Postado em: 28/08/2020

CLIPPING AHPACEG 28/08/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

"Decisão da ANS foi justa e equilibrada"

Reajuste suspenso dos planos de saúde será cobrado em 2021

Convênio com universidades públicas aplicará novo Revalida

Paraná diz que testes da vacina russa no Brasil podem começar em 45 dias

'E Agora, Brasil?': Aumento de impostos em saúde e educação gera dúvidas sobre impacto na classe média

Artigo - Perspectivas globais das cirurgias eletivas na era da covid-19

Covid-19: Goiás registra 2.573 novos casos e 74 mortes em 24 horas

Lei de proteção de dados é aprovada pelo Senado

 

CORREIO BRAZILIENSE

"Decisão da ANS foi justa e equilibrada"

A decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de suspender o reajuste dos planos de saúde foi acertada, pois representa uma ajuda ao usuário dos serviços de atendimento hospitalar privado. A avaliação é do presidente do Sistema Hapvida, Jorge Pinheiro. Para o médico, a iniciativa é importante neste momento econômico difícil para os brasileiros. "A determinação da Agência Nacional foi justa, equilibrada. É importante, sim, que o setor dê a sua contribuição. Cada um tem que se ajudar no sentido de passarmos com mais tranquilidade (pela pandemia)", afirmou Pinheiro ontem, em entrevista ao CB.Saúde -- parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília.

O presidente da Hapvida ressaltou o caráter regional da pandemia, com diferentes impactos no território brasileiro. Pinheiro acredita que o Centro-Oeste pode estar no início da curva descendente de casos. "A gente já observa uma tendência suave de queda. Então, entendo que a gente está deixando o pico da doença no Centro-Oeste e também no interior de São Paulo, assim como na região Sul", afirmou.

O médico avaliou os desafios que se impõem para a testagem em massa. "Se formos sugerir que todo mundo que acha que teve contato com algum paciente faça exame, a gente vai levar a uma busca desenfreada e não lógica da realização de testes desnecessariamente", observou. Uma grande dificuldade, de acordo com Pinheiro, seria refazer o exame em um mesmo paciente depois de determinado período. "Não sei se o país conseguirá testar sequencialmente. Se, hoje, o paciente não está contaminado, não é prova que na próxima semana ele não estará. Também tem a questão da janela imunológica, mesmo que você tenha feito o teste, pode ser que não tenha desenvolvido anticorpos detectáveis no exame", afirmou.

Para o médico, a alternativa é testar todas as pessoas que apresentarem sintomas, ainda que iniciais, e adotar medidas complementares para detectar a doença. "A gente vem recomendando, em todas as nossas unidades, a medição da temperatura, para que mesmo com uma febre baixa, imperceptível, a gente recomende ao usuário ficar em casa e cumprir a sua quarentena, mesmo sem saber se está doente", informou.

Outro meio de diminuir a exposição de pessoas ao vírus, são as consultas remotas -- a chamada telemedicina. Pinheiro conta que, antes da pandemia, o sistema de telemedicina da Hapvida fazia mais de 10 mil consultas por mês. Nestes cinco meses, foram mais de 70 mil atendimentos só de pessoas com suspeita de covid-19, sem contar outras enfermidades. 

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PORTAL R7

Reajuste suspenso dos planos de saúde será cobrado em 2021

Advogados questionam medida e não veem vantagem para o consumidor, que terá de pagar retroativamente o aumento que não foi aplicado agora

A suspensão temporária dos reajustes dos planos de saúde estabelecida pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) não será benéfica para os usuários, segundo advogados ouvidos pelo R7 Economize.

O motivo é simples.

A medida não resolve o problema do consumidor porque "é um desconto temporário que será cobrado lá frente", segundo o advogado Rafael Robba, do escritório Vilhena Silva Advogados.

"O consumidor terá um desconto na mensalidade por quatro meses e, a partir de janeiro, além de a mensalidade voltar no valor reajustado, ele terá uma dívida com a operadora referente a esses quatro meses." Rafael Robba

Para o advogado, esse adiamento é um risco para os usuários de planos de saúde porque pode gerar um problema para ele no ano que vem.

"O consumidor ele precisa de reajustes mais baixos. Isso sim o ajudaria muito neste momento. Esse adiamento pode até gerar a sua expulsão do plano de saúde a partir de janeiro se ele não puder pagar o reajuste e a dívida acumulada."

Na divulgação dos critérios para a suspensão do reajuste, a ANS não deixou claro como será feita esta cobrança retroativa.

"A agência fala que a cobrança será feita ao longo de 2021, mas não estabelece em quantas parcelas."

Para Alexandre Berthe, advogado especialista em defesa do consumidor e planos de saúde, a ANS demorou para se manifestar sobre os reajustes e não tomou uma decisão positiva para o consumidor.

"A ANS deveria ter se posicionado no início da pandemia, e não agora, cinco meses depois. Além disso, o valor poderá ser cobrado com juros e atualizações de forma retroativa." Alexandre Berthe

O advogado acrescenta que em nenhum momento a ANS deixou claro se existiu qualquer tipo de isenção.

"Se isso ocorreu, é um absurdo que seja considerado apenas daqui pra frente."

Na quarta-feira (26), uma ong de defesa do consumidor se manifestou sobre o assunto. O Idec notificou a ANS e pediu que a suspensão do reajuste dos planos de saúde seja ampliada e tenha validade para todos os convênios, inclusive para os consumidores que já tiveram suas mensalidades aumentadas.

O instituto também pediu que a agência informe os percentuais de aumentos já aplicados pelas operadoras de planos de saúde entre março e agosto e as implicações da medida para cada tipo de plano.

Entenda o caso:

Suspensão do reajuste dos planos de saúde

A ANS decidiu suspender os reajustes dos planos de saúde por 120 dias, ou seja, de setembro a dezembro deste ano.

Os convênios que foram reajustados antes - de março a agosto período que vem acontecendo a pandemia - não serão contemplados inteiramente, ou seja, mensalidades antigas continuarão reajustadas.

Porém, no período de setembro a dezembro, a mensalidade voltará a ter o valor cobrado pela operadora antes do reajuste 2020.

A medida vale para todos os planos de saúde?

Não. A medida não atinge os planos coletivos empresariais com 30 vidas ou mais. Esses planos necessitam de uma negociação com as empresas.

Para esses convênios, não existe data-base para aplicação de reajuste anual e o percentual é negociado entre a pessoa jurídica contratante e a operadora/administradora.

Nos casos em que os percentuais já tiverem sido negociados até 31 de agosto deste ano, as mensalidades serão mantidas da forma acordada entre as partes e não haverá suspensão de cobrança de mensalidade reajustada nos meses de setembro a dezembro.

Se os reajustes ainda não foram realizados este ano, eles ficarão suspensos no período de setembro a dezembro. A não ser que a empresa e a operadora negociem para não haver a suspensão.

A suspensão do reajuste será mantida após 120 dias?

Não. Segundo a nota da ANS esclarecendo os critérios para a suspensão dos planos de saúde, o reajuste voltará a ser cobrado a partir de janeiro de 2021.

Quem teve reajuste suspenso pagará diferença depois?

Sim. Ainda não ficou clara a forma como a operadora fará a cobrança, mas a nota da ANS diz que a diferença será paga ao longo de 2021.

Reajuste feito entre março e agosto terá desconto?

Não. A medida vale exclusivamente para o período de setembro a dezembro de 2020.

Os planos que tiveram aumento antes da medida terão o desconto apenas no período de setembro a dezembro.

Consumidor pode pedir o desconto na Justiça?

Segundo o advogado Rafael Robba, quem se sentiu lesado pode sim buscar a justiça para reivindicar o reembolso e a redução das mensalidades.

O usuário pode acionar o Juizado Especial de Pequenas Causas, sem o acompanhamento de um advogado, ou na justiça comum, com um advogado.

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FOLHA DE S.PAULO

Convênio com universidades públicas aplicará novo Revalida

Raquel Lopes

Brasília - Ao menos três universidades públicas já realizaram uma parceria com o Icespe (Instituto Nacional de Convalidação do Ensino Estrangeiro) para realizar o processo de revalidação dos diplomas de médicos que se formaram no exterior e querem atuar no Brasil.

O exame será chamado de Mais Revalida. A intenção da instituição sem fins lucrativos é realizar ao menos três aplicações ao ano.

As instituições que já tiveram os trâmites finalizados são as universidades federais do Maranhão, do Vale de São Francisco e do Amazonas.

"Nós temos 180 universidades públicas do Brasil, 88 se manifestaram favoráveis do convênio com o Icespe, sendo que 70 estão em análise e 18 em trâmite e já houve um parecer favorável", disse o presidente do Icespe, Emídio Antônio Ferrão.

Segundo a diretora operacional do Icespe, Mayara Cruz Teixeira, o Mais Revalida subsidia os processos de rito ordinário de revalidação de diplomas de graduação em medicina diante de um acordo de cooperação técnico-acadêmica celebrado com as instituições públicas de ensino superior.

No caso do processo ordinário, cabe às universidades públicas brasileiras procederem com a revalidação do diploma, definindo seus critérios e procedimentos, considerando as características e os aspectos legais do processo.

"A revalidação do diploma é de responsabilidade de instituições de educação superior pública, mesmo quando ele é realizado pelo Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, ligado ao Ministério da Educação] . Elas são únicas detentoras da legitimidade de acordo com a lei, nós iremos fazer o trâmite administrativo, burocrático", esclarece.

O próprio Inep, por nota, informou que o processo de revalidação subsidiado pelo Revalida não se configura como a única opção, mas como mais uma alternativa de revalidação de diplomas médicos.

"A revalidação do diploma é de responsabilidade de instituições de educação superior públicas que aderem ao instrumento unificado de avaliação representado pelo Revalida", disse em nota o Inep.

A diretora diz que a iniciativa surgiu pela dificuldade das pessoas que estudam fora de conseguir revalidar o diploma. Isso porque desde 2017 o exame não é realizado pelo Inep.

Devido a esse atraso, governos estaduais, prefeituras e Defensorias Públicas têm travado uma disputa judicial com União e conselhos de medicina na tentativa de liberar a contratação de médicos formados no exterior na pandemia.

Governos têm argumentado que houve atraso na realização do exame nos últimos dois anos e que há dificuldade em contratar profissionais - daí a tentativa de realizar decretos e editais para esses contratos. O impasse foi parar na Justiça. fã os conselhos tentam barrar a medida sem que haja revalidação do diploma.

Na ocasião, o Inep afirmou que está organizando cronograma do novo exame. O instituto atribui o atraso a uma necessidade de reaplicar a prova a participantes da edição ocorrida em 2017, o que impediu que o exame fosse realizado nos dois últimos anos.

O Mais Revalida teve o edital lançado no Diário Oficial no dia 20 de agosto. O candidato à revalidação do diploma médico expedido por instituição de ensino estrangeira pagará uma taxa de R$ 1. 60 0 pela primeira etapa do exame.

As inscrições começam nesta sexta (28) e vão até o dia 16 de setembro. A avaliação constará de prova objetiva contendo 80 questões. A nota para aprovação é de 60 pontos.

Os 400 primeiros com nota abaixo de 60 pontos vão para um curso de 20 semanas e, sendo aprovados, terão seus diplomas validados.

Segundo o edital Revalida 2020 Icespe, no ato da inscrição, o candidato deverá optar por um dos seguintes locais de prova: Boa Vista, Palmas, Santa Maria, Petrolina, Brasília e São Paulo.

O CFM (Conselho Federal de Medicina) não se manifestou sobre o assunto, no entanto a reportagem teve acesso a uma ação civil pública em que a instituição solicita a imediata suspensão do Icespe na justiça.

Uma das justificativas da ação é que o Estado seria o único responsável por garantir que o profissional médico que esteja realizando o atendimento tenha o conhecimento mínimo para não causar dano ao paciente e, ao mesmo tempo, ofereça as melhores chances de plena recuperação.

"É também do Estado a responsabilidade pela confirmação da veracidade da formação do profissional médico, ou seja, se ele tem realmente a formação médica declarada. Todas essas premissas são avaliadas no processo de revalidação do diploma médico, que é responsabilidade da União por meios das universidades públicas. Portanto, prescindir da revalidação do diploma médico significa expor a população a riscos", diz o documento.

Segundo o CFM, deve-se levar em consideração ainda que, atualmente, diante da pandemia, não há necessidade de médicos para atendimentos de baixa complexidade em unidades básicas de saúde, como foi o destino dos profissionais sem revalidação de diplomas que trabalharam no programa Mais Médicos.

"A revalidação do diploma é de responsabilidade de instituições de educação superior pública, mesmo quando ele é realizado pelo Inep"

Mayara Cruz Teixeira diretora operacional do Icespe

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EXAME

 

Paraná diz que testes da vacina russa no Brasil podem começar em 45 dias

O governo do estado se reuniu nesta quinta-feira, 27, com a Anvisa para tratar de detalhes técnicos. A previsão é de que a testagem tenha 10 mil voluntários

Gilson Garrett Jr.

O governo do Paraná se reuniu nesta quinta-feira, 27, com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para definir como será uma possível produção da vacina Sputnik V, anunciada pelo governo russo como a primeira capaz de combater o coronavírus.

O encontro contou com a presença do presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Jorge Callado, e o chefe da Casa Civil do Estado do Paraná, Guto Silva, além do diretor da Anvisa, Antonio Barra Torres.

O objetivo do encontro foi tratar da aprovação dos órgãos sanitários brasileiros da fase de testes da vacina russa no Brasil. De acordo com o governo do Paraná, a expectativa é de que todo o documento seja submetido à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e à Anvisa em 30 dias e a testagem comece em 45 dias.

Em entrevista à EXAME, Callado, presidente do Tecpar, disse que se o cronograma for cumprido, a imunização pode ser feita no segundo semestre de 2021.

Toda a produção, que compreende também a fase de testes clínicos, vai ficar sob a responsabilidade do instituto paranaense. A previsão é que 10 mil voluntários participem do estudo.
No começo de agosto, o Paraná fechou um memorando de entendimento com o Fundo de Investimento Direto da Rússia para a produção da vacina, que é desenvolvida pelo Instituto Gamaleya.

Logo que a vacina foi anunciada, cientistas ao redor do planeta pediram cautela por considerarem pouco tempo para ter resultados seguros. Além disso, a Rússia ainda não divulgou os primeiros estágios de testes.

Questionado pela EXAME, o Tecpar disse que já recebeu os resultados das fases 1 e 2 de testes, necessários para garantir a eficácia da vacina. Disse ainda que por questões de confidencialidade do contrato não poderia dar mais detalhes, mas que tudo será apresentado no documento final à Anvisa.

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O GLOBO

'E Agora, Brasil?': Aumento de impostos em saúde e educação gera dúvidas sobre impacto na classe média

 

O possível aumento da carga tributária em setores como educação e saúde tem gerado uma discussão sobre os impactos sociais e econômicos da proposta de reforma tributária apresentada pelo governo federal.

A assessora especial do Ministério da Economia, Vanessa Canado, refuta a crítica, alegando que os segmentos de educação e saúde são pouco elásticos isto é, as famílias não migram, de forma automática e em grande volume, para o sistema público em caso de aumento de preço dos serviços.

Mas o economista Fabio Pina, consultor de comércio e serviços, pondera que, entre 2014 e 2016, cerca de um milhão de planos de saúde deixou de existir em razão da crise econômica:

Infelizmente, o Brasil é tão pobre que até aquilo que deveria ser inelástico não é tão inelástico. Nós vamos ter, sim, se aumentar o custo, gente saindo de escola particular. Vão ver gente deixando plano de saúde e acrescentando custo ao setor público. As coisas não são tão simples na prática quanto parecem argumenta o especialista.

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Atualmente, os setores de educação e saúde pagam uma alíquota de 3,65% de PIS e Cofins. O projeto de reforma tributária do ministro da Economia, Paulo Guedes, substitui esses dois impostos federais pela nova Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que terá uma alíquota única de 12%.

Dados da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) mostram que, se a proposta do governo for adiante, a carga tributária efetiva para as instituições de ensino dobraria de 7% para 14%. Já a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) estima um aumento real de 9,3% para 21,20%. Com isso, as entidades projetam aumentos de cerca de 17% nas mensalidades e de 15% nos planos de saúde.

Segundo Vanessa Canado, o governo está conversando com os segmentos de saúde e educação para entender as premissas, os trabalhos teóricos que foram utilizados e a sua adequação para chegar nesses mesmos resultados. Ela disse ainda que o setor de educação irá apresentar um estudo ao ministério da Economia na próxima semana.

Dívida:

A gente não quer arrecadar a CBS para gastar o mesmo ou mais no setor público com as mesmas pessoas. A gente só propôs a oneração da CBS, não exatamente sobre os setores, mas sobre as pessoas que têm capacidade contributiva para pagar o custo reforça a assessora, que disse ainda concordar com Pina em relação ao tamanho do Estado e a necessidade de ter gastos mais eficientes.

Vanessa ponderou, no entanto, que é preciso cuidado para não ficar estagnado na discussão entre carga tributária e qualidade do gasto, sem melhorar o desenho do sistema tributário brasileiro.

Devolução do tributo

Para Bernard Appy, do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), uma solução para esse problema seria a devolução do imposto no valor que corresponde ao custo tributário da educação e da saúde para uma família de classe média no país.

Vamos supor que uma família pague R$ 800 para o filho na escola privada. Vamos fazer um sistema que devolve todo o imposto incidente sobre esses R$ 800. Ou seja, devolve R$ 160. Mas se a família bota o filho numa escola que custa R$ 10 mil por mês, ela também vai receber só sobre R$ 800, porque ela tem condições de pagar esse imposto. Quando faz isso, você não vai jogar a pessoa para a educação pública. É um desenho justo e eficiente explica o economista, ressaltando, porém, que é a favor de aumentar a carga tributária para esses setores. O que não posso é, em nome da família de classe média, deixar de cobrar imposto da família que paga R$ 10 mil para o filho ir para a escola.

Renda Brasil:

Appy defende ainda que a reforma vai gerar um aumento de renda de cerca de 20% para as famílias, como consequência do aumento da produtividade e dos investimentos do país, o que também faria crescer em 30% a demanda por serviços privados de saúde e educação.

Não dá para discutir a reforma tributária achando que é um jogo de soma zero. É um jogo de soma positiva. E provavelmente, no final, o setor pode sair beneficiado.

A proposta de acabar com a isenção do PIS e da Cofins para os livros tem gerado debates, mas Vanessa Canado diz que o governo está aberto para conversar.

O mercado editorial brasileiro encolheu 20% entre 2006 e 2019, segundo pesquisa divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e a Câmara Brasileira do Livro (CBL), no início do mês de agosto.

Nesse mesmo período, o preço médio do livro, descontada inflação, caiu 34%.

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O ESTADÃO

 

Artigo - Perspectivas globais das cirurgias eletivas na era da covid-19

A pandemia da covid-19 determinou um impacto sem precedentes nos sistemas de saúde ao redor do mundo. A interrupção da normalidade em nível local, nacional e internacional fomentou grande cooperação entre diversos setores para o combate ao vírus. Sociedades Médicas ao redor do mundo se reuniram para discutir padrões de segurança de procedimentos clínicos e cirúrgicos, equacionando a segurança de profissionais de saúde e pacientes, o uso ético dos leitos e a manutenção da oferta de tratamento médico.

Este artigo deriva dos desdobramentos da cooperação de um consórcio de diversas Associações Médicas Internacionais e da AAGL (Sociedade Americana de Cirurgia Ginecológica), onde sou membro do comitê executivo. Essa colaboração permitiu a conciliação de novos protocolos e orientações para retomar as práticas clínicas e cirúrgicas em âmbito internacional.

Nos primeiros meses, a falta de ferramentas de diagnóstico precisas e a ausência de terapias efetivas contra a covid-19 gerou a paralisação de procedimentos cirúrgicos eletivos por indicação de órgão públicos e sociedades médicas. A ação foi um esforço para proteger e mitigar o risco aos pacientes e equipes de saúde, bem como preservar equipamentos de proteção individual (EPI) e manter a capacidade das instalações.

A cirurgia considerada "eletiva" ou "não emergencial" caracteriza-se quando pacientes com problemas crônicos podem ter o procedimento postergado, sem danos significativos ao paciente e sem alteração no prognóstico. Embora a necessidade crítica da abordagem cirúrgica seja discutível, muitas vezes os impactos da dor em situações como a endometriose, por exemplo, tem efeito deletério para a qualidade de vida da paciente e precisam ser considerados na decisão terapêutica.

Considerando os pontos acima, a reativação bem-sucedida das cirurgias eletivas requer clareza e critérios de priorização destinados a garantir a otimização de recursos e o atendimento seguro aos pacientes. Diversas iniciativas internacionais desenvolveram sistemas de pontuação de priorização, de modo a facilitar a triagem de casos com maior prioridade. A experiência cirúrgica também contribui para a diminuição de risco, com menor tempo de operação, menos complicações e menos readmissões.

Avaliações e Acompanhamentos por Telemedicina

A avaliação clínica e o acompanhamento longitudinal, bem como a decisão sobre a realização ou postergação da cirurgia, puderam ser securitizadas através da utilização da chamada Telemedicina. As consultas de atenção primária aumentariam a proximidade e a circulação de profissionais e pacientes, o que, por sua vez, facilitaria a disseminação viral. Parte da solução para este aspecto já se encontra em vigor no Brasil, com a autorização das práticas de atendimento virtual pelo Conselho Federal de Medicina. Neste sentido, um aprofundamento do uso de tecnologias ainda se faz imprescindível, assim como orientar o diagnóstico e direcionar as etapas do tratamento e acolhimento de pacientes. Diversos outros benefícios surgiram em decorrência dessa nova prática ao evitar deslocamentos desnecessários e diminuindo o tempo de espera para o atendimento.

Processos burocráticos de entradas, assim como diretrizes avançadas e reabilitação pós-cirúrgica podem agora serem discutidas virtualmente. Formulários, documentos e pré-autorizações devem considerar assinaturas eletrônicas e consentimentos verbais, documentados em prontuários eletrônicos.

Protocolos de Segurança para Realização de Cirurgias

Os protocolos para a retomada dos procedimentos cirúrgicos precisam seguir critérios como a testagem pré-cirúrgica, realizada através de testes PCR (Reação de Polimerase em Cadeia, exame que detecta a covid-19) com coleta prioritariamente domiciliar, cerca de 2 a 3 dias antes das cirurgias e seguidos de isolamento na semana que antecede à cirurgia. A avaliação de critérios clínicos como a temperatura e os sintomas no ato da internação também devem acompanhar o rol de precauções, bem como cuidados anestésicos, uso de equipamentos de proteção individual e a limitação no número de acompanhantes dos pacientes.

Diversas instituições de saúde ao redor do mundo e também no Brasil estão procedendo com estratégias paralelas que observem os diferentes fluxos de pacientes. As chamadas áreas covid-free têm figurado como uma estratégia importante para a retomada dos procedimentos eletivos, produzindo a separação de diferentes alas para pacientes com necessidades diferentes e reduzindo o risco de contaminação também aos profissionais de saúde.

Procedimentos Minimamente Invasivos

A cirurgia minimamente invasiva é atualmente a forma cirúrgica mais moderna e indicada nas mais variadas especialidades e surge como outra importante aliada neste momento de diminuição de riscos. A técnica dispõe de fartos dados comprovando a menor exposição da paciente, menores taxas de complicações, grandes índices de alta precoce e menor probabilidade de realização de nova abordagem cirúrgica.

Sobre este aspecto, entretanto, os riscos da aerossolização -- dispersão de partículas potenciais virais no ar -- não devem ser ignorados e as medidas de proteção e contenção destes devem ser intensificadas. Deste modo, a desinfecção completa exige maior tempo entre os procedimentos para permitir a limpeza das salas de cirurgia, assim como dos quartos dos pacientes, após cada visita, e também das salas de espera, de exames e demais instalações hospitalares.

A Importância do Protocolo ERAS

A adoção dos protocolos de Otimização da Recuperação Pós-operatória (ERAS, na sigla em inglês) como critério de resolutividade e medicina baseada em valor também se faz imprescindível no cenário de retomada das cirurgias eletivas. O sistema, desenvolvido na Dinamarca no final da década de 1990, prevê abordagens multidisciplinares, com a colaboração de equipes de saúde e baseadas em evidências científicas para minimizar a dor, reduzir a administração de medicamentos para a dor e acelerar a recuperação de pacientes, reduzindo as possíveis complicações e o tempo de internação hospitalar. Seu uso teve grande importância nos EUA nas últimas décadas e será essencial para reduzir os riscos de contaminação e otimizar as novas práticas adotadas pelas instituições de saúde.

É primordial que a retomada dos cuidados cirúrgicos e clínicos eletivos seja determinada e monitorada por um comitê de autoridades locais, líderes clínicos e administrações hospitalares para avaliar a prevalência viral local, as demandas cirúrgicas e capacidade do sistema de saúde, bem como o sucesso regional para "achatar a curva" de disseminação do vírus e ampliar a capacidade de testagem.

A pandemia da covid-19 apresentou a todos desafios que pareciam intransponíveis e conflitos bioéticos antes não dimensionados. Porém, a comunidade científica, em um esforço uníssono, desenvolveu uma acentuada curva de aprendizado que hoje nos permite equacionar os esforços coletivos no combate à pandemia, com a manutenção da saúde global dos pacientes, para além da covid-19, em segurança e preservando a qualidade de vida de pacientes e profissionais de saúde.

*Maurício Abrão, professor associado do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, membro do Comitê Executivo da AAGL (principal Sociedade Mundial de Cirurgia Ginecológica) e gestor do Serviço de Ginecologia Avançada do Hospital BP -- A Beneficência Portuguesa de São Paulo

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A REDAÇÃO

 

Covid-19: Goiás registra 2.573 novos casos e 74 mortes em 24 horas


Goiânia - Goiás registrou 2.573 novos casos da covid-19 e 74 mortes mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado na tarde desta quinta-feira (27/8). Com as atualizações, Goiás soma 127.769 casos confirmados e 2.962 óbitos. 

De acordo com a pasta, há no Estado o registro de 117.339 de pessoas recuperadas e 192.679 casos suspeitos em investigação. Outros 95.209 já foram descartados.

Além dos 2.962 óbitos confirmados até o momento, o que representa uma taxa de letalidade de 2,32%, há 221 óbitos suspeitos que estão em investigação. Já foram descartadas 1.165 mortes suspeitas nos municípios goianos.

*Observação: os dados referentes às últimas 24 horas representam os casos incluídos no sistema no último dia. Não significam, necessariamente, que tenham ocorrido de ontem para hoje.

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TV ANHANGUERA

Lei de proteção de dados é aprovada pelo Senado

https://globoplay.globo.com/v/8810648/programa/

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação