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Quinta, 21 Maio 2020 18:15

Covid-19: Boletim Ahpaceg 21|05|20

2 BOLETIM DIÁRIO 21 05 20 INTERNAÇÕES UTI

 

Confira o boletim de hoje, 21 de maio, com os números dos atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 21 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), detalhando os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados entre 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e 20 de maio, dia do registro dos últimos óbitos nestas unidades.

*Não informou: Hospital Clínica do Esporte.

MARCA AHPACEG FUNDO BRANCO

 

Nos últimos sete dias, entre 13 e 20 de maio, os hospitais associados da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) registraram um aumento no número de atendimentos de pacientes com suspeita ou confirmação de contaminação pelo novo coronavírus.


O total de pacientes internados saltou de 56 para 71. Essa oscilação, que revela a dinâmica da pandemia, e a gravidade de alguns pacientes que chegam em busca de assistência mudaram a taxa de ocupação dos leitos destinados a atendimentos de Covid-19 na rede Ahpaceg.

Com isso, ontem, 20, a Ahpaceg registrou a escassez de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para a internação de pacientes com suspeita, que ainda aguardam o teste de diagnóstico da doença e necessitam de isolamento de pessoas com outras enfermidades e daquelas com a Covid-19 já confirmada.

Esse problema vem sendo solucionado com a transferência destes pacientes (com suspeita de Covid-19) entre os hospitais associados que dispõem de leitos de UTI para recebê-los.

As vagas de UTI para casos confirmados de Covid-19 estão de acordo com a demanda atual. O mesmo acontece com as vagas de UTI destinadas à internação de pacientes com outras enfermidades.

Quanto à ocupação dos chamados leitos comuns (não UTI), que são destinados aos atendimentos eletivos e a outras urgências e emergências não relacionadas à Covid-19, a ociosidade continua em torno de 70% em alguns hospitais.

A ociosidade também atinge os prontos-socorros, mesmo com um aumento na procura por pacientes com suspeita de Covid-19, que são atendidos e não necessitam de internação. A média atual de atendimentos nos prontos-socorros dos hospitais associados está em torno de 50% da capacidade instalada.

Quarta, 20 Maio 2020 16:34

Covid-19: Boletim Ahpaceg 20|05|20

2 BOLETIM DIÁRIO 20 05 20

Confira o boletim de hoje, 20 de maio, com os números dos atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), detalhando os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados entre 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e hoje, 20, data do registro de dois óbitos nestas unidades.

Porangatu GO

 

A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) vai participar ativamente de um grande projeto voltado para o atendimento da população do Norte do Estado, especialmente no hospital de Porangatu, durante a pandemia de Covid-19.

 

Esse projeto, que terá a participação também da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio) e da UniEvangélica, será coordenado pelo governador Ronaldo Caiado, que no domingo fez um apelo aos hospitais privados associados da Ahpaceg e foi prontamente atendido pela Associação, que sempre demonstrou disposição em firmar uma parceria para garantir a assistência aos goianos.

 

A ação conjunta foi definida em uma reunião virtual coordenada hoje, 19, pelo governador e que contou com a participação do presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, dos médicos Luiz Rassi, Ernei de Oliveira Pina, Jamil Calife e Paulo César Veiga Jardim, representantes de associados da Ahpaceg, além do secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, e do deputado federal Zacharias Calil. O Governo do Estado fará a coordenação e dará informações sobre o plano conjunto de atuação voltado para o atendimento em Porangatu.

Terça, 19 Maio 2020 11:23

CLIPPING AHPACEG 19/05/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Governo requisita 40 leitos de UTI da rede privada para atender pacientes com Covid-19

Cremego defende uso de cloroquina

Liberado o uso de hidróxido de cloroquina me Goiás

Presidente da Cremego fala sobre o isolamento social

Caiado se reúne com mais de 30 prefeitos para discutir medidas contra o coronavírus

Escalonamento de horários em Goiânia se torna obrigatório a partir de quarta-feira

Covid-19: será obrigatória testagem em todos pacientes que chegarem às unidades de saúde em Goiás

Associação de hospitais particulares aguardam reunião com Caiado para acertar parceria no enfrentamento a Covid-19

Goiás e associação discutem apoio para combate a Covid-19 - Jornal O Popular

SES-GO publica regras para realização de testes da covid-19 em farmácias

Presidente do Cremego diz ser contra lockdown, mas defende distanciamento

Opiniões se dividem sobre combate à Covid

Diretor do Cremego defende cloroquina; conselho diz ter outra posição

Em live diretor da Cremego é contra o isolamento e apoia uso da cloroquina

TV ANHANGUERA/TO

Governo requisita 40 leitos de UTI da rede privada para atender pacientes com Covid-19

https://globoplay.globo.com/v/8563328/programa/

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TV RECORD

Cremego defende uso de cloroquina

http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=75261643

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RÁDIO BAND

 

Liberado o uso de hidróxido de cloroquina me Goiás

http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=75249566

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RÁDIO CBN

Presidente da Cremego fala sobre o isolamento social

http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=75271987

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TV ANHANGUERA/GO

Caiado se reúne com mais de 30 prefeitos para discutir medidas contra o coronavírus

https://globoplay.globo.com/v/8562831/programa/

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JORNAL OPÇÃO

Escalonamento de horários em Goiânia se torna obrigatório a partir de quarta-feira

Por Eduardo Pinheiro

Prefeito Iris Rezende promete fiscalização severa para fazer cumprir novas regras

O prefeito Iris Rezende (MDB) assinou decreto na tarde desta segunda-feira, 18, que torna o escalonamento de horários do comércio em Goiânia obrigatório. A determinação quer evitar aglomerações nos horários de pico na capital goiana, sobretudo nos terminais e transporte coletivos.

A norma objetiva minimizar a aglomeração de usuários em terminais e em pontos de embarque e desembarque, numa ação de combate a propagação da COVID-19. “Ao assinar esse decreto, queremos evitar que Goiânia continue sendo alvo da propagação desse mal. Espero que Goiânia inteira entenda que estamos mudando os horários de funcionamento das empresas justamente para preservar a vida da população. Colabore, ao sair de casa, não deixe de usar a máscara, evite aglomeração”, declarou o prefeito Iris Rezende.

O documento foi redigido após negociação com várias entidades governamentais e classistas como Fecomércio, FIEG, Acieg, Codese e Sindilojas. “Construímos essa atualização após muitas reuniões com diversos segmentos desde a publicação do primeiro documento. Daremos até quarta para que a cidade absorva o ajuste, que também amplia a escala de horários para diluir ainda mais o usuário no sistema e evitar a propagação do vírus”, disse o titular da Sedetec, Walisson Moreira.

Serão doze faixas de horário e, além de estender o início de algumas atividades até 11h30, o decreto municipal ainda prevê que os fiscais da Central de Fiscalização Covid-19 terão autonomia para notificar, multar ou interditar estabelecimentos conforme as regras da Vigilância Sanitária. Multas a partir de R$ 4,8 mil.

Fica permitida a flexibilização dos horários de fechamento estabelecidos na legislação em vigor, sem a necessidade de autorização prévia ou de licença especial da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia, observadas as normas trabalhistas e relativas ao sossego público.

Confira os horários do escalonamento do comércio em Goiânia:

6h:

  • Laboratório de análises;
  • Clínicas de vacinação;
  • postos de combustíveis;
  • supermercados;
  • mercearias;
  • hortifrutigranjeiros;
  • padarias e panificadoras;
  • empórios;
  • drogarias;

6h30:

  • Estabelecimentos industriais de fornecimento de insumos/ produtos essenciais à manutenção da saúde ou da vida humana e animal tais como os que produzem medicamentos, materiais hospitalares, alimentos, produtos de higiene e limpeza, gás de cozinha e combustíveis;
    ● Empregados domésticos e diaristas, 6h30, 8h30 ou a partir das 10h30.
    ● Profissionais de limpeza e manutenção predial, ou 6h30, 8h30 ou a partir das 10h30.

7h:

  • Oficinas mecânicas
  • autopeças e motopeças
  • borracharias

7h30:

  • indústria de insumos para obras da construção civil;
  • indústria de extração mineral

8h30:

  • lojas de insumos do setor agropecuário;
  • lojas de produtos veterinário destinados ao setor agropecuário

9h:

  • farmácias de manipulação
  • lojas de produtos agropecuário;
  • empresas de vistoria veicular;
  • serviços de internet;
  • distribuidoras de água;
  • distribuidoras de gás

9h30:

  • lojas de máquinas / implementos agropecuários
  • depósitos de materiais de construção
  • ferragistas
  • lojas de materiais elétricos/ hidráulicos;
  • lojas de locação de máquinas / equipamentos para construção civil;
  • lojas de pneus

10h:

  • óticas;
  • petshops;
  • cartórios extrajudiciais;
  • e-commerces;
  • concessionárias de veículos

11h:

  • lavajatos ;
  • salões de beleza

Estabelecimentos com funcionamento 24 horas
● Aos estabelecimentos autorizados a funcionar durante 24 (vinte e quatro) horas não se aplicam as determinações previstas neste artigo, sendo obrigatório que as trocas de turnos ocorram de maneira a não sobrecarregar o transporte público coletivo urbano no âmbito do Município de Goiânia.

Horários normais de funcionamento
● Templos religiosos e congêneres;
● Jornais e emissoras de rádio e TV;
● Hospitais em geral;
● Clínicas e hospitais veterinários;
● Restaurantes e lanchonetes em postos de combustíveis situados às margens de rodovias;
● Empresas de energia elétrica, saneamento, telecomunicação;
● Empresas de segurança privada;
● Agências bancárias e agências lotéricas;

● Feiras livres;
● Atividades de transporte;
● Indústrias que estejam produzindo equipamentos e insumos para auxílio no combate à pandemia da COVID-19;
● Cemitérios e serviços funerários; ● Call Centers (geral) e serviços de internet;
● Estabelecimentos de ensino privado;
● Hotelaria e congêneres e atividades de assistência social.
● Prestação de serviços vinculados a reparos emergenciais, como chaveiro, encanador e eletricista.

Horários normais de funcionamento para “entrega”
● Restaurantes;
● Cafés;
● Lanchonetes;
● Bancas de jornais e revistas

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Covid-19: será obrigatória testagem em todos pacientes que chegarem às unidades de saúde em Goiás

Por Felipe Cardoso

Decisão foi acordada durante reunião com membros do MPGO. Obrigatoriedade se estenderá a todas as unidades de Saúde do Estado, sejam elas públicas ou privadas

O Ministério Público de Goiás (MPGO) realizou na tarde da última segunda-feira, 18, uma reunião virtual com representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e da Superintendência de Atenção Integral à Saúde (Sais). Na ocasião foram tratados assuntos relacionados aos protocolos hospitalares diante da constatação de contaminação de pacientes e profissionais da área pelo coronavírus (covid-19).

Também foi conversado a respeito da necessidade do Estado manter a lisura nos procedimentos a serem adotados no enfrentamento da doença, inclusive para evitar eventuais fraudes.

Nota técnica

Conforme acordado na reunião, a SES emitirá nota técnica, após submeter o tema ao COE, estabelecendo que, para admissão de qualquer paciente em unidades de saúde de Goiás — públicas ou privadas —, será obrigatória a testagem rápida ou, dependendo do caso, o teste do material genético do vírus em secreções, conhecido como PCR.

A nota também vai obrigar a testagem no caso de desospitalização. Por fim, toda alta de pacientes deverá ser comunicada à secretaria de Saúde da origem do indivíduo, cabendo ao órgão municipal o acompanhamento e a garantia de que o paciente, independentemente da testagem, permaneça em quarentena por 14 dias.

Protocolos

Outro assunto tratado na reunião diz respeito a criação de fluxos de comunicação e de notificação das unidades de saúde aos conselhos de classe, com intuito de fiscalizar, monitorar e impedir a disseminação da Covid-19, assim como fluxos voltados para pacientes domiciliados no interior de Goiás atendidos ou internados em hospitais estaduais, com diagnóstico ou suspeita do coronavírus, em unidades públicas e privadas, em casos de recebimento e desospitalização.

Neste sentido, os promotores de Justiça ressaltaram que as secretarias municipais de saúde deverão acompanhar e garantir a quarentena dos pacientes que receberem alta hospitalar em qualquer unidade de saúde. O secretário de Saúde concordou com a sugestão quanto à obrigatoriedade, enquanto durar a pandemia, de informar todo afastamento de profissionais de saúde aos conselhos, no prazo de 24 horas, o que será conteúdo de nota técnica do órgão. Os membros do MPGO ressaltam que essas definições serão levadas ao Centro de Operações de Emergências (COE) para debate e validação, o que deve ocorrer nesta quarta-feira (20/5).

Prevenção de fraudes

Outro importante assunto tratado na reunião foi a transparência e o controle dos atos administrativos. Marcus Antônio Ferreira Alves alertou os representantes da SES para que sejam mantidos sistemas preventivos de transparência e controle, principalmente no caso de compra de insumos e dispensa de licitações, com o objetivo de evitar fraudes e desvio de verbas, como foi observado em outros Estados.

Em sua fala, o secretário afirmou que essa preocupação é de primeira ordem. Para isso, foi editada uma portaria criando o comitê intersetorial, com membros da Controladoria do Estado e da Segurança Pública, com o intuito de que sejam observados o rito e a idoneidade das empresas participantes. Ismael Alexandrino também assumiu o compromisso de comunicar ao MPGO qualquer problema detectado para a adoção das medidas cabíveis.

Pelo MPGO, participaram, na sede da instituição, a coordenadora da Área de Saúde do Centro de Apoio Operacional, Karina D’Abruzzo, e o promotor titular da 53ª Promotoria de Justiça de Goiânia, Marcus Antônio Ferreira Alves. Por videoconferência, estiveram a promotora de Justiça Marlene Nunes Freitas Bueno, da área de defesa do patrimônio público; o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino; o superintendente da Sais, Sandro Batista; e Cynara Porto, assessora técnica da SES.

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Associação de hospitais particulares aguardam reunião com Caiado para acertar parceria no enfrentamento a Covid-19

 

Por Fernanda Santos

Em postagem nas redes sociais, governador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou que aguarda apoio de Associação de Hospitais Privados na locação de equipamentos hospitalares. Ahpaceg já se prontificou a reunir com gestor

A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade divulgou nota nesta segunda-feira, 18, em que comunicou que uma reunião está sendo agendada com o governador Ronaldo Caiado (DEM) para realizar uma parceria no combate à pandemia de Covid-19.

Com intermédio do deputado federal Zacharias Calil (DEM) e do empresário Marcelo Baiocchi, presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), a associação quer ouvir as demandas do Estado e avaliar com pode contribuir, tanto com a locação de equipamentos quanto com know-how.


Nas redes sociais, o Caiado disse contar com a solidariedade da Ahpaceg para o aluguel de máquinas para equipar o Hospital de Porangatu. Desde março a Associação se colocou à disposição do governador para propor um trabalho conjunto na garantia da assistência médico-hospitalar aos goianos contra o novo coronavírus.

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O POPULAR

Goiás e associação discutem apoio para combate a Covid-19 - Jornal O Popular

https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/goi%C3%A1s-e-associa%C3%A7%C3%A3o-discutem-apoio-para-combate-a-covid-19-1.2054879

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A REDAÇÃO

 

SES-GO publica regras para realização de testes da covid-19 em farmácias

Théo Mariano

Goiânia - As regras para a disponibilização de testes rápidos da covid-19 em farmácias goianas foram publicadas nesta segunda-feira (18/5) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). Os estabelecimentos deverão disponibilizar um espaço específico para a realização dos exames e somente os farmacêuticos estão autorizados a fazer as testagens. A venda direta do produto aos consumidores está proibida.

Ainda de acordo com a resolução publicada pela SES-GO, em toda a realização dos exames deverá conter uma “Declaração de Serviço Farmacêutico”, com o nome completo, CPF e data de nascimento do paciente; condição clínica do paciente; tipo de teste com a metodologia utilizada; marca do teste, lote e validade; resultado obtido; data e assinatura do farmacêutico; e com a informação: “o resultado negativo no teste rápido não exclui a infecção pelo SARS-CoV-2”. 

Os casos em que o resultado for positivo, as farmácias terão 24 horas para notificar à vigilância epidemiológica por meio do sistema e-SUSVE. A publicação já está valendo.  

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Presidente do Cremego diz ser contra lockdown, mas defende distanciamento

Goiânia - Em vídeo divulgado, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Leonardo Mariano Reis, defende que o distanciamento social e a adoção de medidas de proteção podem ser tão efetivos quanto o confinamento absoluto (lockdown). Segundo ele, a diferença é que o primeiro método teria menos prejuízos à economia.

"É óbvio que o Conselho Regional de Medicina defende o distanciamento social, porque, juntamente com as medidas de proteção, higiene, uso de máscaras, é a única forma que nós temos para não nos infectarmos com o vírus. Agora, isso é diferente de um lockdown, um confinamento absoluto em que as pessoas não podem sair nem para respirar, para comprar pão", diz Leonardo Reis. 

Sobre a prescrição de cloroquina e de hidroxicloroquina para pacientes com diagnóstico confirmado de covid-19, o Cremego reitera a posição do Conselho Federal de Medicina (CFM), que por meio de parecer estabelece critérios e condições para o uso do medicamento.

Após analisar extensa literatura científica, o CFM reforçou seu entendimento de que não há evidências sólidas de que essas drogas tenham efeito confirmado na prevenção e tratamento dessa doença. Porém, diante da excepcionalidade da situação e durante o período declarado da pandemia de covid-19, entende ser possível a prescrição desses medicamentos em situações específicas.

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DAQUI

Opiniões se dividem sobre combate à Covid

Informações divulgadas sobre o novo coronavírus no perfil oficial do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) no ínstagram e pelo presidente da entidade, Leonardo Mariano, são diferentes do que afirmam autoridades de saúde e a comunidade científica mundial.

O presidente do órgão que fiscaliza a prática médica no Estado, defendeu que medidas de distanciamento social voltadas apenas para idosos e crianças, combinadas com medidas de higiene, são tão eficientes como o isolamento social absoluto. Além disso, em vídeo de entrevista com o jornalista Alexandre Garcia, o diretor científico do Cremego, Waldemar Naves, defendeu que o medicamento cloroquina tem pouquíssimos ou quase nenhum efeito colateral.

Atualmente Goiás não vive uma situação do chamado lock-down, com restrições máximas de distanciamento social. O governador Ronaldo Caiado tem defendido a necessidade de alcançar uma maior taxa de isolamento, já que Goiás chegou a ser a unidade da federação com a menor taxa do país. Estudo técnico de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) defende uma taxa de pelo menos 50% para que não haja o colapso do sistema de saúde goiano.

EFICÁCIA

A médica epidemiologista e infectologista Cristiana Toscano, que faz parte do Centro de Operação de Emergência de Goiás no combate ao Covid-19, esclarece que o isolamento dos mais vulneráveis não tem a mesma eficiência que a implementação de medidas de distanciamento social.

Segundo ela, há várias evidências científicas, inclusive publicadas em várias revistas internacionais de renome, de que o distanciamento social é eficiente. E o objetivo desse distanciamento, segundo ela, não é proteger apenas o vulnerável, mas a comunidade como um todo, porque essa medida diminui a transmissibilidade do vírus. "A transmissão da doença é diminuída quando o número de contatos entre pessoas é diminuído. Para minimizar a transmissão infecciosa, essa é uma medida necessária".

A pesquisadora também explica que apesar de se usar os termos distanciamento e isolamento como iguais, existem diferenças. A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê dois tipos de isolamento e um de distanciamento para combater a Covid-19: o isolamento de casos confirmados e contatos; o isolamento dos mais vulneráveis; e a implementação de medidas de distanciamento social. Na entrevista publicada no Instagram do Cremego, o jornalista Alexandre Garcia defende que não existem evidências científicas de que o distanciamento social funciona no combate à Covid-19.

IN FECT O LOGISTAS

A Sociedade Goiana de Infectologia também recomenda o distanciamento social, a depender dos dados epidemiológicos locais. "Essa posição tem por objetivo evitarmos o colapso na rede pública e privada de saúde principalmente no cenário da terapia intensiva. Por ser uma doença infecciosa viral de transmissão respiratória e por contato, onde não existem vacinas bem como tratamento antiviral, toma-se necessário reduzirmos consideravelmente o número de casos", diz nota da entidade.

Sindicato prega distanciamento social planejado

A presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), Franscine Leão, defendeu que o distanciamento social deve ser planejado em todas as suas etapas (entrada, manutenção, saída e prováveis retornos) de uma maneira que não haja extrapolação do quantitativo de doentes acometidos que necessitem de internação.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) informou por telefone que concorda com a nota do presidente do Cremego, mas que não ia se posicionar sobre o vídeo na página oficial da entidade goiana. O vídeo com a entrevista do jornalista Alexandre Garcia e posições contrárias a de autoridades de Saúde permanecia no Instagram do Cremego até o fecha-mento desta edição e contava com 1.653 visualizações.

CLOROQUINA

A Associação de Medicina Intensivista do Brasil, as associações de infectologia, de pneumologia e tisiologia publicaram um documento ontem com um consenso sobre o uso de medicamentos no tratamento de pacientes com o novo coronavírus. No documento, recomendam não utilizar hidroxidoroquina ou cloroquina de rotina no tratamento da Covid-19, ou sua combinação com azitromicina, por terem níveis de evidência baixo ou muito baixo de que são eficazes.

Também ontem, a Sociedade Brasileira de Imunologia divulgou um documento com a conclusão de que é precoce a recomendação do uso de cloroquina.

Testes com vacina dão resultados promissores

A empresa de biotecnologia Moderna anunciou ontem que testes preliminares de uma possível vacina para o novo coronavírus tiveram resultados positivos.

Oito pacientes receberam doses pequenas e médias da vacina e desenvolveram níveis de anticorpos semelhantes ou superiores aos encontrados em pacientes já recuperados da doença.

Os resultados sugerem, por ora, que a vacina desencadeia um certo nível de imunidade. Porém, o resultado envolve um número pequeno de pacientes. A empresa anunciou que deve realizar novos testes em julho que podem envolver 600 pessoas.

"A fase provisória 1, embora em estágio inicial, demonstra que a vacinação com o mRNA-1273 produz uma resposta imune da mesma magnitude que a provocada por infecção natural", disse Tal Zaks, diretor médico da Moderna, em comunicado. A companhia afirmou que a vacina "tem potencial para prevenir a Covid-19".

O estudo clínico é realizado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos. Em entrevista ao jornal The Washington Post, Stephane Bancei, executivo-chefe da Moderna, disse que a empresa está contente por a "vacina ser segura".

"A peça que foi realmente emocionante e a grande questão, é claro, foi que você pode encontrar anticorpos em pessoas em quantidades suficientes" para evitar doenças, afirmou.

PRIORIDADE GLOBAL

A vacinação contra o coronavírus é uma prioridade global para acabar com a pandemia que deixou mais de 315.270 mortes em todo o mundo e pelo menos 4,7 milhões de casos confirmados. Na sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse esperar ter uma vacina contra o coronavírus até o final do ano.

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MAIS GOIAS

Diretor do Cremego defende cloroquina; conselho diz ter outra posição

Waldemar Naves do Amaral afirma que aqueles que gostam do presidente Bolsonaro usam o remédio e falam bem; já os que não gostam, usam e falam dos efeitos colaterais

Em live com o jornalista Alexandre Garcia , o médico e diretor científico do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Waldemar Naves do Amaral , defendeu o uso da cloroquina para pacientes com o novo coronavírus e afirmou que a questão foi transformada em elemento político - mesmo não existindo comprovação científica da eficácia do medicamento.

"Medicamento de excelência e amplamente prescrito pelos médicos", disse ele sobre o uso em paciente com a Covid-19. Segundo ele, quem gosta do presidente Bolsonaro usa e "fala bem", e quem não gosta, usa e fala que tem muitos efeitos colaterais, mesmo não sendo uma verdade científica.

Na tarde desta segunda-feira (18), o Mais Goiás conseguiu contato com o profissional da saúde, mas o mesmo disse que somente o Cremego se manifestava sobre a questão. O Conselho informou que o posicionamento oficial sobre este assunto é do presidente Leonardo Rios , que afirmou que o medicamento não possui evidências sólidas de efeito confirmado na prevenção e tratamento da doença e que, na excepcionalidade da situação, pode ser prescrita em casos específicos, baseados na autonomia de médico e paciente.

Sobre o vídeo, Conselho Federal de Medicina (CFM) não se manifestou. A assessoria de comunicação encaminhou, apenas, links sobre a sua posição acerca da cloroquina e hidroxicloroquina. "Apesar de haver justificativas para a utilização desses medicamentos, como suas ações comprovadamente anti-inflamatórias e contra outros agentes infecciosos, seu baixo custo e o perfil de efeitos colaterais ser bem conhecido, não existem até o momento estudos clínicos de boa qualidade que comprovem sua eficácia em pacientes com Covid-19."

O Conselho Regional de Medicina de Goiás disse, por nota, que o posicionamento oficial é o do presidente Leonardo Reis. Em nota, ele afirmou que "sobre a prescrição de cloroquina e de hidroxicloroquina para pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19, o Cremego reitera a posição do Conselho Federal de Medicina (CFM), que por meio do Parecer nº 04/2020, aprovado em 16 de abril, estabelece critérios e condições para o uso do medicamento".

No caso, ele cita que o CFM reforçou seu entendimento de que não há evidências sólidas de que essas drogas tenham efeito confirmado na prevenção e tratamento dessa doença. "Porém, diante da excepcionalidade da situação e durante o período declarado da pandemia de Covid-19, entende ser possível a prescrição desses medicamentos em situações específicas, sempre norteada pela autonomia do médico e pelo respeito à decisão do paciente."

Ainda conforme exposto no parecer do CFM , o conselho afirma que, "apesar de existirem justificativas para o uso desses medicamentos, baseadas em suas ações anti-inflamatórias e contra outros agentes infecciosos, seu baixo custo e os efeitos colaterais conhecidos, não há, até o momento, estudos clínicos de boa qualidade que comprovem sua eficácia em pacientes com Covid-19.

A informação é a mesma publicada na Annals of Internal Medicine , uma revista médica acadêmica publicada pelo American College of Physicians . Em artigo do mês passado, os médicos Jinoos Yazdany (reumatologista especialista em lúpus) e Alfred H.J. Kim (especialista em reumatologia, patologia e imunologia) afirmam que: "Dados para apoiar o uso de HCQ e CQ para COVID-19 são limitados e inconclusivos."

Recentemente, em matéria do UOL Notícias, foi informado, também, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) continua a realizar testes com a cloroquina. Além disso, é informado que é preciso tempo para entender os reais efeitos do remédio.

Apesar de estar na lista de itens que podem representar avanço no combate ao vírus, ainda não possívl sugerir cientificamente que ele seja administrado pelos sistemas de saúde. "Precisamos de tempo para ter os números e saber o real efeito", afirmou a porta-voz da OMS, Margaret Harris sobre o remédio.

De volta ao CFM, o mesmo aponta que existem efeitos adversos para o uso da cloroquina, mas que estas situações são dinâmicas, e podem se alterar. "Por exemplo, a Sociedade Americana de Doenças Infecciosas, em documento publicado em 11 de abril, recomenda que a hidroxicloroquina e a cloroquina, isoladamente ou associadas a azitromicina, só sejam utilizadas em pacientes internados apenas dentro de protocolos clínicos de pesquisa. Por sua vez, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), ao analisar a segurança da cloroquina e da hidroxicloroquina faz algumas considerações, como a descrição de seus efeitos colaterais mais comuns: desconforto abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. Contudo, podem também ocorrer toxicidade ocular, cardíaca, neurológica e cutâneas."

Segundo o Conselho Federal de Medicina , pacientes portadores de psoríase (doença de pele crônica não contagiosa), porfiria (distúrbios que vem com o acúmulo de determinadas substâncias químicas relacionadas às proteínas de glóbulos vermelhos) e etilismo (doença crônica causa por consumo excessivo de álcool) podem ser mais suscetíveis a eventos adversos cutâneos, geralmente sem gravidade. "Em casos raros, pode ocorrer hemólise em pacientes com deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase. A SBR ainda pede que seja dada atenção especial à interação com outras drogas, como macrolídeos, quinolonas, alguns anti-virais e antipsicóticos, o que pode levar a problemas cardíacos."

Na Suécia, o uso do medicamento foi interrompido na primeira quinzena de abril, após suspeitas de efeitos colaterais graves, como arritmias cardíacas e perda de visão periférica. "Tomamos a decisão de interromper o uso da cloroquina diante de uma série de casos suspeitos de efeitos colaterais severos, sobre os quais tivemos notícia tanto aqui na Suécia como através de colegas de hospitais em outros países", destacou, à época, o professor Magnus Gisslén, da Universidade de Gotemburgo e chefe do Departamento de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Sahlgrenska, o maior hospital da Suécia e um dos maiores da Europa.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Em live diretor da Cremego é contra o isolamento e apoia uso da cloroquina

O diretor cientifico do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) Waldemar Naves do Amaral, esteve em uma live com o jornalista Alexandre Garcia, onde ambos se mostraram contra o isolamento social e demonstrando apoio ao uso da cloroquina no tratamento para a covid-19 .

Após falarem do papel da imprensa em outros assuntos, o diretor cientifico do Cremego questiona sobre a abordagem da mídia em relação a covid-19, não qual qualifica que a mesma tem praticado excessos durante a cobertura.

"Eu não assisto televisão há 20 anos, então eu acredito que há um excesso de abordagem. Só para citar um exemplo, o eletricista que teve aqui em casa ontem, disse que não podia sair, pois a mulher estava o dia inteiro assistindo jornal. Então parece que há uma tentativa de domínio pelo terror, em estabelecer o pânico em uma situação que não está comprovada, que esse fechamento, lá na Itália foi um horror, foi jovem contaminando os avôs, e a gente nem sabe se isso funciona", comenta o jornalista.

Na sequência Alexandre Garcia segue o seu raciocínio e fala em relação ao medicamento cloroquina indicado por alguns e até mesmo pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) para o tratamento da covid-19. "Se o presidente diz que é boa a cloroquina, abaixo a cloroquina, se o presidente dissesse cuidado com essa cloroquina ela é muito barata então todo mundo vão tomar a cloroquina que ele é contra o povo, que ele não quer que o povo tome remédio barato", completa.

Alexandre Garcia fala que algumas cidades por exemplo não precisariam ter as atividades paralisadas em virtude da pandemia. "Declamasse que não houve aplicação científica, mas essa foi uma aplicação política, de militância política", diz o jornalista.

Antes do fim da live, diretor do Cremego questiona sobre o tratamento a ser feito para a covid-19 com o uso da cloroquina. "O uso da cloroquina que é um medicamento de excelência e amplamente prescrito pelos médicos e usado pelos doentes da covid-19, passou a ser instrumento político, então se você é a favor do presidente você usa o medicamento e fala que é um bom remédio, mas se você é contra, você também usa e fala que tem muitos efeitos colaterais. O que não é verdade científica, pois os professores aqui de Goiás que prescrevem a cloroquina para outros problemas patológicos, descrevem que o medicamento tem pouquíssimos ou quase nenhum efeito colateral", diz o diretor cientifico em um questionamento sobre o uso do medicamento ao jornalista.

Alexandre Garcia por sua vez afirma que já fez o uso da cloroquina em outras circunstâncias, mais precisamente quando foi cobrir a guerra em Angola e tomou o medicamento de forma preventiva para evitar a malária e que não sentiu nada.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação  

Segunda, 18 Maio 2020 17:14

Covid-19: Boletim Ahpaceg 18|05|20

2 BOLETIM DIÁRIO 18 05 20

Confira o boletim desta segunda-feira, 18 de maio, com os números dos atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), detalhando os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados entre 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e o dia 7 de maio, quando foi registrado o último óbito nestas unidades. São 11 dias sem óbitos confirmados de Covid-19 nos hospitais associados.

Rede privada de saúde teme quebrar no auge da pandemia

domingo 17 maio 2020 0:00 
 
 
Por Italo Wolff
 
 

Pacientes estão evitando ao máximo ir ao hospital por medo do coronavírus – como resultados, há mais mortes por AVC, infarto e acidentes

Em seu rastro de 200 mil infectados e 14.267 mortos até o fechamento desta edição, a pandemia no Brasil também tem vitimado o próprio sistema de saúde que poderia contê-la. A rede de assistência privada não passa incólume pela crise global que já causou o fechamento de 600 mil micro e pequenas empresas e a demissão de 9 milhões de funcionários, segundo levantamento feito pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às micro e pequenas empresas).

A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) comunicou a realidade que a rede de assistência particular vem encarando: “Atualmente, os hospitais privados estão funcionando com uma ociosidade que chega a 80% em algumas unidades. Ou seja, a maior parte dos leitos está vazia devido à redução de atendimentos eletivos e à baixa procura por parte de pacientes com casos suspeitos ou confirmados de Covid-19. Portanto, neste momento, não há risco de colapso da rede”. 

O setor médico privado tem particularidades em relação à saúde pública e, ao mesmo tempo, é uma peça essencial para o enfrentamento da pandemia. Em Goiás, grande parte dos pacientes internados com Covid-19 está na rede particular – 36 pacientes confirmados e 21 casos suspeitos entre os associados da Ahpaceg até esta sexta-feira, 15. Para que continuem funcionando, entretanto, é necessário que o poder público compreenda estas particularidades, já que todas os diretores de hospitais entrevistados afirmaram não ser possível continuar operando por mais dois meses na circunstância atual. 

Se a pandemia aumenta a demanda por leitos, por que hospitais estão vazios?

As medidas de isolamento social para o combate contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) parecem ter surtido efeito em Goiás. O Estado é o quarto melhor colocado na lista da incidência da doença – atrás apenas do Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. São “apenas” 20,3 infectados e 0,9 mortos pela Covid-19 a cada 100 mil habitantes. 

Segundo site atualizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas, “Vidas salvas no Brasil pelo isolamento social”, estima-se que a quarentena terá salvo 3.140 vidas em todo Brasil até o dia 28 de maio. A coibição do contágio se reverte em vidas salvas e também em economia para o sistema de saúde público, já que o processo de manter pacientes em internação, UTI, ligados a respiradores, é altamente dispendioso. 

No sistema de saúde particular, entretanto, a preparação para a pandemia exigiu altos investimentos antes da chegada da doença. “Criamos protocolos e treinamos nossos funcionários para protegê-los; compramos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que estavam em falta por quatro vezes o preço de mercado; adquirimos 13 novos respiradores, nove monitores e isolamos grande parte de nossos apartamentos e UTIs para dedicá-los apenas a pacientes da Covid-19. Eles nunca chegaram e os demais pacientes também estão com medo de ir ao hospital”, afirma Mayra Mattos, diretora executiva do Hospital Santa Helena. 

Mayra Mattos explica que o principal problema é a desinformação. Por medo de contraírem a doença em ambiente hospitalar, pacientes que deveriam receber atendimento médico eletivo (aquele que não é urgente ou emergencial) deixaram de se consultar, realizar exames e procedimentos. Estes eram os principais clientes dos hospitais particulares. O receio é compartilhado por planos e operadoras de saúde (com exceção do Ipasgo), que costumam recusar procedimentos que podem ser postergados sob a justificativa do risco de contágio da Covid-19 em ambientes hospitalares.

Os procedimentos eletivos foram suspensos no primeiro decreto publicado pelo Governo de Goiás no final de março e, desde o dia 19 de abril, com a publicação do decreto nº 9.653 do Governo de Goiás, estão autorizadas consultas, exames e cirurgias eletivas nos hospitais da rede privada, desde que seja mantido as medidas de segurança”.

O receio não tem fundamentação em fatos, afirmam as diretoras dos hospitais Santa Helena, Santa Bárbara e Hospital Samaritano de Goiânia. Com alas inteiras dedicadas e isoladas para pacientes de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), com equipamentos de proteção e com protocolos de segurança adotados, os riscos de contágio no ambiente hospitalar são mínimos, afirmam. 

Sintomas da crise 

Mayra Mattos afirma que o Hospital Santa Helena atualmente tem cerca de 30% de seus leitos ocupados. “O movimento em nosso pronto-socorro caiu mais de 50% por receio das pessoas. E, por sermos um hospital de alta complexidade, isso é um péssimo sinal. Significa que as vítimas de infarto, acidente vascular cerebral (AVC), acidentes graves, estão sofrendo em casa. Quando ocorre um AVC, há um intervalo de quatro horas em que temos grande possibilidade de reverter todas as sequelas. Esses pacientes estão chegando para nós em estado grave, de 24 a 48 horas após o acidente vascular cerebral, porque adiaram a ida ao hospital o máximo possível”. 

Como consequência, o tratamento torna-se mais complexo e os pacientes têm menor probabilidade de recuperação. “Isso é uma perda desnecessária, porque destinamos uma ala separada para atender pacientes da Sars – não há contato com infectados pela Covid-19”, explica a diretora executiva do hospital.  

Situação semelhante é relatada por Bárbara Teodoro, médica e diretora técnica do Hospital Santa Bárbara: “Hoje nossa taxa é de 40%. A procura pelo pronto-socorro, onde atendíamos 3 mil pacientes por mês caiu pela metade. Isso nos deixa preocupados, porque chegam muitos pacientes crônicos agonizando. Apendicites, derrames, infartos não deixaram de acontecer, eles só deixaram de vir ao hospital”.

Bárbara Teodoro explica o que deve ser feito para reverter a situação: “Não queremos incentivar uma retomada das atividades sem planejamento, descoordenada. O que as pessoas precisam entender é que, caso realmente necessitem de atendimento médico, passar mal em casa não vai solucionar a pandemia. As pessoas vão ao supermercado, hortifruti, farmácia, mas têm medo de ir ao hospital, onde obedecemos protocolos muito mais rígidos de segurança”.

Anailma Graciotte, diretora administrativa e financeira do Hospital Samaritano de Goiânia, apresenta a situação da instituição que gerencia: “Temos 24 leitos reservados e isolados para pacientes de Covid-19 e nenhum está ocupado. Temos medo porque, se não pudermos fazer tratamentos eletivos agora, que o coronavírus está relativamente brando em Goiás, imagine quando tivermos de endurecer medidas de lockdown”.

A diretora administrativa e financeira conta que os gastos com equipamentos de proteção, como luvas e máscaras cirúrgicas, costumava cer de R$ 10 mil por mês; mas agora, com a demanda internacional e falta de suprimento no mercado por EPIs especiais, os gastos chegam a R$ 70 mil ao mês. “Hospitais têm custos muito elevados: a tecnologia é cara. Temos de lidar com muitas licenças, somos muito cobrados por agências reguladoras e vigilância sanitária”. 

Por um fio

As três gerentes de hospitais afirmaram estar no máximo de suas capacidades e que não há possibilidade financeira de continuar por mais um mês na atual situação. Entretanto, projeções estimam que Goiás ainda enfrentará o pior da pandemia nos próximos meses. Gestores podem perder 1,6 mil leitos comuns e cerca de 500 em leitos de UTI (adulto, pediátrica e neonatal) disponíveis na rede de assistência privada entre associados da Ahpaceg.

A sugestão comum para reparar a situação é diálogo com o poder público. Tanto gestores de hospitais quanto o presidente da Ahpaceg afirmaram não estar sendo ouvidos por autoridades e não possuir um representante no Comitê de Gestão de Crise estadual. A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) informou que, até o momento, não há tratativas para que haja novos convênios público-privado para leitos dedicados ao enfrentamento da Covid-19, o que poderá ser feito caso ocorra uma evolução no número de casos em Goiás e o número de leitos públicos seja insuficiente para atender a demanda de usuários do SUS.

“Caso haja déficit no número de leitos SUS, a SES-GO poderá contratualizar leitos em hospitais privados para integrarem o enfrentamento à Covid-19 e realizar atendimento aos usuários que dependem do atendimento gratuito”, informou a Secretaria. 

“A SES-GO e o Governo de Goiás estão abertos ao diálogo para que possíveis dificuldades possam ser discutidas. Desde o início da instalação do Comitê de Operações Estratégicas (COE), diversos setores foram convidados para integrar a equipe, inclusive representantes da rede privada. O convite permanece aberto, mas ainda não houve participação desses representantes no Comitê. A SES-GO reitera que a rede privada e a rede pública se complementam no sistema de saúde e a pasta mantém as portas abertas para a saúde suplementar”, finalizou a secretaria por meio de nota.

https://www.jornalopcao.com.br/reportagens/rede-privada-de-saude-pode-quebrar-no-auge-da-pandemia-254250

 

MARCA AHPACEG FUNDO VERDE

 

Desde o registro dos primeiros casos de Covid-19 no Brasil, a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) tem se mobilizado e se preparado para atender a população goiana. Em março, a Ahpaceg procurou o governador do Estado para propor um trabalho conjunto para garantir a assistência médico-hospitalar aos goianos durante a pandemia.

Ontem, 17, em publicação nas redes sociais, o governador Ronaldo Caiado afirmou contar com a solidariedade da Ahpaceg para a locação de equipamentos para equipar o Hospital de Porangatu.

Ahpaceg é solidária e está pronta para ajudar Goiás também neste momento. A forma de cooperação deverá será definida após reunião com o Governo do Estado, na qual a Associação espera ouvir as demandas e avaliar como pode contribuir para saná-las dentro de sua capacidade, tanto com equipamentos quanto com o know-how dos hospitais associados de alta complexidade.

Por intermédio do deputado federal Zacharias Calil e com o apoio do presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás, Marcelo Baiocchi, a Ahpaceg aguarda o agendamento de uma reunião com o governador Ronaldo Caiado, o mais breve possível, para tratar desta parceria.

Sábado, 16 Maio 2020 18:11

Covid-19: Boletim Ahpaceg 16|05|20

2 BOLETIM DIÁRIO 16 05 20

Confira o boletim de hoje, 16, com os números dos atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 20 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), detalhando os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados entre 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e o dia 7 de maio, quando foi registrado o último óbito nestas unidades.

*Não informaram: Hospital Amparo e Hospital Santa Terezinha

Sexta, 15 Maio 2020 17:07

Covid-19: Boletim Ahpaceg 15|05|20

2 BOLETIM DIÁRIO 15 05 20

 

Confira o boletim desta sexta-feira, 15, com os números dos atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) nos hospitais associados da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), detalhando os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados entre 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e o dia 7 de maio, quando foi registrado o último óbito nestas unidades.