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DESTAQUES
Dia do médico: na linha de frente contra o coronavírus, 20 profissionais perderam a vida em Goiás
AMG – Posse da nova diretoria é marcada por desafios
Caiado comenta combate à pandemia em reunião virtual no Dia do Médico
Juventude eterna: nem todos os tratamentos estéticos realmente funcionam; veja quais são eficazes
Palavra do Presidente – Dia do Médico
Uma homenagem do Cremego aos médicos
Médicos abraçam a profissão inspirados em exemplos de familiares
Fundador da Qualicorp lança plano de saúde
JORNAL OPÇÃO
Dia do médico: na linha de frente contra o coronavírus, 20 profissionais perderam a vida em Goiás
Por Lívia Barbosa
Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) instalou um monumento confeccionado em mármore preto na entrada de eventos do Conselho, em Goiânia, para homenagear os profissionais
O Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, este ano será marcado pela perda de inúmeros profissionais que morreram vítimas de Covid-19. Somente em Goiás, 20 médicos e médicas perderam a vida em decorrência do coronavírus. “Infelizmente, nessa caminhada, perdemos vários colegas, mas os médicos nunca se acovardaram ou se esconderam da luta”, afirma o presidente do Cremego, Paulo Roberto Cunha Vencio.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) instalou um monumento confeccionado em mármore preto na entrada de eventos do Conselho, em Goiânia, para homenagear os profissionais que perderam a vida. A homenagem também se estende a todos que lutam na linha de frente da pandemia e aos médicos que se contaminaram pela Covid-19 e se recuperaram.
“Acredito que em tempos tão sombrios como os atuais precisamos nos lembrar de tudo aquilo que nos inspira. (…) Que a cada dia continuemos a lembrar de curar nossos pacientes sempre que possível, de maneira pura, honesta e profunda. Que possamos aliviar o sofrimento nas horas de agonia e dor. Que continuemos a consolar sempre, mesmo quando se trata do nosso próprio consolo”, destaca o ortopedista Maurício Morais.
Médicos que faleceram em decorrência da Covid-19 em Goiás:
Abdala Sebba Primo CRM/GO 2277 – Nasceu em Goiânia e se formou em 1974 na Universidade Federal de Goiás. Dermatologista, faleceu no dia 15 de outubro, aos 71 anos de idade.
Altamiro Araújo Campos CRM/GO 1780 – Natural de Pontalina, formou-se em 1974 na Universidade Federal de Goiás. Ginecologista e obstetra, faleceu no dia 17 de agosto, aos 71 anos de idade.
Antonio Marmo Campos Furtado CRM/GO 2208 – Anapolino, formou-se em 1974 na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Neurologista, faleceu em 24 de setembro, aos 73 anos de idade.
Antônio Romário Fulgêncio Martins⠀CRM/GO 888 – Nasceu em Bambuí, Minas Gerais. Formou-se em 1968 na Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Acupunturista, faleceu em 7 de agosto, aos 79 anos de idade.
Caio Martins Guedes CRM/GO 19180 – Tocantinense de Taguatinga, formou-se em 2014 no Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos. Faleceu em 22 de junho, aos 32 anos de idade.
Ciro Ricardo Pires de Castro CRM/GO 1114 – Goianiense, formou-se em 1969 na Universidade Federal do Paraná. Especialista em Clínica Médica, faleceu em 27 de junho, aos 75 anos de idade.
Cristovam Guilherme Nunes de Alvarenga Filho CRM/GO 2145 – Mineiro de Muriaé, formou-se em 1974 na Universidade de Brasília. Pneumologista, faleceu aos 70 anos de idade no dia 7 de setembro.
Emivaldo Soares Martins CRM/GO 4086 – Natural de Conceição do Araguaia, no Pará, formou-se em 1983 na Universidade Federal do Maranhão. Cirurgião geral e ginecologista e obstetra, faleceu em 25 de maio, aos 63 anos de idade.
Fernando José Teixeira CRM/GO 5765 – Paulista de Cajobi, formou-se em 1985 na Universidade do Vale do Sapucaí. Médico do trabalho, faleceu no dia 14 de agosto aos 60 anos de idade.
Flávio Fialho dos Santos CRM/GO 17525 – Natural de Goianésia, formou-se na Universidade de Guayaquil em 2004. Faleceu no dia 22 de julho aos 49 anos de idade.
João Margon CRM/GO 3244 – Goiano de Catalão, formou-se em 1977 na Universidade Federal do Paraná. Faleceu no dia 24 de julho aos 68 anos de idade.
Jonas Pinheiro Dias CRM/GO 2099 – Mineiro de Salinas, formou-se em 1974 na Universidade de Brasília. Faleceu aos 78 anos de idade no dia 16 de agosto.
José Antônio de Freitas CRM/GO 611 – Natural de Uberlândia, em Minas Gerais, formou-se em 1957 na Universidade Federal de Minas Gerais. Faleceu aos 87 anos de idade em 2 de agosto.
José Ronaldo Menezes CRM/GO 4889 – Goiano de Niquelândia, formou-se na Universidade Federal do Maranhão em 1986. Urologista, faleceu no dia 19 de maio aos 60 anos de idade.
Josias Rosa da Silva CRM/GO 3798 – Mineiro de Ibiá, formou-se na Universidade Federal de Goiás em 1981. Ginecologista e obstetra, faleceu no dia 2 de julho aos 79 anos de idade.
Márcio Alves da Silva CRM/GO 3989 – Natural de Araguari, Minas Gerais, formou-se em 1982 na Universidade Federal do Pará. Cardiologista, faleceu em 22 de julho aos 66 anos de idade.
Marco Aurélio Rodrigues Lima CRM/GO 8817 – Goiano de Aragarças, formou-se em 1981 na Universidade Federal do Maranhão. Faleceu em 25 de agosto aos 68 anos de idade.
Nelzinho Faleiro de Siqueira CRM/GO 4953 – Goianiense, formou-se em 1983 na Faculdade de Medicina de Barbacena. Oftalmologista, faleceu em 31 de agosto aos 74 anos de idade.
Olimpia das Dores Gomes Carvalho CRM/GO 3226 – Baiana de Pindaí, formou-se em 1979 na Universidade Federal do Pará. Pediatra, faleceu no dia 15 de setembro aos 69 anos de idade.
Roque Gomide Fernandes CRM/GO 795 – Anapolino, formou-se em 1967 na Universidade Federal de Goiás. Pediatra, faleceu no dia 12 de agosto aos 79 anos de idade.
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DIÁRIO DA MANHÃ
AMG – Posse da nova diretoria é marcada por desafios
http://impresso.dm.com.br/edicao/20201019/pagina/4
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A REDAÇÃO
Caiado comenta combate à pandemia em reunião virtual no Dia do Médico
Evento era de posse de nova diretoria da AMG
Goiânia - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, reuniu neste domingo (18/10), data em que o Brasil celebra o Dia do Médico, colegas de profissão em cerimônia virtual para homenagear a data. “Nada mais divino e gratificante no mundo do que a profissão de salvar vidas. O momento é de continuar essa luta, muitos desafios virão”, destacou.
A solenidade marcou a posse da nova diretoria da Associação Médica de Goiás (AMG). Caiado cumprimentou o novo presidente da entidade, Washington Luiz Ferreira Rios, e citou a “relevância” da AMG e Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) pelas decisões partilhadas com o Governo de Goiás em defesa da vida, especialmente durante o enfrentamento atual da pandemia do novo coronavírus.
O governador frisou que neste combate à pandemia, ninguém está mais exposto que o médico e as categorias da saúde. “É uma verdadeira guerra”, disse. “Em 46 anos de formado, acredito que nunca vivemos uma situação semelhante, com mais de 150 mil mortos no país, 5.300 vítimas em Goiás e, entre elas, 21 colegas médicos”, destacou.
Caiado apontou, ainda, os desafios da área da saúde e da gestão do Estado durante e após a pandemia, com os efeitos da covid-19 nos pacientes afetados e a crise econômica, desemprego e aumento das dificuldades das famílias vulneráveis. O governador pediu apoio da classe para a criação de um ambulatório especializado em sequelas da doença, que, como explicou, não afeta apenas o sistema respiratório, mas sim diversas áreas do corpo humano como o paladar e sistema nervoso central.
A cerimônia de posse contou com a presença de profissionais da medicina e representantes de entidades, como o presidente da Associação Médica Brasileira, Lincoln Lopes Ferreira, a presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), Franscine Leão, o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), Antonio Fernando Carneiro, o presidente da Academia Goiana de Medicina, Lindomar Oliveira, o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, e outros médicos de renome.
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FANTÁSTICO/TV GLOBO
Juventude eterna: nem todos os tratamentos estéticos realmente funcionam; veja quais são eficazes
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CREMEGO
Palavra do Presidente – Dia do Médico
https://www.youtube.com/watch?v=pa65BpZL1-g
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Uma homenagem do Cremego aos médicos
https://www.youtube.com/watch?v=RfltDQe8EPM
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ESTADO DE MINAS
Médicos abraçam a profissão inspirados em exemplos de familiares
Três gerações de médicos na Rede Mater Dei de Saúde. Na foto, Felipe Salvador Ligório, Maria Norma Salvador Ligório, José Salvador Silva, Norma Salvador, Henrique Moraes Salvador, Anna Salvador, Livia Salvador Geo, Márcia Salvador Geo e Lara Salvador Geo
Ser médico é não se acomodar. É ser impaciente, no melhor sentido da palavra, e não aceitar limites. É estar em movimento, é aprender dia a dia. Não se trata apenas de curar ou prevenir doenças. É respeitar e admirar a vida e todas as suas adversidades. E fazer a vida melhor. É ter uma escuta apurada, uma palavra de conforto, é amparar, ser amigo, amar o ser humano. Não há horários, não há fronteiras. Neste domingo, o Dia do Médico enaltece o trabalho de quem, ao final de cada jornada, honra a profissão que se reinventa a todo instante, mas não perde a essência.
A medicina, muitas vezes, é um saber transmitido entre gerações. "É preciso roubar uma parte da vida para dedicar aos sonhos, ideais e realizações que não queremos que morram conosco." A frase inspiradora de José Salvador da Silva, fundador da Rede Mater Dei de Saúde, em Belo Horizonte, mostra que seu grande sonho é também o sonho de seus descendentes. "Sempre fui um sonhador. Menino, sonhei em ser médico. Quando jovem, depois de me formar, tive o sonho de construir um hospital", diz o ginecologista e obstetra que, aos 90 anos, passou para a família a maravilha sobre a profissão.
Com a esposa, Norma Salvador, igualmente ginecologista, tem três filhos e quatro netos seguindo os mesmos passos. "Nossos filhos viram de nós o entusiasmo pelo trabalho. Me encanta a possibilidade de ajudar o outro, não apenas como médico. A principal bandeira do hospital é atender bem o paciente, de forma personalizada, individualizada e humanizada", diz José Salvador.
Desde a infância, Norma Salvador nutria o desejo em ser médica. Aos 88 anos, recorda-se que os filhos sempre viram o casal atendendo aos chamados no hospital, não importava se era dia ou noite. Para ela, a medicina ensinou sobre amor, carinho, a se doar, estar disponível, seja qual for a situação. "Vivemos pelo trabalho. O médico precisa ter uma visão geral sobre o mundo, sobre a vida. Nosso exemplo deu coragem e força para que nossos filhos exercessem a medicina. E o exemplo vale mais que palavras", declara.
Hoje, as filhas Maria Norma e Márcia, são diretoras da Rede Mater Dei de Saúde, e o primogênito, Henrique, é o presidente do grupo hospitalar. Renato, o outro filho, é o único que não seguiu caminho na medicina. Engenheiro, coordena uma construtora. Entre 10 netos, na terceira geração Felipe, Anna, Lara e Livia são médicos e integram a equipe na rede.
Henrique Moraes Salvador Silva, de 62, é mastologista. Teve formação na Inglaterra, Itália, Canadá e Estados Unidos, e está no Mater Dei desde 1985. Lidar diretamente com o ser humano e fazer o bem é algo que lhe dá prazer. Sobre a medicina, gosta do fato de poder exercê-la de várias maneiras. Primeiro, o atendimento ao paciente, depois a medicina acadêmica (é professor livre docente), a medicina de gestão, com o dia a dia no hospital, e a medicina de representação de classe - Henrique já presidiu a Sociedade Brasileira de Mastologia e a Associação Nacional de Hospitais Privados. "Dos meus pais, aprendi sobre o respeito ao paciente, o amor pela profissão e o compromisso em estar sempre atualizado", conta.
"Através da prática, da observação, do dia a dia, meus pais desde cedo me mostraram o quão gratificante é ser médico", diz Maria Norma Salvador Ligório, de 60, ginecologista e obstetra. A médica trabalha no Mater Dei desde a inauguração, em 1980. É vice-presidente administrativa e financeira. José Salvador e Norma são para ela referência de luta e trabalho duro.
"Desde a infância convivo com a medicina por causa de meus pais, e me encantei. Precisamos ter inspiração, mas é através da transpiração que chegamos aonde queremos." No âmbito de sua especialidade, conta que o que mais lhe fascina é ajudar a trazer ao mundo um novo ser. "É indescritível a sensação de entregar aos pais o filho que acaba de nascer", acrescenta. Para o filho, Felipe, Maria Norma ensina a importância de fazer o que lhe agrada, e fazer com amor.
Já Márcia Salvador Géo, de 57, é ginecologista, obstetra e uroginecologista. Atua no Mater Dei desde os 17, onde hoje é vice-presidente assistencial e operacional. Dos pais, apreendeu a missão de servir ao próximo, de ser desafiada a dar o melhor para os pacientes, a importância do conhecimento, para oferecer o que há de mais moderno na área, perseguindo preceitos éticos e filosóficos. "São exemplo de luta e perseverança. Profissionais que foram além, se destacaram e fizeram a diferença, seja na família, na vida dos pacientes, e na sociedade em geral. Ensinaram-me a nunca desistir dos sonhos. Que a vida é bem melhor se tiver um propósito, que a família e os amigos são essenciais para sermos felizes", pontua.
Para Márcia, a lição que fica é a da humildade, a crença na vida como bem maior, respeitar o tempo das coisas e saber que o tempo é finito, perceber que pequenos atos fazem a diferença. "Cada paciente te ensina muito e te faz um ser humano melhor. É um privilégio trabalhar com pessoas, ter um desafio novo a cada dia. Uma troca de energia que nos faz lidar melhor com os obstáculos. Achamos que estamos ajudando o paciente, mas quem sai melhor desta troca somos nós, os médicos." Para as filhas, Lara e Lívia, Márcia procura lembrar de ter um objetivo, e disciplina e foco para atingi-lo. "Que sonhem sempre, que tudo nesta caminhada vale a pena, principalmente quando a alma não é pequena."
Felipe Salvador Ligório, de 32, ingressou na Rede Mater Dei de Saúde em 2009, primeiro como estagiário de medicina. Atualmente, é diretor médico e atua na gestão e administração do grupo, auxiliando pacientes e médicos de todas as especialidades. Dos avós, da mãe, Maria Norma, e dos tios, teve referências profissionais e pessoais. "Me ensinaram a agir diante de situações difíceis e delicadas, sem esquecer o lado humano. A medicina exige dedicação e entrega. Sem esforço nada é possível.'
Felipe diz que admira a profissão desde cedo, pela influência mesmo da família. A escolha na hora do vestibular foi natural. "A vontade de servir ao próximo sempre existiu e percebi que a medicina me proporcionaria isso. Me sinto grato e honrado em poder ajudar as pessoas em momentos delicados. É um desafio e uma missão de vida."
MEDICINA COMO ARTE
Anna Salvador, de 29, é filha de Henrique. Ela entrou no hospital como estagiária em 2011. Como os familiares, também atua com ginecologia, mastologia e obstetrícia. O pai e os avós lhe apresentaram a medicina como uma arte. A arte em contribuir com o outro, e uma maneira sem igual de realização profissional. "Saber o que meus avós construíram e como influenciaram na vida dos pacientes para melhor é, para mim, o estímulo para crescer enquanto pessoa e ser uma profissional completa. A medicina me mostra como não temos o controle em muitas situações, mas um simples detalhe importa. E me pede a cada dia para me aprimorar."
Sobre o fazer da profissão, o encantamento são os laços edificados. Para Anna, nada mais importante que um abraço carinhoso de gratidão - faz valer todo sacrifício. "Optei pela medicina justamente por admirar tanto meus avós, meu pai e minhas tias. Desde a adolescência, tive a oportunidade de acompanhar meu pai nos partos que fazia. Me sinto privilegiada. Poder contribuir para a saúde das pessoas e presenciar uma vida nova é emocionante."
Lara Salvador Géo, de 27, é uma das filhas de Márcia. Depois de passar pelo Mater Dei, agora trabalha em outro hospital. É gestora. Não pratica a medicina assistencial. "Minha mãe e meus avós me apresentaram a medicina como uma profissão apaixonante, de doação, de troca, de respeito. Tenho orgulho em fazer parte dessa família. Eles são para mim a maior inspiração, um exemplo diário, não apenas profissional."
Lara diz que a medicina lhe faz ser uma pessoa melhor, perceber cada indivíduo como único, com sua beleza e singularidades. "Trata-se de enxergar o outro em todas as suas dimensões. É uma troca gratificante. Me sinto realizada e feliz em ver que, de alguma forma, estou impactando positivamente na vida do paciente."
Para Lívia Salvador Géo, de 26, outra filha de Márcia, a medicina pede para aprimorar o ouvir, em uma época em que muito se fala e pouco se escuta. "Nunca devemos desvalorizar a queixa de uma pessoa. É preciso ter um olhar holístico para realizar um cuidado amplo e adequado", diz Lívia, que ingressou no Mater Dei em 2016 e, para a residência médica que começa em 2021, escolheu também a ginecologia e obstetrícia. Lembra da forma amorosa com que os familiares sempre se referiram à medicina. 'Não só minha mãe e avós. Meus tios e primos também me inspiram na carreira que quero construir. Estou começando e tenho muito a aprender, com a certeza que estou cercada por grandes médicos. A medicina é uma área cheia de possibilidades", afirma.
Caminho natural
Médicos que seguem os passos dos pais, tios ou avós compartilham experiências no trabalho. Muito mais do que aprendizado e interação, exemplo e dedicação são levados para todas as áreas da vida
Os cirurgiões plásticos Pedro e Marzo Bersan: filho e pai trabalham juntos
Cirurgiões plásticos, Marzo e Pedro Bersan são pai e filho. Aos 60 anos, Marzo trabalha no hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte, desde 1986, e já fez parte da equipe médica do centro de queimados da Fhemig. Há mais de 30 anos, também mantém consultório próprio, e conta com o filho na equipe há cinco anos, tempo em que Pedro também se tornou companhia no hospital. Os dois atuam juntos nas intervenções cirúrgicas, discutem casos médicos e as melhores formas de conduzir os tratamentos em cada situação.
Para Marzo, o fato de o filho ter escolhido a profissão é motivo de orgulho. Ele diz que a interação é enriquecedora - união entre sua visão, mais antiga, e o que vem de novo de Pedro, de 33. "Transmito a experiência técnica e também sobre relacionamentos. Cuidar do paciente, aliviar sofrimentos, ter prazer no trato com as pessoas. A medicina é algo que nasce com a gente", afirma Marzo.
Pedro conta que aprende muito com o pai, para ele um verdadeiro professor. Ser médico foi um caminho natural. Marzo nunca o pressionou para que seguisse a carreira. "A informação está acessível a todos, mas a experiência vem com o tempo, não está nos livros. A medicina me ensina sobre empatia. Aprendi com meu pai sobre a importância de se colocar no lugar do outro, ter atenção com o paciente, o rigor para garantir a segurança nos procedimentos. Podem dizer que a cirurgia plástica é uma futilidade. Mas interfere diretamente na autoestima, na melhor percepção sobre si mesmo e nas relações interpessoais", ressalta.
Os pacientes que geralmente buscam intervenções em cirurgia plástica, explica Pedro Bersan, quase sempre agendam os procedimentos em algum momento que não atrapalhe a rotina de trabalho, já que o tempo de licença médica costuma ser de até 15 dias. "Como a maioria está em home office e não tem a obrigação do emprego presencial, já marca a cirurgia de uma vez. Aumentou muito a procura por mudanças na face, nariz e pálpebra, características que ficam mais evidentes nas chamadas de vídeo", diz o cirurgião.
A endocrinologista Patrícia Fulgêncio, de 48 anos, é de uma família de médicos: opção pela medicina nunca foi uma dúvida
A endocrinologista Patrícia Fulgêncio, de 48, é de uma família de médicos. Cresceu no hospital mantido pelos pais em Mantena, no interior de Minas Gerais. É diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional Minas Gerais (SBEM-MG), presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes - Regional Minas Gerais (SBD-MG), professora da Faculdade de Ciências Médicas e tem consultório particular.
A opção pela medicina nunca foi uma dúvida. De Antônio, cirurgião, e Heloísa, ginecologista, recebeu o exemplo de um trabalho árduo e contínuo, de dedicação, respeito, cuidado e carinho. Com 78 e 75 anos, respectivamente, os pais até hoje demonstram o amor pelo que fazem, e isso foi transmitido para toda a família. "Eles iam ao hospital durante a noite, passando de leito em leito para ver se tudo estava bem, e muitas vezes eu ia junto. Fui me apaixonando, nunca pensei em fazer outra coisa. Aprendi como a medicina é fundamental para melhorar a vida, ainda que não seja curar, mas aliviar a dor", diz. O irmão é cardiologista e a irmã oftalmologista. Patrícia já começa a perceber também o pendor da filha mais nova pela carreira médica.
Patrícia conta que, no primeiro mês da pandemia, os atendimentos tiveram uma queda brusca na frequência. O que logo a fez começar a prestar assistência por telemedicina. Começou a auxiliar pacientes não apenas em BH, mas também no interior de Minas Gerais e até em outros países. "Muitas pessoas gostaram do modelo. Os atendimentos presenciais estão voltando, mas muita gente preferiu continuar com a telemedicina. Tenho mais pacientes agora do que antes da COVID-19", diz.
ORGULHO
Christiano Simões, de 40 anos, e o pai, Roger Simões, de 73, são médicos ortopedistas e traumatologistas
Incluindo o período de residência, Christiano Simões, de 40, trabalha no hospital Felício Rocho, em BH, desde 2006, e tem consultório privado. Atua como ortopedista e traumatologista, assim como o pai, Roger Simões, que ingressou na unidade de saúde em 1972. Seguindo o percurso paterno, trata problemas de coluna, traumas, patologias crônicas, tumores, casos de deformidades e degeneração, além do pronto atendimento em urgências e emergências.
Ele se lembra das ocasiões em que, ainda criança, passeava com o pai e encontrava pacientes o cumprimentando, agradecendo pelo tratamento. O que mais ouvia era "o senhor salvou minha vida". "Ficava orgulhoso, e isso me fez desejar trabalhar na mesma área. A medicina sempre foi para mim uma referência", conta.
Para Christiano, os encantos da profissão, que em sua opinião exige dedicação e vocação, passam principalmente pela possibilidade de resolver o problema do próximo, ser útil, perceber a gratidão das pessoas, poder ajudar em momentos difíceis. "Meu pai me ensinou a ser honesto, a não usar a medicina como finalidade, mas como meio. Meio para conquistar as coisas na vida. O primeiro objetivo é cuidar. Qualquer resultado financeiro é secundário, apenas uma consequência."
Roger tem 73 anos. Na época de criança, lembra-se de que as maiores aspirações nas famílias é que se formassem médicos. Algo que foi intencionado pelos seus pais. Conta que sempre gostou da medicina, e logo seguiu o rumo. Hoje, o filho dá continuidade a essa história, e faz mais. "Há quase 50 anos, a medicina era muito artesanal. Hoje, meu filho está muito mais bem preparado", compara.
A esposa de Christiano, Pierina Formentini, de 34, também é ortopedista e traumatologista, especializada em ortopedia pediátrica. Conta que a interação com o marido é algo a acrescentar. "Discutimos as situações, falamos sobre as melhores condutas, orientamos um ao outro. Tranquilizar as famílias, transmitir a confiança de que tudo vai melhorar, acompanhar a evolução do paciente, é uma satisfação", conta a médica, que trabalha na Santa Casa de Belo Horizonte e no hospital São Lucas, no Santa Efigênia.
Legado de família
Acompanhar o trabalho de pais nas consultas ou atendimentos domiciliares desde cedo despertou vocação de médicos que decidiram seguir os mesmos passos na carreira. Aprendizado é diário
Médico ginecologista, Agnaldo Lopes diz que os filhos, Teresa e Bernardo, querem seguir a mesma carreira
Agnaldo Lopes da Silva foi o primeiro morador de Caraí, no Norte de Minas, a se tornar médico, em 1958. Especializado em otorrinolaringologia, se formou em Belo Horizonte, pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. Nos 25 anos em que viveu em Teófilo Otoni, organizou sua rotina entre o consultório, o hospital e a fazenda da família. Com a esposa, Maria Thereza Martins da Costa Lopes, teve cinco filhos. Depois de quatro mulheres, nasceu o filho caçula, Agnaldo, que herdou do pai, falecido, o nome e a profissão.
Com passagem por algumas especialidades médicas, Agnaldo Lopes da Silva Filho, de 47, hoje é presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). O ginecologista conta que não sabe precisar o momento exato em que decidiu cursar medicina. Desde criança, seus interesses apontaram a direção. O fato de ser filho do único otorrinolaringologista de uma cidade do interior lhe proporcionou uma experiência interessante que, certamente, contribuiu para a escolha, embora antes não tivesse consciência sobre isso.
"Naquela época, era costume o atendimento médico domiciliar e meu pai recebia pacientes em nossa casa ou os atendia em suas residências. Nesses atendimentos fora do consultório, frequentemente solicitava minha participação, quem sabe já intuindo a minha vocação e alimentando a chama", lembra.
Agnaldo diz que a carreira científica e acadêmica foi influenciada por mestres da vida e da profissão. O primeiro foi o pai, homem de caráter notável, honestidade e simplicidade, como relata, cujo exemplo foi sua maior ferramenta de ensino. "Talvez tenha sido o principal responsável pela minha carreira, já que sempre me ensinou que estudo e competência são importantes, mas o imprescindível é o caráter. Para meu pai, o mais importante não era ser bem-sucedido, mas ser um homem de valor", lembra. Da mãe, ainda garoto se recorda de ouvir que a medicina é um sacerdócio.
Com a também médica Rívia Lamaita, de 48, teve os filhos Teresa e Bernardo. Os dois pretendem seguir a carreira médica. "Interesso-me pela oncologia. Isso veio dos meus pais. Sempre escutei os dois conversando sobre a medicina e me passaram o amor pela profissão. Ensinaram-me a ir atrás do que eu quero", conta Teresa.
Agnaldo diz que o aprendizado é diário, muito pelo contato com os pacientes que tem a oportunidade de auxiliar. "Aprendo com as vitórias e também com os erros e fracassos. Quando se lida com vidas humanas, todas as decisões envolvem riscos. O exercício da medicina exige que sejamos capazes de enfrentar esses riscos e de tomar decisões por vezes muito difíceis." Para Agnaldo, a noção mais importante sobre relação médico-paciente é a da confiança."A pessoa se entrega a você."
Com a pandemia, Agnaldo observa mudanças na sua forma de atuação. Costumava viajar para outras cidades, estados e até países diferentes para participar de congressos, concursos, conferências, bancas de pós-graduação, muito por causa de seu cargo de professor titular da cadeira de ginecologia na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nesse período de quarentena, as atividades passaram a ser pelas plataformas digitais. Na universidade, inclusive, as aulas presenciais acabam de ser retomadas.
Por um lado, não há mais o desgaste com tantas viagens, como diz o médico, e, por outro, com o trabalho na Febrasgo no momento baseado nos contatos virtuais, a relação com os associados foi estreitada. "Conseguimos uma presença mais próxima com os associados em outras regiões do Brasil e no exterior", descreve.
SUPER-HER?IS
A psiquiatra Jaqueline Bifano, de 35, cresceu escutando do pai elogios à medicina. Pessoas que salvam vidas e se empenham no cuidado ao próximo para ele são mesmo super-heróis. O irmão e a irmã também são médicos. "Desde criança, para nós essa parecia a melhor profissão que podíamos escolher", diz.
A psiquiatra Jaqueline Bifano com os pais, Florisvaldo e Gilda, e os irmãos, Lucas e Tatiana: medicina na veia. "Pela influência desse profundo desejo do meu pai, eu e meus irmãos decidimos pela medicina", diz
O sonho do pai em ser médico, ainda que não realizado por ele, devido à dificuldade em lidar com sangue, mesmo assim foi a inspiração pela opção. "Pela influência desse profundo desejo do meu pai, eu e meus irmãos decidimos pela medicina. Meu irmão até cursou relações internacionais, mas abandonou o curso no último ano por ver que não era aquilo que ele queria. Hoje, somos dois psiquiatras e uma neurologista."
EMPURRÃO
Para Lucas e Tauana, o amor pela medicina passa de primo para prima
Um percorrendo os passos do outro, entre o dermatologista Lucas Miranda, de 37, e a neurologista Tauana Tirone, de 32, a afeição pela medicina foi transmitida de primo para prima. Os dois cresceram em Carangola, no interior mineiro, e estudaram nos mesmos colégios durante a infância. Mais tarde, cursaram faculdade e fizeram a residência médica também nas mesmas instituições.
"Lucas é cinco anos mais velho. Fui acompanhando seus passos, as histórias que contava sobre o curso, a faculdade de medicina. Foi um empurrão para eu não desistir', lembra Tauana. Quando ingressou na escola de medicina, os incentivos recebidos do primo eram ainda maiores. "Muitas vezes, sofria com a rotina pesada de estudo e dedicação que o curso exige. Mas, como o Lucas tinha passado pelo mesmo caminho, me ajudava muito repassando materiais, me estimulando."
Para Lucas, a medicina é uma vontade que vem de garoto. "Não me lembro ao certo em qual idade, ou como exatamente isso surgiu. Nunca cogitei outra área, o que é curioso para mim até hoje. Talvez por ser um grande objetivo, desde cedo despertou o interesse de parte da família", diz.
O irmão mais novo de Tauana também acaba de se formar em medicina e a afilhada de Lucas, Lorena, vai fazer o Enem visando essa área.
Médicos são os profissionais em quem as pessoas mais confiam, diz pesquisa
Além do alto índice de confiabilidade, estudo aponta que 95% dos entrevistados acreditam que estes profissionais carecem de valorização, como maior remuneração e plano de carreira
Jéssica Mayara*
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Instituto Datafolha no segundo semestre deste ano, os médicos são os profissionais em quem as pessoas mais confiam. Os dados, recolhidos em entrevistas estruturadas via telefone em todas as regiões do país, apontam que 33% - nove percentuais a mais do que os índices apresentados em 2018 - das 1.511 pessoas que responderam o questionário têm na figura do médico, a profissão em quem mais depositam confiança.
O alto nível de credibilidade depositado nos médicos se deve, especialmente, no que tange à percepção das mulheres (42%), da população com ensino fundamental completo (42%) e com idade superior a 45 anos (37%). O olhar positivo para a categoria também é maior entre os que ganham até dois salários mínimos (41%) ou mais de dez salários mínimos (33%). Do ponto de vista da distribuição geográfica, os percentuais são muito próximos, com destaque para os estados do Nordeste (37%) e Sul (38%).
"A vocação por promover saúde, prevenir doenças e cuidar de pessoas consiste no cerne do exercício profissional do médico. Diante da pandemia instalada em todo mundo e que afetou pesadamente o Brasil, a luta de todos os profissionais, e em especial dos médicos, tornou-se ainda mais intensificada e percebida. Inclusive, por estarem na linha de frente nos serviços de saúde, muitos profissionais adoeceram e faleceram", avalia Camila Souza, coordenadora adjunta do curso de medicina do UniBH, ao comentar os índices e enaltecer a profissão. "São anos investidos para entrar, permanecer e conquistar o diploma em medicina, e intensos anos de residência médica e obrigação em manter-se sempre atualizado. Isso tudo faz da medicina uma profissão de altíssima responsabilidade social e de alto investimento, foco e abdicação pessoal e familiar", completa.
Justamente neste contexto de responsabilidade social é que a pesquisa trabalhou, também, no quesito de avaliação e confiança no trabalho médico durante a pandemia, haja vista ser esse o momento mais difícil da atualidade. "Acredito que, especialmente com a pandemia, as pessoas têm tido mais empatia com a profissão. Não é fácil estar na linha de frente e abdicar do contato com a família, mas a missão de estar a serviço da população sempre fala mais alto. Acredito que essa pesquisa só reforça o que nós temos visto neste momento de pandemia: o reconhecimento da população pelo trabalho dos médicos em um esforço contínuo para salvar vidas", comenta Rennan Tavares, professor do curso de medicina do UniBH.
Em relação a atuação dos médicos brasileiros no enfrentamento da pandemia de COVID-19, o levantamento apresenta os seguintes resultados: na opinião de 77% dos entrevistados, o trabalho desses profissionais é considerado como ótimo ou bom, os outros 17% consideram essa performance como regular e apenas 6% como ruim ou péssimo. Para Rennan, esses dados são de extrema importância para restaurar a imagem do médico, que se desgasta em razão da luta para salvar mais e mais vidas.
"A carga de adoecimento mental e físico, de sobrecarga dos sistemas e de subversão de todo o modus operandis da sociedade é cada vez maior neste momento. E, apesar disso, o médico precisa manter-se lúcido, atualizado, equilibrado e preparado para manter seu juramento de cuidar da saúde das pessoas, dos familiares e das comunidades. O médico não pode se eximir desse juramento profissional. Embora esses profissionais sejam humanos, sem o seu trabalho, toda a sociedade pode solapar nesse período de pandemia", opina Camila.
A pesquisa mostra, ainda, que para 99% dos entrevistados, esses profissionais carecem de condições adequadas para o pleno exercício de suas atividades. Enquanto isso, na percepção de 95%, os médicos merecem ser alvos de medidas de valorização, como maior remuneração e plano de carreira.
*Estagiária sob supervisão da editora Teresa Caram
O olhar do médico
O olhar do médico é o equilíbrio entre a ciência e o humanismo, a razão e o sentimento, a observação e a interpretação, a eterna busca pela paz mesmo na guerra contra os males que põem em risco o corpo e a mente
Marcus Vinícius Bolívar Malachias
Cardiologista, PhD pela USP, pós-doutor pela Harvard Medical School, professor da Faculdade Ciências Médicas de MG,
diretor clínico do Instituto de Hipertensão de MG e governador no Brasil do American College of Cardiology
Aos olhos atentos do médico experiente, muitas doenças são diagnosticadas pela simples observação. Os olhos saltados do hipertireoidismo, a falta de ar do enfisema, a perda do fôlego e os edemas da insuficiência cardíaca, a face congesta da doença renal crônica, as muitas doenças da pele, as típicas marchas dos portadores de distúrbios neurológicos ou ortopédicos, mas também o semblante sem horizontes da depressão e a inquietude da ansiedade. São muitos os diagnósticos feitos no dia a dia dos consultórios apenas como a observação somada à experiência, mesmo antes de iniciada a anamnese - o clássico diálogo entre médicos e pacientes.
Cada vez mais, a visão do médico é amplificada pela tecnologia das imagens, como tomografias, ressonâncias, ultrassons, cintilografias, PETs e toda a parafernália de que a moderna medicina dispõe hoje para desvendar os diferentes distúrbios ocultos, possibilitando intervenções cada vez mais precoces e precisas. Mas, mesmo com todos esses intrincados recursos, não existem exames que quantifiquem a intensidade da dor, o grau da angústia, a magnitude do estresse ou os tormentos da alma, males que só podem ser percebidos pelo olhar atento e sensível de quem escolheu preservar e salvar vidas.
Para o médico sensível, tão importante quanto descobrir qual é a doença que aflige o paciente é decifrar quem é o indivíduo acometido pela doença. O olhar do médico não é só de investigação, a laboriosa interpretação de fragmentos de sintomas e sinais para o encontro do diagnóstico mais correto com o mais indicado tratamento. É também o olhar de bem-querer, de compaixão e de consolo diante de tão frequentes derrotas para os males sem solução. Afinal, é dever do verdadeiro médico ver com os olhos e enxergar com o coração.
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VALOR ECONÔMICO
Fundador da Qualicorp lança plano de saúde
O Qsaúde chega ao mercado com uma rede credenciada enxuta, com médicos e hospitais de primeira linha
Por Beth Koike, Valor — São Paulo
Um ano após deixar a corretora de planos de saúde que fundou, a Qualicorp, o empresário José Seripieri Filho voltou a empreender. Desta vez, Junior, como é conhecido, está lançando uma operadora de convênio médico, o Qsaúde, que já demandou investimentos de mais de R$ 120 milhões.
A ideia é que o novo plano de saúde seja bem diferente daqueles que Júnior vendeu nos seus mais de 30 anos de carreira. O projeto começou a ser gestado em janeiro, quando o empresário comprou da própria Qualicorp a operadora e obteve autorização para atuar nesse mercado. O contrato de não competição continua valendo para o segmento de corretoras e administradoras de convênios médicos por adesão, área de atuação da Qualicorp.
O Qsaúde chega ao mercado com uma rede credenciada enxuta, com médicos e hospitais de primeira linha e, inicialmente, será ofertado apenas na modalidade individual em São Paulo. Os preços variam de R$ 246,39 a R$ 3,2 mil.
O diferencial é que todos os usuários do novo plano de saúde serão atendidos por um médico de família da Clínica Einstein. São esses profissionais que farão o encaminhamento para um especialista. A estratégia da parceria com uma instituição de saúde de renome é evitar que o paciente sinta-se “cerceado” como ocorre nas operadoras verticalizadas. Além disso, quando o atendimento é feito com um médico generalista, inicialmente, há uma redução de idas desnecessárias ao pronto-socorro ou especialistas e, consequentemente, o custo da operadora é menor.
O Qsaúde é uma combinação de Prevent Senior, operadoras verticalizadas e seguradoras. A operadora voltada a idosos é tida como um case de sucesso por fazer um acompanhamento médico constante de seus usuários, as verticalizadas têm um custo menor devido a sua rede própria e as seguradoras trabalham com hospitais independentes como Albert Einstein.
O desafio de Júnior é conseguir controlar custo com uma rede de atendimento terceirizada. Para isso, está sendo feito um grande investimento em tecnologia que possa mostrar em tempo real os procedimentos médicos realizados pelos pacientes, além disso, os contratos com médicos do Einstein são baseados no modelo de remuneração por performance.
Sua estratégia é até o fim deste ano realizar uma massiva campanha publicitária — que começa a ser veiculada hoje, Dia do Médico — para divulgar o Qsaúde e entrar 2021 com quatro modalidades de planos de saúde, de enfermaria até apartamento, com cobertura de hospitais como Albert Einstein, Oswaldo Cruz e HCOr laboratórios Salomão Zoppi e Delboni, entre outros.
A data escolhida para o produto estar disponível no mercado não é à toa. No próximo ano, os reajustes nos planos de saúde voltam a ser aplicados e ainda é uma incógnita como a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai repassar a inflação médica de 2019 e 2020. Há ainda o aumento por faixa etária suspenso neste ano. Ou seja, o reajuste do convênio médico pode ser salgado em 2021, mas o Qsaúde não carrega esse histórico.
A inflação médica, que serve de parâmetro para aplicação dos reajustes, é três a quatro vezes superior à inflação geral. Com isso, só 25% da população brasileira têm convênio, sendo que cerca de 65% é plano empresarial e só 9% é individual. A oferta desse tipo de plano é escassa porque o reajuste é controlado pela ANS o que, segundo as operadoras, torna o produto sem rentabilidade. No entanto, especialistas do setor afirmam que o plano individual é rentável desde que feito com gestão.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.
Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.
O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.
Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.
DIA DO MÉDICO - Cremego inaugura monumento em homenagem a médicos que tombaram pela Covid-19
Escrito por Administrador
O Cremego inaugurou ontem, dia 15, um monumento em homenagem aos médicos que tombaram pela Covid-19. A inauguração abriu as celebrações do Dia do Médico, comemorado em 18 de outubro.
O presidente do Cremego, Paulo Roberto Cunha Vencio, contou que o Conselho decidiu fazer a homenagem logo nos primeiros meses de pandemia. “Infelizmente, nessa caminhada, perdemos vários colegas, mas os médicos nunca se acovardaram ou se esconderam da luta. Por isso, somos honrados em ser o Conselho de uma profissão tão digna e que não abaixa a cabeça para a doença”.
O diretor Científico do Cremego, Waldemar Naves do Amaral, falou sobre o monumento confeccionado em mármore preto e instalado na entrada de eventos do Conselho, na Rua T-27, Setor Bueno. “O memorial traz os nomes dos médicos que tombaram pela doença. Falamos ‘tombaram’ porque estamos, sim, em uma guerra. Também tem uma homenagem a todos que lutam na linha de frente da pandemia e aos médicos que se contaminaram pela Covid-19 e se recuperaram”, explicou.
O 1º vice-presidente do Cremego, Leonardo Mariano Reis, ressaltou sua solidariedade às famílias dos médicos que faleceram e aos profissionais que ainda estão se recuperando da Covid-19. “Essa doença não é brincadeira, ela devasta o organismo de alguns pacientes. Então, temos que ter muita responsabilidade e manter os cuidados”, alertou e acrescentou a importância da manutenção das restrições de aglomerações.
A corregedora de Sindicância do Cremego, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, e o diretor de Fiscalização, Antônio Carlos de Oliveira e Ribeiro também participaram do evento na sede do Conselho.
Transmitida ao vivo pelo Facebook do Cremego, a solenidade contou com a participação virtual do governador de Goiás e também médico Ronaldo Caiado. Ele parabenizou o Conselho pela iniciativa e afirmou que o monumento é uma marca de gratidão aos médicos vítimas da doença. “Eles foram verdadeiros combatentes nessa guerra e mostraram o compromisso que nós médicos temos com a vida”, afirmou.
Virtualmente, a solenidade reuniu ainda representantes de diversas entidades médicas, que manifestaram homenagens aos colegas falecidos e aos que estão atuando no combate à pandemia. Dentre os participantes estavam o diretor da Faculdade de Medicina da UFG, Antônio Fernando Carneiro; o presidente da Academia Goiana de Medicina, Lindomar Guimarães Oliveira; o presidente do Comitê de Entidades Médicas (Cemeg), José Umberto Vaz de Siqueira; o presidente eleito da Associação Médica de Goiás (AMG), Washington Luiz Ferreira Rios; a presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Francine Leão; o presidente da Sicoob Unicentro Brasileira e ex-presidente do Cremego, Raimundo Nonato Leite Pinto, conselheiros, diretores e várias outras autoridades.
Na segunda etapa da inauguração, os diretores se dirigiram ao monumento, acenderam velas, depositaram flores e fizeram uma oração diante do memorial, que deve se tornar um marco da homenagem aos médicos goianos. Nos próximos dias, o Cremego vai receber familiares dos médicos falecidos para a entrega de um troféu e um diploma de reconhecimento ao trabalho desenvolvido por eles em prol da medicina.
Toda a cerimônia permanece gravada no Youtube do Cremego: https://www.youtube.com/watch?v=3GZXsAs4Zbk
HOMENAGEADOS _ MEMORIAL COVID-19
Abdala Sebba Primo CRM/GO 2277
Nasceu em Goiânia e se formou em 1974 na Universidade Federal de Goiás. Dermatologista, faleceu no dia 15 de outubro, aos 71 anos de idade.
Altamiro Araújo Campos CRM/GO 1780
Natural de Pontalina, formou-se em 1974 na Universidade Federal de Goiás. Ginecologista e obstetra, faleceu no dia 17 de agosto, aos 71 anos de idade.
Antonio Marmo Campos Furtado CRM/GO 2208
Anapolino, formou-se em 1974 na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Neurologista, faleceu em 24 de setembro, aos 73 anos de idade.
Antônio Romário Fulgêncio Martins⠀CRM/GO 888
Nasceu em Bambuí, Minas Gerais. Formou-se em 1968 na Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Acupunturista, faleceu em 7 de agosto, aos 79 anos de idade.
Caio Martins Guedes CRM/GO 19180
Tocantinense de Taguatinga, formou-se em 2014 no Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos. Faleceu em 22 de junho, aos 32 anos de idade.
Ciro Ricardo Pires de Castro CRM/GO 1114
Goianiense, formou-se em 1969 na Universidade Federal do Paraná. Especialista em Clínica Médica, faleceu em 27 de junho, aos 75 anos de idade.
Cristovam Guilherme Nunes de Alvarenga Filho CRM/GO 2145
Mineiro de Muriaé, formou-se em 1974 na Universidade de Brasília. Pneumologista, faleceu aos 70 anos de idade no dia 7 de setembro.
Emivaldo Soares Martins CRM/GO 4086
Natural de Conceição do Araguaia, no Pará, formou-se em 1983 na Universidade Federal do Maranhão. Cirurgião geral e ginecologista e obstetra, faleceu em 25 de maio, aos 63 anos de idade.
Fernando José Teixeira CRM/GO 5765
Paulista de Cajobi, formou-se em 1985 na Universidade do Vale do Sapucaí. Médico do trabalho, faleceu no dia 14 de agosto aos 60 anos de idade.
Flávio Fialho dos Santos CRM/GO 17525
Natural de Goianésia, formou-se na Universidade de Guayaquil em 2004. Faleceu no dia 22 de julho aos 49 anos de idade.
João Margon CRM/GO 3244
Goiano de Catalão, formou-se em 1977 na Universidade Federal do Paraná. Faleceu no dia 24 de julho aos 68 anos de idade.
Jonas Pinheiro Dias CRM/GO 2099
Mineiro de Salinas, formou-se em 1974 na Universidade de Brasília. Faleceu aos 78 anos de idade no dia 16 de agosto.
José Antônio de Freitas CRM/GO 611
Natural de Uberlândia, em Minas Gerais, formou-se em 1957 na Universidade Federal de Minas Gerais. Faleceu aos 87 anos de idade em 2 de agosto.
José Ronaldo Menezes CRM/GO 4889
Goiano de Niquelândia, formou-se na Universidade Federal do Maranhão em 1986. Urologista, faleceu no dia 19 de maio aos 60 anos de idade.
Josias Rosa da Silva CRM/GO 3798
Mineiro de Ibiá, formou-se na Universidade Federal de Goiás em 1981. Ginecologista e obstetra, faleceu no dia 2 de julho aos 79 anos de idade.
Márcio Alves da Silva CRM/GO 3989
Natural de Araguari, Minas Gerais, formou-se em 1982 na Universidade Federal do Pará. Cardiologista, faleceu em 22 de julho aos 66 anos de idade.
Marco Aurélio Rodrigues Lima CRM/GO 8817
Goiano de Aragarças, formou-se em 1981 na Universidade Federal do Maranhão. Faleceu em 25 de agosto aos 68 anos de idade.
Nelzinho Faleiro de Siqueira CRM/GO 4953
Goianiense, formou-se em 1983 na Faculdade de Medicina de Barbacena. Oftalmologista, faleceu em 31 de agosto aos 74 anos de idade.
Olimpia das Dores Gomes Carvalho CRM/GO 3226
Baiana de Pindaí, formou-se em 1979 na Universidade Federal do Pará. Pediatra, faleceu no dia 15 de setembro aos 69 anos de idade.
Roque Gomide Fernandes CRM/GO 795
Anapolino, formou-se em 1967 na Universidade Federal de Goiás. Pediatra, faleceu no dia 12 de agosto aos 79 anos de idade.
DIA DO MÉDICO - Vice-presidente alerta para a necessidade de manutenção da prevenção da Covid-19
Durante a cerimônia de inauguração do monumento criado pelo Cremego em homenagem aos médicos que tombaram pela Covid-19, o 1º vice-presidente do Conselho, Leonardo Mariano Reis, alertou sobre a necessidade de manter os cuidados contra o vírus.
“Essa doença é uma incógnita, não é uma brincadeira. Ela devasta o organismo de alguns pacientes. Então, temos que ter muita responsabilidade. Em que pese a diminuição dos casos, ainda temos um grande risco de segunda onda, como acontece em alguns países, principalmente da Europa”, explicou.
Ele ainda fez um apelo aos governantes para que não afrouxem as medidas de precaução. “Mantenham as restrições a aglomerações em locais públicos, como shows e bares. O que pudermos evitar de aglomerações, até o surgimento de uma vacina, irá salvar vidas”.
Fonte: Cremego
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Prefeitura deve indenizar morador que estava com larvas no ouvido e foi liberado de hospital sem ser examinado, em Itapuranga
Planos de saúde mais baratos e cartões de desconto são apostas para enfrentar a crise
Estados pedem que ministério compre vacina chinesa
Em expansão, Hapvida projeta 345 novas obras até 2021 e anuncia novo membro do Conselho
SulAmérica lança SOS Prev e anuncia inclusão de telemedicina em planos de Previdência
Pressionado por secretários, ministério diz que não descarta comprar CoronaVac
Vacina mostra-se segura para idosos
Goiás chega a 5,3 mil mortes por covid-19 após registro de 45 óbitos em 24h
Xenofobia pode atrapalhar imunização contra Covid-19, diz infectologista
PORTAL G1
Prefeitura deve indenizar morador que estava com larvas no ouvido e foi liberado de hospital sem ser examinado, em Itapuranga
Segundo o processo, médico 'sequer tocou' nele e não realizou exames, apesar das fortes dores. Para juiz, houve negligência médica e prefeitura deve indenizar vítima em R$ 10 mil.
Por Danielle Oliveira, G1 GO
A Prefeitura de Itapuranga, na região central de Goiás, foi condenada a indenizar em R$ 10 mil um paciente que procurou atendimento no hospital municipal sentindo fortes dores na cabeça, mas foi mandado de volta para casa, apesar de estar com larvas no ouvido - o que só foi diagnosticado depois. Segundo o homem, o médico "sequer tocou a mão" nele e não realizou exames. Para o juiz, houve negligência médica. Cabe recurso.
O G1 tentou contato, por telefone e e-mail enviado às 16h37 de quinta-feira (15), com a Prefeitura de Itapuranga para obter um posicionamento sobre a decisão e aguarda retorno.
A sentença da Ação de Reparação de Danos Morais foi proferida pelo juiz Denis Lima Bonfim, da comarca local, que, além dos R$ 10 mil, também ordenou o pagamento de R$ 180 por danos materiais, gastos com a limpeza e desinfecção da área afetada em um hospital particular.
Segundo a sentença, no dia 12 de fevereiro de 2019, o morador procurou a emergência do Hospital Municipal de Itapuranga com “desconfortos agonizantes e intensos dentro da cabeça, como se estivesse algo a se mexer dentro do ouvido”. Ao procurar atendimento, de acordo com a ação, um médico da unidade receitou um medicamento e mandou o paciente para casa, sem sequer analisá-lo.
O morador relatou no processo que não dormiu durante a noite devido às fortes dores e teve de procurar uma farmácia na manhã seguinte, quando foi orientado pelos atendentes a ir ao médico.
No entanto, o homem insistiu para que fosse atendido ali mesmo, momento em que alguns funcionários, com uma lanterna, iluminaram o ouvido e viram que estava infestado de larvas.
Após isso, o homem precisou procurar ajuda em um hospital particular, onde foi feito o procedimento de limpeza e desinfecção. Na ocasião, segundo a decisão, foi extraída do ouvido uma espécie de “mosca morta em estado de decomposição”.
Conforme o juiz, é “incontestável” que houve erro na conduta do médico ao diagnosticar o paciente com otalgia - que é uma dor de ouvido, sem realizar nenhum exame físico.
“As larvas encontradas pelos atendentes de uma farmácia, sem qualquer aparelho próprio ou instrução específica na área da medicina e, posteriormente, retiradas pelo médico responsável pelo segundo atendimento, possuem um tamanho significante que, apesar de sua rápida evolução, poderiam ser constatadas em doze horas antes”, observou o juiz.
O juiz considerou ainda “mais reprovável” a conduta do médico que, além de não pedir nenhum exame, liberou o paciente sem pedir que ele retornasse ao médico, mesmo ele tendo se queixado de dores há 15 dias. Porém, o médico não foi citado no processo.
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GLOBO ONLINE
Planos de saúde mais baratos e cartões de desconto são apostas para enfrentar a crise
RIO - De olho em um mercado de mais de 180 milhões de brasileiros que não têm plano de saúde, as empresas estão lançando produtos mais baratos durante a pandemia. Há desde planos a partir de R$ 125 (mas que oferecem uma rede credenciada menor de hospitais e clínicas) até outros modelos, que não são planos de saúde, como os serviços de assinatura mensal que dão direito a descontos de até 80% em um número limitado de consultas e exames.
Cobrança indevida:
Oferecer produtos mais em conta é discussão antiga no setor de saúde suplementar, mas se tornou uma questão mais premente com a pandemia. De 2014 para cá, as operadoras acumulavam perda de mais de três milhões de usuários. De março a julho, foram 327 mil pessoas que deixaram de contar com a cobertura. Em agosto, porém, o setor ensaiou recuperação, com acréscimo de 77,4 mil usuários.
Empresas tradicionais do setor, como SulAmérica e Qualicorp, lançaram planos com valor menor. Eles estão sujeitos às mesmas regras de produtos mais caros, como a oferta de exames e tratamentos para doenças de maior complexidade. A diferença é que o usuário pode ter menos escolhas de hospitais, profissionais ou clínicas. É uma adaptação ao cenário de recessão com alto número de desempregados e perspectiva de retomada lenta da economia.
Idec:
Atualmente, 80% dos beneficiários do setor de saúde estão em planos empresariais. Leonardo Giusti, sócio líder do setor de Saúde da KPMG Brasil, lembra que os planos são hoje o segundo maior custo das empresas sobre o capital humano depois dos salários. Para ele, a regulamentação da telemedicina durante a pandemia foi fundamental.
Rede restrita
Leonardo Nascimento, sócio-fundador da Urca Capital Partners, diz que as fusões e aquisições no setor de saúde cresceram 60% de 2018 para 2019. De um lado, operadoras compraram clínicas, hospitais e laboratórios. De outro, healthtechs oferecem plataformas digitais para atendimento e gestão da saúde. Tudo para reduzir custo, explica:
A terceira onda é o lançamento de produtos mais baratos, com ganho no volume, um movimento que precisamos ver se vai ser bem-sucedido.
Há um ano, a SulAmérica lançou seu primeiro plano popular, o Direto, que custa cerca de 35% menos do que a mensalidade de entrada do plano coletivo tradicional da operadora. E esse valor ainda pode cair mais, diz Ricardo Soares, diretor de Precificação da empresa. Os planos têm cobertura regional e rede de assistência mais enxuta. A grande mudança foi na forma de pagamento dos prestadores de serviço, diz Soares:
Entenda:
Pagamos um valor per capita pelo número de usuários do plano. No início, havia uma preocupação dos parceiros sobre como funcionaria esse compartilhamento de risco. Hoje há fila de prestadores interessados em parcerias. O desafio é chegar ao interior.
Maior administradora de benefícios do país, a Qualicorp tem firmado parcerias para oferecer planos de adesão a preços mais em conta, com mensalidade a partir de R$ 125. Este ano, com o efeito pandemia, já lançou 18 produtos acessíveis; no ano passado foram quatro.
São planos com diferentes parceiros, com redes mais restritas, cobertura regional, mas que cobrem tudo o que está previsto num produto tradicional ressalta Elton Carlucci, vice-presdiente da Qualicorp.
Pesquisador:
Vera Valente, diretora executiva da Federação Nacional de Saúde (FenaSaúde), que reúne as operadoras, insiste que são necessárias mudanças na regulamentação para desenvolver o mercado de planos populares. A federação defende a venda de planos só com consultas ou exames:
Planos individuais são um caminho para o crescimento, já que com a crise econômica muitos brasileiros estão na informalidade. Mas com a regra atual não são viáveis.
Já os serviços de assistência com cartões de desconto não estão submetidos às mesmas regras dos planos de saúde fixadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). São usualmente restritos a consultas e exames, não oferecem atendimento de emergência e preveem pagamento, ainda que reduzido, a cada procedimento realizado. O risco neste caso, segundo os especialistas, é o consumidor confundir essa espécie de pacote básico de atendimento com um plano tradicional.
Explicações:
Os cartões de descontos são serviços mais baratos que um plano, mas menos completos. Podem ser úteis em situações pontuais, mas para exames e procedimentos de alta complexidade, de custo alto, o consumidor tem de recorrer ao SUS ou é obrigado a fazer desembolsos vultosos diz Ana Carolina Navarrete, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
A seguradora Porto Seguro, que tem em seu portfólio planos de saúde tradicionais, acabou de lançar o Porto Cuida. Trata-se de um serviço de assinatura digital, com custo mensal de R$ 19,90, e que oferece ao titular, e até outras duas pessoas, quatro consultas anuais gratuitas por telemedicina, além de descontos de 40% a 50% em consultas e exames e de até 70% em remédios.
O público alvo é quem não tem plano de saúde, independentemente de faixa de renda. Com a comercialização limitada de planos individuais, quem perde emprego não tem acesso a um plano explica Marcelo Picanço, vice-presidente da Porto Seguro.
Avaliação do Cade
As operadoras de planos de saúde são impedidas por lei de comercializar cartões de desconto e pré-pagos. No caso da Porto Seguro, ela explica que o Porto Cuida não é um plano e que está vinculado à Porto Seguro Serviços e Comércio, diferentemente de sua operadora de seguro-saúde, ligada a outra empresa do grupo e que segue a regulamentação da ANS. As duas companhias atuam de forma independente.
Plano de saúde:
A queda das vendas do seu seguro-viagem durante a pandemia fez a Ciclic, uma plataforma digital de venda de seguros e serviços, pensar em novos negócios e lançar, em junho, o Saúde Protegida. Ele engloba desconto em medicamentos e teleconsultas ilimitadas, com assinatura mensal de R$ 29,90, para planos individuais e R$ 49, família. Em agosto, a empresa lançou o Plano Plus, que oferece descontos de até 80% em consultas e exames em 3.500 clínicas e laboratórios em todo o país.
O produto vai evoluir, mas sem chegar a ser um plano de saúde. Uma das opções em estudo é a parceria com seguradora que permita uma indenização em caso de diagnóstico de doença grave, como câncer, para custear o tratamento antecipa Raphael Swierczynski, CEO da Ciclic.
Questionamentos sobre a comercialização de cartões de saúde foram parar no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que em junho decidiu pela legalidade da oferta desses produtos.
Plano de saúde empresarial com coparticipação cresce na pandemia
O órgão entendeu que a oferta destes cartões vem num momento em que as pessoas perderam renda, estão sem acesso a plano e sem cobertura de saúde. O Cade destacou, no entanto, que o consumidor deveria ser bem informado de que não há cobertura securitária. Ou seja, quem vende tem que tomar o cuidado de explicar ao consumidor para que ele não ache que vai ter as proteções e garantias de um plano de saúde diz José Alexandre Sanches, sócio de Contencioso do escritório Machado Meyer Advogados.
Segundo a ANS, é proibida qualquer vinculação de produtos como cartão de desconto e cartão-saúde com as marcas das operadoras de planos.
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Estados pedem que ministério compre vacina chinesa
Governo de São Paulo argumenta que CoronaVac é o imunizante mais avançado em fase final de testes no Brasil
ANA LETÍCIA LEÃO
O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) pediu, em ofício enviado ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que o governo federal compre doses da vacina chinesa contra o coronavírus, a ConoraVac, produzida no Brasil em conjunto com o Instituto Butantan, e a inclua no Programa Nacional de Imunização (PNI).
O documento foi enviado ontem, após uma reunião virtual na véspera com secretários estaduais de Saúde, que discutiu um possível plano nacional de imunização contra a Covid-19. Até então, o Ministério da Saúde apoiou acordos para comprar a vacina da empresa AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, e a do Covax, consórcio global contra o vírus.
As duas parcerias somam mais de 140 milhões de doses do imunizante contra o novo coronavírus. No entanto, ainda não há sinalização da pasta em relação à CoronaVac:
"O Ministério da Saúde está em constante avaliação de novas possibilidades e permanece em contato com o Butantan e outros institutos nacionais que buscam parcerias com laboratórios estrangeiros", disse a pasta, em nota. "O imunizante que ficar pronto primeiro - o que significa atender todos os critérios de segurança e eficácia exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - será uma opção para aquisição."
CONSTRANGIMENTO
No documento, o Conass alega que há possibilidade de "disponibilização imediata" de doses da CoronaVac já em dezembro. Além disso, pede a incorporação de imunizantes que possuam "condições de eficácia, segurança e produção disponível" para iniciar a vacinação em janeiro de 2021.
Presente na reunião do Ministério da Saúde sobre imunização contra a Covid-19, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que a não inclusão da CoronaVac no PNI causou "constrangimento para todos". O governador João Doria afirmou que irá a Brasília para ter uma conversa "definitiva" sobre um repasse do ministério para a compra de 60 milhões de doses da CoronaVac já previstas em contrato.
O CoronaVac termina nesta semana a fase final de testes em voluntários. Até o momento, os estudos não mostram efeitos adversos significativos da vacina e está prevista a chegada de 6 milhões de doses do imunizante ao Instituto Butantan, ainda neste mês, prontas para serem usadas, se o imunizante receber a aprovação da Anvisa.
Doria diz que a vacinação a profissionais de saúde - grupo prioritário - poderia começar já no dia 15 de dezembro. Posteriormente, serão feitas no Brasil mais 40 milhões de doses até dezembro e outras 14 milhões até fevereiro do ano que vem.
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SETOR SAÚDE ONLINE
Em expansão, Hapvida projeta 345 novas obras até 2021 e anuncia novo membro do Conselho
Seguindo o seu projeto de expansão por verticalização, a operadora de planos de saúde Hapvida informa o planejamento de executar 345 obras até 2021. No primeiro semestre de 2020, foram investidos R$ 167 milhões na estrutura física das 158 obras entregues até agosto.
Agora, estão previstas mais 187 obras, dentre elas 34 novas unidades, que somarão as 345 obras previstas para serem entregues até 2021. A operadora projeta inaugurar 10 hospitais nos próximos anos. Ao mesmo tempo, a companhia acompanha 15 targets, entre hospitais e operadoras de pequeno e médio portes, para aquisições.
Fundada em 1979, pelo médico oncologista Cândido Pinheiro de Lima, como uma pequena clínica em Fortaleza, transformou-se no Hospital Antônio Prudente em 1986. Em 1993, foi fundada a operadora de planos de saúde Hapvida, que logo se expandiu pelo Ceará e demais estados do Nordeste e região Norte. Com a abertura de capital nos últimos dois anos, a Hapvida se expandiu para todas as regiões do Brasil.
Atualmente, conta com cerca de 6,4 milhões de clientes, sendo considerado o maior sistema de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país. A Hapvida conta com mais de 30 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 40 hospitais, 184 clínicas médicas, 41 prontos atendimentos que realizam 350 mil atendimentos por mês, 174 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.
Novo membro do Conselho de Administração
A Hapvida definiu Igor Lima como novo membro independente do seu Conselho de Administração, conforme documento enviado ao mercado na quinta-feira (15). O executivo é vice-presidente da YDUQS (holding de capital aberto com foco no ensino superior). Além disso, Lima é conselheiro consultivo da Peers Consulting e conselheiro do Vetor Brasil.
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LEGISCOR
SulAmérica lança SOS Prev e anuncia inclusão de telemedicina em planos de Previdência
Com objetivo de cada vez mais ter soluções completas e integradas para ampliar o cuidado e a proteção, a SulAmérica passa a oferecer aos clientes de Vida Individual e Previdência Individual o uso do Médico na Tela, serviço de telemedicina disponível 24h por dia, sete dias por semana. O atendimento é realizado por chamada de vídeo com médicos plantonistas de forma prática, rápida e segura. "Somos a primeira empresa a oferecer teleconsulta médica para clientes de Previdência. Trata-se de mais um exemplo da visão de Saúde Integral da companhia, promovendo o equilíbrio entre corpo, mente e finanças para melhorar a vida das pessoas", afirma Marcelo Mello, vice-presidente de Investimentos, Vida e Previdência da SulAmérica. "Beneficiários de Vida também terão acesso a este serviço de atendimento remoto", completa.
Outra novidade exclusiva e pioneira anunciada pela SulAmérica é o SOS Prev, uma assistência para apoiar os clientes de Previdência na manutenção do planejamento futuro. Trata-se de uma linha de crédito que pode socorrer aqueles que têm um plano ativo e precisam de ajuda financeira emergencial. Com o SOSPrev, os clientes de planos PGBL e VGBL terão acesso a um crédito equivalente a até 50% da reserva previdenciária.
"Com essa solução inovadora, quem precisa de recurso urgente não terá de resgatar seu investimento de previdência para resolver questões financeiras pontuais. Ou seja, estamos ajudando nossos clientes a cuidarem de seu patrimônio com uma opção interessante para que não desfalquem suas reservas previdenciárias, tão importantes para o futuro", conclui Mello.
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FOLHA DE S.PAULO
Pressionado por secretários, ministério diz que não descarta comprar CoronaVac
Renato Machado
Pressionado pelos estados a comprar a vacina chinesa Sinovac, desenvolvida em parceira com o Instituto Butantan, o Ministério da Saúde amenizou o tom e informou que não descarta nenhuma possibilidade de imunização.
Em entrevista à imprensa nesta quinta (15), o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou que o país pode contar com "várias vacinas" contra o novo coronavírus e que a vacina chinesa "está no rol daquelas que deverão ser adquiridas".
O secretário voltou a falar que as vacinas em fase 3 de testes clínicos - com amostragem ampliada- terão preferencia.
"Em fase 3, estágio avançado de desenvolvimento, talvez ali concomitante com a da AstraZeneca, nós temos a do Butantan aqui no Brasil. Com certeza ela está no rol daquelas que deverão ser adquiridas e deverão ser inseridas no programa nacional de imunização, conforme um estudo de segurança, da eficácia, do prazo de disponibilidade...", disse o secretário-executivo.
Franco também disse que, entre os requisitos avaliados pelo ministério, estão a capacidade de produção em escala e um preço "que seja exequível, que possamos pagar pela vacina".
Secretários estaduais de Saúde encaminharam um ofício nesta quinta ao ministro Edu ardo Pazuello (Saúde), solicitando a compra da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
O documento assinado pelo presidente do Conass (conselho de secretários estaduais da Saúde),Carlos Lula, cita reunião realizada entre os secretários e dirigentes do Ministério da Saúde, na qual foram informados que as opções contratadas pelo governo federal não devem resultar na vacinação da população antes de abril do próximo ano. Por causa desse prazo, uma crise se instaurou entre ministério e estados, revelada pelo Painel.
Os secretários argumentam que a vacina produzida pelo instituto Butantan encontra-se na fase 3 de testes clínicos, que deve ser encerrada até novembro.
Além disso, existiría a disponibilidade imediata, em dezembro, de 46 milhões de doses. Essas quantias seriam ampliadas em fevereiro, com mais 14 milhões, e outros 40 milhões até junho.
Na semana passada, Franco havia adotado um tom mais duro, ao ser questionado sobre a compra da vacina chinesa. O secretário-executivo afirmou na ocasião que as negociações com o estado de São Paulo estavam no mesmo passo que as demais mantidas pelo ministério.
"A vacina que ficar pronta primeiro com certeza será uma opção para adquirirmos. De acordo com a legislação brasileira, eu não posso comprar o que não existe", disse.
Franco disse nesta quinta feira que pode haver um adiantamento para dezembro do início do fornecimento das vacinas desenvolvidas pela Universidade de Oxford em parceria com a empresa AstraZeneca, via Fiocruz. A princípio, as primeiras 15 milhões de doses estarão disponíveis em janeiro.
O ministério afirma que o cronograma de entrada dessas vacinas será mensal, com a mesma quantidade inicial.
Na semana passada, o governo federal informou que terá 140 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus no primeiro semestre.
Em relação à imunização no primeiro semestre, 100 milhões de doses virão da parceria entre a AstraZeneca e a Universidade de Oxford, por intermédio da Fiocruz.
As outras 40 milhões de doses serão obtidas através do mecanismo Covax Facility, liderado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). O Brasil anunciou a adesão ao mecanismo em setembro deste ano, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou medida provisória liberando R$2,5 bilhões.
O Ministério da Saúde também apresentou nesta quinta feira o boletim epidemio lógico, em relação à semana que terminou no dia 10 deste mês. A pasta acrescenta que essa é a 19 a semana com tendência de queda no número de mortes.
Com certeza ela [CoronaVac, do Instituto Butantan] está no rol daquelas que deverão ser adquiridas e deverão ser inseridas no programa nacional de imunização, conforme um estudo de segurança, da eficácia, do prazo de disponibilidade.
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CORREIO BRAZILIENSE
Vacina mostra-se segura para idosos
Uma vacina chinesa para a covid-19 baseada no vírus Sars-CoV-2 inteiro e inativado mostrou-se segura e provocou uma resposta de anticorpos, segundo um pequeno ensaio clínico randomizado de fase inicial publicado na The Lancet Infectious Diseases.
O estudo incluiu participantes com idade entre 18 e 80 anos e descobriu que a ativação de proteínas foi induzida em todos eles. Pessoas com mais de 60 anos demoraram mais para responder, levando 42 dias antes que os anticorpos fossem detectados, em comparação com 28 dias para aqueles com 18 a 59 anos.
Os níveis de anticorpos também foram mais baixos nas pessoas de 60 a 80 anos, em comparação com aquelas com 18 a 59 anos. Como o ensaio não foi desenhado para avaliar a eficácia da vacina, não é possível dizer se as respostas induzidas pela substância, chamada BBIBP-CorV, são suficientes para proteger da infecção por Sars-CoV-2, ressaltou Xiaoming Yang, do Instituto de Pequim de Produtos Biológicos, em Pequim, e um dos autores do estudo.
"Proteger as pessoas mais velhas é o principal objetivo de uma vacina para a covid-19 bem-sucedida, já que essa faixa etária é a que oferece maior risco de doença grave", comentou Yang. "No entanto, as vacinas, às vezes, são menos eficazes nesse grupo porque o sistema imunológico enfraquece com a idade. Portanto, é encorajador ver que a BBIBP-CorV induz respostas de anticorpos em pessoas com 60 anos ou mais, e acreditamos que isso justifica uma investigação mais aprofundada."
Dose de reforço
A vacina é baseada em uma amostra do vírus que foi isolada de um paciente da China. Os estoques do micro-organismo foram cultivados em laboratório usando linhagens de células e, em seguida, inativados com uma substância química chamada beta-proprionolactona. A BBIBP-CorV inclui o vírus morto misturado a outro componente, o hidróxido de alumínio, que é chamado de adjuvante pela capacidade de aumentar as respostas imunológicas.
A primeira fase do estudo foi desenhada para encontrar a dose segura ideal para o BBIBP-CorV. Envolveu 96 voluntários saudáveis com idade entre 18 e 59 anos e um segundo grupo de 96 participantes com 60 a 80 anos. Dentro de cada grupo, a vacina foi testada em três níveis de dose diferentes. No total, na fase 1, 144 pessoas receberam a vacina e 48, o placebo.
A segunda fase do estudo foi desenhada para identificar o calendário ideal para a vacinação. Nela, 448 participantes com idade entre 18 e 59 anos foram aleatoriamente designados para receber uma injeção de vacina ou placebo. Desses, 336 recebendo, de fato, a substância imunizante. Nenhum evento adverso sério foi relatado dentro de 28 dias após a vacinação final. "Nossas descobertas indicam que uma injeção de reforço é necessária para obter as melhores respostas de anticorpos contra o Sars-CoV-2 e pode ser importante para a proteção. Isso fornece informações úteis para um estudo de fase 3", disse Xiaoming Yang.
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A REDAÇÃO
Goiás chega a 5,3 mil mortes por covid-19 após registro de 45 óbitos em 24h
Théo Mariano
Goiânia - A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou, nesta quinta-feira (15/10), novo boletim diário sobre o avanço do novo coronavírus no Estado. Segundo os números da pasta, foram registrados, nas últimas 24 horas, 2.092 casos e 45 mortes pela doença. Goiás agora chega aos totais de 234.658 contaminações e 5.306 óbitos pela covid-19. Ainda de acordo com os números, há 224 mil recuperados da doença nos municípios goianos.
A pasta também aponta investigação de 226 mortes para saber se a causa foi coronavírus. Outros 233 mil pacientes são considerados casos suspeitos. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 2,26%.
O Governo de Goiás disponibiliza plataforma, atualizada a cada 30 minutos, com os principais dados sobre o avanço da covid-19 no Estado.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Xenofobia pode atrapalhar imunização contra Covid-19, diz infectologista
"Temos é que agrupar mais fornecedores e aumentar o nosso leque de oportunidades", disse o infectologista Renato Kfouri
O Ministério da Saúde exibiu ontem (14), o cronograma de vacinação contra o coronavirus. A partir daí, foi levantada a questão de dificuldade de imunização pelo infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunização.
Renato Kfouri relatou em entrevista que “nós vamos ter dificuldades em vacinar a nossa população por desconfiança de uma vacina, de outra, de um partido político xenofóbico. Esse vai ser talvez um grande problema para nós enfrentarmos”, disse ele.
O cronograma anunciado pelo Ministério da Saúde, apresenta a AstraZeneca, vacina desenvolvida pela Universidade Oxford. A outra vacina que foi cogitada para a população brasileira, é a CoronaVac, feita na China.
Segundo o infectologista, a disputa política, de campanha para um medicamento específico pode atrapalhar na hora de imunizar a sociedade. Já que algumas pessoas podem ter a ideia de tomar um partido e decidir não receber tal vacina.
A vacina da CoronaVac, não teve investimento para que a população receba a imunização, apresentou o Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde do governo de São Paulo.
A negociação da vacina chinesa seria para que indivíduos tenham acesso por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Além da transação, também precisa ser constatada a eficácia da terceira fase de testes.
“Ajudar em ter uma gama maior de vacinas, de opções, de quantidades diferentes, eventualmente com perfis diferentes de resultados de segurança e eficácia. O momento não é eliminar, ou desprezar, ou não contar. Temos é que agrupar mais fornecedores e aumentar o nosso leque de oportunidades”, falou o Kfouri.
Para ele, é importante ter a união neste momento, para que haja um resultado positivo de imunização na sociedade.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.
Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.
Ahpaceg recebe candidato do PSD, Vanderlan Cardoso
Escrito por Administrador
Nesta quarta-feira, 14, a Ahpaceg recebeu a visita do candidato à prefeitura de Goiânia, Vanderlan Cardoso (PSD), e do candidato a vice-prefeito Wilder Morais. O presidente Haikal Helou e parte dos associados participaram da reunião presencialmente. Para evitar aglomerações, os demais associados acompanharam por videoconferência o encontro que deu sequência à série de reuniões com os candidatos da capital.
Haikal Helou citou que as empresas de saúde enfrentam dificuldades, como a grande morosidade para a obtenção de alvarás de funcionamento e autorizações para ampliação, problemas que comprometem a prestação dos serviços. Ele enfatizou que a Ahpaceg é parceria da gestão municipal e quer contribuir com a construção de uma cidade melhor, com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais elevado.
“Precisamos de um gestor para melhorar o trânsito, a saúde, a segurança”, enumerou o presidente, que citou que os prestadores de serviços de saúde goianienses pagam atualmente a maior alíquota de imposto da região metropolitana e podem trocar parte desses impostos por serviços.
A proposta foi bem aceita pelo candidato Vanderlan Cardoso, que afirmou gostar muito da área da saúde e recordou as parcerias firmadas neste setor, quando foi prefeito de Senador Canedo. “Saúde é investimento e não despesa. Quanto mais investimos, mais retorno positivo temos para a população”, afirmou, ressaltando não ter pretensão de construir novos hospitais em Goiânia, mas propor parceria à rede já existente para levar assistência de qualidade à população e com uma remuneração justa dos prestadores.
Projetos para fortalecer a economia na capital; a necessidade da retomada do protagonismo de Goiânia em diversas áreas, como a saúde; as dificuldades enfrentadas pelos prestadores de serviços de saúde devido à baixa remuneração do SUS e o risco de acúmulo de débito da atual gestão do Instituto Municipal de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas) foram outros temas da pauta.
Dando continuidade às reuniões com os candidatos, na próxima quarta-feira, 21, a Ahpaceg receberá o deputado estadual Virmondes Cruvinel, candidato do Cidadania.
AHPACEG NA MÍDIA
MAIS GOIÁS
Vanderlan quer 100% de cobertura do Programa Saúda da Família já em 2021
"A saúde pública precisa funcionar muito bem, da assistência básica à alta complexidade”, afirma
Uma das principais propostas do candidato à prefeitura de Goiânia Vanderlan Cardoso (PSD) é levar o Programa Saúde da Família (PSF) a 100% de cobertura, nas áreas necessitadas, logo no primeiro ano. “Vamos fazer uma saúde pública de qualidade, moderna e pronta os desafios que temos pela frente, valorizando os profissionais e as parcerias”.
Implantado no País em 1994, o programa – também conhecido como Estratégia da Saúde da Família (ESF) – tem como foco a atenção básica e a reorientação do modelo assistencial, a fim de melhorar os indicadores da saúde. Além de assistência à doença, o PSF busca mais qualidade de vida e intervenção nos fatores que a colocam em risco, como falta de exercício, tabagismo e mais.
A ideia de Vanderlan é implantar, na saúde básica e preventiva, o programa remédio em casa. Este será destinado a pacientes com doenças crônicas que utilizam medicamentos de uso contínuo.
“O que nós queremos para Goiânia é desenvolvimento, sem deixar ninguém para trás. E para isso, a saúde pública precisa funcionar muito bem, da assistência básica à alta complexidade”, afirmou o candidato, que esteve na Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) junto com o vice, Wilder Morais (PSC).
O pessedista ainda pretende trazer novas soluções para a gestão a capital. “Um exemplo é a ampliação da nossa capacidade de realização de exames tendo, além da estrutura já existente na rede pública, a compra de exames adicionais em equipamentos da rede privada”, expõe. Durante a visita à Ahpaceg, ele ainda pediu que a associação atue junto à administração, caso ele seja eleito.
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CLICK NEWS
Vanderlan visita associação e fala de parceria na saúde
Acompanhado do vice Wilder, o candidato apresentou algumas das propostas do Plano de Governo da Coligação Goiânia em um Novo Momento e ouviu sugestões da categoria
Os candidato à prefeitura de Goiânia Vanderlan Cardoso (PSD) e Wilder Morais (PSC) visitaram nesta quarta-feira, 14/10, a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) e falaram de parcerias para a área da saúde em Goiânia. “O que nós queremos para Goiânia é desenvolvimento, sem deixar ninguém para trás. E para isso, a saúde pública precisa funcionar muito bem, da assistência básica à alta complexidade”.
Os hospitais associados à Ahpaceg representam 70% dos atendimentos de alta complexidade em Goiás. São três mil médicos, cerca de 1600 leitos de UTI, enfermarias e apartamentos, mais de seis mil trabalhadores, com milhares de cirurgias e outros procedimentos realizados mensalmente, o que foi potencializado pela pandemia do novo coronavírus.
“Vamos trazer novas soluções para a gestão na nossa capital, como a compra de serviços a preços justos. Um exemplo é a ampliação da nossa capacidade de realização de exames tendo, além da estrutura já existente na rede pública, a compra de exames adicionais em equipamentos da rede privada”, disse Vanderlan no encontro. O candidato ainda pediu que a associação participe ativamente da administração municipal no próximo ano, caso seja eleito.
Vanderlan lembrou que um dos problemas mais relatados pelos goianienses em pesquisas de opinião é sempre a saúde. Uma das principais propostas do Plano de Governo da Coligação Goiânia em um Novo Momento é levar o Programa Saúde da Família a 100% de cobertura, nas áreas necessitadas, logo no primeiro ano. “Vamos fazer uma saúde pública de qualidade, moderna e pronta os desafios que temos pela frente, valorizando os profissionais e as parcerias”.
Na saúde básica e preventiva, Vanderlan ainda vai implantar o programa remédio em casa, para pacientes com doenças crônicas que utilizam medicamentos de uso contínuo, como já fez em outras gestões. O candidato comprometeu em modernizar a estrutura da rede municipal de saúde, com a ampliação da cobertura de atendimento do Programa Saúde da Família, equipando os agentes de saúde.
A coligação Goiânia em um Novo Momento é composta por sete legendas, incluindo o PSD, que encabeça a chapa: PSD, PSC, Democratas, Progressistas, PTB, PMN, Avante.
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O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.
Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.
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DESTAQUES
Governo prorroga até dezembro programa que permite redução de jornada e salário
Sistema Hapvida expande modelo verticalizado pelo país
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PORTAL G1
Governo prorroga até dezembro programa que permite redução de jornada e salário
Extensão já havia sido anunciada por Paulo Guedes; acordos podem vigorar até 31 de dezembro. Programa foi criado em abril em razão da pandemia do coronavírus.
O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (13) o decreto que prorroga, até 31 de dezembro, o programa que autoriza empresas a reduzirem proporcionalmente, ou suspenderem, a jornada e o salário dos funcionários.
Criado em razão da pandemia do coronavírus, o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM) foi instituído com uma medida provisória em abril e já tinha passado por outras duas prorrogações.
O novo decreto foi publicado no "Diário Oficial da União" desta quarta-feira (14). O prazo atual terminava neste mês, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia anunciado que o programa seria estendido.
Como as medidas só valem enquanto durar o estado de calamidade pública, os acordos deverão ser encerrados no último dia de 2020.
Redução de jornada e salário: veja perguntas e respostas
"Diante do cenário atual de crise social e econômica, e com a permanência de medidas restritivas de isolamento social, faz-se necessária a prorrogação, mais uma vez, do prazo máximo de validade dos acordos", diz material divulgado pelo Palácio do Planalto nesta terça.
"Essa ação irá permitir que empresas que estão em situação de vulnerabilidade possam continuar sobrevivendo a este período e, desta forma, preservar postos de trabalho e projetar uma melhor recuperação econômica", afirma o governo.
O que prevê o programa
O programa foi criado em razão da pandemia do novo coronavírus e prevê que o governo recomponha parte da renda dos funcionários por meio de um auxílio financeiro.
O valor da recomposição corresponde a uma porcentagem do que o empregado receberia de seguro-desemprego e é depositado diretamente na conta do trabalhador.
Como contrapartida, o empregador é obrigado a garantir o emprego desse funcionário por um período igual ao da redução. Ou seja: se o contrato for reduzido ou suspenso por quatro meses, o trabalhador não poderá ser demitido nos quatro meses seguintes.
Se optar pela demissão no período, além dos valores normais da rescisão, o empresário terá de indenizar o empregado.
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FOLHA DE S.PAULO
Sistema Hapvida expande modelo verticalizado pelo país
Companhia já entregou, até o último mês de agosto, 158 obras das 345 previstas para todo o Brasil
A crise econômica gerada pela pandemia não afetou o ritmo de expansão do Hapvida. um dos maiores sistemas de saúde do Brasil: a empresa prevê a entrega de 345 obras em todo o Brasil até 2021. "Neste ano. investimos R$ 167 milhões na estrutura física de 158 obras, já entregues. Estão previstas mais 187 obras,entre elas 34 novas unidades a serem finalizadas até 0 ano que vem", afirma Bruno Cais, CFO do Sistema Hapvida.
A estratégia visa a ampliar a rede própria, que conta com uma infraeslruliirade40 hospitais. 184 clínicas médicas. 41 pronto atendimentos e 174 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial. "O Hapvida é a única operadora de saúde com um sistema verticalizado. ou seja, infraestrutura de rede própria, cm todas as regiões do país", declara.
A verticalização e a integração do sistema são os grandes diferenciais do modelo de negócios da empresa, que atende cerca de 6.4 milhões de clientes. "Esse modelo de negócio permite ter um controle maior dos custos e focar a eficiência operacional e a qualidade assistencial. Isso garante a sustentabilidade financeira da empresa e uma boa relação custo-benefício para o consumidor", afirma Cais.
A história do Hapvida começou em 1979. com uma pequena clínica fundada pelo oncologista Cândido Pinheiro em Fortaleza. Em 1986, a clínica se transformou no Hospital Antonio Prudente. E, em 1993, o doutor Pinheiro fundou a operadora Hapvida. A empresa começou a crescer e a ganhar participação de mercado, se expandindo pelo Ceará e para outros estados no Nordeste c na região Norte.
0 plano de expansão do grupo se intensificou nos últimos dois anos com a abertura de capital. Já atuando em praticamente todos os estados do Norte e do Nordeste, 0 crescimento para outras regiões se deu com a captação de R$ 3,4 bilhões de reais.
Em 2019, 0 Sistema Hapvida chegou, com rede própria, à região Sul c inaugura um hospital em Joinville (SC).
A partir daí, usou os recursos de IPO para as novas aquisições. As principais são:
2019
Grupo São Francisco, Ribeirão Preto (SP): R$ 5 bilhões.
Grupo América, em Goiás: RS 400 milhões.
Grupo Medicai, sediado em Limeira (SP): RS 300 milhões.
2020
Grupo São José, sediado em São José dos Campos (SP): RS 400 milhões.
Grupo Promed, sediado em Belo Horizonte (MG): RS 1,5 bilhão.
Nem todas essas aquisições estão concluídas. "0 Hapvida já assumiu 0 Grupo São Francisco, O Grupo América e outras pequenas operadoras, como 0 Grupo RN, de Uberaba (MG). Os grupos Medicai. São José e Promed ainda estão sendo avaliados pelos órgãos reguladores: a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Gade)."
No plano de expansão, a empresa não prospectou apenas operadoras de saúde e hospitais. Gomo a tecnologia é fundamental para a integração do sistema. o Hapvida adquiriu uma health tech, empresa de tecnologia em saúde. "A Maida Health, holding de tecnologia do grupo. trabalha no desenvolvimento de projetos de inteligência artificial e de novas plataformas de telemedicina", diz o executivo.
Para dar continuidade ao processo, Hapvida fez nova captação de recursos, com emissão de dívida(debêntures)no valor de R$ 2 bilhões c também um follow-up. oferta subsequente de ações no mercado, para a captação de lí$ 2,6 bilhões. No total, entre IPO. debêntures e follow-on, a captação foi de Ií$ 8 bilhões.
"Atualmente temos R$ 34 bilhões em caixa, que serão destinados á expansão da companhia seja em investimentos orgânicos, coma expansão da infraestrutura assistencial, seja em aquisições, como as que fizemos no último ano", declara Cais.
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Nosso modelo de negócio garante a sustentabilidade financeira da empresa e uma boa relação custobenefício a para o consumidor
Bruno Cais,
CFO do Sistema Hapvida
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FOLHA DE LONDRINA
Artigo - Aposentadoria do médico após a Reforma da Previdência
A atividade do(a) médico(a) é exposta naturalmente a agentes químicos e biológicos, como bactérias, vírus, germes infecciosos, secreções e sangue de pacientes, saliva, contato com materiais infecto-contagiantes e outras substâncias, possibilitando o direito à Aposentadoria Especial.
Com a reforma da previdência a aposentadoria dos médicos, que continua sendo na modalidade especial, sofreu algumas mudanças, dentre elas, pelas regras atuais, além do tempo de contribuição, passou a ser considerada a idade do segurado para fins de concessão do benefício.
Os médicos que já preencheram os requisitos antes da vigência da reforma terão seus direitos preservados conforme as normas anteriores. Já os médicos que estavam próximos de cumprir os requisitos antes da Reforma Previdenciária pela Emenda Constitucional n.º 103 de novembro de 2019, deverão se atentar às regras de transição, que levam em conta o tempo de contribuição e uma idade mínima.
Porém, ao contrário do que muitos imaginam, mesmo após a reforma da previdência ainda é possível converter o tempo em atividade especial (insalubre e/ou perigosa) em tempo comum, para aumentar o tempo de contribuição e o valor da aposentadoria. Essa conversão também possibilita a antecipação do pedido da aposentadoria ou o cumprimento dos requisitos para a concessão anteriormente à reforma da previdência (novembro de 2019).
A conversão do tempo especial em tempo comum, só é possível para o trabalho prestado até a promulgação da Emenda Constitucional nº 103/2019 (reforma da previdência). Ou seja, a atividade especial somente poderá ser convertida até 12/11/2019, data da publicação da Emenda, ainda que o Segurado continue trabalhando posteriormente. Nesse caso, o que vale é a lei vigente à época em que o serviço foi prestado.
O cálculo de conversão do tempo em atividade especial em tempo comum, corresponde à multiplicação do tempo de atividade especial por 1,2 para as mulheres, e por 1,4 para os homens (majoração de 20% ou 40%).
Não somente os médicos, mas os dentistas, veterinários, engenheiros, metalúrgicos, eletricistas, aeroportuários, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, químicos, farmacêuticos, dentre outros, podem ser extremamente beneficiados com a conversão e conseguir uma aposentadoria antecipada.
É certo que a grande maioria dos médicos atuam como autônomos, ou seja, profissionais que trabalham por conta própria, contribuindo para a Previdência Social (INSS) como contribuintes individuais. O fato do segurado recolher contribuições ao RGPS na qualidade de contribuinte individual, não afasta a possibilidade de reconhecimento do tempo de serviço laborado em condições especiais, visto que a legislação não faz distinção entre os segurados, bastando, somente a comprovação da exposição de forma habitual e permanente a agentes nocivos à saúde e/ou à integridade física (art. 57 da Lei 8.213 /91).
Ressalta-se a importância de conversar com um profissional especializado em Direito Previdenciário e informá-lo de todas as atividades de trabalho já realizadas, a fim de obter um parecer completo para o caso concreto e assim possibilitar a obtenção de uma aposentadoria mais benéfica.
Renata Brandão Canella, advogada
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"Na saúde, instituições públicas fragilizadas dão margem à corrupção"
Em um artigo publicado recentemente na Folha S. Paulo, o médico Paulo Chapchap, diretor geral do Hospital Sírio-Libanês, afirma que os pilares da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) estão sob ataque. Segundo ele, instituições enfraquecidas só beneficiam os que querem tirar vantagem.
"A ocasião faz o ladrão", diz Chapchap em entrevista à coluna. "Na saúde, instituições públicas fragilizadas dão margem à corrupção". Desde abril, ele também coordena o movimento Todos pela Saúde, uma iniciativa de enfrentamento da pandemia lançada a partir da doação de R$ 1 bilhão feita pelo Itaú Unibanco. Uma experiência que levou Chapchap a conhecer melhor o Brasil e a valorizar ainda mais o SUS. A seguir, os melhores trechos da nossa conversa:
VivaBem: No artigo, o sr. ressalta que há um processo de enfraquecimento das instituições brasileiras nas principais instâncias democráticas. Como isso fomenta insegurança na assistência à saúde?
Paulo Chapchap: O Brasil tem um problema cultural de seleção de pessoas para as nossas lideranças. O preenchimento dos espaços ocorre muito mais pela identidade ideológica e partidária do que por critérios como experiência, preparo e todo o conjunto de competências necessárias aos cargos técnicos. O preenchimento de cargos no Banco Central, por exemplo, ocorre de forma diferente do que acontece no Ministério da Saúde. No Banco Central, há os colaboradores de carreira. Quando um novo presidente é nomeado, dificilmente o segundo e o terceiro escalões são afetados. É um exemplo de consistência e de política institucional ao longo do tempo.
VivaBem: Como a saúde do país é afetada por essa insegurança?
Paulo Chapchap: Quando as instituições são enfraquecidas surgem comportamentos que, se forem reproduzidos, pioram a vida em sociedade. As instituições de saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), a Vigilância Sanitária, as secretarias do Ministério da Saúde têm que trabalhar de forma ordenada. Isso ficou claro na pandemia. Ninguém conhecia a doença, nem sabia o que ia acontecer. Instituições fragilizadas, com lideranças pouco afeitas às competências necessárias para o enfrentamento, cometem mais erros e demoram mais para perceber. É preciso haver capacidade de fazer gestão baseada em fatos e dados. A crise deixou evidente que não estamos indo bem.
VivaBem: Voltando ao exemplo do Banco Central, por que é tão difícil manter líderes com perfil técnico no Ministério da Saúde?
Paulo Chapchap: Não acho que o Ministério da Saúde deva ser ocupado apenas por técnicos. É preciso ter grandes lideranças com capacidade de gestão. Não estou fazendo uma crítica ao ministro atual. O ministro Pazuello tem procurado acertar. Ele tem experiência de gestão e compromisso com o país. Em algumas posições é preciso ter técnicos. Se eles não estiverem no ministério, é preciso convocar e ouvir técnicos que têm uma história de serviços públicos prestados ao país. O ministro ou o líder do centro de comando não precisa ser um técnico experiente na área, mas precisa ser um bom gestor e ter clareza sobre as competências que precisa juntar para poder tomar as decisões. E ter clareza também sobre as limitações que uma pessoa sozinha (qualquer que seja ela) teria para enfrentar uma crise dessa dimensão.
VivaBem: O ministro Pazuello disse na semana passada que não conhecia o SUS até esse momento da vida. O que o sr. achou dessa declaração?
Paulo Chapchap: Claro que ele não foi bem. Podia ter guardado isso para si. Está se expondo, mostrando quem ele é. Está se submetendo ao escrutínio. É claro que em uma hora dessa a pessoa apanha muito. Todo mundo diz: "Está vendo? Então ele não deveria estar aí". Como pode o ministro dizer que não sabia o que era o SUS, o grande projeto sanitário do país? Um sistema consagrado internacionalmente. O Brasil só não sofreu mais nessa pandemia porque existe o SUS. Acho que o ministro exagerou um pouco. De qualquer forma, ele fez um bom trabalho de aproximação com o Conass e o Conasems. Isso ele fez. Se você for entrevistar os diretores executivos dessas instituições eles vão dizer que o ministro fez um bom trabalho na coordenação do cuidado a partir do Ministério da Saúde. Isso era algo que estava faltando nessa crise. Dizer que a responsabilidade é dos Estados e dos municípios (e não do ministério), é algo que não existe. Cada um tem a sua parcela de responsabilidade. Precisam trabalhar juntos.
VivaBem: Há excesso de política partidária na saúde?
Paulo Chapchap: Os outros ministros eram mais políticos. O atual não é um técnico da saúde, mas é técnico da gestão. Até onde sei, ele não foi indicado por um partido político. E os cargos de segundo escalão do ministério não são ocupados por políticos. Quando há um ministro deputado, ele é mais sensível às pressões partidárias para ocupação de cargos. Quando o ministro não foi indicado por um partido político, ele pode ser mais resistente às pressões. Não é nítido para mim que o Ministério da Saúde esteja nas mãos deste ou daquele partido. Temíamos que ao acabar a interinidade do ministro Pazuello, houvesse uma indicação partidária.
VivaBem: Falta transparência na saúde?
Paulo Chapchap: É preciso assumir que não se sabe tudo. Quando uma decisão é tomada, é preciso justificá-la com base nos dados disponíveis no momento. E não ter constrangimento de voltar atrás quando a realidade for outra. Para um ente político, mudar de decisão pode parecer incompetência. Na política, é muito difícil reconhecer erros. Ser transparente sobre os enganos cometidos. Há sempre um certo disfarce na comunicação. Ela não é totalmente transparente porque sempre há oposição política. A diminuição da transparência é uma ação política.
VivaBem: No texto, o sr. menciona que instituições enfraquecidas só beneficiam os que almejam se locupletar. Quem são essas pessoas?
Paulo Chapchap: Não sei. Não pensei em uma pessoa ou em um partido. Mencionei isso de forma conceitual. Instituições são contratos, são leis. E também instituições em si (hospitais, autarquias etc). Quando o exercício do arcabouço legal do país é enfraquecido, quando as instituições são enfraquecidas, abre-se um espaço muito grande para quem quer fazer a coisa errada de propósito. Uma coisa é errar tentando acertar. Outra é fazer a coisa errada de propósito para levar alguma vantagem. Poder, dinheiro etc. Dependemos de instituições sólidas, fortes e bem geridas para não abrir espaço para quem quiser se aproveitar. A ocasião faz o ladrão. Se as instituições estiverem fragilizadas, as pessoas vão encontrar oportunidade de extrair valor da sociedade. Isso produz sociedades cada vez mais desiguais. Precisamos de instituições públicas fortes para não dar margem à corrupção.
VivaBem: O que o Brasil perde quando o governo não ouve as universidades, os institutos de pesquisa e a rede de hospitais universitários antes de decidir?
Paulo Chapchap: Perde a competência para uma boa decisão. Há os hospitais universitários federais, que hoje estão reunidos na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que é uma autarquia do Ministério da Educação. São mais de 50 hospitais dedicados ao ensino, com atividade acadêmica, com líderes importantes. Perdemos a oportunidade de contar com essa força. Com os diretores dos hospitais, com os reitores das universidades públicas e outras lideranças que poderiam ter sido convocadas a dar respostas.
VivaBem: Os três pilares da gestão do SUS estão sob ataque? De que forma?
Paulo Chapchap: Estava me referindo aos princípios da universalidade (todo cidadão tem direito ao SUS), da integralidade (o SUS oferece ações e serviços de todos os níveis de complexidade) e da equidade (todo cidadão é igual perante o SUS). Estamos vivendo o agravamento de dois problemas clássicos do sistema. O primeiro é de macrogestão das responsabilidades de cada ente federativo (União, Estados e municípios). As cidades menores não têm conhecimento interno e capacidade de gestão para lidar com suas responsabilidades. É preciso diminuir a sobrecarga sobre os municípios e centralizar as decisões mais nas secretarias estaduais de saúde.
VivaBem: Uma das principais responsabilidades dos municípios é oferecer uma boa atenção primária. Como fortalecê-la?
Paulo Chapchap: O segundo problema do SUS é de microgestão. É preciso melhorar o ordenamento da jornada do paciente a partir da atenção primária. Para isso, temos que reforçar e informatizar as unidades básicas de saúde. Quem conhece os pacientes são as equipes de saúde da família. A prevenção e a promoção de saúde começam por elas. Falta muita informatização. Com ela, a demanda do paciente poderia chegar mais organizada quando ele fosse encaminhado aos especialistas (atenção secundária) e ao atendimento hospitalar (atenção terciária). Isso é importante para enxergar a vida pregressa daquele indivíduo. E, quando ele voltar à unidade básica de saúde depois de ser atendido por um especialista ou em um hospital, os dados do atendimento recebido não vão se perder.
VivaBem: O sr. diz que é preciso unificar as vozes para desencadear um mecanismo de pressão que crie um movimento propositivo de combate à covid. Pressão em que sentido?
Paulo Chapchap: Pressão política, não partidária. Precisamos ter o comportamento adequado e ensinar o comportamento adequado. A sociedade civil organizada tem que participar mais das decisões. Há grandes institutos de pesquisa estatais. A Fiocruz fez um trabalho extraordinário durante essa pandemia. É de tirar o chapéu. Vale a pena conhecer porque ali há gente de muito compromisso com o país. O Instituto Butantan também teve um extraordinário papel. Alguns hospitais sob gestão pública ou públicos sob gestão privada se mobilizaram. É preciso ouvir a sociedade civil organizada para reforçar o SUS. Temos que falar mais alto. Quando você escreve as coisas que escreve está levantando a voz para formar opiniões que influenciem a política. É assim que a sociedade caminha. Partimos de uma sociedade muito desigual em que a grande maioria não tem nada. É preciso formar um condomínio. Como num condomínio, cuidar das áreas comuns faz com que todos nós vivamos melhor. O SUS pode ser o ponto de união e formação dessa visão mais colaborativa.
VivaBem: O que o sr. aprendeu sobre o SUS a partir da experiência de coordenador do movimento Todos pela Saúde?
Paulo Chapchap: Conheci melhor o Brasil e aprendi a valorizar ainda mais o SUS. O Sírio-Libanês faz gestão de hospitais públicos por meio do nosso Instituto de Responsabilidade Social. Estamos literalmente em todos os estados brasileiros. Entramos em mais de 300 hospitais públicos no Brasil. Acho que o maior aprendizado que tivemos foi perceber uma enorme dificuldade do ponto de vista de infraestrutura, tecnologia e desenho de processos. Por outro lado, há um extraordinário compromisso das pessoas. Às vezes, elas nem estão totalmente capacitadas para aquelas atividades, mas isso não as impede de assumir responsabilidades e ir para a linha de frente. Mesmo correndo risco pessoal. A cultura brasileira na área da saúde, construída pelo SUS, é de um enorme compromisso das pessoas com o cuidar bem. O SUS tem as pessoas comprometidas e engajadas. Os trabalhadores da saúde têm vocação, na grande maioria dos casos. Como lideranças, temos que organizar isso melhor. Para que o trabalho deles seja mais fácil, mais produtivo e menos sofrido.
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VEJA
Com pausa da Johnson & Johnson, quais vacinas estão em fase mais avançada
No Brasil, três imunizantes seguem em análise - com autorização para recrutar 25.000 participantes
Mariana Rosário
Com aplicação de doses nos voluntários iniciada no último dia 9, a Johnson & Johnson comunicou a pausa dos estudos no Brasil nesta terça-feira, 13. A razão da parada foi um efeito adverso grave detectado em um participante das pesquisas. Ao todo, doze voluntários chegaram a receber aplicações do fármaco no país.
Diante da interrupção nos trabalhos da Janssen-Cilag - braço farmacêutico da Johnson & Johnson - seguem na última etapa de testes, o chamado ensaio clínico Fase III, outras dez vacinas para Covid-19. Os laboratórios responsáveis são: Moderna, Pfizer e BioNTech, CanSino Biologics, Instituto de Pesquisa Gamaleya, AstraZeneca, Novavax, Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan, Sinopharm, Sinovac Biotech e Murdoch Children's Research Institute. Destes, três receberam aval para realizar ensaios no Brasil. São eles: Astrazeneca, Sinovac Biotech e Pfizer (além da Johnson & Johnson, que acaba de ser interrompida). Ao todo, 25 000 brasileiros deverão participar dos esforços científicos, mediante a autorização já concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O fato de uma vacina encontrar-se na Fase III não significa que está prestes a ser aprovada. Muitas experiências dão errado nessa reta final. Mesmo assim, o governador paulista João Doria (PSDB) aposta que a Sinovac estará sendo distribuída no país antes do final de 2020. Os poucos efeitos colaterais apresentados pelos voluntários da vacina chinesa até aqui ajudam a sustentar o otimismo do político tucano. Fabricantes como Astrazeneca e Pfizer preveem o fim dos estudos de seus imunizantes ainda neste ano.
Outros 29 testes estão em curso na Fase I e outros catorze na fase III. Estudos em laboratórios sem humanos - ou seja, pré-clínicos - totalizam 92 pesquisas.
É possível dizer que estão em estágio mais avançado no país as vacinas de Oxford (com o laboratório Astrazeneca) e a Sinovac Biotech - as primeiras a iniciar os estudos por aqui - e que já deram os primeiros passos no processo de registro do imunizante junto a agência reguladora brasileira. Essa aprovação fundamental, no entanto, se dará em esquema faseado, o que não quer dizer que a liberação está prestes a acontecer. A autorização que a população receba estas vacinas só ocorrerá quando os laboratórios conseguirem comprovar segurança e eficácia dos imunizantes, o que só será possível em fase mas avançadas do estudo.
Resposta da Johnson & Johnson
Em nota enviada a VEJA, a Johnson & Johnson afirmou: 'eventos adversos - doenças, acidentes etc -, mesmo aqueles graves, são uma ocorrência esperada em qualquer estudo clínico, especialmente em grandes pesquisas. (?) Assim, podemos fazer uma revisão cuidadosa de todas as informações médicas antes de decidir se o estudo deve ser reiniciado'. A empresa não especificou qual efeito acometeu o participante nem sua identidade, para preservar sua privacidade, garantiu.
Dados da pandemia
Nesta terça-feira, 13, a média móvel de novas notificações da doença foi de 20.641 e a de novos óbitos 500,6 . A média móvel semanal é calculada a partir da soma do número de casos e mortes nos últimos sete dias, dividida por sete - o que permite uma melhor avaliação ao encontrar um número comum de registros ao longo do período avaliado.
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O GLOBO
Média móvel de mortes pelo coronavírus vai a 499, a menor desde 7 de maio
O Brasil registrou 354 mortes causadas pela Covid-19 entre a noite de segunda-feira e a noite de ontem, segundo boletim divulgado às 20h pelo consórcio de veículos de imprensa.
O país já totaliza 151.063 vidas perdidas para a doença desde março deste ano. Foram contabilizados também 12.220 novos casos, elevando para 5.114.823 o número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
Já a média móvel de mortes ficou em 499, a menor desde 7 de maio. A média móvel de sete dias faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com a média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o ruído causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.
NÚMEROS DO MINISTÉRIO
O consórcio de veículos de imprensa é formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até às 20h.
A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.
A pasta publicou seu balanço, no início da noite de ontem, apontando que o país contabilizou 309 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para 150.998 o número devidas perdidas para a doença. Foram registrados também 10.220 novos casos da doença, totalizando 5.113.628 infectados.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 1,3 mil infectados em 24h e chega a 230 mil casos
Théo Mariano
Goiânia - Goiás registrou, nas últimas 24 horas, 1.344 casos e 6 mortes pelo novo coronavírus. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, que divulgou os números nesta terça-feira (13/10), o Estado agora atinge as marcas de 230.432 infectados e 5.211 óbitos pela doença. A pasta ainda aponta a existência de 220 mil recuperados do vírus nos municípios goianos.
De acordo com os indicadores, 236 mortes são investigadas para saber se a causa foi covid-19, e outros 230 mil pacientes são considerados casos suspeitos. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 2,26%.
O Governo de Goiás disponibiliza plataforma, atualizada a cada 30 minutos, com os principais dados sobre a covid-19 no Estado.
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Falso médico é preso no Rio usando documentos de profissional de Goiás
Homem já havia sido preso pelo mesmo crime
Goiânia - Um falso médico foi preso no Rio de Janeiro, na sexta-feira (9/10), usando documentos de um médico de Goiás. O homem foi identificado como Australiamar Fernandes Ferreira, de 41 anos. A Polícia Civil do Rio de Janeiro contou com o suporte do Instituto de Identificação de Goiás, que figura entre os mais ágeis do País.
Além de se apresentar como um profissional residente em Goiás, Australiamar também se passava por tenente do Exército Brasileiro. Ele trabalhava de forma irregular no Hospital Escola em Valença, Região Sul do Rio de Janeiro. Ele chegou a provocar a amputação da perna de um paciente depois de um tratamento médico equivocado.
A prisão foi feita por equipes da 91ª Delegacia de Polícia e segundo a Polícia Civil do RJ. Com o falso médico foram apreendidos jalecos, documentos falsos e peças de fardamento do Exército.
Australiamar, que chegou a usar nome falso mesmo depois da prisão, já havia sido preso outras três vezes, entre 2008 e 2012, pela prática do mesmo crime. As prisões aconteceram nos Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul. O homem também possui passagens por ameaça, lesão corporal e estelionato.
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JORNAL OPÇÃO
Caiado diz que manterá leitos de UTIs em Porangatu após pandemia
Por Thauany Melo
Pedido está entre demandas apresentadas pela candidata a prefeita do município, Vanuza Valadares (Podemos)
Durante uma reunião convocada pelo governador Ronaldo Caiado nesta segunda-feira, 12, a candidata a prefeita de Porangatu, Vanuza Valadares (Podemos), apresentou algumas demandas do município, como escritório industrial, a Lei Pro-Goiás, a conservação e a pavimentação de rodovias, a manutenção da UEG/Porangatu e implantação de cursos no campus da universidade.
A candidata ainda reivindicou a manutenção dos leitos de UTIs, implantados no Hospital de Campanha da cidade (Hcamp) para atender os pacientes vítimas do Covid-19. Em resposta ao pedido de Vanuza, Caiado se comprometeu em manter os leitos na cidade, mesmo após a pandemia.
“Foi o pedido (de Vanuza), à época, presidente do Seasa, para que nós fizéssemos uma parceria com a prefeitura e mantivéssemos todos esses leitos que lá estão funcionando. Esses leitos existem em parceria com o governo do Estado de Goiás que repassa todo mês um valor para dar condições para que essas estruturas permaneçam atendendo as pessoas” disse Caiado.
Vocês podem ter certeza, o hospital em Porangatu não vai fechar as UTIs. Terminada a pandemia, ela vai continuar fazendo ali cirurgias eletivas e cirurgias de urgências”, acrescentou o governador.
Vanuza Valadares é a única representante do norte de Goiás a integrar a equipe de lideranças políticas do Governador.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
Ahpaceg vai receber o candidato Vanderlan Cardoso
Escrito por AdministradorDando sequência às reuniões com os candidatos à Prefeitura de Goiânia, a Ahpaceg irá receber o candidato e senador Vanderlan Cardoso (PSD), nesta quarta-feira (14), às 15 horas.
O objetivo é ouvir e debater as propostas não apenas para a área da saúde, mas também as que envolvem toda a administração da cidade, além de apresentar demandas da Associação e do setor hospitalar.
O primeiro candidato a se reunir com a entidade foi Maguito Vilela (MDB), no dia 7 de outubro. Também já está programada a conversa com o candidato e deputado estadual Virmondes Cruvinel (Cidadania), na quarta-feira (21).
#Ahpaceg #eleições2020