Postado em: 10/10/2016

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Confira as matérias veiculadas no jornal O Popular e TV Anhanguera

 

AHPACEG NA MÍDIA MATERNIDADE ELA O POPULAR 09 10 16

TV ANHANGUERA/GOIÁS

Mães comemoram 1º ano de vida de filhos que nasceram prematuros em GO

http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-2-edicao/v/maes-comemoram-1-ano-de-vida-de-filhos-que-nasceram-prematuros-em-go/5363929/

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O POPULAR

Um aniversário para 28 pequenos guerreiros

 

A maioria das crianças é prematura e ficou em unidade de terapia intensiva até ganhar peso. Famílias criaram laços nesse período

Com os bebês nos braços, mães que se conheceram em UTI de maternidade se reuniram ontem para comemorar oprimeiro aniversário das crianças em academia do Setor Sul

 

Rosana Melo

Laura, Manuela, Gael, João Pedro, Ana Clara, Ana Júlia, Lorenzo, Benjamin, Melissa, Elisa, Liz, Cauã, Marcelle e Luiza, João Miguel e Pedro Gabriel, Antônia, Luiza, Júlia, Enzo Gabriel, Ana Júlia, Heloísa, Lucas, Helena, Fernanda e os trigêmeos João Marcelo, Benjamin e Nicolas.

As 28 crianças nasceram há pouco mais de um ano e desde o primeiro sopro de vida lutaram para estar nos braços de seus pais. A maioria nasceu prematura e ficou internada na unidade de terapia intensiva (UTI) da Maternidade Ela, no Setor Aeroporto, até terem condição de ir para casa.

A história de luta das crianças e dos pais foi contata ontem ao POPULAR durante o aniversário coletivo que as famílias organizaram em uma academia para crianças na Avenida 87, no Setor Sul.

A nutricionista Adrieny Gonçalves Sousa Alves, de 33 anos, planejou a gravidez e tudo ia bem até a 28ª semana, quando um exame detectou que a qualquer momento a criança poderia não receber mais nutrientes. “Eu ia no hospital todo dia para fazer exame. Tomei remédios para ‘segurar’ o bebê e ele nasceu com 36 semanas, indo direto para a UTI”.

Foi Adrieny que deu título ao convite de aniversário das crianças postado no Youtube: O Limite Entre a Fé e o Sofrimento. Ontem, muito emocionada, contou que foi muito difícil não voltar para casa com o filho Cauã. “Tinha dia que as médicas falavam da gravidade do estado de saúde dele, mas dizia que ele estava melhor que o dia anterior. Eu sofria muito, mas a fé de vê-lo bem era mais forte”.

Foi na rotina da UTI que as mães, principalmente, ficaram amigas. Criaram um grupo no WhatsApp e passaram a dar notícias de altas médicas, consultas e de melhoras de cada criança, o que era comemorado.

“Em dezembro fizemos um encontro e agora estamos comemorando o primeiro ano dos nossos filhos”, contou a servidora pública Lorena Abdala de Faria, de 30. Enzo Gabriel, filho dela, nasceu na 33 ª semana de gestação e foi direto para a UTI por apresentar um quadro de hipoglicemia.

Lá, ele pegou uma infecção que atacou os pulmões e o coração. Enzo Gabriel recebeu alta somente quando tinha 32 dias de vida. “Eu já havia passado por isso quando meu filho mais velho, hoje com 3 anos, nasceu. Por causa disso, eu dava muita força para as outras mães”.

Adriana Neves de Souza, de 28, mãe em tempo integral da pequena Laura, chora ao contar a luta da filha pela vida. Na hora de nascer, por causa de um parto longo, faltou-lhe oxigenação no cérebro e ela nasceu com hidrocefalia.

A primeira filha foi planejada, não aconteceram problemas na gestação, mas da sala de parto, Laura foi direto para a UTI, ficando lá por 21 dias. “Eu ficava o dia todo no hospital, aguardando para tirar o leite para ela de 3 em 3 horas. Ia embora de noite. Foi muito difícil passar por tudo isso. Agora ela está horas. Ia embora de noite. Foi muito difícil passar por tudo isso. Agora ela está conosco e é nossa alegria”.

 

Homenagem à equipe médica

As famílias das 28 crianças que estiveram internadas na UTI da Maternidade Ela homenagearam as médicas Lívia Cunha e Renata Lorenzetti e a técnica em enfermagem Walbetani Vieira dos Santos, durante a festa realizada ontem em uma academia de ginástica para crianças no Setor Sul.

“Essas mães são guerreiras. As crianças também são guerreiras. Lutaram muito para chegar até aqui”, contou a neonatologista Renata Lorenzetti.

Segundo ela, a rotina de uma UTI é exaustiva para as famílias e para os pequenos pacientes. “A gente conversa muito com a família. Explica a gravidade de cada caso e ressalta o que tem sido feito para contornar essa situação. Cada sinal de melhora é comemorado pela equipe e pela família”.

Ontem a equipe de médicos e enfermeira abraçou as famílias e as crianças. “É um momento de grande alegria para a gente que tratou desses bebês. É bom ver que todos estão bem”. Walbetani lembra que dos 28 bebês que ganharam a festa ontem, a que esteve mais grave foi Laura. Ela chorou ao lembrar que a menina venceu uma “A Laura era a bebê que mais inspirava cuidados e hoje está aqui linda, graças a Deus”. (09/10/16)

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