Postado em: 31/05/2023

CLIPPING AHPACEG 31/05/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Governo de Goiás anuncia início do programa de cirurgias eletivas do Ministério da Saúde

Médico receita sorvete e jogo 'Free Fire' para criança doente em UPA

Impasse no STF: Ministério da Saúde suspende repasse de recursos para os municípios para pagamento do piso da enfermagem

Infecções bacterianas são a segunda principal causa de morte no mundo
Inteligência Artificial na saúde: conheça os benefícios e os cuidados que se deve ter

SES/GO

Governo de Goiás anuncia início do programa de cirurgias eletivas do Ministério da Saúde

União realizou repasse da primeira parcela de recursos para municípios que vão executar cirurgias. Estado vai complementar tabela SUS com mais R$ 20 milhões para realização de 10 mil procedimentos em 40 municípios

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) anunciou, nesta terça-feira (30/05), o início da primeira fase do programa de cirurgias eletivas do Ministério da Saúde. Os 40 municípios goianos que vão realizar as cirurgias em Goiás já receberam do Governo Federal a primeira parcela das verbas destinadas ao programa, que ao todo deve repassar, nesta primeira fase, R$20 milhões para custeio de cerca de 10 mil cirurgias.

A expectativa é realizar, em média, 900 procedimentos por semana, em 68 hospitais da rede privada e municipal cadastrados. Para acelerar a fila de cirurgias, o Estado vai complementar os valores dos procedimentos, pagando o dobro da tabela SUS para que unidades particulares e de alguns municípios realizem os procedimentos. Dessa forma, o Governo de Goiás investirá também R$ 20 milhões no programa.

O anúncio do início da realização das cirurgias eletivas foi feito durante entrevista coletiva pelo secretário estadual da Saúde, Sérgio Vencio. Segundo o titular da pasta, um dos desafios do Sistema Único de Saúde (SUS) é o subfinanciamento, pois os recursos repassados pelo Ministério da Saúde (MS) não são suficientes para os custos. “Em Goiás, os gastos com a saúde são de R$ 2,3 bilhões e o MS paga somente 10% desse valor. O restante é o tesouro estadual, que arca com essa despesa”, exemplificou.

Segundo Vencio, com a reorganização do sistema, houve uma unificação nominal da fila, permitindo que cada município executante planejasse com os prestadores o cronograma de execução. O secretário disse ainda que há um trabalho com os parlamentares para que coloquem emendas específicas para que algumas cidades realizem as cirurgias. “O foco é zerar a fila em alguns municípios”, reforçou.

Fazem parte desta etapa as cirurgias gerais, ginecológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas. Os procedimentos ortopédicos também estão inseridos, mas cada município executante vai organizar com os prestadores o cronograma de execução a partir de fila única. A seleção obedece ao critério do tempo de espera, ou seja, quem aguarda há mais tempo terá prioridade. Em regra, o hospital executante vai entrar em contato com cada paciente para agendar a data da avaliação e do procedimento.

O gari Luís Ferreira de Andrade, 50 anos, de Senador Canedo, é um dos pacientes que serão beneficiados com um procedimento cirúrgico do programa. Ele aguarda por uma cirurgia de vesícula. “Devido à pandemia, tive que esperar. Tudo ficou parado. Contudo, fiquei muito feliz quando recebi o telefone autorizando minha cirurgia. Minha vida vai voltar ao normal”, afirmou.

Parceria
Presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou previu que a expectativa é que, em um ano, a fila chegue a padrões de países europeus e do Canadá, que têm uma espera de dois a três meses para a realização de cirurgias eletivas. “A decisão de unificar a fila foi um ato de coragem, pela exposição, mas somente dessa maneira foi possível planejar e organizar as ações. Temos que parabenizar o governo do Estado por essa iniciativa inédita”, comentou.

Patrícia Fleury, do Consellho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems), destaca a participação dos municípios no programa e que houve esforço para a pactuação de algumas cidades. “Todos estão envolvidos. Os municípios, inclusive, se organizaram para realizar o transporte desses pacientes”, disse.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Médico receita sorvete e jogo 'Free Fire' para criança doente em UPA

Mãe da criança denunciou o médico e afirmou que ele sequer examinou a criança durante o atendimento

Uma mãe ficou revoltada na madrugada no dia 18 de maio, quando levou seu filho de 9 anos com sintomas gripais à uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e o médico lhe receitou sorvete de chocolate e o jogo eletrônico "Free Fire". O caso aconteceu em Osasco, na Grande São Paulo.

De acordo com Priscila da Silva Ramos, além dos sintomas de gripe, a criança estava vomitando, com a garganta muito inflamada e tontura.

Priscila conta que, durante o atendimento, o médico Marcos Wesley da Silva praticamente não examinou a criança, baseando-se apenas nos sintomas e o receitou amoxicilina, ibuprofeno, dipirona, prednisolona e acetilcisteina. Ele não teria explicado como seria o uso dos medicamentos.

O médico, sem se levantar da cadeira, questionou se o garoto gosta mais de sorvete de morango ou de chocolate. A criança logo respondeu "chocolate", foi então que Marcos o receitou "sorvete de chocolate duas vezes ao dia, mais Free Fire dirariamente".

Ao ver a receita, a irmã de Priscila recomendou denunciar o médico ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). Em nota, a Prefeitura de Osasco informou que a criança chegou na unidade com nasofaringite aguda e que, de acordo com o prontuário do médico, o menino estava com quadro inflamatório agudo, mas sem gravidade.

Ainda de acordo com a prefeitura, Marcos foi desligado do quadro dos prestadores de serviço da Organização Social do município. "Devido à conduta indevida com o paciente e seus familiares e o não esclarecimento das condutas tomadas, o médico foi desligado do quadro de prestadores de serviços", diz a nota.

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PARAÍBA ONLINE

Impasse no STF: Ministério da Saúde suspende repasse de recursos para os municípios para pagamento do piso da enfermagem


O Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, pediu vista no processo de julgamento sobre o pagamento do piso salarial da enfermagem. Com isso, o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, suspendeu o envio dos recursos aos municípios para suplementar o pagamento do piso nas cidades.

Esse impasse impossibilitou o Município de Campina Grande de efetuar o pagamento do piso de R$ 4.750,00 aos enfermeiros já neste mês de maio, uma vez que o Fundo Municipal de Saúde não recebeu os recursos do Governo Federal.

O Ministro do STF tem até 90 dias para avaliar o projeto e dar seu voto. O Supremo aguarda a decisão do magistrado para retomar a plenária virtual sobre o piso. Enquanto isso, o Ministério da Saúde não deve enviar verbas suplementares para os municípios.

"O pagamento do piso salarial da enfermagem já foi aprovado pelo Congresso Nacional, mas existe agora esse impasse, o que interrompeu o envio de recursos do Governo Federal. Isso inviabiliza o pagamento porque é por meio desse aporte que será possível pagar a diferença, pois o impacto é de mais de R$ 2 milhões na nossa folha salarial", disse o secretário de Saúde, Gilney Porto.

O secretário informou ainda que, tão logo a suplementação nacional seja realizada, a gestão municipal efetuará o pagamento. Campina Grande tem 440 profissionais na Rede Municipal de Saúde. Com a convocação do Concurso Público Municipal, mais de 30 enfermeiros foram chamados para a função e 22 assumiram, o que representa um aumento de 15% no número de profissionais efetivos.

A Prefeitura de Campina Grande também está atuando em negociação com o Sindicato dos Trabalhadores Urbanos do Agreste da Borborema (SINTAB) para viabilizar a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da categoria. Contudo, dezenas de progressões foram avaliadas e autorizadas pela gestão para os servidores.

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TUDO DO MS

Infecções bacterianas são a segunda principal causa de morte no mundo


As infecções bacterianas ocupam o segundo lugar no ranking das doenças que mais matam no mundo, de acordo com um estudo publicado no periódico científico The Lancet[ii] no ano passado, ficando atrás apenas das doenças do coração.

O levantamento mostra que a resistência aos antibióticos esteve associada a quase 5 milhões de mortes, e foi diretamente responsável por cerca de 1,27 milhão de óbitos em 2019 (período do levantamento)2.

"As infecções por bactérias resistentes , ou seja, aquelas que precisam de antibióticos mais potentes devido ao uso descontrolado e sem acompanhamento médico dos antibióticos, já são um problema de saúde pública e precisamos desenvolver ações que ajudem a reduzir o número de casos dentro e fora dos hospitais", explica Ricardo Kosop, coordenador do projeto Antimicrobial Stewardship no Hospital Angelina Caron (HAC) - referência em atendimentos de alta complexidade, localizado na Região Metropolitana de Curitiba.

De acordo com o médico, a higienização das mãos é considerada uma estratégia de prevenção de infecções com maior e mais robusta evidência de efetividade, além do baixíssimo custo e relativa simplicidade. Contudo, embora simples, e mesmo após tudo o que vivemos durante a pandemia, ainda costuma ser ignorada no dia a dia, tanto por pessoas comuns como por profissionais de saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), lavar as mãos sempre que necessário ajuda a reduzir em aproximadamente 40% doenças como gripe, conjuntivite e viroses[iii].

Prevenção de infecções dentro dos hospitais

Neste cenário, a higienização correta das mãos é fundamental para prevenir quadros de resistência bacteriana em ambientes hospitalares. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), infecções adquiridas durante a prestação de serviços de saúde é um grande problema global, contudo, pacientes em países de baixa e média renda têm duas vezes mais probabilidade de infecção do que aqueles em países de alta renda (15% e 7% dos pacientes, respectivamente)[iv]. A higiene de mãos deve ser realizada com preparação alcoólica (álcool gel) pela sua rapidez e efetividade. No entanto, sempre que houver sujeira aparente ou matéria orgânica nas mãos, a lavagem de mãos com água e sabão é recomendada.

Dentre as iniciativas que vêm ganhando notoriedade dentro dos hospitais, o programa Antimicrobial Stewardship, desenvolvido com apoio da BD, uma das maiores empresas de tecnologia médica do mundo, visa promover o uso racional de antibióticos e reduzir infecções, casos de sepse e consequentemente, multirresistência microbiana em ambientes hospitalares.

"A resistência microbiana é uma das maiores ameaças no mundo hoje. Até 2050, poderemos voltar a ter infecções intratáveis e, um antibiótico mal-usado faz uma pressão seletiva (ou seja, quando um conjunto de fatores acabam selecionando os organismos mais resistentes) não apenas na bactéria, vírus ou fungo que causa determinada enfermidade, mas também nos demais microrganismos presentes no indivíduo e na comunidade", alerta Kosop.

O estudo publicado no The Lancet, apontou também que a resistência a medicamentos em infecções da corrente sanguínea, que pode levar à sepse, esteve relacionada a 1,5 milhão de mortes2. Para ajudar as instituições de saúde a implementarem protocolos seguros, capazes de garantir a segurança do paciente, foi lançado o Programa de Gerenciamento de Acesso Vascular, do inglês VAM - Programa Vascular Access Management.

"Em média, a adesão ao programa reduz em 32% as complicações e diminui em 40% a taxa de infecções. Além disso, nosso monitoramento mostra uma redução de 33% relacionada a custos associados à segurança do paciente", conclui Carlos Damasceno, especialista clínico da BD, responsável pelo programa no Brasil.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, bactérias multirresistentes poderão matar anualmente 10 milhões de pessoas no mundo[v], número maior que a mortalidade por câncer e doenças cardiovasculares. Ainda de acordo com a OMS, as bactérias resistentes fazem 700 mil vítimas anualmente no mundo.

Referências:

Instituto Butantan. No Dia Mundial da Lavagem das Mãos, médico relembra o passo a passo da higienização adequada, que pode reduzir em 40% a chance de pegar doenças. Acesso em 25/04/2023. Disponível em: Link

[ii] The Lancet - Global burden of bacterial antimicrobial resistance in 2019: a systematic analysis. Acesso em 26/04/2023. Disponível em: Link

[iii] Veja Saúde. Lavar as mãos reduz em 40% doenças como gripe, conjuntivite e viroses. Acesso em 26/04/2023. Disponível em: Link

[iv] Organização Mundial da Saúde. OMS pede melhor higienização das mãos e outras práticas de controle de infecções. Acesso em 26/04/2023. Disponível em: Link

[v] Mortalidade por infecção hospitalares - Acesso em 25/04/2023. Disponível em: OMS

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GAZETA DA SEMANA

Inteligência Artificial na saúde: conheça os benefícios e os cuidados que se deve ter

A relação de dependência das pessoas com a tecnologia vem, ao longo dos anos, crescendo em ritmo acelerado, principalmente após o início da pandemia da Covid-19, em 2020, quando foi necessário o isolamento social entre as medidas preventivas para se evitar a disseminação da doença. Com ela, também foram intensificados os múltiplos usos da telemedicina e o aperfeiçoamento da Inteligência Artificial (IA) na área da saúde.

De acordo com Kenneth Corrêa, especialista em negócios digitais e metaverso, a chamada IA Generativa está passando por uma fase de revolução com a criação da ferramenta Chat GPT, a mais nova inteligência artificial capaz de atuar com rapidez e agilidade na criação de novos conteúdos, inclusive na área da saúde.

"O que nos deixa mais fascinados pelas IA é a velocidade com que as coisas acontecem e a assertividade com que estão sendo obtidos os diagnósticos médicos. Inclusive, recentemente, foi desenvolvido um teste com pacientes atendidos por médicos humanos e pela ferramenta Chat GPT. Embora não soubessem que estavam conversando com uma IA, 80% das pessoas preferiram o atendimento feito pelo robô", conta o especialista, referindo-se ao estudo publicado em abril/23 pela JAMA Medicina Interna .

Recentemente, o Google anunciou a evolução de sua plataforma de inteligência artificial e seu próprio modelo de linguagem, o PaLM (para concorrer com o GPT da OpenAI e o LLaMA da Meta). A empresa global ressaltou que, dentre as várias áreas que estão usando, existe uma específica para o atendimento médico: o Med-PaLM-2, que passou com excelência no exame de proficiência americano. A ferramenta foi testada por médicos especialistas e é capaz de ler exames (inclusive de Raio X), resumir conceitos e elaborar relatórios médicos.

Na área da saúde, Kenneth também ressalta a utilização das técnicas Machine Learning e Redes Neurais, as quais possibilitam a leitura de exames de imagem, como raio-x e ressonância magnética, e a leitura de exames de padrões, como ecocardiograma.

Agilidade no atendimento

A inteligência artificial na saúde funciona como uma enciclopédia. "Ela tem uma base de dados com basicamente todos os diagnósticos que foram feitos num determinado hospital, por exemplo, e que estejam registrados em sistema, contando todo o histórico do paciente.

Essas informações são cruzadas com as de livros de Medicina, de todo o Catálogo Internacional de Doenças. Assim, a IA reconhece e identifica sinais, sintomas e exames e, a partir dali, recomenda o diagnóstico mais provável", explica Kenneth, lembrando que, por conta da regulamentação global, o laudo final quem assina é o médico humano, após analisar as respostas dadas pela IA.

Um dos principais ganhos na aplicação da IA na saúde refere-se à chamada personalização em escala, ou seja, a possibilidade de prestar um atendimento personalizado, com qualidade, para uma grande quantidade de pessoas.

"Eu não vejo, ainda, uma modificação no sistema de saúde em que o robô vai fazer um atendimento completo. Mas, se ele beneficia a operação de atendimento fazendo uma triagem, por exemplo, o médico ganha agilidade. Então é muito válido utilizar a IA como ferramenta de apoio, pela facilidade e praticidade".

É o caso do Sistema Laura, que, em 2020, começou a ser instalado em instituições brasileiras de saúde pública. A partir desta IA e da tecnologia cognitiva, os dados da rotina hospitalar são gerenciados e alertas são emitidos para a equipe assistencial, para que os pacientes mais críticos sejam atendidos com prioridade e recebam o tratamento adequado o quanto antes. Milhares de vidas já foram salvas por causa desta tecnologia, desenvolvida pela healthtech Laura.

Mas é seguro?

Com tantos avanços na IA na área da saúde, a pergunta que paira no ar é: os atendimentos feitos pelos robôs são seguros? A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta, no último dia 16, de que é preciso muita cautela ao usar a nova tecnologia em busca de diagnósticos e tratamentos.

Kenneth se posiciona a favor deste alerta, uma vez que, em sua opinião, "algo que a gente não está pronto para fazer como humanidade, como sociedade organizada do ano 2023, é o robô fazer o diagnóstico, tampouco ser responsabilizado pelo diagnóstico".

Segundo o especialista, é possível a IA confundir uma informação e seguir o atendimento de maneira errônea. "Por isso, a forma como eu recomendo que centros clínicos, hospitais, os próprios profissionais da saúde utilizem o que já tem disponível de IA é sempre como um apoio na produtividade, na realização do pré-diagnóstico, de forma que o robô ajude o profissional de saúde, o qual deve ser responsável e sempre checar todas as informações passadas pela máquina antes de realizar um atendimento".

Os desafios atuais

A questão da responsabilização é um dos desafios da Inteligência Artificial. "Quem será responsabilizado caso o atendimento apresente uma falha de sistema? É claro que, por trás de todo atendimento, tem que estar o médico humano e a sua responsabilidade por aquele paciente".

Outra dificuldade é a aceitação das pessoas em serem atendidas por um robô. "Tudo bem dizer que, no teste citado, a qualidade no atendimento do Chat GPT ganhou nota mais alta. Mas será que o paciente sabia que estava sendo atendido por um robô? As pessoas gostam de conversar com outra pessoa, sentem-se mais seguras em saber que estão sendo atendidos por alguém que dá a devida atenção ao caso delas".

E um terceiro desafio a ser pontuado é o custo. "Como a IA funciona como uma enciclopédia, só é possível gerar conhecimento de atendimento médico, de diagnóstico, em cima de um histórico, em cima da base de dados. E então, se você usa uma IA Proprietária, que foi desenvolvida, por exemplo, por uma universidade de Medicina, ela vai te liberar o uso e vai cobrar por isso. Ou então você terá que lidar com os investimentos de criar sua própria base de dados".

O futuro da IA na área da saúde

Para Kenneth, o futuro da aplicação da inteligência artificial na área da saúde é bastante promissor. "Com a revolução do Chat GPT, de outubro de 2022 para cá, as pessoas estão aceitando muito mais que existe IA, que ela já é usada no dia a dia em algumas áreas específicas. Essas mudanças ajudam a diminuir bloqueios e barreiras. As pessoas vão percebendo que o mundo está cada vez mais complexo e que é possível usar a IA ao nosso favor. Sem contar que o Chat GPT é acessível e qualquer pessoa pode desenvolver uma solução usando a ferramenta".

Além da aceitação, outro fator importante para o futuro da IA na saúde são os investimentos feitos pelos grandes players de tecnologia. "Multinacionais como Google, Meta, Amazon, IBM estão apostando alto em IA. Em geral, para onde vai o dinheiro, há um desenvolvimento acelerado, resultando em boas ideias e boas soluções", conclui.

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Assessoria de Comunicação