Administrador

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Segunda, 13 Julho 2020 17:29

Covid-19: Boletim Ahpaceg 13|07|20

Confira o boletim desta segunda-feira, 13 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.

Atenção: O total de HOSPITAIS ASSOCIADOS da Ahpaceg em GOIÂNIA representa 10% DOS HOSPITAIS da capital. OS DEMAIS não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação NÃO CONSTAM neste boletim.

No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.

Aumento: Nos últimos 30 dias, entre 13 de junho e 13 de julho de 2020, a oferta de leitos (adulto e infantil) nos hospitais associados da Ahpaceg na capital e interior aumentou 69% (leitos de UTI) e 81% (leitos de apartamentos).

 

JULHO BOLETIM DIÁRIO COVID 13 07 20

Segunda, 13 Julho 2020 08:08

CLIPPING AHPACEG 12 E 13/07/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Einstein se prepara para nova onda, até de casos represados

Brasil tropeça para cumprir metas de testes de coronavírus

Governo de Goiás recebe menos do que municípios para combater pandemia

Efeitos da covid-19 no acesso a pílulas, pré-natal e vacinas matarão milhares de mães e crianças, diz relatório

Goiás registra mais 502 casos de covid-19 e cinco óbitos em 24 horas

Universidades desenvolvem apoio a diagnóstico da Covid-19 com raio-x

Uso precoce de medicamentos por pacientes com Covid-19 é tema de audiência na Câmara dos deputados

Procura por teste de Covid-19 dispara em laboratórios privados de Goiânia

 

O ESTADO DE S.PAULO

 

Einstein se prepara para nova onda, até de casos represados

Média de internados caiu de 60 para 39, mas flexibilização preocupa, além da 'volta' dos que temiam infecção

O Hospital Albert Einstein registra atualmente menos pacientes internados do que nas últimas semanas. Hoje, são 39 pessoas internadas na unidade de terapia intensiva (UTI) covid. A média girou em torno de 60 entre maio e início de junho e já foi de 110 em abril. Os números estão baixando. O tempo de internação também diminuiu de sete para quatro dias.

A redução se verifica na unidade do Morumbi, localizada na zona sul, mas a tendência também se observa nos hospitais públicos administrados pelo Einstein, como os municipais Doutor Gilson de Cássia Marques de Carvalho (na Vila Santa Catarina) e Doutor Moyses Deutsch (M'Boi Mirim, também na zona sul).

Para Claudia Regina Laselva, diretora de Operações, Enfermagem e Experiência do centro médico, a equipe acumula lições importantes no trato da doença. "Do ponto de vista epidemiológico, temos um aprendizado que contribui na redução do tempo médio de internação, por exemplo."

Outro fator que influencia na redução de casos é a interiorização da doença. Mas a redução atual da pressão nos leitos hospitalares não modifica a estratégia do hospital. Há expectativa de aumento do número de casos nas próximas semanas. Com ocupação geral em torno de 80%, o hospital, referência no tratamento do coronavírus entre os hospitais privados continua mobilizado.

O centro ainda espera uma espécie de "retomada" mais intensa do tratamento de outras doenças crônicas, pois vários pacientes evitaram os hospitais por causa do medo de se contaminar. A procura de oncologistas, por exemplo, caiu 70%. Para atender pacientes covid-19 e não covid-19, o Einstein praticamente criou dois hospitais.

No Morumbi, uma das torres foi destinada somente para doentes do novo coronavírus, com elevadores, corredores, pronto-socorro e unidades de internação específicas. "O momento atual ganhou amplitude. Além da covid, estamos tratando mais casos de doenças crônicas e problemas derivados da covid, como a reabilitação, depressão e ansiedade", diz a especialista.

Segurança. Após praticamente quatro meses de dedicação intensa, os profissionais da linha de frente se sentem mais seguros. Nenhum profissional de saúde do hospital morreu, e a taxa de afastamento por covid-19 é de 10% a 12%, inferior aos 15% observados em outros hospitais. Por outro lado, há desgaste emocional. A perda de um paciente, a ausência dos acompanhantes e o medo de levar a doença para casa trazem um pesar maior a longo prazo, na opinião de Claudia Laselva.

Nesse contexto, as histórias de superação, dos colegas e dos pacientes, garantem a energia desses profissionais para seguir em frente no combate à covid. No final do mês passado, um enfermeiro retornou ao trabalho depois de 45 dias de internação, em que chegou a ficar em estado gravíssimo, mais 15 dias de afastamento das funções.

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FOLHA DE S.PAULO

Brasil tropeça para cumprir metas de testes de coronavírus

Ministério agora aposta em atenção básica para ampliar testes de casos leves

Natália Cancian

Brasília

"Teste, teste, teste." Replicada no início da epidemia, a frase do diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, se viu atropelada pelo desenrolar da Covid-19 no Brasil.

A ampliação da testagem ficou na promessa - ou nas promessas, pois não foram poucas. A principal foi a previsão de ofertar 46 milhões de testes até setembro, entre moleculares (que buscam material genético do vírus em amostras das vias respiratórias) e rápidos (que buscam anticorpos em amostras de sangue).

Até agora, porém, só 12,3 milhões desse testes foram distribuídos aos estados, abaixo do previsto em cronograma inicial do programa Diagnosticar para Cuidar, que apontava 17 milhões até o fim de maio.

A testagem brasileira - foram feitos no SUS 1,2 milhão de testes moleculares, e, somados os da rede privada, 2,1 milhões ao todo- ainda é considerada baixa, para uma população de 210 milhões.

Questionado, o Ministério da Saúde não informou o total de testes rápidos na rede pública. Com a rede particular, diz, chega a2,6 milhões.

Mesmo com a oferta limitada, o país é hoje o segundo em número de casos registrados da Covid-19, com mais de 1,8 milhão de infecções, atrás dos EUA, com3,2 milhões. Especialistas indicam, contudo, que aqui há forte subnotificação.

Para o sanitarista Cláudio Maieroviteh, a ausência de testes dificulta no controle da epidemia. "Testar um caso, rastrear contatos, testá-los e isolar é o que permite o controle da doença onde ela está acontecendo ", afirma. "Sem testes, não se chega aos contatos dos contatos, e a investigação para no primeiro elo da cadeia [de disseminação]."

Nos últimos cinco meses, o ministério fez diferentes anúncios sobre o tema: além da ampliação, os planos envolviam coleta de amostras de pacientes com sintomas leves e expansão de laboratórios.

Boa parte dessas medidas ficou só no papel. Um raro avanço ocorreu na capacidade de laboratórios públicos, que foi de 1.600 testes por dia, em março, para atuais 14 mil.

Outras estão a meio caminho, como realizar 30 mil testes em um centro de diagnóstico em parceria com a rede Dasa, que receberia insumos e amostras da rede pública.

Até esta última semana, o centro realizava no máximo 3.500 testes por dia. Em contrato, a previsão era de fazer ao menos 13,5 mil nesta fase. "Vamos crescer a capacidade conforme a entrega de equipamentos do ministério e a capacidade dos municípios de enviarem amostras", diz o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana.

Também em abril e maio, o ministério prometeu postos drive-thru em cidades acima de 500 mil habitantes para testar casos leves e enviar as amostras a Dasa e Flocruz. A medida não vingou.

Também ficou pela metade a ideia de asar o Telesus, sistema telefônico criado em março para orientar a população sobre sintomas de Covid-19, rastrear contatos de casos confirmados e ofertar testes.

"Nossa intenção era transformar o Telesas em um grande sistema de rastreamento", diz o ex-secretário de Atenção Primária Emo Harzheim, que era da gestão de Luiz Henrique Mandetta. Questionado, o ministério não respondeu.

Com o atraso, a pasta anunciou no fim de junho uma nova estratégia, que prevê usar centros de atendimento a Covid na atenção básica para co letar amostras também de casos leves, e não apenas os que chegam graves a hospitais.

Até agora, 807 desses centros já foram habilitados. Segundo Mauro Junqueira, do Conasems (conselho de secretários municipais de saúde), municípios esperam apenas a entrega de insumos para iniciar a coleta, ainda sem prazo. Ele admite que o total aplicado de testes ainda é baixo. "Mas esperamos virar o jogo."

Para Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conass, que reúne gestores estaduais, a estratégia no país foi confusa.

"Nossos laboratórios não estavam preparados e houve em alguns casos falta de swab [instrumento usado para coleta de amostras respiratórias, similar

a um cotonete] e de testes PC R, e, assim que chegaram os testes rápidos em alguns estados, já tínhamos uma curva muito acentuada da doença."

Segundo Marco Krieger, vice-presidente de inovação e produção da Fiocruz, um dos problemas foi a falta inicial de informações sobre o viras.

O cenário mudou com a chegada do viras à Europa e a declaração de pandemia, que causou falta de insumos e necessidade de ampliar a produção. Até agora, foram entregues pela Fiocruz 5,2 milhões de testes. A previsão é chegar a 11,5 milhões até setembro.

"O primeiro gargalo foi a produção, mas isso já está superado", diz ele, segundo quem há agora outros gargalos, "como insumos de coleta e logística das amostras".

Concorrência por insumos e problemas de logística também são citados pelo ex-ministro Nelson Teich. "Nossa expectativa era em junho fazer já 60 mil testes por dia."

O Ministério da Saúde diz que começou a buscar testes em janeiro, entretanto a corrida global fez rarearem os insumos. Segundo a pasta, uma compra de 15 milhões de unidades começou, com apoio da Fiocruz, em abril. Um milhão foi distribuído, e são previstas entregas semanais de 200 mil.

Em nota, o ministério diz que está ampliando a capacidade de testagem e mantém a previsão de 46 milhões de testes. Não diz, porém, quantos deles já foram adquiridos.

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O que o governo prometeu sobre testes

1. AMPLIAR OFERTA

Expectativa Fazer 46 milhões de testes até setembro, sendo 16 milhões até maio, 21 milhões de junho a agosto e 8 milhões nos meses seguintes Realidade Até 8 de julho,12,3 milhões de testes foram distribuídos aos estados, sendo:

4,8 milhões de testes moleculares (que usam a técnica de RT-PCR para verificar, em amostras de muco e saliva, a presença de material genético do vírus).

7,5 milhões de testes rápidos (que verificam a presença de anticorpos para o vírus em amostras de sangue).

2. TESTAR EM MASSA

Expectativa Testar até 22% da população até setembro Realidade Total cresceu, mas é limitado. Ministério não tem controle de todos os testes aplicados e total engloba testes feitos por estados e municípios.

1.1 milhão de testes RT-PCR já realizados no SUS, segundo o Ministério da Saúde

2.2 milhões de testes sorológicos (inclui rede privada; pasta não diz a fatia da rede pública).

3. ELEVAR A CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO DE LABORATÓRIOS

Expectativa Aumentar progressivamente análise em laboratórios centrais e, em junho, processar por dia 16 mil testes na Fiocruz, 5.000 no Instituto de Biologia Molecular do Paraná e 30 mil em parceria com rede privada Dasa Realidade Capacidade de processamento da rede pública cresceu de 1.689 em março para 14.567em junho. Mas plano atrasou.

Atualmente, Fiocruz tem laboratórios com capacidade para 75 mil testes por dia, enquanto a Dasa tem feito hoje cerca de 3.000 testes por dia.

4. AUMENTAR UNIDADES SENTINELA E TESTAR NELAS 100% DA AMOSTRA

Expectativa

No fim de março, ministério anunciou que pretendia ampliar número de unidades sentinela, centros que coletam amostras de parte dos pacientes atendidos com síndrome gripai, de 168 para 500 até junho, e testar também 100% dos casos Realidade País tem hoje 237 unidades. Pasta não informa o total de amostras testadas nestes locais.

5. INSTALAR DRIVE-THRU E AMPLIAR TESTAGEM DE CASOS LEVES

Expectativa

Postos drivethru coletariam amostras e testariam casos leves em cidades acima de 500 mil habitantes. Resultado seria entregue por celular entre 24h e 96h depois Realidade Postos não saíram do papel. Ministério diz agora que testes serão ofertados em centros de atendimento a doentes da Covid (que podem ser unidades de saúde com espaço específico para esse atendimento). Há hoje 807 habilitadas, mas ministério não informa em quantas a coleta já ocorre.

6. RASTREAR POR TELEFONE PARA TESTAR

Expectativa

Programa automático que telefona e questiona sintomas, Telesus, seria ligado a oferta de testes e monitoramento de contatos de casos confirmados Realidade o Telesus foi implementado, mas não incluiu a oferta de testes.

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DIÁRIO DA MANHÃ

 

Governo de Goiás recebe menos do que municípios para combater pandemia

A distribuição de recursos do Governo Federal para que os Estados enfrentem o novo coronavírus tem surpreendido a população: em muitos casos, os Estados recebem menos do que municípios.

O caso de Goiás é um exemplo: o Estado fica com apenas R$ 15 a cada R$ 100 repassado pela União.

De acordo com reportagem de "O Popular", o Governo de Goiás recebeu R$ 52, 6 milhões enquanto os municípios tiveram acesso a R$ 306 milhões. Para efeito de comparação, um dos municípios de Goiás recebeu R$ 75 milhões para usar durante a "guerra" contra a covid-19.

De imediato os dados revelam que os municípios necessitam, por obrigação, ter maior protagonismo no combate da pandemia, já que receberam muito mais do que os governos estaduais.

Estes recursos podem ser aplicados desde campanhas publicitárias para orientação da população até compra de insumos e medicamentos, bem como na aplicação em hospitais e contratação de pessoal qualificado.

A distribuição em Goiás, diz a reportagem, é uma das menores do país. Apenas Alagoas (13,8%) e Mato Grosso (14%) apresentam uma proporção pior do que a de Goiás.

Uma das reclamações dos médicos da linha de frente do combate do vírus é a de que diversos municípios não aplicam corretamente os recursos e muitas vezes mandam pacientes para a rede estadual de atendimento, que têm UTI, mas um custeio bem maior. E com menos recursos.

Conforme a Secretaria de Estado de Saúde, o Governo de Goiás aplicou os R$ 52 milhões recebidos nos hospitais de campanha. São oito deles espalhados pelo Estado.

Outra questão suscitada pelos médicos e enfermeiros, além dos gestores, é de que a aplicação dos recursos diretamente nos municípios, de forma difusa, leva ao enfraquecimento da fiscalização, o que pode gerar desvios de recursos.

Já existem questionamentos em vários municípios do Estado quanto a falta de transparência na aplicação dos recursos públicos direcionados para as cidades.

A fonte dos dados que revela a discrepância do que é enviado aos governos e para municípios pode ser consultada no site Siga Brasil , sistema do Senado que traz detalhes dos repasses de recursos e orçamentos.

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BBC NEWS

Efeitos da covid-19 no acesso a pílulas, pré-natal e vacinas matarão milhares de mães e crianças, diz relatório

"A covid-19 está tornando uma situação ruim pior" para a saúde de mulheres, mães e crianças, resume o texto de um relatório publicado nesta segunda-feira (13) pelo painel independente das Nações Unidas para o tema, chamado Every Woman, Every Child, Every Adolescent ("Toda mulher, toda criança, todo adolescente"). O relatório chega a estimar, em números, o impacto múltiplo da pandemia do coronavírus na saúde delas que vai desde o acesso a contraceptivos à merenda de escolas, agora fechadas por imposição do isolamento social. Se em 2018 5,3 milhões de crianças com menos de cinco anos morreram globalmente, calcula-se que o contexto da pandemia possa tirar a vida de mais 400 mil delas por conta de interrupções e problemas nos serviços de saúde. Em relação à mortalidade materna, 295 mil mulheres morreram em 2017 em todo o mundo por causas ligadas à gravidez, como hemorragia e sepse. Os efeitos da pandemia podem fazer novas 24,4 mil mortes assim.

O documento destaca ainda que: 13,5 milhões de crianças deixaram de ser vacinadas contra doenças que podem ser fatais; Mais de 20 países já relataram escassez de vacinas causada pela pandemia; Há interrupção no fornecimento de contraceptivos, podendo levar a 15 milhões de gestações indesejadas em países de baixa e média renda; De 42 a 66 milhões de crianças correm o risco de cair na pobreza extrema; Cerca de 370 milhões de crianças estão deixando de receber refeições na escola; Mulheres têm particularidades que as colocam vulneráveis à depressão e ansiedade; Estima-se que pode haver mais 15 milhões de atos violentos contra meninas e mulheres a cada três meses de confinamento; em alguns países, chamadas de emergência aumentaram 30%. "Sistemas de saúde em países ricos e pobres estão enfrentando grandes dificuldades (na pandemia), e a atenção a mães, recém-nascidos, crianças e adolescentes está se esfacelando", afirmou em comunicado à imprensa a médica Elizabeth Mason, co-presidente do painel.

"Campanhas de imunização estão sendo interrompidas e os profissionais de saúde estão sendo desviados da maternidade para as unidades de tratamento para a covid-19."Emergências de saúde anteriores ensinaram o quanto mulheres e crianças ficam particularmente vulneráveis neste cenário no surto de ebola no Oeste da África entre 2014 e 2016, por exemplo, a mortalidade materna cresceu 75% durante a epidemia, e o número de mulheres parindo em unidades de saúde e hospitais caiu em 30%. Desde 2000, o mundo estava assistindo a melhoras importantes, mesmo nos países mais pobres como uma queda generalizada considerável na mortalidade materna e de crianças menores de 5 anos, diz o documento. "Estamos em uma situação onde décadas de progresso podem ser facilmente revertidas", lamenta Joy Phumaphi, membro do painel e ex-assistente da direção-geral da

Organização Mundial da Saúde (OMS). Com isso, ficou ainda mais preocupante o cumprimento de metas da Agenda 2030 das Nações Unidas, que engloba diversos temas e tem vários pontos sobre a saúde das mulheres e crianças.

Antes da pandemia, a implementação destes pontos já era considerada atrasada. ONU critica 'incoerência' de governo brasileiro ao não impedir despejos em meio a pandemia Coronavírus: o modelo matemático que explica como evitar meio milhão de mortes na América Latina Brasil: preocupação com tendência de aumento da mortalidade

O relatório traz classificações de 193 países em sete indicadores, avaliando-os como "superado" (metas globais ou do país em particular superadas); "avançado"; "intermediário"; e algo como "correndo atrás" ("catching up"). Os dados são em sua maioria anteriores à covid-19, variando entre 2015 e 2018. O Brasil aparece com cinco indicadores "superados": índice de mortalidade materna; taxa de crianças natimortas; mortalidade infantil; mortalidade abaixo dos cinco anos; e registro civil de óbitos. No indicador mortalidade adolescente (entre 10-19 anos, a cada 100 mil habitantes), o país aparece como "intermediário"; e, no registro civil de nascimento, "avançado".

Professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Simone Diniz ressalta no entanto que os dados do relatório global possivelmente não captam tendências preocupantes observadas em anos mais recentes.Um relatório de 2018 da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) indicou, por exemplo, que após um período consistente de declínio na mortalidade no primeiro ano de vida, 2016 já apresentou uma reversão desta queda. Em relação a 2015, houve aumento em 2016 da mortalidade pós-neonatal (dos 28 aos 364 dias de vida) em todas as regiões do país, com exceção do Sul. O maior aumento foi observado no Nordeste, onde o coeficiente de mortalidade pós-neonatal passou de 3,8 por 1.000 nascidos vivos em 2015 para 4,2 em 2016. "Enquanto a mortalidade perinatal é mais influenciada pela assistência em saúde, a pós-neonatal é mais sensível às condições socioeconômicas (da família).

Observamos uma tendência do aumento da proporção das mortes pós-neonatal, o que vai ao encontro da crise econômica, queda de renda, aumento do desemprego e desigualdade observados nos últimos anos no país", explica Diniz, integrante do Grupo Temático Gênero e Saúde da Abrasco. A pesquisadora destaca que, no contexto atual de pandemia, o país está assistindo à volta de situações que tinham ficado para trás, como por exemplo a não recomendada "alta" ou liberação de consultas de pré-natal e a peregrinação por leitos, transferidos para tratamento de covid-19, no trabalho de parto. O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Imunizações também estão preocupados com a queda da cobertura vacinal em meio à emergência da covid-19 por conta disso, a sociedade lançou a campanha "Vacinação em dia, mesmo na pandemia" com orientações para a imunização neste período. Outros desdobramentos da pandemia

Não é só a dificuldade de acesso a vacinas durante a pandemia que preocupa. Mulheres já estão sendo afetadas pelo fechamento de consultórios e postos de atendimento móvel sobre saúde reprodutiva, diz o relatório. Isto afeta o acesso a métodos contraceptivos, testes de HIV e assistência pós-aborto onde a interrupção à gravidez é permitida. Também há "preocupação com a saúde, ética e direitos diante de medidas restritivas para evitar a transmissão da covid-19, como mulheres sendo solicitadas a parir sem sua família por perto, e uma negação à autonomia delas na tomada de decisões; ou intervenções médicas como cesarianas e partos induzidos sem indicação baseada em evidências", segundo afirma o documento. Pelo impacto econômico e pela descontinuidade de programas de assistência, 2 milhões de casos adicionais de mutilação genital feminina podem ocorrer no mundo, assim como 13 milhões de casamentos de crianças nos próximos 10 anos.

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A REDAÇÃO

Goiás registra mais 502 casos de covid-19 e cinco óbitos em 24 horas

Goiânia - Goiás registrou mais cinco mortes e 502 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Os dados foram divulgados na tarde deste domingo (12/7) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). 

Com isso, o Estado já acumula 36.541 casos da doença e 849 óbitos confirmados. Assim, a taxa de letalidade da pandemia é de 2,32%.

Ainda segundo a SES-GO, há o registro de 10.472 pessoas recuperadas. Goiás ainda segue investigando 86.606 casos suspeitos e 54 óbitos suspeitos.

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JORNAL OPÇÃO

 

Universidades desenvolvem apoio a diagnóstico da Covid-19 com raio-x

Por Marcos Aurélio

Pesquisadores conseguiram taxa de assertividade de 90% de detecção da doença

Três universidades do Paraná desenvolveram um método de apoio a diagnósticos de causas de pneumonia empregando inteligência artificial em procedimentos utilizando raio-x. O método pode auxiliar na detecção de covid-19. Até o momento, os pesquisadores conseguiram taxa de assertividade de 90% de detecção da doença.

A investigação está sendo desenvolvida por um grupo de pesquisadores de três instituições: Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR), Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Campo Mourão (UTFPR-CM).  

Atualmente, exames de tomografias já são adotados como forma de identificar indícios do que pode ser uma complicação no pulmão em decorrência da infecção pelo novo coronavírus. Este tipo de procedimento contribui para a análise clínica que já é admitida como forma de confirmação de casos em mudanças recentes divulgadas pelo Ministério da Saúde.

A diferença do sistema desenvolvido pelos pesquisadores paranaenses é o auxílio de análises realizadas por meio de inteligência artificial para realizar a avaliação do que causou uma pneumonia a partir de raios-x da região do tórax. Dentre as motivações, a tecnologia identificou os casos de covid-19 com taxa de acerto de 90%.

Rodolfo Pereira, idealizador da pesquisa e estudante do Programa de Pós-Graduação em Informática da PUC-PR, explica que a solução foi pensada a partir da demanda de encontrar formas de diagnosticar a covid-19, mas que pode também servir para indicar o quadro relacionado a uma pneumonia e subsidiar a indicação de tratamento pelos médicos.

Ele destaca que o sistema não é uma forma autônoma de diagnóstico, mas um recurso de apoio que pode ser útil uma vez que parte de imagens de raio-x e dispensa o uso de um tomógrafo. “A gente acredite que o sistema não é 100% seguro. Mas a questão é que a máquina de raio-x é presente em muitos postos de atendimento, inclusive em cidades do interior”, salienta.    

“Em um cenário mais caótico, um sistema como este poderia ser útil em um momento de primeira triagem. Ou do pessoal que está no interior e precisa ser encaminhado para outros locais para ter diagnóstico mais apropriado. Tomografia é exame mais caro, mais custoso e talvez demore mais”, complementa o professor do Programa de Pós-Graduação em Informática da PUC-PR Carlos Silla, orientador da pesquisa.

Agora as equipes pretendem apresentar o projeto à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) com vistas a firmar parcerias com hospitais. Isso porque o sistema melhora na medida em que se analisam mais imagens. Até o momento, ele avaliou 1.144 imagens de pneumonias. Mas com o aumento da base de dados a taxa de acerto também pode ser ampliada. (Com informações da Agência Brasil)

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Uso precoce de medicamentos por pacientes com Covid-19 é tema de audiência na Câmara dos deputados

Por Fernanda Santos

As discussões podem nortear novos protocolos adotados pelo Ministério da Saúde

A comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha ações de combate ao novo coronavírus debate o uso de medicamentos como tratamento precoce a Covid-19. Os parlamentares pretendem debater com especialistas e apresentar ao Ministério da Saúde um relatório sobre o tema.

O médico e deputado federal Zacharias Calil (DEM), se mostra favorável ao uso de medicamentos logo nos primeiros estágios da doença. “Eu vejo que o tratamento em qualquer situação é a melhor opção que você tem. Não se pode esperar a doença manifestar. A Covid-19 tem a fase 1, 2, 3 e 4, que vai se agravando”, afirmou ao Jornal Opção.

“Com isso, o paciente que poderia ser tratado em um menor período de tempo pode ter tido uma complicação e seguir para a UTI. Com isso você mantém o paciente entubado por mais tempo, maior morbidade. Está havendo discussões entre médicos de várias especialidades. Uns acham que o paciente tem que aguardar e outros para se manter o tratamento mais precoce possível, porque a piora é muito rápida”, disse.

As discussões podem nortear novos protocolos adotados pelo Ministério da Saúde, que determina essas normas no serviço público e se mostra aberto quanto a essa posição.

“O diagnóstico hoje primordial é a tomografia computadorizada. Se você vai fazer a testagem, você leva pelo menos cinco dias para ter o exame pronto. Enquanto isso, o paciente pode apresentar complicações do ponto de vista clínico e também hematológico. Ele começa apresentar inclusive alterações na coagulação sanguínea. Tem de 10% a 20% de comprometimento pulmonar, então eu acho que já deve sim entrar com anticoagulante, antibiótico, corticoide…”, argumentou o parlamentar.

“Tenho visto grande parte dos profissionais da saúde utilizando a ivermectina, não são todos, mas a grande maioria est]ao fazendo uso profilático com ela. Isso é fato. Não adianta falar que não tem evidência clínica. É o seguinte. Com a Covid-19 você não tem evidência de como vai evoluir em você. Pode evoluir bem ou mal. Que mal esse medicamento vai fazer?”, opinou.

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Procura por teste de Covid-19 dispara em laboratórios privados de Goiânia

Por Marcos Aurélio

Número de exames cresceu 80% nas últimas semanas. Atualmente, 15 laboratórios fazem a coleta de material para o teste RT-PCR na capital

Nas últimas semanas, foi registrado um aumento de cerca de 80% na procura por exames de diagnóstico de Covid-19 em laboratórios de Goiânia, o que tem gerado filas e muita espera em vários pontos de atendimento.

De acordo com o Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO), em apenas em um laboratório, foram feitos durante todo o mês de junho 2.697 exames. Só na primeira semana de julho já foram 831 atendimentos, número superior ao de exames realizados durante todo o mês de maio e que indica um aumento em relação ao mês passado.

Atualmente, 15 laboratórios fazem a coleta de material para o teste RT-PCR e quatro fazem o exame em Goiânia. Os exames de sorologia são realizados em 30 laboratórios.

O Sindilabs informa que está reforçando a orientação junto aos filiados para a adoção dos protocolos de segurança e prevenção de contaminação.

Christiane Maria do Valle Santos, presidente da Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg) e do Sindilabs-GO explica que desde o final de maio as duas instituições oferecem aos laboratórios goianos a assessoria técnica necessária para a instalação de postos de atendimento drive-thru em locais de grande circulação. O posto-piloto funciona desde 21 de maio, na esquina da Rua T-37 com Avenida T-10, no Setor Bueno.

Com esses postos de atendimento é possível ampliar a oferta de exames e garantir maior segurança às pessoas, que podem fazer os testes sem sair de seus carros.

Outra orientação dada pelo Sindilabs-GO aos laboratórios é que façam os atendimentos agendados por telefone, WhatsApp ou e-mail, evitando, assim, que o paciente tenha que esperar muito tempo na unidade e em contato com outras pessoas.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação  

Sábado, 11 Julho 2020 18:08

Covid-19: Boletim Ahpaceg 11|07|20

10 JULHO BOLETIM DIÁRIO COVID 11 07 20

 

Confira o boletim de hoje, 11 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.

 

Atenção: O total de HOSPITAIS ASSOCIADOS da Ahpaceg em GOIÂNIA representa 10% DOS HOSPITAIS da capital. OS DEMAIS não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação NÃO CONSTAM neste boletim.

 

No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.

 

Aumento: Nos últimos 30 dias, entre 11 de junho e 11 de julho de 2020, a oferta de leitos (adulto e infantil) nos hospitais associados da Ahpaceg na capital e interior aumentou 65% (leitos de UTI) e 79% (leitos de apartamentos).

Sexta, 10 Julho 2020 17:37

Covid-19: Boletim Ahpaceg 10|07|20

9 JULHO BOLETIM DIÁRIO COVID 10 07 20

Confira o boletim de hoje, 10 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.

No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para esses atendimentos, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.

Sexta, 10 Julho 2020 08:36

CLIPPING AHPACEG 10/07/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Laboratório Central de Goiás diminui em 72% a quantidade de testes de coronavírus após equipamento estragar

UTIs de cinco capitais à beira de um colapso

Anvisa alerta sobre os riscos da ivermectina

OMS admite transmissão aérea

Covid-19: hospitais particulares cedem 35 leitos de UTI para rede pública

Covid-19: Goiás registra 38 mortes em um dia e total de óbitos vai a 771

Pacientes precisam ficar em isolamento enquanto esperam resultado da Covid-19

Ocupação de UTI para Covid-19 na rede pública de Goiânia chega a 94%

Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM

Buscas por testes disparam

Dobra número de contaminados

 

G1 GOIÁS

Laboratório Central de Goiás diminui em 72% a quantidade de testes de coronavírus após equipamento estragar

De 250 testes realizados por dia, a quantidade caiu para 70, porque os técnicos precisaram voltar a fazer análises manuais. Com isso, exames são enviados para São Paulo, o que causa atraso no diagnóstico.

Por Rafael Oliveira, G1 GO

Lacen passa a realizar menos testes de Covid-19 após quebra de equipamento

O Laboratório Central de Goiás (Lacen) está operando a menos de um terço de sua capacidade de processar amostras e dar resultados para exames de coronavírus depois que um equipamento quebrou no início do mês. De 250 testes que eram analisados por dia, em média, a quantidade caiu para 70, ou seja, redução de 72% na capacidade operacional.

Para não ficar com excesso de amostras paradas, o laboratório envia a demanda para o Instituto Butantã, em São Paulo. Mais de 1 mil já foram encaminhadas para a unidade. O problema é que os resultados que ficavam prontos em até 72 horas, em Goiás, agora exigem um prazo de até 10 dias.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que "segue realizando os testes de RT-PCR para o coronavírus mesmo com o equipamento para extração automatizada danificado desde 2 de julho. Essa etapa vem sendo realizada manualmente, e o laboratório tem conseguido processar cerca de 70 amostras por dia" (veja a nota na íntegra ao final).

O equipamento danificado faz a extração automatizada, que separa o RNA do vírus. Sem ele, os funcionários precisaram voltar a fazer o processo manual.

"Prejudica, porque se eu falo que para ter uma boa resposta eu preciso testar, isolar e monitorar, posso ter uma demora para saber se aquele caso realmente era de Covid-19. Por isso, fizemos a parceria com o laboratório de São Paulo e vamos fazer com outros até o conserto ou a chegada de um novo equipamento", explica a superintendente de Vigilância Sanitária do estado, Flúvia Amorim.

Goiás registrou 34.216 casos confirmados e 771 mortes nesta quinta, conforme divulgou a Secretaria de Saúde do estado. A quantidade de amostras que esperam análise, no estado inteiro, chegou a 80.611 casos suspeitos.

Novo equipamento

Segundo a superintendente, além de consertar o equipamento que quebrou, o estado pretende comprar mais uma máquina para aumentar a capacidade de atendimento. Porém, ainda não há previsão de quando ocorrerá essa aquisição.

Flúvia Amorim estima conseguir aumentar a realização de exames em até quatro vezes, quando todos os equipamentos estiverem em pleno funcionamento. "A ideia é que, quando voltarmos às nossas reações automatizadas, a gente salte de 250 para até 1 mil amostras por dia".

No período de 26 de fevereiro a 7 de julho, 13.859 mil testes já foram realizados pelo laboratório, que atende a demanda da rede pública de saúde com pacientes com sintomas graves.

Nota da Secretaria de Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informa que o Lacen-GO segue realizando os testes de RT-PCR para o coronavírus mesmo com o equipamento para extração automatizada danificado desde 2 de julho. Essa etapa vem sendo realizada manualmente e o laboratório tem conseguido processar cerca de 70 amostras por dia.

Para que não ocorra prejuízos para a população goiana, o Lacen-GO tem encaminhado todo o excedente de amostras para o Instituto Butantan, em São Paulo. Esse envio é realizado duas vezes por semana. O primeiro envio foi feito na última sexta-feira, 3. Ao todo, 1.080 exames já foram encaminhados para São Paulo.

Paralelamente, a SES-GO já tramita dois processos para solucionar a situação: um para aquisição de um segundo equipamento e outro para conserto do que apresentou defeito.

Por fim, é importante destacar que a SES-GO não limitou ou estabeleceu nenhum novo critério para recebimento de amostras encaminhadas pelos municípios.

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CORREIO BRAZILIENSE

 

UTIs de cinco capitais à beira de um colapso

 

Enquanto o Brasil registra mais de 40 mil casos em 24 horas pelo 3º dia consecutivo, Cuiabá, Natal, Florianópolis, Curitiba e Belo Horizonte têm ocupação de leitos acima de 90%. País deve ultrapassar hoje a marca de 70 mil mortos pela pandemia

BRUNA LIMA

MARIA EDUARDA CARDIM

Mesmo com a suposta estabilização de mortes por covid-19 no Brasil, com médias acima de mil óbitos diários, o país é a nação que mais mata pela doença há sete dias. Ontem, não foi diferente. Com acréscimo de 1.220, o total de vidas perdidas chega a 69.184. Pelas previsões, o Brasil deve ultrapassar, hoje, a marca de 70 mil brasileiros mortos pela pandemia. Além disso, pelo terceiro dia consecutivo, o país registrou mais de 40 mil casos e totaliza 1.755.779 infectados. O número reflete diretamente na ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) pelo país, muitos, à beira de um colapso.

Pelo menos cinco capitais estavam com lotação acima de 90% na segunda-feira e, ao longo da semana, tiveram a situação agravada. Na região metropolitana de Natal, a falta de leitos é uma realidade há quase um mês e meio. O sistema de saúde da cidade sofre com a lotação, e o estado, que está com mais de 80% dos leitos cheios, precisa auxiliar na distribuição. Com isso, o cronograma de retomada das atividades estadual foi postergado.

Com o movimento do novo coronavírus para o Centro-Sul do país, cidades onde os índices de ocupação eram baixos até meados de maio, agora sentem o peso da pandemia. Mais 418 casos e dez mortes foram confirmadas ontem em Curitiba e, de um dia para o outro, o total de internados em UTI saltou de 142 para 185. Também no Sul, é crítica a situação de Florianópolis que, até ontem, tinha mais de 97% dos leitos de UTI adultos ocupados. Apesar da abertura de novos 570 leitos, o estado tem enfrentado a grande demanda em meio à queda das temperaturas. "Mesmo com o esforço constante do governo, a prevenção é, e continuará sendo, a melhor forma de combatermos esse vírus", disse o governador Carlos Moisés.

Em Cuiabá, a situação é ainda mais crítica, já que os municípios do entorno da capital não conseguem atender à demanda de pacientes. Isso porque faltam leitos há mais de dez dias em todo o Mato Grosso. A fila de espera por uma vaga intensiva chegava a 100 pacientes e o estado vizinho, Mato Grosso do Sul, tem prestado auxílio às vítimas.

Belo Horizonte também preocupa. Na última atualização da Secretaria Municipal de Saúde, ontem, 340 dos 370 leitos de unidade de terapia intensiva para pacientes da covid-19 estavam em uso na cidade, o que resulta na ocupação de 92%; restando apenas 30. Ao levar em conta a ocupação de todas as UTIs, inclusive àquelas destinadas a pacientes que não contraíram o vírus, a taxa ainda é alta: 86%. De acordo com boletim epidemiológico, 76% dos leitos clínicos específicos para pacientes infectados estão ocupados.

Ontem, Minas Gerais bateu recorde ao confirmar mais 90 mortes em 24 horas. Até então, o maior número diário de óbitos era de 73, registrado no último sábado. O estado totaliza 1.445 vítimas do novo coronavírus e faz parte do grupo que já registrou mais de mil mortes pela doença.

Balanço

Metade das unidades federativas já atingiu essa marca. Além de Minas, São Paulo (17.118), Rio de Janeiro (11.115), Ceará (6.741), Pernambuco (5.409), Pará (5.196), Amazonas (2.985), Maranhão (2.357), Bahia (2.328), Espírito Santo (1.930), Rio Grande do Norte (1.345), Alagoas (1.230) e Paraíba (1.196) integram a lista. No Brasil, não há mais nenhum estado com menos de cem mortes. Somente seis estados têm menos de 500 óbitos: Amapá (467), Santa Catarina (447), Acre (411), Roraima (393), Tocantins (240) e Mato Grosso do Sul (136).

Em relação ao cenário mundial, apenas os Estados Unidos superam o total de confirmações e de fatalidades pelo novo coronavírus. Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, 132.834 norte-americanos perderam a vida na pandemia e mais de 3 milhões foram infectados. A soma dos números brasileiros e dos EUA representa 40% do total de casos registrados em todo o mundo.

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Anvisa alerta sobre os riscos da ivermectina

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou, ontem, sobre os riscos do uso de medicamentos que contêm ivermectina (agente antiparasitário) para o tratamento da covid-19. Segundo o órgão, não há nenhuma comprovação científica de que a ivermectina seja eficaz contra o novo coronavírus.

A Anvisa ressalta, porém, que há comprovações de sobra sobre os efeitos colaterais e os riscos à saúde decorrentes do uso do medicamento sem prescrição médica. "Os principais problemas (eventos adversos) são: diarreia e náusea, astenia, dor abdominal, anorexia, constipação e vômitos; em relação ao sistema nervoso central, podem ocorrer tontura, sonolência, vertigem e tremor", frisa a entidade, em nota. A agência é enfática quando ao uso indiscriminado da ivermectina: "Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde."

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OMS admite transmissão aérea



Atendendo a recomendação de um grupo de mais de 200 cientistas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu, pela primeira vez, o risco de transmissão aérea do Sars-CoV-2. Até agora, a agência da ONU considerava apenas a inalação de gotículas expiradas por pessoas infectadas como forma de contágio. Diante da pressão de pesquisadores -- que, na segunda-feira, divulgaram uma carta em que citam inúmeros estudos sobre a possibilidade de o coronavírus ser transmitido pelo ar em ambientes internos -- a agência incluiu, ontem, a informação na sessão de perguntas e respostas de sua página na internet.

"Tem sido reportados surtos da covid-19 em alguns locais fechados, como restaurantes, boates, locais de trabalho ou ambientes em que as pessoas possam estar gritando, falando ou cantando", diz o novo texto. "Nesses surtos, a transmissão aerossol, particularmente nas localidades internas em que há aglomeração e espaços inadequadamente ventilados, onde pessoas infectadas passam longos períodos com outros, não pode ser descartada. Mais estudos são necessários urgentemente para investigar essas instâncias e garantir sua significância para a transmissão da covid-19."

A OMS vinha sendo fortemente criticada por ignorar as muitas pesquisas sobre essa possibilidade de contágio. "Na comunidade científica, estamos focados na compreensão total e detalhada dessa questão (a transmissão aérea) para fornecer informações acuradas a médicos e formuladores de políticas públicas", diz Brent Williams, especialista em aerossóis da Universidade de Washington em St. Louis e um dos signatários da carta. "A OMS e outras organizações de saúde pública ainda insistem muito em suas diretrizes atuais nas práticas de lavar a mão, manter distanciamento e ter cuidado com partículas a curtas distâncias (um perímetro de 2m). Porém, nós sabemos que gotículas provenientes da fala, da tosse etc. geram partículas que, rapidamente, encolhem para tamanhos menores e podem ficar suspensas no ar por muito tempo, em escala de horas, e serem transportadas por longas distâncias, por exemplo, uma casa inteira."

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Covid-19: hospitais particulares cedem 35 leitos de UTI para rede pública

Os hospitais particulares do Distrito Federal destinou à Secretaria de Saúde 35 leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) para o enfrentamento ao novo coronavírus. A informação foi publicada, nesta quinta-feira (9/74), pelo Sindicato Brasiliense de Hospitais, Casas de Saúde e Clínicas (SBH), que representa todo o setor de saúde suplementar da capital.

A medida para a contratualização e disponibilização de mais leitos de UTI, segundo a entidade, vem sendo discutida com o GDF desde quarta-feira (8/7). "Diversos hospitais realizaram iniciativas para colaborar com a população e com a saúde pública da capital. Já foram realizadas doações de recursos no valor de mais de R$ 4 milhões, além da entrega de 10 leitos de UTIs, com todos os equipamentos necessários", esclareceu o sindicato por meio de nota.

O SBH afirmou, ainda, que, desde o chamamento promovido pela Secretaria de Saúde, mais de 218 leitos de UTI haviam sido disponibilizados pelos hospitais privados, para uso da população do DF.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 38 mortes em um dia e total de óbitos vai a 771


Adriana Marinelli

Goiânia - Com 1.235 novos casos e 38 registros de mortes nas últimas 24 horas, Goiás soma 34.216 contaminações e 771 óbitos pela doença. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) na tarde desta quinta-feira (09/07). 

De acordo com o boletim da pasta, há no Estado 80.611 casos suspeitos em investigação. Outros 38.121 já foram descartados. O boletim da SES-GO não informa o total de pessoas curadas. 

Além dos 771 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás, já 48 óbitos suspeitos que estão em investigação. Já foram descartadas 530 mortes suspeitas nos municípios goianos.

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TV ANHANGUERA

Pacientes precisam ficar em isolamento enquanto esperam resultado da Covid-19

https://globoplay.globo.com/v/8687616/programa/

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Ocupação de UTI para Covid-19 na rede pública de Goiânia chega a 94%

https://globoplay.globo.com/v/8687618/programa/

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O POPULAR

Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM

As iniciativas de interromper estudos com cloroquina feitas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras instituições internacionais não levarão o Conselho Federal de Medicina a rever o parecer dado em abril sobre o uso do medicamento em casos de Covid-19. A posição é defendida pelo presidente da entidade, Mauro Ribeiro, em entrevista à reportagem.

"O que estamos ansiosos é pela divulgação de pesquisas sérias que nos indiquem um caminho para tratamento da doença. Nosso parecer nunca vai ser manipulado. A hora que saírem os estudos, vamos seguir", afirma.

Segundo o presidente do CFM, que tem evitado comentar o tema nos últimos dois meses, a entidade tem recebido os anúncios da OMS "com tranquilidade". Ele diz que houve politização excessiva em tomo do medicamento.

"É algo que beira ao absurdo [essa politização]. O que temos é que quem é a favor do Bolsonaro a defende de forma apaixonada, e quem é contra refuta de forma apaixonada. "

Nesta terça (7), o presidente Jair Bolsonaro divulgou que contraiu o novo coronavírus. Ele aproveitou o anúncio do seu teste para Covid-19 para defender que a hidroxicloro-quina é eficaz para tratar a doença -não há comprovação científica disso. Afirmou que está tomando a droga.

A defesa do remédio é feita por Bolsonaro desde o início da pandemia. Em abril, quando Luiz Henrique Mandetta era ministro da Saúde, o conselho de medicina foi solicitado a dar um parecer sobre o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19. 

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Buscas por testes disparam

Sindicato dos laboratórios calcula que entre maio e junho houve um aumento de 80% na procura. Em um dos estabelecimentos, números mais que dobram a cada mês desde março

Nas últimas semanas, os laboratórios particulares de Goiânia e região metropolitana passaram por um aumento abrupto na procura por exames sorológicos e do tipo RT-PCR, considerado o padrão ouro para o diagnóstico do novo coronavírus (Sars-CoV-2). De acordo com dados do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO), entre maio e junho, o aumento médio na procura pelo serviço foi de 80% na capital.

No Hemolabor, o aumento tem sido progressivo desde o início da pandemia. Em março foram feitos 270 exames. Em abril, o número mais que quadruplicou: 1.200. Em maio, o acréscimo continuou e chegou a 3.300 exames realizados. Em junho, foram feitos 5 mil testes para detecção da Covi-19. "Nossa expectativa agora em julho é que este número tenha outro salto", pontua Nelcivone Soares de Melo, hematologista e diretor do Hemolabor.

O laboratório realiza diariamente 500 exames, sendo que 40% são para pacientes internados e 60% para aqueles que buscam auxílio ambulatorial. Por conta do aumento contínuo da demanda, foi instalado um sistema de senhas, com 250 por dia. Elas começam a ser distribuídas no início da manhã e costumam acabar antes das 12h. "Depois que as senhas terminam de ser distribuídas não fazemos mais exames. A coleta do material em si é rápida. Leva cerca de 5 minutos", pontua Melo. A implantação do sistema se deu por conta do contínuo crescimento na procura por testes."Não conseguimos mais atender a demanda espontânea. É muito grande", esclarece o diretor.

Para evitar aglomerações, o laboratório fechou um estacionamento em frente a unidade que recebe as pessoas que vão fazer testes para a Covid-19 e colocou cadeiras para que os pacientes possam aguardar a realização do exame. "Temos um colaborador que trabalha exclusivamente com a organização desta fila. Retiramos metade das cadeiras da recepção e quando ela fica cheia, os pacientes são levados para este local aberto e aguardam lá. Todos têm de estar de máscara e respeitar o distanciamento", explica Melo.

Outros

A Dasa, grupo ao qual o laboratório Atalaia pertence, informou que registrou um aumento na demanda de testes moleculares (RT-PCR) na região Centro-Oeste. Já a assessoria de imprensa do laboratório Padrão disse que nas últimas duas semanas o aumento na procura por exames foi "abrupto".

No laboratório Citocenter, onde as coletas estão sendo feitas de forma domiciliar ou pelo sistema drive thru, não é possível mais realizar agendamentos para esta sexta-feira (10) e este sábado (11). "Só tenho horário na segunda-feira (13). Em algumas unidades só tenho disponibilidade dia 18", afirma Rosiene Mendes, coordenador administrativa do laboratório. O estabelecimento tem tempos de entrega dos resultados diferentes entre as forma particular e conveniada. "São três dias se for particular e de 5 a 7 dias se for por convênio", esclarece.

Mendes conta que a demanda pelos exames no laboratório aumentou muito recentemente. "Estamos com cinco profissionais fazendo coleta em casa e aumentando nossa força de trabalho o máximo que podemos. Estamos investindo principalmente no sistema drive thru para dar conta da quantidade de pedidos que estão chegando aqui", pontua a coordenadora.

O diretor do Laboratório Hemolabor afirma que o laboratório ainda pode ampliar o atendimento. "Nos últimos dias contratamos mais 10 pessoas para suprir a demanda. Entretanto, temos um limite de expansão do atendimento. Esta é uma preocupação nossa e de outros laboratórios aqui de Goiânia", explica Nelcivone Soares de Melo. Além da expansão do atendimento, o processamento dos exames também preocupa. "Temos uma capacidade de máquinas e de pessoal que, em algum momento, não conseguirá ser transposta. Existe um limite."

Sindilabs-GO recomenda drive thru

Com o aumento expressivo na procura por exames do novo coronavírus (Sars-CoV-2), o Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO), tem recomendados ao laboratórios que busquem outras maneiras de coletar as amostras além do método tradicional de receber os pacientes nas unidades. 

Um desses formatos de coleta que têm sido estimulados é o uso do sistema drive thru. Segundo o sindicato estes postos permitem a ampliação da oferta de exames e garantem maior segurança às pessoas, uma vez que, em diversos laboratórios, as pessoas têm enfrentado filas para poderem fazer os exames. 

O Sindilabs-GO e a Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg) oferecem aos laboratórios goianos a assessoria técnica necessária para a instalação de postos de atendimento drive thru em locais de grande circulação.

O hematologista e diretor do Hemolabor, Nelcivone Soares de Melo, afirma que esta estratégia já tem sido avaliada pela laboratório. "O ideal seria que tivéssemos múltiplos pontos de coleta pela cidade. Entretanto, a capacidade de executar este novo formato ainda é um desafio."

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O HOJE

Dobra número de contaminados

Em menos de um mês o número de trabalhadores da saúde atingidos pela Covid-19 passa de 2,1mil

Dados obtidos, até o fechamento desta edição, por meio da plataforma Covid-19, do governo estadual, apontam que mais de 2,1 mil profissionais da saúde foram contaminados com a doença em Goiás. A maioria dos casos de infecções ocorre em técnicos e auxiliares de enfermagem, com 898 infectados, seguido pelos enfermeiros (388), outros trabalhadores da saúde (318), médicos (305), trabalhadores administrativos (112) e Fisioterapeutas (83).

Segundo com a SES-GO, os boletins são elaborados a partir dos dados inseridos nos sistemas e-SUS VE e SIVEP Gripe, do Ministério da Saúde, pelas diversas instituições de saúde cadastradas no Estado, conforme endereço de residência informado pelos usuários.

Dos servidores contaminados, mais de mil são apenas em Goiânia. De acordo com boletim epidemiológico divulgado até o fechamento desta edição, Goiânia já tem 1.063 profissionais de saúde com novo Coronavírus. O número é quase 12% do total de casos da cidade, que é de 9.057. Somente nas últimas 24 horas, 220 novos casos foram registrados.

No dia 15 de junho, menos de um mês atrás, Goiás registrava 1.038 profissionais da saúde infectados com o novo Coronavírus, de acordo com dados fornecidos pelo painel da Covid-19, do Governo de Goiás. O que representava 10,1% dos 10.024 casos confirmados na época.

Últimas mortes

O ginecologista e obstetra Josias Rosa da Silva, que faria em agosto 78 anos, morreu no dia Io de julho. O profissional integrava o corpo clínico do antigo Hospital Monte Sinai, no bairro Ipiranga, hoje Hospital Ruy Azeredo. A morte do médico foi lamentada em nota pelo Conselho Regional de Medicina (Cremego) e por pessoas próximas do profissional.

De acordo com a unidade de saúde onde ele clinicava, Josias Rosa se afastou muito do trabalho desde o início do isolamento social em razào da pandemia do novo Coro-navírus. Ele chegou a fazer somente alguns retornos médicos. Duas semanas antes do ocorrido, ele já não frequentava mais seu consultório.

No dia 29 de junho, a técnica em enfermagem Josefa Francisco da Silva Rodrigues, de 40 anos, morreu por suspeita de coronavírus. Ela estava internada no Hospital de Campanha em Goiânia. Josefa era servidora da SES desde janeiro de 2011 e trabalhava no Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta. A Organização Social que administra a unidade lamentou a morte e disse que ela estava afastada desde o dia 18 de junho devido a uma infecção no ouvido. Porém, ela começou a apresentar sintomas da Covid-19 e foi internada. O hospital onde ela trabalhava informou que já foram registrados cinco casos confirmados na unidade desde o início da pandemia.

No dia 26 de junho, a técnica em enfermagem Marilda dos Reis Costa, de 64 anos, que trabalhava no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), morreu com Coronavírus. Ela ficou internada por oito dias. A profissional da saúde tinha diabetes e era hipertensa.

Marilda testou positivo no dia 12 de junho e foi afastada do trabalho. Ela atuava no Centro de Material e Esterilização do Hugo, departamento que não tem contato com pacientes ou outras equipes da assistência direta. A técnica estava internada no Hospital de Campanha de Goiânia.

Esta foi a primeira funcionária em atividade no Hugo que morreu com Covid-19. A Secretaria Estadual de Saúde informou que Marilda foi a oitava profissional da saúde a morrer em Goiás em decorrência do Coronavírus. De acordo com o Conselho Regional de Enfermagem. os profissionais de saúde, de enfermagem, ainda estão desprotegidos na linha de frente.

Já o Hugo informou que tem tomado todas as medidas de segurança e proteção determinadas pelos órgãos de saúde. Os que podem desenvolver as atividades de maneira remota foram afastados. Quem tem idade a partir de 60 anos ou apresenta algum tipo de comorbidade é colocado fora da área assistencial nos casos em que não há possibilidade de home Office.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação  

Quinta, 09 Julho 2020 16:54

Covid-19: Boletim Ahpaceg 09|07|20

8 JULHO BOLETIM DIÁRIO COVID 09 07 20

Confira o boletim de hoje, 9 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.

No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para esses atendimentos, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.

LIVE ANIS CFF

 

Com o apoio da Ahpaceg e do associado Hospital do Coração Anis Rassi, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) vai realizar na segunda-feira, 13 de julho, a partir das 20 horas, a palestra Gabinete de Crise e Gestão de Indicadores.

O tema será abordado pelo diretor-técnico do Hospital do Coração Anis Rassi e consultor médico do Hospital Sírio Libanês, Raimundo Nonato Diniz, e a vice-presidente do CRF-GO, Luciana Calil. A farmacêutica Larisse Marques, também do Hospital Anis Rassi, será a mediadora.

A transmissão acontecerá pelo canal do CRF-GO no YouTube e pela plataforma Zoom:

https://us02web.zoom.us/j/87037360416?pwd=RUxtOTBia1czVGJXZzNaWW5tdFhZdz09

Meeting ID: 870 3736 0416

Password: 274227

Quinta, 09 Julho 2020 08:01

CLIPPING AHPACEG 09/07/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Dois hospitais de campanha para tratamento da Covid-19 em Goiás estão com UTIs lotadas

Brasil tem 1.223 novas mortes e passa de 1,7 milhão de casos

Governos e conselhos travam disputa judicial para contratar médico com diploma estrangeiro

Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM

Covid-19: Goiás registra 1.436 novos casos e 18 mortes em 24 horas

Goiânia registra crescimento de quase 350% no número de leitos disponíveis

Período crítico da pandemia em Goiás deve começar dia 22, diz Alexandrino

Ocupação nas UTIs para Covid-19 se aproxima de 90%

Falta de testes para Covid-19 ainda é realidade em Goiás

Teste de Covid-19: reclamações à ANS dobram em uma semana

Anvisa revoga resolução que proibia doação de sangue por homens gays

 

G1 GOIÁS

 

Dois hospitais de campanha para tratamento da Covid-19 em Goiás estão com UTIs lotadas

Taxa de ocupação total chega a 87% nesta quarta-feira. Estado tem mais de 31 mil casos confirmados, sendo mais de 700 mortes pela doença.

Por Vanessa Martins, G1 GO

O Hospital de Campanha de Itumbiara, inaugurado há uma semana, já está com os 10 leitos de UTI que tem lotados. Já a unidade de Águas Lindas de Goiás, que tem 22 leitos de terapia intensiva, está com 20 ocupados e 2 reservados para pacientes que estão a caminho do loca. As informações são do início da tarde desta quarta-feira (8), pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

A taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos no tratamento de pacientes com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus esteve a 91% na terça-feira e caiu para 87% nesta tarde, também de acordo com a pasta.

O estado já passou de 31,5 mil casos confirmados, sendo mais de 700 mortes por Covid-19, de acordo com o boletim mais recente, publicado na terça-feira (7).

Superintendente de Atenção à Saúde, Sandro Rodrigues disse que esses dados devem ser vistos com preocupação. De acordo com ele, é mais um indicativo de que as pessoas precisam tomar todos os cuidados possíveis para evitar a disseminação do coronavírus.

“É sinal de alerta para a gente relembrar as pessoas que, quanto maior o número de casos, maior é o número de pessoas que, proporcionalmente, vão precisar de um leito de enfermaria ou UTI. Então há necessidade de se redobrar cada vez mais os seus cuidados”, afirmou.

A mesma preocupação é expressada pelo diretor técnico do HCamp de Águas Lindas de Goiás, Marcos Pontes, que tem visto os leitos cada vez mais ocupados na unidade de saúde.

“Não estamos numa situação tranquila, com certeza. Ter uma UTI cheia o tempo todo, mais que dobramos os leitos, e nossa ocupação continua a mesma”, afirmou.

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PORTAL TERRA

 

Brasil tem 1.223 novas mortes e passa de 1,7 milhão de casos

País tem quase 68 mil mortes pelo novo coronavírus

O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus Sars-CoV-2 em todo o Brasil ultrapassou a marca de 1,7 milhão, com um acréscimo de mais 44.571 contágios em 24 horas, informou o levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde nesta quarta-feira (8).

Ao todo, o país tem 1.713.160 casos da covid-19. Segundo os dados, a taxa de incidência tem aumentado constantemente, saltando de 794 para 815,2 pessoas por cada 100 mil habitantes. Já a quantidade de mortes registrou novamente mais de mil diárias, com 1.223 óbitos em um dia, elevando o total para 67.964. A taxa de letalidade é de 4%, enquanto que o índice de mortalidade passou para 32,3% indivíduos por cada 100 mil habitantes.

Com 341.365 casos da doença e 16.788 falecimentos, o estado de São Paulo confirmou 313 novas mortes e 8.657 novos contágios em 24 horas em todo o território. Na última segunda-feira (6), bares e restaurantes voltaram a funcionar na capital paulista após mais de 100 dias. A medida faz parte do novo protocolo adotado para o afrouxamento do isolamento. Hoje, inclusive, o governo anunciou a retorno de jogos de futebol a partir de 22 de julho. Ceará (128.471 casos e 6.665 mortes), Rio de Janeiro (126.329 infecções e 10.970 óbitos) e Pará (118.744 contágios e 5.169 vítimas) também estão entre os estados mais afetados pela Covid.

O Rio de Janeiro, por sua vez, apresenta a maior taxa de letalidade entre todos os estados, com 8,7%.

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FOLHA DE S.PAULO

Governos e conselhos travam disputa judicial para contratar médico com diploma estrangeiro

Estados e municípios alegam demora na revalidação do diploma e querem decretos para contratação na pandemia

Governos estaduais, prefeituras e Defensorias Públicas têm travado uma disputa judicial com União e conselhos de medicina na tentativa de liberar a contratação de médicos formados no exterior durante a epidemia do novo coronavírus.

As primeiras decisões sobre o tema começaram em maio. Desde então, a disputa continua e ganhou reforço de novas ações.

Para atuar no país, médicos formados no exterior precisam passar por um processo de revalidação do diploma, o que geralmente ocorre por meio de uma prova chamada de Revalida.

Governos têm alegado atraso na realização do exame nos últimos dois anos e dificuldade em contratar profissionais - daí a tentativa de realizar decretos e editais para esses contratos . O impasse foi parar na Justiça.

Já os conselhos tentam barrar a medida sem que haja revalidação do diploma.

A Folha localizou ao menos sete ações recentes sobre o tema, a maioria envolvendo estados e municípios do Norte e Nordeste, como Maranhão, Acre, Roraima e cidades do Amapá e Sergipe.

Destas, cinco têm como status mais recente a derrubada de pedidos ou iniciativas que abriam espaço para contratação. A alegação é que a medida fere Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a qual determina revalidação do diploma.

Outras duas tiveram cenário oposto, sob o argumento de garantir a assistência de forma temporária.

Em geral, as ações judiciais vêm de conselhos de medicina, mas também de governos, defensoria e Ministério Público.

O presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Mauro Ribeiro , diz que vê um movimento político para burlar as normas atuais que exigem a revalidação do diploma durante a pandemia.

"A medicina sofre um ataque meramente político para trazer, à revelia da lei, profissionais supostamente médicos sem que comprovem conhecimento mínimo", diz. "É um absurdo, um casuísmo no meio dessa tragédia que estamos vivendo. Não falamos isso como uma medida corporativa, mas para defender o bom atendimento à saúde da população brasileira."

Em meio ao embate, o conselho divulgou na última semana os resultados de uma pesquisa encomendada ao Datafolha sobre a percepção da população ao Revalida.

O levantamento ouviu 1.511 em todas as regiões. Desses, 91% disseram apoiar a necessidade de revalidação do diploma para que médicos formados no exterior atuem no Brasil.

Estados e prefeituras, no entanto, alegam que a pandemia tem trazido uma situação excepcional , com aumento na demanda por profissionais. Dizem ainda que a contratação levaria em conta médicos que já atuaram no programa Mais Médicos, por exemplo.

A queda de braço, porém, parece estar longe do fim. Em Aracaju, uma decisão inicial, a pedido do Ministério Público, chegou a determinar que o Conselho Regional de Medicina concedesse registro temporário a médicos sem diploma revalidado. O grupo atuaria no hospital de campanha da cidade.

A medida, porém, foi revista no fim da última semana por um desembargador do Tribunal Regional Federal da 5região. A nova decisão veio após recurso do Conselho Regional de Medicina do Sergipe, que apontava riscos na atuação dos médicos.

Questionada, a secretaria municipal de saúde diz que a medida levará ao fechamento de leitos recém-abertos com a contratação de médicos formados no exterior.

"Com a decisão favorável ao conselho, a prefeitura terá de reduzir o quantitativo de leitos disponíveis atualmente no hospital de campanha de 102 para 60, deixando de atender 42 pacientes que necessitam de leitos de estabilização no tratamento contra a covid-19", diz.

Em nota, o conselho nega dificuldade na contratação e aponta falta de resposta da prefeitura a médicos que poderiam ser contratados.

Já a prefeitura diz que, de uma lista com mais de cem nomes aptos a trabalhar enviada pelo conselho, apenas sete profissionais demonstraram interesse.

Embate semelhante ocorre em outros estados. No fim de junho, a Justiça Federal reverteu liminar que possibilitava ao governo do Acre realizar contratação de médicos formados no exterior e sem Revalida. O estado diz que analisa como recorrer da decisão.

Já estados como Maranhão e Roraima obtiveram decisões favoráveis à contratação temporária sem Revalida, desde que com prioridade nas vagas a médicos formados no país.

Para o defensor público regional em direitos humanos em São Paulo, João Paulo Dorini, a situação evidencia uma dificuldade antiga em levar médicos a regiões mais carentes.

O caso levou a DPU (Defensoria Pública da União) a ajuizar, no fim de abril, uma ação para que CFM e União não impedissem governos de contratar médicos formados no exterior para atuação temporária durante a pandemia.

O órgão diz ter feito um levantamento à época que apontava 15 mil médicos ainda sem diploma revalidado -a maioria era de brasileiros formados em faculdades de países próximos, como Paraguai, Bolívia e Argentina, mas também refugiados e outros imigrantes.

O pedido, porém, foi negado. Na decisão, o juiz que analisou o caso afirmou que a situação de pandemia não justifica "permitir a contratação de profissionais médicos que não atendam a requisitos legais".

Agora, o órgão analisa novas formas de recorrer. Segundo Dorini, a decisão não impede novas tentativas de contratação pelos estados e ações sobre o tema.

O argumento é que o atraso na realização do Revalida impede a tentativa de revalidação do diploma pelos médicos, que poderiam ser colocados de forma temporária em funções de apoio -desde que tenham habilitação para atuar no país de formação, afirma.

Para Mauro Ribeiro, do CFM, porém, não há garantia de que os médicos seriam aprovados no Revalid. Nos últimos anos, a média de aprovação foi de 19,87%.

Ele chama de falácia a dificuldade na contratação, mas reconhece problemas na distribuição de médicos.

"Medicina é uma profissão como todas as outras. Onde tem mercado tem médicos, e onde não tem mercado há dificuldade em alocá-los", diz ele, que defende mecanismos de carreira de Estado para fixar profissionais nestes locais.

Questionado, o Inep, instituto responsável pelo Revalida, afirma que está organizando cronograma do novo exame.

O instituto atribui o atraso a uma necessidade de reaplicar a prova a participantes da edição ocorrida em 2017, o que impediu que o exame fosse realizado nos dois últimos anos.

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Cloroquina não terá parecer revisto, diz CFM

Presidente do Conselho Federal de Medicina vê politização sobre o remédio e afirma aguardar 'pesquisas sérias'

Natália Cancian

brasília As iniciativas de in terromper estudos com cloroquina feitas pela OMS (Orga nização Mundial da Saúde) e outras instituições internacionais náo levarão o Conselho Federal de Medicina a rever o parecer dado em abril sobre o uso do medicamento em casos de Covid-19. A posição é defendida pelo presidente da entidade, Mauro Ribeiro, em entrevista à Folha.

"O que estamos ansiosos é pela divulgação de pesquisas sérias que nos indiquem um caminho para tratamento da doença. Nosso parecer nunca vai ser manipulado. A hora que saírem os estudos, vamos seguir", afirma.

Segundo o presidente do CFM, que tem evitado comentar o tema nos últimos dois meses, a entidade tem recebido os anúncios da OMS "com tranquilidade". Ele diz que houve politização excessiva em tomo do medicamento.

"É algo que beira ao absurdo [essa politização]. O que temos é que quem é a favor do Bolsonaro a defende de forma apaixonada, e quem é contra refuta de forma apaixonada."

Nesta terça (7), o presidente Jair Bolsonaro divulgou que contraiu o novo coronavírus.

Ele aproveitou o anúncio do seu teste para Covid-19 para defender que a hidroxicloroquina é eficaz para tratar a doença - não há comprovação científica disso. Afirmou que está tomando a droga.

A defesa do remédio e feita por Bolsonaro desde o início da pandemia. Em abril, quando Luiz Henrique Manetta era ministro da Saúde, o conselho de medicina foi solicitado a dar um parecer sobre o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19.

Em um documento, a entidade reforçou que não havia evidências, mas autorizou médicos a prescreverem o medicamento em três situações: 1) paciente com sintomas leves, em início de quadro clínico e com diagnóstico confirmado; 2) paciente com sintomas importantes, com ou sem recomendação de internação e 3) pacientes críticos na UTI com uso de ventilação mecânica.

Desde o parecer, o aval do conselho à prescrição tem sido citado por Bolsonaro e pela atual equipe do Ministério da Saúde para defender mudanças na oferta da cloroquina - o que era rechaçado pela equipe de Mandetta.

A discordância em relação ao uso do remédio colaborou para a saídas de Mandetta e de seu sucessor, Nelson Teich, para quem o CFM deveria rever aposição sobre a possibilidade de uso "off-label" (fora da bula) do medicamento.

Hoje, o parecer é usado como justificativa pelo Ministério da Saúde para oferta do remédio a pacientes com quadros leves da Covid, ainda que "sem comprovação de benefício inequívoco", como ressalta a pasta, e com alerta sobre riscos. Antes, o medicamento era indicado apenas para casos graves e críticos.

Ribeiro evita comentar a posição do ministério, mas diz que "todos têm opinião sobre a cloroquina", incluindo "a imprensa, advogados, os arquitetos e os médicos".

Ele reconhece que ainda não há comprovação de eficácia do uso do medicamento, indicado originalmente para malária, artrite e lúpus, no tratamento da Covid-19.

"Hoje, à luz da ciência e da medicina baseada em evidências, não existe nenhuma droga com eficácia comprovada no tratamento", afirma.

"Existem estudos observacionais para os dois lados, mostrando que [a cloroquina] po de fazer mal ou fazer bem."

Segundo ele, apesar de não ver essa necessidade agora, a autarquia "pode rever o documento [sobre o uso da cloroquina em infectados com o novo coronavírus] a qualquer momento" a partir do resultado de novas pesquisas.

Um desses casos, disse, quase ocorreu após estudo publicado na Lancet com 96 mil pacientes e que apontava maior risco de arritmia e de morte em comparação com pacientes que não usaram os medicamentos. O estudo, porém, foi retirado da revista após polêmica envolvendo a transparência dos dados.

"Aquele estudo era tão devastador e contrário à hidroxidoroquina que obrigatoriamente teríamos que rever o parecer se se confirmasse. Mas agimos com cautela, para ver a repercussão. E aconteceu o que aconteceu", diz.

Embora revista, a pesquisa da Lancet não foi o único revés recente ao uso da cloroquina.

Após idas e vindas, a OMS anunciou em 17 de junho que decidiu interromper os experimentos com hidroxicloroquina para tratamento de Covid-19 no estudo Solidarity, que está sendo realizado em vários países do mundo.

Segundo a organização, a revisão de um comitê independente e outros estudos mostraram que náo houve redução na mortalidade de doentes que receberam a droga.

Neste sábado (4), a entidade voltou a frisar que a deci são havia ocorrido em definitivo para o Solidarity.

Dias antes do primeiro anúncio da OMS, a FDA (agência que regula medicamentos nos Estados Unidos) também revogou a autorização de uso emergencial do medicamento naquele país, alegando que "não era mais razoável" acreditar que a droga tivesse eficácia contra a Covid-19.

"Muito foi falado do que fez o FDA, mas ele retirou para pacientes graves", afirma Ri beiro, referindo-se a uma ressalva feita no documento de que há baixa possibilidade de eficácia para esses casos.

Enquanto entidades recuam das orientações, o Ministério da Saúde tem redobrado a aposta no medicamento. Recentemente, estendeu a possibilidade de oferta do remédio para gestantes e crianças - mesmo com recomendações contrárias da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Questionado, o presidente do CFM evitou comentar a decisão. "Ele fez uma orientação, não vou defender ou criticar. Para nós, [o parecer] está sendo seguido", diz ele, para quem a necessidade decisão compartilhada entre médico, paciente ou responsável engloba esses casos.

Ainda assim, ele diz reconhecer que outras drogas têm tido resultados mais promissores em estudos iniciaisque a cloroquina, caso de dexametasona e remdesivir. Mas alega que não cabe ao CFM fazer um novo parecer sobre elas.

"Esses medicamentos já se impuseram. Quem hoje se coloca contra dexametasona por um paciente que necessita de oxigênio? Não tem. A hidroxicloroquina é que está totalmente politizada."

E o conselho não teria cola borado para acirrar a politização? "O CFM foi usado tanto por um lado quanto pelo outro. Quem é contra a cloroquina interpreta o parecer de uma forma, e quem é a favor, de outra forma. Mas não teve por parte do C FM nenhum ato político. Quem solicitou o parecer foi o Ministério da Saúde", diz ele, segundo quem o conselho não se arrepende de ter o feito o documento.

O tema, no entanto, gera polêmica entre médicos, que têm reclamado de pressões para indicar o uso do medicamento.

"Mas não existe exercício da medicina sem pressão", diz. "O que dá respaldo ao médico é o Código de Ética Médica."

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 1.436 novos casos e 18 mortes em 24 horas

Goiânia - Com 1.436 novos casos e 18 registros de mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, Goiás soma 32.981 contaminações e 733 óbitos pela doença. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) na tarde desta quarta-feira (8/7). 

De acordo com o boletim da pasta, há no Estado 77.796 casos suspeitos em investigação. Outros 36.809 já foram descartados. O total de curados não foi informado. 

Além dos 733 óbitos confirmados, há 52 mortes suspeitas que estão em investigação.  Já foram descartadas 513 mortes suspeitas nos municípios goianos.

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Goiânia registra crescimento de quase 350% no número de leitos disponíveis


Goiânia - A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia divulgou balanço, nesta quarta-feira (8/7), apontando que, entre maio e julho, o número de leitos disponíveis para tratar covid-19 na capital cresceu quase 350%. Segundo os dados, a quantidade de vagas de UTI foi de 40 para 150 e de enfermarias passou de 37 para 197. Ao todo, Goiânia possui 347 leitos.

Além do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, do Hospital das Clínicas e da Santa Casa de Misericórdia, a prefeitura mantém contrato com cinco unidades particulares: Gastro Salustiano, Hospital Jacob Facuri, Hospital Ruy Azevedo, Hospital São Lucas e Renaissance.

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Período crítico da pandemia em Goiás deve começar dia 22, diz Alexandrino

Secretário considera estudo da UFG | 08.07.20 - 14:30


Goiânia - Estudo elaborado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) aponta a tendência de que o período mais crítico da pandemia da covid-19 em Goiás seja de 22 a 27 de julho. O alerta o reforçado pelo secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, nesta quarta-feira (8/7). 

De acordo com o secretário, Goiás segue adotando medidas para evitar o avanço da doença. “Se não tivéssemos tomado as ações há mais de 60 dias, (o sistema de saúde) já teria colapsado”, disse. Citou que foram inaugurados cinco Hospitais de Campanha, o número de leitos de UTI dobrou em relação ao ano passado, foram aumentados os leitos de enfermaria, quase 2 mil pessoas foram contratadas e mais de 4 milhões de unidades de proteção individual (UPIs) foram distribuídas. 

Ismael comentou as últimas estatísticas da pandemia no Estado, relativas a esta terça-feira, 7, quando os casos confirmados totalizaram 31.545 e os óbitos somaram 715. E foi registrado número recorde de mortes em 24 horas: 61. “Acredito que já estamos vivendo o pico, que deve culminar no dias 22 a 27, e tende a diminuir depois o número de casos e óbitos diários, pouco a pouco”, disse. Acrescentou que foi dessa forma que aconteceu em outros países e em outros Estados do País.

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TV ANHANGUERA

Ocupação nas UTIs para Covid-19 se aproxima de 90%

https://globoplay.globo.com/v/8684472/programa/

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Falta de testes para Covid-19 ainda é realidade em Goiás

https://globoplay.globo.com/v/8684600/programa/

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O GLOBO

Teste de Covid-19: reclamações à ANS dobram em uma semana

Queixas aumentaram após inclusão do exame na cobertura obrigatória dos planos

LUCIANA CASEMIRO

As reclamações relacionadas a testes para detecção da Covid-19 mais do que dobraram na última semana. Segundo os dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foram 564 queixas, entre 29 de junho e 5 de julho, contra 226, entre 22 a 28 de junho.

Apesar de a ANS não ter uma análise dos motivos das reclamações, o aumento das queixas coincide com a inclusão do teste de Covid-19 na cobertura obrigatória dos planos de saúde pela agência, no dia 29, após determinação judicial.

Segundo Renê Patriota, presidente da Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps), mesmo com a decisão judicial e a inclusão no rol de procedimentos obrigatórios para os planos de saúde, consumidores continuam relatando dificuldades para realização da sorologia:

- Eu mesma fui obrigada a pagar R$ 100 hoje para realizar um exame sorológico, pois a minha operadora se negou a cobrir o IGM - relata Renê.

Gabriela Splendore, diretora de arte, que teve sintomas da Covid-19 há dois meses, tentou fazer o teste na última sexta-feira, mas não conseguiu autorização do Bradesco:

- Liguei para todos os laboratórios conveniados e todos disseram que o Bradesco não autorizou o exame. Em conversa com a central da operadora, alegaram que já liberaram o exame com a rede conveniada, mas os laboratórios dizem que não. É um looping!

O mesmo aconteceu com o jornalista Fabio Barros:

- Estou com pedido médico em mãos, já liguei para vários laboratórios e eles afirmaram que a Amil ainda não autorizou.

Ana Carolina Navarrete, coordenadora de pesquisa de saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idee), diz que a resolução da ANS prevê adoção imediata, no entanto, é compreensível que haja um período de adaptação.

Procurada, a Bradesco Saúde diz oferecer a cobertura do teste de sorologia, desde a determinação da ANS, assim como a de outros exames e tratamentos para Covid-19. E afirma ter resolvido a questão de Gabriela.

Já a Amil explica que, inicialmente, "devido ao curto tempo para credenciamento do exame junto aos prestadores de serviço, a operadora ofereceu a cobertura do teste sorológico por reembolso". A empresa garante que, a partir desta semana, os testes de pesquisa de anticorpos IgA, IgG e IgM estarão disponíveis nas maiores redes de laboratórios do país.

A orientação da AN S é que, em caso de dificuldade para a realização do exame, o beneficiário tente resolver primeiro com a operadora e, caso não tenha uma solução adequada, registre reclamação nos canais da AN S.

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AGÊNCIA BRASIL

Anvisa revoga resolução que proibia doação de sangue por homens gays

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revogou nesta quarta-feira (8) a determinação que restringia a doação de sangue por homossexuais do sexo masculino. Segundo a medida agora revogada, homens que mantiveram relações sexuais com outros homens nos últimos 12 meses eram considerados inaptos para doações.

O ato, publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União, cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que considera o impedimento discriminatório. Em julgamento realizado em maio, o STF decidiu que a restrição é inconstitucional. Sobre o tema, a maioria do ministros acompanhou o relator, Edson Fachin.

Em seu voto Fachin destacou que não se pode negar a uma pessoa que deseja doar sangue um tratamento não igualitário, com base em critérios que ofendem a dignidade da pessoa humana. O ministro acrescentou que para a garantia da segurança dos bancos de sangue devem ser observados requisitos baseados em condutas de risco e não na orientação sexual para a seleção dos doadores, pois configura-se uma "discriminação injustificável e inconstitucional".

Histórico

No texto de uma resolução de 2014, referente às "boas práticas do ciclo do sangue" (RDC Nº34), a Anvisa definia que homens que tiveram relação sexual com indivíduos do mesmo sexo deveriam ser impedidos de doar sangue por um ano após a prática sexual. O impedimento se estendia também a eventuais parceiras sexuais desses homens. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5543, que provocou o STF foi ajuizada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) que questionou a proibição.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação  

Quarta, 08 Julho 2020 17:56

Covid-19: Boletim Ahpaceg 08|07|20

7 JULHO BOLETIM DIÁRIO COVID 08 07 20

Confira o boletim de hoje, 8 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.

No boletim estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para esses atendimentos, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado entre 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados, e hoje.

O Gabinete de Crise é uma estrutura criada para o monitoramento e tomada de decisões durante situações emergenciais, como a pandemia de Covid-19.
 
A equipe precisa ser composta pelos diretores do hospital (técnico, clínico, administrativo, financeiro), gestores assistenciais (médicos chefes de serviço, gerência de enfermagem, etc) e gestores administrativos (farmácia, almoxarifado, nutrição, etc).
 
O Gabinete de Crise deve funcionar 24 horas por dia  e ter uma estrutura física adequada, com acesso à internet, telefones, censo de ocupação dos leitos, mapas com os recursos disponíveis na instituição, entre outros itens.
 
Confira mais sobre o assunto no Plano de Resposta Hospitalar à Covid-19, do Ministério da Saúde: bit.ly/3eCJzVW