Administrador

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Terça, 28 Julho 2020 08:42

CLIPPING AHPACEG 28/07/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Artigo - Como incorporar a tecnologia na saúde?

Saúde deve informar medidas para evitar falta de medicamentos, diz MPF

Presidente do CFM defende manutenção de leitos do SUS

Goiás perdeu 1,8 mil leitos de internação entre 2011 e 2018

Decreto prorroga reabertura de atividades econômicas

Goiás chega a 1.400 mortes por Covid-19

Cacique Aritana está em estado gravíssimo

Hospitais de campanha vão fechar de vez

Hospital Lúcio Rebelo volta a funcionar com leitos para tratamento da Covid-19, em Goiânia

O ESTADO DE S.PAULO

Artigo - Como incorporar a tecnologia na saúde?

A viabilidade não está na economia, como a atual pandemia demonstra

O Senado aprovou o PL6330/2019, que dispõe sobre a incorporação de quimioterápicos orais pelos planos de saúde. É uma proposta com muito boas intenções. Porém parte de uma premissa equivocada - a de que o registro sanitário na Anvisa implica aprovação de um processo terapêutico que deve ser adotado.

Na verdade a manifestação da Anvisa resume-se em atestar a segurança e a eficácia do produto/tecnologia. A Anvisa não analisa a tecnologia. Não informa se a tecnologia aprovada é superior às tecnologias existentes nem se a proposta deve ser adotada na assistência médica. Ela informa que a relação risco/eficácia permite o uso. É uma licença de comercialização e não uma recomendação de uso.

E nesse sentido a Anvisa não age de forma diferente de outros países. O processo de aprovação para comercialização sempre é dissociado do processo de incorporação. Médicos individualmente poderão tomar a decisão de usar ou não um caminho terapêutico novo. Na Inglaterra, a regra da autorização de comercialização de um medicamento novo é aprovada pela EMA - European Medicines Agency -, porém a incorporação do produto no NHS - National Health Service - é decisão tomada no NICE - The National Institute for Health and Care Excellence. Alias o NICE decide pela incorporação e negocia o preço do produto com o fabricante para incorporá-lo no sistema de atenção à saúde inglês.

No Brasil temos uma situação muito ruim, pois a incorporação de tecnologia no SUS se dá por decisão da Conitec - Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS, que é parte do Ministério da Saúde. E com relação aos planos de saúde a decisão é da Agencia Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por meio de um processo que está sendo atualizado, mas até recentemente era mais ou menos burocrático e realizado a cada dois anos, situação que o projeto de lei quer corrigir, tornando a autorização automática após a emissão do registro.

Mas a questão mais grave e para a qual a Câmara deve atentar é que o projeto perpetua um modelo de incorporação de tecnologia para pobres - Conitec/SUS - e outro para ricos - ANS. Essa situação é inaceitável!

Assim, neste momento, a Câmara tem uma rara oportunidade de criar uma situação que corrija esse grave defeito do SUS - pode emendar o projeto do Senado, propondo que a incorporação de tecnologia na saúde brasileira seja única e pela Conitec.

Neste momento, os críticos erguerão dois argumentos: por um lado os pagadores de planos de saúde - queremos ter a tecnologia que represente o padrão ouro em termos de oferta. Uma agência constituída nos moldes da Conitec oferece isso hoje. Está atrelada ao ministro, mas cingida por compromissos de transparência que até hoje não têm permitido que fuja de sua responsabilidade.

A outra linha de críticos será a dos que acham que um processo de incorporação de tecnologia que não tenha como baliza o orçamento está fadado ao desastre. Com certeza, o equilíbrio econômico-financeiro é fundamental. O Brasil foi capaz de construir o programa de aids e incorporou todas as drogas necessárias ao seu tratamento independentemente do seu custo. Nenhuma droga deixou de ser incorporada por seu custo. Porém todas passaram por um criterioso crivo de médicos que as tornou viáveis de serem incorporadas. A viabilidade não está na economia, como a atual pandemia demonstra. Está na saúde e na vontade da sociedade. Senhores representes do povo, vamos respeitá-las!

Gonzalo Vecina é médico sanitarista

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EXAME

Saúde deve informar medidas para evitar falta de medicamentos, diz MPF

Unidades de saúde relataram ao MPF que estão com dificuldades para comprar medicamentos para pacientes graves de covid-19 que estão internados

O Ministério Público Federal (MPF) enviou ofícios ao Ministério da Saúde pedindo informações sobre medidas adotadas pela pasta para evitar um desabastecimento na demanda de medicamentos usados nos chamados kits intubação, informou a assessoria de imprensa do órgão nesta segunda-feira.

A assessoria de imprensa da pasta informou, em nota, que vai responder dentro do prazo estipulado as informações solicitadas.

A determinação, enviada na sexta-feira ao ministério, cita o fato de que o MPF no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Sergipe recebeu nas últimas semanas informações de hospitais públicos e privados que atendem ao SUS sobre risco de desabastecimento de alguns medicamentos usados em pacientes graves de Covid-19 que se encontram internados.

As unidades de saúde relataram ao MPF estarem tendo grandes dificuldades na compra dos medicamentos por uma série de fatores como falta de oferta e atrasos. Disseram ainda que a distribuição dos medicamentos requisitados pela União entre Estados não tem ajudado na normalização dos estoques.

O Ministério da Saúde deve informar aos procuradores, por exemplo, quais medidas vai adotar para suprir a falta de medicamentos até a conclusão das compras e entrega das primeiras cargas a Estados e municípios, prevista para ocorrer em agosto.

O MPF lembra que o ministério ainda não esclareceu quais foram os medicamentos e as quantidades requisitadas das indústrias farmacêuticas e os critérios utilizados para a distribuição entre os Estados, bem como o cronograma a ser seguido nas próximas vezes.

Em nota, o ministério disse que a pasta entende que faz parte da administração e da transparência de gestão responder a questionamento do MP ou de outros órgãos de controle. Trata-se de uma ação extremamente salutar. A resposta será dada dentro do prazo estipulado, informou.

O ministério afirmou que auxilia Estados e municípios a realizarem suas compras de relaxantes musculares e sedativos para pacientes internados com Covid-19.

De forma imediata, adquiriu e entregou 992.200 unidades de medicamentos da indústria nacional e 54.867 unidades de produtos de laboratórios uruguaios, citou.

Além disso, ocorre, nesta segunda-feira (27), licitação via Sistema de Registro de Preços (SRP) para compra dos medicamentos anestésicos. O pregão por registro de preço teve 49 solicitações de adesão de secretarias estaduais de Saúde e das capitais, completou.

O ministério disse que ainda segue em curso uma compra internacional dos produtos por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

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GLOBO NEWS

Presidente do CFM defende manutenção de leitos do SUS

http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=78667171

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JORNAL OPÇÃO

Goiás perdeu 1,8 mil leitos de internação entre 2011 e 2018

Apesar da criação de 565 leitos durante a pandemia, Estado ainda ocupa 5° posição em déficit no país

O estado de Goiás chegou a perder 1.860 leitos de internação do Sistema Único de Saúde (SUS) entre 2011 e 2018. O balanço divulgado nesta semana pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que a tendência nacional durante toda a década foi de declínio nas vagas, o que foi interrompido pela pandemia, com criação de novos leitos.

Os leitos de internação são os destinados aos pacientes que precisam permanecer num hospital por mais de 24 horas. A demanda pelas vagas vão desde pessoas em tratamentos por doenças diversas a até recuperação de cirurgias.

No resumo dos dados o CFM mostra que Goiás aparece como o quinto estado que mais perdeu leitos, ficando atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. O total em 2011 era de 12.611 vagas, caindo ano após ano e chegando a 10.461 leitos em 2018. Em 2019, subiu para 10.606 um dos dois únicos aumentos da década.

Também seguindo tendência nacional, o estado goiano passou a criar novas vagas a partir de fevereiro deste ano, quando a pandemia foi anunciada. O total de leitos criados até o mês de junho foi de 565, reduzindo o déficit para 1.462 comparando o início da década.

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O POPULAR

 

Decreto prorroga reabertura de atividades econômicas

A permissão para o funcionamento das empresas agora é por tempo indeterminado, acabando com escalonamento anterior de 14 dias

Com base em uma nota técnica emitida pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), o governador Ronaldo Caiado (DEM) publicou um novo decreto prorrogando o período de funcionamento das atividades econômicas do Estado por tempo indeterminado. Este novo documento altera o decreto anterior, que havia instituído um escalonamento, com 14 dias de abertura e 14 dias de fechamento das empresas. Uma outra nota técnica da Saúde também deve confirmar a recomendação de suspensão das aulas presenciais até 31 de agosto.

Com o novo decreto, publicado em suplemento do Diário Oficial na noite de ontem, o período de funcionamento das atividades econômicas, que se encerraria ontem, de acordo com o decreto anterior, agora foi prorrogado por prazo indeterminado. 

Mas o governo estadual adverte que esta medida ainda poderá ser revista a qualquer momento, conforme análise da evolução da situação epidemiológica no Estado. Um dos parâmetros é a taxa de ocupação de leitos de UTI, que tem se mantido abaixo de 85% nos últimos 15 dias, apesar do crescimento do número de casos.

Na nota técnica, o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, recomenda a manutenção das atividades econômicas em funcionamento, desde que mantendo rigorosa atenção e fiscalização aos protocolos sanitários estabelecidos pela vigilância em saúde. Mas vale lembrar que um decreto da Prefeitura de Goiânia já havia liberado o funcionamento das atividades econômicas sem período determinado desde o último dia 14 de julho na capital.

Exceções

De acordo com o novo decreto, os eventos públicos ou privados com aglomeração de pessoas continuam proibidos. Também fazem parte desta lista a utilização dos espaços comuns de condomínios residenciais destinados a lazer; salas de cinema; teatros; casas de espetáculos; boates; salões de festas e jogos; clubes recreativos ou parques aquáticos. 

Com base em outra nota técnica emitida pela Secretaria da Saúde, também permanecerão suspensas as aulas presenciais de instituições de ensino público e privadas, bem como visitas a presídios ou centros de detenção para menores e visitas a pacientes internados com diagnóstico de Covid-19, salvo algumas exceções específicas. 

Mas, por outro lado, o governo estadual lembra que os atendimentos presenciais nas unidades do Vapt Vupt, localizadas na capital e no interior, permanecem sendo realizados, seguindo os protocolos de segurança para conter a propagação do novo coronavírus. 

Além disso, o novo decreto mantém a autorização para o funcionamento de bares e restaurantes, desde que restrito a 50% de sua capacidade de acomodação de clientes. Eventos esportivos podem ser promovidos, desde que sem a presença de público, e também seguem liberadas para funcionamento as academias poliesportivas e as atividades religiosas presenciais.

A aulas presenciais no Estado também devem continuar suspensas até 31 de agosto ou até nova recomendação do Comitê de Operações Estratégicas (COE), segundo nova nota técnica, já assinada por Ismael Alexandrino. Representantes das áreas de Saúde e Educação preparam um conjunto de regras visando um retorno seguro. Uma delas é o afastamento por 14 dias de casos suspeitos.

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Goiás chega a 1.400 mortes por Covid-19

Goiás chegou à marca de 1.400 mortes causadas pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) nesta segunda-feira (27) com o registro de oito novos óbitos em 24 horas. O boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou que havia 58.249 casos da doença no território goiano.

De domingo para segunda-feira, mais 2.171 novos registros foram confirmados em todo o Estado. Existiam, ainda, 116.847 suspeitas em investigação, enquanto outros 51.699 notificações foram descartadas.

A taxa de letalidade da doença em Goiás é de 2,4%, informou a Secretaria Estadual de Saúde. Há 57 óbitos suspeitos que estão em investigação e 769 mortes suspeitas foram descartadas por não terem relação com a Covid-19. Por outro lado, 51.749 pessoas se recuperaram da doença.

O Painel Covid-19 do Estado mostra ainda que 50,5% do total de casos notificados de pacientes infectados em Goiás são mulheres (29.421 casos) e 49,5% do sexo masculino (28.828). Entre os mortos, a maioria é de homens: 57% do total, ou 836 óbitos registrados.

GOIÂNIA

Goiânia tinha, nesta segunda-feira, 14.648 casos do novo corona vírus. O número teve acréscimo de 761 testes positivos nas últimas 24 horas, sendo cinco novas mortes causadas pelo vírus Sars-CoV-2. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a capital tem 419 mortes pela doença.

Ao todo, 246 vítimas eram do sexo masculino e 173 do sexo feminino. Os sintomas mais comuns entre os mortos foram falta de ar, febre alta e tosse. Do total de vítimas, dez eram profissionais da saúde e 321 tinham mais de 60 anos de vida.

Além dos 419 mortos, Goiânia tem 12.574 pessoas que já estão curadas, 1.301 isoladas em casa, sendo monitoradas por equipes de saúde e 354 que continuam internadas. A faixa etária mais afetada continua sendo de pessoas entre 20 e 39 anos, com 6.218 casos.

Do total de casos confirmados na capital, 13.279 não precisaram de internação hospitalar para se recuperarem. Em outros 1.369 casos, os pacientes precisaram passar algum período em unidades de saúde para atendimento, sendo 630 deles em leitos de terapia intensiva.

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Cacique Aritana está em estado gravíssimo

O cacique Aritana Yawalapi-ti, de 71 anos, que está internado em um hospital particular de Goiânia após contrair o novo coronavírus (Sars-CoV-2) continua em estado gravíssimo. Segundo boletim de saúde divulgado na manhã desta segunda-feira (27), ele permanece sedado, respira com a ajuda de aparelhos, apresenta pressão arterial baixa, sem febre e passa por hemodiálise. Diagnosticado com Covid-19, Aritana foi atendido inicialmente em Canarana (MT). Em seguida, ele transferido para a capital de Goiás.

Aritana precisou de atendimento médico no último dia 18 de julho, quando apresentou os primeiros sintomas do novo coronavírus.

Na noite do último dia 21, ele chegou a Goiânia com os pulmões comprometidos. No percurso, o líder indígena precisou de oxigênio.

O cacique, que é conhecido mundialmente desde a década de 1980 por defender os direitos dos povos indígenas e seu território, começou uma campanha para levar ajuda médica para a reserva do Parque Indígena do Xingu onde vivem cerca de 6 mil índios de 16 diferentes etnias.

Na última sexta-feira (24), os ministérios da Saúde e da Defesa anunciaram uma acão conjunta para levar suprimentos médicos e assistência de saúde para as Terras Indígenas Xavante, no Mato Grosso.

Boletim da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), vinculada ao Ministério da Saúde, mostra que até o último sábado (25), foram registrados no Xingu 99 casos confirmados de Covid-19, 77 suspeitos e 7 mortes. Em todo o Brasil estariam infectados 13.728 índios, com 256 óbitos.

O prefeito de Canarana, Fábio Faria, também foi diagnosticado com o novo coronavírus. O município está localizado no norte de Mato Grosso, a mais de 800 km de Cuiabá. (Colaborou Malu Longo)

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EXTRA

Hospitais de campanha vão fechar de vez

Secretário de Saúde anunciou que o desmonte das unidades já começa nos próximos dias

Os hospitais de campanha do estado, atualmente fechados e sem receber pacientes, vão começar a ser desmontados nos próximos dias. Foi o que anunciou o secretário estadual de Saúde, Alex Bousquet, ontem, acabando de vez com promessas antigas, de secretários anteriores, de que as unidades poderiam ficar de legado para o Rio.

Bousquet participou ontem de uma oitiva convocada pela Comissão de Saúde e de Acompanhamento de Ações de Combate à Covid-19 da Alerj, em que explicou que, felizmente, errou na sua previsão inicial de quantidade de leitos necessários para a pandemia. Em relação a contratos emergenciais com Organizações Sociais (OSs) investigadas, Bousquet respondeu que "dirigente preso não é o suficiente para desqualificar uma OS".

O primeiro tema abordado na audiência foi o dos hospitais de campanha. Apesar de o contrato de R$ 770 milhões com o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (labas) ter definido a construção e a gestão de sete unidades, só foram colocados em funcionamento dois: Maracanã e São Gonçalo. Os de em Friburgo, Caxias e Nova Iguaçu tiveram suas obras foram concluídas, mas com a disponibili-zação de apenas 20 leitos de retaguarda, em cada, para caso de necessidade. Já em Campos e Casimiro de Abreu, as montagens foram interrompidas.

Atualmente, as unidades não estão recebendo novos pacientes, e as transferências dos internados de Maracanã e São Gonçalo começaram há dez dias. Agora, segundo o secretário, começarão a ser desmontadas. Bousquet disse que um relatório, a ser finalizado nesta semana, "caminha fortemente" para a desmobilização das unidades de Friburgo, Caxias e Nova Iguaçu já nos próximos dias. E, depois, Maracanã e São Gonçalo terão o mesmo destino.

"Os serviços foram contratados por um prazo temporário. Os hospitais da rede conseguirão atender pacientes, se houver uma segunda onda de coronavírus. Ainda nesta semana, devemos definir as datas de desmobilização dos hospitais. As unidades não estão recebendo paciente porque não há necessidade no momento", explicou Bousquet, que disse que o labas ficará responsável pela desmontagem.

Procurada, a OS labas respondeu que, desde a intervenção, a Fundação de Saúde é a responsável pelo pagamento de fornecedores e funcionários. Há dez dias, a justiça chegou a interromper as transferências de pacientes de Maracanã e São Gonçalo, mas a Procuradoria Geral do Estado recorreu da decisão.

Ontem, após a audiência de que Bousquet participou, a Secretaria estadual de Saúde (SES) afirmou que a oficialização do fechamento das unidades depende da reavaliação da curva de óbitos, em conjunto com a Secretaria Extraordinária de Covid-19.

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TV ANHANGUERA

Hospital Lúcio Rebelo volta a funcionar com leitos para tratamento da Covid-19, em Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/8729552/programa/

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação  

Segunda, 27 Julho 2020 16:23

Covid-19: Boletim Ahpaceg 27|07|20

JULHO BOLETIM DIÁRIO COVID 27 07 2020 atualizado

 

O boletim de hoje, 27 de julho, traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.

Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.

27 de julho

Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho

Você, que sempre cuida de todos, também precisa se cuidar!

 

Em meio a uma pandemia, o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho nunca foi tão importante.

E são hábitos simples, mas diários, que protegem todos os colaboradores de um hospital.

Por isso, cuide-se e oriente seus colegas a também se protegerem. Você, que sempre cuida de todos, também precisa se cuidar!

 

2020 ahpaceg dia acidente de trabalho

Segunda, 27 Julho 2020 11:08

CLIPPING AHPACEG 25 a 27/07/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Leitos de internação no SUS voltam a crescer após 10 anos

Pressão pela Cloroquina

Prefeitura e Estado farão testes em massa na capital

Plasma de recuperados da Covid-19 pode ajudar no tratamento da doença

Faltam médicos, exames e remédios

Médicos reclamam de falta de exames e remédios em Cais de Goiânia

Aumenta demanda por plasma

Drive thru ganha força na crise

Periferia sofre mais com Covid

Saúde promete cirurgias em agosto

Verba de combate à Covid-19 é questionada pelo TCU

Por baixo da máscara

A omissão do Conselho Federal de Medicina

Paciente esperou 30 horas por leito

 

FOLHA DE S.PAULO

Leitos de internação no SUS voltam a crescer após 10 anos

A busca emergencial por maior estrutura na rede de saúde devido à pandemia do novo coronavírus interrompeu, pela primeira vez, uma queda que vinha ocorrendo nos últimos dez anos no total de leitos de internação existentes no SUS.

Dados de um levantamento feito pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) mostram que, entre fevereiro e junho deste ano, foram abertos 22.810 leitos de internação na rede pública. Com isso, o total passou de cerca de 294 mil a 317 mil.

Até então, o Brasil vinha registrando a cada ano uma queda no número desses leitos. Entre janeiro de 2011 e janeiro de 2020, por exemplo, 41 mil deles haviam sido fechados.

A inversão da curva também fica visível ao observar dados dos primeiros seis meses de 2019 e de período semelhante de anos anteriores, que também apontavam queda.

Segundo o CFM, todos os leitos abertos neste ano são de clínica geral, o que indica que podem estar relacionados à epidemia da Covid-19 no país.

O balanço não engloba o total de leitos de UTI, que também tiveram aumento no período. Até agora, ao menos 11.084 foram habilitados e passaram a ser financiados para uso na rede, de acordo com o Ministério da Saúde.

Para Hideraldo Cabeça, 1º secretário do CFM, ao trazer nova carga ao sistema, a Covid-19 também evidenciou parte do deficit de estrutura que existia na rede.

"Já sabíamos dessa deficiência, o que está ligado também a fila de espera por leitos e de procedimentos eletivos. A pandemia veio deixar essa dificuldade existente na saúde de fácil percepção."

O conselho alerta, porém, para o risco de nova queda no total de leitos em breve.

Isso ocorre porque, além de uma expansão de leitos em unidades fixas da rede, a epidemia estimulou a abertura de hospitais de campanha, tidos como provisórios -não há dados de quanto eles representam do total.

"A nossa preocupação é que muitos desses leitos estão em locais onde não é possível mantê-los, como hospitais em ginásios, campos de futebol e centros de convenções", diz.

Para Cabeça, é preciso avaliar a possibilidade de absorver os leitos onde a expansão ocorreu dentro ou próxima de infraestrutura existente.

O debate de qual deve ser o destino da nova estrutura criada em meio a pandemia tem ganhado força nos últimos dias, em meio aos primeiros sinais de queda no total de novos casos em algumas regiões.

Para Gulnar Azevedo, professora de epidemiologia da UERJ, ainda é cedo para fechar leitos, mesmo que provisórios, já que há risco de novas infecções.

"Ainda estamos em pandemia, que não acabou. Em alguns lugares, vemos uma atenuação do crescimento, de uma curva que tende a estabilizar, mas ainda não podemos dizer que está sob controle", diz Azevedo, que também é presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva.

Ela sugere que parte dos leitos em locais onde há os primeiros sinais de queda de novos casos da Covid seja usada para garantir o atendimento de pacientes após a saída da UTI e daqueles com quadros menos graves, mas que não têm condições adequadas de isolamento em casa e também precisam de monitoramento e cuidados intermediários.

Ou, ainda, que haja um plano para que a estrutura seja atrelada ao atendimento de pacientes vindos de cidades do interior -dos 22.810 novos leitos, 9.762 estão em capitais.

Para Cabeça, o ideal é que haja um esforço para que parte dos leitos seja incorporada de acordo com o gargalo de cada região. Ele cita dados que mostram que, nos últimos anos, áreas como obstetrícia e cirurgia geral tiveram maior perda de leitos.

Outra necessidade é preparar a rede para atendimento de demandas que ficaram represadas em meio a epidemia da Covid-19, caso de cirurgias eletivas, por exemplo.

À Folha, secretários estaduais de saúde confirmam a intenção de manter parte dos leitos abertos, mas apontam o financiamento dessa estrutura como desafio.

"Há uma discussão sobre como construir um legado após a pandemia para o sistema de saúde, mas o financiamento é sempre um problema", afirma o secretário de saúde do Maranhão e presidente do Conass, conselho que reúne gestores estaduais de saúde, Carlos Lula.

O tema deve ser discutido em reunião com os 27 secretários estaduais de saúde nesta semana.

Dados do levantamento feito pelo CFM mostram SP, Pernambuco e MG como os estados que abriram a maior quantidade de leitos em números absolutos.

Já em proporção à população, o maior aumento foi em Roraima, Sergipe e Amapá.

Só em São Paulo, foram criados 5.000 leitos de enfermaria. Também foram abertos outros 4.500 de terapia intensiva, de acordo com a secretaria estadual de saúde.

Destes últimos, apenas 2.500 foram habilitados pelo ministério. Os demais ainda aguardam resposta, diz a pasta, que reforça o pedido por "apoio no custeio da assistência".

Questionada sobre a possibilidade de manter os novos leitos após a pandemia, a secretaria não respondeu. Diz apenas que "mantém o compromisso de garantir assistência e aprimorar a rede, com base em critérios técnicos e nas necessidades da população."

Em nota, o Ministério da Saúde informou que, diante da pandemia por Covid-19, habilitou 11.084 leitos de UTI, com investimento de R$ 1,5 bilhão. A pasta não informou o total de leitos de internação clínicos abertos no período.

Sobre os planos de absorção dos novos leitos, o ministério afirma que a manutenção será discutida com gestores estaduais e municipais de saúde após o período de emergência.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Pressão pela Cloroquina

Metade dos médicos relata pressão para dar remédio sem comprovação científica para tratar doentes com covid-19

Embora pesquisas não apontem benefícios no uso de cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com covid-19, o debate político em torno dos medicamentos - capitaneado, muitas vezes, pelo presidente Jair Bolsonaro - coloca médicos na linha de frente do atendimento sob grande pressão.

Segundo pesquisa da Associação Paulista de Medicina, 48,9% de quase 2 mil profissionais entrevistados em todo o País relataram pressões de pacientes ou parentes para prescrever remédios sem comprovação científica. Nas redes sociais, também há relatos de intimidação.

O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Clóvis Ams, chegou a ser ameaçado de morte nas redes sociais e foi alvo de notícias falsas após a instituição publicar recomendação contra a cloroquina para a covid-19, no dia 17. "Notícias falsas e informações sensacionalistas ou sem comprovação técnica são inimigos que os médicos enfrentam simultaneamente à covid-19", diz o estudo da Associação Paulista de Medicina (APM).

Estudo feito em 55 hospitais brasileiros e publicado na revista Science confirmou que a cloroquina tampouco funciona em quadros leves e moderados de covid-19. Vários países, incluindo os Estados Unidos, já interromperam o uso experimental dos remédios e suspenderam ensaios clínicos em razão da arritmia cardíaca que o medicamento pode provocar em pacientes graves. Há duas semanas, artigo na revista médica Lancet voltou a apontar riscos para o coração com os remédios, originalmente contra lúpus e malária.

Efeito Bolsonaro

Na mesma semana, porém, Bolsonaro informou ter covid-19 e foi às redes sociais anunciar que tomava cloroquina, exibindo embalagens do remédio, como numa propaganda. "Aos que torcem contra a hidroxicloroquina, mas não apresentam alternativas, lamento informar que estou muito bem com seu uso e, com a graça de Deus, viverei ainda por muito tempo", escreveu ele no Twitter A politização desse debate, que deveria ser exclusivamente científico, não é só retórica. Levou à queda de dois ministros na pandemia (os médicos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, contrários ao uso do remédio) e tem consequências diretas no atendimento de pacientes, como mostra o levantamento da APM. O próprio Ministério da Saúde passou a recomendar seu uso.

"Pelo menos 69,2% (dos entrevistados) dizem que (notícias falsas ou sensacionalistas) interferem negativamente, pois levam algumas pessoas a minimizar (ou negar) o problema e, assim, a não observar as recomendações de isolamento social e higiene, ou a não procurar os serviços de saúde", destaca o estudo da APM. "Outros 48,9% falam que, em virtude das fake news, pacientes/familiares pressionam por tratamentos sem comprovação científica."

Brasil tem 87.004 mortes

O Brasil teve até as 18 horas de ontem 87.004 mortes em decorrência do novo coronavírus, sendo 555 óbitos registrados no balanço de 24 horas, informou o Ministério da Saúde. Os casos subiram 24.578, totalizando 2.419.091.

O Estado de São Paulo é o mais afetado pela pandemia. Ao todo, 21.606 vidas foram perdidas. Os casos somam 483.982.

No mundo, o Brasil está atrás somente dos Estados Unidos tanto em total de mortes quanto em casos. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), os EUA já contabilizam 145.942 óbitos e 4.163.892 contaminações.

Goiás

Goiás registrou no balanço de 24h, 56.078 novos casos de Covid-19 no estado. 1.104 novos casos e 14 mortes. O número de mortos pela doença chegou a 1.392. A quantidade de infectados que se curaram é 49.905. Os números mostram ainda que existem 114.844 casos sob investigação. A taxa de letalidade ficou em 2,48%. Um total de 57 casos suspeitos ainda são investigados. Goiânia registrou, no balanço de 24 horas, em 512 bairros, um total de 13.571 casos e 411 óbitos. 42 novos infectados e 03 mortes. 11.516 pessoas se recuperaram da doença.

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Prefeitura e Estado farão testes em massa na capital

Parceria se soma aos mais de 270 mil testes para Covid-19 adquiridos pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, que já começam a ser realizados nesta semana

A Prefeitura de Goiânia e o Governo de Goiás fecharam mais uma parceria para combater a propagação do novo coronavírus no Estado e na capital. No último dia 22 de julho, foi lançado o aplicativo Dados do Bem. A nova ferramenta vai permitir a ampliação da testagem para Covid-19 na capital e a promoção do rastreamento e do monitoramento de pessoas com suspeita ou diagnóstico confirmado da doença.

A secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, esteve na cerimônia de lançamento do aplicativo, representando o prefeito íris Rezende. Durante seu discurso, a titular da SMS destacou a importância de mais uma ação no enfrentamento ao coronavírus.

"Esse aplicativo é de extrema importância e vem somar aos 270 mil testes de PCR que adquirimos para testar pacientes sintomáticos nas unidades do município',' lembrou.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde (SES-GO), Ismael Alexandrino, a parceria dos municípios será fundamental para a eficácia do projeto. Ele lembrou que a capital será a primeira cidade a iniciar o rastreamento e o monitoramento. "Goiânia já começa hoje (quarta-feira, 22). Nós temos três unidades indicadas pela Prefeitura, mais o HCamp (Hospital de Campanha para Enfrentamento ao Coronavírus). Ou seja, quatro unidades" informou o secretário.

O aplicativo "Dados do Bem" foi desenvolvido pelo Instituto D"Or de Pesquisa e Ensino, em parceria com a Zoox Smart Data e cedido sem custos ao Estado. Além disso, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, está doando os kits de coleta, com exames RT-PCR, a mesma ficará responsável pela testagem em massa. Os kits são considerados padrão ouro pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Mais testes

Na semana passada, a Prefeitura de Goiânia anunciou a compra de 270 mil testes para detectar o novo coronavírus. Serão 100 mil testes de RT-PCR tradicional e 170 mil testes de RT-PCR rápido, tecnologia recém-chegada no Brasil que detecta o antígeno viral a partir da mucosa naso-orofaringe.

Noutra frente, para assegurar a assistência à saúde aos moradores, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou a ampliação do número de leitos de UTIs em Goiânia. A Prefeitura está em processo de contratação de 100 novos leitos de unidade de terapia intensiva exclusiva para tratamento de doentes com Covid-19. A implantação destes novos leitos deve ocorrer nos próximos dias e a capital vai chegar a 300 UTIs exclusivas para infectados pelo novo coronavírus.

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TV ANHANGUERA

Plasma de recuperados da Covid-19 pode ajudar no tratamento da doença

http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=78650808

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Faltam médicos, exames e remédios

http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=78561926

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Médicos reclamam de falta de exames e remédios em Cais de Goiânia

http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=78544429

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O POPULAR

Aumenta demanda por plasma

Componente sanguíneo de quem superou a Covid-19 é utilizado em Goiás e em outras partes do mundo em estudos experimentais para tratar pacientes infectados pelo novo coronavírus

Não é uma terapia recente, mas diante da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), em que as condutas de tratamento vêm sendo experimentadas com o avançar do número de casos de Covid-19, a transfusão de plasma de convalescente voltou a ser resgatada. Em todo o mundo estudos sobre o procedimento têm apresentado resultados satisfatórios e de segurança. Embora seja um protocolo experimental, em Goiás a demanda pelo plasma de recuperados da doença é maior do que a oferta, levando os bancos de sangue a se mobilizarem em busca destas pessoas.

Vice-presidente do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco e Sangue no Estado de Goiás (Sindilabs- GO), Antônio César Teixeira, explica que aumentou muito a prescrição do plasma para pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Sem estoque, familiares e amigos do doente têm feito campanhas nas redes sociais em busca de doadores, pessoas que passaram pela doença e se curaram. "É uma terapia sem comprovação científica e não tem efeito colateral. Nada indica que vai resolver o problema. Meu sogro teve Covid, fez o plasma, mas não resistiu", enfatiza.

Foi o que ocorreu com a professora Winnie Rakel Rodrigues, de 40 anos, que morreu no início deste mês em Goiânia. Ela recebeu o plasma no dia 7, mas faleceu no dia 12. O fisioterapeuta Márcio Silva, de 41, que ficou 15 dias internado num hospital privado de Ceres (GO), cinco deles na UTI, teve resultado diferente. A família pediu ajuda pelas redes sociais para que ele tivesse acesso ao plasma. "O padrão respiratório e o estado geral dele melhoraram. Se não tivesse tomado o plasma a condição seria pior", acredita a mulher, Tuane Dias que agora cuida do marido em casa, em plena recuperação.

O cirurgião cardiovascular Aleksander Dobrianskyj, de 66 anos, internado durante o mês de abril em estado grave, foi o primeiro paciente de Goiás a receber plasma de convalescente de Covid-19. Para fazer a transfusão, a infectologista Christiane Kobal que o assistiu realizou uma videoconferência com hematologistas para discutir a questão ética da medida. "Começamos a atender pacientes com Covid-19 em Goiás no dia 11 de março, não sabíamos muito. Já havia uma sinalização de estudos sobre uso de plasma de convalescente nos Estados Unidos, Europa e China com pessoas que se curaram. O caso do médico era de extrema gravidade e no Brasil não havia legislação permitindo o procedimento", lembra ela.

Logo em seguida a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) soltou nota técnica estimulando o recrutamento de doadores, mas deixando claro que a efetividade do plasma de convalescente em pacientes infectados precisava ser demonstrada por ensaios clínicos randomizados. É a mesma opinião de Christiane Kobal, que preside a Sociedade Goiana de Infectologia. "Plasma não é para salvar ninguém e pode não mudar a evolução do paciente. Por enquanto é uma possibilidade terapêutica. Até o momento não há comprovação científica de sua eficácia."

Diante da ausência de um antiviral realmente eficiente no combate à Covid-19, médicos têm indicado a terapia plasmática. Na Nota Técnica Nº 19, de 3 de abril deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deixou claro que não há evidência científica, embora tenha reconhecido que os estudos sejam promissores. A orientação da Anvisa é de que o plasma convalescente para Covid-19 seja usado em protocolos de pesquisa clínica.

No mundo inteiro há estudos sobre o tema, dezenas deles no Brasil, como o realizado pelo Hemocentro de Goiás (leia mais nesta página). Todos serão comparados na tentativa de se encontrar um denominador comum. Resultado preliminar de um estudo norte-americano em 20 mil pacientes não aponta dados sobre eficácia, mas revela que o plasma de convalescente é seguro, não apresentando efeitos colaterais ao paciente.

"Nossa observação junto aos pacientes é que, caso seja comprovada a eficácia em estudos a ser divulgados na próxima semana, o racional é fazer a transfusão naqueles moderadamente doentes. Estes iriam se beneficiar mais do que pacientes em estado grave, com ventilação mecânica, internados há cerca de 14 dias. Mas isso é uma possibilidade", enfatiza Christiane Kobal.

Aumento no número de transfusões

Nesta pandemia o Hemolabor inaugurou em Goiás as atividades relacionadas ao plasma de convalescente. "Definimos o protocolo no dia 27 de março, aprovado pelo Comitê Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), e no dia 1º de abril começamos", conta o coordenador do banco de sangue da instituição, Luis Henrique Ribeiro Gabriel. Até o dia 19 foram realizadas 132 coletas e atendidos 150 pacientes em 46 hospitais. "Alguns tomam duas até quatro bolsas de 200 a 600 ml, mas a quantidade varia conforme o peso do receptor. Em média estamos fazendo 300 ml", explica o hemoterapeuta.  

O Instituto Goiano de Hemoterapia (IGH) e o Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh) também aderiram à proposta com aprovação do Conep, O primeiro, desde junho, tem feito entre quatro e cinco coletas semanais. "Às vezes o paciente está aguardando. Não chegamos nem a congelar o plasma", diz o diretor do IGH, Antônio César Teixeira. O Ingoh informou que desde junho até a última quarta-feira (22), 400 pessoas procuraram a instituição interessadas em doar plasma, dos quais 68 puderam efetivar. Foram coletadas 226 bolsas e distribuídas em 15 hospitais de Goiânia e do interior beneficiando 90 pacientes.      

A Anvisa orienta que o processo seja realizado como ensaio clínico, uma forma de coletar dados sobre a eficiência ou não do procedimento. A família do paciente precisa assinar um termo autorizando a terapia no qual está explícito que não há comprovação científica de sua eficácia e que o procedimento é experimental. O que se discute é se a cobrança é legal. "Os bancos de sangue arcam com os custos dos exames, do kit descartável que é importado para colher o plasma, da sorologia, do trabalho profissional. A Agência Nacional de Saúde não obriga o ressarcimento pelo plano de saúde, então alguém tem de arcar com os custos", diz  o presidente do Sindilabs-GO, Antônio César Teixeira.

O POPULAR apurou que, em média, uma bolsa de plasma de 300 ml custa ao paciente em torno de R$ 3 mil. Nas redes sociais são inúmeras as campanhas não apenas para conseguir doadores de plasma, mas também de recursos para arcar com este custo. "Uma diária de UTI custa no mínimo R$ 3 mil, esta terapia pode reduzir de duas a cinco diárias", afirma o presidente do Sindilabs.

O Hemolabor informa que enquanto aguarda um posicionamento legal não tem emitido fatura. "O atendimento é compassivo, não cobramos exames, processamento, armazenamento e nem a transfusão", diz Luis Henrique Ribeiro Gabriel. O Ingoh explica que, além do termo de livre adesão, familiares ou pacientes assinam um contrato de prestação de serviços cujo valor cobrado é chancelado por tabelas médicas.

Integrante do Conselho Deliberativo da ABHH, Renato Sampaio disse ao POPULAR que há dois meses a entidade encaminhou ao Ministério da Saúde (MS) um questionamento a respeito do uso do plasma de convalescente. "A nota técnica da Anvisa tem um caráter dúbio porque diz que o procedimento tem de ser feito como ensaio clínico e é experimental, mas que também pode ser usado de maneira compassiva e não faz referência a  cobrança". Pessoalmente acredito que deveria haver um ressarcimento dos custos, pois estes são altíssimos".

Hemocentro realiza estudo sobre plasma

O Hemocentro Coordenador Estadual Prof. Nion Albernaz de Goiás, vinculado à Secretaria Estadual de Saúde (SES), gerido pelo Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), é a única unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) a desenvolver um projeto de pesquisa sobre a infusão do plasma de convalescente. "Diante da pandemia de Covid-19, da necessidade de novos tratamentos, precisamos ter uma resposta do ponto de vista científico. Não podemos passar ao largo de tudo isso e não ter conhecimento científico sobre o que aconteceu", explica o médico Marcelo Rabahi, coordenador de ensino e pesquisa do Idtech e um dos responsáveis pela pesquisa.

Cerca de 20 profissionais estão debruçados no trabalho, espalhados pelos hospitais alvo e no Hemocentro. O estudo prevê a participação de 140 pacientes de Covid-19 divididos em dois grupos. A metade irá receber plasma e a outra não. Para isso, é preciso reunir plasma suficiente, o que levou o Hemocentro a fazer uma campanha para que convalescentes de Covid-19 façam doações. Marcelo Rabahi explica que 30 dias após a infusão no último paciente é provável que sejam divulgados os resultados preliminares, o que pode ocorrer em outubro.      

"A infusão de plasma não é a salvação de tudo. É uma terapia carente de confirmação científica. Não basta ser segura, é preciso ter eficácia e isso vamos descobrir com o estudo." Conforme Marcelo Rabahi, para o trabalho serão selecionados pacientes de Covid-19 internados em unidades da rede pública de saúde como o Hospital de Campanha, o Hospital de Urgências Otávio Lage (Hugol), Hospital Alberto Rassi (HGG) e Maternidade Oeste. A expectativa é que as infusões tenham início já na próxima semana. O estudo segue todos os trâmites legais e foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

Voluntários que já tiveram Covid-19 e estão curados que queiram colaborar com o estudo podem procurar a sede do Hemocentro, na Av. Anhanguera, Setor Coimbra, em Goiânia ou entrar em contato pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou pelo telefone (62) 3201-4101. Para doar é necessário ter idade entre 18 a 60 anos, peso igual ou acima de 60 Kg, apresentar resultado de teste positivo para Covid-19 e estar sem sintomas há mais de 14 dias. Mulheres não podem ter engravidado antes. Um voluntário pode fazer até três doações em intervalos de 14 dias.

Uso através da história

O plasma de convalescente é utilizado desde o século 19. O primeiro estudo a respeito data de 1892 e teve como alvo o tratamento da difteria, doença bacteriana que atinge amígdalas, faringe, laringe e nariz. Quando veio a pandemia da gripe espanhola, em 1918, a terapia plasmática foi usada potencialmente com queda de 21% nas taxas de mortalidade.

Nos anos de 1920 o tratamento foi retomado para combater a escarlatina, mal também provocado por bactéria, e mais tarde para tratar de coqueluche, infecção respiratória que tem como característica a tosse seca, o que ocorreu até 1970. Enfim, desde a gripe espanhola, médicos recorrem com frequência à terapia plasmática para estancar uma variedade enorme de infecções virais.

No início dos anos 2000 pesquisadores revisaram oito estudos feitos no século passado com 1.700 pacientes de gripe espanhola que usaram a terapia. O objetivo era avaliar a possibilidade de aplicação na epidemia de gripe aviária (H5N1). A conclusão foi de que, apesar dos bons resultados, as metodologias de pesquisa aplicadas à época não tinham o mesmo rigor científico de hoje, necessitando de ensaios clínicos nos padrões atuais.

Apesar disso, a terapia foi usada  na gripe aviária; no combate ao coronavírus que provocou o surto de Sars na China, Em 2003; na pandemia da gripe H1N1; contra o coronavírus causador do Mers-Cov, Síndrome Respiratória do Oriente Médio; e também contra o ebola, na África. Entre 2014 e 2016 o ebola matou 11 mil pessoas na África Ocidental.

  

Como ocorre a plasmaferese

De cor amarelado e transparente, o plasma sanguíneo é a  parte líquida do sangue. É nele que estão concentrados os anticorpos que combatem os vírus. Quando uma pessoa é infectada e se recupera, os anticorpos continuam no sangue esperando para combater o vírus, caso ele retorne. Quando injetados em outra pessoa com a mesma doença, reconhecem o vírus como algo para atacar.

Estudos mostram que a transfusão do plasma de  um paciente curado de Covid-19 para um infectado tem reduzido sintomas de infecção e da carga viral no organismo. Até agora o procedimento vinha sendo feito em pacientes graves, mas há pesquisas recentes que apontam resultados promissores quando a transfusão ocorre no início da doença.

Alguns protocolos precisam ser seguidos no processo. O tipo de sangue de doador e receptor tem de ser compatível; o doador tem de ter idade entre 18 e 60, além de apresentar comprovantes de que teve Covid-19 e já estar curado. Ele será submetido à sorologia normal para saber se é portador de sífilis, chagas, hepatite C ou B, HIV, etc. Se for uma mulher, não pode nunca ter engravidado.  

Após preencher este perfil serão dosados os anticorpos presentes no sangue. Quando o indivíduo tem infecção por vírus ele produz anticorpos IGM e IGG. IGM positivo  indica que a doença ainda está ativa e IGG positivo mostra que a pessoa é convalescente. Somente plasma com IGG positivo será aplicado no paciente doente.

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Drive thru ganha força na crise

Formato de atendimento rápido cresce em diversos segmentos, com casos em que supera a venda em loja; shoppings consideram ampliar e manter a opção no pós-pandemia

Os clientes gostaram de poder pedir um produto pela internet e buscar pelo drive thru sem sair do carro. É o que relatam lojistas goianos. Assim, o modelo mais comum aos fast foods ganhou novos formatos e força por conta da pandemia de coronavírus. Há crescimento no uso dessa opção de compra em shoppings - onde há relato de aumento de até 15% - e em outros segmentos. Isso mesmo após os governos estadual e municipais liberarem a abertura do comércio para o atendimento presencial em boa parte de Goiás.

De dentro do carro, já foi possível participar de atividades religiosas, tomar vacinas, fazer exames e compras diversas, do café da manhã e vegetais orgânicos da feira aos eletrônicos e livros. "É uma comodidade para o cliente e significa economia de tempo também para o lojista, por isso é um sistema que tende a ficar por pelo menos mais alguns meses", avalia o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO), Valdir Ribeiro.

No entanto, há quem aposte que o drive thru vai permanecer em alta mesmo no pós-pandemia. O gerente da loja Imaginarium do Goiânia Shopping, Deivyson Souza, faz parte desse grupo. Para sua área, ele acredita que é um diferencial. "Tem muitas pessoas que querem a compra rápida, sair de casa e só passar e pegar. Já tínhamos clientes assim, mas não tínhamos a estrutura", diz ao reconhecer que a oferta multicanal tem ajudado na crise também pelo receio ainda presente da infecção por Covid-19.

A retirada por carro, segundo ele, tem representado 50% do faturamento e, em alguns dias da semana, até supera as vendas realizadas com atendimento em loja. Catálogo virtual pelo site ou redes sociais, pagamento on-line e opção de deixar o produto em lockers sem custo extra - o que uma entrega por correio teria - reduzem o contato pessoal a zero, porém o gerente informa que isso tem auxiliado a fidelizar e alcançar novos consumidores.

Shoppings

O crescimento da venda on-line impulsiona o drive thru e shoppings têm se tornado centros de distribuição. Uma tendência internacional que para o gerente de marketing do Goiânia Shopping, José Neto, deve continuar. A aposta é alta, tanto que recentemente instalaram estrutura de lockers, que são caixas com senha para retirada dos produtos no estacionamento. Um item a mais para o modelo de atendimento rápido que pretendem manter por tempo indeterminado. "Os clientes estão cada vez mais conectados e oferecer mais canais é importante."

O Shopping Bougainville também adotou o serviço quando estava proibido na capital o funcionamento das atividades não essenciais e decidiu mantê-lo por conta da repercussão positiva. Da primeira oferta, no mês de maio, até a reabertura para atendimento presencial, o centro de compras registrou que as vendas por meio do drive thru tiveram um crescimento de 15%. "O recurso representa ainda um grande aliado para a manutenção do fluxo reduzido de clientes no mall, com apenas 50% da sua capacidade total, conforme previsto pelos decretos municipal e estadual", informou por nota.

"O canal tem sido incentivado, acompanhado com atenção e sua permanência dependerá da demanda", ressalta o superintendente de Operações do Flamboyant Shopping Center, Reynaldo Abreu Filho. Tem opções gastronômicas, moda masculina, feminina e infantil, tecnologia, cosméticos.

Essa atenção é considerada pelo consultor de varejo Geraldo Rocha como natural. "É preciso vender e encontrar o consumidor de todas as formas possíveis. O varejo on-line cresceu exponencialmente e o drive thru é um dos canais. Só que para alguns segmentos isso não é sustentável." O especialista defende que ver os shoppings como centro de distribuição é algo discutido há anos, mas comparar e replicar o que ocorre nos Estados Unidos e Europa não seria adequado no Brasil.

Por isso, acredita que a moda pode passar pós-pandemia. "Somos seres sociais e voltaremos a entrar nas lojas", pontua ao ressaltar o papel dos shoppings como local de reunião e lazer pela falta de opção nas cidades. Em alguns segmentos, como o dos supermercados, a moda nem chegou a pegar. Enquanto para farmácias há adaptação da entrega no estacionamento, o que ocorre em pizzarias, lanchonetes, bares e restaurantes. Já no segmento de laboratórios de análises clínicas é um modelo que se fortalece.

O primeiro drive-thru começou a funcionar no dia 21 de maio, segundo o Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO), e já são cinco postos de atendimento em Goiânia. Um deles, o Sigma considera manter a opção após a pandemia como estratégia para atendimento de pessoas que "alegam não ter tempo".

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Periferia sofre mais com Covid

Levantamento feito pelo POPULAR mostra que moradores de bairros mais pobres em Goiânia respondem por cerca de 6 de cada 10 notificações da doença e por quase 7 de cada 10 mortes

Quanto mais grave o contexto da epidemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), pior é a situação na periferia de Goiânia. Levantamento feito pelo POPULAR com base em informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e da Plataforma Covid-19 da Universidade Federal de Goiás (UFG) mostra que, enquanto os moradores de bairros mais afastados respondem por 58,7% das notificações confirmadas da infecção na capital, ao se observar o total de óbitos passam a representar 67,3%. E quando se olha o total de internações em leitos de UTI por Covid-19, informação que O POPULAR obteve com exclusividade, a taxa fica em um meio termo, com 62,2%.

A situação dos bairros mais periféricos é crítica também quando se observa os setores que estão no topo das listas de casos confirmados, internações em UTI e mortes. No primeiro caso, apenas dois aparecem entre os dez com mais registros. No segundo, sobe para quatro bairros. E no de óbitos são seis. Um deles, o Setor Vale dos Sonhos, é alvo de uma investigação de um comitê de óbitos da SMS por causa do elevado número de mortes considerando o tamanho demográfico.

Ao se analisar a lista dos bairros com mais moradores que precisaram de UTI e a dos que mais tiveram moradores que morreram, três setores aparecem com o mesmo número: Vale dos Sonhos, Crimeia Leste e Vila Finsocial. Do lado oposto, o Setor Negrão de Lima teve sete moradores internados e nenhuma morte. Na lista de óbitos estão incluídas vítimas que morreram fora de leitos de UTI, como em postos de saúde ou no transporte para um hospital de referência, então a relação serve apenas para destacar os bairros com situação mais crítica.

O alastramento da Covid-19 pelos bairros periféricos em Goiânia é objeto de estudo do grupo de pesquisadores da UFG que faz modelagens de cenários da epidemia no Estado. Para eles, a desigualdade social é fator preponderante nesta dinâmica do vírus. Opinião semelhante têm autoridades sanitárias ouvidas pela reportagem.

Entre as situações que favorecem o vírus a se espalhar na periferia estão desde a dependência do transporte coletivo e a dificuldade do poder público de evitar aglomerações nos trajetos até a quantidade de moradores em uma residência, menor em bairros mais centrais. A ausência de fiscalização nas ruas comerciais dos setores mais afastados também foi citada como problema.

Já para explicar um número maior moradores de bairros periféricos entre os casos de internação em UTI e óbitos os motivos vão desde a dificuldade desta população em conseguir acesso a testes de Covid-19 e desinformação sobre como proceder no caso de surgimento dos sintomas até a situações que antecedem a epidemia, como os obstáculos para tratamento das comorbidades.

São três as regiões que mais preocupam o poder público: a Norte, onde ficam o Jardim Guanabara e o Vale dos Sonhos; a Noroeste, onde estão o Jardim Curitiba, a Vila Finsocial e o Jardim Nova Esperança; e a Oeste, onde fica o Conjunto Vera Cruz. No caso da região Norte, uma das explicações para a alta das notificações está um surto que atingiu o Ceasa em junho e a proximidade com a BR-153. Já nas outras duas regiões, os problemas apontados estão mais relacionados às dificuldades econômicas e de mobilidade dos moradores.

Reportagem publicada pelo POPULAR no dia 17 de julho mostrou também que é na região Noroeste que estão os bairros periféricos que mais registraram aumento em julho.

609 goianienses já foram para UTI

Desde o início da pandemia até o dia 23 de julho, 609 moradores de Goiânia necessitaram de um leito de UTI para tratamento de Covid-19, excluindo-se desta conta os casos suspeitos e descartados. Este número representa 4,7% do total de casos notificados na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e foram obtidos com exclusividade pelo POPULAR. 

O porcentual de internados em UTI em relação ao total de casos é maior do que o verificado no Estado, onde segundo o último boletim epidemiológico semanal 1.295 goianos precisaram de atendimento em UTI até o dia 18 de julho, o que representa 3,2% dos 40.766 mil casos confirmados nesta mesma data.

Entretanto, se considerar o último inquérito sorológico - feito em Goiânia no dia 11 de julho e no qual é apontado que 101,5 mil goianienses já estavam infectados com Covid-19, a taxa de contaminados que necessitaram de UTI fica bem menor, caindo para 0,6%.

Cinco bairros que aparecem com destaque entre os 20 que têm mais moradores que precisaram de UTI não estão na lista dos 20 setores com mais casos confirmados. O Setor Negrão de Lima, por exemplo, não aparecia nem entre os 100 com mais notificações nesta semana.

Atualmente, a rede municipal conta com 183 leitos de UTI, enquanto o Hospital de Campanha (HCamp) de Goiânia tem 86 e a rede hospitalar particular filiada a Associação dos Hospitais de Alta Complexidade do Estado de Goiânia (Ahpaceg) oferece 187.

Entretanto, a rede estadual e a particular atendem pacientes de fora da capital. E também os leitos das três redes também atendem casos suspeitos cujos testes não ficaram prontos. Por isso, a taxa de ocupação estava, na noite desta sexta-feira (24), respectivamente em 83,6%, 77,9% e 78%.

Já a rede municipal conta com dois hospitais públicos e oito conveniados e deve aumentar a capacidade de leitos a partir de agosto com a liberação do novo prédio do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da contratação de uma empresa para locação de equipamentos para até cem leitos de UTI, que podem ser instalados tanto neste novo HC como no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), conforme O POPULAR mostrou na quinta-feira (23).

Renda interfere na forma como vírus se propaga

Seja por meio de estudos ou pela prática, um consenso entre autoridades sanitárias e pesquisadores ouvidos pelo POPULAR é que as condições financeiras de uma família têm impacto significativo na propagação do novo coronavírus (Sars-CoV-2), o que explica a velocidade com que o vírus avança em bairros mais pobres. 

O biólogo e professor do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), Thiago Rangel, aponta como fator preponderante para o maior número de casos em bairros periféricos a necessidade de seus moradores dependerem do transporte coletivo para se deslocar, o número de pessoas que moram em uma mesma residência ou dividem um mesmo cômodo e o tipo de trabalho que desenvolvem, mais braçal, o que as impede de ficar em home office.

A diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Grécia Carolina Pessoni, é de opinião parecida, ao destacar o fato de os bairros periféricos que se destacam com mais casos na região Oeste e Noroeste são de residências com maior densidade de pessoas. "A disseminação é maior na periferia porque mais pessoas moram numa mesma casa, chegando a cinco ou seis em média", disse.

Desde junho, diretores da SMS alertam para o aumento dos casos de transmissão intradomiciliar, seja por descuido de quem está com o vírus ou por desinformação. Isso reforça a situação mais crítica na periferia. Rangel reforça a preocupação das autoridades, destacando que muitas destas pessoas podem ter acesso a menos informação para se proteger.

O professor integra um grupo de pesquisa da UFG que faz modelagens de cenários da Covid-19 em Goiás e a equipe está preparando um novo estudo que mostra como o vírus se espalha de forma diferente pelas camadas sociais da população, impactando na taxa de contágio e nas previsões de pico da epidemia nos municípios. Para isso estão trabalhando com dados da situação em Goiânia. "O pico de casos chega mais rápido para estas pessoas que estão mais suscetíveis", disse Rangel.

Segundo o biólogo, o levantamento vai dividir a sociedade em cinco ou seis faixas distintas de classes sociais e analisar a taxa de contágio. Como prova de que existe uma relação entre renda e velocidade de contaminação, ele cita o resultado do inquérito sorológico que apontou uma taxa de contaminação bem maior no Distrito Sanitário Norte (12,8% da população infectada) e Leste (8,7%). "É uma situação que não é surpresa para profissionais de saúde pública."

Cuidado prévio com comorbidades pode impactar na situação

A explicação para a prevalência de bairros periféricos no topo da lista dos setores com mais internações em UTI e mais mortes vai além do baixo índice de isolamento social nestes locais. Para os entrevistados pelo POPULAR, a situação envolve condições de acesso a serviços de saúde até mesmo antes da epidemia de Covid-19.

O superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Yves Mauro Ternes, disse nesta semana que os casos de internação tem mais relação com a situação das comorbidades existentes no paciente e no tempo que a pessoa demorou para buscar ou conseguir atendimento médico após o surgimento dos primeiros sintomas.

É uma situação oposta ao do de número de casos por bairros, que tem a ver com as condições financeiras do cidadão para ter acesso a testes pela rede particular, uma vez que na rede pública o perfil apto para o exame é o mesmo: sintomas graves, entre eles falta de ar.

A diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Grécia Carolina Pessoni, diz que tem sido comum encontrar casos de pessoas internadas que não tiveram antes da infecção um tratamento adequado para a comorbidade já existente. O pesquisador da Universidade Federal de Goiás (UFG), Thiago Rangel, vai pelo mesmo caminho e diz que isso pode ser tanto por falta de atenção da pessoa como de acesso a um serviço de saúde com qualidade.

Grécia também cita aspectos preventivos por parte de famílias com melhores condições financeiras que, quando um parente é testado positivamente outros correm atrás de exames na rede particular mesmo sem sintomas. Esta preocupação ajuda a garantir um atendimento antecipado caso a pessoa esteja também infectada.

Por outro lado, até hoje nos postos de saúde é comum ouvir relatos, segundo profissionais de saúde, de pacientes que afirmam ter procurado ajuda médica apenas após o agravamento do quadro clínico. Grécia reconhece que na rede pública os testes são fornecidos seguindo critérios, entre eles apresentar os sintomas da doença. Diferentemente da rede particular, onde se pode ter acesso pagando.

Demora para buscar atendimento agrava situação na periferia

Profissionais de saúde que lidam com pacientes com Covid-19 no dia a dia relatam uma série de justificativas apresentadas para explicar a demora em procurar atendimento médico. Um deles, segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Grécia Carolina Pessoni, é o medo de perder o emprego ou ficar sem renda, já que muitos trabalham na informalidade, sem carteira assinada. Esta foi uma das situações verificadas após um surto que atingiu o Ceasa em junho e levou a uma explosão de casos de infecção em bairros da região Norte, como o Jardim Guanabara e o Vale dos Sonhos.

A situação agravaria ainda mais a velocidade de contaminação uma vez que ao deixar para procurar ajuda mais tarde, estas pessoas passam mais tempo colocando outras em risco. Nas últimas semanas, entretanto, a procura nas unidades públicas de urgência tem aumentado.

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Saúde promete cirurgias em agosto

O secretário de Saúde do Estado de Goiás, Ismael Alexandrino, afirmou no início da tarde desta sexta-feira (24), que as cirurgias cardiopediátricas do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) começam no próximo mês de agosto. O POPULAR trouxe matéria na edição impressa desta sexta mostrando que um ano após anúncio, procedimentos ainda não haviam saído do papel. O prazo dado até então era de mais 120 dias.

"Hoje pela manhã houve uma reunião entre a equipe de cirurgia cardíaca do Hugol com a equipe de pediatria do Hospital Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI). O encontro já estava marcado e o objetivo foi acertar os detalhes para poder dar início aos procedimentos em agosto deste ano. Para que isso ocorra são necessárias modificações estruturais, inclusive, que já foram aprovadas pela Vigilância Sanitária", pontuou Alexandrino.

Ainda na tarde desta sexta-feira (24), Ismael afirmou que vai se reunir com a secretária municipal de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué. Isso porque, mesmo que o hospital seja estadual, as vagas são reguladas pelo município. Atualmente, o Hospital da Criança é o único a ofertar o procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiás e oferece seis vagas de unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal e outras seis pediátricas para atendimento não só de pacientes do Estado, mas também encaminhados de outras partes do País.

No caso das cirurgias cardiopediátricas, a UTI precisa estar reservada para o paciente que pode precisar no pós-operatório. "Sabemos que a oferta de cirurgia cardiopediátrica é muito complexa e se não fosse, o problema já teria sido resolvido nos últimos 20 anos. Entregar isso para a população é uma questão de honra, minha e do governador Ronaldo Caiado (DEM) e essa afirmação não é um discurso político, é um compromisso. E mais, tenho certeza que quando estas cirurgias começarem a ser realizadas pelo Hugol, serão referência para o país. Este é um serviço absolutamente necessário e vai sair do papel", finalizou o titular da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO).

No geral, a cada 100 bebês nascidos vivos no Brasil, um tem de cardiopatia congênita, um grupo de problemas de saúde que envolve vários tipos de malformações do coração. Alguns deles são graves a ponto de levarem à morte horas após o nascimento. Em Goiás, 10% dos óbitos infantis são ocasionados por este tipo de doença, a terceira causa de morte em neonatos, segundo o Departamento de Informática do SUS (DataSUS).

No último dia 16 de junho, representantes do grupo "Amigos do Coração", que reúne mais de 300 famílias em Goiás, participaram de uma reunião com o secretário Ismael Alexandrino e com integrantes do Hugol. Martha Camargo, coordenadora do grupo, afirmou que foi estipulado o prazo de 120 dias para dar início às cirurgias, as entre as justificativas, estava a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). "O mundo parou por conta da pandemia, pela falta de vagas em unidades de terapia intensiva (UTI). As crianças com cardiopatias congênitas aqui em Goiânia enfrentam esta situação há muito tempo. Nossa realidade é antes da Covid-19", pontua Martha.

Menino de 1 ano e 8 meses espera por cateterismo

Enquanto os procedimentos cirúrgicos não são efetivados no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), as famílias aguardam procedimentos indispensáveis para as crianças. É o caso de Aparecida Rosa Rodrigues, de 43 anos, que espera por um cateterismo para o filho, Luiz Felipe Rodrigues Lima.

Com um ano e oito meses de idade, o menino teve de ficar 19 dias internado, por causa de problemas coronários. Aparecida conta que chegou a receber uma ligação do Hugol, com solicitação de documentos, laudos e exames. "Enviei tudo", conta. Nesse contato, ela foi orientada a ligar novamente ao hospital para marcar o cateterismo. "Mas fui informada de que este procedimento não é feito por agendamento", lamenta.

Aparecida Rosa teme que, com a demora, a situação do filho possa se agravar. "É uma burocracia danada e o meu medo é que ele acabe precisando de uma cirurgia porque não conseguiu o procedimento", diz.

O problema, contudo, não é pontual. A coordenadora do Departamento de Cardiologia da Sociedade Goiana de Pediatria (SGP), Mirna de Sousa, conta que a realização desses procedimentos não tem ocorrido "em nenhum lugar". A médica alerta que os procedimentos eletivos em cardiologia não podem parar. "A criança perde o tempo cirúrgico ou morre", afirma.

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Verba de combate à Covid-19 é questionada pelo TCU

Critérios de distribuição e destinação dos recursos são os principais pontos de controvérsia; prefeitos também estão insatisfeitos com a divisão

A forma de distribuição de R$ 13,8 bilhões em recursos da União para Estados e municípios combaterem o coronavírus tem sido alvo de questionamentos de órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU) e organizações como a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP). Os critérios de distribuição e a destinação dos recursos são apontados como principais pontos de controvérsia. Juristas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo divergem quanto à clareza da Portaria 1.666, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro no início do mês.

A distribuição é questionada por prefeitos. "Os recursos disponibilizados pela União são insuficientes", disse o secretário executivo da FNP, Gilberto Perre. "Os critérios utilizados para distribuição não estão claros e os prefeitos pediram esclarecimentos a respeito da partilha. Chama a atenção o fato de que as cidades que mais concentram casos e respondem pelos atendimentos mais onerosos tenham recebido valores per capita bastante inferiores à média nacional, na Portaria 1.666. Por exemplo, as cidades acima de 1 milhão receberam R$ 34,61 per capita e as cidades até 10 mil receberam R$ 89,94."

O TCU deu 15 dias para que a Saúde mostre a "lógica de financiamento" dos fundos estaduais e municipais, e como definiu a estratégia de compras durante a pandemia, apresentando documentos sobre logística e distribuição de insumos.

A Portaria 1.666 prevê que os recursos serão destinados ao "custeio das ações e serviços de saúde para o enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da Covid-19, podendo abranger a atenção primária e especializada, a vigilância em saúde, a assistência farmacêutica, a aquisição de suprimentos, insumos e produtos hospitalares, o custeio do procedimento de tratamento de infecção pelo novo coronavírus".

"Tais gastos podem ser confundidos ou misturados por conveniência às demais verbas orçamentárias previstas em orçamento público (Lei Orçamentária Anual)", disse a advogada constitucionalista Vera Chemin, mestre em Direito Público Administrativo pela FGV. "As expressões 'atenção primária' e 'atenção especializada' têm uma abrangência aberta e vaga. Tudo pode acontecer no dia a dia sem um efetivo controle da execução dos gastos, podendo, sem sombra de dúvida, serem direcionados para outras rubricas de caráter supérfluo e com pretensões eleitoreiras, uma vez que estamos próximos de uma eleição municipal."

Já para a ex-juíza federal Cecilia Mello e para o especialista em Direito Administrativo Marcus Vinicius Macedo Pessanha, a portaria é clara. "Embora possa aparentar certa generalidade, que em tese daria margem a eventual uso indevido desses valores por entes da Federação, há uma finalidade expressa e específica para o uso desses valores, o enfrentamento da pandemia", afirmou Cecília.

Segundo Pessanha, "todas a contratações que venham a ser realizadas com estes recursos e não estejam vinculadas ao combate ao novo coronavírus, na verdade, configuram utilização irregular e gestão temerária do erário, ensejando aplicação de sanções aos gestores públicos responsáveis".

Estratégia

Ao Estadão, o senador Major Olimpio (PSL-SP) acusou o governo de propor a parlamentares que indicassem onde parte do dinheiro da Portaria 1.666 seria alocada. "O parlamentar distribuiu o dinheiro para as bases dele. Ele não combinou com o vírus. Onde era necessário pôr o recurso? Onde está morrendo gente. Se era o dinheiro para o enfrentamento da Covid-19 não seriam os infectologistas, os médicos que deveriam definir onde o dinheiro é mais necessário? Em vez disso, é a planilha do senador que vale."

Ele afirmou que o dinheiro foi distribuído pelo governo federal para pelo menos 50 senadores e 200 deputados a fim de garantir a construção de uma base de apoio. "Me ofereceram R$ 30 milhões. Dinheiro da Covid-19." Segundo Olimpio, a oferta foi feita por um representante do governo e cada colega recebeu R$ 30 milhões em emendas.

Em relatório emitido na semana passada, o TCU diz que o Ministério da Saúde gastou só cerca de 30% do dinheiro prometido para enfrentar a Covid-19 de março a junho. A equipe técnica do órgão não conseguiu identificar a estratégia de compras, logística, distribuição de insumos, além de desconhecer "critérios para transferência de recursos" da pasta.

O Ministério da Saúde afirmou que, entre os critérios para a distribuição dos R$ 13,8 bilhões liberados para municípios, estão o tamanho da população (priorizando municípios com menos habitantes) e a média de recursos transferidos para atenção hospitalar e atenção básica em 2019. Para os Estados, segundo a pasta, também foi considerado o número de leitos de UTI, a taxa de incidência de Covid-19 por 100 mil habitantes e a infraestrutura e capacidade logística para recebimento de ventiladores.

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Por baixo da máscara

SAUDE Problemas como a "mascne"e irritações na pele têm sido causadas pelo uso dos acessórios de proteção facial

A massoterapeuta Mirtes Arantes, de 26 anos, passa cerca de 11 horas por dia com a máscara de proteção no rosto por causa do seu trabalho, que exige contato direto com os clientes. Como possui pele oleosa, o surgimento de algumas espinhas sempre foi algo natural para ela. Desde que iniciou o uso contínuo do acessório de proteção, no entanto, o aparecimento aumentou. "Acho que todo mundo tem uma espinha de vez em quando, assim como eu, mas elas começaram a aparecer mais que o normal. De uns dois meses para cá, não consigo mais controlar", diz.

Além do aumento no número, Mirtes percebe que o aspecto tem sido diferente. "Elas nunca secam e ficam sempre com o aspecto de vermelhidão e irritação", explica. Por causa da região em que as espinhas têm surgido, ela logo associou ao uso da máscara facial. "Não sei se tem alguma coisa a ver com o tecido da máscara, mas pretendo me consultar em breve com um dermatologista", completa.

O caso da massoterapeuta é o mesmo de muitas pessoas que têm realizado o uso contínuo das máscaras de proteção nos últimos meses, uma das medidas para evitar a transmissão do novo coronavírus e item obrigatório em grande parte das cidades brasileiras. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o uso por tempo prolongado pode causar ou agravar problemas como dermatite de contato e seborreica, ressecamento e a própria acne.

Esse tipo de acne ganhou até um termo específico: "mascne", tradução para o português de "maskne", como vem sendo chamada em outros países. "O novo termo é a junção de mask (máscara em inglês) com acne, que nada mais é do que um tipo de acne mecânica, ou seja, causada pelo atrito, obstrução e consequente inflamação dos folículos nessa região", explica a dermatologista Marília Prego Guimarães. Nos últimos meses, os casos agravantes pelo uso frequente da máscara têm aparecido cada vez mais em seu consultório.

Agora parte da rotina da população, o atrito das máscaras com o rosto passou a desenvolver um maior grau de sensibilidade e irritação. "Isso está agravando doenças pré-existentes como dermatite atópica, seborreica, rosácea e a acne", diz a dermatologista. Os casos têm sido mais frequentes principalmente nos profissionais que estão na linha de frente contra a Covid-19, pelos longos períodos utilizando os equipamentos de proteção individual.

O quadro pode ser de aumento repentino de acne ou, até mesmo, o aparecimento em quem não tenha sofrido com a acne antes. Esses sinais no rosto, especialmente no queixo e nas bochechas, se devem pelo ambiente abafado criado pela máscara. "Devido ao ambiente úmido e oclusivo que a máscara propicia, uma vez que ocorre acúmulo de vapor, saliva e suor por baixo dela. Como consequência, ocorre um desequilíbio na barreira cutânea e na microbiota da pele (flora de bactérias), tornando-a mais sensível e inflamada", explica a especialista.

Coceiras, alteração da cor, ressecamento excessivo e surgimento de espinhas são alguns dos sintomas de que o acessório está ocasionando problemas no rosto. "O quadro pode ser ainda mais agravado pelo uso de maquiagens, principalmente para pessoas que têm pele oleosa e com tendência à acne, por causar uma obstrução ainda maior dos folículos pilosebáceos", destaca a dermatologista.

Tempo seco acende o alerta

A pele está entre as principais vítimas dos períodos de baixa umidade do ar. Os cuidados com a hidratação devem ser redobrados e começam na ingestão adequada de líquidos. "Como as pessoas estão ficando mais em casa, podem acabar se descuidando. É fundamental beber bastante água, se alimentar bem, praticar atividades físicas e, principalmente, ter momentos de lazer. O estresse também repercute na pele", afirma a dermatologista Juliana Araújo.

O uso de hidratantes específicos para cada região e tipo de pele deve ser diário e reforçado ao longo do dia. "Nesse período tão seco no nosso Estado, é preciso aplicar até mais vezes por dia devido ao atrito da máscara com o rosto, que acaba retirando o produto da pele", recomenda a especialista. Os lábios também precisam de hidratantes próprios para a região, que podem demonstrar maior ressecamento e rachaduras após um longo período usando o acessório de proteção.

Sobre os tipos de tecidos que podem diminuir os casos, Juliana acredita ser uma questão individual. Cada tipo de pele pode reagir de uma maneira diferente a um tecido, sendo necessária a observação diária. Além da acne mecânica, casos frequentes de dermatite e eczema têm chegado ao seu consultório ultimamente. "Tudo acaba girando em torno de limpeza adequada e hidratação, que ajuda a pessoa a se livrar de irritações e quadros agudos de certas doenças de pele", afirma. Aos primeiros sinais aparentes, ela recomenda a procura por um profissional.

Cuidados para o período seco

Nos meses de umidade baixa, o corpo pede atenção especial. Confira algumas dicas elaboradas pela dermatologista Juliana Araújo para amenizar os efeitos do uso da máscara nesse período

Pele sempre limpa

Antes de colocar a máscara a pele deve estar limpa e seca. O recomendado é fazer a limpeza do rosto duas vezes por dia. Para quem apresenta acne, é preciso lavar com sabonete específico para não aumentar a oleosidade e o surgimento de espinhas. Não esquecer do filtro solar, mesmo com o uso da máscara!

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BR POLÍTICO

 

A omissão do Conselho Federal de Medicina

Diante de estudos cada vez mais conclusivos a respeito da ineficácia e dos riscos do tratamento com cloroquina e hidroxicloroquina para casos leves e moderados de covid-19, chama a atenção o absoluto silêncio do Conselho Federal de Medicina a respeito do protocolo assinado pelo ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, recomendando a adoção desses medicamentos nas fases iniciais do tratamento de pessoas infectadas com o novo coronavírus.

O protocolo foi uma imposição de Jair Bolsonaro recusada por dois ministros da Saúde médicos, Luiz Mandetta e Nelson Teich. Foi assinado pelo general Pazuello mesmo depois de o STF modificar medida provisória de Bolsonaro que isentava agentes públicos de responsabilidade judicial por medidas adotadas na pandemia. Pela decisão do Supremo, medidas que contrariem recomendações de autoridades sanitárias, médicas e científicas podem, sim, ser passíveis de responsabilização.

Em entrevista depois de deixar o cargo, Mandetta chegou a revelar que Bolsonaro pressionou o Ministério da Saúde para que fossem feitas alterações na bula dos remédios para incluir a prescrição para o novo coronavírus, quando não existe nenhuma evidência científica confiável e nenhum país do mundo adotou essa decisão de prescrever em bula.

O protocolo da cloroquina foi editado em 20 de maio. Diz que os medicamentos podem ser usados desde as fases iniciais, mesmo para pacientes com sintomas leves, desde que haja prescrição médica e que o paciente assine um termo de consentimento.

Antes disso o CFM havia se manifestado em março e abril recomendando a médicos a prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina em casos excepcionais, e fazendo as mesmas ressalvas do protocolo. Nunca falara em uso para casos iniciais e leves, e desde a edição da nova orientação do Ministério da Saúde, a entidade não voltou a se pronunciar.

O site da principal entidade profissional médica do País não traz dados sobre a pandemia, estudos ou recomendações. Sua manchete neste sábado é a respeito de revalidação de diplomas obtidos no exterior. Médicos de todo o País, bem como gestores de Saúde dos Estados e municípios, criticam a omissão do CFM em relação à política bolsonarista de incentivo ao uso de medicamentos sem eficácia comprovada para uma pandemia que já matou quase 90 mil pessoas no Brasil.

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DAQUI

Paciente esperou 30 horas por leito

Moradora de Varjão, Idelma Aparecida da Mota, de 51 anos, morreu na madrugada do dia 17 de julho depois de enfrentar a falta de informação, o medo, uma espera de quase 30 horas por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e uma fila de ambulâncias para ser transportada para um hospital de Goiânia, a cerca de 100 quilômetros.

Filha de um lavrador e de uma dona de casa, Idelma cresceu na cidade, que tem menos de 5 mil habitantes. Desde jovem, enfrentou problemas de saúde: anemia falciforme, psoríase e trombose. Há três anos, amputou o braço direito, acima do cotovelo, por conta de complicações médicas. Na época, chegou a ficar internada dois meses e, desde então, adquiriu o medo de ser hospitalizada novamente.

Foi esse medo que a levou a se negar a ser internada, mesmo com indicação do médico da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Varjão, após alegar dor no peito e febre. "Ela morria de medo de ser entubada, tinha trauma de hospital. Mas, de um dia para o outro, a pessoa decai e piorou rápido", diz a irmã, a técnica de enfermagem, Angela Aparecida.

Somado a esse medo de ser internada, Idelma e outras pessoas que convivia não respeitavam isolamento social e até desacreditaram da gravidade da doença. "Cidade do interior todo mundo é conhecido. Pessoal pensava que a doença não ia chegar. Ela mesma falava que "não existe, que a doença estava lá no exterior e não vai chegar em Varjão". Eu falava: "Idelma, tem que usar máscara, mas ela não obedecia"". Apesar da saúde debilitada e raramente sair de casa, Idelma recebia visitas constantes.

ISOLADA

De acordo com a família, Idelma procurou o hospital no dia 9 de julho. Ela voltou para casa e passou muito mal no final de semana, piorando o quadro respiratório. Na segunda, dia 13, uma ambulância a buscou e a moradora de Varjão foi internada em um o leito isolado da UBS. Enquanto perdia sua capacidade de respirar, Idelma se comunicava com os parentes, pelo celular. "Ela falava que estava com muita falta de ar", relata Angela. Na terça-feira, dia 14, o exame sorológico (teste rápido) para Covid-19 deu positivo. Na quarta-feira, 15, às 11h29, a equipe médica entrou com um pedido de leito de UTI de um hospital estadual. A vaga saiu no dia seguinte, às 16h50, no Hospital de Doenças Tropicais (HDT) de Goiânia. Uma espera de quase 30 horas.

Resoluções de 2014 do Conselho Federal de Medicina orientam que um paciente deve ficar internado no máximo 24 horas em uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), espaço que tem mais estrutura que uma UBS, onde Idelma estava.

Ministério Público teve de ser acionado

"Não tenho nada que reclamar (sobre fila da UTI), saiu rápido", diz a secretária municipal de Saúde de Varjão, Cristiane Kelen da Silva. Ela acredita que a "rapidez" foi porque acionou o Ministério Público de Goiás (MP-GO). A Secretaria Municipal de Saúde chegou a procurar

o MP-GO quando se deparou com a paciente que se negava a ser internada. Ela assinou um termo de responsabilidade quando optou voltar para casa.

O promotor que recebeu a demanda chegou a fazer um pedido de internação compulsória e o Judiciário determinou que o município transportasse a paciente para o hospital com UTI mais próximo em 24 horas. Em caso de descumprimento, a multa seria de R$ 50 mil. Quando a decisão saiu, Idelma já estava internada, esperando por uma vaga em um hospital estadual. A vaga saiu no mesmo dia.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação  

Sábado, 25 Julho 2020 16:17

Covid-19: Boletim Ahpaceg 25|07|20

JULHO BOLETIM DIÁRIO COVID 25 07 2020

 

O boletim de hoje, 25 de julho, traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.

Atenção: O total de HOSPITAIS ASSOCIADOS da Ahpaceg em GOIÂNIA representa 10% DOS HOSPITAIS da capital. OS DEMAIS não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação NÃO CONSTAM neste boletim.

Sexta, 24 Julho 2020 15:06

Covid-19: Boletim Ahpaceg 24|07|20

JULHO BOLETIM DIÁRIO COVID 24 07 2020

O boletim desta sexta-feira, 24 de julho, traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.

Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.

Atenção: O total de HOSPITAIS ASSOCIADOS da Ahpaceg em GOIÂNIA representa 10% DOS HOSPITAIS da capital. OS DEMAIS não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação NÃO CONSTAM neste boletim.

AGOSTO CONVITE DANONE AHPACEG 05 08 20


Dando sequência à parceria voltada para a atualização e capacitação dos profissionais de saúde, a Ahpaceg e a Academia Danone vão realizar, no dia 5 de agosto, o Simpósio Interestadual de Terapia Nutricional Pediátrica. O simpósio será transmitido pela plataforma da Academia Danone (www.academiadanone.com.br/login-register) a partir das 19h30.


Estará presente a médica pós-graduada em endocrinologia, Letícia Japiassú. A especialista vai abordar o tema “Jornada do paciente pediátrico desde a admissão até a alta hospitalar”.

O evento também contará com a participação da nutricionista materno infantil e representante da linha Ketocal e Metabólicos da Danone Nutrícia, Amanda Batista, que irá explicar sobre a dieta cetogênica.

O simpósio é aberto a médicos pediatras, nutricionistas e enfermeiros de instituições associadas da Ahpaceg e convidados.

Para participar, basta se cadastrar no site. No horário do evento, você receberá o login e a senha de acesso. Quanto antes você fizer o cadastro na Academia Danone, mais rápido será o acesso à aula. Os presentes terão atestado de participação.

Estamos te esperando!

Quinta, 23 Julho 2020 18:13

Covid-19: Boletim Ahpaceg 23|07|20

JULHO BOLETIM DIÁRIO COVID 23 07 2020

 

 

Confira o boletim de hoje, 23 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.

No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.

Atenção: O total de HOSPITAIS ASSOCIADOS da Ahpaceg em GOIÂNIA representa 10% DOS HOSPITAIS da capital. OS DEMAIS não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação NÃO CONSTAM neste boletim.

Quinta, 23 Julho 2020 09:02

CLIPPING AHPACEG 23/07/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

 

Com 67,8 mil casos, Brasil bate recorde de contágios em 24h

Recorde: Boletim aponta 3.526 novos casos de Covid-19 em 24h

Parlamentar goianiense está internado em UTI com diagnóstico de Covid-19

Bolsonaro testa positivo para Covid-19 pela quarta vez

Leitos emergenciais em Goiás podem ser expandidos

Filha de Braga Netto desiste de cargo na ANS

Adotado por planos de saúde, 'kit covid' não tem eficácia e pode prejudicar o paciente

Fiocruz avalia condições de trabalho na saúde durante a pandemia

CFM decide permitir uso de cloroquina contra casos leves da covid-19

EUA faz acordo com farmacêutica para compra de todas as vacinas contra Covid-19

Covid-19 mata mais 2 médicos

Cardiologista e sócio-fundador do Encore morre de Covid-19 em Goiânia

Estado quer testar 240 mil

Coronavírus avança mais rápido na prisão

Prefeitura de Goiânia compra 270 mil testes de RT- PCR

HC irá comprar novos 40 ventiladores pulmonares para ampliar leitos de Covid-19

 

ISTOÉ

Com 67,8 mil casos, Brasil bate recorde de contágios em 24h

SÃO PAULO, 22 JUL (ANSA) - O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) informou nesta quarta-feira (22) que o Brasil registrou 67.860 casos de coronavírus (Sars-CoV-2) no período de 24 horas, batendo um novo recorde diário. Ao todo, existem 2.227.514 pessoas infectadas com a Covid-19, com taxa de incidência de 1.060 cidadãos por cada 100 mil habitantes. De acordo com o balanço, o Brasil soma 82.771 mortos desde o início da pandemia, com um acréscimo de 1.284 óbitos entre ontem e hoje. Até o momento, a taxa de letalidade é de 3,7%, enquanto a mortalidade é de 39,4 pessoas por cada 100 mil indivíduos em todo o território brasileiro. Os estados com maior número de vítimas da doença segue liderado pelo estado de São Paulo, que tem 20.532 falecimentos. O Rio de Janeiro continua em segundo lugar, com 12.443 mortes, seguido por Ceará (7.317), Pernambuco (6.152) e Pará (5.581).

Hoje, São Paulo registrou um novo recorde diário de casos. Nas últimas 24 horas foram confirmados 16.777 contágios de Covid-19.

O recorde anterior havia ocorrido no dia 2 de julho, quando o estado somou 12.244 casos. De acordo com o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, o recorde se deve ao aumento do número de exames que estão sendo processados no estado. "Não é piora estatística, mas maior testagem", destacou.

Com isso, o estado soma 439.446 casos confirmados do novo coronavírus e também mantém a liderança no ranking com mais contaminações. Na sequência aparecem Ceará (153.108), Rio de Janeiro (148.623), Pará (142.358) e Bahia (133.245).

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DIÁRIO DA MANHÃ

 

Recorde: Boletim aponta 3.526 novos casos de Covid-19 em 24h

 

Pelo segundo dia consecutivo Goiás bateu recorde de novos casos confirmados de Covid-19 em 24 horas. De ontem para hoje o Estado registrou 3.526 novos casos da doença e 39 mortes. O balanço atualizado nesta quarta-feira (22) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) aponta que o novo coronavírus contaminou um total de 47.515 pessoas em Goiás e ocasionou 1.193 mortes. A taxa de letalidade do vírus no estado corresponde a 2,51%. Conforme o levantamento, o território goiano registrou 15.675 curados da infecção .

O estado tem 61 mortes suspeitas em investigação e outras 655 descartadas. Além disso, o boletim mostra que 107.461 casos suspeitos estão em investigação, enquanto 47.190 foram descartados.

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Parlamentar goianiense está internado em UTI com diagnóstico de Covid-19

Em nota divulgada no final da manhã desta quarta-feira (22), a assessoria do vereador Felisberto Tavares (Podemos), afirmou que ele testou positivo para o coronavírus Covid-19 e está internado em um leito de Unidade de Terapia Intensiva ( UTI), do Hospital São Francisco, na capital.

As informações da assessoria sustentam que após sentir uma "forte falta de ar" o vereador foi internado na madrugada desta quarta-feira (22). O seu estado de saúde inspira cuidados. Segundo a nota, o quadro de saúde do parlamentar inspira cuidados, ele está com 25% dos pulmões comprometidos e respirando com o auxílio de oxigênio.

O vereador apresentou os primeiros sintomas na sexta-feira (10), estava usando medicação e isolado em casa. Já na segunda-feira (13), ele apresentou sintomas mais graves como falta de ar, fraqueza, febre e dor no corpo.

Porém, ao perceber a falta de ar o parlamentar foi internado em um hospital particular da cidade, na noite de terça-feira (21), sendo transferido para a UTI posteriormente.

A assessoria considerou ainda que familiares seguem isolados, e que dois assessores da equipe de Felisberto também testaram positivo para Covid-19, mas seguem com sintomas leves e em isolamento.

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Bolsonaro testa positivo para Covid-19 pela quarta vez

O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) divulgou no dia 7 de julho que estava com Covid-19, e fazendo o tratamento com o uso da Hidroxicloroquina , no entanto nesta quarta-feira (22), Bolsonaro testou positivo para a doença pela quarta vez, desde que divulgou que foi infectado pelo novo coronavírus.

Depois dos exames que constaram a infecção no dia 7, o presidente foi submetido a um segundo exame médico no dia 15 e a um terceiro no dia 18 de julho, onde os resultados também apontaram a presença do novo coronavírus no organismo de Bolsonaro.

O quarto exame médico do presidente foi feito na última terça-feira (21) e o resultado divulgado hoje. Durante esse período, Bolsonaro está isolado e segue despachando de forma virtual.

Após o segundo teste dar positivo, Bolsonaro apareceu em uma live no Facebook na qual confirmou o resultado do exame, mesmo com a Secretaria de Comunicação desmentindo ele no dia seguinte.

No entanto no vídeo em que confirma que o resultado para o segundo exame foi positivo, o presidente fala sobre o medicamento que vem usando para o tratamento. Na ocasião Bolsonaro diz que não recomenda medicamento nenhum e pede para que o cidadão procure o médico, e alega que não faz campanha para a Hidroxicloroquina.

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Leitos emergenciais em Goiás podem ser expandidos

Além da expansão de leitos nas redes particular e pública, Ismael Alexandrino destaca a realização de testes em massa com apoio da Fiocruz para combater o pico da doença em Goiás previsto para os próximos dias

Pelas projeções dos pesquisadores da UFG, Goiás enfrentará nos próximos dias uma fase aguda da pandemia de coronavírus, com aumento de casos e óbitos pela Covid-19. Em entrevista ontem ( 22) a TV Brasil Central, o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, comentou as medidas que o Estado vai adotar nesse período.

Durante a entrevista, o último boletim epidemiológico da SES mostrava Goiás com mais de 46 mil casos e 1.193 mortes causadas pelo novo coronavírus. Os índices de ocupação de leitos de UTI e enfermaria voltados ao tratamento da doença também seguem em alta, com a capacidade já esgotada na rede privada e em 84% de ocupação na rede pública.

Segundo o secretário Alexandrino, apesar desse crescente aumento na ocupação de leitos hospitalares, tanto a rede pública quanto a particular estão aptas a ampliar esses atendimentos emergencialmente.

"A rede privada destina parte de sua capacidade de Unidade de Terapia Intensiva para Covid em cerca de 15%, mas eles têm capacidade de transformar leitos não Covid em leitos Covid, assim como nós também. Mas é fato que estamos vivendo uma grande pressão nos sistemas de saúde, com aumento no número de casos e internações"," disse Ismael Alexandrino.

Testes

Outra medida que a Secretaria Estadual de Saúde iniciou ontem, informou Alexandrino, é uma grande testagem de coronavírus na população, que começará por Goiânia e deve abarcar 240 mil pessoas em 78 municípios. Os testes do tipo PCR serão organizados por um aplicativo em que a pessoa se cadastra e é remetida a um posto de saúde mais próximo para realizar o teste.

Os testes serão realizados em parceria com a Fiocruz, que processará os resultados. Segundo Alexandrino, o cidadão receberá o resultado do teste pelo próprio aplicativo em seu celular. O secretário terminou informando a doação, pela Receita Federal, de um carregamento de kits de teste rápido para a Covid que havia sido apreendido. O material será destinado para testar internos dos sistemas socioeducativo e prisional do estado

Goiás e Brasil voltam a bater recorde de casos

Pelo segundo dia consecutivo Goiás bateu recorde de novos casos confirmados de Covid-19 em 24 horas. De terça para quarta o Estado registrou 3.526 novos casos da doença e 39 mortes. O balanço atualizado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) aponta que o novo coronavírus contaminou um total de 47.515 pessoas em Goiás e ocasionou 1.193 mortes. A taxa de letalidade do vírus no estado corresponde a 2,51%. Conforme o levantamento, o território goiano registrou 15.675 curados da infecção. Os dados se referem à vários dias devido a instabilidade no sistema.

O estado tem 61 mortes suspeitas em investigação e outras 655 descartadas. Além disso, o boletim mostra que 107.461 casos suspeitos estão em investigação, enquanto 47.190 foram descartados.

Goiânia

A capital registrou ontem, em 512 bairros, um total de 11.853 casos e 346 óbitos. 10.559 pessoas se recuperaram da doença. Os bairros com mais casos atualizados no boletim da última segunda-feira são: Setor Bueno (519), Setor Oeste (319), Jd. Guanabara (307), Jardim América (293) e Jd. Novo Mundo (228).

Brasil

O Brasil registrou 1.284 novas mortes por covid-19 no balanço de 24 horas, elevando o total de óbitos pela doença a 82 771, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde ontem.

De terça para quarta-feira, o País registrou 67.860 novos casos de covid-19, mais um recorde diário de confirmações da doença, superando o anterior, registrado em 19 de junho, quando foram contabilizados 54.771 casos do novo coronavírus. Com isso, o número de infectados chegou a 2.227.514. Desse total, 1.532.138 (68,8%) correspondem aos recuperados e 612.605 (27,5%) ainda em acompanhamento

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VEJA

 

Filha de Braga Netto desiste de cargo na ANS

Agência confirmou que a filha do general tomou decisão de não seguir com o processo de contratação

Diante da repercussão negativa da sua possível contratação para um cargo técnico na ANS, Isabela Braga Netto, filha do ministro da Casa Civil, desistiu do emprego no órgão estatal.

Há pouco, o Radar mostrou que o ministro da Casa Civil foi aconselhado por colegas de governo a recuar da indicação da filha ao governo, diante da crise aberta pelo possível favorecimento familiar na máquina pública.

O Radar revelou no sábado o aval da Casa Civil para que a própria filha do ministro ocupasse um cargo de 13.000 reais na ANS.

A indicação de Isabela para um cargo de gerência numa diretoria da agência provocou reações de contrariedade e desconforto no órgão. Tudo porque ela, além de ser filha do chefe da Casa Civil, não tinha formação na área para o cargo indicado. Formada em Relações Públicas, Isabela seria empregada na Gerência de Análise Setorial e Contratualização com Prestadores.

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REDE BRASIL ATUAL

 

Adotado por planos de saúde, 'kit covid' não tem eficácia e pode prejudicar o paciente

POR FELIPE MASCARI

Em debate realizado na manhã desta quarta-feira (22), especialistas criticaram hospitais privados e planos de saúde que têm ministrado o chamdo "kit covid" para tratamento da doença causada pelo novo coronavírus. A receita inclui medicamentos como cloroquina (e seu composto, a hidroxicloroquina), ivermectina e azitromicina, e tem sido aplicada em casos suspeitos ou confirmados de covid-19. Sem eficácia comprovada, os remédios podem causar efeitos colaterais graves aos pacientes.

O debate sobre a eficácia do coquetel de medicamentos foi realizado pela Ciência USP . Frederico Fernandes, doutor em pneumologia e médico assistente no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explicou que a criação sobre o "kit covid" é mais político do que técnico.

O especialista é defensor da autonomia dos profissionais da saúde, mas explica que as entidades médicas precisam apresentar aos seus integrantes notas técnicas sobre a não eficácia daqueles medicamentos contra a covid-19.

"A Associação Médica Brasileira soltou um comunicado absolutamente político acusando os médicos de 'torcerem pelo vírus'. Eles disseram defender a autonomia do médico, mas não é verdade. Quando estou informado sobre risco-benefício e sei que o risco é maior, o que eu faço é imprudência. Então, erro médico não é autonomia", afirmou

Na última segunda-feira (20), a AMB defendeu, por meio de uma nota oficial , a autonomia do médico em relação à prescrição da hidroxicloroquina como forma de combate à covid-19. A associação ainda pediu o fim do que chamou de "politização sobre o medicamento", que não tem eficácia comprovada para o combate do novo coronavírus.

Danos aos pacientes

Frederico explica que o kit é composto por medicamentos indicados para outras doenças, o que significa que pode não ser seguro para o tratamento da covid-19. Ele relata diversos casos de pacientes com quadros graves de arritmia cardíaca após tomarem a hidroxicloroquina.

"O paciente com covid mais idoso pode ter problema cardiovascular e, com uma infecção viral aguda, tudo isso pode levar à arritmia. A gente desconhece a segurança no contexto da covid. Esses kits têm estimulado também o uso precoce de corticoides, o que pode levar à replicação viral", explicou.

Izabella Pena, pesquisadora no Whitehead Institute, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston-EUA, criticou especialmente a presença da ivermectina no "kit covid". Segundo ela, o uso do medicamento é baseado num estudo australiano que não passou do teste pré-clínico.

"É uma evidencia in vitro , ou seja, fora dos seres vivos. Além disso, foi feita com uma dosagem impossível de circular no sangue do ser humano. Já tem estudos mostrando efeitos colaterais dessa dosagem da ivermectina, como a morte de células. A cloroquina tem mais de 200 testes e a maioria são fúteis, com ensaios científicos sem controles e inúteis. Portanto, você vê vários compostos sendo testados com baixa capacidade de funcionar", aponta.

Negacionismo?

O kit tem sido distribuído por diversos hospitais privados e planos de saúde do país. No começo de julho, a Prevent Senior, por exemplo , enviou aos pacientes com suspeita de coronavírus um "kit covid" com hidroxicloroquina e azitromicina, mesmo sem que o paciente tivesse testado positivo para a infecção.

O pneumologista do Hospital das Clínicas acrescentou que houve casos de pessoas que, apesar de terem tomado os remédios do "kit", tiveram o quadro de covid-19 agravado. Alguns faleceram. A única medida com percentual de eficácia aceitável, segundo ele, é o acesso à unidade de terapia intensiva (UTI) feita de forma adequada.

"Quando insistimos no isolamento e máscara, é para evitar o excesso de casos e superlotar a UTI, que é o único recurso que salva vidas. Há o uso político desse kit para (o governo) não (investir em) ampliar o número de leitos ou desvalorizar o distanciamento social. Apontar para uma cura fácil tem o objetivo de intervir menos politicamente, o que vai levar mais pessoas à morte", afirmou Frederico.

Já Luis Claudio Correia, diretor do Centro de Medicina Baseada em Evidências da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (Bahiana), apontou que a prescrição desses medicamentos sem eficácia comprovada é apenas um reflexo da sociedade.

"A decisão baseada em crença faz parte da sociedade. O pensamento baseado no ceticismo, que é um pilar da ciência, não é habitual. Não vai existir medicina baseada em evidência enquanto não houver a sociedade baseada nisso", disse.

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AGÊNCIA BRASIL

 

Fiocruz avalia condições de trabalho na saúde durante a pandemia

Estudo mostrará realidade de profissionais em ação na linha de frente

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou, nesta quarta-feira (22), a pesquisa Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil. O estudo vai mostrar de realidade de cerca de 1 milhão de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e fisioterapeutas que atuam na linha de frente no combate à doença provocada pelo novo coronavírus.

O objetivo é compreender o ambiente e a jornada de atividade, o vínculo com a instituição, a vida do profissional na pré-pandemia e as consequências do atual processo de trabalho, envolvendo aspectos físicos, emocionais e psíquicos desse contingente de trabalhadores.

A coordenadora do estudo, Maria Helena Machado, destaca, no momento atual, denúncias e relatos de profissionais que se dizem em situação de precarização do vínculo de trabalho, com salários atrasados, insegurança e sobrecarga de trabalho, causam estresse e outras doenças, além de desgastes físicos e psíquicos. Conhecer a realidade desse profissional contribuirá para o direcionamento de ações, estratégias e políticas públicas que promovam a melhoria das condições de trabalho das categorias atuantes no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. A participação dos profissionais é muito importante para delinearmos o cenário atual", diz a a pesquisadora da Fiocruz.

O preenchimento do questionário, que será respondido online , leva de 10 a 15 minutos, e o participante terá a identidade preservada.

As profissões com maior número de  registros dentre os casos confirmados de síndrome gripal por covid-19 foram técnicos e auxiliares de enfermagem (62.633), seguidos dos enfermeiros (26.555) e médicos (19.858).

No universo da pesquisa, a distribuição dos óbitos se deu da seguinte forma: técnicos e auxiliares de enfermagem (64), médicos (29) e enfermeiros (16). Foram contabilizadas cinco mortes de fisioterapeutas.

O Sistema Único de Saúde (SUS), com mais de 200 mil estabelecimentos de saúde (ambulatorial ou hospitalar), dispõe de cerca de 430 mil leitos e emprega diretamente mais de 3,5 milhões de profissionais da saúde, dos quais 2 milhões são médicos e integrantes das equipes de enfermagem.

Na linha de frente, o universo da pesquisa abarca médicos (intensivista, infectologista, pneumologista, radiologista, clínico, cirurgião geral, anestesista, patologista, generalistas); equipes de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem) e fisioterapeutas (cardiorrespiratórios), que cuidam da atenção primária em saúde e na rede hospitalar de referência em covid-19 em todo o país.

Além das entidades profissionais, como os Conselhos Federais de Enfermagem e de Medicina, são coparticipantes da pesquisa outras instituições como o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, o Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará, o Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais, a Universidade Federal do Amazonas, a Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, a Universidade Estadual Vale do Acaraú e a Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente.

A pesquisa tem ainda apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da  Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva e da Associação Brasileira de Medicina de Urgência.

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AGÊNCIA ESTADO

 

CFM decide permitir uso de cloroquina contra casos leves da covid-19

Após reunião com o presidente Jair Bolsonaro, entusiasta do tratamento contra a covid-19 com cloroquina e hidroxicloroquina, o Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou nesta quinta-feira, 23, a permissão para uso de medicamentos com estas substâncias a pacientes com casos leves. O presidente do CFM, Mauro Ribeiro, reuniu-se com Bolsonaro ainda pela manhã.

Apesar de reconhecer que não há ainda comprovação de segurança e eficácia do tratamento, a entidade afirma que a liberação ocorre devido à excepcionalidade da pandemia.

O CFM passou a livrar de infração ética médicos que prescrevem a droga em três situações. A primeira é para caso de paciente com sintomas leves, em início de quadro clínico, em que tenham sido descartadas outras viroses (como influenza, H1N1, dengue) e exista diagnóstico confirmado de COVID 19.

Também é autorizado uso para pessoas com sintomas importantes , mas que ainda não estão sob cuidados intensivos ou internadas.

No último cenário possível, o paciente pode receber a droga se estiver em estado crítico, recebendo cuidados intensivos, incluindo ventilação mecânica.

O parecer do CFM, porém, ressalta que é difícil imaginar que em pacientes com lesão pulmonar grave estabelecida e, na maioria das vezes, com resposta inflamatória sistêmica e outras insuficiências orgânicas, a hidroxicloroquina ou a cloroquina possam ter um efeito clinicamente importante .

Sem comprovação

Em todos os casos, o médico deve explicar ao paciente que não há, até o momento, comprovação de benefícios do uso da droga contra o novo coronavírus. Também deve orientar sobre efeitos colaterais. Para liberar a prescrição, será assinado pelo paciente ou familiares, se for o caso, um termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Na prática, os médicos já receitavam, se julgassem necessário, estes medicamentos para casos leves da doença. O que muda, agora, é que existe respaldo do CFM de que, nestas circunstâncias, não será cometida uma infração ética pelo médico prescritor.

A entidade médica, porém, não autoriza a aplicação da droga como forma preventiva, para pessoas sem sintomas ou sem confirmação da covid-19.

O posicionamento é que não existe nenhuma evidência cientifica forte que sustente o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19. É uma droga amplamente utilizada para outra doenças, já há 70 anos, mas em relação ao tratamento da covid não existe nenhum estudo, nenhum ensaio clínico prospectivo randomizado feito por grupos de pesquisadores de respeito com trabalhos publicados em revista de ponta , disse o presidente do CFM, Mauro Ribeiro, ao deixar a reunião com Bolsonaro.

O ministro da Saúde, Nelson Teich, também participou da reunião com o presidente. Bolsonaro é um entusiasta do tratamento com a cloroquina e já reclamou sobre postura mais cautelosa do Ministério da Saúde em relação à droga. A pasta recomenda a aplicação apenas para pacientes internados, mas sempre reconheceu que médicos, assumindo a responsabilidade, podem prescrever para outros casos.

Ribeiro, do CFM, ressaltou que a entidade não recomenda o uso da droga, mas libera a prescrição a critério do médico, dentro da sua autonomia profissional, em decisão compartilhada com o paciente .

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EUA faz acordo com farmacêutica para compra de todas as vacinas contra Covid-19

Governo americano vai desembolsar um total de US$ 1,95 bilhão por 100 milhões de doses

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump | Foto: Reprodução

Caso a vacina desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech seja aprovada pela Agência de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA, na sigla em inglês), todas as doses produzidas serão compras pelos estados Unidos. O acordo foi selado nesta quarta-feira, 22.

O governo americano fez um pedido inicial de 100 milhões de doses e vai desembolsar um total de US$ 1,95 bilhão por elas. As empresas informaram que não devem conseguir produzir mais do que isso neste ano. O acordo também prevê a entrega de até 600 milhões de doses aos norte americanos ao longo de 2021.

“Estamos satisfeitos por termos assinado este importante acordo com o governo dos EUA para fornecer as 100 milhões de doses iniciais após a aprovação pelo FDA”, afirmou o CEO da BioNTech, Ugur Sahin.

Pfizer e BioNTech planejam produzir 100 milhões de doses até o final de 2020 e “potencialmente” mais de 1,3 bilhão de doses até o final de 2021 o que deve ser entregue ao restante do mundo. (Com informações de Estadão)

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DAQUI

 

Covid-19 mata mais 2 médicos

CARDIOLOGISTA MORTO NÃO TINHA COMORBIDADES. OUTRA MORTE FOI EM GOIANÉSIA

Mais dois médicos perderam a vida em Goiás por conta de complicações da Covid-19, doença provocada pelo novo corona-vírus. Ontem, cardiologista e sócio-fundador do Grupo Encore,

Márcio Alves da Silva morreu, aos 66 anos. Ele, que dedicou mais de 22 anos ao grupo hospitalar, não tinha comorbidades, praticava atividades físicas, mas evoluiu com um quadro de inflamação, insuficiência renal e hepática. Por cerca de 30 dias, lutou contra o Sars-CoV-2. Ele estava internado no Encore, em Goiânia.

"Austeridade e disciplina militar sempre foram suas marcas. Desafortunadamente, o amigo nos deixou, de cabeça erguida e legado sólido, nos ensinando até o último dia a coexistência da força e determinação de um guerreiro infante com a fragilidade da vida humana", diz o diretor presidente do grupo, Maurício Lopes Prudente, em nota.

Compartilhada nas redes sociais do Grupo Encore, a nota de pesar diz ainda que o exemplo de Márcio fica bem como o reconhecimento de todos que usufruíram do seu convívio.

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) também emitiu nota de pesar sobre a morte. "Com grande pesar, o Cremego informa o falecimento do médico cardiologista Márcio Alves da Silva (CRM/GO 3.989). O Cremego se solidariza com a família, os amigos e os médicos goianos neste momento de dor".

GOIANÉSIA

Na tarde de terça-feira, quem morreu foi o médico Flávio Fialho, de 49 anos, que trabalhava como plantonista no Hospital Estadual de Jaraguá. O profissional da saúde estava internado em um hospital particular de Goianésia, onde morava, e foi a 13a morte contabilizada na cidade em decorrência da Covid-19. Flávio teve complicações renais, passou por hemodiálise e sofreu uma parada cardíaca.

O governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) emitiu uma nota de pesar em suas redes sociais e solidarizou-se com a família. "Perdemos mais um profissional da saúde para a Covid-19. Em minha última visita à cidade [Jaraguá], em maio deste ano, estive com o dr. Flávio na unidade. Um médico competente e que, com certeza, fará muita falta aos seus familiares, amigos e pacientes. Deixo, aqui, a minha solidariedade e peço a Deus que conforte o coração de todos neste momento de dor."

Logo após a morte, colegas de trabalho da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Goianésia e do Hospital Municipal da cidade prestaram homenagens a Flávio em um vídeo compartilhado no Facebook.

O Cremego também emitiu nota de pesar e disse se solidarizar com a família, os amigos e os médicos goianos neste momento de dor. Pelo Instagram, a prefeitura de Goianésia classificou a perda como irreparável.

CASOS

Boletim da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), da tarde de ontem, mostra que 2.620 profissionais de saúde contraíram o coronavírus. Destes, 371 são médicos. A maioria, 1.121, trata-se de técnicos ou auxiliares de enfermagem. O boletim da Secretaria Municipal de Goiânia mostra que, até a tarde de ontem, eram 1.203 profissionais de saúde contaminados, sendo 10 mortes.

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O HOJE

 

Cardiologista e sócio-fundador do Encore morre de Covid-19 em Goiânia

Nielton Soares

Morreu nesta quarta-feira (22), o cardiologista e sócio-fundador do Grupo Encore, Márcio Alves da Silva, de 66 anos, por decorrência da Covid-19. O médico não tinha comorbidades, praticava atividades físicas, porém a doença avançou para um quadro de inflamação, insuficiência renal e hepática, que durou cerca de 30 dias.

O profissional dedicou mais de 22 anos ao grupo hospitalar, onde ficou internado para tratamento da Covid-19. O diretor-presidente do grupo, Maurício Lopes Prudente, por nota nas redes sociais do hospital, lamentou a morte de Márcio. "Austeridade e disciplina militar sempre foram suas marcas. Desafortunadamente, o amigo nos deixou, de cabeça erguida e legado sólido, nos ensinando até o último dia a coexistência da força e determinação de um guerreiro infante com a fragilidade da vida humana", escreveu.

O texto destaca ainda a atuação do médico e o convívio dele com todos. "Muitas lições aprendemos juntos e outras tantas ainda aprenderemos, pois seu exemplo não evanesce com a matéria que ora nos deixa. Muito antes, se fortalece com a batalha final que enfrentou aguerrido ao lado de sua família".

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), também por nota, homenageou Márcio e solidarizou com familiares e amigos do médico. Com grande pesar, o Cremego informa o falecimento do médico cardiologista Márcio Alves da Silva (CRM/GO 3.989). O Cremego se solidariza com a família, os amigos e os médicos goianos neste momento de dor.

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O POPULAR

 

Estado quer testar 240 mil

Dados do Bem Como vai funcionar o app para testagem de 240 mil goianos Pl6

Governo inicia aumento de testagem, a partir de programa via aplicativo de celular, e prevê que quase 4% da população de Goiás possa realizar exames para o novo coronavírus até o fim do ano

Cerca de 240 mil pessoas que moram em Goiás devem passar pelo exame RT/PCR para verificar a infecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) até o fim do ano pela estimativa da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). De acordo com o secretário da pasta, Ismael Alexandrino este quantitativo é para uma projeção de até 5% da população, o que é considerado, por ele, como um padrão excelente de testagem. A principal estratégia para atingir este número, a partir de agora, é o rastreamento das pessoas infectadas.

Isso se dará a partir de um aplicativo, chamado "Dados do Bem", que os goianos podem ter no aparelho celular, no qual responderão um questionário que é uma triagem para a realização de um exame. Ou seja, aquele que tiver sintomas característicos da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, ganhará um voucher (tíquete) para ir a um local definido pelas prefeituras para passar pelo exame. Além disso, a pessoa indicará até cinco conhecidos que convivem com ela para também receber o voucher.

"O aplicativo é para todos que quiserem fazer o uso, todos podem usar e responder. É o aplicativo que vai fazer a triagem para definir quem deve fazer o exame ou não", explica Alexandrino. O governador Ronaldo Caiado (DEM) reforça que o voucher vai ser dado para quem tiver sintomas da doença no momento, já que o tipo de teste indica exatamente se a pessoa está contaminada. Caiado lembrou também que o Estado figurava entre os que menos faziam testes na população.

Para o governador, isso ocorre porque não houve política de testagem em massa com o exame sorológico, que indica a presença dos anticorpos da doença e não o vírus em si. "Quando começou isso eu pedi que quem tivesse vendendo trouxesse amostras para a gente. Mandamos para o Laboratório Central de Saúde Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen) e verificou-se que 30% dos resultados deram falso negativo", diz. Para Caiado, agora, com os exames RT-PCR vai ser possível "fazer o teste certo".

Ele entende que com a participação das pessoas pelo aplicativo vai ser possível mudar a estratégia de combate ao vírus. "Antes a gente estava correndo do coronavírus, agora a gente vai atrás dele. Vamos ter o mecanismo certo para rastrear, é algo palpável, sem teste aleatório. O aplicativo encaixa nisso, é o mecanismo certo." Goiás é o segundo Estado a participar do programa, que é uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto D´ or. As entidades são responsáveis por ceder os kits de exames e fazer as análises dos resultados.

Atualmente, os exames feitos no Estado atingem uma média de 250 a 400 testes por dia, pelo Lacen, em Goiânia. Com a participação do aplicativo, a primeira estimativa é que, em uma semana, essa média vá a entre 500 e mil testes. A intenção é que, gradativamente, possa se chegar a 4 mil testes processados por dia. No entanto, ainda não há um prazo para que isso se estabeleça, já que vai depender da adesão da população ao aplicativo, que é completamente gratuito, já que nada é cobrado para baixar e ele também não consome os dados de internet.

A outra ponta do acordo é com as prefeituras. Num primeiro momento, o Estado definiu 78 municípios para aderir ao projeto, que foram aqueles em pior situação epidemiológica (mais casos e óbitos por Covid-19) e também cidades turísticas, que geram movimentação de pessoas de outros locais. As administrações municipais devem assinar um termo de adesão e ofertar um local para a realização dos exames, além de pessoal para fazer a coleta do material do paciente.

Até então, a parceria está firmada com Goiânia, onde os exames serão feitos em três locais, além do Hospital de Campanha (HCamp) do Estado, na capital. A previsão do Estado é que o projeto seja iniciado também em Anápolis ainda esta semana. Os demais municípios ainda não responderam à adesão, que foi encaminhada nesta quarta-feira (22) às prefeituras. A secretária municipal de Saúde da capital, Fátima Mrue, afirma que o aplicativo vem para contribuir no combate da doença e estima que, só na capital, se tenha mais de 300 a 500 testes por dia com o programa.

Aplicativo vai gerar mapeamento dos casos confirmados em Goiás

Uma das possibilidades de obtenção de dados a partir do uso do aplicativo Dados do Bem pela população goiana é a criação do mapeamento dos casos confirmados no Estado. 

O secretário da Secretaria-Geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, explica que os casos confirmados pelos testes RT-PCR realizados pelo aplicativo são colocados pelo endereço de quem testou positivo, mas não é informada a identidade das pessoas. "É possível ver até se tem um caso positivo em uma rua, por exemplo", diz. 

A ideia, segundo Lima, é que isso possa indicar informações para a realização das políticas públicas de contenção da doença e verificação dos focos. Até a tarde desta quarta-feira, cerca de 7 mil moradores de Goiás já tinham feito o cadastro no aplicativo.

 Como teste, o secretário mostrou a situação no entorno da Praça Cívica, que apareceu como um local de baixo risco. "Isso ainda não dá para confirmar, porque poucas pessoas ainda se cadastraram. Até por isso a ideia é que todos possam se cadastrar e fazer o questionário, mesmo quem não está nas cidades escolhidas neste momento." O governador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou que a intenção é que todos os municípios possam aderir ao projeto ao longo dos dias. 

Rocha Lima contou também que o Estado quer que, em pouco tempo, todos os exames realizados sejam a partir do aplicativo, justamente para garantir os dados e fomentar as políticas públicas. As informações do aplicativo são repassadas em tempo real para a secretaria de Saúde.

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Coronavírus avança mais rápido na prisão

Em julho, o número de casos da Covid-19 subiu 97% nas unidades prisionais e 76% no Estado. Ministério Público Estadual afirma que a condição representa ameaça à saúde pública

Ambientes fechados, superlotados e historicamente negligenciados. O novo coronavírus (Sars-CoV-2), causador da Covid-19, encontrou nos presídios goianos - assim como em todo o País - o ambiente ideal para proliferação. O resultado é que a velocidade de transmissão da doença (que já matou mais de 1,1 mil em Goiás) é muito maior dentro do sistema prisional que fora dele. Em julho, o número de casos subiu 97% nos presídios e 76% no Estado.

Segundo dados da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), até o fim da tarde da última terça-feira (21), havia 365 casos positivos para o coronavírus nos presídios goianos. Em 30 de junho, eram 164. Entre os profissionais que trabalham em uma das 120 unidades, foram diagnosticados 164 casos, uma alta de 60% em relação ao fim de junho, quando havia 64 confirmações. Até agora, três pessoas relacionadas com o sistema morreram: dois presos e um profissional.

Nesse mesmo período, Goiás saltou de 24,9 mil casos para 43,9 mil. O número de mortes foi de 491 para 1.154 (135% a mais). Conforme a Secretaria Estadual da Saúde, julho deve ser o mês com o pico de casos de Covid-19 no Estado. Portanto, é o pior momento da pandemia desde o início.

Testes

O promotor de Justiça Marcelo Celestino, que tem acompanhado a evolução da Covid-19 nos presídios desde o início da pandemia, acredita que os números podem ser ainda maiores. Isso porque a quantidade de testes entre os presos é insuficiente. De acordo com a DGAP, até terça-feira haviam sido testados 996 presos. "Só no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, temos cerca de 4,5 mil presos fechados", afirma. A estimativa é que há mais de 20 mil pessoas cumprindo pena em Goiás, em todos os regimes.

"Os presídios são a bomba para a Covid-19, tanto em casos quanto em mortes", afirma Celestino. O promotor solicitou à Secretaria Estadual de Saúde que sejam enviados 4 mil testes para a população carcerária. Até o final desta edição, contudo, a SES não havia confirmado a data em que providenciaria o material. "Tenho certeza que o número de casos vai explodir", diz o promotor, que é da 25ª Promotoria de Justiça.

Presidente da Comissão de Direito Penitenciário da seção goiana da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcelo Bareato aponta outro problema: o tempo entre a coleta de material e o resultado dos testes chega a ser de 15 dias, em algumas situações. Em um sistema que chega a ter 40 presos por cela, segundo o advogado, o isolamento é virtualmente impraticável. "Muitos dos presos ficam em enfermarias enquanto aguardam o resultado", diz.

A estimativa do promotor se baseia em um fato concreto. Celestino conta que 137 presos do Módulo de Respeito, onde ficam presos que trabalham em uma indústria de vestuário, foram testados. O resultado foi que 130 tiveram contato com o coronavírus, segundo o promotor.

Documento que tramitou entre 12 e 20 de maio mostra que a Gerência de Produção Agropecuária e Industrial deu início ao processo para aquisição de material suficiente para confecção de 450 mil máscaras de TNT, 64 mil de tecido e 5 mil aventais. Porém, o processo foi cancelado pela Gerência Geral da DGAP com o argumento da ausência de caracterização de urgência para dispensa de licitação e de ausência de parâmetros técnicos. O despacho diz, ainda, que haviam sido distribuídas 513 máscaras N95, 16 mil máscaras cirúrgicas e 102 mil máscaras de produção própria.

Maxwell afirma que "é mais fácil um policial penal transmitir a Covid-19 para um preso que pegar dele". Segundo ele, só nas duas unidades de Anápolis há 42 servidores afastados por causa da doença. Em todo o Estado, ele calcula que entre 25% a 30% estão de licença médica.

DGAP afirma que adota medidas

Por meio de nota, a Gerência de Assistência Biopsicossocial (Geab) da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) diz que tem testado os presos que apresentam sintomas da Covid-19, "com o devido cuidado". 

Além disso, segundo o texto, "é realizada também a busca ativa, com rastreamento dos casos na população carcerária, aferição de temperatura e dos níveis de saturação de oxigênio no sangue do detento".

A DGAP afirma que busca com a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) a aquisição de novos kits de testes de Covid-19. "A testagem em massa dos servidores penitenciários para diagnóstico da doença faz parte de um inquérito epidemiológico realizado pela Secretaria Estadual de Saúde, por meio de kits distribuídos pelo Ministério da Saúde. Todos os servidores das forças de segurança estão realizando os exames, de acordo com cronograma estabelecido por cada instituição e corporação", afirma a nota. 

O órgão garante, ainda, que "em relação ao fornecimento de álcool e máscaras (...) não há falta dos itens aos servidores, tendo inclusive estoque desses materiais".

Fora do trabalho

Contudo, " no que tange à população carcerária, a distribuição das máscaras ocorre quando os custodiados estão fora das celas, em trabalho externo ou em descolamento fora das unidades prisionais, momentos em que passam também pela higienização adequada com o uso de álcool, antes de adentrarem novamente à carceragem".

A nota informa que "a DGAP possui em estoque 3.328 litros de álcool 70, 2.700 máscaras de tecido, 76 mil máscaras de tecido ninja, 151 mil máscaras descartáveis e 14 mil máscaras N 95, totalizando 243.700 delas".

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JORNAL OPÇÃO

Prefeitura de Goiânia compra 270 mil testes de RT- PCR

Por Lívia Barbosa

Serão 100 mil testes para testagem de pessoas que procuram as unidades de saúde com sintomas da Covid-19 e 170 mil testes de PCR rápido para testagem em massa da população

A Prefeitura de Goiânia comprou mais 270 mil testes para detectar o novo coronavírus (SARS-CoV-2). São 100 mil testes de RT-PCR tradicional e 170 mil testes de RT-PCR rápido, tecnologia recém chegada no Brasil que detecta o antígeno viral a partir da mucosa naso-orofaringe.

“Vamos usar o PCR tradicional para testar as pessoas com sintomas da Covid-19 que procuram as unidades de saúde do município e o PCR rápido para uma testagem maciça da população em estruturas como tendas e drive thru. Os pacientes que estiverem sintomáticos em casa e seus contatos também serão testados”, explica a secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué.

A previsão é de que os 270 mil testes já estejam disponíveis na próxima semana

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HC irá comprar novos 40 ventiladores pulmonares para ampliar leitos de Covid-19

Por Fernanda Santos

Hospital informou que aquisição irá possibilitar o atendimento ao maior número possível de pacientes, diante do número crescente de casos observados em outros municípios e já percebidos em Goiânia

O HC pretende adquirir 40 novos ventiladores pulmonares para o tratamento de pacientes com pulmão comprometido pela Covid-19. Os novos aparelhos serão comprados para implementar a quantidade de leitos e a capacidade de atendimento aos pacientes acometidos pelo novo coronavírus no hospital.

Em razão do Estado de Emergência de Saúde Pública, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UC-UFG), por meio da lei nº 13.979/2020, conseguiu a dispensa de licitação para a aquisição de novos respiradores. Com isso, a unidade de saúde abriu seus canais para que fornecedores apresentassem suas propostas comerciais até o final da tarde da última terça-feira, 21, com previsão de entrega dos equipamentos em no máximo 60 dias, após a assinatura de contrato.

Ao Jornal Opção, a assessoria do HC informou que, além da aquisição dos ventiladores [que ainda estão em fase de negociação], o hospital também contratou novos profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e outros e, com isso, serão abertos dez novos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para Covid-19. E, também, que apesar de unidades de saúde em Goiânia sofrerem com a escassez de médicos e remédios, o HC ainda não passa pelo mesmo momento.

De acordo com o termo de referência do HC, “a quantidade de pacientes que necessitam de tratamentos e cuidados intensivos pode aumentar rapidamente, como está sendo observados em outras grandes cidades do país e do mundo”. Alerta que o Hospital “faz parte do Sistema Único de Saúde e das políticas públicas de atendimento à população, e que está já começando a receber pacientes com suspeita de coronavírus, cujos quadros de saúde podem se agravar”. Assim “é necessária aquisição imediata desses equipamentos, de forma a possibilitar o atendimento ao maior número possível de pacientes”.

A assessoria também relatou como tem sido o atendimento nas últimas semanas com o crescimento dos casos. “O aumento dos casos tem seguido a curva epidemiológica mostrada pela Secretaria de Saúde, tanto moderada como grave”, disse. “A maioria dos pacientes tem evoluído bem e se recuperando (aproximadamente 90%)”, informou.

Segundo o termo, o critério de julgamento para a compra será o de menor preço e o pagamento será efetuado somente após a entrega do material no prédio do HC.

Entre as exigências do hospital para a compra, está a funcionalidade total dos aparelhos e softwares plenamente licenciados, sem restrições de funções ou tempo de uso; manuais originais impressos em português; registro na Anvisa; treinamento operacional com carga mínima de 16 horas e agendado previamente no setor de Engenharia Clínica, dentre outras.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação  

Quarta, 22 Julho 2020 18:01

Covid-19: Boletim Ahpaceg 22|07|20

JULHO BOLETIM DIÁRIO COVID 22 07 2020 

Confira o boletim de hoje, 22 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 21 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde. O Hospital Clínica do Esporte não informou. Os leitos da unidade foram excluídos do total informado nesta edição do boletim.

No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos em 21 hospitais para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.

Atenção: O total de HOSPITAIS ASSOCIADOS da Ahpaceg em GOIÂNIA representa 10% DOS HOSPITAIS da capital. OS DEMAIS não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação NÃO CONSTAM neste boletim.