Hospital Santa Mônica faz captação múltipla de órgãos para transplante
No dia 8 de maio, a equipe médica do Hospital Santa Mônica, associado da Ahpaceg, fez uma captação múltipla de órgãos para transplante. O doador era um jovem de 24 anos, vítima de um acidente, e foram captados o coração, fígado, os rins e as córneas.
A doação e a captação, feita pela primeira vez no Hospital Santa Mônica, possibilitaram a retomada dos transplantes de coração em Goiás, procedimento que não era realizado no Estado há seis anos. A cirurgia aconteceu no Hospital Lúcio Rebelo, atendendo um paciente diagnosticado há dez anos com doença de Chagas e que aguardava há dois meses pelo transplante.
Os transplantes dos rins foram realizados na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, beneficiando dois pacientes que também estavam na lista de espera. As córneas ainda serão transplantadas e vão beneficiar outros dois pacientes. De acordo com o gerente da Central de Transplante da Secretaria Estadual de Saúde, Luciano Leão, por falta de um serviço habilitado em Goiás, o fígado foi enviado à Brasília, onde será feito o transplante.
A captação realizada no Hospital Santa Mônica animou Luciano Leão com a possibilidade de aumento em Goiás dos atendimentos a pacientes que esperam por transplantes. Atualmente, segundo ele, praticamente todas as unidades da rede pública de hospitais de urgências já fazem essa captação, realizada também por cerca de dez hospitais privados.
Entre esses hospitais, Luciano Leão, cita o Santa Genoveva, “parceiro de muitos anos”; o Nasr Faiad e o Hospital Santa Mônica, além do Instituto de Neurologia de Goiânia e do Instituto Ortopédico de Goiânia, todos associados da Ahpaceg e que fazem a captação ou notificam regularmente a central os casos de morte cerebral.
Outros associados, como o Hospital Jardim América, Hospital Santa Helena e Hospital Evangélico Goiano, de acordo com o gerente da central, também já manifestaram interesse no credenciamento para transplantes de rins, medula e fígado.
“Felizmente, tem crescido o interesse e a participação da rede hospitalar privada na captação e transplantes de órgãos e tecidos”, afirma, ressaltando que esse trabalho dos hospitais privados de alta complexidade pode beneficiar milhares de pessoas que dependem de transplantes para continuar vivendo. Luciano Leão espera que Goiás inicie o procedimento de transplante de fígado até o final do ano.