O Ministério da Saúde divulgou, no dia 12 de janeiro, a nova atualização (versão 4) do "Guia de Vigilância Epidemiológico - Covid 19". O documento traz os novos prazos de isolamento (de 5 a 10 dias) para os casos de Covid 19, a atualização dos códigos da CID-10, características gerais sobre a Covid-19, questões sobre a vigilância epidemiológica, definições operacionais, notificação e registro e medidas de prevenção e controle.

Quarta, 12 Janeiro 2022 08:53

CLIPPING AHPACEG 12/01/22

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DESTAQUES

Laboratórios enxergam risco de desabastecimento de testes de covid

Brasil tem 22,62 milhões de casos de covid-19

Ao menos sete Estados já adotaram medidas restritivas

Anvisa deveria autorizar o uso de autotestes para a Covid no Brasil

Reduzir isolamento de assintomático a 5 dias não tem base científica

Ministro da Saúde diz que variante ômicron já é prevalente no Brasil

Ômicron e o 'fim' da pandemia

Reajuste de plano de saúde individual vai ser recorde em 2022, prevê BTG Pactual

Regra para afastamento do trabalho por Covid será revista

Opinião - JOSÉ AUGUSTO GARCIA DE SOUSA - Ser antivacina é indefensável

Goiás registra 2.183 casos conhecidos de Covid em 24 horas e tem 73% dos leitos de UTIs ocupados, diz Saúde

Goiás receberá cerca de 42 mil doses de vacinas pediátricas contra covid-19

Ocupação dos leitos de UTI destinadas ao tratamento de Covid-19 dispara e chega a 73% no Estado

VALOR ECONÔMICO

Laboratórios enxergam risco de desabastecimento de testes de covid

Nas companhias de medicina diagnóstica, a orientação é administrar os estoques

A forte demanda por exames para diagnóstico de covid-19 pode provocar um desabastecimento de testes caso a procura se mantenha no patamar registrado nesses primeiros dias de janeiro. A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) começou a recomendar a seus associados, que representam 65% do setor, a fazer gestão de seus estoques de exames nos próximos 15 dias, período considerado crítico, dando preferência a casos graves e pacientes hospitalizados como ocorreu no começo da pandemia.

“Há uma demanda global pelos exames. Os reagentes dos testes são importados, principalmente, dos Estados Unidos e Europa e uma outra parte vem da China e Coreia do Sul. Quando há uma procura tão forte é comum que os fabricantes atendam primeiro seus países, o que pode levar ao risco de falta de exames”, disse Wilson Scholnik, presidente da Abramed. A entidade também pediu à Anvisa maior agilidade na liberação dos insumos importados.

Na prática, o brasileiro, há dias, enfrenta grande dificuldade para conseguir realizar os exames de covid, tanto em laboratórios quanto nas farmácias (ver abaixo). No Fleury, o tempo de espera chega a uma semana. O Delboni Auriemo cancelou alguns agendamentos marcados entre ontem e hoje. Nas redes Cura e CDB e no laboratório do hospital Albert Einstein também há filas de espera, apurou a reportagem do Valor.

O Fleury - que registrou uma alta de 1,5 vez no volume de exames e viu a positividade dos testes saltar de 12,3% para 42,8% entre os dias 20 de dezembro e 8 de janeiro - já está administrando seu estoque de insumos. “Ciente de que há intensa circulação viral neste momento e de que o expressivo aumento de demanda por testes diagnósticos tem potencial para impactar o mercado de insumos, o Grupo Fleury segue atendendo seus clientes com rigorosa gestão de suprimentos e da sua capacidade de processamento, a fim de evitar desabastecimento e ruptura no oferecimento dos exames”, informou a companhia.

Alessandro Ferreira, geneticista e vice-presidente do Hermes Pardini , concorda que se a demanda continuar crescendo na atual velocidade há risco de desabastecimento no setor. “Hoje, não temos no Pardini problemas de estoque. Mas o que chama atenção com a ômicron é a rápida inclinação da subida de casos e positividade, o que desestrutura o setor”, disse Ferreira. “Mas quando há casos de forte subida, também a queda [no número de casos] é forte, porque muitas pessoas vão estar contaminadas e tende a haver menos casos após essa fase”, explicou o médico do Pardini. A rede de medicina diagnóstica viu o volume de exames RT- PCR saltar 41% para 24 mil testes, entre os dias 7 e 10 de janeiro. Deste total, 40% deram positivo para o novo coronavírus.

Segundo a Abramed, entre os dias 3 e 8 de janeiro, os laboratórios associados à entidade processaram 240 mil testes de covid, o que representa um salto de 98% quando comparado à semana de 20 a 26 de dezembro. A incidência de casos positivos aumentou de 7,6% para 40%, o que demonstra que essa alta está relacionada às festas de Ano Novo.

Levantamento do Pardini com 2 mil amostras de todos os Estados do país revela ainda um aumento nos casos de infecção concomitante. Os registros de influenza e covid dobraram; de influenza combinada com covid e vírus sincicial (doença respiratória em bebê) aumentaram 10% e os casos de covid associada ao vírus sincicial subiram 12%.

Nas empresas, o número de casos de covid é recorde. A Mercer Marsh, que faz gestão de saúde para grandes grupos empresariais, registrou na primeira semana de janeiro, 721 funcionários com covid ou fortes sintomas da doença, que já levam ao isolamento e afastamento do trabalho. “Esse volume é 38% maior do que o pico que havíamos registrado em toda a pandemia”, disse Helder Valério, superintendente de gestão de saúde e qualidade de vida da Mercer Marsh. A consultoria acompanha os casos por meio de um aplicativo e telemedicina. Aos primeiros sinais de que se trata de covid, os médicos da Mercer recomendam isolamento e afastamento do funcionário. O app é usado por cerca de 300 mil empregados.

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AGÊNCIA BRASIL

Brasil tem 22,62 milhões de casos de covid-19

O número de pessoas que pegaram covid-19 no Brasil chegou a 22.629.460. Em 24 horas, foram registrados no país mais 70.765 casos da doença. Ontem (10), o sistema de informações da pandemia do Ministério da Saúde contabilizava 22.558.695 casos acumulados.

Ainda há 342.075 casos em acompanhamento, de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado. Ontem, o número estava em 302.471.

Os infectados com a variante Ômicron agora são 425. Até o momento, um óbito por esta variante foi confirmado em Goiás. Ainda há 838 potenciais casos em investigação, a maioria no Rio de Janeiro (441), Rio Grande do Sul (235) e Minas Gerais (114).

As vidas perdidas no Brasil desde o início da pandemia de covid-19 chegaram a 620.238. De ontem para hoje (11), foram registradas 147 mortes. Ontem, o painel de informações da pandemia marcava 620.091 óbitos.

Ainda há 2.988 falecimentos em investigação, dados que não vêm sendo atualizados nos últimos dias. As mortes em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que a definição da causa do óbito ainda demanda exames.

Até esta terça-feira, o número de pacientes recuperados de covid-19, estava em 21.667.147, conforme dados divulgados no balanço diário do Ministério da Saúde. A atualização reúne informações sobre casos e mortes enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, o estado com mais mortes por covid-19 é São Paulo (155.420). Em seguida, aparecem o Rio de Janeiro (69.546), Minas Gerais (56.744), Paraná (40.922) e Rio Grande do Sul (36.497).

Os estados com menos óbitos resultantes da doença são Acre (1.854), Amapá (2.028), Roraima (2.078), Tocantins (3.955) e Sergipe (6.062). De ontem para hoje, não se registraram mortes por covid-19 nos estados de Roraima e Sergipe.

Vacinação

Até agora, foram aplicados no país 334,1 milhões de doses de vacinas contra covid-19: 161,7 milhões com a primeira dose; 144,6 milhões com a segunda, ou dose única, e 15,5 milhões com a dose de reforço.

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O ESTADO DE S.PAULO

Ao menos sete Estados já adotaram medidas restritivas

Ao menos sete Estados brasileiros anunciaram nos últimos dias medidas mais restritivas para conter a alta dos casos de covid-19, atribuída à variante Ômicron. Os decretos, em geral, diminuem a permissão máxima de público em eventos e expandem a obrigatoriedade do passaporte de vacina.

O primeiro Estado a anunciar medidas para conter a disseminação da covid-19 foi o Piauí, no dia 30. O governador Wellington Dias (PT) limitou o público de eventos esportivos, culturais e sociais em 50% da capacidade máxima dos estabelecimentos - com, no máximo, 500 pessoas em espaços abertos e 200 em espaços fechados.

Na semana passada, os Estados do Ceará, Amazonas, Maranhão e Paraíba também instituíram medidas no mesmo sentido. As decisões ocorreram em meio a um crescimento perceptível de infecções, apesar do apagão de dados do Ministério da Saúde. O aumento se refletiu na pressão sobre a rede de saúde e na procura de testes e medicamentos. No Amazonas, o governador Wilson Lima suspendeu a realização de grandes festas. Os eventos só podem acontecer com limitação de público máximo a 50% da capacidade do local ou 200 pessoas.

PASSAPORTE. Além da limitação de público, os gestores também expandiram o passaporte vacinal para outros estabelecimentos. A Bahia, por exemplo, instituiu ontem a obrigatoriedade da vacina contra a covid para clientes que entrarem em bares e restaurantes e para frequentadores de parques públicos. Em eventos, o decreto também exige a vacinação da equipe de produção, além do público.

Nesta semana, foi a vez de Pernambuco e Bahia anunciarem novas medidas. O governador da Bahia, Rui Costa (PT), vai editar um decreto que reduz de 5 mil para 3 mil o número máximo de pessoas em eventos do Estado, incluindo estádios de futebol.

A medida já estava sendo estudada pelo governo diante do crescimento de casos de gripe e covid-19. De acordo com Costa, a piora no cenário epidemiológico levou a uma situação de pré-colapso nas emergências municipais e estaduais. 'Esperamos que essa medida sirva de alerta também para quem organiza eventos, que passem a exigir o atestado de vacinação com maior rigor', disse.

Outros Estados também admitem discutir o assunto esta semana. O Paraná, por exemplo, afirmou que monitora a situação epidemiológica localmente e novas medidas restritivas dependem da evolução do cenário.

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FOLHA DE S.PAULO

Anvisa deveria autorizar o uso de autotestes para a Covid no Brasil

Diante da emergência sanitária, medida aliviaria filas em postos e permitiria isolamento de infectados

Não se pode dizer que a explosão de casos de Covid-19 no país seja inesperada. Até o início do mês passado, a redução no número de infectados e mortos sugeria uma tranquilidade enganadora. O que ocorria no mundo, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos, com o avanço da variante Ômicron, deveria ter chamado a atenção das autoridades sanitárias. Mas o país não se preparou para o básico: testar a população. Tão logo passaram as festas de fim de ano, aconteceu o óbvio: uma corrida às unidades básicas de saúde. Faltaram - ainda faltam - testes para atender à demanda. Uma solução para aliviar as filas que se formam em postos de testagem seria o autoteste, mais simples, rápido e barato que o realizado nos laboratórios (RT-PCR).

O paciente só precisaria entrar nas filas para confirmar um resultado positivo em casa. Embora sejam largamente usados na Europa e nos Estados Unidos, os testes caseiros são proibidos no Brasil por uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 2015. Ela diz que não podem ser fornecidos para leigos produtos que tenham a finalidade de diagnóstico de presença ou exposição a agente transmissível, incluindo os que causam doenças infecciosas passíveis de notificação compulsória. Mas afirma que 'a proibição poderá ser afastada por resolução da diretoria colegiada, tendo em vista políticas públicas e ações estratégicas formalmente instituídas pelo Ministério da Saúde'.

Na segunda-feira, o governo informou que pediria à Anvisa a liberação dos autotestes. Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a agência já emitiu sinal positivo, mas pediu um parecer sobre o assunto. Queiroga diz que o ministério não deverá adotar uma política pública de distribuição de testes caseiros, mas permitirá que eles sejam vendidos em farmácias.

O gargalo na testagem afeta instituições públicas e privadas. Como mostrou reportagem do GLOBO, no SUS, a espera para fazer um teste para vírus respiratórios pode levar horas. Laboratórios particulares também estão sobrecarregados, e há farmácias com estoques zerados. Desde o início da pandemia, o governo nunca se preocupou com a testagem em massa. De acordo com números da plataforma Our World in Data em 10 de janeiro, os testes realizados no Brasil (309 por mil habitantes) são inferiores a países como França (3. 048) e Itália (2464) ou mesmo vizinhos como Chile (1. 443) e Argentina (643).

Diante da explosão de casos provocada pela Ômicron e da ocorrência concomitante de uma epidemia de gripe (influenza), a Anvisa precisa rever sua posição. Como não se testa ou se testa pouco, não é improvável que cidadãos contaminados estejam circulando por aí, transmitindo a doença. O certo seria testá-los e, confirmada a infecção, isolá-los e rastrear seus contatos. O autoteste ajudaria a aumentar o isolamento dos infectados. O desleixo com a testagem se mostrou um erro ao longo da pandemia. A diferença é que hoje lidamos com uma variante que se espalha numa velocidade sem precedentes.

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Reduzir isolamento de assintomático a 5 dias não tem base científica

Para infectologistas, medida que foi adotada pelo governo não faz sentido do ponto de vista sanitário

Diante da decisão do Ministério da Saúde de reduzir de dez para cinco dias o período mínimo de isolamento de pacientes assintomáticos com Covid-19, especialistas alertam que não há evidências suficientes de a nova regra seja segura.

Discussão semelhante ocorre nos Estados Unidos desde que o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) também encurtou o prazo para cinco dias, com a condição do uso de "máscara bem ajustada" por dez dias, além da necessidade de vacinação em dia.

Um estudo japonês publicado na semana passada sugere que uma quarentena de dez dias seria mais adequada para evitar transmissões de ômicron. Na pesquisa, uma das poucas feitas com a nova variante, metade das pessoas avaliadas tinha vírus ativo entre três e seis dias depois da da infecção. Entre sete e nove dias, 19% ainda podia transmiti-lo.

O infectologista Carlos Fortaleza, presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, não vê sentido algum na redução do tempo do ponto de vista sanitário.

"Os estudos anteriores apontavam o pico de transmissibilidade no 5º dia e queda gradual até o 10º dia. O estudo japonês mostra que a provavelmente a ômicron se comporte como as outras variantes. A decisão do CDC e do Ministério da Saúde só é justificada pelas pressões econômicas."

Ele acha curioso o fato de o ministro Marcelo Queiroga seguir a recomendação do CDC na redução do tempo de isolamento e, ao mesmo tempo, não levar em conta quando o centro americano mostra que 18 milhões de crianças já foram vacinadas contra a Covid, sem nenhum efeito colateral grave. "É uma coisa bem seletiva, acreditar no que interessa."

Para o infectologista, reduzir o isolamento para cinco dias é "precipitar o caos". "O argumento pragmático dos especialistas que defendem a redução é que os hospitais ficarão sem gente para atender. Mas eu acredito que se mandarmos médicos, enfermeiros para atenderem pessoas enquanto estão transmitindo, vamos precipitar um problema que ainda não existe."

Na sua avaliação, apesar da alta taxa de pessoas de licença médica em muitos serviços de saúde, o país ainda não está no caos. "É claro que se chegarmos a um momento de colapso absoluto, vamos precisar mandar pessoas com Covid trabalharem para salvar vidas. Mas ainda não estamos nesse momento."

Evaldo Stanislau de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, também afirma que não existe consenso e nem uma base científica sólida que amparem a decisão de reduzir o isolamento para cinco dias.

"A percepção que nós temos é que essa é uma decisão de cunho econômico e financeiro. É até compreensível, a sociedade tem áreas essenciais que precisam funcionar, mas é uma decisão tomada de forma intempestiva e temerária, no caso do Brasil", diz ele.

Temerária dada às dificuldades de acesso a testes para a detecção da Covid. Muitas pessoas estão encontrando muitas dificuldades para realizá-los e há uma pressão para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) libere os autotestes, amplamente usados no exterior.

"Temos um apagão de dados e, agora, um apagão de testes. É desumana uma recomendação como essa. A decisão é cômoda para quem escreve a norma, mas absolutamente insensível para quem está na ponta do sistema, tanto os profissionais quanto os pacientes."

Segundo ele, a maior pressão recaiu sobre o lado mais fraco, os trabalhadores. "O empregador não se responsabiliza, o laboratório não tem como fazer, as pessoas são jogadas num serviço de saúde que está caótico, a qualidade de muitos testes é sofrível."

Araújo explica que nos serviços de saúde, especialmente os privados, há muito retrabalho -ou seja, pessoas que receberam diagnóstico de Covid, voltaram a trabalhar, apresentaram sintomas novamente e retornam às unidades de saúde para retestagem.

"Seria mais prudente do ponto de vista sanitário, pelas dúvidas científicas que existem, que a gente preservasse os dez dias e que organizasse setor por setor, criasse um espaço na saúde suplementar para poder financiar e custear os testes e onde as pessoas podem fazê-los."

O infectologista Alexandre Zavascki, professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, também tem a mesma opinião. Para ele, dez dias seria mais prudente já que, conforme mostra o estudo japonês, perto de 20% dos pacientes podem ter vírus capaz de transmitir até o nono dia.

"Após os cinco dias, tem muita gente voltando sintomático para trabalhar e podendo transmitir, ainda mais com a ômicron", diz.

Ele defende, porém, o isolamento de cinco dias poderia ser uma opção válida nas áreas essenciais, mas com todas as precauções. Por exemplo, estarem assintomáticas, com teste negativo e com medidas de proteção, como máscara do tipo PFF2.

"As áreas não essenciais poderiam continuar os dez dias porque aí você evita essas transmissões. Até porque não tem como avaliar todo mundo, testar todo mundo, tem que usar uma receita de bolo mesmo."

Com estudos em andamento para validar o isolamento por sete dias a partir do início dos sintomas, há especialistas que defendem esse período como o mais viável. É o caso da infectologista Rosana Richtman, médica do Instituto de Infectologia Emilio Ribas.

"No d6 [sexto dia de sintomas] ou d7 [sétimo dia] faz o teste de antígeno e, dando negativo, libera do isolamento, mas ainda assim usando máscara", diz ela, que já adota essa regra com seu grupo de trabalho na maternidade onde também atua.

Já se a pessoa não fez teste algum, ela defende dez dias de isolamento.

"É uma decisão de cunho econômico e financeiro. É até compreensível, a sociedade tem áreas essenciais que precisam funcionar, mas é uma decisão tomada de forma intempestiva e temerária, no caso do Brasil"

Evaldo Stanislau de Araújo

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Ministro da Saúde diz que variante ômicron já é prevalente no Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse quetem observado aumento de casos de Covid-19 num cenário em que a variante ômicron já é prevalente no Brasil.

'Infelizmente, ela [ômicron] já é prevalente aquino Brasil, estamos assistindo ao aumento de casos. E como em outros países que tem uma campanha forte como a nossa [de vacinação], anossa expectativa é que não tenha um impacto em hospitalização e em óbitos', disse a jor na listas nestaterça-feira (11).

No Brasil, o primeiro caso foi anunciado em 30 de novembro. A ômicronjá representa 92, 6% dos testes positivos para detecção de Covid no Brasil, indica levantamento feito por laboratórios.

A primeira morte causada pela ômicron no Brasil foi confirmada no dia 6 de janeiro pela Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia, região metropolitana de Goiás.

O paciente, de 68 anos, era e tinha doença pulmonar obstrutiva crônica. Segundo a pasta, ele havia recebido três doses de vaina contra a Covid-19.

Queiroga disse ainda %ue todas as vacinas aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) podem ser avaliadas para o programa de vacinação, inclusive a Coronavac para crianças caso tenha o aval da agência reguladora.

'O presidente [Jair Bolsonaro] disse que todas as vacinas aprovadas pela Anvisa podem ser consideradas para o Plano Nacional de Operacionalização. Se a Anvisa aprovar, o Ministério da Saúde vai analisar as condições dessa aprovação e, como de costume, liberar esse imunizante para a população brasileira', informou.

Como a Folha mostrou, a pasta avalia usar a Coronavac em crianças caso o imunizante seja aprovado pela Anvisa.

Como a vacina é a mesma usada em adultos, estados já planejam aplicar doses no público infantil. Hoje, há estoques, e o imunizante é apontado por especialistas como boa opção para crianças.

O Instituto Butantan entrou com novo pedido de aprovação do uso da Coronavac em crianças e adolescentes, de 3 a 17 anos, em 15 de dezembro. O prazo de avaliação ainda não terminou.

No Brasil, só a vacina da Pfizer é aprovada pela Anvisa para crianças de 5 a 11 anos. O Ministério vai receber 20 milhões de doses da Pfizer no primeiro trimestre deste ano.

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Ômicron e o 'fim' da pandemia

Como variante consegue circular entre vacinados, sua transmissão é implacável

Até 2022, não registramos mais de 1 milhão de casos de Covid-19 no mundo em um dia. Com a ômicron, passamos de 2 milhões de casos por dia nos últimos 7 dias. Bolívia e Argentina registram recordes. Paraguai e Uruguai estão quase lá. Já o Brasil não registra nada. Completamos mais de um mês com o sistema do Ministério da Saúde fora do ar, no escuro até sobre o avanço da vacinação. As evidências indiretas, como os testes positivos na rede particular de saúde, já indicam que grandes cidades como São Paulo devem bater recordes também.

Ainda é difícil saber o que nos espera. Experimentos mostram uma preferência da ômicron pelas vias aéreas superiores (como as cavidades nasais e a faringe) e uma diminuição do estrago no pulmão. Mas precisamos dessa confirmação em pacientes. E isso só explicaria parte das diferenças.

Felizmente, os vacinados ainda sofrem bem menos. Nos EUA, onde muitos insistem em viver no inferno dos não vacinados, voltaram a registrar mais de 2.000 mortes por dia. A maioria entre quem não se vacinou.

Como a ômicron consegue circular entre vacinados e muitos só contavam com vacinas para se proteger, sua transmissão é implacável. Uma pessoa doente pode transmitir o vírus do sarampo, um dos mais transmissíveis, para até 13 outras. Mas isso leva por volta de duas semanas. Já ômicron é transmitida para seis pessoas em média, a cada cinco dias. Em duas semanas ela já passou por mais de dois ciclos de contágio e as seis pessoas já transmitiram para outras 36. Pelos próximos meses ela deve circular como nenhuma outra doença que vimos até hoje.

Em vacinados, os sintomas são mais parecidos com os de uma gripe, com nariz escorrendo, congestão nasal e a garganta raspando. Você provavelmente tem conhecidos que estão com esses sintomas, se não estiver também.

O que não quer dizer que a ômicron vai imunizar todo mundo e acabar com a Covid. Mesmo se ela causar menos mortes a cada caso, ainda serão muitos casos. E o vírus já se mostrou bem capaz de mudar. O que nos espera depois da ômicron são outras variantes com mais escape imune. Como o vírus influenza que causa a gripe faz, todo ano.

Essa proteção das vacinas pode indicar a saída. Depois da pandemia de gripe de 1918, continuamos registrando muitas mortes pelos próximos anos, mas elas foram diminuindo. O vírus não parece ter ficado mais fraco. O influenza de 1918 já foi recuperado de corpos da época e não é muito diferente do H1N1 que circula até hoje. Talvez nós é que tenhamos ficado mais fortes.

Em 1918, as pessoas não tinham imunidade prévia contra o influenza e ele causou sintomas que não vemos agora, como problemas neurológicos, de olfato e visão. Provavelmente porque, sem barreira imune, o vírus conseguia infectar o corpo todo. Conforme vieram outras ondas de gripe, quem sobreviveu desenvolveu imunidade. Daí em diante, por mais que o vírus conseguisse escapar o suficiente da imunidade para ser transmitido, muitos continuavam protegidos contra casos mais graves. Hoje, o influenza não encontra quase ninguém sem um mínimo de imunidade, a não ser as crianças, que não são tão afetadas pela doença -e mesmo assim se beneficiam muito de vacinas. Talvez, um adulto hoje que nunca teve contato com o influenza ou vacinas poderia ter uma infecção tão grave quanto em 1918.

Se o coronavírus se comportar assim, gerando variantes diferentes a ponto se espalhar, mas não tão diferentes que invadem o corpo todo de imunizados, os casos graves do Sars-CoV-2 poderão ser cada vez mais raros conforme nos vacinamos e quem insiste em não se vacinar contrai Covid repetidamente.

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O GLOBO

Reajuste de plano de saúde individual vai ser recorde em 2022, prevê BTG Pactual

Depois da anunciado no ano passado, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve permitir uma alta recorde no preço de planos individuais este ano, prevê o BTG Pactual em relatório.

Pelas contas dos analistas do banco, o regulador vai estipular em 15% o próximo reajuste máximo permitido. (O número oficial deve ser anunciado no meio do ano.) Para prever o percentual, o relatório levou em consideração os dados da ANS já divulgados (até o terceiro trimestre) e outros fatores levados em conta na metodologia de cálculo, como o aumento das despesas médicas, a inflação e os ganhos de eficiência do setor.

“O reajuste negativo de 2021 refletiu um utilização anormalmente baixa (dos planos) em 2020, quando muitos procedimentos eletivos foram adiados na primeira onda de Covid-19 no Brasil. Por outro lado, como as despesas médicas dispararam em 2021, enquanto a base de vidas nos planos de saúdes individuais encolheu, esperamos um forte aumento de preço para o ciclo de 2022”, concluíram os analistas do BTG.

Diferentemente dos planos coletivos, os planos individuais — um terço do mercado — têm seus preços regulados pela ANS. O próximo reajuste anunciado pela agência deve ser aplicado entre maio de 2022 e abril de 2023, sempre no mês de aniversário da contratação do plano.

Segundo o relatório, as despesas médicas geradas por beneficiários de planos de saúde individuais — ajustadas pela variação no número de segurados — saltaram 21% nos nove primeiros meses de 2021, na comparação com igual período de 2020.

Se confirmado, o reajuste de 15% será o maior já autorizado pela ANS. Até então, o recorde havia sido de 13,57%, registrado em 2016. No ano passado, o reajuste autorizado foi negativo, de -8,19%.

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Regra para afastamento do trabalho por Covid será revista

Depois que o Ministério da Saúde anunciou a redução no período de isolamento das pessoas que testaram positivo para o coronavírus, o governo trabalha na revisão de regras para o afastamento do trabalho. Duas portarias preveem hoje que o funcionário com Covid-19 deve ficar fora por 14 dias. Equipes técnicas dos ministérios do Trabalho, Saúde e Agricultura trabalham na revisão de diversos trechos destas portarias, que abrangem medidas de controle e mitigação para a transmissão em ambiente de trabalho. A mudança inclui o período de isolamento.

Segundo a pasta da Economia, esse e outros pontos 'estão sendo avaliados tecnicamente para garantir ambientes de trabalho seguros e saudáveis'.

Especialistas avaliam que estes documentos, ainda que não tenham força de lei, devem servir para balizar as decisões das empresas em casos de afastamento de funcionários, junto com o atestado médico emitido para cada um.

IMPACTO NO DIA A DIA

O Ministério da Saúde reduziu o período de isolamento para pacientes com Covid-19. Para pessoas assintomáticas, o afastamento mínimo será de cinco dias, caso apresentem um novo teste negativo, ou de sete dias, sem necessidade de fazer novo exame. Já aqueles pacientes que tiverem qualquer tipo de sintoma deverão manter o isolamento de dez dias.

Todos as pessoas, no entanto, devem seguir as recomendações sanitárias -como evitar aglomerações e viagens, usar máscara e higienizar as mãos - até o décimo dia.

O avanço da variante Ômicron e da influenza começa a afetar setores intensivos em mão de obra, como a construção civil e o setor bancário.

Alguns canteiros de obras já registram afastamento de até 30% dos funcionários pelas doenças, de acordo com balanço preliminar feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).

Nas estimativas do presidente da Cbic, José Carlos Martins, as empresas do setor devem ter cerca de 15% de trabalhadores contaminados. Apesar do alto número, ele destaca que ainda não há efeitos significativos para o setor: - Neste momento, não justificaria remontar uma equipe, treinar, preparar e contratar, para logo em seguida (os funcionários afastados) retornarem. Não seria justo nem prático -explica o presidente da Cbic.

Entre os petroleiros, o avanço dos casos de Covid-19 saltou de sete para 15 confirmados nas plataformas em operação na costa, entre 29 de dezembro e 5 de janeiro.

O levantamento é da Federação Única dos Petroleiros (FUP), com base nos últimos dados obtidos junto à Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Acompanhamento da FUP junto a sindicatos associados até ontem registrou 17 casos positivos de petroleiros que desembarcaram para fazer o isolamento, e 30 casos suspeitos, apenas em plataformas na Bacia de Campos, no Norte do Estado do Rio de Janeiro.

Agências bancárias também tiveram que ser fechadas por surtos de Covid-19 entre os profissionais.

Levantamento do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que contempla São Paulo, Osasco e outras 18 cidades da Região Metropolitana, mostra que, desde a última sexta, 150 agências foram fechadas por falta de pessoal suficiente, devido a casos confirmados entre os funcionários.

30% de funcionários afastados por Covid-19 É o índice já registrado em alguns canteiros de obras, segundo levantamento do setor da construção

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Opinião - JOSÉ AUGUSTO GARCIA DE SOUSA - Ser antivacina é indefensável

Feliz Ano-Novo? Começamos 2022 da mesma forma que 2021: com a pandemia em alta. Mas agora há a vacina, que salvou milhões de vidas no ano que passou. Apesar disso, nem todos simpatizam com ela. E o caso do tenista sérvio Novak Djokovic, cuja resistência ao imunizante ensejou o primeiro grande imbróglio internacional do ano.

No Brasil, uma minoria pensa como Djokovic, entre eles o presidente da República e seus seguidores, o que não é novidade. Surpresa mesmo foi ver um ofício firmado na última sexta-feira por cinco defensores públicos federais (meus colegas de profissão, portanto) recomendando ao ministro da Saúde que pais e responsáveis sejam profusamente advertidos sobre os supostos riscos da vacina infantil.

O ofício inicia-se de modo inusitado para um documento público, declarando os subscritores que se filiam 'àqueles que parabenizam Vossa Excelência pela condução deste [sic] Ministério. . . '. Mais à frente, os intrépidos colegas chegam a sugerir uma reunião pessoal com o ministro, 'com o fito de tecer maiores esclarecimentos', o que seria realmente glorioso para admiradores declarados do formidável Queiroga, a quem desejam, ao final, que 'seja bendito em seus misteres'.

No que toca ao conteúdo da recomendação, não há uma palavra sequer quanto aos benefícios da vacinação infantil, que, segundo o conhecimento científico atual, superam largamente eventuais riscos. A manifestação é patética na forma e tendenciosa no conteúdo. Ainda assim, trata-se de manifestação oficial da Defensoria Pública da União, razão por que não pode ser ignorada.

Acima de tudo, é preciso deixar claro que os objetivos institucionais da Defensoria Pública e o ideário bolsonarista se mostram visceralmente inconciliáveis. A Defensoria está destinada constitucionalmente à defesa intransigente dos direitos humanos, o que implica exaltar a dignidade inerente a qualquer pessoa, bater-se contra toda forma de discriminação e abraçar a luta antirracista, bem como repudiar o endurecimento penal, o culto às armas e a intolerância religiosa. Tudo aquilo que a Defensoria endossa, em suma, o bolsonarismo abomina. E a recíproca, felizmente, é verdadeira. Água e óleo.

O assunto deste artigo comprova, na prática, o que acabei de falar. Ao longo da pandemia, as Defensorias estaduais e a própria Defensoria Pública da União vêm atuando, de forma geral, em prol da ciência e da vida. Darei rápidos exemplos. Começo justamente pela Defensoria da União, que ajuizou ação civil pública em face do Conselho Federal de Medicina (CFM), em outubro de 2021, pedindo vultosa indenização por danos morais coletivos e individuais, em virtude de a entidade ter avalizado, obstinadamente, a prescrição de medicamentos sem nenhum respaldo científico, pondo em risco os pacientes de Covid-19.

A Defensoria fluminense fez recomendações para aplicação do distanciamento social, intentou ações civis públicas para que o enfrentamento à pandemia fosse pautado exclusivamente por critérios científicos e, mais recentemente, emitiu nota técnica a favor do passaporte vacinal, entre várias outras iniciativas afins. O Grupo de Atuação Estratégica das Defensorias Públicas Estaduais e Distrital nos Tribunais Superiores (Gaets) interveio em processo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (ARE 1. 267. 879), em dezembro de 2020, para defender a obrigatoriedade da imunização por meio de vacina, tese que acabou prevalecendo.

Fica certo, assim, que a insólita recomendação enviada por defensores federais ao ministro da Saúde contraria os valores encampados pela instituição a que pertencem, representando uso distorcido da autonomia funcional. A Defensoria Pública tem prestado bons serviços à cidadania brasileira e não merece, em absoluto, ser associada ao retrógrado e ruinoso movimento antivacina.

José Augusto Garcia de Sousa é defensor público no Estado do Rio de Janeiro e professor adjunto de Direito Processual Civil na Faculdade de Direito da Uerj

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PORTAL G1

Goiás registra 2.183 casos conhecidos de Covid em 24 horas e tem 73% dos leitos de UTIs ocupados, diz Saúde

São 956.642 infectados e 24.738 mortes pela doença desde o início da pandemia. Em relação a ômicron, o estado é o segundo com mais registros no Brasil.

Goiás registrou 2.183 casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas e tem 73% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ocupados, nesta terça-feira (11), conforme boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde. A taxa de ocupação nas enfermarias é de 46%.

Ao todo, o estado já registrou 956.642 casos e 24.738 mortes pela a doença desde o início da pandemia. Em 24 horas, foram registradas duas mortes.

Só na capital, até esta tarde, havia o registro total de 235.577 infectados e 7.028 vidas perdidas para o coronavírus. Em 24 horas, foram 100 novos casos e não houve registro de óbitos.

No entanto, a capital tem 94% das UTIs para o tratamento da doença lotados. Na enfermaria, a taxa é de 76%.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que já ampliou a rede credenciada em 30 novos leitos, sendo que 13 serão disponibilizados nas próximas horas. 'Com isso, não há insegurança nem risco de faltar leitos para quem necessitar'.

Ômicron em Goiás

Goiás é o segundo estado com mais registros de ômicron no país após ter 70 casos e a 1ª morte pela variante, conforme dados do Ministério da Saúde desta terça-feira.

O estado está atrás de São Paulo, que lidera com 121 casos da variante e Rio de Janeiro, com 58 infectados pela ômicron.

Até esta terça-feira, o Brasil havia registrado apenas uma morte pela variante, que aconteceu em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

A vítima foi um idoso de 68 anos portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. O caso foi registrado no último dia 6 de janeiro. Ele vivia em um abrigo de idosos e já estava vacinado com as três doses.

Especialistas explicam que a vacinação contra a Covid-19 reduz o risco de morte pela doença e suas variantes. Eles afirmam ainda que os imunizantes disponíveis contra o coronavírus são para evitar o agravamento dos casos, mas que não há garantia de que possam impedir a reinfecção.

Ômicron não é leve, diz OMS

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou no início do mês que a variante ômicron pode ser menos grave, mas não deve ser classificada como "leve".

Durante uma entrevista coletiva, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também repetiu seu apelo por uma maior equidade global na distribuição e acesso às vacinas contra o coronavírus.

Ele alertou que, com base na taxa atual de distribuição de vacinas, 109 países não cumprirão a meta da OMS de que 70% da população mundial seja totalmente vacinada até julho. Esse objetivo é visto como uma ajuda fundamental para encerrar a fase aguda da pandemia.

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A REDAÇÃO

Goiás receberá cerca de 42 mil doses de vacinas pediátricas contra covid-19

Théo Mariano

Goiânia - Goiás receberá cerca de 42,6 mil doses de vacinas pediátricas contra a covid-19 na remessa inicial, que deve ser enviada pelo governo federal, a partir do dia 14 de janeiro, aos Estados. O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (11/1) que os goianos vão receber 3,55% do lote de 1,2 milhão de doses, proveniente do primeiro carregamento dos imunizantes da Pfizer. A carga deve desembarcar no País nesta quinta (13).

Em entrevista na última semana ao jornal A Redação, o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, estimou que a imunização de crianças dos 5 aos 11 anos será iniciada entre os dias 15 e 17 de janeiro no território goiano. "Iniciaremos a vacinação o mais rápido possível e da maneira mais facilitada e acessível, por idade decrescente", disse o titular da pasta estadual no último dia 6.

A fabricante foi a única farmacêutica com imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em crianças. A ideia é de que, no primeiro trimestre deste ano, o Brasil receba 20 milhões de doses pediátricas da vacina. O esquema vacinal será feito com duas doses, em um intervalo de oito semanas entre as aplicações.

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O HOJE

Ocupação dos leitos de UTI destinadas ao tratamento de Covid-19 dispara e chega a 73% no Estado

As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) destinadas ao tratamento de Covid-19 Goiás voltaram a registrar um aumento significativo de pacientes graves internados em decorrência da doença. Para se ter uma ideia, o número de pacientes hospitalizados na rede pública estadual para o tratamento da doença praticamente dobrou da véspera de Natal até ontem (11).

Na rede pública estadual, a taxa de ocupação chegou a 73,1% ontem (11), ou seja, dos 148 leitos implantados, 106 encontravam-se ocupados, outros três bloqueados e apenas 39 disponíveis. A situação é ainda mais alarmante na rede municipal, onde a taxa de ocupação chegou a 94,1%. Dos 69 leitos implantados, 64 encontravam-se ocupados, outro bloqueado e apenas quatro disponíveis para internação.

Os leitos de Enfermaria destinados ao tratamento da doença também registraram aumento. No Estado, a ocupação é de 46,34%, o que representa que há apenas 66 dos 142 leitos disponíveis para internação. Já no município, a taxa de ocupação é de 76%, com apenas 11 dos 59 leitos disponíveis.

Providências

Diante do cenário do aumento dos casos e de internações, algumas cidades em Goiás começam a tomar providências na tentativa de barrar, mais uma vez, a disseminação da Covid-19. É o caso de Senador Canedo, primeira cidade a divulgar novo decreto contendo novas recomendações para o funcionamento dos estabelecimentos no município, além de reforçar a necessidade do uso de máscara facial, da higienização das mãos e da manutenção do distanciamento social.

Entre as normas do decreto publicado na última segunda-feira (10), está a autorização do funcionamento de eventos sociais com até 100 pessoas e 50% da capacidade do ambiente, que deverão ser realizados apenas em estabelecimentos destinados a este fim e regulares junto ao município. Já no caso dos bares e restaurantes, as mesas deverão resguardar entre si distância mínima de 1,5 metros e somente será permitido o consumo de alimentos e bebidas por pessoas que estejam devidamente sentadas.

Além disso, a apresentação de música ao vivo está autorizada se limitada a quatro integrantes, desde que o espaço de apresentação permita o distanciamento de um metro entre eles. De acordo com o prefeito de Senador Canedo, Fernando Pellozo, a intenção não é proibir que as pessoas frequentem estabelecimentos como bares, restaurantes e farmácias, e sim, evitar que elas sejam contaminadas.

Pirenópolis

Pirenópolis é outra cidade goiana que registra aumento nos casos ativos de Covid-19. O número chegou a 417, segundo o último boletim divulgado na última segunda-feira (10). O número é mais de oito mil vezes o registrado no dia 01 de janeiro, quando os casos confirmados no município eram cinco. O aumento de casos foi registrado mesmo com a medida adotada pela prefeitura de não realizar festas públicas em atenção à situação de pandemia, e de restringir a circulação de veículos das 10 horas do dia 31 de dezembro de 2021 até às 10 horas do dia 1º de janeiro de 2022, nas ruas do Centro Histórico, com o objetivo de deixa-las livres para que as pessoas pudessem trafegar com distanciamento e segurança.

Goiás

Ao todo, segundo último boletim divulgado pela SES-GO, há 954.459 casos de doença pelo corona vírus 2019 (Covid-19) em Goiás. Destes, há o registro de 24.736 óbitos confirmados. No Estado, há 620.732 casos suspeitos e 386 óbitos em investigação. A pasta ressalta que as últimas atualizações de casos e óbitos no Painel Covid-19 foram retomadas às 14h30 horas do dia 24 de dezembro de 2021, após uma interrupção de 15 dias dos sistemas de dados oficiais do Ministério da Saúde, que estiveram fora do ar neste período.

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Assessoria de Comunicação

Para aqueles com sintomas da Covid, período de isolamento é de 7 a 10 dias

O Ministério da Saúde decidiu reduzir o tempo de isolamento de pessoas com Covid no Brasil (clique aqui e confira).

A recomendação agora é de isolamento de sete a dez dias para pessoas que apresentem sintomas e de cinco a sete dias para os assintomáticos.

Na última semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a pasta poderia reduzir o isolamento.

Ao falar sobre essa possibilidade, o ministro citou que o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) já deu essa recomendação.

A indicação do Ministério da Saúde é que a pessoa assintomática fique em casa no mínimo cinco dias em isolamento. Após esse tempo ela deve ser testada. Com o teste positivo, deve ficar em isolamento até o 10° dia.

Não é necessário testar os assintomáticos, porém, para sair do isolamento após o sétimo dia.

Já para os sintomáticos, o isolamento é de no mínimo sete dias. A pessoa precisa ser testada ao final do período. Caso o resultado seja negativo, ela pode sair do isolamento. Com o resultado positivo, ela deve permanecer em isolamento até o décimo dia.

"Nosso isolamento é de no mínimo sete dias. Entretanto, se no quinto dia completo o paciente estiver sem sintoma, sem sintoma respiratório, sem febre e sem uso de medicamento antitérmico há pelo menos 24 horas, pode testar no quinto dia", disse Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância da Saúde do Ministério da Saúde.

Medeiros disse que as pessoas que saírem do isolamento antes do décimo dia devem manter, no entanto, alguns cuidados.

"[A pessoa deve] manter as recomendações adicionais até o décimo dia, como evitar aglomerações, contatos com pessoas com comorbidade, uso das medidas não farmacológicas [como higienização das mãos e uso de máscara] até o décimo dia para ficar tranquilo", disse.

As novas regras são anunciadas em meio a uma alta de casos de Covid-19 por conta da variante ômicron. Queiroga disse que o Brasil segue o exemplo de alguns países em que o aumento de casos não tem se refletido no número de mortes.

"Sem dúvida a variante ômicron causa um número muito maior de casos, mas felizmente não temos uma correspondência do número de óbitos. Vai ser sempre assim? Não sabemos", apontou o ministro. (Fonte: Agência Estado)

Terça, 11 Janeiro 2022 12:36

CLIPPING AHPACEG 11/01/22

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil registra 111 mortes e 34,2 mil novos casos de covid-19 nas últimas 24h

Saúde reduz de 10 para 5 dias quarentena de assintomáticos

Apagão de dados oficiais sobre a pandemia completa um mês

Saúde recomenda sala de vacinação exclusiva para criança e rejeita sistema drive-thru

Covid-19: Goiás registra 932 casos e 10 mortes nas últimas 24 horas

Chefe da Anvisa deu resposta precisa e certeira a Bolsonaro

Disparada de casos inspira cuidados

Caso Valentina Boscardin: como a Covid-19 pode provocar quadros de trombose

Aumento de casos não deve aumentar óbitos por Covid-19, diz ministro

Cresce número de casos positivos para Covid-19 em Goiás

Rede pública e privada monitoram vagas de UTI exclusivas para pacientes com Covid

Moradores reclamam de filas gigantes para fazer o teste da Covid-19 em Goiânia

AGÊNCIA ESTADO

Brasil registra 111 mortes e 34,2 mil novos casos de covid-19 nas últimas 24h

O Brasil registrou 111 novas mortes pela covid-19 nesta segunda-feira (10/01). A média semanal de óbitos, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 128. Nesta segunda, o número de novas infecções notificadas foi de 34,2 mil. No total, o Brasil tem 620,1 mil mortos e 22,5 milhões de casos da doença. Os dados diários do País são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h.

Os Estados de Sergipe e Roraima não relataram mortes, assim como o Acre, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Amapá. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

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Saúde reduz de 10 para 5 dias quarentena de assintomáticos

Para aqueles com sintomas da Covid, período de isolamento é de 7 a 10 dias

O Ministério da Saúde decidiu reduzir o tempo de isolamento de pessoas com Covid no Brasil.

A recomendação agora é de isolamento de sete a dez dias para pessoas que apresentem sintomas e de cinco a sete dias para os assintomáticos.

Na última semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a pasta poderia reduzir o isolamento.

Ao falar sobre essa possibilidade, o ministro citou que o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) já deu essa recomendação.

A indicação do Ministério da Saúde é que a pessoa assintomática fique em casa no mínimo cinco dias em isolamento. Após esse tempo ela deve ser testada. Com o teste positivo, deve ficar em isolamento até o 10° dia.

Não é necessário testar os assintomáticos, porém, para sair do isolamento após o sétimo dia.

Já para os sintomáticos, o isolamento é de no mínimo sete dias. A pessoa precisa ser testada ao final do período. Caso o resultado seja negativo, ela pode sair do isolamento. Com o resultado positivo, ela deve permanecer em isolamento até o décimo dia.

"Nosso isolamento é de no mínimo sete dias. Entretanto, se no quinto dia completo o paciente estiver sem sintoma, sem sintoma respiratório, sem febre e sem uso de medicamento antitérmico há pelo menos 24 horas, pode testar no quinto dia", disse Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância da Saúde do Ministério da Saúde.

Medeiros disse que as pessoas que saírem do isolamento antes do décimo dia devem manter, no entanto, alguns cuidados.

"[A pessoa deve] manter as recomendações adicionais até o décimo dia, como evitar aglomerações, contatos com pessoas com comorbidade, uso das medidas não farmacológicas [como higienização das mãos e uso de máscara] até o décimo dia para ficar tranquilo", disse.

As novas regras são anunciadas em meio a uma alta de casos de Covid-19 por conta da variante ômicron. Queiroga disse que o Brasil segue o exemplo de alguns países em que o aumento de casos não tem se refletido no número de mortes.

"Sem dúvida a variante ômicron causa um número muito maior de casos, mas felizmente não temos uma correspondência do número de óbitos. Vai ser sempre assim? Não sabemos", apontou o ministro.

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FOLHA DE S.PAULO

Apagão de dados oficiais sobre a pandemia completa um mês

O apagão de dados oficiais sobre a Covid-19 completa um mês nesta segunda (10), e o Brasil segue sem saber o tamanho real da nova onda de contaminações provocada pela variante ômicron.

Em 10 de dezembro, o Ministério da Saúde sofreu ataque cibernético que deixou fora do ar os sistemas de informações de notificação de casos, internações e mortes, além dos dados de vacinação.

A escuridão nas estatísticas ocorre em um momento crítico, em que os casos de Covid se espalham pelo país, com as emergências e unidades de saúde lotadas e muitos profissionais da saúde afastados devido à infecção.

O ataque cibernético atingiu o principal sistema do Ministério da Saúde, a RDNS (Rede Nacional de Dados em Saúde), que reúne todas as informações registradas por servidores do SUS.

Embora o ministério afirme que as informações não foram perdidas e que os sistemas já foram restabelecidos, estados, municípios e especialistas relatam instabilidade nas plataformas. Há atraso na entrada de novas notificações de casos, internações e mortes. São os municípios que abastecem as plataformas do Ministério da Saúde com esses dados.

Ou seja, o apagão atingiu não só o que estava armazenado na "plataforma-mãe" como também a origem dos dados, fazendo com que muitas informações fiquem represadas nas unidades de saúde.

E muitos estados também recorrem ao sistema do ministério para acompanhar a evolução diária da pandemia em seus municípios. Apenas alguns estados, como São Paulo, têm sistemas que permitem que os municípios abasteçam o ministério e a Secretaria Estadual de Saúde de forma simultânea.

Mesmo na ausência de um retrato nacional mais fidedigno da situação, dados isolados de alguns estados e municípios e de hospitais e laboratórios privados apontam alta na taxa de positividade para a Covid e de atendimento de pessoas com sintomas. Mas há muita subnotificação de casos por ausência de testagem em massa nos serviços públicos.

O acompanhamento do cenário epidemiológico da pandemia é essencial para que os gestores de saúde planejem as estratégias de controle e a alocação de recursos para o enfrentamento da doença.

Com o apagão, uma das ferramentas de ajuda dos gestores públicos, o sistema Infogripe, que monitora dados de Srag (síndrome respiratória aguda grave) em todo o país, foi interrompida.

A última vez que a equipe recebeu o repasse de dados do ministério foi no início de dezembro. Sem essas informações brutas de casos individuais de Srag, não há como repassar dados compilados às secretarias municipais e estaduais da saúde e ao Ministério da Saúde.

O apagão de dados tem gerado acalorados debates na Câmara. Deputados como Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), que preside a comissão da Covid, defende que o ministério já deveria ter criado uma plataforma paralela. Outros levantam suspeitas se o apagão é fruto de incompetência ou de um ato proposital.

O PT já disse que quer abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara dos Deputados para investigar essa instabilidade de sistemas do Ministério da Saúde. A coleta de assinaturas será liderada pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e pelos deputados Reginaldo Lopes (MG) e Alexandre Padilha (SP).

Na sexta (7), o Ministério da Saúde informou que já foram restabelecidas as integrações dos sistemas de imunização com a RNDS, possibilitando assim o retorno do envio dos dados à referida rede, pelos estados, municípios e Distrito Federal. E que o Departamento de Informática do SUS segue atuando para restabelecer as demais plataformas e integradores de forma gradativa, com previsão de normalização nesta semana.

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Saúde recomenda sala de vacinação exclusiva para criança e rejeita sistema drive-thru

O Ministério da Saúde recomenda a aplicação da vacina da Pfizer contra a Covid em crianças de 5 a 11 anos em salas exclusivas. Além disso, para o público infantil, a pasta diz que deve ser evitado o sistema drive-thru.

A orientação é que as crianças sejam separadas de ambientes onde são usados imuni-zantes de outras marcas ou em apresentação distinta, para adultos, no caso da Pfizer.

A imunização dessa faixa etária entrou no plano nacional de vacinação do ministério na quarta-feira (5). O detalhamento está em nota técnica da pasta divulgada sobre o tema e segue a recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 'As vacinas devem ser aplicadas seguindo integralmente as recomendações da Anvisa', afirma o documento.

Quando a vacinação ocorrer em comunidades isoladas, como nas aldeias indígenas, a recomendação é que seja feita em dias separados de adultos. Além disso, a imunização deve começar após treinamento completo das equipes de saúde que farão a aplicação das doses nas crianças.

A justificativa é que a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do imunizante.

A nota técnica mostra que o estudo da Pfizer apresentado à Anvisa não observou eventos adversos graves associados à vacinação.

Já em outro estudo nos Estados Unidos, com a aplicação de 8,7 milhões de doses, houve cem eventos adversos graves, como febre e vômito, e somente 15 relatos preliminares de mioeardite.

A orientação também é que as crianças sejam acolhidas e permaneçam no local em que a vacinação ocorrer por pelo menos 20 minutos após a aplicação, facilitando assim que sejam observadas durante esse período.

A vacina contra Covid não deve ser administrada em crianças na mesma ocasião em que elas recebam outro imunizante. A recomendação é que haja um intervalo de 15 dias entre a vacina contra o coronavírus e imunizantes para outras doenças.

O Ministério da Saúde anunciou que crianças de 5 a n anos receberão a vacina da Pfizer para a Covid-19 sem a necessidade de apresentação de prescrição médica. A recomenda -ção da pasta é que a imunização comece por menores com comorbidades, deficiência permanente, indígenas e quilombolas. Os quatro grupos são norteados por dispositivos legais.

Em seguida, a pasta recomenda que sejam vacinadas crianças que vivem com pessoas de grupos considerados de risco. Na sequência, haverá um escalonamento por faixa etária, começando pelos mais velhos. A vacinação não será obrigatória. A previsão é que 0 público infantil comece a ser vacinado no próximo dia 14.

A pasta anunciou ainda que deve receber até março ao menos 20 milhões de doses pediátricas da Pfizer contra a Covid, suficientes para imunizar cerca de metade da população de crianças de 5 a 11 anos.

Até o fim de janeiro o governo espera receber 3,7 milhões de doses, que serão distribuídas de forma proporcional para os estados e o Distrito Federal.

Veja principais pontos da nota técnica da pasta

A vacinação deve ser iniciada após treinamento completo

das equipes de saúde que farão a aplicação da vacina A aplicação deve ser feita em ambiente específico e segregado da vacinação voltada a adultos A vacinação de crianças nas comunidades isoladas, sempre que possível, deve ser feita em dias separados da vacinação de adultos A salada aplicação de vacinas em criança deve ser exclusiva para a aplicação dessa vacina, não sendo aproveitada para a aplicação de outras vaci nas, ainda que pediátricas A vacina contra Covid-19 não deve ser administrada de forma concomitante a outras vacinas do calendário infantil, por precaução, sendo recomendado um intervalo de 15 dias entre as aplicações dos imunizantes A vacinação das crianças de 5 a 11 anos em postos de vacinação na modalidade drive-thru deve ser evitada As crianças devem ser acolhidas e permanecer no local em que a vacinação ocorrer por pelo menos 20 minutos após a aplicação Os profissionais de saúde, antes de aplicarem a vacina, devem informar ao responsável que acompanha a criança sobre os principais sintomas locais esperados Os pais ou responsáveis devem ser orientados a procurar 0 médico se a criança apresentar dores repentinas no peito, feita de ar ou palpitações após a aplicação da vacina As crianças que com pletarem 12 anos entre a primeira e a segunda dose devem receber a dose pediátrica Os centros, postos de saúde e hospitais infantis devem ser treinados para atender e captar eventuais reações adversas em crianças de 5 a 11 anos, após tomarem a vacina

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 932 casos e 10 mortes nas últimas 24 horas

Goiás registrou 932 novos casos de covid-19 e 10 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Os dados foram confirmados na tarde desta segunda (10/01) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Com as atualizações, o Estado contabiliza 954.459 infecções e 24.736 óbitos pela doença desde o início da pandemia.
 
A pasta afirma que há 920.556 pessoas recuperadas da covid-19 em Goiás. Além disso, a SES-GO investiga 620.732 casos e 386 mortes para saber se há alguma relação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus no território goiano é de 2,59%.

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O GLOBO

Chefe da Anvisa deu resposta precisa e certeira a Bolsonaro

Presidente não pode insinuar haver interesses escusos na vacinação infantil sem apresentar provas

Foi, antes de tudo, precisa a resposta do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, às provocações do presidente Jair Bolsonaro a respeito da aprovação da vacina contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos. Precisa e certeira diante da irresponsabilidade de Bolsonaro.

Em entrevista à TV Nova Nordeste na semana passada, em meio às imprecações ofensivas e desrespeitosas à dor alheia já costumeiras na fala presidencial, Bolsonaro insinuou haver interesses escusos na aprovação da vacinação infantil. 'O que está por trás disso?', perguntou. 'Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse daquelas pessoas taradas por vacina?'

Já é absolutamente inaceitável um presidente da República, movido tão somente pelo interesse de insuflar uma plateia fiel a seus despropósitos, desprezar o sofrimento das famílias que perderam suas crianças para a maior pandemia em mais de um século - no Brasil, a Covid-19 tem matado aproximadamente uma criança a cada dois dias. E ainda mais grave ele insinuar haver algum tipo de irregularidade ou interesse escuso da Anvisa sem exibir provas.

Qualquer um que acusa sem apresentar provas incorre no crime de calúnia, previsto no Código Penal. Se um gestor público toma conhecimento de provas de corrupção e não leva a denúncia adiante, aí incorre em prevaricação. Foi justamente esse o ponto destacado por Barra Torres na nota que emitiu em resposta a Bolsonaro. 'Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique', escreveu. 'Determine imediata investigação policial sobre minha pessoa, aliás sobre qualquer um que trabalhe na Anvisa, que com orgulho tenho o privilégio de integrar. Agora, se o senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate''

Além de descrever os fatos com precisão, Barra Torres também demonstrou, em sua resposta, ter empatia e solidariedade com o sentimento das dezenas de milhões de famílias brasileiras atingidas pela pandemia. 'Sofri a cada perda, lamentei cada fracasso e fiz questão de ser eu mesmo, o portador das piores notícias, quando a morte tomou de mim um paciente', afirmou. 'Vou morrer sem conhecer riqueza, senhor presidente. Mas vou morrer digno. E encerrou com uma conclusão óbvia e singela: 'Rever uma fala ou um ato errado não diminuirá o senhor em nada. Muito pelo contrário'.

Está aí, resumida em palavras simples, ao alcance de todos, a maior limitação de Bolsonaro: trata-se de alguém incapaz de ter a dignidade de reconhecer os próprios erros ou de se retratar de uma acusação falsa. É verdade que depois, em entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro tentou consertar o estrago, dizendo que não tinha acusado ninguém de corrupção. Ainda assim, voltou a levantar dúvidas sobre a Anvisa.

O presidente continua incapaz de manifestar um mínimo de empatia com a dor alheia. Isso vai além de seu desprezo pelos fatos, pela verdade ou pela ciência. É desprezo pela vida mesmo. Pode não haver uma lei específica contra isso, mas o país, enlutado pela perda de mais de 620 mil brasileiros para o vírus, certamente saberá lhe dar uma resposta à altura nas urnas.

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Ministério da Saúde vai pedir liberação dos autotestes

Comercialização do exame caseiro no país depende de uma nova portaria da Anvisa em caráter excepcional

O Ministério da Saúde vai pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para uso de autoteste no Brasil. Segundo o secretário executivo da pasta, Rodrigo Cruz, a pasta deve finalizar os trâmites para solicitação à Anvisa ainda nesta semana.

O GLOBO apurou que a Anvisa deve fazer uma nova Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) sobre o tema para viabilizar a autorização. A agência tem conversado com o Ministério da Saúde sobre o assunto para que a medida avance. Atualmente, devido a uma outra resolução do órgão regulador não é permitido no país o uso de autotestes para detecção de Covid-19 em casa.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou ontem que a Anvisa sinalizou positivamente em relação à autorização, mas pediu parecer da pasta. Segundo Queiroga, o ministério não deve adotar uma política de distribuição deste tipo de teste, mas recomendará a possibilidade de que sejam vendidos em farmácias.

- Se já é complexo ter a testagem realizada por um profissional de saúde lá na ponta, na atenção primária, imagina num país de 210 milhões como é a questão do autoteste? Vamos ter a rastreabilidade devida? Sem ter essas respostas em relação à efetividade da política e a custo e efetividade, essa promessa de ter essa política pode não ter o resultado que nós desejamos, isso não significa dizer que o teste não possa ser vendido nas farmácias, como acontece com outros medicamentos, para que a população possa adquirir e realizar o teste em casa - afirmou o ministro.

Atualmente, os testes rápidos de antígeno, ou autotestes, são barrados pela resolução 36 de 2015 da Anvisa em casos de 'amostras para a verificação da presença ou exposição a organismos patogênicos ou agentes transmissíveis, incluindo agentes que causam doenças infecciosas passíveis de notificação compulsória'. É assim com a Covid-19, que precisa ser monitorada pelas autoridades.

Mas pode haver exceção: o texto abre brecha no caso de políticas públicas e estratégias do Ministério da Saúde que estejam em acordo com a Anvisa. A liberação não seria inédita, já que a agência autorizou, por exemplo, autotestes de HIV a partir de uma iniciativa da pasta. Ontem, Queiroga indicou que a pasta tende a conceder a autorização em conjunto com a agência.

- É muito possível que o Ministério da Saúde sinalize positivamente e a sociedade possa ter esse acesso a esses testes, as redes privadas têm realizado testes também e nos informam os resultados - disse.

OUTROS PAÍSES

Os exames rápidos de antígeno são similares aos testes encontrados nas farmácias brasileiras. Em países da Europa e nos Estados Unidos, os modelos para uso caseiro têm sido aliados para orientar decisões de quarentena diante da alta de casos da Omicron, que tem sintomas mais brandos.

Uma das vantagens dos autotestes nos países onde está disponível ao consumidor é seu baixo custo. Em Portugal, por exemplo, é vendido por preços que variam entre 2 e 15 euros.

O kit inclui um cotonete, que deve ser esfregado no interior da narina. Depois, o material é inserido em um tubo de ensaio com o reagente. Gotas desse líquido são despejadas em uma pega plástica, similar ao exame de gravidez. Se duas linhas surgirem, o resultado é positivo.

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CORREIO BRAZILIENSE

Disparada de casos inspira cuidados

INFLUENZA / Infectologista recomenda a testagem: "Não dá para confiar no 'achômetro', embora haja sinais que facilitem o diagnóstico'. Os sintomas da gripe são mais agudos; DF recebeu mais 4 mil doses de vacina

O aumento de novos casos da influenza no Distrito Federal na última semana gerou a necessidade de novos cuidados com a gripe, que impactaram diversas atividades por todos os cantos da capital federal. As semelhanças entre os sintomas da gripe com os da covid-19 podem confundir inicialmente quem está doente e deixar aquela pulga atrás da orelha. Isso porque, existe também uma disparada no números de casos da covid-19 no DE O analista de tecnologia e morador de Águas Claras, Felipe Galvão, de 22 anos, que testou positivo no final de 2021, afirma que os sintomas vieram de uma forma absurda do dia pra noite. O diagnóstico, segundo Felipe, veio após o momento mais cruel que a infecção.

'Comecei a sentir os primeiros sintomas dois dias antes do Natal, quando a minha garganta começou a arder, mas pensei que fosse algo como sinusite, principalmente com essa época do ano. Na véspera do feriado, senti minha garganta doer mais, além de falta de disposição. Fui ao hospital e os médicos plantonistas me disseram para fazer um exame. No sábado de Natal, estava com muito cansaço e com febre, além da falta de ar, pressão muito alta e falta de apetite. Recebi na segunda-feira o resultado do exame que fiz no domingo pós-Natal, era positivo para influenza. O vírus piorou de um dia para o outro dentro do meu organismo', afirmou Felipe.

Também moradora de Águas Claras, a professora Monaisé Madalena, 30, conta que sentiu dores e febre alta, além da falta de disposição para cumprir tarefas do dia. 'Senti dores e tosse no fim de semana. Na segunda-feira, dia 27, a minha situação piorou e me deu muita vontade de ficar deitada, além da febre. No outro dia, amanheci pior e, a partir dessa evolução rápida dos sintomas, descartei que fosse covid-19. Quando o médico me examinou, ele já me disse que poderia ser um quadro de influenza, mas me indicou que fizesse o teste de covid-19 e influenza', disse. 'Nos outros dias, não tive tantos sintomas, mas sigo com cansaço no corpo, apesar de terem se passado 10 dias após o diagnóstico de influenza. Meu pai, por exemplo, precisou procurar atendimento médico, pela idade dele - 80 anos. O que mais me marcou foi a dor no corpo de repente, com muita tosse', disse.

Especialista

Segundo a infectologista Ana Helena Germoglio, ouvida pelo Correio, o teste de antígeno pode sanar as dúvidas, mas existem sinais que podem facilitar o diagnóstico de uma ou outra infecção. Com a alta de transmissão da covid-19 agora, não dá para confiar no 'achômetro'. 'O termo tempestade perfeita se encaixou perfeitamente nesse momento. Apesar dos sintomas da influenza serem sintomas mais agudos, por exemplo: o paciente dorme bem e acorda com sintomas, com dores no corpo, má disposição'. A covid-19 também pode apresentar esses sintomas. É exatamente agora, com a taxa de transmissão tão alta no DF, que não dá para confiar nos sintomas sem ter a comprovação de um exame', advertiu.

'Tivemos vários fatores que contribuíram para que houvesse esse surto de covid-19 no DFE principalmente com essa nova cepa da H3N?2? e coincidentemente, a vacina que estava em circulação no ano passado não contemplava essa cepa. Então o cenário foi se desenhando com uma onda de casos, sem proteção, seja pela vacina ou imunológica', explicou. "Se por acaso existir alguma vacina da influenza disponível ainda, a gente já sabe que ela é composta das cepas que circulam mais no ano anterior. Com a nova variante que surgiu agora, chamada de variante Darwin ou H3N2, é bem provável que a próxima campanha de vacinação contemple a proteção dela', afirmou.

Medicamentos

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou que recebeu 4 mil doses da vacina contra influenza na última semana. As doses foram repassadas pela Ordem dos Advogados do Brasil, seção DF depois que a entidade constatou a falta de imunizantes no DE Segundo a pasta de saúde local, não existe um monitoramento de quantas doses restam para aplicação na capital federal e, caso o imunizante acabe nas unidades de saúde, não haverá reabastecimento dos estoques, porque não iniciou a campanha contra a gripe em 2022.

O Ministério da Saúde - responsável pelo envio das doses aos estados e Distrito Federal - não respondeu aos questionamentos da nossa reportagem sobre a possibilidade de envio de um novo lote de remédios. Um dos medicamentos que muitos brasilienses procuram para aliviar e tratar a doença no organismo é o Oseltamivir, mais conhecido como Tamiflu. Segundo a pasta de saúde, não há falta do medicamento nas concentrações de 30mg, 45mg e 75mg em nenhuma unidade básica de saúde que faz a distribuição.

De acordo com a pasta, o que pode ocorrer são 'faltas pontuais' e, quando isso acontece, o gestor da unidade deve pedir reposição ao estoque central. Para a retirada deste medicamento, é necessário apresentar receita médica, cartão do SUS e documento de identidade com foto.

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JORNAL OPÇÃO

Caso Valentina Boscardin: como a Covid-19 pode provocar quadros de trombose

Por Rafaela Ferreira

Jovem de 18 anos teve trombose e pneumonia devido a Covid. Médico vascular explica a relação do novo coronavírus com problemas no sistema vascular

A modelo Valentina Boscardi, 18 anos, morreu na madrugada do último domingo, 9, devido as complicações da Covid-19. Ela havia sido diagnosticada com Coronavírus e, na última quinta-feira, 6, com trombose e pneumonia. A jovem havia se vacinado com as duas doses da vacina contra o vírus. A notícia foi dada pela também modelo, apresentadora, atriz e empresária Marcia Boscardin, mãe da jovem. “É com muita dor que me despeço do amor da minha vida! Adeus, Valentina Bosacardin Mendes. Que Deus te receba de braços abertos. Estou sem chão. Um anjo sobe ao céu”, escreveu em uma rede social.

Trombose, tal qual ocorreu no caso de Valentina, que teve repercussão nacional, é uma das complicações geradas pelo Coronavíris. O médico vascular Gustavo Marcatto explica que existem vários níveis de trombose, mas o importante é saber que ela é provocada pela formação de coágulos sanguíneos, que impedem o funcionamento e o fluxo adequado do sistema vascular. “O coágulo é o mecanismo da lesão que causa trombose. Quando esse coágulo acontece na veia da perna, chamamos de trombose venosa profunda. O sangue fica mais espesso, viscoso e isso estimula a coagulação do sangue, formando ali uma espécie de bolinha, levando à trombose”, disse.

A trombose se dá em dois níveis: nas veias da perna, levando a um desconforto, com dores, e inchaço e também a nível sistêmico, o que é mais grave podendo, até, levar à morte. Em estudos recentes, é possível ver fortes indícios de que a Covid é uma doença vascular e suas complicações são em decorrência, justamente, das lesões provocadas nos vasos sanguíneos, tanto nas oclusões quanto nos processos inflamatórios. O que aumentaria, de fato, o risco de trombose, também informou o médico.

“Quando o trombo (o coágulo) se desprende, passa a percorrer toda a circulação. Na grande maioria das vezes, pela anatomia da circulação do coração, esse trombo vai parar no pulmão causando a embolia pulmonar, uma das complicações mais graves da trombose, já que pode causar a morte. Por isso é sempre tão importante prevenir a trombose”, alerta o médico vascular.

De acordo com o doutor Gustavo Marcatto, estudos feito nesta área mostram que a infecção pelo novo coronavírus pode causar a trombose, pois o vírus provoca um processo inflamatório na circulação, já que o corpo tenta, de forma desordenada, combater o invasor. A coagulação passa a acontecer de forma excessiva para ‘cicatrizar a ferida deixada pelo vírus’. “A inflamação provocada pela Covid-19 estimula a formação de coágulos, a causa da trombose, quando as veias são atingidas por obstruções Então, com a pandemia, estamos vendo frequentemente, o aumento da trombose venosa profunda e em outros locais do corpo, como no pulmão. Algumas pessoas chegam até a perder a audição, tudo por causa da trombose causada pela Covid”, relata o especialista. 

Ainda segundo ele, esses casos de surdez ou zumbidos no ouvido em pessoas que já tiveram Covid, são por conta da trombose na artéria que fica no nervo do ouvido. “Esse nervo perde a irrigação e não consegue mais trabalhar, levando o paciente a perder a audição em decorrência disso”, completa Gustavo.

Vale lembrar que pacientes que já têm comorbidades, como obesidade, tabagismo, correm mais risco de desenvolver essa trombose provocada pela Covid-19. Cientistas e médicos em todo o mundo continuam estudando a relação da trombose com o novo coronavírus, assim como meios para sanar mais esse problema diante da terrível doença.

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Aumento de casos não deve aumentar óbitos por Covid-19, diz ministro

Por Acaray Martins

Marcelo Queiroga acredita que país terá perfil semelhante ao da Europa. Segundo ele, nos próximos 15 dias serão distribuídos 14 milhões de testes rápidos de antígenos

O avanço da Covid-19 no Brasil deverá ter desempenho similar ao de alguns países europeus, apresentando aumento de casos, porém sem aumento de óbitos. Foi o que disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga ao informar ainda que nos próximos 15 dias serão distribuídos 14 milhões de testes rápidos de antígenos.

Em janeiro, serão distribuídos cerca de 40 milhões de testes rápidos de antígenos, sendo que destes 14 milhões ocorrerão nos próximos 15 dias. “É necessário que tenhamos novamente o empenho dos municípios para fazerem essas testagem na tenção primária e enviar os resultados ao Ministério da Saúde acompanhar a evolução da pandemia”, disse Queiroga.

O ministro acredita que com o aumento proporcional no número de óbitos por causa da doença, o Brasil terá desempenho semelhante ao que ocorre em países da Europa como Espanha, Reino Unido e França. Reiterou ainda que o total de leitos aumentou de 23 mil, antes da pandemia, para 43 mil, no período de pico da doença.

“No pior cenário, temos capacidade de duplicar os leitos de terapia intensiva, se esse for o caso. Mas é necessário também que os municípios e estados nos informem para garantir que não faltem insumos estratégicos, como oxigênio e kits de intubação”, completou.

Quarentena

Com relação ao isolamento, o ministro contou que ainda terá uma definição sobre a questão da quarentena, de forma a encurtar o período necessário para aqueles que contraíram a doença. Queiroga informou, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) encaminhou sugestão para flexibilizar a restrição dos cidadãos da África e dos países vedados em função da variante Ômicron.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Cresce número de casos positivos para Covid-19 em Goiás

Além do aumento na quantidade de testes, e de resultados positivos, a pasta investiga 10 casos de flurona no estado

O número de exames para identificar a Covid-19 teve um aumento de 30% no Lacen, nas últimas semanas em Goiás. E não foi apenas isso que aumento, a quantidade de testes positivos também subiu de 14,46% para 28,05% na última semana epidemiológica do ano passado, para a primeira semana de 2022.

Os dados foram confirmados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) que também investiga pelo menos 10 casos de infecção simultânea de coronavírus e influenza, o flurona. Vale lembrar também que havia um caso de coinfecção de dengue e covid, mas ele foi descartado pela pasta.

Relatório sobre a situação epidemiológica da Covid-19 em Goiás deve ser apresentado pela SES

Conforme matéria publicada no Jornal O Popular, a SES deve apresentar um estudo da situação epidemiológica da Covid-19 que leva em consideração a quantidade de pessoas internadas e isoladas no Estado na próxima quarta-feira, 12, na reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública de Goiás para o Enfrentamento ao Coronavírus (COE).

Entre as medidas que a Secretaria tem adotado nas últimas semanas estão o apoio aos municípios com a entrega de testes rápidos de antígeno, a atuação na investigação de casos de flurona, e a realização de testes RT-PCR, além do envio das amostras positivas para que elas passem pelo sequenciamento viral e assim possam ser identificadas as novas variantes que circulam por Goiás.

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TV ANHANGUERA

Rede pública e privada monitoram vagas de UTI exclusivas para pacientes com Covid

https://globoplay.globo.com/v/10200068/

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Moradores reclamam de filas gigantes para fazer o teste da Covid-19 em Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/10200425/

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 10 Janeiro 2022 07:59

CLIPPING AHPACEG 08 A 10/01/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Quase 60% das crianças mortas por Covid-19 tinham comorbidade

Barra Torres rebate declarações de presidente sobre vacinação infantil

Idosa acorda após ter sido dada como morta e surpreende família em organização de velório; entenda

Covid-19: Goiás registra 159 casos e duas mortes nas últimas 24 horas

UTIs e enfermarias pediátricas para covid-19 estão lotadas na rede de Goiás

Hospitais privados registram aumento de 655% nos casos de Covid-19

CORREIO DO POVO

Quase 60% das crianças mortas por Covid-19 tinham comorbidade

Crianças saudáveis também são vítimas do vírus, que matou na infância mais do que qualquer outra doença prevenível com vacina

Crianças com algum fator de risco são as que mais morrem por Covid-19 no Brasil. Considerando o público de 0 a 17 anos, foram 1.272 óbitos durante a pandemia, o que representa 58,4% das 2.178 perdas neste público. Mesmo sem nenhuma enfermidade crônica ou comprometimento imunológico, 906 crianças e adolescentes também entraram para a estatística. As manifestações de autoridades públicas minimizando o impacto da Covid na faixa etária têm provocado a indignação das sociedades médicas, que alertam que a doença mata mais do que qualquer outra prevenível com vacina.

Quando se fala em comorbidade entre as crianças, no caso específico da faixa etária de 5 a 11 anos, que começará a ser vacinada no Brasil, 69% das 308 mortes durante a pandemia foram em crianças com comorbidade. Ainda que sejam elevados os números de meninos e meninas com agravamento e óbito pela doença em razão de fatores de risco, há o debate entre representantes das sociedades médicas sobre seguir ou não a instrução do Ministério da Saúde de vacinar esse público mais vulnerável primeiro.

Ainda que a vulnerabilidade seja reconhecida pelos especialistas, de maneira geral, a questão logística faz com que haja divergência sobre a forma como o governo irá proceder, ao vacinar primeiro a população pediátrica com algum fator de risco e, depois, iniciar a imunização por idade. O pediatra Marco Aurélio Palazzi Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por exemplo, defende que a forma apropriada é vacinar primeiro aquelas com comorbidade, assim como ocorreu com a vacinação de adultos.

"Faz todo o sentido (vacinar primeiro crianças de comorbidade). Numa situação de disponibilidade limitada de doses, que é o que vai acontecer, a gente tem que fazer com as crianças a mesma coisa que a gente fez com os adultos. Primeiro as crianças dos grupos de risco e depois a vacinação por faixa etária", afirmou. O pediatra ressaltou que os dados mostram que ter alguma comorbidade agrega risco no sentido de hospitalização e morte. De acordo com ele, os fatores de risco nas crianças não são exatamente os mesmos dos adultos mas, no geral, se repetem.

Na avaliação do pediatra e infectologista Renato Kfouri, consultor do Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 da Associação Médica Brasileira (AMB), no entanto, a falta de levantamentos sobre quem são e onde estão essas crianças com comorbidade pode atrasar ainda mais as aplicações da vacina, motivo pelo qual acredita que realizar a campanha por faixa etária possa ser mais eficiente.

"Dessa maneira nós também vamos incorporando aqueles que têm comorbidade e, em um curto espaço de tempo, todos estarão vacinados, com ou sem essas doenças crônicas. Logisticamente falando, fica muito difícil implantar (a vacinação por comorbidade) porque nós nem conhecemos quais são esses denominadores, quantas crianças de cinco a onze anos em cada município têm cada doença crônica. Infelizmente, esses dados não existem no país", pondera Kfouri.

O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, concorda, lembrando que o país já trabalhou com a priorização de pessoas com comorbidade e que houve atraso em razão disso, mas que, na época, a escassez e dúvida em relação às entregas era um ponto que não possibilitou outra estratégia. "É mais prático fazer por faixa etária, ainda que a comorbidade seja um fator importante. No universo de 20 milhões de crianças, a minha opinião pessoal é que isso seria mais uma barreira, em tempos em que já há disponibilidade da vacina."

A previsão do Ministério da Saúde é de entrega de 3,74 milhões de doses ainda em janeiro e 20 milhões, no total, até março. A pasta prevê a necessidade de dobrar a demanda, já que a Pfizer - vacina aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso pediátrico - demanda duas doses. Já há, no entanto, previsão em contrato para requisitar mais doses, bastando o governo sinalizar a compra.

Doenças preveníveis por vacina

Em audiência pública para discutir a vacinação infantil, na última terça-feira, especialistas ressaltaram que diferentemente do que se falava no início da pandemia, o potencial da Covid-19 nas crianças não pode ser comparado com o que o coronavírus faz com os adultos, mas sim com o que outras doenças preveníveis com vacina já fizeram com as crianças.

Na ocasião, Marco Aurélio Palazzi Sáfadi, explicou que esse é o ponto chave da questão. "Creio que houve algum equívoco por parte de muitos de nós de nos distrairmos com uma característica intrigante da Covid, que é a desproporcionalidade de impacto da doença nos adultos em relação às crianças. Há um impacto muito maior nos adultos do que nas crianças, isso é um dado inquestionável. Mas isso nos tirou a atenção da relevância que a doença tem para a população pediátrica", pontuou.

Ao R7, o médico frisou que é um dado inequívoco que a Covid-19 matou mais crianças do que todas as outras doenças preveníveis por vacina. "As doenças imunopreveníveis têm hoje um impacto dramaticamente menor do que o da Covid", ressaltou.

O entendimento é geral entre especialistas, como completa Kfouri. "Não há nenhuma doença prevenível por vacina, hoje, que mais traga hospitalizações e mortes como a Covid. Mesmo na era pré-vacinal - quando nós introduzimos vacina de gripe, sarampo, catapora, febre amarela, caxumba, rubéola, meningite - a mortalidade por essas doenças era infinitamente menor do que a por Covid-19", alerta.

Sáfadi citou como exemplo mortes por Influenza em 2009, ano de pandemia da H1N1, e meningite meningocócica em 2010, antes da inserção da vacina contra a doença no calendário vacinal. "Mesmo o ano que mais matou crianças por essas doenças imunopreveníveis, nenhuma delas vitimou tanto as crianças como a Covid-19", explicou.

O pediatra ressaltou, ainda, que ao se falar de vacinação, não devemos pensar apenas na prevenção de óbitos. "Tem que lembrar também que o que norteia a recomendação de uma vacina não é só a prevenção da morte, é a prevenção da hospitalização, da sequela, da sobrecarga das unidades de saúde. Envolve também critérios econômicos, de qualidade de vida, tudo isso é levado em conta ao se produzir uma vacina. E esses aspectos todos da covid são também dramáticos. São 34 mil hospitalizações de crianças adolescentes desde que começou a pandemia. A gente tem uma série de elementos que corroboram para o ônus dessa doença no público pediátrico", pontuou.

Campanha antivacina

Kfouri, que também é presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, ressalta que, diferente das dúvidas levantadas por autoridades federais quanto aos benefícios da vacinação, há "razões de sobra para vacinar as crianças", sejam elas éticas, sanitárias, epidemiológicas e protecionistas, tanto para a saúde individual quanto coletiva. "As vacinas são seguras, estão licenciadas no país e sendo utilizadas (em crianças) em mais de uma dúzia de países pelo mundo."

Kfouri lamenta a falta de incentivo à medida preventiva da doença e critica a postura dos líderes de governo. Ainda que, de março de 2020 a novembro de 2021, 308 crianças de 5 a 11 anos tenham morrido por Covid-19, segundo dados do próprio governo, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse, logo após a inclusão do grupo, não ter conhecimento de nenhuma morte nesta faixa etária pela doença e ainda questionou os interesses por trás da aprovação.

O próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não fez recomendação explícita à vacinação. Ao contrário, incentivou a população a procurar um médico antes de levar os filhos às salas de imunização, ainda que a prescrição médica não seja cobrada. "Lamentável que o lançamento de uma vacina seja quase que um pedido de desculpas, feita de maneira contrariada, constrangida pelo ministro da Saúde, que deveria ser o primeiro a incentivar a vacinação", critica Kfouri, ainda que acredite que, à despeito dos comunicados, a população brasileira confia nas vacinas.

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AGÊNCIA BRASIL

Barra Torres rebate declarações de presidente sobre vacinação infantil

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, divulgou nota em que nega a existência de interesses ocultos por trás da aprovação da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra covid-19. No texto, ele pede retratação ao presidente Jair Bolsonaro sobre fala relacionada ao assunto.

Em entrevista a uma rádio na semana passada, Bolsonaro questionou o interesse da Anvisa com a aprovação da vacina da Pfizer contra covid-19 para crianças nessa faixa etária. 'Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí?", perguntou.

Na nota, divulgada nesse sábado à noite, Barra Torres diz que se o presidente tiver informações que indiquem corrupção deveria determinar investigação policial. 'Agora, se o senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate. Estamos combatendo o mesmo inimigo e ainda há muita guerra pela frente. Rever uma fala ou um ato errado não diminuirá o senhor em nada. Muito pelo contrário', finaliza Barra Torres.

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O HOJE

Idosa acorda após ter sido dada como morta e surpreende família em organização de velório; entenda

Uma idosa de 78 anos, chamada Clotilde Rieck, acordou após ser dada como morta durante a preparação do velório, em Cidreira, no litoral do Rio Grande do Sul. Um dos funcionários da funerária, que preparava o corpo de Clotilde, fez uma ligação para a família dizendo que a idosa estava viva.

Ao G1, Bianca Schneider, sobrinha-neta da idosa, contou que a família estava em casa organizando o velório quando o funcionário da funerária ligou dando a notícia. A família explicou também que a morte de Clotilde havia sido confirmada após a idosa sofrer duas paradas cardíacas.

Segundo Bianca, na funerária, o funcionário percebeu que Clotilde estava viva quando foi retirar o corpo do necrotério. “Quando ele descobriu o corpo para fazer a remoção dela, ela estava viva, com o braço erguido, o olho aberto e pedindo ajuda”, explicou.

Além disso, o funcionário pediu ajuda no posto de saúde, uma vez que a paciente estava com o coração batendo e ofegante. De acordo com Bianca, a idosa quase foi enterrada viva, mas devido a um problema com o tamanho do caixão escolhido, o processo demorou mais que o normal. “Se tivesse o caixão do tamanho dela certinho, nós teríamos enterrado ela viva. Graças a Deus, teve esse tempo”, relatou aliviada.

De acordo com o portal do Hugo Gloss, a prefeitura da cidade emitiu uma nota confirmando a investigação do caso e responsabilidade dos profissionais de saúde envolvidos. “Foi registrado também um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Cidreira e exigido que a empresa contratada afaste a profissional dos serviços prestados em nosso município”, diz o comunicado.

A coordenadora do postinho, Irene Mendes, confirmou a nota da prefeitura e que é uma coisa inédita no município. “Realmente, é uma coisa inédita aqui para o nosso município. Nunca passamos por uma situação como essa. Nós estamos tomando providências, vamos abrir um processo administrativo e solicitamos o afastamento imediato da médica”.

Conforma defesa da médica, a profissional utilizou “todos os meios de tratamento e todas as manobras de ressuscitação cardiopulmonar disponíveis no Posto de Saúde 24 horas Eva Dias de Melo, na cidade de Cidreira/RS, especialmente no dia 31/12/2021” para reanimar a paciente.

Em nota ao G1, os advogados afirmaram que a médica não recebeu contato da prefeitura para esclarecimentos sobre o caso e não foi comunicada sobre o afastamento. “Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas para os devidos esclarecimentos dos fatos e demonstração da boa conduta médica adotada”.

Dona Clotilde foi informada do ocorrido na última sexta-feira (8/1) e, segundo Bianca, ela ficou “perplexa”. Desde o último dia 31, a idosa está internada na Santa Casa de Porto Alegre e, de acordo com a sobrinha-neta, está em um quarto, respirando normalmente e evoluindo bem aos tratamentos.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 159 casos e duas mortes nas últimas 24 horas

Goiás registrou 159 novos casos de covid-19 e duas mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Os dados foram confirmados na tarde deste domingo (9/1) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Com as atualizações, o Estado contabiliza 24.726 infecções e 24.726 óbitos pela doença desde o início da pandemia. 

A pasta afirma que há 919.896  pessoas recuperadas da covid-19 em Goiás. Além disso, a SES-GO investiga  618523 casos e 386 mortes para saber se há alguma relação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus no território goiano é de 2,6%.

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UTIs e enfermarias pediátricas para covid-19 estão lotadas na rede de Goiás

Théo Mariano

Goiânia - Os leitos pediátricos para tratamento de pacientes com covid-19, tanto em unidades de terapia intensiva (UTIs) quanto em enfermarias, estão lotados na rede estadual de Goiás. A alta recente foi notificada pelo sistema de monitoramento utilizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).


Ao todo, o Governo de Goiás disponibiliza, às crianças, 11 vagas em unidades de terapia intensiva e 30 em enfermarias em hospitais estaduais. Todas estão ocupadas. Ainda assim, em entrevista ao jornal A Redação nesta sexta-feira (7/1), o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, avalia que o aumento é "dinâmico" e a abertura de novos leitos "depende da necessidade".

A princípio, reforçou o chefe da pasta estadual, não há qualquer plano para alterar a estratégia de cuidado com as crianças. O número de vagas deve permanecer. Na manhã de hoje, a SES-GO registrou três pedidos de internação em unidades pediátricas de terapia intensiva para tratamento da covid-19.

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JORNAL OPÇÃO

Hospitais privados registram aumento de 655% nos casos de Covid-19

Por Acaray Martins

Dos 33 hospitais pesquisados, 88% registraram aumento de casos positivos de Covid-19 e Influenza. Só o número de casos de Influenza teve elevação de 270%

Os casos de Covid-19 cresceram 655% desde o mês de dezembro, segundo a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), que realizou pesquisa em 11 estados, incluindo Goiás. Dos 33 hospitais pesquisados, 88% registraram aumento de casos positivos de Covid-19 e Influenza. Além da alta nos registros de Coronavírus, o número de casos de Influenza teve elevação de 270%. A pesquisa teve como intuito entender o aumento entre os associados.

As instituições respondentes registraram neste período 13.040 casos positivos para Covid-19, o que representa um percentual de positividade de 21% sobre o total de testes realizados. Ainda, de acordo com a pesquisa, desde dezembro, 32% desses casos resultaram em internação. Ao analisar apenas os dados de Influenza, foram registrados 7.943 casos confirmados, o que representa um percentual de positividade de 42% sobre o total de testes realizados. Os dados da pesquisa mostram ainda que 22% dos casos confirmados desde dezembro resultaram em internação.

A Anahp recomenda que a busca pelo atendimento no pronto-socorro dos hospitais deve acontecer em casos específicos como pacientes com sintomas persistentes ou sinais de acometimento mais grave. Aqueles que estiverem com sintomas leves ou assintomáticos devem priorizar a busca por atendimentos ambulatoriais como consultas médicas via telemedicina.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 07 Janeiro 2022 08:52

CLIPPING AHPACEG 07/01/22

Escrito por

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DESTAQUES

Saúde estuda reduzir período de isolamento para pessoas com Covid-19

Conass diz que País tem 35.826 casos de covid, maior número desde 22 de setembro

Anvisa afirma que governo deve ajudar a monitorar efeitos das vacinas

Bolsonaro critica vacinação de crianças e diz que filha não será vacinada

Testes mostram que atual vacina da gripe protege contra H3N2 Darwin

'Não há previsão alguma de reações graves', diz Marcos Boulos em defesa da vacinação de crianças

Médicos acionam o CFM e cobram abertura de processo contra Queiroga

Kennedy: Queiroga é 'sinistro' da Saúde e merecia sofrer impeachment

Após morte por ômicron, Queiroga diz ser preciso aguardar evolução de casos

Saúde: saiba quais foram as principais decisões do STJ no setor em 2021

Ômicron mata homem de 68 anos que tomou três doses de vacina em Aparecida

Goiás estima iniciar vacinação em crianças entre 15 e 17 de janeiro

Covid-19: Goiás registra 1.292 novos casos e 23 mortes em 24 horas

Teste rápido de hanseníase desenvolvido pela UFG já está no mercado

Hospitais privados do Estado registram aumento de até 50% nos atendimentos médicos

Ocupaçõa de leitos para a Covid-19 dispara, em Goiás

CRUZOÉ

Saúde estuda reduzir período de isolamento para pessoas com Covid-19

Comandado por Marcelo Queiroga, o Ministério da Saúde estuda pedidos para reduzir o período de isolamento para pessoas com Covid-19. Um eventual novo prazo de isolamento seria imposto tanto aos pacientes com sintomas da doença quanto aos assintomáticos.

A secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, afirmou que ainda não há data definida para a decisão e pontuou que a célere disseminação da Ômicron pode dificultar a implementação da medida.

'Nas discussões que nós tivemos, não é o momento de fazer isso por conta da Ômicron. A gente ainda está em tratativas. Não tem nada definido, a gente tem que analisar mais e com prudência. Está sendo avaliado com bastante cautela, porque os casos da Ômicron aumentaram exponencialmente e a gente está adequando tudo', avaliou.

Os pedidos endereçados ao ministério surgiram após o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos reduzir o período de quarentena de 10 para cinco dias para pessoas completamente vacinadas e que não apresentam sintomas.

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ISTOÉ

Conass diz que País tem 35.826 casos de covid, maior número desde 22 de setembro

O Brasil registrou, entre a quarta-feira, 5, e esta quinta-feira, 35.826 novos casos de covid-19 em 24 horas, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados nesta dia 6 de janeiro. Com o avanço da variante Ômicron, o número diário de registros é o maior desde 22 de setembro de 2021, quando foram computados 36.473 casos.

Em relação aos dados de uma semana atrás houve aumento de 167,2% no número de novos registros. Em 30 de dezembro, foram 13.405 novos casos.

Com isso, a média móvel de novos registros nos últimos sete dias atingiu 15.670, a maior desde 6 de outubro de 2021, quando a média móvel de sete dias ficou em 16.755 casos. O total de casos de covid-19 chega a 22.386.930 desde o início da pandemia.

O levantamento do Conass, que compila dados de secretarias de Saúde dos 26 Estados e do Distrito Federal, apontou ainda 128 óbitos causados pela covid-19 no período e o País acumula 619.641 vidas perdidas para a doença.

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CORREIO BRAZILIENSE

Anvisa afirma que governo deve ajudar a monitorar efeitos das vacinas

Na última quarta-feira (5/1), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que "a segurança da vacina é competência da Anvisa". Segundo o órgão regulador, contudo, monitoramento de eventos adversos pós-vacinação é feito de maneira "cooperada e integrada" entre agência e governo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) declarou, nesta quinta-feira (6/1), que os possíveis efeitos adversos das vacinas contra a covid-19 devem ser monitorados pelo órgão regulador em conjunto com o Ministério da Saúde.

'Resta claro que as ações de farmacovigilância das vacinas contra a Covid-19 são realizadas de forma cooperada e integrada entre o Ministério da Saúde e a Anvisa, sob a coordenação do Ministério, conforme previsto no protocolo de vigilância epidemiológica e sanitária de eventos adversos pós-vacinação', afirmou a agência, em nota.

Na última quarta-feira (5), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que 'a segurança da vacina é competência da Anvisa'.

A agência também esclareceu que, de acordo com a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), um evento adverso pós-vacinal é qualquer ocorrência médica indesejada após a vacinação, não possuindo, necessariamente, uma relação causal com o uso de uma vacina.

É função da Anvisa acompanhar a avaliação de causalidade para cada evento adverso. Tal avaliação visa determinar a real relação entre o evento adverso e o produto suspeito. 'São diversas variáveis a serem consideradas, como as características pessoais, comorbidades, outros medicamentos em uso, hábitos de vida, doenças prévias, entre outras", explicou.

Segundo o órgão, tais análises também fazem parte do contínuo monitoramento do perfil de benefícios e riscos das vacinas em uso pela nossa população. 'Nesse sentido, a Anvisa reforça que mantém a recomendação pela continuidade da vacinação com todas as vacinas covid-19 aprovadas pela agência, dentro das indicações descritas em bula, uma vez que, até o momento, os benefícios das vacinas superam, e muito, seus eventuais riscos', comentou.

Papel das empresas farmacêuticas

Em nota, a Anvisa ainda detalhou 'os requisitos, responsabilidades e padrões de trabalho' a serem observados pelas empresas detentoras de registro de medicamentos e vacinas distribuídos ou comercializados no Brasil.

'O detentor de registro de medicamento ou vacina deve manter rotina de avaliação da relação benefício-risco de seus produtos. A norma define, ainda, que qualquer alteração no equilíbrio entre os benefícios e os riscos de seus produtos deve ser informada imediatamente à Anvisa, inclusive novos dados que possam existir provenientes de estudos pós-registro, indicando a ocorrência de sinais ou mudanças na relação benefício-risco dos medicamentos e vacinas', disse.

De acordo com a agência, ainda, também é papel das farmacêuticas notificar obrigatoriamente todos os eventos adversos, seja por meio de notificação (para os eventos adversos graves e inesperados), seja por meio dos RPBRs [Relatórios Periódicos de Avaliação Benefício-Risco], que devem contemplar todos os eventos, dos leves aos graves. 'Tal monitoramento se dá de forma periódica e ininterruptamente durante todo o período em que o produto estiver no mercado', pontuou o órgão.

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Bolsonaro critica vacinação de crianças e diz que filha não será vacinada

Dados do Ministério da Saúde de dezembro mostram que 2.625 crianças e adolescentes entre zero e 19 anos morreram desde o primeiro caso da covid-19 no Brasil, em março de 2020

Em meio a uma terceira onda de covid-19 no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que desconhece o número de óbitos de crianças pela doença e criticou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por liberar a vacinação do público pediátrico. O chefe do Executivo voltou a dizer, também, que sua filha mais nova, de 11 anos, não será vacinada.

Bolsonaro aproveitou para recomendar aos pais que questionem os verdadeiros interesses dos 'tarados por vacinas'. As declarações foram concedidas em entrevista à TV Nova Nordeste nesta quinta-feira (6/1).

'Desconheço (o número de crianças mortas por covid-19), mas com toda certeza existe algum moleque que morreu em função de covid, mas que tinha algum problema de saúde grave ou tinha outra comorbidade', afirmou o presidente. Dados do Ministério da Saúde de dezembro, mostram, no entanto, que 2.625 crianças e adolescentes entre zero e 19 anos morreram desde o primeiro caso da doença no Brasil, em março de 2020.

Ainda sem apresentar evidências, o presidente também afirmou que há efeitos colaterais nas doses do imunizante da Pfizer. 'Você vai vacinar seu filho contra algo que no jovem, por si só, a possibilidade de morrer é quase zero? O que está por trás disso? Qual é o interesse da Anvisa por trás disso? Qual é o interesse das pessoas taradas por vacina? É pela sua vida? Pela sua saúde? Se fosse, estariam preocupados com outras doenças e não estão. Não se deixe levar por propaganda', questionou.

O chefe do Executivo ainda criticou o órgão regulador e os movimentos pela vacinação. 'A Anvisa, lamentavelmente, aprovou a vacina para crianças entre 5 e 11 anos de idade. Eu quero dar a minha opinião e a minha filha de 11 anos não será vacinada. Eu pergunto: você tem conhecimento de uma criança que tenha morrido de covid? Na minha frente tem 10 pessoas e ninguém levantou o braço. É um direito seu vacinar, está autorizada, mas você, pai e mãe, veja possíveis efeitos colaterais. Uma das questões que nós colocamos, que você, pai, tem que saber, a grande empresa Pfizer não se responsabiliza por efeitos colaterais. Vê se é o caso de o seu filho se vacinar ou não, nós compramos a vacina e é voluntária, mas veja os possíveis efeitos colaterais', destacou.

Estados preparados para vacinar crianças

As falas do presidente acontecem no mesmo dia em que Wellington Dias, presidente do Fórum dos Governadores do Brasil, pede a rápida distribuição das vacinas aos estados para a imunização de crianças. No vídeo publicado nas redes sociais nesta quinta-feira, o governador do Piauí afirma que, assim que chegarem aos 27 estados da Federação, será feita a distribuição imediata das doses.

'Estamos prontos. Ao chegar em cada estado, iniciaremos a vacinação, seguindo a regra que foi anunciada e que segue a ciência. Quero dizer aqui que nosso objetivo continua o mesmo: salvar vidas. Nesse caso, salvar vidas de crianças. E, é claro, vamos seguir cobrando da Anvisa também a aprovação para vacinação abaixo de cinco anos", disse no vídeo.

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AGÊNCIA BRASIL

Testes mostram que atual vacina da gripe protege contra H3N2 Darwin

O Instituto Butantan, fabricante da vacina contra a gripe utilizada no Programa Nacional de Imunização (PNI) no país, informou hoje (6) que testes de laboratório realizados pelo instituto mostraram que o imunizante é capaz de conferir proteção contra infecção pelo vírus influenza H3N2 (Darwin), mesmo sem ter a cepa na sua composição. A variante H3N2 Darwin é responsável pelo surto de gripe que atinge várias partes do país.

Segundo o diretor de produção do Instituto Butantan, Ricardo Oliveira, a vacina atual, trivalente, feita contra os vírus da influenza H1N1, H3N2 e B, protege contra a H3N2 Darwin de forma cruzada, ou seja, neutraliza essa variante em razão de ter em sua composição a proteção contra a cepa H3N2 original, 'parecida' com a Darwin.

'Você tem um grau muito próximo de parentesco com a sua mãe, mas você é diferente dela. As cepas da influenza são parentes, têm mudanças na estrutura viral, nos aminoácidos, mas têm partes do vírus que são as mesmas e ela confere essa proteção mesmo com a atualização do vírus', disse.

Oliveira ressalvou, no entanto, que a atual vacina produz uma proteção menor do que um imunizante fabricado especificamente contra a cepa H3N2 Darwin. 'A vacina que temos hoje traz uma proteção cruzada contra a Darwin, menor do que a vacina específica, mas confere. Vimos isso nos reagentes que usamos no controle de qualidade, nas reações in vitro'.

Nova vacina

A nova versão da vacina da influenza, que será distribuída em 2022 pelo PNI do Ministério da Saúde, é trivalente, composta pelos vírus H1N1, H3N2 (Darwin) e a cepa B, e já está sendo produzida pelo Butantan em suas fábricas. O envase está previsto para a primeira semana de fevereiro.

O Instituto Butantan produz atualmente 80 milhões de doses da vacina contra influenza anualmente oferecidas na campanha nacional de vacinação contra a gripe. O imunizante é modificado a cada ano baseado nos três subtipos do vírus influenza que mais circularam no ano anterior no hemisfério Norte, monitorados e indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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CARTA CAPITAL

'Não há previsão alguma de reações graves', diz Marcos Boulos em defesa da vacinação de crianças

O médico infectologista reforça que a imunização infantil é crucial para interromper a circulação do coronavírus e evitar novas variantes

Diante dos obstáculos impostos pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à vacinação de crianças contra a Covid-19, o médico infectologista Marcos Boulos exalta a importância de imunizar os brasileiros dessa faixa etária e tranquiliza pais e responsáveis sobre possíveis efeitos adversos graves.

'Não há previsão alguma de reações graves associadas à aplicação da vacina em crianças. As crianças recebem vacinas há muito tempo, desde o nascimento, e estamos diante de mais uma [vacina] de baixíssima toxicidade, que pode causar apenas sintomas brandos, como algum desconforto local, febre ou dor no corpo, exatamente como nos adultos - e que passa', afirma o especialista em entrevista a CartaCapital.

'Quem fala sobre vacina atrapalhar o desenvolvimento de crianças não tem base nenhuma para a declaração, a não ser negacionismo e desinformação', completa Boulos, que criticou a demora do governo para anunciar a imunização infantil.

Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovar a aplicação das vacinas pediátricas da Pfizer, o governo demorou 20 dias para chancelar a orientação. O Ministério da Saúde cogitou a exigência de prescrição médica para que as crianças fossem vacinadas e promoveu consulta e audiência públicas. Mais uma vez, a gestão Bolsonaro se viu isolada e a maioria se mostrou contra a necessidade de receita médica.

Para Boulos, a pasta da Saúde mantém uma atitude indevida desde o começo da pandemia e novamente cria impedimentos para conter a disseminação do vírus. 'A postura do ministro Queiroga até aqui foi mais para agradar ao patrão dele, o presidente Bolsonaro, que sempre foi um negacionista em relação às vacinas.'

'Precisamos parar a pandemia'

O especialista destaca que neste momento, em que o País já avançou com a vacinação de adultos - 75% tomaram a 1ª dose e 67% receberam a 2ª -, o foco deve ser o de interromper a transmissão do vírus, para colocar um fim à pandemia.

'Precisamos entender o porquê de as crianças não terem sido inseridas lá atrás no Plano Nacional de Imunização. Primeiro, não tínhamos vacina e, depois, víamos que as crianças evoluíam de maneira pouco grave, em um cenário de pico de casos e mortes. Agora, estamos em outro momento. Avançamos com a vacinação em adultos, mas precisamos parar a pandemia, interromper a transmissão do vírus, e isso só acontece com o maior número de pessoas vacinadas. Do contrário, a chance de surgir novas variantes é alta', atesta.

Ainda assim, mortes entre crianças e adolescentes aconteceram. Dados do próprio Ministério da Saúde mostram que o País soma 2.625 óbitos de pessoas entre zero e 19 anos desde a confirmação do 1º caso da doença até o dia 6 de dezembro de 2021.

Para Marcos Boulos, as crianças podem ser significativos vetores de transmissão do vírus. 'Até pelo fato de não ficarem doentes frequentemente, as crianças mantêm o vírus dentro de si, o que facilita a transmissão e o surgimento de novas variantes.'

As crianças de 5 a 11 anos somam 20 milhões de pessoas no Brasil, o que significa que são necessárias 40 milhões de doses para a aplicação de, no mínimo, duas doses. O Ministério da Saúde informou na quarta-feira 5 ter encomendado 'mais de 20 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer', quantidade suficiente para a 1ª dose, mas não para completar o ciclo vacinal. O primeiro lote de imunizantes pediátricos deve chegar ao País em 13 de janeiro.

Ainda que a orientação, enfim, seja a de vacinar as crianças, a prática não será obrigatória, condição com a qual Boulos não concorda. 'O que temos de tentar é que todos se vacinem. Não estamos falando de um direito individual, mas da chance de uma pessoa não vacinada contaminar as demais, por isso tem de ser obrigatório. As vacinas pediátricas no Brasil são obrigatórias, inclusive para frequentar escolas, que pedem carteira de vacinação', relembra.

O infectologista ainda chama a atenção para o momento epidemiológico do País, que vê crescer não só os casos de Covid-19, mas também os de gripe causados pelo vírus da Influenza. O Brasil já registra casos de 'flurona', quando há a combinação dos vírus.

'A vacinação contra a Covid-19 se faz especialmente importante em um momento em que temos duas doenças que geram síndrome respiratória aguda grave. Precisamos diminuir o arrocho na demanda hospitalar, sobretudo nas UTIs', explica o especialista, que também reconhece o impacto da variante Ômicron, 'de altíssima transmissibilidade', no aumento das infecções.

'Estamos com uma elevação de casos no mundo todo mas, justamente pela sua alta transmissibilidade, a Ômicron não deve durar muito tempo. Aconteceu isso na África do Sul: ela apareceu e diminuiu de forma mais ou menos rápida. Mas a expectativa é de que isso venha a reduzir daqui a duas, três semanas, levando em conta o grau de vacinação em que estamos'.

Ainda assim, Boulos adverte: 'Não devemos nos aglomerar, não é o momento para isso. As pessoas estão achando que o problema está resolvido, mas de fato não está'.

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Médicos acionam o CFM e cobram abertura de processo contra Queiroga

Ex-presidentes do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo solicitaram a abertura de de um processo ético-profissional contra o médico e ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O pedido foi encaminhado ao Conselho Federal de Medicina.

No centro da demanda está a postura do ministro em relação à vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. Os médicos apontam que as medidas apresentadas por Queiroga para adiar a resolução sobre imunizar as crianças - como consulta pública e audiência - foram 'inconsistentes', contrariando a robustez das posições técnicas e científicas a respeito.

'As crianças desta faixa etária recebem tal vacina desde início de novembro nos EUA e meados de novembro na Europa, tão logo as agências reguladoras destas localidades aprovaram seu uso. (?) Portanto, não se sustenta qualquer preocupação relevante com a segurança (conforme já assegurou a ANVISA, órgão competente para tanto) e demonstra desconsideração do profissional com o conhecimento existente', apontam os profissionais.

No documento, os profissionais enumeram as infrações que Queiroga, como médico, teria cometido contra o Código de Ética Médica.

Ao pedirem uma investigação sobre as posições e atitudes de Queiroga, os médicos adiantam que o entendimento do coletivo é o de que não cabe justificativa para que o ministro continue a exercer uma função de agente público. 'Antes de ministro, o representado é médico, que, como todos nós, está submetido aos mesmos ditames éticos, que devem ser assumidos e confirmados em seu juramento médico.'

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PORTAL UOL

Kennedy: Queiroga é 'sinistro' da Saúde e merecia sofrer impeachment

Para Kennedy Alencar, colunista do UOL, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deveria sofrer impeachment. "Ele é um 'sinistro' da Saúde. Queiroga merecia ser impeachmado", avaliou.

Médicos ex-presidentes do Cosems-SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo) solicitaram ao CFM (Conselho Federal de Medicina) abertura de processo ético-profissional contra o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

No documento, assinado pelos membros do Conselho Honorário da entidade em 30 de dezembro, os médicos argumentam que Queiroga praticou infrações que acometem toda a população brasileira, principalmente as crianças entre 5 a 11 anos, alvo de discussão pública por causa da vacinação infantil contra covid-19.

Bolsonaro comete crime

Durante a entrevista ao UOL News hoje (6), Kennedy ainda disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) comete crime ao não vacinar a filha de 11 anos. "Ele está descumprindo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). A vacinação é obrigatória em casos recomendados pelas autoridades sanitárias", avaliou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou hoje a criticar a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pelo aval à vacinação infantil contra o coronavírus e, em tom alarmista e sem fundamentação científica, colocou em dúvida a eficácia do imunizante da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos. O governante também disse desconhecer que alguém nessa faixa etária tenha morrido em decorrência da covid-19 no país.

Dados do Sivep-Gripe, base de dados do SUS (Sistema Único de Saúde), porém, mostram que ao menos 301 crianças e adolescentes de 5 a 11 anos morreram no país em razão da doença desde março de 2020. No total, foram 6.163 casos registrados de infecção.

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Após morte por ômicron, Queiroga diz ser preciso aguardar evolução de casos

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou à coluna que há uma preocupação com o aumento do número de casos da variante ômicron do coronavírus no Brasil, mas que em relação ao primeiro óbito confirmado pela nova variante ainda é preciso aguardar para maiores conclusões e que nada muda na estratégia da pasta.

"É uma variante de preocupação. Mas não muda [a estratégia]", afirmou ao UOL.

Segundo Queiroga, nos países com alto percentual da população vacinada a nova variante tem causado "pouco impacto nas hospitalização e óbitos". "Vamos aguardar a evolução dos casos", disse.

No início da tarde desta quinta-feira (6), o Ministério da Saúde confirmou que foi notificado do primeiro óbito causado por variante Ômicron pela secretaria de saúde de Aparecida de Goiânia (GO). "Trata-se de um homem idoso e com comorbidades. Essa é a primeira morte pela variante no país notificada ao MS", disse a pasta em nota.

Um levantamento da plataforma Our World in Data mostra que nova variante do coronavírus já é responsável por mais da metade das infecções no país e que casos explodiram em duas semanas. A variante ômicron do coronavírus já é dominante no Brasil, sendo responsável por 58,33% dos casos de covid-19 sequenciados no país.

Queiroga admitiu o crescimento dos casos de nos últimos dias, afirmou se tratar de uma consequência da maior capacidade de transmissão da ômicron e das festas de final de ano e ressaltou a pasta tem acompanhado a evolução da doença. "Estamos vigilantes", disse o ministro da Saúde

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MAIS GOIÁS

Ômicron mata homem de 68 anos que tomou três doses de vacina em Aparecida

Trata-se de um homem de 68 anos, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. Ele estava vacinado com três doses

A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia confirmou, nesta quinta-feira (6), o primeiro óbito causado pela variante ômicron da covid-19. Trata-se de um homem de 68 anos, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. Ele estava internado em unidade hospitalar. O homem estava vacinado com três doses.

A confirmação do primeiro óbito ocorre exatamente dez dias após a declaração de transmissão comunitária na cidade. A detecção foi possível graças ao Programa Municipal de Sequenciamento Genômico que tem feito a análise de amostras positivas de RT-PCR coletadas no município para mapear a informação genética e identificar as variantes do SARS-CoV-2 em circulação.

55 casos de ômicron em Aparecida

Até o momento, 2.386 sequenciamentos já foram realizados na cidade, que já confirmou 55 casos de Ômicron. A prevalência da variante alcançou a casa dos 93,5%.

De acordo com o secretário municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, Alessandro Magalhães, o índice de casos positivos em Aparecida de Goiânia saltou de 5% para 11% desde o dia 24 de dezembro. A suspeita é que a variante ômicron tenha elevado o número de contaminações.

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JOTA PRO SAÚDE

Saúde: saiba quais foram as principais decisões do STJ no setor em 2021

Cobertura de procedimentos, fornecimento de medicamentos e reembolsos foram temas recorrentes nas Turmas de Direito Privado

Em mais um ano de pandemia, as discussões relacionadas à Saúde tomaram conta da sociedade e ganharam cada vez mais protagonismo. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), os processos relacionados à cobertura de procedimentos, fornecimento de medicamentos e reembolsos foram temas recorrentes nas Turmas de Direito Privado, que julgam os temas relativos aos planos de saúde e ao setor de saúde suplementar.

O JOTA elencou as principais decisões ocorridas no STJ no ano de 2021 relativas à área da Saúde. Assinantes do JOTA PRO Saúde receberam uma versão completa da lista. Conheça!

Veja abaixo alguns dos julgamentos mais importantes no ano passado:

Rol da ANS

Um dos julgamentos mais aguardados pelas empresas do setor de saúde suplementar começou em 16 de setembro, com o voto do ministro Luis Felipe Salomão em defesa de que o Rol de Procedimentos e Eventos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) seja considerado taxativo. No entanto, em sua tese, o relator do caso indicou que podem haver excepcionalidades. A proposta defendida por Salomão foi adiantada aos assinantes do JOTA PRO Saúde em 27 de agosto.

O julgamento ocorre nos EREsp 1886929/SP e EREsp 1889704/SP, mas está suspenso pelo pedido de vista da ministra Nancy Andrighi.

Cláusula de coparticipação

Em fevereiro, o ano começou com a 4ª Turma do STJ decidindo que, em contratos de plano de saúde, não é abusiva a cobrança de coparticipação no percentual de até 50% do valor da tabela do plano, após a 5ª consulta clínica ou de 10 sessões de fisioterapias anuais, desde que haja essa previsão contratual clara e expressa. 

Para os ministros, a cláusula que impôs a coparticipação é assegurada pela Lei 9.656/98, nos termos do artigo 16, inciso VII, o qual prevê que deve constar a indicação desta com clareza. Além disso, tal cláusula não afronta o Código de Defesa do Consumidor (CDC). O caso foi julgado no REsp 1.848.372/SP.

Tratamento prestado diretamente após negativa de cobertura

Já a 3ª Turma do STJ decidiu em fevereiro de 2022 acolher, por unanimidade, recurso de um hospital no qual a instituição questionava uma decisão que considerou ilegal a cobrança de tratamento prestado a paciente diretamente a ele, em razão de o plano de saúde do qual era beneficiário ter rejeitado a cobertura. Na decisão, o colegiado restabeleceu a sentença da primeira instância, considerando procedente a ação de cobrança da instituição hospitalar contra o plano de saúde. O caso foi julgado no REsp 1.842.594/SP.

Reembolso de procedimento não previsto no rol

Em março, a 3ª Turma determinou que a Unimed Sorocaba reembolsasse uma beneficiária pela realização de cirurgia plástica de redução de mama — procedimento não previsto no rol da ANS — para a correção de uma hipertrofia mamária bilateral. Na decisão, os ministros reforçaram mais uma vez o entendimento do colegiado de que o rol da ANS é de natureza Exemplificativa, em oposição ao entendimento da 4ª Turma que defende que o rol é Taxativo. O caso foi analisado no REsp 1.876.630/SP.

Plano de saúde de aposentados

Em decisão da 2ª Seção do STJ foi decidido que aposentados têm direito às mesmas condições do plano de saúde de funcionários ativos. O julgamento se deu no âmbito do EREsp 1.780.374/SP, envolvendo a Bradesco Saúde. O colegiado rejeitou embargos de divergência em recurso especial apresentado pela operadora. Ao esclarecer possível controvérsia entre julgados da 3ª e da 4ª Turma, prevaleceu que não pode haver diferença de tratamento entre as duas categorias.

Operadora deve reembolsar beneficiário por transplante

Em abril, os ministros da 3ª Turma do STJ negaram o recurso de uma operadora e determinaram que ela reembolsasse um beneficiário pela realização de um transplante de fígado. A cobertura do tratamento foi negada anteriormente, o que fez com que o paciente arcasse com os custos de R$ 87 mil do tratamento. O caso foi julgado no REsp 1.901.890/RJ.

Fornecimento de medicamento não registrado na Anvisa

Por decisão da 3ª Turma, em maio de 2021, foi determinado que uma operadora deveria fornecer o medicamento Kineret (Anakinra) prescrito a uma beneficiária portadora de uma doença ultrarrara, a Síndrome de Schnitzler. O fármaco é importado e não possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), motivo pelo qual a operadora havia negado o seu fornecimento. O caso foi julgado no REsp 1.885.384/RJ.

Limite de sessões para autistas

A 4ª negou o recurso de uma operadora no qual a empresa buscava reconhecimento da legalidade do limite máximo de sessões de tratamentos multidisciplinares, como fisioterapia, fonoaudiologia e outras terapias. 

O recurso foi negado em função da ausência de prequestionamento sobre o rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por isso o colegiado nem chegou a aprofundar a discussão sobre o mérito da ação. O caso foi julgado no REsp 1.897.706/SP

Fornecimento de medicamentos de uso domiciliar

Em junho, a 4ª Turma do STJ decidiu que os planos de saúde não são obrigados a fornecer medicamentos de uso domiciliar que não estão previstos no rol da ANS, exceto os antineoplásicos orais e correlacionados, e a medicação assistida (homecare). 

A decisão se alinhou com o que a 3ª Turma já havia decidido, formando, com isso, a jurisprudência das turmas de Direito Privado da Corte sobre o tema. O caso foi julgado no REsp 1.883.654/SP.

Medicamento sem registro na Anvisa

Em agosto, os ministros da 3ª Turma do STJ determinaram que um plano de saúde forneça o medicamento Thiotepa (Tepadina), prescrito para o tratamento oncológico de uma paciente, ainda que o fármaco importado não tenha registro na Anvisa. 

Em 2018, a Corte havia firmado jurisprudência no sentido contrário, desobrigando os planos a custear medicamentos que não possuem registro na agência reguladora (Tema 990). No entanto, nesta decisão os magistrados entenderam que o caso em julgamento tinha peculiaridades e que, além disso, o medicamento em questão possuía uma autorização de importação excepcional. O julgamento ocorreu no REsp 1.923.107/SP.

Medicamento de uso domiciliar administrado por profissional de saúde

No final de agosto, por unanimidade, a 3ª Turma do STJ decidiu que uma operadora deveria fornecer o medicamento Ferinject — de uso domiciliar e não previsto no rol de procedimentos e eventos da ANS — pelo fato de o fármaco ser aplicado por meio de via intravenosa e, portanto, administrado somente por profissional de saúde. 

Além disso, no entendimento dos ministros, embora o medicamento não esteja previsto no rol, ele foi prescrito para anemia grave por deficiência de ferro, doença cuja cobertura está prevista no contrato. O caso foi julgado no REsp 1927566/RS

Cancelamento unilateral de plano por inadimplência de uma parcela

Em setembro, a 3ª Turma do STJ acolheu o recurso de uma consumidora e decidiu por reverter o cancelamento unilateral de um plano de saúde. O plano havia sido cancelado após inadimplemento de uma parcela. O caso foi julgado no REsp 1887705/SP.

Planos não têm que cobrir fertilização in vitro

Em outubro, a 2ª Seção do STJ concluiu o julgamento do recurso repetitivo Tema 1067, fixando a seguinte tese: “Salvo disposição contratual expressa, os planos de saúde não são obrigados a custear o tratamento médico de fertilização in vitro”.

O relator, ministro Marco Buzzi, considerou que a técnica de fertilização in vitro não tem cobertura obrigatória, segundo a legislação brasileira e as normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O caso foi apreciado nos REsp 1.851.062/SP, REsp 1.822.420/SP e REsp 1.822.818/SP.

Medicamento importado à base de canabidiol 

No final de outubro, a 3ª Turma do STJ decidiu que uma operadora de plano de saúde é obrigada a custear o medicamento importado Purodiol, cujo princípio ativo é o canabidiol. O canabidiol é uma substância extraída da planta cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha. 

O fármaco reivindicado para tratamento do beneficiário possui autorização para importação em caráter excepcional. O caso foi julgado no REsp 1943628/DF.

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A REDAÇÃO

Goiás estima iniciar vacinação em crianças entre 15 e 17 de janeiro

Théo Mariano

Goiânia - A vacinação de crianças entre 5 e 11 anos contra a covid-19 está estimada para começar em Goiás entre os dias 15 e 17 de janeiro. Em entrevista ao jornal A Redação nesta quinta-feira (6/1), o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, afirmou que a previsão é de que as doses sejam despachadas aos Estados no dia 14 deste mês. "Iniciaremos a vacinação o mais rápido possível e da maneira mais facilitada e acessível, por idade decrescente", disse.

A estimativa da pasta estadual é de que os carregamentos mantenham a mesma proporção que já era trabalhada pelo Ministério da Saúde. Ao longo da pandemia, o Estado de Goiás recebeu cerca de 3% das vacinas liberadas pelo governo federal. No entanto, como reforçou Alexandrino, a quantidade não foi divulgada até o momento pelo MS, que vai receber nesta ocasião uma remessa de 1,2 milhão de doses da Pfizer.

A fabricante foi a única farmacêutica com imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em crianças. A ideia é de que, no primeiro trimestre deste ano, o Brasil receba 20 milhões de doses pediátricas da vacina. O Ministério da Saúde, ao incluir o grupo de 5 a 11 anos no Programa Nacional de Imunizações (PNI), decidiu pela não necessidade de prescrição médica - medida cogitada anteriormente pelo governo federal, mas que foi rechaçada por diversos Estados, inclusive Goiás.

O esquema vacinal será feito com duas doses, em um intervalo de oito semanas entre as aplicações. O tempo, todavia, é superior ao período indicado na bula da Pfizer, que recomenda a vacinação com uma janela de três semanas entre cada dose. Segundo o Ministério da Saúde, será preciso que a criança vá vacinar acompanhada dos pais ou responsáveis ou leve uma autorização por escrito.

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Covid-19: Goiás registra 1.292 novos casos e 23 mortes em 24 horas


Ludymila Siqueira 

Goiânia - Goiás registrou 1.292 novos casos de covid-19 e 23 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Os dados foram confirmados na tarde desta quinta-feira (6/1) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Com as atualizações, que indicam aumento de casos após as festas de fim de ano, o Estado contabiliza 950.928 infecções e 24.722 óbitos pela doença desde o início da pandemia. 

A pasta afirma que há 918.526 pessoas recuperadas da covid-19 em Goiás. Além disso, a SES-GO investiga 607.525 casos e 386 mortes para saber se há alguma relação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus no território goiano é de 2,6%.

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Teste rápido de hanseníase desenvolvido pela UFG já está no mercado

Baseado na técnica de imunocromatografia de fluxo lateral, o teste desenvolvido pela Universidade Federal de Goiás (UFG) se soma aos esforços da comunidade científica de se conseguir um diagnóstico mais preciso e precoce para os pacientes com suspeita de hanseníase, uma doença considerada negligenciada. O teste, rápido e acessível, permite a leitura dos resultados entre cinco a 10 minutos. A tecnologia licenciada pela Universidade já pode ser adquirida no mercado. O próximo passo é a sua disponibilização pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no primeiro semestre deste ano.
 
Coordenado pela professora e pesquisadora Samira Bührer e desenvolvido no Laboratório de Desenvolvimento e Produção de Testes Rápidos (LDPTR) da UFG, o teste para hanseníase é baseado na reação antígeno/anticorpo. Com um pequeno volume de amostra de sangue ou soro, ele captura os anticorpos produzidos no organismo contra o antígeno (corpo estranho) e o identifica por colorimetria, formando uma linha vermelha. “O teste contribui para a confirmação de casos suspeitos. Mas quando é negativo, ele não exclui a possibilidade da doença, uma vez que a resposta imunológica de cada organismo é diferente e o resultado do teste depende da quantidade de anticorpos que o indivíduo produz”, explica a professora.
 
Os benefícios superam as limitações e, por ser de interesse do Ministério da Saúde (MS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez o registro do teste licenciado com celeridade. A comercialização do teste Bioclin Fast ML Flow já é uma realidade. A transferência da tecnologia, com o licenciamento sem exclusividade, foi realizada para a empresa que preencheu os requisitos vinculados ao projeto de desenvolvimento de teste de diagnóstico rápido para o SUS, que é uma demanda da Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) do MS, financiado pelo Fundo Nacional da Saúde (FNS).
 
Já no primeiro dia útil de 2022, o MS e a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde incorporaram ao Sistema Único de Saúde (SUS) o teste rápido de hanseníase desenvolvido pela UFG. As áreas técnicas terão o prazo de quatro meses para efetivar a oferta no sistema público de saúde. “Já estamos preparando material de treinamento dos profissionais de saúde para utilização do teste”, informou Samira Bührer.
 
Benefícios
 
Doença milenar causada pela bactéria Mycobacterium leprae e transmitida pelas gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse ou espirro, a hanseníase tem tratamento. O diagnóstico precoce, com início do tratamento, interrompe a transmissão e previne as sequelas. O teste rápido, desenvolvido pela UFG, é acessível e o resultado é mais rápido e mais sensível do que o exame auxiliar de diagnóstico baciloscopia. “Você não perde o paciente e confirma a suspeita do diagnóstico já na primeira consulta. A inclusão do teste no SUS irá auxiliar na identificação precoce, propiciar o tratamento e evitar as incapacidades e sequelas físicas que são consequências do atraso no diagnóstico, além de evitar a transmissão da hanseníase”, afirma a pesquisadora.
 
A professora Samira Bührer desenvolveu o primeiro teste para hanseníase para sua pesquisa de doutorado em 2000 e, em 2003, publicou sobre o teste utilizando a imunocromatografia. Na UFG, a professora Mariane Martins de Araújo Stefani investigou e analisou mais de 50 novas proteínas, selecionando as mais promissoras para uso em testes sorológicos para hanseníase. O LDPTR da UFG vem testando outras técnicas e duas destas novas proteínas para o aprimoramento do teste. “Estamos disponibilizando ao mercado e ao SUS um teste bem avaliado, estudado, e que sabemos exatamente para quê serve. E continuamos nossos estudos, trabalhando no projeto em busca de aprimorar ainda mais o teste para implementar novas tecnologias e outros antígenos capazes de fornecer melhores respostas sobre a hanseníase”, afirmou Samira Bührer.

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O HOJE

Hospitais privados do Estado registram aumento de até 50% nos atendimentos médicos

Além da rede pública, a rede privada de saúde em Goiás também tem sentido os efeitos do aumento pela procura de atendimento médico. Com o crescimento significativo dos casos de dengue, gripe e Covid-19, hospitais privados da Capital e do interior estão vivendo um momento atípico desde o final do ano passado com prontos atendimentos lotados. Em alguns hospitais a busca por atendimentos cresceu 50%.

De acordo com a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), nem mesmo em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, foi registrada uma demanda tão grande entre meados de novembro e dezembro, como a verificada agora. Segundo a Ahpaceg, na última semana de dezembro de 2021, em apenas um dia, um de seus hospitais associados, localizado na região Sudoeste de Goiânia, chegou a atender cerca de 350 pacientes no pronto atendimento, quase 100 a mais do que o maior número de atendimentos diários já registrados na unidade.

Em outro hospital associado, localizado no Setor Oeste, o aumento começou em outubro com a transição de atendimentos para casos clínicos não Covid-19. Naquele mês, foi registrado um aumento de 6% na demanda. Em novembro, esse percentual subiu para 10% e, em dezembro, já superou 20% de aumento e segue crescendo. Situado no Setor Bueno, um outro associado registrou um crescimento de cerca de 50% na demanda de dezembro em relação a novembro no pronto atendimento.

Interior

A situação repete-se em outras regiões de Goiânia e no interior, como em Rio Verde. Segundo a Ahpaceg, o reflexo deste aumento na demanda tem sido pontos de atendimentos cheios e o aumento no tempo de espera, pois mesmo com mais médicos na equipe, os hospitais não têm conseguido manter o tempo habitual de assistência.

A maior procura é por parte de pessoas com sintomas de gripe e dengue, com casos de Covid-19 sendo descartados por exames laboratoriais. Os pacientes chegam com queixas de febre, tosse, dor de garganta, cefaleia e dores no corpo. Mesmo diante desta situação de aumento na demanda, a Associação orienta que pacientes com esses sintomas é que continuem procurando atendimento médico-hospitalar.

Cuidados

Para entender melhor os riscos da infecção simultânea de Covid-19 e Influenza, a reportagem conversou com a médica e professora de Pneumologia do Centro Universitário São Camilo, Luiza Helena Falcão. Ela explica que até pouco tempo, a coinfecção influenza e Covid-19 era bastante rara, motivo pelo qual ainda há poucas evidências robustas sobre a evolução clínica destes pacientes. Segundo a especialista, em estudos experimentais já foi demonstrado que o vírus influenza é capaz de aumentar a infectividade do SARS-CoV-2 (vírus da COVID-19) e os dois juntos podem causar mais dano pulmonar do que separados. “No entanto, isso não significa que todas as pessoas com infecção por ambos os vírus irão desenvolver quadros graves com pneumonia. É importante ficar atento a indivíduos que sabidamente fazem parte do chamado grupo de risco para doença grave por qualquer um destes vírus, como os idosos, os pacientes obesos, as gestantes e os pacientes portadores de doenças cardiorrespiratórias crônicas”, alerta a médica.

Com relação aos sintomas, a médica destaca que ambos os vírus podem causar dor de garganta, coriza, obstrução nasal, espirros, febre e falta de ar. “Assim, já que estamos num cenário de epidemia das duas doenças, é realmente quase impossível fazer essa diferenciação simplesmente pelo quadro clínico. A exceção é se o paciente perde subitamente o olfato ou o paladar, que são sintomas muito mais associados à infecção por SARS-CoV-2. Desta forma, é importante fazer o teste confirmatório – PCR ou ao menos algum teste rápido – para saber qual o vírus responsável pelos sintomas, já que o tratamento pode ser substancialmente modificado em pacientes que sejam de grupos de risco ou que desenvolvam sintomas graves”, finaliza Luiza.

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TV ANHANGUERA

Ocupaçõa de leitos para a Covid-19 dispara, em Goiás

https://globoplay.globo.com/v/10190794/

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Assessoria de Comunicação

O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, falou à PUC TV sobre o aumento da demanda nos hospitais

 

PUC TV

Hospitais privados registram um aumento atípico neste fim de ano com pronto atendimento lotado

https://www.youtube.com/watch?v=v8zduZkq5nI

Quinta, 06 Janeiro 2022 12:10

CLIPPING AHPACEG 06/01/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Associação dos Hospitais Particulares fala sobre alta demanda na saúde

Pacientes da rede particular reclamam de demora no atendimento em Goiânia

Hospitais privados registram um aumento atípico neste fim de ano com pronto atendimento lotado

Goiânia vai ampliar pontos de testagem da covid-19 a partir desta quinta (6)

Vacina contra a cepa H3N2 de Influenza chega em março, diz ministério 

Força-tarefa quer zerar fila de cirurgias ortopédicas no Hugo

Ministério da Saúde libera vacinação de crianças de 5 a 11 anos; imunização não será obrigatória

Saúde nomeou 244 profissionais temporários meio à situação de calamidade pública

Ministério da Saúde prorroga Programa Mais Médicos por um ano

TV ANHANGUERA

Associação dos Hospitais Particulares fala sobre alta demanda na saúde

https://globoplay.globo.com/v/10187819/

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Pacientes da rede particular reclamam de demora no atendimento em Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/10187803/?s=0s

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PUC TV

Hospitais privados registram um aumento atípico neste fim de ano com pronto atendimento lotado

https://www.youtube.com/watch?v=v8zduZkq5nI

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A REDAÇÃO

Goiânia vai ampliar pontos de testagem da covid-19 a partir desta quinta (6)

A Prefeitura de Goiânia anunciou a ampliação do atendimento e disponibilizar à população a partir desta quinta-feira (6/1), com a abertura de dois pontos de testagem de covid-19. Com a medida, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) visa atender a alta procura que tem ocorrido nos últimos dias nos locais de testagens. Para isso, a pasta vai ofertar na modalidade pedestre aproximadamente 2 mil testes rápidos de antígeno por dia.

Os pontos de atendimento nesta quinta-feira serão no estacionamento do Parque Mutirama, localizado Avenida Contorno, Setor Central, e na Praça da Feira do Vera Cruz II, localizada na Avenida Gercina Borges Teixeira, 2521, Conjunto Vera Cruz II, e haverá necessidade de agendamento. Já os demais locais de a partir de sexta-feira serão disponibilizados no site da Prefeitura de Goiânia.

A testagem é realizada em pessoas a partir de 5 anos e tem como objetivo promover o isolamento social de quem tem resultado positivo para Covid-19, mas que não apresentam sintomas. “A testagem ampliada da população faz parte da ação de vigilância desenvolvida pela gestão municipal no enfrentamento da pandemia”, disse o titular da SMS, Durval Pedroso, acrescentando que a população ainda precisa se atentar aos cuidados sanitários, como o uso de máscara, higienização das mãos e o distanciamento social.

Para realizar o teste, que fica pronto em cerca de 20 minutos, basta fazer o agendamento por este link que também está disponível no site da Prefeitura de Goiânia a partir das 12h de hoje e comparecer ao local no horário marcado, com documentos pessoais e comprovante de endereço.

Confira os locais na modalidade pedestre – por agendamento:

- Estacionamento do Parque Mutirama: Avenida Contorno, Setor Central (Em frente ao Tatico)

- Praça da Feira do Vera Cruz II: Avenida Gercina Borges Teixeira, 2521, Conjunto Vera Cruz II

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AGÊNCIA BRASIL

Vacina contra a cepa H3N2 de Influenza chega em março, diz ministério 

As vacinas para a nova cepa do vírus influenza, denominada H3N2, deverão chegar ao país em março. A informação foi dada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante coletiva para anunciar a inclusão de crianças no Plano Nacional de Imunização contra a covid-19.
 
“Ainda não temos essas vacinas específicas. Elas só chegam no final do primeiro trimestre. A OMS [Organização Mundial da Saúde] indica a cepa, e a vacina tem que ser produzida”, justificou o titular da pasta.
 
Segundo ele, a equipe do Ministério da Saúde está acompanhando os casos para avaliar o impacto. O mesmo vale para casos de flurona, nome dado à infecção simultânea pelo novo coronavírus e pela cepa H3N2.
 
Em sua conta na rede social Twitter, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, destacou a circulação da variante e confirmou que a pasta tem registrado casos de H3N2 em diversos estados.
 
“Por isso recomendamos que todos os cuidados relacionados à saúde sejam priorizados”, disse Cruz. O uso de máscaras e a higienização das mãos ainda são sumariamente importantes”, completou. 

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Ministério da Saúde libera vacinação de crianças de 5 a 11 anos; imunização não será obrigatória

O governo federal anunciou na última quarta-feira (5/1) a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no plano de operacionalização de vacinação contra a covid-19. As primeiras doses de vacinas contra a doença destinadas a crianças de 5 a 11 anos deverão chegar ao Brasil no dia 13 de janeiro. Está prevista uma remessa de 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer – o único aprovado até o momento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Brasil receberá, no primeiro trimestre de 2022, 20 milhões de doses pediátricas destinadas a este público-alvo, que é de cerca de 20,5 milhões de crianças. O Ministério da Saúde receberá, ainda em janeiro, um lote de 3,74 milhões de doses de vacina.

“Não faltará vacina para nenhum pai que queria vacinar seus filhos”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O secretário executivo do órgão, Rodrigo Cruz, informou que outras 20 milhões de doses foram reservadas. O envio está condicionado à confirmação pelo laboratório e pelo andamento do ritmo de vacinação.

O esquema vacinal será com duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações. O tempo é superior ao previsto na bula da vacina da Pfizer. Na indicação da marca, as duas doses do imunizante poderiam ser aplicadas com três semanas de diferença.

Segundo o Ministério da Saúde, será preciso que a criança vá vacinar acompanhada dos pais ou responsáveis ou leve uma autorização por escrito.

O Ministério também recomendará uma ordem de prioridade, privilegiando pessoas com comorbidades e com deficiências permanentes; indígenas e quilombolas; crianças que vivem com pessoas com riscos de evoluir para quadros graves da covid-19; e em seguida crianças sem comorbidades.

A obrigação de prescrição médica para aplicação da vacina não foi incluída como uma exigência, conforme foi ventilado por membros do governo durante as discussões nas últimas semanas. Mas o Ministério sugeriu que os pais procurem profissionais de saúde.

Questionado por jornalistas se essa recomendação não desestimularia os pais a levarem os filhos para vacinar, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, respondeu afirmando que isso deixaria os pais mais “seguros” para decidir sobre a imunização.

Análise

Durante a coletiva, o ministro Marcelo Queiroga e seus secretários defenderam o processo de análise e definição da inclusão do público infantil no Plano Nacional de Imunizações (PNI).  A Anvisa autorizou a aplicação da vacina da Pfizer nessa faixa etária em 16 de dezembro, mas o Ministério decidiu realizar uma consulta pública e uma audiência pública antes de anunciar a inclusão hoje.

“Não há atraso. Não podemos trazer doses antes da aprovação da Anvisa. Consulta pública foi importante sim para tomada de posição do Ministério”, declarou Queiroga. “Tivemos cuidado e não foi excessivo, muito pelo contrário. Também estava no nosso radar. Nós temos uma tempestividade, o tempo correto de ser feito. E acredito que este é o tempo adequado”, acrescentou a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite.

Marcelo Queiroga informou, ainda, que o custo total da vacinação da população de 5 a 11 anos deve ser em torno de R$ 2,6 bilhões.

O secretário executivo Rodrigo Cruz comentou que a equipe da pasta acionou a Pfizer após o anúncio da decisão da Anvisa. Um aditivo do 3º contrato foi firmado no dia 28 de dezembro, que fechou a entrega das 20 milhões de doses no 1º trimestre.

Pfizer

Em nota, a Pfizer confirmou a assinatura do contrato de aquisição das 20 milhões de doses e o início da entrega na “semana do dia 10 de janeiro”. 

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JORNAL OPÇÃO

Força-tarefa quer zerar fila de cirurgias ortopédicas no Hugo

Por Acaray Martins

Meta é realizar 150 cirurgias ortopédicas até sexta-feira, dia 7. Público-alvo são pacientes que aguardam cirurgia há mais de 30 dias

O Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) pretende realizar até a próxima sexta-feira, 7, cerca de 150 cirurgias ortopédicas. A iniciativa consiste em reduzir 100% de filas de pacientes que aguardam pelo procedimento. Neste primeiro momento, o mutirão já atendeu cerca de 50 pessoas.

A expectativa é de que em média 30 cirurgias sejam realizadas por dia, uma vez que os estoques de próteses e órteses, materiais necessários para os procedimentos, foram reforçados após o Instituto CEM assumir a administração do Hugo. De acordo com o médico cirurgião de trauma e quadril e coordenador de ortopedia da unidade, Regis Vieira de Castro, 35 cirurgiões e nove anestesiologistas estão envolvidos no mutirão, além dos demais profissionais, como enfermeiros e técnicos de enfermagem. Para a força-tarefa, eles estão utilizando sete, das dez salas do centro cirúrgico do hospital.

Regis ressaltou também que pretende zerar o número de pacientes que estavam aguardando cirurgia há mais de 30 dias, usuários com fraturas expostas, politraumatismo, infecção, entre outros com características de urgência. “A partir de agora organizamos a logística e aumentamos as equipes. Com essas ações, conseguimos planejar a média de 150 cirurgias até o fim desta semana, e assim vamos desafogar o atendimento”, observou o médico. “O nosso objetivo é que o paciente com fratura e perfil de emergência seja operado na hora, e que os demais operem entre 24 e 48 horas, após chegarem ao Hugo”, explicou Regis.

A primeira beneficiada foi uma mulher de 30 anos, que deu entrada em 1º de dezembro do ano passado, vítima de acidente de trânsito. Ela ficou internada na enfermaria da unidade aguardando a cirurgia, porém o procedimento foi realizado no domingo, 2. Para o diretor técnico do Hugo, médico José Fernando Folgosi, a proposta do mutirão é desafogar a unidade. “A nossa expectativa é reerguer o atendimento prestado pelo hospital. Com muito trabalho e esforço, o local vai voltar a ser referência no atendimento de trauma e emergência em Goiás”, concluiu o gestor.

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Saúde nomeou 244 profissionais temporários meio à situação de calamidade pública

Por Dayrel Godinho

Medida faz parte das ações de contenção da variante Ômicron em Goiânia e os profissionais se somam aos profissionais que tiveram seus prorrogados por 120 dias 

Em meio às críticas do Sindicato dos Trabalhadores de Saúde do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO) sobre a atuação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) prorrogou o contrato dos profissionais da saúde e nomeou outros 244 profissionais temporários por quatro meses. Estes profissionais vão atuar tanto no tratamento da Covid-19, quanto da influenza H3N3.  

A prorrogação destes contratos foi publicada no Diário Oficial do dia 31 de dezembro e só foi possível por causa da situação de Calamidade Pública que vive o município de Goiânia e que permite a contratação destes profissionais da Saúde por meio de um processo seletivo simplificado da SMS. Estes profissionais, de acordo com a Secretaria, ainda estão em processo de apresentação da documentação para a lotação.  

A justificativa do Paço é justamente essa. De que os profissionais vão auxiliar o tratamento da emergência pública a introdução da variante Ômicron na cidade de Goiânia e também o aumento da circulação do vírus influenza H3N2 que, junto com os casos de síndrome gripal e também do enfrentamento à pandemia, têm aumentado a procura pela Saúde Pública.  

A ação, de acordo com o prefeito, reforça a capacidade de atendimento, que, foi disponibilizado em mais 76 unidades de atenção básica, como já publicado no Jornal Opção. “Já mobilizamos toda a rede para amparar e cuidar das pessoas, principalmente neste momento em que confirmamos a transmissão comunitária da variante ômicron. Estamos atentos e trabalhando com a responsabilidade que a saúde pública exige”, enfatiza Rogério Cruz. 

Testagem 

Além destas contratações, que são uma resposta às denúncias feita pelo Sindsaúde/GO, o Paço vai intensificar as ações do Paço Municipal na vigilância em saúde, com testagem ampliada e monitoramento da população que está com uma das cepas da Covid-19 e que se somam a prorrogação  

O anúncio foi feito pelo secretário e saúde nesta quarta-feira, 5, quando o titular anunciou que o Paço vai oferecer o dobro da capacidade de testes, com testagem ampliada pela capital. “A intensão é intensificar estas ações, bem como continuar fazendo o sequenciamento genético das cepas que são predominantes que, junto com a higienização, a utilização de máscaras e do distanciamento social serão fundamentais para o tratamento da Covid-19″, explicou o Secretário.  

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SAGRES

Ministério da Saúde prorroga Programa Mais Médicos por um ano

Uma Portaria do Ministério da Saúde – 99/202- 2 – publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (6), prorroga, por um ano, o contrato de um grupo de 19 profissionais com o Projeto Mais Médicos para o Brasil.

Pela norma a prorrogação se dará automaticamente a partir do primeiro dia após o vencimento do Termo de Adesão e Compromisso original. Caso o participante não tenha interesse na prorrogação, deverá acessar o Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP), no período de 6 a 7 de janeiro de 2022, e manifestar formalmente o desinteresse em continuar no programa. Nas situações em que o gestor municipal não tenha interesse na permanência do participante por um ano no Projeto, deverá acessar o SGP, exclusivamente no período de 6 a 7 de janeiro de 2022, e manifestar formalmente o desinteresse na prorrogação, expressando o motivo da recusa.

O participante com prorrogação automática da adesão deverá, obrigatoriamente, entregar ao gestor municipal, até o dia 30 de janeiro de 2022, o Termo Aditivo ao Termo de Adesão e Compromisso, em duas vias, devidamente preenchido e assinado, o que implicará, para todo e qualquer efeito, em concordância de forma expressa com todas as condições, normas e exigências estabelecidas no Edital e demais normativos que regulamentam o Projeto.

Cabe ao gestor municipal receber os documentos exigidos na Portaria, e mantê-los sob sua guarda, com disponibilização ao Ministério da Saúde quando requerido.

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Assessoria de Comunicação

Associação dos Hospitais Particulares fala sobre alta demanda na saúde

 

Entrevista BDGoiás 06 01 22

 

Presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, fala ao Bom Dia Goiás/TV Anhanguera sobre o aumento da demanda nos hospitais privados e orienta a população sobre os cuidados com a saúde.

 

 

 

https://globoplay.globo.com/v/10187819/

Quarta, 05 Janeiro 2022 08:10

CLIPPING AHPACEG 05/01/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil registra 178 mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24h; média é de 96

Procura por testes de covid-19 sobe 75% em laboratórios privados de Goiás

Goiás investiga caso suspeito de 'flurona', coinfecção por covid-19 e gripe

Procon Goiânia suspende atendimento após surto de covid-19 entre servidores

Dez servidores da Amma testam positivo para a covid-19

Prefeito Rogério Cruz testa positivo para covid-19

Ômicron pode ser o vírus de mais rápida propagação da história

Violência obstétrica: Agressões podem ser físicas ou verbais

AGÊNCIA ESTADO

Brasil registra 178 mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24h; média é de 96

País tem 619.426 mortos 

O Brasil registrou 178 mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, até às 20h desta terça-feira (4/01). A média móvel semanal, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 96, a mesma desta segunda-feira. O número total de vítimas da pandemia chegou a 619.426 no País. Seis Estados não registraram mortes no período: Alagoas, Amapá, Amazonas, Goiás, Paraíba e Roraima.

Já os Estados com mais mortes são Rio de Janeiro, com 46 vítimas, e São Paulo, com 26. Segundo as secretarias de saúde do Rio e de São Paulo, a razão para o número de mortes, que supera os registros dos últimos dias, é o represamento de dados de dias anteriores - causado tanto pela instabilidade no sistema de notificação do Ministério da Saúde, observado desde o ataque hacker do dia 10 de dezembro, quanto pelo período de final de ano.

Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, g1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde. O número de novas infecções notificadas foi de 19.091. No total, o Brasil tem 22.322.027 casos da doença. A média móvel de novos casos nos últimos sete dias é de 9 mil. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados. 

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A REDAÇÃO

Procura por testes de covid-19 sobe 75% em laboratórios privados de Goiás

Casos positivos da doença também avançaram 

Os laboratórios privados goianos, associados ao Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue no Estado de Goiás (Sindilabs-GO), identificaram um aumento de 75% na procura por testes da covid-19 nos primeiros dias de janeiro, na comparação com o mês de novembro de 2021. 

Segundo a presidente do Sindilabs-GO, Christiane do Valle, os casos de covid-19 subiram cerca de 15% entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano. De acordo com os especialistas do sindicato, as aglomerações nas festas de Natal e Ano Novo podem ter sido responsáveis por esse aumento, também associado à circulação da variante Ômicron, que se espalha com mais rapidez.

Diante deste quadro, Christiane do Valle enfatiza a importância da vacinação e da manutenção das medidas preventivas, como o distanciamento social, o uso correto de máscaras e a higienização frequente das mãos, fundamentais para a prevenção de contaminações.

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Goiás investiga caso suspeito de 'flurona', coinfecção por covid-19 e gripe

Informação é da SES-GO 

Théo Mariano

Goiânia - Goiás tem um caso suspeito de "flurona", a coinfecção por coronavírus e gripe, sendo investigado pela Secretaria de Estado da Saúde. A informação foi divulgada pela pasta nesta terça-feira (4/1). A amostra foi enviada ao instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para avaliação laboratorial.

Até o momento, no país, foram confirmados 36 casos da infecção simultânea por gripe e novo coronavírus. O termo "flurona" é criado com a combinação da palavra "flu" (que significa gripe, em inglês) e rona (de coronavírus). Segundo a pasta estadual, o caso não é grave e não necessitou internação do paciente. A SES-GO monitora o caso.

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Procon Goiânia suspende atendimento após surto de covid-19 entre servidores

12 funcionários testaram positivo  

O Procon Goiânia suspendeu atendimento presencial após surto de casos de covid-19 entre servidores do local, com sede na Avenida Tocantins. A suspensão, segundo o órgão de defesa do consumidor, será de dez dias a partir desta quarta-feira (5/1). O Procon funcionará, durante o período de suspensão, pelos telefones (62) 3524-2936 e (62) 3524-2942, e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou aplicativo Prefeitura 24h.

Ao todo, 12 servidores testaram positivo para a covid-19. "Todos estão vacinados com a segunda dose e com sintomas leves", informa comunicado do Procon Goiânia. 

Amma

A Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) também confirmou nesta terça-feira (4/1) que dez de seus funcionários também testaram positivo para covid-19. "Outros servidores que estão com sintomas estão sendo orientados a procurarem o hospital para testagem", destaca a agência. 

"Reforçamos também que todos são orientados a usar máscara de proteção e que são disponibilizados frascos em álcool em gel  em todas as dependências da sede, além de distribuição de frascos individuais. Comunicamos ainda que a Secretária Municipal de Saúde já foi informada e irá monitorar os casos", completa. 

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Dez servidores da Amma testam positivo para a covid-19

Profissionais são orientados a fazer testagem 

Dez servidores da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) testaram positivo para covid-19. Em nota, divulgada nesta terça-feira (4/1), a pasta informou que os servidores que apresentam sintomas estão sendo orientados a realizar o teste para detecção da doença em uma unidade de saúde.

Ainda conforme o comunicado, a sede da Amma está passando, nesta terça-feira (4),  por uma sanitização, algo que é realizado quinzenalmente seguindo orientação do Ministério da Saúde. A pasta informou que a Secretária Municipal de Saúde já foi notificada e irá monitorar os casos.

Confira a nota divulgada pela Amma:

A Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) informa que 10 de seus mais de 600 servidores testaram positivo para Covid 19. Outros servidores que estão com sintomas estão sendo orientados a procurarem o hospital para testagem. 
 

Hoje, dia 04 de janeiro está sendo realizada a sanitização da sede da Amma, medida essa que vem sendo aplicada quinzenalmente conforme orientação do Ministério da Saúde.
 

Reforçamos também que todos são orientados a usar máscara de proteção e que são disponibilizados frascos em álcool em gel  em todas as dependências da sede, além de distribuição de frascos individuais.
 

Comunicamos ainda que a Secretária Municipal de Saúde já foi informada e irá monitorar os casos.

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Prefeito Rogério Cruz testa positivo para covid-19

"Não apresento sintomas", informou

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, testou positivo para covid-19 nesta terça-feira (4/1). "Não apresento sintomas", informou o gestor municipal em publicação no Twitter.

De acordo com ele, o trabalho continua de forma remota. "Estou suspendendo a agenda e orientando as pessoas que estiveram comigo a testarem. Realizarei teste RT-PCR e, até que o saia o resultado, trabalharei de casa", completou o prefeito. 

Rogério Cruz foi infectado com a doença provocada pelo novo coronavírus em novembro de 2020 e também não apresentou sintomas na época. No ano passado, o prefeito recebeu duas doses de vacina contra a covid-19 e aguarda a data para a dose de reforço, conforme informou a assessoria do gestor municipal.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Ômicron pode ser o vírus de mais rápida propagação da história

A possibilidade é investigada pelo médico infectologista norte-americano Roby Bhattacharyya; pesquisador fez um cálculo entre a ômicron e o sarampo, um dos vírus mais contagiosos do mundo

A variante Ômicron do SARS-CoV-2 pode já ser o vírus de mais rápida propagação de toda a história. A informação foi dada pelo médico infectologista norte-americano Roby Bhattacharyya do Hospital Geral de Massachusetts. A nova cepa é dominante em várias nações do mundo e está levando à explosão do número de casos de covid-19.

“É uma propagação incrivelmente rápida”, alertou Bhattacharyya.
O médico e pesquisador fez um cálculo entre a Ômicron e o sarampo, um dos vírus mais contagiosos. Ele concluiu que, num cenário de ausência de vacinação, um caso de sarampo daria origem a mais 15 casos em apenas 12 dias. Já um caso de Ômicron daria origem a 216 casos no mesmo período. A estimativa significa que, em 35 dias, a Ômicron poderia atingir 280 mil pessoas, enquanto o sarampo afetaria 2.700.

No entanto, num cenário em que a maioria da população está vacinada ou já teve covid-19, o especialista estima que um caso de Ômicron dê origem a apenas mais três casos, número semelhante ao do vírus original, ausente de mutações.

Essa previsão continua, mesmo assim, preocupante, podendo ser comparada à transmissibilidade do SARS-CoV-2 quando apareceu inicialmente e começou a propagar-se, num momento em que não havia vacinas e poucas eram as medidas de contenção.

“Nas condições atuais”, com vacinação e restrições, “um modelo simples de crescimento exponencial revelaria 14 milhões de pessoas infectadas com Ômicron a partir de um único caso, em comparação com as 760 mil infectadas com sarampo numa população sem defesas específicas”, adiantou o médico.

“É o vírus mais explosivo e de mais rápida difusão de toda a história”, alertou também o médico Anton Erkoreka, que investiga epidemias passadas.

Ele comparou o SARS-CoV-2 à gripe russa de 1889: ambos os vírus levaram apenas três meses para se propagar em todo o planeta. Agora, “a variante Ômicron bateu o recorde de propagação”, afirmou.

Se, por um lado, a nova cepa consegue infectar até pessoas já vacinadas, por outro essas vacinas impedem, na maioria dos casos, a doença grave. O menor risco individual é a razão pela qual, neste momento, o número de contágios dispara, mas o número de pessoas hospitalizadas se mantém estável.

Em pessoas não vacinadas, a Ômicron é apenas cerca de 25% menos grave do que a variante Delta, a versão do vírus que até há pouco tempo era dominante, afirmou o infectologista Roby Bhattacharyya.

Até agora, seis estudos em fase preliminar sugeriram que a Ômicron tem maior facilidade de invadir as vias respiratórias altas, mas menor capacidade de infectar os pulmões, o que pode explicar a sua maior capacidade de infecção e menor letalidade.

A equipe do pesquisador Michael Chan, da Universidade de Hong Kong, foi a primeira a calcular em laboratório que a nova estirpe se multiplica 70 vezes mais rápido nos brônquios do que a variante Delta. No entanto, aparenta ser dez vezes menos eficiente nos pulmões.

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TV ANHANGUERA

Violência obstétrica: Agressões podem ser físicas ou verbais

https://globoplay.globo.com/v/10183539/

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FOLHA DE S.PAULO

Maioria em consulta pública é contra prescrição médica para vacinar criança

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A consulta pública realizada pelo Ministério da Saúde apontou que a maioria das pessoas foi contrária à prescrição médica no ato da vacina. Cerca de 100 mil pessoas se manifestaram até o dia 2 de janeiro.

A informação foi dada por Rosana Leite de Melo, secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, em audiência pública nesta terça-feira (4).

"Tivemos 99.309 pessoas que participaram neste curto intervalo de tempo em que o documento esteve para consulta pública, sendo que a maioria se mostrou concordante com a não compulsoriedade da vacinação e a priorização das crianças com comorbidade. A maioria foi contrária à obrigatoriedade da prescrição médica no ato de vacinação", disse Rosana.

A intenção da pasta é recomendar que crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas contra a Covid-19, desde que mediante a apresentação de prescrição médica e consentimento dos pais. O documento final será divulgado nesta quarta-feira (5).

Entidades que falaram sobre o assunto na audiência pública desta terça também foram contrárias a prescrição médica. Entre elas estão Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), CFM (Conselho Federal de Medicina) e SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

Nésio Fernandes, representante do Conass, reiterou a posição do conselho. Ele afirmou que 20 estados, que reúnem mais de 80% da população, já publicaram normas sobre o tema e não será exigida essa prescrição.

Ele ressaltou ainda que as vacinas contra a Covid-19 não são experimentais e passaram pelas principais agências reguladoras.

"Para uma contexto de pandemia por doença imunoprevenível, em que já temos vacina disponível, toda posição que estimule a excitação vacinal deve ser explicitamente combatida porque reduz a capacidade do sistema de saúde de promover saúde e reduzir doenças", finalizou.

Donizette Dimer Giamberardino Filho, vice-presidente do CFM, avaliou que a prescrição médica pode se tornar uma forma de restrição de acesso à vacina. Além disso, disse acreditar não ser apropriado envolver um profissional médico em uma ação coletiva.

"Não há uma previsão legal na legislação sobre uma prescrição. Nesse sentido entendemos que colocar uma prescrição para o médico é dividir uma responsabilidade com o médico, que é uma pessoa física, sendo que essa responsabilidade é do Ministério da Saúde por meio de uma ação coletiva", pontuou Filho.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira (3) que os pais terão vacina caso queiram vacinar os filhos. Reforçou ainda que haverá dose suficiente para isso.

"A audiência é para ampliar a discussão sobre essa questão da vacinação das crianças. No dia 5, sairá a decisão terminativa do Ministério da Saúde que não trará nenhuma novidade especial. Não vai ser muito diferente do que o ministério já colocou em consulta pública", disse.

Em nota recente, a pasta afirmou ser favorável à vacinação desse público. Porém, havia ressaltado que a decisão dependia do desfecho da consulta pública que terminou neste domingo (2).

As doses pediátricas serão entregues por meio de contrato do governo para receber 100 milhões de vacinas da Pfizer em 2022, que pode ser ampliado a 150 milhões de unidades.

"No dia 5 de janeiro, após ouvir a sociedade, a pasta formalizará sua decisão e, mantida a recomendação, a imunização desta faixa etária deve iniciar ainda em janeiro", diz o comunicado da Saúde.

Melo afirmou em nota técnica enviada ao STF que a vacina contra Covid-19 desenvolvida para crianças é segura, que o imunizante é uma ferramenta de proteção e que a vacinação vai atenuar interrupções de aulas na pandemia.

"Antes de recomendar a vacinação [contra a] Covid-19 para crianças, os cientistas realizaram testes clínicos com milhares de crianças e nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada", afirmou a secretária em nota técnica concluída no último dia 19.

A posição de Melo, que integra a equipe de Queiroga, contraria questionamentos sobre a segurança da vacina feitos pelo ministro e principalmente pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Assessoria de Comunicação