Ahpaceg na Mídia - O que você mudaria em Goiânia
Em matéria publicada pelo jornal O Hoje, alusiva ao aniversário de Goiânia, o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, fala sobre mudanças na saúde na capital. Confira
O que você mudaria em Goiânia?
Ao completar 83 anos, Goiânia comemora com bastante vigor, mas com gargalos que ainda precisam ser sanados. Goianienses apontam o que deve ser mudado na cidade e especialistas sugerem os meios
Wilton Morais
Goiânia completa no dia 24 de outubro 83 anos desde a sua criação. Em 1933 o engenheiro-arquiteto, urbanista e paisagista brasileiro Atílio Correia Lima foi quem determinou o planalto onde a cidade seria fundada. Naquele ano, o governador Pedro Ludovico Teixeira, não imaginava o crescimento da cidade. Na ocasião, lançou a pedra fundamental, onde se encontra o Palácio das Esmeraldas, na Praça Cívica.
A Capital do Estado foi o principal pilar para a construção do Distrito Federal em Brasília. Com moradores vindos das diversas regiões do Brasil, o crescimento não planejado elevou o numero de habitantes da cidade desproporcionalmente. Neste ano, a cidade que foi planejada para 50 mil habitantes, ultrapassa a estimativa de um milhão e 448 mil moradores para uma área de 729 km², conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Com tantas falhas, caucionados pelo inchaço populacional, a equipe do HOJE ouviu o que os moradores mudariam na cidade, e as possíveis soluções sugeridas por especialistas. Entre as principais melhorias apontadas pela sociedade, o trânsito, a educação, a segurança e a saúde se destacam.
Trânsito
Do entorno da Avenida Goiás, uma das primeiras vias do centro da cidade, o moto taxista Emerson de Amir Costa, mudaria as ruas de Goiânia. Melhorias e inovações no trânsito são partes do desejo do moto taxista. “Passamos por muitos buracos, ruas estreitas, outras sem saída. Os semáforos possuem tempos que diminuem rápido demais. A meu ver, as rotulas deveriam ser retiradas e substituídas por viadutos. Eu mudaria o trânsito com semáforos novos”, anseia.
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (CREA-GO), Francisco Almeida, acredita que a mobilidade da cidade deve ser vista como interesse de Estado. Uma Central de engenharia de tráfico eficiente é uma opção levantada. “Precisamos de um projeto de engenharia de tráfico. Dessa forma, poderíamos aliviar as vias vicinais da cidade. Não podemos comparar Goiânia com outras cidades, as rotulas devem ser substituídas por semáforos e viadutos. Algumas vias também precisão ser duplicadas”, sugere.
Educação
Para o estudante Galva Vieira dos Santos, Goiânia possui professores insuficientes. “Eu melhoraria a educação. Vejo que faltam profissionais nas escolas e nas creches de Goiânia. Mas, a falta de matérias didáticas, que muitas vezes estão quebrados prejudica a qualidade do ensino e da educação escolar, ainda com um peso maior”, afirma o estudante.
Segundo o Doutor em Educação Alcir Horácio da Silva, da Universidade Federal de Goiás (UFG), o município precisa de condições mínimas para que o aluno tenha o melhor da sociedade. A educação para Alcir, também deve ser uma política de Estado. “Equipamentos razoáveis para uso de internet banda larga, quadras poliesportiva para educação física, são opções básicas e essenciais para a qualidade do ensino. Tudo isso é necessário. Aulas de arte, teatro, dança e outras disciplinas com condições mínimas são princípios básicos para a qualidade da educação”, orienta o professor.
Segurança
A assistente administrativa Marcilene Rodrigues, mudaria a segurança com aumento do efetivo de policiais e unidades de delegacias. “Para quem já teve um assaltante invadindo sua própria casa, todos os espaços da cidade são inseguros e o policiamento preventivo é fundamental. Uma parceria entre as forças policiais seria mais uma das minhas mudança”, diz.
“A insegurança é reflexo dos autos índices de homicídios e do aumento da população carcerária no Estado”, afirma o presidente da comissão de segurança pública da Ordem dos Advogados do Brasil, em Goiás (OAB – GO), Edemundo Dias. Além de uma parceria entre os órgãos de segurança da cidade, a sugestão é a prevenção ao crime. “Com programas intensos de atendimento ao dependente químico. Com limpeza de lotes baldios, instalação e reparo da iluminação pública com qualidade, a sensação de insegurança da população seria menor”, sugere.
Saúde
Após anos de trabalho como cobradora de ônibus, a aposentada Julia da Silva mudaria a saúde e o funcionamento dos Centros de Atendimento Integral da Saúde (Cais). “Possuo diabetes, então mudaria a saúde, com atendimento 24 horas nos Cais e maior número de médicos. É uma situação muito complicada para quem precisa de atendimento durante a noite. Não tenho para onde ir, caso passe mal”.
Quem comenta a sugestão de mudança é o coordenador da Câmara Técnica de Saúde de Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), Haikal Helou. “A medicina preventiva poderia solucionar grande parte do problema de saúde de Goiânia. Cerca de 80% das pessoas que procuram algum hospital, caso realizassem medidas de prevenção não teriam certos problemas”, incentiva. Com diálogo entre as partes do governo, Haikal acredita na melhoria da saúde pública do município. “Para termos atendimento 24h também necessitamos que a rede municipal de saúde tenha parceria entre estado e governo federal”, sugere. (22/10/16)