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Covid-19: Boletim Ahpaceg 28|09|20
O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Hoje, 28 de setembro, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.
Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.
Covid-19: Boletim Ahpaceg 26|09|20
O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Hoje, 26 de setembro, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.
Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.
Covid-19: Boletim Ahpaceg 25|09|20
O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Hoje, 25 de setembro, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.
Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.
Boletim da Ahpaceg aponta queda em casos de Covid-19 no mês de setembro
O número de casos de Covid-19 em Goiás caiu mais de 15% no mês de setembro. É o que revela o Boletim Coronavírus, divulgado regularmente pela Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), de segunda-feira a sábado, desde o início de abril deste ano.
Entre 1º de setembro e o dia 24, o total de casos suspeitos e confirmados da doença caiu 16%. Entre os dias 1º e 15, a redução tinha sido de 11%.
A taxa de ocupação de leitos adultos de Unidade de Terapia Intensiva no dia 1º totalizava 91%. No dia 24, o índice era de 75%.
A ocupação de leitos adultos de apartamentos totalizou 66% no dia 1º e 61% no dia 24.
O número diário de óbitos também caiu de 5, em 1º de setembro, para 4 no dia 15 e 3 no dia 24. Contudo, no dia 23, foi registrado o maior número de óbitos por dia durante o mês: 11 no total.
O boletim traz dados relacionados à Covid-19 em 22 instituições associadas da Ahpaceg em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Em live, presidente da Ahpaceg conversa sobre a campanha Setembro Verde e as ações da entidade durante a pandemia
O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, participou de uma live com a agência Contato Comunicação, na quinta-feira (24). O tema do bate-papo foi a campanha Setembro Verde, de conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos.
Haikal relatou que, com a pandemia de Covid-19, as doações de órgãos em todo o país diminuíram, principalmente entre indivíduos vivos. Porém, as necessidades dos pacientes que precisam de um transplante não mudaram.
“Temos um desperdício. As pessoas querem ser doadoras, mas, quando morrem, a família não autoriza a doação ou o hospital não consegue captar”. Ele acrescentou ainda que, por esse motivo, é preciso reforçar a conscientização feita com as famílias, com o corpo clínico dos hospitais e com os legisladores.
O presidente também abordou as ações realizadas pela Ahpaceg no combate à pandemia. Segundo ele, a crise sanitária teve um efeito positivo de acelerar processos.
Porém, ele alertou que, mesmo com os hospitais aptos a receber os pacientes com segurança, muitas pessoas não procuram ajuda médica quando possuem algum problema de saúde e chegam às instituições com quadros mais graves. “Não se deve cuidar da saúde apenas quando fica doente, mas cuidar para não ficar doente”, afirmou.
Haikal Helou também adiantou que, em breve, a Ahpaceg vai lançar um grande projeto que vai orientar a população na hora da escolha de um hospital seguro. Aguarde!
A live permanece gravada pelo link:https://www.instagram.com/p/CFiWVijju1F/
Confira quais os profissionais devem compor as equipes de cada nível de UTI
A Câmara Técnica de Medicina Intensiva do Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou um Parecer com explicações sobre como deve ser composta a equipe de cada nível de UTI.
Para as UTIs nível III e II, de complexidade muita alta e alta, é preciso ter os seguintes profissionais:
- Médico intensivista responsável técnico;
- Médico intensivista de rotina / diarista matutino e vespertino;
- Médico plantonista;
- Enfermeiro intensivista responsável técnico;
- Enfermeiro;
- Técnico em enfermagem;
- Fisioterapeuta intensivista responsável técnico;
- Fisioterapeuta.
Já para a UCI, de nível de atenção médio e/ou baixo, a equipe deve ser composta por:
- Médico intensivista responsável técnico;
- Médico intensivista de rotina / diarista;
- Médico plantonista;
- Enfermeiro intensivista responsável técnico;
- Enfermeiro plantonista;
- Técnico em enfermagem.
Confira mais informações no Parecer nº 21/2019: bit.ly/2NnnKhG
CLIPPING AHPACEG 25/09/20
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Número de transplantes no Brasil sofre queda vertiginosa
Ministério recua em portaria sobre o aborto
Artigo - Eficácia da Coronavac contra o vírus ainda não é conhecida
Pazuello afirma que Brasil viverá em outubro uma nova forma de tocar a vida, em relação à pandemia
Associação de peritos libera trabalho presencial em 141 agências
Sob pressão, governo federal altera portaria sobre aborto
Mandetta: ''Passei a considerar Bolsonaro como parte da doença''
Covid-19: Goiás registra 91 mortes em um dia e total de óbitos chega a 4.356
Brasil adere a aliança para aceleração da vacina contra a covid-19
PORTAL G1
Número de transplantes no Brasil sofre queda vertiginosa
O governo lançou, nesta quinta (24), a campanha anual para estimular a doação de órgãos, que caiu muito durante a pandemia.
A vida pode recomeçar em cada ato de doação de órgãos. Foi depois de um transplante de rim, feito há 35 anos, que Bernadete redescobriu pequenos prazeres como beber água à vontade.
"Depois do transplante é uma vida nova. Você tem energia para fazer as coisas, tanto que eu estudei, me formei, trabalhei", conta Bernadete de Moraes e Silva, assistente social aposentada.
Em março, Bernadete descobriu que vai precisar um novo rim e, agora também, de um transplante de fígado. A espera de quem aguarda por um transplante é grande: mais de 46 mil brasileiros estão na fila.
Em 2020, com a pandemia, o número de transplantes despencou. De janeiro a julho de 2019, foram mais de 15 mil. No mesmo período de 2020, a queda foi de 37%.
Uma situação dramática, diz o doutor Luiz Carneiro D'Albuquerque, que faz transplantes há 30 anos. Hoje, ele é diretor da unidade de transplantes do aparelho digestivo do Hospital das Clínicas de São Paulo.
"Houve uma diminuição no número de doadores porque também os hospitais passaram prioritariamente a receber pacientes com Covid, e as pessoas tinham medo também de se contaminar ao receber um órgão ou no hospital. Alguns estados do Nordeste, a doação chegou a zero e outros caiu 40%, 50%, e outros em nível menor", explica.
Para incentivar a doação, o Ministério da Saúde lançou nesta quinta a campanha "Doe órgãos, a vida precisa continuar".
"Nós somos o maior serviço público do mundo em número de transplantes. Em número de doadores, nós estamos muito distantes no nosso índice de doação. O da Espanha, por exemplo, é de 56 doadores por milhão. O do Brasil é de 19", conta o médico Luiz Carneiro D'Albuquerque.
Para ser doador de órgãos, é extremamente importante avisar a família e deixar claro esse desejo. Isso porque a doação após a morte só acontece se houver autorização dos parentes. O órgão é retirado depois que a morte encefálica é confirmada. Começa aí uma corrida contra o tempo para salvar outras vidas.
Cada pessoa pode doar até 16 órgãos e tecidos, como rins, coração, pulmão, fígado, ossos, córneas, intestino, vasos sanguíneos e medula.
"Eu diria que a gente precisa pensar no amor que a gente conviveu com aquela pessoa e que aquilo vai continuar. Esse amor continua e também pode continuar os órgãos dando vida para uma outra pessoa", destaca Bernadete.
O Dia Nacional da Doação de Órgãos é domingo, 27 de setembro.
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FOLHA DE S.PAULO
Ministério recua em portaria sobre o aborto
Após repercussão negativa e às vésperas de ver o tema começar a ser julgado no STF, o Ministério da Saúde alterou a portaria que trazia regras para atendimento a mulheres que buscam abor to nos casos previstos em lei.
A medida vinha sendo alvo de críticas de especialistas e entidades na área de saúde, que viam na norma, publicada no fim de agosto, uma forma de intimidar mulheres que buscam o procedimento.
Devido às mudanças no texto, o ministro Ricardo Lewandowski, relator do caso, retirou o tema da pauta do plenário virtual do STF. A discussão da matéria começaria na sexta (25), mas foi adiada e ainda não tem data para ocorrer.
Assinado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o novo texto foi publicado nesta quinta (24). Na prática, a pasta recuou em parte dos pontos polêmicos previstos em norma anterior, como a exigência de que médicos informassem à gestante a possibilidade de ver o feto em ultrassom.
Por outro lado, manteve outros pontos polêmicos, como a necessidade de que o médico informe a polícia caso atendam a mulher que busca interromper a gestação em caso de estupro - um dos principais alvos de críticas na norma anterior. Embora tenha retirado a menção explícita de obrigatoriedade, a nova portaria ainda diz que o médico e profissionais de saúde "que acolherem a paciente dos casos em que houver indícios ou confirmação do crime de estupro "devem comunicar 0 fato a autoridade policial ou responsável".
Também devem "preservar possíveis evidências materiais do crime de estupro a serem entregues imediatamente à autoridade policial ou aos peritos oficiais, tais como fragmentos de embrião ou feto com vistas à realização de confrontos genéticos que poderão levar à identificação do respectivo autor do crime".
Para isso, cita a lei 13.718, de 2018, que "toma pública incondicionada a natureza da ação penal dos crimes contra a liberdade sexual e dos crimes sexuais contra vulnerável".
Especialistas avaliam que a medida ainda fere a previsão de sigilo e traz o risco de levar mulheres ao aborto ilegal.
Já o ministério diz que a notificação à polícia visa reduzir os casos de violência e apoiar na identificação dos responsáveis.
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Artigo - Eficácia da Coronavac contra o vírus ainda não é conhecida
Esper Kallás e Maurício L. Nogueira - Kallás é médico infectologista e professor da Faculdade de Medicina da USP; Nogueira é médico virologista, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Não há dúvidas de que as vacinas são uma grande esperança para combater a pandemia. Embora tidas por muitos como uma bala de prata, são vistas pela maioria dos especialistas como uma arma a mais na luta contra o novo coronavírus, cujo combate a inda dependerá de outras medidas como uso de máscaras, distanciamento social e testes.
Para ocupar um lugar no enfrentamento da pandemia, contudo, qualquer vacina candidata precisa trilhar
um caminho comum. Precisa simular a infecção natural pelo coronavírus. Depois, passa a ser testada em modelos animais (com infecções experimentais, em laboratório) para, só então, seguir para testes (ensaios) clínicos em humanos.
Após aprovação ética e científica por órgãos independentes, os ensaios clínicos são realizados em três fases que visam (1) verificar a dose ideal a ser administrada, (2) assegurar que ocorra indução de resposta do sistema de defesa contra o novo coronavírus e, finalmente, (3) checar a proteção conferida. A segurança é contínua e cuidadosamente avaliada, em todas as três fases de testes.
Desenvolvida pelo laboratório Sinovac e em processo de transferência ao Instituto Butantan, a Coronavac está entre as nove vacinas candidatas que chegaram à última etapa de testes. É feita com vírus inativado, ou seja, depois de submetê-lo a processo químico que causa morte, impe dindo que se multiplique ou cause doença. Esse método de produção e desenvolvimento de vacinas é bastante antigo e conta com larga experiência.
Vacinas inativadas são extremamente seguras e bem toleradas. Os vacinados não costumam ter efeitos colaterais e, quando estes ocorrem, na maioria das vezes são dor no local da injeção, mal estar passageiro ou febre baixa. Costumam ter um bom desempenho na proteção de doenças infecciosas; porém, em geral, inferior ao conferido por vacinas com vírus atenuado, capaz de se multiplicar.
Mais de 50 mil voluntários foram vacinados com a Coronavac em estudos realizados na China, mostrando boa tolerância e perfil de segurança. Ela também demonstrou capacidade de induzir anticorpos em mais de 90% dos vacinados, com a ressalva de que esta percentagem cai ao redor de 41% a 44% em vacinados acima de 60anos. Resta saber se isso se reverterá em proteção contra Covid 19.
O estudo fase 3, no Brasil, já incluiu mais de 5.000 voluntários, entre os 13.060 programados. Os 12 centros de pesquisa estão convidando profissionais de saúde que cuidam de pacientes com Covid-19 a receberem vacina ou placebo.
Dois desses centros são coordenados pelos autores.
Neste momento de tensão e expectativas, devem ficar claros os objetivos dos estudos clínicos em vacinas.
É preciso que a vacina candidata demonstre segurança e eficácia na prevenção da Covid-19. Essa avaliação depende do número de casos entre os participantes. A eficácia será mais alta quanto maior for a proporção de casos entre os que receberam placebo. Dessa forma, é possível que se calcule qual o percentual de proteção conferida. É importante salientar que o estudo terá sucesso se conseguir dar a resposta: a vacina candidata é, ou não é, segura e eficaz. Embora com bom perfil de segurança até agora, a eficácia da Coronavac ainda não é conhecida.
A velocidade da busca por vacina para Covid-i9nãotem precedentes na história, sob o olhar atento de todos os níveis da sociedade. É fundamental que o processo tenha a devida transparência e respeito aos ritos regulatórios, até o licenciamento de uma vacina para uso em saúde pública.
Acreditamos que, num futuro próximo, teremos uma va cina que seja segura e eficaz. Aliás, precisamos de mais de uma vacina, pois bilhões de pessoas necessitam ser protegidas. Tomara que a Coronavac seja uma delas.
Todavia, nenhum estudo pode abrir mão de dois princípios fundamentais: zelar pela máxima segurança dos voluntários e observar estrito rigor científico.
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Pazuello afirma que Brasil viverá em outubro uma nova forma de tocar a vida, em relação à pandemia
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira (24) que as curvas de contágio e mortes em decorrência do novo coronavírus tendem ao "final" no máximo no começo de outubro e que então viveremos uma "nova forma de tocar a vida".
Pazuello também voltou a afirmar que "todas as opções estão abertas", em relação à vacina para a Covid-19 --um dia após novos resultados promissores da vacina Sinovac.
O ministro afirmou que sua pasta trabalha no contrato com a vacina AztraZeneca --parceria da Fio Cruz com a Universidade de Oxford--, mas que acompanha o desenvolvimento das demais imunicações.
Também nesta quarta, o governo liberou R$ 2,5 bilhões para que o Brasil ingresse na Covax Facility, aliança internacional por vacinas contra a Covid-19.
As declarações de Pazuello foram feitas durante reunião com secretários de Saúde de estados e municípios. O ministro comentou a apresentação de secretários da pasta a respeito da evolução epidemiológica da doença no país.
"As curvas tendem ao final ainda no final de setembro, começo de outubro, em praticamente todos os estados do país. E nós teremos a partir daí uma nova forma de tocar a vida", disse o ministro, que foi efetivado no cargo no dia 14 deste mês, após três meses como interino.
"E essa nova forma é retomar nossas atividades de forma inteligente, com os cuidados necessários, com as medidas preventivas, as medidas de afastamento social, que a gente observa em praticamente todos os lugares", completou.
O ministro não explicou se haverá diretrizes futuras da sua pasta ou de outras esferas do governo federal sobre a retomada das atividades.
Pazuello, no entanto, afirmou que o ministério vai lançar uma nova campanha no início de outubro para incentivar o tratamento precoce da Covid-19.
"Até hoje você encontra cartazes dizendo 'está com Covid, fique em casa até ter falta de ar'. Isso está em cartazes hoje em Brasília, na parede de estabelecimentos", disse o ministro.
O ministro citou como prova da diferença de métodos o impacto discrepante da pandemia em diferentes partes do país. Nas regiões Norte e Nordeste, argumenta, os altos números de morte estiveram ligados à recomendação para evitar buscar postos de saúde em casos suspeitos e leves da Covid-19.
"O risco de morte triplica. É só ver o número de mortes que estamos falando: Manaus, Belém, Fortaleza, Nós estamos com mais de 110 mortos por 100 mil habitantes, onde foi o maior impacto. No sul do país hoje e no centro-oeste, a taxa é de 30", afirmou, ressaltando que as recomendações mudaram, a partir de pesquisas e discussões, com sua chegada ao ministério.
Pazuello, no entanto, não proferiu críticas aos seus antecessores. Apenas afirmou que a recomendação inicial para permanecer em casa nos estágios iniciais da doença eram decorrência do "conhecimento que se tinha à época".
O ministro, por outro lado, atacou pessoas que não teriam conhecimento do trabalho e da abrangência do SUS (Sistema Único de Saúde) e mesmo assim criticam o trabalho dos profissionais e autoridades envolvidos no combate à pandemia.
"A posição é clara: sim, estamos dando a melhor resposta que poderíamos dar. Usamos para isso a ferramenta SUS, que nós herdamos, ela realmente nos deu força para chegar e fazer as coisas na ponta da linha", disse
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YAHOO
Associação de peritos libera trabalho presencial em 141 agências
A Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) liberou nesta quinta-feira (dia 24) mais 18 agências da Previdência Social para o trabalho presencial da categoria, após vistoriar 26 unidades. Ao todo, 141 agências já foram consideradas aptas e liberadas para atendimento em todo o país. Apesar da decisão judicial que permitiu o funcionamento das unidades consideradas inadequadas pelos médicos peritos, a ANMP afirmou que continuará realizando as vistorias sanitárias.
A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informaram que, nesta quinta-feira, de 762 peritos médicos federais que deveriam ter retornado ao atendimento presencial nas agências, 477 compareceram aos seus postos de trabalho. Foram realizadas, até às 16h, 4.169 perícias presenciais. Esses atendimentos ocorreram em 202 agências com perícia médica.
A pasta informou ainda que os peritos médicos que não comparecerem ao trabalho serão notificados para apresentar justificativa, sob pena de desconto do dia não trabalhado.
A ANMP, porém, recomenda que os profissionais lotados nas agências consideradas inaptas deverão permanecer em trabalho remoto até a liberação sanitária das mesmas, assim como aqueles lotados em agências ainda não vistoriadas e em agências que o INSS ainda não abriu por conta própria.
As agências liberadas pela entidade podem ser conferidas no site da ANMP.
Em nota, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) esclareceu que, de acordo com decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), estão chanceladas as inspeções feitas nas agências e salas de perícia pelos técnicos e engenheiros do órgão.
"Todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) adquiridos para as agências estão devidamente dentro dos protocolos sanitários estabelecidos pelo Ministério da Saúde, a fim de garantir a segurança de servidores e segurados. Informamos também que, as agências que foram abertas respeitam todos os protocolos, sendo que as demais, passam por readequação para que, de maneira gradual, comecem a atender ao público", acrescenta a nota.
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O ESTADO DE S.PAULO
Sob pressão, governo federal altera portaria sobre aborto
Ultrassonografia foi abolida, mas se manteve notificação à polícia; especialistas criticam e STF adia análise
O Ministério da Saúde alterou a portaria em que obrigou médicos e profissionais de saúde a notificarem a polícia ao atenderem vítimas de estupro que desejam realizar um aborto legal.
A mudança ocorreu na véspera de o Supremo Tribunal Federal iniciar o julgamento de uma ação que contesta a norma e após críticas de especialistas e parlamentares, que ameaçavam derrubar a medida no Congresso. A análise do caso na Corte foi adiada pelo ministro Ricardo Lewandowski.
Pela nova redação, publicada na edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União, a portaria ainda prevê que médicos informem as autoridades policiais, mas sem a palavra "obrigatória", que constava na primeira versão da norma. A medida é recomendada nos "casos em que houver indícios ou confirmação do crime de estupro".
Na nova portaria, o Ministério da Saúde cita projeto aprovado em 2018 que torna a ação penal relacionada a crime sexual contra vulnerável "pública incondicionada", ou seja, independe da denúncia feita pela vítima.
Para Gabriela Rondon, advogada e pesquisadora da Anis â Instituto de Biotética, a atualização da portaria mantém o maior entrave para acesso aos procedimentos: exigência de notificar a autoridade policial.
Para ela, a norma segue ilegal.
"A portaria cria confusão entre o sigilo profissional do médico e a orientação de informar o sistema de polícia. Dificulta o acesso à saúde. É inconstitucional." A avaliação da advogada é de que há desconhecimento, por parte do governo, sobre a "dinâmica da violência doméstica, sexual e de gênero". "As mulheres, quando não buscam denunciar, sabem o porquê de fazerem isso. Muitas vezes o agressor é alguém próximo. Ela pode estar sob ameaça, viver com o agressor, ser dependente dele.
Não é simples denunciar." Outra alteração na norma feita pelo Ministério da Saúde foi no trecho que determina que os profissionais de saúde devem "informar acerca da possibilidade de visualização do feto ou embrião por meio de ultrassonografia, caso a gestante deseje, e essa deverá proferir expressamente sua concordância, de forma documentada". Esta parte foi totalmente suprimida na nova versão da portaria.Para especialistas, a regra representava uma forma de "maus-tratos" às vítimas de estupro e tinha o objetivo de convencê-las a não realizar o aborto legal A professora de Direito Constitucional da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV Direito SP) Eloísa Machado de Almeida afirmou que mesmo após as alterações a medida continua a ser irregular e deverá ser derrubada pelo Supremo. "A nova portaria segue transformando médicos em delatores e mulheres vítimas em investigadas." Pressão. Em reunião com senadores na semana passada, realizada a portas fechadas, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi pressionado a fazer alterações na portaria. A norma chegou a ser classificada como "completamente ilegal" pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na época em que foi publicada.
Mas as mudanças também não agradaram a aliados de Jair Bolsonaro. Pelo Twitter, o blogueiro Allan dos Santos, do site governista Terça Livre, atacou Pazuello e deu a entender que rompeu com Bolsonaro. "Quando um PSOL da vida força o STF é uma coisa. Quando um MINISTRO DO PRESIDENTE @jairbolsonaro facilita o ABORTO é INADMISSÍVEL." Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que as alterações foram feitas após "contribuições técnicas para adequação da portaria". "A normativa mantém o apoio e a segurança jurídica aos profissionais de saúde envolvidos no procedimento-“
Defesa de Bolsonaro
"Não vai de pronto acreditando a qualquer custo na internet, dá uma pesquisa", disse o presidente em sua live ontem, destacando que o aviso à polícia nos casos de aborto está mantido.
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Mandetta: ''Passei a considerar Bolsonaro como parte da doença''
Livro Um paciente chamado Brasil, do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, foi lançado nesta sexta (25)
Filho de um médico, o ortopedista e ex-deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) conta que escutou do pai o conselho que citou em entrevista coletiva no Ministério da Saúde alguns dias antes de ser demitido, em 16 de abril: "Médico não abandona o paciente". Para registrar as suas diretrizes e o trabalho de sua equipe no início do combate à pandemia do COVID-19 no país, em sintonia com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e em desacordo com a visão do presidente Jair Bolsonaro, ele lança nesta sexta-feira, 25, o livro Um paciente chamado Brasil - os bastidores da luta contra o coronavírus (Objetiva), que chega às livrarias e está disponível também em e-book.
No livro, o ex-ministro afirma que Bolsonaro optou pelo 'caminho da negação', ao minimizar o impacto do coronavírus no sistema de saúde do país. Conta que, por isso, causava mal-estar a sua insistência em apresentar os cenários mais sombrios ao presidente, além da defesa de medidas restritivas de circulação, como fizeram governadores e prefeitos. "Era como se eu representasse o carteiro que o presidente queria matar porque levava notícia ruim", compara.
Além de críticas à OMS por buscar 'soluções políticas' no início da pandemia e de reconstituir as divergências que culminaram com a sua demissão, Mandetta revela pressões do Planalto para demissões de técnicos no Ministério da Saúde, e narra os embates que teve com o ministro da Economia, Paulo Guedes, 'afeito aos números, mas que não conhece povo'. O mais áspero deles, durante reunião para definição de reajuste do preço dos remédios, foi encerrado pelo vice-presidente da República. 'Mourão deu um tapa na mesa e gritou: 'Vamos parar com isso!'. Bolsonaro assistia a tudo calado, de olhos arregalados', conta no livro o ex-ministro.
Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista de Luiz Henrique Mandetta ao Estado de Minas e ao Portal Uai. O livro descreve o encontro de duas crises: uma sanitária, outra política. Como a necessidade de gestão da crise política prejudicou a gestão da crise sanitária?
São as ordens dos fatores que alteram o produto, no caso da política e da saúde. Elas não são ciências exatas. São ciências que mudam ao sabor da opinião pública, ao sabor dos fatos e das ocorrências. O que tínhamos era a percepção de uma enorme crise sanitária, um número muito grande possível de vítimas, as informações técnicas que tínhamos; e tínhamos claramente uma posição política de difícil contorno por parte do presidente. Então o que a gente fez foi construir com o Congresso Nacional, STF, TCU, Ministério Público Federal e, principalmente, com a sociedade, um espaço para a política de saúde para que as pessoas pudessem construir as suas barreiras de defesa em suas casas com as informações que nós dávamos.
Poderia dar um exemplo?
O governo federal queria uma fala ufanista, 'vamos todos enfrentar, vamos vencer, brasileiros unidos'. E não era essa a mensagem. A mensagem era de preocupação com o contágio. E, se fosse logo de cara para aquela direção que o presidente queria, teríamos tido centenas de episódios iguais aos de Manaus, onde houve crise até no sistema funerário. O tempo que nós ganhamos por meio da política, já sabendo que a permanência (no Ministério da Saúde) seria difícil, foi extremamente importante para que a crise sanitária pudesse ter um mínimo de governança, de pertencimento da sociedade para que pudesse amenizar um pouco - ainda que distante do que queríamos - o impacto da crise política.
Qual foi o primeiro momento que o senhor percebeu que o presidente encararia os efeitos do vírus de uma forma diferente que a abordagem científica, inclusive negando a gravidade da pandemia?
O momento em que isso ficou muito claro foi aquele em que o presidente faz a viagem para os Estados Unidos. Explico para eles que, na Flórida, os casos estavam acelerados, alerto para terem cuidado e mecanismos de bioproteção, de biossegurança. Mas ele vai, se encontra com o presidente Trump. Eles fazem jantar em Mar-a-Lago, confraternizam, o avião presidencial volta de lá e naquela comitiva, logo na sequência, aparecem uma série de casos, inclusive o secretário de comunicação, Fábio Wanjgarten é o primeiro que cai doente.
E o presidente volta de lá, ele e Trump com visão muito similar da doença. Trump coloca o Mike Pence (vice-presidente) e tira do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), o órgão americano equivalente para doenças infecciosas. Passa sensação de que ele tem uma solução, uma bala de prata, e introduz a cloroquina. O presidente volta com a cloroquina, tratando o assunto como uma coisa menor, e começa a se cercar de pessoas que falavam o que ele queria ouvir e adota sistematicamente a posição de confrontar todas as orientações da saúde.
O senhor teve medo de se contaminar em algum momento, nos encontros presenciais de ser contaminado por alguns dos assessores ou ministros, inclusive pelo próprio presidente?
Eu tinha receio porque eles não usavam... Eu insisti muito para ter um frasco de álcool gel na antessala do presidente, que é um homem de muito contato físico. Lembro-me da posse da então secretária de Cultura, Regina Duarte, onde se fez tudo o que não se deveria fazer: aglomeração, fotos... As pessoas abraçavam, falavam no ouvido. E eu, já naquela época, mantendo a distância.
O meio político tinha, não sei se um meme, se cumprimentavam batendo um no pé do outro e achavam graça com a situação. Eu sempre guardei o distanciamento, tomei precauções, levava o álcool em gel. Quando começaram os casos dentro do Palácio, organizaram o álcool em gel. Mas realmente o modo de convivência que tínhamos no Ministério da Saúde, tínhamos um plano, quem assumiria em caso de doença. Tínhamos canecas próprias, cadeiras próprias, obedecíamos a uma lógica de biossegurança. No Planalto, não. Demoraram muito tempo até a introduzir isso. Eu tinha mais receio porque muitos dos pares eram pessoas de mais de 60 anos, tínhamos receio no STF, grupo de risco expressivo, a todos externávamos essa preocupação de se blindarem.
O senhor revela no livro que, pouco antes do início da pandemia, recebeu uma ordem do Planalto para trocar quatro secretários, incluindo o secretário-executivo, João Gabbardo. Ao questionar o presidente Jair Bolsonaro sobre o motivo da mudança, ele teria dito que era preciso colocar 'gente nossa' no ministério. Quais eram os perfis dos escolhidos? De onde vieram as indicações e onde eles foram aproveitados?
Os quatro nomes vinham do Rio de Janeiro, eu nunca soube quem fez as indicações. O único cargo no Ministério que veio antes do Rio tinha sido sugestão do Flávio Bolsonaro. Esse assunto da troca de pessoal eu consegui desviar, dizendo: 'vamos resolver primeiro a crise sanitária'. Foi assustador porque foram em cima, por exemplo, da Política de Informática, que era o DataSus, da Secretaria Nacional de Atenção Primária e de Atenção Especializada, além da secretaria Executiva.
"Era como se eu representasse o carteiro que o presidente queria matar porque levava notícia ruim" Luiz Henrique Mandetta
Se você soma os orçamentos da Atenção Especializada e da Atenção Básica, praticamente tem a totalidade do orçamento do Ministério da Saúde. Então, seja lá quem foi que sugeriu os quatro nomes e que plantou para o presidente que esses quatro nomes teriam de vir no lugar dos outros, deve tê-lo feito sabendo muito bem o que queria. Estavam mirando exatamente o orçamento do Ministério da Saúde. Como não prosperou, eu não procurei saber a origem.
Fica evidente na leitura do livro que o mineiro Wanderson de Oliveira, o secretário responsável pela Vigilância da Saúde, era um dos mais pressionados. E, em pelo menos um dos momentos do combate à pandemia, o senhor cede a uma pressão política do Planalto em detrimento de uma decisão técnica. O senhor se arrepende dessa atitude?
Conversei muito com o Wanderson, porque além de ser um técnico maravilhoso, se tornou mais do que colaborador, fomos para o campo da amizade pessoal. Quando ele toma essa medida, disse a ele: 'Vamos dar um passo atrás para poder dar dois para a frente'. Era uma crise sobre determinado navio que havia ancorado na costa do Recife, com pacientes contaminados. Ele aproveitou a mesma portaria do navio, para estender a todos os outros navios. E a ponderação que havia do outro lado, era de que havia muitos navios na costa brasileira, com brasileiros a bordo e que teríamos que atracá-los para descer os brasileiros ou teriam de ficar procurando um porto no mundo para desembarcar.
Mas o fato é que o presidente da Anvisa é o almirante e a Vigilância Sanitária do Ministério sempre entra em choque com a Anvisa. O Wanderson creditava aquilo a um movimento da Anvisa contra a Vigilância Sanitária. Depois que a gente distensionou isso, logo na outra semana fizemos na rotina e conseguimos fazer a parte técnica. Depois ele entendeu: essas medidas que tinham alto impacto tínhamos de pactuar em nosso núcleo duro para não acontecer de sermos pegos. Como ele fez a nota às duas da manhã, e sozinho, na outra semana fizemos em colegiado e ficou tudo bem. Mas ele ficou aborrecido no outro dia. E demos a ordem para os navios encostarem, descerem, organizamos quando tinha estrangeiro para que as embaixadas retirassem, colocassem num avião e fossem embora e fomos o último país para fechar para a chegada de navios em nossos portos.
O senhor tem sido muito criticado nas redes sociais por ter recomendado, no início da pandemia, que os que apresentassem os primeiros sintomas ficassem em casa e somente procurassem os hospitais em caso de falta de ar. O senhor se arrepende dessa orientação?
No início era muito claro o que fizemos: não tínhamos equipamento de proteção individual para lançar mão de nosso exército de agentes comunitários de saúde na atenção primária, que seria a grande porta de entrada das doenças no nosso sistema de saúde. Criamos a telemedicina - 136 - como grande tronco de entrada. E no caso do principal sintoma - qualquer tipo de tosse ou dificuldade para respirar - que se procurasse a unidade hospitalar. O que houve, a posteriori, foi que introduziram um protocolo de cloroquina. Defendem a tese de um tratamento de orientar as pessoas para ir à unidade de saúde e pegar a receita da cloroquina depois dos primeiros sintomas. Acontece que a cloroquina continua sem eficácia demonstrada cientificamente.
A doença continua evoluindo bem em 80% das pessoas que contraem o vírus. Desses 20% têm algum tipo de manifestação mais grave - 15% evoluem bem com algum tipo de suporte respiratório (ou seja quase 90% da população total) e 5% precisam de UTI, que são os mais graves, com ou sem cloroquina. A história natural da doença é uma história típica das viroses. A cloroquina vai ficar nesse debate até o dia em que a ciência elucidar completamente.
Em live nas redes sociais no início do mês, o presidente Bolsonaro insinuou que o senhor incentivou a compra de respiradores superfaturados. O senhor tem a consciência tranquila sobre todos os atos que assinou à frente do Ministério?
Com certeza, tranquila. Padre Antônio Vieira já dizia: 'Se tudo o que fizeres pela pátria ela ainda lhe for ingrata, não tereis feito mais do que a sua obrigação e ela o que de costume'. A mão que afaga é a mesma que apedreja. Ele deve estar com algum tipo de preocupação, pois não tem uma semana que ele não me cite sobre alguma coisa e eu permaneço como cidadão. Estou torcendo para que ele vá bem como presidente e para que o país vá bem.
O relato em seu livro sobre a tensão entre o senhor e Bolsonaro durante a pandemia passa a impressão de que o presidente não demonstrava empatia pelos 'mais fracos', aqueles que seriam mais afetados ou teriam maior probabilidade de morrer com a doença. Este comportamento do presidente o surpreendeu?
Eu acho que, quando a gente mostra a gravidade dos casos, principalmente com o número de vítimas que poderiam ocorrer em todo o território nacional - não seria uma coisa localizada - e o que prevaleceu foi a lógica política, de embates com governadores e prefeitos, do que a lógica humanista, a lógica humana. A gente se surpreende, sim. Já vi parlamentares dentro do Legislativo terem comportamentos agressivos, mas chega um momento em que você tem de analisar as consequências de seus atos. Ele (o presidente) analisou e optou por este caminho. Você se depara com algo concreto, real. Quando um fato se apresenta e você testemunha, realmente você fica abismado com a reação.
O senhor, então, ficou chocado?
Entendo que o adjetivo mais apropriado não é choque, pois choque transmite uma sensação de não ter reação. Eu fiquei impressionado e procurei enfrentar em nome desse paciente chamado Brasil. Passe a considerar que ele era parte da doença, que ele era parte do quadro de vírus que chegou dentro do Brasil.
O senhor revela no livro que trabalhava com diferentes estimativas a respeito do número de óbitos, formuladas por integrantes de sua equipe. Uma delas, do epidemiologista Julio Croda, que depois deixou a sua equipe, era a mais pessimista e calculava 180 mil mortes se nada fosse feito. A do secretário Wanderson de Oliveira dizia que, se o Brasil adotasse todas as medidas necessárias, teria entre 60 e 80 mil mortes. Qual era o número que o senhor trabalhava?
Tivemos naquela época países que não fizeram nada e tiveram tragédias; tínhamos países que tinham feito como a Nova Zelândia, um enfrentamento absoluto e praticamente fechado o país. Sabendo das dificuldades do Brasil, eu ficava no intermediário, entre o Wanderson e o Croda. Achava que, se nós fizéssemos o enfrentamento duro no início e a população se apropriasse das medidas de prevenção, ficaríamos mais próximos dos números do Wanderson. E achava que, se o Brasil deixasse o barco correr como queria o presidente, ultrapassaríamos muito mais os números do Croda.
"O achismo é o caminho mais perto do erro. O primeiro princípio de Hipócrates é que você não pode ser mais nocivo do que a condição que trouxe o doente até você"
Eu era da turma dos 150 (mil mortos), se nós fôssemos no caminho mais frouxo. Mas se fizéssemos a marcação caso a caso, tivéssemos capacidade de testagem, tivéssemos capacidade de atendimento, seríamos mais próximos ao Croda. Era o nosso desafio. Nunca falei esses números em público em respeito. O presidente meio que entregou o jogo no primeiro tempo que tem gol na saída. Ele olhou os números e falou: 'Não, não, não, não quero isso não. Eu quero a economia. Vamos dar essa cloroquina, que esse povo vá trabalhar, que a gente ultrapasse isso logo'.
Então o senhor chegou a apresentar esses números para o presidente?
Sim. Entreguei o documento também por escrito.
Qual a estimativa que o senhor faz para o fim do ano?
Estamos chegando a 140 mil. Se surgir a vacina, não sabemos quando teremos a linha de corte. Mas acho que vai chegar mais próximo ao cenário do Júlio Croda em ensaio matemático.
Então mais de 60 mil brasileiros poderiam ainda estar vivos se o enfrentamento tivesse sido feito adequadamente?
Eu não posso fazer um exercício de como seria se nós lá tivéssemos continuado. Se não pode curar, temos de controlar a doença. E era para isso que íamos, a partir do momento que tivéssemos as armas, partir para um controle intenso. E se você não pode curar nem controlar, que pelo menos você conforte, que esteja do lado da família, que esteja junto do paciente.
O Ministério da Saúde buscava uma cura, apostava no controle e era solidário: estava ao lado das pessoas. Passamos a uma outra situação: nem há cura - ou pseudocuras com medicamentos sem eficiência científica - a proposta é de não controlar e de não confortar, porque nunca houve solidariedade por parte do governo com as centenas de milhares de famílias que perderam os seus entes. Com certeza, teríamos feito diferente. Entraríamos muito fortes na atenção primária e cada vez mais forte na regulamentação. Se teríamos um resultado melhor, só o tempo diria. Acho que sim.
Por que o presidente Bolsonaro faz questão de divulgar a cloroquina, embora pesquisas científicas tenham alertado para os efeitos colaterais e contraindicações do medicamento, que podem colocar em perigo a vida de muitas pessoas com problemas cardíacos?
Se você ler A Peste, de (Albert) Camus, ou a história das epidemias, você vai ver que sempre há quem alega ter o remédio. Faz parte da natureza humana. O ser humano quer acreditar que tem uma solução. Como você tem uma virose que 80% das pessoas ou têm formas leves - e nem sabem que tiveram a doença - descobrem no exame. Minha filha tem 27 anos e teve essa doença há duas semanas. Tomou novalgina, sarou. Então, se tem uma doença que cura por si mesma, - a cada dez, oito vão se curar - é muito tentador para esse pessoal achar que tem uma solução. Agora quando se faz o estudo do duplo cego - em que você dá para 100 pacientes o remédio e, para outros cem, você dá farinha, com a mesma embalagem, para ver o efeito placebo - e o resultado é igual, é uma das coisas mais fáceis de esclarecer se funciona ou não. Como foi feito e não demonstrou nenhuma eficácia.
O senhor tomaria a cloroquina?
Eu tomaria o que meu médico me prescrevesse. Se fosse cloroquina, eu ia querer saber onde ele aprendeu, o que leu e por que estava me apresentando. A única coisa que sei hoje sobre a cloroquina refere-se aos três pilares: a defesa da vida, a defesa do SUS e a defesa da ciência. Na ciência, ela cai. Dar um medicamento que já é arritmogênico sem ter o benefício claro, explicitado, do ponto de vista da saúde, é um erro muito primário. Tanto que o ministro que me sucede (Nelson Teich) se depara com os mesmos artigos e diz: 'Eu não posso assinar'. Então passa-se para essa solução militar (o general Eduardo Pazuello), que não questiona nada de saúde, fala: 'Cumpro a regra, me dá aqui que eu assino.' Para nós da saúde o que vale é o risco- benefício. Hoje, eu não tomo. Porque não tem benefício perto do risco que ela causa.
No final do mês de agosto, depois do registro de mais de 100 mil mortos no país, alguns médicos participaram do evento 'O Brasil vencendo a COVID-19' no Palácio do Planalto, com a presença do presidente e de ministros. Eles agradeceram ao presidente pelo envio da cloroquina para os seus pacientes. Como o senhor avalia a classe médica que abraça e defende a cloroquina dessa forma?
Essas pessoas têm os seus seguidores, gostam de tratar. A gente vê muita coisa na medicina que é feita à margem da evidência científica diariamente. Esta é uma delas. O que podemos fazer é lamentar, porque a nossa profissão é baseada e é um dos pilares do Iluminismo, ela é um dos pilares do século da razão, em que a verdade científica deve ser a grande bússola das tomadas de decisão, principalmente nessas que lidam com a vida. E historicamente, desde sempre, isso foi uma luta das sociedades em relação às profissões. Por isso existem os conselhos profissionais que deveriam estar alertando e zelando pela parte ética profissional.
Se o Conselho Federal de Medicina, que é a autarquia federal, criada em 1956 se não me engano, por JK, que era exatamente para esse tipo de questão que envolve a prática médica e a liberdade de prescrição e o zelo profissional, que ela pudesse ser muito clara. O Conselho deixou isso dúbio. Falou: 'O médico é soberano. Se ele prescrever qualquer coisa deve ser entregue de acordo com a sua prescrição. Não temos nenhum protocolo'. Quando ele retirou, deu margem para que cada um faça. E o Brasil faz assim: cada cidade faz, cada prefeito faz do jeito que acha que tem de fazer, cada médico faz do jeito que acha que tem de fazer, pela ausência do Ministério da Saúde, das notas técnicas, para servir como bússola, como guia.
"Nunca houve solidariedade por parte do governo com as centenas de milhares de famílias que perderam os seus entes" Luiz Henrique Mandetta
Ele que deveria estar pegando agora, como tínhamos organizado na Secretaria de Ciência e Tecnologia e Incorporação de Insumos, que fazia a meta-análise diária no mundo inteiro para falar: 'tal medicamento está se impondo'. Havia várias outras drogas sendo testadas no mundo inteiro, porque a doença nova faz com que as substâncias existentes sejam testadas. A cloroquina veio no meio disso e ela foi pinçada como uma que cabia.
O Brasil é autossuficiente, a Fiocruz produz cloroquina para nossos pacientes com malária, temos facilidade de produção. Então, ela calhou. Ela é barata, encontrada em qualquer tipo de sal, de fácil produção. Acho que ela reuniu todas essas características e serviu a esse jogo, entre uma zona cinzenta - o Conselho Federal de Medicina - e a vontade política de falar: 'Olha, a minha parte em saúde eu dou essa caixinha aqui. Você toma e vai ficar tudo bem'. E então cai na estatística. Se a grande maioria já vai ficar bem de qualquer jeito, que se credite o sucesso a isso. Agora levar os médicos ao Palácio para discutir essas coisas é simplesmente parte da cena política.
Então os médicos que receitam a cloroquina e aceitaram ir ao Palácio do Planalto defender o uso da medicação fazem parte dessa cena política?
O máximo que posso dizer é que, eu como médico, da maneira como aprendi com os meus mestres é que não se faz medicina de orelhada. O achismo é o caminho mais perto do erro. O primeiro princípio de Hipócrates é que você não pode ser mais nocivo do que a condição que trouxe o doente até você. Você tem de calcular o risco-benefício. E infelizmente até agora nenhum deles demonstrou o risco-benefício. Se teve gente de idade que tomou o medicamento, teve arritmia e desenvolveu piora no quadro clínico, o tempo vai dizer. E o bom da ciência é isso, ela consegue demonstrar isso no tempo. Então o tempo para a ciência é uma joia preciosa. Estão olhando muito a questão da vacina, mas tem muita pesquisa procurando a verdade por detrás dessas drogas. No momento certo ela aparecerá.
Seis meses depois do início do combate à pandemia, o que o senhor mudaria em suas ações a partir das novas descobertas sobre a COVID-19?
Primeiro, a constatação de que o vírus não é pesado, é muito competente. No início da semana saiu uma nota técnica dizendo que o vírus pode ser transmitido por aerossol, que pode estar no ar, ou seja não se transmite só por gotículas. Essa era uma informação preciosa para a montagem de cenários porque ela é diretamente proporcional ao tempo que ele chegaria aqui. Em segundo, se eu soubesse que a China iria fechar a exportação - e que 94% dos equipamentos estão centrados na China - teríamos começado logo a recuperação de nossa indústria de produção de máscaras, ventiladores e respiradores, para não passar pelo desespero de tentar conseguir os equipamentos de proteção individual.
Chegou a hora que passamos por cima da Anvisa, que só admitia máscara descartável, e fizemos uma orientação direta do Ministério da Saúde para que as máscaras de pano pudessem ser adotadas. Eu gostaria de ter começado essa orientação mais cedo também. Teria começado mais cedo a montagem de estruturas de testagem dentro das comunidades em áreas de exclusão, de favelas, onde é difícil entrar com carro. Agora, para isso, você tem de ter o auxílio de todos remando para o mesmo lado.
Quando o senhor vai responder às insinuações que o presidente Bolsonaro têm feito em relação à sua conduta no Ministério da Saúde?
No momento em que tivermos as mesmas condições a gente faz esse debate. Não adianta hoje. O presidente tem toda a estrutura e força da Presidência da República. A gente olha, anota num caderninho e aguarda o dia em que vai poder ter esse diálogo público com ele.
Num debate entre candidatos a presidente em 2022, por exemplo, seria a oportunidade?
Política é destino.
O senhor cita, na abertura do livro, a 'eterna luta da vida contra a morte'. Quem está ganhando essa batalha no Brasil?
Acho que a vida vai ganhar. Como sempre até hoje, a humanidade ganhou, a gente ganha através da ciência. E quando a vacina chegar, ela será através da ciência, que é a maneira mais elegante de enfrentar. Agora líderes populistas e nacionalistas demonstraram que não sabem enfrentar uma doença grave e contagiosa como esta.
Poderia definir, com um adjetivo, a postura do presidente Bolsonaro diante da pandemia?
Equivocado. Ele é um grande equívoco.
O senhor dorme com a consciência tranquila?
Tranquila. A gente deu o máximo que podia pelo Brasil. Aquele período que a gente segurou foi extremamente importante para o SUS dar uma estruturada e para a sociedade poder se organizar. Onde vou, encontro gente que me diz: 'escutei você no rádio, na televisão'. Foi muito importante ter falado para essas pessoas a verdade.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 91 mortes em um dia e total de óbitos chega a 4.356
Estado soma 195.601 casos da doença
Goiânia - Goiás registrou 2.956 novos casos da covid-19 e 91 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado na tarde desta quinta-feira (24/9). Com as atualizações, o Estado chega a 195.601 casos e 4.356 óbitos confirmados.
Goiás soma, segundo a SES-GO, 184.097 pessoas recuperadas. Há ainda 222.760 casos suspeitos em investigação. Outros 150.626 já foram descartados.
Além dos 4.356 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,23%, há 216 óbitos suspeitos que estão em investigação. Já foram descartadas 1.469 mortes suspeitas nos municípios goianos.
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AGÊNCIA BRASIL
Brasil adere a aliança para aceleração da vacina contra a covid-19
Governo liberou R$ 2,5 bilhões para ação
Brasília - O governo federal anunciou nesta quinta-feira (24) a adesão ao Instrumento de Acesso Global de Vacinas Covid-19 (Covax Facility), ação administrada pela Aliança Gavi e a liberação de cerca de R$ 2,5 bilhões para viabilizar o ingresso do Brasil nesta iniciativa.
Segundo o governo, os países são convidados a participar do grupo e poderão se beneficiar, ao ter garantido o acesso ao fornecimento das vacinas disponibilizadas por meio da Covax Facility. Dessa forma, espera-se que o Brasil possa comprar imunizantes para garantir a proteção de 10% da população até o final de 2021, o que permite atender populações consideradas prioritárias.
A adesão permitirá o acesso ao portfólio de nove vacinas em desenvolvimento, além de outras em análise. Com a diversificação de possíveis fornecedores, aumentam as chances de acesso da população brasileira à vacina no menor tempo possível. Caberá à Covax Facility negociar com os fabricantes o acesso às doses das vacinas em volumes especificados, os cronogramas de entrega e os preços.
A Covax Facility é uma aliança internacional da Organização Mundial de Saúde (OMS), Gavi Alliance e da Coalition for Epidemic Preparedeness Innovations (CEPI), que tem como principal objetivo acelerar o desenvolvimento e a fabricação de vacinas contra a covid-19 a partir da alocação global de recursos para que todos os países aderentes à iniciativa tenham acesso igualitário à imunização.
De acordo com Palácio do Planalto, a iniciativa não impede que o país realize acordos bilaterais com outras empresas biofarmacêuticas produtoras de vacinas contra a covid-19 que não estejam contempladas pela iniciativa global. Também não ficam impedidas iniciativas já realizadas pelo Brasil com as biofarmacêuticas que fazem parte da iniciativa global.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
Amcham convida para o seminário “O papel da saúde no mundo dos negócios”
A Amcham convida os associados da Ahpaceg para o seminário “O papel da saúde no mundo dos negócios”. O evento, que tem a parceria da Unimed Goiânia, será online e gratuito.
Dia: 30|09 (quarta-feira)
Horário: 10h30 às 12 horas
Palestrantes:
Daniel Greca | Sócio-Diretor e Head de Saúde KPMG Brasil
Elisa Kozasa | Professora titular na área de Neurociência e Comportamento do Hospital Israelita Albert Einstein
Frederico Moraes Xavier | Diretor de Mercado Unimed Goiânia
Para se inscrever, acesse: https://www.amcham.com.br/calendario/event?eventid=12550, insira seu CPF e informe o CNPJ da Ahpaceg.
Ahpaceg Na Mídia: Em carta, SGP defende a volta às aulas
Ontem, 23 de setembro, a pediatra Paula Pires, do associado Hospital da Criança, representou a Ahpaceg na reunião do Centro de Operações de Emergência de combate ao coronavírus e apresentou a carta na qual a Sociedade Goiana de Pediatria (SGP) defende o retorno das aulas presenciais. Paula Pires também integra a diretoria da SGP.
Covid-19: Boletim Ahpaceg 24|09|20
O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Hoje, 24 de setembro, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.
Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.