CLIPPING AHPACEG 14/07/20
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Médico é agredido por paciente que aguardava atendimento em Goiânia
Pacientes da Covid-19 terão mais leitos, em Aparecida de Goiânia
Goiânia soma 9.810 casos de covid-19
Goiânia anuncia mais 140 leitos de UTI exclusivos para covid-19
É falso que a África tenha controlado pandemia com ivermectina
Goiânia estabelece protocolos rígidos para reabertura do comércio
Covid-19 nega direito ao abraço na despedida
Conselho Municipal de Saúde é excluído do COE de Goiânia
Especialistas criticam descisão
Estrutura da saúde chegou ao limite, enfatiza Caiado
TV ANHANGUERA/GO
Médico é agredido por paciente que aguardava atendimento em Goiânia
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=77970149
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Pacientes da Covid-19 terão mais leitos, em Aparecida de Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/8696040/programa/
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A REDAÇÃO
Goiânia soma 9.810 casos de covid-19
Goiânia – Informe Epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (13/7) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostra que nas últimas 24 horas Goiânia registrou 33 novos casos de coronavírus. Com isso, a capital já soma 9.810 testes positivos para o novo coronavírus. Já o número de óbitos registrados na cidade é 272.Segundo
Os dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostram também que 8.279 pessoas já se recuperaram da infecção. O relatório aponta ainda que 251 pacientes continuam internatos com a doença. Segundo a prefeitura, 1.008 pacientes seguem em isolamento domiciliar por conta da covid-19.
Desde o início da pandemia, 940 pacientes foram internados com a doença na capital. Desse total, 470 (50%) foram transferidos para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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Goiânia anuncia mais 140 leitos de UTI exclusivos para covid-19
Goiânia – A secretária municipal de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, apresentou nesta segunda-feira (13/7) um balanço das ações da pasta neste período de pandemia do coronavírus. Segundo Fátima Mrué, uma das grandes preocupações durante a pandemia é a oferta de leitos. Nas próximas semanas, Goiânia deve ganhar mais 140 leitos de UTI. A informação foi divulgada durante a solenidade de assinatura do novo decreto de reabertura do comércio e serviços.
Segundo Fátima Mrué, o momento nenhum paciente de Goiânia esperou mais de 24 horas para conseguir um leito. Atualmente são 356 leitos exclusivos para covid-19, sendo 156 de UTI e 200 de enfermaria, a maior parte está no Hospital e Maternidade Célia Câmara.
O acesso da população às informações sobre o cenário da Covid-19 na capital também é um dos principais focos da prefeitura e duas ações foram desenvolvidas nesse sentido. O levantamento da SMS mostra que a Central Humanizada da Covid-19, criada para orientar e tirar dúvidas dos cidadãos em relação à doença, já realizou mais de 40 mil atendimentos por telefone e whatsapp. Outro instrumento de contato com os pacientes é o Telemedicina, que em parceria com Universidade Federal de Goiás (UFG) atendeu mais de 42 mil pessoas e outras 17 mil estão sendo monitoradas.
Em relação aos testes para identificação da contaminação por coronavírus, a secretaria já realizou mais de 41 mil testes, destes, 15 mil foram dedicados aos trabalhadores de saúde, totalizando, em breve, 100 % dos trabalhadores testados.
Testagem na população
Quatro inquéritos populacionais foram realizados nos sete distritos sanitários da cidade, somando até o momento mais de 11 mil pessoas testadas. Os exames são importantes para identificação do perfil do desenvolvimento da doença nas regiões. Recentemente, a secretaria adquiriu mais de 10.700 testes PCR para suportar a demanda nas unidades e aliviar a sobrecarga do Lacen.
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ESTADÃO
É falso que a África tenha controlado pandemia com ivermectina
Ao contrário do que afirmam vídeos publicados nas redes sociais, a pandemia de covid-19 não está sob controle no continente africano
É falso que a pandemia de covid-19 esteja sob controle na África por causa do uso preventivo da ivermectina , um medicamento contra vermes. Em vídeos publicados em seus canais do YouTube , os médicos Álvaro Galvão, de Rondônia , e Rafael Freitas, do Paraná , afirmam que o consumo profilático de ivermectina pode evitar sintomas e o agravamento da covid-19.
Até aqui, não há nenhuma comprovação científica de que a ivermectina seja um medicamento eficiente para tratar pacientes com covid-19. É o que afirmam o Ministério da Saúde , a Food and Drug Administration (FDA) , autoridade sanitária dos Estados Unidos , e os próprios pesquisadores que estudam o uso da droga contra o vírus SARS-CoV-2 em laboratório.
A pandemia também não está sob controle na África. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) , a doença tem avançado numa velocidade acelerada no continente. A Etiópia , citada em um dos vídeos como um país que teria adotado pouquíssimas ações por causa do uso profilático da ivermectina, tomou diversas medidas para tentar controlar o contágio. As autoridades locais fecharam escolas e restaurantes, proibiram aglomerações, decretaram quarentena obrigatória para todos que chegassem ao país e decretaram estado de emergência por causa da pandemia.
A Marinha do Brasil também não aprovou um protocolo para o uso de ivermectina para tratar pacientes com covid-19, outra informação difundida em um dos vídeos.
A verificação foi dividida em três partes. Inicialmente, o Comprova buscou informações sobre a situação da pandemia no continente africano e, especialmente, na Etiópia - onde, segundo o médico Álvaro Galvão, os números da doença seriam bastante inferiores em comparação aos demais países. Para checar o número de casos, óbitos e testes realizados para identificar a doença na África foram utilizadas as bases de dados do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e do Our World in Data, plataforma ligada à Universidade de Oxford, no Reino Unido.
A segunda etapa concentrou-se na investigação do uso da ivermectina no tratamento de pacientes com a covid-19. Foram consultados estudos científicos, notícias e outras verificações realizadas pelo Comprova sobre as relações do medicamento com a doença causada pelo novo coronavírus.
Por último, o Comprova entrou em contato com os autores dos vídeos. Tentou localizar Álvaro Galvão por meio do celular da clínica que aparece em seus vídeos no YouTube. E enviou mensagem para Rafael Freitas pelo e-mail cadastrado na conta dele no YouTube e via Twitter.
O Comprova fez esta verificação baseado em informações científicas e dados oficiais sobre o novo coronavírus e a covid-19 disponíveis no dia 10 de julho de 2020.
Até a data de fechamento deste texto, 10 de julho, o continente africano contabilizava 543.136 casos e 12.474 óbitos causados pela covid-19, segundo os dados do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças ( Africa Centres for Disease Control and Prevention ).
Em 8 de julho, quando a África superou a marca de 500 mil casos da doença, a OMS alertou que a pandemia estava se espraiando em uma velocidade acelerada, apesar de esse crescimento não ser uniforme em todo o continente. O informe da organização afirma que os casos mais que dobraram no último mês em 22 países africanos e que em dois terços do continente há transmissão comunitária do vírus, aquela em que não é mais possível localizar a origem da infecção. Segundo os dados da OMS, em menos de cinco meses, as mortes causadas pelo novo coronavírus superaram as causadas pela epidemia de ebola na África Ocidental, que ocorreu entre 2014 e 2016.
No mesmo informe, a OMS afirmou que 71% dos casos de covid-19 no continente africano estão concentrados em cinco países: Argélia , Egito , Gana , Nigéria e África do Sul . E que 80% dos infectados possuem 60 anos ou menos.
Em uma entrevista coletiva realizada em 9 de julho, John Nkengasong, diretor do CDC africano, endossou o alerta da OMS pedindo atenção ao crescimento do número de casos e óbitos no continente. De acordo com Nkengasong, os dados sobre a doença em muitos países africanos são insuficientes ou não são confiáveis - o que, segundo ele, dificulta o controle da pandemia.
O diretor destacou, também, a necessidade de aumentar a capacidade de testagem da população no continente. De acordo com os dados da plataforma Our World in Data , a maior parte dos países africanos não possui capacidade para testar todos que apresentam sintomas da doença.
Ao comentar no vídeo enganoso os números da covid-19 na Etiópia, o médico Álvaro Galvão destaca que o aparente sucesso do país no controle da doença estaria exclusivamente relacionado ao uso profilático da ivermectina para o tratamento de outras doenças por grande parte da população. O médico afirma que as únicas medidas tomadas pelas autoridades etíopes para frear a covid-19teriam sido "a lavagem de mãos, o distanciamento social e o controle de temperatura que nos aeroportos".
Essa informação é falsa. Após a confirmação, em 13 de março, do primeiro caso de covid-19, as autoridades da Etiópia rapidamente anunciaram uma série de medidas para tentar controlar o avançoda doença no país. Três dias depois do registro do primeiro paciente infectado pelo novo coronavírus, o governo instituiu o fechamento de escolas, a proibição de aglomerações e o apelo à população para a prática do isolamento social.
Em 20 de março, novas medidas foram anunciadas, como a obrigatoriedade do cumprimento de quarentena para todos aqueles que desembarcassem no país, a interrupção dos voos da maior companhia aérea etíope, a Ethiopian Airlines , para 30 países e o fechamento de bares e restaurantes. No dia 8 de abril, o governo decretou estado de emergência em todo o país.
As autoridades sanitárias da Etiópia não indicam a ivermectina para a prevenção ou tratamento da covid-19. O portal do governo que reúne as informações sobre a doença no país afirma que, apesar de várias drogas estarem em estudo, até o momento não existe um medicamento eficaz para os pacientes com o novo coronavírus e destaca que, para aqueles que desenvolvem sintomas graves, são administrados os chamados tratamentos suporte.
O portal alerta que a prevenção é o método mais eficaz para controlar o contágio da covid-19 e endossa as recomendações da OMS, como lavar as mãos com frequência, evitar tocar o nariz e a boca, usar máscaras e manter distância das demais pessoas.
Outro dado falso que o médico Álvaro Galvão apresenta no vídeo diz respeito ao número de casos e óbitos causados pela covid-19 na Etiópia até o dia 31 de maio. Segundo ele, até essa data o país contabilizava 731 casos e 6 mortes. O boletim oficial do Ministério da Saúde etíope revelou números maiores: 1.172 caos e 11 mortes.
Para compreender se a população etíope utiliza a ivermectina de modo profilático para o tratamento de outras doenças, conforme apontado no vídeo, a reportagem procurou a Embaixada da República Democrática Federal da Etiópia no Brasil , o Ministério da Saúde da Etiópia e o Instituto Etíope de Saúde Pública . Até o fechamento deste texto os contatos não houve retorno.
Até a publicação desta verificação, a Etiópia registrou 7.120 casos e 124 óbitos causados pela covid-19. Os dados são da Universidade Johns Hopkins .
Segundo o site do Conselho Federal de Medicina, Álvaro Luis Galvão Ignácio é especialista em cirurgia vascular. Atualmente, tem registro médico em Rondônia, mas já atuou em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Em seu site pessoal, ele conta que se formou em medicina em Porto Alegre e foi militar, com a patente de tenente médico, quando serviu no Hospital de Guarnição de Porto Velho. Atualmente, trabalha no Day Hospital Center Clínica, do qual é sócio, na cidade de Ji-Paraná, no interior de Rondônia. Em 2019, Álvaro recebeu o título de cidadão do estado da Assembleia Legislativa. No YouTube, ele já fez outros vídeos sobre a pandemia, como os intitulados "O uso da hidroxicloroquina" e "Diferenças do isolamento vertical e horizontal".
Rafael Sousa de Freitas tem registro ativo no Conselho Regional de Medicina do Paraná desde 2014. Na descrição do seu canal do YouTube, ele se apresenta como cristão, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), escritor, palestrante motivacional e treinador de alta performance nos estudos. No Twitter, se descreve como de direita e "pró-vida". No Instagram, declara apoio ao presidente Jair Bolsonaro e ao presidente americano Donald Trump. Seus vídeos sobre a experiência como médico trazem títulos como "Homem engasga por esconder os dentes" e "Chamei mulher obesa de elefante".
Nenhum deles respondeu às tentativas de contato do Comprova por WhatsApp, e-mail ou Twitter.
A ivermectina está registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como "medicamento contra infecções causadas por parasitas". Segundo a Food and Drug Administration, órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos, a ivermectina é liberada para humanos no tratamento de vermes intestinais e de parasitas tópicos, como piolho e rosácea. Além disso, o remédio é usado para o tratamento de vermes em diversas espécies de animais. Possíveis efeitos colaterais incluem vômito, diarreia, dor estomacal, erupções cutâneas, eventos neurológicos ( como convulsões, tontura e confusão), queda repentina da pressão arterial e danos ao fígado.
O afirma que "ainda não existem evidências clínicas suficientes que permitam tecer qualquer recomendação quanto ao uso de ivermectina em pacientes com covid-19". A FDA adota o mesmo posicionamento .
Em abril, um estudo da Universidade de Monash, na Austrália, apontou pela primeira vez a possibilidade de a ivermectina atuar como inibidor in vitro do SARS-CoV-2 . No início de junho, em e-mail enviado ao Comprova, o Departamento de Medicina, Enfermagem e Ciências da Saúde da instituição explicou que o estudo demonstra apenas a eficiência em laboratório e que "a ivermectina não pode ser usada em pacientes com covid-19 até que outros testes e ensaios clínicos tenham sido conclusivos em estabelecer a eficácia do medicamento em níveis seguros para dosagem em humanos".
Em verificação do Comprova publicada no dia 8 de julho , o infectologista Marcelo Carneiro, professor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e integrante da Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia Hospitalar (Abih), reforçou que não está comprovada a eficácia da ivermectina em humanos. "Já está provado que as doses de ivermectina precisam ser extremamente altas para funcionar. Então, em laboratório ela funciona como antiviral. Mas não existem doses para humanos e, se existir, será extremamente tóxica", explicou.
Álvaro Galvão diz que a Marinha brasileira desenvolveu um protocolo para uso da ivermectina e tratou pacientes com covid-19 com o medicamento. Em uma nota enviada por e-mail ao Comprova, o departamento de imprensa disse que produziu uma "minuta de proposta de protocolo", mas que não está em uso. A Marinha disse ainda que adota em suas unidades "todos os protocolos clínicos e terapêuticos" divulgados pela OMS, pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa "a fim de orientar seus profissionais de saúde quanto às medidas de condução e de tratamento dos pacientes infectados pelo novo coronavírus no âmbito do Sistema de Saúde da Marinha".
O Comprova tem investigado conteúdos suspeitos sobre a pandemia que viralizam nas redes sociais. Como ainda não existem vacina ou cura , muitas das verificações têm sido sobre medicamentos que supostamente combatem a covid-19 . O tema é de extrema importância porque a automedicação sem orientação médica , além de não curar o novo coronavírus, pode ser prejudicial para as pessoas e colocar a saúde delas em risco.
Nesse contexto, a ivermectina tem sido muito citada em conteúdos que sugerem o seu uso preventivo, ainda que não exista nenhuma comprovação científica da sua eficácia. No último mês, o Comprova já mostrou que não havia provas de que o medicamento funcionasse, que entrevistas sobre o remédio estavam sendo retiradas de contexto , e que as autoridades médicas não recomendam a automedicação .
Até o fechamento dessa verificação, os vídeos dos médicos Álvaro Galvão e Rafael Freitas tinham, juntos, 336.175 visualizações no YouTube. Eles também atingiram 4.639 e 3.162 interações no Facebook e Twiter, segundo a plataforma de monitoramento Crowdtangle.
Falso para o Comprova é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para modificar o seu significado original e divulgado de maneira deliberada para espalhar uma mentira.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Goiânia estabelece protocolos rígidos para reabertura do comércio
Novo decreto foi assinado pelo prefeito Iris Rezende na manhã de ontem, no Paço, em evento que contou com a presença do governador Ronaldo Caiado
O prefeito Iris Rezende assinou na manhã de ontem, segunda-feira, 13/07, novo decreto com normas e protocolos para a reabertura e funcionamento do comércio a partir desta terça-feira (14/7), quando se encerra o período de fechamento das atividades proposto em decreto estadual. A solenidade realizada no Paço Municipal contou com a presença do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, vereadores e secretários. Empresários puderam acompanhar a solenidade em salão anexo, por telão.
As novas medidas para reabertura das atividades econômicas essenciais e não essenciais foram propostas pelo prefeito Iris ao governador Caiado e as equipes de ambos os governos acertaram os detalhes em mais uma etapa de parceria que vem sendo estabelecida pela prefeitura da capital e o governo estadual no combate à pandemia do novo coronavírus.
Com a experiência de quem está na vida pública há mais de 60 anos, o prefeito Iris Rezende voltou a reconhecer a autoridade administrativa do governador Ronaldo Caiado, que, segundo ele, foi o primeiro a declarar a gravidade do coronavírus. "Foi inspirado", disse Iris se referindo às ações desenvolvidas pelo governador durante esses quatro meses em que Goiás e Goiânia enfrentam a pandemia.
De acordo com Iris, o momento é complexo, por isso, o decreto municipal é muito detalhado e rigoroso e ele não terá dificuldade em promover alterações, seja por falhas que porventura surgirem ou por mudanças nas condições epidemiológicas vigentes.
"Nosso intuito principal é preservar a vida e a saúde da população. Não é simplesmente abrir o comércio, é abrir o comércio, garantir o emprego das famílias, sem aumentar os males à saúde de todos".
O governador lembrou que o sucesso dos decretos até agora é reflexo da parceria do Governo e Prefeitura. "Se não tivéssemos o apoio de vossa excelência, não teríamos colhido os resultados positivos de agora", disse Caiado, elogiando a atitude sempre republicana do prefeito Iris Rezende.
A secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, detalhou as medidas adotadas pela saúde municipal ao longo desses quatro meses de pandemia, as quais, segundo ela, neste momento, dão sustentação à reabertura promovida pela Prefeitura.
"Trabalhamos para sustentar essas aberturas de forma segura, tranquila, com proteção à vida e à economia ao mesmo tempo", explicou.
O presidente da Câmara, Romário Policarpo, declarou que, se precisar de fechar novamente, o município contará com o apoio do legislativo.
Entre as novidades deste decreto, está a reabertura de novas atividades econômicas, como bares e restaurantes. Todos terão que seguir normas rígidas de funcionamento, com os protocolos gerais já estabelecidos e alguns específicos.
Normas gerais
Entre os protocolos e normas que os estabelecimentos deverão seguir para o funcionamento está a atenção ao controle da entrada de clientes por loja/ estabelecimento, mantendo no máximo um cliente para cada 12 m2 de área de venda, além do controle da entrada e saída de pessoas no interior das lojas, por meio de barreira física, senha ou outro método eficaz.
Vedação do acesso de pessoas que não estejam utilizando máscaras de proteção facial cobrindo nariz e boca, sinalização dos sentidos de circulação e marcações no chão de 2,0 em 2,0 metros entre pessoas nas áreas comuns, também são protocolos impostos para reabertura. Quando possível, os estabelecimentos deverão implantar corredores de uma via só, para coordenar o fluxo de clientes e colaboradores.
Outra condição é a abertura e o fechamento para atendimento presencial em horários reduzidos, conforme estabelecido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia, redução das áreas de estacionamento com sinalização para vagas intercaladas.
Deverão ser obedecidos os protocolos gerais e específicos estabelecidos pela legislação estadual e municipal, sob pena de aplicação de sanções cabíveis, em especial a aplicação de multa no valor de R$ 4,7 mil para quem descumprir os protocolos exigidos. O uso da máscara continua sendo obrigatório para quem sair de casa.
Continuam proibidos na capital os grandes eventos públicos e privados de quaisquer natureza, atividades de clubes recreativos e parques aquáticos, aulas presenciais de instituições de ensino público e privadas, cinemas, teatros, casas de espetáculo, boates, salões de festa e jogos.
As feiras especiais, incluindo a Feira Hippie, Feira da Lua, além do Mercado Popular da Rua 4, no centro, e o Mercado Aberto, da Avenida Paranaíba, poderão voltar a funcionar no dia 21 de julho.
Atendimento à saúde
Preocupado com as condições econômicas da população na pandemia, o prefeito tomou a decisão de reabrir as atividades econômicas essenciais e não essenciais embasado na adoção de protocolos rígidos de precaução para evitar a disseminação do vírus e em uma série de ações de saúde, como a ampliação da rede de saúde e assistência ao cidadão.
Entre as medidas adotadas, foram contratados mais 475 novos profissionais de saúde para reforçar a rede e o número de leitos em Goiânia aumentou quase 350% em 50 dias.
Em 20 de maio, Goiânia tinha 40 leitos de UTI e 37 de enfermaria. Hoje a capital disponibiliza um total de 356 leitos, sendo 156 leitos de UTI e 200 de enfermaria. De acordo com a secretária municipal de Saúde, mais 140 leitos de UTIs exclusivos para tratamento da Covid-19 em Goiânia serão implantados nas próximas semanas.
Além da unidade própria, que é o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, do Hospital das Clínicas e da Santa Casa de Misericórdia, a Prefeitura mantém contrato com cinco hospitais particulares: Gastro Salustiano, Hospital Jacob Facuri, Hospital Ruy Azevedo, Hospital São Lucas e Renaissance.
A solenidade de assinatura do decreto que reabre o comércio em Goiânia, ocorrida na manhã de ontem no Paço Municipal, foi marcada por uma série de elogios parte a parte entre o prefeito Iris Rezende e o governador Ronaldo Caiado. A decisão pela reabertura partiu de um consenso entre os dois gestores que trabalharam juntos na definição dos protocolos a serem seguidos pelos estabelecimentos comerciais, que voltam a funcionar já a partir desta terça-feira.
De acordo com o prefeito Iris Rezende, Ronaldo Caiado foi sensível à demanda da Capital e permitiu que se fizesse uma flexibilização específica para a cidade, que, enquanto metrópole, apresenta problemas muito mais complexos do que outras cidades menores do estado. Para o emedebista, o governador tem sido um verdadeiro parceiro nas dificuldades enfrentadas pela administração municipal diante do quadro de pandemia que assola o mundo.
"Temos encontrado na pessoa do governador Ronaldo Caiado essa figura extraordinária, que foi o primeiro que reconheceu a gravidade da questão e determinou o fechamento total das atividades. Até eu fi-quei meio assim, se precisava de tanto. Hoje, pelo resultado que Goiânia e Goiás alcançam, chego à conclusão de que nosso governador Ronaldo Caiado foi inspirado. Nesse momento, com aquela mesma coragem que teve de decretar o fechamento, convida as autoridades para o decreto que começa a promover a reabertura" disse Iris.
O governador Ronaldo Caiado, por seu turno, testemunhou que tem encontrado em Iris um parceiro consolidado desde o primeiro decreto e que vê no líder um exemplo que tem para seguir. "Desde aquele momento, [Iris] avalizou nossa decisão. Foi fundamental. Sem o seu apoio, não teríamos colhido os resultados que estamos colhendo. Isso só aumenta minha parceria, meu respeito" afirmou o governador.
Caiado disse, ainda, que Iris Rezende é o exemplo da boa política no Brasil e que o prefeito de Goiânia implantou em toda sua vida pública um método que o legitima para ocupar todos os cargos que já ocupou, porque governa para o povo e com o povo, daí o seu sucesso que é referência nacional.
"Sou uma pessoa que tenho uma vida de quase 30 anos na política. Eu sou um homem que aprendi que na política a gente deve se guiar pelos bons conselhos, por pessoas que tem mais tempo e que a vida toda fez com que suas decisões os mantivessem no poder em decorrência do apoio popular. Acertar a administração, falar com as pessoas, criar os mutirões, abraçar as pessoas, ser sensível, tudo isso é algo que Iris Rezende implantou na política do estado e é referência nacional" disse.
Desde a publicação do primeiro decreto estadual, em 13 de março, que estabeleceu a primeira quarenta em Goiás e em Goiânia, o prefeito Iris Rezende tem seguido na íntegra as medidas implantadas pelo governador Ronaldo Caiado. De acordo com os números da pandemia, Goiás e Goiânia ainda estão entre os entes subnacionais com os melhores índices da Covid-19 no Brasil, tanto no número de infectados, quanto no número de óbitos por grupo de 100 mil moradores, o que corrobora o acerto das decisões tomadas pelos dois gestores.
Trabalho da Prefeitura e Governo de Goiás
Prefeito de Goiânia e governador de Goiás estiveram juntos nas assinaturas dos decretos municipal e estadual que liberam o funcionamento das atividades econômicas
Governo de Goiás anuncia testagem em massa
Estado seguirá parâmetro adotado na Nova Zelândia, um dos países que mais cedo conteve a curva de contágio do novo coronavírus. Governo oferecerá RT-PCR a pessoas com sintomas gripais e casos leves
O governador Ronaldo Caiado anunciou ontem, durante a explicação do decreto de abertura da economia, que a testagem em massa para detectar casos de Covid-19 na população começa a ser feita em 78 municípios. Os critérios técnicos para a escolha das cidades foram elaborados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), por meio Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
"Ficaremos responsáveis pela coleta, e a Fiocruz pelo transporte do material e divulgação do resultado em até 48 horas. Acredito que teremos a capacidade de rastreamento [da doença] muito grande, pedindo o apoio de todas as estruturas municipais para podermos realizar o isolamento" explicou Ronaldo Caiado, ao relembrar que o trabalho deverá contar com a mão de obra de assistentes sociais e agentes comunitários de saúde das prefeituras.
Titular da Suvisa, Flúvia Amorim contou que os kits de testagem começam a ser distribuídos nesta segunda-feira. Ela informou que o Estado analisa todos os parâmetros nacionais e internacionais que obtiveram sucesso no mundo até o momento. "Posso adiantar que o governo estadual vai abarcar mais critérios do que o próprio Ministério da Saúde, que atualmente testa apenas casos graves"
Em Goiás, o RT-PCR será também disponibilizado a pacientes com quadros leves ou apenas sintomas gripais, como foi feito na Nova Zelândia, um dos primeiros países a controlar o avanço do coronavírus no mundo.
O governador estima que quase dois terços da população devem ser testados, medida que, acompanhada da estratégia de isolamento intermitente, tem o objetivo de manter a curva de contágio estável, principalmente neste momento de abertura do comércio, programada para esta terça-feira (14/07). O decreto publicado prevê a retomada de diversos segmentos econômicos em Goiás, bem como eventos esportivos e celebrações religiosas presenciais.
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O POPULAR
Covid-19 nega direito ao abraço na despedida
A pandemia do novo coronavírus trouxe uma dor adicional às famílias: a impossibilidade de dizer adeus. Prestadores de serviço relatam quem parentes acatam protocolos na capital
Desde o início deste 'novo normal', uma pandemia virótica que alterou todos os nossos hábitos, um dos aspectos mais lancinantes é a perda do ente querido. Não basta sofrer com a dor da partida, mas ficam também os questionamentos sobre uma doença ainda muito desconhecida e a impossibilidade da despedida. Nos cemitérios, sepultamentos de pessoas com confirmação ou suspeita de Covid-19, obrigatoriamente precisam ser ágeis, sem tempo para velórios como é habitual em nossa cultura, para evitar a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Resta aos familiares o adeus silencioso a distância.
Lucila Cristina Rodrigues, que perdeu a irmã, a professora Winnie Rakel no último domingo (13) para a Covid-19, lamentou a ausência da despedida. "Acompanhamos de longe apenas o sepultamento dela. Éramos 11 pessoas, entre familiares e amigos próximos. Chegamos até a pedir a algumas pessoas para não ir para evitar tumulto." A professora, que ficou 18 dias internada, foi sepultada no Complexo Vale do Cerrado, às margens da GO-060, na saída para Trindade.
Pedro Pinheiro, que perdeu o pai Airam há oito dias, disse que a impossibilidade da despedida devastou a família. Depois de 14 dias numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), ele saiu direito do hospital para o mesmo cemitério em caixão lacrado. "Acompanhamos tudo a cerca de 20 metros. Apesar de constar que ele não tinha mais o vírus ativo no organismo, não pode ser velado, não pudemos nos despedir dele."
Diretor do Complexo, Guilherme Santana explica que no início da pandemia houve mais resistência por parte das famílias em obedecer aos protocolos preconizados pelas autoridades para os serviços funerários. "Agora, não mais. As próprias famílias estão com medo e isso gerou uma compreensão. No início, quando havia algum tipo de revolta, a pessoa recobrava a consciência e nos pedia desculpas. Achávamos que seria pior", afirma Guilherme. No Vale do Cerrado, entes queridos acompanham os procedimentos sob uma tenda em campo aberto. "Tentamos humanizar o máximo este momento para que a família não fique perdida."
Nos quatro cemitérios públicos da capital os protocolos sanitários também são seguidos à risca. Divino Evangelista, gerente da Central de Óbitos e Administração dos Cemitérios, que é vinculada à Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), é responsável pela gestão dos cemitérios Santana, o mais antigo de Goiânia; Parque, no Setor Gentil Meireles; Jardim da Saudade, na GO-060; e Vale da Paz, na GO-020. "A família é orientada a não se aproximar. Autorizamos de cinco a dez pessoas a uma distância de cinco metros da urna que fica fechada. No início tivemos mais dificuldade, mas agora há compreensão."
Divisória
No Cemitério Parque houve a necessidade de colocar uma fita de isolamento para evitar a aproximação, mas esta não é uma medida padrão para os cemitérios públicos. No Vale da Paz, na última sexta-feira (10), o POPULAR flagrou uma fila de carros numa despedida à distância, sem quebra do protocolo sanitário. O administrador explicou que é uma forma de garantir, em especial às pessoas idosas, o direito de despedir de seus entes queridos. "Não colocamos tenda. Tudo é muito rápido. O pessoal da funerária chega e a urna vai direto para o túmulo", ressalta Divino Evangelista.
No Cemitério Parque Memorial, na GO-020, casos de óbitos suspeitos ou confirmados de Covid-19, o protocolo é padrão. O caixão segue direto para o jazigo. Poucos parentes e familiares fazem a última despedida a distância. É o que ocorre também no Jardim das Palmeiras, na Fama. "Temos tentado fazer o possível para amenizar a dor neste momento difícil", diz o gerente Carlos Roberto Martins. Nos demais casos os velórios são rápidos, com sinalização de distanciamento, exigência do uso de máscara e oferta de álcool em gel.
Medo ronda prestadores de serviço
Este também não é um momento fácil para as equipes de sepultamento. Mesmo usando todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) preconizados - macacão com capuz, óculos de proteção, luvas duplicadas e proteção para os pés -, os 66 coveiros dos cemitérios públicos temem a contaminação. Segundo Divino Evangelista, dois deles já o procuraram solicitando o teste para a Covid-19, demanda que ele ainda não conseguiu atender. "Estamos correndo atrás." Até o momento, nenhum deles foi infectado.
No Complexo Vale da Paz, Guilherme Santana explica que também não houve nenhum caso de contaminação entre o pessoal de sepultamento. "Fizemos uma série de testes com a equipe e acompanhamos diariamente temperatura e sintomas. A equipe está tranquila. Principalmente porque usa todos os equipamentos de segurança".
Para o representante em Goiás do Comitê Nacional de Crise do Segmento Funerário para o Enfrentamento do Coronavírus e vice-presidente do Sindicato das Empresas Funerárias, Cemitérios e Crematórios, Wanderley Rodrigues, a realidade tem se apresentado menos dura do que a expectativa inicial. "Nossa preocupação era com um possível surto entre o pessoal das funerárias, principalmente aqueles que atendem as famílias, mas não ocorreu isso até agora." Segundo ele, em sua empresa, os dois casos positivados ocorreram fora do ambiente de trabalho.
Ao sindicato da classe, conforme Wanderley Rodrigues, não chegou nenhum relato de contaminação entre coveiros. "Acredito que seja por causa dos EPIs". E os cuidados estão sendo redobrados com o aumento considerável no número de enterros. Nos cemitérios públicos nos últimos dias há uma média de seis a nove sepultamentos em cada um. Somente no domingo (12), o Jardim das Palmeiras recebeu três corpos de casos de Covid-19. No Vale do Cerrado, o número de casos suspeitos e confirmados de Covid-19 nos primeiros 12 dias de julho, 31, já é quase igual a junho inteiro, 32. No Parque Memorial, dos dez sepultamentos diários, sete estão relacionados a Covid-19.
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Conselho Municipal de Saúde é excluído do COE de Goiânia
Decreto com nova formação do comitê responsável pelo monitoramento da Covid-19 foi publicado dias depois de presidente da entidade criticar a Prefeitura
O Conselho Municipal de Saúde de Goiânia foi excluído do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE) municipal criado em março pela Prefeitura para monitorar e analisar a situação da epidemia da Covid-19 na capital.
A exclusão foi concretizada no decreto municipal 1.213, de 25 de junho, dias depois de a presidente do conselho, Celidalva Bittencourt, ter dado entrevistas revelando detalhes de um plano de flexibilização deliberado pelo COE Municipal que ia contra a decisão da época da Prefeitura que era por uma abertura maior das atividades econômicas do que o COE considerava possível.
O entendimento de que o prefeito não seguia as recomendações do COE - informação detalhada por Celidalva em entrevistas a partir de 19 de junho - foi um dos argumentos usados pela Justiça para acatar no dia 21 de junho pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para suspender a flexibilização da época.
A Prefeitura chegou a conseguir derrubar a liminar, mas recuou na semana seguinte ao decidir acompanhar o governo estadual no aumento das restrições por 14 dias a partir de 30 de junho.
Entretanto, em mais uma reviravolta, no dia 10 de julho o prefeito Iris Rezende (MDB) anunciou que Goiânia deixaria o revezamento 14x14 criado pelo Estado, decisão que foi confirmada nesta segunda-feira por meio de um novo decreto.
Em entrevista ao POPULAR, Celidalva comentou que esta nova flexibilização continua não seguindo o plano deliberado pelo COE e que a cidade não está no momento adequado para o tipo de abertura proposta pela prefeitura.
Para ela, a exclusão foi uma retaliação pela postura do conselho crítica à Prefeitura, principalmente quando o executivou promoveu a reabertura do comércio no final de junho. Celidalva diz que não foi dada nenhuma satisfação à entidade sobre o motivo da saída.
No mesmo decreto que excluía o conselho, o prefeito incluía no centro representantes de secretárias diversas do executivo municipal, da Câmara Municipal, de instituições de pesquisa, do Ministério Público estadual e federal.
A Prefeitura disse que o decreto do dia 25 de junho foi feito para aumentar a representatividade dentro do COE municipal, mas não deu justificativa para a saída do Conselho Municipal de Saúde. E que houve um pedido para entrada de novos participantes, como vereadores e dois médicos de referência.
Um destes médicos incluído no COE é o goiano Áureo Ludovico de Paula, que segundo nota do Giro publicada no dia 7 já era visto com frequência aconselhando o prefeito nas decisões sobre Covid-19. Áureo é casado com uma sobrinha de Iris, lembra a nota, e é conhecido nacionalmente por uma técnica cirúrgica bariátrica que trata diabetes tipo 2.
Ainda segundo o paço, pode haver novas mudanças na formação do centro de operações, mas não é possível dizer que o conselho voltaria em um novo decreto nem quando sairia este novo documento. A Secretaria Municipal de Saúde não se posicionou até o fechamento desta edição.
78 cidades em Goiás terão testagem em massa para coronavírus
Acompanhando a reabertura das atividades comerciais, o governador Ronaldo Caiado (DEM) anunciou nesta segunda-feira (13) que ampliará a testagem em massa para detecção do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em 78 cidades goianas. Os kits começaram a ser distribuídos pelo governo estadual nesta segunda-feira. Em Goiás, o teste será disponibilizado para os pacientes com quadros leves da doença ou apenas sintomas gripais, ao contrário do que é feito pelo Ministério da Saúde, que atualmente testa somente casos graves.
A coleta será feita nos municípios pela Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) e contará com o auxílio de assistentes sociais e agentes de saúde municipais. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceira do Estado na ampliação, irá transportar os testes até São Paulo, processá-los e disponibilizar o resultado em até 48 horas. O POPULAR solicitou para a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) quais cidades farão parte da testagem em massa, quantos testes serão adquiridos e quanto a aquisição custará para os cofres públicos, mas não obteve nenhuma resposta.
O intuito da ação é testar a maior quantidade de pessoas possíveis para fazer um "rastreamento" da doença. Caiado acredita que com a testagem em massa, quase dois terços da população goiana será testada. A divulgação da ampliação da testagem acompanha a fase de liberação das atividades comerciais do decreto estadual que funciona no esquema de 14x14.
Testes rápidos
Caiado ressaltou que o Estado irá usar os testes moleculares, chamados de RT-PCR, e criticou o uso dos testes sorológicos, conhecidos como testes rápidos, que podem dar falsos resultados positivos e negativos. O governador citou, inclusive, o fato de que os usos dos testes rápidos virou alvo de operação da Polícia Federal em diversos estados por conta de incongruências nos resultados. "Se o Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) me diz que 30% dos resultados não são compatíveis com a realidade, então qual a importância desse teste?", questionou o governador.
Por conta disso, a escolha de Goiás foi pelos testes RT-PCR, que conseguem diagnosticar a doença com confiabilidade, uma vez que, detectam a presença do vírus e não de anticorpos. "Com ele dá para saber quem está contaminado. Assim, conseguimos saber quem está doente e fazer o isolamento dessas pessoas", esclareceu Caiado.
Testagem baixa
Até o dia 9 de julho, de acordo com dados do Ministério da Saúde, Goiás já tinha feito 16.850 testes do tipo RT-PCR. Com base nesses dados, o Estado é, em números gerais, é a quinta unidade da federação com a menor quantidade de testes aplicados, perdendo apenas para Alagoas (15.388), Acre (14.320), Piauí (12.843) e Roraima (10.355). Em relação a quantidade de testes feitos a cada 100 mil habitantes, Goiás também é um dos estados brasileiros que, até então, menos testa. Para se ter ideia, enquanto apenas 240 a cada 100 mil goianos foram testados pelo Estado usando o RT-PCR, no Distrito Federal a proporção é de 1.522 pessoas testadas a cada 100 mil habitantes.
Para contribuir com a baixa testagem, na última semana um equipamento doLacen-GO que ajuda no processamento dos dados parou de funcionar e diversos testes tiveram que ser levados para São Paulo para que os resultados fossem obtidos. A reportagem entrou em contato com a SES-GO para saber se o equipamento já foi consertado e se o fluxo de trabalho no Lacen-GO já foi normalizado, mas não obteve resposta.
Cresce recuperação de vítimas da Covid-19 em hospitais do País
Mais alta nos primeiros dias da pandemia, a taxa de sobrevivência de pacientes internados com Covid-19 voltou a crescer no Brasil.
Levantamento feito pela reportagem com base em dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde mostra que 60% das pessoas hospitalizadas na semana do dia 13 de junho tiveram alta. Em maio, mês mais crítico, esse índice chegou a 53%, o ponto mais baixo.
Os números se referem apenas a pacientes que ficaram internados -ou seja, os casos graves de Covid-19- e não incluem, portanto, o total de pessoas que receberam o diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus. Foram considerados dados até o último dia 13 de junho, e os percentuais são uma média móvel dos últimos 7 dias.
A melhora no quadro, segundo especialistas consultados pela reportagem, pode decorrer da combinação de hospitais menos cheios com maior experiência dos médicos e demais profissionais de saúde, que foram aprendendo sobre a melhor forma de lidar com a doença ao longo da pandemia.
No fim de março, quando os casos confirmados ainda não chegavam aos milhares, ficou em quase 70% a proporção de doentes internados que conseguiam se curar. À medida que o vírus foi se espalhando e o número de pacientes cresceu, aumentou também a proporção de mortes.
A situação foi mais grave no Norte e Nordeste, com redes de saúde menos robustas que as dos estados mais ao sul.
O Amazonas, primeiro a ter o sistema de saúde em colapso, viu a taxa de mortalidade nos hospitais crescer rapidamente já no início de abril.
Em 17 de abril, outros três estados tinham mais de 90% de ocupação dos leitos públicos de UTI reservados para pacientes com coronavírus: Ceará, Pará e Pernambuco, todos com mais mortos que curados e com a proporção de óbitos em expansão.
Outro ponto citado por especialistas é o aprendizado adquirido pelos profissionais de saúde ao longo da pandemia. A doença é nova, e muitas equipes foram formadas às pressas para lidar com a crescente demanda. Em alguns casos, hospitais precisaram recrutar profissionais recém-formados ou sem grande experiência prática em UTIs e enfermarias.
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Especialistas criticam descisão
Aumentos nos números de casos e de mortes e crescimento na taxa de ocupação de leitos em Goiânia são argumentos que sustentam críticas ao momento em que ocorre retomada de atividades
No dia em que anuncia a reabertura quase que total do comércio e atividades não essenciais, Goiânia soma 9.810 casos confirmados de Covid-19, com 272 mortes. A taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) chegou a 95% no último domingo (12) na cidade e, na rede particular, a 82,35% no último sábado (11). Para especialistas, a curva de contaminação, que continua crescendo, aliada à capacidade hospitalar, que, mesmo ampliada, se mostra insuficiente, seriam indicativos de que este não é momento para reabertura e tentativa de retorno à normalidade.
Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Goiânia e membro do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE), Celidalva Sousa Bittencourt diz com firmeza: "Não estamos preparados para isso". Para ela, os primeiros sinais de que não há condições de retorno são: taxa de ocupação de UTIs, alto nível de contaminação, ausência de testagem em massa e curva crescente de casos confirmados. "Além disso, precisamos pontuar, por exemplo, que as unidades básicas de saúde não possuem médicos suficientes para atendimentos de urgência e emergência".
Celidalva afirma que nos atendimentos de urgência e emergência, os casos suspeitos e confirmados chegaram a aumentar em 200% nos últimos dias. A presidente do Conselho Municipal de Saúde explica que, em média, os plantões contam com quatro médicos, número que, segundo ela, é insuficiente. "Ainda precisamos levar em consideração que os plantões nunca estão completos. Não temos estrutura, temos profissionais estressados, cansados e não temos, sequer, segurança para trabalhar".
Agressão registrada
Na noite do último domingo (12), uma jovem de 19 anos agrediu um médico que intubava uma paciente com síndrome respiratória, caso suspeito de Covid-19 no Centro de Atendimento e Inclusão Social (Cais) do Bairro Goiá. Ela não queria aguardar atendimento e, como o caso não foi considerado urgente, entrou para a sala vermelha e desferiu tapas e socos no profissional de saúde. Depois disso, saiu da unidade de saúde e retornou com um homem que também agrediu o médico. O casal deixou a unidade antes da chegada da polícia.
"Ontem (domingo) foi só mais um. Não temos guardas municipais 24 horas nas unidades de Saúde. E temos pacientes peregrinando por unidades para conseguir atendimento. Não estamos preparados para reabrir. Alguém vai ter de se responsabilizar pelas vidas ceifadas. Com certeza estamos falando de ceder à pressão. Mas aí, deveria ser pressão pela vida porque a economia se recupera, as vidas não. Não sou contra a abertura do comércio. Sou contra dizer que temos estrutura para isso, o que não é verdade", afirma a presidente do Conselho Municipal de Saúde.
Oferta insuficiente
No último dia 7 de julho, O POPULAR mostrou que a quantidade de leitos de UTI exclusivos para casos suspeitos e confirmados de Covid-19 é maior que o que havia sido prometido no início da pandemia. Há três meses a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital previa 102 leitos exclusivos de pacientes com o vírus, hoje são 156.
Epidemiologista e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), Erika Silveira diz, entretanto, que a quantidade não é suficiente para atender a demanda. Ela pontua ainda que, em determinado momento, a expansão chega ao limite levando em consideração não apenas infraestrutura, mas também equipamentos e profissionais.
"Uma série de variáveis precisa ser levada em consideração para retorno de atividades. Os principais são: vagas na rede de saúde e casos mostrando tendência de queda. Pelos últimos boletins, só estamos crescendo. Essa ansiedade tem fatores econômicos e políticos, até porque é ano eleitoral. Se abrirmos tudo no momento errado, vamos manter a curva lá em cima, com muitos casos e muitos óbitos", pontua Erika.
A professora afirma que este é o pior momento do Estado e que, portanto, não permite a reabertura. Ela recorda que elogiou o trabalho realizado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) logo no início da pandemia declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de fechar atividades não essenciais. Para Erika Silveira, esta foi uma medida importante, que fez com que o número de cem óbitos, por exemplo, demorasse a ocorrer em Goiás. "Em meados de maio atingimos cem casos e isso coincidiu com a queda do isolamento".
Conselho fala em incoerência
O decreto municipal publicado nesta segunda-feira (13) continua proibindo o uso de espaços comuns em condomínios, espaços infantis, bem como clubes, boates, cinemas, teatros e casas de espetáculo. Celidalva Sousa Bittencourt, presidente do Conselho Municipal de Saúde ironizou a decisão chamado o novo coronavírus (Sars-CoV-2) de "vírus seletivo". Isso porque bares, restaurantes e igrejas, por exemplo, poderão voltar a reabrir.
"Eu queria saber que vírus seletivo é este que a Prefeitura acredita. Pode abrir academia na rua, mas não pode reabrir a do prédio? Área de lazer não pode, mas restaurantes podem? O vírus vai ao condomínio, mas não vai ao bar? E tem mais. A lotação do transporte público não foi solucionada", critica.
A secretária de Saúde municipal, Fátima Mrue, não se opôs às decisões do decreto e diz ainda que a intenção da Prefeitura é dar todo o atendimento para que os empresários sigam os protocolos. Mrué afirmou que, em 14 dias, se não houver piora dos números, o comércio deve se manter aberto. "Na curva crescente não é recomendada a reabertura de teatros, cinemas. Quando a epidemia estiver mais controlada, com número de mortos caindo, neste momento começa a liberação, mas com muitos critérios também", afirma.
"Estudo tem seu valor, mas não é verdade universal", diz secretário estadual
Na última semana, o secretário de Estado de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, disse que a partir de 20%, 25% de contágio da população, caem os níveis de contágio, de internação e de óbitos. Ele afirmou que "o caminho agora, tendo em vista que expandimos o que precisávamos de estrutura de saúde, é darmos as mãos para enfrentarmos, até para que a curva se cumpra". A afirmação poderia confirmar o estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG), que estima um cenário de 7 mil mortos no Estado caso isso aconteça. Isso porque a letalidade está em torno de 0,5% em Goiás que tem mais de 7 milhões de habitantes.
Nesta segunda-feira, Ismael voltou a fazer a ponderação e disse que a opinião não significa desrespeito à UFG nem aos pesquisadores. O secretário afirmou que, no início da pandemia, acreditava-se que somente com 80% da população contaminada as taxas cairiam. Porém, outros Estados e países diminuíram os números antes que 25% da população fosse contaminada. "Não é uma crítica ou demérito à UFG. O estudo tem seu valor para a comunidade científica, mas não encerra a verdade universal do ponto de vista de orientar a gestão."
Alexandrino afirmou, em entrevista coletiva, que todas as medidas possíveis de ampliação foram feitas e que o novo decreto estadual é muito "cauteloso em relação à forma de agir". "É melhor que tenhamos atividades que estejam funcionando, mas respeitando as regras, do que atividades que estejam funcionando na clandestinidade e sem nenhuma medida de proteção atenuante. Expandimos as estruturas para que houvesse agora esta possibilidade de abertura agora, seguindo os protocolos. Goiás é um dos Estados com menor taxa de letalidade. Todo trabalho feito até o momento, seria repetido", afirmou.
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Estrutura da saúde chegou ao limite, enfatiza Caiado
Governador alerta sobre falta de recursos humanos para expandir atendimento, ao assinar ampliação de atividades no Estado
Ao assinar decreto que amplia as permissões para atividades no Estado, o governador Ronaldo Caiado (DEM) repetiu nesta segunda-feira (13) por sete vezes em evento no Palácio das Esmeraldas que não tem condições de aumentar a estrutura de atendimento aos pacientes de coronavírus por falta de mão de obra. "Não cobrem o impossível. Não temos mais recursos humanos para expandir a estrutura. Não adianta pedir mais. O máximo está aí em termos de estrutura", afirmou.
Pressionado pelo setor produtivo e pelo prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), o governador permitiu abertura de bares, restaurantes e academias, mantendo proibidos apenas eventos e atividades que envolvem grande público ou espaços totalmente fechados (veja quadro). Diferentemente da Prefeitura de Goiânia, que colocou fim ao isolamento intermitente, o novo decreto estadual (nº 9.692) mantém a proposta de 14 dias de abertura e 14 dias de fechamento (do decreto nº 9.685, de 29 de junho). Nos bastidores, no entanto, os governistas admitem ser improvável a manutenção da medida no próximo mês.
A assinatura dos novos decretos (Estado e Prefeitura de Goiânia) ocorre depois que Iris decidiu na semana passada pela retomada das atividades por tempo indeterminado na capital e buscou alinhar o discurso com a gestão estadual. Em reunião com Caiado na quarta-feira (8), ambos acertaram as novas regras, especialmente pelo argumento do prefeito de que a tentativa de quarentena não provocou aumento nos porcentuais de isolamento no Estado.
O grupo de estudos da Universidade Federal de Goiás (UFG) que monitora a evolução da Covid-19 e que serviu de referência para o decreto de 29 de junho não esteve presente no evento de ontem.
Em discurso, Caiado afirmou contar com a "conscientização" da sociedade para evitar o colapso no sistema de saúde.
Muito cobrado nas redes sociais por não cumprir a promessa sobre oferta de leitos para o tratamento de Covid-19, o governador afirmou que não basta garantir estrutura e equipamentos, mas também profissionais da área da saúde. O POPULAR mostrou no sábado que foram criados 521 leitos, sendo 179 de unidades de terapia intensiva (UTIs) - enquanto a promessa era de 270 - e 342 de enfermaria.
"Confesso que nossa capacidade está limitada. Nós implantamos o que foi possível implantar. O fator limitante é de recursos humanos. Quem fabrica um médico intensivista, uma enfermeira, um fisioterapeuta? Quem fabrica isso em escala?", disse o governador.
Questionado sobre a curva mais acentuada de contaminação e de óbitos em Goiás e se é o melhor momento para permitir a abertura das atividades, Caiado afirmou que o Estado estabeleceu protocolos de segurança.
"Até hoje nesses quatro meses eu não vi um bom momento (para reabrir). Nunca assistimos a nada parecido. Temos de buscar alguns protocolos para ver como vamos dar conta de sobreviver. Ninguém tem receita de bolo. Agora, estamos fazendo com embasamento científico. Não tem achismo. Não será algo totalmente descoordenado", disse.
O Estado registrou ontem 36,9 mil casos e 880 mortes por coronavírus, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde.
O governador manifestou solidariedade aos familiares dos mortos e disse que, ao final da pandemia, quer criar um memorial para lembrar os óbitos e também homenagear os profissionais da saúde.
Sobre os embates com o setor produtivo, Caiado afirmou esperar "total e ampla parceria". "Que não seja disputa política e muito menos colocar campanha eleitoral à frente deste momento. Todos estão comprometidos nesta parceria direta com o governo, testando, isolando, afastando, tendo cuidado com familiares. Não vamos cair nesse falso dilema entre vida e economia", afirmou.
No evento, que ocorreu no jardim do Palácio das Esmeraldas, as cadeiras foram identificadas com os nomes das entidades que participaram de videoconferência, considerada a reabertura do diálogo, com o governador na semana passada. As Federações da Indústria (Fieg) e do Comércio (Fecomércio) do Estado, que não participaram da conversa, não tiveram marcação.
Supremo
Sobre a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, na semana passada, que negou pedido de dois municípios (de Minas e Paraíba) para não seguirem decretos estaduais de enfrentamento da pandemia, o governador Ronaldo Caiado afirmou que prefere aguardar decisão colegiada da Corte e disse que seguirá com a interpretação de que há autonomia tanto de Estados como de municípios para a definição de regras.
Desde abril, Caiado vem apontando a decisão do Supremo como justificativa para não impor o decreto estadual aos municípios. Toffoli apontou nas decisões que é preciso "preservar a ordem jurídico-constitucional instituída pelos governos estaduais".
"Foi apenas um ministro do Supremo, em decisão monocrática. É mais prudente ao governador cumprir a primeira decisão, no aguardo do colegiado sobre essa segunda decisão", disse Caiado.
Em relação às deficiências de fiscalização do cumprimento das regras, o governador disse "acreditar muito mais na conscientização" da população. "Onde houver total indisciplina, o município poderá estabelecer penas e cassação de alvará. Isso cabe aos prefeitos", disse.
Zacharias Calil defende ivermectina; Anvisa nega aval
Na cerimônia de divulgação do novo decreto estadual com os protocolos para a reabertura do comércio em Goiás, ontem, o médico e deputado federal Za-charias Calil defendeu o tratamento precoce para Covid-19 com ivermectina.
No sábado (II), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou que o uso de ivermectina não é recomendado para o tratamento de pacientes com o novo coronavírus. O medicamento antiparasitário não tem eficácia comprovada contra a doença.
O deputado chegou a afirmar que ele e toda a sua família fizeram uso do medicamento de forma preventiva, e que a discussão do remédio tomou um tom político. "Muita gente critica e fala que é uma 'balela', que não tem estudo científico, mas como falar para o paciente não fazer se ele chega no seu consultório e quer fazer? O tratamento precoce vai evitar com que pacientes tomem conta das UTIs. Está tendo um colapso, não tem mais vagas de UTI ", afirmou Calil.
Quando pegou o microfone, o governador Ronaldo Caiado (DEM) pontuou a fala do deputado e disse que ele é um grande entusiasta da causa, mas que é preciso ter cautela no momento e que ele (Caiado), como também médico e responsável pelas decisões no atendimento da população no Estado, não podería usar a ivermectina na profilaxia ao novo coronavírus.
Postagens em redes sociais vêm sugerindo que o uso de ivermectina tem curado Covid-19. No entanto, os conteúdos são enganosos. Estudos recentes mostraram que o medicamento mostrou resultados positivos contra o coronavírus, mas os testes foram feitos in vitro. Em humanos, a dosagem não daria conta de ser efetiva para a Covid-19. (Frank Martins)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação