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14 de julho - Dia do Administrador Hospitalar
Parabéns a esses profissionais tão importantes no dia a dia de um hospital!
Parabéns, administradores hospitalares!
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Médico é agredido por paciente que aguardava atendimento em Goiânia
Pacientes da Covid-19 terão mais leitos, em Aparecida de Goiânia
Goiânia soma 9.810 casos de covid-19
Goiânia anuncia mais 140 leitos de UTI exclusivos para covid-19
É falso que a África tenha controlado pandemia com ivermectina
Goiânia estabelece protocolos rígidos para reabertura do comércio
Covid-19 nega direito ao abraço na despedida
Conselho Municipal de Saúde é excluído do COE de Goiânia
Especialistas criticam descisão
Estrutura da saúde chegou ao limite, enfatiza Caiado
TV ANHANGUERA/GO
Médico é agredido por paciente que aguardava atendimento em Goiânia
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=77970149
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Pacientes da Covid-19 terão mais leitos, em Aparecida de Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/8696040/programa/
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A REDAÇÃO
Goiânia soma 9.810 casos de covid-19
Goiânia – Informe Epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (13/7) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostra que nas últimas 24 horas Goiânia registrou 33 novos casos de coronavírus. Com isso, a capital já soma 9.810 testes positivos para o novo coronavírus. Já o número de óbitos registrados na cidade é 272.Segundo
Os dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostram também que 8.279 pessoas já se recuperaram da infecção. O relatório aponta ainda que 251 pacientes continuam internatos com a doença. Segundo a prefeitura, 1.008 pacientes seguem em isolamento domiciliar por conta da covid-19.
Desde o início da pandemia, 940 pacientes foram internados com a doença na capital. Desse total, 470 (50%) foram transferidos para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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Goiânia anuncia mais 140 leitos de UTI exclusivos para covid-19
Goiânia – A secretária municipal de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, apresentou nesta segunda-feira (13/7) um balanço das ações da pasta neste período de pandemia do coronavírus. Segundo Fátima Mrué, uma das grandes preocupações durante a pandemia é a oferta de leitos. Nas próximas semanas, Goiânia deve ganhar mais 140 leitos de UTI. A informação foi divulgada durante a solenidade de assinatura do novo decreto de reabertura do comércio e serviços.
Segundo Fátima Mrué, o momento nenhum paciente de Goiânia esperou mais de 24 horas para conseguir um leito. Atualmente são 356 leitos exclusivos para covid-19, sendo 156 de UTI e 200 de enfermaria, a maior parte está no Hospital e Maternidade Célia Câmara.
O acesso da população às informações sobre o cenário da Covid-19 na capital também é um dos principais focos da prefeitura e duas ações foram desenvolvidas nesse sentido. O levantamento da SMS mostra que a Central Humanizada da Covid-19, criada para orientar e tirar dúvidas dos cidadãos em relação à doença, já realizou mais de 40 mil atendimentos por telefone e whatsapp. Outro instrumento de contato com os pacientes é o Telemedicina, que em parceria com Universidade Federal de Goiás (UFG) atendeu mais de 42 mil pessoas e outras 17 mil estão sendo monitoradas.
Em relação aos testes para identificação da contaminação por coronavírus, a secretaria já realizou mais de 41 mil testes, destes, 15 mil foram dedicados aos trabalhadores de saúde, totalizando, em breve, 100 % dos trabalhadores testados.
Testagem na população
Quatro inquéritos populacionais foram realizados nos sete distritos sanitários da cidade, somando até o momento mais de 11 mil pessoas testadas. Os exames são importantes para identificação do perfil do desenvolvimento da doença nas regiões. Recentemente, a secretaria adquiriu mais de 10.700 testes PCR para suportar a demanda nas unidades e aliviar a sobrecarga do Lacen.
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ESTADÃO
É falso que a África tenha controlado pandemia com ivermectina
Ao contrário do que afirmam vídeos publicados nas redes sociais, a pandemia de covid-19 não está sob controle no continente africano
É falso que a pandemia de covid-19 esteja sob controle na África por causa do uso preventivo da ivermectina , um medicamento contra vermes. Em vídeos publicados em seus canais do YouTube , os médicos Álvaro Galvão, de Rondônia , e Rafael Freitas, do Paraná , afirmam que o consumo profilático de ivermectina pode evitar sintomas e o agravamento da covid-19.
Até aqui, não há nenhuma comprovação científica de que a ivermectina seja um medicamento eficiente para tratar pacientes com covid-19. É o que afirmam o Ministério da Saúde , a Food and Drug Administration (FDA) , autoridade sanitária dos Estados Unidos , e os próprios pesquisadores que estudam o uso da droga contra o vírus SARS-CoV-2 em laboratório.
A pandemia também não está sob controle na África. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) , a doença tem avançado numa velocidade acelerada no continente. A Etiópia , citada em um dos vídeos como um país que teria adotado pouquíssimas ações por causa do uso profilático da ivermectina, tomou diversas medidas para tentar controlar o contágio. As autoridades locais fecharam escolas e restaurantes, proibiram aglomerações, decretaram quarentena obrigatória para todos que chegassem ao país e decretaram estado de emergência por causa da pandemia.
A Marinha do Brasil também não aprovou um protocolo para o uso de ivermectina para tratar pacientes com covid-19, outra informação difundida em um dos vídeos.
A verificação foi dividida em três partes. Inicialmente, o Comprova buscou informações sobre a situação da pandemia no continente africano e, especialmente, na Etiópia - onde, segundo o médico Álvaro Galvão, os números da doença seriam bastante inferiores em comparação aos demais países. Para checar o número de casos, óbitos e testes realizados para identificar a doença na África foram utilizadas as bases de dados do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e do Our World in Data, plataforma ligada à Universidade de Oxford, no Reino Unido.
A segunda etapa concentrou-se na investigação do uso da ivermectina no tratamento de pacientes com a covid-19. Foram consultados estudos científicos, notícias e outras verificações realizadas pelo Comprova sobre as relações do medicamento com a doença causada pelo novo coronavírus.
Por último, o Comprova entrou em contato com os autores dos vídeos. Tentou localizar Álvaro Galvão por meio do celular da clínica que aparece em seus vídeos no YouTube. E enviou mensagem para Rafael Freitas pelo e-mail cadastrado na conta dele no YouTube e via Twitter.
O Comprova fez esta verificação baseado em informações científicas e dados oficiais sobre o novo coronavírus e a covid-19 disponíveis no dia 10 de julho de 2020.
Até a data de fechamento deste texto, 10 de julho, o continente africano contabilizava 543.136 casos e 12.474 óbitos causados pela covid-19, segundo os dados do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças ( Africa Centres for Disease Control and Prevention ).
Em 8 de julho, quando a África superou a marca de 500 mil casos da doença, a OMS alertou que a pandemia estava se espraiando em uma velocidade acelerada, apesar de esse crescimento não ser uniforme em todo o continente. O informe da organização afirma que os casos mais que dobraram no último mês em 22 países africanos e que em dois terços do continente há transmissão comunitária do vírus, aquela em que não é mais possível localizar a origem da infecção. Segundo os dados da OMS, em menos de cinco meses, as mortes causadas pelo novo coronavírus superaram as causadas pela epidemia de ebola na África Ocidental, que ocorreu entre 2014 e 2016.
No mesmo informe, a OMS afirmou que 71% dos casos de covid-19 no continente africano estão concentrados em cinco países: Argélia , Egito , Gana , Nigéria e África do Sul . E que 80% dos infectados possuem 60 anos ou menos.
Em uma entrevista coletiva realizada em 9 de julho, John Nkengasong, diretor do CDC africano, endossou o alerta da OMS pedindo atenção ao crescimento do número de casos e óbitos no continente. De acordo com Nkengasong, os dados sobre a doença em muitos países africanos são insuficientes ou não são confiáveis - o que, segundo ele, dificulta o controle da pandemia.
O diretor destacou, também, a necessidade de aumentar a capacidade de testagem da população no continente. De acordo com os dados da plataforma Our World in Data , a maior parte dos países africanos não possui capacidade para testar todos que apresentam sintomas da doença.
Ao comentar no vídeo enganoso os números da covid-19 na Etiópia, o médico Álvaro Galvão destaca que o aparente sucesso do país no controle da doença estaria exclusivamente relacionado ao uso profilático da ivermectina para o tratamento de outras doenças por grande parte da população. O médico afirma que as únicas medidas tomadas pelas autoridades etíopes para frear a covid-19teriam sido "a lavagem de mãos, o distanciamento social e o controle de temperatura que nos aeroportos".
Essa informação é falsa. Após a confirmação, em 13 de março, do primeiro caso de covid-19, as autoridades da Etiópia rapidamente anunciaram uma série de medidas para tentar controlar o avançoda doença no país. Três dias depois do registro do primeiro paciente infectado pelo novo coronavírus, o governo instituiu o fechamento de escolas, a proibição de aglomerações e o apelo à população para a prática do isolamento social.
Em 20 de março, novas medidas foram anunciadas, como a obrigatoriedade do cumprimento de quarentena para todos aqueles que desembarcassem no país, a interrupção dos voos da maior companhia aérea etíope, a Ethiopian Airlines , para 30 países e o fechamento de bares e restaurantes. No dia 8 de abril, o governo decretou estado de emergência em todo o país.
As autoridades sanitárias da Etiópia não indicam a ivermectina para a prevenção ou tratamento da covid-19. O portal do governo que reúne as informações sobre a doença no país afirma que, apesar de várias drogas estarem em estudo, até o momento não existe um medicamento eficaz para os pacientes com o novo coronavírus e destaca que, para aqueles que desenvolvem sintomas graves, são administrados os chamados tratamentos suporte.
O portal alerta que a prevenção é o método mais eficaz para controlar o contágio da covid-19 e endossa as recomendações da OMS, como lavar as mãos com frequência, evitar tocar o nariz e a boca, usar máscaras e manter distância das demais pessoas.
Outro dado falso que o médico Álvaro Galvão apresenta no vídeo diz respeito ao número de casos e óbitos causados pela covid-19 na Etiópia até o dia 31 de maio. Segundo ele, até essa data o país contabilizava 731 casos e 6 mortes. O boletim oficial do Ministério da Saúde etíope revelou números maiores: 1.172 caos e 11 mortes.
Para compreender se a população etíope utiliza a ivermectina de modo profilático para o tratamento de outras doenças, conforme apontado no vídeo, a reportagem procurou a Embaixada da República Democrática Federal da Etiópia no Brasil , o Ministério da Saúde da Etiópia e o Instituto Etíope de Saúde Pública . Até o fechamento deste texto os contatos não houve retorno.
Até a publicação desta verificação, a Etiópia registrou 7.120 casos e 124 óbitos causados pela covid-19. Os dados são da Universidade Johns Hopkins .
Segundo o site do Conselho Federal de Medicina, Álvaro Luis Galvão Ignácio é especialista em cirurgia vascular. Atualmente, tem registro médico em Rondônia, mas já atuou em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Em seu site pessoal, ele conta que se formou em medicina em Porto Alegre e foi militar, com a patente de tenente médico, quando serviu no Hospital de Guarnição de Porto Velho. Atualmente, trabalha no Day Hospital Center Clínica, do qual é sócio, na cidade de Ji-Paraná, no interior de Rondônia. Em 2019, Álvaro recebeu o título de cidadão do estado da Assembleia Legislativa. No YouTube, ele já fez outros vídeos sobre a pandemia, como os intitulados "O uso da hidroxicloroquina" e "Diferenças do isolamento vertical e horizontal".
Rafael Sousa de Freitas tem registro ativo no Conselho Regional de Medicina do Paraná desde 2014. Na descrição do seu canal do YouTube, ele se apresenta como cristão, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), escritor, palestrante motivacional e treinador de alta performance nos estudos. No Twitter, se descreve como de direita e "pró-vida". No Instagram, declara apoio ao presidente Jair Bolsonaro e ao presidente americano Donald Trump. Seus vídeos sobre a experiência como médico trazem títulos como "Homem engasga por esconder os dentes" e "Chamei mulher obesa de elefante".
Nenhum deles respondeu às tentativas de contato do Comprova por WhatsApp, e-mail ou Twitter.
A ivermectina está registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como "medicamento contra infecções causadas por parasitas". Segundo a Food and Drug Administration, órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos, a ivermectina é liberada para humanos no tratamento de vermes intestinais e de parasitas tópicos, como piolho e rosácea. Além disso, o remédio é usado para o tratamento de vermes em diversas espécies de animais. Possíveis efeitos colaterais incluem vômito, diarreia, dor estomacal, erupções cutâneas, eventos neurológicos ( como convulsões, tontura e confusão), queda repentina da pressão arterial e danos ao fígado.
O afirma que "ainda não existem evidências clínicas suficientes que permitam tecer qualquer recomendação quanto ao uso de ivermectina em pacientes com covid-19". A FDA adota o mesmo posicionamento .
Em abril, um estudo da Universidade de Monash, na Austrália, apontou pela primeira vez a possibilidade de a ivermectina atuar como inibidor in vitro do SARS-CoV-2 . No início de junho, em e-mail enviado ao Comprova, o Departamento de Medicina, Enfermagem e Ciências da Saúde da instituição explicou que o estudo demonstra apenas a eficiência em laboratório e que "a ivermectina não pode ser usada em pacientes com covid-19 até que outros testes e ensaios clínicos tenham sido conclusivos em estabelecer a eficácia do medicamento em níveis seguros para dosagem em humanos".
Em verificação do Comprova publicada no dia 8 de julho , o infectologista Marcelo Carneiro, professor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e integrante da Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia Hospitalar (Abih), reforçou que não está comprovada a eficácia da ivermectina em humanos. "Já está provado que as doses de ivermectina precisam ser extremamente altas para funcionar. Então, em laboratório ela funciona como antiviral. Mas não existem doses para humanos e, se existir, será extremamente tóxica", explicou.
Álvaro Galvão diz que a Marinha brasileira desenvolveu um protocolo para uso da ivermectina e tratou pacientes com covid-19 com o medicamento. Em uma nota enviada por e-mail ao Comprova, o departamento de imprensa disse que produziu uma "minuta de proposta de protocolo", mas que não está em uso. A Marinha disse ainda que adota em suas unidades "todos os protocolos clínicos e terapêuticos" divulgados pela OMS, pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa "a fim de orientar seus profissionais de saúde quanto às medidas de condução e de tratamento dos pacientes infectados pelo novo coronavírus no âmbito do Sistema de Saúde da Marinha".
O Comprova tem investigado conteúdos suspeitos sobre a pandemia que viralizam nas redes sociais. Como ainda não existem vacina ou cura , muitas das verificações têm sido sobre medicamentos que supostamente combatem a covid-19 . O tema é de extrema importância porque a automedicação sem orientação médica , além de não curar o novo coronavírus, pode ser prejudicial para as pessoas e colocar a saúde delas em risco.
Nesse contexto, a ivermectina tem sido muito citada em conteúdos que sugerem o seu uso preventivo, ainda que não exista nenhuma comprovação científica da sua eficácia. No último mês, o Comprova já mostrou que não havia provas de que o medicamento funcionasse, que entrevistas sobre o remédio estavam sendo retiradas de contexto , e que as autoridades médicas não recomendam a automedicação .
Até o fechamento dessa verificação, os vídeos dos médicos Álvaro Galvão e Rafael Freitas tinham, juntos, 336.175 visualizações no YouTube. Eles também atingiram 4.639 e 3.162 interações no Facebook e Twiter, segundo a plataforma de monitoramento Crowdtangle.
Falso para o Comprova é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para modificar o seu significado original e divulgado de maneira deliberada para espalhar uma mentira.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Goiânia estabelece protocolos rígidos para reabertura do comércio
Novo decreto foi assinado pelo prefeito Iris Rezende na manhã de ontem, no Paço, em evento que contou com a presença do governador Ronaldo Caiado
O prefeito Iris Rezende assinou na manhã de ontem, segunda-feira, 13/07, novo decreto com normas e protocolos para a reabertura e funcionamento do comércio a partir desta terça-feira (14/7), quando se encerra o período de fechamento das atividades proposto em decreto estadual. A solenidade realizada no Paço Municipal contou com a presença do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, vereadores e secretários. Empresários puderam acompanhar a solenidade em salão anexo, por telão.
As novas medidas para reabertura das atividades econômicas essenciais e não essenciais foram propostas pelo prefeito Iris ao governador Caiado e as equipes de ambos os governos acertaram os detalhes em mais uma etapa de parceria que vem sendo estabelecida pela prefeitura da capital e o governo estadual no combate à pandemia do novo coronavírus.
Com a experiência de quem está na vida pública há mais de 60 anos, o prefeito Iris Rezende voltou a reconhecer a autoridade administrativa do governador Ronaldo Caiado, que, segundo ele, foi o primeiro a declarar a gravidade do coronavírus. "Foi inspirado", disse Iris se referindo às ações desenvolvidas pelo governador durante esses quatro meses em que Goiás e Goiânia enfrentam a pandemia.
De acordo com Iris, o momento é complexo, por isso, o decreto municipal é muito detalhado e rigoroso e ele não terá dificuldade em promover alterações, seja por falhas que porventura surgirem ou por mudanças nas condições epidemiológicas vigentes.
"Nosso intuito principal é preservar a vida e a saúde da população. Não é simplesmente abrir o comércio, é abrir o comércio, garantir o emprego das famílias, sem aumentar os males à saúde de todos".
O governador lembrou que o sucesso dos decretos até agora é reflexo da parceria do Governo e Prefeitura. "Se não tivéssemos o apoio de vossa excelência, não teríamos colhido os resultados positivos de agora", disse Caiado, elogiando a atitude sempre republicana do prefeito Iris Rezende.
A secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, detalhou as medidas adotadas pela saúde municipal ao longo desses quatro meses de pandemia, as quais, segundo ela, neste momento, dão sustentação à reabertura promovida pela Prefeitura.
"Trabalhamos para sustentar essas aberturas de forma segura, tranquila, com proteção à vida e à economia ao mesmo tempo", explicou.
O presidente da Câmara, Romário Policarpo, declarou que, se precisar de fechar novamente, o município contará com o apoio do legislativo.
Entre as novidades deste decreto, está a reabertura de novas atividades econômicas, como bares e restaurantes. Todos terão que seguir normas rígidas de funcionamento, com os protocolos gerais já estabelecidos e alguns específicos.
Normas gerais
Entre os protocolos e normas que os estabelecimentos deverão seguir para o funcionamento está a atenção ao controle da entrada de clientes por loja/ estabelecimento, mantendo no máximo um cliente para cada 12 m2 de área de venda, além do controle da entrada e saída de pessoas no interior das lojas, por meio de barreira física, senha ou outro método eficaz.
Vedação do acesso de pessoas que não estejam utilizando máscaras de proteção facial cobrindo nariz e boca, sinalização dos sentidos de circulação e marcações no chão de 2,0 em 2,0 metros entre pessoas nas áreas comuns, também são protocolos impostos para reabertura. Quando possível, os estabelecimentos deverão implantar corredores de uma via só, para coordenar o fluxo de clientes e colaboradores.
Outra condição é a abertura e o fechamento para atendimento presencial em horários reduzidos, conforme estabelecido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia, redução das áreas de estacionamento com sinalização para vagas intercaladas.
Deverão ser obedecidos os protocolos gerais e específicos estabelecidos pela legislação estadual e municipal, sob pena de aplicação de sanções cabíveis, em especial a aplicação de multa no valor de R$ 4,7 mil para quem descumprir os protocolos exigidos. O uso da máscara continua sendo obrigatório para quem sair de casa.
Continuam proibidos na capital os grandes eventos públicos e privados de quaisquer natureza, atividades de clubes recreativos e parques aquáticos, aulas presenciais de instituições de ensino público e privadas, cinemas, teatros, casas de espetáculo, boates, salões de festa e jogos.
As feiras especiais, incluindo a Feira Hippie, Feira da Lua, além do Mercado Popular da Rua 4, no centro, e o Mercado Aberto, da Avenida Paranaíba, poderão voltar a funcionar no dia 21 de julho.
Atendimento à saúde
Preocupado com as condições econômicas da população na pandemia, o prefeito tomou a decisão de reabrir as atividades econômicas essenciais e não essenciais embasado na adoção de protocolos rígidos de precaução para evitar a disseminação do vírus e em uma série de ações de saúde, como a ampliação da rede de saúde e assistência ao cidadão.
Entre as medidas adotadas, foram contratados mais 475 novos profissionais de saúde para reforçar a rede e o número de leitos em Goiânia aumentou quase 350% em 50 dias.
Em 20 de maio, Goiânia tinha 40 leitos de UTI e 37 de enfermaria. Hoje a capital disponibiliza um total de 356 leitos, sendo 156 leitos de UTI e 200 de enfermaria. De acordo com a secretária municipal de Saúde, mais 140 leitos de UTIs exclusivos para tratamento da Covid-19 em Goiânia serão implantados nas próximas semanas.
Além da unidade própria, que é o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, do Hospital das Clínicas e da Santa Casa de Misericórdia, a Prefeitura mantém contrato com cinco hospitais particulares: Gastro Salustiano, Hospital Jacob Facuri, Hospital Ruy Azevedo, Hospital São Lucas e Renaissance.
A solenidade de assinatura do decreto que reabre o comércio em Goiânia, ocorrida na manhã de ontem no Paço Municipal, foi marcada por uma série de elogios parte a parte entre o prefeito Iris Rezende e o governador Ronaldo Caiado. A decisão pela reabertura partiu de um consenso entre os dois gestores que trabalharam juntos na definição dos protocolos a serem seguidos pelos estabelecimentos comerciais, que voltam a funcionar já a partir desta terça-feira.
De acordo com o prefeito Iris Rezende, Ronaldo Caiado foi sensível à demanda da Capital e permitiu que se fizesse uma flexibilização específica para a cidade, que, enquanto metrópole, apresenta problemas muito mais complexos do que outras cidades menores do estado. Para o emedebista, o governador tem sido um verdadeiro parceiro nas dificuldades enfrentadas pela administração municipal diante do quadro de pandemia que assola o mundo.
"Temos encontrado na pessoa do governador Ronaldo Caiado essa figura extraordinária, que foi o primeiro que reconheceu a gravidade da questão e determinou o fechamento total das atividades. Até eu fi-quei meio assim, se precisava de tanto. Hoje, pelo resultado que Goiânia e Goiás alcançam, chego à conclusão de que nosso governador Ronaldo Caiado foi inspirado. Nesse momento, com aquela mesma coragem que teve de decretar o fechamento, convida as autoridades para o decreto que começa a promover a reabertura" disse Iris.
O governador Ronaldo Caiado, por seu turno, testemunhou que tem encontrado em Iris um parceiro consolidado desde o primeiro decreto e que vê no líder um exemplo que tem para seguir. "Desde aquele momento, [Iris] avalizou nossa decisão. Foi fundamental. Sem o seu apoio, não teríamos colhido os resultados que estamos colhendo. Isso só aumenta minha parceria, meu respeito" afirmou o governador.
Caiado disse, ainda, que Iris Rezende é o exemplo da boa política no Brasil e que o prefeito de Goiânia implantou em toda sua vida pública um método que o legitima para ocupar todos os cargos que já ocupou, porque governa para o povo e com o povo, daí o seu sucesso que é referência nacional.
"Sou uma pessoa que tenho uma vida de quase 30 anos na política. Eu sou um homem que aprendi que na política a gente deve se guiar pelos bons conselhos, por pessoas que tem mais tempo e que a vida toda fez com que suas decisões os mantivessem no poder em decorrência do apoio popular. Acertar a administração, falar com as pessoas, criar os mutirões, abraçar as pessoas, ser sensível, tudo isso é algo que Iris Rezende implantou na política do estado e é referência nacional" disse.
Desde a publicação do primeiro decreto estadual, em 13 de março, que estabeleceu a primeira quarenta em Goiás e em Goiânia, o prefeito Iris Rezende tem seguido na íntegra as medidas implantadas pelo governador Ronaldo Caiado. De acordo com os números da pandemia, Goiás e Goiânia ainda estão entre os entes subnacionais com os melhores índices da Covid-19 no Brasil, tanto no número de infectados, quanto no número de óbitos por grupo de 100 mil moradores, o que corrobora o acerto das decisões tomadas pelos dois gestores.
Trabalho da Prefeitura e Governo de Goiás
Prefeito de Goiânia e governador de Goiás estiveram juntos nas assinaturas dos decretos municipal e estadual que liberam o funcionamento das atividades econômicas
Governo de Goiás anuncia testagem em massa
Estado seguirá parâmetro adotado na Nova Zelândia, um dos países que mais cedo conteve a curva de contágio do novo coronavírus. Governo oferecerá RT-PCR a pessoas com sintomas gripais e casos leves
O governador Ronaldo Caiado anunciou ontem, durante a explicação do decreto de abertura da economia, que a testagem em massa para detectar casos de Covid-19 na população começa a ser feita em 78 municípios. Os critérios técnicos para a escolha das cidades foram elaborados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), por meio Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
"Ficaremos responsáveis pela coleta, e a Fiocruz pelo transporte do material e divulgação do resultado em até 48 horas. Acredito que teremos a capacidade de rastreamento [da doença] muito grande, pedindo o apoio de todas as estruturas municipais para podermos realizar o isolamento" explicou Ronaldo Caiado, ao relembrar que o trabalho deverá contar com a mão de obra de assistentes sociais e agentes comunitários de saúde das prefeituras.
Titular da Suvisa, Flúvia Amorim contou que os kits de testagem começam a ser distribuídos nesta segunda-feira. Ela informou que o Estado analisa todos os parâmetros nacionais e internacionais que obtiveram sucesso no mundo até o momento. "Posso adiantar que o governo estadual vai abarcar mais critérios do que o próprio Ministério da Saúde, que atualmente testa apenas casos graves"
Em Goiás, o RT-PCR será também disponibilizado a pacientes com quadros leves ou apenas sintomas gripais, como foi feito na Nova Zelândia, um dos primeiros países a controlar o avanço do coronavírus no mundo.
O governador estima que quase dois terços da população devem ser testados, medida que, acompanhada da estratégia de isolamento intermitente, tem o objetivo de manter a curva de contágio estável, principalmente neste momento de abertura do comércio, programada para esta terça-feira (14/07). O decreto publicado prevê a retomada de diversos segmentos econômicos em Goiás, bem como eventos esportivos e celebrações religiosas presenciais.
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O POPULAR
Covid-19 nega direito ao abraço na despedida
A pandemia do novo coronavírus trouxe uma dor adicional às famílias: a impossibilidade de dizer adeus. Prestadores de serviço relatam quem parentes acatam protocolos na capital
Desde o início deste 'novo normal', uma pandemia virótica que alterou todos os nossos hábitos, um dos aspectos mais lancinantes é a perda do ente querido. Não basta sofrer com a dor da partida, mas ficam também os questionamentos sobre uma doença ainda muito desconhecida e a impossibilidade da despedida. Nos cemitérios, sepultamentos de pessoas com confirmação ou suspeita de Covid-19, obrigatoriamente precisam ser ágeis, sem tempo para velórios como é habitual em nossa cultura, para evitar a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Resta aos familiares o adeus silencioso a distância.
Lucila Cristina Rodrigues, que perdeu a irmã, a professora Winnie Rakel no último domingo (13) para a Covid-19, lamentou a ausência da despedida. "Acompanhamos de longe apenas o sepultamento dela. Éramos 11 pessoas, entre familiares e amigos próximos. Chegamos até a pedir a algumas pessoas para não ir para evitar tumulto." A professora, que ficou 18 dias internada, foi sepultada no Complexo Vale do Cerrado, às margens da GO-060, na saída para Trindade.
Pedro Pinheiro, que perdeu o pai Airam há oito dias, disse que a impossibilidade da despedida devastou a família. Depois de 14 dias numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), ele saiu direito do hospital para o mesmo cemitério em caixão lacrado. "Acompanhamos tudo a cerca de 20 metros. Apesar de constar que ele não tinha mais o vírus ativo no organismo, não pode ser velado, não pudemos nos despedir dele."
Diretor do Complexo, Guilherme Santana explica que no início da pandemia houve mais resistência por parte das famílias em obedecer aos protocolos preconizados pelas autoridades para os serviços funerários. "Agora, não mais. As próprias famílias estão com medo e isso gerou uma compreensão. No início, quando havia algum tipo de revolta, a pessoa recobrava a consciência e nos pedia desculpas. Achávamos que seria pior", afirma Guilherme. No Vale do Cerrado, entes queridos acompanham os procedimentos sob uma tenda em campo aberto. "Tentamos humanizar o máximo este momento para que a família não fique perdida."
Nos quatro cemitérios públicos da capital os protocolos sanitários também são seguidos à risca. Divino Evangelista, gerente da Central de Óbitos e Administração dos Cemitérios, que é vinculada à Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), é responsável pela gestão dos cemitérios Santana, o mais antigo de Goiânia; Parque, no Setor Gentil Meireles; Jardim da Saudade, na GO-060; e Vale da Paz, na GO-020. "A família é orientada a não se aproximar. Autorizamos de cinco a dez pessoas a uma distância de cinco metros da urna que fica fechada. No início tivemos mais dificuldade, mas agora há compreensão."
Divisória
No Cemitério Parque houve a necessidade de colocar uma fita de isolamento para evitar a aproximação, mas esta não é uma medida padrão para os cemitérios públicos. No Vale da Paz, na última sexta-feira (10), o POPULAR flagrou uma fila de carros numa despedida à distância, sem quebra do protocolo sanitário. O administrador explicou que é uma forma de garantir, em especial às pessoas idosas, o direito de despedir de seus entes queridos. "Não colocamos tenda. Tudo é muito rápido. O pessoal da funerária chega e a urna vai direto para o túmulo", ressalta Divino Evangelista.
No Cemitério Parque Memorial, na GO-020, casos de óbitos suspeitos ou confirmados de Covid-19, o protocolo é padrão. O caixão segue direto para o jazigo. Poucos parentes e familiares fazem a última despedida a distância. É o que ocorre também no Jardim das Palmeiras, na Fama. "Temos tentado fazer o possível para amenizar a dor neste momento difícil", diz o gerente Carlos Roberto Martins. Nos demais casos os velórios são rápidos, com sinalização de distanciamento, exigência do uso de máscara e oferta de álcool em gel.
Medo ronda prestadores de serviço
Este também não é um momento fácil para as equipes de sepultamento. Mesmo usando todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) preconizados - macacão com capuz, óculos de proteção, luvas duplicadas e proteção para os pés -, os 66 coveiros dos cemitérios públicos temem a contaminação. Segundo Divino Evangelista, dois deles já o procuraram solicitando o teste para a Covid-19, demanda que ele ainda não conseguiu atender. "Estamos correndo atrás." Até o momento, nenhum deles foi infectado.
No Complexo Vale da Paz, Guilherme Santana explica que também não houve nenhum caso de contaminação entre o pessoal de sepultamento. "Fizemos uma série de testes com a equipe e acompanhamos diariamente temperatura e sintomas. A equipe está tranquila. Principalmente porque usa todos os equipamentos de segurança".
Para o representante em Goiás do Comitê Nacional de Crise do Segmento Funerário para o Enfrentamento do Coronavírus e vice-presidente do Sindicato das Empresas Funerárias, Cemitérios e Crematórios, Wanderley Rodrigues, a realidade tem se apresentado menos dura do que a expectativa inicial. "Nossa preocupação era com um possível surto entre o pessoal das funerárias, principalmente aqueles que atendem as famílias, mas não ocorreu isso até agora." Segundo ele, em sua empresa, os dois casos positivados ocorreram fora do ambiente de trabalho.
Ao sindicato da classe, conforme Wanderley Rodrigues, não chegou nenhum relato de contaminação entre coveiros. "Acredito que seja por causa dos EPIs". E os cuidados estão sendo redobrados com o aumento considerável no número de enterros. Nos cemitérios públicos nos últimos dias há uma média de seis a nove sepultamentos em cada um. Somente no domingo (12), o Jardim das Palmeiras recebeu três corpos de casos de Covid-19. No Vale do Cerrado, o número de casos suspeitos e confirmados de Covid-19 nos primeiros 12 dias de julho, 31, já é quase igual a junho inteiro, 32. No Parque Memorial, dos dez sepultamentos diários, sete estão relacionados a Covid-19.
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Conselho Municipal de Saúde é excluído do COE de Goiânia
Decreto com nova formação do comitê responsável pelo monitoramento da Covid-19 foi publicado dias depois de presidente da entidade criticar a Prefeitura
O Conselho Municipal de Saúde de Goiânia foi excluído do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE) municipal criado em março pela Prefeitura para monitorar e analisar a situação da epidemia da Covid-19 na capital.
A exclusão foi concretizada no decreto municipal 1.213, de 25 de junho, dias depois de a presidente do conselho, Celidalva Bittencourt, ter dado entrevistas revelando detalhes de um plano de flexibilização deliberado pelo COE Municipal que ia contra a decisão da época da Prefeitura que era por uma abertura maior das atividades econômicas do que o COE considerava possível.
O entendimento de que o prefeito não seguia as recomendações do COE - informação detalhada por Celidalva em entrevistas a partir de 19 de junho - foi um dos argumentos usados pela Justiça para acatar no dia 21 de junho pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para suspender a flexibilização da época.
A Prefeitura chegou a conseguir derrubar a liminar, mas recuou na semana seguinte ao decidir acompanhar o governo estadual no aumento das restrições por 14 dias a partir de 30 de junho.
Entretanto, em mais uma reviravolta, no dia 10 de julho o prefeito Iris Rezende (MDB) anunciou que Goiânia deixaria o revezamento 14x14 criado pelo Estado, decisão que foi confirmada nesta segunda-feira por meio de um novo decreto.
Em entrevista ao POPULAR, Celidalva comentou que esta nova flexibilização continua não seguindo o plano deliberado pelo COE e que a cidade não está no momento adequado para o tipo de abertura proposta pela prefeitura.
Para ela, a exclusão foi uma retaliação pela postura do conselho crítica à Prefeitura, principalmente quando o executivou promoveu a reabertura do comércio no final de junho. Celidalva diz que não foi dada nenhuma satisfação à entidade sobre o motivo da saída.
No mesmo decreto que excluía o conselho, o prefeito incluía no centro representantes de secretárias diversas do executivo municipal, da Câmara Municipal, de instituições de pesquisa, do Ministério Público estadual e federal.
A Prefeitura disse que o decreto do dia 25 de junho foi feito para aumentar a representatividade dentro do COE municipal, mas não deu justificativa para a saída do Conselho Municipal de Saúde. E que houve um pedido para entrada de novos participantes, como vereadores e dois médicos de referência.
Um destes médicos incluído no COE é o goiano Áureo Ludovico de Paula, que segundo nota do Giro publicada no dia 7 já era visto com frequência aconselhando o prefeito nas decisões sobre Covid-19. Áureo é casado com uma sobrinha de Iris, lembra a nota, e é conhecido nacionalmente por uma técnica cirúrgica bariátrica que trata diabetes tipo 2.
Ainda segundo o paço, pode haver novas mudanças na formação do centro de operações, mas não é possível dizer que o conselho voltaria em um novo decreto nem quando sairia este novo documento. A Secretaria Municipal de Saúde não se posicionou até o fechamento desta edição.
78 cidades em Goiás terão testagem em massa para coronavírus
Acompanhando a reabertura das atividades comerciais, o governador Ronaldo Caiado (DEM) anunciou nesta segunda-feira (13) que ampliará a testagem em massa para detecção do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em 78 cidades goianas. Os kits começaram a ser distribuídos pelo governo estadual nesta segunda-feira. Em Goiás, o teste será disponibilizado para os pacientes com quadros leves da doença ou apenas sintomas gripais, ao contrário do que é feito pelo Ministério da Saúde, que atualmente testa somente casos graves.
A coleta será feita nos municípios pela Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) e contará com o auxílio de assistentes sociais e agentes de saúde municipais. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceira do Estado na ampliação, irá transportar os testes até São Paulo, processá-los e disponibilizar o resultado em até 48 horas. O POPULAR solicitou para a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) quais cidades farão parte da testagem em massa, quantos testes serão adquiridos e quanto a aquisição custará para os cofres públicos, mas não obteve nenhuma resposta.
O intuito da ação é testar a maior quantidade de pessoas possíveis para fazer um "rastreamento" da doença. Caiado acredita que com a testagem em massa, quase dois terços da população goiana será testada. A divulgação da ampliação da testagem acompanha a fase de liberação das atividades comerciais do decreto estadual que funciona no esquema de 14x14.
Testes rápidos
Caiado ressaltou que o Estado irá usar os testes moleculares, chamados de RT-PCR, e criticou o uso dos testes sorológicos, conhecidos como testes rápidos, que podem dar falsos resultados positivos e negativos. O governador citou, inclusive, o fato de que os usos dos testes rápidos virou alvo de operação da Polícia Federal em diversos estados por conta de incongruências nos resultados. "Se o Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) me diz que 30% dos resultados não são compatíveis com a realidade, então qual a importância desse teste?", questionou o governador.
Por conta disso, a escolha de Goiás foi pelos testes RT-PCR, que conseguem diagnosticar a doença com confiabilidade, uma vez que, detectam a presença do vírus e não de anticorpos. "Com ele dá para saber quem está contaminado. Assim, conseguimos saber quem está doente e fazer o isolamento dessas pessoas", esclareceu Caiado.
Testagem baixa
Até o dia 9 de julho, de acordo com dados do Ministério da Saúde, Goiás já tinha feito 16.850 testes do tipo RT-PCR. Com base nesses dados, o Estado é, em números gerais, é a quinta unidade da federação com a menor quantidade de testes aplicados, perdendo apenas para Alagoas (15.388), Acre (14.320), Piauí (12.843) e Roraima (10.355). Em relação a quantidade de testes feitos a cada 100 mil habitantes, Goiás também é um dos estados brasileiros que, até então, menos testa. Para se ter ideia, enquanto apenas 240 a cada 100 mil goianos foram testados pelo Estado usando o RT-PCR, no Distrito Federal a proporção é de 1.522 pessoas testadas a cada 100 mil habitantes.
Para contribuir com a baixa testagem, na última semana um equipamento doLacen-GO que ajuda no processamento dos dados parou de funcionar e diversos testes tiveram que ser levados para São Paulo para que os resultados fossem obtidos. A reportagem entrou em contato com a SES-GO para saber se o equipamento já foi consertado e se o fluxo de trabalho no Lacen-GO já foi normalizado, mas não obteve resposta.
Cresce recuperação de vítimas da Covid-19 em hospitais do País
Mais alta nos primeiros dias da pandemia, a taxa de sobrevivência de pacientes internados com Covid-19 voltou a crescer no Brasil.
Levantamento feito pela reportagem com base em dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde mostra que 60% das pessoas hospitalizadas na semana do dia 13 de junho tiveram alta. Em maio, mês mais crítico, esse índice chegou a 53%, o ponto mais baixo.
Os números se referem apenas a pacientes que ficaram internados -ou seja, os casos graves de Covid-19- e não incluem, portanto, o total de pessoas que receberam o diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus. Foram considerados dados até o último dia 13 de junho, e os percentuais são uma média móvel dos últimos 7 dias.
A melhora no quadro, segundo especialistas consultados pela reportagem, pode decorrer da combinação de hospitais menos cheios com maior experiência dos médicos e demais profissionais de saúde, que foram aprendendo sobre a melhor forma de lidar com a doença ao longo da pandemia.
No fim de março, quando os casos confirmados ainda não chegavam aos milhares, ficou em quase 70% a proporção de doentes internados que conseguiam se curar. À medida que o vírus foi se espalhando e o número de pacientes cresceu, aumentou também a proporção de mortes.
A situação foi mais grave no Norte e Nordeste, com redes de saúde menos robustas que as dos estados mais ao sul.
O Amazonas, primeiro a ter o sistema de saúde em colapso, viu a taxa de mortalidade nos hospitais crescer rapidamente já no início de abril.
Em 17 de abril, outros três estados tinham mais de 90% de ocupação dos leitos públicos de UTI reservados para pacientes com coronavírus: Ceará, Pará e Pernambuco, todos com mais mortos que curados e com a proporção de óbitos em expansão.
Outro ponto citado por especialistas é o aprendizado adquirido pelos profissionais de saúde ao longo da pandemia. A doença é nova, e muitas equipes foram formadas às pressas para lidar com a crescente demanda. Em alguns casos, hospitais precisaram recrutar profissionais recém-formados ou sem grande experiência prática em UTIs e enfermarias.
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Especialistas criticam descisão
Aumentos nos números de casos e de mortes e crescimento na taxa de ocupação de leitos em Goiânia são argumentos que sustentam críticas ao momento em que ocorre retomada de atividades
No dia em que anuncia a reabertura quase que total do comércio e atividades não essenciais, Goiânia soma 9.810 casos confirmados de Covid-19, com 272 mortes. A taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) chegou a 95% no último domingo (12) na cidade e, na rede particular, a 82,35% no último sábado (11). Para especialistas, a curva de contaminação, que continua crescendo, aliada à capacidade hospitalar, que, mesmo ampliada, se mostra insuficiente, seriam indicativos de que este não é momento para reabertura e tentativa de retorno à normalidade.
Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Goiânia e membro do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE), Celidalva Sousa Bittencourt diz com firmeza: "Não estamos preparados para isso". Para ela, os primeiros sinais de que não há condições de retorno são: taxa de ocupação de UTIs, alto nível de contaminação, ausência de testagem em massa e curva crescente de casos confirmados. "Além disso, precisamos pontuar, por exemplo, que as unidades básicas de saúde não possuem médicos suficientes para atendimentos de urgência e emergência".
Celidalva afirma que nos atendimentos de urgência e emergência, os casos suspeitos e confirmados chegaram a aumentar em 200% nos últimos dias. A presidente do Conselho Municipal de Saúde explica que, em média, os plantões contam com quatro médicos, número que, segundo ela, é insuficiente. "Ainda precisamos levar em consideração que os plantões nunca estão completos. Não temos estrutura, temos profissionais estressados, cansados e não temos, sequer, segurança para trabalhar".
Agressão registrada
Na noite do último domingo (12), uma jovem de 19 anos agrediu um médico que intubava uma paciente com síndrome respiratória, caso suspeito de Covid-19 no Centro de Atendimento e Inclusão Social (Cais) do Bairro Goiá. Ela não queria aguardar atendimento e, como o caso não foi considerado urgente, entrou para a sala vermelha e desferiu tapas e socos no profissional de saúde. Depois disso, saiu da unidade de saúde e retornou com um homem que também agrediu o médico. O casal deixou a unidade antes da chegada da polícia.
"Ontem (domingo) foi só mais um. Não temos guardas municipais 24 horas nas unidades de Saúde. E temos pacientes peregrinando por unidades para conseguir atendimento. Não estamos preparados para reabrir. Alguém vai ter de se responsabilizar pelas vidas ceifadas. Com certeza estamos falando de ceder à pressão. Mas aí, deveria ser pressão pela vida porque a economia se recupera, as vidas não. Não sou contra a abertura do comércio. Sou contra dizer que temos estrutura para isso, o que não é verdade", afirma a presidente do Conselho Municipal de Saúde.
Oferta insuficiente
No último dia 7 de julho, O POPULAR mostrou que a quantidade de leitos de UTI exclusivos para casos suspeitos e confirmados de Covid-19 é maior que o que havia sido prometido no início da pandemia. Há três meses a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital previa 102 leitos exclusivos de pacientes com o vírus, hoje são 156.
Epidemiologista e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), Erika Silveira diz, entretanto, que a quantidade não é suficiente para atender a demanda. Ela pontua ainda que, em determinado momento, a expansão chega ao limite levando em consideração não apenas infraestrutura, mas também equipamentos e profissionais.
"Uma série de variáveis precisa ser levada em consideração para retorno de atividades. Os principais são: vagas na rede de saúde e casos mostrando tendência de queda. Pelos últimos boletins, só estamos crescendo. Essa ansiedade tem fatores econômicos e políticos, até porque é ano eleitoral. Se abrirmos tudo no momento errado, vamos manter a curva lá em cima, com muitos casos e muitos óbitos", pontua Erika.
A professora afirma que este é o pior momento do Estado e que, portanto, não permite a reabertura. Ela recorda que elogiou o trabalho realizado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) logo no início da pandemia declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de fechar atividades não essenciais. Para Erika Silveira, esta foi uma medida importante, que fez com que o número de cem óbitos, por exemplo, demorasse a ocorrer em Goiás. "Em meados de maio atingimos cem casos e isso coincidiu com a queda do isolamento".
Conselho fala em incoerência
O decreto municipal publicado nesta segunda-feira (13) continua proibindo o uso de espaços comuns em condomínios, espaços infantis, bem como clubes, boates, cinemas, teatros e casas de espetáculo. Celidalva Sousa Bittencourt, presidente do Conselho Municipal de Saúde ironizou a decisão chamado o novo coronavírus (Sars-CoV-2) de "vírus seletivo". Isso porque bares, restaurantes e igrejas, por exemplo, poderão voltar a reabrir.
"Eu queria saber que vírus seletivo é este que a Prefeitura acredita. Pode abrir academia na rua, mas não pode reabrir a do prédio? Área de lazer não pode, mas restaurantes podem? O vírus vai ao condomínio, mas não vai ao bar? E tem mais. A lotação do transporte público não foi solucionada", critica.
A secretária de Saúde municipal, Fátima Mrue, não se opôs às decisões do decreto e diz ainda que a intenção da Prefeitura é dar todo o atendimento para que os empresários sigam os protocolos. Mrué afirmou que, em 14 dias, se não houver piora dos números, o comércio deve se manter aberto. "Na curva crescente não é recomendada a reabertura de teatros, cinemas. Quando a epidemia estiver mais controlada, com número de mortos caindo, neste momento começa a liberação, mas com muitos critérios também", afirma.
"Estudo tem seu valor, mas não é verdade universal", diz secretário estadual
Na última semana, o secretário de Estado de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, disse que a partir de 20%, 25% de contágio da população, caem os níveis de contágio, de internação e de óbitos. Ele afirmou que "o caminho agora, tendo em vista que expandimos o que precisávamos de estrutura de saúde, é darmos as mãos para enfrentarmos, até para que a curva se cumpra". A afirmação poderia confirmar o estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG), que estima um cenário de 7 mil mortos no Estado caso isso aconteça. Isso porque a letalidade está em torno de 0,5% em Goiás que tem mais de 7 milhões de habitantes.
Nesta segunda-feira, Ismael voltou a fazer a ponderação e disse que a opinião não significa desrespeito à UFG nem aos pesquisadores. O secretário afirmou que, no início da pandemia, acreditava-se que somente com 80% da população contaminada as taxas cairiam. Porém, outros Estados e países diminuíram os números antes que 25% da população fosse contaminada. "Não é uma crítica ou demérito à UFG. O estudo tem seu valor para a comunidade científica, mas não encerra a verdade universal do ponto de vista de orientar a gestão."
Alexandrino afirmou, em entrevista coletiva, que todas as medidas possíveis de ampliação foram feitas e que o novo decreto estadual é muito "cauteloso em relação à forma de agir". "É melhor que tenhamos atividades que estejam funcionando, mas respeitando as regras, do que atividades que estejam funcionando na clandestinidade e sem nenhuma medida de proteção atenuante. Expandimos as estruturas para que houvesse agora esta possibilidade de abertura agora, seguindo os protocolos. Goiás é um dos Estados com menor taxa de letalidade. Todo trabalho feito até o momento, seria repetido", afirmou.
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Estrutura da saúde chegou ao limite, enfatiza Caiado
Governador alerta sobre falta de recursos humanos para expandir atendimento, ao assinar ampliação de atividades no Estado
Ao assinar decreto que amplia as permissões para atividades no Estado, o governador Ronaldo Caiado (DEM) repetiu nesta segunda-feira (13) por sete vezes em evento no Palácio das Esmeraldas que não tem condições de aumentar a estrutura de atendimento aos pacientes de coronavírus por falta de mão de obra. "Não cobrem o impossível. Não temos mais recursos humanos para expandir a estrutura. Não adianta pedir mais. O máximo está aí em termos de estrutura", afirmou.
Pressionado pelo setor produtivo e pelo prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), o governador permitiu abertura de bares, restaurantes e academias, mantendo proibidos apenas eventos e atividades que envolvem grande público ou espaços totalmente fechados (veja quadro). Diferentemente da Prefeitura de Goiânia, que colocou fim ao isolamento intermitente, o novo decreto estadual (nº 9.692) mantém a proposta de 14 dias de abertura e 14 dias de fechamento (do decreto nº 9.685, de 29 de junho). Nos bastidores, no entanto, os governistas admitem ser improvável a manutenção da medida no próximo mês.
A assinatura dos novos decretos (Estado e Prefeitura de Goiânia) ocorre depois que Iris decidiu na semana passada pela retomada das atividades por tempo indeterminado na capital e buscou alinhar o discurso com a gestão estadual. Em reunião com Caiado na quarta-feira (8), ambos acertaram as novas regras, especialmente pelo argumento do prefeito de que a tentativa de quarentena não provocou aumento nos porcentuais de isolamento no Estado.
O grupo de estudos da Universidade Federal de Goiás (UFG) que monitora a evolução da Covid-19 e que serviu de referência para o decreto de 29 de junho não esteve presente no evento de ontem.
Em discurso, Caiado afirmou contar com a "conscientização" da sociedade para evitar o colapso no sistema de saúde.
Muito cobrado nas redes sociais por não cumprir a promessa sobre oferta de leitos para o tratamento de Covid-19, o governador afirmou que não basta garantir estrutura e equipamentos, mas também profissionais da área da saúde. O POPULAR mostrou no sábado que foram criados 521 leitos, sendo 179 de unidades de terapia intensiva (UTIs) - enquanto a promessa era de 270 - e 342 de enfermaria.
"Confesso que nossa capacidade está limitada. Nós implantamos o que foi possível implantar. O fator limitante é de recursos humanos. Quem fabrica um médico intensivista, uma enfermeira, um fisioterapeuta? Quem fabrica isso em escala?", disse o governador.
Questionado sobre a curva mais acentuada de contaminação e de óbitos em Goiás e se é o melhor momento para permitir a abertura das atividades, Caiado afirmou que o Estado estabeleceu protocolos de segurança.
"Até hoje nesses quatro meses eu não vi um bom momento (para reabrir). Nunca assistimos a nada parecido. Temos de buscar alguns protocolos para ver como vamos dar conta de sobreviver. Ninguém tem receita de bolo. Agora, estamos fazendo com embasamento científico. Não tem achismo. Não será algo totalmente descoordenado", disse.
O Estado registrou ontem 36,9 mil casos e 880 mortes por coronavírus, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde.
O governador manifestou solidariedade aos familiares dos mortos e disse que, ao final da pandemia, quer criar um memorial para lembrar os óbitos e também homenagear os profissionais da saúde.
Sobre os embates com o setor produtivo, Caiado afirmou esperar "total e ampla parceria". "Que não seja disputa política e muito menos colocar campanha eleitoral à frente deste momento. Todos estão comprometidos nesta parceria direta com o governo, testando, isolando, afastando, tendo cuidado com familiares. Não vamos cair nesse falso dilema entre vida e economia", afirmou.
No evento, que ocorreu no jardim do Palácio das Esmeraldas, as cadeiras foram identificadas com os nomes das entidades que participaram de videoconferência, considerada a reabertura do diálogo, com o governador na semana passada. As Federações da Indústria (Fieg) e do Comércio (Fecomércio) do Estado, que não participaram da conversa, não tiveram marcação.
Supremo
Sobre a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, na semana passada, que negou pedido de dois municípios (de Minas e Paraíba) para não seguirem decretos estaduais de enfrentamento da pandemia, o governador Ronaldo Caiado afirmou que prefere aguardar decisão colegiada da Corte e disse que seguirá com a interpretação de que há autonomia tanto de Estados como de municípios para a definição de regras.
Desde abril, Caiado vem apontando a decisão do Supremo como justificativa para não impor o decreto estadual aos municípios. Toffoli apontou nas decisões que é preciso "preservar a ordem jurídico-constitucional instituída pelos governos estaduais".
"Foi apenas um ministro do Supremo, em decisão monocrática. É mais prudente ao governador cumprir a primeira decisão, no aguardo do colegiado sobre essa segunda decisão", disse Caiado.
Em relação às deficiências de fiscalização do cumprimento das regras, o governador disse "acreditar muito mais na conscientização" da população. "Onde houver total indisciplina, o município poderá estabelecer penas e cassação de alvará. Isso cabe aos prefeitos", disse.
Zacharias Calil defende ivermectina; Anvisa nega aval
Na cerimônia de divulgação do novo decreto estadual com os protocolos para a reabertura do comércio em Goiás, ontem, o médico e deputado federal Za-charias Calil defendeu o tratamento precoce para Covid-19 com ivermectina.
No sábado (II), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou que o uso de ivermectina não é recomendado para o tratamento de pacientes com o novo coronavírus. O medicamento antiparasitário não tem eficácia comprovada contra a doença.
O deputado chegou a afirmar que ele e toda a sua família fizeram uso do medicamento de forma preventiva, e que a discussão do remédio tomou um tom político. "Muita gente critica e fala que é uma 'balela', que não tem estudo científico, mas como falar para o paciente não fazer se ele chega no seu consultório e quer fazer? O tratamento precoce vai evitar com que pacientes tomem conta das UTIs. Está tendo um colapso, não tem mais vagas de UTI ", afirmou Calil.
Quando pegou o microfone, o governador Ronaldo Caiado (DEM) pontuou a fala do deputado e disse que ele é um grande entusiasta da causa, mas que é preciso ter cautela no momento e que ele (Caiado), como também médico e responsável pelas decisões no atendimento da população no Estado, não podería usar a ivermectina na profilaxia ao novo coronavírus.
Postagens em redes sociais vêm sugerindo que o uso de ivermectina tem curado Covid-19. No entanto, os conteúdos são enganosos. Estudos recentes mostraram que o medicamento mostrou resultados positivos contra o coronavírus, mas os testes foram feitos in vitro. Em humanos, a dosagem não daria conta de ser efetiva para a Covid-19. (Frank Martins)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
Confira o boletim desta segunda-feira, 13 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Atenção: O total de HOSPITAIS ASSOCIADOS da Ahpaceg em GOIÂNIA representa 10% DOS HOSPITAIS da capital. OS DEMAIS não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação NÃO CONSTAM neste boletim.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
Aumento: Nos últimos 30 dias, entre 13 de junho e 13 de julho de 2020, a oferta de leitos (adulto e infantil) nos hospitais associados da Ahpaceg na capital e interior aumentou 69% (leitos de UTI) e 81% (leitos de apartamentos).
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Einstein se prepara para nova onda, até de casos represados
Brasil tropeça para cumprir metas de testes de coronavírus
Governo de Goiás recebe menos do que municípios para combater pandemia
Efeitos da covid-19 no acesso a pílulas, pré-natal e vacinas matarão milhares de mães e crianças, diz relatório
Goiás registra mais 502 casos de covid-19 e cinco óbitos em 24 horas
Universidades desenvolvem apoio a diagnóstico da Covid-19 com raio-x
Uso precoce de medicamentos por pacientes com Covid-19 é tema de audiência na Câmara dos deputados
Procura por teste de Covid-19 dispara em laboratórios privados de Goiânia
O ESTADO DE S.PAULO
Einstein se prepara para nova onda, até de casos represados
Média de internados caiu de 60 para 39, mas flexibilização preocupa, além da 'volta' dos que temiam infecção
O Hospital Albert Einstein registra atualmente menos pacientes internados do que nas últimas semanas. Hoje, são 39 pessoas internadas na unidade de terapia intensiva (UTI) covid. A média girou em torno de 60 entre maio e início de junho e já foi de 110 em abril. Os números estão baixando. O tempo de internação também diminuiu de sete para quatro dias.
A redução se verifica na unidade do Morumbi, localizada na zona sul, mas a tendência também se observa nos hospitais públicos administrados pelo Einstein, como os municipais Doutor Gilson de Cássia Marques de Carvalho (na Vila Santa Catarina) e Doutor Moyses Deutsch (M'Boi Mirim, também na zona sul).
Para Claudia Regina Laselva, diretora de Operações, Enfermagem e Experiência do centro médico, a equipe acumula lições importantes no trato da doença. "Do ponto de vista epidemiológico, temos um aprendizado que contribui na redução do tempo médio de internação, por exemplo."
Outro fator que influencia na redução de casos é a interiorização da doença. Mas a redução atual da pressão nos leitos hospitalares não modifica a estratégia do hospital. Há expectativa de aumento do número de casos nas próximas semanas. Com ocupação geral em torno de 80%, o hospital, referência no tratamento do coronavírus entre os hospitais privados continua mobilizado.
O centro ainda espera uma espécie de "retomada" mais intensa do tratamento de outras doenças crônicas, pois vários pacientes evitaram os hospitais por causa do medo de se contaminar. A procura de oncologistas, por exemplo, caiu 70%. Para atender pacientes covid-19 e não covid-19, o Einstein praticamente criou dois hospitais.
No Morumbi, uma das torres foi destinada somente para doentes do novo coronavírus, com elevadores, corredores, pronto-socorro e unidades de internação específicas. "O momento atual ganhou amplitude. Além da covid, estamos tratando mais casos de doenças crônicas e problemas derivados da covid, como a reabilitação, depressão e ansiedade", diz a especialista.
Segurança. Após praticamente quatro meses de dedicação intensa, os profissionais da linha de frente se sentem mais seguros. Nenhum profissional de saúde do hospital morreu, e a taxa de afastamento por covid-19 é de 10% a 12%, inferior aos 15% observados em outros hospitais. Por outro lado, há desgaste emocional. A perda de um paciente, a ausência dos acompanhantes e o medo de levar a doença para casa trazem um pesar maior a longo prazo, na opinião de Claudia Laselva.
Nesse contexto, as histórias de superação, dos colegas e dos pacientes, garantem a energia desses profissionais para seguir em frente no combate à covid. No final do mês passado, um enfermeiro retornou ao trabalho depois de 45 dias de internação, em que chegou a ficar em estado gravíssimo, mais 15 dias de afastamento das funções.
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FOLHA DE S.PAULO
Brasil tropeça para cumprir metas de testes de coronavírus
Ministério agora aposta em atenção básica para ampliar testes de casos leves
Natália Cancian
Brasília
"Teste, teste, teste." Replicada no início da epidemia, a frase do diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, se viu atropelada pelo desenrolar da Covid-19 no Brasil.
A ampliação da testagem ficou na promessa - ou nas promessas, pois não foram poucas. A principal foi a previsão de ofertar 46 milhões de testes até setembro, entre moleculares (que buscam material genético do vírus em amostras das vias respiratórias) e rápidos (que buscam anticorpos em amostras de sangue).
Até agora, porém, só 12,3 milhões desse testes foram distribuídos aos estados, abaixo do previsto em cronograma inicial do programa Diagnosticar para Cuidar, que apontava 17 milhões até o fim de maio.
A testagem brasileira - foram feitos no SUS 1,2 milhão de testes moleculares, e, somados os da rede privada, 2,1 milhões ao todo- ainda é considerada baixa, para uma população de 210 milhões.
Questionado, o Ministério da Saúde não informou o total de testes rápidos na rede pública. Com a rede particular, diz, chega a2,6 milhões.
Mesmo com a oferta limitada, o país é hoje o segundo em número de casos registrados da Covid-19, com mais de 1,8 milhão de infecções, atrás dos EUA, com3,2 milhões. Especialistas indicam, contudo, que aqui há forte subnotificação.
Para o sanitarista Cláudio Maieroviteh, a ausência de testes dificulta no controle da epidemia. "Testar um caso, rastrear contatos, testá-los e isolar é o que permite o controle da doença onde ela está acontecendo ", afirma. "Sem testes, não se chega aos contatos dos contatos, e a investigação para no primeiro elo da cadeia [de disseminação]."
Nos últimos cinco meses, o ministério fez diferentes anúncios sobre o tema: além da ampliação, os planos envolviam coleta de amostras de pacientes com sintomas leves e expansão de laboratórios.
Boa parte dessas medidas ficou só no papel. Um raro avanço ocorreu na capacidade de laboratórios públicos, que foi de 1.600 testes por dia, em março, para atuais 14 mil.
Outras estão a meio caminho, como realizar 30 mil testes em um centro de diagnóstico em parceria com a rede Dasa, que receberia insumos e amostras da rede pública.
Até esta última semana, o centro realizava no máximo 3.500 testes por dia. Em contrato, a previsão era de fazer ao menos 13,5 mil nesta fase. "Vamos crescer a capacidade conforme a entrega de equipamentos do ministério e a capacidade dos municípios de enviarem amostras", diz o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana.
Também em abril e maio, o ministério prometeu postos drive-thru em cidades acima de 500 mil habitantes para testar casos leves e enviar as amostras a Dasa e Flocruz. A medida não vingou.
Também ficou pela metade a ideia de asar o Telesus, sistema telefônico criado em março para orientar a população sobre sintomas de Covid-19, rastrear contatos de casos confirmados e ofertar testes.
"Nossa intenção era transformar o Telesas em um grande sistema de rastreamento", diz o ex-secretário de Atenção Primária Emo Harzheim, que era da gestão de Luiz Henrique Mandetta. Questionado, o ministério não respondeu.
Com o atraso, a pasta anunciou no fim de junho uma nova estratégia, que prevê usar centros de atendimento a Covid na atenção básica para co letar amostras também de casos leves, e não apenas os que chegam graves a hospitais.
Até agora, 807 desses centros já foram habilitados. Segundo Mauro Junqueira, do Conasems (conselho de secretários municipais de saúde), municípios esperam apenas a entrega de insumos para iniciar a coleta, ainda sem prazo. Ele admite que o total aplicado de testes ainda é baixo. "Mas esperamos virar o jogo."
Para Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conass, que reúne gestores estaduais, a estratégia no país foi confusa.
"Nossos laboratórios não estavam preparados e houve em alguns casos falta de swab [instrumento usado para coleta de amostras respiratórias, similar
a um cotonete] e de testes PC R, e, assim que chegaram os testes rápidos em alguns estados, já tínhamos uma curva muito acentuada da doença."
Segundo Marco Krieger, vice-presidente de inovação e produção da Fiocruz, um dos problemas foi a falta inicial de informações sobre o viras.
O cenário mudou com a chegada do viras à Europa e a declaração de pandemia, que causou falta de insumos e necessidade de ampliar a produção. Até agora, foram entregues pela Fiocruz 5,2 milhões de testes. A previsão é chegar a 11,5 milhões até setembro.
"O primeiro gargalo foi a produção, mas isso já está superado", diz ele, segundo quem há agora outros gargalos, "como insumos de coleta e logística das amostras".
Concorrência por insumos e problemas de logística também são citados pelo ex-ministro Nelson Teich. "Nossa expectativa era em junho fazer já 60 mil testes por dia."
O Ministério da Saúde diz que começou a buscar testes em janeiro, entretanto a corrida global fez rarearem os insumos. Segundo a pasta, uma compra de 15 milhões de unidades começou, com apoio da Fiocruz, em abril. Um milhão foi distribuído, e são previstas entregas semanais de 200 mil.
Em nota, o ministério diz que está ampliando a capacidade de testagem e mantém a previsão de 46 milhões de testes. Não diz, porém, quantos deles já foram adquiridos.
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O que o governo prometeu sobre testes
1. AMPLIAR OFERTA
Expectativa Fazer 46 milhões de testes até setembro, sendo 16 milhões até maio, 21 milhões de junho a agosto e 8 milhões nos meses seguintes Realidade Até 8 de julho,12,3 milhões de testes foram distribuídos aos estados, sendo:
4,8 milhões de testes moleculares (que usam a técnica de RT-PCR para verificar, em amostras de muco e saliva, a presença de material genético do vírus).
7,5 milhões de testes rápidos (que verificam a presença de anticorpos para o vírus em amostras de sangue).
2. TESTAR EM MASSA
Expectativa Testar até 22% da população até setembro Realidade Total cresceu, mas é limitado. Ministério não tem controle de todos os testes aplicados e total engloba testes feitos por estados e municípios.
1.1 milhão de testes RT-PCR já realizados no SUS, segundo o Ministério da Saúde
2.2 milhões de testes sorológicos (inclui rede privada; pasta não diz a fatia da rede pública).
3. ELEVAR A CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO DE LABORATÓRIOS
Expectativa Aumentar progressivamente análise em laboratórios centrais e, em junho, processar por dia 16 mil testes na Fiocruz, 5.000 no Instituto de Biologia Molecular do Paraná e 30 mil em parceria com rede privada Dasa Realidade Capacidade de processamento da rede pública cresceu de 1.689 em março para 14.567em junho. Mas plano atrasou.
Atualmente, Fiocruz tem laboratórios com capacidade para 75 mil testes por dia, enquanto a Dasa tem feito hoje cerca de 3.000 testes por dia.
4. AUMENTAR UNIDADES SENTINELA E TESTAR NELAS 100% DA AMOSTRA
Expectativa
No fim de março, ministério anunciou que pretendia ampliar número de unidades sentinela, centros que coletam amostras de parte dos pacientes atendidos com síndrome gripai, de 168 para 500 até junho, e testar também 100% dos casos Realidade País tem hoje 237 unidades. Pasta não informa o total de amostras testadas nestes locais.
5. INSTALAR DRIVE-THRU E AMPLIAR TESTAGEM DE CASOS LEVES
Expectativa
Postos drivethru coletariam amostras e testariam casos leves em cidades acima de 500 mil habitantes. Resultado seria entregue por celular entre 24h e 96h depois Realidade Postos não saíram do papel. Ministério diz agora que testes serão ofertados em centros de atendimento a doentes da Covid (que podem ser unidades de saúde com espaço específico para esse atendimento). Há hoje 807 habilitadas, mas ministério não informa em quantas a coleta já ocorre.
6. RASTREAR POR TELEFONE PARA TESTAR
Expectativa
Programa automático que telefona e questiona sintomas, Telesus, seria ligado a oferta de testes e monitoramento de contatos de casos confirmados Realidade o Telesus foi implementado, mas não incluiu a oferta de testes.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Governo de Goiás recebe menos do que municípios para combater pandemia
A distribuição de recursos do Governo Federal para que os Estados enfrentem o novo coronavírus tem surpreendido a população: em muitos casos, os Estados recebem menos do que municípios.
O caso de Goiás é um exemplo: o Estado fica com apenas R$ 15 a cada R$ 100 repassado pela União.
De acordo com reportagem de "O Popular", o Governo de Goiás recebeu R$ 52, 6 milhões enquanto os municípios tiveram acesso a R$ 306 milhões. Para efeito de comparação, um dos municípios de Goiás recebeu R$ 75 milhões para usar durante a "guerra" contra a covid-19.
De imediato os dados revelam que os municípios necessitam, por obrigação, ter maior protagonismo no combate da pandemia, já que receberam muito mais do que os governos estaduais.
Estes recursos podem ser aplicados desde campanhas publicitárias para orientação da população até compra de insumos e medicamentos, bem como na aplicação em hospitais e contratação de pessoal qualificado.
A distribuição em Goiás, diz a reportagem, é uma das menores do país. Apenas Alagoas (13,8%) e Mato Grosso (14%) apresentam uma proporção pior do que a de Goiás.
Uma das reclamações dos médicos da linha de frente do combate do vírus é a de que diversos municípios não aplicam corretamente os recursos e muitas vezes mandam pacientes para a rede estadual de atendimento, que têm UTI, mas um custeio bem maior. E com menos recursos.
Conforme a Secretaria de Estado de Saúde, o Governo de Goiás aplicou os R$ 52 milhões recebidos nos hospitais de campanha. São oito deles espalhados pelo Estado.
Outra questão suscitada pelos médicos e enfermeiros, além dos gestores, é de que a aplicação dos recursos diretamente nos municípios, de forma difusa, leva ao enfraquecimento da fiscalização, o que pode gerar desvios de recursos.
Já existem questionamentos em vários municípios do Estado quanto a falta de transparência na aplicação dos recursos públicos direcionados para as cidades.
A fonte dos dados que revela a discrepância do que é enviado aos governos e para municípios pode ser consultada no site Siga Brasil , sistema do Senado que traz detalhes dos repasses de recursos e orçamentos.
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BBC NEWS
Efeitos da covid-19 no acesso a pílulas, pré-natal e vacinas matarão milhares de mães e crianças, diz relatório
"A covid-19 está tornando uma situação ruim pior" para a saúde de mulheres, mães e crianças, resume o texto de um relatório publicado nesta segunda-feira (13) pelo painel independente das Nações Unidas para o tema, chamado Every Woman, Every Child, Every Adolescent ("Toda mulher, toda criança, todo adolescente"). O relatório chega a estimar, em números, o impacto múltiplo da pandemia do coronavírus na saúde delas que vai desde o acesso a contraceptivos à merenda de escolas, agora fechadas por imposição do isolamento social. Se em 2018 5,3 milhões de crianças com menos de cinco anos morreram globalmente, calcula-se que o contexto da pandemia possa tirar a vida de mais 400 mil delas por conta de interrupções e problemas nos serviços de saúde. Em relação à mortalidade materna, 295 mil mulheres morreram em 2017 em todo o mundo por causas ligadas à gravidez, como hemorragia e sepse. Os efeitos da pandemia podem fazer novas 24,4 mil mortes assim.
O documento destaca ainda que: 13,5 milhões de crianças deixaram de ser vacinadas contra doenças que podem ser fatais; Mais de 20 países já relataram escassez de vacinas causada pela pandemia; Há interrupção no fornecimento de contraceptivos, podendo levar a 15 milhões de gestações indesejadas em países de baixa e média renda; De 42 a 66 milhões de crianças correm o risco de cair na pobreza extrema; Cerca de 370 milhões de crianças estão deixando de receber refeições na escola; Mulheres têm particularidades que as colocam vulneráveis à depressão e ansiedade; Estima-se que pode haver mais 15 milhões de atos violentos contra meninas e mulheres a cada três meses de confinamento; em alguns países, chamadas de emergência aumentaram 30%. "Sistemas de saúde em países ricos e pobres estão enfrentando grandes dificuldades (na pandemia), e a atenção a mães, recém-nascidos, crianças e adolescentes está se esfacelando", afirmou em comunicado à imprensa a médica Elizabeth Mason, co-presidente do painel.
"Campanhas de imunização estão sendo interrompidas e os profissionais de saúde estão sendo desviados da maternidade para as unidades de tratamento para a covid-19."Emergências de saúde anteriores ensinaram o quanto mulheres e crianças ficam particularmente vulneráveis neste cenário no surto de ebola no Oeste da África entre 2014 e 2016, por exemplo, a mortalidade materna cresceu 75% durante a epidemia, e o número de mulheres parindo em unidades de saúde e hospitais caiu em 30%. Desde 2000, o mundo estava assistindo a melhoras importantes, mesmo nos países mais pobres como uma queda generalizada considerável na mortalidade materna e de crianças menores de 5 anos, diz o documento. "Estamos em uma situação onde décadas de progresso podem ser facilmente revertidas", lamenta Joy Phumaphi, membro do painel e ex-assistente da direção-geral da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Com isso, ficou ainda mais preocupante o cumprimento de metas da Agenda 2030 das Nações Unidas, que engloba diversos temas e tem vários pontos sobre a saúde das mulheres e crianças.
Antes da pandemia, a implementação destes pontos já era considerada atrasada. ONU critica 'incoerência' de governo brasileiro ao não impedir despejos em meio a pandemia Coronavírus: o modelo matemático que explica como evitar meio milhão de mortes na América Latina Brasil: preocupação com tendência de aumento da mortalidade
O relatório traz classificações de 193 países em sete indicadores, avaliando-os como "superado" (metas globais ou do país em particular superadas); "avançado"; "intermediário"; e algo como "correndo atrás" ("catching up"). Os dados são em sua maioria anteriores à covid-19, variando entre 2015 e 2018. O Brasil aparece com cinco indicadores "superados": índice de mortalidade materna; taxa de crianças natimortas; mortalidade infantil; mortalidade abaixo dos cinco anos; e registro civil de óbitos. No indicador mortalidade adolescente (entre 10-19 anos, a cada 100 mil habitantes), o país aparece como "intermediário"; e, no registro civil de nascimento, "avançado".
Professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Simone Diniz ressalta no entanto que os dados do relatório global possivelmente não captam tendências preocupantes observadas em anos mais recentes.Um relatório de 2018 da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) indicou, por exemplo, que após um período consistente de declínio na mortalidade no primeiro ano de vida, 2016 já apresentou uma reversão desta queda. Em relação a 2015, houve aumento em 2016 da mortalidade pós-neonatal (dos 28 aos 364 dias de vida) em todas as regiões do país, com exceção do Sul. O maior aumento foi observado no Nordeste, onde o coeficiente de mortalidade pós-neonatal passou de 3,8 por 1.000 nascidos vivos em 2015 para 4,2 em 2016. "Enquanto a mortalidade perinatal é mais influenciada pela assistência em saúde, a pós-neonatal é mais sensível às condições socioeconômicas (da família).
Observamos uma tendência do aumento da proporção das mortes pós-neonatal, o que vai ao encontro da crise econômica, queda de renda, aumento do desemprego e desigualdade observados nos últimos anos no país", explica Diniz, integrante do Grupo Temático Gênero e Saúde da Abrasco. A pesquisadora destaca que, no contexto atual de pandemia, o país está assistindo à volta de situações que tinham ficado para trás, como por exemplo a não recomendada "alta" ou liberação de consultas de pré-natal e a peregrinação por leitos, transferidos para tratamento de covid-19, no trabalho de parto. O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Imunizações também estão preocupados com a queda da cobertura vacinal em meio à emergência da covid-19 por conta disso, a sociedade lançou a campanha "Vacinação em dia, mesmo na pandemia" com orientações para a imunização neste período. Outros desdobramentos da pandemia
Não é só a dificuldade de acesso a vacinas durante a pandemia que preocupa. Mulheres já estão sendo afetadas pelo fechamento de consultórios e postos de atendimento móvel sobre saúde reprodutiva, diz o relatório. Isto afeta o acesso a métodos contraceptivos, testes de HIV e assistência pós-aborto onde a interrupção à gravidez é permitida. Também há "preocupação com a saúde, ética e direitos diante de medidas restritivas para evitar a transmissão da covid-19, como mulheres sendo solicitadas a parir sem sua família por perto, e uma negação à autonomia delas na tomada de decisões; ou intervenções médicas como cesarianas e partos induzidos sem indicação baseada em evidências", segundo afirma o documento. Pelo impacto econômico e pela descontinuidade de programas de assistência, 2 milhões de casos adicionais de mutilação genital feminina podem ocorrer no mundo, assim como 13 milhões de casamentos de crianças nos próximos 10 anos.
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A REDAÇÃO
Goiás registra mais 502 casos de covid-19 e cinco óbitos em 24 horas
Goiânia - Goiás registrou mais cinco mortes e 502 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Os dados foram divulgados na tarde deste domingo (12/7) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).
Com isso, o Estado já acumula 36.541 casos da doença e 849 óbitos confirmados. Assim, a taxa de letalidade da pandemia é de 2,32%.
Ainda segundo a SES-GO, há o registro de 10.472 pessoas recuperadas. Goiás ainda segue investigando 86.606 casos suspeitos e 54 óbitos suspeitos.
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JORNAL OPÇÃO
Universidades desenvolvem apoio a diagnóstico da Covid-19 com raio-x
Por Marcos Aurélio
Pesquisadores conseguiram taxa de assertividade de 90% de detecção da doença
Três universidades do Paraná desenvolveram um método de apoio a diagnósticos de causas de pneumonia empregando inteligência artificial em procedimentos utilizando raio-x. O método pode auxiliar na detecção de covid-19. Até o momento, os pesquisadores conseguiram taxa de assertividade de 90% de detecção da doença.
A investigação está sendo desenvolvida por um grupo de pesquisadores de três instituições: Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR), Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Campo Mourão (UTFPR-CM).
Atualmente, exames de tomografias já são adotados como forma de identificar indícios do que pode ser uma complicação no pulmão em decorrência da infecção pelo novo coronavírus. Este tipo de procedimento contribui para a análise clínica que já é admitida como forma de confirmação de casos em mudanças recentes divulgadas pelo Ministério da Saúde.
A diferença do sistema desenvolvido pelos pesquisadores paranaenses é o auxílio de análises realizadas por meio de inteligência artificial para realizar a avaliação do que causou uma pneumonia a partir de raios-x da região do tórax. Dentre as motivações, a tecnologia identificou os casos de covid-19 com taxa de acerto de 90%.
Rodolfo Pereira, idealizador da pesquisa e estudante do Programa de Pós-Graduação em Informática da PUC-PR, explica que a solução foi pensada a partir da demanda de encontrar formas de diagnosticar a covid-19, mas que pode também servir para indicar o quadro relacionado a uma pneumonia e subsidiar a indicação de tratamento pelos médicos.
Ele destaca que o sistema não é uma forma autônoma de diagnóstico, mas um recurso de apoio que pode ser útil uma vez que parte de imagens de raio-x e dispensa o uso de um tomógrafo. “A gente acredite que o sistema não é 100% seguro. Mas a questão é que a máquina de raio-x é presente em muitos postos de atendimento, inclusive em cidades do interior”, salienta.
“Em um cenário mais caótico, um sistema como este poderia ser útil em um momento de primeira triagem. Ou do pessoal que está no interior e precisa ser encaminhado para outros locais para ter diagnóstico mais apropriado. Tomografia é exame mais caro, mais custoso e talvez demore mais”, complementa o professor do Programa de Pós-Graduação em Informática da PUC-PR Carlos Silla, orientador da pesquisa.
Agora as equipes pretendem apresentar o projeto à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) com vistas a firmar parcerias com hospitais. Isso porque o sistema melhora na medida em que se analisam mais imagens. Até o momento, ele avaliou 1.144 imagens de pneumonias. Mas com o aumento da base de dados a taxa de acerto também pode ser ampliada. (Com informações da Agência Brasil)
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Uso precoce de medicamentos por pacientes com Covid-19 é tema de audiência na Câmara dos deputados
Por Fernanda Santos
As discussões podem nortear novos protocolos adotados pelo Ministério da Saúde
A comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha ações de combate ao novo coronavírus debate o uso de medicamentos como tratamento precoce a Covid-19. Os parlamentares pretendem debater com especialistas e apresentar ao Ministério da Saúde um relatório sobre o tema.
O médico e deputado federal Zacharias Calil (DEM), se mostra favorável ao uso de medicamentos logo nos primeiros estágios da doença. “Eu vejo que o tratamento em qualquer situação é a melhor opção que você tem. Não se pode esperar a doença manifestar. A Covid-19 tem a fase 1, 2, 3 e 4, que vai se agravando”, afirmou ao Jornal Opção.
“Com isso, o paciente que poderia ser tratado em um menor período de tempo pode ter tido uma complicação e seguir para a UTI. Com isso você mantém o paciente entubado por mais tempo, maior morbidade. Está havendo discussões entre médicos de várias especialidades. Uns acham que o paciente tem que aguardar e outros para se manter o tratamento mais precoce possível, porque a piora é muito rápida”, disse.
As discussões podem nortear novos protocolos adotados pelo Ministério da Saúde, que determina essas normas no serviço público e se mostra aberto quanto a essa posição.
“O diagnóstico hoje primordial é a tomografia computadorizada. Se você vai fazer a testagem, você leva pelo menos cinco dias para ter o exame pronto. Enquanto isso, o paciente pode apresentar complicações do ponto de vista clínico e também hematológico. Ele começa apresentar inclusive alterações na coagulação sanguínea. Tem de 10% a 20% de comprometimento pulmonar, então eu acho que já deve sim entrar com anticoagulante, antibiótico, corticoide…”, argumentou o parlamentar.
“Tenho visto grande parte dos profissionais da saúde utilizando a ivermectina, não são todos, mas a grande maioria est]ao fazendo uso profilático com ela. Isso é fato. Não adianta falar que não tem evidência clínica. É o seguinte. Com a Covid-19 você não tem evidência de como vai evoluir em você. Pode evoluir bem ou mal. Que mal esse medicamento vai fazer?”, opinou.
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Procura por teste de Covid-19 dispara em laboratórios privados de Goiânia
Por Marcos Aurélio
Número de exames cresceu 80% nas últimas semanas. Atualmente, 15 laboratórios fazem a coleta de material para o teste RT-PCR na capital
Nas últimas semanas, foi registrado um aumento de cerca de 80% na procura por exames de diagnóstico de Covid-19 em laboratórios de Goiânia, o que tem gerado filas e muita espera em vários pontos de atendimento.
De acordo com o Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO), em apenas em um laboratório, foram feitos durante todo o mês de junho 2.697 exames. Só na primeira semana de julho já foram 831 atendimentos, número superior ao de exames realizados durante todo o mês de maio e que indica um aumento em relação ao mês passado.
Atualmente, 15 laboratórios fazem a coleta de material para o teste RT-PCR e quatro fazem o exame em Goiânia. Os exames de sorologia são realizados em 30 laboratórios.
O Sindilabs informa que está reforçando a orientação junto aos filiados para a adoção dos protocolos de segurança e prevenção de contaminação.
Christiane Maria do Valle Santos, presidente da Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg) e do Sindilabs-GO explica que desde o final de maio as duas instituições oferecem aos laboratórios goianos a assessoria técnica necessária para a instalação de postos de atendimento drive-thru em locais de grande circulação. O posto-piloto funciona desde 21 de maio, na esquina da Rua T-37 com Avenida T-10, no Setor Bueno.
Com esses postos de atendimento é possível ampliar a oferta de exames e garantir maior segurança às pessoas, que podem fazer os testes sem sair de seus carros.
Outra orientação dada pelo Sindilabs-GO aos laboratórios é que façam os atendimentos agendados por telefone, WhatsApp ou e-mail, evitando, assim, que o paciente tenha que esperar muito tempo na unidade e em contato com outras pessoas.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
Confira o boletim de hoje, 11 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Atenção: O total de HOSPITAIS ASSOCIADOS da Ahpaceg em GOIÂNIA representa 10% DOS HOSPITAIS da capital. OS DEMAIS não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação NÃO CONSTAM neste boletim.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
Aumento: Nos últimos 30 dias, entre 11 de junho e 11 de julho de 2020, a oferta de leitos (adulto e infantil) nos hospitais associados da Ahpaceg na capital e interior aumentou 65% (leitos de UTI) e 79% (leitos de apartamentos).
Confira o boletim de hoje, 10 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para esses atendimentos, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Laboratório Central de Goiás diminui em 72% a quantidade de testes de coronavírus após equipamento estragar
UTIs de cinco capitais à beira de um colapso
Anvisa alerta sobre os riscos da ivermectina
OMS admite transmissão aérea
Covid-19: hospitais particulares cedem 35 leitos de UTI para rede pública
Covid-19: Goiás registra 38 mortes em um dia e total de óbitos vai a 771
Pacientes precisam ficar em isolamento enquanto esperam resultado da Covid-19
Ocupação de UTI para Covid-19 na rede pública de Goiânia chega a 94%
Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM
Buscas por testes disparam
Dobra número de contaminados
G1 GOIÁS
Laboratório Central de Goiás diminui em 72% a quantidade de testes de coronavírus após equipamento estragar
De 250 testes realizados por dia, a quantidade caiu para 70, porque os técnicos precisaram voltar a fazer análises manuais. Com isso, exames são enviados para São Paulo, o que causa atraso no diagnóstico.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
Lacen passa a realizar menos testes de Covid-19 após quebra de equipamento
O Laboratório Central de Goiás (Lacen) está operando a menos de um terço de sua capacidade de processar amostras e dar resultados para exames de coronavírus depois que um equipamento quebrou no início do mês. De 250 testes que eram analisados por dia, em média, a quantidade caiu para 70, ou seja, redução de 72% na capacidade operacional.
Para não ficar com excesso de amostras paradas, o laboratório envia a demanda para o Instituto Butantã, em São Paulo. Mais de 1 mil já foram encaminhadas para a unidade. O problema é que os resultados que ficavam prontos em até 72 horas, em Goiás, agora exigem um prazo de até 10 dias.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que "segue realizando os testes de RT-PCR para o coronavírus mesmo com o equipamento para extração automatizada danificado desde 2 de julho. Essa etapa vem sendo realizada manualmente, e o laboratório tem conseguido processar cerca de 70 amostras por dia" (veja a nota na íntegra ao final).
O equipamento danificado faz a extração automatizada, que separa o RNA do vírus. Sem ele, os funcionários precisaram voltar a fazer o processo manual.
"Prejudica, porque se eu falo que para ter uma boa resposta eu preciso testar, isolar e monitorar, posso ter uma demora para saber se aquele caso realmente era de Covid-19. Por isso, fizemos a parceria com o laboratório de São Paulo e vamos fazer com outros até o conserto ou a chegada de um novo equipamento", explica a superintendente de Vigilância Sanitária do estado, Flúvia Amorim.
Goiás registrou 34.216 casos confirmados e 771 mortes nesta quinta, conforme divulgou a Secretaria de Saúde do estado. A quantidade de amostras que esperam análise, no estado inteiro, chegou a 80.611 casos suspeitos.
Novo equipamento
Segundo a superintendente, além de consertar o equipamento que quebrou, o estado pretende comprar mais uma máquina para aumentar a capacidade de atendimento. Porém, ainda não há previsão de quando ocorrerá essa aquisição.
Flúvia Amorim estima conseguir aumentar a realização de exames em até quatro vezes, quando todos os equipamentos estiverem em pleno funcionamento. "A ideia é que, quando voltarmos às nossas reações automatizadas, a gente salte de 250 para até 1 mil amostras por dia".
No período de 26 de fevereiro a 7 de julho, 13.859 mil testes já foram realizados pelo laboratório, que atende a demanda da rede pública de saúde com pacientes com sintomas graves.
Nota da Secretaria de Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informa que o Lacen-GO segue realizando os testes de RT-PCR para o coronavírus mesmo com o equipamento para extração automatizada danificado desde 2 de julho. Essa etapa vem sendo realizada manualmente e o laboratório tem conseguido processar cerca de 70 amostras por dia.
Para que não ocorra prejuízos para a população goiana, o Lacen-GO tem encaminhado todo o excedente de amostras para o Instituto Butantan, em São Paulo. Esse envio é realizado duas vezes por semana. O primeiro envio foi feito na última sexta-feira, 3. Ao todo, 1.080 exames já foram encaminhados para São Paulo.
Paralelamente, a SES-GO já tramita dois processos para solucionar a situação: um para aquisição de um segundo equipamento e outro para conserto do que apresentou defeito.
Por fim, é importante destacar que a SES-GO não limitou ou estabeleceu nenhum novo critério para recebimento de amostras encaminhadas pelos municípios.
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CORREIO BRAZILIENSE
UTIs de cinco capitais à beira de um colapso
Enquanto o Brasil registra mais de 40 mil casos em 24 horas pelo 3º dia consecutivo, Cuiabá, Natal, Florianópolis, Curitiba e Belo Horizonte têm ocupação de leitos acima de 90%. País deve ultrapassar hoje a marca de 70 mil mortos pela pandemia
BRUNA LIMA
MARIA EDUARDA CARDIM
Mesmo com a suposta estabilização de mortes por covid-19 no Brasil, com médias acima de mil óbitos diários, o país é a nação que mais mata pela doença há sete dias. Ontem, não foi diferente. Com acréscimo de 1.220, o total de vidas perdidas chega a 69.184. Pelas previsões, o Brasil deve ultrapassar, hoje, a marca de 70 mil brasileiros mortos pela pandemia. Além disso, pelo terceiro dia consecutivo, o país registrou mais de 40 mil casos e totaliza 1.755.779 infectados. O número reflete diretamente na ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) pelo país, muitos, à beira de um colapso.
Pelo menos cinco capitais estavam com lotação acima de 90% na segunda-feira e, ao longo da semana, tiveram a situação agravada. Na região metropolitana de Natal, a falta de leitos é uma realidade há quase um mês e meio. O sistema de saúde da cidade sofre com a lotação, e o estado, que está com mais de 80% dos leitos cheios, precisa auxiliar na distribuição. Com isso, o cronograma de retomada das atividades estadual foi postergado.
Com o movimento do novo coronavírus para o Centro-Sul do país, cidades onde os índices de ocupação eram baixos até meados de maio, agora sentem o peso da pandemia. Mais 418 casos e dez mortes foram confirmadas ontem em Curitiba e, de um dia para o outro, o total de internados em UTI saltou de 142 para 185. Também no Sul, é crítica a situação de Florianópolis que, até ontem, tinha mais de 97% dos leitos de UTI adultos ocupados. Apesar da abertura de novos 570 leitos, o estado tem enfrentado a grande demanda em meio à queda das temperaturas. "Mesmo com o esforço constante do governo, a prevenção é, e continuará sendo, a melhor forma de combatermos esse vírus", disse o governador Carlos Moisés.
Em Cuiabá, a situação é ainda mais crítica, já que os municípios do entorno da capital não conseguem atender à demanda de pacientes. Isso porque faltam leitos há mais de dez dias em todo o Mato Grosso. A fila de espera por uma vaga intensiva chegava a 100 pacientes e o estado vizinho, Mato Grosso do Sul, tem prestado auxílio às vítimas.
Belo Horizonte também preocupa. Na última atualização da Secretaria Municipal de Saúde, ontem, 340 dos 370 leitos de unidade de terapia intensiva para pacientes da covid-19 estavam em uso na cidade, o que resulta na ocupação de 92%; restando apenas 30. Ao levar em conta a ocupação de todas as UTIs, inclusive àquelas destinadas a pacientes que não contraíram o vírus, a taxa ainda é alta: 86%. De acordo com boletim epidemiológico, 76% dos leitos clínicos específicos para pacientes infectados estão ocupados.
Ontem, Minas Gerais bateu recorde ao confirmar mais 90 mortes em 24 horas. Até então, o maior número diário de óbitos era de 73, registrado no último sábado. O estado totaliza 1.445 vítimas do novo coronavírus e faz parte do grupo que já registrou mais de mil mortes pela doença.
Balanço
Metade das unidades federativas já atingiu essa marca. Além de Minas, São Paulo (17.118), Rio de Janeiro (11.115), Ceará (6.741), Pernambuco (5.409), Pará (5.196), Amazonas (2.985), Maranhão (2.357), Bahia (2.328), Espírito Santo (1.930), Rio Grande do Norte (1.345), Alagoas (1.230) e Paraíba (1.196) integram a lista. No Brasil, não há mais nenhum estado com menos de cem mortes. Somente seis estados têm menos de 500 óbitos: Amapá (467), Santa Catarina (447), Acre (411), Roraima (393), Tocantins (240) e Mato Grosso do Sul (136).
Em relação ao cenário mundial, apenas os Estados Unidos superam o total de confirmações e de fatalidades pelo novo coronavírus. Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, 132.834 norte-americanos perderam a vida na pandemia e mais de 3 milhões foram infectados. A soma dos números brasileiros e dos EUA representa 40% do total de casos registrados em todo o mundo.
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Anvisa alerta sobre os riscos da ivermectina
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou, ontem, sobre os riscos do uso de medicamentos que contêm ivermectina (agente antiparasitário) para o tratamento da covid-19. Segundo o órgão, não há nenhuma comprovação científica de que a ivermectina seja eficaz contra o novo coronavírus.
A Anvisa ressalta, porém, que há comprovações de sobra sobre os efeitos colaterais e os riscos à saúde decorrentes do uso do medicamento sem prescrição médica. "Os principais problemas (eventos adversos) são: diarreia e náusea, astenia, dor abdominal, anorexia, constipação e vômitos; em relação ao sistema nervoso central, podem ocorrer tontura, sonolência, vertigem e tremor", frisa a entidade, em nota. A agência é enfática quando ao uso indiscriminado da ivermectina: "Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde."
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OMS admite transmissão aérea
Atendendo a recomendação de um grupo de mais de 200 cientistas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu, pela primeira vez, o risco de transmissão aérea do Sars-CoV-2. Até agora, a agência da ONU considerava apenas a inalação de gotículas expiradas por pessoas infectadas como forma de contágio. Diante da pressão de pesquisadores -- que, na segunda-feira, divulgaram uma carta em que citam inúmeros estudos sobre a possibilidade de o coronavírus ser transmitido pelo ar em ambientes internos -- a agência incluiu, ontem, a informação na sessão de perguntas e respostas de sua página na internet.
"Tem sido reportados surtos da covid-19 em alguns locais fechados, como restaurantes, boates, locais de trabalho ou ambientes em que as pessoas possam estar gritando, falando ou cantando", diz o novo texto. "Nesses surtos, a transmissão aerossol, particularmente nas localidades internas em que há aglomeração e espaços inadequadamente ventilados, onde pessoas infectadas passam longos períodos com outros, não pode ser descartada. Mais estudos são necessários urgentemente para investigar essas instâncias e garantir sua significância para a transmissão da covid-19."
A OMS vinha sendo fortemente criticada por ignorar as muitas pesquisas sobre essa possibilidade de contágio. "Na comunidade científica, estamos focados na compreensão total e detalhada dessa questão (a transmissão aérea) para fornecer informações acuradas a médicos e formuladores de políticas públicas", diz Brent Williams, especialista em aerossóis da Universidade de Washington em St. Louis e um dos signatários da carta. "A OMS e outras organizações de saúde pública ainda insistem muito em suas diretrizes atuais nas práticas de lavar a mão, manter distanciamento e ter cuidado com partículas a curtas distâncias (um perímetro de 2m). Porém, nós sabemos que gotículas provenientes da fala, da tosse etc. geram partículas que, rapidamente, encolhem para tamanhos menores e podem ficar suspensas no ar por muito tempo, em escala de horas, e serem transportadas por longas distâncias, por exemplo, uma casa inteira."
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Covid-19: hospitais particulares cedem 35 leitos de UTI para rede pública
Os hospitais particulares do Distrito Federal destinou à Secretaria de Saúde 35 leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) para o enfrentamento ao novo coronavírus. A informação foi publicada, nesta quinta-feira (9/74), pelo Sindicato Brasiliense de Hospitais, Casas de Saúde e Clínicas (SBH), que representa todo o setor de saúde suplementar da capital.
A medida para a contratualização e disponibilização de mais leitos de UTI, segundo a entidade, vem sendo discutida com o GDF desde quarta-feira (8/7). "Diversos hospitais realizaram iniciativas para colaborar com a população e com a saúde pública da capital. Já foram realizadas doações de recursos no valor de mais de R$ 4 milhões, além da entrega de 10 leitos de UTIs, com todos os equipamentos necessários", esclareceu o sindicato por meio de nota.
O SBH afirmou, ainda, que, desde o chamamento promovido pela Secretaria de Saúde, mais de 218 leitos de UTI haviam sido disponibilizados pelos hospitais privados, para uso da população do DF.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 38 mortes em um dia e total de óbitos vai a 771
Adriana Marinelli
Goiânia - Com 1.235 novos casos e 38 registros de mortes nas últimas 24 horas, Goiás soma 34.216 contaminações e 771 óbitos pela doença. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) na tarde desta quinta-feira (09/07).
De acordo com o boletim da pasta, há no Estado 80.611 casos suspeitos em investigação. Outros 38.121 já foram descartados. O boletim da SES-GO não informa o total de pessoas curadas.
Além dos 771 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás, já 48 óbitos suspeitos que estão em investigação. Já foram descartadas 530 mortes suspeitas nos municípios goianos.
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TV ANHANGUERA
Pacientes precisam ficar em isolamento enquanto esperam resultado da Covid-19
https://globoplay.globo.com/v/8687616/programa/
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Ocupação de UTI para Covid-19 na rede pública de Goiânia chega a 94%
https://globoplay.globo.com/v/8687618/programa/
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O POPULAR
Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM
As iniciativas de interromper estudos com cloroquina feitas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras instituições internacionais não levarão o Conselho Federal de Medicina a rever o parecer dado em abril sobre o uso do medicamento em casos de Covid-19. A posição é defendida pelo presidente da entidade, Mauro Ribeiro, em entrevista à reportagem.
"O que estamos ansiosos é pela divulgação de pesquisas sérias que nos indiquem um caminho para tratamento da doença. Nosso parecer nunca vai ser manipulado. A hora que saírem os estudos, vamos seguir", afirma.
Segundo o presidente do CFM, que tem evitado comentar o tema nos últimos dois meses, a entidade tem recebido os anúncios da OMS "com tranquilidade". Ele diz que houve politização excessiva em tomo do medicamento.
"É algo que beira ao absurdo [essa politização]. O que temos é que quem é a favor do Bolsonaro a defende de forma apaixonada, e quem é contra refuta de forma apaixonada. "
Nesta terça (7), o presidente Jair Bolsonaro divulgou que contraiu o novo coronavírus. Ele aproveitou o anúncio do seu teste para Covid-19 para defender que a hidroxicloro-quina é eficaz para tratar a doença -não há comprovação científica disso. Afirmou que está tomando a droga.
A defesa do remédio é feita por Bolsonaro desde o início da pandemia. Em abril, quando Luiz Henrique Mandetta era ministro da Saúde, o conselho de medicina foi solicitado a dar um parecer sobre o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19.
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Buscas por testes disparam
Sindicato dos laboratórios calcula que entre maio e junho houve um aumento de 80% na procura. Em um dos estabelecimentos, números mais que dobram a cada mês desde março
Nas últimas semanas, os laboratórios particulares de Goiânia e região metropolitana passaram por um aumento abrupto na procura por exames sorológicos e do tipo RT-PCR, considerado o padrão ouro para o diagnóstico do novo coronavírus (Sars-CoV-2). De acordo com dados do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO), entre maio e junho, o aumento médio na procura pelo serviço foi de 80% na capital.
No Hemolabor, o aumento tem sido progressivo desde o início da pandemia. Em março foram feitos 270 exames. Em abril, o número mais que quadruplicou: 1.200. Em maio, o acréscimo continuou e chegou a 3.300 exames realizados. Em junho, foram feitos 5 mil testes para detecção da Covi-19. "Nossa expectativa agora em julho é que este número tenha outro salto", pontua Nelcivone Soares de Melo, hematologista e diretor do Hemolabor.
O laboratório realiza diariamente 500 exames, sendo que 40% são para pacientes internados e 60% para aqueles que buscam auxílio ambulatorial. Por conta do aumento contínuo da demanda, foi instalado um sistema de senhas, com 250 por dia. Elas começam a ser distribuídas no início da manhã e costumam acabar antes das 12h. "Depois que as senhas terminam de ser distribuídas não fazemos mais exames. A coleta do material em si é rápida. Leva cerca de 5 minutos", pontua Melo. A implantação do sistema se deu por conta do contínuo crescimento na procura por testes."Não conseguimos mais atender a demanda espontânea. É muito grande", esclarece o diretor.
Para evitar aglomerações, o laboratório fechou um estacionamento em frente a unidade que recebe as pessoas que vão fazer testes para a Covid-19 e colocou cadeiras para que os pacientes possam aguardar a realização do exame. "Temos um colaborador que trabalha exclusivamente com a organização desta fila. Retiramos metade das cadeiras da recepção e quando ela fica cheia, os pacientes são levados para este local aberto e aguardam lá. Todos têm de estar de máscara e respeitar o distanciamento", explica Melo.
Outros
A Dasa, grupo ao qual o laboratório Atalaia pertence, informou que registrou um aumento na demanda de testes moleculares (RT-PCR) na região Centro-Oeste. Já a assessoria de imprensa do laboratório Padrão disse que nas últimas duas semanas o aumento na procura por exames foi "abrupto".
No laboratório Citocenter, onde as coletas estão sendo feitas de forma domiciliar ou pelo sistema drive thru, não é possível mais realizar agendamentos para esta sexta-feira (10) e este sábado (11). "Só tenho horário na segunda-feira (13). Em algumas unidades só tenho disponibilidade dia 18", afirma Rosiene Mendes, coordenador administrativa do laboratório. O estabelecimento tem tempos de entrega dos resultados diferentes entre as forma particular e conveniada. "São três dias se for particular e de 5 a 7 dias se for por convênio", esclarece.
Mendes conta que a demanda pelos exames no laboratório aumentou muito recentemente. "Estamos com cinco profissionais fazendo coleta em casa e aumentando nossa força de trabalho o máximo que podemos. Estamos investindo principalmente no sistema drive thru para dar conta da quantidade de pedidos que estão chegando aqui", pontua a coordenadora.
O diretor do Laboratório Hemolabor afirma que o laboratório ainda pode ampliar o atendimento. "Nos últimos dias contratamos mais 10 pessoas para suprir a demanda. Entretanto, temos um limite de expansão do atendimento. Esta é uma preocupação nossa e de outros laboratórios aqui de Goiânia", explica Nelcivone Soares de Melo. Além da expansão do atendimento, o processamento dos exames também preocupa. "Temos uma capacidade de máquinas e de pessoal que, em algum momento, não conseguirá ser transposta. Existe um limite."
Sindilabs-GO recomenda drive thru
Com o aumento expressivo na procura por exames do novo coronavírus (Sars-CoV-2), o Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO), tem recomendados ao laboratórios que busquem outras maneiras de coletar as amostras além do método tradicional de receber os pacientes nas unidades.
Um desses formatos de coleta que têm sido estimulados é o uso do sistema drive thru. Segundo o sindicato estes postos permitem a ampliação da oferta de exames e garantem maior segurança às pessoas, uma vez que, em diversos laboratórios, as pessoas têm enfrentado filas para poderem fazer os exames.
O Sindilabs-GO e a Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg) oferecem aos laboratórios goianos a assessoria técnica necessária para a instalação de postos de atendimento drive thru em locais de grande circulação.
O hematologista e diretor do Hemolabor, Nelcivone Soares de Melo, afirma que esta estratégia já tem sido avaliada pela laboratório. "O ideal seria que tivéssemos múltiplos pontos de coleta pela cidade. Entretanto, a capacidade de executar este novo formato ainda é um desafio."
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O HOJE
Dobra número de contaminados
Em menos de um mês o número de trabalhadores da saúde atingidos pela Covid-19 passa de 2,1mil
Dados obtidos, até o fechamento desta edição, por meio da plataforma Covid-19, do governo estadual, apontam que mais de 2,1 mil profissionais da saúde foram contaminados com a doença em Goiás. A maioria dos casos de infecções ocorre em técnicos e auxiliares de enfermagem, com 898 infectados, seguido pelos enfermeiros (388), outros trabalhadores da saúde (318), médicos (305), trabalhadores administrativos (112) e Fisioterapeutas (83).
Segundo com a SES-GO, os boletins são elaborados a partir dos dados inseridos nos sistemas e-SUS VE e SIVEP Gripe, do Ministério da Saúde, pelas diversas instituições de saúde cadastradas no Estado, conforme endereço de residência informado pelos usuários.
Dos servidores contaminados, mais de mil são apenas em Goiânia. De acordo com boletim epidemiológico divulgado até o fechamento desta edição, Goiânia já tem 1.063 profissionais de saúde com novo Coronavírus. O número é quase 12% do total de casos da cidade, que é de 9.057. Somente nas últimas 24 horas, 220 novos casos foram registrados.
No dia 15 de junho, menos de um mês atrás, Goiás registrava 1.038 profissionais da saúde infectados com o novo Coronavírus, de acordo com dados fornecidos pelo painel da Covid-19, do Governo de Goiás. O que representava 10,1% dos 10.024 casos confirmados na época.
Últimas mortes
O ginecologista e obstetra Josias Rosa da Silva, que faria em agosto 78 anos, morreu no dia Io de julho. O profissional integrava o corpo clínico do antigo Hospital Monte Sinai, no bairro Ipiranga, hoje Hospital Ruy Azeredo. A morte do médico foi lamentada em nota pelo Conselho Regional de Medicina (Cremego) e por pessoas próximas do profissional.
De acordo com a unidade de saúde onde ele clinicava, Josias Rosa se afastou muito do trabalho desde o início do isolamento social em razào da pandemia do novo Coro-navírus. Ele chegou a fazer somente alguns retornos médicos. Duas semanas antes do ocorrido, ele já não frequentava mais seu consultório.
No dia 29 de junho, a técnica em enfermagem Josefa Francisco da Silva Rodrigues, de 40 anos, morreu por suspeita de coronavírus. Ela estava internada no Hospital de Campanha em Goiânia. Josefa era servidora da SES desde janeiro de 2011 e trabalhava no Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta. A Organização Social que administra a unidade lamentou a morte e disse que ela estava afastada desde o dia 18 de junho devido a uma infecção no ouvido. Porém, ela começou a apresentar sintomas da Covid-19 e foi internada. O hospital onde ela trabalhava informou que já foram registrados cinco casos confirmados na unidade desde o início da pandemia.
No dia 26 de junho, a técnica em enfermagem Marilda dos Reis Costa, de 64 anos, que trabalhava no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), morreu com Coronavírus. Ela ficou internada por oito dias. A profissional da saúde tinha diabetes e era hipertensa.
Marilda testou positivo no dia 12 de junho e foi afastada do trabalho. Ela atuava no Centro de Material e Esterilização do Hugo, departamento que não tem contato com pacientes ou outras equipes da assistência direta. A técnica estava internada no Hospital de Campanha de Goiânia.
Esta foi a primeira funcionária em atividade no Hugo que morreu com Covid-19. A Secretaria Estadual de Saúde informou que Marilda foi a oitava profissional da saúde a morrer em Goiás em decorrência do Coronavírus. De acordo com o Conselho Regional de Enfermagem. os profissionais de saúde, de enfermagem, ainda estão desprotegidos na linha de frente.
Já o Hugo informou que tem tomado todas as medidas de segurança e proteção determinadas pelos órgãos de saúde. Os que podem desenvolver as atividades de maneira remota foram afastados. Quem tem idade a partir de 60 anos ou apresenta algum tipo de comorbidade é colocado fora da área assistencial nos casos em que não há possibilidade de home Office.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
Confira o boletim de hoje, 9 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para esses atendimentos, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
Gabinete de Crise e Gestão de Indicadores será tema de live no dia 13
Escrito por Administrador
Com o apoio da Ahpaceg e do associado Hospital do Coração Anis Rassi, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) vai realizar na segunda-feira, 13 de julho, a partir das 20 horas, a palestra Gabinete de Crise e Gestão de Indicadores.
O tema será abordado pelo diretor-técnico do Hospital do Coração Anis Rassi e consultor médico do Hospital Sírio Libanês, Raimundo Nonato Diniz, e a vice-presidente do CRF-GO, Luciana Calil. A farmacêutica Larisse Marques, também do Hospital Anis Rassi, será a mediadora.
A transmissão acontecerá pelo canal do CRF-GO no YouTube e pela plataforma Zoom:
https://us02web.zoom.us/j/87037360416?pwd=RUxtOTBia1czVGJXZzNaWW5tdFhZdz09
Meeting ID: 870 3736 0416
Password: 274227
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Dois hospitais de campanha para tratamento da Covid-19 em Goiás estão com UTIs lotadas
Brasil tem 1.223 novas mortes e passa de 1,7 milhão de casos
Governos e conselhos travam disputa judicial para contratar médico com diploma estrangeiro
Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM
Covid-19: Goiás registra 1.436 novos casos e 18 mortes em 24 horas
Goiânia registra crescimento de quase 350% no número de leitos disponíveis
Período crítico da pandemia em Goiás deve começar dia 22, diz Alexandrino
Ocupação nas UTIs para Covid-19 se aproxima de 90%
Falta de testes para Covid-19 ainda é realidade em Goiás
Teste de Covid-19: reclamações à ANS dobram em uma semana
Anvisa revoga resolução que proibia doação de sangue por homens gays
G1 GOIÁS
Dois hospitais de campanha para tratamento da Covid-19 em Goiás estão com UTIs lotadas
Taxa de ocupação total chega a 87% nesta quarta-feira. Estado tem mais de 31 mil casos confirmados, sendo mais de 700 mortes pela doença.
Por Vanessa Martins, G1 GO
O Hospital de Campanha de Itumbiara, inaugurado há uma semana, já está com os 10 leitos de UTI que tem lotados. Já a unidade de Águas Lindas de Goiás, que tem 22 leitos de terapia intensiva, está com 20 ocupados e 2 reservados para pacientes que estão a caminho do loca. As informações são do início da tarde desta quarta-feira (8), pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
A taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos no tratamento de pacientes com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus esteve a 91% na terça-feira e caiu para 87% nesta tarde, também de acordo com a pasta.
O estado já passou de 31,5 mil casos confirmados, sendo mais de 700 mortes por Covid-19, de acordo com o boletim mais recente, publicado na terça-feira (7).
Superintendente de Atenção à Saúde, Sandro Rodrigues disse que esses dados devem ser vistos com preocupação. De acordo com ele, é mais um indicativo de que as pessoas precisam tomar todos os cuidados possíveis para evitar a disseminação do coronavírus.
“É sinal de alerta para a gente relembrar as pessoas que, quanto maior o número de casos, maior é o número de pessoas que, proporcionalmente, vão precisar de um leito de enfermaria ou UTI. Então há necessidade de se redobrar cada vez mais os seus cuidados”, afirmou.
A mesma preocupação é expressada pelo diretor técnico do HCamp de Águas Lindas de Goiás, Marcos Pontes, que tem visto os leitos cada vez mais ocupados na unidade de saúde.
“Não estamos numa situação tranquila, com certeza. Ter uma UTI cheia o tempo todo, mais que dobramos os leitos, e nossa ocupação continua a mesma”, afirmou.
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PORTAL TERRA
Brasil tem 1.223 novas mortes e passa de 1,7 milhão de casos
País tem quase 68 mil mortes pelo novo coronavírus
O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus Sars-CoV-2 em todo o Brasil ultrapassou a marca de 1,7 milhão, com um acréscimo de mais 44.571 contágios em 24 horas, informou o levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde nesta quarta-feira (8).
Ao todo, o país tem 1.713.160 casos da covid-19. Segundo os dados, a taxa de incidência tem aumentado constantemente, saltando de 794 para 815,2 pessoas por cada 100 mil habitantes. Já a quantidade de mortes registrou novamente mais de mil diárias, com 1.223 óbitos em um dia, elevando o total para 67.964. A taxa de letalidade é de 4%, enquanto que o índice de mortalidade passou para 32,3% indivíduos por cada 100 mil habitantes.
Com 341.365 casos da doença e 16.788 falecimentos, o estado de São Paulo confirmou 313 novas mortes e 8.657 novos contágios em 24 horas em todo o território. Na última segunda-feira (6), bares e restaurantes voltaram a funcionar na capital paulista após mais de 100 dias. A medida faz parte do novo protocolo adotado para o afrouxamento do isolamento. Hoje, inclusive, o governo anunciou a retorno de jogos de futebol a partir de 22 de julho. Ceará (128.471 casos e 6.665 mortes), Rio de Janeiro (126.329 infecções e 10.970 óbitos) e Pará (118.744 contágios e 5.169 vítimas) também estão entre os estados mais afetados pela Covid.
O Rio de Janeiro, por sua vez, apresenta a maior taxa de letalidade entre todos os estados, com 8,7%.
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FOLHA DE S.PAULO
Governos e conselhos travam disputa judicial para contratar médico com diploma estrangeiro
Estados e municípios alegam demora na revalidação do diploma e querem decretos para contratação na pandemia
Governos estaduais, prefeituras e Defensorias Públicas têm travado uma disputa judicial com União e conselhos de medicina na tentativa de liberar a contratação de médicos formados no exterior durante a epidemia do novo coronavírus.
As primeiras decisões sobre o tema começaram em maio. Desde então, a disputa continua e ganhou reforço de novas ações.
Para atuar no país, médicos formados no exterior precisam passar por um processo de revalidação do diploma, o que geralmente ocorre por meio de uma prova chamada de Revalida.
Governos têm alegado atraso na realização do exame nos últimos dois anos e dificuldade em contratar profissionais - daí a tentativa de realizar decretos e editais para esses contratos . O impasse foi parar na Justiça.
Já os conselhos tentam barrar a medida sem que haja revalidação do diploma.
A Folha localizou ao menos sete ações recentes sobre o tema, a maioria envolvendo estados e municípios do Norte e Nordeste, como Maranhão, Acre, Roraima e cidades do Amapá e Sergipe.
Destas, cinco têm como status mais recente a derrubada de pedidos ou iniciativas que abriam espaço para contratação. A alegação é que a medida fere Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a qual determina revalidação do diploma.
Outras duas tiveram cenário oposto, sob o argumento de garantir a assistência de forma temporária.
Em geral, as ações judiciais vêm de conselhos de medicina, mas também de governos, defensoria e Ministério Público.
O presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Mauro Ribeiro , diz que vê um movimento político para burlar as normas atuais que exigem a revalidação do diploma durante a pandemia.
"A medicina sofre um ataque meramente político para trazer, à revelia da lei, profissionais supostamente médicos sem que comprovem conhecimento mínimo", diz. "É um absurdo, um casuísmo no meio dessa tragédia que estamos vivendo. Não falamos isso como uma medida corporativa, mas para defender o bom atendimento à saúde da população brasileira."
Em meio ao embate, o conselho divulgou na última semana os resultados de uma pesquisa encomendada ao Datafolha sobre a percepção da população ao Revalida.
O levantamento ouviu 1.511 em todas as regiões. Desses, 91% disseram apoiar a necessidade de revalidação do diploma para que médicos formados no exterior atuem no Brasil.
Estados e prefeituras, no entanto, alegam que a pandemia tem trazido uma situação excepcional , com aumento na demanda por profissionais. Dizem ainda que a contratação levaria em conta médicos que já atuaram no programa Mais Médicos, por exemplo.
A queda de braço, porém, parece estar longe do fim. Em Aracaju, uma decisão inicial, a pedido do Ministério Público, chegou a determinar que o Conselho Regional de Medicina concedesse registro temporário a médicos sem diploma revalidado. O grupo atuaria no hospital de campanha da cidade.
A medida, porém, foi revista no fim da última semana por um desembargador do Tribunal Regional Federal da 5região. A nova decisão veio após recurso do Conselho Regional de Medicina do Sergipe, que apontava riscos na atuação dos médicos.
Questionada, a secretaria municipal de saúde diz que a medida levará ao fechamento de leitos recém-abertos com a contratação de médicos formados no exterior.
"Com a decisão favorável ao conselho, a prefeitura terá de reduzir o quantitativo de leitos disponíveis atualmente no hospital de campanha de 102 para 60, deixando de atender 42 pacientes que necessitam de leitos de estabilização no tratamento contra a covid-19", diz.
Em nota, o conselho nega dificuldade na contratação e aponta falta de resposta da prefeitura a médicos que poderiam ser contratados.
Já a prefeitura diz que, de uma lista com mais de cem nomes aptos a trabalhar enviada pelo conselho, apenas sete profissionais demonstraram interesse.
Embate semelhante ocorre em outros estados. No fim de junho, a Justiça Federal reverteu liminar que possibilitava ao governo do Acre realizar contratação de médicos formados no exterior e sem Revalida. O estado diz que analisa como recorrer da decisão.
Já estados como Maranhão e Roraima obtiveram decisões favoráveis à contratação temporária sem Revalida, desde que com prioridade nas vagas a médicos formados no país.
Para o defensor público regional em direitos humanos em São Paulo, João Paulo Dorini, a situação evidencia uma dificuldade antiga em levar médicos a regiões mais carentes.
O caso levou a DPU (Defensoria Pública da União) a ajuizar, no fim de abril, uma ação para que CFM e União não impedissem governos de contratar médicos formados no exterior para atuação temporária durante a pandemia.
O órgão diz ter feito um levantamento à época que apontava 15 mil médicos ainda sem diploma revalidado -a maioria era de brasileiros formados em faculdades de países próximos, como Paraguai, Bolívia e Argentina, mas também refugiados e outros imigrantes.
O pedido, porém, foi negado. Na decisão, o juiz que analisou o caso afirmou que a situação de pandemia não justifica "permitir a contratação de profissionais médicos que não atendam a requisitos legais".
Agora, o órgão analisa novas formas de recorrer. Segundo Dorini, a decisão não impede novas tentativas de contratação pelos estados e ações sobre o tema.
O argumento é que o atraso na realização do Revalida impede a tentativa de revalidação do diploma pelos médicos, que poderiam ser colocados de forma temporária em funções de apoio -desde que tenham habilitação para atuar no país de formação, afirma.
Para Mauro Ribeiro, do CFM, porém, não há garantia de que os médicos seriam aprovados no Revalid. Nos últimos anos, a média de aprovação foi de 19,87%.
Ele chama de falácia a dificuldade na contratação, mas reconhece problemas na distribuição de médicos.
"Medicina é uma profissão como todas as outras. Onde tem mercado tem médicos, e onde não tem mercado há dificuldade em alocá-los", diz ele, que defende mecanismos de carreira de Estado para fixar profissionais nestes locais.
Questionado, o Inep, instituto responsável pelo Revalida, afirma que está organizando cronograma do novo exame.
O instituto atribui o atraso a uma necessidade de reaplicar a prova a participantes da edição ocorrida em 2017, o que impediu que o exame fosse realizado nos dois últimos anos.
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Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM
Presidente do Conselho Federal de Medicina vê politização sobre o remédio e afirma aguardar 'pesquisas sérias'
Natália Cancian
brasília As iniciativas de in terromper estudos com cloroquina feitas pela OMS (Orga nização Mundial da Saúde) e outras instituições internacionais náo levarão o Conselho Federal de Medicina a rever o parecer dado em abril sobre o uso do medicamento em casos de Covid-19. A posição é defendida pelo presidente da entidade, Mauro Ribeiro, em entrevista à Folha.
"O que estamos ansiosos é pela divulgação de pesquisas sérias que nos indiquem um caminho para tratamento da doença. Nosso parecer nunca vai ser manipulado. A hora que saírem os estudos, vamos seguir", afirma.
Segundo o presidente do CFM, que tem evitado comentar o tema nos últimos dois meses, a entidade tem recebido os anúncios da OMS "com tranquilidade". Ele diz que houve politização excessiva em tomo do medicamento.
"É algo que beira ao absurdo [essa politização]. O que temos é que quem é a favor do Bolsonaro a defende de forma apaixonada, e quem é contra refuta de forma apaixonada."
Nesta terça (7), o presidente Jair Bolsonaro divulgou que contraiu o novo coronavírus.
Ele aproveitou o anúncio do seu teste para Covid-19 para defender que a hidroxicloroquina é eficaz para tratar a doença - não há comprovação científica disso. Afirmou que está tomando a droga.
A defesa do remédio e feita por Bolsonaro desde o início da pandemia. Em abril, quando Luiz Henrique Manetta era ministro da Saúde, o conselho de medicina foi solicitado a dar um parecer sobre o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19.
Em um documento, a entidade reforçou que não havia evidências, mas autorizou médicos a prescreverem o medicamento em três situações: 1) paciente com sintomas leves, em início de quadro clínico e com diagnóstico confirmado; 2) paciente com sintomas importantes, com ou sem recomendação de internação e 3) pacientes críticos na UTI com uso de ventilação mecânica.
Desde o parecer, o aval do conselho à prescrição tem sido citado por Bolsonaro e pela atual equipe do Ministério da Saúde para defender mudanças na oferta da cloroquina - o que era rechaçado pela equipe de Mandetta.
A discordância em relação ao uso do remédio colaborou para a saídas de Mandetta e de seu sucessor, Nelson Teich, para quem o CFM deveria rever aposição sobre a possibilidade de uso "off-label" (fora da bula) do medicamento.
Hoje, o parecer é usado como justificativa pelo Ministério da Saúde para oferta do remédio a pacientes com quadros leves da Covid, ainda que "sem comprovação de benefício inequívoco", como ressalta a pasta, e com alerta sobre riscos. Antes, o medicamento era indicado apenas para casos graves e críticos.
Ribeiro evita comentar a posição do ministério, mas diz que "todos têm opinião sobre a cloroquina", incluindo "a imprensa, advogados, os arquitetos e os médicos".
Ele reconhece que ainda não há comprovação de eficácia do uso do medicamento, indicado originalmente para malária, artrite e lúpus, no tratamento da Covid-19.
"Hoje, à luz da ciência e da medicina baseada em evidências, não existe nenhuma droga com eficácia comprovada no tratamento", afirma.
"Existem estudos observacionais para os dois lados, mostrando que [a cloroquina] po de fazer mal ou fazer bem."
Segundo ele, apesar de não ver essa necessidade agora, a autarquia "pode rever o documento [sobre o uso da cloroquina em infectados com o novo coronavírus] a qualquer momento" a partir do resultado de novas pesquisas.
Um desses casos, disse, quase ocorreu após estudo publicado na Lancet com 96 mil pacientes e que apontava maior risco de arritmia e de morte em comparação com pacientes que não usaram os medicamentos. O estudo, porém, foi retirado da revista após polêmica envolvendo a transparência dos dados.
"Aquele estudo era tão devastador e contrário à hidroxidoroquina que obrigatoriamente teríamos que rever o parecer se se confirmasse. Mas agimos com cautela, para ver a repercussão. E aconteceu o que aconteceu", diz.
Embora revista, a pesquisa da Lancet não foi o único revés recente ao uso da cloroquina.
Após idas e vindas, a OMS anunciou em 17 de junho que decidiu interromper os experimentos com hidroxicloroquina para tratamento de Covid-19 no estudo Solidarity, que está sendo realizado em vários países do mundo.
Segundo a organização, a revisão de um comitê independente e outros estudos mostraram que náo houve redução na mortalidade de doentes que receberam a droga.
Neste sábado (4), a entidade voltou a frisar que a deci são havia ocorrido em definitivo para o Solidarity.
Dias antes do primeiro anúncio da OMS, a FDA (agência que regula medicamentos nos Estados Unidos) também revogou a autorização de uso emergencial do medicamento naquele país, alegando que "não era mais razoável" acreditar que a droga tivesse eficácia contra a Covid-19.
"Muito foi falado do que fez o FDA, mas ele retirou para pacientes graves", afirma Ri beiro, referindo-se a uma ressalva feita no documento de que há baixa possibilidade de eficácia para esses casos.
Enquanto entidades recuam das orientações, o Ministério da Saúde tem redobrado a aposta no medicamento. Recentemente, estendeu a possibilidade de oferta do remédio para gestantes e crianças - mesmo com recomendações contrárias da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Questionado, o presidente do CFM evitou comentar a decisão. "Ele fez uma orientação, não vou defender ou criticar. Para nós, [o parecer] está sendo seguido", diz ele, para quem a necessidade decisão compartilhada entre médico, paciente ou responsável engloba esses casos.
Ainda assim, ele diz reconhecer que outras drogas têm tido resultados mais promissores em estudos iniciaisque a cloroquina, caso de dexametasona e remdesivir. Mas alega que não cabe ao CFM fazer um novo parecer sobre elas.
"Esses medicamentos já se impuseram. Quem hoje se coloca contra dexametasona por um paciente que necessita de oxigênio? Não tem. A hidroxicloroquina é que está totalmente politizada."
E o conselho não teria cola borado para acirrar a politização? "O CFM foi usado tanto por um lado quanto pelo outro. Quem é contra a cloroquina interpreta o parecer de uma forma, e quem é a favor, de outra forma. Mas não teve por parte do C FM nenhum ato político. Quem solicitou o parecer foi o Ministério da Saúde", diz ele, segundo quem o conselho não se arrepende de ter o feito o documento.
O tema, no entanto, gera polêmica entre médicos, que têm reclamado de pressões para indicar o uso do medicamento.
"Mas não existe exercício da medicina sem pressão", diz. "O que dá respaldo ao médico é o Código de Ética Médica."
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 1.436 novos casos e 18 mortes em 24 horas
Goiânia - Com 1.436 novos casos e 18 registros de mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, Goiás soma 32.981 contaminações e 733 óbitos pela doença. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) na tarde desta quarta-feira (8/7).
De acordo com o boletim da pasta, há no Estado 77.796 casos suspeitos em investigação. Outros 36.809 já foram descartados. O total de curados não foi informado.
Além dos 733 óbitos confirmados, há 52 mortes suspeitas que estão em investigação. Já foram descartadas 513 mortes suspeitas nos municípios goianos.
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Goiânia registra crescimento de quase 350% no número de leitos disponíveis
Goiânia - A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia divulgou balanço, nesta quarta-feira (8/7), apontando que, entre maio e julho, o número de leitos disponíveis para tratar covid-19 na capital cresceu quase 350%. Segundo os dados, a quantidade de vagas de UTI foi de 40 para 150 e de enfermarias passou de 37 para 197. Ao todo, Goiânia possui 347 leitos.
Além do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, do Hospital das Clínicas e da Santa Casa de Misericórdia, a prefeitura mantém contrato com cinco unidades particulares: Gastro Salustiano, Hospital Jacob Facuri, Hospital Ruy Azevedo, Hospital São Lucas e Renaissance.
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Período crítico da pandemia em Goiás deve começar dia 22, diz Alexandrino
Secretário considera estudo da UFG | 08.07.20 - 14:30
Goiânia - Estudo elaborado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) aponta a tendência de que o período mais crítico da pandemia da covid-19 em Goiás seja de 22 a 27 de julho. O alerta o reforçado pelo secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, nesta quarta-feira (8/7).
De acordo com o secretário, Goiás segue adotando medidas para evitar o avanço da doença. “Se não tivéssemos tomado as ações há mais de 60 dias, (o sistema de saúde) já teria colapsado”, disse. Citou que foram inaugurados cinco Hospitais de Campanha, o número de leitos de UTI dobrou em relação ao ano passado, foram aumentados os leitos de enfermaria, quase 2 mil pessoas foram contratadas e mais de 4 milhões de unidades de proteção individual (UPIs) foram distribuídas.
Ismael comentou as últimas estatísticas da pandemia no Estado, relativas a esta terça-feira, 7, quando os casos confirmados totalizaram 31.545 e os óbitos somaram 715. E foi registrado número recorde de mortes em 24 horas: 61. “Acredito que já estamos vivendo o pico, que deve culminar no dias 22 a 27, e tende a diminuir depois o número de casos e óbitos diários, pouco a pouco”, disse. Acrescentou que foi dessa forma que aconteceu em outros países e em outros Estados do País.
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TV ANHANGUERA
Ocupação nas UTIs para Covid-19 se aproxima de 90%
https://globoplay.globo.com/v/8684472/programa/
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Falta de testes para Covid-19 ainda é realidade em Goiás
https://globoplay.globo.com/v/8684600/programa/
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O GLOBO
Teste de Covid-19: reclamações à ANS dobram em uma semana
Queixas aumentaram após inclusão do exame na cobertura obrigatória dos planos
LUCIANA CASEMIRO
As reclamações relacionadas a testes para detecção da Covid-19 mais do que dobraram na última semana. Segundo os dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foram 564 queixas, entre 29 de junho e 5 de julho, contra 226, entre 22 a 28 de junho.
Apesar de a ANS não ter uma análise dos motivos das reclamações, o aumento das queixas coincide com a inclusão do teste de Covid-19 na cobertura obrigatória dos planos de saúde pela agência, no dia 29, após determinação judicial.
Segundo Renê Patriota, presidente da Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps), mesmo com a decisão judicial e a inclusão no rol de procedimentos obrigatórios para os planos de saúde, consumidores continuam relatando dificuldades para realização da sorologia:
- Eu mesma fui obrigada a pagar R$ 100 hoje para realizar um exame sorológico, pois a minha operadora se negou a cobrir o IGM - relata Renê.
Gabriela Splendore, diretora de arte, que teve sintomas da Covid-19 há dois meses, tentou fazer o teste na última sexta-feira, mas não conseguiu autorização do Bradesco:
- Liguei para todos os laboratórios conveniados e todos disseram que o Bradesco não autorizou o exame. Em conversa com a central da operadora, alegaram que já liberaram o exame com a rede conveniada, mas os laboratórios dizem que não. É um looping!
O mesmo aconteceu com o jornalista Fabio Barros:
- Estou com pedido médico em mãos, já liguei para vários laboratórios e eles afirmaram que a Amil ainda não autorizou.
Ana Carolina Navarrete, coordenadora de pesquisa de saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idee), diz que a resolução da ANS prevê adoção imediata, no entanto, é compreensível que haja um período de adaptação.
Procurada, a Bradesco Saúde diz oferecer a cobertura do teste de sorologia, desde a determinação da ANS, assim como a de outros exames e tratamentos para Covid-19. E afirma ter resolvido a questão de Gabriela.
Já a Amil explica que, inicialmente, "devido ao curto tempo para credenciamento do exame junto aos prestadores de serviço, a operadora ofereceu a cobertura do teste sorológico por reembolso". A empresa garante que, a partir desta semana, os testes de pesquisa de anticorpos IgA, IgG e IgM estarão disponíveis nas maiores redes de laboratórios do país.
A orientação da AN S é que, em caso de dificuldade para a realização do exame, o beneficiário tente resolver primeiro com a operadora e, caso não tenha uma solução adequada, registre reclamação nos canais da AN S.
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AGÊNCIA BRASIL
Anvisa revoga resolução que proibia doação de sangue por homens gays
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revogou nesta quarta-feira (8) a determinação que restringia a doação de sangue por homossexuais do sexo masculino. Segundo a medida agora revogada, homens que mantiveram relações sexuais com outros homens nos últimos 12 meses eram considerados inaptos para doações.
O ato, publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União, cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que considera o impedimento discriminatório. Em julgamento realizado em maio, o STF decidiu que a restrição é inconstitucional. Sobre o tema, a maioria do ministros acompanhou o relator, Edson Fachin.
Em seu voto Fachin destacou que não se pode negar a uma pessoa que deseja doar sangue um tratamento não igualitário, com base em critérios que ofendem a dignidade da pessoa humana. O ministro acrescentou que para a garantia da segurança dos bancos de sangue devem ser observados requisitos baseados em condutas de risco e não na orientação sexual para a seleção dos doadores, pois configura-se uma "discriminação injustificável e inconstitucional".
Histórico
No texto de uma resolução de 2014, referente às "boas práticas do ciclo do sangue" (RDC Nº34), a Anvisa definia que homens que tiveram relação sexual com indivíduos do mesmo sexo deveriam ser impedidos de doar sangue por um ano após a prática sexual. O impedimento se estendia também a eventuais parceiras sexuais desses homens. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5543, que provocou o STF foi ajuizada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) que questionou a proibição.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação