Médicos goianos devem suspender o atendimento a usuários de sete planos de saúde
Nos dias 17, 18 e 19 de outubro, os médicos goianos devem suspender o atendimento eletivo a usuários de sete operadoras de planos de saúde. O protesto deve atingir a Amil, Cassi, Capesesp, Fassincra, Geap, Imas e Promed, consideradas pelas entidades médicas as piores operadoras em atuação em Goiás. Nos três dias de paralisação, apenas os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos.
O protesto dos médicos goianos faz parte da mobilização nacional deflagrada em outubro pela classe médica contra as operadoras de planos de saúde, em defesa da valorização da medicina e da melhoria do atendimento à população. Em Goiás, a mobilização está sendo coordenada pelo Cremego, Simego e Cier-Saúde.
De acordo com o presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, a paralisação deve atingir operadoras que descumprem acordos firmados com a classe médica, atrasam pagamentos, mantém tabelas de remuneração extremamente defasadas, praticam glosas injustificadas e desvalorizam o médico, pagando honorários diferentes para o mesmo procedimento.
Entre as reivindicações dos médicos estão o reajuste da consulta para 80 reais – atualmente essas operadoras pagam entre 35 e 55 reais -, a adoção da CBHPM/2012 para o pagamento dos honorários; a inserção nos contratos de critérios de descredenciamento e de reajuste e o pagamento dos honorários médicos diretamente ao profissional
A categoria também quer o fim da intervenção antiética das operadoras na autonomia da relação médico-paciente e que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) responda, por meio de normativa, a proposta de contratualização encaminhada pelas entidades médicas.
Nesta quarta-feira, dia 10, o Simego fará uma Assembleia Geral Extraordinária para tratar da paralisação. (Fonte: Cremego)