CLIPPING AHPACEG 01/10/20
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Aulas presenciais devem continuar suspensas até o número de mortes por coronavírus se estabilizar em Goiás, define COE
Inca: mulheres agiram corretamente ao adiar consultas durante pandemia
Doria fala em vacinação a partir de dezembro
Artigo - Definição de dor é atualizada pela primeira vez em quatro décadas
Operadoras estão prestes a voltar a níveis de atividade pré-pandemia
Covid-19: Goiás registra 3.078 novos casos e 66 mortes em um dia
Câncer de mama pode atingir 200 mil mulheres no Brasil até 2022, diz Inca
Vacina da Pfizer induziu resposta imune contra Covid-19 em voluntários, demonstra estudo
Apenas cinco peritos retornaram as atividades presenciais nas agências do INSS em Goiânia.
PORTAL G1
Aulas presenciais devem continuar suspensas até o número de mortes por coronavírus se estabilizar em Goiás, define COE
Decisão partiu do comitê que monitora o comportamento do coronavírus no estado. Apesar da medida, algumas escolas particulares entraram na Justiça para voltar com as atividades nas unidades.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
A retomada das aulas presenciais no estado entrou na pauta de discussão do Centro de Operações de Emergências (COE) para o Enfrentamento ao Coronavírus em Goiás, nesta quarta-feira (30). Os membros do comitê recomendaram que as atividades nas escolas devem continuar suspensas até que se ocorra redução das mortes por Covid-19 e liberação de leitos de UTI.
As aulas estão suspensas desde março, após serem registrados os primeiros casos de coronavírus em Goiás. Procurada pelo G1 depois da reunião, a Prefeitura de Goiânia informou que não vai se pronunciar sobre as recomendações do COE e disse tem seguido as regras estaduais com relação ao retorno às aulas.
O G1 entrou em contato com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Goiás (Sinepe) e aguarda retorno.
Durante a reunião, o COE reforçou que a liberação depende de uma queda de 15% nos registros de mortes de uma semana para outra, por, no mínimo, quatro semanas seguidas. Além disso, é necessário manter a taxa de ocupação hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) inferior ou igual a 75%, durante o mesmo período.
Esses critérios tinham sido definidos em Nota Técnica publicada em 1º de setembro. Desde então, o estado não atingiu nenhum deles.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que a situação atual do estado é de queda de 19,2% nos registros de mortes, mas que esse número foi registrado por apenas uma semana. Já a taxa de ocupação hospitalar em UTIs está em 82%, superior aos 75% definidos em nota. Segundo o órgão, até esta quarta-feira, mais de 209 mil pessoas já foram infectadas e 4.672 morreram em razão da Covid-19.
Escolas particulares tentam retorno
Instituições de ensino infantil de Goiânia entraram na Justiça para conseguir o retorno das aulas presenciais. Elas alegam que diversos outros setores já reabriram, como comércio, bares e academias, mas as escolas seguem sem previsão de retomada devido à pandemia de Covid-19. Ao todo, 56 pré-escolas da capital conseguiram, na segunda-feira (28), uma liminar para retomar as atividades presenciais.
Em 22 de setembro, oito berçários também conseguiram reabrir após uma decisão da Justiça. A decisão em caráter liminar vale para as unidades que ingressaram com um mandado de segurança solicitando a autorização para a reabertura.
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AGÊNCIA BRASIL
Inca: mulheres agiram corretamente ao adiar consultas durante pandemia
A quarentena imposta pelo novo coronavírus levou muitas mulheres brasileiras a deixar de ir ao ginecologista ou ao mastologista para fazer prevenção ou tratamento do câncer de mama. É o que revela a pesquisa Câncer de mama: o cuidado com a saúde durante a quarentena, feita pelo Ibope Inteligência para a empresa Pfizer entre os dias 11 e 20 de setembro, por plataforma online. Foram ouvidas 1.400 mulheres na faixa etária de 20 a mais de 60 anos, das classes A,B e C, moradoras da cidade de São Paulo, do Distrito Federal e das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de Belém, Porto Alegre e do Recife.
De acordo com a sondagem, 62% das entrevistadas não foram a seus médicos durante o isolamento social, por medo de contrair a covid. Com isso, deixaram de fazer exames de rotina que poderiam ajudar na prevenção da doença. No grupo considerado de risco, que abrange as maiores de 60 anos, 73% afirmaram estar esperando o fim da pandemia para marcar uma consulta ou realizar exames de rotina.
A chefe de Coordenação de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), Liz Almeida, afirmou que as mulheres que não foram aos médicos durante o isolamento social agiram de forma correta. "Elas tiveram toda a razão de não sair de casa". A Organização Mundial da Saúde (OMS) orientou que se a mulher é assintomática, sem qualquer sinal da doença, o fato de ela adiar um exame de detecção precoce de câncer, no caso o câncer de mama, não vai ter grandes impactos em sua vida. A orientação da OMS se destina a todas as mulheres da faixa preconizada que deveriam estar fazendo os exames para detecção precoce de câncer, que são aquelas entre 50 anos e 69 anos de idade.
Mamografia
Liz Almeida informou que a orientação do Ministério da Saúde é que mulheres entre 50 e 69 anos devem fazer um exame mamográfico a cada dois anos. "Então, você tem dois anos para fazer esse exame. A OMS considera que alguns meses não vão provocar grandes desastres nessa detecção". Advertiu, entretanto, que se a mulher observar qualquer sinal ou sintoma na sua mama, a orientação da OMS é examente o contrário. "Não espere um único dia. Saia de casa e procure um profissional de saúde para ser examinada e fazer todos os exames que ele pedir. Então, as mulheres não terem saído de casa foi absolutamente correto".
Segundo informou o diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, levantamento feito pela instituição verificou que houve redução de 84% de exames de mamografia durante a pandemia, este ano, em comparação ao ano passado. Ele destacou que as mulheres não devem, porém, deixar de procurar os serviços médicos quando têm algum sintoma. "Principalmente aquelas que já têm diagnóstico de câncer, para não interromper o tratamento, tomando todos os cuidados, como uso de máscara, entre outros".
De acordo com estimativa do Inca, são esperados para este ano, no Brasil, 66.280 novos casos de câncer de mama. A instituição, vinculada ao Ministério da Saúde, informou que 17.572 mulheres morreram de câncer de mama no país em 2018. Como os serviços médicos estão voltando a funcionar com a flexibilização das atividades, a recomendação de Liz Almeida é que as mulheres remarquem seus exames. "É falsa a ideia de que as mulheres vão morrer disso", assegurou, referindo-se aos meses em que deixaram de ir ao ginecologista ou mastologista. "É uma fake news".
Mulheres jovens
A médica do Inca observou que são raros os casos de câncer de mama em mulheres mais jovens e, em geral, eles acontecem quando há ligação com fatores hereditários. "Normalmente, são cânceres mais agressivos. Mas eles são raros", reiterou. Por isso, disse não fazer sentido mandar mulheres entre 30 e 39 anos fazer exames de rotina para detecção de câncer de mama porque se descobriria um único caso entre centenas de mulheres. Isso não é bom porque a radiação é fator de risco para o câncer de mama. Além disso, se formariam filas desnecessárias que retardariam o exame para quem realmente precisa.
Luiz Augusto Maltoni disse ainda que não há comprovação científica de que mulheres mais jovens apresentem câncer de mama mais agressivos. "Na realidade, não faz sentido sair fazendo rastreamento para mulheres abaixo de 50 anos". Advertiu, por outro lado, que se uma mulher, mesmo jovem, apresentar sintomas, como nódulos, secreção pela mama, tem que procurar um serviço médico especializado e fazer os exames necessários para elucidar o caso. "Mas não uma chamada para rastreamento".
Liz Almeida explicou que o rastreamento foi uma estratégia criada para evitar mortes. Ele envolve mamografia, biópsia e entrada no tratamento, com o objetivo de detectar precocemente o câncer de mama para que a mulher possa começar rapidamente o tratamento e fazer a cirurgia, após a confirmação da doença pela biópsia. As mulheres mais jovens têm mama mais densa, mais fibrosa, enquanto as mais velhas, que estão na menopausa, têm mama adiposa. Por isso, a chance de erros na mamografia de mulheres mais jovens é maior. Mas se uma mulher de faixa etária inferior a 50 anos sentir algo diferente em seus seios, deve correr para o médico, recomenda.
Atenção aos corpos
A orientação geral é que as mulheres prestem atenção aos seus corpos. Ao sinal de qualquer caroço ou mancha escura na mama, ou ainda de mudança no ritmo intestinal, por exemplo, deve ir ao médico porque deve ser uma lesão benigna. "Mas não paga para ver", orientou a chefe da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca. "Vai lá, marca a sua consulta e faz o exame".
A pesquisa mostra que apesar do movimento Outubro Rosa, que alerta para a prevenção do câncer de mama, existir há mais de 15 anos há ainda grande desinformação. Do total de mulheres entrevistadas, 63% não sabem que a amamentação é fator de proteção contra a doença. "A amamentação é fator que reduz o risco do câncer de mama", lembrou Liz. A prática protege a criança de uma série de doenças, na medida em que a mãe está passando para ela seus anticorpos. "Cadê o instinto materno dessas mulheres?", indagou a médica.
A pesquisa revela também que 37% das mulheres acreditam que o câncer só é desenvolvido por quem já teve caso na família. Liz Almeida afirmou que essa é "outra lenda". Explicou que é verdade que existe um fator hereditário para todos os tipos de câncer, mas isso ocorre normalmente com uma parcela pequena da população. No caso do câncer de mama, isso representaria entre 5% e 10%. "Então, você vê que 90% a 95% não têm nada a ver com isso".
Segundo a pesquisa, a prevenção à doença ainda é tardia entre as brasileiras. Embora 72% das mulheres consultadas disseram ir regularmente ao ginecologista ou ao mastologista,pelo menos uma vez por ano, e 75% relataram que conversam com seu médico sobre a importância de realizar exames periódicos, uma entre quatro representantes do sexo feminino disse não falar com o médico sobre prevenção e 12% não costumam abordar o assunto.
Este ano, o Ministério da Saúde centralizou a série de eventos alusivos ao Outubro Rosa. No próximo dia 8, está prevista entrevista coletiva da diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho Mendes Pereira, sobre o câncer de mama.
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CORREIO BRAZILIENSE
Doria fala em vacinação a partir de dezembro
São Paulo assina contrato para 46 milhões de doses da CoronaVac e garante que médicos serão imunizados ainda neste ano. No balanço do ministério, Brasil volta a registrar mais de mil mortes por covid-19 após 15 dias
RENATA RIOS
Após 15 dias sem registrar mais de mil mortes em 24 horas, o Brasil voltou a bater uma triste marca, com 1.031 óbitos; totalizando 143.952 vidas perdidas. De acordo com o balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, ontem, o registro de casos confirmados foi de 33.413, chegando a 4.810.935 de infectados. Também, ontem, contudo, o governador João Doria (PSDB) afirmou que, se a CoronaVac passar na fase de testes em voluntários e for aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacinação poderá ocorrer já a partir de 15 dezembro, começando por profissionais de saúde de unidades públicas e privadas do estado de São Paulo.
Doria anunciou um acordo com a farmacêutica chinesa Sinovac para o fornecimento da vacina. "O vice presidente mundial da Sinovac, Weining Meng, veio ao Brasil, e assinará comigo e com o doutor Dimas Covas este contrato, que garante o fornecimento das 46 milhões de doses, agora, para dezembro, e mais 14 milhões de doses da vacina até fevereiro de 2021, totalizando, assim, 60 milhões de doses da vacina contra a covid-19", informou.
O prefeito Bruno Covas celebrou. "A data de hoje é mais uma data festiva nessa nossa caminhada em relação a essa vacina, que é a vacina mais promissora neste momento no mundo", afirmou. Para o infectologista do Laboratório Exame Alberto Chebabo, a vacina da Sinovac é, realmente, o imunizante em estágio mais avançado, porém, ressalta, isso não significa que, em dezembro, a vacina estará pronta para ser aplicada. "O ideal é que, depois que você que termine a aplicação nos voluntários das duas doses da vacina, você precise, idealmente, ter, pelo menos, seis meses para saber qual a eficácia dessa vacina", explicou.
Outros imunizantes
A Farmacêutica Moderna também trouxe boas notícias sobre o progresso do imunizante testado no momento. De acordo com a empresa, a vacina experimental apresentou uma resposta boa em idosos. "Dados provisórios da fase 1 sugerem que a mRNA-1273, nossa vacina candidata à prevenção da covid-19, pode gerar anticorpos em adultos mais velhos e idosos em níveis comparáveis a adultos mais jovens", disse, em nota, Tal Zaks, diretor da Moderna.
A vacina produzida pelo laboratório belga Janssen, braço da Johnson & Johnson, e coordenada pelo L2iP Instituto de Pesquisas Clínicas, obteve resultados animadores. O imunizante, que será testado, também, no Distrito Federal, apresentou anticorpos em 98% dos participantes dos estudos preliminares. Os resultados publicados na plataforma medRxiv analisaram dados das fases 1 e 2 do ensaio. De acordo com o material, o imunizante teria altas taxas de resposta e anticorpos neutralizantes detectáveis 29 dias após a vacinação.
Saúde adia "Dia D" após polêmica
O Ministério da Saúde resolveu adiar o Dia Nacional da Conscientização para o Cuidado Precoce no âmbito da covid-19, que estava previsto para acontecer no próximo sábado. A decisão ocorre um dia após a mudança no formato do evento, feita pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Na terça-feira, o general vetou a explicação que seria feita sobre o tratamento precoce com a utilização do chamado kit covid-19, que incluiria medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina. A polêmica em torno da campanha motivou a decisão de adiar o evento, que, segundo fontes ouvidas pelo Correio, deve ser cancelado. A assessoria de imprensa da pasta, no entanto, informou por meio de nota que a "ação de conscientização para o tratamento precoce da covid-19 está sendo planejada, e não tem data de lançamento definida".
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MEDICINA S/A
Artigo - Definição de dor é atualizada pela primeira vez em quatro décadas
A definição revisada foi publicada na edição de setembro de 2020 da revista Pain.
"A dor não é apenas uma sensação ou sintoma. É uma condição muito mais complexa que é importante reconhecer adequadamente para orientar a pesquisa científica básica, o atendimento ao paciente e as políticas públicas", disse Srinivasa Raja, MBBS, professor de anestesiologia e medicina intensiva na Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins e presidente da força-tarefa da IASP que criou a descrição revisada.
De acordo com os pesquisadores, a nova definição de dor - a primeira atualização desde 1979 - apresenta uma frase-chave: "Uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a, ou semelhante àquela associada a, dano real ou potencial ao tecido."
A frase é importante, dizem os pesquisadores, porque inclui tipos de dor não bem compreendidos há 40 anos, como a nociplástica - onde os receptores de dor são estimulados sem evidência da causa, como na fibromialgia - e a dor neuropática, causada por um paciente sensibilizado ou sistema nervoso desadaptativo, comumente associado a condições de dor crônica, como dores persistentes após cirurgia, lesões nervosas e amputações de membros (comumente chamadas de "dor de membro fantasma").
A definição revisada também inclui mais pessoas que não conseguem expressar sua dor em palavras. De acordo com Raja, a definição anterior usava a palavra "descrito", que exclui comportamentos não-verbais para indicar dor em animais e certos indivíduos vulneráveis.
"Mudar essa linguagem permite que os médicos contabilizem adequadamente a dor em populações carentes e negligenciadas, como idosos e pessoas com deficiência", diz ele.
A definição atualizada pode, em última análise, ter um impacto sobre o acesso aos cuidados de saúde, se adotada pelas seguradoras. Uma pesquisa de 2016 dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA estima que 20,4% dos adultos dos EUA vivem com dor crônica e cerca de 20 milhões relataram que a dor limita a capacidade de realizar tarefas em seu trabalho e na vida diária.
"Quando a dor afeta a função, a psique e o bem-estar social das pessoas, ela precisa ser reconhecida pelas seguradoras que ditam quem recebe os cuidados e quais aspectos de seus cuidados multidisciplinares são reembolsados", diz Raja.
No geral, a força-tarefa da IASP diz que a definição revisada forneceu um ponto de partida para integrar o gerenciamento holístico e mais baseado em evidências da dor aos cuidados médicos e de saúde mental.
"A dor não pode ser simplificada em uma escala de 0 a 10. As avaliações precisam olhar para a pessoa como um todo, levando em consideração os fatores cognitivos, psicológicos e sociais que são essenciais para o tratamento da dor", diz Raja.
*Rubens de Fraga Júnior é Especialista em geriatria e gerontologia. Professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná.
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MONITOR MERCANTIL
Operadoras estão prestes a voltar a níveis de atividade pré-pandemia
A economia brasileira - assim como a do resto do mundo - deverá enfrentar tempos turbulentos pela frente. Mas o mercado de saúde suplementar se mostra saudável para atravessar o período desafiador do pós-pandemia.
A avaliação é do presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), João Alceu Amoroso Lima, ao abordar, em palestra realizada por meio virtual nesta quarta-feira junto no Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG), as perspectivas das operadoras de planos e seguros de saúde para os próximos meses.
Também destacou que o grau de dificuldades dependerá da velocidade da recuperação econômica e dos estímulos que o governo brasileiro será capaz de gerar para manter a capacidade de consumo das pessoas ao comentar as perspectivas das operadoras de planos e seguros de saúde para os próximos meses.
" A partir de outubro, é possível que os volumes de frequência de procedimentos, como consultas e exames, já voltem ao nível pré-pandemia", previu. "A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) mostrou que, em agosto, os indicadores de sinistralidade já começaram a subir muito e caminham para voltar ao normal".
A pandemia também deve produzir outras mudanças no setor, segundo o presidente da FenaSaúde. Um dos mais significativos é a progressiva mudança no modelo de remuneração de prestadores pelas operadoras. "Cada vez mais se fala de sair do atual sistema de remuneração para algo mais amplo, que agregue mais valor à saúde. Teremos a redução gradual do 'fee for service' para o conceito de remuneração baseada em valor".
Novas perspectivas
Sob o tema "Saúde Suplementar: Impactos da Pandemia e Novas Perspectivas para o Mercado", participaram do debate, além de João Alceu Amoroso Lima, os presidentes do CSP-MG, João Paulo Mello; do Sindicato dos Corretores de Seguros de Minas Gerais (Sincor-MG), Maria Filomena Branquinho; e do Sindicato das Empresas de Seguros e Resseguros) de Minas, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal (SindSeg), Marco Neves. O diretor do CSP-MG, Maurício Tadeu Morais, foi o mediador.
Durante debate com os espectadores, que puderam interagir e enviar perguntas ao palestrante, o presidente da FenaSaúde disse que outra possível decorrência da pandemia é um maior processo de consolidação do mercado de saúde suplementar, com rearranjo entre os principais players em praças importantes, como tem acontecido nos últimos meses.
Modelo de negócios
O modelo de negócios da saúde - não apenas suplementar - também deve sofrer alterações na forma de organizar a cadeia de suprimentos. A pandemia, avaliou Amoroso Lima, mostrou que é indesejável alta concentração de compras em poucos fornecedores, sejam países ou empresas específicas, o que impactou preços e disponibilidades de equipamentos no auge dos casos de covid-19. "A máxima de que é bom concentrar em alguns fornecedores para obter preços melhores será revista para termos uma melhor diluição dos riscos".
Foco de atenção do mercado é a proliferação de novas modalidades de acesso a atendimentos e procedimentos de saúde que foram facilitados pelas tecnologias e impulsionados pela permissão da prática de telemedicina durante o período de pandemia. É o caso de serviços baseados em plataformas digitais ou organizados sob o modelo de cartões de benefícios ou clubes de assinaturas.
" São empresas e serviços que estão mirando os consumidores que estão na 'fronteira', que não têm renda disponível para adquirir um plano de saúde e querem uma alternativa ao SUS. Há aí uma fronteira regulatória tênue (sobre se é ou não é um serviço de natureza securitária) e que certamente irá levar a ANS a ter que se manifestar", comentou.
Neste sentido, para atrair este perfil de beneficiários e ampliar acessos, a FenaSaúde tem defendido a possibilidade de disponibilizar planos de saúde com coberturas moduladas que possam se adequar à capacidade de pagamento de cada empresa ou família. Além disso, busca novas regras que viabilizem a oferta de planos individuais: "Enquanto permanecerem as regras de reajuste que temos hoje, infelizmente não há incentivo para o mercado comercializar estes tipos de planos".
O presidente da FenaSaúde também salientou a importância das operadoras para manter o bom funcionamento da cadeia de prestação de serviços de saúde privados nos meses mais severos da pandemia. "Muitas operadoras socorreram prestadores, como hospitais em dificuldade em função do adiamento de procedimentos eletivos, com adiantamentos, empréstimos e antecipação de pagamentos. Na FenaSaúde, tentamos ajudar, facilitando estas conversas".
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 3.078 novos casos e 66 mortes em um dia
Adriana Marinelli
Goiânia - Com 3.078 novos testes positivos da covid-19 e 66 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde na tarde desta quarta-feira (30/9), Goiás chega a 209.785 casos e 4.672 óbitos confirmados.
No Estado, há 224.316 casos suspeitos em investigação e outros 157.480 foram descartados.
Além dos 4.672 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,23%, há 259 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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Câncer de mama pode atingir 200 mil mulheres no Brasil até 2022, diz Inca
Goiânia - O câncer de mama, neoplasia mais comum entre as mulheres brasileiras, pode acometer até 2022, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), quase 200 mil mulheres. Destas, 11.280 moram na região Centro-oeste e cerca de 5 mil são goianas.
Os números ganham ainda mais destaque no mês de outubro, quando ocorre um movimento de conscientização para a prevenção e controle da doença: o Outubro Rosa. Em 2020 a campanha, apesar de restrita às plataformas digitais, ganhará força por conta do aumento da mortalidade pela neoplasia.
Segundo o DATASUS, o câncer de mama, dentre todos os outros tipos, foi a segunda causa de óbito mais frequente em 2019, sendo responsável por mais de 18 mil mortes entre mulheres. O dado, fortemente associado ao diagnóstico precoce, evidência a importância de detectar a doença ainda no estágio inicial, o que, de acordo com levantamento recente do Observatório de Oncologia, acontece somente em 24% dos casos.
“O câncer é uma corrida contra o tempo. Sabemos, por exemplo, que a mamografia consegue detectar a doença até dois anos antes dela se tornar clinicamente evidente. O que, além de aumentar consideravelmente as chances de cura, diminui os efeitos tóxicos das terapias sistêmicas e as mutilações das mamas”, comenta o mastologista Rubens José Pereira.
Médico do Setor de Ginecologia e Mama (SGM) do Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ), Rubens também chama atenção para o fato de que a descoberta tardia aumenta muito os gastos do SUS com o tratamento do câncer de mama, já que prolonga o tempo da mulher nos hospitais especializados. Só em 2019, por exemplo, foram realizadas no SGM quase 25 mil consultas ambulatoriais e cerca de 3 mil cirurgias pelo Sistema Único de Saúde.
O estudo do Observatório de Oncologia, que analisou o panorama de atendimento das mulheres com câncer de mama, no âmbito do SUS, entre 2015 e 2019, mostrou ainda que em Goiás 49% dos diagnósticos foram feitos tardiamente e que as mulheres demoraram mais de três meses para iniciarem o tratamento. O grande problema, ainda segundo o levantamento, não está no intervalo entre a primeira consulta com o médico especialista e o diagnóstico do câncer de mama, mas sim no tempo gasto até que a paciente seja encaminhada para a rede especializada.
No Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ), por exemplo, entre 2010 e 2015, pouco mais de 50% das pacientes atendidas chegaram a unidade de saúde com cânceres de mama os estágios II e III. Em âmbito nacional, a situação não é diferente. O tempo médio para início do tratamento é de cerca de 83 dias, sendo 76 dias para a quimioterapia, 78 para cirurgia e 148 de radioterapia – dado que demonstra a urgência da implementação de ações de saúde que melhorem o rastreamento e controle do câncer de mama no país.
Para além das ações, o mastologista Ruffo de Freitas Júnior destaca outros problemas específicos como a subutilização dos mamógrafos espalhados pelo Brasil – cuja capacidade ultrapassa a marca de 35 milhões de exames por ano, unindo SUS e Saúde Suplementar. Na prática, no entanto, o número é muito diferente. Segundo levantamento do Observatório de Oncologia, em 2019 foram realizadas no país apenas 4 milhões de exames. “O estado de melhor performance é o da Bahia, que chega a atender 40% da população feminina. Em Goiás, menos de 20% da capacidade dos mamógrafos do SUS é utilizada. Temos, então, a capacidade de aumentar em 80% a assistência sem gastar nada”, destaca o médico. No ano de 2019, houve em Goiás 10.230 mamografias. Destas, 6.377 foram no Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ).
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JORNAL OPÇÃO
Vacina da Pfizer induziu resposta imune contra Covid-19 em voluntários, demonstra estudo
Por Luiz Phillipe Araújo
Resultados são relativos às etapas 1 e 2. Anvisa publicou nesta sexta-feira, 30, nota que simplifica protocolo para registro de vacinas contra a Covid-19
Na corrida por vacina contra a Covid-19, a farmacêutica americana Pfizer anunciou nesta quarta-feira, 30, resultado positivos em testes realizados nas etapas 1 e 2. O estudo foi revisado por pares e aponta resposta imune nos voluntários
Os resultados são da candidata BNT162b1, que não apresentou efeitos colaterais graves, mas a farmacêutica dará continuidade aos testes da vacina BNT162b2. Agora a empresa espera pelos resultados da terceira fase, que devem ser publicados em outubro.
Simplificação na Anvisa
Também nesta quarta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma nota técnica para simplificar o procedimento de análise de dados e registro de vacinas contra a Covid-19 no País. A nota, reduz exigências para admissão do protocolo dos novos produtos.
O procedimento, chamado de submissão contínua, diz que a análise dos dados referentes aos imunizantes acontecerá na medida em que forem gerados e apresentados à Anvisa os resultados das pesquisas, “visando uma posterior submissão de registro quando do preenchimento dos requerimentos regulatórios necessários”.
De acordo com a agência reguladora, a estratégia tem como objetivo acelerar a disponibilização à população brasileira de vacinas contra o novo corona vírus, desde que garantidas a qualidade, a segurança e a eficácia. (Com informações da Agência Brasil)
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O HOJE
Apenas cinco peritos retornaram as atividades presenciais nas agências do INSS em Goiânia.
De acordo com matéria publicada na Agência Brasil, peritos de algumas agências haviam reclamado de falta de segurança referente ao combate a disseminação da Covid-19.
Ana Julia Borba
Na última terça-feira (29), foi publicado no Diário Oficial da União o decreto que concede a solicitação do INSS sem limitação por distância. Em Goiânia, apenas cinco peritos voltaram a atender nas agências do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), na última terça-feira (29).
A obrigatoriedade do retorno aconteceu após o decreto do serviço presencial ser restaurado pelo Tribunal Regional Federal (TRF-1) na última quinta-feira (24).
Segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, de 1.004 peritos médicos que deveriam comparecer, apenas 715 peritos retornaram suas atividades. De acordo com matéria publicada na Agência Brasil, peritos de algumas agências haviam reclamado de falta de segurança referente ao combate a disseminação da Covid-19.
Em Goiânia, apenas 49 perícias foram registradas nas regiões do Centro e Setor Universitário. Além das duas agências na capital, apenas a agência de Rio Verde retornou as atividades de perícia em todo o estado. O INSS não informou quantos peritos deveriam ter retomado as atividades na capital.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação