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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Comércio ilegal de medicamentos é alvo de investigação, em Goiânia
Ginecologista é condenado a mais de 270 anos de prisão por estupro de 21 mulheres, em Anápolis
Planos de saúde têm reajuste autorizado pela ANS
Polícia Civil investiga morte de criança com suspeita H1N1, em Jaraguá
Justiça condena médico ginecologista a mais de 270 anos de prisão – ontem
Tratamento para síndrome de Down e lesão cerebral deve ser coberto de maneira ampla por plano de saúde
Surto de febre maculosa causa mortes em evento na Fazenda Santa Margarida, em Campinas
Saiba o que é febre maculosa e quais os sintomas
FenaSaúde aponta os principais fatores que levam ao índice de reajuste anunciado pela ANS
DIÁRIO DA MANHÃ
Comércio ilegal de medicamentos é alvo de investigação, em Goiânia
Dois estabelecimentos comerciais foram alvo de uma operação da Polícia Civil, ambas na Região Norte da capital
Duas farmácias da Região Norte de Goiânia foram alvo da Operação Receita em Branco na segunda-feira, 12, realizada pela Polícia Civil em colaboração com a Vigilância Sanitária municipal, e que tem como objetivo combater o comércio ilegal de medicamentos controlados. A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) foi responsável por conduzir a operação.
Durante a vistoria, a Polícia Civil constatou um considerável volume de receitas médicas suspeitas de falsificação. Tanto os documentos em si quanto os dispositivos utilizados para armazená-los foram apreendidos pelas autoridades.
A Vigilância Sanitária identificou outras irregularidades além das suspeitas de crimes, resultando na aplicação de medidas administrativas. Após a conclusão da operação, a Decon iniciou um inquérito policial para investigar possíveis delitos, incluindo a falsificação de documentos particulares e o comércio ilegal de medicamentos com finalidade medicinal.
Essa investigação visa responsabilizar os envolvidos nessas práticas ilícitas e assegurar a segurança e a saúde da população.
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PORTAL G1
Ginecologista é condenado a mais de 270 anos de prisão por estupro de 21 mulheres, em Anápolis
Defesa afirma que vai recorrer da decisão. Caso ganhou repercussão após três vítimas denunciarem à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) que forma vítimas de crimes sexuais dentro do consultório do médico.
Por Augusto Sobrinho e Vanessa Martins, g1 Goiás
A Justiça condenou a 277 anos de prisão o médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais pelo crime de estupro de vulnerável contra 21 mulheres, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. “A medicina existe para curar as pessoas, não para feri-las ainda mais”, destacou a juíza Lígia Nunes de Paula na decisão.
O g1 entrou em contato com o advogado Carlos Eduardo Gonçalves Martins, que defende o médico, que afirmou que vai recorrer da condenação e informou que o condenado está preso. Nicodemos já havia sido condenado em abril de 2022 a 35 anos de prisão pela justiça de Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), o médico foi condenado a 163 anos de prisão pelo crime contra 12 vítimas e, no outro processo, envolvendo 9 mulheres, a 114 anos. Além disso, informa que ele deverá pagar R$100 mil de indenização por danos morais para cada uma das vítimas.
As sentenças foram dadas pela juíza titular da 2ª Vara Criminal da comarca de Anápolis, Lígia Nunes de Paula, no dia 7 de junho. No total, a pena para o ginecologista é de 277 anos, 2 meses e 19 dias de prisão em regime fechado. Na decisão, a magistrada destacou a importância da dignidade sexual das pacientes.
“A medicina existe para curar as pessoas, não para feri-las ainda mais. Essa indispensável profissão, apesar de fundamental para a manutenção sadia da coletividade, não se sobrepõe a direitos de estirpe constitucional e tutelados pelo direito penal, como, dentro outros, o direito à liberdade e dignidade sexual”, escreveu a juíza.
Paula ainda diz que a “técnica de anamnese mais completa”, que o médico disse usar para perguntar e examinar as pacientes em maiores detalhes durante as consultas, é uma uma maneira de mascarar o intuito lascivo travestido de técnica médica, apesar da aparência de “zelo”. A juíza ainda enfatizou que Nicodemos usou a profissão de ginecologista como pretextos para cometer os crimes.
"A culpabilidade do réu é desfavorável, uma vez que os estupros foram praticados por meio de ardil, se valendo do pretexto de realizar um exame ginecológico para praticar os atos libidinosos, demonstrando a maior reprovabilidade de seu comportamento. Em reforço, o agente se valeu da sua condição de médico ginecologista para praticar os atos, desprestigiando sua profissão e demonstrando um alto nível de instrução”, disse.
Investigação
Nicodemos se tornou alvo de investigação depois que mulheres procuraram a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Anápolis para denunciar que foram vítimas de crimes sexuais dentro do consultório. No início foram três, mas o caso ganhou repercussão e outras vítimas se sentiram seguras para registrar os crimes.
O médico foi preso pela primeira vez prisão dele foi em 29 de setembro de 2021, após as três priemeiras pacientes relatarem os abusos à Polícia Civil.
Apesar do número de denúncias, o médico foi solto em 4 de outubro por decisão da Justiça, passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. No entanto, mais vítimas de Abadiânia registraram ocorrências e ele foi preso novamente em 8 de outubro do mesmo ano.
Relatos de pacientes
As vítimas relatam diversos tipos de comportamento e comentários com conotações sexuais por parte do ginecologista.
Uma das mulheres disse que, durante uma consulta, o médico elogiou os olhos e o órgão genital dela. Em seguida, perguntou sobre sua relação sexual com o marido.
"Eu fiquei congelada e ele fazendo manipulações, isso tudo com os dois dedos introduzidos na minha vagina. Eu não consegui nem respirar no momento. É uma situação que a gente nunca espera que vai acontecer", contou.
Outra paciente disse que foi abusada pelo ginecologista durante o atendimento. Ela decidiu falar sobre o caso após a prisão do médico.
"Ele teve conversas inadequadas, me mostrou sites obscenos, brinquedos eróticos e tocou em mim não da forma que um ginecologista deveria tocar. Quando ele colocou minha mão na parte íntima dele, sabe?”, descreveu.
Entre as denúncias, também está a da aromaterapeuta Kethlen Carneiro, de 20 anos, que procurou a Polícia Civil para relatar que foi abusada por ele quando tinha 12 anos. Durante o atendimento, segunda ela, o médico sugeriu a leitura de material pornográfico.
"Ele veio me falar que eu podia começar a me masturbar. Me mostrou histórias em quadrinho pornô e vídeos. Me mandando os links e quais eu podia assistir. Depois levantou, pegou minha mão e colocou nele, na parte íntima dele", disse.
Em conversa por uma rede social, outra paciente pede informações ao ginecologista sobre o uso do anel vaginal, um método contraceptivo. Em um momento, ela pergunta se ele não atrapalha a relação sexual e se o parceiro não o sentiria. O médico, então, responde:
“Bom, minha namorada já usou e eu não percebi diferença alguma. Posso testar kkk. Brincadeira”.
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TV ANHANGUERA
Planos de saúde têm reajuste autorizado pela ANS
https://globoplay.globo.com/v/11697932/
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Polícia Civil investiga morte de criança com suspeita H1N1, em Jaraguá
https://globoplay.globo.com/v/11697587/
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Justiça condena médico ginecologista a mais de 270 anos de prisão
https://globoplay.globo.com/v/11697540/?s=0s
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DIÁRIO INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Tratamento para síndrome de Down e lesão cerebral deve ser coberto de maneira ampla por plano de saúde
Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, reconheceu a obrigação de a operadora do plano de saúde cobrir sessões de equoterapia prescritas tanto para beneficiário com síndrome de Down quanto para beneficiário com paralisia cerebral. Recentemente, o colegiado já havia estabelecido entendimento semelhante em relação a tratamento de autismo.
Com base nesse entendimento, a turma negou provimento a dois recursos especiais interpostos
pela Unimed, nos quais a cooperativa médica questionava a cobertura do tratamento com equoterapia para criança com paralisia cerebral e a cobertura de tratamento multidisciplinar - inclusive com equoterapia - , por tempo indeterminado e com os profissionais escolhidos pela família, fora da rede credenciada, para criança com sindrome de Down. Em ambos os casos, a operadora de saúde foi condenada pelas instâncias ordinárias a custear os tratamentos das crianças. Ao STJ, a Unimed alegou que a equoterapia
não encontra previsão no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), motivo pelo qual ela não poderia ser compelida a fornecer tal cobertura. Além disso, a operadora sustentou r ser possível o custeio fora da rede credenciada.
A relatora dos recursos, ministra Nancy Andrighi, recordou que diversas manifestações da ANS sobrevieram ao julgamento realizado pela Segunda Seção, no EREsp 1.889.704, no sentido de reafirmar a importância das terapias multidisciplinares para os portadores de transtorno global do desenvolvimento, e de favorecer, por conseguinte, o seu tratamento integral e ilimitado.
A ministra destacou que o fato de a síndrome de Down e a paralisia cerebral não estarem enquadradas na CID-10 F84 (transtornos globais do desenvolvimento) não afasta a obrigação de a operadora cobrir o tratamento multidisciplinar e ilimitado prescrito ao beneficiário com essas condições que apresente quaisquer dos transtornos globais do desenvolvimento.
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TUDO OK NOTÍCIAS
Surto de febre maculosa causa mortes em evento na Fazenda Santa Margarida, em Campinas
Com 49 casos registrados no Brasil em 2023, e seis evoluções para óbito, a febre maculosa tem se mostrado uma preocupação para a saúde pública. Transmitida pela picada do carrapato e causada pela bactéria do gênero Rickettsia, a doença não é passada diretamente entre pessoas pelo contato. No Brasil, os principais vetores são carrapatos do gênero Amblyomma.
Recentemente, três pessoas que estiveram em um evento na Fazenda Santa Margarida, em Campinas (SP), morreram com sintomas da doença. Uma mulher de 36 anos teve o diagnóstico confirmado, levantando preocupações sobre a disseminação da febre maculosa.
Segundo o Ministério da Saúde, a febre maculosa se manifesta de forma repentina, com sintomas semelhantes aos de outras infecções, como febre alta, dor na cabeça e no corpo, falta de apetite e desânimo. Pequenas manchas avermelhadas, que crescem e ficam salientes, também são comuns. A doença pode progredir para náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas. Em casos mais graves, pode ocorrer paralisia, começando nas pernas e subindo até os pulmões, o que pode levar à parada respiratória.
A prevenção da febre maculosa baseia-se em evitar o contato com carrapatos. Para isso, é recomendado o uso de roupas claras para facilitar a identificação dos parasitas, além do uso de calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramados. Também é importante evitar locais com grama ou vegetação alta e utilizar repelentes de insetos.
O Ministério da Saúde também orienta a remoção adequada dos carrapatos, utilizando uma pinça, sem apertar ou esmagar o parasita. Após a remoção, a área da mordida deve ser lavada com álcool ou sabão e água. Quanto mais rápido os carrapatos forem retirados do corpo, menor será o risco de contrair a doença.
O diagnóstico precoce da febre maculosa é desafiador, especialmente nos primeiros dias da infecção, devido à semelhança dos sintomas com outras doenças, como leptospirose, dengue e hepatite viral. É importante que os profissionais de saúde questionem os pacientes sobre sua exposição a carrapatos em locais como matas, florestas, fazendas e trilhas ecológicas.
O tratamento da febre maculosa é eficaz quando administrado com antibióticos específicos nos primeiros dois ou três dias da infecção. O medicamento deve ser iniciado assim que surgirem os primeiros sintomas, mesmo sem o diagnóstico confirmado, uma vez que o diagnóstico pode demorar. Em certos casos, a internação pode ser necessária. O tratamento tem a duração de 7 dias e deve ser mantido por mais 3 dias após o término da febre.
O atraso no diagnóstico e início do tratamento pode levar a complicações graves, como comprometimento do sistema nervoso central, dos rins, dos pulmões e lesões vasculares, podendo levar à morte. A disseminação da febre maculosa e as mortes ocorridas no evento na Fazenda Santa Margarida destacam a importância da conscientização sobre a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado dessa doença transmitida por carrapatos.
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PORTAL RÁPIDO NO AR
Saiba o que é febre maculosa e quais os sintomas
Com 49 casos registrados no Brasil em 2023, e seis evoluções para óbito, a febre maculosa é transmitida pela picada do carrapato e causada por bactéria do gênero Rickettsia. A doença não é passada diretamente entre pessoas pelo contato. No Brasil, os principais vetores são carrapatos do gênero Amblyomma.
Este mês, quatro pessoas que estiveram em evento na Fazenda Santa Margarida, em Campinas (SP), morreram com sintomas da doença. Uma delas, uma mulher de 36 anos, teve o diagnóstico confirmado.
Segundo o Ministério da Saúde, normalmente a doença se manifesta de forma repentina, com um conjunto de sintomas semelhantes aos de outras infecções: febre alta, dor na cabeça e no corpo, falta de apetite e desânimo. Em seguida é comum aparecerem pequenas manchas avermelhadas, que crescem e ficam salientes.
O quadro é agravado com náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas. Nos casos mais graves, pode haver paralisia, começando nas pernas e subindo até os pulmões, o que pode causar parada respiratória.
Prevenção
A prevenção da febre maculosa é baseada em impedir o contato com o carrapato. Portanto, em locais onde haverá exposição ao bicho, algumas medidas podem ajudar a evitar a infecção, como usar roupas claras para ajudar a identificar o bicho; utilizar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramados; evitar andar em locais com grama ou vegetação alta e usar repelentes de insetos.
Além disso, o Ministério da Saúde recomenda a remoção - com uma pinça - se um carrapato for encontrado no corpo; não apertar ou esmagar o bicho e, depois de removê-lo inteiro, lavar a área da mordida com álcool ou sabão e água. Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de se contrair a doença.
Diagnóstico
Diagnosticar precocemente a febre maculosa é muito difícil, principalmente nos primeiros dias da infecção, já que os primeiros sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, entre outras. Mas o que é importante para o caso, segundo o Ministério da Saúde é se o paciente esteve em locais de mata, florestas, fazendas, trilhas ecológicas onde possa ter sido picado por um carrapato.
O profissional de saúde deverá ainda solicitar exames para confirmar ou contribuir com o diagnóstico.
Tratamento
Segundo o Ministério da Saúde, a febre maculosa tem cura desde que o tratamento com antibióticos específicos seja administrado nos primeiros dois ou três dias da infecção. O medicamento deve ser administrado assim que surgirem os primeiros sintomas, mesmo sem o diagnóstico confirmado, já que ele pode demorar. Segundo o Ministérios da Saúde, em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa. A terapêutica é empregada por um período de 7 dias, devendo ser mantida por 3 dias, após o término da febre.
Atraso no diagnóstico e, consequentemente, no início do tratamento pode provocar complicações graves, como o comprometimento do sistema nervoso central, dos rins, dos pulmões, das lesões vasculares e levar ao óbito.
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FENASAÚDE
FenaSaúde aponta os principais fatores que levam ao índice de reajuste anunciado pela ANS
- Inflação da saúde, representada pela evolução do custo de assistência; a insegurança e a instabilidade regulatória; o aumento da judicialização; e o aumento expressivo da ocorrência de fraudes contra os planos de saúde estão entre os principais fatores que impactam no reajuste de planos de saúde
- Em 2020, o reajuste de planos individuais e familiares foi negativo, de - 8,19%, e, em 2021, teve teto de 15,5%. Com o reajuste de 9,63%, anunciado nesta segunda-feira (12/06), a média considerando os últimos três anos foi de 5,64%. No mesmo período, a média de aumento do IPCA foi de 6,79%.
Rio de Janeiro (Junho de 2023) - Nesta segunda-feira, 12/06, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou o índice máximo de 9,63% de reajuste para os planos individuais e familiares. O teto se aplica a planos regulamentados e adaptados à Lei nº 9.656/98 e tem vigência de maio/2023 a abril/2024. Diante da publicação, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entidade representativa de operadoras de planos de saúde, aponta a inflação da saúde, representada pela evolução do custo de assistência; a insegurança e a instabilidade regulatória; o aumento da judicialização; e o aumento expressivo da ocorrência de fraudes contra os pl anos de saúde como sendo os principais fatores que influenciam no cálculo do reajuste.
"Vivemos uma crise sistêmica, que está atemorizando toda a cadeia de prestação de serviços de saúde privada. Além dos fatores estruturais, temos ainda fatores conjunturais importantes que afetam a sustentabilidade do setor, como mudanças institucionais, regulatórias e legislativas profundas nas regras que regem o setor de saúde suplementar nos últimos dois anos", analisa diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente. A entidade ressalta que o reajuste anual é fundamental para recompor os custos e, consequentemente, manter o equilíbrio financeiro do setor, que fechou o ano de 2022 com R$ 10,7 bilhões de prejuízo operacional.
A saúde suplementar vem sofrendo efeitos diretos do aumento da inflação na saúde e dos custos dos tratamentos, medicamentos, procedimentos hospitalares e terapias. Já no âmbito regulatório, os últimos anos foram marcados por mudanças legislativas e regulatórias que impactaram diretamente na sustentabilidade do setor, como exemplo da Lei 14.454/2022, que modificou o caráter taxativo do rol, criando condicionantes frágeis e muito subjetivas para obrigar planos a cobrir itens fora da lista. Isso também está relacionado com outro fator bastante conhecido, a judicialização, que é prejudicial a todo o sistema de saúde. E, por fim, o aumento expressivo das fraudes contra os planos é outro ponto de alerta e que igu almente recai sobre o aumento dos custos na saúde.
Em 2020, o reajuste de planos individuais e familiares foi negativo, de - 8,19%, e, em 2021, teve teto de 15,5%. Com o reajuste de 9,63%, anunciado nesta segunda-feira (12/06), a média considerando os últimos três anos foi de 5,64%. No mesmo período, a média de aumento do IPCA foi de 6,79%. Atualmente, os planos individuais respondem por 17% do total de beneficiários em planos de assistência médica, cerca de 9 milhões de usuários. Na avaliação da FenaSaúde, essa oferta poderia ser aumentada com a revisão da atual fórmula de reajuste.
"Hoje, a forma de reajuste dos planos individuais não considera parâmetros importantes como a sinistralidade das carteiras, a diferença entre modalidades de negócios, a regionalização de produtos, o fim da limitação de terapias e a velocidade da incorporação de procedimentos e medicamentos na lista de coberturas obrigatórias. Portanto, o índice acaba ficando descolado do avanço real de custos verificado no setor", analisa Vera Valente. A diretora ressalta, ainda, a necessidade de revisão do atual marco legal do setor, que data de 1998, de forma a ilustrar as mudanças pelas quais a sociedade brasileira passou nos últimos 25 anos, promovendo, assim, a ampliação da oferta de planos individuais no mercado.
Em 2022, os planos de saúde responderam por 83% das receitas dos principais hospitais privados do país, segundo a Anahp, e mais de 50% das receitas dos laboratórios de medicina diagnóstica, de acordo com a Abramed. A saúde suplementar movimenta cerca de 3% do PIB e emprega quase 5 milhões de pessoas, que atuam em 165 mil estabelecimentos de saúde. Só em 2021, dado mais recente disponibilizado pela ANS, os planos de saúde cobriram mais de 1,6 bilhão de procedimentos, entre consultas, exames, internações, terapias e cirurgias.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde: índice máximo de aumento de individuais será divulgado hoje. Veja como funcionam os reajustes
Entidades filantrópicas pedem suspensão do piso da enfermagem, ao menos para o setor
Goiás fica em 8º lugar no ranking dos estados que mais consomem bebida alcóolica no país
Redes sociais e o submundo da cirurgia plástica
Anvisa aprova primeiro medicamento injetável para prevenção do HIV
Tratamento precoce de cardiopatia congênita simples não deixa sequelas
O que explica aumento de mortalidade por infarto entre mulheres jovens brasileiras
Mais de um milhão de pessoas esperam por cirurgias eletivas no SUS
O que explica aumento de mortalidade por infarto em mulheres jovens no Brasil
O GLOBO
Planos de saúde: índice máximo de aumento de individuais será divulgado hoje. Veja como funcionam os reajustes
A Agência Nacional de Saúde Suplementar divulga, nesta segunda-feira, o percentual máximo autorizado para os reajustes dos planos de saúde individuais. O limite é válido para a aplicação entre maio de 2023 e abril de 2024, de acordo com o mês de aniversário do contrato. O índice está sendo divulgado com um mês de atraso e será aplicado retroativamente nos contratos que deveriam ter sido reajustados em maio.
O mercado estima que o percentual limite para o reajuste deve ficar entre 9% e 12%. Segundo a Associação Brasileira dos Planos de Saúde (Abramge), em suas simulações, o percentual encontrado com maior frequência foi de 10,4%.
Seja qual for o índice se determinado pela ANS nesse intervalo bem menor do que o que vem sendo aplicado nos contratos coletivos - a maior parte na faixa dos 25%, havendo alguns superiores a 30% - ficará muito acima da inflação medida pelo IPCA nesse período, de 3,94%.
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Limite de reajuste de planos individuais autorizados pela ANS - Foto: Editoria de arte Limite de reajuste de planos individuais autorizados pela ANS - Foto: Editoria de arte
Essa limitação só vale para 8,9 milhões de contratos, que representam apenas 17,5% dos 50,5 milhões de usuários.
Confira como é a regra de reajuste para diferentes contratos de planos de saúde:
Como é calculado o reajuste anual?
O contrato deve informar com clareza os critérios de reajuste. Mas, de forma geral, este é calculado a partir da variação nos custos ocasionada por fatores como inflação, uso de novas tecnologias e a própria utilização do plano pelos consumidores que compõem o contrato.
No caso dos planos individuais, a taxa máxima de aumento anual é limitada pela ANS.
Nos coletivos, há uma livre negociação entre contratantes e operadoras, o que pode levar a índices muito maiores do que o determinado pela ANS. Os contratos de adesão, tradicionalmente, concentram os maiores percentuais de reajuste.
Para os coletivos com até 29 anos, a ANS estabelece que as operadoras devem fazer o cálculo usando como base todos usuários dessa modalidade em sua carteira. Essa é a uma forma de diluir risco, já que em um contrato com pequeno número de usuários, se houver um caso grave, que exija desembolso de alto custo, isso poderia levar a reajustes excessivamente altos e inviabilizar a permanência dos beneficiários.
E o reajuste por faixa etária, quando acontece?
O reajuste por mudança de faixa etária ocorre de acordo com a variação da idade do consumidor. Há dez faixas previstas: até 18 anos; de 19 a 23 anos; de 24 a 28 anos; de 29 a 33 anos; de 34 a 38 anos; de 39 a 43 anos; de 44 a 48 anos; de 49 a 53 anos; de 54 a 58 anos; e 59 anos ou mais.
A ANS determina que a a diferença de valor entre a mensalidade da primeira e da última faixa etária não pode ultrapassar 500%. A norma da agência também estipula que as últimas cinco faixas não podem acumular uma variação maior do que a das cinco primeiras, a fim de evitar que o peso maior do reajuste se concentre nas faixas de maior idade, o que acabaria por levar esses consumidores a deixarem o plano.
Se eu não conseguir a nova mensalidade do meu plano de saúde, qual a alternativa?
A portabilidade pode ser uma alternativa. Esse instrumento permite trocar operadora sem a necessidade de cumprir novos períodos de carência e de cobertura parcial temporária para doenças ou lesões preexistentes.
Para realizar a troca de um plano de saúde, é importante observar as regras estabelecidas pela ANS. Os planos devem ser compatíveis (pode-se verificar em https://www.ans.gov.br/gpw-beneficiario/). Também é necessário que o consumidor esteja vinculado ao plano atual há pelo menos dois anos, ele não pode estar inadimplente e o contrato precisa estar ativo.
Além disso, as operadoras têm como política comercial avaliar o tempo de permanência do beneficiário em outro plano e as características daquele produto. Se essa análise indicar boas práticas de uso, a empresa pode dispensar o prazo de carência.
Esse período é demonstrado por meio de um documento conhecido como carta de permanência. Nesses casos, o beneficiário poderá utilizar todos os serviços do plano de saúde contratado, sem ter que esperar.
Posso trocar por um plano mais barato na mesma operadora? Nesse caso, há carência?
Sim, isso é possível, e nesse caso não há necessidade de cumprimento de carência. No entanto, é preciso ter ao menos um ano de contrato no plano anterior.
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JOTA INFO
Entidades filantrópicas pedem suspensão do piso da enfermagem, ao menos para o setor
Federação das Instituições Beneficentes sustenta que filantrópicas não possuem ‘socorro’ para custeio do piso da enfermagem
A Federação Nacional das Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas solicitou, ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), a suspensão total da lei do piso da enfermagem, ou, ao menos, para “instituições beneficentes que não realizam atendimento pelo SUS, até que seja indicada a fonte de custeio”.
Segundo a federação, há risco na empregabilidade caso as entidades beneficentes tenham que pagar o piso. “Se a rede SUS foi contemplada com assistência financeira da União, as demais instituições não possuem socorro semelhante”, alega.
O julgamento do piso da enfermagem foi interrompido, no dia 24 de maio, com um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Até a paralisação, o relator, Luís Roberto Barroso, tinha votado pela manutenção da liminar em que estabelecia critérios para o pagamento do piso, enquanto o ministro Edson Fachin havia opinado pela aplicação imediata do piso tanto para o setor público quanto privado.
Com a interrupção, continua válida a liminar de Barroso que restabeleceu o piso da enfermagem nos seguintes termos: União deve pagar 100% do piso para os servidores do seu quadro; estados, municípios e hospitais que atendem 60% de pacientes dos SUS quitam as folhas de pagamento dos profissionais de saúde nos limites dos valores repassados pela União; e a iniciativa privada pode tentar acordo com os funcionários via negociação coletiva, que deve valer para os salários relativos ao período trabalhado a partir de 1º de julho de 2023.
A Federação Nacional das Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas solicitou, nesta terça-feira (6/6), que o ministro Barroso aceite seu pedido de amicus curiae na ADI 7.222 e que mantenha a liminar que impediu a produção de efeitos da lei do piso da enfermagem. A organização argumenta que as instituições de saúde beneficentes e filantrópicas possuem um planejamento financeiro previamente acordado com seus financiadores e que elas já estão “em situação financeira caótica”.
Sustenta que as instituições filantrópicas, muitas vezes, celebram termos de parceria com os entes públicos para promover os tratamentos de saúde. Segundo a federação, os entes públicos parceiros foram “surpreendidos com uma lei que estabelece um piso salarial de âmbito nacional, absurdamente desproporcional, o qual não é aplicado (considerando a média salarial), nem aproximadamente, em nenhum dos estados da Federação”.
A federação alega que as entidades serão impactadas duramente pela lei do piso da enfermagem e que, em muitos locais, pode ocorrer a inviabilidade total “da manutenção dos serviços por parte destas organizações, sem fins econômicos, as quais, em muitos locais chegam a ser o único hospital da cidade ou região”.
Segundo a federação, quase a totalidade das atividades de atenção aos idosos, a pessoas com deficiência, a pessoas excepcionais, a pessoas que precisam de reabilitação, entre outras; são realizadas por associações, fundações ou organizações religiosas. O Panorama das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) no Brasil mostra que 60% das instituições de acolhimento aos idosos são filantrópicas.
“É certo que o Estado não possui condições de absorver todo este atendimento, mas se as organizações não contarem com recursos para manter os profissionais que realizam os atendimentos, a situação ficará insustentável”, ressalta.
A federação defende que a destinação de recursos do governo para o pagamento piso da enfermagem, alteração que foi importante para revogação parcial da liminar, diz respeito somente às instituições de saúde que atuam de forma complementar ao SUS. “Portanto, se as medidas não são suficientes para sustentar o custo com o piso nacional dos profissionais de enfermagem para as organizações que atendem ao SUS, o que se dirá quanto aquelas instituições que, apesar da relevância pública dos seus serviços, não contam contam com nenhuma medida de assistência financeira no aspecto da Lei debatida na presente ADI”, destaca.
Segundo a entidade, “se a rede SUS foi contemplada com assistência financeira da União, as demais instituições não possuem socorro semelhante, o que só pode levar a um destino: se não há recursos, não há emprego, estabelecido o caos”.
A organização ainda sustenta que o tempo que o STF previu para negociações com os sindicatos de enfermagem é extremamente curto. “E ainda, as organizações sindicais, não abrirão mão do piso salarial da enfermagem aos seus representados”, afirma.
Ainda não há nova data para que o julgamento seja retomado. O ministro Gilmar Mendes tem, de acordo com as novas regras do tribunal, 90 dias para apresentar o voto-vista. Depois deste período, o caso é liberado automaticamente para os outros ministros para julgamento.
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TV ANHANGUERA
Goiás fica em 8º lugar no ranking dos estados que mais consomem bebida alcóolica no país
https://globoplay.globo.com/v/11686444/
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TV BAND
Redes sociais e o submundo da cirurgia plástica
As redes sociais estão sendo usadas para divulgar a prática inescrupulosa da medicina. Em especial, a oferta de cirurgia plástica circulando em posts montados por pessoas que se autointitulam "facilitadoras de procedimentos médicos".
Redes sociais e o submundo da cirurgia plástica | Band (uol.com.br)
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AGÊNCIA ESTADO
Anvisa aprova primeiro medicamento injetável para prevenção do HIV
A Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro medicamento injetável para prevenção do HIV no Brasil, o Cabotegravir, que será mais uma opção de profilaxia pré-exposição (PreP), ou seja, uso contínuo de medicamentos antirretrovirais para pessoas com maior risco de contaminação. A autorização foi dada à empresa GSK (GlaxoSmithKline) e está na Resolução nº 1.970, de 1º de junho de 2023, publicada no Diário Oficial da União no último dia 5 de junho.
Atualmente, os medicamentos à disposição do público são comprimidos de uso via oral. A principal diferença em relação aos novos está em sua ação prolongada, com redução da necessidade de doses. Basicamente, aplica-se uma injeção intramuscular na região dos glúteos, com as duas doses iniciais tendo entre elas um intervalo de quatro semanas, e depois uma dose a cada oito semanas. Ou seja, em vez de 365 doses anuais, seriam apenas seis.
Segundo informações divulgadas pela GSK em 2020, a eficácia do novo método seria 69% maior em relação aos medicamentos de uso oral e diário. Além disso, espera-se que, com doses menos frequentes, a adesão ao tratamento aumente para os que fizerem uso desse tipo de medicamento. Para mais informações sobre eficácia, segurança e quem deve recorrer ao método da PReP, é possível acessar o site e documentos do Ministério da Saúde (ainda sem atualização em relação aos injetáveis).
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AGÊNCIA BRASIL
Tratamento precoce de cardiopatia congênita simples não deixa sequelas
Doença atinge 1% dos bebês nascidos no Brasil
O Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita, uma anomalia na estrutura ou função do coração, é lembrado nesta segunda-feira (12) no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, 1% dos bebês que nascem no país tem alguma cardiopatia congênita. Isso significa cerca de 29 mil a 30 mil novos casos por ano. Na terça-feira (13), o Instituto Nacional de Cardiologia (INC) promove uma sessão de portas abertas para pacientes e familiares, com o objetivo de ajudar no entendimento de cada pessoa e esclarecer dúvidas sobre a doença.
A anomalia surge na gestação. “A criança nasce com o problema; vem da barriga da mãe e, ao longo da vida, vai lidar com a doença, no formato da complexidade do que é a doença na origem”, disse à Agência Brasil a coordenadora do Serviço de Cardiopatia Congênita no Adulto e Doenças da Aorta do INC, Maria Carolina Terra Cola,. A unidade é referência do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro no tratamento de crianças e adultos com cardiopatias congênitas.
A doença pode ser mais ou menos complexa, explicou a médica. Quanto mais simples, maior é a chance de a criança ter a doença tratada logo, ou seja, na primeira ou segunda infância, e ficar sem nenhuma sequela, tendo só o acompanhamento cardiológico normal, disse Maria Carolina.
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Quando a cardiopatia congênita é mais complexa, ou muito complexa, a criança, adolescente ou adulto vão acabar tendo que lidar com o problema a vida toda e, muitas vezes, voltar ao hospital para internações e intervenções, que podem ser cirurgias ou cateterismo. “E vivenciar isso a vida inteira, com maior ou menor grau de limitação, em relação às coisas simples da vida, como se exercitar, engravidar”, acrescentou.
Riscos
De acordo com a médica, os riscos específicos relacionados à cardiopatia congênita incluem infecção no coração (hemocardite) e necessidade de colocação de marca-passo. “A vida do paciente será de acordo com a complexidade da cardiopatia. Vai ser de acordo com as sequelas, os resíduos iniciais que a doença deixou na vida dele”. Muitas vezes, o jovem tem de colocar uma válvula no coração que, ao longo da vida, terá de ser trocada mais de uma vez, em períodos de dez anos.
As doenças mais simples podem até ser consideradas curadas na infância. O paciente vai ter acompanhamento médico, que pode ser feito pelo cardiologista. Já nas cardiopatias de média para alta complexidade, a gama de pacientes precisará ser assistida por um especialista. Isso sem contar questões da vida adulta, como trabalho, formação, estudo, possibilidade de engravidar, necessidade de esterilização devido ao risco alto de engravidar, risco de endocardite e necessidade de novas intervenções para pacientes mais complexos.
Maria Carolina informou que pessoas com cardiopatia congênita devem praticar atividade física, mas de acordo com suas possibilidades. ”Tem aqueles para os quais será liberada só a caminhada e outros que podem até ser liberados para esporte competitivos.”
As sequelas podem ocorrer na função cardíaca, na função de válvulas cardíacas, e também sob a forma de arritmia, hipertensão arterial pulmonar. As alterações residuais que ficam no paciente é que vão determinar o que ele pode fazer, qual é a mulher que poderá engravidar sem nenhum problema. A vida do jovem ou adulto jovem cardiopata congênito será norteada pela complexidade da doença em relação a esses fatores.
Segundo a médica, essas questões vão poder ser customizadas de acordo com a gravidade e com o que o paciente apresenta em termos de lesões residuais, de problemas cardiológicos decorrentes da cardiopatia congênita. Ela ressaltou que mesmo mulheres que já trocaram a válvula do coração, mas que tenham cardiopatia congênita de média complexidade, poderão engravidar. Já as pacientes que acabam evoluindo para insuficiência cardíaca, hipertensão arterial pulmonar, arritmias, terão a contraindicação, porque a gravidez se torna risco para sua vida.
Algumas situações de risco para engravidar podem ser resolvidas operando, destacou a médica do INC. Outras alterações, contudo, não podem ser resolvidas com cirurgia. “Para essas pacientes, a gente desaconselha a gravidez”. As crianças do sexo feminino com cardiopatia muito complexa devem ser conscientizadas ao longo da adolescência, antes até da entrada na vida adulta, sobre o risco que vão correr se engravidarem.
Estatísticas
A cardiopatia congênita pode ser transmitida da mãe ou do pai para o filho. Por isso, é importante em famílias em que a cardiopatia se repete, que o paciente saiba que podem transmiti-la aos filhos. Não é incomum encontrar famílias com várias alterações.
O número de adultos cardiopatas congênitos tem crescido continuamente. Um estudo de 2018 estimou que existam 50 milhões de adultos portadores de cardiopatia congênita no mundo. O Brasil acompanha a tendência mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a incidência de cardiopatias congênitas varia entre 0,8% nos países com alta renda e 1,2% nos países com baixa renda – o valor médio de 1% de incidência é aceito para o Brasil e demais países da América Latina.
Nas duas últimas décadas, a mortalidade por cardiopatia congênita em crianças caiu quase três vezes, graças a avanços nas técnicas cirúrgicas e hemodinâmicas e nos diagnósticos cada vez mais precoces e precisos feitos, muitas vezes, em fetos no útero das mães. “Isso deu uma sobrevida maior aos pacientes. Eu tenho pacientes operados na década de 1970.” No início, eles eram atendidos, não por especialistas, mas pelo pediatra, e viviam menos.
Maria Carolina destacou que muitos cardiopatas congênitos enfrentam dificuldades de engajamento na vida profissional e até de acesso ao ensino básico, ao terceiro grau. Muitos também não se consideram capazes. “Essa é uma de nossas preocupações. Muitos pacientes com baixa complexidade nos abordam querendo laudo para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e nós explicamos que eles estão bem. A cardiopatia está curada, porque foi operado na infância, e as sequelas não são graves. O paciente pode estudar e trabalhar.”
A médica defendeu a necessidade de promover o desenvolvimento pessoal e profissional desses doentes, porque é melhor ser um indivíduo produtivo, que colabora com a sociedade e consigo mesmo, na medida em que amplia sua autoestima e a realização pessoal. Nos casos de mais alta complexidade, quando o paciente não tem condição de trabalhar, são necessários laudos para benefício do INSS, porque ele tem limitação natural.
Fora da curva
A médica Maria Carolina aponta o caso de Cintia Maia como “um ponto fora da curva”. Diagnosticada com a doença com um mês e 15 dias, Cintia Maria teve o primeiro atendimento ocorreu no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, fez a primeira cirurgia Hospital Quarto Centenário e continuou o tratamento no hospital da UFRJ.
Quando engravidou e teve problemas, Cintia foi encaminhada para o Instituto Nacional de Cardiologia. O filho dela, que está com 11 anos, tratou a cardiopatia congênita logo no início e hoje não tem problemas. Depois da gravidez, Cintia ficou debilitada, com muitas limitações, mas operou a válvula cardíaca e voltou a ter vida normal. “Estudo, trabalho, faço tudo.”
Ela admite que sente alguma fadiga ou cansaço, mas nada que a impeça de realizar suas atividades. Cintia faz acompanhamento anual no Instituto Nacional de Cardiologia, para avaliar a necessidade de troca da válvula. Ela é professora e neuropsicopedagoga.
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PORTAL TERRA
O que explica aumento de mortalidade por infarto entre mulheres jovens brasileiras
Números de mulheres brasileiras de 18 a 49 anos vítimas de infarto aumentaram na última década.
O que explica aumento de mortalidade por infarto entre mulheres jovens brasileiras
A mortalidade por infarto entre mulheres jovens no Brasil está em crescimento - e menos da metade delas recebe o tratamento adequado para prevenir ou tratar esse problema.
Esses são dois dos principais alertas de um recente posicionamento sobre a saúde do coração feminino lançado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
A entidade chama a atenção para todas as falhas na cadeia de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento do ataque cardíaco - e de outras doenças agudas que afetam o sistema cardiovascular - entre o público feminino.
Na cardiologia, as diferenças entre homens e mulheres "vão além das questões cromossômicas" e envolvem "os valores sociais, as percepções e os comportamentos", que "moldam padrões e criam diferentes papeis na sociedade", aponta o documento.
Essas questões ganham mais importância quando lembramos que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil, independentemente do sexo.
Mas o que está por trás dessa quase negligência do coração feminino? Especialistas ouvidos pela apontam que não existe um único fator que explica o fenômeno - e há toda uma sucessão de falhas por trás desse cenário.
A seguir, confira o aumento da mortalidade nesse público em comparação às demais faixas etárias e entenda o que saúde mental e sintomas "desprezados" têm a ver com o problema.
Mulheres mais jovens sob risco
O infarto geralmente acontece quando há o entupimento das artérias coronárias, os vasos que levam sangue rico em oxigênio e nutrientes para o coração funcionar direito.
Essa crise cardíaca aguda - e potencialmente mortal - costuma ser o estopim de uma série de elementos que se acumulam por anos ou décadas, como doenças crônicas (obesidade, hipertensão, colesterol alto, diabetes ), comportamentos e mudanças de estilo de vida (consumo de álcool, tabagismo, sedentarismo, sono de má qualidade ) ou características individuais (idade, sexo, histórico familiar ).
Tradicionalmente, o ataque cardíaco sempre foi vinculado à figura do homem com mais de 45 ou 50 anos que carrega um ou mais fatores de risco da lista detalhada no parágrafo anterior. E, segundo essa linha de raciocínio, o risco para as mulheres só aumentava no pós-menopausa - quando elas perdem a proteção cardiovascular conferida por alguns hormônios, como o estrogênio e a progesterona.
Mas a realidade é bem mais complexa: o posicionamento da SBC revela que o percentual da taxa de mortalidade por infarto no Brasil vem caindo de forma geral entre homens e mulheres de 1990 para 2019.
Porém, quando são analisados os números específicos de mulheres mais jovens, que estariam supostamente mais protegidas pelos fatores hormonais, mortalidade por doenças cardíacas até aumentou nas últimas décadas.
A taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares agudas subiu 7,6% entre mulheres de 15 a 49 anos entre 1990 e 2019.
Nos outros grupos (mulheres mais velhas e homens de todas as idades), essas taxas estão em queda ou sofreram um crescimento menor em comparação às brasileiras pré-menopausa.
A variação foi menor entre aquelas de 50 a 69 anos (+5,4%) e caiu entre as que já passaram dos 70 anos (-18,4%). Entre os homens, a variação da mortalidade também foi inferior nos três grupos analisados: de 15 a 49 anos (+5,8%), 50 a 69 anos (+1,6%) e 70 anos ou mais (-18,2%).
"Ainda não temos evidências suficientes para explicar definitivamente e em detalhes porque isso está acontecendo e o que está por trás dessa letalidade maior nesse grupo", admite o cardiologista Antonio Mansur, diretor do Serviço de Prevenção, Cardiopatia na Mulher e Reabilitação Cardiovascular do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo.
Mas o documento da SBC apresenta algumas pistas que ajudam a entender esse cenário - como você confere a seguir.
O infarto geralmente está relacionado ao entupimento das artérias coronárias (em vermelho na ilustração) Foto: / BBC News Brasil
Fatores de risco menos óbvios
Para começar, o posicionamento destaca que "as mulheres apresentam com maior frequência fatores de risco cardiovascular não tradicionais, como estresse mental e depressão, e sofrem as consequências das desvantagens sociais devido à raça, etnicidade e renda".
Ou seja: além daqueles gatilhos clássicos do infarto (pressão alta, diabetes, sedentarismo, excesso de peso ), o público feminino ainda é mais afetado por problemas relacionados à saúde mental.
As questões psicológicas, por sua vez, vão representar um fardo a mais para um coração que já está sobrecarregado.
O impacto do estresse e da saúde mental no coração da mulher foi medido em vários estudos publicados ao longo dos últimos anos.
Um deles, feito na Universidade Emory, nos Estados Unidos, mostrou que a taxa de ataques cardíacos relacionados ao estresse era o dobro no público feminino em comparação com o masculino.
Entre pacientes que se recuperam de um infarto, a diferença no fardo mental também é marcante entre os sexos. De acordo com uma pesquisa da Universidade Yale, também nos EUA, a percepção de estresse é maior entre as mulheres mais jovens durante os doze meses que sucedem o evento cardiovascular.
Em linhas gerais, a saúde mental das mulheres é mais afetada que a dos homens por questões hormonais, de violência de gênero e traumas, segundo uma revisão publicada no The Lancet Psychiatry.
"Existe uma tendência na sociedade e na medicina de não se valorizar muito os aspectos da saúde mental. A mulher é vista como nervosa, como se não soubesse se portar ou reagir", comenta a cardiologista Ieda Jatene, do Grupo de Estudo de Doenças Cardiovasculares em Mulheres do HCor, em São Paulo.
"Muitas vezes, as queixas emocionais não são encaradas com a mesma seriedade de incômodos físicos", lamenta a médica.
Que fique claro: estresse, ansiedade, depressão e outros problemas psicológicos acometem homens e mulheres. Em ambos os sexos, se essas doenças não forem diagnosticadas e tratadas adequadamente, elas podem resultar em ataque cardíaco.
"Porém, o público feminino tende a sofrer mais com a sobrecarga relacionada à dupla ou à tripla jornada diária", acrescenta Jatene, referindo-se à incumbência de ter uma profissão, cuidar da casa e dar atenção à família que recai com maior frequência sobre elas.
Além da saúde mental, a lista de fatores de risco cardiovasculares não tradicionais que acometem as mulheres inclui também o parto prematuro, a doença hipertensiva da gestação, o diabetes gestacional, as doenças autoimunes (como lúpus e artrite reumatoide, mais frequentes no público feminino) e os tratamentos para doenças como o câncer de mama.
Sintomas desprezados
Após anos de sobrecarga, as artérias do coração entopem e o músculo entra em pane. Falamos aqui do infarto, um evento que costuma apresentar alguns sintomas importantes e bem conhecidos - o mais famoso deles é a dor no peito que irradia para o braço esquerdo.
Mas aqui, mais uma vez, as mulheres saem no prejuízo. Nelas, nem sempre o ataque cardíaco se manifesta dessa forma.
Mansur, que também é professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, calcula que a dor no peito aparece em 90 a 95% dos homens com infarto. Enquanto isso, esse sintoma acomete de 75 a 80% das mulheres na mesma condição.
"Ou seja: ela ainda é o sinal comum e mais importante em ambos os sexos", constata ele.
As mulheres vítimas desse problema, porém, podem sentir mais frequentemente outros incômodos diferentes - e, em razão disso, nem suspeitarem que estão sob risco.
Muitas vezes, nem mesmo os profissionais da saúde que atuam em ambulatórios e serviços de emergência conhecem esses sintomas atípicos do infarto, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento delas.
"Muitas apresentam queixas como cansaço extremo, um desconforto no peito que não tem uma característica de aperto, falta de ar e disparos nas batidas do coração", descreve Jatene.
"Todas essas manifestações devem sempre ser encaradas como sinais de alerta para uma doença cardiovascular", complementa ela.
Além das pistas de infarto citadas pela médica, os manuais de cardiologia incluem também mal-estar súbito, sensação de desmaio, dificuldades para manter a respiração, fraqueza intensa, tontura, suor frio, dor no abdômen ou nas costas, palidez, náuseas, vômitos e dificuldades para dormir.
Diante deles, vale ir até um serviço de emergência com a maior rapidez possível.
Jornadas duplas ou triplas, mais comuns entre as mulheres, podem resultar em mais estresse - o que afeta a saúde do coração Foto: / BBC News Brasil
Tratamento inadequado
Chegamos, enfim, à terceira barreira da lista: segundo o posicionamento da SBC, "menos de 50% das pacientes [com doenças cardíacas] são submetidas ao tratamento medicamentoso adequado".
Em outras palavras, mesmo quando superam as outras duas dificuldades, fazem exames de rotina ou suspeitam de algo mais grave e recebem o diagnóstico correto, mais da metade das pacientes não tem acesso aos remédios ou aos procedimentos mais indicados para o caso delas.
Segundo os médicos ouvidos pela e o próprio documento da SBC, existem vários fatores que explicam esse menor acesso aos tratamentos contra as doenças cardiovasculares.
O primeiro deles tem a ver justamente com o fato de os profissionais de saúde suspeitarem menos desses problemas quando a paciente é do sexo feminino - com isso, elas não recebem o diagnóstico adequado, que permitiria realizar a melhor terapia no tempo adequado.
Os especialistas também observam que, no geral, as mulheres têm menos acesso a exames de rotina do coração, que permitiriam flagrar aqueles fatores de risco por trás de um infarto - como diabetes, colesterol alto e hipertensão arterial - e poderiam ser controlados por meio de medicações. Esses problemas ficam, então, escondidos por décadas, até que desembocam numa crise aguda das coronárias.
O posicionamento da SBC ainda chama a atenção para os "determinantes sociais da saúde", como abuso sexual e violência, privação socioeconômica e baixa escolaridade. A entidade aponta que todos eles são "potencializadores de doenças cardiovasculares" nas mulheres - e é importante levar em consideração todos esses pontos durante a consulta para ampliar o acesso aos tratamentos mais efetivos para elas.
"Infelizmente, essa é a realidade. O tratamento do infarto nas mulheres costuma ser inadequado e tardio", classifica Mansur.
"Elas são menos submetidas, por exemplo, à angioplastia e à colocação de stent", diz o médico.
Esses nomes citados pelo cardiologista fazem alusão aos métodos cirúrgicos minimamente invasivos que desentopem as artérias coronárias e instalam pequenos dispositivos (os stents) que garantem a passagem de sangue pela região afetada.
Mansur acrescenta que, além dos procedimentos, as mulheres também costumam receber menos prescrições de remédios para controlar os fatores de risco tradicionais, como hipertensão e colesterol alto - que, como vimos anteriormente, são gatilhos para um infarto.
"As mulheres também são menos representadas em estudos clínicos de cardiologia. O número de voluntárias nas pesquisas é sempre muito menor", aponta Jatene.
"Até há pouco tempo, acreditava-se que doença cardiovascular era coisa de homem e a mulher só apresentaria esses problemas depois que perdesse a proteção hormonal no pós-menopausa. Mas sabemos hoje em dia que eles podem aparecer de forma muito mais precoce", reforça ela.
Para completar, a recuperação pós-infarto também é mais complicada entre o público feminino. Segundo um estudo publicado em maio no Jornal da Academia Americana de Cardiologia, mulheres são 1,65 vez mais propensas a precisar de uma nova internação nos primeiros 12 meses em comparação com os homens.
Elas também sofrem 1,46 vez mais complicações relacionadas ao ataque cardíaco e têm um risco 2,2 vezes maior de morrer nessa janela de um ano após o evento inicial.
Os stents (no centro da imagem) são pequenas estruturas metálicas que desentopem e mantêm a estrutura de vasos sanguíneos Foto: / BBC News Brasil
Como mudar isso
Para Jatene, a melhora desse cenário passa necessariamente por uma palavra: educação.
Na visão da médica, todo mundo deve conhecer melhor as formas de prevenção dos fatores de risco cardiovasculares e os cuidados básicos diante dos sinais de um infarto.
Do lado dos profissionais de saúde, ela também aponta para a necessidade de uma melhoria no acolhimento das pacientes.
"Fundamentalmente, precisamos valorizar os sintomas precoces, mesmo que eles sejam atípicos, e encaminhá-las para uma avaliação", diz a cardiologista.
Já do ponto de vista da população geral, conhecer mais sobre o problema e ter uma rotina de autocuidado é algo primordial, aponta Jatene.
"É importante que toda mulher de 35 a 40 anos procure um cardiologista e faça uma avaliação. Isso pode ajudar na detecção de um problema que ainda está escondido", sugere.
A médica acredita que, quando o assunto é coração, o público feminino deve ter a mesma rotina de cuidados reservada à prevenção do câncer de mama - com exames periódicos quando há indicação e atenção aos possíveis sintomas de algo mais sério.
"As mulheres geralmente cuidam do marido, dos filhos, dos pais, dos colegas de trabalho, dos amigos Mas elas dificilmente são cuidadas como deveriam", conclui ela.
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PORTAL REGIÃO NOROESTE
Mais de um milhão de pessoas esperam por cirurgias eletivas no SUS
Mais de um milhão de pessoas estão na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para a realização de cirurgias eletivas em todo o Brasil. O número aparece no relatório mais recente do Ministério da Saúde sobre o andamento de um novo programa do governo federal, que pretende repassar recursos para reduzir a espera por cirurgias, exames e consultas na rede pública de saúde.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Governo de Goiás publica edital para OSs interessadas em gerir Hugo
Após puxar inflação de maio, planos de saúde terão reajuste em junho
Mês de Conscientização da Cardiopatia Congênita: 30 mil brasileiros nascem por ano com esse problema
Custo de tratamento de câncer encarece e mortes em Goiás aumentam 17% em 8 anos
Dia Nacional da Imunização: especialistas alertam para a volta de doenças que já foram erradicadas
Google Cloud e Mayo Clinic formam parceria para explorar IA generativa na saúde
Telemedicina e internet das coisas conectam salas cirúrgicas para procedimentos cardíacos em crianças
Telemedicina se consolida como meio de ampliar o acesso à saúde
Incor lança plataforma para teleorientação de cirurgias de alta complexidade
Artigo - O desafio das operadoras como cuidadoras via recurso próprio
Médico que estudou tratamento precoce contra a covid é inocentado de processos
TV ANHANGUERA
Governo de Goiás publica edital para OSs interessadas em gerir Hugo
globoplay.globo.com/v/11686178/
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PORTAL R7
Após puxar inflação de maio, planos de saúde terão reajuste em junho
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) vai definir nesta segunda-feira (12), em reunião da diretoria colegiada, o índice máximo de aumento anual para contrato individual ou familiar.
A estimativa é de reajuste entre 10% e 12%, segundo a projeção da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), com base na metodologia de aumento adotada pela ANS e em cálculo de consultorias.
A medida vai afetar 8,9 milhões de beneficiários de planos individuais e familiares, o que representa 17,6% do total de consumidores de planos de assistência médica no Brasil. O setor atingiu um total de 50.573.160 usuários em abril deste ano, o maior número desde novembro de 2014.
O aumento vai valer para contratados a partir de janeiro de 1999, e poderá ser aplicado pela operadora a partir da data de aniversário do contrato, ou seja, no mês da contratação do plano
Enquanto o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país, foi de 0,23% em maio, o maior impacto e a maior variação vieram do grupo Saúde e cuidados pessoais, com 0,93%. O destaque foi o plano de saúde, que registrou alta de 1,20% no mês.
Nos últimos 12 meses, o acumulado dos convênios chega a 17,48%, enquanto a inflação geral acumula 3,94%.
Histórico
Em 2020, os planos ficaram congelados por causa da pandemia de Covid-19. Já em 2021, pela primeira vez, a ANS definiu redução de 8,19% nos valores das mensalidades.
A decisão foi motivada pela queda da demanda decorrente do período de isolamento na pandemia; por causa do distanciamento social, muitos brasileiros adiaram a procura por serviços médicos não emergenciais.
No ano passado, a agência autorizou reajuste de 15,5% nos planos de saúde individuais e familiares, o maior índice desde o início da série histórica, em 2000.
Como funciona o reajuste
ANS explica que o índice de reajuste dos planos individuais ou familiares é determinado pela agência, sendo aprovado em reunião de diretoria colegiada e apreciado pelo Ministério da Fazenda.
"O percentual é o teto para o reajuste. As operadoras podem aplicar índices mais baixos, mas são proibidas de aplicar percentuais mais altos que o definido pela ANS para os planos individuais ou familiares", afirma a agência reguladora em nota.
Já os planos coletivos com 30 beneficiários ou mais possuem reajuste definido em contrato e estabelecido a partir da relação comercial entre a empresa contratante e a operadora, em que há espaço para negociação entre as partes.
O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) defende que os reajustes dos planos coletivos sejam regulados à semelhança dos planos individuais. Para a coordenadora do programa de Saúde do Idec, Ana Carolina Navarrete, o ideal seria que o reajuste fosse regulado para todos os tipos de planos.
"Como a maioria dos contratos coletivos reajusta seus planos com base na sinistralidade e ela como índice é pouco clara (cada empresa define de uma forma diferente), isso permite uma ampla liberdade para a operadora, no limite, fazer alteração unilateral do preço, prática vedada pelo Código de Defesa do Consumidor. O ideal seria que as cláusulas de reajuste fossem padronizadas", afirma a coordenadora.
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O HOJE
Mês de Conscientização da Cardiopatia Congênita: 30 mil brasileiros nascem por ano com esse problema
As cardiopatias congênitas são anomalias ocasionadas por defeitos anatômicos do coração que levam à insuficiência circulatória
Por: Ícaro Gonçalves
A cada ano, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 30 mil crianças nascem com cardiopatia no Brasil e aproximadamente 40% delas vão necessitar de cirurgia ainda no primeiro ano, o que representa 12 mil pacientes.
As cardiopatias congênitas – que têm até uma data, 12 de junho, para orientar as pessoas sobre seus riscos e tratamentos – são anomalias ocasionadas por defeitos anatômicos do coração ou dos grandes vasos associados, que levam à insuficiência circulatória e respiratória dentre outras consequências graves, podendo comprometer a qualidade de vida ou a própria vida do paciente.
O diagnóstico do problema ainda durante a gestação é fundamental para o acompanhamento da gravidez e o planejamento adequado da assistência médica e do tratamento necessário após o nascimento. Quando identificada uma malformação cardíaca, a equipe médica especializada poderá adotar as medidas apropriadas para garantir a melhor assistência possível ao bebê.
O exame indicado para esse diagnóstico é a ecocardiografia fetal. Trata-se de um exame de imagem que utiliza o ultrassom para visualizar o coração do feto e suas estruturas, permitindo identificar possíveis anomalias cardíacas e proporcionando intervenções precoces, quando necessárias. A médica pediatra com atuação em ecocardiografia pediátrica e fetal Beatriz Mariano, da equipe do CDI – Centro de Diagnóstico por Imagem, explica que o exame é geralmente realizado entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação, quando já é possível visualizar com clareza as estruturas cardíacas do feto.
Durante a realização do ecocardiograma fetal, o médico, com área de atuação em medicina fetal, analisa cuidadosamente as estruturas cardíacas, avaliando a anatomia, o funcionamento e a circulação sanguínea do coração do bebê. O ecocardiograma fetal é especialmente recomendado quando existem fatores de risco conhecidos, como histórico familiar de doenças cardíacas, problemas cardíacos prévios em gestações anteriores ou condições médicas da mãe que possam afetar o desenvolvimento do feto. No entanto, cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico obstetra ou cardiologista fetal, que irá determinar a necessidade do exame.
Mães
Foi por meio deste exame que um grupo de mulheres goianas, que até então não se conheciam, se deparou com uma notícia que lhes tirou o chão: grávidas, elas descobriram que seus bebês tinham cardiopatia congênita. Cada uma do seu jeito, elas iniciaram batalhas para garantir o nascimento e a sobrevivência dos filhos. Isso foi há mais de 13 anos.
Nesta caminhada, elas depararam-se com a falta de atendimento em Goiânia, desconhecimento por parte de médicos, poucos exames disponíveis, a necessidade de buscar assistência fora do Estado, enfim, uma luta em defesa dos bebês.
Após os nascimentos, a batalha continuou com cirurgias precoces, o medo diante da fragilidade dos pequenos e muitas inseguranças. Batalhas que foram sendo vencidas. Ao mesmo tempo em que comemoraram as vitórias dos filhos, as mamães foram também abraçando outra causa: ajudar famílias que enfrentavam o mesmo problema.
Associação Amigos do Coração
Assim, nasceu a Associação Amigos do Coração. “Transformamos nossa dor em amor, acolhimento e apoio a outras mães e famílias”, conta uma das fundadoras da Associação, Martha Camargo. A luta, de acordo com Eliade Pontes e Geysa Machado, respectivamente, mães de um garoto e de uma menina que nasceram com cardiopatia, inclui um grande trabalho educativo, a defesa da ampliação da assistência diagnóstica e médico-hospitalar a crianças com cardiopatia congênita, o acolhimento a famílias necessitadas e o apoio aos pacientes.
Parte do resultado desse trabalho poderá ser visto no domingo, 11 de junho, véspera do Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita, quando a Associação realizará um grande evento no Parque Vaca Brava, a partir das 9 horas. São esperadas mais de 200 pessoas. O evento terá brincadeiras, lanches, orientações médicas, atividades físicas – sim, crianças com cardiopatia podem e devem se exercitar – e muito mais.
Exames
Durante o evento, o CDI – Centro de Medicina Diagnóstica, que abraçou a causa da Associação Amigos do Coração, vai divulgar alguns exames também fundamentais para diagnósticos e monitoramento do desenvolvimento de crianças com cardiopatia congênita. A diretora do CDI, médica Colandy Nunes Dourado, cita alguns deles, como a ecocardiografia 3D pediátrica, ecocardiografia a cores pediátrica, ultrassom pediátrica, tomografia pediátrica e elastografia hepática pediátrica, todos oferecidos pelo CDI.
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Custo de tratamento de câncer encarece e mortes em Goiás aumentam 17% em 8 anos
Dados do Observatório de Oncologia mostram que no ano de 2022, 6.743 pessoas vieram a óbito devido a doença no estado
As mortes por câncer no estado de Goiás aumentaram 17,8% nos últimos 8 anos. Informações do Observatório de Oncologia, com dados do Ministério da Saúde (DataSUS), Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que no ano de 2022, 6.743 pessoas vieram a óbito devido a doença no estado. Já em 2014, oito anos antes, o número registrado era de 5.720. Em Goiânia, foram 1.729 óbitos no último ano.
Os cânceres com mais casos de mortes são os de traqueia, brônquio e pulmão, com 929 óbitos registrados. Na sequência aparecem os de cólon e reto (669), mama (530), próstata (480), estômago (348) e pâncreas (325). A população masculina é a mais afetada, com a maior taxa de óbitos registrada entre as idades de 60 a 79 anos.
E as estimativas apontam para um crescimento da doença em meio a população brasileira para os próximos anos. O Instituto Nacional de Câncer projeta que, entre 2023 e 2025, são esperados 705 mil novos diagnósticos de câncer no Brasil por ano, principalmente as que estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste, onde estão concentradas 70% da incidência.
Em entrevista ao jornal O Hoje, o presidente da Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG), doutor Jales Benevides Santana Filho, alerta que os diagnósticos em Goiás também devem crescer. “No triênio 2023-2025 são esperados 25,5 mil casos novos por ano. Somente em Goiânia, deve ser 6 mil casos novos por ano.
Para o médico, o aumento dos casos decorre de múltiplos fatores, incluindo fatores culturais ligados a alimentação e estilo de vida. “Com o passar dos anos nossa população tem adquirido hábitos e estilos de vida ruins. Vemos jovens fumando muito, bebendo muito, vemos a incidência do câncer de pulmão crescer tanto em homens quanto em mulheres. Também a aumento da obesidade, o consumo de enlatados e embutidos, uma dieta pobre em fibras e alto consumo de fast foods. Tudo isso é ruim para nosso organismo. Com isso a população fica mais exposta aos fatores de risco dos cânceres”, alerta Jales.
As campanhas de prevenção ao câncer são fundamentais para que possamos mudar e diminuir a incidência de câncer.
Encarecimento e defasagem no SUS
Se por um lado os diagnósticos de câncer aumentaram nos anos recentes, por outro, o custo para o tratamento de pacientes também aumentou. Isso gera uma sobrecarga de demanda dos tratamentos tanto na rede pública como na rede privada.
As descobertas de novos medicamentos, equipamentos, tratamentos e terapias tem aumentam em muito as chances de cura do câncer, mas também encarecem o valor do tratamento. A descoberta tardia da doença, o acometimento em jovens e o uso de tecnologias caras são outros fatores. Considerando estimativas da Sociedade Norte-Americana de Câncer, os gastos com tratamento de câncer, ao nível mundial, aumentarão de US$ 290 para US$ 458 bilhões entre 2010 e 2030.
No Brasil, a maioria dos casos é detectada em estágios avançados e as estratégias de prevenção do câncer ainda têm uma cobertura muito baixa. Com isso o número de pessoas que necessita de medicamentos e terapias (mesmo as novas e mais caras) tende a ser proporcionalmente elevado.
Com isso, os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com tratamento de câncer chegaram a R$ 4 bilhões em 2022, o que representou 3% dos recursos totais destinados à saúde brasileira. Esse valor inclui os procedimentos ambulatoriais, internações e cirurgias. Na comparação com 2020, primeiro ano da pandemia da covid-19, houve crescimento de 14% nos investimentos feitos na área de oncologia.
“O SUS não consegue pagar a integralidade dos tratamentos oncológicos. Os hospitais precisam de novas tecnologias e aparelhos, capazes de tratar mais pacientes com menos efeitos colaterais. Precisamos de drogas novas, medicamentos capazes de combater o câncer na imuno e na quimioterapia. Essas medicações são caras e que as vezes pacientes do SUS não tem acesso a elas”, ressalta doutor Jales Benevides.
O médico ainda afirma que a tabela SUS, com os valores dos repasses feitos pelo governo federal ao hospital que tratam o câncer, está defasada há décadas. “A tabela de repasse do SUS não tem atualizações há mais de 20 anos. O que o Hospital Araújo Jorge recebe é uma tabela de 20 anos atrás. Nesse período, a inflação fez crescer o preço da medicação, custos de infraestrutura dos hospitais, especialmente na pandemia. Isso coloca as instituições em uma situação financeira difícil”, finaliza.
Financiamento em debate
No dia 1º de junho, a deputada federal Flávia Morais (PDT-GO) promoveu uma audiência pública na Câmara dos Deputados para debater o financiamento e as políticas de oncologia no Brasil. Os participantes foram unânimes em defender o aumento dos recursos públicos para prevenção e tratamento do câncer.
Segundo a deputada, a criação de um Fundo de Enfrentamento ao Câncer representa “a solução para o financiamento da oncologia” no país. “Já existe projeto de lei. Nós vamos fazer o levantamento de todos, já tem um requerimento de urgência, até de nossa autoria, pedindo que vá direto ao Plenário. Além da aprovação do projeto, a gente vai colocar uma rubrica específica para captar recursos para a oncologia”, destacou.
De acordo com Patrícia Gonçalves dos Santos, representante da Coordenação-Geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, o Brasil conta com 315 serviços habilitados para atendimento oncológico pelo SUS. Para realização de radioterapia são 91 centros habilitados.
Para o representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), René José Moreira, a adoção do teto de gastos no País fez com que o financiamento da União para a área da saúde sofresse uma “redução significativa”. Atualmente, o governo federal paga apenas 37,6% das despesas do SUS; os demais 62,4% ficam a cargo de estados e municípios, disse René Moreira.
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Dia Nacional da Imunização: especialistas alertam para a volta de doenças que já foram erradicadas
Os números mais recentes apontam que a procura por vacinas essenciais na primeira infância tem ficado abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde
Nesta sexta-feira (9/6) comemora-se em todo o Brasil o Dia Nacional da Imunização. Em tempos em que a gripe, o coronavírus e outras doenças de fácil contaminação ainda circulam pelo país, médicos pediatras de Goiás alertam sobre o cenário de baixa taxa de vacinação do público infantil.
Os números mais recentes apontam que, no estado, a procura por vacinas essenciais na primeira infância tem ficado, desde 2019, abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde – que é de pelo menos 95%. No Brasil, o relatório Situação Mundial da Infância 2023: Para cada Criança, aponta que cerca de 1,6 milhão de crianças não receberam nenhuma dose contra a poliomielite e a tríplice bacteriana (DTP) entre os anos de 2019 e 2021.
As explicações para os números negativos podem estar baseados em dois pilares: o aumento das fake news sobre vacinas e a falsa sensação de segurança sobre doenças que já foram erradicadas no passado pelas campanhas de vacinação.
Apesar das justificativas, a presidente da Sociedade Goiana de Pediatria (SGP), Valéria Granieri, alerta que as consequências da baixa imunização podem ser gravíssimas. “As vacinas são a forma mais eficaz de prevenir doenças e evitar surtos. Quando uma pessoa não se vacina ou se recusa a vacinar crianças que estão sob a sua responsabilidade, ela contribui para disseminar doenças potencialmente letais na comunidade”.
Uma pesquisa realizada pela ONG Avaaz, em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), mostrou que sete em cada dez brasileiros acreditam em alguma informação equivocada sobre a vacinação.
Comparado ao restante dos países do mundo, é no Brasil onde as pessoas são mais influenciadas pelas notícias falsas sobre o tema. Ao todo, 57% dos entrevistados afirmaram que não se vacinaram ou deixaram de vacinar crianças que estão sob seus cuidados.
Vacinação infantil e legislação
A SGP reforça que a vacinação de crianças e adolescentes é protegida por lei desde 1990, ano em que o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) foi criado. Por se tratar de um assunto que impacta não só as crianças, mas também toda a sociedade, a entidade incentiva que pais e responsáveis mantenham a caderneta de vacinação atualizada para que novos surtos de doenças já erradicadas no Brasil não retornem.
“Em termos práticos, a efetividade da vacinação é influenciada pela idade na qual a dose é administrada. Isso significa que seguir o calendário estipulado é essencial para a manutenção da saúde e desenvolvimento das crianças”, finaliza a presidente da SGP.
Vírus respiratórios
Até a segunda quinzena do mês de maio, permanecia alto o número de internações de crianças causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com ocorrências em 13 dos 27 estados.
Segundo o Boletim InfoGripe, divulgado no dia 19 de maio pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no quadro etário geral, em 19 das 27 unidades o crescimento é moderado na tendência de longo prazo, que considera as últimas seis semanas, e de curto prazo, referente às últimas três semanas.
A análise tem como base dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 8 de maio, sendo referente à Semana Epidemiológica (SE) 18, de 30 de abril a 6 de maio. Os resultados laboratoriais por faixa etária apontam predomínio dos casos positivos para Sars-CoV-2 na população adulta, apesar de queda observada em diversos estados. Em contrapartida, mantém-se sinal de aumento nos casos associados ao vírus influenza A e B.
Vírus Sincicial
Entre as crianças pequenas, permanece o predomínio de casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o que mantém o número de novas internações em patamares elevados nesse público. O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, esclareceu que já no restante da população, a expansão de casos se deve principalmente à covid-19.
Chamou a atenção, entretanto, para as tendências distintas entre os vírus associados aos casos em adultos. “Enquanto os casos associados à covid-19 sugerem desaceleração para os vírus influenza A e B, há indício de aumento recente em diversos desses estados”, disse Gomes. (Com informações da Agência Brasil)
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SAÚDE BUSINESS
Google Cloud e Mayo Clinic formam parceria para explorar IA generativa na saúde
Nova colaboração espera melhorar a eficiência do fluxo de trabalho clínico e facilitar a localização de informações por médicos e pesquisadores, otimizando os resultados
O Google Cloud anunciou hoje uma colaboração com a Mayo Clinic para trazer Inteligência Artificial (IA) generativa para ambientes de assistência médica, começando com Enterprise Search in Generative AI App Builder (Gen App Builder).
Seguindo a parceria estabelecida entre a empresa e a instituição anteriormente, incluindo programas que aproveitam análises, soluções de IA e Machine Learning, a nova colaboração espera melhorar a eficiência do fluxo de trabalho clínico e facilitar a localização de informações por médicos e pesquisadores, otimizando os resultados.
O Gen App Builder visa unificar os dados de saúde em documentos, bancos de dados e intranets dispersos, facilitando a pesquisa, análise e identificação dos resultados mais relevantes. Ele também oferece suporte à conformidade com HIPAA, juntamente com os processos, segurança e controles de privacidade de cada cliente.
Aumentando o portfólio de ferramentas de IA generativas do Google Cloud, o Gen App Builder, juntamente com o suporte de IA generativa na Vertex AI, espera ajudar as organizações de saúde a otimizar a produtividade da força de trabalho, simplificar os processos administrativos e aproveitar a tecnologia para automatizar tarefas repetitivas, permitindo que os cuidadores se concentrem em serviços de maior valor interações do paciente.
A Mayo Clinic, como uma das primeiras a adotar o Gen App Builder do Google Cloud, está explorando como a combinação de pesquisa de qualidade do Google com IA generativa pode trazer informações importantes para médicos, e equipes assistenciais de maneira rápida, contínua e conversacional.
O Google Cloud continuará colaborando com a Mayo Clinic e várias organizações de saúde para desenvolver esses recursos em um ambiente clínico.
“A IA generativa tem o potencial de transformar a saúde, aprimorando as interações humanas e automatizando as operações como nunca antes”, disse Thomas Kurian, CEO do Google Cloud. “A Mayo Clinic é líder mundial em alavancar a Inteligência Artificial A para o bem e é um parceiro essencial à medida que identificamos maneiras responsáveis de trazer essa tecnologia transformadora para a saúde.”
“Nossa priorização da segurança do paciente, privacidade e considerações éticas significa que a IA generativa pode ter um impacto significativo e positivo na forma como trabalhamos e prestamos cuidados de saúde”, disse Cris Ross, CIO da Mayo Clinic. “As ferramentas do Google Cloud têm o potencial de revelar fontes de informações que normalmente não são pesquisáveis de maneira convencional ou são difíceis de acessar ou interpretar, desde o histórico médico complexo de um paciente até suas imagens, genômica e laboratórios. Acessar informações de maneira mais rápida e fácil pode gerar mais curas, criar mais conexões com os pacientes e transformar a assistência”.
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Telemedicina e internet das coisas conectam salas cirúrgicas para procedimentos cardíacos em crianças
Projeto lançado pelo Instituto do Coração com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Cisco desenvolveu sistema para telemonitoramento do ato cirúrgico
O InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – HCFMUSP) realizou o lançamento oficial de uma plataforma de telemedicina voltada para teleorientação de cirurgias de alta complexidade, uma iniciativa inédita no país, para integração de equipes cirúrgicas de hospitais públicos. O projeto é fruto de uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a empresa de tecnologia Cisco Brasil.
O Telemonitoramento do Ato Cirúrgico (TAC), desenvolvido pelo Núcleo de Inovação do InCor (InovaInCor), utiliza tecnologias de colaboração interativa, videoconferência, óculos inteligentes e Internet das Coisas (IoT). Essas ferramentas são utilizadas para conexão e comunicação de equipes cirúrgicas que estejam distantes, o que possibilita a troca de informações, experiência e orientação antes, durante e depois da cirurgia de casos complexos. A plataforma foi testada em cirurgias cardíacas pediátricas, entretanto, pode ser empregada por diferentes especialidades cirúrgicas.
“A colaboração do InCor, que é um centro de referência em cirurgias cardíacas, com apoio do MCTI e expertise da Cisco, que é referência em tecnologia, permitiu o desenvolvimento de uma solução para equipes médicas afastadas geograficamente e que podem se beneficiar da troca de informações e habilidades para cirurgias de casos complexos. Este é um projeto concebido, estruturado e executado sob a perspectiva da Saúde Digital e dos marcos regulatórios da Telessaúde e Telemedicina aplicada”, afirma Prof. Dr. Fabio Biscegli Jatene, Diretor da Divisão de Cirurgia Cardiovascular e Vice-Presidente do Conselho Diretor do InCor.
As cirurgias colaborativas foram realizadas pelo InCor e o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) que, desde o final de 2022, já realizou 15 procedimentos.
Parceria e acesso
Além da HU-UFMA, outras instituições estão previstas para aderir ao projeto nos próximos meses, e serão equipadas com soluções da Cisco, desde câmeras inteligentes de alta resolução, até o sistema de colaboração Webex, que possibilitam a troca de informações e colaboração entre as equipes, em tempo real, permitindo a rápida tomada de decisão durante o ato cirúrgico. Além disso, todas as cirurgias ficam gravadas e podem ser utilizadas posteriormente para análise e capacitação de médicos residentes e profissionais da saúde, colaborando com a formação e aperfeiçoamento de novos especialistas.
“Desde o primeiro procedimento observamos o impacto desta solução, quando uma extensão do problema cardíaco do paciente foi sugerida pela equipe que acompanhava de São Paulo o ato no Maranhão. Os cirurgiões puderam investigar e confirmaram a suspeita, realizando uma intervenção na mesma cirurgia e evitando a necessidade de uma reoperação”, ressalta Guilherme Rabello, Head de Inovação do InovaInCor.
Outro benefício do projeto é o impacto direto na jornada do paciente, que não precisa se mobilizar até um centro de referência longe de sua residência para receber tratamento cirúrgico de alta complexidade.
O InCor é uma das instituições parceiras da Cisco no escopo do programa Brasil Digital e Inclusivo (BDI), lançado pela empresa para inovação e digitalização de setores essenciais do país, como a saúde pública. “Estamos transformando em realidade a visão e o conceito de cirurgias híbridas colaborativas, e acreditamos que isso é só o começo da grande transformação que temos pela frente no setor de saúde”, afirma Rodrigo Uchoa, diretor de Digitalização da Cisco Brasil.
Neste momento, a plataforma TAC está implantada e validada, sendo um projeto pronto para expansão a outros hospitais que se beneficiarão desta solução. “Estamos satisfeitos em projetar uma solução que tem por objetivo contribuir para a qualificação de centros cirúrgicos pelo país, que poderão atender mais rapidamente às necessidades regionais de pacientes e fortalecer o sistema de saúde nacional a partir de tecnologias colaborativas”, destaca a Dra. Rosangela Monteiro, Gerente de Inovação e uma das idealizadoras do projeto.
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Telemedicina se consolida como meio de ampliar o acesso à saúde
Unimed-BH acaba de atingir 1 milhão de consultas on-line realizadas e vê benefícios da modalidade
A prática de telemedicina continua recebendo investimentos e atenção das empresas do setor de saúde suplementar. Entre os principais benefícios do serviço está a ampliação do acesso à saúde e a rapidez e efetividade no atendimento nos casos de pequenas urgências. A Consulta On-line da Unimed-BH, por exemplo, foi lançada há três anos e acaba de completar o marco de 1 milhão de atendimentos. A cooperativa avalia de forma positiva o modelo e continua investindo em melhorias, com foco na melhor experiência do cliente.
Segundo o diretor-presidente da Unimed-BH, Frederico Peret, a telemedicina é uma inovação que transformou o modelo tradicional de assistência e trouxe mais praticidade e agilidade para o cliente de saúde suplementar. “Como operadora de plano de saúde estamos acompanhando as transformações no setor e apostando no digital, sempre com foco na melhor experiência do cliente”, explica. Ele esclarece ainda que a telemedicina vai além de uma consulta, mas inclui telemonitoramento, oferta de atendimento 24h, orientação de percurso.
Frederico Peret destaca a importância da consulta on-line para o atendimento nos períodos quando há alta demanda por serviços de saúde. O Pronto Atendimento On-line da Unimed-BH voltado para pequenas urgências, por exemplo, oferece atendimento com especialistas em Clínica Médica, Medicina de Família e Comunidade e Pediatria, possibilitando uma melhor assistência à saúde nos períodos de sazonalidade. “Vimos a consulta on-line funcionar muito bem na pandemia da Covid-19 para atender os casos de baixa complexidade e temos apostado nessa modalidade para reduzir a sobrecarga nas unidades assistenciais”, afirmou.
A Unimed-BH também vem investindo no telemonitoramento de pacientes, que é uma modalidade de telemedicina que amplia o cuidado, possibilitando um acompanhamento do paciente por um profissional de saúde, após alta hospitalar ou após confirmação de alguma doença. O serviço atualmente é ofertado para diversos perfis de clientes, entre eles, casos positivos de Covid-19, gestantes, pós-operatórios cardíacos, entre outros.
Facilidade e segurança na telemedicina
Tanto para os médicos que atendem, quanto para clientes que usam, o serviço de teleconsulta tem sido avaliado positivamente. A cooperada de Medicina de Família e Comunidade e médica da Central Consultas On-line, Helena Soares de Souza Santos, fala sobre a sua experiência com a telessaúde. “Passei a atender na equipe da Central da Unimed-BH durante a pandemia porque estava grávida e tive que me ausentar da linha de frente. Vejo que é um grande avanço para a assistência aos pacientes. O papel da telemedicina é enorme dentro da rede assistencial, porque ela ajuda a gerenciar o cuidado. Há diversos pacientes que vão para o Pronto Atendimento e não precisavam estar ali. Hoje me sinto confortável quando avalio o paciente, sendo a consulta resolutiva na maioria dos casos de baixa complexidade”, declara Helena.
Felipe Gomes Machado, endocrinologista e coordenador da Central Consulta On-line da Unimed-BH, fala sobre a facilidade e avalia a eficácia do serviço. “O sistema que oferecemos tem tido bastante resultado, pois resolve grandes questões do atendimento em saúde, por exemplo, acesso e assistência de qualidade”, explica o médico. Na visão dele, o acesso é facilitado, mantendo o paciente na segurança do lar, sem precisar enfrentar trânsito ou tempo de deslocamento, apesar de o atendimento online não substituir, mas coexistir com a sua versão presencial, se necessário.
O endocrinologista ainda explica sobre o “figital”, termo que mescla as palavras físico e digital, que descreve a integração das duas modalidades de atendimentos que hoje a Unimed-BH oferece. “O paciente se desloca até o serviço presencial, recebe o acolhimento de um profissional, e junto disso existe a garantia da continuidade do atendimento por meio da teleconsulta, com um especialista específico para responder questionamentos e ofertar outros tratamentos, se necessário”, detalha. E completa “o figital permite exatamente essa conexão entre tudo o que o paciente precisa, tornando pleno o acolhimento e eficiente a solução de sua dor”, explica. Além disso, ele reforça sobre o caminho oposto, quando o paciente é recebido via online, mas que, por alguma limitação ou pela gravidade do caso, é encaminhado para uma das unidades físicas. “A teleconsulta funciona, nesses casos, como uma espécie de triagem, diminuindo o percurso que o paciente teria de fazer se fosse atendido somente no presencial. Por meio da teleconsulta, o paciente recebe um documento de transição de cuidados, com todos os detalhes relatados por ele e as indicações médicas do especialista que o atendeu”, conclui.
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MEDICINA S/A
Incor lança plataforma para teleorientação de cirurgias de alta complexidade
O InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – HCFMUSP) realizou o lançamento oficial de uma plataforma de telemedicina voltada para teleorientação de cirurgias de alta complexidade, uma iniciativa inédita no país, para integração de equipes cirúrgicas de hospitais públicos. O projeto é fruto de uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a empresa de tecnologia Cisco Brasil.
O Telemonitoramento do Ato Cirúrgico (TAC), desenvolvido pelo Núcleo de Inovação do InCor (InovaInCor), utiliza tecnologias de colaboração interativa, videoconferência, óculos inteligentes e Internet das Coisas (IoT). Essas ferramentas são utilizadas para conexão e comunicação de equipes cirúrgicas que estejam distantes, o que possibilita a troca de informações, experiência e orientação antes, durante e depois da cirurgia de casos complexos. A plataforma foi testada em cirurgias cardíacas pediátricas, entretanto, pode ser empregada por diferentes especialidades cirúrgicas.
“A colaboração do InCor, que é um centro de referência em cirurgias cardíacas, com apoio do MCTI e expertise da Cisco, que é referência em tecnologia, permitiu o desenvolvimento de uma solução para equipes médicas afastadas geograficamente e que podem se beneficiar da troca de informações e habilidades para cirurgias de casos complexos. Este é um projeto concebido, estruturado e executado sob a perspectiva da Saúde Digital e dos marcos regulatórios da Telessaúde e Telemedicina aplicada”, afirma Prof. Fabio Biscegli Jatene, Diretor da Divisão de Cirurgia Cardiovascular e Vice-Presidente do Conselho Diretor do InCor.
As cirurgias colaborativas foram realizadas pelo InCor e o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) que, desde o final de 2022, já realizou 15 procedimentos.
Além da HU-UFMA, outras instituições estão previstas para aderir ao projeto nos próximos meses, e serão equipadas com soluções da Cisco, desde câmeras inteligentes de alta resolução, até o sistema de colaboração Webex, que possibilitam a troca de informações e colaboração entre as equipes, em tempo real, permitindo a rápida tomada de decisão durante o ato cirúrgico. Além disso, todas as cirurgias ficam gravadas e podem ser utilizadas posteriormente para análise e capacitação de médicos residentes e profissionais da saúde, colaborando com a formação e aperfeiçoamento de novos especialistas.
“Desde o primeiro procedimento observamos o impacto desta solução, quando uma extensão do problema cardíaco do paciente foi sugerida pela equipe que acompanhava de São Paulo o ato no Maranhão. Os cirurgiões puderam investigar e confirmaram a suspeita, realizando uma intervenção na mesma cirurgia e evitando a necessidade de uma reoperação”, ressalta Guilherme Rabello, Head de Inovação do InovaInCor.
Outro benefício do projeto é o impacto direto na jornada do paciente, que não precisa se mobilizar até um centro de referência longe de sua residência para receber tratamento cirúrgico de alta complexidade.
O InCor é uma das instituições parceiras da Cisco no escopo do programa Brasil Digital e Inclusivo (BDI), lançado pela empresa para inovação e digitalização de setores essenciais do país, como a saúde pública. “Estamos transformando em realidade a visão e o conceito de cirurgias híbridas colaborativas, e acreditamos que isso é só o começo da grande transformação que temos pela frente no setor de saúde”, afirma Rodrigo Uchoa, diretor de Digitalização da Cisco Brasil.
Neste momento, a plataforma TAC está implantada e validada, sendo um projeto pronto para expansão a outros hospitais que se beneficiarão desta solução. “Estamos satisfeitos em projetar uma solução que tem por objetivo contribuir para a qualificação de centros cirúrgicos pelo país, que poderão atender mais rapidamente às necessidades regionais de pacientes e fortalecer o sistema de saúde nacional a partir de tecnologias colaborativas”, destaca a Dra. Rosangela Monteiro, Gerente de Inovação e uma das idealizadoras do projeto.
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Artigo - O desafio das operadoras como cuidadoras via recurso próprio
Nos últimos anos, temos visto um crescente interesse por parte das operadoras de saúde em se tornarem mais do que simples fornecedoras de serviços, mas sim cuidadoras de seus beneficiários/pacientes. Para isso, muitas têm investido em recursos próprios para oferecer uma experiência mais completa de cuidado, abrangendo desde a prevenção até o tratamento de doenças. No entanto, esse movimento traz consigo uma série de desafios que precisam ser superados para que as operadoras possam cumprir sua nova missão.
Um dos principais obstáculos enfrentados pelas organizações quando assumem esse papel é o de desenvolver uma cultura de cuidado entre seus colaboradores. Isso implica em mudanças profundas na forma como ela se relacionará com os seus clientes, passando a enxergá-los como indivíduos que precisam de zelo e não apenas como usuários de serviços de saúde. Essa transformação de perspectiva requer um esforço significativo por parte da empresa em todos os níveis, desde a alta gerência até o atendimento ao cliente.
Outro importante ponto de atenção é o de implementar os recursos necessários para oferecer uma assistência mais abrangente e integrada. Isso envolve desde a implantação de tecnologias que permitam a monitoração remota de pacientes até a contratação de profissionais de saúde de diferentes áreas para atuar em equipe no cuidado do paciente. Além disso, é preciso desenvolver protocolos específicos que possam ser aplicados de forma consistente em todos os casos. Assim como acompanhar os indicadores de qualidade e produção.
Um terceiro desafio é o de encontrar um equilíbrio entre a oferta de serviços e a sustentabilidade financeira da operadora. Isso implica em investir em uma rede própria, mas sem deixar de lado a premissa de manter uma gestão financeira saudável. Por essa razão é preciso encontrar maneiras de oferecer uma assistência focada no indivíduo com qualidade, porém sem aumentar excessivamente os custos aos clientes.
Por fim, uma questão fundamental é o de ganhar a confiança dos clientes e da sociedade como um todo. As operadoras de saúde necessitam demonstrar que estão comprometidas com o cuidado de seus clientes e que têm capacidade técnica e humana para oferecê-lo com excelência. Daí a relevância de executar um plano de comunicação estratégico, assertivo e efetivo junto aos stakeholders, bem como realizar ações concretas que endossem esse compromisso.
Em suma, o desafio das operadoras de saúde quando se tornam cuidadoras através do recurso próprio é enorme. Para superá-lo, é preciso investir em cultura de cuidado, desenvolver recursos integrados, encontrar um equilíbrio financeiro e ganhar a confiança dos clientes e da sociedade. Somente assim será possível oferecer uma assistência à saúde focada no cuidado do paciente de maneira verdadeira, completa e de qualidade.
*Christian Campos Ferreira é Cirurgião Pediátrico e diretor Econômico-Financeiro da Unimed Nova Iguaçu.
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MÍDIA NEWS
Médico que estudou tratamento precoce contra a covid é inocentado de processos
Médico que estudou tratamento precoce contra a covid é inocentado de processos Conselhos Regionais de Medicina do Amazonas e do Rio Grande do Sul absolveram o endocrinologista Flavio Cadegiani
Os Conselhos Regionais de Medicina do Amazonas (CRM-AM) e do Rio Grande do Sul (Cremers) absolveram o médico endocrinologista Flavio Cadegiani de dois processos administrativos. O site Metrópoles divulgou a informação nesta quarta-feira, 7. Cadegiani era investigado por supostas irregularidades em estudo com o medicamento proxalutamida, usado para o tratamento precoce em pacientes com covid-19 O CRM-AM inocentou o endocrinologista em 3 de abril de 2023.
Na ocasião, a 1ª Câmara de Julgamento do CRM-AM absolveu Cadegiani por unanimidade. O médico Daniel Nascimento Fonseca, diretor técnico do Grupo Samel, também foi inocentado. A relatora do caso, médica Danielle Monteiro Fonseca da Silva, decidiu que Cadegiani não tem vínculo com a indústria farmacêutica, "tampouco divulgou informações inverídicas, mostrando, apenas, os resultados animadores das pesquisas".
Quem é o médico que estudou o tratamento precoce? O Cremers seguiu na mesma linha e inocentou Cadegiani. Antes disso, no entanto, havia aberto uma investigação contra o endocrinologista. Isso começou a partir de uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que acusou Cadegiani de divulgar um estudo sem a aprovação dos órgãos competentes. Na decisão mais recente, o Cremers afirmou que o estudo do endocrinologista foi aprovado na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) antes mesmo de sua produção, em janeiro de 2021.
O órgão acrescentou que o tratamento com a proxalutamida poderia ocorrer sem a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porque o estudo de Cadegiani era apenas um experimento acadêmico. O médico não tinha objetivos comerciais. Em outubro de 2022, a 5ª Câmara do Cremers aprovou o parecer do conselheiro Luciano Zogbi Dias. Ele disse que o estudo de Cadegiani estava "de acordo com os princípios éticos e com a legislação vigente".
Zogbi destacou ainda que o estudo com a proxalutamida teve resultados "extremamente animadores". Segundo o conselheiro, houve "efeitos estatisticamente significativos na redução do dano pulmonar ocasionado pela covid, mesmo no curto período de tratamento e, também, por não ter havido dano aos pacientes testados pela droga".
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Assessoria de Comunicação
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Planos de saúde: relatório que atualiza lei do setor será apresentado hoje. Veja o que pode mudar
O deputado federal Duarte Júnior (PSB-MA) apresenta nesta quarta-feira, às 14h, em audiência pública da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, o relatório sobre o Projeto de Lei 7.419, de 2006, que trata da atualização da Lei dos Planos de Saúde.
O texto do relator vai propor que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determine um limite para os reajustes dos planos coletivos, que atendem 41,6 milhões dos 50,5 milhões de beneficiários da saúde suplementar. Hoje, a Lei dos Planos de Saúde só prevê limites aos reajustes de planos individuais.
Duarte Júnior antecipou ao GLOBO que pretende também acabar com a possibilidade da rescisão unilateral desse tipo de contrato pelas operadoras.
Segundo o relator, o projeto de lei, parado há 17 anos, pode ser votado ainda este mês, pois já foi aprovada a tramitação em regime de urgência.
Confira os principais pontos do relatório
Cálculo do reajuste deverá ser feito pelas operadoras reunindo todos os usuários de planos coletivos da sua carteira e não por cada contrato como é hoje;O percentual máximo de reajuste nos contratos coletivos será determinado pela ANS, assim como acontece com os planos individuais;Uma fórmula de cálculo para os contratos coletivos deverá ser desenvolvida para dar mais clareza aos critérios que levam ao percentual de aumento;Será vedada a rescisão unilateral de contratos coletivos pelas operadoras;O prazo para rescisão por inadimplência será de 90 dias consecutivos. Hoje, a suspensão do contrato pode ser feita quando se contabilizam 60 dias de atrasos, consecutivos ao não, num prazo de 12 meses;A ANS passaria a regular, além das operadoras, os prestadores de serviços, como hospitais, clínicas e laboratórios. Para tanto, será preciso mudar a lei que criou a agência reguladora para ampliar seus poderes;Será proposto o aperfeiçoamento dos critérios para alteração da rede hospitalar dos planos. Entre as mudanças, estaria a obrigatoriedade de comunicação direta ao consumidor de qualquer mudança.
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ROTA JURÍDICA
Advogados acionam CRM e Cremego por negligência em face de casos de violência obstétrica
Um grupo de advogados de Goiás, São Paulo e do Paraná ingressou, no último dia 02 de junho, com uma Ação Popular contra o Conselho Federal de Medicina e contra o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás, criticando o que consideram uma postura negligente em face da violência obstétrica noticiada.
Também é repudiado o misógino negacionismo das entidades diante dos padrões científicos e normativos da OMS, da Organização das Nações Unidas, do Conselho Nacional de Justiça, e do CNS, protestando pelo fim imediato das campanhas de desinformação, pela determinação de campanhas de conscientização, pela regulamentação de normas de proteção a gestante em suas áreas de atuação, assim como pela condenação das autarquias em danos morais coletivos.
Segundo os advogados, a Ação Popular fundamenta-se na defesa da moralidade administrativa, na proteção jurisdicional em face do negacionismo científico e normativo com esteio na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (ADI 6421/DF), na condenação do Estado Brasileiro no caso CEDAW/ONU Alyne vs. Brazil, no Protocolo n.º 122/2021 do Conselho Nacional de Justiça, na Recomendação n.º 24/2019 do Conselho Nacional de Saúde, além de diversos outros precedentes normativos e jurisprudenciais nacionais e internacionais.
O processo judicial foi autuado sob o n.º 1032306-10.2023.4.01.3500, distribuído a 8ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Estado de Goiás, aguardando a análise das tutelas de urgência pleiteadas.
A Ação Popular foi construída e protocolada pelos advogados Valéria Eunice Mori Machado, Ovídio Inácio Ferreira Neto, Mônica Mori Machado, Gislaine Paes Rocha, Bruna Thayse Silva Gomes, e Débora Nicodemo.
Nota do Cremego
Ao Rota Jurídica, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) lamenta e repudia o uso extremamente equivocado do termo “violência obstétrica” em casos de denúncias de supostas agressões a pacientes durante atendimento pré-natal, de parto ou pós-parto.
Para o Cremego, quando se fala em “violência obstétrica”, o trabalho dos médicos assistentes é colocado em xeque, sem que seja considerada a melhor indicação clínica e cirúrgica para as pacientes, procedimentos que, algumas vezes, podem ser vistos por leigos como “violentos”.
Segundo a instituição, o caso torna-se ainda mais grave quando acusações de “violência obstétrica” partem de advogados, que deveriam buscar mais informações sobre as práticas antes de partirem para acusações infundadas contra médicos ou Conselhos de Medicina. “Acusações que somente reforçam a visão equivocada sobre um assunto sério e que envolve a vida de mães e bebês”, frisa.
Se há falhas no atendimento obstétrico, diz o Cremego, elas devem ser apuradas e, quando confirmadas, punidas pelos Conselhos de Medicina e pela Justiça. “Porém, ações como essas em nada contribuem para melhorar a assistência às gestantes”, afirma, acrescentando que o Cremego está de portas abertas para receber, orientar e debater o tema com advogados.
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PORTAL G1
Justiça determina intervenção em abrigo investigado por dopar idosos para não aumentar número de cuidadores
Gestora do local foi retirada do cargo a pedido do Ministério Público (MP). A delegada afirmou que investigações irão continuar.
Por Pedro Moura
A gestora do abrigo suspeito de dopar idosos para não aumentar o número de cuidadores, em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, foi retirada do cargo após uma intervenção civil, que foi acatada pela Justiça a pedido do Ministério Público (MP). A Polícia Civil (PC), segundo a delegada Samya Nogueira, também participou da ação dando apoio caso houvesse resistência por parte do local.
O g1 entrou em contato com a Casa de Jacó Lar de Idosos para que se posicionassem, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Mesmo com a troca de gestão realizada nesta terça-feira (6), as investigações continuarão, de acordo com a delegada. O abrigo é suspeito de praticar maus-tratos contra os internos, além de usar medicações fora do receituário.
“Estamos esperando os resultados dos laudos e também vamos ouvir as testemunhas. Apareceram outras famílias querendo representar contra o abrigo”, contou.
Câmeras de segurança
Para investigar os crimes, a delegada recolheu as câmeras de segurança do lar de idosos. As filmagens foram trazidas para a Polícia Técnico-Científica, em Goiânia, onde passam por uma perícia. A delegada também ouviu as duas funcionárias que trabalhavam no local à noite.
“Foi confirmado que eles maceravam os remédios em um pilão e davam aos idosos”, afirma.
Denúncia anônima
A delegada afirma que, inicialmente, uma denúncia anônima informou que os idosos eram vítimas de maus-tratos, negligência, violência psicológica e que oito internos teriam morrido devido a superdosagem de medicamentos. Entretanto, a investigadora explica que, durante uma visita ao abrigo, a polícia verificou apenas os maus-tratos e os medicamentos sem receitas.
“Nós fomos durante o dia e não encontramos evidências de idosos dopados. Então, voltamos à noite”, diz. Durante a visita, a polícia encontrou 38 pacientes aos cuidados de apenas dois funcionários. Sobre as mortes, a delegada diz que as perícias não confirmaram a informação. “Foi feita uma perícia, que deu resultado inconclusivo para a superdosagem de medicamentos”, diz.
Nogueira detalha que a denúncia dizia oito mortes, porém, a perícia foi feita em apenas um idoso, pois os familiares das outras sete possíveis vítimas não procuraram a polícia.
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Criança de 6 anos morre após ser picada por escorpião dentro de casa, em Morrinhos
Lorenzo chegou a ser levado para um hospital de Goiânia, mas não resistiu. O velório acontece em Morrinhos, na manhã desta terça-feira (6).
Por Ton Paulo, g1 Goiás
Um menino de apenas 6 anos morreu, na última segunda-feira (5), após ser picado por um escorpião quando estava dentro de casa, em Morrinhos, região Sul do estado. Lorenzo Ferreira de Almeida chegou a ser levada para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Goiânia, mas não resistiu.
Lorenzo deu entrada na emergência do Hospital Municipal de Morrinhos no sábado, 3 de junho, com "com quadro de vômitos, hiperemia (aumento de circulação do sangue em determinada região do corpo) e fraqueza". "Estava consciente, sem dor no local da picada", informou a unidade.
No mesmo dia, o menino foi transferido para o HDT e, segundo um tio, chegou a ficar na unidade de terapia intensiva (UTI) e teve piora em seu quadro, mesmo com a administração do antídoto para o veneno do escorpião.
O velório de Lorenzo acontece na manhã desta terça-feira (6), em Morrinhos. O sepultamento no Cemitério Municipal São Francisco de Assis está previsto para ocorrer às 17h.
“Você é um guerreiro!”
Pelas redes sociais, Bruna Cristynna, mãe de Lorenzo compartilhou homenagens para o filho publicadas por várias pessoas. “Olha, filho, quantas pessoas vão sentir sua falta... Você é um guerreiro! Agora você é a estrelinha mais linda do céu.”
“Você é perfeito demais para estar nesse mundo. Por isso Deus te chamou para perto Dele”, escreveu.
Também pelas redes sociais, a Prefeitura de Morrinhos divulgou uma nota de pesar pela morte da criança. “Pedimos a todos que, neste momento e profunda dor, direcionem suas preces para que toda sua família seja confortada”.
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AGÊNCIA BRASIL
Custo de tratamento de câncer sobe 400% em 4 anos
Os gastos com tratamento de câncer no Sistema Único de Saúde (SUS) somaram R$ 4 bilhões em 2022, o que representou 3% dos recursos totais destinados à saúde no Brasil. Esse valor inclui os procedimentos ambulatoriais, internações e cirurgias.
Na comparação com 2020, primeiro ano da pandemia, houve crescimento de 14% nos investimentos feitos na área de oncologia. Os dados estão no estudo "Quanto custa o câncer?", produto da parceria entre o Observatório de Oncologia, o Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE) e o Movimento Todos Juntos Contra o Câncer.
O estudo também mostra que, nos últimos quatro anos, aumentou em 400% o custo médio dos procedimentos de tratamento da doença, como a quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. Um procedimento que em 2018 custava R$ 151,33, por exemplo, passou para R$ 758,93 em 2022. A alta é justificada, em parte, pelo diagnóstico tardio de alguns tipos de neoplasias, a incorporação de novos medicamentos e o impacto da pandemia no sistema de saúde.
Se os custos aumentaram, o número de procedimentos ambulatoriais diminuiu 74% em cinco anos: foram 15 milhões em 2022 e 4 milhões em 2018. Os cânceres de mama, próstata, pulmão, cólon e reto foram responsáveis por 54% do total de recursos usados para tratamento oncológico no SUS em 2022.
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O Instituto Nacional do Câncer (Inca) calcula que cerca de 17% dos óbitos no Brasil ocorrem em decorrência de câncer, uma média anual de 200 mil mortes. A doença é a principal causa de morte em 606 municípios do país. A estimativa do INCA é que, entre 2023 e 2025, a média anual de pessoas acometidas pela doença será de 704 mil por ano.
Esses e outros dados do estudo vão ser apresentados no 8º Fórum Big Data em Oncologia, evento a ser realizado 13 de junho, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro. A proposta é reunir especialistas para debater os custos do tratamento nos diferentes estágios do câncer, discutir a incorporação e o acesso a novos medicamentos, além de trazer reflexões sobre o investimento na atenção básica como forma de economizar recursos a longo prazo.
Um acordo de cooperação entre o Inca e a Fiocruz vai ser assinado na cerimônia de abertura do evento. A ideia é que as duas instituições trabalhem em tópicos de interesse comum.
Outro destaque da programação é o lançamento da 2ª edição do Prêmio Internacional Fiocruz/Servier. Ele é voltado para a promoção de pesquisas que desenvolvam terapias inovadoras para os pacientes com câncer. Três vencedores dividirão o valor de 150 mil euros (cerca de R$ 840 mil), que devem ser usados ao longo de dois anos. O processo de seleção vai ter a participação da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC) e do Inca.
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PARANÁ SHOP
JUNHO VERDE: comunidade médica alerta para a conscientização sobre o câncer renal
Em 40% dos casos a doença é descoberta em estágio avançado. Sinais e sintomas silenciosos dificultam o diagnóstico precoce.
O câncer de rim está entre os 10 tipos de tumores malignos mais frequentes entre homens e mulheres. Para o público masculino, o risco de desenvolver a doença é de 1 em 45. Já entre o público feminino esta estatística é menor, sendo 1 para 82. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) aqui no Brasil cerca de 12 mil novos casos, além de 4 mil mortes pela doença, são registrados ao ano.
Em 40% dos casos, a doença é descoberta já em estágio avançado, pois os sinais e sintomas costumam ser silenciosos. "São sintomas que podem ser confundidos com outra coisa: dor lombar, perda de peso, falta de apetite. O principal alerta é o sangue na urina e, mesmo assim, muitas pessoas acabam buscando outras especialidades e não vão direto ao urologista. A verdade é que não existe um exame preventivo para o diagnóstico precoce, o que faz a diferença é o monitoramento ágil da saúde", alerta Dr. Gustavo Smaniotto - radio oncologista do RADION (Instituto de Oncologia e Radioterapia de Curitiba) uma das clínicas de referência em todo o país no tratamento radioterápico.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que entre os brasileiros o principal tipo de câncer que pode atingir o rim, correspondendo a aproximadamente 75% dos casos, é o carcinoma de células claras (CCR). Essa variação é também conhecida como adenocarcinoma. "Geralmente a doença acomete pessoas acima de 64 anos, sendo mais frequente entre os homens. Os fatores de risco são pressão alta, tabagismo, sedentarismo, além de outros casos de câncer na família", alerta Dr. Gustavo.
Se o paciente perceber qualquer alteração, deve imediatamente procurar um especialista e - se indicado - fazer uma biópsia para diagnóstico final. "É o urologista o profissional responsável por fechar o diagnóstico", informa o profissional.
Tratamento
O tratamento para o tumor renal depende do tipo de câncer e estágio da doença. Vale lembrar que o SUS oferece tratamento para a doença e, conforme a Lei, o paciente com câncer deve iniciar seu tratamento em 60 dias. Entre as opções de tratamento estão a cirurgia, radioterapia, quimioterapia e medicamentos que podem ser administrados por via oral ou diretamente na corrente sanguínea.
"A radioterapia é um tratamento paliativo para tratar casos nos quais o estado geral de saúde do paciente já não permite a realização da cirurgia. É uma técnica que alivia os sintomas tais como dor, sangramento ou problemas provocados pelas metástases", finaliza Dr. Gustavo.
LEI DOS 60 DIAS: O paciente com câncer tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no SUS, no prazo de até 60 dias contados a partir do dia em que for assinado o diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso registrada em prontuário único.
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FOLHA DE S.PAULO
SUS tem fila de mais de 1 milhão de cirurgias eletivas
Programa busca reduzir em 45% o total de procedimentos parados; casos de catarata são os mais comuns à espera
SAÚDE PÚBLICA
Mais de 1 milhão de procedimentos cirúrgicos eletivos (não urgentes) estão travados no SUS em todo o Brasil, aponta relatório do Ministério da Saúde divulga do na última sexta-feira (2). Os dados foram repassados por todos os estados e pelo Distrito Federal para a pasta por causa de um programa, instaurado em fevereiro, que busca di minuir essa espera.
Goiás é o que tem a maior fila, com 125 mil cirurgias. Em seguida aparecem São Paulo (111 mil) e Rio Grande do Sul (108 mil). No total, a Saúde pretende repassar cerca de R$ 600 milhões aos governos estaduais e do DF. Segundo as estimativas, esse investimento deve reduzir em cerca de 45% o total de procedimentos parados. Até agora, a pasta direcionou um terço da verba total.
Especialistas apontam que parte desse represa mento se deveu à pandemia, quando eram realizadas apenas cirurgias de urgência, em detrimento das eletivas. A cirurgia de catara ta é a mais comum entre as que aguardam no SUS- são 167 mil pacientes no pais.
O ministério disse que acompanhará a evolução da fila e que o programa pode durar até 2024.
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RÁDIO ITATIAIA
Covid-19: Anvisa renova autorização de vacinas e medicamentos de uso emergencial
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou resolução que permite a utilização de medicamentos e vacinas autorizados para uso emergencial durante a pandemia de covid-19.Â
Em nota, a agência destacou que, com o fim da emergência de saúde pública de importância nacional, a norma que estabelecia regras para concessão e manutenção das autorizações de uso emergencial perdeu a vigência. Â
Comercialização
"Para que medicamentos e vacinas aprovados por meio dessas autorizações ainda possam ser utilizados, a Anvisa publicou a nova norma, permitindo o uso, a distribuição e a comercialização desses produtos, desde que tenham sido fabricados até o último dia 21 de maio", esclarece a decisão.Â
A nova resolução reconhece que os medicamentos e as vacinas mantêm sua eficácia e segurança e seguem com avaliação positiva na relação benefícios x riscos.
Confira a lista abaixo:Â
- vacina Comirnaty bivalente BA.1Â
- vacina Comirnaty bivalente BA.4/BA.5Â
- vacina CoronaVacÂ
- medicamento Sotrovimabe e Lagevrio (molnupiravir)Â
- medicamento Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir)Â
Ainda segundo a Anvisa, para que continuem a ser fabricados após 21 de maio, esses produtos precisam ter seu registro definitivo solicitado pelas empresas. Â
"Até o momento, as vacinas CoronaVac e Comirnaty bivalente BA.4/BA.5, além do medicamento Paxlovid, já possuem pedido de registro em análise", finalizou a Anvisa.
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TV RECORD
Sonho virou pesadelo: mulher perde o braço depois de lipoescultura
Uma tatuadora denuncia que teve que amputar o braço depois de receber um medicamento na veia. o procedimento foi feito depois de uma cirurgia plástica.
https://www.youtube.com/watch?v=sMfm9SrHVhA
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Assessoria de Comunicação
Dia D – Diga Não à Desnutrição no associado Hospital Evangélico Goiano
Escrito por AdministradorO associado Hospital Evangélico Goiano recebe hoje equipes da Danone Nutricia e Nestlé para a demonstração de suplementos e ações educativas voltadas ao combate da desnutrição hospitalar.
O trabalho, que vem sendo realizado em hospitais da Ahpaceg, faz parte da campanha Junho Verde, criada há cinco anos pela Braspen (Sociedade Brasileira de Nutrição Enteral e Parenteral) para dar mais visibilidade à desnutrição hospitalar e combater esse grave problema.
E no Hospital Evangélico Goiano, as atividades, que começaram ontem, acontecem em clima de festa junina. Sob a coordenação das nutricionistas Vilma Alves e Camila Godim, foi montado o Arraiá de Combate à Desnutrição.
Desde ontem, 5, o evento vem movimentando o hospital com aulas voltadas à terapia nutricional e à prevenção e tratamento da desnutrição hospitalar. Hoje, 6, Dia D – Diga Não à Desnutrição, as atividades continuam com muita informação, degustação de produtos e muito aprendizado, que vão se refletir na melhoria da assistência aos pacientes.
Essa ação já foi realizada no associado Hospital Santa Mônica e, até o fim do mês, chegará a outros associados da Ahpaceg, como o Hospital de Acidentados, Hospital do Coração Anis Rassi, Hospital Ortopédico de Goiânia e Hospital Santa Helena.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Operadoras atraem clientes para planos de saúde ‘armadilhas’
Marido de grávida de 17 anos que morreu em hospital disse à polícia que adolescente foi medicada com remédio que ela tinha alergia: 'Gritou que era alérgica'
Neilton Araújo: “O SUS segue sendo ameaçado desde que nasceu”
Telemedicina e internet das coisas conectam salas cirúrgicas para procedimentos cardíacos em crianças
Cerca de 80% dos empregos da cadeia produtiva da saúde são de vínculos formais do setor privado
Problemas do setor de planos de saúde não são de hoje
Piso da enfermagem deveria ser alerta para Parlamento
Artigo- Pisos para uma federação heterogênea
Cremego vai recorrer à Justiça contra nota técnica que autoriza a inserção de DIU por enfermeiros
JORNAL OPÇÃO
Operadoras atraem clientes para planos de saúde ‘armadilhas’
Com 268% mais cancelamentos, planos de saúde coletivos são menos regulados pela ANS
Operadoras de planos de saúde têm incentivado clientes a aderirem aos planos empresariais, em vez de optar pelos planos individuais. A razão é a Lei 3.656, de 1998, que regulamenta o serviço e permite mais reajustes e cancelamentos unilaterais no caso dos planos coletivos. Uma análise dos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) feita pelo Jornal Opção revela que, em Goiânia, planos empresariais foram cancelados 268% mais do que os individuais ou familiares.
Os cancelamentos unilaterais já são objeto de questionamento em todo o Brasil. Em 19 de maio, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu investigação contra a Unimed Nacional, após uma série de denúncias de cancelamentos unilaterais dos planos de pacientes com autismo, cujo tratamento é extenso e dispendioso. A Lei 3.656 permite que empresas cancelem os planos coletivos, caso haja previsão em contrato.
Segundo dados da ANS, o número de beneficiários dos diferentes tipos de contratações da Unimed Goiânia é semelhante: 161.778 beneficiários em planos empresariais e 158.112 em individuais. Entretanto, até 2 de junho de 2023, mas muito mais clientes dos planos empresariais foram cancelados: 4.190, contra apenas 1.561 nos planos individuais ou familiares. Isto é, 2,5% dos contratos de planos empresariais da Unimed Goiânia foram cancelados, enquanto apenas 0,98% dos contratos individuais foram cancelados.
Outro recorte significativo é o de crianças e idosos, dependentes ou aderidos aos diferentes tipos de contrato, que são cancelados. Desde o início dos registros, a Agência Nacional de Saúde Suplementar registrou que a Unimed Goiânia cancelou 942 contratos para crianças ou idosos nos planos empresariais e 590 nos planos familiares. Proporcionalmente, isso significa que, no universo das contratações empresariais, 2% dos cancelados têm menos de 18 ou mais de 61 anos. No grupo dos contratos individuais ou familiares, apenas 0,9% dos cancelados são crianças ou idosos.
A explicação
As razões para o fenômeno são explicadas por Roberto Augusto Pfeiffer, do Departamento de Direito Comercial da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). “A população está envelhecendo e o custo da medicina subiu”, afirma o professor. “Hoje, você tem novas alternativas de tratamentos e medicamentos, e o direito de acesso aos procedimentos caros frequentemente tem de ser garantido na Justiça.” Neste cenário, a oferta de planos coletivos e empresariais aumentou, justamente porque são menos regulados pela ANS.
O professor Roberto Pfeiffer afirma que, apesar de a mensalidade inicial dos planos coletivos ser menor, esse tipo de contratação sofre muito mais reajustes. Isso acontece porque a Lei 3.656 estabelece um limite de reajustes apenas para os planos familiares, mas não há teto para os coletivos empresariais. “É praticamente uma armadilha”, diz Roberto Pfeiffer.
O professor alerta ainda para o fenômeno dos “planos falsos coletivos”. Ele explica que os planos empresariais às vezes envolvem empresas com milhares de funcionários, mas às vezes são planos feitos para empresas pequenas. As operadoras perceberam que os beneficiários de pequenos planos coletivos têm muito menos poder de negociação. “Na prática, essas pessoas têm de se submeter aos reajustes impostos.” A Unimed Goiânia anunciou em maio um plano empresarial para CNPJs com dois funcionários.
Lei em reformulação
Há mais de dezessete anos, tramita no Congresso um Projeto de Lei (PL) para reformular o texto de 1998 que regula os planos de saúde no país. Mais de 260 propostas e adendos já foram apensados ao PL, que hoje tramita em regime de urgência para análise em plenário na Câmara dos Deputados.
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PORTAL G1
Marido de grávida de 17 anos que morreu em hospital disse à polícia que adolescente foi medicada com remédio que ela tinha alergia: 'Gritou que era alérgica'
Medicamento aplicado foi o Buscopan, de acordo com o registro policial. Francielly Guedes dos Santos Ferreira, de 17 anos, sofreu três paradas cardiorrespiratórias, sendo reanimada duas vezes e morrendo na terceira tentativa.
Por Pedro Moura, g1 Goiás
A adolescente Francielly Guedes dos Santos Ferreira, de 17 anos, que morreu após dar à luz no Hospital Municipal de Nova Crixás, no norte goiano, foi medicada com Buscopan momentos antes de morrer na unidade de saúde. Segundo o boletim de ocorrência, feito pelo marido da vítima, Junio Cesar Luiz, a mulher era alérgica ao medicamento e até “gritou” às enfermeiras para que não aplicassem o remédio nela devido a alergia, porém, foi ignorada.
O g1 entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) por e-mail para que se posicionasse, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Conforme o boletim feito nesta segunda-feira (5), depois de ser medicada com Buscopan, Francielly sofreu três paradas cardiorrespiratórias, sendo reanimada por duas vezes, vindo a óbito na terceira tentativa. Junio diz no documento que a morte foi provocada pelo medicamento aplicado de forma indevida pelos profissionais do hospital, após a vítima se queixar de dores pós-parto.
O viúvo afirma, de acordo com o documento, que depois da morte da esposa, os funcionários da unidade de saúde “estavam nervosos e falando demais”. O médico e as enfermeiras, inclusive, também apresentaram “informações desconexas quanto ao motivo do falecimento de Francielly”.
A família também foi pressionada pela equipe para que retirassem “logo” o corpo da vítima do hospital, devido ao tempo em que ela estava morta. Junio reforçou à Polícia Civil (PC) que a unidade de saúde, provavelmente, teria acionado a funerária para “forçar” a retirada do corpo de Francielly do local.
Morte
A jovem morreu no último dia 1º. Os parentes dela contaram que, desde o dia 27, Francielly estava com sangramentos e dando entrada ao hospital, mas só cinco dias depois aconteceu a internação.
“Minha filha entrou com as próprias pernas dela para ganhar um bebê e saiu em um caixão e não tem explicação do que ela morreu”, desabafa pai, Nilson Alves Ferreira dos Santos.
Na declaração de óbito, a causa da morte é informada como hipóxia cerebral (falta de oxigenação no cérebro) como consequência de causa desconhecida. Ela foi velada e sepultada na sexta-feira (2). O bebê da adolescente, por outro lado, sobreviveu e se encontra aos cuidados da família.
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JORNAL OPÇÃO
Neilton Araújo: “O SUS segue sendo ameaçado desde que nasceu”
Assessor do Ministério da Saúde aponta que a pandemia da Covid-19 trouxe visibilidade, mas não diminuiu os ataques ao sistema
Assessor do Ministério da Saúde, Neilton Araújo é um médico e líder político tocantinense que percebe, no momento atual, estar o Brasil resgatando a participação popular na elaboração de políticas públicas – processo que, segundo ele, sofreu um desmantelamento sistemático nos últimos tempos. “Em cinco, seis anos, as políticas públicas todas foram muito desmontadas, com retrocessos em arranjos institucionais, diminuição de financiamento, negação da ciência, um monte de coisas terríveis”, comenta o médico, observando que o campo da saúde foi o que mais resistiu ao desmonte institucional.
Neilton Araújo aponta que o descaso com a saúde causou profundos prejuízos. “No governo passado, perdemos mais de R$ 2 bilhões em vacinas que eles demoraram a comprar. Mesmo depois de comprar, não fizeram o trabalho de mobilização que sempre houve”, lamenta o assessor, que aponta a reorganização do Sistema Único de Saúde (SUS), no que diz respeito à recuperação dos índices de vacinação em massa que levaram o Brasil a ser referência mundial, como um dos grandes desafios da Saúde.
O assessor fez questão de destacar o comprometimento dos líderes tocantinenses que participaram de forma efetiva das conferências municipais de saúde. “Aqui no Tocantins isso foi um processo extremamente vitorioso. Fomos um dos Estados que conseguiram fazer 100% das conferências municipais. Agora, a etapa estadual vai tirar 56 delegados para ir à etapa nacional”, ressalta o médico, que esteve no Estado especialmente para acompanhar a realização da Conferência Estadual de Saúde.
Neilton Araújo de Oliveira é médico especialista em Saúde Pública e em Políticas e Estratégias Nacionais. Também tem mestrado em Saúde Coletiva e Doutor em Ciências (Ensino de Biociências e Saúde) e é professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), onde coordenou a criação do curso de Medicina, com uma proposta inovadora: criou e coordenou o Núcleo de Estudos da Saúde no Tocantins (Nest-UFT) e colaborou na criação de outros cursos de saúde da UFT e na articulação intersetorial Educação, Saúde e Desenvolvimento Regional. Araújo também tem passagem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); foi diretor substituto de Programa e secretário-executivo do Ministério da Saúde. É militante ativo do SUS e da promoção da cidadania. Em Palmas, foi secretário de Saúde, além de candidato a governador do Tocantins pelo PT em 1994.
Nesta entrevista exclusiva ao Jornal Opção, Neilton Araújo fala da importância da retomada da Conferência da Saúde, que deve inspirar conferências de outros segmentos e reanimar os movimentos sociais. Neilton fala ainda dos motivos que o levaram a abandonar a militância partidária e ideológica e focar na luta pela democracia por meio na militância social na área da saúde. A entrevista foi concedida durante um intervalo da Conferência Estadual da Saúde, realizada nos dias 31 de maio e 1º de junho no Parque Arnaud Rodrigues, em Palmas.
Como o sr. avalia a volta das Conferências da Saúde, depois de um período de desmobilização da participação popular nas políticas públicas?
A saúde é uma área muito estratégica. Historicamente sempre teve uma participação maior da sociedade. A 8ª Conferência, em 1986, foi num processo de reconstrução democrática. Era a oitava, mas foi a primeira que contou com a participação da sociedade. Ou seja, a população ocupou os espaços. Hoje, nós estamos vivendo um contexto semelhante. Nos últimos cinco, seis anos, as políticas públicas todas foram muito desmontadas, com retrocessos em arranjos institucionais, diminuição de financiamento, negação da ciência, um monte de coisas terríveis. E a saúde foi o campo, considero, que mais resistiu. Por exemplo, fizemos a 16ª Conferência da Saúde ainda em 2019, no começo desse período complicado. O Conselho Nacional de Saúde (CNS) foi o único a não ser desmantelado. Os demais conselhos – de Direitos Humanos, Pessoa Idosa, Consea [Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional], tudo foi desmantelado. Nós resistimos, defendendo sempre a participação da sociedade. Ouvir a população é direito, temos história, temos desafios.
A [17ª] Conferência Nacional da Saúde foi convocada ainda em 2020. Conferência é um processo. Muita gente acha que conferência é só aquele momento de reunião. Ali é um momento de síntese, mas há todo um processo: mobilização, debate… A saúde, as políticas públicas e o próprio governo, em minha avaliação, comunicam mal. Nós precisamos trabalhar melhor essa questão. Precisamos ver as coisas de maneira mais direta, mais inteligível, compreensível, de modo que a população se sinta parte do processo. Aqui no Tocantins tivemos um processo extremamente vitorioso. Fomos um dos Estados que conseguiram fazer 100% das conferências municipais e, agora, a etapa estadual. Vamos tirar 56 delegados para ir para a etapa nacional. No Conselho Nacional de Saúde, estou na mesa diretora há sete anos e sou da comissão organizadora da conferência, como fui da 9ª, da 11ª, da 15ª e da 16ª.
Não tem saúde se não tiver moradia decente, transporte adequado, esse é um debate político
Como está sendo a retomada do processo de ouvir a sociedade na definição das políticas públicas de saúde?
Combinamos de fazer o que estamos chamando de conferências livres. Cada segmento ou movimento ou instituição faz uma conferência de saúde livre, no tema que quiser, identificado com o temário da conferência nacional. Desde que tenha participantes de nove Estados brasileiros e de pelo menos três regiões, essa conferência livre pode tirar delegados diretamente para a etapa nacional, sem passar pela via ascendente. Então, esse processo capilarizou demais a participação da sociedade. Além de ser um campo de resistência, de formação, a saúde é o campo mais plural, onde se trabalha mais a articulação intersetorial, interdisciplinar, interpolítica, porque saúde é multideterminada pela moradia, transporte, condições de vida, saneamento básico, cultura. Não tenho como fazer saúde se não tiver moradia decente, transporte adequado, então esse é um debate político, não político-ideológico, mas político organizador da sociedade, promotor do desenvolvimento. Isso nós estamos travando com a sociedade, com a academia, com o Judiciário, com as mídias.
Fiz agora um seminário em Palmas com jornalistas de várias instituições para discutir comunicação, saúde e participação social. Porque a comunicação também não entende essa dimensão ampliada da saúde. Nós temos de ganhar esses profissionais da comunicação para nos ajudar nessa discussão mais popularizada. Aí os problemas são muitos. Situação simples, solução simples; situação complexa, solução complexa. Então nós temos de ter serenidade, temos de ter diálogo, e esta é uma coisa boa: o governo que se instalou agora em janeiro reabriu as portas do diálogo. Está ouvindo governadores, universidades, movimentos de trabalhadores. Está ouvindo a população, os indígenas, rediscutindo políticas públicas. Eu falo muito que o problema não é governo A ou B, partido A ou B, a questão é projeto. Qual é o projeto? Esse projeto está a favor de quem? Esse projeto está voltado para beneficiar quem? Em uma conferência, vamos discutir o que queremos, como faremos, com quem vamos estar juntos para construir isso e para quem. Essa é uma novidade que está ocorrendo este ano, com uma dinamização muito grande. E essa Conferência Nacional de Saúde vai servir inclusive de estímulo para conferências setoriais. Você vai ver o tanto de conferências que vão ocorrer agora a partir do sucesso da 17ª Conferência Nacional de Saúde.
Como o sr. avalia essa reorganização do sistema de saúde com a participação popular pós-pandemia, período que evidenciou a importância do SUS?
O SUS, desde que nasceu até hoje, continua ameaçado. A Covid-19 deu uma visibilidade enorme para o sistema. Ah, se não fosse o SUS! Mas isso não diminuiu os ataques ao SUS nem seus desafios. Então, a pandemia ao mesmo tempo impactou a vida de toda a população mundial, de todos os países, mas ela também está nos ensinando alguma coisa. Precisamos retomar a participação da sociedade não como um favor, não como uma ajuda, mas como um arranjo institucional para as políticas públicas. Vivemos num país em que 70% dos municípios têm menos de 20 mil habitantes; 51% dos municípios brasileiros têm menos de 10 mil habitantes. Aqui no Tocantins é mais ainda: 82% dos municípios têm menos de 10 mil e 54% tem menos de 5 mil habitantes. Não preciso pensar cada município desses com um grande centro revolucionário de alta complexidade em saúde, mas eu preciso organizar o sistema. A atenção básica e de média complexidade, uma cirurgia de urgência, um tratamento de alta complexidade, isso daí são 20% só das necessidades da saúde da população. O restante, 70%, 80% das necessidades, é atenção básica. Então, como eu arranjo isso numa parceria com o governo federal e o governo do Estado? Cada um tem uma competência, tem uma autonomia, mas as responsabilidades são solidárias. Não pode ser divergente, competidora, concorrente, tem de ser sinérgica. O Estado e o município não precisam disputar o mesmo espaço. Um vai apoiar o outro. Quanto mais funcionar bem na atenção básica, menos vai precisar da urgência e da emergência. Quanto mais o Estado apoiar os municípios, menos vai sobrecarregar a alta complexidade. Então, isso ainda estamos por construir. Muitos secretários municipais ou estaduais às vezes não fazem as coisas, não porque não queiram, mas porque não têm conhecimento disso. E a população também não, porque a população só olha o dedo machucado, o dente doendo, não vê o conjunto.
Nós vivemos, na pandemia, uma exacerbação do individualismo, do eu, do vale tudo, do ódio, no negacionismo da verdade, da ética, da ciência, tivemos graves problemas na vacinação. Então, nós temos não só de recompor os serviços organizacionais da saúde: temos de retomar todo um processo de comunicação, de educação, de mobilização, de acordo com as características de cada território. O nosso arranjo aqui no Tocantins vai ser diferente em relação ao de São Paulo, ao de Goiás, assim por diante. Os governos, tanto o federal quanto o estadual e os municipais, bem como os conselhos de saúde, precisam compreender melhor seu papel. Conselheiro não é só para cobrar coisas, não; é também para fazer o caminho de volta, a devolutiva. A conferência vai deliberar prioridades e desafios que vão ser encaminhados para o nível nacional, mas muitos são do âmbito estadual e municipal. Como é que eu devolvo isso para o território? Tenho de levar agora o resultado desse debate para o plano estadual de saúde, para o PPA [plano plurianual], tenho de discutir com a Assembleia Legislativa, tenho de discutir com as câmaras de vereadores, tenho de informar isso para a imprensa, tenho de debater isso nas universidades que estão formando profissionais de saúde, para eles entenderem.
O Tocantins é o Estado que tem mais vaga de Medicina por habitante no Brasil
A propósito da formação do profissional de medicina, como o sr. avalia essa particularidade do Tocantins em relação à grande concentração de faculdades médicas?
O Tocantins é o Estado que tem mais vaga de Medicina por habitante no Brasil. Eu até não questiono muito essa questão de números. Questiono a formação que nós estamos fazendo para estes médicos. Para onde eles estão indo depois de formados? Porque, se eles ficam aqui, se vão para os municípios onde não têm profissionais, vão para o sertão, vão para os territórios indígenas, tudo bem. Mas, se eles saem daqui para voltar especialistas, engrossar a fileira dos especialistas que não têm alcance para a população e que não estão no serviço público, então não tem nenhuma política associada. É preciso fazer essa articulação e integração, ter coragem de definir prioridades, discutir isso francamente com a população, com a comunidade, com os profissionais de saúde. Essa é uma compreensão que os conselhos de saúde precisam ter, mas principalmente os gestores, porque eles têm mais poder de interlocução, mais poder de mobilização e precisam fazer essa discussão intersetorial, interinstitucionalmente, para a gente poder avançar.
As campanhas de vacinação de massa eram um orgulho. O governo federal abdicou disso e alimentou o medo
A queda na cobertura vacinal do Brasil é o típico caso da necessidade de uma comunicação estratégica para devolver aos brasileiros a confiança na imunização?
É um exemplo estratégico. O PNI [Plano Nacional de Imunizações] está fazendo 50 anos. Em 1973, nós criamos o PNI. Até 2020 eu dizia que no PNI ninguém tinha a coragem de mexer, por ser uma política de Estado e não de governo. Partido nenhum, governo nenhum, tinha coragem de mexer. Pois mexeram. E mexeram por meio da negação da ciência, das fake news, ou seja, comunicação sendo usada como não deveria. A comunicação por meio das redes sociais, com as fake news, foi usada para botar medo nas pessoas usando a vacinação, que é um patrimônio da ciência brasileira. Nós temos o maior programa de vacinação do mundo. Estamos agora reconstruindo esse patrimônio. No governo passado, perdemos mais de R$ 2 bilhões em vacinas, que eles demoraram a comprar e, depois de comprar, não fizeram o trabalho de mobilização que sempre fazíamos. As campanhas de vacinação de massa eram um orgulho, uma propriedade do SUS brasileiro. O governo federal abdicou disso e, pior, colocou receio, alimentou o medo que as pessoas já têm. Estamos recuperando e tendo de recompor as altas coberturas de vacinação, porque têm muitas doenças que nós só conseguimos erradicar no Brasil com vacinação. O sarampo já voltou. O vírus da paralisia infantil [poliomielite] está reaparecendo em vários países novamente. Então nós temos de rapidamente elevar as taxas de coberturas. É possível fazer isso só com o governo? Só com o Ministério da Saúde, só com as secretarias de Saúde? Não. A gente faz isso com todo mundo, principalmente com a comunicação correta. Uma comunicação bem focada, estrategicamente colocada. Então, temos de fazer esse trabalho de novo, intersetorial. Esse trabalho de mobilização local, regional e federal. Tudo junto num processo de propriedade coletiva. Não podemos dar essa autoria dessas conquistas para governo A, B ou C. Isso é propriedade coletiva. Propriedade dos governos, propriedades dos trabalhadores da saúde, é propriedade da comunidade. Nós temos de construir essa identidade. Mais uma vez eu considero que a comunicação é um instrumento poderoso e principalmente estratégico e prioritário para a gente utilizar neste momento agora.
Foram cem dias do novo governo recompondo programas que já eram consolidados e que foram destroçados. Mas agora está na hora de fazer coisas novas. O Mais Médicos voltou, o Zé Gotinha voltou, vamos fazer o lançamento da nova Farmácia Popular com maior abrangência. Recuperamos o vínculo com a saúde indígena. O Brasil apresentou agora, na Assembleia Mundial da Saúde, semana passada, uma proposta. A Organização Mundial de Saúde (OMS) [organismo das Nações Unidas] aprovou uma política de saúde indígena mundial. Então, temos muitas novidades para fazer, neste momento de efervescência das conferências. É preciso também que cada pessoa que está na conferência, numa etapa dessas, leve de volta essas informações para sua comunidade.
Não posso discutir hospital de urgência se não discutir o programa todo
Como o sr. avalia a crise na saúde de Palmas, que o sr. conhece bem, com o anúncio da construção do Hospital de Urgência e Emergência, aliás, uma promessa antiga?
O SUS tem seus princípios fundamentais da integralidade, da universalidade, da equidade e do controle social. E tem as diretrizes organizacionais – regionalização, municipalização e hierarquização de funções – num processo crescente. Isso tudo está nas leis, precisamos alterar isso na prática. A gente avançou muito na municipalização, mas a gente avançou pouco na regionalização. E num País tão diverso, tão grande como o nosso, descentralizar não pode ser A ou B, tem de ser A e B. Eu tenho de fazer o acesso ao menor município ocorrer, mas eu tenho de fazer também a oferta de serviço em termos de escala. Eu não posso colocar um hospital de alta complexidade em município de 2 mil, 3 mil habitantes. Mas eu preciso pactuar isso com os gestores estaduais, municipais e governo federal. Preciso negociar isso com a sociedade como um todo e informar isso corretamente. O que eu vejo é que nós ainda estamos vendo predominar uma concorrência entre Estado e município. Tem de haver uma sinergia. O Ministério da Saúde também fez e ainda faz, em alguns momentos, concorrência. Até porque às vezes o governo estadual é de um partido, o federal é de outro, o município de outro. Nós temos de ir por cima dessas questões. O trabalho é sinérgico. Definir o que é competência de cada esfera. O Ministério da Saúde não tem de fazer ação local. O governo estadual, quanto mais apoiar a atenção básica, menor fica a carga dele na assistência de maior complexidade. Agora, serviços de saúde, representam somente 10,8% dos fatores que impactam a saúde de uma comunidade; 19% são fatores ambientais, 20% é a genética da pessoa e 51% é estilo de vida. Eu tenho de discutir com a comunidade, de novo, estilo de vida, relacionamento fraterno, exercícios físicos, redução de sal e açúcar. Isso se faz no dia a dia, na atenção básica, na universidade, nas escolas. É preciso ter uma articulação forte entre saúde e educação porque a gente vai informar as crianças, os jovens, as famílias. Então eu não posso discutir hospital de urgência em qualquer lugar do mundo, muito menos no Brasil, se não discutir o programa todo, o arranjo todo, o desenho todo. Eu tenho de discutir quem vai cuidar disso e daquilo e entendendo que, mesmo eu cuidando de um pedaço, aquele outro pedaço é tão importante quanto, que somos parceiros nessa construção. Isso eu acho que está faltando entre os diferentes gestores. Falta entre os políticos, falta entre os governantes, seja o prefeito, seja o governador, seja o governo federal. O Tocantins, comparado a outros Estados, é ainda pequeno. Temos um território grande, com potencialidade na agricultura, uma pecuária muito forte, mas somos uma população de 1,5 milhão de habitantes, não estamos nos últimos lugares de pobreza, temos uma economia, temos uma rede de estradas muito boa, temos duas bacias hidrográficas poderosas, o Araguaia e o Tocantins, temos sol, temos um monte de coisas que poderiam nos deixar mais bem colocados. E a saúde é um campo de maior articulação, de maior integração. É preciso integrar políticas com assistência, com desenvolvimento e com comunicação constante para todo mundo.
O Hospital de Urgência é necessário? É. Mas para fazer o quê? Junto com esse hospital, com quem vou organizar para não ter lá uma unha encravada que posso resolver na atenção básica? Uma diarreia que eu possa resolver sem remédio nenhum, só com orientação? Muitas vezes as pessoas fazem uma inversão de valores: 80% dos problemas de saúde de uma comunidade se resolvem no âmbito da atenção primária de saúde, com uma educação em saúde, com informações, com orientação, com limpeza de terrenos, com saneamento básico, com orientação alimentar, com escolas. Então, está faltando esse tipo de exercício em muitos dirigentes – e até não é por má vontade, é porque eles desconhecem isso. Então nós também estamos aproveitando as conferências para abrir este debate.
Estamos propondo aqui para o Tocantins, depois da etapa nacional, termos um grande seminário, promovido pelos governos, pelas universidades, principalmente as públicas, pela Superintendência do Ministério da Saúde, pelo Judiciário, pelo Ministério Público, pelos meios de comunicação. O tema: a saúde indígena no Tocantins. Vamos chamar todo mundo. Vamos chamar os distritos sanitários indígenas, os representantes das comunidades indígenas, não vamos fazer as coisas que achamos a partir de nossa cabeça. Vamos perguntar a eles o que estão sentindo. Vamos ver se o que está de acordo com nossa prioridade e trabalhar com eles as necessidades que às vezes têm, mas não estão sentindo ainda e que são tão importantes quanto as que eles estão manifestando. Então, essa discussão precisa ter boa vontade. Precisa haver abertura. Precisa eu falar, juntar todo mundo, e aí o papel das universidades é muito importante porque são instituições plurais. O Conselho Estadual de Saúde tem um papel importantíssimo, porque agrega usuários, trabalhadores, prestadores de serviços e gestores de saúde. A gente tem de fazer isso nos próximos meses.
O sr. é um militante ideológico histórico, um quadro respeitadíssimo no meio progressista. O que o fez desistir da militância partidária?
Eu fui, entre outros companheiros, um dos principais articuladores e construtores do PT no Tocantins. Eu era da direção nacional e saí do PT no auge do partido. Lula estava reeleito para o segundo mandato e eu saí porque a luta da saúde era muito mais ampla, e a luta partidária estava me tolhendo. Fiquei fora. A questão partidária é um instrumento, mas você tem outros instrumentos. Depois, achei que era uma boa oportunidade reconstruir o PSB aqui no Estado. E fizemos isso. O PSB tinha três prefeituras, na próxima eleição fomos para 16 prefeituras, 4 das maiores cidades. Com o quê? Com a visão da participação, principalmente da juventude. Agora, têm três anos que eu de novo vi que a atuação partidária limitava minha atuação sanitária plural. Então, priorizei minha estrada de sempre, a militância da saúde púbica, a saúde como espaço de debate, como espaço de articulação, de mobilização e de revolução. A saúde é a área mais plural, mais multideterminada, mais difícil de trabalhar, mas não tem nenhuma que produza tanto resultado do ponto de vista da cidadania, do ponto de vista da organização da comunidade, como a saúde. Eu acho que nós estamos precisando de mais e mais, principalmente de jovens. Quando eu comecei nesta luta, há 48 anos, ela já estava na estrada, muitos companheiros a iniciaram. Hoje, nós estamos precisando atrair mais jovens para continuar essa luta, que é permanente. A luta da democracia, a luta contra a desigualdade social e pela inclusão social. Isso é uma luta de todos e tem de ser permanente. A área da saúde está num momento extremamente visível, mas precisa se fortalecer mais, com melhor assistência, com melhor organização, com mais prevenção, com mais e melhor comunicação com a sociedade.
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SAÚDEBUSINESS
Telemedicina e internet das coisas conectam salas cirúrgicas para procedimentos cardíacos em crianças
Projeto lançado pelo Instituto do Coração com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Cisco desenvolveu sistema para telemonitoramento do ato cirúrgico
O InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – HCFMUSP) realizou o lançamento oficial de uma plataforma de telemedicina voltada para teleorientação de cirurgias de alta complexidade, uma iniciativa inédita no país, para integração de equipes cirúrgicas de hospitais públicos. O projeto é fruto de uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a empresa de tecnologia Cisco Brasil.
O Telemonitoramento do Ato Cirúrgico (TAC), desenvolvido pelo Núcleo de Inovação do InCor (InovaInCor), utiliza tecnologias de colaboração interativa, videoconferência, óculos inteligentes e Internet das Coisas (IoT). Essas ferramentas são utilizadas para conexão e comunicação de equipes cirúrgicas que estejam distantes, o que possibilita a troca de informações, experiência e orientação antes, durante e depois da cirurgia de casos complexos. A plataforma foi testada em cirurgias cardíacas pediátricas, entretanto, pode ser empregada por diferentes especialidades cirúrgicas.
“A colaboração do InCor, que é um centro de referência em cirurgias cardíacas, com apoio do MCTI e expertise da Cisco, que é referência em tecnologia, permitiu o desenvolvimento de uma solução para equipes médicas afastadas geograficamente e que podem se beneficiar da troca de informações e habilidades para cirurgias de casos complexos. Este é um projeto concebido, estruturado e executado sob a perspectiva da Saúde Digital e dos marcos regulatórios da Telessaúde e Telemedicina aplicada”, afirma Prof. Dr. Fabio Biscegli Jatene, Diretor da Divisão de Cirurgia Cardiovascular e Vice-Presidente do Conselho Diretor do InCor.
As cirurgias colaborativas foram realizadas pelo InCor e o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) que, desde o final de 2022, já realizou 15 procedimentos.
Parceria e acesso
Além da HU-UFMA, outras instituições estão previstas para aderir ao projeto nos próximos meses, e serão equipadas com soluções da Cisco, desde câmeras inteligentes de alta resolução, até o sistema de colaboração Webex, que possibilitam a troca de informações e colaboração entre as equipes, em tempo real, permitindo a rápida tomada de decisão durante o ato cirúrgico. Além disso, todas as cirurgias ficam gravadas e podem ser utilizadas posteriormente para análise e capacitação de médicos residentes e profissionais da saúde, colaborando com a formação e aperfeiçoamento de novos especialistas.
“Desde o primeiro procedimento observamos o impacto desta solução, quando uma extensão do problema cardíaco do paciente foi sugerida pela equipe que acompanhava de São Paulo o ato no Maranhão. Os cirurgiões puderam investigar e confirmaram a suspeita, realizando uma intervenção na mesma cirurgia e evitando a necessidade de uma reoperação”, ressalta Guilherme Rabello, Head de Inovação do InovaInCor.
Outro benefício do projeto é o impacto direto na jornada do paciente, que não precisa se mobilizar até um centro de referência longe de sua residência para receber tratamento cirúrgico de alta complexidade.
O InCor é uma das instituições parceiras da Cisco no escopo do programa Brasil Digital e Inclusivo (BDI), lançado pela empresa para inovação e digitalização de setores essenciais do país, como a saúde pública. “Estamos transformando em realidade a visão e o conceito de cirurgias híbridas colaborativas, e acreditamos que isso é só o começo da grande transformação que temos pela frente no setor de saúde”, afirma Rodrigo Uchoa, diretor de Digitalização da Cisco Brasil.
Neste momento, a plataforma TAC está implantada e validada, sendo um projeto pronto para expansão a outros hospitais que se beneficiarão desta solução. “Estamos satisfeitos em projetar uma solução que tem por objetivo contribuir para a qualificação de centros cirúrgicos pelo país, que poderão atender mais rapidamente às necessidades regionais de pacientes e fortalecer o sistema de saúde nacional a partir de tecnologias colaborativas”, destaca a Dra. Rosangela Monteiro, Gerente de Inovação e uma das idealizadoras do projeto.
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Cerca de 80% dos empregos da cadeia produtiva da saúde são de vínculos formais do setor privado
A cadeia produtiva da saúde contabilizou 4,7 milhões de empregos no País nos últimos três meses encerrados em fevereiro deste ano. Desses, 3,8 milhões, correspondente a 80% do total, são de oportunidades formais com carteira assinada do setor privado – o restante, 949,2 mil, estão vinculadas ao setor público. As informações são do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde nº 63, publicação do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
O estudo considera os setores público e privado, bem como empregos diretos e indiretos e mostra que na região Sudeste estão concentrados quase metade dos empregos do setor: 2,3 milhões de vínculos. Em seguida aparece o Nordeste (932,7 mil), Sul (695,4 mil), Centro-Oeste (493,6 mil) e Norte (272,8 mil).
O setor apresentou um comportamento adverso ao observado durante o ano de 2022, no qual houve períodos consecutivos de alta. Desta forma, com exceção do Nordeste e Sul, que ficaram estáveis, as demais regiões do País apresentaram taxa de variação negativa entre novembro de 2022 e fevereiro deste ano – Centro-Oeste (-0,9%), Norte (-0,6%) e Sudeste (-0,4%).
O superintendente executivo do IESS, José Cechin, explica que “na comparação trimestral, houve leve redução (-0,3%) no volume total de empregos gerados, puxado principalmente pelo setor público, que teve queda ainda maior (-2,1%) no trimestre”, observa.
Em relação ao fechamento mensal, registrado em fevereiro, houve saldo positivo de 18,1 mil oportunidades na cadeia da saúde, considerando a diferença entre admitidos e desligados. O setor privado teve saldo de 8,9 mil e o público de 9,1 mil empregos.
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ESTADÃO
Problemas do setor de planos de saúde não são de hoje
O setor de saúde suplementar está com problemas e não é de hoje. De um lado, empresas que oferecem planos aos seus colaboradores enfrentam enormes aumentos de preços. Paradoxalmente, as operadoras dos planos enfrentam déficits crescentes. Não foi por falta de aviso. A equação econômica do setor, que é essencial para o acesso das famílias a serviços médicos privados, não se equilibra. sobre economia ANS suspende comercialização de 32 planos de saúde após reclamação de clientes; veja quais
Amil aposta em plano de saúde individual mais enxuto para reverter perdas bilionárias
Antônio Penteado Mendonça: Planos de saúde privados, nem mocinhos nem bandidos Em 2015, realizamos um estudo sobre a saúde suplementar no Brasil e as conclusões se revelaram premonitórias. Uma das causas de seu desequilíbrio, que ocorre no mundo inteiro, é o custo crescente da saúde decorrente do envelhecimento da população e do uso de procedimentos mais sofisticados. O estudo apontava também que a atuação do poder público é uma das fontes de desequilíbrio. Em razão da importância desse mercado, o governo passou a regulá-lo de modo mais restritivo. Foram ampliadas as coberturas, resultando, por exemplo, na quase extinção da oferta de planos individuais. As incertezas ligadas à crescente "judicialização" da saúde também contribuíram.
Nossa proposta em 2015 era criar uma agenda de reformas em três frentes: (i) ampliação da transparência do mercado; (ii) alinhamento de incentivos dos diversos agentes do setor; e (iii) promoção da competição, facilitando troca de planos e entrada de novos ofertantes.
Passados oito anos, o que se vê é uma caminhada em direção oposta. Por exemplo, em 2022, a Lei 14.454 ampliou a cobertura obrigatória dos planos, exigindo procedimentos e tratamentos que não constam na lista de referência básica da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O cenário em 2023 é preocupante, com uma grande operadora anunciando sua saída do setor e outras com enormes perdas. Grandes grupos estão vendendo imóveis e renegociando dívidas. A sinistralidade tem subido. As operadoras encontram dificuldades crescentes para repassar aos segurados o aumento dos custos.
A insolvência de planos de saúde tem graves consequências. Instituições são diretamente afetadas, com risco de demissões e queda na geração de renda e arrecadação. Ainda mais grave, o encolhimento do setor reduziria o acesso da população a serviços privados de saúde, gerando maiores pressões sobre o sistema público.
Resta-nos repetir a conclusão de 2015: a complexidade do setor de planos de saúde e sua importância para a sociedade tornam imperativa a busca por um melhor funcionamento da cadeia. Políticas que não levem em conta problemas estruturais atuais tendem a agravar os desafios, propagar distorções e condenar o setor.
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GLOBO ONLINE
Piso da enfermagem deveria ser alerta para Parlamento
Não parece ter limite a desconexão da realidade que toma conta dos grupos organizados com capacidade de pressão política. Tramitam no Congresso, de acordo com levantamento do site Poder360, nada menos que 148 propostas para criar pisos salariais para 59 categorias profissionais, 133 na Câmara e 15 no Senado. A exemplo do piso nacional instituído para a enfermagem, proliferam propostas que tentam garantir remuneração mínima para toda sorte de ocupação.
Estão na lista psicólogos, médicos, dentistas, veterinários, biólogos, histotecnologistas, técnicos agrícolas e industriais, agentes comunitários, assistentes sociais, professores, educadores físicos, instrutores de artes marciais, operadores de telemarketing, costureiras, nutricionistas, fisioterapeutas, garçons, farmacêuticos, vigilantes, mecânicos e, naturalmente, os onipresentes bombeiros e policiais. Felizmente, até agora a única tentativa que deu certo foi a dos enfermeiros. Ela revela tudo o que há de absurdo nessas iniciativas.
A ideia de gravar o patamar mínimo de remuneração na lei ou na própria Constituição não tem o menor cabimento do ponto de vista econômico. Para começar, os custos das atividades são distintos num país continental como o Brasil. Nas palavras do ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo contra o piso da enfermagem no Supremo, "pisos nacionais num país com as diferenças e as desigualdades regionais do Brasil, como regra geral, não parecem ser boa ideia".
Além das diferenças regionais apontadas por Barroso, há um problema mais grave: numa economia de mercado, não cabe ao Estado legislar sobre o valor dos contratos negociados livremente entre empregadores e empregados. A consequência desse tipo de intervenção é a pior possível: engessamento do mercado, inviabilização de milhares de empresas, aumento do desemprego e da informalidade. É o que já se vislumbra no caso da enfermagem, cujo piso imediatamente pôs no horizonte a bancarrota de prefeituras e serviços privados de saúde.
O plenário do STF referendou a liminar de Barroso que suspendeu a aplicação do piso da enfermagem em setembro do ano passado. Mas o próprio Barroso autorizou o pagamento depois que o Congresso deu um jeito de aprovar o financiamento do Tesouro a estados e municípios que não tinham como arcar com o custo. Como em qualquer outra das benesses do funcionalismo, quem pagará a conta é o contribuinte, num momento em que o país enfrenta uma crise fiscal sem paralelo.
Quanto ao setor privado, não é muito difícil enxergar os efeitos nefastos da solução adotada por Barroso. Ele deu 45 dias de prazo para as empresas negociarem com os sindicatos remuneração menor, sob pena de terem de pagar o piso depois de esgotado o prazo, na primeira semana de julho. Parece evidente o que acontecerá com hospitais, clínicas e laboratórios que não tiverem condição de manter o nível de remuneração mais alto. Farão as contas e promoverão ondas de demissões. Sairá prejudicada a saúde da população, que precisa dos enfermeiros.
A mesma sucessão de eventos acontecerá com qualquer categoria para a qual o Congresso se meter a assegurar benefícios economicamente insustentáveis. Bastará os parlamentares cederem aos lobbies e grupos de pressão empenhados nesses 148 projetos para a realidade tratar de se impor.
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JOTA INFO
Artigo- Pisos para uma federação heterogênea
Os efeitos das políticas públicas podem, paradoxalmente, contrariar as boas intenções que as inspiraram. É crucial, portanto, que os formuladores dessas políticas, especialmente no campo social, tenham um cuidado meticuloso. Um exemplo que ilustra essa realidade pode ser a implementação do novo piso salarial da enfermagem.
Assim como já ocorreu com a fixação da taxa de juros na Carta Magna (Constituição Federal) original, de 1988, estabelecer um valor salarial único em todo o país pode ter consequências indesejadas. Entre elas, a deterioração das relações de trabalho, a piora nas condições de emprego e a desorganização das entidades que atuam na área da saúde, especialmente as de menor porte e aquelas presentes em locais mais remotos ou regiões distantes do país.
Ancorada na Emenda Constitucional 124/2022, a Lei 14.434, do mesmo ano, fixou o piso salarial nacional em R$ 4.750 para os enfermeiros do país. Para técnicos de enfermagem e para auxiliares, os pisos variam entre 70% e 50% desse valor.
Diversas análises e simulações dos economistas alertaram para os impactos, sobretudo sobre as finanças de estados e municípios, além de entidades filantrópicas e empresas privadas de saúde de menor porte. Acionado, o Supremo Tribunal Federal (STF), lucidamente, pediu aos interessados estudos mais aprofundados.
Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS 2021), as ocupações afetadas pela nova lei representam 1.408.584 profissionais enfermeiros apenas do setor privado, sendo que 55,2% (ou 778.233) se encontravam abaixo do novo piso da enfermagem. O destaque maior é dos profissionais técnicos de enfermagem, que estão 68,7% (ou 559.124) abaixo do piso estipulado. Esta fonte de dados indica que o custo da implantação do novo piso seria de cerca de R$ 12,5 bilhões anuais.
As entidades privadas seriam as mais impactadas, enfrentando um aumento anual de despesas da ordem de R$ 4,8 bilhões. Por sua vez, as entidades da administração pública teriam que desembolsar, adicionalmente, cerca de R$ 4 bilhões. As entidades sem fins lucrativos sofreriam um impacto financeiro de aproximadamente R$ 3,5 bilhões. Considerando que o Sistema Único de Saúde (SUS), além de fornecer serviços por meio da rede pública, também contrata serviços das redes privada e filantrópica, o valor total adicional necessário excederia os R$ 7,9 bilhões anuais.
Para financiar esses custos adicionais, foi promulgada a Emenda 127, em 22 de dezembro de 2022. Essa emenda autoriza o orçamento federal a realocar recursos de fundos originalmente destinados a outras finalidades, a fim de compensar as perdas financeiras dos governos regionais, das entidades filantrópicas e dos prestadores de serviços que atendem pelo menos 60% de seus pacientes pelo SUS.
Com a promulgação da Lei 14.581 em 11 de maio de 2023, o Fundo Social se comprometeu a transferir R$ 7,3 bilhões para sustentar os pagamentos aos profissionais do SUS. No entanto, três questões principais geram um clima de forte tensão:
Além disso, as estimativas indicam que os valores necessários excedem os R$ 7,9 bilhões, e outros cálculos sugerem montantes ainda maiores.
É importante chamar a atenção para o fato de que não se trata de um aumento de custos homogêneos porque a implementação do piso da enfermagem afeta de forma bastante desigual a rede de saúde como um todo. Na maioria dos estados brasileiros com renda per capita inferior, a distância dos salários atuais em relação ao piso é elevada, e vai requerer pesados aportes de recursos. Podemos dizer que há uma questão federativa subjacente.
Num quadro geral, as indicações eram de grandes riscos de geração de turbulências no setor privado, onde poucas garantias estão postas. Vale notar que há grande presença de clínicas e hospitais de pequeno porte dentre as entidades que registram grande massa de diferenças entre os salários pagos e o novo piso. Estados como Roraima, Piauí, Pernambuco e Sergipe, por exemplo, serão os mais afetados e poderão ser perdidos mais de 70% dos postos de trabalho, nas ocupações relativas ao piso.
Um pequeno ensaio com base na RAIS mostra que se todos os vínculos do setor privado, que superam 50% de aumento de custos na implantação do piso, fossem encerrados teríamos cerca de 245 mil postos de trabalho perdidos nada menos que 27,7% dos vínculos existentes atualmente.
A tabela a seguir ilustra o montante de novos recursos que cada unidade federativa precisará alocar para manter seus trabalhadores empregados e para cumprir os valores do piso salarial da enfermagem. Para exemplificar o caso mais crítico, a Paraíba, no setor privado e nas ocupações de interesse, terá que mobilizar um valor adicional de 59% além dos pagamentos de salários atuais.
Massa de diferenças sobre massa de salários das ocupações com o novo piso da enfermagem no setor privado
Fonte: Elaboração própria com base na RAIS 2021
Por fim, a disparidade regional entre o piso da enfermagem e os salários atuais é bastante acentuada. Este fenômeno não surpreende, pois é inerente a uma federação como a brasileira, estruturada para administrar diferenças notáveis em aspectos políticos, sociais e econômicos entre suas regiões e até localidades. Há tempos isso tem sido equacionado com soluções que dão respostas diferentes para problemas muito diferentes.
O exemplo do salário básico da economia é um caso histórico. Como é inegável e inevitável que empregadores tenham condições muito diferentes para pagar salários em distintos locais, foi estabelecida uma política de salário mínimo que faculta a cada estado fixar um valor superior ao nacional, para pagamento de tais valores.
Em face da vasta heterogeneidade regional do Brasil e das incertezas sobre os impactos nos custos, principalmente considerando as condições sustentáveis de financiamento do piso de enfermagem, uma alternativa viável seria adotar a mesma abordagem do salário mínimo nacional. Esta opção permitiria uma diferenciação regional e, talvez, até mesmo entre as entidades contratantes, facilitando assim o progresso rumo a uma remuneração mais justa, garantindo segurança para o trabalhador e responsabilidade para com o sistema público.
Promover uma modulação do processo de implantação do piso nacional é possível. Pode-se fixar um prazo de, por exemplo, 12 anos para que pisos estaduais realizem a convergência com o piso nacional. Desta forma, as diferenças regionais seriam reconhecidas, mas a dinâmica do setor de saúde estaria ganhando movimento no sentido da implantação de uma valorização ao profissional, que é pertinente.
Caso um estado, em uma avaliação individual, identifique que possui condições para acelerar o processo, será concedida a ele a opção de promover uma expansão mais acentuada do seu piso salarial através de legislação estadual.
Vale frisar que a política de regionalização do salário mínimo conseguiu acomodar a realidade de uma federação heterogênea. As decisões no sentido da modulação de políticas conseguiram colocar os objetivos no horizonte palpável, sem destruir os atores sociais e econômicos.
Por que então não se pode repetir soluções bem-sucedidas neste caso?
José Roberto Afonso
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GOIAS VIDA SAUDAVEL
Cremego vai recorrer à Justiça contra nota técnica que autoriza a inserção de DIU por enfermeiros
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudia e reivindica a imediata revogação da Nota Técnica (NT) nº 31/2023, editada pelo Ministério da Saúde, que recomenda/autoriza a inserção de Dispositivo Intrauterino (DIU) por enfermeiros.
De acordo com o Conselho, “ao fazer essa recomendação, o Ministério da Saúde descumpre a Lei do Ato Médico, que define ser a execução deste procedimento invasivo exclusiva de médicos ginecologistas”.
“Além de ilegal, a medida desrespeita a classe médica e toda a população, que pode ter seu atendimento feito por profissionais sem a habilitação necessária”, diz trecho da nota.
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Assessoria de Comunicação
Associado CRD: 3º CRDay aborda o tema cultura organizacional
Escrito por Administrador
Cultura Organizacional foi o tema, no dia 03 de junho, do 3º CRDay. Evento interno do Grupo CRD, composto por mais de 40 empresas pelo Brasil e com sede em Goiás, no associado CRD Medicina Diagnóstica.
Mais de 100 colaboradores estiveram imersos durante uma manhã de sábado, estudando a cultura da empresa, que é focada no atendimento humanizado, ética, compromisso, qualidade dos laudos e cuidado com os seus pacientes.
O CRDay 2023 contou com palestras da presidência do Grupo, tais como o CEO Dr. Renato Tavares Daher, o COO Dr. Ricardo Tavares Daher, o médico ortopedista e Conselheiro Sérgio Daher, a Relações Institucionais e Conselheira Idalina Tavares Daher, juntamente com os diretores Dr. Anderson Benine, Tiago Brito, Everton Macedo e Luiz Flávio Vaz.
Atualmente, o CRD Medicina Diagnóstica é a única clínica do Centro-Oeste a ter a certificação internacional ACSA. Em mais de 12 anos de atendimento, o CRD está presente em 12 Estados, possui 231 equipamentos e só em 2022, realizou 1,2 milhões de exames, atendendo mais de 1 milhão de pacientes. Isso tudo com um time profissional e altamente capacitado, composto por mais de 1.500 pessoas.
Ao final do evento, o time do Grupo CRD ainda pode curtir um almoço de confraternização, momento essencial para troca de experiências de um grupo que só cresce e se especializa cada vez mais. (Fonte: CRD)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Desinformação de médicos sobre vacinação terá punição, diz ministra da Saúde
Crianças têm alta de internações por vírus sincicial respiratório em 19 estados
Hospital de Barra do Garças diz que gestante e bebê de Aragarças já chegaram ao município sem vida
Grávida de 17 anos morre após dar à luz em hospital de Nova Crixás; família cobra explicações
Juízes acertam no combate à indústria dos pedidos de reembolso das clínicas em nome dos clientes
PORTAL ACESSA
Desinformação de médicos sobre vacinação terá punição, diz ministra da Saúde
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A ministra da Saúde, Nísia Trindade, diz que o governo federal está criando grupo de trabalho para analisar uma série de desinformações publicadas em redes sociais por médicos e outras pessoas sobre a vacinação.
Entre os integrantes do GT estão o Ministério da Saúde, Secom (Secretaria de Comunicação Social), AGU (Advocacia-Geral da União) e Ministério da Justiça e Segurança Pública. O grupo vai analisar qual é o tipo de desinformação e o grau de culpabilidade de quem publicou ou repassou. A partir desse material, vai avaliar se cabe punição e como será aplicada.
Segundo a ministra, o projeto-piloto se dará com a vacinação, mas a intenção é expandir também a outros temas. "Condutas criminosas de médicos e de outras pessoas terão de ser punidas, pessoas que vão às redes falar absurdos, que as pessoas vão morrer se tomar a vacina ou ter alguma sequela", disse.
Nísia reconhece que a vacinação continua devagar no país e diz que vai procurar líderes religiosos e outros atores para ajudar a melhorar o quadro.
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Folha - Quais são as metas principais da pasta nesta gestão?
Nísia Trindade - Há uma diretriz de considerar a saúde como um direito e como uma base para o desenvolvimento sustentável. A partir dessa visão, nós definimos metas. A primeira foi recuperar e atualizar programas bem-sucedidos das outras gestões [PT], como voltar ao patamar de vacinação de 2016, a retomada do Mais Médicos, programa para reduzir filas, vamos lançar o Farmácia Popular. Para os quatro anos, defino que a meta é contribuir para um programa de preparação do país frente a novas emergências sanitárias, além de fortalecer o complexo econômico-industrial da saúde e dar uma dimensão integral à saúde, articulando atenção primária com atenção especializada. Uma última meta é conseguir fazer com que a saúde participe fortemente da chamada transição digital. Dentro da pasta, a visão de equidade volta com força.
Folha - Como vai ser implementada essa equidade?
Nísia Trindade - A equidade significa tratar de forma diferente quem não foi atingido pelas políticas universais. Nós já estamos realizando ações com o Ministério da Igualdade Racial para atuar naqueles indicadores em que as pessoas classificadas como pretas e pardas apresentam os piores índices, como expectativa de vida, mortalidade materna. Em relação à saúde da população indígena, nós acabamos de aprovar uma resolução na Organização Mundial da Saúde para que haja um olhar específico para as doenças predominantes e sua especificidade cultural.
Folha - Vocês conseguiram mapear mais territórios indígenas em situação crítica como os yanomamis?
Nísia Trindade - Não com o quadro dramático que vimos, mas existem situações muito difíceis, muitas queixas de violência, ações de garimpo ilegal. A saúde indígena estava, de fato, muito abandonada.
Folha - Como a senhora avalia a vacinação no país?
Nísia Trindade - Está devagar, sem dúvida, com todo o esforço que está sendo feito. O Ministério da Saúde voltou a fazer campanha, voltou a dizer claramente que as pessoas têm que se vacinar. Nós estamos com microplanejamentos, tendo início na região Amazônica. Vamos atuar junto às prefeituras, com lideranças religiosas, outros formadores de opinião, Ministério da Educação. Estamos longe de conseguir reverter o mal dos últimos anos, vamos ter que fazer um trabalho muito intenso.
Folha - Vocês já começaram a procurar os líderes religiosos?
Nísia Trindade - Algumas lideranças religiosas já desde o início do governo se dispuseram a apoiar. De uma forma organizada, pretendo fazer agora.
Folha - Como estão lidando com o movimento antivacina? Vão propor legislações mais duras?
Nísia Trindade - Com certeza. Já está na pauta o chamado PL das fake news, que é mais amplo do que isso. Além disso, isso está em uma ação interministerial, a vacina foi tomada como modelo. Condutas criminosas de médicos e de outras pessoas terão de ser punidas, pessoas que vão às redes falar absurdos, que as pessoas vão morrer se tomar a vacina ou ter alguma sequela. Eu tive uma reunião com o Conselho Federal de Medicina, que se colocou à disposição para nos apoiar numa campanha pró-vacina. Existem práticas fora do contexto, mas também existem práticas criminosas.
Folha - A Folha mostrou medicamentos que foram encontrados vencidos e para vencer. O que fazer?
Nísia Trindade - Encontramos uma situação não só desorganizada, sobrou vacina porque também houve uma campanha contra a vacina. O que temos feito é uma política para que estados e municípios busquem a aplicação do que está para vencer, e, também, através da assessoria internacional, consultar países para doação.
Folha - Mais medicamentos devem vencer?
Nísia Trindade - Infelizmente vai haver, mesmo com esse esforço.
Folha - Há possíveis consequências para as políticas públicas na saúde em caso de descriminalização do porte de drogas proposto pelo STF?
Nísia Trindade - Na verdade, sim. Nosso enfoque é tratar esses temas como questão de saúde pública, de que maneira podemos contribuir para uma vida saudável, cuidar das pessoas.
Folha - Como impacta exatamente?
Nísia Trindade - O impacto não é direto para o Ministério da Saúde, é mais amplo até sobre a sociedade. Mas nós já temos na diretoria de doença mental toda uma preocupação de reduzir ao máximo os danos causados pelo uso de drogas, políticas de acolhimento, reforçar o centro de atenção psicossocial. Qualquer decisão do STF vai exigir reforço dessas medidas que retornamos no ministério.
Folha - Como o tema do aborto vai ser tratado na pasta?
Nísia Trindade - Uma abordagem como um tema de saúde pública, então há estudos sendo feitos para ocorrerem políticas. O que nós já definimos e está em curso é cumprir a legislação existente, como dar acolhimento à mulher no sistema de saúde para que ela tenha segurança no caso de ser necessária a prática [em casos permitidos].
Folha - O Ministério da Saúde pretende criar discussão?
Nísia Trindade - Não cabe ao Ministério da Saúde liderar um debate nesse sentido. Ele irá exatamente cumprir a lei e proteger mulheres e meninas porque isso é nosso compromisso. Nós vamos acompanhar qualquer debate na sociedade sobre o tema e buscar também as evidências científicas e estudos.
Folha - Especialistas têm dito que, mesmo com aporte do Ministério da Saúde, ainda não vai ser possível pagar o piso de enfermagem. Vocês têm recebido reclamações?
Nísia Trindade - Não há uma demografia da profissão que daria um retrato perfeito e exato. Isso é um trabalho que leva um tempo e vai ser feito, mas, enquanto não é feito, vamos nos aproximar o máximo dessa realidade. O trabalho se baseou em dados disponíveis, dados confiáveis para essa definição. Alguns prefeitos, secretários municipais estão dizendo que [o valor] não corresponde ao que deveria ser. Estamos colhendo e trabalhando essas informações para sinalizar ao governo se houver necessidade de recursos adicionais.
Folha - Com essa demografia pronta, pode mudar algo na distribuição?
Nísia Trindade - Seguramente.
Folha - Há reclamação de entidades médicas sobre atuação de médicos sem diploma no Mais Médicos. Quais parcerias devem ser feitas com o MEC sobre o Revalida, residência médica?
Nísia Trindade - Já ofertamos um número maior de vagas de residência médica, o Ministério da Saúde é responsável financeiramente por cerca de 40% da residência médica no Brasil. Em relação ao Revalida, a própria medida provisória do Mais Médicos já reconhece que tal como vinha sendo feito no Brasil não traz nenhum resultado positivo, impede muitos médicos de prestar o exame, um número excessivo de horas de exame num dia, a própria questão da prova prática é um problema. Há uma sugestão que o trabalho no Mais Médicos conte como um campo de prática para esses profissionais.
Folha - Vai facilitar o Revalida?
Nísia Trindade - Seguramente vai facilitar, vai dar mais qualidade.
Folha - Qual deve ser o tipo de regulamentação do setor privado?
Nísia Trindade - Na saúde sob Queiroga falava-se do Open Health. A regulação do setor privado tem que se dar a partir das necessidades do SUS. Hoje, 60% dos atendimentos de média e alta complexidade no SUS são realizados por hospitais filantrópicos. Há outro tipo de regulação que é feito pela ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar], esse modelo tem que ser aperfeiçoado para proteger o cidadão porque 25% da população usa planos de saúde. Há um outro nível de regulação que diz respeito à parte de desenvolvimento e produção fabril e de acesso aos insumos de saúde, medicamento, equipamentos. Temos um trabalho da Conitec [Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde] e lançamos o grupo do Complexo Industrial da Saúde.
Folha - Governos anteriores chegaram até a avaliar as propostas de coparticipação no SUS, cobrando por procedimento. Qual sua avaliação?
Nísia Trindade - Nossa visão é um SUS gratuito, universal e a participação do setor privado se dá mediante contratualização em bases adequadas. É nisso que queremos melhorar e avançar.
Folha - A judicialização de medicamentos de alto custo é algo que acontece frequentemente. Há estratégia para reverter isso?
Nísia Trindade - Com certeza. Nós já temos conversado com tribunais de justiça para que esses processos sejam aperfeiçoados até para que os juízes estejam adequadamente informados sobre os tratamentos que o SUS incorporou. A judicialização não é vista por nós como mal em termo geral, até porque a Constituição defende a saúde como um direito, então um cidadão busca esse direito. Mas, de fato, é um custo excessivo. Além dessas conversas, do nosso lado vamos melhorar o processo de tecnologia e de produção nacional.
Folha - Alguma forma nova de arrecadação pelo SUS?
Nísia Trindade - Há uma discussão importante da possibilidade de retorno do chamado selo do cigarro. Com a taxação, o valor seria revertido para reduzir os males. Existem outras propostas em pauta também, é importante que o orçamento da saúde seja sustentável.
Folha - Quando o programa da Farmácia Popular deve ser lançado?
Nísia Trindade - Está sendo montado. Vamos credenciar novas farmácias para atingir todo o Brasil. Para isso, tem que ter um bom sistema de gestão aqui no ministério, nós trabalhamos para esse aperfeiçoamento.
Folha - Gostaria de acrescentar algo mais?
Nísia Trindade - Nós vamos lançar na próxima semana um programa para eliminação da tuberculose e outras doenças com grande impacto na população mais pobre junto a outros ministérios. Fui convidada a participar da COP-28 porque o comitê geral da COP-21 considera que é fundamental tratar do tema sobre mudança climática e saúde. É uma pauta que estarei trabalhando com a ministra Marina Silva [Meio Ambiente].
Folha - Como vai ser esse trabalho de saúde e clima?
Nísia Trindade - A mudança climática tem impacto nas condições epidemiológicas e nos desastres naturais. Você tem uma mudança que, às vezes, muda o padrão geográfico das doenças. Hoje você tem dengue em lugares onde não havia. O Ministério da Saúde pode atuar tanto com estudos, que mostram essa relação, como também em planos de vigilância e de mitigação.
RAIO-X
Nísia Trindade, 65
Primeira mulher a ocupar o cargo em quase 70 anos de história do Ministério da Saúde. Graduada em ciências sociais, mestre em ciência política, doutora em sociologia, Nísia assumiu a presidência da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) por dois mandatos. Ela é servidora da fundação desde 1987.
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AGÊNCIA BRASIL
Crianças têm alta de internações por vírus sincicial respiratório em 19 estados
Boletim da Fiocruz aponta para aumento de casos de H1N1 em adultos
Enquanto os casos de covid-19 apresentam queda desde o mês de abril, o país registra aumento de testes positivos para influenza A entre adultos, principalmente do vírus H1N1, e do vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças. Os dados do Boletim Infogripe foram divulgados nesta quinta-feira,01, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), referentes à semana de 14 a 20 de maio.
De acordo com a Fiocruz, em maio foi consolidado o cenário iniciado em abril. Entre as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na população a partir dos 15 anos, os casos de H1N1 passaram de 9% em março para 31% entre o fim de abril e maio. Por outro lado, os casos de covid-19 caíram de 80% para 53% no mesmo período.
Houve aumento de casos de SRAG no Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
Há sinais de crescimento do VSR nas crianças do Acre, Amazonas, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe.
Na tendência de longo prazo, o cenário epidemiológico indicado pela Fiocruz é de crescimento moderado de SRAG, enquanto a tendência é de estabilidade de casos da doença causado pelos vírus no curto prazo.
A análise aponta que nas quatro últimas semanas epidemiológicas a influenza A foi responsável por 20,9% do total de óbitos de pacientes internados que tiveram teste laboratorial positivo, a influenza B respondeu por 12,3%, o VSR vitimou 10,4% e o Sars-CoV-2/covid-19 ainda é responsável por 51,7% dos óbitos provocados por vírus respiratórios
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MAIS GOIÁS
NEGLIGÊNCIA
Hospital de Barra do Garças diz que gestante e bebê de Aragarças já chegaram ao município sem vida
"Uma cesariana de emergência foi realizada, no sentido de salvar a criança, que também já estava em óbito", explica a diretora geral.
Eduardo Pinheiro
A direção do hospital que atendeu Saiury Pereira Sasa, de 19 anos, aponta que a gestante de oito meses chegou à unidade de saúde no meio da noite já com parada cardiorrespiratória, na última quinta-feira (1). A jovem estava internada desde a manhã daquele dia no Hospital Getúlio Vargas, de Aragarças, município onde morava, e foi transferida após seu quadro piorar. Ela e o bebê morreram.
A diretora geral do Hospital Milton Pessoa Morbeck, em Barra do Garças, diz que Saiury deu entrada na unidade por volta das 21h10 da última quinta-feira, já em parada cardiorrespiratória. Assim, foi preciso que a equipe médica realizasse manobras de reanimação, porém não obteve sucesso. Já que o estado era bastante grave.
“Uma cesariana de emergência foi realizada, no sentido de salvar a criança, que também já estava em óbito”, explica a diretora geral.
A distância entre o hospital de Aragarças, onde a jovem foi inicialmente atendida, e a unidade de Barra do Garça é de cerca de 8 minutos.
O caso
Saiury foi encaminhada para o hospital de Aragarças após passar mal na manhã de quinta-feira. Segundo o marido, Marcos Denyver, a jovem vomitou e apresentava dores abdominais.
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PORTAL G1
Grávida de 17 anos morre após dar à luz em hospital de Nova Crixás; família cobra explicações
Parentes contaram que Francielly Guedes dos Santos Ferreira estava com sangramentos e dando entrada ao hospital, mas só cinco dias depois aconteceu a internação. Bebê passa bem.
Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás
A família de uma grávida de 17 anos que morreu após dar à luz em um hospital de Nova Crixás, no norte goiano, cobra explicações sobre o que aconteceu com ela. Os parentes contaram que, desde o último sábado (27), Francielly Guedes dos Santos Ferreira estava com sangramentos e dando entrada ao hospital, mas só cinco dias depois aconteceu a internação.
“Minha filha entrou com as próprias pernas dela para ganhar um bebê e saiu em um caixão e não tem explicação do que ela morreu”, desabafa pai, Nilson Alves Ferreira dos Santos.
Francielly morreu na quinta-feira (1), mas o bebê passa bem. Na declaração de óbito, a causa da morte é informada como hipóxia cerebral (falta de oxigenação no cérebro) como consequência de causa desconhecida. Ela foi velada nesta sexta-feira (2) e deve ser sepultada ainda nesta tarde.
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Nova Crixás por e-mail em busca de um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. A reportagem tentou ligar para o hospital, mas não conseguiu contato com a unidade.
"É muito complicado. Eles não souberam explicar nada para a gente. Como uma menina saudável perde a vida daquele jeito?", questionou Silvonete Rosa Teixeira, esposa do tio da adolescente.
Atendimentos na emergência
A mulher explicou que tudo começou no sábado (27), quando Franciely iniciou a busca pelo atendimento. No entanto, tanto neste dia, quanto no domingo (28) e na segunda-feira (29), ela teria ido até o local, tomado soro e recebido alta. Somente na quarta-feira (31), depois de exames, é que ela teria sido internada.
Segundo a familiar, durante o atendimento na unidade, a adolescente foi acompanhada pela mãe, que com a morte da menina, está em estado de choque. De acordo com Silvonete, na quarta-feira, Francielly teria continuado sentindo dores e passado por exames de ultrassom.
“O médico que fez o ultrassom dela falou o bebê estava pronto, que ela poderia internar e ter o bebê, mas a médica que estava de plantão no dia não quis fazer o parto dela. Disse que não estava na hora”, complementou a mulher.
Com isso, de acordo com a família, Francielly foi internada e recebeu alta no dia seguinte.
“Ela ficou internada perdendo sangue e tendo contrações”, disse Silvonete.
A familiar ainda informou que, no dia seguinte, na troca de turno dos plantões, um outro médico também teria avaliado a adolescente e determinado que a menina já estava na hora de realizar o parto e a encaminhou para o centro cirúrgico. Ainda de acordo com a família, depois de sair do centro cirúrgico, a menina passou a sentir muitas dores e continuou perdendo muito sangue.
“Só que no parto a menina já deu hemorragia. A mãe comunicou depois do parto que ela continuou sangrando e disseram que era normal”, completou.
A família ainda conta que a menina começou a ficar com falta de ar e logo depois deu uma parada cardíaca.
“Na hora que a menina deu a primeira parada cardíaca, a mãe desmaiou”, narrou Silvonete.
Silvonete ainda afirmou que, quando a mãe de Francielly acordou, a equipe médica teria informado que a adolescente estaria tomando soro e dormindo e, depois, que a menina teria morrido.
A família também informou que antes de passar mal, Francielly também não estava fazendo os exames do pré-natal na frequência que era devida, mas não soube informar o motivo.
Ao g1, a família informou que, após a morte da menina, tentou registrar um boletim de ocorrência contra o hospital, mas disse que a Polícia Militar não fez a ocorrência. A reportagem entrou em contato com a instituição para um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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NOTÍCIAS DO DIA
Luto na medicina de SC: morre presidente da Federação Unimed, Alberto Gugelmin
A medicina catarinense está de luto a partir de hoje pelo falecimento do médico Alberto Gugelmin Neto, presidente da Federação da Unimed há oito anos. Ele faleceu vitima de câncer de pâncreas.
Líder da classe médica era um exemplo de profissional e ser humano Foto: Divulgação
Num evento solene da Federação fez um comovente pronunciamento sobre a importância da vida, o sofrimento que passava naquela período de tratamento e com manifestações de fé espiritual.
A Associação Catarinense de Medicina divulgou nota oficial nos seguintes termos:
"Faleceu nesta segunda-feira, dia 05/06/23 o médico Alberto Gugelmin Neto, presidente da Federação Unimed SC desde 2015, liderança da cooperativa médica que hoje é responsável pela assistência da saúde de pelo menos 1 milhão de catarinenses. O urologista enfrentava um câncer de pâncreas há mais de dois anos e na sua luta contra a doença ministrou palestras, deixou mensagens e vídeos que viralizaram nas redes sociais, com seguidores e compartilhamentos em vários estados brasileiros e outros países. Além disso, criou o programa "De Repente o Câncer", para promover a prevenção, ajudar os pacientes em tratamento e agilizar o atendimento, desde o diagnóstico até os cuidados paliativos.
Exemplar biografia
Alberto Gugelmin Neto nasceu em Rio Negro (PR), em 08/08/1966, mas era filho de Mafra (SC), cidade onde residiu e trabalhou por toda a sua vida. Formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Paraná, no ano de 1990, com especialização em Urologia. Era pós-graduado no Programa de Formação e Desenvolvimento de Lideranças Médicas Associativas de Santa Catarina, tinha formação em Cursos de Executivos de Planos de Saúde na Universidade de Oxford (Harris Manchester College) e em Harvard School of Public Health (Boston). Foi professor na disciplina de Patologia e Fisiopatologia, na Universidade do Contestado e presidente da Associação Médica Miguel Couto. Estava em seu terceiro mandato na presidência da Unimed SC e era Diretor de Mercado e Novos Negócios da Unimed Participações. Foi Presidente da Unimed Riomafra, vice-presidente da Unimed do Brasil, conselheiro, presidente e vice-presidente da Unimed Mercosul.
Deixa a esposa Cristina, os filhos Brenda e Lucas, a mãe Eloá, os irmãos Emerson, Ana Cláudia e Ana Lúcia. Foi respeitado e querido por todos que acompanharam a sua caminhada, deixando um exemplo de dedicação à Medicina e ao Sistema Unimed. "
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PORTAL GNC
Juízes acertam no combate à indústria dos pedidos de reembolso das clínicas em nome dos clientes
Especialista alerta para atendimentos feitos em nome das operadoras, mas sem autorização delas, para capturar senhas e usar em procedimentos ilegais
A recente notícia de que os juízes estão atuando para isentar o pagamento por parte das operadoras de saúde a pedidos de reembolso feitos por clínicas e laboratórios, em lugar dos pacientes, vem ao encontro de uma necessidade sentida pelo mercado que viu crescer assustadoramente o volume de golpes e abusos causados por essa prática após a pandemia.
O Vice-presidente de Inteligência para Saúde da Neurotech, Marco Antunes, explica que os casos que têm chegado à justiça se referem a situações nas quais as empresas (clínicas e laboratórios) criam formas de atendimento que, parecem ser feitos pelas próprias operadoras, mas na verdade não são. Desta forma, elas capturam as senhas e outras informações dos beneficiários nos ambientes dos aplicativos e passam a fazer contato direto com as operadoras como se fossem os próprios beneficiários pedindo reembolsos, sem que o usuário do serviço nem sequer saiba disso.
"No princípio era uma estrutura pequena, formada por uma ou duas pessoas com o pretexto de ajudar a clínica a auxiliar seus clientes neste processo. Mas, com o passar do tempo, elas foram crescendo e já ameaçam se tornar uma verdadeira indústria se a prática não for combatida", diz.
Antunes afirma ainda que alguns médicos estão permitindo que isso ocorra sem saberem que se trata de uma fraude ou , no mínimo, de um abuso. "O judiciário está corretíssimo em coibir, já que essa atitude transforma tanto a operadora quanto o beneficiário em vítimas. É um comportamento que causa grande prejuízo e, em última instância, acaba se revertendo em aumento de preços para o próprio consumidor porque a operadora é obrigada a repassar as perdas para os custos de seus produtos", afirma.
Marco Antunes acumula funções de diretoria em companhias como SulAmérica e Porto Seguro. Além disso, o executivo teve participações ativas em fóruns como Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Fenasaúde e Câmara de Saúde Suplementar. Ele também foi membro do Comitê Técnico do Instituto de Estudo de Saúde Suplementar (IESS).
Sobre a Neurotech
A Neurotech é uma empresa B3 especialista na criação de soluções avançadas de Inteligência Artificial, Machine Learning e Big Data que transformam um mundo de dados dispersos em informações relevantes para que as empresas obtenham resultados expressivos, prevendo novas oportunidades de negócios. Com uma bagagem de mais de 20 anos e expertise em Inteligência Artificial, Analytics e Ciência de Dados, a Neurotech já implantou mais de 1.000 soluções que ajudaram gestores e empresas a transformar dados em melhores decisões nos mercados de crédito, varejo, seguros, financeiro e telecom.
Robson Silva MoreiraHttps
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TV ANHANGUERA
Hospital de Aragoiânia é interditado depois de fiscalização da Vigilância em Saúde - hoje
globoplay.globo.com/v/11673650/
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Médico que receitou sorvete para criança em UPA é readmitido
Casos de H1N1 crescem entre adultos; diagnósticos de covid-19 caem
OAB-GO e Casag lançam plano de saúde para advogados do Entorno do DF
Doença degenerativa: Entenda o que pode ter causado morte de maquiador de famosos
Grupo é preso suspeito de vender medicamentos falsos para hospitais; paciente foi parar na UTI ao tomar remédio
Startup Sami, de planos de saúde, capta R$ 90 milhões para crescer entre as grandes empresas
Mais Médicos tem 6 vezes mais inscritos do que n e de vagas
Programa para médico atrai 34 mil inscritos
Morre o médico pernambucano CARLOS VITAL, ex-presidente do Conselho Federal de Medicina
DIÁRIO DA MANHÃ
Médico que receitou sorvete para criança em UPA é readmitido
Mãe da criança denunciou o médico ao Cremesp, já a prefeitura de Oscasco entende que o atendimento foi 'humanizado'
O médico Marcos Wesley Silva, que havia sido demitido por prescrever "sorvete de chocolate e jogo Free Fire" para uma criança durante uma consulta em Osasco (SP), foi reintegrado à equipe da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em que trabalhava.
A prefeitura de Osasco informou nesta quinta-feira, 1, que o prefeito solicitou a readmissão do médico Marcos, após analisar o caso. De acordo com a nota emitida pelo órgão, a conduta do médico, denunciada pela mãe da criança, foi considerada "humanizada".
A receita prescrita pelo médico incluía não apenas o sorvete e o jogo, mas também os medicamentos necessários para o tratamento da criança.
Por meio de nota, o prefeito da cidade, Rogério Lins, afirmou que "na receita há a prescrição de toda a medicação necessária ao paciente. Quando ele coloca o sorvete e o jogo, ele quis humanizar o atendimento."
O médico Marcos Wesley Silva foi afastado de suas funções após a mãe da criança, que foi atendida em 18 de maio, denunciar a prescrição incomum na receita médica. Além do sorvete e do jogo, o médico também incluiu amoxicilina, ibuprofeno, dipirona, prednisolona e acetilcisteína no tratamento do menino de 9 anos, que apresentava sintomas gripais. O afastamento ocorreu em decorrência dessa conduta controversa.
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AGÊNCIA BRASIL
Casos de H1N1 crescem entre adultos; diagnósticos de covid-19 caem
Os casos estão associados à influenza A, sendo a maioria por H1N1, vírus que pode ser combatido pela vacina contra a gripe
Dados do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (1º), mostram aumento do número de casos de gripe em adultos. Os casos estão associados à influenza A, sendo a maioria por H1N1, vírus que pode ser combatido pela vacina contra a gripe. A análise considera registros até o dia 22 de maio.
O coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, avalia que é significativo o crescimento de diagnósticos de gripe e por outro lado a queda de casos de covid-19, na mesma faixa etária. "Nas últimas quatro semanas, essa atualização mais recente, 31% dos casos na população a partir de 15 anos estão associados ao influenza A", disse.
Crianças
Já em relação às crianças, Marcelo Gomes destaca o crescimento também importante de novos casos semanais e de internações por Vírus Sincicial Respiratório, que vem se mantendo desde o mês de abril. "Em diversos estados do país, a gente vem mantendo o ritmo de aumento no número de internações no público infantil até quatro anos de idade, especialmente nas crianças até dois anos", explicou.
Das 27 unidades federativas, 19 apresentam tendência de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Entre as capitais, o número chega a 14.
Campanha contra Gripe
Apenas 40% do público-alvo tomaram a vacina contra a gripe no país. Em função da baixa procura, a Campanha Nacional de Vacinação, que terminaria nessa quarta-feira, foi prorrogada em ao menos sete estados, entre eles Rio de Janeiro e São Paulo.
Todas as pessoas com mais de seis meses de idade podem ser imunizadas contra a influenza.
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A REDAÇÃO
OAB-GO e Casag lançam plano de saúde para advogados do Entorno do DF
Foi lançado nesta quinta-feira (1º/6) pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) e a Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag) o Salute, um plano de saúde da Unimed com valores mais acessíveis para a advocacia do Entorno do Distrito Federal.
O evento foi realizada na sede da subseção de Luziânia e contou com a presença dos presidentes Jacó Coelho (Casag) e Rafael Lara Martins (OAB-GO), também o diretor-adjunto (Casag), Haroldo Ferraz Araújo, além das autoridades representantes: de Luziânia (anfitriã), Thais Paiva; de Águas Lindas de Goiás, Manoel Silva; de Cristalina, Marllus dos Santos; de Formosa, Maria Helena Santos; de Planaltina de Goiás, José Carlos de Araújo; de Posse, Eduardo Pereira e de Valparaíso de Goiás, José Zito do Nascimento; juntamente com os conselheiros seccionais e demais competentes do sistema OAB. Estes municípios e outros serão diretamente contemplados com a ação.
O presidente da OAB-GO, Rafael Lara Martins, ressaltou a união que existe no sistema OAB e explicou que todo o grupo se auxilia para que exista crescimento e ganhos. “Então, hoje é só uma mudança de chave, por que ao lado de dizer, de prometer, de fazer, que vai acontecer”. “É um novo modelo que já nasce histórico. Uma demanda sensível e que sempre foi pauta para a advocacia do Entorno. Viva a advocacia do Entorno!”, referendou o dirigente.
Casag
O presidente da Casag, Jacó Coelho, iniciou seu discurso com a seguinte frase: “Se eu encerrasse meu mandato hoje, eu seria um presidente realizado”. Assim, ele agradeceu a oportunidade de realizar as criações de benefícios e afirmou que isso não tem preço.
“A diretoria da Casag nunca fechou e nunca fechará os olhos para algum problema que atinja a advocacia! Enfrentamos com peito aberto e com inteligência este pedido especial de todos vocês para chegarmos aqui em Luziânia, com realizações e entregas. Então, meus amigos e amigas, a CASAG está aqui para ser agente de transformação e proporcionar a cada um de vocês estas circunstâncias! Seguimos vigilantes e atentos! Contem com a CASAG e todo o Sistema OAB para o que precisarem!”, celebrou Jacó Coelho.
A presidente da subseção de Luziânia, Thais Paiva ressaltou que se sentia extremamente feliz e gratificada por ter todos nessa casa que para ela, é a casa da advocacia.
O presidente da subseção de Águas Lindas de Goiás, Manoel Silva agradeceu ao companheirismo e apoio nesta empreitada. “Esse dia de hoje para mim, é um dia histórico, há muito se clamava por um plano de saúde, que abre um leque de possibilidades para cobertura daqueles que precisam de um plano de saúde”.
O presidente da subseção de Cristalina, Marllus dos Santos, agradeceu ao presidente Jacó Coelho por esta oportunidade de participação em plano que tem um preço acessível mesmo com atendimento no entorno de Brasília.
“É um projeto muito importante para todos os advogados, pois iremos nos prevenir e nos mantermos saudáveis”, afirmou a secretária-geral adjunta de Formosa, Maria Helena Santos.
O presidente da subseção de Planaltina de Goiás, José Carlos de Araújo, declarou que as parcerias têm sido bem administradas. “Hoje, fico honrado em ter a ajuda do presidente Jacó e isso significa a união da advocacia, a união de todos”.
O presidente da subseção de Posse, Eduardo Pereira iniciou sua fala agradecendo a atual gestão quanto ao respaldo às subseções que estão próximas ou perto. “A Casag olhou com muito carinho por nossa subseção”.
O presidente da subseção de Valparaíso de Goiás, José Zito do Nascimento, relatou que agora não só se pede, mas se encaminha projetos. “Este é o melhor encaminhamento da história para a advocacia do Entorno. Esse plano de saúde é emblemático porque se pede para tratar a todos iguais e a Unimed percebeu a necessidade de criar um produto exclusivo para a advocacia”.
Durante o evento, o diretor de mercado da Unimed Goiânia, Pedro José de Santana, ressaltou a presença de seus gerentes e explicou como será a melhor cobertura de saúde para Goiás e o Entorno do DF.
Salute
A advocacia do Entorno conta agora com um plano em que a abrangência geográfica é do Estado de Goiás e Distrito Federal. Os advogados terão como tipo de contratação: o Coletivo Empresarial e Coletivo por Adesão. A segmentação será: ambulatorial e hospitalar com obstetrícia. A acomodação será apartamento ou enfermaria e quanto a urgência ou emergência, a abrangência nacional é através da Rede Intercâmbio Unimed.
“Nós não queremos atender vocês (advocacia) só em momentos de doença, muito pelo contrário nós oferecemos planos de saúde, nós pensamos em prevenção, nós pensamos em diagnóstico precoce, nós pensamos em levar cada vez mais anos de vida saudáveis a toda advocacia do entorno”.
A tabela de preço será diferenciada com valores iniciais de apenas R$ 224,03 e para esclarecer as possíveis dúvidas a Casag amparará na busca por informações.
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PORTAL G1
Doença degenerativa: Entenda o que pode ter causado morte de maquiador de famosos
Julier, de 32 anos, morreu após ser diagnosticado com uma doença degenerativa que afetava o cérebro, em Goiânia. Doenças deste tipo não têm cura e 'destroem os neurônios', segundo neurocirurgiã.
Por Pedro Moura, g1 Goiás
As doenças neurológicas degenerativas, apontadas como a possível causa da morte do maquiador Julier da Silva Rodrigues, de 32 anos, são distúrbios que afetam o cérebro e a medula. Segundo a médica neurocirurgiã Ana Maria Moura, elas podem provocar destruição gradual e irreversível dos neurônios e células do cérebro.
Consideradas raras, as doenças não têm cura, visto que são progressivas, ou seja, que avançam com o passar do tempo, provocando danos ainda maiores. A doença de Julier, por exemplo, afetava o cérebro e, consequentemente, todo o funcionamento do corpo, segundo uma nota divulgada no perfil do maquiador.
“Mesmo se tratando de doenças multifatoriais, sem cura, existem tratamentos para dar a melhor qualidade de vida. Quanto mais precoce o diagnóstico, mais rápido a pessoa pode ter acesso a medicação e aos tratamentos complementares de reabilitação motora e cognitiva”, explica.
As doenças neurodegenerativas mais comuns, de acordo com Ana, são: mal de Alzheimer, mal de Parkinson, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica e distrofias musculares. Ela afirma que, quando se trata de doenças de origem genética, quanto mais jovem a pessoa acometida pela doença for, maior será a tendência de desenvolver a forma agressiva.
A neurocirurgiã conta que essas doenças podem estar relacionadas à alimentação irregular, rica em carboidratos, termogênicos, glúten e lactose. O sedentarismo, aliado à falta de exercícios físicos, também podem estar relacionados ao diagnóstico.
“Os sintomas dessas doenças variam muito conforme a natureza da condição e a área afetada no cérebro, podendo incluir dores de variadas origens, transtornos do sono, alteração da consciência, prejuízo da memória, alterações comportamentais, distúrbios dos sentidos e mau funcionamento dos músculos”, contou.
Ela explica que uma das formas de prevenção é ter hábitos de vida saudáveis, evitando tudo que possa causar prejuízos ao corpo, como fumar e ingerir bebidas alcoólicas.
“É importante a regularidade de acompanhamento médico e na presença de sintomas diferentes, procurar um médico o mais rapidamente possível”, disse.
Morte maquiador
Julier, que já trabalhou com famosas como as cantoras Marília Mendonça e a dupla Maiara e Maraísa, morreu na quinta-feira (1), em Goiânia. A informação foi divulgada pelo perfil oficial da rede social do maquiador, onde a equipe dele já havia divulgado sobre ele ter sido diagnosticado com uma doença degenerativa.
Segundo o comunicado publicado há cinco dias, Julier estava com uma doença degenerativa que afetava o cérebro e, consequentemente, todo o funcionamento do corpo. Na ocasião, a equipe já havia informado que ele não estava mais conseguindo se movimentar, falar e que, para respirar, estava precisando receber oxigênio.
Antes da divulgação do diagnóstico da doença degenerativa, Julier já havia contado, por meio de um vídeo, que havia tido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico durante uma viagem a trabalho no início deste ano.
A neurocirurgiã explica que, quando o paciente sofre várias AVC’s, ele pode desenvolver neurodegeneração.
“Onde sangra ou falta sangue, acontece uma necrose, a destruição dos neurônios. Aquela parte não fica mais ativa e pode ser que seja degenerativa. No caso dele [maquiador], que teve apenas dois [AVC] é pouco. Como foi muito rápido, isso leva a crer que pode ter sido alguma dessas doenças”, afirmou.
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Grupo é preso suspeito de vender medicamentos falsos para hospitais; paciente foi parar na UTI ao tomar remédio
Grupo vendeu medicamentos para Goiás e outros 11 estados, além do Distrito Federal, segundo o delegado. O grupo movimentou R$ 6 milhões em seis meses.
Por Pedro Moura, g1 Goiás
Cinco pessoas foram presas suspeitas de vender medicamentos falsos em Goiás e outros 11 estados, além do Distrito Federal. A quadrilha usava a empresa de fachada Farma Med, que conta com uma filial em Abadia de Goiás, para “lavar” o dinheiro das vendas. Segundo o delegado Murillo Leal, em apenas seis meses, o grupo teria movimentado R$ 6 milhões.
A quadrilha era composta por Sidney Donizetti Pereira Júnior, apontado como o líder, o pai dele, Sidnei Donizetti Pereira, que atuava como um gerente, Jilmar Rodrigues Trindade e Rosimar Rodrigues dos Santos, no apoio logístico, enquanto Agmar Bruno da Silva era o “laranja”. Murillo afirmou que eles foram presos preventivamente em março deste ano. A divulgação, porém, ocorreu apenas nesta quinta-feira (1º).
O g1 tentou contato com as defesas dos suspeitos para que se posicionassem, mas não conseguiu localizá- las até a última atualização desta reportagem.
A investigação, conforme o delegado, começou em abril de 2022 após um paciente de um renomado hospital de Goiânia ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por ser medicado com uma falsa imunoglobulina. O remédio de alto custo é usado para tratamento de pacientes com deficiências imunológicas graves e que necessitam de respostas rápidas ao tratamento.
“Identificamos que a empresa que vendeu o remédio para esse hospital tem sede na Bahia, mas constatamos que ela não tem sede física e nem funcionários. Representamos pela quebra de sigilo e, então, verificamos que essa empresa vendia outros medicamentos, mas só a imunoglobulina teria vendido R$ 6 milhões para três estados na corporação, sendo hospitais, planos de saúde e distribuidoras de remedios”, contou.
Murillo disse que a corporação cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da empresa em Abadia de Goiás e nas casas dos administradores, tendo sido apreendidos alguns medicamentos de uso restrito e aparelhos eletrônicos. Por meio dos objetos, foi possível identificar áudios de conversas entre os investigados, que estavam combinando a remarcação da validade de frascos de outros tipos de medicamentos, além de fotos de caixas de imunoglobulinas que mantinham em depósito de forma inadequada e que possuíam as mesmas características das que foram vendidas ao hospital de Goiânia.
“Haviam vários frascos de remédios vazios na casa deles. Eles vão responder por organização criminosa, tentativa de homicídio qualificado, falsificação de medicamento e falsidade ideologica”, concluiu.
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EXAME
Startup Sami, de planos de saúde, capta R$ 90 milhões para crescer entre as grandes empresas
Série B foi liderada pelos fundos Redpoint eventures e Mundi Ventures; Agora, empresa pretende dobrar faturamento com novo canal de vendas e foco nas grandes empresas
Tem sido um longo e duro inverno para as startups de saúde. Com a estiagem dos investimentos de risco, healthtechs brasileiras como Alice e Memed têm lançado mão de estratégias para conter a queima excessiva de capital. A mais notável delas: as demissões em massa, famigerados "layoffs", adotados por boa parte das startups em busca de maior eficiência de caixa e redução de custos. A startup de saúde Sami também entra nessa conta, já que dispensou 15% do time há um ano. Mas agora há a chance da conta fechar.
Depois de uma longa temporada sem captar investimentos - a startup estava há três anos sem qualquer financiamento externo - a Sami anuncia uma rodada de R$ 90 milhões (cerca de US$ 18 milhões) em rodada série B liderada pela Redpoint eventures e Mundi Ventures.
Participaram também os fundos Alumni Ventures, Endeavor Catalyst, Digital Horizon, Tau Ventures, e investidores de longa data da empresa, como Monashees, Mancora Ventures e Valor Capital Group, e os executivos Kevin Efrus, da Accel; Ricardo Marino, do Itaú; Mauro Figueired, ex-diretor da Bradesco Saúde e Brad Otto, ex-executivo da área de Corporate Venture Capital (CVC) da americana UnitedHealth Group, dona da Amil.
O que faz a empresa
A Sami atua basicamente como uma operadora de planos de saúde focada em empresas de pequeno porte, microempreendedores e profissionais liberais. A ideia é atender a uma parcela desassistida pelos tradicionais planos de saúde empresariais, que usualmente têm preços elevados que dificilmente cabem na conta de companhias de menor porte. Sendo assim, a ideia da Sami é oferecer planos de cobertura de saúde a preços acessíveis.
A aposta está em uma rede credenciada mais enxuta, de olho nos menores custos para o empregador na ponta. A healthtech conta com cinco hospitais credenciados na rede de São Paulo, mas os carros-chefes são os serviços de telemedicina dedicada à triagem de forma digital por meio de um atendimento primário e o de digitalização de histórico médicos de pacientes. Atualmente, 95% dos atendimentos feitos pela startup acontecem online.
A essência da Sami está no atendimento primário à saúde, no qual usuários podem ser atendidos, via aplicativo, por um time de saúde multidisciplinar que inclui um médico de família, um coordenador e um enfermeiro. "Baseada em seu histórico de saúde e socioeconômico, e os cuidados preventivos e proativos são direcionados considerando tudo isso, para que a gente consiga olhar para a saúde dele de fato, de maneira integral, e não só tratar doenças", explica Vitor Asseituno, cofundador da Sami.
Entre os principais hospitais e parceiros incluídos nos planos da Sami, em São Paulo, estão:
Beneficência Portuguesa
Oswaldo Cruz
Pro Matre
Gympass (bem-estar físico)
Cíngulo (saúde mental)
Qual é a história do negócio
A Sami foi fundada em 2018 pelos empreendedores Vitor Asseituno e Guilherme Berardo com o propósito de reformular o sistema de saúde privado do país.
Com uma boa ideia, mas sem capital à disposição, o piloto da startup foi o de consultoria de inovação e dados para dois grandes planos nacionais. A experiência com as duas empresas permitiu o primeiro contato com uma ampla base de clientes e a testagem de uma tese de negócio baseada na oferta de planos próprios até 25% mais baratos que a média do mercado.
Em 2020, com o aporte de R$ 86 milhões em uma série A envolvendo fundos como Monashees e Valor Capital Group, a Sami pôde colocar à prova seu modelo baseado em conexão de pacientes, laboratórios, hospitais e profissionais de saúde por meio de planos de saúde empresariais para pequenas companhias e microempreendedores individuais (MEIs).
Em 2022, a healthtech também lançou um novo produto, o Sami Coral, voltado a grandes empresas, com o intuito de atender grandes executivos de empresas clientes em busca de atendimentos mais "premium".
Segundo com Javier Santiso, fundador da Mundi Ventures, o interesse na Sami se justifica pela experiência do time e sua capacidade de execução. "O Brasil é o terceiro maior mercado privado de saúde do mundo (apenas atrás de Estados Unidos e China) e entendemos que a Sami é a empresa com melhor tecnologia e produto para disruptar o setor, especialmente em um momento em que os incumbentes estão sofrendo bastante", diz.
O investimento na Sami é o primeiro da europeia Mundi Ventures no Brasil, e também parte de um esforço para investir até US $100 milhões na América Latina através de um fundo local focado em investimentos early stage. A iniciativa é liderada pela ex-Goldman Sachs e QuintoAnda Rafaela Andrade.
"Em um momento tão difícil de captação de investimento para as startups, essa captação reforça o destaque e a performance da Sami e a confiança dos investidores no potencial da empresa", diz Asseituno.
Quais são os planos
Com o aporte, a Sami pretende dar novo fôlego à sua estratégia voltada às empresas maiores. Também quer ampliar os investimentos em tecnologia para melhorar a experiência de seus 18.000 membros ativos.
A incursão de novos canais de venda também está nos planos. A partir de agora, a startup também passa a vender planos de saúde por meio de corretores especializados em saúde. Até então, a venda era feita exclusivamente online ou vendas diretas.
"Temos que estar onde o cliente quer comprar, seja no digital, seja no telefone, seja no corretor", diz Guilherme Berardo, CEO da companhia, que acredita que o novo canal representará até metade das vendas da healthtech até o final do ano.
Do lado dos resultados, a Sami espera mais um ano positivo. Em 2022, a empresa faturou R$ 60 milhões. Um ano antes, o faturamento havia sido de R$ 9 milhões. Até o final do ano, a Sami pretende ter 27.000 membros e um faturamento de R$ 120 milhões.
"Estamos mirando o breakeven e acreditamos que é provável que ele aconteça até o próximo ano, graças ao nosso modelo diferenciado. Fechamos 2022 muito bem, com um faturamento anualizado de R$ 60 milhões, e queremos chegar a R$120 milhões neste ano," conclui Berardo.
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O ESTADO DE S.PAULO
Mais Médicos tem 6 vezes mais inscritos do que n e de vagas
Mais Médicos tem 6 vezes mais inscritos do que nº de vagas
Programa teve 34.070 médicos cadastrados para ocupar 3.970 postos; brasileiros são a maioria dos profissionais inscritos
número de inscritos no programa Mais Médicos superou em quase seis vezes o de vagas disponíveis. Segundo o Ministério da Saúde, 34.070 médicos se cadastraram na chamada do programa para ocupar 5.970 postos em todo País. A estimativa da pasta é que a partir de 16 de junho as inscrições sejam confirmadas e os médicos comecem a trabalhar nos municípios escolhidos.
O maior número de inscrições foi de profissionais brasileiros (com registro médico no País e no exterior): 30.175. Além deles, 3.895 médicos estrangeiros com registros no exterior se candidataram. Brasileiros formados no País terão prioridade na seleção. Além disso, serão observados critérios como titulação, formação e experiência prévia. Caso haja empate entre os selecionados, terá prioridade quem morar mais próximo ao município escolhido, seja formado há mais tempo e tenha maior idade.
Criado para levar auxílio médico a áreas de difícil acesso, o Mais Médicos foi alvo de críticas e acabou reformulado a fim incentivar o preenchimento de vagas. Na quarta, uma comissão mista do Congresso N acionai aprovou Medida Provisória enviada pelo governo federal para relançar o programa. A MP ainda será apreciada pelo plenário da Câmara dos Deputados.
INCENTIVOS. A partir de agora, os inscritos selecionarão os municípios onde desejam atuar. Após essa etapa será possível identificar se os mecanismos de incentivo propostos para a ocupação de vagas em regiões remotas serão eficientes. Um deles prevê adicional de 10% a 20% do valor da bolsa caso atue em cidades mais vulneráveis. Médicos formados com apoio do Fundo de Financiamento Estadantil (Fies) poderão ter benefícios para pagar a dívida. Para o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, as mudanças surtiram efeito. "Estamos com um resultado em que 65% dos brasileiros inscritos são profissionais com registro médico no Brasil."
Entre as alterações do Congresso na MP está a redução no prazo para que médicos estrangeiros sem revalidação do diploma atendam no País. O governo havia sugerido período de oito anos, que foi reduzido a quatro pela comissão. Esses profissionais também deverão ser avaliados periodicamente e ter ao menos quatro anos de atuação. "Queremos transformar a atenção básica brasileira em um grande serviço de saúde-escola do SUS para que os profissionais ao longo de quatro anos façam na primeira metade uma especialização em Medicina da Família e comunidade, na segunda um mestrado profissional de modo que tenha condições de ao fim de quatro anos fazer prova de título de especialistas da Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade", observou Fernandes
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CORREIO BRAZILIENSE
Programa para médico atrai 34 mil inscritos
As inscrições para o primeiro edital do Programa Mais Médicos encerraram ontem com 34.070 candidaturas habilitadas para que inicie a segunda etapa do processo, de escolha de efetivação nos municípios de atuação. O resultado chega um dia após a aprovação da medida provisória (MP) do Senado Federal, em que a relatora, Zenaide Maia (PSD-RN), acatou 90 emendas no texto original do programa, enviado pelo governo. Ainda assim, o Ministério da Saúde comemorou o resultado. Os secretários responsáveis pela área consideraram as mudanças um "amadurecimento" no projeto inicial.
"Nós estamos com um desfecho do programa Mais Médicos em que 65% dos brasileiros inscritos são profissionais com registro médico no Brasil. Temos um cenário aonde as reformulações apresentadas pelo presidente Lula, na medida provisória do programa, estimularam uma ampla participação dos profissionais com registro no Brasil", comemorou o secretário do Departamento em Atenção Primária à Saúde (DAPS) do ministério, Nésio Fernandes. "Entendemos que os apensamentos adotados no Congresso Nacional amadureceram ainda mais a matéria e vão permitir que os novos editais também consolidem o programa Mais Médicos como política de estado", acrescentou.
Uma das principais transformações no texto foi em relação ao diploma dos médicos inscritos com formação no exterior. Há 10.523 inscritos nessa situação. Pelas novas regras, os médicos sem revalidação poderão atuar dentro do programa por quatro anos, mas deverão fazer provas periódicas que serão supervisionadas por médicos ? e não mais por profissionais da saúde, como estava na primeira versão enviada pelo governo.
Outra mudança ocorreu na periodicidade do exame do Revalida: passará a ser executado de três em três meses, e não mais semestralmente.
De acordo com o senador Humberto Costa (PT-PE), esses foram os principais pontos trazidos pelas associações médicas brasileiras e acatados pelos parlamentares. As audiências públicas na comissão serviram para os representantes das associações participarem com sugestões e observações no programa. "Foram atendidas as demandas de todos", informou o senador ao Correio. O texto ainda seguirá para aprovação na Câmara dos Deputados.
Para o secretário-adjunto da DAPS, Felipe Proenço, o reconhecimento do formato que inclui médicos formados no exterior é o caminho para o provimento da atenção primária brasileira. Ao todo, no início da gestão, eram 13 mil vagas ocupadas na atenção primária da saúde pública brasileira. Com o programa, passaram a ser 19.900 entre novas vagas e recontratações, segundo os representantes do ministério.
Junto ao bom resultado de adesão dos profissionais de saúde, o Ministério da Educação anunciou uma medida para incentivar a formação de mais médicos no país. O ministro Camilo Santana disse que, a partir do dia 14, o Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) subirá de R$ 52,8 mil para R$ 60 mil por semestre a estudantes de medicina no país.
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PORTAL UOL
Morre o médico pernambucano CARLOS VITAL, ex-presidente do Conselho Federal de Medicina
Com atuação destacada em áreas ligadas ao direito médico, ensino médico, urgências e emergência, Carlos Vital foi o único pernambucano à frente do CFM
O médico pernambucano Carlos Vital Tavares Côrrea Lima morreu, na manhã desta sexta-feira (2), aos 73 anos. Ele foi presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) no período de 2014 a 2019.
Carlos Vital estava internado no Hospital Unimed Recife III, na Ilha do Leite, área central do Recife.
Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório.
Antes de presidir o CFM, Carlos Vital foi 1º vice-presidente da entidade, de 2009 e 2014, quando coordenou o Departamento de Comissões e Câmaras Técnicas da entidade. Nesse período, ele teve atuação destacada em áreas ligadas ao direito médico, ensino médico, urgências e emergência, entre outras.
Ele também foi presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) entre os anos de 2005 e 2008.
Em março deste ano, Carlos Vital foi homenageado durante o 1º Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina 2023, realizado no Recife.
O presidente do Cremepe Maurício Matos lamentou a morte do médico e destacou a admiração por Carlos Vital.
"Todos nós, que tivemos o privilégio de conviver com ele enquanto conselheiro e presidente do Cremepe, aprendemos muito com sua inteligência, simplicidade e, antes de mais nada, de bom senso", diz Maurício Matos.
O médico André Longo, que foi secretário de Saúde de Pernambuco de 2015 a 2002, também expressa seus sentimentos.
"Fui vice-presidente de Carlos Vital no Cremepe, entre 2006 e 2008, antes de assumir a presidência da autarquia, em 2008. Carlos Vital foi uma grande figura humana, dos mais inteligentes médicos com quem convivi, com destaque para a sua atuação como estudioso da ética médica e da bioética", ressalta André Longo.
Em 2019, em Brasília, durante solenidade de conclusão do seu mandato à frente do CFM e posse de novos membros da autarquia naquela ocasião, Carlos Vital destacou que abraçou uma missão com 1.825 dias ininterruptos de trabalho e de dedicação, compartilhados com um plenário dinâmico e comprometido com a qualidade, a eficácia, a segurança e a ética no exercício medicina.
Entre outubro de 2014 e setembro de 2019, o CFM aprovou 254 pareceres e 195 resoluções, dentre as quais Vital destacou como “verdadeiros marcos para a medicina e a saúde no Brasil” as atualizações das regras de reprodução assistida; os critérios para definição de morte encefálica; e a fixação de parâmetros para recusa terapêutica pelo paciente e para objeção de consciência do médico.
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Assessoria de Comunicação
Ahpaceg apoia a campanha “Diga Não à Desnutrição”
Escrito por AdministradorA Ahpaceg apoia a campanha “Diga Não à Desnutrição”, uma cruzada contra a desnutrição hospitalar desenvolvida pela Braspen (Sociedade Brasileira Nutrição Parenteral Enteral) com o objetivo de combater esse problema que atinge entre 20% e 60% dos adultos hospitalizados e piora progressivamente durante a internação, principalmente entre idosos e pacientes críticos.
Apesar de ser uma doença comum nos hospitais, a desnutrição ainda é uma condição menos diagnosticada e tratada e tem um grande impacto entre os pacientes, podendo:
• Aumentar em 4 vezes o risco de lesão por pressão;
• Aumentar em 3 vezes o tempo de internação;
• Piorar a resposta imunológica;
• Atrasar o processo de cicatrização;
• Elevar o risco de complicações cirúrgicas e infecciosas;
• Aumentar consideravelmente os custos hospitalares.
A identificação precoce da desnutrição, bem como o manejo de qualidade, possibilita estabelecer condutas mais apropriadas e a melhora do desfecho dos pacientes.
Visando melhorar as ações nesta área, no dia 31 de maio, a equipe de nutrição do associado Hospital Santa Mônica, coordenada pela nutricionista Jubiene Fialho, promoveu em conjunto com a Danone Nutricia, empresa parceira da Ahpaceg, uma tarde de degustação de suplementos nutricionais com a participação das equipes multiprofissionais do hospital.
O objetivo do trabalho, que deve ser estendido a outros hospitais associados, foi mostrar à equipe as alternativas para evitar a desnutrição hospitalar, atendendo as necessidades nutricionais do paciente em suas diferentes situações clínicas, e cooresponsabilizar toda a equipe para um melhor prognóstico dos pacientes.