 11% das mortes por covid-19 no mundo, apesar de representar 2,7% da população global.
Segundo a pasta, estudos científicos revelam que a proteção vacinal desenvolvida contra a covid-19 é mais alta nos primeiros meses, mas pode apresentar redução. Com a dose de reforço, a proteção contra o vírus volta a ficar elevada. Por isso, a proteção adicional é considerada indispensável.
“Neste cenário, o Ministério da Saúde ressalta que é fundamental buscar uma unidade de saúde mais próxima para atualizar a caderneta de vacinação contra a covid-19 e outras doenças.”
Cobertura vacinal
Até o momento, 163 milhões de pessoas tomaram a segunda dose ou a dose única da vacina contra a covid-19, o que representa 79% da população. Quanto à primeira dose de reforço, 102,5 milhões foram aplicadas. Já a segunda dose de reforço - ou dose adicional - soma 45,2 milhões de aplicações.
............................
O HOJE
Prefeitura de Goiânia irá instalar armadilhas para mosquito Aedes aegypti
Ao todo, 3 mil equipamentos serão instalados em pontos estratégicos da capital | Foto: Reprodução
A Prefeitura de Goiânia irá instalar armadilhas para o combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite doenças como Dengue e Chikungunya. Ao todo, 3 mil equipamentos serão instalados em pontos estratégicos da capital, como nas regiões de maior risco de contaminação.
A ação tem como objetivo evitar que o número de doentes e mortes por Dengue em Goiânia aumente em 2023. O equipamento atrai e captura fêmeas que transmitem as doenças, além de atuar em um raio de 400 metros.
Após ser capturado, o inseto é exposto a um inseticida que elimina os ovos e contém um veneno que fica na pata do mosquito fazendo com que outros criadouros visitados não consigam procriar.
O superintendente de Vigilância em Saúde de Goiânia, Yves Mauro Ternes, em entrevista à rádio CBN, explicou que a efetividade desta ação é de 70 a 80% do controle vetorial onde as armadilhas são instaladas.
De acordo com Secretaria de Saúde, equipes estão passando por treinamento, para a instalação dos equipamentos. Em 2022, a capital goiana teve 53 mil registros de casos de dengue e 44 mortes. A cidade ficou atrás apenas de Brasília, que registrou 67 mil casos da doença.
............................
JORNAL OPÇÃO
Técnica de enfermagem tem bumbum necrosado após cirurgia plástica
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás já tinha interditado o CRM da cirurgia plástica em fevereiro do ano passado
Joana Darque da Silva Montel, de 30 anos, está vivendo um pesadelo, tudo começou após procedimentos estéticos mal sucedidos. A técnica em enfermagem alega que realizou uma cirurgia e teve parte do bumbum necrosado, além, de várias cicatrizes no corpo, os procedimentos foram realizados pela médica Lorena Duarte Rosique.
Machucada, a paciente registrou boletim de ocorrência solicitando investigação por lesão corporal. À polícia, ela conta que fez um procedimento estético no bumbum em 13 de dezembro de 2022, e que evoluiu para uma infecção. As cirurgias plásticas com a médica começaram em 2021.Conforme a vítima, as plásticas não foram bem sucedidas, bem como as cirurgias reparadoras, para tentar corrigir o procedimento anterior.
Além da necrose no bumbum, Joana afirma que tem cicatrizes pelo corpo, especialmente na barriga, ela também perdeu parte das aréolas dos seios.
A defesa da médica informou em entrevista ao Metrópoles que a paciente foi atendida orientada, porém, procurou um hospital público, onde supostamente teria piorado a infecção e seu estado de saúde.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou em nota que essa não é a primeira vez que surgem denuncias contra a médica.
Confira a nota:
Em 17 de fevereiro de 2022, Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) interditou cautelarmente a cirurgiã geral e cirurgiã plástica Lorena Duarte Rosique (CRM/GO 15.293), após tomar conhecimento de denúncias de pacientes contra a médica.
A interdição cautelar é um procedimento administrativo adotado pelos Conselhos Regionais de Medicina para restringir o exercício da profissão por médicos cuja ação ou omissão, decorrentes de sua profissão, esteja prejudicando gravemente a população, ou na iminência de fazê-lo.
No mesmo período, o Cremego iniciou os procedimentos para a apuração da conduta profissional da especialista. O processo está em tramitação e, cumprindo o artigo 1º do Código de Processo Ético-Profissional Médico, essa apuração tramita em sigilo.
A interdição cautelar tinha validade de seis meses e poderia ter sido prorrogada por mais seis ou revogada a qualquer momento pelo Cremego. Mas, em 25 de março de 2022, o Conselho Federal de Medicina (CFM) revogou a interdição feita pelo Cremego e a médica pôde voltar a atuar.
.........................
PORTAL G1
Técnica em enfermagem denuncia que teve parte do bumbum necrosado e cicatrizes no corpo após cirurgias em Goiânia
Outras pacientes da médica que operou a mulher relataram ter ficado com deformidades pelo corpo após plásticas. Lorena Rosique teve o CRM interditado, mas o registro foi reativado depois.
Por Rafael Oliveira, g1 Goiás
A técnica em enfermagem Joana Darque da Silva Montel, de 30 anos, denuncia que teve parte do bumbum necrosado e várias cicatrizes no corpo após fazer cirurgias com a médica Lorena Duarte Rosique, em Goiânia. A mulher contou que fez um procedimento estético no bumbum em 13 de dezembro do ano passado, que evoluiu para uma infecção. Ela registrou boletim de ocorrência na polícia pedindo investigação por lesão corporal.
A cirurgiã teve o registro de médica (CRM) interditado pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), em fevereiro do ano passado, após denúncias de pacientes que também tiveram cirurgias malsucedidas, mas o registro foi reativado um mês depois pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e ela voltou a operar (leia íntegra da nota do Cremego ao final da reportagem).
Dias antes de o CRM da médica ser interditado, o g1 mostrou a denúncia da vendedora Kelly Cristina Gomes da Costa, de 29 anos. Ela também registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil contra Lorena Rosique após fazer procedimento para levantar os seios, eliminar gordura e aumentar o bumbum, mas teve queimaduras na pele e diversas complicações.
O g1 entrou em contato com a defesa da médica por mensagem, às 10h16 desta quarta-feira (4), mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
No site do Tribunal de Justiça de Goiás há pelo menos 18 processos tramitando contra a médica, a maioria sob sigilo.
Primeira cirurgia
As cirurgias plásticas da técnica em enfermagem Joana Montel começaram em 2021. Ela colocou próteses nos seios e fez lipoaspiração na barriga com Lorena Rosique. Na época, ela teve complicações e procurou a médica por diversas vezes para reparar os procedimentos.
As cirurgias reparadoras, chamadas de refinamento, foram feitas, mas não corrigiram as deformidades, segundo Joana. Ela perdeu parte das aréolas dos seios e ficou cicatrizes grandes na barriga.
Vendedora teve para cardíaca
Outra paciente de Lorena Rosique, a vendedora Karita Rabelo de Andrade, de 34 anos, fez lipoaspiração e colocou próteses nos seios em 4 de dezembro de 2021. Um dia depois da cirurgia, ela relata que passou mal e precisou se internar. No hospital, ela descobriu que teve o intestino perfurado. Durante a internação, Karita teve paradas cardíacas, ficou em coma e foi até intubada.
"No início, ela [médica] me disse que era anemia. Minha barriga ficou toda vermelha e ela dizendo que era alergia aos medicamentos. A infecção da barriga desceu para as pernas e eu já não andava mais. Fiz várias cirurgias", contou Karita.
De 2021 para hoje, a vendedora lamenta ter que viver entre consultas médicas e exames em hospitais.
"Minha vida não voltou ao normal. Busco formas de amenizar o que aconteceu, porque não é só o físico, o emocional também fica abalado", desabafou.
Seios com tamanhos diferentes
Uma mulher que preferiu não se identificar também fez cirurgias com Lorena Rosique, em dezembro de 2020, com a intenção de ficar com a barriga e os seios mais bonitos.
Foram feitos os procedimentos de lipoaspiração e mamoplastia sem prótese. Ela foi outra paciente que teve infecções logo após as plásticas.
Um ano depois, em 13 de agosto de 2021, ela pagou novamente a médica para fazer a correção dos dois procedimentos que teriam sido malfeitos, mas não obteve sucesso.
"Minha mama ficou uma maior que a outra. A aréola do meu peito ficou deformada, com cicatrizes horríveis. Minha barriga também ficou deformada após a lipoaspiração", explicou.
A advogada Flávia Lemes, que defende a paciente, disse que há boletim de ocorrência registrado na polícia e que também já ingressou com processo contra médica pedindo reparação de danos morais e materiais.
Desde as cirurgias, há dois anos, a mulher relatou que faz tratamento psicólogico.
"Não é fácil entrar em um hospital bem e sair deformada. Minha barriga era lisa, não tinha nem uma deformidade, meu peito era normal e hoje não é mais. Sinto muitas dores, anda cansada pela cirurgia", lamentou a paciente.
...........................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Covid-19: Brasil registra 28 mil casos e 211 mortes em 24 horas
Haddad diz que governo fará pente-fino em deduções com gastos de saúde do Imposto de Renda
Saúde precisa fazer campanhas para combater epidemia de desinformação
Vacina contra Covid será anual para grupo de risco, diz nova secretária da Saúde
O ano da tecnologia em saúde e energia
Goiás confirma 2,7 mil novos casos de covid-19 em 24 horas
Unimed Goiânia oferece pronto atendimento virtual das 7h às 19h
AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil registra 28 mil casos e 211 mortes em 24 horas
O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 694.192 mortes por covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (3) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 36.390.423.
Em 24 horas, foram registrados 28.057 novos casos. No mesmo período, foram confirmadas 211 mortes de vítimas do vírus.
Ainda segundo o boletim, 35.145.500 pessoas se recuperaram da doença e 694.192 casos estão em acompanhamento. O boletim de hoje não traz os dados atualizados de Tocantins.
Estados
De acordo com os dados disponíveis, São Paulo lidera o número de casos de covid-19, com 6,32 milhões, seguido por Minas Gerais (4 milhões) e Rio Grande do Sul (2,9 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (158,9 mil). Em seguida, aparece Roraima (181,3 mil) e Amapá (182,6 mil).
Em relação às mortes, de acordo com os dados mais recentes disponíveis, São Paulo apresenta o maior número (177.487), seguido de Rio de Janeiro (76.526) e Minas Gerais (64.487). O menor número de mortes está no Acre (2.040), Amapá (2.166) e Roraima (2.180).
Vacinação
Até hoje, foram aplicadas 498,2 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 181,4 milhões como primeira dose e 163,9 milhões como segunda dose. A dose única foi aplicada em 5 milhões de pessoas. Outras 102,5 milhões já receberam a primeira dose de reforço e 40,2 milhões já foram vacinadas com a segunda dose de reforço.
.................
PORTAL TERRA
Haddad diz que governo fará pente-fino em deduções com gastos de saúde do Imposto de Renda
Ministro da Fazenda diz que é preciso coibir abusos, como tratamentos estéticos. Assunto pautou campanha eleitoral após 'Estadão' revelar que equipe de Guedes tinha plano de acabar com descontos de saúde e educação
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o governo fará um pente-fino nos descontos com gastos de saúde do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Ele disse que, moralmente, é preciso coibir abusos com as deduções desses gastos. Segundo ele, não é "agradável" ver um gasto com tratamento estético ser abatido do imposto a pagar.
"A primeira providência é fazer um pente fino em abuso. Toda vez que não tem teto, limite, de dedução se identifica abuso", afirmou. "Isso é insignificante na proporção geral, mas moralmente e eticamente falando é importante coibir e fechar esse tipo de torneira", acrescentou Haddad, em live do portal 247.
O ministro respondia a uma pergunta de como atuaria em relação à discussão de retirada dos descontos de gastos de saúde do IR. Esse foi um tema da campanha depois que o revelou que a equipe do ministério da Economia, Paulo Guedes, tinha planos para acabar com os descontos de saúde e educação.
Haddad disse que pediu para checar a informação que recebeu de que tem contribuinte que deduziu tratamento estético feito no exterior. "Nem sei se é verdade, mas eu recebi essa informação e pedi para checar. Nem sei se é assim que funciona a tabela de deduções", disse.
O ministro sinalizou ainda que a correção da faixa de isenção da tabela do IRPF só entrará em vigor no ano que vem. Ele justificou que não pode fazer a correção da tabela este ano devido ao chamado principio da anterioridade, que rege a tributação do Imposto de Renda. Por essa regra, uma medida de aumento do IR só pode entrar em valor no ano seguinte. Haddad esqueceu-se de dizer, no entanto, que para reduzir o imposto não precisa esperar a virada do ano.
......................
O GLOBO
Saúde precisa fazer campanhas para combater epidemia de desinformação
É desalentador constatar que o aumento do número de casos de Covid-19 nos últimos meses tenha levado a um crescimento no uso de medicamentos do chamado Kit Covid, comprovadamente ineficazes contra o novo coronavírus. Como mostrou reportagem do GLOBO, entre outubro e novembro do ano passado as vendas de unidades do vermífugo ivermectina saltaram de 793 mil para cerca de 1,8 milhão, segundo levantamento do Conselho Federal de Farmácia (CFF). No caso da hidroxicloroquina, recomendada contra a malária, passaram de 89.400 para 97.400.
Contra todas as evidências científicas, o governo de Jair Bolsonaro incentivou o uso do Kit Covid no combate à doença, enquanto sabotava, por meio de desinformação criminosa, os esforços para vacinar a população, a melhor forma de conter o vírus e evitar hospitalizações e mortes. A obsessão de Bolsonaro pela cloroquina que, além de ser inútil contra a Covid-19, ainda expunha os pacientes a efeitos colaterais graves chegou a provocar a demissão dos ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.
Ministério da Saúde:
A recém-empossada ministra da Saúde, Nísia Trindade, ex-presidente da Fiocruz, anunciou a revogação de notas técnicas que autorizavam o uso da cloroquina no tratamento da Covid-19. Nísia terá, entre tantas outras missões importantes, a tarefa de combater a epidemia de desinformação, que também mata. Infelizmente, o governo anterior falhou no esclarecimento da população. Faltaram campanhas maciças para informar sobre os riscos da automedicação com drogas ineficazes e sobre a importância e benefícios da vacinação.
Em quase três anos de pandemia, está claro que o vírus não vai desaparecer de uma hora para outra. Com o constante surgimento de novas variantes, de tempos em tempos haverá aumento de casos, e a sociedade terá de conviver com essa nova realidade. Ao menos agora sabemos ou deveríamos saber o que é preciso fazer: vacinar, vacinar e vacinar.
Covid-19:
Embora não sejam ruins, os índices de cobertura vacinal contra a Covid-19 ainda não são suficientes para proteger a população de forma segura. Pouco mais de 80% dos brasileiros tomaram as duas doses, e apenas metade recebeu pelo menos uma dose de reforço, fundamental para enfrentar as variantes do novo coronavírus.
O novo governo terá o desafio de recuperar o outrora bem-sucedido Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a confiança na vacinação. Para isso, precisará fazer campanhas e mutirões, de modo a elevar os índices de cobertura. Nada que já não tenha sido feito no passado com outras doenças. Ao mesmo tempo, será necessário enfrentar as mentiras que se alastram pelas redes enaltecendo drogas ineficazes contra a Covid-19. Vacina e informação correta são os antídotos para combater esses males.
......................
FOLHA DE S.PAULO
Vacina contra Covid será anual para grupo de risco, diz nova secretária da Saúde
A nova secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirma que a vacina contra a Covid-19 será incorporada ao calendário anual do governo para pessoas do grupo prioritário - como idosos, imunossuprimidos e profissionais de saúde.
No governo de Jair Bolsonaro (PL), a vacina não fazia parte do calendário anual de vacinação e foi incorporada apenas ao PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19).
A nova secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, durante entrevista à Folha em seu gabinete em Brasília - Pedro Ladeira /Folhapress
A população deve ser convocada para receber as doses junto com a imunização contra a gripe. A intenção é que isso ocorra a partir de abril, dando prazo para organizar a estratégia do governo nos primeiros 100 dias.
"Agora, efetivamente, a Covid entra no nosso Departamento de Imunização. O ministério acabou de receber uma compra grande de doses que, a princípio, daria para cobrir esses grupos prioritários", diz à Folha.
"A ideia é que a campanha siga os mesmos grupos prioritários da gripe, que são os mais vulneráveis, como os profissionais de saúde, imunossuprimidos, idosos. A princípio, será uma dose de reforço com a vacina bivalente", afirma.
Ethel diz que a pasta terá entre as prioridades o aumento da cobertura de todas as imunizações, e que a comunicação terá papel central para reverter a resistência da população. O ceticismo em relação às doses cresceu nos últimos anos, estimulado também pelo então presidente Bolsonaro.
"A gente tem o maior programa de imunização do mundo e sempre fomos exemplo. Infelizmente, estamos saindo dessa pandemia com essa imagem... acho que dizer 'arranhada' é muito pouco. A comunicação, sem dúvidas, vai ser central neste governo para que a gente possa recuperar a confiança [na vacinação]", disse.
A imunização infantil estava em queda antes da gestão de Bolsonaro, mas o quadro se agravou. Levantamento do Observatório de Saúde na Infância mostra que a vacina contra a poliomielite, por exemplo, foi aplicada em 74,84% da população-alvo em 2021, sendo que o percentual em 2018 era de 88,33%. Até novembro de 2022, ficou em 71,97%.
A estratégia do Ministério da Saúde é fazer parceria com outras pastas para conseguir atingir os índices necessários. Por exemplo, trabalhando em escolas e colocando a imunização novamente como um condicionante para receber recursos de programas sociais.
Além disso, a nova ministra da Saúde, Nísia Trindade, já determinou que o PNI (Programa Nacional de Imunização) se tornará um departamento, ganhando mais relevância no novo governo.
Outra medida é restabelecer o diálogo com os municípios e os estados para que a vacinação caminhe junto em todos os estados.
Ethel é a primeira mulher a ocupar essa secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente.
Professora do Departamento de Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), Ethel era a primeira da lista tríplice para ocupar o cargo de reitora da instituição- mas Bolsonaro escolheu outro nome para o cargo.
Assim como Ethel, Nísia é a primeira mulher a chefiar o ministério da Saúde e ingressa no momento em que o governo de transição vê um desmonte histórico no SUS, com perda de recursos, queda na cobertura vacinal e falta de coordenação com estados e municípios.
.........................
O ESTADO DE S.PAULO
O ano da tecnologia em saúde e energia
A pandemia e a guerra impactaram, respectivamente, as tecnologias digitais e energéticas. 2023 será um laboratório. Mas as inovações impõem desafios éticos
O s dois grandes eventos globais da década de 20, a pandemia e a guerra na Ucrânia, produziram um impacto massivo sobre a inovação tecnológica. O primeiro, em particular, sobre a revolução digital; o segundo, sobre a transição energética. 2023 será um imenso laboratório para ensaiar os rumos dessas e outras tecnologias.
A guerra convencional no território ucraniano é espelhada por uma guerra energética, especialmente na Europa. A curto prazo, os europeus foram obrigados a recorrer à energia "suja", como o carvão. Mas, a médio prazo, já estão envidando esforços para cortar a dependência dos combustíveis fósseis. Por isso, no computo geral, a Agência Internacional de Energia (AIE) considera que a crise pode ser um "ponto de inflexão histórico".
Já em 2022, segundo a AIE, a eficiência energética aumentou 2% - o dobro da média dos últimos cinco anos. O impulso ao desenvolvimento de energias renováveis foi "sem precedentes". A AIE aponta uma série de temas granulares a serem enfrentados para fomentar um ambiente atraente aos investidores, especialmente nos países em desenvolvimento, como o fortalecimento das cadeias de fornecimento, formação tecnológica, investimentos em infraestrutura e procedimentos claros para a aprovação de projetos.
Especialistas apontam que 2023 deve marcar a retomada do interesse pelo hidrogênio, uma fonte energética que produz quase zero emissões de gases de efeito estufa. O hidrogênio "verde" é
produzido através de electrolisadores que dividem moléculas de água em oxigênio e hidrogênio. O hidrogênio "azul" é produzido através da divisão do gás natural entre CO, e hidrogênio. A vantagem em relação ao emprego direto do gás natural é que os vazamentos de metano podem ser minimizados e as emissões de carbono, sequestradas.
A pandemia, além do impacto colateral sobre as tecnologias digitais, teve um impacto direto sobre o desenvolvimento de imunizantes. Espera-se em 2023 uma nova geração de vacinas contra a covid. Mais de 170 testes clínicos podem resultar em vacinas nasais, mais eficazes para evitar a transmissão, e vacinas à prova de variantes. Após o sucesso das vacinas mRNA para a covid, estão previstos testes para vacinas contra malária, tuberculose, herpes genital e variantes de influenza. A OMS também prepara uma lista de patógenos prioritários que podem causar potenciais surtos, o que servirá para criar mapas para pesquisa e desenvolvimento de vacinas, tratamentos e diagnósticos. Ainda no campo da saúde, em janeiro os reguladores norte-americanos anunciarão se uma droga que retardou as taxas de declínio cognitivo em testes clínicos poderá ser disponibilizada para pessoas com Alzheimer.
Na esfera digital, a Inteligência Artificial com interfaces sem códigos, facilmente acessíveis a leigos, está se tor
nando real no mundo corporativo, possibilitando a criação de produtos e serviços mais inteligentes. No varejo, por exemplo, algoritmos já recomendam produtos adaptados aos interesses dos clientes e facilitam o pagamento e entrega dos bens e serviços.
A tendência das empresas de utilizar tecnologias como a Realidade Aumentada ou a Virtual para treinamentos e reuniões deve acelerar. Especialistas apontam que 2023 será determinante para os rumos de uma internet tridimensional e imersiva onde as pessoas podem trabalhar e socializar - o chamado "metaverso".
Como sempre, o desenvolvimento tecnológico impõe desafios éticos. Como disse apresidente da Data & Research Society, Danah Boyd, "as tecnologias digitais sempre espelham e magnificam o bom, o mau e o feio". Isso pode ser aplicado a todas as tecnologias, mas, particularmente em relação às digitais, a humanidade precisará se empenhar em responder a algumas questões fundamentais: como desenvolver tecnologias e práticas de segurança capazes de proteger as pessoas e organizações; como desenvolver suportes cognitivo e comportamental aptos a imunizar as pessoas contra a manipulação em massa e epidemias de desinformação; e como viver em um mundo com potencial crescente de ameaças e colapsos cibernéticos.
..........................
A REDAÇÃO
Goiás confirma 2,7 mil novos casos de covid-19 em 24 horas
Goiás registrou 2.732 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Não há registros de morte pela doença no mesmo período. Os dados constam no boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) desta terça-feira (3/1). Com isso, o território goiano já soma 1.829.612 infecções pela doença e 27.793 óbitos confirmados desde o início da pandemia.
A Saúde estadual ainda investiga 904.669 casos e 62 mortes para saber se há alguma ligação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade é de 1,52% em Goiás.
..........................
Unimed Goiânia oferece pronto atendimento virtual das 7h às 19h
A Unimed Goiânia oferece pronto atendimento virtual das 7h às 19h para consultas on-line de adultos e de crianças (pediatria). Durante as férias escolares, por exemplo, os beneficiários têm acesso ao serviço de onde estiverem, o que pode ser feito por meio do Portal Unimed Goiânia ou pelo aplicativo para celular Super App Unimed, sem gerar coparticipação.
Desde o início de 2022, o serviço de telemedicina atende pacientes em casos de baixa complexidade e com sintomas diversos, o que evita filas nas emergências e a exposição ao ambiente hospitalar e às doenças. Quando há a necessidade da realização de exames ou encaminhamento a uma especialidade, o beneficiário recebe esse direcionamento já na consulta feita à distância.
...........................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Nísia toma posse como ministra da Saúde e critica negação da ciência na gestão Bolsonaro
Covid-19: Goiás confirma 1,5 mil casos e 6 mortes em 24 horas
Com alta de 247,4% e 3.517% em 2022, dengue e chikungunya tem recorde de mortes em Goiás
Goiás começa preparação para enfrentar novas subvariantes da Covid-19
Caneta de semaglutida: Anvisa aprova 1ª injeção para tratar obesidade
Reajustes de salários no serviço público pesam mais no orçamento do que a Farmácia Popular
A importância do tratamento pós-poliomielite
YAHOO
Nísia toma posse como ministra da Saúde e critica negação da ciência na gestão Bolsonaro
A socióloga Nísia Trindade tomou posse como ministra da Saúde nesta segunda-feira (2). Ela ressaltou a importância da vacina e o trabalho em equipe. "Temos muita convicção na proteção das vacinas e lembro os brasileiros de completarem o esquema vacinal", disse.
Ela ressaltou que a gestão será pautada pela ciência, pelo diálogo com a comunidade científica e em um esforço tripartite com o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde).
Nisia destacou a importância de uma política autônoma na produção local e disse que o represamento de fila precisa ser uma agenda do setor público. Também destacou a importância da retomada das coberturas vacinais e do programa de imunizações.
"O presidente Lula tem reiterado a preocupação com represamento de exames, cirurgias eletivas e diversos procedimentos. Essa tem que ser uma agenda do Estado, da sociedade e da academia. Da mesma forma, ao lado dos ministérios da área econômica estaremos atuando para fortalecer a produção local e o complexo econômico industrial da saúde", disse.
Nisia criticou o governo Bolsonaro e ressaltou a importância de trabalhar a ciência e religião de uma outra forma. Ela citou o educador Paulo Freire, que foi criticado por membros do governo Bolsonaro. Também citou o desmonte na saúde que a equipe de transição conseguiu mapear.
"Durante o governo que ontem se encerrou e nos trouxe período de obscurantismo de negação da ciência, cultura, dos valores que não gosto nem de denominar como civilizatórios. Na tradição da pedagogia Paulo Freire, que gosto de chamar de valores antecipatórios, quero chamar a atenção da importância de trabalhar de uma outra forma a relação de religião e ciência, religião e sociedade", disse.
A ministra disse ainda que em até 15 dias terá um panorama de quais normas serão revogadas. Ele citou alguns exemplos, como toda a parte de saúde mental, normas que ofendam a ciência, direitos humanos e direitos sexuais reprodutivos.
Nísia Trindade Lima é a primeira mulher a ocupar o cargo em quase 70 anos de história da pasta.
Ela ingressa no momento em que o governo de transição vê um desmonte histórico no SUS, com perda de recursos, queda na cobertura vacinal e falta de coordenação com estados e municípios.
Graduada em ciências sociais, mestre em ciência política, doutora em sociologia, Nísia assumiu a presidência da Fiocruz em 2017. Ela é servidora da fundação desde 1987.
Eleita com 60% dos votos de trabalhadores, pesquisadores e professores da Fiocruz, foi a primeira mulher a presidir a centenária instituição, referência em ciência, saúde pública e tecnologia em saúde da América Latina.
Nísia liderou o acordo da Fiocruz com a AstraZeneca para a produção no Brasil de vacinas contra a Covid-19. Na gestão dela, a fundação ainda foi escolhida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como centro de desenvolvimento e produção de vacinas com a tecnologia de RNA mensageiro na América Latina.
Durante o evento, ela falou da nova estrutura do Ministério da Saúde. Como a Folha de S.Pauloantecipou, foi criada uma nova secretaria na pasta de Informação e Saúde Digital. Com isso, o Datasus (sistema de informática do SUS) será direcionado para a nova área.
Também será criado o departamento de vigilância de IST, Aids e Hepatites Virais, o departamento de Saúde Mental e o departamento de imunizações, este último será comandado pela servidora de carreira da pasta, Ana Gorete. "Elevar em departamento significa dar mais peso", explicou Nísia.
Estiveram presentes na solenidade a ministra do Esporte, Ana Moser, o ministro de relações institucionais, Alexandre Padilha, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, a ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, e o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, a ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara, o ministro da Educação, Camilo Santana. Também estiveram presentes os ex-ministros da Saúde Humberto Costa e Nelson Teich.
Durante a posse, o conselho deliberativo da Fiocruz fez uma homenagem à Nísia. "Reforçou a equidade de gênero e raça na nossa instituição'', disse Marilda Souza Gonçalves. "Temos certeza que o Ministério da Saúde está recebendo um presente, um tesouro, cuidem bem dele", reforçou.
*
VEJA OS NOVOS SECRETÁRIOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECRETARIA-EXECUTIVA
Swedenberger do Nascimento Barbosa, assessor na Fiocruz-Brasília e professor na Escola de Governo Fiocruz (EGF) nos cursos de especialização em saúde coletiva e mestrado profissional em políticas públicas em saúde.
SECRETARIA DE INFORMAÇÃO E SAÚDE DIGITAL
Ana Estela Haddad, professora titular do departamento de ortodontia e odontopediatria da Faculdade de Odontologia da USP.
SECRETARIA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Nésio Fernandes, presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e secretário de Saúde do governo do Espírito Santo.
SECRETARIA DE VIGIL NCIA EM SAÚDE E AMBIENTE
Ethel Maciel, professora do Departamento de Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo).
SECRETARIA DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA À SAÚDE
Helvécio Miranda, médico, foi secretário nacional de Atenção à Saúde na gestão de Alexandre Padilha (PT) no Ministério da Saúde.
SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE
Isabela Pinto, professora do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA (Universidade Federal da Bahia).
SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS
Carlos Gadelha, doutor em economia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), foi vice-presidente da Fiocruz e atuou em ministérios de Lula e de Dilma Rousseff (PT)
SECRETARIA DE SAÚDE INDÍGENA
Weibe Tapeba, coordenador da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Ceará
.........................
A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás confirma 1,5 mil casos e 6 mortes em 24 horas
Goiânia - Goiás confirmou 1.572 casos de covid-19 e 6 mortes pela doença em 24 horas. As informações constam no boletim epidemiológico que foi divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, nesta segunda-feira (2/01). Além disso, 65 óbitos suspeitos estão em investigação para saber se há relação com o coronavírus.
De acordo com a SES-GO, desde o início da pandemia, Goiás já confirmou 1.826.880 casos e 27.774 mortes de covid-19. A taxa de letalidade da doença é de 1,52%.
.........................
JORNAL OPÇÃO
Com alta de 247,4% e 3.517% em 2022, dengue e chikungunya tem recorde de mortes em Goiás
Mortes pelas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti subiram 300% e 8.000 % no mesmo período
Os casos de dengue e chikungunya bateram recorde no estado de Goiás em 2022. Os números são os maiores desde quando começaram a ser feitos os registros das doenças provenientes do mosquito Aedes aegypti, no ano de 1994. Durante o decorrer do ano, Goiás registrou 21 casos de dengue por hora, sendo 515 por dia e 15.475 ao mês.
Ao todo, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) contabilizou 187.774 casos confirmados. O número é 247,4% maior do que o registrado em 2021 (54.049 casos). Além disso, os registros de casos notificados também subiram 279,6%, após passar de 82.889 notificações em 2021 para 270.658 em 2022.
O número de mortes também surpreende devido ao aumento expressivo de 300%. Apenas no ano passado, 156 pessoas morreram por complicações da doença, enquanto que em 2021 o número chegou a 39.
Para a Superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, o aumento pode estar relacionado a quantidade atípica de chuvas que caíram sobre o estado. Ela afirma ainda que o estado caminha para um aumento no número de infecções pela doença, que vive um pico durante os meses de janeiro e fevereiro.
“São multifatores, mas a suspensão das visitas devido a pandemia e a população que esqueceu que existia dengue contribuíram para essa situação. Cerca de 90% dos criadouros ficam nas casas, existem estudos que comprovam isso”, explicou.
Chikungunya e Zika
Os casos confirmados relacionados à chikungunya, por outro lado, sofreram um aumento ainda maior, de 3.517%. Isso porque os registros da doença saltaram de 109 em 2021, para 3.943 no ano passado. A letalidade, no entanto, é inferior à da dengue, mas também seguiu tendência de aumento, passando de uma morte (em 2021) para oito (em 2022). Ou seja, um aumento de 8.000%.
Já a Zika registrou aumento de 100% no número de casos confirmados. Foram 30 casos no ano passado e 15 em 2021. A doença foi responsável por uma morte, sendo o primeiro óbito em quatro anos. A primeira é a última morte pela doença, desde 2015, foi registrada em 2018 pela SES.
“Os principais sintomas dos vírus são febre alta, erupções cutâneas e dores musculares e nas articulações. Em alguns casos, há pessoas que não conseguem se locomover. Não existe nada de inovador para combater a dengue, a não ser as ações que já estão sendo realizadas, como aplicação de remédios e fiscalização. Porém, a forma mais eficaz é acabar com os criadouros, mas para isso precisamos da população”, concluiu.
........................
Goiás começa preparação para enfrentar novas subvariantes da Covid-19
Diante do aumento no número de casos confirmados de Covid-19 e a baixa adesão da vacina por parte da população, a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES) já começou a se preparar para enfrentar novas subvariantes do vírus que possam surgir em 2023. A informação foi confirmada nesta segunda-feira, 2, pela Superintende de Vigilância em Saúde da pasta, Flúvia Amorim, durante entrevista ao Jornal Opção.
Flúvia afirmou ainda que 2,7 milhões de goianos estão com a segunda dose de reforço em atraso. Em compensação, o estado conta com 6,9 milhões de pessoas, de acordo com a prévia do Censo Demográfico de 2022, divulgada no último dia 27 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, 38% dos goianos estão com o esquema vacinal incompleto.
“Goiás vacinou com a primeira dose 84% da população. Então ainda temos 16% da população sem nenhum tipo de dose. Novas variantes vão aparecer, vamos ter novas sublinhagens e a vacinação é muito importante para não termos um boom de casos graves. Estamos nos preparando para isso”, explicou.
Preparação
Uma das formas de prevenção, conforme Flúvia, é o começo da imunização com novas vacinas, como a Bivalente. Ela contou que o estado aguarda o envio dos imunizantes por parte do Ministério da Saúde (MS).
“A vacinação é muito importante. Mesmo com o aumento de casos não tivemos aumento de mortes. Isso é um reflexo da vacinação. É muito importante também que os municípios fiquem atentos às situações. Não dá para estabelecer sazonalidade com Covid-19, ela não tem uma data para apresentar aumento”, concluiu.
...............................
PORTAL TERRA
Caneta de semaglutida: Anvisa aprova 1ª injeção para tratar obesidade
Tratamento, já aprovado em países como Estados Unidos e Canadá, consiste em um hormônio que sinaliza ao cérebro a sensação de saciedade
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a primeira medicação injetável de aplicação semanal para tratar a obesidade do País. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 2. O tratamento com a caneta de semaglutida (2,4 mg), que já recebeu aval em países como Estados Unidos e Canadá, deve ser feito com supervisão médica.
A substância - que é aprovada para tratar o diabete tipo 2 no País, mas em dosagem menor - pode fazer com que pacientes percam, em média, 15% do peso corporal em pouco mais de um ano. A semaglutida consiste em um hormônio que sinaliza ao cérebro a sensação de saciedade. A aplicação subcutânea ocorre uma vez por semana e já é testada por pesquisas científicas.
Como mostrou o há um ano, o método, desenvolvido para tratamento do diabete, se revelou como um importante aliado no combate à obesidade. Um dos principais estudos que indicam como a caneta pode ser útil para pacientes com obesidade, segundo especialistas, foi publicado em março de 2020 na revista científica The New England Journal of Medicine.
Os pesquisadores demonstraram que, quando combinada a uma alimentação regrada e ao aumento da atividade física, a dosagem semanal de 2,4 mg de semaglutida propiciou perda média de peso de 15,2%, ante 2,6% no grupo placebo - a dosagem usada para tratar a obesidade é quase o dobro dos 1,3 mg usados para tratar o diabete tipo 2.
"É a medicação que chega com estudos demonstrando a maior potência em termos de redução percentual do peso", afirma o médico endocrinologista Paulo Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
Participaram dos testes 1.961 adultos com alto índice de massa corpórea, que foram acompanhados durante 104 semanas. Não houve ocorrência de efeitos colaterais graves, mas foram relatados eventos gastrointestinais, como náusea e vômito, o que reforça a necessidade de acompanhamento médico.
Conforme Miranda, os estudos não têm demonstrado efeitos adversos mais graves ou de maior preocupação. "De maneira geral, a medicação é bem tolerada, porque os efeitos colaterais são reversíveis, com a redução da dose ou com a suspensão da medicação", explica o endocrinologista.
Como resultado, a caneta, cujo nome comercial no exterior é Wegovy, foi aprovada no mesmo ano do estudo pela agência reguladora dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) para tratar o sobrepeso e a obesidade, um dos principais problemas enfrentados pelos americanos. Também recebeu aval da Europa e do Canadá.
No Brasil, a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, que comercializa o produto, solicitou no fim de 2021 o uso da caneta à Anvisa para tratar a obesidade. Após passar por análise, o pedido agora foi aprovado, mas ainda não há previsão de quando irá chegar ao Brasil ou quanto irá custar.
"Devemos celebrar o fato de ter mais uma medicação para o tratamento da obesidade", diz Miranda. "Mas é importante ressaltar que o tratamento da obesidade, que é uma doença crônica, complexa e multifatorial, não é apenas por terapia farmacológica. Envolve tratamento médico e multidisciplinar."
Para a diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), a médica endocrinologista Cynthia Valerio, "a aprovação da semaglutida para o tratamento da obesidade pela Anvisa é uma enorme conquista para os pacientes com obesidade e sobrepeso no Brasil".
"É uma medicação que vem inaugurando uma nova era no tratamento da obesidade", afirma. Ela reforça que os estudos sobre o medicamento apontam que o tratamento pode propiciar uma perda de peso sustentada de, em média, 17% do peso corporal em cerca de um ano e meio de uso.
Mas ela também pondera que o tratamento deve ser aliado junto a outras ações. "O remédio apoia a mudança do estilo de vida, mas nunca deve ser encarado como um tratamento isolado", reforça Cynthia. "A obesidade hoje é um problema de saúde pública tão grande que a gente tem que pensar como uma arma a mais, que vem agregar junto a outras já existentes."
Caneta de liraglutida
A caneta de liraglutida, também desenvolvida pela Novo Nordisk, já está aprovada pela Anvisa para tratamento da obesidade. Diferentemente da semaglutida, no entanto, ela é de aplicação diária.
Não há estudo comparativo entre a efetividade das duas substâncias para tratar a obesidade, mas uma pesquisa conduzida pela farmacêutica dinamarquesa apontou que a Saxenda pode diminuir a massa corporal em até 8% após administração por um ano - índice menor que o apresentado pela semaglutida.
..........................
.....................
JORNAL DO COMMÉRCIO
Reajustes de salários no serviço público pesam mais no orçamento do que a Farmácia Popular
Montante supera também os valores reservados para o Auxílio Gás, que atende cerca de 5 milhões de famílias brasileiras -->
O impacto do reajuste salarial para elite do serviço público, que já vale a partir deste ano e foi aprovado a toque de caixa, será de mais de R$28 bilhões nas contas públicas. O valor é maior do que o extra que a PEC Fura-Teto de Lula reservou para o Ministério da Saúde bancar programas como o Farmácia Popular, R$22,7 bilhões. Também é quase oito vezes o extra para o pagamento do Auxílio Gás, que atende cerca de 5,5 milhões de famílias carentes, e terá R$3,7 bilhões no orçamento.
Contracheque
Só nos altíssimos salários do Senado, o generoso reajuste de R$ 19% no holerite terá um impacto bilionário: R$1,256 bilhão.
Turbinada de bilhões
No Judiciário, o estrago será ainda maior: R$13,6 bilhões para garantir o reajuste nos supersalários ao longo dos próximos 3 anos.
Muito para poucos
Só com deputados federais, senadores, presidente e vice-presidente da República e ministros, o custo do reajuste passa dos R$178 milhões.
Boiada
Entram ainda na esteira do reajuste órgãos como Ministério Público da União, Defensoria Pública da União e o Tribunal de Contas da União.
Primeiros atos de Lula mostram atraso e retrocesso
Ainda que esperadas, após os discursos eleitorais em defesa de ideias em desuso há décadas, as primeiras decisões do presidente Lula deixaram clara a mudança para pior. Os reflexos foram imediatos, com a Bolsa caindo e o dólar aumentando no dia em que oito estatais foram blindadas da privatização e Lula atacou o Teto de Gastos, instrumento de controle de despesas e na direção de uma política fiscal sustentável. A ameaça de gastança sinaliza mais inflação e aumento de impostos.
Festival de leviandades
O Teto de Gastos foi ferido de morte com a PEC Fura-Teto, em uma semana de leviandades do Congresso no apagar das luzes de 2022.
Crimes de lesa-pátria
A Petrobras perdeu ontem mais de 6,5% do valor, R$200 bilhões desde o 2º turno. O Banco do Brasil, abatido em pleno voo, perdeu 4,2% de valor.
Vinganças e retaliações
Decretos de Lula se concentraram em armas, exploração de terras, além de revogar e investigar atos de Bolsonaro. Emprego e economia, nada.
Produção de privilégios
Uma das estatais blindadas de privatização, a PPSA, que gerencia o Pré-Sal, tem uma "utilidade", pagar média salarial de R$34,1 mil. O maior salário na empresa forra bolsos privilegiados com R$45 mil mensais.
Pobreza sem fim
A mulher de 33 anos que entregou a faixa a Lula é catadora de terceira geração. Tinha 14 anos no governo Lula e seguiu a sorte da avó e da mãe, com Dilma. Os 16 anos de PT as mantiveram ainda mais pobres.
Questão política
O recuo que segurou por mais 60 dias a desoneração dos combustíveis, desautorizando Fernando Haddad (Fazenda), teve influência de Gleisi Hoffmann, que mostrou a Lula o estrago político da medida do ministro.
O sem-cargos
O quase ex-senador Fernando Bezerra (MDB-PE) perde uma penca de cargos federais. O primeiro a rodar foi Antônio Campos (Fundação Joaquim Nabuco), irmão e adversário da família do falecido Eduardo Campos. Também vão rodar os presidentes da Codevasf e Hemobras.
Diga Xis
O clima ruim entre Simone Tebet e Marina Silva pôde ser visto na foto ministerial. Foram 10 pessoas entre uma e outra. O clima azedou desde a disputa pelo Ministério do Meio Ambiente, que acabou com Marina.
Dilma à solta
Confusão mental de Dilma na posse de Esther Dweck (Gestão): "Temos de nos organizar para conseguir apoiar que as medidas legislativas e políticas que o governo venha a tomar tenha apoio, tenha sustentação, e que não ocorra nenhuma ruptura". E pensar que ela foi presidente...
Passaporte
Na agenda com Lula, o presidente português: Marcelo Rebelo de Sousa apelou à mais ululante obviedade na relação entre os dois países: convidou o brasileiro a visitar seu país. O passeio deve ser em abril.
Inegável
A senadora Soraya Thronycke (MS), que foi candidata a presidente, tentou elogiar a "vitória da democracia" ao chegar para a posse de Lula, mas não esqueceu: "O histórico de corrupção existiu no governo do PT".
Cláudio Humberto
.......................
TV SERRA DOURADA
A importância do tratamento pós-poliomielite
https://www.youtube.com/watch?v=GByZtGRWLbk&list=PL6HeYSHGvEdX-Pp0aEO6MLDWjKYkPPfDT&index=20
.........................
Assessoria de Comunicação
Instituições de saúde devem ficar atentas aos valores, desconto e prazos para o pagamento da anuidade do Cremego
Escrito por Administrador
O prazo para o pagamento da anuidade de 2023 devida pelos estabelecimentos de serviços de saúde ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) vence em 31 de janeiro.
Os valores variam de R$ 811,00 (capital social até R$ 50 mil) a R$ 6.488,00 (capital social acima de R$ 10 milhões). A anuidade pode ser parcelada em até cinco vezes, sem desconto.
Os boletos estarão disponíveis pelo site https://sistemas.cfm.org.br/boletoweb/go a partir da segunda quinzena deste mês.
De acordo com a Resolução CFM 2.317/2022, Pessoa Jurídica, que atenda a critérios estabelecidos, poderá solicitar desconto de 80% no valor da anuidade. O pedido de desconto pode ser feito no período de 2 a 20 de janeiro de 2023.
Para saber mais sobre o assunto e também conferir prazos e valores para pagamentos da anuidade dos médicos (pessoa física), acesse o site do Cremego: www.cremego.org.br
(Fonte: Santa Inteligência Comunicação/Agência de Notícias)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
MEC publica portaria regulamentando cursos de medicina que agora precisam seguir regras do Mais Médicos
Vamos começar o ano repensando o currículo dos cursos de medicina?
Ministério da Saúde deveria instaurar busca de não vacinados
Governo Lula: os 100 primeiros dias são essenciais para o novo governo
Marcos Lisboa afirma: 'Existe risco de uma crise severa no Brasil'
Os melhores planos de saúde de 2023
Salário mínimo de R$ 1.320 começa a valer neste domingo (1º/01)
O futuro dos planos de saúde no âmbito da defesa do consumidor
Índice de desempenho de operadoras de saúde é o melhor desde 2013
VALOR
MEC publica portaria regulamentando cursos de medicina que agora precisam seguir regras do Mais Médicos
A abertura dessa modalidade de graduação está proibida desde 2018
Por Beth Koike, Valor — São Paulo
O Ministério da Educação (MEC) acaba de publicar uma portaria regulamentando novas regras para cursos de medicina. A abertura dessa modalidade de graduação está proibida desde 2018, mas muitas instituições de ensino estão conseguindo abrir esses cursos por meio de liminares judiciais.
“A portaria revoga moratória e padroniza as regras para abertura dos cursos. Montamos um grande grupo de trabalho com o Ministério da Saúde, instituições de ensino e entidades de saúde. Há uma maior articulação e compromisso do curso de graduação de medicina com a valorização da rede SUS local e loco regional”, disse o ministro do MEC, Victor Godoy.
A portaria determina que todos os 388 cursos vigentes e as novas graduações de medicina passem a seguir as novas regras — que absorvem muito das exigências do programa Mais Médicos.
As instituições de ensino superior passam ser obrigadas a reverter 10% do faturamento bruto obtido com as mensalidades para a rede pública da cidade onde o curso está ou será instalado, as faculdades precisam ainda destinar 10% das vagas do curso a alunos carentes ou moradores dos município e aprimorar o programa de residência médica.
Essas regras já constavam no programa Mais Médicos, mas há aperfeiçoamentos como a exigência de que as escolas criem um planejamento de como a verba dos 10% das mensalidades será revertida. Essa destinação precisa atender às carências de saúde da cidade.
Outra novidade é uma adequação no programa de residência, do qual a faculdade é obrigada a investir, que possibilita criação de especializações médicas que carecem nas cidades que abrigam os cursos.
As faculdades que conseguem abrir cursos de medicina via liminar não são obrigadas a atender essas exigências — o que gerou queixas das instituições de ensino que operam dentro das regras do Mais Médicos.
Por esse programa, a faculdade só pode ter graduação de medicina em cidades pré determinadas pelo governo que, por sua, vez escolhe aqueles municípios com carência de médicos. “Há contrapartidas determinando que todas as instituições precisam dar contrapartidas ao SUS, o que é muito interessante”, disse o ministro.
As escolas que estão operando seus cursos de medicina por meio de liminar terão um prazo de 12 meses para se adequar às novas regras. Esse prazo passa a contar a partir do pedido de renovação do curso, que ocorre a cada três anos.
Há atualmente, cerca de 200 pedidos de liminares para abertura de cursos fora das regras do Mais Médicos e da moratória que, até então, era valida até abril de 2023.
Diante dessa avalanche de ações judiciais, o caso foi para o Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Gilmar Mendes está analisando se a Lei dos Mais Médicos é constitucional. “A portaria também dá melhores condições para o ministro Gilmar tomar sua decisão”, disse Godoy.
Mesmo que a decisão do ministro do STF considere ser legal as instituições de ensino abrirem cursos fora do Mais Médicos, as exigências passam a ser as mesmas.
......................
O GLOBO
Vamos começar o ano repensando o currículo dos cursos de medicina?
Na primeira coluna do ano, quero mostrar como cresce, no mundo todo, o número de pessoas e organizações pensando em soluções para os desafios do envelhecimento da população - um fato que não pode ser tratado como um fardo. Ainda no rescaldo do Century Summit 2022, é bom lembrar que, em 2018, Laura Carstensen, sua fundadora e diretora, lançou o "novo mapa da vida", diante da perspectiva de nossas existências serem estendidas por décadas. De lá para cá, cientistas e pesquisadores da instituição trabalham em diversas frentes:
Comunicar a ciência mais efetivamente para o público, a fim de popularizar informações relevantes e combater fake news.Valorizar as relações intergeracionais e promover ações para fortalecer os laços entre jovens e sêniores.Ampliar os limites da gerontecnologia, pondo a tecnologia a serviço dos idosos, e, ao mesmo tempo, estimular que os mais velhos desenvolvam habilidades digitais. Criar produtos e serviços voltados para a longevidade.Repensar o currículo das faculdades de medicina, uma vez que a formação dos médicos está muito defasada em relação ao "novo mapa da vida".
Gosto especialmente da iniciativa para dar uma sacudida nos cursos de medicina, que ainda associam a velhice à decadência física e mental. A longevidade é uma construção que começa com o cuidado pré-natal e deve acompanhar o indivíduo ao longo de sua existência. É tarefa de toda a sociedade garantir condições para que as pessoas tenham autonomia e sejam independentes pelo maior tempo possível, o que inclui estar fisicamente em forma, mentalmente apto e financeiramente seguro.
Como cidadãos, temos que cobrar políticas públicas nesta direção. Na Califórnia, por exemplo, desde 2019 existe o cargo de "surgeon general", o equivalente a um procurador-geral, só que na área da saúde. Sua tarefa é funcionar como um conselheiro de políticas públicas a serem implementadas. A ginecologista e obstetra Diana Ramos, que ocupa o cargo, afirma que seu objetivo é criar uma política de cuidados de 0 a 25 anos que dê frutos na velhice:
"A prevenção da demência está baseada em alimentação e sono de qualidade, atividade física, não fumar, controlar a obesidade e quadros inflamatórios, um denominador comum que serve dos 8 meses aos 80 anos".
.....................
Ministério da Saúde deveria instaurar busca de não vacinados
A troca de governo traz necessariamente ao presidente que assume o ônus de lidar com problemas da gestão anterior. E, sobretudo quando o novo governante é oposição ao antecessor, a regra é dar a maior publicidade possível aos males deixados pela incúria alheia.
Mas alegar herança maldita em nada ajudará a resolver os dramas brasileiros. Serão responsabilidades do novo governo tanto a pobreza ancestral quanto a queda recente na cobertura vacinal não só contra a Covid-19 , resultado da onda anticiência que, no Brasil, encontrou em Jair Bolsonaro seu maior propagador.
Covid-19:
Enquanto o combate à miséria depende de programas sociais eficazes e duradouros, incentivar a população a se vacinar parece menos complicado. Há vacinas disponíveis para o governo comprar, o mais rapidamente possível, e ter estoque suficiente. No caso da Covid-19, o Ministério da Saúde encomendou mais 50 milhões de doses da Pfizer que elevam a proteção contra a variante Ômicron. Serão entregues até o segundo trimestre deste ano. O Brasil tem experiência de campanhas bem-sucedidas e conta com a capilaridade do Sistema Único de Saúde, que se mostrou eficiente na pandemia. Tais facilidades serão inúteis, porém, se os brasileiros reticentes não forem aos postos de saúde.
É preciso incentivar a população a se vacinar. Não só com campanhas de publicidade, mas de modo ativo: indo às casas das famílias ou aproveitando momentos em que o cidadão tem contato com agentes do Estado, seja ao se cadastrar para receber benefício, procurar uma unidade de saúde, fazer matrícula em escola pública, tirar passaporte ou se apresentar ao serviço militar obrigatório. Nenhuma oportunidade pode ser desperdiçada para convencer os resistentes ou descuidados de que as vacinas são confiáveis e ajudam a evitar mortes ou sequelas dramáticas para a vida toda (caso da poliomielite).
Vacinação infantil:
A queda na cobertura de vacinação é assustadora. Na vacina da pólio, caiu de 84,4% em 2016 para 70,9% em 2021. Na primeira dose da tríplice viral contra sarampo, caxumba e rubéola , de 95,4% para 74,8% no mesmo período. Na pentavalente contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e a bactéria Haemophilus influenza tipo b , a queda foi de 89,3% para 71,4%. Com a maioria dos vírus ou bactérias, a cobertura precisa alcançar 95% ou mais para o nível de proteção da população deter a circulação da doença.
No caso da Covid-19, apenas metade da população (49,9%) tomou a dose de reforço. Isso significa que não estão devidamente protegidos contra o coronavírus 107 milhões de brasileiros. Não surpreende que diariamente ainda morram mais de 150 pessoas por Covid-19 e mais de 30 mil casos sejam diagnosticados.
É urgente o novo governo criar programas para ir atrás dos brasileiros que deixam de se vacinar, correndo o risco de adoecer e morrer por males evitáveis. Sucumbir à ignorância é um retrocesso inadmissível.
........................
AGÊNCIA ESTADO
Governo Lula: os 100 primeiros dias são essenciais para o novo governo
Tradição na política americana, o simbolismo dos cem primeiros dias começou antes da posse para Luiz Inácio Lula da Silva. Com a vitória apertada na disputa eleitoral e a necessidade urgente de provar ser possível governar com uma base mais ampla do que o PT e sua órbita na esquerda, o presidente eleito terá, diferentemente de seus antecessores, menos tempo para angariar apoio político e popular, num cenário de oposição nas ruas e de um Centrão fortalecido nas urnas.
A relevância dos cem dias remete ao governo do ex-presidente americano Franklin Delano Roosevelt, que aprovou no período 76 projetos de lei e emplacou uma série de ações regulatórias para conter a crise que assolava o país, tornando-se referência para líderes em todo o mundo de 1933 para cá.
No caso de Lula, a intenção não é apenas aprovar novas normas, mas revogar parte das existentes. Isso sem contar a imensa lista de promessas que dependem de recursos indisponíveis no Orçamento.
Recolhido após a derrota nas urnas, o presidente Jair Bolsonaro praticamente repassou a Lula a articulação política do restante de seu mandato. Em pouco mais de um mês, o governo de transição enfrentou seu primeiro teste: elaborar e aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garante às famílias cadastradas no Bolsa Família seguir recebendo R$ 600 por mês e ainda mais R$ 150 por criança de até seis anos de idade já em janeiro. O texto passou, mas não sem arranhões.
Para cumprir um de seus principais compromissos, Lula teve de negociar, antes mesmo de receber a faixa, com os donos do Centrão, especialmente o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a quem havia chamado de "imperador" durante a campanha. Logo de cara, a realidade política atual se impôs, com o Legislativo muito mais poderoso que nos anos de 2003 a 2010, quando o petista exerceu seus dois primeiros mandatos.
A força atual dos partidos que compõem o Congresso ainda obrigou Lula a barganhar até os últimos dias do ano a formação de seu Ministério. Para obter a almejada governabilidade, o novo governo terá em seu rol de aliados nomes do MDB, União Brasil e PSD, siglas que ajudaram a sustentar Bolsonaro nos últimos quatro anos. Segundo a cientista política Vera Chaia, o estilo "agregador" de Lula facilita esse movimento. "Ele busca o entendimento entre forças políticas diferentes porque tem pressa em começar a governar", disse a professora da PUC.
Dentro dos cem primeiros dias, haverá pressa para anular regras estabelecidas pelo governo Bolsonaro nas mais diversas áreas, especialmente as que tratam do afrouxamento das normas para porte e posse de armas, fiscalização ambiental e imposição de sigilos para dados públicos. Além de ir ao encontro do discurso eleitoral de Lula, as medidas ajudam a assegurar o simbolismo da troca de bastão.
Um eventual "revogaço", no entanto, também precisará de apoio político, assim como a retomada já anunciada de programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida e o Farmácia Popular. A antecipação das articulações com o Congresso, segundo a pesquisadora Carolina Botelho, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), serviu de termômetro para a próxima gestão. "O lado bom dessa história toda é que o governo entra antecipadamente na dinâmica que espera por ele em janeiro. E pode, inclusive, prever alguns passos."
Carolina ressalta que a aprovação da PEC da Transição, porém, não significa tranquilidade para Lula nos próximos quatro anos. "Essas coisas mudam de acordo com as demandas do presidente da Câmara, do chefe do Executivo, e de acordo com a conjuntura política e econômica. Retornar a um ambiente de normalidade é uma coisa positiva, mas ainda tem muita água para rolar."
Nesse cálculo, é o desempenho na economia que pode ditar o tamanho do apoio já nos primeiros meses. O cientista político Marco Antonio Teixeira, da FGV-SP, aponta dois desafios a serem enfrentados por Lula e sua equipe logo na largada do governo: controle da inflação e aprovação de uma reforma tributária.
"O primeiro desafio é manter a inflação num patamar baixo. Neste sentido, o fim da redução no ICMS dos combustíveis (determinado pelo presidente Jair Bolsonaro em seus últimos dias no cargo) pode representar um potencial de desgaste, visto que o preço dos combustíveis tem impacto nos preços dos alimentos, do transporte público e chega rapidamente ao orçamento dos mais pobres, sobretudo", afirmou.
O segundo desafio, na avaliação de Teixeira, é de natureza política e já foi até anunciado pelo novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Trata-se da viabilização de uma reforma tributária, prometida por todos os últimos governos sem sucesso.
"Talvez a mais estrutural de todas as reformas, ela não é de fácil execução, pois exige boa coordenação com os governadores e com o Congresso. A formação do Ministério e a composição das forças indicam que Lula, por ora, conseguiu calibrar uma boa base de apoio. Todavia, se houver desgaste nesses cem primeiros dias, esse trabalho fica comprometido e, certamente, o tamanho de sua base de apoio pode refluir."
Não menos importante, a imagem a ser passada interna e externamente pelo governo Lula pode, segundo analistas, determinar o rumo do terceiro mandato. Para o professor Eduardo Grin, mestre em Ciência Política e professor da FGV, a folga orçamentária obtida na transição permitirá ao presidente focar suas atenções para recolocar o Brasil no cenário mundial. Logo em janeiro, o petista deve visitar o presidente americano Joe Biden e já tem convite para fazer o mesmo em relação ao chinês Xi Jinping.
"Se o governo arranca mal, ele já precisa fazer um freio de arrumação no primeiro ano e isso tudo cobra um preço porque significa que será necessário recompor políticas e alianças", afirmou Grin. Para ele, apesar de a data não existir como um marco institucional, ela tem um aspecto real de avaliação processual.
Não por acaso, o próprio Lula lançou parte de suas principais políticas nos cem primeiros dias de seus mandatos anteriores, como o Fome Zero, em 2003, e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2007.
"Nos cem primeiros dias, o Congresso fica de olho. Se o governo está fraco, ele cobra mais. É possível avaliar objetivamente não o resultado, mas como o governo se comporta e se consegue segurar uma agenda", completa.
.......................
ISTOÉ DINHEIRO
Marcos Lisboa afirma: 'Existe risco de uma crise severa no Brasil'
Um dos principais nomes da área econômica do primeiro governo Lula, Marcos Lisboa avalia que o Brasil está no caminho de uma nova crise severa se o governo não adotar um "freio de arrumação". Na leitura dele, o País lida com um cenário preocupante de descontrole de gastos públicos e enfraquecimento das regras fiscais.
"Eu temo que, talvez, a gente tenha que enfrentar uma nova grave crise para poder começar a superar os problemas que estão sendo construídos", afirma Lisboa, hoje presidente do Insper.
Entre 2003 e 2005, Lisboa ocupou o cargo de secretário de Política Econômica no ministério então liderado por Antonio Palocci. Ele descreve a sua participação no governo petista da época mais como um "acidente do que uma intenção".
"Agora está se fazendo uma aposta em uma certa visão de mundo de que o papel da política pública é apoiar e estimular investimento - público e privado -, que isso vai gerar crescimento econômico e que, com o crescimento, a conta será paga. É uma aposta feita sem muita evidência", critica.
A seguir os principais trechos da entrevista concedida ao Estadão.
O que mudou no cenário econômico desde que Lula deixou a presidência e que ele precisa prestar atenção?
A partir de 2008, o Brasil apostou naquela agenda de estimular o investimento com subsídios e direcionamentos. O País ficou mais protegido, com maior concessão de benefícios para alguns setores. O resultado foi um baixo crescimento e uma crise fiscal que hoje é mais grave do que há 20 anos. Mas aí teve um ponto de melhora e vários agravantes. O de melhora é que, com a grave crise que começou em 2014, o País resolveu adotar algumas reformas importantes: reforma trabalhista, redução de subsídios ao setor privado, marco legal do saneamento, reforma da Previdência.
Qual foi o aspecto de piora?
O aspecto trágico do Brasil é, que quando as coisas começam a melhorar, a gente anda para trás. O País teve dois anos de pandemia, e a economia reagiu melhor do que o esperado, mas, na sequência disso, veio uma quantidade impressionante de retrocessos. Eu e o (economista) Marcos Mendes sistematizamos 42 medidas que foram aprovadas nos últimos dois anos, sendo 12 delas emendas constitucionais, como colocar semicondutor com proteção na Constituição, auxílio-taxista, auxílio-caminhoneiro, proteção para etanol, distribuição de benefícios. Isso é jogar dinheiro da sociedade no mar para beneficiar alguns.
Vê o novo governo preocupado com essa questão?
A bancada da esquerda, e do PT em particular, votou a favor de várias dessas medidas. A esquerda e a direita no Brasil votaram a favor da retomada dessa agenda patrimonialista. Votaram pelo orçamento secreto, votaram para garantir benefícios para grupos de interesse. Esquerda e direita no Brasil são muito mais parecidas do que as pessoas imaginam.
O sr. participou do primeiro governo Lula. O que o fez participar naquele momento e o que tem de diferente agora?
Aquele momento foi mais um acidente do que uma intenção. O Brasil vivia um momento difícil, uma crise de confiança grave, taxa de juros alta, prêmio de risco alto, dívida razoavelmente elevada. Fiquei muito surpreso com o convite para trabalhar naquele governo, mas havia uma agenda. Houve um acordo sobre uma agenda - diferente da esperada -, liderada pelo ministro (Antonio Palocci). A gente começou com um ajuste fiscal forte. O Banco Central teve autonomia para conduzir a política monetária. Isso gerou dificuldades no curto prazo, mas a economia voltou para o eixo e, em seis meses, as coisas estavam indo bem. Tinha uma série de propostas que tecnicamente não paravam em pé, como o Fome Zero. Elas fracassaram, mas o pragmatismo do presidente entrou em ação. Ele falou: 'Se o que o pessoal que me acompanha há tanto tempo propôs deu errado, vamos pensar diferente'. E aí a ideia de focalizar a política social e criar o Bolsa Família - que foi tão criticado pela esquerda - parou em pé. Acho que foi mais fruto das circunstâncias e de algumas pessoas que foram muito importantes naquele período, que convidavam ao diálogo, como o Luiz Gushiken (ministro da Secretaria de Comunicação do governo Lula, morto em 2013). Com a Casa Civil (à época comandada por José Dirceu), havia uma conversa construtiva.
Falta esse pragmatismo agora e pessoas como Gushiken?
Agora está se fazendo uma aposta em uma certa visão de que o papel da política pública é apoiar e estimular investimento - público e privado -, que isso vai gerar crescimento econômico e que, com o crescimento, a conta será paga. É uma aposta feita sem muita evidência. Pelo contrário: que projetos grandes iniciados em 2008, 2009 e 2010 deram certo? Ferrovias, a grande Petrobras que iria virar uma das maiores empresas do mundo, a indústria naval O que deu certo daquilo? É uma visão complicada de política pública, porque ela vem com uma narrativa que não se preocupa muito em ter evidências. Acho que é preocupante e que não estão atentando para as repercussões disso. O Brasil é um país que tem uma volatilidade imensa há algumas décadas. Isso custa crescimento. Essa irresponsabilidade com a política pública tem um custo social imenso.
A gente pode viver um baixo crescimento com esse cenário?
A gente está vivendo um baixo crescimento há mais de 40 anos exatamente por essas oscilações, por mudanças bruscas de regra. Como é que não conseguimos ter uma governança das estatais? Como se aprova mudança nas estatais em algumas horas, sem debate público? Qualquer discussão de política pública deveria ter um protocolo.
Acha que isso terá continuidade?
Isso está tendo continuidade, porque a esquerda apoiou essa agenda. Essa agenda não gerou divergência entre a esquerda e a direita no Brasil. Você promete desenvolvimentismo e o que entrega é o velho patrimonialismo brasileiro de grupos de interesse abocanhando nacos do Estado.
Em relação ao incentivo do Estado para investimento, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a política monetária é a que vai impulsionar a economia. Como vê essa sinalização?
Sinalizar no discurso que não acha que é o gasto (público) que vai impulsionar a economia é um bom sinal. Seria melhor se fosse acompanhado na prática. (É preciso) dizer: 'A gente tem de cuidar do social. Vamos apoiar um Bolsa Família melhor e, por isso, vamos reduzir subsídios daqui e dali, cortar despesas e falar para o Judiciário que não dá para ter mais aumento agora.' Se o discurso casasse com a prática, seria um avanço.
O sr. chamou o Haddad para ser professor no Insper. O que o chamou atenção nele?
No Insper, as decisões são colegiadas. Fernando Haddad tem um histórico acadêmico, foi prefeito, foi candidato a presidente, tem um conhecimento e uma vivência de política pública que qualquer boa universidade do mundo acolhe. Isso ajuda até na formação de novos gestores: quais foram os problemas que vocês enfrentaram? Qualquer boa universidade faz isso com pessoas que foram relevantes na política pública e no setor privado.
Mas como o sr. o vê como profissional?
Não falo de pessoas.
E sobre a estratégia de Ministério? Parece querer repetir o que foi feito antes: um político no comando e nomes técnicos embaixo. Isso é capaz de ser refeito?
Eu vou discutir agenda. O dia em que tiver uma agenda estruturada, um diagnóstico com evidência empírica e propostas concretas, aí a gente discute. Fora isso, é cair na conversa fácil. O que é relevante é saber qual reforma tributária vai apoiar. Vai ser a PEC 45? Ótimo.
Se fala na possibilidade de misturar a PEC 45 e a 110. Como você vê essa possibilidade?
Qualquer mistura com a PEC 110 só piora a reforma. A PEC 110 começa com uma série de exceções, de casos particulares, regimes especiais, tributação diferenciada. Temo que o que a gente assistiu nos dois últimos anos é, de fato, um Congresso muito sensível a grupos de pressão. O setor de serviços vai aceitar pagar imposto como todo mundo?
O que falta para o País? Parlamentar preocupado com a política pública ou o governo apontar qual é a agenda?
Foi um descaminho institucional imenso na última década. Eu acho que o fracasso da política no Brasil 10 anos atrás - um pouco mais -, com um governo muito incompetente tecnicamente e na política
O sr. se refere ao governo Dilma?
Sim. Era uma agenda incrivelmente atrapalhada, ineficaz, de pouco diálogo e tecnicamente superficial. Naquela época, o Congresso foi se apropriando dos poderes do Executivo. Começou com a emenda individual impositiva, veio a emenda de bancada e culminou nessa coisa inacreditável que o Brasil inventou, que é a emenda de relator. O Executivo ficou mais fraco. Na última eleição, foi impressionante como o Congresso se apropriou de verbas. Com o fundo eleitoral, por exemplo, tem de explicar para o estrangeiro que o Brasil dá US$ 1 bilhão para os partidos disputarem a eleição, fora o fundo partidário, fora o horário eleitoral gratuito. Você acabou elegendo quem era aliado dos caciques eleitorais, quem tinha dinheiro para fazer campanha. É a nossa superficialidade usual: quer uma solução fácil para um problema difícil, não estuda muito e tem uma ideia de quinta rapidamente.
Como resolver isso?
Não sei
Acha que tem alguém tentando resolver isso?
Olha, a gente tem falado sobre a questão das emendas de relator, dessas distorções institucionais, da retomada do estado patrimonialista, sobretudo nos últimos dois anos, há bastante tempo. Nem a esquerda nem a direita quis enfrentar o problema. No passado, quando a crise ficava severa, a sociedade pressionava, com as divergências e as dificuldades, por reformas duras. Na hora que a coisa fica boa, a gente volta ao descontrole. Acho que o Brasil vive esse ciclo, independentemente se é esquerda ou direita. São as circunstâncias que fazem a agenda. Temo que, talvez, a gente tenha de enfrentar uma nova grave crise para poder começar a superar os problemas que estão sendo construídos.
Durante o governo Dilma, o sr. alertou para a questão fiscal. Como vê a situação agora?
No fim de 2012, era claro que iria dar uma crise. Na época, minha dúvida era se isso iria gerar uma década perdida de novo. Já há alguns anos eu falo que a minha dúvida é se será apenas uma década perdida ou mais do que isso. Houve um freio de arrumação no governo Temer, naquela imensa crise. Algumas reformas boas foram feitas e o País interrompeu aquela crise severa, mas bastou interromper aquela crise para os grupos organizados, com apoio da esquerda e da direita, se realinhassem para voltar a captura do Estado. A consequência vai vir nos próximos anos.
Estamos caminhando para outra crise severa?
Esse risco existe e ele se agravou nas últimas semanas. A continuar essa expansão do desequilíbrio das contas públicas, a dívida pode sair de controle no curto prazo, e o risco é de um aumento da inflação e das taxas de juros no médio prazo, com impactos recessivos sobre a economia.
O governo eleito tem proposto fazer o ajuste com por meio da revisão das desonerações. Qual é a avaliação do sr.?
Um ajuste fiscal do tamanho que precisa ser feito passa por uma mobilização do governo e aprovações do Congresso. A capacidade discricionária do Ministério da Fazenda foi muito reduzida, com a grande quantidade de desonerações e concessões de benefícios e aumentos de gastos que foram aprovados nas últimas semanas. No Brasil, desoneração significa rever o Simples, as deduções de saúde, rever as desonerações do setor privado. Agora, teve a PEC dos enfermeiros, com maiores gastos. O Brasil está caminhando na direção contrária, de criação de novas desonerações, de ampliação do desequilíbrio por meio de leis e ampliação dos benefícios. A capacidade do governo, em particular da Fazenda, de fazer um ajuste por meio de desonerações e corte de gastos, é bem menor agora do que há algumas semanas.
E um ajuste via aumento de impostos?
Também é mais difícil do que em outros países. Metade da arrecadação tem que ser destinada para governos locais que, por força de lei, são obrigados a aumentar os gastos. Em geral, para cada um ponto de ajuste fiscal, a carga tributária de impostos deve aumentar dois pontos.
O sr. vê alguma sinalização positiva no novo governo?
A maior esperança é o pragmatismo de uma parte da liderança da esquerda se as coisas começarem a desandar. Se ficar nesse discurso de nós contra eles, o mercado contra a gente, essa falácia de que o mercado é um sindicato, alguém que a gente negocia... Não existe isso. O mercado é composto por pessoas, fundos de investimentos, de previdência, que têm a obrigação de cuidar dos recursos de quem vai se aposentar, seus investidores, fundos de pensão.
Por enquanto, então, não tem nada que o sr. acredite estar indo na direção correta?
Tem um histórico que mostra que, quando dá muito errado, o pragmatismo aparece. Mas a dúvida é: vão reconhecer erros rapidamente ou vão demorar a reconhecê-los?
............................
DEFESA – AGÊNCIA DE NOTÍCIAS
Os melhores planos de saúde de 2023
A vida é cheia de incertezas e nem sempre sabemos o que o futuro nos reserva. Em tempos de pandemia, o cuidado com a saúde ganhou ainda mais destaque. Por isso, que tal conhecermos os melhores planos de saúde de 2023?
Pensando no seu bem-estar, separamos aqui os principais planos de saúde que podem ser contratados neste ano. De forma simples e objetiva, apresentaremos as principais vantagens que os planos oferecem, detalhando as suas coberturas e condições de acesso.
Planos com Coparticipação
Muitos planos de saúde oferecem serviços com coparticipação, isto é, o usuário realiza um pagamento e a operadora custeará parte do valor. É importante pesar os prós e contras desse tipo de plano, pois, embora seja mais em conta, o usuário pode ter um restrição de atendimento.
Um exemplo de plano de saúde com coparticipação é a Unimed. Neste plano, o usuário desembolsa uma quantia fixa que varia de acordo com o plano selecionado e, além disso, paga uma participação adicional nos procedimentos realizados. O plano oferece cobertura para atendimento hospitalar, pronto-socorro, internação, urgência e emergência, cuidados de saúde bucal, consultas, exames, entre outros.
Outra opção é a Sul América Saúde, que possui planos de saúde com coparticipação. Neste caso, o usuário paga uma quantia fixa por mês, além de uma parcela adicional nos serviços utilizados. O plano oferece cobertura para exames, consultas, tratamento de doenças crônicas, internação hospitalar, cuidados de saúde bucal, entre outros.
Planos com Franquia
Os planos de saúde com franquia são aqueles nos quais a operadora cobre uma parte dos serviços prestados, mas o usuário precisa desembolsar um valor pré-estabelecido antes de iniciar o tratamento. Nestes planos, o usuário tem o direito de contratar serviços específicos sem custos adicionais.
Um exemplo de plano de saúde com franquia é o Amil. O usuário desembolsa um valor fixo por mês e garante direito a um pacote de serviços, como consultas médicas, exames laboratoriais, procedimentos ambulatoriais e internação hospitalar. Além disso, a quantidade de serviços contratados é ilimitada e o usuário não precisa desembolsar nada a mais.
Outra opção é o Golden Cross, que também possui planos de saúde com franquia. Neste caso, o usuário desembolsa uma mensalidade fixa e tem direito a um pacote de serviços, como consultas médicas, exames laboratoriais, procedimentos ambulatoriais e internação hospitalar, sem custos adicionais. O plano oferece ainda benefícios como descontos em medicamentos, exames e consultas.
Concluímos então que para escolher o melhor plano de saúde, é importante levar em consideração diversos fatores, como as vantagens de cada plano, a cobertura e as condições de acesso. É preciso pensar também se deseja um plano com coparticipação ou com franquia.
Agora que você já sabe quais são os melhores planos de saúde de 2023, aproveite que já tem essa informação e corra para fazer logo o seu e da sua família. Afinal, cuidar da saúde não tem preço.
.........................
AGÊNCIA BRASIL
Salário mínimo de R$ 1.320 começa a valer neste domingo (1º/01)
O novo valor do salário mínimo - de R$ 1.320,00 - entra em vigor neste domingo (1º/01). O Congresso Nacional aprovou o reajuste em dezembro do ano passado, como forma de compensar a desvalorização do Real diante da inflação do último ano. Em 2022, o valor era R$ 1.212,00.
O governo Bolsonaro chegou a propor R$ 1.302,00, mas durante os debates no Congresso Nacional, a Consultoria de Orçamento do Senado apontou que o valor proposto seria suficiente apenas para repor as perdas inflacionárias do período, não representando nenhum ganho real para quem tem sua fonte de renda atrelada ao mínimo. Depois disso, senadores e deputados federais aprovaram o Orçamento Geral da União para este ano com o mínimo de R$ 1.320,00.
O reajuste com 2,7% de ganho real, ou seja, superior à inflação do último ano, ampliará as despesas federais em cerca de R$ 6,8 bilhões. Isto porque as aposentadorias administradas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e vários benefícios sociais e trabalhistas, como o seguro-desemprego, abono do PIS/Pasep, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e outros, são atrelados ao piso nacional, tendo que ser corrigidos.
Valorização
Já as centrais sindicais reivindicavam que o governo federal voltasse a aplicar a Política de Valorização do Salário Mínimo, conforme os termos pactuados em 2007 e abandonados em 2019. Com isso, o piso deveria ser de R$ 1.342,00, contemplando a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – que, em 2022, atingiu 5,8% -, mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes – 4,6% em 2020.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em novembro último, o salário mínimo necessário para satisfazer as necessidades básicas (alimentação, moradia, vestuário, educação, higiene, transporte, lazer e previdência) de uma família com quatro pessoas deveria estar em torno de R$ 6.575,30.
...............................
O CONSULTOR JURÍDICO
O futuro dos planos de saúde no âmbito da defesa do consumidor
O futuro dos planos de saúde: propostas no âmbito da defesa do consumidor28 de dezembro de 2022, 8h00ImprimirEnviarPor Maria Stella GregoriOs planos de saúde no Brasil são regulados pela Lei 9.656, de 3 de junho de 1998, que fixa as regras para as operadoras de planos de assistência à saúde e para os próprios planos sob a observância da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).A Lei dos Planos de Saúde prevê a cobertura assistencial de todas as doenças previstas na Classificação Internacional de Doenças (CID), da Organização Mundial de Saúde, a partir de um rol de procedimentos e eventos em saúde fixado pela ANS, de acordo com a segmentação do plano adotada, isto é, ambulatorial (consultas, exames e tratamentos antineoplásicos domiciliares de uso oral), hospitalar (internação); hospitalar com obstetrícia (internação e assistência a parto), odontológica (procedimentos realizados em consultório) e referência (ambulatorial e hospitalar com padrão enfermaria).Nesses 24 anos de regulação dos planos de saúde, muitos avanços foram alcançados, mas como o direito, tal qual os movimentos da sociedade, é dinâmico, ainda se observam pontos de dissonância, especialmente em relação à proteção do consumidor estruturada no Código de Defesa do Consumidor, que acabam sendo dirimidos pelo Poder Judiciário.
A judicialização da saúde no Brasil, tanto a pública como a suplementar, tem aumentado muito nos últimos anos. O Grupo de Estudos sobre Planos de Saúde (Geps), da Universidade de São Paulo [1], que acompanha os dados do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao divulgar análise em junho de 2022, demonstrou que no tocante aos planos de saúde ela aumentou quatro vezes nos últimos dez anos, com crescimento de 391%. Destacam-se as negativas de cobertura, justificadas por não constarem do rol de procedimentos da ANS.Além do Judiciário, a sociedade também busca a satisfação de seus direitos no âmbito administrativo, por meio dos Procons, Consumidor.gov e das agências reguladoras. Segundo dados de 2021, o Sindec/MJ [2] e o Consumidor.gov [3] receberam respectivamente 1.6% e 0.8% de reclamações referentes aos planos de saúde. A ANS, por sua vez, também recebeu, em 2021, mais de 150 mil reclamações de consumidores que não são atendidos adequadamente por suas operadoras.O setor de saúde suplementar, especialmente, no que tange à proteção do consumidor é conflituoso e, nesse cenário, o Poder Judiciário, nas questões relativas aos planos de saúde, assume um papel ativo, porque tem a última palavra e a responsabilidade de pacificar os conflitos.A insegurança jurídica que permeia o setor é um dos fatores preponderantes que ocasiona a crescente judicialização.
Isso se dá porque se trata de um tema complexo, em que a solução dos problemas não está clara nas regras vigentes e, também, por ser uma relação de consumo diferenciada, ao afetar um bem constitucionalmente indisponível que é a vida.A prestação da saúde envolve uma série de questões que têm impacto econômico e social, especialmente com o aumento do desemprego, a perda da renda dos consumidores e o envelhecimento da população, somados a uma expectativa positiva de vida mais longa, além dos custos assistenciais subindo rapidamente em função da vertiginosa incorporação de novas tecnologias, levando-se em conta que os recursos são finitos e agravados pela pandemia global do novo coronavírus decorrente da Covid-19. Acrescente-se as informações que não são compartilhadas entre operadoras, prestadores e consumidores, o que agrava os frequentes conflitos entre os atores do setor.Por conta disso é importante, quando se inicia um novo governo, refletir sobre o futuro dos planos de saúde e incluir no debate alguns temas que merecem ser incorporados.Inicialmente, o governo, ao definir as políticas públicas do setor de saúde, deve integrar as informações entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o sistema privado.
É também fundamental para a gestão em saúde investir em mecanismos de informação mais clara e transparente.O segundo ponto a ser destacado é em relação às indicações dos diretores para a ANS e para os seus cargos comissionados, que devem ser de profissionais técnicos capacitados de notório saber e ilibada reputação, devendo, ainda, ser estabelecidos investimentos para a capacitação contínua dos profissionais da saúde.No que se refere, especialmente, à regulação da saúde suplementar, é importante que seja acompanhada a Comissão Especial dos Planos de Saúde, na Câmara dos Deputados, com mais de 265 PLs apensados ao PL 7.419/2006, para alterar a Lei dos Planos de Saúde. Entende-se que, para o aperfeiçoamento da regulação, a discussão deve partir dos avanços conquistados até hoje e não retroceder com ideias, que alguns defendem, de planos subsegmentados, acessíveis ou populares, com cobertura reduzida e custos mais baixos.
Esses planos podem ter somente consultas, exames, tratamento de alguma doença determinada ou internação hospitalar ou atendimento de pronto socorro. Propõem-se também a liberação de reajustes de mensalidades dos planos individuais, maiores prazos para prestar o atendimento, o fim do ressarcimento do SUS, a redução de multas aplicadas pela ANS e o enfraquecimento de sua atuação. Os defensores dessas propostas sustentam que a oferta de menor cobertura, implicará planos mais baratos, ampliará o acesso ao consumidor e viabilizará, às operadoras, a volta do oferecimento de planos individuais no mercado e, consequentemente, desafogará o SUS. Destaca-se que há alguns anos as operadoras adotaram a estratégia de deixar de oferecer os planos individuais por entenderem que as regras atuais são muito mais flexíveis aos planos coletivos, que hoje representam cerca de 80% do que é comercializado. Em relação a este tema, concorda-se com o estudo elaborado pelo Instituto de Estudos em Políticas de Saúde (Ieps) [4], criado pelo economista Armínio Fraga, que diz que essa ideia sobrecarregará o SUS e aumentará a desigualdade no acesso e na judicialização da saúde.Cabe salientar que, no início do governo do presidente Lula, em 2003, foi criado um Fórum de Saúde Suplementar, representado por todos os setores envolvidos, com o objetivo de avaliar o marco jurídico vigente, identificando seus prós e contras.
Dentre as diretrizes definidas pelo governo de então, constava a Diretriz 3, que se referia à cobertura assistencial, estabelecendo a não permissão à subsegmentação. Nesse diapasão, seria oportuno que o governo Lula 3 constituísse um fórum semelhante e mantivesse a posição adotada anteriormente.Em relação ao rol de procedimentos e eventos em saúde da ANS, que trata da cobertura mínima obrigatória pelas operadoras de planos de saúde, entende-se que foi um avanço a aprovação recente da Lei 14.454, de 21 de setembro de 2022, mas vê-se com preocupação a possibilidade da indicação de um procedimento ou medicamento, indicado por um médico, que possa não ter comprovação científica ou não aprovação de um órgão técnico regulador (ex: pílula do câncer ou cloroquina). O legislador deveria ter utilizado a locução aditiva (e) e não a alternativa (ou), portanto, seria oportuno que revisitasse o tema, para alcançar segurança jurídica.Nesse tema referente à cobertura, seria importante avaliar a hipótese da criação de um órgão técnico único para avaliar a incorporação de novas tecnologias, pautado na medicina baseada em evidência, tanto para o SUS como para saúde suplementar.É imprescindível, também, a adequação das normas de defesa do consumidor na regulação dos planos de saúde, isto é, a compatibilização ao Código de Defesa do Consumidor.É fundamental revisitar o Conselho de Saúde Suplementar (Consu), órgão deliberativo de representação interministerial, que tem como atuação definir diretrizes e políticas públicas para elaboração de ações pela ANS, mas desde os primórdios da regulação ficou inerte delegando competência à ANS.
Foi restabelecido e proposto um plano para o enfrentamento da Covid-19, um ano após o início da pandemia, ao definir uma política que extrapola a Lei dos Planos de Saúde e sem a participação da ANS, violando a sua autonomia.Outro tema que merece atenção é a necessidade do atendimento integrado com prontuário eletrônico pessoal e, também, tornar definitiva as práticas de telemedicina e teleconsultas.Outro assunto que merece aperfeiçoamento é a indução de novos modelos de remuneração dos profissionais de saúde vinculados à qualidade e à eficácia, como alternativa ao fee for service, que estabelece o pagamento de acordo com a solicitação, ainda muito utilizado e gera desperdício.Seria bastante oportuno o envio ao Poder Legislativo de um PL com tipificação de crimes contra fraude e de desvios de recursos na saúde.Todo o debate da saúde deve ser focado no cidadão e consumidor, lembrando sempre que o atendimento deve ser humanizado, respeitando a dignidade humana.
É fundamental para construirmos um país mais justo, igualitário e solidário estarmos todos unidos, dialogando para encontrarmos um caminho com políticas públicas eficazes.Desse modo, para que essas propostas sejam incluídas no debate, faz-se urgente a participação e o envolvimento de todos os atores desse setor: o poder público, as operadoras, os prestadores de saúde e, especialmente, os órgãos e entidades de defesa do consumidor. Visando o quê? A consolidação de um mercado de saúde responsável, transparente, ético e justo, para a efetiva construção de um setor virtuoso, com ganhos positivos, em que todos os agentes possam se beneficiar, buscando o tão almejado equilíbrio, a fim de se garantir os avanços conquistados e rechaçar qualquer forma de retrocesso ao marco regulatório da saúde suplementar.
[1] Mario Scheffer. Decisões judiciais sobre planos de saúde têm recorde histórico em São Paulo.
GEPS-DMP/FMUSP São Paulo: 2022.[2] www.justiça.gov.br/consumidor/sindec. Acesso em 19.12.2022.[3] www.consumidor.gov.br/pages/indicador/infográfico. Acesso em 19.12.2022.[4] https://ieps.org.br/nota-tecnica-24/ Topo da páginaImprimirEnviarMaria Stella Gregori é advogada de Gregori Sociedade de Advogados, professora de Direito do Consumidor da PUC-SP, diretora do Brasilcon e ex-diretora da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
.......................
AGÊNCIA TOCANTINS
Índice de desempenho de operadoras de saúde é o melhor desde 2013
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou hoje (23) o resultado do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) 2022, ano-base 2021. A nota média do setor, ponderada pelo número de beneficiários, foi de 0,8128, resultado 1,74% superior ao de 2020. Esta é a melhor marca desde 2013, tanto no segmento médico-hospitalar quanto no odontológico. De acordo com a ANS, 1 é a nota máxima e 0, a mínima.
Os resultados apontam melhora geral do setor depois do impacto do primeiro ano da pandemia de covid-19, em 2020, com ampliação do número de operadoras classificadas na melhor faixa avaliativa (notas acima de 0,8) e manutenção da trajetória de crescimento do número de beneficiários em operadoras com notas entre 0,6 e 1,0 (faixas 1 e 2).
Para o diretor de Desenvolvimento Setorial (Dides) da ANS, Maurício Nunes, a divulgação do desempenho do setor em 2021 reflete o período avaliado de forma transparente e permite o acesso a informações pela sociedade.
A diretora adjunta da Dides, Angélica Carvalho, disse que o uso do índice como instrumento de avaliação do desempenho do setor de saúde suplementar brasileiro "é uma estratégia com grande potencial indutor da melhoria da qualidade dos serviços ofertados pelas operadoras de planos de saúde".
O IDSS avalia anualmente e de forma compulsória todas as operadoras atuantes no mercado de saúde suplementar por meio de 33 indicadores, classificados em quatro dimensões, que abarcam todo o escopo da operação de uma operadora de plano de saúde privado, explica a ANS.
O setor de saúde suplementar responde atualmente pela cobertura de cerca de 25% da população brasileira. Segundo dados do Sistema de Informações de Beneficiários apurados em outubro deste ano, o setor conta com 50,2 milhões de beneficiários vinculados a planos com assistência médica e 30,5 milhões a planos com assistência exclusivamente odontológica.
No cálculo do índice, são usados dados extraídos dos sistemas de informações gerenciais da ANS ou coletados nos sistemas nacionais de informação em saúde, gerando uma nota para cada operadora. No ano passado, foram avaliadas 902 operadoras. Destas, 844 atenderam aos requisitos normativos para divulgação de suas notas finais à sociedade, disponibilizadas no portal da ANS.
As operadoras que discordarem dos resultados finais do IDSS 2022 terão até 9 de janeiro para apresentar recurso por meio dee-protocolo(protocolo digital).
Satisfação
Segundo a ANS, as operadoras podem aderir também, de forma voluntária, à aplicação de uma pesquisa de satisfação com seus beneficiários. Se forem seguidos os padrões técnicos determinados pela ANS, a pesquisa conta ponto para o índice da operadora no IDSS.
No ano-base 2021, 250 operadoras de planos de saúde fizeram o levantamento conforme o modelo da ANS, o que representa 68,2% dos beneficiários de todo o setor no período.
.....................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Médico é encontrado morto no Lago Corumbá IV, em Silvânia
Após morte de psicóloga, Sindimagem emite nota sobre uso de contraste
Ministério da Saúde repassa quase R$ 1,1 mi para serviço neonatal em Goiás
Hugo fecha ano com 29 captações de órgãos e 100 beneficiados
Telemedicina: saiba o que muda no atendimento com as novas regras aprovadas no Brasil
Dasa investe na GoGood, que quer competir com o Gympass
A REDAÇÃO
Médico é encontrado morto no Lago Corumbá IV, em Silvânia
O médico ortopedista Augusto César Magalhães, de 71 anos, foi encontrado morto no Lago Corumbá IV, na zona rural de Silvânia. O Corpo de Bombeiros localizou o corpo na manhã desta sexta-feira (30/12), em uma embarcação que afundou no local. A suspeita é de que o médico tenha morrido afogado.
Os bombeiros ainda informaram que havia uma ocorrência do desaparecimento e que as buscas pelo médico se iniciaram por volta das 18h de quinta-feira (29/12). Augusto César Magalhães era um dos diretores do Hospital Ortopédico de Goiânia (HOG). O hospital emitiu uma nota sobre o falecimento do profissional.
....................
Após morte de psicóloga, Sindimagem emite nota sobre uso de contraste
O Sindicato das Clínicas Radiológicas, Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Radioterapia no Estado de Goiás (Sindimagem) emitiu, nesta quinta-feira (29/12), nota sobre o uso de contraste em exames de ressonância magnética e tomografia. O assunto ganhou destaque nos últimos dias após a morte da psicóloga Bruna Nunes de Faria, de 27 anos, no dia 21 de dezembro, após uso do contraste em uma clínica de Goiânia.
Em nota, o sindicato explicou que a substância é utilizada quando o médico necessita de melhor visualização das áreas a serem examinadas, garantindo diagnósticos mais precisos. A administração pode ser via intravenosa, oral, retal ou transvaginal. “Os contrates existentes atualmente no mercado são seguros e o risco de reação é inferior a 0,01%, podendo incluir coceira e vermelhidão na pele, vômito, dor de cabeça, tontura, falta de ar e choque anafilático. Essa reação pode ocorrer mesmo em quem já fez uso do contraste e as equipes de atendimento devem estar prontas para a assistência.”
O caso
Bruna havia sofrido dois acidentes vasculares cerebrais (AVC) e fazia uma bateria de exames para descobrir a causa. No dia 21, ela estava na clínica para fazer uma ressonância magnética e passou mal após receber o contraste via intravenosa para a realização do exame. A psicóloga começou a sentir falta de ar cerca de 30 minutos depois da aplicação, morrendo cerca de 40 minutos mais tarde. Após sofrer uma parada cardíaca, as equipes da unidade de saúde chegaram a tentar reanimá-la duas vezes, mas ela não reagiu.
Produto vencido e problemas de saúde
“Após a data de vencimento, o contraste deve ser corretamente descartado pelas clínicas. O uso do produto pós-vencimento anula o efeito desejado, o tornando sem eficácia para o exame. Antes do exame, os pacientes devem informar à equipe de atendimento se têm alergia a contraste e a outras substâncias”, explica o Sindimagem.
A nota também explica que a dose do contraste é calculada de acordo com o peso e condições físicas do paciente e eliminada rapidamente pelo organismo. Por fim, pontua que problemas de saúde, como asma e comprometimento renal, também devem ser informados para que medidas necessárias sejam adotadas.
..........................
Ministério da Saúde repassa quase R$ 1,1 mi para serviço neonatal em Goiás
De olho no atendimento neonatal em Goiás, o Ministério da Saúde (MS) repassou, nesta sexta-feira (30/12), um aporte de R$ 1.049,6 milhão para a área. Na entrega simbólica, cuja solenidade ocupou o auditório do Hospital Estadual da Mulher (Hemu), o secretário Nacional de Atenção Primária à Saúde do Ministério, Raphael Câmara, fez questão de elogiar o trabalho realizado no estado e ficou satisfeito ao saber sobre o destino da verba: aprimorar ainda mais a rede goiana Materno-Infantil.
Segundo o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Sergio Vencio, o Hemu será beneficiado com R$ 249,7 mil- dinheiro que será utilizados na aquisição de novos equipamentos, como incubadoras e aparelhos como Bibap e Cepap da UTI Neonatal. A maior parte da verba, R$ 799,9 mil, será destinada ao município de Goiânia, por meio de pactuação com o estado.
Ao agradecer o repasse dos recursos, Sérgio Vencio ressaltou que, embora a maior parte da verba seja destinada ao município, o repasse é importante para fortalecer o atendimento na atenção básica neonatal no Estado, que é integrada com os municípios e impacta no atendimento às crianças, principalmente recém-nascidos, com melhor suporte, possibilidade de sobrevida e qualidade de vida posterior.
Rede Materna em Goiás
“Vamos expandir a Rede Materno-Infantil nos próximos quatro anos e esperamos que melhore ainda mais a comunicação da atenção primária”, afirmou Vencio. Ele esclareceu que o Hemu reúne 55 leitos neonatais, dos quais 29 são de UTI neonatal (com ampliação de outros 19 este ano), 5 de Ucin Canguru e 5 na sala de estabilização de recém-nascidos. No Hospital do Estado da Criança e do Adolescente (Hecad), o Estado oferece mais 19 leitos.
“Vamos ampliar leitos de UTI neonatal em Uruaçu e Águas Lindas no ano que vem e fortalecer nossa rede estadual com alta complexidade e regionalização”, explicou. “A aplicação séria de recursos é uma marca do governador Ronaldo Caiado, e é o que vamos fazer”, acrescentou ao destacar a importância dos recursos recebidos e da parceria com o governo federal.
Critérios
Ao fazer o repasse dos recursos ao Estado, o secretário nacional Raphael Câmara explicou que a saúde materno-infantil da antiga Rede Cegonha estava fragilizada, resultando em um crescimento do índice de mortalidade materna no país. “Por isso, dobramos o orçamento de R$ 900 milhões para R$ 1,8 bilhão.
Câmara ressaltou, no entanto, que as exigências, embora básicas, também aumentaram. “Para a maternidade receber mais terá de cumprir alguns critérios básicos de qualidade, como profissionais qualificados, presença de sangue e hipertensivos. O MS vai monitorar e cobrar esse atendimento de qualidade.”
Agradecimento especial
Já Sérgio Vencio lembrou que o repasse é mais que simbólico. “É mais uma ação importante da parceria que ajudou muito o nosso Estado”, agradeceu. O secretário da Saúde repassou um agradecimento especial do governador Ronaldo Caiado a toda equipe do Hemu, que lotou o auditório da unidade. “O governador recomendou um agradecimento especial a todos os técnicos e profissionais de enfermagem, aos médicos e demais servidores deste hospital, que há quatro anos não deixaram que fosse fechado. Vocês foram decisivos pra superação daquele momento difícil!”
...............................
Hugo fecha ano com 29 captações de órgãos e 100 beneficiados
O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) realizou nesta quinta-feira (29/12) a 29ª captação de órgãos em 2022. O doador de 23 anos teve morte encefálica em decorrência de um traumatismo cranioencefálico (TCE) e foram captados coração, pulmão, rins, fígado e córneas. Apenas em 2022, 100 pessoas foram beneficiadas com os órgãos e tecidos retirados na unidade de saúde.
Para a captação é necessário seguir os protocolos para transplantes do Governo de Goiás junto ao Sistema Nacional de Transplantes, que direciona os órgãos para os pacientes cadastrados na fila nacional. Nesta quinta-feira (29), o coração e o pulmão seguiram do Hugo para receptores em São Paulo. Fígado, rins e córneas foram destinados a pacientes de Goiás.
A gerente de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Katiuscia Christiane Freitas, explica que o processo de captação de órgãos necessita de uma coordenação efetiva para que tudo aconteça em tempo hábil. “O coração foi o primeiro órgão captado, pois o limite de horas entre a retirada e o implante é de, no máximo, 4 horas. Em seguida foi o pulmão, que tem o limite máximo de 4 a 6 horas. Para o fígado, o limite de horas entre a retirada do corpo do doador e o implante do receptor é de, no máximo, 12 horas. O rim possui um tempo maior de isquemia, podendo ser de até 36 horas. As córneas foram retiradas por último, pois podem ser captadas em até 12 horas após a parada cardíaca e armazenadas por 14 dias”, detalha.
Para Katiuscia, a forma como os profissionais de saúde acolhem as famílias é fundamental para a doação de órgãos. “Além do trabalho de sensibilização realizado pela gerência, temos profissionais capacitados que conduzem o processo de forma eficaz e acolhedora, promovendo o tão esperado sim dos familiares”.
Na captação desta quinta-feira (29/12), as equipes tiveram o apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) no transporte do coração e pulmão até o aeroporto de Goiânia. Os órgãos e equipes seguiram para São Paulo em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
.......................
JORNAL OPÇÃO
Telemedicina: saiba o que muda no atendimento com as novas regras aprovadas no Brasil
Novas regras dão autonomia do profissional de saúde e o direito da recusa ao atendimento na modalidade à distância pelo paciente
A lei que regulamenta a prática da telemedicina no Brasil foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta semana. A legislação estabelece os critérios para o atendimento médico à distância, que ganhou espaço no país com a pandemia de Covid-19.
Também chamada de telessaúde, a modalidade consiste na oferta de serviços de saúde por meio da utilização de tecnologias de comunicação envolvendo a transmissão segura de dados e informações.
“A telessaúde abrange a prestação remota de serviços relacionados a todas as profissões da área da saúde regulamentadas pelos órgãos competentes do Poder Executivo federal”, diz trecho da lei.
Diferença entre telemedicina e telessaúde
Durante a pandemia, o atendimento médico ficou conhecido como telemedicina, mas a lei sancionada se refere à telessaúde, o que significa um atendimento mais amplo e com abrangência em outras áreas também.
Sendo assim, os atendimentos, como de enfermagem e psicologia, também poderão ser realizados à distância. De acordo com a lei, “a telessaúde abrange a prestação remota de serviços relacionados a todas as profissões da área da saúde regulamentadas pelos órgãos competentes do Poder Executivo federal.”
Para o presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), o ginecologista e obstetra César Eduardo Fernandes, com consentimento de paciente e médico, todos os atendimentos podem ser realizados por meio da tecnologia.
Diferença entre telemedicina e telessaúde
Durante a pandemia, o atendimento médico ficou conhecido como telemedicina, mas a lei sancionada se refere à telessaúde, o que significa um atendimento mais amplo e com abrangência em outras áreas também.
Sendo assim, os atendimentos, como de enfermagem e psicologia, também poderão ser realizados à distância. De acordo com a lei, “a telessaúde abrange a prestação remota de serviços relacionados a todas as profissões da área da saúde regulamentadas pelos órgãos competentes do Poder Executivo federal.”
Para o presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), o ginecologista e obstetra César Eduardo Fernandes, com consentimento de paciente e médico, todos os atendimentos podem ser realizados por meio da tecnologia.
“Para isso, há a necessidade de um documento formal que se chama termo de consentimento livre e esclarecido por meio do qual os pacientes são informados sobre a natureza da consulta, os seus direitos sobre eventuais limitações da teleconsulta e a necessidade eventual, ao final, de transformar a consulta em consulta presencial”, explica Fernandes.
Essa liberdade de pacientes e médicos é um dos principais avanços da legislação, conforme indica o dirigente da AMB. “Cabe ao médico e ao paciente a decisão de fazer ou não a primeira consulta e, findado esse atendimento, dizer se ele foi satisfatória ou não, ou se ela deve ser revertida para uma consulta presencial”, explica.
O acordo entre as duas partes também é citado pelo gerente médico sênior da rede de clínicas particulares dr.consulta, Felipe Vigarinho. “O uso da consulta online deve ser acordado entre o paciente e o médico, que irá analisar o momento em que é necessário avaliar o paciente presencialmente e quando o acompanhamento online pode ser feito sem comprometer o atendimento”, diz.
Fiscalização dos serviços à distância
A norma determina, ainda, que a fiscalização do exercício profissional e a normatização ética da prestação de serviços cabe aos conselhos federais de fiscalização.
No caso do SUS, a lei determina que devem ser observadas as normas expedidas pelo órgão de direção do sistema — feitas pelos governos federal, estaduais e municipais — no que diz respeito às condições de funcionamento da telessaúde, respeitando as decisões dos demais órgãos reguladores.
Como será no SUS?
Na rede pública de saúde, Marcelo Queiroga afirmou, na época do lançamento do programa, que a telessaúde visa a atenção primária da população e conseguirá atingir as pessoas que moram mais longes dos grandes centros.
“O principal nicho para o uso do telessaúde, uma vez que vai aproximar a atenção especializada da atenção primária à saúde, evitando deslocamentos que às vezes são complexos em países de dimensões continentais como o Brasil. Vai fazer com que cheguemos a populações esquecidas, como as indígenas em aldeias distantes. A estratégia de saúde digital poderá nos ajudar ampliando acessos, controlando fatores de riscos, como hipertensão arterial, diabetes e tabagismo; além de estimular atividades físicas de uma maneira muito mais eficiente do que fazemos hoje”, afirmou o ministro.
Empresas intermediadoras da telessaúde
Outro ponto que merece destaque na nova regulamentação é a obrigatoriedade de registro das empresas intermediadoras dos serviços médicos, assim consideradas as pessoas jurídicas que contratam, de forma direta ou indireta, profissionais da área médica para o exercício da telemedicina.
Essas empresas intermediadoras devem ter registros no CRM (Conselho Regional de Medicina) do estado em que estiverem sediadas, assim como seus diretores técnicos médicos.
..............................
BIZNEWS
Dasa investe na GoGood, que quer competir com o Gympass
A Dasa - a gigante de saúde controlada pela família Bueno - acaba de investir na GoGood, uma startup de Santa Catarina que oferece planos corporativos com academias, personal trainers, psicólogos e nutricionistas num modelo bem parecido ao do Gympass.
A Dasa não divulga o valor da rodada, mas a estimativa no mercado é que ela comprou até 10% da startup a um valuation de R$ 50 milhões (pre-money). A GoGood já tem 25 mil usuários usando sua plataforma e faturou R$ 4,6 milhões este ano, quatro vezes mais que no ano passado.
O interesse da Dasa na startup de bem-estar corporativo tem a ver com a expansão da Dasa Empresas, a vertical da companhia que oferece soluções de saúde B2B como gestão de planos de saúde, consultoria de benefícios e realização de exames ocupacionais.
A plataforma da GoGood deve ser agregada aos serviços ofertados pela Dasa Empresas ao mercado corporativo. Num segundo momento, há planos de estender o acesso à plataforma aos 23 milhões de pacientes que utilizam a rede de laboratórios, hospitais e clínicas da companhia.
"É o primeiro investimento que fizemos desse tipo. Não só pelo perfil da empresa, mas no modelo de aquisição de uma participação minoritária, o que nos permite maior vínculo com a startup e participar do crescimento," Fabiana Salles, diretora de engajamento de startups da Dasa, disse ao Brazil Journal.
A Dasa já se relacionava com startups por meio de parcerias e programas de aceleração. Mas, até agora, os investimentos da família Bueno em startups tinham sido feitos apenas pela DNA Capital, a gestora criada pelo CEO da Dasa, Pedro Bueno, que tem US$ 3,5 bilhões em ativos.
O investimento da Dasa na GoGood vai permitir à startup escalar seu negócio. Hoje a GoGood tem 1.300 academias credenciadas em 17 estados, sendo 30% delas em Santa Catarina, onde a empresa foi fundada em 2016.
A prioridade agora é expandir a atuação da plataforma nos três estados do Sul do Brasil e, na sequência, ampliar a presença no Sudeste. "Para termos uma atuação nacional, a GoGood precisaria ter cerca de 10.000 academias-parceiras , o equivalente a um terço do mercado brasileiro", diz Bruno Rodrigues, fundador e CEO da startup.
Assim como o Gympass, o modelo é de copagamento entre empresa e funcionário. O diferencial é que a GoGood criou um sistema de cashback, que dá descontos de até 30% na mensalidade para os que frequentam mais as academias associadas.
"Quem usa mais, paga menos," diz Rodrigues. "Isso gera mais engajamento e, consequentemente, pessoas com hábitos mais saudáveis."
Com o apoio da Dasa, a meta da GoGood é chegar em 2025 com 1 milhão de usuários - o equivalente a 20% do público que frequenta academias no Brasil - e fazer frente ao líder Gympass.
..........................
Assessoria de Comunicação