Imprensa (2318)
O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.
Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.
Em live, presidente da Ahpaceg comenta os desafios da medicina e a relação entre médicos, hospitais e pacientes
Escrito por AdministradorEm uma live realizada ontem, 20, pela agência D&D Comunicação em comemoração ao Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, abordou a atual realidade vivida pelos médicos.
“Estamos trabalhando demais, ganhando menos do que o esforço realizado e lidando com pacientes extremamente exigentes, porque não entendem que não podemos prometer resultados”, afirmou.
Ele também abordou a relação entre médicos e hospitais, enfatizando que ela tem pontos delicados, que precisam ser sanados. “Precisamos traçar estratégias de diálogos mais efetivos não só entre médicos e hospitais, mas também com os pacientes”, disse.
O presidente também adiantou que a Ahpaceg prepara o lançamento, em breve, de indicadores assistenciais, uma ação que deve revolucionar a forma de avaliação e escolha dos serviços de saúde.
Acesse e confira: https://www.instagram.com/p/CGlaKLkqMiz/
Ahpaceg recebe o candidato Virmondes Cruvinel
Escrito por Administrador
Dando sequência às reuniões com candidatos à prefeitura de Goiânia, a Ahpaceg recebeu hoje, 21, o deputado estadual Virmondes Cruvinel, candidato do Cidadania. O programa de governo de Cruvinel foi compartilhado com os associados para análise e colaboração para o aperfeiçoamento das propostas.
Ele ressaltou que o objetivo é melhorar a saúde e todo o serviço público, dando maior agilidade e eficiência aos atendimentos. “Temos uma candidatura independente e queremos fazer a diferença”, alegou. Uma das propostas na área da saúde engloba parcerias com o setor privado para a realização de cirurgias eletivas, evitando longas esperas, ampliando o atendimento à população e garantindo a assistência represada durante a pandemia.
Haikal Helou agradeceu a presença do candidato na reunião com os associados, realizada no formato virtual, e enfatizou a necessidade de ações para garantir as cirurgias eletivas. “Não podemos achar que eletivo pode esperar para sempre”, afirmou.
Com o objetivo debater as propostas dos candidatos para a saúde e demais áreas da administração de Goiânia, a Ahpaceg já se reuniu também com os candidatos Maguito Vilela (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD).
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Brasil registra 661 mortes por covid-19 em 24 horas; total vai a 154.837
Caiado afirma que Goiás vai receber vacina contra Covid-19 a partir de janeiro: 'Cada frasco imuniza 10 pessoas'
CoronaVac: 7 perguntas para entender a vacina do Butantan
Pesquisa vai sequenciar genoma para saber quais variantes do coronavírus circulam em Goiás
Brasil anuncia que vai comprar 46 milhões de doses da CoronaVac
Obrigatoriedade da vacinação divide país e pode parar no Supremo
Raia Drogasil aguarda parecer sobre proibição de medicamentos de marca própria
Plano de saúde digital Sami recebe aporte de R$86 milhões
Com serviço de teleorientação, Seguros Unimed lança "Super App"
Rede DOr pede ao Cade para elevar participação na Qualicorp
Covid-19: Goiás registra 1.361 novos casos e 43 mortes em um dia
Atuação de Caiado na pandemia é aprovada por 73% dos goianos, diz pesquisa
PODER 360
Brasil registra 661 mortes por covid-19 em 24 horas; total vai a 154.837
O Brasil tinha pelo menos 154.837 mortes por covid-19 até as 19h desta 3ª feira (20.out.2020). São 661 vítimas a mais que no dia anterior. Os dados são do Ministério da Saúde.
O país contabiliza 5.273.954 casos de covid-19, segundo a pasta. Acréscimo de 23.227 casos, em 24 horas.
Cerca de 4,7 milhões de pessoas se recuperaram da doença até o momento. Outras 398 mil estão em acompanhamento.
O Brasil é o 2º país do mundo com mais mortes por covid-19. Só os Estados Unidos têm mais vítimas: 226.020.
O número de mortos no Brasil também é elevado na comparação proporcional. São 731 mortes por milhão de habitantes -segundo cruzamento de dados do Ministério da Saúde com a última estimativa populacional divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa coloca o Brasil na 4ª posição do ranking mundial. O Peru é o país onde a covid-19 mais mata em relação ao número de habitantes. São 1.021 mortes por milhão de pessoas. Distrito Federal, Rio de Janeiro, Roraima, Mato Grosso e Amazonas têm taxas mais altas.
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PORTAL G1
Caiado afirma que Goiás vai receber vacina contra Covid-19 a partir de janeiro: 'Cada frasco imuniza 10 pessoas'
Em reunião com o ministro da Saúde, Caiado disse que a vacina será aplicada primeiro nos profissionais da saúde e em pessoas de grupos de risco.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), anunciou nesta terça-feira (20) que a vacina contra o coronavírus vai ser distribuída para o estado goiano a partir de janeiro do ano que vem e de forma gratuita por meio de um programa nacional de imunização a ser elaborado pelo Ministério da Saúde (MS).
Cada frasco da vacina permite imunizar até 10 pessoas e a política de imunização será nacional, ou seja, nenhum estado terá prioridade no recebimento de doses, segundo o governador.
Os primeiros a serem imunizados, porém, serão os profissionais da saúde de, que atuam na linha de frente no combate a? doença, e as pessoas que fazem parte dos grupos de risco, conforme explicou Caiado.
"É a melhor notícia do ano", ressaltou o governador.
186 milhões de doses
Durante reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o governador informou em um post nas redes sociais que serão adquiridas ao total 186 milhões de doses ainda no primeiro semestre do ano que vem.
Ao todo, são vacinas de três institutos diferentes: a Butantan-Sinovac, a AstraZeneca e a Covax. A compra do antígeno produzido pelo instituto brasileiro Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac será de 46 milhões de doses, como anunciou Caiado.
"Minha gente, apresento a vocês a Vacina Butantan-Sinovac contra a Covid-19. Agora, em reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ficou confirmado que ate? janeiro de 2021 serão adquiridas 46 milhões de doses. Junto às outras duas vacinas, AstraZeneca e a Covax, teremos 186 milhões de doses ainda no primeiro semestre do ano que vem", disse o governador no post
.O governador destaca ainda a distribuição gratuita da vacina. "E o melhor: 100% custeadas pelo Ministério da Saúde. Os primeiros a serem imunizados serão os profissionais da saúde, que atuam na linha de frente no combate à doença, e as pessoas que fazem parte dos grupos de risco. Mais uma esperança para a nossa gente se ver livre deste vírus", ressalta Caiado.
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CoronaVac: 7 perguntas para entender a vacina do Butantan
Segundo governo, testes feitos no Brasil confirmaram que vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com Instituto Butantan é segura, mas ainda é preciso provar sua eficácia contra a Covid-19.
O governo de São Paulo anunciou na segunda-feira (19/10) os primeiros resultados dos testes feitos no Brasil da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
De acordo com Dimas Covas, diretor do Butantan, a CoronaVac se mostrou segura, mas ainda será necessário esperar pelos resultados dos testes de eficácia, que indicarão se a vacina protege ou não contra o novo coronavírus.
A expectativa de Covas é ter esses resultados até o final deste ano, embora especialistas ouvidos pela BBC News Brasil digam ser improvável cumprir essa meta.
A expectativa de Covas é ter esses resultados até o final deste ano, embora especialistas ouvidos pela BBC News Brasil digam ser improvável cumprir essa meta.
A comprovação de eficácia será fundamental para obter o registro da vacina junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dar início à vacinação.
Com mais de 40 milhões de infectados e 1,1 milhão de mortos no mundo por causa da Covid-19, há uma grande expectativa em torno não apenas dessa, mas das 196 vacinas que estão sendo desenvolvidas atualmente no mundo contra a Covid-19, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde.
Desse total, 44 já estão sendo testadas em humanos, das quais 10 estão na última fase desta etapa de pesquisa, a chamada fase 3, quando se verifica a eficácia.
Entre elas está a CoronaVac, que está sendo testada não apenas no Brasil, mas também na Turquia e na Indonésia.
A BBC News Brasil preparou uma série de perguntas e respostas para esclarecer o que se sabe sobre essa vacina até o momento. Confira a seguir.
O que foi anunciado agora?
O governo de São Paulo divulgou que, entre os 9 mil voluntários que já participam dos testes da CoronaVac no Brasil, 35% deles tiveram efeitos adversos.
Os mais comuns foram dor, edema e inchaço no local da aplicação, dor de cabeça e fadiga. Não foram detectados efeitos colaterais graves.
Na coletiva de imprensa em que foi feito o anúncio, foi apresentado um comparativo com outras quatro vacinas também em teste no Brasil, desenvolvidas pelas empresas Moderna, BioNTech/FoSun/Pfizer, CanSino e AstraZeneca/Oxford.
Nestas quatro vacinas, a incidência de efeitos adversos variou entre 77% e 100%. "Portanto, [a CoronaVac] é a vacina mais segura não só no Brasil, mas no mundo", disse Covas.
Nestas quatro vacinas, a incidência de efeitos adversos variou entre 77% e 100%. "Portanto, [a CoronaVac] é a vacina mais segura não só no Brasil, mas no mundo", disse Covas.
No entanto, esses resultados já eram esperados, de acordo com especialistas.
Por que já se esperava que os testes no Brasil apontassem que a CoronaVac é segura?
Há dois motivos. O primeiro é que ela usa uma tecnologia bastante tradicional, diz o imunologista Aguinaldo Pinto, professor da Universidade Federal de Santa Catarina.
Essa vacina utiliza uma versão inativada do vírus. Isso quer dizer que o vírus foi exposto ao calor ou a produtos químicos para não ser capaz de se reproduzir.
Essa vacina utiliza uma versão inativada do vírus. Isso quer dizer que o vírus foi exposto ao calor ou a produtos químicos para não ser capaz de se reproduzir.
Uma vez injetado na corrente sanguínea, o vírus é detectado pelo sistema imunológico, que desenvolve formas de combatê-lo.
Mas, como o vírus é incapaz de se reproduzir, não consegue deixar uma pessoa doente.
"Não há nada de novo na tecnologia por trás dessa vacina. Ela existe há várias décadas. Temos muitas vacinas de vírus inativados sendo comercializadas hoje, como as contra a gripe, por exemplo. E sabemos que elas são bastante seguras", afirma Pinto.
"Não há nada de novo na tecnologia por trás dessa vacina. Ela existe há várias décadas. Temos muitas vacinas de vírus inativados sendo comercializadas hoje, como as contra a gripe, por exemplo. E sabemos que elas são bastante seguras", afirma Pinto.
Enquanto isso, as outras vacinas comparadas à CoronaVac na coletiva de imprensa usam tecnologias ainda inéditas em vacinas e cujos efeitos são mais incertos.
O segundo motivo é que os testes no Brasil apenas confirmaram o que já havia sido comprovado em etapas anteriores da pesquisa, como o próprio governo de São Paulo indicou.
Antes de ser testada aqui, a CoronaVac foi testada na China para verificar sua capacidade de gerar uma reação do sistema imune e sua segurança e obteve bons resultados em ambos os critérios.
Naquela ocasião, o estudo concluiu que esta vacina teve índices bastante semelhantes ou mesmo menores de participantes com efeitos adversos.
"Essa conclusão é apenas um reforço dos resultados de fases anteriores. Se tivesse surgido algum efeito adverso grave, a segurança da vacina já teria sido contestada e, possivelmente, ela nem teria chegado à fase 3", explica Pinto.
"Essa conclusão é apenas um reforço dos resultados de fases anteriores. Se tivesse surgido algum efeito adverso grave, a segurança da vacina já teria sido contestada e, possivelmente, ela nem teria chegado à fase 3", explica Pinto.
Mas o imunologista alerta que uma vacina ser segura (ou a mais segura) não significa que ela seja eficaz.
Afinal, a CoronaVac protege contra a Covid-19?
É exatamente isso que os testes de fase 3 estão investigando. Estes testes estão sendo realizados não só no Brasil, mas também na Indonésia e na Turquia.
No Brasil, os testes de fase 3 serão feitos pelo Butantan com 13 mil profissionais de saúde voluntários com idades entre 18 e 59 anos, dos quais 9 mil já foram recrutados.
Eles são divididos em dois grupos: um recebe a vacina e outro, placebo. Nem os participantes nem os pesquisadores sabem em qual grupo está cada voluntário.
Ao fim do estudo, será analisada a proporção de pessoas que receberam a vacina e ficaram doentes para atestar sua eficácia.
De acordo com o governo de São Paulo, uma análise preliminar de eficácia poderá ser feita quando ao menos 61 casos de Covid-19 forem confirmados entre os participantes, o que, segundo o governo de São Paulo, ainda não foi atingido.
Um comitê de especialistas terá acesso aos dados e poderá saber de qual grupo fazem parte essas pessoas que ficaram doentes para avaliar se a vacina funciona ou não.
Uma segunda análise poderá ser feita quando houver 151 casos de Covid-19 ou mais.
Se nestas análises a maioria dos que ficaram doentes estiver no grupo que tomou placebo, o comitê poderá concluir que a eficácia foi comprovada, o que permitirá apresentar esses resultados à Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para solicitar o registro da vacina.
No entanto, a mesma tecnologia que faz da CoronaVac uma alternativa segura não conta a favor de sua eficácia.
"Vacinas de vírus inativados não geram uma resposta do sistema imune tão forte e duradoura quanto vacinas de vírus atenuados [que conseguem se reproduzir, embora lentamente], por exemplo", diz Pinto.
"Vacinas de vírus inativados não geram uma resposta do sistema imune tão forte e duradoura quanto vacinas de vírus atenuados [que conseguem se reproduzir, embora lentamente], por exemplo", diz Pinto.
Qual é a taxa de eficácia que uma vacina deve ter?
A imunologista Cristina Bonorino, professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, diz que, em geral, uma vacina deve ter uma taxa de eficácia de 70%, ou seja, ser capaz de proteger sete em cada dez pessoas que a tomarem.
"Porque aí a gente consegue atingir a chamada imunidade de rebanho, e há uma chance maior de proteger a população como um todo", afirma Bonorino.
"Porque aí a gente consegue atingir a chamada imunidade de rebanho, e há uma chance maior de proteger a população como um todo", afirma Bonorino.
Dimas Covas disse, no entanto, que o governo de São Paulo deve pedir o registro à Anvisa caso a CoronaVac tenha uma eficácia de ao menos 50%.
A própria Anvisa já indicou que pode aceitar uma eficácia neste patamar, diante da situação de emergência criada pelo novo coronavírus, contra o qual não existe ainda uma vacina.
"Neste momento, a regra mínima é 50%, mas já seria de grande utilidade uma vacina com 40% de eficácia. Já seria suficiente para reduzirmos a mortalidade e as internações. Se tivéssemos uma vacina com 40% de eficácia, eu seria o primeiro a tomá-la", disse Covas.
"Neste momento, a regra mínima é 50%, mas já seria de grande utilidade uma vacina com 40% de eficácia. Já seria suficiente para reduzirmos a mortalidade e as internações. Se tivéssemos uma vacina com 40% de eficácia, eu seria o primeiro a tomá-la", disse Covas.
A CoronaVac pode ficar pronta ainda neste ano?
O governo de São Paulo afirmou que espera poder fazer uma primeira análise de eficácia até novembro. Também anunciou anteriormente que a vacinação de profissionais de saúde teria início em 15 de dezembro.
Para isso, o Butantan deverá começar a produzir a CoronaVac ainda em outubro para ter 46 milhões de doses prontas para serem aplicadas até dezembro. "Aí aguardaremos o processo de registro da vacina", disse Covas.
Para isso, o Butantan deverá começar a produzir a CoronaVac ainda em outubro para ter 46 milhões de doses prontas para serem aplicadas até dezembro. "Aí aguardaremos o processo de registro da vacina", disse Covas.
Jorge Kalil, diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor), considera esse cronograma pouco factível.
"Mostrar que a vacina é segura não quer dizer nada. Para registrar uma vacina, o mais importante é a eficácia. Precisa ver se ela protegeu contra a doença, se ela deixou a doença mais branda, e para observar isso precisa de tempo", afirma Kalil.
"Mostrar que a vacina é segura não quer dizer nada. Para registrar uma vacina, o mais importante é a eficácia. Precisa ver se ela protegeu contra a doença, se ela deixou a doença mais branda, e para observar isso precisa de tempo", afirma Kalil.
O imunologista destaca que, até agora, o estudo do Butantan ainda não conseguiu recrutar todos os 13 mil voluntários previstos.
Além disso, o governo de São Paulo também afirma que foram aplicadas até o momento apenas 12 mil doses entre os 9 mil voluntários que já participam dos testes. Isso significa que a maioria deles ainda não recebeu a segunda das duas doses previstas da vacina.
"Também tem muito pouco tempo de observação pós-vacinal. Isso não é aceito internacionalmente", afirma Kalil.
Bonorino concorda: "Não tem como demonstrar eficácia a não ser daqui a vários meses, porque precisa deixar as pessoas terem Covid-19."
A imunologista acredita que existe um fator político por trás do desenvolvimento acelerado das vacinas contra a Covid-19.
Por sua vez, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse não estar em uma "corrida eleitoral ou ideológica, mas em uma corrida para salvar vidas".
"As vacinas que salvam vidas são as que cumprem todos os protocolos de testes e têm eficácia comprovada", diz Bonorino.
Quem vai tomar a vacina primeiro?
Isso ainda não foi divulgado oficialmente pelo governo de São Paulo.
Mas João Gabardo, coordenador-executivo do centro de ontingência da Covid-19 de São Paulo, afirmou que são usados normalmente critérios de vacinação no Brasil que levam em conta o grau de exposição a uma doença e os grupos para os quais ela representa um maior risco de morte.
Isso inclui profissionais de saúde e segurança, portadores de doenças crônicas, idosos, pessoas que têm alguma imunodeficiência.
Dimas Covas reafirmou esse entendimento ao dizer que, "em uma vacinação no meio de uma pandemia, se deve proteger quem tem mais risco".
"Num primeiro momento, a vacina vai ser priorizada para esses grupos", disse o diretor do Butantan.
Vai ser obrigatório tomar a vacina?
João Doria disse na sexta-feira (16/10) que a vacina contra a Covid-19 será obrigatória em todo o Estado. Segundo Doria, somente quem tiver um atestado médico que comprove que ele não pode ser imunizado será liberado.
"Adotaremos medidas legais se houver contrariedade nesse sentido", disse o governador.
No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), adversário político de Doria, afirmou que quem oferecerá a vacina será o Ministério da Saúde, mas "sem impor ou tornar a vacina obrigatória".
Na segunda-feira, Bolsonaro voltou tratar do assunto. Em conversa com apoiadores, afirmou que a vacina contra a Covid-19 "não será obrigatória e ponto final" e criticou o rival.
"Tem um governador aí que está se intitulando o médico do Brasil dizendo que ela [a vacina] será obrigatória. Repito que não será."
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Pesquisa vai sequenciar genoma para saber quais variantes do coronavírus circulam em Goiás
Expectativa é de que, com o estudo, seja possível estabelecer as rotas de transmissão e contribuir para o desenvolvimento de vacinas e remédios para tratamento.
Pesquisadores goianos vão sequenciar o genoma do coronavírus para saber quais as variantes da doença que circulam em Goiás. A expectativa é de que, com o estudo, seja possível conhecer a real diversidade genética do vírus, o que permitirá estabelecer as rotas de transmissão e contribuir para o desenvolvimento de vacinas e remédios para tratamento da Covid-19.
O projeto é coordenado pela professora Mariana Pires de Campos Telles, pesquisadora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).
“A primeira coisa é descrever quais variantes estão circulando em Goiás. Há alguns trabalhos recentes, mostrando que no Brasil tem duas principais variantes, então, com essa pesquisa você consegue fazer uma rastreabilidade para saber qual é o tipo do vírus. A partir daí, a gente acumula conhecimento, porque o genoma diz muito sobre vários aspectos, inclusive os alvos para vacina e tratamento advêm do conhecimento no genoma do vírus e do funcionamento da biologia do vírus”, explica a pesquisadora.
O projeto é um dos selecionados em um chamamento feito por meio da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação (Sedi) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). Por isso, será financiado pelo governo goiano, que deve investir R$ 253.941,68 no trabalho.
Segundo a Fapeg, o termo de outorga foi assinado no dia 21 de setembro. A previsão é que a pesquisa comece em novembro, com a etapa experimental, e termine em dezembro de 2021. Os resultados do estudo serão disponibilizados em um banco de dados internacional.
“Está tudo pronto para começarmos. Só estamos aguardando os insumos para começar os trabalhos. Vamos usar a estrutura da Universidade Federal de Goiás. A mão de obra vai ser dos pesquisadores da UFG e da PUC”, completou a professora.
Coleta de amostras
De acordo com o governo, a pesquisa vai utilizar a metodologia de “nova geração”. Os pesquisadores vão dar início ao trabalho de sequenciamento do genoma do Sars-CoV-2, inicialmente, fazendo o sequenciamento de 120 amostras, que serão coletadas de pacientes com diagnósticos de Covid-19 confirmados.
Uma pequena quantidade de RNA de cada amostra será utilizada para construção das bibliotecas para sequenciamento na plataforma do banco de dados.
“Nós vamos coletar amostras e extrair o material genético. Para isso, a gente tem uma tecnologia desenvolvida para a gente recuperar o genoma do vírus a partir da biotecnologia de sequenciamento. A gente pega o RNA do vírus e transforma em DNA. A partir daí a gente consegue sequenciar. A partir do momento que a gente consegue recuperar e montar a sequencia dos genomas dos vírus, a gente consegue comparar com bancos de dados públicos”, explicou.
Conforme a Fapeg, o trabalho de "vigilância genética viral" é importante para entender a quantidade e a forma com que a doença está se espalhando em Goiás em relação ao mundo.
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O GLOBO
Obrigatoriedade da vacinação divide país e pode parar no Supremo
Especialistas acreditam que governos podem adotar sanções contra quem se recusar a receber 0 imunizante contra Covid
CLEIDE CARVALHO
A possibilidade de que a vacinação contra o coronavírus seja obrigatória causa celeuma e ameaça dividir os brasileiros antes mesmo da aprovação do imunizante. O assunto, porém, não é novidade no país. O Programa Nacional de Imunizações, em vigor desde 1973, estabelece que o Ministério da Saúde define o calendário de vacinas, "inclusive as de caráter obrigatório". A Lei 13.979, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em fevereiro para enfrentar a pandemia, previu vacinação compulsória, assim como exames e testes laboratoriais.
Não é incomum que a Justiça obrigue pais a vacinarem seus filhos, sob pena, inclusive, da perda de guarda prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em setembro, um casal de Gaurama (RS) foi obrigado a vacinar o filho recém-nascido, por determinação da Justiça. Em 2016, um casal formado por mãe brasileira e pai belga tentou não vacinar um bebê, sob argumento que preferia seguir o calendário da Bélgica. A Justiça determinou que o bebê fosse vacinado enquanto estivesse no Brasil.
- Ninguém vai parar um cidadão na rua e obrigar a tomar a vacina. Mas os que não se submeterem à obrigatoriedade podem responder na Justiça- afirma a advogada Thais Pinhata, mestre pela Universidade de São Paulo, com atuação em Filosofia do Direito.
Segundo Pinhata, há, em diversas leis, mecanismos que obrigam a imunização. No caso de crianças e adolescentes até 18 anos, diz ela, o ECA é taxativo ao estabelecer a obrigatoriedade.
CADERNETAS NAS ESCOLAS
Em 2018, o Ministério Público Federal pediu aos estados medidas para que as cadernetas de vacinação fossem verificadas nas escolas. Vários estados aderiram. No Rio, a lei é adotada desde 2013. Em São Paulo, entrou em vigor em março passado, da educação infantil ao ensino médio. Os pais que não seguirem a determinação são denunciados ao Conselho Tutelar.
Na Câmara Federal, tramita o projeto de lei 3842/ 2019, que pune pais ou responsáveis que se omitam ou se contraponham à vacinação de crianças e adolescentes sem justa causa. Já aprovado por várias comissões, o texto prevê detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Pinhata afirma que também os adultos, caso não queiram se vacinar, podem responder com base no Código Penal, que prevê no artigo 268 a infração de medida sanitária preventiva, com detenção de até um ano e pagamento de multa.
O advogado José Luiz Toro da Silva, professor convidado do Centro de Direito Biomédico da Universidade de Coimbra, em Portugal, lembra que a vacinação obrigatória é discutível no mundo todo, mas que o Estado pode inclusive adotar medidas restritivas de direitos.
- Não se pode aplicar vacina à força, mas é possível estabelecer restrições, como não poder participar de concurso público, ingressar em universidades estaduais e até impedir acesso a locais tutelados pelo Estado - diz.
Ele lembra que o Direito trabalha sob o princípio do sopesamento: qual direito é mais importante que outro.
- E uma questão controversa, tanto assim que houve a Revolta da Vacina no começo do século passado. Sou defensor da liberdade, mas creio que o Estado tem meios para forçar as pessoas a serem vacinadas - afirma o advogado Marco Antonio da Costa Sabino.
Na avaliação dele, a questão pode ser judicializada, e o Supremo Tribunal Federal ser chamado a decidir.
A advogada Cecília Mello, ex-desembargadora do Tribunal Regional Federal, diz que o Brasil sempre seguiu decisões da Organização Mundial de Saúde (OMS) e que a obrigatoriedade da vacina pode ser controlada por meio do acesso aos programas sociais do governo, como o Bolsa Família. As regras internacionais terão também de ser respeitadas.
- Se a OMS determinar um código sanitário internacional, quem não for vacinado não vai passar por portos e aeroportos - diz.
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AGÊNCIA BRASIL
Brasil anuncia que vai comprar 46 milhões de doses da CoronaVac
Após reunião virtual com governadores na tarde de hoje (20), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, assinou um protocolo de intenções para adquirir 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
Segundo o Ministério da Saúde, esta ação é mais um passo na estratégia de ampliar a oferta de vacinação para os brasileiros. O ministério já tinha acordo com a AstraZeneca/Oxford, que previa 100 milhões de doses da vacina, e outro acordo com a iniciativa Covax, da Organização Mundial da Saúde, com mais 40 milhões de doses.
Somadas, as três vacinas - AstraZeneca, Covax e Butantan-Sinovac - representam 186 milhões de doses, a serem disponibilizadas ainda no primeiro semestre de 2021.
Segundo o ministro, as doses serão distribuídas em todo o Brasil por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
'Temos a expertise de todos os processos que envolvem esta logística, conquistada ao longo de 47 anos de PNI. As vacinas vão chegar aos brasileiros de todos os estados', disse Pazuello.
O acordo
Para o protocolo de intenções de compra de doses da CoronaVac, uma nova medida provisória será editada para disponibilizar crédito orçamentário de R$ 1,9 bilhão. O Ministério da Saúde já havia anunciado, também, o investimento de R$ 80 milhões para ampliação da estrutura do Butantan - o que auxiliará na produção da vacina.
Segundo o Ministério, o processo de aquisição ocorrerá após o imunizante ser aprovado e obter o registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Produção local
Além destas doses iniciais, a partir de abril, a Fiocruz deve começar a produção própria da AstraZeneca e disponibilizar ao país até 165 milhões de doses durante o segundo semestre de 2021. O acordo do Instituto Butantan com a Sinovac também prevê a transferência de tecnologia e, com isso, o Butantan deve passar a produzir 100 milhões de doses por ano com sua nova fábrica.
A expectativa do Ministério da Saúde é que a vacinação possa ser iniciada em janeiro do próximo ano. Mas alerta que isso vai depender dos resultados da Fase 3 das vacinas, que testa eficácia, e de liberação da Anvisa.
Segundo o ministério, o primeiro grupo a ser imunizado serão os profissionais da saúde e pessoas do grupo de risco para a covid-19 (a doença provocada pelo novo coronavírus). A vacinação, segundo o órgão, não será obrigatória.
Testes
A CoronaVac já está na Fase 3 de testes em humanos. Ao todo, os testes com a CoronaVac - que tiveram início no Brasil em julho - serão realizados em 13 mil voluntários.
Caso a última etapa de testes comprove a eficácia da vacina, ou seja, comprove que ela realmente protege contra o novo coronavírus, o acordo entre a Sinovac e o Butantan prevê a transferência de tecnologia para produção do imunizante no Brasil. A CoronaVac prevê a administração de duas doses por pessoa.
Ontem (19), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou que a CoronaVac é uma vacina segura, ou seja, ela não apresenta efeitos colaterais graves. Ele também disse que os resultados de eficácia ainda não foram finalizados, mas que ele espera que isso seja possível de acontecer até dezembro deste ano.
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AGÊNCIA ESTADO
Raia Drogasil aguarda parecer sobre proibição de medicamentos de marca própria
A Raia Drogasil afirmou, em nota, que "acompanha aguarda o parecer técnico da Anvisa e a publicação do texto final" sobre a consulta pública a respeito da proibição de medicamentos de marca própria, após reportagem do Broadcast.
Entidades do setor farmacêutico criticam uma consulta pública divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em junho e encerrada em setembro. Entre os pontos previstos pela reguladora, está um artigo que proibiria a comercialização de medicamentos de marcas próprias. A Raia Drogasil é uma das empresas que vendem o tipo de remédio.
De acordo com associações representantes de farmácias e marcas próprias, a medida pode causar uma série de prejuízos aos fabricantes e, inclusive, ao consumidor.
Ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a Anvisa afirmou em nota que "as contribuições ao processo de Consulta Pública ainda estão em fase de consolidação, como parte do processo regulatório". "Dessa forma, ainda se trata de um tema em discussão pela Agência. O objetivo da Consulta é exatamente de captar posicionamentos que colaborem com a regulamentação e a avaliação de seus impactos", diz a agência.
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REUTERS
Plano de saúde digital Sami recebe aporte de R$86 milhões
Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - A startup Sami anunciou nesta terça-feira que recebeu um investimento de 86 milhões de reais numa rodada liderada pelas gestoras de capital de risco Valor Capital Group e monashees, em preparação para passar a atuar como operadora de plano de saúde.
Criada em 2018, a Sami tem foco em orientações primárias de saúde com uso de dados.
Com a explosão da demanda por telemedicina na esteira da pandemia da Covid-19, os fundadores da empresa, Vitor Asseituno e Guilherme Berardo, resolveram dar uma guinada no negócio, para tentar torná-lo uma opção aos planos de saúde tradicionais, com foco em planos coletivos para empresas pequenas e médias.
O negócio consiste em uma operação simplificada de planos de saúde, com uso intensivo de dados e inteligência artificial, modelo que lembra os usados por plataformas digitais de segmentos como finanças e transportes por aplicativos, no caso para encaminhamento de serviços como exames e consultas.
A estrutura administrativa da operadora é digital, desde a venda --direta, sem corretores-- até o encaminhamento para hospitais, clínicas e médicos.
Além de financiar novos investimentos em tecnologia --um terço dos 72 funcionários da Sami são desenvolvedores de sistemas, alguns deles na Índia-- o aporte, o maior já feito numa startup de saúde na América Latina, reforçará o capital da startup para atender exigências da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
'Com um modelo mais simples e mais inteligente, conseguiremos oferecer planos de 10% a 20% mais baratos do que a média do mercado', disse Asseituno.
A rede credenciada incluirá poucos hospitais, sendo o Beneficência Portuguesa o primeiro deles. Outros serão anunciados nas próximas semanas, antes da venda comercial dos planos a partir de novembro, disse Asseituno.
Os planos, desenhados para venda para empresas com até 99 vidas, serão vendidos inicialmente apenas na região metropolitana de São Paulo.
O anúncio ilustra uma recente onda de investimentos para uso de maior tecnologia para serviços de saúde, que ganhou impulso com as medidas de isolamento social tomadas desde março para tentar conter o avanço da Covid-19.
O Fleury, maior grupo de medicina diagnóstica do país, lançou uma plataforma digital alimentada por prontuários médicos, cujos dados os próprios pacientes podem compartilhar com médicos, operadoras de planos de saúde.
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MEDICINA S/A
Com serviço de teleorientação, Seguros Unimed lança "Super App"
O aplicativo, que reúne todos os serviços oferecidos pela Companhia em um só lugar, está disponível nas plataformas IOS e Android. A plataforma acaba de ser premiada no Grow+ Innovation Awards 2020, que destaca as iniciativas mais inovadoras do Brasil. A Seguradora foi reconhecida na categoria Corporate - Inovação Aberta.
O Super App possui uma proposta diferenciada, que vai além dos relacionamentos usuais da empresa com o cliente. Na parte de serviços é possível acessar informações gerais dos produtos contratados, solicitação e prévia de reembolso, autorizações, busca de rede e a carteirinha digital do plano. Há uma seção especial para os tempos de Covid-19, com teleorientação médica e odontológica e agendamento de vídeo-consultas com especialistas.
Além disso, é possível ter acesso aos conteúdos e programas de parceiros da Seguradora; realizar a compra digital de produtos (como seguros de vida ou residencial e planos odontológicos); e cuidar da saúde e do bem-estar com um coah virtual e um sistema de metas. Tudo isso na palma da mão, de forma prática e completa.
"O Super App da Seguros Unimed é a transformação do nosso cuidado com a saúde física e financeira das pessoas e instituições para a plataforma mobile. Uma proposta ancorada em nossa estratégia de futuro digital, que chega para aprimorar a experiência dos clientes com os nossos serviços", releva o diretor-presidente da Seguradora, Helton Freitas.
O Super App foi desenvolvido pela célula de inovação digital da Companhia, a , em parceria com a , uma empresa de aplicações abertas do Sistema Unimed.
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CAPITÓLIO CONSULTING
Rede DOr pede ao Cade para elevar participação na Qualicorp
Grupo hospitalar se tornou a maior acionista da administradora de planos de saúde em 2019
Dona da maior rede hospitalar do país, a Rede D'Or deu entrada no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para pedir autorização para elevar sua participação na Qualicorp. Há pouco mais de um ano, o grupo hospitalar se tornou o principal acionista da Qualicorp e hoje tem 12% do capital da empresa, que é a maior administradora de planos de saúde por adesão do Brasil. A companhia também vinha fazendo outras aquisições e se prepara para abrir capital.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 1.361 novos casos e 43 mortes em um dia
Goiânia - Goiás registrou 1.361 novos casos da covid-19 e 43 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado na tarde desta terça-feira (20/10). Com as atualizações, o Estado chega a 240.415 casos da doença e 5.444 óbitos confirmados.
Segundo a SES-GO, Goiás registra 230.554 pessoas recuperadas. No Estado, há 237.902 casos suspeitos em investigação e outros 174.081 já foram descartados.
Além dos 5.444 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,26%, há 223 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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Atuação de Caiado na pandemia é aprovada por 73% dos goianos, diz pesquisa
Instituto Paraná ouviu 1.507 goianos
Goiânia - Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas aponta que 73% dos goianos aprovam a atuação do governador Ronaldo Caiado na crise provocada pelo novo coronavírus. Do total de entrevistados, 22,4% desaprovam e 4,6% não sabem ou não opinaram.
A pesquisa também traz dados sobre a aprovação do governo Caiado em Goiás. Segundo o levantamento, 69,9% dos entrevistados aprovam a administração do governador, 24,6% desaprovam e 5,6% não sabem ou não opinaram.
Sobre a gestão no presidente Jair Bolsonaro, 61,6% dos goianos ouvidos aprovam o atual governo, enquanto 33,6% desaprovam. 4,7% não sabem ou não opinaram.
A pesquisa entrevistou 1.507 pessoas entre os dias 27 de agosto e 30 de setembro, através de abordagens pessoais telefônicas. O levantamento tem intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 2,5% para mais ou para menos, estando registrada no Conselho Regional de Estatística da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª Regiões sob o nº 3122/20.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.
Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.
Nesta quarta-feira (21), a Ahpaceg dará sequência às reuniões com os candidatos à Prefeitura de Goiânia com um encontro com Virmondes Cruvinel (Cidadania).
O objetivo é escutar as propostas do candidato para a saúde e demais áreas da administração de Goiânia, além de apresentar as demandas que requerem maior atenção do próximo prefeito da capital.
A Ahpaceg já se reuniu também com Maguito Vilela (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD).
O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.
Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Dia do médico: na linha de frente contra o coronavírus, 20 profissionais perderam a vida em Goiás
AMG – Posse da nova diretoria é marcada por desafios
Caiado comenta combate à pandemia em reunião virtual no Dia do Médico
Juventude eterna: nem todos os tratamentos estéticos realmente funcionam; veja quais são eficazes
Palavra do Presidente – Dia do Médico
Uma homenagem do Cremego aos médicos
Médicos abraçam a profissão inspirados em exemplos de familiares
Fundador da Qualicorp lança plano de saúde
JORNAL OPÇÃO
Dia do médico: na linha de frente contra o coronavírus, 20 profissionais perderam a vida em Goiás
Por Lívia Barbosa
Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) instalou um monumento confeccionado em mármore preto na entrada de eventos do Conselho, em Goiânia, para homenagear os profissionais
O Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, este ano será marcado pela perda de inúmeros profissionais que morreram vítimas de Covid-19. Somente em Goiás, 20 médicos e médicas perderam a vida em decorrência do coronavírus. “Infelizmente, nessa caminhada, perdemos vários colegas, mas os médicos nunca se acovardaram ou se esconderam da luta”, afirma o presidente do Cremego, Paulo Roberto Cunha Vencio.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) instalou um monumento confeccionado em mármore preto na entrada de eventos do Conselho, em Goiânia, para homenagear os profissionais que perderam a vida. A homenagem também se estende a todos que lutam na linha de frente da pandemia e aos médicos que se contaminaram pela Covid-19 e se recuperaram.
“Acredito que em tempos tão sombrios como os atuais precisamos nos lembrar de tudo aquilo que nos inspira. (…) Que a cada dia continuemos a lembrar de curar nossos pacientes sempre que possível, de maneira pura, honesta e profunda. Que possamos aliviar o sofrimento nas horas de agonia e dor. Que continuemos a consolar sempre, mesmo quando se trata do nosso próprio consolo”, destaca o ortopedista Maurício Morais.
Médicos que faleceram em decorrência da Covid-19 em Goiás:
Abdala Sebba Primo CRM/GO 2277 – Nasceu em Goiânia e se formou em 1974 na Universidade Federal de Goiás. Dermatologista, faleceu no dia 15 de outubro, aos 71 anos de idade.
Altamiro Araújo Campos CRM/GO 1780 – Natural de Pontalina, formou-se em 1974 na Universidade Federal de Goiás. Ginecologista e obstetra, faleceu no dia 17 de agosto, aos 71 anos de idade.
Antonio Marmo Campos Furtado CRM/GO 2208 – Anapolino, formou-se em 1974 na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Neurologista, faleceu em 24 de setembro, aos 73 anos de idade.
Antônio Romário Fulgêncio Martins⠀CRM/GO 888 – Nasceu em Bambuí, Minas Gerais. Formou-se em 1968 na Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Acupunturista, faleceu em 7 de agosto, aos 79 anos de idade.
Caio Martins Guedes CRM/GO 19180 – Tocantinense de Taguatinga, formou-se em 2014 no Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos. Faleceu em 22 de junho, aos 32 anos de idade.
Ciro Ricardo Pires de Castro CRM/GO 1114 – Goianiense, formou-se em 1969 na Universidade Federal do Paraná. Especialista em Clínica Médica, faleceu em 27 de junho, aos 75 anos de idade.
Cristovam Guilherme Nunes de Alvarenga Filho CRM/GO 2145 – Mineiro de Muriaé, formou-se em 1974 na Universidade de Brasília. Pneumologista, faleceu aos 70 anos de idade no dia 7 de setembro.
Emivaldo Soares Martins CRM/GO 4086 – Natural de Conceição do Araguaia, no Pará, formou-se em 1983 na Universidade Federal do Maranhão. Cirurgião geral e ginecologista e obstetra, faleceu em 25 de maio, aos 63 anos de idade.
Fernando José Teixeira CRM/GO 5765 – Paulista de Cajobi, formou-se em 1985 na Universidade do Vale do Sapucaí. Médico do trabalho, faleceu no dia 14 de agosto aos 60 anos de idade.
Flávio Fialho dos Santos CRM/GO 17525 – Natural de Goianésia, formou-se na Universidade de Guayaquil em 2004. Faleceu no dia 22 de julho aos 49 anos de idade.
João Margon CRM/GO 3244 – Goiano de Catalão, formou-se em 1977 na Universidade Federal do Paraná. Faleceu no dia 24 de julho aos 68 anos de idade.
Jonas Pinheiro Dias CRM/GO 2099 – Mineiro de Salinas, formou-se em 1974 na Universidade de Brasília. Faleceu aos 78 anos de idade no dia 16 de agosto.
José Antônio de Freitas CRM/GO 611 – Natural de Uberlândia, em Minas Gerais, formou-se em 1957 na Universidade Federal de Minas Gerais. Faleceu aos 87 anos de idade em 2 de agosto.
José Ronaldo Menezes CRM/GO 4889 – Goiano de Niquelândia, formou-se na Universidade Federal do Maranhão em 1986. Urologista, faleceu no dia 19 de maio aos 60 anos de idade.
Josias Rosa da Silva CRM/GO 3798 – Mineiro de Ibiá, formou-se na Universidade Federal de Goiás em 1981. Ginecologista e obstetra, faleceu no dia 2 de julho aos 79 anos de idade.
Márcio Alves da Silva CRM/GO 3989 – Natural de Araguari, Minas Gerais, formou-se em 1982 na Universidade Federal do Pará. Cardiologista, faleceu em 22 de julho aos 66 anos de idade.
Marco Aurélio Rodrigues Lima CRM/GO 8817 – Goiano de Aragarças, formou-se em 1981 na Universidade Federal do Maranhão. Faleceu em 25 de agosto aos 68 anos de idade.
Nelzinho Faleiro de Siqueira CRM/GO 4953 – Goianiense, formou-se em 1983 na Faculdade de Medicina de Barbacena. Oftalmologista, faleceu em 31 de agosto aos 74 anos de idade.
Olimpia das Dores Gomes Carvalho CRM/GO 3226 – Baiana de Pindaí, formou-se em 1979 na Universidade Federal do Pará. Pediatra, faleceu no dia 15 de setembro aos 69 anos de idade.
Roque Gomide Fernandes CRM/GO 795 – Anapolino, formou-se em 1967 na Universidade Federal de Goiás. Pediatra, faleceu no dia 12 de agosto aos 79 anos de idade.
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DIÁRIO DA MANHÃ
AMG – Posse da nova diretoria é marcada por desafios
http://impresso.dm.com.br/edicao/20201019/pagina/4
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A REDAÇÃO
Caiado comenta combate à pandemia em reunião virtual no Dia do Médico
Evento era de posse de nova diretoria da AMG
Goiânia - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, reuniu neste domingo (18/10), data em que o Brasil celebra o Dia do Médico, colegas de profissão em cerimônia virtual para homenagear a data. “Nada mais divino e gratificante no mundo do que a profissão de salvar vidas. O momento é de continuar essa luta, muitos desafios virão”, destacou.
A solenidade marcou a posse da nova diretoria da Associação Médica de Goiás (AMG). Caiado cumprimentou o novo presidente da entidade, Washington Luiz Ferreira Rios, e citou a “relevância” da AMG e Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) pelas decisões partilhadas com o Governo de Goiás em defesa da vida, especialmente durante o enfrentamento atual da pandemia do novo coronavírus.
O governador frisou que neste combate à pandemia, ninguém está mais exposto que o médico e as categorias da saúde. “É uma verdadeira guerra”, disse. “Em 46 anos de formado, acredito que nunca vivemos uma situação semelhante, com mais de 150 mil mortos no país, 5.300 vítimas em Goiás e, entre elas, 21 colegas médicos”, destacou.
Caiado apontou, ainda, os desafios da área da saúde e da gestão do Estado durante e após a pandemia, com os efeitos da covid-19 nos pacientes afetados e a crise econômica, desemprego e aumento das dificuldades das famílias vulneráveis. O governador pediu apoio da classe para a criação de um ambulatório especializado em sequelas da doença, que, como explicou, não afeta apenas o sistema respiratório, mas sim diversas áreas do corpo humano como o paladar e sistema nervoso central.
A cerimônia de posse contou com a presença de profissionais da medicina e representantes de entidades, como o presidente da Associação Médica Brasileira, Lincoln Lopes Ferreira, a presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), Franscine Leão, o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), Antonio Fernando Carneiro, o presidente da Academia Goiana de Medicina, Lindomar Oliveira, o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, e outros médicos de renome.
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FANTÁSTICO/TV GLOBO
Juventude eterna: nem todos os tratamentos estéticos realmente funcionam; veja quais são eficazes
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CREMEGO
Palavra do Presidente – Dia do Médico
https://www.youtube.com/watch?v=pa65BpZL1-g
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Uma homenagem do Cremego aos médicos
https://www.youtube.com/watch?v=RfltDQe8EPM
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ESTADO DE MINAS
Médicos abraçam a profissão inspirados em exemplos de familiares
Três gerações de médicos na Rede Mater Dei de Saúde. Na foto, Felipe Salvador Ligório, Maria Norma Salvador Ligório, José Salvador Silva, Norma Salvador, Henrique Moraes Salvador, Anna Salvador, Livia Salvador Geo, Márcia Salvador Geo e Lara Salvador Geo
Ser médico é não se acomodar. É ser impaciente, no melhor sentido da palavra, e não aceitar limites. É estar em movimento, é aprender dia a dia. Não se trata apenas de curar ou prevenir doenças. É respeitar e admirar a vida e todas as suas adversidades. E fazer a vida melhor. É ter uma escuta apurada, uma palavra de conforto, é amparar, ser amigo, amar o ser humano. Não há horários, não há fronteiras. Neste domingo, o Dia do Médico enaltece o trabalho de quem, ao final de cada jornada, honra a profissão que se reinventa a todo instante, mas não perde a essência.
A medicina, muitas vezes, é um saber transmitido entre gerações. "É preciso roubar uma parte da vida para dedicar aos sonhos, ideais e realizações que não queremos que morram conosco." A frase inspiradora de José Salvador da Silva, fundador da Rede Mater Dei de Saúde, em Belo Horizonte, mostra que seu grande sonho é também o sonho de seus descendentes. "Sempre fui um sonhador. Menino, sonhei em ser médico. Quando jovem, depois de me formar, tive o sonho de construir um hospital", diz o ginecologista e obstetra que, aos 90 anos, passou para a família a maravilha sobre a profissão.
Com a esposa, Norma Salvador, igualmente ginecologista, tem três filhos e quatro netos seguindo os mesmos passos. "Nossos filhos viram de nós o entusiasmo pelo trabalho. Me encanta a possibilidade de ajudar o outro, não apenas como médico. A principal bandeira do hospital é atender bem o paciente, de forma personalizada, individualizada e humanizada", diz José Salvador.
Desde a infância, Norma Salvador nutria o desejo em ser médica. Aos 88 anos, recorda-se que os filhos sempre viram o casal atendendo aos chamados no hospital, não importava se era dia ou noite. Para ela, a medicina ensinou sobre amor, carinho, a se doar, estar disponível, seja qual for a situação. "Vivemos pelo trabalho. O médico precisa ter uma visão geral sobre o mundo, sobre a vida. Nosso exemplo deu coragem e força para que nossos filhos exercessem a medicina. E o exemplo vale mais que palavras", declara.
Hoje, as filhas Maria Norma e Márcia, são diretoras da Rede Mater Dei de Saúde, e o primogênito, Henrique, é o presidente do grupo hospitalar. Renato, o outro filho, é o único que não seguiu caminho na medicina. Engenheiro, coordena uma construtora. Entre 10 netos, na terceira geração Felipe, Anna, Lara e Livia são médicos e integram a equipe na rede.
Henrique Moraes Salvador Silva, de 62, é mastologista. Teve formação na Inglaterra, Itália, Canadá e Estados Unidos, e está no Mater Dei desde 1985. Lidar diretamente com o ser humano e fazer o bem é algo que lhe dá prazer. Sobre a medicina, gosta do fato de poder exercê-la de várias maneiras. Primeiro, o atendimento ao paciente, depois a medicina acadêmica (é professor livre docente), a medicina de gestão, com o dia a dia no hospital, e a medicina de representação de classe - Henrique já presidiu a Sociedade Brasileira de Mastologia e a Associação Nacional de Hospitais Privados. "Dos meus pais, aprendi sobre o respeito ao paciente, o amor pela profissão e o compromisso em estar sempre atualizado", conta.
"Através da prática, da observação, do dia a dia, meus pais desde cedo me mostraram o quão gratificante é ser médico", diz Maria Norma Salvador Ligório, de 60, ginecologista e obstetra. A médica trabalha no Mater Dei desde a inauguração, em 1980. É vice-presidente administrativa e financeira. José Salvador e Norma são para ela referência de luta e trabalho duro.
"Desde a infância convivo com a medicina por causa de meus pais, e me encantei. Precisamos ter inspiração, mas é através da transpiração que chegamos aonde queremos." No âmbito de sua especialidade, conta que o que mais lhe fascina é ajudar a trazer ao mundo um novo ser. "É indescritível a sensação de entregar aos pais o filho que acaba de nascer", acrescenta. Para o filho, Felipe, Maria Norma ensina a importância de fazer o que lhe agrada, e fazer com amor.
Já Márcia Salvador Géo, de 57, é ginecologista, obstetra e uroginecologista. Atua no Mater Dei desde os 17, onde hoje é vice-presidente assistencial e operacional. Dos pais, apreendeu a missão de servir ao próximo, de ser desafiada a dar o melhor para os pacientes, a importância do conhecimento, para oferecer o que há de mais moderno na área, perseguindo preceitos éticos e filosóficos. "São exemplo de luta e perseverança. Profissionais que foram além, se destacaram e fizeram a diferença, seja na família, na vida dos pacientes, e na sociedade em geral. Ensinaram-me a nunca desistir dos sonhos. Que a vida é bem melhor se tiver um propósito, que a família e os amigos são essenciais para sermos felizes", pontua.
Para Márcia, a lição que fica é a da humildade, a crença na vida como bem maior, respeitar o tempo das coisas e saber que o tempo é finito, perceber que pequenos atos fazem a diferença. "Cada paciente te ensina muito e te faz um ser humano melhor. É um privilégio trabalhar com pessoas, ter um desafio novo a cada dia. Uma troca de energia que nos faz lidar melhor com os obstáculos. Achamos que estamos ajudando o paciente, mas quem sai melhor desta troca somos nós, os médicos." Para as filhas, Lara e Lívia, Márcia procura lembrar de ter um objetivo, e disciplina e foco para atingi-lo. "Que sonhem sempre, que tudo nesta caminhada vale a pena, principalmente quando a alma não é pequena."
Felipe Salvador Ligório, de 32, ingressou na Rede Mater Dei de Saúde em 2009, primeiro como estagiário de medicina. Atualmente, é diretor médico e atua na gestão e administração do grupo, auxiliando pacientes e médicos de todas as especialidades. Dos avós, da mãe, Maria Norma, e dos tios, teve referências profissionais e pessoais. "Me ensinaram a agir diante de situações difíceis e delicadas, sem esquecer o lado humano. A medicina exige dedicação e entrega. Sem esforço nada é possível.'
Felipe diz que admira a profissão desde cedo, pela influência mesmo da família. A escolha na hora do vestibular foi natural. "A vontade de servir ao próximo sempre existiu e percebi que a medicina me proporcionaria isso. Me sinto grato e honrado em poder ajudar as pessoas em momentos delicados. É um desafio e uma missão de vida."
MEDICINA COMO ARTE
Anna Salvador, de 29, é filha de Henrique. Ela entrou no hospital como estagiária em 2011. Como os familiares, também atua com ginecologia, mastologia e obstetrícia. O pai e os avós lhe apresentaram a medicina como uma arte. A arte em contribuir com o outro, e uma maneira sem igual de realização profissional. "Saber o que meus avós construíram e como influenciaram na vida dos pacientes para melhor é, para mim, o estímulo para crescer enquanto pessoa e ser uma profissional completa. A medicina me mostra como não temos o controle em muitas situações, mas um simples detalhe importa. E me pede a cada dia para me aprimorar."
Sobre o fazer da profissão, o encantamento são os laços edificados. Para Anna, nada mais importante que um abraço carinhoso de gratidão - faz valer todo sacrifício. "Optei pela medicina justamente por admirar tanto meus avós, meu pai e minhas tias. Desde a adolescência, tive a oportunidade de acompanhar meu pai nos partos que fazia. Me sinto privilegiada. Poder contribuir para a saúde das pessoas e presenciar uma vida nova é emocionante."
Lara Salvador Géo, de 27, é uma das filhas de Márcia. Depois de passar pelo Mater Dei, agora trabalha em outro hospital. É gestora. Não pratica a medicina assistencial. "Minha mãe e meus avós me apresentaram a medicina como uma profissão apaixonante, de doação, de troca, de respeito. Tenho orgulho em fazer parte dessa família. Eles são para mim a maior inspiração, um exemplo diário, não apenas profissional."
Lara diz que a medicina lhe faz ser uma pessoa melhor, perceber cada indivíduo como único, com sua beleza e singularidades. "Trata-se de enxergar o outro em todas as suas dimensões. É uma troca gratificante. Me sinto realizada e feliz em ver que, de alguma forma, estou impactando positivamente na vida do paciente."
Para Lívia Salvador Géo, de 26, outra filha de Márcia, a medicina pede para aprimorar o ouvir, em uma época em que muito se fala e pouco se escuta. "Nunca devemos desvalorizar a queixa de uma pessoa. É preciso ter um olhar holístico para realizar um cuidado amplo e adequado", diz Lívia, que ingressou no Mater Dei em 2016 e, para a residência médica que começa em 2021, escolheu também a ginecologia e obstetrícia. Lembra da forma amorosa com que os familiares sempre se referiram à medicina. 'Não só minha mãe e avós. Meus tios e primos também me inspiram na carreira que quero construir. Estou começando e tenho muito a aprender, com a certeza que estou cercada por grandes médicos. A medicina é uma área cheia de possibilidades", afirma.
Caminho natural
Médicos que seguem os passos dos pais, tios ou avós compartilham experiências no trabalho. Muito mais do que aprendizado e interação, exemplo e dedicação são levados para todas as áreas da vida
Os cirurgiões plásticos Pedro e Marzo Bersan: filho e pai trabalham juntos
Cirurgiões plásticos, Marzo e Pedro Bersan são pai e filho. Aos 60 anos, Marzo trabalha no hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte, desde 1986, e já fez parte da equipe médica do centro de queimados da Fhemig. Há mais de 30 anos, também mantém consultório próprio, e conta com o filho na equipe há cinco anos, tempo em que Pedro também se tornou companhia no hospital. Os dois atuam juntos nas intervenções cirúrgicas, discutem casos médicos e as melhores formas de conduzir os tratamentos em cada situação.
Para Marzo, o fato de o filho ter escolhido a profissão é motivo de orgulho. Ele diz que a interação é enriquecedora - união entre sua visão, mais antiga, e o que vem de novo de Pedro, de 33. "Transmito a experiência técnica e também sobre relacionamentos. Cuidar do paciente, aliviar sofrimentos, ter prazer no trato com as pessoas. A medicina é algo que nasce com a gente", afirma Marzo.
Pedro conta que aprende muito com o pai, para ele um verdadeiro professor. Ser médico foi um caminho natural. Marzo nunca o pressionou para que seguisse a carreira. "A informação está acessível a todos, mas a experiência vem com o tempo, não está nos livros. A medicina me ensina sobre empatia. Aprendi com meu pai sobre a importância de se colocar no lugar do outro, ter atenção com o paciente, o rigor para garantir a segurança nos procedimentos. Podem dizer que a cirurgia plástica é uma futilidade. Mas interfere diretamente na autoestima, na melhor percepção sobre si mesmo e nas relações interpessoais", ressalta.
Os pacientes que geralmente buscam intervenções em cirurgia plástica, explica Pedro Bersan, quase sempre agendam os procedimentos em algum momento que não atrapalhe a rotina de trabalho, já que o tempo de licença médica costuma ser de até 15 dias. "Como a maioria está em home office e não tem a obrigação do emprego presencial, já marca a cirurgia de uma vez. Aumentou muito a procura por mudanças na face, nariz e pálpebra, características que ficam mais evidentes nas chamadas de vídeo", diz o cirurgião.
A endocrinologista Patrícia Fulgêncio, de 48 anos, é de uma família de médicos: opção pela medicina nunca foi uma dúvida
A endocrinologista Patrícia Fulgêncio, de 48, é de uma família de médicos. Cresceu no hospital mantido pelos pais em Mantena, no interior de Minas Gerais. É diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional Minas Gerais (SBEM-MG), presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes - Regional Minas Gerais (SBD-MG), professora da Faculdade de Ciências Médicas e tem consultório particular.
A opção pela medicina nunca foi uma dúvida. De Antônio, cirurgião, e Heloísa, ginecologista, recebeu o exemplo de um trabalho árduo e contínuo, de dedicação, respeito, cuidado e carinho. Com 78 e 75 anos, respectivamente, os pais até hoje demonstram o amor pelo que fazem, e isso foi transmitido para toda a família. "Eles iam ao hospital durante a noite, passando de leito em leito para ver se tudo estava bem, e muitas vezes eu ia junto. Fui me apaixonando, nunca pensei em fazer outra coisa. Aprendi como a medicina é fundamental para melhorar a vida, ainda que não seja curar, mas aliviar a dor", diz. O irmão é cardiologista e a irmã oftalmologista. Patrícia já começa a perceber também o pendor da filha mais nova pela carreira médica.
Patrícia conta que, no primeiro mês da pandemia, os atendimentos tiveram uma queda brusca na frequência. O que logo a fez começar a prestar assistência por telemedicina. Começou a auxiliar pacientes não apenas em BH, mas também no interior de Minas Gerais e até em outros países. "Muitas pessoas gostaram do modelo. Os atendimentos presenciais estão voltando, mas muita gente preferiu continuar com a telemedicina. Tenho mais pacientes agora do que antes da COVID-19", diz.
ORGULHO
Christiano Simões, de 40 anos, e o pai, Roger Simões, de 73, são médicos ortopedistas e traumatologistas
Incluindo o período de residência, Christiano Simões, de 40, trabalha no hospital Felício Rocho, em BH, desde 2006, e tem consultório privado. Atua como ortopedista e traumatologista, assim como o pai, Roger Simões, que ingressou na unidade de saúde em 1972. Seguindo o percurso paterno, trata problemas de coluna, traumas, patologias crônicas, tumores, casos de deformidades e degeneração, além do pronto atendimento em urgências e emergências.
Ele se lembra das ocasiões em que, ainda criança, passeava com o pai e encontrava pacientes o cumprimentando, agradecendo pelo tratamento. O que mais ouvia era "o senhor salvou minha vida". "Ficava orgulhoso, e isso me fez desejar trabalhar na mesma área. A medicina sempre foi para mim uma referência", conta.
Para Christiano, os encantos da profissão, que em sua opinião exige dedicação e vocação, passam principalmente pela possibilidade de resolver o problema do próximo, ser útil, perceber a gratidão das pessoas, poder ajudar em momentos difíceis. "Meu pai me ensinou a ser honesto, a não usar a medicina como finalidade, mas como meio. Meio para conquistar as coisas na vida. O primeiro objetivo é cuidar. Qualquer resultado financeiro é secundário, apenas uma consequência."
Roger tem 73 anos. Na época de criança, lembra-se de que as maiores aspirações nas famílias é que se formassem médicos. Algo que foi intencionado pelos seus pais. Conta que sempre gostou da medicina, e logo seguiu o rumo. Hoje, o filho dá continuidade a essa história, e faz mais. "Há quase 50 anos, a medicina era muito artesanal. Hoje, meu filho está muito mais bem preparado", compara.
A esposa de Christiano, Pierina Formentini, de 34, também é ortopedista e traumatologista, especializada em ortopedia pediátrica. Conta que a interação com o marido é algo a acrescentar. "Discutimos as situações, falamos sobre as melhores condutas, orientamos um ao outro. Tranquilizar as famílias, transmitir a confiança de que tudo vai melhorar, acompanhar a evolução do paciente, é uma satisfação", conta a médica, que trabalha na Santa Casa de Belo Horizonte e no hospital São Lucas, no Santa Efigênia.
Legado de família
Acompanhar o trabalho de pais nas consultas ou atendimentos domiciliares desde cedo despertou vocação de médicos que decidiram seguir os mesmos passos na carreira. Aprendizado é diário
Médico ginecologista, Agnaldo Lopes diz que os filhos, Teresa e Bernardo, querem seguir a mesma carreira
Agnaldo Lopes da Silva foi o primeiro morador de Caraí, no Norte de Minas, a se tornar médico, em 1958. Especializado em otorrinolaringologia, se formou em Belo Horizonte, pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. Nos 25 anos em que viveu em Teófilo Otoni, organizou sua rotina entre o consultório, o hospital e a fazenda da família. Com a esposa, Maria Thereza Martins da Costa Lopes, teve cinco filhos. Depois de quatro mulheres, nasceu o filho caçula, Agnaldo, que herdou do pai, falecido, o nome e a profissão.
Com passagem por algumas especialidades médicas, Agnaldo Lopes da Silva Filho, de 47, hoje é presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). O ginecologista conta que não sabe precisar o momento exato em que decidiu cursar medicina. Desde criança, seus interesses apontaram a direção. O fato de ser filho do único otorrinolaringologista de uma cidade do interior lhe proporcionou uma experiência interessante que, certamente, contribuiu para a escolha, embora antes não tivesse consciência sobre isso.
"Naquela época, era costume o atendimento médico domiciliar e meu pai recebia pacientes em nossa casa ou os atendia em suas residências. Nesses atendimentos fora do consultório, frequentemente solicitava minha participação, quem sabe já intuindo a minha vocação e alimentando a chama", lembra.
Agnaldo diz que a carreira científica e acadêmica foi influenciada por mestres da vida e da profissão. O primeiro foi o pai, homem de caráter notável, honestidade e simplicidade, como relata, cujo exemplo foi sua maior ferramenta de ensino. "Talvez tenha sido o principal responsável pela minha carreira, já que sempre me ensinou que estudo e competência são importantes, mas o imprescindível é o caráter. Para meu pai, o mais importante não era ser bem-sucedido, mas ser um homem de valor", lembra. Da mãe, ainda garoto se recorda de ouvir que a medicina é um sacerdócio.
Com a também médica Rívia Lamaita, de 48, teve os filhos Teresa e Bernardo. Os dois pretendem seguir a carreira médica. "Interesso-me pela oncologia. Isso veio dos meus pais. Sempre escutei os dois conversando sobre a medicina e me passaram o amor pela profissão. Ensinaram-me a ir atrás do que eu quero", conta Teresa.
Agnaldo diz que o aprendizado é diário, muito pelo contato com os pacientes que tem a oportunidade de auxiliar. "Aprendo com as vitórias e também com os erros e fracassos. Quando se lida com vidas humanas, todas as decisões envolvem riscos. O exercício da medicina exige que sejamos capazes de enfrentar esses riscos e de tomar decisões por vezes muito difíceis." Para Agnaldo, a noção mais importante sobre relação médico-paciente é a da confiança."A pessoa se entrega a você."
Com a pandemia, Agnaldo observa mudanças na sua forma de atuação. Costumava viajar para outras cidades, estados e até países diferentes para participar de congressos, concursos, conferências, bancas de pós-graduação, muito por causa de seu cargo de professor titular da cadeira de ginecologia na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nesse período de quarentena, as atividades passaram a ser pelas plataformas digitais. Na universidade, inclusive, as aulas presenciais acabam de ser retomadas.
Por um lado, não há mais o desgaste com tantas viagens, como diz o médico, e, por outro, com o trabalho na Febrasgo no momento baseado nos contatos virtuais, a relação com os associados foi estreitada. "Conseguimos uma presença mais próxima com os associados em outras regiões do Brasil e no exterior", descreve.
SUPER-HER?IS
A psiquiatra Jaqueline Bifano, de 35, cresceu escutando do pai elogios à medicina. Pessoas que salvam vidas e se empenham no cuidado ao próximo para ele são mesmo super-heróis. O irmão e a irmã também são médicos. "Desde criança, para nós essa parecia a melhor profissão que podíamos escolher", diz.
A psiquiatra Jaqueline Bifano com os pais, Florisvaldo e Gilda, e os irmãos, Lucas e Tatiana: medicina na veia. "Pela influência desse profundo desejo do meu pai, eu e meus irmãos decidimos pela medicina", diz
O sonho do pai em ser médico, ainda que não realizado por ele, devido à dificuldade em lidar com sangue, mesmo assim foi a inspiração pela opção. "Pela influência desse profundo desejo do meu pai, eu e meus irmãos decidimos pela medicina. Meu irmão até cursou relações internacionais, mas abandonou o curso no último ano por ver que não era aquilo que ele queria. Hoje, somos dois psiquiatras e uma neurologista."
EMPURRÃO
Para Lucas e Tauana, o amor pela medicina passa de primo para prima
Um percorrendo os passos do outro, entre o dermatologista Lucas Miranda, de 37, e a neurologista Tauana Tirone, de 32, a afeição pela medicina foi transmitida de primo para prima. Os dois cresceram em Carangola, no interior mineiro, e estudaram nos mesmos colégios durante a infância. Mais tarde, cursaram faculdade e fizeram a residência médica também nas mesmas instituições.
"Lucas é cinco anos mais velho. Fui acompanhando seus passos, as histórias que contava sobre o curso, a faculdade de medicina. Foi um empurrão para eu não desistir', lembra Tauana. Quando ingressou na escola de medicina, os incentivos recebidos do primo eram ainda maiores. "Muitas vezes, sofria com a rotina pesada de estudo e dedicação que o curso exige. Mas, como o Lucas tinha passado pelo mesmo caminho, me ajudava muito repassando materiais, me estimulando."
Para Lucas, a medicina é uma vontade que vem de garoto. "Não me lembro ao certo em qual idade, ou como exatamente isso surgiu. Nunca cogitei outra área, o que é curioso para mim até hoje. Talvez por ser um grande objetivo, desde cedo despertou o interesse de parte da família", diz.
O irmão mais novo de Tauana também acaba de se formar em medicina e a afilhada de Lucas, Lorena, vai fazer o Enem visando essa área.
Médicos são os profissionais em quem as pessoas mais confiam, diz pesquisa
Além do alto índice de confiabilidade, estudo aponta que 95% dos entrevistados acreditam que estes profissionais carecem de valorização, como maior remuneração e plano de carreira
Jéssica Mayara*
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Instituto Datafolha no segundo semestre deste ano, os médicos são os profissionais em quem as pessoas mais confiam. Os dados, recolhidos em entrevistas estruturadas via telefone em todas as regiões do país, apontam que 33% - nove percentuais a mais do que os índices apresentados em 2018 - das 1.511 pessoas que responderam o questionário têm na figura do médico, a profissão em quem mais depositam confiança.
O alto nível de credibilidade depositado nos médicos se deve, especialmente, no que tange à percepção das mulheres (42%), da população com ensino fundamental completo (42%) e com idade superior a 45 anos (37%). O olhar positivo para a categoria também é maior entre os que ganham até dois salários mínimos (41%) ou mais de dez salários mínimos (33%). Do ponto de vista da distribuição geográfica, os percentuais são muito próximos, com destaque para os estados do Nordeste (37%) e Sul (38%).
"A vocação por promover saúde, prevenir doenças e cuidar de pessoas consiste no cerne do exercício profissional do médico. Diante da pandemia instalada em todo mundo e que afetou pesadamente o Brasil, a luta de todos os profissionais, e em especial dos médicos, tornou-se ainda mais intensificada e percebida. Inclusive, por estarem na linha de frente nos serviços de saúde, muitos profissionais adoeceram e faleceram", avalia Camila Souza, coordenadora adjunta do curso de medicina do UniBH, ao comentar os índices e enaltecer a profissão. "São anos investidos para entrar, permanecer e conquistar o diploma em medicina, e intensos anos de residência médica e obrigação em manter-se sempre atualizado. Isso tudo faz da medicina uma profissão de altíssima responsabilidade social e de alto investimento, foco e abdicação pessoal e familiar", completa.
Justamente neste contexto de responsabilidade social é que a pesquisa trabalhou, também, no quesito de avaliação e confiança no trabalho médico durante a pandemia, haja vista ser esse o momento mais difícil da atualidade. "Acredito que, especialmente com a pandemia, as pessoas têm tido mais empatia com a profissão. Não é fácil estar na linha de frente e abdicar do contato com a família, mas a missão de estar a serviço da população sempre fala mais alto. Acredito que essa pesquisa só reforça o que nós temos visto neste momento de pandemia: o reconhecimento da população pelo trabalho dos médicos em um esforço contínuo para salvar vidas", comenta Rennan Tavares, professor do curso de medicina do UniBH.
Em relação a atuação dos médicos brasileiros no enfrentamento da pandemia de COVID-19, o levantamento apresenta os seguintes resultados: na opinião de 77% dos entrevistados, o trabalho desses profissionais é considerado como ótimo ou bom, os outros 17% consideram essa performance como regular e apenas 6% como ruim ou péssimo. Para Rennan, esses dados são de extrema importância para restaurar a imagem do médico, que se desgasta em razão da luta para salvar mais e mais vidas.
"A carga de adoecimento mental e físico, de sobrecarga dos sistemas e de subversão de todo o modus operandis da sociedade é cada vez maior neste momento. E, apesar disso, o médico precisa manter-se lúcido, atualizado, equilibrado e preparado para manter seu juramento de cuidar da saúde das pessoas, dos familiares e das comunidades. O médico não pode se eximir desse juramento profissional. Embora esses profissionais sejam humanos, sem o seu trabalho, toda a sociedade pode solapar nesse período de pandemia", opina Camila.
A pesquisa mostra, ainda, que para 99% dos entrevistados, esses profissionais carecem de condições adequadas para o pleno exercício de suas atividades. Enquanto isso, na percepção de 95%, os médicos merecem ser alvos de medidas de valorização, como maior remuneração e plano de carreira.
*Estagiária sob supervisão da editora Teresa Caram
O olhar do médico
O olhar do médico é o equilíbrio entre a ciência e o humanismo, a razão e o sentimento, a observação e a interpretação, a eterna busca pela paz mesmo na guerra contra os males que põem em risco o corpo e a mente
Marcus Vinícius Bolívar Malachias
Cardiologista, PhD pela USP, pós-doutor pela Harvard Medical School, professor da Faculdade Ciências Médicas de MG,
diretor clínico do Instituto de Hipertensão de MG e governador no Brasil do American College of Cardiology
Aos olhos atentos do médico experiente, muitas doenças são diagnosticadas pela simples observação. Os olhos saltados do hipertireoidismo, a falta de ar do enfisema, a perda do fôlego e os edemas da insuficiência cardíaca, a face congesta da doença renal crônica, as muitas doenças da pele, as típicas marchas dos portadores de distúrbios neurológicos ou ortopédicos, mas também o semblante sem horizontes da depressão e a inquietude da ansiedade. São muitos os diagnósticos feitos no dia a dia dos consultórios apenas como a observação somada à experiência, mesmo antes de iniciada a anamnese - o clássico diálogo entre médicos e pacientes.
Cada vez mais, a visão do médico é amplificada pela tecnologia das imagens, como tomografias, ressonâncias, ultrassons, cintilografias, PETs e toda a parafernália de que a moderna medicina dispõe hoje para desvendar os diferentes distúrbios ocultos, possibilitando intervenções cada vez mais precoces e precisas. Mas, mesmo com todos esses intrincados recursos, não existem exames que quantifiquem a intensidade da dor, o grau da angústia, a magnitude do estresse ou os tormentos da alma, males que só podem ser percebidos pelo olhar atento e sensível de quem escolheu preservar e salvar vidas.
Para o médico sensível, tão importante quanto descobrir qual é a doença que aflige o paciente é decifrar quem é o indivíduo acometido pela doença. O olhar do médico não é só de investigação, a laboriosa interpretação de fragmentos de sintomas e sinais para o encontro do diagnóstico mais correto com o mais indicado tratamento. É também o olhar de bem-querer, de compaixão e de consolo diante de tão frequentes derrotas para os males sem solução. Afinal, é dever do verdadeiro médico ver com os olhos e enxergar com o coração.
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VALOR ECONÔMICO
Fundador da Qualicorp lança plano de saúde
O Qsaúde chega ao mercado com uma rede credenciada enxuta, com médicos e hospitais de primeira linha
Por Beth Koike, Valor — São Paulo
Um ano após deixar a corretora de planos de saúde que fundou, a Qualicorp, o empresário José Seripieri Filho voltou a empreender. Desta vez, Junior, como é conhecido, está lançando uma operadora de convênio médico, o Qsaúde, que já demandou investimentos de mais de R$ 120 milhões.
A ideia é que o novo plano de saúde seja bem diferente daqueles que Júnior vendeu nos seus mais de 30 anos de carreira. O projeto começou a ser gestado em janeiro, quando o empresário comprou da própria Qualicorp a operadora e obteve autorização para atuar nesse mercado. O contrato de não competição continua valendo para o segmento de corretoras e administradoras de convênios médicos por adesão, área de atuação da Qualicorp.
O Qsaúde chega ao mercado com uma rede credenciada enxuta, com médicos e hospitais de primeira linha e, inicialmente, será ofertado apenas na modalidade individual em São Paulo. Os preços variam de R$ 246,39 a R$ 3,2 mil.
O diferencial é que todos os usuários do novo plano de saúde serão atendidos por um médico de família da Clínica Einstein. São esses profissionais que farão o encaminhamento para um especialista. A estratégia da parceria com uma instituição de saúde de renome é evitar que o paciente sinta-se “cerceado” como ocorre nas operadoras verticalizadas. Além disso, quando o atendimento é feito com um médico generalista, inicialmente, há uma redução de idas desnecessárias ao pronto-socorro ou especialistas e, consequentemente, o custo da operadora é menor.
O Qsaúde é uma combinação de Prevent Senior, operadoras verticalizadas e seguradoras. A operadora voltada a idosos é tida como um case de sucesso por fazer um acompanhamento médico constante de seus usuários, as verticalizadas têm um custo menor devido a sua rede própria e as seguradoras trabalham com hospitais independentes como Albert Einstein.
O desafio de Júnior é conseguir controlar custo com uma rede de atendimento terceirizada. Para isso, está sendo feito um grande investimento em tecnologia que possa mostrar em tempo real os procedimentos médicos realizados pelos pacientes, além disso, os contratos com médicos do Einstein são baseados no modelo de remuneração por performance.
Sua estratégia é até o fim deste ano realizar uma massiva campanha publicitária — que começa a ser veiculada hoje, Dia do Médico — para divulgar o Qsaúde e entrar 2021 com quatro modalidades de planos de saúde, de enfermaria até apartamento, com cobertura de hospitais como Albert Einstein, Oswaldo Cruz e HCOr laboratórios Salomão Zoppi e Delboni, entre outros.
A data escolhida para o produto estar disponível no mercado não é à toa. No próximo ano, os reajustes nos planos de saúde voltam a ser aplicados e ainda é uma incógnita como a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai repassar a inflação médica de 2019 e 2020. Há ainda o aumento por faixa etária suspenso neste ano. Ou seja, o reajuste do convênio médico pode ser salgado em 2021, mas o Qsaúde não carrega esse histórico.
A inflação médica, que serve de parâmetro para aplicação dos reajustes, é três a quatro vezes superior à inflação geral. Com isso, só 25% da população brasileira têm convênio, sendo que cerca de 65% é plano empresarial e só 9% é individual. A oferta desse tipo de plano é escassa porque o reajuste é controlado pela ANS o que, segundo as operadoras, torna o produto sem rentabilidade. No entanto, especialistas do setor afirmam que o plano individual é rentável desde que feito com gestão.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.
Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.
O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.
Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.