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Confira o boletim de hoje, 16 de junho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).
Neste boletim estão detalhados os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados desde 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados.
Apoio da Ahpaceg a HCamp de Porangatu tem mais um avanço
Escrito por Administrador
O apoio da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) ao Hospital de Campanha (HCamp) de Porangatu para o combate à pandemia de Covid-19 está ganhando mais um importante capítulo nesta semana com a doação de 40 camas à unidade instalada para o atendimento à população do norte do Estado. São equipamentos novos, adquiridos de uma empresa do sul do País, e que poderão equipar leitos comuns ou de Unidades de Terapia Intensiva.
Além das camas, que devem ser entregues hoje, 16, a Ahpaceg já enviou cinco aparelhos respiradores ao HCamp. Essa entrega aconteceu no dia 6 de junho e os respiradores estarão à disposição do hospital por seis meses, prazo que poderá ser renovado. Neste período, a Ahpaceg ficará responsável também pela manutenção dos equipamentos.
O projeto elaborado pela Associação para levar apoio e ampliar o atendimento a pacientes com Covid-19 em Porangatu e região inclui ainda a capacitação de profissionais de saúde do HCamp e de unidades de cidades vizinhas. Realizado em parceria com a UniEvangélica, o Curso de Formação de Multiplicadores Linha de Cuidado Covid-19 aconteceu no final de maio, em Anápolis.
O treinamento contou com simulação realística de atendimentos, a formação de multiplicadores para a capacitação de mais profissionais de saúde, mapeamento estratégico, desenho de fluxos da linha de cuidado total e orientações para a implantação de protocolos.
Coordenado pela diretora de Qualidade da Ahpaceg, Jacqueline Lopes Rodovalho, o Projeto HCamp Porangatu é todo custeado pela Associação e faz parte das ações desenvolvidas pela entidade para ajudar Goiás a enfrentar a pandemia de Covid-19.
Todo o trabalho voltado para Porangatu foi elaborado após uma visita de técnicos da UniEvangélica à cidade, quando foi feito um diagnóstico da estrutura de saúde local. Com base neste diagnóstico, foram definidas as etapas e ações do projeto.
Presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, explica que ajudando Porangatu, a Associação ajuda todo o Estado e o povo goiano, contribuindo para o fortalecimento da interiorização do atendimento e evitando que pacientes tenham que buscar assistência em Goiânia. Segundo ele, esse trabalho poderia ser estendido a outras cidades do interior se houve a colaboração de outros setores da economia.
O apoio de outros empresários para o combate à Covid-19, de acordo com o presidente, ajudaria o Estado a vencer a pandemia em um tempo mais curto e a retomar suas atividades de forma mais rápida.
Confira o boletim de hoje, 15 de junho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 20 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg). O Hospital São Francisco de Assis e o Hospital Santa Terezinha não informaram.
Neste boletim estão detalhados os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados entre 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e hoje, 15, quando foi registrados um óbito.
Parceria: Ipasgo anuncia auditoria de contas e descarta atrasos nos pagamentos dos hospitais
Escrito por Administrador
Em contato nesta segunda-feira, 15, com a diretoria da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), o presidente do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo), Silvio Fernandes, informou já ter auditado cerca de 80% das contas hospitalares e garantiu que não haverá atrasos na liberação dos pagamentos dos serviços prestados.
A notícia tranquiliza os prestadores e demonstra a transparência do diálogo entre a Ahpaceg e o Ipasgo. Essa transparência tem sido uma marca da parceria entre o Ipasgo e a Ahpaceg, que vem ganhando força nesta pandemia.
Presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, ressalta que o Instituto tem sido um grande parceiro da Associação na busca de soluções que assegurem e ampliem o atendimento aos pacientes neste período.
“Esse trabalho conjunto tem nos permitido oferecer aos beneficiários do Ipasgo uma assistência com qualidade e segurança", diz, ressaltando que esse é um compromisso de todos os associados credenciados pelo Instituto.
Especulações sobre uma possível paralisação dos atendimentos pela Ahpaceg, de acordo com o presidente, não passam de notícias falsas, pois essa medida sequer foi cogitada nem teria razão para acontecer neste momento.
Confira o boletim de hoje, 13 de junho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).
Neste boletim estão detalhados os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados entre 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e hoje, 13, quando foram registrados quatro óbitos.
Confira o boletim de hoje, 12 de junho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).
Neste boletim estão detalhados os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados entre 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e ontem, 11.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Bolsonaro pede que entrem e filmem hospitais para conferir leitos vazios
Demanda por testes de Covid-19 aumenta 5 vezes
Faltam testes de COVID-19 em Goiânia
UFG realiza tests para COVID-19
Casos de coronavírus em Goiás
Mortes superam 40 mil; Bolsonaro contesta números
Prefeitura de Rio Verde (GO) interdita complexo da BRF
Nova regra afeta 7% dos enterros
Medicamentos para entubação estão em falta no mercado
Mulher com coronavírus dá à luz a prematuro
"Velho durão" vence a Covid-19
Cirurgias pediátricas de cardiopatia têm déficit de 50%
A REDAÇÃO
Bolsonaro pede que entrem e filmem hospitais para conferir leitos vazios
Yuri Lopes
Goiânia - Durante a tradicional live transmitida pelo Facebook, o presidente Jair Bolsonaro pediu, nesta quinta-feira (11/6), que seus apoiadores visitem e filmem hospitais de campanha para fiscalizar como estão a oferta de leitos, uma versão atual dos "fiscais do Sarney", como ficaram conhecidos os apoiadores do presidente que checavam o controle dos preços nos supermercados, em 1986.
Presidente Jair Bolsonaro incentiva as pessoas a entrarem em hospitais de campanha e hospitais públicos para filmar e ver “se os leitos tão ocupados ou não”. “Mais gente tem que fazer isso”, disse.
Nosso chefe de Estado pedindo que as pessoas arrisquem a vida.
A justificativa do presidente é a de que é preciso saber se há desperdício de dinheiro público nas unidades. Ele também pediu para que os vídeos sejam enviados para suas redes sociais e disse que o material será selecionado e enviado à Polícia Federal e à Abin.
“Se tem hospital de campanha perto de você, hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente está fazendo isso, mas mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não”, disse.
No dia 5 de maio, deputados estaduais fizeram uma visita surpresa ao Hospital de Campanha do Anhembi, onde filmaram a situação da unidade temporária. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, afirmou que vai registrar uma queixa-crime contra os parlamentares.
Mandetta “global”
Na mesma live, Bolsonaro criticou o desempenho do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta e o acusou de inflar dados sobre a covid-19. “Esses números eram fictícios. Ele todo dia estava vendendo o peixe de ‘fique em casa’, ‘não saia’, ‘a curva tem que amansar’, ‘ciência, foco, foco na OMS’. Olha o vexame da OMS aí. Gosto do Mandetta como pessoa, mas ali ele deu uma escorregadinha na questão da pandemia. Deu uma inflada. Ele ficou empolgado pela Globo. Objetivo era vender o pavor”, falou.
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TV ANHANGUERA
Demanda por testes de Covid-19 aumenta 5 vezes
https://globoplay.globo.com/v/8620379/
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Faltam testes de COVID-19 em Goiânia
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=76430800
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UFG realiza tests para COVID-19
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=76430885
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Casos de coronavírus em Goiás
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=76440072
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VALOR ECONÔMICO
Mortes superam 40 mil; Bolsonaro contesta números
Presidente diz que pode ter sido infectado em viagem aos Estados Unidos
O Brasil chegou à marca oficial de 40.919 mortes por covid-19 ontem, de acordo com os dados oficiais do Ministério da Saúde. Em 24 horas foram registrados 1.239 novos óbitos. Os casos confirmados da doença chegaram a 802.828 - mais de 30,4 mil pacientes diagnosticados.
O total de pessoas recuperadas da covid-19 é de 345.595. Outros 416.314 casos estão sob análise.
São Paulo já tem 10.145 mortes pela doença, 283 em 24 horas. O número de casos confirmados no Estado ultrapassam 162,5 mil. Rio de Janeiro teve 225 mortes entre quarta e quinta, chegando a 7.363), com 75,7 mil casos.
Pelos dados apurados pelo consórcio de veículos de imprensa formado por "O Globo", "Extra", G1, "Folha de S.Paulo", UOL e "O Estado de S. Paulo", a partir das atualizações das secretarias estaduais de Saúde, o país chegou a 805.649 contágios confirmados ontem, com 41.058 mortes. Os números são do boletim de 20h. Em 24 horas até aquele horário houve registro de 30.465 novos casos e 1.261 óbitos confirmados pelas secretarias.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em live transmitida pelo Facebook, que pode ter sido infectado pelo novo coronavírus depois de viajar aos EUA com uma comitiva em que mais de 20 pessoas testaram positivo para a covid-19. "Eu acho que eu já fui contaminado, dada a maneira que vim de um avião, dos Estados Unidos. Acho que 23 [pessoas] do avião pegaram [a doença]", disse.
No mês passado, Bolsonaro enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) os resultados negativos de exames para a detecção da covid-19. Na live ele não mencionou se foi submetido a outros testes ou se teve sintomas da doença. Falou sobre o fato de não ter tomado cloroquina de modo preventivo, a exemplo do que havia feito o presidente americano Donald Trump. Mas voltou a defender o medicamento, que não tem eficácia comprovada.
Apesar de pesquisas científicas mostrarem que o número de casos da covid-19 pode ser até sete vezes maior do que os efetivamente registrados, Bolsonaro voltou a sugerir que há supernotificação do número de mortes. Disse recebido "dezenas de denúncias" de mortes por outras causas atestadas como covid-19.
"Não entendo o que querem ganhar com isso. Talvez os caras estejam aproveitando as pessoas que falecem para ter algum ganho político e colocar a culpa no governo federal", afirmou. Bolsonaro ainda disse que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta apresentava "números fictícios", "vendia o peixe" da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o isolamento social e "exagerava com o objetivo de vender o pavor".
Ele voltou a criticar os governadores que têm optado por não flexibilizar as medidas de isolamento social, já que e os hospitais estariam conseguindo atender à demanda dos pacientes infectados. "Posso estar equivocado, mas ninguém perdeu a vida por falta de respirador ou leito de UTI", declarou.
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Prefeitura de Rio Verde (GO) interdita complexo da BRF
Por decisão da empresa, unidade, que tem vários funcionários contaminados pela covid-19, já estava paralisada
A Prefeitura de Rio Verde (GO) determinou nesta semana a interdição do complexo industrial da BRF localizado no município até 21 de junho. A decisão, publicada em decreto, ocorre em meio ao espalhamento da covid-19 na cidade. A unidade da BRF apresenta diversos casos da doença.
Por decisão da própria empresa, a fábrica já estava com as operações paralisadas desde sexta-feira. Atendendo à orientação da Vigilância Sanitária local, a BRF realizou testes nos mais de 8,5 mil funcionários e terceirizados entre os dias 5 e 7 de junho. Os resultados indicam alta incidência do novo coronavírus.
Entre as justificativas para a suspensão do complexo, a prefeitura cita que, dos testes que já tiveram resultado, 58,6% apresentaram diagnóstico positivo para a covid-19. Quando Rio Verde determinou a suspensão, o resultado de 29% das amostras era conhecido. Portanto, de 8,6 mil funcionários, ao menos 1,4 mil teriam testado positivo.
Em comunicado, a BRF informou que, até o momento, 32% das análises já foram concluídas. De acordo com a companhia, restante será encaminhado a "para outros laboratórios de maior capacidade de processamento, ampliando a quantidade de parceiros nesta frente, a fim de receber de forma conclusiva e completa todos os resultados".
A empresa fará, ainda, testes para a contraprova dos resultados por amostragem. O intuito é aumentar a confiabilidade ao processo. O protocolo de testagem da BRF foi desenvolvido pelo infectologista Esper Kallas, professor da Universidade de São Paulo, pelo Hospital Albert Einstein e pela consultoria McKinsey. No país, a empresa fez testes em cerca de 20 mil funcionários.
O complexo industrial de Rio Verde é um dos mais importantes para a BRF. Lá, a empresa abate frangos, suínos e produz alimentos processados. A unidade é habilitada para exportar para mercados como a China.
Segundo a empresa, todos os funcionários do complexo de Rio Verde se encontram afastados e sem qualquer prejuízo salarial.
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O POPULAR
Nova regra afeta 7% dos enterros
Até o dia 8 de junho, 261 pessoas já haviam sido sepultadas na capital com suspeita ou confirmação do novo coronavírus. Casos obedecem a conjunto de regras para despedida que incluem a vedação de caixões, entre outras normas
O número de sepultamentos feitos em Goiânia nos meses de abril e maio deste ano que seguiram o protocolo do novo coronavírus (Sars-CoV-2) representa 7,38% do total realizado nos cemitérios da capital nesses dois meses. Em abril, foram registrados 1.279 funerais, sendo que 73 eram suspeitos ou confirmados de Covid-19. Em maio, esse registro foi de 1.444, sendo que 128 eram confirmados ou suspeitos para a doença, número 64% maior do que o registrado no mês anterior. Os dados são da Central de Óbitos da capital. Desde o início da pandemia até a última segunda-feira (8), 261 pessoas já haviam sido enterradas nessas condições. No boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) neste mesmo dia, Goiânia contava com 79 mortes confirmadas pela Covid-19.
O administrador do Cemitério Parque, no Setor Gentil Meireles, José de Souza, explica como são os sepultamentos feitos pelo protocolo para mortes, confirmada ou suspeitas, por coronavírus. "Não tem velório. O corpo vem direto do hospital e o caixão é fechado o tempo todo. Além disso, apenas dois membros da família podem participar do momento do sepultamento mantendo a distância apropriada."
Para fazer os enterros dos casos suspeitos ou confirmados do novo coronavírus, os coveiros também precisam tomar cuidados especiais. "Eles vestem macacões apropriados e têm de usar máscaras e luvas de proteção. Nós também delimitamos uma área em volta do jazigo para evitar a circulação de pessoas", diz Souza.
Os velórios e sepultamentos de pessoas que não morreram por conta do novo coronavírus também sofreram restrições. "Só podem participar dez pessoas e elas não podem ficar todas aglomeradas. O caixão pode ficar aberto, mas o velório só pode durar quatro horas", explica.
Dobro do tempo
A longo prazo, se aumentar a demanda, os enterros feitos pelo protocolo poderão gerar uma crise adicional. Os corpos das pessoas enterradas com a suspeita ou confirmação do novo coronavírus nos cemitérios públicos irão demorar dez anos para terem permissão para a retirada. Normalmente, a espera para o procedimento e enterrar outro corpo é de cinco anos. As gavetas ficarão ocupadas o dobro do tempo.
O motivo para a espera prolongada são os invólucros cadavéricos, espécies de sacos onde os corpos das pessoas com suspeita ou confirmação da Covid são colocados. "Quando as pessoas morrem são colocados dentro desses invólucros e depois dentro dos caixões. Eles são feitos de plástico, o que acaba atrasando a decomposição do corpo", explica o gerente da Central de Óbitos e Administração de Cemitérios da Secretaria Municipal de Assistência Social, Divino Evangelista.
Por conta do atraso na decomposição e informações das propriedades do plástico, foi tomada a decisão de aumentar o tempo mínimo para exumação. "Os técnicos fizeram uma avaliação da situação e chegaram à conclusão de que pode ter risco de contaminação", diz o gerente.
Evangelista explica que, caso haja outras gavetas no mesmo jazigo onde a pessoa com Covid-19 foi enterrada, elas terão uso normal. "A maioria dos jazigos tem mais que uma gaveta. Porém, se for o caso de ter só uma e ocorrer uma nova morte em um período inferior a 10 anos, será construída uma gaveta emergencial", finaliza o gerente.
Rio Verde
Quando uma pessoa da mesma família morre na cidade, o normal é que a mesma cova seja reaberta para novo sepultamento. Mesmo que não seja por consequência da infecção do novo coronavírus, quando uma pessoa morre em Rio Verde uma nova cova é aberta para evitar que principalmente os trabalhadores dos cemitérios tenham contato com os gases emitidos pelo corpo humano. "Ainda não se sabe sobre o comportamento do vírus depois que a pessoa morre. Não podemos colocar mais vidas em risco", afirma o diretor geral de cemitérios da cidade, Wendel Carlos Moraes e Silva.
Coveiros passam por treinamento para terem mais segurança
Os coveiros que trabalham nos quatro cemitérios públicos de Goiânia (Santana, Parque, Vale da Paz e Jardim Saudade) estão recebendo desde maio deste ano um treinamento para fazerem o uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que estão sendo fornecidos pela Prefeitura.
A necessidade de um treinamento surgiu da observação do gerente da Central de Óbitos e Administração de Cemitérios, Divino Evangelista. "Vimos que apesar de eles terem os equipamentos, eles precisavam saber usá-los corretamente. Por isso, pedi para uma técnica em segurança do trabalho e dois engenheiros de segurança do trabalho da Secretaria Municipal de Administração (Semad) passarem um treinamento para eles", esclarece o gerente.
O treinamento, que é realizado durante o horário de trabalho das três diferentes equipes de plantão nos quatro cemitérios municipais, ainda não tem data para ser finalizado.
"Estamos nos esforçando para sermos rápidos. Nós vamos até o local e explicamos, por exemplo, como devem se vestir e se despir do macacão que usam para fazer os sepultamentos sem se contaminarem", explica Evangelista.
A recepção dos coveiros com a novidade implementada foi boa. "Eles gostaram de receber as orientações e tiraram muitas dúvidas durante o processo. Esse treinamento acaba os ajudando a ter mais segurança na hora de executar o trabalho. Além disso, com o treinamento temos mais tranquilidade para afirmar que a saúde deles está sendo bem cuidada", finaliza o gerente.
Famílias resistem a protocolos
Os protocolos adotados na hora do sepultamento de pessoas com suspeita ou confirmação de infecção por Covid-19 têm sido encarados com resistência por algumas famílias. "Temos alguns casos de família que são resistentes e querem, por exemplo, abrir o caixão", aponta o gerente municipal de Administração de Cemitérios, Divino Evangelista.
O gerente ressalta que os procedimentos são padrões e necessários para a proteção da família da pessoa que morreu. "Entendemos que é dolorido, mas é uma questão de segurança dos familiares e também dos nossos profissionais. Por isso, pedimos que as famílias entendam a necessidade e colaborem para que tudo ocorra da maneira mais correta possível", esclarece Evangelista.
O coveiro Edmar Macêdo de Jesus, que trabalha no Cemitério Santana, no Setor dos Funcionários, há 12 anos, relata que em alguns sepultamentos é necessário até pedir o apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM). "Sabemos que é um momento delicado e evitamos ao máximo, mas têm famílias que não entendem e não respeitam. Aí temos que pedir a presença da GCM", conta.
A dificuldade de seguir o protocolo nos enterros de casos suspeitos e confirmados da Covid-19 acontece desde o início da pandemia. "Eu e o meu parceiro que trabalha comigo temos um combinado de não abrir de jeito nenhum. Por mais que seja difícil e um momento muito delicado, se trata da segurança e saúde de todos nós", enfatiza Jesus.
No momento, cemitérios não estão sobrecarregados
Apesar do acumulado de mortes pela doença e do total de sepultamentos nos cinco primeiros meses de 2020 (6.739) ter sido maior do que no mesmo período de 2019 (5.524), a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e o Sindicato das Empresas Funerárias, Cemitérios e Crematórios de Goiânia e Região Metropolitana (SEFECC-GO) afirmam que o número total de sepultamentos na capital desde o início da pandemia da Covid-19 diminuíram. De acordo com os dados da Central de Óbitos, em março deste ano ocorreram 1.372 sepultamentos em Goiânia. Em 2019, foram 1.433. No mês seguinte, em abril de 2020, foram registrados 1.279. No mesmo mês do ano passado foram 1.373. A tendência só mudou no mês de maio: em 2020 foram registrados 1.444 sepultamentos, enquanto em 2019 foram 1.394.
O gerente da Central de Óbitos e Administração de Cemitérios, Divino Evangelista, explica que no início da pandemia houve uma preocupação com o número de covas, insumos e mão de obra disponível. "Frente a tudo que o País está vivendo, ficamos com medo de ter uma sobrecarga no nosso sistema. Porém, até o momento não foi preciso fazer nenhuma alteração, nem preparar novas covas. Estamos conseguindo lidar com tranquilidade com o número de mortos tanto nos cemitérios públicos, quanto nos privados", esclarece.
O diretor executivo da funerária Paz Universal e vice-presidente do SEFECC-GO, Wanderley Rodrigues, afirma que o setor funerário também esperou um aumento da demanda. "Na verdade tivemos uma redução de mortes nos primeiros meses do ano. Porém, temos uma rede funerária muito bem estrutura. Se repentinamente houver um aumento de 50% na demanda dos serviços, conseguimos absorver tranquilamente", aponta. O vice-presidente do SEFECC-GO acredita que esta queda nas mortes em março e abril se deu por conta do isolamento social. "Acreditamos que o número de mortes violentas e por acidentes diminuiu e mesmo com os registros da Covid-19, isso refletiu na baixa no número de óbitos."
No Complexo Vale do Cerrado, na GO-060, na saída para Trindade, onde fica o único crematório do Estado, também não houve aumento de cremações. "Ano passado estávamos fazendo em torno de 16 cremações por mês e sigo com o mesmo número. Até o momento, apenas cinco pessoas com a Covid-19 foram cremadas aqui", aponta o diretor do local, Guilherme Santana. Porém, de acordo com ele, os sepultamentos de pessoas com a Covid-19 no Cemitério Vale do Cerrado, têm crescido nas últimas semanas. "Já foram enterradas 20 pessoas aqui. Grande parte desses óbitos ocorreu nas duas últimas semanas, depois das flexibilizações. Por isso, estamos nos preparando para que o número de enterros possa começar a crescer", esclarece.
Com avanço de casos, Rio Verde abre novas covas em cemitério
Diante do aumento exponencial do número de pessoas que testaram positivo para a Covid-19 em Rio Verde, no Sudoeste do Estado, dezenas de covas estão sendo abertas no Cemitério São Sebastião. A medida, de acordo com o diretor geral de cemitérios da cidade, Wendel Carlos Moraes e Silva, é tomada porque não existe norma técnica recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ou pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o que deve ser feito nos casos de reabertura de covas para novos sepultamentos. Por isso, o município criou seu próprio protocolo. A prioridade é não reabrir túmulos de quem teve a doença.
Quando uma pessoa da mesma família morre na cidade, o normal é que a mesma cova seja reaberta para novo sepultamento. Mesmo que não seja por consequência da infecção do novo coronavírus, quando uma pessoa morre em Rio Verde uma nova cova é aberta para evitar que principalmente os trabalhadores dos cemitérios tenham contato com os gases emitidos pelo corpo humano. "Ainda não se sabe sobre o comportamento do vírus depois que a pessoa morre. Não podemos colocar mais vidas em risco. Em casos de meningite, por exemplo, os túmulos só podem ser reabertos depois de oito anos. Para evitar uma possível crise, escolhemos deixar o local preparado para o que for necessário."
O diretor explica que a abertura de novas covas é uma precaução que tem sido tomada, especialmente a parir deste mês. Outra medida adotada foi a escolha de quatro profissionais para atuarem especificamente nestes casos. Eles receberam equipamentos de proteção individual da prefeitura e trabalham paramentados para evitar qualquer risco de contágio.
Na cidade, os sepultamentos de pessoas que tiveram a infecção ocorrem apenas no Cemitério São Sebastião. A cidade possui outro cemitério, além de outros três distribuídos nos distritos de Rio Verde. A decisão por sepultar em apenas um deles foi para restringir o contato das equipes com este tipo de cadáver. O diretor ainda acrescenta que, com isso, quer evitar o contágio dos trabalhadores e de suas famílias. Entendemos que manter uma equipe treinada especificamente para esse fim é um dos meios de evitar possíveis novos contágios.
Além disso, ele diz que a cidade mantém os protocolos de não abrir os caixões durante os velórios e limitar o acesso de pessoas às salas de velório a fim de evitar aglomerações.
O POPULAR esteve no cemitério na última quarta-feira (10), dia em que dois idosos foram sepultados. As duas vítimas, com diagnóstico confirmado para Covid-19, eram um homem de 78 anos e uma mulher de 85. Um deles residia em um lar de idosos da cidade onde há outros internos com suspeita de infecção por coronavírus.
Casos
Na atualização dos casos de coronavírus em Rio Verde, divulgada na noite desta quinta-feira (11), o prefeito Paulo do Vale (DEM) informou que 2.229 pessoas testaram positivo para a infecção até agora. Sete pessoas morreram pela doença e 2.138 estão em isolamento. Outras 28 ainda estão internadas e 56 já são consideradas curadas.
O elevado número de positivos está relacionado a uma testagem em massa em indústrias do município nos últimos dias. A cidade tem 7.573 suspeitos que aguardam resultado dos exames, com 38 pessoas internadas em enfermarias públicas e 5 em UTIs do SUS. Outros 11 pacientes estão em enfermarias da rede privada e 10 em UTIs particulares.
Goiás tem mais 475 registros de coronavírus e totaliza 7.696 casos
Com 475 novos casos de Covid-19 confirmados nas últimas 24 horas, Goiás chegou a 7.696 ontem a (11). Os dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) apontam ainda 32.715 suspeitas em investigação. Outros 16.694 já foram descartados. No total, são 189 óbitos, 1 a mais do que os divulgados na última quarta-feira (10). Apesar disso, O POPULAR já havia revelado que já são pelo menos 204 mortes confirmadas de pacientes contaminados pelo novo coronavírus, de acordo com dados de secretarias municipais. O número de casos deve subir de forma significativa nos próximos dias, pois as confirmações da testagem em massa nas indústrias de Rio Verde ainda não foram incluídas nos dados oficiais SES, que prepara uma força-tarefa para a atualização dos dados.
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Medicamentos para entubação estão em falta no mercado
Hospitais não estão conseguindo adquirir relaxantes musculares usados em leitos de UTI, mas afirmam que ainda há estoque para demanda atual
Médicos e gestores da área da Saúde em Goiás estão em alerta por conta da dificuldade de aquisição de medicamentos sedativos e relaxantes musculares utilizados para a entubação de pacientes com Covid-19. Após enfrentar um aumento significativo nos preços, em comparação ao início da pandemia, as unidades hospitalares simplesmente não encontram mais a medicação no mercado. O problema é nacional e, de acordo com a indústria farmacêutica, se dá pela falta de insumos para a produção.
Goiás ainda não registra falta de sedativos nas unidades hospitalares, mas os estoques estão baixos. Para o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, atualmente, o risco de desabastecimento dos medicamentos essenciais às unidades de terapia intensiva preocupa mais que o quantitativo de leitos de UTI. Mas para ele, apesar de crítica, a situação em Goiás ainda está melhor que em outros Estados onde já há a falta desses produtos.
"O que mais tem preocupado, neste momento, é a falta no Brasil de sedativos e de relaxantes neuromusculares. Isso aí tem sido absolutamente crítico. Além de estar raro, está absurdamente caro. Não que o quantitativo de leitos não nos preocupe, mas esses nós ainda temos uma reserva", afirmou.
Alexandrino explica que gestores estaduais se uniram, por meio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) para comprar as medicações fora do País. "Nós estamos fazendo uma gestão junto a Organização Panamericana da Saúde (Opas) para uma aquisição no exterior, provavelmente no México, Estados Unidos, Canadá e Argentina."
Nos bastidores, a falta de insumos para a fabricação dos medicamentos por parte de indústria é questionada. Havia uma promessa de reajuste para esse tipo de medicação no Congresso Nacional em março desde ano, após anos sem nenhum tipo de aumento, e isso não ocorreu, o que levantou a hipótese de uma pressão política.
Goiânia
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia diz que ainda não há comprometimento do atendimento nas UTIs sob a gestão do município. No entanto, A SMS não consegue efetuar compra há dois meses.
"Temos um estoque, mas em uma quantidade que preocupa, porque o número de casos está subindo e a gente não sabe como as pessoas vão se comportar. Se tivermos nas unidades uma procura maior de pacientes com dificuldade de respirar, que precisarão de um processo de entubação, (a medicação) vai faltar", diz o superintendente de Gestão de Redes de Atenção à Saúde da SMS, Silvio José de Queiroz.
"A gente sempre fez essas compras com uma margem de segurança, que é o que está garantindo o estoque neste momento. Nós vamos pedir emprestado a outras prefeituras e hospitais e tentar minimizar ao máximo essa situação", adianta.
O superintendente explica que o relaxante muscular é fundamental para entubar um paciente com segurança. "O profissional aplica a medicação na veia, relaxa a musculatura e nesse momento introduz o tubo na traqueia do paciente", detalha. O sedativo, por sua vez, é utilizado para manter o corpo sob ventilação mecânica, onde o aparelho faz todo o processo de respiração.
A entubação é o principal recurso para os pacientes graves de Covid. Doentes em situação crítica, com o pulmão bastante afetado pela infecção, chegam a ficar de 10 a 15 dias em utilizando um ventilador mecânico.
Um profissional de saúde do Hospital das Clínica da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), que atua diretamente com pacientes graves com Covid-19 e prefere não ser identificado, diz que vários hospitais da cidade não encontram sedativos, analgésicos e relaxantes musculares para comprar. "Aquele problema que tinha lá atrás, de falta de EPI, não era tão grave como esse agora", alerta.
No caso do HC, ele relata que, com a volta das cirurgias eletivas, o problema vai aumentar. "Mas precisa voltar, muita gente precisa (de cirurgia)."
Assim como os gestores do Estado e do município, o médico diz que o HC não chegou ao ponto de não ter a medicação. No entanto, já teve que "escolher outros medicamentos que talvez não fossem o melhor para aquele momento". "Precisa de um tipo, não encontra e usa outro. Não é que seja prejudicial ao paciente (substituir), mas as vezes não é o ideal", diz.
O profissional destaca ainda o problema do custo quando encontra o produto no mercado." Tem drogas que (o hospital) comprava por R$ 1 a ampola e hoje está R$ 30".
Responsável pela gestão do Hospital de Campanha de Goiânia, o maior dedicado ao enfrentamento da Covid-19 no Estado, a Associação de Gestão Inovação e Resultados em Saúde (Agir) informa que, apesar do problema nacional, não existe desabastecimento em suas unidades. A OS também administra o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).
"Nos antecipamos ao elaborar planos de contingência para minimizar problemas futuros, como criar fluxos e protocolos específicos entre as equipes técnicas e os almoxarifados de farmácia das unidades, até o estudo de princípios ativos dos medicamentos de maior relevância para a assistência que podem ser substituídos, eventualmente, por outros disponíveis no mercado."
O Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), que também é referência para tratamento da Covid-19 em Goiânia, informou que, diante da falta de medicamentos para anestesia no mercado, "foram definidas condutas específicas no caso de faltarem esses itens, sempre garantindo o bom atendimento e a eficácia no tratamento dos pacientes internados no HMMCC". No entanto, assessoria de imprensa não detalhou quais seriam essas "condutas específicas".
Apesar de não atender casos confirmados ou suspeitos de coronavírus, o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), pelo perfil da unidade, é um dos que mais utiliza sedativos e anestésicos no Estado. Segundo a assessoria, qualquer falta de medicamento, insumos ou outro recurso que possa impactar na assistência ao paciente preocupa. "Alguns medicamentos se encontram em falta no mercado e estamos trabalhando já faz algum tempo em aumento de estoque e com a área clínica, para padronização de substitutivos."
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Mulher com coronavírus dá à luz a prematuro
Em Catalão, no Sul do Estado, uma mulher de 34 anos que precisou fazer uma cesariana às pressas por causa de insuficiência respiratória, um dos sintomas da Covid-19, teve alta do Hospital São Nicolau na última segunda-feira (8). A então gestante, que prefere se manter no anonimato, deu entrada no hospital no dia 15 de maio e seu estado ficou muito grave, o que levou o corpo clínico a optar pela interrupção da gestação. O bebê, que nasceu com 1,4 kg, permanece na UTI Neonatal e não tem a doença.
Giselda Vasconcelos Vieira de Alcântara, obstetra que recebeu a gestante de pouco mais de sete meses, uma auxiliar de serviços gerais, contou que a mulher apresentava tosse, falta de ar e febre. "Quando foi feita a tomografia, vimos que o pulmão já estava muito comprometido." No dia 18 de maio, diante da piora do quadro, foi decidida a cesariana de emergência. "Ela já deixou o centro cirúrgico entubada e foi direto para a UTI."
Ao deixar o hospital, que montou uma UTI específica para pacientes de Covid-19, a mulher estava totalmente curada. No hospital há ainda outros três pacientes internados, entre eles um senhor de 84 anos que vem apresentando excelente evolução em seu quadro de saúde após um mês de internação. A expectativa é que ele deixe a unidade na próxima segunda-feira.
Os médicos do Hospital São Nicolau, que é um estabelecimento privado e mantém convênio com a prefeitura local para atender parturientes, aguardam o bebê, que é do sexo masculino, ganhar mais peso para liberá-lo do hospital. Assim que nasceu, a criança precisou de respirador por 48 horas, mas seu estado de saúde é considerado satisfatório.
A auxiliar de serviços gerais deixou o hospital aplaudida pela equipe técnica, mas pediu para não ser identificada depois de sofrer muito com comentários na cidade sobre seu estado de saúde. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Catalão tinha nesta quarta-feira (10), 81 casos confirmados de Covid-19 e outros 162 suspeitos.
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"Velho durão" vence a Covid-19
Homem passou por dez dias de internação. Belarmino Lemes de Siqueira teve alta do Hospital Municipal (HMAP) livre do novo coronavírus. Família acredita em milagre
Belarmino Lemes de Siqueira nunca gostou de ficar parado, nem mesmo quando deixou de lado a lida na zona rural em Paraúna, município goiano onde viveu, e mais tarde a função de servente de pedreiro na região metropolitana de Goiânia. Teve, sim, alguns apertos relacionados à sua saúde, mas saiu deles ainda com mais coragem para enfrentar a vida. Foi o que aconteceu na última terça-feira (9) quando, aos 94 anos de idade, deixou, sob aplausos da equipe técnica, o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), depois de driblar a Covid-19, doença provocada pelo coronavírus que tende a agravar o estado de saúde de pessoas com mais idade.
Rodeado pela família, na casa onde vive no Parque Ibirapuera, em Aparecida de Goiânia, ele ergue as mãos para os altos, num agradecimento a Deus, quando a nora Lia diz que "ele é um exemplo de superação, um herói para toda a família" por ter sobrevivido à Covid-19, uma doença difícil e ainda tão desconhecida. Um dos filhos, o militar da reserva Agnaldo, conta que o pai colocou marcapasso há cinco anos, mas que sempre foi uma pessoa inquieta de nunca se acomodar num mesmo lugar ou numa mesma situação. "Ele é um velho durão. Venceu a Covid depois de cinco dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e outros cinco na enfermaria".
O ex-agricultor foi internado no dia 31 de maio com sintomas de confusão mental, falta de ar e tosse e com diagnóstico positivo para Covid-19. Durante o tempo em que permaneceu na UTI não precisou de respiração mecânica, apenas o auxílio de oxigênio. Voltou para casa ainda com pneumonia, mas já livre do coronavírus. Viúvo e sob os cuidados dos filhos, das noras, dos genros e dos netos, ele ainda está debilitado e com a voz enfraquecida, mas atento a todos os acontecimentos ao seu redor.
"Esse episódio foi uma lição de vida para todos nós. Já somos uma família muito unida, mas agora ficamos mais. A gente considera que ele sair bem da Covid, aos 94 anos, foi um milagre de Deus. Nunca perdemos a fé. Tínhamos uma crença muito grande de que ele sairia dessa", afirma Agnaldo. "Ele é guerreiro, lutou e venceu a doença", concorda Lia, a nora. Segundo ela, o empenho e o carinho dos profissionais do HMAP fizeram toda a diferença para a recuperação do sogro que ficou emocionado diante da homenagem da equipe no momento da alta hospitalar.
Os colaboradores da unidade, de acordo com o diretor técnico do HMAP, Sérgio Vêncio, ficaram sensibilizados com a cura do idoso, o que se tornou mais um caso emblemático para a história da unidade, inaugurada em dezembro de 2018. No dia 2 deste mês, o casal Alice Santana de Jesus Costa, de 63 anos, e Evilásio Francisco Costa, de 67, deixou junto o hospital, também sob aplausos da equipe, segurando o cartaz com a inscrição "Eu venci a Covid-19".
"A dedicação de todo o grupo tem sido fundamental para a gente conseguir cumprir nosso compromisso com a saúde. Ver o paciente sair daqui sob aplausos nos encoraja a enfrentar todas as dificuldades", enfatiza Sérgio Vêncio. Para os familiares, a recuperação do patriarca, além de uma vitória para quem cuidou dele é, essencialmente, um estímulo para pessoas mais velhas que estão ou que forem acometidas com a doença. "Meu pai ficou todos esses dias no hospital, passou por dificuldades e venceu. Cremos em algo sobrenatural. Isso é mesmo coisa de Deus", comentou o militar da reserva.
Familiares são infectados
O aposentado Belarmino Lemes de Siqueira não foi o único da família a contrair a doença provocada pela última versão do coronavírus. O filho Agnaldo conta que todos estavam cumprindo a quarentena e tomando os cuidados conforme o que foi preconizado pelas autoridades de saúde.
"Estávamos separados, cada família em sua casa", detalha. Há cerca de 20 dias começaram a surgir sintomas em alguns dos parentes. "Fizemos dois encontros em chácaras, todos foram, até meu pai, pode ser que tenha sido isso, não sabemos". O militar da reserva, a mulher Lia, um irmão dele e uma cunhada estão entre os infectados.
Para Agnaldo, o que aconteceu "foi um azar muito grande". Como os irmãos e suas famílias estavam fechados em casa, eles acreditaram que os "encontros nas chácaras não dariam em nada". Fora o pai Belarmino, os quatro mais velhos da família foram os que apresentaram mais sintomas, como calafrio, tosse, febre e dores nas articulações. "Nós não precisamos ficar no hospital. Nos cuidamos em casa mesmo, mas consideramos que houve um grande milagre na família." Entre os que positivaram estão crianças e adolescentes que, conforme o militar da reserva nem pareciam que estavam doentes. "Ficaram totalmente assintomáticas".
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JORNAL OPÇÃO
Cirurgias pediátricas de cardiopatia têm déficit de 50%
Por Marcos Aurélio
Pandemia fez com que reduzisse ainda mais o número de cirurgias cardíacas no País
Esta sexta-feira, 12, também é lembrada por ser o Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita. No entanto, neste ano não há muito o que se comemorar, já que, segundo o presidente do Departamento de Cirurgia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), Andrey Monteiro, a situação é de preocupação em função da pandemia do novo coronavirus.
Segundo Monteiro existe um déficit acumulado de cirurgias cardíacas pediátricas não realizadas no país, que já era de 50% antes da pandemia. “Existe um número de cirurgias que é realizado mensalmente e só contempla 50% dos casos. Esse número foi reduzido entre 70% e 80%, em todo o país [com a crise da covid-19]”. A queda ocorreu tanto no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), como na rede privada. O cardiologista imagina que, a curto prazo, o déficit acumulado poderá aumentar ainda mais. “Quanto mais tempo isso [pandemia] durar, maior será o déficit”, conclui.
Protocolos de segurança
De maneira geral, no Brasil, só têm sido feitos casos de urgência, quando há risco iminente. A situação varia de acordo com o porte do hospital, observou Monteiro. No Hospital Pro Criança Cardíaca, instituição médico-social fundada há 23 anos para cuidar da criança cardíaca carente, o atendimento dos pacientes vem sendo mantido, operando-se casos com maior risco de morte e com cuidados redobrados, seguindo todos os protocolos clínicos de segurança, como a testagem do paciente, familiares e equipe médica, destacou Andrey Monteiro. Por ser um hospital pediátrico, não há tanta pressão de adultos internando no local, como ocorre em um hospital geral, por exemplo, que teve de ceder leitos pediátricos para internar adultos, explicou.
O cardiologista admitiu, entretanto, que houve uma redução no movimento de cirurgias cardíacas pediátricas para todos os hospitais, em média entre 70% e 80%. “Uns reduziram menos, outros mais, outros até pararam o movimento cirúrgico. Cada centro tem um cenário”. Segundo o especialista, o déficit é maior nas regiões Norte e Nordeste e menor no Sul e Sudeste brasileiro. Deixou claro, porém, que em relação à queda do movimento de cirurgias pediátricas, a perda ocorreu em todo o país.
Gravidade da situação
Andrey Monteiro afirmou que o Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita é um motivo a mais para que a população e os profissionais de saúde compreendam a gravidade da situação para a população infantil. “O problema não é só da rede assistencial. Neste momento, por conta da preocupação em não se contaminar, a verdade é que as pessoas sequer estão buscando tratamento para outros problemas de saúde. As famílias, muitas vezes, não querem levar o paciente para tratamento porque acham que vão se expor”.
Monteiro destacou o número crescente de enfartes registrado dentro das casas, desde o início da pandemia, porque as pessoas sequer procuram o hospital. “Passa a haver uma série de problemas e não só por causa da rede assistencial. Isso também passa pela preocupação das pessoas e, de certa forma, pela desinformação”. É preciso, disse Monteiro, que outros centros pediátricos voltem a operar, priorizando os pacientes mais graves.
A data nacional de conscientização é oportuna para divulgar o número que já era deficitário antes da pandemia, mas também para incentivar os profissionais e os familiares que a assistência tem que continuar e que se deve ir retomando a vida normal com os protocolos clínicos e as cidades mantendo as orientações de segurança, recomendou.
Sequelas
A cardiopatia congênita envolve desde uma apresentação simples, que pode ser notada como um sopro cardíaco, até alterações externas, como a criança ficar arroxeada, com baixa oxigenação no sangue. Essas cardiopatias podem provocar sequelas nas crianças, dependendo do nível de gravidade do caso. Andrey Monteiro esclareceu que o não tratamento no momento adequado aumenta a chance de deixar sequelas mesmo nos pacientes tratados. “Isso vai variar de acordo com o nível da cardiopatia, com o nível de comprometimento do coração, até se o momento em que houve o tratamento foi adequado ou não”. As cardiopatias mais complexas, em casos extremos, têm chance de gerar problemas em outros órgãos além do coração, como pulmão, fígado e rins.
Andrey Monteiro informou que os procedimentos eletivos de baixo risco não têm sido realizados no Hospital Pro Criança Cardíaca. O volume global de cirurgias para pacientes de convênios de planos de saúde foi bastante reduzido desde março, quando teve início o isolamento social decretado para evitar a disseminação da covid-19. Por outro lado, não houve interrupção nas cirurgias efetuadas nas crianças com cardiopatia congênita atendidas pela instituição tradicionalmente, que se mantiveram no volume histórico de quatro procedimentos mensais.
Subnotificação
Apesar de estudos iniciais demonstrarem que as crianças são menos suscetíveis à covid-19, com uma incidência em torno de 4%, acredita-se que há uma subnotificação da doença na população pediátrica, já que a maioria é assintomática ou pouco sintomática.
A diretora médica do Hospital Pro Criança Cardíaca, Isabela Rangel, ressaltou que, recentemente, foi evidenciada uma nova apresentação clínica em crianças e adolescentes associada à covid-19, denominada Síndrome Inflamatória Multissistêmica, com manifestação clínica e alterações laboratoriais similares às observadas na Síndrome de Kawasaki (doença infantil rara que causa inflamação nas paredes de alguns vasos sanguíneos do corpo) ou na Síndrome de Choque Tóxico (complicação rara e potencialmente fatal de certas infecções bacterianas).
O Hospital Pro Criança Cardíaca foi fundado pela cardiologista pediátrica Rosa Célia. No ano passado, a médica recebeu o Prêmio de Personalidade do Ano na Área da Saúde, concedido pela Hospitalar, plataforma que gera negócios e promove o desenvolvimento do setor.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
Confira o boletim de hoje, 11 de junho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 19 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg). O Hospital Amparo, Hospital Clínica do Esporte e Hospital Ortopédico de Goiânia não informaram.
Neste boletim estão detalhados os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados entre 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e hoje, 11, quando foi registrado um óbito.
Confira o boletim de hoje, 10 de junho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).
Neste boletim estão detalhados os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados entre 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e hoje, 10, quando foi registrado um óbito.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
ANS restabelece prazos máximos de atendimento da RN nº 259
Casos de coronavírus em Goiás
Covid-19 paralisa Rio Verde
Maternidade Dona Iris suspende atendimento após confirmação de Covid-19 na unidade
ANS autoriza retomada de cirurgias eletivas no país
Mesmo sem sintomas, infectados também transmitem a Covid-19
Claro diz vender telemedicina do Einstein, mas hospital nega acordo
Levantamento comprova a distribuição desigual de médicos nas cinco regiões do Brasil
STF determina divulgação diária de dados sobre a covid-19
Brasil registra 1.185 mortes nesta terça; total passa de 38 mil
Covid-19: Goiás bate novo recorde com registro de 501 casos em 24 horas
“Seria irresponsável dar datas de reabertura quando a doença é tão dinâmica”, diz secretário de Desenvolvimento
Taxa de ocupação de UTI em hospitais para tratar Covid-19 cai de 95% para 90%, em Goiânia
Nota de Repúdio - Fehoesg repudia calote de gestores da saúde em Goiânia e Aparecida de Goiânia
Dois empresários são presos suspeitos de vender cateteres usados para hospitais em Goiás e outros estados
TV ANHANGUERA/GO
Casos de coronavírus em Goiás
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=76340836
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Covid-19 paralisa Rio Verde
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=76341322
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Maternidade Dona Iris suspende atendimento após confirmação de Covid-19 na unidade
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=76351495
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ANS
ANS restabelece prazos máximos de atendimento da RN nº 259
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu restabelecer os prazos máximos que devem ser cumpridos pelas operadoras para atendimento aos beneficiários de planos de saúde. A decisão ocorreu nesta terça-feira (09/06) em reunião ordinária realizada pela Diretoria Colegiada. Com isso, devem ser retomados a partir de amanhã os prazos estabelecidos pela Resolução Normativa nº 259, os quais haviam sido flexibilizados em 25/03 devido à pandemia de Coronavírus.
A decisão pelo fim da prorrogação foi fundamentada em diversos elementos, dentre os quais a Nota Técnica nº 6, da Anvisa, atualizada em 29/05, que contém orientações sobre a retomada de cirurgias eletivas; e documentos e informações encaminhados à ANS por diversas sociedades médicas e representações de prestadores de serviços, que asseguram que os estabelecimentos de saúde estão organizados e têm condições adequadas de atender à demanda por procedimentos e cirurgias eletivas (não considerados urgentes), sem prejudicar o atendimento aos casos de Covid-19. Também foram consideradas as manifestações feitas por representantes de todo o setor, reunidos no dia 3/6 em reunião extraordinária da Câmara de Saúde Suplementar (CAMSS), em que houve consenso quanto à pertinência e possibilidade da retomada dos prazos da RN nº 259.
"A ANS fez uma análise bastante criteriosa para embasar a sua tomada de decisão, realizando uma avaliação conjunta de todas as informações e manifestações expressas pelas autoridades de saúde e pelo setor regulado", explica o diretor-presidente substituto, Rogério Scarabel. "Somente após considerar todos esses elementos e pensando fundamentalmente na saúde e na segurança dos pacientes, recomendamos a retomada dos prazos regulares de atendimento", completa. O diretor destacou que a ANS seguirá monitorando os prazos de atendimento e estará atenta para agir pontualmente caso seja necessário.
Na Nota Técnica em que discorre sobre a retomada dos prazos, a ANS ressalta, contudo, que a decisão sobre a realização dos procedimentos deve sempre ser feita conforme indicação do profissional de saúde assistente, que é o responsável por avaliar a indicação diante das necessidades de saúde dos pacientes. O documento também orienta que, nos casos em que não for possível realizar o procedimento dentro dos prazos máximos - seja em função da situação epidemiológica, da disponibilidade de leitos, de medidas restritivas ou outras situações locais específicas - caberá às operadoras justificar e comprovar a impossibilidade de garantia de acesso.
É importante destacar que durante todo o tempo em que perdurou a prorrogação dos prazos máximos, a ANS recomendou que os cuidados com a saúde e que os tratamentos continuados não fossem interrompidos, sob pena de agravamento da condição de saúde ou colocarem em risco a vida dos pacientes, em especial atendimentos de pré-natal, parto e puerpério; doenças crônicas; tratamentos continuados; revisões pós-operatórias; diagnóstico e terapias em oncologia; atendimentos em psiquiatria; outros tratamentos (inclusive cirurgias eletivas essenciais) cuja não realização ou interrupção possa gerar o agravamento da condição de saúde do beneficiário, conforme declaração do médico assistente.
E, apesar da decisão tomada hoje pela retomada dos prazos regulares de atendimento, a ANS frisa que o momento em que o País está passando permanece exigindo todos os cuidados - dos beneficiários, das operadoras de planos de saúde e dos prestadores de serviços - no sentido de buscar evitar a contaminação pela Covid-19. Isso inclui as medidas de distanciamento social, uso de equipamentos de proteção e manutenção das normas de higiene preconizadas pelas autoridades de saúde e gestores locais. Os serviços de saúde também devem se manter atentos e levar em consideração a possibilidade de ter que interromper os procedimentos não urgentes, caso o cenário epidemiológico se modifique e indique qualquer risco de colapso do sistema de saúde para o conjunto dos beneficiários e da população em geral.
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O GLOBO
ANS autoriza retomada de cirurgias eletivas no país
Medida foi decidida por unanimidade pela agência. Procedimentos serão realizados conforme indicação de profissional de saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou ontem a retomada de cirurgias e outros procedimentos eletivos, aqueles que não são de urgência e emergência. Eles estavam suspensos desde 25 de março, como medida de enfrentamento à pandemia do coronavírus.
A decisão, que retoma os prazos máximos para que os convênios autorizem os procedimentos, foi tomada em reunião da diretoria da entidade realizada ontem.
Em nota, a ANS informou que os procedimentos eletivos devem ser realizados conforme indicação do profissional de saúde. Caberá aos planos justificarem a impossibilidade de atender aos prazos, apresentando documentos que demonstrem situação epidemiológica, disponibilidade de leitos e medidas restritivas.
O item foi aprovado por unanimidade e embasado em nota técnica do órgão. A decisão, segundo a ANS, foi tomada tendo o paciente como maior interessado.
A recomendação para que os usuários de planos de saúde adiassem consultas, exames e cirurgias que não fossem de urgência ou emergência foi feita pela ANS em 19 de março. O objetivo liberar leitos para pacientes do novo coronavírus, assim como evitar a contaminação das pessoas durante idas às unidades de saúde.
CNSAÚDE: INFRUTÍFERA
O diretor-superintendente da agência, Rogério Scarabel, chegou a destacar, na época, que a medida contribuiría para a adoção das medidas de isolamento social. A ANS já havia informado que, durante a pandemia, flexibilizaria os prazos para a realização de procedimentos eletivos pelas operadoras. O descumprimento de prazos de atendimento é um dos itens que podem levar a agência a suspender a venda de planos de saúde.
Para Breno Monteiro, presidente da CNSaúde, que congrega os prestadores de serviços, a suspensão dos prazos feita pela ANS havia se mostrado infrutífera:
- Cirurgias e tratamentos que precisavam ser feitos deixaram de ser realizados. Naturalmente, nos estados que perderam o controle da contaminação, os leitos foram todos ocupados, sem precisar de normativos. A suspensão só levou ao atraso nos tratamentos e dificuldade financeiras pelas instituições, que, com taxas de ocupação reduzidas, têm enfrentado dificuldade.
Para Monteiro, a restrição poderia ter sido retirada há dez dias, quando a CNSaúde e outras entidades encaminharam estudos mostrando que tratamentos eletivos têm baixa demanda por UTIs: apenas um em cada dez, e por prazo médio inferior a dois dias.
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Mesmo sem sintomas, infectados também transmitem a Covid-19
Após especialista da OMS dizer que transmissão seria rara, entidade reforça que ela existe, só não se sabe em que dimensão
ANA LUCIA AZEVEDO
Após reações de especialistas em diferentes países e de governos como o do Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) esclareceu ontem que há registros de transmissão de Covid-19 por pacientes assintomáticos.
Anteontem, a chefe da unidade de doenças emergentes da entidade, Maria Van Kerkhove, disse que a transmissão do coronavírus por pessoas que não manifestam sintomas "é muito rara". Um dia depois, outro representante do órgão explicou que a transmissão existe e que a questão é a sua dimensão.
- Estamos absolutamente convencidos de que a transmissão por casos assintomáticos está ocorrendo. A questão é saber o quanto - afirmou o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan.
A própria Kerkhove voltou a se pronunciar e reconheceu que alguns modelos estimam uma taxa de transmissão de 40% no caso de pacientes assintomáticos.
Epidemiologistas de diversos países lembraram que há estudos consolidados sobre o papel dos assintomáticos e afirmaram que parte expressiva do contágio pelo coronavírus é promovido por pacientes na fase pré-sintomática (que contraíram o vírus e ainda não manifestaram os sintomas).
Estima-se que o vírus comece a ser transmitido de dois a três dias antes da manifestação dos primeiros sintomas.
- Eu fiquei muito surpreso com a declaração da OMS. Isso vai contra a minha percepção dos dados científicos que sugeriram, até agora, que pessoas assintomáticas e pré-sintomáticas são importantes fontes de contágio para outras pessoas - disse Liam Smeeth, professor de epidemiologia clínica na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, pontuando que desconhece dados que embasariam a fala de Kerkhove.
- (Considerar os pacientes assintomáticos) Tem importantes implicações para medidas de identificação, rastreamento e isolamento que estão sendo implementadas por vários países - afirmou Babak Javid, consultor de doenças infecciosas do hospital da Universidade de Cambridge (Reino Unido).
ESPECIALISTA REBATE
Um dos raros especialistas do Brasil em coronavírus, Eurico Arruda, professor titular de virologia da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, é categórico em assegurar que os assintomáticos transmitem o Sars-CoV-2. Ele explica que é claro que as pessoas com sintomas, que tossem e espirram, transmitem mais.
- Porém, o assintomático fala, ofega, pigarreia, e isso também transmite o vírus. A epidemiologista da OMS fez uma declaração errada. Assintomáticos transmitem, sim, o coronavírus frisa Arruda.
Ele acrescenta que vírus respiratórios são transmitidos por assintomáticos de forma geral.
- Outros vírus respiratórios que detectamos em crianças assintomáticas, nas tonsilas, como o da gripe H1N1, são transmitidos por elas porque estão presentes nas secreções. Claro que não é com a mesma eficácia de uma pessoa com sintomas porque o assintomático não está tossindo ou espirrando. Mas se ele falar perto de outra pessoa sem máscara, por exemplo, pode transmitir o vírus - alerta.
BOLSONARO CRITICA ÓRGÃO
Na manhã de ontem, em uma reunião ministerial, o presidente Jair Bolsonaro criticou a OMS e disse que, a partir das declarações da diretora da unidade de doenças emergentes, avaliaria a reabertura de escolas e do comércio.
- Foi noticiado, também de forma não comprovada ainda, como nada é comprovado na questão do coronavírus, que a transmissão por parte de assintomáticos é praticamente zero. Com toda certeza isso pode sinalizar uma abertura mais rápida do comércio e extinção daquelas medidas restritivas adotadas segundo decisão do Supremo Tribunal Federal, adotada por governadores e prefeitos - afirmou Bolsonaro.
O chanceler Ernesto Araújo também criticou o que chamou de "vai e vem" da OMS:
- Cada dia é uma decisão, esse vai e vem da OMS prejudica os esforços de todos os países.
Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que prevê uso de máscara até acabar a pandemia. O texto ainda deve ser sancionado pelo presidente.
40% DE TRANSMISSÃO
A força-tarefa contra a Covid-19 de Cingapura, exemplo usado pela representante da OMS, informou à Reuters que identificou casos de transmissão assintomática no país. Na última semana, a China informou que os 300 casos assintomáticos identificados em Wuhan não se mostraram infecciosos.
Uma pesquisa americana publicada esta semana faz uma revisão do conhecimento sobre a transmissão assintomática.
Publicada na prestigiosa revista "Annals of Internai Medicine", a pesquisa "Prevalência da Infecção Assintomática pelo SarsCoV-2, uma Revisão Narrativa", se baseou em 16 grandes análises de focos da pandemia feitas por meio de testes de PCR, o mais confiável para detectar a presença do vírus.
O estudo conclui que portadores assintomáticos representam entre 40% a 45% das infecções por Sars-CoV-2.
Também mostra que eles podem transmitir o vírus da Covid-19 para outras pessoas por um período superior a 14 dias.
E ainda destaca que a infecção assintomática pode estar relacionada a anormalidades no pulmão sem manifestação clínica conhecida, mas detectáveis por tomografia computadorizada.
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OPINIÃO DO GLOBO
Obstáculo
UMA RESPOSTA mal articulada dada em uma entrevista coletiva da Organização Mundial da Saúde (OMS) pela chefe do Programa de Emergências da instituição, Maria van Kerkhove, animou o presidente Bolsonaro a voltar a insistir na suspensão, pelo menos seletiva, do isolamento social.
A ESPECIALISTA deu a entender que os infectados pelo Sars-CoV-2 que sejam assintomáticos não transmitem a Covid-19. Logo, raciocinou o presidente, se a pessoa com vírus não apresentar sintomas, pode voltar a circular normalmente. Mas não é assim, corrigiram depois a OMS e a própria Kerkhove.
CONTINUA-SE SEM prova científica segura de que o assintomático não serve de vetor da doença. A Ciência continua a ser um obstáculo a Bolsonaro.
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PODER 360
Claro diz vender telemedicina do Einstein, mas hospital nega acordo
A empresa de telefonia Claro informou na 3ª feira (9.jun.2020) que passaria a vender a seus clientes, ainda neste mês, "planos de saúde" 100% digitais em parceria com o hospital Albert Einstein. O serviço permitiria ao cliente que tem o plano pós-pago ter acesso ilimitado a consultas por teleatendimento por apenas R$ 49,90 por pessoa.
O anúncio da Claro apareceu em uma reportagem do portal UOL, mas ontem mesmo o Hospital Albert Einstein reagiu soltando uma nota negando o acordo:
"Nota à imprensa" "São Paulo, 09 de junho de 2020 - O Einstein informa que vinha mantendo negociações com empresas de telecomunicações com vistas a oferecer serviços de teleorientação para uma parcela selecionada da base de clientes de tais organizações. Nesta terça-feira (09/06), porém, foi veiculada uma reportagem no UOL, cujas informações não refletem as tratativas ainda em andamento com uma dessas empresas".
Receba a newsletter do Poder360 todos os dias no seu e-mail
O anúncio precipitado da Claro provocou irritação da direção Einstein. O Poder360 teve acesso a uma mensagem do presidente do hospital, o médico Sidney Klajner, enviada a 1 grupo de líderes no setor médico.
"Queria manifestar aqui a nossa indignação ao ver a matéria publicada ( ) Estamos em meio a uma negociação de acesso à telemedicina com eles que sequer chegou ao final, não há alinhamento quanto à forma nem quanto a valores. Muito menos qualquer contrato assinado. Exigimos deles a retratação por notícia enganosa, lesiva à nossa Instituição, e, após uma série de desculpas, ficaram de fazer uma retratação que até o momento não foi feita. Neste momento estamos emitindo uma nota de repúdio, desmentindo a notícia e que será enviada aos meios de comunicação para que fique clara a intenção descabida e irresponsável dessa empresa", escreveu Sidney Klajner.
O Ministério da Saúde publicou em 23 de março de 2020 uma portaria que regulamenta consultas à distância e procedimentos da chamada telemedicina. A medida foi baixada por causa da pandemia de covid-19. Passou a ser possível prestar atendimento pré-clínico, de suporte assistencial, consulta, monitoramento e diagnósticos para pessoas com suspeita de coronavírus.
Na reportagem publicada pelo UOL, quem fala pela Claro é Marcio Carvalho, diretor de marketing da empresa. Ele explica que no tal plano de saúde digital, agora negado pelo Einstein, o cliente com plano pós-pago para telefone celular receberia 1 login para entrar num aplicativo do próprio hospital e lá seria feita uma triagem e encaminhamento a 1 médico especializado - tudo por teleatendimento.
"A gente pesquisou que quem consegue pagar R$ 50 por mês nesse serviço de saúde também precisa de conectividade boa que custe por aí, então vimos que atende só uma camada", disse Carvalho ao UOL. Os clientes da Claro, segundo o diretor da empresa, teriam acesso ao plano de telemedicina do Einstein num 1 pacote combinado do plano de 20 GB pós-pago por R$ 149,90.
As companhias de telefonia, inclusive a Claro, são quase sempre campeãs de reclamações por parte de clientes. Esse anúncio precipitado do acordo com o Einstein - negado pelo hospital- pode agregar mais contestações à empresa.
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G1
Levantamento comprova a distribuição desigual de médicos nas cinco regiões do Brasil
Segundo o Conselho Federal de Medicina, a média geral de médicos em relação à população é comparável às dos EUA e do Japão. Mas o número é muito menor em quase todo o Norte e o Nordeste.
Levantamento comprova a distribuição desigual de médicos nas cinco regiões do Brasil
Um levantamento do Conselho Federal de Medicina comprovou a distribuição desigual de médicos nas cinco regiões do Brasil.
A pandemia da Covid-19 só agravou e tornou mais evidente um problema crônico: para muitos brasileiros, faltam médicos, porque sobram desigualdades regionais.
É o que mostra o levantamento do Conselho Federal de Medicina divulgado nesta terça-feira (9). A média geral de médicos em relação à população, 2,5 para cada mil habitantes, é comparável às de Estados Unidos (2,6) e Japão (2,4). O número dobra no Distrito Federal (5,1), é bem superior à média no Rio (3,7) e em São Paulo (3,2). Mas muito menor em quase todo o Norte e o Nordeste: Acre (1,20), Amapá (1,19), Pará (1,07), Maranhão (1,08), Piauí (1,60), Alagoas (1,58).
A explicação, segundo o conselho, estaria na falta de gestão e de condições de trabalho que incentivem uma melhor distribuição dos médicos.
"Existe uma gestão ineficiente e que ficou escancarada com a pandemia. Se for verificar as séries históricas de denúncia do Conselho Federal de Medicina, fala sobre UTI, sobre locais inadequados para o atendimento médico. Sem pandemia, o absurdo de algumas regiões, nós temos médicos que precisavam atender debaixo de uma árvore. E não existia pandemia no Brasil", avalia Hideraldo Cabeça, neurologista e diretor de comunicação do Conselho Federal de Medicina.
São muitos os estados e municípios que têm buscado a contratação de médicos estrangeiros ou brasileiros formados no exterior, mesmo sem diplomas revalidados no Brasil, ainda que em caráter temporário, emergencial, diante da pandemia. Mas eles enfrentam forte resistência na Justiça por parte das entidades médicas.
É o caso de Roraima, onde um hospital de campanha com capacidade para mais de mil leitos, construído pelo Exército, não funciona, principalmente, por falta de médicos. Precisaria de 300. Um acordo firmado pelo governo do estado para contratar médicos disponíveis na região, mas que não têm diploma válido, tem sido barrado por entidades médicas locais.
"Nós entendemos a classe médica do estado de Roraima, mas só que nós estamos vivendo um momento de exceção, um momento excepcional. E, em momentos excepcionais, nós precisamos ter novos regramentos", afirma Stélio Dener, defensor público geral do estado.
A Conectas, organização de defesa dos direitos humanos, sugere uma flexibilização da legislação, como em outras partes do mundo. "A gente tem casos na Alemanha, nos Estados Unidos e no Canadá, que as regras ordinárias de contratação de médicos estrangeiros, elas foram flexibilizadas pela urgência e emergência de trazer o reforço ao atendimento médico por conta da pandemia", destaca a coordenadora Camila Asano.
Mas, para a conselheira Sandra Krieger, da Ordem dos Advogados do Brasil, isso pode ser arriscado: "Flexibilizar o atendimento através de médicos que não são qualificados, que não se sabe a formação, é muito temerário à própria população".
Edson e Renan, formados fora do Brasil e que trabalharam por três anos em São Paulo, pelo Programa Mais Médicos, não tiveram os contratos renovados em 2019 e continuam fora do mercado.
"Nós poderíamos estar ajudando, por exemplo, a controlar os pacientes que têm enfermidades crônicas, que são os pacientes que têm mais vulnerabilidade nesse momento de pandemia no Brasil", observa Edson Medeiros.
O Ministério da Saúde declarou que, desde o começo da pandemia, contratou mais de 6 mil profissionais de saúde pra reforçar o atendimento à população e que lançou quatro editais de forma emergencial para a contratação de mais médicos.
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DIÁRIO DA MANHÃ
STF determina divulgação diária de dados sobre a covid-19
Por determinação, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, anunciou hoje, terça-feira (9), que o Ministério da Saúde retorne a divulgação dos dados acumulados sobre a pandemia por coronavírus no portal oficial. Os últimos dados demostram que o país tem hoje 37.134 mortes e 707.412 pessoas infectadas pela doença.
O ministro determinou ainda que a Advocacia Geral da União ( AGU), preste as informações "que entender necessárias no prazo de 48 horas". A decisão ocorreu após analisar ação apresentada pelos partidos Rede Sustentabilidade, PSOL e PCdoB, que pediam também a atualização diária do governo até às 19h30.
O governo modificou na semana passada a forma de notificar os dados totais de casos confirmados, mortes e curvas de infecção por região, a pasta passou a mostrar apenas dados referentes às últimas 24 horas, omitindo os registros totais. Na decisão liminar Moraes afirmou que"[decido] determinar ao ministro da Saúde que mantenha em sua integridade, a divulgação diária dos dados epidemiológico relativos a pandemia (covid-19), inclusive no sítio do Ministério da Saúde e com os números acumulados de ocorrências, exatamente conforme realizado até o último dia 4 de junho", sustentou.
Para Moraes, a gravidade da pandemia exige que as autoridades tomem todas as medidas possíveis para o "apoio e manutenção das atividades do Sistema Único de Saúde". Moraes ainda declarou que o " grave risco de interrupção abrupta da coleta e divulgação "é ruim para o sistema de saúde do Brasil, e que o ministério volte a apresentar os novos casos e óbitos conforme realizado até 4 de junho".
Em uma iniciativa inédita, em resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, equipes dos veículos de comunicação: O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo,G1e Extra vão dividir tarefas e compartilhar as informações obtidas para que a população possa saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela pandemia, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.
A justificativa do governo para os problemas recentes foram questões técnicas e aprimoramento do portal oficial, que voltará a ser disponibilizado em breve. Conforme o secretário-executivo Élcio Franco,"nós pactuamos com os estados e municípios o envio de informações. Essa informação será compilada e publicada uma vez por dia. Se conseguirmos resolver problemas de ordem técnicas, conseguiremos receber tudo até 16h e divulgar até às 18h", confirmou.
Segundo o diretor de Análise de Saúde e Vigilância do ministério, Eduardo Macário, confirmou que a nova modalidade permitirá um conhecimento maior sobre as datas de ocorrência das mortes e que vai adotar um novo modelo a partir da data de ocorrência, e não mais de notificação.
"Muitas vezes o óbito aconteceu semanas atrás, e a confirmação laboratorial pode levar muito tempo, uma semana, duas semanas. Aí no momento que atualiza, ele acaba atualizando não só as informações daquilo que ocorreu hoje, mas também de um dia, dois dias atrás, como semanas atrás, e isso é algo que vem ocorrendo no dia a dia dessa pandemia. Quando nós tivermos acesso integral por meio do sistema de forma consistente da data de ocorrência do óbito, vamos ter uma curva com dimensão sem tantas quedas, vai ter realmente uma informação consistente", afirmou.
Para os partidos, que oficializaram o pedido no STF, a restrição dessas informações dificulta o acompanhamento do avanço da pandemia e atrasa a implementação de políticas públicas de controle e prevenção da doença. "A plenitude de acesso é necessária para a detecção de falhas na assistência à saúde da população nas unidades da rede espalhadas pelo país",defendem.
A imposição de um "verdadeiro sigilo" sobre informações e a intenção de reavaliar os dados estaduais da doença escondem, segundo eles, a ineficiência e o descaso do governo federal diante da pandemia. O grupo alega, que as medidas violam a Constituição Federal, especialmente preceitos que tratam do direito à vida e a saúde, do dever de transparência da administração pública e do interesse público.
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FOLHA DE S.PAULO
Brasil registra 1.185 mortes nesta terça; total passa de 38 mil
O Brasil registrou nesta terça-feira (9) 1.185 mortes por Covid-19 e 31.197 novos casos. Ao todo, 88038.497óbitos e 742.084 pessoas doentes desde 26 de fevereiro, quando a doença foi diagnosticada pela primeira vez no país.
Os dados são fruto de uma colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, G1 e O Globo para reunir e informar números sobre o novo coronavírus.
As informações são coletadas com as secretarias esta duais de Saúde e o balanço é fechado às 2oh de cada dia. Não foram contabilizados números da pandemia no Mato Grosso, que não informou os dados até o horário limite.
São Paulo teve recorde de mortes em 24 horas: 334. Já morreram por causa do novo coronavírus 9.522 paulistas, mais de 5.000 deles na capital, onde o comércio de rua reabre nesta quarta (10). Nesta terça-feira foram confirmadas 5.545 infecções no estado, e o total passa de 150 mil.
O Amazonas, por sua vez, ultrapassou nesta terça a marca de 50 mil infectados. O estado, primeiro a ter o sistema de saúde em colapso, tem a maior taxa de incidência do país, com mais de 1.200 casos a cada 100 mil habitantes.
A iniciativa do consórcio de veículos é uma resposta a atitudes recentes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins, retirou informações do ar, deixou de divulgar totais de casos e mortes e divulgou dados conflitantes.
Após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o portal do Ministério da Saúde que reúne dados sobre a epidemia voltou a informar o total de mortes e casos acumulados até o momento. As informações haviam sido tiradas do ar na sexta-feira (5).
Segundo boletim da pasta desta terça, foram contabilizados L272 novos óbitos e 32.091 casos nas últimas 24 horas, totalizando 38406 mortes e 739.503 pessoas infectadas.
Números de Alagoas e Santa Catarina, que não haviam sido informados na segunda (9), entraram na contagem.
O ministro interino, general Eduardo Pazuello, compareceu nesta terça à comissão externa da Câmara que monitora as ações de combate ao coronavírus para prestar esclarecimentos sobre a falta de transparência na divulgação dos dados sobre a pandemia.
Lá, ele apresentou as linhas gerais da nova metodologia defendida pelo governo, que inclui o registro da morte no dia em que ela ocorrer. Por padrão, as mortes eram contadas de acordo com o dia de notificação, método adota do na maior parte dos países.
A pasta planeja lançar uma nova plataforma para informar os números sobre a doença, mas ainda não informou quando isso acontecerá.
O Brasil é o segundo país no mundo em número de casos, atrás apenas dos EUA. Em relação ao total de mortes, ocupa a terceira posição.
Se for mantido o ritmo diário de óbitos, contudo, o Brasil deve ultrapassar em breve o Reino Unido, segundo da lista, que contava quase 41 mil vítimas nesta terça-feira.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás bate novo recorde com registro de 501 casos em 24 horas
Adriana Marinelli
Goiânia - Goiás registrou recorde de 501 novos casos de covid-19 em 24 horas. É o que aponta boletim da Secretaria Estadual de Saúde divulgado na tarde desta terça-feiea (9/6). O Estado soma 6.650 confirmações e 180 óbitos, sendo sete novos registros de mortes desde a ultima atualização, na segunda-feira (8/6).
Ainda de acordo com o boletim, há em Goiás 30.972 casos suspeitos do novo coronavírus em investigação. Outros 15.239 já foram descartados.
Além dos 180 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, há 26 mortes suspeitas que estão em investigação. Já foram descartadas 297 mortes suspeitas nos municípios goianos. Não foi informado pela SES-GO o número de pessoas que testaram positivo para a doença e que hoje estão curadas.
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JORNAL OPÇÃO
“Seria irresponsável dar datas de reabertura quando a doença é tão dinâmica”, diz secretário de Desenvolvimento
Por Fernanda Santos
Walison Moreira, chefe da Sedetec, afirmou que decisão de flexibilização é da Secretaria de Saúde
Na tarde da última segunda-feira, 8, o Comitê de Operações Estratégicas (COE) em Goiás, que discute as atuais circunstâncias e medidas de enfrentamento à pandemia de Covid-19 no Estado, se reuniu novamente. Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), Walison Moreira esteve presente no encontro que tratou também dos efeitos da pandemia na capital.
Em entrevista ao Jornal Opção, o titular da pasta reforçou que não há qualquer vislumbre de flexibilização das atividades econômicas para os próximos dias. “Seria irresponsável dar datas de reabertura quando essa doença é muito dinâmica. Recentemente vimos o número de casos subir em quase 50%”, ressaltou.
Quanto ao diálogo com os representantes do comércio, Walison disse que é constante e que frenquentemente a secretaria recebe e ouve os setores, pois o intuito é fazer Goiânia voltar a crescer e se desenvolver. “Não somos nós que definimos datas, nós abastecemos a Secretaria de Saúde com informações, dados demográficos…Mas é a secretaria da Saúde que autoriza ou não a reabertura dos setores”, disse.
“Recebemos diariamente solicitações de reabertura. Temos em mãos mais de cem pedidos de flexibilização de segmentos. Hoje mesmo estive com o representante do setor das Academias, que nos informou dos protocolos de reabertura. Sempre que podemos, recebemos os setores para quando possível levarmos ao Comitê de Gestão de Crise”, informou.
Sobre como o COE encara a crescente de contaminações na capital, o secretário pontuou a severidade da situação. “O tom da reunião foi de bastante preocupação em relação ao aumento do número de casos. Em especial, preocupação em relação a capacidade de atendimento. Muito se fala em respiradores, porque eles são muito difíceis de serem comprados. Mas não é só isso. Nesses leitos é preciso ter equipamentos, profissionais capacitados (porque é um aprendizado que necessita de muito tempo de estudo), insumos, medicamentos…”
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O HOJE
Taxa de ocupação de UTI em hospitais para tratar Covid-19 cai de 95% para 90%, em Goiânia
Três unidades públicas de saúde da Capital estiveram no nível crítico na segunda (8). Secretarias estadual e municipal informam que haverá ampliação de ofertas –
Nielton Soares
Por volta do meio-dia desta terça-feira (9) a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensivas (UTI) nos três hospitais públicos voltados para tratar pacientes com Covid-19 caiu de 95%, de segunda (8), para 90%.
No início desta semana, a Capital tinha atingindo o nível mais crítico da pandemia na rede pública de saúde. Para se ter ideia, o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC) ampliou de duas vagas para seis nas últimas 24 horas.
Porém, O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG), com 10 leitos, continua com apenas uma vaga na UTI. A gestão programa que até o fim de semana seja concluído o processo de contratação de profissionais de saúde para aumentar para 18 leitos de UTI.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO), o Hospital de Campanha (HCamp) da Capital ampliou de 2 para 3 vagas disponíveis nos leitos críticos em 24 horas. Com expectativa de ampliação de 50 leitos atuais para mais 70 – a capacidade do hospital, porém, ainda não há data para que isso aconteça.
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FEHOESG
Nota de Repúdio - Fehoesg repudia calote de gestores da saúde em Goiânia e Aparecida de Goiânia
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia estão descumprindo a Lei Federal nº 13.992 e a Portaria nº 662 e deixando de repassar aos hospitais, laboratórios, clínicas e bancos de sangue credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) os recursos recebidos do Governo Federal para o pagamento dos serviços contratados.
A verba para o pagamento integral dos prestadores foi liberada pelo Governo Federal no dia 1º de junho. De acordo com a portaria e o decreto, que preveem a transferência da integralidade dos recursos destinados aos prestadores de serviços a fim de garantir o pleno atendimento à população neste período de pandemia, os gestores municipais deveriam ter efetuado o pagamento integral dos atendimentos contratados.
Contudo, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia anunciaram a quitação apenas dos serviços prestados, mesmo tendo em caixa o recurso para o pagamento integral, cuja liberação foi uma forma encontrada pelo Governo Federal para apoiar a rede de prestadores ao SUS neste período de queda de atendimentos eletivos.
Com a retenção dos recursos pelos gestores, os prestadores deixarão de receber até 90% do valor contratado. Presidente da Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg), Christiane Maria do Valle Santos, afirma que a entidade exige o pagamento integral previsto em lei e devido aos prestadores públicos, filantrópicos e privados.
Os gestores, segundo ela, não podem ignorar a legislação federal e fazer essa retenção. Ela ressalta que os prestadores necessitam desta ajuda emergencial para manter os atendimentos aos usuários do SUS.
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G1/GO
Dois empresários são presos suspeitos de vender cateteres usados para hospitais em Goiás e outros estados
Segundo a polícia, homens pegaram um lote de produtos usados em 2017, utilizaram a marca de uma empresa conhecida e os revenderam a unidades de saúde.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
Presos em Aparecida de Goiânia suspeitos de falsificar e revender cateteres para hospitais
A ocorrência registrada por um empresário levou policiais civis de Aparecida de Goiânia a encontrarem um galpão clandestino usado para revender kits de cateteres reutilizados para hospitais em Goiás e outros estados. Dois homens foram presos em flagrante neste depósito por crime de falsificação e adulteração de produtos e medicamentos para fins medicinais. Os produtos foram utilizados por hospitais em sessões de hemodiálise.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados, portanto, o G1 não conseguiu encontrar o advogado de defesa para se posicionar sobre as prisões e as apreensões.
O delegado que conduziu a investigação, Carlos Levergger, explicou que os dois homens são suspeitos de pegar um lote de cateteres que deveria ter sido incinerado após o uso, em 2017, e colocar o produto novamente à venda usando a marca de uma empresa de outro estado, já conhecida no comércio de equipamentos hospitalares.
Foram apreendidos no galpão 300 kits adulterados de cateteres com agulhas e seringas. A investigação ainda busca identificar as pessoas que desviaram esse lote antes da incineração.
"A Polícia Civil recebeu a reclamação do verdadeiro dono da empresa que comercializa esses produtos no país, que fica sediada em outro estado. Ele disse que hospitais reclamaram da qualidade do produto recebido. A qualidade da agulha, por exemplo, estaria comprometendo as incisões durante o procedimento de hemodiálise", explica Levergger.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação