Ahpaceg vai integrar o comitê de gestão do atendimento de urgência e emergência em Goiânia
A Ahpaceg vai integrar o comitê de gestão que vai debater e buscar soluções para a grave crise que afeta o atendimento de urgência e emergência em Goiânia. O comitê será coordenado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal e formado ainda por gestores da saúde no Estado, na capital e nos municípios do entorno de Goiânia e por representantes dos hospitais públicos.
A criação do comitê foi aprovada na plenária temática realizada no Cremego, no dia 15 de dezembro, para debater a situação do atendimento de urgência e emergência em Goiânia. A reunião contou com a participação de conselheiros e diretores do Conselho, médicos, representantes do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital Materno Infantil (HMI), Hospital e Maternidade Dona Íris, Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), Maternidade Nascer Cidadão, Secretaria Estadual de Saúde (SES) e o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou.
Em todos os depoimentos dos médicos e dos representantes das unidades públicas estaduais e municipais ficou evidente a crise no atendimento de urgência e emergência na capital. Superlotação das unidades, sobrecarga dos profissionais, dificuldades de encaminhamento de pacientes para unidades especializadas ou mais adequadas às necessidades destes pacientes e escassez de materiais e medicamentos foram as queixas mais citadas e que evidenciam a gravidade da situação atual da urgência e emergência na rede pública de Goiânia.
A criação de uma rede de atendimento, envolvendo as esferas estadual, municipal, as Organizações Sociais gestoras de hospitais do Estado e a rede privada foi uma das sugestões apresentadas para a solução do problema, que pode se agravar com a chegada das festas de fim de ano, quando tradicionalmente há um aumento na demanda e uma redução das equipes de atendimento com as férias dos trabalhadores.
Para o presidente da Ahpaceg, o problema é grave e a reestruturação da rede de atendimento pode levar tempo, pois demanda recursos e, no caso da rede privada, capacidade de negociação com os hospitais, que atualmente não têm condições de manter o atendimento pelo Sistema Único de Saúde com os valores pagos. Para Haikal Helou, não haverá uma solução rápida, mas o início do debate já é um avanço.