Quarta, 19 Abril 2023 06:24

CLIPPING AHPACEG 19/04/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Lula assina projeto de lei que garante verba para piso da enfermagem

Gripe mata quinta vítima este ano, em Goiás

Flay mostra efeitos colaterais do 'chip da beleza' e desabafa: "Ganhei 10 quilos"

Sífilis congênita matou mais de 2,4 mil bebês em sete anos

Governo de Goiás alerta para casos de malária no Estado

Enfermeiros cobram aprovação de proposta que vai garantir recursos para piso salarial

Os dois lados da proibição de anabolizantes determinada pelo CFM

Ministério da Saúde e entidades médicas unem-se em prol da vacinação

DIA A DIA ONLINE

Lula assina projeto de lei que garante verba para piso da enfermagem


O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assinou nesta terça-feira (18) o projeto de lei que abre previsão orçamentária para o pagamento do piso nacional da enfermagem. O texto a ser enviado ao Congresso Nacional abre crédito especial no Orçamento da União no valor de R$ 7,3 bilhões. O projeto destina os recursos ao Ministério da Saúde para possibilitar o atendimento de despesas com o piso nacional de enfermeiro, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras.

Segundo o ministro da Secretaria da Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), o projeto deve ser analisado pelos parlamentares na próxima semana.

O piso da enfermagem é uma das cobranças que mais ouvi desde a campanha. Hoje pude assinar um projeto de lei de R$ 7,3 bilhões para o @minsaude, para incluirmos no orçamento da pasta o pagamento do piso da categoria, valorizando a enfermagem. ð¸: @ricardostuckert - Lula (@LulaOficial) April 18, 2023

Piso

A legislação define que o piso salarial dos enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) será de R$ 4.750. Ainda segundo a norma, os técnicos de enfermagem devem receber 70% desse valor (R$ 3.325) e os auxiliares de enfermagem e as parteiras, 50% (R$ 2.375).

Atuação

Levantamento do Conselho Federal de Enfermagem aponta que, atualmente, mais de 693,4 mil enfermeiros atuam em todo o país (com 170,7 mil em exercício em São Paulo, estado com maior número de trabalhadores). De acordo com o mesmo banco de dados, o país conta com 450,9 mil auxiliares de enfermagem e mais de 1,66 milhão de técnicos de enfermagem, integrando cerca de 2,8 milhões de profissionais em atuação, nas três funções em todo o país.

Em relação às parteiras, estimativas do Ministério da Saúde indicam que existem cerca de 60 mil em todo o Brasil, assistindo a 450 mil partos por ano, aproximadamente. As parteiras são responsáveis por cerca de 20% dos nascimentos na área rural, percentual que chega ao dobro nas regiões Norte e Nordeste.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Gripe mata quinta vítima este ano, em Goiás

De acordo com a SES, vítima não tinha comorbidades; pasta reforça para a importância da vacinação contra o vírus da gripe

O vírus Influenza fez mais uma vítima em Goiás este ano, uma mulher de 43 anos, moradora de Iporá, é a quinta vítima goiana.

A morte foi informada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), que comunicou também que a vítima não tinha nenhuma comorbidade.

Ao contrário das outras quatro vítimas que perderam suas vidas em decorrência da infecção pelo subtipo B da Influenza, a mais recente vítima fatal do vírus contraiu o subtipo A da doença. Entre as quatro vítimas fatais anteriores do vírus da gripe Influenza, estavam um jovem rapaz de 15 anos, outro de 20 anos, uma menina com apenas cinco meses de vida e um garoto de dois anos.

De acordo com a SES, o vírus está circulando entre pessoas mais jovens e com isso a pasta reforça para a vacinação de crianças a partir dos seis meses, que são mais propensas a desenvolver quadros graves decorrentes da doença.

Baixa adesão

Em resposta ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e síndrome gripal em 23 unidades espalhadas em todo o Estado, o Governo de Goiás autorizou os municípios a anteciparem o início da Campanha de Vacinação contra a Influenza. A decisão foi tomada após uma análise epidemiológica apontar a necessidade de medidas urgentes para prevenir a propagação da doença.

Com a autorização, os municípios puderam iniciar a vacinação já no dia 4 de abril, seis dias antes da data inicialmente prevista, que era 10 de abril. A medida visa ampliar a cobertura vacinal e proteger a população, especialmente os grupos mais vulneráveis.

No entanto, a pasta informou que houve uma adesão de apenas 5% da população idosa, que é um dos grupos prioritários. A meta das autoridades de saúde é vacinar 90% das pessoas que fazem parte dos grupos prioritários, a fim de garantir uma situação mais tranquila e evitar o aumento do número de casos de gripe Influenza.

Campanha de Vacinação

A Campanha de Vacinação contra a Influenza em Goiás continua em andamento e vai até o dia 31 de maio. A vacinação é destinada a diversos grupos prioritários, incluindo pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas, crianças de 6 meses a 6 anos, professores, pessoas com comorbidades, trabalhadores do transporte coletivo, portuários, profissionais das forças de segurança e salvamento e das Forças Armadas, servidores do sistema carcerário, população privada de liberdade e adolescentes que cumprem medida socioeducativa. É importante que a população desses grupos se vacine o quanto antes para se proteger contra a gripe Influenza e evitar complicações de saúde. As autoridades de saúde reforçam a importância da vacinação como uma medida preventiva eficaz e segura.

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Flay mostra efeitos colaterais do 'chip da beleza' e desabafa: "Ganhei 10 quilos"

Em entrevista ao Fantástico, a cantora e campeã do The Masked Singer deu seu relato sobre as consequências que o chamado 'chip da beleza' causou à sua saúde.

Flay, de 28 anos, desabafou sobre o uso de anabolizantes, em específico, a gestrinona, hormônio esteroide conhecido popularmente como 'chip da beleza'. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, nesse domingo (16), a ex-BBB alertou sobre a falta de informação a respeito do tratamento.

A cantora e vencedora do 'The Masked Singer Brasil' contou que teve diversas reações alérgicas após colocar o implante hormonal. Segundo ela, seu desejo era perder peso, melhorar a libido e o ganho de massa muscular.

"A gente se compara bastante com outras pessoas e acaba tentando recorrer o tempo todo a métodos, procedimentos, para estar sempre bem esteticamente. Busquei aconselhamento médico, eu nunca tive dificuldade para emagrecer, comecei a perceber isso dos 27 anos para cá. Foi naquele momento que eu decidi buscar o chip da beleza. Mas começou a cair bastante o meu cabelo, a minha pele foi a minha maior tristeza, meu rosto começou a encher de espinhas, meu corpo ficou inchado. Foi com o chip que eu ganhei 10 quilos", iniciou.

"Quando o efeito do chip acabou, eu comecei a fazer uma dieta que funcionou, comecei a fazer exercícios mais cárdio, sem o chip. O chip estava me impedindo de emagrecer, eu estava me exercitando, fazendo dieta e não fluía", continuou.

Em sua rede social, Flay acrescentou: "A questão é a falta de informações dos próprios médicos sobre ser um chip cheio de hormônios. Nada disso foi passado na época para mim. Por isso mesmo a importância de levar a informação para TV para que outras pessoas não caiam na mesma cilada", escreveu.

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A REDAÇÃO

Sífilis congênita matou mais de 2,4 mil bebês em sete anos

A sífilis congênita, transmitida para os bebês durante a gestação, pode dobrar o risco de mortalidade até os 2 anos de idade. Entre 2011 e 2017, causou 2.476 mortes de bebês e crianças. Os dados, divulgados nesta terça-feira (18/4) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foram levantados por pesquisadores de diversas instituições e resultaram em um estudo publicado na revista científica PLOS Medicine.  

A transmissão da mãe para o bebê durante a gestação pode ser evitada com tratamento, e um alto índice de sífilis congênita é indicador de deficiências na rede da assistência. O rastreamento da sífilis durante a gestação é considerado simples, com realização de teste durante o pré-natal, assim como o tratamento, que precisa se estender ao parceiro ou parceira sexual da mãe para evitar que ocorra reinfecção.

Segundo o estudo, foram registrados 93.525 casos de sífilis congênita no país entre 2011 e 2017, que causaram 2,4 mil mortes, sendo a maior parte no primeiro ano de vida. Entre as crianças diagnosticadas, 17,3% nasceram prematuras, 17,2% com baixo peso ao nascer e 13,1% eram pequenas para a idade gestacional.

Os pesquisadores alertam que o número de casos aumentou depois do período estudado, chegando a 27.019 apenas em 2021, segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Além disso, eles suspeitam que pode haver subnotificação, porque o levantamento encontrou óbitos por sífilis congênita que não tinham sido notificados.

Desigualdade

O estudo mostra que, entre os mais de 93 mil casos de sífilis congênita diagnosticados no período estudado, 65,59% receberam tratamento incompleto durante a gravidez, e quase 30% das mães não teve acesso a nenhum tratamento.

A incidência da doença afeta sobretudo a população mais vulnerável, com taxas mais altas entre filhos de mulheres jovens, pretas e pardas e com poucos anos de escolaridade. Entre as mães que não receberam tratamento adequado, 44,84% frequentaram a escola por menos de 7 anos e 76% eram pretas ou pardas.

Doença silenciosa

A pesquisadora Enny Paixão, associada ao Cidacs/Fiocruz Bahia e à London School of Hygiene & Tropical Medicine (LSHTM), liderou o estudo. Ela explicou que a maioria dos bebês é assintomática ao nascer ou apresenta sinais e sintomas inespecíficos. No grupo pesquisado, aproximadamente 10% das crianças tinham sintomas registrados, sendo os mais comuns a icterícia (coloração amarelada da pele, olhos e mucosa), o aumento do tamanho do fígado e a anemia.

Outra dificuldade para o diagnóstico do bebê é que não existe teste laboratorial confiável que identifica bebês assintomáticos no nascimento. Com isso, os bebês podem ficar sem acesso ao tratamento necessário para mitigar as consequências da infecção em sua saúde, até que algum sintoma apareça.

A pesquisa acompanhou dados de 20 milhões de crianças nascidas no país, por meio do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan-Sífilis). Participaram do trabalho o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (Isc/Ufba), o Instituto de Matemática e Estatística da Ufba, aa London School of Hygiene and Tropical Medicine, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), e a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).

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O HOJE

Governo de Goiás alerta para casos de malária no Estado

Diagnóstico laboratorial confirmou a doença em paciente de Anápolis que esteve em uma chácara de Aparecida de Goiânia

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), emitiu alerta, nesta segunda-feira (17/4), em relação a um caso recente de malária de uma paciente de Anápolis. O caso é classificado como autóctone, pois a mulher não viajou para fora do Estado. O único deslocamento realizado por ela foi a uma chácara em Aparecida de Goiânia, perto de onde já havia sido confirmado outro caso, em fevereiro. Em 2023 já são 67 casos notificados em Goiás – 34 confirmados e 33 descartados. Com exceção dos dois últimos casos, todos foram “importados” de outros Estados ou países.

A Coordenação de Zoonoses da Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis da Superintendência de Vigilância em Saúde da SES-GO realiza, no local de provável infecção em Aparecida de Goiânia, o controle vetorial para reduzir o risco de transmissão de novos casos. Realiza também trabalho de pesquisa para captura do vetor responsável pela transmissão da doença, a fêmea infectada do mosquito Anopheles, e a busca ativa de sintomáticos na região em que os casos foram confirmados.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, explica que é preciso muita atenção da população e ação rápida das autoridades em saúde. “A malária é uma doença que, se não for tratada, poderá evoluir rapidamente para a forma grave e complicada, levando a óbito.”

Para a população as recomendações mais importantes são: usar repelentes (não aplicar em crianças menores de 2 anos de idade sem orientação médica), proteger áreas do corpo que o mosquito possa picar, usar cortinados e mosquiteiros sobre a cama ou a rede e evitar locais próximos a criadouros naturais de mosquitos, como beira de rio ou áreas alagadas.

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, com ampla distribuição mundial, causada por protozoários do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles. Os sintomas são febre, calafrios, cefaleia, sudorese, mialgia, náusea e vômitos. O quadro clínico pode ser leve, moderado ou grave. Na fase inicial, a malária se confunde com outras doenças infecciosas e não pode ser diagnosticada pela sintomatologia. Apenas o diagnóstico laboratorial confirma ou descarta a doença.

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AGÊNCIA CÂMARA

Enfermeiros cobram aprovação de proposta que vai garantir recursos para piso salarial

Projeto de lei do Congresso Nacional garante pagamento de piso de R$ 4,7 mil para enfermeiros

Na expectativa da assinatura, pelo presidente Lula, de um projeto de lei que garante os recursos para o pagamento do piso salarial da enfermagem, representantes da categoria se mobilizaram e lotaram audiência pública da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados sobre o assunto nesta terça-feira (18).

Eles reivindicam a continuidade do processo: primeiro, a aprovação do PLN e, em seguida, a edição da portaria do Ministério da Saúde que vai detalhar como o dinheiro vai chegar na conta dos profissionais de saúde, além da derrubada da liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) impedindo a adoção do piso.

Integrantes dos conselhos regionais de Enfermagem de vários estados se juntaram a parlamentares de diversos partidos para debater a urgência das providências para viabilizar o piso, que eles querem ver pago a partir de maio. Todos ressaltaram o trabalho dos profissionais durante a pandemia de Covid-19 e disseram que a categoria está “cansada” depois da aprovação de uma lei (Lei 14.434/22) e de duas emendas Constitucionais (EC 124/22 e EC 127/22) sem que a questão esteja resolvida.

O representante do Conselho Federal de Enfermagem, Daniel Menezes, explicou o caminho que ainda precisa ser percorrido a partir da assinatura da proposta pelo presidente da República.

“A gente precisa que ela seja aprovada na sessão do Congresso, então ela tem que passar na sessão da CMO (Comissão Mista de Orçamento). Existe um compromisso, como sempre teve até hoje, com as duas Casas, de dar celeridade para o tema do piso. A partir daí, votando, o presidente sanciona e a gente vai, junto ao STF, junto com toda essa articulação governamental, para que de fato a liminar caia e a legislação que nós aprovamos, a Lei 14.434, seja aplicada na prática, com os valores no contracheque da enfermagem brasileira”, afirmou Menezes.

Números
O PLN garante o repasse de recursos públicos para pagar o piso salarial da enfermagem na rede pública e também a profissionais de hospitais privados conveniados que atenderem a pelo menos 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Pela lei aprovada, o piso será de R$ 4,7 mil para enfermeiros, R$ 3,3 mil para técnicos de enfermagem e R$ 2,3 mil para auxiliares de enfermagem e parteiras.

Logo no início da audiência, o presidente da Comissão de Saúde, deputado Zé Vitor (PL-MG), alertou para o desafio orçamentário que vem com a aprovação do piso: se for pago a partir de maio, serão R$ 7,3 bilhões em 2023 e R$ 10,5 bilhões anuais a partir de 2024.

"Fica aqui a cargo do governo também nos apresentar um planejamento real para que a gente possa, de fato, garantir a implantação desse piso a partir desse ano agora”, disse.

Hospitais privados
Representantes dos hospitais privados ressaltaram o impacto financeiro do piso. Marco Aurélio Ferreira, da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), apontou como urgente a desoneração da folha de pagamento, já que, atualmente, os encargos representam 67,2% do total.

Marcos Vinícius Ottoni, da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), lembrou que 96% das unidades privadas de saúde têm até 150 leitos e que houve redução no número de hospitais particulares. Acrescentou que os planos de saúde estão em crise e renegociam valores contratuais. Ele apontou algumas falhas na aprovação do piso, como o estabelecimento de um valor único para todo o país.

“Uma medida que vem trazer um piso salarial nacional, independentemente da análise das diferenças regionais, impondo um valor pra cada estado, pra cada município, indiferentemente da sua realidade, ele acaba por violar o pacto federativo. Isso nós estamos falando não é porque imaginamos isso, (mas sim) com base nas premissas e nos julgados do Supremo Tribunal Federal”, afirmou.

Atual secretária de Saúde de Santa Catarina, a deputada licenciada Carmen Zanotto (SC) afirmou que estados, municípios e o Ministério da Saúde precisam cuidar da operacionalização do piso.

“O que que é operacionalização? A garantia do recurso na sua chegada em cada estado, em cada município, em cada unidade prestadora de serviços conforme está na EC 127, baseado no quantitativo de profissionais”, disse.

Otimismo
O deputado Bruno Farias (Avante-MG), autor do requerimento da audiência e presidente do Conselho Regional de Enfermagem do seu estado, se disse otimista sobre a operacionalização dos recursos.

“Todas as instituições vão ser contempladas no texto do PLN conforme feito pelo Ministério da Saúde. Então eu estou muito despreocupado quanto a isso, porque eu tenho certeza que as instituições públicas, filantrópicas, todas vão receber esse sonho porque a enfermagem tem pressa e a enfermagem merece”.

Bruno Farias anunciou, na audiência pública, que um grupo de parlamentares vai tentar agendar uma reunião com o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, para viabilizar a derrubada da liminar sobre o piso nacional da enfermagem.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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DIÁRIO DO ESTADO

Os dois lados da proibição de anabolizantes determinada pelo CFM

Um dos assuntos mais polêmicos da semana foi a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicada no Diário Oficial da União, que proibiu a prescrição de anabolizantes para estética ou performance por médicos. A norma vale tanto para pacientes que buscam ganho muscular, performance esportiva ou melhora estética.

A decisão veio após pressão  de seis entidades médicas que, em uma carta conjunta ao CFM publicada em 27 de março, defenderam a regulamentação desse tipo de tratamento com base em evidências científicas.

A norma veda os profissionais de saúde de indicarem o uso de hormônios androgênicos (como testosterona e seus derivados) em casos sem eficiência comprovada, no esporte amador e profissional e para a estética. Proibiu  ainda a realização de cursos, eventos e apologia ao uso dessas medicações. Mas afinal, por que a polêmica?

Sabemos que, em um mundo onde a estética e a aparência contam muito, os esteróides anabolizantes acabam sendo muito procurados por quem quer acelerar processos. Além disso, essa procura acaba movimentando um grande mercado de substâncias .

A decisão emitida pelo CFM  traz consigo uma situação complexa pois a indicação de anabolizantes para estética ou performance em pacientes tem seus prós e contras. Atualmente, por exemplo, os esteróides anabolizantes são indicados em casos específicos, como terapias de reposição onde há deficiência de testosterona e para a transição de gênero de homens transexuais, e isso vai continuar.

Sabemos que há quem faça  uso indiscriminado  dos hormônios. Este utilização ‘fora da bula’ e em altas doses para finalidades estéticas ou esportivas vêm se espalhando em consultórios e nas redes sociais e, com isso, vale lembrar que tudo em excesso traz riscos. Em contraponto, há diversos procedimentos com fins apenas estéticos que também são passíveis de riscos.

O uso excessivo de testosterona em mulheres, por exemplo, pode trazer complicações como surgimento acne, aumento do crescimento de pelos, voz rouca, alterações no ciclo menstrual, aumento do risco de doença cardiovascular e redução da tolerância à glicose.

Um outro assunto que corrobora  a complexidade da proibição da prescrição destas terapias hormonais, é o fato de estimular uma comercialização ilegal dos produtos. Algo que já existe, mas que pode ser intensificado neste contexto.

Sendo assim, enquanto a proibição está em vigor, ou caso venha a ser revogada, é importante lembrar que  a indicação de qualquer substância/medicamento deve ser feita com base em avaliação médica profissional e exames, como sempre deve ser realizada quando se trata da saúde.

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AGÊNCIA BRASIL

Ministério da Saúde e entidades médicas unem-se em prol da vacinação

Programa Nacional de Imunização completa 50 anos

O ministério da Saúde e entidades médicas e científicas reuniram-se na manhã desta terça-feira (18). em São Paulo, para discutir ações conjuntas de incentivo à vacinação no Brasil. O encontro é uma das ações do Movimento Nacional pela Vacinação para ampliar as coberturas vacinais e resgatar a cultura de vacinação do país. Neste ano o Programa Nacional de Imunização (PNI) completa 50 anos, com 47 imunizantes e o reconhecimento mundial de ser o mais completo e eficiente do mundo.

Entretanto, segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, desde 2015 vem sendo observado no país um cenário de baixa cobertura vacinal e durante a pandemia de covid-19, devido ao aumento dos adeptos ao movimento antivacina no Brasil e aos discursos de autoridades contra a vacinação, todas as vacinas ofertadas no calendário de todas as faixas etárias foram afetadas.

"Isso fez com que as nossas coberturas atingissem patamares e taxas nunca antes vistos. Nós temos hoje a possibilidade de que doenças que já tinham sido eliminadas no país possam retornar porque o número de pessoas vacinadas contra elas é pequeno. Por exemplo, sarampo, poliomielite", disse.

Ethel Maciel ressaltou que esses dados são preocupantes, motivo pelo qual é necessária uma ação integrada da sociedade para incentivar os profissionais médicos que falem a favor das vacinas ou que em consultas possam perguntar sobre a vacinação. "A ideia é a de que, independente da especialidade médica, que isso possa fazer parte da consulta".

Escola

O próximo passo entre todos os movimentos que estão sendo feitos pelo Ministério da Saúde é levar a Campanha de Multivacinação para as escolas com programas de educação sobre o tema. No Brasil,  já é obrigatório por lei que todos sejam vacinados, porém há dificuldade em fazer com que essa lei seja cumprida. A secretária reforçou que em maio deve ser iniciada uma ação para que a vacinação seja levada ao ambiente escolar.

"As escolas não conseguem sozinhas fazer uma análise do cartão de vacinação da criança, porque são muitas vacinas, doses, variando de acordo com faixa etária. Então precisamos desenvolver uma maneira para que esse certificado de vacinação possa ser entregue à escola e assim a lei seja mais facilmente cumprida", disse a secretária.

Gargalo

Para o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunização e representante da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri, o grande gargalo da vacinação está na pediatria, já que os antivacinistas tentaram boicotar os idosos, adultos e adolescentes sem sucesso, porém ao chegar nas crianças os médicos puderam perceber na prática o que esse efeito é capaz de fazer.

"Pela primeira vez vimos adultos e pais vacinados não querendo vacinar seus filhos. Pais com três, quatro doses se recusando a vacinar seus filhos porque o discurso alarmistas desses grupos é cruel porque vai diretamente no "você vai fazer isso com seu filho?', 'você acha que é seguro?'. É difícil não ser impactado com um discurso com essa gravidade. Esse é o terreno mais fértil onde a desconstrução da ciência e do conhecimento caminha com maior vigor gerando as piores coberturas", avaliou Kfouri.

O diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcos Antônio Cirilo, destacou que muitos médicos estão sofrendo ameaças e ataques por discordarem dos movimentos antivacinação e ainda tentarem conscientizar a população sobre a necessidade do cumprimento do calendário vacinal. "É muito complicado, mas com essa nova revisão vamos conseguir ter bons resultados".

Participaram do encontro ainda a Associação Médica Brasileira, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia  e a Sociedade Brasileira de Pneumologia.

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Assessoria de Comunicação

18 04 23 segurança do paciente hcor

Para celebrar o Dia Nacional da Segurança do Paciente, comemorado em 1º de abril, o associado Hospital do Coração de Goiás organizou um evento para motivar os colaboradores e enfatizar a importância do cumprimento de cada uma das 6 metas internacionais de segurança do paciente, que são:

1- Identificar corretamente os pacientes;

2- Melhorar a comunicação entre profissionais de saúde;

3- Melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos;

4- Assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente corretos;

5- Higienizar as mãos para evitar infecções;

6- Reduzir o risco de quedas e lesão por pressão.

Parte também da campanha Abril Laranja, de segurança do paciente, e realizado nos dias 12 e 13 deste mês, o evento proporcionou uma experiência lúdica aos profissionais do HCor Goiás.

Colaboradores de todas as áreas, das assistenciais às administrativas, foram convidados a fazer uma "viagem" interativa por estações com atividades voltadas às metas de segurança do paciente. Ao final de cada atividade proposta, o colaborador recebia um carimbo em seu passaporte simbólico e ia garantindo, assim, o acesso à sala vip com direito a um lanche especial oferecido pelo hospital.

18 04 23 hsfa NUTRIÇÃO


A Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional do associado Hospital São Francisco de Assis está apresentando seus indicadores de terapia nutricional 2022/2023.

A campanha “Todo paciente Importa” acontece hoje, 18, e amanhã, 19, com a exposição dos indicadores e o destaque da a importância da nutrição hospitalar.

A Danone participa do evento com a exposição e degustação de produtos.

O associado Hospital do Rim participou, no dia 17 de abril, do programa exclusivo de Consultoria em Terapia Nutricional realizado pela Braspen/SBNPE - Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, com o apoio da Danone.

Focada na educação e atuação dos profissionais de saúde da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN), a consultoria da equipe Braspen abordou temas, como abreviação de jejum, evolução dos indicadores de prescrito e infundido na terapia nutricional e protocolo do paciente suplementado em fisioterapia.

O evento, realizado no formato online, busca contribuir para transformar a assistência nutricional nas instituições de saúde, sendo um aliado nos cuidados com o paciente.

Nesta terça-feira, das 19h30 às 20h30, será a vez da equipe do associado Hospital Santa Helena participar do treinamento.

O 4º Simpósio Nacional de Gestão Pública e Privada será realizado nos dias 27 e 28 de abril no auditório do Teatro SESI - Centro Cultural Paulo Afonso Ferreira, em Goiânia, e terá como tema “O Mercado da Saúde: Tendência, Desafios e Perspectivas”.

O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, será um dos palestrantes. Ele participará da mesa-redonda de abertura, com o tema “Gestão Estratégica: Visão do Público e Privado Frente ao Mercado de Saúde em Transformação


Acesse e faça a sua inscrição
https://www.sympla.com.br/evento/4-simposio-nacional-de-gestao-publica-e-privada/1860352

 

4º Simpósio Nacional de Gestão Pública e Privada
Data: 27 e 28 de abril de 2023
Local: Teatro SESI - Centro Cultural Paulo Afonso Ferreira - Av. João Leite, 1013 - Santa Genoveva - Goiânia

DESCONTO
50% na inscrição para colaboradores que atuam nos hospitais associados até 21/04/23. Aplicar o código promocional AHPACEG.

Terça, 18 Abril 2023 07:34

CLIPPING AHPACEG 18/04/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Artigo - Planos: reajustes são necessários para equilíbrio de custos

Ministério da Saúde publica edital com mais de 6 mil vagas para o 'Mais Médicos'

Bebê de 7 meses morre por causa de gripe em Goiás

Exclusivo: relatório mostra desperdício bilionário de insumos no Ministério da Saúde desde 2019

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MEDICINA S/A

Artigo - Planos: reajustes são necessários para equilíbrio de custos

Por Cesar Lopes

No Brasil, os planos de saúde de assistência médica já somam mais de 50 milhões de beneficiários, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Até 2019, tais planos permaneceram no topo das reclamações do ranking anual de atendimento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) durante oito anos consecutivos.

Segundo dados do Idec, o principal tema abordado pelos associados sobre planos de saúde são dúvidas e reclamações a respeito de reajustes abusivos (27,4%), predominantemente de planos coletivos. As demais reclamações abrangem principalmente negativa de cobertura, com 16,2%, e problemas relacionados à falta de informação, com 13,1%.

Atuando há mais de 35 anos no mercado brasileiro, como consultor de benefícios, foi possível acompanhar diversos movimentos na oferta de benefícios corporativos. Foram inúmeras regulações no mercado de saúde e previdência. Pude vivenciar as novidades do setor, as entradas e saídas de players no País, entre tantas transformações nesse universo B2B2C.

Dos benefícios que compõem o pacote tradicional que é oferecido pela maior parte das empresas que atuam no Brasil, o plano privado de saúde é o mais desafiador. Seja pela imprevisibilidade de custos futuros, pela judicialização ou pela própria pressão que muitas vezes os participantes da carteira fazem para ter suas necessidades atendidas com prioridade.

Afinal, quando se trata de saúde, o que não é urgente para uns, pode ser extremamente urgente para quem está passando por algum problema de saúde, seja próprio ou de algum familiar.

De acordo com a 7ª Pesquisa Anual de Benefícios, realizada no Brasil, pela maior corretora e consultoria independente de seguros do mundo, a Lockton, Assistência Médica é o único benefício oferecido por 100% das empresas participantes do estudo, seguido por Plano Odontológico e por Seguro de Vida, com 96% e 94%, respectivamente.

Gráfico extraído da Pesquisa Anual de Benefícios da Lockton, apresenta os benefícios mais oferecidos pelas empresas que atuam no País

Frequentemente, a mídia divulga notícias sobre beneficiários de assistência médica questionando os reajustes dos valores de mensalidades ou, até mesmo, pessoas idosas questionando o motivo pelo qual pagam por valores superiores aos de pessoas mais jovens.

Também é muito comum ler ou ouvir questionamentos do tipo: quase não usei o plano no último ano, então, porque tenho que ter reajuste?.

Em uma população existem pessoas com muita necessidade de atendimento médico, outras com média necessidade e um grupo grande de pessoas que estão com a saúde em boa condição e que raramente buscam os serviços de saúde.

Esse comportamento fica evidente no gráfico a seguir, extraído do banco de dados da Lockton, que demonstra o comportamento de utilização de uma população de mais de 100.000 vidas nos últimos 12 meses, representando uma despesa total de cerca de R$ 615 milhões.

Gráfico extraído da Pesquisa Anual de Benefícios da Lockton, mostra o percentual de gasto acumulado versus a quantidade de usuários

O comportamento visto no estudo pode resumir o que comumente chamamos de mutualismo, ou seja:

10% da população foi responsável por 69% de todo o custo gerado e 20% por 81% do custo total gerado pela massa como um todo.

É esta combinação de fatores que faz com que a mensalidade de um plano de saúde fique, de uma certa forma, adequada para a maioria das pessoas.

Qual seria o custo de um plano de saúde se todas as pessoas cobertas tivessem a mesma necessidade de atendimento e gerassem os mesmos custos dos 10% da população representada no gráfico acima? Seria proibitivo e não existiria produtos no mercado para cobrir todo este risco.

Então o conceito do Mutualismo é:

Em seguros, o mutualismo nada mais é do que a operação pela qual um grupo de indivíduos com interesses semelhantes contribuem individualmente com cotas ou frações para fazer frente aos custos relacionados a determinados riscos.

No caso da operação de seguro saúde/plano de saúde, o mutualismo é formado pela mensalidade referente ao risco de cada participante, com o objetivo de repor as despesas médicas de determinado grupo de participantes.

Diferente do que ocorre no sistema de previdência complementar, o plano de saúde não segue o modelo de capitalização, ou seja, as despesas (mensalidades) pagas pelos participantes visam cobrir um determinado risco durante um período de tempo (por exemplo, 01 ano) e não o acúmulo de capital.

Este é o motivo que todos os participantes que usaram ou não usaram o plano em um determinado período recebem reajustes, pois os valores que foram pagos durante o ano já foram utilizados para cobrir as despesas geradas no próprio ano.

Idade do participante e o custo do plano de saúde

Os participantes idosos normalmente necessitam de maior assistência médica, uma vez que as doenças crônicas e os eventos de maior gravidade são mais prevalentes nestas faixas etárias. Algo inerente ao processo natural do envelhecimento humano.

Com o gráfico abaixo, cedido pela área de business intelligence da Lockton, fica evidente a diferença da frequência de utilização de participantes com 59 anos ou mais versus a frequência de utilização dos usuários com idades inferiores, o que justifica os custos acima de 60 anos serem maiores que os mais jovens.

Note a discrepância da frequência de utilização por beneficiário do plano de saúde durante o ano.

Portanto, o custo em programas de saúde é gerado pela:

População exposta ao risco durante o período de cobertura; Pelos procedimentos médicos que necessitam serem cobertos pelo plano, acompanhando da atualização do ROL aprovado pela ANS - Agência Nacional de Saúde; Pela quantidade de eventos realizados (frequência de utilização), por esta população, e; Pelo custo de cada evento realizado: consultas, exames, terapias, pronto socorro, internações, etc.

E o preço do plano de saúde?

O preço é o valor que precisa ser cobrado dos participantes cobertos em planos individuais ou coletivos por adesão ou das empresas que contratam o plano para seus empregados, por meio de contratos coletivos empresariais, para fazer frente ao custo gerado pela população, acrescido das despesas administrativas (estrutura para operar o negócio), mais impostos, e, também, o lucro, já que uma Operadora/Seguradora de Saúde não é uma entidade beneficente e, sim, ela precisa ter lucro para continuar gerando empregos, seguir honrando os compromissos assumidos com os beneficiários dos planos e pagar os devidos impostos ao governo.

Logo, se tem preço é porque tem custo, se há reajuste é porque a conta não fecha. Não é uma questão de lucro. Saúde custa caro. Antes de reclamar é importante estar atento às regras do jogo, afinal, alguém tem que pagar a conta e quando se ingressa num grupo para ter acesso a benefícios e dividir as despesas é importante ter consciência do que usar, quando usar e porque usar.

A sustentabilidade do plano de saúde não é apenas responsabilidade da operadora ou dos planos em si, é também das seguradoras, das corretoras, dos hospitais, clínicas, médicos e usuários. Se cada um fizer a sua parte, educar e usar com moderação, diante de uma necessidade real todo mundo sai ganhando.

Essa história não é do lobo mal. Tem muita chapeuzinho vermelho por aí, passeando pelo bosque e distribuindo maçãs, sem se dar conta de que as maçãs serão divididas e pagas pela vovozinha e por outros moradores do bosque. E isso não é história de conto de fadas, é a vida real.

*Cesar Lopes é diretor atuarial e de previdência complementar da Lockton Brasil.

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TV ANHANGUERA

Bebê de 7 meses morre por causa de gripe em Goiás

https://globoplay.globo.com/v/11543198/

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PORTAL G1

Ministério da Saúde publica edital com mais de 6 mil vagas para o 'Mais Médicos'

Governo fez a distribuição de vagas para municípios que desejarem renovar a participação ou aderir ao programa. Outros 10 mil profissionais devem ser chamados até o fim do ano.

O Ministério da Saúde publicou um edital com 6.252 vagas para o projeto Mais Médicos para o Brasil. As vagas estão autorizadas e foram distribuídas para cidades que desejarem renovar a participação ou aderir ao programa.


O programa Mais Médicos foi relançado pelo presidente Lula no dia 20 de março. O objetivo do governo é preencher vagas no Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento de atenção primária, em Unidades Básicas de Saúde.


O edital publicado pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde nesta terça-feira (18) é voltado exclusivamente para os municípios que tenham interesse nas vagas do programa.


Cada cidade recebeu um número limite de vagas. Os municípios que confirmarem a participação deverão informar o total de profissionais que desejam receber. Esse número pode ser menor do que o limite autorizado pelo governo.


Após a confirmação do número de vagas, o Ministério da Saúde enviará aos municípios profissionais credenciados pelo programa.



O governo informou que deverá abrir outras 10 mil vagas até o final do ano, que terão contrapartida dos municípios.


O valor das bolsas deve continuar sendo o mesmo já oferecido atualmente pelo programa, de cerca de R$ 12,8 mil. Os médicos ainda recebem auxílio-moradia, que varia de acordo com a região onde atuarão.



Confira a seguir o número de vagas autorizadas pelo governo nas capitais (Maceio e Teresina não possuem vagas neste edital):

Aracaju: 4 Belém: 62 Belo Horizonte: 14 Boa Vista: 134 Brasília: 52 Campo Grande: 9 Cuiabá: 23 Curitiba: 20 Florianópolis: 5 Fortaleza: 91 Goiânia: 16 João Pessoa: 8 Macapá: 37 Manaus: 256 Natal: 32 Palmas: 1 Porto Alegre: 67 Porto Velho: 15 Recife: 15 Rio Branco: 32 Rio de Janeiro: 79 Salvador: 11 São Luís: 13 São Paulo: 150 Vitória: 3

O Mais Médicos foi criado em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff. Atualmente, são 18 mil vagas: 13 mil profissionais estão atuando e 5 mil postos estão desocupados.


O contrato de participação na iniciativa é de quatro anos, prorrogável pelo mesmo período. Ao todo, o investimento previsto pelo governo federal para este ano é de R$ 712 milhões.


A nova versão do projeto estabelece benefícios para incentivar a permanência dos médicos por longos períodos. Entre eles:

para os médicos que ficarem ao menos 3 anos na vaga: possibilidade de pagamento de adicional de 10% a 20% da soma total das bolsas de todo o período que esteve no programa, a depender da vulnerabilidade do município; para médicos com formação pelo Fies: adicional de 40% a 80% da soma total das bolsas de todo o período que esteve no programa, a depender da vulnerabilidade do município. O benefício será pago em quatro parcelas, sendo 10% por ano durante os três primeiros anos, e os 70% restantes ao completar 48 meses; incentivo para médicos do Fies residentes em Medicina da Família, com auxílio para pagamento de dívidas do financiamento estudantil; complementar o valor da bolsa para mulheres em licença-maternidade que passarem a receber o auxílio do INSS, o que antes não ocorria; licença de 20 dias para licença-paternidade. Antes, não havia essa possibilidade; oferta de especialização e mestrado.

O novo formato do programa mantém a possibilidade de atuação de médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior, mas segue dando preferência para atuação dos nativos formados no país.


No caso dos que possuem diploma estrangeiro, o Ministério da Educação prevê oferecer incentivo para que façam o Revalida, teste que permite a validação do diploma de instituição de outro país para atuação no Brasil.


Os médicos com residência em Família e Comunidade terão pontuação adicional de 10% para a seleção do programa.

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Exclusivo: relatório mostra desperdício bilionário de insumos no Ministério da Saúde desde 2019


Mais de R$ 2 bilhões em insumos comprados pelo Ministério da Saúde foram descartados nos últimos quatro anos porque não foram usados dentro do prazo de validade. O levantamento é da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, da Câmara dos Deputados, num relatório ao qual o Jornal da Globo teve acesso com exclusividade.

Desde 2019, R$ 2,2 bilhões em insumos - como medicamentos e vacinas - foram parar no lixo e acabaram incinerados, e a comissão alerta para o risco de mais descartes.

A vistoria aconteceu na última sexta-feira (14), no almoxarifado central do Ministério da Saúde, que fica em Guarulhos, na Grande São Paulo. O local é responsável pela armazenagem e distribuição de grande parte dos recursos de saúde do SUS. Durante a visita, os integrantes da comissão descobriram outros 75 milhões de itens que vão vencer nos próximos três meses.



O relatório conclui que é evidente a falta de organização e articulação entre os processos de compras e logística e as necessidades da população.



"Com esse recurso que foi perdido, que foi desperdiçado, seria possível construir um novo Inca, seria possível reformar todas as unidades federais do Brasil. Mas, infelizmente, por falta de gestão, ele foi queimado. Para que a gente não tenha cenas como essa se repetindo, é muito importante que o Ministério da Saúde reestruture o seu projeto de logística, reestruture como distribui medicamentos e vacinas no Brasil, para que os erros do passado não sejam repetidos no futuro", disse o deputado Daniel Soranz (PSD-RJ).



O Ministério da Saúde afirmou que o desperdício é inadmissível e demonstra o descaso da gestão no governo Bolsonaro. A pasta disse ainda que trabalha soluções em conjunto com estados e municípios para evitar novos desperdícios. Assista à reportagem completa no vídeo acima.

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PORTAL G1/GOIÁS

Família busca por respostas para morte de bebê após ser atendida em UPA de Anápolis

Mãe diz que Maria Alice deu entrada na unidade de manhã, fez exames e foi liberada, mas voltou à noite passando mal. Causa da morte ainda não foi confirmada.

Por Michel Gomes, g1 Goiás

A dona de casa Renata da Silva Bezerra, de 24 anos, busca por respostas sobre a morte da filha, a pequena Maria Alice, de cinco meses, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Renata disse que a filha deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Perfil Pediátrico com febre e vômito, recebeu a receita de um antialérgico e foi liberada.

“Eu pedi pra ele [o médico] fazer um exame de raio-x e não foi feito. Pedi um exame na cabecinha dela e eles falaram que o hospital não tinha capacidade, nem equipamento para fazer. Eu pedi transferência e eles falaram que ela não ‘tava’ internada e que ela não tinha motivo nenhum ‘pra tá’ internada porque ela tava ótima, que ela tava mais saudável do que eu”, relatou a mãe à TV Anhanguera.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que há suspeita de que óbito pode ter sido causado por meningite, mas aguarda o resultado dos exames. Segundo a pasta, a UPA é gerida pela Fundação Universitária Evangélica (Funev).

Já a Fundação Universitária Evangélica (Funev) disse que lamenta a morte de Maria Alice, que ela recebeu atendimento imediato e que a equipe seguiu todos os protocolos. Segundo a Funev, a menina teve uma parada cardiorrespiratória e os profissionais tentaram reanimá-la por cerca de uma hora. Quando a menina teve a parada, ela já estava há mais de 8 horas na unidade, em box de estabilização, segundo a fundação (leia detalhes abaixo e a nota completa no fim da reportagem).

Renata contou que a menina deu entrada na UPA na manhã de sexta-feira (14), mas voltou a passar mal, retornou à unidade à noite e morreu no sábado (15). A declaração de óbito da menina detalhou que a causa da morte será esclarecida após a necropsia. A ocorrência foi registrada na Polícia Civil, mas a delegada Kenia Segantini disse que o caso não chegou à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente até o início da tarde desta segunda-feira (17).

A mãe disse que a filha tinha uma doença que causava bolhas na pele, mas ela ainda passava por exames para descobrir do que se tratava. Revoltada, a dona de casa pede justiça.

“Eu espero justiça e que os culpados paguem porque o médico viu a minha filha morrer, a médica veio com toda a paciência do mundo, pegou nela calminha e não me falou um ‘A’. Agora querem alegar que a menina está com uma doença. Por que não me falaram isso na hora que eu entrei? Já que deram conta de detectar depois de morta”, desabafou Renata.

Detalhes do quadro

A Funev detalhou que Maria esteve na UPA na manhã do dia 14, com queixas de febre e vômitos, os médicos fizeram exames, a medicaram e a liberaram. Após piora dos sintomas, a família voltou à unidade à noite, a menina fez novos exames e ficou em observação. Na madrugada, Maria apresentou um rebaixamento de nível de consciência, e teve uma parada cardiorrespiratória, segundo a fundação.

Nota Secretaria Municipal de Saúde

A Secretaria Municipal de Saúde informa que foi notificada sobre uma suspeita de óbito causado por meningite e, no momento, aguarda o resultado dos exames que estão sendo realizados pelo Lacen. A criança foi atendida pela UPA Pediátrica, cuja gestão é de responsabilidade da FUNEV.

Nota Funev

Sobre a paciente Maria Alice, de apenas 5 meses, que veio a óbito nesta unidade na madrugada de sábado (15 de abril), a Fundação Universitária Evangélica - FUNEV, gestora da UPA Perfil Pediátrico de Anápolis, informa:

Preliminarmente, a FUNEV e toda a sua equipe expressam seus mais sinceros sentimentos à família enlutada.

Informamos que a criança esteve na unidade na manhã do dia 14, com queixas de febre e vômitos, foram realizados exames, sendo medicada para os sintomas e liberada após reavaliação, com orientação para retornar em caso de piora dos sintomas. Retornou por volta das 22 horas e foi acolhida novamente, novos exames foram feitos, e permaneceu em observação na unidade. Durante a madrugada, apresentou um rebaixamento de nível de consciência, e teve uma parada cardiorrespiratória, os profissionais tentaram reanimá-la por cerca de uma hora mas, infelizmente, sem sucesso.

Ressaltamos que a criança recebeu atendimento imediato, todos os protocolos foram seguidos, e que no momento da parada cardiorrespiratória, a criança já se encontrava há mais de 8 horas na unidade, em Box de estabilização, devidamente assistida e monitorada.

A Fundação Universitária Evangélica entende que este é um momento de luto em comunidade e coloca-se à disposição para eventuais esclarecimentos

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DIÁRIO DA MANHÃ

Caiado é aprovado por 72% da população goiana, mostra Real Time Big Data

Levantamento divulgado pela TV Record Goiás nesta segunda-feira (17/04), aponta aprovação recorde da gestão de Ronaldo Caiado

O governador Ronaldo Caiado chega a 100 dias do seu segundo governo com aprovação recorde da população goiana, mostra pesquisa do Instituto Real Time Big Data, divulgada nesta segunda-feira (17/04) pela TV Record Goiás. A sondagem confirma os números da pesquisa Serpes, divulgada em março.

O levantamento do Real Time Big Data aponta que 72% dos eleitores aprovam o governo Caiado. Apenas 19% dos entrevistados reprovam a gestão. Outros 9% não responderam.

Em outra avaliação, o eleitor goiano avalia a administração do governador Ronaldo Caiado com 62% de menções positivas, sendo 24% de ‘ótima’ e 35% de ‘boa’. Apenas 11% reprovam a gestão, sendo ruim para 6% ou péssima para 5%. Outros 25% disseram que a atual administração é ‘regular’ e 2% não souberam ou não opinaram.

Confiança

Outro ponto destacado pela pesquisa diz respeito à confiança daqueles que votaram em Caiado nas eleições de 2022. Questionado se votaria novamente no atual governador, se a eleição fosse hoje, 92% disseram que repetiriam o voto. Entre aqueles que não votaram no governador, 13% disseram que mudariam o voto se a eleição fosse hoje.

A Real Time Big Data ouviu 1,2 mil pessoas nos dias 12 e13 de abril. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Serpes

Em março, a pesquisa Serpes, contratada pela Federação Goiana dos Município (FGM), apontou que a gestão Caiado é aprovada por 61,9% do eleitorado goiano, porcentual ao do Real Time Big Data. Dos entrevistados, 28,4% consideraram a administração ‘ótima’ e outros 33,5% avaliaram como ‘boa’. O índice de reprovação foi de apenas 7,4%.

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DIÁRIO DE GOIÁS

Unimed Goiânia realiza campanha para arrecadação de livros

Neste mês de abril, o Instituto Unimed, projeto socioambiental da Unimed Goiânia, iniciou uma ação para incentivar a literatura e estimular a imaginação. Trata-se da Campanha do Livro, que arrecada exemplares de todos os gêneros (com exceção de didáticos e enciclopédias), em boas condições de leitura.

Os livros também vão abastecer a Geladeira Literária, acervo destinado aos colaboradores da Cooperativa.

A ação segue até o dia 30 de abril e os interessados em participar podem realizar as doações em qualquer unidade da Unimed Goiânia.

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HEAD TOPICS BRASIL ONLINE

Fleury pode ultrapassar Dasa em diagnóstico com fusão com Pardini


Combinação da receita das duas companhias chega a R$ 7,1 bi. Grupo anuncia ganho extra de até R$ 220 milhões por ano com ganhos de sinergia resultantes da união - A tendência é que o novo bloco formado por Fleury e Pardini se torne o líder nacional em diagnósticos já em 2023.

O terceiro lugar deverá ser disputado entre Aliança (ex Alliar) e Sabin, ambas com receita na casa de R$ 1 bilhão - analisa Harold Takahashi, sócio da Fortezza Partners, especializada em fusões e aquisições.

Rede D'Or descredencia planos da Unimed-Rio: O rito final da consumação da combinação dos dois negócios acontece no próximo dia 28, quando as ações do Pardini deixam de ser negociadas e na bolsa só haverá papéis do Fleury.

Com fortes investimentos em tecnologia, a ideia do grupo que chega a marca de 277 milhões de exames anuais, é usar a inteligência de dados para predição de doenças e orientação de tratamento para oferecer a um mercado em crise soluções para uma jornada completa de atendimento ao paciente com menor custo e qualidade no desfecho em saúde: headtopics.com

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CENÁRIO MT

Como posso tratar a hipertensão?


Como posso tratar a hipertensão? A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma condição em que a pressão sanguínea nas artérias está cronicamente elevada. Isso pode levar a uma série de problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, insuficiência renal, derrame cerebral e até mesmo perda de visão.

A hipertensão pode ser causada por vários fatores, incluindo dieta inadequada, sedentarismo, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, estresse, histórico familiar e idade avançada.

O tratamento da hipertensão pode incluir mudanças no estilo de vida, como exercícios físicos regulares, alimentação saudável e redução do consumo de álcool e tabaco, além do uso de medicamentos prescritos por um médico.

É importante controlar a hipertensão arterial para prevenir complicações graves de saúde e melhorar a qualidade de vida.

Qual é o tratamento da hipertensão?

O tratamento da diabetes envolve o controle dos níveis de açúcar no sangue (glicemia). Existem diferentes tipos de diabetes, sendo os mais comuns o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2.

O diabetes tipo 1 é tratado com injeções de insulina, já que o corpo não é capaz de produzir essa substância por conta própria. O diabetes tipo 2 pode ser tratado com mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável, atividade física regular e perda de peso. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos orais ou injeções de insulina.

Além disso, é importante monitorar regularmente os níveis de açúcar no sangue e manter um controle adequado dos níveis de pressão arterial e colesterol. Também é recomendado evitar o consumo de tabaco e álcool, que podem aumentar o risco de complicações do diabetes.

Consulte um médico para avaliação e orientação individualizada sobre o tratamento da diabetes. O tratamento adequado e o autocuidado podem ajudar a prevenir complicações graves de saúde associadas à diabetes e melhorar a qualidade de vida.

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BOA INFORMAÇÃO

Congresso Avaliará Veto ao Piso Salarial da Enfermagem


O Congresso Nacional poderá analisar nesta quarta-feira (18) um dos vetos mais polêmicos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Trata-se do termo que indica o reajuste do piso nacional da enfermagem todos os anos com base nos índices de inflação. A proposta será analisada por parlamentares do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.

No dia 5 de agosto de 2022, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou o texto do piso nacional da enfermagem, que já havia sido aprovado anteriormente pelo Congresso Nacional. Contudo, naquela ocasião, o chefe de estado vetou o trecho da lei que indicava que deveria existir uma correção anual nos valores pagos para os enfermeiros, técnicos de enfermagem e parteiros.

A lei prevê que os pagamentos para os enfermeiros seria de, no mínimo, R$ 4,750, e valeria tanto para aqueles contratados no regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) como também para os servidores públicos dos estados, dos municípios e do Distrito Federal (DF).

Neste sentido, os técnicos de enfermagem poderiam receber sempre 70% deste valor, e os auxiliares de enfermagem sempre 50% do total, patamar que também seria pago para os parteiros.

O reajuste anual

Na lei que foi aprovada em maio de 2022 pelo Senado e em agosto de 2022 pela Câmara, estava confirmado que estes valores seriam sempre reajustados pela inflação. Por esta lógica, todos os anos, os enfermeiros ganhariam um aumento para que não perdessem o poder de compra.

Da mesma forma, os técnicos de enfermagem receberiam um aumento para o patamar de 70% do valor definido para o enfermeiro naquele determinado ano. Os parteiros e os auxiliares receberiam 50% do patamar, sempre considerando como base o valor pago ao enfermeiro.

O ex-presidente Jair Bolsonaro vetou tal indicação. Assim, ficou definido que o patamar de R$ 4.750 seria seguido todos os anos, ou seja, sem a obrigação de aumento. Caso o Congresso Nacional derrube o veto amanhã, o trecho volta a valer e o aumento vai precisar ser pago todos os anos.

O problema com o piso nacional

Mesmo que o piso nacional da enfermagem já tenha sido aprovado pelo Congresso e sancionado pelo ex-presidente, o fato é que os profissionais da área ainda não estão vendo o dinheiro na conta. No final do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu interromper os efeitos desta lei.

Os magistrados aceitaram o argumento de organizações de saúde do Brasil de que o aumento do piso da enfermagem poderia fazer com que as empresas não pudessem mais pagar todos os salários. Os empresários alegam que poderiam chegar a ter que demitir uma série de profissionais da área e o sistema de atendimento ao cidadão poderia ficar comprometido.

O STF decidiu interromper os efeitos da lei, ao menos até que o estado consiga indicar como vai conseguir o dinheiro necessário para bancar o novo piso salarial sem comprometer as contas públicas e sem comprometer o atendimento dos mais necessitados.

O que diz Lula

Em visita recente ao Recife, em Pernambuco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre o assunto. Ele se deparou com uma manifestação de profissionais da saúde que pediam a liberação do piso nacional da enfermagem, e disse para os manifestantes que vai liberar o dinheiro.

"A rede hospitalar privada pode pagar. Quem tem dificuldade para pagar? Quem trabalha na saúde aqui sabe: as Santas Casas. Para as Santas Casas não atrapalharem pagar o piso, a gente vai tomar a decisão de dar subsídio para o pagamento ou dar uma parte do pagamento das Santas Casas", disse o presidente.

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GLOBO ONLINE

'Febre Ozempic': busca por cobertura pelo plano de saúde salta 550%; veja a regra, como o remédio funciona e os riscos

Inicialmente criada para a diabetes tipo 2, a semaglutida - vendida pelo nome comercial de Ozempic - demonstrou ter um dos melhores efeitos de perda de peso já alcançados pela ciência, com poucos efeitos adversos. O potencial alavancou as vendas do medicamento, que cresceram 77% em 2022 em relação ao ano anterior, segundo a farmacêutica Novo Nordisk. A "febre Ozempic", porém, custa caro, e os altos preços já têm levado pacientes no Brasil a buscarem alternativas nos planos de saúde ou pela rede pública.

Segundo dados compilados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a pedido do GLOBO, de 2021 para 2022 as reclamações de negativas das operadoras para cobertura do remédio saltaram 550%. Foram somente seis queixas registradas há dois anos, contra 39 no ano passado. A tendência é que o crescimento continue neste ano: apenas no primeiro semestre, a agência já identificou 24 reclamações, enquanto no mesmo período de 2022 eram somente seis.

- O que justifica esse boom é a eficácia e a segurança desse medicamento. E é um remédio que no Brasil pode ser comprado sem receita retida. Mas é importante lembrar que o fato de ele ser seguro não significa que ele seja isento de efeitos colaterais. Os mais comuns são náuseas, enjoos e constipação intestinal. Qualquer tipo de tratamento, seja qual for a finalidade, precisa de uma indicação e acompanhamento médicos - afirma o endocrinologista Ricardo Oliveira, diretor do Departamento de Endocrinologia do Esporte e Exercício da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Os registros da ANS são um exemplo de como o uso do remédio, muitas vezes em desacordo com o que está registrado na bula, tem crescido no país. Em nota, a autarquia destaca, no entanto, que a legislação "exclui a obrigatoriedade de cobertura ao fornecimento de medicamentos para tratamento domiciliar" pelos planos, por isso as queixas não resultam em liberações.

- Os planos de saúde só precisam cobrir o tratamento hospitalar. A partir do momento em que o paciente sai do hospital, a operadora não é mais obrigada a cobrir. A exceção são os tratamentos medicamentosos domiciliares para casos de câncer, que aí a legislação obriga a cobertura - explica o diretor do centro de pesquisas em direito sanitário (Cepedisa) da Faculdade Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Fernando Aith.

O Ozempic também não está disponível na rede pública, uma vez que não foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS). O cenário, porém, tem levado pacientes a recorrem à Justiça, que pode ser favorável ao usuário por entender que aquele é o melhor tratamento para ele, obrigando SUS e planos a oferecerem o remédio. A caixa com quatro canetas, que dura um mês, custa cerca de 850 reais.

- O que temos visto muito é, tanto aqueles que usam o SUS, como os clientes de planos de saúde, entrando na Justiça para pedir o fornecimento do Ozempic. Quando é de fato para diabetes, e o benefício é comprovado a partir de um relatório médico que deixe claro que aquele é o melhor tratamento terapêutico, os casos mostram que geralmente o paciente consegue uma liminar favorável ao fornecimento - explica Aith.

Como funciona o Ozempic? E para que ele é indicado?

A grande questão é que, muitos dos pedidos não são destinados ao uso para tratar a diabetes tipo 2, como estabelece a bula do Ozempic, mas sim para perda de peso. Nesses casos, ainda que seja para quadros importantes, como de obesidade, o especialista explica que é mais difícil conseguir a liberação por ser um uso off label (diferente da bula).

O funcionamento do Ozempic, e seu impacto no emagrecimento, tem provocado dúvidas em relação a sua real finalidade, ao passo que o uso inadequado para fins estéticos tem crescido. De acordo com um monitoramento da Novo Nordisk, nos últimos meses houve um aumento de quase 40% nas "vendas de produtos irregulares", como para o uso diferente daquele aprovado pelas agências de saúde.

No Brasil, a farmacêutica chegou a alertar os pacientes sobre uma potencial falta do fármaco nas farmácias, "resultado de uma demanda muito maior do que a prevista". A expectativa é que o abastecimento seja normalizado durante o segundo trimestre do ano.

No entanto, os especialistas ouvidos pelo GLOBO explicam que a semaglutida tem de fato se tornado uma arma importante contra obesidade. Enquanto o Ozempic tem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apenas para diabetes tipo 2, uma versão semelhante, mas de dosagem maior, foi aprovada para tratamento da obesidade, o Wegovy.

- A semaglutida tem sido amplamente utilizada de forma off label para o tratamento da obesidade pelos médicos. Porque existe o Wegovy, que é a mesma substância do Ozempic com doses maiores, para obesidade, só que ele deve estar disponível no Brasil apenas no segundo semestre. Então as pessoas têm usado o Ozempic em doses maiores, semelhantes às do Wegovy, para pacientes obesos - explica o endocrinologista Fabio Trujilho, vice-presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) e diretor do departamento de obesidade da SBEM.

A semaglutida é o mais avançado até então no país entre os chamados análogos de GLP-1, classe de medicamentos que simulam o hormônio GLP-1 no corpo humano. A substância é produzida normalmente ao se comer no intestino, e existem receptores do hormônio em diversas partes do corpo. No pâncreas, por exemplo, essa interação aumenta a produção de insulina, necessária para pacientes diabéticos.

- Essa classe foi desenvolvida e aprovada inicialmente para diabetes tipo 2, mas observou-se que boa parte dos pacientes perdiam peso. As pesquisas avançaram, e a semaglutida passou a ser aprovada para tratar obesidade, assim como o Saxenda (liraglutida) foi há uns anos - diz Oliveira.

Isso porque, no estômago, o GLP-1 reduz a velocidade da digestão da comida e, no cérebro, o hormônio ativa a sensação de saciedade. Esses mecanismos levam a pessoa a sentir menos fome e, consequentemente, reduzir as calorias ingeridas por dia e assim perder peso.

- É uma das medicações que tem o melhor resultado em relação à perda de peso, e tem sido importante para tratar a obesidade. O problema é que no Brasil tem sido muito usado sem a devida indicação. É importante diferenciar obesidade da pessoa que apenas tem vontade de emagrecer, para fins estéticos, sem estarem enquadradas como obesas - alerta Trujilho.

Nova geração de remédios para obesidade

Os especialistas ouvidos pelo GLOBO destacam a importância de se combater o uso inadequado da semaglutida, mas celebram o fármaco como uma arma importante no arsenal disponível para tratar a obesidade. Eles reforçam que, embora a doença ainda seja vista como uma falta de cuidado, ou algo que pode ser resolvido apenas com mudança de hábitos, essa não é a realidade para a maioria.

- Existe o estigma de que perder peso é fácil, que ser obeso é falta de vergonha na cara, não saber fechar a boca. Essa ideia está enraizada na sociedade, então a atenção que se dá à obesidade não é a mesma que outras doenças recebem. Mas hoje temos uma ciência muito clara que a obesidade é uma doença multissistêmica, que envolve fatores genéticos, ambientais, psicológicos, e taxar a obesidade como só comer menos e fazer exercícios é simplificar demais uma doença complexa e muito prevalente - afirma Oliveira, da SBEM.

A discussão cresce junto ao percentual de adultos com o diagnóstico no Brasil. Segundo a edição mais recente do Atlas da Obesidade no Mundo, deste ano, até 2035 41% da população adulta brasileira deve ter obesidade. O estágio considera pessoas cujo Índice de Massa Corporal (IMC) é acima de 30 kg/m².

E nesse contexto de crescimento, os medicamentos, devidamente orientados pelos profissionais, são importantes e podem fazer a diferença. Além disso, os agonistas de GLP-1 têm avançado até mais longe do que a semaglutida, a liraglutida e a dulaglutida (outros remédios da classe disponíveis no país).

Trujillho acredita que no ano que vem pode chegar no Brasil a tirzepatida, uma nova geração dos fármacos que já recebeu o aval nos Estados Unidos, onde é vendido com o nome de Mounjaro, e que está em análise na Anvisa. Nos estudos, o remédio, desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, proporcionou uma redução de até 21% do peso corporal de participantes com cerca de 104,8 kg, um percentual próximo ao da cirurgia bariátrica.

- O Wegovy (semaglutida), por exemplo, leva a uma redução de 15% a 16% do peso. Então a tirzepatida é melhor. Ela é um duplo agonista, atua no GLP-1, mas também em outro hormônio intestinal chamado GIP. Estamos vivendo um grande momento de surgimento de medicamentos que vão ajudar muito no combate à obesidade, vamos ter boas alternativas. Mas para isso precisamos dar o acesso das pessoas ao bom tratamento da obesidade - afirma o vice-presidente da Abeso.

Ele diz que a associação tem conversado com o governo em busca de políticas que definam protocolos que possibilitem o acesso mais amplo da população com o diagnóstico a esses medicamentos. É o que pensa também Oliveira, que defende que eles sejam incorporados ao SUS.

- A acessibilidade é um gargalo, porque estamos falando de uma situação clínica muito comum e de remédios que não são baratos, sobretudo para a realidade brasileira. Num cenário ideal, esses medicamentos mais modernos poderiam ter um impacto positivo sobre as doenças se fossem cobertos pelos planos e, eventualmente, se fossem incorporados pelo SUS. Atualmente não temos nenhum na rede pública - lembra o endocrinologista.

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Assessoria de Comunicação

13 04 23 visita agir à APS

Oficialmente inaugurado no dia 10 de abril, o Centro de Cuidado Integrado da Ahpaceg, Dasa e MedHealth foi apresentado aos superintendentes da Agir - Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde, no dia 13.

O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, e o coordenador do projeto Christiano Quinan apresentaram as instalações físicas e a proposta de trabalho da primeira unidade de assistência básica à saúde da rede privada goiana. O diretor de Contratos e Convênios da Ahpaceg, Valney Luiz da Rocha, também acompanhou a visita técnica.

A Agir Saúde foi representada por Sérgio Daher, superintendente de Relações Institucionais da Agir; Dante Garcia de Paula, superintendente de Gestão e Planejamento; Guillermo Sócrates; superintendente Técnico Assistencial; Lucas Paula da Silva, superintendente Executivo, e Claudemiro Euzébio Dourado, superintendente Administrativo e Financeiro.

Localizado no segundo andar da sede da Ahpaceg, no Setor Sul, o Centro de Cuidado Integrado já conta com 5 mil clientes beneficiários de planos de saúde empresariais.

Clique aqui e saiba mais sobre a unidade inovadora nos cuidados com a saúde no Estado.

Segunda, 17 Abril 2023 08:17

CLIPPING AHPACEG 15 A 17/04/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Artigo: O papel da ANS

Algoritmo do Einstein processa dados socioeconômicos e de saúde de pacientes diabéticos

Artigo: Crescimento do mercado mostra que Piso da Enfermagem pode ser absorvido pelo setor - por Édison Laércio de Oliveira

Tecnologia + Saúde: Entenda como a saúde e a estética tem se beneficiado com o uso de inovações

Baixa procura pela vacina bivalente em Goiás preocupa autoridades de saúde

Insônia: especialistas alertam para riscos de remédios inadequados

CORREIO BRAZILIENSE

Artigo: O papel da ANS

Renato Casarotti - Presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde

Nasceram no Brasil em meados dos anos 90, filhas diretas das transformações do Estado e do Programa Nacional de Desestatização. São fruto da premissa de que, a despeito da eterna discussão sobre a redução do tamanho do Estado e do fim do liberalismo clássico, os mercados livres deveriam ter algum meio de regulação e fiscalização. Sim, estamos falando das agências reguladoras, inspiração direta das Independent Regulatory Commissions americanas, criadas ainda nos tempos do New Deal (programa de recuperação econômica pós-Grande Depressão, em 1933), do então presidente Franklin D. Roosevelt (1882-1945). Hoje, além de Estados Unidos e Brasil, países como Inglaterra, França e Alemanha adotam amplamente o modelo em suas estruturas.

Mas o que são, de fato, e quais as atribuições das agências reguladoras? Primeiro, a definição. São autarquias sob administração indireta do Estado, dotadas de autonomia operacional, financeira, patrimonial que atuam em setores de interesse público. O Brasil tem, atualmente, 11 agências reguladoras.

Cabe à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acompanhar o setor de planos de saúde. De acordo com o próprio site da ANS, sua função é: "promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regular as operadoras setoriais - inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores - e contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país".

Trocando em miúdos: 1)propor políticas e diretrizes gerais de modo a regular o setor; 2) estabelecer as características gerais dos contratos; 3) aborar o rol de procedimentos e eventos em saúde, referências básicas para atuação das operadoras, e acordo com a lei que rege o setor; 4) estipular parâmetros e indicadores de qualidade, critérios, responsabilidades, normas e procedimentos; 5) promover o desenvolvimento da saúde no Brasil.

Quero destacar o último item, o de vetor do desenvolvimento da saúde no Brasil, algo que remete diretamente às origens da própria saúde suplementar no país - criada como opção paga de acesso à assistência médica, a despeito da manutenção compulsória para a seguridade social, que permite a utilização do serviço público.

Em muitas situações, contudo, a saúde suplementar veste-se até mesmo de saúde complementar. Quando se imagina alguma limitação do sistema público - estamos falando, afinal, de um país de mais de 200 milhões de habitantes - é o sistema privado que supre a cobertura de determinados serviços.

Hoje, 50,5 milhões de pessoas recorrem aos planos médico-hospitalares. Portanto, vejo na relação harmônica entre Estado, representado pelo SUS e pelas agências reguladoras, setor privado e sociedade civil o caminho para o bem comum, que é justamente o desenvolvimento dos serviços de saúde no país. Vejo o conceito da nossa campanha como síntese dessa associação de que falei acima. Ao avançarmos com o #TodosPorTodos, campanha elaborada pela Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) - para a sociedade, propomos discutir o papel da saúde suplementar sob um novo olhar, despidos de conceitos pré-concebidos, desinformação e mitos, quando todos ganham.

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MEDICINA S/A

Algoritmo do Einstein processa dados socioeconômicos e de saúde de pacientes diabéticos


Um projeto da área de Big Data& Analytics e do Centro de Estudos e Promoção de Políticas de Saúde (CEPPS) do Einstein acaba de receber um grant para desenvolver uma ferramenta para fornecer informações qualificadas que poderão embasar melhorias nas políticas públicas de saúde e de acesso a tratamentos de pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com diabetes tipo 2. O projeto DMeter, que será patrocinado pela AWS (Amazon Web Services), foi estruturado pelo Einstein com três objetivos principais que tangem à promoção da equidade em saúde: aumentar o acesso a serviços de saúde, reduzir disparidades tratando dos determinantes sociais de saúde e utilizar dados para promover sistemas de atendimento igualitários e inclusivos.

De acordo com o Vigitel Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, em pesquisa liberada ano passado¹, a frequência de diagnóstico de diabetes é de 9,1% da população, sendo 9,6% em mulheres e 8,6% em homens. Em ambos os gêneros, este número variou para cima, acompanhando a idade da população, e para baixo, com o nível de escolaridade. Isto representou um aumento de 23% no diagnóstico da doença no país quando comparado ao cenário pré-pandemia.

Hoje, no Brasil, não existem mecanismos que permitem trazer uma fotografia clara sobre os pacientes diabéticos, como programas de prevenção e promoção à saúde e isso vem sobrecarregando sistemas de saúde de várias maneiras. Para se ter uma ideia, os custos de diabetes no Brasil já superam R$ 10 bilhões, sendo 3,16 bilhões para gastos diretos e R$ 7,5 bilhões para gastos indiretos com a doença. Este dado foi estimado em um estudo feito por cientistas da FEA (Faculdade de Economia e Administração) da USP e da Unicamp. Os dados utilizados têm como base o ano de 2016, quando o número de casos cresceu 13% em relação aos três anos anteriores.

Por isso, a ideia é desenvolver um algoritmo que cruze indicadores do DataSUS, base de armazenamento de dados do Sistema Único de Saúde, sobre a história clínica dos pacientes com suas informações socioeconômicas de acordo com a coordenadoria regional de saúde a qual seu endereço está ligado. Com isso, será possível avaliar e, se for o caso, aprimorar as políticas públicas relacionadas à assistência a pacientes do sistema público de saúde, como, acompanhamento por equipes de Estratégia de Saúde da Família, que envolvem mecanismos de prevenção e tratamento, como orientação nutricional e acesso a medicamentos corretos.

O projeto nasceu no Einstein com objetivo de entender as principais demandas da população no acesso à saúde de qualidade. Atualmente, a organização faz gestão de 29 unidades públicas. O projeto do Einstein, único brasileiro entre os 10 participantes, se une às outras soluções em nuvem que também buscam promoção da equidade em saúde.

Quando os recursos são melhor geridos a partir de informações mais contextualizadas, é possível trabalhar para melhorar a eficiência do sistema e, ao mesmo tempo, fazer com que os pacientes acessem e se engajem mais facilmente a seus tratamentos, melhorando sua saúde. E é isso que o projeto visa alcançar, afirma Edson Amaro Junior, médico e superintendente de Ciência de Dados e Analytics do Einstein.

De acordo com ele, esse conjunto de números também pode gerar informações importantes para os gestores do sistema público de saúde, sobretudo para que consigam mensurar os riscos que as condições socioeconômicas imputam ao prognóstico de um paciente com diabetes tipo 2.

A equidade na saúde é algo que pode variar muito, principalmente entre pacientes do sistema público onde suas condições e acessos podem alcançar realidades distantes, a depender da região onde mora, e esta condição pode ser determinante no próprio mecanismo de desenvolvimento e de resposta à doença, como tratamento, capacidade de adesão a uma terapia, entre outros fatores. A inovação aqui é usar dados de vida real para efetivamente mensurar este impacto em uma doença de imensa prevalência e enorme custo tanto para os pacientes, quanto para sistemas de saúde tanto no Brasil, quanto em outros lugares do mundo, esclarece Luana Araujo, coordenadora de dados aplicados à saúde pública do Einstein, idealizadora e investigadora principal do projeto.

O responsável pelo desenvolvimento tecnológico da ferramenta, o coordenador de neurociências Birajara Machado, explica que, durante o ano de 2023, o algoritmo deve associar informações de 11 variáveis socioeconômicas de cerca de 22 mil pacientes para ajudar a elucidar essas questões.

Os indicadores biológicos respondem questões do dia a dia do paciente, como: se tem glicose controlada ou não; se está em uso de medicação ou não; quantas medicações faz uso atualmente; se já progrediu para uso de insulina; ou se tem alguma complicação de órgão alvo (rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos). Já os indicadores socioeconômicos levam em conta região onde mora, renda familiar e acesso aos serviços de saúde. Estes fatores também são importantes do ponto de vista do desenvolvimento das doenças. O diabetes tipo 2, a versão mais comum da doença, está ligada a hábitos de vida, como obesidade, sedentarismo e alimentação inadequada.

O algoritmo, quando concluído em 2024, terá código aberto, podendo ser utilizado em qualquer outra região do país e até mesmo fora do Brasil, dependendo apenas da adaptação ao paciente local.

O projeto também poderá ser estendido para outras patologias que sofrem grande impacto socioeconômico, como a endometriose, por exemplo doença que tem diagnóstico tardio, na maioria dos casos, e que pode levar a várias internações, com diversos custos indiretos associados à redução na qualidade de vida.

¹ Vigitel Brasil 2021 estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas - Ministério da Saúde.

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PORTAL HORA CAMPINAS

Artigo: Crescimento do mercado mostra que Piso da Enfermagem pode ser absorvido pelo setor - por Édison Laércio de Oliveira


Representantes da rede privada e filantrópica da área da saúde continuam a espernear para não cumprir o piso nacional da enfermagem, numa ciranda que vem se repetindo de forma desarrazoada desde 4 de agosto de 2022, quando a Lei 14.434/22, que instituiu os salários de base do setor, foi sancionada.

A choradeira é tanta que é bom colocar os números na mesa. A nova legislação estabeleceu o piso nacional para os profissionais de enfermagem, sendo: salário de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos e R$ 2.375 para auxiliares e parteiras.

Parece muito? Não, não é.

Dados divulgados pela ANS mostram que o Brasil atingiu a marca de 50,5 milhões de beneficiários de planos de assistência médica em dezembro de 2022, maior número desde 2014. Já os planos odontológicos marcaram outro recorde, fechando o ano com 31 milhões de beneficiários.

Por outro lado, o setor de saúde deve apontar uma movimentação em torno de R$ 348,3 bilhões no fechamento de 2022, o que representa um acréscimo de 11% em relação a 2021, que fechou com R$ 315 bilhões. É o que apontou pesquisa da IPC Maps, instituto especializado em potencial de consumo dos brasileiros, com base em dados oficiais.

De acordo com o levantamento, os brasileiros devem desembolsar R$ 180 milhões só com planos de saúde e tratamentos. O mercado é cada vez mais promissor.

E quem é que atende os pacientes quando estes chegam no hospital, clínica, consultório ou laboratório? Quem passa dias e noites dando o suporte necessário para a manutenção e restabelecimento da saúde da população? Com certeza, nestes momentos você vai encontrar um trabalhador da saúde.

São eles que sustentam pacientes e familiares nos momentos de dor. Também são estes profissionais que são linha de frente e dão a vida para garantir a saúde da população. Infelizmente, ainda são uma das categorias mais desvalorizadas em termos salariais.

Os pisos aprovados pelo Congresso Nacional vão unificar a base salarial no Brasil, o que elevará estes trabalhadores à base média da pirâmide salarial. Não há necessidade de choramingar. É preciso levar em consideração o grande ganho que a aplicação do piso nacional da enfermagem vai trazer.

A primeira a lucrar é a sociedade. Também as instituições de saúde ganham com a melhoria no atendimento. As empresas precisam se ajustar e aprender a olhar com mais humanidade para as vidas pelas quais são responsáveis. Os profissionais da saúde fazem isso diuturnamente. Só precisam ser valorizados adequadamente.

Por fim, é bom lembrar que a rede privada não precisa esperar a aprovação da Medida Provisória que está em preparação pelo Ministério da Saúde. Ela vai regulamentar as fontes de recursos para o setor público e para os hospitais filantrópicos cujos atendimentos ao SUS são de, pelo menos, 60%.

Os estabelecimentos particulares já deveriam estar cumprindo os novos pisos desde que a lei foi sancionada. É o mais prudente. Quanto mais rápido, melhor. Depois, não adianta chorar.

Antes do que muitos pensam, o Piso Nacional da Enfermagem se torna realidade. Isso é fato.

Édison Laércio de Oliveira é presidente da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo (Federação Paulista da Saúde)

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GAZETA CENTRO-OESTE

Tecnologia + Saúde: Entenda como a saúde e a estética tem se beneficiado com o uso de inovações

Que a tecnologia veio para transformar a humanidade e pode ser aplicada nas mais diversas áreas, disso todos já sabem. Mas você sabia que ela tem sido uma grande aliada dentro dos consultórios, permitindo que muitos procedimentos sejam realizados de forma mais simples, sem cortes e sem necessidade de internações?

Médico vascular, que é referência no trato de varizes e vasinhos, o Dr. Gustavo Marcatto é um grande adepto das tecnologias. O profissional explica que estes problemas estão longe de ser apenas uma questão estética. As varizes são veias dilatadas e tortuosas que não exercem de forma eficiente a função de levar o sangue de volta ao coração, por isso são também um problema de saúde, já que podem causar inchaço, dor, cansaço e até trombose.

De acordo com estudos 40 milhões de brasileiros, que representam cerca de 20% da população, sofrem com essa condição. "Essas veias são acometidas por uma alteração genética em sua parede, que fica enfraquecida e dilatada. Assim, se tornam veias doentes. As principais causas para isso são a genética, o uso de hormônios, como anticoncepcionais, a gravidez e o sedentarismo", completa o Dr.

O vascular utiliza técnicas de tratamento com laser: a ATTA e CLaCS, que são seguras, rápidas e pouco invasivas. Ele explica que com essas tecnologias é possível tratar os casos na sua clínica, que fica em São José do Rio Preto (SP), sem necessidade de cortes, hospital ou repouso.

"A técnica de CLaCs é realizada com laser transdérmico, que atua tratando as varizes e os vasinhos e evita 85% dos casos de cirurgia. Já para as varizes maiores e para a veia de safena, utilizamos o endolaser com a técnica de ATTA (ablação térmica totalmente assistida). Ela consiste no tratamento de varizes grossas apenas com o laser endovenoso, sem a necessidade de cortes para retirada das varizes. Também não é injetada nenhuma química dentro das veias" , detalha o profissional.

Para a identificação mais detalhada do problema, o médico também conta com outras tecnologias, equipamentos e ferramentas como: termografia, ultrassom doppler e realidade aumentada para melhor acurácia e precisão, combinação que resulta em uma espécie de GPS para localizar as veias doentes. Marcatto aponta que tudo isso tem gerado resultados melhores tanto do ponto de vista estético, quanto mais eficientes para os cuidados com a saúde em geral, o que acaba motivando as pessoas a se cuidarem mais. Inclusive o público masculino e os mais idosos, que costumam ter mais problemas para se submeter a cirurgias convencionais.

Só entre o público feminino o Dr. Gustavo Marcatto já recebeu em sua clínica mais de 8 mil pacientes, não só do Brasil, mas também de outros países. O método tem atraído a atenção até de algumas celebridades, que encontram na clínica do especialista a eficiência e praticidade que muitas vezes uma rotina corrida exige. Adriane Galisteu, Ticiane Pinheiro, Helen Ganzarolli, Nicole Bahls, Débora Secco, Monique Alfradique, Mariana Rios e Rita Guedes, estão entre os nomes que já experimentaram e aprovaram as técnicas utilizadas por Marcatto.

A Tecnologia em prol da Estética

Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a cirurgiã plástica Thamy Motoki também é adepta da tecnologia dentro dos consultórios. E entre as alternativas que ela costuma utilizar, está o Morpheus, que trata-se de uma técnica moderna e minimamente invasiva que restaura a flacidez da pele de forma prática, com efeitos que podem durar até um ano.

"O Morpheus é um aparelho que permite realizar o microagulhamento associado à radiofrequência na mesma sessão. Ele é composto por uma ponteira com várias microagulhas que, ao penetrarem a pele, realizam uma espécie de trauma mecânico em todas as camadas (epiderme, derme e gordura). Essas microagulhas disparam a energia de radiofrequência, estimulando assim a remodelação do tecido com produção de colágeno e fibras elásticas", explica a Dr. Thamy.

A técnica pode ser utilizada para tratar áreas em que haja flacidez de pele como face, pescoço, braços, coxas e abdome, sendo que as áreas mais buscadas pelos pacientes são a face e pescoço, onde é possível conseguir efeitos lifting sem a necessidade de cirurgia. Em alguns casos também utiliza-se o aparelho em conjunto com a lipoaspiração, para potencializar os resultados. E justamente por não ser algo invasivo, pode ser utilizado em consultório e com anestesia local que pode ser com ou sem sedação. Só em alguns casos, quando associado a cirurgias, é feito em ambiente hospitalar.

"Após a sessão de Morpheus, o paciente precisa evitar exposição solar e no dia do procedimento não deve usar maquiagens. É comum ocorrer vermelhidão e edema (inchaço) no local da aplicação, mas essas marcas melhoram por volta do terceiro dia da aplicação. Evitar ambientes quentes também ajuda na recuperação. E uma das grandes vantagens é que os resultados em pacientes com flacidez leve, são praticamente os mesmos do que seriam conquistados através de uma cirurgia, mas sem a necessidade de cortes, anestesia, internação e período mais longo de recuperação" , reforça a profissional.

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A REDAÇÃO

Baixa procura pela vacina bivalente em Goiás preocupa autoridades de saúde

A Secretaria de Saúde do Estado de Goiás (SES) alerta para a baixa procura pela vacinação com imunizante bivalente contra a Covid-19, disponível desde o dia 27 de fevereiro. Goiás aplicou 205.611 vacinas, o que representa 12,95% da cobertura prevista, já que a expectativa é de imunizar 1.587.689 pessoas. Inicialmente, a campanha seria realizada em cinco etapas, dividida entre os grupos prioritários. No entanto, em função da baixa procura, a vacina está liberada para todos os públicos que têm prioridade desde o dia 20 de março.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, alerta para a necessidade da população se vacinar para proteção contra o agravamento da doença, principalmente nesta época do ano, início do período seco e frio, o que favorece o aumento do número de casos de SRAGs (Síndromes Respiratórias Agudas Graves). Entre os adultos acima de 30 anos, os óbitos por SRAG têm como principal causa a Covid-19. Neste ano, das 185 mortes pela síndrome, 120 foram em decorrência da Covid-19.

“É um cenário preocupante em que as pessoas estão recusando a vacina e deixando de se proteger. Temos internações e mortes, e as pessoas estão escolhendo não se vacinar e acreditar em informações falsas. A vacina bivalente protege contra a variante Ômicron, prevalente em todo o mundo, além das suas subvariantes. As pessoas desprotegidas podem ter consequências graves da doença”, reforça a superintendente.

Entre os possíveis motivos para a baixa adesão estão a falta de interesse da população nas informações oficiais baseadas em evidências científicas e, ainda, notícias falsas que circulam nas redes sociais e aplicativos de mensagens.

Quem pode se vacinar

Pessoas com mais de 60 anos, indivíduos com comorbidades, gestantes e puérperas, pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos, trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas e população ribeirinha, pessoas a partir de 12 anos que vivem em instituições de longa permanência e os trabalhadores dessas instituições, pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos, população privada de liberdade a partir de 18 anos de idade, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas e funcionários do sistema de privação de liberdade.

Para ter acesso à vacina bivalente, a pessoa tem de ter tomado pelo menos duas doses do esquema primário, com a vacina monovalente, aplicada em todo o país desde 2021. Além disso, é preciso ter o intervalo mínimo de quatro meses da aplicação da última dose. Os 246 municípios do Estado estão abastecidos com o imunizante desde a realização da primeira fase da campanha.

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O HOJE

Insônia: especialistas alertam para riscos de remédios inadequados

Medicamentos para o sono sem prescrição podem causar efeitos negativos

“Minha insônia começou quando mudei de trabalho e passei a ficar 100% home-office” [escritório de casa]. O que poderia ser uma facilidade foi o início dos episódios de insônia para a jornalista Poliana Bollini Marques, de 49 anos. “Apesar de todas as facilidades e de não precisar mais acordar antes das seis horas da manhã, meu horário de dormir ficou bem complicado e só conseguia adormecer por volta das três da madrugada”, recorda.

Poliana conta que ficou um tempo sem se tratar. “Fiquei um bom tempo assim e atribuindo a insônia a mudança no trabalho. Eu simplesmente não tinha sono. Até hoje é muito raro. Mesmo quando ia dormir tarde e acabava acordando cedo, durante o dia não sentia – e ainda não sinto – sono”.

O Estudo Epidemiológico do Sono de São Paulo (Episono), conduzido pelo Instituto do Sono, apontou que 45% das pessoas queixam-se de insônia ou dificuldade para dormir em São Paulo. A mesma pesquisa revelou que 15% dos paulistanos sofrem de insônia crônica.

A insônia é definida com a insatisfação em relação à qualidade e\ou quantidade de sono, podendo se manifestar como a dificuldade em iniciar o sono, assim chamada de insônia inicial; dificuldade em manter o sono: presença de despertares ao longo da noite, chamada de insônia de manutenção; ou pode se manifestar por um despertar antes do horário previsto, com dificuldade de retornar ao sono, chamada de insônia do despertar precoce.

“A insônia crônica é quando acontecem episódios pelo menos três vezes por semana durante o mínimo de três meses, com consequências diurnas, associada à perda de concentração, alteração de memória, irritabilidade, perda de produtividade, normalmente consequências desse sono fragmentado”, explica a pneumologista e especialista em sono Luciane Luna de Mello, do Instituto do Sono. Um período inferior a este, isto é, por um mês ou menos é insônia aguda.

A insônia pode estar associada a outras doenças como depressão, ansiedade, doenças neurológicas e situações de dores crônicas, por exemplo. “Além disso, também pode estar associada a hábitos, comportamentos inadequados que não favorecem o relaxamento e o início do sono como o uso de excessivo de telas – especialmente próximo do horário de dormir, consumo excessivo de café ou bebida alcoólica, alimentação pesada ou gordurosa antes do horário de dormir”, disse a neurologista Marcia Assis, vice-presidente da Associação Brasileira do Sono (Absono).

A prática de atividade física próxima ao horário de dormir e as condições do ambiente de dormir como temperatura e ruídos, ou ainda ter um parceiro de cama que ronca, podem perturbar o sono, completa a neurologista. “Até mesmo outra doença do sono pode estar associada à insônia e causar a piora da qualidade do sono como a Apneia do Sono”, acrescenta a neurologista.

Impactos

“A insônia tem um impacto absolutamente importante na sociedade, impacta no dia a dia, na produtividade e na saúde das pessoas”, alerta a médica Luciane Luna de Mello, do Instituto do Sono. Segundo a especialista, a insônia ainda pode diminuir a imunidade e piorar a condição clínica. “Esses indivíduos podem ter ainda uma irritabilidade, inclusive com quadros neurológicos ou psiquiátricos associados a esse processo de insônia, que podem gerar processos psiquiátricos. Outras vezes a insônia é gerada por doenças psiquiátricas, como causa secundária”, explica.

Poliana Bollini Marques procurou ajuda quando percebeu os prejuízos que a falta de sono causava durante o dia. “Muito cansaço, memória ruim, um pouco de irritabilidade e pouca produtividade. Fora o incômodo, tristeza mesmo, de ficar acordada todo dia até às três horas da manhã”, relembra.

Mas, antes de procurar ajuda, ela tentou medicamentos por conta própria. “Fiz uso de melatonina sem prescrição médica. Foram meses tomando e nada de resultados. Achei que melatonina era para insônia, mas hoje eu sei que ajuda em casos de jet lag [mudança de fuso horário que provoca alterações dos padrões de sono], por exemplo. Melatonina não é tratamento para insônia. Além da melatonina, tomei remédios fitoterápicos. Como um só não funcionava, às vezes tomava dois ou três. Nada adiantou”, conta a jornalista.

Mesmo com tantas ofertas de medicações para induzir ao sono, a automedicação não é uma solução a longo prazo, explica a especialista Luciane de Mello. “Muitos indivíduos com automedicação chegam no consultório até viciados em remédios que não vão ser os mais adequados para aquele quadro”.

Entre os medicamentos tomados por conta própria estão os fitoterápicos. “Muitos fitoterápicos não têm o efeito sobre o sono adequado, muitos não têm confirmação científica de que atuam sobre o sono. Na literatura [médica], o que tem uma confirmação melhor é a valeriana [planta medicinal]. Mas tem que ser adequada para um quadro leve de insônia ou para indivíduos mais jovens”, observa Luciane.

A médica adverte que as medicações não são isentas de efeitos colaterais. “É preciso ter cuidados porque toda medicação é substância química e, mesmo a substância natural tem suas substâncias intrínsecas e que vão fazer algum tipo de efeito, algumas consequências relacionadas ao uso indiscriminado e em quantidades que não devem ser usadas”, frisou.

Melatonina

“A melatonina não é uma substância recomendada para o tratamento da insônia”, alerta a neurologista Marcia Assis, vice-presidente da Absono. “A melatonina é um hormônio e não é utilizada para tratar a insônia”.

A especialista esclarece que existem doenças do sono e situações médicas especiais que a melatonina pode ser indicada pelo médico, “porém, não deve ser usada por conta própria e menos ainda para tratar a insônia, pois não é recomendada. A tentativa, sem orientação, de tratar a insônia pode apenas mascarar os sintomas e provocar o estado crônico”, adverte a neurologista.

Márcia ressalta que existem medicamentos aprovados e recomendados para os diversos tipos de insônia, mas que o tratamento considerado padrão ouro para a insônia é a Terapia Cognitivo Comportamental para a Insônia (TCC-I).

“As terapias medicamentosas e não medicamentosas podem ser associadas. Deve-se lembrar que a TCC-I é realizada pelo profissional da psicologia especializado em sono. Além disso, a higiene do sono dever ser estabelecida para os melhores resultados”.  

Tratamentos

Poliana vem se tratando com a TCC, indicação de uma otorrinolaringologista,  especialista em medicina do sono. “Foi um divisor de águas! Ela me orientou, me ensinou sobre a higiene do sono e fiz Terapia Cognitiva Comportamental. Também procurei uma psiquiatra, pois a pandemia prejudicou ainda mais meu sono. Hoje, tomo uma medicação, o cloridrato de trazodona, e faço acompanhamento com a psiquiatra e a psicóloga”.

Para ela, o que falta agora é fazer exercícios físicos, “pois eles ajudam muito em toda a nossa saúde. Além disso, tenho 49 e anos e percebo que estou entrando na perimenopausa. Outra fase que mexe com o sono. Vou incluir a ginecologista nesta etapa como mais uma ajuda para cuidar do meu sono. Me sinto muito melhor, mas ainda tem ajustes, pois as fases da vida estão mudando e é preciso prestar atenção, sempre”, alerta.

A terapia tem como base a higiene do sono, um conjunto de práticas que prepara o organismo para dormir. Entre as orientações, os especialistas indicam aos pacientes sair da cama, quando despertam no meio da noite, ficam ruminando ideias e não conseguem dormir. Em outro ambiente, devem se dedicar a uma atividade relaxante, como a leitura de um livro, meditação ou realizar técnicas de respiração para que mudem o pensamento e consigam adormecer. “Assim, o cérebro vai associar a cama ao sono e não à insônia”, ressalta a médica Luciane Luna de Mello.

Higiene do sono

Para todos que apresentam insônia ou não, cuidar dos hábitos antes de dormir é fundamental para uma boa noite de sono. Baseadas na higiene do sono, as médicas Luciane Luna de Mello e Marcia Assis mostram como hábitos adequados podem ajudar as pessoas a dormir melhor.

• Mantenha uma rotina: estabeleça horários para o sono, a alimentação, os exercícios físicos, o lazer, o trabalho e as atividades com a família.

• Não leve o notebook ou celular para cama: Eletrônicos provocam aumento do estado de alerta, além da luminosidade dificultar o início do sono.

• Desacelere antes de dormir: pelo menos uma hora antes de se deitar faça uma atividade relaxante: tome banho, leia, ouça música, faça meditação ou qualquer outra atividade que ajude a desacelerar.

• Evite permanecer na cama trabalhando, lendo e-mails, assistindo TV. Reserve este momento para atividades que provoquem relaxamento. Deite-se somente quando estiver com sono.

• Evite alimentos pesados e bebidas com cafeína:  faça refeições leves até duas horas antes de deitar. Não tome café, energéticos e chá preto e outras infusões que contêm cafeína à noite.

• Atividade física é uma boa, mas não próximo ao momento de dormir: pratique exercícios com regularidade, mas respeite um intervalo de pelo menos quatro horas antes do horário de dormir.

• Mantenha o local de dormir ventilado, silencioso e escuro. Procure deixar numa temperatura adequada e confortável. Ambientes muito quentes ou frios podem dificultar o início do sono ou provocar despertares durante a noite.

• Verifique seu travesseiro e o colchão, pois a vida útil da maioria deles é de oito a dez anos.

• Evite as bebidas alcoólicas – elas podem causar um relaxamento nas primeiras horas de ingestão, entretanto, ao longo da noite, provocam fragmentação do sono e redução de fases mais profundas de sono. Além disto, o relaxamento do álcool pode agravar o ronco. O tabagismo também prejudica o sono.

• Para aqueles que preferem um cochilo durante o dia, este deve ser curto, no máximo 20 a 30 minutos e após o almoço.

• Evite o uso de medicações para o sono sem a prescrição médica, pois podem causar efeitos indesejáveis e negativos. A ajuda de um profissional é fundamental.

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Assessoria de Comunicação

13 04 23 REUNIÃO COMITE RH


Abrindo o calendário de atividades de 2023, integrantes do Comitê de Recursos Humanos/Gestão de Pessoas da Ahpaceg, que é formado por representantes das instituições associadas, reuniram-se ontem, 13, na Associação.


A primeira reunião sob a coordenação Gissely Soares (do associado CDI) e Sanny Alves Andrade (do associado Hospital do Rim), teve como tema Treinamento e Desenvolvimento sob a ótica da profissional Laís Lorena Lima.


Também foram apresentados o resultado da pesquisa realizada entre os associados, que apontou os temas relacionados à gestão de pessoas a serem abordados neste ano, e as propostas de trabalho do grupo.

Gestão de benefícios, pesquisa salarial, recrutamento e seleção e cargos e salários são algumas das pautas das reuniões mensais do comitê, todas já agendadas.

Nas reuniões, além do debate dos temas, associados também poderão apresentar cases de sucesso relacionados ao assunto para o compartilhamento dessas boas práticas com o grupo.

O próximo encontro está marcado para 15 de maio, das 14 às 16 horas, na Ahpaceg.

Sexta, 14 Abril 2023 07:48

CLIPPING AHPACEG 14/04/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Setor de saúde tem epidemia de hackers - e Brasil é um dos mais expostos

Datasus: falta "parceria" da ANPD

Cuidados high tech

Remédio bom, mas que não cura

STF derruba lei que obriga a coletar DNA para combater troca de bebês

Ronaldo Caiado quer garantir mais repasses para saúde em reunião com Nísia Trindade

Mulher fazia crossfit numa academia de Anápolis e morre aos 37 anos

Governo envia projeto que altera natureza jurídica do Ipasgo à Assembleia

Comissão de Saúde da Câmara discute efetivação do piso nacional da enfermagem

Dengue mata 2 pessoas por dia no Brasil. Veja dicas de cuidados

Vacina de gripe e prevenção de novas pandemias

Fígado gorduroso: 35% dos brasileiros com mais de 35 anos têm a doença

Sociedade Brasileira de Mastologia faz alerta para uso da termografia

VEJA

Setor de saúde tem epidemia de hackers - e Brasil é um dos mais expostos


Criminosos invadem sistemas para roubar informações e interferir em serviços médicos

Na madrugada de 10 de dezembro de 2021, no segundo ano da pandemia, um prolongado apagão foi detectado nas principais plataformas do Ministério da Saúde responsáveis por registrar e monitorar a vacinação no país. O e-SUS Notifica, o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e o ConecteSUS tinham sido alvo de um ataque hacker. O golpe deixou os serviços fora do ar, manchou os levantamentos estatísticos e impossibilitou a emissão de documentos como o Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e a Carteira Nacional de Vacinação Digital, exigidos para o controle sanitário em viagens internacionais em tempo de quarentena. Em maio do ano passado, houve uma nova tentativa de assalto. Sem êxito, mas não passou em branco: os acessos foram fechados para uma manutenção corretiva.

Os episódios, depois reivindicados pelo grupo criminoso Lapsus$, são exemplos escancarados de um dos principais problemas enfrentados por instituições públicas e privadas na área da saúde: os ciberataques. Como hospitais, centros de exames, empresas de convênios e órgãos do governo dependem cada vez mais de sistemas digitais, há o risco de interrupção dos trabalhos e também de revelação indevida de informações pessoais. O tamanho do problema: 35% dos golpes virtuais, em todo o mundo, miram o setor de saúde. Nesse campo, infeliz e dramaticamente, o Brasil é líder. Um estudo recente da empresa especializada em risco cibernético Tenable revela que, entre novembro de 2021 e outubro de 2022, 43% dos vazamentos criminosos vieram de endereços brasileiros. Nos Estados Unidos, as investidas aumentaram 94% em 2022 na comparação com 2021, de acordo com um relatório da reputada companhia de segurança informática Sophos.

Os mecanismos que armazenam informações de pacientes atraem os hackers pelos danos imediatos que o sequestro de informações pode causar para as instituições de saúde. A bandidagem age e chantageia. A lógica remete aos crimes tradicionais: os contrafeitores exigem resgates milionários e há pouco tempo para negociações. O sumiço de prontuários médicos, por exemplo, compromete a indicação correta de remédios ou a checagem dos exames. A ameaça ganha dimensão exponencial porque hospitais, laboratórios e operadoras costumam trabalhar em rede."Qualquer usuário de um plano de saúde sente os efeitos de um ataque cibernético aos bancos de dados", diz Fabricio Polido, advogado especializado em direito digital.

O setor privado, que não para de crescer, também é alvo contumaz. Empresas de grande porte como o laboratório Fleury estão na lista das que já foram vítimas de crimes virtuais. Houve extorsão de dinheiro, antes que os computadores voltassem a funcionar, dias depois do ataque - por motivos óbvios, não foi revelado nenhum tipo de negociação ou acordo com os saqueadores. Nas ações mais sofisticadas, os invasores utilizam o chamado ransomware, um tipo de programa de computador afeito a sequestro de informações. O pagamento do resgate costuma ser exigido em criptomoedas, mecanismo para impedir o rastreamento do criminoso. O prejuízo é grande. Cálculos da IBM sobre a violação de dados em saúde apontam que, apenas em território americano, as perdas ultrapassam 10 milhões de dólares - e os custos decorrentes dos ataques nesse segmento cresceram 42% desde 2020.



A expertise e a petulância dos hackers vêm exigindo mudanças rápidas na área da saúde: elas envolvem investimento pesado em cibersegurança, com a criação de camadas de proteção e vigilância contínua. Ainda assim, os criminosos parecem estar sempre um passo à frente. "A área de tecnologia da informação não é um fim, mas um meio, e por isso ainda não recebe tanto dinheiro", diz Alexandre Sousa, diretor de engenharia e arquitetura de cibersegurança da Tenable na América Latina. Hoje, o zelo pela proteção eletrônica representa de 1% a 2% do orçamento na indústria da saúde. É fatia que tende a crescer, e cujo custo de aprimoramento certamente acabará mordendo o bolso do consumidor. Não há, contudo, outra saída - os gastos com a defesa já se tornaram compulsórios, sem os quais o perigo tende a crescer. Nesse cenário, algumas estratégias já foram postas em prática para conter a explosão de golpes: desde treinamentos com toda a cadeia de funcionários até o uso de "vírus do bem", programas que testam e encontram falhas de segurança nos sistemas antes que elas aconteçam no mundo real.



O reforço dentro das empresas, fundamental, precisa vir acompanhado de um outro movimento: a sensibilização dos pacientes, a ponta mais frágil da engrenagem. Os usuários dos planos de saúde, sublinhe-se, estão permanentemente expostos à avalanche de e-mails e mensagens com links perigosos. As modalidades de golpe mais populares são o phishing - cuja isca, na pesca bucaneira, são links que levam à captura de dados pessoais e bancários - e a divulgação de sites falsos para a emissão de segunda via de boletos. As páginas até se parecem com as originais, mas, em vez de encaminharem para um local seguro, direcionam os clientes para conversas de WhatsApp.

Em pelo menos um caso investigado em São Paulo, foram diagnosticados 800 links suspeitos enviados a usuários somente em 2022. Eles estavam atrelados a boletos de pagamento de um plano de saúde. Boletos falsos! As cobranças tinham, em média, o valor de 1?345 reais. "Verificamos que os pagamentos eram feitos diretamente aos criminosos", relata a advogada Danielle Serafino, de São Paulo, que atua no processo há um ano e três meses. No casamento de ingenuidade com boa-fé, mas também em gesto de malandragem, os próprios beneficiários acabam contribuindo para a cadeia da contravenção. Um banco teve de demitir oitenta funcionários porque eles estavam emprestando a carteirinha do plano a familiares e amigos, em gesto ilegal e fraudulento. "É atitude criminosa que põe em risco a segurança do convênio, com a circulação indevida de dados, e que fatalmente pode encarecer os planos", afirma Alessandro Acayaba de Toledo, presidente da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Anab).

Há ao menos uma boa notícia, na contramão da desfaçatez. A Lei Geral de Proteção de Dados entrou em vigor em 2020 para regulamentar a coleta e o tratamento das informações fornecidas pela população na internet. A multa por infração às regras pode chegar a 50 milhões de reais. Mas hacker não respeita lei. Exige-se, agora, que as esferas pública e privada tenham um caminho de emergência para garantir segurança digital em um campo do cotidiano que lida diretamente com fragilidades e riscos à vida - um retrato da sordidez da pandemia de hackers.

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BAGUETE ONLINE

Datasus: falta "parceria" da ANPD


A fiscalização da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) já gerou a primeira reação negativa.Â

Em audiência pública realizada da Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara dos Deputados, a coordenadora de Infraestrutura de TI, Segurança da Informação e Resposta a Incidentes do Datasus, Jackeline Almeida, reclamou da "falta de parceria" da ANPD, que abriu recentemente uma investigação sobre a estatal de TI do Ministério da Saúde.Â

"A gente, do Ministério da Saúde, gostaria de apresentar aqui a a necessidade de uma parceria realmente, de normativos, diretrizes. E a nossa proposta é que a ANPD atue de uma forma mais responsiva e menos punitiva, porque a partir do momento que a gente tem um posicionamento puxando para o rumo punitivo, a gente vai continuar no nosso país - não só no Ministério da Saúde - com penalidades prejudicando as nossas empresas", disse Almeida.

O Ministério da Saúde é um dos primeiros oito processos sancionatórios abertos pela ANPD, cuja lista foi divulgada no final de março.Â

Dos oito processos administrativos em curso dentro da ANPD até agora, sete têm a ver com órgãos públicos, indo desde o Ministério da Saúde (com duas investigações, inclusive) até o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Â

Na iniciativa privada, só um call center, a Telekall.

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ISTOÉ DINHEIRO

Cuidados high tech


Estamos vivenciando uma revolução na saúde. A transformação digital que já tomou conta da maior parte dos setores da economia mundial começou a permear os diversos âmbitos da medicina, revolucionando desde planos de saúde até os atendimentos médicos. Com mais tecnologia, todo o setor passa a ter mais dados nas mãos, contribuindo com atendimentos mais assertivos, prevenções e até na precificação dos serviços. A inteligência artificial (IA) entra nessa com algoritmos que ajudam a gerar insights proativos. São coadjuvantes de respeito em diagnósticos precoces e nos tratamentos de curto a longo prazos, já que o protagonismo ainda está com os médicos.

O mercado global de IA para saúde deve alcançar US$ 20 bilhões neste ano, podendo chegar a US$ 187 bilhões até 2030, conforme dados do Statista. Já o de big data dedicado à medicina foi avaliado em US$ 33 bilhões em 2021, com perspectiva para em 2030 totalizar US$ 105 bilhões, segundo relatório da Straits Research. Ambos setores com grande potencial e que no Brasil já estão sendo explorados por empresas como o Grupo Dasa e o Hospital Israelita Albert Einstein.

O Grupo Dasa escolheu ninguém menos que o Google para auxiliá-lo em sua jornada de transformação digital, em uma parceria estratégica de coinovação de cinco anos que visa tornar real a visão da empresa para ser mais digital, personalizada, conveniente e centrada nas pessoas. Tudo isso será possível por meio da implementação dessas tecnologias. O projeto vai contribuir para a base de 5,5 milhões de pacientes e 34,5 mil médicos que utilizam a plataforma Nave, de propriedade do grupo. É uma solução completa que integra exames, consultas, vacinas e, o mais importante, faz o acompanhamento de dados e informações dos pacientes, destinado a facilitar e otimizar os atendimentos médicos. A parceria ajudará a habilitar o desenvolvimento de novas funcionalidades e melhorias para torná-lo um grande hub de saúde. "A ideia é reduzir a fragmentação do setor", disse à DINHEIRO Danilo Zimmermann, diretor-geral de Tecnologia e Transformação Digital do Grupo Dasa.

"A tecnologia tem o potencial para contribuir de forma decisiva para um ecossistema de saúde melhor" Leonardo Vedolin, CMO do Grupo Dasa.

Fragmentação que prejudica um funcionamento mais otimizado do setor, sendo que as bases de clientes, cadastros e outras informações ficam descentralizadas em servidores diferentes, atrapalhando o trabalho dos médicos. Assim, nem sempre o histórico do paciente está disponível por completo. "A interoperabilidade ainda é um grande desafio", afirmou.

Uma base médica integrada sempre pareceu mais próxima de utopia do que da realidade, mas com os últimos avanços tecnológicos em big data e IA o cenário se torna mais factível. Para Leonardo Vedolin, diretor-geral médico e de cuidados integrados do Grupo Dasa, a tecnologia tem o potencial para contribuir de forma decisiva para um ecossistema de saúde melhor. "E de empoderar tanto o médico como o paciente com informações, tornando essa relação mais frutífera", afirmou.

SAÚDE PÚBLICA Um exemplo prático da proximidade dessa conjuntura está no Hospital Israelita Albert Einstein. A instituição utiliza soluções baseadas em ferramentas de inteligência artificial em mais de 80 projetos, com uma área focada no tema há mais de seis anos. "Nosso trabalho é avaliar as possibilidades baseadas em análise avançada de informações na rotina da medicina", disse Edson Amaro, superintendente de Ciência de Dados e Big Data Analytics do Einstein. Um dos projetos busca utilizar IA para diagnóstico de doenças em pacientes do SUS. A iniciativa, denominada Banco de Imagens, permite que 80 centros de diagnóstico tenham acesso a exames como raio-X e tomografia analisados por meio de algoritmos complexos de IA, com a intenção de auxiliar no diagnóstico de doenças como tuberculose, alterações secundárias ao vírus da zika, além de câncer de pele por meio de fotos dos pacientes. Com a expansão da base nacional de exames de imagens no País é possível resolver dois importantes problemas: a inexistência de uma plataforma que consolide os exames realizados no SUS e a dificuldade no diagnóstico de algumas doenças.

A plataforma pode ser utilizada em qualquer tipo de aparelho celular, de forma descomplicada: basta enviar uma foto do exame, que imediatamente o algoritmo identifica os possíveis diagnósticos, exibindo as probabilidades de determinada doença, apontando o local onde ela se encontra e qual é a alteração, além de sinalizar outras patologias que podem estar relacionadas. Pedro Vieira, coordenador médico de Inteligência Artificial do Albert Einstein, disse que "a iniciativa fortalece a interoperabilidade de imagens médicas do SUS, podendo ser utilizada para desenvolver novos algoritmos". A revolução tecnológica da saúde chegou. E quem mais ganha com ela? Nós! A pessoa comum.

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Remédio bom, mas que não cura


A decisão da Agência Nacional de Saúde (ANS) de incluir a fórceps novos medicamentos no rol de coberturas obrigatórias dos planos de saúde pode beneficiar os usuários em um primeiro momento, mas pode causar sérios efeitos colaterais à saúde financeira das operadoras.

É o que pensa Karen de Boer, diretora da Safe Care, empresa especializada na área de gestão de benefício saúde. "Considero um grande avanço do ponto de vista do cuidar das pessoas, mas as empresas não precisam ficar de braços cruzados apenas esperando o impacto dessa medida no custo do plano de saúde de seus colaboradores", afirmou Karen.

"É preciso agir, ter processo de gestão para o bom uso do plano para que não haja nenhum tipo de equívoco, processos truncados ou desperdícios de qualquer ordem."

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AGÊNCIA BRASIL

STF derruba lei que obriga a coletar DNA para combater troca de bebês

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional a lei do Rio de Janeiro que obriga hospitais e maternidades a coletar material genético de recém-nascidos.

Sancionada em 2002, a norma prevê medidas para evitar a troca de bebês em hospitais públicos, privados e maternidades do estado. No entanto, segundo o atual governo do Rio, a lei nunca chegou a ser aplicada.

Além do uso de pulseiras de identificação e grampo umbilical, a lei determina a coleta de material genético de mães e filhos internados na sala de parto para arquivamento pela unidade de saúde. O material deveria ficar disponível para a Justiça em caso de necessidade de realização de exame de DNA.

O caso foi parar no Supremo em 2016 por meio de ação protocolada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Para o órgão, a lei é inconstitucional por violar a intimidade e a privacidade das gestantes, além de não considerar a vontade das mães para realização da coleta do DNA.

Durante o julgamento, os ministros seguiram o voto do relator, ministro Luiz Fux, que votou na sessão de quarta-feira (12/4). Fux disse que o trecho da lei que prevê a coleta de DNA é ilegal por não levar em conta o consentimento da mãe.

O entendimento foi seguido pelos ministros André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e a presidente do Supremo, Rosa Weber.

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JORNAL OPÇÃO

Ronaldo Caiado quer garantir mais repasses para saúde em reunião com Nísia Trindade

Governador tratou no Ministério da Saúde do repasse de recursos para qualificação e interiorização de hospitais e policlínicas no Estado

O governador Ronaldo Caiado se reuniu em Brasília hoje, 13, com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para tratar da liberação de recursos que ampliem a interiorização da saúde no estado. Caiado explicou que buscou a ministra para obter o repasse necessário para atender parcialmente a expansão que foi feita na Saúde de Goiás, que tem como objetivo interiorizar a qualidade de hospitais e policlínicas.

O Secretário da Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, que esteve presente na reunião, destacou a necessidade dos recursos, uma vez que as despesas do estado com a saúde aumentaram. Vencio explicou que o estado teve um aumento de 107% na produção de procedimentos, dentre eles diárias de internações, ampliação de leitos de UTIs, cirurgias, consultas e exames, entre 2019 e 2022. Todo esse aumento gerou um custo maior, que não necessariamente representou aumento nas verbas recebidas do Ministério da Saúde.

Esta é a segunda vez nos últimos meses que o governador vai a Brasília em busca de apoio do governo federal. Em março, Caiado se reuniu com a ministra da Saúde em busca de repasses de verbas para o Sistema Único de Saúde (SUS). Na ocasião, o estado solicitou R$ 500 milhões em recursos para custeio.

Desde 2019, o Governo de Goiás investiu mais de R$ 14 bilhões em saúde no estado. Foram entregues seis policlínicas nos municípios de Posse, Goianésia, Quirinópolis, São Luís de Montes Belos, cidade de Goiás e Formosa. Em 2018, a saúde pública tinha 1,6 mil leitos de internação; hoje são 3,4 mil leitos, sendo 855 de UTI, distribuídos em 23 municípios. Os recursos para custeio englobam pagamento de pessoal, de material de consumo e contratação de serviços de terceiros, por exemplo.

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Mulher fazia crossfit numa academia de Anápolis e morre aos 37 anos

Michelle Gomes dos Santos era jovem. Ela teve uma parada cardíaca, chegou a ser atendida pelo Samu, mas faleceu

Michelle Gomes dos Santos, de 37 anos, teve uma parada cardíaca quando fazia exercícios numa academia de crossfit, em Anápolis, e morreu na terça-feira, 11.

A academia Box 4 de Maio informou que, ao perceber que Michelle Gomes dos Santos havia sofrido uma parada cardíaca, a equipe da empresa começou os procedimentos básicos para tentar salvá-la.

Acionado, com pedido de urgência, o Samu informou, porém, “que não havia viaturas disponíveis no momento para o atendimento que deveriam aguardar”.

Dois alunos da academia que são médicos (um homem e uma mulher), acionados, compareceram à academia e atenderam Michelle Gomes dos Santos. Em seguida, 30 minutos depois do desmaio da jovem, uma equipe do Samu chegou ao local e tentou reanimá-la. Mas Michelle Gomes dos Santos acabou falecendo.

Michele Gomes dos Santos fazia exercícios na Academia desde agosto de 2022.

A direção do centro de treinamento disse: “A família do Box 4 de Maio está prestando toda a assistência à família de Michelle neste momento de dor. Estão profundamente consternados com esta fatalidade e reforçam seu compromisso em manter a segurança e o bem-estar de seus alunos”.

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A REDAÇÃO

Governo envia projeto que altera natureza jurídica do Ipasgo à Assembleia

O Governo de Goiás encaminhou à Assembleia Legislativa o projeto de lei que trata sobre a alteração da personalidade jurídica do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo). De acordo com o Governo de Goiás, a proposta, enviada nesta quinta-feira (13/4), é para correção das inadequações contábeis e administrativas exigidas pelo Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO)

O Governo de Goiás encaminhou à Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (13/4), o projeto de lei que trata sobre a alteração da personalidade jurídica do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo), solução proposta para correção das inadequações contábeis e administrativas exigidas pelo Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO). 

Com a alteração de regime jurídico, o Ipasgo passa a ter autonomia financeira e administrativa; imunidade em relação aos impostos federais e municipais; isenção de tributos estaduais; maior participação dos servidores, que integrarão os conselhos de administração e fiscal; além de passar a ser regido pela legislação civil. O instituto será gerido por uma diretoria executiva indicada pelo Executivo estadual. 

No Serviço Social Autônomo, o Governo de Goiás continua como controlador do Ipasgo e o serviço prestado será regulamentado e fiscalizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Com isso, os 596 mil usuários do serviço de assistência à saúde passam a ter acesso a 879 procedimentos médicos que hoje não integram a tabela do Ipasgo, a outros oito atendimentos odontológicos, 1.758 medicamentos e 740 Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), insumos utilizados em intervenções médicas, odontológicas, de reabilitação, diagnósticas ou terapêuticas.

Diálogo

Depois de uma série de reuniões e deliberações, a redação da minuta do projeto de lei foi acrescida de quatro artigos e cinco parágrafos. “Tenho convicção que avançamos. O diálogo nos ajudou a aprimorar o texto. Cumprimos o compromisso que fizemos”, avalia o presidente do Ipasgo, Vinícius Luz.

Para o servidor público estadual cuja contribuição com o Ipasgo já é calculada com base em desconto percentual sobre o salário, o maior avanço na proposta é a inclusão do dispositivo legal que assegura que não haverá alteração nos percentuais vigentes.

O texto também garante a manutenção do sistema assistencial, a exemplo de serviços odontológicos e home care, mesmo com a extinção da autarquia. Em relação à gestão do instituto, o projeto de lei veda ao Ipasgo a alienação da carteira de usuários a outro sistema de assistência à saúde.

Além dos artigos que tratam sobre esses assuntos, a redação é constituída por sugestões apresentadas pelos servidores efetivos do Ipasgo e que dizem respeito às carreiras públicas dos mesmos. A propositura pode ser acessada na íntegra 
aqui.

Mudança

A alteração da natureza jurídica do instituto visa adequar o Ipasgo ao arcabouço legal e às regras de governanças, tal qual determinado pelo TCE. A corte de contas imputou prazo ao Instituto, até o dia 31 de dezembro, para correção de distorção contábil que ocorre desde 2009, quando o Ipasgo deixou de gerir o regime de previdência dos servidores públicos, atribuição assumida pela Goiás Previdência (Goiasprev), e se tornou exclusivamente um serviço de assistência à saúde. Depois de pelo menos uma década de recomendações para correção do desajuste legal causado por essa mudança, o tribunal impôs que o Estado deixe de contabilizar como parte da Receita Corrente Líquida (RCL) os descontos feitos em folha de pagamento dos servidores. 

No entanto, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) não reconhece a possibilidade de desvincular a receita de uma autarquia, visto que essa executa atividades típicas da administração pública. A exceção seria se a Corte de Contas consentisse. Em Goiás, no entanto, o TCE avalia não ser possível sem alterar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), ao qual o Governo de Goiás aderiu em 2021. Portanto, para que o Ipasgo continuasse como autarquia, seriam necessárias alterações em leis federais.

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DIA A DIA

Comissão de Saúde da Câmara discute efetivação do piso nacional da enfermagem



A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados promove audiência pública na próxima terça-feira (18) para discutir a efetivação do piso salarial nacional da enfermagem. Foram convidados para o evento os ministros da Saúde, Nísia Trindade; da Fazenda, Fernando Haddad (PT); da Casa Civil, Rui Costa (PT); do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB); o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso e entidades que representam hospitais, trabalhadores em hospitais e prefeituras.

O debate foi solicitado pelo deputado Bruno Farias (Avante-MG). A audiência pública será realizada às 9h no plenário 7 da Câmara.

"No SUS, o grupo de enfermagem é responsável por 60% a 80% das ações na atenção básica e 90% dos processos de saúde em geral, estando presentes em todas as ações desenvolvidas", diz o deputado. "A relevância dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem na promoção, manutenção e recuperação da saúde do povo brasileiro é primordial para que se garanta nosso princípio maior da Constituição Federal, qual seja, a dignidade da pessoa humana."

Histórico

O problema do piso parecia ter chegado ao fim no ano passado, com a aprovação da lei pelo Congresso Nacional. Publicada em agosto de 2022, a legislação confere 50% do valor a técnicos de enfermagem e 35% a auxiliares e parteiras.

Em setembro, contudo, a aplicação da lei foi suspensa pelo ministro do STF, Luís Roberto Barroso, ao manifestar parecer favorável em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que apontava a falta de uma fonte pagadora para o cumprimento do piso, o que levaria o setor a realizar demissões e extinguir leitos.

Após a decisão, o Congresso aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição que destinaria recursos para o pagamento do piso da Enfermagem (PEC 42/2022). A medida direcionaria recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social para custear o piso salarial nacional da Enfermagem no setor público, nas entidades filantrópicas e de prestadores de serviços, com um mínimo de atendimento de 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, a liminar foi mantida.

Na tentativa de resolver o problema, o Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho formal para debater uma resolução com representantes do Fórum Nacional de Enfermagem, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

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ESPAÇO ECOLÓGICO NO AR

Dengue mata 2 pessoas por dia no Brasil. Veja dicas de cuidados


Dengue mata 2 pessoas por dia no Brasil. Veja dicas de cuidados

O Brasil registrou 183 mortes por dengue este ano, média de dois óbitos por dia, segundo dados do Ministério da Saúde. O número pode ser maior, já que ainda há 231 óbitos em investigação no País. Os dados, apurados até o dia 6 deste mês, apontam 592.453 casos prováveis de dengue em todos os Estados. A incidência é de 278 casos por 100 mil habitantes. Dos 5.570 municípios brasileiros, 4.230 já tiveram ao menos um caso positivo de dengue este ano.

A maior incidência dessa doença entre a população ocorre no Espírito Santo, com taxa de 1.568 casos por 100 mil habitantes. O Estado teve 1.742 casos no primeiro trimestre de 2022 e agora registra 64.422, segundo boletim do ministério. Em número, o maior aumento aconteceu em Minas Gerais. O Estado somou nos primeiros três meses deste ano 170.164 casos, enquanto em 2022 foram 23.256. Mato Grosso do Sul também registrou alta de 4.248 casos para 24.048 nos mesmos períodos.

Em São Paulo, embora o Ministério da Saúde aponte alta no número de casos prováveis, de 98.080 para 131.807, a Secretaria de Saúde do Estado afirma que a doença já incide menos. "São Paulo registra neste ano redução de 23,8% nos casos de dengue e 32% nos óbitos em todo o Estado, em comparação com o ano passado", disse em nota.

Segundo a pasta, foram confirmados até o momento 88,8 mil casos e 70 mortes pela doença. No mesmo período de 2022, foram 116,6 mil casos e 103 óbitos. A diferença se deve ao fato de que, enquanto o ministério contabiliza casos prováveis, a secretaria estadual só soma os casos depois de confirmados por exames.

No interior, chama a atenção a morte de crianças devido à doença. A cidade de Osvaldo Cruz, com 33 mil habitantes, no oeste paulista, está em situação de emergência devido à epidemia. Nesta segunda-feira, 10, foi confirmada a morte de uma criança de 7 anos por dengue.

A vítima foi internada no dia 19 de março e morreu no dia seguinte; o exame do Instituto Adolfo Lutz confirmou a causa. Foi a quarta morte por dengue este ano no município, que contabiliza 2.893 casos positivos de dengue e tem outros 277 em investigação.

Em Junqueirópolis, de 21 mil habitantes, uma menina de 7 anos morreu no dia 29 de março com sintomas de dengue. Ela deu entrada no pronto-socorro municipal durante o dia e morreu à noite. Enquanto aguarda o laudo do Adolpho Lutz, a prefeitura realiza fumacês (nebulização com inseticida) nas ruas e no interior das casas.

Em Lins, a Secretaria da Saúde investiga a morte de uma menina de 4 anos com sintomas de dengue. O óbito foi registrado no último dia 7 e, se confirmado, será o segundo na cidade. Uma idosa de 77 anos morreu com dengue no dia 4.

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CORREIO BRAZILIENSE

Vacina de gripe e prevenção de novas pandemias

Quatro pandemias de gripe, no século passado, foram causadas pelo vírus influenza. Com frequentes mutações em seu genoma, esse vírus preocupa a comunidade científica, as organizações e os gestores de saúde em nível global porque a doença continua sendo uma das principais ameaças pandêmicas, juntamente com o surgimento de outras variantes de coronavírus.

O vírus influenza se caracteriza pela alta transmissibilidade e pela capacidade de mutação, principalmente os tipos A e B, que têm maior morbidade e letalidade. As vacinas têm desempenhado um papel fundamental, evitando os quadros graves e as complicações da infecção. Permitem também respostas rápidas no combate aos surtos sazonais e em situações de pandemia, como na de influenza H1N1 em 2009 e 2010.

No entanto, a produção anual do imunizante contra influenza é um processo complexo, que envolve o manejo de muitas variáveis, incluindo a variabilidade antigênica viral, a necessidade de vacinas multivalentes, bem como os esforços contínuos para aumentar a eficácia e a velocidade de fabricação.

Por isso, todos os anos, a composição da vacina é revisada, com a finalidade de adequá-la aos tipos de vírus que mais circulam nos hemisférios Norte e Sul. No exemplo mais recente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, em setembro de 2022, as recomendações para a fabricação da vacina influenza para 2023.

Com isso, as cepas da vacina quadrivalente deste ano, no Hemisfério Sul, disponíveis em laboratórios privados, são: A/Sydney/5/2021 (H1N1)pdm09; A/Darwin/9/2021 (H3N2); B/Austria/1359417/2021(Victoria); e B/Phuket/3073/2013 (Yamagata). No SUS, as vacinas influenza trivalentes utilizadas no Brasil apresentam três tipos de cepas de vírus em combinação: A/Sydney/5/2021 (H1N1) pdm09; A/Darwin/9/2021 (H3N2); e B/Áustria/02/1359417/2021 (linhagem B/Victoria).

É sabido que podem ocorrer desde formas mais brandas de influenza até quadros graves e potencialmente fatais. Embora as manifestações graves sejam mais frequentes em crianças, idosos, gestantes e portadores de comorbidades, qualquer pessoa pode desenvolver a doença com necessidade de internação hospitalar.

Na maioria das pessoas, o início dos sintomas respiratórios e de mialgia (dores musculares), com ou sem febre, é abrupto, e a recuperação se dá em uma semana aproximadamente.

No entanto, alguns pacientes podem apresentar complicações como a síndrome respiratória aguda grave (Srag).

As vacinas contra influenza reduzem a morbidade e a mortalidade em todas as idades e grupos de risco. Entretanto, a eficácia vacinal depende da idade dos vacinados, da correspondência entre a cepa incluída na composição da vacina e o vírus circulante, bem como do histórico de vacinação anterior da pessoa.

Além do impacto sobre o sistema de saúde, já que muitas pessoas infectadas acabam precisando de cuidados médicos, o vírus influenza provoca um custo econômico. Mesmo em suas formas brandas, a gripe leva a afastamentos das atividades diárias e a faltas ao trabalho e à escola.

A humanidade vem suportando pesados fardos por causa de pandemias. O conhecimento adquirido com o manejo da covid-19 mostrou que são necessários grandes investimentos em pesquisas, de modo a otimizar o rápido desenvolvimento de vacinas em situação de risco de disseminação de vírus com alta letalidade.

Manter uma infraestrutura de produção de vacinas que possa controlar pandemias e seja comercialmente sustentável representa uma resposta necessária também contra novas variantes do vírus influenza. Porém, a vacinação precisa ser entendida como necessária por toda a população. Não adianta ter a vacina à disposição se as pessoas não se imunizarem. A dura lição que a pandemia por covid-19 nos ensinou é que é melhor prevenir doenças em pessoas saudáveis do que fazer um esforço urgente para tratar populações doentes.

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UOL

Fígado gorduroso: 35% dos brasileiros com mais de 35 anos têm a doença


Esteatose hepática, doença popularmente conhecida como fígado gorduroso ou simplesmente gordura no fígado, afeta 35,1% de 8.166 participantes de uma pesquisa que investigou fatores associados ao desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares e outras condições crônicas.

O estudo, de autoria de pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e colaboradores da USP (Universidade de São Paulo) e UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), está publicado na edição de sexta-feira (14) da revista Cadernos de Saúde Pública.

Dicas de saúde, alimentação e bem-estar em um único aplicativo. Baixe aqui VivaBem UOL A pesquisa evidencia que o aumento da gordura no fígado, condição encontrada em pessoas que desenvolvem doença hepática gordurosa não alcoólica, também está associado a outras taxas preocupantes para a saúde, como alto IMC (índice de massa corporal) e triglicerídeos.

A maior prevalência foi encontrada em indivíduos do sexo masculino e com obesidade. Avaliando fatores sociodemográficos, percebeu-se que esse grupo possuía um nível mais baixo de escolaridade e de atividade física.

Os dados epidemiológicos apresentados nesse artigo são provenientes do ELSA-Brasil, o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto. Após triagem, os mais de 8 mil participantes, com idades de 35 a 74 anos, foram acompanhados por cerca de quatro anos por meio de entrevistas e exames clínicos que coletaram dados sociodemográficos e de saúde.

Os pesquisadores detectaram diferenças em outros fatores clínicos comparando o grupo de participantes que tinha gordura no fígado com o grupo que não apresentava essa condição de saúde. O grupo com esteatose exibia níveis maiores de marcadores significativos, tais como IMC, circunferência da cintura, triglicerídeos, colesterol elevado e resistência à insulina.

A incidência de diabetes entre os participantes foi de 5,25%. Quando realizada a comparação entre os grupos com e sem esteatose hepática, os pesquisadores obtiveram uma incidência de 7,83% no grupo com esteatose hepática e de 3,88% no grupo sem esteatose.

A presença de gordura no fígado aumentou em 30% o risco de se desenvolver diabetes. Mesmo após ajustes de índice de comparação, o risco de surgimento de novos casos de diabetes permaneceu sendo maior no grupo de participantes com gordura no fígado comparados àquele dos que não possuíam a condição.

Os autores destacam que esse é o primeiro estudo a confirmar o risco do desenvolvimento de diabetes em indivíduos com gordura no fígado numa população da América do Sul, corroborando dados existentes acerca da associação entre as duas condições de saúde. Tal relação também já havia sido apontada em outros estudos realizados, principalmente em asiáticos.

Essa pesquisa tende a trazer mais informações, visto que o acompanhamento dos participantes continua. "A perspectiva é continuar acompanhando essa coorte de indivíduos e produzindo conhecimento sobre diversas condições crônicas não transmissíveis", comenta Luciana Costa Faria, autora do artigo.

No Brasil, o cenário nutricional justifica a crescente dos índices de sobrepeso, obesidade e diabetes. A população exibe maus hábitos de alimentação e a doença hepática gordurosa não alcoólica é uma condição de alta prevalência, alcançando um índice de cerca de 25% da população geral, segundo a pesquisadora.

As conclusões obtidas a partir desse estudo expõem o quão importante é que profissionais da saúde reforcem a conscientização de seus pacientes ao "aconselhar e recomendar mudanças significativas nos hábitos de vida, principalmente atividades físicas regulares, dieta saudável, perda de peso e controle dos demais fatores metabólicos", diz Faria.

Além disso, os serviços de saúde podem implementar a identificação de pacientes com esteatose hepática como medida preventiva contra o desenvolvimento de doenças crônicas, como a diabetes.

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MEDICINA S/A

Sociedade Brasileira de Mastologia faz alerta para uso da termografia


A termografia, recurso cada vez mais utilizado em clínicas particulares e por prefeituras no Interior do Brasil para o diagnóstico de câncer de mama, preocupa os especialistas. Parecer conjunto divulgado recentemente pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e Federação Brasileira das Associações de Ginecologistas e Obstetras (Febrasgo), importantes entidades no País, alerta sobre dispositivos que se valem da temperatura corporal para detectar a doença. "Como recurso de rastreamento, esta tecnologia não apresenta qualquer segurança para a paciente, apesar da falsa aparência de tranquilidade", afirma o mastologista Henrique Lima Couto, coordenador do Departamento de Imagem da SBM. O especialista destaca que a termografia não é recomendada pela FDA, a agência reguladora norte-americana. "No Brasil, sua incorporação em qualquer momento da linha de cuidado do câncer de mama é fortemente contraindicada pelo Ministério da Saúde e SBM, por representar mais potenciais danos que benefícios."

Assinado pela Sociedade Brasileira de Mastologia, Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia e Federação Brasileira das Associações de Ginecologistas e Obstetras, o parecer não recomenda a utilização da termografia ou qualquer tecnologia semelhante, isoladamente ou em conjunto com a mamografia, seja no rastreamento, detecção precoce, diagnóstico ou acompanhamento de pacientes com câncer de mama. No documento, as entidades enfatizam ainda que o método deve se restringir ao ambiente de pesquisa. "Neste ponto, vale destacar que a SBM não identificou artigos científicos ou ensaios clínicos que comprovem a efetividade da termografia nos diagnósticos da doença", diz Lima Couto.

Parte do equipamento de termografia se assemelha a um smartphone que é usado para medir a temperatura da glândula mamária. Em tese, um tumor geraria mais calor pela intensa circulação de sangue. "Recentemente, tomamos conhecimento de um dispositivo de rastreamento térmico, que diferentemente da termografia infravermelha, é baseado em nano-sensores ativados pela temperatura corporal", conta o mastologista da SBM. "Mas tanto os fabricantes quanto os divulgadores declaram que esta nova tecnologia não substitui a mamografia e o exame físico nos diagnósticos de câncer. A mamografia, por sua vez, detecta tumores muito pequenos que a termografia não enxerga", ressalta.

Apesar da recomendação contra a incorporação do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Mastologia, clínicas privadas e também o serviço de saúde oferecido em muitas prefeituras de porte médio no interior do Brasil vêm utilizando o recurso para rastreamento do câncer de mama. "Os municípios estão adquirindo os dispositivos e pagando por isso. Estão aplicando o recurso em tecnologia não incorporada pelo Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) que apresenta evidência científica forte de que os potenciais riscos são maiores que os potenciais benefícios. Trabalho científico publicado em 2022 mostrou que o tempo médio na região Sudeste entre a mamografia e o início do tratamento é de 11 meses. O que realmente se faz necessário é aplicar os recursos públicos para intensificar a realização das mamografias e das biópsias de mama, métodos consagrados no diagnóstico da doença", observa Lima Couto.

Para o especialista, "a falsa sensação de tranquilidade" associada à termografia tem feito com que mais mulheres optem pelo método, em detrimento da mamografia. "Outra preocupação é sobre o uso desta tecnologia para substituir a ultrassonografia ou a ressonância magnética em pacientes com mamas densas ou alto risco para câncer", destaca. Nas duas situações, o médico avalia que as mulheres podem perder a chance de detectar a doença em seu estágio inicial.

Na finalização do parecer, as entidades expressam textualmente que "nenhum dispositivo que avalia atividade térmica mamária demonstrou até o momento benefício adicional no rastreamento e diagnóstico do câncer de mama". "Sem dúvida, estamos diante de algo que requer extrema atenção", reforça o mastologista Henrique Lima Couto.

Depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente e a primeira causa de morte em mulheres de todas as regiões do Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê 73.610 novos casos da doença até o fim deste ano.

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Assessoria de Comunicação