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Acieg elege nova diretoria e presidente da Ahpaceg segue integrando o grupo
Haikal Helou (esq.), Rubens José Fileti, Euclides Barbo Siqueira
A nova diretoria da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), que estará à frente da instituição no triênio 2020-2023, foi eleita no dia 1º de novembro. A eleição da 45ª diretoria teve chapa única, intitulada Tradição, Inovação e Gestão e que tem na presidência Rubens Fileti, atual presidente interino da Associação.
Eleita por unanimidade, a nova diretoria também tem entre seus membros o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, que já integra a gestão que se encerra. Haikal Helou é o coordenador da Câmara de Saúde da Acieg.
Durante a eleição, também ocorreu a assinatura do novo projeto da Acieg, em parceria com o Sebrae-GO e a Juceg. A iniciativa prevê a criação da Casa do Empreendedor, um espaço dentro da Associação para oferecer capacitação a milhares de empreendedores e colaboradores. A posse da nova diretoria está prevista para o início de março de 2020.
AVC: atendimento rápido é essencial para o sucesso do tratamento
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido por derrame, é uma das principais causas de mortalidade no mundo. No Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é a principal causa de incapacidade de adultos e idosos.
O diagnóstico precoce e o tratamento rápido e correto são essenciais para a redução dos riscos de sequelas e a recuperação completa do paciente. Quando se fala em AVC, cada minuto perdido pode representar uma grande diferença no sucesso do tratamento.
Por isso, a Ahpaceg conta com hospitais preparados para receber, diagnosticar e tratar pacientes com AVC, seguindo protocolos internacionais, que garantem uma assistência mais rápida e segura.
Fique atento aos sinais da doença, evite os fatores de risco, cuide-se e, sempre que precisar, procure a Rede Ahpaceg.
Confira as unidades da Rede Ahpaceg que são referência para esse atendimento
Goiânia:
- Hospital da Criança
- Hospital do Coração de Goiás
- Hospital Santa Bárbara
- Hospital São Francisco de Assis
- Hospital Santa Helena
- Instituto de Neurologia de Goiânia
Aparecida de Goiânia:
- Hospital de Neurologia Santa Mônica
Anápolis:
- Hospital Evangélico Goiano
Catalão
- Hospital Nasr Faiad
- Hospital São Nicolau
Rio Verde
- Hospital Santa Terezinha
Saiba mais sobre o AVC...
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. É uma doença que acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo.
Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento do AVC, maiores serão as chances de recuperação completa. Desta forma, torna-se primordial ficar atento aos sinais e sintomas e procurar atendimento médico imediato.
Existem dois tipos de AVC, que ocorrem por motivos diferentes:
AVC hemorrágico.
AVC isquêmico.
Quais os sintomas e como começa um AVC?
Existem alguns sinais que o corpo dá que ajudam a reconhecer um Acidente Vascular Cerebral.
Os principais sinais de alerta para qualquer tipo de AVC são:
- fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
- confusão mental;
- alteração da fala ou compreensão;
- alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
- alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
- dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
Como prevenir o AVC?
Muitos fatores de risco contribuem para o aparecimento de um AVC e de outras doenças crônicas, como câncer e diabetes. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores, entretanto, dependem apenas da pessoa e são os principais para prevenir essas doenças.
- Não fumar;
- Não consumir álcool;
- Não fazer uso de drogas ilícitas;
- Manter alimentação saudável;
- Manter o peso ideal;
- Beber bastante água;
- Praticar atividades físicas regularmente;
- Manter a pressão sob controle;
- Manter a glicose sob controle. (Fonte: Ministério da Saúde)
Presidente da Ahpaceg prestigia a posse da primeira diretoria da Sociedade Brasileira de Hotelaria Hospitalar de Goiás
O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, participou hoje pela manhã da solenidade de posse da primeira diretoria da Sociedade Brasileira de Hotelaria Hospitalar de Goiás (SBHH-GO), que tem na presidência a empresária Patricia Prioto e na vice-presidência, Ilma Martins. Durante o evento, realizado no auditório do Crer, Haikal Helou ressaltou ser uma honra participar de solenidades que marcam o início do trabalho de uma instituição.
“Em eventos como esse, sempre encontramos pessoas desbravadoras, dispostas a fazer o novo e a mudar a cultura”, disse, elogiando o trabalho já realizado pela presidente empossada Patricia Prioto e enfatizando que ela terá uma tarefa árdua de mudança cultural para mostrar às pessoas a importância da hotelaria hospitalar.
Ele observou que até um passado recente tudo no hospital girava em volta da atividade médica. Hoje, sabe-se que a boa estrutura hospitalar é bem maior e envolve não só equipes de saúde, mas também de outras áreas, como a engenharia. Todos trabalhando em conjunto para garantir a segurança do atendimento, conforto do paciente e qualidade da assistência.
A recém-criada SBHH-GO, de acordo com Haikal Helou, vai contribuir para fortalecer esse trabalho voltado para o conforto dos pacientes. E conforto, segundo ele, não quer dizer luxo, mas amparo, acolhimento, bom atendimento. A Ahpaceg e a SBHH-GO devem desenvolver ações conjuntas para melhorar a hotelaria hospitalar no Estado e, consequentemente, os serviços prestados à população.
O objetivo da SBHH-GO é contribuir para tornar os hospitais públicos e privados goianos mais eficientes, seguros e com um atendimento mais humanizado, além de melhorar a gestão de serviços, como limpeza e alimentação, ampliar o conforto, comodidade e hospitalidade e contribuir também para o aperfeiçoamento da capacitação de profissionais que atuam nesta área.
Após a solenidade de posse, teve início o I Simpósio de Hotelaria Hospitalar SBHH/GO, que prossegue até o final da tarde, com a abordagem de temas, como empoderamento no ambiente hospitalar, engenharia clínica como foco na segurança do paciente, liderança e atendimento ao cliente e ações de hospitalidade e humanização na contribuição da recuperação dos clientes de saúde.
Na Mídia - Saúde está sendo prejudicada por falhas no fornecimento de energia elétrica pela Enel, diz Ahpaceg
TV SERRA DOURADA
Associação de Hospitais reclama do fornecimento de energia pela Enel
JORNAL OPÇÃO
Saúde está sendo prejudicada por falhas no fornecimento de energia elétrica pela Enel, diz Ahpaceg
Por Leicilane Tomazini
Segundo Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás, problema causa transtornos e prejuízos às instituições
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) alerta que as constantes oscilações e falhas no fornecimento de energia elétrica pela Enel têm afetado a área da saúde. Isto porque, mesmo equipados com geradores, os 33 hospitais de grande porte representados pela associação têm sido penalizados pela queima de aparelhos de alto custo, e o aumento da manutenção de equipamentos, como aparelhos de ar-condicionado e elevadores.
Segundo a Ahpaceg, somente nos dois últimos dias, dois grandes hospitais em Goiânia tiveram seus tomógrafos danificados em decorrência de oscilações no fornecimento de energia. A associação informou que está encaminhando ofícios ao governo do Estado e à diretoria da Enel solicitando soluções imediatas para o problema, que, “além de causar transtornos e prejuízos às instituições, ameaça a segurança e a resolutividade do atendimento prestado, podendo, por exemplo, retardar a realização de exames”.
A reportagem entrou em contato com a Enel Goiás, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. A reportagem poderá ser atualizada.
Os hospitais associados da Ahpaceg
Goiânia
CDI
Cebrom
Clínica da Imagem
Clínica São Camilo
Clínica São Marcelo
CRD Medicina Diagnóstica
Hemolabor
IHG
Hospital Amparo
Hospital Clínica do Esporte
Hospital do Coração de Goiás
Hospital do Coração Anis Rassi
Hospital da Criança
Hospital de Acidentados
Hospital Infantil de Campinas
Hospital Ortopédico de Goiânia
Hospital Premium
Hospital do Rim
Hospital Samaritano de Goiânia
Hospital Santa Bárbara
Hospital Santa Helena
Hospital São Francisco de Assis
Hospital da Visão
Instituto de Neurologia de Goiânia
Instituto Ortopédico de Goiânia
Instituto Panamericano da Visão
Maternidade Ela
Oncovida
Anápolis
Hospital Evangélico Goiano
Aparecida de Goiânia
Hospital Santa Mônica
Catalão
Hospital Nasr Faiad
Hospital São Nicolau
Rio Verde
Hospital Santa Terezinha
Em nota a Enel se posicionou:
A Enel Distribuição Goiás informa que entrou em contato com a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) na manhã de hoje (23) para verificar as reclamações e providenciar as devidas soluções. A empresa esclarece que hospitais, clínicas e outras instituições ligadas à saúde são mapeadas e cadastradas como clientes com atendimento prioritário em casos de falhas no fornecimento de energia. A distribuidora acrescenta que manterá contato direto com a Ahpaceg para atender às solicitações da associação e garantir a qualidade e a confiabilidade do serviço.
A distribuidora acrescenta que tem um plano robusto de investimento em curso e tem trabalhado para a melhora constante da qualidade do fornecimento de energia em todo o Estado de Goiás. A companhia ressalta que está seguindo um cronograma de obras e manutenções definido no plano de ações da empresa e acordado com o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o governo estadual. A empresa reforça que obras importantes já foram antecipadas, como a instalação de um novo transformador na subestação de Trindade que vai dobrar a capacidade da potência instalada, beneficiando cerca de 165 mil clientes da Região Metropolitana e atendendo a crescente expansão do município de Trindade. A companhia acrescenta que estão previstas para esse ano as entregas de duas novas subestações nos municípios de Anápolis e Mineiros, reforçando o compromisso da Enel com o Estado de Goiás.
A Enel informa, ainda, que em 2017 e 2018, investiu 3,5 vezes mais na rede elétrica de Goiás (cerca de R$ 750 milhões ao ano) do que a média anual realizada nos 10 anos anteriores no período em que a companhia era estatal. A empresa reforça que, a partir dos investimentos e manutenções já realizados pela companhia, a duração das interrupções de energia (DEC), reduziu de 32 horas em 2017, para 23 horas em 2019. A frequência das interrupções de energia (FEC) também foi substancialmente reduzida, passando de 18 vezes em 2017 para apenas 11 vezes em 2019, uma melhora de aproximadamente 40%, alcançando os melhores índices históricos da companhia.
Ahpaceg denuncia que setor de saúde está sofrendo com falhas nos serviços da Enel
As constantes oscilações e falhas no fornecimento de energia elétrica pela Enel, que tanto vêm prejudicando consumidores goianos, estão afetando também a área da saúde. O alerta é da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), que representa 33 hospitais de grande porte, laboratórios, clínicas de imagem, bancos de sangue e serviços de oncologia que são referência em assistência em Goiás.
Mesmo equipados com geradores, que garantem o funcionamento dos equipamentos essenciais em casos de queda de energia, esses estabelecimentos têm sido penalizados pela queima de aparelhos de alto custo e o aumento da manutenção de equipamentos, como aparelhos de ar-condicionado e elevadores.
Apenas nos últimos dias, dois grandes hospitais goianienses associados da Ahpaceg tiveram seus tomógrafos danificados em decorrência de oscilações no fornecimento de energia. A Ahpaceg está encaminhando ofícios ao governo do Estado e à diretoria da Enel solicitando soluções imediatas para o problema, que, além de causar transtornos e prejuízos às instituições, ameaça a segurança e a resolutividade do atendimento prestado, podendo, por exemplo, retardar a realização de exames.
REDE AHPACEG
Goiânia
CDI
Cebrom
Clínica da Imagem
Clínica São Camilo
Clínica São Marcelo
CRD Medicina Diagnóstica
Hemolabor
IHG
Hospital Amparo
Hospital Clínica do Esporte
Hospital do Coração de Goiás
Hospital do Coração Anis Rassi
Hospital da Criança
Hospital de Acidentados
Hospital Infantil de Campinas
Hospital Ortopédico de Goiânia
Hospital Premium
Hospital do Rim
Hospital Samaritano de Goiânia
Hospital Santa Bárbara
Hospital Santa Helena
Hospital São Francisco de Assis
Hospital da Visão
Instituto de Neurologia de Goiânia
Instituto Ortopédico de Goiânia
Instituto Panamericano da Visão
Maternidade Ela
Oncovida
Anápolis
Hospital Evangélico Goiano
Aparecida de Goiânia
Hospital Santa Mônica
Catalão
Hospital Nasr Faiad
Hospital São Nicolau
Rio Verde
Hospital Santa Terezinha
Ahpaceg prestigia a entrega da Comenda Nabyh Salum a cinco médicos
Haikal Helou, Sebastião Eurico e Helio de Sousa
O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, prestigiou ontem, 21, a entrega da Comenda Nabyh Salum a cinco médicos que se destacam no exercício da profissão em Goiás. Criada em 2017 pela Assembleia Legislativa para celebrar o Dia do Médico com uma homenagem a profissionais da área, a comenda foi entregue neste ano aos médicos Sebastião Eurico de Melo Souza, indicado pela Ahpaceg; Eduardo Santana; Joaquim Caetano de Almeida Neto; Sebastião Célio Rodrigues da Cunha e Celmo Celeno Porto.
“Essa homenagem vem ao encontro com o que cada entidade pretende enaltecer. Me sinto agraciado de encontrar colegas e professores nesta noite, que contribuíram para minha formação como médico na Universidade Federal de Goiás”, disse o deputado Helio de Sousa, autor da proposta de criação da comenda, que atendeu a uma solicitação das entidades médicas goianas e também homenageou Nabyh Salum, um pioneiro da medicina no Estado.
Além da Ahpaceg, a indicação dos homenageados cabe ao Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás, Associação Médica de Goiás, Academia Goiana de Medicina e Associação dos Hospitais do Estado de Goiás. No primeiro ano, a Ahpaceg indicou o médico Anis Rassi. No ano passado, o indicado foi o médico Henrique Maurício Fanstone.
Presidente do IAG Saúde reúne-se com membros da Ahpaceg
A Ahpaceg recebeu, no dia 17 de outubro, o presidente do Grupo IAG Saúde e co-fundador do DRG Brasil®, Renato Couto. Ele falou sobre o Qualipress e o DRG – metodologia de avaliação do serviço prestado - e ainda sobre o Índice de Valor Agregado (IVA).
De acordo com Renato Couto, grande parte do custo hospitalar hoje decorre de desperdícios por falha na qualidade. Ele criticou o atual modelo remuneratório, que estimula a alta permanência hospitalar, ressaltou a importância da governança clínica, do acompanhamento de indicadores, do corte de desperdícios e da entrega de valor ao paciente, oferecendo uma assistência de qualidade e segurança máxima em um sistema sustentável tanto para operadoras quanto para prestadores. Nesta semana, diretores da Ahpaceg vão ao Belo Horizonte visitar e conhecer mais o trabalho do IAG.
Ahpaceg fará pesquisa sobre saúde e assistência aos colaboradores
A reunião mensal do Comitê Técnico de RH/Gestão de Pessoas da Ahpaceg, realizada no dia 17 de outubro, contou com a participação do presidente Haikal Helou. Durante o encontro na sede da Associação, ele falou sobre projetos a serem desenvolvidos pela Ahpaceg na área de recursos humanos e, para isso, os gestores do setor devem realizar uma pesquisa entre os colaboradores.
A coordenadora do comitê, Marina Guimarães, vai coordenar esse levantamento de dados sobre a saúde dos colaboradores. O objetivo é traçar o perfil epidemiológico dos trabalhadores das instituições que integram a Ahpaceg.
E mais: a pesquisa quer saber onde esses profissionais são atendidos quando necessitam de assistência médico-hospitalar. As informações vão subsidiar a definição de estratégias da Ahpaceg para melhorar a assistência aos colaboradores com foco também na prevenção de doenças e na promoção da saúde e bem-estar destes trabalhadores e de suas famílias.
18|10 - Dia do Médico
A importância do seu trabalho vai muito além do que podemos ver.
Parabéns hoje e sempre!
Artigo - Farinha do mesmo saco!
Confira o texto completo do artigo do presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, publicado no jornal O Popular no dia 11/10/19
Farinha do mesmo saco!
O ano de 2003 estava apenas começando e já prometia ser repleto de emoções. Comemoraríamos o primeiro aniversário do meu primogênito, uma guerra no Iraque parecia inevitável com todos temendo o quê poderia se tornar a terceira guerra mundial e a Unimed Goiânia tinha decidido que, a partir daquele ano, novos cooperados só entrariam através de concurso. A ideia do concurso não me preocupava, toda a vida adulta tinha sido assim: faculdade, pós-graduação, validação de diploma nos EUA, residência médica. Porém, havia um número grande de colegas disputando as mesmas vagas e a perspectiva de não conseguir entrar gerava, sim, ansiedade. Naquela época, era inimaginável se desenvolver na profissão sem estar na Unimed. Ela era o nosso escudo contra a exploração do trabalho médico, nos trazendo pacientes, nos pagando em dia com valores justos, nos dando um senso de pertencimento.
Infelizmente, circunstâncias da vida foram me afastando do consultório e centro cirúrgico e me aproximando da gestão do único negócio da minha família, um hospital. Relutei muito no início, tinha me preparado a vida inteira para ser o que eu era, um cirurgião geral, operar, salvar vidas, e agora estava metido em reuniões, discussões financeiras, fornecedores e operadoras. Buscando entender esse mundo, me aproximei de outros médicos e donos de hospitais que passavam pela mesma situação e viviam as mesmas angústias e aí a vida deu uma guinada.
Reuniões passam a ser o nosso trabalho. Agora, o assunto é sinistralidade, diárias e taxas, protocolos, indicadores. Não mais bisturi, pinça e tesoura. Ato contínuo, a forma como enxergamos o mundo muda. O sofrimento é grande, sonho constantemente com o centro cirúrgico, começo a pensar que não estou mais salvando vidas ou ajudando as pessoas, até me dar conta que com a boa gestão hospitalar, tornando os hospitais mais seguros, criando e adotando classificações, núcleos de segurança, protocolos de boas práticas e indicadores salvaria muito mais vidas do que poderia como cirurgião.
Muda também a visão dos colegas sobre o médico gestor. Param de nos enxergar como médicos, viramos os temidos “administradores”, aqueles que dizem não. Falta a percepção que para o paciente dele entrar em um hospital e fazer a cirurgia que é o seu ofício, milhares de coisas deverão acontecer, como a compra de equipamentos e o seu credenciamento, treinamento de pessoal (enfermeiras, nutricionistas, farmacêuticos, engenheiros clínicos...), alvarás, vigilância, glosas de contas, fornecedores ...
Nessa hora, mudamos mais uma vez, viramos os “negociadores”. No início, as negociações eram muito difíceis, o desconhecimento do outro lado e a desconfiança reinavam, negociações costumavam durar até nove meses, quando se chegava a um acordo, já estava defasado. Passamos a conhecer o lado “plano de saúde “da cooperativa, lutando por preços mais baixos, sem muitas vezes se preocupar com a qualidade, enfim, se discutia preços e não valores.
Com o passar do tempo, passamos a entender que do outro lado da mesa não existiam monstros gananciosos que queriam economizar a qualquer custo, mas médicos, como nós, em um sistema altamente regulamentado e judicializado, com custos crescentes e que em algum momento, seja pelo envelhecimento da população, seja pela incorporação de novas tecnologias se tornarão impagáveis. Nessa hora, a preocupação passa a ser a sustentabilidade do sistema. A lógica é simples: se eles quebrarem, seremos os próximos, temos de cuidar de um todo, não mais apenas dos nossos hospitais.
Para piorar tudo, as coisas começam a mudar muito rápido no nosso entorno. Surgem empresas de capital aberto, com dinheiro de bolsa de valores, que trabalham somente consigo mesmas e enxergam o médico apenas como mais um empregado, pagando valores aviltantes e apostando que com a enxurrada de novos profissionais jogados todos os anos no mercado não faltará alguém disposto a fazer mais por menos. Dane-se a qualidade, a relação médico/paciente, a autonomia do profissional liberal, o que importa são apenas bons números para gerar polpudos dividendos nas bolsas de valores.
Nesse momento, volto a 2003 e vejo mais do que nunca a nossa Unimed como o porto seguro, que pode nos proteger desses gafanhotos. Não sozinha, mas junto com os cooperados e com a sua rede prestadora. Não somos diferentes como o incauto imagina, somos todos médicos cooperados com as mesmas necessidades, dores e preocupações. Desse trabalho, vem o nosso sustento, somos farinha do mesmo saco, e quem afirma o contrário quer nos dividir com propósitos obscuros.
Para que essa união ocorra, princípios básicos devem ser cumpridos:
O prestador precisa se profissionalizar, investir em gestão, buscar a todo custo a segurança do paciente. Precisa ter indicadores de resultados clínicos, eficiência, evitar desperdícios e coibir as fraudes.
O colega tem de entender que a cooperativa é dele. Não é um plano de saúde que ele pagou uma luva para entrar. Tem que entender que as pessoas encasteladas no décimo andar da nossa sede trabalham para ele e não o contrário. Precisa se inteirar sobre os números, ir às reuniões, questionar o que achar pertinente, mas também entender que não precisa de 48 exames para diagnosticar uma dengue, que não deve pedir uma tomografia computadorizada e uma ressonância na mesma consulta ou manter seus pacientes internados além do necessário por pura conveniência.
À diretoria da Unimed, que venha a percepção que não são necessários 11 diretores para fazer uma cooperativa ou empresa funcionar; que a profissionalização que ocorreu em outras grandes singulares, já passou da hora de acontecer aqui; que o dono, o cooperado, não pode nem deve esperar dias ou semanas para ser recebido e que precisamos de menos festas, viagens e eventos e mais foco no negócio, produtos competitivos e pactuados para se fazer frente à nova concorrência; que seja mais cooperativa e menos plano de saúde, melhorando de forma responsável o recebimento do seu dono, o cooperado, e fazendo com que ele se sinta novamente em casa, amparado
Tenho a plena convicção, que juntos, com espírito desarmado, com transparência e profissionalismo, garantiremos a sustentabilidade de todos os players e a segurança que tanto precisamos.
Haikal Helou é médico e presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás