JustiçaA definição dos parâmetros da terceirização de mão de obra no Brasil será feita pelo Supremo Tribunal Federal. A corte reconheceu a repercussão geral do tema na sexta-feira (16/5), por meio de seu Plenário Virtual. Com isso, todos os processos que discutem a matéria ficarão sobrestados até que o Supremo julgue o mérito do recurso. A decisão deverá ser aplicada a todos os casos. A relatoria é do ministro Luiz Fux.
 
O caso chegou ao Supremo por meio de um recurso de autoria da empresa Celulose Nipo Brasileira (Cenibra) contra decisão da Justiça do Trabalho que a condenou por terceirização ilegal. A condenação se baseou em denúncia do Ministério Público do Trabalho segundo a qual a companhia terceirizava funcionários de empreiteiras para o florestamento e o reflorestamento. De acordo com os procuradores, “sendo essa sua principal atividade, o ato caracteriza terceirização ilegal”. 
 
De acordo com o advogado Marcello Badaró, do Décio Freire & Associados, é a primeira vez que o Supremo vai analisar o mérito da questão, encerrando a insegurança jurídica que existe atualmente. "É a ação mais importante da história recente do empresariado brasileiro, com milhares de empresas e milhões de trabalhadores interessados." O escritório é responsável pelo recurso que será analisado pelo STF.
 
No Tribunal Superior do Trabalho, essa questão tornou-se uma batalha ideológica. Para um ministro do STF, "é preciso examinar se essa discussão atende o interesse do trabalhador ou de entidades sindicais". A divergência teria chegado ao ponto de o TST ignorar decisões do Supremo a respeito da terceirização na administração pública. Julgadores favoráveis à terceirização de atividade fim, citam o exemplo da Alemanha, que simplificou a regulação trabalhista — e passou incólume pela crise que varre a Europa — e o da Grécia, onde os direitos foram ampliados ao extremo, o que contribuiu para a grave crise que vive o país.
 
Na ação que chegou ao Supremo, o Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais acusa a Cenibra, empresa que fabrica celulosa de eucalipto, de terceirização ilegal. Segundo o MPT-MG, a empresa terceirizava funcionários de empreiteiras para o florestamento e o reflorestamento. De acordo com os procuradores, “sendo essa sua principal atividade, o ato caracteriza terceirização ilegal”. 
 
Porém, para o advogado de defesa da Cenibra, não há legislação que impeça as empresas de contratarem mão de obra. "Não há nenhum dispositivo na lei que defina o que seja atividade fim e atividade meio de qualquer seguimento. Há diversos projetos de lei que tratam da terceirização no Congresso, mas nenhum seguiu adiante. Agora, caberá ao Judiciário, mais uma vez, decidir o que pode e o que não pode. Hoje há uma insegurança justamente porque não há essa definição", diz.
 
Tema controverso
A discussão sobre terceirização é controversa e vai beneficiar milhares de empresas. Um dos projetos que tramitam no Congresso Nacional é o PL 4.330/2012, de autoria do deputado Sandro Mabel (PR-GO). O texto prevê a terceirização de todas as atividades e funções de qualquer empresa, pública ou privada.
 
A proposta causou uma reação imediata de ministros do Tribunal Superior do Trabalho. Dezenove dos 26 integrantes da corte enviaram um documento ao deputado autor do projeto afirmando que a proposta provocará uma “gravíssima lesão social de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários” contra os trabalhadores. 
 
Durante o lançamento do Anuário da Justiça do Trabalho 2013, em setembro do ano passado, a ConJur questionou os ministros do TST e constatou que a possibilidade de terceirização não é uma unanimidade.
 
O ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos se posicionou radicalmente a favor da liberação da terceirização. Sua posição é baseada no artigo 170 da Constituição Federal, que diz que a ordem econômica é baseada na livre iniciativa. “Isso só tem um significado: os empresários devem gerir seus negócios como melhor aprouver. Se acharem que é melhor terceirizar tudo, ou parte, ou nada, eles que vão dizer. Desde que isso não vá contra a dignidade da pessoa humana nem contra os direitos previstos no artigo 7º da Carta”.
 
O fato de a discussão sobre terceirização ter recaído sobre a sua possibilidade em atividade-meio ou em atividade-fim é, para o ministro, tira o foco do debate. “Ninguém sabe apresentar, objetivamente, o que é uma função-meio. Para ele, há um fundo sindical na “demonização” da terceirização, pois as organizações temem perder espaço, com a criação de novos sindicatos para representação de terceirizados.
 
Ives Gandra Martins Filho também defende a terceirização na chamada atividade-fim, desde que feita fora do local da tomadora de serviço. Para ele, “não pode ter duas pessoas trabalhando ombro a ombro na mesma atividade, uma contratada normalmente outra terceirizada”. Para ele, impedir a terceirização é retrocesso, segundo do ministro, pois a economia não vai mudar e as empresas não vão deixar de terceirizar.
 
Outro ministro que se posicionou a favor da terceirização foi João Batista Brito Pereira. “Sou favorável à terceirização, desde que a empresa prestadora dos serviços comprove a especialização para a realização dos serviços contratados", afirmou.
 
Apesar dos votos favoráveis, no TST, a maoiria é contra o projeto. A ministra Delaíde Alves Miranda Arantes afirma que a principal consequência da provação do PL é a precarização do trabalho e suas condições. Segundo ela, existem, no Congresso, outros projetos de lei que atendem ao anseio de normatização do tema “sem precarizar tanto as condições de trabalho”.
 
Para o ministro Luiz Phillipe Vieira de Mello, presidente da 7ª Turma, “da forma como está sendo proposta a lei, permitindo terceirizar amplamente, vamos chegar a uma situação em que o homem será coisificado". Segundo ele, a Justiça do Trabalho não é contra a terceirização, mas é preciso impor limites para evitar que o trabalhador seja transformado em produto da atividade empresarial.
 
Para o presidente do TST, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, o projeto de lei em questão foi melhorado no Congresso, mas ainda carrega dois pontos problemáticos: o critério da especialização para permitir a terceirização, que é muito genérico, e a possível fragmentação dos sindicatos. “Haverá esvaziamento da representação sindical e a fragilização do sindicato dos trabalhadores.” (Fonte: STF)

O vereador Paulo da Farmácia (PROS) apresentou, nesta semana, à Câmara Municipal de Goiânia, projeto de lei que prevê a substituição das atuais pulseiras de identificação de recém-nascidos e crianças internadas em unidades de saúde por dispositivos com sensores de alarme, que só poderão ser abertos por pessoa autorizada. A medida, de acordo com o projeto, deve ser adotada por hospitais e maternidades públicas e particulares de Goiânia.

O projeto prevê que todas as portas de entrada e saída dos hospitais e maternidades sejam equipadas com dispositivos que acionarão o alarme caso haja transposição com o sensor. O equipamento de segurança não poderá acarretar nenhum risco à saúde ou à integridade física do recém-nascido ou criança.

De acordo com o vereador, as atuais pulseiras de identificação usadas são de material frágil, que identifica o nome do recém-nascido, data de nascimento e nome da mãe. Quando o paciente é criança, afirma Paulo da Farmácia, não há nenhum tipo de identificação que não seja o próprio prontuário. Para o parlamentar, “já existem tragédias o bastante que comprovam que esse procedimento não funciona”. 

Fonte: Assessoria de Comunicação/Vereador Paulo da Farmácia

hemoterapiaA Anvisa lançou, no dia 9 de maio, o projeto Boas Práticas de Inspeção em Serviços de Hemoterapia. Os objetivos são capacitar, avaliar, automatizar e uniformizar procedimentos de inspeção relacionados à sangue e fortalecer o monitoramento e gerenciamento do risco pelas diferentes esferas do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). De acordo com o Gerente Geral de Sangue, Outros Tecidos, Células e Órgãos da Anvisa, João Paulo Baccara, o projeto também deverá estreitar a relação com as vigilâncias de Estados e Municípios.

Terça, 13 Maio 2014 11:17

ANS tem novos diretores

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O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), André Longo, empossou ontem (12/05) aos dois novos diretores do órgão: a advogada Simone Sanches Freire, servidora da Agência desde 2002, e o médico pediatra José Carlos de Souza Abrahão, ex-presidente da Confederação Nacional de Saúde e da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Os mandatos dos novos diretores são de três anos.

hospitalAtravés da Portaria MS / GM Nº 810, de 8 de maio de 2014, que foi publicada no Diário Oficial da União número 87, de 9 de maio de 2014 (Seção 01, página 35), o Ministério da Saúde criou o Grupo de Trabalho de Revisão das Terminologias de Tipos de Estabelecimentos de Saúde. O grupo deve discutir e apresentar proposta para a revisão das terminologias utilizadas para identificar os tipos de estabelecimentos de saúde e suas respectivas conceituações, buscando padronizar os conceitos existentes, considerando não somente as políticas nacionais, mas também as realidades locais.
A terminologia de tipos de estabelecimentos de saúde tem por objetivo fazer uma distinção geral entre os vários estabelecimentos de saúde existentes, incorporando todo e qualquer tipo existente em território nacional. O grupo de trabalho será composto por representantes titulares e suplentes da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde; da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS); Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (Sctie); Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (Sgep); Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai); Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass); Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e Gerência de Estatísticas de Saúde do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles terão 30 dias para consolidar as propostas apresentadas na Consulta Pública e encaminhar relatório final ao Ministério da Saúde.

roteiro vistoriasA Resolução 2.056/13 (clique aqui e confira), que redefine as regras para fiscalização do exercício da medicina em território nacional, entra em vigor nesta terça-feira (13 de maio). Editada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em novembro de 2013, a norma cumpriu o prazo de 180 dias para que o Manual de Vistoria e Fiscalização da Medicina no Brasil e seus roteiros de vistoria fossem aplicados.
O novo Manual de Vistoria e Fiscalização da Medicina no Brasil estabelece a infraestrutura mínima a ser exigida dos consultórios e ambulatórios médicos, de acordo com sua atividade fim e/ou especialidade. Os consultórios e ambulatórios foram divididos em quatro grupos.  

Grupo 1 - Dos consultórios e serviços do Grupo 1, no qual são realizadas apenas consultas, serão exigidos, por exemplo, equipamentos básicos como tensiômetro, estetoscópio, termômetro, maca, lençóis, pia, cadeira para o médico e mais duas para o paciente e acompanhante, entre outras exigências.  

Grupo 2 - Já para os do Grupo 2, onde se executam procedimentos sem anestesia local e sem sedação, como o consultório de um cardiologista que faz apenas eletrocardiogramas, serão exigidos, além do listado no consultório básico, os equipamentos necessários para os exames específicos.

Grupo 3 - Nos consultórios ou serviços do Grupo 3 com procedimentos invasivos ou que exponham os pacientes a risco de vida e que realizem, por exemplo, teste ergométrico ou procedimento com anestesia local ou sedações leves, os fiscais devem averiguar se existem os instrumentos que assegurem a aplicação de forma segura e, em havendo complicação, o médico tenha disponíveis equipamentos de socorro à vida e esteja preparado para realizar os primeiros procedimentos de suporte.

Grupo 4 - O Grupo 4, que envolve os locais de realização de endoscopia, deve ter tudo o que é exigido do Grupo 3, mais o que for específico do procedimento. A resolução também exige a presença de médicos plantonistas em ambientes onde são mantidos pacientes em descanso ou em observação.  Comunidades terapêuticas médicas também ficam obrigadas a ter médicos plantonistas e equipamentos de suporte à vida.  A mesma exigência é feita aos CAPs AD II e III e ao CAPs III, locais de atendimento psiquiátrico.


Unidades fiscalizadas terão 15 dias para adequação


Com a mudança, as vistorias dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) de todo o País passam a seguir um check list padrão, gerando o envio de relatórios ao CFM, a parametrização e a análise estatística tanto regional quanto nacional.  As unidades de saúde fiscalizadas terão 15 dias (prorrogáveis por igual período) para solucionar os problemas apontados. Em caso de não cumprimento das orientações, o CRM poderá propor a interdição ética do estabelecimento e apresentar denúncias aos órgãos competentes, como Ministério Público e Tribunais de Contas.  

(Com informações: CFM)

Sexta, 09 Maio 2014 11:33

Hospitalar 2014 começa no dia 20 de maio

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hospitalarA Hospitalar 2014 – Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios, maior evento de saúde das Américas, será realizada de 20 a 23 de maio no Expo Center Norte, em São Paulo (SP). A feira, que chega neste ano a sua 21ª edição, reúne representantes do setor médico-hospitalar e da indústria fornecedora.

 Além de incentivar contatos estratégicos e negócios, o evento é complementado por uma extensa agenda de congressos e seminários, que atrai gestores públicos e privados, órgãos de governo e estrategistas da área de saúde de vários países.

“Tanto a feira quanto o fórum deste ano estão ainda mais fortes, interessantes e agregadores do setor, graças a um intenso trabalho de planejamento e de ações desenvolvidas com foco nos grandes interesses da saúde, e no qual temos a satisfação de contar com a parceria das mais representativas entidade do setor”, garante a presidente da feira, Waleska Santos.

Cique aqui, confira a programação completa e saiba mais sobre a Hospitalar

aropaxUma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada no dia 6 de maio suspendeu seis lotes do antidepressivo Aropax 20mg comprimidos revestidos, da empresa GlaxoSmithKline. Motivo: a empresa suspeita que os lotes tenham sido fabricados com princípio ativo com a presença de resíduos.
 
Os lotes são os seguintes: SH0040V (data de fabricação, junho de 2013, e data de validade, junho de 2015), RK0084V (data de fabricação, agosto de 2012, e data de validade, agosto de 2014), RJ0220V (data de fabricação, julho de 2012, e data de validade, julho de 2014), RJ0219V (data de fabricação, julho de 2012, e data de validade, julho de 2014), RC0113V (data de fabricação, março de 2012, e data de validade, março de 2014) e RC0113V1 (data de fabricação, março de 2012, e data de validade março de 2014).