Imprensa (2316)
Associados da Ahpaceg vão retomar o atendimento pelo Imas na segunda-feira,7
Escrito por Administrador
Hospitais, clínicas de imagem e bancos de sangue associados da Ahpaceg vão retomar o atendimento aos cerca de 80 mil usuários do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores (Imas) provisoriamente a partir desta segunda-feira, 7 de fevereiro. A suspensão do serviço tinha sido anunciada no dia 2, diante da inviabilidade de manutenção do atendimento devido aos atrasos nos pagamentos que, em alguns casos, se arrastam há cinco meses, e à falta de acordo com a diretoria do Instituto.
Na sexta-feira, 4, representantes da Ahpaceg reuniram-se com o novo presidente do Imas, Jeferson Leite da Silva, nomeado na mesma data. Eles explicaram a cronicidade dos atrasos, a instabilidade na relação com o órgão em função da grande rotatividade da diretoria e a dificuldade da manutenção dos atendimentos.
O novo presidente pediu um voto de confiança e se comprometeu a quitar os pagamentos em atraso até quarta-feira, 9. Os associados decidiram dar esse voto de confiança à palavra de Jeferson Leite da Silva e retomarão o atendimento até o dia 9. Se o compromisso for cumprido, a assistência voltará ao normal.
Associados da Ahpaceg vão retomar o atendimento pelo Imas na segunda-feira
Escrito por Administrador
Hospitais, clínicas de imagem e bancos de sangue associados da Ahpaceg vão retomar o atendimento aos cerca de 80 mil usuários do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores (Imas) provisoriamente a partir desta segunda-feira, 7 de fevereiro. A suspensão do serviço tinha sido anunciada no dia 2, diante da inviabilidade de manutenção do atendimento devido aos atrasos nos pagamentos que, em alguns casos, se arrastam há cinco meses, e à falta de acordo com a diretoria do Instituto.
Na sexta-feira, 4, representantes da Ahpaceg reuniram-se com o novo presidente do Imas, Jeferson Leite da Silva, nomeado na mesma data. Eles explicaram a cronicidade dos atrasos, a instabilidade na relação com o órgão em função da grande rotatividade da diretoria e a dificuldade da manutenção dos atendimentos.
O novo presidente pediu um voto de confiança e se comprometeu a quitar os pagamentos em atraso até quarta-feira, 9. Os associados decidiram dar esse voto de confiança à palavra de Jeferson Leite da Silva e retomarão o atendimento até o dia 9. Se o compromisso for cumprido, a assistência voltará ao normal.
AHPACEG NA MÍDIA - Atendimento ao Imas é suspenso
Escrito por AdministradorMAIS GOIÁS
https://www.maisgoias.com.br/hospitais-e-clinicas-privadas-de-goias-suspendem-convenio-com-imas/
Hospitais e clínicas privadas de Goiás suspendem convênio com Imas
Rede de hospitais e clínicas privadas diz que dívidas estão em atraso há cinco meses, mas Imas nega
A Associação de Hospitais Privados de Goiás (Apahceg) comunicou nessa quarta (2) que suspendeu o atendimento a usuários do Instituto Municipal de Assistência aos Servidores da prefeitura de Goiânia (Imas).
A Apahceg afirma que o Imas tem dívidas com prestadores de serviço em atraso há mais de cinco meses. Entre os prestadores, há hospitais, clínicas e bancos de sangue. Somente os atendimentos de urgência e emergência e aqueles já agendados serão mantidos.
“A medida é extrema, mas se faz necessária diante da inviabilidade da manutenção da assistência, que tem um custo elevado, e da falta de compromisso por parte do Imas, que tem causado sérios prejuízos aos prestadores”, diz a nota.
A associação afirma ainda que suspendeu o atendimento aos usuários do instituto “após inúmeras tentativas” de negociação e que os prestadores de serviço continuarão abertos ao diálogo.
O que diz o Imas
O Imas contesta a acusação da Apahceg de que há débitos em aberto há cinco meses. Reconhece que há pendências, mas pondera que são pontuais e restritas a poucos estabelecimentos. E que todos eles já foram procurados pela direção para negociar.
O instituto afirma também que, do ponto de vista legal, a rede de hospitais, clínicas e bancos de sangue privados não pode interromper o convênio como interrompeu, porque o contrato prevê notificação e prazo de um mês para o Imas contornar a situação. Só então, diz o órgão, é que pode acontecer o distrato.
“Essa notícia nos causou surpresa. Não fomos comunicados oficialmente. Pelo que rege o contrato, eles tem que nos notificar e, depois disso, tem que se passar 30 dias para se paralisar o serviço”, diz o presidente do Imas, Júnior Café. “Sobre os pagamentos, nós fizemos as tratativas para que tão logo a gente retome os repasses e os serviços voltem à normalidade.
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DIÁRIO DE GOIÁS
Cinco meses de atraso fazem Ahpaceg suspender atendimento pelo Imas que contesta
A Associação dos Hospitais de Privados de Alta Complexibilidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) anunciou nesta quarta-feira (02/02) a suspensão de atendimento pelo Instituto da Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais (Imas). A justificativa são mais de cinco meses de atraso pelos serviços prestados. A decisão alcança hospitais, clínicas e bancos de sangue associados e impacta aproximadamente 80 mil usuários. De acordo com o Imas, cinco instituições estão com situação irregular, mas já “sob crivo de análise por apresentar documentação destoante dos serviços prestados”.
Com a suspensão, apenas os atendimentos de urgência, emergência e os agendados serão mantidos. “A medida é extrema, mas se faz necessária diante da inviabilidade da manutenção da assistência, que tem um custo elevado, e da falta de compromisso por parte do Imas, que tem causado sérios prejuízos aos prestadores”, pontua a Ahpaceg.
De acordo com a entidade, a medida se dá após diversas conversas, sem sucesso em todas elas. “A suspensão do atendimento acontece após inúmeras tentativas de negociação com a diretoria do Imas. Os prestadores seguem abertos ao diálogo e na expectativa que o problema seja sanado e que os usuários possam voltar a ser atendidos”, destaca.
O presidente do instituto, Júnior Café contesta a associação e diz que sequer foram notificados. Ele também explica que a quebra de contrato pode ser alvo de questionamento jurídico. “Na verdade, essa notícia de que os filiados da Ahpaceg vão causar essa atitude nos causou surpresa pela atitude em si. Não fomos comunicados oficialmente. Pela questão contratual eles tem que nos notificar e após a notificação eles têm trinta dias para paralisarem os serviços. Após sermos notificados a gente aguarda que aí sim eles paralisem os serviços” explica.
As tratativas para uma resolução estão sendo feitas e há um encaminhamento para que isso aconteça em breve. “Em referência a questão dos pagamentos, fizemos todas as trativas e encaminhamos à secretaria de Governo e de Finanças para que tão logo retomemos esses pagamentos e tenhamos os trabalhos dentro da normalidade”.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Testes positivos de Covid-19 chegam a 60%
Em um mês, Ômicron faz média de mortes por covid-19 subir 566% no Brasil
Dengue se espalha e pressiona serviços de saúde em cinco Estados
Goiás registra 13,5 mil novos casos de covid-19 em 48 horas
Bebê de um ano e quatro meses morre com covid-19 no Distrito Federal
Prefeitura amplia medidas restritivas por 15 dias e inclui “forte recomendação” de comprovação de vacinação contra Covid-19
Goiânia registra mais de 900% de aumento nos casos de dengue segundo Secretaria Municipal de Saúde
MP investiga conduta de delegado que prendeu médico por não priorizá-lo em atendimento
Família denuncia que bebê teve osso quebrado durante parte em maternidade de Aparecida
Hospitais e clínicas privadas de Goiás suspendem convênio com Imas
Cinco meses de atraso fazem Ahpaceg suspender atendimento pelo Imas que contesta
FOLHA DE S.PAULO
Testes positivos de Covid-19 chegam a 60%
Levantamento de associação mostra que em janeiro houve aumento na busca por exames de coronavírus no país
São PAULO A taxa de positividade dos exames para Covid em janeiro chegou a 60% nos laboratórios de diagnóstico ligados à Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), entidade que reúne serviços em todos os estados do país. Isso significa que, a cada dez testes realizados nos laboratórios associados, seis foram positivos para o coronavírus.
Esse índice foi registrado na última semana do mês, encerrada no dia 30. Foram feitos no total 390 mil exames entre os dias 24 e 30. A Abramed estima reunir em seu levantamento 65% dos testes feitos no Brasil.
Segundo divulgou a associação nesta quarta-feira (2), o quantitativo de testes da última semana do mês representa um aumento de 18% em relação à semana anterior, quando haviam sido realizados 320 mil exames.
Por outro lado, a busca por exames de gripe, ocasionada por uma epidemia do vírus influenza A H3N2 entre dezembro e janeiro, caiu 12% no mesmo período, com 150 mil testes para o vírus da gripe realizados na última semana do mês. A taxa de positividade para influenza também baixou no intervalo: foi de 7, 7% para 2, 8%.
O pico de casos confirmados de gripe, de acordo com o levantamento, foi na última semana de dezembro, quando a taxa de positividade chegou a 41%, situação que já se estabilizou no mês de janeiro.
Segundo a diretora-executiva da Abramed, Milva Pagano, o arrefecimento da epidemia de gripe é bem evidenciado nos dados da última semana de janeiro.
'Estamos monitorando semanalmente os números de exames e vimos com os resultados até o dia 30 um claro ar refecimento do surto de gripe, ao mesmo tempo que os exames para Covid continuam aumentando, bem como a taxa de positividade', afirma.
A procura simultânea por exames de Covid e influenza no início do ano fez com que farmácias e laboratórios ficassem sem testes para os dois vírus respiratórios, e a liberação do laudo de exames em hospitais públicos e privados estava demorando até sete dias.
Como mostrou reportagem da Folha, a busca por atendimento médico na capital de São Paulo levou a longas filas de espera e falta de exames nos laboratórios. Os testes realizados em farmácias com resultado positivo para Covid-19 saltaram de 500 para 5. 000 no final do ano, um aumento de 5% de positividade para 17%.
Por conta da alta demanda, a Abramed chegou a orientar que apenas pacientes em estado grave buscassem os testes. Nesta quarta-feira, a entidade afirmou que os estoques de testes estão sendo repostos e que algumas regiões já apresentam normalidade no atendimento.
A liberação dos insumos é feita pela diretoria de portos e aeroportos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e, segundo a Abramed, a agência tem facilitado o aval a reagentes importados. '
A Abramed vem acompanhando o cenário diariamente e informará a respeito de atualizações', disse, em nota, a entidade.
Vimos [. . . ] um claro arrefecimento do surto de gripe, ao mesmo tempo que Os exames para Covid continuam aumentando, bem como a taxa de positividade Milva Pagano diretora executiva da Abramed
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AGÊNCIA ESTADO
Em um mês, Ômicron faz média de mortes por covid-19 subir 566% no Brasil
Apesar de considerada menos letal, a variante Ômicron do coronavírus fez a média móvel de mortes pela doença aumentar 566% no último mês, saltando de 98 para 653 óbitos diários nesta quarta-feira (2/2). Mesmo com mais de 70% da população brasileira já imunizada com duas doses ou a vacina de aplicação única, a alta transmissibilidade da cepa tem aumentado as internações em leitos de enfermaria e UTI, enquanto gestores de saúde apontam que a maioria dos quadros graves está concentrada em idosos, pessoas com comorbidades e não vacinados.
"A subida foi bem lenta na primeira (onda), rápida na segunda e meteórica com a Ômicron", explica Luiz Carlos Zamarco, secretário adjunto de Saúde de São Paulo. "A partir daí, a curva de internações e infecções se estabilizou, com casos de menor complexidade, o que facilitou o giro de leitos", diz. "Hoje temos de maneira clara que podemos estar muito próximos do chamado platô, para que entre 15 e 20 de fevereiro haja estabilidade", explica o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido.
Segundo ele, um terço dos óbitos pelo coronavírus é de pessoas que não completaram o esquema vacinal. O restante ele atribui a pacientes com alguma comorbidade grave, cujo quadro é agravado pela covid. Esse é o mesmo perfil dos óbitos que têm impulsionado a média móvel da Bahia. Nesta quarta, o Estado registrou 45 mortes por covid, o maior total diário desde 7 de agosto - e a média móvel de casos ativos e novas notificações gira em torno dos 30 mil, o maior patamar de toda a pandemia.
"Temos mais casos, porém um quarto dos óbitos de março do ano passado", observa Izabel Marcílio, coordenadora de Operações de Emergência. O cenário se repete no Distrito Federal, onde a letalidade é menor, mas a alta nas transmissões tem pressionado as unidades de atendimento primário e desfalcado equipes médicas. "Essa característica avassaladora de transmissibilidade é sem precedentes", diz Fernando Erick Damasceno, secretário adjunto de Saúde.
Dos 40 óbitos por covid deste ano, Damasceno afirma que 34 foram em pessoas que não completaram o esquema vacinal. No Mato Grosso do Sul, a onda de transmissão tem forçado o Estado a abrir novos leitos para dar conta da demanda. Cerca de 30% dos profissionais da saúde se infectaram com a nova variante. "Para um Estado pequeno como o nosso, isso é muito", diz Geraldo Resende, secretário estadual de Saúde.
Incerteza
Em todos os Estados, a expectativa é de que esse aumento em óbitos, internações e novos casos permaneça pelas próximas duas semanas, até atingir um platô. Mas isso não significaria o fim da pandemia. "Estaríamos mais uma vez vencendo uma etapa, fazendo com que todas as pessoas sejam atendidas e medicadas", frisa Aparecido. A incerteza se explica pela ausência de parâmetros como a taxa de positividade, explica Isaac Schrarstzhaupt, analista de dados e coordenador na Rede Análise Covid-19, formada por pesquisadores voluntários. Essa taxa é obtida quando se divide o número de testes positivos pelo número de testes realizados. "Isso permite prever a tendência do comportamento da doença. Se tivéssemos, poderíamos apostar no pico ou no platô", diz. No País, porém, a testagem é baixa Para a epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Ethel Maciel, a desigualdade nos índices de vacinação entre os Estados é outro fator a dificultar predição. "Acredito que em alguns Estados como o Rio já passamos pelo pico, mas há uma diferença de desenvolvimento da Ômicron e da vacinação pelo País de pelo menos de duas a três semanas", afirma. "Acabamos olhando para dados de outros países em que essa variante levou de 25 dias a 45 dias para atingir o pico." A falta de investimentos federais em campanhas de divulgação da necessidade de reforço na vacinação também não contribui, diz a epidemiologista . "A gente já sabia que seria preciso a dose de reforço para essa variante e ainda estamos muito atrás, com porcentual muito baixo quando comparado com outros países como o Reino Unido e a Dinamarca, que começam a retirar as restrições", afirma.
Srag
O diagnóstico do Infogripe, da Fiocruz, divulgado ontem, também não é animador. Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) têm sinal forte de crescimento nas tendências de longo prazo (seis semanas) e de curto prazo (três semanas). Essa tendência deve se manter em 23 Estados brasileiros. Do total, quase 80% dos casos neste ano são decorrentes da covid-19. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Agência Estado)
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Dengue se espalha e pressiona serviços de saúde em cinco Estados
Alagoas, Rio Grande do Sul, Tocantins e cidades do interior paulista também relatam alta
Por José Maria Tomazela
Em ao menos cinco Estados, os casos de dengue têm aumentado no rastro do recente avanço da covid-19. Em Minas Gerais, as infecções por dengue cresceram 94% em uma semana. Alagoas, Rio Grande do Sul, Tocantins e cidades do interior paulista também relatam alta.
Especialistas preveem que 2022, já marcado pelos recordes do coronavírus por causa da variante Ômicron, será um ano de maior incidência de dengue. Gestores alertam ainda para o risco de confusão nos diagnósticos, uma vez que há sintomas similares, como febre e dor no corpo.
Depois das chuvas, em menos de uma semana os casos de dengue praticamente dobraram em Minas. Em 20 de janeiro, a Secretaria de Saúde do Estado notificou 178 casos. Já no dia 26, o número subiu para 347: alta de 94%. Já os casos de chikungunya tiveram uma alta ainda maior, de 192%, passando de 27 para 79 no mesmo período. Houve ainda seis casos prováveis de zika no Estado, sem registro de óbito por essas doenças.
Conforme a coordenadora de Vigilância das Arboviroses da pasta, Danielle Capistrano, não está excluído o risco de epidemia no período sazonal da doença, que começou em dezembro e vai até junho. A gestora lembra que o elevado volume de chuvas, aliado à temperatura alta, pode ter aumentado os focos de criadouros do mosquito transmissor, Aedes aegypti.
Segundo ela, Minas teve ciclos epidêmicos de dengue a cada três anos, desde 2010, sendo o último em 2019. Um novo período de alta nos casos pode acontecer em 2022, por isso a necessidade de se manter o alerta. O governo deve repassar R$ 40 milhões aos municípios para ações de controle.
Em Alagoas, os casos subiram de 65 em dezembro para 119 em janeiro. “Com as chuvas, os mosquitos encontram mais pontos de água parada, onde se reproduzem, o que impacta nos índices de infestação nos municípios”, informou a Secretaria de Saúde local Como dengue e covid têm sintomas parecidos, a pasta recomenda que, em caso de febre, dores no corpo e de cabeça, deve ser procurado atendimento médico, pois as duas doenças são graves.
Conforme a pesquisadora da Fiocruz Claudia Codeço, a infecção pela covid não evita que a pessoa tenha também a dengue, mas representa risco maior para os que estão infectados. “Esses vírus estão circulando pelos mesmos locais, o que pode gerar dificuldade de diagnóstico e de tratamento oportuno das pessoas, tanto na covid, quanto na dengue. Vai ter impacto em ambas, pois são doenças cuja eficácia no tratamento depende de um diagnóstico o mais oportuno possível”, diz.
No Rio Grande do Sul, os casos de dengue mais que dobraram em 2021, em relação ao ano anterior (10.149 infecções, ante 3,6 mil). Este ano, foram registrados 75 casos nas duas primeiras semanas de janeiro, segundo o último boletim epidemiológico. A Secretaria de Saúde de Porto Alegre enviou alerta à rede de saúde, após constatar algo índice de infestação do Aedes em 21 bairros.
O Tocantins monitora 71 municípios por risco da epidemia de dengue – 51 em alerta diante da alta infestação predial pelo mosquito. Segundo a o governo local, 66% das cidades tocantinense estão vulneráveis a epidemias de dengue, zika e chikungunya – as três causadas pelo Aedes.
SP elabora protocolo
No Estado de São Paulo, embora o pico da dengue seja normalmente em abril, foram registrados 2.028 casos e um óbito em janeiro, além de cinco casos de chikungunya. No segundo semestre de 2021, a Secretaria de Saúde do Estado elaborou um protocolo com diretrizes para suspeita clínica, diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos casos dessa doença, que tem sintomas parecidos com os de covid-19.
No interior, as prefeituras de Araçatuba, Andradina e Birigui manifestaram preocupação com o possível impacto da dengue nos hospitais e postos de saúde, já lotados de pacientes de covid e da gripe. O temor é de que as chuvas e o calor antecipem o aumento nos focos de Aedes – as três cidades intensificaram as ações de combate ao transmissor.
Dos 11 municípios da região de Andradina, dez estão com índice de infestação do Aedes entre os mais elevados do País. Com cerca de 200 mil habitantes, a região registrou mais de 6,6 mil casos em 2021. A taxa de incidência está seis vezes acima da média estadual.
Outras cidades com rede hospitalar pressionada pelo coronavírus, São José do Rio Preto, Tatuí e Campinas reforçaram ações contra a dengue. Rio Preto viu cresceu em 187% os casos de dengue de 2020 para 2021 (de 7.252 para 20.803), a maior incidência no interior. Em dezembro, agentes da saúde encontraram larvas do mosquito em 5% dos imóveis visitados na cidade.
Em Tatuí, 20.521 tiveram dengue em 2021, um salto em relação ao ano anterior (342). A prefeitura informou que uma equipe 12 de visitantes sanitários e 17 agentes de controle de endemias faz vistoria em casas e comércio.
Pandemia afetou prevenção
A covid-19, segundo Cláudia Codeço, afetou a prevenção e o controle da dengue nos dois últimos anos, pois exigiu que toda a estrutura de saúde fosse direcionada para fazer frente à crise sanitária. “Houve grande impacto e, agora, é necessário recuperar as estruturas e os recursos que estavam alocados para o monitoramento e controle das arboviroses, e que foram redirecionados para a pandemia. É preciso fazer isso de forma urgente, especialmente agora, no início da temporada de dengue”, defende.
Embora o foco dos governos na área de saúde ainda esteja na covid, alguns Estados e a União já se preocupam com o avanço simultâneo da dengue. No fim de 2021, ao lançar a campanha “Combata o mosquito todo dia”, mobilizando a população para evitar novas epidemias de dengue, o Ministério da Saúde alertou para o risco de confusão entre os diagnósticos.
“Os principais sintomas da dengue são febre alta maior que 38,5 graus, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite e manchas vermelhas no corpo. Ao apresentar qualquer desses sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnosticar e tratar adequadamente”, afirmou o ministério.
Já os sintomas de covid, segundo a pasta, são principalmente febre, tosse seca, cansaço, dores e desconforto, dor de garganta, diarreia, conjuntivite, dor de cabeça, perda do paladar e olfato, e erupção cutânea.
“O diagnóstico da dengue é clínico e feito por um médico. Ele é confirmado por exames laboratoriais de sorologia, de biologia molecular e de isolamento viral, ou confirmado com teste rápido. A melhor forma de prevenir a doença é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando focos, evitando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros”, observou a pasta da Saúde.
Fiocruz
Indicadores do InfoDengue, serviço de monitoramento de arboviroses desenvolvido por pesquisadores da Fiocruz e da Fundação Getulio Vargas (FGV), apontam a região Sul do País, o interior de São Paulo e a região entre Goiânia e Palmas como áreas de atenção para a dengue em 2022. O mapa crítico para possível expansão da doença inclui o Distrito Federal, a Amazônia e alguns municípios isolados da Bahia e do Ceará. No sul, o norte e o oeste paranaense e cidades de Santa Catarina, como Joinville, o Aedes aegypti circula bastante.
Conforme Claudia Codeço, que coordena o serviço, surtos registrados no ano passado podem indicar que o vetor está se adaptando às alterações climáticas. “A dengue, de natureza urbana, está se expandindo para áreas mais rurais, com cidades menores, para o interior da Amazônia e para regiões Centro-Oeste e Sul do País. Especialmente no Sul, encontramos nos últimos anos um aumento nos surtos de dengue em cidades de pequeno e médio porte”, disse. Segundo ela, o mosquito tem capacidade de adaptação e pode levar vários anos para se introduzir e se manter de forma sustentável em novas regiões.
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A REDAÇÃO
Goiás registra 13,5 mil novos casos de covid-19 em 48 horas
Goiás registrou 13.522 novos casos de covid-19 nas últimas 48 horas, segundo dados divulgados na tarde desta quarta-feira (2/2) após instabilidade no sistema API (Application Programming Interface), do Ministério da Saúde, na terça-feira (1º/2), conforme foi informado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).
Ainda segundo a SES-GO, o Estado registrou 51 óbitos provocados pela covid-19 nas últimas 24 horas. Com as atualizações, o território goiano contabiliza 1.050.619 casos do novo coronavírus e 25.101 mortes confirmadas em consequência da doença desde o início da pandemia. A taxa de letalidade do vírus é de 2,39%.
Além disso, a SES-GO investiga outras 725.964 infecções e 413 óbitos para saber se há alguma ligação com o novo coronavírus. Conforme os dados da pasta, 1.003.542 pessoas se recuperaram da doença em Goiás.
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Bebê de um ano e quatro meses morre com covid-19 no Distrito Federal
Um bebê de um ano e quatro meses morreu em Brasília com complicações causadas pela covid-19. A criança estava internada no Hospital da Região Leste (HRL), no bairro Paranoá, na capital federal, e faleceu pela somatização de quadro respiratório agudo e parada cardiorrespiratória. O caso ocorreu no início desta semana.
A criança deu entrada no hospital com "suspeita diagnóstica de pneumonia", mas, em poucas horas, o quadro se agravou para instabilidade respiratória. Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que deu início ao tratamento da crise respiratória com antibióticos e oxigenação, via cateter nasal, enquanto aguardava o resultado do teste de covid-19.
De acordo com a pasta, a criança respondeu bem aos procedimentos iniciais, porém, a instabilidade na respiração demandou a mudança de suporte respiratório para ventilação não invasiva. Ainda segundo as autoridades do Distrito Federal, a criança foi inserida na fila de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com classificação de prioridade 2, indicada para pacientes que necessitam de suporte ventilatório, porém sem intubação.
O Distrito Federal atingiu nesta quarta-feira, 2, taxa de 94,74% de ocupação dos leitos de UTI. Os dados de hoje na região leste, onde a criança morreu, não estão disponíveis na plataforma da Secretaria de Saúde que reúne os dados. Apesar da adoção dos protocolos conforme a evolução do caso, a partir das 18h da segunda (31/1), "houve piora abrupta em seu quadro clínico". Logo na sequência, a criança sofreu parada cardiorrespiratória e foi submetida ao processo de reanimação por 40 minutos. Segundo o Governo do Distrito Federal, "apesar de todos os esforços protocolares da equipe médica, a criança foi a óbito".
Somente depois da morte foi confirmado que a criança testou positivo para covid-19. Dados no site da Secretaria de Saúde do DF mostram que na tarde desta quarta só há um leito de UTI disponível na rede pública da unidade federativa. A vaga está aberta no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). Em contrapartida, não há leitos pediátricos vagos.
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JORNAL OPÇÃO
Prefeitura amplia medidas restritivas por 15 dias e inclui “forte recomendação” de comprovação de vacinação contra Covid-19
Por Dayrel Godinho
Medidas foram anunciadas pelo secretário de Saude, Durval Pedroso, que editará uma nota técnica com a recomendação para que os estabelecimentos exijam o documento comprobatório
O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) adiou nesta quarta-feira, 2, o decreto que mantém a Situação de Emergência em Saúde Pública por causa da pandemia de Covid-19 com a ampliação das restrições na capital pelos próximos 15 dias. O Executivo, inclusive, incluiu entre as medidas emergenciais para o enfrentamento à pandemia uma “forte recomendação” para que os estabelecimentos exijam a comprovação de vacinação contra o Coronavírus.
A recomendação será feita por meio de uma nota técnica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que será publicada junto pela pasta cujo titular, o secretário Durval Pedroso, reitera que o caráter neste momento é totalmente educacional. “É uma forte sugestão técnica, para que os estabelecimentos sejam seguros”, explicou.
A princípio a medida não tem caráter obrigatório. É um compromisso feito pelo prefeito, segundo o porta-voz da Casa. neste momento, com as individualidades e com a democracia, por isso não tem caráter obrigatório. No entanto, se trata de uma medida que incentiva a exigência, porque estes estabelecimentos terão uma maior segurança. “É importante lembrar que não haverá punição sanção àquele que não cumprir as regras. É uma forte recomendação para que todos os estabelecimentos exijam e estimulem a vacinação de 100% dos frequentadores. É um compromisso do poder público com o cidadão e com o poder produtivo”, explica o secretário de Saúde.
Com o novo decreto, os locais continuam autorizados a funcionar em horário normal, salvo as restrições de lotação, distanciamento e demais medidas preventivas que foram determinadas no decreto. O limitador é de até duas mil pessoas em locais fechados e de até três mil em locais abertos (inclusive estádios de futebol), além de 60% de ocupação. Ele, porém, lembra que as medidas são uma estimulação para que os estabelecimentos funcionem. Se houver piora, a situação será repensada.
Confira abaixo como ficaram as restrições com os novos protocolos
Bares, restaurantes, casas de espetáculo, boates e similares
Os estabelecimentos seguem autorizados a funcionar seguindo rigorosamente os protocolos de distanciamento mínimo de 1,5m entre as mesas – contados de qualquer ponto de suas bordas – e respeitando a limitação de 60% da capacidade de ocupação máxima do espaço.
Fica autorizada, ainda, apresentações ao vivo, desde que o espaço para a realização permita o distanciamento de 2,25m² entre os integrantes. Sons mecânicos, bem como as performances devem respeitar os limites de volume sonoro máximo da legislação já estabelecida.
É permitido, também, a utilização de brinquedotecas e pistas de dança. O funcionamento de boates e similares, que possuírem o espaço para dança, devem respeitar a ocupação máxima de 60%.
Shopping centers e similares
Os centros comerciais, bem como galerias e shopping centers devem obedecer o limite de 60% da capacidade de lotação.
Celebrações religiosas
A realização de cultos, missas, celebrações e reuniões coletivas das organizações religiosas ficam permitidas de domingo a sábado, devendo respeitar a lotação máxima de 60% da sua capacidade de pessoas sentadas. Deve-se resguardar, para a realização de limpeza e desinfecção dos ambientes, o intervalo mínimo de 1 hora.
Estabelecimentos para recreação, prática e competições esportivas
O funcionamento de academias, quadras poliesportivas e ginásios devem respeitar a lotação máxima de 60% da capacidade de acomodação. Clubes recreativos devem restringir a capacidade máxima do espaço em 60%.
Salões de beleza e barbearias
Os estabelecimentos devem obedecer a lotação máxima de 60% da capacidade de acomodação.
Mercado Popular
O Centro Cultural Mercado Popular da 74 fica autorizado a receber apresentações musicais ao vivo, desde que permita o distanciamento de 2,25 m² entre os integrantes. O som mecânico, também, segue autorizado durante todo o período de funcionamento. O volume sonoro deve ser respeitado conforme a legislação já estabelecida.
Parque Zoológico e Parque Mutirama
Os parques recebem o público respeitando o limite máximo de 60% da sua capacidade. Os equipamentos e brinquedos do Parque Mutirama devem passar por higienização periódica, conforme os protocolos já estabelecidos. Caberá a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em conjunto com a Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer, elaborar os protocolos necessários para a realização das atividades nos locais.
Cinemas, teatros e circos
Para o funcionamento de cinemas, teatros e circos deve ser obedecido o limite de 60% da capacidade de acomodação,
Eventos sociais e corporativos
Fica autorizada a realização de eventos limitados à ocupação de no máximo 60% do espaço, obedecendo os demais protocolos estabelecidos em Nota Técnica da SMS,
com limite máximo de 2.000 mil pessoas para a realização de eventos sociais e corporativos em ambientes fechados e de 3.000 mil pessoas para a realização de eventos sociais e corporativos em ambientes abertos.
Todo funcionamento deve respeitar os protocolos de segurança já estabelecidos pela SMS.
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O HOJE
Goiânia registra mais de 900% de aumento nos casos de dengue segundo Secretaria Municipal de Saúde
Em 2022, Goiânia já registrou aumento de mais de 900% nos casos de dengue se comparado ao mesmo período de 2021, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia. Ao todo, os 2.508 casos prováveis da doença, representam um aumento de 924,2% a mais do que o registrado na terceira semana do ano passado. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), Goiânia tem 2 óbitos suspeitos em decorrência da doença neste ano, dos 7 totais do Estado.
Para se ter uma ideia da gravidade da situação, o último Boletim Epidemiológico divulgado pela SMS aponta que em 2021, até a semana (SE) 52, foram registrados 11.492 casos prováveis da doença no município. Em comparação com o ano de 2020, houve uma redução de 16,3% de casos prováveis registrados no mesmo período. Contudo, no ano de 2021 e 2022, desde a SE 38, notou-se um aumento gradativo de casos, sendo que em três semanas do ano de 2020 (48, 49 e 51), e a primeira e segunda semana de 2022 os casos ultrapassaram o limite superior, indicando picos epidêmicos, com tendência de manutenção de epidemia em 2022.
Agora, o município de Goiânia encontra-se na Fase II do Plano de Contingência das arboviroses, ou seja, “a incidência de casos permanece em ascensão por mais de 4 semanas consecutivas e com transmissão sustentada, ultrapassou o limite superior na SE 1 e aumento de casos graves e óbitos”.
Sintomas e tratamento
Para alertar sobre a prevenção dessas enfermidades, que podem levar à morte em casos mais graves, o infectologista Marcus Vinicius Mario Miranda, membro da plataforma, membro da plataforma Doctoralia, explica sobre os sintomas e os tratamentos da doença. Segundo ele, é importante ficar atento aos sintomas que podem variar nos adultos e nas crianças. “Nos adultos é bem comum a ocorrência de febre alta (entre 39 e 40 graus) associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares e nas articulações, bem como atrás dos olhos, vermelhidão no corpo e coceira. Nas crianças a febre alta pode vir acompanhada de apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos e diarreia”, alerta.
O médico infectologista destaca ainda que não há tratamento específico contra os vírus que causam essas três doenças. “A ingestão de muito líquido é fundamental para a recuperação do corpo e evitar a desidratação. Utilizamos também medicações sintomáticas contra a febre, dores e vômitos devendo ser evitado o uso de medicamentos como ácido acetilsalicílico e de anti-inflamatório, por interferirem no processo de coagulação do sangue”, explica Marcus Vinicius.
Denúncia
Os goianienses também podem denunciar à Prefeitura locais com criadores do mosquito Aedes aegypti, no aplicativo “Goiânia contra o Aedes”, criado por meio de uma parceria da Prefeitura Municipal com o Ministério Público de Goiás (MP-GO). O aplicativo, que visa auxiliar o combate à dengue, permite que a população, mediante filmagem ou fotografia e pelo envio de localização, encaminhe denúncia para a Vigilância Epidemiológica.
A ferramenta pode ser baixada de forma gratuita e para realizar a denúncia não é necessário se identificar, apenas sinalizar o endereço ou mesmo clicar no mapa e enviar as respectivas fotos ou vídeos referentes à denúncia. Além disso, a população também pode realizar denúncias pelos telefones 156 e (62) 3524-3131.
O diretor de Vigilância em Zoonoses, Murilo Reis, destaca a importância de cada um fazer a sua parte no combate ao mosquito. “Não adianta se a pessoa sai por aí fazendo fotos e vídeos, fazendo as denúncias se ela não olha como está a situação na sua residência. Sabemos que a maioria dos focos está em quintais e dentro das casas”, afirma.
Segundo a pasta, somente em 2022 o aplicativo já recebeu 213 denúncias de criadouros do mosquito. Em janeiro do ano passado, as denúncias não passaram de 128.
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TV ANHANGUERA
MP investiga conduta de delegado que prendeu médico por não priorizá-lo em atendimento
https://globoplay.globo.com/v/10265936/
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Família denuncia que bebê teve osso quebrado durante parte em maternidade de Aparecida
https://globoplay.globo.com/v/10262970/
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MAIS GOIÁS
Hospitais e clínicas privadas de Goiás suspendem convênio com Imas
Rede de hospitais e clínicas privadas diz que dívidas estão em atraso há cinco meses, mas Imas nega
A Associação de Hospitais Privados de Goiás (Apahceg) comunicou nessa quarta (2) que suspendeu o atendimento a usuários do Instituto Municipal de Assistência aos Servidores da prefeitura de Goiânia (Imas).
A Apahceg afirma que o Imas tem dívidas com prestadores de serviço em atraso há mais de cinco meses. Entre os prestadores, há hospitais, clínicas e bancos de sangue. Somente os atendimentos de urgência e emergência e aqueles já agendados serão mantidos.
“A medida é extrema, mas se faz necessária diante da inviabilidade da manutenção da assistência, que tem um custo elevado, e da falta de compromisso por parte do Imas, que tem causado sérios prejuízos aos prestadores”, diz a nota.
A associação afirma ainda que suspendeu o atendimento aos usuários do instituto “após inúmeras tentativas” de negociação e que os prestadores de serviço continuarão abertos ao diálogo.
O que diz o Imas
O Imas contesta a acusação da Apahceg de que há débitos em aberto há cinco meses. Reconhece que há pendências, mas pondera que são pontuais e restritas a poucos estabelecimentos. E que todos eles já foram procurados pela direção para negociar.
O instituto afirma também que, do ponto de vista legal, a rede de hospitais, clínicas e bancos de sangue privados não pode interromper o convênio como interrompeu, porque o contrato prevê notificação e prazo de um mês para o Imas contornar a situação. Só então, diz o órgão, é que pode acontecer o distrato.
“Essa notícia nos causou surpresa. Não fomos comunicados oficialmente. Pelo que rege o contrato, eles tem que nos notificar e, depois disso, tem que se passar 30 dias para se paralisar o serviço”, diz o presidente do Imas, Júnior Café. “Sobre os pagamentos, nós fizemos as tratativas para que tão logo a gente retome os repasses e os serviços voltem à normalidade.
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DIÁRIO DE GOIÁS
Cinco meses de atraso fazem Ahpaceg suspender atendimento pelo Imas que contesta
A Associação dos Hospitais de Privados de Alta Complexibilidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) anunciou nesta quarta-feira (02/02) a suspensão de atendimento pelo Instituto da Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais (Imas). A justificativa são mais de cinco meses de atraso pelos serviços prestados. A decisão alcança hospitais, clínicas e bancos de sangue associados e impacta aproximadamente 80 mil usuários. De acordo com o Imas, cinco instituições estão com situação irregular, mas já “sob crivo de análise por apresentar documentação destoante dos serviços prestados”.
Com a suspensão, apenas os atendimentos de urgência, emergência e os agendados serão mantidos. “A medida é extrema, mas se faz necessária diante da inviabilidade da manutenção da assistência, que tem um custo elevado, e da falta de compromisso por parte do Imas, que tem causado sérios prejuízos aos prestadores”, pontua a Ahpaceg.
De acordo com a entidade, a medida se dá após diversas conversas, sem sucesso em todas elas. “A suspensão do atendimento acontece após inúmeras tentativas de negociação com a diretoria do Imas. Os prestadores seguem abertos ao diálogo e na expectativa que o problema seja sanado e que os usuários possam voltar a ser atendidos”, destaca.
O presidente do instituto, Júnior Café contesta a associação e diz que sequer foram notificados. Ele também explica que a quebra de contrato pode ser alvo de questionamento jurídico. “Na verdade, essa notícia de que os filiados da Ahpaceg vão causar essa atitude nos causou surpresa pela atitude em si. Não fomos comunicados oficialmente. Pela questão contratual eles tem que nos notificar e após a notificação eles têm trinta dias para paralisarem os serviços. Após sermos notificados a gente aguarda que aí sim eles paralisem os serviços” explica.
As tratativas para uma resolução estão sendo feitas e há um encaminhamento para que isso aconteça em breve. “Em referência a questão dos pagamentos, fizemos todas as trativas e encaminhamos à secretaria de Governo e de Finanças para que tão logo retomemos esses pagamentos e tenhamos os trabalhos dentro da normalidade”.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Dengue se espalha e pressiona serviços de saúde em cinco Estados
Covid-19: Apenas 3,1% das crianças de 5 a 11 anos foram vacinadas em Goiás
Após diagnóstico de filha de Tiago Leifert, pediatras alertam para teste do olhinho
Anvisa já recebeu 10 pedidos de registro de autotestes para Covid-19; Quatro já estão em análise
Síndrome de Burnout: estudo mostra que home office tem aumentado casos entre jovens
Variante Ômicron provoca impacto negativo na saúde mental aumenta busca por psicólogos em 17%
Depois de gravar vídeo em defesa da Universal, obreiro assume diretoria do Imas
Pais denunciam hospital em Goiânia por queimar pés de bebê em incubadora
AGÊNCIA ESTADO
Dengue se espalha e pressiona serviços de saúde em cinco Estados
Alagoas, Rio Grande do Sul, Tocantins e cidades do interior paulista também relatam alta
Por José Maria Tomazela
Em ao menos cinco Estados, os casos de dengue têm aumentado no rastro do recente avanço da covid-19. Em Minas Gerais, as infecções por dengue cresceram 94% em uma semana. Alagoas, Rio Grande do Sul, Tocantins e cidades do interior paulista também relatam alta.
Especialistas preveem que 2022, já marcado pelos recordes do coronavírus por causa da variante Ômicron, será um ano de maior incidência de dengue. Gestores alertam ainda para o risco de confusão nos diagnósticos, uma vez que há sintomas similares, como febre e dor no corpo.
Depois das chuvas, em menos de uma semana os casos de dengue praticamente dobraram em Minas. Em 20 de janeiro, a Secretaria de Saúde do Estado notificou 178 casos. Já no dia 26, o número subiu para 347: alta de 94%. Já os casos de chikungunya tiveram uma alta ainda maior, de 192%, passando de 27 para 79 no mesmo período. Houve ainda seis casos prováveis de zika no Estado, sem registro de óbito por essas doenças.
Conforme a coordenadora de Vigilância das Arboviroses da pasta, Danielle Capistrano, não está excluído o risco de epidemia no período sazonal da doença, que começou em dezembro e vai até junho. A gestora lembra que o elevado volume de chuvas, aliado à temperatura alta, pode ter aumentado os focos de criadouros do mosquito transmissor, Aedes aegypti.
Segundo ela, Minas teve ciclos epidêmicos de dengue a cada três anos, desde 2010, sendo o último em 2019. Um novo período de alta nos casos pode acontecer em 2022, por isso a necessidade de se manter o alerta. O governo deve repassar R$ 40 milhões aos municípios para ações de controle.
Em Alagoas, os casos subiram de 65 em dezembro para 119 em janeiro. “Com as chuvas, os mosquitos encontram mais pontos de água parada, onde se reproduzem, o que impacta nos índices de infestação nos municípios”, informou a Secretaria de Saúde local Como dengue e covid têm sintomas parecidos, a pasta recomenda que, em caso de febre, dores no corpo e de cabeça, deve ser procurado atendimento médico, pois as duas doenças são graves.
Conforme a pesquisadora da Fiocruz Claudia Codeço, a infecção pela covid não evita que a pessoa tenha também a dengue, mas representa risco maior para os que estão infectados. “Esses vírus estão circulando pelos mesmos locais, o que pode gerar dificuldade de diagnóstico e de tratamento oportuno das pessoas, tanto na covid, quanto na dengue. Vai ter impacto em ambas, pois são doenças cuja eficácia no tratamento depende de um diagnóstico o mais oportuno possível”, diz.
No Rio Grande do Sul, os casos de dengue mais que dobraram em 2021, em relação ao ano anterior (10.149 infecções, ante 3,6 mil). Este ano, foram registrados 75 casos nas duas primeiras semanas de janeiro, segundo o último boletim epidemiológico. A Secretaria de Saúde de Porto Alegre enviou alerta à rede de saúde, após constatar algo índice de infestação do Aedes em 21 bairros.
O Tocantins monitora 71 municípios por risco da epidemia de dengue – 51 em alerta diante da alta infestação predial pelo mosquito. Segundo a o governo local, 66% das cidades tocantinense estão vulneráveis a epidemias de dengue, zika e chikungunya – as três causadas pelo Aedes.
SP elabora protocolo
No Estado de São Paulo, embora o pico da dengue seja normalmente em abril, foram registrados 2.028 casos e um óbito em janeiro, além de cinco casos de chikungunya. No segundo semestre de 2021, a Secretaria de Saúde do Estado elaborou um protocolo com diretrizes para suspeita clínica, diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos casos dessa doença, que tem sintomas parecidos com os de covid-19.
No interior, as prefeituras de Araçatuba, Andradina e Birigui manifestaram preocupação com o possível impacto da dengue nos hospitais e postos de saúde, já lotados de pacientes de covid e da gripe. O temor é de que as chuvas e o calor antecipem o aumento nos focos de Aedes – as três cidades intensificaram as ações de combate ao transmissor.
Dos 11 municípios da região de Andradina, dez estão com índice de infestação do Aedes entre os mais elevados do País. Com cerca de 200 mil habitantes, a região registrou mais de 6,6 mil casos em 2021. A taxa de incidência está seis vezes acima da média estadual.
Outras cidades com rede hospitalar pressionada pelo coronavírus, São José do Rio Preto, Tatuí e Campinas reforçaram ações contra a dengue. Rio Preto viu cresceu em 187% os casos de dengue de 2020 para 2021 (de 7.252 para 20.803), a maior incidência no interior. Em dezembro, agentes da saúde encontraram larvas do mosquito em 5% dos imóveis visitados na cidade.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Apenas 3,1% das crianças de 5 a 11 anos foram vacinadas em Goiás
Théo Mariano
Goiânia - Cerca de duas semanas após seu início no Estado de Goiás, a vacinação pediátrica atingiu nesta terça-feira (1º/2) apenas 3,1% das crianças aptas a serem imunizadas. De acordo com a Superintendência Estadual de Vigilância em Saúde, o número de imunizados que têm entre 5 e 11 anos é de 22.945.
Apesar de alertar sobre o medo dos pais em relação à vacina, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) também acredita em subnotificação dos dados sobre imunização. De acordo com a pasta estadual, os municípios apresentam dificuldades em registrar os dados em tempo oportuno no sistema oficial.
As falsas informações sobre a vacinação infantil foram largamente divulgadas ao longo da pandemia, principalmente nas redes sociais. Desde antes mesmo das vacinas pediátricas serem aprovadas para uso no País, já circulavam vídeos que relacionavam supostas mortes de crianças à imunização contra a covid-19. No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que faz a aprovação das vacinas em uso, garantiu a segurança dos imunizantes.
A própria Secretaria de Estado da Saúde entende que as notícias falsas são "um fator que contribui" para a baixa adesão à vacinação de crianças em Goiás. Segundo o Ministério da Saúde, nenhuma criança ou adolescente morreu no País em decorrência de complicações causadas por qualquer vacina contra a covid-19.
O número de internações de crianças em consequência da doença, no entanto, tem avançado. Conforme dados da SES-GO, as enfermarias pediátricas para covid-19 estão lotadas na rede estadual de saúde; e as unidades de terapia intensiva (UTIs) pediátricas para tratar a doença estão com 88% de ocupação.
Doses
Até o momento, Goiás dispõe de mais de 152,8 mil doses pediátricas da Pfizer e outras mais de 350 mil doses da CoronaVac. Ao todo, são mais de 500 mil doses disponíveis para dar continuidade à vacinação de crianças contra a covid-19. Mesmo assim, menos de 5% dessas vacinas foram aplicadas.
Entre os goianos, cerca de 726 mil crianças, entre 5 e 11 anos, estão aptas para serem vacinadas contra a covid-19. Desde o início da pandemia em Goiás, 42 pessoas com menos de 10 anos morreram devido às complicações causadas pelo novo coronavírus.
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JORNAL OPÇÃO
Após diagnóstico de filha de Tiago Leifert, pediatras alertam para teste do olhinho
Por Aline Carlêto
Exame deve ser feito até 72 horas de vida e pode ajudar detectar doenças oculares
Depois da repercussão do diagnóstico da filha de Tiago Leifert, revelado pelo jornalista na última semana, médicos emitiram nota para alertar sobre a necessidade do teste do olhinho. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) afirmaram que os pais devem fazer o exame no filho nas primeiras 72 horas de vida. Isso pode ajudar na detecção precoce de doenças ocualres.
O jornalista, ex-Globo, revelou que sua filha com a esposa Daiana Garbin enfrenta a doença retinobastom. Os conselhos de classe médicos lamentaram e mostraram solidariedade a Leifert. Como forma de orientar a população, em especial pais, o presidente da CBO, Cristiano Caixeta Umbelino, emitiu uma nota.
A principal orientação de Umbelino é para que casos confirmados sejam tratados com médicos, especialmente oftalmologistas. “Em momentos assim, lacunas de informação podem abrir espaço para distorções que impedem acesso à compreensão sobre como o retinoblastoma se manifesta, pode ser diagnosticado e deve ser tratado”, ressaltou o médico.
Teste do olhinho
Os oftalmologistas da CBO e da SBOP explicaram que o teste do olhinho deve ser feito ainda na maternidade e repetido pelo pediatra ao menos mais três vezes ao ano. O exame deve ser realizado nos três primeiros anos de vida da criança. Depois disso, entre três e cinco anos, o ideal é submeter a criança a exame oftalmológico completo.
Diagnóstico
Se os exames apontarem para tumor, a criança iniciará tratamento a depender de fatores como localização, tamanho, disseminação e possibildiade de preservação da visão. De acordo com a presidente da SBOP, Luísa Hopker, as técnicas de tratamento do retinoblastoma têm apresentado avanços enormes nas últimas décadas.
As taxas de cura apresentam índice superior a 95%. O prognóstico depende da intervenção precoce, do tamanho e disseminação do tumor primário, bem como da presença e localização de possíveis lesões metastáticas. “O caminho terapêutico é adaptado a cada caso individual, com base em aspectos como lateralidade, localização do tumor primário, tamanho do tumor primário, presença de disseminação além do olho, por exemplo, metástase, e prognóstico visual estimado”, afirmou a médica.
A doença
O retinoblastoma é o tumor intraocular maligno primário mais comum em crianças com até cinco anos. A doença tem origem em células da retina e pode afetar um olho (unilateral) ou ambos. Trata-se de um problema de visão raro. Estima-se que por ano aproximadamente 6 mil crianças no mundo sejam afetadas por essa doença.
Entre os sinais que podem indicar sua presença está uma alteração do reflexo vermelho dos olhos, que pode ser observada em fotografias ou no teste do reflexo vermelho. Crianças com essa característica anormal devem ser encaminhadas imediatamente a um oftalmologista. Note-se ainda que há casos de pacientes que apresentam retinoblastoma juntamente com estrabismo.
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CONSULTOR JURÍDICO
Justiça de Goiás antecipa formatura de 51 estudantes de medicina devido à epidemia
terça-feira, 1 de fevereiro de 2022 - 21:43
Consultor Jurídico | Noticias
Tendo em vista o aumento do número de casos de Covid-19 e a faltas de médicos, a Vara das Fazendas Públicas, Registros Públicos e Ambiental de Rio Verde (GO) determinou que uma faculdade faça a colação antecipada de 51 estudantes do curso de Medicina. A decisão tem a finalidade de possibilitar que os estudantes façam seus registros no Conselho Regional de Medicina para que possam atuar no combate à crise sanitária.
Alunos já fizeram mais de 75% da carga horária do internato
Vasily Koloda/Unsplash
No caso, os estudantes alegaram que a Lei 14.040/20, estendida pela Lei 14.218/21, possibilitou a antecipação da colação de grau de estudantes de medicina matriculados no último período do curso e que preencheram 75% da carga horária do internato. Defenderam que esses mecanismos legais, excepcional e provisoriamente criados para o período de epidemia, possuem a finalidade pública de reforçar os recursos humanos no combate aos avanços da Covid-19.
Assim, os estudantes solicitaram administrativamente à universidade que promovesse a colação de grau antecipada, mas, diante da negativa, buscaram a autorização na Justiça.
O juiz Márcio Morrone Xavier disse, inicialmente, que tanto a Lei 14.040/2020 como a Portaria 383/2020 do Ministério da Educação não obrigam as universidades a abreviarem os cursos de medicina, mas trouxeram uma possibilidade de que isso venha a acontecer como medida de enfrentamento da situação de emergência causada pela Covid-19.
Nessa perspectiva, o magistrado ressaltou que a antecipação da colação de grau não depende unicamente do cumprimento de 75% do internato médico, mas, também, da comprovação de que essa providência seja de fato necessária como medida excepcional e extrema para o enfrentamento da epidemia.
Analisando o caso específico, o juiz entendeu que há perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, claramente demonstrado pelas propostas de empregos que instruem o pedido, bem como pela alta demanda sanitária da sociedade e a falta de profissionais médicos para atuar no combate à epidemia, atualmente com curva ascendente.
Como os estudantes também cumpriram os requisitos legais, Xavier concedeu o pedido de tutela de urgência para que a universidade, no prazo de cinco dias, faça a colação de grau dos estudantes, emitindo os documentos necessários ao registro profissional no CRM. Os alunos foram representados pelo escritório Kairo Rodrigues Advocacia Especializada.
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O HOJE
Anvisa já recebeu 10 pedidos de registro de autotestes para Covid-19; Quatro já estão em análise
Por: Igor Afonso
A exigência é de que a sensibilidade e a especificidade dos produtos devem ser, respectivamente, maior ou igual a 80% e maior ou igual a 97% | Foto: Divulgação
Menos de uma semana após ter autorizado a venda dos autotestes de Covid-19 no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já recebeu 10 pedidos de registro desse exame. Quatro destas solicitações já estão em análise.
Segundo a agência, o prazo de análise do pedido é de até 30 dias, mas esses pedidos serão tidos como prioridade neste primeiro momento. Somente a partir do registro é que esses autotestes poderão ser vendidos em farmácias e estabelecimentos de saúde.
Os quatro pedidos que já estão em análise, também já foram remetidos ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), que faz a análise técnica junto com a agência e, para serem aprovados, o desempenho dos autotestes precisa ser confirmado pelo instituto.
A exigência é de que a sensibilidade e a especificidade dos produtos devem ser, respectivamente, maior ou igual a 80% e maior ou igual a 97%.
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Síndrome de Burnout: estudo mostra que home office tem aumentado casos entre jovens
Por: Alexandre Paes
A pandemia tem afetado não somente a dinâmica das relações de trabalho, mas também a saúde mental dos profissionais que estão trabalhando à distância. Segundo pesquisa feita pela LHH do Grupo Adecco, empresa suíça de recursos humanos que atua em 60 países, 38% das pessoas ouvidas dizem ter sofrido da síndrome de Burnout, ao longo do ano passado.
O levantamento mostrou ainda que o trabalho à distância tem, muitas vezes, elevado a carga de trabalho das pessoas, o que pode e deve contribuir para um cenário futuro preocupante. Além disso, 63% dos respondentes disseram que estão trabalhando 40 horas ou mais por semana, e 43% afirmaram que, provavelmente, teriam que continuar realizando tarefas laborais mais de 40 horas por semana para completar toda a demanda exigida.
O Burnout é um transtorno psíquico de caráter depressivo, com sintomas parecidos com os do estresse, da ansiedade e da síndrome do pânico, mas, segundo especialistas, é desencadeada por esgotamento profissional. Ela causa problemas como insônia, dificuldade de concentração, irritabilidade e sintomas físicos como dores pelo corpo.
O estudo também mostrou que 32% dos entrevistados informaram que a saúde mental piorou significativamente por conta do trabalho à distância. Os pesquisadores entrevistaram 15 mil pessoas em meados de 2021, em diversos países do mundo.
Isso tem afetado especialmente as gerações mais jovens, principalmente as novas lideranças. Para 45% desses líderes, que fazem parte da geração da Geração Z (nascidos entre 2000 e 2009), o trabalho remoto e/ou híbrido desencadeou aumento da síndrome Burnout e o deterioramento da saúde mental.
A síndrome de Burnout, que foi incluída na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, em uma lista que entrará em vigor em 2022, se não tratada pode evoluir para doenças como hipertensão, problemas gastrointestinais, depressão profunda, problemas coronarianos e alcoolismo.
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Variante Ômicron provoca impacto negativo na saúde mental aumenta busca por psicólogos em 17%
Por Ítallo Antkiewicz
Com a chegada da nova variante Ômicron houve aumento de 17% na procura por tratamentos psiquiátrico durante a pandemia. Cada variante que chega deflagra um aumento na procura por consultas de saúde mental, segundo especialista entrevistado pelo O Hoje, psicólogo Junny Marcos.
De acordo com Junny essa porcentagem só é maior em quatro países: Itália (54%), Hungria (56%), Chile (56%) e Turquia (61%). Com a pandemia da Covid-19, as medidas de isolamento social tiveram um impacto não apenas nas questões financeiras, mas também na saúde física e emocional das pessoas.
“A gente já havia percebido isso em outra pesquisa global que fizemos em março do ano passado, quando 41% dos brasileiros relatavam ter sintomas como ansiedade, insônia ou depressão já por consequência da pandemia”, afirma Junny.
O ano de 2020 ficou marcado na história mundial pela pandemia causada pelo novo Coronavírus. Diversos problemas da sociedade foram evidenciados e surgiram muitos desafios, como a reestruturação das relações de trabalho e questões relacionadas à saúde mental.
O emocional das pessoas tem sido fortemente abalado pelo isolamento social, as incertezas do futuro, a pressão para alcançar resultados, as dificuldades do trabalho remoto, entre outros pontos. A pandemia tem sido muito prejudicial a toda a sociedade e os trabalhadores têm sofrido grande parte desses impactos.
Por isso, agir e minimizar esse cenário é também uma responsabilidade das empresas, pois cabe a elas fomentar a saúde, segurança e qualidade de vida das suas equipes.
“Essa necessidade de ações drásticas e imediatas, refletiu e ainda vem refletindo diretamente no estado psicológico das pessoas. De repente as preocupações rotineiras foram potencializadas e se somaram a outras que antes não existiam”, completa.
Países inteiros passaram a conviver com sentimentos como medo e solidão, além da incerteza do amanhã. Nem mesmo os especialistas em saúde e economia podem afirmar como será a sociedade do futuro, a não ser pela necessidade de se reinventar.”O medo da perda de um ente querido pode gerar ataques de pânico. Não temos controle sobre o que acontece com o outro”, explica.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade, como Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), fobias, o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), estresse pós-traumático e ataques de pânico. Com a pandemia, os casos de ansiedade aumentaram em 80%, de acordo com levantamento da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
O estudante Kayo César, de 21 anos, passa por diversos momentos de ansiedade: “Sempre fui uma pessoa muito tranquila. De repente percebi que comecei a falar durante os meus sonhos, eu acordava assustado. Foi aí que desconfiei que algo estava errado. Que precisava buscar um especialista”, conta.
Aí de repente entrei no estágio, e lá no local, é tudo muito corrido, precisa ser tudo rápido, a gente precisa deixar o material tudo pronto, nisso eu percebi que minha respiração estava ofegante, comecei a olhar com mais frequência o celular , comecei a procurar por notícias ruins, a me preocupar muito com coisas que estavam distantes, que ainda iriam acontecer, aí nisso procurei uma psicóloga, comecei um acompanhamento pra fazer um tratamento de ansiedade, onde compartilho coisas do dia a dia, onde ela me dá alguns conselhos, melhorias para o meu dia a dia.” Relata Kayo.
Quais sintomas são sinais de alerta para procurar ajuda médica ou psicológica?
Alto nível de ansiedade com pensamentos e demandas repetidas com relação a contaminação, com demanda desnecessária por exames, por estoque de produtos. Irritabilidade, agressividade, alteração no ciclo sono-vigília com insônia por várias noites seguidas, alteração abrupta no peso, baixa energia, fala desesperançada recorrente, labilidade emocional com crises de choro, ideias de que não haverá saída e de cunho catastrófico, consumo de comida ou bebida alcoólica em demasia.
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Depois de gravar vídeo em defesa da Universal, obreiro assume diretoria do Imas
Por: Yago Sales
Em um vídeo de seis minutos, o biomédico Geyzon Gonçalves de Melo se diz ex-católico e ex-umbandista. Em busca de um amor, ele afirma que procurava cartomantes ao mesmo tempo em que criticava o bispo Edir Macedo e os pastores da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). “Dizia que roubavam as pessoas”, afirmou no depoimento dado para o material de propaganda religiosa divulgado semanas antes de o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) ser eleito vice na chapa com Maguito Vilela, em novembro de 2020.
Atualmente obreiro da IURD, Geyzon, por indicação do deputado estadual e presidente metropolitano do Republicanos, Jeferson Rodrigues, foi nomeado ontem (1°) pelo prefeito para o cargo de diretor de Assistência à Saúde do Servidor do Instituto Municipal de Assistência aos Servidores (Imas).
Geyson está no órgão desde o dia 10 de fevereiro do ano passado, quando assumiu a gerência de auditoria. Nesse ínterim, o biomédico se tornou membro do Conselho de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Conas). A Prefeitura de Goiânia não esconde o loteamento de cargos estratégicos a membros da Assembleia de Deus, por indicação do deputado e pastor João Campos e do próprio Jeferson Rodrigues.
No dia 19 de novembro do ano passado, Geyson foi homenageado em uma sessão presidida pelo deputado Jeferson Rodrigues quando foram entregues placas ao Dia do Biomédico, comemorado dia 20 de novembro.
O biomédico ocupou o lugar de outra indicação do Republicanos, Hauana Morena Correia Campos. Ela deixou o Imas com uma nomeação garantida, para o cargo de assessora especial de Relações Interorganizacionais da Secretaria Municipal de Cultura. Hauana Morena integra o Mulheres Republicanas, grupo do partido que discute políticas femininas em Goiás. Na posse da executiva, no dia 10 de abril do ano passado, Hauana posa ao lado esquerdo do prefeito Rogério Cruz.
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MAIS GOIÁS
Pais denunciam hospital em Goiânia por queimar pés de bebê em incubadora
Enfermeira disse aos familiares que o tubo do oxímetro superaqueceu e causou as queimaduras no recém-nascido
O pai e a mãe de um bebê que nasceu prematuro denunciam que o filho teve os dois pés queimados enquanto esteve internado no Hospital Jacob Facuri, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, a família afirma que os ferimentos surgiram um dia após a criança dar entrada na unidade de saúde. Caso aconteceu em 14 de janeiro deste ano.
Em nota, o hospital lamentou o ocorrido e informou que também realiza uma investigação interna para apurar os acontecimentos. A unidade também reforçou que, desde o ocorrido, prestou toda a assistência ao paciente e à família.
Os pais do bebê disseram à TV Anhanguera, que notaram que o recém-nascido estava com curativos nos pés e, quando questionaram a enfermeira sobre o que havia acontecido, ouviram que o tubo do oxímetro superaqueceu e causou as queimaduras.
Em fotos feitas pela família é possível ver os ferimentos no pés da criança. São duas marcas: uma de 0,3 cm e outra de 1 cm. De acordo com os agentes civis da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), o caso está sendo investigado como suspeita de lesão corporal culposa.
Nota do Hospital Jacob Facuri
A direção do Hospital Jacob Facuri lamenta o ocorrido com um recém-nascido numa incubadora desta unidade de saúde na manhã do dia 14 de janeiro de 2022.
Desde o incidente, todo o corpo hospitalar trabalha para esclarecer a causa e as circunstâncias do evento adverso por meio de um protocolo interno, recomendado por instituições, como a organização mundial de saúde.
Além da investigação interna, vale ressaltar que desde o ocorrido, o Hospital Jacob Facuri prestou toda a assistência médica multidisciplinar ao recém-nascido e a seus pais. Esta unidade de saúde disponibilizou, inclusive, atendimento de orientação e assistência psicológica à família.
A direção do Hospital Jacob Facuri acrescenta que segue rígidos métodos de atendimento médico hospitalar e que mantem política interna de treinamento e reciclagem de suas equipes para prestação de serviços de excelência aos seus pacientes e familiares.
Assessoria de imprensa
Hospital Jacob Facuri
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Assessoria de Comunicação
Hospitais, clínicas e bancos de sangue da Ahpaceg suspendem atendimento pelo Imas
Escrito por Administrador
Diante da falta de resposta da diretoria do IMAS (Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais) sobre os pagamentos em atraso e há mais de cinco meses sem receber pelos serviços prestados, hospitais, clínicas e bancos de sangue associados da Ahpaceg comunicam a suspensão do atendimento aos cerca de 80 mil usuários do Instituto.
Somente os atendimentos de urgência e emergência e aqueles já agendados serão mantidos.
A medida é extrema, mas se faz necessária diante da inviabilidade da manutenção da assistência, que tem um custo elevado, e da falta de compromisso por parte do Imas, que tem causado sérios prejuízos aos prestadores.
A suspensão do atendimento acontece após inúmeras tentativas de negociação com a diretoria do Imas. Os prestadores seguem abertos ao diálogo e na expectativa que o problema seja sanado e que os usuários possam voltar a ser atendidos.
Goiânia, 2 de fevereiro de 2022
Ahpaceg
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Covid- 19: Saiba tudo sobre como vai funcionar o autoteste
Covid 19: autoridades e médicos em alerta novamente
Brasil completa 14 dias de recordes na média de casos de Covid
Governo diz ao STF que vetou diretriz anticloroquina por 'assédio da imprensa' e da CPI
Brasil realiza o primeiro implante de pâncreas artificial
Queda sem precedentes em doações de sangue coloca bancos em alerta no Brasil e no mundo
Anvisa recebe 1º pedido para registro de autoteste de covid
SES-GO encerra testagem para covid-19 na rede estadual após duas semanas
Marido diz que médica não deve voltar a trabalhar em posto de saúde após ser agredida por ter pedido exame para dar atestado: ‘Medo’
Famílias denunciam falta de insumos para cirurgias cardíacas em Anápolis
JORNAL OPÇÃO
Covid- 19: Saiba tudo sobre como vai funcionar o autoteste
Por Gabriella Oliveira
O exame poderá ser aplicado por leigos
Na última sexta-feira, 28, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a comercialização de testes de Covid-19 que podem ser feitos por leigos, ou seja, sem ser por profissionais da saúde ou trabalhadores de farmácia. Os chamados autotestes, do tipo antígeno, podem ser utilizados por qualquer cidadão, em si mesmo ou em amigos e familiares.
Este teste já é amplamente usado em outros lugares, como na Europa. A Anvisa orienta que o autoteste de Covid-19 deve ser usado como triagem, para permitir o auto isolamento precoce e, assim, diminuir o fluxo de transmissão do vírus o mais rápido possível, além de evitar o sobrecarregamento dos laboratórios e postos de saúde.
Os autotestes são indicados para aplicação quando uma pessoa apresenta sintomas de Covid-19 ou quando ela teve contato com alguém que está infectado. Nessa situação, o recomendado é realizar o teste entre o 1º e 7° dia, após o aparecimento de algum sintoma. Caso dê positivo, a Anvisa recomenda que o paciente procure um médico para confirmar o resultado e buscar o tratamento necessário.
Apesar de já estarem autorizados pela Anvisa, os testes ainda não podem ser comprados ou encontrados no Brasil. Os fabricantes desse produto terão de entrar com pedido de registro junto à Anvisa e esta informará em seu site uma lista com as marcas permitidas a produzirem o autoteste. Dessa forma, quando o cidadão for comprar o produto, poderá checar se aquele fabricante realmente está licenciado para fazer a venda. Ainda não se sabe o valor desses testes.
Não será permitida, portanto, a venda por outros tipos de estabelecimentos ou a oferta de autotestes na Internet, em plataformas ou sites de empresas ou de qualquer outro tipo que não se enquadrem nas modalidades autorizadas.
Dentre as exigências feita pela Anvisa para os futuros fabricantes do autoteste, estão o requisito de que o conteúdo deve ter instrução para uso, guarda e descarte. Também devem conter, se preciso, ilustrações para exemplificar as formas de aplicação e a interpretação dos resultados (se positivo, negativo ou inconclusivo). Além disso, os fabricantes devem disponibilizar também um canal de atendimento para orientar consumidores e tirar dúvidas.
Mesmo com a futura comercialização desses testes, a Anvisa reitera que eles também podem dar falso negativo. Por isso, caso a pessoa sinta sintomas, mas o resultado diga que não é Covid-19, ela deve tomar os cuidados de usar máscara e, se preciso, repetir o teste dali a alguns dias ou procurar um médico.
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PORTAL R7
Covid 19: autoridades e médicos em alerta novamente
O isolamento de casos leves e moderados de Covid 19 foi alterado desde o começo do mês de janeiro deste ano. Ficou definido que o isolamento deverá ser feito por 7 dias, desde que não apresente sintomas respiratórios e febre, há pelo menos 24 horas e sem o uso de antitérmicos.
Contaminação
De acordo com o diretor de saúde global e doenças infecciosas da Escola Medicina de Medicina UNC, Myron Cohen, disse à CNN, 'Se você teve a infecção está se sentindo bem e vários dias se passaram, as chances são muito grandes de que você não esteja contagioso'
Se você e as pessoas ao seu redor usam máscaras, você está tomando as precauções adequadas de qualquer maneira, disse ele.
'Você não sabe quem em seu universo é infeccioso', disse Cohen. Só porque alguém teve Covid 19 há cinco dias, não significa que essa pessoa deve ser considerada mais perigosa. 'E a pessoa ao seu lado que nunca foi testada, é assintomático e tem mais cópias do vírus do que eu? Devíamos agir como presumíssemos que todo mundo tem Covid'.
Imunização
De acordo com médico Luís Fernando Correia, 'mais importante que a imunização que a Ômicron vai te causar, é a vacinação que deve estar em dia. Após contato com algum paciente o importante é se isolar até fazer o teste. Ao ar livre, ficar de máscara sem aglomeração.
De acordo com as novas orientações do Ministério da Saúde aqueles que realizarem testagem para Covid 19 com resultado negativo no 5º dia, poderão sair do isolamento, antes do prazo de 7 dias. Se o resultado for positivo, é necessário permanecer em isolamento por 10 dias a contar do início de 10 dias a contar do início dos sintomas.
O aumento nos casos de Covid vem preocupado as autoridades no país, o governo do estado de São Paulo antecipou para hoje (28) o início da vacinação de crianças de 5 a 8 anos.
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FOLHA DE S.PAULO
Brasil completa 14 dias de recordes na média de casos de Covid
País registrou 102.616 infecções e 442 mortes pela doença nesta segunda, dia em que os dados costumam ser menores
O Brasil completou 14 dias de recordes nas médias móveis de casos de Covid. O país registrou, nesta segunda-feira (31), 102.616 infecções e 442 mortes por Covid. Com isso, a média móvel de pessoas infectadas chegou a 188.451, um aumento de 125% em relação ao dado de duas semanas atrás.
O país agora tem 627.365 vidas perdidas para a Covid e 25.454.105 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.
A média móvel de mortes também continua crescendo. Ela agora é 565 óbitos por dia, aumento de 205%.
Às segundas, os dados da Covid são menores, por atrasos de notificação nas secretariais de saúde.
Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Os dados da vacinação contra a Covid-19 estão afetados pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, com diversos estados sem atualização. De toda forma, as informações foram ao menos parcialmente atualizadas em 21 estados.
O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente. ?
O Brasil registrou 1.524.769 doses de vacinas contra Covid-19, nesta segunda. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 350.921 primeiras doses e 410.753 segundas. Também foram registradas 771.478 doses de reforço.
As doses únicas ficaram com dados negativos (-8.383), devido a revisões no Ceará (-9.752) e no Acre (-309).
Ao todo, 165.051.994 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil -144.848.551 delas já receberam a segunda dose do imunizante. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 149.909.574 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.
Assim, o país já tem 76,83% da população com a 1ª dose e 69,78% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. Considerando somente a população adulta, os valores são, respectivamente, de 102,03% e 92,67%??.
O consórcio começou a fazer também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina recebida) é de 14,89%.
Considerando toda a população acima de 5 anos, 82,46% recebeu uma dose e 74,90% recebeu duas doses ou a vacina de dose única da Janssen.
?Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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Governo diz ao STF que vetou diretriz anticloroquina por 'assédio da imprensa' e da CPI
AGU reproduz argumentos de secretário do Ministério da Saúde e afirma que membros de comissão do SUS foram pressionados
O governo Jair Bolsonaro (PL) afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que vetou diretrizes de tratamento da Covid-19 por motivos como o "intenso assédio" da imprensa e da CPI da Covid sobre membros da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS).
A mesma manifestação, assinada pela AGU (Advocacia-Geral da União), ainda cita "potenciais conflitos de interesse declarados e não declarados" de especialistas que elaboraram os textos rejeitados pelo Ministério da Saúde.
A Conitec aprovou por 7 a 6 a diretriz que contraindicava o uso dos medicamentos do "kit Covid", como a hidroxicloroquina, no tratamento ambulatorial. Ainda aceitou por unanimidade outras três diretrizes hospitalares, sendo que apenas uma dessas também analisava e rejeitava os medicamentos sem eficácia.
No último dia 21, o secretário de Ciência e Tecnologia da Saúde, Hélio Angotti, decidiu reprovar todos quatro textos, mesmo aquele aceito por unanimidade e que não citava o "kit Covid".
A argumentação da AGU reproduz parte de nota técnica assinada por Angotti para justificar o veto às diretrizes. O mesmo documento do secretário defendia a hidroxicloroquina e dizia que a vacina não funciona para a Covid, mas o trecho foi excluído após repercussão negativa.
O governo encaminhou essas justificativas ao Supremo na última sexta-feira (28), em ação do MDB que pede para a Saúde fixar protocolo ou diretriz de tratamento do novo coronavírus.
Além de citar os textos rejeitados, a AGU disse à Corte que a Saúde aprovou em junho de 2021 uma diretriz sobre uso de oxigênio, intubação orotraqueal e ventilação mecânica de pacientes. Esse texto foi elaborado pelo mesmo grupo de especialistas que mais tarde iria se opor ao "kit Covid".
"De mais a mais, houve a incorporação das vacinas da Fiocruz [ChAdOx-1 (vacina Covid-19 recombinante)] e a da Pfizer/Wyeth [BNT162b2 (vacina Covid-19)] para prevenção da COVID-19, no âmbito do SUS", afirma ainda a advocacia.
No documento enviado ao STF, a AGU reproduz 28 pontos listados por Angotti para rejeitar as diretrizes.
Entre eles, "repetidos vazamentos de informações com intenso assédio da imprensa e de agentes políticos da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre membros da Conitec".
Com base na mesma nota do secretário, a AGU apontou "incerteza e incipiência" do cenário científico sobre a Covid-19, além da "necessidade de não se perder a oportunidade de salvar vidas".
A manifestação da AGU não entra em detalhes sobre os argumentos de Angotti.
Na nota técnica usada para rejeitar as diretrizes, o secretário cita reportagem da Folha ao declarar que foram "indevidamente divulgados" os pedidos dele para a Comissão de Ética Pública investigar o parecer que contraindica o "kit Covid".
Angotti também menciona uma nota do presidente do CFM, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, "lamentando o assédio político em momento tão delicado da história da saúde pública em todo o mundo". O documento de Ribeiro foi uma resposta do presidente da entidade, que tem um representante na Conitec, às críticas da CPI da Covid.
No relatório final, os senadores da CPI sugeriram que Angotti seja indiciado por incitação ao crime e epidemia com resultado morte.
Em outra ação no Supremo, a ministra Rosa Weber deu, no último dia 26, cinco dias para o governo explicar a argumentação de Angotti.
As diretrizes sobre a Covid-19, se aprovadas, não teriam poder de proibir médicos de utilizarem medicamentos como a hidroxicloroquina, mas representariam uma mancha às bandeiras negacionistas de Bolsonaro.
Isso porque o governo federal, por meio do Ministério da Saúde, passaria a reconhecer as orientações contrárias ao chamado tratamento precoce, ou seja, ao uso de medicamentos sem eficácia.
Como mostrou a Folha, a ala pró-cloroquina do governo atuou para boicotar a discussão da Conitec. Também articula a troca no comando do órgão.
Ao assumir o Ministério da Saúde, em março de 2021, Marcelo Queiroga anunciou que promoveria o debate na Conitec para encerrar a discussão sobre o uso do kit Covid. Ele indicou o médico e professor da USP Carlos Carvalho, contrário aos fármacos ineficazes, para organizar grupo que iria elaborar os pareceres.
Queiroga, porém, modulou o discurso e tem investido em agrados a Bolsonaro para se agarrar ao cargo. Na semana passada, ele rejeitou um pedido de secretários de saúde e estados e municípios para rever imediatamente a decisão de Angotti, e colocar em vigor as diretrizes anticloroquina.
Queiroga disse que o texto só poderia ser derrubado agora se houvesse "flagrante ilegalidade".
Os textos que contraindicavam o kit Covid foram aprovados em junho e dezembro de 2021 pela Conitec, mas a publicação das diretrizes estava sendo postergada por Angotti.
Especialistas e sociedades médicas que participaram da elaboração da diretriz preparam um recurso ao ministério para reverter a decisão de rejeitar o texto.
Devem assinar o recurso a Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), a SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) e a AMB (Associação Médica Brasileira), além de Carvalho.
"Sou a instância administrativa final. Não posso [revogar a decisão], em ofício, salvo em situações de flagrante ilegalidade", disse Queiroga no último dia 27.
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PORTAL G1
Brasil realiza o primeiro implante de pâncreas artificial
A tecnologia, utilizada nos Estados Unidos e Europa, foi aprovada pela Anvisa, a um custo de quase R$ 20 mil. A Associação Diabetes Brasil diz que vai pedir ao Ministério da Saúde que avalie o fornecimento do aparelho por meio do SUS.
O primeiro implante de um pâncreas artificial no Brasil foi realizado numa curitibana que sofre de diabetes.
O kit de emergência está sempre à mão. Glicose para manter o nível de açúcar no sangue. A Larissa, de 30 anos, sofre de diabetes tipo 1, quando o organismo deixa de produzir insulina ou produz uma quantidade muito pequena. Por isso, ela tem que acordar várias vezes à noite para fazer esse controle.
'Quando a gente não dorme bem, você não consegue trabalhar, não consegue mesmo até cuidar da diabetes, você tem que se alimentar direito, fazer exercício', conta a assessora judiciária Larissa Strapasson.
'Quando a gente não dorme bem, você não consegue trabalhar, não consegue mesmo até cuidar da diabetes, você tem que se alimentar direito, fazer exercício', conta a assessora judiciária Larissa Strapasson.
O alívio veio com um aparelhinho, que Larissa implantou nesta segunda-feira (31) na barriga, num procedimento rápido, sem cirurgia.
O chamado pâncreas artificial carrega um reservatório de insulina e está ligado a um sensor que mede o nível de açúcar no sangue a cada cinco minutos. Ele recebe a informação via bluetooth, uma tecnologia que permite conectar aparelhos sem necessidade de fio.
Quando preciso, o pâncreas libera o hormônio, que é aplicado automaticamente, na dose certa. O aparelho consegue estabilizar a glicemia e mantém os níveis de açúcar por mais tempo dentro da meta estabelecida pelos médicos. E isso, a longo prazo, traz muitos benefícios para o paciente.
'No futuro, essa pessoa vai ter menos complicações do diabetes; entre elas: complicações visuais que podem levar até a cegueira, complicações cardíacas, complicações nos rins, risco de amputações', explica o endocrinologista André Vianna.
'No futuro, essa pessoa vai ter menos complicações do diabetes; entre elas: complicações visuais que podem levar até a cegueira, complicações cardíacas, complicações nos rins, risco de amputações', explica o endocrinologista André Vianna.
A tecnologia, desenvolvida nos Estados Unidos, já é usada lá e também na Europa. Aqui no Brasil, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a um custo de quase R$ 20 mil. A Associação Diabetes Brasil diz que vai pedir ao Ministério da Saúde que avalie o fornecimento do aparelho por meio do SUS.
"Se houver recomendação do médico para esse tipo de equipamento, eu acho que é de extrema importância a gente tentar lutar pela causa', afirma Lucas Galastri, presidente da associação.
"Se houver recomendação do médico para esse tipo de equipamento, eu acho que é de extrema importância a gente tentar lutar pela causa', afirma Lucas Galastri, presidente da associação.
Com a novidade na cintura, a Larissa planeja engravidar ainda esse ano. Um sonho que ela vinha adiando há anos por causa do diabetes.
"Acredito que vai trazer muitas alegrias, muitas felicidades, vai trazer vida para casa, para família toda...Vida nova', celebra Larissa.
"Acredito que vai trazer muitas alegrias, muitas felicidades, vai trazer vida para casa, para família toda...Vida nova', celebra Larissa.
O Ministério da Saúde afirmou que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS ainda não recebeu nenhum pedido sobre o pâncreas artificial.
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Queda sem precedentes em doações de sangue coloca bancos em alerta no Brasil e no mundo
Fundação Pró-Sangue, em SP, estoques de vários tipos de sangue estão em nível emergencial; Sistema de saúde dos Estados Unidos vive uma de suas maiores crises em uma década e a maioria dos hospitais do país está funcionando sem reservas suficientes de sangue.
Em feriados prolongados ou de meses de férias, como janeiro, é comum que os estoques fiquem mais baixos no banco de sangue da Fundação Pró-Sangue, que abastece mais de cem hospitais da região metropolitana de São Paulo com estoques essenciais para salvar a vida de vítimas de acidentes, pacientes em tratamento ou com complicações de saúde.
Mas a médica Helena Sabino nunca viu uma escassez tão longa quanto a vivida atualmente.
"Se é uma crise sem precedentes? Acho que sim. Porque já tivemos crises piores (de falta de sangue), mas pontuais, de curta duração", diz a médica à BBC News Brasil.
"Neste ano está bem mais difícil para bancos públicos e privados de sangue. Todo mundo está restringindo o que se usa em transfusões."
"Neste ano está bem mais difícil para bancos públicos e privados de sangue. Todo mundo está restringindo o que se usa em transfusões."
No dia em que conversou com a reportagem, em 31 de janeiro, todos os tipos negativos de sangue estavam em nível emergencial - o nível mais crítico - na Fundação Pró-Sangue.
A meta do órgão (ligado ao governo paulista) é coletar mensalmente em torno de 9,5 mil bolsas de sangue, mas o mês de janeiro se encerrou com uma coleta em torno de 8 mil bolsas.
E se a situação é delicada na Fundação Pró-Sangue (que é referência no país e tem seis postos para atendimento a doadores), o problema tende a ser ainda mais agudo em bancos de sangue menores.
"Alguns hospitais que tinham seus próprios bancos de sangue têm nos procurado" por estarem sem estoque, agrega Sabino.
"Alguns hospitais que tinham seus próprios bancos de sangue têm nos procurado" por estarem sem estoque, agrega Sabino.
A médica ressalta que, até o momento, nenhum paciente deixou de ser atendido por causa da escassez atual na Grande São Paulo.
"Mas se você (hospital) me pede fornecimento, nós temos que fornecer com restrição. Se tenho 50% de estoque, vou atender com 50% do que me pedem e daí avaliar as demandas caso a caso, a pedido dos hospitais. Temos de orientar os médicos a não usarem quando o paciente puder esperar. É mais trabalhoso e tudo fica mais vulnerável."
Doações caíram na pandemia
Logo no início, em 2020, a pandemia de Covid-19 fez caírem muito as doações de sangue, em um momento em que as pessoas tinham mais medo de sair de casa e evitavam ao máximo buscar unidades de saúde.
"Mas, apesar dessa queda drástica, o consumo de sangue estava mais restrito, porque não havia tantos acidentes de trânsito e o paciente de Covid-19 não usava tanto sangue, só quando tinha complicações mais sérias", detalha Sabino.
Agora, porém, com a volta da circulação das pessoas, dos acidentes de trânsito e das cirurgias (muitas das quais estavam represadas), o consumo voltou a crescer - mas as doações continuam em um patamar aquém do ideal.
Com o agravante do avanço da variante ômicron, que fez o Brasil bater sucessivos recordes de novas infecções diárias pelo coronavírus e dificultou as doações de sangue - pessoas com diagnóstico ou suspeita de Covid-19 têm de se isolar e esperar dez dias após sua recuperação completa para doar sangue, segundo norma do Ministério da Saúde (veja mais detalhes sobre como doar ao fim da reportagem).
Ou seja, a demanda por sangue voltou a crescer no país, mas a oferta não tem conseguido acompanhar esse crescimento.
'Crise nacional' de falta de sangue nos EUA
A queda de doações de sangue por conta da pandemia tem sido observada em vários países.
No Reino Unido, em outubro de 2021, o centro de sangue e transplantes do sistema de saúde público britânico (NHS) acendeu alerta depois de o suprimento ter caído para níveis "críticos". Na Escócia, por exemplo, o número de doadores era o mais baixo em todo este início de século, segundo dados de dezembro.
Mas é nos Estados Unidos que o problema se converteu em uma crise nacional - e uma das mais graves da história recente, resultando em remarcação forçada de cirurgias, fechamento temporário de centros médicos para novos pacientes e adiamento de tratamentos vitais.
A situação é tão complicada que, na segunda semana de janeiro, a Cruz Vermelha americana, que fornece 40% dos hemoderivados utilizados pelos centros médicos do país, declarou pela primeira vez na história uma "crise nacional" por falta de sangue.
Em comunicado com os Centros de Sangue dos Estados Unidos e a Associação para o Avanço do Sangue e Bioterapias, a organização humanitária declarou que alguns hospitais só tinham fornecimento de certos tipos de sangue por menos de um dia, o que constitui "um nível perigosamente baixo".
"Se o suprimento não se estabilizar em breve, o sangue que salva vidas pode não estar disponível para alguns pacientes quando eles precisarem", alertou a Cruz Vermelha.
De acordo com dados oficiais, desde março do ano passado houve uma queda geral de 10% nas doações de sangue em todo os Estados Unidos, enquanto uma diminuição de 62% foi relatada nas campanhas de doação em escolas e universidades.
Como explica a médica Emily Coberly, especialista em hematologia da Cruz Vermelha americana, desde o ano passado os hospitais têm recebido menos sangue e, atualmente, até um quarto da demanda hospitalar não pode ser atendida.
"Chegamos a um ponto em que os médicos precisam decidir todos os dias quais pacientes recebem uma transfusão e quais não não vão receber. E isso é de partir o coração", diz.
"Chegamos a um ponto em que os médicos precisam decidir todos os dias quais pacientes recebem uma transfusão e quais não não vão receber. E isso é de partir o coração", diz.
"As cirurgias estão sendo canceladas às vezes no último minuto. Há pessoas que têm câncer que precisam de uma transfusão e estão sendo mandadas para casa sem recebê-la. Há centros de trauma que estão chegando ao ponto de esgotar suas reservas de emergência para casos como um paciente que chega gravemente ferido, com sangramento após um acidente, ou alguém com hemorragia pós-parto", diz Coberly.
Esse foi o caso do Harbor-UCLA Medical Center, na Califórnia, que, no mês de janeiro, chegou a precisar deixar de internar pacientes por mais de duas horas por falta de sangue, algo que, segundo autoridades locais, nunca tinha acontecido em 30 anos de existência do hospital.
'Uma tempestade perfeita'
Segundo Coberly, várias circunstâncias coincidiram para o agravamento do problema, criando "uma tempestade perfeita".
"O mês de janeiro (inverno no hemisfério Norte) costuma ser uma das épocas mais difíceis do ano para se coletarem hemoderivados suficientes para atender às necessidades dos pacientes. Além disso, doenças sazonais, como a gripe, deixam os doadores temporariamente incapazes de doar sangue", diz ele.
"Desde março de 2020, como resultado da Covid-19 e do lockdown, vimos um declínio na participação de doadores. E também enfrentamos desafios como o cancelamentos de doações de sangue e limitações de funcionários para executá-las", diz a médica Jennifer Andrews, diretora do banco de sangue do Vanderbilt University Medical Center, à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.
Já Ellen Klapper, diretora de Medicina Transfusional e Serviços de Doação de Sangue do Hospital Cedars-Sinai, na Califórnia, acrescenta que o aumento nas infecções pela variante ômicron complicou ainda mais o cenário.
"Este último aumento de casos e a natureza generalizada das infecções atuais realmente viraram tudo de cabeça para baixo. E isso porque os doadores não estão apenas doentes, mas podem estar em casa cuidando de familiares que estão doentes, isolados ou em quarentena", explica.
Coberly ressalta que já ocorreram outras crises por dificuldades em responder à demanda por sangue, mas as circunstâncias fazem do momento atual um dos mais críticos.
"É verdade que de vez em quando sentimos falta de sangue, mas temos estratégias para minimizar o impacto nos pacientes durante o período em que a oferta é limitada ou curta, com o mínimo de interrupção (no fornecimento)", explica.
"A diferença agora é que a escassez é mais grave e prolongada. Foram meses sem conseguir atender a demanda hospitalar, o que levou a esta circunstância realmente grave. Estamos limitando a quantidade de sangue que vai para os hospitais."
Andrews ressalta que a falta de sangue, juntamente com infecções por Covid entre os funcionários, levou seu hospital, o principal centro de trauma da região de Nashville, a ser forçado a cancelar cirurgias.
"A situação aqui é terrível: temos que tomar decisões individuais sobre os pacientes não apenas todos os dias, mas várias vezes ao dia", conta.
"A situação aqui é terrível: temos que tomar decisões individuais sobre os pacientes não apenas todos os dias, mas várias vezes ao dia", conta.
Ao contrário de outros tratamentos em que é possível mudar a estratégia ou o medicamento, "não há alternativa ao sangue".
"Sou hematologista pediátrica e, às vezes, quando um de meus pacientes precisa de uma transfusão de glóbulos vermelhos, mas não tenho o suficiente para dar a ele, os parentes me perguntam: 'Você pode prescrever algo diferente?'", explica.
"Não há mais nada que eu possa prescrever, infelizmente. Então eles só precisam esperar até que tenhamos sangue suficiente", acrescenta.
Controvérsia
Nos EUA, o fato de que, embora as doações sejam voluntárias e não remuneradas, distribuidores e processadores como a Cruz Vermelha vendam o sangue para hospitais é um tema frequente de discussão em fóruns e redes sociais.
Os EUA têm uma poderosa indústria de plasma sanguíneo: os americanos fornecem dois terços do plasma usado em todo o mundo, em um mercado avaliado em US$ 24 bilhões (R$ 131 bilhões).
"A Cruz Vermelha é uma organização sem fins lucrativos e não lucramos com a coleta de sangue de doadores voluntários", diz Coberly.
"Os hospitais nos pagam por unidades de sangue, com as quais cobrimos o salário dos trabalhadores associados às doações, o custo da análise e processamento do sangue e todo o trabalho envolvido na coleta dessas unidades", afirma.
Outro ponto é que as autoridades federais não permitem a doação de sangue de homens gays que tenham relacionamentos com outros homens e uma vida sexual ativa (no Brasil, o Supremo Tribunal Federal derrubou em 2020 a restrição que proibia homossexuais de doar sangue).
A proibição nos EUA, que ainda vigora quase 40 anos após o início da epidemia de HIV, foi revisada no ano passado e reduziu a "quarentena" sem atividade sexual que é exigida para a doação de sangue. Antes, era um ano e, agora, são três meses. Porém, os motivos para a alteração não foram muito bem explicados pela comunidade científica.
"Certamente há evidências e razões científicas para mudar essas regras. Pessoalmente, não acho que essas regulamentações tenham acompanhado a ciência", diz Kappler.
Apelo à sociedade
Os especialistas consultados pela BBC News Mundo acreditam que a crise nos EUA pode durar semanas ou até meses, e que pode ter um impacto grande no sistema de saúde americano, já enfraquecido pelo aumento de internações por casos de Covid.
Klapper lembra que doar sangue é um gesto anônimo que salva vidas.
"Vemos isso nos hospitais todos os dias. Com um gesto como esse, outra pessoa pode ser trazida de volta à vida. Damos a vida, salvamos o outro quando lhe damos um pouco do nosso sangue", diz.
"Vemos isso nos hospitais todos os dias. Com um gesto como esse, outra pessoa pode ser trazida de volta à vida. Damos a vida, salvamos o outro quando lhe damos um pouco do nosso sangue", diz.
De volta ao Brasil, outros bancos de sangue, como o Hemocentro de Brasília, também registraram queda de 23% nas doações na primeira semana de janeiro - atribuída ao aumento nos casos de Covid-19 e de influenza.
No ano passado, o Ministério da Saúde calculou que, ao longo de 2020, primeiro ano da pandemia, as doações de sangue caíram 10% em todo o Brasil. Mas o remanejamento de bolsas de sangue entre os diversos Estados impediu que houvesse escassez, segundo a pasta.
Em nota em 28 de janeiro deste ano, o ministério afirmou que, entre janeiro e setembro de 2021 houve uma ligeira alta (de 4%) nas doações em relação ao mesmo período de 2020. Mas advertiu que períodos de férias, como inícios de ano, são de alerta, já que as doações ficam mais escassas, mas acidentes e complicações de saúde "não param de acontecer".
Uma única doação é capaz de salvar até quatro vidas, informa a pasta.
"Hoje cerca de 1% a 2% da população brasileira é doadora de sangue. Se dobrássemos isso para 4%, ficaríamos em situação muito mais confortável", diz Helena Sabino, da Fundação Pró-Sangue.
Como doar sangue
Para ser doador de sangue no Brasil, é preciso ter entre 16 e 69 anos e pesar a partir de 50 kg e estar em boas condições de saúde (veja mais pré-requisitos e restrições aqui).
Vacinados contra a Covid-19 podem doar - basta aguardar dois dias depois da dose mais recente da CoronaVac ou sete dias dos demais imunizantes.
Quem tem diagnóstico ou suspeita de infecção pelo coronavírus e apresente sintomas, mesmo que leves, só deve doar depois de estar plenamente recuperado por dez dias.
Assintomáticos que tenham testado positivo para a Covid-19 também têm de esperar dez dias. Quem teve contato com pessoas que testaram positivo devem esperar sete dias, contados a partir do último dia desse contato.
Em São Paulo, a Fundação Pró-Sangue tem seis postos para atender doadores (apenas sob agendamento online) na capital paulista e região metropolitana. É possível doar também em hospitais públicos e privados de todo o país que tenham bancos de sangue próprios.
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PODER 360
Anvisa recebe 1º pedido para registro de autoteste de covid
Solicitação da Okay Technology é para um exame importado
A Anvisa recebeu a 1ª solicitação de registro de autoteste para a covid-19 desde que a agência liberou o diagnóstico no Brasil. A empresa Okay Technology fez a solicitação nesta 2ª feira (31.jan.2022). O pedido é para um exame importado de coleta por swab nasal.
A ECO Diagnóstica também afirmou ao Poder360 ter realizado a solicitação nesta 2ª feira. A empresa diz esperar a resposta em cerca de 15 dias. Afirmou que os autotestes da marca devem estar disponíveis nas farmácias na 1ª semana de março, se for aprovado. A Anvisa ainda não confirmou ter recebido o pedido.
O autoteste é um exame rápido de antígeno que pode ser feito pela própria pessoa, sem necessidade de ir à farmácia, laboratório ou hospital. O produto era proibido no Brasil.
A Anvisa autorizou a incorporação do exame na 6ª feira (28.jan.2022). Agora, é necessário que as fabricantes dos exames solicitem autorização à Anvisa antes que os produtos possam ser comercializados no país.
A Anvisa afirmou nesta 2ª feira (31.jan) que 'tem dado prioridade à análise dessas solicitações de registro, para que as mesmas sejam aprovadas no menor tempo possível'. Disse que avaliará a eficácia e segurança dos exames, além da regularidade da documentação técnica, acessibilidade das instruções de uso, armazenagem e descarte do produto para o usuário leigo.
Os primeiros autotestes de covid-19 devem chegar às farmácias no final de fevereiro. O preço deve variar de R$ 45 a R$ 75. A estimativa é da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial. A associação diz representar 70% do mercado brasileiro de diagnóstico in vitro.
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A REDAÇÃO
SES-GO encerra testagem para covid-19 na rede estadual após duas semanas
Após uma campanha de duas semanas de testagem para covid-19 em unidades estaduais de saúde, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) encerrou nesta segunda-feira (31/01) os testes, que agora continuam apenas nas redes municipais.
Segundo nota encaminhada pela pasta, ao longo das últimas duas semanas, com atendimento de segunda a sábado, foram realizados 97.649 testes. Destes, 28.463 foram positivos, cerca de 29,15%.
A campanha atendeu orientações do Plano Nacional de Expansão da Testagem para Covid-19 e contribuiu, com o crescimento da demanda, para desafogar as unidades municipais.
Veja a nota da SES abaixo.
RESPOSTA SES-GO
A propósito das questões formuladas por este veículo de comunicação sobre testagem da covid-19, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informa o que segue:
- Ao longo de 12 dias foram testadas 97.649 pessoas nos hospitais estaduais, sendo que 28.463 apresentaram resultado positivo para a covid-19, o que equivale a uma positividade de 29,15%. A testagem seguiu as orientações do Plano Nacional de expansão da testagem para covid-19, com o intuito rastreamento e monitoramento dos casos positivos sintomáticos e assintomáticos. A ação estava programada para ser realizada durante duas semanas, conforme disponibilidade de testes.
- A partir desta semana, as testagens estão sendo realizadas nas unidades municipais em todo o Estado. Na última semana foram distribuídos, conforme pactuação na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), 572.420 testes rápido de antígeno (TR-Ag) aos municípios, que continuarão testando os pacientes que procurarem os serviços, de forma racional.
- Em consonância com as novas diretrizes emitidas pela Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde, as recomendações atuais são:
Para as unidades de saúde:
- Uso criterioso dos TR-Ag independentemente do nível de atenção da unidade, priorizando os pacientes sintomáticos e seus contatos, além de focar no diagnóstico assistencial da covid-19.
- Notificação de todos os casos testados em até 24 horas nos sistemas oficiais.
Para a população geral, recomenda-se:
- Vacinação, conforme orientação por faixa etária.
- Reforço da higiene constante de mãos.
- Higiene e ventilação de ambientes.
- Distanciamento social.
- Uso sistemático de máscaras.
Secretaria de Estado da Saúde de Goiás
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PORTAL G1 / GOIÁS
Marido diz que médica não deve voltar a trabalhar em posto de saúde após ser agredida por ter pedido exame para dar atestado: ‘Medo’
Profissional está se recuperando em casa e medicada. Suspeitos assinaram um TCO e foram liberados.
O marido da médica, que foi agredida por um casal após pedir exame para dar atestado, disse que a profissional não deve voltar a trabalhar na unidade de saúde de Novo Gama, local em que aconteceu a confusão. Gabriel Lacerda, que também é médico, disse que Sabrina de Oliveira Lacerda, de 28 anos, teve lesões na cabeça e que está muito abalada.
“Ela não vai voltar a atender lá na unidade não. Ela está com muito medo, muito abalada mesmo. Vai seguir com seus atendimentos de dermatologia”, disse o marido.
O marido disse ainda, nesta segunda-feira (31), que a esposa segue se recuperando, mas com muitas dores. Segundo ele, a mulher teve um traumatismo cranioencefálico, classificado como leve e uma lesão na região temporal.
“Ela está se recuperando. Ainda sente dor. Está tomando tramal agora na veia para aliviar. Sente dores na cabeça e dores musculares”, disse.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia. Por isso, o g1 não localizou a defesa deles para se manifestar sobre o caso até a última atualização dessa reportagem.
A agressão aconteceu na quinta-feira (27). Segundo o esposo da médica agredida, uma paciente disse que estava com Covid-19 e queria um atestado médico. Sabrina, então, disse que pediria um teste apenas para confirmar a situação e a atenderia.
“Insatisfeita por não receber o atestado, a paciente pegou a doutora pelos cabelos, a jogou no chão e começou a bater a cabeça dela contra a parede e o chão, além de dar socos”, disse o marido.
Gabriel estava na unidade no momento da agressão e foi tentar separar as duas. O esposo da paciente, então, teria entrado no meio e batido tanto na médica quando em Gabriel.
Funcionários da unidade ajudaram a separar a briga. Os suspeitos da agressão foram levados à delegacia, assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência e foram liberados.
Após a agressão, a médica foi atendida, medicada e se recupera em casa. O que fica, depois disso, é a sensação de indignação.
“Ao longo de dois anos que ela atua lá, nunca teve nada do tipo e você só vai ter comentários positivos da população sobre o atendimento”, disse o médico Gabriel.
A prefeitura da cidade divulgou nota de repúdio contra a agressão e disse que está tomando as medidas judiciais necessárias. "Repudiamos veementemente as agressões sofridas por nossos colaboradores, empenhados no trabalho de salvar vidas, e se solidariza com as equipes e família", destaca a nota.
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TV ANHANGUERA
Famílias denunciam falta de insumos para cirurgias cardíacas em Anápolis
https://globoplay.globo.com/v/10258983/
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Assessoria de Comunicação
Nota de Pesar - Dr. Orlando Milhomem da Mota
Escrito por Administrador
A Ahpaceg, com imenso pesar, comunica o falecimento de seu ex-diretor Orlando Milhomem da Mota.
Nossas condolências e solidariedade à família e aos amigos.
Ao dr. Orlando, nossa homenagem e agradecimentos!
31/01/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Indústria farmacêutica quer política para o setor
País tem 330 mortes por covid em 24 horas
Hanseníase testes rápidos serão oferecidos na rede pública
Casal é suspeito de agredir médica com socos no rosto após ela pedir exame para dar atestado em Novo Gama
Médico preso por não atender delegado desabafa após ser solto pela Justiça: ‘Foi humilhante’
Criança de 12 anos morre com suspeita de Covid-19 após dizerem à família que era dengue
Avanço da Ômicron já faz governos adiarem volta das aulas presenciais
Doenças negligenciadas têm aumento em taxa de mortalidade
Em Aparecida, 76% dos pacientes em UTIs têm vacina atrasada ou não tomaram
Conjuntivite pode ser sintoma de infecção pela Covid-19
Criança morre em Aparecida de Goiânia por Covid-19 após ser diagnosticada com dengue
CORREIO BRAZILIENSE
Indústria farmacêutica quer política para o setor
Pandemia mostrou que o país é dependente de fornecedores externos de medicamentos, insumos e vacinas
Em meio à pandemia da covid-19, a maioria dos setores econômicos sofreu. Contudo, alguns ficaram em evidência e, comisso, solidificaram a própria importância para a sociedade como um todo. É o caso da indústria farmacêutica, que ganhou destaque diante da emergência sanitária deflagrada no início de 2020 e ainda vigente no mundo todo. Apesar de já consolidado, o setor farmacêutico brasileiro pôde aprender diferentes lições nesses dois anos. A maior delas é a de que é preciso reduzir a dependência externa quando se olha para os insumos farmacêuticos ativos. O Brasil, maior comprador do mundo na área da saúde, não pode depender de fornecedores estrangeiros para lidar com uma emergência de saúde pública. Em 2021, durante boa parte do ano, o país enfrentou atrasos na importação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), necessário para produzir as vacinas contra a covid-19 no Brasil. Com capacidade para inovar e produzir, o país precisa de coordenação e planejamento de longo prazo para sanar o problema. É no que acredita Reginaldo Arcuri, presidente da Grupo FarmaBrasil (GFB), entidade que representa 14 empresas farmacêuticas de capital e controle brasileiros, entre elas as cinco maiores do país. Em entrevista ao Correio, ele, falou sobre os principais desafios do setor e como podem ser superados.
Qual a maior lição que a pandemia da covid-19 vai deixar para o setor farmacêutico?
A lição básica é de que precisamos reduzir a dependência externa quando falamos de insumos, medicamentos, fármacos e outros produtos. Ter uma indústria farmacêutica grande, de primeira qualidade e inovadora é estratégico para o país, é uma questão de segurança nacional. À gente vê que a pandemia de covid não acaba, e já enfrentamos surtos de influenza. E outros virão. Nós estamos com problemas para conseguir retomar os índices de cobertura vacinal para poliomielite, rubéola, sarampo, que acabamos perdendo. Então, é preciso ter capacidade local de produzir esses produtos. Temos que produzir mais insumos farmacêuticos ativos. Nossas empresas, inclusive, trabalham junto a vários núcleos de universidades que desenvolvem vacinas nacionais para covid-19, para gripe, e temos certeza de que, neste ano, vamos ter fabricação local dessas vacinas . Além disso, ficou demonstrado um outro tipo de problema. Os medicamentos para intubação, que são relaxantes musculares, analgésicos e opióides, são muito antigos e as multinacionais já pararam de fabricá-los há muito tempo. Quem fabrica no Brasil são as empresas nacionais, e foi necessário quintuplicar essa produção. Então, essa é uma indústria estratégica, que tem que ser tratada dessa forma, ter planos de longo prazo e planejamento articulado entre o setor privado e o governo. Parece simples, mas é difícil de fazer.
O que é preciso para reduzir essa dependência do setor externo quando falamos de insumos e medicamentos?
É necessário ter uma lei que diga claramente que esse setor é estratégico para o país e precisa ter um tratamento de coordenação e planejamento de longo prazo. É basicamente isso que o Projeto de Lei nº 2. 583 faz, e nós apoiamos o PL do deputado Luizinho (PP-RJ) desde o início. Já fizemos debates com ele e com o relator, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), porque consideramos que esse é um passo essencial. Estamos com grandes esperanças de que ele seja aprovado. O deputado Luizinho tem ainda a ideia de criar no Legislativo um instituto para discutir permanentemente as questões do complexo industrial de saúde. Achamos que o caminho é esse. Além disso, esperamos que o Executivo volte com um instrumento de coordenação como era o Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis), para que a gente possa construir, no Ministério da Saúde, mecanismos de diálogo e planejamento.
O senhor citou a queda da cobertura vacinal de doenças já controladas no país. Com a covid-19, também vemos resistência de uma parcela da sociedade com a vacina. Como vê esse negacionismo e o movimento antivacina?
Isso é a maior peste que a humanidade está sofrendo, porque é uma coisa que mistura tudo o que a humanidade tem de pior: a burrice, as questões ideológicas, negacionistas, a falta de preocupação com a saúde coletiva e, principalmente, com a saúde das crianças. Isso é a coisa mais perigosa que o mundo está vivendo, que é querer negar o que é a salvação. Aqui no Brasil, por exemplo, os números da covid-19 só começaram a cair sistematicamente por causa da vacina. Com relação a outras doenças, vimos o país perdendo a cobertura vacinal de várias delas. O problema é que essas enfermidades ainda matam. Tem várias doenças para as quais a cobertura vacinal tem que ser superior a 95%. Vacina não é um problema de decisão individual. É um problema de saúde coletiva.
Se você tem um grupo de pessoas que se recusa a proteger a saúde de todos, isso é uma coisa criminosa. Não tem outro termo.
Ainda falando sobre vacinas, o que representa a produção de imunizante da Pfizer no Brasil a partir de 2022?
É um passo importante, mas nesse caso ainda se trata do procedimento final. O importante é que a gente tenha capacidade de produzir vacinas e medicamentos desde o início, desde o desenvolvimento do princípio ativo. Isso não é uma coisa que as indústrias possam fazer sozinhas, porque quem compra vacina é governo, aqui e no mundo inteiro. Temos insistido com o governo que precisamos de uma definição clara do que vai ser necessário para covid, para influenza, não só neste, mas nos próximos anos, porque são campanhas anuais. Então, é muito importante que se tenha esse equilíbrio do que os laboratórios públicos vão produzir - esse tipo de produto, sem dúvida, em boa parte tem que ser produzido pelos laboratórios públicos - e as vacinas e medicamentos que deverão ser produzidos pela indústria privada.
A produção da vacina da Pfizer no Brasil, mesmo sendo uma etapa final, pode reduzir o custo do imunizante para o governo?
Sim, mas não posso dizer exatamente quanto, porque isso envolve uma operação entre empresas privadas. Mas é o que sempre acontece. A produção no Brasil reduz muito os custos para o consumidor brasileiro e para o sistema público de saúde. Isso acontece, por exemplo, com os anticorpos monoclonais. Eles representam 10% das compras físicas do Ministério da Saúde para fornecimento no SUS e consomem 60% do orçamento, porque são caríssimos. Então, a produção no Brasil está reduzindo muito esses custos. É uma lei básica de mercado: na medida que há mais ofertantes capazes de suprir a demanda, o preço tem que cair.
Como avalia as ações e desempenho da Anvisa durante a pandemia? A agência foi rápida para aprovar medicamentos e vacinas?
A Anvisa enfrentou de cabeça erguida e com muita segurança duas coisas. Primeiro, a necessidade de continuar cumprindo a missão essencial dela, que é analisar medicamentos novos ou que queiram entrar no mercado brasileiro, para garantir que eles possam ser tomados pelas pessoas com segurança, qualidade e eficácia. A segunda coisa extremamente importante foi não ter arredado pé dessa missão, mesmo com todos os ataques que sofreu do Executivo, do Legislativo e de negacionistas. E isso foi extremamente relevante, porque a Anvisa certamente está em um processo de aprendizado que vai gerar, para o futuro, métodos que permitam avaliações mais rápidas, mantendo o essencial, que é garantir a segurança, a eficácia e a qualidade dos medicamentos que estão no mercado brasileiro. Durante a pandemia, a Anvisa manteve a capacidade de analisar rapidamente esses aspectos, dando autorizações para uso emergencial. O grande mérito da Anvisa foi o de, em uma situação de extrema tensão, conseguir fazer o que tinha de ser feito. A agência está saindo mais forte e mais respeitada, cumprindo o seu dever como país.
Apesar de já ter alguns medicamentos contra a covid-19 autorizados pela Anvisa, até o momento não temos nenhum incorporado ao Sistema Unico de Saúde. Qual a importância de um medicamento para tratar covid nesse momento em que já temos vacinas eficazes?
Não vou dar uma opinião de médico, porque não sou, mas você tem vários fenômenos. Em alguns momentos, tem um ataque mais forte do vírus e é necessário um combate mais eficaz - e os medicamentos estão funcionando nessa linha. Além disso, têm sido vistas sequelas depois da fase aguda da doença. Tem gente, há meses, sem olfato, que continua com sintomas de cansaço. Então, os medicamentos estão sendo testados para poder reduzir esses efeitos de longo prazo da covid. Em outros casos, estão sendo desenvolvidos medicamentos para prevenir ou interromper os efeitos do vírus nos primeiros dias. Vamos ter um arsenal de medicamentos.
Como a indústria farmacêutica enxerga a pesquisa clínica no Brasil? Como podemos desenvolver essa área?
Hoje, você só desenvolve medicamentos entendendo a doença, e só entende a doença e os efeitos do medicamentos sobre ela quando estuda isso nos humanos, depois das fases anteriores. Ter testes clínicos é essencial. Além disso, é um campo de negócios específico. Há empresas especializadas, com profissionais de altíssima qualificação. O Brasil ganhará muito quando tiver uma legislação de pesquisa clínica mais moderna. Há um projeto de lei, nº 7. 082, que está pronto para ser votado na Câmara dos Deputados, e eu pedi ao presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), para que pautasse esse projeto. Toda indústria está a favor disso, para que a gente possa ter uma legislação mais atualizada. Ninguém quer fazer testes clínicos sem controle dos aspectos éticos, sem preservar os padrões de qualidade e sem garantir que os resultados vão ser controlados nos mais altos níveis científicos. Mas precisamos que haja uma decisão rápida. Não é que o projeto vá permitir menos controle. Ao contrário, vai dar mais previsibilidade sobre os prazos e os processos de definição.
Ter uma indústria farmacêutica grande, de primeira qualidade e inovadora é estratégico para o país, é uma questão de segurança nacional"
"Vacina não é um problema de decisão individual. É um problema de saúde coletiva. Se você tem um grupo de pessoas que se recusa a proteger a saúde de todos, isso é uma coisa criminosa. Não tem outro termo"
»Entrevista | REGINALDO ARCURI PRESIDENTE DO GRUPO FARMABRASIL
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País tem 330 mortes por covid em 24 horas
O número de mortes por covid-19 no Brasil subiu para 626. 854. Em 24 horas, foram registradas 330 mortes. Segundo os números publicados pelo Ministério da Saúde na noite de ontem, 134. 175 novos casos de covid-19 foram diagnosticados em 24 horas, informa a Agência Brasil. O país soma 25. 348. 797 ocorrências da doença desde o início da pandemia. Há ainda 3. 133 mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em investigação. Os óbitos pela síndrome somaram 766 nos últimos três dias.
O boletim também mostra que a taxa de casos ativos aumentou e a taxa de recuperação caiu. No momento, 87, 4% do total de infectados são considerados livres de sintomas. A taxa chegou a 96, 2% em dezembro, antes da chegada da variante ômicron ao Brasil.
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (157. 854), Rio de Janeiro (69. 878), Minas Gerais (57. 306), Paraná (41. 191) e Rio Grande do Sul (36. 863). Já as unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1. 868), Amapá (2. 039), Roraima (2. 096) , Tocantins (3. 997) e Sergipe (6. 093).
O painel de vacinação do Ministério da Saúde registra que 355. 702. 862 doses de vacinas diversas já foram aplicadas. Destas, 164, 7 milhões são referentes à primeira dose, enquanto 151, 7 milhões são relativas à segunda dose. As doses de reforço chegaram a 38, 6 milhões.
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TV RECORD
Hanseníase testes rápidos serão oferecidos na rede pública
https://www.youtube.com/watch?v=MzOMNGPeua4
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PORTAL G1
Casal é suspeito de agredir médica com socos no rosto após ela pedir exame para dar atestado em Novo Gama
Segundo testemunha, paciente disse que estava com Covid-19, mas não apresentou laudo. Por isso, profissional solicitou o teste, o que causou revolta na moradora.
Por Rafael Oliveira e Tarciane Vasconcelos, g1 Goiás e TV Anhanguera
Um casal é suspeito de agredir uma médica com puxões de cabelo e socos no rosto por causa de um atestado de Covid-19, em um posto de saúde de Novo Gama, no Entorno do DF (veja o vídeo acima). O esposo da médica, que também estava de plantão na unidade, tentou separar a briga, segundo a ocorrência.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia. Por isso, o g1 não localizou a defesa para se manifestar sobre o caso.
O casal foi conduzido pela Guarda Civil para a delegacia na noite de quinta-feira (27), junto com a profissional, onde assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por lesão corporal e foram liberados.
A médica foi identificada como sendo a dermatologista Sabrina de Oliveira Lacerda, de 28 anos. Ela fazia plantão na unidade como clínica geral no dia da agressão. Ela sofreu ferimentos no rosto, segundo a corporação.
A prefeitura da cidade divulgou nota de repúdio contra a agressão e disse que que está tomando as medidas judiciais necessárias. "Repudiamos veementemente as agressões sofridas por nossos colaboradores, empenhados no trabalho de salvar vidas, e se solidariza com as equipes e família", destaca a nota.
Segundo o médico Paulo Henrique Lino, colega de trabalho da profissional, a paciente estava acompanhada do marido, com sintomas de Covid-19 e queria um atestado. Mas a médica solicitou um teste rápido para a doença com o objetivo de confirmar se a mulher estava contaminada.
"Nesse momento, a paciente se alterou muito. A médica pediu para ela ter calma, que iria só pedir o teste, mas que a atenderia normalmente. Aí ela começou a agredir a médica, puxando o cabelo, jogou ela no chão, deu socos", esclareceu Paulo Lino.
Ainda de acordo com o médico, o marido da paciente entrou na briga e a agrediu quando ela estava caída no chão.
A médica foi identificada como sendo a dermatologista Sabrina de Oliveira Lacerda, de 28 anos. Ela fazia plantão na unidade como clínica geral no dia da agressão.
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PORTAL MAIS GOIÁS
Médico preso por não atender delegado desabafa após ser solto pela Justiça: ‘Foi humilhante’
Fábio afirma que chegou a pensar em se mudar de Cavalcante, no nordeste de Goiás, onde tudo aconteceu
O medico Fábio Marlon Martins França, que foi preso por não atender um delegado com prioridade na última quinta-feira (27), disse que se sentiu muito constrangido com a situação. Na versão da Polícia Civil, o profissional foi preso por exercício ilegal da medicina, desacato e lesão corporal. O médico, no entanto, tem permissão para atuar na medicina.
Fábio afirma que chegou a pensar em se mudar de Cavalcante, no nordeste de Goiás, onde tudo aconteceu. Mas ao ver o apoio que teve da população, mudou de ideia. Ele classifica a situação que viveu como um ‘abuso’. “Eu acho que qualquer um na minha situação não aceitaria ser preso ilegalmente. Foi um excesso, foi um abuso, foi humilhante”, disse em entrevista do G1.
Segundo o médico, o delegado Alex Rodrigues queria ser atendido com prioridade após testar positivo para Covid-19. Fábio no entanto se negou atendê-lo primeiro que outros pacientes, o que gerou uma discussão no hospital.
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Criança de 12 anos morre com suspeita de Covid-19 após dizerem à família que era dengue
Mãe afirma que filho foi vítima de negligência dos servidores do cais Nova Era
A família de Kauan Victor Gomes da Costa Nunes, de 12 anos, foi surpreendida na última sexta-feira (28) com a notícia de que a criança havia morrido em função de sequelas da covid-19 depois de ter sido informada por profissionais de saúde do Cais Nova Era, em Aparecida de Goiânia, que a criança estava com dengue.
A mãe de Kauan, Tatiane Gomes da Costa, enterrou o filho no último sábado. Ela afirma que vai processar judicialmente os servidores da unidade por entender que foram negligentes e não trataram da criança como deveriam. “No cais não fizeram exame de Covid e, apesar disso, a médica me falou que essa hipótese estava descartada. Deram a ele soro e dipirona e nos mandaram para casa”.
Kauan sentiu-se mal pela primeira vez no domingo passado (23). Queixou-se de dor nas pernas e estava com febre. Ele chegou ao Cais com a mãe por volta de 14 horas e foi liberado no começo da noite – depois de exames que supostamente não detectaram nada de grave no paciente, segundo a mãe.
Kauan voltou a reclamar de mal-estar no dia seguinte e Tatiane o levou mais uma vez ao Nova Era. “Deram soro e dipirona de novo. Aí, pediram exame de sangue e urina. Falaram primeiro que era infecção no sangue, depois dengue. Internaram-no de segunda à quarta. Como não melhorou, resolveram transferir o meu filho para o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP)”.
A mãe diz que ouviu uma enfermeira chamar a atenção de outra servidora no cais Nova Era por causa da quantidade de soro que estava sendo aplicado em Kauan. “Uma disse para outra que aquilo estava errado, mas não adiantou. O tratamento foi totalmente equivocado”.
No HMAP, Tatiane afirma que foi informada de que a criança estava com sequelas decorrentes da Covid. Realizou-se um teste para detecção de dengue, que deu negativo.
Segundo a mãe da criança, as sequelas da Covid evoluíram rápido e ele morreu no começo da manhã da última sexta (28). O atestado de óbito dele, a que o Mais Goiás teve acesso, confirma que Kauan morreu por volta de 8h em decorrência da infecção por coronavírus. Ele sofreu insuficiência respiratória aguda, hemorragia pulmonar e digestiva, além de síndrome inflamatória multissistêmica.
Prefeitura afirma que criança não estava com Covid-19
A Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) afirma que o paciente Kauan Victor Gomes da Costa Nunes deu entrada no Cais Nova Era no dia 25 de janeiro, relatando febre e dores musculares há quatro dias. A pasta diz que a equipe do Cais deu assistência e solicitou exames laboratoriais e de imagem para auxílio do diagnóstico. Com quadro sugestivo de dengue, foi solicitada a transferência do paciente para unidade hospitalar.
Em nota, a SMS afirma que em menos de 24 horas, no dia 26 de janeiro, o paciente foi transferido para o Hospital Municipal de Aparecida (Hmap). A Secretaria diz ainda que foi realizado o exame RT-PCR para diagnóstico de Covid-19 e o resultado foi negativo. De acordo com a secretaria, no Hmap, o paciente apresentou uma severa piora do quadro clínico e recebeu toda a assistência hospitalar possível.
No entanto, no dia 28 de janeiro, não resistiu e foi a óbito. A Secretaria alega que, devido ao quadro clínico do paciente, o caso será encaminhado para o Comitê Municipal de Investigação de Óbitos e Controle da Dengue.
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AGÊNCIA ESTADO
Avanço da Ômicron já faz governos adiarem volta das aulas presenciais
No Tocantins e em ao menos quatro capitais do País o retorno foi prorrogado; especialistas apontam que, com protocolos sanitários, a educação deve ser priorizada
Grande parte das redes públicas já iniciou ou prevê retomar aulas presenciais nas próximas semanas, mas a variante Ômicron atrasará a volta às escolas em ao menos uma rede estadual (Tocantins) e de todos ou parte dos alunos de quatro capitais (Belo Horizonte, Manaus, Belém, São Luís), além de Teresina, que terá rodízio. No interior e em regiões metropolitanas, há adiamentos do ensino presencial para abril.
Apesar da escalada do coronavírus no País, especialistas apontam que a educação deve ser priorizada - a maioria dos governos não tem adotado restrições mais duras em relação a shows, festas e jogos de futebol, por exemplo. Pesquisas mostram que é possível reduzir o risco de transmissão com protocolos, como testagem e máscaras reforçadas. O Brasil foi um dos países que ficaram mais tempo com colégios fechados, com grandes prejuízos de aprendizagem.
Em São Paulo e no Rio, por exemplo, as aulas presenciais voltam em fevereiro - isso vale para as redes municipal e estadual. Já o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), adiou a volta presencial das redes públicas e privada do dia 3 para o dia 14 nas turmas entre 5 a 11 anos, sob argumento de que é preciso avançar na vacinação e 'proteger a saúde de alunos, familiares, professores e funcionários de instituições de ensino'.
O sindicato de trabalhadores da rede municipal havia pedido o adiamento. Já a entidade local de colégios particulares criticou. A prefeitura destacou ainda que vai pagar R$ 100 às crianças da rede pública, que vão ficar sem merenda.
PROBLEMAS. Tocantins adiou do dia i.° para o dia 14. Além da alta da covid, as enchentes foram apontadas como motivo. Segundo o secretário da Educação, Fábio Vaz, o ensino será prioridade, mas é preciso mais tempo para preparar a estrutura escolar, sobretudo em cidades menores. 'Será feito diagnóstico em cada ciclo de ensino para definir o nível que o aluno está e serão oferecidos conteúdos para a recomposição', diz ele, que descarta adiar de novo.
A diarista Vânia Lopes, de 50 anos, tem sentimento dividido sobre a ida do filho Geo-vanne, de 16. 'Agente fica com medo, porque cada dia é um tipo de variante que está vindo', conta ela, do Tocantins. 'Mas voltar para a escola é melhor, porque aula presencial tem mais rendimento. Em casa, ele olhava na internet, tirava dúvidas e tudo, mas é complicado aprender', conclui.
Os alunos de Belém retornam de forma gradual e escalonada nas próximas semanas. 'A adoção do retorno gradual das aulas é necessária enquanto não se conclui o processo de imunização contra a covid-19 de crianças de 5 a 11 anos', escreveu o prefeito Ed-milson Rodrigues (PSOL) nas redes sociais.
Em Manaus, a rede municipal começa dia 7, no modelo online. No anúncio da decisão, a prefeitura disse seguir orientações dos órgãos de saúde e cuidar da segurança de todos.
São Luís empurrou a volta do dia i.° para o dia 22, sob justificativa da covid e outras doenças gripais. Segundo informe da capital maranhense, a decisão foi tomada em conjunto com representantes da área da Saúde e do Ministério Público e o ano letivo será cumprido.
Em Teresina, o modelo será híbrido, a partir do dia 7. Segundo a secretaria local, é cedo para o retomo 100% presencial, pois crianças de 5 a 11 anos ainda não estão vacinadas.
Em algumas cidades, o adiamento foi por tempo ainda maior. Jaboatão dos Guarara-pes - segundo município mais populoso de Pernambuco - passou a volta presencial para abril.
SEGURANÇA. A imunização do grupo de 5 a 11 anos começou quase um mês após o aval da Anvisa, por causa da resistência da gestão Jair Bolsonaro em iniciar a campanha na faixa etária. Júlia Ribeiro, porta-voz de educação da Unicef no Brasil, braço das Nações Unidas, defende que a vacinação não pode condicionar a volta às aulas. 'É preciso que as escolas estejam preparadas para ir atrás das crianças que não conseguiram estar ou deixaram a escola na pandemia; que deixaram de aprender', diz.
A epidemiologista Ethel Maciel diz que é possível pensar em volta escalonada, iniciando por adolescentes para esperar avanço da vacinação infantil, mas critica a falta de planejamento. 'Não tivemos investimento, como Estados Unidos e Europa. Aqui o protocolo é verificar temperatura - e no pulso. O valor é quase zero, já que muitas crianças são assin-tomáticas. Além de estarmos até hoje com professores com máscaras de tecido. Se houvesse distribuição de máscaras melhores e testes, já melhoraria.'
Com a Ômicron ainda em alta, serão desafios o cancelamento de aulas das classes onde houver alunos infectados e o afastamento de professores doentes, o que já dificultou a manutenção de escolas abertas no Reino Unido e nos EUA.
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AGÊNCIA BRASIL
Doenças negligenciadas têm aumento em taxa de mortalidade
A pandemia de covid-19 trouxe impactos para o atendimento em relação às doenças tropicais negligenciadas que passaram a registrar aumento da mortalidade, apesar da queda de internações.
Em 2020, a taxa de mortalidade para malária subiu 82,55%, apesar da queda de 29,3% nas internações. Doenças como a leishmaniose visceral e a leptospirose também registraram aumento de mortalidade de 32,64% e 38,98%, respectivamente. O número de internações por essas doenças diminuiu no período, com quedas de 32,87% e 43,59%.
Já a dengue registrou aumento de 29,51% nas internações e de 14,26% na taxa de mortalidade. Os dados fazem parte de um estudo dos pesquisadores Nikolas Lisboa Coda Dias e Stefan Oliveira, da Universidade Federal de Uberlândia; e Álvaro A. Faccini-Martínez, da Universidade de Córdoba.
Eles compararam os dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) durante os primeiros oito meses de 2020 com os valores médios do mesmo período dos anos de 2017 a 2019.
Na avaliação da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), houve aumento do número de casos dessas enfermidades durante a pandemia. 'Houve redução dos casos notificados e aumento da letalidade', disse à Agência Brasil o presidente da entidade, Júlio Croda.
'Houve uma desassistência às pessoas que são acometidas por essas doenças e que, geralmente, são populações mais vulneráveis', destacou.
Retrocesso
Na avaliação de Júlio Croda, o Brasil retrocedeu de dez a 20 anos no combate a essas doenças. Segundo ele, será necessário reconstruir os serviços de saúde já que todos os programas nacionais de controle para essas doenças sofreram algum impacto. Ele acredita ainda que a curva de redução de incidência que o país mantinha e de mortalidade associada a essas doenças tende a entrar em estabilidade até 2030.
'A gente perdeu uma década de combate a essas doenças, principalmente por conta da pandemia, da desassistência, da falta de diagnóstico e de um tratamento precoce', avaliou o especialista.
Procurado pela Agência Brasil para comentar a afirmação de Croda, o Ministério da Saúde não respondeu até o fechamento da matéria.
Tuberculose
O presidente da SBMT afirmou que, depois de 15 anos, houve registro de redução das notificações de tuberculose em todo o mundo e crescimento do número de óbitos. 'No Brasil, não foi diferente'. A tuberculose é a doença negligenciada responsável pelo maior número de mortes entre as populações mais vulneráveis, segundo Croda.
Relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), divulgado em outubro de 2021, relatou que os serviços de tuberculose estão entre os interrompidos pela pandemia de covid-19 em 2020. O impacto sobre essa doença foi particularmente grave e, em 2020, 1,5 milhão de pessoas morreram de tuberculose no mundo.
A OMS estima que 4,1 milhões de pessoas sofrem atualmente de tuberculose, mas não foram diagnosticadas com a doença ou não notificaram oficialmente às autoridades nacionais. Em 2019, o número de pessoas afetadas por tuberculose chegava a 2,9 milhões.
Doenças Negligenciadas
Mais de 1,7 bilhão de pessoas em todo o planeta sofrem com algum tipo de doença tropical negligenciada.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas somam um grupo diversificado de doenças transmissíveis que prevalecem em condições tropicais e subtropicais em 149 países, matam milhões de seres humanos e custam bilhões de dólares às economias em desenvolvimento a cada ano.
O Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas, lembrado hoje (30), foi criado em 2019, por uma resolução da Assembleia Mundial da Saúde. Este é o terceiro ano de celebração da data, em meio à pandemia da covid-19.
Em nota divulgada hoje, o coordenador de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Marcelo Wada, afirma que que a pasta vêm investindo na vigilância dessas doenças e implementando ações para que se alcance a eliminação ou controle desse grupo.
'Existem muitos desafios para a eliminação das DTNs, incluindo mudanças climáticas, ameaças zoonóticas e ambientais, emergentes em saúde pública. Vamos avançar nas estratégias para controlar essas doenças', afirmou.
Doenças esquecidas
As chamadas doenças negligenciadas, ou esquecidas, são enfermidades infecciosas, muitas delas parasitárias, que afetam principalmente as populações mais pobres e com acesso limitado aos serviços de saúde, em especial pessoas que vivem em áreas rurais remotas e favelas.
Segundo a OMS, elas integram um grupo diversificado de 20 enfermidades prioritárias de origem parasitária, bacteriana, viral e fúngica. Causam dor e incapacidade, criando consequências sociais, econômicas e para a saúde duradouras para indivíduos e sociedades. Impedem as crianças de ir à escola e os adultos de ir ao trabalho, prendendo as comunidades em ciclos de pobreza e desigualdade. As pessoas afetadas por deficiências causadas por essas doenças, muitas vezes sofrem estigma em suas comunidades, dificultando acesso aos cuidados necessários e levando ao isolamento social.
No Brasil, leishmaniose, tuberculose, doença de Chagas, malária, esquistossomose, hepatites, filariose linfática, dengue e hanseníase estão entre as principais doenças negligenciadas. Elas ocorrem em quase todo o território. Mais de 90% dos casos de malária ocorrem na Região Norte e há surtos de filariose linfática e oncocercose. As regiões Norte e Nordeste apresentam o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e concentram o maior número das DTNs.
Equidade
A comemoração deste ano do Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) foi iniciada pela OMS no último dia 26, sob o tema 'Alcançar a equidade em saúde para acabar com a negligência das doenças relacionadas à pobreza'. A instituição fez um apelo a seus membros para que se concentrem no fortalecimento das intervenções, visando promover serviços de saúde equitativos para todos.
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A REDAÇÃO
Em Aparecida, 76% dos pacientes em UTIs têm vacina atrasada ou não tomaram
Goiânia - Dados da Prefeitura de Aparecida de Goiânia indicam que 76% das internações por covid-19 em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) do município são de pessoas que não se vacinaram ou estão com o esquema vacinal em atraso. O balanço é referente ao dia 25 de janeiro.
Na data, das 21 pessoas internadas na rede pública municipal para o tratamento da doença, 16 estavam com o esquema vacinal em atraso ou não eram vacinadas. E ainda, 62% delas já poderia ter recebido a dose de reforço do imunizante, mas não procurou os postos. 13% não tinha recebido nenhuma dose da vacina.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também identificou que a população idosa permanece como maioria entre as internações em UTIs para tratamento da covid-19. “71% das internações em unidades intensivas no dia 25 era entre pessoas com mais de 60 anos. Característica que permanece desde o início da pandemia. Contudo, agora, a população tem uma arma poderosa contra o vírus: a vacinação. É muito importante que todos completem o esquema vacinal com a dose de reforço. A terceira dose é fundamental para manter a proteção”, afirma o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.
De acordo com o gestor, o levantamento realizado no dia 25 apontou que 15 idosos estavam internados em UTI para tratamento da covid-19. Desse total, apenas um ainda não estava apto a receber a dose de reforço e 14 já tinham alcançado o intervalo necessário para recebimento da terceira dose. Contudo, desses, apenas quatro procuraram os postos para completar o esquema vacinal. Ou seja, dos 15 idosos internados, 10 estavam com o cartão de vacina em atraso.
Alessandro Magalhães detalha ainda que 29% das internações em UTI para tratamento da covid-19, no dia 25, era entre pessoas de 40 a 59 anos: “Foram seis casos nessa faixa etária. Desses, metade não tinha recebido nenhuma dose da vacina. Três deles receberam a primeira e a segunda dose, mas não completaram o esquema vacinal com a dose de reforço, mesmo já tendo alcançado o prazo para tanto. Eles poderiam ter sido imunizados no mês de novembro”.
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JORNAL OPÇÃO
Conjuntivite pode ser sintoma de infecção pela Covid-19
Por Acaray Martins
Com a nova onda da Ômicron, 22% das crianças contaminadas tiveram conjuntivite, enquanto apenas entre 1% e 3% dos adultos apresentaram esse sintoma
A conjuntivite é um dos indicativos de contaminação pelo Coronavírus, principalmente em crianças. Estudos apontam que com a nova onda da Ômicron, 22% das crianças infectadas tiveram conjuntivite, enquanto apenas entre 1% e 3% dos adultos apresentaram esse sintoma. Embora a conjuntivite não seja tão comum, sintomas oculares com a congestão conjuntival merece alerta dos pais quanto à possibilidade de ser Covid-19, ainda mais se vier acompanhado de outras manifestações comuns nessa doença, a exemplo de dor de garganta, febre e dor nos olhos.
Para a oftalmopediatra Marcela Barreira as observações relatadas desde o início da pandemia, que apontam que crianças costumam apresentar mais sintomas oculares quando positivadas para a Covid-19, podem ajudar na orientação, prevenção e manejo da doença e também da conjuntivite nas crianças. Ela explica que nem toda conjuntivite é sinal de Covid, mas a identificação requer atenção extra dos pais ou responsáveis. “No verão, temos um alta nos casos de conjuntivite nas crianças. A principal causa é a contaminação por vírus ou bactérias presentes na água de piscinas, praias, cachoeiras e rios. Portanto, é preciso calma e bom senso caso a criança apresente os sintomas da conjuntivite”, aponta.
A conjuntivite pode ser viral, bacteriana ou alérgica. Os sintomas variam de acordo com o tipo, mas a vermelhidão está presente em todos os casos. “A vermelhidão é sinal de inflamação na conjuntiva. Na conjuntivite viral, que pode ser causada pela Covid-19, a criança pode reclamar da sensação de ter areia nos olhos, há lacrimejamento e secreção. Além disso, pode levar até 14 dias para melhorar”, explica. A conjuntivite bacteriana se difere das outras pelo inchaço e pela secreção purulenta em abundância. Outra diferença é que a duração é menor, com melhora do quadro em uma semana, aproximadamente. Por fim, a conjuntivite alérgica evolui com muita coceira, uma vermelhidão menos acentuada e sem secreção.
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Criança morre em Aparecida de Goiânia por Covid-19 após ser diagnosticada com dengue
Por Italo Wolff
Secretaria de Saúde de Aparecida diz que todos os exames foram feitos, família nega e afirma que irá processar servidores judicialmente
Um garoto de 12 anos morreu em Aparecida de Goiânia por consequências da Covid-19, mas sua família fora informada pelos profissionais de saúde do Cais Nova Era de que a criança sofria de dengue. Segundo redação do jornal Mais Goiás, a mãe da criança afirma que não foram feitos exames para detectar Covid-19, e que o tratamento administrado foi de apenas soro e dipirona.
A criança foi equivocadamente diagnosticada com dengue no dia 23 e internada no Hospital Municipal de Aparecida (HMAP) no dia 26. Apenas no HMAP, exames para detecção das doenças foram realizados e apontaram que o paciente não tinha dengue. O óbito ocorreu na sexta-feira, 28, e o atestado informa que aconteceu em decorrência da infecção por coronavírus. Ele sofreu insuficiência respiratória aguda, hemorragia pulmonar e digestiva, além de síndrome inflamatória multissistêmica.
A família afirma que irá processar judicialmente os servidores da unidade por entender que foram negligentes e não trataram da criança como deveriam. A Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) registra uma data diferente da relatada pela família para a consulta do paciente no Cais Nova Era, e diz ainda que exames laboratoriais foram solicitados, ao contrário do que afirma a família. Em nota, a SMS afirmou ainda que foi realizado o exame RT-PCR para diagnóstico de Covid-19 e o resultado foi negativo. De acordo com a secretaria, no Hmap, o paciente apresentou uma severa piora do quadro clínico e recebeu toda a assistência hospitalar possível. O caso será encaminhado para o Comitê Municipal de Investigação de Óbitos e Controle da Dengue.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Bancos de sangue estão com estoques baixos
Tocantins tem 2.213 novos casos de Covid e três mortes pela doença
Mãe de um dos bebês trocados em hospital se emociona ao pensar em ter que devolver menino que cuida há quase um mês: 'Dói'
Ex-governador de Goiás Marconi Perillo recebe alta de hospital, em Goiânia
Conselho do MP quer vacinação obrigatória contra covid para crianças
Covid-19: Goiás registra 6,6 mil novos casos e 34 mortes em um dia
Damares Alves ataca passaporte e abre disque-denúncia a antivacinas
Queiroga mantém texto contra diretriz anticloroquina
ANS notifica Amil sobre saída da UnitedHealth do Brasil
Autoteste deve ser vendido só em farmácia
Saúde põe obstáculos à vacinação infantil
TV ANHANGUERA
Bancos de sangue estão com estoques baixos
https://globoplay.globo.com/v/10248802/
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PORTAL G1
Tocantins tem 2.213 novos casos de Covid e três mortes pela doença
Estado soma 262.540 diagnósticos e 3.989 óbitos desde o início da pandemia. No momento, quase 12 mil pessoas estão com o vírus ativo, ou seja, internadas ou em isolamento domiciliar.
O Tocantins contabilizou 2.213 novos casos de Covid-19 nesta quinta-feira (27). Conforme o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES) foram contabilizados 1.129 diagnósticos nas últimas 24 horas e mais três mortes pela doença. Desde o início da pandemia são 262.540 confirmações e 3.989 óbitos.
As mortes aconteceram em maio de 2021 e neste mês. Os pacientes são:
Homem, de 96 anos, morador de Palmeirante. Comorbidades: desnutrição proteica e doenças cardíacas crônicas. Morte em 22/01/22 no Hospital Dom Orione.
Homem, de 63 anos, morador de Alvorada do Tocantins. Comorbidade: hipertensão. Morte em 23/01/22 no Hospital Regional de Gurupi.
Mulher, de 57 anos, moradora de Lavandeira. Comorbidade: hipertensão. Morte em 22/05/21 no Hospital Palmas Medical.
Novos diagnósticos
Palmas contabilizou mais 654 novos casos da Covid. A capital é a cidade mais afetada pela doença com 63.800 infectados e 688 mortes.
Já Araguaína registrou 254 diagnósticos da doença. O município acumula 42.165 casos e 568 mortes desde o início da pandemia.
Todos os 139 municípios do Tocantins têm casos confirmados da doença. Veja abaixo as 10 cidades mais afetadas pela pandemia. A lista completa pode ser conferida no site sobre coronavírus da Secretaria Estadual de Saúde.
Do total de casos, 246.622 pacientes se recuperaram e 11.929 ainda estão com o vírus ativo. Ao todo, 221 pessoas estão hospitalizadas por causa da doença, sendo que 77 fazem tratamento em leitos de UTI públicos e 35 em unidades de terapia intensiva privadas. Os outros pacientes estão em leitos clínicos.
Conforme o Estado, nenhum paciente está aguardando por vaga em leito clínico ou leito de UTI. A última atualização foi feita nesta quinta-feira (27). Acompanhe a situação aqui.
Vacinação contra a Covid-19
De acordo com os dados do Vacinômetro, página que monitora a imunização no estado, o Tocantins recebeu 2.851.385 doses de vacinas do Ministério da Saúde, sendo que 2.737.942 doses foram distribuídas aos municípios e 2.106.172 foram aplicadas.
São 1.062.067 referentes a aplicação de primeira dose, 847.305 da segunda dose da vacina e 37.804 da dose única. Além disso, 158.996 pessoas receberam a dose de reforço. Os dados foram atualizados às 13h desta terça-feira (25).
Ocupação de leitos de UTI nos hospitais
Hospital Regional de Augustinópolis – 30% de ocupação
Hospital Regional de Gurupi - 95% de ocupação
Veja como está a ocupação dos leitos particulares contratados pelo estado.
Instituto de Terapia Intensiva do Tocantins – 100% de ocupação
Intensicare Palmas – 80% de ocupação
Instituto Sinai Palmas – 81% de ocupação
Hospital Dom Orione em Araguaína - 80% de ocupação
Hospital Palmas Medical - 40% de ocupação
Instituto Sinai Araguaína - 80% de ocupação
Os dados de estatística hospitalar foram atualizados nesta quinta (27). As informações podem ser conferidas no portal Integra Saúde.
Cidades mais afetadas pela pandemia
Palmas – 63.800 casos e 688 mortes
Araguaína – 42.165 casos e 568 mortes
Gurupi – 16.755 casos e 280 mortes
Porto Nacional – 11.521 casos e 214 mortes
Paraíso do Tocantins – 10.265 casos e 196 mortes
Colinas do Tocantins – 8.481 casos e 158 mortes
Formoso do Araguaia – 3.899 casos e 67 mortes
Guaraí – 3.567 casos e 81 mortes
Miranorte – 3.070 casos e 59 mortes
Araguatins – 2.976 casos e 74 mortes
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Mãe de um dos bebês trocados em hospital se emociona ao pensar em ter que devolver menino que cuida há quase um mês: 'Dói'
Crianças nasceram no dia 29 de dezembro do ano passado, em Aparecida de Goiânia. Hospital São Silvestre informou que 'houve quebra de protocolo' e que envolvidos foram suspensos.
Por Honório Jacometto e Guilherme Rodrigues, TV Anhanguera e g1 Goiás
A dona de casa Juciara Maria da Silva, de 28 anos, que é mãe de um dos bebês que foram trocados em um hospital de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, se emocionou ao pensar em ter que devolver o menino que está cuidando há quase um mês (assista ao relato dela abaixo).
“Vai ser um mês e quantos dias para devolver uma criança que eu cuidei, que amamentei, levei para casa, que meus filhos, minhas irmãs já se apaixonaram. Como que a gente fica nessa história? Dói”, lamentou Juciara.
As crianças nasceram no dia 29 de dezembro do ano passado, no Hospital São Silvestre. A advogada da unidade de saúde, Luciana Azevedo, registrou no boletim de ocorrências que o exame de DNA confirmou a situação. O caso é investigado pela Polícia Civil.
Em nota, o hospital informou que “de fato, houve uma quebra no protocolo do hospital” e que, ao ser percebido, de imediato as duas famílias foram comunicadas. A unidade de saúde informou ainda que abriu processo administrativo para apuração dos fatos “e que já houve a suspensão de vários envolvidos” (leia nota na íntegra ao final do texto).
A dona de casa contou que o hospital informou que acreditava que houve uma troca de pulseiras do filho dela com o outro bebê durante o teste do pezinho. Bastante emocionada, ela contou que, por ela, não trocaria a criança.
“Não, não trocaria, mas aquele é o meu, como que a gente vai ficar com o filho assim?”, disse.
A delegada Bruna Coelho, responsável pelo caso, afirmou que, até a noite de quinta-feira (27), não havia tido acesso aos documentos. “Foi registrada uma ocorrência. Nós vamos identificar se houve a identificação correta ou não [dos bebês], se foi doloso ou culposo - toda essa circunstância criminal. Tudo indica que houve pelo erro da identificação”, disse a delegada.
A outra família disse à TV Anhanguera que está muito abalada e que, por enquanto, prefere não dar entrevistas.
Troca dos bebês
O advogado de Juciara, Eduardo Augusto, contou que, desde que os bebês nasceram, as famílias aguardam aflitas o resultado do exame de DNA, que foi feito pelo próprio hospital, após desconfiar da troca.
“As mães estão muito desestabilizadas. Não sabemos como serão as reações das famílias. Já tem toda uma questão de apego e afeto com os bebês”, disse o advogado.
O advogado relatou ao g1 que, quando a cliente dele chegou ao quarto, após o parto, o filho dela já estava com a irmã. No entanto, minutos depois, enfermeiros e funcionários da unidade começaram a questioná-la sobre as características do pai do bebê, como cor da pele.
Horas depois, conforme o advogado, o diretor do hospital foi até a mulher e a informou que, possivelmente, haveria tido uma troca de bebês e que ela precisaria fazer um exame de DNA, que seria oferecido pela própria unidade.
Mesmo com a possibilidade de troca e, devido ao tempo que levaria para o resultado sair, o diretor do hospital informou à mãe que poderia ir para casa levando o bebê e que era para cuidar dele “como se fosse realmente o filho dela”, relatou o advogado.
Exame de DNA
O exame de DNA, segundo o advogado da família, ficou pronto na última segunda-feira (24), quando as duas famílias foram chamadas pelo hospital para que o resultado fosse entregue.
A defesa da família contou que as mães foram direcionadas para um escritório, que faz o jurídico da unidade hospitalar, mas que, ao chegarem ao local, a advogada não quis entregar os exames, "alegando que deveria ser feita uma contraprova".
No entanto, em nota, o Hospital São Silvestre informou que o resultado do exame foi informado às famílias na última segunda feira, "todavia, devido à emoção da situação vivenciada, não foi entregue qualquer documento".
A unidade disse ainda que uma das famílias já procurou o hospital e já foi disponibilizado o resultado do exame. "Sendo inverídica a negativa por parte do hospital de demonstrar qualquer documento ou exame realizado".
Com isso, uma das famílias decidiu fazer um boletim de ocorrências na Polícia Civil. Contudo, quando chegou à delegacia, descobriu que o próprio hospital já havia feito o registro e que o caso já é investigado. A mãe de um dos bebês prestou depoimento na tarde desta quinta-feira (27).
Nota do hospital na íntegra
O Hospital São Silvestre informa que, de fato, houve uma quebra no protocolo do hospital no dia 29 de dezembro de 2021. A situação foi percebida quando da alta médica de uma das mães, sendo que de imediato as duas famílias foram comunicadas e foi solicitado pelo Hospital a realização de teste de DNA. As famílias se mostraram resistentes a todo momento a qualquer exame, o qual levaria quinze dias para ficar pronto (conforme determinação do laboratório responsável pelo exame).
O resultado do exame foi informado às famílias na última segunda-feira (24), todavia, devido a emoção da situação vivenciada, não foi entregue qualquer documento. Mas uma das famílias já procurou o hospital e já foi disponibilizado o resultado do exame. Sendo inverídica a negativa por parte do hospital de demonstrar qualquer documento ou exame realizado.
O hospital abriu um processo administrativo ainda no dia 1º de janeiro de 2022 para apuração dos fatos, e já houve a suspensão de vários envolvidos. Foi solicitada na quarta-feira (27), a abertura de investigação na Delegacia de Proteção a Criança e do Adolescente, para que auxiliasse o hospital na condução do caso.
Nesta quinta-feira (27), foi protocolado informação dos fatos ao Ministério Público, para que preste o mesmo auxílio.
O Hospital entende a gravidade dos fatos, e se coloca, como se colocou em todos esses dias, à disposição das famílias ao que for necessário a fim de tentarem encontrar o melhor caminho.
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Ex-governador de Goiás Marconi Perillo recebe alta de hospital, em Goiânia
Unidade informou que político foi hospitalizado por causa de arritmia cardíaca. Novo boletim médico informou que ele vai seguir com medicamentos e repouso domiciliar.
Por Guilherme Rodrigues, g1 Goiás
O ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) deixou o hospital, na tarde desta quinta-feira (27), após ser internado com um quadro arritmia cardíaca, em Goiânia. O boletim médico informou que o político vai seguir com medicamentos e repouso domiciliar.
Segundo o comunicado assinado pelo médico José Maria Azeredo, Marconi havia sido internado na tarde de quarta-feira (26) por causa da arritmia, já que estava sentindo palpitações. A nota detalhava que os resultados dos exames laboratoriais e de imagem foram "satisfatórios", indicando taquiarritmia.
O político havia sido diagnosticado com Covid-19 em novembro de 2021. À época, a esposa dele, Valéria Perillo, também teve a doença. Eles se recuperaram em casa, em São Paulo.
Carreira
Perillo foi governador de Goiás por quatro vezes: 1998, 2002, 2010 e 2014.
Marconi nasceu no dia 7 de março de 1963, em Goiânia. Ainda na infância mudou com a família para Palmeiras de Goiás, onde viveu até os 15 anos, quando retornou para a capital.
Ele se formou como bacharel em direito e ingressou na carreira política como discípulo do ex-governador Henrique Santillo, de quem foi assessor especial. Ele é casado e pai de duas filhas.
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A REDAÇÃO
Conselho do MP quer vacinação obrigatória contra covid para crianças
Goiânia - O Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG) aprovou, durante reunião ordinária realizada na quarta-feira (26/1) em São Paulo, nota técnica acerca da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19. O objetivo é subsidiar a atuação de cada unidade do Ministério Público, respeitada a independência funcional dos seus membros. MP de Goiás informa que irá avaliar definições que constam na nota técnica, como a vacinação obrigatória para as crianças.
No documento, elaborado pelas Comissões Permanentes de Defesa da Saúde (Copeds), da Infância e Juventude (Copeij), da Educação (Copeduc) e da Pessoa com Deficiência e Idoso (COPEDPDI) do Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH) do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG), conclui-se que: a vacina contra Covid-19 para essa faixa etária é obrigatória em todo o território nacional; e a vacinação é um direito das crianças e um dever dos pais ou responsáveis, de modo que a omissão no cumprimento desse dever inerente ao poder familiar pode ensejar a responsabilização, na forma prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Também ficou definido na nota técnica do CNPG que "a violação do direito à saúde de crianças deve ensejar a intervenção de todo o Sistema de Garantia de Direitos, objetivando concretizar a proteção integral a elas dispensada" e "as escolas públicas ou privadas devem exigir, no ato de matrícula e rematrícula e para a frequência do estudante em sala de aula, a carteira de vacinação completa, incluindo-se a vacina contra a covid-19".
Matrícula
Entretanto, o descumprimento desse dever não pode, em nenhuma hipótese, significar a negativa da matrícula ou a proibição de frequência à escola, em razão do caráter fundamental do direito à educação. Em tais situações, deve ensejar a notificação aos órgãos competentes, em especial ao Conselho Tutelar, para as devidas providências.
A nota, aprovada pelos chefes dos Ministérios Públicos de todo o País, descreve ainda que é necessária grande mobilização nacional na defesa da imunização em geral da população e, em especial, de crianças e adolescentes. O CNPG ressalta no documento que o Ministério Público deve primar pela atuação na perspectiva resolutiva, prestigiando a intervenção na esfera extrajudicial e mantendo uma postura empática e não autoritária com relação a eventuais dúvidas de boa-fé dos pais ou responsáveis.
Indicação pela Anvisa
De acordo com os procuradores-gerais, uma vez que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indica o uso do imunizante, a vacina contra a Covid-19 para a faixa etária de 5 a 11 anos é obrigatória em todo o território nacional. Esta obrigatoriedade está fundamentada no artigo 14, parágrafo 1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Foi ressaltado que União, Estados e municípios devem promover campanhas educativas, que possuem o potencial de gerar efeitos positivos superiores à judicialização individual dos casos.
MP goiano
O procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Flávio Vechi, afirma que a nota técnica será encaminhada para a Área de Atuação da Infância, Juventude e Educação e para a Área de Atuação da Saúde para embasar a orientação institucional.
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Covid-19: Goiás registra 6,6 mil novos casos e 34 mortes em um dia
Adriana Marinelli
Goiânia - Goiás registrou 6.601 novos casos da covid-19 e 34 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta quinta-feira (27/1). Com as atualizações, o Estado chega a 1.027.657 casos e 24.978 óbitos confirmados.
Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás soma 975.356 pessoas que tiveram a doença provocada pelo novo coronavírus e que estão recuperadas. Goiás tem 690.598 casos suspeitos em investigação, enquanto outros 299.144 já foram descartados.
Além dos 24.978 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,43%, há 408 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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FOLHA DE S.PAULO
Damares Alves ataca passaporte e abre disque-denúncia a antivacinas
Nota da pasta, endossada por ministra, se opõe à obrigatoriedade de imunização de crianças
BRASÍLIA O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos produziu uma nota técnica em que se opõe ao passaporte vacinal e à obrigatoriedade de vacinação de crianças contra a Covid-19.
No documento, a pasta coloca o Disque 100, o principal canal do governo para denúncias de violações dos direitos humanos, à disposição de pessoas antivacinas que passem por 'discriminação'.
A nota técnica, obtida pela Folha, foi concluída no dia 19. É assinada por três secretários e um diretor da pasta. A ministra Damares Alves endossou o documento e o encaminhou a outros ministérios a partir do dia 21.
A apresentação de uma prova de vacinação contra a Covid-19para circulação por espaços públicos e privados é uma medida sanitária adotada em diferentes países. Passou a ser usual em estabelecimentos privados e em repartições públicas no Brasil.
O governo de Jair Bolsonaro (PL) se opõe à medida, assim como apresenta resistência à vacinação de crianças de 5 a 11 anos, o que retardou a imunização infantil.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), no parágrafo1º do artigo 144, afirma: 'E obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias'. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou a vacinação dessa faixa etária no Brasil.
Ao colocar o Disque 100 à disposição de quem passa por 'discriminação' em razão de falta de vacinação, como afirmou o ministério, a pasta pode gerar desvirtuamento e sobrecarga do canal de denúncias, na visão de gestores do governo familiarizados com o serviço.
O Disque 100 é o principal instrumento do governo federal para recebimento de denúncias e encaminhamento para investigação dessas acusações de violência contra mulheres, crianças e adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, pessoas que vivem nas ruas e população LGBTQIA+.
Em nota à reportagem, o ministério afirmou que o Disque 100 é aberto a todos que se sentem violados em seus direitos fundamentais.
'O serviço não faz juízo de valor sobre as denúncias. Apenas recebe, faz a triagem e encaminha relatos de insatisfação aos órgãos competentes', informou.
A nota técnica foi elaborada pelo ministério porque a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos recebeu manifestações sobre violações de direitos, segundo a pasta.
'O ministério não é contra a vacinação contra Covid-19, porém manifesta-se, fundamentado em dispositivos legais, contrariamente à sua obrigatoriedade'
Na nota técnica elaborada e distribuída a ministérios, a pasta de Damares concluiu que 'medidas imperativas de vacinação como condição para acesso a direitos humanos e fundamentais podem ferir dispositivos constitucionais e diretrizes internacionais'.
Além disso, na visão de integrantes da pasta, essas medidas podem contrariar princípios bioéticos, ferir a dignidade humana e 'acabar por produzir discriminação e segregação social, inclusive em âmbito familiar'.
'O ministério entende que a exigência de apresentação de certificado de vacina pode acarretar em violação de direitos humanos e fundamentais', cita o documento distribuído a ministérios, como o do Trabalho e da Previdência e o da Economia.
'Para todo cidadão que por ventura se encontrar em situação de violação de direitos, por qualquer motivo, bem como por conta de atos normativos ou outras medidas de autoridades e gestores públicos, ou, ainda, por discriminação em estabelecimentos particulares, está disponível o canal de denúncias, que pode ser acessado por meio do Disque 100', diz a nota técnica.
O ministério prometeu encaminhar essas denúncias aos órgãos competentes, 'a fim de que os direitos humanos de cada cidadão possam ser protegidos e defendidos'.
A pasta de Damares disse que não é contra campanhas e vacinação, mas sustentou que 'medidas de imposição' de certificado de vacinação podem afetar o direito à liberdade de ir e vir, de reunião e de exercício profissional.
No caso da vacinação de crianças contra a Covid-19, o ministério afirmou que a família deve ter proteção especial por parte do Estado. A previsão feita pelo ECA não se aplicaria à imunização contra a Covid, conforme a pasta.
'A vacina pediátrica autorizada pela Anvisa, apesar de fazer parte do Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a Covid-19, enquanto não constar no Programa Nacional de Imunização, ou no calendário básico de vacinação da criança, não será obrigatória, e os pais ou responsáveis têm autonomia sobre a decisão de aplicá-la ou não em seus filhos ou tutelados', afirmou a nota técnica.
Assinaram o documento Eduardo Miranda Freire, secretário nacional de Proteção Global substituto; Fernanda Ramos Monteiro, secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente substituta; Marcelo Couto Dias, secretário nacional da Família substituto; e Jaílton Almeida do Nascimento, diretor de Promoção e Educação em Direitos Humanos.
Damares endossou o documento. 'A nota técnica foi elaborada conjuntamente pelas secretarias nacionais de Proteção Global, da Família e dos Direitos da Criança e do Adolescente, com o objetivo de apresentar fundamentos técnicos, jurídicos e políticos no campo dos direitos humanos, que, na visão desta pasta, não justificam a obrigatoriedade ora proposta', afirmou.
No último dia 20, Damares e Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, visitaram uma criança na cidade de Lençóis Paulista (SP) que teve uma crise de taquicardia após tomar vacina contra a Covid-19.
O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, telefonou para os familiares da criança. À ministra fez uma suposição de relação entre as alterações cardíacas e a vacina recebida, mas o governo de São Paulo e o próprio Ministério da Saúde descartaram a ligação.
'A síndrome de Wolff-Par kinson-White, até então não diagnosticada e desconhecida pela família, levou a criança a ter uma crise de taquicardia, que resultou em instabilidade hemodinâmica', afirmou o ministério, citando a investigação realizada pelo governo local.
O ministério não é contra a vacinação contra Covid-19, porém manifesta-se, fundamentado em dispositivos legais, contrariamente à sua obrigatoriedade trecho de nota técnica elaborada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
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Queiroga mantém texto contra diretriz anticloroquina
BRASÍLIA Os conselhos de secretários estaduais (Conass) e municipais (Conasems) de Saúde pediram nesta quinta feira (27) a revogação imediata de portarias do Ministério da Saúde que rejeitaram as diretrizes de tratamento da Covid-19 do SUS que contraindicam o uso do 'kit Covid'
O ministro Marcelo Queiroga negou o pedido e disse que irá avaliar o caso quando for apresentado recurso formal dentro do processo. Ele disse que o texto só poderia ser derrubado agora se houvesse 'flagrante ilegalidade'.
Essas diretrizes foram elaboradas por um grupo de especialistas e representantes de entidades médicas, aprovadas pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS), mas rejeitadas pelo secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Hélio Angotti.
O pedido de revogação imediata das portarias foi feito durante reunião da comissão de gestão do SUS, que reúne o Conass, o Conasemse o Ministério da Saúde.
Em ofício entregue a Queiroga, os conselhos também manifestaram 'total discordância' com nota técnica assinada por Angotti para justificar a rejeição das diretrizes. Como mostrou a Folha, o documento afirmava que hidroxicloroquina funciona e é segura contra a Covid-19 e dizia que vacina não funciona.
Após a repercussão negativa, a pasta da Saúde excluiu esse trecho do documento, mas manteve a decisão de rejeitar as diretrizes.
Os secretários de estados e município não apresentaram um recurso administrativo, mas um pedido de revoga%ão imediata da decisão de Hélio Angotti.
O recurso a essa decisão do ministério deve ser apresentado pelo mesmo grupo que elaborou as diretrizes.
'Sou a instância administrativa final. Não posso [revogar a decisão], em ofício, salvo em situações de flagrante ilegalidade', disse Queiroga.
Durante a reunião de gestão do SUS, o ministro fez acenos a Angotti. Ele afirmou que a Secretaria de Ciência e Tecnologia foi responsável por liderar o acordo para a produção na Fiocruz da vacina da AstraZeneca.
Também defendeu a vacinação. 'Independente de diretriz ou não, tenho certeza de que fundamental hoje é avançarmos na nossa campanha de imunização da Covid-19", afirmou Queiroga aos secretários.
O recurso à decisão de Angotti, em tese, seria julgado pelo próprio secretário. Mais tarde, por Queiroga, em última instância.
O ministro não antecipou se irá contrariar Angotti e aceitar as diretrizes que contraindicam o kit Covid.
Ele disse que irá seguir a ciência na sua análise. Sem citar o nome do medicamento, também falou, porém, que o tratamento usado para combate à malária, ou seja, a hidroxicloroquina, teve explosão de uso na pandemia.
'Vou analisar ponto a ponto', disse Queiroga.
Ao assumir o Ministério da Saúde, em março de 2021, Queiroga anunciou que promoveria o debate na Conitec para encerrar a discussão sobre ouso do kit Covid. Ele indicou o médico e professor da USP Carlos Carvalho, contrário aos fármacos ineficazes, para organizar grupo que iria elaborar os pareceres.
Queiroga, porém, modulou o discurso e tem investido em agrados a Bolsonaro para se agarrar ao cargo. O ministro ainda alterna elogios à compra e entregadas vacinas com acenos à ala bolsonarista que duvida da segurança e eficácia da imunização.
Gestores do SUS cobram que Queiroga, além de atuar na compra das doses, faça campanha de estímulo a imunização das crianças.
Depois de repercussão negativa aos acenos do ministro à ala negacionista do governo, Queiroga vacinou crianças nesta quinta-feira (27).
Na última segunda (24), também disse que hidroxicloroquina não tem eficácia comprovada contra a Covid-19. Medicamentos do chamado kit Covid já foram descartados pela comunidade científica para a doença.
Especialistas e sociedades médicas que participaram da elaboração da diretriz preparam um recurso ao Ministério da Saúde para reverter a decisão de rejeitar o texto.
Devem assinar o recurso a Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), a SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) e a AMB (Associação Médica Brasileira).
Sou a instância administrativa final. Não posso [revogar a decisão], em ofício, salvo em situações de flagrante ilegalidade Marcelo Queiroga ministro da Saúde
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O GLOBO
ANS notifica Amil sobre saída da UnitedHealth do Brasil
Operadora tem dez dias para responder à agência reguladora
A Amil foi notificada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), na quarta-feira, para dar explicações a respeito de informações veiculadas pela imprensa mencionando a possível saída da UnitedHealth, controladora do Grupo Amil no Brasil. A operadora tem dez dias, a partir do recebimento do ofício, para responder à agência reguladora.
Uma das preocupações da ANS seria a transferência dos 337. 459 contratos de planos de saúde individuais para a Assistência Personalizada à Saúde (APS), autorizada pela agência em 22 de dezembro e concretizada no último dia 1º.
Sediada em Jundiaí, a APS também faz parte do UnitedHealth Group, mas tinha até o início deste mês pouco mais de 11 mil usuários. Entre os beneficiários da Amil que serão transferidos para a empresa, a maioria está em São Paulo, 260 mil.
Em nota, a ANS confirma o envio do ofício e diz que 'atua na defesa do interesse público e monitora o setor de saúde suplementar de forma permanente. '
Segundo fontes, para se desfazer da carteira, a UnitedHealth vai desembolsar R$3 bilhões, a fim de permitir que a APS assuma os contratos. A transação envolve ainda o veículo de investimento Fiord Capital.
A Amil, em nota, diz que responderá à ANS no prazo determinado.
Analistas de mercado avaliam que a transferência da deficitária carteira de planos individuais para APS foi o primeiro passo para que a UnitedHealth negocie a venda da Amil.
Neste mês, no entanto, fontes do mercado têm dito que a intenção do grupo americano não seria vender exclusivamente a operadora, mas todos os seus ativos no país, que inclui, entre outros negócios, o Américas Serviços Médicos, que contabiliza 16 hospitais e 41 clínicas médicas, distribuídos em seis estados brasileiros, com estrutura que soma 2. 332 leitos e mais de 17 mil profissionais.
A carteira de beneficiários e as redes de laboratórios e hospitais podem ser negociadas separadamente.
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CORREIO BRAZILIENSE
Autoteste deve ser vendido só em farmácia
A liberação de autotestes da covid-19 defendida pelo Ministério da Saúde prevê a venda exclusiva em farmácias. A proposta está entre as informações complementares enviadas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que pode decidir hoje sobre a questão. Não há qualquer menção à distribuição do item pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O documento indica que a pessoa com resultado positivo no autoteste (feito de forma doméstica, com coleta nasal ou de saliva e resultado em torno de 10 a 20 minutos) deve procurar uma unidade de atendimento de saúde ou um tele atendimento, 'para que um profissional da saúde, mediante as estratégias já postas pelo Ministério da Saúde, realize a confirmação do diagnóstico, notificação e orientações pertinentes de vigilância e assistência em saúde',
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Saúde põe obstáculos à vacinação infantil
Depois de revogar prescrição para a imunização pediátrica, ministério volta a sugerir que pais ou responsáveis consultem médicos antes de os filhos receberem as doses. Nota tenta dar respaldo técnico à não obrigatoriedade da aplicação
Apesar de já ter indicado a vacinação contra a covid-19 para crianças de 5 a 11 anos, o Ministério da Saúde voltou a promover o desestímulo da vacinação infantil. Em uma publicação no site da pasta, sugere que pais e responsáveis 'procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização' das crianças, ainda que essa recomendação não seja obrigatória e endossada por sociedades médicas. Outra nota técnica do ministério enumera argumentos para sustentar a posição do governo federal de que a imunização pediátrica não é compulsória.
A orientação para que os responsáveis 'procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização' promoveu mais desinformação. A pasta publicou uma nota na qual ressalta a não obrigatoriedade da vacinação de crianças e 'apenas visa à verificação de eventuais contraindicações e em caso de comorbidades'.
No entanto, o ministério não explica em que situação a recomendação médica antes da aplicação é aconselhada. 'A única exigência para a aplicação do imunizante é que pais ou responsáveis estejam presentes no ato da vacinação e expressem a concordância na admissão da dose', trouxe a nota.
A cobrança de uma prescrição chegou a ser cogitada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mas a medida foi rejeitada por governadores e criticada por especialistas. Depois disso, ele recuou e desistiu de cobrar o documento.
Outro plano
Por meio de outra nota técnica, a pasta também reforçou que a vacinação do grupo de 5 a 11 anos não é obrigatória. Um dos argumentos usados é de que o fármaco contra a covid-19 faz parte do Plano Nacional de Operacionalização (PNO) da vacinação contra o novo coronavírus, e não no Programa Nacional de Imunizações (PNI) - constituído por 19 vacinas, todas obrigatórias, segundo a legislação.
O documento é assinado pela secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Melo, e pelo diretor de programa, Danilo de Souza Vasconcelos.
O primeiro parágrafo do artigo 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) informa que é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias, mas a nota técnica do ministério faz uma ginástica teórica ao distinguir o PNO e indicar que não integra o PNI, pois está subordinado à Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. Ou seja, a vacinação contra o novo coronavírus, teoricamente, não se submeteria às mesmas obrigações legais que as campanhas de vacinação do PNI.
Diante do movimento que prejudica a vacinação pediátrica contra a covid, o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça (CNPG) emitiu uma nota de 56 páginas que indica a obrigatoriedade da vacinação para crianças de 5 a 11 anos. 'As escolas de todo o país, públicas ou privadas, devem exigir, no ato de matrícula e rematrícula e para a frequência do estudante em sala de aula, a carteira de vacinação completa, incluindo-se a vacina contra a covid-19, ressaltando-se que o descumprimento desse dever inerente ao poder familiar deve ensejar a notificação aos órgãos competentes, em especial ao Conselho Tutelar', afirmou o documento.
Sem prejuízo
O CNPG ressalta, porém, que a não apresentação da vacinação contra a covid 'em nenhuma hipótese, possa significar a negativa da matrícula ou a proibição de frequência à escola, em razão do caráter fundamental do direito à educação'. O conselho ressalta que 'há o reconhecimento de que a vacinação protege as crianças, ao reduzir os agravos e o risco de morte por covid-19, e daí surge a obrigatoriedade da vacinação, amparada pelo ECA e pela Constituição Federal, para todos que convivem'.
Além disso, os procuradores também indicam que é necessário uma mobilização nacional em defesa da imunização, sobretudo de crianças e adolescentes. 'União, estados e municípios têm o dever de promover campanhas educativas, as quais possuem o potencial de gerar efeitos positivos superiores à judicialização individual dos casos e à imposição judicial da vacinação', salientou a nota.
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Assessoria de Comunicação