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Confira o boletim de hoje, 10 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para esses atendimentos, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Laboratório Central de Goiás diminui em 72% a quantidade de testes de coronavírus após equipamento estragar
UTIs de cinco capitais à beira de um colapso
Anvisa alerta sobre os riscos da ivermectina
OMS admite transmissão aérea
Covid-19: hospitais particulares cedem 35 leitos de UTI para rede pública
Covid-19: Goiás registra 38 mortes em um dia e total de óbitos vai a 771
Pacientes precisam ficar em isolamento enquanto esperam resultado da Covid-19
Ocupação de UTI para Covid-19 na rede pública de Goiânia chega a 94%
Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM
Buscas por testes disparam
Dobra número de contaminados
G1 GOIÁS
Laboratório Central de Goiás diminui em 72% a quantidade de testes de coronavírus após equipamento estragar
De 250 testes realizados por dia, a quantidade caiu para 70, porque os técnicos precisaram voltar a fazer análises manuais. Com isso, exames são enviados para São Paulo, o que causa atraso no diagnóstico.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
Lacen passa a realizar menos testes de Covid-19 após quebra de equipamento
O Laboratório Central de Goiás (Lacen) está operando a menos de um terço de sua capacidade de processar amostras e dar resultados para exames de coronavírus depois que um equipamento quebrou no início do mês. De 250 testes que eram analisados por dia, em média, a quantidade caiu para 70, ou seja, redução de 72% na capacidade operacional.
Para não ficar com excesso de amostras paradas, o laboratório envia a demanda para o Instituto Butantã, em São Paulo. Mais de 1 mil já foram encaminhadas para a unidade. O problema é que os resultados que ficavam prontos em até 72 horas, em Goiás, agora exigem um prazo de até 10 dias.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que "segue realizando os testes de RT-PCR para o coronavírus mesmo com o equipamento para extração automatizada danificado desde 2 de julho. Essa etapa vem sendo realizada manualmente, e o laboratório tem conseguido processar cerca de 70 amostras por dia" (veja a nota na íntegra ao final).
O equipamento danificado faz a extração automatizada, que separa o RNA do vírus. Sem ele, os funcionários precisaram voltar a fazer o processo manual.
"Prejudica, porque se eu falo que para ter uma boa resposta eu preciso testar, isolar e monitorar, posso ter uma demora para saber se aquele caso realmente era de Covid-19. Por isso, fizemos a parceria com o laboratório de São Paulo e vamos fazer com outros até o conserto ou a chegada de um novo equipamento", explica a superintendente de Vigilância Sanitária do estado, Flúvia Amorim.
Goiás registrou 34.216 casos confirmados e 771 mortes nesta quinta, conforme divulgou a Secretaria de Saúde do estado. A quantidade de amostras que esperam análise, no estado inteiro, chegou a 80.611 casos suspeitos.
Novo equipamento
Segundo a superintendente, além de consertar o equipamento que quebrou, o estado pretende comprar mais uma máquina para aumentar a capacidade de atendimento. Porém, ainda não há previsão de quando ocorrerá essa aquisição.
Flúvia Amorim estima conseguir aumentar a realização de exames em até quatro vezes, quando todos os equipamentos estiverem em pleno funcionamento. "A ideia é que, quando voltarmos às nossas reações automatizadas, a gente salte de 250 para até 1 mil amostras por dia".
No período de 26 de fevereiro a 7 de julho, 13.859 mil testes já foram realizados pelo laboratório, que atende a demanda da rede pública de saúde com pacientes com sintomas graves.
Nota da Secretaria de Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informa que o Lacen-GO segue realizando os testes de RT-PCR para o coronavírus mesmo com o equipamento para extração automatizada danificado desde 2 de julho. Essa etapa vem sendo realizada manualmente e o laboratório tem conseguido processar cerca de 70 amostras por dia.
Para que não ocorra prejuízos para a população goiana, o Lacen-GO tem encaminhado todo o excedente de amostras para o Instituto Butantan, em São Paulo. Esse envio é realizado duas vezes por semana. O primeiro envio foi feito na última sexta-feira, 3. Ao todo, 1.080 exames já foram encaminhados para São Paulo.
Paralelamente, a SES-GO já tramita dois processos para solucionar a situação: um para aquisição de um segundo equipamento e outro para conserto do que apresentou defeito.
Por fim, é importante destacar que a SES-GO não limitou ou estabeleceu nenhum novo critério para recebimento de amostras encaminhadas pelos municípios.
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CORREIO BRAZILIENSE
UTIs de cinco capitais à beira de um colapso
Enquanto o Brasil registra mais de 40 mil casos em 24 horas pelo 3º dia consecutivo, Cuiabá, Natal, Florianópolis, Curitiba e Belo Horizonte têm ocupação de leitos acima de 90%. País deve ultrapassar hoje a marca de 70 mil mortos pela pandemia
BRUNA LIMA
MARIA EDUARDA CARDIM
Mesmo com a suposta estabilização de mortes por covid-19 no Brasil, com médias acima de mil óbitos diários, o país é a nação que mais mata pela doença há sete dias. Ontem, não foi diferente. Com acréscimo de 1.220, o total de vidas perdidas chega a 69.184. Pelas previsões, o Brasil deve ultrapassar, hoje, a marca de 70 mil brasileiros mortos pela pandemia. Além disso, pelo terceiro dia consecutivo, o país registrou mais de 40 mil casos e totaliza 1.755.779 infectados. O número reflete diretamente na ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) pelo país, muitos, à beira de um colapso.
Pelo menos cinco capitais estavam com lotação acima de 90% na segunda-feira e, ao longo da semana, tiveram a situação agravada. Na região metropolitana de Natal, a falta de leitos é uma realidade há quase um mês e meio. O sistema de saúde da cidade sofre com a lotação, e o estado, que está com mais de 80% dos leitos cheios, precisa auxiliar na distribuição. Com isso, o cronograma de retomada das atividades estadual foi postergado.
Com o movimento do novo coronavírus para o Centro-Sul do país, cidades onde os índices de ocupação eram baixos até meados de maio, agora sentem o peso da pandemia. Mais 418 casos e dez mortes foram confirmadas ontem em Curitiba e, de um dia para o outro, o total de internados em UTI saltou de 142 para 185. Também no Sul, é crítica a situação de Florianópolis que, até ontem, tinha mais de 97% dos leitos de UTI adultos ocupados. Apesar da abertura de novos 570 leitos, o estado tem enfrentado a grande demanda em meio à queda das temperaturas. "Mesmo com o esforço constante do governo, a prevenção é, e continuará sendo, a melhor forma de combatermos esse vírus", disse o governador Carlos Moisés.
Em Cuiabá, a situação é ainda mais crítica, já que os municípios do entorno da capital não conseguem atender à demanda de pacientes. Isso porque faltam leitos há mais de dez dias em todo o Mato Grosso. A fila de espera por uma vaga intensiva chegava a 100 pacientes e o estado vizinho, Mato Grosso do Sul, tem prestado auxílio às vítimas.
Belo Horizonte também preocupa. Na última atualização da Secretaria Municipal de Saúde, ontem, 340 dos 370 leitos de unidade de terapia intensiva para pacientes da covid-19 estavam em uso na cidade, o que resulta na ocupação de 92%; restando apenas 30. Ao levar em conta a ocupação de todas as UTIs, inclusive àquelas destinadas a pacientes que não contraíram o vírus, a taxa ainda é alta: 86%. De acordo com boletim epidemiológico, 76% dos leitos clínicos específicos para pacientes infectados estão ocupados.
Ontem, Minas Gerais bateu recorde ao confirmar mais 90 mortes em 24 horas. Até então, o maior número diário de óbitos era de 73, registrado no último sábado. O estado totaliza 1.445 vítimas do novo coronavírus e faz parte do grupo que já registrou mais de mil mortes pela doença.
Balanço
Metade das unidades federativas já atingiu essa marca. Além de Minas, São Paulo (17.118), Rio de Janeiro (11.115), Ceará (6.741), Pernambuco (5.409), Pará (5.196), Amazonas (2.985), Maranhão (2.357), Bahia (2.328), Espírito Santo (1.930), Rio Grande do Norte (1.345), Alagoas (1.230) e Paraíba (1.196) integram a lista. No Brasil, não há mais nenhum estado com menos de cem mortes. Somente seis estados têm menos de 500 óbitos: Amapá (467), Santa Catarina (447), Acre (411), Roraima (393), Tocantins (240) e Mato Grosso do Sul (136).
Em relação ao cenário mundial, apenas os Estados Unidos superam o total de confirmações e de fatalidades pelo novo coronavírus. Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, 132.834 norte-americanos perderam a vida na pandemia e mais de 3 milhões foram infectados. A soma dos números brasileiros e dos EUA representa 40% do total de casos registrados em todo o mundo.
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Anvisa alerta sobre os riscos da ivermectina
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou, ontem, sobre os riscos do uso de medicamentos que contêm ivermectina (agente antiparasitário) para o tratamento da covid-19. Segundo o órgão, não há nenhuma comprovação científica de que a ivermectina seja eficaz contra o novo coronavírus.
A Anvisa ressalta, porém, que há comprovações de sobra sobre os efeitos colaterais e os riscos à saúde decorrentes do uso do medicamento sem prescrição médica. "Os principais problemas (eventos adversos) são: diarreia e náusea, astenia, dor abdominal, anorexia, constipação e vômitos; em relação ao sistema nervoso central, podem ocorrer tontura, sonolência, vertigem e tremor", frisa a entidade, em nota. A agência é enfática quando ao uso indiscriminado da ivermectina: "Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde."
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OMS admite transmissão aérea
Atendendo a recomendação de um grupo de mais de 200 cientistas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu, pela primeira vez, o risco de transmissão aérea do Sars-CoV-2. Até agora, a agência da ONU considerava apenas a inalação de gotículas expiradas por pessoas infectadas como forma de contágio. Diante da pressão de pesquisadores -- que, na segunda-feira, divulgaram uma carta em que citam inúmeros estudos sobre a possibilidade de o coronavírus ser transmitido pelo ar em ambientes internos -- a agência incluiu, ontem, a informação na sessão de perguntas e respostas de sua página na internet.
"Tem sido reportados surtos da covid-19 em alguns locais fechados, como restaurantes, boates, locais de trabalho ou ambientes em que as pessoas possam estar gritando, falando ou cantando", diz o novo texto. "Nesses surtos, a transmissão aerossol, particularmente nas localidades internas em que há aglomeração e espaços inadequadamente ventilados, onde pessoas infectadas passam longos períodos com outros, não pode ser descartada. Mais estudos são necessários urgentemente para investigar essas instâncias e garantir sua significância para a transmissão da covid-19."
A OMS vinha sendo fortemente criticada por ignorar as muitas pesquisas sobre essa possibilidade de contágio. "Na comunidade científica, estamos focados na compreensão total e detalhada dessa questão (a transmissão aérea) para fornecer informações acuradas a médicos e formuladores de políticas públicas", diz Brent Williams, especialista em aerossóis da Universidade de Washington em St. Louis e um dos signatários da carta. "A OMS e outras organizações de saúde pública ainda insistem muito em suas diretrizes atuais nas práticas de lavar a mão, manter distanciamento e ter cuidado com partículas a curtas distâncias (um perímetro de 2m). Porém, nós sabemos que gotículas provenientes da fala, da tosse etc. geram partículas que, rapidamente, encolhem para tamanhos menores e podem ficar suspensas no ar por muito tempo, em escala de horas, e serem transportadas por longas distâncias, por exemplo, uma casa inteira."
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Covid-19: hospitais particulares cedem 35 leitos de UTI para rede pública
Os hospitais particulares do Distrito Federal destinou à Secretaria de Saúde 35 leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) para o enfrentamento ao novo coronavírus. A informação foi publicada, nesta quinta-feira (9/74), pelo Sindicato Brasiliense de Hospitais, Casas de Saúde e Clínicas (SBH), que representa todo o setor de saúde suplementar da capital.
A medida para a contratualização e disponibilização de mais leitos de UTI, segundo a entidade, vem sendo discutida com o GDF desde quarta-feira (8/7). "Diversos hospitais realizaram iniciativas para colaborar com a população e com a saúde pública da capital. Já foram realizadas doações de recursos no valor de mais de R$ 4 milhões, além da entrega de 10 leitos de UTIs, com todos os equipamentos necessários", esclareceu o sindicato por meio de nota.
O SBH afirmou, ainda, que, desde o chamamento promovido pela Secretaria de Saúde, mais de 218 leitos de UTI haviam sido disponibilizados pelos hospitais privados, para uso da população do DF.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 38 mortes em um dia e total de óbitos vai a 771
Adriana Marinelli
Goiânia - Com 1.235 novos casos e 38 registros de mortes nas últimas 24 horas, Goiás soma 34.216 contaminações e 771 óbitos pela doença. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) na tarde desta quinta-feira (09/07).
De acordo com o boletim da pasta, há no Estado 80.611 casos suspeitos em investigação. Outros 38.121 já foram descartados. O boletim da SES-GO não informa o total de pessoas curadas.
Além dos 771 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás, já 48 óbitos suspeitos que estão em investigação. Já foram descartadas 530 mortes suspeitas nos municípios goianos.
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TV ANHANGUERA
Pacientes precisam ficar em isolamento enquanto esperam resultado da Covid-19
https://globoplay.globo.com/v/8687616/programa/
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Ocupação de UTI para Covid-19 na rede pública de Goiânia chega a 94%
https://globoplay.globo.com/v/8687618/programa/
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O POPULAR
Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM
As iniciativas de interromper estudos com cloroquina feitas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras instituições internacionais não levarão o Conselho Federal de Medicina a rever o parecer dado em abril sobre o uso do medicamento em casos de Covid-19. A posição é defendida pelo presidente da entidade, Mauro Ribeiro, em entrevista à reportagem.
"O que estamos ansiosos é pela divulgação de pesquisas sérias que nos indiquem um caminho para tratamento da doença. Nosso parecer nunca vai ser manipulado. A hora que saírem os estudos, vamos seguir", afirma.
Segundo o presidente do CFM, que tem evitado comentar o tema nos últimos dois meses, a entidade tem recebido os anúncios da OMS "com tranquilidade". Ele diz que houve politização excessiva em tomo do medicamento.
"É algo que beira ao absurdo [essa politização]. O que temos é que quem é a favor do Bolsonaro a defende de forma apaixonada, e quem é contra refuta de forma apaixonada. "
Nesta terça (7), o presidente Jair Bolsonaro divulgou que contraiu o novo coronavírus. Ele aproveitou o anúncio do seu teste para Covid-19 para defender que a hidroxicloro-quina é eficaz para tratar a doença -não há comprovação científica disso. Afirmou que está tomando a droga.
A defesa do remédio é feita por Bolsonaro desde o início da pandemia. Em abril, quando Luiz Henrique Mandetta era ministro da Saúde, o conselho de medicina foi solicitado a dar um parecer sobre o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19.
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Buscas por testes disparam
Sindicato dos laboratórios calcula que entre maio e junho houve um aumento de 80% na procura. Em um dos estabelecimentos, números mais que dobram a cada mês desde março
Nas últimas semanas, os laboratórios particulares de Goiânia e região metropolitana passaram por um aumento abrupto na procura por exames sorológicos e do tipo RT-PCR, considerado o padrão ouro para o diagnóstico do novo coronavírus (Sars-CoV-2). De acordo com dados do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO), entre maio e junho, o aumento médio na procura pelo serviço foi de 80% na capital.
No Hemolabor, o aumento tem sido progressivo desde o início da pandemia. Em março foram feitos 270 exames. Em abril, o número mais que quadruplicou: 1.200. Em maio, o acréscimo continuou e chegou a 3.300 exames realizados. Em junho, foram feitos 5 mil testes para detecção da Covi-19. "Nossa expectativa agora em julho é que este número tenha outro salto", pontua Nelcivone Soares de Melo, hematologista e diretor do Hemolabor.
O laboratório realiza diariamente 500 exames, sendo que 40% são para pacientes internados e 60% para aqueles que buscam auxílio ambulatorial. Por conta do aumento contínuo da demanda, foi instalado um sistema de senhas, com 250 por dia. Elas começam a ser distribuídas no início da manhã e costumam acabar antes das 12h. "Depois que as senhas terminam de ser distribuídas não fazemos mais exames. A coleta do material em si é rápida. Leva cerca de 5 minutos", pontua Melo. A implantação do sistema se deu por conta do contínuo crescimento na procura por testes."Não conseguimos mais atender a demanda espontânea. É muito grande", esclarece o diretor.
Para evitar aglomerações, o laboratório fechou um estacionamento em frente a unidade que recebe as pessoas que vão fazer testes para a Covid-19 e colocou cadeiras para que os pacientes possam aguardar a realização do exame. "Temos um colaborador que trabalha exclusivamente com a organização desta fila. Retiramos metade das cadeiras da recepção e quando ela fica cheia, os pacientes são levados para este local aberto e aguardam lá. Todos têm de estar de máscara e respeitar o distanciamento", explica Melo.
Outros
A Dasa, grupo ao qual o laboratório Atalaia pertence, informou que registrou um aumento na demanda de testes moleculares (RT-PCR) na região Centro-Oeste. Já a assessoria de imprensa do laboratório Padrão disse que nas últimas duas semanas o aumento na procura por exames foi "abrupto".
No laboratório Citocenter, onde as coletas estão sendo feitas de forma domiciliar ou pelo sistema drive thru, não é possível mais realizar agendamentos para esta sexta-feira (10) e este sábado (11). "Só tenho horário na segunda-feira (13). Em algumas unidades só tenho disponibilidade dia 18", afirma Rosiene Mendes, coordenador administrativa do laboratório. O estabelecimento tem tempos de entrega dos resultados diferentes entre as forma particular e conveniada. "São três dias se for particular e de 5 a 7 dias se for por convênio", esclarece.
Mendes conta que a demanda pelos exames no laboratório aumentou muito recentemente. "Estamos com cinco profissionais fazendo coleta em casa e aumentando nossa força de trabalho o máximo que podemos. Estamos investindo principalmente no sistema drive thru para dar conta da quantidade de pedidos que estão chegando aqui", pontua a coordenadora.
O diretor do Laboratório Hemolabor afirma que o laboratório ainda pode ampliar o atendimento. "Nos últimos dias contratamos mais 10 pessoas para suprir a demanda. Entretanto, temos um limite de expansão do atendimento. Esta é uma preocupação nossa e de outros laboratórios aqui de Goiânia", explica Nelcivone Soares de Melo. Além da expansão do atendimento, o processamento dos exames também preocupa. "Temos uma capacidade de máquinas e de pessoal que, em algum momento, não conseguirá ser transposta. Existe um limite."
Sindilabs-GO recomenda drive thru
Com o aumento expressivo na procura por exames do novo coronavírus (Sars-CoV-2), o Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO), tem recomendados ao laboratórios que busquem outras maneiras de coletar as amostras além do método tradicional de receber os pacientes nas unidades.
Um desses formatos de coleta que têm sido estimulados é o uso do sistema drive thru. Segundo o sindicato estes postos permitem a ampliação da oferta de exames e garantem maior segurança às pessoas, uma vez que, em diversos laboratórios, as pessoas têm enfrentado filas para poderem fazer os exames.
O Sindilabs-GO e a Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg) oferecem aos laboratórios goianos a assessoria técnica necessária para a instalação de postos de atendimento drive thru em locais de grande circulação.
O hematologista e diretor do Hemolabor, Nelcivone Soares de Melo, afirma que esta estratégia já tem sido avaliada pela laboratório. "O ideal seria que tivéssemos múltiplos pontos de coleta pela cidade. Entretanto, a capacidade de executar este novo formato ainda é um desafio."
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O HOJE
Dobra número de contaminados
Em menos de um mês o número de trabalhadores da saúde atingidos pela Covid-19 passa de 2,1mil
Dados obtidos, até o fechamento desta edição, por meio da plataforma Covid-19, do governo estadual, apontam que mais de 2,1 mil profissionais da saúde foram contaminados com a doença em Goiás. A maioria dos casos de infecções ocorre em técnicos e auxiliares de enfermagem, com 898 infectados, seguido pelos enfermeiros (388), outros trabalhadores da saúde (318), médicos (305), trabalhadores administrativos (112) e Fisioterapeutas (83).
Segundo com a SES-GO, os boletins são elaborados a partir dos dados inseridos nos sistemas e-SUS VE e SIVEP Gripe, do Ministério da Saúde, pelas diversas instituições de saúde cadastradas no Estado, conforme endereço de residência informado pelos usuários.
Dos servidores contaminados, mais de mil são apenas em Goiânia. De acordo com boletim epidemiológico divulgado até o fechamento desta edição, Goiânia já tem 1.063 profissionais de saúde com novo Coronavírus. O número é quase 12% do total de casos da cidade, que é de 9.057. Somente nas últimas 24 horas, 220 novos casos foram registrados.
No dia 15 de junho, menos de um mês atrás, Goiás registrava 1.038 profissionais da saúde infectados com o novo Coronavírus, de acordo com dados fornecidos pelo painel da Covid-19, do Governo de Goiás. O que representava 10,1% dos 10.024 casos confirmados na época.
Últimas mortes
O ginecologista e obstetra Josias Rosa da Silva, que faria em agosto 78 anos, morreu no dia Io de julho. O profissional integrava o corpo clínico do antigo Hospital Monte Sinai, no bairro Ipiranga, hoje Hospital Ruy Azeredo. A morte do médico foi lamentada em nota pelo Conselho Regional de Medicina (Cremego) e por pessoas próximas do profissional.
De acordo com a unidade de saúde onde ele clinicava, Josias Rosa se afastou muito do trabalho desde o início do isolamento social em razào da pandemia do novo Coro-navírus. Ele chegou a fazer somente alguns retornos médicos. Duas semanas antes do ocorrido, ele já não frequentava mais seu consultório.
No dia 29 de junho, a técnica em enfermagem Josefa Francisco da Silva Rodrigues, de 40 anos, morreu por suspeita de coronavírus. Ela estava internada no Hospital de Campanha em Goiânia. Josefa era servidora da SES desde janeiro de 2011 e trabalhava no Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta. A Organização Social que administra a unidade lamentou a morte e disse que ela estava afastada desde o dia 18 de junho devido a uma infecção no ouvido. Porém, ela começou a apresentar sintomas da Covid-19 e foi internada. O hospital onde ela trabalhava informou que já foram registrados cinco casos confirmados na unidade desde o início da pandemia.
No dia 26 de junho, a técnica em enfermagem Marilda dos Reis Costa, de 64 anos, que trabalhava no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), morreu com Coronavírus. Ela ficou internada por oito dias. A profissional da saúde tinha diabetes e era hipertensa.
Marilda testou positivo no dia 12 de junho e foi afastada do trabalho. Ela atuava no Centro de Material e Esterilização do Hugo, departamento que não tem contato com pacientes ou outras equipes da assistência direta. A técnica estava internada no Hospital de Campanha de Goiânia.
Esta foi a primeira funcionária em atividade no Hugo que morreu com Covid-19. A Secretaria Estadual de Saúde informou que Marilda foi a oitava profissional da saúde a morrer em Goiás em decorrência do Coronavírus. De acordo com o Conselho Regional de Enfermagem. os profissionais de saúde, de enfermagem, ainda estão desprotegidos na linha de frente.
Já o Hugo informou que tem tomado todas as medidas de segurança e proteção determinadas pelos órgãos de saúde. Os que podem desenvolver as atividades de maneira remota foram afastados. Quem tem idade a partir de 60 anos ou apresenta algum tipo de comorbidade é colocado fora da área assistencial nos casos em que não há possibilidade de home Office.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
Confira o boletim de hoje, 9 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para esses atendimentos, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
Gabinete de Crise e Gestão de Indicadores será tema de live no dia 13
Escrito por Administrador
Com o apoio da Ahpaceg e do associado Hospital do Coração Anis Rassi, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) vai realizar na segunda-feira, 13 de julho, a partir das 20 horas, a palestra Gabinete de Crise e Gestão de Indicadores.
O tema será abordado pelo diretor-técnico do Hospital do Coração Anis Rassi e consultor médico do Hospital Sírio Libanês, Raimundo Nonato Diniz, e a vice-presidente do CRF-GO, Luciana Calil. A farmacêutica Larisse Marques, também do Hospital Anis Rassi, será a mediadora.
A transmissão acontecerá pelo canal do CRF-GO no YouTube e pela plataforma Zoom:
https://us02web.zoom.us/j/87037360416?pwd=RUxtOTBia1czVGJXZzNaWW5tdFhZdz09
Meeting ID: 870 3736 0416
Password: 274227
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Dois hospitais de campanha para tratamento da Covid-19 em Goiás estão com UTIs lotadas
Brasil tem 1.223 novas mortes e passa de 1,7 milhão de casos
Governos e conselhos travam disputa judicial para contratar médico com diploma estrangeiro
Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM
Covid-19: Goiás registra 1.436 novos casos e 18 mortes em 24 horas
Goiânia registra crescimento de quase 350% no número de leitos disponíveis
Período crítico da pandemia em Goiás deve começar dia 22, diz Alexandrino
Ocupação nas UTIs para Covid-19 se aproxima de 90%
Falta de testes para Covid-19 ainda é realidade em Goiás
Teste de Covid-19: reclamações à ANS dobram em uma semana
Anvisa revoga resolução que proibia doação de sangue por homens gays
G1 GOIÁS
Dois hospitais de campanha para tratamento da Covid-19 em Goiás estão com UTIs lotadas
Taxa de ocupação total chega a 87% nesta quarta-feira. Estado tem mais de 31 mil casos confirmados, sendo mais de 700 mortes pela doença.
Por Vanessa Martins, G1 GO
O Hospital de Campanha de Itumbiara, inaugurado há uma semana, já está com os 10 leitos de UTI que tem lotados. Já a unidade de Águas Lindas de Goiás, que tem 22 leitos de terapia intensiva, está com 20 ocupados e 2 reservados para pacientes que estão a caminho do loca. As informações são do início da tarde desta quarta-feira (8), pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
A taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos no tratamento de pacientes com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus esteve a 91% na terça-feira e caiu para 87% nesta tarde, também de acordo com a pasta.
O estado já passou de 31,5 mil casos confirmados, sendo mais de 700 mortes por Covid-19, de acordo com o boletim mais recente, publicado na terça-feira (7).
Superintendente de Atenção à Saúde, Sandro Rodrigues disse que esses dados devem ser vistos com preocupação. De acordo com ele, é mais um indicativo de que as pessoas precisam tomar todos os cuidados possíveis para evitar a disseminação do coronavírus.
“É sinal de alerta para a gente relembrar as pessoas que, quanto maior o número de casos, maior é o número de pessoas que, proporcionalmente, vão precisar de um leito de enfermaria ou UTI. Então há necessidade de se redobrar cada vez mais os seus cuidados”, afirmou.
A mesma preocupação é expressada pelo diretor técnico do HCamp de Águas Lindas de Goiás, Marcos Pontes, que tem visto os leitos cada vez mais ocupados na unidade de saúde.
“Não estamos numa situação tranquila, com certeza. Ter uma UTI cheia o tempo todo, mais que dobramos os leitos, e nossa ocupação continua a mesma”, afirmou.
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PORTAL TERRA
Brasil tem 1.223 novas mortes e passa de 1,7 milhão de casos
País tem quase 68 mil mortes pelo novo coronavírus
O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus Sars-CoV-2 em todo o Brasil ultrapassou a marca de 1,7 milhão, com um acréscimo de mais 44.571 contágios em 24 horas, informou o levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde nesta quarta-feira (8).
Ao todo, o país tem 1.713.160 casos da covid-19. Segundo os dados, a taxa de incidência tem aumentado constantemente, saltando de 794 para 815,2 pessoas por cada 100 mil habitantes. Já a quantidade de mortes registrou novamente mais de mil diárias, com 1.223 óbitos em um dia, elevando o total para 67.964. A taxa de letalidade é de 4%, enquanto que o índice de mortalidade passou para 32,3% indivíduos por cada 100 mil habitantes.
Com 341.365 casos da doença e 16.788 falecimentos, o estado de São Paulo confirmou 313 novas mortes e 8.657 novos contágios em 24 horas em todo o território. Na última segunda-feira (6), bares e restaurantes voltaram a funcionar na capital paulista após mais de 100 dias. A medida faz parte do novo protocolo adotado para o afrouxamento do isolamento. Hoje, inclusive, o governo anunciou a retorno de jogos de futebol a partir de 22 de julho. Ceará (128.471 casos e 6.665 mortes), Rio de Janeiro (126.329 infecções e 10.970 óbitos) e Pará (118.744 contágios e 5.169 vítimas) também estão entre os estados mais afetados pela Covid.
O Rio de Janeiro, por sua vez, apresenta a maior taxa de letalidade entre todos os estados, com 8,7%.
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FOLHA DE S.PAULO
Governos e conselhos travam disputa judicial para contratar médico com diploma estrangeiro
Estados e municípios alegam demora na revalidação do diploma e querem decretos para contratação na pandemia
Governos estaduais, prefeituras e Defensorias Públicas têm travado uma disputa judicial com União e conselhos de medicina na tentativa de liberar a contratação de médicos formados no exterior durante a epidemia do novo coronavírus.
As primeiras decisões sobre o tema começaram em maio. Desde então, a disputa continua e ganhou reforço de novas ações.
Para atuar no país, médicos formados no exterior precisam passar por um processo de revalidação do diploma, o que geralmente ocorre por meio de uma prova chamada de Revalida.
Governos têm alegado atraso na realização do exame nos últimos dois anos e dificuldade em contratar profissionais - daí a tentativa de realizar decretos e editais para esses contratos . O impasse foi parar na Justiça.
Já os conselhos tentam barrar a medida sem que haja revalidação do diploma.
A Folha localizou ao menos sete ações recentes sobre o tema, a maioria envolvendo estados e municípios do Norte e Nordeste, como Maranhão, Acre, Roraima e cidades do Amapá e Sergipe.
Destas, cinco têm como status mais recente a derrubada de pedidos ou iniciativas que abriam espaço para contratação. A alegação é que a medida fere Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a qual determina revalidação do diploma.
Outras duas tiveram cenário oposto, sob o argumento de garantir a assistência de forma temporária.
Em geral, as ações judiciais vêm de conselhos de medicina, mas também de governos, defensoria e Ministério Público.
O presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Mauro Ribeiro , diz que vê um movimento político para burlar as normas atuais que exigem a revalidação do diploma durante a pandemia.
"A medicina sofre um ataque meramente político para trazer, à revelia da lei, profissionais supostamente médicos sem que comprovem conhecimento mínimo", diz. "É um absurdo, um casuísmo no meio dessa tragédia que estamos vivendo. Não falamos isso como uma medida corporativa, mas para defender o bom atendimento à saúde da população brasileira."
Em meio ao embate, o conselho divulgou na última semana os resultados de uma pesquisa encomendada ao Datafolha sobre a percepção da população ao Revalida.
O levantamento ouviu 1.511 em todas as regiões. Desses, 91% disseram apoiar a necessidade de revalidação do diploma para que médicos formados no exterior atuem no Brasil.
Estados e prefeituras, no entanto, alegam que a pandemia tem trazido uma situação excepcional , com aumento na demanda por profissionais. Dizem ainda que a contratação levaria em conta médicos que já atuaram no programa Mais Médicos, por exemplo.
A queda de braço, porém, parece estar longe do fim. Em Aracaju, uma decisão inicial, a pedido do Ministério Público, chegou a determinar que o Conselho Regional de Medicina concedesse registro temporário a médicos sem diploma revalidado. O grupo atuaria no hospital de campanha da cidade.
A medida, porém, foi revista no fim da última semana por um desembargador do Tribunal Regional Federal da 5região. A nova decisão veio após recurso do Conselho Regional de Medicina do Sergipe, que apontava riscos na atuação dos médicos.
Questionada, a secretaria municipal de saúde diz que a medida levará ao fechamento de leitos recém-abertos com a contratação de médicos formados no exterior.
"Com a decisão favorável ao conselho, a prefeitura terá de reduzir o quantitativo de leitos disponíveis atualmente no hospital de campanha de 102 para 60, deixando de atender 42 pacientes que necessitam de leitos de estabilização no tratamento contra a covid-19", diz.
Em nota, o conselho nega dificuldade na contratação e aponta falta de resposta da prefeitura a médicos que poderiam ser contratados.
Já a prefeitura diz que, de uma lista com mais de cem nomes aptos a trabalhar enviada pelo conselho, apenas sete profissionais demonstraram interesse.
Embate semelhante ocorre em outros estados. No fim de junho, a Justiça Federal reverteu liminar que possibilitava ao governo do Acre realizar contratação de médicos formados no exterior e sem Revalida. O estado diz que analisa como recorrer da decisão.
Já estados como Maranhão e Roraima obtiveram decisões favoráveis à contratação temporária sem Revalida, desde que com prioridade nas vagas a médicos formados no país.
Para o defensor público regional em direitos humanos em São Paulo, João Paulo Dorini, a situação evidencia uma dificuldade antiga em levar médicos a regiões mais carentes.
O caso levou a DPU (Defensoria Pública da União) a ajuizar, no fim de abril, uma ação para que CFM e União não impedissem governos de contratar médicos formados no exterior para atuação temporária durante a pandemia.
O órgão diz ter feito um levantamento à época que apontava 15 mil médicos ainda sem diploma revalidado -a maioria era de brasileiros formados em faculdades de países próximos, como Paraguai, Bolívia e Argentina, mas também refugiados e outros imigrantes.
O pedido, porém, foi negado. Na decisão, o juiz que analisou o caso afirmou que a situação de pandemia não justifica "permitir a contratação de profissionais médicos que não atendam a requisitos legais".
Agora, o órgão analisa novas formas de recorrer. Segundo Dorini, a decisão não impede novas tentativas de contratação pelos estados e ações sobre o tema.
O argumento é que o atraso na realização do Revalida impede a tentativa de revalidação do diploma pelos médicos, que poderiam ser colocados de forma temporária em funções de apoio -desde que tenham habilitação para atuar no país de formação, afirma.
Para Mauro Ribeiro, do CFM, porém, não há garantia de que os médicos seriam aprovados no Revalid. Nos últimos anos, a média de aprovação foi de 19,87%.
Ele chama de falácia a dificuldade na contratação, mas reconhece problemas na distribuição de médicos.
"Medicina é uma profissão como todas as outras. Onde tem mercado tem médicos, e onde não tem mercado há dificuldade em alocá-los", diz ele, que defende mecanismos de carreira de Estado para fixar profissionais nestes locais.
Questionado, o Inep, instituto responsável pelo Revalida, afirma que está organizando cronograma do novo exame.
O instituto atribui o atraso a uma necessidade de reaplicar a prova a participantes da edição ocorrida em 2017, o que impediu que o exame fosse realizado nos dois últimos anos.
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Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM
Presidente do Conselho Federal de Medicina vê politização sobre o remédio e afirma aguardar 'pesquisas sérias'
Natália Cancian
brasília As iniciativas de in terromper estudos com cloroquina feitas pela OMS (Orga nização Mundial da Saúde) e outras instituições internacionais náo levarão o Conselho Federal de Medicina a rever o parecer dado em abril sobre o uso do medicamento em casos de Covid-19. A posição é defendida pelo presidente da entidade, Mauro Ribeiro, em entrevista à Folha.
"O que estamos ansiosos é pela divulgação de pesquisas sérias que nos indiquem um caminho para tratamento da doença. Nosso parecer nunca vai ser manipulado. A hora que saírem os estudos, vamos seguir", afirma.
Segundo o presidente do CFM, que tem evitado comentar o tema nos últimos dois meses, a entidade tem recebido os anúncios da OMS "com tranquilidade". Ele diz que houve politização excessiva em tomo do medicamento.
"É algo que beira ao absurdo [essa politização]. O que temos é que quem é a favor do Bolsonaro a defende de forma apaixonada, e quem é contra refuta de forma apaixonada."
Nesta terça (7), o presidente Jair Bolsonaro divulgou que contraiu o novo coronavírus.
Ele aproveitou o anúncio do seu teste para Covid-19 para defender que a hidroxicloroquina é eficaz para tratar a doença - não há comprovação científica disso. Afirmou que está tomando a droga.
A defesa do remédio e feita por Bolsonaro desde o início da pandemia. Em abril, quando Luiz Henrique Manetta era ministro da Saúde, o conselho de medicina foi solicitado a dar um parecer sobre o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19.
Em um documento, a entidade reforçou que não havia evidências, mas autorizou médicos a prescreverem o medicamento em três situações: 1) paciente com sintomas leves, em início de quadro clínico e com diagnóstico confirmado; 2) paciente com sintomas importantes, com ou sem recomendação de internação e 3) pacientes críticos na UTI com uso de ventilação mecânica.
Desde o parecer, o aval do conselho à prescrição tem sido citado por Bolsonaro e pela atual equipe do Ministério da Saúde para defender mudanças na oferta da cloroquina - o que era rechaçado pela equipe de Mandetta.
A discordância em relação ao uso do remédio colaborou para a saídas de Mandetta e de seu sucessor, Nelson Teich, para quem o CFM deveria rever aposição sobre a possibilidade de uso "off-label" (fora da bula) do medicamento.
Hoje, o parecer é usado como justificativa pelo Ministério da Saúde para oferta do remédio a pacientes com quadros leves da Covid, ainda que "sem comprovação de benefício inequívoco", como ressalta a pasta, e com alerta sobre riscos. Antes, o medicamento era indicado apenas para casos graves e críticos.
Ribeiro evita comentar a posição do ministério, mas diz que "todos têm opinião sobre a cloroquina", incluindo "a imprensa, advogados, os arquitetos e os médicos".
Ele reconhece que ainda não há comprovação de eficácia do uso do medicamento, indicado originalmente para malária, artrite e lúpus, no tratamento da Covid-19.
"Hoje, à luz da ciência e da medicina baseada em evidências, não existe nenhuma droga com eficácia comprovada no tratamento", afirma.
"Existem estudos observacionais para os dois lados, mostrando que [a cloroquina] po de fazer mal ou fazer bem."
Segundo ele, apesar de não ver essa necessidade agora, a autarquia "pode rever o documento [sobre o uso da cloroquina em infectados com o novo coronavírus] a qualquer momento" a partir do resultado de novas pesquisas.
Um desses casos, disse, quase ocorreu após estudo publicado na Lancet com 96 mil pacientes e que apontava maior risco de arritmia e de morte em comparação com pacientes que não usaram os medicamentos. O estudo, porém, foi retirado da revista após polêmica envolvendo a transparência dos dados.
"Aquele estudo era tão devastador e contrário à hidroxidoroquina que obrigatoriamente teríamos que rever o parecer se se confirmasse. Mas agimos com cautela, para ver a repercussão. E aconteceu o que aconteceu", diz.
Embora revista, a pesquisa da Lancet não foi o único revés recente ao uso da cloroquina.
Após idas e vindas, a OMS anunciou em 17 de junho que decidiu interromper os experimentos com hidroxicloroquina para tratamento de Covid-19 no estudo Solidarity, que está sendo realizado em vários países do mundo.
Segundo a organização, a revisão de um comitê independente e outros estudos mostraram que náo houve redução na mortalidade de doentes que receberam a droga.
Neste sábado (4), a entidade voltou a frisar que a deci são havia ocorrido em definitivo para o Solidarity.
Dias antes do primeiro anúncio da OMS, a FDA (agência que regula medicamentos nos Estados Unidos) também revogou a autorização de uso emergencial do medicamento naquele país, alegando que "não era mais razoável" acreditar que a droga tivesse eficácia contra a Covid-19.
"Muito foi falado do que fez o FDA, mas ele retirou para pacientes graves", afirma Ri beiro, referindo-se a uma ressalva feita no documento de que há baixa possibilidade de eficácia para esses casos.
Enquanto entidades recuam das orientações, o Ministério da Saúde tem redobrado a aposta no medicamento. Recentemente, estendeu a possibilidade de oferta do remédio para gestantes e crianças - mesmo com recomendações contrárias da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Questionado, o presidente do CFM evitou comentar a decisão. "Ele fez uma orientação, não vou defender ou criticar. Para nós, [o parecer] está sendo seguido", diz ele, para quem a necessidade decisão compartilhada entre médico, paciente ou responsável engloba esses casos.
Ainda assim, ele diz reconhecer que outras drogas têm tido resultados mais promissores em estudos iniciaisque a cloroquina, caso de dexametasona e remdesivir. Mas alega que não cabe ao CFM fazer um novo parecer sobre elas.
"Esses medicamentos já se impuseram. Quem hoje se coloca contra dexametasona por um paciente que necessita de oxigênio? Não tem. A hidroxicloroquina é que está totalmente politizada."
E o conselho não teria cola borado para acirrar a politização? "O CFM foi usado tanto por um lado quanto pelo outro. Quem é contra a cloroquina interpreta o parecer de uma forma, e quem é a favor, de outra forma. Mas não teve por parte do C FM nenhum ato político. Quem solicitou o parecer foi o Ministério da Saúde", diz ele, segundo quem o conselho não se arrepende de ter o feito o documento.
O tema, no entanto, gera polêmica entre médicos, que têm reclamado de pressões para indicar o uso do medicamento.
"Mas não existe exercício da medicina sem pressão", diz. "O que dá respaldo ao médico é o Código de Ética Médica."
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 1.436 novos casos e 18 mortes em 24 horas
Goiânia - Com 1.436 novos casos e 18 registros de mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, Goiás soma 32.981 contaminações e 733 óbitos pela doença. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) na tarde desta quarta-feira (8/7).
De acordo com o boletim da pasta, há no Estado 77.796 casos suspeitos em investigação. Outros 36.809 já foram descartados. O total de curados não foi informado.
Além dos 733 óbitos confirmados, há 52 mortes suspeitas que estão em investigação. Já foram descartadas 513 mortes suspeitas nos municípios goianos.
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Goiânia registra crescimento de quase 350% no número de leitos disponíveis
Goiânia - A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia divulgou balanço, nesta quarta-feira (8/7), apontando que, entre maio e julho, o número de leitos disponíveis para tratar covid-19 na capital cresceu quase 350%. Segundo os dados, a quantidade de vagas de UTI foi de 40 para 150 e de enfermarias passou de 37 para 197. Ao todo, Goiânia possui 347 leitos.
Além do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, do Hospital das Clínicas e da Santa Casa de Misericórdia, a prefeitura mantém contrato com cinco unidades particulares: Gastro Salustiano, Hospital Jacob Facuri, Hospital Ruy Azevedo, Hospital São Lucas e Renaissance.
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Período crítico da pandemia em Goiás deve começar dia 22, diz Alexandrino
Secretário considera estudo da UFG | 08.07.20 - 14:30
Goiânia - Estudo elaborado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) aponta a tendência de que o período mais crítico da pandemia da covid-19 em Goiás seja de 22 a 27 de julho. O alerta o reforçado pelo secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, nesta quarta-feira (8/7).
De acordo com o secretário, Goiás segue adotando medidas para evitar o avanço da doença. “Se não tivéssemos tomado as ações há mais de 60 dias, (o sistema de saúde) já teria colapsado”, disse. Citou que foram inaugurados cinco Hospitais de Campanha, o número de leitos de UTI dobrou em relação ao ano passado, foram aumentados os leitos de enfermaria, quase 2 mil pessoas foram contratadas e mais de 4 milhões de unidades de proteção individual (UPIs) foram distribuídas.
Ismael comentou as últimas estatísticas da pandemia no Estado, relativas a esta terça-feira, 7, quando os casos confirmados totalizaram 31.545 e os óbitos somaram 715. E foi registrado número recorde de mortes em 24 horas: 61. “Acredito que já estamos vivendo o pico, que deve culminar no dias 22 a 27, e tende a diminuir depois o número de casos e óbitos diários, pouco a pouco”, disse. Acrescentou que foi dessa forma que aconteceu em outros países e em outros Estados do País.
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TV ANHANGUERA
Ocupação nas UTIs para Covid-19 se aproxima de 90%
https://globoplay.globo.com/v/8684472/programa/
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Falta de testes para Covid-19 ainda é realidade em Goiás
https://globoplay.globo.com/v/8684600/programa/
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O GLOBO
Teste de Covid-19: reclamações à ANS dobram em uma semana
Queixas aumentaram após inclusão do exame na cobertura obrigatória dos planos
LUCIANA CASEMIRO
As reclamações relacionadas a testes para detecção da Covid-19 mais do que dobraram na última semana. Segundo os dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foram 564 queixas, entre 29 de junho e 5 de julho, contra 226, entre 22 a 28 de junho.
Apesar de a ANS não ter uma análise dos motivos das reclamações, o aumento das queixas coincide com a inclusão do teste de Covid-19 na cobertura obrigatória dos planos de saúde pela agência, no dia 29, após determinação judicial.
Segundo Renê Patriota, presidente da Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps), mesmo com a decisão judicial e a inclusão no rol de procedimentos obrigatórios para os planos de saúde, consumidores continuam relatando dificuldades para realização da sorologia:
- Eu mesma fui obrigada a pagar R$ 100 hoje para realizar um exame sorológico, pois a minha operadora se negou a cobrir o IGM - relata Renê.
Gabriela Splendore, diretora de arte, que teve sintomas da Covid-19 há dois meses, tentou fazer o teste na última sexta-feira, mas não conseguiu autorização do Bradesco:
- Liguei para todos os laboratórios conveniados e todos disseram que o Bradesco não autorizou o exame. Em conversa com a central da operadora, alegaram que já liberaram o exame com a rede conveniada, mas os laboratórios dizem que não. É um looping!
O mesmo aconteceu com o jornalista Fabio Barros:
- Estou com pedido médico em mãos, já liguei para vários laboratórios e eles afirmaram que a Amil ainda não autorizou.
Ana Carolina Navarrete, coordenadora de pesquisa de saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idee), diz que a resolução da ANS prevê adoção imediata, no entanto, é compreensível que haja um período de adaptação.
Procurada, a Bradesco Saúde diz oferecer a cobertura do teste de sorologia, desde a determinação da ANS, assim como a de outros exames e tratamentos para Covid-19. E afirma ter resolvido a questão de Gabriela.
Já a Amil explica que, inicialmente, "devido ao curto tempo para credenciamento do exame junto aos prestadores de serviço, a operadora ofereceu a cobertura do teste sorológico por reembolso". A empresa garante que, a partir desta semana, os testes de pesquisa de anticorpos IgA, IgG e IgM estarão disponíveis nas maiores redes de laboratórios do país.
A orientação da AN S é que, em caso de dificuldade para a realização do exame, o beneficiário tente resolver primeiro com a operadora e, caso não tenha uma solução adequada, registre reclamação nos canais da AN S.
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AGÊNCIA BRASIL
Anvisa revoga resolução que proibia doação de sangue por homens gays
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revogou nesta quarta-feira (8) a determinação que restringia a doação de sangue por homossexuais do sexo masculino. Segundo a medida agora revogada, homens que mantiveram relações sexuais com outros homens nos últimos 12 meses eram considerados inaptos para doações.
O ato, publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União, cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que considera o impedimento discriminatório. Em julgamento realizado em maio, o STF decidiu que a restrição é inconstitucional. Sobre o tema, a maioria do ministros acompanhou o relator, Edson Fachin.
Em seu voto Fachin destacou que não se pode negar a uma pessoa que deseja doar sangue um tratamento não igualitário, com base em critérios que ofendem a dignidade da pessoa humana. O ministro acrescentou que para a garantia da segurança dos bancos de sangue devem ser observados requisitos baseados em condutas de risco e não na orientação sexual para a seleção dos doadores, pois configura-se uma "discriminação injustificável e inconstitucional".
Histórico
No texto de uma resolução de 2014, referente às "boas práticas do ciclo do sangue" (RDC Nº34), a Anvisa definia que homens que tiveram relação sexual com indivíduos do mesmo sexo deveriam ser impedidos de doar sangue por um ano após a prática sexual. O impedimento se estendia também a eventuais parceiras sexuais desses homens. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5543, que provocou o STF foi ajuizada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) que questionou a proibição.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
Confira o boletim de hoje, 8 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para esses atendimentos, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
Saiba como criar um Gabinete de Crise no hospital
Escrito por AdministradorO Gabinete de Crise é uma estrutura criada para o monitoramento e tomada de decisões durante situações emergenciais, como a pandemia de Covid-19.
A equipe precisa ser composta pelos diretores do hospital (técnico, clínico, administrativo, financeiro), gestores assistenciais (médicos chefes de serviço, gerência de enfermagem, etc) e gestores administrativos (farmácia, almoxarifado, nutrição, etc).
O Gabinete de Crise deve funcionar 24 horas por dia e ter uma estrutura física adequada, com acesso à internet, telefones, censo de ocupação dos leitos, mapas com os recursos disponíveis na instituição, entre outros itens.
Confira mais sobre o assunto no Plano de Resposta Hospitalar à Covid-19, do Ministério da Saúde: bit.ly/3eCJzVW
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Brasil tem 1,66 milhão de casos confirmados do novo coronavírus
A procura por testes para covid-19 em laboratórios privados de Goiânia aumenta em 80%
ANS é contra plano cobrir teste rápido
Bolsonaro vai trabalhar por videoconferência e faz 'propaganda' de hidroxicloroquina
Metade dos médicos relata pressão para prescrever remédios sem comprovação científica
As novidades da Lei 14.020 em relação à MP 936
Taxa de ocupação de UTI chega a quase 90% na rede estadual
Goiânia confirma 348 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas
Estudo da Unifesp consegue eliminar HIV de células de paciente
AGÊNCIA BRASIL
Brasil tem 1,66 milhão de casos confirmados do novo coronavírus
Quase 977 mil pessoas já se recuperaram e 65.487 faleceram
O Brasil chegou a 66.741 mil mortes e 1.668.589 milhão de casos em decorrência da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Foram 1.254 novas mortes e 45.305 novas pessoas infectadas registradas nas últimas 24 horas, conforme atualização do Ministério da Saúde divulgada hoje (7). Até o momento 976.977 pessoas já se recuperaram e há 624.871 pessoas em acompanhamento.
Ontem, o balanço trazia 65.487 falecimentos e 1.623.284 de casos confirmados em função da pandemia.
A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 4%. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 31,8. A incidência dos casos de covid-19 por 100 mil habitantes é de 794.
De acordo com o Ministério da Saúde, O Brasil é o 2º do mundo em mortes e casos, atrás apenas dos Estados Unidos. Conforme o mapa global da universidade norte-americana Johns Hopkins, os Estados Unidos contam com 2.980.906 pessoas infectadas e registraram desde o início da pandemia 131.248 vidas perdidas.
Os números diários do balanço do Ministério da Saúde em geral são menores aos domingos e segundas-feiras pelas restrições nas equipes que fazem a alimentação nas secretarias municipais e estaduais, e maiores às terças-feiras, quando há um acréscimo dos registros alimentados em razão do acúmulo do que não foi encaminhado no fim-de-semana.
As regiões com mais mortes são Sudeste (30.518), Nordeste (21.605), Norte (10.115), Centro-Oeste (2.442) e Sul (2.061).
Os estados com mais mortes em função da pandemia são São Paulo (16.475), Rio de Janeiro (10.881), Ceará (6.556), Pará (5.128) e Pernambuco (5.234). As Unidades da Federação com menos óbitos são Mato Grosso do Sul (128), Tocantins (228), Roraima (376), Acre (399) e Santa Catarina (419).
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RÁDIO CBN
CBN Goiânia
A procura por testes para covid-19 em laboratórios privados de Goiânia aumenta em 80%
Pprocura por testes cresceu muito principalmente nos últimos 20 dias. Confira a matéria de José Bonfim.
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CORREIO BRAZILIENSE
ANS é contra plano cobrir teste rápido
BRUNA LIMA
MARIA EDUARDA CARDIM
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai recorrer da decisão judicial que determinou a cobertura de exames sorológicos da covid-19, os conhecidos testes rápidos, pelos planos de saúde. A justificativa é de que a incorporação de uma tecnologia "sem a devida análise criteriosa" pode causar risco para os beneficiários dos planos "Estudos e análises de diversas sociedades médicas e de medicina diagnóstica apontam controvérsias técnicas em relação aos resultados desse tipo de exame e à possibilidade de ocorrência de alto percentual de resultados falso-negativos", informou a agência.
Os exames foram incluídos na lista de coberturas obrigatórias dos planos de saúde em 29 de junho. Desde março, as operadoras são obrigadas a cobrir o exame RT-PCR, identifica a presença do material genético do vírus, com coleta de amostras da garganta e do nariz.
Além disso, outros seis exames que auxiliam no diagnóstico e tratamento da covid-19 estão no rol de coberturas. Apesar de ter decidido recorrer à decisão judicial, a ANS afirma que está atenta ao cenário da evolução da pandemia. "A ANS tem trabalhado para garantir tanto a assistência aos beneficiários de planos de saúde, como o alinhamento com as políticas nacionais de saúde", informou.
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ESTADÃO ONLINE
Bolsonaro vai trabalhar por videoconferência e faz 'propaganda' de hidroxicloroquina
Presidente despachará do escritório e fará reuniões virtuais com ministros; após testar positivo para covid-19, diz que está na 'terceira dose' do remédio, mesmo sem eficácia comprovada
BRASÍLIA - Após testar positivo para covid-19 , o presidente Jair Bolsonaro trocou as reuniões presenciais por videoconferência com ministros e outras autoridades. Pelos próximos dias, o presidente vai trabalhar do escritório no Palácio da Alvorada, enquanto já indica que fará de si mesmo uma espécie de "garoto-propaganda" da hidroxicloroquina .
Dos 3,4 mil servidores da Presidência da República, 108 (o equivalente a 3,8%) testaram positivo para a covid-19 até o dia 3 de julho, segundo a Secretaria-Geral. Ao anunciar nesta terça-feira, 7, que estava contaminado, o presidente disse que esperava ficar fora "por uma semana". Ele também manifestou a vontade de fazer caminhadas, mas observou que, por recomendação médica, não o faria. À tarde, Bolsonaro publicou um vídeo em seu escritório mostrando que estava tomando a terceira dose da hidroxicloroquina.
"Estou tomando a terceira dose da hidroxicloroquina. Estou me sentindo muito bem. Estava mais ou menos no domingo, mal na segunda-feira. Hoje, terça, estou muito melhor do que sábado. É com toda certeza, está dando certo", disse, antes de engolir o comprimido.
Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem defendido o uso da cloroquina desde os primeiros sintomas, mesmo sem a eficácia comprovada e riscos ainda sendo estudados. "Sabemos que hoje em dia existem outros remédios que podem ajudar a combater o coronavírus. Sabemos que nenhum tem eficácia cientificamente comprovada, mas é mais uma pessoa que está dando certo. Então, eu confio na hidroxicloroquina. E você? Valeu, 'tamo junto'", disse.
Logo após o anúncio do resultado dos exames, o Planalto comunicou que a agenda com os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e com Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) ocorreriam virtualmente.
De acordo com a Secretaria-Geral, no novo procedimento, o ministro Jorge Oliveira envia as propostas de atos normativos ou outras pautas ao presidente por e-mail. Em seguida, os dois despacharam por vídeo e, por fim, os atos são assinados digitalmente, sem contato pessoal.
Nos últimos dias, o presidente teve contato com mais de 50 autoridades e, na segunda-feira, já com os sintomas da doença, seguiu trabalhando no gabinete no Planalto. Apesar disso, a rotina na sede do Executivo seguirá normalmente.
Em um comunicado, a Secretaria-Geral informou que não existe protocolo médico, seja do Ministério da Saúde ou da Organização Mundial de Saúde, que recomende medida de isolamento pelo simples contato com casos positivos. "A orientação que damos aos servidores é procurar assistência médica quando apresentarem sintomas relacionados à covid-19 , para avaliar necessidade de testagem. Nos casos considerados suspeitos, os servidores são orientados a ficar em casa até o resultado do exame", informou o ministério.
De acordo com a pasta, do total de 108 servidores infectados pela covid-19, 77 já se recuperaram e 31 casos seguem em acompanhamento. "Não houve mortes e mais de 90% desses casos foram assintomáticos ou apresentaram apenas sintomas leves", informou o governo.
O governo informou ainda que segue todas as medidas recomendadas para que o ambiente do trabalho na Presidência da República "seja o mais seguro possível" para todos os servidores. Destacou que pessoas do grupo de risco estão trabalhando remotamente e há rodízio de funcionários nos gabinetes para diminuir a aglomeração.
A Secretaria-Geral comunicou também que divulga amplamente orientações como higienização das mãos (há 494 unidades com embalagens de álcool em gel na sede e nos anexos do Planalto), uso correto de máscaras e distanciamento social. No entanto, em diversas eventos, é possível verificar servidores e autoridades sem as medidas de prevenção.
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FOLHA DE S.PAULO
Metade dos médicos relata pressão para prescrever remédios sem comprovação científica
Pesquisa online da Associação Paulista de Medicina ouviu 1.984 profissionais de todo o país
Quase a metade (48,9%) dos médicos que estão na linha de frente do atendimento à Covid-19 afirma que pacientes e familiares têm pressionado por tratamentos sem comprovação científica.
Para 69,2% desses profissionais, notícias falsas, informações sensacionalistas ou sem comprovação técnica são inimigos que hoje enfrentam simultaneamente à pandemia.
Os resultados são da terceira edição de pesquisa da APM (Associação Paulista de Medicina) sobre problemas e carências dos médicos durante a pandemia
Responderam a questionários online 1.984 profissionais de todo o país. Desses, 60% trabalham em hospitais e/ou unidades de saúde que assistem a pacientes com Covid-19.
Segundo o presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral, a pressão por acesso a terapias que julguem necessárias é um direito que o paciente tem e deve exercer.
"Por outro lado, o médico também tem o direito de fazer aquilo que achar correto e deve exercer esse direito também. Resistir às pressões faz parte da medicina, da profissão médica."
Ele conta que, minutos antes de atender ao telefonema da Folha havia recebido a ligação de uma amiga perguntando se ele conhecia algum médico que prescreve cloroquina . "As pessoas estão procurando um receitador disso e daquilo, não um médico. Isso não é bom. Cada coisa tem o seu lugar."
Sobre as informações falsas, Amaral diz que desde os tempos mais remotos isso ocorre durante as grandes epidemias. "O que chama atenção é que hoje temos uma grande ciência desenvolvida. Imaginávamos que ela daria a resposta, mas não é o que está acontecendo."
O médico sanitarista Claudio Maierovitch, coordenador e pesquisador do núcleo de epidemiologia e vigilância em saúde da Fiocruz Brasília, diz que tem sido espantosa a pressão de pacientes pelo uso do antiparasitário ivermectina .
"Parece que deu uma arrefecida a cloroquina, acho que ficou insustentável [em razão das últimas evidências contrárias]. Agora é todo mundo falando em ivermectina. As pessoas ligam perguntando se podem tomar. Eu brinco: para matar piolhos?"
O problema, segundo ele, é que a dose segura da substância como parasiticida é bem inferior da que vem sendo inadvertidamente sugerida para a prevenção ou casos leves de Covid-19. "É uma dose que pode ser perigosa, não tem estudo, descrição de efeito nesse tipo de dose."
Segundo Ronaldo Zonta, médico de família e comunidade de Florianópolis (SC), o mais grave é que ivermectina, a cloroquina e outras medicações sem comprovação na Covid-19 têm sido prescrita por médicos, o que, na visão do paciente, traz mais credibilidade, apesar da falta de evidências.
"Embora seja uma decisão que precisa ser compartilhada com o paciente, num momento de poucos recursos e com a pandemia ainda curso, não faz sentido deixar de investir no que funciona e priorizar tratamentos sem evidências que vão onerar o sistema de saúde."
Investir em que funciona no caso seria testar precocemente as pessoas, monitorar as que tiverem resultados positivos para a Covid e garantir o acesso aos serviços de saúde, com UTIs bem equipadas.
Para ele, médicos que estão endossando a prática de prescrição fora das evidências estão jogando a medicina no lixo. "Estamos fazendo um experimento em nível nacional com cobaias humanas."
Segundo a pesquisa da APM, 45,4% dos médicos entrevistados têm a percepção de que o Ministério da Saúde tem divulgado número menor de novos casos de Covid-19 que a realidade. Outros 21,5% entendem que o número de mortes também é inferior ao de fato ocorre.
Grande parte dos profissionais (59%) também se queixa de falta de estrutura física/insumos adequados e segurança. Para 25% deles, também há lacunas de diretrizes e de orientação ou programa para atendimento dos infectados.
A falta de leitos para pacientes que precisam de internação em UTI é apontada por 13,4% dos entrevistados. Já a escassez de testes de diagnóstico é mencionada por 15,1%. Outros 22,7% dizem que só são testados pacientes com sintomas graves de Covid.
"Já deveríamos ter superado essa falta de testes. Se queremos flexibilizar a quarentena, é importante ter testes para todo com manifestações", afirma Amaral.
Os sentimentos hoje que predominam entre os médicos da linha de frente são ansiedade (69,2%), estresse (63,5%), exaustão física/emocional (49%), além de sensação de sobrecarga (50,2%).
A grande maioria (76,3%) atende por dia 20 ou mais pacientes com suspeita e/ou confirmação de Covid-19. Quatro em cada dez já acompanharam pacientes que morreram em razão da doença.
Em relação à violência, 37% confirmam ter presenciado, durante a pandemia, situações de agressões a médicos, outros profissionais ou colaboradores administrativos nas áreas de atendimento. Entre as mais comuns estão truculências psicológica (21,5%) e verbais (20,7%).
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CONSULTOR JURÍDICO
As novidades da Lei 14.020 em relação à MP 936
A Lei 14.020, de 6 de julho de 2020, dispõe sobre o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e outras medidas trabalhistas. Oriunda da conversão da Medida Provisória n° 936, durante sua tramitação no Congresso recebeu algumas modificações em relação ao texto original. O presente texto tem como finalidade trazer, de forma objetiva, as principais mudanças no Programa Emergencial e em outras regras realizadas pela lei, vigente desde a sua publicação nesta terça-feira (7/7).
Possibilidade de prorrogação do prazo das medidas do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda
Uma das principais novidades da lei em relação ao texto original da MP foi a possibilidade de prorrogação, mediante ato do Poder Executivo, da duração dos acordos de redução proporcional de jornada e de salários, ou de suspensão do contrato de trabalho.
Assim, a redução, cuja duração prevista na lei é de 90 dias, e a suspensão do contrato, com duração de 60 dias, poderão ser prorrogadas. Essa disposição se aplica também ao prazo comum dessas medidas: originalmente de 90 dias (respeitado os 60 dias da suspensão), poderão ganhar maior duração a depender de ato do Poder Executivo.
Redução do limite do acordo individual por empresas maiores
De forma geral, a Lei 14.020 mantém as principais regras da MP 936 quanto às possibilidades de acordo individual para redução de jornada e salário, ou para suspensão do contrato de trabalho. Também são mantidas as condições relativas à convenção coletiva ou ao acordo coletivo de trabalho.
Da mesma forma, o Benefício Emergencial pago com recursos da União aos empregados que fizeram esses acordos também foi mantido calculado sobre o valor do seguro-desemprego. No entanto, uma importante alteração foi realizada no que importa aos limites salariais para a realização do acordo individual.
Nas regras da MP 936, a suspensão do contrato de trabalho e a redução de jornada e de salário podiam, de forma geral, ser acordados individualmente por empregados hipersuficientes (salário superior a duas vezes o limite do teto da Previdência Social = R$ 12.202,12), ou por empregados com salário de até R$ 3.135,00 (equivalente a tês salários mínimos em 2020). A exceção era a redução de jornada e de salário no percentual de 25%, que podia ser acordada individualmente por todos os empregados.
Já com a Lei 14.020, foi criado um limite para empresas com receita bruta, em 2019, superior a R$ 4,8 milhões. Para essas empresas, a redução de jornada e de salário nos percentuais de 50% e 70%, ou a suspensão do contrato de trabalho, somente podem ser acordadas individualmente por empregados hipersuficientes, ou por empregados com salário de até R$ 2.090 (equivalente a dois salários mínimos).
Trata-se, portanto, de redução do limite para o acordo individual.
Nova possibilidade de acordo individual: manutenção do recebimento do empregado somados os valores pagos pela empresa e pelo governo
Se, por um lado, houve redução de um limite salarial para alguns acordos individuais, por outro a Lei 14.020 trouxe alternativa para todas as empresas: se o empregado não se enquadrar nos limites mencionados (tanto para empresas com receita bruta em 2019 superior a R$ 4,8 milhões, como para as que estiveram abaixo desse limite), é possível realizar acordo individual para redução de jornada de 50% e de 70% , ou acordar a suspensão do contrato de trabalho, se deste acordo não resultar diminuição do valor mensal recebido anteriormente pelo empregado, somando-se para este cálculo o salário reduzido, o valor do Benefício Emergencial (BEm) pago pelo governo e uma ajuda mensal compensatória a cargo da empresa.
Grosso modo, para ser utilizada essa alternativa, por meio da ajuda mensal compensatória (que não tem natureza salarial) a empresa complementa a redução salarial evitando a redução dos recebimentos mensais do empregado.
Criação de condição para acordo individual com o empregado aposentado
Além das alterações anteriores, a Lei 14.020/2020 também criou uma condição para a validade do acordo individual com o empregado aposentado. Este não pode receber Benefício Emergencial a cargo do governo, conforme disciplina a Lei, pois já recebe aposentadoria. Diante disso, para realizar acordo com esse empregado, a empresa tem que assumir o custo que seria pago a título de Benefício Emergencial a cargo do Governo.
Resumo de todas hipóteses de acordo individual ou coletivo nas regras da Lei 14.020
Nos quadros a seguir pode ser visto como ficaram as principais faixas para realizar os acordos de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho.
Ajuda mensal compensatória obrigatória
As principais regras sobre ajuda mensal se mantiveram, tais como seu caráter não salarial. Da mesma forma, foi mantida a regra, para as empresas com receita bruta superior a R$ 4.8 milhões (ano-calendário 2019), de somente poderem suspender o contrato de trabalho se for pago ao empregado uma ajuda compensatória mensal equivalente a no mínimo 30% do valor do salário do empregado.
No entanto, pode-se dizer que a lei cria nova hipótese de ajuda mensal obrigatória. Isso porque a empresa, para firmar hipóteses de acordos individuais, terá que pagar ajuda mensal compensatória para assegurar que o empregado mantenha mesmo nível de rendimentos anteriores.
Com efeito, a lei, conforme mencionado, traça faixas salariais pré-definidas para fins de acordo individual. Nesse sentido, aqueles empregados fora dessas faixas salariais - isto é, que recebam acima de R$ 2.090 para empresas com receita bruta superior a R$ 4,8 milhões em 2019, ou acima de R$ 3.135 para empresas com receita bruta igual ou inferior a R$ 4,8 milhões, e que não sejam hipersuficientes - para que o acordo individual de redução de jornada de 50% ou de 70% seja válido, deverão manter os recebimentos mensais em valor não inferior ao salário antes da redução salarial. Para isso, deverá ser considerada a soma do salário reduzido, do Benefício Emergencial e da ajuda mensal compensatória. As mesmas condições se aplicam à suspensão do contrato de trabalho.
Contudo, para que isso ocorra, por consequência deverá ocorrer uma complementação financeira cuja forma de realização acabará sendo, por consequência das condições estabelecidas pela Lei 14.020, a ajuda mensal compensatória.
Aplicabilidade da nova lei diante dos acordos realizados sob as regras da MP 936
Deve-se ressaltar, no entanto, que a lei traz regra específica no que importa à aplicação de suas regras frente aos acordos celebrados anteriormente a ela, isto é, acordos realizados durante a vigência da MP 936.
Assim, essas regras somente se aplicam aos novos acordos, pois a Lei 14.020 estabelece que os acordos de redução de jornada e de salário e de suspensão do contrato, tanto os individuais como os definidos por meio de instrumentos coletivos de trabalho, realizados sob as regras da MP 936, regem-se pelas disposições da MP.
Deve-se destacar, contudo, a definição da lei de que, a partir da vigência de instrumento coletivo firmado segundo as novas regras, essas condições prevalecerão sobre as do acordo individual firmado anteriormente, naquilo que conflitarem.
Aplicabilidade dos instrumentos coletivos posteriores em relação aos acordos individuais anteriores
Outra relevante disposição da Lei 14.020, não existente no texto original da MP 936, diz respeito à prevalência dos instrumentos coletivos de trabalho sobre os acordos individuais como regra geral.
Com efeito, diante da possibilidade de um acordo coletivo ou uma convenção coletiva serem firmados posteriormente a acordos individuais já vigentes, foi estabelecido pela Lei 14.020 que as condições dispostas no acordo individual deverão ser aplicadas em relação ao período anterior ao da negociação coletiva. Dessa forma, durante o período de existência apenas de acordo individual, suas regras ficam preservadas (respeitadas as condições da legislação).
No entanto, e é importante ter atenção a essa situação, a Lei 14.020 prevê que a partir da vigência do instrumento coletivo passarão a prevalecer as condições estipuladas por meio de negociação coletiva, naquilo em que conflitarem com o acordo individual. Há uma exceção. Esta ocorre quando as condições firmadas no acordo individual forem mais favoráveis ao trabalhador. Nesse caso, prevalecerão essas condições sobre as estipuladas pelo instrumento coletivo de trabalho.
Empregadas gestantes e adotantes e a Lei 14.020
A MP 936 era silente quanto à situação das empregadas gestantes. Desse modo, as empresas deveriam buscar suas respostas nas leis trabalhistas e previdenciárias gerais no que importa à licença-maternidade, ao salário-maternidade e às questões relacionadas.
Já a Lei 14.020 tratou de estabelecer expressamente regras aplicáveis às empregadas gestantes e adotantes, dispondo expressamente que elas podem participar do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.
A partir disso, uma importante regra relativa às gestantes e adotantes diz respeito à licença maternidade. Prevê-se na lei que, se ocorrer o evento caracterizador do início do salário-maternidade (em regra, o nascimento do bebê, mas há outras hipóteses, como o início da licença maternidade anteriormente ao nascimento), o empregador deverá comunicar esse fato imediatamente ao Ministério da Economia. Quando isso ocorrer, dar-se-á por interrompida a redução de jornada e salário ou a suspensão do contrato, bem como o pagamento do Benefício Emergencial.
Também estabelece a lei que o salário-maternidade será pago à empregada nos termos do artigo 72 da Lei nº 8.213/91, sendo equivalente a uma renda mensal igual à remuneração integral da empregada, e, pago diretamente pela empresa (que efetivará a compensação). Para fins de pagamento, deve-se considerar como remuneração integral ou último salário-de-contribuição os valores a que a empregada teria direito sem aplicação da redução de jornada e salário e suspensão do contrato de trabalho.
A Lei 14.020 também estabelece que essas regras se aplicam aos que adotarem ou obtiverem guarda judicial para fins de adoção, devendo ser observado o artigo 71-A da Lei nº 8.213/91. Além disso, o salário-maternidade deverá ser pago diretamente pelo INSS.
Por outro lado, a lei também estabelece regra específica para essas empregadas no que importa à garantia provisória no emprego. Com efeito, como regra geral, os empregados que fizerem os acordos de redução de jornada e de salário ou de suspensão do contrato de trabalho têm garantia provisória no emprego pela duração dos acordos, mais um período equivalente à duração do acordo após o restabelecimento da jornada e do trabalho, ou do contrato de trabalho.
Para as gestantes, a garantia provisória terá a duração do acordo contado a partir do término da estabilidade provisória pela gravidez. Assim, a gestante tem estabilidade provisória no emprego desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto (artigo 10, II, b , do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT), e, após isto, uma garantia provisória no emprego de duração equivalente ao período acordado para redução de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho.
Vedação da dispensa de empregado com deficiência
Outra inovação da Lei em relação à MP 936 é a vedação de dispensa sem justa causa, durante o estado de calamidade, de empregados com deficiência.
Reversão do aviso prévio em curso por acordo
A Lei 14.020 também previu expressamente que empresa e empregado poderão, mediante acordo, cancelar aviso prévio em curso e, se esse cancelamento ocorrer, permitiu-se a adoção das medidas do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda pelas partes, isto é, redução proporcional de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho.
Afastamento da aplicação da responsabilidade do Poder Público relativamente às ordens de paralisação ou suspensão de atividades
Uma última questão substancial estabelecida pela Lei 14.020/2020, e que não consta do texto original da MP 936, relaciona-se às hipóteses de ordem, por parte de autoridades municipal, estadual ou federal, de paralisação ou de suspensão das atividades da empresa em decorrência de medidas para o enfrentamento do estado de calamidade pública causado pelo coronavírus. Com efeito, o artigo 486 da CLT prevê que eventual pagamento da indenização ao empregado pela rescisão do contrato de trabalho ficará a cargo do governo responsável pela ordem. Contudo, a Lei 14.020/2020 dispõe expressamente que é inaplicável essa hipótese às medidas decorrentes do enfrentamento do estado de calamidade pública decorrente do coronavírus.
Vetos
Alguns outros dispositivos, incluídos pelo Congresso Nacional durante a análise da MP 936, foram vetados pela Presidência da República. Entre eles, cabe destacar os que tratavam da ultratividade das cláusulas coletivas vencidas ou vincendas durante o estado de calamidade pública, do pagamento do benefício emergencial para alguns trabalhadores (inclusive intermitentes), sem direito de receber seguro-desemprego caso demitidos durante o período da pandemia, a prorrogação da desoneração da folha de pagamento até o final de 2021, e as alterações na Lei 10.101/2000 , sobre participação nos lucros e resultados.
Esses vetos, no entanto, ainda serão deliberados pelo Congresso Nacional, que poderá acatá-los ou rejeitá-los.
Conclusão
Apesar do tronco da MP 936 ter sido mantido pelo Congresso, algumas novidades importantes foram introduzidas, cabendo às empresas e demais interessados avaliarem-nas para considerarem a pertinência da adoção de alguma das medidas previstas pela Lei 14.020/2020.
Espera-se que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, com as alterações introduzidas pela Lei 14.020, continue a auxiliar na preservação de empregos e de empresas. Isso será possível aferir com a divulgação de informações detalhadas sobre acordos realizados nos moldes do programa, bem como por meio do quantitativo de demissões e admissões mensais no país, o que deverá ser feito pelo Ministério da Economia, conforme regra prevista na própria Lei 14.020/2020.
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TV ANHANGUERA
Prefeitura quer propor abertura definitiva do comércio em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/8682073/programa/
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Taxa de ocupação de UTI chega a quase 90% na rede estadual
https://globoplay.globo.com/v/8681600/programa/
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A REDAÇÃO
Goiânia confirma 348 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas
Ocupação dos leitos de UTI é 92% | 07.07.20 - 21:32
Goiânia – Dados divulgados no Informe Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) mostram que a cidade já soma 8.491 testes com diagnóstico positivo para o novo coronavírus. Nas últimas 24 horas foram registrados 348 casos. Além disso, segundo o informe divulgado nesta terça-feira (7/7), 6.988 já se recuperaram totalmente da infecção. Já o número de óbitos registrados na capital é de 229.
Desde o início da pandemia, 819 pacientes foram internados com a doença na capital. O número representa 10% dos casos registrados. Do total de pacientes que precisaram de assistência nas unidades de saúde, 408 foram transferidos para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Segundo a prefeitura Goiânia, a capital conta com 338 leitos para tratamento de covid-19. Do total, 144 leitos são de UTI e 194 de enfermaria: 194. A taxa de ocupação é de 92% dos leitos de UTI e 75% dos leitos de enfermaria.
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JORNAL OPÇÃO
Estudo da Unifesp consegue eliminar HIV de células de paciente
Por Fernanda Santos
Homem de 34 anos foi o único entre cinco pacientes que obteve efeitos positivos. Pesquisa realizada no Brasil é preliminar e ainda não significa a cura para os mais de 38 milhões de soropositivos
Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apresentaram nesta terça-feira, 7, resultados de um estudo que mostrou a remissão de um paciente diagnosticado com HIV em 2012. De acordo com as observações, o paciente não apresenta carga viral há mais de dois anos. Este é o terceiro caso no mundo de cura de soropositivos no mundo.
O paciente é um homem de 34 anos que foi tratado com uma base de terapia antirretroviral reforçada com substâncias e nicotinamida. Mesmo com o tratamento interrompido, após mais de 57 semanas sem o coquetel, as células do paciente e o exame testaram negativo para HIV.
O caso foi apresentado em uma conferência em São Francisco, nos Estados Unidos. Outros quatro pacientes soropositivos receberam o mesmo coquetel, mas não obtiveram os mesmos resultados.
Isso, porque o resultado é preliminar e não pode ser reproduzido. Portanto, não há nenhuma confiança de cura para as mais de 38 milhões de pessoas infectadas em todo mundo. Entretanto, o vírus consegue ser controlado por meio de remédios e, assim, o paciente pode conviver com o HIV sem que haja avanço da doença.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
O boletim de hoje, 7 de julho, traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para esses atendimentos, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
O boletim desta segunda-feira, 6 de julho, traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para esses atendimentos, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data da primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.