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Covid-19: Boletim Ahpaceg 09|07|20
Confira o boletim de hoje, 9 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para esses atendimentos, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
Gabinete de Crise e Gestão de Indicadores será tema de live no dia 13
Com o apoio da Ahpaceg e do associado Hospital do Coração Anis Rassi, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) vai realizar na segunda-feira, 13 de julho, a partir das 20 horas, a palestra Gabinete de Crise e Gestão de Indicadores.
O tema será abordado pelo diretor-técnico do Hospital do Coração Anis Rassi e consultor médico do Hospital Sírio Libanês, Raimundo Nonato Diniz, e a vice-presidente do CRF-GO, Luciana Calil. A farmacêutica Larisse Marques, também do Hospital Anis Rassi, será a mediadora.
A transmissão acontecerá pelo canal do CRF-GO no YouTube e pela plataforma Zoom:
https://us02web.zoom.us/j/87037360416?pwd=RUxtOTBia1czVGJXZzNaWW5tdFhZdz09
Meeting ID: 870 3736 0416
Password: 274227
CLIPPING AHPACEG 09/07/20
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Dois hospitais de campanha para tratamento da Covid-19 em Goiás estão com UTIs lotadas
Brasil tem 1.223 novas mortes e passa de 1,7 milhão de casos
Governos e conselhos travam disputa judicial para contratar médico com diploma estrangeiro
Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM
Covid-19: Goiás registra 1.436 novos casos e 18 mortes em 24 horas
Goiânia registra crescimento de quase 350% no número de leitos disponíveis
Período crítico da pandemia em Goiás deve começar dia 22, diz Alexandrino
Ocupação nas UTIs para Covid-19 se aproxima de 90%
Falta de testes para Covid-19 ainda é realidade em Goiás
Teste de Covid-19: reclamações à ANS dobram em uma semana
Anvisa revoga resolução que proibia doação de sangue por homens gays
G1 GOIÁS
Dois hospitais de campanha para tratamento da Covid-19 em Goiás estão com UTIs lotadas
Taxa de ocupação total chega a 87% nesta quarta-feira. Estado tem mais de 31 mil casos confirmados, sendo mais de 700 mortes pela doença.
Por Vanessa Martins, G1 GO
O Hospital de Campanha de Itumbiara, inaugurado há uma semana, já está com os 10 leitos de UTI que tem lotados. Já a unidade de Águas Lindas de Goiás, que tem 22 leitos de terapia intensiva, está com 20 ocupados e 2 reservados para pacientes que estão a caminho do loca. As informações são do início da tarde desta quarta-feira (8), pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
A taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos no tratamento de pacientes com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus esteve a 91% na terça-feira e caiu para 87% nesta tarde, também de acordo com a pasta.
O estado já passou de 31,5 mil casos confirmados, sendo mais de 700 mortes por Covid-19, de acordo com o boletim mais recente, publicado na terça-feira (7).
Superintendente de Atenção à Saúde, Sandro Rodrigues disse que esses dados devem ser vistos com preocupação. De acordo com ele, é mais um indicativo de que as pessoas precisam tomar todos os cuidados possíveis para evitar a disseminação do coronavírus.
“É sinal de alerta para a gente relembrar as pessoas que, quanto maior o número de casos, maior é o número de pessoas que, proporcionalmente, vão precisar de um leito de enfermaria ou UTI. Então há necessidade de se redobrar cada vez mais os seus cuidados”, afirmou.
A mesma preocupação é expressada pelo diretor técnico do HCamp de Águas Lindas de Goiás, Marcos Pontes, que tem visto os leitos cada vez mais ocupados na unidade de saúde.
“Não estamos numa situação tranquila, com certeza. Ter uma UTI cheia o tempo todo, mais que dobramos os leitos, e nossa ocupação continua a mesma”, afirmou.
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PORTAL TERRA
Brasil tem 1.223 novas mortes e passa de 1,7 milhão de casos
País tem quase 68 mil mortes pelo novo coronavírus
O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus Sars-CoV-2 em todo o Brasil ultrapassou a marca de 1,7 milhão, com um acréscimo de mais 44.571 contágios em 24 horas, informou o levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde nesta quarta-feira (8).
Ao todo, o país tem 1.713.160 casos da covid-19. Segundo os dados, a taxa de incidência tem aumentado constantemente, saltando de 794 para 815,2 pessoas por cada 100 mil habitantes. Já a quantidade de mortes registrou novamente mais de mil diárias, com 1.223 óbitos em um dia, elevando o total para 67.964. A taxa de letalidade é de 4%, enquanto que o índice de mortalidade passou para 32,3% indivíduos por cada 100 mil habitantes.
Com 341.365 casos da doença e 16.788 falecimentos, o estado de São Paulo confirmou 313 novas mortes e 8.657 novos contágios em 24 horas em todo o território. Na última segunda-feira (6), bares e restaurantes voltaram a funcionar na capital paulista após mais de 100 dias. A medida faz parte do novo protocolo adotado para o afrouxamento do isolamento. Hoje, inclusive, o governo anunciou a retorno de jogos de futebol a partir de 22 de julho. Ceará (128.471 casos e 6.665 mortes), Rio de Janeiro (126.329 infecções e 10.970 óbitos) e Pará (118.744 contágios e 5.169 vítimas) também estão entre os estados mais afetados pela Covid.
O Rio de Janeiro, por sua vez, apresenta a maior taxa de letalidade entre todos os estados, com 8,7%.
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FOLHA DE S.PAULO
Governos e conselhos travam disputa judicial para contratar médico com diploma estrangeiro
Estados e municípios alegam demora na revalidação do diploma e querem decretos para contratação na pandemia
Governos estaduais, prefeituras e Defensorias Públicas têm travado uma disputa judicial com União e conselhos de medicina na tentativa de liberar a contratação de médicos formados no exterior durante a epidemia do novo coronavírus.
As primeiras decisões sobre o tema começaram em maio. Desde então, a disputa continua e ganhou reforço de novas ações.
Para atuar no país, médicos formados no exterior precisam passar por um processo de revalidação do diploma, o que geralmente ocorre por meio de uma prova chamada de Revalida.
Governos têm alegado atraso na realização do exame nos últimos dois anos e dificuldade em contratar profissionais - daí a tentativa de realizar decretos e editais para esses contratos . O impasse foi parar na Justiça.
Já os conselhos tentam barrar a medida sem que haja revalidação do diploma.
A Folha localizou ao menos sete ações recentes sobre o tema, a maioria envolvendo estados e municípios do Norte e Nordeste, como Maranhão, Acre, Roraima e cidades do Amapá e Sergipe.
Destas, cinco têm como status mais recente a derrubada de pedidos ou iniciativas que abriam espaço para contratação. A alegação é que a medida fere Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a qual determina revalidação do diploma.
Outras duas tiveram cenário oposto, sob o argumento de garantir a assistência de forma temporária.
Em geral, as ações judiciais vêm de conselhos de medicina, mas também de governos, defensoria e Ministério Público.
O presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Mauro Ribeiro , diz que vê um movimento político para burlar as normas atuais que exigem a revalidação do diploma durante a pandemia.
"A medicina sofre um ataque meramente político para trazer, à revelia da lei, profissionais supostamente médicos sem que comprovem conhecimento mínimo", diz. "É um absurdo, um casuísmo no meio dessa tragédia que estamos vivendo. Não falamos isso como uma medida corporativa, mas para defender o bom atendimento à saúde da população brasileira."
Em meio ao embate, o conselho divulgou na última semana os resultados de uma pesquisa encomendada ao Datafolha sobre a percepção da população ao Revalida.
O levantamento ouviu 1.511 em todas as regiões. Desses, 91% disseram apoiar a necessidade de revalidação do diploma para que médicos formados no exterior atuem no Brasil.
Estados e prefeituras, no entanto, alegam que a pandemia tem trazido uma situação excepcional , com aumento na demanda por profissionais. Dizem ainda que a contratação levaria em conta médicos que já atuaram no programa Mais Médicos, por exemplo.
A queda de braço, porém, parece estar longe do fim. Em Aracaju, uma decisão inicial, a pedido do Ministério Público, chegou a determinar que o Conselho Regional de Medicina concedesse registro temporário a médicos sem diploma revalidado. O grupo atuaria no hospital de campanha da cidade.
A medida, porém, foi revista no fim da última semana por um desembargador do Tribunal Regional Federal da 5região. A nova decisão veio após recurso do Conselho Regional de Medicina do Sergipe, que apontava riscos na atuação dos médicos.
Questionada, a secretaria municipal de saúde diz que a medida levará ao fechamento de leitos recém-abertos com a contratação de médicos formados no exterior.
"Com a decisão favorável ao conselho, a prefeitura terá de reduzir o quantitativo de leitos disponíveis atualmente no hospital de campanha de 102 para 60, deixando de atender 42 pacientes que necessitam de leitos de estabilização no tratamento contra a covid-19", diz.
Em nota, o conselho nega dificuldade na contratação e aponta falta de resposta da prefeitura a médicos que poderiam ser contratados.
Já a prefeitura diz que, de uma lista com mais de cem nomes aptos a trabalhar enviada pelo conselho, apenas sete profissionais demonstraram interesse.
Embate semelhante ocorre em outros estados. No fim de junho, a Justiça Federal reverteu liminar que possibilitava ao governo do Acre realizar contratação de médicos formados no exterior e sem Revalida. O estado diz que analisa como recorrer da decisão.
Já estados como Maranhão e Roraima obtiveram decisões favoráveis à contratação temporária sem Revalida, desde que com prioridade nas vagas a médicos formados no país.
Para o defensor público regional em direitos humanos em São Paulo, João Paulo Dorini, a situação evidencia uma dificuldade antiga em levar médicos a regiões mais carentes.
O caso levou a DPU (Defensoria Pública da União) a ajuizar, no fim de abril, uma ação para que CFM e União não impedissem governos de contratar médicos formados no exterior para atuação temporária durante a pandemia.
O órgão diz ter feito um levantamento à época que apontava 15 mil médicos ainda sem diploma revalidado -a maioria era de brasileiros formados em faculdades de países próximos, como Paraguai, Bolívia e Argentina, mas também refugiados e outros imigrantes.
O pedido, porém, foi negado. Na decisão, o juiz que analisou o caso afirmou que a situação de pandemia não justifica "permitir a contratação de profissionais médicos que não atendam a requisitos legais".
Agora, o órgão analisa novas formas de recorrer. Segundo Dorini, a decisão não impede novas tentativas de contratação pelos estados e ações sobre o tema.
O argumento é que o atraso na realização do Revalida impede a tentativa de revalidação do diploma pelos médicos, que poderiam ser colocados de forma temporária em funções de apoio -desde que tenham habilitação para atuar no país de formação, afirma.
Para Mauro Ribeiro, do CFM, porém, não há garantia de que os médicos seriam aprovados no Revalid. Nos últimos anos, a média de aprovação foi de 19,87%.
Ele chama de falácia a dificuldade na contratação, mas reconhece problemas na distribuição de médicos.
"Medicina é uma profissão como todas as outras. Onde tem mercado tem médicos, e onde não tem mercado há dificuldade em alocá-los", diz ele, que defende mecanismos de carreira de Estado para fixar profissionais nestes locais.
Questionado, o Inep, instituto responsável pelo Revalida, afirma que está organizando cronograma do novo exame.
O instituto atribui o atraso a uma necessidade de reaplicar a prova a participantes da edição ocorrida em 2017, o que impediu que o exame fosse realizado nos dois últimos anos.
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Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM
Presidente do Conselho Federal de Medicina vê politização sobre o remédio e afirma aguardar 'pesquisas sérias'
Natália Cancian
brasília As iniciativas de in terromper estudos com cloroquina feitas pela OMS (Orga nização Mundial da Saúde) e outras instituições internacionais náo levarão o Conselho Federal de Medicina a rever o parecer dado em abril sobre o uso do medicamento em casos de Covid-19. A posição é defendida pelo presidente da entidade, Mauro Ribeiro, em entrevista à Folha.
"O que estamos ansiosos é pela divulgação de pesquisas sérias que nos indiquem um caminho para tratamento da doença. Nosso parecer nunca vai ser manipulado. A hora que saírem os estudos, vamos seguir", afirma.
Segundo o presidente do CFM, que tem evitado comentar o tema nos últimos dois meses, a entidade tem recebido os anúncios da OMS "com tranquilidade". Ele diz que houve politização excessiva em tomo do medicamento.
"É algo que beira ao absurdo [essa politização]. O que temos é que quem é a favor do Bolsonaro a defende de forma apaixonada, e quem é contra refuta de forma apaixonada."
Nesta terça (7), o presidente Jair Bolsonaro divulgou que contraiu o novo coronavírus.
Ele aproveitou o anúncio do seu teste para Covid-19 para defender que a hidroxicloroquina é eficaz para tratar a doença - não há comprovação científica disso. Afirmou que está tomando a droga.
A defesa do remédio e feita por Bolsonaro desde o início da pandemia. Em abril, quando Luiz Henrique Manetta era ministro da Saúde, o conselho de medicina foi solicitado a dar um parecer sobre o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19.
Em um documento, a entidade reforçou que não havia evidências, mas autorizou médicos a prescreverem o medicamento em três situações: 1) paciente com sintomas leves, em início de quadro clínico e com diagnóstico confirmado; 2) paciente com sintomas importantes, com ou sem recomendação de internação e 3) pacientes críticos na UTI com uso de ventilação mecânica.
Desde o parecer, o aval do conselho à prescrição tem sido citado por Bolsonaro e pela atual equipe do Ministério da Saúde para defender mudanças na oferta da cloroquina - o que era rechaçado pela equipe de Mandetta.
A discordância em relação ao uso do remédio colaborou para a saídas de Mandetta e de seu sucessor, Nelson Teich, para quem o CFM deveria rever aposição sobre a possibilidade de uso "off-label" (fora da bula) do medicamento.
Hoje, o parecer é usado como justificativa pelo Ministério da Saúde para oferta do remédio a pacientes com quadros leves da Covid, ainda que "sem comprovação de benefício inequívoco", como ressalta a pasta, e com alerta sobre riscos. Antes, o medicamento era indicado apenas para casos graves e críticos.
Ribeiro evita comentar a posição do ministério, mas diz que "todos têm opinião sobre a cloroquina", incluindo "a imprensa, advogados, os arquitetos e os médicos".
Ele reconhece que ainda não há comprovação de eficácia do uso do medicamento, indicado originalmente para malária, artrite e lúpus, no tratamento da Covid-19.
"Hoje, à luz da ciência e da medicina baseada em evidências, não existe nenhuma droga com eficácia comprovada no tratamento", afirma.
"Existem estudos observacionais para os dois lados, mostrando que [a cloroquina] po de fazer mal ou fazer bem."
Segundo ele, apesar de não ver essa necessidade agora, a autarquia "pode rever o documento [sobre o uso da cloroquina em infectados com o novo coronavírus] a qualquer momento" a partir do resultado de novas pesquisas.
Um desses casos, disse, quase ocorreu após estudo publicado na Lancet com 96 mil pacientes e que apontava maior risco de arritmia e de morte em comparação com pacientes que não usaram os medicamentos. O estudo, porém, foi retirado da revista após polêmica envolvendo a transparência dos dados.
"Aquele estudo era tão devastador e contrário à hidroxidoroquina que obrigatoriamente teríamos que rever o parecer se se confirmasse. Mas agimos com cautela, para ver a repercussão. E aconteceu o que aconteceu", diz.
Embora revista, a pesquisa da Lancet não foi o único revés recente ao uso da cloroquina.
Após idas e vindas, a OMS anunciou em 17 de junho que decidiu interromper os experimentos com hidroxicloroquina para tratamento de Covid-19 no estudo Solidarity, que está sendo realizado em vários países do mundo.
Segundo a organização, a revisão de um comitê independente e outros estudos mostraram que náo houve redução na mortalidade de doentes que receberam a droga.
Neste sábado (4), a entidade voltou a frisar que a deci são havia ocorrido em definitivo para o Solidarity.
Dias antes do primeiro anúncio da OMS, a FDA (agência que regula medicamentos nos Estados Unidos) também revogou a autorização de uso emergencial do medicamento naquele país, alegando que "não era mais razoável" acreditar que a droga tivesse eficácia contra a Covid-19.
"Muito foi falado do que fez o FDA, mas ele retirou para pacientes graves", afirma Ri beiro, referindo-se a uma ressalva feita no documento de que há baixa possibilidade de eficácia para esses casos.
Enquanto entidades recuam das orientações, o Ministério da Saúde tem redobrado a aposta no medicamento. Recentemente, estendeu a possibilidade de oferta do remédio para gestantes e crianças - mesmo com recomendações contrárias da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Questionado, o presidente do CFM evitou comentar a decisão. "Ele fez uma orientação, não vou defender ou criticar. Para nós, [o parecer] está sendo seguido", diz ele, para quem a necessidade decisão compartilhada entre médico, paciente ou responsável engloba esses casos.
Ainda assim, ele diz reconhecer que outras drogas têm tido resultados mais promissores em estudos iniciaisque a cloroquina, caso de dexametasona e remdesivir. Mas alega que não cabe ao CFM fazer um novo parecer sobre elas.
"Esses medicamentos já se impuseram. Quem hoje se coloca contra dexametasona por um paciente que necessita de oxigênio? Não tem. A hidroxicloroquina é que está totalmente politizada."
E o conselho não teria cola borado para acirrar a politização? "O CFM foi usado tanto por um lado quanto pelo outro. Quem é contra a cloroquina interpreta o parecer de uma forma, e quem é a favor, de outra forma. Mas não teve por parte do C FM nenhum ato político. Quem solicitou o parecer foi o Ministério da Saúde", diz ele, segundo quem o conselho não se arrepende de ter o feito o documento.
O tema, no entanto, gera polêmica entre médicos, que têm reclamado de pressões para indicar o uso do medicamento.
"Mas não existe exercício da medicina sem pressão", diz. "O que dá respaldo ao médico é o Código de Ética Médica."
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 1.436 novos casos e 18 mortes em 24 horas
Goiânia - Com 1.436 novos casos e 18 registros de mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, Goiás soma 32.981 contaminações e 733 óbitos pela doença. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) na tarde desta quarta-feira (8/7).
De acordo com o boletim da pasta, há no Estado 77.796 casos suspeitos em investigação. Outros 36.809 já foram descartados. O total de curados não foi informado.
Além dos 733 óbitos confirmados, há 52 mortes suspeitas que estão em investigação. Já foram descartadas 513 mortes suspeitas nos municípios goianos.
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Goiânia registra crescimento de quase 350% no número de leitos disponíveis
Goiânia - A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia divulgou balanço, nesta quarta-feira (8/7), apontando que, entre maio e julho, o número de leitos disponíveis para tratar covid-19 na capital cresceu quase 350%. Segundo os dados, a quantidade de vagas de UTI foi de 40 para 150 e de enfermarias passou de 37 para 197. Ao todo, Goiânia possui 347 leitos.
Além do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, do Hospital das Clínicas e da Santa Casa de Misericórdia, a prefeitura mantém contrato com cinco unidades particulares: Gastro Salustiano, Hospital Jacob Facuri, Hospital Ruy Azevedo, Hospital São Lucas e Renaissance.
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Período crítico da pandemia em Goiás deve começar dia 22, diz Alexandrino
Secretário considera estudo da UFG | 08.07.20 - 14:30
Goiânia - Estudo elaborado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) aponta a tendência de que o período mais crítico da pandemia da covid-19 em Goiás seja de 22 a 27 de julho. O alerta o reforçado pelo secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, nesta quarta-feira (8/7).
De acordo com o secretário, Goiás segue adotando medidas para evitar o avanço da doença. “Se não tivéssemos tomado as ações há mais de 60 dias, (o sistema de saúde) já teria colapsado”, disse. Citou que foram inaugurados cinco Hospitais de Campanha, o número de leitos de UTI dobrou em relação ao ano passado, foram aumentados os leitos de enfermaria, quase 2 mil pessoas foram contratadas e mais de 4 milhões de unidades de proteção individual (UPIs) foram distribuídas.
Ismael comentou as últimas estatísticas da pandemia no Estado, relativas a esta terça-feira, 7, quando os casos confirmados totalizaram 31.545 e os óbitos somaram 715. E foi registrado número recorde de mortes em 24 horas: 61. “Acredito que já estamos vivendo o pico, que deve culminar no dias 22 a 27, e tende a diminuir depois o número de casos e óbitos diários, pouco a pouco”, disse. Acrescentou que foi dessa forma que aconteceu em outros países e em outros Estados do País.
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TV ANHANGUERA
Ocupação nas UTIs para Covid-19 se aproxima de 90%
https://globoplay.globo.com/v/8684472/programa/
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Falta de testes para Covid-19 ainda é realidade em Goiás
https://globoplay.globo.com/v/8684600/programa/
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O GLOBO
Teste de Covid-19: reclamações à ANS dobram em uma semana
Queixas aumentaram após inclusão do exame na cobertura obrigatória dos planos
LUCIANA CASEMIRO
As reclamações relacionadas a testes para detecção da Covid-19 mais do que dobraram na última semana. Segundo os dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foram 564 queixas, entre 29 de junho e 5 de julho, contra 226, entre 22 a 28 de junho.
Apesar de a ANS não ter uma análise dos motivos das reclamações, o aumento das queixas coincide com a inclusão do teste de Covid-19 na cobertura obrigatória dos planos de saúde pela agência, no dia 29, após determinação judicial.
Segundo Renê Patriota, presidente da Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps), mesmo com a decisão judicial e a inclusão no rol de procedimentos obrigatórios para os planos de saúde, consumidores continuam relatando dificuldades para realização da sorologia:
- Eu mesma fui obrigada a pagar R$ 100 hoje para realizar um exame sorológico, pois a minha operadora se negou a cobrir o IGM - relata Renê.
Gabriela Splendore, diretora de arte, que teve sintomas da Covid-19 há dois meses, tentou fazer o teste na última sexta-feira, mas não conseguiu autorização do Bradesco:
- Liguei para todos os laboratórios conveniados e todos disseram que o Bradesco não autorizou o exame. Em conversa com a central da operadora, alegaram que já liberaram o exame com a rede conveniada, mas os laboratórios dizem que não. É um looping!
O mesmo aconteceu com o jornalista Fabio Barros:
- Estou com pedido médico em mãos, já liguei para vários laboratórios e eles afirmaram que a Amil ainda não autorizou.
Ana Carolina Navarrete, coordenadora de pesquisa de saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idee), diz que a resolução da ANS prevê adoção imediata, no entanto, é compreensível que haja um período de adaptação.
Procurada, a Bradesco Saúde diz oferecer a cobertura do teste de sorologia, desde a determinação da ANS, assim como a de outros exames e tratamentos para Covid-19. E afirma ter resolvido a questão de Gabriela.
Já a Amil explica que, inicialmente, "devido ao curto tempo para credenciamento do exame junto aos prestadores de serviço, a operadora ofereceu a cobertura do teste sorológico por reembolso". A empresa garante que, a partir desta semana, os testes de pesquisa de anticorpos IgA, IgG e IgM estarão disponíveis nas maiores redes de laboratórios do país.
A orientação da AN S é que, em caso de dificuldade para a realização do exame, o beneficiário tente resolver primeiro com a operadora e, caso não tenha uma solução adequada, registre reclamação nos canais da AN S.
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AGÊNCIA BRASIL
Anvisa revoga resolução que proibia doação de sangue por homens gays
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revogou nesta quarta-feira (8) a determinação que restringia a doação de sangue por homossexuais do sexo masculino. Segundo a medida agora revogada, homens que mantiveram relações sexuais com outros homens nos últimos 12 meses eram considerados inaptos para doações.
O ato, publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União, cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que considera o impedimento discriminatório. Em julgamento realizado em maio, o STF decidiu que a restrição é inconstitucional. Sobre o tema, a maioria do ministros acompanhou o relator, Edson Fachin.
Em seu voto Fachin destacou que não se pode negar a uma pessoa que deseja doar sangue um tratamento não igualitário, com base em critérios que ofendem a dignidade da pessoa humana. O ministro acrescentou que para a garantia da segurança dos bancos de sangue devem ser observados requisitos baseados em condutas de risco e não na orientação sexual para a seleção dos doadores, pois configura-se uma "discriminação injustificável e inconstitucional".
Histórico
No texto de uma resolução de 2014, referente às "boas práticas do ciclo do sangue" (RDC Nº34), a Anvisa definia que homens que tiveram relação sexual com indivíduos do mesmo sexo deveriam ser impedidos de doar sangue por um ano após a prática sexual. O impedimento se estendia também a eventuais parceiras sexuais desses homens. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5543, que provocou o STF foi ajuizada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) que questionou a proibição.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
Covid-19: Boletim Ahpaceg 08|07|20
Confira o boletim de hoje, 8 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para esses atendimentos, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
Saiba como criar um Gabinete de Crise no hospital
O Gabinete de Crise é uma estrutura criada para o monitoramento e tomada de decisões durante situações emergenciais, como a pandemia de Covid-19.
A equipe precisa ser composta pelos diretores do hospital (técnico, clínico, administrativo, financeiro), gestores assistenciais (médicos chefes de serviço, gerência de enfermagem, etc) e gestores administrativos (farmácia, almoxarifado, nutrição, etc).
O Gabinete de Crise deve funcionar 24 horas por dia e ter uma estrutura física adequada, com acesso à internet, telefones, censo de ocupação dos leitos, mapas com os recursos disponíveis na instituição, entre outros itens.
Confira mais sobre o assunto no Plano de Resposta Hospitalar à Covid-19, do Ministério da Saúde: bit.ly/3eCJzVW
CLIPPING AHPACEG 08/07/20
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Brasil tem 1,66 milhão de casos confirmados do novo coronavírus
A procura por testes para covid-19 em laboratórios privados de Goiânia aumenta em 80%
ANS é contra plano cobrir teste rápido
Bolsonaro vai trabalhar por videoconferência e faz 'propaganda' de hidroxicloroquina
Metade dos médicos relata pressão para prescrever remédios sem comprovação científica
As novidades da Lei 14.020 em relação à MP 936
Taxa de ocupação de UTI chega a quase 90% na rede estadual
Goiânia confirma 348 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas
Estudo da Unifesp consegue eliminar HIV de células de paciente
AGÊNCIA BRASIL
Brasil tem 1,66 milhão de casos confirmados do novo coronavírus
Quase 977 mil pessoas já se recuperaram e 65.487 faleceram
O Brasil chegou a 66.741 mil mortes e 1.668.589 milhão de casos em decorrência da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Foram 1.254 novas mortes e 45.305 novas pessoas infectadas registradas nas últimas 24 horas, conforme atualização do Ministério da Saúde divulgada hoje (7). Até o momento 976.977 pessoas já se recuperaram e há 624.871 pessoas em acompanhamento.
Ontem, o balanço trazia 65.487 falecimentos e 1.623.284 de casos confirmados em função da pandemia.
A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 4%. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 31,8. A incidência dos casos de covid-19 por 100 mil habitantes é de 794.
De acordo com o Ministério da Saúde, O Brasil é o 2º do mundo em mortes e casos, atrás apenas dos Estados Unidos. Conforme o mapa global da universidade norte-americana Johns Hopkins, os Estados Unidos contam com 2.980.906 pessoas infectadas e registraram desde o início da pandemia 131.248 vidas perdidas.
Os números diários do balanço do Ministério da Saúde em geral são menores aos domingos e segundas-feiras pelas restrições nas equipes que fazem a alimentação nas secretarias municipais e estaduais, e maiores às terças-feiras, quando há um acréscimo dos registros alimentados em razão do acúmulo do que não foi encaminhado no fim-de-semana.
As regiões com mais mortes são Sudeste (30.518), Nordeste (21.605), Norte (10.115), Centro-Oeste (2.442) e Sul (2.061).
Os estados com mais mortes em função da pandemia são São Paulo (16.475), Rio de Janeiro (10.881), Ceará (6.556), Pará (5.128) e Pernambuco (5.234). As Unidades da Federação com menos óbitos são Mato Grosso do Sul (128), Tocantins (228), Roraima (376), Acre (399) e Santa Catarina (419).
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RÁDIO CBN
CBN Goiânia
A procura por testes para covid-19 em laboratórios privados de Goiânia aumenta em 80%
Pprocura por testes cresceu muito principalmente nos últimos 20 dias. Confira a matéria de José Bonfim.
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CORREIO BRAZILIENSE
ANS é contra plano cobrir teste rápido
BRUNA LIMA
MARIA EDUARDA CARDIM
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai recorrer da decisão judicial que determinou a cobertura de exames sorológicos da covid-19, os conhecidos testes rápidos, pelos planos de saúde. A justificativa é de que a incorporação de uma tecnologia "sem a devida análise criteriosa" pode causar risco para os beneficiários dos planos "Estudos e análises de diversas sociedades médicas e de medicina diagnóstica apontam controvérsias técnicas em relação aos resultados desse tipo de exame e à possibilidade de ocorrência de alto percentual de resultados falso-negativos", informou a agência.
Os exames foram incluídos na lista de coberturas obrigatórias dos planos de saúde em 29 de junho. Desde março, as operadoras são obrigadas a cobrir o exame RT-PCR, identifica a presença do material genético do vírus, com coleta de amostras da garganta e do nariz.
Além disso, outros seis exames que auxiliam no diagnóstico e tratamento da covid-19 estão no rol de coberturas. Apesar de ter decidido recorrer à decisão judicial, a ANS afirma que está atenta ao cenário da evolução da pandemia. "A ANS tem trabalhado para garantir tanto a assistência aos beneficiários de planos de saúde, como o alinhamento com as políticas nacionais de saúde", informou.
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ESTADÃO ONLINE
Bolsonaro vai trabalhar por videoconferência e faz 'propaganda' de hidroxicloroquina
Presidente despachará do escritório e fará reuniões virtuais com ministros; após testar positivo para covid-19, diz que está na 'terceira dose' do remédio, mesmo sem eficácia comprovada
BRASÍLIA - Após testar positivo para covid-19 , o presidente Jair Bolsonaro trocou as reuniões presenciais por videoconferência com ministros e outras autoridades. Pelos próximos dias, o presidente vai trabalhar do escritório no Palácio da Alvorada, enquanto já indica que fará de si mesmo uma espécie de "garoto-propaganda" da hidroxicloroquina .
Dos 3,4 mil servidores da Presidência da República, 108 (o equivalente a 3,8%) testaram positivo para a covid-19 até o dia 3 de julho, segundo a Secretaria-Geral. Ao anunciar nesta terça-feira, 7, que estava contaminado, o presidente disse que esperava ficar fora "por uma semana". Ele também manifestou a vontade de fazer caminhadas, mas observou que, por recomendação médica, não o faria. À tarde, Bolsonaro publicou um vídeo em seu escritório mostrando que estava tomando a terceira dose da hidroxicloroquina.
"Estou tomando a terceira dose da hidroxicloroquina. Estou me sentindo muito bem. Estava mais ou menos no domingo, mal na segunda-feira. Hoje, terça, estou muito melhor do que sábado. É com toda certeza, está dando certo", disse, antes de engolir o comprimido.
Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem defendido o uso da cloroquina desde os primeiros sintomas, mesmo sem a eficácia comprovada e riscos ainda sendo estudados. "Sabemos que hoje em dia existem outros remédios que podem ajudar a combater o coronavírus. Sabemos que nenhum tem eficácia cientificamente comprovada, mas é mais uma pessoa que está dando certo. Então, eu confio na hidroxicloroquina. E você? Valeu, 'tamo junto'", disse.
Logo após o anúncio do resultado dos exames, o Planalto comunicou que a agenda com os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e com Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) ocorreriam virtualmente.
De acordo com a Secretaria-Geral, no novo procedimento, o ministro Jorge Oliveira envia as propostas de atos normativos ou outras pautas ao presidente por e-mail. Em seguida, os dois despacharam por vídeo e, por fim, os atos são assinados digitalmente, sem contato pessoal.
Nos últimos dias, o presidente teve contato com mais de 50 autoridades e, na segunda-feira, já com os sintomas da doença, seguiu trabalhando no gabinete no Planalto. Apesar disso, a rotina na sede do Executivo seguirá normalmente.
Em um comunicado, a Secretaria-Geral informou que não existe protocolo médico, seja do Ministério da Saúde ou da Organização Mundial de Saúde, que recomende medida de isolamento pelo simples contato com casos positivos. "A orientação que damos aos servidores é procurar assistência médica quando apresentarem sintomas relacionados à covid-19 , para avaliar necessidade de testagem. Nos casos considerados suspeitos, os servidores são orientados a ficar em casa até o resultado do exame", informou o ministério.
De acordo com a pasta, do total de 108 servidores infectados pela covid-19, 77 já se recuperaram e 31 casos seguem em acompanhamento. "Não houve mortes e mais de 90% desses casos foram assintomáticos ou apresentaram apenas sintomas leves", informou o governo.
O governo informou ainda que segue todas as medidas recomendadas para que o ambiente do trabalho na Presidência da República "seja o mais seguro possível" para todos os servidores. Destacou que pessoas do grupo de risco estão trabalhando remotamente e há rodízio de funcionários nos gabinetes para diminuir a aglomeração.
A Secretaria-Geral comunicou também que divulga amplamente orientações como higienização das mãos (há 494 unidades com embalagens de álcool em gel na sede e nos anexos do Planalto), uso correto de máscaras e distanciamento social. No entanto, em diversas eventos, é possível verificar servidores e autoridades sem as medidas de prevenção.
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FOLHA DE S.PAULO
Metade dos médicos relata pressão para prescrever remédios sem comprovação científica
Pesquisa online da Associação Paulista de Medicina ouviu 1.984 profissionais de todo o país
Quase a metade (48,9%) dos médicos que estão na linha de frente do atendimento à Covid-19 afirma que pacientes e familiares têm pressionado por tratamentos sem comprovação científica.
Para 69,2% desses profissionais, notícias falsas, informações sensacionalistas ou sem comprovação técnica são inimigos que hoje enfrentam simultaneamente à pandemia.
Os resultados são da terceira edição de pesquisa da APM (Associação Paulista de Medicina) sobre problemas e carências dos médicos durante a pandemia
Responderam a questionários online 1.984 profissionais de todo o país. Desses, 60% trabalham em hospitais e/ou unidades de saúde que assistem a pacientes com Covid-19.
Segundo o presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral, a pressão por acesso a terapias que julguem necessárias é um direito que o paciente tem e deve exercer.
"Por outro lado, o médico também tem o direito de fazer aquilo que achar correto e deve exercer esse direito também. Resistir às pressões faz parte da medicina, da profissão médica."
Ele conta que, minutos antes de atender ao telefonema da Folha havia recebido a ligação de uma amiga perguntando se ele conhecia algum médico que prescreve cloroquina . "As pessoas estão procurando um receitador disso e daquilo, não um médico. Isso não é bom. Cada coisa tem o seu lugar."
Sobre as informações falsas, Amaral diz que desde os tempos mais remotos isso ocorre durante as grandes epidemias. "O que chama atenção é que hoje temos uma grande ciência desenvolvida. Imaginávamos que ela daria a resposta, mas não é o que está acontecendo."
O médico sanitarista Claudio Maierovitch, coordenador e pesquisador do núcleo de epidemiologia e vigilância em saúde da Fiocruz Brasília, diz que tem sido espantosa a pressão de pacientes pelo uso do antiparasitário ivermectina .
"Parece que deu uma arrefecida a cloroquina, acho que ficou insustentável [em razão das últimas evidências contrárias]. Agora é todo mundo falando em ivermectina. As pessoas ligam perguntando se podem tomar. Eu brinco: para matar piolhos?"
O problema, segundo ele, é que a dose segura da substância como parasiticida é bem inferior da que vem sendo inadvertidamente sugerida para a prevenção ou casos leves de Covid-19. "É uma dose que pode ser perigosa, não tem estudo, descrição de efeito nesse tipo de dose."
Segundo Ronaldo Zonta, médico de família e comunidade de Florianópolis (SC), o mais grave é que ivermectina, a cloroquina e outras medicações sem comprovação na Covid-19 têm sido prescrita por médicos, o que, na visão do paciente, traz mais credibilidade, apesar da falta de evidências.
"Embora seja uma decisão que precisa ser compartilhada com o paciente, num momento de poucos recursos e com a pandemia ainda curso, não faz sentido deixar de investir no que funciona e priorizar tratamentos sem evidências que vão onerar o sistema de saúde."
Investir em que funciona no caso seria testar precocemente as pessoas, monitorar as que tiverem resultados positivos para a Covid e garantir o acesso aos serviços de saúde, com UTIs bem equipadas.
Para ele, médicos que estão endossando a prática de prescrição fora das evidências estão jogando a medicina no lixo. "Estamos fazendo um experimento em nível nacional com cobaias humanas."
Segundo a pesquisa da APM, 45,4% dos médicos entrevistados têm a percepção de que o Ministério da Saúde tem divulgado número menor de novos casos de Covid-19 que a realidade. Outros 21,5% entendem que o número de mortes também é inferior ao de fato ocorre.
Grande parte dos profissionais (59%) também se queixa de falta de estrutura física/insumos adequados e segurança. Para 25% deles, também há lacunas de diretrizes e de orientação ou programa para atendimento dos infectados.
A falta de leitos para pacientes que precisam de internação em UTI é apontada por 13,4% dos entrevistados. Já a escassez de testes de diagnóstico é mencionada por 15,1%. Outros 22,7% dizem que só são testados pacientes com sintomas graves de Covid.
"Já deveríamos ter superado essa falta de testes. Se queremos flexibilizar a quarentena, é importante ter testes para todo com manifestações", afirma Amaral.
Os sentimentos hoje que predominam entre os médicos da linha de frente são ansiedade (69,2%), estresse (63,5%), exaustão física/emocional (49%), além de sensação de sobrecarga (50,2%).
A grande maioria (76,3%) atende por dia 20 ou mais pacientes com suspeita e/ou confirmação de Covid-19. Quatro em cada dez já acompanharam pacientes que morreram em razão da doença.
Em relação à violência, 37% confirmam ter presenciado, durante a pandemia, situações de agressões a médicos, outros profissionais ou colaboradores administrativos nas áreas de atendimento. Entre as mais comuns estão truculências psicológica (21,5%) e verbais (20,7%).
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CONSULTOR JURÍDICO
As novidades da Lei 14.020 em relação à MP 936
A Lei 14.020, de 6 de julho de 2020, dispõe sobre o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e outras medidas trabalhistas. Oriunda da conversão da Medida Provisória n° 936, durante sua tramitação no Congresso recebeu algumas modificações em relação ao texto original. O presente texto tem como finalidade trazer, de forma objetiva, as principais mudanças no Programa Emergencial e em outras regras realizadas pela lei, vigente desde a sua publicação nesta terça-feira (7/7).
Possibilidade de prorrogação do prazo das medidas do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda
Uma das principais novidades da lei em relação ao texto original da MP foi a possibilidade de prorrogação, mediante ato do Poder Executivo, da duração dos acordos de redução proporcional de jornada e de salários, ou de suspensão do contrato de trabalho.
Assim, a redução, cuja duração prevista na lei é de 90 dias, e a suspensão do contrato, com duração de 60 dias, poderão ser prorrogadas. Essa disposição se aplica também ao prazo comum dessas medidas: originalmente de 90 dias (respeitado os 60 dias da suspensão), poderão ganhar maior duração a depender de ato do Poder Executivo.
Redução do limite do acordo individual por empresas maiores
De forma geral, a Lei 14.020 mantém as principais regras da MP 936 quanto às possibilidades de acordo individual para redução de jornada e salário, ou para suspensão do contrato de trabalho. Também são mantidas as condições relativas à convenção coletiva ou ao acordo coletivo de trabalho.
Da mesma forma, o Benefício Emergencial pago com recursos da União aos empregados que fizeram esses acordos também foi mantido calculado sobre o valor do seguro-desemprego. No entanto, uma importante alteração foi realizada no que importa aos limites salariais para a realização do acordo individual.
Nas regras da MP 936, a suspensão do contrato de trabalho e a redução de jornada e de salário podiam, de forma geral, ser acordados individualmente por empregados hipersuficientes (salário superior a duas vezes o limite do teto da Previdência Social = R$ 12.202,12), ou por empregados com salário de até R$ 3.135,00 (equivalente a tês salários mínimos em 2020). A exceção era a redução de jornada e de salário no percentual de 25%, que podia ser acordada individualmente por todos os empregados.
Já com a Lei 14.020, foi criado um limite para empresas com receita bruta, em 2019, superior a R$ 4,8 milhões. Para essas empresas, a redução de jornada e de salário nos percentuais de 50% e 70%, ou a suspensão do contrato de trabalho, somente podem ser acordadas individualmente por empregados hipersuficientes, ou por empregados com salário de até R$ 2.090 (equivalente a dois salários mínimos).
Trata-se, portanto, de redução do limite para o acordo individual.
Nova possibilidade de acordo individual: manutenção do recebimento do empregado somados os valores pagos pela empresa e pelo governo
Se, por um lado, houve redução de um limite salarial para alguns acordos individuais, por outro a Lei 14.020 trouxe alternativa para todas as empresas: se o empregado não se enquadrar nos limites mencionados (tanto para empresas com receita bruta em 2019 superior a R$ 4,8 milhões, como para as que estiveram abaixo desse limite), é possível realizar acordo individual para redução de jornada de 50% e de 70% , ou acordar a suspensão do contrato de trabalho, se deste acordo não resultar diminuição do valor mensal recebido anteriormente pelo empregado, somando-se para este cálculo o salário reduzido, o valor do Benefício Emergencial (BEm) pago pelo governo e uma ajuda mensal compensatória a cargo da empresa.
Grosso modo, para ser utilizada essa alternativa, por meio da ajuda mensal compensatória (que não tem natureza salarial) a empresa complementa a redução salarial evitando a redução dos recebimentos mensais do empregado.
Criação de condição para acordo individual com o empregado aposentado
Além das alterações anteriores, a Lei 14.020/2020 também criou uma condição para a validade do acordo individual com o empregado aposentado. Este não pode receber Benefício Emergencial a cargo do governo, conforme disciplina a Lei, pois já recebe aposentadoria. Diante disso, para realizar acordo com esse empregado, a empresa tem que assumir o custo que seria pago a título de Benefício Emergencial a cargo do Governo.
Resumo de todas hipóteses de acordo individual ou coletivo nas regras da Lei 14.020
Nos quadros a seguir pode ser visto como ficaram as principais faixas para realizar os acordos de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho.
Ajuda mensal compensatória obrigatória
As principais regras sobre ajuda mensal se mantiveram, tais como seu caráter não salarial. Da mesma forma, foi mantida a regra, para as empresas com receita bruta superior a R$ 4.8 milhões (ano-calendário 2019), de somente poderem suspender o contrato de trabalho se for pago ao empregado uma ajuda compensatória mensal equivalente a no mínimo 30% do valor do salário do empregado.
No entanto, pode-se dizer que a lei cria nova hipótese de ajuda mensal obrigatória. Isso porque a empresa, para firmar hipóteses de acordos individuais, terá que pagar ajuda mensal compensatória para assegurar que o empregado mantenha mesmo nível de rendimentos anteriores.
Com efeito, a lei, conforme mencionado, traça faixas salariais pré-definidas para fins de acordo individual. Nesse sentido, aqueles empregados fora dessas faixas salariais - isto é, que recebam acima de R$ 2.090 para empresas com receita bruta superior a R$ 4,8 milhões em 2019, ou acima de R$ 3.135 para empresas com receita bruta igual ou inferior a R$ 4,8 milhões, e que não sejam hipersuficientes - para que o acordo individual de redução de jornada de 50% ou de 70% seja válido, deverão manter os recebimentos mensais em valor não inferior ao salário antes da redução salarial. Para isso, deverá ser considerada a soma do salário reduzido, do Benefício Emergencial e da ajuda mensal compensatória. As mesmas condições se aplicam à suspensão do contrato de trabalho.
Contudo, para que isso ocorra, por consequência deverá ocorrer uma complementação financeira cuja forma de realização acabará sendo, por consequência das condições estabelecidas pela Lei 14.020, a ajuda mensal compensatória.
Aplicabilidade da nova lei diante dos acordos realizados sob as regras da MP 936
Deve-se ressaltar, no entanto, que a lei traz regra específica no que importa à aplicação de suas regras frente aos acordos celebrados anteriormente a ela, isto é, acordos realizados durante a vigência da MP 936.
Assim, essas regras somente se aplicam aos novos acordos, pois a Lei 14.020 estabelece que os acordos de redução de jornada e de salário e de suspensão do contrato, tanto os individuais como os definidos por meio de instrumentos coletivos de trabalho, realizados sob as regras da MP 936, regem-se pelas disposições da MP.
Deve-se destacar, contudo, a definição da lei de que, a partir da vigência de instrumento coletivo firmado segundo as novas regras, essas condições prevalecerão sobre as do acordo individual firmado anteriormente, naquilo que conflitarem.
Aplicabilidade dos instrumentos coletivos posteriores em relação aos acordos individuais anteriores
Outra relevante disposição da Lei 14.020, não existente no texto original da MP 936, diz respeito à prevalência dos instrumentos coletivos de trabalho sobre os acordos individuais como regra geral.
Com efeito, diante da possibilidade de um acordo coletivo ou uma convenção coletiva serem firmados posteriormente a acordos individuais já vigentes, foi estabelecido pela Lei 14.020 que as condições dispostas no acordo individual deverão ser aplicadas em relação ao período anterior ao da negociação coletiva. Dessa forma, durante o período de existência apenas de acordo individual, suas regras ficam preservadas (respeitadas as condições da legislação).
No entanto, e é importante ter atenção a essa situação, a Lei 14.020 prevê que a partir da vigência do instrumento coletivo passarão a prevalecer as condições estipuladas por meio de negociação coletiva, naquilo em que conflitarem com o acordo individual. Há uma exceção. Esta ocorre quando as condições firmadas no acordo individual forem mais favoráveis ao trabalhador. Nesse caso, prevalecerão essas condições sobre as estipuladas pelo instrumento coletivo de trabalho.
Empregadas gestantes e adotantes e a Lei 14.020
A MP 936 era silente quanto à situação das empregadas gestantes. Desse modo, as empresas deveriam buscar suas respostas nas leis trabalhistas e previdenciárias gerais no que importa à licença-maternidade, ao salário-maternidade e às questões relacionadas.
Já a Lei 14.020 tratou de estabelecer expressamente regras aplicáveis às empregadas gestantes e adotantes, dispondo expressamente que elas podem participar do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.
A partir disso, uma importante regra relativa às gestantes e adotantes diz respeito à licença maternidade. Prevê-se na lei que, se ocorrer o evento caracterizador do início do salário-maternidade (em regra, o nascimento do bebê, mas há outras hipóteses, como o início da licença maternidade anteriormente ao nascimento), o empregador deverá comunicar esse fato imediatamente ao Ministério da Economia. Quando isso ocorrer, dar-se-á por interrompida a redução de jornada e salário ou a suspensão do contrato, bem como o pagamento do Benefício Emergencial.
Também estabelece a lei que o salário-maternidade será pago à empregada nos termos do artigo 72 da Lei nº 8.213/91, sendo equivalente a uma renda mensal igual à remuneração integral da empregada, e, pago diretamente pela empresa (que efetivará a compensação). Para fins de pagamento, deve-se considerar como remuneração integral ou último salário-de-contribuição os valores a que a empregada teria direito sem aplicação da redução de jornada e salário e suspensão do contrato de trabalho.
A Lei 14.020 também estabelece que essas regras se aplicam aos que adotarem ou obtiverem guarda judicial para fins de adoção, devendo ser observado o artigo 71-A da Lei nº 8.213/91. Além disso, o salário-maternidade deverá ser pago diretamente pelo INSS.
Por outro lado, a lei também estabelece regra específica para essas empregadas no que importa à garantia provisória no emprego. Com efeito, como regra geral, os empregados que fizerem os acordos de redução de jornada e de salário ou de suspensão do contrato de trabalho têm garantia provisória no emprego pela duração dos acordos, mais um período equivalente à duração do acordo após o restabelecimento da jornada e do trabalho, ou do contrato de trabalho.
Para as gestantes, a garantia provisória terá a duração do acordo contado a partir do término da estabilidade provisória pela gravidez. Assim, a gestante tem estabilidade provisória no emprego desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto (artigo 10, II, b , do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT), e, após isto, uma garantia provisória no emprego de duração equivalente ao período acordado para redução de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho.
Vedação da dispensa de empregado com deficiência
Outra inovação da Lei em relação à MP 936 é a vedação de dispensa sem justa causa, durante o estado de calamidade, de empregados com deficiência.
Reversão do aviso prévio em curso por acordo
A Lei 14.020 também previu expressamente que empresa e empregado poderão, mediante acordo, cancelar aviso prévio em curso e, se esse cancelamento ocorrer, permitiu-se a adoção das medidas do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda pelas partes, isto é, redução proporcional de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho.
Afastamento da aplicação da responsabilidade do Poder Público relativamente às ordens de paralisação ou suspensão de atividades
Uma última questão substancial estabelecida pela Lei 14.020/2020, e que não consta do texto original da MP 936, relaciona-se às hipóteses de ordem, por parte de autoridades municipal, estadual ou federal, de paralisação ou de suspensão das atividades da empresa em decorrência de medidas para o enfrentamento do estado de calamidade pública causado pelo coronavírus. Com efeito, o artigo 486 da CLT prevê que eventual pagamento da indenização ao empregado pela rescisão do contrato de trabalho ficará a cargo do governo responsável pela ordem. Contudo, a Lei 14.020/2020 dispõe expressamente que é inaplicável essa hipótese às medidas decorrentes do enfrentamento do estado de calamidade pública decorrente do coronavírus.
Vetos
Alguns outros dispositivos, incluídos pelo Congresso Nacional durante a análise da MP 936, foram vetados pela Presidência da República. Entre eles, cabe destacar os que tratavam da ultratividade das cláusulas coletivas vencidas ou vincendas durante o estado de calamidade pública, do pagamento do benefício emergencial para alguns trabalhadores (inclusive intermitentes), sem direito de receber seguro-desemprego caso demitidos durante o período da pandemia, a prorrogação da desoneração da folha de pagamento até o final de 2021, e as alterações na Lei 10.101/2000 , sobre participação nos lucros e resultados.
Esses vetos, no entanto, ainda serão deliberados pelo Congresso Nacional, que poderá acatá-los ou rejeitá-los.
Conclusão
Apesar do tronco da MP 936 ter sido mantido pelo Congresso, algumas novidades importantes foram introduzidas, cabendo às empresas e demais interessados avaliarem-nas para considerarem a pertinência da adoção de alguma das medidas previstas pela Lei 14.020/2020.
Espera-se que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, com as alterações introduzidas pela Lei 14.020, continue a auxiliar na preservação de empregos e de empresas. Isso será possível aferir com a divulgação de informações detalhadas sobre acordos realizados nos moldes do programa, bem como por meio do quantitativo de demissões e admissões mensais no país, o que deverá ser feito pelo Ministério da Economia, conforme regra prevista na própria Lei 14.020/2020.
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TV ANHANGUERA
Prefeitura quer propor abertura definitiva do comércio em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/8682073/programa/
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Taxa de ocupação de UTI chega a quase 90% na rede estadual
https://globoplay.globo.com/v/8681600/programa/
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A REDAÇÃO
Goiânia confirma 348 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas
Ocupação dos leitos de UTI é 92% | 07.07.20 - 21:32
Goiânia – Dados divulgados no Informe Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) mostram que a cidade já soma 8.491 testes com diagnóstico positivo para o novo coronavírus. Nas últimas 24 horas foram registrados 348 casos. Além disso, segundo o informe divulgado nesta terça-feira (7/7), 6.988 já se recuperaram totalmente da infecção. Já o número de óbitos registrados na capital é de 229.
Desde o início da pandemia, 819 pacientes foram internados com a doença na capital. O número representa 10% dos casos registrados. Do total de pacientes que precisaram de assistência nas unidades de saúde, 408 foram transferidos para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Segundo a prefeitura Goiânia, a capital conta com 338 leitos para tratamento de covid-19. Do total, 144 leitos são de UTI e 194 de enfermaria: 194. A taxa de ocupação é de 92% dos leitos de UTI e 75% dos leitos de enfermaria.
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JORNAL OPÇÃO
Estudo da Unifesp consegue eliminar HIV de células de paciente
Por Fernanda Santos
Homem de 34 anos foi o único entre cinco pacientes que obteve efeitos positivos. Pesquisa realizada no Brasil é preliminar e ainda não significa a cura para os mais de 38 milhões de soropositivos
Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apresentaram nesta terça-feira, 7, resultados de um estudo que mostrou a remissão de um paciente diagnosticado com HIV em 2012. De acordo com as observações, o paciente não apresenta carga viral há mais de dois anos. Este é o terceiro caso no mundo de cura de soropositivos no mundo.
O paciente é um homem de 34 anos que foi tratado com uma base de terapia antirretroviral reforçada com substâncias e nicotinamida. Mesmo com o tratamento interrompido, após mais de 57 semanas sem o coquetel, as células do paciente e o exame testaram negativo para HIV.
O caso foi apresentado em uma conferência em São Francisco, nos Estados Unidos. Outros quatro pacientes soropositivos receberam o mesmo coquetel, mas não obtiveram os mesmos resultados.
Isso, porque o resultado é preliminar e não pode ser reproduzido. Portanto, não há nenhuma confiança de cura para as mais de 38 milhões de pessoas infectadas em todo mundo. Entretanto, o vírus consegue ser controlado por meio de remédios e, assim, o paciente pode conviver com o HIV sem que haja avanço da doença.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
Covid-19: Boletim Ahpaceg 07|07|20
O boletim de hoje, 7 de julho, traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para esses atendimentos, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
Covid-19: Boletim Ahpaceg 06|07|20
O boletim desta segunda-feira, 6 de julho, traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para esses atendimentos, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data da primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.
CLIPPING AHPACEG 05 E 06/07/20
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
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Remédio tem efeitos adversos
VALOR ECONÔMICO
Saúde troca "fique em casa" por "vá logo ao médico" e exalta cloroquina
O Ministério da Saúde está mudando sua política de comunicação e produzindo peças para recomendar que as pessoas procurem logo um médico, assim que sentirem sintomas da covid-19.
A orientação é tirar o foco do "fique em casa", recomendação dada pela pasta no início da pandemia. Agora o objetivo é ter como foco o tratamento precoce da doença.
"O que nós não queremos é que o paciente caminhe para uma síndrome respiratória aguda grave, porque lá é que pode complicar. A ideia é que o paciente, ao sentir os primeiros sintomas, possa tanto ser testado como ser tratado", disse ao Valor o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros. "A ideia não é que você não fique em casa. É que você não fique doente em casa."
Além de recomendar a ida a um médico logo nos primeiros sintomas, a pasta segue estimulando o uso da hidroxicoloroquina, exaltada desde o início da pandemia pelo presidente Jair Bolsonaro como forma de tratamento da covid-19.
Um vídeo postado no canal do Youtube da Secretaria de Gestão e Trabalho da Educação na Saúde (SGETES) faz propaganda quase "subliminar" do medicamento.
A narradora não faz menção explícita ao remédio. Mas caixas de um genérico de sulfato de hidroxicloroquina são exibidas no momento em que ela diz que as pessoas, "após a devida orientação médica, possam ter a opção de receber a prescrição de medicamentos utilizados para tratar o coronavírus com doses seguras".
"O Conselho Federal de Medicina já conferiu autonomia aos médicos para a prescrição desses medicamentos e os pacientes poderão optar por recebê-los", completa.
A recomendação do ministério para o uso da cloroquina e da hidroxicoloroquina, uma variante menos agressiva do remédio, remonta ao dia 20 de maio, no início da gestão de Eduardo Pazuello à frente da Saúde.
Em junho, a pasta ampliou as orientações para o uso da substância, recomendando sua prescrição para gestantes, crianças e adolescentes. Em todos os casos, é necessário o consentimento dos pacientes ou de seus responsáveis.
O vídeo também afirma, logo em sua abertura, que "o Ministério da Saúde elaborou uma orientação para que, em todo o Brasil, as pessoas com sinais e sintomas de covid-19 possam procurar uma unidade de saúde mais próxima logo no início da doença".
O material, postado no dia 29 de junho, ainda não está disponível nos principais canais do ministério, como o canal de Youtube, o site e as contas da pasta no Instagram e no Facebook.
Fontes explicam que isso ocorre provavelmente porque esse material, assim como outros que indicam a mudança de orientação, ainda está pendente de aprovação pela cúpula do ministério.
Técnicos da pasta, que avalizam a nova política, criticam a demora em atualizar o site e as redes. Isso porque a orientação de ficar em casa em caso de sintomas leves era válida no início da pandemia, mas ainda sob a gestão de Luiz Henrique Mandetta cristalizou-se a percepção de que é melhor procurar um médico antes de o quadro se agravar.
As fontes ponderam que demoras na atualização do site ocorriam desde o início da pandemia. Mas não um atraso tão grande. Questionado sobre a demora, Correia afirmou: "Cada etapa é sua etapa, eu estou aqui há três semanas."
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JORNAL OPÇÃO
Fake news: Ipasgo esclarece que não cancelou atendimentos eletivos
Por Felipe Cardoso
Instituto esclarece que mudanças englobam apenas cirurgias eletivas e não possuem qualquer ligação com a substituição da presidência na semana passada e seguem, na verdade, uma recomendação da OMS. Entenda
Tem circulado nas redes sociais uma suposta nota técnica assinada pelo Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) que diz que todos os atendimentos eletivos estão temporariamente suspensos em decorrência da “situação de crise pela qual atravessa o órgão”. Como justificativa da decisão, o documento cita, ainda, a substituição da presidência do Instituto realizada na semana passada e argumenta que as mudanças irão acarretar na perda da cobertura de milhares de segurados.
No entanto, conforme apurado pela reportagem, trata-se de uma notícia falsa. Em comunicado oficial, o Ipasgo esclareceu que todos os exames estão liberados e que não houve qualquer alteração na cobertura dos exames para o diagnóstico da Covid-19. As mudanças em relação às cirurgias eletivas não possuem qualquer ligação com a substituição do presidente do Ispasgo na semana passada e segue, na verdade, uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
“A suspensão das cirurgias e serviços em caráter eletivos tem como objetivo evitar o colapso nos hospitais, com a superlotação e também ajudar na liberação de leitos para atender aos casos de internação em função da pandemia do novo coronavírus e casos gerais de urgência e emergência. Neste período, somente serão efetivados procedimentos e cirurgias que tenham riscos e necessidades de caráter emergencial”, explica o Instituto.
Atendimentos autorizados
O Ipasgo explicou que as alterações não afetaram atendimentos de urgência e emergência e também para gestantes que estão em fase de período pré-natal ou com partos agendados. Também não afetam pacientes oncológicos; doentes crônicos; tratamentos continuados; revisões pós-operatórias; controle da dor e disfunções orgânicas; diagnóstico e terapias em oncologia; psiquiatria e aqueles tratamentos cuja não realização ou interrupção coloque em risco o paciente.
Ao total, 14 especialidades e serviços estão autorizados, assim como atendimentos de urgência e emergência, em qualquer área, incluindo pediatria. Para o público infantil, o Ipasgo possui duas unidades de pronto-atendimento 24 horas, em Goiânia e Aparecida.
O informe lembra ainda que a realização de qualquer tipo de exame também está liberada. Os serviços devem ser executados desde que a solicitação já tenha sido cadastrada pelo profissional médico no sistema Ipasgo e autorizada pela auditoria do órgão.
As especialidades autorizadas são: psicologia, psiquiatria, ginecologia e obstetrícia, atendimentos referentes a revisão de cirurgias, oncologia, neurocirurgia, neurologia, cardiologia, colonoscopia terapêutica, endoscopia terapêutica, infectologia e pneumologia. Em caso de dúvidas basta discar 0800 62 1919
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“Não se deve fazer política pública de saúde sem validação científica”, diz Ismael Alexandrino
Por Eduardo Pinheiro
Em entrevista ao Jornal Opção, transmitida por live, secretário de saúde pontou medidas adotas pelo estado para conter pandemia
O secretário de estado de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, assumiu a pasta no início do governo Ronaldo Caiado (DEM) e passa pelo maior desafio sanitário dos últimos 100 anos: a pandemia de Covid-19. Em entrevista ao Jornal Opção, transmitida em live na tarde deste sábado, 4, ele pontuou as ações do estado para conter a doença.
Ismael salientou que a estrutura de saúde expandiu de forma significativa, sobretudo com a criação de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) em todas as macrorregiões do estado. Foram mais de 450 leitos abertos, boa parte de UTI. Além de contratação de mais 1900 pessoas e compra de aparelhos e 4 milhões de Equipamentos de Proteção Individual.
A preparação do governo, segundo o secretário era para a forte pressão que virá a partir de julho, e já era prevista. Não somente da capital, mas da interiorização da Covid-19 no estado.
“Esse discurso de que nada foi feito, não é fidedigno. Fizemos muito. Para a estrutura estadual investimos mais de R$ 250 milhões, mandamos EPI para os municípios, compramos ventiladores, direto da fábrica. Do ponto de vista de estruturação o que precisa ser feito, foi. Agora é preciso fazer também a questão comportamental”, aponta.
Chegar ao número de 2 mil leitos de UTI público é impossível chegar em pequeno intervalo de tempo, de acordo com o secretário. Esse número é apontado por estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG) como ideal para tratamento dos goianos durante a pandemia.
Isolamento
Sobre o isolamento 14 x 14 proposto pela UFG, Ismael salienta que se não houver adoção em massa pode perder a eficácia. No entanto, reafirma que os municípios têm autonomia para adotar ou não as medidas sugeridas pelo decreto assinado pelo governador na última semana.
“Temos a oportunidade de adotarmos medidas para diminuição do número de óbitos e infectados através de medidas não contidas no estudo da UFG. Como, por exemplo, o uso correto da máscara, álcool gel e outra medidas sanitárias individuais”, aponta. “São atenuantes muito válidos além do isolamento social”, continua.
Ismael reforça que é preciso cuidar da saúde dos trabalhadores para que a economia possa se recuperar de maneira mais rápida possível. O secretário lembra que outros países, que adotaram medidas de distanciamento social, conseguem recuperação econômica de forma mais rápida.
Remédios
Sobre protocolo do tratamento da doença, Ismael afirma que só é possível adotar um protocolo único quando há sabidamente, reconhecido pela ciência, o comportamento da doença e os medicamentos que a curam. Por enquanto, ainda não há nem um nem outro.
Entretanto, a SES utiliza nos hospitais medicamentos dexametazona, corticoide que tem atividade antiinflamatória, e evitam o deslanchar da doença. Ismael critica a adoção indiscriminada e baseada em paixões, sem critérios científicos, de medicamentos.
“Quando está no campo das pesquisa precisamos avaliar caso a caso, sem prescrever de forma indiscriminada. Não se deve fazer política pública de saúde sem validação científica. De forma apaixonada. Precisamos ter equilibrio e que o médico tenha autonomia para prescrever. Ele não pode vender uma falsa esperança. É preciso ter transparência”, diz.
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A REDAÇÃO
Goiás completa 24 horas sem registros de mortes por covid-19, informa SES-GO
Estado soma 621 óbitos pela doença |
Goiânia - Goiás registrou 15 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas e o total de contaminação no Estado vai a 28.526. Os dados, divulgados na tarde deste domingo (5/7), são da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), que informou que não houve nenhum registro de morte pela doença entre ontem (4/7) e hoje (5/7). O Estado soma 621 óbitos confirmados.
No Estado, há 69.731 casos suspeitos em investigação. Outros 32.663 já foram descartados.
Além dos 621 óbitos confirmados em Goiás até o momento, há 49 óbitos suspeitos que estão em investigação. Já foram descartadas 491 mortes suspeitas nos municípios goianos.
O número total de pessoas curadas não foi informado.
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Isolamento social em Goiás segue entre os três piores do país
Adriana Marinelli
Goiânia - O isolamento social em Goiás segue abaixo do esperado pelas autoridades, com índice de 39,5%. A informação é do portal inloco e é referente ao sábado (4/7).
Trata-se do terceiro pior índice do País. A situação só é melhor do que o Pará (39,4%) e Tocantins (37,2%).
Com o isolamento alternado determinado pelo governo de Goiás, a expectativa do governador Ronaldo Caiado é chegar ao índice de 55%.
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Saúde de Goiás anuncia novo protocolo para casos leves de covid-19
Febre e cansaço são sintomas para internação
Goiânia - Goiás adotou um novo protocolo para tratamento de casos leves de covid-19. A medida consiste em orientar que as secretarias municipais solicitem internação em enfermaria para pacientes com sintomas como “febre e algum nível de cansaço”, segundo o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino. Ele explica que esse processo evita o agravamento da doença no paciente e reduz a demanda por UTI e respiradores.
A decisão de aplicar esse novo protocolo ocorreu na sexta-feira (3/7), após reunião de Ismael com pesquisadores da Fiocruz que estiveram em Goiânia. “Quando é feita a internação precoce, o paciente já começa a receber medicamentos e o tempo médio de permanência é de três dias, enquanto na UTI pode durar até 12 dias”, disse o secretário.
Ismael afirma que durante esses 14 dias de isolamento social, baseado em estudo da Universidade Federal de Goiás, a estrutura do governo e da secretaria vai intensificar as pesquisas e monitoramento para que não aconteça o surto de covid-19 projetado pela universidade.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Em intervalo de três dias mãe e filha morrem vítimas de Covid-19
As vítimas, a professora Lucimar Neves, 59 anos, e a filha Camila Neves, 35, morreram com três dias de diferença, ambas diagnosticadas com Covid-19 . Moradoras de Edealina, distante 137 km de Goiânia, elas têm outros quatro familiares contaminados pelo novo coronavírus, que estão em isolamento domiciliar.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Morrinhos informou que mãe e filha precisaram ser internadas em um hospital da cidade, após apresentarem sintomas da doença.
Para a pasta, elas foram ao município justamente para cuidar do filho de Lucimar, que é irmão de Camila, que também foi contaminado. Ele chegou a ser internado em estado grave, mas conseguiu se recuperar e recebeu alta dias depois.
A SMS ainda informou, que o quadro delas se agravou e, depois de dois dias de internação foi necessário transferi- las para um hospital em Catalão, no sudoeste de Goiás.
Ainda internada na unidade, Lucimar não resistiu às complicações da doença e morreu na última segunda-feira (29). Três dias depois, na quinta-feira (2), o mesmo ocorreu com Camila
Ambas foram homenageadas pela Prefeitura e a Câmara de Vereadores de Edealina. Nas redes sociais, várias pessoas lamentaram o acontecido.
O boletim mais recente da Secretaria de Estado da Saúde (SES), mostrava Edealina com seis casos confirmados da doença.
Em Morrinhos, onde moram os famíliares de Lucimar e Camila, o boletim informou que já havia 200 casos confirmados, sendo quatro mortos.
Já em Catalão, onde mãe e filha ficaram internadas antes de morrerem, haviam sido contabilizadas mais de 230 pessoas contaminadas pelo coronavírus, com quatro óbitos.
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O POPULAR
Medicamento pode causar taquicardia
Ivermectina Mutirão em Aparecida distribuiu 1,8 mil kits do medicamento, que não tem comprovação de eficácia P14
Grupo distribuiu 1,8 mil kits de ivermectina em Aparecida de Goiânia ontem (5). Substância não tem eficácia comprovada contra Covid 19
O uso de ivermectina, antiparasitário que mesmo sem nenhuma comprovação científica, está sendo utilizado para o tratamento do novo coronavírus (Sars-CoV-2), pode ter efeitos colaterais. É o que afirma a médica infectologista e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Marianna Tassara. "Os efeitos colaterais podem ser febre, alergia, vermelhidão na pele, dor abdominal, hipotensão, taquicardia, diarreia, náuseas, sonolência, edema facial, dentre outros", aponta a infectologista.
Neste domingo (5), 1,8 mil kits de ivermectina foram distribuídos no estacionamento da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, no Setor Expansul, em Aparecida de Goiânia. A ação vai contra os alertas da SBI e do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) sobre o uso indiscriminado de medicação sem a eficácia comprovada para combater o novo coronavírus. O mutirão, realizado por um grupo intitulado Goiânia Frente a Covid-19, ocorreu em sistema de drive thru, com senhas, para pessoas acima de 60 anos ou com problemas de saúde identificados. Cada veículo recebe apenas um kit com 3 cápsulas do medicamento.
Tassara explica que não existe nenhuma comprovação científica de que o uso de ivermectina ajuda no tratamento ou prevenção do novo coronavírus. "Os estudos mostram que realmente o remédio tem uma ação antiviral em laboratório. Entretanto, a quantidade usada para matar o vírus é muito grande e poderia fazer mal caso fosse ministrado a uma pessoa. Isso nos leva a crer em uma não eficiência do produto", esclarece.
A especialista conta que a substância já foi estudado no tratamento de outras doenças como a dengue. "Aconteceu a mesma coisa. No laboratório os resultados foram positivos, mas quando testado no ser humano, a resposta não era tão expressiva", enfatiza. Tassara ressalta que o mesmo que o remédio tivesse ação na diminuição da carga viral, ele não ajudaria no tratamento de casos graves da doença. "Ele não conseguiria ajudar a tratar a resposta inflamatória que o corpo nos casos mais graves por conta do vírus", pontua.
Distribuição
Um dos coordenadores da ação feita em Aparecida, o oftalmologista André Luis diz que o grupo Goiânia Frente a Covid-19 conta com a participação de 242 profissionais na capital e mais de 200 no interior. Segundo ele, durante este domingo houve uma distribuição maciça dos kits, com prescrição médica e descrição de como usar. Além disso, um termo de consentimento foi assinado. As cápsulas, de acordo com André, foram doadas por duas farmácias de manipulação.
O motorista de aplicativo Kleber Motta Silva, de 51 anos, foi uma das pessoas que recebeu o kit. "Eu acredito que o remédio é benéfico e por isso peguei. Ele pode ter efeito no nosso organismo", explica o motorista. Entretanto, ele acredita que a prevenção ainda é o melhor remédio. "Temos que nos cuidar, usar máscara e álcool 70% e lavar as mãos. Não dá para facilitar com a doença", esclarece Kleber.
A Vigilância Sanitária de Aparecida de Goiânia informou que foi procurada pelos organizadores do evento e os orientou que a distribuição de medicamentos deveria seguir a prescrição mediante consulta médica. Procurado, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que não irá se manifestar.
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Goiás tem 82 cidades com internação por Srag
S R AG: Número de cidades com internação salta para 82 p11
Em janeiro deste ano, antes da pandemia de Covid-19, eram dez municípios com hospitalização por Srag
O número de cidades goianas que demandam leitos de internação por síndrome respiratória aguda grave (Srag) aumentou de 10 para 82 entre janeiro e junho deste ano. Dados do Ministério da Saúde apontam que o acréscimo se deu a partir de março, quando os primeiros casos de infecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) foram confirmados em Goiás. Entre fevereiro e março, o total de internações por Srag saltou de 34 para 396, quase 11 vezes mais.
Não existe consolidado o total de leitos de enfermaria e UTI disponíveis dedicados para Covid-19 em Goiás, muito menos por cidades goianas, apesar de no dia 12 fazer quatro meses do primeiro registro da doença no Estado. Mas sabe-se que menos de 30 municípios o possuem. Por isso, preocupa as autoridades o total de cidades que demandam internações por Srag, que são taratadas inicialmente como todos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus.
Desde a epidemia de H1N1 no Brasil em 2009, o Ministério da Saúde exige que todos os casos de internação por Srag sejam notificados, tanto na rede pública como particular. A síndrome é um dos sintomas considerados graves de Covid-19, mas pode ter outros motivos, seja infecção por outros vírus ou bactéria ou causas distintas de contaminações. Entretanto, as autoridades alertam para o aumento do número de notificações fora da média anual.
Entretanto, mesmo com a obrigatoriedade, há uma subnotificação que impede ter uma noção real dos casos de internação por Srag e, por tabela, por Covid-19. Os números variam conforme a fonte pesquisada: Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Dados da Fiocruz, por exemplo, mostram que até o dia 20 de junho já haviam sido notificadas 2.798 internações por Srag, sendo que a estimativa é que este total poderia chegar a 3.330, considerando a demora para os casos chegarem aos bancos de dados do Ministério da Saúde. Os números consolidados vão até a 10º semana epidemiológica (entre os dias 1º e 7 de março). Para se ter uma ideia, o boletim epidemiológico da SES-GO da 26ª semana mostrava que até o dia 23 de maio havia 1.295 internações confirmadas por Covid-19.
Os números da Fiocruz que constam na base de dados Infogripe mostram que os casos de internações por Srag até a 25ª semana epidemiológica aumentaram 4,6 vezes em relação ao mesmo período de 2019 e quase 3 vezes em relação a 2018, quando foi registrado um surto de H1N1 entre meados de março e fim de abril. Neste ano, até o momento, a única epidemia ou surto registrada no Estado é de Covid-19. Em 2019, neste mesmo período, foram 596 notificações e 1.173 em 2019.
O último boletim epidemiológico da SES-GO aponta que houve um aumento de 247% no total de notificações por Srag entre 2019 e 2020 considerando apenas o período entre a 10ª semana epidemiológica, quando surgiram os primeiros pacientes confirmados de Covid-19 em Goiás e a 26ª - a mais recente com dados mais consolidados.
Origem
Os dados do Ministério da Saúde apontam que 230 unidades hospitalares fizeram notificações de casos de pacientes que foram internados por Srag, sendo que muitos deles estavam em postos de saúde de atendimento básico, sem leitos de UTI instalados. Pelo menos 95 casos, por exemplo, vieram de Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) em Goiânia. Há 7 casos de unidades de saúde da família (USF) e 765 de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). De acordo com o ministério, a unidade hospitalar que mais encaminhou notificações de Srag neste ano até o dia 30 de junho foi uma UPA em Aparecida de Goiânia.
Algumas cidades aparecem apenas com notificações em somente um mês, como Acreúna. Mas isso pode ser devido a casos de subnotificação, uma vez que no banco de dados do Ministério da Saúde municípios como Senador Canedo, que até o dia 30 de junho tinha 624 casos confirmados de Covid-19, segundo boletim da SES-GO, porém apenas uma notificação por Srag, de acordo com o Ministério da Saúde. Outra cidade que aparece com poucos casos de internações por Srag apesar de ter um número até maior de pessoas internadas por Covid-19 é Rio Verde, que em junho registrou apenas 40 notificações de Srag no Ministério da Saúde, apesar de ter confirmado mais de 6 mil casos de novo coronavírus e de ter visto o total de leitos ocupados aumentar.
A Srag é uma das principais causas de internação por Covid-19 e, ainda conforme o boletim estadual, 49,7% dos testes feitos com pessoas com sintomas como Srag, febre, tosse entre outros mais comuns nesta doença na 26ª semana epidemiológica deram positivo para infecção pelo novo coronavírus.
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Mortes avançam no Sudoeste
Regional que tem Rio Verde como sede, passou de 1,2% para 12% das mortes causadas pela Covid 19 em Goiás no prazo de um mês. Maior testagem e momento da pandemia podem explicar o cenário
No início de junho, mais de 40% das mortes pelo novo coronavírus em Goiás estavam concentradas na Região de Saúde Central, mais populosa, onde está Goiânia. No entanto, com o avanço da pandemia, a proporção de óbitos por regional começou a ser mais distribuída. O maior aumento desta fatia de vidas perdidas foi na Região Sudoeste I, cuja sede é Rio Verde. Entre o dia 31 de maio e 30 de junho, a região passou de 2 para 71 mortes de Covid-19 e deixou de representar 1,2% desta estatística do Estado para chegar a 12%. Nesse mesmo período, Goiás passou de 172 para 590 mortes.
A Regional Sudoeste I também se destaca com a maior taxa de mortes por Covid-19 a cada 100 mil habitantes, de 16,9, considerando dados da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). Na segunda colocação está a Regional Central, com a taxa de 12,2. No Brasil, este índice já é de cerca de 30 mortes a cada 100 mil habitantes. A Regional Sudoeste I tem uma população de cerca de 420 mil habitantes em 18 municípios, sendo que nove já tiveram pelo menos uma morte confirmada por coronavírus. Goiás é dividido em 18 regionais de saúde.
O aumento destas mortes na Sudoeste I se deve principalmente a Rio Verde, quarta maior cidade de Goiás. O município tem 59 óbitos por Covid-19 segundo dados da SES-GO e 68 conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da cidade. Considerando as cidades com mais de 100 mil habitantes de Goiás, tem a maior quantidade de óbitos por coronavírus proporcional à população.
Médico e coordenador do Centro de Operações de Emergências (COE) municipal de combate ao novo coronavírus, Wellington Carrijo tem duas explicações para este alto número de óbitos em Rio Verde e consequentemente na Regional Sudoeste: maior testagem da população e diferença no tempo epidemiológico de outras cidades do Estado.
O POPULAR já mostrou que Rio Verde teve uma testagem em massa de trabalhadores da indústria. Dos mortos por Covid-19 da cidade, um deles era um destes trabalhadores.
No entanto, de acordo com Carrijo, o município também tem feito cerca de 50 testes diários terceirizados, além de outros cerca de 50 por dia exclusivos da rede privada. Todos do tipo RT-PCR, considerado padrão ouro da testagem. Esta alta testagem reflete na taxa de mortalidade em Rio Verde, de 1,2% dos casos confirmados. Em Goiás a taxa é de 2,2% e em Goiânia 2,5%.
"Quando você testa, você acha. A subnotificação de óbito no Brasil é clara. Todo óbito a gente colhe exame. Isso pode sim ter aumentado", defende o médico. A epidemiologista e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), Erika Silveira, corrobora para esta tese. "Testar mais reduz a subnotificação de casos e de óbitos. O Brasil está com muita subnotificação."
Rio Verde foi o primeiro município a adotar o escalonamento de funcionamento das atividades econômicas, alternando paralisação e abertura do comércio de 14 em 14 dias. Além disso, foi a primeira cidade a abrir um Hospital de Campanha.
A cidade do Sudoeste goiano também teve o primeiro caso confirmado de Covid-19 de Goiás, ainda no mês de março, junto com a capital. Carrijo avalia que Rio Verde está em um estágio mais avançado da pandemia, mais próximo do pico de mortes. Isso também explicaria o número alto de óbitos.
"Acredito que a gente está na frente do Estado três semanas e a gente está chegando no pico. A gente vai desacelerar óbitos na frente do Estado", explica.
Rede privada recorre às vagas de outras cidades
Uma peculiaridade de Rio Verde é que a rede privada de saúde da cidade está mais lotada que a rede pública. Cerca de 80 mil habitantes da cidade possuem plano de saúde, o que representa cerca de 35% da população. Na última sexta-feira (3), os leitos privados de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estavam com ocupação de 94,4%, enquanto os da rede pública tinham ocupação de 41,5%.
A situação demandou intervenção do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). No dia 10 de junho, o promotor Márcio Lopes Toledo se reuniu com representantes da Unimed Rio Verde e São Francisco Saúde, principais planos da cidade, para estabelecer um fluxo dos pacientes conveniados e garantir que eles sejam atendidos por seus respectivos planos. Na época, as empresas garantiram que tinham condições de manter o atendimento aos clientes.
"Na rede pública trabalham com certa folga, mas é preciso esta folga, porque a demanda é grande e duas semanas podem mudar completamente o quadro. A gente está exigindo que o plano cumpra seu papel, atenda bem seu cliente", explica o promotor.
Com esta lotação da rede privada, pacientes de Rio Verde com plano de saúde têm sido internados em Goiânia, 230 km de distância, e até Ribeirão Preto, em São Paulo, cerca de 600 km. "Gerou um caos na iniciativa privada, porque aqueles que têm plano de saúde não estão podendo mais ser atendidos em Rio Verde. Têm que ser transferidos para outras cidades", descreve a promotora Renata Dantas, que também acompanha a situação.
Ela lembra que a rede pública de Rio Verde aumentou seus leitos e se preparou para o aumento da demanda. Segundo a promotora, as decisões municipais têm sido bem embasadas em pareceres técnicos e por isso ainda não foi necessária uma intervenção do Ministério Público.
"Não foi necessária a atuação nossa no sentido de forçar, pedir ou exigir do poder público a tomada de alguma atitude. A atuação do Ministério Público tem sido mais de forma colaborativa. Nós temos acompanhado e as verbas que têm chegado têm sido sim implementadas no combate a Covid-19", garante.
Resposta
Por nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás informou que, apesar do aumento no número de casos confirmados da Covid-19 no último mês, a taxa de letalidade em Goiás é uma das menores do Brasil.
Além disso, a pasta citou o Decreto Estadual nº 9.685 publicado em 29 de junho que determina medidas de fechamento intermitente de atividades econômicas não essenciais e reforça as orientações de cumprir o distanciamento social das publicações que são feitas desde o início da pandemia.
Municípios contabilizam mais mortes que secretaria
As 14 cidades de Goiás com maior população, todas acima de 100 mil habitantes, registraram 34 óbitos a mais por Covid-19 que os computados pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). No caso de Rio Verde, na noite do último sábado (4), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) contabilizou um total de 68 mortes, enquanto a SES-GO tinha o registro de 59.
Por nota, a SES-GO informou que o painel Covid-19 extrai os dados dos sistemas de notificação oficiais, o Sivep Gripe e o E-SUS. Segundo a pasta, estas informações são preenchidas e atualizadas pelos municípios. "Enquanto a cidade não registrar os dados ou atualizar a evolução do caso, as informações não são contabilizadas no sistema. A SES-GO trabalha junto aos municípios para que este monitoramento seja contínuo. Há, inclusive, uma portaria da pasta, que dispõe sobre a necessidade de notificação dos casos", diz trecho de nota do Estado enviada para a reportagem.
Médico e coordenador do Centro de Operações de Emergências (COE) municipal de combate ao novo coronavírus, Wellington Carrijo, explica que como o município testa muito, acaba tendo um tempo entre a divulgação pelo portal da prefeitura e o cadastramento dos dados no sistema. "Como a gente faz testagem em massa, está demorando para processar", explica.
Cidades apostam em maneiras de combate à pandemia no Brasil
Com dores de cabeça e no corpo, perda do olfato e do paladar, vômito e febre, a secretária Ariana dos Santos, de 27 anos, de São Caetano do Sul, ligou para um 0800 e recebeu em casa um kit de autocoleta para o teste da Covid-19.
Em 48 horas, foi avisada do resultado positivo e teve de se isolar por 14 dias. Durante o período, foi monitorada a distância por profissionais da saúde. "Me recuperei em casa, tive sorte."
Entre as iniciativas adotadas pela prefeitura de São Caetano do Sul (SP) durante a emergência sanitária, há o monitoramento de doentes crônicos, principal grupo de risco para complicações e morte pela Covid-19.
Mais de mil experiências em atenção primária estão concorrendo a uma premiação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e do Ministério da Saúde. As inscrições se encerram no próximo dia 15.
Os testes fazem parte das estratégias do município para o combate a Covid-19. Ao todo, foram testadas mais de 38 mil pessoas, o que representa 24% da população.
Até o último dia 30, a cidade tinha 1.924 casos confirmados, com uma taxa de letalidade de 4,4% (86 mortos). "Pelo perfil mais envelhecido da nossa população, poderia se esperar um cenário muito pior", diz a secretária de saúde Regina Zetone.
Em Belo Horizonte (MG), também houve uma iniciativa de manter o cuidado com doentes crônicos, como diabéticos e hipertensos.
Desde o início da pandemia, em março, os usuários deixaram de procurar por atendimentos. Por isso, foi elaborada uma lista com os dados dos que tinham condições crônicas mais complexas. Eles são acompanhados.
Em Teresina (PI), a prefeitura reservou 23 unidades básicas de saúde, de um total de 90, para atender aos pacientes suspeitos e confirmados de Covid-19. Nas unidades e nas visitas domiciliares são testadas cerca de mil pessoas por dia.
Cerca de 27% dos testes são positivos. Os dados são enviados para um sistema que importa a lista de casos confirmados das redes pública e privada.
A relação dos pacientes é enviada para um grupo de enfermeiros, que monitora os sintomáticos e identifica os contatos a serem testados.
A capital do Piauí trabalha com um número de WhatsApp com o qual é possível agendar o teste de Covid-19. "A gente conseguiu evitar a circulação de pessoas possivelmente infectadas e o agravamento do quadro da infecção", diz Andréia Sena, da diretoria de atenção básica da Fundação Municipal de Saúde (FMS).()
Goiânia tem 7.792 infectados pelo novo coronavírus
Os casos confirmados para o novo coronavírus (Sars-CoV-2) em Goiânia chegaram a 7.792 neste domingo (5). Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e foram divulgados por meio de boletim, no fim da tarde. No total, são 22 positivos a mais que os dados divulgados no sábado (4) e nenhum óbito foi confirmado nas últimas 24 horas na capital.
Do total de 7.792 casos, 6.558 foram considerados curados, número equivalente a 84% do total. Além disso, a SMS informa ainda que 247 pessoas se encontram internadas, 788 em isolamento domiciliar. A taxa de mortalidade é de 3%. No total, 51% dos contaminados são mulheres e 49% homens.
Levando em conta a faixa etária, a maior parte dos casos de Covid-19 na capital, (43,8%) é de adultos com idade entre 20 e 39 anos. Em seguida, 35,8%, de 40 a 59 anos. Os idosos, acima de 60 anos, concentram 15,2% dos casos com 1.192 confirmações. Também há registros de infectados com idades abaixo de 10 anos (149 casos) e de 10 a 19 anos (247 casos).
Até o momento, a média de internação foi de 10% dos casos, que dá um total de 771 pessoas. Destas, 382, precisaram de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Profissionais da Saúde
Os trabalhadores da Saúde em Goiânia somam 1.005 infectados, o que corresponde a 13% do total. No topo destes profissionais estão os técnicos de enfermagem, seguidos de médicos e enfermeiros.
Sintomas
Se acordo com a SMS, em 53% dos casos da capital, os contaminados tiveram tosse; 50% tiveram febre e 24% dor de garganta. Em 21% dos confirmados também houve queixa de dor de cabeça e 16% dores musculares. Perda de olfato foi relatada por 10% das pessoas e 9% teve perda de paladar. Diarreia e desconforto respiratório foram relatados por 7% do total e 3% também teve vômito.
Goiás
Nas últimas 24 horas, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás confirmou 15 novos casos do novo coronavírus, totalizando 28.526. No boletim epidemiológico divulgado neste domingo (5), o número de mortes se manteve em 621 como informado no último sábado.
O boletim informa ainda que no Estado, há 69.731 suspeitas em investigação e 32.663 já foram descartadas por não confirmarem a doença. A pasta investiga 49 mortes que podem ter como causa complicações do novo coronavírus. A pasta já descartou 491 óbitos não associados a Covid-19.
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Remédio tem efeitos adversos
MESMOS EM COMPROVAÇÃO, IVERMECTINA É USADA PARA TRATAR COVID-19
O uso de ivermectina, antiparasitário que mesmo sem nenhuma comprovação científica está sendo utilizado para o tratamento da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, pode ter efeitos colaterais adversos.
É o que afirma a médica infectologista e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (S-BI), Marianna Tassara. "Podem ser febre, alergia, vermelhidão na pele, dor abdominal, hipotensão, taquicardia, diarréia, náuseas, sonolência, edema facial, dentre outros", aponta.
Ontem, 1,8 mil kits de ivermectina foram distribuídos no estacionamento da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, no Setor Expansul, em Aparecida de Goiânia. A ação vai contra o alerta da SBI e do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) sobre o uso indiscriminado de medicação sem a eficácia comprovada. O mutirão, realizado por um grupo intitulado Goiânia Frente a Covid-19, ocorreu em sistema de drive thru, com senhas, para pessoas acima de 60 anos ou com problemas de saúde identificados.
Um dos coordenadores da ação, o oftalmologista André Luis, diz que a distribuição contou com prescrição médica e descrição de como usar. Além disso, um termo de consentimento foi assinado. Aproximadamente 10 médicos e voluntários participaram da ação. Segundo ele, as cápsulas foram doadas por duas farmácias de manipulação. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) preferiu não se manifestar sobre a ação.
SEM COMPROVAÇÃO
Tassara explica que não existe nenhuma comprovação científica de que o uso de ivermectina ajuda no tratamento ou prevenção da Covid-19. "Os estudos mostram que remédio tem uma ação antiviral em laboratório. Entretanto, a quantidade usada para matar o vírus é muito grande e poderia fazer mal caso ministrado a uma pessoa", esclarece.
A especialista conta que a substância já foi estudado no tratamento de outras doenças como a dengue: "Aconteceu a mesma coisa. No laboratório os resultados foram positivos, mas quando testado no ser humano, a resposta não era tão expressiva".
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
Covid-19: Boletim Ahpaceg 04|07|20
O boletim de hoje, 4 de julho, traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Nele estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para esses atendimentos, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data da primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.