
Imprensa (2432)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
CCJ da Câmara aprova PEC que estabelece lei sobre piso salarial de enfermeiros
Prefeitura de Goiânia inicia aplicação da 4ª dose contra a Covid-19 para pessoas com mais de 40 anos
Ministério Público pede que três municípios goianos voltem com o uso de máscaras
Paciente relata que médica fez gesto obsceno e negou atendimento no Cais do Bairro Goiá
Policlínica de Goiás alerta sobre prevenção de acidentes
Carga viral de covid-19 no esgoto volta a subir em Goiânia
Todo aborto é crime? Entenda o caso da juíza que incentivou criança de 11 anos a desistir do aborto após estupro
JORNAL OPÇÃO
CCJ da Câmara aprova PEC que estabelece lei sobre piso salarial de enfermeiros
Por Eduardo Marques
Texto segue para a comissão especial, que deverá discutir a Proposta de Emenda à Constituição antes de sua apreciação em plenário
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta segunda-feira, 20, o texto da Proposta de Emenda à Constituição 11/2022, que dá segurança jurídica ao piso salarial nacional de enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Agora, o texto segue para a comissão especial, que deverá discutir a PEC antes de sua apreciação em plenário.
A votação, ocorrida de maneira simbólica, só não foi unânime porque o partido Novo foi divergente. Já o deputado Bilac Pinto (União Brasil-MG) afirmou que a comissão especial deve definir qual será a fonte de custeio desse piso salarial, que prevê impacto orçamentário de R$ 24,9 bilhões em 2024. “Nós somos a favor, mas não podemos botar essa conta somente para as prefeituras e para os hospitais”, disse.
Conforme antecipado pelo Jornal Opção, a Federação Goiana de Municípios (FGM) e a Associação Goiana de Municípios (AGM), em conjunto, expuseram a indignação com a aprovação da matéria pelo plenário da Casa no início de maio, visto que o projeto não indica a fonte do recurso, que preveem aumento de R$ 850 milhões por ano para as folhas de pagamento dos municípios de Goiás. As entidades defendem que os valores mensais “devem ser repassados pela União, através do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos fundos de saúde do ente federado”.
Além disso, elas afirmam que o Pacto Federativo deve ser respeitando, e é preciso chamar a atenção para a “responsabilização tripartite na saúde e para o papel relevante que a União desempenha na manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS)”, afirma a FGM.
A matéria foi proposta após senadores e deputados aprovarem o PL 2.564/2020, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), que prevê piso mínimo inicial para enfermeiros no valor de R$ 4.750. Pela proposta, esta será a remuneração mínima a ser paga nacionalmente por serviços de saúde públicos e privados. No caso dos demais profissionais, o texto fixa 70% do piso nacional dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.
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Prefeitura de Goiânia inicia aplicação da 4ª dose contra a Covid-19 para pessoas com mais de 40 anos
Por Ysabella Portela
Imunização poderá ser feita com as vacinas Pfizer, AstraZeneca ou Janssen
A partir desta terça-feira, 21, a Prefeitura de Goiânia começa a aplicar o segundo reforço, ou a quarta dose, contra a Covid-19 em pessoas com mais de 40 anos. A vacinação será realizada em 71 locais e também nas vans que percorrem os bairros da capital.
Para receber a quarta dose, além de considerar a faixa etária, é preciso que a pessoa tenha vacinado com o primeiro reforço (terceira dose) há pelo menos quatro meses. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goiânia tem 229.750 moradores entre 40 e 49 anos, mas, de acordo com o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, nem todos estão aptos a receber a dose. “A estimativa é que somente a metade dessas pessoas podem se vacinar com o segundo reforço, porque o restante está em atraso com a terceira dose ou fora do intervalo exigido”, diz.
E quem tomou a Janssen?
Aos cidadãos que se vacinaram com a dose única da Janssen, o Ministério da Saúde liberou mais doses. Quem tem entre 18 e 39 anos pode receber o segundo reforço (terceira dose), e quem tem 40 anos ou mais pode tomar o terceiro reforço (quarta dose).
Entenda o número de doses por idade:
Quem pode tomar quatro doses: todas a pessoas com 40 anos ou mais
Quem pode tomar somente três doses: pessoas entre 12 e 39 anos
Quem pode tomar somente duas doses: crianças de 05 a 11 anos
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Ministério Público pede que três municípios goianos voltem com o uso de máscaras
Por Ysabella Portela
Mineiros, Santa Rita do Araguaia e Portelândia deverão adotar medidas sanitárias para conter o surto de Covid-19
O Ministério Público de Goiás (MPGO) recomendou aos municípios goianos, Mineiros, Santa Rita do Araguaia e Portelândia que adotem medidas sanitárias para conter o atual surto de contágio de Covid-19, com o uso obrigatório de máscaras em ambientes com mais propensão ao contágio (hospitais, unidades de saúde e locais fechados, como escolas ou empresas) e ações educativas para advertir sobre o risco da doença.
Segundo o promotor de Justiça Henrique Golin, os três municípios registraram um aumento dos casos nas últimas semanas e, diante disso, o MP promoveu uma reunião técnica com secretários de Saúde e médicos especialistas para um planejamento de ações com o objetivo de barrar o avanço da doença. Durante a reunião, foi tratado sobre os impactos que um novo surto de contágio possa causar nos serviços de saúde, em especial nas áreas de cardiologia e de psiquiatria.
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TV ANHANGUERA
Paciente relata que médica fez gesto obsceno e negou atendimento no Cais do Bairro Goiá
https://globoplay.globo.com/v/10686384/
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DIÁRIO DA MANHÃ
Policlínica de Goiás alerta sobre prevenção de acidentes
Ação conscientizou profissionais terceirizados da importância do ambiente de trabalho seguro
A Policlínica Estadual da Região Rio Vermelho – Goiás realizou no dia 15 de junho uma atividade de conscientização sobre a Prevenção de Acidentes de Trabalho. A iniciativa orientou os profissionais terceirizados da unidade da importância de também ser responsável por um ambiente de trabalho seguro e com menos riscos de acidentes.
De acordo com a técnica de segurança do trabalho Mariane Luz o intuito da ação foi quanto à importância da prevenção de acidentes, à saúde e à segurança no ambiente do trabalho. “Sempre reforçamos com os colaboradores os treinamentos sobre o uso correto de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e os riscos da não utilização deles no ambiente hospitalar”, explicou.
Mariane destaca que o foco é zerar o número de acidentes de trabalho na unidade. “Dessa forma, incentivamos todos a trabalharem com maior segurança”, afirmou a profissional.
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O HOJE
Carga viral de covid-19 no esgoto volta a subir em Goiânia
Por: Alexandre Paes
Os índices de concentração do vírus SARS-CoV-2 no esgoto da capital goiana voltaram a crescer nas últimas semanas e, atingiram nos últimos dias, taxas parecidas com a da segunda onda da Covid no primeiro semestre de 2021. Os pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), monitoram a Covid-19 no esgoto da cidade de Goiânia desde maio de 2021.
Há algumas semanas esses valores vem crescendo, em especial nas últimas três semanas. Na semana epidemiológica de 29 de maio a 04 de junho a carga viral foi de 20 trilhões de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes, enquanto na semana de 12 de junho a 18 de junho essa carga subiu mais de sete vezes, sendo detectada uma carga de 142 trilhões de cópias por dia para cada 10 mil habitantes.
Após não detectar o vírus em algumas semanas de março de 2022, a carga viral demonstrou crescimento desde a semana epidemiológica 22 de 2022 e mantém-se em crescimento significativo nas semanas epidemiológicas 23 e 24 de 2022.
A concentração do vírus encontrada no esgoto coletado na terceira semana do mês de junho de 2022 é a maior em um ano (de junho de 2021 a junho de 2022), e a tendência tem sido de aumento da carga viral. Isso ocorre após algumas semanas de queda na concentração do material genético do vírus no esgoto, que era identificado em níveis médios ou até mesmo inferiores ao limite de detecção.
Assim como explica a professora Gabriela Duarte, a frequência de ocorrência de covid-19 em uma comunidade pode ser estimada pela detecção do RNA do vírus no esgoto. “O monitoramento oferece uma importante ferramenta epidemiológica que sugere a necessidade urgente de medidas de controle sanitário para o enfrentamento da pandemia”.
Os resultados do monitoramento da covid no esgoto em Goiânia são publicados em boletins semanais pela Rede Vírus-MCTI.
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Todo aborto é crime? Entenda o caso da juíza que incentivou criança de 11 anos a desistir do aborto após estupro
Por: Ana Bárbara Quêtto
A juíza, Joana Ribeiro Zimmer, de Santa Catarina, incentivou uma criança de 11 anos grávida, após ser vítima de estupro, a permanecer em um abrigo para evitar que a menina faça um aborto legal. A titular da Comarca de Tijucas mantem a menina no abrigo há um mês.
O caso foi revelado nesta segunda-feira (20/6), pelo site The Intercept. O Código Penal permite o aborto em caso de violência sexual, sem limitação prévia de semanas da gravidez e sem a autorização judicial.
Após dois dias da descoberta da gravidez, a mãe da vítima a levou ao Hospital da Universidade Federal de Santa Catarina. No entanto, a equipe médica responsável pelo procedimento se recusou a proceder com a interrupção da gravidez.
Os médicos alegavam que, as normas internas do hospital apenas autorizavam o procedimento até a 20ª semana. Na época, a menina já estava na 22ª semana de gestação. Com a recusa, a família da menor procurou a Justiça. Depois de dois dias, o Ministério Público catarinense pediu o acolhimento da menina para protegê-la do agressor.
A medida protetiva foi autorizada pela juíza Joana. Ao apreciar o pedido, a magistrada comparou o anteparo da saúde da vítima com à proteção do feto. Assim, o acolhimento da menina teria outro motivo, o de não efetuar o aborto ilegal. “O risco é que a mãe efetue algum procedimento para operar a morte do bebê”, anotou Joana.
No dia nove de maio, durante uma audiência judicial relacionada ao caso, Zimmer defendeu a continuação da gravidez por “uma ou duas semanas”, para aumentar as chances de sobrevivência do feto. Além de um possível parto antecipado.
“Você suportaria ficar mais um pouquinho?”, questiona a juíza para a criança, durante a gravação da audiência obtido pelo The Intercept. Assim como Joana, a promotora do caso, Mirela Dutra Alberton, também tentou convencer a garota.
“A gente mantinha mais uma ou duas semanas apenas a tua barriga, porque, para ele ter a chance de sobreviver mais, ele precisa tomar os medicamentos para o pulmão se formar completamente”, disse Mirela.
“Em vez de deixar ele morrer – porque já é um bebê, já é uma criança –, em vez de a gente tirar da tua barriga e ver ele morrendo e agonizando, é isso que acontece, porque o Brasil não concorda com a eutanásia, o Brasil não tem, não vai dar medicamento para ele morrer”, concluiu a promotora.
A juíza ainda afirma que o aborto não seria legal. Segundo Zimmer, o Ministério da Saúde estipula um período máximo de gestação para a interrupção de 22 semanas. “A questão jurídica do que é aborto pelo Ministério da Saúde é até as 22 semanas. Passado esse prazo, não seria mais aborto, pois haveria viabilidade à vida”, alegou.
“seria uma autorização para homicídio, como bem a dra. Mirela lembrou. Porque, no Código Penal, está tudo muito especificadamente o tipo penal”, disse durante a audiência.
Após a declaração das duas advogadas, a juíza pergunta à menina se ela gostaria de escolher o nome do feto: “Você tem algum pedido especial de aniversário? Se tiver, é só pedir. Quer escolher o nome do bebê?”. A resposta foi “não”.
“Hoje, há tecnologia para salvar o bebê. E a gente tem 30 mil casais que querem o bebê, que aceitam o bebê. Essa tristeza de hoje para a senhora e para a sua filha é a felicidade de um casal”, continua Ribeiro. Em seguida, a mãe responde, chorando: “É uma felicidade, porque não estão passando o que eu estou”.
A mãe segue falando: “Independente do que a senhora vai decidir, eu só queria fazer um último pedido. Deixa a minha filha dentro de casa comigo. Se ela tiver que passar um, dois meses, três meses [grávida], não sei quanto tempo com a criança… Mas deixa eu cuidar dela?”, implora.
A família buscou o Tribunal de Justiça para pedir o retorno da garota para casa. O promotor do caso, Paulo Ricardo da Silva, concordou com o pedido. “a fim de que, de forma imediata e urgente, seja revogada a medida de proteção de acolhimento”, disse. O pedido aguarda análise pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
O The Intercept entrou em contato com a juíza, Joana Ribeiro Zimmer, mas não obteve respostas. O espaço continua aberto para um posicionamento.
Todo aborto é crime?
O Código Penal brasileiro estabelece pena de 1 a 3 anos de detenção para a realização do aborto, exceto em caso de risco de morte da mulher ou de estupro. Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu autorizar o procedimento, mas somente em casos de anencefalia fetal.
A legislação brasileira autoriza o procedimento, em caso de abuso sexual, sem restrições quanto ao tempo de gestação, ou necessidade de autorização judicial. No vídeo, publicado pelo The Intercept, a juíza insiste para que a menina tenha o filho e o entregue à adoção.
A situação é configurada, pelo Código Penal no artigo 217, como estupro de vulnerável, uma vez que a criança não tem idade para consentir com um ato sexual. A promotora afirmou que, na época, não tinha conhecimento sobre os procedimentos de aborto.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Redução de repasse do Ministério da Saúde faz Santa Casa de Goiânia suspender cirurgias de marca-passo
Rumo a uma nova onda, Goiânia registra mais de 11 mil casos de Covid-19 na segunda semana de junho
Nordeste Goiano tem a maior policlínica do Estado
Covid-19: Goiás não registra nenhuma morte nas últimas 24 horas
Santa Casa de Goiânia suspende cirurgias de marca-passo
O Ministério da Saúde confirmou o oitavo caso de varíola de macacos no Brasil
Santa Casa suspende cirurgias de marca-passo e outros procedimentos cardíacos em Goiânia
Santa Casa de Goiânia suspende cirurgias de marca-passo e outros procedimentos cardíacos
Santa Casa suspende cirurgias de marca-passo e outros procedimentos cardíacos em Goiânia
Pacientes ficam deitados em macas por corredor de hospital em Goiânia
Influenciadora denuncia que cirurgião manteve próteses vencidas nos seios dela em cirurgia de troca de silicone, em Goiânia
Idoso não consegue fazer cirurgia no coração por falta de insumos, em Goiânia
Santa Casa de Misericórdia inaugura orquidário terapêutico para pacientes
Ministério da Saúde reduz repasse e Santa Casa de Goiânia suspende cirurgias de marca-passo
DIÁRIO DE GOIÁS
Redução de repasse do Ministério da Saúde faz Santa Casa de Goiânia suspender cirurgias de marca-passo
Em um equipamento a redução foi de 64% e em outro aparelho, para o mesmo procedimento cirúrgico, a redução foi em torno de 46%
As cirurgias de marca-passo da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia estão suspensas desde o dia 1º deste mês por conta da redução de repasse por parte do Ministério da Saúde. Até o momento não há previsão de retorno dos procedimentos na unidade de Saúde. Segundo o superintendente Cláudio Tavares, o motivo foi por conta de uma redução no repasse de 64% no valor pago pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por parte do Ministério da Saúde.
De acordo com o superintendente da Santa Casa de Goiânia, em um equipamento a redução foi de 64% e em outro aparelho, para o mesmo procedimento cirúrgico, a redução foi em torno de 46%. ”A partir de junho houve essa redução, e o fornecedor que recebe o teto na hora do processamento,ele alegou que não tem condições do fornecimento com essa redução”, explica Cláudio Tavares a rádio Bandeirantes Goiânia na manhã desta sexta-feira (17).
Segundo Cláudio, o equipamento não é simples, e por conta da tecnologia que é o marca-passo, estes fornecedores não são encontrados no Brasil. ”A gente tem poucos fornecedores no mercado do país”, frisa o superintendente.
Tavares destaca que não é somente a Santa Casa de Goiânia que passa por essa situação. O superintendente lembra que essa redução não atingiu somente a unidade de Goiânia, e sim a maioria dos hospitais que tem como rotina fazer o implante de marca-passo.
Com essa alteração, a tabela de planos de saúde não foi afetada, somente do SUS, segundo Cláudio. O superintendente explica que um aparelho de marca-passo que custava R$ 15 mil na tabela anterior, com a nova tabela houve redução para R$ 8 mil, já outro aparelho que custava em torno de R$ 50 mil, a redução foi maior e ficou R$ 18 mil.
Cláudio explica ainda que no momento a procura é por outro tipo de fornecedor que se adeque a estes novos repasses.
https://diariodegoias.com.br/santa-casa-de-goiania-suspende-atendimentos/
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Rumo a uma nova onda, Goiânia registra mais de 11 mil casos de Covid-19 na segunda semana de junho
Ao todo, de acordo com a SMS, nas duas primeiras semanas do mês foram realizados 45.269 testes na população
Os casos de Covid-19 em Goiânia não param de crescer. Somente neste mês de junho, do dia 6 ao dia 12, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou 11.473 novos casos da doença. Este número, segundo a pasta, representa 25,3% dos testes realizados nas modalidades tendas e drives. No total, conforme explica a SMS, nas duas primeiras semanas do mês foram realizados 45.269 testes na população.
Desde o último dia 6 de junho, a SMS disponibiliza, diariamente, até 9 mil testes aos goianienses. Além das tendas e dos drive-thrus, os testes também são realizados nas unidades de saúde para o diagnóstico do paciente sintomático.
De acordo com a última atualização do painel da SMS, atualmente há registro de internações nas enfermarias e UTIs da capital, o que preocupa a pasta. De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde de Goiânia, Yves Mauro Ternes, se o aumento de casos continuar em Goiânia, a pasta estuda a possibilidade de inserir novos leitos para o tratamento da doença.
Ainda segundo o superintendente, um dos motivos que vem contribuindo para o registro de novos casos é a retomada de eventos na capital, assim, a propagação do vírus circula com maior facilidade. Yves ainda alerta a população para os cuidados e segurança como o uso contínuo da máscara em ambientes fechados com maior quantidade de pessoas circulando, e conscientiza a população para manter as doses das vacinas anticovid em dias, principalmente idosos e imunossuprimidos.
Conforme a SMS, atualmente a variante BA.2, tem registrado em média 90% de prevalência nas testagens realizadas em Goiânia. Ainda de acordo com a pasta, Goiás possui 2,6 milhões de pessoas que estão com as doses atrasadas. Para a segunda dose reforço, quarta dose, já foram aplicadas 248 mil em todo estado.
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A REDAÇÃO
Nordeste Goiano tem a maior policlínica do Estado
Construída no município de Posse, a cerca de 500 quilômetros de Goiânia, a Policlínica Estadual da Região Nordeste é a maior estrutura desse tipo em funcionamento no Estado. Desde a inauguração pelo Governo de Goiás, em março de 2020, já foram realizadas mais de 47 mil consultas médicas e quase 21 mil atendimentos com profissionais de psicologia, nutrição, fisioterapia, entre outros.
O investimento anual é de R$ 30 milhões na manutenção da unidade. Entre consultas, exames, cirurgias ambulatoriais e demais atendimentos, a Policlínica de Posse já realizou quase 300 mil atendimentos desde sua inauguração. A estrutura é parte de estratégia do Estado para descentralizar serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e levar dignidade ao cidadão.
Para atender aos moradores do Nordeste Goiano, a Policlínica de Posse dispõe de 20 especialidades médicas, como cardiologia, pneumologia e pediatria, e 23 tipos de exames. No local, também são realizados pequenos procedimentos cirúrgicos. “É a maior estrutura que nós temos e fica na região mais carente do Estado de Goiás”, ressaltou o governador Ronaldo Caiado.
A instalação é a mais completa entre as seis unidades do tipo entregues na gestão Caiado. Com 26 consultórios e 16 salas para realização de exames, foi equipada com aparelho de ressonância magnética e tomografia. Além disso, possui serviço de hemodiálise. “É a mais sofisticada, pois é mais distante, e possui 20 leitos de hemodiálise”, explicou Caiado. “Em Divinópolis, o cidadão tinha que ir a Palmas para fazer hemodiálise. O que estava em São Domingos tinha que ir para Barreiras, na Bahia. Quem estava em Posse tinha que pedir pelo amor de Deus para ter uma vaga em Formosa, Brasília ou Goiânia”, lembrou o governador.
O local é a maior unidade de saúde ambulatorial do Nordeste Goiano, com 3.775 metros quadrados de área construída, e conta com recepção, sala de espera, consultórios, salas para exames, posto de coleta laboratorial, farmácia, posto de enfermagem, central de esterilização de material e salas de administração.
A unidade dispõe de equipamentos para realizar exames de audiometria, biometria ultrassônica, campimetria, cistoscopia, colonoscopia, colposcopia, ecocardiograma, endoscopia digestiva, mamografia, mapeamento de retina, entre outros. Há, ainda, a unidade móvel para rastreamento de câncer de mama e do colo do útero e a Carreta da Prevenção, que se desloca para atendimento nas cidades vizinhas.
População atesta qualidade
“A regionalização já foi muito falada em discursos em Goiás e nós demos passos largos para tornar isso realidade. A diferença da estrutura de 2018 para 2022 é substantiva”, defendeu Caiado. Somente em Posse, os investimentos somam, além do custeio, o valor da obra na ordem de R$ 11,4 milhões e mais R$ 13,1 para aquisição de equipamentos. “A transformação que estamos fazendo na saúde é uma realidade hoje”, disse o governador.
A qualidade é atestada pela moradora de Simolândia, Eliane Oliveira dos Santos Zanon, 40 anos, atendida no local. “Promover um atendimento como a Policlínica nas cidades do interior é uma ótima iniciativa, porque são pessoas muito carentes”, frisou. A paciente Íris, 39 anos, moradora de Posse, faz acompanhamento médico desde maio. "Ter mudado aqui para Posse ficou perfeito, porque a gente tinha que se deslocar para Goiânia, muito longe”, avaliou. “É muito bom ter o serviço aqui na nossa cidade”, relatou a vendedora Lucineide dos Santos de Oliveira Franca, 39 anos, que passou por uma mamografia.
Para o pastor Jurandi Moreira de Melo, 58 anos, a situação dos moradores da região era sacrificante. “Agora está tudo na porta de casa, tudo na região. Foi um serviço bem pensado e que eu parabenizo a iniciativa do Governo do Estado”, ressaltou. Morador de Posse, o líder religioso faz acompanhamento urológico e retira remédio para o tratamento de uma hiperplasia benigna na próstata. “Eu dou nota dez para o atendimento da Policlínica. Foi um pedido do meu médico e, prontamente, a Policlínica liberou o medicamento”, concluiu.
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Covid-19: Goiás não registra nenhuma morte nas últimas 24 horas
Goiás não registrou nenhuma nova morte pela covid-19 nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde neste domingo (19/6). De acordo com a pasta estadual, foram contabilizados, entre ontem e hoje, 1.097 casos da doença.
A taxa de letalidade do vírus, no território goiano, é de 1,86%. Além disso, a pasta investiga 274 mortes para saber se há ligação com o novo coronavírus. Desde o início da pandemia, Goiás já registrou 26.755 óbitos pela doença.
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O HOJE
Santa Casa de Goiânia suspende cirurgias de marca-passo
Por: Alexandre Paes
Nesta sexta-feira (17/6) a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspendeu cirurgias de marca-passo e outros procedimentos cardíacos. O motivo é que desde 1° de junho houve uma redução da verba que o Ministério da Saúde repassa para cirurgias do hospital. De acordo com o superintendente Técnico do Hospital, Cláudio Tavares, a portaria do ministério reduziu os valores dispensados para produtos cardiovasculares vitais, como marca-passos. Para este tipo de equipamento, o valor foi reduzido em até 64%.
“Em um tipo de marca-passo, essa alteração foi em torno de 64%. Já no outro tipo, foi de 46%. Com essa redução, o fornecedor alegou inviabilidade de entrega do material. Em relação às cirurgias de marca-passo, infelizmente, estão suspensas devido a essa redução”, disse Cláudio Tavares.
O superintendente também explicou que esses equipamentos são difíceis de serem localizados porque, em geral, os fabricantes são multinacionais. “São poucos fornecedores a nível nacional. Geralmente, são indústrias multinacionais e, nesse momento, o que temos de informação é que há uma negociação a nível federal”, explicou.
De acordo com o hospital até o momento não foram identificados no mercado outros fornecedores que atendam a nova tabela do Ministério da Saúde. “Infelizmente, a gente fica esperando alguma solução a nível federal”, concluiu. Ao Mais Goiás, a Santa Casa não respondeu qual o número de pacientes na espera. Devido a isso não há previsões do retorno dessas cirurgias no hospital de Goiânia.
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O Ministério da Saúde confirmou o oitavo caso de varíola de macacos no Brasil
Por: Mariana Fernandes
O Laboratório de Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro confirmou o oitavo caso de varíola dos macacos no Brasil. O paciente do sexo masculino, tem 25 anos, mora no município de Maricá (RJ) e mesmo sem histórico de viagem, relata contato com estrangeiros.
De acordo com o Ministério da Saúde, o paciente não apresenta complicações e está com quadro clínico estável. Em um comunicado, o órgão também relatou que “todas as medidas de contenção e controle foram adotadas imediatamente após a comunicação de que se tratava de um caso suspeito de monkeypox [varíola dos macacos], com o isolamento do paciente e rastreamento dos seus contatos”.
Até o momento, o Brasil possui casos confirmados em São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Mas todos os pacientes estão isolados e em monitoramento.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Santa Casa suspende cirurgias de marca-passo e outros procedimentos cardíacos em Goiânia
O superintendente explicou ainda que os marca-passos são equipamentos difíceis de serem encontrados no mercado e há poucos fornecedores no Brasil, o que aumenta a dificuldade para a realização dos procedimentos
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspendeu cirurgias de marca-passo e outros procedimentos cardíacos após uma redução de repasse do Ministério da Saúde (MS). O problema começou com a publicação da portaria no Diário Oficial, em 17 de dezembro de 2021, que altera a tabela de materiais do Sistema Único de Saúde (SUS).
No documento, é possível identificar que o Ministério da Saúde deixou de repassar para Goiás mais de R$ 13,5 milhões para a realização de procedimentos médicos. O Superintendente técnico da Santa Casa, Cláudio Tavares afirma que a portaria do MS reduziu os valores dispensados para produtos cardiovasculares vitais, como marca-passos. Para este tipo de equipamento, o valor foi reduzido em até 64%.
“Em um tipo de marca-passo, essa alteração foi em torno de 64%. Já no outro tipo foi de 46%. Com essa redução, o fornecedor alegou inviabilidade de entrega do material. Em relação às cirurgias de marca-passo, infelizmente, estão suspensas devido a essa redução”, declarou Tavares.
O superintendente explicou ainda que os marca-passos são equipamentos difíceis de serem encontrados no mercado e há poucos fornecedores no Brasil, o que aumenta a dificuldade para a realização dos procedimentos.
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MAIS GOIÁS
Santa Casa de Goiânia suspende cirurgias de marca-passo e outros procedimentos cardíacos
No dia 1° de junho, houve uma redução de repasse do material pelo Ministério da Saúde (MS).
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspendeu cirurgias de marca-passo e outros procedimentos cardíacos. O motivo disso é que, no dia 1° de junho, houve uma redução de repasse do Ministério da Saúde (MS).
De acordo com o superintendente Técnico da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Cláudio Tavares, a portaria do MS reduziu os valores dispensados para produtos cardiovasculares vitais, como marca-passos. Para este tipo de equipamento, o valor foi reduzido em até 64%.
“Em um tipo de marca-passo, essa alteração foi em torno de 64%. Já no outro tipo, foi de 46%. Com essa redução, o fornecedor alegou inviabilidade de entrega do material. Em relação às cirurgias de marca-passo, infelizmente, estão suspensas devido a essa redução”, disse.
O superintendente explicou também que os marca-passos são equipamentos difíceis de serem localizados porque, em geral, os fabricantes são multinacionais. “São poucos fornecedores a nível nacional. Geralmente, são indústrias multinacionais e, nesse momento, o que temos de informação é que há uma negociação a nível federal”, explicou.
Cláudio lamentou a situação e afirmou que, até o momento, não foram identificados no mercado outros fornecedores que atendam com a nova tabela do MS. “Infelizmente, a gente fica esperando alguma solução a nível federal”, concluiu. Ao Mais Goiás, a Santa Casa não respondeu qual o número de pacientes na espera.
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PORTAL G1
Santa Casa suspende cirurgias de marca-passo e outros procedimentos cardíacos em Goiânia
Hospital disse que suspensão aconteceu após redução de repasse do Ministério da Saúde. Enquanto isso, paciente que aguardava troca do marca-passo fica angustiado.
Por Danielle Oliveira e Rosane Mendes, g1 Goiás e TV Anhanguera
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspendeu cirurgias de marca-passo e outros procedimentos cardíacos após uma redução de repasse do Ministério da Saúde (MS). Com isso, familiares de pessoas que aguardam o procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão angustiados. Um deles é o trabalhador rural Geraldo Menezes de Oliveira, de 65 anos, que aguarda para trocar o equipamento.
“Nós estamos desesperados com essa atitude de desrespeito. O meu pai já tem mais de dez anos que está com esse marca-passo. Ele está descarregado, é uma cirurgia de extrema urgência, porque a vida dele depende disso”, disse a filha de Geraldo, Tatielle Menezes.
O implante de marca-passo foi suspenso na Santa Casa no dia 1º de junho. A situação aconteceu após o MS publicar no Diário Oficial, em 17 de dezembro de 2021, uma portaria que altera a tabela de materiais do SUS. Nesse documento, é possível identificar que o MS deixou de repassar para Goiás mais de R$ 13,5 milhões para a realização de procedimentos médicos.
Superintendente técnico da Santa Casa, Cláudio Tavares explicou que a portaria do MS reduziu os valores dispensados para produtos cardiovasculares vitais, como marca-passos. Para este tipo de equipamento, o valor foi reduzido em até 64%.
“Em um tipo de marca-passo, essa alteração foi em torno de 64%. Já no outro tipo foi de 46%. Com essa redução, o fornecedor alegou inviabilidade de entrega do material. Em relação às cirurgias de marca-passo, infelizmente, estão suspensas devido a essa redução”, disse.
O superintendente explicou ainda que os marca-passos são equipamentos difíceis de serem encontrados no mercado e há poucos fornecedores no Brasil, o que aumenta a dificuldade para a realização dos procedimentos.
“São poucos fornecedores a nível nacional, geralmente, são indústrias multinacionais e, nesse momento, o que temos de informação é que há uma negociação a nível federal. Não identificamos no mercado outro fornecedor que atenda a nova tabela do MS e, infelizmente, a gente fica esperando alguma solução a nível federal”, explicou.
Idoso aguarda troca de marca-passo
O trabalhador rural Geraldo Menezes de Oliveira, de 65 anos, estava com o procedimento para a troca do marca-passo autorizado pela Central de Regulação desde maio, aguardando apenas uma data para ser feita na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia.
No entanto, após isso, a família foi notificada que a cirurgia foi suspensa após uma portaria do MS deixar de repassar mais de R$ 13 milhões para a realização de procedimentos médicos, em Goiás.
No documento, é possível ver o valor disponibilizado pelo Governo Federal pra o implante do marca-passo: R$ 2.925,34 pela cirurgia - valor que, segundo o hospital, não cobre nem a metade do custo para realizar o procedimento médico.
O idoso, que é morador de Avelinópolis, no centro de Goiás, trabalha na zona rural cuidando dos bichos, dos pastos e plantações. Há 11 anos, quando ele descobriu que tinha doença de Chagas, passou por uma série de exames e precisou implantar um marca-passo para regular os batimentos cardíacos.
Desde então, o trabalhador rural estava bem, mas, há alguns meses, começou a passar mal porque chegou o momento de trocar o equipamento. Segundo a filha dele, Tatielle Menezes, o pai não consegue andar sem sentir falta de ar e fadiga, e tem medo de morrer.
“Meu pai tem muito medo de morrer, porque ele sabe dos riscos que corre. Cada vez que ele sente mal, mais ele fica desesperado e com medo de não aguentar, porque o coração dele e a vida dele dependem dessa cirurgia", desabafou a filha Tatielle Menezes.
Com a saúde afetada, o idoso se desespera ao mesmo tempo que se preocupa com a família e os deveres do dia a dia na roça. Tatielle conta que, após terem a notícia da suspensão da cirurgia pelo SUS, a família está desesperada.
Sobre o caso do seo Geraldo, a Secretaria Estadual De Saúde disse que o paciente já está regulado para a cirurgia na Santa Casa e que não há nenhum pedido de Avelinópolis nem de Aparecida para a Secretaria Estadual em nome do paciente.
A Secretaria Estadual orientou que Goiânia certifique a informação que o procedimento está suspenso e quais ações serão tomadas a partir daí. A Secretaria de Saúde de Goiás disse que não foi comunicada, até o momento, sobre a suspensão das cirurgias de marca-passo na Santa Casa.
A TV Anhanguera entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Goiânia, que informou que o procedimento está autorizado para o seu Geraldo, e que a Santa Casa é a unidade refenciada para isso e tem que realizar o procedimento.
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Pacientes ficam deitados em macas por corredor de hospital em Goiânia
Hugol explica que não rejeita pacientes, mas prioriza 'urgência e emergência em média e alta complexidade'. Imagem mostra 13 pessoas enfileiradas que estariam esperando atendimento.
Um vídeo mostra 13 pacientes deitados em macas enfileiradas pelo corredor do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. Segundo o pai do autor da gravação, a imagem foi feita na quinta-feira (16), enquanto o filho aguardava atendimento.
O Hugol informou, por meio de nota, que "prioriza os atendimentos de urgência e emergência em média e alta complexidade", porém "não recusa atendimento aos pacientes de baixa complexidade que deviam ser atendidos em unidades das redes municipais, mas buscam o serviço médico no Hugol".
Pai do autor do vídeo, um comerciante que não quis ter a identidade divulgada, disse que viu muitas pessoas esperando atendimento e grande movimento de acidentados no hospital.
"A demanda aumenta a todo instante. Toda hora chega uma pessoa acidentada e os problemas menos graves ficam lá a vida inteira, sofrendo. O que a gente pôde ver foi isso: corredor lotado de pessoas esperando tratamento e chega um mais grave a todo instante", observou.
O Hugol ressaltou que "não há falta de medicamentos, insumos e alimentação para pacientes" e que "foram realizados 2.453 atendimentos de urgência e emergência, uma média de 153 pacientes diariamente" nos primeiros 15 dias de junho.
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Influenciadora denuncia que cirurgião manteve próteses vencidas nos seios dela em cirurgia de troca de silicone, em Goiânia
Nanna Chara entrou com ação na Justiça contra o profissional. Ela conta que descobriu o erro mais de quatro anos depois ao fazer uma nova operação com outro cirurgião.
Por Vanessa Martins, g1 Goiás
A influenciadora digital Nanna Chara denuncia que pagou a um cirurgião plástico em Goiânia para trocar o silicone que tem nos seios quando as próteses estavam no fim do prazo de validade, mas que ele acabou mantendo os produtos vencidos no corpo dela. A mulher de 36 anos disse que só descobriu que isso havia acontecido mais de quatro anos depois, quando fez outro procedimento nos seios com outro profissional. Em choque ao descobrir o que havia acontecido, ela entrou com uma ação na Justiça contra o médico.
A advogada Luciana Castro Azevedo, que representa o cirurgião Cláudio José Maciel Filho, informou que todas as alegações da paciente são inverídicas e que ela vem difamando o médico nas redes sociais.
Também de acordo com a defesa, "as acusações de erro médico são repudiadas e esperamos a justiça para demonstrar que não houve falha alguma na conduta do médico ora acusado e pura conduta difamatória contra um profissional que sempre prezou por seus pacientes" - leia íntegra ao fim da reportagem.
Questionado pelo g1 sobre o caso, o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) disseque, "em cumprimento ao artigo 1º do Código de Processo Ético-Profissional Médico" não informa sobre a tramitação de denúncias/processos/sindicâncias no Regional".
Segundo Nanna, a cirurgia feita pelo médico citado ocorreu em setembro de 2017 e custou R$ 26,2 mil. Ela disse que o valor cobria uma lipoaspiração, levantar os seios e trocar as próteses que estavam vencendo – porque já estavam há dez anos no corpo dela – por novas.
"Quando ele viu que não ia cicatrizar bem, ele falou que o problema era a minha pele. Cerca de um ano dele dizendo que não tinha o que fazer, que era daquele jeito mesmo, e um buraco no meu seio, dando para ver a prótese, saindo secreção", contou.
Nanna disse que, por causa das cicatrizes grosseiras e a aparência "caída" dos seios, ela perdeu alguns trabalhos. Não podia usar biquines muito decotados, por exemplo. "Minha autoestima foi lá embaixo", comentou.
Insatisfeita, cinco anos depois – em abril de 2022 –, ela procurou outro profissional para fazer um novo procedimento.
"Procurei o médico que colocou as próteses em mim pela primeira vez, em 2008, para ver o que ele podia fazer para arrumar. Foi aí que ele fez a cirurgia e descobriu que ainda estavam em mim as próteses antigas. Elas ficaram de 2008 até agora, não foram trocadas em 2017 como eu pedi", disse.
Revoltada, ela foi para as redes sociais e contou o que precisou enfrentar. Nanna disse que chegou a ter o perfil derrubado nas redes sociais por denúncias de má-fé devido à exposição do caso, mas que cerca de dois meses depois consegui uma decisão judicial que permitiu que ela retomasse a conta.
"Eu não ia mexer com justiça por saber que demora muito e por achar que eu era culpada de estar com os seios naquele estado, até que me veio a surpresa das próteses. Me senti enganada, impotente. Aí sim eu vi que não era culpada e decidi ir em busca dos meus direitos e alertar outras mulheres para que ninguém mais passe pelo que eu passei", completou.
Defesa do médico
CLÁUDIO JOSÉ MACIEL FILHO, médico, cirurgião plástico, esclarece, através de sua advogada Luciana Castro Azevedo, que a justiça demonstrará as inverdades trazidas pela Sra. Nanna Chara e repudia qualquer declaração leviana apresentada pela mesma. O mesmo vem sofrendo ataques virtuais há dois meses, de forma inadvertida por esta paciente, sendo que o mesmo se vê impedido de se defender, pois não é proposta qualquer ação judicial em seu desfavor, apenas ataques a sua honra na internet e em meios de comunicação, sempre aos fins de semana ou feriados, o que demonstra sua má-fé e má conduta reiteradas!
Reiteramos, não foi recebido, até o presente momento, qualquer ação judicial proposta por esta paciente em seu desfavor, que depois de quase cinco anos do procedimento cirúrgico efetivado, reclama dos resultados obtidos. Não é verdade qualquer fala da mesma, seja a respeito de troca de próteses ou do resultado obtido. Todavia em razão do sigilo médico, determinado por normas do Conselho Federal de Medicina, não podemos aqui apresentar maiores informações ou esclarecimentos do tratamento realizado pela Sra. Nana Chara.
Ao revés, devemos informar que requeremos abertura de investigação junto ao 4º Distrito Policial de Goiânia, para que sejam apuradas as condutas de calúnia e difamação em desfavor da Sra. Nanna Chara, bem como ação judicial contra seus ataques, com liminar já deferida pelo Juízo da 31ª Vara Cível da Comarca de Goiânia/GO, em seu desfavor.
A Sra. Chara não é localizada para que seja notificada, propositalmente, e se utiliza da internet e da imprensa com intenção apenas difamatória, pois sabe que nada foi feito em desconformidade a literatura médica, mas que os juízes da internet não exigem contraditório ou ampla defesa!
Assim, as acusações de erro médico são repudiadas e esperamos a justiça para demonstrar que não houve falha alguma na conduta do médico ora acusado e pura conduta difamatória contra um profissional que sempre prezou por seus pacientes.
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TV ANHANGUERA
Idoso não consegue fazer cirurgia no coração por falta de insumos, em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/10678234/
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PUC TV
Santa Casa de Misericórdia inaugura orquidário terapêutico para pacientes
https://www.youtube.com/watch?v=W7Dam-GXr4I
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BLOG ALTAIR TAVARES
Ministério da Saúde reduz repasse e Santa Casa de Goiânia suspende cirurgias de marca-passo
Desde o dia 1º de junho, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspendeu, por conta da uma redução do Ministério da Saúde, as cirurgias de marca-passo. Até o momento não há previsão de retorno dos procedimentos na unidade de Saúde. Segundo o superintendente Cláudio Tavares, o motivo foi por conta de uma redução no repasse de 64% no valor pago pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por parte do Ministério da Saúde.
De acordo com o superintendente, em um equipamento a redução foi de 64% e em outro aparelho, para o mesmo procedimento cirúrgico, a redução foi em torno de 46%. ”A partir de junho houve essa redução, e o fornecedor que recebe o teto na hora do processamento,ele alegou que não tem condições do fornecimento com essa redução”, explica Cláudio Tavares a rádio Bandeirantes Goiânia na manhã desta sexta-feira (17).
Segundo Cláudio, o equipamento não é simples, e por conta da tecnologia que é o marca-passo, estes fornecedores não são encontrados no Brasil. ”A gente tem poucos fornecedores no mercado do país”, frisa o superintendente.
Tavares destaca que não é somente a Santa Casa de Goiânia que passa por essa situação. O superintendente lembra que essa redução não atingiu somente a unidade de Goiânia, e sim a maioria dos hospitais que tem como rotina fazer o implante de marca-passo.
Com essa alteração, a tabela de planos de saúde não foi afetada, somente do SUS, segundo Cláudio. O superintendente explica que um aparelho de marca-passo que custava R$ 15 mil na tabela anterior, com a nova tabela houve redução para R$ 8 mil, já outro aparelho que custava em torno de R$ 50 mil, a redução foi maior e ficou R$ 18 mil.
Cláudio explica ainda que no momento a procura é por outro tipo de fornecedor que se adeque a estes novos repasses.
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DIÁRIO GOIÁS EM DESTAQUE
Santa Casa suspende cirurgias de marca-passo e outros procedimentos cardíacos em Goiânia
Nesta sexta-feira (17/6) a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspendeu cirurgias de marca-passo e outros procedimentos cardíacos. O motivo é que desde 1° de junho houve uma redução da verba que o Ministério da Saúde repassa para cirurgias do hospital. De acordo com o superintendente Técnico do Hospital, Cláudio Tavares, a portaria do ministério reduziu os valores dispensados para produtos cardiovasculares vitais, como marca-passos. Para este tipo de equipamento, o valor foi reduzido em até 64%.
“Em um tipo de marca-passo, essa alteração foi em torno de 64%. Já no outro tipo, foi de 46%. Com essa redução, o fornecedor alegou inviabilidade de entrega do material. Em relação às cirurgias de marca-passo, infelizmente, estão suspensas devido a essa redução”, disse Cláudio Tavares.
O superintendente também explicou que esses equipamentos são difíceis de serem localizados porque, em geral, os fabricantes são multinacionais. “São poucos fornecedores a nível nacional. Geralmente, são indústrias multinacionais e, nesse momento, o que temos de informação é que há uma negociação a nível federal”, explicou.
De acordo com o hospital até o momento não foram identificados no mercado outros fornecedores que atendam a nova tabela do Ministério da Saúde. “Infelizmente, a gente fica esperando alguma solução a nível federal”, concluiu. Ao Mais Goiás, a Santa Casa não respondeu qual o número de pacientes na espera. Devido a isso não há previsões do retorno dessas cirurgias no hospital de Goiânia
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Brasileiros demoram 39 meses para procurar ajuda especializada contra depressão
Casag Saúde oferece planos com valores acessíveis e ampla cobertura
Acre notifica 1° caso suspeito da varíola dos macacos; paciente é de Rio Branco e teve contato com pessoas do exterior
Prevent Senior volta ao topo do ranking de reclamações da ANS
Deputados goianos se posicionam contra medida que limita prestação de serviços em planos de saúde
AGÊNCIA BRASIL
Brasil ultrapassa 500 mortes por dengue em 2022
O Brasil registrou 504 mortes por dengue, no período de 1º de janeiro a 4 de junho. O número representa praticamente o dobro de mortes notificadas em todo o ano passado, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.
O estado de São Paulo lidera a lista, com 180 óbitos. Em seguida aparecem Santa Catarina (60), Rio Grande do Sul (49), Goiás (44) e Paraná (43). Há ainda 364 óbitos em investigação.
Somente neste ano foram contabilizados 1,1 milhão de casos prováveis de dengue em todo o país, o que implica em uma taxa de incidência de 517,9 casos a cada 100 mil habitantes. A marca atingida em apenas seis meses já representa mais do que o dobro dos casos registrados em todo o ano de 2021 (544.460).
A Região Centro-Oeste do país lidera a taxa de incidência, com a marca de 1.544,2 casos a cada 100 mil habitantes, mais alta que a média brasileira. É nessa região também que estão os municípios com o maior número de infectados: Brasília, com 51.131 casos; e Goiânia, com 41.637 casos. Em seguida no ranking aparecem Joinville (SC), com 23.058 casos; São José do Rio Preto (SP), com 16.005 casos; e Aparecida de Goiânia (GO), com 14.689.
Chikungunya e Zika
De janeiro e junho, o Brasil contabilizou 108.730 casos prováveis de chikungunya, aumento de 95,7% em relação ao mesmo período de 2021. Segundo o boletim, até este momento, foram confirmados 19 óbitos para chikungunya, sendo 14 deles foram registrados no estado do Ceará. Outros 40 óbitos estão em investigação.
Quanto aos dados de zika, o boletim informa que foram contabilizados 5.699 casos da doença, aumento de 118,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Nenhuma morte por zika foi notificada no país neste ano de 2022.
Sintomas
Dengue, zika e chikungunya são doenças transmitidas pelo mesmo mosquito e seus sintomas são semelhantes: em geral, elas provocam febre, dor de cabeça e manchas vermelhas pelo corpo. Mas alguns poucos sintomas as diferenciam. No caso da dengue costuma haver uma dor atrás dos olhos. Já a chikungunya pode provocar dor e inchaço nas articulações. A zika, por sua vez, pode causar febre baixa e vermelhidão nos olhos.
Para combater o mosquito transmissor dessas três doenças, as pessoas devem manter os ambientes e recipientes limpos e sem acúmulo de água, que favorecem a sua proliferação. As principais medidas de prevenção são: deixar a caixa d’água bem fechada e realizar a limpeza regularmente; retirar dos quintais objetos que acumulam água; cuidar do lixo, mantendo materiais para reciclagem em saco fechado e em local coberto; e eliminar pratos de vaso de planta ou usar um pratinho que seja mais bem ajustado ao vaso.
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Brasileiros demoram 39 meses para procurar ajuda especializada contra depressão
Brasileiros demoram, em média, 39 meses (3 anos e 3 meses) para procurar ajuda médica para tratamento de depressão. O dado faz parte de um levantamento realizado pelo Instituto Ipsos, a pedido da empresa farmacêutica Janssen, que ouviu 800 pessoas com ou sem relação com a depressão de 11 estados brasileiros.
Apesar de os pensamentos suicidas terem incomodado cerca de 4 em cada 10 respondentes antes de buscar o diagnóstico, a demora em procurar ajuda especializada ocorreu, principalmente, pela falta de consciência de se tratar de uma doença (18%), por resistência (13%) e medo do julgamento, da reação dos outros ou vergonha (13%).
Os dados foram apresentados em um workshop realizado na manhã de hoje (14), em São Paulo, onde especialistas no assunto falaram sobre a “Urgência da saúde mental: um outro olhar sobre a depressão”. Segundo a professora de psiquiatria da Faculdade de Medicina do ABC Cintia de Azevedo Marques Périco, a demora na busca por tratamento para a depressão pode trazer sérias consequências ao paciente.
“O agravamento dos sintomas, a diminuição da eficácia dos tratamentos, a perda de anos produtivos, o impacto econômico e a severa diminuição da produtividade, e ainda prejuízo em seu convívio familiar e social são consequências da doença. A depressão precisa ser levada à sério”, afirmou Cíntia que também é integrante da Comissão de Emergenciais Psiquiátricas da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Dados da pesquisa demonstram ainda que há falta de entendimento das pessoas sobre a gravidade da doença e sobre seu impacto na vida do paciente e de todos ao seu redor. Apenas 10% acreditam que a depressão é uma doença com base biológica (e repercussões físicas no corpo). Outros 35% acham que a enfermidade não pode ser tratada com medicamento e 36% acreditam que, para superar a doença, é preciso força de vontade.
Outro estudo recente, publicado na revista The Lancet, aponta que até 80% das pessoas afetadas pela doença no mundo sequer sabem de seu diagnóstico.
Emergência psiquiátrica
Atualmente, a depressão é considerada uma emergência psiquiátrica devido a sua relação com casos de suicídios e tentativas de autoextermínio. Estudos apontam que cerca de 97% dos suicídios têm ligação com transtornos mentais, especialmente a depressão.
Apenas no estado de São Paulo, o Corpo de Bombeiros contabiliza, em média, sete tentativas de suicídio diárias.
“Esses números são ainda mais altos, pois não estamos levando em conta as ocorrências do Samu e da Política Militar. Em muitos casos, suicídios poderiam ser evitados se as pessoas tivessem um olhar mais humanizado, reconhecendo a depressão como um transtorno mental que precisa de atendimento urgente e especializado”, disse o major Diógenes Munhoz que trabalha na corporação há 22 anos e atuou diretamente em 57 ocorrências de tentativas de suicídio.
O major é ainda idealizador da Técnica Humanizada de Abordagem a Tentativas de Suicídio admitida e usada em mais de 17 estados pelo Corpo de Bombeiros.
Depressão resistente ao tratamento
Em todo o mundo, especialistas têm estudado o crescimento de casos de pacientes com depressão resistente ao tratamento (DRT). Isso ocorre quando não há resposta satisfatória para, pelo menos, dois tratamentos anteriores administrados em dose e tempo adequados. Em geral, esses pacientes também apresentam ideação suicida.
A depressão resistente ao tratamento (DRT) é um transtorno que impacta cerca de 40% dos pacientes brasileiros, segundo dados do estudo observacional TRAL (Treatment-Resistant Depression in America Latina), realizado na América Latina com quase 1,5 mil pacientes. Estudos apontam que pacientes com depressão podem ter um custo direto de 30% a 250% superior aos dos pacientes sem o transtorno, em casos de DRT, esse custo pode ser ainda superior, chegando a um valor 400% maior.
Durante o workshop, os especialistas destacaram um novo medicamento para os casos resistentes que foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no final de 2019. De uso intranasal, o Spravato atua em uma nova via de neurotransmissores e deve ser aplicado em um ambiente hospitalar, segundo o professor de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Humberto Corrêa, que liderou a condução de um dos estudos com o medicamento no Brasil.
“Pode ser um hospital dia, uma clínica de infusão ou um hospital propriamente. O paciente não tem acesso direto ao medicamento, não sai com uma receita do consultório para ir à farmácia comprar. É a instituição hospitalar que providencia o medicamento e o profissional de saúde aplica no paciente que volta para casa após a aplicação”.
O Brasil é o quinto país com mais incidência de depressão no mundo, apresentando um número de casos superior ao de diabetes, segundo Pesquisa Vigitel 2021, do Ministério da Saúde. De 2011 a 2019, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) calculou um aumento de 167% na utilização de serviços relacionados à saúde mental.
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A REDAÇÃO
Casag Saúde oferece planos com valores acessíveis e ampla cobertura
“A assistência se faz com atenção voltada ao ser humano, à sua condição de vida, ao seu bem mais valioso”, celebrou o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados, Jacó Coelho, na cerimônia de lançamento do Casag Saúde, realizado nesta terça-feira (14/6), no Auditório Eli Alves Forte, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO). “O futuro chegou e representa, hoje, a inauguração de uma nova fase. É a possibilidade de autonomia financeira e a inclusão de acesso à saúde para a advocacia”, comemorou o presidente Rafael Lara Martins.
A partir de agora, o Casag Saúde traz quatro formatos de planos de saúde que abarcam os diversos perfis de profissionais e se estende para atender além de Goiânia e Região Metropolitana, os advogados atuantes no interior do Estado, além de profissionais, do início de carreira, os advogados atuantes no interior, os escritórios de advocacia e a categoria premium. O objetivo da iniciativa é garantir a segurança e a confiabilidade necessária aos advogados e advogadas e seus familiares.
Os novos planos serão mais baratos para a advocacia do que os já ofertados no balcão da Unimed Goiânia e terão suporte e apoio administrativo da Casag no atendimento aos advogados. Outro diferencial é a unidade do laboratório Unimed na sede da Caixa de Assistência, com atendimento preferencial aos advogados, inaugurado recentemente.
“São opções que se encaixam ao momento de vida de cada profissional; compatíveis às condições financeiras dos senhores e das senhoras; que vão além dos limites de Goiânia e Região Metropolitana, e chegam aos profissionais de todo o Estado, seja no Sul, no Entorno do DF, no Sudoeste ou no Norte de Goiás”, afirmou Jacó Coelho.
O presidente Rafael Lara Martins completou e, em discurso, contou que os novos planos de saúde foram pauta de inúmeras reuniões na OAB-GO. “Agora há planos adequados para cada fase do advogado. Este lançamento representa que o futuro chegou na nossa seccional”.
Já o coordenador Nacional das Caixas de Assistências dos Advogados (Concad), Eduardo Athayde, destacou que os planos foram escolhidos para todos os tipos de advogados, desde o de início de carreira, até o profissional que precisa de um plano maior. “Sei que a advocacia goiana está bem cuidada. Este é um pontapé inicial de uma gestão que já está fazendo muito pela advocacia goiana e vai fazer muito mais pela pauta da saúde da advocacia”, declarou.
O presidente do Fundo de Integração e Desenvolvimento Assistencial dos Advogados (FIDA) e conselheiro federal decano, Felipe Sarmento, explicou como funciona o plano e elogiou a criação do Casag Saúde.
O diretor-presidente da Unimed Goiânia, Sérgio Carneiro, reafirmou a parceria com a Casag, e acredita que os planos serão bem-sucedidos. Ele também enalteceu o novo laboratório no Centro de Excelência. “Levamos a sério esta sinergia entre OAB, Casag e Unimed”, sintetizou. “Confio e acredito muito que nada resiste ao trabalho e vamos trabalhar para que os advogados e os familiares tenham o melhor plano de saúde”.
Por fim, o diretor de mercado da Unimed Goiânia, Frederico Xavier, acredita que os planos vão oferecer um completo portifólio de planos de saúde para atender as mais diversas necessidades da advocacia goiana. "São linhas de produtos com preço mais acessíveis”, conta. “Agradeço o empenho e dedicação da Casag, que prezou a transparência e o respeito”, arremata.?
Canais de atendimento para orçamento do Casag Saúde:
(62) 9 9239-3800
(62) 3933-2599 / 2562 / 2597 / 2568 ?
Atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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A GAZETA DO ACRE
Acre notifica 1° caso suspeito da varíola dos macacos; paciente é de Rio Branco e teve contato com pessoas do exterior
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) informou nesta terça-feira, 14, que notificou o primeiro caso suspeito da varíola dos macacos na última segunda-feira, 13.
O paciente, que é da capital acreana, tem 30 anos de idade e teve contato com pessoas vindas do exterior. Segundo a Sesacre, ele deu entrada no Pronto Atendimento da Unimed, queixando-se de febre, adenomegalia e erupção cutânea.
A partir desta notificação, o paciente, que apresenta sintomas leves, foi orientado a permanecer isolado e segue sendo monitorado junto às pessoas que manteve contato nos últimos dias.
Ainda conforme a Sesacre, a investigação do caso será feita pela Vigilância Epidemiológica Municipal que trabalha para esclarecer o caso mais breve possível.
Até o momento, três casos da varíola dos macacos foram confirmados no Brasil.
Sala de situação
Na última semana, o governo do Acre instalou uma sala de situação para acompanhar as suspeitas dos casos de varíola dos macacos, após o governo de Rondônia informar que investiga dois casos suspeitos da doença, sendo que o país vizinho, Bolívia, também havia informado dois casos suspeitos, que foram descartados após análise laboratorial na Argentina.
As suspeitas de Rondônia também seguem sendo investigadas, mas os casos ainda não foram confirmados, até o momento. No Acre, a Sesacre trabalha na construção de um plano de ação, com estratégias que visem minimizar um possível contágio.
Sintomas da doença:
Febre dor de cabeça dores musculares dor nas costas gânglios (linfonodos) inchados calafrios exaustão Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.
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FOLHA ONLINE
Prevent Senior volta ao topo do ranking de reclamações da ANS
Unimed Rio de Janeiro se manteve na segunda posição
A Prevent Senior voltou a liderar a lista de operadoras de saúde de grande porte com mais reclamações por beneficiário, conforme dados de abril divulgados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
No ranking anterior, a operadora ocupava o terceiro lugar.
A Unimed Rio de Janeiro se manteve na segunda posição. A Premium Saúde, que na pesquisa anterior liderava o ranking, caiu para a terceira posição.
O ranking é baseado no desempenho das operadoras no índice de reclamações.
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JORNAL OPÇÃO
Deputados goianos se posicionam contra medida que limita prestação de serviços em planos de saúde
Por PH Mota
Médico Zacharias Calil criticou decisão que altera obrigação e Flávia Morais apresentou projeto para normatizar situação via Congresso
Após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que alterou a obrigação dos planos de saúde no Brasil, mais de 50 deputados federais de 11 partidos apresentaram ao menos 18 projetos de lei para modificar a regra. Na intenção de garantir que os planos sejam obrigados a cobrir procedimentos fora da lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os projetos tentam reverter a decisão do tribunal e normatizar a atuação da prestação de serviços por meio de legislação no Congresso Nacional. Em Goiás, a deputada federal Flávia Morais (PDT) é uma das que apresentou projeto na Câmara Federal, por considerar a decisão “equivocada”.
Para a parlamentar, o posicionamento na Câmara pode permitir que a decisão seja modificada e a oferta de tratamentos não seja interrompida para os pacientes, especialmente os que necessitam de tipos de quimioterapia oral e de radioterapia, cirurgias com técnicas de robótica, terapias para pessoas com autismo e outros tipos de deficiência, por exemplo. “A ANS alega que atualiza a lista, mas novas tecnologias e procedimentos passam por revisão de dois em dois anos e a incorporação efetiva demora ainda mais”, destaca Flávia.
Com a mudança de cobertura exemplificativa para taxativa, os planos de saúde não precisam cobrir o que está fora da lista da ANS. Antes, os procedimentos listados serviam apenas como exemplo de tratamentos, podendo servir de base para abertura de processos judiciais que garantissem coberturas extraordinárias. Agora, os planos podem rejeitar a cobertura e não são obrigados a bancar tratamentos que não constam na lista. Na crítica da decisão, Flávia rebate um dos principais argumentos utilizados pelos planos. “Quem defende o rol taxativo defende o lucro dos planos de saúde, mas isso não condiz com a lógica que eles tem na sua economia, que é do subsídio cruzado”, explica. “Muitos pacientes pagam e não usam. Nessa lógica, os planos de saúde nunca arrecadaram tanto. Não só não houve queda, como estão com as finanças bem tranquilas.”
Em 2021, a receita dos planos de saúde cresceu R$ 10 bilhões em relação ao ano anterior, chegando a R$ 239,9 bilhões. Apesar do crescimento, o lucro líquido do setor despencou de R$ 17,6 bilhões para R$ 2,6 bilhões, segundo dados divulgados pela ANS.
O também deputado federal e médico, Zacharias Calil (União Brasil), também criticou a alteração, apontando que ela pode levar a uma limitação muito grande de procedimentos autorizados, bem como de acesso de pacientes aos planos de saúde “porque eles não serão mais aceitos devido a suas doenças.” Para Calil, o impacto direto no tratamento de doenças consideradas mais difíceis e mais raras – como pessoas com câncer ou doenças que requerem cuidado especial, como as degenerativas tipo Parkinson e Alzheimer – será negativo e precisa ser revisto. “Espero que o STF possa reverter esse entendimento, ou então teremos um caos na relação entre planos e usuários. Esse será mais um buraco a ser cavado na já precária estrutura do SUS”, comenta. Segundo especialista ouvido pelo Jornal Opção, o rol taxativo da ANS deve aumentar pressão de judicialização do SUS.
O deputado ainda fala da importância dos planos de saúde no sistema de saúde brasileiro, destacando que os grupos já trabalham com lucros anuais muito relevantes para não quererem cobrir tratamentos específicos. “A saúde da população é o mais importante e é preciso que este problema seja resolvido da melhor forma”, finaliza.
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Assessoria de Comunicação
Oficina promovida pela Ahpaceg destaca a importância dos indicadores de saúde
Escrito por Administrador
Diretores e colaboradores de instituições associadas da Ahpaceg na capital e no interior do Estado participaram, no dia 10 de junho, da Oficina sobre Indicadores de Saúde, promovida pela Associação. O objetivo do evento, realizado na sede da Ahpaceg, foi orientar as equipes sobre a importância do correto preenchimento dos dados referentes aos 91 indicadores disponíveis na plataforma adotada pela Associação.
O presidente Haikal Helou participou do evento, que classificou como um grande avanço na mudança de cultura sobre a importância da análise de indicadores para a melhoria da segurança e da qualidade assistencial em Goiás. Segundo ele, os indicadores proporcionam à instituição de saúde a possibilidade de mensurar a qualidade de seu trabalho e aperfeiçoar as boas práticas.
“Mas, para termos informações confiáveis, que retratem a realidade da rede Ahpaceg, o preenchimento dos dados precisa ser completo”, alertou a coordenadora de Educação Continuada da Associação, professora doutora Madalena Del Duqui. Ela também pediu aos gestores das instituições que respaldem quem está responsável pela alimentação da plataforma para evitar inconsistências no preenchimento das fichas técnicas que foram detalhadamente elaboradas.
Paulo Sérgio Milan, diretor executivo da NCI – Soluções em Saúde, empresa responsável pela plataforma usada pela Ahpaceg, foi um dos palestrantes da oficina. Ele enfatizou a assessoria prestada pela Associação para o preenchimento dos dados, sugeriu que os colaboradores e gestores conheçam bem a plataforma, comparem os dados de seus hospitais com os índices gerais da rede Ahpaceg – cada associado tem acesso individual apenas a seus próprios dados – e avaliem os pontos nos quais podem melhorar seus serviços.
Nos próximos dias, a plataforma permanecerá acessível para a revisão e correção dos dados referentes a 2021 e ao primeiro quadrimestre de 2022. “Em seguida, os dados inconsistentes serão excluídos”, afirmou Milan. A próxima etapa será o início da divulgação periódica dos indicadores da rede Ahpaceg, que poderão ser adotados pelos gestores e a população como uma referência quanto à qualidade e segurança assistencial em Goiás.
A importância da divulgação e do conhecimento desses indicadores foram destacados na segunda palestra da oficina, ministrada pelo epidemiologista e doutor em Medicina Tropical e Saúde Pública, Rafael Alves Guimarães.
“Os indicadores são muito importantes para a tomada de decisões e a gestão da saúde, pois eles nos ajudam a analisar a situação, rastrear problemas e propor e adotar melhorias”, exemplificou. Quem também palestrou na oficina foi o médico infectologista e ex-presidente da Ahpaceg, Quimarques Cassemiro Barros Santos, do associado Hospital Samaritano de Goiânia, que destacou o papel dos indicadores nas ações voltadas para a segurança, prevenção e gerenciamento de risco, que visam minimizar agravos para os pacientes.
À tarde, todos participaram de atividades práticas focadas no preenchimento dos dados que compõem indicadores, como o risco de queda, índice de infecção, taxa de mortalidade e outros. Esse projeto começou a ser implantado pela Ahpaceg há cerca de dois anos, sob a coordenação da Diretoria de Qualidade, e os primeiros indicadores da rede devem ser conhecidos em julho.
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DESTAQUES
“CPI em ano de eleição é meramente política”, diz Bruno Peixoto sobre comissão que quer investigar Complexo Regulador Estadual
Autotestes de Covid-19: vendas crescem até 3.000% no Brasil, saiba os cuidados na hora de fazer o exame
Covid-19: Goiás registra mais de 4 mil novos casos e 7 mortes em um dia
Pais de autistas enfrentam alta de até 80% em planos de saúde: Não cabe no meu orçamento
'A varíola dos macacos não terá a dimensão da covid'
Estresse psicológico é gatilho para ataques cardíacos fatais, diz estudo
Covid-19 pode significar risco para grávidas e fetos, diz estudo
Artigo - Rol taxativo mata mais que guerra!
JORNAL OPÇÃO
“CPI em ano de eleição é meramente política”, diz Bruno Peixoto sobre comissão que quer investigar Complexo Regulador Estadual
Por Thauany Melo
Base do governo na Alego, Bruno Peixoto (UB) afirmou que CPI deverá contar com três deputados da base e dois da oposição
Na semana passada, os deputados estaduais instauraram uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Com intuito de investigar possíveis irregularidades no Complexo Regulador Estadual (CRE), a instauração obteve 14 assinaturas favoráveis. No entanto, na quinta-feira (9), o presidente da Alego, Lissauer Vieira (PSD), revogou o ato que definiu a comissão, sob justificativa de que a formação da CPI não cumpriu o regimento da Casa.
Agora, os deputados estaduais devem se organizar para viabilizar a instauração da comissão. Base do governo na Alego, Bruno Peixoto (UB) afirmou que a CPI deverá contar com três deputados da base e dois da oposição. “Respeitando a proporcionalidade conforme o regimento, será feita nova composição [da CPI]. A base do governo terá a presidência e a relatoria”, afirmou.
Segundo o parlamentar, ainda não houve a indicação dos membros e não há previsão para que os líderes partidários façam a nomeação. “A CPI é política e vamos agir politicamente, mostrando os pontos positivos do governo. CPI em ano de eleição é meramente política”, criticou Peixoto.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra mais de 4 mil novos casos e 7 mortes em um dia
Goiás registrou 4.038 novos casos da covid-19 e sete mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta segunda-feira (13/6). Com as atualizações, o Estado chega a 1.415.320 casos e 26.722 óbitos ligados ao novo coronavírus desde o início da pandemia.
Ainda de acordo com a SES-GO, são investigados 803.799 casos e 276 óbitos suspeitos para saber se têm ligação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 1,89%.
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O GLOBO
Autotestes de Covid-19: vendas crescem até 3.000% no Brasil, saiba os cuidados na hora de fazer o exame
Com , muitas pessoas com sintomas ou que tiveram contato com alguém infectado enfrentam filas em farmácias, postos de saúde e laboratórios para conseguir realizar o diagnóstico. Nesses casos, uma solução é recorrer para os autotestes, disponíveis hoje para compra por cerca de 50 reais. A facilidade, em meio à desmobilização de unidades de testagem, tem levado a uma explosão nas vendas do produto. Nas Drogarias Pacheco e São Paulo, por exemplo, houve um crescimento de 3.000% na comercialização dos autotestes em maio, em relação ao mês de abril.
Varíola dos macacos: Já teve Covid? Entrevista:
Já a Consulta Remédios, um e-commerce que conecta mais de 400 drogarias e farmácias a usuários, registrou um aumento de 1.528% durante o mesmo período. O crescimento também foi observado nas unidades da Drogaria Venâncio, que apontam ainda para uma tendência de alta já em junho. Na comparação dos primeiros 12 dias do mês com o mesmo intervalo de maio, a rede identificou um aumento de 210% na venda do produto.
O mesmo acontece na Eco Diagnóstica, uma das fabricantes brasileiras de autotestes. Em menos de 15 dias, as vendas já somam mais que o dobro do total de maio. Enquanto em abril foram pouco menos de 100 mil testes comercializados pela empresa, o número subiu para cerca de 500 mil em maio e já ultrapassou um milhão em junho.
Entenda a nova onda:
A busca tem crescido especialmente por diversas farmácias e unidades de saúde terem parado de realizar a testagem após a primeira onda da variante Ômicron, no início do ano. Com isso, no cenário epidemiológico atual, de aumento da doença, o produto tem benefícios como o resultado rápido e a alta disponibilidade.
Mesmo sendo feito de forma individual, a chance de o resultado dar certo é muito alta. Infelizmente a estrutura de testagem na rede pública e privada foi desfeita, não temos mais drive-thrus, aquelas facilidades, então ele ajuda para esse diagnóstico e isolamento rápido afirma o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Alexandre Naime, médico infectologista e professor da Unesp.
Porém, embora práticos, os autotestes têm algumas limitações. O manuseio incorreto pode alterar o resultado e ele não pode ser utilizado como um comprovante de diagnóstico para objetivos burocráticos, como para requerer um atestado.
Coronavírus:
A epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), explica que isso se deve a não haver no Brasil um sistema para registrar os casos positivos na plataforma do Ministério da Saúde. Ainda que a caixa conte com um QR code para informar o resultado, o dado não é repassado ao governo. Por isso, a pasta orienta que, para confirmação e registro, o paciente deve procurar um posto de saúde depois do autoteste em caso positivo.
Porém, na prática, as pessoas que recebem o diagnóstico em casa não buscam uma unidade de saúde, uma vez que já sabem que estão com a doença o que leva a uma subnotificação desses casos.
A notificação se perde, porque o ideal seria você recorrer a um serviço de saúde para confirmar, mas não é o que acontece em muitos casos, o que leva à subnotificação. Esse alto índice de venda, por exemplo, não está chegando na mesma proporção aos registros oficiais explica Naime.
Porém, o infectologista destaca que, na situação atual, o modelo de testagem traz mais benefícios que malefícios, sendo uma forma prática de identificar rapidamente os casos da Covid-19, isolá-los e, dessa maneira, impedir a transmissão.
Covid-19:
Entenda os cuidados necessários para realização do exame:
Quando fazer o exame
O autoteste, assim como os outros modelos de diagnóstico, é indicado em caso de sintomas ou de contato com uma pessoa infectada. Nos casos sintomáticos, a orientação da Anvisa é que ele seja feito entre o 1º e o 7º dos sinais. Alguns especialistas apontam que a sensibilidade do exame é maior no terceiro dia.
Já em caso de exposição a alguém contaminado, mas sem aparecimento de sintomas, a agência orienta que o exame seja realizado apenas a partir do 5º dia do contato.
Os especialistas explicam que a testagem é imprescindível, uma vez que, com grande parte da população imunizada ou tendo sido infectada previamente, a maioria das pessoas desenvolve sintomas leves da doença e confundem com quadros de gripe ou resfriado.
Em todos os casos de sintomas mais brandos, a pessoa deve procurar a testagem. Só não é recomendado para casos de síndrome respiratória grave, quando a pessoa sente falta de ar, sabe que está com baixa saturação de oxigênio. Nesse caso, é preciso procurar o atendimento médico imediatamente explica Naime.
Quarta onda:
Como usar o cotonete
Na hora de realizar o exame, o primeiro passo é retirar todos os componentes da embalagem: o swab (cotonete), com cuidado para não encostar na ponta; o frasco com o líquido reagente e o dispositivo de teste. Em seguida, a pessoa deve assoar o nariz antes e inserir o swab nas duas narinas, uma de cada vez, com a cabeça levemente inclinada para trás.
Em cada uma, é necessário inserir cerca de 2 centímetros do swab para que ele consiga coletar o material necessário. É importante verificar a bula do autoteste para conferir a distância necessária, pois determinados produtos orientam que seja inserido 2,5 cm e outros apenas 1,5 cm.
Além disso, em cada narina o usuário deve girar o cotonete cerca de dez vezes. Algumas marcas orientam apenas cinco rotações, portanto também é importante certificar-se por meio da bula.
Autoteste de Covid:
Depois, o swab deve ser introduzido no frasco com o líquido reagente, de modo que a parte que esteve em contato com o nariz esteja direcionada para o fundo do recipiente. Para misturar o material coletado com o reagente, é preciso apertar as laterais do frasco e girar o cotonete novamente por pelo menos dez vezes. Na hora de remover o swab, mantenha as laterais pressionadas para que o excesso seja retirado do algodão.
Por fim, o frasco deve ser fechado e quatro gotas da substância reativa pingadas no dispositivo. Depois de 15 minutos, é possível ler o resultado. Caso o traço esteja aparecendo apenas na letra C, o teste deu negativo. Se estiver visível também na letra T, então é positivo. Há ainda a opção de um resultado inválido, quando a marcação surge apenas na letra T ou em nenhuma das duas. Nesse caso, houve um erro e o teste deve ser refeito.
É importante ler as instruções, porque fazer uma das etapas de forma errada pode gerar um teste negativo, mas por erro na realização do exame e não por não ser um caso da doença reforça Ethel Maciel.
Proteção:
Onde guardar, validade e outros cuidados
A Anvisa recomenda alguns cuidados em relação ao manuseio dos autotestes. Uma delas é que a embalagem seja aberta somente quando a pessoa for realizar o exame. Em caso de necessidade, o produto deve ser guardado em ambientes que não sejam úmidos ou com excesso de calor ou frio.
Segundo a agência, armazená-lo em locais de temperatura extrema pode comprometer os resultados. Além disso, é importante checar a validade na caixa antes do uso, uma vez que o produto expirado também perde a eficácia.
A Anvisa recomenda ainda que não seja feita a testagem em outra pessoa, uma vez que o risco de contaminação é alto. Há, porém, uma exceção: menores de 14 anos devem realizar o autoteste apenas sob a supervisão de um adulto.
Varíola dos macacos:
Sensibilidade e risco de falso negativo
Há, hoje, 32 autotestes com registro aprovado pela Anvisa, e todos eles atendem a critérios de ao menos 80% de sensibilidade, segundo a agência. Em média, o índice para detectar a doença dos modelos que receberam o aval é de por volta de 90%, com alguns ultrapassando 95%. Isso porque a tecnologia utilizada é a de antígeno, a mesma dos diagnósticos realizados em postos de saúde e farmácias.
Embora eficazes para identificar a doença, há alguns casos em que o resultado pode ser um falso negativo quando a pessoa está contaminada, mas o teste não consegue detectar.
O principal é a falta de uma boa coleta de secreção. Quando você vai introduzir o cotonete, você pode não conseguir coletar a quantidade necessária, ou fazer a aplicação errada no coletor, tudo isso pode comprometer o resultado explica o vice-presidente da SBI.
Novo modelo:
Há também o caso de o vírus ainda estar no período de incubação, o que pode gerar um resultado falso negativo. Por isso, a recomendação é que, em caso negativo, mas persistência de sintomas, outro teste seja realizado.
Também é possível que um resultado seja falso positivo, quando na verdade a pessoa não está contaminada, mas o teste indica que sim. Porém, isso é extremamente raro, destaca Ethel Maciel, sendo normalmente associado ao reagente ter identificado anticorpos similares aos do vírus na amostra.
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Pais de autistas enfrentam alta de até 80% em planos de saúde: Não cabe no meu orçamento
O orçamento já apertado da autônoma Letícia Carreira não foi capaz de absorver o reajuste de 80% no plano de saúde do filho Rafael, de 3 anos. A mensalidade saltou de R$ 385,67 para R$ 689,65. Ela trocou de operadora, Rafael, não. Autista, necessita de diferentes terapias, terá que cumprir até seis meses de carência para vários procedimentos.
Rol da ANS: Vivi para contar: Planos de saúde:
Tinha me planejado para pagar um aumento de até uns 12%, mas uma alta de 80% não cabe de jeito nenhum no meu orçamento. Decidimos trocar para um plano com o valor similar ao que pagávamos. A operadora diz que temos de cumprir carência porque o meu plano anterior era inferior ao que contratei. E já negou duas das quatro terapias que meu filho precisa e não quer dar essa informação por escrito queixa-se Letícia que saiu da Unimed Nacional para a Kipp Saúde, do grupo Omint.
No ano em que os , o maior reajuste em 22 anos, quem tem plano coletivo está enfrentando aumentos ainda maiores. O percentual é definido por livre negociação, sem limitação pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Rol da ANS:
Leticia Carreira Gomes Zago possui um filho autista que teve reajuste de 88% no plano de saúde Foto: Maria ISabel Oliveira/Agência O GLOBO
A situação é mais delicada para famílias em que há pessoas com deficiências, como no caso de Liliane Cerrato, funcionária pública, mãe de Lucas, de 20 anos, Rafael, de 16, e Theo, de 5, todos autistas, que também foi informada do aumento da mensalidade do filho do meio em 80%:
Rafael faz mais de 20 horas de terapia por semana, tem autismo nível 3, não pode ficar sem tratamento. Já gastamos cerca de R$ 3 mil só com o plano de saúde dos três. Sem possibilidade de negociar com a Central Nacional Unimed, a nossa única saída será recorrer à Justiça.
ICMS:
Caminho da Justiça
Liliane conta que a Justiça tem sido o caminho para pais de crianças especiais, não apenas para ter acesso a tratamentos, mas para ser aceito em qualquer operadora:
Guia de planos de saúde:
Nem fazer a portabilidade para outro plano a gente consegue sem brigar na Justiça. Os planos alegam que autismo é doença preexistente e não é. É uma deficiência conta Liliane, que já está ansiosa esperando o reajuste dos outros filhos.
O cirurgião dentista José Muniz, pai da Maria Julia, de 12 anos, que tem Síndrome de Turner, conta que só conseguiu trocar a filha de operadora com a intervenção da ANS:
Quando preencho na ficha que ela tem uma síndrome, as empresas sempre negam a inclusão de primeira. Só com a interferência da ANS consigo fazer a portabilidade relata Muniz.
Nem um real para servidores:
Ana Paula Oliveira dos Santos, administradora, mãe de Maria Fernanda, de 9 anos, que tem paralisia cerebral, conta que para trocar o plano por outro mais barato da mesma operadora precisou entrar na Justiça em 2020.
O valor das mensalidades vem subindo muito, precisamos mudar do plano executivo para especial, mas a SulAmérica não acatou. Foi preciso recorrer à Justiça. Do jeito que o preço anda já cogitamos tirar o meu marido desse contrato para um mais simples para podermos manter o dela.
Julia Castelo, professora, mantém três planos de saúde para o filho Bernardo de 2 anos. Além do plano da empresa do marido, ela já tinha contratado um segundo para pagamento de terapias, mas no ano passado quando o menino foi diagnosticado com mielodisplasia, que depois evolui para leucemia (pessoas com síndrome de Down tem cem vezes mais chance de contrair), contratou um terceiro para ter direito a um hospital em São Paulo, onde, se for necessário, ele poderá fazer um transplante:
Concurso público:
Nós que temos filhos com autismo, síndrome de Down, já temos preocupação suficiente, o plano deveria ser um aliado, não mais um problema.
Rafael Robba, advogado especializado em Direito à Saúde do escritório Vilhena e Silva, diz que esses casos retratam bem a vulnerabilidade desses pacientes:
O mercado dificulta a troca de plano, quando o usuário tem alguma doença ou é idoso. E fica mais complicado quando o contrato é coletivo, já que não há nenhum controle da ANS. Quem não consegue pagar acaba indo pro SUS.
Liliane Senhorini Serrato tem 3 filhos autistas Foto: Maria Isabel Oliveira/Agência O GLOBO
Procurada, a Unimed Nacional diz que o reajuste aplicado está de acordo com a regra prevista no contrato firmado entre os beneficiários e a administradora de benefícios.
Já a Kipp Saúde diz que não houve pedido de portabilidade ou compra de carência para Rafael Zago, filho de Letícia. A operadora afirma que está em contato com ela para entender a situação e encaminhar da melhor forma, mas diz que cumpre rigorosamente a legislação do setor.
A SulAmérica diz que não comenta decisões judiciais e informa que a beneficiária já teve seu pedido de downgrade atendido.
Segurança nas redes:
A ANS afirma que, de acordo com a lei, não pode haver discriminação na contratação de planos de saúde em razão da idade ou da condição de saúde do consumidor. Quanto à portabilidade, a única exceção prevista é aquela em que o plano escolhido tenha coberturas não previstas no plano de origem do beneficiário.
A agência esclarece que síndromes são consideradas condições de saúde que, por si só, não caracterizam patologia ou doença e, portanto, não podem ser objeto de cobertura parcial temporária. Segundo as normas vigentes, diz a ANS, só comprometimentos à saúde decorrentes de síndrome podem ser considerados preexistência.
Sobre os reajustes, a ANS afirma que para os planos coletivos com mais de 30 vidas, prevalecerá as cláusulas de reajuste previstas em contrato.
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O ESTADO DE S.PAULO
'A varíola dos macacos não terá a dimensão da covd'
Ester Sabino, cientista da USP
Para ela, vacina já existente deve funcionar; basta aumentar a produção
ENTREVISTA
Cientista da USP, líder do grupo responsável pelo 1º sequenciamento do vírus no País, feito em apenas 18 horas
ISABELA MOYA
A varíola dos macacos, doença que já tem três casos confirmados no Brasil, não deve causar o mesmo estrago que a covid19, mas merece ser monitorada com atenção. A avaliação é de Ester Sabino, cientista da Universidade de São Paulo (USP), líder do grupo responsável pelo primeiro sequenciamento do vírus no País, feito em apenas 18 horas. Isso ocorreu graças a uma técnica metagenômica rápida desenvolvida durante o doutorado de Ingra Morales Claro, bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Ela faz parte do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE), coordenado por Ester. A professora da USP esteve à frente também do primeiro sequenciamento de Sars-CoV-2, em março de 2020, e dos primeiros casos da nova variante Gama, surgidos em Manaus cerca de um ano depois. Em entrevista ao Estadão, Ester destaca a importância da rapidez do sequenciamento do vírus da varíola dos macacos em comparação ao causador da covid-19, que levou semanas para ser decifrado.
Segundo Ester, o trabalho dos cientistas de entender o vírus e acompanhar suas mutações é fundamental para frear o avanço da epidemia.
Qual a importância da técnica meta genômica rápida no sequenciamento da varíola dos macacos?
Como auxilia no controle dessa doença? A nossa missão foi desenvolver ferramentas para tornar mais fácil o reconhecimento de novos agentes, baixando o custo e tornando mais rápido o sequenciamento do vírus. Isso permite que a tecnologia esteja disponível em mais pontos do País, para que quando um novo agente chegue vários lugares consigam trabalhar rapidamente. Quando surgiu o vírus Sars-Cov-2 em Wuhan, na China, demorou cerca de um mês para reconhecerem o agente. Isso tem impacto, porque quanto menor o tempo de reconhecimento, maior a chance de conter uma epidemia. Até existem técnicas mais baratas para fazer a triagem do vírus, mas o problema é que elas dependem de insumos que nem sempre estão disponíveis no início de uma epidemia.
Descobriram algo sobre o vírus que se diferenciasse do que já se conhecia?
Descobrimos que o vírus do paciente (homem de 41 anos que passou por tratamento em SP) já tinha sofrido três mutações em relação aos outros vírus da mesma doença descrito na Europa. O vírus não tem uma taxa rápida de mutação, mas isso precisa ser monitorado.
O que precisa ser feito agora para monitorar o desenvolvimento da doença?
O mais importante é que a gente tenha técnicas de PCR disseminadas pelo Brasil para que os casos sejam reconhecidos rapidamente. E o País precisa ter insumos necessários para fazer PCR (teste de qualidade padrão ouro, com maior precisão) em um grande número de casos. O sequenciamento que fizemos não podemos fazer em todo mundo, então é importante que testes mais simples sejam desenvolvidos.
A vacina para a varíola protegeria contra novas variantes?
Sim, ela deve funcionar. Teríamos de aumentar a sua produção, mas provavelmente devem fazer vacinas específicas para esse agente.
Há riscos de que a varíola dos macacos se torne uma pandemia, assim como aconteceu com a covid-19?
Esse vírus não tem uma transmissão aérea, assim como a covid19. Doenças respiratórias transmitem mais. O monkeypox precisa de um contato íntimo para contaminar. Por isso, provavelmente a varíola dos macacos não vai ter a mesma dimensão da covid.
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FOLHA DE S.PAULO
Estresse psicológico é gatilho para ataques cardíacos fatais, diz estudo
Condição pode ser aguda ou crônica, além de ser desencadeada por eventos como demissão, dificuldade econômica ou morte de um filho
Você provavelmente conhece os principais fatores de risco para doenças cardíacas: pressão alta, colesterol elevado, tabagismo, diabetes, obesidade e sedentarismo. É provável que seu médico o tenha verificado mais de uma vez quanto a esses riscos.
Mas seu médico perguntou sobre o nível de estresse em sua vida? O estresse psicológico crônico, como indicam estudos, pode ser tão importante para a saúde do seu coração quanto os fatores de risco cardíaco tradicionais.
Em pessoas com corações menos saudáveis, o estresse mental supera o estresse físico como potencial gatilho para ataques cardíacos fatais e não fatais e outros eventos cardiovasculares, de acordo com estudo recente.
O novo rela tório, publicado em novembro na JAMA (Jornal da Associação Médica Americana, em português), avaliou a evolução de 918 pacientes conhecidos por terem doenças cardíacas subjacentes, mas estáveis, para ver como seus corpos reagiriam ao estresse físico e mental.
Os participantes foram submetidos a testes padronizados de estresse para ver se seus corações desenvolviam isquemia miocárdica - um fluxo sanguíneo significativamente reduzido para os músculos do coração, que pode ser um gatilho para eventos cardiovasculares- durante uma ou ambas as formas de estresse. Em seguida, os pesquisadores os acompanharam por quatro a nove anos.
Entre os participantes que sofreram isquemia em um ou ambos os testes, essa reação adversa ao estresse mental teve um impacto significativamente maior no coração e na vida dos pacientes do que o estresse físico. Eles tinham maior propensão a sofrer um ataque cardíaco não fatal ou morrer de doença cardiovascular nos anos seguintes.
As novas descobertas ressaltam os resultados de um estudo anterior que avaliou a relação entre fatores de risco e doenças cardíacas em 24.767 pacientes de 52 países. Descobriu-se que os pacientes que experimentaram alto nível de estresse psicológico durante o ano anterior à entrada no estudo tinham duas vezes mais propensão a sofrer um ataque cardíaco durante um acompanhamento médio de cinco anos, mesmo quando os fatores de risco tradicionais eram levados em consideração.
O estudo, conhecido como Interheart, mostrou que o estresse psicológico é um fator de risco independente para ataques cardíacos, semelhante em efeitos prejudiciais ao coração aos riscos cardiovasculares mais comumente medidos, explicou Michael T. Osborne, cardiologista do Hospital Geral de Massachusetts.
Mas e os efeitos do estresse em pessoas cujos corações ainda estão saudáveis? O estresse psicológico vem em muitas formas. Pode ocorrer de forma aguda, causada por incidentes como a perda do emprego, a morte de um ente querido ou a destruição da casa num desastre natural.
Um estudo na Escandinávia descobriu que na semana seguinte à morte de uma criança, o risco de os pais sofrerem ataque cardíaco era mais de três vezes a taxa esperada.
O estresse emocional também pode ser crônico, resultante, por exemplo, de insegurança econômica contínua, de viver em uma área de alta criminalidade ou de sofrer depressão ou ansiedade implacáveis. No estudo escandinavo, pais enlutados continuaram experimentando um risco cardíaco elevado anos depois.
Osborne fez parte de uma equipe de especialistas liderada por Ahmed Tawakol, também do Hospital Geral de Massachusetts, de uma análise das reações corporais ao estresse psicológico. Ele disse que as evidências acumuladas de como o cérebro e o corpo respondem ao estresse psicológico crônico sugerem fortemente que a medicina moderna tem negligenciado um perigo importante para a saúde do coração.
Tudo começa no centro do medo do cérebro, a amígdala, que reage ao estresse ativando a chamada resposta de lutar ou fugir, desencadeando a liberação de hormônios que ao longo do tempo podem aumentar os níveis de gordura corporal, pressão arterial e resistência à insulina.
Além disso, como a equipe explicou, a cascata de reações ao estresse causa inflamação nas artérias, promove a coagulação do sangue e prejudica a função dos vasos sanguíneos, todos os quais promovem a aterosclerose, doença arterial subjacente à maioria dos infartos e derrames.
A equipe de Tawakol explicou que o s exames avançados de neuroimagem tornaram possível medir diretamente o impacto do estresse em vários tecidos do corpo, incluindo o cérebro.
Um estudo prévio com 293 pessoas inicialmente livres de doenças cardiovasculares, que foram submetidas a exames de corpo inteiro que incluíam atividade cerebral, tiveram um resultado revelador. Cinco anos depois, os indivíduos com alta atividade na amígdala mostraram níveis mais altos de inflamação e aterosclerose.
Isso quer dizer que pessoas com nível elevado de estresse emocional desenvolveram evidências de doenças cardiovasculares. Em contraste, diz Osborne, "as pessoas que não são muito tensas tendem menos a experimentar os efeitos do estresse no coração".
Os pesquisadores agora estão investigando o impacto de um programa de redução de estresse chamado Smart3RP (que significa Programa de Resiliência de Resposta de Relaxamento e Treinamento em Gerenciamento de Estresse e Resiliência, em português) no cérebro, bem como fatores biológicos que promovem a aterosclerose.
O programa foi desenvolvido para ajudar as pessoas a reduzir o estresse e aumentar a resiliência por meio de técnicas mente- corpo, como meditação baseada em "mindfulness", ioga e tai chi. Tais medidas ativam o sistema nervoso parassimpático, que acalma o cérebro e o corpo.
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As pessoas que não são muito tensas tendem menos a experimentar os efeitos do estresse no coração
Michael T. Osborne, cardiologista do Hospital Geral de Massachusetts
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ISTOÉ
Covid-19 pode significar risco para grávidas e fetos, diz estudo
O estudo analisou dados de 630 mulheres cujos testes revelaram estarem infectadas durante a gravidez entre 24 de Março de 2020 e 3 de Março de 2021. Contrair covid-19 na gravidez pode significar riscos acrescidos quer para a grávida como para o feto, conclui um estudo português divulgado nesta segunda-feira, segundo o jornal Público.
Segundo a publicação, o estudo analisou dados de 630 mulheres cujos testes revelaram estarem infectadas durante a gravidez entre 24 de Março de 2020 e 3 de Março de 2021. O trabalho, recentemente publicado na revista Acta Médica Portuguesa, contou com a informação de 23 maternidades portuguesas e recomenda que exista "uma vigilância individualizada nestes casos e a profilaxia desta população com a vacinação".
Este é o primeiro trabalho português com uma visão mais global do impacto da covid-19 em mulheres grávidas, ainda que não contabilize todos os casos de grávidas infectadas do país. Segundo o artigo, das 630 mulheres, 60,3% foram diagnosticadas depois das 36 semanas de gestação e 62,9% eram assintomáticas. A média de idades foi de 30 anos e 27,8% tinham obesidade. Esta foi a comorbilidade mais comum.
"Encontramos uma forma mais grave da doença em 2,9% das gestantes, que necessitaram de suporte respiratório, o que é semelhante a estudos previamente reportados. Depois das 33 semanas de gestação, as mulheres tiveram mais problemas respiratórios quando comparado com o primeiro e o segundo trimestre, e que pode estar associado a mudanças fisiológicas nesta fase", destaca o artigo.
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JORNAL AGORA
Artigo - Rol taxativo mata mais que guerra!
EDUARDO AUGUSTO TEIXEIRA
O conveniado a plano de saúde que precisa de algum procedimento, algum tratamento de saúde faz o pedido administrativo ao plano de saúde. Após análise interna, o plano de saúde defere ou nega cobertura ao consumidor: em resumo, esse é o tema que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) trabalhou no EREsp 1.886.929, e é esse nosso tema de hoje.
Pois bem, em cenário de calamidade pública no SUS quanto aos serviços ou a falta dos serviços de saúde nas UPAS do Brasil, o STJ concede e beneficia as EMPRESAS E COOPERATIVAS DE PLANO DE SAÚDE O ROL TAXATIVO DE SAÚDE.
Por maioria de votos, a 2ª Seção do órgão estabeleceu que o rol de procedimentos preparado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para estabelecer cobertura mínima dos planos de saúde é TAXATIVO. Antes da decisão esse rol era considerado como EXEMPLIFICATIVO.
A decisão se baseou na Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/1998) que confere à ANS a competência legal para eleger cobertura mínima obrigatória como referência às operadoras, inteligência do artigo 10, parágrafo 4º.
Segundo os defensores da tese vencedora, manter as coisas como estavam colocaria em risco todo o sistema da saúde suplementar no Brasil.
A corrente defensora da tese do rol taxativo alega que obrigar os planos de saúde a pagar por tratamentos não previstos no rol causaria insegurança jurídica, além de desequilibrar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos.
Vejam que o julgamento andou e atendeu para os planos de saúde em detrimento aos direitos elementares do ser humano, dos consumidores, como à dignidade da pessoa humana, à saúde em sua totalidade, à vida -- direitos esses garantidos na Constituição da República.
Como advogado consumerista, tenho que o STJ dificultou ainda mais as coisas para as pessoas com doenças, e em grande parte com doenças graves, gravíssimas e raras.
Esqueceram os ministros que a ANS dorme em berço preguiçoso quando se fala em atualização do rol de procedimentos. Quando a ANS atualizar a lista para certo procedimento, a pessoa já morreu com tratamento pendente ou parado e com processos em andamento, ou não, o que muito acontece com as pessoas sem acesso e condições de ter um advogado e recorrer à Justiça pelo direito de viver.
Fecharam os olhos os ministros quanto à triste e notória realidade do SUS, que vive um caos hoje com rol exemplificativo, imagine agora com rol taxativo? Ora, será ainda mais cobrado dos cofres públicos por esses tratamentos e procedimentos que os planos lavam as mãos. Contradição gritante porque os planos de saúde vão negar os procedimentos e ao mesmo tempo continuarão a receber as altas mensalidades.
Mais ainda revoltante é quando verificamos os balancetes dessas empresas e cooperativas de saúde que geram lucro de milhões por mês, justamente porque seus reajustes eram aplicados levando em conta os custos com rol exemplificativo -- bastava analisar esses balancetes que cairia por terra a alegação de que os planos de saúde correm risco de falência -- que grande mentira, que colou.
A verdade é que os planos de saúde venceram essa luta no Judiciário -- alguns dos planos de saúde comemoraram a derrota dos consumidores, mesmo tendo lema e propaganda em TV de que trabalham pela vida de seus conveniados, que demagogia.
Confesso que temo e muito quanto ao nosso futuro, pois em algum momento vamos precisar de plano de saúde para custear procedimentos de alta complexidade que em maioria não abarcam nossos parcos orçamentos.
Vejam que pegávamos as caras mensalidades de plano de saúde para ter todo o tratamento de saúde. Agora, continuaremos a pagar por aquilo que um dia sabemos que teremos uma negativa, colocando-nos em risco de morte.
É importante dizer que o Judiciário pelo STJ não fechou as portas por completo para os beneficiários de planos de saúde, encurtou e dificultou ainda mais o caminho, com isso, é importante os consumidores estarem assistidos de excelentes advogados que militem na área da saúde.
Os planos de saúde podem ter vencido a luta, mas não ganharam a guerra!
Eduardo Augusto Silva Teixeira - Advogado
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
ANS explica aumento de 15% nos planos de saúde: 'É inflação para todo lado'
Brasil registra terceiro caso de varíola dos macacos
Tratamentos contra alergia reduzem em mais de 75% internações por asma no Brasil, pelo SUS, nos últimos 20 anos
Ismael Alexandrino passa por cirurgia para tratar cálculo renal
Senador propõe obrigar planos de saúde a pagar tratamentos fora do rol da ANS
Funcionária de hospital é suspeita de vender receitas médicas em Itumbiara
Mães vivem incertezas após desobrigação de tratamento dos planos de saúde
Brasil se prepara para receber 30 milhões de teleconsultas em 2022
Preços de testes de covid-19 assustam
PORTAL UOL
ANS explica aumento de 15% nos planos de saúde: 'É inflação para todo lado'
O diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Paulo Rebello, defendeu, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada hoje, o aumento de 15,5% nos planos de saúde individuais e familiares. É o maior percentual de reajuste anual autorizado pela agência desde 2000, ano de início da série histórica.
Para defender o aumento, o advogado diz que sua equipe trabalhou por quase um ano para fazer a norma, encaminhar ao TCU (Tribunal de Contas da União) e para o Ministério da Economia. Ele também ressalta as manifestações da USP (Universidade de São Paulo) e da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
"Aí vem uma ação da Rede Sustentabilidade questionando o aumento e não critica a metodologia usada, não critica nada. Esse é o problema. O momento em que estamos vivendo é de inflação para todo lado", argumentou.
Rebello diz que, na prática, os planos de saúde registraram reajuste de 6%. "Se for olhar o contexto da pandemia, considerando que em 2021 o reajuste foi negativo, juntando esses dois anos, a gente vai ter um reajuste de 6%. Dá 3% ao ano, considerando esses dois anos."
ANS diz que rol exemplificativo a atende interesses.
Durante a entrevista, o diretor-presidente da ANS defendeu também a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre a lista de tratamentos cobertos por planos de saúde, o chamado rol da ANS, ser taxativa.
O entendimento é considerado mais restritivo, e desobriga os convênios médicos a seguirem procedimentos que não estejam previstos na relação de terapias aprovada pela agência.
"Sempre houve a judicialização. A judicialização sempre vai existir. Mas tem a boa judicialização e a má judicialização. A boa judicialização é aquela em que há um serviço para ser prestado e que não foi prestado. Agora, quando você quer um medicamento que não foi aprovado pela Anvisa, um medicamento que não foi incorporado ao rol, aí é diferente."
Sem citar nomes, Rebello diz que há "outros interesses específicos envolvidos nesse processo". "Atores que têm interesse em que o rol seja exemplificativo, porque consegue comercializar determinados medicamentos. É preciso entender o todo. Se não entender o todo, vira um problema. Fica parecendo que somos o carrasco, que não queremos atender o beneficiário".
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AGÊNCIA BRASIL
Brasil registra terceiro caso de varíola dos macacos
O Brasil tem mais um caso de varíola dos macacos diagnosticada. Na noite deste domingo (12/6), o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul notificou uma ocorrência de “caso importado” da doença.
O diagnóstico foi confirmado laboratorialmente pelo Instituto Adolf Lutz de São Paulo. Trata-se de um paciente residente em Porto Alegre, do sexo masculino, 51 anos, que viajou para Portugal, com retorno ao Brasil no dia 10 de junho.
“O paciente está em isolamento domiciliar, junto com os seus contatos, apresenta quadro clínico estável, sem complicações e está sendo monitorado pelas secretarias de Saúde do estado e do município”, diz nota divulgada pelo Ministério da Saúde.
O ministério acrescenta que “todas as medidas de contenção e controle foram adotadas imediatamente após a comunicação de que se tratava de um caso suspeito de monkeypox, varíola dos macacos, em inglês, com o isolamento do paciente e rastreamento dos seus contatos, tanto nacionalmente quanto do voo internacional, que contou com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”.
Casos no país
De acordo com o ministério, no momento, o Brasil registra três casos confirmados, sendo dois em São Paulo e um no Rio Grande do Sul. Estão em investigação seis casos suspeitos. Todos seguem isolados e em monitoramento.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Tratamentos contra alergia reduzem em mais de 75% internações por asma no Brasil, pelo SUS, nos últimos 20 anos
Semana Mundial de Alegria alerta sobre os riscos de crises alérgicas evoluírem para asma e reforça importância da prevenção. Queimadas e baixa umidade agravam quadro
Sabe aquele espirro de última hora ou o nariz que não para de coçar? Os olhos ficam vermelhos, lacrimejando, a garganta arranha e, em alguns casos, provoca até falta de ar. Esses são alguns sintomas de alergia e as causas podem estar onde você menos imagina. Por isso, é necessário falar sobre o assunto que acomete milhões de pessoas no mundo todo.
Mas o que são as doenças respiratórias? De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia – Regional Goiás (ASBAI-GO), Germana Pimentel Stefani, doenças respiratórias “são as doenças que acometem as vias aéreas superiores e inferiores. Podem ser agudas ou crônicas, e determinadas por várias causas.”
Vários aspectos, conhecidos como gatilhos podem favorecer o aparecimento de alergias, como ácaros, fungos, pólens, pelos de animais, poluição ambiental, exposição ao ar frio, fumaça de cigarro e infecções virais. A inflamação das vias respiratórias provocadas por alergias podem evoluir para quadros crônicos de asma, doença que afeta cerca de 300 milhões de pessoas no mundo.
No Brasil, estima-se que há aproximadamente 20 milhões de asmáticos, quadros responsáveis por faltas recorrentes de seus enfermos à escola ou ao trabalho. A asma é uma doença crônica que pode acometer crianças, adultos e idosos, por isso, é considerado um problema mundial de saúde.
Semana Mundial da Alegria
Para explorar esse assunto, a World Allergy Organization (Organização Mundial de Alergia) escolheu a asma e as doenças respiratórias alérgicas como tema da Semana Mundial da Alergia de 2022. As ações serão realizadas entre 5 e 11 de junho com o objetivo de alertar e aumentar a conscientização sobre essas doenças. Os corticoides inalados, popularmente chamados de “bombinhas”, mudaram a evolução natural da doença, inclusive a mortalidade.
Nos últimos 20 anos, houve uma redução superior a 75% no número de internações por asma em hospitais do Sistema Único de Saúde no país. Atualmente, é difícil encontrar pacientes em unidades de terapia intensiva em decorrência de crises de asma. Entretanto, a mortalidade pela doença ainda é alta, já que cerca de cinco a sete pessoas morre diariamente por asma no Brasil, seja por falta de tratamento especializado ou por diagnóstico tardio.
Mais de 80% dos pacientes com asma têm rinite e de 10% a 40% dos pacientes com rinite têm asma, sugerindo o conceito de “uma via aérea, uma doença”, relação chamada entre os especialistas de Doença Aérea Única (DAU). “As vias aéreas superiores e inferiores são consideradas uma unidade morfológica e funcional, e a conexão existente entre elas é observada há muitos anos, tanto na saúde quanto na doença. Há fortes evidências epidemiológicas, fisiopatológicas e clínicas que apoiam uma visão integrada da rinite e da asma”, explica Germana.
Goiás
A DAU também pode ser considerada uma síndrome de hipersensibilidade das vias aéreas, já que a rinite e a asma podem ser induzidas e reproduzidas por reações alérgicas ou não alérgicas. Um exemplo do que pode provocar as reações é o tempo seco e a baixa humidade do ar, muito comuns nessa época do ano, em Goiás. A umidade do ar costuma ficar abaixo dos 20% em todo o Estado e essa “secura” pode comprometer as vias aéreas e estimular o aparecimento dos sintomas.
Outro problema comum nesse período é a poluição do ar, decorrente das queimadas. “Esses fatores externos podem prejudicar ainda mais o paciente. É preciso melhorar a hidratação e procurar atendimento especializado para controlar as reações e dar mais qualidade de vida à pessoa”, explica a presidente da ASBAI-GO.
A rinite e a asma, assim como as alergias que atingem as vias aéreas, devem ser tratadas de forma integrada. Portanto, a Semana Mundial de Alergia busca orientar as pessoas sobre a importância da prevenção e sobre a atuação do médico alergista nestes casos, reforçando, inclusive, o avanço terapêutico para casos que, até pouco tempo atrás, tinham se esgotado os recursos.
Germana conta que as “infecções respiratórias mais comuns são as rinossinusites, otites e pneumonias. Podem ser de causa viral (a mais comum), bacteriana e fúngica. Geralmente são agudas, mas raramente podem crônificar.
Identificação da doença
As alergias podem acontecer em qualquer idade. Nem sempre acontece na infância e inclusive, pode iniciar na velhice. Segundo Germana, “os exames diagnósticos devem ser direcionados para a suspeita clínica. Existem exames de imagem( raio-x, tomografia, nasofibroscopia, exames infecciosos e PCR como o para diagnosticar casos de Covid-19 e exames funcionais.
Tratamento
O tratamento de doenças respiratórias depende do seu tipo, severidade e estado geral do paciente. A presidente da ASBRAI-GO aponta que nas 2 últimas décadas houve um grande avanço no tratamento das alergias respiratórias, o que permitiu uma redução da mortalidade por asma em 75%.
Ainda de acordo com ela, “é importante ressaltar que como são doenças crônicas que intercalam períodos de crise com remissão (estabilização das doenças), o tratamento deve ser de longo prazo. Os medicamentos não “viciam”. Nos casos mais graves, é como a insulina para o diabético: difícil se manter bem sem se tratar.”
Alguns cuidados ajudam a evitar/prevenir as doenças respiratórias
A presidente da ASBRAI-GO ressalta que a prevenção das doenças respiratórias alérgicas depende tanto dos cuidados com a própria via aérea quanto dos cuidados com o ambiente. “Pensando na via aérea, é muito importante manter ela sempre higienizada, com uma lavagem frequente com soro fisiológico várias vezes ao dia. A nebulização ou o aerossol com o soro fisiológico também são interessantes.”
Ainda segundo ela, os cuidados com o ambiente implicam o “uso dos umidificadores (controlando o tempo de exposição). Além disso, é importante reduzir a exposição aos ácaros, cuidando para que não haja acúmulo de poeira, de preferência, utilizar o pano ao invés de varrer a casa. Retirar cortinas de tecido, tapetes, cobertores que são felpudos, usar capa anti-ácaro nos travesseiros e colchões.”
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A REDAÇÃO
Ismael Alexandrino passa por cirurgia para tratar cálculo renal
Ludymila Siqueira
Goiânia - Ex-secretário da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Ismael Alexandrino passou por uma cirurgia de emergência na noite de sábado (11/6) após sentir fortes dores em decorrência de um cálculo renal. Ele está internado no Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) em Goiânia. Alexandrino compartilhou o estado de saúde nas redes sociais.
Após o procedimento para a retirada do cálculo renal que estava obstruindo o ureter, o ex-secretário passa bem e se recupera na enfermaria da uniade de saúde. Nas redes sociais, Alexandrino agradeceu as mensagens de apoio e também aos profissionais de saúde do Hugo. "Obrigado a todos os colegas da Saúde do @hugohospital que me cuidaram até aqui", escreveu neste domingo (12).
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JORNAL OPÇÃO
Senador propõe obrigar planos de saúde a pagar tratamentos fora do rol da ANS
Por PH Mota
Projeto de lei de Fabiano Contarato (PT-ES) é resposta para julgamento do STJ que reviu obrigação de cobertura de tratamentos
O senador Fabiano Contarato (PT-ES) apresentou um projeto de lei que visa obrigar planos de saúde a cobrirem tratamentos que não estejam listados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, a ANS. A proposta vem em resposta à decisão da Segunda Seção do STJ de fixar rol taxativo para as operadoras de saúde. Com a decisão, os planos não precisam cobrir os tratamentos que não apareçam na lista.
Segundo o senador, os argumentos utilizados para abandonar o rol exemplificativo não se sustenta. Defensores da medida apontaram que a manutenção do formato taxativo poderia causar prejuízo financeiro às operadoras e elevar os valores cobrados aos beneficiários, mas, segundo dados da ANS apresentados pelo senador, a receita do setor de planos de saúde atingiu R$ 217 bilhões, só em 2020.
“Não podemos permitir que a população seja prejudicada em prol do lucro dos planos de saúde […] Quem paga tem que ter direito ao tratamento adequado, e não são os planos de saúde que devem definir isso, mas um corpo médico qualificado”, justificou Contarato.
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PORTAL G1
Funcionária de hospital é suspeita de vender receitas médicas em Itumbiara
Segundo a Polícia Civil, cada receita era vendida por R$ 300. Após a denúncia, a recepcionista foi demitida do hospital em questão.
Por Gabriela Macêdo, Rayane Marinho e Roberto Vicente, g1 Goiás e TV Anhanguera
Uma funcionária de um hospital particular de Itumbiara, no sul de Goiás, é suspeita de vender receitas médicas. Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, cada prescrição era vendida por R$ 300. Após a denúncia, a mulher foi demitida da empresa.
O cumprimento de mandados de busca e apreensão da investigação foi realizado na quarta-feira (8), mas só foi divulgado na quinta-feira (9), pela Polícia Civil.
O g1 entrou em contato com o hospital, que afirmou que a mulher não faz mais parte do quadro de funcionários e que vem colaborando com a polícia desde o início tem colaborado com as investigações e que todas as condutas internas apropriadas já foram aplicadas, de acordo com nossa conduta de ética e segurança".
"Reafirmamos que não compactuamos com práticas ilícitas, de nenhuma instância, e que prezamos por princípios éticos em todos os serviços que prestamos", complementou a instituição.
O delegado responsável pelo caso, Vinicius Penna, contou que a mulher atuava como recepcionista no local e, por ter proximidade com os profissionais, conseguia as receitas, que geralmente eram de remédios controlados.
"Ela confessou que solicitava essas receitas no proprio local de trabalho, de médicos que estavam ali de plantão, fornecendo o próprio nome ou o nome de parentes", conta o delegado.
A polícia ainda detalha que ela vendia pelo menos três receitas por semana há, no mínimo, três meses. Com as prescrições, em alguns momentos ela mesma chegava a adquirir os medicamentos nas farmácias.
A princípio, a mulher é investigada pelo crime de falsidade ideológica, mas ela também pode ser indiciada pelo uso de documentos falsos.
"Agora a Polícia Civil investiga se ela agia sozinha ou se com a conivência de participação dos médicos que assinavam essas receitas", complementa Vinicius.
Também é investigado se esses profissionais eram beneficiados com parte dos valores arrecadados com as vendas.
Apesar de ter confessado o crime à polícia, o delegado ainda ressaltou que a mulher não foi presa em flagrante, uma vez que no momento da busca e apreensão, não havia nenhuma receita com ela.
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O HOJE
Mães vivem incertezas após desobrigação de tratamento dos planos de saúde
Mães de crianças que precisam de tratamentos especiais de planos de saúde vivem aincerteza da manutenção das terapias. O motivo da insegurança foi a decisão doSupremo Tribunal de Justiça (STJ) que desobriga os planos de saúde de cobrirtratamentos fora da lista de doenças da Agência Nacional de Saúde Suplementar(ANS). O chamado rol taxativo era uma demanda antiga das prestadoras do país quealegam que as constantes decisões judiciais levam prejuízos às empresas e podeacarretar em aumento dos preços das mensalidades.
A decisão impacta diretamente alguns tratamentos para doenças como esquizofrenia,síndrome de down, autismo e paralisia infantil, uma vez que podem ser recusadospelos planos, dificultando a cobrança das terapias por meio da Justiça.
Daiane Mendes é mãe de uma criança com paralisia cerebral. A servidora pública alegaque a decisão foi injusta com milhares de famílias que buscam tratamento médico najustiça, uma vez que o tratamento já era recusado pelo plano de saúde na maioria doscasos. “Essas decisões já estão sendo revertidas pelo plano e a justiça está negandoesse direito. Muitas famílias estão em desespero porque os planos estãodescumprindo ordem judicial e conseguindo que a justiça reverta decisões antigas”,afirma.
De volta à rede pública
De acordo com Mara Davi Braga, mãe de criança com paralisia cerebral, explicou queexistem dificuldades trazidas pela taxatividade do rol. “Meu filho retomou algumasterapias na rede pública, bem inferiores ao que precisa, porém é melhor do que ficarparado. As clínicas que o plano me indicou, além de os terapeutas não teremespecialização no tratamento que meu filho precisa, é quase impossível nossalocomoção”.
Exceções
Funcionária da Associação de Paralisia Cerebral de Goiás, Luciana Prudente aponta quepor mais que tenham sido colocadas exceções às coberturas, elas são, em grandeparte, muito difíceis de serem cumpridas. “Dependem também de órgãos do governo,do NAT-jus [Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário] e da Conitec [ComissãoNacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde]”, explica
Segundo o STJ, os votos decidiram que o rol de procedimentos e eventos em saúdesuplementar é taxativo, a operadora de plano ou seguro de saúde não é obrigada aarcar com tratamento não constante no rol da ANS caso exista outro procedimentoefetivo e seguro já incorporado na lista, sendo possível a contratação de coberturaampliada ou a negociação de aditivo contratual para a cobertura de procedimentoextra rol, e, se não houver substituto terapêutico ou os procedimentos disponíveisestejam esgotados, pode haver cobertura do tratamento indicado pelo médico ouodontólogo assistente.
Entretanto, Luciana explica que a decisão tira a autonomia do médico assistente paradecidir sobre o tratamento e, consequentemente, a criança perde o tratamento. “Osplanos de saúde sempre consideraram o rol da ANS taxativo. Então, a gente tinha umanegativa dos planos e, a gente, administrativamente, entrava na justiça contra adecisão dos planos de não custear os tratamentos, o qual era consideradoexemplificativo pela justiça e diante dos relatórios dos médicos assistentes. A genteconseguia via judicial que os tratamentos fossem custeados pelos planos e a criançafazia a reabilitação e tratamento neurológico indicado. Hoje, com esse rol consideradotaxativo, o médico assistente perde a autonomia de decidir sobre o tratamento”.
Decisão
Da decisão, entende-se que o plano de saúde deve custear tratamento não contido norol para um paciente com diagnóstico de esquizofrenia e que a operadora deve cobrirtratamento para uma pessoa com transtorno do espectro autista, uma vez que a ANSreconhecia a terapia DE Análise Comportamental Aplicada (ABA) como contempladanas sessões de psicoterapia da lista de saúde suplementar.
Apesar da decisão, Luciana afirma que existem campanhas de Deputados Federais eSenadores, por meio de projetos de lei para derrubar a taxatividade. Além disso,existem movimentações nacionais contra a decisão em redes sociais. “Isso é muitograve e não afeta só crianças com paralisia cerebral, autismo e doenças raras, mas até pessoas com câncer, que precisam de tratamento de cirurgia bariátrica, obesidade. Afeta a sociedade como um todo”, diz.
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METRÓPOLES
Brasil se prepara para receber 30 milhões de teleconsultas em 2022
Até dezembro de 2022, 30 milhões de brasileiros devem buscar consultas via telemedicina, segundo estimativa da Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e de Saúde Digital (Saúde Digital Brasil) feita com base nos atendimentos já realizados este ano. O dado foi reforçado por representantes da entidade em painel sobre a necessidade de regulamentação da Telemedicina e as novas fronteiras dos serviços de saúde, que ocorreu no evento Telessaúde Brasil, promovido pelo Ministério da Saúde.
No debate, moderado pela diretora-executiva do Metrópoles, Lilian Tahan, foram destacados avanços que facilitam o atendimento a essa demanda em curto, médio e longo prazos. Entre eles, a resolução nº 2.314/2022 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que define e regulamenta a telemedicina no Brasil, e as assinaturas pelo governo federal das portarias que regulamentam a Telessaúde e a UBS Digital na rede pública.
Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, essas ações são importantes e devem ocorrer de forma simultânea para reforçar o serviço ofertado à população. "O que fizemos foi consolidar políticas que já existem. Agora é melhorar a regulação, evitar deslocamentos desnecessários de pacientes e levar o especialista para a Atenção Primária por meio das teleconsultas. Enfim, construir tudo isso para que tenhamos a saúde digital também como um direito de todos e um dever do Estado."Outro ponto levantado foi o Projeto de Lei nº 1998, de 2020, que autoriza e define a prática da telemedicina em todo o território nacional, agora em tramitação no Senado Federal, sob a relatoria do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB). A previsão é de que a proposta seja rapidamente deliberada, como espera o deputado federal Pedro Vilela (PSDB/AL), um dos responsáveis pela tramitação na Câmara. "É um projeto de extrema importância e urgência e é necessário que os senadores aprovem e deem sequência para garantir o acesso ampliado à saúde e a autonomia dos profissionais em relação ao uso da modalidade remota, além dos direitos do próprio paciente", destacou o parlamentar no evento sobre a temática, em Brasília (DF).
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, Wilson Shcolnik, o projeto atende às demandas e à realidade do setor e possibilitará que mais pessoas tenham acesso a atendimentos especializados. "Com relação à telepatologia, por exemplo, sabemos que é pequeno o número de profissionais que trabalham nessa área em regiões remotas. Com a proposta, existe a grande possibilidade de expansão, contribuindo com a saúde brasileira", ressaltou.Autonomia do médicoApesar de o CFM validar a telemedicina como um dos métodos para exercer a profissão e reconhecer o crescimento da prática como positiva, representantes da entidade ressaltaram, no evento, a importância de não se descartar totalmente a modalidade presencial."A telemedicina traz qualidade, acesso, ela veio para ficar, para promover uma integração nos sistemas de saúde, mas não deve substituir pessoas. Nós queremos que, em cada pequena cidade, continue tendoenfermeiro, médico, com acesso a outros profissionais por meio dessas tecnologias, se necessário", afirmou Donizetti Dimer, conselheiro do CFM.
Ele reforçou, ainda, que o uso ou não da modalidade, seja no primeiro contato ou nas atividades de acompanhamento, é decisão única do profissional de saúde. "É um dos principais pontos da resolução do CFM: a autonomia médica, baseada na linha de cuidado dele com o paciente. É e sempre dever ser o ponto principal", rematou.Segurança de dadosUm dos pontos de destaque da Resolução nº 2.314 do CFM, que permite e regulamenta o uso da telemedicina, é a necessidade de registro desses serviços em prontuários médicos e da proteção e integridade dos dados coletados (arquivos e imagens) nesses atendimentos. O objetivo, segundo o texto, é garantir os princípios éticos da profissão, bem como a segurança e privacidade dos pacientes.Quando questionado sobre o assunto, o conselheiro médico da Conexa Saúde, Roberto Botelho, apontou que essa é uma preocupação comum de todo o setor e garantiu que os riscos da vulnerabilidade dos dados serão combatidos com antídotos tecnológicos avançados."Uma deles é a web 3.0, que, especialmente por meio de Blockchain, vai descentralizar os dados, e, ao fazê-lo, terá o controle total sobre eles, ficando muito mais difícil de derrubá-los", contextualizou.
A Blockchain é um sistema de armazenamento de dados compartilhado e imutável que facilita o processo de registro de informações e o rastreamento delas em uma rede. Funciona isolando pedaços de código que precisam das demais partes, como se fossem blocos, para carregar o dado completo, o que dificulta dele ser hackeado ou destruído.
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CORREIO BRAZILIENSE
Preços de testes de covid-19 assustam
Com taxa de transmissão e de casos em alta no Distrito Federal, brasiliense buscam exames para detectar o novo coronavírus e encontram diferença de preços
Pablo Giovanni*
Com a alta de casos e da transmissão da covid-19 na capital federal, a população tende a buscar o exame para detectar a doença, mas esbarra em longas filas nos pontos de testagem pública. Com isso, muitos brasilienses procuram hospitais, clínicas, laboratórios e drive-thrus privados, mas se deparam com um empecilho: o alto custo dos valores dos testes. Produtos para saúde, como kits diagnósticos e autotestes, não estão submetidos à política de controle ou regulação de preços no Brasil e, com isso, os consumidores tendem a pagar um valor definido por cada estabelecimento particular.
De acordo com o especialista Walter Viana, o consumidor que, ao se deparar com preços de testes de covid-19 que considera abusivos e arbitrários deve acionar o Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF). "Identificado pelo órgão que o aumento de preço é injustificável e que apenas representa a ganância do estabelecimento frente ao consumidor já fragilizado pela pandemia, é possível a imposição de multas e até mesmo a interdição do local", afirma.
Quem notou uma diferença acentuada no valor do RT-PCR foi Leandro Marinho, de 29 anos. Ele conta que, em novembro de 2021, fez a testagem em uma clínica na Asa Norte, pagando R$ 200. Ao voltar à clínica, agora em maio ? em meio a alta de casos na capital federal ?, após se queixar de sintomas da covid-19, o mesmo teste, no estabelecimento, era R$ 300. "Fiquei muito surpreso que o valor do teste sofreu esse 'reajuste', mas acredito também que deva ser em decorrência da grande procura dos testes. Decidi procurar um pouco mais e encontrei o RT-PCR em uma clínica, agora do Sudoeste, por valor mais em conta", relata.
Apesar de ter procurado a testagem na rede pública, o estudante Igor Magalhães, de 20 anos, não conseguiu fazer o teste na UBS 1 (612 Sul). Com isso, segundo o estudante, foi necessário procurar a rede privada. Ele também notou uma diferença no valor pago anteriormente, em janeiro. "Fiz o teste em dezembro. Paguei R$ 65 em Taguatinga e quando fui fazer o antígeno, que é o mais barato de todos, consegui por R$ 99,99 no Cruzeiro. Não é caro, mas para pessoas que precisam fazer o teste para comprovar ou não a doença, a rede pública acaba te deixando na mão", relata o jovem.
O Procon alega que não existe um preço mínimo e máximo para comercialização do produto, o que reflete no número de reclamações. "Desde que iniciou a testagem contra a covid-19 na rede privada, nunca houve sequer uma reclamação recebida pelo órgão de defesa do consumidor. "Não há nenhum registro de denúncia sobre o tema. A abordagem (em caso de notificações) é realizada observando os preceitos estabelecidos no artigo 39, inciso X do Código de Defesa do Consumidor (CDC)", relata o órgão em nota.
A Dasa ? maior rede de saúde integrada do Brasil ? detalhou que o Distrito Federal apresentou o maior percentual de casos positivos do Brasil de 30 de maio a 5 de junho, na rede privada. De acordo com o boletim, a capital registrou 45,93% dos testes positivos de todas as 980 unidades da rede no país. Na semana anterior ? 23 a 29 de maio ?, o índice estava em 38,41%.
Coibir exageros
De acordo com o especialista Felipe Borba, o preço de qualquer produto, seja medicamentos ou não, segue a lógica da oferta e da procura. Em hipóteses que a população encontre algum preço abusivo, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) traz temas bem estruturados, para coibir casos do tipo por parte dos fornecedores.
"O preço de produtos e serviços em nosso país segue a lógica da oferta e da procura e não se deve ter definição de preço pelo Estado ou pela Anvisa, no caso concreto. Na hipótese de o consumidor acreditar que há abusividade nos preços dos testes contra a covid-19, poderá denunciar ao Procon, já que o CDC diz que é vedado ao fornecedor de produtos ou serviços elevar, sem justa causa, o preço de produtos ou serviços, bem como exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva", salientou.
O que diz o CDC?
Ao analisar o CDC, o especialista Walter Viana destacou, assim como o Procon-DF e o especialista em direito do consumidor Felipe Borba, o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor. De acordo com o especialista, o artigo compõe em sua estrutura temas muitos claros, sobre a elevação demasiada do preço de produtos. "É bastante claro e expressamente proíbe a elevação do preço de produtos e serviços dissociado de um justo motivo. Durante a pandemia, houve várias reclamações dos consumidores e intervenções de Procon de outros estados contra os preços abusivos em medicamentos, álcool, máscaras, luvas, testes de covid-19, entre outros", esclarece.
Saúde
Para a infectologista Ana Helena Germoglio, a testagem de covid-19 é necessária para dar um diagnóstico da doença, além de servir de como monitoramento para órgãos de saúde em medidas que possam conter o avanço da pandemia nos estados e Distrito Federal. "Os testes trazem um diagnóstico correto da doença. Como é uma doença que afeta grande parte da população, só conseguimos fazer algum tipo de medida a partir do momento que a gente mensura a magnitude desses casos na população", conta. "Se não conseguimos testar a população, não sabemos o impacto e qual estágio está a pandemia da covid", finalizou.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil é confirmado em São Paulo
Hospitais particulares registram alta de 94% dos casos de coronavírus
Sobe taxa de ocupação de UTIs em GO e PE
Seguros Unimed cria fundo para hospitais próprios
Hapvida registra mais de 1,5 milhão de teleatendimentos no Brasil
Efeito colateral: pandemia faz explodir no Brasil mercado de seguro de vida
Planos de saúde: Pacientes vivem indefinição sobre tratamentos após decisão do STJ
Médicos reclamam de falta de estrutura para aborto legal; paciente relata preconceito em hospital
Projetos para ampliar cobertura surgem no Congresso
Modelo de planos de saúde esgotou, mas há novas opções aos consumidores
Ex-secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, enxerga CPI da Saúde com tranquilidade e diz que a pasta possui transparência
Instauração e revogação de CPI causam desconfortos na Assembleia Legislativa de Goiás
Rol taxativo da ANS deve aumentar pressão de judicialização do SUS, diz especialista
Hospital Estadual da Criança e do Adolescente é escolhido para receber medalha na Câmara dos Deputados
AGÊNCIA ESTADO
Primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil é confirmado em São Paulo
O Estado de São Paulo confirmou nesta quinta-feira (9/6) o primeiro caso da varíola dos macacos no Brasil. O paciente é um homem de 41 anos, que mora na capital paulista e tem histórico de viagem para Portugal e Espanha. Ele está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e, segundo a secretaria estadual de Saúde, "em bom estado clínico".
Todos os contatos do paciente nas últimas semanas estão sendo monitorados pelas equipes de vigilância, segundo a pasta estadual. A confirmação de que o paciente estaria infectado pela varíola dos macacos foi feita pelo Instituto Adolfo Lutz, após realização de diagnóstico diferencial de detecção por RT-PCR do vírus Varicela Zoster (com resultado negativo) e análise metagenômica do material genético, quando então foi identificado o genoma do Monkeypox vírus.
monkeypox
Imagem de microscópio eletrônico mostra sinais da varíola dos macacos em uma amostra de pele humana. Um segundo caso suspeito da doença, também no Estado, é acompanhado desde a semana passada pelo Centro de Vigilância Epidemiológico (CVE) estadual e a pela Prefeitura de São Paulo.
A paciente é uma mulher de 26 anos, que também mora na capital paulista. Ainda na véspera, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que ela está internada em um hospital público, apresenta quadro clínico estável e não tem histórico de viagem recente nem de contato com casos suspeitos, a princípio.
Até a última quarta-feira, o Brasil acompanhava oito casos suspeitos da doença, nos Estados de São Paulo, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rondônia.
O primeiro caso europeu da varíola dos macacos foi confirmado ainda em 7 de maio, em um indivíduo que retornou à Inglaterra da Nigéria, onde a doença é endêmica. Desde então, países como Estados Unidos, Canadá e Austrália, confirmaram casos.
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FOLHA DE S.PAULO
Hospitais particulares registram alta de 94% dos casos de coronavírus
Pesquisa com unidades de ponta mostra aumento da taxa de ocupação de pacientes com a doença
Cláudia Collucci
são paulo Hospitais privados de todo o país registraram aumento médio de 94% dos casos de Covid-19 nas últimas duas semanas, mostra pesquisa inédita da Anahp (Associação Nacional dos Hospitais Privados) com 21 instituições.
Dos atendimentos feitos nos prontos-socorros, 4,5% tem gerado internação. Dos hospitalizados, pouco mais de um quarto (28%) precisa de terapia intensiva.
A alta de casos tem reflexo na taxa de ocupação dos hospitais. Em abril, segundo a pesquisa, estava em 77,5%. No fim de maio, atingiu 84%. A Anahp reúne 135 instituições, entre elas Albert Einstein, Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz, todos em São Paulo.
"O momento é de atenção. Há um aumento claríssimo das internações, e os hospitais estão tendo que ampliara destinação de leitos para Covid. Não há ainda uma situação preocupante de UTIs, mas, em relação às semanas anteriores, essa foi a de maior preocupação", afirma Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.
O crescimento de casos têm levado os hospitais a ampliar o número de leitos de isolamento, a remanejar procedimentos de pacientes com testes positivos para o coronavírus e até "pisar no freio" de cirurgias eletivas.
O Hospital Israelita Albert Einstein, por exemplo, voltou a reservar 114 leitos para a Covid, que já estavam desocupados com queda dos casos nos meses anteriores. "Agente aprendeu a ser flexível e ágil na reconfiguração reconfiguração das unidades de internação. Transforma em Covid, depois em não Covid conforme a necessidade", diz Miguel Cendoroglo Neto, diretor superintendente da instituição.
Na primeira onda, o hospital teve 186 pacientes internados com Covid-19. "Parecia impossível lidar com esses 186. Na segunda onda, a gente bateu em 305". Na terça (7), o Einstein tinha 72 pacientes internados, desses 54 em apartamentos e 18 em UTIs e unidade semi-intensiva.
Segundo Cendoroglo, o sal do de leitos ainda é "positivo", mas o hospital decidiu segurar um pouco alguns procedimentos cirúrgicos eletivos. "(Em meses anteriores] Chegamos a ter dez pacientes internados com Covid. Como agora passamos dos 70, é de se esperar que haja um pouco de dificuldade de acomodação", afirma.
No Hospital Sírio-Libanês, também houve uma readequação dos leitos que já tinham sido desativados para a Covid. Segundo o hospital, nesta terça, 43 pessoas estavam hospitalizadas com a doença, seis delas na UTI.
Há duas semanas, no dia 24 de maio, eram 22 internados, quatro na UTI.
Na Rede de Hospitais São Camilo são 31 pacientes internados com Covid-19, contra oito no dia 15 de maio.
No Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o maior impacto até agora tem sido no pronto atendimento. Em quatro se manas, do início de maio até agora, dobrou o número de pessoas com sintomas respiratórios, de 160 para 320. A ta xa de positividade dos testes para Covid passou de 30% para 60% nesse período.
Na quarta-feira (8), havia 41 pacientes hospitalizados com Covid, dos quais 11 na UTI. No dia 8 de maio, eram cinco internados no total. O hospital tem 32 leitos de apartamento e 14 de UTI dedicados à Covid, mas pode ampliar o número conforme a demanda, segundo José Marcelo Oliveira, diretor-presidente do Oswaldo Cruz. A taxa média de ocupação atual é de 90%
Os pacientes imunossuprimi dos e os mais velhos são os grupos que têm apresentado um maior grau de gravidade. "Entre eles a gente sabe que a efetividade da vacina é menor", afirma o infectologista Felipe Piastrelli, do serviço de controle de infecção hospitalar.
O Oswaldo Cruz tem registrado adiamentos de algumas cirurgias eletivas devido à confirmação da Covid nos pacientes. Até o início de maio, 0,5% dos pacientes assintomáticos que faziam teste de Covid antes de cirurgias agendadas tinham resultado positivo. Agora, a taxa pulou para 1,5%.
Para o gestor do Oswaldo Cruz, o momento é de atenção porque a curva de casos subiu muito rápido nas últimas quatro semanas. "E não estamos vendo platô ainda. Não sabemos em que momento da curva estamos. Ninguém sabe."
A notícia alentadora é que, no geral, a situação dos internados está menos grave do que nas ondas anteriores, segundo Cendoroglo, do Einstein. "O tempo médio de permanência no hospital caiu muito. Era pouco mais de dez dias em março de 2021, depois passou para sete dias no pico da ômicron, em janeiro, e agora está em quatro dias. Está muito próximo dos pacientes não Covid"
Essa constatação está levando o hospital a revisar todas as internações e avaliar se elas realmente foram necessárias.
Metade dos pacientes inter nados na terça no Einstein tinha acima de 60 anos. Do to tal, 85% se autodedararam vacinados contra a Covid com pelo menos uma dose, 13,9% disseram que não foram imunizados e 1,4% não tinha registro no prontuário. A idade média é de 52 anos, o que reforça a necessidade da quarta dose às pessoas acima de 50 anos.
Cendoroglo afirma que, em geral, pacientes não graves de Covid-19 são candidatos à internação quando estão muito prostrados e precisando de hidratação. "Por isso têm alta logo, precisam muito menos de oxigenoterapia." Inflamações e infecções de garganta têm sido sintomas clássicos.
Segundo Vanessa Teich, superintendente de economia da saúde do Einstein, outros dados reforçam essa diminu ição da gravidade. Em março de 2021, dos 750 internados no Einstein, 52% foram para UTI ou para semi-intensiva e quase 20% precisaram de ventilação mecânica. A taxa de mortalidade foi de 7,s%.
Em janeiro deste ano, das 720 internações, 28% foram para a UTI ou semi e 7% precisaram de intubaçáo. E a taxa de mortalidade foi de 5%. Em abril e maio últimos, dos 228 internados, 28% foram para a UTI, 2% precisaram de intemação. A taxa de mortalidade está em 04%.
Para o infectologista Ica ro Boszczowski, do Oswaldo Cruz, a menor frequência de casos graves tem a ver com evolução natural da pandemia, à medida que as pessoas estão vacinadas e, ao mesmo tempo, expostas à doença natural.
"A tendência é que as próximas ondas sejam menos intensas não do ponto de vista do número de infectados, mas do nível de gravidade. Até que a Covid se torne uma doença endêmica, que vá ter períodos sazonais e internações dos mais vulneráveis, mas que não estresse tanto os sistemas de saúde", afirma.
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O momento é de atenção. Há um aumento claríssimo das internações, e os hospitais estão tendo que ampliar a destinação de leitos para Covid
Antônio Britto - diretor-executivo da Anahp
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Sobe taxa de ocupação de UTIs em GO e PE
Maioria dos estados mantém índice abaixo de 50% nos leitos para Covid-19, como São Paulo e Distrito Federal
Depois de uma queda nas internações, Goiás e Pernambuco registraram alta na ocupação de UTIs (unidades de terapia intensiva) com casos graves de pacientes com Covid-19, com taxas de 80% e 72%, respectivamente.
Também houve crescimento na taxa de ocupação de leitos nos estados do Sul do país, porém os governos não separam quais internações se referem somente a casos relacionados ao coronavírus.
Nas demais unidades da Federação, em sua maioria, a taxa fica abaixo de 50%.
Em Goiás, no início de maio, a taxa de ocupação atingia 50%, com 71 leitos. No começo desta semana, subiu para 80%, com 66 leitos, segundo boletim epidemiológico.
Com o aumento de infecções, o número total de leitos de UTI subirá para 116. Também haverá o acréscimo de 60 vagas de enfermaria.
Na avaliação do governo, a alta de casos é sazonal, influenciada pelo dima frio, e a abertura de vagas se deve também ao aumento de pedidos de internações de casos suspeitos, que precisam de isolamento.
Em Pernambuco, a taxa de ocupação de leitos de Srag (síndrome respiratória aguda grave), incluindo casos de Covid-19, é de 72% nas UTIs, de um total de 808 leitos. No começo de maio, o índice era de 63% - o número de leitos utilizados à época não foi informado.
A maior pressão está sobre os leitos pediátricos para pacientes com problemas respiratórios, com a ocupação chegando a 88% nas UTIs infantis.
O governo de Pernambuco afirma que conta com 302 leitos para crianças com Srag, sendo 158 de UTI e 144 de enfermaria. Segundo a gestão estadual, o avanço de problemas respiratórios no público infantil "extrapola qualquer planejamento".
Quanto à taxa de ocupação dos leitos para as outras faixas etárias, a Secretaria de Saúde pernambucana diz, em nota, que a ocupação se mantém em estabilidade. A pasta acrescentou que essas taxas sofrem interferência da redução no número de leitos. Segundo o governo, "muitas vagas, por causa da redução nos indicadores da Covid-19, foram reconvertidas para o atendimento de outras doenças".
No estado de São Paulo, em 2 de maio, 847 pessoas com suspeita ou confirmação da doença ocupavam um leito de enfermaria e 448 estavam na terapia intensiva. Na última segunda (6), foram contabilizados 2.416 e 1.050 pa cientes, respectivamente alta de 185% nas enfermarias e de 134% nas UTIs.
Em relação às taxas de ocupação, no dia 2 de maio, o estado registrou 16,6% nas enfermarias e 20% nas UTIs, contra 43,1% e 45,6%, atualmente.
"Embora o total de pessoas internadas hoje seja inferior ao registrado em ondas de contágio anteriores, o ritmo das novas admissões hospitalares tem sido compatível com outros momentos críticos da pandemia", afirma Wallace Casaca, coordenador da plataforma SP Covid-19 Info Tracker, criada por pesquisadores da USP e da Unesp com apoio da Fapesp para acompanhar a evolução da pandemia.
Na capital paulista, dos 186 leitos UTI Covid, 137 estavam ocupados na última segunda-feira, o que corresponde a 74%. Nas enfermarias, a ocupação estava menor (46%), com 144 dos 312 leitos em operação.
Em 2 de maio, dos 175 leitos UTI Covid, 30 estavam ocupados (17%). Nas enfermarias, a ocupação estava menor (10%), com 31 dos 296 leitos em operação.
Quanto à média móvel de novas internações no estado de São Paulo, comparando os dias 2 de maio e 6 de junho, a alta foi de 189% - de 174 para 503. Em relação aos leitos pediátricos, o estado conta com cerca de 600 de enfermaria (494% de ocupação) e 300 leitos de UTI (46,8%).
A capital paulista dispõe de 376 leitos de enfermaria pediátrica e 131 de Unidade de Terapia Intensiva para este público nas unidades hospitalares municipais.
No dia 6 de junho, 343 leitos de enfermaria pediátrica estavam ocupados (91% do total). Nas UTIs pediátricas, ha via 109 leitos internados (83% do total).
Na região Sul, os estados apresentam patamares elevados de ocupação de UTI, porém os governos não detalham quais são pacientes só de Covid.
A onda de frio que chegou adiantada em 2022 aumentou a pressão sobre o sistema de saúde, mas a Covid-19 passou a ser um problema menor nesta equação em comparação ao ano passado.
Embora o Rio Grande do Sul tenha fechado a semana com o menor número de leitos de UTI disponíveis desde 7 de ju lho de 2021 (651 de um universo de 2.495 leitos), os casos de Covid (suspeitos e confirmados) somam um número sete vezes menor. Eram 1.594 em 2021, e 230 nesta semana.
No estado, em maio, a média de internações em leitos clínicos por Covid ficou em Soocasos por dia. Levando em conta os sete primeiros dias de junho, essa média cresceu para 768. O número está acima de 700 desde 30 de maio.
O índice chama a atenção e repete patamares do início de março de 2022, quando as internações sofreram impacto do rescaldo do verão e do Carnaval. Mas é bem distante do ápice da pandemia, em março de 2021, quando ha via 6.189 internados por Covid em leitos clínicos de hospitais gaúchos.
Em Santa Catarina, o sistema de saúde também é pressionado pela chegada do frio. Dos 1.051 leitos de UTI pelo SUS ativos no estado, 1.026 estão ocupados (98%). Porém, apenas29deles são ocupados por pacientes com Covid. Há 36 leitos no estado reservados para a Covid.
No Paraná, a taxa chega a 95% de ocupação, do total de 1.855 leitos de UTI. Em relação aos 6441 leitos de enfermaria adulto, a taxa de ocupação era de 47%.
No Distrito Federal, a taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19 na rede pública é de 32%. Dos 94 leitos de UTI do SUS, 30 estão ocupados e 15 estão interditados.
Todos os leitos públicos de UTI para crianças com Covid estão ocupados. A rede pública tem hoje dez leitos pediátricos para Covid-19. Em maio, eram 12. A taxa de ocupação também estava em 100%.
No Rio de Janeiro, em meio ao crescimento dos casos, o governo não está reunindo e divulgando os dados a respeito da ocupação dos leitos.
A Secretaria Estadual de Saúde argumenta que a taxa de ocupação vinha sendo reportada pelos municípios, que pararam de repassar a informação quando a maior parte dos leitos deixou de ser exclusiva para a doença. "Por esse motivo, esse dado está sendo revisto para voltar a ser informado", diz a pasta em nota.
A secretaria afirma que conta com um cronograma escalonado para reversão dos leitos de Covid-19, caso haja necessidade de ampliação. No sábado (4), 30 lei tos de enfermaria do Hospital Estadual Dr. Ricardo Cruz foram revertidos para atendimento de Covid-19. O mesmo ocorreu com outros dez leitos de UTI, na última segunda-feira.
O número de atendimentos a casos de síndrome gripai em UPAs do estado teve um aumento de 5% em relação à média móvel dos últimos sete dias. Na primeira semana de maio, foram 358 atendimentos. Na semana de 22 a 28 de maio, 395.
Minas Gerais também passou a não separar dados de casos graves de Covid em UTIs das doenças em geral. O nú mero diário de casos confirmados da doença tem crescido, saltando de 210 em 2 de maio para 9.063 nesta quarta (8), conforme dados da Secretaria de Saúde. O número de mortes pela doença também teve alta expressiva no período, passando de 24 para n3.
O total de casos sob acompanhamento (pessoas infectadas e que estão sob monitoramento) mais que dobrou neste intervalo, passando de 70.813 em2 de maio para 173.272 nesta quarta-feira.
No Ceará, a ocupação das vagas é de 40%, mesmo percentual computado no mês anterior. Do total de leitos públicos para UTI no sistema cearense, 24 estão concentrados na capital, Fortaleza, que registra uma taxa de ocupação de 40% - o mesmo nível do estado. São 12 pontos percentuais a menos do que apontava o levantamento realizado em maio. Marcelo Toledo, José Matheus Santos, Caue Fonseca, Patrícia Pasquini, Thaísa Oliveira, Mauren Luc, Ana Luiza Albuquerque, Isac Godinho, Leonardo Augusto, Matheus Rocha c Franco Adailton
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Embora o total de pessoas internadas hoje seja inferior ao registrado em ondas de contágio anteriores, o ritmo das novas admissões hospitalares tem sido compatível com outros momentos críticos da pandemia
Wallace Casaca
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O ESTADO DE S.PAULO
Seguros Unimed cria fundo para hospitais próprios
Saúde Captação de recursos
A Seguros Unimed, grupo segurador e braço financeiro do sistema de cooperativas médicas da Unimed, quer acelerar a construção de novos hospitais para os próximos anos, evitando perder espaço para concorrentes como a Rede D'Or e a Hapvida. Para isso, a empresa aposta na criação de um fundo imobiliário centralizado para captar dinheiro e distribuir para suas cooperativas. A ideia é operar diretamente em cidades importantes onde a companhia não possui operação relevante, como São Paulo, Brasília e Salvador. A meta inicial é levantar mais de R$ 1 bilhão.
Esse é um movimento que a companhia já vem fazendo por meio da InvestCoop Asset Management, gestora de recursos financeiros do Sistema Unimed, criada em 2020.
Por meio da gestora, a companhia captou R$ 101,7 milhões para construir o hospital Unimed Campina Grande (PB).
PADRONIZAÇÃO. Segundo Helton Freitas, presidente da Seguros Unimed, um fundo nacional ajudará a criar uma uniformidade entre as filiais da Unimed pelo Brasil, que têm gestões independentes. Em 2015, por exemplo, houve a falência da Unimed Paulistana, mas o fato não impactou a operação das outras cooperativas.
Com a intenção de acelerar a expansão dos hospitais próprios, a ideia da Seguros Unimed é que, para utilizar recursos do fundo, a cooperativa interessada entre com metade do dinheiro. "O R$ 1 bilhão é a parte do fundo. Será necessária uma contrapartida, e o total vai para R$ 2 bilhões", diz Freitas.
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PÁGINA ONLINE
Hapvida registra mais de 1,5 milhão de teleatendimentos no Brasil -
Hapvida registra mais de 1,5 milhão de teleatendimentos no Brasil Dona da maior rede de telemedicina da América Latina, operadora registra recorde de 151.582 consultas virtuais em janeiro
Dona da maior rede de telemedicina da América Latina, a Hapvida já registrou mais de 1,5 milhão de teleconsultas desde a sua implementação, em abril de 2020, após a eclosão da pandemia de Covid-19. Em janeiro deste ano, a operadora cravou o recorde de 151.582 atendimentos virtuais por mês - o equivalente a 16% de todas as consultas da rede - , confirmando o sucesso e a importância do teleatendimento no Brasil.
Autorizada em todo o país como forma de enfrentamento à pandemia para evitar aglomerações em unidades de saúde e reduzir a circulação de pessoas nas ruas, a telemedicina teve a regulamentação de suas regras aprovada pela Câmara dos Deputados em 27 de abril. Neste momento, o projeto de lei 1.998/2020, que trata do tema, está em análise pelo Senado. Sendo aprovado pela Casa, seguirá para sanção presidencial.
Hoje, o Sistema Hapvida conta com 49 hospitais conectados também a sua rede de teleatendimento hospitalar, abrangendo 26 especialidades, como clínica médica, pediatria, gastroenterologia, infectologia, hematologia, nefrologia, neurologia, psiquiatria, endocrinologia, psicologia e nutrição, 24 horas por dia.
GRANDE ADESÃO
"O Sistema Hapvida apostou fortemente na telemedicina e o nível de adesão de pacientes e médicos tem sido enorme. A sociedade se digitalizou bastante na pandemia e passamos a resolver muitas coisas on-line, como compras, pagamentos bancários, aulas à distância e consultas médicas também. A tecnologia se tornou uma grande aliada nossa, permitindo que ofereçamos maior comodidade, rapidez e segurança no teleatendimento médico", explica o diretor-médico de saúde digital do Sistema Hapvida, Luciano Cunha.
"O mais importante aqui é reafirmar a relação de confiança entre paciente e médico. A única diferença é o ambiente de atendimento, que é tão seguro quanto e mais ágil. Claro que o cliente poderá decidir se quer ou não ser atendido à distância, e o médico, por sua vez, somente o fará se não houver necessidade real de atendê-lo pessoalmente. Nada é imposto e esta é uma forma também de o paciente manter o seu médico de confiança se, por exemplo, tiver se mudado para o interior, como muita gente fez na pandemia aproveitando-se do benefício do home-office", comenta o diretor de serviços médicos do grupo, Marcelo Moreira.
FUNCIONAMENTO
O sistema de teleatendimento do Sistema Hapvida funciona por meio de uma plataforma digital (). Nesse ambiente, os usuários são atendidos por médicos, que, por sua vez, têm acesso ao prontuário e aos exames laboratoriais dos pacientes, emitem pareceres, receitas e atestados e solicitam novos exames por ali.
Para isso, os profissionais de saúde da Hapvida passam por um processo de capacitação. Além disso, a plataforma digital atende à Lei Geral de Proteção de Dados.
Dentre os aspectos previstos no projeto de lei, está o direito dos pacientes de escolherem a forma de consulta que preferem, presencial ou virtual. Os médicos também poderão optar pelo atendimento pessoal, in loco, sempre que assim entenderem necessário.
HAPVIDA
O Sistema Hapvida é a maior rede de saúde integrada do país em número de beneficiários, nos segmentos de saúde e odontologia. Em 2022, a combinação de negócios do Hapvida com a NotreDame Intermédica (NDI) resultou na criação de uma das maiores operadoras de saúde verticalizadas do mundo, com cerca de 15 milhões de clientes e 18% de participação de mercado em planos de saúde. Tanto o Hapvida quanto a NDI participaram intensamente da consolidação do mercado de saúde nos últimos anos através de uma combinação de crescimento orgânico e aquisições. A companhia possui mais de 68 mil funcionários, cerca de 27 mil médicos e 28 mil dentistas. Com o objetivo de garantir o acesso a saúde de qualidade a um custo eficiente, a empresa comercializa planos de saúde e odontológicos e presta serviços através de rede assistencial própria composta por 85 hospitais, 77 prontos atendimentos, 318 clínicas médicas e 269 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.
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ISTOÉ
Efeito colateral: pandemia faz explodir no Brasil mercado de seguro de vida
Seguro de vida individual, que nunca chamou muita atenção dos brasileiros, registra crescimento de 26%.
A expressão fazer do limão uma limonada nunca foi tão adequada para ilustrar o cenário do mercado de seguros de vida nos últimos dois anos. Desde o início da pandemia de Covid-19, o setor amargou pesados aumentos nos pagamentos de sinistros. Em 2020, alta de 18%, para R$ 6,8 bilhões, em indenizações. Em 2021, um salto ainda maior, de 55%, para R$ 10,7 bilhões. Mas surpreendentemente o segmento de seguro de vida individual já acumula crescimento de 26,4% somente nos primeiros três meses deste ano em relação a igual período de 2021, conforme dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). Uma elevação bastante superior à do setor de seguros de vida e acidentes em geral, que cresceu 10,7% de janeiro a março deste ano, ante mesmo período de 2021.
De acordo com o CEO do grupo Life Brasil, Alberto Junior, a contratação de um seguro exige consciência da pessoa sobre a necessidade daquela garantia. E foi exatamente o que aconteceu na pandemia. Diante da iminência da gravidade da situação, muitas pessoas se deram conta da necessidade de garantir o futuro. "Ninguém acorda querendo um seguro de vida. Mas, diante da morte, pensar na possibilidade de deixar a família bem é o que mobiliza", disse.
Por outro lado, as seguradoras fizeram sua parte. Mesmo não tendo a obrigatoriedade de arcar com o pagamento dos 175.307 sinistros registrados entre abril de 2020 e março de 2022, por serem considerados frutos de uma pandemia - ou seja, um evento imprevisível e fora das apólices - elas pagaram os prêmios. Ao arcar com os pagamentos de bilhões às famílias enlutadas, essas empresas fizeram um "investimento futuro". As pessoas perceberam de forma assertiva a real necessidade de um seguro.
E assim o mercado deu uma guinada no Brasil, segundo o vice-presidente e diretor técnico da Minuto Seguros, Manes Erlichman. "Especialmente o de seguro individual, porque as pessoas passaram a olhar com mais cautela para a vida", disse. A plataforma Minuto Seguros, ainda em abril de 2021, no ápice da pandemia, registrou aumento de 150% na procura pelo seguro em relação ao mesmo mês de 2020. O que chamou atenção, pois o brasileiro não contratava seguros além daqueles destinados à saúde e proteção de veículos. "A tendência é que a popularização desse produto continue", afirmou Erlichman. A plataforma registrou nos primeiros três meses de 2022 um incremento de 24,6% na procura sobre igual período de 2021.
"A pandemia ampliou a consciência sobre necessidade de seguro de vidas" Alberto Junior CEO do grupo Life Brasil.
POTENCIAL Para o vice-presidente comercial da Prudential do Brasil, Rodrigo Prosdocimi, ainda há um grande potencial a ser explorado, uma vez que o mercado nacional está muito atrás de países como Estados Unidos e Japão - cerca de 60% dos americanos e 90% dos japoneses têm algum seguro de vida. "No Brasil, só 15% da população economicamente ativa tem esse tipo de seguro." Para aproveitar isso, a empresa aposta no conceito de microfranquia, no qual o franqueado se torna um corretor da marca. Hoje a Prudential tem mais de 1,6 mil corretores franqueados e deve chegar a 3 mil até 2025.
A boa onda extrapolou o segmento vida. E veio atrelada a uma mudança positiva nos hábitos do consumidor brasileiro. De acordo com o diretor-gerente da Bradesco Saúde, Flávio Bitter, depois da pandemia a preocupação passou a ser com o bem-estar geral da pessoa. Isso passa por manter bons hábitos de alimentação e atividade física, sem esquecer a saúde mental. "A prevenção se tornou primordial e o seguro de vida está embarcado nesse pensamento", disse o executivo.
De olho no "legado da pandemia", a seguradora amplia a regionalização do seguro saúde, fazendo acordos locais com hospitais e laboratórios de todo o País para oferecer produtos mais acessíveis. Nos últimos 12 meses, a companhia registrou crescimento de 60% no número de pequenas empresas que contrataram planos de saúde regionais. Ao todo, já são mais de 130 mil segurados atendidos pela modalidade, o que representa cerca de 13% do total de beneficiários que a Bradesco Saúde possui.
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TERRA
Planos de saúde: Pacientes vivem indefinição sobre tratamentos após decisão do STJ
Pai que obteve na Justiça acesso a medicamento para o filho diagnosticado com epilepsia agora teme reversão do caso
A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que desobriga os planos de saúde a cobrirem procedimentos fora da lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), como exames, terapias, cirurgias e medicamentos, trouxe uma nova preocupação para o coordenador administrativo Aguinaldo Vicente Junior, morador de São Paulo. Ele já viveu momentos de angústia quando seu plano de saúde negou por duas vezes o tratamento com canabidiol para seu filho, diagnosticado com epilepsia nos primeiros dias de vida. O plano alegava justamente que o tratamento com a medicação não constava no rol de cobertura obrigatória da ANS. Ele recorreu ao Judiciário e, após uma primeira negativa, conseguiu decisão judicial determinando ao plano de saúde o fornecimento do canabidiol.
Desde então ele vem recebendo regularmente a medicação do convênio, com a condição de, a cada seis meses, apresentar relatório médico dizendo da necessidade de ser mantido o tratamento. "Recebi com surpresa a decisão, pois acreditava que o STJ iria julgar favorável a quem mais precisa. Com essa decisão de quarta-feira, não sei se ela começa a valer a partir de já ou vai ter um período para que entre em vigor. Até o momento não recebi nenhuma informação do convênio, mas espero que os casos já julgados não sofram nenhuma mudança", disse.
O filho de Aguinaldo, atualmente com 22 meses, dias após o nascimento apresentou sangramento digestivo, sendo transferido para UTI neonatal, onde evoluiu para hemorragia intensa que atingiu áreas do cérebro. Durante o período em que esteve na unidade, a criança apresentou crises epiléticas resistentes aos tratamentos convencionais. Ao longo dos meses de acompanhamento o bebê evoluiu para a síndrome de Lennox Gastaut, um tipo de epilepsia de controle difícil mesmo com medicação.
A equipe médica decidiu introduzir o canabidiol para controlar as crises epiléticas, até então refratárias aos medicamentos. A nova medicação, segundo o relatório, reduziu as crises e melhorou a qualidade do sono da criança. Devido ao alto custo do medicamento, Aguinaldo recorreu ao plano de saúde e por duas vezes o fornecimento foi negado por não constar da lista da ANS. Inconformado, o pai entrou com ação na justiça para obrigar a empresa de saúde a fornecer a medicação. Três meses depois, o juiz Carlos Eduardo Prataviera, da 5a. Vara Cível da Capital, julgou o caso dando razão a Aguinaldo.
"É irrelevante o fato do procedimento não ter cobertura contratual obrigatória determinada pela ANS, já que se enquadra na cobertura contratual fornecida pela ré (plano de saúde) e possui expressa indicação médica", escreveu o juiz.
O magistrado condenou também o plano de saúde a reembolsar os gastos de Aguinaldo com a compra do canabidiol no período anterior à decisão. Conforme o coordenador administrativo, mesmo com decisão taxativa do STJ, sua expectativa é de que ela não alcance as decisões que já foram dadas. "O que foi decidido lá atrás precisa continuar valendo. Eu tenho uns 10% de receio de que algo aconteça e a decisão que beneficia meu filho seja revertida, mas 90% da minha convicção é de que vai continuar como estava antes dessa nova decisão. Acho que eles não vão ser desumanos ao ponto de que os casos já decididos voltem atrás. Acredito que a nova situação vale daqui para a frente. É o que espero, para o bem do meu filho."
O corretor de imóveis Washington Miranda, residente em Belém (PA), foi acometido de problemas de saúde que levaram os médicos a atestarem a necessidade de um transplante de fígado, no final de abril deste ano. Devido à complexidade, a equipe médica o encaminhou para realizar o procedimento em um hospital privado de São Paulo. Quando ele recorreu ao plano de saúde, foi informado de que a cirurgia não estava no rol de procedimentos cobertos pelo plano. Miranda recorreu à justiça e obteve decisão favorável. "O juiz mandou o plano de saúde arcar com as despesas. O transplante correu bem, mas quando estava para receber alta, após um mês de internação, tive um problema de retenção de líquidos que me obrigaram a novos procedimentos", contou.
Miranda ficou mais um período hospitalizado, totalizando 48 dias de internação, e teve as despesas cobertas pelo plano, em cumprimento à decisão judicial. "Hoje estou me recuperando bem, graças a Deus e à sentença do juiz. Se não fosse pela via judicial, não sei como iria conseguir o tratamento, nem como seria minha vida hoje. Por isso, acho essa decisão do tribunal (STJ) muito preocupante. Espero que o meu caso esteja resolvido, mas imagino a dificuldade que as pessoas vão ter a partir de agora para tratar da saúde", disse.
O advogado Rafael Robba, especialista em direito à saúde do escritório Vilhena Silva Advogados, disse que casos como o do filho de Aguinaldo, podem ser revistos à luz do novo entendimento do STJ. "O canabidiol é usado para várias doenças. Caso a doença específica do paciente tenha um tratamento no rol, pode ser que ele tenha uma decisão desfavorável, caso o plano de saúde peça a revisão da sentença. Se o rol não tiver outro tratamento ou se os tratamentos disponíveis não surtiram efeito, nesse caso o paciente terá direito ao canabidiol", disse.
Segundo o advogado, ficou mais complicado para os usuários de planos de saúde conseguirem um tratamento não listado no rol, mas os juízes terão liberdade de julgar caso a caso, conforme a convicção pessoal, independentemente da súmula do STJ. "O argumento da taxatividade pode criar a equivocada ideia de que os planos de saúde estão autorizados a recusar a cobertura de tratamentos. Com base no rol, hoje os planos de saúde interferem na decisão do médico que acompanha o paciente e limitam, por exemplo, o número de sessões de terapia, como as recomendadas para pessoas com autismo, cardiopatias e assistência em home care. Além disso, os planos de saúde também negam cobertura para algumas quimioterapias orais, cirurgias de alta complexidade que exigem novas tecnologias como a cirurgia robótica. Por tudo isso, mesmo com o entendimento do STJ, a judicialização ainda deve continuar", afirmou.
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O GLOBO
Projetos para ampliar cobertura surgem no Congresso
Já são três propostas no Senado e nove na Câmara. Parlamentares querem manter lista da ANS como indicador mínimo
Após a a decisão da Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinando que os planos de saúde não são obrigados a cobrir tratamentos e serviços médicos que não estiverem na lista obrigatória da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), vários parlamentares apresentaram projetos de lei no Congresso com o objetivo de ampliar os procedimentos oferecidos. Até agora, foram três projetos no Senado e nove na Câmara. Eles se somam a outros que já estavam em tramitação, mas ainda não foram votados e, portanto, não são lei ainda.
Até aqui, o entendimento majoritário no Judiciário era que o rol da ANS era exemplificativo, ou seja, era possível a cobertura de procedimentos não listados quando fossem recomendados pelo médico.
Em seus projetos, os parlamentares tentam transformar em lei esse entendimento que prevalecia antes.
Em nota, o deputado Luis Miranda (Republicanos-DF) disse que "entrou na briga". Afirmou também que, na terça-feira, antes da decisão do STJ, já havia se reunido com pais e mães de pacientes contrários à medida e com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Miranda disse que quer criar um grupo de trabalho para tratar da questão, inclusive com a participação do presidente da ANS.
"A mudança coloca todo o sistema em uma situação de insegurança. Tratamentos diversos serão negados a famílias com respaldo jurídico e o problema repercutirá também no sistema público de saúde com mais sobrecargas", afirmou Miranda em nota.
O projeto do senador Fabiano Contarato (PT-ES) também tenta deixar expresso que a lista não é taxativa. Para ele, o rol da ANS é apenas uma "referência básica mínima para cobertura assistencial pelos planos de saúde".
"Não podemos permitir que a população seja prejudicada em prol do lucro dos planos de saúde. Entrei com projeto garantindo que o rol de procedimentos e medicamentos previsto pela ANS seja apenas uma referência mínima, explicativa, e não uma lista taxativa. Quem paga tem que ter direito ao tratamento adequado, e não são os planos de saúde que devem definir isso, mas um corpo médico qualificado", disse Contarato em nota divulgada por sua assessoria de imprensa.
Além de Contarato, apresentaram propostas os senadores Mecias de Jesus (Republicanos-RR) e Rogério Carvalho (PT-SE). Na Câmara, há projetos de Eduardo da Fonte (PP-PE),Guiga Peixoto (PSC-SP), Alencar Santana (PT-SP), Fábio Trad (PSD-MS), Miguel Lombardi (PL-SP), da bancada do PCdoB, e outro em conjunto entre os deputados Ney Leprevost (União-PR) e Felipe Francischini (União-PR). Além disso, a deputada Natália Bonavides (PT-RN) apresentou um requerimento com o objetivo de incluir na pauta do plenário um projeto anterior de autoria dela.
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Médicos reclamam de falta de estrutura para aborto legal; paciente relata preconceito em hospital
Aos 26 anos, Paula*, natural do interior da Bahia, realizou um procedimento de aborto legal em Uberlândia, Minas Gerais. Apesar de estar amparada pela legislação brasileira, já que sua gravidez foi resultado de uma violência sexual, e de ter sido avaliada por uma equipe com médicos, assistente social e psicólogo, ela ainda assim sofreu preconceito por parte de um grupo de enfermeiras quando estava internada para fazer a operação.
"Eu ouvia algumas enfermeiras conversando que eu não tinha direito. Duvidando mesmo da minha história, que fosse um abuso. Quando era para elas entregarem medicação, se a doutora ainda não tava lá, elas não entregavam", contou Paula*, em entrevista ao g1.
Para médicos ouvidos pelo g1, a falta de preparo das equipes para a realização do aborto legal também é fruto da completa ausência de políticas públicas para a saúde da mulher - apesar da legislação que prevê amparo para os casos de aborto permitidos por lei há mais de 80 anos.
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É o que explica o obstetra Jefferson Drezett, que implementou e chefiou por mais de 25 anos o principal serviço de aborto legal do Brasil, no Hospital Pérola Byington, em São Paulo.
Para ele, é preciso investir em treinamento para evitar que mulheres vítimas de violência sexual tenham que passar por situações como a que viveu Paula*.
"Toda a equipe que atende essas mulheres deve ser uma equipe que fala a mesma linguagem. Por isso que a seleção e o processo de capacitar essas pessoas são importantes, para que todo mundo fique distante de preconceitos. Não adianta você ter um médico extremamente empático, uma psicóloga muito solidária, mas ter uma recepção péssima, um serviço de enfermagem péssimo, um serviço de ultrassom péssimo, por exemplo", disse.
Apesar de autorizado por lei em três casos, o aborto é um procedimento de difícil acesso para mulheres brasileiras, na prática. Nesta semana, o Ministério da Saúde publicou uma cartilha controversa na qual afirma que "não existe aborto 'legal'" e defende que os casos permitidos sejam submetidos a "investigação policial".
1 de 1 Hospital Pérola Byington é referência no atendimento a mulheres para fazer aborto nos três casos previstos em lei no Brasil - Foto: Bárbara Muniz Vieira/g1
Coordenadora do Programa Superando Barreiras, da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac) de Fortaleza, a ginecologista Débora Britto destacou que muitos profissionais de saúde saem da faculdade sem passar por um processo de sensibilização em relação aos direitos das mulheres.
Para ela, as desigualdades de gênero estão na origem de importantes temas de saúde pública, como a violência contra as mulheres.
"Uma vez que eu estou trabalhando dentro de um equipamento de saúde isso pode ser modificado, mas eu vou precisar que a gestão deste equipamento tome essa decisão, que ela acolha um projeto que vai acolher essa demanda de cuidado - que no caso que a gente está falando é interrupção de gestação prevista em lei - e trabalhe realmente para sensibilizar e capacitar suas equipes", explicou.
Gestores ignoram demanda, dizem médicos
Segundo Drezett, que já realizou mais de 600 abortos legais em toda a carreira, as secretarias municipais e estaduais, bem como o Ministério da Saúde, não cumprem seus papéis na hora de organizar serviços de aborto legal bem estruturados, com médicos ginecologistas ou obstetras, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros.
Por conta disso, faltam hospitais que realizem o procedimento no país - um levantamento do g1 mostrou que só 175 municípios brasileiros registraram ao menos um aborto legal no último ano.
"Apesar da grande responsabilidade que os médicos e outros profissionais de saúde têm nessa situação, não é deles a responsabilidade de organizar serviços, de fazer o recrutamento de pessoal especializado, de garantir um espaço físico adequado, de garantir as medidas de rotina dentro de uma instituição", disse Drezett.
"Não é um médico que decide isso, não é uma assistente social que pode tomar essa decisão: essa decisão cabe aos gestores locais. E os gestores das unidades hospitalares, e da área da saúde no geral, deveriam estar com essa responsabilidade há 82 anos respondida", completou.
Para a médica sanitarista Tânia di Giacomo do Lago, os lugares que fazem aborto legal atualmente são fruto do esforço de uma pequena parcela de gestores para garantir o direito ao aborto legal.
"São lugares onde o poder público municipal garantiu a existência do serviço, e onde conseguiram manter uma equipe profissional que enfrenta as dificuldades. É uma conjunção de fatores que infelizmente a gente não encontra na maioria das cidades brasileiras", explicou Lago.
"Não adianta só você ter o poder público apoiando e vencendo a resistência conservadora, reconhecendo que essas mulheres devem ser assistidas. São raras as autoridades que pensam assim. Mas, mesmo quando o gestor municipal ou estadual quer, ele precisa encontrar equipes e hospitais que também queiram. E isso não é fácil", completou a especialista.
Preconceito no hospital
Paula* foi estuprada pelo ex-namorado no interior da Bahia e, quando procurou um hospital e soube que poderia interromper a gestação legalmente, a gravidez já tinha cerca de 20 semanas.
No Hospital de Clínicas de Uberlândia (HC/UFU), onde ela foi atendida, há um Núcleo de Atenção Integral a Vítimas de Agressão Sexual (Nuavidas). Apesar disso, segundo relatou ao g1, nem todos os profissionais de saúde envolvidos no seu atendimento estavam preparados para lidar com um caso de aborto legal.
O g1 entrou em contato com o HC/UFU, que disse que "não compactua com o comportamento relatado e ressalta que frequentemente realiza treinamentos com as equipes assistenciais sobre acolhimento, técnicas e humanização" (leia a nota completa abaixo).
"O preconceito ainda era ainda bem grande, demais. Eu ficava chamando as enfermeiras e tinha que ligar pra doutora e pedir pra doutora ligar pro hospital pra elas entregarem a medicação. Aí eu pedi uma medicação e nada de me entregar, e eu falo que já tinha passado do horário. E aí a doutora chegou lá se reclamando mesmo, sabe? Dando um esporro nelas", contou Paula*.
Um dos momentos que a marcou foi quando, após a conclusão do procedimento de aborto legal, quando toda a equipe médica estava no quarto, uma das funcionárias do hospital falou que não era justo que ela recebesse aquele atendimento.
"A enfermeira tava falando que não era justo, que eu não tinha direito, falando uma pá de coisas comigo, super grossa, só que eu não tava nem prestando atenção muito nela porque eu tava sentindo muita dor", disse
Para o médico Jefferson Drezett, que comandou o maior serviço de aborto legal no Brasil, atitudes como a desta equipe de enfermagem devem ser corrigidas por meio de investigações internas e processos de capacitação.
"O serviço não tem como evitar que uma enfermeira faça uma comentário impróprio. Isso pode acontecer. Mas a responsabilidade do serviço é identificar essas situações e ter esses comportamentos corrigidos", declarou.
Entre as medidas que podem ser adotadas está a adoção de uma pesquisa com as pacientes no momento da alta médica.
"A gente oferecia para essa mulher a oportunidade de ela fazer uma queixa escrita e, assim, a gente conseguia localizar o profissional, dar uma resposta àquela colocação. É um cuidado cotidiano, não tem jeito", explicou Drezett.
A obstetra Débora Britto lembrou que o profissional de saúde não sabe as dificuldades que aquela mulher passou para chegar até ali. Para ela, é fundamental que o hospital a acolha sem julgamento.
"Muitas pessoas colocam questões religiosas e valores morais quando vão defender que são contra esses procedimentos de interrupção, mas muitas vezes a gente negligencia que aquela mulher que traz esse pedido de interrupção, ela é atravessada pelos mesmos valores, as mesmas crenças, a mesma religiosidade - às vezes, até uma religiosidade muito mais vivida na prática do que a pessoa que tá atendendo ela. Então ,ela precisou lidar com todos esses atravessamentos para estar ali", explicou.
Veja a nota do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia:
O Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), sob gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), informa que não compactua com o comportamento relatado e ressalta que frequentemente realiza treinamentos com as equipes assistenciais sobre acolhimento, técnicas e humanização.
No início da pandemia, pacientes de algumas especialidades foram assistidos em local diverso ao habitual, devido à necessidade de readequação do espaço físico e equipes para o atendimento à grande demanda de pacientes com covid-19, o que pode ter interferido na rotina assistencial usual.
O HC-UFU/Ebserh mantém abertos canais de comunicação com toda a comunidade por meio da Ouvidoria, que acolhe e dá as tratativas adequadas a todas as manifestações recebidas.
Veja a nota do Ministério da Saúde sobre o tema:
"O Ministério da Saúde informa que, em 2020, foram realizados 2.071 procedimentos com excludente de ilicitude. Em 2021, foram registrados 1.997 procedimentos. Em 2022, até o mês de fevereiro, foram registrados 385 (dados preliminares, sujeitos à alteração). Atualmente, o Brasil conta com 111 estabelecimentos de saúde habilitados para realizar procedimento de interrupção da gestação nos casos excludentes de ilicitude. Considerando a complexidade e necessidade de cada caso, ou quando os serviços de saúde locais não dispõem de equipe qualificada para realização dos procedimentos, as mulheres são encaminhadas para outras unidades, com o objetivo de garantir o acesso, a integralidade e a segurança do cuidado previsto em lei."
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VEJA
Modelo de planos de saúde esgotou, mas há novas opções aos consumidores
O aumento nas mensalidades e a limitação de cobertura voltaram a entrar em pauta nesta semana. É uma novela com capítulos repetidos
A vida do brasileiro com plano de saúde é uma novela com capítulos repetidos. Nas últimas duas semanas, lá voltaram eles, provocando cansaço em quem está farto de acompanhar uma história que parece não ter final feliz. Os 8 milhões de pessoas que têm planos individuais e familiares, regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ficaram em choque com o anúncio do aumento de 15,5% nas mensalidades. O espanto se somou à ansiedade dos outros 41 milhões de clientes de planos corporativos que acompanharam, mais uma vez, a discussão judicial sobre a pertinência de obrigar as operadoras a cobrir qualquer procedimento. Como de hábito, as empresas invocaram em sua defesa a necessidade de garantir a sustentabilidade financeira do setor. Sobre o aumento, ele seria referente aos últimos dois anos, já que em 2021 as mensalidades ficaram 8% mais baratas. Não convenceu muita gente, como era de esperar.
No Congresso Nacional, dez projetos pedem a suspensão do reajuste e o Supremo Tribunal Federal acolheu pedido do partido Rede Sustentabilidade para que a ANS explique as razões para a elevação de preço. "Os valores deveriam ser calculados de forma transparente", defende a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Ligia Bahia, pesquisadora do tema no Brasil. Sobre o pedido de livre incorporação de procedimentos médicos, a alegação para a negativa foi a de que sem uma avaliação técnica prévia seria impossível prever os custos. E então, na quarta-feira 8, o Superior Tribunal de Justiça decidiu favoravelmente às operadoras, mantendo as regras. Fica como está: os planos não pagam atendimentos fora do rol da ANS. O que não está descrito não precisa ser coberto. "A decisão garante a segurança do paciente, segurança jurídica e a sustentabilidade dos planos", diz Vera Valente, diretora-executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar.
Nenhum desses debates é novo. O que chama atenção é quanto cada um deles revela, hoje, o esgotamento de um modelo. O instituto da saúde suplementar nasceu no Brasil na década de 60 e a relação entre os clientes e as empresas nunca foi pacífica. Na raiz dos conflitos estão as negativas de cobertura e o preço. Um levantamento recém-concluído pela Universidade de São Paulo (USP) evidencia isso de forma cristalina. O relatório informa que 48,2% dos 11?600 acórdãos publicados entre 2018 e 2019 pela Justiça paulista em ações movidas por clientes versavam sobre cobertura. Outros 26% relacionavam-se com acusações de aumentos abusivos. É um índice altíssimo, considerando que 73% dos usuários usam até 33% de sua renda em despesas com saúde e esperam, portanto, atendimento satisfatório. "Existe uma inflação do setor, mas as operadoras querem repassá-la automaticamente para o beneficiário ou o contratante do plano", afirma Mário Scheffer, da USP. "O setor está diante de uma encruzilhada", resume. De fato, vários gargalos na cadeia que sustenta a saúde suplementar dificultam o equacionamento do desequilíbrio entre a satisfação e o preço pago pelos usuários. Um dos nós mais relevantes é o sistema de pagamento, calcado nos serviços prestados, uma porta aberta para exageros de exames e procedimentos. Outro é a cultura de que planos são usados para tratar doenças e não promover a prevenção. E tratar, como se sabe, é mais caro do que prevenir.
Contudo, um novo entendimento sobre como deve ser o cuidado com a saúde, considerando a urgência em prevenir as doenças crônicas, e a ascensão do acesso digital aos serviços de saúde tornam inevitável a mudança de rumo. Ela está em curso, sustentada pela saudável força da livre-iniciativa de healthtechs que entenderam o cenário e ofertam serviços com custo mais baixo. Entre outras condutas, elas focam na prevenção, na personalização, no uso de inteligência de dados e na telemedicina. O amplo cuidado evita a realização de 40% de exames e 18% de idas aos prontos-socorros, de acordo com a ANS.
Lançada em 2020, a QSaúde nasceu sob esses novos preceitos. Hoje, tem 12?000 clientes (45% deles não tinham plano quando a contrataram). O primeiro contato é com médicos de família do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, ou da Cia da Consulta, dependendo do plano. São eles que guiarão os beneficiários nos cuidados necessários, auxiliados por uma equipe multidisciplinar que monitora a saúde do cliente bem de perto. "Estamos mostrando a eficácia de um novo modelo concentrado para valer na assistência primária", diz José Seripieri Junior, fundador da QSaúde. A gestora de saúde Alice tem serviço semelhante, assegurando ao cliente um time formado por médico, enfermeiro, nutricionista e preparador físico. As duas ofertam também têm atendimento a distância, caminho eficiente na solução da maioria dos casos. "As pessoas desejam atendimento personalizado. Uma ligação pró-ativa para saber como elas estão ou o acesso a um médico contribuem para melhores desfechos", diz Bruno Porto, sócio da PwC Brasil, empresa que acaba de concluir uma pesquisa sobre o cenário das healthtechs no Brasil.
Para as empresas, modelos assim vêm em boa hora. Há urgência em baixar os custos com os planos oferecidos aos funcionários e, por isso, uma saída encontrada é a contratação de consultorias para fortalecer a assistência primária entre os empregados. O Einstein é uma das instituições que prestam assessoria do gênero, desenvolvendo entre os funcionários das companhias contratantes a cultura de cuidado com a saúde física e mental. "Quanto mais conhecimento sobre saúde, menos custos", diz Eliézer Silva, diretor do Einstein.
Há dezenas de healthtechs trabalhando no mesmo sentido, mas atendendo diretamente clientes. Para quem não consegue pagar um plano e não quer depender do SUS, há opções que incluem cartões com créditos a ser usados em consultas e exames, pacotes de consultas e de exames mais baratos e financiamento para procedimentos e remédios. O leque, enfim, se amplia. É uma ótima notícia.
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JORNAL OPÇÃO
Ex-secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, enxerga CPI da Saúde com tranquilidade e diz que a pasta possui transparência
Por Ysabella Portela
CPI foi instaurada na tarde de quarta-feira, 8, e o próximo encontro para discussão será no dia 14
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou na tarde de quarta-feira, 8, a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos da saúde no Estado. Presidida pelo deputado estadual Helio de Sousa (PSDB), terá como vice-presidente o deputado Paulo Trabalho (PL) e relatoria de Humberto Teófilo (Patriota). Atualmente, a pasta está sob o comando do médico Sandro Rogério, mas até o mês de abril, Ismael Alexandrino, hoje pré-candidato a deputado federal, esteve a frente da gestão.
Ao Jornal Opção, Ismael diz que recebeu de forma tranquila a notícia sobre a CPI da Saúde, pois “todas as ações da gestão na Secretaria Estadual de Saúde (SES) foram corretas, coerentes e transparentes”, afirma. Alexandrino não chegou a ser convocado para prestar esclarecimentos. A abertura da CPI do Sistema de Regulação da Saúde, o ex-secretário diz que o processo de trabalho tem sido acompanhado “pari passu” pelo Ministério Público e que a transparência adotada pela SES-GO tem sido exemplo para outros estados brasileiros. “Numa democracia, é comum toda e qualquer manifestação parlamentar, algumas consistentes, outras meramente eleitoreiras; todas elas legítimas e sempre as respeitamos”, pontua.
O Complexo Regulador Estadual (CRE), pauta da CPI, é um órgão da SES-GO que tem a função de regular e/ou intermediar os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Ou seja, as vagas em leitos de internação, consultas e exames.
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Instauração e revogação de CPI causam desconfortos na Assembleia Legislativa de Goiás
Por Nielton Soares dos Santos
Líder do governo, deputado Bruno Peixoto, alegou que houve atropelos ao regimento interno da Casa
Líder do governo de Ronaldo Caiado (UB) na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado Bruno Peixoto (UB), criticou a maneira de como a oposição conseguiu que o presidente da Casa, Lissauer Vieira (PSD), instaurasse por decreto, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades na Saúde.
Nos bastidores houve conversas até que o diretor parlamentar, Rubens Sardinha, que tradicionalmente auxilia nos trabalhos da Mesa Diretora, teria juntado o decreto com outros documentos para ser assinado pelo presidente Lissauer, a mando do ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Ao jornal Opção, o servidor negou que isso tenha ocorrido. No entanto, Lissauer disse que perdeu a confiança nos trabalhos dele e que agora em diante todos os atos deverão ser revisados pelo secretário-geral da presidência, Luiz Carlos de Moraes.
Peixoto argumentou que a comissão foi instalada sem consulta às principais bancadas da Alego, formadas pelos partidos que possuem mais deputados, dentre os quais o União Brasil e o MDB. Ele aponta que houve muitas irregularidades. “Foi apresentado a nós as assinaturas e continuo levantando suspeição de dúvidas. Não abro mão, até mesmo porque, eu não vi o original, me apresentaram uma cópia e eu não sei se foi assinada eletronicamente ou não. E pelo que consta no nosso regimento, não houve a permissão para a assinatura eletrônica para CPI ou apresentação”, esclareceu, citando o artigo 48 e parágrafo 7 do regimento.
Segundo o deputado, se as assinaturas forem comprovadas as bancadas irão apresentar os nomes para compor a comissão “sem nenhum problema. A assessoria de Lissauer informou que o presidente revogou apenas os nomes e deu prazo para uma nova composição que atenda aos critérios do regimento.
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Rol taxativo da ANS deve aumentar pressão de judicialização do SUS, diz especialista
quinta-feira 09 junho 2022 16:07
Por PH Mota
Decisão impacta sistema público de saúde, que deve receber demandas não cobertas por planos de saúde
O julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que altera o entendimento sobre o rol de procedimentos listados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para cobertura dos planos de saúde também deve impactar diretamente os atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a decisão, tomada nessa quarta-feira, 8, planos de saúde não precisam mais oferecer tratamentos que não constam na lista preliminar da ANS e, dessa maneira, pacientes sem cobertura podem buscar a oferta na saúde pública, por meio da judicialização.
É isso que acredita o consultor de gestão pública Alessandro Melo, que explica que o impacto no sistema público pode ser imediato. “A possibilidade de aumentar a demanda no SUS é enorme. Quando o paciente não enxergar caminho de judicialização no plano de saúde que ele paga, vai tentar encontrar no setor público”, afirma. Alessandro lembra que a judicialização já é um problema com o qual o SUS convive hoje em dia, mas a situação deve se agravar com a transferência dos alvos das disputas judiciais.
Além disso, ele destaca a possibilidade da decisão impactar o resultado das decisões da Justiça, mesmo quando a briga for com as instituições públicas. Atualmente, já existem vários tratamentos que não fazem parte da lista de serviços e diariamente administrações são obrigadas a custear por decisão judicial, mas o novo julgamento sobre planos de saúde pode motivar argumentações durante disputas no setor público. “As procuradorias municipais e estaduais vão usar essa decisão pra tentar resguardar os estados e municípios”, explica. “Mas acredito que, para o SUS, o princípio constitucional de direito da saúde vai ser maior”. Conforme o art. 196 da Constituição Federal, “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”, o que, em casos que não fujam da razoabilidade, deve sobressair nas decisões.
Mudança de sistema
Num outro olhar sobre a decisão, porém, Alessandro destaca que o momento é de discussão dos modelos que temos hoje, especialmente no SUS. Ele lembra que os planos de saúde tratam a saúde como negócio, explorando comercialmente os serviços, enquanto o sistema público tem foco no interesse social, mas num modelo muito antigo. “Essa discussão mostra que devemos buscar uma forma de colocar tratamentos novos dentro da lista do SUS e da ANS com maior velocidade, para entregar os melhores atendimentos”, defende. “Não pode demorar dez anos pra reconhecer um tratamento, um medicamento já reconhecido no mundo inteiro”.
Dentro disso, o especialista retorna ao debate sobre a questão judicial, especialmente sobre o custo que isso geral. Alessandro destaca que a prática de judicialização encarece todo o sistema e, se os recursos destinados a esse setor fossem convertidos para oferta de tratamentos de saúde, de fato, o benefício seria de todos. “A própria discussão da pandemia deixou isso claro. Por que tanta dificuldade de recepcionar soluções na saúde, liberar vacinas, remédios? Precisamos ser mais velozes”, finaliza.
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Hospital Estadual da Criança e do Adolescente é escolhido para receber medalha na Câmara dos Deputados
Por Thauany Melo
Reconhecimento é destinado a instituições ou pessoas que se destacaram pela contribuição ao desenvolvimento, à atenção, à proteção ou à garantia de direitos da primeira infância no país. A cerimônia ocorrerá em 24 de agosto.
O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) foi escolhido para receber a Medalha Amigo da Primeira Infância em 2022, concedida pela Câmara dos Deputados. A cerimônia de entrega está prevista para o dia 24 de agosto deste ano.
O reconhecimento é destinado a instituições ou pessoas que se destacaram pela contribuição ao desenvolvimento, à atenção, à proteção ou à garantia de direitos da primeira infância no país. A indicação foi do deputado federal Zacharias Calil, profissional que atua no Hecad e um entusiasta do novo hospital pediátrico.
A premiação tem o intuito de consolidar e fortalecer políticas públicas direcionadas à atenção integral da criança nos cinco primeiros anos de vida, considerados cruciais para o seu desenvolvimento cognitivo e social.
Inaugurado em fevereiro deste ano, o Hecad é um centro especializado em pediatria com 124 leitos, 30 deles de UTI, e é referência para vários tratamentos. Localizado no Parque Acalanto, em Goiânia, o Pronto-Socorro funciona ininterruptamente durante 24 horas em todos os dias da semana. O hospital conta ainda com 12 consultórios de especialidades como cardiologia, pneumologia, alergia/imunologia, neurologia, endocrinologia, cirurgia pediátrica, gastroenterologia e outros.
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Assessoria de Comunicação
Associados da Ahpaceg apresentam alta conformidade às práticas de segurança do paciente
Escrito por Administrador
Dos nove hospitais goianos que apresentaram alta conformidade às práticas de segurança do paciente, de acordo com o Relatório da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde referente a 2021, cinco são associados da Ahpaceg. São eles:
Hospital de Acidentados
Hospital do Coração Anis Rassi
Hospital do Coração de Goiás
Hospital Evangélico Goiano
Hospital Ortopédico de Goiânia
O relatório com a análise da conformidade de instituições de saúde com leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aos indicadores das práticas de segurança do paciente foi divulgado ontem, 8, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Realizada de forma integrada entre Anvisa, Núcleos de Segurança do Paciente da Vigilância Sanitária dos estados, Distrito Federal (DF) e municípios e Coordenações Estaduais/Distrital e municipais de Controle de Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde, a avaliação é uma prática de regulação adotada pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) desde 2016.
O formulário de Avaliação das Práticas de Segurança do Paciente utilizado em 2021 dispôs de indicadores de estrutura, processo e gestão de riscos relacionados às práticas de segurança do paciente e baseados na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Anvisa n° 36/2013.
Em 2021, 1.329 hospitais brasileiros com UTI preencheram o formulário. Em Goiás, foram 64 participantes, sendo que apenas nove deles – cinco associados - apresentaram alta conformidade às práticas de segurança do paciente.
Parabéns a nossos associados por investirem em qualidade e segurança do paciente!!!
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DESTAQUES
STJ desobriga planos de cobrir procedimentos fora da lista da ANS
'É um equívoco achar que operadoras devem fornecer tudo o que o médico prescreve', diz juiz federal
Varíola dos macacos: São Paulo investiga mais um caso suspeito da doença
Covid-19: Goiás registra 3,7 mil novos casos e 4 mortes em um dia
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Reajuste dos planos de saúde: a política por trás dos preços
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Grupos econômicos tentam manter monopólio em faculdades de medicina
Plano de Saúde: 83% dos brasileiros valorizam, desejam ou temem perder o benefício
O ESTADO DE S.PAULO
STJ desobriga planos de cobrir procedimentos fora da lista da ANS
Seis dos nove ministros votaram a favor da fixação do chamado rol taxativo, que restringe os tratamentos oferecidos pelas operadoras; ativistas prometem ir ao STF
WESLLEY GALZO
A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu ontem restringir os procedimentos oferecidos pelas operadoras de planos de saúde no País. Seis dos nove ministros integrantes do colegiado votaram a favor da fixação do rol taxativo, que desobriga as empresas de cobrir pedidos médicos de pacientes que não estejam previstos na lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Hoje, cerca de 49 milhões contam com planos de assistência no País, de acordo com dados do setor.
A votação ocorreu sob protestos em frente à sede do STJ, em Brasília. Ativistas e artistas como Marcos Mion, Dira Paes, Bruno Gagliasso, Paulo Vieira e Juliette mobilizaram a hashtag #RolTaxativoMata nas redes sociais, que chegou a se tornar o 11.º assunto mais comentado no Twitter. Os protestos, porém, não surtiram efeito dentro da Corte.
O julgamento foi retomado com o placar empatado em 1 a 1. Em fevereiro, o ministro Villas Bôas Cueva apresentou pedido de suspensão do julgamento.
Ele foi o primeiro a votar ontem. Embora tenha seguido o relator, Luis Felipe Salomão, na defesa do rol taxativo, Cueva estabeleceu requisitos para garantir a segurança jurídica dessa regra e dissipar tensões entre operadoras e pacientes (veja ao lado).
"O rol taxativo permite previsibilidade essencial para a elaboração de cálculos atuariais embasadores das mensalidades pagas pelos beneficiários, aptas a manter a médio e longo prazo os planos de saúde sustentáveis", argumentou o ministro. "A alta exagerada de preços e contribuições provocará barreiras à manutenção contratual", destacou, ressaltando que isso afetaria a coletividade de usuários da saúde pública e pressionaria ainda mais a rede pública (SUS).
O caso analisado pelo STJ tratava de um recurso apresentado pela família de um paciente com esquizofrenia paranoide contra o empresa Unimed, que negou o acesso a um procedimento não previsto no rol da ANS para o plano que ele havia contratado. Em nota, a Unimed afirmou que "a taxatividade do rol assegura a qualidade e a segurança assistencial, uma vez que procedimentos e medicamentos a serem incluídos na cobertura devem passar pela avaliação de tecnologias em saúde (ATS)".
Alvo da disputa, a ANS diz que taxatividade do rol de procedimentos é prevista em lei, que confere à associação a prerrogativa "de estabelecer as coberturas obrigatórias a serem ofertadas pelos planos de saúde, sem prejuízo das coberturas adicionais contratadas pelos próprios consumidores, com o pagamento da contrapartida correspondente".
Os argumentos da ANS foram utilizados pelas operadoras de planos de saúde. As empresas apontavam a necessidade de o STJ garantir segurança jurídica e previsibilidade dos preços, impedindo que fossem surpreendidas por demandas não previstas em contrato. Na outra ponta, os consumidores defendiam o rol exemplificativo para assegurar que tratamentos não serão interrompidos por falta de cobertura.
REAÇÃO. A ativista Andréa Werner afirmou que as associações vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a decisão. Ela é fundadora do Instituto Lagarta Vira Pupa, que defende os direitos de pessoas deficientes, e comentou casos de pacientes oncológicos que perderiam a cobertura de imunoterapia.
"Quando a gente fala que rol taxativo mata não é uma palavrinha mágica para gerar engajamento, é porque mata mesmo", afirmou.
Em nota, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde) defendeu a manutenção do rol taxativo. "É importante destacar que o rol de cobertura da ANS é amplo, conta com mais de 3.300 itens, e prevê a cobertura para todas as doenças listadas na CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) da Organização Mundial da Saúde (OMS)." Ainda de acordo com a entidade que representa 15 grupos de operadoras de planos de saúde que reúnem 40% dos beneficiários dos planos de assistência médica e odontológica do Brasil, "a decisão do STJ garante a sustentabilidade do sistema e beneficia tanto usuários quanto as empresas do setor, e mantém o modelo suplementar de assistência à saúde do brasileiro alinhado aos sistemas mais organizados e eficazes de todo o mundo." O senador Fabiano Contarato (PT-ES) protocolou projeto de lei ontem com o objetivo de obrigar as operadoras de planos de saúde no País a arcarem com as despesas de procedimentos médicos não previstos na lista da ANS. "Quem paga tem de ter direito ao tratamento adequado, e não são os planos de saúde que devem definir isso, mas um corpo médico qualificado", argumentou o parlamentar.
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Justificativa
Limitar procedimentos permite previsibilidade de cálculos das mensalidades pagas pelos pacientes
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O que ficou definido
Regra geral
O rol da ANS é, em regra, taxativo e a operadora de plano ou seguro de saúde não é obrigada a arcar com pedido de tratamento não constante no rol, caso exista procedimento efetivo, eficaz e seguro capaz de garantir a cura do paciente e já esteja incorporado no rol; É possível a contratação de cobertura ampliada, ou a negociação de aditivo contratual de procedimento que não esteja incluído no rol;
Exceções
Não havendo substituto terapêutico ou esgotados os procedimentos do rol, pode haver a título excepcional a cobertura do tratamento indicado pelo médico ou odontólogo assistentes desde que: Não tenha sido indeferido pela ANS a incorporação do procedimento ao rol; Haja a comprovação da eficácia do tratamento a luz da medicina baseada em evidências; Haja recomendações de órgãos técnicos de renome nacional e estrangeiro, como Conitec e Natjus; Seja realizado quando possível o diálogo interinstitucional dos magistrado com experts na área da saúde, sem deslocamento da competência do julgamento.
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PORTAL TERRA
'É um equívoco achar que operadoras devem fornecer tudo o que o médico prescreve', diz juiz federal
Clenio Schulze é pesquisador da judicialização da saúde e analisou mais de 17 mil notas técnicas sobre eficácia de medicamentos; STJ desobrigou planos de cobrir procedimentos fora da lista da ANS
Nem mesmo o fato de a Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter decidido na quarta-feira, 8, restringir os procedimentos oferecidos pelas operadoras de planos de saúde no País a favor da fixação do rol taxativo, que desobriga as empresas de cobrir pedidos médicos de pacientes que não estejam previstos na lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), deve acabar com a batalha jurídica sobre o tema. Ativistas ligados a grupos em defesa dos direitos de pessoas com deficiência prometem ir ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mantém o e-NatJus, um serviço para auxiliar os juízes de todo o País a tomar decisões embasadas pelas evidências científicas quando precisam decidir sobre o fornecimento de medicamentos. Por meio de um convênio com o CNJ, instituições acadêmicas (como o Hospital Israelita Albert Einstein) fazem avaliações técnicas sobre a eficácia dos medicamentos. Basta o juiz digitar, no site do CNJ, o nome do produto solicitado pelo paciente e consultar as avaliações antes de decidir.
O juiz federal Clenio Jair Schulze, professor da Escola de Magistratura Federal de Santa Catarina e pesquisador da judicialização da saúde, analisou o resultado de mais de 17 mil notas técnicas emitidas por essa ferramenta até o final de março. Segundo ele, quase metade (45,9%) não era favorável aos autores das demandas, por razões como falta de evidência científica de eficácia do produto na doença em questão.
"É um equívoco achar que as operadoras devem fornecer tudo o que o médico prescreve, até mesmo tratamentos experimentais. Antes de tomar a decisão, o magistrado precisa levar em consideração as evidências científicas de que a medicação solicitada será realmente útil", afirma Schulze.
Para a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), a decisão do STJ reconhece que os mecanismos institucionais de atualização do rol são o melhor caminho para a introdução de novas tecnologias no sistema. "Foi uma decisão muito sensata do STJ", diz a diretora-executiva Vera Valente. "Entendemos perfeitamente os casos individuais e as dificuldades que as pessoas enfrentam. Quem tem um familiar doente vai brigar por um medicamento nem que seja para prolongar a vida da pessoa em apenas um mês", afirma. "No entanto, quem avalia isso tem que analisar a questão à luz da coletividade que vai pagar essa conta."
O volume de decisões judiciais contra planos de saúde no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) é o maior em dez anos, segundo levantamento do Grupo de Estudos sobre Planos de Saúde, coordenado pelo pesquisador Mario Scheffer na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
As ações na Justiça cresceram quatro vezes em uma década, em um ritmo mais acelerado que o aumento da população coberta por convênios, segundo o estudo publicado pelo blogueiro do Estadão. Em 2021, foram proferidas 16.268 decisões em segunda instância pelo TJSP. Em 2011, houve 4.793 decisões desse tipo.
Quase a metade das ações foi motivada por negativas de coberturas assistenciais pelos planos de saúde. Entre elas, cirurgias, hemodiálise, radioterapia, internações hospitalares em UTIs, tratamentos domiciliares e psiquiátricos, sessões de fisioterapia e fonoaudiologia. Muitas decisões também mencionaram o não fornecimento de medicamentos, órteses, próteses e materiais cirúrgicos.
Na Justiça paulista, tratamentos fora do rol da ANS são concedidos aos pacientes em 97% dos casos, segundo o estudo. "Não sabemos qual será o comportamento do Judiciário a partir dessa decisão lamentável do STJ", diz Scheffer. "Encorajadas pelo STJ, as operadoras tenderão a negar mais coberturas. Isso deve aumentar a judicialização", acredita.
"As decisões de segunda instância do TJ-SP avaliadas no nosso estudo são apenas a ponta do iceberg", afirma Scheffer. "Um volume muito maior de ações tramita nos tribunais e, além disso, grande parte dos problemas nem chega à Justiça."
Visão diferente tem o professor de Direito Daniel Wang, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), especialista em políticas públicas e judicialização da saúde. "Nenhum sistema de saúde no mundo consegue trabalhar com a lógica de que as pessoas devem receber todo e qualquer tratamento prescrito por um médico", afirma.
Segundo o pós-doutor pela London School of Economics and Political Science (LSE), sistemas de saúde que não estabelecem um limite no que deve ser fornecido entregam menos saúde às pessoas que dependem dele. "A maioria dos tratamentos que chegam ao mercado não se mostra superior aos já existentes, embora o custo deles seja muito mais elevado", salienta.
"O lugar certo para fazer essa discussão não é o judiciário, que não tem preparo técnico para avaliar o custo-efetividade dos tratamentos e a medicina baseada em evidências. Essa discussão precisa ser feita pela ANS e pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), no caso do sistema público", diz.
Na avaliação de Wang, a decisão do STJ foi correta. "O rol precisa ser taxativo porque um sistema de seguro, como a saúde suplementar, não tem como funcionar com custos razoáveis quando não há previsibilidade sobre os gastos", diz o professor. Apesar disso, ele salienta que a partir da decisão de hoje, é preciso chamar atenção à necessidade de aumentar a transparência sobre a forma como as decisões de incorporação são tomadas pela ANS. "É preciso garantir que a sociedade participe dessas discussões e que os critérios de decisão sejam claros e aplicados de forma coerente", diz.
Segundo o professor, a decisão do STJ ainda pode ser questionada no Supremo Tribunal Federal com o argumento de que a lei 9.656 (a lei dos planos de saúde), que instituiu o rol taxativo, é incompatível com a Constituição.
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AGÊNCIA ESTADO
Varíola dos macacos: São Paulo investiga mais um caso suspeito da doença
A capital paulista monitora mais um caso suspeito de varíola dos macacos. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo afirmou na tarde desta quarta-feira (8/6) um homem de 41 anos está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na zona oeste.
Trata-se de um morador da capital que viajou recentemente para a Espanha e Portugal. Ele permanece em isolamento e teve os primeiros sintomas, como febre e mialgia (dor muscular), em 28 de maio. "As amostras do caso ainda estão em análise pelo Instituto Adolfo Lutz, que é a referência, e o Laboratório Central em Saúde Pública (Lacen) de São Paulo", disse a secretaria em nota.
O estado de saúde de uma mulher de 26 anos com suspeita da doença também está sendo monitorado, assim como seus familiares são acompanhados. Até terça-feira, 7, o Brasil registrava sete casos suspeitos da doença nos Estados de São Paulo, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rondônia. Não há nenhum diagnóstico confirmado.
Surgimento dos casos O primeiro caso europeu foi confirmado em 7 de maio em um indivíduo que retornou à Inglaterra da Nigéria, onde a varíola dos macacos é endêmica. Desde então, países da Europa, assim como Estados Unidos, Canadá e Austrália, confirmaram casos.
Transmissão
Identificada pela primeira vez em macacos, a doença viral geralmente se espalha por contato próximo e ocorre principalmente na África Ocidental e Central. Raramente se espalhou para outros lugares, então essa nova onda de casos fora do continente causa preocupação.
Existem duas cepas principais: a cepa do Congo, que é mais grave, com até 10% de mortalidade, e a cepa da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 1%. O vírus pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, bem como através de objetos compartilhados, como roupas de cama e toalhas.
O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.
Sintomas
Os sintomas se assemelham, em menor grau, aos observados no passado em indivíduos com varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas durante os primeiros cinco dias. Erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e, ao final, crostas. Segundo a OMS, os sintomas da doença duram de 14 a 21 dias.
Prevenção
Segundo o Instituto Butantan, entre as medidas de proteção, autoridades orientam que viajantes e residentes de países endêmicos evitem o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas) e devem se abster de comer ou manusear caça selvagem.
Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel são importantes ferramentas para evitar a exposição ao vírus, além do contato com pessoas infectadas. A OMS afirma trabalhar em estreita colaboração com países onde foram relatados casos da doença viral.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 3,7 mil novos casos e 4 mortes em um dia
Estado soma 26.694 óbitos pela doença
driana Marinelli
Goiânia - Goiás registrou 3.749 novos casos da covid-19 e quatro mortes em consequência da doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta quarta-feira (8/6). Com as atualizações, o Estado chega a 1.396.730 casos e 26.694 óbitos relacionados ao novo coronavírus desde o início da pandemia.
Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás soma 792.994 casos e 283 óbitos suspeitos em investigação para saber se estão ligados à covid-19. A taxa de letalidade do vírus no Estado é 1,91%.
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JORNAL OPÇÃO
Novas infecções por coronavírus são preocupantes dentro do cenário epidemiológico, afirma médico infectologista
Cidades de Goiás e de outras regiões do país estudam a possibilidade da volta da obrigatoriedade do uso de máscara após aumento de caos de Covid-19
Cidades de Goiás e outras regiões do país estudam a possibilidade da volta da obrigatoriedade do uso de máscara após aumento de caos de Covid-19. Foto: Reprodução.
Os casos de Covid-19 voltaram a aumentar no Brasil, conforme as informações do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass). Segundo os dados, o país está atualmente com uma média móvel de 31 mil novos casos por dia, enquanto, há pouco mais de um mês, no final de abril, essa taxa estava em 12 mil.
Com o avanço dos casos, os órgãos e conselhos de saúde têm cogitado e até emitido decretos para a volta da obrigatoriedade do uso de máscaras. Em maio, a Cidade de Goiás determinou que o item de proteção deve ser usado em locais fechados. Outras cidades no estado e em outras regiões do país também estudam a possibilidade.
Segundo o médico infectologista Boaventura Braz de Queiroz, o abandono da máscara em ambientes fechados contribuiu para a transmissão do vírus e, consequentemente, para aumento dos casos da doença. “Outro fator que tem contribuído [para o aumento de casos] é justamente as cepas, essas novas variantes e sub variantes. São cepas mais transmissíveis e com pessoas com quadro clínicos pouco sintomáticos ou assintomáticos. Isso contribui para a disseminação, porque essas pessoas estão em atividade”, explicou.
Apesar de menos letais, o infectologista afirmou que as novas infecções também são preocupantes dentro do cenário epidemiológico. “Pessoas sadias tem apresentado boa evolução, mas quando pessoas com saúde debilitada contraem [o vírus], pode levar a internação e, infelizmente, UTI e óbito”, ressaltou.
Goiás
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou que, desde o início da pandemia, foram registrados 1.392.981 casos de Covid-19 no território goiano. No Estado, há 791.371 casos suspeitos em investigação e 327.213 casos já foram descartados. Os dados são de terça-feira (7).
Há 26.690 óbitos confirmados de Covid-19 em Goiás e outros 282 óbitos suspeitos que estão em investigação.
Até o momento, foram aplicadas 5.773.885 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o estado. Em relação à segunda dose e a dose única, foram vacinadas 5.144.659 pessoas, e 2.269.096 pessoas já receberam a dose de reforço. Entre as crianças de 5 a 11 anos, 49,16% já receberam uma dose da vacina.
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CORREIO BRAZILIENSE
Reajuste dos planos de saúde: a política por trás dos preços
A descontinuidade de tratamentos crônicos, diminuição de ações de prevenção e promoção, incluindo ações de diagnósticos precoces contribuíram para o reajuste de 15,5% nos planos de saúde individuais e familiares em 2022. Além disso, os efeitos econômicos decorrentes da pandemia de covid-19, principalmente durante os anos de 2020 e 2021, também influenciaram. Nesse contexto, é importante deslocar o foco da discussão dos "sintomas" para as verdadeiras "causas" do aumento, ou seja, quais as alavancas que devidamente gerenciadas poderiam mitigar a tendência de elevação dos custos assistenciais ao longo do horizonte temporal.
As organizações precisam, constantemente, buscar a eficiência da gestão dos recursos financeiros e, ao mesmo tempo, melhores resultados em saúde, sempre com foco em um cuidado assistencial de boa qualidade e a um custo adequado. É necessário atuar firmemente contra a utilização inadequada de serviços e procedimentos que o setor ainda pratica, reduzindo as variações não justificadas do cuidado. Ou seja, precisamos de modelos bem-sucedidos para combater a ineficiência existente entre os agentes, em prol de maior sustentabilidade do setor de saúde, direcionando o foco de modelos de pagamento de serviços de saúde específicos (que privilegiam o volume de procedimentos e não a qualidade e benefício ao paciente) para modelos de remuneração orientados para a gestão da saúde populacional (ou seja, novas formas de remunerar, baseadas em valor, que privilegiem a qualidade dos serviços prestados e não se baseiem exclusivamente na redução dos custos).
Portanto, uma agenda estratégica pautada num planejamento de longo prazo é essencial para que as empresas consigam adotar táticas eficientes de gestão de saúde populacional em seus segmentos específicos de populações. Quanto mais cedo a organização conseguir alinhar internamente uma visão unificada de uma agenda de saúde, maiores serão as chances de gerenciar eficientemente as alavancas que impactarão na redução do desperdício dos recursos, na melhoria da qualidade do cuidado e melhor experiência dos seus colaboradores com o sistema de saúde.
Um cuidado especial deve ser tomado para que estratégias de controle dos preços de planos de saúde no curto prazo não ocorram às custas de um acesso futuro, ou seja, da capacidade das pessoas de obterem os serviços necessários no lugar e no momento certo. Caso contrário, continuaremos assistindo à elevação dos custos no longo prazo e seus respectivos reajustes.
Se, por um lado, algumas modalidades de remuneração dos serviços de saúde pautadas no compartilhamento de riscos podem colaborar na redução da tendência dos custos assistenciais no médio e longo prazo, reduzindo o desperdício e melhorando a qualidade do cuidado; por outro, caso incentivem uma absorção assimétrica dos riscos entre os stakeholders envolvidos e não considerem a mensuração dos desfechos que realmente importam para os pacientes e famílias, poderão ter efeito oposto, penalizando a qualidade do cuidado entregue ao beneficiário. Exemplo de ótima ferramenta de gestão, mas, se mal utilizada, poderá atrasar ações de saúde preventivas é a coparticipação em consultas e exames, que deve ser usada de forma a gerenciar abusos, mas não evitar cuidados.
O engajamento do setor é crucial para superar uma necessidade histórica, ainda não atendida, de uma coordenação e manejo efetivos do cuidado longitudinal dos pacientes, reforçando a musculatura do sistema na transição para um sistema de cuidados baseado em valor, mudando o foco de fornecer serviços específicos de forma eficiente para fornecer assistência longitudinal ao paciente de forma eficaz.
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O GLOBO
Dia Nacional da Imunização: com queda na cobertura vacinal data reforça importância da prevenção
O Dia Nacional da Imunização é comemorado nesta quinta-feira (9). A data foi criada com o objetivo de lembrar do papel das vacinas na prevenção de doenças.
"O princípio de qualquer vacina é não deixar que o paciente morra em razão da doença. Mas existem vários tipos de vacina. Tem a vacina que impede que o paciente seja contaminado pela doença, e tem vacina que impede que você pegue uma doença da forma grave. Mas o princípio é evitar a morte", diz a infectologista Ana Helena Germóglio.
Com a queda na cobertura vacinal nos últimos anos, principalmente entre as crianças, o dia ganha ainda mais importância. Uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde mostra que o índice médio de vacinação no país está em 67%, abaixo do ideal, que é entre 90% e 95%.
A vacina é uma tecnologia antiga. Os primeiros imunizantes surgiram na China há mais de mil anos. No ocidente, as vacinas são mais recentes, com pouco mais de 200 anos e, no Brasil, elas começaram a ser adotadas na primeira metade do século XIX.
Após virarem política pública de saúde, o Brasil acumulou experiência e se tornou referência internacional pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), que colocou o país no primeiro lugar do mundo, na oferta de vacinas gratuitas para toda a população.
Ao todo, 45 imunizantes diferentes são oferecidos para diversas faixas etárias no país.
Campanhas de vacinação
Atualmente, o Distrito Federal conta com três campanhas de vacinação em andamento: gripe, sarampo e Covid-19 (há seis anos a cobertura vacinal vem caindo no Brasil. Em 2019, pela primeira vez, o país não conseguiu alcançar a meta mínima de cobertura de vacinação de crianças de até um ano, que varia entre 90 e 95%, dependendo do imunizante.
Para especialistas, o cenário, que já era crítico, ficou ainda mais grave com a pandemia de Covid-19, que afastou as pessoas das unidades de vacinação. Em 2020, a tríplice viral, por exemplo, que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba, e tem meta de cobertura de 95%, imunizou menos de 56% das crianças.
De acordo com a infectologista Ana Helena Germóglio, isso faz com que doenças que já estavam sob controle voltem a nos incomodar. "A exemplo do sarampo, que em 2019 chegou novamente ao Brasil, e fez com que o país perdesse o certificado de erradicação da doença", afirma. "
"A vacinação é uma forma barata de lutar contra doenças. É muito mais fácil e mais barato vacinar do que medicar uma pessoa, quando ela já está doente. É preciso investir em entender o porquê da população não estar vacinando. Precisamos investir em divulgação e em busca ativa", diz a médica.
Para o infectologista José David Urbaez Brito, a vacinação é uma ação de saúde pública e pilar no cuidado geral da população. "A partir da implementação dos programas de vacinação, houve um aumento na expectativa de vida de toda a população mundial", afirma.
Segundo o médico, não há perigo quanto a segurança das vacinas.
"Antes de serem autorizadas para uso humano, as vacinas passam por uma série de etapas. Além disso, órgãos de vigilância sanitária de cada país ainda precisam aprovar as imunizações. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) segue uma série de critérios para garantir a eficácia da vacina e a segurança da população.
Vacinação contra Covid-19
4 de 4 Vacinação contra Covid-19 no DF - Foto: TV Globo/Reprodução
No DF ainda há uma boa parcela da população que não completou o ciclo de três vacinas contra Covid-19. E isso tem preocupado os infectologistas. De acordo com a médica Ana Helena Germóglio, as pessoas ainda acham que a vacina não é necessária.
"Nós já estamos vivendo uma espécie de quarta onda da Covid no DF, e muita gente nem tomou a terceira dose. Fora as pessoas que já podem tomar a quarta dose da vacina e nem sabem. Tem gente que esquece, que não dá muita importância. Mas isso é um erro", diz a médica.
Em Brasília, quem tem 50 anos ou mais pode tomar a 4ª dose da vacina contra Covid-19. Além disso, adolescentes entre 12 e 17 anos já podem fazer a dose de reforço. A vacina está disponível para a população a partir de 5 anos de idade.
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PORTAL IG
Grupos econômicos tentam manter monopólio em faculdades de medicina
Disputa judicial pode barrar expansão de instituições menores e estabelecer monopolio de grandes grupos Reprodução Disputa judicial discute expansão de instituições de Medicina
No Brasil, os cursos superiores de medicina possuem regulamentação específica que difere dos demais. Desde 2013 a abertura de novos cursos e o aumento do número de vagas ofertadas eram realizadas por meio de chamamentos públicos, organizados pelo Ministério da Educação, e de acordo com o programa Mais Médicos. Contudo, esse processo foi derrubado por uma portaria colocada em vigor em 2018.
Segundo especialistas, essa medida afeta diretamente a concorrência no setor ao manter o monopólio dos grandes grupos educacionais e prejudicar a oferta de ensino à população, principalmente fora dos grandes centros.
Em reunião recente, a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) colocou em votação a proposta de uma Ação Delcaratória de Constitucionalidade (ADC) pedindo para que a única forma de se abrir novos cursos e vagas já autorizados seja por meio da Lei dos Mais Médicos. Com isso, novas solicitações de abetura devem ser paralisadas.
Embora a votação tenha sido de 7 votos contra a ação, 4 a favor e uma abstenção, uma manobra realizada pela presidente da entidade, Elizabeth Guedes, com o argumento de que os votos teriam peso proporcional ao número de instituições mantidas por cada associada, com número reduzido de universidades, garantiu a vitória ao grupo minoritário.
Dentre as 4 que votaram favoravelmente à ação, estavam as mantenedoras do Grupo Kroton, que representou, na reunião, 158 instituições, e as mantenedoras do Grupo Afya, que representou 13 instituições.
De acordo com Edgard Larry, presidente da Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades (ABRAFI), a decisão da Anup vai contra os interesses da sociedade brasileira.
"O interesse do setor educacional brasileiro, no que diz respeito aos cursos de Medicina, é que se tenha livre concorrência e livre iniciativa, garantindo-se todos os padrões de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Educação", afirmou.
Segundo Larry, reservar o mercado para instituições já aprovadas é favorecer quem já têm cursos autorizados em detrimento de instituições que detêm qualidade para abrir novos cursos.
"Paralisar ou tornar sem efeito ações judiciais legítimas, muitas já com decisões definitivas, para proteger fatia de mercado para alguns não deve ser o papel de nenhuma Associação de classe, ainda mais quando a maioria de seus associados votou contrariamente à medida. Importante que se diga que as ações judiciais em curso não buscam a aprovação de um curso de Medicina, mas sim buscam o direito de pleitear, junto ao MEC, a abertura do protocolo para tramitação do processo de autorização de curso de Medicina, sujeitando-se a todo o rigor de análise e avaliação do próprio Ministério, suas Secretarias e Autarquias", complementa.
A Ação Direta de Constitucionalidade foi protocolada pelo escritório Sergio Bermudes Advogados no STF nesta quarta-feira (8) e distribuída para relatoria do ministro Gilmar Mendes.
Médicos no Brasil
De acordo com o último Relatório Demografia Médica no Brasil, de 2020, produzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com cooperação técnica do Conselho Federal de Medicina, o país conta com mais de 500 mil médicos, uma razão de 2,38 médicos por mil habitantes.
Apesar do aumento desse valor, o Brasil ainda está abaixo de vários países como Chile (2,5), Estados Unidos (2,6), Reino Unido (2,8), Austrália (3,0), Argentina (3,2), Itália (3,5), Alemanha (3,6), Portugal (3,9) e Espanha (4,0).
O déficit de profissionais fica ainda mais evidente quando analisados documentos do Ministério da Saúde que revelam que, nos últimos dez anos, foram abertos 146 mil postos de primeiro emprego formal no Brasil, contra 93 mil formados em Medicina.
Durante a pandemia da covid-19, instituições de ensino foram autorizadas a anteciparem a colação de grau de seus estudantes concluintes para reforçar a força de trabalho de combate à crise sanitária.
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SAÚDE BUSINESS
Plano de Saúde: 83% dos brasileiros valorizam, desejam ou temem perder o benefício
Pesquisa ANAB de Assistência Médica analisa a relação do brasileiro com acesso à saúde, seja ela pública ou privada. Um em cada 4 brasileiros precisou acessar mais sistemas de saúde no último ano do que antes da pandemia de Covid-19, iniciada em 2020.
Entender a relação do brasileiro com a saúde – sobretudo neste período de recrudescimento dos temores relacionados à pandemia da Covid-19 - é fundamental para traçar iniciativas eficazes de atendimento, seja para os beneficiários de planos privados, seja para quem depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS). E foi pensando nisto a iniciativa da Pesquisa ANAB de Assistência Médica, realizada pela Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB), em parceria com o Instituto Bateiah - Estratégia e Reputação.
O principal achado deste estudo nacional é um percentual comum: 83%. Essa é a proporção de brasileiros que valorizam ou desejam ter planos de saúde e também dos beneficiários de planos de saúde com medo de perder o benefício. Ainda que o risco objetivo não se apresente para parte dos entrevistados, a resposta sobre este temor está diretamente associada a um sentimento: alívio por ter acesso à assistência médica particular. A valorização do serviço é tão grande que 47% precisaram ajustar o orçamento no último ano para não perder o benefício.
“Isso pode ser explicado com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde 45,4% dos titulares de plano possuíam um serviço pago parcial ou integralmente pelo empregador. O medo de perder o acesso pode ser motivado pelo aumento das taxas de desemprego ao longo da pandemia”, destaca Alessandro Acayaba de Toledo, presidente da ANAB e idealizador do estudo.
Por outro lado, entre os que não possuem plano de saúde, 83% consideram que ele é necessário. Dos usuários do SUS entrevistados, 68% precisaram de algum tipo de atendimento médico no último ano, mas relataram dificuldade no acesso. “A importância do SUS é inquestionável e o Brasil é um exemplo mundial de busca pela universalização do acesso à saúde. Mas a pesquisa mostra que há distorções regionais também no SUS e que isso impacta na percepção do brasileiro sobre a importância de ter um plano de saúde. Os respondentes do Norte do Brasil, por exemplo, foram os que consideraram o benefício mais importante para si e suas famílias: 97%. Já entre moradores do Sul, o percentual ficou em 75%. Elaboramos este estudo justamente para contribuir para melhores estratégias de planejamento da saúde pública e privada”, destaca Alessandro Acayaba de Toledo.
A amostra - A coleta de dados foi realizada nacionalmente no último mês de abril, por meio de entrevistas telefônicas. Num cenário menos crítico da pandemia, com a queda dos registros de casos de coronavírus, porém com os riscos ainda presentes, a população passou a ter maior compreensão sobre a fragilidade da vida e está mais preocupada em ter acesso amplo ao serviço assistencial da saúde. Entre os entrevistados, brasileiros, com 16 anos ou mais, responsáveis pelas principais decisões de seu domicílio. A amostra final foi de 1.012 respondentes.
Uso da saúde pública e particular - Para 88% dos entrevistados, a necessidade de assistência médica ou permaneceu a mesma ou aumentou durante a pandemia. Um em cada 4 brasileiros precisou acessar mais sistemas de saúde no último ano do que antes da pandemia de Covid-19, iniciada em 2020. Dos entrevistados, 21% declararam que sua família tem uma frequência mensal de ida a consultas médicas. Entre 2 a 6 meses de frequência, são 52% dos respondentes. “A consciência das pessoas acerca da fragilidade da vida, potencializada na experiência pandêmica, produz preocupações e alívios. Medo, segurança e desejo formam a percepção dos brasileiros sobre planos de saúde”, destaca Alessandro Acayaba de Toledo, presidente da ANAB.
Acesso ao plano de saúde - A importância de ter um plano está no inconsciente coletivo. A possibilidade dessa conquista merece argumentos e possibilidades mais elaboradas. “Para parte dos entrevistados, o plano de saúde é importante, mas não é possível”, destaca o sociólogo Fábio Gomes, diretor-presidente do Instituto Bateiah. “Isso porque a proporção do desejo de ter um plano (74%) é menor que a percepção sobre quão é necessário o benefício (83%)”, explica ele. Cabe lembrar que, no final de 2021, a primeira Pesquisa ANAB de Planos de Saúde apontou que o serviço foi considerado a 3ª maior conquista do brasileiro. Na faixa etária acima de 50 anos, só perde para a casa própria em importância. Para aposentados, é prioridade absoluta e supera a moradia.
A dificuldade de contratação de plano de saúde é motivo apresentado por 33% dos que pagam suas despesas médicas, principalmente entre as mulheres e os que possuem menor poder aquisitivo (até 2 salários mínimos). Outra interessante distinção entre beneficiários de planos de saúde e não beneficiários (que usam o SUS) é o comportamento sobre buscar (ou acessar) resultados de exames realizados.
“Beneficiários de planos de saúde parecem valorizar mais os serviços, ou ter mais facilidade em acessar os resultados. Dos entrevistados que possuem plano, o acesso aos resultados é declarado por 82% contra 66% dos usuários do SUS”, ressalta o sociólogo Fábio Gomes, do Instituto Bateiah.
Tratamento médico contínuo - A necessidade permanente de assistência médica se apresenta como uma das razões para ter um plano. Entre os beneficiários de planos de saúde, 24,9% responderam que precisam de atendimento médico permanente. Os que usam os serviços do SUS e os que custeiam as despesas de saúde, 17,6%, confirmaram que precisam deste tipo de assistência médica.
Entre os entrevistados com mais de 60 anos, o aumento da necessidade de cuidados médicos foi acima da média: 33,6%. De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a contratação de planos de saúde para pessoas nesta faixa etária aumentou 4,2%, entre 2019 e 2021.
Maior preocupação com doenças hereditárias também se evidenciou na Pesquisa ANAB de Assistência Médica, sobretudo entre brasileiros que precisaram realizar exames. Quem dispõe de plano de saúde conseguiu fazê-los em até 1 mês, enquanto no SUS a demora para agendamento varia de 4 a 6 meses, segundo os respondentes da pesquisa.
“A portabilidade de carência se tornou uma alternativa para quem não pode abrir mão do plano de saúde, precisa prosseguir com a assistência, mas não quer pagar mais por isso e perder o período da carência já cumprido. É direito do beneficiário. O interesse pela portabilidade aumentou, 12,5%, de acordo com a ANS, em alguns casos foi possível reduzir em 40% os custos com à saúde”, explica Alessandro Acayaba de Toledo.
Tecnologia - Os avanços da tecnologia na saúde têm permitido que os beneficiários de plano tenham cada vez mais autonomia. Eles podem acessar a rede médica-hospitalar ou resultados de exames realizados de forma rápida – via web ou aplicativos. Entre os beneficiários, 82%, afirmam utilizar a internet para pegar os resultados, já 66% dos usuários do SUS, não têm o hábito.
Oportunidade de negócios - 41% dos entrevistados elege os idosos como os prioritários para posse de um plano de saúde. Num segundo patamar, temos as crianças, com 32%. Entre os entrevistados com idade de até 39 anos, as crianças foram indicadas como prioridade por 42%. Nessa faixa, em que ter filhos pequenos a chance é maior, a prioridade de planos para crianças é mais alta. Portanto, a pesquisa mostra que existe uma necessidade que precisa ser absorvida: o plano de saúde infantil. Um mercado que pode atender a demanda de quem já tem plano de saúde e quem ainda não é beneficiário.
No grupo de não beneficiários de planos de saúde, a preocupação com as crianças atinge 37,8% dos respondentes, seguido de idosos e adultos. Entre os beneficiários, os idosos aparecem em primeiro, seguido das crianças, com 27,3%. Um novo portfólio poderia atrair um público potencial – as mulheres – que desejam garantir assistência médica privada para 35,1 milhões de crianças de 0 a 11 anos e para adolescentes, 20,9 milhões, de 12 a 18 anos, de acordo com dados do IBGE.
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Assessoria de Comunicação
Com grande sucesso, Health Meeting debateu o cenário atual e perspectivas do mercado de saúde
Escrito por AdministradorAspectos socioeconômicos, mercado digital e turismo de bem-estar foram alguns
dos temas abordados em um dia de evento
Qual caminho as instituições devem seguir diante das mudanças no mercado da saúde, das novas demandas dos pacientes, dos desafios criados pela pandemia, das tecnologias que revolucionaram os atendimentos e do cenário socioeconômico atual? Essa foi a pergunta que o Health Meeting 2022 tinha como objetivo responder. O evento, o maior do mercado de saúde do Brasil, foi realizado pelo Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg), no dia 3 de junho, em Goiânia.
Com a participação de cerca de 700 médicos, gestores, advogados, acadêmicos, empreendedores e diversos outros especialistas que lidam diariamente com as demandas que o mercado apresenta, os debates visaram analisar as perspectivas, trocar experiências e também contribuir com ideias.
O presidente do Sindhoesg, Valney Luiz da Rocha, ressaltou que o Health Meeting 2022 é um marco na saúde em Goiás e no Centro-Oeste. "A programação foi cuidadosamente elaborada para contribuirmos com a reflexão, debate, análise e tomada de decisões para o setor de saúde privado e público. Nós sabemos que os desafios da área são muitos, mas com conhecimento poderemos superá-los. Neste evento, queremos lançar uma luz nesse caminho, sempre com base na qualidade, segurança e sustentabilidade", afirmou.
Na abertura do evento, o presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Cristiano Caixeta, lembrou que, em janeiro deste ano, durante a convenção do CBO, recebeu da oftalmologista e vice-presidente do Sindhoesg, Márcia Toledo, o convite para ser parceiro do Sindicato na promoção do Health Meeting e ficou muito grato por colaborar com a realização deste grande encontro.
Haikal Helou, presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), outra instituição parceira do Sindhoesg na realização do evento, destacou a importância do Health Meeting, inclusive como um marco na história do Sindicato, que completa 41 anos em 2022.
O diretor de Planejamento e Governança da Unimed Goiânia, Weimar Canguçu Barroso de Queiroz, destacou a importância do Health Meeting para o debate do cenário da saúde suplementar e do paciente no centro deste negócio. Presidente do Conselho de Administração da Sicoob UniCentroBR, Clidenor Gomes Filho, também saudou os participantes.
O secretário Estadual de Saúde, Sandro Rodrigues, representou o governador Ronaldo Caiado, na abertura do encontro, e o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, foi representado pelo secretário Municipal de Saúde, Durval Pedroso. Ambos elogiaram a iniciativa do evento, parabenizaram a organização e a importância do debate da inovação, tecnologia e da gestão na área da saúde
Saúde fragmentada
A primeira mesa do evento abordou o tema "Saúde Fragmentada", com a palestra inicial de Marcelo Minutti, CEO do InLabs Jornadas de Aprendizagem e Inovação. Ele explicou que o conceito de saúde fragmentada é a situação em o paciente não é conduzido por nenhum caminho para suas escolhas. Quando sente algum sintoma, ele mesmo deve buscar saber com qual especialista se consultar.
Além disso, segundo ele, as instituições de saúde ainda trabalham como um sistema de linha de produção, com diferentes tipos de abordagem, da primária à terciária, de acordo com o grau de gravidade dos atendimentos.
"O cuidado com o paciente é fragmentado, pois cada um está olhando para um pedaço", resumiu. Esse tipo de atendimento, de acordo com Marcelo, não é escalonável mas, sempre que há um problema, surge espaço para soluções e inovações. Isso já foi visto pelas Big Techs, que estão investindo na mudança do sistema "sick care" para o "health care", ou seja, investir mais em cuidados com a saúde dos beneficiários e evitar doenças, que são onerosas aos sistemas.
São aplicativos e recursos tecnológicos que dão ao paciente as informações necessárias para que eles entendam qual o caminho a ser guiado.
"Essas iniciativas de saúde são o futuro? Não sei, mas tudo isso que está acontecendo hoje servirá de estímulo lá na frente. Por isso, é preciso se fazer perguntas: recolher mais dados biométricos do paciente tornará os serviços mais fáceis? O sistema de diagnóstico domiciliar irá impactar os negócios? O sistema direct-to-consumer abrirá novas oportunidades? A gente percebe que as rupturas estão acontecendo cada vez mais rápido. Então, olhem para essas questões e saibam que existem oportunidades nelas", alertou ele.
O paciente no centro
O seguinte palestrante foi o diretor do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e presidente da Sociedade Brasileira de Administração em Oftalmologia (SBAO), Frederico Pena.
Ele iniciou sua fala mostrando dados de como os pacientes brasileiros estão insatisfeitos e, por isso, toda inovação e reflexão deve ser realizada com o aspecto humano no centro. "Não adianta ter um mega aplicativo que irá analisar a minha pele, se eu ficar confuso na minha casa sem ter um diagnóstico feito por um profissional. Precisamos também de médicos bem treinados", ressaltou o diretor, que apresentou ainda os números de médicos recém-formados a cada ano.
Frederico mostrou a fragmentação das operadoras de saúde, mas nem todas com atendimentos baseados na qualidade. Portanto, a visão de futuro do CBO é ter um sistema de saúde em que a remuneração dos profissionais seja focada na eficiência. As estratégias seriam: alocação de serviços de acordo com a complexidade; definição de indicadores de desfechos clínicos e negociação entre prestadores e pagadores focada em eficiência.
O novo paradigma na relação entre operadora e prestador de saúde
Os desafios dos pagamentos e outros aspectos da relação entre as operadoras de saúde foi o tema tratado por Adriano Londres, empreendedor na empresa de consultoria técnica Arquitetos da Saúde.
Com uma descrição detalhada do cenário mercadológico vivido pelo Brasil na última década, ele apresentou ainda debates e projetos divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que abordavam a remuneração baseada em valor.
Porém, vários fatores mudaram com a pandemia de Covid-19 e a situação socioeconômica piorou, com custos de vida subindo, desemprego alto e inflação. A partir disso, observou-se que quem conseguiu crescer, um pouco, nesse período foram as empresas de pequeno porte.
Portanto, de acordo com Adriano, o novo paradigma não é positivo. "A reflexão que a gente tem é que o mundo mudou e nós fizemos muito pouco para superar as dificuldades". Porém, existem caminhos que podem driblar todos esses problemas, como firmar parcerias estratégicas.
"Talvez a grande mudança de paradigma seja essa: alterar as nossas atitudes. Temos deixado a desejar quanto à cadeia produtiva e precisamos fazer mais e melhor. Vamos ver o que o tempo nos reserva a respeito disso".
Revolução digital
Não é segredo que todos os campos econômicos estão passando por uma evolução digital. Na saúde, isso não é diferente, como mostrou Alexandre Taleb, coordenador do Núcleo de Medicina e Telessaúde da Universidade Federal de Goiás (UFG).
"Hoje, nós colhemos os frutos das tecnologias que vinham sendo desenvolvidas há 10 e 15 anos", relatou ele, que apresentou um vídeo acerca de uma instituição de saúde totalmente interligada com serviços digitais e como eles podem melhorar a experiência do paciente.
A palestra também foi ministrada por Chao Lung Wen, chefe da disciplina de Telemedicina da Universidade de São Paulo (USP) e líder do grupo de pesquisa em Telemedicina e Health da mesma instituição.
“Até 2014, impressão 3D, robótica e casas inteligentes eram assuntos de ficção científica. Hoje, oito anos depois, não é mais assim. Portanto, também devemos nos preparar para a saúde de 2030. Lá, não estaremos mais falando em 5G, mas, sim, em 6G, quando não haverá fronteiras entre o mundo real e o digital", descreveu Chao Lung.
Para vivenciar essa nova realidade, será necessário formar profissionais capacitados. Afinal, de acordo com ele, estamos na curva da hiperconectividade, hiper-realidade (aumentada, imersiva e virtual) e também a hiper-presença (a robótica como uma forma complementar de cuidar da saúde).
"A saúde conectada será aquela sem distância. Em 2030, ninguém mais poderá dar a desculpa de que não acompanhou o paciente porque estava viajando". Em meio a tudo isso, de acordo com Chao, iremos ainda encarar o cenário de uma população envelhecida, com mais idosos do que crianças. Isso exigirá uma promoção de saúde com base na qualidade de vida. "Teremos que reorganizar o nosso sistema não só para cuidar bem dos doentes, mas para estimular a qualidade de vida".
O turismo de saúde e bem-estar
O turismo não é só lazer, é economia e geração de emprego, de acordo com Fabrício Amaral, secretário de Turismo do Estado de Goiás. A maior rentabilidade da área é a organização de eventos.
Nos últimos anos, um setor que vem se despontando, de acordo com ele, é o turismo de bem-estar. Em Goiás, por exemplo, há a Chapada dos Veadeiros, onde as pessoas buscam o contato com a natureza e experiências diferentes.
"Nós temos boas características, no Estado de Goiás, para todas essas demandas. Em Rio Quente, existem pessoas que auxiliam nos valores agregados da água quente. Muita gente já percebeu isso e está criando serviços para receber esses turistas".
Porém, a cadeia produtiva de saúde e a de turismo ainda não estão totalmente interligadas. É preciso analisar se os hotéis, restaurantes, táxis e motoristas de aplicativos estão preparados para as necessidades específicas de turistas da saúde.
Saúde baseada em valor
A saúde deve priorizar a entrega de desfechos importantes para os pacientes, mas com os custos adequados, de acordo com César Abicalaffe, presidente do Instituto Brasileiro de Valor em Saúde (IBRAVS).
No entanto, colocar valor em saúde é algo complexo, pois é preciso fazer com que o médico deixe a função de espectador e passe a ser o protagonista, mas sempre colocando os cuidados com o paciente no centro, deixando de lado o modelo de remuneração por produção que, de acordo com o especialista, apenas "vende a doença".
Para esse pagamento em performance, é preciso, antes, saber medir os fatores envolvidos do jeito certo. É importante analisar a experiência do beneficiário; a qualidade de vida resultante de um tratamento; e indicadores que medem o desfecho clínico, sendo que esses também precisam ser relatados pelo médico e também pelo paciente.
Saúde e economia
Os impactos do atual cenário socioeconômico na saúde foram apresentados por André Medici, Senior Health Economist. Afinal, ainda que a economia esteja em retração, o impacto da Covid-19 em 2022 não foi tão grande, mesmo com a onda da variante Ômicron.
Por outro lado, a guerra na Ucrânia e a consequente crise energética e alimentar criam um processo difícil de recuperação econômica, o que também afeta os fluxos de saúde. "Os próximos anos serão marcados pelo crescimento da inflação e das taxas de juros, que estão retornando aos patamares iguais aos de 20 anos atrás", explicou.
Com todos esses desafios, os mercados precisam buscar soluções. "A saúde passa por um processo de renovação para evitar que os custos continuem a crescer e que consiga se organizar de maneira mais barata". Ele acrescentou que a inflação está trazendo recordes nos planos de saúde, sejam eles individuais ou coletivos.
Com dados, o especialista mostrou que o Brasil ainda gasta pouco com saúde, apesar do leve crescimento nos investimentos gerados pela pandemia. Portanto, de acordo com André Medici, ainda é uma grande questão como o mercado de saúde irá reagir. Porém, todas essas perguntas têm o potencial de levar às inovações, como por meio das startups. "As crises são formas de reorganizar a sociedade".
O novo mercado da saúde
O Health Meeting 2022 foi finalizado com uma palestra que resumiu todos os debates realizados durante o dia. O físico e sócio da Innovatrix, Clemente Nóbrega, foi convidado para falar sobre o novo mercado da saúde.
"Todos esses temas encontram um ponto de convergência em algo irreversível, a saúde deixa de ser focada na produção em si para se transformar em uma atividade que parte do conhecimento das necessidades dos usuários para construir suas soluções", afirmou ele, que ressaltou que essas mudanças já estão acontecendo.
Isso significa uma inversão na maneira de atuar, pois o caminho que era traçado até então é insustentável, uma vez que os contratos não levavam em consideração as especificidades dos indivíduos, como aqueles com diferentes problemas crônicos.
Isso é agravado pelas mudanças demográficas, com uma população mais velha. "Hoje, os pacientes crônicos são os responsáveis pelo desequilíbrio dessa lógica antiga".
Para essa nova conduta, Clemente Nóbrega concorda que é preciso ter mais atenção às preocupações dos pacientes, principalmente em relação aos desfechos que envolvem a qualidade de vida. “Não pode ser o hospital quem irá dizer que o desfecho foi bom. Temos que perguntar ao indivíduo que se submeteu aos tratamentos. Isso acontece em todos os setores. Por que não no de saúde?”, finalizou.
Pré-meeting
Antes destas apresentações, no período da manhã, o público reunido no Centro Cultural Oscar Niemeyer acompanhou com atenção a programação do pré-meeting. O encontro debateu a importância da “gestão” na formação do médico do século XXI; empresa júnior na área médica: oportunidades e dificuldades; 5 Forças de Porter e sua aplicação na prática médica e o novo gestor: médico gestor, enfermeiro empresário e novos modelos de gestão
A experiência do paciente também foi debatida. Uma das convidadas para falar sobre o assunto foi Carla Ledo, que abordou o tema “A experiência na íntegra é possível?”. A mesa debateu aindam a “Atenção integral em saúde: alta, pós alta e readmissão” e “Experiência em cardiologia”.
Brindes
Nos intervalos do evento, houve o sorteio de brindes e, no encerramento, todos puderam se confraternizar durante um coquetel e ao som de uma animada banda.
Na Mídia
Professores e alunos da Escola de Ciências Médicas e da Vida da PUC Goiás foram ao Health Meeting
https://www.youtube.com/watch?v=9A8SARBZRZk
Perdeu algo ou que rever o Health Meeting?
Basta acessar: https://www.youtube.com/watch?v=mxsCUUiocFs
Fonte: Sindhoesg