CLIPPING AHPACEG 10/07/20
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Laboratório Central de Goiás diminui em 72% a quantidade de testes de coronavírus após equipamento estragar
UTIs de cinco capitais à beira de um colapso
Anvisa alerta sobre os riscos da ivermectina
OMS admite transmissão aérea
Covid-19: hospitais particulares cedem 35 leitos de UTI para rede pública
Covid-19: Goiás registra 38 mortes em um dia e total de óbitos vai a 771
Pacientes precisam ficar em isolamento enquanto esperam resultado da Covid-19
Ocupação de UTI para Covid-19 na rede pública de Goiânia chega a 94%
Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM
Buscas por testes disparam
Dobra número de contaminados
G1 GOIÁS
Laboratório Central de Goiás diminui em 72% a quantidade de testes de coronavírus após equipamento estragar
De 250 testes realizados por dia, a quantidade caiu para 70, porque os técnicos precisaram voltar a fazer análises manuais. Com isso, exames são enviados para São Paulo, o que causa atraso no diagnóstico.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
Lacen passa a realizar menos testes de Covid-19 após quebra de equipamento
O Laboratório Central de Goiás (Lacen) está operando a menos de um terço de sua capacidade de processar amostras e dar resultados para exames de coronavírus depois que um equipamento quebrou no início do mês. De 250 testes que eram analisados por dia, em média, a quantidade caiu para 70, ou seja, redução de 72% na capacidade operacional.
Para não ficar com excesso de amostras paradas, o laboratório envia a demanda para o Instituto Butantã, em São Paulo. Mais de 1 mil já foram encaminhadas para a unidade. O problema é que os resultados que ficavam prontos em até 72 horas, em Goiás, agora exigem um prazo de até 10 dias.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que "segue realizando os testes de RT-PCR para o coronavírus mesmo com o equipamento para extração automatizada danificado desde 2 de julho. Essa etapa vem sendo realizada manualmente, e o laboratório tem conseguido processar cerca de 70 amostras por dia" (veja a nota na íntegra ao final).
O equipamento danificado faz a extração automatizada, que separa o RNA do vírus. Sem ele, os funcionários precisaram voltar a fazer o processo manual.
"Prejudica, porque se eu falo que para ter uma boa resposta eu preciso testar, isolar e monitorar, posso ter uma demora para saber se aquele caso realmente era de Covid-19. Por isso, fizemos a parceria com o laboratório de São Paulo e vamos fazer com outros até o conserto ou a chegada de um novo equipamento", explica a superintendente de Vigilância Sanitária do estado, Flúvia Amorim.
Goiás registrou 34.216 casos confirmados e 771 mortes nesta quinta, conforme divulgou a Secretaria de Saúde do estado. A quantidade de amostras que esperam análise, no estado inteiro, chegou a 80.611 casos suspeitos.
Novo equipamento
Segundo a superintendente, além de consertar o equipamento que quebrou, o estado pretende comprar mais uma máquina para aumentar a capacidade de atendimento. Porém, ainda não há previsão de quando ocorrerá essa aquisição.
Flúvia Amorim estima conseguir aumentar a realização de exames em até quatro vezes, quando todos os equipamentos estiverem em pleno funcionamento. "A ideia é que, quando voltarmos às nossas reações automatizadas, a gente salte de 250 para até 1 mil amostras por dia".
No período de 26 de fevereiro a 7 de julho, 13.859 mil testes já foram realizados pelo laboratório, que atende a demanda da rede pública de saúde com pacientes com sintomas graves.
Nota da Secretaria de Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informa que o Lacen-GO segue realizando os testes de RT-PCR para o coronavírus mesmo com o equipamento para extração automatizada danificado desde 2 de julho. Essa etapa vem sendo realizada manualmente e o laboratório tem conseguido processar cerca de 70 amostras por dia.
Para que não ocorra prejuízos para a população goiana, o Lacen-GO tem encaminhado todo o excedente de amostras para o Instituto Butantan, em São Paulo. Esse envio é realizado duas vezes por semana. O primeiro envio foi feito na última sexta-feira, 3. Ao todo, 1.080 exames já foram encaminhados para São Paulo.
Paralelamente, a SES-GO já tramita dois processos para solucionar a situação: um para aquisição de um segundo equipamento e outro para conserto do que apresentou defeito.
Por fim, é importante destacar que a SES-GO não limitou ou estabeleceu nenhum novo critério para recebimento de amostras encaminhadas pelos municípios.
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CORREIO BRAZILIENSE
UTIs de cinco capitais à beira de um colapso
Enquanto o Brasil registra mais de 40 mil casos em 24 horas pelo 3º dia consecutivo, Cuiabá, Natal, Florianópolis, Curitiba e Belo Horizonte têm ocupação de leitos acima de 90%. País deve ultrapassar hoje a marca de 70 mil mortos pela pandemia
BRUNA LIMA
MARIA EDUARDA CARDIM
Mesmo com a suposta estabilização de mortes por covid-19 no Brasil, com médias acima de mil óbitos diários, o país é a nação que mais mata pela doença há sete dias. Ontem, não foi diferente. Com acréscimo de 1.220, o total de vidas perdidas chega a 69.184. Pelas previsões, o Brasil deve ultrapassar, hoje, a marca de 70 mil brasileiros mortos pela pandemia. Além disso, pelo terceiro dia consecutivo, o país registrou mais de 40 mil casos e totaliza 1.755.779 infectados. O número reflete diretamente na ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) pelo país, muitos, à beira de um colapso.
Pelo menos cinco capitais estavam com lotação acima de 90% na segunda-feira e, ao longo da semana, tiveram a situação agravada. Na região metropolitana de Natal, a falta de leitos é uma realidade há quase um mês e meio. O sistema de saúde da cidade sofre com a lotação, e o estado, que está com mais de 80% dos leitos cheios, precisa auxiliar na distribuição. Com isso, o cronograma de retomada das atividades estadual foi postergado.
Com o movimento do novo coronavírus para o Centro-Sul do país, cidades onde os índices de ocupação eram baixos até meados de maio, agora sentem o peso da pandemia. Mais 418 casos e dez mortes foram confirmadas ontem em Curitiba e, de um dia para o outro, o total de internados em UTI saltou de 142 para 185. Também no Sul, é crítica a situação de Florianópolis que, até ontem, tinha mais de 97% dos leitos de UTI adultos ocupados. Apesar da abertura de novos 570 leitos, o estado tem enfrentado a grande demanda em meio à queda das temperaturas. "Mesmo com o esforço constante do governo, a prevenção é, e continuará sendo, a melhor forma de combatermos esse vírus", disse o governador Carlos Moisés.
Em Cuiabá, a situação é ainda mais crítica, já que os municípios do entorno da capital não conseguem atender à demanda de pacientes. Isso porque faltam leitos há mais de dez dias em todo o Mato Grosso. A fila de espera por uma vaga intensiva chegava a 100 pacientes e o estado vizinho, Mato Grosso do Sul, tem prestado auxílio às vítimas.
Belo Horizonte também preocupa. Na última atualização da Secretaria Municipal de Saúde, ontem, 340 dos 370 leitos de unidade de terapia intensiva para pacientes da covid-19 estavam em uso na cidade, o que resulta na ocupação de 92%; restando apenas 30. Ao levar em conta a ocupação de todas as UTIs, inclusive àquelas destinadas a pacientes que não contraíram o vírus, a taxa ainda é alta: 86%. De acordo com boletim epidemiológico, 76% dos leitos clínicos específicos para pacientes infectados estão ocupados.
Ontem, Minas Gerais bateu recorde ao confirmar mais 90 mortes em 24 horas. Até então, o maior número diário de óbitos era de 73, registrado no último sábado. O estado totaliza 1.445 vítimas do novo coronavírus e faz parte do grupo que já registrou mais de mil mortes pela doença.
Balanço
Metade das unidades federativas já atingiu essa marca. Além de Minas, São Paulo (17.118), Rio de Janeiro (11.115), Ceará (6.741), Pernambuco (5.409), Pará (5.196), Amazonas (2.985), Maranhão (2.357), Bahia (2.328), Espírito Santo (1.930), Rio Grande do Norte (1.345), Alagoas (1.230) e Paraíba (1.196) integram a lista. No Brasil, não há mais nenhum estado com menos de cem mortes. Somente seis estados têm menos de 500 óbitos: Amapá (467), Santa Catarina (447), Acre (411), Roraima (393), Tocantins (240) e Mato Grosso do Sul (136).
Em relação ao cenário mundial, apenas os Estados Unidos superam o total de confirmações e de fatalidades pelo novo coronavírus. Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, 132.834 norte-americanos perderam a vida na pandemia e mais de 3 milhões foram infectados. A soma dos números brasileiros e dos EUA representa 40% do total de casos registrados em todo o mundo.
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Anvisa alerta sobre os riscos da ivermectina
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou, ontem, sobre os riscos do uso de medicamentos que contêm ivermectina (agente antiparasitário) para o tratamento da covid-19. Segundo o órgão, não há nenhuma comprovação científica de que a ivermectina seja eficaz contra o novo coronavírus.
A Anvisa ressalta, porém, que há comprovações de sobra sobre os efeitos colaterais e os riscos à saúde decorrentes do uso do medicamento sem prescrição médica. "Os principais problemas (eventos adversos) são: diarreia e náusea, astenia, dor abdominal, anorexia, constipação e vômitos; em relação ao sistema nervoso central, podem ocorrer tontura, sonolência, vertigem e tremor", frisa a entidade, em nota. A agência é enfática quando ao uso indiscriminado da ivermectina: "Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde."
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OMS admite transmissão aérea
Atendendo a recomendação de um grupo de mais de 200 cientistas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu, pela primeira vez, o risco de transmissão aérea do Sars-CoV-2. Até agora, a agência da ONU considerava apenas a inalação de gotículas expiradas por pessoas infectadas como forma de contágio. Diante da pressão de pesquisadores -- que, na segunda-feira, divulgaram uma carta em que citam inúmeros estudos sobre a possibilidade de o coronavírus ser transmitido pelo ar em ambientes internos -- a agência incluiu, ontem, a informação na sessão de perguntas e respostas de sua página na internet.
"Tem sido reportados surtos da covid-19 em alguns locais fechados, como restaurantes, boates, locais de trabalho ou ambientes em que as pessoas possam estar gritando, falando ou cantando", diz o novo texto. "Nesses surtos, a transmissão aerossol, particularmente nas localidades internas em que há aglomeração e espaços inadequadamente ventilados, onde pessoas infectadas passam longos períodos com outros, não pode ser descartada. Mais estudos são necessários urgentemente para investigar essas instâncias e garantir sua significância para a transmissão da covid-19."
A OMS vinha sendo fortemente criticada por ignorar as muitas pesquisas sobre essa possibilidade de contágio. "Na comunidade científica, estamos focados na compreensão total e detalhada dessa questão (a transmissão aérea) para fornecer informações acuradas a médicos e formuladores de políticas públicas", diz Brent Williams, especialista em aerossóis da Universidade de Washington em St. Louis e um dos signatários da carta. "A OMS e outras organizações de saúde pública ainda insistem muito em suas diretrizes atuais nas práticas de lavar a mão, manter distanciamento e ter cuidado com partículas a curtas distâncias (um perímetro de 2m). Porém, nós sabemos que gotículas provenientes da fala, da tosse etc. geram partículas que, rapidamente, encolhem para tamanhos menores e podem ficar suspensas no ar por muito tempo, em escala de horas, e serem transportadas por longas distâncias, por exemplo, uma casa inteira."
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Covid-19: hospitais particulares cedem 35 leitos de UTI para rede pública
Os hospitais particulares do Distrito Federal destinou à Secretaria de Saúde 35 leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) para o enfrentamento ao novo coronavírus. A informação foi publicada, nesta quinta-feira (9/74), pelo Sindicato Brasiliense de Hospitais, Casas de Saúde e Clínicas (SBH), que representa todo o setor de saúde suplementar da capital.
A medida para a contratualização e disponibilização de mais leitos de UTI, segundo a entidade, vem sendo discutida com o GDF desde quarta-feira (8/7). "Diversos hospitais realizaram iniciativas para colaborar com a população e com a saúde pública da capital. Já foram realizadas doações de recursos no valor de mais de R$ 4 milhões, além da entrega de 10 leitos de UTIs, com todos os equipamentos necessários", esclareceu o sindicato por meio de nota.
O SBH afirmou, ainda, que, desde o chamamento promovido pela Secretaria de Saúde, mais de 218 leitos de UTI haviam sido disponibilizados pelos hospitais privados, para uso da população do DF.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 38 mortes em um dia e total de óbitos vai a 771
Adriana Marinelli
Goiânia - Com 1.235 novos casos e 38 registros de mortes nas últimas 24 horas, Goiás soma 34.216 contaminações e 771 óbitos pela doença. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) na tarde desta quinta-feira (09/07).
De acordo com o boletim da pasta, há no Estado 80.611 casos suspeitos em investigação. Outros 38.121 já foram descartados. O boletim da SES-GO não informa o total de pessoas curadas.
Além dos 771 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás, já 48 óbitos suspeitos que estão em investigação. Já foram descartadas 530 mortes suspeitas nos municípios goianos.
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TV ANHANGUERA
Pacientes precisam ficar em isolamento enquanto esperam resultado da Covid-19
https://globoplay.globo.com/v/8687616/programa/
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Ocupação de UTI para Covid-19 na rede pública de Goiânia chega a 94%
https://globoplay.globo.com/v/8687618/programa/
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O POPULAR
Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM
As iniciativas de interromper estudos com cloroquina feitas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras instituições internacionais não levarão o Conselho Federal de Medicina a rever o parecer dado em abril sobre o uso do medicamento em casos de Covid-19. A posição é defendida pelo presidente da entidade, Mauro Ribeiro, em entrevista à reportagem.
"O que estamos ansiosos é pela divulgação de pesquisas sérias que nos indiquem um caminho para tratamento da doença. Nosso parecer nunca vai ser manipulado. A hora que saírem os estudos, vamos seguir", afirma.
Segundo o presidente do CFM, que tem evitado comentar o tema nos últimos dois meses, a entidade tem recebido os anúncios da OMS "com tranquilidade". Ele diz que houve politização excessiva em tomo do medicamento.
"É algo que beira ao absurdo [essa politização]. O que temos é que quem é a favor do Bolsonaro a defende de forma apaixonada, e quem é contra refuta de forma apaixonada. "
Nesta terça (7), o presidente Jair Bolsonaro divulgou que contraiu o novo coronavírus. Ele aproveitou o anúncio do seu teste para Covid-19 para defender que a hidroxicloro-quina é eficaz para tratar a doença -não há comprovação científica disso. Afirmou que está tomando a droga.
A defesa do remédio é feita por Bolsonaro desde o início da pandemia. Em abril, quando Luiz Henrique Mandetta era ministro da Saúde, o conselho de medicina foi solicitado a dar um parecer sobre o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19.
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Buscas por testes disparam
Sindicato dos laboratórios calcula que entre maio e junho houve um aumento de 80% na procura. Em um dos estabelecimentos, números mais que dobram a cada mês desde março
Nas últimas semanas, os laboratórios particulares de Goiânia e região metropolitana passaram por um aumento abrupto na procura por exames sorológicos e do tipo RT-PCR, considerado o padrão ouro para o diagnóstico do novo coronavírus (Sars-CoV-2). De acordo com dados do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO), entre maio e junho, o aumento médio na procura pelo serviço foi de 80% na capital.
No Hemolabor, o aumento tem sido progressivo desde o início da pandemia. Em março foram feitos 270 exames. Em abril, o número mais que quadruplicou: 1.200. Em maio, o acréscimo continuou e chegou a 3.300 exames realizados. Em junho, foram feitos 5 mil testes para detecção da Covi-19. "Nossa expectativa agora em julho é que este número tenha outro salto", pontua Nelcivone Soares de Melo, hematologista e diretor do Hemolabor.
O laboratório realiza diariamente 500 exames, sendo que 40% são para pacientes internados e 60% para aqueles que buscam auxílio ambulatorial. Por conta do aumento contínuo da demanda, foi instalado um sistema de senhas, com 250 por dia. Elas começam a ser distribuídas no início da manhã e costumam acabar antes das 12h. "Depois que as senhas terminam de ser distribuídas não fazemos mais exames. A coleta do material em si é rápida. Leva cerca de 5 minutos", pontua Melo. A implantação do sistema se deu por conta do contínuo crescimento na procura por testes."Não conseguimos mais atender a demanda espontânea. É muito grande", esclarece o diretor.
Para evitar aglomerações, o laboratório fechou um estacionamento em frente a unidade que recebe as pessoas que vão fazer testes para a Covid-19 e colocou cadeiras para que os pacientes possam aguardar a realização do exame. "Temos um colaborador que trabalha exclusivamente com a organização desta fila. Retiramos metade das cadeiras da recepção e quando ela fica cheia, os pacientes são levados para este local aberto e aguardam lá. Todos têm de estar de máscara e respeitar o distanciamento", explica Melo.
Outros
A Dasa, grupo ao qual o laboratório Atalaia pertence, informou que registrou um aumento na demanda de testes moleculares (RT-PCR) na região Centro-Oeste. Já a assessoria de imprensa do laboratório Padrão disse que nas últimas duas semanas o aumento na procura por exames foi "abrupto".
No laboratório Citocenter, onde as coletas estão sendo feitas de forma domiciliar ou pelo sistema drive thru, não é possível mais realizar agendamentos para esta sexta-feira (10) e este sábado (11). "Só tenho horário na segunda-feira (13). Em algumas unidades só tenho disponibilidade dia 18", afirma Rosiene Mendes, coordenador administrativa do laboratório. O estabelecimento tem tempos de entrega dos resultados diferentes entre as forma particular e conveniada. "São três dias se for particular e de 5 a 7 dias se for por convênio", esclarece.
Mendes conta que a demanda pelos exames no laboratório aumentou muito recentemente. "Estamos com cinco profissionais fazendo coleta em casa e aumentando nossa força de trabalho o máximo que podemos. Estamos investindo principalmente no sistema drive thru para dar conta da quantidade de pedidos que estão chegando aqui", pontua a coordenadora.
O diretor do Laboratório Hemolabor afirma que o laboratório ainda pode ampliar o atendimento. "Nos últimos dias contratamos mais 10 pessoas para suprir a demanda. Entretanto, temos um limite de expansão do atendimento. Esta é uma preocupação nossa e de outros laboratórios aqui de Goiânia", explica Nelcivone Soares de Melo. Além da expansão do atendimento, o processamento dos exames também preocupa. "Temos uma capacidade de máquinas e de pessoal que, em algum momento, não conseguirá ser transposta. Existe um limite."
Sindilabs-GO recomenda drive thru
Com o aumento expressivo na procura por exames do novo coronavírus (Sars-CoV-2), o Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO), tem recomendados ao laboratórios que busquem outras maneiras de coletar as amostras além do método tradicional de receber os pacientes nas unidades.
Um desses formatos de coleta que têm sido estimulados é o uso do sistema drive thru. Segundo o sindicato estes postos permitem a ampliação da oferta de exames e garantem maior segurança às pessoas, uma vez que, em diversos laboratórios, as pessoas têm enfrentado filas para poderem fazer os exames.
O Sindilabs-GO e a Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg) oferecem aos laboratórios goianos a assessoria técnica necessária para a instalação de postos de atendimento drive thru em locais de grande circulação.
O hematologista e diretor do Hemolabor, Nelcivone Soares de Melo, afirma que esta estratégia já tem sido avaliada pela laboratório. "O ideal seria que tivéssemos múltiplos pontos de coleta pela cidade. Entretanto, a capacidade de executar este novo formato ainda é um desafio."
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O HOJE
Dobra número de contaminados
Em menos de um mês o número de trabalhadores da saúde atingidos pela Covid-19 passa de 2,1mil
Dados obtidos, até o fechamento desta edição, por meio da plataforma Covid-19, do governo estadual, apontam que mais de 2,1 mil profissionais da saúde foram contaminados com a doença em Goiás. A maioria dos casos de infecções ocorre em técnicos e auxiliares de enfermagem, com 898 infectados, seguido pelos enfermeiros (388), outros trabalhadores da saúde (318), médicos (305), trabalhadores administrativos (112) e Fisioterapeutas (83).
Segundo com a SES-GO, os boletins são elaborados a partir dos dados inseridos nos sistemas e-SUS VE e SIVEP Gripe, do Ministério da Saúde, pelas diversas instituições de saúde cadastradas no Estado, conforme endereço de residência informado pelos usuários.
Dos servidores contaminados, mais de mil são apenas em Goiânia. De acordo com boletim epidemiológico divulgado até o fechamento desta edição, Goiânia já tem 1.063 profissionais de saúde com novo Coronavírus. O número é quase 12% do total de casos da cidade, que é de 9.057. Somente nas últimas 24 horas, 220 novos casos foram registrados.
No dia 15 de junho, menos de um mês atrás, Goiás registrava 1.038 profissionais da saúde infectados com o novo Coronavírus, de acordo com dados fornecidos pelo painel da Covid-19, do Governo de Goiás. O que representava 10,1% dos 10.024 casos confirmados na época.
Últimas mortes
O ginecologista e obstetra Josias Rosa da Silva, que faria em agosto 78 anos, morreu no dia Io de julho. O profissional integrava o corpo clínico do antigo Hospital Monte Sinai, no bairro Ipiranga, hoje Hospital Ruy Azeredo. A morte do médico foi lamentada em nota pelo Conselho Regional de Medicina (Cremego) e por pessoas próximas do profissional.
De acordo com a unidade de saúde onde ele clinicava, Josias Rosa se afastou muito do trabalho desde o início do isolamento social em razào da pandemia do novo Coro-navírus. Ele chegou a fazer somente alguns retornos médicos. Duas semanas antes do ocorrido, ele já não frequentava mais seu consultório.
No dia 29 de junho, a técnica em enfermagem Josefa Francisco da Silva Rodrigues, de 40 anos, morreu por suspeita de coronavírus. Ela estava internada no Hospital de Campanha em Goiânia. Josefa era servidora da SES desde janeiro de 2011 e trabalhava no Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta. A Organização Social que administra a unidade lamentou a morte e disse que ela estava afastada desde o dia 18 de junho devido a uma infecção no ouvido. Porém, ela começou a apresentar sintomas da Covid-19 e foi internada. O hospital onde ela trabalhava informou que já foram registrados cinco casos confirmados na unidade desde o início da pandemia.
No dia 26 de junho, a técnica em enfermagem Marilda dos Reis Costa, de 64 anos, que trabalhava no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), morreu com Coronavírus. Ela ficou internada por oito dias. A profissional da saúde tinha diabetes e era hipertensa.
Marilda testou positivo no dia 12 de junho e foi afastada do trabalho. Ela atuava no Centro de Material e Esterilização do Hugo, departamento que não tem contato com pacientes ou outras equipes da assistência direta. A técnica estava internada no Hospital de Campanha de Goiânia.
Esta foi a primeira funcionária em atividade no Hugo que morreu com Covid-19. A Secretaria Estadual de Saúde informou que Marilda foi a oitava profissional da saúde a morrer em Goiás em decorrência do Coronavírus. De acordo com o Conselho Regional de Enfermagem. os profissionais de saúde, de enfermagem, ainda estão desprotegidos na linha de frente.
Já o Hugo informou que tem tomado todas as medidas de segurança e proteção determinadas pelos órgãos de saúde. Os que podem desenvolver as atividades de maneira remota foram afastados. Quem tem idade a partir de 60 anos ou apresenta algum tipo de comorbidade é colocado fora da área assistencial nos casos em que não há possibilidade de home Office.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação