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Covid-19: Boletim Ahpaceg 03|07|20
Confira o boletim de hoje, 3 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).
Neste boletim estão detalhados os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes adultos e infantis/neonatal internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados desde 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e hoje.
Diretoria de Qualidade apresenta projeto de indicadores assistenciais ao RH de associados
Representantes do setor de Recursos Humanos de instituições associadas da Ahpaceg participaram ontem, 2, de uma reunião virtual com a NCI – Soluções em Saúde, empresa de tecnologia focada no mercado de saúde e parceira da Associação.
O objetivo do encontro foi apresentar ao grupo a plataforma tecnológica de indicadores em saúde e de gestão de pessoas que está sendo implantada na rede Ahpaceg sob a coordenação da Diretoria de Qualidade e que vai proporcionar o compartilhamento de conhecimento e informações estratégicas e ampliar a transparência das ações das instituições associadas.
A diretora de Qualidade, Jacqueline Rodovalho, que acompanha o desenvolvimento do projeto de indicadores junto ao RH dos associados, também participou do encontro.
Webinar “Acompanhamento do Paciente Covid: Admissão, Internação e Alta Hospitalar” tem mais de 200 participações
O webinar “Acompanhamento do Paciente Covid: Admissão, Internação e Alta Hospitalar”, realizado pela Academia Danone em parceria com a Ahpaceg, contou com a participação de 219 médicos, intensivistas, nutricionistas, enfermeiros e demais profissionais de saúde de instituições associadas e convidados.
A médica Letícia Japiassú abordou vários aspectos relacionados à nutrição de pacientes internados com Covid-19. A apresentação, moderada por Christine Alves, está disponível no canal da Academia Danone no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=hfb8LVRf0mk&feature=youtu.be
CLIPPING AHPACEG 03/07/20
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Secretaria faz testagem para coronavírus em 11 mil trabalhadores das unidades de saúde de Goiânia
Médico ginecologista que testou positivo para coronavírus morre a caminho de hospital, em Goiânia
Justiça derruba liminar e mantém comércio fechado em Goiânia
Ginecologista de 77 anos morre com Covid-19 em Goiânia
Idoso com doença cardíaca morre após esperar vaga em UTI por seis dias
Lissauer Vieira está com suspeita de coronavírus
“Dar um remédio para as pessoas e achar que elas podem sair de casa, é banalizar a doença”, diz infectologista sobre ‘kit Covid-19’
Goiânia contrata mais 20 leitos para tratamento de Covid-19
Ministério reúne voluntários para estudo clínico contra Covid-19
MPF quer que Estado e Goiânia usem cloroquina no combate a Covid-19
PORTAL G1
Secretaria faz testagem para coronavírus em 11 mil trabalhadores das unidades de saúde de Goiânia
Segundo a SMS, o objetivo da ação é garantir melhores estratégias de proteção aos servidores. Capital tem mais de 7 mil casos confirmados de Covid-19.
Por Vanessa Chaves, G1 GO
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já começou a testagem em cerca de 11 mil trabalhadores das unidades de saúde de Goiânia para identificar o coronavírus. Serão testados guardas, funcionários da limpeza, administração, enfermeiros, médicos e outros servidores.
A testagem é realizada por meio do teste rápido com coleta de amostra de sangue venoso. Segundo a SMS, o resultado sai em até 24 horas e a previsão é que o trabalho seja concluído até dia 8 de julho.
A diretora de epidemiologia da SMS, Grécia Pessoni, destacou que o objetivo é verificar a circulação do vírus nas unidades de saúde. "O mais importante é saber como está a circulação do coronavírus nas unidades de saúde.
Queremos também organizar a grade de trabalhadores. Caso haja afastamento dos casos positivos, até que ele volte, precisamos preencher com outro profissional, para que não haja um desfalque na unidade e no sistema", diz Pessoni.
Goiânia já tem mais de 7 mil casos de coronavírus e 178 mortes, segundo o último balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, na quinta-feira (2). Já em todo o território goiano são mais de 26 mil pessoas infectadas, sendo que 545 morreram.
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Médico ginecologista que testou positivo para coronavírus morre a caminho de hospital, em Goiânia
Filha contou que ele teve perda de olfato e também de apetite. Aos 77 anos, ele passou mal em casa e acabou morrendo antes de chegar a uma unidade de saúde
Por Vitor Santana, G1 GO
O médico ginecologista Josias Rosa da Silva, de 79 anos, morreu com Covid-19, em Goiânia. Segundo a família, ele estava em casa desde de que começou a sentir os primeiros sintomas. Porém, na quarta-feira (1º), ele passou mal e morreu a caminho do hospital.
A filha dele, Daniela Rosa e Silva, contou que o pai perdeu o olfato e o apetite. Ele fez o teste e o resultado positivo sai na quarta-feira, mesmo dia em que ele morreu.
“No dia, ele estava passando mal, com a pressão muito alta. Ele tinha marca-passo e pediu para ser levado ao hospital, mas ele não aguentou e acabou morrendo no caminho. Tentaram reanimar ele, mas não conseguiram”, disse.
Josias era médico há quase 40 anos. O Conselho Regional de Medicina lamentou a morte do profissional, que trabalhava no Hospital Ruy Averedo. Ele foi enterrado no fim da tarde de quarta-feira no Cemitério Jardim das Palmeiras.
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Justiça derruba liminar e mantém comércio fechado em Goiânia
Presidente do TJ-GO atende pedido do MP-GO e mantém proibição do funcionamento das atividades não essenciais na capital com intuito de combater o coronavírus.
Por Sílvio Túlio, G1 GO
Nova decisão suspende liminar e impede reabertura do comércio em Goiânia
A Justiça suspendeu liminar e voltou a proibir a reabertura das atividades não essenciais em Goiânia. A decisão, expedida na madrugada desta sexta-feira (3), é do presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), desembargador Walter Carlos Lemes, que atendeu pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).
A medida suspendeu uma das duas decisões da juíza Jussara Cristina Oliveira Louza, na quinta-feira (2), que liberava o funcionamento do comércio seguindo regras de segurança e proteção contra a Covid-19.
Em nota, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) informou que, com a decisão, volta a valer as regras de funcionamento alternado do comércio, a cada 14 dias, na capital. Destaca ainda que equipes de fiscalização irão atuar para garantir o cumprimento da decisão (leia a íntegra ao final do texto).
A nova decisão tem por base solicitação do MP-GO, defendendo a tese de que "não pode o valor da vida ser mitigado para preservar uma atividade empresária", ainda mais no momento em que a Covid-19 "ganha proporções avassaladoras" no sistema de saúde do estado.
Também justificou que "há tendência de crescimento exponencial" do número de casos de Covid-19 em Goiânia, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Por causa disso, haveria ainda, conforme o MP-GO, um aumento da demanda de leitos e de UTI para quem for infectado pela doença.
A defesa em torno da proibição da reabertura também mencionou estudo da UFG que alerta para "grande número de óbitos" se o índice de isolamento social não crescer e que tal medida é a "mais eficaz" para conter a disseminação do coronavírus. Por fim, destaca que o simples distanciamento entre as pessoas pode não evitar a contaminação, possível de ocorrer em contato com "um simples corrimão ou maçaneta".
Em seu despacho, o desembargador destacou que a Prefeitura de Goiânia, ao restringir determinadas atividades - seguindo decreto estadual - tem como intuito "proteger o direito à vida".
"O Município de Goiânia no exercício legítimo de sua competência administrativa e legislativa, entendeu necessária e adequada a restrição das atividades, de modo a proteger o direito à vida e a saúde de sua população, de acordo com as peculiaridades regionais e com a capacidade de seu sistema de saúde", escreve o magistrado.
Impasse no comércio:
19 de março – Atividades consideradas não essenciais são proibidas.
20 de abril – Prefeitura libera salões de beleza, oficinas mecânicas, lavanderias, construção civil e atividades de cunho religioso.
19 de junho – Decreto autoriza reabertura de shoppings, camelódromos, galerias, centros comerciais, setores varejistas e atacadista e escritórios de profissionais liberais a partir do dia 22 de junho.
21 de junho – Liminar na Justiça suspende efeitos do decreto e determina que lojas sigam fechadas.
22 de junho – Justiça derruba a liminar e volta a autorizar a reabertura do comércio.
23 de junho – Após três meses, comércio varejista e shoppings reabrem.
29 de junho - Governo decreta funcionamento alternado do comércio não essencial.
30 de junho – Região da 44 volta a funcionar. Na noite do mesmo dia, a prefeitura determina o fechamento alterando do comércio na capital.
2 de julho – Justiça suspende decreto da prefeitura e autoriza o funcionamento dos estabelecimentos.
Nota da PGM:
O TJGO proferiu decisão da lavra do Presidente Desembargador Walter Carlos Lemes que suspende as liminares de ontem que até então, permitiam a reabertura do comércio e continuidade das obras de construção civil privadas.
A partir dessa decisão, deliberada na noite desta quinta-feira a pedido do Ministério Público, o decreto municipal nº 1.242, de 30 de junho de 2020, volta a ter seus efeitos e o isolamento social intermitente e revezamento das atividades econômicas continuam em vigor. Permanecem abertas, nesses primeiros 14 dias, apenas as atividades essenciais permitidas pela norma estadual.
Ressaltamos que as que equipes de fiscalização da Vigilância Sanitária, Guarda Civil Metropolitana e fiscais de posturas estão trabalhando diuturnamente para garantir o respeito ao decreto na Capital.
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TV ANHANGUERA
Ginecologista de 77 anos morre com Covid-19 em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/8670083/programa/
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Idoso com doença cardíaca morre após esperar vaga em UTI por seis dias
https://globoplay.globo.com/v/8670076/programa/
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A REDAÇÃO
Lissauer Vieira está com suspeita de coronavírus
Presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, o deputado Lissauer Vieira está com suspeita de coronavírus. Ele realizou exame após apresentar sintomas e após alguns familiares testarem positivo, incluindo sua mãe e sua esposa.
De acordo com a equipe do parlamentar, apesar de apresentar alguns sintomas do novo coronavírus, o deputado está bem e aguarda o resultado do exame em isolamento em casa.
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JORNAL OPÇÃO
“Dar um remédio para as pessoas e achar que elas podem sair de casa, é banalizar a doença”, diz infectologista sobre ‘kit Covid-19’
Por Fernanda Santos
Para médico infectologista Marcelo Daher, uso indistinto de remédios que prometem prevenção contra coronavírus pode levar pacientes a efeitos adversos graves
Informe divulgado na última semana pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) esclarece sobre o uso de medicamentos contra a Covid-19. Cloroquina, Hidroxicloroquina, corticoides, antirretrovirais, antiparasitários, dentre outros tratamentos medicamentosos são citados pelo informe, embora estejam sendo experimentados em ensaios clínicos e não possuem qualquer comprovação científica avançada.
Conforme escreveu o informe, “a avaliação do uso de qualquer
medicamento fora de sua indicação aprovada (off-label) deve ser uma decisão individual do médico, analisando caso a caso e compartilhando os possíveis benefícios e riscos com o paciente”. A SBI ainda destacou que fica vedada a publicidade sobre tal conduta.
Em entrevista ao Jornal Opção, o médico infectologista Marcelo Daher explicou a razão pelo qual esses medicamentos são utilizados em alguns tratamentos, mesmo sem pesquisas avançadas que comprovam a eficiência no combate à doença.
“Estamos de frente com uma doença nova. Uma doença que é letal e que mudou nossa forma de vida. O que se busca são formas de sair dessa pandemia de maneira mais rápida e mais segura”, aponta o médico. “Temos a opção de isolamento social, que é muito ruim, e a outra alternativa seria conseguirmos medicamentos que fossem altamente eficazes. O melhor meio da achar esses medicamentos é utilizar aqueles que já estão prontos”, disse.
Segundo o infectologista, alguns medicamentos já apresentaram resultados no tratamento de outras doenças parecidas e a utilização desses remédios é uma busca pela solução. “O problema disso tudo é que o uso é em compaixão, ou seja, no paciente que está morrendo. Tentar usar qualquer coisa que está em nossa frente na tentativa de tratar ou curar o paciente é válido. Muitos medicamentos desses foram usados sob compaixão, como a própria hidroxicloroquina, soro de convalescente…”, explica.
Segundo o médico, ao dizer que a classe médica está contra usar a medicação porque não quer o bem da população é achar que o médico é o vilão da pandemia. “Achar que vai dar um remédio para as pessoas e, com isso, elas podem sair de casa é banalizar a doença que é grave”, analisa o médico.
Marcelo Daher salienta que o relatório da SBI busca esclarecer um debate que foi politizado. “Em vez de uma discussão técnica, virou uma discussão política em relação ao medicamento. Se pegarmos o protocolo da Itália, já colocava a hidroxicloroquina em algumas situações, ivermectiva em outras. Tentamos utilizar no Brasil também, mas sem a politização das coisas. Minha crítica maior é colocar uma avaliação leiga em uma consulta médica”, observou Daher.
O médico infectologista aponta também que o relatório da SBI é uma forma de expor o que se sabe tecnicamente sobre o uso de medicamentos que ganharam destaque na mídia e redes sociais. Ele lembra que muitos desses medicamentos podem ser utilizados em algum momento do tratamento ou, principalmente em trabalhos científicos.
“Quando se vive um momento crítico da doença, esses medicamentos todos são utilizados em protocolos de pesquisa. O paciente entra assinando o termo, sabendo que tem risco e sabendo que está em uma pesquisa médica. No final, essa pesquisa vai dizer se foi eficaz ou não. Agora usar indistintamente como temos visto por aí, aonde dá o medicamento ao paciente e não se preocupa com o efeito colateral, isso é um problema sério e pode trazer efeitos adversos muito graves”, ponderou Daher.
O médico expõe que por vezes o paciente faz o uso do medicamento sem saber o que tem exatamente nele. De acordo com ele, a crítica médica dos infectologistas, dos profissionais de pneumologia e da sociedade científica não é contra a utilização simplesmente, mas pela falta de dados concretos dos resultados que os medicamentos podem implicar.
“Os protocolos iniciais eram hidroxicloroquina com azitromicina. Existia a ivermectina em outra pesquisa, outros remédios em outras. O que eles fizeram agora? Juntou tudo. Colocaram em um pacote e deram para o paciente tomar. Ontem atendi uma paciente com Covid que usou isso tudo. Ela estava com diarreia incontrolável, que não é da Covid, é por conta das medicações. Usando indistintamente vamos ter muitos efeitos colaterais. Pode ser efeito colateral grave e mascarar a doença”, relata Daher.
“A discussão dos medicamentos não é de hoje. Por que elas vieram à tona de maneira mais importante aqui em Goiás? Porque a epidemia chegou aqui. A curva subiu e quer se solucionar às custas do remédio. Hoje, ter só a impressão pessoal ou do médico ‘ah eu usei e tive a impressão que funcionou’, eu posso acertar, mas eu posso errar muito. O trabalho científico vai me dizer claramente que houve resposta e o quanto houve resposta”, apontou.
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Goiânia contrata mais 20 leitos para tratamento de Covid-19
Por Eduardo Pinheiro
Taxa de ocupação até as 18h desta quinta-feira, 2, é de 82%
A Prefeitura de Goiânia contratou mais 20 leitos exclusivos para tratamento de pacientes contaminados com coronavírus. Assim, o número para tratamento de Covid-19 chega a 326. Do total, 137 são de UTI e 189 de enfermaria.
A taxa de ocupação até as 18h desta quinta-feira, 2, é de 82% nos leitos de UTI e 71% nos de enfermaria.
Além do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, os leitos para Covid-19 estão distribuídos em sete hospitais: Hospital das Clínicas, Jacob Facuri, Gastro Salustiano, São Lucas, Santa Casa de Misericórdia, Hospital Ruy Azeredo e Renaissance.
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AGÊNCIA BRASIL
Ministério reúne voluntários para estudo clínico contra Covid-19
Equipes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) completam na próxima segunda-feira (6) uma rota de quatro municípios paulistas, com o objetivo de reunir participantes para aderir a um estudo clínico que irá investigar a eficácia da nitazoxanida no tratamento de covid-19. A ação #500VoluntáriosJÁ realizou hoje (2) sua segunda etapa, com passagem do ministro titular da pasta, Marcos Pontes, por Barueri.
Ao comentar o potencial do medicamento, um vermífugo prescrito para giardíase, entre outras infecções parasitárias, o ministro disse que, em análises in vitro, houve uma redução de 94% da carga viral do novo coronavírus.
Em meados de abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) baixou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 372/2020, proibindo farmácias de vender remédios à base de nitazoxanida sem receita especial em duas vias. "Não tomem remédio por conta própria, isso é importante", alertou Marcos Pontes.
Em sua fala, o ministro também afirmou que "a má notícia é que essa não será a última pandemia" que a humanidade irá enfrentar e que, por essa razão, o governo brasileiro precisa se preparar para futuras adversidades. Ele destacou o valor da ciência para se fazer frente ao cenário que se instalou e a importância de se alocar recursos públicos para a área, o que, pontuou, "não se faz de um dia para o outro". "A única maneira de vencer esse problema é a ciência", sublinhou.
A ação foi iniciada nesta quarta-feira (1º), no Centro de Especialidades Odontológicas, Guarulhos, e segue amanhã (3) para Sorocaba. A mobilização termina em Bauru, na segunda-feira. As equipes receberão os voluntários na Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba e no Núcleo de Saúde Geisel, a partir de 10h.
Qualquer pessoa com mais de 18 anos de idade e que apresente sintomas de síndrome gripal pode se candidatar como voluntária ao experimento. Após serem submetidos a um teste RT-PCR, para confirmar o contágio de covid-19, os participantes do experimento irão ser acompanhados por oito dias pelas equipes do MCTI. Conforme a Agência Brasil apurou, consta da bula da que o medicamento é contraindicado em alguns casos, como para pessoas com doenças hepáticas (no fígado) ou doença renal.
Em nota, o ministério informou que foram identificados cinco remédios com potencial para combater a replicação do novo coronavírus. Chegou-se a essa lista após varredura em um sistema com 2 mil fármacos, feita com inteligência artificial, pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
Em um documento divulgado ao final de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) cita a nitazoxanida entre outros medicamentos que estão sendo estudados como possibilidade de enfrentamento à covid-19. Os testes da substância também foram objeto de questionamento ao ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, no dia 23 de junho. Em audiência realizada por iniciativa da comissão do Congresso Nacional as ações de combete à crise sanitária, ele respondeu que, de fato, é necessário se obter evidência científica quanto à validade do medicamento no combate à covid-19. (Agência Brasil)
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MAIS GOIÁS
MPF quer que Estado e Goiânia usem cloroquina no combate a Covid-19
MPF também pede o uso de hidroxicloroquina e azitromicina, conforme orientação do Ministério da Saúde
O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública, na última quarta-feira (1º/7), para que a União, Estado de Goiás e o município de Goiânia garantam aos pacientes diagnosticados com Covid-19 o tratamento precoce com cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e similares.
“Devem-se utilizar todas as possibilidades farmacológicas com o objetivo de oferecer o tratamento precoce para mitigar o agravamento da doença e evitar a sobrecarga dos serviços de saúde, enquanto não existe tratamento especificamente desenvolvido”, afirma o procurador Ailton Benedito da Silva, autor da ação.
O documento diz que enfrentar as comorbidades causadas pela Covid-19 apenas com a compra de respiradores mecânicos e construção de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) – que são voltados para procedimentos de médica e alta complexidade – não é coerente com a realidade do Sistema Único de Saúde (SUS).
O procurador acrescenta que os medicamentos propostos por ele, na ação, apresentam resultados satisfatórios no combate à doença.
Histórico
No último dia 25 de maio, o mesmo procurador recomendou à União, governo do Estado e prefeitura de Goiânia que disponibilizassem os medicamentos aos pacientes do SUS, mas não foi atendido.
Desta vez, Ailton solicita à Justiça Federal que obrigue a União a assegurar ao Estado de Goiás e a Goiânia o fluxo desses medicamentos. O procurador solicita a imputação de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
O Mais Goiás entrou em contato com a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e, por nota, a PGE respondeu que ainda não foi notificada a respeito de qualquer decisão judicial – que, de fato, ainda não existe.
A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria de Saúde, informa que “a cloroquina já está disponível em todas as unidades de urgência do município para tratamento de pacientes confirmados com covid-19. Embora não haja um protocolo municipal para seu uso, a prescrição médica é feita conforme orientações divulgadas pelo Ministério da Saúde (MS). Em relação a azitromicina, é um medicamento padronizado e há muito tempo usado nas unidades. A ivermectina está em processo de compra emergencial. A hidroxicloroquina é similar à cloroquina, e o Ministério da Saúde optou pela cloroquina.”
O portal também entrou em contato com o Ministério da Saúde (MS) e aguarda um posicionamento.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
Covid-19: Boletim Ahpaceg 02|07|20
Confira o boletim de hoje, 2 de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).
Neste boletim estão detalhados os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes adultos e infantis/neonatal internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados desde 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e hoje.
Hoje tem Webinar sobre Acompanhamento do Paciente Covid
ão se esqueça: Hoje, 2 de julho, às 19 horas, tem Webinar com Dra. Letícia Japiassú sobre Acompanhamento do Paciente Covid.
O evento será realizado pela Danone em parceria com a Ahpaceg.
Basta entrar e fazer o cadastro, para no horário ter o acesso com login e senha.
Quanto antes você fizer o cadastro na Academia Danone, mais rápido será o acesso à aula. Os presentes terão atestado de participação.
Estamos te esperando!!
Covid-19: Boletim Ahpaceg 01|07|20
Confira o boletim de hoje, 1º de julho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).
Neste boletim estão detalhados os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes adultos e infantis/neonatal internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados desde 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e hoje.
Hospitais de Goiânia serão obrigados a publicar dados de internação em plataforma da SMS
Por meio do Decreto Municipal nº 1225, publicado no Diário Oficial de Goiânia no dia 29 de junho, a prefeitura da capital instituiu o Sistema de Monitoramento da Covid-19 e normatizou a obrigatoriedade dos hospitais das redes pública e privada de publicarem dados de suas internações em plataforma digital da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
De acordo com o decreto, a partir do dia 5 de julho, os hospitais públicos e privados deverão atualizar diariamente seus dados referentes aos casos de Covid-19. Eles devem informar: taxa de ocupação de leitos de UTI e enfermaria, número de respiradores e monitores disponíveis e em uso, além do número de pacientes internados suspeitos e confirmado com Covid-19.
“A SMS é a autoridade sanitária local e é nessa condição que ela exige essa transparência de todos os hospitais existentes em Goiânia. Saber a real capacidade do sistema de saúde é fundamental neste momento para o enfrentamento da pandemia na cidade”, explica a Secretária de Saúde, Fátima Mrué.
DECRETO Nº 1225, DE 29 DE JUNHO DE 2020
Altera o Decreto n.° 736, de 13 de março de 2020.
O PREFEITO DE GOIÂNIA, no uso de suas atribuições legais previstas no art. 115, II, IV e VIII da Lei Orgânica do Município de Goiânia e considerando a legislação vigente de enfrentamento da pandemia da COVID-19, D E C R E T A:
Art. 1° Fica alterado o art. 2° do Decreto n.° 736, de 13 de março de 2020 que passa a vigorar acrescido dos §§1º e 2º com a seguinte redação:
“Art. 2° (...)
(...)
§1° Fica instituído o Sistema de Monitoramento da COVID-19 no âmbito do Município de Goiânia, devendo os hospitais da Rede Pública e Privada fornecer, diariamente, em plataforma digital disponibilizada pela Secretaria Municipal de Saúde, dados atualizados referentes à COVID-19 existentes nos respectivos estabelecimentos de saúde, indicando:
I - taxa de ocupação de leitos, inclusive de UTI e Enfermaria;
II - número de respiradores e monitores disponíveis e em uso;
III - número de pacientes internados suspeitos e confirmados.
§2º A inobservância ao dever da obrigação de que trata o §1º deste artigo, pela Direção Geral do estabelecimento de saúde, poderá imputar aos responsáveis as penalidades previstas na Lei n.° 8.741, de 29 de dezembro de 2008, sem prejuízo de outras sanções administrativas, civis e criminais.” (NR)
Art. 2° Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, surtindo seus efeitos a partir de 07 (sete) dias desta data.
GABINETE DO PREFEITO DE GOIÂNIA, aos 29 dias do mês de junho de 2020.
IRIS REZENDE
Prefeito de Goiânia
(Com informações: Secom Municipal)
CLIPPING AHPACEG 01/07/20
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Brasil ultrapassa marca de 1,4 milhão de casos de Covid
Hospitais em Belo Horizonte podem cancelar cirurgias de câncer por falta de medicamentos
Crise da Covid-19 pode estimular remoção de problemas jurídicos da telemedicina
Embraer equipará hospitais com sistema que reduz contaminação por coronavírus
PF pediu prisão de governador do AM por fraudes dos respiradores, mas STJ negou
Ampliação de leitos de UTI não acompanha crescimento de casos graves de Covid-19 em Goiás
Para tratar casos de Covid-19, Região Metropolitana recebe leitos de UTI
Covid-19: Hospital de Campanha é inaugurado em Itumbiara
Prefeitura de Goiânia decreta fechamento alternado do comércio não essencial
Prefeitura de Goiânia acata isolamento alternado e comércio fecha as portas
Covid-19: Goiás bate novo recorde com registro de 38 mortes em um dia
Seis meses depois do início da pandemia, OMS afirma que pior ainda está por vir
Na linha de frente da pandemia, profissionais da Saúde defendem isolamento intermitente
Teste com hidroxicloroquina deve recomeçar após aprovação britânica
ISTOÉ
Brasil ultrapassa marca de 1,4 milhão de casos de Covid
O Brasil registrou mais 33.846 casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e ultrapassou a marca de 1,4 milhão de infectados - mais precisamente 1.402.041, informou o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) nesta terça-feira (30).
Com isso, a taxa de incidência da Covid-19 está em 667,2 pessoas a cada 100 mil habitantes. O número de óbitos voltou a aumentar e ficou em 1.280 em um dia, elevando o total de vítimas para 59.594. O índice de mortalidade está em 28,4 pessoas para cada 100 mil habitantes e o de letalidade se mantém em 4,3%.
Considerando os números absolutos, o ranking dos estados se mantém inalterado, com São Paulo (281.380 casos e 14.763 mortes), Rio de Janeiro (112.611 e 10.080 vítimas) e Ceará (108.699 contaminações e 6.146 óbitos).
A taxa de letalidade da Covid-19 é maior no Rio de Janeiro (9%), em Pernambuco (8,2%) e no Ceará (5,7%). (ANSA)
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PORTAL G1
Hospitais em Belo Horizonte podem cancelar cirurgias de câncer por falta de medicamentos
O Mário Penna e o Luxemburgo enfrentam escassez de sedativos e relaxantes musculares. Os medicamentos são muito exigidos no tratamento da Covid-19.
Hospital Luxemburgo pode paralisar cirurgias oncológicas - Foto: Instituto Mário Penna
A falta de sedativos e relaxantes musculares pode cancelar cirurgias oncológicas nos pelos hospitais Mario Penna e Luxemburgo, referências em tratamento de câncer em Belo Horizonte.
De acordo com o Instituto Mário Penna, que administra as duas instituições filantrópicas, a previsão de entrega dos insumos é para a segunda semana de julho.
Por causa disso, procedimentos já agendados para antes desta data podem ficar comprometidos.
O avanço da pandemia do novo coronavírus aumentou a demanda por sedativos e bloqueadores neuromusculares, fundamentais tanto para exames e cirurgias quanto para pacientes em leitos de UTI.
Os anestésicos são utilizados para sedação e o bloqueador neuromuscular para evitar que o músculo se contraia, por exemplo, no processo de intubação.
Os hospitais Risoleta Toletino Neves, da Baleia e a Santa Casa de Misericórdia já registraram escassez destes medicamentos.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou que existe um contingenciamento e remanejamento do estoque destes medicamentos para suprir os hospitais da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), incluindo o Hospital Eduardo de Menezes, referência para atendimento à Covid-19.
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CONSULTOR JURÍDICO
Crise da Covid-19 pode estimular remoção de problemas jurídicos da telemedicina
Uma vez que a interação pessoal foi limitada ou suspensa pela crise da pandemia da Covid-19, os serviços de telemedicina passaram a estar na vanguarda como uma forma alternativa para satisfazer as necessidades de consultas e cuidados médicos.
Telemedicina é uma área da telessaúde que oferece suporte diagnóstico remotamente, permitindo a interpretação de exames e a emissão de laudos médicos à distância. Nos termos da Resolução CFM nº 1.643/2002 do Conselho Federal de Medicina, telemedicina representa o exercício da medicina mediante utilização de ferramentas interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em saúde.
Muitos relatos apontam para uma maior necessidade, especialmente nas áreas onde a distância é um fator crítico para a oferta de serviços ligados à saúde, de serviços de telemedicina. É imenso o potencial da telemedicina para superar as desigualdades crônicas do país: desigualdade social (miséria exposta e chocante) e desigualdade de preparo e competências (médicos locais generalistas, na maioria dos casos despreparados e com pouca especialização).
A possibilidade de profissionais interagirem pode contribuir para minimizar o problema: o profissional local (médico ou enfermeiro), que supostamente domina as noções básicas da anamnese, teria condições de transmitir ao seu colega especialista as condições do paciente (acompanhadas de fotos, se for o caso), salvando uma vida ou mesmo evitando que seja perdida em razão de desinformada ação implementada pelo profissional da medicina conducente ao óbito.
À medida em que a crise causada pela pandemia da Covid-19 evolui, reguladores e formuladores de políticas públicas reconhecem os benefícios da telemedicina e trabalham para entender e remover problemas jurídicos da matéria (legislação aplicável, normas éticas dos Conselhos de Medicina etc.) e encontrar as melhores opções tecnológicas. A prestação de serviços de telemedicina requer o atendimento de rigorosos requisitos, daí porque as instituições públicas e privadas devem encontrar abordagens perspicazes e práticas para escolha de fornecedores, desenvolvedores e demais parceiros no desenvolvimento de sistemas de telessaúde exequíveis em conformidade com as leis e requisitos regulamentares.
Para satisfazer as necessidades atuais, muitos prestadores de cuidados de saúde têm trabalhado no sentido de disponibilizar o maior número possível de serviços profissionais para o fornecimento via telemedicina. Estão tomando medidas para desenvolver estratégias de telessaúde sustentáveis e de longo prazo. Trabalham com equipes de telemedicina transorganizacionais, incluindo departamentos clínicos, informáticos, jurídicos e de terceiros, a fim de selecionar tecnologias adequadas, negociar acordos com terceiros, avaliar os diferentes casos de utilização do teleserviço de saúde e assegurar a conformidade legal e regulamentar dessas estruturas.
Contudo, esses esforços ainda privilegiam os grandes centros, exatamente onde há a maior concentração de médicos. Dados da Demografia Médica 2018 (trabalho realizado pela Faculdade de Medicina da USP, com apoio do Conselho Federal de Medicina e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) mostram que mais da metade dos médicos disponíveis no Brasil estão em apenas 39 cidades (todas com mais de 500 mil habitantes).
Daí a necessidade de que uma força-tarefa seja desenvolvida a fim de levar a telemedicina para o interior do país, solucionando problemas como a escassez de especialistas em algumas regiões do país. O SUS pode ser o veículo dessa empreitada, mediante o já regulamentado Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, do Ministério da Saúde.
Esse programa é composto por quatro serviços oferecidos a profissionais do SUS, a saber: teleconsultoria, teleconsultas, telediagnóstico e teleducação, e segunda opinião formativa. Os serviços são desenvolvidos por núcleos estaduais, intermunicipais e regionais, sob a coordenação das Secretarias de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e da Atenção à Saúde (SAS).
Todavia, esses esforços precisam ser incrementados, pois são insuficientes e estão longe de mitigar a desigualdade social (miséria exposta e chocante) e a desigualdade de preparo e competências (médicos locais generalistas, na maioria dos casos despreparados e com pouca especialização).
Assim, a crise causada pela pandemia da Covid-19 pode ser o estímulo que faltava aos reguladores e formuladores de políticas públicas a fim de que removam os problemas jurídicos do uso da telemedicina e encontrem a plataforma tecnológica apta a atender um país com dimensão continental e extremamente desigual.
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ESTADÃO
Embraer equipará hospitais com sistema que reduz contaminação por coronavírus
Dotado de lâmpadas germicidas de ultravioleta, filtro expele o ar já sem contaminantes para um ambiente externo.
Hospitais públicos que atendem pacientes da covid-19 nas cidades de Araraquara, Botucatu e São José dos Campos, no interior de São Paulo, serão equipados com um sistema inovador de prevenção contra a propagação do coronavírus em ambiente hospitalar. Os 50 equipamentos de controle biológico, desenvolvidos pela Enebras, de São Paulo, em parceria com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, serão doados pela Embraer . A instalação dos sistemas terá início na próxima semana. O investimento é de mais de R$ 500 mil.
Conforme a Embraer, a solução desenvolvida pela empresa paulistana reduz a possibilidade de contágio dos profissionais de saúde que mantêm contato com os pacientes em ambientes de enfermaria, bem como de outras pessoas em circulação pelo local. A Enebras é uma empresa especializada em soluções de ar condicionado para a área de saúde e desenvolveu o sistema conhecido como Atmus em parceria com o hospital Albert Einstein, que já utiliza o equipamento em suas instalações.
A Embraer participa da cooperação com base em sua experiência no desenvolvimento de produtos de pressurização de aeronaves, sendo responsável pelo detalhamento técnico e estratégia de industrialização para rápido aumento na produção dos aparelhos. A tecnologia evita a propagação do coronavírus entre os leitos de um hospital por meio de pressurização negativa. A pressão do ar do quarto é controlada abaixo dos demais ambientes do hospital, enquanto um exaustor direciona o ar contaminado através de um filtro de alta eficiência.
Dotado de lâmpadas germicidas de ultravioleta, o filtro expele o ar já sem contaminantes para um ambiente externo. A maior pressão dos demais ambientes impede a saída de ar da área isolada, prevenindo assim a contaminação de outros lugares. O Atmus é portátil, o que facilita a mobilidade no ambiente hospitalar e requer baixo investimento na instalação. Conforme a demanda de cada município, serão instaladas dez unidades no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp), 15 na Santa Casa de Misericórdia de Araraquara e 25 no Hospital Municipal de São José dos Campos.
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PORTAL TERRA
PF pediu prisão de governador do AM por fraudes dos respiradores, mas STJ negou
A Polícia Federal pediu a prisão do governador do Amazonas Wilson Lima (PSC) no inquérito que apura suposta fraude na compra de respiradores para o Estado. No entanto, a solicitação foi rejeitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou, neste momento, somente buscas contra Lima.
A despeito de existirem fundadas razões a propósito do efetivo envolvimento do governador do Estado do Amazonas Wilson Miranda Lima nos crimes objeto da presente investigação, não se justifica a imprescindibilidade da decretação da extraordinária medida cautelar de privação de liberdade do Chefe do Executivo Estadual, ao menos neste momento , afirmou o ministro Francisco Falcão, ao autorizar a operação contra Wilson Lima.
Oito pessoas foram alvo de mandados de prisão, uma delas é a secretária de Saúde, Simone Papaiz. Ela assumiu o cargo em abril após a demissão de Rodrigo Tobias, que deixou a pasta no auge da pandemia no Amazonas.
Nesta terça, 30, a PF vasculhou a residência do governador e a sede da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas. Também foi decretado o bloqueio de R$ 2,9 milhões em bens de 12 investigados.
Wilson Lima estava em Brasília durante a operação e, segundo sua assessoria, retornou a Manaus após ter ciência das buscas. Em nota, o governo estadual afirma que aguarda o desenrolar e informações mais detalhadas da operação para se pronunciar sobre o caso.
As investigações miram compras superfaturadas de respiradores, direcionamento na contratação de empresa, lavagem de dinheiro e montagem de processos para encobrir os crimes praticados com a participação direta do governador junto de agentes públicos e empresários.
Os fatos ilícitos investigados têm sido praticados sob o comando e orientação do governador do estado do Amazonas, Wilson Lima, o qual detém o domínio completo e final não apenas dos atos relativos à aquisição de respiradores para enfrentamento da pandemia, mas também de todas as demais ações governamentais relacionadas à questão, no bojo das quais atos ilícitos têm sido praticados , destacou a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo no pedido de medidas cautelares.
Um dos contratos investigados aponta superfaturamento de, pelo menos, R$ 496 mil. Há também casos de respiradores adquiridos em valor superior ao praticado em outros Estados, com a diferença chegando a 133%.
A Procuradoria mirou ainda a compra de 28 respiradores, sem licitação, em contrato firmado com uma importadora de vinhos no valor de R$ 2,9 milhões - no mesmo dia, a importadora havia adquirido os equipamentos por R$ 2,4 milhões de uma empresa fornecedora de equipamentos médicos. A diferença de cerca de R$ 500 mil teria sido repassada diretamente à organização, segundo o MPF.
Wilson Lima é o terceiro governador na mira de investigações por superfaturamento e desvios de verba pública em contratos para o combate da covid-19. Antes dele, o governador Wilson Witzel (PSC) do Rio de Janeiro e Helder Barbalho (MDB) do Pará também tiveram endereços vasculhados pela Polícia Federal.
O Amazonas é o estado que vive fase crítica do novo coronavírus, com mais de 69 mil casos confirmados e 2.782 óbitos, segundo a última atualização do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde. A capital, Manaus, ganhou repercussão depois de centenas de corpos serem empilhados em valas comuns.
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TV ANHANGUERA
Ampliação de leitos de UTI não acompanha crescimento de casos graves de Covid-19 em Goiás
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Para tratar casos de Covid-19, Região Metropolitana recebe leitos de UTI
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Prefeitura de Goiânia decreta fechamento alternado do comércio não essencial
https://globoplay.globo.com/v/8663999/programa/
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A REDAÇÃO
Covid-19: Hospital de Campanha é inaugurado em Itumbiara
Goiânia – O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, inaugurou nesta terça-feira (30/6) o 5º Hospital de Campanha para tratar pacientes com covid-19 em Goiás. A unidade vai funcionar no Hospital Regional São Marcos, em Itumbiara. “Nesta primeira etapa, entregamos 70 leitos, sendo 20 de UTI e 53 de enfermaria, de um total de 200. É mais uma vitória para os e a realidade de uma saúde regionalizada”, disse o governador.
“Depois que isso tudo passar, aqui vamos ter o Hospital Regional São Marcos, onde os alunos do curso de medicina da UEG poderão também estudar e aprender. As instalações são de primeira. Agradeço a todos que destinaram recursos e aparelhos” afirmou Caiado.
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Prefeitura de Goiânia acata isolamento alternado e comércio fecha as portas
Théo Mariano
Goiânia - Em novo decreto publicado nesta terça-feira (30/6), a prefeitura de Goiânia aderiu às determinações presentes no governo estadual para realização do isolamento alternado para atividades não essenciais. De acordo com o documento da prefeitura, o comércio funcionará 14 dias e ficará outros 14 suspenso.
A gestão ainda ressalta, no documento, que penalidades poderão ser aplicadas àqueles estabelecimentos que descumprirem o revezamento. Com a adesão do Executivo municipal, serviços não essenciais, que já estavam em atividade, voltam a fechar portas.
O prefeito da capital, Iris Rezende (MDB), já havia anunciado que seguiria determinações proferidas pelo governador Ronaldo Caiado (DEM). Com o novo decreto, a partir desta quarta-feira (1º/7), atividades econômicas não essenciais permanecem suspensas em Goiânia até 14 de julho.
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Covid-19: Goiás bate novo recorde com registro de 38 mortes em um dia
Goiânia - Com 38 registros de mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, Goiás bateu novo recorde de óbitos pela doença em um único dia. É o que aponta boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) na tarde desta terça-feira (30/6). O total de mortes no Estado chega a 475.
Com 1.474 novos registros do novo coronavírus entre ontem e hoje, Goiás chega à marca de 24.666 casos confirmados. No Estado, há 59.981 casos suspeitos em investigação. Outros 29.446 já foram descartados. O total de curados não foi informado pela SES-GO.
Além dos 475 óbitos confirmados por covid-19 em Goiás até o momento, há 41 óbitos suspeitos que estão em investigação. Já foram descartadas 433 mortes suspeitas nos municípios goianos.
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JORNAL OPÇÃO
Seis meses depois do início da pandemia, OMS afirma que pior ainda está por vir
Por Luiz Phillipe Araújo
Organização considera que apesar do vírus estar controlado em algumas nações, avança a nível global
Já tendo atingindo a marca de 10 milhões de infecções em todo o globo, a pandemia do novo coronavírus ainda está em processo de avanço e pior fase ainda não teria chegado. As considerações são da Organização Mundial da Saúde (OMS), feitas nesta semana por meio do seu diretor Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Segundo Tedros, o caminho deve seguir sendo a realização de testes e outros instrumentos já realizados desde o início da crise de saúde: “teste, rastreie, isole e faça quarentena”.
“Todos queremos que isso acabe. Todos queremos dar sequência às nossas vidas. Mas a realidade dura é que não estamos nem perto disso”, disse o diretor, afirmando que apesar de muitos países já terem registrado recuo de infecções, globalmente a pandemia está avançando.
Ao fazer apelo para que os governos sigam exemplos como Alemanha, Coreia do Sul e Japão, o Tedros disse que manter os surtos sob controle é possível a partir de políticas que incluam testes e rastreio de registros.
“Com 10 milhões de casos agora e meio milhão de mortes, a não ser que nós enfrentemos o problema que já identificamos na OMS, a falta de união nacional e a falta de solidariedade global e o mundo dividido que estão ajudando o vírus a se espalhar… o pior ainda está por vir”, salientou, finalizando em seguida: “Lamento dizer, mas com esse ambiente e com essas condições, nós tememos pelo pior”.
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Na linha de frente da pandemia, profissionais da Saúde defendem isolamento intermitente
Por Luiz Phillipe Araújo
Ao Jornal Opção, presidente do Conselho Regional de Enfermagem destaca registro de quase 2 mil trabalhadores contaminados e questiona: “Quem vai cuidar das pessoas?”
O debate sobre isolamento social ganha novas formas quando feito entre profissionais da Saúde. Apesar de dividir opiniões em outros setores, o distanciamento social é lido entre trabalhadores da linha de frente no combate à Covid-19 como único caminho para manter em controle tanto a vida da população como as próprias.
Em entrevista ao Jornal Opção, a presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Corengo), Ivete Santos Barreto, destaca que quase 8% do total de contaminações do Estado foram registradas em trabalhadores da Saúde. “Se não tivermos esses profissionais que estão sendo capacitados, quem vai cuidar das pessoas? Que força de trabalho vai ser recrutada para trabalhar?”, indaga a representante.
Conforme relembra Ivete, o setor já tentava pressionar as autoridades na busca por medidas mais enérgicas que garantissem isolamento social efetivo em Goiás. “Nós entendemos que o isolamento somado às outras medidas, como o rastreamento de contaminações, é a única forma para que o sistema não entre em colapso”, afirma a presidente, destacando que o entendimento é baseado em relatórios científicos.
“Se o sistema entra em crise, os trabalhadores também entram. Vimos isso em Manaus, que quando teve a Saúde colapsada registrou quantitativo absurdo de profissionais contaminados e mortos”, salienta Ivete.
Quantitativo finito x contaminados
Sobre a realidade na pandemia em Goiás, que por meses esteve entre os Estados com menor avanço da doença, mas que agora está em curva ascendente, a presidente do Corengo afirma que o tempo de maior tranquilidade foi hábil para preparar os profissionais, mas que, apesar disso, há número finito para enfrentar a crise de saúde.
Por hora, no entanto, Ivete destaca que há segurança sobre os números atuais de trabalhadores, que se totalizam 60 mil, sendo 25 mil enfermeiros e 35 mil técnicos. Apesar disso, se o ritmo de contaminação entre esses profissionais avançar, há risco de faltarem pessoal. Até o boletim da segunda-feira, 29, já eram mais de 1.700 infecções por coronavírus entre trabalhadores da área.
Quando perguntada sobre o que pode explicar as contaminações, já que há cobrança por cumprimento de protocolos rígidos e uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), Ivete explica que se dá por razões diversas.
“No início fizemos muitos registros de falta de EPIs ou de equipamentos inadequados, mas já superamos essa parte. O que acontece em paralelo é a dificuldade do profissional em se desparamentar corretamente”, conta a presidente, que explica ter o Corengo e o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) buscado munir a área a partir de cursos e orientações online.
A representante finaliza afirmando que a nova medida de isolamento adotada no Estado é a possibilidade de não sofrerem com sobrecarga, além de representar um pouco mais de segurança às próprias vidas de enfermeiros, técnicos e todos os demais trabalhadores da linha de frente, podendo assim continuarem no atendimento a população na luta contra a pandemia.
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AGÊNCIA BRASIL
Teste com hidroxicloroquina deve recomeçar após aprovação britânica
Um teste global concebido para analisar se os remédios antimalária hidroxicloroquina e cloroquina podem evitar infecções da Covid-19 deve recomeçar depois de ser aprovado por agências reguladoras do Reino Unido.
A Agência Regulatória de Remédios e Produtos de Saúde tomou a decisão a respeito do que é conhecido como teste Copcov depois que outro teste britânico de hidroxicloroquina mostrar que o remédio não oferece benefícios no tratamento de pacientes já infectados com Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. O estudo Copcov foi suspenso após os resultados do teste de tratamento e aguarda análise.
Trata-se de um teste aleatório com placebo que visa recrutar 40 mil profissionais de saúde e outros trabalhadores em risco em todo o mundo, e está sendo realizado pela Unidade de Pesquisa de Medicina Tropical Mahidol Oxford da Universidade de Oxford na capital tailandesa Bangcoc.
Em março, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a hidroxicloroquina poderia ser um divisor de águas e depois disse que ele mesmo a estava usando, apesar de a Agência de Alimentos e Remédios (FDA), o organismo regulador norte-americano, alertar que sua eficiência e sua segurança não estão comprovados.
Mais tarde, a FDA revogou a autorização do uso de emergência para os remédios para tratar Covid-19 depois que testes mostraram que elas não trazem benefícios no tratamento.
Mas White, que está coliderando o teste Copcov, disse que estudos dos remédios como medicamentos preventivos em potencial ainda não geraram uma resposta conclusiva.
"A hidroxicloroquina ainda pode prevenir infecções, e isto precisa ser determinado em um teste aleatório controlado", disse ele em um comunicado. "A dúvida sobre se ela poder evitar ou não a Covid-19 continua tão pertinente como sempre."
A equipe de White disse que o recrutamento de profissionais de saúde britânicos será retomado nesta semana e que existem planos em andamento para novos locais de testes na Tailândia e no sudeste da Ásia, na África e na América do Sul. Os resultados são esperados até o final deste ano. (Agência Brasil)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 30/06/20
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DESTAQUES
"A prática da telemedicina é um ato médico complementar", diz Donizetti Dimer Giamberardino Filho
Goiás chega a 23.192 casos confirmados e 437 mortes por coronavírus, aponta balanço
Testes sorológicos
Samaritano cancela cirurgia eletiva para poupar medicamento
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Goiânia vai seguir o regime 14x14
Webinar discute equilíbrio entre economia e saúde em Goiás
Total de infectados em Goiânia cresce 3 vezes em 3 semanas
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Dexametasona a pacientes graves da covid-19 salva vidas , diz OMS
Negada liminar que pede suspensão dos decretos de flexibilização do comércio em Goiânia
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Vacina de Oxford pode ser distribuída este ano, diz Astrazeneca
O GLOBO
"A prática da telemedicina é um ato médico complementar", diz Donizetti Dimer Giamberardino Filho
Vice-presidente do Conselho Federal de Medicina diz que prática pode facilitar transferência de conhecimento e evitar grandes deslocamentos, mas o padrão da profissão sempre será o atendimento presencial
Até março deste ano, o que regia a telemedicina no Brasil era uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que data de 2002. O texto não previa a consulta à distância, seguindo o Código de Ética Médica, que veta a prescrição sem exame físico do paciente. A antiga resolução, porém, perdeu valor tão logo o Ministério da Saúde publicou, no início da pandemia do coronavírus, uma portaria ampliando as possibilidades da prática. Dias depois, o presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei liberando a telemedicina no país em caráter provisório, durante a pandemia. A medida tem como objetivo evitar que pacientes não graves circulem por unidades de saúde, quebrando o isolamento social necessário para reduzir a propagação da Covid-19.
Vice-presidente do CFM, Donizetti Dimer Giamberardino Filho diz que o coronavírus "foi um fator disruptivo na telemedicina, porque, de forma abrupta, nos obrigou a aceitar (a prática)". Ele explica que o conselho chegou a aprovar uma resolução nova em 2018. O texto, no entanto, "não foi bem aceito" pela classe médica e acabou revogado no ano seguinte. O CFM, então, abriu o tema para consulta pública e, quando analisava as mais de mil contribuições recebidas, veio a pandemia - e "a ironia é que muitos médicos que eram totalmente contra a telemedicina hoje a têm como base de seu exercício", diz.
Leia também: Isolamento social estimula atendimento médico à distância
O vice-presidente do conselho conta que o órgão prepara nova resolução para regulamentar a prática no país depois da pandemia e defende que "a telemedicina não é uma outra medicina, é simplesmente uma forma de facilitar o acesso à saúde".
Até a publicação da portaria pelo Ministério da Saúde e da sanção da lei pelo presidente, autorizando a telemedicina durante a pandemia, só havia uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre o tema, de 2002. O CFM já discutia uma atualização?
A telemedicina é discutida há bastante tempo pelo CFM, tanto que temos uma resolução de 2002, atualizada em 2018. Essa atualização, porém, foi revogada. O texto tem muitos detalhes sobre a preservação da privacidade de dados e o prontuário do paciente, já que todo ato médico - e a telemedicina deve ser considerada um ato médico - precisa ter um registro. Esse prontuário é algo muito importante para o exercício da profissão porque nele estão as informações do paciente. Cabe ao médico ou à instituição a guarda desse documento. Há uma grande preocupação do CFM neste sentido. O conselho tem muitas resoluções, e o próprio Código de Ética diz que é vetada ao médico a prescrição sem exame físico do paciente. Esse artigo, de certa forma, vetava a consulta à distância. Em função das novas tecnologias, discutiu-se muito em 2018 uma proposta de atualização.
Por que essa proposta foi aprovada e depois revogada?
Ela teve muita repercussão negativa na classe médica, e isso culminou com uma revogação em fevereiro de 2019. Durante o ano de 2019, então, o CFM estabeleceu dois prazos para consultas públicas, para que os médicos, individualmente ou por meio de sociedades médicas e conselhos regionais, fornecessem contribuições. Foram muitas, mais de mil. Tivemos eleição dos membros do CFM em outubro e houve o planejamento para que, no primeiro semestre deste ano, publicássemos uma resolução nova. Veio a pandemia, e o governo decretou estado de emergência. Então o conselho fez uma nota técnica em março, que autorizava a teleorientação e a teleconsulta em função da Covid-19. Neste momento, a telemedicina tornou-se muito relevante. Logo em seguida vieram a portaria do Ministério da Saúde e a lei, autorizando a prática em caráter transitório e excepcional.
A pandemia acelerou o processo?
Esse vírus foi um fator disruptivo na telemedicina, porque, de forma abrupta, nos obrigou a aceitar (a prática). A ironia é que muitos médicos que eram totalmente contra a telemedicina hoje a têm como base de seu exercício. Toda preocupação do CFM nunca foi o corporativismo, mas a segurança do ato médico e da sociedade. Toda cautela visa à segurança.
A lei tem caráter provisório, vigora somente durante a pandemia. Quando ela for revogada, o CFM planeja retomar a discussão de uma nova resolução para a telemedicina?
Tem uma comissão já estudando isso. Estamos vendo quais são os erros, os acertos, qual é a perspectiva da sociedade. A nova resolução que pretendemos fazer quando a lei terminar tem alguns princípios que já conhecemos.
Quais seriam esses princípios?
O primeiro grande princípio seria a relevância da relação médico-paciente. O principal valor da profissão é essa relação, e é só por meio dela que você estabelece a necessária confiança. Isso é fundamental para o exercício da medicina. O padrão de ouro da nossa profissão é o atendimento presencial. A telemedicina tem que vir como uma tecnologia, visando principalmente ao acesso. Pode, por exemplo, transferir conhecimentos entre centros médicos, ou ainda evitar deslocamento de pessoas que viajam 400 quilômetros só para ter uma receita. São coisas que podem ajudar a melhorar o sistema de saúde coletivo, o próprio SUS.
E mais: Presidente da Fiocruz diz que Brasil assumiu um risco para ter uma vacina contra o coronavírus
E para as clínicas privadas?
O aspecto que mais se discutiu na época da revogação foi o dos consultórios privados, que, na realidade, representam um pequeno percentual do exercício da medicina no país. Três quartos da população brasileira são atendidos pelo sistema público de saúde, e um quarto, ou seja, cerca de 50 milhões, pelo sistema suplementar (planos e seguros privados de saúde). Quantos desses consultam médico particular? São poucos, não mais de dez milhões de pessoas. Mas, como método propedêutico, a intenção é que a telemedicina venha trazer acesso, conhecimento e, assim, qualificar o atendimento e racionalizar o uso de recursos, e isso não deve substituir a figura do médico presencial. É equivocado achar que teremos menos médicos, porque seriam substituídos pelo atendimento à distância. A telemedicina não é uma outra medicina, é simplesmente uma forma de facilitar o acesso à saúde.
O senhor já disse que existem limitações no atendimento por telemedicina. Quais são elas?
Toda medicina se divide entre o exame físico e, antes, uma entrevista, que é uma comunicação verbal e não verbal. O médico tem treinamento para ver, desde que o paciente entra no consultório, como ele anda, que tipo de autocuidado ele dedica ao seu corpo. São muitos detalhes para que se possa fazer uma hipótese diagnóstica. Com os relatos, o médico fica sem a parte do exame físico, sem a apalpação, a ausculta. Mesmo que tenha algumas ferramentas, o exame nunca é completo. Por esse motivo, a recomendação é que a primeira consulta seja presencial, porque você já tem seu médico, que já te conhece. Aí entra o princípio da busca da segurança. Por isso a nova resolução autoriza a teleconsulta após uma primeira consulta presencial.
Se, por um lado, existe um temor de que a telemedicina pode despersonalizar o atendimento e a relação médico-paciente, por outro lado, ela pode ser útil para melhorar o acesso à saúde em lugares remotos. Como garantir que cumpra essa função sem prejudicar os princípios da profissão?
Temos que ter muito cuidado com a impessoalidade. Existe um artigo muito antigo em resoluções do CFM que me parece simples e de muita relevância: todo paciente tem direito a um médico. Em casos de pacientes atendidos por equipes, por exemplo, perde-se a continuidade do atendimento, e isso não é bom. Então, preconiza-se que o médico acompanhe o paciente depois do diagnóstico. Brinco sempre que o remédio confiança é tão importante quanto qualquer remédio químico. Muitas pessoas precisam muito mais de um bom diálogo do que de um remédio. Gerar procedimentos de impessoalidade não é desejável. A medicina não é um produto a ser colocado na prateleira. Se for assim, você admite que qualquer programa de inteligência artificial vai substituir o médico. Isso é outra coisa. A história da medicina de cinco mil anos passa muito pela frase famosa da ciência e arte: é a ciência do conhecimento e a arte da relação entre pessoas. A prática da telemedicina é um ato médico complementar.
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TV ANHANGUERA
Goiás chega a 23.192 casos confirmados e 437 mortes por coronavírus, aponta balanço
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=77299431
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Testes sorológicos
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=77299528
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O POPULAR
Samaritano cancela cirurgia eletiva para poupar medicamento
O Hospital Samaritano de Goiânia, no Setor Coimbra, decidiu suspender temporariamente as cirurgias eletivas - que não são de urgência ou emergência. A decisão é uma medida preventiva para evitar a falta de medicamentos anestésicos para pacientes internados. Além disso, a unidade montou tendas externas para atender pacientes suspeitos e confirmados do novo coronavírus com distanciamento necessário. Reportagem de 24 de junho do POPULAR revelou que a falta de anestésicos e bloqueadores neuromusculares em hospitais públicos de Goiânia estão obrigando profissionais de saúde a usar substâncias de segunda linha, que causam efeitos colaterais nos pacientes entubados em leitos de unidade de terapia intensiva (UTI).
Diante disso, o Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego) defendeu a possibilidade de suspensão de cirurgias eletivas para economizar medicamento.
Em nota, o Samaritano informou que instalou tendas na calçada para garantir distanciamento entre os pacientes que buscam a unidade. A unidade diz que as tendas dão mais conforto para os pacientes, já o número de assentos na recepção do ambulatório exclusivo de Co-vid-19 teve o número reduzido.
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Governo do Estado adota isolamento intermitente
PANDEMIA Com reedição do decreto de março, governador estabelece regime alternado de abertura e fechamento, com intervalo de 14 dias, para atividades não essenciais; municípios vão decidir sobre adesão
Diante de previsão de colapso no sistema de saúde em Goiás em duas semanas, feita pela Universidade Federal de Goiás (UFG), o governador Ronaldo Caiado (DEM) reeditou o decreto de março, com fechamento de atividades não essenciais no Estado, por 14 dias, a partir de hoje. A intenção é criar o isolamento intermitente, alternando abertura e fechamento pelo mesmo período, em atendimento à recomendação do grupo técnico da UFG que monitora evolução do coronavírus em Goiás.
O decreto vale para todo o Estado, mas a adesão caberá a cada prefeito, sob argumento de que o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu que é responsabilidade dos municípios e dos Estados definir as regras de enfrentamento ao coronavírus. No entendimento do governo, para não seguir o decreto estadual, cada prefeito terá de editar normas específicas para o município, que terão de ser justificadas com notas técnicas da área de saúde.
O decreto de março determinou o fechamento do comércio, feiras, shoppings, igrejas, consultórios odontológicos e eventos esportivos. Na edição atual, divulgada ontem às 22h22, após 14 dias, restaurantes poderão reabrir, mas, além de protocolos específicos, deverão observar a lotação máxima de 50% de suas capacidades de acomodação.(Veja quadro nas páginas 6 e 7)
O governador afirmou que o objetivo é alcançar 55% de isolamento social. O Estado registra hoje 35,3% em média em dias úteis. Questionado sobre as pequenas chances de haver adesão por parte da maioria dos prefeitos, Caiado disse que "nunca é tarde para insistir" e que é momento de analisar quem está apresentando "argumentos populistas ou egoístas".
A Prefeitura de Goiânia, que intensificou as flexibilizações nas últimas semanas e previa permitir a reabertura das lojas da região da 44 nesta terça-feira, informou que seguirá as regras defendidas por Caiado (leia mais na página 7).
"Já pensou o quanto esses dados (de contaminados e mortos e das projeções) devem estar provocando dor de consciência enorme em alguns? Eu sou insistente. Vou convocá-los novamente", afirmou, em referência a prefeitos e empresários favoráveis às flexibilizações mais intensas.
Em videoconferência com os representantes dos municípios, do setor empresarial e de poderes e órgãos autônomos do Estado, na manhã de ontem, o governador pediu que os técnicos da UFG apresentassem resultados preliminares da quarta nota técnica que será lançada pelo grupo. No documento, a universidade indicará que, se o Estado mantiver o mesmo índice de isolamento atual (menos de 35%), poderá chegar a 18 mil mortes no final de setembro.
O professor e pesquisador Thiago Rangel, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFG, disse que, com a proposta de fechamento alternado de 14 dias mais a implantação de estratégia de rastreamento de portadores da doença, é possível reduzir em 10,28 mil o número de mortos até o fim de setembro. "Deixar como está é inaceitável e imoral. Não é uma opção", afirmou.
Para o rastreamento, é necessário elevar a testagem e garantir de forma mais rápida o isolamento por dez dias de pessoas infectadas e daqueles com os quais convivem. Para viabilizar o rastreamento, serão necessários, segundo Thiago Rangel, dois mil monitores. Caiado defendeu que empregadores e prefeitos adquiram testes PCR para realizar exames semanalmente. Mais tarde, disse que os técnicos da Saúde vão recomendar a periodicidade mais adequada. Pediu também que prefeitos utilizem verbas federais para ampliar a testagem.
Thiago afirmou que, se houvesse um lockdown (fechamento total, inclusive com restrições para que as pessoas circulem nas ruas) por três meses, o número de mortos cairia para 4 mil, segundo as projeções do grupo. No entanto, ele entende que não haveria adesão da população e forte impacto socioeconômico. Assim, o isolamento intermitente seria um meio termo entre fechamento total e a flexibilização excessiva da maioria das cidades goianas.
Caiado afirmou que colocará à disposição dos prefeitos o efetivo das forças policiais para assegurar o cumprimento da quarentena intermitente. Defendeu um "sistema de mutirão", com participação de todos os Poderes, gestores e empresários para evitar mortes.
Ao participar da videoconferência, o secretário estadual da Saúde, Ismael Alexandrino, disse que não há a menor possibilidade de o Estado alcançar 2 mil leitos de UTI porque faltam equipamentos, medicamentos e pessoal para atuar nas unidades. Esta é a demanda que a UFG aponta como necessária até o final de julho se o isolamento se mantiver baixo. Em 15 dias, será necessário o dobro do número de leitos demandado atualmente, daí a UFG falar em possibilidade de colapso do sistema de saúde. A previsão do secretário é chegar a 600 leitos, afirmando ser o dobro do que tinha antes do início das medidas de enfrentamento à pandemia.
Ismael também informou o cancelamento de cirurgias eletivas, nos sistemas público e privado, para economizar medicamentos necessários às internações por Covid-19.
Ao final da videoconferências, representantes de Poderes e órgãos autônomos disseram ser importante a iniciativa da quarentena intermitente.
Calibragem
O grupo de estudo da UFG alterou a projeção de casos e mortes por coronavírus para o final de julho em Goiás, reduzindo em mais de 2,2 mil a previsão de óbitos para o próximo mês. Em nota técnica emitida no final de maio, os técnicos afirmavam que, se mantido o baixo isolamento social, o Estado teria pelo menos 5.360 mortes até 31 de julho. Agora a projeção é de 3.101, mas chegando a 18.000 no fim de setembro.
Thiago Rangel afirmou que houve "calibragem" por conta do segundo inquérito populacional realizado em Goiânia, que mostrou que apenas 2% da população teve contato com o vírus. Na nota técnica anterior, só havia o primeiro inquérito, com prevalência de 0,7%. "Na nota técnica 3, o modelo estava rápido demais em número de infectados, portanto a letalidade estava baixa. O segundo inquérito mostrou baixo contato e número de mortos maior. A curva de óbitos continua igual, mas com menos pessoas infectadas. Ou seja, a letalidade da doença sobe, mas em prazo maior", diz o professor.
Ele também afirma que, pelo número de infectados ser menor do que a suposição anterior, há mais pessoas suscetíveis do que se considerava na nota técnica 3. "O pico é muito mais alto porque tem mais gente para ser infectada ao longo do tempo", diz.
Bolsonaro
Apesar do tom forte de críticas a prefeitos e empresários que defendem flexibilização, o governador minimizou o comportamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que novamente esteve em Goiás (em distrito de Ipameri) no fim de semana e conversou de perto com moradores, sem máscara. "É um detalhe. Tem muito deputado, muito prefeito, muito presidente de entidade que se comporta assim. Não é apenas uma figura. Eu tenho de tomar atitudes que sejam consequentes para salvar vidas. Não essa coisa de tititi", disse.
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Goiânia vai seguir o regime 14x14
PANDEMIA Segundo o procurador geral do município. Brenno Kelvys, redação do decreto estadual vai definir sua 'autoaplicabilidade'
Apesar de o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), ter decidido aderir à estratégia do governo estadual e adotar o isolamento intermitente (com a proibição de atividades não essenciais por 14 dias), o comércio da capital inicia esta terça-feira (30) funcionando conforme a regra de flexibilização estabelecida pela prefeitura da capital, que prevê o primeiro dia de funcionamento da Região da 44, após meses com lojas fechadas (leia mais na página 9).
Por volta das 20h30 de ontem o Estado ainda não havia publicado decreto com as novas restrições para o funcionamento de atividades econômicas, o que inviabilizou a adesão oficial da prefeitura às regras. De acordo com o procurador-geral do município, Brenno Kelvys Souza Marques, a prefeitura editará ato nesta terça. "O posicionamento do chefe do Executivo municipal é seguir as regras do Estado. Vamos aguardar. Tudo depende da redação do decreto estadual, inclusive para definirmos sua autoaplicabilidade."
Ainda segundo o procurador, o documento da prefeitura deve sair até o fim da manhã desta terça. Sem o decreto estadual em mãos, o texto só seria divulgado às 22h22, o procurador disse que não era possível afirmar se o isolamento intermitente pode começar a vigorar em Goiânia ainda hoje.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em abril que Estados e municípios têm autonomia para tomar decisões relacionadas ao combate ao novo coronavírus.
O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), informou sobre a decisão de seguir o Estado durante reunião realizada ontem entre o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e prefeitos goianos. "Nós estamos aqui acompanhando todas as diretrizes ditadas por Vossa Excelência e assim acompanharemos", afirmou Iris durante a videoconferência.
A decisão de seguir o Estado veio quase duas semanas depois de Iris assinar decreto flexibilizando o funcionamento do comércio, com permissão para a abertura de shoppings e galerias. A autorização para as lojas levantarem as portas veio com a obrigatoriedade do uso de máscaras, aferição de temperatura de clientes, desligamento de bebedouros e instalação de barreiras físicas em caixas.
"Isolamento intermitente deu sinais positivos", diz prefeito de Rio Verde
Segunda cidade de Goiás com maior número de casos do novo coronavírus, Rio Verde implantou o isolamento intermitente de 14 em 14 dias em 8 de junho e, segundo o prefeito Paulo do Vale (DEM), deu resultados positivos. "Fechamos o comércio de 8 a 21 de junho, conseguindo um isolamento em torno de 50% e aproveitamos para fazer a testagem em massa, identificando o vírus antecipadamente para isolar as pessoas, assim como seus contactantes, e os resultados são bons." De acordo com o prefeito, a cidade, que tem mais de 4 mil casos confirmados, está com a situação controlada. "Hoje (ontem), temos 91% dos infectados curados e uma taxa de mortalidade de 0,8%, ao passo em que conseguimos ampliar a nossa oferta de leitos de UTI. No dia 15, tínhamos 35 respiradores no serviço público. Agora, temos 65 e a taxa de ocupação de leitos nunca passou de 40% - hoje (ontem), é (era) 36%." A respeito da recomendação do governador Ronaldo Caiado (DEM) para que todo o Estado adote essa mesma medida, Paulo do Vale, que é médico, diz que "é o momento de isso ser feito. "Caso contrário, haverá colapso no sistema de saúde e as pessoas vão morrer em casa ou na porta dos hospitais sem respiradores." Aparecida de Goiânia, terceira cidade com mais casos, deve seguir com o isolamento intermitente já adotado na cidade (leia mais na página 8), enquanto Anápolis ainda estudava que medida adotar na noite de ontem.
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Webinar discute equilíbrio entre economia e saúde em Goiás
A busca pelo equilíbrio entre os cuidados com a saúde, diante do avanço do novo coronavírus em Goiás, e o funcionamento da economia, para sobrevivência das empresas e dos empregos, é o tema de uma webinar que o Grupo Jaime Câmara (GJC) realiza hoje, às 17 horas. Durante o evento, representantes do setor empresarial e da área da saúde apresentarão seus pontos de vista e as prováveis soluções para esta desafiadora equação.
O objetivo das webinars promovidas pelo GJC, que começaram no último dia 10 de junho, é colaborar com conteúdo relevante nesse momento de crise, apresentando possíveis cenários a curto e médio prazo para a economia e saúde da população.
O evento on-line poderá ser acessado pela plataforma Zoom Cloud Meetings. Inscrições gratuitas podem ser feitas pelo site www.jaimecamaraeventos.com.br.
Um dos debatedores de hoje representa um dos segmentos mais impactados pelas medidas de isolamento social: os shopping centers. O presidente da Abrasce, Glauco Humai, lembra que já se passaram 100 dias desde o início das medidas de isolamento, tempo suficiente para se conhecer bem os riscos e as medidas preventivas contra o avanço da doença, e para que os governos preparassem as estruturas de Saúde.
"Hoje, todos já sabem os riscos e como agir para garantir a segurança de trabalhadores e clientes. A economia precisa funcionar e os shoppings abertos e seguindo todas as regras sanitárias não elevam o risco de contaminação", argumenta.
Para ele, os governos precisam liberar o funcionamento dos segmentos que possuam bons protocolos de segurança para o funcionamento, com medidas restritivas eficientes, de acordo com o que determinam a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde. "O problema maior são as ruas cheias de camelôs, as feiras, os ônibus lotados e a realização de festas. Nós estamos é contribuindo com a segurança da população", afirma o presidente da Abrasce.
Para o médico infectologista Raimundo Nonato Leite Pinto, presidente do Sicoob UniCentro Brasileira, existe a necessidade de um novo fechamento porque o sistema de saúde não está preparado para atender o recente aumento na demanda. Durante a webinar, ele adianta que deve abordar as medidas de prevenção necessárias para uma redução mais rápida dos casos, visando a uma reabertura gradual da economia.
Nonato informa que o objetivo é fazer uma conciliação entre a saúde e a economia, mas lembrando que a prioridade deve ser sempre a vida. "Precisamos lembrar que, quanto menor a presença da Covid-19, mais cedo será possível voltar ao trabalho. Este deve ser o principal argumento para as atividades voltarem ao normal, diante de uma estrutura precária de saúde", explica. Ele lembra que nenhum governo quer assumir o risco de pessoas morrerem sem uma assistência devida. "Precisamos achar este ponto de equilíbrio. Quem sabe se com políticas de prevenção não possamos abreviar essa quarentena", destaca.
Com o tema 'Economia e Saúde, como alcançar o equilíbrio?', a webinar também contará com as participações do secretário de Saúde do Estado de Goiás, o médico Ismael Alexandrino Júnior, e do também médico Sérgio Baiocchi Carneiro, presidente da Unimed Goiânia.
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Total de infectados em Goiânia cresce 3 vezes em 3 semanas
Estimativa apontada em inquérito sorológico é de que 2,1% da população goianiense teria contraído Covid-19 até 20 de junho, contra 0,7% na medição anterior
A estimativa oficial de pessoas infectadas com o novo coronavírus em Goiânia subiu de 0,7% para 2,1% da população em um intervalo de 3 semanas. O resultado do terceiro inquérito sorológico realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foi antecipado durante apresentação de novo estudo desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) durante uma live do governador Ronaldo Caiado (DEM).
Até então a prefeitura só havia divulgado o resultado do segundo inquérito, pois o primeiro apresentou problemas na metodologia por causa do tipo de exame que estava sendo aplicado nas pessoas, considerado menos eficaz.
Se no dia 30 de maio, a estimativa era de que 10,6 mil pessoas já haviam tido contato com o vírus na capital, agora o quadro mostra que em torno de 31,8 mil podem estar com anticorpos contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) no organismo. A velocidade de contágio é menor do que se esperava, conforme O POPULAR apurou.
A pesquisa foi feita com 2.628 pessoas. Elas foram testadas por profissionais de saúde após terem sido escolhidas por sorteio que contemplou os sete distritos sanitários da capital.
O inquérito mostra também que a situação estaria mais avançada na região noroeste da capital, onde a doença já teria chegado a cerca de 4% da população. Na região sul, chegou a cerca de 3%, enquanto a oeste foi a que registrou menor índice, com cerca de 1%.
Os dados mostram que a Covid-19 estaria menos avançada na capital do que em Anápolis, onde um primeiro inquérito neste mês mostrou 7,8% da população contaminada, e em Rio Verde, onde dois inquéritos feitos em maio e junho mostraram contaminação em torno de 4,8% dos moradores.
Como o inquérito sorológico detecta quem já desenvolveu anticorpos para a Covid-19, o quadro captado no dia dos exames é o da realidade de duas semanas antes. Ou seja, o levantamento feito no dia 20 de junho mostra a realidade do dia 6, enquanto a do dia 30 de maio mostrou a do dia 16. Um novo inquérito em Goiânia está previsto pela SMS para o dia 11 de julho.
Prefeitura de Goiânia quer testar até 300 por dia
A Prefeitura de Goiânia contratou uma nova empresa para realizar testes do novo coronavírus do tipo RT-PCR. O Cientificalab Produtos Laboratoriais e Sistemas, de Barueri, São Paulo, do Grupo Dasa, foi contratado por R$ 1,5 milhão para realizar 10 mil testes. O contrato com o antigo laboratório, o HLAGyn, de Goiânia, se encerrou. A escolha da empresa foi feita por dispensa de licitação devido a urgência da pandemia.
Enquanto o novo laboratório não começa a realizar testes, os exames do tipo PCR são feitos pela Universidade Federal de Goiás (UFG), que faz uma média de 150 a 200 testes diários para a Prefeitura de Goiânia, segundo o superintendente de Vigilância em Saúde do município, Yves Mauro Ternes. Com a nova empresa, a SMS deve ampliar sua capacidade para mais de 300 testes por dia, de acordo com Yves. O superintendente explica que ela foi escolhida porque apresentou o menor preço.
Reportagem do POPULAR publicada na edição do dia 15 de julho mostrou que houve um congestionamento de amostras para testes de Covid-19 nos laboratórios privados que atendem Goiás, entre eles o HLAGyn. Na época, houve aumento do tempo de espera para ter resultados e diminuição na quantidade de testes feitos em algumas cidades, como Goiânia, Aparecida e Anápolis. A escassez coincidiu com uma alta demanda de teste em Rio Verde.
O HLAGyn aumentou sua capacidade para cerca de 5 mil exames diários. No começo do mês essa média era de cerca de 2,2 mil por dia e até semana passada era por volta de 3 mil. Esse aumento foi possível com a aquisição de três robôs que aceleram a extração do RNA, uma das etapas do teste. Cada máquina faz a extração de 100 amostras em uma hora.
Outros laboratórios também estão investindo em tecnologia para acompanhar a demanda por testes e evitar novos congestionamentos. O Grupo Pardini, que tem sede em Belo Horizonte (MG) e é representado em Goiás pelo laboratório Padrão, realiza atualmente entre 6 mil e 7 mil testes diários de Covid-19.
Apesar da corrida dos laboratórios por mais testes, ainda há relatos de demora para resultados. Em Anápolis, os resultados de testes PCR, contratados pela prefeitura em laboratórios privados, continuam atrasados desde quando houve o congestionamento de amostras no início do mês de junho.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Pandemia está longe de terminar, alerta OMS
Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (29) o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde ( OMS ), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a pandemia do novo coronavírus está longe de terminar. Além disso, ele também alertou que o pior momento ainda está por vir.
A fala do representante da organização foi feita um dia após o mundo ultrapassar a marca de 10 milhões de casos confirmados de Covid-19 e 500 mortes em decorrência da doença, conforme os dados da Universidade Johns Hopkins. As informações são da agência ANSA e foram publicadas pela revista IstoÉ .
"Todos nós queremos que isso acabe. Todos queremos continuar com nossas vidas. Mas a dura realidade é que isso não está nem perto de acabar", enfatizou Ghebreyesus. Ele também ressaltou que "embora muitos países tenham feito algum progresso globalmente, a pandemia está na verdade acelerando".
O diretor-geral também considerou que "a maioria das pessoas permanece suscetível". Isso porque "o vírus ainda tem muito espaço para se movimentar", acrescentou.
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Dexametasona a pacientes graves da covid-19 salva vidas , diz OMS
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira, 29, que o corticoide dexametasona "salva vidas" de pacientes graves da covid-19. Um dia antes de se completarem seis meses desde o primeiro caso relatado do novo coronavírus, a entidade estabeleceu cinco novas diretrizes para os países enfrentarem a pandemia. Em uma delas, intitulada "salvar vidas", Tedros citou o medicamento.
"Identificação precoce dos infectados e cuidados clínicos precoces salvam vidas. Dar oxigênio e dexametasona a pessoas com casos graves da covid-19 salva vidas. Dar atenção aos grupos de risco, inclusive aos idosos e pessoas de cuidados prolongados, também salva vidas", afirmou o diretor.
O líder da organização comentou sobre o ressurgimento de casos em países que reabriram a economia e ressaltou que muitas pessoas ainda estão suscetíveis à covid-19. De acordo com o diretor, a pandemia ainda se estenderá por um longo período.
"Muitos países implementaram medidas nunca antes vistas para suprimir a transmissão e salvar vidas. Essas medidas tiveram sucesso, mas não interromperam completamente a doença. O vírus ainda tem muito espaço para se disseminar. Todos queremos o final disso. Todos queremos que a vida continue. Mas a dura realidade é: não estamos nem próximos do final. Embora vários países tenham progredido, globalmente a pandemia está acelerando", alertou.
Além do tópico sobre preservação de vidas, a OMS estipulou outras quatro orientações: empoderamento das comunidades, supressão da transmissão, aceleração das pesquisas e liderança política.
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Negada liminar que pede suspensão dos decretos de flexibilização do comércio em Goiânia
A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) entrou com uma Ação Civil Pública (ACP) na noite do último domingo (28) na qual pede que os últimos três decretos que flexibilizaram o comércio em Goiânia, sejam suspensos por um período de sete dias. Entretanto o pedido foi julgado pelo plantão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e negada na noite de ontem.
A ação foi protocolada após a defensoria fazer um levantamento dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI's) na capital, que segundo o órgão 96% estão ocupados e há poucos leitos disponíveis na capital.
Segundo o levantamento feito pelo Núcleo Especializado de Direitos Humanos (NUDH) da Defensoria, até às 21h30 de ontem, apenas quatros leitos de UTI estavam disponíveis para pacientes infectados pelo novo coronavírus, sendo que outros 114 estão ocupados, como mostra o sistema de controle das vagas de UTIs da Secretaria Municipal de Saúde da Capital.
A DPE afirmou que duas horas após o primeiro levantamento ser feito e ação protocolada, o número de leitos ocupados em Goiânia subiu para 98,24% e sobrando apenas dois leitos de UTI's livres na capital.
O coordenador do NUDH Philipe Arapian, afirmou que o órgão tem como objetivo elevar o isolamento social para 50% na capital, até o sistema de saúde retomar sua capacidade de absorver a demanda por internações.
Caso a decisão do órgão seja acatada, os efeitos da mesma passam a valer a partir da próxima terça-feira (30/6) para não surpreender comerciantes e trabalhadores, e evitar que a suspensão dos decretos seja prorrogada.
Entretanto o pedido de liminar foi julgado no plantão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e o mesmo foi indeferido pelo juiz Fernando Moreira Gonçalves. O magistrado levou em consideração a última nota técnica que fala sobre a liberação de áreas do comércio na capital e relembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) deu autoridade aos prefeitos e governadores para tomarem as decisões referentes a pandemia provocada pela Covid-19.
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JORNAL OPÇÃO
“Situação de Anápolis é um pouco diferente”, diz Roberto Naves sobre decisão de aderir à quarentena estadual
Por Eduardo Pinheiro
Taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) na cidade está em 33%
O prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PP), disse, em vídeo publicado nas redes sociais, que a decisão de aderir ou não à quarentena estabelecida pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) ainda depende de avaliação. Segundo o chefe do executivo municipal, a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) na cidade está em 33%.
A situação de Anápolis, neste sentido, argumenta, seria diferente das apresentadas como diagnóstico para sustentar a decisão anunciada por Caiado na manhã desta segunda-feira, 29. Naves diz, entretanto, que a decisão será tomada a partir de avaliação de corpo técnico da saúde municipal e técnicos da Universidade Federal de Goiás (UFG), além de representantes da sociedade civil.
Isolamento
Na reunião com prefeitos, representantes do judiciário e Ministério Público, Caiado defendeu isolamento intermitente de 14 em 14 dias. A medida foi apresentada através da exposição de estudo elaborado pela UFG, que aponta colapso da saúde entre 8 e 15 de julho. A projeção ainda prevê, caso não seja adotada nenhuma medida para aumento de isolamento social, 18 mil morte acumuladas até o final de agosto.
Caiado ainda argumentou que os leitos de UTI do estado estão com 80% de ocupação com pacientes de Covid-19.
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"Governo não cumpre parte dele", diz Sandro Mabel sobre combate à covid-19
Théo Mariano
Goiânia - "Só chegamos nesta situação porque o governo de Goiás não está cumprindo sua parte", disse Sandro Mabel, presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), durante live transmitida nesta segunda-feira (29/6), sobre o avanço do novo coronavírus no Estado.
Para o presidente da Fieg, o governo não seguiu recomendações do procurador-geral da República, Augusto Aras, para uso antecipado de medicamentos como "cloroquina e azitromicina". "Essa pandemia vai separar gestores que enfrentaram a pandemia com responsabilidade, com a criação de UTIs necessárias - que até hoje não são suficientes -, fechamentos parciais, protocolos com remédios precoces, dos meninos", afirmou Mabel.
"Enquanto você [Ronaldo Caiado] tem refeições fartas (...) a população perde emprego e passa fome", enfatizou o presidente da Fieg. "Esse monitoramento que o governador diz (sic) que precisa fazer, deveria ter sido feito desde o início [da pandemia]", disse. Para Mabel, é necessário manter as pessoas do grupo de risco isoladas.
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Governo de Goiás prevê alcançar cerca de 600 leitos de UTI até julho
Goiânia – Com o aumento da demanda de leitos clínicos e de UTI, devido à propagação da Covid-19, o governo de Goiás promoveu a estadualização de hospitais e instalou Hospitais de Campanha para abertura de novos leitos de UTI em todas as macrorregiões do Estado. No mês de julho, segundo o governo do Estado, a previsão é de que sejam criados 95 novos leitos de UTI em Goiás. “Modéstia parte, nenhum outro Estado conseguiu ampliar a sua estrutura regional como fizemos em Goiás”, disse Caiado durante a reunião com prefeitos, representantes dos Poderes e do setor produtivo, realizada por videoconferência nesta segunda-feira (29/6).
Em janeiro de 2019, Goiás contava com 269 leitos de UTI concentrados nos municípios de Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia. Como medida para o enfrentamento da pandemia, foi implantado mais 178 leitos, totalizando 437. A meta é alcançar, até o final de julho, um total de 576 leitos de UTI, podendo chegar a 600. “Estamos ampliando hospitais, leitos de UTI e estadualizando os hospitais municipais, de acordo com as regiões, para não deixarmos os goianos tão distantes de uma cura”, enfatizou o governador.
Mais 95 leitos de UTI devem ser abertos no próximo mês, sendo dez no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol); 11 no Hospital Regional de São Luis dos Montes Belos; dez no Hospital Regional de Formosa; 30 no Hospital de Campanha de Águas Lindas e 14 no HCamp de Porangatu. Durante a reunião, o governador anunciou que vai inaugurar, nesta terça-feira (30/6), 20 leitos de UTI e 50 leitos de enfermaria no Hospital São Marcos, de Itumbiara.
“Nós fizemos aberturas de hospitais em lugares extremamente importantes para a população goiana ter acesso a tratamento digno. No extremo Norte do Estado, em Porangatu, já está funcionando há mais de 15 dias. A estrutura de Luziânia está funcionando há um mês. A estrutura de Águas Lindas também está funcionando. Formosa já está atendendo alguns casos, mas as instalações deverão ser implantadas nos próximos 15 dias. Em Trindade, instalamos as UTIs [seis], onde não havia, e já estão totalmente lotadas. Faremos a inauguração do Hospital em Itumbiara, com 20 leitos de UTI, mais 50 leitos de enfermaria. No final da próxima semana, vamos concluir os hospitais de São Luís de Montes Belos, de Jataí, e vamos atender a todas as regiões do Estado com qualidade”, destacou Caiado.
Durante a reunião, o governador solicitou que empresas que oferecem planos de saúde aos colaboradores intensifiquem a cobrança de leitos de UTI destinados aos segurados em hospitais privados. A nova nota técnica publicada pelo governo do Estado recomenda o cancelamento de cirurgias eletivas na rede privada, como medida para ampliação dos leitos de UTI. Nos hospitais públicos esse tipo de atendimento já havia sido suspenso pela Secretaria de Estado da Saúde.
Ocupação de leitos preocupa
O Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), por exemplo, está com 14 dos 15 leitos de UTI dedicados para covid-19 ocupados. No Hospital de Campanha de Águas Lindas, a taxa de ocupação é de 100%, enquanto no HCamp de Goiânia essa taxa é de 72%, com 51 leitos de UTI ocupados.
Dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde apontam que 86,67% dos leitos de UTI em todo Estado estão ocupados. De acordo com o titular da SES, Ismael Alexandrino, o índice ideal de funcionamento de uma UTI é de 85% de ocupação para que o trabalho possa ser realizado sem atropelos. “Eu sei que alguns aspectos fora da Saúde são fundamentais, principalmente sociais e econômicos, mas nós temos que achar um ponto de equilíbrio entre eles”, ponderou o secretário.
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AGÊNCIA BRASIL
Vacina de Oxford pode ser distribuída este ano, diz Astrazeneca
Brasília - A vacina contra o covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, com testes no Brasil, poderá ficar disponível à população ainda este ano. A afirmação foi feita por Maria Augusta Bernardini, diretora-médica do grupo farmacêutico Astrazeneca. O grupo anglo-sueco participa das pesquisas da universidade inglesa em parceria com Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“Esperamos ter dados preliminares quanto a eficácia real já disponíveis em torno de outubro, novembro”, disse Bernardini. Segundo ela, apesar de os voluntários serem acompanhados por um ano, existe a possibilidade de distribuir a vacina à população antes desse período.
“Vamos sim analisar, em conjunto com as entidades regulatórias mundiais, se podemos ter uma autorização de registro em caráter de exceção, um registro condicionado, para que a gente possa disponibilizar à população antes de ter uma finalização completa dos estudos”, acrescentou, destacando que os prazos podem mudar de acordo com a evolução dos estudos.
Segundo ela, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem se mostrado disposta a colaborar. A vacina está atualmente na fase três de testes. Isso significa, de acordo a Unifesp, que a vacina se encontra entre os estágios mais avançados de desenvolvimento. O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e um dos motivos que levaram à escolha foi o fato de a pandemia estar em ascensão no país.
“O Brasil é um grande foco de crescimento, de mortalidade, o que nos coloca como ambiente propício para demonstrar o potencial efeito de uma vacina. Para isso precisamos ter o vírus circulante na população e esse é o cenário que estamos vivendo”, disse Bernardini. Ela participou, hoje (29), de uma conversa, transmitida ao vivo pela internet, com o embaixador do Reino Unido no Brasil, Vijay Rangarajan.
A diretora-médica da Astrazeneca também destacou que a atuação de pesquisadores brasileiros em Oxford e sua reputação foi outro fator influenciador para trazer a pesquisa para o Brasil. “Isso fortaleceu a imagem a reputação científica do Brasil, além de facilitar, trazer com agilidade o estudo em termos de execução”.
Vantagens da vacina de Oxford
Segundo ela, a vacina de Oxford tem vantagem sobre outras em desenvolvimento no mundo pois, além de usar uma plataforma já conhecida e testada em vírus como Mers e Ebola, funcionaria com uma dose única. “Estamos desenvolvendo uma vacina em dose única. É um diferencial. […] Outro diferencial que temos é que sabemos que potencial da geração de anticorpos é muito forte, muito positivo”. (Agência Brasil)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação