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Sem a participação de representantes do Imas, audiência pública debate a crise no Instituto
Escrito por Administrador
Sem a participação de representantes do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas), uma audiência pública, promovida pela Câmara Municipal de Goiânia, debateu a necessidade urgente de solução para os graves problemas que afetam o órgão, ameaçam a sustentabilidade dos estabelecimentos de saúde credenciados e põem em risco a assistência a seus 81 mil usuários.
Presidida pelo vereador Mauro Rubem (PT) e realizada hoje, 29, no formato híbrido, a audiência reuniu representantes dos prestadores de serviços de saúde, dos usuários do Imas, do Ministério Público Estadual e do Conselho de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Conas).
A promotora de Justiça, Carmem Lúcia Santana (Patrimônio Público), que vem acompanhando a situação do Instituto, demonstrou preocupação com a suspensão do atendimento aos usuários, o atraso no pagamento dos prestadores, a falta de independência e trasparência do órgão e sua situação financeira. Ela também criticou a ausência do presidente do Imas na audiência e a baixa participação dos usuários.
A professora Ludmylla Morais, do Conass, afirmou que já foram apresentadas propostas para recuperar o Imas, incluindo auditorias e ações para coibir fraudes por parte de prestadores. O conselho, segundo ela, também já solicitou informações e ações ao Instituto, como o seu cálculo atuarial, a publicação do novo regulamento e a relação dos prestadores que estão atendendo. “Mas, não tivemos respostas”, afirmou. A criação de uma ouvidoria, também solicitada, foi negada.
Representante dos prestadores de serviços, Christiane do Valle, defendeu o combate a fraudes, criticou os atrasos nos pagamentos – devidos desde outubro de 2021 - e a falta de um cronograma para a quitação destas faturas vencidas. Representantes dos usuários também falaram, alegando a insegurança sobre o atendimento, inclusive em função dos constantes descredenciamentos de profissionais de saúde.
A crítica à falta de transparência e à fragilidade da gestão do Imas foi unânime entre os participantes. Para o vereador Mauro Rubem, o desafio agora é encontrar medidas a curto, médio e longo prazos para a reestruturação do Imas. “O Instituto é muito importante e precisa continuar funcionando para garantir a assistência aos servidores”, disse.
O vereador afirmou que a Câmara tem problemas urgentes para resolver e a crise do Imas é um deles. Ele cobrou responsabilidade do prefeito Rogério Cruz, criticou o silêncio do Executivo diante da grave crise e disse que será exigida a apresentação urgente de um cronograma de quitação das faturas em atraso.
A Câmara, de acordo com Mauro Rubem, também vai trabalhar pela melhoria da gestão do Imas, que passa por cálculos atuais corretos e uma administração transparente. “Imediatamente, vamos trabalhar para a apresentação do cronograma de pagamento e, a médio e longo prazos, vamos promover um seminário e criar uma comissão para estudar soluções para viabilizar o Imas”.
(Fonte: Santa Inteligência Comunicação)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Covid-19: Brasil registra 10.239 casos e 117 mortes em um dia
Ocupação de UTIs para Covid-19 fica abaixo de 60% em todo o país
Cresce demanda por especialistas em medicina da família
Editorial - É um risco autorizar uso de remédios 'off label' no SUS sem aval da Anvisa
Covid piora a qualidade de vida em metade de pacientes que foram internados
Covid-19: Goiás registra 107 casos e quatro mortes nas últimas 24 horas
Médico indiciado por racismo após filmar homem negro acorrentado se diz 'envergonhado' e que teve 'despertar de consciência'
AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil registra 10.239 casos e 117 mortes em um dia
O Brasil registra 29.842.418 casos de covid-19 e 686.071 mortes pela doença desde o início da pandemia, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado neste domingo (27/3). Há 28.497.468 casos de recuperados e 686.071 casos em acompanhamento.
Em 24 horas, foram registrados 10.239 casos e 117 mortes pela doença. Os dados não incluem informações do Distrito Federal e dos estados do Mato Grosso e do Tocantins.
Estados
São Paulo é a unidade da Federação com o maior número de casos (5.232.374) e de mortes (167.110). No número de casos, o segundo lugar é ocupado por Minas Gerais (3.317.401) e Paraná (2.407.960). O menor número de casos está nos estados do Acre (123.808), Roraima (155.062) e Amapá (160.328).
Em relação ao número de óbitos, o estado do Sudeste é seguido por Rio de Janeiro (72.695) e Minas Gerais (60.767). As unidades da Federação com menor número de mortes são Acre (1.992), Amapá (2.122) e Roraima (2.144).
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MEDICINA S/A
Ocupação de UTIs para Covid-19 fica abaixo de 60% em todo o país
Pela primeira vez desde julho de 2020, a ocupação dos leitos de terapia intensiva (UTIs) para Covid-19 ficou abaixo de 60% em todas as unidades federativas do país, de acordo com o Boletim do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados se referem apenas ao Sistema Único de Saúde (SUS) no período de 6 a 19 de março, e os pesquisadores consideram que o cenário é de otimismo.
Apesar desse dado, o boletim pede que seja mantida a atenção às ações de vigilância em saúde e aos cuidados de prevenção. Consideramos prudente a manutenção do uso de máscaras para determinados ambientes fechados, com grandes concentrações de pessoas (a exemplo dos transportes coletivos) ou abertos em que haja aglomerações, recomenda a Fiocruz.
Os pesquisadores reforçam que a vacinação possibilitou a redução de casos graves e fatais de Covid-19 no Brasil e no mundo, e pedem reforço nos dois extremos da pirâmide etária. Enquanto idosos devem receber as doses de reforço disponíveis para sua idade, os responsáveis pelas crianças devem levá-las para completar o esquema de duas doses.
Estabilidade
O boletim informa que a tendência de queda nos indicadores de incidência e mortalidade da covid-19 perdeu velocidade, o que pode indicar um período em que a transmissão da doença vai se manter estável, em taxas ainda consideradas altas.
Nas semanas analisadas, foram registradas médias de 42 mil casos e 570 óbitos diários, com quedas de 32% e 35% em relação à quinzena anterior. A Fiocruz pondera que, na semana de 6 a 12 de março, houve um pequeno aumento no número de casos, que pode ter resultado das festas e viagens no período de carnaval, da flexibilização do uso de máscaras e da realização de eventos de massa que têm ocorrido em algumas cidades. Na semana seguinte, esses valores tornaram a cair. (Com informações da Agência Brasil)
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Cresce demanda por especialistas em medicina da família
O Brasil ultrapassou a marca de 500 mil médicos. Desses, segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), aproximadamente 433 mil têm pelo menos uma especialização. E algo em torno de 40% dos recém-formados optam pela residência em clínica geral, ginecologia e obstetrícia, pediatria ou cirurgia geral. Por outro lado, os dados mostram que há amplo espaço para ampliação do número de especialistas em saúde da família no País.
Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade (SBMFC), o Brasil precisa de 70 mil médicos para atender toda a população de forma ideal. Hoje, atuam no país 7.149 médicos da família. Nos últimos dois anos houve um aumento de 30% na formação de profissionais da especialidade. Na última década, o crescimento foi de 171%.
De acordo com Carla Biagioni, diretora técnica da AsQ, nos últimos dez anos houve significativo aumento da remuneração e de estrutura em saúde para atuação deste profissional. Há uma mudança cultural da população e dos processos de gestão centrado no médico da família. Atuamos na manutenção da saúde física e mental do paciente, reduzindo a necessidade de internação hospitalar. Esse atendimento individualizado vem mudando a dinâmica do mercado de saúde. Segundo ela, uma mudança no foco no atendimento ao paciente, com valorização da promoção da saúde e prevenção de doenças, impulsiona o segmento da Atenção Primária à Saúde, área de atuação do médico da família.
Médico, professor da disciplina de saúde da família e comunidade do IDOMED em Jaraguá do Sul, Michel Jorge de Oliveira explica que o médico da família tem uma visão ampliada de saúde. Os alunos são treinados para atender todos os ciclos da vida das pessoas, da gestante, ao idoso, com alto índice de satisfação e resolutividade dos problemas.
Ainda conforme o professor, 80% dos casos atendidos pelo médico da família são resolvidos por visitas domiciliares ou no consultório, sem necessidade de internação hospitalar dos pacientes. Antes era só o SUS que usava esta estratégia no Brasil, mas agora ela ganha espaço no setor privado, principalmente entre as operadoras de planos de saúde. Promover a saúde garante a criação de vínculos entre o médico e o paciente e possibilita cuidados antes que o indivíduo adoeça, acrescenta Oliveira.
Na avaliação de Eliezer Walter Menezes Filho, médico e professor da IDOMED, na última década houve a consolidação do modelo voltado ao atendimento familiar em virtude do alto índice de resolutividade dos casos. Os jovens estão buscando a área da família porque ela permite desenvolver um olhar humanista e empático com o paciente. Podemos também tratar doenças crônicas como pressão alta e diabetes, antes que acontecesse um acidente cerebral ou amputação de membros, por exemplo. Essa visão é muito satisfatória, porque nos posiciona como um amigo do paciente, aumentando nossa possibilidade de acerto clínico.
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O GLOBO
Editorial - É um risco autorizar uso de remédios 'off label' no SUS sem aval da Anvisa
Na pandemia, experiência com drogas ineficazes contra a Covid, como a cloroquina, revelou-se um desastre
É temerária a lei sancionada na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro que autoriza a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de medicamentos para uso distinto do aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), prática conhecida como "off label" Embora a nova legislação determine que sejam demonstradas "as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança", e apesar da necessidade de recomendação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), a medida suscita preocupação.
Em entrevista ao GLOBO, o médico Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, afirmou ser necessária uma regulamentação para reduzir riscos aos pacientes. Em caso de efeitos adversos, diz ele, a responsabilidade pode recair sobre agentes públicos, já que o uso será diferente do indicado pelo fabricante. Barra Torres recomenda um acompanhamento rigoroso, tanto em relação aos possíveis efeitos adversos desconhecidos quanto aos benefícios do uso "off label".
De autoria do então senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), a lei tramitava no Congresso desde 2015, bem antes da pandemia. Originalmente, não fazia referência ao fim da obrigatoriedade de indicação da Anvisa. A dispensa foi incluída na última versão, relatada pelo senador Fernando Bezerra (MDB-PE), ex-líder do governo na Casa. Bezerra argumentou que, no contexto da pandemia, a medida permitirá o uso de medicamentos que têm mostrado resultados satisfatórios contra a Covid-19 e citou como exemplo os corticoides.
O uso de medicamentos "off label" sempre existiu. O problema não está aí. Durante a pandemia, contudo, o Ministério da Saúde inundou as prateleiras do SUS com remédios comprovadamente ineficazes contra a Covid-19, como cloroquina, ivermectina ou azitromicina, parte do descabido Kit Covid. A insistência de Bolsonaro no uso desses medicamentos levou à exoneração dos ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.
Por mais absurdo que seja recomendar cloroquina quando o mundo todo sabe, há muito tempo, que ela é ineficaz contra o novo coronavírus e pode causar efeitos adversos graves, o governo insistiu no erro. Embora, no fim do ano passado, a Conitec tenha condenado - tardiamente - seu uso no tratamento em qualquer fase da Covid-19, o Ministério da Saúde rejeitou o parecer técnico e manteve a prescrição.
A nova lei abre uma brecha perigosa ao permitir o uso de medicamentos "off label" sem o aval da Anvisa. O risco é legalizar práticas baseadas em critérios políticos, e não técnicos, quando está em jogo a saúde dos brasileiros. Foi o que infelizmente aconteceu ao longo da pandemia. E preciso regulamentar logo a lei e criar barreiras para impedir que pacientes sejam usados como cobaias. Brasileiros já viram esse filme - é uma história de horror.
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FOLHA DE S.PAULO
Covid piora a qualidade de vida em metade de pacientes que foram internados
Uma nova pesquisa observou que a Covid-19 está associada à piora da qualidade de vida por sequelas em mais da metade dos pacientes que foram internados pela doença. O sexo feminino e a idade avançada foram os aspectos que mais estavam associados ao desenvolvimento de problemas mentais ou físicos mesmo depois de meses da alta hospitalar.
O estudo foi assinado por pesquisadores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em Minas Gerais, e publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Também contou com a colaboração da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Uma das sequelas mais registradas em casos de Covid longa é a perda do olfato - Fabio Bucciarelli/The New York Times
A Covid longa - como são chamados os problemas crônicos de saúde originados de uma infecção pelo Sars-CoV-2- vem sendo investigada em todo o mundo. No Brasil, iniciativas para o tratamento da perda de olfato ou uso de cannabis para a condição são alguns exemplos.
Um dos autores do estudo e professor do departamento de fisioterapia da UFVJM, Henrique Costa afirma que a ideia de fazer a investigação ocorreu quando residentes observaram "que os pacientes com pós-Covid atendidos [em unidades básicas de saúde] relataram problemas meses depois da alta hospitalar".
"O objetivo era identificar quais fatores estavam associados à pior qualidade de vida desses pacientes, porque se conseguimos identificar esses aspectos, podemos elaborar uma intervenção mais eficaz", completa o autor.
A investigação consistiu em uma revisão sistemática - quando são utilizados outros estudos publicados para entender o que já foi produzido até então sobre o assunto. Neste caso, foram utilizadas seis bases de dados que inicialmente resultaram em mais de 4.000 artigos. No final, 24 cumpriram os requisitos do tema delimitado pelo grupo de pesquisadores.
"É comum ter o número inicial alto, mas o final baixo. Neste caso, o objetivo foi muito específico. Por exemplo, nós encontramos estudos que avaliavam a qualidade de vida, mas em pacientes em âmbito ambulatorial [e por isso não entrou]", explica Costa.
Esse exemplo de artigo foi retirado do estudo porque os pesquisadores investigaram somente os pacientes que haviam sido internados - seja com ventilação mecânica ou na enfermaria- diante de uma infecção por Covid.
A partir daí, eles observaram o que a literatura já vinha discutindo sobre o tema. "Os estudos que encontramos fizeram um acompanhamento de pacientes após terem Covid que variou entre 15 dias a 6 meses depois da alta hospitalar", diz.
Em média, foi observado que de 15% a 56% dos pacientes da amostra total dos 24 artigos que compuseram a revisão relataram problemas após estarem curados da infecção.
Costa explica que essas sequelas foram divididas em categorias. Por exemplo, alguns dos problemas remanescentes eram de ordem física e as mais relatadas foram dores e desconfortos, principalmente na região torácica, articular e mialgia generalizada.
"Para explicar esse efeito, existem múltiplas causas, como uma consequência da infecção viral no sistema neuromuscular periférico", explica o professor.
Outras sequelas que pioraram a qualidade de vida dos pacientes eram mentais e foram principalmente ansiedade, depressão, estresse pós-traumático e medo de reinfecção.
Além de identificar esses problemas que foram os mais persistentes no caso desses pacientes que tiveram internação por Covid-19, o estudo quis entender quais aspectos estavam mais associados a essas condições que continuaram nessas pessoas - sendo os principais o sexo feminino e a idade avançada.
"Sobre o sexo feminino, a literatura já mostrou que, em homens, normalmente a doença se apresenta numa forma mais grave e até mesmo com maior probabilidade de óbito. No entanto, mulheres, não se sabe por que, têm uma experiência muito negativa da presença de sintomas a longo prazo", diz.
Já em relação à idade avançada, pesquisas científicas mostraram que este fator está associado a uma recuperação mais lenta da saúde física e mental, fazendo com que isso explique a continuidade das sequelas nesta parcela da população.
Além desses dois fatores, os pesquisadores também encontraram outros relacionados a presença de sequelas, como tempo de permanência no hospital, duração da ventilação mecânica invasiva, presença de doença renal, histórico de tabagismo e obesidade. Esses pontos, no entanto, não estão completamente consolidados, diferente do caso do sexo feminino e da idade avançada.
Embora o estudo não tenha envolvido diretamente os pacientes atendidos pelos pesquisadores, Costa afirma que as sequelas observadas nos artigos que compuseram a revisão sistemática são semelhantes às queixas vistas nas UBS, principalmente ansiedade e depressão.
A ideia da pesquisa é que, ao identificar essas condições que persistem juntamente com os fatores associados a elas, existe a possibilidade de desenvolver estratégias de saúde para melhorar a qualidade de vida desses pacientes mais suscetíveis a problemas persistentes.
"A aplicabilidade do estudo é muito clínica neste sentido de reconhecer os pacientes que são mais vulneráveis e direcionar algumas ações específicas para eles", conclui Costa.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 107 casos e quatro mortes nas últimas 24 horas
Théo Mariano
Goiânia - Goiás registrou 170 novos casos e quatro mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado neste domingo (27/3) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Com os dados de hoje, o Estado chega a 1.269.853 infecções e 26.212 óbitos desde o início da pandemia.
A pasta ainda investiga se 351 mortes registradas possuem ligação com o novo coronavírus. Além disso, outros 769 mil pacientes são considerados casos suspeitos da doença. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 2,07%.
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PORTAL G1
Médico indiciado por racismo após filmar homem negro acorrentado se diz 'envergonhado' e que teve 'despertar de consciência'
Márcio Antônio afirmou, em gravação publicada nas redes sociais, que entende que a 'brincadeira' filmada na cidade de Goiás foi ofensiva. Processo está sendo analisado pelo Ministério Público
Por Vanessa Martins, g1 Goiás
O médico Márcio Antônio Souza Júnior se posicionou nas redes sociais dizendo que se sente “envergonhado” pela gravação que fez com um funcionário negro acorrentado e algemado, na cidade de Goiás. A Polícia Civil investigou o caso e indiciou o autor por racismo. O vídeo em que o caseiro é tratado como “escravo” viralizou na web e teve grande repercussão, gerando críticas e polêmica.
Márcio publicou novo vídeo, na sexta-feira (24), em que afirma estar passando por um “despertar de consciência”, em que reconhece que a filmagem que viralizou foi ofensiva (assista acima).
“Fui pego de surpresa com a repercussão de algo que eu achava que era só uma brincadeira. Uma brincadeira que hoje eu entendo que é sem graça, idiota, irresponsável e muito infeliz. Que nunca, jamais deveria ser feita", diz em vídeo.
Esta é a terceira gravação do médico sobre o assunto. Logo após a original gerar polêmica, ele fez uma segunda dizendo que tudo não passava de uma “encenação”, uma “zoeira”.
O médico foi indiciado pelo crime de racismo no último dia 14 de março e o inquérito está sendo analisado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), que pode ou não oferecer denúncia contra Márcio.
O advogado que representa o médico, Pedro Paulo de Medeiros, disse que a defesa "confia que o Ministério Público reconhecerá o que ficou claro em seu depoimento e no depoimento dos outros envolvidos na inoportuna brincadeira”.
Ainda de acordo com nota do defensor, o cliente já se desculpou publicamente e não teve"intenção de ofender ou enaltecer qualquer tipo de discriminação”.
Vídeo e repercussão
A gravação mostra o funcionário acorrentado enquando o médico diz: "Falei para estudar, mas não quer. Então vai ficar na minha senzala".
O caso ganhou repercusão e a prefeitura da cidade divulgou uma nota dizendo que o ato causava "repulsa".
Depois disso, o médico gravou um novo vídeo ao lado do funcionário dizendo que não havia "nada de escravidão" e que as pessoas estavam "enchendo o saco".
A Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos da cidade de Goiás e o Ministério Público passaram a acompanhar o caso.
Quando a história começou a repercutir, o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares e defensor dos direitos da população negra, José Vicente, disse que o ato não pode ser encarado como uma "brincadeira".
Também à época da divulgação do vídeo original, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) disse que "rechaça qualquer incitação ao racismo".
O delegado Joaquim Adorno, que foi responsável pelo indiciamento do médico, disse que a conduta de Márcio foi de "racismo recreativo".
"Tem que reforçar que não é porque foi uma 'brincadeira', que não é crime", disse.
Segundo o delegado, o indiciado responde em liberdade e não cabe prisão no momento. Também de acordo com ele, a pena para quem é condenado por este crime é de dois a cinco anos de prisão.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Covid-19: Brasil registra 29,7 milhões de casos e 658 mil óbitos
ANS: ocupação de leitos para covid-19 caiu em fevereiro
Metade das crianças de 5 a 11 anos recebeu ao menos uma dose contra a covid
Covid-19: Goiás registra 3.152 casos e 20 mortes nas últimas 24 horas
Máscaras já começam a sumir de linhas de produção das fábricas
Covid: pesquisas mostram aumento de casos de diabetes após infecção
AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil registra 29,7 milhões de casos e 658 mil óbitos
O Ministério da Saúde divulgou hoje (24) novos números sobre a pandemia de covid-19 no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil acumula 29.767.681 casos confirmados da doença e 658.310 mortes registradas.
Em 24 horas, o ministério contabilizou 37.690 casos e 312 óbitos por covid. O total de pacientes recuperados da doença somam 28.407.457 (95,4% dos casos).
Estados
O estado de São Paulo tem o maior número de casos acumulados desde o início da pandemia: 5,2 milhões, além de 166,9 mil óbitos. Em seguida estão Minas Gerais (3,3 milhões de casos e 60,6 mil óbitos), Paraná (2,4 milhões de casos e 42,8 mil óbitos) e Rio Grande do Sul (2,2 milhões de casos e 38,9 mil óbitos).
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ANS: ocupação de leitos para covid-19 caiu em fevereiro
Dados são baseados em informações de operadoras privadas de saúde
A taxa de ocupação de leitos para covid-19 calculada com base em informações de operadoras privadas de saúde caiu de 61%, em janeiro, para 58%, em fevereiro, segundo boletim divulgado hoje (24) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os dado incluem leitos comuns e unidades de terapia intensiva (UTI).
Apesar da queda registrada em fevereiro, o percentual permanece maior que o de todos os meses do segundo semestre do ano passado. A taxa de ocupação dos leitos foi de 56% em julho de 2021 e de 57% em agosto. Depois disso, se manteve abaixo de 50% entre setembro e dezembro, antes do pico de casos causado pela variante Ômicron do coronavírus, em janeiro.
O boletim também mostra que a realização de exames RT-PCR, o padrão ouro para detecção da covid-19, caiu de 645 mil em agosto de 2021 para 295 mil em dezembro, o menor número desde junho de 2020. O estudo não traz esse dado para janeiro e fevereiro de 2022, quando houve uma nova onda de infecções.
Com o aumento de casos, o mês de janeiro teve também um pico de reclamações relacionadas ao coronavírus: foram 1.595, o maior número desde a primeira onda da covid-19, em 2020. O número recuou para 714 em fevereiro, mês em que 60% dessas reclamações foram relacionadas a exames e tratamentos.
O boletim também divulgou dados mais gerais sobre o setor de planos de saúde e informou que o número de usuários manteve em fevereiro a tendência de crescimento observada desde julho de 2020. O total de beneficiários chegou a 49.049.467, o que representa aumento de 0,15% em relação a janeiro de 2022.
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AGÊNCIA ESTADO
Metade das crianças de 5 a 11 anos recebeu ao menos uma dose contra a covid
O número de crianças vacinadas, na faixa etária de 5 a 11 anos, com ao menos uma dose contra a covid-19 no Brasil chegou na quarta-feira (23/3) a 10.301.443 milhões, o equivalente a 50,25% desta população. Em relação à segunda dose pediátrica, já receberam 2.472.233 milhões ou 12,06% do público-alvo.
No total, 175.318.247 milhões de brasileiros receberam ao menos uma dose do imunizante. O número representa 81,61% da população total. Nas últimas 24 horas, 113.179 pessoas receberam a primeira dose da vacina, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 21 Estados. Entre os mais de 175 milhões de vacinados, 159.634 milhões receberam a segunda dose, o que representa 74,31% da população imunizada contra o novo coronavírus com ao menos duas doses.
Nas últimas 24 horas, 349.798 pessoas receberam a dose de reforço. Somando as vacinas de primeira e segunda dose aplicadas, além da terceira de reforço, o Brasil administrou 590.316 doses nesta quinta-feira. Em termos proporcionais, Piauí é o Estado que mais vacinou sua população até aqui: 92,36% dos habitantes receberam ao menos a primeira dose.
A porcentagem mais baixa é encontrada em Roraima, onde 62,01% receberam a vacina. Em números absolutos, o maior número de vacinados com a primeira dose está em São Paulo (41 milhões), seguido por Minas Gerais (17 milhões) e Rio de Janeiro (13 milhões). (Agência Estado)
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 3.152 casos e 20 mortes nas últimas 24 horas
Théo Mariano
Goiânia - Goiás registrou 3.152 novos casos e 20 mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira (24/3) pela Secretaria de Estado da Saúde. Com as novas notificações, o Estado chega às marcas de 1.264.990 infectados e 26.201 óbitos pela doença desde o início da pandemia.
Ainda conforme os dados, há ainda mais de 760 mil casos suspeitos de infecção pela covid-19. Além disso, outras 353 mortes são investigadas para saber se existe ligação com o vírus. A taxa de letalidade da doença no Estado é de 2,07%.
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MAIS GOIÁS
Máscaras já começam a sumir de linhas de produção das fábricas
Lupo, Malwee e gaúcha Fiber suspendem fabricação; 3M reduziu volume em 25%
A centenária Lupo, a maior fabricante nacional de máscaras de proteção contra a Covid-19, decidiu suspender a produção do acessório no seu parque fabril de 130 mil metros quadrados, com unidades em Araraquara (SP) e Itabuna (BA).
A Lupo avaliou que o fim da obrigatoriedade da proteção nos grandes centros urbanos, este mês, já permitiria à empresa interromper a fabricação do produto, que tem como principais canais de vendas o site e as cerca de 430 franquias da marca espalhadas pelo país.
A mesma medida foi tomada por outras fabricantes, como a Malwee e a Fiber Knit. Já a 3M reduziu a produção em 25%.
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METRÓPOLES
Covid: pesquisas mostram aumento de casos de diabetes após infecção
Novos estudos revelam que até pacientes que tiveram quadros leves ou assintomáticos correm risco de desenvolver diabetes após a infecção
Ao longo dos últimos dois anos, a medicina acompanhou como a Covid-19 afeta o corpo humano. Além dos sintomas provocados no sistema respiratório, a infecção prejudica a função de outros órgãos vitais.
Dois estudos publicados neste mês mostram que pessoas que tiveram Covid-19 correm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 no primeiro ano após a infecção.
Pesquisadores do Centro VA Saint Louis Health Care System, nos Estados Unidos, descobriram que mesmo pacientes com quadro leve ou assintomático da Covid-19 e que não tinham fatores de risco anteriores apresentaram diabetes aumentada após a infecção.
Com dados do Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos, os cientistas conseguiram rastrear por um ano a saúde de cerca de 181 mil adultos que se recuperaram da Covid-19. As informações deles foram comparadas a dados de 8 milhões de pessoas que não foram infectadas com o coronavírus.
Publicado nessa segunda-feira (21/3), na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology, o trabalho mostra que duas em cada 100 pessoas com Covid-19 desenvolveram diabetes no ano seguinte à infecção.
A cada 1.000 pessoas, havia 13 novos casos a mais de diabetes entre os pacientes da Covid-19 do que entre as pessoas não infectadas. Entre eles também foi maior o número de pessoas que precisaram começar a usar medicamentos para controlar o diabetes.
Em outro estudo publicado na revista Diabetologia, na última semana, pesquisadores da Alemanha descobriram que os pacientes recuperados da Covid-19 correm um risco 28% maior de desenvolver diabetes em comparação às pessoas que sofreram outros tipos de infecções respiratórias. Os resultados surgiram a partir de uma análise de dados de 35.865 pacientes da Covid-19.
Outros estudos já vinham investigando a relação entre a Covid e a diabetes e, até aqui, a hipótese mais provável para explicá-la é a de que o pâncreas é um dos órgãos atingidos durante a resposta imunológica desencadeada para combater a infecção. A inflamação do órgão elevaria os níveis de açúcar no sangue dos pacientes.
Recomendação
Os autores dos dois estudos recomendam que os pacientes da Covid-19 com sintomas de diabetes, como sede excessiva ou micção frequente, procurem atendimento médico para fazer uma investigação detalhada.
A diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue, que pode provocar danos em vários órgãos do corpo, se não for controlada.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Covid-19: Brasil registra 47.376 casos e 302 mortes em 24 horas
Goiânia começa aplicar 4ª dose em idosos acima de 80 anos nesta quinta (24)
Covid-19: Goiás registra 5,2 mil novos casos e 22 mortes em um dia
Cremego faz recomendações sobre o atendimento de pacientes não vacinados ou com esquema vacinal incompleto contra a Covid-19
Uso de máscaras em locais fechados passa de obrigatório para recomendado, em Goiás
Goiás é o segundo estado brasileiro com mais mortes por dengue em 2022
Covid-19: Cremego orienta como médicos devem atender pacientes não vacinados
AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil registra 47.376 casos e 302 mortes em 24 horas
Brasília - O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 657.998 mortes de covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (23/3) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é 29.729.991.
Em 24 horas, foram registrados 47.376 casos. No mesmo período, foram confirmadas 302 mortes de vítimas do vírus. Ainda segundo o boletim, 28.363.966 pessoas se recuperaram da doença e 708.027 casos estão em acompanhamento.
Estados
São Paulo lidera o número de casos, com 5,2 milhões, seguido por Minas Gerais (3,30 milhões) e Paraná (2,4 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (123,7 mil). Em seguida, aparece Roraima (154,9 mil) e Amapá (160,2 mil).
Em relação às mortes, São Paulo tem o maior número de óbitos (166.843), seguido de Rio de Janeiro (72.556) e Minas Gerais (60.638). O menor número de mortes está no Acre (1.990), no Amapá (2.122) e em Roraima (2.144).
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A REDAÇÃO
Goiânia começa aplicar 4ª dose em idosos acima de 80 anos nesta quinta (24)
Goiânia - Prefeito de Goiânia, Rogério Cruz anunciou no início da noite desta quarta-feira (23/3) que a capital goiana vai iniciar a aplicação da quarta dose da vacina contra a covid-19 em idosos acima de 80 anos. O atendimento começa nesta quinta-feira (24), em 72 postos de imunização espalhados pela capital.
Em uma publicação no Twitter, Cruz afirma que o reforço da imunização contra o novo coronavírus vai proporcionar ainda mais garantia de saúde para toda população. Além disso, salientou para aqueles que ainda não foram vacinados, se vacinarem.
Recomendação do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde (MS) recomendou a segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19 para idosos com mais de 80 anos. A aplicação deve ser feita quatro meses após a primeira dose de reforço e a orientação é que o imunizante seja da Pfizer.
"Ministério da Saúde recomenda a aplicação de uma segunda dose de reforço aos idosos acima de 80 anos. A imunização deve ser feita quatro meses após a primeira dose de reforço e a orientação é que a aplicação seja efetuada, preferencialmente, com a Pfizer", informou a pasta por meio das redes sociais.
Desde dezembro, o ministério já orientava a aplicação de uma dose de reforço apenas para as pessoas maiores de 18 anos imunossuprimidas. Com a nova informação, a pasta amplia o público-alvo para este novo esquema vacinal.
Além da Pfizer, o ministério disse que as vacinas da Janssen e AstraZeneca também podem ser utilizadas na aplicação da segunda dose de reforço, independentemente do imunizante anterior.
A pasta reforça que há doses suficientes da Pfizer para aplicação neste grupo de idosos.
"Janssen e AstraZeneca também podem ser utilizadas no novo reforço, independentemente do imunizante anterior. O MS reforça que há vacinas da Pfizer suficientes para aplicação neste grupo. Vários estados informam que também têm esses imunizantes em estoque", disse o ministério. (Com informações da Agência Brasil)
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Covid-19: Goiás registra 5,2 mil novos casos e 22 mortes em um dia
Adriana Marinelli
Goiânia - Goiás registrou 5.257 novos casos da covid-19 e 22 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas. É o que aponta boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado na tarde desta quarta-feira (23/3). Com as atualizações, o Estado chega a 1.261.838 casos e 26.181 óbitos ligados ao novo coronavírus desde o início da pandemia.
Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás soma 768.346 casos suspeitos em investigação pra saber se há relação com a covid-19, enquanto outros 315.769 já foram descartados.
Além dos 26.181 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,08%, há 357 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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CREMEGO
Cremego faz recomendações sobre o atendimento de pacientes não vacinados ou com esquema vacinal incompleto contra a Covid-19
Por meio da Recomendação Cremego Nº 01/2022, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) orienta todos os médicos e instituições de saúde goianos sobre o atendimento a pacientes não vacinados ou com esquema vacinal incompleto contra a Covid-19.
De acordo com a Recomendação, diante da ausência de leis federais, estaduais ou municipais que disponham sobre a assistência a esses pacientes, médicos e instituições devem manter a regularidade dos atendimentos, tanto nos casos de urgência e emergência quanto eletivos. O texto também reforça a importância do uso de equipamentos de proteção individual pelos médicos.
Confira o texto completo da Recomendação:
RECOMENDAÇÃO CREMEGO Nº 01/2022
O CREMEGO dispõe sobre recomendações para o atendimento de pacientes não vacinados ou com esquema vacinal incompleto contra a COVID-19.
O CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE GOIÁS – CREMEGO, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268 de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045 de 19 de julho de 1958, e
CONSIDERANDO a persistência da contaminação em larga escala da COVID-19 em todo o mundo, bem como o surgimento de novas variantes do SARS-CoV-2; e
CONSIDERANDO a necessidade de proteção individual dos médicos, dos demais profissionais da saúde e de toda a população contra a contaminação e a disseminação da doença;
RECOMENDA a todos os médicos e instituições de saúde do Estado de Goiás:
I – Que mantenham o uso dos equipamentos de proteção individual durante os atendimentos e consultas médicas, solicitando ao Diretor Técnico da unidade hospitalar que garanta a continuidade do fornecimento de tais equipamentos;
II – Que denunciem a este Regional as condições de trabalho que não sejam dignas ou que possam prejudicar a própria saúde, a saúde do paciente e a dos demais profissionais.
III – Que, diante da ausência de leis federais, estaduais ou municipais que disponham sobre o atendimento a pacientes não vacinados ou com esquema vacinal incompleto contra a COVID-19, mantenham a regularidade do atendimento a estes pacientes, tanto nos casos de urgência e emergência quanto eletivos; e
IV – Que observem o disposto no Artigo 23, do Código de Ética Médica, que veda ao médico a discriminação do paciente de qualquer forma ou sob qualquer pretexto.
Goiânia, 21 de março de 2021.
PAULO ROBERTO CUNHA VENCIO
PRESIDENTE DO CREMEGO
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TV ANHANGUERA
Uso de máscaras em locais fechados passa de obrigatório para recomendado, em Goiás
https://globoplay.globo.com/v/10418877/
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PORTAL NTH
Goiás é o segundo estado brasileiro com mais mortes por dengue em 2022
Goiás registrou, nos três primeiros meses deste ano, seis mortes causadas pela dengue. Com esse número, o Estado está na segunda posição nacional de óbitos pela doença, de acordo com dados do Ministério da Saúde, divulgados na segunda-feira (21).
Apenas a Bahia está a frente. Além disso, Goiás lidera uma lista com mais casos confirmados da doença no país, chegando a 35 mil contaminados.
O coordenador estadual de Dengue, Zika e Chikungunya da Secretaria Estadual de Saúde, Murilo do Carmo, afirmou que vários fatores contribuiriam para estes resultados ruins no estado, como a circulação de dois tipos de vírus, a dengue tipos 1 e 2.
“Nós temos um intenso período chuvoso no Estado de Goiás. Isso fez com que aumentasse a oferta de água nos criadouros e aumentasse a quantidade de Aedes aegypti. Somado a isso, a baixa adesão da sociedade em ajudar o poder público a conter o avanço dessa doença”.
Murilo do Carmo acrescenta que ações estão sendo tomadas em resposta ao grande número de casos, como aquisição de bombas pesadas para veículos (conhecidas como carros fumacês), inseticidas e medicamentos.
A Saúde também investiu na qualificação dos profissionais para diferenciar os casos de dengue, covid, chikungunya, zika vírus e direcionar corretamente o tratamento para cada caso. “A nossa intenção com isso é minimizar o efeito da dengue na sociedade goiana”, justificou.
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Covid-19: Cremego orienta como médicos devem atender pacientes não vacinados
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) publicou, nesta quarta-feira (23), uma recomendação a fim de orientar todos os médicos e instituições de saúde goianos sobre o atendimento a pacientes não vacinados ou com esquema vacinal incompleto contra a Covid-19.
Diante da ausência de leis federais, estaduais ou municipais que disponham sobre a assistência a esses pacientes, médicos e instituições devem manter a regularidade dos atendimentos, tanto nos casos de urgência e emergência quanto eletivos.
O texto também reforça a importância do uso de equipamentos de proteção individual pelos médicos e ressalta que, pacientes não devem ser discriminados, de acordo com o Código de Ética Médica.
Confira o texto completo da Recomendação:
RECOMENDAÇÃO CREMEGO Nº 01/2022
O CREMEGO dispõe sobre recomendações para o atendimento de pacientes não vacinados ou com esquema vacinal incompleto contra a COVID-19.
O CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE GOIÁS – CREMEGO, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268 de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045 de 19 de julho de 1958, e
CONSIDERANDO a persistência da contaminação em larga escala da COVID-19 em todo o mundo, bem como o surgimento de novas variantes do SARS-CoV-2; e
CONSIDERANDO a necessidade de proteção individual dos médicos, dos demais profissionais da saúde e de toda a população contra a contaminação e a disseminação da doença;
RECOMENDA a todos os médicos e instituições de saúde do Estado de Goiás:
I – Que mantenham o uso dos equipamentos de proteção individual durante os atendimentos e consultas médicas, solicitando ao Diretor Técnico da unidade hospitalar que garanta a continuidade do fornecimento de tais equipamentos;
II – Que denunciem a este Regional as condições de trabalho que não sejam dignas ou que possam prejudicar a própria saúde, a saúde do paciente e a dos demais profissionais.
III – Que, diante da ausência de leis federais, estaduais ou municipais que disponham sobre o atendimento a pacientes não vacinados ou com esquema vacinal incompleto contra a COVID-19, mantenham a regularidade do atendimento a estes pacientes, tanto nos casos de urgência e emergência quanto eletivos; e
IV – Que observem o disposto no Artigo 23, do Código de Ética Médica, que veda ao médico a discriminação do paciente de qualquer forma ou sob qualquer pretexto.
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CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA
Prestação de contas: secretário da Saúde comparece à Câmara para apresentar números e ações da Pasta
por Patrícia Drummond — publicado 23/03/2022 21h20, última modificação 23/03/2022 21h23
Relatório divulgado refere-se ao período de janeiro a dezembro de 2021; vereadores, líderes classistas e representantes de entidades apontaram problemas e questionaram auxiliar do Executivo
Foto: Francisco Carvalho
A Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara, presidida pelo vereador Mauro Rubem (PT), recebeu na tarde desta quarta-feira (23), para prestação de contas oficial da Pasta, o secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso. Os dados foram apresentados por Durval em Audiência Pública realizada no Plenário da Casa, em formato híbrido – de forma presencial e remota -, com transmissão ao vivo pela TV Câmara, no YouTube (https://youtu.be/K1TkaJHPCog). A prestação de contas segue diretrizes da Lei Complementar nº 141/2012, artigo 36, regulamentada pela resolução 459, do Conselho Nacional de Saúde.
Além de Mauro Rubem e de Pastor Wilson (PMB), vice-presidente da Comissão de Saúde, compareceram ao evento os vereadores Anderson Sales – Bokão (União Brasil), Bruno Diniz (PRTB), Dr.Gian (MDB), Isaías Ribeiro (Republicanos), Luciula do Recanto (PSD), Pedro Azulão Jr. (PSB), Raphael da Saúde (DC) e Willian Veloso (PL). O presidente da Casa, GCM Romário Policarpo (Patriota), e o vice-presidente, Clécio Alves (MDB), também marcaram presença na Audiência Pública, assim como o líder do prefeito, vereador Anselmo Pereira (MDB). Ainda estiveram presentes diretores, técnicos e servidores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS); lideranças classistas e representantes de entidades ligadas à área.
O relatório apresentado pelo secretário Durval Pedroso referiu-se ao período de janeiro a dezembro de 2021. De acordo com o levantamento, neste período, o Município aplicou 20,92 % de recursos próprios na Saúde em 2021, índice acima dos 15% previstos em lei. Em um ano ainda fortemente marcado pelos efeitos da pandemia e com grande estímulo à vacinação contra o vírus Sars-CoV-2, ele assegurou: “Ninguém ficou sem leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Goiânia, por causa da Covid-19”.
Questionamentos
Conforme os números divulgados, foram realizadas, na capital, 2.163 internações por COVID-19 em leitos de UTI nos meses de janeiro a dezembro de 2020, e de 6.796 no mesmo período em 2021, aumento de 214,2%. Em 2020, 71,2% (1.541) destas internações foram de residentes em Goiânia, percentual que foi de 68% (4.622) em 2021. Considerando pacientes oriundos de outros municípios, a ocorrência foi de 28,7% (622) em 2020 e de 32% (2.174) em 2021. As internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em geral, totalizaram 137.180, sendo 73.568 de pacientes residentes e ocorridas em Goiânia, e 63.612 de pacientes de outros municípios.
No que diz respeito à vacinação, o secretário Durval Pedroso informou, em tom de entusiasmo, que mais de 77% da população goianiense está com a imunização em dia, incluindo a dose de reforço. Segundo ele, em 2021, a SMS aplicou um total de 2.351.644 doses da vacina. Ainda de acordo com os dados apresentados, ao longo do ano passado foram realizadas 434 auditorias, em 106 estabelecimentos de saúde. Na Atenção Básica, o Município contabilizou, de janeiro a dezembro, 6.795.248 procedimentos.
Após a explanação do titular da Saúde Municipal, o debate foi aberto pelo presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereador Mauro Rubem. Parlamentares, líderes sindicais e representantes de entidades presentes à Audiência Pública questionaram o secretário Durval Pedroso acerca de novas ações de combate à COVID-19 – principalmente agora, com a flexibilização -, assim como de enfrentamento à dengue, doença que volta a fazer grande número de vítimas no Estado. Outros problemas apontados foram a ausência de um plano de carreira e de concurso público; o déficit de profissionais na área – dentre os citados, geriatras e Agentes Comunitários de Saúde (ACS); a infraestrutura das unidades, andamento e prazos de conclusão de obras; qualidade no atendimento; repasse de recursos aos prestadores de serviços; falta de insumos e medicamentos; e melhoria na assistência à população em algumas unidades especializadas, como atendimento ao idoso, saúde mental e saúde bucal.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Lei autoriza prescrição de remédio com indicação diferente da Anvisa
Deputados aprovam urgência do Piso da Enfermagem
Hapvida: números indicam se empresa já superou a covid
País precisa ampliar vacinação para evitar volta de doenças já controladas
Hapvida é alvo de processo administrativo do Ministério da Justiça por divulgação de dados de clientes
Média móvel de óbitos caiu 60,4% desde o pico da Ômicron, diz Saúde
Covid-19: Goiás registra 5,5 mil novos casos e 92 mortes em um dia
Artigo - Saúde é coisa séria: rol da ANS é uma proteção aos consumidores
SBI divulga cartilha de máscaras, que estão caindo
Após audiência pública com profissionais de saúde, vereador Leandro Sena defende que Câmara instale CEI do Imas
MEDICINA S/A
Lei autoriza prescrição de remédio com indicação diferente da Anvisa
Entrou em vigor a Lei 14.313/22, que autoriza a prescrição no Sistema Único de Saúde (SUS) de medicamentos e produtos com indicação de uso diferente da aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se isso for recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no SUS.
A Conitec é um órgão de assessoramento do Ministério da Saúde que avalia os medicamentos e protocolos clínicos usados no SUS. A nova lei foi publicada nesta terça no Diário Oficial da União. A norma é oriunda de proposta (PL 1613/21) do ex-senador Cássio Cunha Lima (PB). Não houve vetos ao texto aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.
Regras
De acordo com a lei, devem ser demonstradas as evidências científicas sobre a eficácia e a segurança do medicamento para o novo uso, com padronização em protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde.
Fica liberado ainda o uso de medicamento ou produto recomendados pela comissão e comprados por meio de organismos multilaterais internacionais, como a Organização Panamericana de Saúde (Opas), para uso em programas de saúde pública do ministério.
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COFEN
Deputados aprovam urgência do Piso da Enfermagem
O projeto de lei que cria o Piso Salarial da Enfermagem brasileira, PL 2564/2020, teve seu pedido de urgência aprovado no plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (22/3) com 458 votos favoráveis e 10 contrários. O projeto sob regime de urgência está dispensado de algumas formalidades, entre elas a análise das comissões temáticas, sendo colocado na ordem do dia da sessão deliberativa seguinte à aprovação.
No entanto, o acordo entre os líderes partidários é que a deliberação seja feita após cinco semanas de estudo das duas casas (Câmara e Senado), para viabilizar a fonte de recursos que subsidiará o piso.
A colocação na pauta da Câmara [2] foi acordada com o presidente da casa, Arthur Lira. No salão verde da Câmara, a presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Betânia Santos, comemorou. "A valorização da Enfermagem é urgente. Essa votação é fruto de muita mobilização e diálogo. Agora, continuaremos sensibilizando os deputados federais pela aprovação do nosso piso salarial", comemorou a presidente do Cofen, Betânia Santos.
"Consideramos essa aprovação de urgência uma primeira vitória. Foi um compromisso que Arthur Lira assumiu conosco na semana passada. Essa aprovação faz com que a tramitação nas comissões seja dispensada e esse é o principal avanço que temos. A categoria está mobilizada e acredito na sensibilidade dos parlamentares para aprovação dessa pauta, tão aguardada pela Enfermagem", avaliou o conselheiro federal Daniel Menezes.
A matéria tem recebido cada vez mais apoios formais em sua tramitação na Câmara dos Deputados. Nesta terça-feira, muitos parlamentares subiram na tribuna para exaltar a categoria e a importância desse projeto.
O PL 2564/2020 do Senado prevê piso de R$ 4.750 para enfermeiros e valores proporcionais de 70% para os técnicos e 50% auxiliares e parteiras. "Os valores aprovados são fruto de ampla pactuação e já consideram a realidade orçamentária dos diversos entes afetados", ressalta a presidente do Cofen, Betânia Santos.
Trajetória do projeto - O projeto 2564/20 foi aprovado no Senado por unanimidade, após diversas audiências públicas e discussões. Desde o fim do ano passado tramita na Câmara dos Deputados, onde foi criado um grupo de trabalho para definir o custo de sua implementação. Após serem ouvidos diversos setores, ficou estimado em R$ 16 bilhões seu impacto anual.
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EXAME
Hapvida: números indicam se empresa já superou a covid
A operadora de planos de saúde Hapvida divulga os resultados do quarto trimestre de 2021 nesta quarta-feira, após o fechamento do mercado. A companhia apresentou alta na sinistralidade e queda na receita no trimestre anterior, devido aos impactos da covid-19. Os números do quarto trimestre vão indicar se a tendência já mudou.
Esta reportagem faz parte da newsletter EXAME Desperta. Assine gratuitamente e receba todas as manhãs um resumo dos assuntos que serão notícia.
No terceiro trimestre de 2021, a Hapvida teve lucro líquido de 43,7 milhões de reais, uma queda de 82,4% em comparação com o mesmo período de 2020. Enquanto o lucro caiu, a sinistralidade da operadora subiu: foi de 60,4% em 2020 para 72,3% em 2021. A piora nos resultados se justificam pelo aumento dos gastos com pacientes, devido à segunda onda da pandemia.
Agora, os números devem refletir a redução no número de casos de covid do final do ano passado, e já se espera que isso traga alguma recuperação para a Hapvida, tanto em lucro quanto em sinistralidade.
Ainda assim, o cenário para a empresa não é simples. O setor de saúde suplementar vive uma redução no ritmo de adesões aos planos de saúde, que se explica pelo cenário macroeconômico, com inflação e alto desemprego.
Em relatório do início do mês, o BTG Pactual citou dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que mostram que os planos da Hapvida perderam 29 mil beneficiários em janeiro de 2022, enquanto os da Notredame Intermédica perderam 33 mil vidas. Ainda assim, os analistas do banco se dizem confiantes nos ganhos de escala gerados pela fusão de Hapvida com a Notredame, e com a eficiência do modelo de planos de saúde verticalizados.
Anunciada no ano passado, a fusão entre as duas gigantes do setor foi concluída em fevereiro, após aval do Cade, resultando em uma empresa de 15 milhões de beneficiários, 60 mil colaboradores e 7 mil leitos.
Se o cenário macroeconômico não ajudar a Hapvida a crescer, as sinergias com a Notredame o farão. O avanço rápido da integração entre as companhias ganhou mais um impulso no mês passado, quando a empresa de hospitais Rede D'Or anunciou a compra da operadora de planos de saúde Sulamérica. O negócio ainda precisa passar pelo Cade, mas é uma movimentação que pode tornar mais difícil o avanço da Hapvida em um segmento de mercado mais premium.
Os números divulgados hoje ajudam a entender o tamanho do desafio e das oportunidades para a Hapvida.
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O GLOBO
Hapvida é alvo de processo administrativo do Ministério da Justiça por divulgação de dados de clientes
O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), abriu processo administrativo contra a operadora Hapvida, para apurar irregularidades na e parte dos CPFs de clientes inadimplentes em anúncio em jornal na semana passada. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira.
Plano de saúde:
Guia de planos de saúde:
A empresa terá 20 dias para apresentar defesa e justificar a divulgação dos dados dos consumidores. O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor considerou a medida adotada contrária aos direitos do consumidor, classificando-a como abusiva e constrangedora, segundo os artigos 6 e 42 do Código de Defesa do Consumidor (CDC).
A Senacon afirmou que, segundo o artigo 71 do CDC, a exposição do consumidor na cobrança de dívidas é considerada infração penal. Também foi citada a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que considera a prática como desrespeito à privacidade, à intimidade, à honra e à imagem das pessoas.
Amil:
Segundo Viviane Mendes, especialista na LGPD, houve exposição de informações por parte da Hapvida, mesmo que os números de CPF não tenham sido divulgados na íntegra:
Na omissão de apenas dois dígitos, o cliente continua exposto, não é suficiente. Quanto à divulgação dos números de contratos, que são documentos, é possível encontrar outros dados pessoais do cliente por esse número.
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País precisa ampliar vacinação para evitar volta de doenças já controladas
Ainda que nos últimos dois anos a pandemia do novo coronavírus tenha monopolizado as atenções, e que os índices de vacinação contra a Covid-19 estejam avançando, são preocupantes os percentuais de imunização contra outras doenças igualmente ameaçadoras. Como revelou reportagem do GLOBO, entre 2015 e o ano passado, os patamares despencaram de 95,1% para 60,8%, considerando o público-alvo de todas as vacinas previstas no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Os dados foram compilados pela pesquisadora de políticas públicas Marina Bozzetto, da Universidade de São Paulo, com informações do Ministério da Saúde.
Os casos mais alarmantes estão nas vacinas contra poliomielite (52%), sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral, com 50,1%) e tríplice viral mais catapora (5,7%). Como esses percentuais são a média nacional, a situação local pode ser bem pior. Os dez municípios brasileiros com as taxas mais baixas não conseguiram vacinar nem 10% da população-alvo. Em 2012, a proteção contra a pólio chegava a 96,5%. Recentemente, autoridades sanitárias mundiais entraram em alerta com a confirmação de um caso da doença em Israel depois de 30 anos sem registro.
Embora a pandemia de Covid-19 possa ter contribuído para a queda na cobertura vacinal de outras doenças, não pode ser considerada a única vilã, porque os índices já vinham caindo desde 2018. O menor patamar foi registrado no ano passado. Uma das causas são as campanhas de desinformação promovidas por grupos antivacina. Ao contrário do que ocorre com a população adulta, a imunização infantil costuma ser mais sensível ao bombardeio de notícias falsas (como se vê também no caso da Covid-19).
É possível que a alta proteção dada pelas vacinas tenha criado na população uma falsa impressão de segurança. É uma sensação ilusória, como mostra o caso do sarampo. Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) o certificado de erradicação da doença. Dois anos depois, com os baixos índices de vacinação, ela estava de volta, provocando surtos em várias regiões.
O PNI brasileiro já foi referência no mundo. Na vacinação contra a Covid-19, novamente se revelou eficiente (quase 75% dos brasileiros estão completamente vacinados). Mas os municípios precisam mostrar a mesma competência em relação a outras doenças. É inadmissível haver índices tão baixos de cobertura contra doenças para as quais há vacinas disponíveis. O risco da volta de moléstias já erradicadas é seriíssimo.
Onde estão as campanhas publicitárias do Ministério da Saúde? Por que os municípios não aproveitam a experiência da vacinação contra a Covid-19? Por que não ampliam a oferta e levam as doses a locais de grande concentração como escolas, estações de trem ou metrô? Se os cidadãos não vão aos postos, que os postos possam vir a eles. O Brasil tem problemas demais para ressuscitar aqueles que já estavam resolvidos.
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AGÊNCIA BRASIL
Média móvel de óbitos caiu 60,4% desde o pico da Ômicron, diz Saúde
O Brasil registrou queda de 60,4% na média móvel de óbitos por covid-19 desde o pico nas ocorrências causadas pela variante Ômicron. Segundo o Ministério da Saúde, o recuo foi de 895,36, em 18 de fevereiro, para 354,3, registrado na segunda-feira (21). A média móvel de casos caiu 77,7% desde o dia 5 de fevereiro, quando a pandemia atingiu a máxima histórica de casos, registrando média de 183 mil.
De acordo com a pasta, a vacinação contra a covid-19 é a principal responsável pela queda nos registros. Atualmente, 91,38% da população acima de 12 anos está vacinada com a primeira dose (D1) e 85,35% desse mesmo público está imunizada com a dose única ou com a segunda dose (D2).
Pesquisa da Universidade de Oxford indica que a vacinação aumenta em até 100 vezes a imunidade contra a doença. Até o momento, 41% do público vacinável tomou o reforço. Atualmente, 59,4 milhões de brasileiros estão prontos para o recebimento da dose de reforço, mas ainda não voltaram aos postos de vacinação. A mesma pesquisa indica 17,6 milhões de pessoas só receberam a primeira dose.
Vacinação
Ao todo, foram distribuídas 464,8 milhões de vacinas contra a covid-19. Dessas, 391,5 milhões de doses chegaram aos braços dos brasileiros como D1 e D2 – respectivamente 171,8 milhões e 153,7 milhões.
Na etapa da dose de reforço, 63,3 milhões de brasileiros acima de 18 anos, público-alvo dessa estratégia, receberam a proteção. Quanto ao público infantil, 8,9 milhões de crianças entre 5 e 11 anos tomaram a D1.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 5,5 mil novos casos e 92 mortes em um dia
Adriana Marinelli
Goiânia - Goiás registrou 5.592 novos casos da covid-19 e 92 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado na tarde desta terça-feira (22/3). Com as atualizações, o Estado chega a 1.256.581 casos e 26.159 óbitos ligados ao novo coronavírus desde o início da pandemia.
Ainda de acordo com a Saúde, há em Goiás 769.657 casos suspeitos em investigação para saber se tem relação com a covid-19. Outros 315.486 casos já foram descartados.
Além dos 26.159 óbitos por covid-19 confirmados em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,08%, há 363 óbitos suspeitos que estão em investigação.
*Os números divulgados pela SES-GO são referentes aos dados inseridos/confirmados no sistema no último dia. No entanto, não significa necessariamente que as mortes aconteceram nas últimas 24 horas.
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FOLHA WEB
Artigo - Saúde é coisa séria: rol da ANS é uma proteção aos consumidores
Trata-se de um tema muito sensível, diretamente relacionado a todos os consumidores de planos de saúde brasileiros
AUTOR
Que a saúde está no rol de prioridades dos seres humanos é algo indiscutível. Muitos não sabem, no entanto, que o direito à saúde está em outro rol muito importante, o rol de direitos humanos (art. 25, Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948). Inclusive no sistema jurídico brasileiro integra nosso rol de direitos fundamentais (art. 6º, caput, e 196, Constituição Federal de 1988). Também são poucos os que sabem a verdadeira ameaça de retrocesso na proteção à saúde do consumidor relacionada ao "Rol de Procedimentos" da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), sobre o que falaremos neste texto.
Os fornecedores podem atuar no mercado de consumo ofertando planos de assistência à saúde. No princípio estes planos não sofriam qualquer regulamentação específica, depois passaram e continuam submetidos ao Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), e depois foram normatizados por uma lei própria, a Lei de Planos de Saúde (Lei 9.656/1998), vigente até hoje. Esta lei expressamente estabeleceu que a ANS disporia sobre as coberturas mínimas a serem observadas pelas operadoras de planos de saúde (art. 10, § 4º, Lei 9.656/1998).
Então, desde a década de 90 várias resoluções foram editadas pela ANS para assegurar uma "cobertura mínima obrigatória". É importante deixar isto claro, todas as resoluções versando sobre rol de procedimentos sempre dispuseram expressamente sobre uma "cobertura mínima obrigatória" (v.g. Resolução Normativa ANS nº 211/2010 ou 428/2017).
E por décadas e décadas, com raras exceções, o Poder Judiciário Brasileiro aplicou a legislação brasileira sempre no sentido de que o rol de cobertura era o mínimo a ser observado pelos fornecedores, sendo este inclusive o entendimento consolidado em nosso Superior Tribunal de Justiça (v.g. REsp 668216/SP).
Ocorre que agora, depois de quase 25 anos de história consolidada, o Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO decidiu mudar tudo, no julgamento do EREsp nº 1886929 / SP, submetido à Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, acatando a tese das operadoras de planos de saúde, de que o referido rol na verdade seria taxativo/exaustivo. Ou seja, os fornecedores não seriam obrigados a assegurar procedimentos lá não previstos, ainda que prescritos pelos próprios médicos de sua rede credenciada.
A Ministra NANCY ANDRIGHI já abriu divergência, votando a favor da lei e dos consumidores, e o julgamento encontra-se em curso com pedido de vista do Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA.
Vejam que se trata de um tema muito sensível, diretamente relacionado a todos os consumidores de planos de saúde em nosso país. Por isso, convidamos os combativos leitores deste jornal a se engajarem nesta luta enviando e-mails ao Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA ([email protected]) para que não haja retrocesso na proteção do consumidor. Defendemos a manutenção do entendimento consolidado há décadas de que o rol de procedimentos da ANS (atual Resolução Normativa nº 465, de 24 de fevereiro de 2021) estabelece a cobertura mínima, e não máxima, a ser observada pelas operadoras de planos de saúde.
Bruno Ponich Ruzon e Matheus Capobianco Maciel - advogados e membros da Comissão de Direito do Consumidor da OAB Londrina
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CORREIO BRAZILIENSE
SBI divulga cartilha de máscaras, que estão caindo
Apesar do fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em diversos estados, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) elaborou um guia orientando sobre quando e por quem a proteção deve continuar sendo usada. Isso porque os infectologistas ainda recomendam que não se abdique completamente do uso do equipamento.
É o caso de indivíduos sintomáticos ou que estão potencialmente em contato com transmissores ? caso dos profissionais de saúde que se expõem ao contato com indivíduos infectados, parentes de pacientes com covid-19 sintomáticos ou pessoas que aparentem estar gripadas.
A SBI também orienta que a população mais vulnerável à covid-19 grave deve usar máscaras em ambientes com aglomeração de pessoas, em especial os fechados e nos quais seja preciso ficar por muito tempo ? como escritórios. Estão inseridos nesse grupo imunossuprimidos, pessoas com mais que 60 anos (em especial com presença de doenças crônicas), gestantes, não vacinados contra a covid-19 ou aqueles que não fecharam o ciclo de imunização contra o coronavírus.
Riscos
Para a população em geral, a SBI recomenda que a máscara ainda seja utilizada em locais com maior risco de transmissão do SARS-CoV-2 ? como espaços fechados com aglomeração frequente, que é o caso dos transportes públicos e das agências bancárias, sobretudo no horário de pico. Nesses locais, "onde há maior chance de contato de pessoas com menor distanciamento físico, recomenda-se a manutenção do uso de máscaras por todas as pessoas", diz a entidade.
A proteção também é recomendada para ambientes abertos com aglomerações, como pontos de ônibus, filas de atendimentos e eventos esportivos. Nos serviços de saúde, o uso de máscara também é recomendado.
Para a SBI, as máscaras mais eficazes são as dos modelos N95 ou PFF2. Na falta destas, as cirúrgicas ou KN95 são rfecomendadas. Na última hipótese, proteções de tecido com dupla ou tripla face devem ser utilizadas.
O Ministério da Saúde desobrigou, na última segunda-feira, a utilização de máscaras na sede e em outras repartições da pasta, em Brasília. A medida vai ao encontro com a legislação do Distrito Federal, que não obriga mais o uso de máscaras em ambientes fechados. Segundo a pasta, fica "facultada a continuidade da utilização do instrumento de proteção individual para aqueles que assim desejarem".
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CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA
Após audiência pública com profissionais de saúde, vereador Leandro Sena defende que Câmara instale CEI do Imas
O vereador Leandro Sena (Republicanos) defendeu a instalação de Comissão Especial de Inquérito (CEI), na Câmara, para investigar problemas atribuídos ao Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas). O anúncio foi feito após o parlamentar participar de audiência pública, na tarde dessa segunda-feira (21), na sede do Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CROGO), que discutiu problemas enfrentados por cirurgiões-dentistas credenciados ao Imas.
Como forma de embasar o inquérito da CEI, o conselho disponibiliza um link (https://bit.ly/imas-reclamacoes) para que profissionais credenciados e sociedade em geral enviem relatos sobre questões problemáticas, bem como façam questionamentos relativos ao instituto. Os formulários serão recebidos pela Comissão de Saúde Suplementar do CROGO e repassados aos vereadores.
Durante a audiência pública, o vereador também se comprometeu a marcar, em breve, uma reunião de representantes do conselho com o prefeito Rogério Cruz (Republicanos), para apresentar reivindicações da categoria. Entre elas, estão o recredenciamento de prestadores de serviço; pagamentos em atraso; glosas odontológicas; e definição de novos procedimentos junto ao Imas.
Além de Leandro Sena, participaram da mesa diretiva o presidente do CROGO, Renerson Gomes dos Santos; a secretária-geral, Francine Moreira; o presidente da Comissão de Saúde Suplementar, Saulo Borges Boaventura; e o procurador jurídico do conselho, Getúlio Faria.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Bolsonaro vistoria obras e lança no Tocantins programa DNA Brasil
STJ vai decidir se planos de saúde devem pagar por tratamentos não previstos em contrato
Covid-19: Brasil registra 11.110 mil novos casos e 97 mortes em 24 horas
Dia Mundial da Infância: Saúde reforça o uso da Caderneta da Criança
Anvisa tira dúvidas de pacientes que fazem uso de losartana
Mulher é presa suspeita de agredir recepcionista de hospital em Goianápolis
Goiás completa quatro dias sem registros de mortes por covid-19
Prefeitura de Goiânia atrasa repasses de R$ 2,8 milhões destinados à clínicas de diálises
JORNAL OPÇÃO
STJ vai decidir se planos de saúde devem pagar por tratamentos não previstos em contrato
Por Rafaela Ferreira
Tema, que aguarda inserção na pauta da corte, causa apreensão em grupos de pacientes, sobretudo os que incluem mães e pais com filhos portadores de doenças raras
A decisão sobre a definição do rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde (ANS) para planos de saúde deve impactar diretamente a vida de milhares de cidadãos que dependem dos serviços das empresas que fazem a cobertura médica e hospitalar privada. Em fevereiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia retomado o julgamento para definir a lista de procedimentos da ANS é exemplificativo ou taxativo. Porém, um novo pedido de vista adiou a decisão sobre a temática. Atualmente, o caráter do rol é taxativo por força da lei. O tema aguarda para ser reinserido na pauta da Corte.
“O objetivo do julgamento é estabelecer – definitivamente – se as operadoras de planos de saúde são obrigadas a cobrir procedimentos que não estão no rol da ANS. Nas últimas duas décadas, o judiciário vem entendendo que tal rol é exemplificativo, devendo ser usado como referência mínima para, a partir dos pressupostos legais, conceder a cobertura e reembolso de forma mais ampla aos usuários dos planos de saúde”, explica a jurista e professora de Direito Juliana Tesolin. Devido a essa indefinição, sempre que a justiça foi acionada pelos usuários para o ressarcimento ou o pagamento antecipado de itens não encontrados na lista do que é ofertado pelos planos, os casos acabam sendo deferidos. No entanto, se rol passar a ser definido como taxativo, os planos não serão obrigados, nem judicialmente, a cobrir qualquer custo com tratamentos e remédios que estejam fora do rol da Agência Nacional de Saúde.
O tema tem causado apreensão em grupos de pacientes, sobretudo os que incluem mães e pais com filhos portadores de doenças raras. Um dos temores é que decisão do STJ favorável aos planos de saúde interrompa tratamento já em andamento. A lista de procedimentos e tratamentos obrigatórios da ANS foi criada em 1998 para estabelecer um mínimo de cobertura que não poderia ser negada pelos planos de saúde. O rol vem sendo atualizado desde então para incorporar novas tecnologias e avanços.
Um julgamento, em 16 de setembro, foi interrompido após um pedido de vista. Na época, o relator, ministro Luis Felipe Salomão, a taxatividade da lista era necessária para proteger os beneficiários dos planos de aumentos excessivos e assegurar a avaliação de novas tecnologias na área de saúde. Ele ainda havia considerado uma série de hipóteses excepcionais em que seria possível determinar à operadora de saúde a cobertura de procedimentos não previstos expressamente pela ANS. Já a ministra Nancy Andrighi considerou que a lista possui natureza exemplificativa.
Entre essas hipóteses, estão terapias com recomendação expressa do Conselho Federal de Medicina (CFM) que possuam comprovada eficiência para tratamentos específicos. O relator também considerou possível a exceção para fornecimento de medicamentos relacionados ao tratamento do câncer e de prescrição off label — quando o remédio é usado para um tratamento não previsto na bula.
Uma medida provisória já havia sido sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no início do mês de março. A Lei 14.307/2022 prioriza o tratamento oral contra o câncer na cobertura dos planos de saúde. De acordo com o texto autorizado pelos congressistas, o prazo para a ANS concluir a análise do processo de inclusão de procedimentos e medicamentos na lista dos obrigatórios será de 180 dias, prorrogáveis por mais 90 dias. Quanto aos medicamentos contra o câncer de uso oral e domiciliar, inclusive aqueles com tratamento iniciado na internação hospitalar, o texto determina que o fornecimento pelos planos de saúde será obrigatório, em conformidade com a prescrição médica e desde que estejam registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com uso terapêutico aprovado para essas finalidades. A inclusão deve seguir o prazo estipulado para a conclusão dos processos sobre o medicamento. Outra emenda aprovada fixou prazo menor: de 120 dias, prorrogáveis por 60 dias corridos quando as circunstâncias o exigirem.
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Anvisa tira dúvidas de pacientes que fazem uso de losartana
Pacientes cardíacos e hipertensos estão preocupados com o recolhimento voluntário pelos laboratórios farmacêuticos Sanofi Medley e Sandoz de lotes do medicamento genérico losartana. A medida foi tomada preventivamente, entre setembro de outubro do ano passado, depois de encontrada presença das impurezas do tipo azido no produto.
Orientações aos pacientes
A orientação da Anvisa é que os usuários de losartana não interrompam o uso do produto por conta própria. “A losartana pertence à classe conhecida como “sartanas”, que são medicamentos seguros e eficazes no controle do tratamento de hipertensão e insuficiência cardíaca, reduzindo significativamente o risco de derrame e infarto. A interrupção do tratamento com a losartana sem a orientação médica correta pode levar a problemas graves, tais como episódios de hipertensão”, alertou a agência.
Outra recomendação da Anvisa é que pacientes que tiverem alguma dúvida sobre o tratamento atual devem conversar com seu médico ou farmacêutico. Qualquer suspeita de eventos adversos deve ser notificada à Anvisa e informada ao médico responsável. A notificação pode ser enviada diretamente à agência pelo link.
Lotes recolhidos
Os recolhimentos mais recentes de alguns lotes do medicamento losartana ocorreram em setembro e outubro de 2021 e os fabricantes já concluíram esse trabalho. Além dessa medida, a partir da publicação das resoluções da Anvisa que suspenderam a comercialização, nenhum lote desses produtos pode ser colocado à venda.
Sobre a presença da impureza “azido” encontrada nas medicações, a Anvisa explicou que ela pode ser resultado do próprio processo de fabricação do insumo farmacêutico ativo, ou seja, um subproduto de interações químicas que acontecem durante a produção da substância.
As substâncias têm sido identificadas pelo próprio controle de qualidade dos fabricantes, que seguem a regulamentação da Anvisa que determina o controle sobre impurezas em medicamentos. Este processo é contínuo dentro da rotina da empresa, a fim de garantir que os produtos comercializados sejam adequados ao consumo.
Riscos
Em relação a eventuais riscos para pacientes que fazem uso contínuo desses medicamentos, a Anvisa ressaltou que o recolhimento é uma medida de precaução. “Não existem dados para sugerir que o produto que contém a impureza causou uma mudança na frequência ou natureza dos eventos adversos relacionados a cânceres, anomalias congênitas ou distúrbios de fertilidade. Assim, não há risco imediato em relação ao uso desse medicamento”, disse a Anvisa em nota.
A agência continuará a monitorar a presença de impurezas nos medicamentos e adotará todas as medidas que forem necessárias à proteção da saúde da população. Os profissionais de saúde e pacientes podem comunicar à agência suspeitas de eventos adversos com o medicamento pelo VigiMed.
Nos links abaixo é possível conferir os produtos e os lotes, de acordo com o fabricante:
1) Losartana potássica – Sanofi Medley
2) Losartana potássica + hidroclorotiazida – Sanofi Medley
3) Lorsacor e losartana potássica – Sandoz
A lista completa de todos os medicamentos com determinação de recolhimento ou suspensão pode ser consultada aqui pelo link: https://consultas.anvisa.gov.br/#/dossie/
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AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil registra 11.110 mil novos casos e 97 mortes em 24 horas
O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 657.302 mortes por covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (21/3) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 29.641.594. Em 24 horas, foram registrados 11.110 casos. No mesmo período, foram confirmadas 97 mortes de vítimas do vírus.
Aos sábados, domingos e segundas-feiras, o número registrado diário tende a ser menor pela dificuldade de alimentação dos bancos de dados pelas secretarias municipais e estaduais de Saúde. Às terças-feiras, o quantitativo em geral é maior pela atualização dos casos acumulados nos fins de semana. Segundo o boletim, 28.214.095 pessoas se recuperaram da doença e 770.197 casos estão em acompanhamento.
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Dia Mundial da Infância: Saúde reforça o uso da Caderneta da Criança
Período crítico para o desenvolvimento saudável e integral das pessoas, a primeira infância requer cuidados especiais e intensa observação dos sinais e marcos de crescimento.
O período, que abrange os primeiros 72 meses das crianças, conta com um guia de acompanhamento do Sistema Único de Saúde que também serve como um repositório de informações médicas e de atendimento: é a Caderneta da Criança.
Hoje, 21 de março, é celebrado o Dia Mundial da Infância. Em alusão à data, o Ministério da Saúde reforçou, por meio de nota, a importância do uso do documento e anunciou a distribuição de 10 milhões de unidades nos próximos 90 dias em todo o Brasil.
“Desde os anos 1980, o documento cumpre um papel importante no acompanhamento de saúde, crescimento e desenvolvimento da criança na primeira infância. Trabalhamos bastante na última edição e também pela sua distribuição, para que os estados e municípios possam atuar diante do papel que ela também vem a cumprir: o de ser um instrumento atualizado de coordenação do cuidado entre as áreas da saúde, educação e assistência social. É, de fato, um passaporte para a cidadania de qualquer brasileiro”, disse o secretário da Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Raphael Câmara, em nota.
Composta por dois cadernos distintos, a Caderneta da Criança traz orientações sobre como registrar corretamente o nascimento das crianças, como iniciar o período de amamentação e como introduzir uma dieta saudável na rotina infantil. A caderneta também traz informações sobre sinais de doenças, como prevenir acidentes e os principais direitos e deveres, além da listagem de vacinas e gráficos que orientam sobre o crescimento normal para cada idade.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 16,5 milhões de crianças de até 4 anos de idade - cerca de 7,8% da população.
Dia Mundial da Infância
Criado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Dia Mundial da Infância visa apresentar e reforçar os direitos das pessoas durante o desenvolvimento, com foco na defesa dos direitos básicos fundamentais e na garantia de princípios e diretrizes estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
No Brasil, tais leis são estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
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PORTAL G1
Mulher é presa suspeita de agredir recepcionista de hospital em Goianápolis; vídeo
https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2022/03/21/mulher-e-presa-suspeita-de-agredir-recepcionista-de-hospital-em-goianapolis-video.ghtml
Câmera de segurança registrou quando ela tentou passar pela portaria e foi barrada por um homem. Em seguida, ela discutiu com recepcionista e começa a agredi-la.
Por Danielle Oliveira, g1 Goiás
Uma mulher foi presa suspeita de agredir uma servidora de um hospital de Goianápolis, no centro de Goiás. Uma câmera de segurança registrou quando ela tentou passar pela portaria e foi barrada por um homem. Em seguida, o vídeo mostra que ela discutiu com a recepcionista e começou a agredi-la.
Até a última atualização desta reportagem, o g1 não havia obtido contato com a defesa da suspeita para que se posicione.
O caso aconteceu na madrugada de domingo (20). Segundo a Polícia Militar, a mulher estava com o namorado, que estava com um ferimento, e foi até o hospital. Após ser impedida de acompanha-lo dentro durante o atendimento, ela começou a gritar e jogar panfletos da unidade no chão.
Na gravação é possível ver que a mulher insistiu em tentar entrar na área de pacientes, onde tem uma grade para impedir o acesso. Nesse momento, ela foi barrada por um segurança e um enfermeiro. Ela continuou insistindo, empurrou os funcionários, tentou abrir o portão e foi impedida.
Após ver que não conseguiria entrar na unidade, ela se virou para a recepcionista, disse alguma palavra e, depois, arremessou um objeto contra a servidora. Em seguida, ela começou a agredi-la com puxões de cabelo, empurrões e tapas, segundo a vítima denunciou à polícia.
A briga só acabou quando o segurança conseguiu conter a agressão. Depois disso, a Polícia Militar foi acionada e prendeu a mulher, que foi levada para a Central de Flagrantes em Anápolis, a 55 km de Goiânia.
Segundo a polícia, ela pagou fiança, foi liberada e responde em liberdade por lesão corporal e desacato.
Em nota, o Hospital Municipal de Goianápolis disse que repudia a agressão contra a servidora.
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A REDAÇÃO
Goiás completa quatro dias sem registros de mortes por covid-19
Gabriel Neves
Goiânia - Goiás completou quatro dias sem registros de mortes por covid-19, de acordo com as informações do boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) divulgado na tarde desta segunda-feira (21/3). Ainda de acordo com a pasta, o Estado registrou 3.093 novos casos da doença nas últimas 24 horas. Com as atualizações, Goiás chega a 1.250.989 casos e 26.067 óbitos ligados ao novo coronavírus desde o início da pandemia.
Também segundo a SES-GO, Goiás monitora 770.376 pacientes para saber se os respectivos quadros possuem ligação com a covid-19, enquanto outros 315.271 casos já foram descartados. A taxa de letalidade do novo coronavírus é de 2,09% em Goiás. Além das mortes já confirmadas, há outros 386 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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O HOJE
Prefeitura de Goiânia atrasa repasses de R$ 2,8 milhões destinados à clínicas de diálises
Por: Raphael Bezerra
Os atrasos nos repasses de R$ 2,8 milhões em verbas do Governo Federal destinados ao pagamento de sessões de hemodiálises em Goiânia ameaçam o atendimento de centenas de pacientes renais atendidos na Capital.
Sem receber pelos meses de dezembro passado e com janeiro deste ano prestes a vencer, algumas clínicas correm o risco de fechar as portas e suspender os tratamentos. A Prefeitura de Goiânia, que já dispõe do dinheiro em caixa, segundo dados do Portal da Transparência, sequer solicitou as notas fiscais para quitar os débitos. A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, mas não houve retorno da demanda.
Ao menos 16 clínicas oferecem o tratamento de Terapia Renal Substitutiva (TRS) a 2000 pacientes renais crônicos no Estado. Destas, ao menos 8 estão em Goiânia e o sindicato aponta que a maioria está com as contas atrasadas.
A médica nefrologista e sócia da RenalClínica, Viviane Elizabeth de Oliveira, disse ao jornal O HOJE que o pagamento do mês de dezembro ainda não foi quitado e o de janeiro está prestes a vencer. Segundo a legislação, após o repasse por parte do Ministério da Saúde, os municípios têm até cinco dias úteis para realizar as transferências às entidades. “O atraso desse ano está criminoso, cada sessão recebe um valor de R$ 194 e não há reajustes há quase 10 anos. Essa verba para hemodiálise é prioritária, pois o serviço é de alta complexidade. O Governo manda a verba que é carimbada. Não é uma verba para saúde, é uma verba de hemodiálise que vai para uma conta especial do município e não pode se misturar com outros recursos”, aponta.
O Governo Federal costuma pagar a verba entre os dias 18 e 27 de cada mês referentes aos tratamentos no mês anterior. O exercício fiscal de novembro de 2021 foi depositado na conta da Prefeitura de Goiânia no dia 27 de dezembro, mas o Paço só transferiu os valores às clínicas em 27 de janeiro deste ano, com um mês de atraso. Alves aponta que são pelo menos 127 pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) atendidos no local. Cada paciente demanda cerca de 12 a 14 sessões por mês, o que impõe uma despesa mensal de aproximadamente R$ 350 mil.
O dinheiro referente ao mês de janeiro também já foi transferido para o município, mas não há, sequer, qualquer indicativo de pagamento para os próximos dias, tendo em vista que as notas fiscais, fundamentais para o pagamento, não foram solicitadas pelo poder Executivo. Além disso, as clínicas devem apresentar uma certidão de negativa de débitos relativos a impostos. Nesse cenário, algumas clínicas precisaram tomar empréstimos para manter os tratamentos.
Além dos atrasos, as clínicas sofrem com a falta de reajustes por parte do Governo Federal. Houve, inclusive, uma negociação para adequação dos valores em 16%. Mas um erro na publicação da Portaria atrasou a adequação.
Clínicas mantém tratamentos
A tomada de empréstimos tem garantido o atendimento aos pacientes, mas a medida coloca em risco a saúde fiscal das empresas diante das taxas de juros que beira os 13%. O problema é recorrente, segundo a Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) aponta que muitos gestores chegam a atrasar em mais de 40 dias o repasse após a liberação dos recursos pelo Ministério da Saúde.
“Nossa maior preocupação hoje são as clínicas desistirem de atender ao SUS. E aí pode ocorrer menor oferta de tratamento à população, o que é um grande problema porque os pacientes renais dependem única e exclusivamente das sessões de hemodiálise para sobreviverem. Sobretudo com o aumento de custos e as novas demandas decorrentes da pandemia causada pelo Covid-19, chegamos a um ponto muito crítico. Tivemos aumento de custos por causa de Covid, tivemos exigência de aumentar as equipes, a moeda estrangeira provocou crescimento nos preços de diversos insumos importados, e para piorar, governos que não levam a sério os prazos de pagamentos para os fornecedores. Até quando será assim?”, diz o nefrologista Marcos Alexandre Vieira.
“Já tivemos 39 clínicas fechadas nos últimos 5 anos em todo país. Estamos há anos lutando por um valor justo da Tabela SUS e pagamentos em dia por parte dos gestores públicos, além de pedidos de cofinanciamento em estados. Mas infelizmente, nem sempre somos ouvidos e a situação financeira de muitas clínicas hoje é crítica, beirando a falência. Os custos aumentaram muito com a Covid e a desvalorização do real. Esperamos que outras clínicas da região consigam oferecer o atendimento, ao menos recebendo em dia porque o paciente renal não pode ficar sem diálise”, destaca.
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Assessoria de Comunicação
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Escrito por Administrador
O curso será ministrado no formato online, com aulas ao vivo pela plataforma Zoom, e será realizado em módulos entre os dias 8 de abril e 9 de julho de 2022.
Serão 56 horas de aulas coordenadas por Gilvane Lolato e ministradas por ela e pelas professoras Audrey Rippel, Ângela Zerbielli e Ana Claudia Araújo. Os módulos vão abordar temas, como o sistema de saúde e modelos de acreditação válidos no Brasil, gestão dos processos por resultados, segurança do paciente e análise e investigação de eventos adversos.
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Acreditação em Saúde
Carga Horária: 56 horas/aulas
Coordenadora: Gilvane Lolato
Local: AO VIVO (on-line)
1º Modulo: 08 e 09 de abril;
2º Modulo: 13 e 14 de maio;
3º Módulo: 10 e 11 de junho;
4º Módulo: 08 e 09 de julho.
Horários: Sexta: 18:00 as 23:00 - Sábado: 08:00 às 18:00
Investimento:
➡️Plano Padrão: Inscrição: R$ 250,00 + 12x R$ 270,00.
➡️Plano condicional a antecipação + Especial AHPACEG: Inscrição: R$ 250,00 + 12x R$ 175,00.
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DESTAQUES
Setor de saúde soma R$ 20 bi em transações e é foco de investidores
Plano de saúde está entre as três maiores necessidades do brasileiro
Inclusão é tema do Dia Mundial da Síndrome de Down
UFG desenvolve controle biológico do mosquito transmissor da dengue
“Hoje temos mais do que provas de que a vacina é efetiva na prevenção a óbitos”
Câmara deve votar piso salarial de enfermagem nas próximas semanas; entenda o projeto
Maior estudo sobre ivermectina mostra ineficácia do remédio na redução de hospitalizações por Covid-19
Momento ideal para a cirurgia bariátrica
SAÚDE BUSINESS
Setor de saúde soma R$ 20 bi em transações e é foco de investidores
Nos dois últimos anos marcados pela pandemia, o setor de saúde ganhou destaque e importância também no mercado financeiro: o setor liderou o ranking de fusões e aquisições e reuniu as maiores operações de compra de empresas no Brasil – a mais recente, a compra da SulAmérica pela Rede D’or. Do início de 2021 até agora, foram cerca de 150 transações, que movimentaram mais de R$ 20 bilhões.
Outro área do setor que vem atraindo investimentos é o das healthtechs. Em 2021, só no Brasil, foram mais de US$ 530 milhões investidos, mais que o dobro em relação a 2020, segundo report da Distrito. No mundo todo, outro recorde – os investimentos somaram US$ 621 bilhões, de acordo com a CB Insights. Uma dessas empresas que recebeu aporte no período foi a Suprevida, marketplace que conecta pacientes de todo o Brasil a fornecedores de produtos, serviços e informações de saúde. “O ano de 2021 foi de grandes desafios e evoluções no setor. Um período no qual a pandemia continuou a moldar o comportamento dos consumidores, pacientes e cuidadores, que buscaram ampliar e qualificar suas rotinas de cuidados em casa. Em 2022, veremos o amadurecimento das startups desse setor, que precisam agora se consolidar no mercado”, afirma Rodrigo Correia da Silva, CEO e fundador da Suprevida.
Com os R$ 4 milhões levantados na rodada, finalizada em novembro de 2021, a startup - uma das 10 apostas da Distrito para 2022 - vem ampliando seus serviços e rede para os vendedores, aumentando a divulgação para os compradores, além de melhorias da plataforma de sustentação do ecossistema e testes para inovação e geração de valor para o público. Tudo isso para ampliar o acesso à saúde, cuidado e bem-estar; e o empoderamento dos consumidores de todo o Brasil no autocuidado domiciliar. A empresa fechou 2021 com alta de 175% em GMV e de 59% em acessos ao site, alcançando mais de 1,4 mi de visitantes.
A pandemia potencializou o e-commerce de saúde, transformando os sites de vendas de produtos em verdadeiros hubs. E os números de janeiro confirmam que a boa fase de investimentos segue em 2022: segundo a Distrito, as healthtechs foram o quinto setor de startups que mais receberam investimentos em janeiro desse ano, com US$ 10,9 milhões investidos. “As healthtechs estarão no foco dos investidores este ano, pois provamos que é possível ser uma empresa da área de saúde com rentabilidade mesmo diante das dificuldades do setor, que é extremamente regularizado”, finaliza o CEO.
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Plano de saúde está entre as três maiores necessidades do brasileiro
Divulgação
O Brasil tem mais de 49 milhões de pessoas vinculadas a algum tipo de convênio médico. Esse dado, divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em janeiro deste ano, confirma o interesse dos brasileiros no acesso à saúde suplementar. Desde novembro de 2021, vem aumentando o número de beneficiários que procuram esse tipo de serviço. E ainda segundo a ANS, a taxa de adesão aos convênios (entradas), considerando todos os tipos de contratações, continua sendo superior à taxa de cancelamento (saídas) nos planos médicos hospitalares. Tais números refletem um novo perfil das famílias brasileiras, conforme divulga o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) em pesquisa realizada pela Vox Populi em julho do ano passado: com a pandemia, as pessoas mudaram suas prioridades e a saúde passou a ser ainda mais fundamental.
Além de estabilidade e conforto, ter a quem recorrer quando houver um problema de saúde também ganhou muito mais importância em meio à Covid-19. O plano de saúde está entre um dos três maiores desejos do brasileiro, ficando atrás apenas da casa própria e da educação. Entre os principais motivos que levam alguém a procurar por um plano de saúde estão a segurança de ser atendido em caso de urgência e poder contar com uma rede de médicos para fazer os acompanhamentos necessários em caso de doenças, inclusive via telemedicina. Além disso, a confiança em comprar um plano consistente e sólido passou a ser uma premissa, levantando a importância de saber bem com qual corretora comprar.
De acordo com a pesquisa do IESS, mais da metade dos brasileiros sem planos de saúde afirmam que se sentiriam mais seguros frente à pandemia se pudessem contar com o benefício. Entre os pesquisados não beneficiários de planos de saúde, 58% dizem que estariam mais seguros tendo um plano de saúde neste momento. Na população entrevistada, apenas 15% dos não beneficiários que sentiram sintomas procuraram o atendimento médico, número inferior aos que possuem plano, com 22%, relata a pesquisa.
Mudança na forma de atender
O crescimento da busca por planos de saúde registrado nos últimos anos fez com que as empresas que comercializam esse tipo de serviço mudassem o olhar sobre o modelo de negócios e apostassem em um atendimento mais humanizado e personalizado, como é o caso da Servplan Saúde. Recém-inaugurada em Sorocaba e já com uma carteira de mais de 90 mil beneficiários, a corretora de planos de saúde é exemplo dessa renovação, ao procurar atender seus clientes com soluções sob medida e pós-atendimento de excelência.
A empresa investiu alto em atendimento consultivo e focado no cliente, seja ele pessoa física ou jurídica. Uma equipe de consultores de planos de saúde conhece a fundo a história de cada beneficiário, indicando a melhor solução de forma individualizada.
Na carteira da corretora, estão empresas de todos os portes que aderiram a convênios médicos sem a restrição de um número mínimo de funcionários para fechar o negócio ou necessidade de CNPJ, pois entende esse momento em que muitos trabalhadores não estão formalizados.
“Desde o pequeno empreendedor até a empresa com dezenas de colaboradores, temos soluções que atenderão ao que é mais prioritário no momento: o acesso à saúde de qualidade, onde e quando precisar, independente do estilo de vida. É nisso que acreditamos”, explica Amauri Japonesi, diretor da Servplan Saúde.
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AGÊNCIA BRASIL
Inclusão é tema do Dia Mundial da Síndrome de Down
“O que significa a inclusão?” é o tema escolhido este ano pela organização Down Syndrome International (DSI), do Reino Unido, para marcar o Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado hoje (21). A data foi criada pela instituição em 2006, com o objetivo de celebrar a vida das pessoas com a síndrome e garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades das demais.
Neste dia, os portadores da síndrome e aqueles que vivem e trabalham com eles em todo o mundo organizam e participam de atividades para aumentar a conscientização pública e defender os direitos, inclusão e bem-estar dessas pessoas. A data foi escolhida em alusão à presença de três cópias do cromossomo 21 nas pessoas com a síndrome, em vez de duas, existentes nas demais.
Isso significa que a síndrome de Down é gerada pela presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo, o que ocorre no momento da concepção. Cromossomos são estruturas biológicas que contêm a informação genética. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população. Trissomia significa, portanto, a existência de um cromossomo extra.
A alteração genética conhecida como síndrome de Down está presente na espécie humana desde sua origem. Foi descrita assim há 150 anos, quando o médico inglês John Langdon Down se referiu a ela pela primeira vez como um quadro clínico com identidade própria, em 1866. Em 1958, o francês Jérôme Lejeune e a inglesa Pat Jacobs descobriram, de maneira independente, a origem cromossômica da síndrome. Foi quando ela passou a ser considerada síndrome genética.
Genética
A neurologista pediátrica Karly Lagreca, pós-graduada em autismo e psiquiatria infantil, disse que o comportamento dos pais não causa a síndrome de Down. “É uma condição genética. Se houver o aconselhamento genético, os pais podem saber a chance de gerar um segundo filho portador da síndrome”. Ela explicou que, ao ter o primeiro filho, o casal pode estudar a genética dele para ver se a síndrome pode ser herdada.
A médica alertou que a síndrome de Down não é uma doença e nem deve ser tratada como tal. “Devemos apenas saber os cuidados mais necessários para oferecer a essas crianças e adultos fisioterapia para fortalecer o tônus e a investigação de doenças no coração e na tireoide, por exemplo”. Apesar de apresentarem, em sua maioria, deficiência intelectual de gravidade variável, os portadores podem ter vida normal, estudar, trabalhar, casar, ter filhos, afirmou a médica. Para isso, garantiu que “o grau da deficiência, a quantidade de terapias e estimulação recebidas ao longo da vida e o suporte familiar e social serão fundamentais”.
Conscientização
O Dia Mundial da Síndrome de Down visa a conscientizar a sociedade global sobre essa alteração genética que acomete uma em cada 700 crianças nascidas vivas no Brasil. Em termos mundiais, a incidência estimada é de uma em mil nascidas vivos, o que sinaliza que, a cada ano, cerca de 3 mil a 5 mil crianças nascem com síndrome de Down. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que cerca de 300 mil pessoas têm síndrome de Down no país. De modo geral, os portadores apresentam olhos amendoados, rosto arredondado, além de alguns problemas, como cardiopatia congênita e deficiência intelectual de gravidade variável.
A Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (Fbasd), associada à Down Syndrome International, está exibindo em suas redes sociais, em alusão à data, lives (transmissões ao vivo na internet) e vídeos mostrando o que é inclusão no entendimento dos jovens com trissomia 21. Os vídeos foram feitos com portadores da síndrome no Brasil e na Espanha, por meio da Federação Iberoamericana de Síndrome de Down (Fiadown), com tradução para o português.
“É um tema muito importante para que as pessoas possam ter interpretação correta da própria Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU)”, disse o presidente da FBASD, Antonio Sestaro.
Um desses jovens é Bruno Ribeiro, do Recife, que faz parte do Grupo Nacional de Autodefensoria da FBASD. Para Bruno, inclusão significa “reconhecimento de capacidades, garantia de direitos, respeito, igualdade de oportunidades, amor”.
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), da ONU, estabelece a “participação e inclusão plena e efetiva na sociedade” de todos os portadores de deficiência e das pessoas com síndrome de Down. A realidade, porém, mostra que essas pessoas ainda hoje não se beneficiam de uma participação e inclusão plenas na sociedade.
Invisibilidade
Antonio Sestaro informou que algumas filiadas da federação vão realizar hoje (21) caminhadas para chamar a atenção da população sobre o papel das pessoas com síndrome de Down como cidadãos. “E sair da invisibilidade. Esse é um dos principais objetivos do dia”, destacou.
“O mundo todo se une neste dia para poder fazer a divulgação do que é a síndrome, dos avanços, da educação inclusiva, que é uma bandeira da federação e, mais do que isso, o respeito à Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência. A sociedade precisa quebrar barreiras para que possam ter espaço na sociedade”, afirmou Sestaro.
O presidente da FBASD lembrou que ainda há muito preconceito, não só no Brasil, mas no mundo, em relação às pessoas com síndrome de Down. “Mas avançamos muito. Nos últimos 30 anos, principalmente depois da Convenção da ONU, e mais recentemente, a partir de uma educação que permite que as crianças com Down estejam junto com as demais, a sociedade avançou”.
No último dia 4 de março, foi publicada no Diário Oficial da União a Lei 377/2011, que institui o Dia Nacional da Síndrome de Down. A data já constava na agenda da ONU desde 2006, mas ainda não fazia parte do calendário brasileiro.
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JORNAL OPÇÃO
UFG desenvolve controle biológico do mosquito transmissor da dengue
Por Rafaela Ferreira
Estudo produz um sistema onde o mosquito é atraído para um dispositivo por causa da semelhança com um criadouro ou local de descanso
Em meio ao surto de doenças provocadas pelo Aedes aegypti, um método para o controle biológico do mosquito, que é o principal transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya, foi desenvolvido por um grupo de pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG). A descoberta pode ajudar a conter o avanço da dengue este ano. Só na Capital goiana, frente ao ano passado, houve aumento de mais de 925% nos casos de dengue, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, e há pelo menos dois óbitos confirmados.
Por meio do método criado pela UFG, o mosquito é atraído para um dispositivo semelhante a um criadouro ou local de descanso. A ideia da universidade é deixar esse dispositivo em toda área onde há presença de mosquito, em um raio de até 50 metros em torno de um domicílio. No estudo, realizado no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (LPI/IPTSP), foram desenvolvidas formulações granulares que carregam conídios e microescleródios do fungo Metarhizium humberi. Isto é, estruturas resistentes com reservas nutritivas que produzem novos conídios deste fungo, que é capaz de infectar e causar a morte de adultos, larvas e ovos do Aedes. No dispositivo desenvolvido, o mosquito terá contato com o tecido que contém grânulos com fungo. Nesses grânulos, há microescleródios que, em ambientes com umidade elevada, produzem conídios, que são infectantes para os mosquitos. “A formulação é aplicada dentro dos dispositivos, que não são armadilhas, pois os mosquitos não ficam presos: entram, ficam contaminados e saem”, explica o pesquisador Wolf Christian Luz, professor que liderou o grupo de pesquisa.
O objetivo dos estudos em andamento é melhorar a atividade do fungo através de métodos de produção, formulação e aplicação de fungos para controle do Aedes aegypti. O Metarhizium humberi é uma espécie nova e foi isolado pela primeira vez em 2001 pelo grupo liderado pelo professor Christian a partir de amostras de solo coletadas no Cerrado. “A linhagem Metarhizium humberi IP 46 utilizada na nossa pesquisa já foi estudada intensamente em Aedes aegypti em condições de laboratório e apresenta atividade inseticida em ovos, larvas e adultos desse vetor”, disse o professor.
Os dados da pesquisa demonstram a importância da umidade relativa do ar para a produção de conídios sobre os grânulos. A eficácia da formulação granulada para controle biológico de Aedes aegypti fazem parte de artigos publicados em 2021 na revista Applied Microbiology and Biotechnology. O pesquisador explica que os microescleródios precisam de condições de umidade elevada para produzir micélio e conídios na superfície dos grânulos. O estudo sobre o efeito da umidade no desenvolvimento de Metarhizium humberi nos grânulos e pellets foi uma etapa importante do processo, ressalta o pesquisador. Sem esses conídios, a formulação preparada com microescleródios não afeta os mosquitos.
Até o momento, já foram realizadas três etapas da pesquisa: estudos in vitro com preparações diferentes de formulação granulada para melhoramento da produção de conídios sobre os grânulos ou pellets após a aplicação; estudos em condições de laboratório com adultos de Aedes aegypti; e estudos em condições de semi-campo e de campo com um dispositivo protótipo e grânulos para controle de Aedes aegypti. Os experimentos foram realizados em laboratório sob condições controladas, mas o professor já vislumbra bons resultados nas próximas etapas da pesquisa. Após testes em semi-campo e de campo com um dispositivo, os resultados forma promissores, finaliza o professor.
Na UFG, os estudos são concentrados no LPI/IPTSP em colaboração com o Laboratório de Nanosistemas e Dispositivos de Liberação de Fármacos (NanoSYS) da Faculdade de Farmácia. A participação de estudantes de graduação e de pós-graduação esteve envolvida durante todo o processo. O projeto, que foi apoiado na Chamada MCTI-CNPq/ MEC-CAPES/ MS-Decit Nº 14/2016, Prevenção e Combate ao vírus zika, conta ainda com a colaboração de um pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e de um pesquisador do Robert W Holley Center for Agriculture and Health, USDA, EUA. Os dois contribuíram em discussões durante a elaboração e execução do projeto.
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“Hoje temos mais do que provas de que a vacina é efetiva na prevenção a óbitos”
Por Elder Dias
Superintendente de Vigilância em Saúde endossa a liberação da obrigatoriedade de máscaras, mas ressalta preocupação com cobertura vacinal, especialmente de crianças
Uma das figuras mais presentes com sua imagem nas TVs e sua voz nas emissoras de rádio em Goiás durante os dois anos de pandemia de Covid-19 em Goiás, com certeza, foi Fluvia Amorim. A primeira enfermeira a ocupar a Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) da Secretaria do Estado de Saúde (SES-GO) sempre foi prestativa e, melhor, objetiva e transparente em relação ao que ocorria na grande força-tarefa que é o combate ao coronavírus.
Formada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), onde também cursou mestrado no Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, ela tem ainda uma especialização em Epidemiologia para Gestores, na Johns Hopkins University (EUA). Nesta entrevista ao Jornal Opção, concedida de forma remota em meio às muitas demandas de sua competência, Fluvia celebra o momento tranquilo, senão para ela, pelo menos para o quadro sanitário no Estado e compara a atual conjuntura ao trágico começo do ano passado: “Hoje estamos com apenas uma solicitação para UTI de Covid-19. Na pior fase, chegamos a ficar perto de mil pedidos diários.”
Tecnicamente, foi o momento correto para começar a liberação da obrigatoriedade de máscaras?
Na verdade, desde o ano passado alguns Estados já começaram a discussão sobre a desobrigação do uso de máscaras. Alguns municípios goianos também chegaram a falar nisso, o que fez com que a questão fosse levada para uma reunião de gestores, para a gente demonstrar que aquele ainda não era o momento, que, para acontecer, deveria haver uma cobertura vacinal maior. Então, já havíamos falando que essa liberação só poderia ocorrer com uma maior porcentagem de vacinação da população.
O que a gente vê agora é que, sim, este é um momento em que se torna possível, de acordo com o cenário epidemiológico. Em nossa nota de recomendação, seguimos a orientação da própria OMS [Organização Mundial de Saúde] e das sociedades científicas, que falam que esse processo deve ser feito de forma gradual. Claro, sabemos que todos estão ávidos para voltar à vida como era no período pré-pandemia. No entanto, tudo isso precisa ser feito com muita cautela, com responsabilidade, de maneira gradativa. A gente acredita que, se não houver nenhuma mudança neste cenário epidemiológico, principalmente em relação a variantes – isto é, sem haver o surgimento de novas variantes, mais virulentas ou mais transmissíveis que as já conhecidas –, viveremos um novo momento de discussão, que é saber como ficaremos pós-pandemia, quais medidas serão adotadas, quais os gatilhos para serem acionados em caso de volta de aumento da gravidade.
Ou seja, já começamos a planejar um cenário novo, mas é bom ressaltar: a pandemia não acabou, ainda. Digo isso porque já houve boatos de que o Brasil poderia decretar o fim da pandemia, só que nenhum país tem competência para isso, que é uma prerrogativa única da Organização Mundial de Saúde, de acordo com o regulamento sanitário internacional, do qual, inclusive, o Brasil faz parte.
Se o Brasil tivesse tido uma política pública efetiva voltada para o acesso a máscaras eficientes – como as PFF2 –, principalmente para seu uso no transporte coletivo e em locais de trabalho em ambientes fechados, teríamos outro cenário em número de casos graves e óbitos? Como a sra. observa essa questão?
Nesta pandemia, até hoje não me contaminei, apesar do trabalho intenso e frequentemente tendo de ser em reuniões, com muitas pessoas e pouca ventilação. Pessoalmente, sempre procurei usar máscaras adequadas e isso foi fundamental principalmente nesta onda da variante ômicron, que tem transmissibilidade muito maior. O uso da máscara é um legado que espero que fique. Claro que as pessoas não vão precisar usar PFF2 o tempo inteiro, quando passar totalmente esta onda e mais termos o alcance da cobertura vacinal por todos. Mas, veja: mesmo estando vacinado, caso você esteja com sintomas, ou tossindo, espirrando, não custa nada, coloque a máscara. Você vai estar protegendo quem está do seu lado – e isso não se refere apenas à Covid-19. Fico feliz em ver como os dados de ocorrência de meningite nos últimos anos despencaram, por exemplo.
E isso tem mesmo a ver com o uso da máscara?
Tem a ver com a máscara, também com o distanciamento físico, com a higienização das mãos. Todas as doenças transmitidas de pessoa para pessoa tiveram uma redução radical nos anos de 2020 e 2021. Provavelmente neste ano vamos ver alguma subida nesses índices, mas isso é esperado.
“Espero estar errada, mas pelo que vivemos com o pós-pandemia de H1N1, o mais provável é que essas medidas preventivas infelizmente caiam no esquecimento”
O uso da máscara facial nas ruas e, principalmente, no transporte coletivo é um costume em muitos países asiáticos, mas parece algo distante de nosso cotidiano por aqui. As pessoas parecem que querem se ver livres de vez da proteção. É algo, obviamente, cultural, mas até que ponto a sra. espera que isso fique de forma permanente? Em cinco ou dez anos, a população estará usando máscara no ônibus, por exemplo?
Sinceramente, penso que não (risos). Eu me recordo do que vivemos durante a chamada gripe suína, a H1N1, em 2009. Foi também uma pandemia, embora longe da magnitude que ocorreu com o coronavírus. Naquela época, a gente via álcool gel em shoppings, lojas etc. As pessoas andavam com o produto na bolsa. Passaram-se dois anos depois e nada ficou daquilo. Mesmo a etiqueta respiratória – de tossir ou espirrar tapando a boca e o nariz com o lenço, com uma blusa ou mesmo com o cotovelo – não virou hábito. Espero estar errada, mas pelo que vivemos com o pós-pandemia de H1N1, o mais provável é que essas medidas preventivas infelizmente caiam no esquecimento.
Ainda tem outro fator importante sobre a questão da máscara durante a pandemia, que foi a disputa ideológica. Usar ou não a proteção virou um cavalo de batalha em questão política. A atitude de colocar ou não uma máscara se tornou, frequentemente, algo “de esquerda” ou “de direita”. Isso chegou a prejudicar o trabalho da Saúde?
Eu digo que essa polarização ocorreu no pior momento que a gente poderia imaginar. Era uma situação para a qual precisávamos de união, de consenso, principalmente da alta gestão federal. Na circunstância em que mais seria necessária uma voz firme falando o que seria correto fazer, ela não apareceu, não a tivemos – pelo contrário, tivemos uma polarização também nos protocolos de biossegurança da Covid-19. E virou isto mesmo: se usar máscara, é de esquerda, se não usa, é de direita; se aglomera, é de direita, se não aglomera, é de esquerda. Uma coisa louca. Durante a pandemia de H1N1, isso não aconteceu, então, foi algo muito ruim e que ainda vai continuar nos prejudicando.
Na campanha de vacinação também ocorreu o mesmo fenômeno, infelizmente. O curioso é que a boa tradição vacinal brasileira se deve ao período militar, ao combate da meningite na década de 70 – claro, tivemos lá no início do século passado a figura de Oswaldo Cruz [sanitarista que ocupou cargo equivalente ao de ministro da Saúde entre 1903 e 1909, promovendo uma melhora considerável da questão sanitária no Rio de Janeiro e a erradicação de várias doenças transmissíveis]. Uma das esperanças que tínhamos na pandemia era de que, com a estrutura e a capilaridade do SUS, pudéssemos então fazer um bom trabalho. Como foi trabalhar nesse cenário?
O SUS, de qualquer forma, nos ajudou. Se considerarmos a questão da velocidade de vacinação, comparando aos Estados Unidos, por exemplo, chegamos às coberturas vacinais mais rapidamente do que eles. Poderia ter sido ainda mais ágil? Poderia, sim. Poderíamos ter começado antes? Poderíamos. Se a gente tivesse uma quantidade maior de doses no início de 2021, teríamos alcançado a cobertura vacinal de forma muito mais veloz. Digo isso porque, pela experiência, vemos que o brasileiro funciona em ondas: se vem, então, a onda do medo, todo mundo vai para o posto de saúde, vão brigar por conta de vacina, por lugar na fila, há até casos de falsificação de documento para conseguir prioridade. Mas veja agora: um ano depois estamos praticamente correndo atrás das pessoas para que elas se vacinem. Isso porque ocorreu uma série de fatores: os casos diminuíram, as pessoas estão mais tranquilas com isso e também houve uma proliferação de fake news contra as vacinas, o que deixou outras pessoas com medo. Assim, muitos não procuram mais a imunização.
A preocupação agora é com as crianças, já que essa acomodação vem justamente no momento em que elas deveriam ser imunizadas?
É uma preocupação sobre a qual estamos falando desde o começo desse processo: o Estado de Goiás está entre os de pior cobertura vacinal de crianças. E não falo isso por conta de alguma competição de números com outras unidades federativas, não é isso. Com um índice grande de crianças não protegidas, a gente corre o risco de, num futuro próximo, uma proporção maior de casos graves e óbitos nessa faixa etária.
“O vírus não será erradicado, vai continuar circulando, então o que nos preocupa são as ocorrências sérias. Se isso a gente conseguir controlar, mesmo que haja um aumento de transmissão, não tendo também um aumento de pressão dos serviços de saúde, fica tudo bem. O problema é que ainda temos municípios com cobertura vacinal baixa”
Como está a situação da pandemia em Goiás? Há, entre as microrregiões, alguma em que a preocupação ainda precisa ser mais severa ou, pelo contrário, uma outra que a condição seja bem mais tranquila?
Com a variante ômicron, por sua velocidade de dispersão absurda, houve uma afetação de praticamente ao mesmo tempo de todos os municípios, diferentemente das ondas anteriores que começavam pelas regiões metropolitanas e municípios maiores. Com isso, o cenário ficou praticamente o mesmo no Estado todo, não houve grande variação. Dessa forma, pudemos fazer uma nota de recomendação para Goiás como um todo. O que colocamos como critério foi a cobertura vacinal, porque hoje temos mais do que provas de que a imunização pela vacina é efetiva na prevenção a casos graves e a óbitos. O vírus não será erradicado, vai continuar circulando, então o que nos preocupa são as ocorrências sérias. Se isso a gente conseguir controlar, mesmo que haja um aumento de transmissão, não tendo também um aumento de pressão dos serviços de saúde, fica tudo bem, seguimos com protocolos semelhantes ao que tivemos com a H1N1. O problema é que ainda temos municípios com cobertura vacinal baixa. Por isso, caso haja um aumento de casos naquele determinado município, esse índice insuficiente pode significar também aumento de casos graves e óbitos também.
Por parte da Secretaria Estadual de Saúde, está sendo feito um trabalho específico para essas localidades com menor cobertura vacinal?
Dentro do que estabelece o SUS [Sistema Único de Saúde], os municípios são os executores e têm autonomia para determinar estratégias. O que estamos fazendo, como secretaria, são reuniões com os gestores, principalmente com nesses municípios em que a gente observa mais problemas nesse sentido, fazendo recomendações. Nesta semana, fizemos uma reunião com técnicos de municípios e o conselho de secretários municipais, alertando para aquelas cidades que estão deixando apenas uma sala de vacinação funcionando, ou só meio período, ou só duas vezes por semana. Isso foi muito discutido, porque, se o acesso é dificultado, vamos ter também muita dificuldade para chegar à cobertura vacinal necessária. Então, precisamos facilitar o acesso principalmente naqueles municípios em que essa cobertura está baixa.
Outro ponto, que foi colocado pelos municípios, é que, à medida que vai sendo reduzido o número de não vacinados, isso se torna uma tarefa como a de procurar agulha no palheiro, fica realmente mais trabalhoso. É preciso, então, fazer rastreamento, monitorar, proceder a tentativa de convencimento, porque realmente há muitos que não querem se vacinar. Hoje, Goiás está praticamente 69% de toda sua população com esquema primário completo – duas doses ou uma dose única, no caso da Janssen – ou 73,6% da população do Estado como um todo que é elegível para vacinação, com 5 anos ou mais. O mínimo que desejamos é ter 75% desse contingente. Não é um número mágico, é baseado em estudos.
Por um lado, temos, felizmente, municípios chegando a 100% de cobertura entre os elegíveis. Há 23 municípios goianos com mais de 90% de vacinados. Na maioria, são municípios bem pequenos, onde todo mundo conhece todo mundo e é mais fácil convencer as pessoas e se sabe quem foi vacinado e quem não foi. Por outro lado, há aqueles que estão com cobertura vacinal de 60% ou pouco mais. É muito baixo. Nessas localidades, ainda é muito arriscado deixar de usar máscara.
Como está Goiânia nesse índice de cobertura vacinal? E a região metropolitana como um todo?
Segundo os dados oficiais, Goiânia já está com mais de 75% de vacinados entre os elegíveis. Aparecida de Goiânia ainda não está, segundo esses dados, geralmente os gestores dessas cidades justificam dizendo que os registros ainda não foram digitados. Pelos dados, Aparecida tem hoje 70% de cobertura vacinal. Pode ser que, realmente, haja dados ainda não registrados que façam alcançar o índice de 75%. De qualquer forma, cada município tem autonomia para liberar o uso de máscaras, o que a Secretária de Saúde faz é uma recomendação.
No meio do caos da pandemia, a variante ômicron foi uma experiência bem particular para os profissionais de saúde: surgiu rapidamente e parece estar indo embora da mesma forma. Foi uma de casos bem maior, mas bem menos cruel do que as anteriores. Qual foi a pior das ondas para Goiás?
Realmente, a ômicron foi um caso bem diferente. A onda mais cruel por que passamos foi mesmo a provocada pela variante gama, no início do ano passado. Foi o pior momento que vivemos, não só para Goiás, mas no Brasil inteiro. Quando a delta chegou, já tínhamos a vacina e pudemos controlar melhor a situação.
Em algum momento, no percurso da pandemia, chegou a bater a sensação de que o quadro estava fugindo do controle?
O momento mais crítico foi justamente a segunda onda, que veio com a variante gama, mais especificamente no final de fevereiro e começo de março de 2021. Naqueles dias, tivemos a maior quantidade de óbitos no Estado. Para ter ideia, vou pegar os dados de hoje [quarta-feira, 16/3]: estamos com apenas uma solicitação para UTI para Covid-19, um leito adulto. Na pior fase da segunda onda, com a variante gama, chegamos a ficar perto de mil pedidos de UTI por dia. Foi realmente um período extremamente difícil.
O quadro era terrível tanto para a rede pública como para a rede privada. Chegamos a ter falta de medicamentos para intubar pacientes. Receamos que houvesse também o quadro desesperador de Manaus, onde acabou até o oxigênio para os hospitais, o que nos serviu de alerta e felizmente isso não aconteceu aqui – hoje, por conta daquela situação, vários hospitais estaduais têm usina de oxigênio como legado, porque vimos que, para certas situações, não podemos depender só de indústria.
A situação de pandemia impôs uma estrutura de guerra, inclusive com hospitais de campanha – como os que são montados e desmontados para acompanhar os batalhões durante os deslocamentos. Ainda que sobre inúmeros corpos, há nas guerras também avanços, tanto em termos de tecnologia como em logística. O que fica para Goiás depois de dois anos nesta guerra contra o coronavírus?
Em relação à estrutura de atendimento, uma decisão realmente muito acertada foi a de utilizar estruturas físicas permanentes para os hospitais de campanha. Alguns Estados optaram por hospitais temporários – que aqui em Goiás ocorreu apenas em Águas Lindas, na estrutura montada pelo governo federal. Outras unidades federativas, como o Distrito Federal, compraram o serviço de outros hospitais, no que chamamos de contratualizar.
Por aqui, optamos por utilizar a estrutura que já existia. O problema é que ela estava inacabada, na maioria dos casos. No Hospital do Servidor [comprado do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) pelo Estado em janeiro, por R$ 128 milhões, para se tornar o Hospital da Criança e do Adolescente], não havia nenhum leito de UTI, não tinha praticamente nada. Falo isso porque eu mesma fui lá antes de ele ser transformado em hospital de campanha, para avaliar as questões sanitárias. Isso também ocorreu em outras unidades de saúde do Estado que foram dedicadas para atender à Covid-19.
Essas estruturas vão ficar como legado da pandemia. Hoje, temos grandes hospitais regionais que já estão atendendo outras patologias. O Hospital Estadual do Centro-Norte [HCN, localizado em Uruaçu] fez recentemente a primeira cirurgia vascular da região do Norte-Nordeste goiano. Isso é um legado, o que foi montado para a Covid vai ficar para atender a população em relação a outras patologia e necessidades hospitalares.
“Um legado importantíssimo desses hospitais públicos do interior que serviram ao atendimento à Covid-19: todos eles têm agora equipamento de ressonância magnética.”
Essa maior cobertura da saúde pelo Estado vai desafogar – ou já desafogou – o sistema de saúde na região metropolitana de Goiânia? Ou seja, já há algum efeito positivo em relação àquilo que se chama de “ambulancioterapia”?
É algo que será gradativo. Nós começamos a ver essa mudança, mas a própria pandemia condicionou um represamento da demanda para outras doenças. Então, pacientes crônicos de diabetes, hipertensão, outros problemas cardíacos etc. ficaram sem ter monitoramento. Muitas cirurgias, que deveriam ter sido feitas, foram canceladas porque os hospitais estavam atendendo praticamente só casos de Covid-19. Quando essa demanda reprimida for solucionada, aí sim vamos ver esse quadro de desafogamento e de redução da “ambulancioterapia” e questões similares.
Há também uma certa cultura, no interior do Estado – em alguns casos, talvez por costume, apenas –, de encaminhar pacientes que ficam em estado um pouco mais grave de saúde. As pessoas pensam que o hospital de sua cidade nunca tem os recursos que os da capital.
Vou citar um legado importantíssimo desses hospitais públicos do interior que serviram ao atendimento à Covid-19: todos eles têm equipamento de ressonância magnética. Era algo imprescindível para diagnosticar a doença e fazer as avaliações. Esses aparelhos ficaram nos hospitais do interior e hoje, por exemplo, ninguém precisa sair de Porangatu para vir a Goiânia.
O número de UTIs no interior também cresceu bastante?
No sistema público, não havia UTI a não ser na região metropolitana. O que havia de leitos desse porte era em hospitais privados, mas não havia leitos estaduais de UTI no interior. Esse também é outro grande legado, com certeza.
Os profissionais de saúde com certeza têm vários relatos de pessoas que se negaram a tomar a vacina e hoje estão na UTI justamente por causa dessa resistência, causada por alguma ideologia ou outro princípio que considerassem mais valioso do que a imunização. Muitas delas acabam externando esse arrependimento. A sra. chegou a ter algum histórico nesse sentido com alguém mais próximo?
Eu não vi isso diretamente, mas já ouvi, de profissionais – médicos, enfermeiros etc. – que trabalham em UTIs, esses relatos de arrependimento. Muitos relataram falas desse tipo, infelizmente. Quem vê as estatísticas, os números, percebe como é visível: quando a gente abre o painel e vemos a barrinha dos gráficos entre os que morreram sem se vacinar ou só tomaram uma dose e a dos que se imunizaram com reforço, a diferença é enorme. Hoje, essa diferença é de 19 vezes: para cada óbito de um idoso com dose de reforço na vacinação, há 19 idosos que perdem a vida entre os que não se vacinaram ou não completaram o ciclo. É algo muito sério e ainda tem gente que acredita que a vacina não faz diferença.
Nunca saberemos exatamente como seria se todo mundo tivesse juntado esforços para o mesmo lado, se não tivesse havido uma falta disputa entre preservar a saúde das pessoas ou a economia, incentivo a aglomeração e ao uso de remédios ineficazes em vez de obediência às normas sanitárias, notícias falsas sobre as vacinas e tantas outras coisas. A gente poderia ter evitado uma quantidade relativamente grande de mortes no Brasil se não houvesse esses obstáculos? A política negacionista pode ser considerada o fator mais agravante da pandemia no País?
Não teria como afirmar que seria o fator mais grave para isso, seria preciso um estudo que afirmasse isso. Mas, com certeza, o negacionismo teve um grande impacto. A gente vê os efeitos disso claramente na vacinação. Por que não conseguimos alcançar a cobertura ideal? Em Goiás temos um problema sério nesse sentido, de pessoas que se recusam mesmo, são enfáticas em dizer que não vão tomar vacina, ou que tomaram a primeira dose e se recusam a tomar a segunda. São relatos dos próprios gestores municipais, que fizeram busca ativa, ligaram para as pessoas, conversaram com elas e, mesmo assim, têm como resposta coisas como “essa vacina tem chip”, “essa vacina veio para matar as pessoas” e outras coisas loucas. As pessoas acabam acreditando em certos boatos que ouvem ou leem.
A falta de um comando único – algo que historicamente sempre tivemos – fez toda a diferença. Nós sempre tínhamos tido isso para o PNI, o Programa Nacional de Imunizações. Em 2010, com a H1N1 – digo isso porque eu vivi essa época, estava trabalhando em campanha de vacinação, ajudando a organizar o processo em Goiânia – como foi mais fácil e tranquilo trabalhar e lidar com todas as situações. A Covid, por si só, já era algo mais complexo. Tudo ficou pior com essa falta de comando nacional. Tanto que, pela primeira vez, a gente viu a imunização sair do PNI e se criar uma secretaria paralela para trabalhar com vacina, nunca vimos isso na história. Tiraram toda a governabilidade do PNI e a colocaram para um grupo de pessoas que não trabalhavam com vacinas, que não eram do PNI, uma coisa louca.
Ninguém de fora do meio tem noção do que foi fazer a logística das vacina nesta pandemia. Lotes que chegavam de forma fracionada, em horários diferentes, de madrugada, às vezes um lote vinha dividido em três. Chegamos a deixar equipe a noite inteira no aeroporto para pegar as vacinas. Isso foram várias vezes, falavam que a carga iria chegar em determinado horário e chegava em outro. E, nisso, nossa equipe ficava a madrugada inteira esperando e depois, imediatamente, tinha de encaminhar para os municípios, porque tinha cidade que só estava esperando a vacina chegar. Loucura mesmo. Depois dessa, acho que a gente faz qualquer coisa. (risos)
E o Brasil, com sua condição de país continental, se em Goiás estava difícil assim, imagino como estava a situação das vacinas no Amazonas…
A gente tem um grupo formado com superintendentes do Brasil todo e os relatos são tristes, realmente.
O que fica de lição desta pandemia que parece estar no fim?
Não podemos esquecer de forma alguma do que a gente viveu. Hoje, quando estava vindo aqui para a Suvisa, estava me lembrando que há dois anos estávamos vivendo aquele lockdown mais amplo no Estado. Então, me recordei de como, vindo de casa para o trabalho, como as ruas estavam vazias. Portanto, que a gente não se esqueça do que vivemos.
Precisamos estar cientes de que pode ocorrer de novo. Para ter ideia, em 2007, salvo engano, participei de um evento no Ministério da Saúde, nos preparando para uma possível pandemia de doença respiratória. Só que, na época, a gente pensava que isso viria pelo vírus H5N2, o da gripe aviária, que estava circulando na Ásia. A OMS já estava preparando os países e o governo federal preparando os Estados. Parecia algo, mas veio algo em 2009, com o H1N1, ainda que de forma mais branda. Mas, infelizmente, aconteceu isso em 2020. E pode acontecer de novo. O que fica, para o futuro, é que a gente precisa estar preparado e, portanto, não se esqueça do que viveu. Ou seja, se tiver uma recomendação, um protocolo, que isso seja seguido, por mais difícil que seja e que a gente queira levar a vida normalmente. Estamos deixando de usar máscaras agora, mas, se vier uma nova variante e precisarmos voltar a usá-las, que as pessoas entendam o porquê.
“Em um momento da pandemia eu perdi, em 15 dias, oito pessoas próximas a mim. Fui ao hospital para acompanhar o cortejo da mãe de uma colega de trabalho que tinha falecido e me impressionou a fila de carros funerários: eram pelo menos 13 ali.”
As cenas que vimos na Europa, no começo de tudo, impressionaram bastante. Ao vermos estádios, ginásio e centros de convenções – locais de celebração da vida, da cultura e da saúde – transformados em hospitais e necrotérios improvisados. Dor, sofrimento, medo e luto. Nosso povo viu aquilo e viveu o começo da pandemia de uma forma assustadora. Depois, tudo ficou mais grave por aqui, mas o que fica é a imagem daqueles caminhões militares carregados com caixões pelas ruas. Se fizéssemos uma fila com os corpos de brasileiros mortos pela Covid-19 ao longo da Via Dutra teríamos o percurso todo coberto, do centro de São Paulo ao do Rio de Janeiro, em ida e volta. E ainda sobrariam cadáveres. É uma cena de guerra, horrível. E a gente não para para pensar nisso. Por que a gente normalizou isso?
Eu vivi isso no hospital de campanha. Teve um momento da pandemia em que eu perdi, em 15 dias, oito pessoas próximas a mim. E, como não podíamos ter velórios, havia os cortejos. E, em uma dessas mortes de alguém próximo, fui ao hospital para acompanhar o cortejo da mãe de uma colega de trabalho que tinha falecido. E me impressionou a fila de carros funerários: eram pelo menos 13 ali. Foi um período em que a associação das empresas funerárias nos pediu ajuda para tentar liberar corpos o mais rapidamente possível para que não ficassem tanto tempo na fila. Eu tenho essas mensagens guardadas no meu celular e é algo que vai ficar comigo, para nunca esquecer. São imagens muito tristes, que nunca havíamos visto na vida, que preferíamos não lembrar, mas que não podemos esquecer.
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O HOJE
Câmara deve votar piso salarial de enfermagem nas próximas semanas; entenda o projeto
Por: Ícaro Gonçalves
A Câmara dos Deputados deverá votar nesta semana a urgência do projeto de piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras. A pauta já havia sido aprovada pelo Senado em novembro do ano passado, estabelecendo um piso de R$ 4.750 para enfermeiros e enfermeiras do setor público e privado, mas ainda necessita da aprovação da Câmara para entrar em vigor.
Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), após discutida a sua urgência, a pauta poderá ter o mérito analisado em abril. Além dos enfermeiros, a proposta estabelece piso de R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras, sendo que todos deverão ser corrigidos anualmente pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
Ainda de acordo com Lira, a Câmara estabeleceu um cronograma de trabalho para que sejam buscadas fontes de recursos para o aumento nas redes públicas e nos hospitais filantrópicos.
Impasses
Desde de que o projeto foi apresentado, hospitais privados e entidades que representam municípios criticaram a proposta, afirmando que a medida criaria gastos adicionais na ordem de dezenas de bilhões de reais.
O projeto de lei foi originalmente apresentado pelo Senador Fabiano Contarato (Rede-ES), depois foi substituído por um texto da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), com relatoria de Zenaide Maia (Pros-RN).
Seus defensores afirmam que estabelecer um piso para a remuneração das categorias de enfermagem seria “o mínimo” que o Congresso pode fazer para reconhecer o esforço e o sacrifício desses profissionais, principalmente durante a pandemia.
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Maior estudo sobre ivermectina mostra ineficácia do remédio na redução de hospitalizações por Covid-19
O maior estudo já feito sobre a ação do antiparasitário ivermectina, demonstra que o efeito do remédio é equivalente ao do placebo, ou seja, não apresenta uma reação real com o organismo, mas é empregado como se fosse ativo. O estudo publicado na última sexta-feira (18/03), exclusivamente pelo The Wall Street Journal, foi liderado pela Universidade McMaster, no Canadá, e envolveu 1400 pacientes com Covid, que apresentavam um risco grave da doença.
Os infectados foram divididos em grupos, sendo que o primeiro recebeu comprimidos do antiparasitário durante três dias, enquanto o outro grupo tomou placebo. De acordo com o professor de ciências da saúde da instituição e principal autor do estudo, Edward Mills, “não houve indicação de que a ivermectina seja clinicamente útil”.
O estudo mostrou que foi revisado por pares, mostrou que o remédio não foi capaz de atuar na redução de hospitalizações. Segundo o reitor da Escola Nacional de Medicina Tropical do Baylor College of Medicine, Peter Hotez, um dos revisores do trabalho, “esse é o primeiro grande estudo prospectivo que deve realmente ajudar a acabar com a ivermectina e não dar credibilidade ao uso dela para o Covid-19”.
O remédio utilizado para tratar infecções causadas por parasitas, como piolho, sarnas e lombrigas, foi uma das formas empregadas como “tratamento precoce” para a Covid-10, no início da pandemia e, no Brasil, fez parte do chamado “Kit Covid”, junto com outras medicações sem eficácia.
No entanto, em julho de 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), rejeitou a utilização da droga para essa finalidade. Também, nos Estados Unidos, a agência reguladora de medicamentos Food and Drug Administration (FDA), desaconselhou o uso da ivermectina no tratamento da Covid-19.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Momento ideal para a cirurgia bariátrica
Bariátrica é segura, mas exige equipe de profissionais. Presidente de comissão do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Leonardo Emílio da Silva explica que taxa de mortalidade fica em torno de 0,12%
A morte do jornalista esportivo Paulo Victor Damasceno, mais conhecido como PVezinho, aos 34 anos, comoveu Goiás na última sexta-feira (18). Complicações de uma cirurgia bariátrica, procedimento indicado para tratar casos de obesidade grave, tiraram a vida do radialista. O Hospital Santa Mônica publicou nas redes sociais que não divulga informações sobre pacientes “em respeito ao sigilo médico”, portanto não foi esclarecido o que de fato ocorreu.
Apesar da triste perda, de acordo o cirurgião e presidente da Comissão de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Leonardo Emílio da Silva, a cirurgia bariátrica é segura. “Em serviços médicos e hospitalares estruturados e preparados, a cirurgia bariátrica e metabólica tem a taxa de mortalidade em torno de 0,12%”, esclarece.
Porém, como o procedimento é realizado em pacientes obesos clinicamente graves e, muitos, carregam consigo doenças inerentes à obesidade, logo, portadoras de um risco próprio de complicações e mortalidade.
Mas, para diminuir os riscos, o cirurgião Leonardo Emílio ressalta que o paciente deve primeiro submeter a um programa completo de avaliação pré-operatório. A preparação deve contar com cardiologista, endocrinologista, nutricionista, psicólogo, pneumologista, fisioterapeuta respiratório e anestesiologista.
“Tal fato aumenta a segurança do procedimento cirúrgico pois, permite o reconhecimento e tratamento de situações clínicas inerentes à doença da obesidade”, diz.
Indicações
Conforme resolução do Conselho Federal de Medicina, a cirurgia bariátrica é indicada para pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 35 kg/m², e portadores de doenças sabidamente associadas à obesidade, a exemplo de hipertensão, diabetes, dentre outras.
Já para os pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2, se não houver resposta ao tratamento clínico convencional, o procedimento é permitido com IMC entre 30 kg/m2 e 34,9 kg/m2. “É uma cirurgia regulamentada e autorizada conforme normas rígidas pré-estabelecidas”, reforça o cirurgião.
“Tomaria a mesma decisão novamente”
A engenheira e estudante de medicina Bárbara Macedo, 30 anos, submeteu a cirurgia bariátrica há três anos. Na época, pesava 105 kg. “Fazer bariátrica foi uma questão de saúde acima da estética. O excesso de peso piorou lesões que tenho na coluna e joelho e sentia muita dor. Meu caminhar se tornava impossível, então não conseguia fazer exercícios físicos. Também não dormia direito, por causa de períodos de apneia”, recorda.
Antes de passar pelo procedimento, ela foi atendida por uma equipe, que envolveu: cirurgião gástrico, cardiologista, endocrinologista, pneumologista, nutricionista, psicólogo e angiologista. Deu tudo certo, ela chegou a perder mais de 50kg mas, recentemente, teve reganho de peso e está com 76kg.
“Mesmo com o reganho, tenho minhas funções normais. Consigo me exercitar, não sinto dores insuportáveis. E por isso já valeu todo o esforço para a cirurgia. Apesar de um início difícil, tomaria a mesma decisão novamente. Mudei completamente”, explica.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Vereador propõe CEI para investigação de servidores do Imas
Covid-19: Goiás registra 4,1 mil novos casos e 22 mortes em um dia
Enquanto 31% dos brasileiros acham que dengue acabou, casos da doença crescem 225,5% em Goiás
Casos de síndrome respiratória grave em crianças cresceram em fevereiro, informa a Fiocruz
Lei que desobriga uso de máscaras em espaços abertos em Goiânia é sancionada; veja detalhes
Covid-19: incidência de novos casos volta a subir na Europa
Covid-19: Brasil registra 29,52 milhões de casos e 656.425 mortes
JORNAL OPÇÃO
Vereador propõe CEI para investigação de servidores do Imas
Por Gabriela Macedo
Segundo vereadores presentes em plenário, desde outubro médicos estão sem pagamento e o órgão já consta com uma dívida de R$ 50 milhões
Nesta quinta-feira, 17, o vereador Ronilson Reis (Podemos) comunicou no plenário da Câmara Municipal de Goiânia que apresentará um requerimento para investigar os servidores do Instituto Municipal de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas). Segundo vereadores presentes em plenário, desde outubro médicos estão sem pagamento e o órgão já consta com uma dívida de R$ 50 milhões.
Na manhã desta quinta-feira, 17, inclusive, servidores da educação municipal de Goiânia chegaram a protestar em frente ao Imas, reivindicando atendimento nas mais diversas modalidades, como emergências e clínicas. Na Câmara, o documento para a investigação já conta com 13 assinaturas, sendo que apenas 12 são necessárias para que a abertura da CEI seja acatada no plenário. O propositor do requerimento, Ronilson Reis, pretende chegar a 20 assinaturas. Requerimento deve ser protocolado na próxima terça-feira, 22.
“O Imas está com fama de má prestação de serviços. Alguma coisa está acontecendo! Pode analisar que a maioria das reclamações dos usuários são em relação aos prestadores, além da suspeita de superfaturamento em contratos”, justificou Ronilson.
Para o vereador Clécio Alves (MDB), é necessário uma auditoria imparcial no Instituto em todos os prestadores de serviço. “Há poucos dias atrás houve uma ação da polícia com o MP uma ação em que foi levado preso vários prestadores de serviço. Há casos de clínicas que cobravam do Imas de pessoas que estavam pagando e a pessoa já tinha morrido. É preciso responsabilizar todos. Apoio absolutamente auditoria em todos os prestadores”, afirma o emedebista.
Já para o vereador Mauro Rubem (PT), a discussão acerca do Imas, mesmo que através de uma CEI, é importante para que o instituto seja viabilizado. “O Imas é viável e tem recurso suficiente, mas ele deve aos servidores de agosto a dezembro do ano passado; cerca de R$ 50 milhões e ele recebe R$ 26 milhões por mês. A folha de pagamento está achatada. Precisamos atualizar o Imas como atualizamos o Ipasgo”, disse.
Para se pronunciar, o Imas foi procurado pelo Jornal Opção. O Instituto informou que “está empenhado em garantir uma solução definitiva para os problemas apontados a partir da autossustentabilidade do órgão”. “Desde meados de fevereiro, a Prefeitura de Goiânia dedica esforços para promover uma reformulação completa no Imas, com o objetivo de garantir atendimento digno, eficiente e de qualidade aos milhares de segurados”, escreveu.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 4,1 mil novos casos e 22 mortes em um dia
Adriana Marinelli
Goiânia - Goiás registrou 4.160 novos casos da covid-19 e 22 mortes ligadas à doença nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta quinta-feira (17/3). Com as atualizações, o Estado chega a 1.239.255 casos e 26.067 óbitos relacionados ao novo coronavírus.
Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás soma 772.214 casos suspeitos em investigação para saber se há ligação com a covid-19, enquanto outros 314.837 já foram descartados.
Além dos 26.067 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,11%, há 386 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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O HOJE
Enquanto 31% dos brasileiros acham que dengue acabou, casos da doença crescem 225,5% em Goiás
Por: Augusto Diniz
Os dados divulgados na quarta-feira (16/3) pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) ligaram o alerta das Secretarias de Saúde para a gravidade que a dengue representa, tanto pelo avanço da doença quanto pelo nível de desinformação da população. De acordo com pesquisa da SBI e parceria com a biofarmacêutica Takeda, 31% dos brasileiros acham que a dengue acabou no País.
Mas a realidade é muito mais dura do que a crença de quase um terço da população brasileira. Nas dez primeiras semanas de 2022, os casos confirmados de dengue em Goiás aumentaram 225,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2021, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) confirmou 9.485 pessoas com a doença da semana 1 até a semana 10. No mesmo período deste ano, 21.389 casos de dengue foram confirmados no Estado.
Nas notificações, que incluem os casos confirmados e suspeitos de dengue, a SES-GO identificou 54.081 ocorrências. No ano passado, o número ficou em 15.020 nas dez primeiras semanas. O crescimento verificado é de 206,06% para o mesmo período de 2022 na comparação com 2021.
Cinco pessoas morreram em 2022 por dengue em Goiás. Os óbitos ocorreram em Alexânia, Goiânia, Inhumas, Itaberaí e Itapaci. No total, a SES-GO recebeu 32 notificações de mortes suspeitas que teriam sido causadas pela doença nesse ano. Os municípios goianos com mais casos notificados de falecimentos em análise pela doença são Goiânia, com 11 notificações, Aparecida de Goiânia (4) e Anápolis (3).
Goiânia é a cidade goiana com mais casos notificados de pessoas com dengue. A capital chegou, até o momento, a 18.373 notificações da doença. Em seguida surgem Aparecida de Goiânia, com 2.579, e Senador Canedo, com 2.349. Proporcionalmente, Urutaí é o município de Goiás com a maior incidência de dengue no Estado: 137 casos para uma população de 3.078 habitantes. A incidência de casos de Urutaí está em 4.451.
Cálculo da incidência
Para criar um cálculo possível de comparação, os casos são divididos pela população do município e multiplicados por 100 mil. Sendo assim, mesmo com mais habitantes (1.555.626) e com mais casos de dengue (18.373), a incidência de Goiânia fica em 1.181. Outras 14 cidades goianas superam a capital na proporcionalidade dos casos em comparação com o tamanho da população. Depois de Urutaí aparecem Guaraíta (3.332), São João da Paraúna (2.823), Itaguaru (2.448) e Americano do Brasil (1.767), todas classificadas pela SES-GO como “alto risco” para dengue.
Em todo o Brasil, o Ministério da Saúde registrou aumento de 43,5% nos casos de dengue nas seis primeiras semanas de 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado. Mas, na percepção da população, é como se a doença não fosse grave ou não estivesse com registro de avanço em alta no País. Dos 2 mil brasileiros ouvidos por telefone pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) de 19 a 30 de outubro de 2021, 22% disseram que o risco da doença diminuiu na cidades brasileiras, o que contrasta e muito com a realidade.
Impacto da pandemia
Um pouco se dá pela sensação deixada pela pandemia da covid-19, com atenção bastante voltada para a crise sanitária mundial causada pelo coronavírus. 28% dos entrevistados afirmaram não mais ter ouvido falar em dengue no Brasil e 22% que “toda doença agora é covid-19” no País e que não existem mais casos de dengue.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a subnotificação impactou os dados de 2020 e 2021 de dengue, não só em Goiás, mas em todo Brasil. Para a SES-GO, a notificação menor de casos nos anos anteriores a 2022 ocorreram também por impacto da pandemia. Outro fenômeno percebido foi a redução de pessoas que procuraram as unidades de saúde com suspeita de dengue, o que diminuiu a testagem e verificação dos casos. Muitos não procuraram atendimento com receio da covid-19.
Ao mesmo tempo, 30% dos brasileiros ouvidos pelo Ipec disseram que já tiveram dengue 70% que conhecem alguém que já teve a doença. Dos que mudaram os hábitos para evitar que o mosquito Aedes aegypti encontre criadouros em objetos com água parada, o percentual chega a 55% dos entrevistados. 76% disseram que a dengue é causada pela picada do mosquito. Mas 8% não sabem como a doença é transmitida e 4% acreditam que seja de pessoa para pessoa.
Existem quatro subtipos do vírus da dengue, o que faz como que uma mesma pessoa só possa pegar a doença no máximo quatro vezes, uma vez cada tipo. Só que 59% disseram não saber quantas vezes podem contrair dengue. Apenas 2% tinham noção da quantidade limite de casos da doença que alguém pode ter.
Dengue
A dengue é uma doença infecciosa, transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e tem quatro sorotipos diferentes. Quem pega um tipo, não fica imune aos demais. O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio.
O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença, por isso, alerta o Ministério da Saúde, é importante evitar água parada porque os ovos do mosquito podem sobreviver por até um ano no ambiente.
No geral, a primeira manifestação da dengue é a febre alta acima de 38°C, que dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele. Em alguns casos, ela pode evoluir para uma forma grave.
Não existe um tratamento específico para a doença. As medidas adotadas visam o controle dos sintomas. Pacientes com suspeita de dengue devem buscar orientação médica logo que surjam os primeiros sintomas. (Com informações da Agência Brasil)
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Lei que desobriga uso de máscaras em espaços abertos em Goiânia é sancionada; veja detalhes
Por: Carlos Nathan Sampaio
Por meio de decreto publicado na tarde desta quinta-feira (17/03), o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, regulamentou a flexibilização do uso de máscaras na capital. De acordo com o texto, os equipamentos de proteção facial são obrigatórios apenas em ambientes fechados e para pessoas imunossuprimidas, com comorbidades de alto risco, que não se vacinaram ou que apresentem sintomas de síndrome gripal.
O documento acompanha proposta aprovada na Câmara Municipal de Goiânia na manhã desta quinta-feira (17) que revogou a proibição da circulação sem máscaras na capital e é complementado por nota técnica da Secretaria Municipal de Saúde, que define o que são considerados ambientes fechados e abertos. “É mais um passo rumo à normalidade, de forma responsável e segura. Vamos seguir em frente com cuidado pessoal, sentimento de coletividade e cuidando do outro”, afirmou Rogério Cruz.
A flexibilização foi autorizada após o município alcançar a imunização completa de 75,3% da população acima de cinco anos e é embasada por estudo conduzido pelo Instituto Butantan, de São Paulo. Os resultados obtidos pela instituição apontam que o cenário epidemiológico pode ser controlado quando a cobertura vacinal ultrapassa o índice de 75%.
Onde é permitido circular sem máscaras
Segundo a nota técnica da Secretaria Municipal de Saúde, são considerados ambientes abertos espaços ao ar livre públicos ou particulares, como ruas, estádios, calçadas, praças, áreas de lazer, quadras esportivas e feiras. Nestes locais os goianienses estão autorizados a circular sem os equipamentos de proteção individual.
Onde o uso de máscaras permanece obrigatório
Já os ambientes fechados são definidos como “recintos cercados ou delimitados por teto e paredes, divisórias ou qualquer barreira física, vazadas ou não, com ou sem janelas, destinados à utilização simultânea de várias pessoas”. O uso de máscaras fica portanto mantido em templos religiosos, estabelecimentos comerciais, repartições públicas, unidades de saúde e educação, transporte coletivo público e privado, táxis e carros de transporte por aplicativo.
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AGÊNCIA BRASIL
Casos de síndrome respiratória grave em crianças cresceram em fevereiro, informa a Fiocruz
A incidência de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em crianças teve “ascensão significativa” em diversos estados ao longo do mês de fevereiro, informou nesta quinta-feira (17/3) a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Boletim InfoGripe. A análise abrange o período entre 6 de fevereiro a 12 de março, período que foi marcado pela retomada do ano letivo.
Segundo os pesquisadores, dados laboratoriais preliminares sugerem que o aumento está associado ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR) na faixa etária de 0 a 4 anos, além de também pesar a interrupção de queda nos casos associados ao Sars-CoV-2 (covid-19) na faixa de 5 a 11 anos.
Entre os adultos, o boletim destaca que a queda na incidência está desacelerando de forma gradual, o que indica possível estabilização em patamar similar ao registrado ao final de outubro de 2021, quando foi registrado o menor número de novos casos semanais desde o início de epidemia de covid-19 no Brasil.
A exceção em relação a esse cenário de queda mais lenta foi a população acima de 70 anos, que ainda apresenta queda semanal expressiva por ter sofrido maior impacto durante o pico do início do ano.
A análise dos casos de SRAG aponta que, entre os que tiveram resultado positivo para vírus respiratórios, 0,8% foram de Influenza A, 0,2% de Influenza B, 6,5% de VSR, e 86,7% de covid-19. Entre os óbitos por SRAG viral, a covid-19 chegou a 97,3%.
A Fiocruz informa ainda que em três unidades federativas houve sinal de crescimento na tendência de longo prazo para a incidência da SRAG: Distrito Federal, Espírito Santo e Roraima. Todas as demais apresentam sinal de queda. Já entre as capitais, apenas duas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Boa Vista e Fortaleza.
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Covid-19: incidência de novos casos volta a subir na Europa
Em 14 dias, a incidência de novos casos de covid-19 voltou a subir na Europa, após várias semanas de queda sustentada, informou hoje (18) o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).
Segundo o ECDC, a subida foi de 4,6% e a incidência atingiu 1,56 mil casos por 100 mil habitantes (dados até 13 de março), valor que sobe para 9,1% nos maiores de 65 anos. Há 14 países que registraram tendência ascendente, em contexto em que vários reduziram o número de testes.
O aumento da transmissão, principalmente em idosos, piora os indicadores de gravidade: seis países relataram aumento na ocupação hospitalar e cinco na taxa de mortalidade.
"Em tempos de alta incidência, é provável que algumas pessoas sejam hospitalizadas ou morram com, e não de covid-19. As internações e a ocupação de unidades de terapia intensiva, que poderiam dar um quadro mais preciso da gravidade, permanecem em níveis relativamente baixos", diz o texto.
O relatório semanal do órgão de referência para epidemias da União Europeia (UE), com sede em Estocolmo, destaca, contudo, que nove dos 28 países registraram tendência de aumento de unidades de cuidados intensivos em relação à semana anterior.
O ECDC considera também que a situação epidêmica, que inclui vários elementos além da incidência, é de grande preocupação principalmente em três países (Islândia, Irlanda e Holanda) e em mais 18, incluindo Áustria, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Noruega e Portugal.
A situação epidémica na Bélgica, Bulgária, Hungria, Itália, Lituânia, Polônia, Espanha e Suécia é de preocupação moderada e, no caso da Romênia, baixa.
As previsões para as duas próximas semanas na UE e no Espaço Económico Europeu (EEE) indicam tendência crescente na incidência e uma tendência estável nas internações e óbitos.
Segundo os dados disponíveis, 83,1% da população com mais de 18 anos na UE/EEE receberam o ciclo completo da vacina contra a covid-19 e 62,9% já têm a dose de reforço.
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Covid-19: Brasil registra 29,52 milhões de casos e 656.425 mortes
O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 656.425 mortes por de covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (17) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 29.527.640.
Em 24 horas, foram registrados 49.601 casos. No mesmo período, foram confirmadas 485 mortes por covid-19.
Ainda segundo o boletim, 28.126.647 pessoas se recuperaram da doença e 744.568 casos estão em acompanhamento.
Estados
São Paulo lidera o número de casos, com 5,1 milhões, seguido por Minas Gerais (3,28 milhões) e Paraná (2,39 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (123,5 mil). Em seguida, aparece Roraima (154,7 mil) e Amapá (160,2 mil).
Em relação às mortes, São Paulo tem o maior número de óbitos (166.446), seguido de Rio de Janeiro (72.360) e Minas Gerais (60.449). O menor número de mortes está no Acre (1.990), no Amapá (2.119) e em Roraima (2.143).
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Assessoria de Comunicação
Resultado da enquete sobre o formato da AGO da Unimed Goiânia
Escrito por Administrador
Nos últimos dias, a Ahpaceg realizou uma enquete sobre o formato da Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Unimed Goiânia, que acontecerá virtualmente na terça-feira (22).
Dos votantes, 95% eram cooperados e o resultado foi o seguinte:
Presencial: (70%)
Híbrido: (25%)
Virtual: (5%)
A Ahpaceg agradece a todos que participaram da enquete, que possibilitou aos cooperados expressarem sua opinião sobre o melhor formato para a AGO.
A Associação sugere à Unimed Goiânia que faça a sua própria pesquisa e avalie se a reunião deve ser mantida exclusivamente online.