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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Pacientes reclama de unidades de saúde lotadas e demora na transferência em Goiânia
Levantamento aponta que existem 536 startups de saúde ativas no Brasil
Rede D'Or São Luiz encerra primeiro trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 840,3 milhões, alta de 176% em relação a 2023
Tecnologia aplicada à saúde traz segurança e eficiência aos centros cirúrgicos
TV ANHANGUERA
Pacientes reclama de unidades de saúde lotadas e demora na transferência em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/12575702/
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MEDICINA S/A
Planos de saúde ganham mais de 800 mil usuários em um ano
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que nos planos médico-hospitalares houve crescimento de 868.746 beneficiários em relação a março de 2023. Já no comparativo de março deste ano com fevereiro de 2024, houve um aumento de 152.393 usuários.
No caso dos planos exclusivamente odontológicos, somaram-se 2.207.213 beneficiários em um ano, embora tenha ocorrido uma queda de 68.097 usuários na comparação de março deste ano com o mês anterior.
Em março de 2024, o setor registrou 51.035.365 de usuários em assistência médica e 32.734.438 em planos exclusivamente odontológicos.
Em relação aos estados, no comparativo com março de 2023, o setor registrou evolução de beneficiários em planos de assistência médica em 26 unidades federativas, sendo Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo os estados que tiveram o maior ganho em números absolutos. Entre os odontológicos, 26 unidades federativas registraram crescimento no comparativo anual, sendo São Paulo, Minas Gerais e Paraná os estados com maior crescimento em números absolutos.
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Levantamento aponta que existem 536 startups de saúde ativas no Brasil
A Liga Ventures, rede de inovação aberta da América Latina, em parceria com a Unimed Fesp, anunciam o lançamento do estudo que mostra a evolução das healthtechs no país. Ao todo, foram mapeadas 536 startups que estão ativas e utilizam diferentes tecnologias com o objetivo de transformar o setor de saúde e entregar melhores soluções e produtos para a população.
O levantamento aponta que elas estão divididas em 35 categorias, sendo que as principais são gestão de processos (7,28%); planos e financiamento (7,28%); bem-estar físico e mental (6,53%); buscadores e agendamentos (6,53%); exames e diagnósticos (5,41%); inteligência de dados (4,66%); capacitação, informação e educação (4,29); prontuário, prescrição e triagem (3,73%); novos medicamentos e tratamentos (3,73%); saúde no trabalho (3,73%); infraestrutura para telemedicina (3,54%); doenças crônicas (3,36%); seniortechs (3,36%); marketplace de medicamentos e equipamentos (3,17%).
Em relação ao ano de fundação das startups, cerca de 1% delas foram criadas entre 2020 e 2023. Já as principais categorias de healthtechs ativas fundadas de 2020 a 2024 foram bem-estar físico e mental (10%); planos e financiamentos (10%); buscadores e agendamentos (8%); Inteligência de dados (8%) e seniortechs (6%). Sobre os investimentos no setor, foram realizados 83 deals entre janeiro de 2023 e abril de 2024, que movimentaram cerca de R$ 1 bilhão.
O estudo mostra também que 89 startups participantes aplicam inteligência artificial em suas soluções com o intuito de analisar e processar imagens, personalizar tratamentos, realizar pesquisa e desenvolvimento de medicamentos e terapias, monitorar pacientes, dar previsão e rastreabilidade de surtos e doenças e hiper personalização da jornada do paciente.
“O setor tem mudado muito nos últimos anos, principalmente com a avanço da tecnologia e as inovações que estão surgindo neste segmento para ajudar as instituições de saúde e os médicos desde o diagnóstico até o tratamento e trazer benefícios para a jornada dos pacientes. Mas, mesmo diante de tantas vantagens ainda há muitos desafios a serem enfrentados. Pensando em atender essa demanda, o estudo traz insights diferentes e análises minuciosas que vão ajudar a melhorar o sistema de saúde no país”, analisa Guilherme Massa, cofundador da Liga Ventures.
O estudo traz também as regiões com maior distribuição de startups ativas. No primeiro lugar do ranking está São Paulo (38%); Rio de Janeiro (7%); Belo Horizonte (7%); Porto Alegre (5%); Curitiba (4%); Ribeirão Preto (4%); Florianópolis (3%); Recife (3%); Campinas (3%) e Vitória (3%).
Outro dado interessante se refere à análise da maturidade das healthtechs mapeadas, onde 40% são emergentes, 28% estão estáveis, 16% são nascentes e 16% delas disruptores. Com relação às tecnologias mais aplicadas, destacam-se Telemedicina (23%); Data Analytics (22%); API (18%); Inteligência Artificial (17%) e Banco de Dados (15%). Já referente ao público-alvo, o estudo mostra que 49% das startups têm como foco o mercado B2B.
“O monitoramento constante da evolução das healthtechs, como demonstrado neste estudo, é de extrema importância para as empresas que desejam se manter relevantes no mercado atual. A análise minuciosa das startups ativas e das tecnologias aplicadas não apenas possibilita a identificação de oportunidades de negócios sinérgicos, mas também auxilia na entrega de soluções e produtos inovadores para a população. Estar atento a novas tecnologias e abordagens contribui significativamente para a melhoria do sistema de saúde no país, trazendo benefícios para a jornada dos pacientes e impulsionando avanços na área da medicina”, afirma Ivisen Lourenço, Head de Inovação e Investimentos FespPart.
Para realizar o estudo foram utilizados dados da ferramenta Startup Scanner, plataforma criada pela Liga Ventures que identifica e acompanha dados de startups do Brasil e América Latina para que grandes empresas, pesquisadores e empreendedores possam entender as movimentações do mercado e encontrar oportunidades de negócios sinérgicos à sua atuação.
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DIÁRIO DE NOTÍCIAS
Rede D'Or São Luiz encerra primeiro trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 840,3 milhões, alta de 176% em relação a 2023
A Rede D'Or São Luiz, uma das maiores redes de hospitais do país, divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2024, mostrando um lucro líquido impressionante de R$ 840,3 milhões. Esse número considera a incorporação da SulAmérica, concluída em dezembro de 2022, e representa um aumento de 176% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além disso, o lucro líquido ajustado, que exclui o efeito contábil da amortização do valor das carteiras assumidas em combinações de negócios com a SulAmérica, chegou a R$ 892,9 milhões, um avanço de 138,8% em relação ao ano anterior. O Ebitda ajustado também apresentou um crescimento significativo, totalizando R$ 2,181 bilhão, o que representa um aumento de 35% em relação ao mesmo período do ano passado.
A margem Ebitda ajustado ficou em 17,6%, um aumento de 3,3 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A receita líquida da empresa foi de R$ 12,373 bilhões, uma alta de 9,3% em comparação com o mesmo período de 2023.
No que diz respeito à parte financeira, o resultado foi marcado por um saldo negativo de R$ 403,5 milhões no trimestre, uma redução de 25,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso se deveu principalmente a menores despesas financeiras causadas pela queda da taxa do CDI, que encerrou o período em 2,62%.
Em relação à dívida, a Rede D'Or fechou o trimestre com uma dívida bruta de R$ 33,236 bilhões, uma redução de 2,5% em relação a dezembro de 2023. Já a dívida líquida alcançou R$ 11,616 milhões, um aumento de 0,8% na mesma base de comparação. O índice de alavancagem da empresa atingiu 1,7x, contra 1,8x em dezembro.
No lado operacional, a Rede D'Or terminou o primeiro trimestre com 11.737 leitos totais, um aumento de 225 leitos em relação ao mesmo período do ano anterior. A taxa de ocupação dos leitos hospitalares atingiu 79,7%, uma alta de 1,2 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
Em resumo, a Rede D'Or São Luiz apresentou resultados financeiros sólidos no primeiro trimestre de 2024, reforçando sua posição como uma das principais empresas do setor de saúde no Brasil. Com a incorporação da SulAmérica, a empresa ampliou sua presença e viu seus números crescerem de forma significativa, demonstrando a força e a solidez de seu negócio. Este desempenho positivo deve contribuir para a continuidade do crescimento e da expansão da Rede D'Or no mercado brasileiro.
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PORTAL AB NOTÍCIAS
Tecnologia aplicada à saúde traz segurança e eficiência aos centros cirúrgicos
No dia do Instrumentador Cirúrgico, especialista aponta as principais características da profissão e os avanços na área
A tecnologia aplicada à saúde está revolucionando os centros cirúrgicos, possibilitando o desenvolvimento de diagnósticos mais precisos, tratamentos personalizados e aprimorando a eficiência de diferentes procedimentos médicos.
"Os avanços tecnológicos permitiram a produção de equipamentos médicos mais modernos, como mesas cirúrgicas, monitores, mobiliário, focos cirúrgicos e instrumentos para cirurgias minimamente invasivas, que, além de serem mais eficientes, também trazem mais segurança e eficiência aos profissionais da saúde e pacientes", informa Luciana Gutierrez, Instrumentadora cirúrgica especializada em Neurocirurgia.
No dia 6 de maio é celebrado o Dia do Instrumentador Cirúrgico, responsável por controlar os materiais imprescindíveis para a realização de procedimentos cirúrgicos. De acordo com a Associação Nacional de Instrumentadores Cirúrgicos, há cerca de 80 mil profissionais em atuação no país.
A profissão surgiu no final do século XIX, nos Estados Unidos, onde médicos cirurgiões contavam com a ajuda de enfermeiros ou assistentes para preparar e entregar os instrumentos cirúrgicos no ato de uma cirurgia. Com o desenvolvimento da medicina, as cirurgias ficaram cada vez mais complexas, com isto, se fez necessária a formação de profissionais capacitados para a instrumentação cirúrgica.
No Brasil, o projeto de lei PL 642/2007 solicita a regulamentação do Instrumentador Cirúrgico como profissional responsável durante o ato operatório, atribuindo funções e responsabilidades específicas nos procedimentos. "Nós somos responsáveis por toda a logística da sala, pela checagem, montagem e organização de todos os itens da mesa de instrumentação cirúrgica. Além disso, precisamos conhecer o passo a passo de cada cirurgia, visto que elas podem variar dependendo da especialidade do médico", relata Luciana.
A adaptação das novas ferramentas nos Centros Cirúrgicos contribui para uma maior eficiência nas cirurgias, otimizando o trabalho de toda a equipe médica, aumentando a produtividade do hospital e tornando os procedimentos mais seguros e os resultados mais eficazes para os pacientes. "Na minha área de especialização, a neurocirurgia, uma das evoluções mais recentes é o neuronavegador, aparelho com formato de uma caneta que auxilia cirurgias cerebrais com menor invasão, através de um software que consegue unir a imagem da ressonância magnética a anatomia do paciente em tempo real, podemos dizer que é semelhante a um GPS". Outro exemplo são os hemostáticos, aplicado diretamente durante uma cirurgia para ajudar a conter o sangramento, e, com sua modernização, permitiu um maior controle de sangramento possibilitando maior segurança e menor risco de vida ao paciente. "São os cuidados do instrumentador que garantem a diminuição dos índices de contaminação e de infecção pós-operatórias, e na redução do tempo da cirurgia", finaliza.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Aderência a planos de saúde com coparticipação sobe para 53% no Brasil
Goiás busca se tornar referência nacional no tratamento de câncer
Cursos de medicina privados carecem de estrutura e professores qualificados em Goiás
Artigo - Inovações e perspectivas da IA nos diagnósticos por imagem
JPR 2024 evidencia tecnologias de ablação
SAÚDE DEBATE
Aderência a planos de saúde com coparticipação sobe para 53% no Brasil
Avaliar se o plano de saúde com coparticipação vale a pena é um dos desafios de pessoas físicas, MEI, empresários e profissionais de RH para escolher o convênio médico ideal. Por ser uma opção que costuma oferecer mensalidades menores, é uma alternativa viável para parte da população interessada em contratar o serviço e com valores mais acessíveis. O que muda é o modelo de cobrança - além da mensalidade, o beneficiário pagará uma taxa ou percentual sobre os serviços utilizados. Segundo o estudo Balanço Observatório da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), a coparticipação apresenta maior crescimento no setor. O número saltou de 48,49%, em 2019, para 53,10%, em 2023, no Brasil.
Os serviços com coparticipação no plano de saúde funcionam para as três modalidades de contratação (individual, coletivo empresarial e coletivo por adesão). O que muda é a forma de pagamento. Além da mensalidade, o beneficiário pagará um valor adicional por cada procedimento ou tratamento realizado. Dessa forma, consultas, exames, procedimentos ou internações são cobrados à parte, com um valor diferenciado que varia de operadora para operadora, mas costuma ser mais baixo que o de uma consulta particular ou de uma mensalidade de plano com cobertura completa.
Há ainda empresas turbinando o modelo padrão de coparticipação e inovando para torná-lo mais atrativo. Por exemplo, para a Sami, revolução dos planos de saúde, mesmo aos clientes que optarem pela coparticipação sempre haverá a entrega do cuidado coordenado. "Sem nenhum custo a mais, oferecemos via telemedicina ou presencialmente em alguma de nossas unidades físicas, acesso ao Time de Saúde (formado por médico(a), enfermeiro(a) e coordenador(a) de cuidado). Além disso, também garantimos a manutenção das terapias mais complexas, como tratamento de câncer ou hemodiálise, e exames com coleta domiciliar", explica Gustavo Costa, diretor comercial da healthtech.
A coparticipação é bastante utilizada por pequenas e médias empresas e microempreendedores individuais (MEIs) por normalmente ter um preço mais acessível. A cobrança é geralmente feita em cima dos procedimentos realizados e os valores não devem ultrapassar a mensalidade paga pelo beneficiário. Ou seja, o usuário tem como prever quanto terá que pagar no fim do tratamento. Ainda sobre o pagamento, o valor não é pago diretamente ao prestador credenciado de serviços (médico, clínica, laboratórios, hospitais, etc.). A cobrança do valor adicional, referente à coparticipação, é feita pela operadora do plano de saúde, com a mensalidade ou em um boleto à parte", detalha Gustavo Costa.
Principais vantagens do plano com coparticipação:
O valor da mensalidade tende a ser mais em conta do a de um plano comum;
A cobertura é a mesma de um plano comum;
São ideais para beneficiários sem dependentes;
As operadoras de planos de saúde podem oferecer descontos, bônus ou outras vantagens aos consumidores que mantiverem bons hábitos de saúde;
Maneira de incentivar as pessoas a usarem o plano de forma consciente e sustentável e irem ao médico quando realmente precisam, mas não apenas em casos de emergência;
Segundo o Diretor Comercial da Sami, Gustavo Costa, é fundamental saber previamente tudo que está contemplado no pacote de benefícios do plano contratado. "Em caso de dúvidas sobre a tabela de custos ou valores a serem cobrados na coparticipação, a operadora de saúde deve informar claramente as informações solicitadas, além de disponibilizar um canal onde seja possível consultar um extrato detalhando as informações sobre os serviços realizados", conclui.
Vale ressaltar que o percentual máximo a ser cobrado do beneficiário não poderá ultrapassar 40% do valor monetário do procedimento ou evento em saúde efetivamente pago pela operadora, conforme a RN n.º 433.. O site da ANS disponibiliza o "Espaço do Consumidor", com informações abrangentes sobre operadoras de saúde e os serviços que elas oferecem.
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JORNAL OPÇÃO
Goiás busca se tornar referência nacional no tratamento de câncer
O Governo de Goiás busca ser estado uma referência nacional no tratamento contra o câncer, com projetos para buscar reconhecimento do Ministério da Saúde. Destaca-se a construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), localizado em Goiânia, e o recente credenciamento do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon).
A iniciativa visa ampliar o acesso ao tratamento para a população goiana, que historicamente dependeu do Hospital Araújo Jorge. Desde 2019, o Estado tem apoiado financeiramente o HCN, e neste ano renovou o acordo, prevendo repasses significativos para o hospital. O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) enfatiza o compromisso em melhorar a realidade do acesso ao tratamento oncológico no estado.
O Cora, que já está 50% concluído, promete revolucionar o atendimento oncológico em Goiás. Localizado próximo ao Aeroporto Internacional Santa Genoveva, a unidade oferecerá procedimentos de alta complexidade, incluindo transplante de medula óssea, além de proporcionar uma estrutura ampla e acolhedora para os pacientes e suas famílias.
Para assegurar a excelência no atendimento, o governo realizou uma visita ao Hospital de Amor, em Barretos (SP), uma instituição reconhecida internacionalmente pela qualidade de seus serviços. A experiência servirá de inspiração para o Cora, que busca priorizar a humanização e a qualidade no tratamento oncológico.
O reconhecimento do HCN como Unacon pelo Ministério da Saúde é um marco importante, destacando o compromisso do Estado em oferecer uma assistência integral e especializada no combate ao câncer. Com apenas dois anos de funcionamento, o Centro de Oncologia do HCN já demonstrou seu impacto positivo, realizando milhares de consultas, sessões de quimioterapia e cirurgias oncológicas para a população goiana.
O investimento e os esforços do Governo de Goiás estão pavimentando o caminho para uma mudança significativa no cenário do tratamento do câncer no estado, promovendo esperança e qualidade de vida para os pacientes e suas famílias.
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Cursos de medicina privados carecem de estrutura e professores qualificados em Goiás
Mesmo pagando caro, alunos saem despreparados do ensino superior e enfrentam processos por erros médicos
Professores não qualificados, falta de estrutura prática e mensalidades abusivas fazem parte do leque de denúncias envolvendo cursos privados de medicina oferecidos por universidades e faculdades em Goiás. O estado, conforme o Ministério da Educação (MEC), conta com 15 instituições de ensino que oferecem o curso de medicina, sendo cinco privadas, três federais, uma estadual e seis municipais.
Destas, três são ligadas ao Conselho Estadual de Educação (CEE), enquanto que as demais são vinculadas ao MEC. Juntas, as unidades de ensino estão com 1.488 vagas em aberto para o primeiro ano de curso em 2024. O Centro de Ensino Superior Morgana Potrich (FAMP) é o campeão de vagas, com 200 oferecidas.
A mensalidade gira em torno de R$ 7.991 (pagando de forma antecipada até o dia 5) e R$ 10.387 (pagando até o último dia do mês), conforme informado pela própria FAMP a reportagem – praticamente o mesmo valor praticado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC), cuja mensalidade gira em torno de R$ 8.632,90.
A faculdade e a universidade, inclusive, foram alvo de denúncias por parte dos estudantes de medicina. A FAMP já foi alvo de embargo pelo MEC em 2019 após denúncias do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). Na época foram constatadas irregularidades como: quadro de professores insuficiente, aulas práticas sem pacientes, mais matrículas do que vagas disponíveis e dificuldades pedagógicas e didáticas.
Ao menos duas das condições ainda persistem, como a falta de professores qualificados e de estrutura para aulas práticas, assim como reclamações de mensalidades abusivas. As mesas denúncias recaem sobre a PUC, conforme apurado pelo Jornal Opção. A reportagem procurou a faculdade e a universidade para que se posicionassem, mas não obteve retorno.
“Elas [unidades de ensino] lucram muito, mas gastam pouco porque não têm mão de obra qualificada. É comum ver enfermeiros e até técnicos em enfermagem dando aulas para estudantes de medicina. Há uma incompatibilidade e isso prejudica a formação do médico, que sai do curso despreparado”, afirmou Antônio Almeida, membro do corpo jurídico da Associação dos Estudantes de Medicina de Goiás (Aemed).
Conforme Antônio, os erros médicos têm ligação direta com a má qualidade do ensino superior de medicina, assim como o desemprego da categoria – outro fator que traz preocupação às entidades de medicina. O membro da Aemed afirma que novos profissionais têm cobrado valores muito abaixo do praticado no mercado para conseguir se manter na área.
Um procedimento de mamoplastia, segundo ele, tem sido ofertado por profissionais novos na área por cerca de R$ 5 mil. A cirurgia plástica, no entanto, gira entre R$ 25 mil e R$ 30 mil. Para Antônio, o fato fez com que o número de erros médicos disparasse. No ano de 2023, por exemplo, foram registrados 25 mil novos processos fundamentados na alegação de “erro médico” no Brasil, o que representa um aumento de 35% em relação ao ano de 2020, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“São tantos profissionais que estão se graduando e se especializando, que se os menos qualificados não baixarem os preços, eles não conseguem bater de frente com os bons profissionais. Isso gera um enorme problema. Temos médicos com cinco anos de profissão respondendo por 30 processos”, exaltou.
Mercado saturado e dívidas
A superlotação no mercado de medicina, o consequente desemprego e a falta de preparo dos profissionais também tem gerado preocupação no Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) e no Conselho Regional de Medicina (Cremego). Para a presidente do Simego, Franscine Leão, o MEC tem negligenciado a abertura indiscriminada de novos cursos de medicina em Goiás.
Ainda segundo Franscine, o excesso de novos médicos tem feito com que os profissionais fiquem endividados, visto que muitos financiam o curso para pagar depois de formados. Entretanto, ao deixar o ensino superior, se esbarram no desemprego.
“Temos vários médicos recém-formados no estado que estão desempregados. A pessoa faz uma formação cara, se endivida e endivida a família, pega um empréstimo milionário e sai sem a capacidade de recompor esse valor”.
Franscine diz que o poderio econômico das instituições de ensino que oferecem o curso de medicina é grande, fazendo com que o embargo dos locais seja quase impossível. Ela explica que, mesmo com a fiscalização do Cremego e do Conselho Federal de Medicina, que tentou impedir novas vagas em faculdades e universidades como a FAMP, os centros se sobressaem devido aos grandes “players”.
“Já tentamos fechar várias faculdades, mas nunca conseguimos. O Ministério da Educação deveria cumprir com as fiscalizações desenvolvidas pelo conselho, exigir que eles atuassem mais. Porém, deixam correr solto”, contou.
O Jornal Opção procurou por quase duas semanas respostas junto ao MEC sobre a quantidade de denúncias recebidas pelo órgão federal e a forma como é realizada a fiscalização, mas não obteve resposta.
Em Goiás, a fiscalização é realizada principalmente pelo Cremego e pelo Conselho Estadual de Educação. O CEE informou que, ao receber denúncias de irregularidades, dispõe três dos conselheiros para ir à instituição de ensino presencialmente averiguar a situação.
Caso seja identificado problemas, um relatório é enviado ao MEC para que providências sejam tomadas como, por exemplo, o embargo do curso. O Cremego, por outro lado, disse que tem visitado as faculdades de medicina goianas há anos, sugerindo melhorias na estrutura, na grade curricular e mudanças no corpo docente quando necessário.
“Quando são encontradas irregularidades incompatíveis com essa boa formação, o Cremego aciona os órgãos competentes. Foi o que ocorreu em 2021, quando o conselho recomendou e a Universidade Estadual de Goiás (UEG) acatou a suspensão de novos vestibulares para o curso de medicina, inclusive o que se encontrava com inscrições abertas no polo Itumbiara”, explicou a presidente da autarquia, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor.
“Entendemos que a boa formação dos novos médicos é essencial para a qualidade dos serviços prestados à população e essa boa formação depende de uma estrutura com laboratórios, hospital escola e locais adequados para o internato, além de uma grade curricular que contemple a boa formação humanística e técnico-científica e com professores com a formação adequada”, reforçou.
Mais Médicos
Mesmo com as denúncias de superlotação da área, o MEC autorizou a abertura de novas 120 vagas do curso de medicina em outubro de 2023, em Goiás. A iniciativa é destinada a atender aos requisitos estabelecidos pela Lei do Mais Médicos, que possibilita que mantenedoras de instituições educacionais privadas enviem propostas para a implementação de novos cursos em municípios previamente selecionados.
Ao todo, 43 municípios em Goiás estavam aptos a receber as vagas em dois novos cursos de medicina. Para definir essa lista de cidades goianas, o MEC levou em conta os seguintes critérios:
Apresentar média inferior a 2,5 médicos por mil habitantes;
Possuir hospital com pelo menos 80 leitos;
Demonstrar capacidade para abrigar curso de Medicina, em termos de disponibilidade de leitos, com pelo menos 60 vagas;
Não ser impactado pelo plano de expansão de cursos de Medicina (aumento de vagas e abertura de novos cursos) nas universidades federais.
Na época, o MEC informou que as instituições de ensino superior selecionadas seriam determinadas por meio de uma pontuação que levaria em consideração tanto o mérito (conteúdo) da proposta quanto a experiência regulatória da proponente. A avaliação do mérito, que compreende etapas eliminatórias e classificatórias, abrangeria os seguintes indicadores:
Projeto pedagógico do curso de graduação em Medicina;
Plano de formação e desenvolvimento da docência em saúde;
Plano de infraestrutura da instituição de educação superior;
Plano de contrapartida à estrutura de serviços, ações e programas de saúde do Sistema Único de Saúde do município e/ou da região de saúde do curso de Medicina;
Plano de implantação de residência médica;
Plano de oferta de bolsas para alunos.
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MEDICINA S/A
Artigo - Inovações e perspectivas da IA nos diagnósticos por imagem
Por Natacha Chaves
É inegável que a tecnologia tenha evoluído e alcançado espaços importantes no segmento da saúde, incluindo clínicas, laboratórios e hospitais. Com diversas funcionalidades e atualizações, ela tem desempenhado um papel fundamental na melhoria da precisão, eficiência e acessibilidade, transformando a forma como médicos, outros profissionais da saúde e pacientes interpretam e utilizam informações no dia a dia.
Uma dessas inovações que vem ganhando cada vez mais destaque, especialmente na área de diagnóstico por imagem, é a inteligência artificial. Não à toa, o tema foi destaque na 54ª JPR, realizada em São Paulo, no início de maio. Dentre diversas ativações, palestras e conversas de networking ficou óbvio o quanto a IA já está presente no dia a dia de instituições e profissionais de saúde brasileiros, comprovando a expectativa do estudo Global Artificial Intelligence Study da PwC, que aponta que inteligência artificial deve aumentar, até 2030, o PIB global em 15,7 trilhões de dólares.
A integração de IA em serviços de PACS, por exemplo, permite aos radiologistas mais acuracidade na interpretação e análise de imagens. Os algoritmos avançados são capazes de identificar padrões complexos e anomalias em imagens médicas, auxiliando os profissionais de saúde na detecção precoce de doenças e na tomada de decisões clínicas mais informadas.
Os avanços em algoritmos têm sido impulsionados pela disponibilidade de dados abertos e pela colaboração entre pesquisadores e desenvolvedores. Integrados aos PACS, permitem uma análise eficiente das imagens médicas, proporcionando maior escalabilidade e diversidade no uso de diferentes algoritmos para diagnóstico. Ao identificar automaticamente exames com achados relevantes, ela otimiza o fluxo de trabalho dos radiologistas, permitindo uma atenção mais focada nos casos que exigem intervenção imediata. Ou seja, a inteligência artificial não apenas agiliza o processo de interpretação das imagens, mas também aumenta a produtividade dos médicos, que podem priorizar casos mais críticos e complexos.
Telemedicina e realidade aumentada
Integrar camadas de IA em outras frentes também permite melhorias nos processos de atendimento. Ainda no exemplo de médicos radiologistas, uma vez identificados os casos mais sensíveis, a integração com a telemedicina pode permitir que os pacientes tenham acesso a especialistas de qualquer lugar do mundo, garantindo uma assistência mais especializada e ágil, alcançando especialmente regiões remotas e carentes de recursos médicos.
Por outro lado, a convergência com a realidade aumentada permite mais precisão em etapas avançadas de um tratamento. Em centros cirúrgicos, por exemplo, o médico terá oportunidade de visualização mais imersiva e detalhada durante os procedimentos, melhorando a precisão e eficácia das intervenções.
Vale ressaltar que a inteligência artificial já é uma realidade, que está desempenhando um papel transformador nos diagnósticos por imagem e impulsionando a medicina para novos patamares de precisão e eficiência. Com inovações contínuas em algoritmos de IA e integração com tecnologias emergentes, podemos esperar uma evolução significativa na forma como os serviços de saúde são entregues e como os pacientes são tratados no futuro. A colaboração entre profissionais de saúde, pesquisadores e desenvolvedores de tecnologia é essencial para maximizar o potencial da IA na medicina e garantir um acesso igualitário e justo a cuidados de saúde de qualidade.
*Natacha Chaves é coordenadora de produto e inteligência da Pixeon.
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SAÚDE BUSINESS
JPR 2024 evidencia tecnologias de ablação
Jornada Paulista de Radiologia destaca a evolução das tecnologias de ablação e enfatiza a seleção do método ideal, segundo critérios, como ferramenta utilizada, domínio da técnica e características da doença.
A evolução das tecnologias de ablação é um dos destaques da Jornada Paulista de Radiologia (JPR 2024), que começou no dia 2 de maio, no Transamérica Expo Center, e ocorre até o dia 5 de maio. Organizado pela ela Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR), o evento recebe a 6ª Jornada de Radiologia Intervencionista, que trouxe tecnologias ablativas disponíveis atualmente, como radiofrequência, micro-ondas, crioterapia, eletroporação irreversível e eletroquimioterapia.
Mas qual o método ideal? A ablação ideal, portanto, é aquela que está disponível, que pode ser executada com segurança e indicada para o paciente certo, segundo Priscila Silva, médica radiologista intervencionista, preceptora da Residência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE).
É necessário avaliar a tecnologia disponível, se os profissionais médicos e operadores dominam a técnica selecionada, a biologia da doença e as condições de saúde do paciente.
Técnicas de ablação
Saiba como cada abordagem funciona, os principais benefícios e indicações:
Radiofrequência
A radiofrequência, desenvolvida nos anos 1990, é a tecnologia de ablação mais difundida, com crescente adoção no Brasil, especialmente nos últimos 15 anos. Esta técnica envolve uma ablação térmica, na qual o tumor é aquecido a temperaturas acima de 50 graus, resultando na necrose coagulativa, sem ultrapassar 100 graus. É indicada principalmente para casos selecionados de pacientes com hepatocarcinoma, nódulos pulmonares, renais e de tireoide, além de tumores malignos de tireoide e miomas uterinos.
"Quando os pacientes são cuidadosamente selecionados, com doença localizada, a radiofrequência é adotada com intenção curativa, não apenas paliativa", enfatiza Priscila.
Micro-ondas
Na ablação por micro-ondas, assim como na radiofrequência, uma lesão térmica é induzida no tumor. Isso é feito por meio de um gerador que produz um campo magnético, aumentando a temperatura no tecido e resultando em necrose coagulativa. Comparativamente, na radiofrequência, ocorre aquecimento dos tecidos em contato ou próximos à ponta ativa, enquanto na ablação por micro-ondas, o tecido circundante é aquecido ativamente e simultaneamente, com distribuição homogênea.
Entre os benfícios, está o menor tempo de procedimento, menor uso de sedativos, maior área ablada, uso de soro fisiológico para hidrodissecção e maior previsibilidade da área de ablação. As principais indicações são para casos selecionados de tumores malignos de fígado, câncer de rim e pulmão, osteoma osteoide, tumores suprarrenais, linfonodos, tumores ósseos e mamários, miomas, tireoide e paratireoide.
Crioablação
Na crioblação, o calor é substituído pelo resfriamento, sendo adotado por meio de baixas temperaturas em ciclo de congelamento e descongelamento, utilizando-se argônio. Nesta técnica, o gás é comprimido, com a ponta da agulha sendo resfriada, gerando uma bola de gelo que causa a morte celular por meio da ruptura da membrana celular, dano microvascular, ativação de apoptose por processos imunobiológicos e descongelamento.
Entre as vantagens, destaca-se o melhor controle e planejamento da área ablada e das margens de segurança, menor lesão de tecidos adjacentes, menos dor e possibilidade de repetição. As principais indicações incluem casos selecionados de metástases ósseas, tumor desmoide, câncer de pulmão e endometriose. Estudos clínicos estão em andamento para avaliar o uso da tecnologia em câncer de fígado, próstata, rim, pele e mama.
Eletroporação irreversível
Nesta técnica, todas as células na região ablada são mortas, preservando as estruturas da matriz extracelular, vasos, vias biliares, intestino e sistema coletor. É indicada para casos selecionados de lesões hepáticas primárias e secundárias de localização central, carcinoma pancreático localmente avançado, tumores renais de localização central e tumores de próstata.
"A eletroporação irreversível é mais uma opção no arsenal de radiologia intervencionista. Não utiliza energia térmica e é uma alternativa para casos não operáveis e não candidatos a terapias ablativas térmicas. Por meio dela, é possível personalizar a zona ablada, com segurança, próxima aos vasos e vias biliares", explica Priscila.
Eletroporação reversível
Por fim, não menos importante, a eletroporação reversível adiciona a injeção de substâncias. Consiste na aplicação de pulsos elétricos curtos e de alta voltagem, resultando em maior concentração de substâncias citotóxicas. Seus mecanismos de ação incluem o aumento da contração intracelular, vasoconstrição e indução de resposta imune.
É aplicada em casos selecionados de malignidade da pele e subcutâneo, incluindo melanoma, metástases e lesões sangrantes. Estudos estão em andamento para avaliar seu papel em tumores de cabeça e pescoço, fígado e pâncreas, bem como em metástases ósseas dolorosas.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Fraudes na saúde: reembolsos e o compartilhamento de contas
Percepções de Pacientes em Relação à Inteligência Artificial na Saúde
Com nova remessa, Goiás amplia faixa etária para vacina contra dengue
MEDICINA S/A
Fraudes na saúde: reembolsos e o compartilhamento de contas
Por Thiago Bertacchini
A proteção de dados na área da saúde não é apenas uma necessidade operacional, mas também uma questão ética fundamental. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) representou um avanço significativo ao estabelecer práticas e padronizações para garantir maior confiabilidade no ambiente digital. Contudo, algumas práticas fraudulentas, como abuso de reembolsos e compartilhamento de contas, representam uma ameaça constante às tentativas de estabilização desse setor vital.
De acordo com um estudo do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS), fraudes de reembolso em planos de saúde causaram um prejuízo entre R$30 e R$ 34 bilhões ao setor em 2022, e têm aumentado consideravelmente nos últimos anos. As práticas, que envolvem documentos falsos e até simulações de exames e consultas médicas, causam danos que podem levar anos para serem reparados pelas companhias. Ainda segundo o IESS, das 14 empresas participantes do estudo, nove comprovaram um rombo de R$ 2,4 bilhões causado pelas fraudes.
Diante desse cenário alarmante, torna-se imprescindível adotar tecnologias avançadas e estratégias proativas para garantir a segurança dos dados e prevenir fraudes, especialmente no que diz respeito ao abuso de reembolsos e compartilhamento de contas, que são algumas das maiores dores do setor.
Entre as medidas que as empresas do setor de saúde podem adotar para fortalecer sua defesa, destacam-se:
Biometria comportamental: Mais do que nunca, é importante a utilização de tecnologias que analisam o comportamento do usuário para verificar sua identidade, adicionando uma camada de segurança à autenticação de acesso sem impactar negativamente a experiência do usuário.
Análise de dados com Inteligência Artificial: Empresas de saúde devem implementar algoritmos avançados para identificar padrões suspeitos ou atividades incomuns nos sistemas, permitindo uma detecção precoce de ameaças cada vez mais elaboradas.
Análise de dispositivos e contextos: Sejam informações dos pacientes ou da própria empresa, é importante uma avaliação do contexto em que os dados estão sendo acessados e utilizados, levando em consideração fatores como localização geográfica, dispositivo utilizado e histórico de comportamento do usuário.
Monitoramento contínuo e resposta proativa: Estabelecimento de sistemas de monitoramento em tempo real para identificar atividades suspeitas e responder rapidamente a incidentes de segurança, minimizando o impacto de potenciais violações.
Parcerias com especialistas em cibersegurança: Especialmente para empresas de saúde, que lidam majoritariamente com dados sensíveis, é imprescindível a colaboração com empresas especializadas em segurança digital para desenvolver estratégias personalizadas de proteção de dados e capacitar equipes internas na identificação e mitigação de riscos.
É crucial lembrar que o impacto deste tipo de fraude vai além das consequências financeiras para as empresas envolvidas. Essas práticas comprometem a integridade do sistema de saúde como um todo, afetando a confiança dos pacientes e prejudicando o acesso a cuidados médicos de qualidade.
O tratamento correto e a proteção dos dados no setor de saúde não é apenas uma obrigação legal, mas uma responsabilidade ética que deve ser priorizada por todas as organizações envolvidas nesse ecossistema vital. Somente por meio de uma abordagem abrangente e proativa para a segurança digital é que podemos garantir a integridade e confiabilidade dos dados de saúde, sem interromper a experiência do usuário final.
*Thiago Bertacchini, Desenvolvimento de Negócios Sênior da Nethone.
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Percepções de Pacientes em Relação à Inteligência Artificial na Saúde
A inteligência artificial (IA) vem ganhando destaque com o surgimento de modelos que podem gerar deste arte até decisões médicas, com desempenhos promissores em áreas como reconhecimento de imagens e fala, assim como processamento de linguagem natural. No Brasil, o tema vem sendo discutido no Senado, que estuda a aprovação de um marco legal para a IA. Se, por um lado, algumas aplicações desta tecnologia podem soar inocentes, como sistemas de recomendações de filmes em plataformas de streaming ou aplicações em jogos, por outro lado eventuais aplicações em áreas sensíveis, como a saúde, podem afetar de maneira substancial o dia a dia das pessoas.
Os debates sobre aplicações da inteligência artificial ocorrem de maneira vibrante entre os especialistas no ambiente acadêmico, entre profissionais desenvolvedores e por empresas que adotam esta tecnologia em seus processos, mas, muitas vezes, o tema não ganha discussões aprofundadas por um dos principais envolvidos: o usuário final, que pode ser representado pelo consumidor ou, no caso da saúde, pelo paciente. Compreender as atitudes e crenças dos pacientes em relação à IA é essencial para integrá-la de maneira adequada no cuidado à saúde, mas este assunto não tem sido estudado de maneira aprofundada.
Na medicina, uma das áreas com avanços promissores envolvendo IA é o rastreamento da Retinopatia Diabética (RD), considerada uma importante causa de dano visual e cegueira e que apresenta proporções crescentes em nosso meio e ao redor do mundo. A aplicação da IA na prevenção da cegueira secundária à diabetes reside na possibilidade de avaliação automática de imagens da retina, com modelos apresentando acurácia semelhante à de experts, permitindo ganho em escala na capacidade de rastrear pacientes.
Desta forma, para avaliar as percepções e crenças de pacientes sobre a aplicação da IA na saúde em uma situação real, um grupo de pesquisadores elaborou e aplicou um questionário, que foi respondido por pacientes durante um evento de rastreamento da RD que envolvia IA. As perguntas foram feitas logo após os pacientes serem brevemente informados de que a avaliação seria auxiliada por um algoritmo de detecção automática, sendo que os entrevistadores não forneceram informações mais aprofundadas sobre IA, para que as opiniões dos pacientes sobre IA sofressem a mínima influência. As respostas ocorreram enquanto os pacientes aguardavam pelo exame de retina, garantindo que as respostas estavam relacionadas a uma situação real, e não hipotética. As perguntas avaliaram a familiaridade dos entrevistados com aparelhos digitais e a percepção de diferentes aspectos na IA nos cuidados de saúde; os resultados da pesquisa foram recentemente publicados no Journal of Diabetes Science and Technology.
As perguntas foram respondidas por 121 indivíduos que eram principalmente acompanhados na atenção primária à saúde, e a maioria deles tinha grau de escolaridade correspondente a, no máximo, ensino fundamental. Cerca de 2/3 dos indivíduos estavam inseridos no mercado de trabalho, enquanto aproximadamente 1/3 correspondia a indivíduos aposentados. Quanto ao uso de equipamentos eletrônicos, quase todos os entrevistados possuíam smartphone, tablet ou computador, e cerca de 90% tinham acesso regular à internet, com mais de 80% dizendo utilizar dispositivos eletrônicos diariamente. A partir destas respostas, podemos afirmar que a amostra avaliada apresentava inclusão digital, um item necessário para a familiaridade com IA.
No entanto, a partir das respostas às próximas perguntas, podemos observar que a inclusão digital é quesito necessário, mas não suficiente para familiaridade com IA: quando questionados se já tinham ouvido falar de IA, apenas 14% dos indivíduos relatou bons conhecimentos ou expertise em IA; em outras palavras, a enorme maioria dos entrevistados (86%) não sabia bem o que é IA; desta forma, as respostas fornecidas por estes pacientes precisam ser interpretadas levando-se em conta esse desconhecimento. Os entrevistados que disseram ter maior familiaridade com a IA tendiam a ser mais jovens e com um nível de escolaridade mais elevado. No entanto, as percepções destes entrevistados com maior familiaridade não foram significativamente diferentes das percepções relatadas pelo grupo de pacientes com menor familiaridade.
Mesmo levando-se em conta a limitação em interpretar as percepções destes pacientes sobre a IA, os pesquisadores observaram que a grande maioria dos participantes declarou sentimentos positivos em relação ao uso de IA na medicina; no entanto:
menos de metade dos entrevistados acreditava que a IA iria substituir médicos e profissionais da saúde;
menos de 10% dos entrevistados disse que acreditaria mais em uma avaliação da IA do que em uma avaliação feita por um médico;
mais da metade disse que gostaria que um eventual tratamento de saúde fosse apoiado por sistema de IA;
quase a totalidade dos pacientes respondeu que um médico sempre deve ter a palavra final sobre diagnóstico e tratamento;
¾ dos pacientes disseram que o julgamento do médico deve prevalecer em relação às recomendações de IA.
Em conclusão, as respostas sobre as percepções da IA devem ser interpretadas partindo do pressuposto de que a maioria dos participantes não estava familiarizada com a IA. No entanto, a maioria tinha opiniões positivas sobre a IA na saúde, mas disse preferir uma cooperação entre IA e médicos humanos. É importante enfatizar a importância da educação digital neste sentido: esforços para melhorar a alfabetização em saúde e o letramento digital devem acompanhar a adoção de tecnologias de IA nos cuidados de saúde.
*Fernando Malerbi é médico oftalmologista, coordenador do Departamento de Saúde Ocular da Sociedade Brasileira de Diabetes.
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A REDAÇÃO
Com nova remessa, Goiás amplia faixa etária para vacina contra dengue
Com a chegada de uma nova remessa da vacina contra a dengue em Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) divulgou, nesta quinta-feira (2/5), que vai ampliar a faixa etária do público-alvo: crianças e adolescentes, com idade entre 6 e 16 anos. Para imunizar o grupo, a Vigilância em Saúde terá, a partir de 15 de maio, mais de 60 mil doses do imunizante.
De acordo com a SES, a nova limitação do público, mesmo depois da ampliação feita nas últimas semanas - e que incluiu pessoas com até 59 anos diante do iminente vencimento dos lotes - foi decidida em conjunto com os municípios e atende o objetivo de imunizar os grupos de maior risco para a doença.
Somente em 2024, Goiás confirmou 131 mil casos de dengue e 146 mortes. O estado ainda soma 90 casos de Zika e 7.800 de Chikungunya.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Desafios e Oportunidades na Formação Médica no Brasil: caminhos para a excelência
O paciente agora é 6.0? Conheça as principais técnicas de fidelização
AstraZeneca admite efeitos colaterais “raros” da vacina
Prefeito de Iporá nomeia primo que não concluiu o ensino médio para cargo de diretor-geral do Hospital Municipal, diz MP
MEDICINA S/A
Desafios e Oportunidades na Formação Médica no Brasil: caminhos para a excelência
A formação médica no Brasil enfrenta uma série de desafios que demandam atenção e ações estratégicas para garantir a qualidade e a eficácia do ensino na área da saúde. Esses desafios abrangem desde questões estruturais e infraestruturais até aspectos relacionados à gestão acadêmica, currículos, métodos de ensino e adequação às demandas da prática médica moderna. Trata-se de tema de grande importância e impacto na saúde da população e no desenvolvimento do sistema de saúde do país.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de Medicina, estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC) são definidos os parâmetros para a formação, visando garantir competências essenciais para a prática médica, como conhecimento técnico-científico, habilidades clínicas, ética profissional, trabalho em equipe e atenção integral à saúde. Entretanto, pesquisas realizadas pela Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) e pelo CFM indicam que, apesar dos avanços, ainda existem desafios em relação à qualidade do ensino médico, como a falta de integração entre teoria e prática, a deficiência em habilidades de gestão e a necessidade de atualização constante dos currículos e métodos de ensino.
Um dos desafios da boa formação médica é a necessidade de atualização constante dos currículos e métodos de ensino. Integração entre teoria e prática, ênfase em habilidades de comunicação, trabalho em equipe, ética e humanização do cuidado são aspectos essenciais que devem ser priorizados no currículo da formação médica. Assim, há necessidade de atualização constante dos currículos e métodos de ensino voltados para a formação médica, que busquem promover uma educação mais centrada no estudante, contextualizada, colaborativa, prática e atualizada, preparando os futuros profissionais de saúde para enfrentar os desafios e oportunidades da prática médica moderna de forma eficaz e ética.
É fundamental garantir que os futuros profissionais estejam preparados para lidar com os avanços científicos, tecnológicos e as demandas da prática médica moderna. Um exemplo claro dessa necessidade é a rápida evolução das tecnologias médicas. Novos equipamentos, técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, avanços em medicina genômica e terapias personalizadas estão transformando a maneira como os pacientes são diagnosticados e tratados. Em um futuro muito próximo a aplicação da inteligência artificial (IA) na área da saúde irá revolucionar a forma como lidamos com diagnósticos, tratamentos e educação médica. No contexto brasileiro, as perspectivas de utilizar a IA para melhorar a qualidade da formação médica são promissoras, mas também apresentam desafios que precisam ser enfrentados.
Uma das principais vantagens da IA na formação médica é a capacidade de personalizar o aprendizado. Com algoritmos inteligentes, é possível adaptar o currículo e os métodos de ensino de acordo com as necessidades e o ritmo de cada estudante. Isso pode resultar em uma aprendizagem mais eficiente e eficaz, preparando os futuros médicos de forma mais completa e personalizada. Além disso, na atualidade a IA pode ser utilizada para simulações realistas de casos clínicos, permitindo que os estudantes pratiquem habilidades técnicas e tomadas de decisão em um ambiente seguro e controlado. Isso é especialmente relevante em um cenário onde o acesso a determinadas situações clínicas reais pode ser limitado. Outro ponto importante é o uso da IA para aprimorar a pesquisa médica. Com algoritmos avançados de análise de dados, é possível identificar padrões, correlações e insights em grandes conjuntos de informações, contribuindo para o desenvolvimento de novas terapias, diagnósticos mais precisos e uma medicina mais baseada em evidências.
Apesar das vantagens evidentes, a implementação da IA na formação médica no Brasil enfrenta ainda desafios. Um deles é a infraestrutura tecnológica necessária para suportar essas aplicações. Nem todas as instituições de ensino possuem os recursos adequados para integrar a IA de forma eficiente em seus programas educacionais. Além disso, a formação de profissionais capacitados para trabalhar com IA na saúde é fundamental. Isso envolve não apenas conhecimentos técnicos, mas também éticos, para garantir que a IA seja utilizada de forma responsável e segura, respeitando princípios como privacidade e confidencialidade dos pacientes e as questões regulatórias envolvidas. É necessário estabelecer diretrizes claras sobre o uso da IA na formação médica, garantindo transparência, responsabilidade e equidade no acesso às tecnologias para que seu uso propicie todo o potencial que dela se espera.
Portanto, é essencial que os currículos médicos sejam atualizados para incluir o ensino dessas novas tecnologias e abordagens terapêuticas, preparando os estudantes para a prática clínica contemporânea.
Desafio adicional é o volume cada vez maior de informações científicas disponíveis. É, portanto, crucial que os profissionais de saúde saibam como acessar, avaliar e aplicar as evidências científicas mais recentes em sua prática clínica. Isso requer uma abordagem educacional que incentive a tomada de decisões baseadas em evidências, a análise de dados, o pensamento crítico.
A inclusão da gestão da saúde no currículo médico é também um tema relevante e necessário para preparar os futuros profissionais de saúde para os desafios da prática médica moderna. A gestão da saúde engloba uma série de competências e conhecimentos que vão além da prática clínica tradicional e são fundamentais para promover a eficiência, a qualidade e a sustentabilidade dos sistemas de saúde. Neste sentido o desenvolvimento de habilidades de gestão de recursos, de qualidade, da segurança do paciente, de tecnologias de informação e comunicação, a compreensão dos princípios de gestão de processos, estratégias organizacionais, planejamento estratégico, gestão de mudanças e desenvolvimento de políticas de saúde são essenciais para os médicos que desejam contribuir para a melhoria dos sistemas de saúde e a promoção de uma assistência eficiente e acessível e, portanto, ao currículo médico. A inclusão da gestão da saúde no currículo médico não apenas amplia o conhecimento dos estudantes, mas também os capacita para atuar de forma mais proativa e eficaz na resolução de problemas e na otimização dos recursos disponíveis. Além disso, prepara os futuros médicos para assumir papéis de liderança, contribuindo para a gestão estratégica e o aprimoramento dos sistemas de saúde.
Outro pilar na Educação médica é a Educação em Saúde que desempenha papel crucial na formação de profissionais mais completos e comprometidos com a promoção da saúde da população. A educação em saúde abrange uma variedade de temas e habilidades que vão além da prática clínica tradicional, preparando os futuros médicos para atuar de forma preventiva, educativa e colaborativa. A inclusão da educação em saúde no currículo médico não apenas enriquece a formação dos estudantes, mas também contribui para uma prática médica mais humanizada, preventiva e engajada com as necessidades da comunidade. Portanto, é essencial que as instituições de ensino médico valorizem e priorizem a educação em saúde como uma competência essencial a ser desenvolvida ao longo da formação dos futuros médicos.
Além disso, as demandas da sociedade e dos pacientes também estão em constante mudança. Questões como medicina preventiva, cuidados paliativos, saúde mental e abordagens interdisciplinares estão se tornando cada vez mais importantes na prática médica moderna. Portanto, os currículos médicos precisam ser flexíveis o suficiente para incorporar esses temas e preparar os estudantes para lidar com a diversidade de desafios de saúde que enfrentarão ao longo de suas carreiras.
É inegável que o Brasil possui instituições de ensino médico renomadas e profissionais de saúde altamente capacitados, que contribuem de forma significativa para a saúde da população e o avanço da medicina no país, no contexto de um currículo bem estruturado. No entanto, alguns aspectos ainda demandam atenção e melhorias. Um dos pontos críticos é a distribuição desigual de escolas médicas pelo território brasileiro, concentrando-se principalmente nas regiões mais desenvolvidas. Um levantamento do MEC mostra que a maior concentração de escolas médicas está nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, enquanto áreas remotas e periferias enfrentam escassez de profissionais de saúde. Isso pode contribuir para a escassez de médicos em áreas remotas e regiões metropolitanas, dificultando o acesso da população a serviços de saúde de qualidade.
A demografia médica no Brasil apresenta desafios significativos. De acordo com dados de 2023, o país enfrenta uma distribuição desigual de médicos, concentrados principalmente em áreas urbanas e regiões mais desenvolvidas, enquanto áreas remotas e periferias carecem de profissionais de saúde. Segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), em 2023, o país possuía cerca de 2,7 médicos por mil habitantes, número abaixo da média recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa disparidade revela a necessidade de ampliar a oferta de profissionais de saúde para atender adequadamente a população brasileira. Desta forma, políticas públicas que incentivem a interiorização da formação médica, a criação de vínculos entre os profissionais e as comunidades atendidas e o fortalecimento da atenção primária à saúde são medidas essenciais para superar os desafios da desigualdade na demografia médica e promover um sistema de saúde mais justo e eficiente no Brasil.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), estima-se que o Brasil precise de um número maior de médicos para atender adequadamente sua população, seguindo padrões internacionais de oferta maior 3 profissionais de saúde por 1000 habitantes. A situação se agrava grandemente em regiões afastadas das grandes capitais e suas periferias.
Diante desse cenário, é fundamental que a formação médica no Brasil busque não apenas a excelência acadêmica, mas também a formação de profissionais comprometidos com a saúde pública, a equidade no acesso aos serviços de saúde e a atenção às necessidades das populações mais vulneráveis.
Uma das estratégias para a melhor distribuição de médicos é a valorização da residência médica. Estudos publicados em periódicos médicos, a exemplo do Journal of Graduate Medical Education e Medical Education Online destacam a importância da residência médica na formação de profissionais qualificados e preparados para a prática clínica, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades técnicas, éticas e de gestão necessárias para atender às demandas da saúde contemporânea e para modificação da realidade da saúde no Brasil. É padrão ouro na formação médica especializada, proporcionada pela prática intensiva em serviço, permite que os médicos recém-formados apliquem os conhecimentos teóricos adquiridos durante a graduação em situações clínicas reais para o aprimoramento de habilidades, sob a supervisão de preceptores experientes, oferecendo a oportunidade de especialização em diversas áreas da medicina. Além do aspecto técnico, a residência médica contribui para o desenvolvimento profissional dos médicos, incluindo habilidades de comunicação, trabalho em equipe, tomada de decisões e ética médica, reforçando assim, o aprendizado da graduação, mas de forma dirigida a uma área de atuação. Entretanto a relação entre o número de graduados em medicina e as vagas de residência médica no Brasil é um aspecto importante. Dados do Ministério da Saúde revelam que o número de graduados em medicina superou significativamente o número de vagas disponíveis para residência médica. O desequilíbrio entre oferta e demanda impacta diretamente a formação, inserção e fixação dos médicos no sistema de saúde do país.
Para garantir uma relação mais equilibrada entre graduados em medicina e vagas de residência médica, é fundamental um planejamento estratégico e uma regulação eficaz, por parte das autoridades responsáveis. Isso inclui a análise das demandas regionais por profissionais de saúde, a avaliação das especialidades prioritárias para o sistema de saúde brasileiro, o estímulo à abertura de novas vagas de residência e a promoção de políticas que incentivem a distribuição equitativa de médicos pelo território nacional.
Desta forma, a formação médica enfrenta desafios que exigem esforços colaborativos entre instituições de ensino, órgãos reguladores, profissionais de saúde e a sociedade como um todo na busca pela excelência na formação médica com o propósito do bem-estar e a saúde da população brasileira. Investir na educação médica é investir na saúde e no bem-estar da população, garantindo profissionais qualificados e comprometidos com o cuidado, a promoção da vida e a equidade da saúde no Brasil.
*Denise Gonçalves Priolli é Diretora Acadêmica de Medicina da Cogna Educação.
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O paciente agora é 6.0? Conheça as principais técnicas de fidelização
Saiba quem é o Paciente Digital. Faça o download do ebook gratuito e entenda o que está por trás do Paciente Digital com a nova pesquisa exclusiva da Doctoralia.
É indiscutível que a nova era da saúde está revolucionando a forma como os médicos se relacionam com os pacientes, principalmente devido o avanço da tecnologia e o uso de soluções inovadoras, como prontuário eletrônico, telemedicina, open health e a aplicação do IoT para coletar e analisar os dados.
Isso acontece principalmente porque, nos dias de hoje, o paciente deve estar no centro de tudo e as instituições de saúde devem ter suas informações na palma da sua mão por meio de dispositivos móveis, facilitando, dessa maneira, os diagnósticos e os tratamentos, promovendo mais assertividade no processo.
Agora, quando analisamos o avanço do setor da saúde, podemos considerar que ainda há espaço para muitas outras inovações e, portanto, é possível dizer que essa área está caminhando para o surgimento do conceito de paciente 6.0, sendo este um perfil cada vez mais exigente e ávido por soluções personalizadas e um atendimento mais próximo, unindo os canais online e offline. Diante de tantas mudanças e desafios, como as instituições de saúde e os médicos conseguem fidelizar o novo perfil de paciente?
Primeiro, é muito importante ter um canal exclusivo para realizar a comunicação com seus pacientes. Por meio do WhatsApp, e-mail e SMS é possível enviar informações sobre tratamentos, agendamento de consultas e comunicados importantes, além de dar orientações personalizadas. Isso quebrará uma barreira física com o profissional, trazendo-o para mais perto. De acordo com a 4ª edição do Panorama das Clínicas e Hospitais, desenvolvido pela Doctoralia, os dois canais mais populares para o agendamento de consultas são telefone (90%) e WhatsApp (82%).
Outro ponto fundamental é diminuir o tempo de espera nas instituições de saúde. Nesse caso, o uso da tecnologia pode ser uma grande aliada para controlar a agenda dos médicos, avisar sobre possíveis atrasos e tempo de espera estimado, tornando esse processo mais transparente. Isso vai ajudar a melhorar a satisfação dos pacientes e diminuir o número de reclamações.
Um fator também determinante que vai ajudar na jornada do paciente é o uso da inteligência artificial no diagnóstico médico. Por meio da tecnologia é possível identificar e tratar doenças, aumentando assim a eficiência e a precisão nos diagnósticos. Além disso, a IA permite que sejam analisadas uma grande quantidade de dados e identificar padrões que podem passar despercebidos pelos médicos. Isso com certeza vai ajudar a personalizar o tratamento e, consequentemente, melhorar a experiência dos pacientes.
Por fim, é importante ressaltar que a era do paciente 6.0 já está se aproximando e as instituições de saúde e os médicos devem se preparar para continuar inovando e, mais do que isso, utilizar as soluções tecnológicas para resolver possíveis gargalos a fim de melhorar o sistema de saúde como um todo e tornar o atendimento cada vez mais humanizado.
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JORNAL OPÇÃO
AstraZeneca admite efeitos colaterais “raros” da vacina
A farmacêutica revelou que seu imunizante pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia
Pela primeira vez, a AstraZeneca admitiu perante à Justiça britânica que seu imunizante contra o coronavírus pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia.
O parecer foi divulgado pelo jornal britânico The Telegraph, que obteve acesso aos documentos de uma ação coletiva envolvendo 51 famílias contra a farmacêutica. Essas famílias estão buscando uma indenização total de até £ 100 milhões (cerca de R$ 650 milhões) devido ao ‘efeito colateral raro’.
Nos documentos anexados ao processo, a AstraZeneca afirma que a vacina pode causar a síndrome conhecida como TTS, caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos, os quais podem resultar no bloqueio de veias e artérias.
A farmacêutica afirmou, em uma carta enviada à defesa de um dos requerentes em maio de 2023, que “não reconhece” que o imunizante cause TTS “em geral”, porém admitiu que o imunizante pode, em “casos raros”, levar o imunizado a desenvolver a condição.
De acordo com o jornal britânico Daily Mail, Os dados oficiais indicam que mais de 80 britânicos podem ter falecido devido a complicações relacionadas a coágulos sanguíneos, possivelmente associados à vacina da AstraZeneca, conforme relatado pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido.
Devido a essa situação, as autoridades de saúde optaram por não solicitar mais doses da vacina, o que efetivamente resultou na retirada quase completa dela no Reino Unido.
A AstraZeneca, no entanto, diz que sua vacina é responsável por salvar cerca de 6 milhões de vidas em todo o mundo durante a pandemia de Covid-19.
A produção do imunizante é interrompida no Brasil
O imunizante, desenvolvido em colaboração com a Universidade de Oxford, foi produzido no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no entanto, em abril de 2023, o Ministério da Saúde interrompeu sua produção nacional.
O Ministério cessou a recomendação da aplicação de dois imunizantes de vetor viral contra a Covid-19 – AstraZeneca e Janssen – devido ao aumento do risco de trombose aproximadamente 30 dias após a vacinação.
Segundo o Ministério, até setembro de 2022, foram registrados 98 casos (0,02 casos por 100 mil doses aplicadas) com suspeita de Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (queda de plaquetas) no e-SUS, tendo relação temporal com as vacinas. Entre os 98 casos, 34 foram atribuídos diretamente às vacinas, 17 foram considerados como tendo relação provável, e 47 foram classificados como possíveis.
Embora a correlação entre as vacinas e o desenvolvimento da TTS não tenha sido completamente esclarecida, o Ministério optou por interromper seu uso para evitar possíveis riscos adicionais à saúde da população.
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PORTAL G1
Prefeito de Iporá nomeia primo que não concluiu o ensino médio para cargo de diretor-geral do Hospital Municipal, diz MP
Promotor afirma que a nomeação é baseada em parentesco e não tem amparo jurídico. Prefeitura de Iporá diz que analisa recomendação para exoneração.
Ministério Público recomenta exoneração no Hospital Municipal de Iporá
O prefeito de Iporá Naçoitan Leite nomeou o próprio primo, que não concluiu o ensino médio, para o cargo de diretor-geral do Hospital Municipal, afirmou o Ministério Público de Goiás (MPGO). O órgão recomendou que a Prefeitura exonere Vilmatan Leite por falta de qualificação técnica para o cargo.
Em nota enviada à TV Anhanguera, Prefeitura de Iporá disse que o departamento jurídico vai analisar a recomendação do MP-GO e depois irá se manifestar. O g1 Prefeitura e pediu por e-mail um posicionamento da Prefeitura, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Segundo o MPGO, o prefeito nomeou o primo para o cargo, porém, Vilmatan não concluiu o ensino médio e não tem formação de nível superior. Para o promotor de Justiça Luís Gustavo Soares, isso indica que ele não é qualificado para desempenhar as atribuições de diretor-geral do hospital.
Soares justificou que o diretor-geral deve planejar, organizar, coordenar e dirigir as atividades do hospital para que a unidade consiga atender os cidadãos. Disse ainda que ele deve controlar e avaliar as atividades de profissionais da saúde, o que, segundo o promotor, destoa do histórico de Vilmatan.
Para Soares, a nomeação de Vilmatan foi baseada no parentesco dele com o prefeito e não teve amparo jurídico. Segundo o MP, a nomeação é uma violação a Constituição Federal. Disse ainda que alertou Naçoitan que poderá adotar outras medidas mais graves caso a recomendação não seja atendida.
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PORTAL MATTOS FILHO
MEC publica edital para cursos de medicina em hospitais
O edital prevê regras específicas para a habilitação de instituição de ensino superior cuja mantida seja mantenedora de unidade hospitalar
O Ministério da Educação (MEC), por intermédio da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES), publicou, em 30 de abril de 2024, o Edital MEC nº 5/2024 de chamamento público para habilitar Instituição de Ensino Superior (IES) e já credenciada junto ao MEC mantida por mantenedora de unidade hospitalar, para autorização de cursos de graduação em medicina.
Condições para participar do chamamento
Para participar do edital, a unidade hospitalar e a IES credenciada junto ao MEC, que pleiteia a autorização do curso, devem ser mantidas pela mesma mantenedora; possuir o mesmo número de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); e estarem sediadas no mesmo município. Vale mencionar que, embora o edital não seja claro, a exigência de o CPNJ ser o mesmo há de ser interpretada no sentido de que sua matriz seja a mesma, para permitir a acomodação das atividades em filiais diferentes, de forma mais alinhada a padrões de mercado.
Requisitos
Adicionalmente, o edital prevê os seguintes requisitos a serem preenchidos pela unidade hospitalar e pela IES, transpostos na tabela abaixo:
https://www.mattosfilho.com.br/unico/mec-edital-medicina-hospitais/
Pedido de autorização
Uma vez habilitada, a IES deverá protocolar o requerimento de autorização de curso de medicina no MEC, valendo destacar que esse deverá conter algumas especificidades da Lei nº 12.871/2013 (Lei do Mais Médicos), em especial:
Plano de contrapartida à estrutura de serviços, ações e programas de saúde do SUS, que deverá incluir a previsão de investimento na rede SUS para os próximos seis anos, equivalente a 10% do faturamento anual bruto do curso de medicina;
Plano de oferta de bolsas para alunos do curso de graduação em medicina, que deve abranger no mínimo 10% das vagas anuais do curso;
Plano de implantação de residências médicas nas áreas prioritárias de forma a ter as seis especialidades prioritárias até o 6º ano do funcionamento do curso de graduação em medicina, caso a unidade hospitalar não disponha dessa quantidade de especialidades prioritárias momento da habilitação.
Cronograma
Os procedimentos para a habilitação iniciam em 30 de abril de 2024 e o prazo limite para sua submissão via plataforma do e-MEC se encerra em 29 de abril de 2025, lembrando que é fundamental que a IES já esteja credenciada para que a habilitação seja submetida.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Plano de saúde deve ressarcir cliente
Laboratório alvo de operação emitia falsos resultados de exames feitos em idosos e trabalhadores, diz delegada
Governo aumenta público-alvo da vacinação contra HPV
Brasil tem recorde de casos de Dengue em 2024
Prefeitura de Aparecida de Goiânia inaugura nova maternidade municipal
Grupo de Estudos da NR-32 do Sindhoesg debate a contaminação por KCP
CORREIO DA MANHÃ
Plano de saúde deve ressarcir cliente
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou que a Unimed Seguradora reembolse as despesas de uma segurada que precisou realizar o congelamento de óvulos por recomendação médica. Diagnosticada com osteossarcoma, a paciente enfrentava risco de infertilidade devido à quimioterapia. A Unimed alegou ausência de cobertura obrigatória e se negou a pagar o procedimento, que custou à mulher R$ 22.407,90. O Desembargador destacou que, embora o STJ tenha considerado o rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde como taxativo, a lei restabeleceu o caráter exemplificativo, obrigando os planos a cobrir os tratamentos não listados.
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PORTAL G1
Laboratório alvo de operação emitia falsos resultados de exames feitos em idosos e trabalhadores, diz delegada
Laboratório inventava resultados e sequer tinha máquinas para analisar amostras de fezes e urina, conforme apontou a investigação. Em dezembro de 2023, pelo menos 94 exames foram falsificados, segundo a polícia.
O laboratório de análises clínicas alvo de uma operação da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) inventava resultados de exames com amostras de fezes e urina, conforme apontou a investigação. Segundo a delegada Débora Melo, os principais clientes atendidos eram idosos e trabalhadores e o laboratório sequer tinha as máquinas necessárias para estes exames.
“Pelo menos 94 resultados de exames de fezes e urina em dezembro de 2023, foram emitidos sem que as amostras tivessem passado por qualquer exame de fato. Isso coloca em risco a saúde pública, no que se refere à integridade física da pessoa”, detalhou a delegada.
O g1 tentou contato, por e-mail e mensagem de celular, com o Laboratório Vida, investigado na operação, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Segundo a delegada, à polícia, a defesa do proprietário do laboratório negou as acusações.
A operação foi divulgada nesta segunda-feira (29) e a clínica está interditada. Débora Melo exemplificou que, se um paciente queria descobrir se possuía uma infecção ou bactéria, não descobriria, já que os resultados eram sempre negativos, para o laboratório.
“Esse laboratório atendia várias clínicas de medicina do trabalho, a gente sabe que, para a contratação de profissionais no setor alimentício, é necessário comprovar que não possui a bactéria da salmonela, por exemplo. Então, se houve passagem por esse laboratório e o trabalhador achou que não possuía aquela bactéria, pode, eventualmente, estar trabalhando em um restaurante ou numa padaria e sendo um risco de contágio para a população no geral”, explicou Débora Melo.
Exames apreendidos de baboratório alvo de operação em Goiás — Foto: Michel Gomes/g1 Goiás
Segundo a delegada, o laboratório fazia mais de 8 mil tipos de exames. A confirmação até o momento é que as análises de urina e fezes foram falsificadas, por conta da falta de equipamentos específicos e não eram terceirizadas para outros laboratórios. No entanto, a polícia não descarta fraudes em outros tipos de exame.
“Isso pode gerar até algum tipo de estelionato, algum crime patrimonial em desfavor dessas pessoas. Se houver consumidores que se sentiram lesados, que eventualmente fizeram um exame, ou o levaram para o médico e depois repetiram o exame em outro laboratório, é importantíssimo procurar a Delegacia do Consumidor para comunicar esses fatos”, finalizou a delegada.
Operação
A Polícia Civil de Goiás realizou na manhã desta segunda-feira (29) a operação que investiga supostas fraudes nos exames. Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Goiânia, Senador Canedo e Nova América. A investigação começou após a Vigilância Sanitária ser acionada para verificar a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas unidades do laboratório investigado no Setor Coimbra, em Goiânia, e na cidade de Nova América. Já em Senador Canedo, o mandado foi cumprido na residência dos proprietários.
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DIÁRIO DO ESTADO
Governo aumenta público-alvo da vacinação contra HPV
Pacientes com papilomatose respiratória recorrente passaram a integrar os grupos prioritários para a vacinação contra o HPV. A inclusão, de acordo com o Ministério da Saúde, foi motivada por publicações que demonstram os benefícios da vacina como tratamento auxiliar para a doença, indicando redução no número e no espaçamento de recidivas em pacientes imunizados.
A vacina contra o HPV, no caso de pacientes com papilomatose respiratória recorrente, será ofertada mediante apresentação de prescrição médica. Para pacientes menores de 18 anos de idade, é necessário apresentar também um documento com o consentimento dos pais ou de responsáveis.
Doença
De acordo com a pasta, a papilomatose respiratória recorrente é uma doença pouco frequente, em geral benigna, mas que pode causar grave comprometimento clínico e psicológico nas pessoas afetadas. O quadro acomete tanto crianças como adultos.
Causada pela infecção pelo próprio HPV, sobretudo pelos tipos 6 e 11, a doença caracteriza-se pela formação de verrugas, geralmente na laringe, mas que podem se estender para outras partes do sistema respiratório.
O tratamento é cirúrgico, para remoção das verrugas das cordas vocais e da laringe. “Mesmo com uso concomitante de medicamentos que podem ser associados ao procedimento, as recorrências são frequentes, sendo necessários repetidos procedimentos cirúrgicos”, destacou o ministério.
“Nos quadros de pior evolução em crianças, as recidivas são mais agressivas e o prognóstico é pior. Dessa forma, o tratamento, na maioria das vezes, é extremamente custoso, doloroso e, muitas vezes, ineficaz”, diz a pasta.
Dose única
Desde fevereiro, a estratégia de vacinação contra o HPV no país passou a ser feita em dose única, substituindo o modelo de duas doses. A proposta, segundo a pasta, é intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus, inclusive a papilomatose respiratória recorrente.
O esquema dose única contra o HPV foi embasado por estudos de eficácia e segue as recomendações mais recentes feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Quem pode se vacinar
A imunização contra o HPV no Brasil, atualmente, é indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos de idade; vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham sido imunizadas previamente; pessoas que vivem com HIV; transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea; e pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.
Testagem
Em março, o ministério anunciou a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de um teste para detecção de HPV em mulheres classificado pela própria pasta como inovador. A tecnologia utiliza testagem molecular para a detecção do vírus e o rastreamento do câncer do colo do útero, além de permitir que a testagem seja feita apenas de 5 em 5 anos.
A forma atual de rastreio do HPV, feita por meio do exame conhecido popularmente como Papanicolau, precisa ser realizada a cada três anos. A incorporação do teste na rede pública passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que considerou a tecnologia mais precisa que a atualmente ofertada no SUS.
Infecção
O HPV é considerado atualmente a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. A estimativa do ministério é que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil todos os anos.
Apesar de se tratar de uma enfermidade que pode ser prevenida, o câncer de colo de útero segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres – sobretudo negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Brasil tem recorde de casos de Dengue em 2024
Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, o Brasil tem 4 milhões de casos (prováveis e confirmados) de dengue.
KAROLINE GUIMARÃES SANTANA
O Brasil tem quatro milhões de casos (prováveis e confirmados) de dengue em 2024. Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde atualizados nesta segunda-feira, 29, o país registrou 4.127.571 casos nos últimos meses, taxa inédita.
No momento, 1.937 mortes foram confirmadas desde janeiro e 2.345 seguem em investigação. Este é o maior número na história, tendo 2015 como ano mais aterrorizante, com 1.688.688 casos.
Casos de dengue - série histórica
2017 - 239.389
2018 - 262.594
2021 - 531.922
2014 - 589.107
2012 - 589.591
2011 - 739.370
2020 - 948.533
2010 - 1.011.548
2022 - 1.420.259
2013 - 1.454.871
2016 - 1.483.623
2019 - 1.545.462
2023 - 1.658.816
2015 - 1.688.688
O que é Dengue ?
É uma doença que provoca sintomas como febre, manchas vermelhas na pele e dor no corpo, causada por um vírus transmitido pela fêmea do Aedes aegypti.
Existem quatro sorotipos de dengue no território nacional, DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 mas somente Minas Gerais registrou, até o momento, a presença de todos. Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua vida, ela pode ser infectada com aos quatro diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposta a um determinado sorotipo, após intervalo da doença, ela passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico.
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A REDAÇÃO
Prefeitura de Aparecida de Goiânia inaugura nova maternidade municipal
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano, inaugura a nova maternidade municipal Maria da Cruz Gomes Santana, nesta qiunta-feia (2/5), às 8h30, na Rua 8-E, Qd. 45, Área 2, Setor Garavelo Residencial Park. Estarão presentes, além do prefeito, o governador Ronaldo Caiado, o vice-governador Daniel Vilela, o secretário municipal de Saúde Alessandro Magalhães, o ex-prefeito Gustavo Mendanha e de diversas autoridades.
Com 30 leitos em funcionamento, tem capacidade para 101 pessoas. O local tem as primeiras UTI’s neonatais públicas da cidade e funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, oferecendo atendimento emergencial e ambulatorial às gestantes da cidade via Sistema Único de Saúde (SUS).
A nova Maternidade Municipal é resultado da aquisição do Hospital Garavelo pela Prefeitura de Aparecida. A unidade, que recebeu o nome de Maria da Cruz Gomes Santana em homenagem a uma moradora da região, já está em funcionamento sob a gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e é 100% pública.
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FOCO NACIONAL
Grupo de Estudos da NR-32 do Sindhoesg debate a contaminação por KCP
A reunião de abril do Grupo de Estudos da NR-32 do Sindhoesg (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás) debateu o papel dos profissionais de saúde diante da Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), uma infecção hospitalar que acomete, principalmente, pacientes muito debilitados, imunodeprimidos e que passam muito tempo internados em leitos de UTI e com uso prolongado de antibióticos de amplo espectro.
A enfermeira e coordenadora do grupo, Luciene Paiva da Silva Potenciano, abordou potenciais riscos de contaminação por KCP e citou medidas preventivas, baseadas em orientações da Anvisa/MS e OMS.
Uma das medidas citadas foi a já conhecida higienização das mãos antes e após contato com o paciente, antes da realização de procedimentos invasivos, após risco de exposição a fluidos corporais e após contato com superfícies próximas ao paciente.
Ela também destacou a necessidade de reforço da higienização do ambiente, com a limpeza de camas, luminárias, objetos tocados durante o atendimento e outras superfícies com a quais o paciente venha a ter contato.
O isolamento de pacientes quando houver suspeita de contaminação e o uso racional de antibióticos foram outras das medidas de prevenção e controle citada no encontro que reuniu profissionais de enfermagem das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar das instituições filiadas.
Luciene Paiva também apresentou uma rica apresentação elaborada pelo biólogo e mestrando em Sustentabilidade (IFG), Daniel Paiva (@danielpaiva56), sobre a gestão de resíduos de saúde, que traz propostas que visam facilitar a rotina dos gestores. Conhecer o perfil epidemiológico da instituição, saber se a cidade tem aterro sanitário e se existe plano de trabalho definido no hospital para a gestão destes resíduos são alguns cuidados necessários destacados no material, que conta também com um vídeo muito esclarecedor.
Para conferir a apresentação completa, acesse o site do Sindhoesg: www.sindhoesg.org.br
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde coletivo terão aumento de 14% em terceiro ano de alta
Inteligência Artificial: a revolução na saúde digital e a nova realidade do Brasil
Principais práticas antiéticas, fraudes e ilegalidades na saúde
Repensar a sustentabilidade do setor de saúde além dos novos investimentos
Reforma tributária: governo propõe imposto menor para escolas, hospitais privados e medicamentos
ESTADÃO
Planos de saúde coletivo terão aumento de 14% em terceiro ano de alta
Os planos de saúde coletivos terão reajuste de dois dígitos neste ano, de acordo com relatório da XP Investimentos com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O aumento médio foi de 15% no período entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024
De acordo com o levantamento, os reajustes se mantêm nesse patamar pelo terceiro ano seguido. Em 2023, a alta média nos preços de planos coletivos foi de 14,38%; em 2022, os reajustes oscilaram na casa de 11,54%.
Dados da ANS registram 50,9 milhões de beneficiários no mercado, com 88,6% deles nos planos coletivos, sejam empresariais e por adesão, quando vinculados a uma entidade de classe ou administradora de benefícios. Os reajustes dos planos individuais e familiares são limitados pela agência, que fixa um teto.
Na lista de maiores grupos, o levantamento cita SulAmérica, Bradesco Saúde e Amil como os responsáveis pelas maiores taxas, superiores a 20%.
De acordo o levantamento, o mercado tem sido pressionado por aumentos de preços acima de 15% desde meados de 2023. Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro pressionam os números para cima, com reajustes na casa de 20% nos últimos meses.
A expectativa dos especialistas responsáveis pelo relatório é de que "as precificações mais agressivas continuem ocorrendo por pelo menos mais um ano no mercado de planos de saúde".
Entre os fatores que justificam a alta estão o aumento das despesas dos planos de saúde, com a retomada de atendimentos que haviam sido interrompidos durante a pandemia da covid-19, inflação de custos e incorporação de novas tecnologias.
O mercado de planos odontológico possui uma dinâmica distinta. Os aumentos de preços permanecem no nível de um dígito.
"As empresas que oferecem planos odontológicos juntamente com planos de saúde, como Hapvida, SULA e Amil, estão no limite superior dos aumentos de preços, enquanto a Odontoprev - que é uma operadora puramente de planos odontológicos - permanece no limite inferior", diz outro trecho do documento.
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SAÚDE BUSINESS
Inteligência Artificial: a revolução na saúde digital e a nova realidade do Brasil
A inteligência artificial impulsiona inovações na saúde digital e no recrutamento para estudos clínicos, mas é preciso garantir aplicação ética e segura.
Em um mundo interconectado e de ritmo acelerado, a humanidade tem sido a força por trás do avanço tecnológico. Visando uma maior eficiência, inovações emergem a cada momento, transformando rapidamente tecnologias revolucionárias em obsoletas.
A inteligência artificial (IA), com sua capacidade de emular alguns pensamentos humanos, desempenha um papel crucial nessa evolução, possibilitando que máquinas realizem tarefas anteriormente exclusivamente dependentes de intervenção humana.
No campo da saúde digital, a IA desempenha um papel revolucionário. Ela impulsiona sistemas de alto valor, aprimorando o cuidado e a experiência do paciente, ao mesmo tempo em que reduz os custos para os gestores. Essa tecnologia é essencial nas conversas sobre o futuro da saúde, e é essencial que esteja ativa em diversas áreas, desde o atendimento clínico até a pesquisa e desenvolvimento de novos fármacos e equipamentos.
No Brasil, a IA transcende o status de mera promessa e se tornou uma realidade tangível, com 41% das empresas nacionais já integrando recursos de IA em seus processos operacionais, conforme indica um estudo da IBM.
Diante deste cenário, empresas de variados segmentos, incluindo gigantes da tecnologia, marcas de varejo de prestígio e o próprio setor médico, estão adotando essa tecnologia emergente para melhorar a qualidade de seus serviços.
Sinergia
A aplicação de análise de dados, aprendizado de máquina e modelos estatísticos, em sinergia com a IA, podem ser um método eficiente para “prever o futuro”, capacitando as organizações de saúde a anteciparem soluções e respostas aos desafios diagnósticos. Dessa forma, a ferramenta tem o potencial de antever tendências e comportamentos futuros baseando-se em padrões históricos.
Nessa situação, a IA é valiosa no processo de triagem inicial de voluntários para estudos clínicos, permitindo a correlação de informações de prontuários médicos com os dados relevantes para a pesquisa. Encontrar pacientes que correspondam a um perfil específico em tempo hábil é um desafio considerável, e a tecnologia pode ser uma aliada valiosa para otimizar esse processo e facilitar a identificação do perfil apropriado.
A eficácia de estudos clínicos depende crucialmente da obtenção de um número adequado de voluntários que preencham os critérios pré-definidos. Esta etapa é essencial para o alicerce das pesquisas científicas. O processo de recrutamento, que consiste na identificação e inscrição de candidatos qualificados e dispostos a participar do estudo, representa um desafio significativo e demanda extensos recursos.
Ou seja, a inteligência artificial desponta como um atributo promissor para superar esses obstáculos. O principal benefício advindo da adoção desta tecnologia é o aprimoramento da experiência dos participantes. Com a minimização da necessidade de deslocamentos e a otimização do tempo investido, os voluntários têm à disposição instrumentos tecnológicos para o monitoramento de sintomas e uma comunicação mais eficaz com a equipe de pesquisa.
Essas inovações são de suma importância para aumentar o número de pessoas interessadas em contribuir com pesquisas, aumentando assim as chances de sucesso. Portanto, é essencial recrutar um número suficiente de participantes para garantir o poder estatístico necessário para detectar um efeito genuíno da intervenção ou tratamento em questão, representando de forma precisa, o público-alvo.
Embora encontrar voluntários que atendam aos requisitos possa ter consequências financeiras significativas, os atrasos decorrentes das dificuldades de recrutamento representam um obstáculo ainda maior. Essas demoras podem - consideravelmente - adiar a disponibilização de novas descobertas e avanços na área da saúde.
Solução
Plataformas e aplicativos são tecnologias fundamentais para um recrutamento assertivo de voluntários para estudos clínicos. Utilizando chatbots com AI, essas plataformas captam candidatos nas redes sociais, onde a ferramenta interage, coletam dados relevantes e direcionam os interessados para os centros de pesquisa.
Essa metodologia automatizada não só acelera o recrutamento, mas também enriquece a experiência dos voluntários ao minimizar deslocamentos e simplificar o registro de sintomas.
A função principal dessas plataformas é identificar estudos clínicos que se alinhem com o perfil dos voluntários e, assim, compartilhar suas informações com os centros de pesquisa encarregados dos estudos. Os interessados podem se inscrever preenchendo um formulário de cadastro. A equipe da plataforma, então, procura por estudos que correspondam à condição clínica dos candidatos. Ao localizar uma pesquisa compatível, a plataforma promove a conexão entre o voluntário e a equipe de pesquisadores, para dar continuidade ao processo.
O sucesso de um estudo clínico está fortemente ligado à captação de um número suficiente de voluntários que atendam aos critérios estabelecidos, tornando essa captação um pilar fundamental nas investigações científicas. O recrutamento, que envolve a identificação e o registro de indivíduos qualificados dispostos a participar da pesquisa, é um desafio que requer uma quantidade significativa de recursos.
Para que os resultados sejam válidos e aplicáveis, é necessário que a pesquisa conte com uma população de tamanho específico que represente adequadamente o grupo demográfico de interesse. Isso é crucial para que os resultados possam ser generalizados para uma população maior. Dessa forma, o estudo será capaz de identificar um efeito verdadeiro de um tratamento ou intervenção específica.
Ética no uso da IA
Assim como qualquer tecnologia emergente, a IA tem um potencial imenso para melhorar a vida de milhões de pessoas globalmente. No entanto, é crucial utilizá-la com cautela para evitar possíveis prejuízos. Encontrar o equilíbrio delicado entre aproveitar seus benefícios e mitigar riscos é fundamental.
A consolidação de informações destaca o papel cada vez mais vital da saúde digital e da inteligência artificial no aprimoramento dos sistemas de saúde. Contudo, é essencial assegurar que a ética, segurança de dados e os direitos humanos estejam integrados ao núcleo do desenvolvimento, implementação e aplicação da IA.
*Juliana Mauri é CEO e cofundadora da LifeTime. Com mais de 15 anos de experiência em pesquisa clínica, é formada em Biomedicina e pós-graduada em Administração Hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo. É especialista em Pesquisa Clínica e Saúde, pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e em Princípios e Prática de Pesquisa Clínica, pela Universidade de Harvard - School of Public Health (EUA). Além de CEO da LifeTime, Juliana também é Gerente do Núcleo de Pesquisa Clínica e Ensino do IBCC Oncologia e da Rede de Hospitais São Camilo SP, além de Membro da Comissão dos Centros de Pesquisa da Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica (SBPPC).
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MEDICINA S/A
Principais práticas antiéticas, fraudes e ilegalidades na saúde
Estudo analisou canais de denúncias, informações extraídas de prestações de contas, relatos formais e informais de profissionais da saúde e pacientes.
As 25 atitudes oportunistas no mercado da saúde mais identificadas pelo Instituto Ética Saúde (IES) foram tabuladas em um estudo inédito da entidade, de acordo com o grau de prejudicialidade e de frequência no setor da saúde.
As práticas antiéticas, fraudes e ilegalidades mais frequentes nos oito anos mapeados foram: pagamento de propinas a profissionais de saúde vinculados à indicação de produtos; pagamento de despesas profissionais de saúde em eventos de terceiros; patrocínio indevido de eventos de terceiros; presentes e brindes sem cunho científico em troca de indicação de produtos; informalidade nas remessas de comodato e consignação de produtos e equipamentos médicos.
Foram consideradas mais prejudiciais, ou seja, com alto impacto a curto, médio e longo prazos na cadeia econômica do setor saúde, incluindo riscos à segurança do paciente: pagamentos de propinas a profissionais de saúde, disfarçados de descontos financeiros; profissionais médicos praticando atos mercantilistas vedados pelos órgãos reguladores; empresas sem CNAE do setor de saúde comercializando dispositivos médicos – covid-19 (flexibilização da pandemia pelo governo); pagamento inadequado de materiais cirúrgicos, com incentivo à reesterilização de produtos de uso único; fraudes em cobranças de material utilizado – troca de material efetivamente comercializado; falsificação de produtos cirúrgicos; fraudes em registros de materiais – produtos sem registro da Anvisa; fraudes em concessão de leitos do SUS – covid-19.
Filipe Venturini Signorelli, diretor executivo do Instituto Ética Saúde, explica que o estudo tem o objetivo de disseminar conhecimento sobre as más práticas para profissionais do setor, terceiros interessados (que atuam indiretamente no setor da saúde) e pacientes, com a natureza primária de sensibilização e educação. “Precisamos fomentar as denúncias e informações para aqueles que podem agir de forma preventiva e coercitiva no combate a tais práticas nocivas à sustentabilidade da saúde. É preciso uma atuação conjunta, via Instituto e órgãos estatais reguladores, para maior imputação e apuração das responsabilidades, além da identificação dos infratores e de eventuais punições”.
O estudo informa como as práticas prejudiciais ao setor são executadas por profissionais oportunistas. “São pessoas mal-intencionadas, antiéticas, corruptas, ou seja, criminosas e desprovidas de caráter e compromisso real com a sustentabilidade econômica do setor e com a vida do paciente. Muitas dessas práticas não são crimes tipificados pela lei, mas configuram condutas claramente prejudiciais, e isso é ponto pacífico, o diálogo ético e a responsabilidade social são urgentes para que o setor não seja sufocado pelo custo excessivo”, finaliza o diretor executivo.
O levantamento completo pode ser acessado em www.eticasaude.org.br
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Repensar a sustentabilidade do setor de saúde além dos novos investimentos
É cada vez mais urgente e imperativa a busca por soluções que promovam a sustentabilidade do sistema de saúde. Enquanto muitos discutem os avanços tecnológicos como o principal caminho para alcançar essa meta, é crucial reconhecer que uma reorganização estratégica do setor faz-se necessária. Mas como? A resposta pode ser simples: usando todos os elos da cadeia.
Sabemos que o cenário da saúde é complexo e todas as instituições atravessam o desafio de fazer mais com menos e equilibrar custo-efetividade. Por outro lado, existe uma questão óbvia de custo na saúde suplementar, que enfrenta cada vez mais problemas com a tal da sinistralidade e com o gasto excessivo dos segurados.
Inevitável, desta forma, um acúmulo de resultados operacionais negativos, que vêm ocorrendo desde 2021. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) tem enfatizado que o prejuízo operacional acumulado nos últimos três anos foi de cerca R$ 20 bilhões, considerando que para 2023 é estimado um novo déficit de cerca de R$ 10 bilhões, como no ano anterior.
Boa parte desse entrave está relacionado ao envelhecimento populacional. A maior velocidade de envelhecimento em todo mundo ocorre no Brasil e isso impacta muito no custo da saúde, uma vez que os idosos adoecem mais e necessitam de mais recursos.
Segundo dados do último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a idade média da população brasileira aumentou seis anos desde 2010 e atingiu os 35 anos em 2022. O índice de envelhecimento chegou a 55,2 em 2022, indicando que há 55,2 pessoas com 65 anos ou mais de idade para cada 100 crianças de 0 a 14 anos. E, ao mesmo tempo, o que vemos é uma diminuição da população em idade produtiva, que é quem custeia os planos de saúde. Esse sistema do mutualismo funciona, sim.
Além disso, temos a incorporação tecnológica que na medicina é importante e se consolida em velocidade acelerada. Vemos novas técnicas de diagnóstico, de intervenção, equipamentos e que, em um primeiro momento, gera um aumento de custos para o sistema, apesar de sabermos que lá na frente poderá reverter-se em benefícios extremamente relevantes. No entanto, é também preciso olhar para o hoje e para o que não requer investimento adicional.
Ou seja, esses fatores tornam mandatório que o sistema de saúde busque novas formas de se autofinanciar e novas abordagens que sejam mais inteligentes, mais racionais, modernas e que forneçam uma solução que seja viável de ser paga. Mesmo porque, todo esse cenário acaba resvalando e descarregando no colo dos usuários que recebem os reajustes sempre acima da inflação. Se podemos dizer algo, é que não está bom para nenhum desses elos da cadeia.
Os hospitais e clínicas de transição se encaixam muito bem nesse cenário. Graças à sua proposta assistencial diferenciada, representam importantes atores com muito a contribuir para a sustentabilidade do setor em sua totalidade. Oferecendo opções de cuidados para um determinado tipo de paciente e, além de trazer mais qualidade para o atendimento, são uma alternativa de custo mais acessível para a operadora. É mais do que evidente e está mais do que na hora, que este segmento cresça e integre de maneira mais ampla a cadeia de assistência à saúde. E isso só aumenta a nossa responsabilidade.
Nesse panorama, existe uma explicação. Se olharmos a plataforma de serviços de saúde, desde a medicina preventiva até o home care ou cuidados finais de vida, o paciente vai percorrendo uma trajetória de muitos locais de paradas, sendo um deles, podemos dizer, os hospitais de transição. Embora muitas pessoas não precisem utilizá-los depois da hospitalização, há muitos pacientes que não devem mais ficar internados em um hospital geral de alta complexidade, mas precisam de uma alternativa de atendimento antes de ir para casa.
A grande barreira ainda para que isso aconteça talvez esteja no desconhecimento sobre de que forma o setor de transição pode ajudar nesse percurso do paciente. O mercado de saúde como um todo apresenta uma certa ignorância do que fazemos. E isso vem de todas as partes. Não adianta também, por exemplo, termos a operadora como parceira se o médico não encaminhar o indivíduo para nós. É ele quem faz o relatório e esse encaminhamento.
Por outro lado, embora com as operadoras tenhamos, de certa forma, superado positivamente essa fase de entendimento, ainda existe uma gestão do fluxo interno e do gerenciamento do seu paciente para ter mais agilidade na tomada de decisões. Ou seja, melhorar os processos e definir quando o paciente deve ir para a transição.
Podemos dizer que, nesse caso, o desconhecimento é a respeito de como faz, afinal muitos hospitais quiçá têm um setor de desospitalização para avaliar se a alta está pertinente. Não dispõem de grupo que faça o contato com o auditor de saúde e defina os próximos passos. Essa falta de articulação e comunicação entre hospital e operadora também dificulta muito.
O que enxergo é que, além de uma maneira mais incisiva e direta e um instrumento de classificação desse paciente – a chamada tabela de elegibilidade – no qual, nós como entidade representativa estamos trabalhando neste momento, falta alinhamento e proximidade entre os elos. Precisamos disso para evoluir.
Acredito que a medida que ele seja criado e colocado em prática, será possível melhorar esse fluxo de pacientes para as unidades de transição. A culpa não é de ninguém. Somos parceiros e estamos juntos no mercado de saúde para garantir que o paciente tenha o melhor desfecho clínico e a saúde seja mais sustentável. Nossa missão é comum: oferecer o melhor atendimento, no melhor local para o paciente, que é quem importa e deve estar no centro. Daí a importância de já utilizar os meios disponíveis para alcançar a tão necessária sustentabilidade.
*Frederico Berardo é presidente da Associação Brasileira de Hospitais e Clínicas de Transição (ABRAHCT).
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PORTA G1
Reforma tributária: governo propõe imposto menor para escolas, hospitais privados e medicamentos
Proposta está em projeto de lei que regulamenta a reforma tributária. Governo busca terminar regulamentação será feita entre 2024 e 2025 para ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de impostos não cumulativos.
A área econômica divulgou nesta quarta-feira (24) sua proposta de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo -- aprovada e promulgada no fim do ano passado -- e propôs que serviços ligados a escolas e hospitais particulares tenham um desconto de 60% no imposto pago.
Também propôs que uma lista de 850 medicamentos tenham imposto reduzido, com abatimento de 60% no imposto pago -- como da tadalafila (que ajuda a aumentar o fluxo de sangue no pênis e pode auxiliar homens a manter uma ereção).
Enquanto, para outros 383 medicamentos, como vacinas contra Covid-19, dengue e febre amarela, por exemplo, a proposta é que sejam isentos.
Se aprovada a proposta, no caso dos serviços de saúde e educação particulares beneficiados, terão alíquota reduzida (40% do valor pago na chamada alíquota geral, que é paga pelos produtos e serviços não beneficiados). Com isso, o governo busca evitar que haja aumento nos preços.
Por estarem no setor de serviços, na ponta (prestação direta para os contratantes e intensos em mão de obra), o setor entende que isso poderia ser repassado aos consumidores, elevando o preços de serviços de saúde (hospitais e laboratórios), assim como as escolas e universidades particulares, entre outros.
- O setor de serviços, que tem menos abatimentos do que a indústria, principalmente se estiver na prestação direta ao consumidor (ponta final da cadeia), alega que os novos impostos incidirão sobre 100% das despesas com folha de pagamento.
- Por isso, a Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC) propõe que sejam oferecidos descontos nos impostos para empresas que geram mais postos de trabalho.
- A alíquota geral que será paga pelos setores sem benefício, segundo estimativas do governo, pode chegar a 27% -- uma das maiores do mundo.
- A alíquota final dos impostos, porém, só será conhecida nos próximos anos -- após a realização de um período de testes para "calibrar" o valor -- necessário para manter a carga tributária atual.
Nesta semana, o secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, observou que a PEC aprovada já continha benefícios para saúde e educação privada, e negou que todo o setor de serviços terá alta de tributos.
Segundo ele, quem está no "meio da cadeia", consumindo insumos para a venda de produtos acabados a outras empresas, por exemplo, de produção poderá abater os tributos pagos em momentos anteriores -- o que não acontece atualmente.
"Se o setor de serviços está no meio da cadeia, serviço prestado à empresas, ele com certeza absoluta vai ser beneficiado. Hoje pode até pagar ISS, mas não está pegando crédito. Por exemplo, energia elétrica. No novo modelo, vai recuperar 100% do crédito e vai transferir 100% para a etapa seguinte. O efeito final é que ele está reduzindo o custo líquido", avaliou Appy, durante evento na Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).
- A proposta também contempla uma lista de dispositivos médicos, como cateteres e sondas, entre outros, com alíquota reduzida dos impostos sobre o consumo, assim como dispositivos de acessibilidade para pessoas com deficiência.
- O governo e estados também propuseram que uma lista de insumos agrícolas e aquícolas tenha imposto reduzido.
Veja os serviços de saúde e educação com alíquota reduzida, pela proposta
- Ensino Infantil, inclusive creche e pré-escola
- Ensino Fundamental
- Ensino Médio
- Ensino Técnico de Nível Médio
- Ensino para jovens e adultos destinado àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria
- Ensino Superior, compreendendo os cursos e programas de graduação, pós-graduação, de extensão e cursos sequenciais
- Ensino de sistemas linguísticos de natureza visual-motora e de escrita tátil
- Ensino de línguas nativas de povos originários
- Educação especial destinada a portadores de deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, de modo isolado ou agregado a qualquer das etapas de educação
- Serviços cirúrgicos
- Serviços ginecológicos e obstétricos
- Serviços psiquiátricos
- Serviços prestados em Unidades de Terapia Intensiva
- Serviços de atendimento de urgência
- Serviços hospitalares não classificados em subposições anteriores
- Serviços de clínica médica
- Serviços médicos especializados
- Serviços odontológicos
- Serviços de enfermagem
- Serviços de fisioterapia
- Serviços laboratoriais
- Serviços de diagnóstico por imagem
- Serviços de bancos de material biológico humano
- Serviços de ambulância
- Serviços de assistência ao parto e pós-parto
- Serviços de psicologia
- Serviços de vigilância sanitária
- Serviços de epidemiologia
- Serviços de vacinação
- Serviços de fonoaudiologia
- Serviços de nutrição
- Serviços de optometria
- Serviços de instrumentação cirúrgica
- Serviços de biomedicina
- Serviços farmacêuticos
- Serviços de cuidado e assistência a idosos e pessoas com deficiência em unidades de acolhimento
Veja os serviços de produções nacionais, artísticas, culturais, de eventos, jornalísticas a audiovisuais com alíquota reduzida, pela proposta
- Serviços de produção de programas de televisão, videoteipes e filmes
- Serviços de produção de programas de rádio
- Serviços de agências de notícias para jornais e periódicos
- Serviços de agências de notícias para mídia audiovisual
- Serviços de produção audiovisual, de apoio e relacionados não classificados em subposições anteriores
- Serviços de organização e promoção de atuações artísticas ao vivo
- Serviços de produção e apresentação de atuações artísticas ao vivo
- Serviços de atuação artística
- Serviços de autores, compositores, escultores, pintores e outros artistas, exceto os de atuação artística
- Serviços de museus
- Serviços de assistência e organização de convenções, feiras de negócios, exposições e outros eventos
- Licenciamento de direitos de obras literárias
- Licenciamento de direitos de autor de obras cinematográficas
- Licenciamento de direitos de autor de obras jornalísticas
- Licenciamento de direitos conexos de artistas intérpretes ou executantes em obras audiovisuais
- Licenciamento de direitos conexos de produtores de obras audiovisuais
- Licenciamento de direitos de obras audiovisuais destinadas à televisão
- Licenciamento de direitos de obras musicais e fonogramas
- Cessão temporária de direitos de obras literárias
- Cessão temporária de direitos de autor de obras cinematográficas
- Cessão temporária de direitos de autor de obras jornalísticas
- Cessão temporária de direitos conexos de artistas intérpretes ou executantes em obras audiovisuais
- Cessão temporária de direitos conexos de produtores de obras audiovisuais
- Cessão temporária de direitos de obras audiovisuais destinadas à televisão
- Cessão temporária de direitos de obras musicais e fonogramas
Governo detalha regras para a implantação da reforma tributária; texto está no Congresso
Regulamentação
Pontos importantes, como o fim da cumulatividade, a cobrança dos impostos no destino, simplificação e fim de distorções na economia (como passeio de notas fiscais e do imposto cobrado "por dentro") já foram assegurados na PEC da reforma tributária -- aprovada e promulgada no fim do ano passado pelo Legislativo.
Entretanto, vários temas sensíveis ficaram para o ano de 2024, pois o texto da PEC indica a necessidade de regulamentação de alguns assuntos por meio de projetos de lei. É o que o governo começou a enviar ao Legislativo nesta semana.
Esse primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária possui cerca de 300 páginas, 500 artigos e vários anexos. Além disso, também traz oito páginas tratando apenas da revogação de regras atuais que serão extintas no futuro.
Além desse projeto, disse ele, haverá outros dois:
- um sobre a transição na distribuição da receita (para os estados e municípios) e com questões relativas a contencioso administrativo;
- um para tratar das transferências de recursos aos fundos de desenvolvimento regional e de compensações de perdas dos estados.
O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) --- com cobrança não cumulativa.
Reforma tributária
Pela proposta de emenda à Constituição (PEC), cinco tributos serão substituídos por dois Impostos sobre Valor Agregado (IVAs) — com legislação única, sendo um gerenciado pela União e outro com gestão compartilhada entre estados e municípios:
▶️ Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): com gestão federal, vai unificar IPI, PIS e Cofins;
▶️ Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): com gestão compartilhada estados e municípios, unificará ICMS (estadual) e ISS (municipal).
▶️ Além da CBS federal e do IBS estadual e municipal, será cobrado um imposto seletivo (sobre produtos nocivos à saúde) e um IPI sobre produtos produzidos pela Zona Franca de Manaus -- mas fora da região com benefício fiscal.
Estimativas apontam que os futuros impostos sobre o consumo, para manter a atual carga tributária - considerada elevada -, somariam cerca de 27% - e estariam entre os maiores do mundo.
A alíquota final dos impostos, porém, só será conhecida nos próximos anos -- após a realização de um período de testes para "calibrar" a alíquota.
Impacto na economia, valor agregado e cobrança no destino
O governo espera que, com a simplificação tributária, haja um aumento de produtividade e, consequentemente, redução de custos para consumidores e produtores, estimulando a economia.
Analistas e o governo estimam que a reforma tributária sobre o consumo tem potencial para elevar o PIB potencial do Brasil em no mínimo 10% nas próximas décadas.
- Com a implementação do IVA, os tributos passariam a ser não cumulativos. Isso significa que, ao longo da cadeia de produção, os impostos seriam pagos uma só vez por todos os participantes do processo.
- Atualmente, cada etapa da cadeia paga os impostos individualmente, e eles vão se acumulando até o consumidor final.
- Com o IVA, as empresas poderiam abater, no recolhimento do imposto, o valor pago anteriormente na cadeia produtiva. Só recolheriam o imposto incidente sobre o valor agregado ao produto final.
- Outra mudança é que o tributo sobre o consumo (IVA) seria cobrado no "destino", ou seja, no local onde os produtos são consumidos, e não mais onde eles são produzidos. Há um período de transição de cerca de 50 anos da cobrança na origem para o destino.
- Isso contribuiria para combater a chamada "guerra fiscal", nome dado a disputa entre os estados para que empresas se instalem em seus territórios. Para isso, intensificam a concessão de benefícios fiscais.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Ex-governador José Eliton vira réu por irregularidades em contratação de OS
'Se eu parar, viro pó', diz Jorge Moll, fundador da Rede D'Or
26|04 - Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial: O Efeito do Avental Branco e novas diretrizes de controle
TV ANHANGUERA
Ex-governador José Eliton vira réu por irregularidades em contratação de OS
https://globoplay.globo.com/v/12549074/
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O GLOBO
'Se eu parar, viro pó', diz Jorge Moll, fundador da Rede D'Or
Em entrevista ao GLOBO, o médico e empresário Jorge Moll Filho fala do primeiro centro de transplantes e cirurgias complexas do país que será inaugurado em São Paulo
Em dois meses, a medicina do país vai sofrer uma movimentação extraordinária com a chegada do primeiro centro de transplantes e cirurgias de alta complexidade. Sediado em São Paulo, mas com equipes que terão braços no Rio, o complexo é a mais nova criação de Jorge Moll, fundador do maior grupo de hospitais privados do Brasil, a Rede D'Or. E como tudo que sai da mente de Moll, o projeto é ambicioso.
A começar por dois brasileiros há anos radicados nos Estados Unidos para comandar as cirurgias. Rodrigo Vianna, cirurgião de fígado, diretor do Miami Transplant Institute (MTI), e o especialista em transplante de pulmão, Tiago Machuca, diretor do centro pulmonar da mesma instituição. O MTI é hoje o centro com maior número de transplantes dos EUA.
Vianna conduzirá também no Brasil a delicadíssima cirurgia multivisceral (transplante de órgãos em bloco). No Miami Transplant Institute, o médico realizou o feito de transplantar simultaneamente o fígado, pâncreas, intestino, cólon, baço, estômago e dois rins.
- Foram cinco anos de negociação, diz Moll ao se referir à vinda recém-consolidada de Rodrigo Vianna.
A seguir, os principais trechos da entrevista com Moll.
O senhor está trazendo dos Estados Unidos um nome de peso mundial na área de transplantes, qual é sua ambição com ele nos seus hospitais? Tento trazer o Rodrigo Vianna (cirurgião de fígado) há uns cinco anos, desde que tive a ideia de criar o centro de transplantes e de cirurgias de alta complexidade. Em tom de brincadeira, digo que ele me enrolou por esses anos todos. Mas há poucos dias apertamos as mãos. Ele chega agora, no fim de 2024. O Rodrigo montou a estrutura do Miami Transplant Institute, uma instituição que reúne quase mil leitos. Ele faz em média 700 cirurgias de fígado por ano. Além disso é mestre na cirurgia multivisceral (transplante de órgãos em bloco), que é delicadíssima. Ele já transplantou simultaneamente o fígado, pâncreas, intestino, cólon, baço, estômago e dois rins. Isso é para poucos.
Como o centro de alta complexidade vai funcionar? O centro vai ter a base em São Paulo e será inaugurado oficialmente no meio deste ano. Ocupará duas torres hospitalares. No total serão cerca de 250 leitos. Mas as equipes vão fazer cirurgias nas unidades que tiverem condições de fazer transplante no país. No Copa Star, no Rio, já começamos a operar. A exceção é para o transplante multivisceral, que será só em São Paulo. O procedimentos serão realizados por convênios. Temos no futuro a ideia de realizar transplantes pelo SUS no Hospital Santa Isabel, que fica junto a Santa Casa de Misericórdia em São Paulo.
O transplante de fígado será o carro-chefe? Teremos um bom espaço para o transplante de pulmão, um dos mais difíceis que existem. O multiviscecal, para você ter ideia, se der errado, o paciente pode ser mantido vivo. O de pulmão, se não der certo, o paciente morre. Trouxemos para comandar as cirurgias torácicas o Tiago Machuca, outro craque. Quando o Rodrigo Vianna me falou dele, em 2021, peguei o avião e fui ver seu trabalho, na Universidade de Gainesville, nos Estados Unidos. Isso foi em plena pandemia. O Machuca chegou a fazer 100 transplantes de pulmão naquele ano, a maioria de casos gravíssimos de Covid, com mortalidade próximo de zero. Depois de Gainesville ele ficou um tempo no Miami Transplant Institute, onde revolucionou o setor de cirurgia pulmonar, levando pessoas de outros países para lá. O Machuca chega ao Brasil no meio do ano, mas já coordenou alguns transplantes no Copa Star, no Rio e com grande sucesso. Começamos pelo Copa Star para ganharmos fôlego, experiência. Em São Paulo tem que ser bala de prata para eu não levar tiro
O Brasil tem grandes nomes no transplante, por que o senhor foi buscar médicos fora do país? Há ótimos profissionais no Brasil, mas precisava de algo a mais. Precisava de um líder que formasse uma forte e complexa estrutura e equipe, como foi com o Paulo Hoff (o médico saiu do Hospital Sírio-Libanês em 2017 para assumir a oncologia da Rede D'Or). O Paulo englobou toda a oncologia dos hospitais nos 13 estados do país em que estamos hoje, além do Distrito Federal, e ganhamos uma qualidade na área indiscutível. Queria a mesma coisa com os transplantes e em cirurgias de alta complexidade. A experiência do Rodrigo e do Machuca não se limita ao volume de operações, mas engloba a formação de pessoas e a credibilidade. Ambos gostam muito de trabalhar com brasileiros e sempre deram abertura para isso.
Qual a sua opinião sobre o Sistema de Transplantes do Brasil? Perdemos muitos órgãos e não por falta de treinamento ou por incompetência do profissional. Há falta de disponibilidade de médicos e de assistentes. Tem que haver equipes sempre prontas a qualquer momento. O órgão não espera. Precisamos também de profissionais que estejam atentos a possíveis casos de doadores, receptores, cirurgias de máxima complexidade e se comuniquem. Sem falsa modéstia, consigo fazer isso pela extensa rede dos meus hospitais. Nossa capilaridade é enorme, só em São Paulo são 26 hospitais, o que se traduz em 5 mil leitos. Nossos funcionários, e não só os líderes, mas os profissionais dos ambulatórios, estão sendo treinados para isso.
O centro fará experimentos com transplantes de animais? O Rodrigo tem projetos com xenotransplante com o fígado. Haverá a oportunidade um dia, mas agora não quero ser pioneiro nisso. Ainda é muito inicial.
Quanto o senhor investiu nesse projeto todo? O preço é incalculável.
Alguém já lhe falou para parar e sossegar um pouco do trabalho? Se eu parar, viro pó. Em 2019, quando fiz o Hospital Vila Star em São Paulo, um dos meus grandes desafios nesses anos todos, e vi que deu certo, relaxei e pensei: agora vou dar o próximo passo. Aí veio a ideia do centro de complexidade. Neste momento já estou com mais um grande passo se formatando em mente. São Paulo é o centro do Brasil na medicina e isso me move muito.
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FOLHA DO PLANALTO
26|04 - Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial: O Efeito do Avental Branco e novas diretrizes de controle
Você já ouviu falar em Efeito do Avental Branco? Talvez, não, mas já pode ter sentido seus sintomas. Ele acontece quando o paciente tem uma elevação pontual da pressão arterial por estar no consultório, diante do médico, ou apenas por ver o aparelho de aferição.
Esse aumento momentâneo da pressão não deve ser confundido com hipertensão, mas pode ser um sinal de alerta. E os médicos aproveitam o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado nesta sexta-feira, 26 de abril, para chamar a atenção da população para os cuidados com a hipertensão.
O problema acontece quando a pressão arterial iguala ou supera a frequência 140 por 90, o famoso 14 por 9. Por trás destes números está uma série de complicações silenciosas, que nem sempre apresentam sintomas, mas que podem comprometer órgãos, como os rins, coração e cérebro, causando mais de 300 mil mortes por ano no Brasil.
“Essa é uma doença extremante prevalente no Brasil e no mundo, afetando por volta de 1/3 da população mundial, e é responsável por grande parte das doenças cardiovasculares, sobretudo infarto, Acidente Vascular Cerebral, derrames, e doenças renais, afirma o cardiologista Leonardo Sara (CRM/GO 12480/ RQE 7780), da equipe CDI Premium e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia-Regional Goiás.
Ele ressalta também que a hipertensão é um dos principais fatores de risco modificáveis para essas doenças, daí a importância da prevenção da pressão alta, com a mudança de hábitos de vida nocivos e consultas regulares com o cardiologista, principalmente a partir dos 35 anos de idade.
Ação educativa
Para orientar os goianienses sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento da hipertensão, esse sério problema de saúde pública que atinge três em cada dez adultos, o CDI Premium e a Sociedade Brasileira de Cardiologia – Regional Goiás vão promover uma grande ação social nesta sexta-feira, 26, das 8 às 18 horas, com atendimento gratuito na Avenida Portugal, número 496, Setor Oeste.
Sócia-fundadora e diretora do CDI PREMIUM, a cardiologista Colandy Nunes Dourado (CRM/GO 7210 / RQE 2198), explica que na Tenda da Saúde do CDI Premium, o público contará com orientações sobre a doença, aferição de pressão e glicemia e esclarecimentos para os corretos cuidados com a saúde para prevenir a hipertensão. Esses cuidados incluem alimentação saudável, com pouco sódio e sal; nada de fumo ou excesso de bebida alcoólica; controle do estresse e de doenças, como diabetes e hipertireoidismo.
Diretrizes
Na semana passada, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou novas diretrizes para a aferição da pressão arterial, que vão além da medida feita em consultório.
A Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) e a Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) e Automedida da Pressão Arterial (AMPA) são as principais metodologias para se monitorar a pressão arterial fora do consultório médico. De acordo com a SBC, essas técnicas ajudam na elaboração de um diagnóstico mais preciso e assertivo para identificar os casos de hipertensão.
O uso de aparelhos domésticos para o monitoramento frequente da pressão arterial é citado com um bom aliado no controle da hipertensão e incorporado como rotina nas diretrizes de monitorização. Mas, não basta acoplar o aparelho ao braço e acioná-lo. Alguns cuidados precisam ser seguidos para que o resultado da aferição não seja afetado. Confira:
Escolha um ambiente calmo.
Fique sempre com as costas apoiadas, pernas descruzadas e os pés encostados no chão.
Nada de praticar exercícios físicos até uma hora e meia antes da medição.
Não tome café nos 30 minutos que antecedem a aferição.
Esteja com a bexiga vazia.
Posicione o braço sempre na altura do coração e deixe a palma da mão virada para cima.
O aparelho de medição deve ficar mais ou menos dois a três centímetros acima da dobra do braço.
Não faça movimentos bruscos na hora da medição.
O recomendado é de duas a três medições seguidas, com intervalo de um minuto entre elas. O ideal também é medir pelo menos de manhã e à noite, para ter horários distintos, porque a pressão também pode mudar de acordo com o horário.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Artigo - Saúde baseada em valor: o custo e a qualidade do tratamento
Artigo - Vazio assistencial: como a telemedicina ocupa cada vez mais espaços na saúde digital?
MEDICINA S/A
Artigo - Saúde baseada em valor: o custo e a qualidade do tratamento
A saúde baseada em valor (SBV) é um conceito que tem progressivamente ganhado destaque no setor. Em resumo, a ideia é que o valor de um tratamento médico deve ser medido não apenas pelo seu custo, mas também pela qualidade do tratamento e pelos resultados obtidos. Ou seja, a saúde baseada em valor busca equilibrar a qualidade do tratamento com a redução de custos.
A qualidade do tratamento é aspecto fundamental da SBV. Isso significa que os tratamentos devem ser eficazes, seguros e baseados em evidências científicas, levando em conta a experiência do paciente e resultados obtidos. O controle de custos é outro aspecto chave, logo uma estratégia de cuidado deve ser projetada para minimizar custos desnecessários e evitar eventos adversos preveníveis.
Para superar esses desafios, a saúde baseada em valor requer uma abordagem colaborativa e multidisciplinar. Os profissionais de saúde devem trabalhar em conjunto com os fabricantes e com os pacientes para encontrar soluções que equilibrem qualidade do tratamento com redução de custos.
Do ponto de vista do paciente, o conceito de saúde baseada em valor leva em consideração que o cuidado deve ser aplicado quando necessário, com bom custo-benefício e buscar prevenir a necessidade do cuidado.
Além dos benefícios para os pacientes, a SBV traz resultados positivos para operadoras de saúde como a redução de custos assistenciais; o aumento da efetividade e resolutividade das intervenções, reduzindo internações; um maior engajamento por parte dos médicos e provedores em geral; melhor adesão do paciente à sua jornada de tratamento e, por fim, cria um ecossistema positivo que leva a economias em escalas significativas.
O manejo de lesões por pressão – lesões que acometem uma região da pele em decorrência de pressão não aliviada superior a tolerada pelos capilares sanguíneos, e comum em pacientes imobilizados ou de baixa mobilidade, é um excelente exemplo. Estas lesões podem ser consideradas eventos adversos preveníveis, impactando o custo total do cuidado, a satisfação do paciente, sua qualidade de vida e, muitas vezes, sua capacidade produtiva.
Nossa experiência corporativa relacionada à prevenção de lesões tem refletido benefícios econômicos no custo total por paciente e melhores resultados clínicos, ainda que intervenção preventiva signifique um custo inicial adicional aos protocolos utilizados. A magnitude destes benefícios pode variar de acordo com os algoritmos utilizados por cada hospital. De modo geral, observamos resultados compatíveis ao estudo de custo-efetividade apresentado por Genedy et al, onde se observa uma redução média de 15% sobre o custo total de cuidado por paciente quando o protocolo adequado de prevenção é aplicado, em comparação à uma população submetida a um protocolo padrão de cuidado não focado em prevenção ou sem o uso de tecnologias de alta performance. Em resumo: o barato (não prevenir) sai caro, tanto para o paciente como para a operadora de saúde, agravando a crise do sistema de saúde brasileiro.
Resultados como estes demonstram que o uso de protocolos e dispositivos de prevenção podem resultar em um cuidado mais econômico, mas ao mesmo tempo com resultados clínicos e de satisfação do paciente extremamente positivos, exemplificando um dos potenciais modelos de aplicação de SBV na gestão ativa de custos de saúde.
Infelizmente, a realidade atual não tem a SBV como estratégia focal no ambiente de cuidados a saúde, ainda que exista sob a forma de projetos pontuais em diferentes instituições. Retornando ao exemplo de lesões por pressão, temos uma incidência média superior a 20% em UTIs no Brasil, podendo chegar a valores superiores a 50% em alguns hospitais. Estas lesões podem se originar desde o centro cirúrgico, onde procedimentos mais demorados podem dar origem a tais lesões. No período de janeiro a dezembro de 2021, foram reportados 7.043 eventos adversos preveníveis de alta gravidade (Never Events). Entre eles, a lesão por pressão nos estágios III e IV representa mais de 95% desse total.
Levando em consideração que o custo de tratamento destas lesões supera R$ 150.000,00 e submete hospitais e/ou operadoras de saúde ao risco jurídico de pedidos de indenização, se torna evidente os benefícios que a implementação de modelos de SBV podem trazer na gestão do custo no cuidado à saúde e na melhoria da qualidade de tratamentos ofertados.
*Pedro Schildknecht é Gerente Geral da Mölnlycke para a América Latina.
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Artigo - Vazio assistencial: como a telemedicina ocupa cada vez mais espaços na saúde digital?
Nos últimos dez anos, a tecnologia tem facilitado o acesso e acelerado mudanças nos hábitos de consumo, nas dinâmicas sociais e no ambiente corporativo. Em meio a essas transformações, a saúde emergiu como uma preocupação primordial.
Conforme o Grupo Allianz Partners, que conduziu um estudo com mais de 25 mil pessoas em 10 países, a saúde é a principal preocupação para 80% dos participantes, superando outros aspectos da vida, como dinheiro, investimentos, dívidas e planejamento financeiro; questões familiares, amizades e conexões sociais; emprego, crescimento profissional, satisfação no trabalho e equilíbrio entre vida pessoal e profissional, por exemplo.
Percebendo essa tendência, o mercado vem se ajustando para atender às expectativas dos consumidores, fortalecendo as relações e interações entre empresas e clientes e criando soluções que beneficiam ambas as partes.
À medida que a saúde se torna uma prioridade, também presenciamos um aumento substancial nos investimentos em inovação no setor. O timeline dos investimentos aponta que 2021, o aporte global em inovação na saúde alcançou um marco histórico, ultrapassando os US$ 44 bilhões, o que representa o dobro do ano anterior e três vezes o montante de 2019.
Este crescimento reflete uma transformação acelerada no setor, estimulada principalmente pela pandemia da Covid-19. A saúde global experimentou uma evolução rápida, marcada por avanços notáveis e alterações nas regulamentações, incluindo a implementação da telessaúde.
Mudanças como essas têm como foco novas alternativas de prevenção, indicando um novo direcionamento para o cuidado com a saúde.
Vazio assistencial
A telemedicina, que emergiu como uma necessidade urgente em resposta à crise sanitária global provocada pela Covid-19 a partir de 2020, transformou-se de um mero tópico de debate para um serviço essencial.
Globalmente, a adoção de teleconsultas reflete essa urgência, com um aumento significativo na utilização, saltando de 7% para 17% entre os usuários. No contexto da saúde digital, o mercado global está previsto para atingir a marca de US$ 857,2 bilhões até 2030, impulsionado por uma taxa de crescimento anual robusta de 18,8%.
Na América Latina, a telemedicina surge como uma solução para desafios como a falta de médicos e o envelhecimento da população. Este avanço no setor é impulsionado pela necessidade de superar a distribuição desigual de profissionais e pelo aumento do uso de smartphones.
A tecnologia vem transformando o acesso à saúde, permitindo que profissionais, incluindo médicos e terapeutas, ofereçam serviços integrados e simplificados. A telemedicina não só combina práticas médicas tradicionais com tecnologia de conexão remota, mas também expande o atendimento para regiões anteriormente isoladas e que historicamente sofrem com a falta de profissionais dispostos a atuar na localidade, promovendo assim o bem-estar e uma abordagem mais humanizada ao cuidado.
A solução atua como um agente democratizante, pois garante igualdade de acesso aos cuidados de saúde, superando barreiras econômicas e sociais. Além disso, amplia o alcance do atendimento médico a áreas que enfrentaram barreiras significativas, impactando positivamente o bem-estar dos pacientes e das organizações e beneficiando a sociedade de forma segura, eficiente e humanizada.
Em conclusão, a tecnologia está não apenas tornando os cuidados de saúde mais acessíveis e eficazes, mas também está moldando o futuro da saúde, com a telemedicina desempenhando um papel crucial nessa transformação.
*Mauren Souza é CEO e cofundador da Doutor Ao Vivo. Formado em Ciência da Computação e pós-graduado em Gestão de TI, soma mais de 20 anos de experiência em tecnologia. O executivo também é cofundador da FCJ Venture Builder, que já investiu em mais de 250 startups desde 2013.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Opinião | Planos de saúde e a dignidade humana
Workshop da Unimed Federação Centro Brasileira mostrou tecnologias que irão impactar o mercado nos próximos anos
Adolescente de 15 anos morre com suspeita de dengue
Necessidade de adaptabilidade diante de futuro incerto com IA
A revolução tecnológica na segurança dos pacientes em UTIs conectadas
ESTADÃO.COM
Opinião | Planos de saúde e a dignidade humana
Os contratos de planos de saúde, regidos pela Lei nº 9.656/98, representam acordos de longa duração entre fornecedores e consumidores. Essa relação, transformada em um cenário de prestação de serviços, coloca em destaque a obrigação das operadoras de serviços privados de saúde de prestar um serviço com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho, nos exatos termos do art. 4º, II, "d", do Código de Defesa do Consumidor (CDC), cuja aplicabilidade aos planos de saúde vem sendo reconhecida por nossos tribunais (Súmula 608 do Superior Tribunal de Justiça), inclusive com condenações por práticas abusivas, garantindo a aplicação do princípio da dignidade da pessoa humana, sejam eles de natureza financeira, física ou moral, resultantes de irregularidades no atendimento.
Tais irregularidades, destacam a importância de uma prestação de serviço que esteja à altura das expectativas e necessidades dos consumidores, especialmente quando se trata de sua saúde e bem-estar. Aliás, conforme art. 47 do CDC as cláusulas contratuais devem ser sempre interpretadas em favor do consumidor, no caso do beneficiário do plano de saúde.
Por outro lado, é imperioso considerar a sustentabilidade econômico-financeira das operadoras de planos de saúde. A necessidade de equilíbrio entre a qualidade dos serviços prestados e a viabilidade financeira dessas empresas, é crucial para sua sobrevivência e capacidade de fornecer assistência à saúde.
A questão central, portanto, reside na busca pelo equilíbrio: saúde financeira da operadora privada de serviços de saúde e a garantia aos consumidores ao acesso de saúde de qualidade. Ela está prevista no Código de Defesa do Consumidor, respeitando-se o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III) e a proteção consumerista nas relações econômicas (art. 170, "caput" e inciso V), bem como garantindo ao beneficiário, na íntegra, o direito à assistência à saúde, serviço de relevância pública, ainda que prestado por particulares e sob qualquer modalidade jurídica, visto que o direito à saúde também tem previsão constitucional (arts. 196 e 197).
Os planos de saúde, ao oferecerem um serviço essencial, assumem uma posição de grande responsabilidade social (são serviços de relevância pública - art. 197, CF)), que deve ser exercida de maneira a assegurar, sempre, o máximo de proteção à saúde e ao bem-estar de seus usuários. Por isso, são regulamentados e fiscalizados pela Agência nacional de Saúde Suplementar (ANS), por meio de resoluções normativas que visam proteger os direitos dos consumidores e assegurar a qualidade e eficácia do atendimento. Devem ser interpretadas e aplicadas de forma a promover o respeito ao princípio da dignidade humana.
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FOCO NACIONAL
Workshop da Unimed Federação Centro Brasileira mostrou tecnologias que irão impactar o mercado nos próximos anos
Com palestra de Itamar Olímpio, especialista de inovação, participantes conheceram os recursos que estão no centro das tendências
Como as tecnologias "irão impactar o mercado nos próximos anos"? Com o objetivo de responder esse questionamento, a Unimed Federação Centro Brasileira realizou o “Workshop de Inovação - Tecnologias Disruptivas”, em uma reunião online com colaboradores de diversas Singulares, na tarde da terça-feira (23).
Na abertura do evento, o analista de Inteligência de Mercado e Inovação da Federação, Arthur Rezende, deu boas-vindas aos participantes e o diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional, Éder Cássio Rocha Ribeiro, afirmou que, apesar da inovação não se restringir às tecnologias, é importante analisar esses aspectos para entender as mudanças nas formas de cuidar.
“A cada momento, vemos chegarem tecnologias inovadoras, que colocam o paciente no centro da atenção. É importante que as Singulares entendam que os pacientes serão mais ativos e participantes em seus cuidados”. Ele citou ainda a possibilidade da redução de custos com a inovação, mas sem afetar a qualidade da assistência.
Em seguida, o especialista em inovação Itamar Olímpio iniciou sua apresentação ao mostrar um “radar de impacto” das tecnologias em 2024, como os recursos da inteligência artificial, computação em escala, inteligência de dados e computação neuromórfica, entre outros. “Parece ficção científica, mas não é. Tudo isso já está chegando na nossa realidade. A maioria dos cientistas acredita que essas tecnologias terão uma intensidade alta para nos afetar”.
A inteligência artificial (IA) continuará no centro das atenções, com grandes investimentos pelas gigantes do mercado, como Meta, Google e Microsoft. “Isso não é algo para o futuro, mas que já está acontecendo agora”, lembrou Itamar, que é co-fundador da Co-Viva Inovação e mentor de startups.
No entanto, a IA também promove maiores riscos de segurança na proteção de dados. Exemplos estão nos aplicativos que monitoram sinais vitais e informações sobre sono. “Às vezes, nem sentimos que existe um ‘robozinho’ ali nos analisando”.
Outras tecnologias disruptivas listadas foram:
Células solares supereficientes;
Equipamento de realidade mista, como “computadores faciais”. Por exemplo, o lançamento do Apple Vision Pro;
Medicamentos para perder peso: “podem causar uma revolução em termos de saúde pública, não só para os indivíduos, mas nas maneiras que os países lidam com essa situação”, ressaltou o especialista, em referência aos altos índices de obesidade;
Sistemas geotérmicos aprimorados: fonte de energia renovável a partir do calor do solo;
Chiplets: chips em tamanhos menores, com maior potência;
Edição genética;
Computadores exascale;
Bombas de calor;
Plataformas substitutas do X (ex-Twitter).
Além da privacidade de dados, outro grande desafio para o uso dessas tecnologias, segundo Itamar, é o “gap social”, ou seja, a dificuldade que algumas pessoas poderão enfrentar para utilizá-las.
Mais uma angústia que surge é a possível substituição do real por algo que é artificial. Sobre isso, o especialista deixou um recado: “a interação, o comportamento e a criatividade com que o ser humano trabalha, na minha humilde opinião, não podem ser mudados. Algumas coisas nenhum robô ou inteligência artificial podem fazer”.
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PORTAL G1
Adolescente de 15 anos morre com suspeita de dengue
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, André Victor Lopes Gomes apresentou perda de consciência ao ser atendido e precisou ser intubado. Além de dengue, o adolescente tinha suspeita de meningite.
Adolescente com sintomas de dengue e meningite morre em Anápolis
Um adolescente de 15 anos morreu com suspeita de dengue e meningite após ser internado em estado grave em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Anápolis. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, André Victor Lopes Gomes apresentou perda de consciência ao ser atendido e precisou ser intubado.
André morreu na noite do último domingo (21) e foi sepultado na tarde de segunda-feira (22). Ainda segundo a secretaria, ao chegar na UPA, André foi classificado na triagem como estado grave e levado a chamada "sala vermelha", onde se recebem os pacientes de maior gravidade.
André Victor Lopes Gomes, adolescente que morreu por suspeita de dengue em Anápolis — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Após ser intubado, os médicos classificaram o estado de saúde do adolescente como instável, impossibilitando a transferência para um hospital com maiores recursos. O adolescente chegou a receber transfusão sanguínea na UPA.
Por conta da gravidade do estado de saúde, André sofreu uma parada cardiorrespiratória, passou pelo processo de reanimação, mas não resistiu. A suspeita de meningite é investigada pelo Sistema de Verificação de Óbitos (SVO).
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MEDICINA S/A
Necessidade de adaptabilidade diante de futuro incerto com IA
Por Adriana Molari
Foi a minha primeira vez no SXSW (South by Southwest), um dos principais festivais de criatividade e inovação do mundo, e uma coisa eu posso garantir: foi uma oportunidade única para me conectar com o que há de mais inovador que está sendo pensado e testado no mundo. No meu trabalho, lidero uma área que dialoga com dados, inovação e requer atualização constante. Fui preparada para a troca! Afinal, a junção de pessoas do mundo inteiro, com diferentes backgrounds em um ambiente desenhado e propício para isso, numa cidade que virou um dos epicentros do mundo para desenvolvimento de negócios e tecnologia, faz com que a energia do local seja algo completamente inebriante. É uma oportunidade única de imersão na interseção entre tecnologia, mídia, arte e cultura.
O tema “inteligência artificial” dominou boa parte da conferência, mas assuntos como “saúde mental” e “bem-estar digital”, “creators economy”, “sustentabilidade” foram temas que ganharam relevância. Estou em um momento em que estruturei uma área de dados na empresa em que atuo, e ir ao evento fez muito sentido, pois uma das lições mais valiosas que pude compreender foi que não podemos perder o fator humano no nosso trabalho, e como podemos usar a criatividade a nosso favor. O uso de dados aliados à tecnologia traz velocidade e estratégia aos processos que antes eram mais demorados e burocráticos. Além disso, teremos mais assertividade para suprir as necessidades de nosso consumidor e entregar as melhores soluções baseadas em ciência e tecnologia, para atendê-los onde quer que ele esteja.
Na área de negócios, por exemplo, vejo como uma grande tendência a promoção de uma cultura organizacional que valorize a criatividade e a diversidade de pensamento, com incentivo para a colaboração entre equipes multidisciplinares, e estar aberto a experimentar novas abordagens e tecnologias. Testar e aprender sem medo de falhar, o famoso “fail chip, fail fast”. Acredito que o futuro será sobre a capacidade das pessoas, empresas e indústrias se adaptarem às realidades que serão apresentadas de forma aberta e sem prejulgamentos ou fórmulas. Além disso, na área de mídia e entretenimento, é importante explorar formas inovadoras de contar histórias e envolver o público, aproveitando oportunidades e com uma curadoria de tendências em tecnologia e mídia digital que tenha sinergia com cada iniciativa.
A mensagem final que carrego após um verdadeiro mergulho cultural é a importância das seguintes características: criatividade, colaboração e da adaptabilidade. Em meio a tantas novidades, reforço a frase dita por Amy Webb, CEO do Future Today Institute, uma das speakers mais esperadas, foi” não precisamos estar preparados para tudo, mas precisamos estar preparados para qualquer coisa”. Esses elementos são fundamentais para enfrentar os desafios que vem por aí e impulsionar a inovação em diversas áreas, desde negócios até entretenimento e educação. Além disso, é uma preciosa dica para ser considerada em diversos aspectos. Não é mesmo?
Como esse pensamento de evolução e sempre de olhos nas novas tendências e oportunidades, no ano de 2024 diversos projetos estão acontecendo na área. Estamos olhando para coisas como, novo modelo de negócio com os nossos parceiros, em um olhar de mais colaboração, mais sinergia, gerando mais criatividade e agilidade nos projetos e no dia a dia, isso impacta um dos pontos mais mencionados no SXSW como a saúde mental no ambiente de trabalho, tivemos ganhos de tempo e gestão no dia a dia das marcas, também estamos abrindo a frente do uso de AI para personalização em escala dos nossos assets de mídia e conteúdo, transformando cada impacto da marca em uma conversa individual, a ideia é cada vez mais evoluir a nossa produção feita por A.I, o Brasil está liderando essa agenda dentro da Sanofi a pilotar esse modelo.
E o impacto disso na compra de mídia em escolhas mais eficientes e focadas no consumidor trarão resultados cada vez maiores para o desenvolvimento das marcas. Queremos estar com os nossos medicamentos onde quer que o consumidor esteja, cada vez sendo um parceiro estratégico na jornada de saúde dos consumidores.
*Adriana Molari é Head de Mídia e Digital na unidade de Consumo da Sanofi
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SAÚDE BUSINESS
A revolução tecnológica na segurança dos pacientes em UTIs conectadas
A saúde é um bem inestimável e, quando se trata de pacientes em estado crítico nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a segurança é a prioridade número um. Felizmente, estamos testemunhando uma revolução tecnológica que está elevando os cuidados prestados nas UTIs do Brasil a um novo patamar. Aparelhos multiparâmetros estão transformando a maneira como os pacientes são monitorados e cuidados, proporcionando uma maior segurança e eficiência no processo.
Um dos principais destaques desses aparelhos é a capacidade de agregar dados de diversos dispositivos de saúde em tempo real. Isso significa que os parâmetros vitais dos pacientes podem ser monitorados em um único painel, simplificando o trabalho das equipes médicas e permitindo uma resposta imediata a qualquer mudança nos sinais vitais. Esse monitoramento multiparâmetros em tempo real é um avanço fundamental que está salvando vidas.
Além disso, ter o monitoramento da UTI conectado em um único lugar garante a capacidade de integrar equipamentos de diferentes marcas, eliminando a necessidade de acessar sistemas separados. Isso não apenas simplifica o processo para os médicos, mas também garante que nenhum dado crucial seja perdido ou negligenciado. A interoperabilidade é a chave para uma assistência mais eficaz e segura.
A identificação precoce de riscos é outra vantagem significativa dessas tecnologias. Com a análise contínua dos dados dos pacientes, é possível reconhecer precocemente possíveis problemas e falhas nos leitos das UTIs. Isso não apenas beneficia o paciente atual, mas também permite que os médicos identifiquem tendências e padrões que podem ser aplicados a casos futuros. É um passo importante na direção à medicina personalizada e preventiva.
Possuir uma documentação precisa dos leitos é algo essencial em qualquer ambiente de cuidados de saúde e essas novas tecnologias simplificam este processo. Atualmente, existem plataformas que fornecem relatórios detalhados e personalizados sobre os pacientes, incluindo todas as informações relevantes capturadas. Isso facilita o registro das condições dos pacientes, tornando o histórico médico completo e acessível a todos os membros da equipe médica.
Em resumo, o monitoramento multiparâmetros em tempo real, a identificação precoce de riscos e a documentação precisa são apenas algumas das maneiras pelas quais as novas tecnologias estão elevando os padrões de cuidados médicos. A sua adoção representa um passo importante na direção de um atendimento de saúde mais seguro e eficaz.
À medida que avançamos no campo da tecnologia médica, é essencial adotar inovações para garantir que nossos pacientes recebam os cuidados mais avançados e seguros possíveis. A saúde representa um compromisso contínuo com o bem-estar humano, e a tecnologia desempenha um papel fundamental nesse compromisso.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Um em cada quatro profissionais de saúde no Brasil acusa sobrecarga
Fila de espera para cirurgias eletivas preocupa pacientes da rede pública
Hospital de Urgências de Goiânia tem paralisação de parte dos funcionários e UTI com infestação de piolhos
Neurocirurgiã goiana explica distúrbios do movimento, com foco no Parkinson Juvenil
Abril Marrom – Especialista alerta sobre a prevenção da cegueira
MEDICINA S/A
Um em cada quatro profissionais de saúde no Brasil acusa sobrecarga
Um em cada quatro profissionais de saúde afirma ter se sentido sobrecarregado com frequência nos últimos 12 meses, de acordo com a Pesquisa Global Hopes and Fears 2023 da PwC sobre a força de trabalho. A principal razão para essa sobrecarga, citada por metade dos profissionais de saúde no mundo (51% no Brasil), é a falta de recursos ou capacidade, como escassez de pessoal, ou os prazos irracionais que podem resultar desta situação. É provável que as pressões – exacerbadas pela pandemia – continuem, por causa dos custos da indústria e do envelhecimento da população.
Ainda assim, os profissionais de saúde participantes são menos propensos do que os respondentes de outros setores a dizer que planejam mudar de emprego ou migrar para o trabalho autônomo (28% no mundo e 23% no Brasil). Embora isso possa reduzir as pressões relacionadas à retenção, uma força de trabalho sobrecarregada e com poucos recursos certamente terá problemas para as operações diárias, o controle de qualidade e a gestão de riscos – e para uma futura reinvenção.
De acordo com a consultoria, dois aspectos podem apoiar as lideranças:
1. Use analytics para alocar talentos de forma mais precisa
Tecnologias preditivas – que incorporam cada vez mais a IA – podem antecipar quando hospitais e sistemas de saúde terão maior fluxo de pacientes. Use essas ferramentas para garantir a contratação do pessoal necessário durante picos de demanda e evitar que os profissionais fiquem inativos durante períodos de pouco movimento.
2. Entenda onde as disrupções tecnológicas serão mais prováveis
Alguns aspectos da assistência à saúde – desde cirurgias até tarefas administrativas, como a gestão de prontuários eletrônicos – estão sujeitos a transformações radicais com o advento de tecnologias como a IA. Outros, como o atendimento rotineiro ao paciente, não estão. Identifique quais segmentos da sua força de trabalho serão afetados e direcione esforços de qualificação para eles. Uma equipe bem capacitada nas tecnologias certas, trabalhando com sistemas mais eficientes e baseados em dados, pode ajudar a distribuir a carga de trabalho de forma mais equitativa e aliviar a pressão para todos.
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PORTAL G1
Fila de espera para cirurgias eletivas preocupa pacientes da rede pública
O ano de 2024 começou com mais de 1,2 milhão pacientes na fila. Falta de médicos especializados nos hospitais públicos, uma das razões para grande espera, é mais crítica em alguns estados por causa da má distribuição dos profissionais.
Fila de espera para cirurgias eletivas passa de 1,2 milhão de pacientes e preocupa
Uma preocupação dos pacientes da rede pública é com a fila de espera para cirurgias eletivas.
O Ministério da Saúde fez um acordo em março de 2023 com os 26 estados e o Distrito Federal para criar a fila nacional de cirurgias eletivas.
Até janeiro de 2024, o programa realizou quase 650 mil operações agendadas que não tinham urgência, quase um terço de catarata; 37 mil pessoas fizeram cirurgia para retirar a vesícula, um aumento de 19% na comparação com o período anterior.
Mas, se de lá pra cá a fila andou, a lista de espera ainda segue longa. O ano de 2024 abriu com mais de 1,2 milhão pacientes nessa situação.
A massoterapeuta Ione Souza entrou na fila e esperava ser operada no mês passado de uma endometriose que se espalhou para o intestino. Não conseguiu por falta de um especialista. Agora, o caso se tornou de urgência.
"Tem 31 dias e a fila não andou, nenhuma pessoa foi chamada. É uma vida que acaba muito limitada por conta dos problemas, dos sintomas que eu tenho da doença", lamenta ela.
O motorista executivo Antônio Barbosa também sofre com a espera. Ele descobriu que um tumor retirado do nariz é cancerígeno e que tem que voltar à mesa de cirurgia.
"Está na fila. Comecei na posição 75. Hoje eu olhei, está na posição 53. Todos os dias eu olho. E o que está travando não é falta de profissional de cirurgia plástica no hospital, o que está travando é que não tem anestesista", diz.
A falta de médicos especializados nos hospitais públicos é mais crítica em alguns estados por causa da má distribuição dos profissionais pelo país. Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos especialistas está concentrada no Sudeste do Brasil e há maior carência no Norte e no Nordeste.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirma que uma das prioridades do governo é dar uma rápida resposta ao que ela classifica de grandes vazios de especialistas no país, principalmente de anestesistas, cardiologistas e oncologistas.
"Isso é um dos gargalos e problemas quando pensamos na cirurgia. Nós temos um trabalho muito grande com o Ministério da Educação na área das residências médicas. Temos aumentado as residências e temos buscado um trabalho conjunto com algumas redes que são muito importantes, hoje, na relação com o Ministério da Saúde, a rede de hospitais universitários, para que eles também contribuam nesse processo de formação de especialistas", ressalta.
Ana Maria Malik, pesquisadora do Centro de Estudos em Saúde da Fundação Getúlio Vargas, afirma que o Brasil pode usar a experiência com o programa de imunização para organizar um sistema nacional de informações sobre cirurgias.
"Se a gente conseguisse saber quem está na fila de que estado, de que serviço ou de que especialidade, isso ia ser mais fácil de a gente conseguir enxergar, né? Então isso tem a ver com transparência, tem a ver com as informações de que a gente dispõe e sistemas de informações em saúde, principalmente em um país como o nosso, é muito grande", explica.
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Hospital de Urgências de Goiânia tem paralisação de parte dos funcionários e UTI com infestação de piolhos
Entre os grupos que aderiram à paralisação por atraso nos pagamentos estão maqueiros, recepcionistas e vigilantes. Hospital diz que a gestão está passando por um processo de readequação financeira.
Funcionários do Hugo paralisam atividades devido a atrasos nos pagamentos
Parte dos funcionários terceirizados do Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), em Goiânia, estão em greve por atraso nos pagamentos. Entre os grupos que aderiram à paralisação estão maqueiros, recepcionistas e vigilantes. O hospital confirmou a situação dizendo que, em alguns setores, 70% estão com serviços suspensos. Fora isso, também foi confirmado pelo Hugo uma infestação de piolhos de pombo em um dos andares da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Funcionários e acompanhantes de pacientes, que pediram para não serem identificados, relataram à reportagem demora nos atendimentos e na realização de exames. Com a falta de alguns trabalhadores, os serviços desempenhados por eles acabam sobrando para outros colaboradores e tudo fica acumulado.
“Está um caos! Os maqueiros estão de greve, as recepcionistas e os vigilantes também. Não tem condições de fazer os exames lá dentro, porque não tem maqueiro para levar. A gente sai e para voltar tá um caos, porque não tem recepcionista para fazer a ficha”, relata uma acompanhante.
Em nota, o Hugo lamentou a situação e explicou que o atraso nos pagamentos aconteceu porque a gestão do hospital está passando por um processo de readequação financeira, mas que discute com a Secretaria Estadual de Saúde sobre a normalização dos repasses para que o pagamento dos fornecedores e prestadores de serviço seja feito o mais rápido possível.
A Secretaria Estadual de Saúde disse que "não há atrasos no repasse ao Instituto CEM para a gestão do Hugo". Em nota, a pasta explicou que o contrato funciona com repasse proporcional às metas estabelecidas e que apurou um valor de R$ 10 milhões (referente ao não-atingimento de metas por parte da OSS contratada), mas que diante dos problemas de gerenciamento verificados no momento, não está sendo aplicada agora.
Piolhos de pombo
Acompanhantes também denunciaram uma infestação de piolhos de pombo em um dos andares da UTI. Segundo o hospital, a infestação foi provocada pelos pássaros que vêm do Parque Areião, que fica ao lado da unidade. A direção afirma que, assim que foi comunicada do caso, pacientes e colaboradores foram transferidos para outro andar e uma dedetização dos ambientes foi feita.
Sobre o assunto, a Secretaria Estadual de Saúde reforçou que o problema é "restrito à UTI 4 do Hugo" e que uma equipe da pasta acompanha o plano de contingência do hospital para solucionar o caso.
"Pacientes da UTI 4 foram remanejados, bem como as pacientes da enfermaria de observação feminina até o começo da tarde, restando os pacientes da enfermaria masculina que seriam remanejados até o final da tarde. As duas enfermarias foram evacuadas preventivamente por estarem próximas à UTI, até que sejam concluídos os processos de desinfecção e limpeza", disse a SES-GO.
Íntegra notas Hugo
O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (HUGO) esclarece o seguinte:
A gestão da unidade passa por um processo de readequação entre os valores recebidos para execução dos serviços e a consequente quitação para fornecedores e prestadores de serviço;
Isso se refletiu no atraso de pagamento para esses terceirizados que responderam com a suspensão dos serviços em alguns setores de até 70% dos postos de trabalho, fato que tem gerado muito desconforto para a gestão, colaboradores, pacientes e acompanhantes;
Está em discussão com a Secretaria Estadual de Saúde a normalização dos repasses para a quitação de passivo junto a fornecedores e prestadores de serviço para o retorno do processo de serviços e materiais essenciais para a regular prestação de serviço de saúde;
A direção lamenta esses fatos ocorridos e reitera estar em busca da normalização com prestadores de serviços e fornecedores, para o bem de colaboradores, pacientes e toda a comunidade.
Informa também que foi identificado um foco de pendiculose em um dos andares provocado por pássaros oriundos do Bosque que fica ao lado do hospital. Imediatamente foram tomadas medidas de contingência como proteção aos pacientes e colaboradores e imediata dedetização dos ambientes, garantindo que nenhum transtorno pudesse afetar pacientes, acompanhantes e colaboradores.
Íntegra nota Secretaria Estadual de Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) ressalta que o problema relatado quanto à infestação de piolhos de pombos é pontual e restrito à UTI 4 do Hugo. Equipe da pasta acompanha o plano de contingência do hospital para solucionar o problema. Para isto, os pacientes da UTI 4 foram remanejados, bem como as pacientes da enfermaria de observação feminina até o começo da tarde, restando os pacientes da enfermaria masculina que seriam remanejados até o final da tarde. As duas enfermarias foram evacuadas preventivamente por estarem próximas à UTI, até que sejam concluídos os processos de desinfecção e limpeza.
A SES-GO informa que não há atrasos no repasse ao Instituto CEM para a gestão do Hugo. O contrato, que funciona com repasse proporcional às metas estabelecidas, apurou um valor de 10 milhões (referente ao não-atingimento de metas por parte da OSS contratada), mas que diante dos problemas de gerenciamento verificados no momento, não está sendo aplicada agora.
É lamentável que o Instituto CEM proceda na reta final do contrato alegando fatos que não correspondem à realidade. A fim de manter o alinhamento de informações e garantir a transição no hospital para a OSS vencedora do chamamento feito para o Hugo, a SES nominou uma Comissão de Transição que está trabalhando junto aos servidores para manter os serviços e a assistência devida aos pacientes, sem impactos e sem paralisação de setores.
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JORNAL OPÇÃO
Neurocirurgiã goiana explica distúrbios do movimento, com foco no Parkinson Juvenil
Ana Moura fala sobre sua trajetória na medicina e sobre a importância do diagnóstico e aceitação familiar para o início do tratamento. O foco da conversa é o Parkinson Juvenil, que acomete pessoas com menos de 21 anos, caracterizado pela falta de dopamina.
Nesta semana, a convidada do Opção Play é Ana Moura, neurocirurgiã especializada em pediatria de distúrbios motores. Ela fala sobre sua trajetória na medicina e sobre a importância do diagnóstico e aceitação familiar para o início do tratamento.
Ana Moura afirma que os distúrbios motores evoluem e se agravam com uma velocidade maior na criança. Além de que, nessa fase da vida, os pequenos podem ter dificuldade em dialogar com a família e relatar os sintomas com a precisão necessária. “Imagina uma criança que tem o tônus muscular bem mais leve, ou seja, ela não vai conseguir, por exemplo, fazer o movimento de sucção para mamar”, explica.
O foco da conversa é o Parkinson Juvenil, que acomete pessoas com menos de 21 anos, caracterizado pela falta de dopamina. Por isso, ela destaca os sintomas e estágios da doença e explica os tratamentos possíveis, incluindo os procedimentos cirúrgicos e em quais casos eles são indicados.
A médica destaca que é importante ter atenção para os sintomas da doença que vêm antes dos sintomas motores, como “dificuldade de dormir, dores causadas pela rigidez, mancar, ou perder um pouco do olfato”.
Os sintomas que surgem no estágio mais avançado da doença e mais impactam o cotidiano dos pacientes podem incluir: tremor, rigidez e lentidão motora. São dificuldades em movimentos que afetam também o caminhar, a firmeza das mãos, o controle dos membros e até o ato de engolir pode ser mais complexo para esses pacientes. “Com menos de 60% da quantidade recomendada de dopamina, começam os sintomas motores”, relata a especialista.
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FOCO NACIONAL
Abril Marrom – Especialista alerta sobre a prevenção da cegueira
O mês de abril é dedicado à prevenção da cegueira. A campanha Abril Marrom visa alertar as pessoas sobre esse problema, que, quando diagnosticado e tratado precocemente, pode ser evitado em até 80% dos casos.
Estudo do Grupo de Especialistas em Perda de Visão (VLEG) da USP de Ribeirão Preto prevê que em menos de 30 anos, 61 milhões de pessoas serão cegas, 474 milhões terão deficiência visual moderada e severa, e 360 milhões terão deficiência visual leve.
Catarata, glaucoma, Retinopatia Diabética e Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) estão entre as principais causas de cegueira evitável. O oftalmologista Clausmir Jacomini, da equipe do do Instituto Panamericano da Visão (IPVisão), cita algumas medidas que podem ajudar na prevenção da cegueira.
“A realização de exames oftalmológicos periódicos desde a infância, mesmo quando o paciente não tem queixas, é uma das medidas, pois é fundamental para o diagnóstico e tratamento precoces de doenças”, alerta o médico, que tem especialização e doutorado pelo Hospital São Geraldo da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais e pós-doutorado em Oftalmologia pela Universidade de Paris, França.
O uso regular de óculos de sol com proteção UV mesmo em dias nublados, evitar olhar diretamente para o sol ou fontes de luz intensa e proteger os olhos quando for lidar com produtos químicos, soldas ou maquinário pesado são outras dicas. O controle de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, também é essencial para preservar a saúde ocular.
A campanha ainda alerta para a necessidade de reabilitação e inclusão de pessoas com deficiência visual. Uma das formas de melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência é o apoio de cães-guia, que, segundo a médica oftalmologista Alessandra Rassi, do IPVisão, proporcionam segurança aos pacientes, possibilitando que circulem por ambientes diversos de maneira mais independente.
Você sabia?
O mês de abril foi escolhido para a campanha porque no dia 8 é comemorado o Dia Nacional do Braille.
A campanha foi criada em 2016 pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia.
A cor marrom foi a selecionada por ser a cor mais comum dos olhos dos brasileiros.
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Assessoria de Comunicação