Em matéria veiculada ontem (16) pela Rede Record Goiás, beneficiários do Ipasgo reclamam de dificuldades para conseguir consultas e exames pelo Instituto. Entrevistado pela reportagem e falando em nome da Ahpaceg, o médico Quimarques Cassemiro Barros, atribuiu as dificuldades de atendimento às cotas impostas aos hospitais pelo Ipasgo, o que tem limitado a prestação dos serviços.

Ele observou que os hospitais estão aptos e dispostos a atender, mas dependem de ajustes para a liberação das cotas pelo Instituto, o que esbarra na burocracia. Atualmente, os hospitais associados da Ahpaceg – 21 ao todo na capital e interior - respondem por cerca de 90% do atendimento hospitalar prestado a usuários do Ipasgo, que é o maior plano de saúde do Estado, com cerca de 650 mil vidas.

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O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) publicou hoje (15) no Diário Oficial do Estado o termo de prorrogação do prazo de credenciamento de pessoas jurídicas/categoria hospital, previsto no edital de chamamento público número 001/2018. O novo prazo vence em 30 de maio.

A prorrogação da data para a entrega dos documentos necessários para a inscrição ao processo de habilitação e credenciamento dos hospitais foi solicitada ao Ipasgo pela Ahpaceg. Em documento enviado à presidência do Instituto, no dia 10 de maio, o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, solicitou a prorrogação por 15 dias, considerando a quantidade de informações detalhadas contidas no edital de credenciamento de pessoa jurídica e ainda que há muitas informações que dependem do corpo clínico, com o envio de documentos de pessoas físicas, sendo que nem todos estão disponíveis eletronicamente.

A Ahpaceg promoveu, no dia 4 de maio, uma roda de conversa sobre gestão e liderança com a participação de gestoras de enfermagem dos hospitais associados e do convidado Laércio Neves, que é professor da PUC Goiás, enfermeiro, doutorando, palestrante em gestão, educação e liderança.

Madalena Del Duqui Lemes, coordenadora de Educação Continuada da Ahpaceg, explica que o encontro teve como foco as habilidades e competências do enfermeiro da alta complexidade. “A roda de conversa contribuiu com conceitos e, especialmente, atitudes enquanto gestoras de enfermagem ligadas à teoria do CHA (Conhecimento, Habilidades e Atitudes) e reforçou o significado da expressão gestão enquanto processo dinâmico de tomada de decisão, sobre a utilização de recursos, para possibilitar o alcance dos objetivos e/ou resultados”, avalia.

Laércio e Madalena: gestão e liderança em enfermagem

Segundo ela, é fundamental que o gestor de enfermagem tenha conhecimento do “business” saúde. “É preciso planejar para atingir objetivos por meio de estratégias aplicáveis na sua realidade segundo as demandas e metas”, afirma, acrescentando que o encontro ressaltou que o bom gestor é aquele que a unidade funciona sem ele.

A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) conta com um novo associado: o Hospital do Rim, com sede na Alameda das Rosas, 2041, Setor Oeste, em Goiânia (GO). O novo sócio chega para se juntar aos 20 hospitais da capital e do interior já representados pela Ahpaceg e que são referências sólidas nas áreas de cardiologia, ginecologia e obstetrícia, neurologia, neurocirurgia, pediatria, ortopedia e outras especialidades médicas.

Inaugurado há mais de 30 anos, o Hospital do Rim destaca-se no atendimento em especialidades, como urologia, gastroenterologia, proctologia, nefrologia, cirurgia plástica, cirurgia vascular e cirurgia geral, infectologia, dentre outras. Fundado como uma clínica em 12 de maio de 1986 por um grupo composto por dez médicos, após três etapas de expansão, hoje, o Hospital do Rim conta com um bem equipado centro cirúrgico, UTI, pronto-socorro, centro de exames, além de 61 leitos para atender seus pacientes. Com mais de três décadas de experiência, zelando pela saúde e qualidade de vida de seus pacientes, o hospital também conta com equipamentos modernos e um corpo clínico e colaboradores altamente capacitados e sempre atualizados.

Para ingressar na Ahpaceg, o Hospital do Rim passou por uma visita técnica e pela avaliação feita por uma comissão formada por sócios, que atestaram que a unidade, além de cumprir os requisitos definidos no estatuto da Associação, comunga do ideal da entidade de oferecer à sociedade uma assistência hospitalar com qualidade e segurança.

Nas relações com os fornecedores, os hospitais associados seguem o Manual de Compliance da Ahpaceg, um código de conduta por meio do qual a Associação busca dar uma contribuição para a construção e o fortalecimento de uma relação sólida, sustentável e ética entre seus associados e os fornecedores da área da saúde.

A maior parte dos associados tem o selo de acreditação Ahpaceg e hospitais recém-associados estão se preparando para essa classificação, que segue reconhecidos padrões internacionais de complexidade, resolutividade e outros valores tangíveis focados na qualidade e na segurança da assistência hospitalar. Para ser classificado, o hospital passa por uma avaliação de auditores independentes, que verificam o cumprimento de requisitos previstos no Manual de Classificação do Selo de Qualidade Ahpaceg. De acordo com a pontuação obtida, o hospital pode receber o selo Bronze, Prata, Ouro, Platina ou Diamante.

Confira a relação de hospitais associados da Ahpaceg

Goiânia: Hospital Amparo, Hospital do Coração de Goiás, Hospital do Coração Anis Rassi, Hospital da Criança, Hospital de Acidentados, Hospital Infantil de Campinas, Hospital e Maternidade Jardim América, Hospital Ortopédico de Goiânia, Hospital do Rim, Hospital Samaritano de Goiânia, Hospital Santa Bárbara, Hospital Santa Helena, Hospital São Francisco de Assis, Instituto de Neurologia de Goiânia, Instituto Ortopédico de Goiânia e Maternidade Ela

Aparecida de Goiânia: Hospital Santa Mônica

Anápolis: Hospital Evangélico Goiano

Catalão: Hospital Nasr Faiad e Hospital São Nicolau

Rio Verde: Hospital Santa Terezinha

Criado em janeiro, o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) da Ahpaceg reuniu-se na sexta-feira, 20 de abril, para avaliar o grau de efetividade das estratégias implementadas nos hospitais associados a partir das metas internacionais de segurança do paciente. O núcleo é coordenado pela coordenadora do Departamento de Educação Continuada da Ahpaceg, Madalena Del Duqui, e reúne coordenadores dos Núcleos de Segurança do Paciente dos hospitais associados. A próxima reunião, agendada para 18 de maio, deve contar com a presença de uma epidemiologista, que vai orientar o grupo sobre os cálculos de indicadores e sanar dúvidas sobre a segurança do paciente.

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A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) manifesta grande preocupação em relação ao projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal de Goiânia que estabelece que os pacientes socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) possam ser levados diretamente para hospitais da rede privada da capital. Atualmente, o paciente, independentemente de ter plano de saúde ou arcar com a assistência particular, é encaminhado pelo Samu ao pronto-socorro de um hospital público e, posteriormente, após receber o primeiro atendimento e ser estabilizado, é que pode ser transferido para um hospital privado.

Para a Ahpaceg, o encaminhamento direto para a rede privada, mesmo atendendo a um pedido do paciente ou de seu responsável, pode comprometer a qualidade da assistência. Um dos motivos é que, ao contrário dos hospitais públicos que contam com médicos plantonistas em várias especialidades, a maioria dos hospitais privados oferece uma assistência especializada.

“Temos excelentes hospitais de neurologia, que não contam com equipes para atender casos de ortopedia ou hospitais pediátricos que não estão prontos para atender gestantes”, exemplifica o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou. O encaminhamento de um paciente, em situação de urgência ou emergência, a um hospital sem o perfil para atender o seu caso pode atrasar todo o atendimento e colocar em risco a vida da pessoa.

A Ahpaceg alerta que o encaminhamento direto à rede privada pode também fomentar casos de corrupção, como os já apurados pelo Ministério Público Estadual em 2016 e que levaram à prisão de médicos e profissionais de equipes que atuavam no Samu e que recebiam propina para o direcionamento de pacientes a hospitais que integravam o esquema de fraude.

De autoria da vereadora Tatiana Lemos (PC do B), o projeto foi aprovado em segunda e última votação no dia 17 e segue para sansão ou veto do prefeito Iris Rezende (MDB). Segundo o texto aprovado, o objetivo é desafogar a rede pública. “Mas, é preciso pensar na segurança do paciente e nem todos os hospitais privados contam com estrutura completa, com múltiplas especialidades médicas, para atender os socorridos pelo Samu”, alerta o presidente da Ahpaceg, que espera que o texto atual seja vetado pelo prefeito Íris Rezende.