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Covid-19: Boletim diário mostra a transparência dos atendimentos em associados da Ahpaceg
Escrito por AdministradorDesde o final de março, a Ahpaceg divulga periodicamente, de segunda-feira a sábado, um boletim com informações sobre os atendimentos a pacientes com suspeita e confirmação de Covid-19 nos hospitais associados. São dados de hospitais de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Até ontem, 15 de julho, foram publicados 90 boletins informativos. O formato da divulgação vem sendo aperfeiçoado desde os primeiros boletins, com a inclusão de novos dados que tornam ainda mais claras as informações apresentadas ao público no site e redes sociais da Ahpaceg, onde têm diariamente centenas de acessos.
Matéria publicada hoje, 16, no jornal O Popular enfatiza a transparência da Ahpaceg com a divulgação diária dos dados referentes aos atendimentos de Covid-19 nos hospitais associados, incluindo a oferta e ocupação de leitos exclusivos de UTI e de apartamentos.
Publicado sempre no final da tarde de cada dia, o boletim de ontem, 15, revelou também um aumento de 69% na oferta de leitos de UTI exclusivos para atendimentos de Covid-19 nos últimos 30 dias e 82% na oferta de leitos comuns exclusivos.
Confira o boletim de hoje, 15 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Atenção: O total de HOSPITAIS ASSOCIADOS da Ahpaceg em GOIÂNIA representa 10% DOS HOSPITAIS da capital. OS DEMAIS não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação NÃO CONSTAM neste boletim.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
Aumento: Nos últimos 30 dias, entre 15 de junho e 15 de julho de 2020, a oferta de leitos (adulto e infantil) nos hospitais associados da Ahpaceg na capital e interior aumentou 69% (leitos de UTI) e 82% (leitos de apartamentos).
Ahpaceg participa de palestra sobre gerenciamento de crises
Escrito por Administrador
Gabinete de Crise e Gestão de Indicadores foi o tema da reunião promovida pelo CRF-GO, com apoio da Ahpaceg e do Hospital do Coração Anis Rassi
Na noite da última segunda-feira (13), o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, participou da live “Gabinete de Crise e Gestão de Indicadores”, promovida virtualmente pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) com o apoio da Associação e do associado Hospital do Coração Anis Rassi.
A mediadora do evento, Larisse Marques, farmacêutica e membro do grupo técnico de farmácia hospitalar do Anis Rassi, explicou que a ideia de realizar a reunião surgiu para compartilhar experiências entre os hospitais e profissionais de saúde, principalmente neste momento de crise com a pandemia de Covid-19. “Estamos aprendendo muito e sabemos que não podemos caminhar sozinhos. Por isso, a intenção foi dividir conhecimentos para que todos saiam com ideias e melhores resultados”, afirmou.
Os participantes tiveram a oportunidade de entender as formas de montar um gabinete de crise, desde a estrutura física até os profissionais que devem compor a equipe. Além disso, também foram explicadas as maneiras de fazer o gerenciamento de leitos para pacientes com Covid-19 e com outros quadros clínicos, a análise dos insumos disponíveis e como realizar a tomada de decisões, dentre outros assuntos.
Raimundo Nonato Diniz, diretor técnico do Hospital do Coração Anis Rassi e consultor médico do Hospital Sírio Libanês, conduziu parte da palestra e afirmou que o gabinete de crise também é fundamental para a comunicação do hospital. Com um bom trabalho, é possível fazer com que as informações repassadas para a imprensa e sociedade sejam apenas as validadas pelos hospitais, o que é benéfico para a imagem das instituições.
“Em momentos de crise, precisamos ter colaboração e integração. Se agirmos de maneira isolada, vamos ser consumidos pela demanda e ela irá impactar negativamente na credibilidade institucional. É a comunicação que vai promover uma agregação de valor para a instituição”, acrescentou o diretor técnico.
O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, parabenizou a iniciativa, que promoveu o encontro de profissionais de diversas funções. “Hospitais não são aparelhos, paredes e máquinas, são times. O que vimos hoje é muito trabalho, dedicação e amor à profissão. Essa tempestade que estamos vivendo ressalta os hospitais que fazem o melhor e a alta demanda é o resultado de um bom trabalho”, concluiu.
Para conferir o vídeo da reunião, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=NW9NuPsYckU&t=11s
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
ANS consegue suspender medida que obrigava planos de saúde a cobrir teste de coronavírus
ANS decide se testes para covid-19 continuam obrigatórios
Vírus avança na região Centro-Oeste
Aplicativo vai rastrear e monitorar registros pelo celular em Goiás
Caiado assina novo decreto e anuncia testagem em massa em 78 municípios
Anápolis instala mais dez UTI´S para pacientes com coronavírus
Cardiologista de Anápolis discorda do uso da Cloroquina pela rede municipal
Os polêmicos vídeos de médicos que recomendam tratamentos sem comprovação para a covid-19
Kit Covid-19 divide médicos
MPF-GO pede e Justiça nega tratamento da Covid-19 com cloroquina pelo Estado
Ainda sem registro de imunidade de rebanho
Goiás tem mais de 38 mil casos e 910 mortes
Dados de mortes têm defasagem
Goiânia está sem monitoramento da pandemia por bairros
Escola de Saúde de Goiás lança cursos EaD contra Covid-19
Grupo América inaugura Pronto Atendimento Cora Coralina
Decreto amplia prazos para suspensão de contratos e redução de jornada e salário
ESTADO DE S.PAULO
ANS consegue suspender medida que obrigava planos de saúde a cobrir teste de coronavírus
Exame avalia se há a presença dos anticorpos IgA, IgG ou IgM no sangue de pacientes que foram expostos ao vírus
A Agência Nacional de Saúde Suplementar ( ANS ) conseguiu na Justiça suspender efeitos da medida cautelar proferida em ação civil pública que obrigava planos de saúde a cobrir o teste sorológico para detectar a infecção pelo novo coronavírus . A decisão é temporária.
O exame avalia se há a presença dos anticorpos IgA, IgG ou IgM no sangue de pacientes que foram expostos ao vírus. A decisão da Justiça será levado para discussão da Diretoria Colegiada da ANS, que avaliará a medida a ser tomada. Enquanto isso, no entanto, continua válida a Resolução Normativa nº 458, que desde o dia 29 de junho obrigou os planos de saúde a oferecerem os exames sorológicos.
A Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps), que entrou com a ação civil para obrigar a cobertura, disse que a atitude da ANS é uma afronta . A atitude da ANS em ingressar com um Agravo de Instrumento para derrubar a liminar é uma afronta, uma falta de respeito aos consumidores que pagam pelos seus planos e seguros de saúde.
Os exames sorológicos atendem a uma necessidade durante essa pandemia que de acordo com a indicação médica vai dizer o nível de anticorpos pela titulação do IGG e IGM. A ANS não considera o exame importante, pois as operadoras que devem pagar pelo procedimento da sorologia. Enquanto isso a Anvisa autoriza farmácias e drogaria a vender testes sorológicos , afirmou Renê Patriota, coordenadora executiva da entidade, que deve entrar com recurso.
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AGÊNCIA BRASIL
ANS decide se testes para covid-19 continuam obrigatórios
Debate será feito em reunião marcada para amanhã
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decide na próxima reunião de diretoria, marcada para amanhã (16), se o teste para detecção de covid-19 continua no rol de procedimentos obrigatórios dos planos de saúde. Os exames foram incluídos no dia 29 de junho , por causa de uma decisão judicial.
A liminar, no entanto, foi derrubada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), a pedido da própria ANS. A agência informou que entrou com o recurso porque há risco para os beneficiários quando se incorporam novas tecnologias sem uma devida análise criteriosa.
"Estudos e análises de diversas sociedades médicas e de medicina diagnóstica mostram controvérsias técnicas em relação aos resultados desse tipo de exame e a possibilidade de ocorrência de alto percentual de falso-negativo. Suscitam dúvidas também quanto ao uso desses exames para o controle epidemiológico da covid-19. A decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, portanto, visa a proteger os indivíduos e promover a saúde pública num cenário ainda incerto em relação à pandemia", diz nota da ANS.
A agência informou que, independentemente das decisões judiciais, já faz avaliações técnicas sobre a incorporação de testes sorológicos para o novo coronavírus no rol de procedimentos.
Enquanto a diretoria colegiada da ANS não decide sobre o assunto, os testes IgA, IgC e IgM continuam obrigatórios em algumas situações clínicas, como gripe com quadro respiratório agudo (com febre, tosse, dor de garanta, coriza ou dificuldade respiratória) e síndrome respiratória aguda grave (dificuldade para respirar, pressão persistente no tórax, saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada nos lábios e rosto).
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DIÁRIO DA MANHÃ
Vírus avança na região Centro-Oeste
A epidemia do novo corona-vírus tem se acelerado nas Regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil nas últimas semanas, de acordo com dados de mortalidade divulgados pelas secretarias estaduais de Saúde e compilados por um consórcio de veículos de imprensa do qual o Estadão faz parte.
Os números deste levantamento são agregados em um intervalo de sete dias, de forma a minimizar as oscilações causadas pelo atraso de notificações em fins de semana e feriados. Nessas ocasiões, os óbitos divulgados costumam ser artificialmente mais baixos, o que cria altos e baixos inverídicos nas estatísticas. Para evitar esse problema, o cálculo revela a média de mortes diárias registradas em cada semana.
Uma série de indicadores mostra como a covid-19 começou a afetar de forma mais intensa as Regiões Sul e Centro--Oeste, que até agora pareciam ter sido poupadas de epidemias locais em grande escala. Na primeira semana de junho, as duas regiões juntas eram responsáveis por cerca de 4% das novas mortes registradas a cada dia no País. Hoje, já representam quase 18%. Essa dinâmica de crescimento fica ainda mais evidente ao comparar a curva de evolução da doença no Sul e no Centro-Oeste com as demais regiões do País.
Entre a primeira semana de junho e anteontem, a média diária de óbitos no Sul passou de 21 para 98, o que representa um aumento de 367%. No Centro-Oeste, no mesmo período, a média de mortes por dia saltou ainda mais: foi de 19 para 114, uma variação de 500%.
Nesse mesmo intervalo, a média no Sudeste passou de 461 para 470 No Nordeste, o valor foi de 347 para 384. Nesses casos, ocorreu um aumento de 2% e 11%, respectivamente, o que indica uma tendência de estabilização. Já no Norte, a variação foi de 170 para 81, uma queda de 52%.
Isolamento
Infectologista da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, Fábio Lopes Pedro afirma que as medidas de isolamento social adotadas nas Regiões Sul e Centro-Oeste adiaram o aumento de casos e, consequentemente, de mortes.
Brasil se aproxima de 2 milhões de casos
O Brasil registrou 1.300 novas mortes por covid-19, elevando o total de óbitos pela doença a 74.133, segundo dados divulgados ontem (14) pelo Ministério da Saúde. No balanço de 24 horas, 41.857 casos do novo coronavírus foram confirmados. Com isso, o número total de casos no País chega a 1.926.824. Desse total, 1.209.208 (62,8%) correspondem ao número de recuperados e 643.483 (33,4%) doentes ainda em acompanhamento. Há ainda cerca de 3.928 mortes em investigação. O Estado de São Paulo tem 386.607 casos do novo coronavírus e 18 324 mortes. O Ceará registrou 139.437 casos da doença e 6.977 óbitos. O Rio de Janeiro tem 132.822 casos e 11.624 mortes.
Goiás
Goiás registrou 1,072 casos e 30 óbitos de Covid-19 no balanço de 24h divulgado ontem. Com isso o estado chegou a 38.008 pessoas infectadas pela doença e 910 mortes. 11.429 pessoas foram curadas da infecção. Ao todo o estado tem 91.494 casos suspeitos e outros 41.788 descartados. Em relação aos óbitos, a taxa de mortalidade é de 2,39%. Existem ainda 61 óbitos suspeitos e outros 559 descartados. Dos 246 municípios, 227 já tem casos confirmados da doença.
Goiânia
A capital registrou ontem, em 475 bairros, um total de 10.158 casos, 348 a mais do que o registrado na segunda-feira.
No total, 273 óbitos estão confirmados. 8.549 pessoas se recuperaram da doença.
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Aplicativo vai rastrear e monitorar registros pelo celular em Goiás
Com o aplicativo "Dados do Bem", o Estado e 78 prefeituras goianas vão identificar suspeitos e diagnosticados com coronavírus, além de indicar quem deverá fazer o teste
Com o nome de "Dados do Bem'," o Governo de Goiás disponibilizará em breve um aplicativo que tem como objetivo rastrear e monitorar goianos com suspeita de Covid-19 ou já diagnosticados. A ferramenta foi apresentada na última segunda-feira (13/07) pelo governador Ronaldo Caiado em videoconferência, acompanhado dos secretários Ismael Alexandrino (Saúde) e Adriano da Rocha Lima (Governadoria), a prefeitos, secretários municipais de Saúde, presidentes de associações e sindicatos de profissionais da área da saúde, entre outros agentes que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus.
Desenvolvido pelo Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino, em parceria com a Zoox Smart Data, o aplicativo foi doado ao Governo de Goiás. A previsão é de que o contrato seja assinado entre a empresa e o Estado até a próxima quarta-feira para que, em seguida, as prefeituras goianas possam fazer a adesão. A ferramenta já está disponível nas lojas virtuais Google Play e App Store e é utilizada também pelo Governo do Rio de Janeiro.
A princípio, a adesão poderá ser feita pelos 78 municípios, entre os que têm o maior percentual de contaminação e as cidades turísticas. A escolha foi determinada por critérios técnicos elaborados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). "Esses 78 municípios devem ter quase 2/3 da população de Goiás. Estamos falando de aproximadamente 4,5 milhões de pessoas.
É um universo muito grande" ressaltou o governador. Também nesta segunda-feira, Caiado anunciou a ampliação da testagem em massa da população dessas 78 cidades, a partir do rastreamento via aplicativo, e por meio de outra parceria. Desta vez, um convênio que está sendo firmado com o Instituto Butantan, de São Paulo, e o programa Todos Pela Saúde, do Banco Itaú em parceria com outros órgãos.
Empenho
Para que o rastreamento seja realizado da forma adequada será necessário o empenho de cada município goiano para a divulgação e popularização do aplicativo, conforme o secretário da Saúde, Ismael Alexandrino. "É um projeto muito bem estruturado, mas o Estado não consegue executá-lo sozinho. Precisamos, mais do que nunca, fazer a nossa atenção primária funcionar neste momento e serem atores e protagonistas nesse processo"," pontuou. Ou seja, a atuação dos agentes de saúde, agentes de en-demias, enfermeiros, técnicos de enfermagem e os médicos que atuam em cada cidade são fundamentais neste processo.
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Caiado assina novo decreto e anuncia testagem em massa em 78 municípios
Durante o detalhamento das primeiras normas de flexibilização das atividades econômicas desde que Goiás começou a quarentena alternada nos últimos 15 dias, o governador Ronaldo Caiado anunciou,ontem que a testagem em massa para detectar casos de Covid-19 na população começa a ser feita em 78 municípios.
Os critérios técnicos para a escolha das cidades foram elaborados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), por meio Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). "Ficaremos responsáveis pela coleta, e a Fiocruz pelo transporte do material e divulgação do resultado em até 48 horas. Acredito que teremos a capacidade de rastreamento da doença muito grande, pedindo o apoio de todas as estruturas municipais para podermos realizar o isolamento", explicou Caiado, ao relembrar que o trabalho deverá contar com a mão de obra de assistentes sociais e agentes comunitários de saúde das prefeituras.Em Goiás, o RT-PCR será também disponibilizado a pacientes com quadros leves ou apenas sintomas gripais, como foi feito na Nova Zelândia, um dos primeiros países a controlar o avanço do coronavírus no mundo. O governador estima que quase dois terços da população devem ser testados, medida que, acompanhada da estratégia de isolamento intermitente, tem o objetivo de manter a curva de contágio estável, principalmente neste momento de abertura do comércio, programada para hoje.
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Anápolis instala mais dez UTI´S para pacientes com coronavírus
A Unidade de Terapia Intensiva do Centro de Internação Norma Pizzari Gonçalves conta com mais dez leitos exclusivos para pacientes de Anápolis. Agora são 16 leitos com respiradores, fora a sala de estabilização, somente no local. Com isso, a cidade passa a ter 43 vagas de tratamento intensivo para anapolinos com sintomas ou confirmados para Covid-19.
Uma parte da enfermaria da unidade foi adaptada para receber os respiradores que são utilizados em pacientes graves. O Centro de Internação ainda possui mais 30 leitos de enfermaria e 20 deles contam com aparelhos que ajudam a melhorar a respiração. "Temos os aparelhos de CPAP e ainda fazemos o protocolo de fisioterapia pulmonar que vem surtindo efeitos positivos e evitando a intubação de muitos pacientes", explica o secretário municipal de Saúde, Lucas Leite.
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CONTEXTO
Cardiologista de Anápolis discorda do uso da Cloroquina pela rede municipal
Segundo ela, o medicamento, em pacientes debilitados pela Covid-19, pode provocar efeitos colaterais agravantes ou mesmo a morte
José Aurélio Mendes Soares
"Uma polêmica que não deveria existir". Foi assim que a médica Ludhmila Hajjar definiu as discussões sobre a eficácia da Cloroquina no tratamento da Covid-19. Especializada em Cardiologia, professora associada de cardiologia da FMUSP, coordenadora da UTI cardio covid do HFMUSP e diretora de Ciências Tecnológicas e inovação da SBC, Ludhmila acumula ainda outros títulos, que a credenciam de forma especial a opinar e argumentar sobre o assunto.
Natural de Anápolis, Já deu entrevistas à redes nacionais e internacionais de TV, rádio e jornal, assim como na Internet, e é conselheira do prefeito Roberto Naves para assuntos de saúde. Durante entrevista concedida ao jornalista Jairo Mendes, ela foi eloquente ao discordar do protocolo adotado pela Secretaria Municipal de Saúde do município, que oferece a Cloroquina como opção no tratamento da doença.
Efeitos Colaterais
A cardiologista explicou que cada médico tem autonomia para prescrever o que achar mais adequado ao seu paciente. Porém ela, como médica do coração, falou dos efeitos colaterais da Cloroquina sobre esse órgão importante do corpo, que já fica bastante prejudicado no paciente com sintomas graves da Covid-19. "A administração dela pode ter efeitos colaterais sobre o coração do paciente. E sabemos que os casos graves da doença já debilitam o coração, o que torna o uso perigoso", detalhou.
Ludhmila contou que a Cloroquina ganhou popularidade depois que um estudo, envolvendo um grupo muito pequeno de pessoas, foi publicado na Internet e chegou às mãos de governos pressionados por uma solução. Alguns compraram a ideia, outros não, por critérios puramente ideológicos e políticos. "Estudos sérios e a utilização por décadas já comprovaram a existência dos efeitos colaterais. Mas não existe nenhuma prova científica de que esse remédio traga qualquer benefício no tratamento ou na prevenção da doença. Zero provas, zero embasamento científico", enfatizou.
Ela também disse o mesmo sobre a Ivermectina, um remédio contra parasitas que vem sendo indicado como prevenção por alguns médicos. "A ciência é quem deveria dar a opinião final nesse assunto. Essa é uma polêmica que nem deveria existir porque não há estudos que comprovem que a cloroquina faça bem. Ela é usada para impedir a replicação da malária dentro do organismo. Mas isso não tem necessariamente o mesmo efeito sobre o novo coronavírus".
Resultados positivos
Sobre o efeito positivo do uso do medicamento em pacientes de todo o mundo, Ludhmila explicou como funciona a comprovação científica no universo da medicina. Ela disse que 80% dos infectados terão nenhuma reação ou apresentarão sintomas fracos ou moderados. "O que reage nesses casos é o sistema imunológico do indivíduo, independente se ele use água benta ou Cloroquina. Ele vai reagir e o mérito fica para qualquer coisa que ele tiver usado durante a recuperação. Só uma porcentagem baixa de pessoas manifestam sintomas graves e, nelas, não é evidente a eficácia do remédio", reforçou.
"Para ter eficácia comprovada são necessários estudos, não só em laboratório, mas em milhares de pacientes, em diversas circunstâncias, até que se isole com precisão as provas de causa e efeito, o que leva anos e não meses", continuou. Perguntada sobre o protocolo da Secretaria Municipal de Saúde, que administra a Hidroxicloroquina em pacientes com sintomas leves e moderados, a cardiologista foi assertiva ao afirmar que não apóia essa prática. "Aconselho o prefeito Roberto Naves, mas essa decisão não teve a minha aprovação".
A médica criticou ainda o Governo Federal e o Ministério da Saúde que divulgam e distribuem a Cloroquina "como se fosse uma solução para o problema". Em entrevista exclusiva ao CONTEXTO, o secretário de Saúde de Anápolis, Lucas Leite, confirmou que o medicamento está à disposição dos profissionais para ser administrado com critério, se necessário. Lucas informou que está respeitando uma portaria do Conselho Federal de Medicina e uma recomendação do Ministério da Saúde.
O secretário afirmou que, de fato, não existe comprovação científica da eficácia da Cloroquina sobre pacientes da Covid-19, mas "por falta do tempo necessário para a conclusão dos estudos". "Empiricamente dizendo, ou seja, observando, já existe a contatação de que os pacientes melhoram. Principalmente nas fases menos agudas da doença, por isso, deixamos a opção de usar ou não a substância, que é fornecida gratuitamente pelo Governo, à cargo do médico", completou.
Mas, existiria alguma forma de curar o paciente com Covid-19? A Dra. Hajjar disse que corticóides como a Dexametasona, também usada no protocolo municipal, é bastante efetiva na redução dos sintomas e possui eficácia comprovada cientificamente no tratamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que é um dos principais sintomas dos infectados em condições severas. "No mais é oferecer o suporte adequado para que o organismo vença a batalha contra o vírus, usando respiradores, equipamentos, medicamentos com eficácia comprovada e uma equipe qualificada de profissionais, soluções para as quais o Governo Federal deveria estar voltado desde o início da pandemia", finaliza.
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BBC BRASIL
Os polêmicos vídeos de médicos que recomendam tratamentos sem comprovação para a covid-19
Sociedades médicas brasileiras alertam para riscos de publicações que incentivam uso de determinados medicamentos contra novo coronavírus
"Bom dia! Estão recomendando tomar esse remédio. Há alguma contraindicação no meu caso?", perguntou um paciente para o infectologista Alexandre Naime, por meio de um aplicativo de mensagens.
O paciente, sem qualquer sintoma, manifestou interesse em consumir o antiparasitário ivermectina para, segundo ele, evitar uma possível infecção pelo novo coronavírus. O homem disse que havia assistido a um vídeo no qual a médica Lucy Kerr compartilhou um "protocolo para a ivermectina contra a covid-19". Na publicação, ela orienta sobre o modo como os pacientes devem consumir o remédio para obter bons resultados.
Em resposta ao paciente, Naime informou que não há qualquer comprovação científica sobre o medicamento para combater a covid-19. O médico também alertou que até o momento não há nenhum remédio comprovadamente eficaz para prevenir o novo coronavírus ou evitar que casos leves se agravem.
Naime classifica como "show de horrores" as constantes publicações sobre indicações de tratamentos para a covid-19 nas redes sociais. Para ele, a situação dificulta ainda mais as ações de prevenção e combate ao novo coronavírus, que já infectou quase 2 milhões de pessoas e deixou mais de 70 mil mortos no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.
Assim como Naime, outros médicos também relatam que vídeos e textos, que afirmam que alguns remédios podem curar ou prevenir a covid-19, têm gerado dúvidas entre os pacientes sobre o tratamento para a doença causada pelo novo coronavírus.
Os médicos que compartilham tratamentos precoces ou profilaxia para a covid-19 nas redes sociais defendem que há alguns estudos e casos de regiões que obtiveram bons resultados com determinada medicação. Em razão disso, afirmam que é importante que esses remédios sejam adotados no tratamento da doença e, por isso, compartilham relatos positivos sobre esses medicamentos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras entidades de saúde internacionais frisam que não há, ao menos por enquanto, comprovação científica de que uma medicação que possa prevenir a covid-19 ou evitar, se usada no início dos sintomas, o agravamento do quadro de um paciente.
Em todo o mundo, há diversos estudos com possíveis medicamentos para combater a covid-19. No entanto, ainda não há tempo hábil para a conclusão de qualquer investigação aprofundada sobre o tema. Isso porque são necessários diversos níveis de testes para chegar a um possível medicamento que possa trazer benefícios aos pacientes.
Desta forma, a principal orientação de organizações médicas é que os tratamentos sejam feitos de forma individualizada, conforme as respostas de cada paciente.
Entidades médicas se preocupam com esses vídeos que defendem determinadas medicações contra a covid-19, pois consideram que eles propagam tratamentos que não têm evidência científica.
Vídeos sobre a covid-19
Os vídeos de médicos defendendo tratamentos sem comprovação costumam citar remédios como a cloroquina e a hidroxicloroquina, a ivermectina e o antibiótico azitromicina. Essas medicações costumam ser as mais citadas entre aqueles que defendem o suposto tratamento preventivo contra o novo coronavírus - mesmo sem respaldo científico.
Nos vídeos, médicos defendem situações como o uso desses remédios logo nos primeiros sintomas da doença, para, segundo eles, evitar que o quadro de saúde do paciente se agrave. Há ainda conteúdos que aconselham que essas medicações sejam usadas de modo profilático, para impedir que o paciente seja infectado pelo Sars-Cov-2, nome oficial do novo coronavírus.
No fim de junho, por exemplo, a live "Tratamento precoce salva vidas" reuniu médicos que afirmam que existe um tratamento que pode evitar que pacientes desenvolvam quadros graves da covid-19. No vídeo, os profissionais defendem o uso de medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina, o antibiótico azitromicina e os antiparasitários nitazoxanida e ivermectina.
Os profissionais de saúde que participam da live afirmam que o paciente pode evitar que seu quadro de saúde se agrave se, logo nos primeiros sintomas, começar a tomar um dos remédios citados. Segundo eles, essa é a única forma de evitar mortes pela covid-19 neste momento. Sem respaldo científico, dizem que tiveram bons resultados em seus locais de trabalho ao adotar protocolos que envolvem os medicamentos que defendem.
Na live, que durou mais de duas horas, os especialistas afirmam que não há nenhum viés político por trás das informações, apesar de adotarem discurso semelhante ao do presidente Jair Bolsonaro sobre o tratamento da covid-19. Todo o vídeo é conduzido pelo jornalista Alexandre Garcia, grande apoiador do presidente. No Twitter, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) compartilhou a live, que atualmente tem mais de 1,8 milhão de visualizações no YouTube, e a classificou como "esclarecedora".
Assim como os médicos, Bolsonaro também defende o uso de medicamentos mesmo sem comprovação científica. Meses atrás, o presidente exigiu que o Ministério da Saúde criasse um protocolo de tratamento contra a covid-19 no qual recomenda o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina para todos os casos, dos mais leves aos mais graves. Ele também já se mostrou favorável ao uso de ivermectina em tratamento precoce contra o novo coronavírus.
Outro ponto abordado sobre o tratamento da covid-19 na live "Tratamento precoce salva vidas" é o uso de medicamentos como forma de profilaxia, para impedir que uma pessoa seja infectada pelo vírus. No vídeo, os profissionais de saúde citam a ivermectina para essa finalidade. No entanto, não há qualquer comprovação científica de medicamento que possa impedir que alguém seja infectado pelo Sars-Cov-2.
Há, entre os inúmeros vídeos de médicos defendendo determinados tratamentos para a covid-19, publicações nas quais são dadas orientações sobre o modo como a pessoa deve consumir os remédios. Nos comentários desses vídeos, muitos discutem, sem qualquer orientação médica, como tomar as medicações para ter um melhor resultado, para prevenir ou tratar o Sars-Cov-2.
Uma das publicações mais famosas na internet sobre a ivermectina é da médica Lucy Kerr, especializada na área de ultrassonografia. Em um vídeo do YouTube, com mais de 1 milhão de visualizações, a médica defende o uso do medicamento e orienta como utilizá-lo de modo profilático ou nas fases iniciais da covid-19.
Lucy diz que os vídeos são fundamentais, pois, segundo ela, "a grande mídia não fala sobre a ivermectina". A médica afirma que teve bons resultados ao tratar pacientes com o medicamento. "Há um monte de trabalho comprovando a eficácia da ivermectina. Na República Dominicana, por exemplo, foram tratadas 1,3 mil pessoas com a covid-19 e isso mostrou que há 99% de chances de cura com a ivermectina", diz à BBC News Brasil.
Apesar das afirmações da médica, os estudos com a ivermectina estão em fase inicial em todo o mundo. Portanto, não é possível atestar a eficácia do medicamento, nem os efeitos colaterais que ele pode ter no tratamento do novo coronavírus. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não reconhece o medicamento, ou qualquer outro, como indicado para a covid-19, por não haver, até o momento, estudos conclusivos sobre o tema.
Críticas a vídeos
Os vídeos compartilhados por profissionais de saúde que defendem tratamentos precoces ou profilaxia contra a covid-19 são duramente criticados por sociedades médicas.
No fim de junho, a Sociedade Brasileira e Pneumologia e Tisiologia (SBPT) lançou uma nota, logo após a live "Tratamento precoce salva vidas". No comunicado, a entidade afirmou que há quantidade enorme de informações falsas "sobre o tratamento da covid-19 circulando nas mídias sociais, as quais, não raro, envolvem médicos que alegam ser pneumologistas".
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) também se manifestou após a live. "Nos últimos dias, muito tem se divulgado nas redes sociais a respeito do uso de medicamentos para a covid-19. Várias destas divulgações que circulam nas mídias sociais são inadequadas, sem evidência científica e desinformam o público", disse nota da entidade.
A SBI ressaltou ainda que o país vive "uma séria crise de saúde pública" e afirmou que o compartilhamento de informações de tratamento sem evidência científica coloca em risco a saúde da população brasileira. "A avaliação do uso de qualquer medicamento fora de sua indicação aprovada (off-label) deve ser uma decisão individual do médico, analisando caso a caso e compartilhando os possíveis benefícios e riscos com o paciente, porém é vedado a publicidade sobre tal conduta.", afirmou a SBI.
Assim como a SBI e a SBPT, outras sociedades brasileiras da área da saúde - como a de bioética, a de cardiologia, a de imunologia e a de Medicina da família - também criticam a divulgação de conteúdos sem respaldo científico.
Membro da SBI, o infectologista Alexandre Naime, chefe de Infectologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP), explica por que os médicos não devem tornar público tratamentos sem comprovação científica.
"O médico pode prescrever uma medicação que não esteja sólida na ciência, mas deve fazer isso no ato médico em particular, durante uma consulta. Isso se chama prescrição. Mas ele não pode fazer apologia ou indicar em redes sociais. Ao falar sobre isso em lives ou vídeos, eles estão divulgando abertamente tratamentos sem benefícios comprovados e incentivando as pessoas a recorrerem a esses remédios, que podem ter efeitos colaterais", diz Naime à BBC News Brasil.
O temor de entidades médicas é que publicações como os vídeos que defendem tratamentos não comprovados cientificamente possam culminar em automedicação, induzir alguns médicos a receitarem determinado medicamento mesmo sem respaldo científico e trazer a falsa sensação de segurança àqueles que adotam determinadas medicações de modo profilático.
Em relação aos medicamentos mais citados nos vídeos dos médicos, a SBI ressalta que grandes estudos com a cloroquina e a hidroxicloroquina não trouxeram bons resultados no combate à covid-19 e ainda apontaram para riscos de saúde, principalmente para o coração. Muitos testes com o medicamento pelo mundo foram suspensos.
Sobre a azitromicina, a SBI ressalta que até o momento não foi comprovado o benefício do medicamento em pacientes com a covid-19.
Em relação aos antiparasitários ivermectina e nitazoxanida (comercializada como o vermífugo Annita), estudos in vitro (em laboratório) apontaram que os medicamentos podem ter atividade contra o Sars-Cov-2. No entanto, essa é apenas a primeira fase das pesquisas Ainda são necessárias outras inúmeras avaliações até chegar aos testes em humanos. Por isso, entidades de saúde consideram que é altamente arriscado que pacientes consumam a medicação por conta própria, se baseando em vídeos da internet.
Já os estudos com o corticoide dexametasona apontaram que ele pode ser eficaz em casos graves, para pacientes que necessitam de oxigênio suplementar ou ventilação mecânica. Sobre casos leves de covid-19, não há qualquer evidência científica de que a medicação possa ajudar.
Especialistas apontam que muitas pessoas podem sentir melhoras depois de usar determinada medicação, mas ainda não é possível ter certeza, ao menos por ora, se isso se deve ao remédio ou ao curso natural da covid-19. Isso porque a taxa de letalidade da doença mostra que a imensa maioria dos infectados vai sobreviver - estudos mostram que somente 5% deles desenvolvem quadro grave, que pode levar à morte.
Posicionamento do CFM
O Código de Ética Médica, do Conselho Federal de Medicina (CFM), afirma que é proibido que médicos divulguem, fora do meio científico, "processo de tratamento ou descoberta cujo valor não esteja expressamente reconhecido cientificamente por órgão competente".
A reportagem procurou o CFM para saber o posicionamento do conselho sobre as diversas lives e outros vídeos compartilhados por médicos que usam as redes sociais para defender medicações sem comprovação científica. A entidade não respondeu especificamente sobre o tema, mas encaminhou um texto com perguntas e respostas sobre a conduta dos profissionais de saúde nas redes.
O texto encaminhado pelo CFM recomenda que os médicos usem, nas redes sociais, informações validadas cientificamente, no intuito de "promover a adoção de comportamentos e hábitos saudáveis". Ainda segundo o texto do CFM, "não é recomendável aos médicos e a qualquer outra pessoa distribuir informações sem que as fontes sejam confiáveis".
"Os médicos devem agir de acordo com o que é preconizado pelo Código de Ética Médica, ou seja, sem utilizar de artifícios que estimulam o sensacionalismo ou o pânico, por exemplo. Por isso, devem buscar abrigo na ciência, em métodos, técnicas e procedimentos que são reconhecimentos pela comunidade médica e científica", diz o texto do conselho.
Segundo o CFM, se uma pessoa identificar que um médico infringiu o Código de Ética, pode denunciar ao Conselho Regional de Medicina (CRM) do Estado em que o profissional trabalha. "Com base nisso, o CRM que vai apurar o assunto e tomar as medidas cabíveis", diz.
De acordo com a entidade, a denúncia faz com que o CRM abra uma sindicância para apurar os fatos. Caso as irregularidades sejam confirmadas, é aberto um processo ético-profissional, "no qual são asseguradas às partes direito à ampla de defesa e contraditório".
"Em caso de condenação, o acusado pode receber penalidades que vão da advertência confidencial até a cassação do seu CRM. Esse processo corre no âmbito do CRM. Após a decisão, caso esteja insatisfeito com o resultado, qualquer uma dos envolvidos - denunciado ou denunciante - pode recorrer ao CFM, que funciona em grau de recurso", explica trecho do texto do Conselho Federal de Medicina.
O CFM não informou se há apuração em algum Estado referente a possível denúncia de médicos que compartilham tratamentos para a covid-19 sem respaldo científico.
Nesta semana, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Estado em que atuam muitos dos médicos que divulgam vídeos sobre remédios para a covid-19, emitiu um alerta sobre o tema. A entidade afirmou que a divulgação e "prescrição de medicamentos/protocolos informais e sem comprovação científica relevante, no contexto da covid-19, por meio de canais públicos, como redes sociais e imprensa, pode configurar infração ao Código de Ética Médica".
"Pela falta de evidências, o profissional não pode divulgar o tratamento com tais medicamentos como eficaz", diz o comunicado do Cremesp.
Nas redes, os médicos que compartilham vídeos nos quais defendem tratamentos contra a covid-19 negam que estejam cometendo qualquer irregularidade. Isso porque alegam que falar sobre o assunto é fundamental para informar a população sobre o tema, pois, segundo eles, os benefícios das medicações que defendem comprovam que há cura para a covid-19.
O impacto dos vídeos e publicações na rede
Médicos ouvidos pela reportagem relatam que esses vídeos de profissionais da saúde que defendem tratamentos sem comprovação científica têm mudado a rotina em consultórios. Isso porque eles consideram que essas publicações influenciam na opinião do paciente sobre os tratamentos contra a covid-19.
De acordo com uma pesquisa online da Associação Paulista de Medicina (APM), 48,9% dos médicos que estão na linha de frente contra a covid-19 afirmam que têm sido pressionados por pacientes ou familiares a prescreverem tratamentos sem comprovação científica.
Ainda segundo o levantamento, 69,2% dos médicos disseram que as fake news, informações sensacionalistas ou sem comprovação técnica interferem negativamente no combate ao novo coronavírus, pois podem incentivar as pessoas a minimizar ou negar o vírus, deixar de seguir recomendações de isolamento social ou não procurar serviços de saúde.
A pesquisa da APM, divulgada na semana passada, foi feita por meio de um questionário respondido por 1.984 profissionais que estão na linha de frente contra a covid-19 em todo o país.
Apesar das críticas de sociedades médicas, as lives e os outros vídeos que divulgam tratamentos para a covid-19 sem comprovação científica continuam se multiplicando pela internet.
A reportagem entrou em contato com representantes das redes sociais, que afirmam que estão atentos aos conteúdos propagados em meio à pandemia do novo coronavírus.
Não há um posicionamento oficial das redes sociais sobre os vídeos dos médicos que defendem tratamentos para a covid-19 com medicamentos que não têm, ao menos por enquanto, comprovação científica. Enquanto outros tipos de publicações recebem alertas nas redes ou até são apagadas por propagar notícias falsas ou duvidosas sobre o novo coronavírus, os compartilhamentos sobre tratamentos sem comprovações científicas se propagam sem qualquer interferência.
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O HOJE
Kit Covid-19 divide médicos
Entidades divergem sobre eficácia no uso de Ivermectina e outros medicamentos contra o Sars-CoV-2
A polarização em torno de dois modelos do tratamento da Covid-19 extrapola a questão médica e se torna política.
Há o modelo pré-hospitalar que trabalha com prevenção e terapia da doença instalada por meio de medicamentos.
Nesse modelo, vários protocolos orientam o uso de Ivermectina, Vitamina D3, Sulfato de Zinco e Hidroxicloroquina.
No outro polo, existe o modelo hospitalar que não reconhece os benefícios da profilaxia medicamentosa e defende apenas o uso de fármacos que tratam os sintomas até a internação do paciente. A distribuição de kits de remédio pelo SUS é alvo de debate.
Um dos medicamentos recomendados pelo modelo pré hospitalar é o uso de Ivermectina em estágio de prevenção da doença. No entanto, de acordo com o Ministério da Saúde e a autoridade sanitária do governo dos EUA, Food and Drug Administration (FDA), não há nenhuma comprovação científica de que a Ivermectina seja um medicamento eficaz para tratar pacientes com Covid19. Os outros medicamentos também estão sendo distribuídos junto com a Ivermectina em "kits" por prefeituras e por sistemas de saúde privados, mas nenhum deles tem estudos que comprovem sua eficácia no combate à Covid-19.
No modelo pré-hospitalar frente à doença instalada, considera-se três fases clínicas. Na fase inicial, é feito o uso dos medicamentos descritos na profilaxia acrescidos de Azitromicina e anticoagulante.
Para a fase intermediária, é acrescentado a corticoterapia tipo Prednisona e pode-se fazer a troca de Azitromicina por outro antibiótico de largo espectro. Na fase avançada o doente deve estar internado, com acesso à UTI com indicação para intubação e soro de convalescente.
No modelo hospitalar não há reconhecimento dos benefícios da profilaxia medicamentosa e nem a utilização referente às fases inicial e intermediária. Este modelo defende o uso de fármacos sintomáticos até a fase avançada no ambiente hospitalar, em UTI com procedimentos de intubação para os casos mais graves.
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) afirma que os antiparasitários Ivermectina e Nitazoxanida mostraram atividade contra o novo Coronavírus em experimentos in vitro, mas destacam que ainda não há comprovação de eficácia dos medicamentos.
Pacientes assumem risco A vendedora Nara Rúbia Caetano foi diagnosticada com a Covid-19 no início deste mês.
Ela descobriu que estava com a doença depois que a empresa em que trabalha realizou testagem dos funcionários.
Nara estava apenas com sintomas leves da doença e teria continuado a ir trabalhar se não tivesse sido testada. "Estava sentindo dores lombares e de cabeça. Além de um cansaço muito forte, mas achei que era por causa do trabalho", relata a vendedora.
Apesar de ter sido testada positivamente para a doença na testagem que a empresa realizou, Nara buscou o teste pelo método PCR-H no Hospital de Campanha de Goiânia, mas o teste não foi realizado porque ela apresentava apenas sintomas leves. No entanto, a vendedora foi atendida por uma médica que optou pelo método pré-hospitalar com uso de medicamentos para tratá-la.
Ela tomou Ivermectina, Azitromicina, Vitamina D e Zinco por duas semanas. "A médica afirmou que o tratamento não tinha comprovação científica, mas alertou que os medicamentos não fariam mal", diz.
Nara afirma que não sentiu nenhum efeito da medicação em seu corpo. "Como eu fiz o teste no trabalho, por acaso, eu já estava no ciclo final da doença, já não tinha mais sintomas". A vendedora foi diagnosticada com Covid-19 no início do mês, mas já se recuperou e voltou ao trabalho.
Conselhos O Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRFGO) se posicionou contra o uso indiscriminado de fármacos que não tenham eficácia comprovada no combate a Covid19, mas a distribuição de kits com medicamentos preventivos tem apoio de um grupo de médicos em Goiás. O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) não se posicionou sobre o assunto.
Por meio de nota, a Associação Médica do Estado de Goiás (AMG) tece uma série de considerações para reconhecer os dois modelos de prevenção e tratamento da doença e reconhece a polarização política da classe médica em relação a eles. Diante do reconhecimento da AMG, a Associação defende que o princípio adotado para a escolha do modelo mais adequado no tratamento ou prevenção da doença deverá se basear no princípio da bioética que é a autonomia do profissional médico e do paciente em relação aos tratamentos.
A AMG defende que a prática médica de transformar o "verbo em ação" deve ser estimulada. Ela se baseia no princípio de que o modelo que melhor convencer o médico deve ser aplicado a todos os pacientes, sejam eles pobres, ricos, desconhecidos, membros da minha família e para o próprio profissional. No entanto, a Associação ainda diz que o médico não deve omitir ao paciente a possibilidade do uso dos dois modelos aventados e permitir que a autonomia da vontade dos pacientes seja respeitada na plenitude
Tratamento pré-hospitalar gera debate político e judicial
A liminar que pedia a obrigatoriedade do Estado e município de Goiânia a garantir a distribuição de tratamento ambulatorial precoce a pacientes diagnosticados com Covid-19 foi negado pelo juiz federal Euler de Almeida Silva Júnior. A ação civil pública foi proposta pelo Ministério Público Federal (MPF-GO).
O juiz justificou que a atuação jurisdicional poderia implicar ofensa ao princípio constitucional da autonomia dos Poderes. O tratamento em debate faz o uso de cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e adjuvantes, como veiculados pelo Ministério da Saúde na Nota Informativa nº 09/2020-SE/GAB/SE/MS e atualizações supervenientes. De acordo com o magistrado, a escolha da "melhor evidência científica" aplicável concretamente ao SUS, no âmbito farmacológico, é matéria de mérito administrativo e a decisão não cabe ao Juízo Federal.
Para o autor da ação feita pelo Ministério Público, o procurador da república Ailton Benedito, todas as alternativas farmacológicas seguras que apresentaram resultados positivos no combate à pandemia deveriam ser considerados pelas autoridades sanitárias. O procurador recomendou ao Estado de Goiás e ao Município de Goiânia que providenciassem a distribuição dos medicamentos nas respectivas unidades de saúde do SUS, mas não teve êxito e optou por ajuizar a Ação Civil Pública que foi negada.
Política O deputado federal Zacharias Calil (DEM) defende o tratamento preventivo para Covid-19 e afirma que a Câmara dos Deputados vai se posicionar sobre o dilema. A declaração foi feita na manhã da última segunda-feira (13) no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, durante coletiva de imprensa convocada pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) e o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB) sobre o novo decreto da volta de atividades econômicas.
O parlamentar é cirurgião médico e acredita que o tratamento preventivo seria a estratégia mais eficaz para evitar que o sistema de saúde entre em colapso, diminuindo a demanda por leitos de UTI.
"Muita gente critica e fala que é uma 'balela', que não tem estudo científico, mas como falar para o paciente não fazer se ele chega em seu consultório e quer fazer? Temos que dar opção", declarou.
Zacarias acredita que o tema médico está sendo polarizado politicamente. "Está havendo uma politização da área sanitária e da política em si. O tratamento precoce hoje é o mais indicado. É uma doença desconhecida e nós temos que tomar uma posição e a nossa comissão na Câmara vai tomar essa posição", disse. Ele ainda afirma que o tratamento precoce vai evitar que pacientes lotem os leitos de UTIs. O deputado também defendeu o uso preventivo de Ivermectina na profilaxia da doença, afirmando que ele e toda a família fizeram uso do fármaco.
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MPF-GO pede e Justiça nega tratamento da Covid-19 com cloroquina pelo Estado
Nielton Soares
A Justiça Federal negou liminar ao Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO) obrigando que a União, o Estado de Goiás e o Município de Goiânia concedesse tratamento precoce com cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e semelhantes para pacientes com a Covid-19 em Goiás.
O Estado de Goiás, por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), informou que há ausência de evidências científicas evitando a inclusão dos medicamentos relatados pelo MPF no protocolo e diretrizes de entidades de saúde para o tratamento inicial de pacientes com a doença.
A PGE alegou ainda que há estudos, trabalhos científicos e as manifestações de entidades médicas que evidenciam a ineficácia dos medicamentos citados na ação. Tais argumentos foram aceitos pelo juiz federal, Euler de Almeida Silva Júnior, da 9ª Vara Federal Cível em Goiás.
Silva Júnior frisou que neste momento não é papel da Justiça determinar quais estudos científicos estão certo ou errado e, assim, buscar incorporá-los no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) dos entes federativos.
Para o magistrado, a decisão favorável ao MPF poderia acarretar muita procura ao serviço de saúde, a intensificação do conflito na relação paciente-médico, além de prejuízo da autonomia profissional deles e da liberdade de opção terapêutica do paciente.
Na decisão, o juiz deu prazo de cinco dias para o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goias (Cremego) se manifestar sobre a prescrição e o fornecimento dos medicamentos referidos na ação civil pública (ACP) no tratamento precoce aos pacientes diagnosticados com a Covid-19.
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FOLHA PRESS
Ainda sem registro de imunidade de rebanho
Não há qualquer evidência científica de que o Brasil esteja próximo de atingir a chamada imunidade de rebanho para o novo coronavírus, segundo Marcos Espinal, diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis e Determinantes Ambientais da Saúde da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), braço regional da OMS (Organização Mundial da Saúde), em entrevista online a jornalistas nesta terça (14).
À medida que as pessoas se infectam pelo novo coronavírus, desenvolvem um grau de resistência: a chamada resposta imune. Os anticorpos produzidos pelo organismo de cada um exposto ao vírus servem como obstáculo à disseminação desse mesmo vírus dentro de uma população. Quando a porcentagem de pessoas "imunizadas" aumenta, o "rebanho" - isto é, a população - acumula barreiras cada vez maiores e, com isso, confere proteção àqueles que ainda poderíam ser infectados. Esse efeito é chamado de "imunidade de rebanho".
Espinal citou estudos brasileiros e internacionais para afirmar que a imunidade de rebanho só é atingida quando entre 50% e 80% de uma população tem contato com o vírus. Manaus, que ficou interacionalmente reconhecida como uma das cidades brasileiras mais atingidas pela pandemia de Covid-19, teria apenas 14% da população afetada, segundo pesquisa brasileira eitada pelo diretor.
"Não há qualquer evidência de que o Brasil ou partes do país tenham atingido a imunidade de rebanho. No caso de Manaus, estamos longe de chegar a essa conclusão. Ainda vemos uma alta ocupação dos leitos na cidade", disse Espinal.
Essa prevalência necessária e inalcançada, aliás, não se restringe ao Brasil, segundo o diretor. Populações de países que não impuseram medidas restritivas fortes e por isso, em tese, foram mais expostas ao vírus, não atingiram patamares maiores de imunidade. É o caso da Suécia, onde apenas 7% de sua população teve contato com vírus entre abril e maio, segundo Espinal. O diretor afirma que a própria ideia de imunidade para o novo coronavírus ainda está em discussão pela comunidade científica.
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Goiás tem mais de 38 mil casos e 910 mortes
Goiás contabilizou até esta terça-feira (14) mais de 38.008 casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) de acordo com boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). Deste total, 1.072 ocorreram nas últimas 24 horas, período em que houve 30 óbitos. O total de mortes soma 910.
A secretaria ainda informou que existem 91.494 registros suspeitos em investigação e outros 41.788 já foram descartados. O total de recuperados, segundo a pasta, é de 11.429.
A SES-GO informou que a taxa de letalidade em Goiás é de 2,39%. O Estado ainda apura 61 óbitos que são considerados suspeitos e seguem em investigação para verificar a possível relação com a Covid-19. Já foram descartadas, depois de análises laboratoriais, 559 mortes que inicialmente foram consideradas suspeitas nos municípios goianos.
O Estado tem mais mulheres infectadas. Até agora são mais de 19,7 mil. Já os homens somam 19,2 mil afetados pela doença. Considerando as idades, pessoas com idades entre 30 e 39 são as mais contaminadas, com 10.104 casos. A faixa etária entre 20 e 29 anos aparece em segundo lugar com 8.012 casos. Em terceiro está o grupo de 40 a 49 anos com 7.936 infecções.
Entre as cidades, Nova Roma continua a única sem casos confirmados. Os três suspeitos que chegaram a ser investigados na cidade foram descartados. Em outras 18 cidades existem apenas casos suspeitos e nas outras 225 cidades goianas há confirmações da doença.
Capital
Goiânia tem 10.158 casos do novo coronavírus, com 348 novas confirmações em 24 horas. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) detalhou que 273 das infecções se referem a mortes pela doença, com um registro a mais desde o boletim da última segunda-feira (13). Há 253 pessoas que testaram positivo para a Covid-19 e continuam internadas, outras 1.043 estão isoladas em casa e 8.589 recuperadas.
A pasta informou no boletim divulgado na tarde de desta terça-feira que 5.195 infectados são mulheres e 4.963 são homens. A faixa etária mais afetada ainda é de jovens com idades entre 20 e 39 anos, com 4.430 casos. Depois aparecem pessoas entre 40 e 59 anos, com 3.653 casos. Idosos com mais de 60 anos estão em quarto no ranking de infectados.
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Dados de mortes têm defasagem
Atraso no fluxo de informações causa discrepância em estatística e dificulta percepção mais apurada do estágio da pandemia. Diferença entre o valor oficial e o real já chegou a ser de 32%
O atraso para o registro oficial de mortos pelo novo coronavírus tem aumentado e impede uma visão verossímil da pandemia em Goiás. A quantidade de óbitos que só são divulgados após vários dias depois da morte tem aumentado. A mortes veiculadas pelo Estado entre 4 de junho e 4 de julho eram entre 16% e 32% menores que o número acumulado real. A reportagem usou o mesmo método de comparação utilizado por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) em nota técnica divulgada no início deste mês, que alertava para esta defasagem.
O pico desta discrepância ocorreu no dia 29 de junho, uma segunda-feira, quando a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou o número de 437 mortes por Covid-19 no Estado. No entanto, 193 óbitos que ocorreram até aquele dia ainda não haviam sido adicionados no sistema ou confirmados por exame, considerando os dados que se têm até sexta-feira (14). Assim, o número real de óbitos naquele dia era de 630. Até a publicação desta edição, os números oficiais são de 910 óbitos.
A diferença entre os números pode ser explicada por vários fatores, mas que basicamente são dois: demora para a morte ser inserida no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe), do Ministério da Saúde, utilizado pela SES-GO para divulgar os dados, e demora para a morte ser confirmada por teste RT-PCR.
Professor doutor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFG, Thiago Rangel, que participou da elaboração desta pesquisa, pondera que este atraso é diferente de subnotificação. Subnotificados são os casos que não são identificados.
"Subnotificação é quando não entrou em lugar nenhum, ficou como síndrome respiratória aguda grave, mas não fez teste de Covid-19. Neste caso, é atraso, defasagem, porque o óbito vai ser notificado em algum momento", explica o pesquisador.
Assim como a subnotificação, este atraso traz prejuízos para uma leitura da pandemia em Goiás. Além da população ter uma dimensão atrasada da quantidade de mortos, há diferença em alguns tipos de leitura, como da taxa de letalidade do vírus no Estado. Considerando as mortes pela data de divulgação, a taxa de letalidade de Goiás é de 2%, ou seja, 2 de cada 100 casos confirmados de Covid-19 morreram. No entanto, considerando estes óbitos inseridos no sistema tardiamente, a taxa de letalidade de Goiás seria de 4%, segundo estudo dos pesquisadores.
Interior
"O avanço da Covid-19 para o interior do Estado durante o mês de maio aumentou substancialmente o atraso da confirmação dos óbitos, uma vez que as secretarias municipais do interior do Estado possuem menos recursos hospitalares e humanos para as investigações de causa, como será discutido em detalhes a seguir", diz trecho da nota técnica dos pesquisadores da UFG, que aponta um dos fatores para este maior atraso na notificação de óbitos.
Thiago Rangel relata que costuma ouvir reclamações dos municípios sobre dificuldade de entrar no sistema. Além disso, a maior parte das cidades tem uma planilha própria de registro dos dados de coronavírus e elas acabam deixando o sistema em segundo plano.
Estes mesmo problemas do sistema de registro do Ministério da Saúde foram citados em reunião do Centro de Operações de Emergência (COE) de 29 de abril. Na época, um gestor da SES-GO relatava que havia muitos problemas de internet nos municípios, falta de equipe capacitada para alimentar o sistema e instabilidade do sistema.
Na época, Goiás tinha 27 mortes confirmadas e a SES-GO ainda tinha uma planilha paralela com os registros de novos casos e óbitos. Como os números começaram a aumentar e ficou difícil alimentar esta planilha sozinha, eles mudaram a coleta dos dados. A partir de 8 de maio, as estatísticas de Covid-19 passaram a depender da alimentação do sistema do MS pelos municípios.
Diferença entre boletins
A cidade de Minaçu, no extremo Norte de Goiás, tem 23 casos confirmados do novo coronavírus e três óbitos, segundo o boletim municipal divulgado pela Prefeitura. No entanto, segundo o painel da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), o município tem 17 casos confirmados e nenhum óbito.
O primeiro óbito de paciente com Covid-19 em Minaçu ocorreu no dia 29 de junho e foi divulgado pelo jornal O POPULAR. Belcina Valadares, de 81 anos, não conseguiu vaga de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital de Campanha (HCamp) mais próximo, que estava lotado, e foi transferida para o HCamp de Águas Lindas, onde morreu. Seu esposo, Ulisses Valadares, que também contraiu a doença, morreu dias depois. A Vigilância Epidemiológica do município garante que inseriu os três casos no sistema.
Assim como o caso de Minaçu, outros municípios apresentam divergências com os dados divulgados pela SES-GO. Na última terça-feira (14), Rio Verde tinha 103 mortos por Covid-19 no boletim municipal, mas no do Estado eram 93. Em Águas Lindas a situação era inversa, o Estado divulgou mais mortos (45) que a prefeitura (34).
A presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems-GO), Verônica Savatin, fala de duas hipóteses para a demora do caso entrar no sistema: o fato do laudo do exame de Covid-19 não sair até o dia da morte e os óbitos que ocorrem de moradores da cidade em hospitais da rede privada, sem conhecimento da secretaria municipal de saúde.
Em nota, a SES-GO disse que monitora rigidamente essa situação e que tem feito um trabalho de orientação, capacitação e monitoramento para que o município cumpra o papel de digitar os dados.
A SES-GO garantiu que faz uma avaliação diária das informações dos bancos de dados de óbitos para identificar inconsistências. Também explicou que faz solicitação aos hospitais para digitação rápida do óbito no sistema para que o município de residência do paciente tenha conhecimento o mais rápido possível.
Além disso, a SES-GO disse os municípios ainda estão se adaptando a nova regras do Ministério da Saúde. Antes da pandemia, a digitação no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) podia ser feita em até 60 dias e agora é em até 48 horas.
Lacen conserta equipamento
O Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) consertou o equipamento de extração que estava quebrado e voltou a fazer 250 testes de Covid-19 por dia. O anúncio foi feito nesta terça-feira (14). O laboratório público estadual estava fazendo apenas 70 exames diários depois que o aparelho ficou danificado.
A demora para o resultado de testes de coronavírus é um dos motivos para o atraso nas estatísticas de óbitos da Covid-19. A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) diz que exames de óbitos e casos graves são priorizados no Lacen-GO.
Em nota, a SES-GO informou que está planejando uma ampliação da testagem no Estado com a distribuição e execução de exames em 78 cidades estratégicas de Goiás. O projeto é uma parceria com o Instituto Butantan, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Programa Todos Pela Saúde, iniciativa do Itaú Unibanco.
Além dos atrasos na notificação de óbitos de Covid-19, há os casos de subnotificação, em que não se confirma se a morte foi causada por coronavírus. Uma das dificuldades de investigar estes casos, segundo nota técnica de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás, é a legislação vigente, que não permite exames pós-mortem dos pacientes com suspeita, feitos por meio de necropsias, autópsias e punções.
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Goiânia está sem monitoramento da pandemia por bairros
Plataforma Covid-19, que auxilia no planejamento do combate ao novo coronavírus, deixou de operar por inconsistências em dados. UFG e SMS definem solução
Desde o início deste mês, Goiânia está sem a ferramenta que apontava os dados relacionados à pandemia da Covid-19 por bairros. A Plataforma Web Covid Goiás, desenvolvida pela Universidade Federal de Goiás (UFG), começou a operar no dia 8 de abril deste ano. Trata-se de um georreferenciamento que tem ajudado as autoridades de saúde a definir ações de combate à doença. Nos últimos dias, com o crescente número de casos, as autoridades de saúde têm enfrentado entraves na coleta de dados.
Superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Yves Mauro Ternes disse ao POPULAR que foram detectados dois tipos de transtornos: erros de endereçamento e duplicidade de dados. Aliado a isso é frequente a plataforma de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) estar fora do ar, o que atrasa a transmissão.
Dois sistemas desenvolvidos pelo Datasus estão sendo utilizados nesta pandemia para notificações de casos suspeitos ou confirmados de Covid-19: o e-SUS VE, exclusivo para notificações de síndromes gripais; e o Sivep-Gripe, para casos de internação de pessoas com síndrome respiratória aguda. O primeiro é utilizado por laboratórios, unidades de saúde e farmácias. O segundo, por hospitais. Somente após a coleta de dados pelo SUS, a SMS realiza o download para fazer o seu próprio gerenciamento. São estas as informações enviadas para a Plataforma Covid Goiás, a qual nos últimos dias suspendeu a divulgação devido às dificuldades relatadas acima.
Yves Mauro explica que na última segunda-feira (13), por exemplo, o Sivep estava fora do ar. "Havia uma instabilidade no sistema do Ministério da Saúde (MS) e a UFG utiliza estes dados que enviamos diariamente." Outra questão observada são os erros de endereçamento, às vezes sutis, como em vez do notificador usar Parque optar por Pq. Por outro lado um mesmo paciente pode ser notificado numa unidade de saúde e num laboratório, gerando a duplicidade. "São variáveis que o sistema não consegue decifrar automaticamente."
O superintendente de Vigilância em Saúde da SMS de Goiânia enfatiza que, no início da pandemia foi possível detectar estes erros em planilhas paralelas, mas com o crescente número de casos ficou inviável, porque não há pessoal suficiente.
Solução
Representantes da UFG e da SMS de Goiânia conversaram na manhã desta terça-feira (14) para alinhar os dados relativos à disseminação da doença provocada pelo coronavírus (Sars-CoV-2) na capital.
O Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig/UFG), responsável pela Plataforma Covid-19, pretende solucionar o problema ainda esta semana.
O Coordenador da Plataforma Covid Goiás, Manuel Ferreira, terminou a reunião por videoconferência na manhã desta terça-feira certo de que terá condições de criar um protocolo interno para resolver o impasse. "Ficou confuso para a UFG fazer esta atualização, exigindo um longo trabalho braçal, diário. Nestas condições, é uma rotina complexa para fazer a representação cartográfica por bairros."
Para Yves Mauro, o trabalho do Lapig/UFG é de grande importância. "No início verificamos que a Covid-19 estava concentrada na região Centro-Sul, em bairros mais nobres como Bueno e Oeste, depois para o Jardim Goiás. Mas, por ser uma doença transmissível por vias aéreas, alcançou a periferia. Pudemos ver isso pelo georreferenciamento da Plataforma Covid Goiás." O superintendente ressalta outro dado apontado pelos pesquisadores: se antes as internações na rede pública estavam em torno de 15% a 20%, hoje a distribuição é quase homogênea, com 52% nos hospitais públicos e 48% nos privados.
"Os dados que a UFG está gerando nos propicia tomar ações em prol da saúde pública", reafirma Yves Mauro. Com a doença tendo atingido a periferia, ele acredita que agora a população se torna a maior responsável em conter o avanço do vírus, principalmente no ambiente familiar. "Por isso é fundamental o uso de máscara, os cuidados com a lavagem das mãos e o uso do álcool em gel."
O superintendente de Vigilância em Saúde de Goiânia informou ainda que espera divulgar esta semana o resultado do inquérito sorológico de base populacional. "Com base nele teremos dados mais apurados de pessoas assintomáticas." Conforme Yves Mauro, houve algumas semanas de baixa oferta de exames na rede pública de saúde, uma situação já solucionada. "Hoje estamos fazendo uma média de 700 testes diários", aponta.
Relação
"Vamos criar um identificador único para corrigir estes problemas. Optamos agora por receber uma planilha completa da SMS e nós mesmos iremos fazer as devidas análises e filtragens. Isso evitará que a SMS apague registros em sua planilha de casos duplicados. Podemos fazer isso aqui.", afirma o coordenador da Plataforma Covid Goiás. Manuel Ferreira explica que também ficou acertado na reunião que sua equipe irá receber a partir de agora o número de óbitos por bairros da capital.
"A ideia é colaborar com a modelagem realizada pelo grupo de trabalho da UFG, que tem à frente os professores Thiago Rangel, Cristiana Toscano e José Alexandre Felizola Diniz. Com isso, será incorporado aos cenários a relação entre os casos confirmados, renda e registros de óbitos, trazendo maior conhecimento sobre o índice de transmissão e fatalidade da Covid-19 nas regiões ou bairros de Goiânia", explica Manuel Ferreira.
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SES
Escola de Saúde de Goiás lança cursos EaD contra Covid-19
Uma das principais preocupações do Governo de Goiás durante a pandemia tem sido a capacitação de seus profissionais de saúde para o enfrentamento da Covid-19. Pensando nisso, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), por meio da Escola de Saúde de Goiás (ESG), em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), lança nesta semana dois cursos em formato educação a distância (EaD): "Prevenção e controle de infecções (PCI) causadas pelo novo coronavírus (Covid-19)", e "Cuidados clínicos na síndrome respiratória grave".
O lançamento nacional do projeto, que envolve outras escolas de saúde pública do País, será feito nesta quarta-feira, às 14h30, no canal do Youtube do Conass. O tema "Cursos EaD para Escolas Estaduais de Saúde Pública" será discutido entre o presidente e o técnico de gestão do trabalho e da educação em Saúde do Conass, respectivamente, Carlos Lula e Haroldo Pontes; os representantes da Opas e da OMS no Brasil, Socorro Gross e Mônica Padilha; e o representante da Escola Estadual de Saúde Pública do Paraná, Aldiney Doreto.
Os cursos estarão disponíveis na plataforma virtual da ESG, no endereço https://educa.saude.go.gov.br/, logo após o lançamento nacional do projeto. Autoinstrucionais, as capacitações serão certificadas pela ESG, Conass e Opas.
Atenção primária
O curso "Prevenção e controle de infecções (PCI) causadas pelo novo coronavírus (Covid-19)" é direcionado a profissionais de saúde da atenção primária no enfrentamento da epidemia do novo coronavírus. De acordo com Mirian Oliveira, gerente de Projetos Educacionais e Ensino em Saúde da ESG, a capacitação fornece informações e elementos que facilitam a identificação de casos de Covid-19 na Atenção Primária, o que favorece a organização e a prática das medidas de prevenção e controle do vírus.
Já o curso "Cuidados clínicos na síndrome respiratória grave" é destinado a profissionais de saúde que estejam trabalhando em unidades de tratamento intensivo (UTIs) em países de baixa e média renda, para o cuidado de crianças e adultos com formas graves de infecção respiratória aguda, incluindo pneumonia grave, síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), septicemia e choque séptico.
"Trata-se de um guia prático a ser utilizado por profissionais da área da saúde envolvidos em tratamentos intensivos durante surtos de infecção humana por vírus influenza (sazonal), devido ao vírus da gripe aviária (H5N1, H7N9, Mers-Cov, nCov ou outras epidemias virais respiratórias emergentes", explica a superintendente da ESG, Kelli Santos.
Para acessar os cursos acesse o link ( clique aqui para acessar ) do endereço https://educa.saude.go.gov.br/
SERVIÇO
Novos cursos autoinstrucionais para enfrentamento da Covid-19
Data: quarta-feira, 15 de julho de 2020
Local: https://educa.saude.go.gov.br/
Lançamento Nacional: Canal do Youtube do Conass, dia 15 de julho, às 14h30
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A REDAÇÃO
Grupo América inaugura Pronto Atendimento Cora Coralina
Unidade atende emergência adulto e pediátrica
Goiânia - Com estrutura moderna e tecnologia de ponta, o Grupo América inaugurou a primeira unidade de saúde construída após o Sistema Hapvida adquirir o grupo, em dezembro de 2019. Localizado na Avenida Anhanguera, no Setor Explanada dos Anicuns, o Pronto Atendimento é o primeiro do Grupo América na região e se destaca pelo fácil acesso e ótima localização, já que foi construído em frente à plataforma do Eixo Anhanguera.
O projeto de ampliação da rede de atendimento reflete o compromisso do Sistema Hapvida com a democratização da saúde, oferecendo aos pacientes atendimento de acordo com padrões de qualidade e segurança. “A nossa unidade abre as portas cumprindo todas as regras de segurança internacionais, com médicos treinados, protocolos atualizados, equipamentos de última geração, tudo isso pensado para garantir qualidade no atendimento. Uma das frases de Cora Coralina diz que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas, e o Sistema Hapvida se preocupa em fazer a diferença a vida dos seus clientes, tanto é que uma de suas marcas registradas é o acolhimento. Tenho certeza que essa unidade vai trazer muito conforto e segurança para os nossos pacientes”, explica o Superintendente Nacional de Rede Própria do Sistema Hapvida, Anderson Nascimento.
Além de ser um ponto de apoio para pacientes com sintomas de Covid-19, a unidade também já deve suprir a demanda da população goiana que busca serviços de emergência no inverno, em razão do aumento dos casos de doenças respiratórias, provocadas pelo tempo seco. Além disso, o Pronto Atendimento Cora Coralina também oferecerá tratamento oncológico.
Sobre o Pronto Atendimento Cora Coralina
O primeiro Pronto Atendimento do Grupo América na região da Avenida Anhanguera, conta com atendimento de emergência adulto e pediátrica e unidade do Vida & Imagem que ofertará exames de raio-x, tomografia, ecocardiograma, ultrassom e exames laboratoriais. Os atendimentos acontecerão 24h, todos os dias da semana.
A estrutura da unidade conta com consultórios, leitos de observação, poltronas de medicação, sala de gesso, sala de sutura, farmácia, sala de tomografia, sala de raio-x, sala de ultrassom e sala de ecocardiograma. A clínica para tratamento oncológico terá acesso exclusivo com farmácia para manipulação de quimioterápicos, com leitos e poltronas de infusão.
Sobre Cora Coralina
O nome Pronto Atendimento Cora Coralina surgiu com o objetivo de valorizar a cultura local e homenagear a poetisa e contista brasileira, que deixou um legado muito importante. Cora publicou seu primeiro livro quando tinha 75 anos e tornou-se uma das vozes femininas mais relevantes da literatura nacional.
Ana Lins dos Guimarães Peixoto conhecida como Cora Coralina, nasceu na cidade de Goiás, no Estado de Goiás, no dia 20 de agosto de 1889. Filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador, nomeado por Dom Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão. Cursou apenas até a terceira série do curso primário.
Sobre a região
Uma das primeiras avenidas a serem construídas na capital goiana, a Avenida Anhanguera é uma das principais vias de comércio de Goiânia. Com 13,5 km de extensão aproximadamente, a avenida corta a cidade desde o Jardim Novo Mundo (Leste) até o Bairro Capuava (Oeste), comportando o chamado Eixão ou Eixo Anhanguera, linha exclusiva por onde transitam ônibus articulados. Ladeando o Eixão, ficam as pistas para veículos de passeio.
A Anhanguera atravessa diversos setores e bairros de Goiânia, como o Setor Universitário, onde estão as duas maiores Universidades do Estado de Goiás: a UFG – Universidade Federal de Goiás e a PUC-GO – Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Em sua passagem pelo Centro da capital, a avenida é rica em comércios, empresas prestadoras de serviços e escritórios.
Sobre o Sistema Hapvida
Com 6,5 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como o maior sistema de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, América, Promed e Ame, RN Saúde, além da operadora Hapvida. Atua com mais de 30 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 39 hospitais, 194 clínicas médicas, 42 prontos atendimentos, 177 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.
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Lacen-GO volta a operar com capacidade máxima
Goiânia – A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou nesta terça-feira (14/7) que o Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) voltou a operar com sua capacidade máxima, realizando cerca de 250 exames de RT-PCR para detectar o coronavírus por dia. O equipamento, que apresentou problemas nas últimas semanas, foi consertado e já está calibrado.
Segundo a SES, mesmo sem o aparelho, o Lacen-GO estava processando cerca de 70 amostras e encaminhando a demanda excedente para São Paulo. A pasta também informou que para ampliar a testagem, o governo de Goiás firmou uma parceria com o Instituto Butantã, com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e com o Programa Todos Pela Saúde, iniciativa do Itaú Unibanco, para a doação, distribuição e execução de exames em 78 cidades estratégicas no Estado.
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Decreto amplia prazos para suspensão de contratos e redução de jornada e salário
O governo federal confirmou nesta terça-feira (14) a ampliação dos prazos para que empresas e empregados firmem contratos de redução proporcional de jornada e de salário e de suspensão temporária do contrato de trabalho. De acordo com decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU), a redução de jornada e salário pode ser estendida por um mês e a suspensão, por dois meses.
O aval para a prorrogação das medidas já estava previsto em lei sancionada na semana passada, mas faltava ainda a regulamentação para começar a valer. A lei teve origem na Medida Provisória 936, editada em abril, com o objetivo principal de criar condições para a manutenção dos empregos durante a crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus.
O texto original da MP autorizou a suspensão e a redução de contratos até o fim do ano. A suspensão poderia ser feita por até dois meses e a redução, por até três, em porcentuais de 25%, 50% ou 70%. Com modificações feitas no Congresso, o texto final, que foi sancionado, passou a permitir a prorrogação desses prazos, nos termos definidos pelo Poder Executivo.
Antes da edição do decreto de hoje, o governo já havia dito que permitiria a suspensão de contratos por mais dois meses e a redução de jornada, por mais um. Nos dois casos, o prazo máximo dos acordos não poderá exceder 120 dias, ou seja, quatro meses ao todo. O decreto estabelece ainda que a suspensão do contrato de trabalho poderá ser efetuada de forma fracionada, em períodos sucessivos ou intercalados, desde que esses períodos sejam iguais ou superiores a dez dias e não ultrapassem o prazo limite de quatro meses.
A regulamentação publicada nesta terça também prorroga o pagamento do auxílio emergencial mensal de R$ 600 ao empregado com contrato de trabalho intermitente por mais um mês, contado da data de encerramento do período de três meses. A MP 936 criou o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego (BEm), pelo qual o governo paga parte do salário suspenso ou reduzido, até o limite do seguro-desemprego (R$ 1.813).
De acordo com o Ministério da Economia, mais de 12,1 milhões de acordos já foram celebrados dentro do programa. O decreto ressalva que a concessão e o pagamento do benefício emergencial de preservação do emprego e também do auxílio emergencial mensal, "observadas as prorrogações de prazo previstas neste decreto, ficam condicionados às disponibilidades orçamentárias".
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
Confira o boletim de hoje, 14 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Atenção: O total de HOSPITAIS ASSOCIADOS da Ahpaceg em GOIÂNIA representa 10% DOS HOSPITAIS da capital. OS DEMAIS não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação NÃO CONSTAM neste boletim.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
Aumento: Nos últimos 30 dias, entre 14 de junho e 14 de julho de 2020, a oferta de leitos (adulto e infantil) nos hospitais associados da Ahpaceg na capital e interior aumentou 69% (leitos de UTI) e 80% (leitos de apartamentos).
14 de julho - Dia do Administrador Hospitalar
Parabéns a esses profissionais tão importantes no dia a dia de um hospital!
Parabéns, administradores hospitalares!
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Médico é agredido por paciente que aguardava atendimento em Goiânia
Pacientes da Covid-19 terão mais leitos, em Aparecida de Goiânia
Goiânia soma 9.810 casos de covid-19
Goiânia anuncia mais 140 leitos de UTI exclusivos para covid-19
É falso que a África tenha controlado pandemia com ivermectina
Goiânia estabelece protocolos rígidos para reabertura do comércio
Covid-19 nega direito ao abraço na despedida
Conselho Municipal de Saúde é excluído do COE de Goiânia
Especialistas criticam descisão
Estrutura da saúde chegou ao limite, enfatiza Caiado
TV ANHANGUERA/GO
Médico é agredido por paciente que aguardava atendimento em Goiânia
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=77970149
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Pacientes da Covid-19 terão mais leitos, em Aparecida de Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/8696040/programa/
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A REDAÇÃO
Goiânia soma 9.810 casos de covid-19
Goiânia – Informe Epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (13/7) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostra que nas últimas 24 horas Goiânia registrou 33 novos casos de coronavírus. Com isso, a capital já soma 9.810 testes positivos para o novo coronavírus. Já o número de óbitos registrados na cidade é 272.Segundo
Os dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostram também que 8.279 pessoas já se recuperaram da infecção. O relatório aponta ainda que 251 pacientes continuam internatos com a doença. Segundo a prefeitura, 1.008 pacientes seguem em isolamento domiciliar por conta da covid-19.
Desde o início da pandemia, 940 pacientes foram internados com a doença na capital. Desse total, 470 (50%) foram transferidos para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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Goiânia anuncia mais 140 leitos de UTI exclusivos para covid-19
Goiânia – A secretária municipal de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, apresentou nesta segunda-feira (13/7) um balanço das ações da pasta neste período de pandemia do coronavírus. Segundo Fátima Mrué, uma das grandes preocupações durante a pandemia é a oferta de leitos. Nas próximas semanas, Goiânia deve ganhar mais 140 leitos de UTI. A informação foi divulgada durante a solenidade de assinatura do novo decreto de reabertura do comércio e serviços.
Segundo Fátima Mrué, o momento nenhum paciente de Goiânia esperou mais de 24 horas para conseguir um leito. Atualmente são 356 leitos exclusivos para covid-19, sendo 156 de UTI e 200 de enfermaria, a maior parte está no Hospital e Maternidade Célia Câmara.
O acesso da população às informações sobre o cenário da Covid-19 na capital também é um dos principais focos da prefeitura e duas ações foram desenvolvidas nesse sentido. O levantamento da SMS mostra que a Central Humanizada da Covid-19, criada para orientar e tirar dúvidas dos cidadãos em relação à doença, já realizou mais de 40 mil atendimentos por telefone e whatsapp. Outro instrumento de contato com os pacientes é o Telemedicina, que em parceria com Universidade Federal de Goiás (UFG) atendeu mais de 42 mil pessoas e outras 17 mil estão sendo monitoradas.
Em relação aos testes para identificação da contaminação por coronavírus, a secretaria já realizou mais de 41 mil testes, destes, 15 mil foram dedicados aos trabalhadores de saúde, totalizando, em breve, 100 % dos trabalhadores testados.
Testagem na população
Quatro inquéritos populacionais foram realizados nos sete distritos sanitários da cidade, somando até o momento mais de 11 mil pessoas testadas. Os exames são importantes para identificação do perfil do desenvolvimento da doença nas regiões. Recentemente, a secretaria adquiriu mais de 10.700 testes PCR para suportar a demanda nas unidades e aliviar a sobrecarga do Lacen.
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ESTADÃO
É falso que a África tenha controlado pandemia com ivermectina
Ao contrário do que afirmam vídeos publicados nas redes sociais, a pandemia de covid-19 não está sob controle no continente africano
É falso que a pandemia de covid-19 esteja sob controle na África por causa do uso preventivo da ivermectina , um medicamento contra vermes. Em vídeos publicados em seus canais do YouTube , os médicos Álvaro Galvão, de Rondônia , e Rafael Freitas, do Paraná , afirmam que o consumo profilático de ivermectina pode evitar sintomas e o agravamento da covid-19.
Até aqui, não há nenhuma comprovação científica de que a ivermectina seja um medicamento eficiente para tratar pacientes com covid-19. É o que afirmam o Ministério da Saúde , a Food and Drug Administration (FDA) , autoridade sanitária dos Estados Unidos , e os próprios pesquisadores que estudam o uso da droga contra o vírus SARS-CoV-2 em laboratório.
A pandemia também não está sob controle na África. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) , a doença tem avançado numa velocidade acelerada no continente. A Etiópia , citada em um dos vídeos como um país que teria adotado pouquíssimas ações por causa do uso profilático da ivermectina, tomou diversas medidas para tentar controlar o contágio. As autoridades locais fecharam escolas e restaurantes, proibiram aglomerações, decretaram quarentena obrigatória para todos que chegassem ao país e decretaram estado de emergência por causa da pandemia.
A Marinha do Brasil também não aprovou um protocolo para o uso de ivermectina para tratar pacientes com covid-19, outra informação difundida em um dos vídeos.
A verificação foi dividida em três partes. Inicialmente, o Comprova buscou informações sobre a situação da pandemia no continente africano e, especialmente, na Etiópia - onde, segundo o médico Álvaro Galvão, os números da doença seriam bastante inferiores em comparação aos demais países. Para checar o número de casos, óbitos e testes realizados para identificar a doença na África foram utilizadas as bases de dados do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e do Our World in Data, plataforma ligada à Universidade de Oxford, no Reino Unido.
A segunda etapa concentrou-se na investigação do uso da ivermectina no tratamento de pacientes com a covid-19. Foram consultados estudos científicos, notícias e outras verificações realizadas pelo Comprova sobre as relações do medicamento com a doença causada pelo novo coronavírus.
Por último, o Comprova entrou em contato com os autores dos vídeos. Tentou localizar Álvaro Galvão por meio do celular da clínica que aparece em seus vídeos no YouTube. E enviou mensagem para Rafael Freitas pelo e-mail cadastrado na conta dele no YouTube e via Twitter.
O Comprova fez esta verificação baseado em informações científicas e dados oficiais sobre o novo coronavírus e a covid-19 disponíveis no dia 10 de julho de 2020.
Até a data de fechamento deste texto, 10 de julho, o continente africano contabilizava 543.136 casos e 12.474 óbitos causados pela covid-19, segundo os dados do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças ( Africa Centres for Disease Control and Prevention ).
Em 8 de julho, quando a África superou a marca de 500 mil casos da doença, a OMS alertou que a pandemia estava se espraiando em uma velocidade acelerada, apesar de esse crescimento não ser uniforme em todo o continente. O informe da organização afirma que os casos mais que dobraram no último mês em 22 países africanos e que em dois terços do continente há transmissão comunitária do vírus, aquela em que não é mais possível localizar a origem da infecção. Segundo os dados da OMS, em menos de cinco meses, as mortes causadas pelo novo coronavírus superaram as causadas pela epidemia de ebola na África Ocidental, que ocorreu entre 2014 e 2016.
No mesmo informe, a OMS afirmou que 71% dos casos de covid-19 no continente africano estão concentrados em cinco países: Argélia , Egito , Gana , Nigéria e África do Sul . E que 80% dos infectados possuem 60 anos ou menos.
Em uma entrevista coletiva realizada em 9 de julho, John Nkengasong, diretor do CDC africano, endossou o alerta da OMS pedindo atenção ao crescimento do número de casos e óbitos no continente. De acordo com Nkengasong, os dados sobre a doença em muitos países africanos são insuficientes ou não são confiáveis - o que, segundo ele, dificulta o controle da pandemia.
O diretor destacou, também, a necessidade de aumentar a capacidade de testagem da população no continente. De acordo com os dados da plataforma Our World in Data , a maior parte dos países africanos não possui capacidade para testar todos que apresentam sintomas da doença.
Ao comentar no vídeo enganoso os números da covid-19 na Etiópia, o médico Álvaro Galvão destaca que o aparente sucesso do país no controle da doença estaria exclusivamente relacionado ao uso profilático da ivermectina para o tratamento de outras doenças por grande parte da população. O médico afirma que as únicas medidas tomadas pelas autoridades etíopes para frear a covid-19teriam sido "a lavagem de mãos, o distanciamento social e o controle de temperatura que nos aeroportos".
Essa informação é falsa. Após a confirmação, em 13 de março, do primeiro caso de covid-19, as autoridades da Etiópia rapidamente anunciaram uma série de medidas para tentar controlar o avançoda doença no país. Três dias depois do registro do primeiro paciente infectado pelo novo coronavírus, o governo instituiu o fechamento de escolas, a proibição de aglomerações e o apelo à população para a prática do isolamento social.
Em 20 de março, novas medidas foram anunciadas, como a obrigatoriedade do cumprimento de quarentena para todos aqueles que desembarcassem no país, a interrupção dos voos da maior companhia aérea etíope, a Ethiopian Airlines , para 30 países e o fechamento de bares e restaurantes. No dia 8 de abril, o governo decretou estado de emergência em todo o país.
As autoridades sanitárias da Etiópia não indicam a ivermectina para a prevenção ou tratamento da covid-19. O portal do governo que reúne as informações sobre a doença no país afirma que, apesar de várias drogas estarem em estudo, até o momento não existe um medicamento eficaz para os pacientes com o novo coronavírus e destaca que, para aqueles que desenvolvem sintomas graves, são administrados os chamados tratamentos suporte.
O portal alerta que a prevenção é o método mais eficaz para controlar o contágio da covid-19 e endossa as recomendações da OMS, como lavar as mãos com frequência, evitar tocar o nariz e a boca, usar máscaras e manter distância das demais pessoas.
Outro dado falso que o médico Álvaro Galvão apresenta no vídeo diz respeito ao número de casos e óbitos causados pela covid-19 na Etiópia até o dia 31 de maio. Segundo ele, até essa data o país contabilizava 731 casos e 6 mortes. O boletim oficial do Ministério da Saúde etíope revelou números maiores: 1.172 caos e 11 mortes.
Para compreender se a população etíope utiliza a ivermectina de modo profilático para o tratamento de outras doenças, conforme apontado no vídeo, a reportagem procurou a Embaixada da República Democrática Federal da Etiópia no Brasil , o Ministério da Saúde da Etiópia e o Instituto Etíope de Saúde Pública . Até o fechamento deste texto os contatos não houve retorno.
Até a publicação desta verificação, a Etiópia registrou 7.120 casos e 124 óbitos causados pela covid-19. Os dados são da Universidade Johns Hopkins .
Segundo o site do Conselho Federal de Medicina, Álvaro Luis Galvão Ignácio é especialista em cirurgia vascular. Atualmente, tem registro médico em Rondônia, mas já atuou em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Em seu site pessoal, ele conta que se formou em medicina em Porto Alegre e foi militar, com a patente de tenente médico, quando serviu no Hospital de Guarnição de Porto Velho. Atualmente, trabalha no Day Hospital Center Clínica, do qual é sócio, na cidade de Ji-Paraná, no interior de Rondônia. Em 2019, Álvaro recebeu o título de cidadão do estado da Assembleia Legislativa. No YouTube, ele já fez outros vídeos sobre a pandemia, como os intitulados "O uso da hidroxicloroquina" e "Diferenças do isolamento vertical e horizontal".
Rafael Sousa de Freitas tem registro ativo no Conselho Regional de Medicina do Paraná desde 2014. Na descrição do seu canal do YouTube, ele se apresenta como cristão, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), escritor, palestrante motivacional e treinador de alta performance nos estudos. No Twitter, se descreve como de direita e "pró-vida". No Instagram, declara apoio ao presidente Jair Bolsonaro e ao presidente americano Donald Trump. Seus vídeos sobre a experiência como médico trazem títulos como "Homem engasga por esconder os dentes" e "Chamei mulher obesa de elefante".
Nenhum deles respondeu às tentativas de contato do Comprova por WhatsApp, e-mail ou Twitter.
A ivermectina está registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como "medicamento contra infecções causadas por parasitas". Segundo a Food and Drug Administration, órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos, a ivermectina é liberada para humanos no tratamento de vermes intestinais e de parasitas tópicos, como piolho e rosácea. Além disso, o remédio é usado para o tratamento de vermes em diversas espécies de animais. Possíveis efeitos colaterais incluem vômito, diarreia, dor estomacal, erupções cutâneas, eventos neurológicos ( como convulsões, tontura e confusão), queda repentina da pressão arterial e danos ao fígado.
O afirma que "ainda não existem evidências clínicas suficientes que permitam tecer qualquer recomendação quanto ao uso de ivermectina em pacientes com covid-19". A FDA adota o mesmo posicionamento .
Em abril, um estudo da Universidade de Monash, na Austrália, apontou pela primeira vez a possibilidade de a ivermectina atuar como inibidor in vitro do SARS-CoV-2 . No início de junho, em e-mail enviado ao Comprova, o Departamento de Medicina, Enfermagem e Ciências da Saúde da instituição explicou que o estudo demonstra apenas a eficiência em laboratório e que "a ivermectina não pode ser usada em pacientes com covid-19 até que outros testes e ensaios clínicos tenham sido conclusivos em estabelecer a eficácia do medicamento em níveis seguros para dosagem em humanos".
Em verificação do Comprova publicada no dia 8 de julho , o infectologista Marcelo Carneiro, professor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e integrante da Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia Hospitalar (Abih), reforçou que não está comprovada a eficácia da ivermectina em humanos. "Já está provado que as doses de ivermectina precisam ser extremamente altas para funcionar. Então, em laboratório ela funciona como antiviral. Mas não existem doses para humanos e, se existir, será extremamente tóxica", explicou.
Álvaro Galvão diz que a Marinha brasileira desenvolveu um protocolo para uso da ivermectina e tratou pacientes com covid-19 com o medicamento. Em uma nota enviada por e-mail ao Comprova, o departamento de imprensa disse que produziu uma "minuta de proposta de protocolo", mas que não está em uso. A Marinha disse ainda que adota em suas unidades "todos os protocolos clínicos e terapêuticos" divulgados pela OMS, pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa "a fim de orientar seus profissionais de saúde quanto às medidas de condução e de tratamento dos pacientes infectados pelo novo coronavírus no âmbito do Sistema de Saúde da Marinha".
O Comprova tem investigado conteúdos suspeitos sobre a pandemia que viralizam nas redes sociais. Como ainda não existem vacina ou cura , muitas das verificações têm sido sobre medicamentos que supostamente combatem a covid-19 . O tema é de extrema importância porque a automedicação sem orientação médica , além de não curar o novo coronavírus, pode ser prejudicial para as pessoas e colocar a saúde delas em risco.
Nesse contexto, a ivermectina tem sido muito citada em conteúdos que sugerem o seu uso preventivo, ainda que não exista nenhuma comprovação científica da sua eficácia. No último mês, o Comprova já mostrou que não havia provas de que o medicamento funcionasse, que entrevistas sobre o remédio estavam sendo retiradas de contexto , e que as autoridades médicas não recomendam a automedicação .
Até o fechamento dessa verificação, os vídeos dos médicos Álvaro Galvão e Rafael Freitas tinham, juntos, 336.175 visualizações no YouTube. Eles também atingiram 4.639 e 3.162 interações no Facebook e Twiter, segundo a plataforma de monitoramento Crowdtangle.
Falso para o Comprova é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para modificar o seu significado original e divulgado de maneira deliberada para espalhar uma mentira.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Goiânia estabelece protocolos rígidos para reabertura do comércio
Novo decreto foi assinado pelo prefeito Iris Rezende na manhã de ontem, no Paço, em evento que contou com a presença do governador Ronaldo Caiado
O prefeito Iris Rezende assinou na manhã de ontem, segunda-feira, 13/07, novo decreto com normas e protocolos para a reabertura e funcionamento do comércio a partir desta terça-feira (14/7), quando se encerra o período de fechamento das atividades proposto em decreto estadual. A solenidade realizada no Paço Municipal contou com a presença do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, vereadores e secretários. Empresários puderam acompanhar a solenidade em salão anexo, por telão.
As novas medidas para reabertura das atividades econômicas essenciais e não essenciais foram propostas pelo prefeito Iris ao governador Caiado e as equipes de ambos os governos acertaram os detalhes em mais uma etapa de parceria que vem sendo estabelecida pela prefeitura da capital e o governo estadual no combate à pandemia do novo coronavírus.
Com a experiência de quem está na vida pública há mais de 60 anos, o prefeito Iris Rezende voltou a reconhecer a autoridade administrativa do governador Ronaldo Caiado, que, segundo ele, foi o primeiro a declarar a gravidade do coronavírus. "Foi inspirado", disse Iris se referindo às ações desenvolvidas pelo governador durante esses quatro meses em que Goiás e Goiânia enfrentam a pandemia.
De acordo com Iris, o momento é complexo, por isso, o decreto municipal é muito detalhado e rigoroso e ele não terá dificuldade em promover alterações, seja por falhas que porventura surgirem ou por mudanças nas condições epidemiológicas vigentes.
"Nosso intuito principal é preservar a vida e a saúde da população. Não é simplesmente abrir o comércio, é abrir o comércio, garantir o emprego das famílias, sem aumentar os males à saúde de todos".
O governador lembrou que o sucesso dos decretos até agora é reflexo da parceria do Governo e Prefeitura. "Se não tivéssemos o apoio de vossa excelência, não teríamos colhido os resultados positivos de agora", disse Caiado, elogiando a atitude sempre republicana do prefeito Iris Rezende.
A secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, detalhou as medidas adotadas pela saúde municipal ao longo desses quatro meses de pandemia, as quais, segundo ela, neste momento, dão sustentação à reabertura promovida pela Prefeitura.
"Trabalhamos para sustentar essas aberturas de forma segura, tranquila, com proteção à vida e à economia ao mesmo tempo", explicou.
O presidente da Câmara, Romário Policarpo, declarou que, se precisar de fechar novamente, o município contará com o apoio do legislativo.
Entre as novidades deste decreto, está a reabertura de novas atividades econômicas, como bares e restaurantes. Todos terão que seguir normas rígidas de funcionamento, com os protocolos gerais já estabelecidos e alguns específicos.
Normas gerais
Entre os protocolos e normas que os estabelecimentos deverão seguir para o funcionamento está a atenção ao controle da entrada de clientes por loja/ estabelecimento, mantendo no máximo um cliente para cada 12 m2 de área de venda, além do controle da entrada e saída de pessoas no interior das lojas, por meio de barreira física, senha ou outro método eficaz.
Vedação do acesso de pessoas que não estejam utilizando máscaras de proteção facial cobrindo nariz e boca, sinalização dos sentidos de circulação e marcações no chão de 2,0 em 2,0 metros entre pessoas nas áreas comuns, também são protocolos impostos para reabertura. Quando possível, os estabelecimentos deverão implantar corredores de uma via só, para coordenar o fluxo de clientes e colaboradores.
Outra condição é a abertura e o fechamento para atendimento presencial em horários reduzidos, conforme estabelecido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia, redução das áreas de estacionamento com sinalização para vagas intercaladas.
Deverão ser obedecidos os protocolos gerais e específicos estabelecidos pela legislação estadual e municipal, sob pena de aplicação de sanções cabíveis, em especial a aplicação de multa no valor de R$ 4,7 mil para quem descumprir os protocolos exigidos. O uso da máscara continua sendo obrigatório para quem sair de casa.
Continuam proibidos na capital os grandes eventos públicos e privados de quaisquer natureza, atividades de clubes recreativos e parques aquáticos, aulas presenciais de instituições de ensino público e privadas, cinemas, teatros, casas de espetáculo, boates, salões de festa e jogos.
As feiras especiais, incluindo a Feira Hippie, Feira da Lua, além do Mercado Popular da Rua 4, no centro, e o Mercado Aberto, da Avenida Paranaíba, poderão voltar a funcionar no dia 21 de julho.
Atendimento à saúde
Preocupado com as condições econômicas da população na pandemia, o prefeito tomou a decisão de reabrir as atividades econômicas essenciais e não essenciais embasado na adoção de protocolos rígidos de precaução para evitar a disseminação do vírus e em uma série de ações de saúde, como a ampliação da rede de saúde e assistência ao cidadão.
Entre as medidas adotadas, foram contratados mais 475 novos profissionais de saúde para reforçar a rede e o número de leitos em Goiânia aumentou quase 350% em 50 dias.
Em 20 de maio, Goiânia tinha 40 leitos de UTI e 37 de enfermaria. Hoje a capital disponibiliza um total de 356 leitos, sendo 156 leitos de UTI e 200 de enfermaria. De acordo com a secretária municipal de Saúde, mais 140 leitos de UTIs exclusivos para tratamento da Covid-19 em Goiânia serão implantados nas próximas semanas.
Além da unidade própria, que é o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, do Hospital das Clínicas e da Santa Casa de Misericórdia, a Prefeitura mantém contrato com cinco hospitais particulares: Gastro Salustiano, Hospital Jacob Facuri, Hospital Ruy Azevedo, Hospital São Lucas e Renaissance.
A solenidade de assinatura do decreto que reabre o comércio em Goiânia, ocorrida na manhã de ontem no Paço Municipal, foi marcada por uma série de elogios parte a parte entre o prefeito Iris Rezende e o governador Ronaldo Caiado. A decisão pela reabertura partiu de um consenso entre os dois gestores que trabalharam juntos na definição dos protocolos a serem seguidos pelos estabelecimentos comerciais, que voltam a funcionar já a partir desta terça-feira.
De acordo com o prefeito Iris Rezende, Ronaldo Caiado foi sensível à demanda da Capital e permitiu que se fizesse uma flexibilização específica para a cidade, que, enquanto metrópole, apresenta problemas muito mais complexos do que outras cidades menores do estado. Para o emedebista, o governador tem sido um verdadeiro parceiro nas dificuldades enfrentadas pela administração municipal diante do quadro de pandemia que assola o mundo.
"Temos encontrado na pessoa do governador Ronaldo Caiado essa figura extraordinária, que foi o primeiro que reconheceu a gravidade da questão e determinou o fechamento total das atividades. Até eu fi-quei meio assim, se precisava de tanto. Hoje, pelo resultado que Goiânia e Goiás alcançam, chego à conclusão de que nosso governador Ronaldo Caiado foi inspirado. Nesse momento, com aquela mesma coragem que teve de decretar o fechamento, convida as autoridades para o decreto que começa a promover a reabertura" disse Iris.
O governador Ronaldo Caiado, por seu turno, testemunhou que tem encontrado em Iris um parceiro consolidado desde o primeiro decreto e que vê no líder um exemplo que tem para seguir. "Desde aquele momento, [Iris] avalizou nossa decisão. Foi fundamental. Sem o seu apoio, não teríamos colhido os resultados que estamos colhendo. Isso só aumenta minha parceria, meu respeito" afirmou o governador.
Caiado disse, ainda, que Iris Rezende é o exemplo da boa política no Brasil e que o prefeito de Goiânia implantou em toda sua vida pública um método que o legitima para ocupar todos os cargos que já ocupou, porque governa para o povo e com o povo, daí o seu sucesso que é referência nacional.
"Sou uma pessoa que tenho uma vida de quase 30 anos na política. Eu sou um homem que aprendi que na política a gente deve se guiar pelos bons conselhos, por pessoas que tem mais tempo e que a vida toda fez com que suas decisões os mantivessem no poder em decorrência do apoio popular. Acertar a administração, falar com as pessoas, criar os mutirões, abraçar as pessoas, ser sensível, tudo isso é algo que Iris Rezende implantou na política do estado e é referência nacional" disse.
Desde a publicação do primeiro decreto estadual, em 13 de março, que estabeleceu a primeira quarenta em Goiás e em Goiânia, o prefeito Iris Rezende tem seguido na íntegra as medidas implantadas pelo governador Ronaldo Caiado. De acordo com os números da pandemia, Goiás e Goiânia ainda estão entre os entes subnacionais com os melhores índices da Covid-19 no Brasil, tanto no número de infectados, quanto no número de óbitos por grupo de 100 mil moradores, o que corrobora o acerto das decisões tomadas pelos dois gestores.
Trabalho da Prefeitura e Governo de Goiás
Prefeito de Goiânia e governador de Goiás estiveram juntos nas assinaturas dos decretos municipal e estadual que liberam o funcionamento das atividades econômicas
Governo de Goiás anuncia testagem em massa
Estado seguirá parâmetro adotado na Nova Zelândia, um dos países que mais cedo conteve a curva de contágio do novo coronavírus. Governo oferecerá RT-PCR a pessoas com sintomas gripais e casos leves
O governador Ronaldo Caiado anunciou ontem, durante a explicação do decreto de abertura da economia, que a testagem em massa para detectar casos de Covid-19 na população começa a ser feita em 78 municípios. Os critérios técnicos para a escolha das cidades foram elaborados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), por meio Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
"Ficaremos responsáveis pela coleta, e a Fiocruz pelo transporte do material e divulgação do resultado em até 48 horas. Acredito que teremos a capacidade de rastreamento [da doença] muito grande, pedindo o apoio de todas as estruturas municipais para podermos realizar o isolamento" explicou Ronaldo Caiado, ao relembrar que o trabalho deverá contar com a mão de obra de assistentes sociais e agentes comunitários de saúde das prefeituras.
Titular da Suvisa, Flúvia Amorim contou que os kits de testagem começam a ser distribuídos nesta segunda-feira. Ela informou que o Estado analisa todos os parâmetros nacionais e internacionais que obtiveram sucesso no mundo até o momento. "Posso adiantar que o governo estadual vai abarcar mais critérios do que o próprio Ministério da Saúde, que atualmente testa apenas casos graves"
Em Goiás, o RT-PCR será também disponibilizado a pacientes com quadros leves ou apenas sintomas gripais, como foi feito na Nova Zelândia, um dos primeiros países a controlar o avanço do coronavírus no mundo.
O governador estima que quase dois terços da população devem ser testados, medida que, acompanhada da estratégia de isolamento intermitente, tem o objetivo de manter a curva de contágio estável, principalmente neste momento de abertura do comércio, programada para esta terça-feira (14/07). O decreto publicado prevê a retomada de diversos segmentos econômicos em Goiás, bem como eventos esportivos e celebrações religiosas presenciais.
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O POPULAR
Covid-19 nega direito ao abraço na despedida
A pandemia do novo coronavírus trouxe uma dor adicional às famílias: a impossibilidade de dizer adeus. Prestadores de serviço relatam quem parentes acatam protocolos na capital
Desde o início deste 'novo normal', uma pandemia virótica que alterou todos os nossos hábitos, um dos aspectos mais lancinantes é a perda do ente querido. Não basta sofrer com a dor da partida, mas ficam também os questionamentos sobre uma doença ainda muito desconhecida e a impossibilidade da despedida. Nos cemitérios, sepultamentos de pessoas com confirmação ou suspeita de Covid-19, obrigatoriamente precisam ser ágeis, sem tempo para velórios como é habitual em nossa cultura, para evitar a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Resta aos familiares o adeus silencioso a distância.
Lucila Cristina Rodrigues, que perdeu a irmã, a professora Winnie Rakel no último domingo (13) para a Covid-19, lamentou a ausência da despedida. "Acompanhamos de longe apenas o sepultamento dela. Éramos 11 pessoas, entre familiares e amigos próximos. Chegamos até a pedir a algumas pessoas para não ir para evitar tumulto." A professora, que ficou 18 dias internada, foi sepultada no Complexo Vale do Cerrado, às margens da GO-060, na saída para Trindade.
Pedro Pinheiro, que perdeu o pai Airam há oito dias, disse que a impossibilidade da despedida devastou a família. Depois de 14 dias numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), ele saiu direito do hospital para o mesmo cemitério em caixão lacrado. "Acompanhamos tudo a cerca de 20 metros. Apesar de constar que ele não tinha mais o vírus ativo no organismo, não pode ser velado, não pudemos nos despedir dele."
Diretor do Complexo, Guilherme Santana explica que no início da pandemia houve mais resistência por parte das famílias em obedecer aos protocolos preconizados pelas autoridades para os serviços funerários. "Agora, não mais. As próprias famílias estão com medo e isso gerou uma compreensão. No início, quando havia algum tipo de revolta, a pessoa recobrava a consciência e nos pedia desculpas. Achávamos que seria pior", afirma Guilherme. No Vale do Cerrado, entes queridos acompanham os procedimentos sob uma tenda em campo aberto. "Tentamos humanizar o máximo este momento para que a família não fique perdida."
Nos quatro cemitérios públicos da capital os protocolos sanitários também são seguidos à risca. Divino Evangelista, gerente da Central de Óbitos e Administração dos Cemitérios, que é vinculada à Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), é responsável pela gestão dos cemitérios Santana, o mais antigo de Goiânia; Parque, no Setor Gentil Meireles; Jardim da Saudade, na GO-060; e Vale da Paz, na GO-020. "A família é orientada a não se aproximar. Autorizamos de cinco a dez pessoas a uma distância de cinco metros da urna que fica fechada. No início tivemos mais dificuldade, mas agora há compreensão."
Divisória
No Cemitério Parque houve a necessidade de colocar uma fita de isolamento para evitar a aproximação, mas esta não é uma medida padrão para os cemitérios públicos. No Vale da Paz, na última sexta-feira (10), o POPULAR flagrou uma fila de carros numa despedida à distância, sem quebra do protocolo sanitário. O administrador explicou que é uma forma de garantir, em especial às pessoas idosas, o direito de despedir de seus entes queridos. "Não colocamos tenda. Tudo é muito rápido. O pessoal da funerária chega e a urna vai direto para o túmulo", ressalta Divino Evangelista.
No Cemitério Parque Memorial, na GO-020, casos de óbitos suspeitos ou confirmados de Covid-19, o protocolo é padrão. O caixão segue direto para o jazigo. Poucos parentes e familiares fazem a última despedida a distância. É o que ocorre também no Jardim das Palmeiras, na Fama. "Temos tentado fazer o possível para amenizar a dor neste momento difícil", diz o gerente Carlos Roberto Martins. Nos demais casos os velórios são rápidos, com sinalização de distanciamento, exigência do uso de máscara e oferta de álcool em gel.
Medo ronda prestadores de serviço
Este também não é um momento fácil para as equipes de sepultamento. Mesmo usando todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) preconizados - macacão com capuz, óculos de proteção, luvas duplicadas e proteção para os pés -, os 66 coveiros dos cemitérios públicos temem a contaminação. Segundo Divino Evangelista, dois deles já o procuraram solicitando o teste para a Covid-19, demanda que ele ainda não conseguiu atender. "Estamos correndo atrás." Até o momento, nenhum deles foi infectado.
No Complexo Vale da Paz, Guilherme Santana explica que também não houve nenhum caso de contaminação entre o pessoal de sepultamento. "Fizemos uma série de testes com a equipe e acompanhamos diariamente temperatura e sintomas. A equipe está tranquila. Principalmente porque usa todos os equipamentos de segurança".
Para o representante em Goiás do Comitê Nacional de Crise do Segmento Funerário para o Enfrentamento do Coronavírus e vice-presidente do Sindicato das Empresas Funerárias, Cemitérios e Crematórios, Wanderley Rodrigues, a realidade tem se apresentado menos dura do que a expectativa inicial. "Nossa preocupação era com um possível surto entre o pessoal das funerárias, principalmente aqueles que atendem as famílias, mas não ocorreu isso até agora." Segundo ele, em sua empresa, os dois casos positivados ocorreram fora do ambiente de trabalho.
Ao sindicato da classe, conforme Wanderley Rodrigues, não chegou nenhum relato de contaminação entre coveiros. "Acredito que seja por causa dos EPIs". E os cuidados estão sendo redobrados com o aumento considerável no número de enterros. Nos cemitérios públicos nos últimos dias há uma média de seis a nove sepultamentos em cada um. Somente no domingo (12), o Jardim das Palmeiras recebeu três corpos de casos de Covid-19. No Vale do Cerrado, o número de casos suspeitos e confirmados de Covid-19 nos primeiros 12 dias de julho, 31, já é quase igual a junho inteiro, 32. No Parque Memorial, dos dez sepultamentos diários, sete estão relacionados a Covid-19.
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Conselho Municipal de Saúde é excluído do COE de Goiânia
Decreto com nova formação do comitê responsável pelo monitoramento da Covid-19 foi publicado dias depois de presidente da entidade criticar a Prefeitura
O Conselho Municipal de Saúde de Goiânia foi excluído do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE) municipal criado em março pela Prefeitura para monitorar e analisar a situação da epidemia da Covid-19 na capital.
A exclusão foi concretizada no decreto municipal 1.213, de 25 de junho, dias depois de a presidente do conselho, Celidalva Bittencourt, ter dado entrevistas revelando detalhes de um plano de flexibilização deliberado pelo COE Municipal que ia contra a decisão da época da Prefeitura que era por uma abertura maior das atividades econômicas do que o COE considerava possível.
O entendimento de que o prefeito não seguia as recomendações do COE - informação detalhada por Celidalva em entrevistas a partir de 19 de junho - foi um dos argumentos usados pela Justiça para acatar no dia 21 de junho pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para suspender a flexibilização da época.
A Prefeitura chegou a conseguir derrubar a liminar, mas recuou na semana seguinte ao decidir acompanhar o governo estadual no aumento das restrições por 14 dias a partir de 30 de junho.
Entretanto, em mais uma reviravolta, no dia 10 de julho o prefeito Iris Rezende (MDB) anunciou que Goiânia deixaria o revezamento 14x14 criado pelo Estado, decisão que foi confirmada nesta segunda-feira por meio de um novo decreto.
Em entrevista ao POPULAR, Celidalva comentou que esta nova flexibilização continua não seguindo o plano deliberado pelo COE e que a cidade não está no momento adequado para o tipo de abertura proposta pela prefeitura.
Para ela, a exclusão foi uma retaliação pela postura do conselho crítica à Prefeitura, principalmente quando o executivou promoveu a reabertura do comércio no final de junho. Celidalva diz que não foi dada nenhuma satisfação à entidade sobre o motivo da saída.
No mesmo decreto que excluía o conselho, o prefeito incluía no centro representantes de secretárias diversas do executivo municipal, da Câmara Municipal, de instituições de pesquisa, do Ministério Público estadual e federal.
A Prefeitura disse que o decreto do dia 25 de junho foi feito para aumentar a representatividade dentro do COE municipal, mas não deu justificativa para a saída do Conselho Municipal de Saúde. E que houve um pedido para entrada de novos participantes, como vereadores e dois médicos de referência.
Um destes médicos incluído no COE é o goiano Áureo Ludovico de Paula, que segundo nota do Giro publicada no dia 7 já era visto com frequência aconselhando o prefeito nas decisões sobre Covid-19. Áureo é casado com uma sobrinha de Iris, lembra a nota, e é conhecido nacionalmente por uma técnica cirúrgica bariátrica que trata diabetes tipo 2.
Ainda segundo o paço, pode haver novas mudanças na formação do centro de operações, mas não é possível dizer que o conselho voltaria em um novo decreto nem quando sairia este novo documento. A Secretaria Municipal de Saúde não se posicionou até o fechamento desta edição.
78 cidades em Goiás terão testagem em massa para coronavírus
Acompanhando a reabertura das atividades comerciais, o governador Ronaldo Caiado (DEM) anunciou nesta segunda-feira (13) que ampliará a testagem em massa para detecção do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em 78 cidades goianas. Os kits começaram a ser distribuídos pelo governo estadual nesta segunda-feira. Em Goiás, o teste será disponibilizado para os pacientes com quadros leves da doença ou apenas sintomas gripais, ao contrário do que é feito pelo Ministério da Saúde, que atualmente testa somente casos graves.
A coleta será feita nos municípios pela Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) e contará com o auxílio de assistentes sociais e agentes de saúde municipais. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceira do Estado na ampliação, irá transportar os testes até São Paulo, processá-los e disponibilizar o resultado em até 48 horas. O POPULAR solicitou para a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) quais cidades farão parte da testagem em massa, quantos testes serão adquiridos e quanto a aquisição custará para os cofres públicos, mas não obteve nenhuma resposta.
O intuito da ação é testar a maior quantidade de pessoas possíveis para fazer um "rastreamento" da doença. Caiado acredita que com a testagem em massa, quase dois terços da população goiana será testada. A divulgação da ampliação da testagem acompanha a fase de liberação das atividades comerciais do decreto estadual que funciona no esquema de 14x14.
Testes rápidos
Caiado ressaltou que o Estado irá usar os testes moleculares, chamados de RT-PCR, e criticou o uso dos testes sorológicos, conhecidos como testes rápidos, que podem dar falsos resultados positivos e negativos. O governador citou, inclusive, o fato de que os usos dos testes rápidos virou alvo de operação da Polícia Federal em diversos estados por conta de incongruências nos resultados. "Se o Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) me diz que 30% dos resultados não são compatíveis com a realidade, então qual a importância desse teste?", questionou o governador.
Por conta disso, a escolha de Goiás foi pelos testes RT-PCR, que conseguem diagnosticar a doença com confiabilidade, uma vez que, detectam a presença do vírus e não de anticorpos. "Com ele dá para saber quem está contaminado. Assim, conseguimos saber quem está doente e fazer o isolamento dessas pessoas", esclareceu Caiado.
Testagem baixa
Até o dia 9 de julho, de acordo com dados do Ministério da Saúde, Goiás já tinha feito 16.850 testes do tipo RT-PCR. Com base nesses dados, o Estado é, em números gerais, é a quinta unidade da federação com a menor quantidade de testes aplicados, perdendo apenas para Alagoas (15.388), Acre (14.320), Piauí (12.843) e Roraima (10.355). Em relação a quantidade de testes feitos a cada 100 mil habitantes, Goiás também é um dos estados brasileiros que, até então, menos testa. Para se ter ideia, enquanto apenas 240 a cada 100 mil goianos foram testados pelo Estado usando o RT-PCR, no Distrito Federal a proporção é de 1.522 pessoas testadas a cada 100 mil habitantes.
Para contribuir com a baixa testagem, na última semana um equipamento doLacen-GO que ajuda no processamento dos dados parou de funcionar e diversos testes tiveram que ser levados para São Paulo para que os resultados fossem obtidos. A reportagem entrou em contato com a SES-GO para saber se o equipamento já foi consertado e se o fluxo de trabalho no Lacen-GO já foi normalizado, mas não obteve resposta.
Cresce recuperação de vítimas da Covid-19 em hospitais do País
Mais alta nos primeiros dias da pandemia, a taxa de sobrevivência de pacientes internados com Covid-19 voltou a crescer no Brasil.
Levantamento feito pela reportagem com base em dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde mostra que 60% das pessoas hospitalizadas na semana do dia 13 de junho tiveram alta. Em maio, mês mais crítico, esse índice chegou a 53%, o ponto mais baixo.
Os números se referem apenas a pacientes que ficaram internados -ou seja, os casos graves de Covid-19- e não incluem, portanto, o total de pessoas que receberam o diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus. Foram considerados dados até o último dia 13 de junho, e os percentuais são uma média móvel dos últimos 7 dias.
A melhora no quadro, segundo especialistas consultados pela reportagem, pode decorrer da combinação de hospitais menos cheios com maior experiência dos médicos e demais profissionais de saúde, que foram aprendendo sobre a melhor forma de lidar com a doença ao longo da pandemia.
No fim de março, quando os casos confirmados ainda não chegavam aos milhares, ficou em quase 70% a proporção de doentes internados que conseguiam se curar. À medida que o vírus foi se espalhando e o número de pacientes cresceu, aumentou também a proporção de mortes.
A situação foi mais grave no Norte e Nordeste, com redes de saúde menos robustas que as dos estados mais ao sul.
O Amazonas, primeiro a ter o sistema de saúde em colapso, viu a taxa de mortalidade nos hospitais crescer rapidamente já no início de abril.
Em 17 de abril, outros três estados tinham mais de 90% de ocupação dos leitos públicos de UTI reservados para pacientes com coronavírus: Ceará, Pará e Pernambuco, todos com mais mortos que curados e com a proporção de óbitos em expansão.
Outro ponto citado por especialistas é o aprendizado adquirido pelos profissionais de saúde ao longo da pandemia. A doença é nova, e muitas equipes foram formadas às pressas para lidar com a crescente demanda. Em alguns casos, hospitais precisaram recrutar profissionais recém-formados ou sem grande experiência prática em UTIs e enfermarias.
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Especialistas criticam descisão
Aumentos nos números de casos e de mortes e crescimento na taxa de ocupação de leitos em Goiânia são argumentos que sustentam críticas ao momento em que ocorre retomada de atividades
No dia em que anuncia a reabertura quase que total do comércio e atividades não essenciais, Goiânia soma 9.810 casos confirmados de Covid-19, com 272 mortes. A taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) chegou a 95% no último domingo (12) na cidade e, na rede particular, a 82,35% no último sábado (11). Para especialistas, a curva de contaminação, que continua crescendo, aliada à capacidade hospitalar, que, mesmo ampliada, se mostra insuficiente, seriam indicativos de que este não é momento para reabertura e tentativa de retorno à normalidade.
Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Goiânia e membro do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE), Celidalva Sousa Bittencourt diz com firmeza: "Não estamos preparados para isso". Para ela, os primeiros sinais de que não há condições de retorno são: taxa de ocupação de UTIs, alto nível de contaminação, ausência de testagem em massa e curva crescente de casos confirmados. "Além disso, precisamos pontuar, por exemplo, que as unidades básicas de saúde não possuem médicos suficientes para atendimentos de urgência e emergência".
Celidalva afirma que nos atendimentos de urgência e emergência, os casos suspeitos e confirmados chegaram a aumentar em 200% nos últimos dias. A presidente do Conselho Municipal de Saúde explica que, em média, os plantões contam com quatro médicos, número que, segundo ela, é insuficiente. "Ainda precisamos levar em consideração que os plantões nunca estão completos. Não temos estrutura, temos profissionais estressados, cansados e não temos, sequer, segurança para trabalhar".
Agressão registrada
Na noite do último domingo (12), uma jovem de 19 anos agrediu um médico que intubava uma paciente com síndrome respiratória, caso suspeito de Covid-19 no Centro de Atendimento e Inclusão Social (Cais) do Bairro Goiá. Ela não queria aguardar atendimento e, como o caso não foi considerado urgente, entrou para a sala vermelha e desferiu tapas e socos no profissional de saúde. Depois disso, saiu da unidade de saúde e retornou com um homem que também agrediu o médico. O casal deixou a unidade antes da chegada da polícia.
"Ontem (domingo) foi só mais um. Não temos guardas municipais 24 horas nas unidades de Saúde. E temos pacientes peregrinando por unidades para conseguir atendimento. Não estamos preparados para reabrir. Alguém vai ter de se responsabilizar pelas vidas ceifadas. Com certeza estamos falando de ceder à pressão. Mas aí, deveria ser pressão pela vida porque a economia se recupera, as vidas não. Não sou contra a abertura do comércio. Sou contra dizer que temos estrutura para isso, o que não é verdade", afirma a presidente do Conselho Municipal de Saúde.
Oferta insuficiente
No último dia 7 de julho, O POPULAR mostrou que a quantidade de leitos de UTI exclusivos para casos suspeitos e confirmados de Covid-19 é maior que o que havia sido prometido no início da pandemia. Há três meses a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital previa 102 leitos exclusivos de pacientes com o vírus, hoje são 156.
Epidemiologista e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), Erika Silveira diz, entretanto, que a quantidade não é suficiente para atender a demanda. Ela pontua ainda que, em determinado momento, a expansão chega ao limite levando em consideração não apenas infraestrutura, mas também equipamentos e profissionais.
"Uma série de variáveis precisa ser levada em consideração para retorno de atividades. Os principais são: vagas na rede de saúde e casos mostrando tendência de queda. Pelos últimos boletins, só estamos crescendo. Essa ansiedade tem fatores econômicos e políticos, até porque é ano eleitoral. Se abrirmos tudo no momento errado, vamos manter a curva lá em cima, com muitos casos e muitos óbitos", pontua Erika.
A professora afirma que este é o pior momento do Estado e que, portanto, não permite a reabertura. Ela recorda que elogiou o trabalho realizado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) logo no início da pandemia declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de fechar atividades não essenciais. Para Erika Silveira, esta foi uma medida importante, que fez com que o número de cem óbitos, por exemplo, demorasse a ocorrer em Goiás. "Em meados de maio atingimos cem casos e isso coincidiu com a queda do isolamento".
Conselho fala em incoerência
O decreto municipal publicado nesta segunda-feira (13) continua proibindo o uso de espaços comuns em condomínios, espaços infantis, bem como clubes, boates, cinemas, teatros e casas de espetáculo. Celidalva Sousa Bittencourt, presidente do Conselho Municipal de Saúde ironizou a decisão chamado o novo coronavírus (Sars-CoV-2) de "vírus seletivo". Isso porque bares, restaurantes e igrejas, por exemplo, poderão voltar a reabrir.
"Eu queria saber que vírus seletivo é este que a Prefeitura acredita. Pode abrir academia na rua, mas não pode reabrir a do prédio? Área de lazer não pode, mas restaurantes podem? O vírus vai ao condomínio, mas não vai ao bar? E tem mais. A lotação do transporte público não foi solucionada", critica.
A secretária de Saúde municipal, Fátima Mrue, não se opôs às decisões do decreto e diz ainda que a intenção da Prefeitura é dar todo o atendimento para que os empresários sigam os protocolos. Mrué afirmou que, em 14 dias, se não houver piora dos números, o comércio deve se manter aberto. "Na curva crescente não é recomendada a reabertura de teatros, cinemas. Quando a epidemia estiver mais controlada, com número de mortos caindo, neste momento começa a liberação, mas com muitos critérios também", afirma.
"Estudo tem seu valor, mas não é verdade universal", diz secretário estadual
Na última semana, o secretário de Estado de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, disse que a partir de 20%, 25% de contágio da população, caem os níveis de contágio, de internação e de óbitos. Ele afirmou que "o caminho agora, tendo em vista que expandimos o que precisávamos de estrutura de saúde, é darmos as mãos para enfrentarmos, até para que a curva se cumpra". A afirmação poderia confirmar o estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG), que estima um cenário de 7 mil mortos no Estado caso isso aconteça. Isso porque a letalidade está em torno de 0,5% em Goiás que tem mais de 7 milhões de habitantes.
Nesta segunda-feira, Ismael voltou a fazer a ponderação e disse que a opinião não significa desrespeito à UFG nem aos pesquisadores. O secretário afirmou que, no início da pandemia, acreditava-se que somente com 80% da população contaminada as taxas cairiam. Porém, outros Estados e países diminuíram os números antes que 25% da população fosse contaminada. "Não é uma crítica ou demérito à UFG. O estudo tem seu valor para a comunidade científica, mas não encerra a verdade universal do ponto de vista de orientar a gestão."
Alexandrino afirmou, em entrevista coletiva, que todas as medidas possíveis de ampliação foram feitas e que o novo decreto estadual é muito "cauteloso em relação à forma de agir". "É melhor que tenhamos atividades que estejam funcionando, mas respeitando as regras, do que atividades que estejam funcionando na clandestinidade e sem nenhuma medida de proteção atenuante. Expandimos as estruturas para que houvesse agora esta possibilidade de abertura agora, seguindo os protocolos. Goiás é um dos Estados com menor taxa de letalidade. Todo trabalho feito até o momento, seria repetido", afirmou.
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Estrutura da saúde chegou ao limite, enfatiza Caiado
Governador alerta sobre falta de recursos humanos para expandir atendimento, ao assinar ampliação de atividades no Estado
Ao assinar decreto que amplia as permissões para atividades no Estado, o governador Ronaldo Caiado (DEM) repetiu nesta segunda-feira (13) por sete vezes em evento no Palácio das Esmeraldas que não tem condições de aumentar a estrutura de atendimento aos pacientes de coronavírus por falta de mão de obra. "Não cobrem o impossível. Não temos mais recursos humanos para expandir a estrutura. Não adianta pedir mais. O máximo está aí em termos de estrutura", afirmou.
Pressionado pelo setor produtivo e pelo prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), o governador permitiu abertura de bares, restaurantes e academias, mantendo proibidos apenas eventos e atividades que envolvem grande público ou espaços totalmente fechados (veja quadro). Diferentemente da Prefeitura de Goiânia, que colocou fim ao isolamento intermitente, o novo decreto estadual (nº 9.692) mantém a proposta de 14 dias de abertura e 14 dias de fechamento (do decreto nº 9.685, de 29 de junho). Nos bastidores, no entanto, os governistas admitem ser improvável a manutenção da medida no próximo mês.
A assinatura dos novos decretos (Estado e Prefeitura de Goiânia) ocorre depois que Iris decidiu na semana passada pela retomada das atividades por tempo indeterminado na capital e buscou alinhar o discurso com a gestão estadual. Em reunião com Caiado na quarta-feira (8), ambos acertaram as novas regras, especialmente pelo argumento do prefeito de que a tentativa de quarentena não provocou aumento nos porcentuais de isolamento no Estado.
O grupo de estudos da Universidade Federal de Goiás (UFG) que monitora a evolução da Covid-19 e que serviu de referência para o decreto de 29 de junho não esteve presente no evento de ontem.
Em discurso, Caiado afirmou contar com a "conscientização" da sociedade para evitar o colapso no sistema de saúde.
Muito cobrado nas redes sociais por não cumprir a promessa sobre oferta de leitos para o tratamento de Covid-19, o governador afirmou que não basta garantir estrutura e equipamentos, mas também profissionais da área da saúde. O POPULAR mostrou no sábado que foram criados 521 leitos, sendo 179 de unidades de terapia intensiva (UTIs) - enquanto a promessa era de 270 - e 342 de enfermaria.
"Confesso que nossa capacidade está limitada. Nós implantamos o que foi possível implantar. O fator limitante é de recursos humanos. Quem fabrica um médico intensivista, uma enfermeira, um fisioterapeuta? Quem fabrica isso em escala?", disse o governador.
Questionado sobre a curva mais acentuada de contaminação e de óbitos em Goiás e se é o melhor momento para permitir a abertura das atividades, Caiado afirmou que o Estado estabeleceu protocolos de segurança.
"Até hoje nesses quatro meses eu não vi um bom momento (para reabrir). Nunca assistimos a nada parecido. Temos de buscar alguns protocolos para ver como vamos dar conta de sobreviver. Ninguém tem receita de bolo. Agora, estamos fazendo com embasamento científico. Não tem achismo. Não será algo totalmente descoordenado", disse.
O Estado registrou ontem 36,9 mil casos e 880 mortes por coronavírus, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde.
O governador manifestou solidariedade aos familiares dos mortos e disse que, ao final da pandemia, quer criar um memorial para lembrar os óbitos e também homenagear os profissionais da saúde.
Sobre os embates com o setor produtivo, Caiado afirmou esperar "total e ampla parceria". "Que não seja disputa política e muito menos colocar campanha eleitoral à frente deste momento. Todos estão comprometidos nesta parceria direta com o governo, testando, isolando, afastando, tendo cuidado com familiares. Não vamos cair nesse falso dilema entre vida e economia", afirmou.
No evento, que ocorreu no jardim do Palácio das Esmeraldas, as cadeiras foram identificadas com os nomes das entidades que participaram de videoconferência, considerada a reabertura do diálogo, com o governador na semana passada. As Federações da Indústria (Fieg) e do Comércio (Fecomércio) do Estado, que não participaram da conversa, não tiveram marcação.
Supremo
Sobre a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, na semana passada, que negou pedido de dois municípios (de Minas e Paraíba) para não seguirem decretos estaduais de enfrentamento da pandemia, o governador Ronaldo Caiado afirmou que prefere aguardar decisão colegiada da Corte e disse que seguirá com a interpretação de que há autonomia tanto de Estados como de municípios para a definição de regras.
Desde abril, Caiado vem apontando a decisão do Supremo como justificativa para não impor o decreto estadual aos municípios. Toffoli apontou nas decisões que é preciso "preservar a ordem jurídico-constitucional instituída pelos governos estaduais".
"Foi apenas um ministro do Supremo, em decisão monocrática. É mais prudente ao governador cumprir a primeira decisão, no aguardo do colegiado sobre essa segunda decisão", disse Caiado.
Em relação às deficiências de fiscalização do cumprimento das regras, o governador disse "acreditar muito mais na conscientização" da população. "Onde houver total indisciplina, o município poderá estabelecer penas e cassação de alvará. Isso cabe aos prefeitos", disse.
Zacharias Calil defende ivermectina; Anvisa nega aval
Na cerimônia de divulgação do novo decreto estadual com os protocolos para a reabertura do comércio em Goiás, ontem, o médico e deputado federal Za-charias Calil defendeu o tratamento precoce para Covid-19 com ivermectina.
No sábado (II), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou que o uso de ivermectina não é recomendado para o tratamento de pacientes com o novo coronavírus. O medicamento antiparasitário não tem eficácia comprovada contra a doença.
O deputado chegou a afirmar que ele e toda a sua família fizeram uso do medicamento de forma preventiva, e que a discussão do remédio tomou um tom político. "Muita gente critica e fala que é uma 'balela', que não tem estudo científico, mas como falar para o paciente não fazer se ele chega no seu consultório e quer fazer? O tratamento precoce vai evitar com que pacientes tomem conta das UTIs. Está tendo um colapso, não tem mais vagas de UTI ", afirmou Calil.
Quando pegou o microfone, o governador Ronaldo Caiado (DEM) pontuou a fala do deputado e disse que ele é um grande entusiasta da causa, mas que é preciso ter cautela no momento e que ele (Caiado), como também médico e responsável pelas decisões no atendimento da população no Estado, não podería usar a ivermectina na profilaxia ao novo coronavírus.
Postagens em redes sociais vêm sugerindo que o uso de ivermectina tem curado Covid-19. No entanto, os conteúdos são enganosos. Estudos recentes mostraram que o medicamento mostrou resultados positivos contra o coronavírus, mas os testes foram feitos in vitro. Em humanos, a dosagem não daria conta de ser efetiva para a Covid-19. (Frank Martins)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
Confira o boletim desta segunda-feira, 13 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Atenção: O total de HOSPITAIS ASSOCIADOS da Ahpaceg em GOIÂNIA representa 10% DOS HOSPITAIS da capital. OS DEMAIS não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação NÃO CONSTAM neste boletim.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
Aumento: Nos últimos 30 dias, entre 13 de junho e 13 de julho de 2020, a oferta de leitos (adulto e infantil) nos hospitais associados da Ahpaceg na capital e interior aumentou 69% (leitos de UTI) e 81% (leitos de apartamentos).
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Einstein se prepara para nova onda, até de casos represados
Brasil tropeça para cumprir metas de testes de coronavírus
Governo de Goiás recebe menos do que municípios para combater pandemia
Efeitos da covid-19 no acesso a pílulas, pré-natal e vacinas matarão milhares de mães e crianças, diz relatório
Goiás registra mais 502 casos de covid-19 e cinco óbitos em 24 horas
Universidades desenvolvem apoio a diagnóstico da Covid-19 com raio-x
Uso precoce de medicamentos por pacientes com Covid-19 é tema de audiência na Câmara dos deputados
Procura por teste de Covid-19 dispara em laboratórios privados de Goiânia
O ESTADO DE S.PAULO
Einstein se prepara para nova onda, até de casos represados
Média de internados caiu de 60 para 39, mas flexibilização preocupa, além da 'volta' dos que temiam infecção
O Hospital Albert Einstein registra atualmente menos pacientes internados do que nas últimas semanas. Hoje, são 39 pessoas internadas na unidade de terapia intensiva (UTI) covid. A média girou em torno de 60 entre maio e início de junho e já foi de 110 em abril. Os números estão baixando. O tempo de internação também diminuiu de sete para quatro dias.
A redução se verifica na unidade do Morumbi, localizada na zona sul, mas a tendência também se observa nos hospitais públicos administrados pelo Einstein, como os municipais Doutor Gilson de Cássia Marques de Carvalho (na Vila Santa Catarina) e Doutor Moyses Deutsch (M'Boi Mirim, também na zona sul).
Para Claudia Regina Laselva, diretora de Operações, Enfermagem e Experiência do centro médico, a equipe acumula lições importantes no trato da doença. "Do ponto de vista epidemiológico, temos um aprendizado que contribui na redução do tempo médio de internação, por exemplo."
Outro fator que influencia na redução de casos é a interiorização da doença. Mas a redução atual da pressão nos leitos hospitalares não modifica a estratégia do hospital. Há expectativa de aumento do número de casos nas próximas semanas. Com ocupação geral em torno de 80%, o hospital, referência no tratamento do coronavírus entre os hospitais privados continua mobilizado.
O centro ainda espera uma espécie de "retomada" mais intensa do tratamento de outras doenças crônicas, pois vários pacientes evitaram os hospitais por causa do medo de se contaminar. A procura de oncologistas, por exemplo, caiu 70%. Para atender pacientes covid-19 e não covid-19, o Einstein praticamente criou dois hospitais.
No Morumbi, uma das torres foi destinada somente para doentes do novo coronavírus, com elevadores, corredores, pronto-socorro e unidades de internação específicas. "O momento atual ganhou amplitude. Além da covid, estamos tratando mais casos de doenças crônicas e problemas derivados da covid, como a reabilitação, depressão e ansiedade", diz a especialista.
Segurança. Após praticamente quatro meses de dedicação intensa, os profissionais da linha de frente se sentem mais seguros. Nenhum profissional de saúde do hospital morreu, e a taxa de afastamento por covid-19 é de 10% a 12%, inferior aos 15% observados em outros hospitais. Por outro lado, há desgaste emocional. A perda de um paciente, a ausência dos acompanhantes e o medo de levar a doença para casa trazem um pesar maior a longo prazo, na opinião de Claudia Laselva.
Nesse contexto, as histórias de superação, dos colegas e dos pacientes, garantem a energia desses profissionais para seguir em frente no combate à covid. No final do mês passado, um enfermeiro retornou ao trabalho depois de 45 dias de internação, em que chegou a ficar em estado gravíssimo, mais 15 dias de afastamento das funções.
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FOLHA DE S.PAULO
Brasil tropeça para cumprir metas de testes de coronavírus
Ministério agora aposta em atenção básica para ampliar testes de casos leves
Natália Cancian
Brasília
"Teste, teste, teste." Replicada no início da epidemia, a frase do diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, se viu atropelada pelo desenrolar da Covid-19 no Brasil.
A ampliação da testagem ficou na promessa - ou nas promessas, pois não foram poucas. A principal foi a previsão de ofertar 46 milhões de testes até setembro, entre moleculares (que buscam material genético do vírus em amostras das vias respiratórias) e rápidos (que buscam anticorpos em amostras de sangue).
Até agora, porém, só 12,3 milhões desse testes foram distribuídos aos estados, abaixo do previsto em cronograma inicial do programa Diagnosticar para Cuidar, que apontava 17 milhões até o fim de maio.
A testagem brasileira - foram feitos no SUS 1,2 milhão de testes moleculares, e, somados os da rede privada, 2,1 milhões ao todo- ainda é considerada baixa, para uma população de 210 milhões.
Questionado, o Ministério da Saúde não informou o total de testes rápidos na rede pública. Com a rede particular, diz, chega a2,6 milhões.
Mesmo com a oferta limitada, o país é hoje o segundo em número de casos registrados da Covid-19, com mais de 1,8 milhão de infecções, atrás dos EUA, com3,2 milhões. Especialistas indicam, contudo, que aqui há forte subnotificação.
Para o sanitarista Cláudio Maieroviteh, a ausência de testes dificulta no controle da epidemia. "Testar um caso, rastrear contatos, testá-los e isolar é o que permite o controle da doença onde ela está acontecendo ", afirma. "Sem testes, não se chega aos contatos dos contatos, e a investigação para no primeiro elo da cadeia [de disseminação]."
Nos últimos cinco meses, o ministério fez diferentes anúncios sobre o tema: além da ampliação, os planos envolviam coleta de amostras de pacientes com sintomas leves e expansão de laboratórios.
Boa parte dessas medidas ficou só no papel. Um raro avanço ocorreu na capacidade de laboratórios públicos, que foi de 1.600 testes por dia, em março, para atuais 14 mil.
Outras estão a meio caminho, como realizar 30 mil testes em um centro de diagnóstico em parceria com a rede Dasa, que receberia insumos e amostras da rede pública.
Até esta última semana, o centro realizava no máximo 3.500 testes por dia. Em contrato, a previsão era de fazer ao menos 13,5 mil nesta fase. "Vamos crescer a capacidade conforme a entrega de equipamentos do ministério e a capacidade dos municípios de enviarem amostras", diz o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana.
Também em abril e maio, o ministério prometeu postos drive-thru em cidades acima de 500 mil habitantes para testar casos leves e enviar as amostras a Dasa e Flocruz. A medida não vingou.
Também ficou pela metade a ideia de asar o Telesus, sistema telefônico criado em março para orientar a população sobre sintomas de Covid-19, rastrear contatos de casos confirmados e ofertar testes.
"Nossa intenção era transformar o Telesas em um grande sistema de rastreamento", diz o ex-secretário de Atenção Primária Emo Harzheim, que era da gestão de Luiz Henrique Mandetta. Questionado, o ministério não respondeu.
Com o atraso, a pasta anunciou no fim de junho uma nova estratégia, que prevê usar centros de atendimento a Covid na atenção básica para co letar amostras também de casos leves, e não apenas os que chegam graves a hospitais.
Até agora, 807 desses centros já foram habilitados. Segundo Mauro Junqueira, do Conasems (conselho de secretários municipais de saúde), municípios esperam apenas a entrega de insumos para iniciar a coleta, ainda sem prazo. Ele admite que o total aplicado de testes ainda é baixo. "Mas esperamos virar o jogo."
Para Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conass, que reúne gestores estaduais, a estratégia no país foi confusa.
"Nossos laboratórios não estavam preparados e houve em alguns casos falta de swab [instrumento usado para coleta de amostras respiratórias, similar
a um cotonete] e de testes PC R, e, assim que chegaram os testes rápidos em alguns estados, já tínhamos uma curva muito acentuada da doença."
Segundo Marco Krieger, vice-presidente de inovação e produção da Fiocruz, um dos problemas foi a falta inicial de informações sobre o viras.
O cenário mudou com a chegada do viras à Europa e a declaração de pandemia, que causou falta de insumos e necessidade de ampliar a produção. Até agora, foram entregues pela Fiocruz 5,2 milhões de testes. A previsão é chegar a 11,5 milhões até setembro.
"O primeiro gargalo foi a produção, mas isso já está superado", diz ele, segundo quem há agora outros gargalos, "como insumos de coleta e logística das amostras".
Concorrência por insumos e problemas de logística também são citados pelo ex-ministro Nelson Teich. "Nossa expectativa era em junho fazer já 60 mil testes por dia."
O Ministério da Saúde diz que começou a buscar testes em janeiro, entretanto a corrida global fez rarearem os insumos. Segundo a pasta, uma compra de 15 milhões de unidades começou, com apoio da Fiocruz, em abril. Um milhão foi distribuído, e são previstas entregas semanais de 200 mil.
Em nota, o ministério diz que está ampliando a capacidade de testagem e mantém a previsão de 46 milhões de testes. Não diz, porém, quantos deles já foram adquiridos.
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O que o governo prometeu sobre testes
1. AMPLIAR OFERTA
Expectativa Fazer 46 milhões de testes até setembro, sendo 16 milhões até maio, 21 milhões de junho a agosto e 8 milhões nos meses seguintes Realidade Até 8 de julho,12,3 milhões de testes foram distribuídos aos estados, sendo:
4,8 milhões de testes moleculares (que usam a técnica de RT-PCR para verificar, em amostras de muco e saliva, a presença de material genético do vírus).
7,5 milhões de testes rápidos (que verificam a presença de anticorpos para o vírus em amostras de sangue).
2. TESTAR EM MASSA
Expectativa Testar até 22% da população até setembro Realidade Total cresceu, mas é limitado. Ministério não tem controle de todos os testes aplicados e total engloba testes feitos por estados e municípios.
1.1 milhão de testes RT-PCR já realizados no SUS, segundo o Ministério da Saúde
2.2 milhões de testes sorológicos (inclui rede privada; pasta não diz a fatia da rede pública).
3. ELEVAR A CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO DE LABORATÓRIOS
Expectativa Aumentar progressivamente análise em laboratórios centrais e, em junho, processar por dia 16 mil testes na Fiocruz, 5.000 no Instituto de Biologia Molecular do Paraná e 30 mil em parceria com rede privada Dasa Realidade Capacidade de processamento da rede pública cresceu de 1.689 em março para 14.567em junho. Mas plano atrasou.
Atualmente, Fiocruz tem laboratórios com capacidade para 75 mil testes por dia, enquanto a Dasa tem feito hoje cerca de 3.000 testes por dia.
4. AUMENTAR UNIDADES SENTINELA E TESTAR NELAS 100% DA AMOSTRA
Expectativa
No fim de março, ministério anunciou que pretendia ampliar número de unidades sentinela, centros que coletam amostras de parte dos pacientes atendidos com síndrome gripai, de 168 para 500 até junho, e testar também 100% dos casos Realidade País tem hoje 237 unidades. Pasta não informa o total de amostras testadas nestes locais.
5. INSTALAR DRIVE-THRU E AMPLIAR TESTAGEM DE CASOS LEVES
Expectativa
Postos drivethru coletariam amostras e testariam casos leves em cidades acima de 500 mil habitantes. Resultado seria entregue por celular entre 24h e 96h depois Realidade Postos não saíram do papel. Ministério diz agora que testes serão ofertados em centros de atendimento a doentes da Covid (que podem ser unidades de saúde com espaço específico para esse atendimento). Há hoje 807 habilitadas, mas ministério não informa em quantas a coleta já ocorre.
6. RASTREAR POR TELEFONE PARA TESTAR
Expectativa
Programa automático que telefona e questiona sintomas, Telesus, seria ligado a oferta de testes e monitoramento de contatos de casos confirmados Realidade o Telesus foi implementado, mas não incluiu a oferta de testes.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Governo de Goiás recebe menos do que municípios para combater pandemia
A distribuição de recursos do Governo Federal para que os Estados enfrentem o novo coronavírus tem surpreendido a população: em muitos casos, os Estados recebem menos do que municípios.
O caso de Goiás é um exemplo: o Estado fica com apenas R$ 15 a cada R$ 100 repassado pela União.
De acordo com reportagem de "O Popular", o Governo de Goiás recebeu R$ 52, 6 milhões enquanto os municípios tiveram acesso a R$ 306 milhões. Para efeito de comparação, um dos municípios de Goiás recebeu R$ 75 milhões para usar durante a "guerra" contra a covid-19.
De imediato os dados revelam que os municípios necessitam, por obrigação, ter maior protagonismo no combate da pandemia, já que receberam muito mais do que os governos estaduais.
Estes recursos podem ser aplicados desde campanhas publicitárias para orientação da população até compra de insumos e medicamentos, bem como na aplicação em hospitais e contratação de pessoal qualificado.
A distribuição em Goiás, diz a reportagem, é uma das menores do país. Apenas Alagoas (13,8%) e Mato Grosso (14%) apresentam uma proporção pior do que a de Goiás.
Uma das reclamações dos médicos da linha de frente do combate do vírus é a de que diversos municípios não aplicam corretamente os recursos e muitas vezes mandam pacientes para a rede estadual de atendimento, que têm UTI, mas um custeio bem maior. E com menos recursos.
Conforme a Secretaria de Estado de Saúde, o Governo de Goiás aplicou os R$ 52 milhões recebidos nos hospitais de campanha. São oito deles espalhados pelo Estado.
Outra questão suscitada pelos médicos e enfermeiros, além dos gestores, é de que a aplicação dos recursos diretamente nos municípios, de forma difusa, leva ao enfraquecimento da fiscalização, o que pode gerar desvios de recursos.
Já existem questionamentos em vários municípios do Estado quanto a falta de transparência na aplicação dos recursos públicos direcionados para as cidades.
A fonte dos dados que revela a discrepância do que é enviado aos governos e para municípios pode ser consultada no site Siga Brasil , sistema do Senado que traz detalhes dos repasses de recursos e orçamentos.
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BBC NEWS
Efeitos da covid-19 no acesso a pílulas, pré-natal e vacinas matarão milhares de mães e crianças, diz relatório
"A covid-19 está tornando uma situação ruim pior" para a saúde de mulheres, mães e crianças, resume o texto de um relatório publicado nesta segunda-feira (13) pelo painel independente das Nações Unidas para o tema, chamado Every Woman, Every Child, Every Adolescent ("Toda mulher, toda criança, todo adolescente"). O relatório chega a estimar, em números, o impacto múltiplo da pandemia do coronavírus na saúde delas que vai desde o acesso a contraceptivos à merenda de escolas, agora fechadas por imposição do isolamento social. Se em 2018 5,3 milhões de crianças com menos de cinco anos morreram globalmente, calcula-se que o contexto da pandemia possa tirar a vida de mais 400 mil delas por conta de interrupções e problemas nos serviços de saúde. Em relação à mortalidade materna, 295 mil mulheres morreram em 2017 em todo o mundo por causas ligadas à gravidez, como hemorragia e sepse. Os efeitos da pandemia podem fazer novas 24,4 mil mortes assim.
O documento destaca ainda que: 13,5 milhões de crianças deixaram de ser vacinadas contra doenças que podem ser fatais; Mais de 20 países já relataram escassez de vacinas causada pela pandemia; Há interrupção no fornecimento de contraceptivos, podendo levar a 15 milhões de gestações indesejadas em países de baixa e média renda; De 42 a 66 milhões de crianças correm o risco de cair na pobreza extrema; Cerca de 370 milhões de crianças estão deixando de receber refeições na escola; Mulheres têm particularidades que as colocam vulneráveis à depressão e ansiedade; Estima-se que pode haver mais 15 milhões de atos violentos contra meninas e mulheres a cada três meses de confinamento; em alguns países, chamadas de emergência aumentaram 30%. "Sistemas de saúde em países ricos e pobres estão enfrentando grandes dificuldades (na pandemia), e a atenção a mães, recém-nascidos, crianças e adolescentes está se esfacelando", afirmou em comunicado à imprensa a médica Elizabeth Mason, co-presidente do painel.
"Campanhas de imunização estão sendo interrompidas e os profissionais de saúde estão sendo desviados da maternidade para as unidades de tratamento para a covid-19."Emergências de saúde anteriores ensinaram o quanto mulheres e crianças ficam particularmente vulneráveis neste cenário no surto de ebola no Oeste da África entre 2014 e 2016, por exemplo, a mortalidade materna cresceu 75% durante a epidemia, e o número de mulheres parindo em unidades de saúde e hospitais caiu em 30%. Desde 2000, o mundo estava assistindo a melhoras importantes, mesmo nos países mais pobres como uma queda generalizada considerável na mortalidade materna e de crianças menores de 5 anos, diz o documento. "Estamos em uma situação onde décadas de progresso podem ser facilmente revertidas", lamenta Joy Phumaphi, membro do painel e ex-assistente da direção-geral da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Com isso, ficou ainda mais preocupante o cumprimento de metas da Agenda 2030 das Nações Unidas, que engloba diversos temas e tem vários pontos sobre a saúde das mulheres e crianças.
Antes da pandemia, a implementação destes pontos já era considerada atrasada. ONU critica 'incoerência' de governo brasileiro ao não impedir despejos em meio a pandemia Coronavírus: o modelo matemático que explica como evitar meio milhão de mortes na América Latina Brasil: preocupação com tendência de aumento da mortalidade
O relatório traz classificações de 193 países em sete indicadores, avaliando-os como "superado" (metas globais ou do país em particular superadas); "avançado"; "intermediário"; e algo como "correndo atrás" ("catching up"). Os dados são em sua maioria anteriores à covid-19, variando entre 2015 e 2018. O Brasil aparece com cinco indicadores "superados": índice de mortalidade materna; taxa de crianças natimortas; mortalidade infantil; mortalidade abaixo dos cinco anos; e registro civil de óbitos. No indicador mortalidade adolescente (entre 10-19 anos, a cada 100 mil habitantes), o país aparece como "intermediário"; e, no registro civil de nascimento, "avançado".
Professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Simone Diniz ressalta no entanto que os dados do relatório global possivelmente não captam tendências preocupantes observadas em anos mais recentes.Um relatório de 2018 da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) indicou, por exemplo, que após um período consistente de declínio na mortalidade no primeiro ano de vida, 2016 já apresentou uma reversão desta queda. Em relação a 2015, houve aumento em 2016 da mortalidade pós-neonatal (dos 28 aos 364 dias de vida) em todas as regiões do país, com exceção do Sul. O maior aumento foi observado no Nordeste, onde o coeficiente de mortalidade pós-neonatal passou de 3,8 por 1.000 nascidos vivos em 2015 para 4,2 em 2016. "Enquanto a mortalidade perinatal é mais influenciada pela assistência em saúde, a pós-neonatal é mais sensível às condições socioeconômicas (da família).
Observamos uma tendência do aumento da proporção das mortes pós-neonatal, o que vai ao encontro da crise econômica, queda de renda, aumento do desemprego e desigualdade observados nos últimos anos no país", explica Diniz, integrante do Grupo Temático Gênero e Saúde da Abrasco. A pesquisadora destaca que, no contexto atual de pandemia, o país está assistindo à volta de situações que tinham ficado para trás, como por exemplo a não recomendada "alta" ou liberação de consultas de pré-natal e a peregrinação por leitos, transferidos para tratamento de covid-19, no trabalho de parto. O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Imunizações também estão preocupados com a queda da cobertura vacinal em meio à emergência da covid-19 por conta disso, a sociedade lançou a campanha "Vacinação em dia, mesmo na pandemia" com orientações para a imunização neste período. Outros desdobramentos da pandemia
Não é só a dificuldade de acesso a vacinas durante a pandemia que preocupa. Mulheres já estão sendo afetadas pelo fechamento de consultórios e postos de atendimento móvel sobre saúde reprodutiva, diz o relatório. Isto afeta o acesso a métodos contraceptivos, testes de HIV e assistência pós-aborto onde a interrupção à gravidez é permitida. Também há "preocupação com a saúde, ética e direitos diante de medidas restritivas para evitar a transmissão da covid-19, como mulheres sendo solicitadas a parir sem sua família por perto, e uma negação à autonomia delas na tomada de decisões; ou intervenções médicas como cesarianas e partos induzidos sem indicação baseada em evidências", segundo afirma o documento. Pelo impacto econômico e pela descontinuidade de programas de assistência, 2 milhões de casos adicionais de mutilação genital feminina podem ocorrer no mundo, assim como 13 milhões de casamentos de crianças nos próximos 10 anos.
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A REDAÇÃO
Goiás registra mais 502 casos de covid-19 e cinco óbitos em 24 horas
Goiânia - Goiás registrou mais cinco mortes e 502 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Os dados foram divulgados na tarde deste domingo (12/7) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).
Com isso, o Estado já acumula 36.541 casos da doença e 849 óbitos confirmados. Assim, a taxa de letalidade da pandemia é de 2,32%.
Ainda segundo a SES-GO, há o registro de 10.472 pessoas recuperadas. Goiás ainda segue investigando 86.606 casos suspeitos e 54 óbitos suspeitos.
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JORNAL OPÇÃO
Universidades desenvolvem apoio a diagnóstico da Covid-19 com raio-x
Por Marcos Aurélio
Pesquisadores conseguiram taxa de assertividade de 90% de detecção da doença
Três universidades do Paraná desenvolveram um método de apoio a diagnósticos de causas de pneumonia empregando inteligência artificial em procedimentos utilizando raio-x. O método pode auxiliar na detecção de covid-19. Até o momento, os pesquisadores conseguiram taxa de assertividade de 90% de detecção da doença.
A investigação está sendo desenvolvida por um grupo de pesquisadores de três instituições: Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR), Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Campo Mourão (UTFPR-CM).
Atualmente, exames de tomografias já são adotados como forma de identificar indícios do que pode ser uma complicação no pulmão em decorrência da infecção pelo novo coronavírus. Este tipo de procedimento contribui para a análise clínica que já é admitida como forma de confirmação de casos em mudanças recentes divulgadas pelo Ministério da Saúde.
A diferença do sistema desenvolvido pelos pesquisadores paranaenses é o auxílio de análises realizadas por meio de inteligência artificial para realizar a avaliação do que causou uma pneumonia a partir de raios-x da região do tórax. Dentre as motivações, a tecnologia identificou os casos de covid-19 com taxa de acerto de 90%.
Rodolfo Pereira, idealizador da pesquisa e estudante do Programa de Pós-Graduação em Informática da PUC-PR, explica que a solução foi pensada a partir da demanda de encontrar formas de diagnosticar a covid-19, mas que pode também servir para indicar o quadro relacionado a uma pneumonia e subsidiar a indicação de tratamento pelos médicos.
Ele destaca que o sistema não é uma forma autônoma de diagnóstico, mas um recurso de apoio que pode ser útil uma vez que parte de imagens de raio-x e dispensa o uso de um tomógrafo. “A gente acredite que o sistema não é 100% seguro. Mas a questão é que a máquina de raio-x é presente em muitos postos de atendimento, inclusive em cidades do interior”, salienta.
“Em um cenário mais caótico, um sistema como este poderia ser útil em um momento de primeira triagem. Ou do pessoal que está no interior e precisa ser encaminhado para outros locais para ter diagnóstico mais apropriado. Tomografia é exame mais caro, mais custoso e talvez demore mais”, complementa o professor do Programa de Pós-Graduação em Informática da PUC-PR Carlos Silla, orientador da pesquisa.
Agora as equipes pretendem apresentar o projeto à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) com vistas a firmar parcerias com hospitais. Isso porque o sistema melhora na medida em que se analisam mais imagens. Até o momento, ele avaliou 1.144 imagens de pneumonias. Mas com o aumento da base de dados a taxa de acerto também pode ser ampliada. (Com informações da Agência Brasil)
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Uso precoce de medicamentos por pacientes com Covid-19 é tema de audiência na Câmara dos deputados
Por Fernanda Santos
As discussões podem nortear novos protocolos adotados pelo Ministério da Saúde
A comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha ações de combate ao novo coronavírus debate o uso de medicamentos como tratamento precoce a Covid-19. Os parlamentares pretendem debater com especialistas e apresentar ao Ministério da Saúde um relatório sobre o tema.
O médico e deputado federal Zacharias Calil (DEM), se mostra favorável ao uso de medicamentos logo nos primeiros estágios da doença. “Eu vejo que o tratamento em qualquer situação é a melhor opção que você tem. Não se pode esperar a doença manifestar. A Covid-19 tem a fase 1, 2, 3 e 4, que vai se agravando”, afirmou ao Jornal Opção.
“Com isso, o paciente que poderia ser tratado em um menor período de tempo pode ter tido uma complicação e seguir para a UTI. Com isso você mantém o paciente entubado por mais tempo, maior morbidade. Está havendo discussões entre médicos de várias especialidades. Uns acham que o paciente tem que aguardar e outros para se manter o tratamento mais precoce possível, porque a piora é muito rápida”, disse.
As discussões podem nortear novos protocolos adotados pelo Ministério da Saúde, que determina essas normas no serviço público e se mostra aberto quanto a essa posição.
“O diagnóstico hoje primordial é a tomografia computadorizada. Se você vai fazer a testagem, você leva pelo menos cinco dias para ter o exame pronto. Enquanto isso, o paciente pode apresentar complicações do ponto de vista clínico e também hematológico. Ele começa apresentar inclusive alterações na coagulação sanguínea. Tem de 10% a 20% de comprometimento pulmonar, então eu acho que já deve sim entrar com anticoagulante, antibiótico, corticoide…”, argumentou o parlamentar.
“Tenho visto grande parte dos profissionais da saúde utilizando a ivermectina, não são todos, mas a grande maioria est]ao fazendo uso profilático com ela. Isso é fato. Não adianta falar que não tem evidência clínica. É o seguinte. Com a Covid-19 você não tem evidência de como vai evoluir em você. Pode evoluir bem ou mal. Que mal esse medicamento vai fazer?”, opinou.
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Procura por teste de Covid-19 dispara em laboratórios privados de Goiânia
Por Marcos Aurélio
Número de exames cresceu 80% nas últimas semanas. Atualmente, 15 laboratórios fazem a coleta de material para o teste RT-PCR na capital
Nas últimas semanas, foi registrado um aumento de cerca de 80% na procura por exames de diagnóstico de Covid-19 em laboratórios de Goiânia, o que tem gerado filas e muita espera em vários pontos de atendimento.
De acordo com o Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO), em apenas em um laboratório, foram feitos durante todo o mês de junho 2.697 exames. Só na primeira semana de julho já foram 831 atendimentos, número superior ao de exames realizados durante todo o mês de maio e que indica um aumento em relação ao mês passado.
Atualmente, 15 laboratórios fazem a coleta de material para o teste RT-PCR e quatro fazem o exame em Goiânia. Os exames de sorologia são realizados em 30 laboratórios.
O Sindilabs informa que está reforçando a orientação junto aos filiados para a adoção dos protocolos de segurança e prevenção de contaminação.
Christiane Maria do Valle Santos, presidente da Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg) e do Sindilabs-GO explica que desde o final de maio as duas instituições oferecem aos laboratórios goianos a assessoria técnica necessária para a instalação de postos de atendimento drive-thru em locais de grande circulação. O posto-piloto funciona desde 21 de maio, na esquina da Rua T-37 com Avenida T-10, no Setor Bueno.
Com esses postos de atendimento é possível ampliar a oferta de exames e garantir maior segurança às pessoas, que podem fazer os testes sem sair de seus carros.
Outra orientação dada pelo Sindilabs-GO aos laboratórios é que façam os atendimentos agendados por telefone, WhatsApp ou e-mail, evitando, assim, que o paciente tenha que esperar muito tempo na unidade e em contato com outras pessoas.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
Confira o boletim de hoje, 11 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Atenção: O total de HOSPITAIS ASSOCIADOS da Ahpaceg em GOIÂNIA representa 10% DOS HOSPITAIS da capital. OS DEMAIS não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação NÃO CONSTAM neste boletim.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
Aumento: Nos últimos 30 dias, entre 11 de junho e 11 de julho de 2020, a oferta de leitos (adulto e infantil) nos hospitais associados da Ahpaceg na capital e interior aumentou 65% (leitos de UTI) e 79% (leitos de apartamentos).